Diário do Comércio - março 2006

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Nem bem sai o arlequim e eis o coelho...

Vista as sandálias e vá para festa!

Escolas de samba ainda não guardaram os tamborins, mas lojistas não perdem o ritmo e só pensam na Páscoa. Eco/1

A "indústria" dos aniversários e casamentos cria convites cada vez mais originais e personalizados. Eco/ 6

Milton Mansilha/LUZ

Ano 81 - Nº 22.076

São Paulo, quarta-feira 1 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Serra pode sair do muro amanhã

Edição concluída às 23h25

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LEÃO FARÁ 'CURSINHO' PARA ENTENDER O LEÃO Cálculos da Cofins ficaram tão complicados que Receita já fala em treinar fiscais e técnicos. Ex-secretário Everardo Maciel defende "reengenharia completa". Eco/4 Antônio Gaudério/Folha Imagem

Ernesto Rodrigues/AE

Bicampeões fazem a festa na Casa Verde E Gaviões da Fiel diz que não desfila mais. No Rio, campeã sai hoje. Mangueira, Beija-Flor e Unidos da Tijuca (abaixo) são favoritas. Págs. 5 e 8

Dos 487 mil carros que desceram a serra, 322 mil retornaram até início da noite (na foto, a Imigrantes). A lenta volta à cidade, na página 5.

Contra russos, frio e ventos Seleção em Moscou, sem medo de ficar congelada. Página 2 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.

Show de conceitos em Genebra. E um 207, só para a Europa.

Márcio Fernandes/AE

Divulgação


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DCARRO

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SALÃO DO AUTOMÓVEL

Ferrari 559 GTB. Não podia faltar, né?

E o Audi Shooting Brake Concept?

Gracinha o Daihatsu Copen

Novo Mégane. Um dia chega aqui.

Rinspeed, nome estranho, carro lindo

Altica. Italiano? Não, Renault

Ssangyong Kyron fazendo bonito

Chevrolet "capturando" consumidor

O tamanho deste Crossover Concept! E o Clio RS Concept, também? Enquanto não se sabe, ei-lo de frente e traseira

A chic Alfa Romeo Sportwagon

Dois destaques. Um deles Zen. Maravilha! BMW Z4 Coupe Concept

Mini Cooper S John Cooper GP. Uau!!!

Mazda Kabura. Lenhador em japonês.

Rispeed "zaZen" signfica "sentar Zen", nome escolhido pelo seu criador, Frank M. Rinderknecht. Veja detalhes do teto e da frente. Tudo zen.

Suéco Koenigsegg, primo do Schwarzenegger

Daihatsu Sirion. Pequeno mas 4x4.

Outra! Mitsubishi Sportback.

Mais uma gracinha: Mitsubishi Colt

Uma visão futurística de uma station. Esta é a definição para o Altica, com portas em "asas de gaivota", dada pelo criador Patrick Lê Quèmen. Para encerrar, o Gumpert Apollo


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DCARRO

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LANÇAMENTO Divulgação

Cargo: só com motor eletrônico Com a chegada da linha 2006 nas concessionárias, Ford tem toda gama de veículos Cargo com motorização eletrônica ANDERSON CAVALCANTE

A

s concessionárias Ford Caminhões já estão comercializando, a partir deste mês, a Linha Cargo 2006 apresentada na última Fenatran, agora toda equipada com motores eletrônicos. Na primeira fase de implantação da tecnologia eletrônica, em 2005, a montadora havia oferecido a mudança em apenas quatro modelos, com a chegada da linha atual todos os seus 13 caminhões passam a contar com a motorização. Os lançamentos incluem o médio estradeiro C-1722e, os trucados C-2422e e C-2428e MaxTruck, o cavalo mecânico C4432e MaxTon e, ainda, os modelos com tração 6x4 para serviço pesado, C-2622e, C-2628e, C-2632e, C-2932e e C-5032e. Os novos modelos são equipados com três versões de motores eletrônicos Cummins, de seis cilindros em linha: o Interact 6, de 220 cv e 275cv e o ISC, de 319cv. As versões C-815e, C-1317e, C-1517e e C1717e foram as primeiras a serem equi-

A linha de caminhões Cargo 2006 chega às concessionárias com treze opções de modelos, entre leves, médios e pesados. Todos com motor eletrônico.

padas com motores eletrônicos (Cummins Interact 4, de quatro cilindros). Segundo a Ford, com a nova motorização a linha teve ganho de potência e teve reduzido o nível de emissões e ruídos. Além disso todos os modelos trazem acelerador eletrônico, controle automático de velocidade, freio-motor inteligente, sistema de diagnóstico de falhas e ar-condicionado. "Todos os detalhes dos novos caminhões Cargo eletrônicos foram desen-

volvidos para oferecer vantagens reais para o cliente, com maior economia e eficiência operacional", garante o diretor de Operações de Caminhões da Ford, Flavio Padovan. A produção dos motores mecânicos utilizados anteriormente (ainda não adaptados à legislação Euro III) foi permitida pela legislação apenas até dezembro de 2005, mas a venda das últimas unidades podem ser efetuadas até o mês de março. Segundo o gerente

Nacional de Vendas e Marketing, Claudio Terciano, restam aproximadamente 250 unidades que estão tendo uma grande procura do público. Mercado - Com o lançamento da linha Cargo 2006, a Ford espera manter sua produção em crescimento apesar do enfraquecimento das vendas, neste segmento, durante os últimos meses. "O mercado de caminhões vem caindo desde o segundo semestre de 2005, quando houve uma queda de 16% em relação aos seis primeiros meses do ano. Esperamos uma melhora a partir do mês de março, onde deve ocorrer uma melhora nas vendas internas e também nas exportações", explica Flavio Padovan.

MERCADO/AUTOINFORME

Flex usado desvaloriza menos que carro a gasolina Muito procurado neste segmento do mercado, o bicombustível com um, dois ou três anos de uso custa até 15% mais caro que o modelo similar com motor exclusivamente a gasolina. Levantamento da AutoInforme/Molicar aponta diferença média de preço de 8,1%.

A

grande procura pelo flex no mercado de usados está derrubando o preço da versão a gasolina e valorizando o bicombustível. Pesquisa feita esta semana pela Agência AutoInforme mostra uma diferença média, a favor do flex, de 8,1%. Em alguns casos o modelo que roda com mais de um combustível pode custar até 15% mais que o seu similar a gasolina. O C3 GLX 1.6 flex da Citroën, ano 2005, custa R$ 39,7 mil, enquanto a outra versão sai por R$ 34 mil, diferença de 15,1%. Um Clio sedã Expression 1.6 ano 2004 é vendido, respectivamente, por R$ 33 mil e R$ 28,5 mil, variação de 15,5%. A procura pelo flex é recente,

pois só agora, três anos depois do primeiro modelo com a nova tecnologia chegar às lojas, é que está se formando um mercado de usados. Há um ano essa diferença não existia e os preços das versões gasolina e flex eram praticamente os mesmos. Victor Meizikas Filho, gerente de avaliação da Molicar, empresa responsável pela cotação dos preços usados na pesquisa, acha que é inevitável a desvalorização do carro seminovo a gasolina, porque ele está concorrendo com um produto que passou a ter a preferência do consumidor. Ele alerta que muitas lojas já têm fila de espera para a compra do flex e que os carros a gasolina começam a encalhar no estoque. "O

consumidor está preferindo encomendar um flex e esperar algum tempo se for necessário a comprar a outra opção", disse. Francisco Cavalheiro, vendedor da Évora Veículos, no bairro paulistano do Jabaquara, explica porque o modelo a gasolina está mais barato que o flex: "Todo carro tem seu cliente, mas o tempo que ele fica no estoque gera custos. Por isso, o menos procurado tem que ter um atrativo e, conseqüentemente, é vendido mais barato". Ele confirma que muitos clientes entram na loja procurando por um modelo bicombustível. "Por que pagar o preço de um flex em um carro a gasolina? Hoje o consumidor está esperto, está exigente", destacou. Alguns vendedores ouvidos pelo repórter Marco Zanni, da Agência AutoInforme, não acham, no entanto, que a situação do mercado é de desprezo pelo carro a gasolina. "Normalmente a diferença de preço não é

grande e o cliente não abre mão do carro que escolheu para comprar um flex", disse um lojista de São Paulo. Paulo Freitas, fotógrafo, não encontrou dificuldade para vender o seu Gol 1.0 modelo 2004 a gasolina. "Vendi para comprar um novo, bicombustível, porque acho mais vantajoso e tem mais mercado. Mas não foi difícil vender o Gol". Já Marcos Batista, que está tentando vender a sua Zafira 2004 a gasolina, notou que a preferência é pelo flex. "Também quero um bicombustível e acho que com essa onda de aumento do álcool pode ser mais fácil vender a Zafira". O vendedor Francisco Cavalheiro acha que não dá para generalizar e dizer que há uma corrida para a compra do automóvel flex usado. Mas admitiu: "Se o preço for o mesmo o consumidor prefere o bicombustível, é claro!" Joel Leite


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8 -.CIDADES & ENTIDADES

quarta-feira, 1 de março de 2006

Custódio Coimbra/AG

CARNAVAL 2006

No Rio, quatro escolas estão na disputa Se depender do público, Unidos da Tijuca, Mangueira, Beija-Flor e Vila Isabel disputarão o título de campeã do Carnaval carioca deste ano. As escolas deram espetáculo no Rio. Resultado sai hoje.

M

angueira, Unidos da Tijuca, Vila Isabel ou BeijaFlor? Na tarde de hoje, os jurados da Liesa (Liga das Escolas de Samba) se reunirão na Marquês de Sapucaí, no Rio, para responder à pergunta mais inquietante do Carnaval. E dirão quem será a vitoriosa, dentre as quatro escolas de samba do grupo especial favoritas ao título de campeã carioca deste ano. Duas delas, a Vila Isabel e Beija-Flor, desfilaram no domingo. As outras duas, figuraram nos desfiles de segunda-feira e um dos destaques foi a Mangueira, cujo enredo abordou o sertão, sob o título Das águas do Velho Chico nasce um rio de esperança.

Na voz de Jamelão, o sertanejo apareceu com as cores verde e rosa da escola de samba. Uma grande carranca atravessou a avenida e, no final, os componentes da escola distribuíram rosas, o que levou a platéia ao delírio. Outra escola favorita, que desfilou no mesmo dia, é a Unidos da Tijuca, que se diferenciou pelo uso de cores e formas no samba Ouvindo tudo que vejo, vou vendo tudo que ouço. O ponto alto do desfile foram as coreografias das alas e carros. O que mais chamou a atenção do público foram as que traziam clones de Michael Jackson, que se transformavam em Elvis Presley, uma homenagem à música pop. Outros carros

Sergio Moraes/Reuters

também atraíram o público, como os do ET e do Fuscão Preto, que carregava um boneco caracterizado como Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Segunda - Na segundafeira desfilaram ainda as escolas Porto da Pedra, Viradouro, Mocidade Independente, Império Serrano e Portela. A Porto exibiu um enredo sobre o balé e uma homenagem à mulher. Esse tema permeou as alegorias, os carros e alas na

avenida. Até o símbolo da escola foi alterado em virtude do tema e um tigre virou uma tigresa. Na ala das baianas, as homenageadas foram as cantoras Alcione, Beth Carvalho e Leci Brandão. No final, o desfile teve atraso de um minuto, em decorrência da quebra de um carro. Outros dois tiveram problemas para entrar na avenida. A Unidos do Viradouro optou por contar a história da arquitetura brasileira no enredo Arquitetando folias. O destaque nesse desfile ficou para os carros alegóricos que traziam representações da arquitetura indígena e até uma favela. Um momento de euforia foi quando a atriz Juliana Paes, rainha de bateria, mostrou seu samba na avenida. Cantando A vida que pedi a Deus, a Mocidade Independente também esquentou as arquibancadas. A evolução do desfile foi marcada por quatro cavaleiros que representavam a paz, fartura, saúde e equilíbrio. Já a Império Serrano, penúltima a entrar na passarela do samba, tratou dos temas fé e alegria, no samba O Império do Divino. A tradicional escola carioca verde e branco teve ousadia ao mostrar um São Francisco desnudo. Já a Portela fez uma apresentação alegre e de bom gosto, a despeito da decepção sofrida no ano passado, quando a velha guarda deixou de desfilar por causa de um problema em um carro. O samba também seguiu à altura, sob o título Brasil, marca a tua cara e mostra para o mundo, que transmitiu a mensagem de que o brasileiro é o melhor do Brasil. Última escola a desfilar, a Portela enfrentou chuva forte e, ainda assim, manteve o público animado. (Da Redação)

Marco Antonio Teixeira/AG

A Unidos da Tijuca (foto ao alto) entrou com força e garra na Marquês de Sapucaí, no Rio, fazendo um desfile de alto nível. Não menos empolgante, a Estação Primeira de Mangueira (foto central) levantou as arquibancadas do Sambódromo. Irreverente e alegre, a Beija-Flor de Nilópolis (foto acima) está na disputa pelo título.


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DCARR Nº 109

Divulgação

São Paulo, 1 de março de 2006

Entre as atrações do Salão de Genebra, que abre amanhã para o público, o Subaru B9. Veja outros modelos nas páginas 6 e 7.

207. MAS SÓ NA EUROPA. Páginas 4 e 5


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São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 2006

O principal é a liberdade de escolha aumento no preço do álcool não deve ser considerado um problema para os proprietários de veículos bicombustível. Pelo contrário, ao adquirir um veículo flex-fuel o consumidor garante a sua liberdade de escolha ao entrar num posto, podendo optar por um ou outro combustível. A versatilidade do flexfuel, na verdade, traz uma grande vantagem para o usuário. Na avaliação da nossa entidade, a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), o proprietário do veículo com esta nova tecnologia desenvolvida no Brasil deixa de ser um refém dos preços da gasolina e do álcool praticados no varejo. Outro argumento a favor do bicombustível é a possibilidade dos proprietários de veículos do gênero gastarem menos na hora de abastecer o seu automóvel. Apesar dos recentes aumentos de preço nas bombas dos postos de abastecimento, o álcool ainda é mais barato do que a gasolina e, dessa maneira, o usuário ainda pode economizar dinheiro – mesmo considerando o consumo mais elevado do combustível de origem

vegetal em relação do que é derivado do petróleo. Além disso, o consumidor não pode se esquecer que, no ano passado, quando o preço do álcool andou bem abaixo de 70% do preço da gasolina, o veículo bicombustível permitiu uma boa economia para quem decidiu investir no modelo flex. De um modo geral, quando o preço do litro do álcool situa-se abaixo de um patamar de 70% do valor estipulado na bomba para a gasolina, o veículo bicombustível passa a ser uma opção bastante conveniente. Embora os 70% representem um índice médio na relação gasto/consumo, vale destacar que cada usuário deve conhecer o consumo de seu próprio carro para os dois tipos de combustível e, com isso, constatar a vantagem real de ter um veículo flex-fuel. Outra dica para o consumidor é estar sempre atento aos preços do álcool que, no Brasil, variam de um Estado para o outro, devido aos custos de transporte da matéria-prima e também das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços).

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

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ÍNDICE ARTIGO - 2 Veja nesta página a posição da AEA sobre o flex-fuel.

AUTODATA - 3 Os bastidores das montadoras e seus fornecedores.

CAPA - 4 e 5 A Peugeot investe na renovação da "linha 200".

SALÃO DE GENEBRA - 6 e 7 O tradicional salão da Suíça mostra as novidades mundiais do setor.

LANÇAMENTO - 8 A Ford apresenta a linha 2006 do caminhão Cargo.

Marcos Saltini, presidente da AEA

AGENDA DA SEMANA 4 de março

Começa em Caxias do Sul (RS) a Expedição Agrale Marruá, primeira prova do tipo organizada pela montadora. O encerramento será no dia 25, em Cuiabá (MT), totalizando 3,5 mil quilômetros.

7 a 16 de março

Acontece neste período o "Por Las Pampas Rally", etapa de abertura do Campeonato Mundial de Rally Cross Country. O percurso será entre San Martín de los Andes, na Argentina, até Iquique, no Chile.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


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HONDA

Biz: produção na Argentina Honda iniciará no segundo semestre deste ano a produção da C105 Biz na unidade de Florencio Valera, na Grande Buenos Aires, Argentina. Para tanto estão sendo aplicados US$ 1 milhão na fábrica, que produzirá anualmente 15 mil unidades do modelo. Para efeito de comparação, esse volume representa apenas três dias da produção da fábrica da Honda no Pólo Industrial de Manaus, no Amazonas. A decisão da montadora de fabricar uma moto exclusiva para o mercado argentino veio depois que a estabilidade econômica apontou futuro promissor para o segmento local de duas rodas. Segundo a fabricante de origem japonesa, as vendas de motos naquele país saltaram de 13 mil unidades em 2002 para 175 mil no ano passado, com a Honda comercializando 40 mil motos em 2005. A C105 Biz é semelhante à

COLUNA AUTODATA

VOLVO FESTEJA RECORDE

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O modelo argentino será semelhante à C105 Biz

Volvo do Brasil comemora recorde de faturamento e vendas: a receita no ano passado alcançou R$ 3,5 bilhões, expansão de 30% sobre 2004, enquanto os mercados interno e externo absorveram mais de 12,1 mil de seus caminhões e ônibus, o equivalente a uma alta de 32,5% no mesmo período. A montadora sueca manda avisar também que investirá US$ 75 milhões na sua fábrica de Curitiba, no Paraná, nos próximos três anos.

FIAT VOLTA A LIDERAR

Divulgação

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versão de 125 cm3 de cilindrada produzida em Manaus e sucesso de vendas no mercado brasileiro. Por isso já se sabe que será grande o fluxo de peças exportadas daqui para a Argentina. Mas a Honda ainda não

divulgou qual será a participação do conteúdo brasileiro no modelo a ser fabricado em Florencio Valera.

paralisação da fábrica da Toyota em Zárate, Argentina, no início deste ano, comprometeu as vendas da picape Hilux e do utilitário esportivo Hilux SW4 no Brasil, já que a unidade abastece o mercado nacional. Uma amostra do prejuízo: em janeiro foram emplacadas internamente só 562 unidades da picape, quando a média em 2005 ultrapassou 1,2 mil unidades/mês.

GOL DE COPA

MUDANÇA NA PRESIDÊNCIA

nível de emprego, a esta- 1998 o equivalente a 22% das 1999 e a imagem do leasing foi A O bilidade econômica e a con- vendas de veículos foram via muito prejudicada. Nós messeqüente maior confiança do leasing, participação que caiu pa- mos, em 2003, deixamos de ra 3% em 2001 e 2002 e que de janeiro a setembro do ano passado subiu para 7%, um patamar ainda baixo considerando os dados históricos do setor. Para Osmar Runcolato, diretor da Abel, Associação Brasileira das Empresas de Leasing, com prestações em real – já foram aplicadas em dólar – e com a economia estabilizada, a modalidade deve reconquistar seu espaço no mercado brasileiro: "Muitos consumidores não entenderam o que se passou em

oferecê-lo a pessoas físicas porque as possibilidades de parar nos tribunais eram muitas. Agora está tudo esclarecido e para a instituição o leasing é até mais atrativo do que o Finame (financiamento obtido através do BNDES). A nossa expectativa agora é a de que a operação retome sua força e cresça em torno de 30% a 35% no decorrer deste ano sobre carteira de R$ 21,9 bilhões do ano passado", destacou o presidente da associação.

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a primeira quinzena de fevereiro a Fiat retomou a liderança de vendas no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, perdida para a Volkswagen no mês anterior. Ficou na ponta, com 17 mil automóveis comercializados no período, 25,5% do total. A VW em segundo, com 15,5 mil exemplares, 24,4%, vem seguida pela GM, 14,6 mil, 22,8% de participação.

Leasing retoma força nos financiamentos

consumidor começam a provocar ligeiras alterações no perfil dos financiamentos dos veículos zero-quilômetro. O leasing, que foi deixado de lado depois da maxidesvalorização do real em 1999, retoma força: dos R$ 19,5 bilhões de novos contratos firmados no ano passado, 52,9% a mais do que em 2004, 77% foram relativos a financiamentos de automóveis. De acordo com os últimos dados da Anef, entidade que reúne os bancos de montadoras, em

HILUX: VENDAS PREJUDICADAS

Volkswagen repete a estratégia utilizada desde 1986 e lança uma série especial do Gol em homenagem à copa do mundo de futebol. No total ser ã o c omercializadas 16 mil unidades oferecidas com motorização 1.0 ou 1.6, com preços a partir de R$ 26,5 mil e R$ 34,4 mil, respectivamente.

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desde janeiro a Toyota Argentina tem novo presidente. Aníbal Borderes substituiu Tomio Katsuta, que deixou a função depois de ocupá-la por dez anos. O executivo tem autonomia para algumas decisões locais, mas fica subordinado à Shozo Hasebe, que assumiu a Toyota Mercos u l t a mbém em janeiro.

VENDAS NA CHINA CRESCEM 45%

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associação dos fabricantes de automóveis da China divulgou incremento de 45% no balanço geral de vendas daquele mercado em janeiro, com 530,1 mil automóveis, caminhões e ônibus emplacados. Somente os veículos de passeio cresceram 73%, para 418,9 mil unidades. A líder de vendas no mês foi a General Motors, com 28,2 mil unidades vendidas internamente, seguida pela Volkswagen, 22,1 mil, Hyundai, 21,8 mil, Chery, 21,7 mil, e Nissan, com um total de 20,7 mil veículos.


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São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 2006

São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 2006

OUTRO VENCEDOR

O novo Peugeot 207 Um Peugeot com a difícil tarefa de continuar uma tradição vitoriosa ANTONIO FRAGA

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"linha 200" sempre foi sinônimo de sucesso da Peugeot. Tudo começou com o 205, aquele "carrinho" com umas lanternas pequenininhas atrás, bonitinho e espaçoso. Depois veio o 206. Mais que uma substituição, ele chegou para se firmar como um divisor no segmento de pequenos e se tornar o maior sucesso mundial da marca, destacando-se pelo design primoroso e boa motorização. No Brasil, o 206 tornou-se o carro-chefe da marca. Os demais produtos, mesmo com design atraente, não conseguiram deslanchar. Quando foi nacionalizado, o modelo tinha problemas com preço e também com a suspensão, considerada "fraca" e barulhenta. O preço caiu e a suspensão foi melhorada em 2004. Mas diferente da música, o 206 não será eterno mesmo enquanto dure. Está sendo substituído pelo 207, que vem para novamente marcar uma época na história da indústria automobilística mundial. Ele vai chegar ao mercado europeu nos próximos meses e, infelizmente, ainda não tem data prevista para ser lançado no Brasil. A Peugeot informa que o 206 continua aqui e também na Europa, mas toda a Imprensa está apresentando o carro como aquele que veio para "florir a primavera européia", frase atribuída a um diretor da marca.

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A missão - Com a missão de vender mundialmente mais que as 5,5 milhões de unidades do 206, o 207 terá, inicialmente, apenas versões com três e cinco portas. Mais uma vez o design, que segue tendência do 407, é o seu ponto forte. Enormes faróis e entradas de ar, capô com acentuada linha de queda e o leão em pé, logomarca da Peugeot, gigantesco. A lateral esguia e elegante mantém uma lembrança forte do 206, porém mais angulosa. Por dentro, ganhou melhoramentos e mais beleza. Ficou 20 cm maior no comprimento e 8 cm no entreeixos, dando mais espaço na traseira e ampliando o porta-malas em 25 litros. Os instrumentos foram inspirados em painéis de moto e o computador de bordo situa-se na parte superior do console central. A aparência final e o acabamento interno ficam por conta do freguês, que pode escolher uma versão mais discreta ou mais esportiva, com variações nas tonalidades dos materiais de acabamento e no tamanho das rodas. Entre os itens de conforto, alguns opcionais, incluem-se ar-condicionado individual na frente, sensores que ligam os faróis e os limpadores automaticamente, sensores auxiliares de estacionamento e um equipamento de som JBL. Além disso, conta com seis air bags, ABS, vidros elétricos, direção hidráulica. Os motores, na Europa, serão os mesmos: três a gasolina e três a diesel. Até o final do ano, dois novos motores de 1.6 litro.

Enormes faróis e capô com acentuada linha de queda são os destaques da parte frontal.

Acima, o 207 concept car, com linhas esportivas, que está sendo apresentado no Salão de Genebra. O interior ganhou espaço em relação ao 206 e novo painel de instrumentos. A traseira é marcada por linhas arredondadas e lanternas envolventes.

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São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 2006

SALÃO DO AUTOMÓVEL

"Concepts", as atrações de Genebra Ele tem como principal atrativo os conceitos. As novidades já foram em Detroit ou aparecerão em Paris, em setembro.

Salão de Genebra, que começa amanhã (2 de março) e segue aberto até o dia 12, chega à sua 76ª edição neste ano, mostrando aos visitantes pelo menos 80 novidades entre os vários tipos de veículos produzidos por cerca de 50 fábricas presentes à mostra. Há destaques de tradicionais montadoras, que mostram seu carros convencionais, híbridos ou conceitos, que sempre se transformam nas maiores atrações de Genebra. Veterano do setor, o jornalista Josias Silveira, diretor da revista "Oficina Mecânica", acostumado a correr o mundo visitando os principais salões, diz que Genebra é uma mostra "ensanduichada" entre Detroit, nos Estados Unidos, e Paris a Frankfurt, que se revezam anualmente, em outubro, na Europa. Assim, segundo ele, Genebra mostra poucas novidades mas tem boa representatividade no campo dos concept cars. Para quem quer comer muito bem, com vista extraordinária dos Alpes suíços, uma sugestão de restaurante é o "Perle du Lac", fundado em 1930 e às margens do lago de Genebra, que fica no 128, Rue Lausanne - CH 1202. Reservas pelo telefone 41(0)229091029. O e-mail do restaurante, info@laperledulac.ch O site do Salão de Genebra, onde mais detalhes podem ser acessados é o www.salon-auto.ch/en.

Este holandês, tem motor V8 4.0, 450 CV. É o Laviolette, versão de rua do Spyker Cars C8

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o carro da Lanc

Divulgação/Salão de Genebra

Outro Spyder, a

Em ano de copa, a "bola" Nissan Pivo

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Maserati Gran Sp

O Lamborghini Gallardo Spyder

Honda FCX Concept, logo nas ruas

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O Saab Cabriolet esteve por aqui Sbarro, o Alfa ainda no desenho

Suzuki SX, a marca que saiu do Brasil

Subaru B5-TPH,

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O Ford Focus mal cabe na foto. Mas há espaço de sobra para o minúsculo Smart Fortwo, grande apenas no nome, Grandstyle. É conceitual.

O concept car Iosis, da Ford


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.OPINIÃO 10

quarta-feira, 1 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

A DESONERAÇÃO NO CÂMBIO

O mercado aposta que a medida produzirá novas quedas do dólar. Mas isso não precisa acontecer obrigatoriamente. operações contrárias nos mercados futuros, o que é neutro do ponto de vista da formação da taxa de câmbio. Segundo, a interpretação (correta, até certo ponto) de que a recompra de títulos da dívida externa pública (limitadas a US$ 20 bilhões e papéis vincendos até 2010) abrirá espaço para a sua substituição por dívida doméstica, de prazos superiores aos atuais, precisa ser examinada com cuidado. Devido ao “risco de fronteira”, presente nas aplicações feitas aqui dentro, é bem possível que determinados aplicadores estrangeiros, detentores de papéis curtos (objeto do buyback) prefiram alongar sua posição no exterior, nos próprios papéis brasileiros, ao invés de preservar a maturidade da carteira comprando dívida doméstica. Terceiro, não se pode esquecer que boa parte dos efeitos da decisão já foi antecipada, pouco restando

Fazendo histórias ROBERTO FENDT

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senhor Presidente confundiu os termos "rico" e "pobre" em discurso recente, em uma de suas inúmeras viagens deste mês. Disse S.Exa. que estava "fazendo história ao repartir com os pobres o dinheiro arrecadado com os ricos". Como está posto, a afirmação é incorreta. O que é histórico em seu governo é a arrecadação do dinheiro dos pobres, transferido aos ricos – em uma reencarnação tardia e, por isso mesmo, equivocada, de Robin Hood. Vamos aos fatos, começando com a arrecadação tributária. Em 1965, a carga tributária – total da arrecadação dividido pelo PIB – era de 25%. Chegamos agora a pouco mais de 40%, se apurados corretamente. Passemos a seguir às principais bases de incidência dos tributos. Para simplificar as coisas, chamemos de "tributos dos pobres" os que incidem sobre bens e serviços, e sobre a folha de salários; e de "tributos dos ricos" o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Esse conjunto de tributos é responsável por cerca de 85% do total da arrecadação. O principal grupo de tributos é o que incide sobre bens e serviços (ICMS, Cofins, IPI, PIS/Pasep e CPMF). Em conjunto, esse grupo é responsável por mais de 45% da receita total, chegando em alguns anos recentes a mais de 50%. O segundo principal grupo de tributos é o que incide sobre a folha de salários (a contribuição para a previdência social e o FGTS). Esse grupo é responsável por 20% do total arrecadado e é a segunda fonte de receita tributária. Os impostos pagos pelos "ricos" – IR e CSLL – arrecadam cerca de 20% do total arrecadado. Há uma razão para dividir esse grupo de tributos entre tributos "de ricos" e "de pobres":

TRECHOS DO ARTIGO DE OPINIÃO DO SITE DA MCM CONSULTORES HTTP://WWW.MCM-MCM.COM.BR

O DÓLAR NÃO DEVE VOLTAR AO NÍVEL ANTERIOR

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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

Céllus

H

para acontecer, uma vez baixada a Medida Provisória. E quarto, a experiência de outros países em que decisões semelhantes foram tomadas não permite supor “avalanche” de recursos estrangeiros. Se tudo isto é verdade, os efeitos adicionais da medida sobre a taxa de câmbio tendem, realmente, a ser limitados. É claro que há um canal indireto em que a recompra de dívida externa pode gerar apreciação da moeda doméstica. Trata-se da questão do Risco-País. De fato, a valor presente, recompra de dívida mediante uso de reservas internacionais é vantajosa para o Brasil, na medida em que melhora a percepção de solvência externa. Além disso, ao final do processo, as inovações em curso deverão resultar em significativo alongamento do perfil da dívida. Mas, também aqui, é lícito imaginar que parte importante dos movimentos já foi antecipada. Por outro lado, se não existe força considerável no sentido de produzir apreciação adicional do real, parece também verdade que, a curto prazo, tampouco se nota ameaça concreta em sentido oposto. Em suma, a prazo curto, parece difícil perceber qualquer tendência clara para o comportamento da taxa de câmbio.

todos, ricos e pobres, consomem bens e serviços, mas a proporção da renda dos "pobres" gasta com esses itens é desproporcionalmente maior que a proporção gasta pelos "ricos". Atesta-o o fato de que só os "ricos" poupam e sobre essa poupança incide o Imposto de Renda. Da mesma forma, mesmo dentre os 45% do total dos trabalhadores que ainda têm carteira assinada, muitos são "pobres" e ganham menos que o limite de isenção do IR. Sobre os outros 55% dos trabalhadores "informais" não incidem os tributos sobre a folha de salários. Finalmente, resta aos "ricos", assalariados ou não, os impostos sobre a renda. Ora, esse simples exame dos fatos já mostra que há algo de errado na afirmação do senhor Presidente. São os "pobres" que majoritariamente pagam a absurda carga tributária deste país, um recorde sinistro que S.Exa. prefere não mencionar em seus discursos. Mas a história não acaba aí. Ano passado, os encargos sobre a dívida pública consumiram uma parcela expressiva dessa carga tributária recorde: foram R$ 146 bilhões consumidos com o pagamento de juros. Ao que me conste, essa grana toda não foi paga aos "pobres". Destinouse, na verdade, aos que já tinham dinheiro aplicado em fundos de investimento mantidos nos bancos, oficiais e privados: a classe média e os "ricos". Uma parcela desses R$ 146 bilhões foi paga aos "ricos", enquanto os muito "pobres" receberam R$ 7 bilhões. Façamos justiça aos fatos. Este governo está nos contando histórias e fazendo realmente história: com sua dívida de mais de um trilhão, está produzindo o maior lucro de todos os tempos dos bancos brasileiros e repartindo entre os ricos o dinheiro arrecadado com os pobres.

O S "POBRES" PAGAM A ABSURDA CARGA TRIBUTÁRIA DESTE PAÍS Luiz Prado/LUZ

á quatro razões para se acreditar que não parece expressivo o espaço para apreciação adicional do real em decorrência da Medida Provisória (MP) que livrou de IR os investidores estrangeiros . Primeiro, é fato que a desoneração tributária das aplicações tende a mudar a composição dos detentores da dívida pública, em favor dos estrangeiros. Contudo, parcela importante dos investidores externos já detinha aplicações em reais, antes da edição da MP, mediante recurso a derivativos, lá fora, sem pagamento de imposto. Eles agora poderão comprar papéis no mercado doméstico. Terão de realizar

Estratégia para exportar PATRÍCIO PRADO

E

m um momento em que mais um recorde de exportações é comemorado e festejado pelas autoridades governamentais e por pequena parte dos empresários brasileiros (são pouco mais de 12 mil empresas que exportam no País), muitos micro, pequenos e médios empresários devem estar se perguntando como fazer para participar da próxima festa. Se vontade de participar não falta, a estratégia para colocar produtos ou apresentar serviços no mercado externo de maneira eficiente é primordial para que a empreitada dê certo e não traga traumas. Em termos empresariais, esta vontade se traduzirá na decisão estratégica de exportar, de enfrentar o mercado externo, de aprender como competir. É importante lembrar que a fase de exportação somente de matérias-primas e commodities é coisa do passado. Hoje a nossa pauta de exportações já traz muitos produtos com maior valor agregado e inclusive a exportação de serviços. Tomada a decisão de exportar é recomendável que o empresário e sua empresa planejem e desenvolvam a forma como querem abordar o mercado. Um bom plano de exportação costuma incluir ao menos quatro partes: informação e capacitação, ferramentas de apoio, abordagem e agentes comerciais. Na parte de informação e capacitação, entra o conhecimento do funcionamento do nosso mercado em termos mundiais. Vamos descobrir quais são os principais players (países e empresas) e quais são seus pontos fortes e fracos. Dentro deste mercado, em quais partes a empresa tem possibilidades e condições de alcançar sucesso mais facilmente. Como exemplo, vale lembrar que para que os nossos biquínis conseguissem seu lugar ao sol nos EUA e na Europa foram necessários alguns ajustes no corte e na confecção. No desenvolvimento das ferramentas de apoio também é necessário aplicar este aprendizado dos aspectos culturais. Como exemplo, para o mercado americano, muito objetivo e prático, devemos primeiro concluir para depois

explicar o raciocínio que nos levou àquela conclusão enquanto que para os ingleses, formais e mais tradicionais, devemos demonstrar como evoluímos o pensamento até a apresentar a conclusão ao final. Ou seja, a simples versão de um folder ou mesmo do site pode não funcionar. Cada parte do mercado tem a sua peculiaridade que deve ser levada em consideração. Na abordagem do mercado, temos que verificar qual o melhor custo-benefício e os reais objetivos que queremos naquele país para escolhermos entre todas as alternativas existentes. Uma rodada de negócios pressupõe conhecimento anterior das partes, mesmo que superficial. Assim, participação em feiras, desenvolvimento de road shows, de uma missão comercial e encontros de negócios são atividades promocionais distintas, que se aplicam a produtos e/ou serviços em situações e com objetivos diferentes em cada uma delas. Passadas estas etapas, chegamos aos agentes comerciais. Como será que o mercado reage aos representantes? Ou será melhor termos vendedores próprios? Como mostrar ao meu cliente que na verdade ele é mais um parceiro na conquista do mercado?

T

enho certeza que as empresas que chegaram a este ponto, desenvolvendo sua estratégia já sabem responder estas questões para os seus produtos. A resposta será natural, pois as empresas terão incorporado a exportação a sua cultura. Assim, para que aqueles que quiserem participar da próxima festa comemorativa de recorde de exportação basta querer! É obvio que exportar não é tão simples, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças. Há necessidade de ser uma decisão empresarial, devidamente pensada e planejada, que traz resultados duradouros porém, não imediatos. PATRÍCIO PRADO É PRESIDENTE DA PROMOEX MARKETING INTERNACIONAL PATRICIO@PROMOEX.COM.BR

E XPORTAR NÃO É SIMPLES, MAS TAMBÉM NÃO É BICHO-DE-SETE-CABEÇAS

JOÃO DE SCANTIMBURGO O RISCOBRASIL uma estatística preciosa o tão falado Risco-Brasil. É a estatística que orienta os investidores de que tanto carecemos e de quem tanto gostamos, pois os investimentos concorrem para o nosso desenvolvimento. Como tenho dito, o capital é arisco, mais do que um passarinho, e as informações do Brasil que chegam aos escritórios dos grandes investidores são avaliadas segundo critérios diversos, mas, sobretudo, devem garantir a liqüidez dos investimentos ou a retribuição em moeda forte das operações aqui realizadas sobre ordem emanada dos centros de decisão. Evidentemente, quem conhece as estatísticas do Risco-Brasil está farto em saber que há muito de subjetivo na colocação do País em face do risco que correm os investidores nas suas aplicações em papéis brasileiros, inclusive papéis oficiais.

É

Nem mesmo a crise política intensa e prolongada afugentou, como fôra antevisto, os investidores de grande porte que se observa nas variações do Risco-Brasil é que não raro declarações não suficientemente pensadas de autoridades do governo, inclusive do presidente da República, são levadas em consideração e o Risco sobe. Mas, no caso brasileiro, o que temos visto e o que sabemos do Risco-Brasil é que ele tem colaborado para atrair investimentos. Quem analisa o Risco-Brasil detidamente chega à conclusão de que esta estatística colabora para o nosso desenvolvimento, porquanto nem mesmo a crise política intensa e prolongada afugentou como fôra antevisto os investidores de porte grande e de porte médio. É o que transpira dos centros econômicos, como as associações de classe, as corretoras do mercado de capitais e as turbulências que vão e vêm como as marés, neste estuário de decisões que são as bolsas de valores. Concluindo, direi que não temo o Risco-Brasil, pois o Brasil está aberto para receber investimentos e retribuílos segundo o método capitalista, que é o que nos interessa.

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Nem bem sai o arlequim e eis o coelho...

Vista as sandálias e vá para festa!

Escolas de samba ainda não guardaram os tamborins, mas lojistas não perdem o ritmo e só pensam na Páscoa. Eco/1

A "indústria" dos aniversários e casamentos cria convites cada vez mais originais e personalizados. Eco/ 6

Milton Mansilha/LUZ

Ano 81 - Nº 22.076

São Paulo, quarta-feira 1 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Serra pode sair do muro amanhã

Edição de Campinas concluída às 23h35

Página3

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

LEÃO FARÁ 'CURSINHO' PARA ENTENDER O LEÃO Cálculos da Cofins ficaram tão complicados que Receita já fala em treinar fiscais e técnicos. Ex-secretário Everardo Maciel defende "reengenharia completa". Eco/4 Antônio Gaudério/Folha Imagem

Ernesto Rodrigues/AE

Bicampeões fazem a festa na Casa Verde E Gaviões da Fiel diz que não desfila mais. No Rio, campeã sai hoje. Mangueira, Beija-Flor e Unidos da Tijuca (abaixo) são favoritas. Págs. 5 e 8

Dos 487 mil carros que desceram a serra, 322 mil retornaram até início da noite (na foto, a Imigrantes). A lenta volta à cidade, na página 5.

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

Show de conceitos em Genebra. E um 207, só para a Europa.

Márcio Fernandes/AE

Divulgação


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

POLÍTICA - 3

PREFEITO SE REÚNE COM TASSO JEREISSATI E DIZ SE VAI PARA A DISPUTA

poLítica SERRA PODE DECIDIR AMANHÃ Tiago Queiroz/AE

Hora “H”

C

hegou a hora de José Serra responder ao partido se é ou não candidato à sucessão presidencial. O prefeito teria assumido o compromisso de dar uma resposta ao PSDB logo depois do carnaval. Falou-se que a informação de Serra seria passada ao partido no dia 1º, que é hoje. A resposta do prefeito deve ser dada ao triunvirato FHC/Tasso Jereissati/Aécio Neves. Embora a escolha do candidato se dê nos próximos dias, é provável que o trio só divulgue o nome do candidato mais adiante. Mas, os tucanos da cúpula não querem esperar pelo resultado das prévias no PMDB, dia 19. O anúncio deve ser feito antes. O prefeito José Serra disputa a legenda do PSDB com o governador Geraldo Alckmin. Ambos terão de renunciar aos cargos se quiserem ser candidatos, até 31 de março. Alckmin jogou sua candidatura sobre a mesa de negociações, mas Serra ainda não. Por isso, a palavra do prefeito é esperada com muita expectativa.

COLIGAÇÕES

O anúncio do PSDB precede as negociações do partido com outras legendas. O PSDB está atrás de coligações. O partido está de olho no PMDB no 2º turno. Os peemedebistas terão candidato próprio, por isso só pensam em alianças no 2º turno.

ESPERANÇA

O medo do PSDB é que o partido perca o PMDB para o PT. Os petistas ainda alimentam a esperança de ter o apoio do PMDB no 1º turno. Foi por isso que Lula ofereceu a vice a um peemedebista. Quem trabalha em favor de Lula no PMDB são os senadores governistas José Sarney e Renan Calheiros.

na semana passada declarou que seu partido prefere como candidato a presidente o prefeito José Serra. ACM disse que Maia fala por ele e pelo pai, César Maia. “Por mim, falo eu”- encerrou ACM.

3ª VIA Germano Rigotto está pregando a 3ª via na campanha que faz junto aos convencionais para ser o candidato do PMDB à sucessão presidencial. Rigotto, que se afastou do governo gaúcho para fazer campanha, disputará as prévias no partido com Anthony Garotinho e diz que será a opção para quem não quer votar nos candidatos do PSDB e PT.

O VICE

CANDIDATURA

Os lulistas continuam defendendo a indicação do ministro Nelson Jobim para a vice na chapa do PT. Jobim confirma que deixará o STF ainda este mês para se refiliar ao PMDB. Mas, a cúpula do PMDB não quer saber de acordo com outro partido no 1º turno.

O senador Cristóvam Buarque desponta como o mais provável candidato do PDT à sucessão de Lula. Mas, Buarque ainda tem de disputar as prévias com outro senador, Jefferson Peres e governador Ronaldo Lessa (AL).

OUTRO CANDIDATO

Os partidos nanicos PPS, Prona e PSOL mantém a disposição de saírem com candidatos próprios à presidência. O PPS com o deputado Roberto Freire, o Prona com o também deputado Enéas Carneiro e o PSOL com a senadora Heloísa Helena.

Também o nome de Renan Calheiros, presidente do Senado, é lembrado para formar a chapa do PT. Mas, Michel Temer, presidente do partido, reafirma que não existe a menor possibilidade do PMDB abrir mão da candidatura própria.

MENORES

APOIO

EXAME

TPSDB e PT não namoram apenas o PMDB: estão atrás também do PSB, PPS, PDT, PTB, PP e PL. Querem costurar um acordo no 2º turno com PPS e PDT, que também terão candidatos próprios. PTB, PP e PL podem firmar acordo com PT e PSDB no 1º turno porque não disputarão a eleição com candidaturas próprias.

O presidente e o relator da CPMI dos Correios, Delcídio Amaral e Osmar Serráglio começam a examinar a documentação das supostas contas de Duda Mendonça nos EUA, a partir de amanhã. Os documentos estão confiados ao ministro Mário Thomaz Bastos.

SOCIALISTAS

O PSB está a ponto de apoiar o PT ainda no 1º turno, podendo inclusive indicar o vice na chapa de Lula. O nome mais falado é o do ministro Ciro Gomes. A segunda opção é o deputado pernambucano Eduardo Campos.

COM O PSDB

O PFL já está convencido de que indicará o vice na chapa tucana. Um dos nomes mais comentados no partido é do senador Jorge Bornhausen, contestado por ACM. O senador baiano quer que o vice saia do PFL do nordeste: José Agripino.

TRANCO ACM deu um chega prá lá no líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia, que,

DEPOIMENTO Após os exames dos documentos, a CPMI dos Correios deve convocar Duda Mendonça para prestar novo depoimento, possivelmente na próxima semana. O exame da documentação pelos membros da CPMI foi autorizado por autoridades americanas.

ESCAPARAM Apesar de terem contrariado a norma de que político não deve ir a sambódromo e a campo de futebol, para não correr o risco de ser vaiado, Alckmin e Serra passaram incólume no desfile das escolas de samba de São Paulo. Seus bonecos foram exibidos no desfile da escola Leandro de Itaquera e não receberam uma única vaia. Mas a presença deles não deu sorte. A escola foi rebaixada.

O

prefeito José Serra (PSDB) deve anunciar amanhã se vai entrar na briga para ser candidato à presidência da República, disputando com o governador Geraldo Alckmin, a preferência do seu partido. Serra retorna hoje da Argentina, onde foi descansar durante o feriado de Carnaval. Amanhã, ele deve ter um encontro com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, em São Paulo, quando anunciará sua decisão. A cúpula do PSDB, incluindo Tasso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas, Aécio Neves, deseja que Serra seja o candidato. Mas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também quer ser candidato e continua resistindo às pressões para desistir da candidatura. Depois de se encontrar com Serra, Tasso também terá um encontro com Alckmin. O governador tem dito que se Serra anunciar que será candidato, então o PSDB terá dois candidatos. E aí o partido terá que ampliar as consultas às bases, ao Diretório Nacional, para resolver entre um e outro. A disputa de prévias entre os dois está sendo evitada a todo custo. Quando Alckmin se encontrou com o trio na semana passada, garantiu que não via necessidade de prévias. Tasso quer deixar São Paulo na quin-

drinho político, pode ser resumida por uma frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em conversa com o senador Tasso Jereissati e o governador Aécio Neves: "Esse Geraldinho eu não conhecia." O PSDB quer anunciar seu candidato antes que o PMDB oficialize o seu. Os peemedebistas marcaram prévias para o próximo dia 19. Outro fator que apressou a decisão dos tucanos é a pressão que o PFL vem fazendo nos últimos dias. O vice-presidente do PFL, senador José Jorge, afirmou que Alckmin estava atrapalhando a escolha e por isso deveria desistir da disputa em favor de Serra. Para ele, com Alckmin ficaria impossível para o PFL apoiar o PSDB. A reação dos alckmistas foi imediata. Simpático à candidatura de Alckmin, o vice-líder do PSDB, deputado Affonso Camargo (PR), acusa a cúpula pefelista de ter má vontade com o governador porque o projeto de poder do PFL é outro: eleger o prefeito da capital José Serra e com isso ficar com o controle da prefeitura, já que o vice-prefeito Gilberto Kassab assumiria por quase três anos o controle do município. O vice-governador, Cláudio Lembo também assumiria caso Alckmin fosse o candidato. Mas, nesse caso, o comando seria de apenas nove meses o que interessaria menos ao PFL. (Agências)

Serra passou o Carnaval na Argentina pensando na eleição

ta-feira com o nome do candidato do partido a presidente definido. O presidente do PSDB espera anunciar o nome do candidato até o dia 15. O senador Tasso Jereissati, que iria viajar, acabou passando o Carnaval em Fortaleza disparando telefonemas para vários setores do partido e também dos aliados. Do PFL, Tasso colheu a informação segura de que o também senador Antônio Carlos Magalhães, antes entusiasta da candidatu-

ra Alckmin, aceita Serra como o candidato tucano. O restante do PFL já defendia Serra. Teimoso - O grande problema dos tucanos está em convencer Alckmin de que ele vai ficar fora da eleição presidencial. O governador que antes parecia que iria atender as decisões tucanas, chegando a dizer que era um "soldado do partido", passou a endurecer o jogo. A nova disposição, que lembra em muito a do ex-governador Mário Covas, seu pa-

Patricia Cruz/AE

Joedson Alves/AE

GAROTINHO E RIGOTTO QUEREM EVITAR GOLPE NAS PRÉVIAS DO PMDB

Os dois pré-candidatos do PMDB alertam para manobras que o governo pode fazer para impedir a realização das prévias marcadas para este mês

O

camarote do governo do Rio foi, novamente cenário de articulação política para o pré-candidato a presidente Anthony Garotinho (PMDB), no segundo dia do desfile das escolas de samba do Grupo Especial. Garotinho avisou que se unirá ao governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB) pré-candidato a presidente, e pedirá ao presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), providências para impedir "um golpe" nas prévias da legenda, marcadas para dia 19. Temer deverá visitar o camarote no sábado, quando acontece o desfile das campeãs do carnaval carioca. Ontem, Garotinho afirmou que o senador José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da ala governista, que defendem um possível adiamento das prévias da sigla, não têm maioria na agremiação. "São caciques para poucos índios", afirmou Garotinho. Inicialmente, ele evitou citar Sarney e Calheiros, afirmando que não "nominaria" os adversários. Mas depois, indagado sobre os eles, não hesitou em questionar a postura dos dois, chamandoos de caciques. Sarney e Calheiros articulam o lançamento de uma terceira candidatura para forçar um segundo turno nas prévias. Com isso, haveria tempo para Nélson Jobim se desincompatibilizar da presidência do STF e poder ser o candidado do partido a vice de Lula. Garotinho, que conversou na manhã de ontem com Rigotto, no Palácio das Laranjeiras, na capital fluminense, disse que eles solicitarão ao presidente nacional do PMDB que use advogados do partido para evitar "tentativa de golpes", como considera o adiamento ou esvaziamento da prévia. "Estamos juntos em qualquer situação; eu e ele (Rigotto), vamos manter contato para evitar problemas", disse. Garotinho também afirmou que definida a legenda a presidente, representantes da sigla devem sair da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se o PMDB tiver um candidato, não fica bem ficar no governo, seria uma bigamia. Não fica bem para o Lula nem para o partido", disse Garotinho.

No domingo, primeiro dia do desfile no Sambódromo, Garotinho e a governadora Rosinha Garotinho (PMDB), pré-candidata à reeleição, receberam a visita do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também pré-candidato a presidente, com quem conversaram por alguns minutos, a portas fechadas. O governador do Rio Grande do Sul, que foi esperado por toda a noite de domingo no camarote, apareceu no meio da madrugada, após deixar o espaço da Brahma, mas Garotinho tinha deixado o local. Conhecedores das armadilhas internas, os dois pré-candidatos do PMDB, o ex-governador Anthony Garotinho e o go-

vernador gaúcho, Germano Rigotto, trabalham para garantir a realização das prévias em março. Rigotto tinha inicialmente a simpatia dos tucanos, que viam

na sua candidatura uma forma de atrapalhar as negociações entre o PMDB e o PT. Agora é Garotinho que poderá receber a ajudar do PSDB: preocupados com a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno, os tucanos apostam em Garotinho. Pelas pesquisas, sem Serra e Garotinho, Lula vence a eleição presidencial ainda no primeiro turno. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

quarta-feira, 1 de março de 2006

O QUE VAI MUDAR NO NOVO MINISTÉRIO DE LULA. E QUAIS DEPUTADOS PODEM SER ABSOLVIDOS NA CÂMARA?

LULA TERÁ TRÊS PALANQUES EM PE

E

les estão decididos a disputar o governo estadual. Nenhum quer abrir mão em favor de uma propalada unidade para enfrentar o candidato da União Por Pernambuco, comandada pelo governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). O ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT), o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, deputado federal Eduardo Campos (PSB) e o também deputado federal e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto (PTB) participam da base aliada do presidente Lula e deverão tê-lo em seus palanques. "Não há problema em haver mais de um palanque", conforma-se Humberto Costa. "Como presidente, Lula é do PT, mas também de outros partidos aliados". Embora Eduardo Campos ainda afirme ser cedo para definições, o petista não acredita mais na possibilidade de acordo com os socialistas para o primeiro turno. O importante, no consenso dos lulistas, é que o presidente não dispense o apoio de nenhum dos aliados, especialmente em um Estado onde as pesquisas sempre lhe foram favoráveis. Humberto Costa espera uma espécie de pacto de não-agressão entre os três, no primeiro turno, e de uma estratégia comum de combate ao candidato de Jarbas, o vice-governador Mendonça Filho (PFL). "Esse será o meu esforço", garante Humberto. Eduardo Campos frisou nem ser necessário um pacto de não agressão. "Nunca fomos contra o PT. Mas se a unidade não for possível no primeiro turno, aguardo o apoio do PT no segundo turno". (AE)

posição diferente dos companheiros de partido. Irritado, Biscaia criticou a conduta dos petistas, e disse que tudo indica que existe mesmo um acordão partidário para salvar alguns. "É lamentável que petistas tenham votado pela não punição do Wanderval, quando na realidade nem se discutia aqui o mérito. Estou preocupado e acreditando que existe mesmo um acordo para salvar alguns da cassação. Chega! Tudo tem limites!", protestou Biscaia. Apesar da pressão do PT e do PL, o recurso de Wanderval foi rejeitado por 21 votos a 10 e sua cassação deve ser votada em 15 de março no plenário. O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), rejeita a tese do acordão: "Não houve orientação do partido para a votação do recurso na CCJ. Não existe acordão.

acontecer. Surpreendeu demais e provocou certa revolta no Conselho", disse Izar. Petista denuncia - As suspeitas de que muitos poderão ser salvos da degola na votação secreta do plenário cresceram com o comportamento do PT e PL — dois dos partidos envolvidos no escândalo — na votação de um recurso do deputado Wanderval Santos (PL-SP) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por várias semanas PL e PT obstruíram a votação do recurso, que tentava impedir a ida do pedido de cassação do ex-bispo da Igreja Universal ao plenário. Na votação do parecer da deputada Denise Frossard (PPS-RJ), contrário ao recurso de Wanderval, todos os petistas votaram pela rejeição, o que levou o presidente da CCJ, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), a votar para marcar

Relatório final da CPMI dos Correios fica para 20 de março Processo contra ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha deve ser votado semana que vem

Delúbio

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

Galeria de personagens

Jefferson

Duda

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

O presidente só acertou um nome até agora: o de Tarso Genro, que deixou o Ministério da Educação para fazer a transição no PT, no auge da crise política. A conversa definitiva com o petista gaúcho foi na viagem da última semana. "O presidente disse que ele gostaria de contar comigo na sua equipe ministerial, certamente nas funções políticas. Mas não me disse em qual ministério", diz Tarso. Tarso poderia assumir a pasta de Relações Institucionais, se o ministro Jaques Wagner sair para disputar o governo da Bahia. Mas Lula resiste a liberar Wagner. Sabe que uma das dificuldades é que Tarso não teria o mesmo traquejo para lidar com o Congresso. Viagens - Lula retoma as negociações logo depois do Carnaval, mas as decisões só vão ficar mais claras depois de novas viagens ao exterior. Ele irá à Inglaterra entre os dias 6 e 8, quando será recebido pela rainha Elizabeth e depois vai à posse da presidente do Chile, Michelle Bachelet, no dia 11. As mudanças só serão anunciadas no fim de março, sem estardalhaço. Uma das dúvidas, além de Wagner, é a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela é uma opção do PT para disputar o governo do Acre, depois de dois mandatos de Jorge Viana. Mas só deverá sair e se candidatar se a Justiça Eleitoral decidir — uma consulta está em curso — que o senador Tião Viana, irmão de Jorge, não poderá concorrer ao cargo. Uma saída incomoda mais ao presidente Lula: a do ministro da Saúde, Saraiva Felipe, do PMDB. Não por seu desempenho, mas pelo fato de ele trabalhar para ser o vice do governador tucano Aécio Neves. Lula tenta neutralizar essa ação incentivando o ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB, a ser candidato ao governo de Minas. Teria um palanque forte no estado e impediria Saraiva de compor com o PSDB. Mas Hélio Costa resiste. (Agências)

Professor Luizinho, João Paulo Cunha e Roberto Brant serão salvos?

Não levantamos suspeitas quando os tucanos votaram pela absolvição do Brant, que foi ministro do FHC. Os processos de cassação devem ser analisados sem referência partidária.' O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) credita a possibilidade de novas absolvições a um certo relaxamento da opinião pública. "Não por coincidência podem ser absolvidos os mais prestigiados, que exerceram cargos importantes na Casa. Isso é uma afronta ao Código de Ética, já que a avaliação é feita de acordo com o status do parlamentar. Como já se dizia no Império, quem rouba pouco é ladrão e quem rouba muito é barão", diz Alencar. Sacrificado - Mas o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que foi relator do caso de Dirceu, não acredita que figurões do PT, como João Paulo Cunha e Luizinho, escapem. "Se o presidente Aldo Rebelo mantiver a decisão de fazer duas votações por dia, o segundo certamente será sacrificado. No caso do Brant, se for confirmada a tendência e ele for absolvido na primeira votação, e o Luizinho vier em seguida, está morto, a segunda votação não pode absolver— avalia Delgado, se referindo aos julgamentos de Brant e Luizinho, marcados para o dia 8 no plenário. Fora da lista das prováveis absolvições, o deputado José Mentor (PT-SP) abordou o deputado Benedito de Lyra (PP-AL), integrante do Conselho, no corredor das comissões, para saber de suas chances de escapar no Conselho. A resposta do amigo foi desanimadora. "Você tem que se mexer, do contrário, sua cassação será aprovada com mais votos que a do João Magno..."(AG)

AG/Arquivo/29-11-2005

om o crescimento das chances de reeleição d o p re s i d e n t e L u i z Inácio Lula da Silva, a reforma ministerial prevista para o fim de março deve ser bem menor do que chegou a ser cogitada no fim do ano passado pelo núcleo do governo. O fortalecimento de Lula nas pesquisas de intenção de voto deve segurar um grupo de ministros que cogitava deixar o Executivo para tentar um mandato parlamentar. As mudanças podem ficar restritas a seis ou sete pastas. Os que forem disputar a eleição terão que deixar os cargos atuais até 31 de março. Os substitutos - O próprio Lula está chamando a reforma de “substituições”, e agora, após o carnaval ,vai acelerar as conversas a respeito. O presidente argumenta que não quer um “ministério fraco ou esvaziado” porque o governo é que será julgado nas eleições. A intenção de Lula é só incentivar candidaturas de ministros para os governos estaduais, o que fortaleceria o palanque da reeleição. A avaliação política hoje é que só devem disputar aqueles com chances reais de vitória ou onde a presença do PT seja indispensável. Por isso, nomes como Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Walfrido Mares Guia (Turismo), que poderiam concorrer a deputado federal, devem ficar no governo. Walfrido (PTB) já comunicou sua decisão ao presidente. O presidente já começou as consultas, que serão ampliadas após o carnaval. Tem conversado com freqüência com o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, que deixará o governo e sua tão sonhada obra de transposição do Rio São Francisco. A versão oficial é de que ele vai disputar um mandato de deputado federal pelo Ceará, para ajudar o PSB a fazer uma boa bancada. Mas Ciro fica mesmo como reserva técnica, podendo ser o vice na chapa de Lula se o PT não conseguir atrair o PMDB no primeiro turno.

Alan Marques/Folha Imagem

AE/Arquivo/25-08-2005

MINISTROS NÃO QUEREM MAIS SAIR DO GOVERNO C

Leonardo Rodrigues/Digna

AE/Arquivo/06-07-2005

a terça-feira de Carnaval para pescar de novo na Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro. À noite, voltou para Brasília.

Alan Marques/Folha Imagem

AE/Arquivo/11-08-2005

À DERIVA – O presidente Lula (sentado no barco) aproveitou

FAVORITOS PARA ESCAPAR DA CASSAÇÃO

Sérgio Dutti/AE

Fernando Quevedo/Agência O Globo

Q

uase três meses depois da absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), em dezembro, o plenário da Câmara volta a julgar dentro de dez dias outros acusados de favorecimento do valerioduto Esperase que quatro ou cinco deputados envolvidos no escândalo do mensalão sejam absolvidos, contrariando a recomendação de cassação do Conselho de Ética. Até deputados petistas acreditam na existência de um acordo para livrar parlamentares da cassação do mandato. Pelo menos essa é a espectativa de integrantes do Conselho, inclusive seu presidente Ricardo Izar. Os preferidos - Na lista dos que podem se salvar no plenário estão os petistas João Paulo Cunha (SP) e Professor Luizinho (SP), o pefelista Roberto Brant (MG) e o presidente do PP Pedro Corrêa (PE). São deputados que já exerceram forte influência na Casa ou têm vários mandatos, o que significa muitos amigos. Principalmente em caso de votação secreta, como serão julgados no plenário. João Magno (PT-MG), que não é influente e é novato, também é citado pelos conselheiros com chances de escapar no plenário, por causa de algumas semelhanças de seu caso com o de Brant. Izar acredita que o plenário confirmará a maioria dos relatórios apresentados pelo Conselho, entre os 13 casos apreciados, mas tem consciência de que um grupo será beneficiado pela absolvição, como já ocorreu com Queiroz. "A tendência é que o plenário acompanhe o Conselho, com três ou quatro exceções. Sobre o resultado do plenário, depois da absolvição do Romeu Queiroz, a gente não sabe o que pode

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

A CPMI decidiu convocar para depor o ex-assessor especial da Casa Civil Marcelo Sereno para explicar as relações dele com corretoras e dirigentes de fundos de pensão. Nos dois primeiros anos do governo do presidente Lula, Sereno, que já depôs na CPI dos Bingos, foi braço direito do exministro e ex-deputado José Dirceu (PT).

O PT protocolou nova representação pedindo a cassação do mandato do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) por quebra de decoro. A intenção do PT é evitar a possibilidade de o conselho anular o processo contra Onyx por suspeitas sobre a autenticidade da assinatura de Tarso Genro. Segundo a polícia, a assinatura é falsa.

O senador Efraim Morais (PFL-PB) disse que os trabalhos da CPI podem ser prorrogados além da data-limite já fixada de 25 de abril. A extensão do prazo pode ocorrer caso não sejam resolvidas pendências como certos depoimentos e quebras de sigilo. Para a prorrogação, são necessárias as assinaturas de 27 senadores.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 5

CARNAVAL 2006

Antonio Gauderio/Folha Imagem

Ernesto Rodrigues/AE

Retorno: movimento intenso na altura do km 34 da Imigrantes

Lentidão na volta do paulistano

O Integrantes da Império de Casa Verde comemoram o bicampeonato na quadra da escola: mesma pontuação da Vai-Vai, mas melhor evolução

Império é bicampeã. Gaviões da Fiel cai. Escola faz 298,25 pontos. Com a mesma pontuação, a Vai-Vai perdeu o título no quesito evolução. Camisa Verde e Branco, Leandro de Itaquera, Acadêmicos do Tatuapé e Gaviões da Fiel – que ameaça não desfilar mais no Carnaval de São Paulo – foram rebaixadas. Antonio Gauderio/Folha Imagem

N

a m a n h ã d e o ntem, os 30 jurados da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo foram unânimes e consagraram, pelo segundo ano consecutivo, a escola de samba Império de Casa Verde a campeã do Carnaval paulistano, com o total de 298,25 pontos, no Sambódromo do Anhembi. Com a mesma pontuação, a escola de samba Vai-Vai ficou em segundo lugar. Para o desempate foi utilizado o critério evolução. O terceiro lugar ficou com a Mocidade Alegre, com 298 pontos. As demais, na seqüência, foram Unidos da Vila Maria, Rosas de Ouro, X-9 Paulistana, Águia de Ouro, Acadêmicos do Tucuruvi, Tom Maior, Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde. Foram rebaixadas ao grupo de acesso a Camisa Verde e Branco (287), Leandro de Itaquera (286,50), Acadêmicos do Tatuapé (284,50) e Gaviões da Fiel (283,50). Depois do rebaixamento, a diretoria da Gaviões chegou a afirmar que não desfilará mais no Carnaval de São Paulo. Como protesto, os integrantes da escola se retiraram do Sambódromo antes da conclusão da apuração. Mais tarde, Wellington Rocha Júnior, presidente da Gaviões, disse que vai reavaliar a decisão da escola de não mais desfilar em São Paulo. No início de abril a Liga deverá se reunir para prestar contas do Carnaval e para definir a situação do Grupo das Escolas de Samba Esportivas. Com quatro escolas do grupo especial rebaixadas, duas do grupo de acesso subiram e, no próximo ano, desfilarão no time especial. São a Imperador do Ipiranga e Pérola Negra. A Mancha Verde já entrou vencedora na passarela, pois disputou sozinha na categoria Grupo das Escolas Esportivas. Desfile das campeãs -O desfile das campeãs será nesta sexta, a partir das 22h, no Sambódromo. Os ingressos começam a ser vendidos hoje nas bilheterias do Anhembi ou pelo telefone (11) 2191-6900, das 9h às 18h. Os preços, com desconto de 50%, variam de R$ 20 a R$ 45 (arquibancadas), de R$ 70 a R$ 150 (cadeiras de pista), de R$ 350 a R$ 750 (mesas de pista), de R$ 4.320 a R$ 6.900 (camarotes para 10 pessoas) e de R$ 8.640 a R$ 13.200 (camarotes para 25 pessoas). (Da Redação) Mais Carnaval na página 8

retorno do feriado prolongado exigiu paciência dos paulistanos que deixaram a capital para curtir o carnaval. Foram registrados trechos de lentidão nas rodovias Anchieta, Imigrantes, Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Nas rodovias Imigrantes e Anchieta, a "operação subida" começou às 11h de ontem, com previsão para terminar às 3h de hoje. Elas operaram no esquema 2X8, com subida pelas duas pistas da Imigrantes e pela pista norte da Anchieta – a outra foi usada para descida. A Imigrantes registrou a passagem de cerca de oito mil veículos por hora desde as 12h de ontem e o tráfego ficou bastante lento entre os quilômetros 28 e 32 por causa da quebra de uma carreta, que gerou congestionamento de até sete quilômetros. Dos 487 mil carros que desceram a serra, 322 mil já haviam retornado até o início da noite de ontem. A previsão é de que o movimento se prolongue até o fim do dia de hoje.

A rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, também registrou tráfego carregado no final da tarde de ontem. Foi dada atenção especial à rodovia, pois no sábado houve um congestionamentomonstro de 70 quilômetros no sentido São Paulo-Curitiba. Na Rio-Santos e na Tamoios o fluxo de carros foi considerado acima do normal. Uma fila se formou entre São Sebastião e Caraguatatuba desde o começo da manhã. De tarde a situação piorou. Por volta das 18h, cerca de 36 veículos subiam a serra por minuto na rodovia dos Tamoios, enfrentando lentidão e carros quebrados. Já a Raposo Tavares registrou 3 quilômetros de congestionamento no sentido São Paulo, entre os km 45 e 42. Na Anhangüera e na Bandeirantes, movimento intenso, mas sem congestionamento, assim como na Dutra e na Fernão Dias. A previsão é de que haja grande concentração de veículos nas duas primeiras entre 10h e 12h de hoje. (Da Redação)

Ó RBITA

MATARAZZO ASSALTADO secretário das Subprefeituras da Prefeitura de São Paulo e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, foi assaltado na manhã de ontem na rua Espanha, região dos Jardins. Matarazzo caminhava com a mulher por

O Integrantes da Gaviões da Fiel: revolta contra a comissão julgadora e ameaça de não desfilar mais

Escola apostou no luxo ano passado, a Império fez bicampeã Império de Casa Verde apresentou o um desfile bonito no A Sambódromo. Além das desfile mais luxuoso do Carnaval paulistano. Também foi com garra que a escola superou as falhas de som que ocorreram durante o desfile, no qual os componentes tiveram de usar a garganta, em determinados momentos, para segurar o enredo Do boi mítico ao boi real - De Garcia D'Avila na Bahia ao Nelore - O boi que come capim A saga da pecuária no Brasil para o Mundo, que abordou a história do boi no País, na pecuária, na cultura e religião. Os grandes carros alegóricos chamavam a atenção de todos na pista e um deles trazia um imenso tigre, símbolo da escola. Com 3.900 componentes distribuídos em 26 alas e uma comissão de frente que ensaiou desde setembro do

alegorias, quem também levantou a platéia foi a imperatriz de bateria e dançarina Sheila Mello. E mais: um japonês sortudo também mereceu confetes do público. Trata-se do mestre-sala Miyoshi Tsubasa, que pela primeira vez desfilou em uma escola de samba brasileira e já pôde comemorar a vitória. Fundada em 1994, na zona norte, a Império ficou nove anos no grupo de acesso. Subiu ao especial em 2005 com o enredo Se Deus é por nós, quem será contra nós e venceu. Neste ano, repetiu a dose da vitória com uma homenagem ao boi nelore, o que também lhe rendeu patrocínio dos criadores dessa raça. (Da Redação)

volta das 11h, quando foi abordado por uma dupla armada com pistolas automáticas. Os bandidos levaram somente um relógio do casal. O secretário registrou boletim de ocorrência no 78.º Distrito Policial (DP). (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

1 Barras de chocolate para fazer ovos e artigos para decoração de Páscoa já são atrativos na 25 de Março.

MOVIMENTO FOI GRANDE NA SEGUNDA-FEIRA. CONSUMIDORES APROVEITARAM FOLGA PARA COMPRAR.

FOLIA DE VENDAS NOS SHOPPINGS S Fotos: Paulo Pampolin/Hype

amba, suor, cerveja e... dade, a Marginal Tietê e a Avecompras, muitas com- nida 23 de Maio. Além disso, pras. Em pleno Carna- temos a vantagem de captar o val, o paulistano refor- público das feiras do Expoçou a tese de que shopping é a Center Norte", afirmou. No litoral — O gerente da sua verdadeira praia. "Essa é a melhor segunda-feira do ano. l o j a M M M á r m o r e s , L u í s Muitas pessoas não viajaram e Eduardo Martins, do Litoral aproveitaram o feriado para P l a z a S h o p p i n g , n a P r a i a passear e, principalmente, Grande, também se surpreengastar", disse Mércia de Cas- deu com o movimento. "As tro, gerente da Barred's, no pessoas lotam as praias de maShopping Center Norte. A loja nhã e as lojas, à tarde", disse. Com dificuldade de transitar de moda feminina oferece desconto de 50% em todos os pro- pelos corredores do Litoral Pladutos. Mércia aproveitou o fe- za, Reginaldo Regina Júnior, riado para fazer o bazar. "Sabe- dono da loja Mercado da Informática, no Shopmos que o públiping Light, no co nesses dias c e n t ro d e S ã o tem o consumo Paulo, passeava como meta, e como consumin ã o a p e n a s o Essa é a melhor segunda-feira do dor. "Preferi vir passeio." descansar na A julgar pelo ano. Muitas pessoas praia a abrir mimovimento da não viajaram e nha loja no Carunidade do Bonaval. Como o ticário do shop- aproveitaram o Shopping Light ping, a explica- feriado para passear não oferece neção faz sentido. e gastar O responsável Mércia de Castro, nhum atrativo a pela loja, Thiagerente da Barred's mais, como cinema, nosso públigo Serpa, afirmou que o movimento co- co fica restrito às pessoas que meçou fraco, mas ficou in- moram no centro da capital. O tenso após o meio-dia. "As movimento é fraco em feriados vendas estão muito acima prolongados", afirmou. De fato, o Shopping Light esdo esperado", disse. O gerente da loja de bolsas teve vazio na segunda-feira. Tiara, Carlos Eduardo Men- Também o Shopping Metrôdonça Soares, também come- Tatuapé não teve bom movimorou. "A folia do comercian- mento. "Esse é o nosso primeite se faz com as portas das lojas ro Carnaval, pois a loja é nova. abertas. O fluxo de vendas está Mas a segunda-feira esteve tão tão favorável que só perde pa- fraca quanto o domingo. Talvez no próximo ano o melhor ra os sábados", disse. Segundo Soares, o shopping seja fechar as portas e deixar o Center Norte tem a seu favor a Carnaval seguir na avenida", localização. "Estamos próxi- disse a dona de franquia da remos ao Anhembi, onde desfi- de de lojas de roupa Bunny's, lam as escolas de samba, e das Bárbara Lopes Parisi. principais vias expressas da ciAna Laura Diniz

No shopping Center Norte, na Vila Guilherme, movimento de consumidores foi intenso na segunda-feira. Lojistas comemoraram vendas.

Na loja de moda feminina Barred's, descontos atraíram clientes

25 de Março já se prepara para a Páscoa

oelhinhos de pelúcia, fitas decorativas, cestas de vime. A Páscoa já movimenta o mercado das lojas de embalagens da região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo. "Temos projeção de crescimento em torno de 12% com relação ao ano passado", disse Pierre Sarruf, diretor do Rei do Armarinho, um dos estabelecimentos da região. Como muitas das lojas do centro paulistano vendem produtos para decoração importados, a maioria delas espera aumentar o lucro com a desvalorização do real frente ao dólar. O Rei do Armarinho vai receber na próxima semana

C

aproximadamente dois contêineres de produtos importados para a Páscoa. As confeiteiras agradecem. Rosiméia Rafael, por exemplo, ganha dinheiro extra na Páscoa com a venda de ovos de chocolate. "É bom começar a fazer os chocolates com pelo menos 30 dias de antecedência", explicou. "Minha estimativa é de que venderei 150 ovos neste ano", afirmou. "Kit cesta" — Na Albano Embalagens Especiais, é possível comprar formas para fazer ovos de Páscoa e um "kit cesta" com um saco transparente para ovo, toalha para forrar o saco, uma trança para decorá-lo e um laço com a figura de um

Milton Mansilha/LUZ

Expectativa dos lojistas é de crescimento das vendas em relação a 2005, em especial pelo dólar em baixa

coelho. "Nosso estoque está quase completo, só faltam os coelhos importados que devem chegar até o dia 10", disse Railde Batista dos Santos, responsável pela loja. "Esperamos vender mais neste ano do que em 2005, o que é muito bom porque costumamos vender mais na Páscoa do que no Natal", contabilizou Railde. Já a Matsumoto está com o estoque de produtos para Páscoa completo. Nas prateleiras da loja há fitas decorativas, coelhinhos de tecido e resina, ovos para decoração, caixas decoradas, papel de embrulho e barras de chocolate. "Importamos um número suficiente de produtos para decoração.

Só compraremos mais fita e papel de embrulho se acabar o estoque", disse o gerente Roberto Eustáquio, que também espera crescimento. Desde janeiro, a Lara´s Embalagens colocou à venda papéis para embrulho, etiquetas, formas para fazer chocolates, sacos-embalagens e palha para decoração, entre outros. Segundo o gerente Adauto Dantas Ximenes, restam chegar apenas coelhos e carrinhos de madeira. "Acredito que apenas não teremos um desempenho melhor do que em 2005 porque não venderemos barras de chocolate para a confecção de ovos de Páscoa", disse. Laura Ignacio

De acordo com lojistas, o público não foi apenas passear no feriado


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Nacional Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

CRIADOR DO ORKUT VEM A SP FALAR DE NEGÓCIOS

Cerca de 600 pastéis são vendidos diariamente na Shangai.

COMEÇA NO PRÓXIMO DIA 15, NO ANHEMBI, O 10º CONGRESSO MUNDIAL DE JOVENS EMPREENDEDORES

PONTO DE ENCONTRO PARA NEGÓCIOS Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Iazzetta: financiamento para os interessados em firmar parcerias

Lin Fon Kam, da Pastelaria Changai, vende cerca de 600 pastéis por dia e guarda a sete chaves a receita

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egócios à vista. Mais de 250 empresários de pequeno, médio e grande porte escolhidos a dedo por áreas de atuação em 70 países estarão reunidos no 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores, que começa dia 15 e vai até 17 de março próximo, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. Criado no Canadá em 1993 e realizado pela primeira vez no Brasil, o evento faz parte das conferências globais da ONU e pretende repetir aqui a experiência bem sucedida em outros sete países. Neles, as empresas apresentam seus produtos, serviços e novas tecnologias para empresários locais com foco na realização de negócios, busca de parcerias e troca de informações de toda ordem. A maioria dos participantes que virá ao Brasil já obteve resultados comerciais nos congressos anteriores, explicou Maurício Iazzetta, coordenador do 10º Congresso. A ONU montará dentro do evento uma plataforma de negócios para gerar um ambiente propício à aproximação dos empreendedores. Mas não pára por aí. Estarão presentes organismos internacionais de financiamento para identificar necessidades das empresas de todos os tamanhos que pretendam estabelecer qualquer tipo de parceria. "Se uma empresa da Índia, por exemplo, resolve fazer uma j oi nt venture com uma brasileira e

faltam recursos para uma delas, a instituição pode entrar para financiar o fechamento do negócio", explicou. Segundo Iazzetta, a ONU o rg a n i z a u m a e s p é c i e d e shopping center dos setores industrial, comercial, tecnológico, de turismo e serviços em geral. "Esse mix espelha as várias regiões do mundo, de países emergentes, em desenvolvimento e desenvolvidos", disse. Ou seja, estarão reunidos empreendedores de países como o Paquistão, China, Chile, México, Coréia, Turquia e Índia, entre outros. O criador do Orkut, Orkut Buyukkote; o presidente da

World Travel and Tourism Council, Jean-Claude Baumgarten, e o presidente da Guomei Eletronic Company, da China, Huang Guang Yu, são apenas alguns dos empreendores mundiais de sucesso que deverão estar no 10º World Summit of Young Entrepreneurs (WSYE), como é conhecido internacionalmente. Mas a participação de pequenas e médias empresas sempre foi uma marca dos congressos. "Elas são uma forma de dar oportunidades para todo empreendedor de talento disposto a avançar nos negócios", resumiu Iazzetta. Sergio Leopoldo Rodrigues

As boas comidinhas escondidas de São Paulo

O

“Hambúrguer do Seu Osvaldo” não tem qualquer placa que o identifique como lanchonete, nem telefone ou, ao menos, um cardápio improvisado. Mas é daqueles lugarzinhos preciosos, que se escondem em alguma rua obtusa, difíceis de se encontrar por aí. Tem ares de família, nada de frescura, preço em conta e uma comidinha deliciosa. No bairro do Ipiranga, seu Osvaldo – como é conhecido Osvaldo Paolacchi – é quase tão popular quanto o Museu Paulista. A propaganda é feita boca-a-boca – o jeito mais antigo, e um dos mais eficientes, de divulgação. Na lanchonete estreita, diversos clientes se enfileiram em banquinhos, de frente para um balcão surrado – o mesmo de 39 anos atrás, quando seu Osvaldo abriu o negócio. "O hambúrguer é fininho, bem temperado, sem gordura e o molho de tomate é fora de série", diz a estudante Amanda Garcia. Ela freqüenta a lanchonete desde criança, trazida pela mãe, que também cresceu apreciando o sabor do bom hambúrguer. "Nem a minha esposa conhece as receitas do molho de tomate e da maionese que acompanham os lanches", conta seu Osvaldo. "Mas um dos meus segredos é o atendimento, e isso é tudo o que posso falar". Simpatia, tradição, simplicidade e muito capricho no preparo das comidinhas são ingredientes indispensáveis para que o lugar se torne tão especial. "A maior graça é que esse é um cantinho autêntico de verdade", diz o advogado Eduardo Tadeu Gonçales. "Se ele reformar o ambiente ou trocar os funcionários, tudo

O hamburguer do seu Osvaldo faz sucesso no bairro do Ipiranga

vai perder o encanto, mesmo que a receita do hambúrguer seja mantida", aposta. Pastel — Que o diga o chinês Lin Fon Kam Paulo, que há 50 anos prepara a mesma receita de pastel, no mesmo endereço e na companhia dos mesmos azulejos amarelos. Na pastelaria Changai, os sabores são tradicionais: carne, queijo e palmito. Todos servidos com caldo de cana ou refrigerantes, em copo americano. "Só eu sei os temperos e ingredientes especiais que uso no meu pastel", diz ele. A massa não é frita na hora, mas algumas poucas de cada vez. "Dá tempo de a gordura escorrer e o pastel fica bem sequinho até o cliente chegar", conta o comerciante. Ele vende cerca de 600 pastéis por dia. Um deles sempre é para a cliente Fátima Nassif. "Não fico sem o pastel daqui", assegura. Há quem diga que a boa massa de Paulo foi a responsável pelo fechamento de uma unidade do McDonald’s, aberta quase na frente de sua pastelaria, na Praça da Árvore, há três anos.

Sorvetes — É testando novos sabores pelo Brasil e aprimorando o jeito de fazer sorvete que Anatolie Soroko dá o ponto certo no gelado servido na pequena e mais famosa sorveteria da rua Augusta, a que leva o sobrenome do dono. "Aqui não precisamos de fórmula para fazer o sorvete", diz Soroko, que deixou o trabalho de economista para investir no mundo da guloseima. "Minha esposa, a Maria Regina, experimenta qualquer sabor e dá o ponto pelo paladar". E, entre combinações de frutas e cremes, já são 400 os sabores que se alternam no balcão. É a família que toma conta de tudo, da limpeza ao atendimento. "Quando alguém deixa o sorvete na taça vou lá perguntar porque isso aconteceu. Quero saber do que o cliente gosta e do que não gosta, para fazer cada vez melhor", diz Soroko. É o caso dos sabores à base de leite de soja – sugestão de uma freguesa e, hoje, o preferido dos clientes. "Venho porque adoro o ambiente e o sorvete é cremoso, saboroso demais", diz o ator Oliver Filho. O preço também é justo: "ganho na quantidade porque vendo mais barato, e mantenho a casa sempre cheia", diz Soroko. “O segredo é fazer o sorvete como se fosse para minha família, e servir com a mesma vontade, todos os dias." Sonaira San Pedro

SERVIÇO Hambúrguer do Seu Osvaldo Rua Bom Pastor, 1659 – Ipiranga Pastelaria Changai Rua General Serra Martins, 23 Praça da Árvore Sorveteria Soroko Rua Augusta, 350 – Bairro de Cerqueira César

Anatolie Soroko largou a economia para se dedicar à produção e comércio de sorvetes


quarta-feira, 1 de março de 2006

Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BRASIL PODE SE TRANSFORMAR EM PARAÍSO FISCAL

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milhões de pessoas, segundo a Caixa Econômica Federal, fizeram operações de penhor de bens em 2005

NO CASO DE EMPRESAS MAIS NOVAS, MOTIVOS PARA QUEBRA SÃO LIGADOS À INEXPERIÊNCIA DO EMPRESÁRIO

NOVA LEI REDUZ NÚMERO DE FALÊNCIAS Marcos Fernandes/LUZ

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

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Cliente leva jóias a posto de penhor da Caixa: juros mais baixos são um dos atrativos desse tipo de crédito

Penhor pode parecer antigo, mas ainda atrai muita gente

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arece uma prática ultrapassada, mais ainda há muita gente "botando no prego" seus bens preciosos. A procura por esse tipo de empréstimo – o penhor – é expressiva a ponto de a Caixa Econômica Federal destinar neste ano R$ 5,5 bilhões para essas operações, um volume 30% superior ao liberado em 2005. Para se ter uma idéia, no ano passado, quase oito milhões de pessoas optaram por essa linha de crédito. O segredo do sucesso dessa antiga modalidade de crédito – antiga mesmo, pois era usada pelos escravos para comprar sua alforria – é a simplicidade. Basta ter o que penhorar para voltar para casa com o dinheiro no bolso. Os baixos juros também atraem. Eles variam de 2,6% (para empréstimos até R$ 300) a 3,25% (para valores superiores a R$ 300) ao mês. No micropenhor, para quem não tem saldo médio acima de R$ 1 mil, os juros são de 2% ao mês. Os juros de empréstimos tradicionais variam entre 5% e 7%. Segundo Silvio Renato Gomes, gerente de mercado da Caixa, o perfil dos tomadores tem se diversificado . Hoje, 33% dos clientes são autônomos e mais da metade têm entre 35 e 50 anos. "A classe média cada vez mais procura o penhor. A verdade é que quanto mais o tempo passa mais esse tipo de crédito se desmistifica. Hoje há quem procure o penhor para fazer capital de giro, e não apenas para pagar dívida", afirma Gomes. Dívidas – Ainda assim, pesquisa da Caixa mostra que 70% dos tomadores desse tipo de crédito precisam do dinheiro para saldar dívidas. Na semana passada, sentada em meio a muitas outras pessoas no posto de penhor da Caixa na Avenida Paulista estava Maria Helena da Silva, de 54 anos. Licenciada há três anos do trabalho por problemas médicos, ela diz que há mais de um ano usa as jóias que guardou a vida toda para garantir meios para pagar suas dívidas. Maria Helena conta que teve de fazer a opção pelo penhor depois de ter o auxílio-saúde do INSS suspenso. "Eu ganhava R$ 1,2 mil todos os meses, dinheiro que usava para comprar remédios. Não posso ficar sem eles, por isso tomo empréstimos de parentes e amigos e venho à Caixa penhorar minhas jóias para pagar essas pessoas que me ajudam." De acordo com o gerente de mercado da Caixa, o valor médio dos empréstimos obtidos por meio de penhora é R$ 238.

A aposentada Eunice Mello, de 74 anos, conseguiu um pouco mais. Os R$ 1,4 mil que obteve com jóias da família serão usados para saldar dívidas da irmã. "Às vezes é duro entregar nas mãos de outros um patrimônio que está na família há anos. Mas, por outro lado, entre ficar guardado em casa e no banco, é mais seguro no banco", acredita Eunice. A Caixa pretende ampliar os postos de penhores. Hoje são 388 e até o fim do ano devem ser 460. No Estado de São Paulo, a previsão é de abertura de 15 postos de penhor, que vão se somar aos 81 já existentes. Leilão — Os bens que não são resgatados vão para leilão. Os últimos leilões de jóias do penhor da Caixa, feitos em dezembro de 2005, movimentaram R$ 18,1 milhões. Nesses leilões foram disponibilizados cerca de 21 mil lotes de jóias, avaliados em R$ 15,4 milhões. Do total ofertado, foram arre-

matados 12 mil lotes, que geraram os R$ 18,1 milhões. Qualquer pessoa maior de 21 anos pode obter o empréstimo penhorando bens, que podem ser jóias, pedras preciosas e objetos de metais nobres, como prata ou ouro. O empréstimo não é garantido: vai depender da classificação dada aos bens pelos profissionais que os avaliam. O prazo de carência para pagar o empréstimo é de 30, 60, 90 ou 120 dias. A amortização do empréstimo é feita de uma só vez, mediante o pagamento integral da dívida para o resgate do bem penhorado. O cliente pode antecipar o resgate, com direito a um desconto proporcional dos juros. O devedor pode renovar o contrato, pagando juros antecipados, seguro, taxa administrativa e imposto. É possível também abater uma parte da dívida ou aumentar o valor do empréstimo. Renato Carbonari Ibelli

Auditores da Receita contra a isenção para estrangeiros

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Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) continuará nas próximas semanas uma campanha para convencer parlamentares a votar contra a Medida Provisória nº 281. Publicada há quase duas semanas, ela isenta de impostos as compras de títulos do governo brasileiro por investidores estrangeiros. Para os auditores, o mecanismo transforma o Brasil em um "paraíso fiscal do capital estrangeiro". A expressão é da diretora de Estudos Técnicos do Unafisco, Clair Hickmann. De acordo com ela, a medida provisória cria tratamento desigual entre

rendimentos do capital e rendimentos do trabalho. Ou seja, os trabalhadores continuariam pagando altos impostos (cerca de 27% dos rendimentos) e os investidores externos passariam a lucrar ainda mais com as movimentações isentas de taxas e impostos. "Essa medida provisória não pode ser transformada em lei pelo Congresso porque reforça o privilégio de quem vive de renda de capital, estimula a saída de capitais nacionais e a fuga de tributos para o exterior", diz Clair. "Além disso, ela ainda contribui para desvalorizar o dólar, o que desestimula as exportações." (ABr)

ntre 30 e 40 falências de empresas são decretadas todos os meses na cidade de São Paulo. São companhias que por diversos motivos não conseguiram pagar seus credores e acabaram na lista de "mortes comerciais" da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). E o número já fui muito maior. De acordo com o economista do Instituto Gastão Vidigal, Emílio Alfieri, no final da década de 1990, entre 130 e 140 falências eram decretadas todos os meses. "Na época, a cotação do dólar estava equiparada ao do real e os empresários enfrentaram uma enxurrada de concorrência de produtos importados, além do juro alto", diz. Mas a situação está melhorando. Em junho passado entrou em vigor a nova lei de falências e, com ela, o número de decretações caiu mais de 20%. Em janeiro, só 14 empresas tiveram a falência decretada. Segundo o advogado Charles Gruenberg, especialista em direito comercial, antes da nova lei, quem preenchia os requisitos legais podia pedir concordata, mas isso não significava que conseguiria pagar os credores. "Usualmente, ficava determinado que a empresa teria que pagar 40% da sua dívida no primeiro ano e 60% no segundo ano. Muitos empresários não conseguiam e faliam", explica. Hoje, a companhia pede recuperação judicial e apresenta uma proposta aos credores, que aceitam ou não.

Na década de 1990, o dólar estava equiparado ao real e os empresários enfrentaram uma enxurrada de concorrência de produtos importados Emílio Alfieri Morte anunciada – Entre as que não sobrevivem, a maior parte (56% segundo o SebraeSP) fecha em até cinco anos de atividade. A principal razão para essa falência prematura é a falta de comportamento empreendedor dos proprietários. De acordo com o coordenador de Pesquisas Econômicas do Sebrae-SP, Marco Aurélio Bedê, apenas 13% das pessoas que abrem uma empresa são antigos proprietários de outra. "A maioria são ex-empregados que decidem se aventurar e

não sabem definir metas e objetivos ou mesmo buscar apoio de terceiros", diz. A segunda maior razão de falências também está ligada à inexperiência: falta planejamento. "É fundamental que o futuro empresário pesquise demanda, concorrentes, localização e custos", diz Bedê. Outro problema é a falta de gestão empresarial. Os novos proprietários simplesmente não sabem calcular despesas e fazer fluxo de caixa. Para ajudá-los, o Sebrae mantém, em todas as suas unidades, palestras com temas específicos – por exemplo, legislação trabalhista e cursos de gestão empresarial, fluxo de caixa e atendimento ao cliente, entre outros. Da mesma forma, a ACSP mantém programas de apoio aos empresários, com cartilhas e palestras. No que diz respeito a companhias antigas, os motivos para a falência são mais variáveis, mas em grande parte estão ligados a disputas familiares. "Muitas vezes o pai que abriu a empresa morre e seus filhos não sabem tocar o negócio, ou querem disputar poder." Outro aspecto comum na falência de companhias antigas é a desatualização. "Pessoas que têm um negócio há anos negam-se a instalar softwares de gestão e outras tecnologias ou a adaptar seus processos. Conclusão: os concorrentes abocanham o mercado", diz o coordenador do Sebrae. Fernanda Pressinott


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Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

EVERARDO DIZ QUE ALÍQUOTA ESTÁ SUPERDIMENSIONADA

30,7

pontos percentuais é quanto a Cofins e o PIS representam na arrecadação da União.

MUDANÇA NA SISTEMÁTICA DE CÁLCULO DEIXOU ALÍQUOTA MAIS ALTA E LEGISLAÇÃO CONFUSA

COFINS COMPLICA VIDA ATÉ DE FISCAIS

U

m tributo federal está batendo verdadeiros recordes de crítica. Tanto, que a Receita Federal analisa a possibilidade de realizar treinamento para que fiscais e técnicos entendam a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), cobrada das empresas. Até dois anos atrás, a Cofins tinha uma alíquota de 3%, que era aplicada sobre o faturamento. Mas havia reclamação porque o peso desse tributo, embutido no preço, crescia conforme a complexidade do produto. Era um tributo chamado pelos técnicos de "cumulativo", que aumentava a cada etapa de produção. O sistema mudou para "não cumulativo", ou seja, uma empresa ganha um crédito no valor da Cofins embutida nas mercadorias que ela compra para usar em sua produção e usa esse crédito para pagar a contribuição que teria a recolher. A alíquota subiu para 7,6%, mas a arrecadação deveria se manter semelhante. Mas a mudança não agradou a todos os setores e a legislação foi recebendo modificações. O setor de informática, por exemplo, quis ficar no sistema antigo. Parques temáticos e hotéis também. Assim, a Cofins, com pouco mais de dois anos, é hoje uma colcha de retalhos, avaliou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.

Burocracia – A legislação complicada dificulta a fiscalização e abre brechas para a sonegação, diz o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, que defende uma "reengenharia completa" no tributo. A Cofins, em conjunto com o PIS, responde por 30,7% da arrecadação do governo federal. Em 2005, os dois tributos engordaram em R$ 110 bilhões os cofres públicos. Armando Monteiro diz que é hora de reavaliar as alíquotas. Ele informou que a CNI vai encomendar um estudo para analisar o impacto da nova legislação na economia e na carga tributária das empresas. Everardo Maciel acha que a alíquota da Cofins está superdimensionada e por isso a carga tributária cresceu. Na gestão dele, o Fisco fez a primeira experiência de transformar um tributo cumulativo em não cumulativo: com o PIS, cuja alíquota passou de 0,65% para 1,65%. O secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, não concorda com Maciel: "Ela estava certa lá trás (quando se calibrou a alíquota do PIS) e agora está errada?" Para ele, as alíquotas do PIS e da Cofins não estão supercalibradas. Depois do impacto inicial, diz, a evolução da arrecadação dos tributos voltou ao patamar esperado. Em 2005, a arrecadação da Cofins teve crescimento real (acima da inflação) de 3,54% e a do PIS, de 3,16%. Pinheiro concorda, porém, que a legislação virou uma col-

cha de retalhos, mas lembra que isso "foi feito no Congresso, atendendo demandas setoriais e criou uma legislação bastante complexa e de baixa consistência técnica". Ele diz que a Receita nada pode fazer para mudar essa situação. "É uma decisão soberana do Congresso." O Fisco, afirma, continua recebendo inúmeros pedidos para abrir novas exceções. "As pessoas reclamam da complexidade do sistema tributário, mas procuram soluções individuais olhando para o seu próprio umbigo", critica, ressaltando que sempre haverá ganhadores e perdedores numa mudança do sistema tributário. Para a advogada tributarista Gláucia Lauletta, do escritório Mattos Filho Advogados, há mais críticas que elogios na mudança da legislação. "Há falta de critérios na indicação das empresas que estão sujeitas ao sistema não cumulativo e aquelas que ficam na legislação antiga", diz. A advogada destaca que essa situação, que discrimina sem critérios claros as empresas, tem aberto brechas para questionamentos na Justiça. "A partir deste ano, os primeiras casos em segunda instância devem começar a ser decididos", afirma. Outra crítica é quanto às restrições ao aproveitamento do crédito tributário. "Não podemos dizer hoje que o PIS e a Cofins incidem de maneira totalmente não cumulativa", avalia a tributarista. (AE)

INVESTIMENTO Governo vai editar MP para estimular estatais a investir. Previsão é de R$ 41,7 bilhões neste ano.

Ó RBITA

CACHAÇA Grandes companhias mudam estratégia para vencer preconceito.

Divulgação/Jungheinrich

JUNGHEINRICH: NOVOS PRODUTOS

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empresa alemã Jungheinrich, terceira maior fabricante mundial de empilhadeiras, apresentou na semana passada em São Paulo seus novos equipamentos. Na "Estação de Trabalho Jungheinrich" foram conhecidas e testadas transpaleteiras elétricas e empilhadeiras (patoladas, retráteis e de contrapeso e a combustão), todos produtos que agregam os avanços tecnológicos desenvolvidos e testados pela matriz da empresa em Hamburgo, na Alemanha.

ARGENTINA

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governo argentino quer aumentar o foco na atração de investimentos, como parte da estratégia de controlar a inflação e manter o crescimento. Para tanto, a ministra de Economia, Felisa Micelli, vai dedicar-se nesta semana à elaboração da "agenda de investimentos produtivos", como já foi batizado o plano. (AE)

SONAE

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grupo português Sonae disse, em documento entregue ao órgão regulador de seu país, que vai avaliar o controle das operações da Portugal Telecom (PT) no Brasil, admitindo a venda da participação no negócio. A PT, cujo controle o Sonae quer adquirir, é sócia da Telefónica espanhola na operadora de celular brasileira Vivo. (Agências) A TÉ LOGO

As máquinas apresentadas pela empresa já estão disponíveis no mercado brasileiro. Com motores potentes e econômicos, fazem

transporte de vários tipos de mercadorias. Há opções para usos interno e externo, refrigerados ou não. A empresa está no Brasil desde 1962. (DC)

REMÉDIOS: EUA APÓIAM FIM DE TARIFAS

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governo dos Estados Unidos quer a eliminação de todas as tarifas para as importações de remédios e serviços médicos no mundo. A proposta foi feita na segunda-feira na Organização Mundial do Comércio (OMC) e apoiada pelos governos de Cingapura e Suíça. Nas negociações da

Rodada de Doha da OMC, a questão da eliminação total de barreiras para alguns setores ainda não foi acatada por todos os países. Alguns, como o Brasil, ainda estariam relutantes. Segundo o governo americano, o comércio de remédios no mundo chega a US$ 33 bilhões, enquanto o de serviços médicos já atinge US$ 23 bilhões. (AE)

"CHOQUE DE GESTÃO" NAS ESTATAIS

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ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, quer dar um "choque de gestão" nas estatais — que atualmente são 135, se forem contadas empresas como Petrobras e Banco do Brasil e suas subsidiárias. A União é acionista de todas elas e tem um representante em cada uma, em vários ministérios. A idéia, segundo o diretor

do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), Eduardo Scaletsky, é fortalecer o papel da União. As estatais brasileiras tinham como meta, em 2005, obter superávit primário (diferença entre receitas e despesas menos gastos com juros) de R$ 15 bilhões, ou 0,77% do PIB, mas conseguiram resultado de R$ 16,6 bilhões. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Avança discussão sobre criação de taxa para passagens aéreas

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Começa hoje o prazo para a entrega da declaração do IRPF 2006

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Governo estuda nova MP com reduções na alíquota do IPI


quarta-feira, 1 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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0,32 24/2/2006

COMÉRCIO

por cento foi a alta, na última segunda-feira, do índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York. Mercado brasileiro reabre hoje.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Estilo Finanças

quarta-feira, 1 de março de 2006

Um par de sandálias para lembrar os 20 anos de uma festa de aniversário.

MERCADO CRESCEU 40% NO ANO PASSADO

CONVITES INUSITADOS Quanto mais criativos e utilitários, melhor

Milton Mansilha/LUZ

Milton Mansilha/LUZ

Nas telas do cinema: convite produzido pela Casa 8

Patrícia Cruz/LUZ

Milton Mansilha/LUZ

O uso do papel branco, com formato retangular, vem perdendo espaço nos convites de casamento. A ordem é impressionar com matérias-primas diferenciadas como isopor, plástico, vidro e madeira.

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or, ritmo e criatividade. As tradicionais festas de aniv e r s á r i o e c a s amento estão perdendo terreno para a ousadia e a inovação. E o convite é o primeiro item que deve ser modificado para quem deseja impressionar. Cada vez mais aquele papel branco e retangular vem cedendo espaço para materiais diferenciados, personalizados e nada ortodoxos. Plástico, madeira, acrílico, isopor e vidro tornam-se matéria-prima, criando formatos inusitados e nem um pouco convencionais. A idéia é ser diferente. Foi assim com a estudante Larissa Cardoso, que escolheu um convite em forma de m o u s epad com líquido nas cores rosa e azul para sua festa de 15 anos. "Queria alguma coisa que se tornasse muito mais que um simples convite – uma lembrança para ser utilizada depois", diz. Foi também o que pensou Flávia de Picciotto, ao escolher uma caixa com uma minichampanhe como convite de noivado. Projetos – Enquanto a nova onda se espalha entre o público mais "descolado", as papelarias apostam em projetos diferenciados para chamar a atenção do consumidor. A Casa 8, por exemplo, inaugurada há três anos, explora o diferente, o criativo, o moderno, segundo uma das sócias da papelaria, Bia Adler. "Nunca fomos tradicionais", ressalta. Bia conta que a idéia de criar convites diferenciados surgiu quando ela mesma ia se casar e não encontrava algo criativo. "Queria fazer uma coisa bonita, com certa sofisticação e um toque mais moderno", diz. A loja que começou fazendo convites para casamentos acabou ampliando seu leque para todos tipos de festa, passando por aniversários, bodas de casamento a até encontros corporativos. Bia conta que já criou convites para eventos de empresas como Avon, Boticário, Panasonic e Faber Castell. Já a Paperchase Papelaria, há 15 anos no mercado, começou a confecção de convites personalizados há oito anos. No início, segundo a administradora Claudia Sala, o carro-forte era a confecção de convites corporativos mas, depois, o leque também foi expandido. "Fizemos convites para empresas como Credicard e Bank Boston e também para a festa da novela América, da Rede Globo", informa. Atualmente, a força do segmento está nas festas de 15 anos, mas também há um público na faixa dos 80

anos que opta pela modernidade e exclusividade dos convites personalizados. O mercado parece promissor. De acordo com Sala, os pedidos não páram. "Nosso mercado aumentou cerca de 40% no último ano", informa a administradora da Paperchase, que recebe, em média, 20 pedidos diferentes de convites por semana. Cada convite leva em torno de 15 dias para ficar pronto, mas há casos em que o cliente demora até seis meses para decidir o modelo e aprovar o projeto. "Temos um catálogo com vários modelos prontos, mas o legal é criar uma coisa nova", finaliza. Diversidade – Criação não falta na hora de elaborar os convites, pois a imaginação não tem limites. Garrafas de cerveja, mobile, porta-retrato, chaveiro, penas de pavão, isopor, floral e até gelatina já fizeram parte das "obras de arte" criadas por Cacau Barbosa, sócia da Papeteria, empresa especializada em convites personalizados. "Cada festa é diferente. Cada caso é um caso", diz. "Converso muito com o cliente para saber como é a festa, qual o tema e o objetivo e a idéia vem surgindo na cabeça", conta Cacau. Os modelos geralmente representam a mensagem que os anfitriões desejam passar para seus convidados. "Nesse mercado crescente, vence quem é mais criativo", acrescenta. Bebidas em alta – Para Bia Adler, da Casa 8, um dos convites mais criativos que já fez foi para um casamento. "Era uma caixinha que continha grãos de arroz e papéis coloridos para jogar sobre os noivos no dia da cerimônia", lembra. Os mais inusitados, segundo ela, são os de festas corporativas e de 15 anos. "Os que utilizam rótulos de garrafas deram bastante retorno no ano passado", lembra Bia. "Começamos com cerveja, depois ramificamos para pinga, champanhe, energético, vinho, enfim, todas as bebidas", comenta. Já para Cláudia, da Paperchase, o convite em forma de um visualizador de slide antigo (aquele em que se coloca o olho para enxergar a imagem ao fundo) foi um dos mais inusitados. "O convite era para uma festa no Fasano. Colocamos dentro do aparelho uma lâmina com o cenário da fachada e da entrada do restaurante, que, ao ser puxada, dava a impressão de as pessoas estarem entrando no lugar." Cláudia revela não fazer convites em formas de envelopes. "Sempre tem algo diferente, um imã, um broche, um chaveiro", assegura. Maristela Orlowski

Cacau Barbosa, da Papeteria: criatividade faz a diferença no mercado de convites inusitados Milton Mansilha/LUZ

Kit para bolinhas de sabão: boa pedida

Milton Mansilha/LUZ

Milton Mansilha/LUZ

Convite produzido para uma festa de 15 anos em formato de cubo Em vez de papel, garrafas

No rótulo, nome do homenageado Milton Mansilha/LUZ

Os velhos discos de vinil entram na lista de convites Leonardo Rodrigues/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

Cláudia Sala, da Papelaria Paperchase: produção diferenciada começou há oito anos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quarta-feira, 1 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

ÓRBITA

CÂMARA CAMPANHA

Vinagre no combate ao mosquito da dengue Associação Nacional das Indústrias do Vinagre (Anav) prepara um campanha nacional para incentivar o uso do vinagre na eliminação do mosquito Aede Aegypti, transmissor da dengue. Os atos promocionais terão como base estudos realizados em 2003 pelo pesquisador e engenheiro agrônomo Reinaldo José Rodella, na época encarregado do serviço de Zoonoses do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Piracicaba, na região de Campinas. Segundo o presidente da Associação, Marcelo Cereser, superintendente da Vinagres Castelo, instalada em Jundiaí, também na região de Campinas, o vinagre é um produto barato e popular no País que pode ser assimilado facilmente pela população no combate à dengue. Além disso, é muito mais barato que qualquer produto que possa ser utilizado para o combate à doença, hoje. As 30 empresas brasileiras produzem, anualmente, 173 milhões de litros de vinagre para uso doméstico. Essa produção pode ser ampliada para atender a demanda na área de saúde se a utilização para fins sanitários for incorporada pela sociedade brasileira. De acordo com a pesquisa realizada em Piracicaba, uma colher de vinagre diluída aproximadamente em três litros de água é suficiente para eliminar as larvas do mosquito. Os testes levaram em consideração a adição a partir de 5% de vinagre em relação ao volume de água. Com essa concentração o composto é letal para as larvas a partir da terceira hora da aplicação em vasos, pneus velhos ou outros locais com água parada que a larva possa se esconder, mantendo ainda efeito residual por oito dias. O agente eliminador é o ácido acético. A acidez provoca danos no sistema digestivo das larvas. (MT)

A Os ovos de chocolate já começaram a chegar às prateleiras de lojas especializadas e supermercados

A

c om em or aç ão da Páscoa deste ano deve movimentar cerca de R$ 24 milhões no mercado de Campinas. De acordo com análises do economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) , Laerte Martins, o incremento no faturamento este mês deve-se à venda de ovos de chocolate, além da comercialização dos produtos como peixes e azeite. O movimento da data se concentra em supermercados, lojas especializadas de chocolate e pescados, além dos grandes magazines. A festa será no dia 16 de abril. Segundo Martins, os previstos R$ 24 milhões, representam um crescimento entre 10% e 12% em relação às vendas registradas no ano passado. Em 2005, o aumento previsto e realizado foi de 8,7% em relação a 2004. “Este ano as empresas projetam um crescimento de até 15% na produção de ovos de chocolate em relação a 2005”, disse Martins. Para os outros produtos, segundo ele, o aumento nas vendas no período da Quaresma deve ser de 1% este ano em relação ao mesmo período de 2005, principalmente para o bacalhau salgado. No comércio de Campinas há expectativas distintas para as vendas da Páscoa deste ano. De acordo com a responsável pela loja Kopenhagen do centro da cidade, Maria Dolores Lima, o crescimento nas vendas nesta época do ano é para produtos que vão principalmente para presentes. Com a campanha nacional “Nesta Páscoa, só quero Kopenhagen”, a loja espera aumentar em pelo menos 30% as vendas de chocolates produzidos para esta comemoração. Já o proprietário da loja Cacau Show do Galleria Shopping, Wilian Augusto Bordon, está mais reticente em abastecer os estoques na expectativa da ampliação de vendas este ano. De acordo com o comerciante, no ano passado, sua primeira Páscoa como dono da franquia o movimento foi bom, mas nos dois primeiros meses de 2006 a loja viu o movimento cair. “Es-

CONJUNTURA

Movimento do comércio cresce 10% com a Páscoa A estimativa do economista Laerte Martins, da Acic, é de um faturamento no período de R$ 24 milhões

Maria Dolores da Kopenhagen e Barreirinha do Galassi estão apostando num bom desempenho por conta dos investimentos em publicidade e promoção no ponto de venda

tamos aguardando mais um pouco para fazer os pedidos, sentindo a procura das pessoas e esperando o aumento nas vendas já

próximo da data”, disse. As vendas, segundo o economista da Acic, devem manter o padrão histórico, em Campinas, de ovos de

chocolate de tamanho médio. Até porque se estima que os ovos que começaram a chegar nas prateleiras dos supermercados na sextafeira da semana passada estão com preços reajustados entre 6% e 8%. Além do repasse da inflação de 5,7%, também estão embutidos os aumentos da energia elétrica e dos custos operacionais. O aumento no preço do açúcar refinado terá pequena influência no valor final dos ovos. Mesmo com esses aumentos o gerente de Marketing da rede campineira de supermercados Galassi, Paulo Henrique dos Santos Barreirinha, acredita no aumento de pelo menos 10% nas vendas deste ano em relação ao ano passado. De acordo com o gerente, para conseguir isso as quatro lojas do grupo vão entrar em uma promoção que pretende atingir diretamente as crianças, público preferencial no mercado de chocolates. “Vamos investir tudo nas crianças. Os pais, a cada compra de R$ 30 de qualquer item dos quatro supermercados, receberão um cartão com o direito de participar da promoção”, disse Barreirinha. Com o cartão, o cliente terá o direito de tentar adivinhar quantas bolinhas conterão os aquários que serão colocados nas lojas. Quem acertar ou chegar mais perto leva um dos 24 Play Station 2, equipamentos para jogos eletrônicos que serão entregues uma vez por semana nas próximas seis semanas. Em Campinas, não há uma estimativa de quantos empregos são gerados com as vendas da Páscoa. No Estado de São Paulo, o comércio deve abrir pelo menos cinco mil vagas temporárias nesta Páscoa para promotores e repositores de mercadorias em grandes supermercados e nas próprias lojas de chocolate em São Paulo, segundo estima o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. A Páscoa, segundo o economista Laerte Martins, não é uma data de geração de muito empregos como acontece com as festas de final de ano. Mário Tonocchi

Ovos de chocolate: símbolo da Páscoa Páscoa, uma das mais importante datas cristãs, é comemorada em todas as partes do mundo, simbolizando a ressurreição de Cristo. É uma data móvel festejada anualmente entre 22 de março e 25 de abril. O surgimento do ovo de chocolate na Páscoa se deu a partir do século XVIII em substituição aos ovos duros e pintados que eram

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escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados. Além dos ovos, são símbolos da Páscoa a cruz, o cordeiro, o pão, o vinho e a vela, e, mais recentemente, o coelho. Quaresma - A palavra Quaresma – quadragésima – vem do latim e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de

Cristo, comemorada no domingo de Páscoa desde o século IV. Na Quaresma, que começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no sábado de aleluia com a ressurreição, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. É essencialmente um período de retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência.

Câmara de Campinas analisa, na sessão ordinária de hoje, 17 propostas dos vereadores aprovadas no Legislativo que foram rejeitadas completamente pelo prefeito Hélio Santos (PDT). Entre os vetos totais estão projetos sobre inclusão digital, o que determina o acesso de consumidores às cozinhas de restaurantes e o que obriga a instalação de placas educativas de uso do cinto de segurança nas saídas dos estacionamentos do comércio . O prefeito vetou projetos dos vereadores em 2005 e suas decisões estão sendo mantidas.

A

CORRIDA Iguatemi Campinas abre, amanhã, as inscrições para a corrida Iguatemi Campinas, que acontece no próximo dia 26. São dois percursos de 11 km e 6,3 km. As inscrições poderão ser realizadas no primeiro piso do shopping. A taxa é de R$ 20 para associados da Corpore e R$ 30 para não sócios. Também serão aceitas participações inscritas pelo site www.corpore.org.br. As inscrições vão até 23 de março ou até serem preenchidas 4 mil vagas. Os cinco primeiros colocados nas categorias masculino e feminino receberão troféus.

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FRANQUIA rede de grelhados Montana Grill Express, com 51 franquias no Brasil, assinou contrato para abrir seu primeiro restaurante em Santos, no litoral paulista. A franquia será aberta no shopping Praiamar, em Aparecida, na primeira quinzena de abril. Esta é a 24ª unidade no Estado. A rede faz parte do grupo Montana Grill, da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó. O grupo tem cinco churrascarias-rodízio em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Goiânia, além da grife de carnes Montana Premium Beef.

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EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Carnaval é o momento em que as grandes tensões provocadas pelas desigualdades da sociedade ficam suspensas. É uma trégua social, mas não consegue abolir as diferenças

quarta-feira, 1 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

Gilberto Gil, ministro da Cultura, rebatendo críticas do compositor Carlinhos Brow sobre os cordões que isolam quem pode pagar o abadá dos trios elétricos.

MARÇO

2 -.LOGO

1

Quarta-feira de cinzas Dia da vindima (colheita e uvas) Fundação do Rio (1565)

F UTEBOL C IÊNCIA

Moscou, -11ºC

As loiras sempre foram as preferidas afirmou que na época houve uma escassez de machos para a reprodução devido à dificuldade para caçar. O que gerou um processo de seleção natural e, no norte europeu tinham vantagem as loiras. Frost disse que chegou a essas conclusões porque no norte e no leste da Europa há vários tipos de cabelo e cores dos olhos, o que comprova a seleção. Mas o jornal britânico The Independent diz que, na opinião de alguns especialistas, a situação está se invertendo, já que os homens estão mais atraídos pela inteligência de uma mulher, uma qualidade que associam mais às morenas.

P EQUIM Peter Parks/AFP Photo

Seleção enfrenta hoje um duplo desafio: a Rússia e seu recorde de temperatura baixa

A

seleção brasileira vai enfrentar hoje, no amistoso contra a Rússia, seu recorde de temperatura baixa. A previsão é que os termômet ro s d e M o s c o u m a rq u e m -11ºC – com o vento, a sensação térmica deve cair para 15ºC. A equipe do técnico Carlos Alberto Parreira entra em campo às 13 horas (horário de Brasília) sem uma de suas maiores estrelas, o Ronaldinho Gaúcho, que será substituído pelo meia Ricardinho. "Com a entrada do Ricardinho, não mudarei o esquema tático da equipe. Talvez, no segundo tempo, eu use outra alternativa", declarou Parreira ao site da CBF. Já Ricardinho não quis se pronunciar sobre a titularidade. "O Parreira não me comu-

Jogadores durante o treino da seleção ontem no estádio Lokomotiv

B RAZIL COM Z

nicou nada. Mas, essa será mais uma boa oportunidade para tentar me firmar no grupo que vai à Copa da Alemanha", declarou o meia do Corin-

Carnaval da Bahia visto em 17 países

thians. O jogo amistoso também vai marcar a estréia do uniforme que a seleção utilizará na Copa do Mundo da Alemanha. (AE)

Miguel Vidal/Reuters

L

Garoto em sala de aula em Zhongjunlou, na cidade de Anhui. Governo vai aumentar os gastos com educação de 2,79% para 4% do PIB e eliminar as taxas de matrícula nos próximos cinco anos.

G RIPE AVIÁRIA

Prematuros são mais ansiosos

Gato infectado morre na Alemanha

Os bebês que nascem prematuros podem desenvolver problemas de personalidade na vida adulta, segundo estudo do Institute of Psychiatry, da GrãBretanha. Os pesquisadores avaliaram pessoas de 18 e 19 anos que nasceram antes do tempo e compararam com outras que nasceram no período normal de gestação. Eles constataram que os prematuros têm mais chances de ser ansiosos e introspectivos e correm mais risco de depressão. A pesquisa foi publicada no jornal americano Pediatrics.

A forma mais agressiva da gripe aviária foi identificada em um gato na Alemanha. É o primeiro caso de infecção de um mamífero pelo H5N1 na Europa. Recentes experimentos conduzidos pelo virologista Albert Osterhaus, da Universidade Erasmus, em Roterdã, Holanda, já tinham demonstrado que gatos domésticos são suscetíveis à doença aviária, e podem transmitir a doença a outros gatos, em artigo publicado na revista Nature.

L

G ESTAÇÃO

Hamas deve reconhecer Israel Uma pesquisa do instituto Centro Palestino de Opinião constatou que 50,8% dos palestinos considera que o Hamas deve reconhecer Israel, enquanto 48,5% pensam o contrário. A grande maioria (80%) apóia os ataques contra israelenses e 70% dos entrevistados acham que o Hamas deve iniciar negociações de paz com Israel e 53,5% pensam que a AP deve empregar a força. Para 94%, a primeira missão do próximo governo deve ser melhorar as condições de vida na Cisjordânia e em Gaza.

Igor Kharitonov/AE

As loiras já eram preferência nacional no tempo das cavernas, de acordo com o antropólogo Peter Frost, da Universidade St. Andrews. Em matéria publicada pela BBC, ele contou que na Grã-Bretanha, já no fim da Era Glacial, as mulheres com os cabelos loiros e olhos azuis atraíam mais os parceiros do que as morenas. E que até 10 ou 11 mil anos atrás, os humanos tinham cabelos e olhos escuros, mas uma rara mutação fez surgir os primeiros loiros de olhos azuis no norte da Europa. Eles, então, se multiplicaram em seguida porque as chances de encontrarem parceiros eram maiores. Frost

O RIENTE MÉDIO

O Carnaval da Bahia pôde ser visto em 17 países graças ao trabalho dos jornalistas estrangeiros que fizeram a cobertura. Ao todo foram 143 profissionais entre repórteres, cinegrafistas e fotógrafos, transmitindo a festa para TVs, rádios e jornais. Alguns deles, como é o caso do senegalês Détoubab Ndiaye, já marca presença pela terceira vez.. Ele trabalha para o Groupe Sud Communication, que envolve o jornal Sud Quotidien, a rádio Sud FM e a TV Sud.

IMPOSTOS - Foliões vestidos como "Peliqueiros", antigos coletores de impostos, caminham em uma rua em Laza, no noroeste da Espanha. Durante o desfile, eles chamam os moradores tocando sinos e "cutucando" os aldeãos com seus pequenos bastões. D ESIGN

C A R T A Z

Da periferia para a web

TEATRO

E M

s placas populares estão por toda parte, revelando a espontaneidade e o espírito de improvisação daqueles que não têm uma equipe de designers por trás de seus pequenos negócios. Desinibi-

A

A dança do universo Reestréia a peça A Dança do Universo. Texto de Oswaldo Mendes , traz a trajetória de grandes personagens da ciência, entre eles, Newton (foto) e Kepler. Teatro Folha. Pátio Higienópolis, 618, piso 2. 21h. R$ 14. Telefone: 3823-2323.

ção na escolha das cores, erros de grafia, letras espremidas (condensadas?) por falta de espaço e formulações bem-humoradas mostram até certa inocência desses artistas anônimos. Foi essa riqueza de informações que fascinou o designer Crystian Cruz. Depois de percorrer várias cidades no interior do Brasil, durante mais de dois anos, Cruz pôde criar o "Brasilêro", uma família tipográfica que mostra a essência da escrita popular. Detalhes da sua pesquisa estão na revista Webdesign de

fevereiro. Segundo Cruz, o levantamento de campo lhe trouxe significativas conclusões que o "guiaram" na criação do alfabeto. Um exemplo curioso: os autores dessas placas não conseguem imaginar como seriam as letras "g", "i" e "j" em caixa alta. A família "Brasilêro" está disponível gratuitamente na internet. Segundo o autor, o propósito é "fazer com que as pessoas reflitam sobre a cultura visual brasileira". www.ar teccom.com.br/webdesign http://www.promodesign.com.br/ tipografia/

L ONGEVIDADE

126 anos de vida A mulher mais velha do Brasil e possivelmente a mais idosa do mundo, Maria Olívia da Silva, completou 126 anos ontem. Ela, que mora no distrito de Içara, em Astorga, norte do Paraná, tem exposto nas paredes e nos móveis da sala os recortes de revistas e jornais de todo o mundo sobre o seu recorde de longevidade. O Guinnes Book reconhece o título, apesar de ainda não expedir a certificação mundial. S EGURANÇA

Livre-se dos vírus e invasores da web

Com baterias embutidas, essa jaqueta pode aquecer qualquer inverno, já que atinge até 40 graus em cinco minutos. Funciona com 6 baterias AA, que duram até 50 minutos na temperatura máxima. Custa 39 libras no site da Maplin. Module.aspx?ModuleNo=

No site da Symantec, link Security Check, é possível verificar via Internet e sem custos o grau de exposição do micro a invasores e vírus e aprender a torná-lo mais seguro. Ao clicar nos itens de verificação, o serviço inicia um processo de checagem e exibe um relatório sobre vulnerabilidades encontradas, como brechas que permitem comunicação não autorizada via Internet ou se as informações sobre o PC estão acessíveis aos hackers, além de rastrear o sistema em busca de vírus.

47715&criteria=Lifestyle&doy=23m2

www.symantec.com.br

http://www.maplin.co.uk/

Celular dispara balas calibre 22

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Ronaldinho Gaúcho é o mais novo personagem dos quadrinhos de Mauricio de Souza Iraque atinge a absurda soma de 400 mortos desde a destruição da Mesquita Dourada

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Jaqueta elétrica chega a 40 graus

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

Bush inicia hoje visita à Índia e ao Paquistão e aposta em acordo de cooperação nuclear

Um novo problema para a segurança dos aeroportos do mundo: o celular que dispara balas calibre 22. A arma dispara até quatro tiros, acionados por toques seqüenciados no teclado. Ela foi descoberta em outubro do ano passado na Holanda, durante uma batida contra drogas e também foi vista com um contrabandista de armas croata. Especialistas dizem que sua fabricação é complexa. O telefone não funciona, nem os teclados se iluminam. Para carregar cada tiro é preciso girar metade da arma.


PINGA-

FOGO A ignorância geral, segundo o leitor Rogério Riva Raymundo e o articulista Olavo de Carvalho

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de março de 2006

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O senhor Olavo de Carvalho, por mim doravante denominado O Iluminado , tem alguma razão quando diz que temos vivido um empobrecimento generalizado em todos os sentidos intelectuais. O Iluminado deve estar pirando, pois a intelectualidade atual, pelo menos aquela que ele acha que merece crédito, se é que tem alguma que lhe mereça consideração, está indo pro buraco. Agora, O Iluminado deveria, para a segurança de seus pares, inscrever-se anualmente em algum programa de vacinação contra a raiva. A continuar escrevendo da maneira como escreve não deixará de demonstrar toda a sua sapiência, porém será um pregador enfurecido no deserto de ignorantes, no qual humildemente me incluo. É simples de entender: somos todos ignorantes, burros e idiotas e O Iluminado só sapiência. Logo, nada daquilo que o auto-venerado O Iluminado escreve ou diz compreenderemos. Conclusão: espero que O Iluminado escreva muitos livros lá onde mora, nos EUA, local de gente inteligente, brindando para todo o sempre a humanidade com seu véu salvador de infinita sabedoria, depois que virar "pó de traque" ou "chorume da história", felizmente!

DOISPONTOS11 -7

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Nada tendo a alegar de substantivo contra qualquer coisa que eu tenha dito, o leitor limitase a expressar sua raiva e dizer que ela é minha. Depois inclui a si próprio entre os ignorantes, na esperança de que outros leitores sejam ainda mais ignorantes ao ponto de tomar isso como ironia e enxergar nele um novo Sócrates. Como ele também imagina estar sendo muito sarcástico ao dizer que nos EUA existem mais pessoas inteligentes e cultas do que no Brasil, recuso-me a dar qualquer resposta malvada a um sujeito capaz de ser tão cruel consigo mesmo. OLAVO DE CARVALHO

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G Palocci disse

As qualidades do Ademirson O que Palocci deixou de dizer sobre seu secretário

que Ademirson é amigo da turma de Ribeirão, que ligam para o celular 8111-7197 para conversar amenidades. G É lógico que a

turma de Ribeirão não ligaria antes da assinatura do contrato com a Gtech só para matar saudades. G A CPI dos Bingos

Ailton de Freitas/AG

conhece quase todos os que ligaram ou receberam ligações. A República inteira ligou para o tal celular do Ademirson.

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Prosper, lobista bastante conhecido no mercado financeiro. Quando prestou depoimento à CPI dos Bingos, o ministro da Fazenda disse que todas as ligações para esse celular são atendidas pelo seu secretário particular Ademirson Ariovaldo da Silva, que anota recados e só lhe passa as chamadas mais importantes. Ademirson, segundo o ministro Palocci, é um funcionário humilde, que prepara sua agenda, acompanha-o em algumas atividades do dia-a-dia e carrega sua pasta. Palocci justificou à CPI dos Bingos as centenas de ligações da turma de Ribeirão para o tal celular, alegando que Ademirson é amigo deles todos e que volta de meia eles se telefonam para conversar amenidades. No dia em que o ministro foi à CPI, ainda não se sabiam os detalhes do sigilo do tal celular. Agora, que se conhecem quase todos os que chamaram aquele número ou de-

le receberam ligações, o ministro Palocci se tornou devedor de novos esclarecimentos ao Senado. A quebra do sigilo revelou a existência de chamadas da Fiesp, da Febraban Federação Brasileira de Bancos -, da Construtora Constran, do Grupo Odebrecht, do Banco Bradesco e até ligações do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Os figurões do PT t a m b é m e r a m a s s íduos. Os famosos Delúbio Soares e Sílvio Land Rover Pereira, a ex-prefeita Martha Suplicy e seu marido Luís Favre, o ex-ministro José Dirceu e até Waldomiro Diniz chamaram o celular 8111 7197. Até Waldomiro, que Palocci disse não conhecer pessoalmente! A República inteira ligou para o tal celular. Roberto Teixeira, comp a d re d e L u l a , p o r exemplo. Ali também foram registradas chamadas da Petrobrás, do Banco Central, do Banco do Brasil, da Se-

BENEDICTO FERRI DE BARROS

AGENDA BRASIL eunindo apresentações feitas por expressivas personalidades nacionais em agosto de 2004, foi editado este ano Agenda Brasil - Perspectivas para a próxima década. O volume foi organizado por Carlos Alberto Di Franco. O elenco de assuntos e a escolha dos expositores foram definidos pelo Centro de Extensão Universitária (CEU). As conferências representam uma iniciativa que a ANJ- Associação Nacional de Jornais promove desde há oito anos, como parte de seu programa Master em Jornalismo. O vetor do evento, segundo o organizador do livro, foi identificar "as grandes amarras que dificultam o verdadeiro crescimento sustentado do Brasil". Os nove palestrantes debuxaram um quadro abrangente da problemática nacional, tratando principalmente da questão econômica, dos aspectos constitucionais e jurídicos e da educação.

R

ROGÉRIO RIVA RAYMUNDO, CANELA, RS

quebra do sigilo do telefone celular 8111-7197 confirma as nossas suspeitas de que o ministro da Fazenda não falou toda a verdade à CPI dos Bingos. Esse celular, que está nome da Presidência da República, é usado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e por seu secretário particular, Ademirson Ariovaldo da Silva. Em pouco mais de dois anos, mais de trinta mil ligações telefônicas foram feitas deste celular ou foram nele atendidas. Os campeões de ligações são integrantes da “República de Ribeirão Preto”: Rogério Buratti, Vladimir Poleto, Ralph Barquete. Aparecem também outros participantes do chamado circuito de Ribeirão Preto, como os empres á r i o R o b e r t o C o lnaghi, Roberto Carlos Kurzweil e Marcelo Franzine, da Leão Leão. E ainda Carlos E d u a r d o Va l e n t e , consultor do Banco

para pouca educação; Gabriel Chalita, secretário da Educação do Estado de São Paulo: Os desafios da educação brasileira; Gilmar Mendes, miniatro do Supremo Tribunal Federal: O desafio jurídico.

cretaria do Tesouro Nacional. E, prestem atenção: até mesmo do Comandante do Exército brasileiro. É obvio que Armínio Fraga não conhecia Ademirson. É lógico que o comandante do Exército não teria nada a tratar com Ademirson. Também é pouco provável que a turma de Ribeirão Preto fizesse mais de mil ligações para Ademirson nos dias que antecederam a assinatura do contrato de loterias entre a Caixa Econômica e a Gtech só para matar as saudades ou, como se diz, “pra jogar conversa fora”. Estou requisitando à CPI dos Bingos que peça oficialmente às autoridades, dirigentes de entidades empresariais e pessoas físicas informações sobre as ligações que fizeram ou receberam do celular compartilhado pela dupla Palocci-Ademirson. É fundamental que a CPI saiba quem, afinal, usou tanto o celular da Presidência da República.

sigilo do celular 8111 7197 pode indicar que o ministro Palocci tem muito, ainda, a esclarecer à CPI dos Bingos sobre a renovação do contrato entre a CEF e a Gtech e as suas relações com Rogério Buratti e outros eminentes integrantes da República de Ribeirão Preto. Se não for isso, precisamos providenciar urgentemente o reconhecimento público ao talento e às habilidades do secretário Ademirson Ariovaldo da Silva. É uma injustiça que toda a sua competência seja uma exclusividade do ministro Palocci, em segredo, há mais de 17 anos.

O

ANTERO PAES DE BARROS É SENADOR PELO PSDB DE

MATO GROSSO

ma relação dos palestrantes, seus principais cargos e os títulos de suas palestras dará uma idéia mais detalhada do evento e dos assuntos abrangidos: Francisco Mesquita Neto, da Anj Associação Nacional dos Jornais, dando na Introdução uma visão geral da problemática jornalística; Maílson da Nóbrega, economista, exministro da Fazenda: Perspectivas da economia brasileira; Ives Gandra da Silva Martins, tributarista, professor emérito da Universidade Mackenzie: Uma visão política do mundo e do Brasil e as reformas constitucionais necessárias para o país; Zilda Arns Neumann, coordenadora nacional da Pastoral da Criança: Pastoral da criança -uma rede de saber e solidariedade; Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Inclusão no Crescimento: o caminho para a solução de um enigma brasileiro; Jorge Armando Félix, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República: As novas ameaças à segurança do Estado; Cláudio de Moura Castro, presidente do Conselho Consultivo da Faculdade Pitágoras: Muito Brasil

U

ntre o evento de 2004 e a edição do volume em 2006 temos o intermezzo de 2005, quando, embora a problemática nacional de longo prazo analisada pelo evento não foi alterada, o palco nacional foi dominado por dois eventos culminantes: a corrupção política e o mofino desempenho econômico. Esses eventos dominaram não apenas o jornalismo mas todos os meios de comunicação nacional, afetados pelo "propagandismo", uma síndrome da instrumentação utilizada pelo marquetólogo Duda, que deu a tônica de comunicação do atual governo. Essa tônica imprimiu algo de novo na mídia nacional, a um tempo intrigante e mistificador. O exemplo mais gritante disso foi o fato de

E

Países e povos levaram séculos para domesticar seus políticos. Venceremos essa amarra em prazo menor. durante muito tempo a maioria, se não a totalidade da mídia apresentar como aspecto positivo do governo os resultados de sua política econômica, quando, numa fase mundial amplamente favorável o país não conseguiu alcançar o nível médio mundial de crescimento de 4% e, como país emergente se apresentou como cerra-fila dos que menos se desenvolveram. Na política, o ano passará à História como o mais degradante de toda a República e não apenas com referência ao poder Executivo. Tanto no Legislativo como no Judiciário, se acocharam "as grandes amarras que dificultam o verdadeiro crescimento sustentado do Brasil" - o tema proposto pelo organizador do volume de que estamos tratando. ada disso, contudo, apequena ou deva diminuir a confiança indestrutível que reside no coração e na mente da população e das elites deste país, que, já se disse, cresce quando o governo dorme. Países e povos milenares levaram séculos para domesticar seus políticos. Hoje essa minoria comanda a maioria dos recursos da nação. Venceremos essas amarras em prazo menor.

N

BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR. PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quinta-feira, 2 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL TIMES SQUARE E O ESTADO DE DIREITO

O caixa eletrônico na Times Square é testemunho de que é possível recuperar zonas urbanas degradadas. Basta cumprir a lei. irresponsáveis, a antiga metrópole está revigorada. Mas além de abandonar a intervenção sobre aluguéis, a Prefeitura nova-iorquina decidiu cumprir com as suas obrigações legais. A principal delas, garantir a segurança daqueles que pagam os impostos. Com a eleição de Rudolph Giuliani, os republicanos passaram a dar as cartas na prefeitura. A prova definitiva de que é possível recuperar uma região urbana decadente é dada por um caixa eletrônico (ATM) atualmente localizado na rua 46, a poucos metros de Times Square. Em frente a um dos pequeno negócios de “secos e molhados” que sobreviveu à decadência, encontra-se estacionado um caixa eletrônico sobre rodinhas. À noite o dono da mercearia pode recolhê-lo facilmente. Há cerca de três décadas tal caixa não duraria intacto mais do que alguns poucos minutos. Como em qualquer cidade

Céllus

Q

JOÃO DE SCANTIMBURGO

brasileira dos dias de hoje. Ninguém imagina um pequeno caixa eletrônico sobre rodas na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Ou na Cracolândia, em São Paulo. Ou junto à rodoviária de Porto Alegre. Ou na Cidade Baixa, de Salvador. Hoje a região de Times Square é um pólo de atração turística. Centenas de milhões de dólares foram investidos somente no setor hoteleiro dessa região. Outras centenas foram investidos em novos teatros e cinemas. Mais outras centenas em prédios comerciais e residenciais. Onde antes havia somente construções decadentes que abrigavam prostitutas, lojas de pornografia e de “streaptease”, ou comércios irregulares, hoje é ocupada por novos teatros, cinemas ou arranha-céus. O caixa eletrônico a poucos metros de Times Square é testemunho de que é possível recuperar zonas urbanas degradadas. Basta que o poder público cumpra com a lei. Em especial o velho e bom Código Penal e as posturas municipais. Pelo Brasil afora há dezenas de “Times Square” exigindo dos poderes públicos municipais, estaduais e federal imediata ação. Mas é necessário compreender que a segurança não é um problema ligado a pobreza e muito menos à distribuição de renda. É conseqüência da impunidade e do desleixo no cumprimento da lei.

Perspectivas e desafios de 2006 MARCEL SOLIMEO

C

TRECHOS DO EDITORIAL DE CÂNDIDO PRUNES NO SITE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR Stan Honda/AFP/AE

uem conheceu a região de Times Square, na cidade de Nova Iorque, no final dos anos 70 e tivesse a ela retornado somente no inverno de 2006, imaginaria estar em outra cidade. De fato, os arredores daquela praça, especialmente do lado oeste, havia se deteriorado de tal forma que na década de 70 não passava de um antro de prostituição, drogas e criminalidade. Passadas mais de três décadas, não apenas Nova Iorque se transformou, como a região de Times Square está irreconhecível. Após decênios de um assistencialismo e intervencionismo estatal

om a divulgação dos dados da produção industrial de dezembro, completou-se a série dos principais indicadores da economia relativos ao ano de 2005 registrando-se o crescimento do PIB no ano passado em 2,3%. As críticas da CNI quanto à forma que o IBGE tratou os fatores sazonais, elevando a taxa de crescimento da produção industrial de dezembro, exagerada segundo a entidade, embora não altere o resultado final tem importância para se avaliar o ritmo com que a indústria fechou o ano de 2005 e iniciou 2006. Baseando-se na média diária do número de consultas ao SCPC da ACSP, parece-nos que as observações da confederação são procedentes, o que significa que a produção industrial, a exemplo das vendas do varejo, iniciou o ano em ritmo lento, o que deve comprometer o resultado do PIB do primeiro trimestre, uma vez que fevereiro é um mês curto e somente em março se deverá observar aceleração da produção e das vendas do comércio. De qualquer forma, podese esperar para este ano taxa de crescimento do PIB superior a de 2005, próxima a 3,5%, com ampla possibilidade de que esse resultado seja obtido sem prejuízo de se atingir a meta de inflação, fixada em 4,5%. Entre os fatores que devem impulsionar o crescimento, além da manutenção do bom desempenho das exportações, pode-se destacar a expansão do crédito às pessoas físicas, o forte incremento dos gastos públicos, o aumento real do salário mínimo e a continuidade da queda da taxa Selic, embora com o lento gradualismo que tem caracterizado o Banco Central. Dentre os desafios para 2006, pode-se mencionar a questão da dívida pública, que deve continuar crescendo na medida em que o superávit primário previsto deve ser menor do que o do ano anterior. Outro ponto é o que se refere à taxa de câmbio, cuja trajetória de queda pode se acentuar com as medidas que vêm sendo adotadas em relação ao setor externo, como a recompra de dívida externa e desoneração fiscal na compra de títulos públicos por estrangeiros. P

Apenas uma redução mais rápida das taxas de juros, poderia amenizar ou evitar esses problemas, mas isso parece pouco provável porque se, de um lado, os indicadores de inflação poderiam permitir maior ousadia do Banco Central, de outro, a expansão dos gastos públicos, pode representar um inibidor a essa política, uma vez que poderia sinalizar para o mercado que a autoridade monetária está sancionando o afrouxamento fiscal. Ao que tudo indica, 2006 poderá ser um bom ano para a maioria dos setores, mas alguns como têxteis, calçados, autopeças e veículos, entre outros prejudicados pela taxa cambial tanto nas exportações como no mercado interno, causam preocupação em relação ao futuro, embora o valor das exportações possa continuar crescendo graças à elevação de preços das commodities no mercado internacional. Quanto às medidas que vêm sendo adotadas no tocante aos gastos públicos, a maior preocupação é com seus efeitos permanentes sobre as despesas, como é o caso da elevação do salário mínimo, aumento do quadro de pessoal e ampliação dos programas assistenciais.

T

udo indica que deve continuar melhorando a classificação externa do Brasil, graças ao cenário externo benigno e às medidas que vêm sendo adotadas. Paradoxalmente, não se vislumbram quaisquer possibilidades de avanço no tocante às questões fundamentais internas, como a da Previdência, e a da tributação excessiva, o que manterá as restrições para que o País possa crescer de forma acelerada, a exemplo do que vêm fazendo as demais nações emergentes, que estão registrando taxas elevadas de crescimento de suas economias. As principais restrições ao crescimento se localizam no tamanho do Estado, que extrai cerca de 40% do PIB via tributação, e na sua ineficiência, e vão representar desafios para o próximo governo, com o risco de que tenha que enfrentálas em um cenário internacional menos favorável do que o atual.

odemos esperar uma taxa de crescimento do PIB próxima a 3,5%

Nó apertado na garganta

A gora todos querem estar na Times Square

ANTONIO MARANGON

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Auditado pela

I

mpostos elevados representam para as empresas o que um nó apertado na garganta significa para um condenado à forca. Basta apenas acionar o cadafalso e a morte é inevitável. Esta é a atual situação das empresas brasileiras, especialmente das micro e pequenas, as mais oneradas de toda a economia. É um contra-senso, sem dúvida, que aqueles que mais empregam e geram renda paguem um absurdo volume de tributos. Recente estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), chancela esse ponto de vista. A pesquisa mostra que os impostos são os principais limitadores do crescimento da economia brasileira, segundo a opinião de empresários que participaram da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação. Um dos alertas que nós, empresários e representantes dos setores de serviços indústria e comércio, engajados em lutas por justiça tributária, já estamos acostumados a bradar. Que as micro e pequenas empresas são fundamentais para o desenvolvimento do País, isto é fato. Mas também e infelizmente um fato real é a enorme quantidade de mortalidades registradas nesse setor da economia, resultado da falta de incentivos, da alta carga tributária e das taxas de juros, que contribuem decisivamente para o aumento do desemprego.

Além desses dados reveladores, o excesso de burocracia é outro limitador para as MPEs. Pesquisa do Banco Mundial afirma que levamos 152 dias para abrir uma empresa, quando em alguns países não passa de alguns dias. Apesar de tudo, nunca perdemos a esperança de que dias melhores virão. Ao menos as expectativas são boas, como revela estudo divulgado no início do ano pelo Sebrae em São Paulo, mostrando que os empresários prevêem ano bom, apesar do aumento da inadimplência, ainda mantêm a confiança na economia.

O

único meio de mudar essa situação é baixar os impostos gradativamente, concedendo isenções para este ou aquele setor, como tem feito o governador Geraldo Alckmin com diversas cadeias produtivas do Estado de São Paulo, como a do trigo e dos calçados. O desenvolvimento do País depende, efetivamente, de um grande projeto nacional, voltado a reverter esse cenário secular. Nos dias atuais, além da desoneração da economia, deve haver um tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas. Já está provado que elas são o grande esteio do Brasil, fundamentais para garantir um futuro próspero para o País. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SESCON-SP

D eve haver um tratamento diferenciado para as pequenas empresas

A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA Amazônia já foi denominada Inferno Verde. Romancistas como Ferreira de Castro e outros notáveis pela fabulação no enredo, procuraram incutir na consciência dos leitores de suas obras a importância da Amazônia, científica, econômica e social. Não se sabe quantos produtos medicinais poderiam ser obtidos por plantas ainda não submetidas à análise de laboratórios e classificadas com método. Mas é de se supor que a Amazônia é um vasto acervo de plantas que devem servir como base para medicamentos que estejam a serviço da humanidade, em algumas das várias moléstias sem cura. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso escrevi vários artigos sugerindo a criação de um exército para a Amazônia, afim de que, com força armada, impedir o verdadeiro vandalismo que se denomina ilusoriamente Conquista da Amazônia.

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A população colaborará com o governo que tomar a iniciativa de impedir que continuem com a devastação consciência de que a Amazônia tem um valor próprio, econômico, científico e social, não precisa ser feito, porque já está feito. Há uma consciência ativa, viva e patriótica de que é preciso salvar a Amazônia das funestas ocupações territoriais que estão substituindo as riquezas vegetais por explorações em fazendas de gado e agricultura. A Amazônia é um patrimônio nosso, mas também é um patrimônio da humanidade, sobretudo no seu aspecto científico, que pode ser descoberto e aproveitado de seu riquíssimo acervo florestal. A população da Amazônia, embora pequena para a extensão do território amazonense, está consciente da importância em escala mundial da riqueza geral que é a Amazônia. Ela colaborará sem dúvida com o governo que tomar a iniciativa de impedir que continuem a devastação da Amazônia, que é a devastação de uma riqueza considerável, até hoje não avaliada. Condene-se, pois, a devastação da Amazônia.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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Nacional Empreendedores Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

1,3

SÓ AS VENDAS À VISTA CRESCERAM EM FEVEREIRO

por cento foi a expansão das consultas ao SCPC, que mede as vendas a prazo, em fevereiro.

DIAS MAIS QUENTES QUE NO ANO PASSADO E LIQUIDAÇÕES AJUDARAM NAS VENDAS À VISTA

VERÃO SALVA AS VENDAS NO VAREJO Patrícia Cruz/LUZ

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verão, quem diria, ajudou nas vendas de fevereiro. Não fossem os dias mais quentes que no mesmo período do ano passado, os lojistas teriam sérios motivos para se preocupar neste primeiro bimestre. Segundo o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o tempo foi propício para a aquisição de produtos de menor valor, o que impulsionou o crescimento de 5% nas consultas ao Usecheque, que reflete as vendas à vista. "Nesse início de ano não choveu tanto como no ano passado. Por isso, a comercialização de moda praia e calçados aumentou bastante", diz. Já nas vendas a prazo, o feriado prolongado do Carnaval afetou o movimento do varejo. Em fevereiro, o número de consultas ao Serviço Central de Proteção de Crédito (SCPC) cresceu apenas 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados, registrados pela ACSP, são considerados fracos, mas aceitáveis por ocorrerem nos primeiros meses do ano, quando as vendas diminuem em decorrência das férias e da folia carnavalesca. O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, acredita que apenas no segundo trimestre o crescimento será mais forte "por conta do aumento real do salário mínimo, dos gastos públicos e de novas reduções dos juros", diz.

Inadimplência – A boa notícia do mês é que a inadimplência continua em queda. Os registros recebidos no cadastro de maus pagadores cresceram apenas 2,4% em fevereiro, contra uma expansão de 7,8% dos

2,4 por cento foi o crescimento das inclusões de nomes no SCPC, em fevereiro, ante 7,8% de cancelamentos cancelamentos de nomes, o que representa um sinal positiva. "As vendas de Natal foram fracas, com poucas transações pré-datadas", explica Alfieri. Devagar – Confirmando o fraco movimento do varejo, a Le

Postiche não teve motivos para comemorar no mês do Carnaval. É o que afirma Antônio Monteiro Ferreira Lopes, gerente financeiro da rede varejista de bolsas e acessórios em couro. Em janeiro, a promoção "volta às aulas Le Postiche" aqueceu as vendas, mas, em fevereiro, o desempenho da empresa foi apenas 1,5% superior ao do mesmo período do ano passado. "O Carnaval realmente foi muito fraco", lamenta Lopes. Liquidação – O movimento só não foi pior devido às liquidações. Um exemplo foram os bons resultados do 17º Liquida São Paulo, evento realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping. Segundo o presidente da entidade, Nabil Sahyoun, o setor teve crescimento de 12% nas vendas e 20% de público em relação ao ano passado. A queima de estoques de produtos de verão para a troca de coleção teve descontos entre 20% e 70%. Vanessa Rosal

Em fevereiro, apenas as vendas de menor valor agregado, como moda praia e calçados seguraram vendas Foto: Divulgação/Cláudia Camargo

Foto: Divulgação/Zil

Foto: divulgação/Trifil

Colares com toque brasileiro

Graciosidade nas confecções

Nos pés, meias rendadas

O romantismo invade as vitrines

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e você é um daqueles amantes à moda antiga, que ainda mandam flores, suspire com graça: o romantismo é a tendência da coleção outono-inverno 2006. "Vestido com casaquinho, manga bufante, calça com boca mais justa e cintura alta devem oferecer mais graciosidade à mulher nessas estações. As peças femininas vão apostar principalmente nas estampas, no vermelho ameixa, além do tradicional preto", diz a estilista Con Vieira. Segundo ela, os horizontes na moda masculina serão os mesmos. "Cada vez mais o homem percebe que vaidade, estilo e bom gosto não colocam em dúvida sua sexualidade. Logo, nessa coleção haverá uma variedade de tecidos e estampas, inclusive pintados à mão, fugindo dos tradicionais linhos e tecidos Oxford", diz. Nobreza – A coleção da Colcci corrobora a opinião de Con, e traz uma moda inteira inspirada no romantismo jovem dos europeus que migraram para o Brasil no século XIX. A grife vem menos pop, e a

silhueta propagada pela Rainha Vitória, que comandou o Reino Unido de 1837 a 1901, ganha espírito jovem. Pregas e nervuras vitorianas estão em toda coleção e têm destaque absoluto na finalização das peças. "Há palas em vestidos e blusas, dando estrutura, e um patchwork diferenciado, em que seda, algodão, cambraia e chifon, os principais tecidos da temporada, ganham um tingimento uniforme", explica a estilista da marca, Lila Colzani. Na mesma tendência, a Trifil apresenta uma coleção de meias rendadas, sinônimo dessa sofisticação, com um leve toque de sensualidade. A Canal também faz referências aos antigos reinos e suas donzelas. "O foco principal é o jeanswear, nosso carro-chefe, que aposta novamente na calça saurel, grande sucesso do verão. Destaque para calças com a boca mais justinha, para a modelagem montaria e a calça clochard", afirma a coordenadora de estilo da marca, Monise Torres. Em sua quarta coleção para a Zil, a diretora de criação Fran-

Norte-americanos gastam mais em compras

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nquanto no Brasil as vendas ao consumidor desaquecem, nos Estados Unidos elas avançaram 0,9% em janeiro, conforme relatório divulgado ontem pelo governo. O Departamento do Comércio informou que a renda pessoal subiu 0,7% no mesmo mês, o maior ganho desde setembro de 2005. Apesar disso, os norteamericanos consumiram em ritmo mais rápido, levando ao maior avanço de gastos desde julho e produzindo uma taxa de poupança de -0,7%. Foi o terceiro mês consecutivo em que as pessoas usaram suas economias para financiar os gastos. O resultado é que a taxa de poupança pessoal não é superior a zero desde março do ano passado. O relatório também mostrou um repique da inflação em janeiro, embora o aumento do núcleo, que exclui alimento e energia, tenha se moderado na comparação ano a ano. Para os economistas, os fortes gastos de janeiro sinalizam uma recuperação do crescimento econômico no primeiro trimestre, depois de a expansão do PIB ter ficado em apenas 1,6% nos últimos três meses de 2005. (Reuters)

cis Petrucci também apresenta uma releitura da época do Império. A inspiração vem das roupas dos escravos e da senzala. No feminino, vestidos longos e fluídos e camisas grandes. A linha masculina traz alfaiataria de algodão, compondo um look moderno. Acessórios – A nobreza fashion da rainha Vitória e o espírito fo lk , reverenciado por meio do artesanato multicolorido dos camponeses húngaros do leste europeu, foram as fontes de inspiração da coleção outono/inverno 2006 de Isa Perobelli, que exibe uma linha exclusiva de acessórios que misturam peças sofisticadas com detalhes artesanais, veludo, cetim, renda e materiais nobres como strass, madrepérola e cristais Swarovski. Peças da marca Cláudia Camargo também trazem coleção que referencia a multiplicidade cultural e o clima romântico e rebelde do gótico. Colares e pulseiras foram confeccionados com materiais tipicamente brasileiros, como o murano fabricado pela própria marca. Ana Laura Diniz

OMC Ricos querem serviços

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Brasil recebeu pedidos para a abertura de 13 setores da economia para o investimento estrangeiro. Os países ricos, liderados pelos Estados Unidos e Europa, enviaram à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma lista de solicitações para que o País faça concessões na área de serviços na atual negociação da Rodada Doha. China, Índia, África do Sul e Tailândia receberam pedidos semelhantes. Eles querem que o Brasil dê mais facilidades para que suas empresas possam atuar em áreas como energia e serviços financeiros, por exemplo. E afirmam que, sem essas concessões, os emergentes não terão muitas chances de conseguir maior liberalização do comércio agrícola. O Brasil alega que os investimentos recebidos nos últimos anos em telecomunicações são a prova de que já é aberto para o setor de serviços. (AE)


quinta-feira, 2 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOTAS DO BRASIL ESTÃO EM ALTA

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4,59

por cento é a previsão do mercado para o IPCA deste ano, segundo o BC.

MOEDA NORTE-AMERICANA RECUOU PARA R$ 2,116 E BOVESPA ENCERROU O DIA COM NOVO NÍVEL RECORDE

MELHORA DE NOTA FAZ DÓLAR CAIR

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Paulo Pampolin/Digna Imagem

mercado começou bem o mês de março e a baixa liquidez não impediu a valorização dos ativos brasileiros na Quarta-Feira de Cinzas. O dólar registrou queda forte contra o real, reagindo à melhora da nota (rating) da dívida brasileira, anunciada na terça-feira pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o dia foi de mais um recorde. A moeda norte-americana manteve firme trajetória de queda ontem, dia em que os negócios tiveram início só às 13 horas e a liquidez foi inferior à habitual. As cotações de fechamento foram R$ 2,115 para compra e R$ 2,116 para venda, o que representa desvalorização de 1,08% na comparação com o fechamento de sexta-feira. Mais uma vez, o leilão de compra do Banco Central não conteve a queda da moeda.

A melhora na classificação da S&P colocou o País a dois degraus do investment grade (nível em que um país é considerado seguro para investimentos). O mercado financeiro só não recebeu a notícia com euforia porque essa reação já foi registrada, aos poucos, nas últimas semanas, com a antecipação do pagamento da dívida brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a recompra de títulos da renegociação do passivo externo (bradies). As recentes visitas do secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, às agências de classificação de riscos nos Estados Unidos também já haviam determinado a alta dos preços dos ativos brasileiros nos mercados doméstico e internacional. Ou seja: a notícia já era esperada e os investidores "precificaram" a elevação do rating do Brasil. No fim da tarde de ontem, a taxa de risco brasileira calcula-

da pelo banco americano JP Morgan Chase estava em 215 pontos-base acima dos títulos do Tesouro americano, de acordo com o banco de dados da Enfoque Sistemas. Fluxo positivo — As conseqüências do u pgra de fo ram acentuadas pelas perspectivas de fluxo positivo de dólares para as próximas duas semanas. Além do habitual bom desempenho das exportações e das captações externas privadas esperadas, o mercado aguarda a entrada de recursos de emissões de ações, que devem somar R$ 2,2 bilhões. Na roda de dólar pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), a cotação do fechamento de ontem foi R$ 2,116. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, encerrou o pregão de ontem em 39.177 pontos — seu novo recorde histórico. No dia, a alta foi de 1,47%, o que eleva os ganhos no ano a 17,1%. (DC/AE)

A

to de divergência entre as avaliações no mercado internacional é se uma melhora de classificação viria antes ou depois das eleições de outubro. Para o estrategista-chefe de mercados globais do ING, David Spegel, o upgrade da S&P já havia sido sinalizado há cerca de um ano. Na avaliação do professor visitante da Columbia University, Paulo Vieira da Cunha, a decisão era esperada depois da visita do secretário do Tesouro, Joaquim Levy, aos Estados Unidos na semana

passada. Em particular, acrescentou o professor, "já havia justificativa para isso". Na opinião do economistachefe para as Américas do Standard Chartered, Douglas Smith, a notícia do upgrade foi bastante positiva, mas não "muito surpreendente". "É uma boa notícia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ajuda a manter baixa a perturbação política e a abafar as avaliações de que a política monetária estaria sendo muito dura", afirmou o economista. (AE)

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) apostas dos investidores são de baixa para a moeda americana

Previsão de inflação perto da meta

A Novo rating do País já era esperado

elevação da classificação do rating soberano brasileiro, anunciada na última terça-feira pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, já era esperada pelos analistas em Nova York. Foi essa a razão pela qual eles classificaram a reação dos mercados internacionais ao anúncio como "silenciosa". Contudo, a melhora da classificação promovida pela S&P deve ser seguida por outras agências de rating, segundo especialistas. O único pon-

Sobe custo de vida na Argentina

A

inflação ao consumidor na Argentina alcançou 12,3% em 2005, superando a meta oficial. Em janeiro passado, os preços subiram 1,3% e os analistas projetam alta em torno de 1% para fevereiro. O orçamento nacional argentino estabelece como meta inflação de 8,6% para 2006.

O presidente do país, Néstor Kirchner, disse ontem que o pico inflacionário é transitório e que o governo não pretende adotar medidas que desaqueçam a economia só para controlar os preços. O governo tem fechado dezenas de acordos com diversos setores comerciais e industriais para congelar

preços e lança linhas de crédito subsidiado para impulsionar a oferta de bens básicos à população. Kirchner rejeita sugestões de analistas de aumentar os juros para reprimir a economia e combater a alta dos preços. Ele disse que não vai recorrer às receitas que levaram o país à recessão de 2000. (Reuters)

expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2006 ficou mais próxima da meta oficial de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), a projeção das instituições financeiras para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano recuou pelo segundo período consecutivo, caindo de 4,64% para 4,59%. "A revisão para baixo das estimativas vem sendo feita com a constatação de que a alta dos preços em janeiro foi mesmo pontual", disse a economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada. A pre-

visão de variação do IPCA nos próximos 12 meses recuou de 4,46% para 4,43%. Revisão — A disparada dos preços em janeiro havia levado a um descolamento das previsões de mercado para a inflação de 2006. A economista da Tendências disse apostar agora na continuidade da melhora das previsões de mercado para o comportamento dos preços e não descarta a hipótese de as projeções voltarem a ficar constantemente em linha com a meta fixada pelo CMN. O comportamento do câmbio, segundo Marcela, será um dos principais fatores de influência para a melhora das expectativas. Ela observou que a estimativa do mercado para a taxa média de câmbio já vem

recuando há cinco semanas seguidas na pesquisa. No último levantamento, a previsão para a cotação do dólar recuou de R$ 2,26 para R$ 2,24. A economista destacou que as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano também têm ajudado a melhorar as previsões de inflação. "Uma taxa de expansão de 3,50% está dentro das potencialidades de nossa economia e não chega a representar risco de inflação de demanda", disse. O percentual esperado pelo mercado, no entanto, tem ficado abaixo dos 4% projetados pelo próprio BC e ainda mais distante dos 5% estimados por integrantes do primeiro escalão da equipe econômica do governo. (AE)

Spread bancário na AL é mais alto

O

s spreads bancários na América Latina são mais altos do que em outros países emergentes. A conclusão é do estudo Banking Spreads in Latin America, do economista Gaston Gelos, da equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI). Três fatores explicariam esse comportamento: as taxas de juros da região são mais altas do que em outros países; os bancos latino-americanos são menos

eficientes por causa da baixa competição na região; os depósitos compulsórios exigidos pelas autoridades desses países são mais elevados. O estudo foi feito com base na comparação de 2,2 mil bancos de 85 países (14 latino-americanos, os brasileiros incluídos), entre 1999 e 2002. De acordo com Gelos, as incertezas no arcabouço legal também contribuem para os altos custos da intermediação bancária.

Segundo a pesquisa, os países latino-americanos não diferem significativamente de outros emergentes em relação à tributação dos lucros do setor bancário, à disponibilidade de informações sobre os tomadores de empréstimos ou ainda em relação a características gerais do setor, como tamanho das instituições bancárias. O estudo completo de Gelos está disponível no site do FMI na internet (www.imf.org). (AE)

CONVOCAÇÕES SOMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS MANIPULADORES E CONFERENTES DE VALORES

CIMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DE ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL

SOMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS MANIPULADORES E CONFERENTES DE VALORES

CNPJ nº 06.984.864/0001-71 EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA O Diretor Presidente da SOMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS MANIPULADORES E CONFERENTES DE VALORES, usando das atribuições que lhe confere o estatuto social, CONVOCA os sócios cooperados para se reunirem em assembléia geral extraordinária, que será realizada no próximo dia 24 de março de 2006, à Alameda Barão de Limeira, nº 660, Campos Elíseos, na cidade de São Paulo, às 14:00hs horas em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados em condições de votar; às 15:00 horas em segunda convocação, com a presença de metade mais um dos cooperados em condições de votar; às 16:00 horas em terceira e última convocação, com a presença mínima de 10 (dez) cooperados, para deliberarem sobre a seguinte: ORDEM DO DIA: 1) Reforma do estatuto; 2) Outros assuntos de interesse geral. São Paulo, 02 de março de 2006. Valter Soltanovitch - Diretor Presidente

CNPJ nº 06.346.148/0001-69 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA O Diretor Presidente da CIMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DE ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL, usando das atribuições que lhe confere o estatuto social, CONVOCA os sócios cooperados para se reunirem em assembléia geral ordinária, que será realizada no próximo dia 24 de março de 2006, à Alameda Barão de Limeira, nº 660, Campos Elíseos, na cidade de São Paulo, às 17:30 horas em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados em condições de votar; às 18:30 horas em segunda convocação, com a presença de metade mais um dos cooperados em condições de votar; às 19:30 horas em terceira e última convocação, com a presença mínima de 10 (dez) cooperados, para deliberarem sobre a seguinte: ORDEM DO DIA - 1) Reforma do estatuto, 2) Outros assuntos de interesse geral. São Paulo, 06 de março de 2006 Valter Soltanovitch - Diretor Presidente

CNPJ nº 06.984.864/0001-71 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Diretor Presidente da SOMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS MANIPULADORES E CONFERENTES DE VALORES, usando das atribuições que lhe confere o estatuto social, CONVOCA os sócios cooperados para se reunirem em assembléia geral ordinária, que será realizada no próximo dia 24 de março de 2006, à Alameda Barão de Limeira, nº 660, Campos Elíseos, na cidade de São Paulo, às 14:30hs em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados em condições de votar; às 15:30hs em segunda convocação, com a presença de metade mais um dos cooperados em condições de votar; às 16:30hs em terceira e última convocação, com a presença mínima de 10 (dez) cooperados, para deliberarem sobre a seguinte: ORDEM DO DIA - 1) Prestação de contas do exercício social de 2005, compreendendo o relatório da gestão, balanço geral, demonstrativo da conta de sobras e perdas e parecer do conselho fiscal; 2) Deliberação sobre o destino das sobras ou rateio das perdas; 3) Eleição e posse dos componentes dos órgãos do conselho fiscal; 4) Fixação dos honorários, gratificações e cédulas de presença dos Membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 5) Deliberação de valor a ser restituído com as despesas bancárias no decorrer de sua permanência como cooperado ativo; 6) Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 02 de março de 2006. Valter Soltanovitch - Diretor Presidente

BALANÇO AEROGLASS BRASILEIRA S/A - FIBRAS DE VIDRO CNPJ.: 61.665.212/0001-82 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: De conformidade com as disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, e Notas Explicativas, relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. A Diretoria permanece à disposição dos senhores acionistas para quaisquer esclarecimentos que se tornarem necessários. BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM: 31/12/2005 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 2005 2004 CIRCULANTE 2005 2004 Caixa 1.400,00 1.400,00 Contas à Pagar 229.912,34 217.753,53 Bancos 501.304,60 211.974,75 Fornecedores 636.102,45 593.307,39 Aplicações Financeiras 1.122.133,40 620.000,00 Provisão para Encargos 943.717,16 663.210,18 Duplicatas à Receber 1.688.730,37 1.534.269,65 1.809.731,95 1.474.271,10 Adiantamentos 8.327,47 5.132,90 Materiais e Produtos 778.670,39 893.457,97 Antecipação Impostos 477.178,97 392.212,85 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Importação em Trânsito 30.318,85 - Capital 1.500.000,00 1.500.000,00 4.608.064,05 3.658.448,12 Reservas 352.354,83 244.879,09 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Lucros Acumulados 93.858,19 70.951,95 Depósitos Compulsórios e Cauções 97.607,42 100.317,42 1.946.213,02 1.815.831,04 PERMANENTE Lucro do Exercício 1.594.240,85 1.202.906,24 Investimentos 3.540.453,87 3.018.737,28 SUDENE 21,49 21,49 EMBRAER 855,51 855,51 877,00 877,00 IMOBILIZADO Terrenos e Edifícios 624.140,89 624.140,89 Máquinas e Instalações 592.309,17 568.600,47 Veículos 23.159,99 82.089,12 Depreciações (595.972,70) (541.464,64) 643.637,35 733.365,84 TOTAL DO ATIVO 5.350.185,82 4.493.008,38 TOTAL DO PASSIVO 5.350.185,82 4.493.008,38 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - 31/12/2005 Resultados Resultados Patrimônio Discriminação Capital Reservas do Exercício Acumulados Dividendos Líquido SALDO EM 31.12.03 1.500.000,00 181.568,24 1.081.444,09 59.507,86 2.822.520,19 Transferência do Resultado (1.081.444,09) 11.444,09 1.070.000,00 Dividendos distribuídos (1.000.000,00) (1.000.000,00) Distribuições (70.000,00) (70.000,00) Reservas 63.310,85 63.310,85 Resultado do Exercício 1.202.906,24 1.202.906,24 SALDO EM 31.12.04 1.500.000,00 244.879,09 1.202.906,24 70.951,95 3.018.737,28 Transferência do Resultado (1.202.906,24) 22.906,24 1.180.000,00 Dividendos distribuídos (1.100.000,00) (1.100.000,00) Distribuições (80.000,00) (80.000,00) Reservas 107.475,74 107.475,74 Resultado do Exercício 1.594.240,85 1.594.240,85 SALDO EM 31.12.05 1.500.000,00 352.354,83 1.594.240,85 93.858,19 3.540.453,87 (a) Mário Franco - Diretor (a) Júlio Kassoy - Diretor (a) Francisco Xavier Lopes - Téc. Cont. CRC 1SP038585/0-6

DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - 2005 2005 2004 Receita Bruta 15.816.704,44 13.486.533,25 Impostos Faturados (3.170.691,84) (2.766.464,49) Devoluções e Abatimentos (109.302,75) (103.026,36) Receita Líquida 12.536.709,85 10.617.042,40 Custos dos Produtos (7.019.700,85) (6.142.263,44) Lucro Bruto 5.517.009,00 4.474.778,96 Despesas administrativas, financeiras e de vendas (2.871.575,25) (2.545.351,69) Provisões (943.717,16) (663.210,18) Reserva Legal (107.475,74) (63.310,85) Lucro do Exercício 1.594.240,85 1.202.906,24 Lucro p/ ação 1,0628 0,8019 DEMONSTRATIVO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS - 2005 ORIGENS 2005 2004 Lucro do Exercício 1.594.240,85 1.202.906,24 Baixa do Imobilizado 88.449,12 5.375,04 Baixa do Investimentos 2.710,00 13.998,60 Depreciações 54.508,06 52.879,30 Reserva Legal 107.475,74 63.310,85 1.847.383,77 1.338.470,03 APLICAÇÕES Aumento do Imobilizado 53.228,69 37.527,00 Dividendos Distribuídos 1.100.000,00 1.000.000,00 Distribuições 80.000,00 70.000,00 Acréscimo do Capital Circulante 614.155,08 230.943,03 1.847.383,77 1.338.470,03 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE - 2005 ATIVO CIRCULANTE 2005 2004 No fim do período 4.608.064,05 3.658.448,12 No início do período 3.658.448,12 2.968.026,69 949.615,93 690.421,43 PASSIVO CIRCULANTE No fim do período 1.809.731,95 1.474.271,10 No início do período 1.474.271,10 1.014.792,70 335.460,85 459.478,40 VARIAÇÃO 614.155,08 230.943,03 NOTAS EXPLICATIVAS 1 - As Demonstrações financeiras foram efetuadas observando-se o disposto na lei das sociedades anônimas e legislação fiscal em vigor. 2 Os Estoques foram avaliados ao custo de aquisição e ou produção. 3 O Capital Social de R$ 1.500.000,00 (Um milhão e quinhentos mil reais) é representado por 15.000 (quinze mil) ações ordinárias nominativas sem valor nominal. 4 - As Depreciações do Ativo Imobilizado foram efetuadas pelo método linear às taxas anuais que levam em consideração a estimativa de vida útil dos bens.

CIMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DE ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL CNPJ nº 06.346.148/0001-69 EDITAL DE CONVOCAÇÃO – ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Diretor Presidente da CIMACOOPER COOPERATIVA DE TRABALHO DE PROFISSIONAIS DE ESTRUTURAÇÃO EMPRESARIAL, usando das atribuições que lhe confere o estatuto social, CONVOCA os sócios cooperados para se reunirem em assembléia geral ordinária, que será realizada no próximo dia 24 de março de 2006, à Alameda Barão de Limeira, nº 660, Campos Elíseos, na cidade de São Paulo, às 18:00 horas em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados em condições de votar; às 19:00 horas em segunda convocação, com a presença de metade mais um dos cooperados em condições de votar; às 20:00 horas em terceira e última convocação, com a presença mínima de 10 (dez) cooperados, para deliberarem sobre a seguinte: ORDEM DO DIA - 1) Prestação de contas do exercício social de 2005, compreendendo o relatório da gestão, balanço geral, demonstrativo da conta de sobras e perdas e parecer do conselho fiscal; 2) Deliberação sobre o destino das sobras ou rateio das perdas; 3) Eleição e posse dos componentes dos órgãos do conselho fiscal; 4) Fixação dos honorários, gratificações e cédulas de presença dos Membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 5) Deliberação de valor a ser restituído com as despesas bancárias no decorrer de sua permanência como cooperado ativo; 6) Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 02 de março de 2006 Valter Soltanovitch - Diretor Presidente

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

poLítica

POLÍTICA - 3

RESULTADO ECONÔMICO É "PÍFIO", DIZ DOM ODILO SCHERER. Antonio Cruz/ABr

Paulo Pinto/AE

Menos juros, mais empregos, prega Dom Odilo Scherer.

Para Dom Claudio Hummes, arcebispo de São Paulo, expectativas foram frustradas.

Eymar Mascaro

De olho no PSDB

L

COMO ESTÁ

Para Lula, o pior adversário seria Serra (se a eleição fosse hoje). É o que indicam as pesquisas. No Datafolha, por exemplo, apenas cinco pontos separam o prefeito do presidente. Já, em relação a Alckmin, a diferença em favor de Lula seria bem maior.

PREFERÊNCIA

Os resultados das pesquisas devem influir na escolha do candidato tucano. Mas é preciso que antes José Serra responda se é ou não candidato. O triunvirato tucano formado por FHC/Tasso Jereissati/Aécio Neves deve anunciar o candidato nas próximas horas.

PRÓ-SERRA

É pensamento dominante nos partidos que o trio tucano tem preferência pela candidatura de Serra. O trio acha que o prefeito tem mais embocadura para enfrentar Lula, ou, sabe bater melhor no petista. Por isso, o trio espera ansioso por uma resposta do prefeito.

CONVOCAÇÃO

Os serristas, no entanto, lembram que o partido deve convocar Serra para ser o candidato. O prefeito não pode se oferecer para ser candidato porque, na campanha, prometeu cumprir os quatro anos de mandato. Serra, lembram, não pode ser candidato de si próprio.

ENCONTRO

O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, estará hoje em São Paulo para uma conversa com Serra. Quer ver se arranca uma decisão do prefeito. Além de Serra, Tasso deve se reunir também com Alckmin, para saber se o governador desistiria no caso de Serra aceitar a candidatura.

RESPOSTA

Diz-se entre tucanos que a resposta do governador será negativa, isto é, Alckmin não desistirá tão facilmente. Os alkmistas defendem a tese de que o governador deve ir até o fim e, se for o caso, definir a candidatura no voto.

ALIANÇAS

O PSDB espera pelo anúncio de seu candidato para apressar as conversações sobre as coligações. A maior preocupação dos tucanos continua sendo o PMDB. Os tucanos querem amarrar um acordo com o PMDB no 2º turno. Querem chegar antes do PT.

PAQUERA

Independentemente da decisão do PMDB de lançar candidatura própria, o PT insiste em manter o convite

para os peemedebistas indicarem o vice de Lula. Os governistas do PMDB, como os senadores José Sarney e Renan Calheiros, não recuam e querem transferir a data das prévias do partido.

NOMES O PT sugeriu ao PMDB a indicação de Nelson Jobim para vice de Lula. Até o fim deste mês, Jobim deixa o STF e se filia ao PMDB. Outro nome em evidência é o de Renan Calheiros. Mas o PMDB não abre mão da candidatura própria.

QUANTOS SÃO Cerca de 20 mil convencionais podem participar das prévias do PMDB, no dia 19, a serem decididas entre Germano Rigotto e Anthony Garotinho. O edital de convocação das prévias já foi publicado pelo PMDB no Diário Oficial.

FIASCO O principal argumento do senador Renan Calheiros, na sua proposta de adiamento das prévias do PMDB, é que o partido pode ser um fiasco nas urnas, como em eleições passadas. Calheiros quer mudar a data das prévias para junho, mês das convenções.

HOMENAGEM A cúpula do PSDB deve estar presente às cerimônias de segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes, dia em que o governador Geraldo Alckmin presta homenagem a Mário Covas, no 5º aniversário de sua morte.

BOCA DE SIRI PT e PSDB temem pela presença de Duda Mendonça na CPMI dos Correios pela 2ª vez. Tucanos e petistas acham que o marqueteiro pode abrir o bico além da conta. Como se sabe Duda Mendonça trabalhou também para alguns tucanos nos Estados. Sabe das coisas.

QUANDO SERÁ O depoimento de Duda Mendonça está previsto para a próxima semana. Antes, o presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral, e o relator, deputado Osmar Serraglio, vão examinar os documentos sobre as supostas contas do marqueteiro nos EUA. A documentação está no Ministério da Justiça.

APOSENTADORIA O Diário Oficial publicou ontem que o ex-deputado e ex-líder do PT na Câmara Paulo Rocha tem direito à pensão. Na semana passada, a Casa já havia concedido a aposentadoria para o exdeputado e ex-líder do PMDB na Casa José Borba. Os dois renunciaram para escapar do processo de cassação.

CNBB COBRA CRESCIMENTO E EMPREGO DO GOVERNO

A

o lançar a Campanha da Fraternidade 2006, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Odilo Pedro Scherer, disse ontem em Brasília que o governo Lula não correspondeu às esperanças de inclusão social geradas pela sua eleição. Ele defendeu a revisão da política econômica, a redução da taxa de juros e a geração de empregos. "A sociedade tinha uma expectativa maior de haver políticas sociais mais eficazes. Sabemos que os governos têm limites, mas não podemos deixar de dizer que a sociedade

tinha expectativa de políticas sociais mais eficazes de distribuição de renda e combate à desigualdade e à pobreza", afirmou Dom Odilo. Para ele, existem "lacunas e descompassos" nas ações do governo. Paraíso – Ele chamou de "pífio" o crescimento econômico brasileiro em 2005 (2,3% do PIB), lembrando que, em toda a América Latina, o número só foi superior ao do Haiti – país que vive à beira da guerra civil. Dom Odilo chamou a atenção para o contraste entre o desempenho da economia brasileira e os lucros recordes dos bancos. Ele disse também que o Brasil é um "paraíso financei-

ro" e que a política econômica é concentradora de renda. As críticas de Dom Odilo ganharam o coro de outro líder católico de peso. Em São Paulo, o arcebispo Dom Claudio Hummes frisou que mudanças na questão social eram aguardadas, especialmente entre a população mais pobre. "O PIB ficou abaixo da esperança e das previsões. A esperança (de que o PIB fosse maior) já não era tão grande, mas existia a expectativa de que fosse mais do que a esperança." O secretário-geral da CNBB comentou também as políticas assistenciais durante o lançamento da Campanha da Fraternidade. Neste ponto, ele defendeu as ações do governo, que têm sido alvo de críticas por eventual uso eleitoral – com destaque para o Bolsa-Família. Para Dom Odilo, o fim dos programas de transferência de renda, defendido por alguns críticos, deixaria uma parcela ainda maior da população na miséria. Ainda assim, enfatizou que os programas assistenciais não são suficientes para mudar a realidade brasileira. "A mais importante política social é a geração de trabalho e renda. A política econômica não está voltada para a inclusão", disse.

Política – Eleições e campanha eleitoral também foram assunto do secretário-geral. Dom Odilo disse que, em função do baixo desempenho da economia, este ano o brasileiro deverá refletir mais sobre os rumos do País. Para ele, o eleitor vai exigir propostas de geração de empregos e de inclusão social. "Os candidatos serão fortemente cobrados. A população quer saber o que de fato será feito para gerar trabalho, renda e até para reduzir a sangria de recursos que acabam nas mãos de grupos financeiros", disse o religioso. Ele não informou, porém, se a Igreja irá apoiar algum nome, explicando que ela só indica candidatos em condições excepcionais – o que não seria o caso, este ano, na visão dele. Dom Odilo foi provocado ainda a comentar a intensa agenda de viagens e inaugurações cumprida pelo presidente Lula – apontada pela oposição como "eleitoreira". Desta vez, ele evitou criticar o comportamento do presidente. "Lula está no quarto ano de mandato. É para governar e ninguém pode impedi-lo", disse, acrescentando que o Ministério Público é que deve fiscalizar candidatos, evitando o uso da máquina pública nas campanhas. (AG)

"CRÍTICAS SÃO INJUSTAS", DIZ LULA. Lula Marques/Folha Imagem

presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou "injustas" as críticas do secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Odilo Pedro Scherer, segundo as quais o governo petista frustrou as expectativas da nação ao falhar na promoção de políticas consistentes de combate à pobreza e de inclusão social. "As críticas são injustas", disse Lula a um auxiliar, logo depois de assistir pela TV à vitória da seleção brasileira sobre a Rússia, por 1 a 0. Entre os auxiliares de Lula no Palácio do Planalto, a irritação com a CNBB foi ainda maior do que a demonstrada pelo chefe. Alguns assessores chegaram até a propor, em outras palavras, que a CNBB fosse cuidar de seus próprios problemas. Um desses "problemas" lembrados pelos corredores do Planalto é o caso do padre José Pinto, de Salvador, punido pelos superiores por ter feito performances nada católicas nas missas, nas quais aparecia maquiado e fantasiado de baiana, Oxum e índio. "Injustiças" – Já para Lula, sempre segundo o auxiliar, entre as injustiças cometidas pelo secretário-geral da CNBB, estaria a afirmação de que o governo não consegue gerar empregos e combater a pobreza. Lula considera que o governo tem o maior programa de distribuição de renda do mundo – o Bolsa-Família, que atende a nove milhões de famílias de baixa renda em todo o País. Outra "injustiça" seria o fato de a CNBB sequer citar os demais programas sociais, como os que promovem o acesso de estudantes carentes à universidade pública (Pro-Uni), além do aumento de vagas nas escolas de ensino fundamental e médio, o aumento real do salário mínimo em 2005 e neste ano, o crédito consignado, os

O

Londres – Deixando temporariamente as críticas domésticas de lado, Lula parte em missão no exterior. Na próxima segunda, desembarca em Londres, onde será recebido pela rainha Elizabeth II. No programa, além de muito chá e pompa, estarão na pauta dos representantes brasileiros temas como comércio e reforma da ONU. (AE)

Para o presidente, a avaliação negativa da CNBB não leva em conta o conjunto de programas sociais patrocinados pelo governo.

programas de saneamento urbano e as fábricas de cultura estabelecidas em pequenas e grandes cidades. O presidente parece não ter se abalado, porém, com o pedido de Dom Odilo por uma nova política econômica, incluindo aí redução na taxa de juros. Conforme o auxiliar presidencial, Lula voltou a pregar crescimento econômico vigoroso este ano e disse que todos vão se surpreender com os resultados da economia. Outra idéia que Lula voltou a defender é relativa à avaliação final de seu governo: para ele, o julgamento derradeiro deverá ser feito ao final de seu mandato. Relação delicada –A crítica do secretário-geral da CNBB ao governo Lula não é inédita, mas é sempre uma questão delicada. Afinal, há uma relação histórica entre o líder petista e a Igreja Católica. Ele já chegou a dizer que deve parte de sua consciência política à Igreja. Porém, desde que tomou posse, a comunhão entre Lula e os católicos tem sofrido abalos. O presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno, por exemplo, afirma insistentemente que Lula não cumpriu as metas propostas de reforma agrária. Por isso, o religioso propôs a radicalização da luta no campo. No final do ano passado, foi a vez do bispo de Barra Dom Luís Flávio Cappio, da Bahia, que fez greve de fome contra o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Se-

gundo assessores, Lula ficou tão irritado com o fato, que teria chegado a acenar com a possibilidade de desistir do projeto de transposição.

Factoring

DC

ula vive a expectativa do anúncio do candidato tucano à sua sucessão. O presidente, até hoje, não usou de transparência para dizer se prefere ter como adversário o governador Geraldo Alckmin ou o prefeito José Serra. Mas, recentemente, o presidente deixou escapar o comentário de que Alckmin tem mais espaço para crescer do que Serra. Para Lula, o prefeito de São Paulo já teria atingido o topo do crescimento. O presidente curte a liderança nas duas últimas pesquisas, a do Instituto Sensus para a CNT e o Datafolha. É uma curtição discreta: Lula proibiu os petistas de calçarem salto alto. Para o presidente, a eleição ainda é um incógnita. Não existe definição para nenhum dos lados. Isto é: ninguém ganhou nada até agora. Existem apenas levantamentos de opinião que projetam a intenção de voto nos pré-candidatos. Lula está, portanto, à espera da indicação do candidato tucano. Parece não ter preferência pelo governador ou pelo prefeito. Seja qual for o candidato, o presidente sabe que vai pegar um osso duro de roer.

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quinta-feira, 2 de março de 2006

em Campinas

Os preços dos peixes populares também não sofrerão alta forte

Fotos de Ricardo de Lima/Virtual Photo

COMÉRCIO

Mais peixe na mesa nesta Quaresma

ÓRBITA

CARNAVAL

O

Os preços do bacalhau e do peixe devem ficar estáveis, resultando num aumento do consumo O bacalhau do Porto está sendo vendido em média 25% mais barato

O

s comerciantes que trabalham com pescados no maior centro popular de venda de alimentos de Campinas, o Mercado Municipal, apostam no aumento das vendas este ano com a manutenção do preço dos pescados para a Páscoa 2006. Manutenção do preço do bacalhau porque o dólar baixo no desequilíbrio da balança comercial afeta o preço ainda nos importadores que só não baixaram mais o custo porque não querem, analisam os comerciantes de Campinas. Da sardinha porque a temporada de pesca dessa espécie de peixe começa ago-

anos. As pessoas estão muito interessadas em levar o bacalhau”, observou o comerciante. Assim como Camarine, o comerciante José Carlos Peres prevê aumento nas vendas este ano com a manutenção do preço em relação ao praticado em 2005. Para ele, além do Real supervalorizado, há uma abundante oferta do peixe salgado no mercado. “Tem muita gente trabalhando com a importação do bacalhau. Isso certamente vai segurar o preço”, disse Peres. Em Campinas, hoje, não há casas de importação do bacalhau. Assim como o bacalhau, os estabelecimentos que trabalham com peixe também seguem para a capital do estado para abastecer as bancas. É o caso dos revendedores de peixe instalados no lado de fora do Mercado Municipal. Segundo a comerciante Vera Lúcia Vasconcellos Tavares, as vendas dos produtos frescos, este ano, devem crescer pelo menos 30% em relação ao ano passado. A comerciante só não sabe se, além da sardinha, outros peixes vão manter os preços atuais durante a Quaresma e Páscoa. “Estamos esperando a nova tabela da Ceagesp que deve sair depois do dia 15. Com a lista do preço no atacado, vamos sa-

SOCIAL

José Carlos Peres prevê aumento nas vendas este ano com a estabilização dos preços

ber o quanto os preços podem aumentar”, disse a comerciante que, nesta época do ano, faz compras praticamente todos os dias na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Apesar da nova tabela, Tavares não acredita que os pescados devam ter, este ano, aumentos abusivos que acabem assustando os consumidores. Os aumentos não devem atingir os peixes populares como a sardinha, a pescada e a tilápia, acredita o gerente de outra banca externa do Mercadão, Pedro Nazário. Outros peixes nobres como o salmão, por

exemplo, fatalmente devem receber reajustes com a alta na procura. “As pessoas sempre fazem algum esforço para comprar o peixe, principalmente nas quartas e sextas-feiras durante a Quaresma mesmo que sejam produtos mais b a r a t o s o u p o p u l a re s . Principalmente quem é religioso”, disse o gerente. Apesar da religiosidade, a tradição da alimentação sem carnes vermelhas durante a Quaresma é cada vez menor, segundo o comerciante Tito Camarine. Para ele, nesses 18 anos que trabalha com a vendas de peixes secos e salgados, a tradição está

ficando cada vez mais diluída no tempo e com seguidores apenas entre os mais velhos. “As pessoas compram o que podem com o dinheiro que têm. A carne de vaca é mais barata. Se não dá para comprar o peixe, as pessoas também não podem deixar de comer”, disse. Tradição - Por tradição, a empregada doméstica Maria Helena de Oliveira Santos, 65 anos, não deixa de comprar o peixe na quaresma pelo menos nas quartas e sextas-feiras. A mulher também reconhece que as pessoas estão deixando de lado o que antigamente era quase que uma obrigação: deixar de comer carnes vermelhas nesse período. “A vida hoje está muito corrida e as pessoas não param para pensar no que estão fazendo”, afirmou a mulher. Tradicional mas maleável na necessidade, o pedreiro José de Lima Gonçalves não dispensa o peixe na Páscoa, mas não lança mão do produto na Quaresma. “A carne de vaca está muito mais barata. A gente sempre faz um esforço, mas não é sempre que dá para comprar. Mas no fim não é isso que faz a gente ter mais ou menos fé”, observou o pedreiro. Mário Tonocchi

TURISMO

Roteiros mostram tecnologia da região

O

Esse tema está dividido em dois roteiros: um que vai da estação ferroviária de Americana ao Cemitério do Campo, em Santa Bárbara d'Oeste, com almoço no bairro rural de Santo Antônio Sapezeiro. A visita segue à tarde a uma propriedade rural, terminando o passeio no Museu da Imigração de Santa Bárbara.

Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), da Secretaria Municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social, suspendeu o atendimento ao público até o próximo dia 5 de março, quando termina a mudança da sede para novo endereço. O Cepir vai para o Museu da Cidade, na avenida Andrade Neves, 33, perto da Estação Cultura. O atendimento volta ao normal no dia 6 de março, segunda-feira, das 9h às 17h. A mudança vai ampliar as instalações da Coordenadoria, que passará a ter 200 metros quadrados.

A

ra, devendo manter a média de preço nos atuais R$ 5,99 o quilo. Este ano o bacalhau do Porto está 25% mais barato que no ano passado, com média de R$ 35 o quilo, segundo o comerciante que está há 18 anos no Mercadão, Tito Camarine. Segundo ele, até mesmo a lei da oferta e da procura que sempre abala o preço pode não causar os mesmos danos nos bolsos dos consumidores de peixes na Quaresma e Páscoa deste ano. “No ano passado o bacalhau estava em torno de R$ 44. Pode até acontecer alguma alta, mas nunca o preço este ano vai alcançar o valor do ano passado”, disse. De acordo com Camarine, já nesse início de Quaresma os consumidores estão procurando mais o produto. “Parece que a situação do trabalhador brasileiro está melhor q u e n o s o u t r o s Os clientes já estão procurando o bacalhau, diz Camarine. Nazário: as pessoas se esforçam para levar o peixe

Circuito Turístico de Ciência e Tecnologia – formado por 12 cidades da região – apresenta, no próximo dia 8 deste mês, o primeiro roteiro turístico montado para atrair mais visitantes. Representantes de seis agências de turismo da região vão conhecer a “presença norte-americana na região”.

parque temático Hopi Hari, localizado em Vinhedo, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), registrou o ingresso de 40,5 mil pessoas nos cinco dias do Carnaval deste ano, aumento de 40% em relação à festa do ano passado quando compareceram 24 mil. De acordo com o parque, a expectativa de público, inicialmente, era de 35 mil visitantes. A maioria das pessoas que entraram este ano era de São Paulo e da RMC. Para chamar a atenção o parque montou um bloco carnavalesco que animou o público tocando marchinhas tradicionais.

A segunda versão sai da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba, passa pelo Centro Cultural Martha Watts. Depois do almoço, segue também para o Museu da Imigração de Santa Bárbara. Fazem parte da analise do primeiro pacote turístico oferecido pelo Circuito Turístico as

agências Sonho Real Viagens e Turismo, de Americana, Pax Viagens e Turismo, de Jaguariúna, Biatur Turismo, de Santa Bárbara d'Oeste, Arena Turismo, de Nova Odessa, Caprioli Turismo, de Campinas, e Tocco Viagens e Turismo, de Monte Mor. A apresentação dos roteiros serve para “vender” a idéia das

rotas para as agências. Integram o Circuito Americana, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Limeira, Nova Odessa, Monte Mor, Paulínia, Piracicaba, Santa Bárbara d'Oeste e Sumaré. O Circuito foi oficializado em abril de 2005, para regionalizar ações de incentivo ao turismo científico e de negócios.

ALIMENTOS Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com a prefeitura de Vinhedo, oferece de 6 a 16 deste mês cursos de alimentação saudável com a utilização da unidade móvel do programa “Alimente-se Bem”. A unidade vai ficar instalada, nos primeiros seis dias, no pátio de um supermercado na estrada da Boiada. Depois vai para a praça Aurora, no bairro Capela. O projeto está percorrendo o interior do estado de São Paulo com informações e cursos práticos sobre alimentação e saúde.

O

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LEGAIS

quinta-feira, 2 de março de 2006

BALANÇO

Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec CNPJ nº 62.209.820/0001-45

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V. Sas. as demonstrações contábeis da Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, fevereiro de 2006 A Administração

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - Lei 6.404/76 (VALORES EXPRESSOS EM MILHARES DE REAIS) BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ATIVO

PASSIVO 2005

2004

2005

2004

CIRCULANTE

30.292

17.988

CIRCULANTE

9.026

18

Disponível / Aplicações Financeiras

13.634

16.711

Fornecedores

6.772

-

Clientes

9.802

10

Obrigações com Pessoal

1.063

-

Estoques

4.814

-

Impostos a Pagar

626

18

Tributos a Recuperar e Diferidos

1.847

1.267

Provisões e Contas a Pagar

517

-

195

-

Juros s/Capital Próprio/Dividendos

48

-

2.537 27 2.510

4.436 29 4.407

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

1.403

3

Provisão para Contingências

1.392

3

PERMANENTE

451

14

Outras Contas a Pagar PATRIMÔNIO LÍQUIDO

11 22.851

22.417

Imobilizado

451

14

Capital Social

28.726

26.644

1

1

Valores a Receber e Desp.Antecipadas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Depósitos Judiciais e Outros Créditos Valores a Receber de Partes Relacionadas

Reserva de Capital

TOTAL DO ATIVO

33.280

22.438

Prejuízos Acumulados

(5.876)

(4.228)

TOTAL PASSIVO

33.280

22.438

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Receita Bruta de Vendas Impostos e Taxas de Vendas Receita Líquida de Vendas Custo dos Produtos Vendidos (Prejuízo) Bruto Despesas Com Vendas Despesas Gerais e Administrativas Outros Resultados Operacionais (Prejuízo) Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro Resultado Financeiro CPMF / IOF / Pis/Cofins s/Receita Financeira (Prejuízo) Lucro Operacional Resultados não Operacionais (Prejuízo) Lucro Antes do Imposto de Renda, Contribuição Social e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Plano de Participações no Resultado (Lei 10.101/00) (Prejuízo) Lucro Líquido do Exercício Numero de Ações ( em Milhares) (Prejuízo) Lucro por Ação em R$ Valor Patrimonial por Ação em R$

CAPITAL

INCENTIVO

PREJUÍZOS

TOTAL

ORIGENS Recursos Provenientes das Operações (Prejuízo) Lucro do Exercício

2005 2004 3.799 17.949 (1.513) 2.108 (1.648) 2.056

SOCIAL

FISCAL

ACUMULADOS

SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2004

10.803

1

(6.284)

4.520

Desps.(Receitas) que não afetam o C.Circulante

Aumento de Capital - 02/01/2004

15.841

-

-

15.841

Depreciação e Amortização

-

-

2.056

2.056

Provisão para Contingências

69

5

Custo dos Bens Baixados

19

32

Recursos de Terceiros

5.312

15.841

Aumento do Exigível a Longo Prazo

1.331

-

Redução do Realizável a Longo Prazo

1.899

-

Aumento de Capital

2.082

15.841

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

26.644

1

(4.228)

22.417

Aumento de Capital - 31/01/2005

2.082

-

-

2.082

Prejuízo Líquido do Exercício

-

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

-

28.726

(1.648)

1

2004 (58) 70

(4.388) 2.822 (83) (1.649) (6)

12 3.075 (202) 2.885 (14)

(1.655) 103 (96) (1.648) 166.979 (0.01) 0.14

2.871 (815) 2.056 152.789 0.01 0.15

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

RESERVA DE CAPITAL

Lucro Líquido do Exercício

2005 80.614 (18.588) 62.026 (63.433) (1.407) (7) (1.596) (1.378)

(1.648)

(5.876)

22.851

47

15

2005 2004 APLICAÇÕES 503 5.649 Aumento do Realizável a Longo Prazo 4.436 Redução do Exigível a Longo Prazo 1.152 Imobilizado Incorporado pela Itec 61 Aquisição Imobilizado 503 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE 3.296 12.300 DEMONSTRAÇÃO DAS VAR. DO CAPITAL CIRCULANTE No Início do Exercício Ativo Circulante 17.988 5.674 Passivo Circulante 18 4 17.970 5.670 No Final do Exercício Ativo Circulante 30.292 17.988 Passivo Circulante 9.026 18 21.266 17.970 AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE 3.296 12.300

NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL Com sede social em São Paulo, a Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec é uma empresa controlada pela Itautec S.A. A Companhia tem como objetivo desenvolver, projetar, fabricar, comercializar, alugar, importar e exportar equipamentos de informática, comunicação, telecomunicação e software. A Assembléia Geral Extraordinária, realizada pela Companhia em 31 de Janeiro de 2005, deliberou a incorporação da totalidade do patrimônio da Itautec Philco Distribuidora S.A., e em decorrência o seu capital social foi aumentado em R$ 2.082. A mesma assembléia deliberou a alteração da denominação social da Companhia Trend Shop S.A. para Banctec Laboratório de Informática S.A.. NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Banctec Laboratório de Informática S.A. foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações e Normativos da Comissão de Valores Mobiliários, de forma consistente com aquelas utilizadas no exercício anterior. Na elaboração das demonstrações financeiras, foi utilizado, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e para créditos de liquidação duvidosa e outras similares.

NOTA 6 - TRIBUTOS A RECUPERAR E DIFERIDOS Antecipação de IR e CS IRRF s/Aplicações Financeiras IRRF a Compensar I.Renda e C.Social Diferidos TOTAL

NOTA 3 - DISPONÍVEL/APLICAÇÕES FINANCEIRAS Bancos c/Movimento Fundos de Investimento CDB TOTAL

2005 18 12.856 760 13.634

2004 24 16.687 16.711

2005 9.805 (3) 9.802

2004 10 10

2005 4.640 159 15 4.814

2004 -

2004 888 334 45 1.267

NOTA 7- PARTES RELACIONADAS As transações entre partes relacionadas foram realizadas em condições usuais de mercado e estão assim representadas: 2005

2004

Ativos

Vendas

(Passivos)

(Compras)

Ativos

Itautec S.A.

9.756

33.243

-

-

-

21.288

-

-

9.756

54.531

-

-

Itautec S.A.

2.510

-

4.407

-

TOTAL

2.510

-

4.407

-

(6.576)

(27.930)

-

-

-

(25.354)

-

-

(6.576)

(53.284)

-

-

TOTAL b) Mútuos a Receber

c) Fornecedores Itautec S.A. Itautec.com Serviços S.A. TOTAL

NOTA 8 - PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais de natureza tributária, decorrente do curso normal de seus negócios. As respectivas provisões para contingências foram constituídas considerando a avaliação da probabilidade de perdas feita pelos assessores jurídicos da Companhia e quando necessário foram efetuados depósitos judiciais. As contingências tributárias (R$ 1.392 em 2005 e R$ 3 em 2004) envolvem principalmente discussão jurídica contra a União referente a COFINS e FGTS. NOTA 9 - CAPITAL SOCIAL

NOTA 4 - CLIENTES Clientes no País Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa TOTAL

O capital social autorizado da Banctec Laboratório de Informática S/A é de 166.979.029 de ações ordinárias, nominativas. O capital integralizado, no valor de (R$ 28.726 em 2005, R$ 26.644 em 2004) é representado por (166.979.029 ações em 2005, 152.789.370 ações em 2004) ordinárias, nominativas, sem valor nominal.

NOTA 5 - ESTOQUES Produtos Acabados Matérias Primas Produtos em Elaboração TOTAL

DIRETORIA Diretor Presidente PAULO SETUBAL Diretores CLÁUDIO VITA FILHO GERALDO JOSÉ BELINI AMORIM GUILHERME ARCHER DE CASTILHO JESUS FRANCISCO RAMON BARREIRO BOELLE RAUL PENTEADO RICARDO EGYDIO SETUBAL CONTADOR - Ewaldo Michalani Isaias - CRC 1SP - 141159

NOTA 10 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Os saldos de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apropriados no resultado do exercício, podem ser demonstrados como segue: 2005 2004 Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social (1.665) 2.871 I.Renda e C.Social sobre o Resultado às alíquotas de 25% e 9% respectivamente (A) 566 (976) Ajustes Fiscais: Exclusões / (Adições) Temporárias (298) 294 Exclusões Outras 7 20 Prejuízo Fiscal Apurado (275) Compensação Prejuízo Fiscal Apurado 206 Total dos Ajustes Fiscais (B) (566) 520 Total de I.Renda e C.Social a Pagar (C) = (A+B) (456) Constituição / (Reversão)Tributos Diferidos (D) 103 (359) I.Renda e C.Social no Resultado do Exercício (C+D) 103 (815)

Vendas (Compras)

a) Clientes Itautec.com Serviços S.A.

PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (I) Apuração do Resultado As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. (II) Ativos circulante e realizável a longo prazo As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que não superam o valor de mercado. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidas. (III) Permanente O Imobilizado está registrado ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, à taxas variáveis com a expectativa de vida útil dos bens. (IV) Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos.

2005 807 879 58 103 1.847

O Estatuto Social determina a destinação de 5% do lucro líquido para a constituição da Reserva Legal e 25% para a distribuição do dividendo mínimo obrigatório, e que o saldo remanescente seja transferido para Reservas Estatutárias até o limite de 80% do capital social.

b) Os prejuízos fiscais (R$ 10.884 em 2005 e R$ 10.074 em 2004) e as diferenças temporárias de longo prazo (R$ 1.672 em 2005 e R$ 195 em 2004) não foram considerados para reconhecimento do ativo fiscal diferido, em função do disposto na deliberação CVM nº 273, que define que “deve-se reconhecer o ativo fiscal diferido com relação a prejuízos fiscais à medida que for provável que no futuro haverá lucro tributável suficiente para compensar esses prejuízos”. NOTA 11 - PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA A Companhia é uma das patrocinadoras da Fundação Itaúsa Industrial, entidade sem fins lucrativos, com seus estatutos aprovados pela Portaria MPAS nº 862, em 18 de maio de 2001, e que tem por finalidade instituir e administrar planos privados de concessão de benefícios de pecúlios ou de renda complementares ou assemelhados aos da Previdência Social. O regulamento vigente prevê a contribuição das patrocinadoras, no entanto, em função da existência de fundos suficientes, não houve qualquer desembolso no exercício presente. NOTA 12 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Riscos de Crédito A política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização em seu contas a receber. b) Instrumentos Financeiros Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustados com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado. A Companhia não realizou operações com derivativos no exercício de 2005 e 2004. NOTA 13 - SEGUROS Os valores segurados são determinados e contratados em bases técnicas que se estimam suficientes para cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros com bens do ativo permanente. NOTA 14 - EVENTO SUBSEQÜENTE Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de Janeiro de 2006, foi aprovada a proposta da Diretoria de alteração da denominação social da Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec Philco para Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec 1) Examinamos o balanços patrimoniais da Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3) Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Banctec Laboratório de Informática S.A. - Grupo Itautec em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 31 de janeiro de 2006 Pricewaterhousecoopers Estela Maris Vieira de Souza - Contadora CRC 1RS046957/O-3 “S” SP Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Sérgio Eduardo Zamora - Contador CRC 1SP168728/O-4

ATAS

DECLARAÇÃO À PRAÇA DECLARAÇÃO À PRAÇA Declaramos para os devidos fins que a empresa Telecom Orlando Ltda. I.E. Nº 115.416.440.113 CNPJ. Nº 02.468.092/0001-64, extraviou todos os documentos, inclusive talões de Nota Fiscal e Livros Fiscais mods. 1 A - 2 A - Mod. 6, 7, e Mod. 9.

AVISO AOS ACIONISTAS

CONVOCAÇÃO

EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 19/2006 OBJETO: Contratação de empresa especializada na ressolagem de pneus utilizados no Deptº Transporte. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 17 de março de 2006, às 10:00 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 20/2006 OBJETO: Compra de 57.600 unid.de cestas básicas p/os servidores municipais. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 20 de março de 2006, às 08:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 22/2006 OBJETO: Aquisição de módulos pedagógicos destinados p/Ensino Fundamental, Educação Infantil e Creches Municipais. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 16 de março de 2006, às 13:30 horas.

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi ajuizado no dia 1 de março de 2006, na Comarca da Capital, o seguinte pedido de Autofalência: Requerente: Auto Posto Rudcar Ltda. - Autofalência - Requerido: Auto Posto Rudcar Ltda. – Autofalência - Avenida Renata, 439 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

quinta-feira, 2 de março de 2006

PRESIDENTE DO SEBRAE TROCOU TELEFONEMAS COM ACUSADOS DE MENSALÃO, COMO DUDA E DELÚBIO.

AS LIGAÇÕES PERIGOSAS DE PAULO OKAMOTTO AE/Arquivo/02-02-2006

I

fonemas de nove e dez minutos. Ao todo, foram 156 minutos de conversas. Segundo o levantamento das duas CPIs, Okamotto também recebeu 23 ligações de Dirceu em 2002, além de quatro em 2001. Esses telefonemas somaram 58 minutos de conversas. Briga com STF – Enquanto, nos bastidores, os técnicos das comissões investigam Okamotto, a CPI dos Bingos briga no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao sigilo bancário, fiscal e telefônico dele. Na próxima semana, a cúpula da CPI pretende fazer mais uma visita aos ministros do STF para tentar convencê-los da relevância da quebra de sigilo de Okamotto. Se não houver resposta favorável, a comissão deve apelar ao plenário do Supremo Tribunal. Liminar – O Supremo negou duas vezes o acesso da comissão às informações. Em 27 de janeiro, o presidente do STF, ministro Nélson Jobim, concedeu uma liminar em favor dele e barrou a quebra de sigilo. Segundo Jobim, a CPI havia determinado a devassa apenas com fundamento em "notícias de jornais". A comissão, então, enviou novos argumentos, mas o ministro-relator do Supremo, Cézar Peluso, alegou que a comissão não delimitou período de tempo para a quebra de sigilo. Peluso negou acesso aos dados. (AE)

Sub-relatoria da CPMI prossegue investigação de empresas aéreas Processo contra ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha deve ser votado semana que vem

Delúbio

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Jefferson

Duda

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

AG/Arquivo/29-11-2005

Galeria de personagens AE/Arquivo/25-08-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

AE/Arquivo/06-07-2005

O

relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), reúne-se hoje com o diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) Antenor Madruga para definir como será o acesso aos documentos com a quebra do sigilo bancário do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos. Após analisar os documentos, a CPMI quer marcar para dia 15 o novo depoimento de Duda Mendonça. Hoje é a primeira vez que integrantes da comissão terão acesso formal à papelada, que foi enviada pela Promotoria de Nova York, há três meses, para o Brasil. Os documentos foram analisados pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Federal (PF) e registram a movimentação da conta Dusseldorf no BankBoston de Miami, cujo titular é ele. Apenas na semana passada, a CPMI obteve autorização da Justiça norte-americana para ter acesso aos documentos. A fim de evitar vazamentos, o comando da comissão decidiu que apenas dois técnicos e quatro parlamentares poderão manusear os papéis: os relatores-adjuntos, deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Maurício Rands (PT-PE), além de Serraglio e do presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS). "A reunião com o diretor do DRCI é mais para planejar como será o nosso acesso aos documentos", afirmou ontem Rands. Relatório – Rands destacou que o rastreamento de contas no exterior é um processo longo e complexo e por esse motivo, não será possível concluílo antes da apresentação do relatório final, prevista para 20 de março. A Dusseldorf é uma offshore cuja conta foi aberta por Duda por orientação do empresário Marcos Valério, segundo relato do publicitário à CPMI, em agosto do ano passado. A cont a f o i u s a d a p a r a re c e b e r R$ 10,5 milhões como parte do pagamento dos serviços que o publicitário prestou ao PT nacional na campanha de 2002. As análises feitas pelo DRCI detectaram que a Dusseldorf foi alimentada por, pelo menos, seis outras contas, sendo

três de empresas ligadas ao banco Rural. Os extratos também apontam que a Dusseldorf transferiu US$ 1,13 milhão para três outras contas – duas delas pertencem às offshores Strongbox e Raspberry As duas offshores têm sede nas Bahamas (Caribe), como a Dusseldorf, e um mesmo número de caixa postal como referência. Conta-ônibus – Os extratos bancários que os integrantes da CPMI começam a analisar hoje mostram que a Dusseldorf era uma conta-ônibus. Nas duas pontas dos extratos de movimentação dessa conta – tanto na entrada quanto na saída de dinheiro – estão operações feitas com doleiros. Para descobrir de onde veio o dinheiro e quais eram os reais destinatários, será necessário ampliar a quebra de sigilo bancário, com o objetivo de se ter acesso a dados em países como Suíça, Israel, Alemanha e Estados Unidos. A saída de dinheiro da Dusseldorf, que registra transferências de dinheiro para contas não identificadas no BankBoston de Miami (possivelmente de Duda Mendonça), também revela depósitos para a Suíça, Alemanha e três empresas ligadas a doleiros. Doleiros – Dessas empresas, duas - a StrongBox e a Raspberry Company - têm a mesma sede da Dusseldorf e conta no BankBoston. Para avançar no caminho percorrido pelo dinheiro, a CPMI precisa cobrar explicações dos doleiros brasileiros que operavam essas contas. Antes do depoimento de Duda, a CPMI pretende ouvir o ex-assessor especial da Casa Civil Marcelo Sereno e o economista Lúcio Bolonha Funaro, ex-dono da corretora Guaranhuns, que repassou recursos para o PL. Os integrantes da comissão querem saber os detalhes da relação de Sereno com os fundos de pensão de empresas estatais, q u e t i v e r a m p re j u í z o s d e mais de R$ 700 milhões nos últimos cinco anos. Depoimentos – Apesar de nove depoimentos marcados para hoje nas sub-relatorias da CPMI, nenhum é considerado relevante nem deverá atrair as atenções da maioria dos integrantes da comissão. Entre os convidados, estão o diretor da Corretora São Paulo Jorge Ribeiro dos Santos e representantes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). (AE)

AE/Arquivo/11-08-2005

FINALMENTE A CPMI DOS CORREIOS VAI ANALISAR AS CONTAS DE DUDA NOS EUA

Sérgio Dutti/AE

Duda na saída da PF, em Salvador, onde depôs no dia 2 de fevereiro.

mais cobiçados na adminis- SP) como prefeita. Venceslau tração federal. No meio em- acusou o presidente do Sepresarial, é tido como mais brae de arrecadar recursos de discreto que Delúbio e, prin- caixa 2 entre empresas que ticipalmente, como homem de nham contratos com prefeituras administradas pela agreestrita confiança de Lula. Okamotto é investigado miação. O rastreamento dos técnipelas duas CPIs por dois motivos. O primeiro é o paga- cos mostra que Okamotto mento ainda mal-explicado manteve pelo menos 56 telefonemas com de uma dívida Virtual Photo/Arquivo/12-08-2005 o ex-secretáde R$ 29.400 rio nacional do presidente de Finanças da República entre março e com a sigla. Os novembro de registros ban2002. As ligacários da agreções eram trom i a ç ã o i n d icadas da casa cam que Lula ou do celular pagou a dívide Delúbio da, mas o diricom o celular gente admitiu dele. Ao todo, ter quitado os os peritos R$ 29.400 por id en ti fic ar am meio de depó94 minutos de s i t o s e m d iCPI dos Bingos não consegue conversas. nheiro. O telefoneO presidente quebrar sigilos de Okamotto ma de maior do Sebrae disse aos parlamentares que pagou duração ocorreu no auge da a dívida do próprio bolso co- campanha de 2002, em 7 de mo um "favor" a ele. A versão setembro. A ligação durou não convenceu os parlamenta- quase cinco minutos – oito res, que suspeitam que Oka- dos telefonemas partiram de motto tenha obtido o dinheiro Okamotto e os demais foram ou com Duda ou com Delúbio recebidos por ele. Influência – A influência de – que, com o publicitário Marcos Valério, operou o chamado Okamotto também pode ser medida pelos telefonemas troesquema do mensalão. Caixa 2 – A segunda razão é cados com a CEP Comunicao depoimento do economista ção, empresa de Duda MenPaulo de Tarso Venceslau, ex- donça. No total, o presidente secretário de Fazenda de São do Sebrae foi acionado 75 veJosé dos Campos, no Vale do zes pela CEP entre fevereiro de Paraíba, na gestão da deputa- 2002 e março de 2003, já na gesda Ângela Guadagnin (PT- tão petista. Há registro de tele-

mpedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ter acesso ao sigilo fiscal, bancário e telefônico do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, técnicos das CPIs dos Correios e dos Bingos combinaram esforços, secretamente, e descobriram 161 ligações trocadas por ele com os principais investigados do mensalão. O rastreamento dos peritos dá boa amostra da proximidade de Okamotto com o ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT Delúbio Soares e o publicitário Duda Mendonça. Os técnicos fizeram o levantamento com base nos dados telefônicos de Delúbio, de Duda Mendonça, do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e do ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira, que estão em poder da CPMI dos Correios. O resultado foi compartilhado, informalmente, com os colegas da CPI dos Bingos para orientar investigações. A maior parte dos telefonemas identificados foi trocada com o ex-tesoureiro do PT e uma das empresas do publicitário. Mas há também várias ligações feitas no governo petista. Amigo de Lula – Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e arrecadador de recursos para a legenda, o presidente do Sebrae controla um orçamento de R$ 900 milhões no órgão, um dos cargos

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

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CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

A CPMI decidiu convocar para depor o ex-assessor especial da Casa Civil Marcelo Sereno para explicar as relações dele com corretoras e dirigentes de fundos de pensão. Nos dois primeiros anos do governo do presidente Lula, Sereno, que já depôs na CPI dos Bingos, foi braço direito do exministro e ex-deputado José Dirceu (PT).

O PT protocolou nova representação pedindo a cassação do mandato do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) por quebra de decoro. A intenção do PT é evitar a possibilidade de o conselho anular o processo contra Onyx por suspeitas sobre a autenticidade da assinatura de Tarso Genro. Segundo a polícia, a assinatura é falsa.

O senador Efraim Morais (PFL-PB) disse que os trabalhos da CPI podem ser prorrogados além da data-limite já fixada de 25 de abril. A extensão do prazo pode ocorrer caso não sejam resolvidas pendências como certos depoimentos e quebras de sigilo. Para a prorrogação, são necessárias as assinaturas de 27 senadores.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

POLÍTICA - 5

PSDB DEIXA PARA DIA 15 O ANÚNCIO DO CANDIDATO PARA TENTAR ACABAR COM MAL-ESTAR INTERNO

TUCANOS PREPARAM TERRENO PARA DECISÃO Rodrigo Paiva/AE/07-02-2006

Sérgio Dutti/AE/27-10-2005

E Serra: candidatura só sai se partido estiver unido.

Tasso: os prós e contras da candidatura do prefeito.

UM ESCUDO PARA SAÍDA DE SERRA

E

mbora o prefeito de São Paulo, José Serra, não tenha ainda decidido se será candidato a presidente, seus aliados já estão se armando para responder possíveis ataques dos adversários ao fato de ele deixar a prefeitura com menos de dois anos de mandato. Os tucanos já recuperaram gravações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, justificando a saída de Antonio Palocci da prefeitura de Ribeirão Preto, para ser ministro da Fazenda. Na campanha municipal de 2000 Palocci registrou em cartório um documento no qual se comprometia a permanecer no cargo até o término do mandato. Por isso, no dia 18 de novembro de 2002, Lula teve que viajar até Ribeirão Preto, na condição de presidente eleito, para argumentar que Palocci era fundamental na sua equipe. A convocação foi feita por Lula durante a inauguração de uma estação de tratamento de esgoto, um dos projetos prioritários do então prefeito. Essas imagens, avaliam integrantes da cúpu-

la tucana, devem funcionar como uma espécie de escudo para eventuais ataques de petistas. O receio do PSDB é que o PT venha a usar e abusar de uma gravação com trecho de uma entrevista de televisão concedida ao jornalista Boris Casoy em que Serra assegurou, na campanha de 2004, que não deixaria a prefeitura para concorrer à presidência. Os serristas dizem agora que, caso o PT explore esse fato, a resposta do PSDB será a justificativa do próprio Lula usada no caso Palocci. Mas os aliados de Serra dizem, nos bastidores, que o PT não é o único inimigo: cresce a desconfiança de que tucanos ligados ao governador Geraldo Alckmin estejam no comando da campanha para criar constrangimentos ao prefeito. Recentemente, São Paulo amanheceu com faixas cobrando o compromisso de Serra de permanecer na prefeitura. E até a viúva do ex-governador Mário Covas, dona Lila, resolveu dar entrevista para dizer que Serra deveria ficar no cargo. (AG)

m busca de tempo para cicatrizar as feridas abertas na disputa entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), o comando nacional do partido redefiniu, mais uma vez, a data provável do anúncio do candidato tucano a presidente: será entre os dias 10 e 15 deste mês. Antes do carnaval, o comando da legenda avaliou que ainda precisaria de pelo menos dez dias para criar um clima favorável ao anúncio do candidato, de forma que o não-indicado se sinta confortável a apoiar francamente o indicado. Em ordem unida, os principais líderes tucanos programaram uma retirada estratégica da cena política, durante o carnaval, para reduzir a pressão pela delicada escolha: o expresidente Fernando Henrique Cardoso foi para Trancoso, em Porto Seguro (BA); o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à reeleição, para o Canadá; Serra para Buenos Aires, e o presidente nacional da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), ficou enfurnado em sua fazenda, na Serra do Baturité (CE).

Retorno – Serra marcou a volta à capital para a madrugada de hoje, mas não deve trazer uma decisão final sobre a aceitação da candidatura. Serristas, porém, pressentem um 'sim' para a candidatura. Prevista para hoje, em São Paulo, a reunião entre Tasso e Serra não deve ser conclusiva e pode até ser adiada, devido à ausência da cúpula tucana – o senador deve esperar o retorno de FHC. No encontro, que pode ficar para sábado, o presidente do partido apresentará ao prefeito as condições para sua candidatura e jogará para ele a decisão. O senador cearense vai enumerar os apoios que Serra tem no PSDB – principalmente na cúpula – e dirá que ele é o preferido dos aliados (basicamente o PFL). Jereissati também vai detalhar as pesquisas que mostram o prefeito em melhores condições do que Alckmin para enfrentar Lula. Apoio – Tasso Jereissati dirá também que Alckmin não o apoiará de imediato, como havia pedido o prefeito. Por mais negociada que seja a escolha do presidenciável tucano, feridas vão ficar em aberto e poderá levar um bom

tempo para serem curadas. Mais tempo também é o que ainda pretende Serra, segundo aliados, antes de decidir. Ele gostaria que o anúncio ocorresse apenas no final do mês, mas a cúpula insiste em decidir até o dia 15. A data foi acertada por telefone neste carnaval por Tasso, Fernando Henrique e o governador Aécio Neves (MG). "Espero que os dias de Carnaval tenham servido para que o partido, Serra e Alckmin refletissem um pouco sobre a candidatura do PSDB", disse Aécio Neves antes de embarcar para o Canadá. Apreensão – A cúpula do partido está apreensiva. Nos últimos dias, até mesmo políticos mais ligados ao prefeito perceberam certa insegurança e maior grau de indefinição por parte dele. José Serra tem dito que não pode ser o candidato se o partido não estiver unido em torno dele e pregando a sua candidatura. Sem essa condição, tem dito o prefeito, sua campanha ficaria muito difícil. " Serra tem que entender que alguns apoios, como o de Alckmin, só serão anunciados depois que a candidatura dele for lançada", argumentava ontem um tucano. (Agências) Paulo Pinto/AE

ALCKMIN DIZ QUE ESTÁ ZEN E QUE NÃO HÁ RAZÃO PARA CORRERIA

A

pós participar de ato político-religioso na Catedral da Sé ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que a decisão do PSDB para a definição do candidato à presidência sai nos primeiros dias deste mês e que não

vê razão para "correria". "Estou extremamente otimista. Nós percorremos todas as etapas dentro do partido – direção partidária, governadores, senadores, deputados, dirigentes do partido, prefeitos. Coloquei o meu nome à disposição do PSDB, mas não é uma decisão pessoal, é uma decisão coletiva", afirmou ele. Zen – "A rigor, a convenção partidária é em junho. Só que

temos o problema do prazo de desincompatibilização, então precisa tomar a decisão em março. Agora, março não precisa ser no primeiro dia, pode ser daqui uma semana, dez dias, não há razão para correria", afirmou Alckmin, relatando que está agora "110% zen" sobre o prazo da escolha. Alckmin negou ainda que planeje desvincular a própria campanha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,

IRPF 2006: começa a folia do Leão

A

Receita Federal começou a receber ontem a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005). O prazo vai até 28 de abril. A expectativa do Leão é que sejam entregues cerca de 22 milhões de declarações. Estão obrigados a declarar quem teve, em 2005, rendimentos tributáveis superiores a R$ 13.968 ou rendimentos não-tributáveis acima de R$ 40 mil. O contribuinte com patrimônio superior a R$ 80 mil também deve cumprir a obrigação.

Cuidados com a malha fina A Receita é um órgão que tem grande eficiência no cruzamento de informações. Em junho deste ano será implantado um super computador, com um software chamado ‘Harpia’, cuja finalidade é cruzar informação e detectar os descuidados para a malha fina. O contribuinte deve guardar durante o ano todos os documentos relacionados com a entrega da

Declaração de Ajuste Anual, ou seja, holerites de pagamentos, recibos de aluguel, recibos médicos/ hospitalares e de dentistas, recibos de escolas, recibos de compra e venda de bens e direitos, dentre outros. Os documentos e papéis utilizados para preenchimento da declaração, deverão ser guardados pelos contribuintes, pelo prazo de 5 anos, após a entrega da mesma, ficando a disposição da Receita Federal para eventual comprovação fiscal. Mais segurança Para 2006, a Receita adotará novos mecanismos para aumentar ainda mais o nível de confiança dos contribuintes em relação ao envio da declaração pela Internet. Serão oferecidas três formas para transmissão do documento. Uma delas trará campo para que seja informado o número do recibo da declaração do ano anterior. A outra forma será apresentar a declaração mediante uso da certificação digital.

Quem não tiver nem o número do recibo da declaração do ano anterior nem o certificado poderá enviar o documento da mesma forma de anos anteriores. Segundo a Receita Federal, em 2005, das 20,5 milhões de declarações recebidas no prazo pela Receita, 20 milhões foram feitas pela Internet, o que representa 98% do total. Penalidades O contribuinte que não entregar a declaração sofrerá penalidades, como, multa de 1% ao mês ou fração de atraso calculada sobre o valor do imposto devido, observados os valores mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido. O presidente do SESCON-SP, Antonio Marangon, alerta que o Leão está se informatizando e capacitando tecnicamente para fazer um cruzamento eficaz das informações declaradas, portanto, recomenda atenção redobrada no preenchimento do IRPF.

caso venha a ser escolhido pelo partido. "O presidente Fernando Henrique foi um marco na política brasileira, o homem que fez a engenharia do real, que conseguiu a estabilidade da moeda", disse. As declarações de Alckmin serviram para contestar a notícia de ontem do jornal Folha de S.Paulo, que afirmou que ele teria admitido a interlocutores a vontade de se vincular a apenas a Mário Covas. (Agências)

Geraldo Alckmin disse que está otimista com relação à escolha do PSDB

Dia 7 São Paulo recebe caravana do imposto

O movimento De Olho no Imposto, que desde o dia 18 de janeiro está com o bloco da transparência dos impostos nas ruas de São Paulo, a Capital paulista receberá o movimento no próximo dia 07, às 10 horas, no clube Espéria. O encerramento da campanha no Estado de São Paulo será no dia 1º de maio, justamente na tradicional festa dos trabalhadores realizada pela Força Sindical. A um mês do prazo final para a coleta de 1,2 milhão de assinaturas, a caravana pela transparência dos impostos já visitou 19 cidades do interior do estado e região metropolitana de São Paulo. Devido as manifestações, já foram coletadas mais de 250 mil assinaturas, incluindo as adesões on-line. Para Antonio Marangon, presidente do SESCON-SP, uma das entidades coordenadoras do movimento,“é necessário conscienti-

zar a população que todos pagam impostos e acabar com a cultura de que os serviços públicos são gratuitos no Brasil.” A meta da campanha, além de informar os cidadãos, é coletar pelo menos 1,5 milhão de assinaturas para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para garantir que os consumidores tenham acesso às informações acerca dos impostos incidentes nos produtos e serviços. Dessa forma, regulamentar o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal. O artigo que deve ser regulamentado diz que “a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.” A caravana ainda seguirá pelo interior de São Paulo, o novo calendário será definido nos próximos dias.

RAIS: prazo termina em 15 dias O prazo legal de entrega da declaração RAIS ano-base 2005 termina no dia 17 de março de 2006, conforme portaria número 500 de 22 de dezembro de 2005 publicada no Diário Oficial da União, em 26 de dezembro do ano passado. A entrega da declaração é obrigatória, e o atraso está sujeito a multa conforme previsto no artigo

25 da Lei nº 7.998, de 11/01/1990. Quem não enviar as informações no prazo estabelecido está obrigado a pagar multa mínima de R$ 425,64, acrescida de R$ 53,20 por bimestre de atraso. Este ano, os percentuais que são somados ao valor, de acordo com o número de empregados da empresa, foram atualizados.

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quinta-feira, 2 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

1/3/2006

COMÉRCIO

7

1,0145

é o fator de reajuste, no mês de março, dos contratos de aluguel corrigidos pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas


DIÁRIO DO COMÉRCIO Saddam Hussein não tem medo de ninguém, somente de Deus. E isso não é de agora, quando eu era menino já não tinha medo de nada. Dedicamos nossa vida a Deus e ele quis que permanecêssemos vivos. Não tenho medo de ninguém mas me preocupo com a reputação do Iraque. Do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, ontem, durante audiência de seu julgamento.

quinta-feira, 2 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

2 -.LOGO

2

Recolhimento de (INSS) Dez anos do acidente que vitimou a banda Mamonas Assassinas. Dia do Turismo

F UTEBOL M ODA Jason Decrow/AP/AE

Sem ginga no campo gelado

O L

A supermodelo brasileira Gisele Bündchen, ontem, durante o lançamento da nova coleção de lingeries da grife norte-americana Victoria´s Secret, em Nova York.

A RTE

E SPAÇO

Obras completas de Iberê Camargo

AEB lança site sobre a Missão Centenário

Um museu à beira do Rio Guaíba, em Porto Alegre, a ser inaugurado em 2007 e um catálogo com todos os trabalhos feitos pelo artista, que será lançado em junho, estão sendo elaborados para comemorar a obra de Iberê Camargo (1914-1994). O museu projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza e o catálago coordenado pela professora Mônica Zielinsky e editado pela Cosac Naify são projetos da Fundação Iberê Camargo.

A Agência Espacial Brasileira coloca no ar hoje um site especial sobre a Missão Centenário. Nele, o internauta poderá ter acesso a dados sobre a missão, detalhes dos experimentos e ainda informações do primeiro astronauta brasileiro. Serão disponibilizadas entrevistas com os responsáveis pela missão, fotos e vídeos que contam um pouco desse momento histórico.

http://iberecamargo.uol.com.br/

missao_centenario/Missao.php

http://www.aeb.gov.br/minisite/

o atacante Fred no lugar de Ronaldo e o later a l - e s q u e rd o Gustavo Nery na vaga de Roberto Carlos, testando dois jogadores que ainda não estão garantidos no grupo da Copa. O amistoso contra a Rússia foi o último do Brasil antes da convocação para a Copa - a Ronaldo em disputa de bola com jogador russo lista dos 23 jogadores será tida formal que teve como divulgada no dia 15 de maio. ponto alto a chance de ver o go- Depois disso, a seleção passaleiro Rogério Ceni, o lateral-di- rá por um período de prepareito Cicinho e o meia Ricardi- ração na cidade de Weggis, na Suíça, entre 22 de maio e 4 de nho em ação. No segundo tempo, Parreira junho, antes de seguir para a aproveitou para colocar o vo- Alemanha. Nesse período em Weggis, o lante Edmílson e o zagueiro Cris - saíram Juan e Ricardi- Brasil terá dois amistosos de nho. A Rússia se animou e co- preparação. No dia 31 de maio, meçou a arriscar chutes de fora enfrenta a Suíça; em 4 de junho, da área, assustando Rogério a Nova Zelândia, em Genebra. Ceni. Aí, aos 18 minutos da se- Em 13 de junho estréia na Copa gunda etapa, Parreira mexeu na capital alemã, contra a novamente no time, colocando Croácia.

Arturo Mari/Osservatore Romano/AFP

C HINA

F ÓRMULA 1

36 presos em aula de catecismo

Boné de Senna vai a leilão em Londres

A polícia chinesa deteve 36 pessoas ontem numa busca contra um curso de catecismo oferecido por uma igreja clandestina. Estudantes, professores e líderes da igreja clandestina foram levados em dez veículos da polícia. Chu Huaiting, proprietário da escola clandestina de catecismo, foi detido mais tarde em sua residência. Ele foi identificado como vicepresidente Igreja da Aliança da China, com aproximadamente 300.000 fiéis atraídos por congregações clandestinas.

A famosa casa de leilões inglesa Bonhams anunciou que vai leiloar, no dia 20 de março, em Londres, um boné autografado por Ayrton Senna no fim de semana em que sofreu o acidente fatal, ocorrido em 1º de maio de 1994, em Ímola, Itália. Durante entrevista de TV, o piloto brasileiro retirou seu boné, autografou e ofereceu ao jornalista que o entrevistava. Se fosse vivo, no dia 21 de março Senna completaria 46 anos. A expectativa é de que os lances ultrapassem 6 mil euros.

E M

Brasil venceu a Rússia por 1 a 0 no a m i s t o s o d e o ntem no Lokomotiv Stadium, em Moscou. Há 100 dias da Copa do Mundo, o jogo serviu ao técnico Carlos Alberto Parreira como uma partida para testes. Num gramado ruim, por causa do inverno europeu, e sob o frio de -19 ºC, o único gol foi marcado por acaso, aos 14 minutos, com Ronaldo desviando um chute de Roberto Carlos. “Foi um gol de oportunismo. O gol é do Ronaldo”, disse Roberto Carlos, ao sair de campo no intervalo. “A bola bateu por último em mim, então o gol é meu. O Roberto não liga”, afirmou Ronaldo. Com a vantagem no placar e já mais acostumado ao frio, o Brasil passou a dominar o jogo. Aos 33 minutos, Adriano teve uma chance de gol, defendida pelo goleiro Akinfeev. A Rússia teve um lance ao gol aos 44 minutos, mas a bola estourou certeira na trave. Sem Dida, Cafu e Ronaldinho Gaúcho, todos contundidos, o jogo brasileiro não teve show nem ginga. Foi uma par-

Sergei Ponomarev/AFP/AE

Frio e time "reserva" tiram brilho da seleção brasileira em Moscou

L

RENÚNCIA - O Papa Bento XVI com um grupo de muçulmanos na praça de São Pedro, ontem. O papa renunciou ao título de Patriarca do Ocidente, atribuído aos papas a 1.466 anos. Acredita-se que a novidade poderá repercutir de forma negativa entre os ortodoxos.

I NTERNET

South Beach na berlinda

Blogs são paixão nacional na China

ietas que diferenciam os "carboidratos bons" dos "carboidratos ruins" não são uma maneira eficiente de controlar o nível de açúcar no sangue, sugere um novo estudo. Mesmo tendo se tornado popular pela Dieta de South Beach, o índice glicêmico virou alvo de polêmica. Uma pesquisadora de diabetes, Elizabeth Mayer-Davis, da Universidade da Carolina do Sul, diz que o uso do indicador deve terminar. A pesquisadora defende que as dietas tradicionais – que recomendam comer menos e fazer mais exercícios – são as melhores para perder peso e reduzir o risco de diabetes. O índice glicêmico é medido por uma escala de 100 pon-

O Estado de São Paulo em números

Uma fonte alternativa de energia para aparelhos eletrônicos é... a mão humana. O rádio Freeplay EyeMax é um aparelho que se carrega através de uma manivela ou por um painel solar. Quando a carga está completa, ele pode funcionar por até 25 horas. Custa 119,90 dólares australianos no site. www.multipoweredproducts.com.au/

População do Estado de São Paulo, dados sobre emprego na região metropolitana, investimento, condições de vida, planos diretores das cidades paulistas, perfil dos municípios. Todas essas informações são levantadas, acompanhadas e divulgadas constantemente pela Fundação Seade, órgão do governo estadual que mantém um site na internet com um banco de dados atualizado que pode servir de base para pesquisas, negócios e projeções de investimentos e renda. Tudo gratuito.

prod95.htm

www.seade.gov.br

A TÉ LOGO

na Universidade Clemson e presidente da Associação de Dietas da Carolina do Sul, disse que, embora haja um debate entre dietistas sobre a validade da dieta South Beach, seria um erro rejeitá-la. "Acredito que ainda estamos a 5 ou 10 anos de entender realmente esse indicador". O novo estudo, publicado no British Journal of Nutrition, baseou-se em mais de mil pessoas, que tiveram o consumo de alimentos estudado durante cinco anos. O nível de açúcar no sangue dos participantes foi testado duas vezes durante o período do estudo e não se conseguiu encontrar nenhuma relação significativa entre o indicador glicêmico de alimentos e esses números. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Líderes iraquianos querem impedir que o primeiro-ministro interino fique no cargo Mick Jagger visita pirâmides mexicanas e feiticeiro asteca com seu filho brasileiro, Lucas

L

Rádio movido à manivela

tos que mede a velocidade com que os carboidratos entram na corrente sanguínea, como açúcar. De acordo com aqueles que apóiam o sistema, as pessoas devem evitar comidas com alto índice glicêmico, como pão e batatas, pois eles elevam rapidamente o nível de açúcar do sangue. Já as comidas pouco glicêmicas, como cenouras e maçãs, são absorvidas mais lentamente, fazendo a pessoa sentir-se satisfeita por mais tempo, o que ajuda na perda de peso. Beth Kunkel, professora de ciência alimentar e nutrição

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F AVORITOS

Camilla Parker-Bowles, a esposa do príncipe Charles, foi nomeada pela rainha Elizabeth "coronel real" de um futuro batalhão de fuzileiros do exército britânico. A informação foi divulgada ontem, pela assessoria do Palácio de Buckingham. Camilla, que se tornou duquesa da Cornuália depois de seu casamento com o herdeiro do trono britânico, afirmou estar "encantada" com a nomeação. Os fuzileiros começarão a ser formados em fevereiro de 2007 como parte de uma reorganização realizada pelo ministério da Defesa.

D IETAS

L

G @DGET DU JOUR

De acordo com um relatório divulgado ontem pela ONU em Viena e publicado pela britânica BBC, o Brasil é campeão mundial de consumo per capita de remédios para emagrecer. O uso de anfetaminas no País chegou a 9,1 doses diárias por mil habitantes entre 2002 e 2004 – um aumento de mais de 20% em relação ao período de 1992 a 1994. Pela lei brasileira, remédios para emagrecer à base de anfetamina somente podem ser vendidos mediante receita médica, mas a venda indiscriminada em farmácias é realidade.

Camilla Bowles, novo coronel

D Leo Jaime, acompanhado do grupo Os Impossíveis, relembra antigos sucessos, entre eles, As Vampiras e Nada Mudou. Na Mata Café. Rua da Mata, 70, Itaim Bibi. Telefone: 3079-0300. Às 21h. R$ 25 e R$ 30.

Campeão da mania de emagrecer

R EINO UNIDO

C A R T A Z

FLASH BACK

B RAZIL COM Z

Peru rejeita proposta da Universidade Yale para dividir artefatos incas de Machu Picchu

Cerca de 52% das pessoas empregadas na China possuem um site pessoa na internet, ou melhor, um blog. A estimativa é de uma pesquisa realizada pela consultoria internacional CBP Career Consultants. Ler os relatos de outras pessoas também está se tornando um hábito: cerca de 28% dos que responderam ao questionário visitam blogs escritos por outros. Os blogueiros chineses se interessam mais por fofocas e problemas pessoais do que por política, e cerca de 60% deles usam o site para criticar patrões e chefes. L OTERIAS Até o fechamento desta edição, a Caixa Econômica Federal não havia divulgado os resultados dos concursos 742 da Mega-Sena, 598 da Lotomania e 127 da Lotofácil, cujos sorteios estavam programados para ontem. Para conferir os números sorteados consulte o site: www.caixa.gov.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL

quinta-feira, 2 de março de 2006

PRÓXIMAS ELEIÇÕES DA ITÁLIA TERÃO COMO CANDIDATOS ITALIANOS QUE MORAM NO EXTERIOR Fotos de Paulo Pampolin

Após 30 anos morando na cidade de São Paulo, o italiano Edoardo Pollastri, na foto ao lado no Terraço Itália, com a cidade paulistana ao fundo, diz que sua experiência de vivência no Brasil o ajudará a ampliar as relações comerciais e culturais entre o Brasil e a Itália.

IL SENATORE BRASILIANO Pollastri vai disputar, nas eleições de abril, uma vaga no Parlamento italiano. Sairá pela chapa Unione, que apóia a candidatura de Romano Prodi, da oposição, ao cargo de primeiro-ministro. Ele é o único candidato residente no Brasil que concorrerá ao Senado.

E

le é italiano, vive no Brasil há décadas e vai concorrer às eleições do Senado deste ano. Só que na Itália. Aos 73 anos, dos quais 30 vividos na cidade de São Paulo, o economista Edoardo Pollastri é um dos italianos que poderão disputar as eleições parlamentares marcadas para 9 de abril. Pela primeira vez na história da Itália o Parlamento se abre à participação de italianos e seus descendentes que vivem fora do país. No final de 2005, essa comunidade ganhou o direito de disputar uma vaga no Senado ou na Câmara. Mesmo morando a milhares de quilômetros de Roma, cidade-sede do Parlamento. Pollastri concorre a uma cadeira no Senado pela Unione, chapa nascida da coalizão de oito partidos de centro-esquerda, que apóia a candidatura de Romano Prodi ao cargo-posto de primeiro-ministro da Itália, contra Silvio Berlusconi – que hoje ocupa o cargo e que agora tentará se reeleger para seu terceiro mandato. Pela Unione, o economista italiano que também é presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo e membro do Comitê Consultivo da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia) é o único candidato ao Senado residente no Brasil. Outros três têm residência fixa na Argentina. Única – Na avaliação de Pollastri o momento é histórico. "Nenhum país do mundo permite, hoje, que cidadãos nãoresidentes disputem quaisquer cargos eleitorais. A oportunidade de italianos que vivem fora da Itália estarem no Parlamento é única”, diz ele. Ao todo, 18 futuros parlamentares residentes no Exterior serão escolhidos: 12 para a Câmara e 6 para o Senado. As

Roseli Lopes vagas foram distribuídas entre quatro colégios eleitorais: Europa (de onde sairão 6 deputados e 2 senadores), América do Norte (2 deputados e um senador), América Latina (3 deputados e 2 senadores) e a região que engloba a África, Ásia, Austrália e Oceania, com direito a uma vaga no Senado e uma na Câmara. O Brasil disputará com italianos que têm residência fixa na Argentina, Venezuela e demais países da América Latina. Natalina Berto, assistente social de 62 anos, no Brasil desde 1974, também concorre às eleições parlamentares na Itália. Candidata pela Unione, tentará, em São Paulo, se eleger para uma das três vagas de deputado, na Câmara. Natalina disputará com o siciliano Fábio Porta, da mesma chapa Unione, que mora no Rio de Janeiro há dez anos, e Monti Arduino, de

pertençam, serão a voz da comunidade italiana da América Latina no Senado. Trabalharão especialmente para defender os interesses de todos os italianos e descendentes que vivem na região. Se Pollastri ganhar, o único candidato a senador residente no Brasil quer ajudar a ampliar as relações ítalo-brasileiras nas áreas comercial, cultural e de tecnologia. "Levaremos nossa experiência de vivência no Brasil ao local onde a Itália faz sua política internacional", fala. "Pretendo trabalhar junto a corporações italianas para que invistam no Brasil no setor de pequenas e médias empresas. Vejo que, aqui, faltam condições para que o pequeno e médio empresár i o s o b re v i v a " , afirma. Entre as propostas está a de trazer para o mercado bra-

O peso da nossa colônia

O

Natalina Berto, candidata a deputada

São Paulo. Natalina, Porta e Arduino enfrentarão ainda dois candidatos da Argentina e um da Venezuela. A Unione terá como adversárias nas urnas outras chapas, formadas dentro do mesmo colégio eleitoral. Uma delas é a Forza da Itália, que apóia a candidatura de Silvio Berlusconi a primeiro-ministro, mas que não tem candidatos residentes no Brasil. Voz da América Latina – Tanto os senadores quanto os deputados eleitos, independentemente da chapa à qual

sileiro o know how italiano nesse segmento. "A Itália tem um modelo que está entre os mais apreciados em todo o mundo", diz o aspirante a senador. Na sua avaliação, o sucesso do modelo italiano poderia resolver os três principais problemas do pequeno e médio empresário no Brasil: a falta de conhecimento do pequeno empreendedor, a alta burocracia aplicada à empresa de menor porte e o alto custo do dinheiro para quem

quer se tornar um empresário. Social – Com larga atuação na área social, Natalina Berto, se eleita, deverá voltar suas baterias para reivindicar condições mais justas para os cidadãos italianos que moram na América do Sul no que diz respeito às áreas previdenciária e assistencial. Melhorias no atendimento do consulado e o desenvolvimento de programas de formação educacional para os descen-

dentes de italianos também estão em seu programa. "Hoje, as leis italianas são criadas, aprovadas e enviadas às comunidades de todo o mundo. Mas muitas vezes elas não atendem às necessidades das comunidades, que variam de acordo com o país em que residem. Com estas eleições vamos poder opinar, levar nossas reivindicações, porque nós é que conhecemos os problemas dos que estão longe de seu país"", diz Natalina Berto.

Brasil tem a maior colônia italiana do mundo. São cerca de 220 mil italianos, entre imigrantes e seus descendentes, com direito ao voto. Desses, 120 mil residem em São Paulo. O colégio eleitoral do qual o país faz parte é o segundo maior, com 885.673 residentes que poderão votar. Atrás apenas da Europa, que tem 2 milhões, 39 mil e 149 italianos. Por isso, a expectativa é de que o País eleja, além de seu único candidato a senador, ao menos outros dois ou três italianos com residência no Brasil para a Câmara. "Por temos forte presença no País a chance de elegermos mais de um italiano residente no Brasil é grande", diz Fabio Porta, morador da cidade do Rio de Janeiro há uma década, e que aos 42 anos concorre ao cargo de deputado na Câmara italiana, pela chapa que apóia a candidatura de Romano Prodi. Caso vença nas urnas, Porta pretende levar às discussões no Parlamento reivindicações de interesse da geração mais jovem de italianos, os descendentes de imigrantes. nas questões de intercâmbio cultural, estágios profissionais e estudos na Itália. Os futuros parlamentares que vivem no exterior escolhidos terão os mesmos direitos e deveres do que residem na Itália. Poderão cumprir seus mandatos no país onde moram. A votação será feita pelas próprias comunidades italianas residentes nopaís onde o candidato está. Para votar é preciso estar regularmente inscrito nas listas eleitorais de seus municípios. Cada italiano com direito a voto receberá pelo correio, um envelope com o formulário de votação. A escolha é feita escrevendo o sobrenome do candidato, e não o primeiro nome, no formulário. O voto deve ser colocado no correio até a data-limite fixada pelo consulado, indicada no próprio formulário. Mais informações no site do consulado italiano no Brasil, no endereço wwwitalconsul.org.br (RL)


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Nacional Tr i b u t o s Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

As dificuldades do início, segundo Maurício Copetti, foram vencidas pelo marketing boca-a-boca.

400 ESPÉCIES DA FAUNA JÁ FORAM VISTAS NA REGIÃO

Fotos: Maurício Copetti

Uma câmera na mão. Outra idéia na cabeça: o Pantanal. Maurício Copetti queria ser cineasta. Mas se rendeu às belezas da fauna e da flora do Pantanal do Mato Grosso do Sul. Cláudia Marques

M LETREIRO

O

nome foi escolhido pela mãe de Maurício Copetti. Refúgio da Ilha é porque se trata de uma reserva ecológica privada, localizada entre dois braços do rio Salobra, com inúmeras espécies da fauna e da flora pantaneira. Para chegar na pousada seco, só de barco ou pela ponte. "Também é um refúgio para quem quer fugir por um tempo do seu cotidiano, relaxar na beira de um rio e se deleitar com a biodiversidade de espécies e as exuberantes paisagens", completa.

SEGREDO

M

aurício Copetti é enfático: "Quando se ama o que faz, não há segredo algum, dá certo". Segundo ele, no seu negócio, é preciso estar sempre aberto a novos desafios. "As estratégias para se alcançar uma determinada meta são impermanentes." E a meta de Copetti vai mais longe que o sucesso da pousada. "Luto pela conservação do Pantanal, quero proporcionar aos visitantes a mesma qualidade de vida de que todos os pantaneiros desfrutam."

A

PEDRA certar o público-alvo da Refúgio da Ilha foi a principal dificuldade de Maurício Copetti. Um dos motivos é o tamanho da pousada – apenas sete apartamentos. "Não sabíamos se os visitantes iriam gostar. Hoje sabemos exatamente quem é o nosso público e não perdemos nem tempo nem dinheiro divulgando a pousada em qualquer evento ou operadora. Nossas ações são bem focadas", explica.

aurício Copetti tem alma pantaneira. O modo de falar sem sotaque pode até enganar os mais desavisados. Ele passa fácil por um jovem empreendedor do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Mas depois de uns minutos de prosa a pessoa muda de idéia. Ariranhas, onças-pintadas e tuiuiús invadem a conversa. Copetti é empreendedor sim, mas no Pantanal. Ele administra desde 1998 a pousada Refúgio da Ilha, que fica entre dois braços do rio Salobra. Um lugar de beleza intensa, visitado por turistas do mundo inteiro, principalmente da Europa. A volta ao mundo A história de amor com o Pantanal começou ainda na infância. Maurício Copetti morava em Itaqui (RS) e, nas férias e em alguns finais de semana, ia para a fazenda dos pais no Pantanal. "Eu era mais um ser vivo no meio da natureza", conta. Os passeios feitos de bicicleta, a pé ou a cavalo ficaram gravados na memória de Copetti. "Ficava maravilhado com os animais, as árvores, as nuvens", diz. O tempo passou, Maurício cresceu e foi em busca de um sonho. Em 1994, partiu para a Itália onde morou por dois anos. Em 96, foi estudar cinema em Londres, a desejada capital inglesa. Na cidade grande, as lembranças do Brasil davam leves toques na memória de Copetti. "Lembrar do Pantanal era o meu tesouro escondido. Sempre recorria à vida na fazenda para 'sair' da turbulência do dia-a-dia da metrópole", conta ele. Até que um dia, insatisfeito com a cruel meta de "ser alguém na vida" fora do País, ele fez as malas e voltou ao Brasil com uma idéia: investir no Pantanal. "Na época, meus pais estavam amadurecendo a idéia de montar uma pousada", conta. O empreendedor veio para agregar: em 1997 nasceu a Refúgio da Ilha. Acertar o público Os primeiros meses foram mais complicados. A principal dificuldade foi acertar o público-alvo. "A pousada é pequena, são só sete apartamentos e, no começo, não se sabia se as pessoas iriam aprovar o estilo rústico e familiar do negócio", explica. A dúvida, no entanto, logo foi resolvida. A pousada caiu no gosto de estrangeiros e brasileiros que gostam de contemplar e observar a exuberante paisagem do Pantanal sem entrar em grandes hotéis. "Agora sabemos exatamente quem é nosso público, e nosso foco é atrair mais gente com esse perfil. São pessoas que desejam fugir do turismo convencional de massas, que gostam do contato com a natureza e que valorizam a ecologia", afirma. África no Pantanal Os passos de Copetti, ao que tudo indica, foram certeiros. O marketing da pousada é um

EMPREENDEDORES A Pousada Refúgio da Ilha faz parte dos roteiros de aventura do Pantanal matogrossense e atrai turistas de todo o Brasil e do exterior Divulgação

A lontra gigante

O ocelot

Maurício Copetti é um apaixonado pela exuberância da natureza pantaneira

O jabiru

dos melhores que existem: o boca-a-boca. A Refúgio da Ilha é sempre ponto de retorno. "São turistas que vêm para ver e estudar com atenção a fauna e a flora do Pantanal." Expedições Essa característica fez com que Copetti criasse um programa especial em 2003 para atender a esses hóspedes. São as expedições pelo Pantanal que podem ser feitas em nove ou 12 dias passando por outras pousadas da região. "Seguimos o que é feito na África, na Austrália e em Bornéu (roteiros que exploram a vida selvagem). E acho que não perdemos em nada para esses lugares", afirma. Nas expedições, o visitante

pode observar pássaros e animais típicos do Pantanal. "O objetivo não é só ver a beleza do animal, mas tentar entender a ecologia do bicho, ter uma noção mais intimista. É uma espécie de voyerismo na natureza", diz. Segundo ele, sai satisfeito o turista que consegue descrever o que o animal está fazendo e todos os movimentos dele. Cinema na mata Para os passeios, é essencial levar binóculos, lunetas e blocos de anotações, mas isso os amantes da natureza sabem. Os mais dedicados, como Copetti, também levam câmera de vídeo. E para ele não é nenhum sacrifício carregar o equipamento dentro da mata. Ao contrário, é prazeroso, pois foi a forma que Maurício encontrou de não abandonar o cinema. Apaixonado pela sétima arte, ele a uniu com outra paixão: a natureza. Os vídeos – que ele aprendeu a fazer em Londres – agora são de pássaros e animais que pipocam no Pantanal.

SERVIÇO Pousada Refúgio da Ilha Pantanal (MS) www.refugiodailha.com.br Telefone: (67) 3384-3270

Uma das 350 espécies de aves do Pantanal

CABECEIRA

É a hora de virar o jogo. O líder é aquele que serve aos colaboradores.

E

m vez de uma postura impiedosa e do lucro a qualquer custo, Ken Jennings e John Stahl-Wert, em Líder a Serviço – 5 Ações que Transformarão sua Equipe, sua Empresa e sua Comunidade (Editora Best Seller), propõem uma liderança em que a ética e a moral prevaleçam nas relações entre chefes e colaboradores dentro de uma empresa. As propostas dos autores são apresentadas em forma de ficção. A história envolve um filho afastado da família, o pai à beira da morte e um grupo de líderes criativos em empresas, organizações voluntárias e grupos civis. O enredo serve como pano

de fundo para detalhar os cinco princípios para unir as equipes e somar forças dentro de um empreendimento. E lança um desafio para inverter o jogo: em vez do chefe tradicional, alguém que lidera servindo aos outros. Dora Carvalho


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

Por erro técnico, o texto do senador Antero Paes de Barros publicado ontem saiu sem seu título original: As qualidades do Ademirson

você". Desenvolvimento e distribuição de renda, só na conversinha fiada, num país cujas elites econômicas reclamam vocalmente dos bancos mas se locupletam na atividades improdutivas da exploração financeira do capital e da renda da terra.

Falso brilhante secretário Andrea Matarazzo foi assaltado a duas quadras da minha residência enfrentando, portanto, a realidade diária do paulistano. Espero que agora as autoridades responsáveis por nossa segurança levantem “os traseiros de suas confortáveis poltronas” e ajam.

O

Há muito tempo venho reclamando da deterioração progressiva dos Jardins; criou-se até uma associação “Ame Jardins” que funciona como a “turma dos direitos humanos”, pois nunca se manifesta quando é preciso. Essa região está infestada de falsos seguranças, que por aqui colocam guaritas

que acabam virando ponto de encontro e observação dos hábitos e costumes dos residentes e da região, o que em muito orienta o trabalho para futuros assaltos. Caro secretário, sair andando por aí como um cidadão comum é sentir na própria carne os problemas que estamos cansados de

Luludi/Luz

Andrea Matarazzo conheceu a realidade de nosso bairro: falta segurança

enfrentar, porém, há males que talvez venham para o bem; o cidadão comum não tem a quem recorrer, pois todas as portas se fecham; porém, quando o fato acontece com uma autoridade, o caso tem repercussão e a solução talvez saia com mais facilidade. ROBERTO DAL PONT RDALPONT@IG.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Nilton Fukuda/AE

Serra presidente, Alckmin vice O

G Como o PSDB ainda não

G A união pode não ser

se definiu, Lula continua bravateando pelo País.

fácil para os dois candidatos. O PSDB continua sendo um partido de caciques que falam difícil e pouco são entendidos pelo povão.

G Alckmin, que ainda é

novo, sempre se saiu bem como vice. Poderia compor a chapa como vice de Serra e ainda representar o PFL. G Serra não será

condenado pelos eleitores se deixar a Prefeitura e compor com seu vice um plano de governo, como o Covas fez com o Alckmin.

DEU

NO

BLOG O

Esperando a decisão do PSDB para confirmar sua candidatura à Presidência, o pré-pré-candidato do PFL, Cesar Maia, alerta em seu blog: se a candidatura tucana fracassar, levará de roldão o partido. É provável que vá para o patamar do PL, PP...

HTTP://CESARMAIA. BLOGSPOT.COM/

PSDB vive uma perigosa encruzilhada. Ao tempo que se afirmou como partido nacional de opinião, não o fez ainda como partido nacional com amplitude espacial e capilaridade. A eleição municipal de 2004 mostrou isso. Excluindo o Estado de SP, o PSDB amarga um longínquo quarto lugar.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

povo brasileiro, mesmo em meio a tantos nomes de pessoas ilustres, não consegue identificar alguém que possa vir a ser presidente da República e que realmente atenda aos anseios de todos, sem privilegiar esta ou aquela classe. Entre os escolhidos pelos meios de comunicação e pelos institutos de pesquisas estão os garotinhos e garotinhas, que querem ser presidente, mas nas oportunidades que tiveram de provar serem capazes não o fizeram. Como não há candidatos à altura, pois o PSDB ainda não se definiu, sobra espaço para que o atual presidente, usando a máquina do governo e sua facilidade em contar piadas, continue bravateando pelo país. Se as pesquisas dizem alguma coisa, Serra e Alckmin deveriam se unir ao invés de se dividirem. Serra não será condenado pelos eleitores se deixar a Prefeitura, principalmente se vier a compor com seu vice um plano de governo com suas características, como o Covas fez com o Alckmin.

E o Geraldo Alckmin, que ainda é novo e sempre se saiu bem como vice, poderia compor a chapa como vice de Serra e ainda representar o PFL, partido a que pertencia quando aceitou ser vice na chapa de Covas. Com uma dupla forte, a verdadeira vontade de governar para o povo e de combater a corrupção, mais um plano de ação que vise dar aos brasileiros dignidade e menos impostos, talvez possamos algum dia conseguir a felicidade de ver o País se desenvolvendo, levando junto a prosperidade de seu povo, que até agora só serviu para pagar pela ganância de seus governantes. A união pode não ser fácil para os dois candidatos. O PSDB continua sendo um partido só de caciques, que falam difícil e não são entendidos pela maioria da população que aceita o palavreado do Lula e prefere ficar na miséria acreditando em promessas. Caberá a quem se propõe substituir Lula promover o desenvolvimento de tudo que se estagnou no seu governo. JOÃO PATRICIO JBPATRIC@UNISYS.COM.BR

PSDB na encruzilhada A eleição de 2002 mostrou os riscos do PSDB se tornar um partido de segundo escalão, quando - com um candidato que foi para o segundo turno, mal superou 60 deputados federais. Como se sabe - e já se escreveu à exaustão - os partido no Brasil se vertebram no poder. Com o binômio SPCeará e com os

riscos de derrota nos dois Estados, é provável que o PSDB mude de turma e vá para o patamar do PL, PTB, PP... Por isso é incompreensível que o processo de escolha de seu candidato a presidente se estenda tanto. Se sua candidatura a presidente fracassar levará de roldão o partido. Não se trata de ganhar

ou perder, mas de fracassar ou não. Se a candidatura do PSDB a governador em SP já está entrando na faixa de segurança-limite - e ninguém desconfia qual dos cinco nomes virá (dizem que se Alckmin não for candidato indicará o candidato do PSDB como prêmio consolação),

um fracasso presidencial será uma derrota certa no Estado onde estão concentradas todas as suas fichas e seus quadros nacionais. Esgarçar mais, atrasar mais a decisão é grave erro, pois coloca em jogo a sobrevivência do partido. Há exemplos de sobra na história eleitoral recente de tantos países.

CLAUDIO WEBER ABRAMO

FORA DA PASSARELA alvo lapso, o escândalo do mensalão não desfilou nas passarelas do Carnaval. Um ou outro folião se fantasiou de mensaleiro, mas os grêmios, escolas de samba etc., que são responsáveis pela organização do Carnaval, aparentemente preferiram não tocar no tema. Por que será? Ofereço aos eventuais leitores uma especulação. O mundo em que vivemos nós outros, os que escrevem em jornais e os que lêem os ditoscujos, não é o mundo em que vive a maior parte da população brasileira. O Brasil tem uma das piores distribuições de renda do mundo. Isso não se traduz apenas na falta de acesso da maioria das pessoas a bens, mas também, e principalmente, a informação. Não é impossível que, para a imensa maioria dos cidadãos brasileiros (o "cidadãos" entra aí mais como designativo genérico, dado que cidadania é algo que está muito além do alcance da maioria), as notícias sobre falcatruas e malfeitos cometidos pelos detentores do Poder cheguem como coisa esperada e natural.

S

sse amortecimento a respeito do escândalo é algo para o qual quase todos os protagonistas da crise têm trabalhado – não apenas a situação, mas também a oposição. Pois esta tem empregado os mesmíssimos mecanismos de ocupação dos espaços públicos que a situação. A oposição loteia os governos que ocupa do mesmo modo que a atual situação fez com o governo federal. Sob esse ponto de vista, não seria descabido imaginar que na perspectiva do brasileiro médio, estejam todos no mesmo barco. Assim, não é realmente de espantar que o escândalo do mensalão esteja dando em nada. A crise que ocupou as preocupações durante meses a fio arrisca-se a desembocar no quase nada, na cassação de alguns parlamentares, em discursos tão rasos quanto hipócritas, e em munição para uma campanha eleitoral que se prenuncia de baixíssimo nível, concentrada, como será, no "você é ladrão" e no "não, quem é ladrão é

E

redução definitiva da política brasileira numa geléia-geral de indignidades é talvez o saldo negativo mais grave da crise. Esse filme tem passado repetidamente na América Latina, com as conseqüências que se conhece. Na Argentina, por exemplo, que já foi um país civilizado, a vida política praticamente desapareceu e só sobraram os peronistas (uma espécie de PMDB de lá, sem cara nem caráter). Paraguai, Bolívia (muita água vai ter de rolar debaixo da ponte para se levar a sério o sr. Evo Morales), Equador (teve oito ou nove presidentes em oito anos, cada qual tendo de renunciar por roubalheiras variadas), Peru, México, grande

A

Um ou outro folião se fantasiou de mensaleiro, mas as escolas de samba preferiram não tocar no tema. parte da América Central, vivem a deterioração da proposição republicana mais central, a de que a transformação da vida social vem do embate de interesses no foro público da política. Excluo propositalmente dessa lista a Venezuela, na qual, diferentemente do que quer certa opinião bem pensante, Hugo Chávez tem sistematicamente derrotado as oligarquias locais no plano político. Excluo também a Colômbia, país que se orgulha de não ter sofrido convulsões institucionais desde o século XIX – mas ao custo de o Estado não estar presente na maior parte de seu território e de suas instituições terem permanecido estacionadas no século XIX. Por mais que as instituições brasileiras sejam mais sólidas, e por isso mesmo mais renitentes à mudança, o Brasil não está livre desse tipo de destino. aturalmente, tudo isso que está escrito aí em cima cairá por terra miseravelmente se na verdade o mensalão foi, sim, tema carnavalesco relevante, e que as impressões deste que escreve sobre o assunto se devam à desinformação, derivada por sua vez do absoluto desinteresse que o Carnaval me provoca.

N

CLAUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA

TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

1 A taxa não pode ser considerada um tributo porque precisa dar retorno ao contribuinte. Gilberto Luiz do Amaral

CONTRIBUINTES TIVERAM DIFICULDADES PARA ACESSAR PROGRAMA DE AJUSTE NO PRIMEIRO DIA DE ENTREGA

N

o primeiro dia de entrega das declarações de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), os contribuintes tiveram dificuldade para entrar na página da Receita Federal na internet. Ao acessar o site ontem para baixar o programa para o preenchimento da declaração, muitos contribuintes receberam a informação de que a página estava congestionada pelo excesso de usuários conectados. O assessor comercial da Confirp Consultoria Contábil, Jairo de Moraes Filho, foi um dos contribuintes que enfrentaram problemas. "Quero enviar logo a declaração para ter a restituição em dois dias. Com o recibo de entrega, já poderei antecipar o valor no banco", disse Moraes, enquanto tentava instalar o programa. Depois de uma hora no site da Receita, ele recebeu uma mensagem dizendo que o tempo para instalação havia expi-

rado. O programa para a declaração do IR é fundamental para a Confirp, que todos os anos preenche e envia aproximadamente 700 declarações. Provedores – O supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, afirmou, no entanto, que os computadores do Fisco trabalharam com folga. Segundo Adir, os problemas estavam relacionados a provedores de acesso dos próprios contribuintes. O supervisor assegurou que o sistema de informática do Serpro (empresa de processamento de dados do governo federal) trabalhou sem dificuldade. A Receita estimou que cerca de 30 mil contribuintes entregariam a declaração até a meia-noite de ontem. Até as 18 horas, 10,2 mil pessoas já haviam acertado as contas com o Leão. O acesso para baixar o programa do IRPF foi liberado às 14 horas de ontem. Os contribuintes que entregarem primeiro as declarações

de ajuste anual do IR têm maior chance de receber primeiro a restituição do imposto que porventura tenham pago a mais, no ano passado, nos descontos na fonte. O prazo de entrega termina no dia 28 de abril, às 20 horas. A expectativa da Receita Federal é de receber cerca de 22 milhões de declarações neste ano. Embora a grande maioria dos contribuintes use a internet para entregar a declaração (canal que se expande ano a ano), existe quem ainda prefira o velho formulário de papel. De acordo com Joaquim Adir, os formulários em papel estão sendo enviados às unidades da Receita em todo o País. O supervisor admitiu que é possível que os formulários não tenham chegado a alguns locais, mas disse que a expectativa é de que até o dia 10 eles estejam disponíveis. "Este é o ano em que os formulários vão chegar mais rápido", afirmou.

Paulo Pampolin/Hype

IR CAUSA CONGESTIONAMENTO NA REDE

Adriana David/AE

Taxa aérea ganha força

pesar da resistência de empresas aéreas, um grupo de 13 países, entre eles o Brasil, selou uma aliança ontem para criar uma taxa sobre as passagens de avião a fim de ajudar os países pobres no combate à Aids e outras doenças. Outros 25 países optaram por não impor a cobrança, mas prometeram contribuir para o fundo a ser criado pelos 13 países. Esse dinheiro deve ser usado na compra de remédios genéricos e de outros medicamentos. A França será o primeiro país a adotar a cobrança, a partir de 1º de julho. Com a taxa, espera arrecadar, por ano, 200 milhões de euros, o que equivale a US$ 239 milhões. Por

A

ora, o Brasil anunciou que vai contribuir com US$ 12 milhões para a criação da Central Internacional de Compra de Medicamentos. Inicialmente, o repasse ocorrerá por meio de crédito especial, com dinheiro do orçamento público. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a liberação do recurso será formalizada em um projeto a ser enviado ao Congresso Nacional. Depois, outro projeto de lei deverá passar pelo crivo de deputados e senadores para tornar permanente a taxa, que deverá ser de US$ 2 por bilhete aéreo internacional. "Em um primeiro momento, o que nós faremos é ter uma dotação orçamentária que cor-

responde ao que seria uma taxa orçamentária de US$ 2 por passagem de avião até sermos capazes de ver qual o melhor mecanismo legal para que haja essa taxa, para que não pese no bolso do contribuinte", explicou Celso Amorim. Ataques – As companhias aéreas, inclusive as brasileiras, não vêem com bons olhos a idéia. Para o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Senae), a medida é inconstitucional. "No Brasil, imposto tem que ser para todos, e tarifas só podem ser cobradas se o destino do recurso estiver relacionado ao serviço prestado, o que não é o caso", afirmou o diretor do sindicato, José Anchieta Hélcias. (Agências)

Cobrança é nebulosa, diz IBPT ara Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o (IBPT), a natureza da taxa sobre passagens aéreas é nebulosa. "Não pode ser considerada um tributo porque precisa dar retorno direto ou indireto ao contribuinte. Se for uma taxa, deve trazer algum retorno de prestação de serviço público, o que não é o caso", disse. Para o presidente do IBPT, a melhor alternativa para o Poder Executivo, neste caso, seria optar pela criação de uma contribuição mas, mesmo assim, é

P

preciso constituir um fundo e criar um órgão para administrá-lo. Pelo menos até o governo elaborar o projeto de lei prevendo a taxação sobre os bilhetes aéreos é cedo tecer qualquer comentário sobre o assunto. "Mas ainda restarão dúvidas sobre a sua constitucionalidade, já que é um dinheiro que será arrecadado internamente para ser enviado para o exterior, sem trazer qualquer benefício para o contribuinte brasileiro", afirmou. Já o advogado Rogério Gandra Martins não vê inconstitucionalidade na cobrança. Ape-

nas ressalta que "o Brasil tem uma série de necessidades internas e deve analisar primeiramente o que pode fazer para melhorar as coisas por aqui antes de ingressar em um acordo internacional para ajudar países pobres. Afinal, no Brasil também existe miséria. O advogado lembra que a maioria dos países que firmaram o acordo têm situação econômica melhor que o Brasil. "O que me leva a crer que a medida é mais uma forma diplomática de o País estreitar suas relações internacionais", concluiu. Márcia Rodrigues

Jairo de Moraes Filho, assessor comercial da Confirp: pressa para antecipar restituição do IR no banco


Bondes de charme no Centro de São Paulo Página 7 Ano 81 - Nº 22.077 São Paulo, quinta-feira 2 de março de 2006

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60

Nilton Fukuda/AE

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

COMBUSTÍVEL NAS ALTURAS E governo arrecada mais R$ 54 mi por mês O preço do álcool hidratado em São Paulo chega a R$ 1,99 por litro e gera protestos. No primeiro dia de vigência da nova mistura de gasolina, agora com apenas 20% de álcool anidro, os postos também já recebem o combustível com novos preços. E avisam que não segurarão os repasses. Segundo o Sindicom, o governo terá adicional de R$ 54 milhões mensais com a tributação sobre a gasolina. Economia/3

IR 'entope' site da Receita

VAREJO: AH! SE NÃO FOSSE O SOL DE VERÃO... Paulo Pampolin/Hype

Eco/4

Antonella Salem

No primeiro dia de declaração, rede congestionada. Eco/1

13 países defendem Taxa Lula Taxa extra para vôos internacionais irá para o combate à miséria. Eco/1

CNBB critica 'paraíso financeiro' do governo

'BRASILEIROS' DISPUTAM CADEIRAS NA ITÁLIA Eduardo quer ser senador; Natalina, deputada. Vivem em SP e estão em campanha. Pág. 12

Página 3

Fernando Vivas/A Tarde/Agência O Globo

Comando do PSDB posterga mais uma vez a definição. Pág. 5 HOJE Sol com pancadas de chuva. Máxima 33º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 20º C.

A cidade dos cassinos joga com os sonhos

Carnaval na pág. 8

ATÉ 2007

À espera do sim de Serra

E aposta tudo na aventura da fantasia sem limites. DC Boa Viagem

Fim da folia em Salvador


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LEGAIS

quinta-feira, 2 de março de 2006

Itec S.A. - Grupo Itautec

Itautec

CNPJ nº 06.135.938/0001-03

www.itec.com.br

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO DESEMPENHO NO PERÍODO A receita bruta consolidada da Itec em 2005 foi R$ 87,5 milhões, com crescimento de 26,2% em relação ao ano anterior, resultado do crescimento das operações no Brasil e das operações internacionais que apresentaram excelente desempenho. O lucro bruto atingiu R$ 13,6 milhões, equivalente a 18,3% da receita líquida. O resultado líquido do exercício foi um prejuízo de R$ 2,7 milhões. Na Argentina, a Itec atingiu seu maior volume de faturamento em 5 anos de operação, com crescimento de 21,5 % em relação ao ano anterior. No Equador a operação da Itec, no seu segundo ano de operação, apresentou excelentes resultados, atingindo um faturamento de R$ 12,9 milhões, o qual significou um crescimento de 188,8% em relação aos 6 meses de operação em 2004, através da comercialização de equipamentos para redes varejistas do setor alimentício, para instituições financeiras e para o Governo. A Itec Brasil destacou-se no ano pela realização de projetos de simplificação de infraestrutura de TI em grandes clientes, através

da consolidação de servidores e da utilização de Sistemas Operacionais Linux, proporcionando redução de custo e maior eficiência operacional. Em 2005, a Itec Brasil recebeu o reconhecimento da IBM Brasil como o melhor provedor de Soluções de Infraestrutura de TI. INSTRUÇÃO CVM 381/03 Nos termos da Instrução CVM 381/03, informamos que a empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não realizou à Itec S.A. quaisquer serviços além daqueles relativos aos de auditoria. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e entusiasmo e aos clientes e fornecedores pela confiança nos planos empreendidos pela Itec S.A. São Paulo, fevereiro de 2006 A Administração

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - Lei 6.404/76 (VALORES EXPRESSOS EM MILHARES DE REAIS) BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

ATIVO

PASSIVO

CONTROLADORA

CONSOLIDADO

CONTROLADORA

2005

2004

2005

2004

CIRCULANTE 29.083 Disponível / Aplicações Financeiras 1.348 Clientes 25.109 Estoques 329 Tributos a Recuperar e Diferidos 1.067 Valores a Receber e Desp. Antecipadas 1.230

24.655 1.853 20.730 491 634 947

32.862 1.726 28.161 350 1.548 1.077

27.259 1.933 23.125 491 763 947

2005

2004

2005

CIRCULANTE

23.205

21.956

26.950

Fornecedores

13.375

10.031

16.849

895

840

908

Impostos a Pagar

1.149

2.264

1.346

Provisões e Contas a Pagar

7.786

8.821

7.847

Obrigações com Pessoal

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

17

19

17

19

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

2.189

1.261

2.189

Tributos a Compensar

6

11

6

11

Contas a Pagar p/Partes Relacionadas 2.086

1.261

2.086

Contas a Pagar

Depósitos Judiciais e Outros Créditos

11

8

11

8

PERMANENTE

862

1.483

828

1.044

Investimento

96

500

-

-

Imobilizado

766

983

828

1.044

TOTAL DO ATIVO

29.962

26.157

33.707

28.322

CONTROLADORA 2005 2004 Receita Bruta de Vendas e Serviços 75.186 64.912 2004 Impostos e Contribuições (11.899) (10.912) 63.287 54.000 24.121 Receita Líquida de Vendas e Serviços Custo dos Prods. Vend. e Serv. Prestados (50.610) (43.750) 12.126 Lucro Bruto 12.677 10.250 840 Despesas Com Vendas (12.245) (10.453) (1.787) (1.684) 2.321 Despesas Gerais e Administrativas Equivalência Patrimonial (404) 208 8.834 Outros Resultados Operacionais 108 (63) (1.651) (1.742) 1.261 Prejuízo Oper. Antes do Result. Financ. Resultado Financeiro (277) (47) 1.261 CPMF/IOF/Pis/Cofins s/Receitas Financ. (432) (315) - Prejuízo Operacional (2.360) (2.104) 8 1 2.940 Resultados não Operacionais, Líquido Prejuízo Antes I. Renda, C. Social e Particip. (2.352) (2.103) 4.690 Imposto de Renda e Contribuição Social (365) (476) 3 Plano de Particip. no Result. (Lei 10.101/00) (21) (17) (2.738) (2.596) 843 Prejuízo do Exercício Números de Ações - em milhares 311.345 11.747 (2.596) (Prejuízo) por Ação em R$ (0,01) (0,22) 0,01 0,25 28.322 Valor Patrimonial por Ação em R$

CONSOLIDADO

103

-

103

PATRIMÔNIO LIQUIDO

4.568

2.940

4.568

Capital Social

6.460

6.460

4.690

Reserva de Capital

3

3

3

Reservas de Lucros

843

843

843

Prejuízo Acumulado

(2.738)

(2.596)

(2.738)

TOTAL DO PASSIVO

29.962

26.157

33.707

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CONSOLIDADO 2005 2004 87.532 69.382 (13.282) (11.391) 74.250 57.991 (60.656) (47.208) 13.594 10.783 (13.234) (10.633) (1.960) (1.763) 14 (62) (1.586) (1.675) (342) (73) (432) (315) (2.360) (2.063) 8 1 (2.352) (2.062) (365) (517) (21) (17) (2.738) (2.596)

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

CONTROLADORA CONSOLIDADO 2005 2004 2005 2004 ORIGENS 5.296 6.797 5.296 6.797 TOTAL Recursos de Acionistas e Terceiros 5.296 6.797 5.296 6.797 Aumento do Exígivel a Longo Prazo 928 1.261 928 1.261 Integralização de Capital (02/01/2004) 1.327 3 843 2.173 Integralização de Capital 2.173 2.173 4.366 3.363 4.366 3.363 Aumento de Capital (30/11/2004) 3.363 3.363 Aumento de Capital Redução do Realizável a Longo Prazo 2 2 Prejuízo do Exercício (2.596) (2.596) APLICAÇÕES 1.854 2.311 2.233 2.097 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 4.690 3 843 (2.596) 2.940 Prejuízo do Exercício 2.738 2.596 2.738 2.596 Absorção dos Prejuizos Acumulados (conf. AGE de 30/11/2005) (2.596) 2.596 - Depreciação e Amortização (414) (492) (439) (498) (66) (1) (66) (1) Aumento de Capital (30/11/2005) 4.366 4.366 Custo dos Bens Baixados (404) 208 Prejuízo do Exercício (2.738) (2.738) Equivalência Patrimonial RECURSOS APLICADOS NAS OPER. 263 1.787 289 1.562 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 6.460 3 843 (2.738) 4.568 Aumento do Realizável a Longo Prazo 19 19 Aquisição do Ativo Imobilizado 263 578 289 645 NOTAS EXPLICATIVAS Imobilizado Recebido na Constituição 898 898 NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL Investimento 292 Com sede em São Paulo - SP, a Itec S.A. - Grupo Itautec é uma empresa controlada pela Itautec S.A., com filiais nas cidades de São Paulo e Barueri e uma sucursal VAR. DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 3.179 2.699 2.774 3.138 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE na Argentina e uma subsidiária no Equador. No Início do Exercício A Companhia atua como integradora de sistemas em infra-estrutura de TI elaborando e implementando projetos com tecnologia IBM que incluem servidores de médio Ativo Circulante 24.655 27.259 porte, soluções de armazenamento e toda família de produtos de Software IBM, além de serviços especializados. Passivo Circulante 21.956 24.121 2.699 3.138 NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS No Final do Exercício As demonstrações financeiras da Companhia e as demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas Ativo Circulante 29.083 24.655 32.862 27.259 contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações e Normativos da Comissão de Valores Mobiliários. Passivo Circulante 23.205 21.956 26.950 24.121 As demonstrações financeiras da subsidiária sediada no exterior foi convertida para Reais com base na taxa de câmbio na data de encerramento do balanço e 5.878 2.699 5.912 3.138 adaptada às práticas contábeis adotadas no Brasil. AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE 3.179 2.699 2.774 3.138 CAPITAL SOCIAL

RESERVA DE CAPITAL INCENTIVO FISCAL

RESERVAS DE LUCROS

Na elaboração das demonstrações financeiras, foi utilizado, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e para créditos de liquidação duvidosa e outras similares.

NOTA 6 - IMOBILIZADO

PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (I) Apuração do Resultado As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. (II) Ativos circulante e realizável a longo prazo As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que não superam o valor de mercado. Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidas. (III) Permanente O investimento na subsidiária do Equador está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. O Imobilizado está registrado ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, à taxas variáveis, de acordo com a expectativa de vida útil dos bens. (IV) Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos. (V) Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda, a contribuição social, os créditos tributários, bem como os demais tributos estão calculados de acordo com a legislação vigente. (VI) Reclassificação Contábil Durante o exercício de 2005 a Companhia revisou critérios de classificação das despesas inerentes à sua operação e processou os ajustes decorrentes desta revisão, cujos reflexos, em relação, à apresentação de 2004 estão demonstrados abaixo:

Móveis e Utensílios Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Instalações Veículos Equipamentos de Proc. Dados e Software Outros Ativos Total

DESCR. DA CONTA

CONTROLADORA Apres. Reclas. Apres. Original Atual

Custos Prods. Vendidos e Serviços Prestados (43.755) Despesas com Vendas (10.465) Plano de Participação no Result. (Lei 10.101/00) -

CONSOLIDADO Apres. Reclas. Apres. Original Atual

PREJUÍZO ACUMULADO

Taxas Anuais de Depreciação 10% 10% a 20% 10% 20% 20% a 50% 20%

Controladora 2005 Valor Depreciação Histórico Acumulada 85 6 14 1.204 268 1.577

(43.750) (47.213) (10.453) (10.645)

(17)

(17)

-

5 12

(47.208) (10.633)

(17)

(17)

Consolidado 2005 2004 1.320 862 406 1.071 1.726 1.933

Resultado antes do Imp. Renda e Contrib. Social I.Renda e C. Social sobre o Resultado às alíquotas de 25% e 9% respectivamente Ajustes Fiscais: (Adições) Temporárias (Adições) Permanentes Resultado de Equivalência Patrimonial Prejuízo Fiscal Apurado Total dos Ajustes Fiscais Total de I.Renda e C.Social a Pagar Constituição Tributos Diferidos Imposto de Renda e Contribuição Social no Resultado do Exercício

Clientes no País Clientes no Exterior TOTAL

Consolidado 2005 2004 8.726 8.463 19.435 14.662 28.161 23.125

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vice - Presidente GUILHERME ARCHER DE CASTILHO

Presidente PAULO SETUBAL

CONSELHEIRO RICARDO EGYDIO SETUBAL

DIRETORIA Diretor Superintendente GUILHERME ARCHER DE CASTILHO

Diretores CLÁUDIO VITA FILHO GERALDO JOSÉ BELINI AMORIM SIMON RUBEN SCHVARTZMAN

CONTADOR - Ewaldo Michalani Isaias - CRC 1SP - 141159

(47) (3) (4) (632) (148) (834)

75 3 10 618 122 828

84 4 12 41 778 125 1.044

(A)

(B) (C) = (A + B) (D) (C + D)

(539) (559) 79 (306) (1.325) (525) 160 (365)

(460) (559) (306) (1.325) (525) 160 (365)

(150) (20) 71 (1.295) (1.394) (679) 203 (476)

(150) (26) (1.245) (1.421) (720) 203 (517)

Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos, classificados no ativo circulante conforme segue: 2005

2004

Imposto de Renda

267

149

Contribuição Social

96

54

TOTAL

363

203

NOTA10 - PROVISÕES E CONTAS A PAGAR

deliberou a redução do Capital Social, mediante absorção dos prejuízos acumulados no montante de R$ 2.596. A mesma Assembléia autorizou a elevação do Capital Social em R$ 4.366 mediante emissão e subscrição de

Royalties a Pagar Provisão p/Propaganda Recebimentos Antecipados Outras Provisões e Contas a Pagar TOTAL

Controladora 2005 2004 1.040 1.483 1.816 1.773 3.140 4.518 1.790 1.047 7.786 8.821

Consolidado 2005 2004 1.040 1.483 1.816 1.773 3.140 4.519 1.851 1.059 7.847 8.834

ordinárias e igual quantidade de preferenciais. O capital social, no valor de R$ 6.460 em 2005, (R$ 4.690 em 2004) está representado por 311.344.890 ações em 2005 (11.747.304 ações em 2004), escriturais sem valor nominal sendo 155.672.445 ordinárias e igual

constituição da Reserva Legal e 25% para a distribuição do dividendo mínimo obrigatório, e que o saldo remanescente, seja transferido para Reservas Estatutárias até o limite de 95% do Capital Social. As Reservas do Patrimônio Líquido estão assim compostas:

NOTA 5 - INVESTIMENTO O investimento, sujeito ao método de equivalência patrimonial apresenta os seguintes números: Itec S.A. Del Equador Participação (%) 99,99% Patrimônio Líquido 96 Capital Social 437 Resultado do Exercício (340) Movimentação do Investimento Investimento Inicial 72 Equivalência Patrimonial 208 Aumento de Capital 220 Em 31 de dezembro de 2004 500 Equivalência Patrimonial (404) Em 31 de dezembro de 2005 96

122 6 14 1.250 270 1.662

Consolidado 2005 2004 (2.352) (2.062) 800 701

A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de Novembro de 2005,

O estatuto social determina a destinação de 5% do lucro líquido para a Controladora 2005 2004 8.726 8.463 16.383 12.267 25.109 20.730

2004 Valor Residual

Controladora 2005 2004 (2.352) (2.103) 800 715

b. O imposto de renda e contribuição social diferidos no ativo circulante foram calculados sobre as diferenças temporárias de curto prazo apuradas no cômputo do resultado tributável. Os respectivos créditos tributários estão registrados em função da expectativa de sua utilização no futuro. Os prejuízos fiscais (R$ 2.312 em 2005 e R$ 3.661 em 2004) e as diferenças temporárias de longo prazo (R$ 113 em 2005 e R$ 15 em 2004) não foram considerados para reconhecimento do ativo fiscal diferido, em função do disposto na deliberação CVM nº 273, que define que “deve-se reconhecer o ativo fiscal diferido com relação a prejuízos fiscais à medida que for provável que no futuro haverá lucro tributável suficiente para compensar esses prejuízos”.

quantidade de preferenciais. NOTA 4 - CLIENTES

46 4 12 41 757 123 983

Valor Residual

NOTA 7 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a. O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apropriados no resultado do exercício, podem ser demonstrados como segue:

299.597.586 ações escriturais, sem valor nominal, sendo 149.798.793

NOTA 3 - DISPONÍVEL/APLICAÇÕES FINANCEIRAS Controladora 2005 2004 Bancos c/Movimento 942 782 Fundos de Investimento 406 1.071 TOTAL 1.348 1.853

42 3 10 589 122 766

Valor Histórico

Consolidado 2005 Depreciação Acumulada

As taxas efetivas de depreciação durante o exercício de 2005 para os seguintes grupos de contas são: Equipamentos de Processamento de Dados e Software 24% e Máquinas, Equipamentos e Ferramentas 33%.

NOTA 8 - CAPITAL SOCIAL 5 12

(43) (3) (4) (615) (146) (811)

Valor Residual

2004 Valor Residual

Incentivos Fiscais Reserva de Capital Reserva Legal Especial Estatutária Reservas de Lucros

Controladora 2005 2004 3 3 3 3 99 99 744 744 843 843

Consolidado 2005 2004 3 3 3 3 99 99 744 744 843 843

NOTA 9 - PARTES RELACIONADAS

NOTA 11 - PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA A Companhia é uma das patrocinadoras da Fundação Itaúsa Industrial, entidade sem fins lucrativos, com seus estatutos aprovados pela Portaria MPAS nº 862, em 18 de maio de 2001, e que tem por finalidade instituir e administrar planos privados de concessão de benefícios de pecúlios ou de renda complementares ou assemelhados aos da Previdência Social. O regulamento vigente prevê a contribuição das patrocinadoras, no entanto, em função da existência de fundos suficientes, não houve qualquer desembolso no exercício presente. NOTA 12 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS a - Riscos de Crédito A política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização em seu contas a receber. b - Instrumentos Financeiros Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustados com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado. A Companhia não realizou operações com derivativos no exercício de 2005 e 2004. NOTA 13 - SEGUROS Os valores segurados são determinados e contratados em bases técnicas que se estimam suficientes para cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros com bens do ativo imobilizado e estoques.

As transações com partes relacionadas foram realizadas em condições usuais de mercado e estão representadas pelo contrato de mútuo com a Controladora Itautec S.A. - Grupo Itautec cujo saldo é de R$ 2.086 em 2005 e (R$ 1.261 em 2004).

NOTA 14 - EVENTO SUBSEQÜENTE Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de Janeiro de 2006, foi aprovada a proposta do Conselho de Administração de alteração da denominação social da Itec S.A. Grupo Itautec Philco para Itec S.A. - Grupo Itautec.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Itec S.A. - Grupo Itautec e Itec S.A. - Grupo Itautec e empresas controladas 1) Examinamos os balanços patrimoniais da Itec. S.A. - Grupo Itautec e os balanços patrimoniais consolidados da Itec S.A. - Grupo Itautec e suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos da Itec S.A. - Grupo Itautec e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos da Itec S.A. - Grupo Itautec e empresas controladas dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3) Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adquadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itec S.A. - Grupo Itautec e da Itec S.A. - Grupo Itautec e suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Itec S.A. - Grupo Itautec dos exercícios findos nessas datas, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas desses exercícios, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 31 de Janeiro de 2006 Pricewaterhousecoopers Estela Maris Vieira de Souza - Contadora CRC 1RS046957/O-3 “S” SP Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Sérgio Eduardo Zamora - Contador CRC 1SP168728/O-4


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quinta-feira, 2 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Fotos Leonardo Rodrigues/Hype

Vista do bonde que integra o Museu da Imigração, no Brás. Para instalar o sistema VLP na região central, com trilhos, terminais de embarque e desembarque e carros, seriam necessários US$ 200 milhões.

Reprodução

Na primeira foto, bonde na esquina das ruas São Bento e Boa Vista, em 1900. Nas demais, detalhes do veículo usado no passeio da Museu da Imigração.

VOU DE BONDE Projeto prevê a volta do antigo meio de transporte às ruas do Centro da cidade. O VLP, seu novo nome, percorreria distâncias mais curtas e serviria até para apresentar as ruas centrais aos turistas. Davi Franzon

Especialistas aprovam

U

ma volta ao passado com os olhos no futuro. Essa é a idéia da Associação Viva o Centro ao propor o retorno dos bondes – agora com o nome de Veículo Leve sobre Pneu (VLP) – à região central da capital. A nova opção colaboraria para a melhorar o transporte público e serviria como alternativa de microacessibilidade para pedestres e usuários do sistema de ônibus. O modelo proposto pelo Viva o Centro prevê a instalação de 20 quilômetros de linhas no contorno entre os distritos Sé e República. Regiões como a Luz, Anhangabaú e as principais ruas centrais seriam atendidas pelo novo sistema. Levantamento da própria associação aponta que seriam necessários cerca de US$ 200 milhões para financiar o sistema – trilhos, terminais de embarque e desembarque e carros, o equivalente a dois quilômetros de linhas de Metrô. Vital – O superintendente do Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, reconhece que o custo é alto e que a cidade possui outras prioridades, mas lembra que melhorias no trânsito e no tráfego de pedestres também são vitais para o desenvolvimento da capital. "Instituições financeiras como o Bird e o Bid financiam esses projetos. O transporte no Centro também precisa de solução", disse. Segundo ele, várias empresas já produzem o modelo de carro e outras, asiáticas, estão entrando no setor. O Japan Bank for Internation Cooperation (JBIC), de acordo com Ramos de Almeida, financia projetos por até 30 anos desde que a tecnologia usada seja japonesa. "O modelo do Japão é um dos mais em conta. O dinheiro seria liberado com facilidade", afirmou. Para obter o financiamento, ele defende uma parceria entre Estado e Prefeitura, facilitando a execução da obra e a manutenção do sistema. "A Prefeitura poderá reduzir o número de terminais de ônibus no Centro, abrindo espaço para novas obras de revitalização. Não haveria necessidade de cobrador, pois se usaria o bilhete eletrônico (bilhete único)", explicou. Pedestres – As seis estações de Metrô que servem o Centro (Parque Dom Pedro II, Sé, Anhangabaú, República, Santa Cecília e São Bento) têm, em média, 700 metros uma da outra, inibindo o seu uso para pequenas viagens. Para o especialista em transporte de grandes metrópoles, o engenheiro Paulo Magalhães, o VLP faria com que os pedestres optassem por um sistema de transporte rápido, em distâncias de 400 a 800 metros. Ramos de Almeida destaca ainda que mais de 2 milhões de pessoas circulam todos os dias pelo Centro. "Essa multidão fica em 4,4 quilômetros. Isso pode ser inadequação do sistema de transporte público".

O

Teatro Municipal: possível parada do VLP

Turismo – Os técnicos do Viva o Centro avaliam um impacto positivo no turismo. O sistema de bondes circularia pelos principais prédios e centros históricos da região central. Pelo trajeto proposto, o passageiro poderia conhecer a Sala São Paulo, na Luz, seguir para o prédio da Faculdade de Direito da USP, no largo São Fransciso, e descer no Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo.

sistema de microacessibilidade (trajetos menores atendidos por transporte) é defendido por especialistas em transporte urbano. O engenheiro Eduardo José Daros disse que a implantação é o principal desafio para a região central. "O modelo permitirá uma mudança positiva nos aspectos arquitetônicos e funcionais do Centro. Além de dar ao pedestre um ponto de referência de transporte, já que não haverá mudanças de itinerários. como no sistema de ônibus", disse. Para o urbanista e professor da USP Cândido Malta Filho, o município precisa avaliar todos os projetos que tirem os carros das ruas e ofereçam espaço para o transporte coletivo. Malta destacou que o metrô de superfície, outro nome do VLP, é uma opção viável para o Centro a médio ou longo prazo. Apesar do nome, o VLP não usa pneus. Corre sobre trilhos no sistema de roldanas. Nadia Somekh, arquiteta e ex-presidente da Emurb, não é totalmente favorável. Ela acredita que soluções pontuais, restritas a uma região, não terão o impacto esperado no transporte da cidade. Somekh prevê problemas na implantação das linhas e possibilidade de atropelamento devido à concentração de pedestres na região central. (DF)


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LAS VEGAS

quinta-feira, 2 de março de 2006

A RECEITA PARA DESCANSAR NO PÓS-CARNAVAL

TURISMO - 1 Divulgação

O Hotel Vilamar, em Ilhabela, criou um programa de bem-estar. E mais opções no Estado para repor as energias. Pág. 4 Fotos: Antonella Salem

Cidade dos sonhos

M uito mais que

cassinos, essa cidade do Estado norteamericano de Nevada oferece o inimaginável. Montanha-russa num prédio a mais de 270 metros de altura, tour de gôndola entre canais numa réplica de Veneza, shopping por uma galeria inspirada no Oriente... E o melhor do mundo está aqui. De restaurantes de chefs badalados a lojas de grifes luxuosas, além de produções musicais, spas e campos de golfe premiados. Págs. 2 e 3

SHOW: no hotel Aladdin, a área de compras (no topo) lembra o mundo árabe; no Caesars Palace, surge a Roma Antiga (à esq.); a alta culinária ganha cada vez espaço na cidade; e o espetáculo Kà (abaixo), do grupo Cirque du Soleil, é um dos muitos programas noturnos Divulgação/Denise Tuscello


quinta-feira, 2 de março de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

1,5 MILHÃO DE MOTORISTAS DEVEM OPTAR PELA GASOLINA

Produtores baianos e gaúchos têm sinal verde para vender papaia aos Estados Unidos.

REDUÇÃO NA MISTURA DE ÁLCOOL À GASOLINA AUMENTA ARRECADAÇÃO DO GOVERNO COM A CIDE

PREÇO DO ÁLCOOL NA BOMBA DISPARA EM SP Nilton Fukuda/AE

O Motoristas de taxi se mobilizam para compensar o aumento no preço dos combustíveis

Taxistas exigem reajuste na tabela

aumento no preço dos combustíveis promovido pelos postos da capital paulista vai afetar diretamente diversos setores. Mas um, em especial, se sentiu muito lesado com os novos valores: o dos taxistas. Se um reajuste na tabela de corrida já vinha sendo pedido pelos profissionais da área há mais de um ano, agora ele se tornou primordial. O Sindicato dos Taxistas do Estado de São Paulo já está preparando um estudo sobre o impacto causado no setor por este último aumento para apresentá-lo à Prefeitura ainda neste mês e exigir uma correção da tabela. "O último reajuste em noss a t a b e l a o c o r re u h á d o i s anos. E não foi propriamente um reajuste. Na verdade, foi um repasse de gastos e índices de inflação. Só que, agora, com mais esse aumento – e todos os outros já sofridos não só pelo combustível, mas por todos os acessórios de carros, como pneus – precisamos com urgência dessa modifi-

O

cação em nossos preços", afirmou o presidente da entidade, Natalício Bezerra. Altos custos – Atualmente, o custo com combustível representa 60% do orçamento mensal de um motorista de táxi na cidade de São Paulo. Segundo Bezerra, nos dois anos em que os preços da tabela dos taxistas permaneceram estagnados, a gasolina já subiu cerca de 50%. "O aumento não é tão visível porque foi acontecendo aos poucos. Mas, se há dois anos um litro custava cerca de R$ 1,20, hoje já chega a mais de R$ 2,40. Isso porque, tecnicamente, a inflação não existe", disse Bezerra. Reclamações – Outros setores que dependem do combustível para executar seu trabalho diário também se mostraram indignados com a elevação dos preços. Fabio Tadeu, por exemplo, gerente comercial da Master Express – empresa de entregas que tem 150 motos em seu quadro – contou que deve ter um aumento de cerca de R$ 18 mil

VEÍCULOS As vendas de veículos aumentaram 19% no primeiro bimestre de 2006.

INSS

PIB DA CHINA

segunda etapa do recadastramento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) começou ontem. O objetivo é que cerca de 14,7 milhões de pessoas compareçam ao banco pagador do benefício para atualizar as informações necessárias. (ABr)

China anunciou oficialmente ontem que a expansão do Produto Interno Bruto(PIB) em 2005 foi de 9,9%. O anúncio ocorre às vésperas da reunião anual da Assembléia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (PCCPC). (AE)

A

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Grupo Telefónica anuncia lucro 25% maior em 2005

L

Basf paga US$ 3,21 bi por rival Degussa

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A

em um ano nos gastos, em seu orçamento, tomando por base que o aumento médio da gasolina foi de R$ 0,10 por litro. Com cinco litros por dia gastos com cada moto, o combustível representa 20% dos custos mensais da empresa. "Não temos mais de onde cortar gastos, vamos ter que, mais uma vez, reduzir nossa margem de lucro. O custo já é enxuto em todas as áreas e nós não podemos repassar para o preço final esses reajustes, pois perdemos clientes", disse o gerente. Assim como o presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, Tadeu ressaltou que os pequenos aumentos, aparentemente imperceptíveis, são responsáveis pela situação atual dos preços dos combustíveis. "Como os reajustes foram leves, os consumidores comuns podem não ter percebido as diferenças. Mas, nos últimos oito anos, a gasolina aumentou aproximadamente 200%", afirmou o gerente da Master Express. Clarice Chiquetto

TRÁFEGO AÉREO O tráfego subiu 6,2% em janeiro, segundo a International Air Transport Association (IATA).

GRIPE NA SUÍÇA

U

m segundo caso de gripe aviária foi registrado ontem na Suíça. Um cisne foi encontrado morto no Lago Constança e os primeiros testes já indicam a presença do vírus H5. O animal foi enviado à Inglaterra para o laboratório de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS). (AE)

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

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preço do álcool hidratado disparou ontem em São Paulo e atingiu, em alguns postos de combustíveis, o valor de R$ 1,99 por litro. Com este preço, os 1,5 milhão de consumidores que possuem carros com motores bicombustíveis tendem a abandonar o álcool e passar a abastecer o veículo com gasolina. Os cerca de 1,48 milhão de donos de carros a álcool é que devem sofrer mais com o aumento. Segundo especialistas, a vantagem de custo com o uso do álcool foi anulada com o novo reajuste. O consumidor obtém economia se o preço do álcool não superar o limite de 70% do valor cobrado pelo litro de gasolina. Os revendedores resolveram não segurar os repasses. No Posto Henrique Schaumann, no bairro de Pinheiros, São Paulo, o gerente Edvaldo Bezerra mudou ontem os preços. A distribuidora entregou álcool a R$ 1,74 o litro, um aumento de R$ 0,20. O preço ao consumidor passou de R$ 1,799 para R$ 1,999. "Decidimos não abrir mão da margem. Acho que todos os postos tomarão esta decisão", disse. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, os revendedores começaram ontem a receber o produto a R$ 1,71 o litro. "Contando com uma margem de revenda entre

R$ 0,25 e R$ 0,30 por litro, o preço está muito próximo dos R$ 2", calculou Gouveia. Carga maior – No primeiro dia de vigência da nova mistura de gasolina, agora com apenas 20% de álcool anidro, os postos também começaram a receber o combustível com novos preços. Gouveia disse que o litro deverá subir até R$ 0,09 na bomba. De acordo com o vice-presidente executivo do Sindicato Na-

54 milhões de reais é quanto a União vai arrecadar a mais com a redução da quantidade de álcool na gasolina.

cional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, a alta no preço da gasolina é provocada, principalmente, pelo aumento da carga tributária sobre o combustível. Vaz disse que, como os impostos sobre a gasolina são maiores, o aumento do percentual dela na mistura vendida nos postos amplia a carga tributária. Segundo cálculos do Sindicom, o governo federal terá um adicional de R$ 54 milhões por mês em arrecadação com a

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. Até agora, não o governo não deu sinais de que a alíquota será reduzida. Gil Siuffo, presidente da Fecombustíveis, disse que o preço da gasolina não deveria subir em razão da queda da mistura de álcool. "Não faz sentido o governo tributar esses 5% a mais de gasolina. O governo não perderá um único centavo. Se tributar, vai elevar a carga de impostos", criticou. Poluição – A redução de 25% para 20% da mistura de álcool na gasolina também aumenta a emissão de poluentes, principalmente de monóxido de carbono (CO). Só a região metropolitana de São Paulo, onde a frota é de 5 milhões de automóveis a gasolina, receberá 5,5 toneladas extras ao mês de CO, gás asfixiante que age no sistema nervoso. Exportações – A Petrobras reduzirá as exportações de gasolina pura e as importações de nafta para se adaptar à queda no teor de álcool anidro na gasolina. O diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa disse que haverá queda de 147 milhões de litros por mês nas vendas externas de gasolina da empresa e as refinarias tiveram de ser adaptadas para a nova composição do produto, sem necessidade de novos investimentos. As mudanças, no entanto, não devem alterar a previsão de superávit comercial de US$ 3 bilhões na conta de petróleo e derivados da estatal para este ano. (Agências)


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8 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 2 de março de 2006

CARNAVAL 2006

Vila Isabel supera rivais e vence no Rio Em pontos, escola empatou com a Grande Rio. Mas venceu no quesito samba-enredo, que cantou a latinidade. Estatal venezuelana de petróleo ajudou com dinheiro. Marcos D'Paula/AE

A

Xando P./A Tarde/Agência O Globo

Na quadra da escola, Wilson Alves, presidente da Vila Isabel, levanta o troféu de campeã do Carnaval carioca. A Vila não ganhava um título desde 1988. Joãosinho Trinta ajudou.

ARRASTÃO EM SALVADOR – Invadiu a Quarta-feira de Cinzas a festa de encerramento do Carnaval de Salvador. Carlinhos Brown (foto) e Ivete Sangalo promoveram o tradicional arrastão da Timbalada, que animou milhares de foliões até 12h30.

BACALHAU EM OLINDA – Milhares de foliões comeram 100 quilos de munguzá, ontem pela manhã, em Olinda, para a acompanhar o desfile do bloco Bacalhau do Batata (foto), ao meio-dia. Este foi o 44º desfile na Quarta-feira de Cinzas.

Secretaria Estadual de Transportes registrou 52 mortes nas estradas paulistas no feriado prolongado da Carnaval, 4 a menos do que no ano passado. O balanço foi divulgado ontem e indica queda de 7,14% no número de mortes. O total de acidentes também foi menor este ano, com o registro de 1.249 ocorrências, ante 1.291 ocorridas em 2005. O Comando do Policiamento Rodoviário informou que houve queda no número de ocorrências de embriaguez, de 26 para 20. "O motorista está cada vez mais consciente. E apesar de terem ocorrido vários acidentes, a gravidade foi menor", disse o tenente Adeval Luis da Silva. Segundo a polícia, foram registradas 1.668 multas de trânsito e recolhidos 628 veículos irregulares. O balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) será divulgado hoje. Estradas – Ontem paulistano enfrentou movimento intenso nas estradas desde a manhã. Para subir a serra, havia pontos de lentidão na pis-

Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem

52 mortes nas estradas paulistas A

Alcione Ferreira/Diário de Pernambuco/Agência O Globo

Vila Isabel é a campeã do Carnaval carioca deste ano. A escola obteve a mesma soma de pontos da vice-campeã, a Grande Rio (397,6), mas o samba-enredo, que cantou a latinidade, foi o quesito de desempate. A PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, ajudou com investimentos entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão. Detalhes sobre o patrocínio foram mantidos em sigilo pela direção da escola durante todo o período précarnavalesco. O presidente Hugo Chávez foi convidado a desfilar, mas não compareceu. A agremiação da zona norte, que não chegava ao topo desde 1988, com o enredo "Kizomba, festa da raça", deixou para trás favoritas como a Beija-Flor (5º lugar), Unidos da Tijuca (6º lugar), Mangueira (4º lugar) e a Viradouro (3º lugar). A ascensão da Vila merece destaque: em 2005, ela ficou em décimo lugar; antes disso, amargara quatro anos no grupo de acesso. A apuração dos votos, no Sambódromo, foi emocionante. O resultado surpreendeu a todos, até mesmo os integrantes da Vila. Antes do início da contagem, o presidente, Wilson Alves, contava apenas com uma colocação entre as seis primeiras. Até os concorrentes se renderam à supremacia da escola de Noel Rosa, que completa 60 anos no mês que vem. "Esse foi o resultado mais honesto que eu já vi", afirmou Dominguinhos puxador do samba da Viradouro. A Vila e a Grande Rio só se firmaram na primeira colocação na segunda metade da apuração. A decisão saiu na última nota do último quesito. Ao desenvolver o enredo "Soy loco por ti, América", sobre as culturas latino-americanas, o carnavalesco Alexandre Louzada mostrou a riqueza do império asteca, que apareceu em pirâmides, como a do abrealas – que custou R$ 150 mil só em paetês. Louzada contou com o apoio de Joãosinho Trinta, que apareceu na Sapucaí de cadeira de rodas, mesmo com os problemas de saúde decorrentes de dois acidentes vasculares cerebrais . Gaviões fora – A escola de samba Gaviões da Fiel não vai disputar o grupo de acesso no ano que vem e, assim, despede-se do Carnaval de São Paulo. O presidente da escola, Wellington da Rocha Junior, foi taxativo ontem. "A Gaviões não desfila mais, estamos fora da disputa do Carnaval de São Paulo. Se alguém quiser assumir o Carnaval, coloco meu cargo à disposição, mas enquanto presidente dos Gaviões digo que não dá mais, as regras pra nós são diferentes, tô fora." (AE)

A volta à capital pela rodovia Régis Bittencourt, ontem à tarde

ta antiga da rodovia dos Imigrantes, pela qual 5. 500 veículos por hora, em média, retornavam a São Paulo. No início da noite, segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o tráfego era moroso só na Imigrantes. Até as 19h, 473 mil veículos retornaram à capital, de um total de 497 mil que desceram a serra, segundo a concessionária Ecovias. Houve lentidão na Rodovia Castelo Branco, entre os km 25 e 30 do sentido São Paulo. Na capital, o trânsito estava tranqüilo à tarde.

Terminais – O movimento foi tranqüilo no Terminal Rodoviário do Tietê ontem de manhã. Segundo a Socicam, cerca de 86 mil pessoas passaram pela rodoviária. Quase 2 mil ônibus vindos do litoral norte, do Rio do Janeiro e de Minas Gerais chegaram à cidade trazendo 57 mil pessoas. Embora dentro do esperado, o fluxo de passageiros foi maior de manhã, quando o número de terminais de desembarque chegou a ser menor do que o número de ônibus que chegavam. (AE)


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2 -.TURISMO

quinta-feira, 2 de março de 2006

Tudo é possível na capital norte-americana da boa vida Não é à toa que Las Vegas recebe 37 milhões de visitantes por ano. A cidade exibe mil e uma atrações e não pára de ganhar novidades. Ainda este ano, estréia o 5º show do Cirque du Soleil e em 2010 terá um hotel do ator George Clooney Por Antonella Salem Divulgação/LVCVA

Fotos: Antonella Salem

Já na chegada ao aeroporto, há caça-níqueis (abaixo); tour de helicóptero permite ver toda a Strip, avenida principal, e seus resorts colossais (acima, à esq.); o TheHotel (acima) mostra que Vegas tem até design; no luxuoso Wynn (no pé), um novíssimo campo de golfe; e no Venetian, passeio pela réplica da Piazza San Marco (ao lado)

"A

tenção senhores passageiros, apertem os cintos, estamos iniciando o tour aéreo noturno por Las Vegas". A bordo do helicóptero EC 130, o clima é de expectativa. Serão oito minutos sobre a cidade dos sonhos que, vez ou outra, parece de mentira, com suas obras arquitetônicas espetaculares, inimagináveis, brilhando em meio ao Deserto de Mojave. "Olha lá a Torre Eiffel do hotel Paris Las Vegas!" E os arranhacéus do New York-New York Hotel & Casino, a pirâmide egípcia que marca o Luxor, o navio-pirata do Treasure Island, o reino de Camelot do Excalibur... A aeronave, então, faz a volta pela Stratosphere Tower, o prédio mais alto dali, com seus mais de 274 metros e, acredite, uma série de brinquedos radicais lá em cima. E lá vamos nós novamente pelo céu da colorida Las Vegas Boulevard, a Strip, avenida principal, até, por fim, aterrissar. O show está só começando nessa cidade do Estado de Nevada que recebe anualmente 37 milhões de visitantes. Pois em Las Vegas (terra firme!), tudo é possível. Arriscar a sorte em caça-níveis assim que desembarcar no aeroporto, por exemplo, casar com a presença do personagem Elvis Presley, andar de gôndola numa Veneza fictícia, sob um céu incrivelmente azul, passear numa limusine toda estampada com motivos de onça e até ficar hospedado num hotel design de

muito bom gosto, como TheHotel, parte do resort Mandalay Bay. Sem contar que aqui se pode comprar nas melhores grifes do planeta, entre Chanel, Dior e Louis Vuitton, saborear especialidades de chefs badalados como Daniel Boulud, do Daniel de Nova York, ir a discotecas e spas moderníssimos, assistir a apresentações exclusivas do grupo canadense Cirque du Soleil e jogar golfe em campos premiados. A cidade é muito mais que cassinos. Oferece ao viajante o melhor do mundo em todos os sentidos. Tudo, absolutamente tudo,

ocorre dentro dos hotéis, a maioria, aliás, de porte colossal, na lista dos maiores dos Estados Unidos e do planeta. Em todos, há capelas para a realização de casamentos, cassinos imensos que funcionam ininterruptamente e amplas galerias com lojas. Difícil será conseguir conhecer boa parte deles. A dica: montar uma programação que inclua um pouco de tudo (entre jantar, show, compras, passeio etc.) nos principais empreendimentos da cidade. Imperdíveis, a galeria de arte do elegante Bellagio, o tour de gôndola no Venetian (e a vi-

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

sita ao Guggenheim Hermitage Museum), as lojas do Caesars Palace, que recria a Roma antiga, o passeio pela Desert Passage (galeria de compras inspirada nos países do Oriente, dentro do hotel Aladdin) e um almoço no restaurante Commander’s Palace, original de Nova Orleans, o teatro Grand Garden Arena do MGM Grand, palco do famoso show Kà, do Cirque du Soleil – isso só para citar alguns. Mais de 100 anos – Foi a partir do século 18 que Las Vegas entrou para o mapa dos exploradores do Oeste americano – o ponto de partida desse império da boa vida. Na trilha espanhola, que ia de Santa Fé, no Novo México, a Los Angeles, e cruzava o Deserto de Mojave, a área tornou-se principal ponto de parada. Mas foi só em 15 de maio de 1905, pouco depois do estabelecimento de uma ferrovia entre Salt Lake City e o sul da Califórnia, que a cidade foi de fato criada, na ocasião de um leilão de 44 hectares de terra. Até os anos 30, Las Vegas era uma cidade ferroviária. A construção da represa Hoover sobre o Rio Colorado e a Grande Depressão, então, atraíram milhares de trabalhadores para a região. Em 1931, Nevada legalizou o jogo e Las Vegas tornava-se capital do vício. Nos anos 40 surgiram os primeiros hotéis-cassino, transformando a imagem de Vegas para sempre. Bugsy Siegel

abriu o célebre Flamingo em 1946. Por trás desta nova cidade estava a máfia, que dominaria até o fim dos anos 60, cedendo o local a investidores poderosos, como Howard Hughes, que morou tanto tempo no Desert Inn, a partir de 1966, que tiveram de pedir para ele sair. Acabou comprando o hotel. Novidades – De lá para cá, a cidade não parou mais. A década de 90 testemunhou o boom hoteleiro. E ainda hoje continua a crescer e a ganhar novas atrações. Neste ano, por exemplo, O Fantasma da Ópera entrará em cartaz no hotel Venetian, num teatro especialmente construído para a produção. No verão, o Cirque du Soleil estréia seu quinto show na Las Vegas Strip. No palco do hotel The Mirage, o espetáculo terá trilha sonora dos Beatles.

Até 2010 há projetos na cidade que somam US$ 16 bilhões, segundo o Las Vegas Convention and Visitors Authority. Entre eles, fala-se do hotel e condomínio Las Ramblas, inspirado no estilo de vida europeu e na famosa rua de Barcelona, do qual um dos sócios é o ator George Clooney. Previsto para abrir em 2008, dizem que possivelmente terá restrições no que diz respeito a traje de seus hóspedes e visitantes. Pelo menos é o que Clooney quer. Ao todo, serão 3 mil quartos, cada um deles, imagine, com uma barra vertical para striptease. Afinal, vale tudo na cidade dos sonhos. A viagem foi oferecida pelo Las Vegas Convention and Visitors Authority e pela Continental Airlines


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

Ó RBITA

Robson Fernandjes/AE

CIDADES & ENTIDADES - 9

Carnaval ainda embala discussões na Câmara Rebaixamento da Gaviões da Fiel foi tema de destaque durante a sessão de ontem Sérgio Castro/AE - 28/02/2006

Ivan Ventura

O ALAGAMENTO forte chuva que atingiu pontos das zonas sul, norte e leste da capital paulista, ontem à tarde, deixou pelo menos 10 pontos de alagamento em toda a cidade. As regiões leste, norte e as marginais ficaram em estado de atenção. Três dos pontos inundados

A

eram intransitáveis: um na avenida Aricanduva, outro na rua Tamainde, ambos na altura da rua Tucumanaque, na zona leste, e mais um na rua Comendador Joaquim Monteiro (foto), na zona norte. Pontos de alagamento nas pistas da Radial Leste complicaram o trânsito.

FRATERNIDADE secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Sherer lançou ontem a 42ª Campanha da Fraternidade, cujo tema é a fraternidade e pessoas com deficiência. O objetivo é promover a igualdade e assegurar direitos

O

aos cerca de 25 milhões deficientes dos País. Na avaliação de dom Odilo, ainda há no País muito preconceito a ser superado. "Esperamos que outras religiões e outros setores da sociedade ouçam o grito e se unam à campanha", afirmou o secretário-geral. (AE)

credito

PARABÉNS PARA O RIO m Parabéns Pra Você cantado por 3.500 pessoas ao pé do Cristo Redentor, no alto do Corcovado, e um bolo de dois metros de altura marcaram a celebração dos 441 anos da cidade do Rio de Janeiro, comemorados ontem, na Quarta-feira de Cinzas. A

U

festa, com muito samba, foi embalada pela Banda da Rua da Carioca, que substituiu a bateria da União da Ilha na última hora e tocou sucessos de antigos carnavais. O vice-prefeito, Otávio Leite (PSDB), apareceu de surpresae recebeu a primeira fatia do bolo. (AE)

Carnaval continua sendo o principal tema entre os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. Se na semana passada houve intensa discussão entre os vereadores por mais ingressos no Sambódromo do Anhembi, a nova polêmica foi provocada pelo rebaixamento da escola de samba Gaviões da Fiel para o grupo de acesso do Carnaval paulistano. Na sessão plenária de ontem à tarde, alguns vereadores criticaram as notas dadas pelos juízes à agremiação corintiana. Teve até parlamentar que, em tom de brincadeira, sugeriu a criação de uma CPI da Gaviões – uma comissão parlamentar que analisaria a decisão dos juízes no desfile da escola. O vereador Paulo Fiorillo (PT) foi um dos parlamentares que saiu em defesa da escola da principal torcida corintiana. "É inadmissível essa postura dos jurados contra a Gaviões da Fiel. E olha que eu nem sou corintiano. Torço para a Ferroviária – equipe da cidade de Araraquara, no interior do Estado". Fiorillo referia-se às poucas notas máximas que a escola de samba recebeu dos juízes. Além das notas baixas, a Gaviões já havia perdido quatro pontos por ter completado o trajeto em tempo superior ao pré-determinado pela organização e por ter colocado a logomarca de um patrocinador da agremiação em um dos carros alegóricos. O corintiano Juscelino Gadelha (PSDB) também fez o seu pronunciamento em repúdio aos juízes da Liga das Escolas de Samba. E foi além: partiu dele a irônica sugestão de convocação de uma "CPI da Gaviões da Fiel". As manifestações da "bancada corintiana" (formada por 24 vereadores) e de outros parlamentares parecem ter surtido efeito. Ainda ontem, os parlamentares voltaram a defender a criação da CPI do Carnaval. A idéia é do vereador Antonio Carlos Rodrigues (PL), que protocolou o pedido no dia 1º de junho do

Integrantes da Gaviões da Fiel receberam a solidariedade da "bancada corintiana" da Câmara Municipal Arquivo DC

ano passado. Seu objetivo: apurar o destino das verbas que a Prefeitura de São Paulo repassa às escolas de samba. Neste ano, o prefeito José Serra investiu um total de R$ 16 milhões no Carnaval. Escolas, blocos e bandas receberam R$ 9 milhões. Cada agremiação do grupo especial teve direito a R$ 300 mil. "Temos dúvidas sobre o destino do dinheiro às escolas e de outras verbas oriundas do Carnaval", comentou o vereador Antonio Goulart (PMDB), um dos torcedores da "bancada corintiana" na Câmara. Leandro – O desfile da escola de samba Leandro de Itaquera (outra agremiação rebaixada para o grupo de acesso) também foi alvo de críticas de integrantes da bancada petista da Câmara. Fiorillo referiu-se a escola como a "Unido dos Carecas", uma referência à calvície do prefeito José Serra e

Goulart: dúvidas sobre o destino das verbas para o Carnaval

do governador Geraldo Alckmin, dois pré-candidatos à presidência da República pelo PSDB. A polêmica nasceu porque a escola levou à avenida

um carro com bonecos caricatos de Alckmin e Serra. Vale salientar que Fiorillo também sofre do mesmo problema de carência capilar.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de março de 2006

O paraíso para gourmets

TURISMO - 3 Divulgação

Na terra da fast food, Las Vegas se destaca pela grande oferta de restaurantes de alta gastronomia. Chefs renomados, como Nobu Matsuhisa e Daniel Boulud, escolheram o destino para abrir seus mais novos empreendimentos Fotos: Antonella Salem

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a m b ú r g e r, h o t dog, batatas fritas? Que nada. A alta gastronomia é um dos grandes atributos de Las Vegas, tendência que vem se firmando nos últimos cinco anos. É claro que há fast food por lá, mas a cidade gaba-se de abrigar excelentes restaurantes, boa parte deles de alguns dos chefs mais famosos do mundo, como o austríaco Wolfgang Puck e o japonês Nobu Matsuhisa. A seguir, um roteiro que inclui uma seleção de alguns dos melhores restaurantes da cidade. Aureole: Mandalay Bay Resort & Casino, 3.950 Las Vegas Blvd. S., tel. (1702) 632-7401. Filial do famoso restaurante de mesmo nome em Nova York, este é o templo gastronômico de Charlie Palmer, um paraíso principalmente para os apreciadores de vinho. Há 4.200 rótulos numa adega em forma de uma torre de vidro de quatro andares. Menu de pratos europeus, com ingredientes americanos.

Commander’s Palace: Alladin, 3.663 Las Vegas Blvd. South, tel. (1702) 892-8272. O restaurante original fica em Nova Orleans e data de 1880. Com cara de brasserie, serve pratos típicos da cozinha crioula. Daniel Boulud Brasserie: Wy n n L a s Vegas, 3.131 Las Vegas Blvd S., tel. (1702) 7703 3 1 0 . Te m p l o g a s t ro n ô m i c o do francês Daniel Boulud, chef famoso por seu restaurante Daniel, em Nova York. São vários ambientes espaçosos e chiques e um menu que mistura pratos clássicos franceses e especialidades da região de Lyon, terra de Boulud. Joël Robuchon at The Mansion e L’Atelier de Joël Robuchon: MGM Grand, 3.799 Las

Vegas Blvd S., tel. (1709) 8917925. O premiado francês Joël Robuchon escolheu Vegas para abrir seus primeiros restaurantes nos EUA. The Mansion é suntuoso e oferece pratos franceses com toques orientais e espanhóis. E L’Atelier permite que se jante diante da cozin h a , a c o m p anhando a preparação dos prat o s , p re d o m inantemente franceses. Nobu Las Vegas: Hard Rock Hotel, 4.455, Paradise Road, tel. (1702) 6935090. O restaurante japonês do chef Nobu Matsuhisa dispensa apresentações mundo afora. Moderno, serve variedades de sushis e sashimis, além de pratos quentes, com peixes e frutos do mar que chegam, acredite, diariamente de Tóquio.

ONDE FICAR Wynn Las Vegas: 3.131 Las Vegas Blvd S., tel. (1702) 7707000, www.wynnlasvegas.com. O mais novo e luxuoso da cidade. Diárias para casal a partir de US$ 200 – este mês. TheHotel:3.950 Las Vegas Blvd S., tel. (1702) 632-7777. Um hotel design nos domínios do Mandalay Bay Resort. Há apenas suítes, a partir de US$ 190 por casal, também neste mês. Bellagio: 3.600 Las Vegas Blvd. S., tel. (702) 693-7111, www.bella-

gio.com. Outro resort de muito luxo, com um dos melhores campos de golfe da cidade. Diárias para casal a partir de US$ 200 – tarifa para este mês. Diárias para casal a partir de US$ 180 (março). FAÇA AS MALAS Visto: é necessário para brasileiros. Mais informações no www.visto-eua.com.br. Fuso: são cinco horas a menos em relação ao horário de Brasília. Pacotes: roteiros completos com o pool de operadoras que promove o destino, o See Am e r i c a Vac ations, pelo site www.seeam e r i c a v a c ations.com.br. Passeios de helicóptero: na Papillon Grand Canyon Helicopters, tel. (1702) 736-7243, www.papillon.com. O vôo noturno sobre a cidade custa a partir de US$ 50 por pessoa mais US$ 5 de taxas. Inclui ainda traslados ida-e-volta para o hotel. Internet: para ter acesso a informações sobre hotéis, atrações e restaurantes, além de novidades, veja o www.visitlasvegas.com.

Sensi: Bellagio, 3.600 Las Vegas Blvd. South, tel. (1702) 6938800. Moderno, com a cozinha aberta bem no centro do restaurante, o menu desenvolvido pelo chef Martin Heierling contempla quatro cozinhas – asiática, italiana, grelhados e clássica com frutos do mar. Wolfgang Puck Bar & Grill: MGM Grand Hotel & Casino, 3.799 Las Vegas Blvd. S., tel. (1702) 891-3000. O austríaco que se consagrou com suas casas na Califórnia possui cinco restaurantes em Las Vegas e o Bar & Grill é o mais novo deles. O ambiente lembra o estilo praiano e o cardápio inclui uma variedade de pizzas, especialidade de Puck. (A.S.)

Novo resort de Steve Wynn

RAIO X COMO CHEGAR A Continental Airlines ( tel. 11/2122-7500 e 0800/7027500, www.continental.com) oferece uma das melhores rotas para Las Vegas a partir de São Paulo. Ida-evolta a partir US$ 1.227, conexão em Houston. Na American (11/4502-4000 e 0300/7897778, www.aa.com.br), a par tir de US$ 1.211, conexão em Dallas. E com a United (tel. 11/31454 2 0 0 e 0800/16-2323, w w w . u n it e d. c o m . b r ) , via Chicago e Wa s h i n g to n , a partir de US$ 1.217.

Restaurant rm : Mandalay Bay, 3.930 Las Vegas Blvd. South, tel. (1702) 632-9300. Rick Moonen, chef e proprietário, cuida pessoalmente de todos os detalhes. Ambiente contemporâneo e cozinha bem elaborada com peixes e frutos do mar.

Com ambiente moderno, o Sensi (fotos à esq.) gaba-se de ter uma cozinha aberta bem no meio do restaurante. Pratos clássicos da culinária francesa podem ser encontrados no conceituado Daniel Boulud Brasserie (abaixo). No Aureole (acima), há 4.200 rótulos de vinho. E não faltam os locais de clima praiano, que servem pizzas estilizadas , como o Wolfgang Puck Bar & Grill (detalhe)

W

ynn. Seu nome é vencedor. Do empresário americano Steve Wynn – responsável pelos resorts Treasure Island, The Mirage e Bellagio, na Las Vegas Strip – o Wynn Las Vegas é o mais novo e o mais caro dos hotéis da cidade. Aberto em abril de 2005, custou US$ 2,7 bilhões e, diferentemente dos outros, que exibem alguma atração já na calçada (como as fontes do Bellagio), sua fachada é discreta e suas riquezas estão todas no interior. A começar pelo showroom com Ferraris e Maseratis, passando para as lojas Chanel, Dior, Gaultier, Louis Vuitton, Oscar de la Renta, entre outras, ao spa com 45 salas de tratamentos e aos 22 restaurantes e bares que primam pela excelente

cozinha. Há desde uma brasserie contemporânea (a Daniel Boulud Brasserie) até um japonês moderno (o Okada, do chef Takashi Yagahashi). O tema aqui é mesmo o luxo, nos mínimos detalhes. Ao todo são 2.700 quartos e suítes com mimos como tevê de tela plana até no banheiro, feito de mármore. E para não esquecer jamais de que estamos na cidade dos sonhos, há o show circense Le Rève (uma pequena coleção de sonhos imperfeitos) e o Lake of Dreams (Lago dos Sonhos), um espetáculo de águas e luzes. (A.S.) Galeria de grifes internacionais dentro do luxuoso hotel: de Dior e Cartier a Oscar de la Renta


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

quinta-feira, 2 de março de 2006

BRASIL FICA EM 107º LUGAR EM RANKING QUE CONSIDERA A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA CÂMARA FEDERAL José Varella/CBPress/AE/20-07-2005

AINDA FALTA MULHER NA POLÍTICA

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Brasil ficou em 107º lugar em um ranking divulgado esta semana que revela a porcentagem de mulheres nas câmaras de deputados de 187 países: por aqui, apenas 8,6% dos representantes da casa federal são mulheres. A lista foi elaborada a partir dos dados das últimas eleições em cada país (no Brasil, as de 2002) pela União Inter-Parlamentar (UIP), uma organização de fomento à cooperação entre as câmaras nacionais de mais de 140 países. Ruanda aparece em primeiro lugar, com 48,8% de seus assen-

tos ocupados por mulheres. Os países nórdicos, reconhecidos pela igualdade entre os sexos, ocupam as posições seguintes: em segundo, a Suécia (45,3%); em terceiro, a Noruega (37,9%); em quarto, a Finlândia (37,5%); em quinto, a Dinamarca (36,9%). Holanda (36,7%), Cuba (36%), E s p a n h a ( 3 6 % ) , Co s t a R i c a (35,1%), Argentina (35%) e Moçambique (34,8%) completam a seleção dos dez países com maior número de legisladoras. O Brasil não está só nem mal acompanhado entre as nações que ficaram abaixo da média mundial – que é 16,5%, aproxi-

Denise Frossard, integrante da CPMI dos Correios, é uma das deputadas mais atuantes. Na Câmara há 46 mulheres entre 513 deputados.

madamente. Ao nosso lado estão os Estados Unidos, com 15,2% de mulheres entre todos membros da Câmara. A atual legislatura brasileira (2003-07) conta com 46 mulheres entre 513 deputados. Em 1998, eram 39. No Senado, dez mulheres formam a bancada em meio a 81 senadores. Mesmo assim, mulheres, como Denise Frossard, na Câmara, e Heloísa Helena, no Senado, demonstram a importância

da presença feminina no Parlamento. A proporção de mulheres no Senado é mais alta (12,3%), em comparação com a da Câmara, mas como vários países não possuem essa câmara, não foi elaborado um ranking específico. Mundo árabe – A média brasileira é pouco superior à de países árabes, que têm 6,8% de mulheres nos Parlamentos. Com essa cifra, o Brasil fica no fim da lista entre os vizinhos sul-americano,

atrás de Argentina (9º), Guiana (17º), Suriname (26º), Peru (55º), Venezuela (59º), Bolívia (63º), Equador (66º), Chile (70º), Colômbia (86º), Uruguai (92º) e Paraguai (99º). Já o caso de Ruanda chama mesmo a atenção. A organização do ranking atribui a alta participação feminina no país às políticas de incentivo adotadas depois do genocídio ocorrido na década de 1990. A proporção de mulheres na Câmara dos deputados saltou de 17,1%, em 1998, para 48,8%, em 2003. "Esses resultados podem ser atribuídos ao maior reconhecimento do papel das mulheres durante os períodos de conflito, à inclusão delas nos processos de paz e à criação de assembléias constituintes, que abriram caminhos para mudanças e, em alguns casos, para a introdução de quotas eleitorais para mulheres", diz o relatório. Quotas mínimas – A UIP também nota a melhora no desempenho de países sul-americanos depois da introdução de políticas de quotas mínimas para candidatas, como aconteceu na Argentina, na Bolívia e na Venezuela. A entidade

aponta ainda uma tendência mundial de crescimento na participação das mulheres, já que a média global (16,5%) de legisladoras é um recorde. Entre as outras evoluções registradas estão um aumento no número de legisladoras nas eleições de 2005. Em pleitos ao redor do mundo, as mulheres teriam levado pouco mais de 20% das cadeiras, segundo a organização. Objetivo – Em 20 países, as mulheres ocupam mais de 30% das cadeiras. No entanto, a UIP destacou que o objetivo de ter um mínimo de 30% de legisladoras em todo o mundo, estabelecido na Conferência das Mulheres, promovida pela ONU, em 1995, ainda está muito distante. Ainda assim, a UIP elogiou o progresso feito por países que enfrentaram conflitos nos últimos anos, como o Afeganistão, o Burundi, o Iraque e a Libéria. No Kuwait, mulheres foram autorizadas a se candidatar pela primeira vez em 2005. A Dinamarca e Alemanha registraram reduziram o número de mulheres eleitas para o Parlamento no ano passado. Já no Egito, apenas 2% dos eleitos eram mulheres. (Agências)

TSE RETOMA HOJE O DEBATE SOBRE A VERTICALIZAÇÃO

O

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve retomar hoje o debate sobre a verticalização (instituto que obriga partidos a seguir, nos estados, a mesma coligação feita nacionalmente), durante sessão administrativa que irá definir as regras para as eleições deste ano. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) aguarda este julgamento para promulgar emenda que acaba com a verticalização, aprovada em janeiro. No início de fevereiro, o ministro Marco Aurélio de Mello – do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) – apresentou parecer contrário à regra da verticaliza-

ção. O julgamento foi suspenso porque o ministro do TSE Caputo Bastos pediu vista do processo. Marco Aurélio lembra que depois disso duas sessões foram realizadas e argumenta que já houve tempo suficiente para o ministro Caputo aprofundar-se sobre o tema e pondera que o Tribunal precisa dar uma resposta à consulta. Decisão – "Um pedido de vista não pode se transformar em um perdido de vista... Vou colocar na reunião de amanhã (hoje) a necessidade de o TSE enfrentar o problema e decidir já. Se quiser repetir 2002, que o faça, mas o tribunal não pode se omitir", afirmou Marco Aurélio.

Para o ministro, a verticalização joritária for pela revogação da é um engessamento e considera- regra da verticalização, a emenda aprovada pelo do inadequado paCelso Júnior/AE/11-02-2006 Congresso ficará ra um país onde os inócua – não preestados têm pecucisará nem ser liaridades políticas promulgada. Mas diversas. Ele lemse o TSE ratificar a bra que em 1998 a resolução de mesma lei estava 2002, o Congresem vigor e o entenso pode desistir dimento do TSE foi de promulgar a contrário à verticaemenda. lização. Renan está Além de Marco a d i a n d o a p r oAurélio e Caputo, mulgação da outros seis minisemenda para não tros devem votar e Marco Aurélio, do TSE . decidir se a regra da verticaliza- dar brecha para que a Ordem ção valerá ou não para as elei- dos Advogados do Brasil (OAB) ções deste ano. Se a decisão ma- entre com uma ação direta de in-

constitucionalidade contra a medida no STF. A expectativa do presidente do Senado é que o assunto possa ser resolvido mais facilmente no TSE, já que o relator da matéria (Marco Aurélio) já deu um parecer favorável ao fim da verticalização. Caixa 2 – Além da cobrança para que o tribunal finalize o julgamento da consulta sobre a verticalização, Marco Aurélio também irá tocar em outro assunto polêmico: os convênios que o TSE fez com a Receita Federal e a Polícia Federal para a fiscalização das eleições. Antes de deixar o TSE, o ex-presidente Carlos Velloso, na tentativa de coibir o caixa 2, baixou resolução

dando à Receita Federal poder para investigar empresas doadoras das campanhas eleitorais. Para Marco Aurélio – que estará no comando do TSE durante a campanha eleitoral – ou a Receita e a PF já têm esse poder, sem a necessidade de um resolução, ou o TSE delegou a eles poderes que não lhe cabem e isso estaria em desacordo com a atual Constituição: "Temos que traçar as resoluções até o dia 5. Podemos continuar sem decidir pendências como esta da verticalização ou das resoluções? Não dá para ser uma loteria esportiva com a coluna do meio. Do Judiciário se espera transparência e clareza das decisões", disse. (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 2 de março de 2006

FIM DE SEMANA Fotos: Divulgação/Hotel Vilamar

Depois da folia, relax em Ilhabela O Programa Antistress do Hotel Vilamar mistura massagens relaxantes, pilates e uma pitada de aventura com circuito de arvorismo. Para completar o pacote de bem-estar, sugestões de bons restaurantes na charmosa ilha do litoral norte Por Lygia Rebello

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folia acabou e agora o ano vai começar para valer. Mas antes de voltar para a correria do dia-a-dia, que tal uma pausinha para relaxar, recarregar a bateria e voltar ao trabalho revigorado? A proposta tentadora existe e fica a cerca de 200 quilômetros da capital, mais exatamente no Hotel Vilamar. Localizado na charmosa Ilhabela, o hotel criou um programa antistress – um conjunto de atividades ao ar livre, massagens e boa alimentação –, cujo objetivo é propiciar bem-estar em todos os sentidos. E o programa é tão a favor da calmaria que não há horário fixo para nenhuma das sugestões incluídas no pacote, que pode ser de fim de semana ou de cinco dias. A programação é livre, fica à mercê da disposição e da vontade de cada um. "Nada é obrigatório, queremos que nossos hóspedes descansem da maneira que eles acharem melhor", conta Arlete Salles, proprietária do hotel. Assim, pode-se acordar, aproveitar pausadamente o farto café da manhã – recheado de guloseimas feitas no próprio hotel

(são inúmeros tipos de pães caseiros e cerca de cinco bolos diariamente, além de frutas e sucos) – e, depois, fazer uma aula de pilates, por exemplo. Ou pegar uma praia, aproveitando o céu azul e o sol forte, e marcar para o fim do dia alguma das massagens do spa: pode ser terapêutica, ayurvédica, redutora, shiatsu... Folga – "Criamos o programa pensando nos hóspedes que não tem mais um mês de férias, têm apenas uma semana ou alguns dias de folga e querem juntar descanso com aventura", conta Arlete. A fórmula, criada há oito meses, deu tão certo que cerca de 30% dos hóspedes do Vilamar freqüentam o hotel à procura do Programa Antistress. E a viagem pode incluir toda a família, pois o hotel aceita crianças e cachorro (aviso prévio). E nos 26 quartos – sem luxo, porém aconchegantes –, há opções de até oito pessoas, com cozinha e sala. Mas e a aventura? Bom, entre um relax e outro – sim, porque além de spa, o hotel tem sauna, piscina e banheira de hidromassagem – vale seguir a sugestão do programa e dar um pulo, ou melhor, reservar

um dia para visitar o Ecopoint. Parceiro do Vilamar nesse pacote antistress, o espaço fica num dos pontos mais altos da ilha com vista privilegiada de parte da costa. Mas não é o visual o forte do lugar. Ali, corajosos se aventuram num criativo, e seguro, circuito de arvorismo de 11 desafios. Numa área de 200 mil metros quadrados de Mata Atlântica, há ainda trilhas, duas cachoeiras e parede de escalada. Aos que preferirem apenas descansar, o Ecopoint tem restaurante – com uma comida simples, mas muito saborosa – piscina, sauna, espaço para crianças e até mesa de bilhar e karaokê. Paladar – O programa inclui ainda restaurantes parceiros, como o Nova Iorqui e o Garoçá. Este último, especializado em frutos do mar, tem um risoto de camarão que é um presente ao paladar. E, para completar, ainda pode-se passear pelo centrinho turístico da vila e, claro, se aventurar em um 4x4 até a Praia de Castelhanos, do lado mais selvagem de Ilhabela. Antes de pegar a balsa e voltar para casa, vale mais um merecido descanso, seja no próprio quarto, na areia ou nas almofadonas da área social do hotel. Afinal, quando é que você terá tão cedo outra jornada de bem-estar, na qual a única preocupação será não esquecer de passar o repelente?

SERVIÇO

O farto café da manhã é um dos pontos fortes do hotel, com uma enorme variedade de pães e bolos caseiros

Hotel Vilamar: Avenida dos Bandeirantes, 55, Ilhabela. Tel. (12) 3896-2622, site www.hotelvilamar.com.br. O pacote com o Programa Antistress de fim de semana custa cerca de R$ 400 por casal, com café da manhã, almoço e atividades incluídas (o preço varia dependendo do restaurante escolhido para o jantar).

Mais opções pós-carnaval Em São Paulo mesmo, na zona sul, a Artemísia, centro de desenvolvimento humano baseado na Antroposofia, criou o Dia de Bem Viver: um programa de um dia para quem quer recuperar as energias. Durante um dia inteiro, há café da manhã, trilha em meio à Mata Atlântica, dois tratamentos – massagem de relaxamento, banhos de imersão, banho relaxante com essências medicinais, banho revigorante, ducha revitalizante e compressas – e refeição seguindo a linha ovo-lacte-vegetariana. A partir de R$ 198 por

pessoa. Tels. (11) 5920-8992 e 5920-8448, site www.artemisiacdh.com.br. O Beach Hotel, situado na Praia de Juqueí, litoral norte de São Paulo agora conta com uma programação especial nos fins de semana. Além de aulas de ioga no fim da tarde, os hóspedes podem agendar aulas de surfe ou programar passeios de barco para conhecer as ilhas da região. Pacotes a partir de R$ 930 o casal, com café da manhã incluído. Tel. (12) 3891-1500, site www.beachhotel.com.br.

Em Maresias, uma parceria entre o Maresias Beach Hotel e a empresa Eco Dynamic, renderá aos visitantes uma boa dose de aventura. Tem vários tipos de caminhadas, cachoeiras, rapel, tirolesa no circuito do ribeirão de Itu e escalada na Pedreira, com 20 metros de extensão. Há ainda a chance de fazer passeios de lancha para conhecer as praias vizinhas ou de caiaque pelo Rio Una. Pacotes de fim de semana a partir de R$ 580, por casal, com café da manhã. Tel. (12) 3891-7500, s i t e w w w . m a r e s i a s h otel.com.br. (L.R.)

Além de piscina e um barzinho, o Vilamar possui um espaço para aulas de pilates e um spa. Ali, há desde shiatsu até massagem ayurvédica

Auditoria ajuda no controle de viagens

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ma pequena lista com nove itens resume para os gestores de viagens um processo de auditoria médio dentro de um programa de viagens. Os itens são: tarifas aéreas, transações de fee e rebate, hotel, aluguel de carro, cartões de crédito corporativos, política de viagens, travel managers, dados de sistemas e agendamento de reuniões. A auditoria da área de viagens de uma empresa pode ajudar a avaliar os resultados da gestão desse custo, como para os processos de negociação de tarifas, operacionais de viagens e redução dos custos. Mas, se há políticas e controles de viagens, por que a auditoria? Segundo Samir Andraos, AIM International, os processos, como planejamento, compra, consumo e relatórios vigentes, ainda dão muitas possibilidades de fraudes e abuso, o que leva por água abaixo todos os esforços do gestor em reduzir os custos de viagens. "O processo de auditoria é tão importante quanto um relatório de gastos ou mesmo o controle orçamentário", definiu Andraos. Tarifas – No topo da lista dos nove itens estavam as tarifas aéreas. Todos os acordos com as companhias aéreas, sejam de tarifas, sejam de acumulo de milhagem, foram pontos colocados como potenciais para iniciar um processo de auditoria. "Antes de tudo é preciso ter certeza de que está comprando da fonte certa, via GDS ou qualquer tipo de sistema, a empresa tem de ter controle total sobre as informações", afirmou Tony Alberotanza, da Out Task, introduzindo o tema das ferramentas de self booking, onde o próprio executivo faz sua escolha de reservas e tarifas. Patrícia Thomas, gestora de viagens da Cargill, considera essas novas ferramentas

de auto-atendimento mais simples para o executivo, mas fez a ressalva que fica difícil convencer o viajante de que a menor tarifa que está lá faz parte de uma grande negociação e que tem de ser usada dentro das políticas da empresa. "A partir do momento que as informações estão abertas a todos, entra o papel do gestor de explicar e convencer mais uma vez o executivo que quer, por algum motivo, escolher a companhia X ao invés da Y", declarou Patrícia. Cartões – Os cartões de crédito corporativos também facilitam, mas exigem um esforço maior do gestor, segundo a executiva. Afinal de contas, segundo Andraos, é um dinheiro fácil na mão de executivos que podem ou não estar cientes das políticas de viagens. Para Bernardo Feldberg, presidente da TMC Brasil, é impossível viver sem cartão. Já Patrícia, acredita que mais do que a discussão de ter ou não um cartão corporativo é importante a política adotada e como fazer com que seja seguida. Mas, ela reconhece que é importante o "olhar" de fora do processo, ou seja, um auditor. Segundo Alberotanza, as companhias, principalmente da América Latina, têm de aproveitar mais as possibilidades que a automação de sistemas permite. "Um cartão corporativo tem plena condição de autorizar e evitar compras fora do período de viagem, bem como acusar gastos indevidos", declarou. O debate sobre auditoria ocorreu durante encontro da ABGev, no seminário "Auditando um Programa de Viagem".

Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


Bondes de charme no Centro de São Paulo Página 7 Ano 81 - Nº 22.077 São Paulo, quinta-feira 2 de março de 2006 R$ 0,60

www.dcomercio.com.br/c ampinas/ Nilton Fukuda/AE

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h05

COMBUSTÍVEL NAS ALTURAS E governo arrecada mais R$ 54 mi por mês O preço do álcool hidratado em São Paulo chega a R$ 1,99 por litro e gera protestos. No primeiro dia de vigência da nova mistura de gasolina, agora com apenas 20% de álcool anidro, os postos também já recebem o combustível com novos preços. E avisam que não segurarão os repasses. Segundo o Sindicom, o governo terá adicional de R$ 54 milhões mensais com a tributação sobre a gasolina. Economia/3

IR 'entope' site da Receita

VAREJO: AH! SE NÃO FOSSE O SOL DE VERÃO... Paulo Pampolin/Hype

Eco/4

Antonella Salem

No primeiro dia de declaração, rede congestionada. Eco/1

13 países defendem Taxa Lula Taxa extra para vôos internacionais irá para o combate à miséria. Eco/1

CNBB critica 'paraíso financeiro' do governo Página 3

'BRASILEIROS' DISPUTAM CADEIRAS NA ITÁLIA Eduardo quer ser senador; Natalina, deputada. Vivem em SP e estão em campanha. Pág. 12

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. - Mínima 20º C.

A cidade dos cassinos joga com os sonhos

Carnaval na pág. 8

Comando do PSDB posterga mais uma vez a definição. Pág. 5

Fernando Vivas/A Tarde/Agência O Globo

ATÉ 2007

À espera do sim de Serra

E aposta tudo na aventura da fantasia sem limites. DC Boa Viagem

Fim da folia em Salvador


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

1

8,12

bilhões de reais é o valor das autuações do Fisco sobre o setor financeiro.

O OSCAR DO LEÃO: AUTUAÇÕES ATINGIRAM R$ 51,5 BI NO ANO PASSADO. A indústria foi o setor mais multado, em R$ 10,5 bi, seguida do comércio, com R$ 9,7 bi Lindomar Cruz/ABr

O

trabalho de combate à sonegação da Receita Federal, em 2005, resultou em autuações de pessoas físicas e jurídicas num total R$ 51,5 bilhões. O valor representa uma queda de 27,5% em relação a 2004 mas, segundo o secretário-adjunto da Receita, Paulo Ricardo Cardoso, não significa que o Fisco deu mais espaço aos sonegadores. Ele lembrou que o valor das autuações foi muito elevado em 2004 devido a multas no valor de R$ 18 bilhões, aplicadas a cinco empresas da indústria e do setor de serviços. Cardoso destacou que, apesar de o valor das autuações ter caído em 2005, houve aumento de 21,4% no número de contribuintes fiscalizados. Passaram de 189.744, em 2004, para 230.405, em 2005, entre empresas e pessoas físicas. No caso das pessoas jurídicas, o setor mais autuado no ano passado foi a indústria – R$ 10,5 bilhões e 2.393 empresas. Em seguida, aparece o comércio (R$ 9,7 bilhões e 3.337 contribuintes). No setor financeiro, as autuações atingiram R$ 8,12 bilhões (288 instituições), o maior valor já registrado no segmento, com crescimento de 38,3% em comparação com os R$ 5,87 bilhões de 2004. Empresários – No caso das pessoas físicas, os mais autuados foram proprietários ou dirigentes de empresas (R$ 1,191 bilhão), seguidos por profissionais liberais (R$ 338 milhões) e autônomos (268 milhões). O total das autuações das pessoas físicas chegou a R$ 3,653 bilhões no ano passado. Entre as principais infrações está a omissão de renda na declaração do IR. Segundo Cardoso, a Receita vai continuar trabalhando para fechar o cerco aos sonegadores neste ano. Entre as empresas, os alvos principais serão distribuidores de combustíveis, fundos de previdência privada, entidades imunes e isentas, fabricantes de cigarros e bebidas e empresas em processo de fusão, cisão ou in-

Cardoso: queda sobre 2004 não significa que o Fisco baixou a guarda

corporação. Já entre as pessoas físicas, os maiores alvos serão dirigentes de empresas, usuários de cartão de crédito, profissionais liberais e quem atua na construção civil. Declarações – O secretário destacou que o Fisco tem conseguido detectar fraudes graças a uma série de informações repassadas por adminis-

tradores de cartão de crédito, imobiliárias e bancos. Somente no ano passado, a Receita autuou 900 contribuintes em R$ 240 milhões por fraudes com cartões de crédito. Entre as irregularidades, estão casos de pessoas que se declararam isentas, mas gastaram com cartões valores muito acima de sua renda. (Agências)

IR: mais de 60 mil declarações

A

Receita Federal recebeu até o meio-dia de ontem 62 mil declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005). Desse total, 32 mil foram transmitidas na última quarta-feira, quando o sistema do Fisco começou a receber os documentos. Os contribuintes obrigados a acertar as contas com o Leão têm até o dia 28 de abril para enviar a declaração. De acordo com o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, cerca de 22 milhões de contribuintes devem entregar a declaração do IR neste ano. Multa online – Uma das novidades na declaração deste ano é a multa instantânea online, destinada ao contribuinte que acertar as con-

tas com o Fisco fora do prazo. Nessa situação, assim que o contribuinte enviar o documento pela internet, receberá um aviso do Fisco sobre o atraso. O próprio programa vai calcular o valor da multa, que virá impressa no boleto gerado pelo programa. Recibo – Outra inovação é que o programa vai solicitar ao contribuinte o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior. O Fisco alega que a novidade tem por objetivo aumentar a segurança no envio das informações. Mas especialistas em imposto de renda esclarecem que a intenção, no fundo, é possibilitar o cruzamento de informações e, com isso, coibir irregularidades na prestação de contas. A informação do núme-

ro do recibo, entretanto, é opcional, o que significa que o Fisco não vai aplicar qualquer sanção ao contribuinte que ignorar a solicitação. Condições – Estão obrigados a enviar a declaração neste ano as pessoas que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 13.968 no ano passado, receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil, tiveram patrimônio superior a R$ 80 mil ou foram sócias de empresas, inclusive inativas, como titulares ou cooperadas. A entrega da declaração pode ser feita pela internet (www.re c e ita .f az end a. gov.b r), nos Correios ou nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. (Agências)

Menos dias úteis em fevereiro provocam queda na arrecadação estadual

O

Carnaval contribuiu para que a arre c a d a ç ã o e s t adual registrasse queda em fevereiro, totalizando R$ 3,47 bilhões. Deflacionado pelo IGP-DI, o valor corresponde a um recuo de 2 % em relação ao mês de fevereiro de 2005 e de 24,5% em comparação com janeiro. Mas representa um crescimento de 3,8% no acumulado do primeiro bimestre do ano e de 4,5% no acumulado dos últimos 12 meses. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) rendeu aos cofres do governo estadual R$ 2,772 bilhões, o que significa uma queda de 5,8% sobre o mesmo período de 2005. No acumulado dos últimos 12 meses, entretanto, houve crescimento de 3,5%. Em relação a janeiro de 2006, o recolhimento do imposto registrou queda de 17,9%. Segundo o assessor de política tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Pau-

3,47 bilhões de reais foi quanto o Estado de São Paulo arrecadou em impostos e taxas em fevereiro de 2006.

lo (Sefaz), Pedro Paulo Cardoso de Mello, o fato de o mês ter apenas 28 dias fez com que a arrecadação dos setores que teriam como data de vencimento o dia 25 de fevereiro, sábado, fosse deslocada para o primeiro dia de março, logo após o Carnaval. A receita do ICMS não efetivada em fevereiro (R$ 360 milhões) corresponde, em média, a 12% da arrecadação mensal do tributo. De acordo com Cardoso, não fosse o

Carnaval, o Fisco paulista teria arrecadado R$ 3,839 bilhões, o que representaria alta de cerca de 9%, em termos nominais, na comparação com idêntico período do ano passado. IPVA – Já a arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) registrou crescimento de 14% em relação a fevereiro do ano passado e de 17,5% no acumulado do ano. A receita do imposto atingiu R$ 523,3 milhões no mês, o que representa uma queda de 48,7% em relação ao mês de janeiro, quando foram efetuados os recolhimentos da cota única, com desconto, e da primeira parcela do IPVA. As receitas provenientes das importações também tiveram queda, no caso, de 15,5% em relação a fevereiro do ano passado. Os fatores que contribuíram para o declínio foram o menor número de dias úteis em fevereiro e a queda da taxa média de câmbio. Adriana David


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LEIS, TRIBUNAIS E TRIBUTOS

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

Agenda Tributária Federal – Março/2006 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL COORDENAÇÃO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO Nº 17, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2006 Divulga a Agenda Tributária do mês de março de 2006. O coordenador-geral de Administração Tributária, no uso de suas atribuições, declara: Art. 1º As datas fixadas para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de março de 2006, são as constantes da Agenda Tributária anexa a este Ato Declaratório Executivo (ADE). Art. 2º As referências a “Entidades financeiras e equiparadas”, contidas nas discriminações da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 3º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar: I - até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento: a) a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ); b) a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples; c) a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa; d) o Demonstrativo do Crédito Presumido do IPI (DCP); e e) o Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); II - até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao do evento: a) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal); ou b) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Semestral (DCTF Semestral). § 1º Excepcionalmente, em relação ao ano-calendário de 2006, a obrigatoriedade de apresentação do Dacon, nos casos a que se refere a alínea “e” do inciso I deste artigo, vigorará a partir do período em que os programas geradores do demonstrativo forem disponibilizados. § 2º A DIPJ e a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples, de que trata o caput deverão ser entregues até o último dia útil de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo anocalendário. § 3º A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal e Semestral, da Declaração

Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples e do Dacon, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Art. 4º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica extinta deve apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo ano-calendário, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento. Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário. Art. 5º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, ocorridos no anocalendário de 2006, a Dirf de fonte pagadora pessoa física, relativa a esse ano-calendário, deve ser apresentada: I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: a) a data da saída do País, no caso desta ser em caráter permanente; e b) trinta dias contados da data em que a pessoa física declarante completar doze meses consecutivos de ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; ou II - no caso de encerramento de espólio ocorrido no ano-calendário de 2006, até o mesmo prazo previsto para a entrega pelos demais declarantes da Dirf. Art. 6º A Declaração Final de Espólio deve ser apresentada no prazo de sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados. Parágrafo único. Se o prazo para a apresentação da Declaração Final de Espólio se encerrar antes da data prevista para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), correspondente ao ano-calendário anterior, essas duas declarações devem ser apresentadas no prazo previsto no caput para a entrega da Declaração Final de Espólio. Art. 7º Este ADE entra em vigor na data de sua publicação.

Michiaki Hashimura Coordenador-Geral de Administração Tributária

ANEXO AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE MARÇO DE 2006 DATA DE VENCIMENTO: DATA EM QUE SE ENCERRA O PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO DE TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL Data de Vencimento Diária

Diária

Diária

Diária Diária 3

3

3

3

3

8

8

10

Tributos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos do Trabalho Tributação exclusiva sobre remuneração indireta Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica Renda e proventos de qualquer natureza Juros e comissões em geral Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas Fretes internacionais Remuneração de direitos Previdência Privada e Fapi Aluguel e arrendamento Outros Rendimentos Pagamento a beneficiário não identificado Imposto sobre a Exportação (IE)

Cide - Combustíveis - Importação - Lei 10.336/01 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível

Contribuição para o PIS/Pasep PIS/Pasep - Importação de serviços (Lei 10.865/04) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Cofins - Importação de serviços (Lei 10.865/04) Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) CPMF -Operações de lançamento a débito em conta CPMF -Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta CPMF -Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI - Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi IPI - Bebidas do capítulo 22 da Tipi Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Juros de Empréstimos Externos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Rendimentos de Capital Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica IOF-Operações de crédito - Pessoa Física IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda IOF-Aplicações Financeiras IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97) IOF-Seguros IOF-Ouro, Ativo Financeiro Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Juros de Empréstimos Externos Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) CPMF -Operações de lançamento a débito em conta CPMF -Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta CPMF -Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royaties pagos à pessoa fisíca Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ à cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal

Código DARF

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento 10

2063

FG ocorrido no mesmo dia

0422 0473 0481 5192 9412 9427 9466 9478

FG ocorrido no mesmo dia ” ” ” ” ” ” ”

5217 0107

FG ocorrido no mesmo dia Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha-se verificado 15 dias antes.

9438

Importação, cujo registro da declaração tenha-se verificado no mesmo dia

5434

FG ocorrido no mesmo dia

5442 5869 5871 5884

FG ocorrido no mesmo dia 16 a 22/Fevereiro/2006 4ª Semana de Fevereiro ” ”

1020 0668

21 a 28/Fevereiro/2006 ”

5299

19 a 25/Fevereiro/2006 4ª Semana de Fevereiro

10

10 8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

5286

21 a 28/Fevereiro/2006 ” ” ” ” ” ” ” ” ” 21 a 28/Fevereiro/2006

10

10

21 a 28/Fevereiro/2006 15

0490 9453 0916 8673 9385

” ” ” 21 a 28/Fevereiro/2006 ” ”

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

21 a 28/Fevereiro/2006 ” ” ” ” ” ” ” 26/Fev a 4/Março/2006

5299

1ª Semana de Março 23 a 28/Fevereiro/2006 5ª Semana de Fevereiro ” ”

5869 5871 5884

3208 3277

Fevereiro/2006 ”

0561 0588 3223 5565 5936

” ” ” ” ”

1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928

Fevereiro/2006 ” ” ” ” ” ”

15

15

Tributos

Código DARF

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Demais rendimentos Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassi com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias IRPJ - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias CSLL - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o PIS/Pasep Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias PIS/Pasep - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Cofins - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI - Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi IPI - Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI - Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi IPI - Bebidas do capítulo 22 da Tipi Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Juros de Empréstimos Externos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Rendimentos de Capital Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica IOF-Operações de crédito - Pessoa Física IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda IOF-Aplicações Financeiras IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97)

8045

0676

21 a 28/Fevereiro/2006

0676

1097

21 a 28/Fevereiro/2006

1097

1097 1097

” ”

1097 1097

” ”

1097

1097

4095

Fevereiro/2006

4112

4095

Fevereiro/2006

4153

4095

Fevereiro/2006

4138

4095

Fevereiro/2006

4166

5110

Fevereiro/2006

5123

1020 0668

1º a 10/Março/2006 ”

5299

5 a 11/Março/2006 2ª Semana de Março

0924

” 1º a 10/Março/2006 ” ” ” ” ” ” ” ” ” ”

5286

1º a 10/Março/2006

0490 9453 0916 8673 9385

” ” ” 1º a 10/Março/2006 ” ”

1150 7893 4290 5220 6854 6895

1º a 10/Março/2006 ” ” ” ” ”

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232

(Continua na página seguinte)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

LEIS, TRIBUNAIS E TRIBUTOS - 3

ORIENTAÇÃO LEGAL

LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE MARÇO DE 2006 DATA DE VENCIMENTO: DATA EM QUE SE ENCERRA O PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO DE TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

(Continuação da página anterior) Data de Vencimento

Tributos

Código DARF

IOF-Seguros 3467 IOF-Ouro, Ativo Financeiro 4028 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5987 Contribuição para o PIS/Pasep PIS/Pasep - Faturamento 8109 PIS/Pasep - Folha de salários 8301 PIS/Pasep - Pessoa jurídica de direito público 3703 PIS/Pasep - Entidades financeiras e equiparadas 4574 PIS - Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8496 PIS - Combustíveis 6824 PIS - Não-cumulativo 6912 Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 PIS/Pasep - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5979 PIS/Pasep - Retenção - Aquisição de autopeças 3770 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) 5952 Cofins - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado 5960 Cofins - Retenção - Aquisição de autopeças 3746 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Cofins -Entidades financeiras e equiparadas 7987 Cofins -Demais Entidades 2172 Cofins -Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária 8645 Cofins -Combustíveis 6840 Cofins -Não-cumulativa 5856 Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível 9331 Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei 10.168/2000, com a alteração introduzida pelo art. 6º da Lei 10.332/2001. 8741 Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) CPMF -Operações de lançamento a débito em conta 5869 CPMF -Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta 5871 CPMF -Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte 5884 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 0676 87.06 Chassi com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 0676 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 1097 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 1097 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 1097 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 1097 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 1097 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 1097 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 1097 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. 1097 Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas (ME) DARF e Empresas de Pequeno Porte (EPP) Simples Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Juros de Empréstimos Externos 5299 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) IPI - Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi 1020 IPI - Bebidas do capítulo 22 da Tipi 0668 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física 8053 Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica 3426 Fundo de Investimento - Renda Fixa 6800 Fundo de Investimento em Ações 6813 Operações de swap 5273 Day-Trade - Operações em Bolsas 8468 Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados 5557 Juros remun. do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) 5706 Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas 5232 Demais rendimentos de capital 0924 Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo 5286 Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos 0490 Juros remuneratórios de capital próprio 9453 Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios 0916 Prêmios obtidos em bingos 8673 Multas e vantagens 9385 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) IOF-Operações de crédito - Pessoa Jurídica 1150 IOF-Operações de crédito - Pessoa Física 7893 IOF-Operações de câmbio - Entrada de moeda 4290 IOF-Operações de câmbio - Saída de moeda 5220 IOF-Aplicações Financeiras 6854 IOF-Factoring (art. 58 da Lei 9.532/97) 6895 IOF-Seguros 3467 IOF-Ouro, Ativo Financeiro 4028 Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - (CPMF) CPMF -Operações de lançamento a débito em conta 5869 CPMF -Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta 5871 CPMF -Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte 5884

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27

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento

1º a 10/Março/2006 ”

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16 a 28/Fevereiro/2006 ” Fevereiro/2006 ” ” ” ” ” ”

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16 a 28/Fevereiro/2006 ” ”

16 a 28/Fevereiro/2006 ” ” ” Fevereiro/2006 ” ” ” ”

Fevereiro/2006

Fevereiro/2006 1ª a 10/Março/2006 ” ”

31 1ª a 10/Março/2006 ”

1ª a 10/Março/2006

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Fevereiro/2006 12 a 18/Março/2006 3ª Semana de Março 11 a 20/Março/2006 ” 11 a 20/Março/2006 ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” 11 a 20/Março/2006 ”

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31 ” ” 11 a 20/Março/2006 ” ” ” 11 a 20/Março/2006 ” ” ” ” ” ” ” ” 11 a 20/Março/2006 ” ” ”

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Tributos Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Juros de Empréstimos Externos Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão) Ganhos de capital na alienação de bens e direitos Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira Ganhos líquidos em operações em bolsa Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassi com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Devido pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) não optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples). IPI - Bebidas do capítulo 22 da Tipi IPI - Cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi IPI - Todos os produtos, com exceção de: bebidas do Capítulo 22, e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário - Rendimentos e Ganhos de Capital Distribuídos Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço trimestral (3ª quota) Estimativa mensal PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Demais entidades Balanço trimestral (3ª quota) Estimativa mensal PJ não obrigadas a apuração com base no lucro real Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço trimestral (3ª quota) Estimativa mensal Lucro presumido (3ª quota) Lucro arbitrado (3ª quota) IRPJ - Renda Variável IRPJ - Finor/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) IRPJ - Finor/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 IRPJ - Finam/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) IRPJ - Finam/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 IRPJ - Funres/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) IRPJ - Funres/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço trimestral (3ª quota) Estimativa mensal Demais Entidades Balanço trimestral (3ª quota) Estimativa mensal PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (3ª quota) Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) PIS/Pasep - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado PIS/Pasep - Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Cofins - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Cofins - Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) CSLL - Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Programa de Recuperação Fiscal - Refis Refis - Parcelamento vinculado à receita bruta Refis - Parcelamento alternativo Refis - ITR/Exercícios até 1996 Refis - ITR/Exercícios a partir de 1997 Parcelamento Especial (PAES) PAES - Pessoa física PAES - Microempresa PAES - Empresa de pequeno porte PAES - Demais pessoas jurídicas PAES - ITR

Código DARF

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

5299

19 a 25/Março/2006 4ª Semana de Março

0190 4600

Fevereiro/2006 ”

8523 6015

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0676

11 a 20/Março/2006

0676

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11 a 20/Março/2006

1097

1097 1097

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1097 1097

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0668 1020

Fevereiro/2006 ”

1097

5232

Fevereiro/2006

1599 2319

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

0220 2362

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

3373 5993 2089 5625 3317

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006 Outubro a Dezembro/2005 Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

9004 9017

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

9020 9032

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

9045 9058

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

2030 2469

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

6012 2484

Outubro a Dezembro/2005 Fevereiro/2006

2372

Outubro a Dezembro/2005

5952 5979 3770

1º a 15/Março/2006 ” ”

5952 5960 3746

1º a 15/Março/2006 ” ”

5952 5987

1º a 15/Março/2006 ”

9100 9222 9113 9126

Diversos ” ” ”

7042 7093 7114 7122 7288

Diversos ” ” ” ”

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE MARÇO DE 2006 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal sem a incidência de multa. Data de Apresentação

Declarações, Demonstrativos e Documentos

Período de Apuração

Data de Apresentação

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas 7 25

31 31 31 31 31

31 31 31 31 31

DCTF Mensal - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal DCide - Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins DBF - Declaração de Benefícios Fiscais Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa Derc - Declaração de Rendimento Pagos a Consultores por Organismos Internacionais DIPI - TIPI 33 - Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria CPMF - DIC - Declaração de Informações Consolidadas da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF - Medidas Judiciais DIF Bebidas - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das Bebidas DIF Cigarros - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação de Cigarros DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais DOI - Declaração de Operações Imobiliárias

Declarações, Demonstrativos e Documentos

Período de Apuração

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas Janeiro/2006 Diário

De Interesse Principal das Pessoas Físicas Declaração Final de Espólio

Diário

Declaração de Saída Definitiva

Março/2006 Ano-calendário de 2005 Ano-calendário de 2005 Ano-calendário de 2005 Janeiro a Fevereiro/2006

Fevereiro/2006 Fevereiro/2006

Sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados. Data da saída do Brasil, no caso de residente no País que se retirar em caráter permanente; ou trinta dias contados da data em que completar 12 meses consecutivos de ausência do País, no caso de residente que se retirar em caráter temporário

Fevereiro/2006 Fevereiro/2006 Fevereiro/2006 Fevereiro/2006

DOU - 24/02/2006


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

Ó RBITA

BOLIVIANO

PIRATARIA

boliviano W.R.Y.C., de 28 anos, foi preso em flagrante anteontem à tarde, acusado de explorar compatriotas em condições análogas às de escravidão, crime descrito no artigo 149 do Código Penal Brasileiro. Ele foi detido em sua casa, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A denúncia à PM foi feita por uma das bolivianas exploradas. Ela disse que, com as duas filhas adolescentes, trabalhava para W.R.Y.C. sem receber salário e com refeições limitadas. Elas deveriam trabalhar na oficina de costura, em casa, para custear as passagens e estadas. Receberiam pela produção, mas com as dívidas controladas pelo patrão. (AE)

ma tentativa de roubo ontem de madrugada acabou com três pessoas presas, entre elas um contrabandista e a própria vítima, Josenilson Coelho de Oliveira, acusado de piratear CDs e DVDs. O flagrante ocorreu na rua Antonio João, no bairro do Limão. A polícia flagrou Leonardo Ribeiro Paixão e Renan Pereira da Silva na garagem carregando um Peugeot com duas CPUs gravadores de CDs e DVDs. Eles foram indiciados por tentativa de roubo, já que fugiriam com o carro de Josenilson como forma de pagamento de uma dívida do rapaz com um deles. Josenilson responderá por violação de direito autoral. (AE)

RACHADURAS

ATAQUE

Subprefeitura de Itaquera interditou ontem 11 imóveis com rachaduras no chão e na parede. Técnicos da Defesa Civil emitiram laudos preliminares, interditando as casas. Os donos dos imóveis dizem que os problemas foram causados pelas obras do túnel da Radial Leste, que acontecem perto das ruas Piava, Guariuba e Joapitanga, onde estão as casas afetadas. De acordo com Secretaria de InfraEstrutura Urbana, as residências foram afetadas pela obra em 2004 e os moradores, indenizados. Técnicos devem visitar as casas e avaliar se algum imóvel afetado em 2004 sofreu novas rachaduras.

o volante de sua picape Ford EcoSport a médica Rúbia Stefânia Santiago Aranha, de 25 anos, foi baleada em um dos braços, escapando da morte durante uma tentativa de roubo por ela sofrida ontem na avenida Brasil, junto à entrada da Linha Vermelha, no bairro do Caju, Rio. Após arriscar a vida fugindo dos criminosos, que nada levaram, Rúbia acionou a Polícia Militar e foi encaminhada por homens do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) ao Hospital Geral de Bonsucesso, sendo transferida depois para a Clínica São Bernardo, na Barra da Tijuca. (AE)

O

A

U

A

AGRESSÃO

PADRE

polícia está à procura da responsável pela Associação Maria Diniz, instituição que abriga crianças à espera da guarda do pai ou adoção, localizada na altura do nº 121 da Rua Cássio de Vasconcelos, no Parque Jabaquara, na zona sul da capital. Uma das crianças, N.S., de 3 anos, foi levada ontem para o Prontosocorro e Maternidade São Leopoldo, onde segue internada. A menina, segundo policiais militares acionados pela pediatra, possui hematomas pelo corpo inteiro e um corte de 10 centímetros na cabeça. O agressor seria outra criança, L., de 8 anos. (AE)

Polícia Civil de Bebedouro, a 383 quilômetros de São Paulo, abriu inquérito para apurar denúncia de atentado violento ao pudor e corrupção de menores, crimes que teriam sido cometidos pelo padre Paulo Barbosa, de 41 anos. O religioso atuava na paróquia do distrito de Botafogo. Em depoimento, em meados de fevereiro, o padre negou os crimes, mas vários adolescentes, vítimas ou testemunhas, além de um adulto, confirmaram a denúncia. O bispo Dom Antonio Fernando Brochini, responsável pela paróquia, não foi localizado ontem para falar sobre o caso. (AE)

A

A

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

PAPÉIS AO ALTO! É UM ASSALTO! Um encontrão, papéis para o alto para confundir a vítima e adeus carteira: insegurança na rua Boa Vista Kelly Ferreira

P

apéis jogados para o alto e um encontrão. Na surpresa e na confusão, ocorre o assalto. Essa modalidade de roubo, batizada de "saidinha de banco", tem feito muitas vítimas na rua Boa Vista, Centro de São Paulo. Testemunhas contam que essa cena é cada vez mais freqüente. O golpe, o local e os ladrões são sempre os mesmos. Eles andam em grupo e, como vítimas, escolhem pessoas que saem de bancos. Preferem, as que estiverem vestidas com calça social. "Puxar a carteira do bolso de uma calça jeans é mais difícil. As mulheres que andam distraídas com suas bolsas também são alvos fáceis", disse A.R.G., que trabalha na região e não quis se identificar por medo de represália. Primeiro, o bando, que pode ter quatro ou cinco assaltantes, cerca e segue a vítima. Na hora do golpe, um ladrão empurra a vítima. Um segundo lança um punhado de volantes de loteria para o alto. Um terceiro bate a carteira. Os demais gritam: "Foi por ali, pega, pega". Sem ação, o assaltado nem percebe o que aconteceu. Nem como. "É tudo muito rápido. Sei disso porque trabalho aqui e vejo essas cenas todos os dias. Eles não têm vergonha. Sinalizam as pessoas a serem assaltadas na frente de todo mundo. Às vezes, até agridem as vítimas. Na semana passada, uma mulher tentou bloquear a passagem de um deles e saiu machucada", disse A.R.G. A testemunha relatou que muitas vezes as vítimas são assaltadas a 30 metros da base que a Polícia Militar mantém no largo São Bento. "Eles são audaciosos. Alguns chegam a ser presos, mas logo voltam para a rua. Os policiais deveriam fazer rondas por aqui. É triste ver a cena. A vítima fica com cara de boba, sem saber direito o que aconteceu", disse. A ocorrência desse tipo de assalto na rua Boa Vista é confirmada pelo diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. "Recebi uma pessoa que antes de chegar à Associação foi vítima de um desses encontrões. Ao mesmo tempo, jogaram volantes da loteria para o alto. Era um assalto. Eles usam essa tática para distrair as pessoas. Ninguém ficou sabendo ao certo o que tinha acontecido. Temos que ficar espertos", disse Solimeo.

Sem cerimônias, ladrões trocam sinais e escolhem suas vítimas nas proximidades dos bancos

Um forte encontrão e um punhado de papéis para o alto criam confusão e desorientam a vítima

A pessoa assaltada, normalmente trajando calça social, mais larga, quase nem percebe o que aconteceu


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL FIZ BEM EM DUVIDAR

Se Serra fosse posto contra a parede (caso tal situação fosse possível) talvez a resposta pudesse ser “não” lance candidato não estão dadas. Nada mudou da semana passada ou retrasada a esta data. O Carnaval tampouco serviu para dirimir dúvidas. Antes, acrescentou um guisadinho de camarão com chuchu no cardápio da política, indicando que o governador Geraldo Alckmin não parece abrir mão da postulação, pouco importando todos os óbices objetivos que possam ser evocados. Assim sendo, se Serra fosse posto contra a parede — caso tal situação fosse possível, o que duvido — para decidir nesta quinta, talvez a resposta pudesse ser “não”. E, curiosamente, dadas as circunstâncias, seria um “não” a ser comemorado apenas no PT. Nem os alckmistas teriam razão para fazer festa: porque os assombraria a ameaça de um partido dividido. Se tal condição é ruim para Serra, que está muito à frente de seu

O Brasil está de porre BENEDICTO FERRI DE BARROS

Q

uando a esquerda gira com muita velocidade e assume o poder, acaba por se confundir com a direita. Foi o que aconteceu em todos os países onde as esquerdas marxistas assumiram o governo. O caso paradigmático foi o da Rússia, onde os revolucionários tomaram o lugar da elite capitalista burguesa e se converteram na elite dos privilegiados da Nomenklatura. Marx havia proclamado que a burguesia capitalista forneceria a corda para seu próprio enforcamento. Só errou na sua profecia crendo que isso se daria onde o capitalismo estivesse mais avançado. A Rússia era precisamente um dos países mais atrasados em matéria de capitalismo. Com um atraso de dois séculos o fenômeno voltou a se repetir no caso brasileiro. Foram as elites burguesas capitalistas que contribuíram decisivamente fornecendo a corda para a ascensão de Lula e seus capo-regime de formação ideológica marxista. E são elas, não só as políticas, como as privadas, que objetivamente têm maior interesse e afinidade com a perpetuação da corrupção esquerdista-capitalista que a política econômica do atual governo institucionalizou no país. As CPIs evidenciaram que os assaltos capitalistas aos recursos da nação saquearam mais ampla e fundamente as entidades estatais que se achavam sob seu controle executivo direto. Mas apenas levantaram o véu da participação das entidades privadas nas numerosas operações do Caixa 2.

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Lancha, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

É estranho, se não incompreensível, que por muito tempo a elite burguesa nacional haja consagrado a política econômica praticada como único sucesso do governo Lula, quando essa política nos empurrou como cerra-filas do desenvolvimento mundial. Só um pouco superior ao Haiti. Fica assim mais esclarecedora da situação real a montagem de recente primeira página do Estadão que publica no tope o presidente se refestelando nas praias do Nordeste, encimando a notícia dos extraordinários lucros obtidos pelos bancos graças a sua política econômica. Presidente e bancos têm muito o que festejar. Só o Estado vem crescendo como os bancos com seu conúbio político-financeiro. É mesmo para deitar e rolar.

F

omos ministerialmente informados da quarentena etílica de Lula. Não ficou suficientemente esclarecido para o leitor comum se e quais reformas foram feitas no bar do Aerobus lulista. Noticiário recente informa, porém, que "O Tribunal de Contas da União (TCU) irá cobrar explicações para a compra de bebidas alcoólicas e alimentos "refinados" para a Granja do Torto e o Palácio da Alvorada - residências oficiais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva." (sic) Agora, com o fim do Carnaval, todo o país deve aderir ao conúbio esquerda-direita e cair no porre, preparando-se para o carnaval das próximas eleições. Que ninguém é de ferro.

P residente e bancos têm muito o que festejar. É mesmo para deitar e rolar

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE REINALDO AZEVEDO NO SITE DA REVISTA PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR

S erra e Alckmin: sem acordo, não há acordo

Auditado pela

DISCURSOS Céllus

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO

adversário interno, tanto pior para Alckmin. O que quero dizer com isso? Uma tautologia necessária: sem acordo, não há acordo. Sem critério, não é possível haver escolha. Serra está sendo convidado a privatizar a derrota, caso não chegue lá, e a socializar a vitória caso chegue? Por enquanto, é o que lhe está sendo proposto. Nessas condições, no lugar dele, eu não toparia. É com isso que joga Alckmin? Pode ser. Mas seus estrategistas estão cegos para uma obviedade: o que é ruim, nesse caso, para Serra não é virtuoso para o governador. Ao contrário. Se Serra bate em retirada, não terá sido porque quis evitar o confronto com Alckmin — o prefeito venceria uma convenção —, mas porque não terá visto boas chances de vitória num partido dividido. Alckmin teria de demonstrar que não foi o nome escolhido porque, perder com ele, seria menos danoso aos tucanos. Assim, o triunvirato faça e atue como quiser, sua ação é mais homologatória do que outra coisa qualquer. A decisão, no fim das contas, está nas mãos de um homem só: Serra. E, secundariamente, na de Alckmin, que também pode acelerar o jogo se assim decidir. Mas, daqui, não se nota tal intenção. De todo modo, não havendo a decisão nesta quinta, ela estará apenas por alguns dias.

Fim do rodízio para as auditorias

Nilton Fukuda/AE

screvi o texto que segue antes de saber que a reunião de Tasso Jereissati com o prefeito José Serra havia sido desmarcada. Como se informa no site, não haverá encontro nesta quinta. E, justamente porque não haverá reunião, a análise se torna ainda mais pertinente. Por isso, faço esta observação e não mudo uma linha do que estava escrito. O intuito do encontro seria bater o martelo sobre o nome tucano que vai enfrentar Lula em outubro. Acho desnecessário manter equipes de plantão à espera da decisão. Por que digo isso? Porque as precondições mínimas que Serra já deixou claro que julga necessárias para que se

EDISON ARISA PEREIRA

A

convivência compulsória com a norma de rodízio de firmas de auditoria nas instituições financeiras no Brasil, por quase 10 anos, confirmou de forma inequívoca a opinião que o Ibracon sempre teve a respeito do tema: o processo traz muito mais malefícios e riscos associados do que benefícios. A aplicação desta norma trouxe custos adicionais incomensuráveis tanto para as instituições como para os auditores. Entre estes custos estão aqueles que se referem ao conhecimento acumulado adquirido sobre todos os processos e sistemas das instituições auditadas – conhecimento construído ao longo do tempo – assim como a perda de formação de profissionais em todos os níveis, por falta de continuidade nos trabalhos. Adicionalmente, no rodízio, a instituição é forçada a contratar uma nova firma que, em não detendo este vasto conhecimento, é forçada a trabalhar com muito maior nível de risco. E este risco é também das duas partes. A evolução, nos últimos anos, das normas regulatórias das instituições sob fiscalização do Bacen é digna de menção e reconhecimento. Entre elas, a inserção da obrigatoriedade dos Comitês de Auditoria nas grandes instituições financeiras. Norma também inserida pela Susep às seguradoras. Além disso, o Conselho Federal de Contabilidade - CFC e o Ibracon, atuando em sintonia, implementaram normas de expressiva importância, com destaques em educação profissional continuada e exame de certificação. O CFC também instituiu o Cadastro Nacional de Auditores Independentes, englobando todos os auditores, que acabou por estender os requisitos de certificação, educação continuada e revisão externa de qualidade a todos os auditores cadastrados. O Ibracon analisa, por outro lado, a possibilidade de introduzir no mercado brasileiro a Norma Internacional de Controle de Qualidade (ISQC 1), inclusive com a imple-

mentação do “sócio-revisor de qualidade”, norma emitida pela IFAC em que um sócio independente da equipe de auditoria faz a supervisão interna do trabalho de responsabilidade de outro sócio e sua equipe. Com tudo isso, o Conselho Monetário Nacional decidiu suspender por dois anos, a partir de dezembro de 2005, o rodízio das firmas de auditoria. Um forte sintoma de que o rodízio de firmas de auditoria não é uma medida que agrega qualidade ou segurança ao trabalho do auditor é verificado nos diversos países que reestudaram profundamente esta norma e decidiram por não adotá-lo ou confirmá-lo, dentre eles os Estados Unidos e a União Européia, porquanto traz riscos associados. Para se ter uma idéia, somente na Lituânia, Equador, Índia e Itália são exigidos o rodízio de firmas de auditorias.

A

recente decisão do CMN renovou as esperanças de que a exigência pode estar com seus dias contados. Essa nova postura, de suspender a aplicação para examinar o assunto, é um bom sinal e uma oportunidade para que haja um consenso entre os órgãos reguladores brasileiros considerando que os auditores atualmente estão mais bem aparelhados que há 10 anos. Enfim, resta claro que os reguladores brasileiros dispõem de muito mais instrumentos para exercer suas funções fiscalizatórias e de proteção ao mercado. Diante deste cenário, onde melhoras significativas foram e estão sendo implementadas pelas empresas de auditoria, pelos órgãos normativos e fiscalizadores e pelas instituições financeiras e companhias abertas, o Ibracon está convencido de que o rodízio obrigatório de firmas de auditoria está superado tanto no conceito quanto na sua aplicação prática e pode ser revogado definitivamente, seja no âmbito do BACEN quanto no da SUSEP, CVM e SPC. EDISON ARISA PEREIRA, PRESIDENTE DO IBRACON INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL

O rodízio obrigatório das empresas de auditoria está superado

PRESIDENCIAIS a Primeira República, ou República Velha, a que caiu abatida pela Revolução de 30, os candidatos à Presidência eram lançados a um abanquete político, durante o qual era lido uma plataforma de governo e um programa de obras. Essa leitura era acompanhada de um discurso muito bem feito, mas geralmente muito formal, muito bacharelesco. Depois de 30 tivemos um Chefe de Governo Provisório, mantido pelo poder revolucionário vitorioso. Getúlio Vargas prometeu convocar eleições presidenciais para 38. Confiando, dois candidatos começaram atuar na cena política, José Américo de Almeida e Armando de Salles Oliveira. Belos discursos foram proferidos pelos dois, mas com o golpe desferido por Vargas nas instituições republicanas não mais se falou em candidatura presidencial.

N

O ano que começa vai terminar com um pleito presidencial. E não se espere grandes discursos dos candidatos. Com a queda de Getúlio, voltaram os partidos políticos e foram lançadas duas candidaturas, de Eurico Gaspar Dutra e do Brigadeiro Eduardo Gomes. Com Dutra não houve discursos de monta, mas com o Brigadeiro formou-se uma equipe de escritores de grande nomeada, que escreveram excelentes discursos, alguns deles verdadeiras obras-primas. Foi o tempo dos grandes discursos. Quando eleito pelo voto popular, Getúlio proferiu alguns discursos bem feitos. Mais tarde Juscelino Kubitschek também, mas os de Jânio não ficaram na memória. inalmente chegamos aos nossos dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gosta de improvisar e ao que parece detesta ler, não oferece aos colecionadores de discursos presidenciais produções dignas de antologias. O ano que começa vai terminar com um pleito presidencial e não se espere grandes discursos, mas sim a mensagem em voz alta dos que pretendem fazer os candidatos que vão disputar a Presidência da República. É o que eu tenho a dizer sobre discursos presidenciais.

F

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


4

Tr i b u t o s Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

Venda de automóveis e comerciais leves teve queda de 3% em fevereiro em relação a janeiro

JANEIRO: 3 MILHÕES DE CHEQUES DEVOLVIDOS

SEGUNDO A SERASA, A CADA MIL COMPENSADOS, 19 SÃO DEVOLVIDOS POR FALTA DE FUNDOS

CRESCE DEVOLUÇÃO DE CHEQUES

L

evantamento divulgado ontem pela Serasa mostrou que o índice de cheques devolvidos por falta de fundos no Brasil aumentou 24,2% em janeiro sobre o mesmo período do ano passado. No primeiro mês de 2006 foram compensados 157,4 milhões de cheques; destes, 3 milhões voltaram por falta de fundos, o que correspondeu a um índice de 19 cheques devolvidos a cada mil. Em janeiro do ano anterior, a devolução era de 15,3 cheques a cada mil.

A Serasa destacou que o resultado de janeiro ficou acima da média registrada em todo o ano passado, de 18,9 cheques devolvidos a cada mil compensados. O recorde histórico do indicador, criado em 1991, pertence ao mês de março do ano passado, quando foi constatada a devolução de 20,8 cheques a cada mil. No confronto mês a mês, a Serasa verificou movimento oposto, com declínio de 5,5% ante dezembro de 2005, quando foram devolvidos 20,1 cheques a cada mil compensados.

Na avaliação da empresa, o crescimento da devolução está relacionado ao "maior comprometimento" da renda dos consumidores com compromissos de início de ano, como o pagamento de impostos, matrícula e compra de material escolar; além do maior endividamento por causa da expansão do crédito concedido. Outro fator mencionado foi a aceitação de cheques pré-datados sem o uso de metodologia adequada para a análise de crédito e o gerenciamento do risco de inadimplência. (AE)

ATAS

Menos dias e menos carros vendidos em fevereiro A

venda de automóveis e comerciais leves em fevereiro caiu cerca de 3% em relação a janeiro, afetada por menos dias úteis no mês passado. Na comparação com fevereiro de 2005, contudo, a comercialização de carros avançou quase 13%.

Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em fevereiro foram licenciados aproximadamente 121,7 mil automóveis e comerciais leves novos, contra 125,7 mil unidades em janeiro, que teve quase uma semana a mais de

vendas. Em fevereiro do ano passado foram licenciados 107,8 mil veículos. A Fiat vendeu em fevereiro cerca de 30,3 mil automóveis e comerciais leves, ficando na liderança do mês com participação no mercado de cerca de 25%. (Reuters)

DECLARAÇÃO À PRAÇA DECLARAÇÃO À PRAÇA Declaramos para os devidos fins que a empresa Telecom Orlando Ltda. I.E. Nº 115.416.440.113 CNPJ. Nº 02.468.092/0001-64, extraviou todos os documentos, inclusive talões de Nota Fiscal e Livros Fiscais mods. 1 A - 2 A - Mod. 6, 7, e Mod. 9.

COMUNICADO

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 2 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: Brasil Transportes Intermodal Ltda. - Reqte: Planex Encomendas Urgentes Ltda. - Reqdo: O Rei do Painel Ltda. - Rua Francisca Miquelina, 86 - 01ª V. Falências Reqte: Brasil Transportes Intermodal Ltda. - Reqte: Planex Encomendas Urgentes Ltda. - Reqdo: Paradoxx Music Comercial de Discos Ltda. - Rua Conde de São Joaquim, 85 - 01ª V. Falências Reqte: Francisco Carlos Cabrera de Oliveira - Reqdo: VMV Vila Mariana Veículos Ltda. - Av. Lins de Vasconcelos, 2375 - 01ª V. Falências Reqte: Digiene Representações e Comércio Ltda. - Reqdo: Dinâmica Materiais de Limpeza e Descartáveis Ltda. - Av. Cristo Rei, 289/299 - 02ª V. Falências

CONVOCAÇÕES

EDITAL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 011/2006 - FAMESP PROCESSO Nº 142/2006 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 03 de março de 2006 até o dia 15 de março de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111-FAX (0xx14) 3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 011/2006 - FAMESP, PROCESSO Nº 142/2006 - FAMESP, que tem como objetivo, Aquisição de carne bovina (músculo, patinho, noix e lagarto) para o serviço Técnico de Nutrição e Dietética, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 16 de março de 2006, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 03 de março de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - FAMESP.

Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda. o

CNPJ n 02.335.940/0001-67 - NIRE 35.214.866.229 Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social - 9 a Alteração - 30.1.2006. Pelo presente Instrumento Particular, Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 60.746.948/ 0001-12, NIRE 35.300.027.795, neste ato representado por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035-096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15, e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSPSP, CPF 509.392.708/20, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Aquarius Holdings S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 04.866.440/0001-87, NIRE 35.300.320.662, neste ato representada por seus Diretores, senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro 44.902-OAB, CPF 770.025.397/87 e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Banco Alvorada S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.870.163/0001-84, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado da Bahia sob NIRE 29.300.022.870, neste ato representado por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e Norberto Pinto Barbedo, ambos já qualificados; e Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Sócios-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda., com sede na Cidade de Deus, VilaYara, Osasco, SP, CNPJ no 02.335.940/0001-67, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob NIRE 35.214.866.229, em 8.12.97, e 8a Alteração Contratual de 26.12.2005, em fase de registro na Junta Comercial, deliberaram de comum acordo o seguinte: 1. atendendo às disposições do Inciso I do Artigo 1.071 do Código Civil Brasileiro, foram aprovadas as contas da Administração, examinados, discutidos e aprovados, sem quaisquer ressalvas, os documentos de que trata o Inciso I do Artigo 1.078 do referido Código Civil, que compreendem as Demonstrações Financeiras da Sociedade, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; 2. o Sócio-Cotista senhor Márcio Artur Laurelli Cypriano cede e transfere, neste ato, 1 (uma) cota de que é titular ao Sócio-Cotista Banco Bradesco S.A., ambos já qualificados, retirando-se da Sociedade; 3. transformar o tipo societário de sociedade limitada em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A., informando que a operação de transformação se concretizará observadas as seguintes condições: I) as atuais 469.263.917 (quatrocentos e sessenta e nove milhões, duzentas e sessenta e três mil, novecentas e dezessete) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, representativas do Capital Social de R$469.263.917,00 (quatrocentos e sessenta e nove milhões, duzentos e sessenta e três mil, novecentos e dezessete reais), serão transformadas em 469.263.917 (quatrocentos e sessenta e nove milhões, duzentas e sessenta e três mil, novecentas e dezessete) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo atribuídas 407.089.073 (quatrocentos e sete milhões, oitenta e nove mil, setenta e três) ações ao Banco Bradesco S.A., 44.381.418 (quarenta e quatro milhões, trezentas e oitenta e uma mil, quatrocentas e dezoito) ações à Aquarius Holdings S.A. e 17.793.426 (dezessete milhões, setecentas e noventa e três mil, quatrocentas e vinte e seis) ações ao Banco Alvorada S.A., todos já qualificados; II) a Sociedade manterá a mesma escrituração comercial e fiscal, e os negócios sociais não sofrerão qualquer solução de continuidade; 4. aprovar e transcrever, na íntegra, o Estatuto Social pelo qual a Sociedade passa a reger-se: “Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A. Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede e foro no município e comarca de Osasco, Estado de São Paulo. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5o) A Sociedade tem por objeto social o seguinte: a) administração de bens móveis e imóveis; b) compra, venda, incorporação, transferência, cessão, permuta e locação de bens móveis e imóveis; c) gerenciamento, planejamento, estudos imobiliários e projetos de construção civil; d) operações mercantis com materiais de construção e correlatos. Título III - Do Capital Social - Art. 6o) O capital social subscrito e integralizado é de R$469.263.917,00 (quatrocentos e sessenta e nove milhões, duzentos e sessenta e três mil, novecentos e dezessete reais), dividido em 469.263.917 (quatrocentos e sessenta e nove milhões, duzentas e sessenta e três mil, novecentas e dezessete) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração - Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de aprovação em reunião da Diretoria, com a presença e os votos favoráveis de todos os Diretores em exercício, sendo obrigatória a presença de quem estiver no exercício do cargo de Diretor-Presidente: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - ASociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo, salvo se judicial o mandato, hipótese em que o procurador poderá assinar isoladamente e a procuração ter prazo indeterminado e ser substabelecida. O instrumento de mandato deverá ainda indicar se o mandatário exercerá os poderes em conjunto com outro procurador ou Diretor da Sociedade. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação

geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação de seus membros; b) aos Diretores sem designação especial, coordenar e dirigir as atividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Das Assembléias Gerais - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos, propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo obrigatório, 30% (trinta porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo Parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo obrigatório do exercício (30%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do Capital Social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”; 5. tendo em vista a transformação em sociedade anônima, considera-se vencido o mandato dos atuais Administradores, senhores DiretorPresidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano; Diretores: Décio Tenerello, Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo; 6. eleger, para compor a Diretoria da Sociedade, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/ SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi , brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, e com mandato até AGO de 2007, sendo que permanecerão em suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária de 2007 que eleger a Diretoria seja arquivada na Junta Comercial. Os Diretores eleitos declararam, sob as penas da lei, não estar impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 7. fixar o montante global anual para remuneração dos Administradores no montante de até R$40.000,00, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social, a ser distribuída em reunião da Diretoria, aos membros da própria Diretoria; 8. escolher, de conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 289, da Lei no 6.404/76, os jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” para a Sociedade efetuar as publicações ordenadas pela referida Lei. E por estarem assim justos e contratados, os Sócios-Cotistas, por seus representantes legais, assinam o presente Instrumento Particular, impresso em 3 (três) vias, de igual forma e teor, com 2 (duas) testemunhas, autorizando, desde já, o seu arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo, para os fins e efeitos de direito. Osasco, SP, 30 de janeiro de 2006. Sócios-Cotistas: Banco Bradesco S.A., neste ato representado por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e Norberto Pinto Barbedo; Aquarius Holdings S.A., neste ato representada por seus Diretores, senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa; Banco Alvorada S.A., neste ato representada por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e Norberto Pinto Barbedo; Márcio Artur Laurelli Cypriano; Testemunhas:Ariovaldo Pereira, RG 5.878.122/SSP-SP, CPF 437.244.508-34; Ismael Ferraz, RG 8.941.370/SSP-SP, CPF 006.404.048-80. Declaramos que a presente é cópia fiel. Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda. aa) Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro. Certidão - Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 61.538/061, em 22.2.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


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CIDADES & ENTIDADES - 9

Vidal Cavalcante/AE

AEROPORTO Jovem é presa em Cumbica com passaporte brasileiro e visto canadense falsos

Ó RBITA

OBRAS DE ARTE Quadros roubados em museu do Rio de Janeiro são oferecidos em site da Bielo-Rússia

José Patrício/AE

JEAN CHARLES colunista Richard Kay, do tablóide inglês "Daily Mail", afirmou que a rainha Elizabeth II vai apresentar desculpas veladas pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela Scotland Yard em Londres, em julho do ano passado, ao ser confundido com um suspeito de terrorismo. O pedido será feito durante o banquete a ser oferecido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio de Buckingham, na próxima semana. Kay disse que a monarca não citará Menezes, mas fará comentários gerais sobre os atentados terroristas na capital britânica no ano passado e destacará a morte de "inocentes". A mensagem da rainha, acrescentou o colunista, terá a intenção de passar a mensagem que as boas relações entre os dois países podem ser fortalecidas por causa das circunstâncias trágicas que foram compartilhadas após os ataques. Ontem, o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Colecott, não quis confirmar essa informação. A morte de Menezes gerou turbulência na relação entre os dois países no ano passado, com o governo brasileiro irritado com a atitude inicial das autoridades britânicas no caso. Desde então, os ânimos se acalmaram. Os familiares de Jean Charles de Menezes querem se reunir com o presidente Lula. "O apoio do presidente seria muito importante", disse à Agência Estado o primo de Menezes, Alex Alves Pereira. (AE)

O

Wellington da Rocha Junior disse que em 2007 a festa da Fiel vai mesclar samba com carnaval baiano Forte chuva derrubou árvore na rua Fidalga, na Vila Madalena

CHUVA DERRUBA ÁRVORES chuva que atingiu a cidade de São Paulo na tarde de ontem deixou regiões em estado de atenção e causou vários pontos de alagamento. Por volta das 18h20, três dos 11 alagamentos registrados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura ainda atrapalhavam o tráfego nas ruas. Durante a chuva, toda a cidade ficou em estado de atenção – segundo de uma escala de quatro estágios: observação, atenção, alerta e

A

alerta máximo. Três árvores caíram na fiação elétrica nas ruas Serra de Bragança e Antonio de Barros, no Tatuapé, na zona leste, e na Olivério Guaranha, no Mandaqui, na zona norte da cidade. A Eletropaulo enviou equipes para os locais, que ficaram sem energia. Outra árvore caiu na esquina das ruas Fidalga e Inácio Pereira da Rocha, na Vila Madalena, zona oeste. A chuva foi causada por áreas de instabilidade, provocadas pelas altas temperaturas.

EQUIPAMENTOS URBANOS Prefeitura paulistana vai lançar até o começo de abril licitação para mudar a cara da cidade. A concorrência vai conceder ao vencedor, por 20 anos, os serviços de instalação e manutenção de aproximadamente 9 mil novos equipamentos nas ruas da capital, como abrigos de pontos de ônibus e de táxi, banheiros públicos, painéis publicitários, cabines de segurança, quiosques de flores e de informação

A

turística – itens do chamado mobiliário urbano. O vencedor terá de instalar e manter os equipamentos sem cobrar nada ao município. Além disso, vai conceder um porcentual do faturamento à Prefeitura. Em contrapartida, poderá explorar por 20 anos cerca de 14 mil espaços para anúncios publicitários fixados nesses equipamentos. Um mercado cujo potencial é estimado em R$ 134 milhões por ano. (AE)

Gaviões quer levar o Carnafiel para a rua Idéia é usar três trios elétricos para fazer um carnaval diferente em 2007

O

que já era certo se confirmou. A Gaviões da Fiel não vai mesmo dar o ar de sua graça no sambódromo de São Paulo no ano que vem. Em entrevista, o presidente da escola, Wellington da Rocha Junior, afirmou que, em vez do desfile, a agremiação deve fazer no próximo ano o Carnafiel – festa que mesclaria samba com carnaval baiano. "Vamos estudar a viabilidade de colocarmos quatro trios elétricos, com os jogadores do Corinthians e grandes artistas distribuídos neles. Nossa bateria também estaria presente. Samba não pode faltar", disse Wellington, que cogitou como palco para o evento o Estádio do Pacaembu, na zona oeste, e a avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Águas Espraiadas), na zona sul. Outro possível destino, porém remoto, seria a Marquês de Sapucaí, passarela do samba carioca. A Gaviões fez um estudo e constatou a inviabilidade de transportar os carros alegóricos até o Rio, mas um eventual patrocínio da Samsung, empresa coreana que hoje patrocina o Corinthians, poderia tornar real a idéia. Estudo – Quanto aos locais cogitados para o Carnafiel – o Pacaembu e a avenida Jornalista Roberto Marinho –, o presidente da SPTuris, Caio Luís de Carvalho, disse que eles até poderiam abrigar a festa, mas que somente um estudo poderá determinar a real viabilidade desses espaços. "De qualquer forma, estamos dispostos a ajudar a Gaviões da Fiel na realização desse carnaval alternativo. Se não for nesses locais, acharemos outro", disse.

Hélvio Romero/AE

Alexandre Marcelino: "A Liga vai viver muito bem sem a Gaviões"

Mas se a Liga das Escolas de Samba voltar atrás e não rebaixar a Gaviões tais planos seriam cancelados. O presidente da Gaviões disse que, aí sim, desfilaria com as demais escolas do Grupo Especial. "Se, depois que eu vir as fitas e as justificativas das notas, enxergar onde perdemos esse mundo de pontos, serei o primeiro a vir aqui e pedir desculpas", disse Wellington. A Gaviões reclama na demora para a liberação das fitas que, segundo a escola, mostrariam entulhos em cima dos carros alegóricos. A Liga das Escolas de Samba de São Paulo informou que liberar as fitas hoje. O seu presidente, Alexandre Marcelino Ferreira, afirmou ser contra a instalação de uma CPI do Carnaval e disse lamentar a saída de qualquer agremiação da Liga. Mas acrescentou que a entidade vai viver muito bem sem a Gaviões da Fiel. "Se eles quiserem voltar, vão ter que entrar pelo Grupo 4 da Uesp (União das Escolas de Samba de São Paulo) e passar por todos os módulos", alertou. (AE)

Ameaças a vereador

O

vereador paulistano Antonio Goulart (PMDB) registrou, ontem de manhã, um boletim de ocorrência na delegacia de Taboão da Serra, alegando estar sofrendo ameaças anônimas de morte, por telefone. De acordo com o parlamentar, o motivo seria sua iniciativa de abertura de uma CPI do Carnaval – que investigará o repasse do dinheiro da Prefeitura às agremiações de samba da Capital. O autor da ameaças anônimas teria dito a Goulart: “Oi vereador gavião (Goulart é conselheiro da Gaviões da Fiel), você está pensando em abrir uma CPI do Carnaval, porém se você insistir em fazê-lo, não vai viver para assistir a sua instalação”. (IV)


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poLítica

POLÍTICA - 3

MULHER E FILHOS DE BRUNO E FILHA DE JOÃO FORAM PARA EXTERIOR AE/Arquivo/26-10-2005

Eymar Mascaro

Sem prévias

A

pesar das etapas de indefinição, o governador Geraldo Alckmin está desistindo de lutar por prévias no PSDB, caso o partido faça opção por José Serra. Alckmin desmente que tenha em mente um plano "b" se não vier a ser o candidato à sucessão de Lula. O que o governador quer dizer é que está fora de cogitação sua candidatura ao Senado ou a deputado federal. Alckmin reafirmou que até o dia 31 deve renunciar ao mandato. Então, está escrito que se Serra for o escolhido pela legenda, o PFL assumirá não só a prefeitura da capital com Gilberto Kassab, mas também o governo de São Paulo com Cláudio Lembo. Renunciando ao cargo, Alckmin promete iniciar viagens pelo País fazendo pregação política. O candidato do PSDB pode ser anunciado ainda na primeira quinzena deste mês. A cúpula do partido continua conversando com Serra e Alckmin. Diz-se que a preferência da cúpula é por José Serra, que está melhor colocado nas pesquisas que o partido encomendou.

FORA DO PAÍS

Para fugir da esfera de pressões, José Serra passou uns dias em Buenos Aires, refletindo sobre a resposta que tem de dar ao partido. O prefeito quer ser convocado pelo PSDB. Não pretende se oferecer como candidato porque prometeu exercer o mandato de quatro anos de prefeito.

UNIÃO

Serra já condicionou sua candidatura à união partidária. Não deseja ser candidato de um partido fragmentado. O prefeito, por exemplo, quer ter todos os tucanos trabalhando por sua candidatura, a começar pelo governador Geraldo Alckmin.

COLIGAÇÕES

Assim que bater o martelo no nome do candidato, o PSDB vai investir nas coligações. A maior preocupação dos tucanos é o risco que correm de perder o PMDB para o PT. Os tucanos querem costurar já o apoio peemedebista no segundo turno. Mas o PT pressiona os peemedebistas.

edital de convocação já foi publicado no Diário Oficial. O senador Renan Calheiros continua resmungando, dizendo que tem medo de um fiasco nas urnas do candidato do partido, como em eleições passadas.

DECIDIDOS Por enquanto, apenas dois partidos já decidiram que estão dispostos a se coligar nas eleições: o PFL com o PSDB e o PCdoB com o PT. O PFL pode indicar o vice na chapa tucana. Dois senadores despontam como vice, Jorge Bornhausen e José Agripino.

PRESSÃO O PT pressiona também o PDT. Quer os pedetistas de volta à base do governo e apoiando a reeleição de Lula. O PDT, contudo, continua firme no propósito de ter candidato próprio. O partido mantém as prévias entre os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres e, possivelmente, o governador Ronaldo Lessa (também cotado para o Senado por Alagoas).

CHAPA

EMPATE A pesquisa Ibope está revelando empate entre Lula e os tucanos presidenciáveis Geraldo Alckmin e José Serra entre os eleitores do Estado de São Paulo. Se a eleição fosse agora, Lula e Alckmin teriam 32% dos votos paulistas e Serra, 31%. Foram ouvidas 1.200 pessoas no estado de São Paulo.

O VICE

INSCRIÇÃO

Michel Temer vai além: lembra que os governistas do PMDB podem propor a coligação com o PT na convenção de junho. A proposta dos governistas concorreria com o lançamento da candidatura própria. Portanto, a decisão ficaria por conta dos convencionais.

QUANTOS SÃO

O PMDB tem cerca de 20 mil convencionais aptos ao voto nas prévias do partido. O

AMEAÇAS DE SEQÜESTRO E MORTE LEVAM IRMÃOS DE CELSO DANIEL A FUGIR

OPÇÃO Não podendo contar com um vice do PMDB, o PT se volta para o PSB. É provável que o partido faça do ministro Ciro Gomes o vice de Lula. Em tempo: não está afastada a hipótese de José Alencar (PRB) voltar a ser o companheiro de chapa de Lula em 2006.

Os senadores governistas do PMDB, José Sarney e Renan Calheiros, ainda não perderam a esperança de melar as prévias do dia 19. Sarney e Calheiros desejam que o PMDB indique o vice de Lula. É por isso que os dois parlamentares não querem a realização de prévias.

O PT sonha com a chapa Lula/Nelson Jobim. O ministro já confirmou que até o fim do mês deixa o STF para se refiliar ao PMDB. A outra opção é o presidente do Senado Renan Calheiros. Michel Temer, no entanto, diz que as prévias estão confirmadas para o dia 19.

João Francisco e Bruno chegam para depor na CPI dos Bingos: denúncia de esquema de corrupção na administração petista de Santo André.

ESCOLHA O PSDB confirma que vai promover prévias para a escolha do candidato a governador de São Paulo. O partido tem vários pretendentes, como o secretário de Governo da Prefeitura, Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Alberto Goldman, o ex-ministro Paulo Renato, o secretário de Educação do Estado Gabriel Chalita e o vereador José Aníbal.

MENSALÃO O PT continua negando a existência do mensalão, apesar de o relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio estar disposto a incluir no relatório que o sistema de compra de votos na Câmara existiu. O PT vai negar até o fim a existência do mensalão.

LUZ/Arquivo/07-11-2005

Célio Azevedo/Ag. Senado

U

ma série de ameaças por telefone e por e-mail levou o professor Bruno Daniel, irmão do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002, a deixar o País junto com a mulher e os filhos. Uma de suas filhas, uma estudante de 22 anos, estaria sendo ameaçada de seqüestro e morte em mensagens deixadas no computador da família e também em telefonemas anônimos. Outro irmão do prefeito, o médico João Francisco Daniel, também mandou sua filha estudar no exterior. Segundo os irmãos do prefeito, as duas garotas seriam alvos de um seqüestro planejado na região do ABC. João Francisco garantiu que não deixará o Brasil, apenas continuará mudando de estado a cada dois anos, como faz desde a morte do irmão. Atualmente ele está morando na Bahia. "Além de e-mails que começaram a chegar há cerca de um mês, também fomos informados por uma pessoa que mora numa favela em Mauá (na região do ABC) que um grupo já estava armando para sequestrar ou matar a minha filha e a filha do Bruno. Por isso, decidimos que era hora delas deixarem o País", disse João Francisco, um dos primeiros a denunciar o esquema de corrupção na administração petista de Santo André. Para João Francisco, Celso Daniel foi morto enquanto tentava desbaratar a quadrilha que agia dentro da própria prefeitura. Segundo o médico, as ameaças, embora constantes desde 2002, quando Celso foi sequestrado e morto, passaram a se tornar diárias há cerca de 30 dias. Depoimento – Em outubro do ano passado, em depoimento à CPI dos Bingos, Bruno e João Francisco reiteraram

Senador Eduardo Suplicy, do PT.

Senador Romeu Tuma, do PFL.

meu Tuma (PFL-SP) declarou que vai propor que representantes da CPI dos Bingos busquem diálogo com João Francisco Daniel e Bruno Daniel. Intimidação – Na avaliação de Tuma, a intimidação de testemunhas é um expediente bastante utilizado pelo crime organizado. O contato com os irmãos do prefeito poderá ser feito pelo delegado da Polícia Federal que acompanha os trabalhos da CPI. O senador prometeu retomar o assunto na próxima reunião da CPI, na terça-feira. Tuma considera os irmãos testemunhas importantes no processo de investigação e julga o gesto compreensível, uma vez que a proteção que vem sendo oferecida pelo Estado não tem sido suficiente para afastar as ameaças. O senador acredita que houve crime de mando no caso do prefeito de Santo André. "Tenho certeza de que o crime não foi um seqüestro de oportunidade." Para outro integrante da CPI dos Bingos, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a decisão dos irmãos do prefeito assassinado reforça a tese que o crime de 2002 tinha cunho político. "Se há qualquer indício de perseguição, este aspecto reforça a tese de crime de mando, mas não constitui prova cabal", disse Suplicy. (Agências)

a tese de que a morte do prefei- Filho disse que a família comuto estaria relacionada ao es- nicou que deixaria o País uma quema de corrupção na pre- semana antes do Carnaval, feitura petista. Esse esquema mas que não foi instaurada noarrecadou dinheiro para a va linha de investigação por conta das novas campanha do denúncias de PT à presidência ameaças. em 2002. Segun"Ainda não tido o Ministério Público, os em- Uma pessoa que mora vemos acesso a presários Sérgio numa favela em Mauá esses e-mails, e p o r i s s o n eGomes da Silva, disse que um grupo nhum processo o Sombra, e Ronovo foi instaunan Maria Pin- já estava armando r a d o . S ó s e t ito, e o ex-verea- para sequestrar ou vermos novos d o r K l i n g e r matar a minha filha e elementos é que Luiz de Oliveira a filha do Bruno. poderemos ins(PT) estariam à João Francisco Daniel t a u r a r o u t r o frente da quaprocedimento", drilha. Ainda à CPI, os irmãos do disse o promotor, para quem prefeito reforçaram a acusação a investigação deverá ficar contra Gilberto Carvalho, parcialmente prejudicada atual chefe de gabinete do pre- por conta da distância com os sidente Luiz Inácio Lula da Sil- familiares. Em Brasília, o senador Rova. Segundo eles, Carvalho seria responsável em juntar a propina e encaminhar à direção nacional do PT, entreganO que é Factoring? do-a nas mãos do então presiÉ uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas dente do partido, José Dirceu. de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). Europa – Por conta das As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a ameaças, Bruno Daniel e sua vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos mulher, Marilena, chegaram a Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a ter proteção policial 24 horas situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prépor dia, esquema que se estenvenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deu até a última terça-feira, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. quando ele partiu para um Entre em contato conosco país da Europa. Por medida de Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) segurança, o destino da famíà ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) lia Daniel não foi revelado. E-mail: falecom@finanfactor.com www.finanfactor.com O promotor Roberto Wider

Factoring

DC

SENADO

Mas uma pesquisa do Ibope divulgada ontem revela que se a eleição fosse hoje, Alckmin derrotaria Eduardo Suplicy (PT) com 40% dos votos contra 29% do petista. Alckmin é o único candidato tucano que derrotaria Suplicy.


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Tr i b u t o s Finanças Nacional Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Japão suspende importação de aves da França por causa dos focos de gripe aviária.

CAIXA REDUZ JURO DO CHEQUE ESPECIAL

Celso Júnior/AE

Usineiros querem financiamento para fazer estoque Crédito manteria álcool em R$ 1, segundo sindicato que reúne os empresários,

A

Em Brasília, posto reajustou preço do litro do álcool de R$ 1,99 para R$ 2,15 entre quarta-feira e ontem

IPC-S Índice semanal registrou alta de 0,01% nos preços na última apuração de fevereiro.

JUROS Banco Central europeu elevou taxa em 0,25 ponto, para 2,5% ao ano.

Ó RBITA AFP Photo/Pierre Andrieu

GOOGLE

O

líder de busca na Internet Google quer se tornar uma empresa de US$ 100 bilhões em valor de mercado. Para alcançar a meta, a companhia pretende lançar novos sistemas, disse o presidente-executivo, Eric Schimidt. "O Google está focado em crescimento de longo prazo." (Reuters)

LIGHT

A

pós três meses de negociações, a Light conseguiu fechar acordo com credores para aprovar a desverticalização da distribuidora de energia da cidade do Rio de Janeiro, segundo o diretor Paulo Roberto Pinto. A Light precisava da adesão de 50,1% dos credores para a divisão. (Reuters)

CAIXA

SEMANA DE MODA DE PARIS

A

O

DESOSSADORES

AFTOSA EM DISCUSSÃO NO MERCOSUL

A

U

ntecipando uma possível queda dos juros básicos (Selic) na próxima semana, a Caixa Econômica Federal anunciou ontem redução de até 20% nas taxas das principais linhas de crédito para pessoa física. O banco inicia hoje campanha publicitária para divulgar o corte de juros. (AE)

carreira de desossador de carne, aquele que separa o osso da carne para que ambos possam ser industrializados, está em alta na Austrália. Os brasileiros estão entre os profissionais bem-vindos àquele país para o trabalho, que pode render cerca de US$ 37 mil anuais. (AE)

EGITO

A

Petrobras vai concorrer em licitação para explorar dois blocos de gás no Egito, informou ontem o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. O executivo afirmou que os blocos em disputa são marítimos e estão localizados à esquerda do Canal de Suez. (AE) A TÉ LOGO

ito estilistas brasileiros apresentaram suas coleções 2006/07 ontem no Hotel Crillon, durante a Semana de Moda de Paris. Um dos destaques foi o estilista da Rosa Chá, Amir Slama (veja modelo do estilista na foto). O preto e vermelho, o jérsei, a musselina e o veludo foram os escolhidos

m dia após a divulgação de um novo foco de aftosa na Argentina, o ministro de Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, desembarcou ontem em Buenos Aires para discutir com seus colegas do Mercosul um mecanismo de ação conjunta para combater a doença.

por Reinaldo Lourenço, que exibiu jovialidade misturada a sensualidade. Gloria Coelho, mulher de Lourenço, deu destaque ao preto para toda a coleção. Valdemar Iódice apresentou peças fluidas, tons sutis e decotes. O evento tem ainda as grifes Huis Clos, Lino Villaventura, Maria Bonita e Osklen. (DC)

Também participaram da reunião os responsáveis pelas carteiras agropecuárias do Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile. Na quarta-feira, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina confirmou o segundo foco de aftosa na zona rural de Corrientes. (AE)

PETROBRAS BATERÁ RECORDE EM 2006

A

Petrobras deverá registrar em 2006 o maior aumento de produção de petróleo no mercado interno em um único exercício, com impacto direto no faturamento, na balança comercial e até no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Pelas projeções da empresa, a produção de

2006 deverá oscilar em torno de 1,91 milhão de barris diários, com acréscimo de cerca de 230 mil barris em relação à média do ano passado. O aumento de 2005 já havia sido o maior em um único exercício, registrando produção média diária de 1,684 milhão, com mais 191 mil barris diários. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Governo economiza R$ 520 milhões com pregão eletrônico

L

DaimlerChrysler eleva em 10% investimento no Brasil

L

Microsoft prepara o lançamento de um PC "ultrapequeno"

União da Agroindústria Canavieira (Unica) defende que o governo crie mecanismos de financiamento ou de formação de estoques de álcool com o objetivo de garantir um preço médio de R$ 1 por litro durante o ano. Segundo Onório Kitayama, assessor da presidência da entidade, são necessários cerca de R$ 3,5 bilhões para garantir a estocagem de 5 bilhões de litros, volume suficiente para evitar oscilações de preços entre os períodos de safra e entressafra. "Um mercado em que há oferta durante 6 meses e procura durante 12 meses tende a ter alta volatilidade, ora com o preço abaixo do ideal para remunerar o produtor, ora acima do que o consumidor pretende pagar", argumentou Kitayama, durante o Fórum Regional de Integração Energética da América Latina e do Caribe, no Rio. Segundo ele, um mecanismo de financiamento já estaria sendo estudado pelo governo, em parceria com o setor. Atualmente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) proíbe a formação de estoque por parte das usinas

sob a alegação de que isso configuraria um tipo de cartel. Mas há quem defenda um mecanismo de mercado para regular os estoques. A proposta é implementar a negociação de contratos futuros de álcool na Bolsa de Mercadorias e Futuros, que teria o mesmo efeito de evitar oscilações, mas sem usar dinheiro público. Queda do preço — Kitayama comentou que o fato de algumas usinas anteciparem sua safra para produzir em torno de 850 milhões de litros até o dia 1º de maio vai possibilitar que os preços voltem ao nível de R$ 1 por litro. "Mas não dá mais para esperar que o valor retorne a R$ 0,60 verificado no ano passado", disse, lembrando que a adição de corante ao álcool anidro legalizou o combustível clandestino, elevando os preços. Executivos do setor, por outro lado, acreditam que o consumidor pode atuar como regulador do mercado. "Se o álcool já não vale a pena, o consumidor pode passar a usar gasolina", avaliou o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz.

Na Argentina — Os quatro postos de combustível de Puerto Iguazú, cidade argentina que faz fronteira com o Brasil, estão vendendo mais gasolina que os 58 postos localizados nos municípios de Foz do Iguaçu e de Santa Terezinha do Iguaçu desde julho do ano passado por oferecerem preços mais baratos que no Brasil, de acordo com informação do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis). Os brasileiros são a maioria nos postos argentinos e o movimento deverá aumentar a partir de sábado, quando os postos de Foz deverão reajustar o preço da gasolina e do álcool, prevê o assessor técnicocomercial do Sindicombustíveis em Foz do Iguaçu, Marivaldo José de Lima. O aumento do preço do álcool está trazendo um novo concorrente para os postos de Foz – o Paraguai, que, ao contrário da Argentina, vende esse combustível. Enquanto em Foz o álcool é vendido a R$ 1,85 (valor que será reajustado a partir de sábado), os quatro postos da vizinha Ciudad del Leste oferecem o produto por R$ 1,40. (AE)


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6 -.POLÍTICA

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

PESQUISA IBOPE OUVIU ELEITORES NO ESTADO DE SÃO PAULO. PRESSÃO POR DECISÃO DE SERRA AUMENTA.

LULA EMPATA COM SERRA E ALCKMIN Luiz Carlos Marauskas/Folha Imagem

Prova disso é o empate técnico entre os dois na simulação do primeiro turno. Segundo a pesquisa, 76% dos entrevistados aprovam a gestão Alckmin, enquanto apenas 49% fazem a mesma avaliação da de Lula. A administração Alckmin foi considerada boa por 50% dos entrevistados, ótima por 15%, regular por 23%, ruim por 3% e péssima por 4%. Já o presidente teve o governo considerado bom por 27% dos entrevistados, ótimo por 6%, regular por 39%, ruim por 10% e péssimo por 16% dos ouvidos. Esses dados do Ibope põem em xeque um dos principais argumentos usados pelo governador para defender sua candidatura dentro do PSDB: o de que a alta aprovação dentro do Estado se reverteria em votos nas urnas. Ainda segundo Alckmin, isso detonaria um

DC

de Transportes de Carga de São Paulo (Setcesp). A sondagem é relativa às intenções de voto no primeiro turno. Ibope e Setcesp não informaram se foram feitas simulações para o segundo turno. Outros nomes – A performance dos demais candidatos variou muito pouco com a mudança de candidato do PSDB. Quando o presidenciável tucano é Alckmin, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB-RJ) obtém 7% das intenções de voto, a senadora Heloísa Helena (Psol-AL) e o deputado Enéas Carneiro (Prona-SP) alcançam 3% e o deputado Roberto Freire (PPSPE), 1%. Já quando o nome do PSDB é Serra, Garotinho fica com 6%, Heloísa Helena mantém 3%, Enéas cai para 2% e Roberto Freire repete 1%. Os empates entre Lula e Alckmin e entre Lula e Serra fo-

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Alckmin, em inauguração de escola, ontem: pesquisa Ibope surge em momento decisivo da campanha.

Cobra, postulante à vaga. taria à disposição de seu partiGOVERNADOR laiêAlckmin negou ainda que do para a corrida ao Planalto. Explicações – A divulgação haja ansiedade excessiva denVAI BEM tro do PSDB por uma escolha da pesquisa de intenção de vorápida entre o nome dele e o to do Ibope provocou reação ATÉ PARA O do prefeito José Serra como imediata também entre os candidato oficial à presidên- principais concorrentes ao goSENADO cia. E comparou o processo de verno do Estado. Virtual candiescolha do partido com as sessões de cinema a que assistia na juventude: "Quando o carro derrapava na curva e o mocinho do filme ia cair no precipício, fechava a tela e dizia: 'volte no domingo que vem.' Então,

dato tucano, o vereador José Aníbal afirmou que o bom desempenho da ex-prefeita Marta Suplicy (26% das intenções de voto) se deve à participação dela nas campanhas publicitárias do governo federal. "A exPaulo Pampolin/Digna Imagem

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governador Geraldo Alck min não é um candidato competitivo apenas na sondagem à Presidência divulgada ontem pelo Ibope. O mesmo levantamento apontou que, por ora, o governador está muito bem cotado também para o Senado. Ele recebeu 40% das intenções de voto, batendo até mesmo um nome até agora considerado imbatível, o do senador Eduardo Suplicy (PT) – que aparece com 29%. Atrás deles, está o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), cotado também para o governo do Estado, com 13%. A boa notícia, porém, pareceu não interessar a Alckmin, que fez questão de frisar que continua pré-candidato ao Palácio do Planalto. Ele revelou ontem que não se sente motivado a disputar uma vaga no Senado e que mantém o nome à disposição do partido para a corrida presidencial. Filme de mocinho – "Em outras pesquisas anteriores, eu também sempre estive em primeiro lugar no Senado e isso nunca me motivou", afirm o u. A s s i m m e s m o, u m a eventual candidatura ao Senado ganhou uma entusiasta imediata: "Se o Alckmin for candidato ao Senado, eu abro mão da minha candidatura no ato", afirmou a deputada Zu-

Paulo Pampolin/Digna Imagem

efeito cascata em todo o País, atraindo mais votos. Pr efe rên cia – Uma leitura da pesquisa também revela que a preferência por Alckmin se dá entre os eleitores que detêm maior poder aquisitivo e grau de instrução mais elevado. Na simulação, 42% dos entrevistados que contam com ensino superior preferem conduzir o governador ao Planato. Já a penetração de Lula nesse segmento fica em 22%. No conjunto dos que ganham mais de dez salários mínimos, 52% preferem Alckmin, ao passo que 21% optam pela reeleição do presidente. Do grupo de eleitores que recebem entre cinco e dez 10 salários mínimos, 40% optam pelo governador e 31% escolhem Lula. Entre os eleitores com ensino médio, há novo empate técnico: o petista tem 34%, enquanto o tucano possui 33% das intenções de voto. Na outra ponta, dos eleitores com instrução até a quarta série do ensino fundamental, Lula é o favorito de 35% dos entrevistados, enquanto Alckmin obteve 27% das intenções de voto. No eleitorado paulista de menor renda familiar, a lógica é inversa, com preferência dos entrevistados pela reeleição de Lula. Para aqueles que possuem renda familiar de até um salário, 27% das intenções ficaram com Lula, ao passo que o governador recebeu 23% das indicações. Entre os que recebem entre um e dois mínimos, o placar foi de 32% para o presidente contra 28% de Alckmin. Já na faixa do eleitorado que conta com renda familiar de dois a cinco mínimos, Lula obteve a maior vantagem sobre seu oponente, ao obter preferência de 37% das intenções, enquanto o tucano ficou com 31%. Boatos – De qualquer maneira, ainda falta decidir quem será o representante do PSBD nas eleições de outubro. E o bom desempenho de Alckmin deve colocar mais lenha na fogueira dos tucanos. Afinal, segundo informações de bastidores, Serra é o preferido da cúpula do partido – leia-se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de Minas, Aécio Neves, e o próprio presidente da legenda, o senador Tasso Jereissati. Tasso, aliás, era esperado ontem em São Paulo para um encontro com Serra. Da conversa, Tasso deveria colher uma resposta definitiva se Serra concorre ou não à presidência. A reunião não ocorreu. Segundo boatos, teria sido transferida para sábado, mas a assessoria de Serra negou.

Luiz Carlos Murausk/Folha Imagem

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ram obtidos na pesquisa estimulada, ou seja, naquela em que uma lista de candidatos é apresentada aos entrevistados. Já na pesquisa espontânea, em que o próprio entrevistado sugere seu candidato, os resultados são bastante diferentes. Lula fica bem à frente dos tucanos: 23% das citações, enquanto Alckmin atinge 11% e Serra, 8%. Garotinho e o expresidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) têm 1%. Mas, a sete meses do primeiro turno, a indefinição ainda é grande entre os eleitores: 42% não sabem em quem votar ou não opinaram. Alckmin – O levantamento do Ibope revelou ainda dados interessantes a respeito do comportamento do eleitorado paulista. Segundo a pesquisa, embora a administração de Alckmin receba uma avaliação mais positiva do que a de Lula, a aprovação do governador não se transforma automaticamente em intenção de voto.

e os tucanos já andavam indecisos sobre quem será o candidato do partido à presidência da República em outubro, a pesquisa Ibope divulgada ontem colocou ainda mais incertezas na questão. Segundo a sondagem, que ouviu 1.204 pessoas no Estado de São Paulo, o presidente Lula aparece tecnicamente empatado com o candidato do PSDB nos dois possíveis cenários: quer o tucano escolhido seja o prefeito José Serra, quer seja o governador Geraldo Alckmin. Na simulação em que Alckmin é o candidato tucano, o governador e Lula alcançaram 32% das preferências de voto. A diferença é muito pequena quando o escolhido é o prefeito: Serra fica com 31%, contra 32% de Lula. A margem de erro da pesquisa é de 3%, para mais ou para menos. O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 23 de fevereiro, sob encomenda do Sindicato das Empresas

Aníbal ataca Marta

Zulaiê no Senado?

voltem amanhã, hoje, não tem nenhuma novidade", disse aos repórteres. Pressões externas – A postura serena do governador, no entanto, não é seguida por um antigo aliado do PSDB, o PFL, que cobra uma decisão imediata sobre o nome do candidato à presidência. Ontem, o prefeito do Rio, César Maia, deu um ultimato aos tucanos: ou eles declaram imediatamente Serra candidato da legenda ou o PFL irá retirar seu apoio e lançar um nome próprio. "Atrasar mais a decisão é grave erro", disse Maia. Cabo eleitoral declarado de Serra, emendou: "Com Alckmin escolhido, o PFL terá candidato." Nesse caso, o próprio Maia es-

Maia cobra PSDB

prefeita está aparecendo intensamente na propaganda eleitoral do PT, inclusive fazendo campanha, prometendo CEUs [Centro Educacional Unificado] para o Estado inteiro, o mesmo marketing que ela fez anteriormente na campanha para a prefeitura e não deu certo", disse Aníbal. Rapidamente, a assessoria de Marta tratou de vir a público para dar sua versão do bom desempenho da pré-candidata petista nas sondagens. Segundo o comunicado da exprefeita, Marta atribui a primeira colocação nas pesquisas aos bons resultados que obteve durante a gestão à frente da administração municipal , entre 2001 e 2004.

MARTA SAI NA FRENTE DE QUÉRCIA

A

ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy saiu na frente na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, segundo a pesquisa de intenção de votos realizada pelo Ibope e divulgada ontem. Marta aparece adiante de seus concorrentes nos três cenários eleitorais apresentados aos entrevistados. No primeiro deles, Marta tem 26% das intenções de voto, contra 20% do exgovernador Orestes Quércia (PMDB), mas como a margem de erro da pesquisa é de 3%, para mais ou para menos, eles estão tecnicamente empatados. Eles são seguidos por Carlos Apolinário (PDT), com 5%, José Aníbal (PSDB), com 4%, Guilherme Afif Domingos (PFL), com 2%, e Beto Mansur (PP), também com 2%. Quando o ex-prefeito Paulo Maluf entra na briga pelo Palácio dos Bandeirantes, a situação muda um pouco de figura. Marta e Quércia perdem cada um 3%, ficando com 23% e 17%, respectivamente. Maluf aparece logo em seguida, com 13% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o ex-governador, portanto. Nesse quadro, o

tucano Aníbal fica com 3%. Uma terceira simulação substitui o nome de Aníbal pelo de Paulo Renato, ex-ministro de Educação do governo Fernando Henrique Cardoso. Mas a situação não mudou muito, ao menos para os tucanos. Com Paulo Renato, Marta Suplicy continua na frente, com 25%, e Quércia alcançou 21%. Eles foram seguidos por Carlos Apolinário (6%) e Guilherme Afif Domingos (3%). Paulo Renato ficou em quinto lugar, com 2%. Inde finiçã o – O PT marcou para o dia 7 de maio as prévias que vão definir seu candidato à sucessão do tucano Geraldo Alckmin. Além de Marta, o senador Aloísio Mercadante também está no páreo. Mas a pesquisa do Ibope não foi muito animadora para ele. Mercadante recebeu apenas 14% das intenções de voto contra 26% de Quércia. O PSDB também não bateu o martelo quanto a seu candidato. Até agora, a candidatura mais divulgada tem sido a de Aníbal. Mas Paulo Renato já declarou interesse em participar do processo de escolha e parece correr por fora rumo ao Palácio dos Bandei-

rantes. Nos bastidores, o nome de Fernando Henrique Cardoso também é lembrado por militantes e simpatizantes. Eles acreditam que o carisma do ex-presidente poderia salvar o PSDB de um provável fracasso, depois de doze anos de predomínio tucano no Executivo do Estado. Surpresa – A surpresa na pesquisa que avaliou a corrida estadual ficou mesmo por conta dos resultados da simulação espontânea, em que o entrevistado diz o nome de seu candidato. Nela, Geraldo Alckmin lidera as intenções de voto com 16% – mas vale lembrar que o governador não poderá concorrer à reeleição. Os demais candidatos ficam bem distantes do governador: Marta Suplicy com 3%, Orestes Quércia e Paulo Maluf com 2%. José Serra também bate nos 2% das citações. Mas o prefeito já avisou que não tem interesse pelo governo estadual: ou concorrerá à presidência da República ou então ficará na prefeitura até o fim de seu mandato, em 2008. Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloizio Mercadante foram citados por 1% dos entrevistados.


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sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

BIENAL

LAZER - 5

TEATRO Paulo Lacerda/Divulgação

Divulgação

Festa do livro este ano acontece no Pavilhão do Anhembi Lúcia Helena de Camargo

M

anusear um livro, flertar com ele, folhear as páginas sem pressa, sentir seu cheiro. Quem já sentiu prazer nesses atos não perde a bienal do livro. Reunindo no mesmo lugar editoras de todo o país e algumas estrangeiras, esta 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi a partir da quinta-feira, dia 9, e vai até dia 19. Será a maior edição da história da Bienal, realizada desde 1970, com 320 expositores – entre eles, 12 estrangeiros – representando 900 selos editoriais, reunidos em uma área de 57 mil metros quadrados. Com a mudança de endereço, a organização - a cargo da Câmara Brasileira do Livro (CBL) - espera receber 800 mil visitantes. Na edição passada da feira foram 557 mil. Também os investimentos aumentaram. Este ano foram gastos R$ 18 milhões, 20% mais que os R$ 15 milhões de 2004. 1,8 livro por ano - Embora seja louvável qualquer iniciativa para incentivar a leitura, nem sempre rendem frutos a curto prazo. Estatísticas levantadas pela CBL indicam que a média nacional continua lamentável. O brasileiro lê somente 1,8 livro ao ano. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, são cinco livros por habitante a cada ano. Para tentar começar a mudar esse quadro, a bienal vai expor 210 mil títulos e 1,5 milhão de exemplares de livros. Os organizadores sabem que o perfil da maior parte do público da feira não é de gente que costuma freqüentar livrarias ou bibliotecas, mas de quem busca um bom programa para a família. Assim, os novos leitores estão ali para serem conquistados com novos ou antigos títulos. Para incentivar um pouco mais, este ano o valor pago pelo ingresso poderá ser convertido em descontos na aquisição de produtos. Os R$ 10 do bilhete darão direito a dez vales de R$ 1 cada. Sugerimos aqui alguns títulos que valem a ida até o Anhembi. Todo mundo é meio Macunaíma. O personagem do livro de Mário de Andrade, que muitas vezes ao longo da história parava e proferia seu bordão: "Ai, que preguiça" inspira Na Trilha de Macunamíma – Ócio e Trabalho na cidade (Edição Senac São Paulo/Sesc-SP, 299 páginas, R$ 45), de Célio Turino. O autor, especialista em adminsitração cultural pela PUC-SP, discute a fundo o lazer urbano, seus problemas e benefícios. Entre o bom da ficção que poderá ser achado nas prateleiras da Bienal do Livro está Temporada de Caça (Editora Bertrand, 160 páginas, R$ 29), no qual o italiano Andrea Camilleri, famoso pelas histórias protagonizadas pelo comissário

Capas de alguns livros que podem ser comprados na Bienal: 320 expositores, 900 selos editoriais, reunidos em uma área de 57 mil metros quadrados

Salvo Montalbano, usa sua peculiar ironia para entranhar o leitor na cidade imaginária de Vigàta, no sul da Itália, no fim do século 19. Engraçado, o livro exibe o provincianismo e os absurdos da convivência entre os pacatos habitantes locais, com a chega de um forasteiro. Crônicas - Quem procura uma leitura leve e muito bem escrita pode levar para a casa O olhar médico – Crônicas de medicina e saúde (Editora Ágora, 184 páginas – R$ 32,90), no qual o escritor-médico Moacyr Scliar desfila saborosas crônicas ligadas à vida, saúde, esportes, sexualidade, velhice, morte e qualidade de vida. Um thriller com ação e romance, lançado na esteira do filme de mesmo título em cartaz na cidade, é Fora de Rumo (Editora Record). Charles Schine (no cinema, vivido por Clive Owen), um publicitário casado encontra Lucinda Harris (Jennifer Aniston), no trem que toma todos os dias. Depois da paixão inesperada, segue uma revolução na vida de ambos, muitas perseguições, fugas, perigos, tiros e explosões. Outro lançamento que

pega carona em filme nas telas é A Hora da Vingança (Editora Record, 420 páginas, E$ 59,50), de George Jonas. O livro foi a base da inspiração para Steven Spielberg em Munique, que relata a história do atentado aos atletas israelenses nas Olimpíadas de 1972, e posterior caçada aos palestinos do Setembro Negro responsáveis pelo ataque. A atual reedição – originalmente o livro é de 1984 – traz prefácio do agente secreto Avner, retratado de perto no filme. Do outro lado da questão, chega Para compreender o Islã – Originalidade e universalidade da religião (Editora Nova Era, 280 páginas, R$ 29,90). O suíço Frithjof Schuon explica um pouco do mundo muçulmano, sua filosofia preceitos, comparando com outras religiões monoteístas. Útil para quem pretende ir além do preconceito contra os islâmicos. Descartável - Menos instrutivo é Um ex-eleitor do PT em Crise (Editora Scortecci, 94 páginas, R$ 24,90), de Ravi Lob. Começando no subtítulo, Cada um com sua lição, do tamanho da encrenca em que se meteu, é pretensamente engraçado. Porém, o livro não passa de um amontoado de lugares-comuns, sem nenhuma informação consistente ou opinião embasada. Já os empresários antenados com as questões de seu tempo vão apreciar Governança Ambiental Global (Editora Senac São Paulo, 416 páginas, R$ 50). Organizada por Daniel C. Esty e Maria H. Ivanova, a obra reúne ensaios de especialistas em meio ambiente sobre a gestão de recursos naturais e o conceito de governança global. A fição científica está bem representada com As Crônicas Marcianas (Editora Globo, 304 páginas, R$ 38), de Ray Bradbury. Publicadas originalmente em revistas de pulp fiction, no final dos anos de 1950, nos Estados Unidos, as crônicas fazem um retrato da chegada do homem a Marte e da colonização do planeta pela espécie humana. Esta edição do livro, que chega ao Brasil após 55 anos de sua publicação, traz apresentação de Jorge Luis Borges. Filmes - E não apenas de leituras é feita a bienal. A Petrobras, patrocinadora do evento, terá o estande Espaço Conhecer Petrobras, com 200 metros quadrados. Ali serão exibidos filmes como O Coronel e o Lobisomem e outras produções brasileiras. No Salão de Idéias, cineastas como Roberto Bomtempo (Depois Daquele Baile, que estréia no dia 24) e Helena Solberg (Vida de Menina) vão conversar com o público sobre cinema e literatura. A festa é para passear, ver, saber das novidades, assistir a filmes e palestras. E talvez também levar um livro para a casa.

Cena de Rim, que estréia nesta sexta, dia 3, no Teatro Folha. E Carolina Ferraz, estrela da peça. O tema é o transplante de órgãos. Intenção da autora Patrícia Melo é mostrar que o humor pode se abrigar nos lugares mais insólitos

Humor visceral Estréia comédia Rim, sobre transplante de órgãos Sérgio Roveri

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uando estreou na dramaturgia com o texto Duas Mulheres e um Cadáver, a escritora Patrícia Melo (Elogio da Mentira, O Matador, Acqua Toffana) parecia disposta a construir uma comédia a partir de um mote aparentemente trágico: a misteriosa morte de um dentista. Agora, em seu segundo texto teatral, O Rim, que estréia nesta sexta, dia 3, no Teatro Folha, ela recorre a um novo tema a princípio estranho ao riso – o transplante de órgãos – para dar continuidade à sua intenção de mostrar que o humor pode se abrigar nos lugares mais insólitos. "O que me agrada muito no texto da Patrícia Melo é exatamente o humor", diz o diretor da montagem, Elias Andreato. "E também a maneira como ela desenha as cenas cotidianas, com muita agilidade e personagens bem traçados. Isto é muito bom para a comédia. Na brincadeira, o público não gosta de pensar muito. O Rim é uma grande brincadeira". Livremente inspirado em fatos reais

– a autora tomou contato com o tema a partir de uma pequena notícia publicada em jornal – O Rim traz à cena o cotidiano de três pessoas de uma família que não poderia ser classificada exatamente como típica: a heroína abnegada Rosário (Carolina Ferraz), funcionária pública de uma biblioteca que, quando não está caminhando entre as estantes, gasta seu tempo em cuidados com a mãe paralítica (Ivone Hoffmann) e o irmão Carlos (Bruce Gomlevsky), jovem homossexual obcecado pela idéia de montar um musical baseado na vida da cantora lírica Maria Callas. Longe desta rotina vive Augusto (Eduardo Reyes), jovem doente e milionário, cuja vida depende, com urgência, de um transplante de rim. Augusto passa a freqüentar a família de Rosário após um acidente de trânsito, em que atropela Carlos. Bonito e sedutor, Augusto torna-se o objeto de desejo de toda a família, mas se existe alguma coisa naquela casa que realmente o interessa, esta coisa é o rim de Carlos, doa-

dor compatível. "O texto transita pelo humor negro", diz Andreato. "Nós somos muito cruéis, conseguimos rir de coisas que até Deus duvida. O personagem do galã que precisa de um rim também tem muito humor. Isso elimina o tom dramático que poderia incomodar a brincadeira". O Rim representa, também, uma das raras oportunidades de testemunhar Carolina Ferraz distante da imagem da mulher sedutora que ela consolidou em seus papéis na televisão, a exemplo da atual Rebeca, de Belíssima. "Rosário, a personagem de Carolina Ferraz, não se preocupa com a aparência. Ela vive mergulhada no mundo da literatura. É uma gata borralheira, que se transforma quando aparece o príncipe encantado". O Rim, estréia hoje, sexta, dia 3, no Teatro Folha, Shopping Pátio Higienópolis, tel.: (11) 3823-2323. Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h30. Ingressos de R$ 40 a R$ 50.

A vida sem chapéus

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ode-se dizer a respeito de O Que Seria de Nós sem as Coisas Que Não Existem, o novo trabalho do Lume, grupo de pesquisa teatral ligado à Universidade de Campinas, que ele é no mínimo menos rodado que um dos maiores sucessos da companhia, a peça Ca f é com Queijo. Para coletar as comoventes histórias de pessoas anônimas, recheio daquele espetáculo de 1999, os atores do Lume percorreram vilarejos de Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Amazonas, Pará e São Paulo. Agora, na construção de O Que Seria... o elenco restringiu seu campo de atuação à tradicional fábrica de chapéus Cury, na cidade de Campinas, criada em 1920 e mantida ainda em atividade por funcionários que se equilibram entre a produção artesanal e as inovações tecnológicas. A fábrica emprega hoje 200 funcionários – há vários aposentados

Espetáculo do Lume: pesquisa e histórias reais

que continuam trabalhando – e produz 48 mil chapéus por mês. Composto em parceria com o Centro Via Rosse di Produzione Teatrale, da Itália, o novo espetáculo do Lume inspirou-se em pessoas reais – funcionários da ativa e aposentados da fábrica de chapéus – para criar quatro personagens fictícios que se reúnem em determinada noite na linha de produção de uma fábrica imaginária para produzir um chapéu perfeito. Um dos

quatro personagens, Pao, apresenta uma genética mais complexa: ele condensa a somatória das características de vários funcionários entrevistados durante a pesquisa – uma espécie de operário-símbolo do espetáculo. A proposta deste novo trabalho é a de novamente colocar em cena histórias reais que dificilmente chegariam até o grande público, não fosse o teatro. O Que Seria de Nós sem as Coisas que não Existem é o último espetáculo teatral a estrear no Sesc Belenzinho, antes do fechamento da unidade, previsto para abril. O prédio passará por uma grande reforma e será reaberto em 2009. (SR) O Que Seria de Nós sem as Coisas que Não Existem, estréia amanhã, sábado (4) no Sesc Belenzinho, Avenida Álvaro Ramos, 915, tel.: (11) 66023700. Sexta às 21h30, sábado e domingo às 18h. Ingressos a R$ 15.

Sonorizando o corpo Aquiles Rique Reis

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ome-se 14 mulheres e homens ao compromisso que têm de não se deterem diante de nenhuma barreira que possa lhes tolher o encaminhar do som rumo à vastidão musical e teremos e ouviremos o Barbatuques. Esse grupo, que lança agora O seguinte é esse, seu segundo CD, parece feito de crianças curiosas que buscam descobrir em seus corpos limites misteriosos, indecifráveis. Tudo o que vem do corpo interessa ao Barbatuques. Todas as possibilidades sonoras são buscadas diretamente na pele que lhes encobre carne e alma. Interpretar o desconhecido que pede para ser traduzido pelo pulsar de veias onde o sangue corre por vias sem fim é a função que o Barbatuques deu a si. Minimalistas; pesquisadores de sonoridades; garimpeiros de possibilidades desprezadas, André Hosol, André Venegas, Bruno Buarque, Dani Zulu, Fernando Barba,

Flávia Maia, Giba Alves, Helô Ribeiro, João Simão, Lu Horta, Mairah Rocha, Marcelo Pretto, Maurício Maas e Renato Epstein se dedicam a fazer música como se esta fosse sempre carente de renovação. Para o Barbatuques, o corpo está a serviço da música, é música a ser feita. À voz, que lhe sai da garganta, soma-se à percussão extraída da barriga, de coxas, pernas, pés, bochechas, testa, boca, braços, e resulta em algo inexplicável – os sons, provenientes de fusões inusitadas, não se traduzem. A surpresa é a tônica do Barbatuques. Não há amarra que lhe prenda. Solto, vai à música. Experimentalista, sem ser pretensiosa, sua música desperta em quem a ouve a disposição à reflexão.

Função que só alcança a arte de qualidade, esse CD faz com que pensemos na vida: será que tiramos de nosso corpo tudo aquilo que ele nos dispõe? Será que de nossa garganta saem todas as coisas que poderíamos dizer de belo? Será que ainda há música a ser descoberta? Novos sons, novas sonoridades, será que ainda existem para serem tocados? O Barbatuques está aí para demonstrar que sim. O seguinte é esse tem 14 faixas. 11 delas, criação coletiva. Quase não há espaço entre elas. São como que uma coisa toda. Um quebra-cabeça – caleidoscópio corporal – para o ouvinte montar. Existem diversas maneiras de fazer música, o Barbatuques procura todas. Sabe que a missão é difícil,

mas não se furta a ir fundo na busca de descobri-las todas. Fascinante é "Baianá", adaptação de "Boa Tarde Povo", das Baianas Mensageiras de Luzia. O coro feminino canta em agudos precisos e as vozes masculinas se valem dos graves para se somarem ao som dos corpos que se tocam e que se (de) batem em homenagem emocionada ao Baianá de Alagoas. Os arranjos vocais (principalmente em "Djengo" e "DuBauru") carregam em dissonâncias que os tornam ainda mais inquietantes, principalmente por se misturarem aos ruídos corporais mais inusitados; sons de bateria, baixo e guitarras são captados para criar, através de um sampler MPC, uma atmosfera de experimentações de linguajares musicais diversos.

Um surpreendente "Carcará", obra-prima de João do Vale e José Candido, vem à tona movido a ritmo e levada fortemente marcados pelo canto rascante do solista André Venegas (lembranças a Chico Science) e pelas vozes abertas em tons dramáticos. Em O seguinte é esse, o inusitado chega ao auge com "Respirando", em que a percussão é feita de respirações e sopros. Vale tudo o que sai pelos narizes e pelas bocas

barbatuqueanas. Até chegar à selva percussiva de "Faz Parte/Barbapapa’s" (Fernando Barba) gravada ao vivo, encerrando o CD. Com apresentações bissextas na televisão, resta aguardar que o trabalho do Barbatuques chegue a nós em DVD. Se ouvi-lo em CD já é um prazer indescritível, imagine o que será vê-lo atuando? Mas se bobear, meu caro leitor, correrá o risco de nem ouvi-los. Não há espaço na mídia para a música que faz o Barbatuques. Cabe a você ir à luta e buscar ampliar seu universo musical com aquilo que hoje é uma rica mostra da arte de um grupo que se dispôs à improvisação mais atrevida e irrequieta de sons. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.


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4 -.POLÍTICA

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

DUSSELDORF RECEBEU R$ 640 MIL A MAIS DO QUE DECLARADO. EMPRESA DE OKAMOTTO É INVESTIGADA.

DUDA MENTIU. TINHA MAIS DINHEIRO NA CONTA. Dida Sampaio/AE

mas podemos restringir o fim do sigilo ao período em que isto aconteceu", afirma. Barros lembra que, comprovada a mentira, ficará provado que Lula cometeu crime de responsabilidade, ao endossar uma versão falsa sobre a origem dos recursos. "As informações mostram, claramente, a ligação entre Okamotto e os acusados do mensalão", acha o senador Romeu Tuma (PFL-SP), que endossou a posição de Morais de prorrogar a investigações, caso não receba a tempo os dados pedidos ao Banco Central, Receita Federal e Agência Nacional de Telecomunicações. Muletas – "Não se pode encerrar uma CPI de muletas", alega. Tuma disse que será o primeiro a colher as assinaturas de prorrogação, se perceber "tenta-

provam que a CPI está no caminho certo ao suspeitar da origem do dinheiro usado na quitação da dívida de Lula. Morais prevê que as informações serão levadas em conta no Supremo Tribunal Federal (STF), caso o presidente do Sebrae recorra, novamente, para brecar as investigações de que é alvo. "É um fato novo; não vou dizer que inviabilizará uma nova liminar, mas, com certeza, vai dificultar para ele (Okamotto)", prevê. Versão – O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse que não acreditou nas explicações do presidente do Sebrae, quando disse ter pago a dívida à revelia do presidente e em dinheiro vivo. "Ele (Okamotto) falou que retirou o dinheiro do banco; eu acho que ele mentiu,

ara que esclareça os 161 telefonemas que trocou com os principais envolvidos no mensalão, a CPI dos Bingos reconvocará para depor o presidente do Sebrae Paulo Okamotto. O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse que o requerimento para que Okamotto compareça novamente à comissão será votado na próxima semana. Ele foi ouvido em novembro, mas as explicações sobre o fato de ter quitado uma dívida de R$ 29.400 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT não convenceram os senadores da comissão. Para Morais, a ligação de Okamotto com o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, com o publicitário Duda Mendonça e com outros investigados com-

P

tivas" de abafar as apurações. As investigações avançam também sobre a Red Star, empresa ligada a Okamotto que virou alvo das CPIs dos Bingos e dos Correios. Em rastreamento sigiloso produzido pelas comissões, os técnicos identificaram pelo menos três transações consideradas suspeitas entre a Red Star e o PT. A empresa vendia broches e bijuterias da legenda. Segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras enviado à CPI dos Bingos, Okamotto apresenta R$ 93 mil em operações "atípicas" entre maio de 2002 e maio de 2004. As transações, que sugerem operação de lavagem de dinheiro, ocorreram no começo de dezembro de 2004, logo após as campanhas municipais. (AE)

Doleiro Lúcio Funaro deve depor na CPMI dos Correios na terça Plenário da Câmara vota na quarta-feira pedidos de cassação dos deputados Brant e Luizinho

Delúbio

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Galeria de personagens

Jefferson

Duda

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

AG/Arquivo/29-11-2005

Está igualmente relacionado o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, suspeito de ser um dos abastecedores do caixa 2 petista com recursos desviados de fundos de pensão. O ex-deputado José Dirceu (PT-SP) não figurará no rol de indiciáveis da PF. Estão também na listagem de indiciáveis os 18 parlamentares que constam da lista de sacadores de recursos das empresas de Valério no Rural – seis deles sem mandato por terem renunciado ou sido cassados. Figuram ainda na relação a sócia de Duda Mendonça, Zilmar Fernandes da Silveira, além de diretores das corretoras e operadoras de valores Guaranhuns e Bônus Banval, suspeitas de serem usadas no esquema de lavagem de dinheiro de caixa 2 para siglas e parlamentares da base aliada. Receita – A Receita Federal abriu 95 procedimentos de fiscalização relacionados às investigações das CPIs dos Correios, do Mensalão e dos Bingos. Segundo o secretário-adjunto da Receita Paulo Ricardo Cardoso, as apurações sobre empresas e pessoas físicas mencionadas nas denúncias de corrupção averiguadas pelas CPIs ainda não estão concluídas. Por causa do sigilo fiscal, Cardoso não informou os nomes dos acusados. "Nós informamos às CPIs dados sobre declarações de renda e movimentação financeira de pessoas e empresas que estão sendo fiscalizadas. Em contrapartida, as CPIs nos dão subsídios para que se abram processos investigativos de infrações tributárias", informou. Cardoso assegurou que o órgão não tem atrasado o envio de informações aos integrantes das comissões, como eles alegam. (Agências)

OKAMOTTO VOLTA À CPI DOS BINGOS

AE/Arquivo/25-08-2005

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Polícia Federal envia segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório do inquérito do mensalão. Com 22 volumes, 69 apensos e mais de 250 depoimentos tomados até agora, a investigação, todavia, ainda está incompleta porque algumas perícias, como as da contabilidade dos bancos Rural e BMG, não foram concluídas e falta fechar o conjunto de provas contra alguns dos acusados de envolvimento no suposto esquema de distribuição de propinas a parlamentares da base aliada. Por isso, a PF pedirá mais prazo para fechar as apurações, em consonância com o que é planejado pela CPMI dos Correios. Até agora, após seis meses de averiguação, foram indiciados cinco suspeitos, entre as quais o publicitário Duda Mendonça, denunciado por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e crime contra a administração pública. Pelo menos mais 30 outros estão listados para fins de indiciamento, mas a polícia deixará essa tarefa para o Supremo, limitandose a descrever os crimes atribuídos a cada um e os artigos penais violados. Candidatos – Entre esses candidatos a indiciamento, estão políticos – com e sem mandato –, empresários, operadores do mercado financeiro, lobistas e funcionários públicos. A relação de indiciáveis é encabeçada pelo empresário Marcos Valério, acusado de ter operado o esquema de captação de recursos, chamado valerioduto, para abastecer o caixa 2 do governo petista. Mas inclui outros personagens centrais do mensalão, como o expresidente nacional do PT José Genoino e o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares.

Empréstimo que Okamotto pagou ao amigo Lula ainda não foi explicado

AE/Arquivo/06-07-2005

PF QUER MAIS TEMPO PARA APURAR MENSALÃO

AE/Arquivo/18-01-2005

Rands, Serraglio e Paes (à dir.) analisam documentos sobre contas.

AE/Arquivo/11-08-2005

de sigilo dele. "Tudo aquilo que tiver relação com a investigação da CPI poderá aparecer no relatório", afirmou o relator-adjunto, Maurício Rands (PT-PE). No dia 10, Serraglio pretende fazer um parecer parcial com a análise dos documentos com a quebra do sigilo de Duda. O relatório será feito em conjunto com técnicos do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, onde estão os documentos. "O DRCI vai assessorar a CPI e auxiliar no exame dos documentos", afirmou a secretária nacional de Justiça, Cláudia Chagas. A maioria dos documentos foi transferida para meio magnético. O governo brasileiro recebeu oito caixas com cerca de 15 mil documentos em novembro. Além do DRCI, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) também têm os documentos. Câmeras – A papelada está numa sala do DRCI que tem três câmeras para evitar vazamento de informações – quatro integrantes da CPMI terão acesso aos documentos: o presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), além de Rands, Paes e Serraglio. O relator da CPMI confirmou que pretende apresentar o relatório final no dia 21. Serraglio disse ainda que concorda com uma eventual prorrogação da comissão. "Se houver um movimento para prorrogar a CPI, eu concordo. Sou um soldado e quero avançar mais. Vão existir coisas que ficarão sem terminar e eu seria um louco se dissesse que tem de concluir logo a CPI. Mas este é um ano eleitoral e não é aconselhável ter a prorrogação", observou. Ele citou como exemplo de fatos que não poderão ser aprofundados a análise da conta do publicitário no exterior. "Não tenho como concluir essa análise em menos de 20 dias. Isso acabará sendo feito pelo Ministério Público e a Polícia Federal." (AE)

Sérgio Dutti/AE

I

ntegrantes da CPMI dos Correios descobriram que o publicitário Duda Mendonça recebeu mais de R$ 11 milhões na conta Dusseldorf nos Estados Unidos. Foram depositados cerca de R$ 640 mil a mais do que os R$ 10,5 milhões que Duda Mendonça afirmou, em depoimento à CPMI, em agosto, ter recebido do empresário Marcos Valério como parte do pagamento pela campanha nacional do PT de 2002. A Dusseldorf foi abastecida por 15 contas de oito bancos. "Há uma discrepância entre o que o Duda falou e os documentos com a quebra de sigilo da Dusseldorf", afirmou o relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). "Existe a forte suspeita de que ele não tenha falado a verdade", completou Serraglio. Da comissão, três integrantes tiveram acesso ontem, pela primeira vez, aos documentos enviados pela Justiça dos Estados Unidos para o Brasil com a quebra do sigilo bancário do publicitário no exterior. Data – Numa análise preliminar dos documentos, a CPMI também detectou que a conta Dusseldorf foi aberta em fevereiro de 2003, antes da data que Duda declarou. No testemunho de agosto, ele disse que a conta foi aberta a pedido de Valério a fim de que fosse possível pagar parte da campanha do partido de 2002. Para o relator-adjunto da CPMI, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), não há dúvidas que o publicitário mentiu no depoimento. "O Duda não falou a verdade. A conta Dusseldorf já existia e o valor que ele deu não é o mesmo que aparece nos documentos. Essas mentiras vão ter de ser desfeitas quando ele vier depor novamente", disse Paes. O novo depoimento de Duda deverá ser marcado para o dia 15 e pode ser fechado. Apesar dos documentos serem sigilosos, o relatório final da CPMI fará referência à papelada com a quebra

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

A CPMI decidiu convocar para depor o ex-assessor especial da Casa Civil Marcelo Sereno para explicar as relações dele com corretoras e dirigentes de fundos de pensão. Nos dois primeiros anos do governo do presidente Lula, Sereno, que já depôs na CPI dos Bingos, foi braço direito do exministro e ex-deputado José Dirceu (PT).

Os processos de cassação dos deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE) serão votados pelo plenário da Câmara no dia 15. Outros dois processos já saíram do conselho, mas ainda estão cumprindo prazos para a inclusão na pauta do plenário: os dos deputados Wanderval Santos (PL-SP) e João Magno (PT-MG).

O senador Efraim Morais (PFL-PB) disse que os trabalhos da CPI podem ser prorrogados além da data-limite já fixada de 25 de abril. A extensão do prazo pode ocorrer caso não sejam resolvidas pendências como certos depoimentos e quebras de sigilo. Para a prorrogação, são necessárias as assinaturas de 27 senadores.


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Empresas Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

FEVEREIRO TEVE EXPORTAÇÕES RECORDES

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

2,822

bilhões de dólares foi o saldo da balança comercial em fevereiro, com apenas 18 dias úteis.

SALDO COMERCIAL RECORDE PARA O MÊS DE FEVEREIRO SURPREENDEU ATÉ O MINISTRO FURLAN

APESAR DO CÂMBIO, BALANÇA TEM SUPERÁVIT Foto: Massey Fergunson/Divulgação

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balança comercial brasileira registrou no mês passado superávit recorde para meses de fevereiro, contrariando expectativas do próprio ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Luiz Fernando Furlan. O superávit no mês foi de US$ 2,822 bilhões, resultado de exportações de US$ 8,75 bilhões e importações de US$ 5,928 bilhões. Os valores totais tanto das compras quanto das vendas externas também foram os mais elevados para fevereiro, segundo dados divulgados ontem pelo MDIC. Em meados do mês passado, o ministro Furlan disse considerar "provável" que o desempenho comercial de fevereiro não superasse o registrado no mesmo período de 2005 devido ao efeito prejudicial do real valorizado sobre as exportações. As vendas externas, contudo, continuaram crescendo – ainda que em ritmo menor que as importações – e o saldo ficou levemente acima do resultado de fevereiro do ano passado, de US$ 2,776 bilhões. Na comparação com janeiro, com mais dias úteis (22 contra 18 em fevereiro), que registrou superávit de US$ 2,844 bilhões, o saldo caiu levemente. As exportações por dia útil cresceram 12,8% em fevereiro

ante o mesmo mês de 2005, enquanto a média diária das importações avançou 19%. "Ficar analisando o desempenho semanal da balança é um perfeccionismo alucinado", afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério, Armando Meziat, acrescentando que os números sofrem oscilações significativas no período de um dia. Segundo Meziat, na última semana de fevereiro houve o registro de exportações de aeronaves, o que acabou por influenciar o resultado do mês. Ele ressaltou, contudo, que a questão cambial permanece uma fonte de "preocupação grande" no Ministério. Destaques – Entre as exportações de manufaturados, o destaque no mês ficou com as vendas de óleo combustível, que cresceram 239% em relação a fevereiro do ano passado, para US$ 139 milhões. As ven-

das externas de motores e geradores elétricos aumentaram 150,9%, para US$ 133 milhões, e as de tratores subiram 27,6%, para US$ 97 milhões. Entre os básicos, as exportações que mais cresceram foram as de soja em grão, com alta de 89%, para US$ 172 milhões, e as de minério de ferro, elevação de 38,4%, para US$ 577 milhões. Compras – Nas importações, houve crescimento nas compras de bens de capital (26,6%), bens de consumo (26%), combustíveis e lubrificantes (16,1%) e matérias-primas e intermediários (15,7%). Para Meziat, o desempenho das importações de bens de consumo, com US$ 698 milhões, pode ser atribuído ao real valorizado. O crescimento das importações de bens de capital e matérias-primas é, segundo ele, uma "tendência natural" e reflete investimentos das empresas. (Reuters)

Importações deverão acelerar em a contínua desvalorização do dólar frente ao real, n e m o s re c e n t e s problemas na agricultura conseguiram atrapalhar o bom desempenho da balança comercial brasileira neste começo de ano. O superávit acumulado nos dois primeiros meses de 2006, de U$ 5,6 bilhões, supera em 14,2% o saldo obtido no mesmo período de 2005. No entanto, fevereiro mostrou o que pode ser a tendência para os próximos meses: crescimento em ritmo mais acentuado das importações frente as exportações, o que, para o economista Jason Vieira, da consultoria GRC Visão, pode se tornar mais evidente a partir do segundo semestre. O motivo, segundo ele, é que a perspectiva internacional é de que mercados importantes, como Estados Unidos e China, desacelerem o crescimento na metade do ano. Como conseqüência, haverá menor demanda por commodities.

N

Ainda que hoje as exportações brasileiras tenham forte participação de produtos manufaturados, o economista da GRC Visão lembra que o saldo da balança comercial do País ainda é sustentado por produtos agrícolas. "As indústrias já sentem o impacto do câmbio atual. Por outro lado, as commodities, por enquanto, seguram o saldo porque têm preço alto lá fora e custo de produção baixo, tudo cotado em dólar", comenta Vieira. Mudando a direção – Em fevereiro, enquanto as vendas ao exterior cresceram 12,8% e atingiram US$ 8,75 bilhões, as compras cresceram 19%, totalizando US$ 5,928 bilhões, tendência que, de acordo com Humberto Barbatto, diretor de Comércio Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), "mostra que as indústrias, ao invés de fabricarem, estão importando produtos para manter os clientes". Para o diretor do Ciesp, as empresas de manufaturados

têm voltado os investimentos para o mercado interno, já que não há vantagem em exportar com a moeda americana oscilando pouco acima de R$ 2,10. Pontual – Embora as importações e as exportações tenham crescido acima do esperado para fevereiro, a economista da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, acredita que "foi um movimento pontual". Do lado das exportações, ela diz que a alta pode ter sido causada por algum grande país importador, principalmente do setor de transportes. "Foi um mês de fevereiro atípico, inclusive para nossas importações, que também aumentaram, como as de petróleo." Alessandra prevê que o desempenho da balança deverá se normalizar a partir deste mês, e que fechará o ano superavitário. "O problema será em 2007, quando os mercados compradores deverão desacelerar o crescimento, e os preços das commodities caírem." Renato Carbonari Ibelli

Suco brasileiro ganha o mundo s exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado somaram 116.394 toneladas em janeiro deste ano e o acumulado na safra 2005/2006, iniciada em julho, atingiu 806.754 toneladas. O volume exportado no primeiro mês de 2006 é 20,25% maior do que o obtido em janeiro do ano passado, de 96.787 toneladas. Já o total exportado nos sete meses desta safra é 0,72% maior do que as 800.983 toneladas enviadas ao exterior no mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), com base no levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As vendas externas da atual safra seguem para a Ásia e os chamados outros mercados, formados princi-

A

20,25 por cento foi o crescimento das exportações brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado em janeiro palmente por Oceania, Oriente Médio e Sudeste Asiático. Com a Ásia, de acordo com o levantamento, o crescimento nas exportações foi de 35,98% em comparação com a safra passada. O volume saltou de 77.899 toneladas para 105.931 toneladas. As vendas para a Ásia continuam, desde novembro, maiores que as feitas para os países do Tratado de

Livre Comércio da América do Norte (Nafta), principalmente os Estados Unidos, que até então mantinham o segundo lugar na pauta da indústria processadora de suco do Brasil. As exportações para o Nafta movimentaram 104.343 toneladas de suco entre julho de 2005 e janeiro de 2006, ante 101.510 toneladas em igual período de 2004/2005, aumento de 2,8%. Já as exportações de suco de laranja para outros países dispararam de 40.153 toneladas na safra passada, para 70.787 toneladas na atual, com aumento de 76,29% se comparados os dois períodos. Enquanto isso, a União Européia continua como principal cliente do Brasil, apesar da queda nas exportações na safra atual, com uma redução nos embarques de suco de laranja de 9,48% entre julho de 2005 e janeiro último, ante o mesmo período de 2004/2005. (AE)

Joedson Alves/AE

A exportação de manufaturados teve destaques, como a venda de tratores, que cresceu 27,6%. Mesmo assim, o secretário do MDIC, Armando Meziat (ao lado), disse que o valor do dólar preocupa

Nem tudo são vantagens nos cartões de marca própria azer compras no sup e r m e rc a d o c o m o cartão do próprio estabelecimento, os chamados private labels, dá vantagens ao consumidor, como pagamento em até 40 dias. No entanto, pesquisa realizada pelo Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), com 21 estabelecimentos de todo o País, aponta que os clientes são iludidos com vantagens que os cartões não concedem. De acordo com a economista e coordenadora da pesquisa, Hessia Costilla, na maioria dos casos a propaganda é enganosa. "A propaganda de anuidade zero que chega ao consumidor não é clara. A cobrança vem disfarçada com nomes como manutenção e encargos contratuais, por exemplo." Hessia explica que, quando a empresa diz não cobrar anuidade, o consumidor pensa que não terá custo adicional. Mas, o gasto para manter o cartão pode variar entre R$ 23,88 e R$ 42 ao ano, enquanto os juros no crédito rotativo podem atingir 434% no mesmo intervalo de tempo. "Esses valores são iguais ou superiores aos dos cartões de crédito convencionais", ressalta. Segundo a pesquisa, apenas três redes de supermercados (Bom Preço, G.Barbosa e WalMart) emitem cartões sem custos de manutenção. Mas, em relação às altas taxas de juros no crédito rotativo, nenhum se salva. O valor mensal para manter o cartão varia de R$ 1,99 a R$ 3,50, enquanto os juros no rotativo podem ficar entre 7% e 14,97% ao mês. Os cartões de crédito tradicionais têm taxas mensais de juros no rotativo entre 3,9% e 15,11%. "Pode parecer um valor irrisório, mas no final das contas chega a uma quantia significativa", diz a economista. Pesquisa de preços – Outra

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desvantagem apontada pela pesquisa é a fidelização. Com o cartão de marca própria, o consumidor acaba fazendo compras apenas naquele estabelecimento e deixa de pesquisar preços em outros locais. "Os descontos oferecidos para quem possui um cartão de loja são tão pequenos que não compensam", afirma Hessia. Já no caso de eletrodomésticos, se a compra for sem juros e o preço menor que em outras lojas, utilizar o cartão até pode valer a pena. Para levar vantagem, se o custo do cartão é de R$ 3,50 por mês, o produto precisa ser, no mínimo, R$ 35 reais mais barato para um pagamento em dez parcelas. Mas se o custo for superior ao desconto, não compensa. "O cartão pode ser benéfico, mas é preciso saber usá-lo", explica. Expansão – De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, a cada ano, a participação de cartões próprios nas vendas dos supermercados vem crescendo. Atualmente, mais de 500 redes e associações de ne-

gócios oferecem essa opção de compra a seus clientes. Comparando os levantamentos de 2001 e 2004, os cartões de marca própria representaram 11,8% e 13,2%, respectivamente, das compras em todo o País. Na mesma comparação, o cartão de crédito convencional foi responsável por 15,6% e 20,2% das vendas. Já os cheques pré-datados registraram queda: passaram de 9,2% para 7,6%. E os cheques à vista seguiram o mesmo caminho: representavam 9,1% das compras em 2001, e caíram para 5,5% em 2004. "Os consumidores estão migrando suas compras para o cartão, pois os cheques não conferem mais credibilidade e são malvistos pelos estabelecimentos", diz. Tarifas – Quanto às taxas cobradas pelas operadoras de cartões de marca própria, o presidente da Abras diz que elas são bem menores que as das instituições financeiras tradicionais. "As tarifas de manutenção são muito menores que as cobradas pelos bancos", afirma Oliveira. Maristela Orlowski


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

em Campinas Seguuuuuuuura, peão!

Rodeio movimenta indústria ÓRBITA

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

A produção e a venda de chapéus crescem no rastro da "indústria do rodeio", cujo circuito começa em maio

PREFEITURA esde o dia 1º de março e pelos próximos seis meses os departamentos de Planejamento (Deplan) e de Meio Ambiente (DMA) da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seplama) vão atender o público somente nas tardes de terças e quintas-feiras, das 14h às 17h. Segundo a Secretaria, há acúmulo de trabalho com os serviços de revisão do Plano Diretor de Campinas. O documento deve ser discutido com a sociedade, transformado em projeto de lei, encaminhado à Câmara Municipal, aprovado e sancionado até outubro deste ano, como determina a legislação federal.

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A fábrica de chapéus Cury – ontem e hoje – que responde por 80% da produção brasileira do acessório

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aqui a dois meses abrem-se as porteiras e começa o circuito de rodeio do interior paulista. Jaguariúna, na Região Metropolitana de Campinas, tem a primazia de inaugurar as festas de peão, com o Jaguariúna Rodeo Festival, seguido de eventos em Americana, Barretos e em qualquer outra cidade brasileira onde haja espaço para erguer uma arena e arquibancadas. Ícone dos agroeventos, o chapéu é adereço obrigatório de todo cowboy que se preze. Quem não tem, não está a caráter, mesmo que a bota e o cinto estejam reluzentes.

Essa tradição, materializada nos cerca de dois mil rodeios anuais no Brasil – um negócio da ordem de R$ 10 bilhões – é que sustenta a produção de uma quase centenária fábrica de chapéus em Campinas, a Cury. De seus barracões saem 80% dos produtos que abastecem o mercado nacional e, literalmente, fazem a cabeça de consumidores que procuram o artigo por modismo ou necessidade. Fundada em 1920 por Miguel Vicente Cury, empresário que se tornaria prefeito de Campinas por duas vezes (em 1949 e em 1960), a Cury produz de forma semi-artesanal cerca de 60 mil unidades por

mês, 45% das quais destinam-se a compor o figurino country. É a linha que mais cresce dos 70 modelos produzidos pela empresa, entre chapéus em feltro de pêlo de coelho e lã de ovelha, bonés, boinas, cartolas e chapéus de palha. Embora a Cury tivesse importante clientela no campo, foi o “boom” sertanejo, na década de 80, o responsável por dobrar o percentual de participação do chapéu de cowboy nas vendas. O mix se completa com modelos regionais (15%), para os mercados do Nordeste, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e com o tradicional modelo social, que representa 40% do que a empresa comercializa para oito mil pontos de venda no Brasil. A Cury também exporta carapuças de feltro (chapéus s e m i - a ca b a d o s ) para Estados Unidos, Bolívia, México e Austrália. O s n ú m e ro s p odem parecer contraditórios para um País em que a maioria da população não faz uso do artigo. Todavia, embora não exista mais o modismo do traje refinado, que associava o acessório a ternos e bengalas, o chapéu tornou-se um adorno regionalizado, faz questão de frisar Paulo Cury Zakia, diretor comercial da Cury e representante da terceira geração da família fundadora. “Quem procurar o produto em shoppings centers não vai encontrar. Mas experimente ir para o interior de São Paulo e de Minas Gerais, por exemplo. Aí, é raro não achar uma loja de produtos agropecuários, uma sapataria ou camisaria que não tenha o meu chapéu. É o que o sitiante põe na cabeça”, observa Paulo, que

também preside o Sindicato das Indústrias de Chapéu do Estado de São Paulo. Não contente em só cobrir a cabeça do consumidor, a Cury adquiriu em 2004 uma confecção que funcionava em Valinhos e criou a marca Cury Jeans, fabricando calças, jaquetas e camisas. A fábrica produz quatro mil peças mês, mas como a moda sertaneja está mais forte do que coice de cavalo montado em rodeio, esse número vai dobrar nos próximos dois anos, garante Paulo, sonhando com o dia em que sua grife será mais popular que o grito uníssono da multidão na arena: “Seguuuuuuuura, peão!” Tradição e criatividade - Quem entra na linha de produção da Cury, em uma área de cinco mil metros quadrados no bairro Guanabara, acredita, por alguns instantes, que voltou ao passado. O maquinário francês, americano e alemão é dos anos 40 e 50, mas continua funcionando graças a manutenções e adaptações constantes. Nos barracões com pé direito alto, o madeiramento que sustenta o telhado aparente está enegrecido pelo vapor que se desprende do processo produtivo e constantemente envolve o ambiente em uma névoa que reforça a sensação de que se está em uma fábrica dos primórdios da indústria. O calor e o barulho contínuo das máquinas parecem não incomodar os funcionários. São 250, mas o contingente já foi três vezes maior, em meados do século passado, quando a produção era 70% maior do que é hoje. O que não mudou com o tempo foi o processo fabril, que não dispensa a sensibilidade da mão humana. Um chapéu demora dez dias para ficar pronto – e, bem conservado, pode du-

Bota e espora I A palavra chapéu provém do latim

antigo "cappa", "capucho", que significa peça usada para cobrir a cabeça. I O mercado nacional de chapéus é de R$

50 milhões/ano. I São Paulo é o maior consumidor do

produto, seguido do Rio Grande do Sul. I O ex-presidente Juscelino Kubistcheck, o

compositor Tom Jobim, o ex-ministro da Justiça Paulo Brossard e até Indiana Jones (isso mesmo!), o mitológico personagem do ator Harrison Ford no cinema, usaram chapéus fabricados pela Cury. I O preço de um chapéu country em lã

varia de R$ 59,00 a R 89,00; o de pêlo de coelho custa R$ 140,00. O valor de um modelo social em lã vai de R$ 35,00 a R$ 69,00 e, em pêlo de coelho, de R$ 79,00 a R$ 115,00. Paulo Cury, da Cury, que produziu o modelo usado pelo ator Harrison Ford, o mitológico Indiana Jones

rar mais de dez anos. Sua confecção compreende 52 diferentes etapas e não envolve costura. A peça única, feita com lã ou pêlo de coelho importado da Europa, é moldada com água e calor até a consistência desejada. Daí inicia-se outras operações, como enformação, refile, tingimento, até chegar ao acabamento com enfeites, forro, carneira e fita. O processo requer um incrível volume de mão-deobra especializada. Os fun-

A

A produção de um chapéu exige 52 diferentes etapas

freqüentes variações, até mesmo segundo as estações do ano. Depois da década de 30 e até hoje, os chapéus passaram a ser encarados como um acessório de vestimenta e proteção. Essa característica, associada ao conforto proporcionado pelo artigo, sobretudo em um país de clima tórrido, explica a disseminação do uso entre a população de uma determinada faixa etária. É onde se encaixa o aposentado Manoel Pedro da Silva, 75 anos, que desde que se conhece por gente usa o acessório.

s acidentes de trânsito durante o Carnaval – entre a sexta-feira da semana passada e a última quarta-feira – tiveram uma queda de 31,7%, em relação aos números de 2005, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Este ano foram 28 acidentes, 18 deles sem vítimas e 14 com vítimas, sem mortos. No ano passado aconteceram, no mesmo período, 41 acidentes com 27 sem vítimas, 17 pessoas feridas e uma morte. O número de atropelamentos permaneceu o mesmo. Nos dois anos foram duas ocorrências cada com três vítimas, sem mortes.

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LEGISLATIVO Câmara Municipal derrubou dois e manteve outros 11 vetos do prefeito Hélio Oliveira Santos a projetos de lei aprovados no Legislativo durante o ano passado. As análises dos vetos aconteceram na sessão da última quarta-feira. Podem virar lei, se forem promulgadas pela Câmara, o projeto que autoriza publicidade nos veículos do serviço público municipal de transporte e o que obriga o poder público inserir o Código de Endereçamento Postal (CEP) e o nome do bairro nas placas de nomes de ruas e avenidas.

A cionários mais novos da Cury estão na companhia há pelos menos dez anos e há exemplos em que a arte da chapelaria foi passada de pai para filho há três gerações. É o caso de Marcos Amaral, 38 anos, 24 dos quais dedicados à empresa. O avô e o pai trabalharam na fábrica por quase 50 anos, e não será surpresa se Daniel, 6 anos, filho de Marcos, vier a dar continuidade à tradição. Paulo César Nascimento

EXPEDIENTE

Consumidor fiel e festas seguram as vendas s primeiras modalidades de proteção para a cabeça surgiram por volta do ano 4.000 a.C. no antigo Egito, na Babilônia e na Grécia, quando o uso de faixas na cabeça tinha a finalidade de prender e proteger o cabelo. Nas primeiras décadas do século 20, os chapéus masculinos, em suas formas e estilos, alteraram-se pouco em comparação aos chapéus femininos, que sofreram

ACIDENTES

“Ficar sem chapéu é como estar nu. Só tiro em casa e para entrar na igreja”, afirma o bemhumorado potiguar, dono de três modelos. “Se ocorre de um molhar com a chuva, tenho outros de reserva”, conta o prevenido cliente da Casa do Chapéu, referência há 50 anos na venda do produto em Campinas.

A loja, que funciona no tradicional Mercado Municipal, comercializa em média 25 unidades semanais, informa o proprietário Celso Tasso. Idade da clientela? Acima de 60 anos. Os mais jovens, segundo ele, só aparecem na época de rodeios. É quando ele vê o faturamento crescer cerca de 20%.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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6 -.LAZER

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RECITAL

SOPROS DA PAZ A cidade recebe a música de Nivaldo Ornelas Sonaira San Pedro

Q

uando o flautista e saxofonista Nivaldo Ornelas subiu ao palco no Goyaz Festival evento de música instrumental que aconteceu durante o Carnaval na cidade de Goiânia - e improvisou um longo solo de flauta, a platéia toda o aclamou de pé. "Sou um artista do tempo, componho o que vejo e o que ouço e represento o que sinto", diz o músico mineiro. "Tudo importa na composição, pois isso é muito mais do que a música pela música". Na próxima quinta-feira, dia 9, Ornelas se apresenta no Sesc Vila Mariana em um recital muito parecido com o que ele mostrou no Goyaz Festival. Por aqui, quem o acompanha é o Trio Mancini, já conhecido dos paulistanos e formado pelo pianista Evaldo

Fotos: Goyaz Festival/Divulgação

Soares, o baixista Lito Robledo e o baterista Jorginho Saavedra. No Sesc, o grupo deve apresentar músicas como Nova Granada, Roque Novo e Solo Majestoso, dos álbuns Reciclagem ao Vivo e Arredores, vencedor do Prêmio Sharp de Melhor Disco de Música Instrumental em 1999. "Vamos homenagear o saxofonista John Coltrane, que completaria 80 anos em setembro e é uma das minhas influências musicais", diz Ornelas. Ele também promete uma reeleitura de clássicos como Naima, My Favorite Things e Giant Steps. "Todos ao meu estilo", acrescenta o músico. Ornelas se prepara para o lançamento de um novo disco, logo depois da Copa do Mundo. "Chama-se Via-

gem em direção ao oco do toco", adianta. Improvisada do começo ao fim, a obra foi gravada em estúdio numa única noite de 1988. E, desde então, se mantém guardada na gaveta. "Nesse trabalho, eu me sinto como um pintor que esboça o interior dos sentimentos de uma só vez, com pinceladas rápidas e precisas", diz o saxofonista. "O som parece uma conversa, que acerta, desacerta, questiona". O músico tem participado de concertos com orquestras sinfônicas em que é compositor e arranjador de música. Ainda esse ano, deve se apresentar com a Orquestra de Tatuí, a de Santo André e a Jazz Sinfônica. Um dos objetivos desse projeto é levar a música instrumental para o interior. "Não tem essa

de que o povo não entende de música erudita, porque se as pessoas param para ouvir, certamente elas vão gostar", diz. "Todo o show business do Brasil está amparado em música sinfônica, na música de qualidade, todas as atividades da televisão, teatro, cinema. E, para fazer música de qualidade tem que ter músicos de alto nível, que são os músicos das orquestras sinfônicas". Assim com o Goyaz Festival, que lotou o Teatro Goiânia todas as noites dos recitais, há dezenas de festivais de música instrumental pipocando pelo País. "Um público cada vez mais heterogêneo se aproxima da gente porque as pessoas estão descobrindo que, mais que músicos, somos mensageiros da paz".

Um público cada vez mais heterogêneo se aproxima da gente porque as pessoas estão descobrindo que, mais que músicos, somos mensageiros da paz. (Nivaldo Ornelas)

NO PALCO Nivaldo Ornelas Flauta e sax. Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, tel.: 5080-3000. Quinta, 9. 20h30. R$ 6.

Tempero espanhol na Estação Pinacoteca

VISUAIS

Goyaz Festival/Divulgação

Quadrinhos, deboche, blague e muito colorido. Esses são os elementos da mostra Equipe Crônica, que traz 60 obras pertencentes à coleção do Instituto Valenciano de Arte Moderna (Ivam), na Espanha. Em cartaz na Estação Pinacoteca até dia 26, a exposição é composta por 16 pinturas, datadas entre 1966 e 1980, pertencentes a algumas das séries mais conhecidas da Equipe Crônica, além de 41 obras sobre papel (serigrafias, colagens e linóleos) e duas esculturas. A inspiração é claramente em ícones da cultura pop. À la Andy Wahol, no trabalho América América, vemos 19 figuras do Mickey Mouse. E uma explosão. Ou erupção. Já Barroco Espanhol satiriza figuras da história e da política espanholas. Há ainda obras com sabor iconoclasta, como Vallecas Melody e uma peculiar interpretação de Guernica, impactante pintura de Pablo Picasso que retrata os horrores da Guerra Civil Espanhola. O catálogo da exposição inclui textos de Barbara Rose, Michele Dalmace, Sofía Barrón, Isabel Justo e do curador da exposição, Facundo Tomás. A produção da mostra ficou a cargo da Sociedade Estatal para a Ação Cultural Exterior da Espanha, juntamente com o Ivam, a Embaixada da Espanha no Brasil e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. A Equipe Crônica ganhou esse nome depois que seus integrantes, do Movimento Estampa Popular – Juan Antonio Toledo, Rafael Solbes e Manolo Valdés – decidiram trabalhar juntos e 1965 participaram do XVI Salón de la Jeune Peinture de Paris sob o nome de Equipe Crônica. O traço comum é a auto-definição dos participantes pela inclusão de uma estética do realismo e da crítica social. Nas obras há referências a artistas como Roy Lichtenstein, Edward Hopper, Fernand Léger, Giorgio de Chirico, José Gutiérrez Solana, Georg Grosz, Yves Tanguy, Valerio Adami, Vassily Kandinsky, Max Ernst, entre outros. A equipe já levou seus trabalhos, entre outras, à mostra Mythologies quotidiennes, em 1964, em Paris. Na Alemanha, estiveram presentes na exposição de 1970, Kunst und Politik (Karlsruhe, Wuppertal, Colônia). Equipe Crônica - Estação Pinacoteca - Largo General Osório, 66, Luz, tel.: (11) 3337-0185. De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4. Grátis aos sábados. Lúcia Helena de Camargo

Fotos: Pinacoteca/Divulgação

Gilson Peranzzetta (piano), Hélio Delmiro (cordas) e Mauro Senise (flauta): no âmago de sons

Acima, o despojamento de Barroco Espanhol e abaixo, Pincelada com Filipe: obras com sátira a figuras da história e da política espanhola

REVERÊNCIA À MÚSICA

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Goyaz Festival reúne grandes nomes do instrumental brasileiro

om a proposta de ser uma alternativa à folia do Carnaval, o Goyaz Festival reuniu grandes nomes da música instrumental no Brasil, como os violonistas Toninho Horta e Hélio Delmiro, o pianista Gilson Peranzzetta em duo com o saxofonista Mauro Senise, e o bandolinista Hamilton Holanda. E trocou o ritmo do samba pelas improvisações ao estilo do jazz. "Com a quantidade de festivais que começam a aparecer pelo Brasil, vemos o quanto é rica essa diversidade de sons e estilos que estão surgindo por aqui", diz o saxofonista Mauro Senise. "O tempo é magnífico para a música." Ele se apresentou com o pianista

Gilson Peranzzetta e, no palco, os dois mostraram o entendimento de quem toca junto há 18 anos. Nos momentos mais inspirados do recital, a flauta de Senise saracoteava sobre a harmonia ágil criada pelo pianista, o que ampliou a dinâmica do duo. "Ouço uma peça, estudo uma partitura e me vem um fio da melodia", diz Peranzzeta, que compõe os arranjos da dupla. "Então, eu me concentro e desenvolvo o resto". No ano passado, o pianista lançou o disco "Manhã de Carnaval", que passeia pela nata da MPB, com clássicos de Ary Barroso, Vinícius de Moraes e outros compositores. Já Senise trabalha em um álbum com músicas que levam nome de mulheres. Chama-se

Vênus e traz letras de Chico Buarque, Tom Jobim. "Apesar de mantermos trabalhos paralelos, nosso duo é sagrado", diz Senise. O violonista Hélio Delmiro encantou a platéia quando tocou o clássico "O Barquinho", de Roberto Menescal, numa versão carregada de jazz. "Vivo um momento de introspecção, e me ouço um pouco mais a cada dia", diz Delmiro. "Essa versão de O barquinho surgiu de um desses momentos". Na década de 1960, ele viajou o mundo tocando com Elis Regina e gravou o clássico Elis e Tom. "Foi a maneira pela qual meu trabalho se tornou conhecido já que, naquela época, não tinha qualquer espaço

para os instrumentistas", diz. "Hoje é diferente porque você cria um blog, vende a música em MP3 pela internet e vai levando a carreira". Os organizadores do Goyaz Festival já estão se programando para que a segunda edição do evento aconteça no ano que vem. "Tivemos a casa lotada todos os dias e um pedido ‘bis’ do público", diz um dos produtores do festival, Cláudio Melo. O auditório se mostrou satisfeito. "Muitos músicos seguraram nossa vontade de cantar ou aplaudir" diz a espectadora Cláudia Junqueira. "Eles nos mantiveram em silêncio absoluto para não esquecermos o que acabávamos de escutar". (SSP)

O tempo é magnífico para a música. (...) Vemos o quanto é rica a diversidade de sons e estilos que estão surgindo por aqui (Mauro Senise)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

POLÍTICA - 5

SAÍDA DO MINISTRO DOS ESPORTES É A PRIMEIRA DE PELO MENOS MAIS SEIS BAIXAS NA EQUIPE PRESIDENCIAL Gustavo Miranda/Agência O Globo

GOVERNO LULA É O MAIS SUBMISSO AOS BANCOS, DIZ D. GERALDO.

DISPUTA ENTRE TUCANOS SERRA E ALCKMIN CHEGA AO JORNAL NY TIMES

COMEÇOU A DEBANDADA A DOS MINISTROS DE LULA

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presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal-arcebispo D. Geraldo Majella Agnelo, engrossou ontem o coro de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o Bolsa Família é um programa assistencialista. "Quem está com fome deve receber seu alimento, mas não ficar assim, sendo estimulado a não fazer nada, ganhando R$ 60, R$ 80 por mês. Dê trabalho para todos", disse, assinalando que se programas como o Bolsa Família é "politicalha" para ganhar votos "é claro que não posso louvar". Ele qualificou o governo Lula como o "mais submisso" aos banqueiros da história do Brasil. "Às vezes se faz comparação com outros governos, mas acho que nunca houve um tão submisso às condições impostas pelos credores do que esse atual governo", declarou, constatando não haver "nenhum banco que foi à falência" no governo Lula. Muitas críticas – D. Geraldo é o terceiro dirigente da CNBB a criticar o governo esta semana, durante o lançamento da Campanha da Fraternidade. Na quarta-feira o secretário-geral da entidade d. Odilo Scherer diss e q u e Lu l a transfor mou o País num " p a r a í s o f iAcho que nunca houve nanceiro" e o cardeal-arceum bispo de São (governo) Paulo d. Cláutão submisso dio Hummes às condições classificou o pífio cresciimpostas mento do PIB pelos no ano passacredores do do como uma que esse "surpresa desagradável". atual Dom Geralgoverno. do garantiu D. Geraldo que a CNBB não está fazendo oposição ao Planalto, mas apenas chamando a atenção para os problemas enfrentados pelo Brasil, principalmente na área social. Ele disse não poder pensar "que o Lula não queira bem ao Brasil, ele que vem do meio da pobreza", mas a CNBB está alertando o presidente há algum tempo: "Escuta, é urgente, precisamos melhorar a promoção humana e aí uma mudança na parte econômica precisa ser feita, não para privilegiar um grupo, mas aos que mais sofrem." A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) endossou o ataque à condução da economia pelo governo federal feitas pelos dirigentes da CNBB. "A Fiesp aplaude as declarações de D. Odilo Scherer, secretáriogeral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que classificou o País de "paraíso financeiro", disse, em nota à imprensa, o presidente da federação, Paulo Skaf. "Os homens que decidem a política econômica do governo não são maus brasileiros, mas seguem temendo um fantasma há muito dominado: a inflação", afirmou. Defesa – Lula defendeu-se mais uma vez das críticas feitas ao seu governo por Dom Odilo. "Estamos conseguindo mudar o Brasil porque o econômico e o social estão avançando juntos", afirmou Lula, durante solenidade no Palácio do Planalto, sem citar nominalmente o secretáriogeral ou a CNBB. Numa entrevista exclusiva para a revista The Economist, Lula também defendeu o que considera os dois principais avanços de seu governo: a estabilidade econômica e o progresso na área social. Ele não revelou se é candidato à reeleição, mas disse que as tarefas mais importantes que devem ser realizadas pelo próximo governo são a complementação da reforma tributária, a reforma sindical e trabalhista. A íntegra da extensa entrevista está disponível no site da revista pelo e n d e r e ç o w w w . e c o n omist.com/Lula. (Agências)

Presidente Lula acerta com equipe lançamentos de alguns projetos de apelo eleitoral antes da saída de seus ministros – até o fim do mês. Nilton Fukuda/AE

E

m reunião de quase duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, acertou ontem sua saída do Ministério para ser candidato ao governo do Distrito Federal pelo PCdoB. Agnelo combinou com o presidente que sairá no dia 31 de março, data-limite para que os ministros que serão candidatos nas eleições de outubro deixem o governo. Agnelo Queiroz, que é deputado federal e está à frente da pasta desde o início do governo Lula em 2003, vem articulando sua candidatura ao governo do Distrito Federal em conversas com o PSB, PDT, PPS e PV, mas pode acabar optando por disputar uma vaga na Câmara Federal. Sua maior barreira é fazer com que o PT do DF desista de candidatura própria e apóie a sua – cenário pouco provável. O presidente Lula já tinha sido informado das resistências do PT, que quer lançar Geraldo Magela, mas as negociações continuarão. Ainda não foi definido o novo titular do Ministério dos Esportes. O cargo deverá continuar nas mãos do PCdoB e a solução poderá ser "caseira", com a nomeação do secretário-executivo, o baiano Orlando de Jesus Silva. Saída – Outro ministro que também deverá deixar o governo é Miguel Rossetto, do Desen-

até em governos volvimento – cenário que Agrário. Ele vai obrigará Lula a disputar a vaga fazer nova reforde senador pelo ma na equipe. Rio Grande do O ministro Sul. Rossetto dedos Transporve se reunir aintes, Alfredo da esta semana Nascimento, já com o presidenanunciou que te Lula para dispretende discutir o assunto. putar o goverO desejo do preno do Amazosidente, porém, nas. Também o era que o minissecretário natro permanecescional de Pesca, se no cargo. Agnelo Queiroz, o 1 º a sair. José Fritsch, poCom a provável saída de Rossetto, o mais derá deixar o governo. As concotado para assumir o minis- versas informais no Palácio do tério é Rolf Hackbart, presi- Planalto indicam que poderão dente do Instituto Nacional sair do governo os três minisde Colonização e Reforma tros indicados pelo PMDB – Agrária (Incra). O secretário- Saraiva Felipe (Saúde), Hélio executivo do ministério, Gui- Costa (Comunicações) e Silas lherme Cassel, é outro que Rondeau (Minas e Energia). Até agora, apesar das prespode suceder Rossetto. Mudanças – A partir de ago- sões do PT, os ministros Jaques ra, Lula deve acelerar as consul- Wagner (Relações Instituciotas aos ministros sobre seus pla- nais) e Marina Silva (Meio Amnos eleitorais. Na semana pas- biente) – elogiada ontem pelo sada, já havia acertado a volta próprio presidente Lula – ainda de Tarso Genro para o governo, não definiram se vão concorrer sendo novamente ministro. Tar- aos governos da Bahia e do so deixou o Ministério da Edu- Acre, respectivamente. Definições – "Tem alguns cação no auge da crise do PT para comandar o partido até a elei- que já estão praticamente defição de Ricardo Berzoini como nidos, como o ministro Saraiva (Felipe, da Saúde), como o minovo presidente nacional. A expectativa é de que entre 7 nistro Alfredo (Nascimento, dos e 10 ministros deixem os cargos Transportes)", disse Wagner. Sobre o seu próprio futuro até 31 de março para disputar vagas no Senado, na Câmara e político, Wagner disse que deve

ser definido após Lula voltar de sua visita ao Reino Unido, na próxima semana. Perguntado se será candidato ao governo da Bahia ou participará da equipe para a esperada campanha de Lula pela reeleição, o ministro deixou claro sua preferência. "Eu confesso que a decisão é difícil. Só acho que ele (o presidente) tem outros assessores aqui. Lá (na Bahia) a substituição é mais difícil." Corrida contra o tempo – Antes de deixar o Ministério, Agnelo quer adotar uma série de medidas. Ele combinou com o presidente Lula a visita inclusive às obras da Vila Pan-Americana, no Rio de Janeiro. Lula deu sinal verde ainda para que o ministro elabore e envie ao Congresso uma lei de incentivo aos esportes, o que beneficiaria os atletas que irão disputar o PanAmericano de 2007. A mesma pressa deve pautar os projetos do Ministério da Saúde. Na reunião da coordenação de governo, Lula decidiu lançar, na segunda quinzena deste mês, o projeto de estender o programa de Farmácias Populares para a rede privada. Outros programas de apelo eleitoral também foram discutidos. A corrida contra o tempo para lançar os projetos ocorre porque o ministro Saraiva Felipe também deve sair até no final do mês para disputar as eleições. (Agências)

O HUMILHANTE BOLSA FAMÍLIA riado para melhorar a qualidade de vida das populações carentes, o programa Bolsa Família – criticado ontem pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal-arcebispo D. Geraldo Majella Agnelo (veja matéria nesta página) – está levando os pobres de Jaboatão dos Guararapes (PE) a um cotidiano de humilhações. Cerca de três mil pessoas, aguardavam ontem numa fila, sob sol e chuva, o direito de se recadastrar para continuar recebendo o benefício oferecido pelo governo federal. Com sombrinhas, cabanas improvisadas com papelão, sentadas no chão ou em pé e com fome, a maior parte dos interessados computava ontem mais de 48 horas de espera, dormindo ao relento em camas improvisadas nas calçadas. Os candidatos reclamavam do convívio com lixo, ratos e baratas durante a noite, quando uma das mulheres que esperava o dia amanhecer para ser atendida foi perseguida por dois homens que tentaram estuprá-la. Desabafo – "Estou aqui desde segunda. Não tenho emprego, meu marido está com meus filhos para que eu fique na fila. É uma humilhação. Não temos dinheiro para o ônibus e não podemos ficar indo e vindo", reclamava Marilene Maria da Silva, que ganha R$ 60 mensais.

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Com três filhos para cuidar em casa, Luiza de França pediu ao mais velho, Luís Francisco dos Santos, de 16 anos, que guardasse seu lugar na fila desde a Quarta-feira de Cinzas. Mas às 14h de hoje Luís ainda não havia conseguido pegar a ficha distribuída pelos servidores responsáveis pelo recadastramento. "Tive que dormir no chão. Peguei um pedaço de papelão e me deitei, mas fui acordado por rato, formiga e barata. O presidente, a prefeitura, as autoridades vivem fazendo festa e não vêem o estado do povo. Se vêem, nada fazem", dizia Luís. Revolta – Cilza Maria da Silva e Fabiana Flor da Rocha estavam ainda mais revoltadas. De madrugada elas viram uma das companheiras de fila passar maus bocados, ao ponto de desistir do benefício. A mulher se distanciou da fila para urinar num terreno baldio próximo à escola José Neves Filho, onde o recadastramento está sendo realizado. Mas foi atacada por dois homens e quase sofreu um estupro. Os candidatos ao benefício também reclamaram da venda de fichas para atendimento, por preços que vão de R$ 10 a R$ 25. A denúncia foi confirmada pelo líder comunitário Saulo Fernandes, presidente da Associação de Pequenos Comerciantes Não-Legalizados de Jaboatão dos Guararapes.

Explicação – A prefeitura informou desconhecer a irregularidade. "Estamos desde dezembro tentando fazer a unificação dos programas sociais do governo. Mas a demanda tem sido maior do que esperávamos. Infelizmente está tudo centralizado em um só lugar para evitar fraudes, como a duplicação de

cadastro", disse a coordenadora do cadastramento, Verônica Belo, da Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Jaboatão. Segundo ela, a capacidade de atendimento é de 120 beneficiários por dia, pois o preenchimento é feito manualmente. Cada ficha leva 45 minutos para ser preenchida. (AG)

disputa dentro do PSDB entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, José Serra, pela indicação para candidato a presidente neste ano foi tratada na edição de ontem do The New York Times, em artigo do correspondente Larry Rohter chamado "Oposição no Brasil ansiosa para escolher um candidato a presidente". Nele, Rohter constata que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou sua popularidade após o escândalo do mensalão que abalou o governo no ano passado, e rememora as carreiras de Serra e Alckmin. O artigo traz uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrando que, na campanha em que ele foi eleito pela primeira vez, em 1994, ele iniciou a disputa com baixos índices de popularidade. "Quando deixei o ministério eu tinha, o quê, 6% ou 8% de apoio? E terminei derrotando Lula no primeiro turno, com 54% dos votos. Com a exceção desta última campanha, Lula sempre começa em alta e depois cai", lembrou o ex-presidente. Kerry – O artigo lembra a recomendação do presidente de a oposição continuar batendo forte nas denúncias de corrupção para vencer as eleições. Fernando Henrique lembrou a derrota do candidato democrata a presidente dos EUA, John Kerry, para embasar seu argumento. "Eu estava nos Estados Unidos e fiquei perplexo em ver que o Partido Democrata deixou-se se levar pela agenda do governo. Você tem de definir a agenda. Se o outro lado faz isso, você perde, porque ele escolhe o terreno da luta. Você tem de escolher seu campo de combate", disse, lembrando a campanha que levou à reeleição de George W. Bush. Peso – Rohter, que foi quase expulso pelo governo brasileiro por um artigo em que ele dizia que o hábito de beber de Lula preocupava alguns brasileiros, conta na reportagem que o presidente perdeu peso e diminuiu o consumo de bebida alcoólica. Rohter escreve que a principal dificuldade de Serra é sua personalidade e a longa lista de inimigos que fez ao longo de sua carreira, ao contrário de Alckmin, que é alvo de piadas sobre sua "suposta falta de carisma", compensada por uma imagem de competência e honestidade. (AG)


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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QUEDA DO RISCO-PAÍS INCENTIVOU ROLAGEM DA DÍVIDA

2,11

reais é o piso psicológico da cotação do dólar comercial, de acordo com operadores de câmbio

ENTRADA DE DÓLARES NO PAÍS EM FEVEREIRO FOI A MAIOR DESDE MARÇO DE 1998

FLUXO ESTRANGEIRO VAI A US$ 7,75 BI Márcio Fernandes/AE

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fluxo de dinheiro estrangeiro alcançou em fevereiro a marca dos US$ 7,75 bilhões. O valor, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), foi o maior desde o mês de março de 1998, quando esse volume atingiu a cifra de US$ 10,331 bilhões. "O destaque ficou para a entrada de dólares provocada pelo aumento das operações de rolagem de dívidas contratadas no exterior por empresas privadas", comentou o economista Guilherme Loureiro, da empresa de consultoria Tendências. Essas operações vêm sendo estimuladas pela melhora das condições de financiamento externo do País nos últimos meses. "Com o risco-Brasil em queda, muitas empresas procuraram repactuar no mercado dívidas contratadas anteriormente, trocando a dívida velha por nova", disse um analista de mercado. Com a repactuação, elas conseguem aliviar o custo financeiro das dívidas e obter prazos mais longos de financiamento. "Boa parte da dívida trocada agora foi contratada ainda em 2002, quando enfrentamos uma grave crise econômica", destacou Loureiro. Exportações – A entrada de moeda estrangeira no País

provocada pelas vendas externas também teve peso determinante nos dados de fevereiro. O volume de venda de divisas dos exportadores aos bancos somou US$ 10,582 bilhões no período. Na outra ponta, as vendas de divisas dos bancos aos importadores ficaram em US$ 5,647 bilhões,

2,81 bilhões de dólares foi o fluxo cambial registrado no setor financeiro no mês de fevereiro restando um saldo positivo de US$ 4,935 bilhões. Já no segmento financeiro, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 2,815 bilhões. A última vez em que isso ocorreu foi em fevereiro de 2005, quando somou US$ 420 milhões. Em janeiro, as contratações de câmbio para exportação haviam sido de US$ 9,410 bilhões e as operações de importação haviam somado US$ 6,261 bilhões.

Segundo o BC, no mês passado o ingresso de recursos pelo segmento financeiro somou US$ 16,813 bilhões, ante saídas de US$ 13,998 bilhões. Com isso, o real só não se valorizou mais em fevereiro por causa das compras de US$ 2,8 bilhões feitas pelo BC no mercado. Críticas – Economistas não vêem com bons olhos a grande entrada de capitais estrangeiros no País. Para o responsável pelos boletins da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro, a principal causa dessa situação é que a economia brasileira está crescendo menos que a mundial, o que provoca grandes saldos comerciais. Quando o crescimento de um País é menor que o do mundo, as exportações tendem a aumentar. "É o efeito demanda", disse Ribeiro. No ano passado, a economia brasileira cresceu apenas 2,3%, resultado que na América Latina só superou o do Haiti. Na média, os países emergentes cresceram 6,5%. Para o economista-chefe da Global Invest, Pedro Paulo Bartolomei da Silveira, a diferença está na atuação dos bancos centrais. "Há uma ação premeditada do BC sobre o dólar para deixá-lo se valorizar para combater a inflação", afirmou. (Agências)

OCDE É hora de cortar gastos públicos

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ma série de estudos coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) concluiu que o ajuste fiscal no Brasil – que nos últimos anos se ancorou principalmente no aumento da receita tributária – precisa passar a se concentrar no corte e na melhoria da qualidade dos gastos públicos como uma forma de reduzir mais rapidamente a vulnerabilidade financeira do País e aumentar seu potencial de crescimento. "O desempenho fiscal do Brasil tem apresentado uma evolução correta por meio de uma política prudente, mas esse ajuste, como é também o caso na Argentina, foi feito muito pelo fortalecimento da receita e aperto no investimento público", afirma o economista Luiz de Mello, da OCDE, coordenador do estudo Desafios para o Ajuste Fiscal na América Latina. Esse desequilíbrio, segundo ele, aliado ao ainda elevado nível de endividamento, deixa as finanças públicas do País vulneráveis no longo prazo. "O nível de tributação no Brasil já atingiu um patamar excessivo, que não pode ser expandido, e a melhora fiscal do

Brasil passa necessariamente pelo corte e melhoria dos gastos que resulte numa queda mais acelerada e sustentada da relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB)", afirma o economista. Desafios – Na avaliação de Mello e de muitos outros economistas estrangeiros, esse será um dos principais desafios do governo nos próximos anos. "Serão necessárias reformas estruturais que reduzam o gasto corrente, entre as quais a da Previdência Social, que é uma das mais relevantes, além de uma profunda reforma tributária", defende. O estudo da OCDE, que avalia a situação fiscal de países como o Brasil, México, a Argentina e Chile, mostra que essas nações alcançaram avanços consideráveis no esforço para colocar suas finanças públicas em ordem nos últimos 15 anos. Mas muito ainda precisa ser feito para aumentar a flexibilidade e melhorar a qualidade do gasto governamental. Redução das dívidas – "Um ponto de particular importância é a necessidade de se consolidar o ajuste fiscal, garantindo que ele resulte de uma maneira sustentável na redução do en-

dividamento público, permitindo assim que a política fiscal tenha um papel mais estabilizador na economia", afirma o chefe do Departamento Econômico da OCDE, Jean-Philippe Cotis. "Naqueles países que são mais dependentes dos recursos naturais como uma fonte do orçamento, a necessidade de proteger as finanças públicas da volatilidade nos preços das commodities continua sendo um desafio." Cotis acrescentou que, além de manter a dívida pública em níveis sustentáveis, é preciso melhorar a eficiência dos gastos governamentais, incluindo a proteção das populações mais carentes. "É necessário também garantir que o investimento público no fortalecimento da infra-estrutura seja mantido num nível alto e flexível diante da mudança das necessidades." O economista Luiz de Mello salienta que a situação fiscal na região ainda é muito heterogênea. "Muitos dos países que adotaram políticas fiscais prudentes e reformas nos últimos anos seguem numa tendência razoavelmente s i m i l a r, m a s a i n d a t e m o s muitas discrepâncias na região", diz Mello. (AE)

Dólar comercial fechou cotado a R$ 2,111 para compra e a R$ 2,113 para a venda

Dólar mantém menor patamar em cinco anos

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mercado de câmbio teve um dia relativamente tranqüilo ontem, embora o dólar tenha registrado uma pequena instabilidade. A moeda americana fechou em baixa de 0,14%, negociada a R$ 2,111 para compra e a R$ 2,113 para venda. Com isso, a cotação renovou o piso de 2006, voltando aos valores de cinco anos atrás. O dia foi de notícias essencialmente positivas, como o superávit de US$ 2,8 bilhões da balança comercial em fevereiro e o fluxo cambial positivo de US$ 7,75 bilhões no País no mesmo período. A novidade foi a "zeragem" de posições dos bancos, que deixaram de apostar em novas quedas. Esse comportamento coincidiu com a chegada da cotação ao piso psicológico dos R$ 2,10. "Tudo indica que a tendência de apreciação do real seja mantida. Porém, acreditamos

que haverá volatilidade, visto o notório ponto de resistência que ocorre quando o dólar se aproxima de R$ 2,10", disse o diretor da corretora NGO, Sidnei Moura Nehme. A decisão da agência de classificação de riscos Standard & Poor's de elevar o rating brasileiro, anunciada na terça-feira, continuou como pano de fundo dos negócios. A medida provocou forte queda do riscopaís brasileiro, indicando maior facilidade de crédito para o País no mercado internacional. No final da tarde de ontem, o indicador estava em 217 pontos-base, de acordo com a Enfoque Sistemas. Bovespa — Uma leve realização de lucros levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a fechar em baixa de 0,13% ontem, com o Índice Bovespa (o principal do mercado) em 39.125 pontos. Os negócios no pregão da bolsa somaDAlex Wong/AFP

Crise do álcool valoriza Cosan N

a onda de alta dos preços do álcool combustível, do interesse internacional pelo produto e da escassez nas bombas, a Cosan, uma das maiores produtoras de açúcar e de álcool do mundo, comemora a disparada de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Entre 2 de

janeiro e ontem, os papéis da companhia subiram 65,9%, contra uma alta geral de 16,94% do Ibovespa, principal referência do mercado acionário. No pregão de ontem, os papéis fecharam a R$ 89,25. "Houve uma conjunção fantástica de fatores positivos para a empresa

nesse período. Entre eles, a escassez de álcool no mercado nacional, a demanda externa e, claro, a disparada dos preços. A Cosan chegou à bolsa no momento certo. O desempenho das ações surpreendeu a todos", disse Luiz Caetano, analista da Banif Primus Corretora. (AG)

A nova nota

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nova nota de US$ 10 começou a circular ontem nos Estados Unidos e foi apresentada, durante coletiva de imprensa, no National Archives, em Washington DC. Ela faz parte de uma nova edição de cédulas que passarão a circular no país. A nota de US$ 10 ganhou dispositivos de segurança que podem ser vistos a olho nu. (DC)

ram R$ 2,102 bilhões. A alternância de tendências foi a regra do dia, embora as oscilações tenham sido discretas. Entre a mínima e a máxima de ontem, o Ibovespa oscilou de queda de 0,48% a alta de 0,48%. A desvalorização das bolsas norte-americanas e o aumento dos preços do petróleo favoreceram a pequena correção das ações, depois de dois recordes históricos consecutivos. "A Bovespa andou 'de lado', dividida entre o cenário interno positivo e a realização de lucros", disse um profissional do mercado de ações. Petrobras PN, ação de maior peso na composição do Ibovespa, fechou em alta de 0,15%. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas foram de Klabin PN (4,68%) e Sadia PN (3,75%). As altas mais significativas do índice foram de Light ON (7,64%) e Comgás PNA (4,80%). (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO Obviamente, não é fácil se afastar de troféus que simbolizam um esforço tremendo, tanto física como emocionalmente, que me fez conquistar Wimbledon cinco vezes. Do ex-tenista sueco Björn Borg, uma das lendas do tênis, que decidiu leiloar parte de seus troféus por necessidade de dinheiro.

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MARÇO

2 -.LOGO

Recolhimento de ICMS, IRRF e IPI Dia do Meteorologista

B RAZIL COM Z R ELIGIÃO

A imprensa italiana divulgou ontem que o papa Bento XVI teria dito que pretende "refletir" sobre como abrir mais posições para as mulheres dentro da Igreja Católica, mas não no sacerdócio. A mídia italiana informou que o pontífice fez tais comentários em uma conversa a portas fechadas com padres de Roma. Bento XVI teria feito a afirmação em resposta a uma intervenção de um sacerdote, que afirmou que a Igreja Católica deveria se abrir mais para as mulheres. O papa se dispôs a "refletir" sobre o conselho que lhe foi dado, de acordo com um padre que

participou do encontro e que conversou com a imprensa italiana. Mas o papa deixou claro que não haveria mudança na política da Igreja de proibir que mulheres se tornem sacerdotes e ministrem os sacramentos. A Igreja ensina que não pode ordenar mulheres devido ao fato de Cristo ter escolhido apenas homens para serem seus apóstolos. O falecido papa João Paulo II era inflexível quanto ao tema, dizendo que a Igreja não tem e nunca teria autoridade de mudar tal regra. No Judaísmo e na Igreja Anglicana, as mulheres já assumem a liderança religiosa.

Satiro Sodré/Divulgação CBDA

E SPORTE

AE

Lula para inglês ver

Mulheres na igreja, longe do púlpito

M ÚSICA

Em entrevista à The Economist, presidente Lula fala em reformas

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uma entrevista exclusiva para a revista britânica The Economist, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o que considera os dois principais avanços de seu governo: a estabilidade econômica e o progresso na área social. O presidente não revelou se é candidato à reeleição, mas disse que as mais importantes tarefas que deverão ser realizadas pelo próximo governo brasileiro são a complementação da reforma tributária e as reformas sindical e trabalhista. O presidente garantiu que não existem desavenças entre

o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo Lula, a busca de um pacto social para reduzir o gasto do governo e melhorar a qualidade de seus serviços terá que esperar as eleições de outubro. "Num ano eleitoral é difícil se conquistar um acordo social, mas estou totalmente consciente que, num período mais calmo, todo mundo vai concordar que precisamos nos comprometer a não gastar mais dinheiro do que podemos", disse Lula. Sobre as negociações multilaterais na Organização Mundial do Comércio (OMC), Lula

disse que o "Brasil está preparado para ser flexível tanto na indústria como nos serviços proporcionalmente" ao peso da economia brasileira. "Não podemos simplesmente deixar essas negociações para os negociadores", disse o presidente, sugerindo que seja realizado um encontro de chefes de Estado para destravar as negociações. Sobre as concessões brasileiras no Mercosul, o presidente Lula disse que o Brasil, como maior economia do bloco, "tem que ser mais generoso". Leia mais sobre o presidente Lula em Política e veja a íntegra da entrevista à The Economist no site www.economist.com/Lula

Paul Darrow/Reuters

Teresa Salgueiro, sem Madredeus Teresa Salgueiro, vocalista do Madredeus, está em São Paulo para lançamento de seu primeiro álbum solo Obrigado , com 14 faixas, canções compostas especialmente para sua voz, duetos com cantores, compositores e músicos de Portugal, Brasil, Açores, Itália, Espanha, Inglaterra e Japão. Entre as canções do CD, Mistérios de Afrodite, que tem como convidado Caetano Veloso e Ondas, com Zeca Baleiro. A cantora é considerada por muitos como a sucessora da diva do fado Amália Rodrigues. A RTE

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I NTERNET

Antártida fica menor a cada ano

Um milhão de informações online

A cobertura de gelo da Antártida, que guarda 70% da água doce do planeta, diminuiu significativamente nos últimos quatro anos. Entre abril de 2002 e agosto de 2005, a massa de gelo diminuiu em um ritmo de 80 a 152 quilômetros cúbicos por ano o suficiente para abastecer uma cidade como Los Angeles, com cerca de 4 milhões de habitantes, por 36 anos. O nível dos oceanos pode subir mais rápido do que se pensava, por causa do derretimento na Antártida.

A Wikipedia Foundation anunciou ontem que, na semana passada, registrou um milhão de artigos em língua inglesa. O artigo é sobre a estação de trem escocesa de Jordanhill. A enciclopédia online Wikipedia é de conteúdo livre. Qualquer internauta, desde que cadastrado, pode escrever artigos ou editar informações sobre artigos já escritos, corrigindo-os ou acrescentando dados. Disponível em 125 idiomas, a Wikipedia recebe mais de dez milhões de visitas por dia.

www.sciencemag.org

pt.wikipedia.org

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi informado ontem de que o quadro O jardim de Luxemburgo, de Henri Matisse, roubado do Museu Chácara do Céu, no Rio, na sexta-feira, foi oferecido em um site de leilões virtuais da Bielo-Rússia. A Interpol entrou no caso. O lance mínimo seria de US$ 13 milhões. Também ontem, a Polícia Federal (PF) localizou pedaços da moldura do quadro A Dança, de Pablo Picasso, roubado no mesmo assalto, nos restos de uma fogueira, no Morro dos Prazeres. P ÓS-CARNAVAL

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C IÊNCIA

E M

Matisse, do Rio à Bielo-Rússia

A brasileira Joanna Maranhão conquistou a medalha de ouro dos 200 metros medley com o tempo de 2min19s58, ontem, no Campeonato Sul-Americano Absoluto de Esportes Aquáticos, em Medelín, Colômbia.

C A R T A Z

R E C I TA L Piano e violões

L AZER

Teatro também é pop

Recital do violonista Paulo Porto Alegre, acompanhado de piano e de mais dois violões. No repertório, composições de Radamés Gnattali. Teatro Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822. Telefone: 3349-2000. Às 21h. R$ 20. Veja outros programas no DCultura

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Quebra-cabeça para Finanças em não perder a hora primeiro lugar

www.financeone.com.br

Rodrigues. Os ingressos, de R$ 20, passam para R$ 8. Desde que foi criada, em 1974, a campanha de popularização do teatro já contabilizou 5 milhões de ingressos vendidos. Além de baratear o valor da entrada, a campanha pretende estimular na população o hábito de freqüentar teatro. O público terá acesso aos espetáculos a partir de vale ingressos, que podem ser adquiridos na sede da Apetesp

(Rua Paim, 72, ao lado do Teatro Maria Della Costa) e nos postos do Poupatempo da Sé (Praça da Sé, s/nº - saída do Metrô Sé pela rua Anita Garibaldi) e Itaquera (Av. do Contorno, 60 - ao L a d o d a E s t a ç ã o C o r i nthians-Itaquera do Metrô). Os ingressos também podem ser comprados pela internet e trocados na bilheteria do teatro no mínimo meia hora antes do início do espetáculo. Na campanha, o valor do ingresso é o mesmo para estudantes e público da terceira idade. (Sérgio Roveri) Relação dos espetáculos que fazem parte da campanha - www.apetesp.org.br ou

Para dar um fim nas preocupações póscarnavalescas dos turistas que passaram o carnaval em Salvador, a Polícia Militar antecipou para segunda-feira a entrega de pertences (documentos e objetos) perdidos na folia. Quem perdeu algum objeto pode consultar o portal de queixa virtual criado pela PM para possibilitar o cadastro e a busca de pertences perdidos. Pelo menos 4.737 documentos forma perdidos nos dias de carnaval na cidade. www.ssp.ba.gov.br

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Notícias de economia, negócios e empresas, conversor de moedas, histórico da cotação do dólar, dados sobre poupança, dicas para declarações e recolhimento de imposto de renda, e um newsletter personalizado gratuito em que você escolhe as informações que quer receber sobre o setor de economia e finanças pessoais. Tudo isso pode ser encontrado no site FinanceOne. Algumas informações e serviços são exclusivos para usuários cadastrados.

Divulgação

Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo (Apetesp) lançou a campanha Teatro é um Barato, que oferece descontos de 60% no valor do ingresso de 29 espetáculos teatrais em cartaz na cidade de São Paulo, entre adultos e infantis. Com a campanha, o público poderá assistir, por exemplo, à peça Quarta-Feira Sem Falta Lá em Casa, com Beatriz Segall e Nicete Bruno, pagando apenas R$ 20 – na bilheteria do teatro, o ingresso custa R$ 50. Os organizadores esperam vender 100 mil ingressos teatrais até o último dia da campanha, 2 de julho. Outro espetáculo que integra a campanha é 17 X Nelson (foto), com uma cena de cada peça do dramaturgo Nelson

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A Bim Bam Banana lançou este curioso despertador que deve garantir que você não vai mais perder a hora. Para desligá-lo, você precisa montar o quebracabeça. Na hora que o relógio toca, as quatro peças coloridas saltam no ar e precisam ser recolocadas na ordem certa. Custa US$ 52 no site.

ATIVISMO BEATLE - Paul McCartney e sua mulher Heather Mills, no Canadá, em ação contra a caça anual às focas. A previsão é de que cerca de 319 mil focas sejam caçadas este ano no país. As peles são vendidas na China e na Rússia.

Pertences dos foliões distraídos

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Presidente Lula sancionou ontem, com vetos, lei de exploração de florestas públicas Grupo de professores da FGV entra com uma medida judicial para discutir demissões Governo federal estuda como ajudar PUC-SP a sair da crise, diz ministro da Educação

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NORTE-AMERICANOS VÃO COMPARTILHAR SEUS CONHECIMENTOS COM A ÍNDIA Asif Hassan/AFP

As explosões de duas bombas em Karachi, a maior cidade do Paquistão, ocorreram dois dias antes da visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à capital paquistanesa, Islamabad Manpreet Romana/AFP

BUSH NA ÁSIA. BOMBAS E PACTO NUCLEAR.

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presidente americano, George W. Bush, e o primeiroministro indiano, Manmohan Singh, anunciaram ontem um histórico pacto de cooperação para a área nuclear que, segundo Bush, ajudará a Índia a satisfazer sua enorme necessidade de energia, ao mesmo tempo em que permitirá ao país continuar a desenvolver suas armas. Enquanto Bush cumpria sua agenda na Índia, um atentado suicida no Paquistão - para onde o presidente norte-americano vai no fim de semana - matou um diplomata americano (leia ao lado). Segundo o acordo bilateral, que ainda deverá ser aprovado pelo Congresso americano, os EUA compartilharão seus conhecimentos nucleares com a Índia para ajudar sua crescente economia. Após dias de negociações, os EUA aceitaram a proposta indiana de separar apenas parte de suas instalações civis e militares. A Índia concordou em classificar permanentemente 14 de seus 22 reatores nucleares como civis, permitindo que esses reatores sejam alvo, pela primeira vez, de inspeções internacionais. Oito dos reatores da Índia, que não é signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), ficarão livres de inspeções. Os críticos dizem que os EUA estão usando a Índia como um contrapeso ao crescimento econômico da China e a sua influência política. No Congresso americano, os defensores da não-proliferação dizem que o acordo legitimará a Índia como uma potência com armas nucleares fora do tratado, criando um precedente que encorajará outros países a desenvolver programa de armas atômicas. Os críticos também dizem que o acordo permitirá à Índia acesso à tecnologia nuclear e tornará

mais difícil para os EUA e seus aliados persuadirem o Irã e a Coréia do Norte a abandonar suas ambições nucleares. A China mostrou-se contrariada com o acordo e pediu à Índia que abandone suas armas nucleares e assine o TNP, para contribuir com o fortalecimento do regime internacional de nãoproliferação nuclear. O tratado garante à China, EUA, Rússia, França e Grã-Bretanha o direito de possuir armas nucleares, mas impede os outros signatários de ter tal armas. O acordo, que começou a ser negociado em julho, foi saudado pelos dois líderes como um importante avanço nas relações entre a Índia e os EUA menos de uma década após as duas nações entrarem em confronto por causa das ambições nucleares indianas. Os EUA impuseram sanções temporárias contra a Índia em 1998 após o país conduzir testes nucleares. "O que esse acordo diz é: as coisas mudam, os tempos mudam e uma liderança pode fazer a diferença", disse Bush em uma entrevista coletiva em Nova Délhi ao anunciar o acordo. "Nós fizemos história hoje", disse o primeiro-ministro indiano. O acordo também está sendo considerado um sucesso pelos empresários indianos e a coalizão governista liderada pelo Partido do Congresso. Mas enquanto os dois dirigentes comemoravam o acordo na capital, manifestantes tomavam as ruas de cidades da Índia para atacar Bush. A visita dele inflamou os ânimos de grupos comunistas e muçulmanos contrários às políticas norte-americanas. No centro de Nova Délhi, manifestantes comunistas e socialistas realizaram uma passeata, muitos deles usando bonés vermelhos e agitando bandeiras vermelhas. (AE/Reuters)

Reuters

Diplomata americano morto no Paquistão m suicida, que foi impedido de chegar até o consulado dos EUA na cidade de Karachi, sul do Paquistão, mudou rapidamente seus planos e lançou seu carro-bomba ontem contra o automóvel de um diplomata americano. Quatro pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. Na Índia, o presidente americano, George W. Bush, disse que o atentado não tinha mudado seus planos de visitar o Paquistão no fim de semana. Bush chegará no sábado a Islamabad. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas Karachi é um conhecido reduto de militantes islâmicos e atentados anteriores foram atribuídos a militantes ligados à rede Al-Qaeda. "A polícia suspeita do envolvimento do grupo Jundulah", disse Salahudin Haider, porta-voz do governo da Província de Sindh. O atentado deixou uma cratera de dois metros de diâmetro e mais de 60 centímetros de profundidade. Mais de dez automóveis foram destruídos

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Em protesto contra o presidente norte-americano, ativistas indianos encarnaram George W. Bush (centro) e Pervez Musharraf, do Paquistão (esquerda) e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh (direita). Bush e Singh anunciaram ontem um acordo de colaboração na área nuclear, criticado por especialistas.

e todos os vidros das janelas do consulado, assim como do vizinho Hotel Marriott, ficaram estilhaçados. O Departamento de Estado americano identificou o diplomata morto como David Foy, de 52 anos, da Carolina do Norte. Também informou que o motorista do consulado, Iftikhar Ahmed, foi uma das vítimas do ataque. Foy entrou para o Departamento de Estado em 2003 e em setembro foi enviado para o Paquistão. Niaz Sadiq, chefe da polícia local, disse que o suicida seguia para o consulado quando um segurança fez sinal para que ele parasse em um bloqueio. Então, o suicida viu o veículo do diplomata e lançou o carrobomba contra ele. O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, um aliado-chave dos EUA na guerra contra o terror, condenou o ataque. "Esse ato sem sentido não afetará nossa forte determinação de lutar contra o terrorismo. Precisamos continuar a trabalhar juntos para eliminar essa ameaça", disse.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

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COMÉRCIO

por cento foi a alta, em fevereiro, do Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil paulista, de acordo com pesquisa do Sinduscon-SP.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

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Feminista, eu? inguém duvida que a maior revolução do século passado foi a revolução feminista. Ainda assim, se questionadas, as mulheres, em sua grande maioria, negam esta condição. Não tem coragem de dizer: eu sou feminista. Afinal, as feministas sempre foram identificadas como mulheres que odiavam homens, feias, mal amadas. Com toda a aura de recato imposto à mulher, seus atributos

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sempre foram decantados sob esse viés: honesta, decente, séria, pura eram os seus predicados mais prestigiados. Por isso a forma de agredir uma mulher era exatamente atribuirlhe atitude oposta. Causa estranheza que, no momento em que se pretendeu desprestigiar o movimento de mulheres ninguém chamou as feministas de prostitutas, mas de lésbicas. Não parece, mas este é um dado significativo. Claramente mostra o

Arquivo DC

temor das profundas mudanças que a revolução feminista causaria, e a desesperada tentativa de impedir sua expansão foi denegrir suas líderes. Assim, por medo, ninguém se identificaria com elas e o movimento O medo de fugir tenderia a arrefecer. de comportamentos Agora estamos antigos ainda faz com que vivendo um novo as mulheres evitem momento. As mulheres têm orgulho desfrutar dos ganhos do feminismo de se identificarem como feministas, ninguém mais têm medo de assumir sua identidade sexual e se está vendo uma

salutar soma de esforços dos mais variados segmentos sociais buscando resgatar a cidadania não só dos iguais, mas de todos. Afinal isso se chama democracia, liberdade, igualdade, coisas que todos anseiam para si, mas que temos que aprender a respeitar perante os outros. MARIA BERENICE DIAS É DESEMBARGADORA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL E VICEPRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA – IBDFAM WWW.MARIABERENICE.COM.BR

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Casamento indissolúvel Contratos cativos (como o seguro-saúde) foram feitos para durar como casamento antigo

G Contratos de

consumo, além de obedecerem a regras e princípios gerais, merecem tratamento especial visando tornar essa relação mais justa e equilibrada. G Alguns possuem

Reprodução/DC

características especiais, marcados por relações jurídicas complexas, nas quais o consumidor mantém vínculo de dependência com o fornecedor. Isso ocorre nos contratos de seguros em geral, previdência privada, instituições financeiras e seguro-saúde: são os contratos cativos de consumo, de longa duração.

e s d e o s p r imórdios da civilização, os indivíduos estabelecem entre si relações para atender a suas necessidades de consumo. Essas relações foram se aperfeiçoando ao longo do tempo e, conseque ntemente, sua regulamentação jurídica. Os contratos de consumo, além de obedecer a regras e princípios gerais, merecem tratamento especial visando tornar essa relação mais justa e equilibrada. Embora as partes sejam livres para contratar e seja aplicável o “pacta sunt servanda”, esses princípios não são absolutos e devem ser abrandados sempre que se vislumbrar o desequilíbrio da relação contratual. Mesmo entre os contratos de consumo há alguns que possuem características especiais, marcados por relações jurídicas complexas, nas quais o consumidor mantém vínculo de dependên-

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cia com o fornecedor, tal como ocorre nos contratos de seguros em geral, previdência privada, instituições financeiras e segurosaúde. É a confiança e a dependência que permeiam essas relações de longa duração, daí a expressão “contratos cativos de consumo”, cunhada por Cláudia Lima Marques. O que dizer, então, de um consumidor que paga seu seguro de vida por longos anos e, no momento em que conta com idade avançada, representando um alto risco para a seguradora, vê seu contrato unilateral e imotivadamente rescindido? E no caso de seguro-saúde, em situação similar? Realmente, a vulnerabilidade do consumidor é explícita nesses casos e a injustiça dessa situação salta aos olhos. Nos contratos, em geral, as partes não podem ser compelidas a dar continuidade ao vínculo contratual, porém, esse pre-

ceito não é aplicável aos contratos cativos de consumo ou de longa duração. Nesse tipo de avença deve ser aplicado o princípio da continuidade, vez que a prestação de serviços dela decorre n t e s e p ro t r a i n o tempo e, após vários anos de vigência, criase tal relação de confiança e dependência que o consumidor que cumpriu regularmente suas obrigações não tem interesse em pôr fim ao contrato, tendo expectativas quanto a sua estabilidade. Pretender a rescisão unilateral e imotivada, nesses casos, viola a boa-fé e a equidade. Assim, a peculiaridade desses contratos tornou necessária à evolução da teoria contratual e, certamente, exige o avanço legislativo nesse sentido. Os serviços acima mencionados, notadamente seguros em geral, previdência privada e seguro-saúde são essenciais para o conforto e a tranqüilidade do ser humano.

Mas, infelizmente, são justamente as áreas em que os consumidores sofrem as maiores violações a seus direitos, só lhes restando recorrer ao Poder Judiciário, que, aliás, tem sido sensível a essas questões. m recente decisão, o MM. Juiz de Direito da 34ª Vara C í v e l d o F o r o C e ntral/SP, Ricardo José Rizkallah, julgou procedente ação para manter o vínculo contratual entre uma associação de aposentados e uma operadora de planos de saúde, reconhecendo a nulidade da cláusula que previa a possibilidade de rescisão do contrato. Em referida decisão, entendeu: “Vale salientar que as obrigações contratuais devem ser mantidas quando não entrem em conflito com o sistema jurídico vigente, eliminando-se assim os abusos cometidos em face do reduzido poder de discussão das cláusulas contratuais, permitindo-se ao Judiciário, portanto, anular as previsões da avença que desrespeitem as normas legais.”

E

uem entrou na avenida com a cara do governo foi a Mangueira. A Mangueira é mais do que uma escola de samba, é um estado de espírito. Para paulista entender o torcedor da Mangueira, precisa entender o que é ser corintiano ou ser malufista. Se morasse em São Paulo e não tivesse a Mangueira para ser apaixonado, o mangueirense seria corintiano ou seria malufista. São fenômenos semelhantes na sua falta de semelhança, apenas uma coisa aproxima essas paixões - são paixões. Foi através da Mangueira que os atuais goebells do lullismo tentaram conquistar corações e mentes para uma das mensagens mais caras ao projeto de reeleição do Nosso Guia Infalível, a transposição do Rio São Francisco. Cara porque está estimada em quatro bilhões de reais ou mais. Cara porque já faz parte do discurso de palanque do nosso novo Padim Ciço, já esquecido da greve de fome do bispo que emocionou o Brasil.

G Pretender a rescisão unilateral e imotivada em contratos que criaram uma relação de confiança e dependência viola a boa-fé e a eqüidade. G A evolução do Direito do Consumidor e a ação do Judiciário reconhecendo o princípio da continuidade dos contratos cativos são fundamentais para assegurar a tranqüilidade, a segurança e a estabilidade dos consumidores.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também tem reconhecido a possibilidade de concessão de tutela antecipada para manutenção de contrato de seguro de vida em casos onde, após longos anos de renovação automática do contrato, a seguradora pretende a sua rescisão imotivada e unilateral. Como exemplo, cite-se a brilhante manifestação do Ilustre Desembargador Relator Romeu Ricupero nos autos do agravo de instrumento nº 962.970-0/1. Assim, a evolução do Direito do Consumidor aplicável aos contratos, visando a seu equilíbrio e à proteção da parte hipossuficiente, bem como a atuação do Judiciário reconhecendo o princípio da continuidade dos contratos cativos, têm sido fundamental para assegurar a tranqüilidade, a segurança e a estabilidade das relações de consumo. REGINA VENDEIRO É ADVOGADA DA ÁREA CÍVEL DA

INNOCENTI ADVOGADOS ASSOCIADOS E PROFESSORATUTORA DA FGV ONLINE.

NEIL FERREIRA CHÁVEZ DEU UM BAILE EM LULLA NO SAMBÓDROMO hávez começou a ganhar o carnaval deste ano com uma enorme crise no ano passado na Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Num concurso interno, o samba-enredo criado por Martinho da Vila foi derrotado e Martinho, ícone da escola, ficou tão injuriado que se afastou e nem desfilou. O samba-enredo vencedor era do tipo Soy loco por ti América, tinha até um boneco de Simon Bolivar de uns oito metros de altura. E levou uma injecão de estimados um milhão de reais da estatal de petróleo da Venezuela. Até correu o boato de que Chávez viria pessoalmente assistir ao desfile, não veio. Deu sorte. A Unidos de Vila Isabel ganhou o carnaval numa apuração emocionante, disputando centésimo de ponto a centésimo de ponto com outras escolas e no final com a Grande Rio, com quem terminou empatada. O critério de desempate que deu a vitória sobre a Grande Rio foi, imaginem, o sambaenredo "latino". Imediatamente os sites da internet espalharam que a "a escola bolivariana ganhou o carnaval carioca deste ano ". Assim mesmo, com essas exatas palavras, "escola bolivariana". E bandeiras da Venezuela apareceram na comemoração da vitória na quadra da Unidos de Vilsa Isabel. Chávez ganhou.

C

Grande Rio, que teve o mesmo número de pontos mas amargou o vicecampeonato, não é pouca porcaria. Tradicional reduto de belezas globais, fica em Duque de Caxias, cidade que tem uma imensa refinaria da Petrobrás, que injeta desconhecidos milhões de reais na escola da "sua" cidade. Uma escola "protegida" pela Rede Globo e bancada pela Petrobrás, uma força nada desprezível em qualquer campo de competição. Perdeu para a bolivariana. Mas mesmo ligada ao dinheiroduto da estatal Petrobrás, totalmente nas mãos dos cumpanheros do PT, a Grande Rio não tinha assim uma cara de governo, como a Vila Isabel teve uma cara bolivariana.

A

A escola protegida pela Globo e bancada pela Petrobrás perdeu para a escola bolivariana. Com um enredo riquíssimo, com o Ministério de InfraEstrutura, que comanda o projeto de transposição, fazendo lobby para que os governos da região do São Francisco irrigassem a Mangueira com verbas respeitáveis, a escola como sempre hipnotizou o Sambódromo, passou a mensagem do governo quase como se fosse um comercial alucinógeno de uma hora e vinte minutos. Mas não ganhou, chegou em quarto lugar com o mesmo número de pontos da Beija Flor de Nilópolis - vá a gente entender a cabeça dos jurados. Teve jurado que não deu dez para a bateria da Mangueira, reconhecida como a melhor entre as melhores. Chávez deu um baile em Lulla em pleno sambódromo, mas tenho certeza de que não sabiam que um estava competindo contra o outro, eles são compañeros e se entendem muito bem. Mas sabiam que estavam passando seu recado ao vivo e pela tv, para o povão que cantou seus refrões e vai cantar de novo no desfile das campeãs amanhã, como se fossem o que realmente são, propaganda. Carnaval virou merchandising, nada mais é sagrado. Não se surpreendam se um dia destes a missa acabar assim: "Ite missa est, Coca Cola is the best".

O

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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Ano 81 - Nº 22.078

São Paulo, sexta-feira a domingo, 3 a 5 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h05

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Oscar pensador A festa do Oscar, no domingo, com TV para o mundo inteiro, vai mostrar que os 5 filmes selecionados pela Academia estão longe do puro entretenimento e convidam à reflexão. Brokeback Mountain (com Ledger) ousa com o amor entre cowboys. Capote (com Hoffman) revive a aura de Truman, o cáustico escritor de A Sangue Frio. Munique, de Spielberg, reconta o massacre de israelenses na Olimpíada de 1972 e gera protestos. Boa Noite e Boa Sorte malha o macarthismo Crash-No Limite atira contra Los Angeles. Desta vez, o Oscar diz não à banalidade.

MELHOR ATOR: Ledger, Howard, Phoenix, Strathairn e Hoffman (foto)

O Segredo de Brokeback Mountain: entre os mais cotados

E mais Prepare-se para a 19ª Bienal Internacional do Livro, que começa dia 9 no Anhembi. Vai expor 210 mil títulos. E veja a mostra Equipe Crônica, na Pinacoteca. Um show bemhumorado de arte vindo da Espanha.

DCultura

E O OSCAR DE MELHOR 'AUTUAÇÃO' VAI PARA... O LEÃO O leão do Fisco, ator com cara de malvado, esteve bem em cena em 2005: rugiu alto e não deu trégua para os contribuintes. Com garras afiadas, alcançou 230.405 pessoas físicas e jurídicas, ante as 189.744 atingidas em 2004. O valor total das multas, entretanto, caiu em relação ao ano anterior: R$ 51,5 bilhões. Economia/ 1

Lula, Alckmin e Serra embolados em São Paulo Pequisa Ibope mostra que o presidente Lula e o governador Geraldo Alckmin estão empatados com 32% das intenções de voto no Estado de São Paulo. Quando a opção tucana é o prefeito paulistano, há também empate técnico entre Lula (32%) e José Serra (31%). Pág. 6

MELHOR DIRETOR: Miller, Haggis, Spielberg, Lee (foto) e Clooney

MELHOR ATRIZ: Zhang, Huffman, Theron (foto), Dench e Knightley

O presidente Lula, durante assinatura de decreto para promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia Evaristo SA/AFP

IRMÃOS DANIEL EM FUGA Foram ameaçados após afirmarem na CPI que assassinato de prefeito foi político. Pág. 3

Okamotto e os brochinhos do PT CPI quer reconvocar presidente do Sebrae e ex-proprietário da Red Star. Pág. 4

DUDA MENTIU, DIZ CPI Publicitário de Lula teria recebido mais de R$ 11 milhões. Pág. 4

Ministros de Lula em debandada Agnelo Queiroz e Miguel Rossetto são candidatos Pág. 5 Fotos: Divulgação

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 20º C.

PAPÉIS AO ALTO! CONFUSÃO E ASSALTO. Todo cuidado na saída dos bancos é pouco. Há uma nova modalidade de assalto nas ruas centrais da cidade. Os ladrões tiram a atenção das pessoas, criando uma chuva de papel, e bye bye carteira, dinheiro e documentos. Página 8


sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 1

QUANDO O OSCAR PENSA Nova safra de filmes de Hollywood chega com toque de rebeldia e convite à reflexão

Divulgação

Eduardo Nunes/AE-28.9.2005

Rubens Ewald Filho, na TNT: erudição e apostas

José Wilker: comentários na Globo

NA TV Regina Ricca

N

P

ense. Este é o convite que funciona como denominador comum nas produções que concorrem ao Oscar 2006. Não brigam pelo prêmio de melhor filme melodramas açucarados ou comédias de vida curta. E além de demandarem certa elucubração, todos os longas-metragens da lista principal têm seu pé na rebeldia. Ao mostrar o período negro do macarthismo, George Clooney leva o espectador a refletir seriamente sobre a liberdade de expressão, em Em Boa Noite e Boa Sorte. Já Crash - No Limitecoloca nas telas a tensão racial que existe nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, mas é muitas vezes mascarada pelas convenções sociais. Não menos subversivo é o grande favorito – concorrendo em oito categorias – O Segredo de Brokeback Mountain, de Ang Lee, ao exibir o romance entre dois cowboys gays no conservador estado do Wyoming, nos anos de 1960. O segundo melhor cotado para levar a estatueta, Capote, joga luz sobre a vida de um homossexual famoso, o escritor Tru-

man Capote, que embora pessoalmente egocêntrico e afetado, escreveu um dos livros mais impactantes do século 20: A Sangue Frio. O diretor Bennett Miller sugere, porém, que a construção dessa obraprima possa ter lhe custado a alma. E o público mais uma vez é impulsionado a questionamentos, aqui sobre ética e moral. Esses são os temas centrais ainda em Ponto Final – Match Point, de Woody Allen, indicado apenas na categoria de roteiro original. O duvidoso código de conduta das grandes corporações é posto em cheque nos suspenses políticos Syriana e O Jardineiro Fiel, do brasileiro Fernando Meirelles. O último concorrente ao prêmio máximo é o grandiloqüente Munique, de Spielberg, que ao mesmo tempo investiga razões e expõe a falta de sentido dos ódios seculares entre judeus e islâmicos. Saudavelmente, as telas este ano não trazem pacotes fechados e tediosamente explicados. Assista, reflita e chegue às suas próprias conclusões. Lúcia Helena de Camargo

ada de modernidades, cenários high tech, excesso de tecnologia. O palco do Kodak Theater, em Los Angeles, que anualmente abriga a festa do Oscar, em 2006 ganha visual na linha "os anos dourados do cinema" (leia-se: aqueles anos em que as bilheterias viviam cheias). Escadarias e colunas gregas vão compor o cenário retrô no qual o mestre de cerimônias da noite, o jornalista Jon Stewart, da CNN, fará suas piadas e convidará um time de celebridades – Uma Thurman, Nicole Kidman, Keanu Reeves, Tom Hanks, Jennifer Aniston, Morgan Freeman, Hilary Swank, Jamie Foxx e Sandra Bullock – para anunciar os vencedores. A cerimônia da 78ª edição do Oscar será transmitida pela Rede Globo no domingo, 5, logo após o Big Brother. Com narração de Maria Beltrão e comentários do ator José Wilker. A correspondente Patrícia Poeta, de Los Angeles, mostrará os bastidores. O canal TNT também transmite a cerimônia no Brasil. Para alegria de quem gosta de acompanhar o lado glamouroso da festa, entra no ar antes, às 21h. Os jornalistas Rubens Ewald Filho e Maria Cândida comentarão, diretamente dos estúdios da emissora, em Los Angeles, sobre a chegada das estrelas ao tapete vermelho. Às 21h30, o canal exibirá o pré-show oficial da cerimônia, realizado pela rede norteamericana ABC. A TNT transmite a cerimônia em inglês, com dublagem simultânea em português.

Caras novas, baixa audiência Em um ano em que muitos candidatos ao prêmio são praticamente desconhecidos do grande público (com exceção de George Clooney e suas três candidaturas como ator coadjuvante em Syriana e diretor e roteirista por Boa Noite e Boa Sorte), os organizadores do Oscar se preocupam com a baixa audiência que a festa

possa render não só nos EUA como no resto do mundo. "É provável que a audiência diminua, mas faremos todo o possível para que as grandes estrelas entreguem as estatuetas", disse o polêmico produtor da premiação, Gil Cates. Na busca desesperada por essa audiência, a Academia investiu um número recorde (que não revela) em publicidade. O Oscar é a segunda retransmissão com maior audiência da TV americana (a primeira é a final do Super Bool) e 30 segundos de publicidade durante a festa custa a ‘bagatela’ de US$ 1,6 milhão. Dos 20 indicados nas categorias de interpretação, habitualmente preenchidas pelas estrelas mais conhecidas, 14 são principiantes no Oscar. Ou seja, apenas seis já concorreram antes: William Hurt (melhor ator em 1986 por O Beijo da Mulher-Aranha), Frances McDormand (melhor atriz em 1997, por Fargo), Judi Dench (melhor atriz coadjuvante em 1999, por Shakespeare Apaixonado), Charlize Theron (melhor atriz em 2004 por Monster Desejo Assassino), Catherine Keener (melhor atriz coadjuvante em 2000 por Quero Ser John Malkovich) e Joaquin Phoenix (melhor ator coadjuvante em 2000 por Gladiador). Entre os cinco candidatos a melhor filme, a arrecadação não supera os US$ 200 milhões – pouco, muito pouco para uma indústria tão poderosa como a do cinema americano. Crise? Detalhe: pela quarta vez em toda a história do Oscar, este ano os cinco indicados a melhor diretor dirigiram os cinco melhores filmes indicados ao prêmio. Uma raridade, principalmente se se considerar que os diretores indicados são escolhidos apenas pelos diretores membros da Academia (cerca de 400 integrantes), enquanto os indicados a melhor filme são escolhidos pela Academia toda (quase 6 mil eleitores).

LEIA Os esque MAIS cid guia para os do Oscar, a festa e h companhar a istó mais fam rias do evento oso do c inema.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

CIDADES & ENTIDADES - 7

Sérgio Castro/AE

O Siena, dirigido por José Geraldo dos Reis, bateu na traseira de uma carreta na avenida Educador Paulo Freire, no acesso à rodovia Fernão Dias. O motorista foi retirado pelo resgate com graves ferimentos.

Estradas: mais acidentes, menos mortes Número de mortes caiu 16,89% nas estradas federais. O total de acidentes, no entanto, cresceu 5,08%. As multas deste Carnaval também superaram as de 2005. José Sana Júnior/O Tempo/AOG

O

número de mortos em acidentes nas rodovias federais brasileiras no feriado de Carnaval caiu 16,89%. Segundo informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre a zero hora de sexta-feira e a meia-noite de terça, 123 pessoas morreram, ante as 148 mortes registradas no Carnaval de 2005. O número de acidentes, porém, cresceu 5,08% e chegou a 2.233 (foram 2.125 no ano passado). A quantidade de feridos teve um ligeiro aumento, de 0,29%, passando de 1.395 em 2005 para 1.399 neste ano. A PRF também aplicou mais multas: 33.911, contra as 33.577 do ano passado. Os estados que tiveram os piores números foram Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Minas, estado que tem a maior malha rodoviária federal do País, foram registrados 411 acidentes, 9,89% a mais do que no Carnaval de 2005. O número de mortos subiu 10%, para 22. Em Santa Catarina, ocorreram 324 acidentes, um aumento de 32,79% em comparação ao ano passado. A quantidade de mortos subiu de 10 para 18. No Rio Grande do Sul, 9 pessoas morreram, contra 5 que tiveram acidentes fatais em 2005. Foram registrados 168 acidentes, 3% a mais do que no ano passado. Os números de São Paulo são um pouco melhores. A quantidade de mortos caiu de seis, no Carnaval de 2005, para cinco neste ano. Porém, assim como aconteceu com o balanço nacional, o número de acidentes aumentou, passando de 134 em 2005 para 165, alta de 23%. A quantidade de feridos cresceu 41%, de 51 para 72. A PRF destacou que nos fins de semana comuns o volume de tráfego nas estradas sobe cerca de 20%. Mas, em feriados como Natal, Ano Novo e Carnaval, chega a crescer até 50%. Fiscalização – A PRF atribui principalmente ao aperto na fiscalização a redução de quase 17% no número de mortes nas rodovias federais. Segundo o inspetor Ricardo Torres, porta-voz da corporação, neste ano quase 10 mil policiais rodoviários estavam em operação durante o Carnaval, mil a mais do que em 2005. "Além

disso, 36 novos radares foram instalados", acrescentou. Segundo Torres, qualquer batida é considerada como acidente. "Além disso, do ano passado para cá a frota nacional cresceu de 10% a 12% e o número de novos motoristas subiu cerca de 14%", explicou. A operação tapa-buracos, iniciada pelo governo federal no dia 9 de janeiro, também contribuiu para evitar que acidentes mais graves acontecessem, uma vez que os canteiros de obras nas estradas forçaram os motoristas a reduzir a velocidade. Quanto ao combate às drogas, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu neste Carnaval pouco mais de 22 quilos de cocaína e 217 quilos de maconha nas estradas brasileiras. Um caso que chamou a atenção dos policiais foi registrado no Paraná. No domingo de Carnaval, um motorista foi preso nas proximidades do município de Céu Azul carregando pouco mais de um quilo de crack em nádegas postiças. Minas Gerais – Um acidente ontem, por volta das 10h, deixou um morto e 10 feridos na BR-381, região de Bom Jesus do Amparo, em Minas Gerais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a colisão envolveu um ônibus da empresa Saritur e um caminhão. A rodovia ficou parcialmente interditada por aproximadamente uma hora. Na região metropolitana de Belo Horizonte, em Igarapé, uma carreta tombou, por volta das 7h, deixando o motorista e

um passageiro feridos. Os dois foram levados para o Hospital Municipal de Betim. Tie t ê – Um acidente entre três caminhões interditou as faixa central e da direita da pista expressa da marginal do Tietê, sentido Lapa-Penha, perto da ponte das Bandeiras. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a colisão ocorreu por volta das 14h15 e não deixou feridos. Os motoristas enfrentaram cerca de 2,5 quilômetros, desde a ponte das Bandeiras até a rua José Gomes Falcão. Zona Leste – Pelo menos uma pessoa ficou gravemente ferida após um acidente, às 8h, na avenida Educador Paulo Freire, entre o fim da ponte Aricanduva e início da rodovia Fernão Dias, na zona leste. O Siena, dirigido por José Geraldo dos Reis, entrou embaixo de uma carreta. Seis viaturas dos bombeiros e o helicóptero Águia, da PM, atenderam a ocorrência. A vítima foi encaminhada para a Santa Casa de São Paulo. O trânsito na Fernão Dias ficou congestionado nos devido à curiosidade dos motoristas. Castelo – Um acidente entre dois veículos de passeio e um caminhão congestionou a rodovia Castelo Branco, na altura do km 13, próximo ao Cebolão. Segundo informações da ViaOeste, empresa que administra a rodovia, o acidente aconteceu por volta das 10h30 e deixou lentidão de três quilômetros. Ninguém ficou ferido.(Agências)

Caminhão que se envolveu em acidente com ônibus na BR381, na região de Bom Jesus do Amparo, em Minas Gerais. Pelo menos uma pessoa morreu e 10 ficaram feridas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

Arquivo DC/Reproduções

TELEVISÃO A volta da folia. Na HBO Regina Ricca Fotos: Divulgação

Debora e John Kerr (Chá e Simpatia, à esq.); Gene (dir.) e Cidadão Kane

Filhos do Carnaval: orçamento de R$ 6,5 milhões e filmagens no Rio

A

OS ESQUECIDOS Justiça não é o forte da Academia Lúcia Helena de Camargo

D

esde a primeira edição, em 1929, o Oscar provoca polêmica entre os críticos e muitas vezes o sentimento de injustiça entre os perdedores. E algumas são tão mais evidentes e unânimes, como em 1941, ano de lançamento de Cidadão Kane, de Orson Welles, que figura no topo de dez entre dez listas de críticos como o mais inovador e bem elaborado filme de sua época, tendo mudado para sempre a maneira de se fazer cinema. O Oscar premiou nesse ano John Ford, como melhor diretor e filme, com Como era Verde o meu Vale. O talento de Ford é inegável, mas ficou o gosto da injustiça. O filme de Welles levou apenas o prêmio pelo roteiro original. O diretor receberia apenas um Oscar de consolação, em 1971, pelo conjunto da obra. Outro equívoco patente foi a premiação, em 1950, da fraca atriz Judy Holiday (Nascida Ontem), tendo entre as concorrentes as magníficas Bette Davis (A Malvada) e Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses). Também em 1956 ficou evidente a injustiça: levou o Oscar de melhor filme A Volta ao Mundo em 80 dias. Quem merecia? Assim Caminha a Humanidade. Os filmes mais comentados e cultuados nem sempre são premiados em seu tempo. Ainda na década de 1950, uma produção aclamada por muitos que chegou perto, mas não levou a estatueta, foi Cantando na Chuva, de 1952. O musical recebeu indicação na categoria de atriz coadjuvante (Jean Hagen) e pela música, de autoria de Lennie Hayton. Acabou não ficando com nenhum. Quem ganhou foi a bem menos menos conhecida canção-tema do filme With a Song in My Heart. Um exemplo dos anos de 1970 é Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick, que concorreu aos Oscars de filme, direção, montagem e roteiro adaptado, mas também não ganhou nada. O vencedor foi Operação França, de William Friedkin, nas categorias filme, diretor e ator (Gene Hackman). Malcolm McDowell, protagonista do filme de Kubrick, nem foi indicado. O excepcional Al Pacino também deve ter sua dose de ressentimento em relação à Academia de Hollywood. Em 1974, era o franco favorito, pela atuação O Poderoso Chefão 2, mas perdeu para o obscuro Art Carney (O Amigo de Tonto). Oito vezes indicado, viria a ser premiado apenas em 1992, ao interpretar um cego em Perfume de Mulher. A atriz Deborah Kerr, presença marcante em A Um Passo da Eternidade (1953),

S

ra. Henderson Apresenta (Mrs. Henderson Presents, 2005, Inglaterra, 103 minutos). de Stephen Frears. A inglesa Judi Dench, indicada os Oscar de melhor atriz, é a protagonista desta cinebiografia que conta a vida de Laura Henderson, num filme que mistura comédia, drama e musical. Na Londres de 1937, ela fica viúva. Rica e entediada, já em seus 70 anos, compra um cinema decadente para transformálo em teatro, e monta espetáculos estrelados por atrizes nuas. Ajudada pelo empresário teatral Vivian Van Damm (Hoskins), chega ao sucesso.

nunca levou para a casa um Oscar por sua atuação em um filme. Indicada seis vezes de 1949 a 1960, foi premiada apenas em 1993, já no final da vida, com um Oscar honorário pela contribuição ao cinema. Caso parecido ao de Charles Chaplin, jamais premiado por seus filmes. Em 1971 receberia o fatídico prêmio tapaburaco, em reconhecimento pelo conjunto da obra. O Oscar de Melhor Filme de 1976 poderia entrar para o Livro dos Recordes como a premiação mais escandalosamente descabida da história da instituição, com a entrega da estatueta a Rocky, o Lutador e a seu diretor, John G. Avildsen. O descalabro não ocorreu por falta de bons candidatos, pois naquele ano figuravam na lista Todos os Homens do Presidente e Táxi Driver. Também Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese, foi vítima, em 1990, de um julgamento obtuso, que premiou Kevin Costner, por Dança com Lobos. Para salvar a lista há Ben-Hur (1959), vencedor de 11 Oscars, ao que consta todos merecidos, recordista em número de prêmios ao lado O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2003), último da trilogia de Peter Jackson, e Titanic (1997), este já com mérito mais discutível... Já 1998 foi o ano dos insossos. Ganhou como melhor ator o sem graça Roberto Benigni, por seu filme A Vida é Bela, que venceu na categoria de filme estrangeiro Central do Brasil, de Walter Salles. A atriz escolhida foi a bonitinha e sem-gracinha Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado). Concorriam Fernanda Montenegro (Central do Brasil) e Cate Blanchett (Elizabeth). Ainda nenhum brasileiro subiu no tablado do Kodak Theatre para apanhar a estatueta. Em 2003, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, sucesso de bilheteria e de crítica, no Brasil e no exterior, foi indicado em quatro categorias (direção, edição, roteiro e fotografia), mas não levou. Este ano, Jardineiro Fiel, dirigido por Meirelles concorre em quatro categorias: atriz coadjuvante (Rachel Weisz), roteiro adaptado (Jeffrey Caine), montagem e trilha sonora original. Não é um filme brasileiro (a produção é inglesa), mas vale para quem gosta de assistir a cerimônia para torcer. De resto, este ano será difícil apontar injustiças nas categorias principais. Há o favorito de Ang Lee, mas os demais também estão no páreo. Com a possível exceção de Munique e Keira Knightley (Orgulho e Preconceito), quem ganhar leva por mérito.

folia de Momo volta à cena, dessa vez em minissérie. A HBO estréia, neste domingo, 5, Filhos do Carnaval, a sua segunda produção brasileira, agora em parceria com a empresa paulista O2 Filmes. A primeira realização nacional da HBO, Mandrake, criada pela carioca Conspiração Filmes, foi ao ar em outubro de 2005, com muito sucesso. A qualidade, tanto de Mandrake quanto de Filhos do Carnaval, segundo executivos da rede, credenciou as duas minisséries a serem exibidas, ainda em 2006, na HBO dos EUA. A série estréia às 21h, excepcionalmente neste domingo. Nos próximos, o horário será às 22h. Filmada em película e dividida em seis episódios de 50 minutos cada, Filhos do Carnavalfoi concebida por Cao Hamburger (criador do infantil Castelo Ra-Tim-Bum, série qu, posteriormente, também sob sua direção, ganhou as telas dos cinemas). Cao assina a direção-geral e a parceria dos roteiros com Elena Soarez, roteirista dos premiados Eu Tu Eles, Casa de Areia e Vida de Menina. Melanie Dimantas e Anna Muylaert atuaram como co-roteiristas. A produção, orçada em R$ 6,5 milhões, foi filmada no Rio de Janeiro e tem como cenário principal a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel. "Mesmo conhecendo o teor da história que seria filmada ali, os dirigentes da escola deram sinal verde à produção", conta Hamburger. Filhos do Carnaval não economiza humor, mas a idéia dos roteiristas é levar o espectador à reflexão. A série conta a história da família do presidente de escola de samba e banqueiro do jogo do bicho Anésio Gebara, o Gebarão (Jece Valadão), e de seus quatro filhos: Anesinho (Felipe Camargo) e Claudinho (Enrique Diaz), brancos e reconhecidos como filhos legítimos, e os bastardos Brown (Rodrigo dos Santos), mulato, mestre de bateria da escola, e Nilo (o rapper Thogun, uma revelação como ator), negro, que atua como segurança e motorista do pai. É Nilo quem narra a história. A trama focaliza os bastidores da indústria da contravenção do jogo do bicho e mostra como ela interfere no carnaval. Mas a matéria-prima que fermenta e enriquece a história está na luta de três dos quatro irmãos Gebara para conquistar o afeto do patriarca contraventor, que não esconde suas preferências. Por meio de detalhes banais, os autores vão dando pistas sobre cada um dos personagens -- vide a cena em que, ao pedirem café em um bar, Nilo, Claudinho e Brown revelam-se por in-

Socos premiados

CINEMA

U R

itmo de Um Sonho (Hustle & Flow, 2005, EUA, 116 minutos, ). Direção de de Craig Brewer. DJay (Terrence Howard) é um rapper que trabalha duro e sempre conta com a ajuda de seus amigos do bairro, em meio à desigualdade social da cidade de Memphis. Após saber que o superstar Skinny Black (Ludacris) está se mudando para o seu bairro, ele decide marcar um duelo de rappers para chamar sua atenção. Recebeu indicação ao Oscar de melhor ator, para Howard, e melhor canção (It's Hard Out Here for a Pimp). Com atmosfera dos anos de 1970.

M

entiras Sinceras (Separate Lies, 2005, Inglaterra, 85 minutos). Direção de Julian Fellowes, roteirista de Assassinato em Gosford Park. Baseado no romance A Way through the Wood, de Nigel Balchin, este drama drama de suspense traz um casal de meia idade vive uma vida aparentemente perfeita, mas um misterioso crime traz à tona segredos, mentiras e traições. Em meio a tudo isso, eles acabam descobrindo as conseqüências fatais de algumas decisões. Com Emily Watson, Tom Wilkinson, Linda Bassett e o ótimo Rupert Everett.

teiro ao espectador. Na obsessão em tingir os cabelos grisalhos e emprestar a tinta para que o filho mais velho também esconda os seus fios brancos, o velho Gebara exibe sua decadente vaidade, a de um septuagenário autoritário à beira da aposentadoria. Derrotado por uma tragédia familiar, Gebarão passa a maior parte do tempo observando a orla de Copacabana da janela do apartamento. Sutil, mas não menos revelador, é outro artifício usado por Cao Hamburger que, mesmo em um trabalho dirigido ao público adulto, recorre à figura de uma criança -- a do garoto Cris (Tiago Herz), neto do bicheiro -- para atuar como testemunha silenciosa dos conflitos que afloram na vida dos Gebara. "O que mais temíamos, ao falar de carnaval, era cair no estereótipo da mulata sambando. Mas a série é resultado da minha ginga de paulista que já assistiu por duas vezes desfiles de carnaval no Rio com a tese sobre jogo do bicho que a Elena Soarez fez. Aí acho que conseguimos fugir do caricato", afirma Hamburger. Ao contrário de Mandrake, que foi baseada na obra de Rubem Fonseca, Cao e Elena partiram do zero em termos de criação, pois o tema carnaval foi uma encomenda da HBO. Dos 106 filmes que traz em sua cinebiografia, o veterano Jece Valadão conta que em pelo menos 10 fez papel de bicheiro, como em Boca de Ouro, Amei um Bicheiro e Deu Águia na Cabeça. Mas diz sentir-se "muito honrado" por ter tido a oportunidade de trabalhar numa produção do nível de Filhos do Carnaval. "Fiquei impressionado com a qualidade técnica, de produção, do roteiro. É uma série de nível internacional", elogia o ator de 75 anos. Filhos do Carnaval foi filmado entre março e junho de 2005. Mas o primeiro dia de filmagens ocorreu no domingo de carnaval do ano passado, durante o desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel no sambódromo carioca, no qual atores interagiram com os integrantes da escola. Além da direção-geral, Cao Hamburger assina a direção de dois episódios: O Gato, o Bicho das Sete Vidas e Avestruz, o Bicho que Não Quer Ver. César Rodrigues dirige o episódio Vaca, o Bicho que Dá Leite e, ao lado de Hamburger, co-dirige Elefante, o Bicho que Não Esquece. Flávio Tambellini assina o episódio Leão, o Rei dos Bichos e Luciano Moura é responsável por Abraço de Urso. A série estréia às 21h excepcionalmente neste domingo. Nos próximos, o horário de exibição será às 22h.

S

uíte Havana (Suite Habana, 2003, Cuba, 80 minutos). Documentário dirigido por Fernando Pérez. Em tom solene, o diretor cubano persegue uma dezena de personagens durante um dia em Havana . Há a velha vendedora de amendoins, o médico que vira palhaço em festas infantis, os pedreiros, o ferroviário, um menino com síndrome de Down. Não há diálogos. Uma radiografia respeitosa e triste da ilha caribenha. O trabalho levou os prêmios de melhor filme latino do júri e da crítica no Festival de Cinema de Gramado versão 2004.

m filmaço é o que promete exibir o Telecine neste sábado, dia 4, às 22h. Trata-se do premiado (quatro Oscars – filme, direção, atriz e ator coadjuvante) Menina de Ouro (foto), que será exibido pela primeira vez na TV. O drama dirigido e estrelado por Clint Eastwood foi rodado em apenas 38 dias a partir de uma história baseada num conto da coleção Rope Burns, de F.X. Toole. Hilary Swank vive na tela a garçonete Maggie Fitzgerald, jovem determinada que decide lutar boxe. Maggie quer que o lendário Frankie Dunn (Clint), que passou a vida nos ringues e agenciou e treinou grandes boxeadores, seja seu treinador, mas ele não aceita trabalhar com mulheres. A história desses dois personagens ganha uma reviravolta emocionante, já que a maior luta que ambos vão enfrentar será fora das cordas. O ótimo Morgan Freeman

também está no elenco. O filme, dublado, será reprisado no domingo, dia 5, às 22h, no Telecine Pipoca. Rei a bordo Que tal dar uma conferida no show que o rei Roberto Carlos fez a bordo do navio italiano Costa Victoria no início do verão? O programa Metrópolis, da TV Cultura, exibe os bastidores e o espetáculo nesta segunda, dia 6, às 21h40. As duas mil pessoas a bordo viram o rei cantar de improviso num karaokê junto com o público e convidar a platéia para participar de uma entrevista coletiva. No palco, foram ao delírio quando interpretou suas canções dos anos 70 e rocks com palavras que há muito tempo ele se recusava a pronunciar. O especial mostra ainda a idolatria dos fãs que sempre esperam encontrar o rei nos corredores, na piscina ou no cassino.


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sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

LAZER - 3

GUIA DO SHOW Versão 2006 de uma tradição que começou em 1929

A

Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood foi criada no dia 11 de janeiro de 1927 pelos big bosses dos estúdios, sob a liderança de Louis B. Mayer, presidente da Metro. A primeira cerimônia de premiação data de 1929, no Hotel Roosevelt de Los Angeles, sob o comando do astro Douglas Fairbanks. Hoje, o show é no Kodak Theater, ainda em Los Angeles. O critério de seleção (nos primeiros tempos restrito à decisão dos magnatas), envolve cerca de 4 mil pessoas.

A Price Waterhouse, empresa de consultoria e estatística, organiza a eleição na qual cada integrante da Academia vota em candidatos de sua própria especialidade (fotógrafos escolhem fotógrafos; atores etc). Em uma segunda fase, são apontados os cinco preferidos em cada categoria e é feita nova votação, agora, com a Academia completa. O sigilo é absoluto e jamais foi quebrado, juram os acadêmicos. Veja quem entra no jogo em 2006. Luiz Octavio Lima Trace e Hepburn:A Mulher do Dia

Fotos: Divulgação

Divertido almanaque do Oscar Atriz mais premiada, Katharine Hepburn: 4 vezes (1933, 1967, 1968 e 1981). G

G Atriz mais indicada, Meryl Streep: 13 vezes. Venceu duas: coadjuvante em Kramer vs. Kramer(1980); principal em A Escolha de Sofia(1983).

Ator mais indicado, Jack Nicholson: 12. Premiado duas vezes: Um Estranho no Ninho(1976) e Melhor É Impossível(1998). G

G Campeão absoluto de indicações (48), desde 1968: John Williams, compositor das trilhas de Tubarão, Star Wars, ET e Harry Potter, entre outras. Venceu cinco. Star Wars entre elas.

Maior perdedor, Richard Burton. Indicado sete vezes, nunca recebeu a estatueta.

Phillip Hoffman em Capote; King Kong; o favorito Ang Lee (de boné), e seus cowboys em O Segredo de Brokeback Montain; e Boa Noite e Boa Sorte, filme de George Clooney totalmente rodado em preto e branco

G

OUTRAS ARTES

Filmes

Atores

Diretores

Montagem

O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain). Direção: Ang Lee. Elenco: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Michelle Williams, Randy Quaid. História de amor entre dois cowboys. Com oito indicações, o maior número este ano. Capote (Capote). Direção: Bennett Miller. Elenco: Phillip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Clifton Collins Jr. Drama biográfico sobre o escritor Truman Capote (1924-1984) e o como escreveu seu mais famoso livro, A Sangue Frio. Crash, No Limite (Crash). Direção: Paul Haggins. Elenco: Matt Dillon, Sandra Bullock, Don Cheadle, Tony Danza, Terrence Howard, Thandie Newton. Narra a história de um acidente de trânsito e suas conseqüências sobre a vida de um grupo de habitantes de Los Angeles. Boa Noite e Boa Sorte (Good Night and Good Luck). Direção: George Clooney. Elenco: David Strathairn, George Clooney, Frank Langella, Patricia Clarkson, Robert Downey Jr., Jeff Daniels, Tate Donovan. Recria o cenário de caça às bruxas, liderada nos anos de 1950 pelo senador McCarthy, nos EUA. Munique (Munique). Direção: Steven Spielberg. Elenco: Eric Bana, Ciarán Hinds, Daniel Craig, Mathieu Kassovitz, Geoffrey Rush. Sobre o massacre de atletas israelenes em 1972, na Olimpíada de Munique.

Phillip Seymour Hoffman, Capote Aos 38 anos, é o franco favorito. Já recebeu o Globo de Ouro (ator dramático), o prêmio da Crítica de Los Angeles e o prêmio da Academia Britânica. Terrence Howard, O Ritmo de um Sonho (Hustle & Flow). Surpresa no Oscar de 2006. Críticos de Chicago o indicaram ao NAACP Image Award (de estímulo à divulgação positiva da imagem da população afroamericana). Tem 37 anos. Heath Ledger, O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain). Entre seus maiores sucessos, está a aventura Coração de Cavaleiro. Recentemente, brilhou na fantasia Os Irmãos Grimm, no papel do atrapalhado Jakob. Joaquin Phoenix, Johnny e June (Walk the Line). Aos 32 anos, interpreta as canções de Cash sem dublagem. Venceu o Globo de melhor ator em musical ou comédia. David Strathairn, Boa Noite e Boa Sorte (Good Night and Good Luck) Na TV, recentemente foi o amante de Carmela em três episódios de Os Sopranos. Tem 56 anos.

Ang Lee - 46 anos, venceu em 2000 o Oscar de melhor filme, com O Tigre e o Dragão . É o favorito este ano. Bennett Miller - 30 anos, há sete lançouThe Cruise, elogiado documentário sobre um desocupado. A Academia Britânica de Cinema o indicou aos troféus de melhor filme, ator, roteiro e atriz coadjuvante (Catherine Keener) por Capote. Paul Haggis - 53 anos, inspira-se na escola de Robert Altman e Paul Thomas Anderson. Em Crash, utiliza um acidente de trânsito para tratar da persistência dos conflitos raciais nos Estados Unidos do século 21. George Clooney - Aos 44 anos, sua atuação em Syriana, a Indústria do Petróleo, para o qual engordou e cultivou uma barba, rendeu-lhe o Globo de Ouro de melhor coadjuvante. Boa Noite e Boa Sorte, no qual atua, foi responsável pelo roteiro e direção, confirma seu status de artista "sério" e audacioso. Steven Spielberg - Aos 59 anos, chega à festa mais como um convidado do que como competidor. Dificilmente Muniquelevará alguma estatueta. Indicado para cinco, o filme deve repetir o desempenho no Globo de Ouro: passar em branco.

O Jardineiro Fiel - Claire Simpson Crash, No Limite - Hughes Windome Munique - Michael Kahn Johnny e June - Michael McCusker A Luta pela Esperança - Daniel P. Hanley, M. Hill

Estrangeiros

Feliz Natal (Joyeux Noèl), França La Bestia Nel Cuore, Itália Paradise Now (Paradise Now), Palestina Uma Mulher contra Hitler (Sophie Scholl, Die Letzen Tage), Alemanha Tsotsi (Tsotsi), África do Sul

Atrizes Judi Dench, Sra. Henderson Apresenta (Mrs. Henderson Presents). A "M" dos filmes do agente James Bond. Grande dama do teatro inglês. Formou-se na Royal Shakespeare Company e atuou no Old Vic. Felicity Huffman, Transamérica (Trasamerica). Especialista em papéis complexos. Interpreta um transexual. Tem sólida carreira teatral. Keira Knightley, Orgulho e Preconceito (Pride & Prejudice). Bela inglesinha, 20 anos, coleciona sucessos. O grande público a conheceu melhor em Piratas do Caribe. Charlize Theron, Terra Fria (North Country). Recentemente, viveu uma heroína saída dos quadrinhos, em Aeon Flux. Em Terra Fria, protagoniza a história real de Josey Aimes, que moveu o primeiro processo de grande repercussão por abuso sexual nos EUA, em 1984. Reese Witherspoon, Johnny & June (Walk The Line). Divide o favoritismo deste ano com Felicity Huffman. Celebrizou a burrinha fútil na comédia Legalmente Loira. Johnny e June já lhe rendeu o Globo de Ouro em comédia ou musical, o troféu da Academia Britânica, e o prêmio da crítica de Nova York.

Coadjuvantes ATORES George Clooney, Syriana, a Indústria do Petróleo (Syriana) Matt Dillon, Crash, No Limite (Crash) Paul Giamatti, A Luta Pela Esperança (Cinderella Man) Jake Gyllenhaal, O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain) William Hurt, Marcas da Violência (A History of Violence) ATRIZES Amy Adams, Junebug (Junebug) Catherine Keener, Capote (Capote) Frances McDormand, Terra Fria (North Country) Rachel Weiz, O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener)

Mais informações sobre os atrizes, atores e os filmes que concorrem ao Oscar 2006 no site http://www.dcomercio.com.br/especiais/oscar2006/

Fotografia Batman Begins - Wally Pfister O Segredo de Brokeback Mountain Rodrigo Prieto Boa Noite e Boa Sorte - Robert Elswit Memórias de Uma Gueixa - Dion Beebe O Novo Mundo - Emmanuel Lubezki

Roteiro Crash - No Limite - Paul Haggis, Robert Moresco Boa Noite e Boa Sorte - George Clooney, Grant Heslov Ponto Final - Woody Allen A Lula e a Baleia - Noah Baumbach Syriana - A Indústria do PetróleoStephen Gaghan

Os efeitos visuais, a maquiagem, os figurinos, a mixagem de som e as trilhas sonoras fizeram bonito entre os candidatos de 2006. O visual de King Kong, assinado por Joe Letteri, é deslumbrante. A maquiagem de As Crônicas de Nárnia, grife de Howard Berger e Tami Lane, idem. O grande destaque entre os figurinos fica as criações de Gabriella Pescucci, para A Fantástica Fábrica de Chocolate. A mixagem de som de Johnny & June é fundamental para o impacto sonoro proposto pelo filme. Trilha? John Williams assina a de Memórias de Uma Gueixa. Extraordinária!

G Por quase quatro décadas, Ben-Hur (1959) foi o filme mais premiado pela Academia: levou 11. Sua marca foi igualada por Titanic (1997) e O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2004). A trilogia totalizou 17 prêmios.

Campeão de indicações, A Malvada (All About Eve), de 1950, com Bette Davis: 14 categorias. Venceu 6. G

G Dois filmes se tornaram famosos por chegar à festa do Oscar com um alto número de indicações (11, ambos) e sair sem um só prêmio: Momento de Decisão (1977) e A Cor Púrpura (1985), de Spielberg.

Em 1971, John Wayne ganhou o prêmio de melhor ator no filme Bravura Indômita (True Grit), cujo personagem usava um tapa-olho. "Deveria tê-lo usado há mais tempo", comentou. G

Johnny Wayne: de tapa-olho


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Nacional Empresas Imóveis Finanças

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36.520 OPERAÇÕES FORAM FEITAS COM O CONSTRUCARD

639,8

milhões de reais foi o montante dos financiamentos realizados pelo Construcard da CEF.

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Consumidor prefere financiar obra com cartão Taxas de juros mais atraentes e prazos mais alongados de pagamento ajudam a elevar as vendas de materiais de construção financiadas com cartões específicos para o setor

A

pós o governo federal ter adotado um conjunto de medidas de incentivo à habitação e à construção civil, que reduz as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 26 produtos da cesta básica de materiais, muitos consumidores vão aproveitar o momento para terminar a reforma ou construir a casa própria. Pelo menos é essa a expectativa dos lojistas do setor de material de construção. Quem quer garantir a ocasião mas não tem dinheiro para comprar a mercadoria à vista pode optar por linhas de financiamento imobiliário. O Construcard – cartão de crédito magnético da Caixa Econômica Federal (CEF) – é uma delas. Com ele é possível financiar compras de artigos para reforma de imóveis residenciais. Os valores variam entre R$ 1 mil e R$ 180 mil, com juros de 1,69% ao mês e prazo máximo para pagamento da dívida de até 36 meses. Segundo o gerente de mercado da CEF, Elimar Sousa Oliveira, no ano passado, 36.520 operações foram realizadas em todo o Brasil, movimentando R$ 639,8 milhões. Para obter o recurso, basta ser correntista da instituição financeira, que faz uma análise de crédito e renda para liberar o empréstimo. Não-correntistas também podem adquirir o financiamento, mas precisam hipotecar ou alienar um bem ao banco como garantia. Conforme informações da Caixa Econômica Federal, o financiamento possui duas fases. A primeira, chamada fase de utilização, corresponde ao período de carência em que o cliente realiza as compras do material, e pode variar entre dois e seis meses. Nesse período o consumidor não paga nada. A fase seguinte, a de amortização, vai de 1 a 34 meses, a partir da data de efetivação da compra dos materiais. Lojistas – As lojas que aceitam o pagamento com o Construcard têm convênio com a Caixa e dispõem de terminal eletrônico (Redeshop ou Banco 24 horas) para permitir a utilização do cartão. Eles também

precisam ser clientes da CEF. Na hora da compra, o próprio comerciante fica encarregado de fazer o cadastro do comprador e repassar à Caixa. O pagamento é feito à vista para o estabelecimento comercial, com repasse feito pelo banco na conta corrente da empresa logo no primeiro dia útil após a venda. O lojistas aprovam o meio de pagamento. Para o diretor-geral da Telhanorte, Fernando de Castro, "trata-se de uma ferramenta de crédito de uso prático e seguro". Já para o presidente da Nicom Comércio de Materiais para Construção, Hiroshi Shimuta, que é credenciado do Construcard há aproximadamente dez anos, oferecer essa modalidade de financiamento amplia as chances de negócios. "O consumidor pode pagar o valor da compra em até 36 meses, mas o dinheiro é creditado na conta da empresa em 24 horas", conta. "No caso dos cartões de crédito usuais, só recebo o dinheiro depois de 30 dias de a compra ser realizada", ressalta. "Cerca de 3% do meu faturamento provém do Construcard", informa Shimuta. Classe média – De acordo com o vice-presidente do sindicato que representa as empresas varejistas de material de construção, maquinismos, ferragens, tintas, louças e vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), Reinaldo Pedro Corrêa, geralmente é o público de classe média que utiliza com maior freqüência as linhas de financiamento do Construcard ou os fornecidos por outras instituições financeiras que também atuam nesse segmento. "Ele já está acostumado com cartão de crédito, então fica mais fácil aderir a esse tipo de meio de pagamento", afirma. Por outro lado, os consumidores de baixo poder aquisitivo preferem economizar o dinheiro para comprar os materiais de construção aos poucos e à vista. "Com essa nova medida do governo, vai haver mais dinheiro nas linhas de crédito, mas vai demorar um pouco para que os benefícios cheguem ao consumidor final", conclui. Maristela Orlowski

Hiroshi: "A principal vantagem é que recebo o dinheiro em 24 horas"

Hiroshi Shimuta, presidente da loja de materiais de construção Nicom, diz que os cartões ampliam as chances de fazer novos negócios

É preciso pesquisar a variação das taxas de juro

A

lém da Caixa Econômica, outros bancos também oferecem linhas de crédito para a compra de materiais de construção. O Bradesco é um deles e financia entre R$ 500 e R$ 5 mil, com taxas de juros que variam entre 1,99% e 2,99% ao mês e prazo de até 24 meses para quitar o empréstimo. No Banco do Brasil, os limites de crédito são de R$ 100 e R$ 10 mil, e a contratação do serviço pode ser

feita na loja conveniada com o cartão do banco. Na Nossa Caixa, os empréstimos são feitos com taxa de juros média de 1,2% ao mês e quitação em até 60 meses. Conforme dados fornecidos pela instituição financeira, em 2005, foram concedidos 253 financiamentos para construção e reforma de imóveis, com valor total de cerca de R$ 14,6 milhões, ante 253 operações em 2004 no valor de R$ 13 milhões. (MO)

MODA PARA CASA Da chita ao crochê. Gift Fair mostra que vale tudo na hora de decorar ambientes. Divulgação/Ag. Sebrae

32ª edição da Gift Fair, que será realizada de 20 a 23 de março de 2006, no Expo Center Norte, em São Paulo, deve apresentar o que será a moda para a casa neste ano. O evento tem como foco o público lojista e ocupará uma área de 50 mil metros quadrados, divididos em setores de utensílios para o lar (houseware), mesa posta (tableware) e utensílios de copa e de cozinha (kitchenware), além do D.A.D – objetos de decoração e design: artesanato, brindes, variedades, complementos de decoração e uso pessoal. Em paralelo, está programada a 9ª Paralela Gift, que desta vez será realizada no Complexo Cultural Tomie Ohtake, no período de 17 a 21 de março. No local, serão lançados artigos selecionados de 60 expositores de todo o País. O público desse evento é formado apenas por lojistas e profissionais do setor. Entre os expositores da 32ª Gift Fair estão a Tramontina, Porcelana Schimidt, Oxford, Dupont, Whitford, Invicta, Akzo Nobel, Cisper, Sanremo, Plasútil, Martiplast, Hércules, Pozzani, Termolar, Trofa, Coza, Brinox, Nigro, Cia Industrial de Vidros, Plasvale e, pela primeira vez na feira, Santa Marina. No D.A.D., estão as lojas Cecília Dale, Beraldin Tecidos, Mãos Contemporary Art, Nelise

A

(de câmaras Ometo, 6F de pneus) e as Decorações, almofadas Til também em Importados, crochê, mas China tecidas com Shopping, Sia tiras de chita, e Obra Criada. certamente Artesãos – farão sucesso Uma caravana na feira. O composta por mesmo 38 produtores deverá de artesanato ocorrer com a participará linha de dos dois bijuterias eventos, com A lúminária de artesanato está produzidas apoio do entre os destaques da feira em crochê em Serviço fios de cobre. Brasileiro de As inovações foram sugeridas Apoio às Micro e Pequenas pela designer fluminense Empresas do Distrito Federal Cecília Modesto. (Sebrae- DF). Eles serão Mercado externo – Já a "olheiros", como diz João unidade do Sebrae em Dalmácio Barros da Silva, Pernambuco vai patrocinar a artesão de Samambaia, que participação do grupo visitará os dois eventos pela Exportarte, composto por 16 oitava vez. "Essas feiras são o empresas lojistas do setor de espelho do que está sendo decoração e design, que feito no artesanato em todo o visam acessar o mercado País e conferimos quais os internacional. O grupo já tipos de peças que o mercado exporta móveis e produtos de está querendo", diz. decoração e têxteis para os No estande do Sebrae da Estados Unidos, Itália, Paraíba na Paralela Gift vão Alemanha, França, Portugal e ser lançados jogos de Espanha. Os empresários almofadas e cortinas, feitas integrantes do Exportarte são, em labirinto (tipo de renda), na maioria, arquitetos e nas cores amarelo, verde e designers, que encomendam rosa. "Essa é uma inovação, as peças às associações de pois geralmente as peças são artesãos apoiados pelo Sebrae produzidas sempre em em Pernambuco. "Essas branco", esclarece a empresas geram renda e coordenadora. trabalho para 72 artesãos de Babados, rendas e palha – três municípios", revela Os pufes confeccionados em Fátima Gomes, coordenadora crochê com fios de borracha

do Programa Sebrae de Artesanato de Pernambuco. As peças a serem expostas em São Paulo foram produzidas pelas associações de artesãos dos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Pontas de Pedra e Garanhuns. Produtos de cerâmica, cestaria, madeira e palha serão apresentados num estande de 95 metros quadrados na 32ª Gift Fair. Essa será a sétima vez que a unidade da instituição em Pernambuco participará do evento e a segunda em que traz grupo de empresas. Um representante de cada associação vai estar presente no estande. Eles vão acompanhar as negociações e fazer contatos, diz Fátima. No total, 730 expositores estarão presentes na Gift Fair, considerada a maior da América Latina. (Ag. Sebrae/DC)

SERVIÇO 32ª São Paulo International Gift Fair : www.laco.com.br De 20 a 23 de março de 2006, das 10h às 20h Local - Expo Center Norte, São Paulo, SP 9ª Paralela Gift De 17 a 21 de março de 2006, das 10 às 22h Local - Complexo Cultural Tomie Ohtake - Av.Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo Informações: (11) 3060-9800 ou paralela@paralelagift.com.br


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o lado de fora, o agito da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Itaim. Do lado de dentro, som de cítara – ao vivo às quartas-feiras – e comida indiana tradicional da melhor qualidade, sem preços abusivos. É o Delhi Palace, restaurante aberto no final do ano passado, que vem lotando quase todos os dias. Com 140 lugares, há fila de espera nos finais de semana. A direção e o comando da cozinha ficam a cargo do chef Dinesh Rajput, chegado ao Brasil em 1997 para comandar a cozinha dos restaurantes indianos Ganesh e Govinda – que deixou há cinco anos. Em seu país natal, foi responsável pelo Hotel President Grup, no qual produzia pratos também de inspiração tailandesa. Uma escultura de Lakshimi, deusa da sorte, da riqueza e da beleza, decora a entrada, juntamente com o Gangavan, bacia cheia de água, com pétalas de rosas vermelhas, simbolizando o Rio Ganges. "Essa foi a maneira que encontramos de trazer um pouco do rio sagrado para correr dentro do restaurante", diz o chef. Os clientes são convidados a jogar um moeda e fazer um pedido à deusa, como se faz no rio indiano. Especiarias - As receitas do cardápio representam as culinárias do norte ao sul da Índia. "Muitos pratos têm gosto que o paladar ocidental classifica de picante. Alguns bem leves, outros mais acentuados. Mas nem sempre a pimenta está envolvida. São as especiarias as responsáveis pelo gosto acentuado", explica Dinesh. No almoço a casa funciona em sistema de bufê, oferecendo três pratos da cozinha indiana e três inter nacionais, além de saladas. No jantar, o sistema é à la carte. A grande vedete da cozinha é o tandoor, forno milenar indiano de barro em forma de vaso, usado para assar carnes, aves, peixes, vegetais, além do delicado Rasimi Rumali, pão servido no couvert ou como acompanhamento. Este assemelha-se ao pão folha, mas como é assado minutos antes de chegar à mesa, é muito mais crocante e saboroso. "Rumali" em hindu significa "lenço", daí o nome desse pão muito fino. Outros pães típicos produzidos no tandoor vêm recheados de amêndoas, purê de batata, alho, coentro, hortelã e especiarias. Das nove entradas do cardápio, vale experimentar a Baba Kebab (R$ 8,90), asas de frango temperadas e as-

Fotos: Divulgação

A casa: refúgio indiano no agito da avenida Juscelino Kubistchek

Molhos do couvert: maçã, manga, tamarindo, iorgute com hortelã

GASTRONOMIA

Ao som de cítaras Restaurante Delhi Palace serve comida indiana tradicional a preços justos Lúcia Helena de Camargo sadas no tandoor, que acende o paladar para o prato principal. Se quiser continuar com aves, a sugestão é o Murg Bhuna Masala (R$ 20,90) frango cozido em especiarias e cebola frita. Caso esteja interessado em um sabor mais marcante, experimente o Shahi Karma (R$ 23,90), cordeiro desossado cozido lentamente em temperos e molho de castanha de caju. Segundo o chef, esse era um prato servido nas cortes indianas. Vegetarianos - Muito consumidos na Índia, os pratos vegetarianos destacam-se no menu. Há 16 deles, com preços entre R$ 12,90 e R$ 16,90. O Panner

Palak, do norte do país, é composto por cubos de queijo caseiro cozidos em purê de espinafre fresco e temperos. O Tarka Dal tem lentilhas preparadas com alho, gengibre, coentro e especiarias. Na seção de peixes e frutos do mar, com sete opções, imperdível é o Jhinga Karma (R$ 32,90), que consiste em camarões ao molho curry com creme de leite. Para acompanhar os pratos de carnes, peixes ou aves, a sugestão é o arroz típico Mutter Pulao (R$ 9,90), favorito nas casas do norte indiano, que leva ervilhas frescas, nozes e uvas passas. Sobremesas - Entre as sobremesas, destaque para o Gulab Jamon bolinha de leite reduzido, recheada com pistache frito, embebida em calda de açúcar e da semente aromática cardamono. E também o Kesar Pista Malai Kulfi (R$ 7,90), sorvete cremoso com açafrão, pistache, cardamono e castanha de caju. O açafrão dá o toque exótico que torna a sobremesa uma bela surpresa ao final da refeição. Ao lado do Delhi Palace fica a mais antiga importadora de artigos indianos de São Paulo, a Mina Índia. Gostou da decoração ou quer produzir em casa alguma receita, na porta ao lado encontrará elementos para a empreitada. Porém, a excelência da cozinha de Dinesh Rajput não é fácil de alcançar, pois ele faz questão absoluta de usar apenas artigos genuínos. Temperos, especiarias e até o arroz são importados de seu país. Também: dos apetrechos de cozinha aos copos em aço inox, das pequenas tigelas para sobremesas aos rechauds, tudo vem da Índia. Qualquer dúvida ou problema, chame o simpático Armando Júnior, maitre e gerente da casa, um autêntico indiano nascido em Itabuna, na Bahia. Com fisionomia que poderia ser mesmo confundida com a de um habitante de Nova Délhi, ele esclarece dúvidas, sugere o vinho e ainda o leva para conhecer a cozinha.

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

ADEGA

Degustando o Veneto Sérgio de Paula Santos

N

a última degustação da revista Vinho Magazine de que tomamos parte, provaram-se cerca de duas dúzias de vinhos da Valpolicella, de safras de 1999 a 2004, presentes em nosso mercado. A Valpolicella é uma das 25 subregiões do Veneto, uma das 20 regiões vinícolas da Itália, e uma das mais emblemáticas. O Veneto possui 78 mil hectares de vinhas, com uma produção anual média de 8.825.000 hl, a maior do país. Os Valpolicella são produzidos nas comunas da província de Verona, cerca de 20, e, em princípio são de 3 tipos, qualitativamente bem diversos: 1) - Os Amarone della Valpolicella, de alto nível, para muitos os melhores do país; 2) Reciotto della Valpolicella, de nível médio; 3) Valpolicella, o mais simples. Podem ser vinhos corretos e agradáveis (ou não), acompanhando bem massas, carnes e "os antepasti" italianos, a base de presuntos e sardela cabeira aqui lembrar que grande parte, a maioria possivelmente, dos imigrantes italianos que chegaram no Rio Grande do Sul, na segunda metade dos século atrasado, eram venetos, agricultores culturalmente ligados ao vinho. O Valpolicella é produzido com a uva Corvina Veronese (40% a 80%), substituída as vezes pela Corvinome (no máximo 50%) e Rondinella (5% a 30%), às quais podem ser acrescentadas algumas variedades tintas locais, entre 10% e 15%. Produzem um vinho de cor rubi, tendendo ao granada, odor vinoso, característico que lembra amêndoas. De gradação alcoólica mínima de 11° e se envelhecido por um ano em madeira, (a partir do primeiro dia do ano do ano sucessivo à vindima) e chegar aos 12°, pode tomar a denominação de Superiore. Da degustação participaram, às cegas, naturalmente, duas dúzias de Valpolicella, sendo 17 de preços até R$ 50; quatro de 50 a R$ 100 e três de R$ 100 a R$ 250. Dessas, nove se destacaram, nenhuma excepcional, mas mais agradáveis que as demais, levando-se em conta que são vinhos simples e modestos e se alguns são francamente medíocres, outros são corretos e bem feitos.

Valpolicella Clássico - Superiore 2003 Produtor Zenato, São Benedetto, Verona, Itália. Importador: Cellar, São Paulo, tel.: (11) 5531-2419. Preço: US$ 12. Um vinho simples, fácil de beber, de boa acidez. A coloração rubi não é intensa mas o aroma agrada. Melhora no copo e ao acompanhar massas, salame, pizza e churrasco. Não deve ser consumido com pratos delicados ou muito condimentados. Leve amargor ao final que até o valoriza. Um vinho correto, agradável e de bom custo-benefício. Bom teor alcoólico (13,5° GL), é um vinho curto. Avaliação: 85/100

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

4 -.LAZER

Delhi Palace - Avenida Juscelino Kubitschek, 1132, tels.: (11) 3073-1209 e 3168-4943.

Costamaran Valpolicella Clássico Superiore Ripasso - I - Castei - 2001 Produzido por Castellani Michele, Marano Valpolicella, Itália. Importadora: Decanter, Blumenau, Santa Catarina, tel.: (47) 3326-0111. Preço: R$ 69. Com 14°GL de teor alcoólico, é como o anterior, um DOC (vinho de Denominazione de Origine Controllata), que lhe dá uma garantia de origem geográfica e não qualitativa. De coloração rubi não muito intensa, mas límpida e brilhante. O aroma, de frutas vermelhas, agrada do início ao fim. No paladar, começa bem mas não se mantém. Ainda assim o vinho enche a boca, por harmônico e redonde. Cumpre sua função de vinho popular, deixando a desejar apenas na relação custo-benefício. Avaliação: 82/100

Baba Kebab (alto, esq.) e Murg Tandoori: sabor de especiarias

HAPPY HOUR

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

Cotações: G Regular - 50 a 60 pontos sobre 100 possíveis G Bom - 60 a 70 pontos G Muito Bom - 70 a 80 pontos G Ótimo - 80 a 90 pontos G Excelente - acima de 90 pontos.

Brahminha: meia-luz lembra as antigas tavernas portuárias

E

Os jarros de Hajji Firuz

Animação: de terça a domingo, ÀS 22H30 começam jazz e MPB ao vivo

Charme das tavernas. No centrão

m águas de almirante, a revitalização do centro de São Paulo vai de vento em popa. Exemplo é o recém-inaugurado Brahminha, snack-bar anexo ao Bar Brahma (DC, 17 de fevereiro de 2006), com proposta diferente: contrastando com o esplendor dos espelhos, refletindo a luz dos grandes lustres de cristal, é um deck suspenso, tipo mezanino menor, elegante, paredes de sóbrios lambris. A meia-luz das arandelas lembra as antigas tavernas portuárias, tornando o ambiente perfeito para o início de uma happy hour prolongada. Um bar como não se vê desde os anos 70. Jazz e MPB - Animadíssimo a partir das 22h30 – música ao vivo de primeira, de terça a domingo – ao som do jazz e MPB, quando rola bossa nova a impressão é que Elis Regina e Jair Rodrigues entram dançando no embalo dos casais, pequena pista de dança suavemente iluminada pelos spots coloridos. O Fino da Bossa (programa da dupla na TV Record de outros tempos)! Enfim, o lugar perfeito para a sedução: que marinheira não curte novas aventuras? Ainda mais em viagens pela velha São Paulo – para muitas delas por mares nunca dantes navegados...

Armando Serra Negra Farnel: porções de bolinho de mortadela – hum... – (R$ 13,50), mini pastéis (R$ 13,90), gorgonzola no azeite (R$ 19,50). Cantil: chope Brahma (claro, R$ 3,70 – escuro R$ 3,90), dose de uísque oito anos (de R$ 10,50 a R$ 12,50). O entusiasmo mercantil pela onda restauradora em relação ao assim chamado centro novo da cidade, leva Álvaro Aoás, um dos sócios do Brahma, a se comprometer, para setembro, a inaugurar o Portal da Cidade: um museu virtual da música popular brasileira, loja de souvenires com alma paulis-

tana, balcão de informações turísticas e venda de ingressos para shows e espetáculos – a exemplo do TKTS da Times Square, em Nova York (que se tornou marca de camiseta nas nossas praias). "O objetivo é que o bar Brahma cumpra sua meta, de revitalizar o centro da cidade", diz. Broadway - Dobrando o Cabo da Boa Esperança, tal iniciativa vem de encontro a um ousado projeto da administração pública, de transformar a antiga Cinelândia dos anos 50, na futura Broadway Paulistana do século 21. Então freqüentada pela elite, cinemas co-

Projeto: transformar a antiga Cinelândia na Broadway Paulistana

mo o Marrocos – mais de mil poltronas em couro – está na mira da Cinemark, para transformá-lo em multiplex. Playarte, controladora do Marabá – com outros tantos lugares – também. Na onda, surfam o Metrópole, Paissandu e Olido, com espaços grandiosos, entre outros. O naufrágio dos camelôs, modernização do estaleiro urbano – fios elétricos subterrâneos, relógios, bancas de jornal etc. – estão previstos. Como um pier para 800 pequenas embarcações (automóveis) sob a igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu. O projeto ainda pretende que muitas das salas assumam novas funções, como a de teatros, casas de espetáculos e afins. Sem contar com uma boa parcela da injeção de R$ 100 milhões patrocinada pelo BID (Banco Mundial), possivelmente destinada à região, a reforma do Bar Brahma – em seus 60 anos de navegação – prepara-se para enfrentar o grande tsunami que se forma no horizonte: arte, lazer e diversão hão de soçobrar os sargaços que teimam invadir a nossa bela orla... Viva o Centro! Brahmi nha - Avenida Ipiranga, 787, Centro, tel: (11) 3333-0855.

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

José Guilherme Ferreira

O

aprimoramento dos métodos de análise química tem possibilitado a "reabertura" de várias pesquisas arqueológicas, a partir de peças então "estocadas" em universidades e museus. É o caso do conjunto de seis jarros descobertos em 1968 pela pesquisadora Mary Voigt, reponsável pelas escavações de uma grande "cozinha" neolítica (5.400-5.000 a.C.) em Hajji Firuz, norte das montanhas Zagros, no atual Irã. Os resíduos amarelados nos fragmentos de um desses potes já intrigavam Mary na época da descoberta. Pareciam acumulações

de leite ou iogurte. Os testes disponíveis, entretanto, não confirmaram a hipótese. A idéia de "reabrir" o caso, 25 anos depois, foi do cientista Patrick E. McGovern (foto), que nas últimas décadas tem feito do seu laboratório na Universidade da Pennsylvania um posto avançado dessa Nova Arqueologia Molecular e dos esforços para construir uma história abrangente da cultura do vinho. McGovern é pesquisador sênior do Museu de Ciências Aplicadas em Arqueologia da universidade americana. Ali, passou a analisar os resíduos que impregnaram a cerâmica neolítica. Um dos processos usados foi o de cromatografia (onde moléculas podem ser separadas). E os componentes químicos foram aparecendo. Aquele jarro de 9 litros amarzenara vinho, sim, mais de 7 mil anos atrás. Detalhes técnicos desta e outras descobertas são relatadas no livro Ancient Wine - The Search for The Origins of Viniculture, editado pela Universidade de Princeton.

http://www.sas.upenn.edu/~mcgovern/ http://pup.princeton.edu/titles/7591.html/


Ano 81 - Nº 22.078

São Paulo, sexta-feira a domingo, 3 a 5 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h20

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Oscar pensador A festa do Oscar, no domingo, com TV para o mundo inteiro, vai mostrar que os 5 filmes selecionados pela Academia estão longe do puro entretenimento e convidam à reflexão. Brokeback Mountain (com Ledger) ousa com o amor entre cowboys. Capote (com Hoffman) revive a aura de Truman, o cáustico escritor de A Sangue Frio. Munique, de Spielberg, reconta o massacre de israelenses na Olimpíada de 1972 e gera protestos. Boa Noite e Boa Sorte malha o macarthismo Crash-No Limite atira contra Los Angeles. Desta vez, o Oscar diz não à banalidade.

MELHOR ATOR: Ledger, Howard, Phoenix, Strathairn e Hoffman (foto)

O Segredo de Brokeback Mountain: entre os mais cotados

E mais Prepare-se para a 19ª Bienal Internacional do Livro, que começa dia 9 no Anhembi. Vai expor 210 mil títulos. E veja a mostra Equipe Crônica, na Pinacoteca. Um show bemhumorado de arte vindo da Espanha.

DCultura

E O OSCAR DE MELHOR 'AUTUAÇÃO' VAI PARA... O LEÃO O leão do Fisco, ator com cara de malvado, esteve bem em cena em 2005: rugiu alto e não deu trégua para os contribuintes. Com garras afiadas, alcançou 230.405 pessoas físicas e jurídicas, ante as 189.744 atingidas em 2004. O valor total das multas, entretanto, caiu em relação ao ano anterior: R$ 51,5 bilhões. Economia/ 1

Lula, Alckmin e Serra embolados em São Paulo Pequisa Ibope mostra que o presidente Lula e o governador Geraldo Alckmin estão empatados com 32% das intenções de voto no Estado de São Paulo. Quando a opção tucana é o prefeito paulistano, há também empate técnico entre Lula (32%) e José Serra (31%). Pág. 6

MELHOR DIRETOR: Miller, Haggis, Spielberg, Lee (foto) e Clooney

MELHOR ATRIZ: Zhang, Huffman, Theron (foto), Dench e Knightley

O presidente Lula, durante assinatura de decreto para promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia Evaristo SA/AFP

IRMÃOS DANIEL EM FUGA Foram ameaçados após afirmarem na CPI que assassinato de prefeito foi político. Pág. 3

Okamotto e os brochinhos do PT CPI quer reconvocar presidente do Sebrae e ex-proprietário da Red Star. Pág. 4

DUDA MENTIU, DIZ CPI Publicitário de Lula teria recebido mais de R$ 11 milhões. Pág. 4

Ministros de Lula em debandada Agnelo Queiroz e Miguel Rossetto são candidatos Pág. 5 Fotos: Divulgação

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. Mínima 20º C.

PAPÉIS AO ALTO! CONFUSÃO E ASSALTO. Todo cuidado na saída dos bancos é pouco. Há uma nova modalidade de assalto nas ruas centrais da cidade. Os ladrões tiram a atenção das pessoas, criando uma chuva de papel, e bye bye carteira, dinheiro e documentos. Página 8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de março de 2006

LEGAIS - 9

BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO C.N.P.J. Nº 43.798.594/0001-30 - NIRE 35300057783 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, vimos apresentar e submeter à sua apreciação os balanços patrimoniais e demais demonstrações financeiras concernentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhados do parecer dos auditores independentes. A Administração coloca-se à disposição dos Senhores Acionistas para outros esclarecimentos que forem solicitados. Balanços patrimoniais em 31 de dezembro (Em milhares de reais) Ativo Circulante Caixa e bancos Aplicações financeiras Contas a receber de clientes (Nota 3) Estoques (Nota 4) Impostos a recuperar Outros créditos

2005

2004

2.354 2.733 – 2.572 33.095 41.637 50.997 54.129 5.510 1.753 726 617 92.682 103.441

Realizável a longo prazo Depósitos judiciais Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) Outros créditos Permanente Investimentos Imobilizado (Nota 6) Diferido (Nota 7)

Total do ativo

2.118 2.597

2.152 1.534

1.240 130 6.085

937 160 4.783

11 78.251 7.848 86.110

11 53.930 10.146 64.087

184.877 172.311

Passivo e patrimônio líquido Circulante Fornecedores No país No exterior Empréstimos (Nota 8) Salários e encargos sociais Imposto de renda e contribuição social Impostos a recolher Juros sobre capital próprio a pagar Partes relacionadas (Nota 5) Outras obrigações Exigível a longo prazo Imp. de renda e contrib. social diferidos (Nota 9) Provisão para contingências (Nota 10) Partes relacionadas (Nota 5) Patrimônio líquido (Nota 11) Capital social Reserva de capital Reserva de reavaliação Reserva de lucros Lucros acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

2005

2004

2.447 2.193 29.335 3.015 – 2.022 7.945 4.594 2.164 53.715

4.044 164 31.726 3.836 5.924 1.296 5.443 3.638 1.546 57.617

1.570 2.167 5.551 9.288

1.519 2.328 7.848 11.695

61.800 41.000 1.882 1.882 7.048 7.223 7.219 5.809 43.925 47.085 121.874 102.999 184.877 172.311

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido (Em milhares de reais) Reserva Reserva de capital de lucros Capital Incentivos Reserva de social fiscais reavaliação Legal Em 31 de dezembro de 2003 41.000 1.308 7.398 3.991 Realização da reserva de reavaliação do ativo imobilizado – – (265) – Realização do imposto de renda e contribuição social sobre a realização da reserva de reavaliação – – 90 – Incentivos fiscais – 574 – – Ajustes de exercícios anteriores – – – – Lucro líquido do exercício – – – – Juros sobre o capital próprio (R$ 49,25 por lote de mil ações) – – – – Apropriação para reserva legal – – – 1.818 Em 31 de dezembro de 2004 41.000 1.882 7.223 5.809 Realização da reserva de reavaliação do ativo imobilizado – – (265) – Realização do imposto de renda e contribuição social sobre a realização da reserva de reavaliação – – 90 – Aumento do capital social 20.800 – – – Ajustes de exercícios anteriores – – – – Lucro líquido do exercício – – – – Juros sobre o capital próprio (R$ 71,92 por lote de mil ações) – – – – Apropriação para reserva legal – – – 1.410 Em 31 de dezembro de 2005 61.800 1.882 7.048 7.219

Lucros acumulados 18.964 265

Total 72.661 –

(90) – (176) 36.344 (6.404) (1.818) 47.085 265

– 574 (176) 36.344 (6.404) – 102.999 –

(90) (20.800) (8) 28.230 (9.347) (1.410) 43.925

– – (8) 28.230 (9.347) – 121.874

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Contexto operacional 2005 2004 A Brasmetal Waelzholz S.A. Indústria e Comércio (“Companhia”), com C.D. C.D. União Souto sede na cidade de Diadema - SP, tem como atividade preponderante Waelzholz Waelzholz Brasileira Vidigal a industrialização, comercialização, representação, importação e exCenter Trading de Vidros S.A. Total Total portação de metais ferrosos em geral e seus derivados. Saldos Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE, de 24 de maio de 2004, Contas a foi aprovada a incorporação da sociedade Serra do Rio Rastro Emreceber – – – – – 877 preendimentos e Participações Ltda. (“SRR”) que detinha 51% de Contas a participação no capital da Companhia. O objetivo dessa incorporapagar ção foi possibilitar a racionalização de custos e processos Circulante – – – 4.594 4.594 3.638 operacionais, conforme estratégia definida pelos acionistas. Longo prazo – – – 5.551 5.551 7.848 O acervo líquido da SRR em 31 de dezembro de 2003 era composto Transações como segue: Vendas 2.019 85 29 – 2.133 2.300 Ativo Compras – 2.205 – – 2.205 1.050 Investimento 37.056 Os saldos de contas a receber e a pagar não estão sujeitos a Ágio, líquido da provisão p/redução ao valor de realização 11.486 encargos financeiros. Total do acervo líquido incorporado 48.542 6. Imobilizado 2005 2004 Taxas Após as eliminações das participações entre as empresas, o monCusto Depreanuais tante de R$ 11.486, correspondente à diferença entre o valor do acercorri- ciação de vo líquido da SRR incorporado e o respectivo valor patrimonial da gido acumul. Líquido Líquido deprec. participação da SRR na Companhia, vem sendo reembolsado à Souto Terrenos 6.091 – 6.091 6.091 Vidigal S.A. (única quotista da SRR) na medida e proporção da realiEdificações 36.940 (14.780) 22.160 15.606 4% zação dos benefícios financeiros decorrentes da incorporação. Máqs. e equiptºs. 82.575 (54.129) 28.446 25.828 10 a 20% O montante de R$ 11.486 representa o benefício fiscal do imposto de Móveis e utensílios 2.104 (1.092) 1.012 901 10% renda e da contribuição social decorrente da dedutibilidade da amorInstalações 3.903 (1.220) 2.683 824 10 a 20% tização do ágio, nos termos da legislação vigente. Equiptºs. informática 2.972 (2.123) 849 599 20% 2. Principais práticas contábeis Veículos 584 (395) 189 250 20% (a) Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e Imobilizado em estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas andamento 16.821 – 16.821 3.831 contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Total 151.990 (73.739) 78.251 53.930 Lei das Sociedades por Ações. Os valores relativos a encargos de depreciação estão registrados Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar nas seguintes rubricas do resultado: estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transa2005 2004 ções. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanCustos dos produtos 7.813 7.083 to, várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo Despesas administrativas 261 247 imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e Despesas comerciais 49 43 outras provisões. Os resultados reais podem apresentar variações 8.123 7.373 em relação às estimativas. (b) Apuração do resultado 7. Diferido 2005 2004 O resultado do exercício é apurado pelo regime de competência. Amortiz. (c) Ativos circulante e realizável a longo prazo Custo acumul. Líquido Líquido A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com Acervo líq. incorpor. da SRR base na análise individual das contas a receber e considera a expecÁgio 33.781 (10.697) 23.084 29.840 tativa da administração quanto a prováveis perdas. Provisão para redução do Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou proágio ao valor de realização (22.295) 7.059 (15.236) (19.694) dução, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2005 11.486 (3.638) 7.848 10.146 As importações em andamento são demonstradas ao custo específico incorrido. 8. Empréstimos 2005 2004 O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são consOperações de “compror” 26.881 31.726 tituídos sobre as diferenças temporárias consideradas na apuração Adiantamentos de contratos de câmbio 2.454 – do lucro real compensáveis com lucros tributáveis futuros, assim como 29.335 31.726 sobre a reserva de reavaliação e o imposto de renda sobre a depreciação acelerada incentivada registrados no passivo. Os demais ativos são apresentados aos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e às variações monetárias e cambiais auferidas. (d) Permanente É demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Reavaliação dos terrenos e edifícios realizada em anos anteriores. • Depreciação dos bens do imobilizado pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 6, que levam em consideração a vida útil-econômica dos respectivos bens. • Amortização do ativo diferido, pelo método linear, em 60 meses. (e) Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias ou cambiais incorridos. A apuração do imposto de renda e da contribuição social foi calculada de acordo com a legislação fiscal vigente. 3. Contas a receber de clientes 2005 2004 Contas a receber de clientes No país 29.047 35.028 No exterior 4.236 6.827 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (188) (218) 33.095 41.637 4. Estoques Matérias-primas Produtos em elaboração Produtos acabados Materiais auxiliares e outros Provisão para ajuste ao valor de realização

2005 12.554 12.212 18.202 9.246 (1.217) 50.997

2004 14.782 13.655 17.886 7.806 – 54.129

5. Partes relacionadas Os principais saldos e transações com empresas ligadas estão demonstradas a seguir:

As operações de “compror” têm prazo máximo de duzentos e cinqüenta e nove dias, encargos financeiros prefixados de 1,42% a 1,54% ao mês e são utilizados em operações de liquidação de obrigações com fornecedores. 9. Imposto de renda e contribuição social (a) A Companhia mantém registrado em 31 de dezembro de 2005, no ativo realizável a longo prazo, crédito fiscal diferido, no montante de R$ 1.240 (2004 - R$ 937) decorrente de diferenças temporárias sobre base de cálculo de imposto de renda e contribuição social. (b) A Companhia mantém registrados no passivo exigível a longo prazo imposto de renda e contribuição diferidos referentes à depreciação acelerada e sobre a reserva de reavaliação nos montantes de R$ 448 (2004 - R$ 560) e R$ 869 (2004 - R$ 959), respectivamente. Adicionalmente, no exercício de 2005, a Companhia registrou contribuição social sobre o lucro no montante de R$ 253, referente a Lei nº 11.051, artigo 1º, de 29 de dezembro de 2004. O referido montante foi compensado a razão de 25% sobre a depreciação contábil de máquinas e equipamentos, destinados ao processo industrial, ocorridas a partir de 1º de outubro de 2004. (c) Conciliação entre o imposto de renda e a contribuição social, nominais e efetivas. 2005 2004 Lucro antes do imp. renda e da contrib. social 35.625 51.048 Juros sobre capital próprio (9.347) (6.404) 26.278 44.644 Alíquota nominal - % 34 34 Imposto de renda e contribuição social, nominais (8.935) (15.179) Conciliação - imp. renda e contribuição social Depreciação acelerada (41) (133) Excedente de previdência privada – (436) Outras adições e exclusões permanentes líquidas 65 (228) Incentivos fiscais – 388 Reversão da provisão para redução do ágio ao valor de realização 1.516 884 Imposto de renda e contribuição social, efetivos (7.395) (14.704)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO LUIS ROBERTO SOUTO VIDIGAL Presidente

Lucro líquido por ação do capital social no fim do exercício - R$

0,22

0,28

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das origens e aplicações de recursos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais) Origens dos recursos 2005 2004 Das operações sociais Lucro líquido do exercício 28.230 36.344 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Provisão p/ reversão de perdas com incent. fiscais (117) 574 Depreciações e amortizações 16.103 12.656 Valor residual do ativo permanente baixado 742 792 Reversão da provisão para redução do ágio ao valor de realização (4.458) (2.601) Imposto de renda e contribuição social diferidos (303) (503) Provisão para contingências (161) 737 40.036 47.999 De terceiros Redução no realizável a longo prazo 282 – Aumento no exigível a longo prazo 164 7.848 Incentivos fiscais – 574 446 8.422 Total dos recursos 40.482 56.421 Aplicações dos recursos No realizável a longo prazo No ativo imobilizado Acervo líquido da SRR incorporado Juros sobre capital próprio Redução do exigível a longo prazo Ajustes de exercícios anteriores Total das aplicações Aumento (redução) no capital circulante, líquido Variações do capital circulante Ativo circulante No fim do exercício No início do exercício

1.164 34.410 – 9.347 2.410 8 47.339 (6.857)

1.457 17.701 11.486 6.404 – 176 37.224 19.197

92.682 103.441 103.441 57.983 (10.759) 45.458

Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício Aumento (redução) no capital circulante, líquido

53.715 57.617 (3.902) (6.857)

57.617 31.356 26.261 19.197

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 10. Contingências A Companhia vem discutindo, nas diversas esferas judiciais, processos de natureza tributária e trabalhista. Nos casos em que seus assessores jurídicos, internos ou externos, consideram remotas as possibilidades de êxito, a Companhia constituiu provisão para perdas em valores considerados suficientes para cobrir eventuais desfechos desfavoráveis. 11. Patrimônio líquido (a) Capital social O capital social, subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 no valor de R$ 61.800 (2004 - R$ 41.000), é composto por 130.000.000 ações (2004 - 130.000.000) e está distribuído como demonstrado a seguir: Ações 2005 2004 Souto Vidigal S.A. 66.298.154 66.298.154 C.D. Waelzholz Trading GmbH 63.699.999 63.699.999 Outros 1.847 1.847 130.000.000 130.000.000 Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 9 de março de 2005, os acionistas deliberaram o aumento do capital social, mediante capitalização dos lucros acumulados, no montante de R$ 20.800, sem emissão de novas ações. (b) Reserva de reavaliação Foi realizada no exercício, mediante reversão para lucros acumulados, a parcela de R$ 265 (2004 - R$ 265), do saldo de reserva de reavaliação constituída em exercícios anteriores. A realização é proporcional à depreciação dos correspondentes bens reavaliados, registrados no ativo permanente. Do total da reserva, R$ 5.361 correspondem à reavaliação de terrenos, que somente será realizada na eventual venda desses ativos. (c) Juros sobre o capital próprio Nos exercícios de 2005 e de 2004, foram pagos ou creditados juros sobre o capital próprio no montante de R$ 9.347 (2004 - R$ 6.404). O montante dos juros sobre o capital próprio foi contabilizado na rubrica “Despesas financeiras”, conforme determina a legislação fiscal. Para efeito de apresentação das demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio foram revertidos da conta de despesas financeiras, sendo considerados como apropriação de lucros acumulados. (d) Reserva de lucros Refere-se a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital social. 12. Instrumentos financeiros Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a Companhia não possuía instrumentos financeiros envolvendo derivativos. Os demais valores de instrumentos financeiros, ativos e passivos, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, registrados nas contas patrimoniais, não apresentam valores de mercado significativamente diferentes dos reconhecidos nas demonstrações financeiras. 13. Benefícios de previdência privada complementar A Companhia possui plano de previdência privada complementar no modelo de contribuição definida, administrado operacional e financeiramente pela Unibanco AIG Seguros & Previdência, cujo objetivo principal é complementar os benefícios previdenciários oficiais. O custo do plano é compartilhado por contribuições dos empregados. O plano é extensivo a todos os empregados com salários superiores ao benefício previdenciário público, tenham mais de dez anos de tempo de serviço na Companhia e que tenham mais de 35 anos de idade. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a Companhia contribuiu ao referido plano de previdência privada o montante de R$ 250 (2004 - R$ 175). 14. Seguros A empresa adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens do imobilizado, estoques e créditos com recebimentos de clientes, assim como sobre responsabilidade civil. Em 31 de dezembro de 2005, os valores segurados pela empresa são os seguintes: Cobertura Importância segurada Imobilizado e estoques 70.335 Responsabilidade civil 800 DIRETORIA LUIS ROBERTO SOUTO VIDIGAL Diretor Presidente

Membros INGEBORG WAELZHOLZ-JUNIUS ALCIDES LOPES TÁPIAS DARIO FERREIRA GUARITA FILHO

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais, exceto o lucro por ação) Receita operacional bruta 2005 2004 Mercado interno 316.375 296.763 Mercado externo 21.562 26.251 Impostos e deduções de vendas (95.613) (85.456) Receita líquida das vendas 242.324 237.558 Custo dos prods. vendidos e dos servs. prestados (180.039)(159.633) Lucro bruto 62.285 77.925 (Despesas) receitas operacionais Com vendas (11.597) (13.066) Gerais e administrativas (5.835) (6.213) Despesas financeiras (9.604) (6.055) Receitas financeiras 2.080 1.274 Outras, líquidas (1.636) (2.159) (26.592) (26.219) Lucro operacional 35.693 51.706 Despesas não operacionais, líquidas (68) (658) Lucro antes do imp.renda e da contrib. social 35.625 51.048 Imposto de renda e contribuição social Do exercício (7.698) (15.207) Diferido 303 503 (7.395) (14.704) Lucro líquido do exercício 28.230 36.344

Dr. HANS-TONI JUNIUS HERMANN WEVER ROLF LEEVEN

Diretores PETER SERGIO PONDORF - OSMAR DI ANGELIS ANTENOR FERREIRA FILHO HÉLIO AMÉRICO FREIRE - Contador CRC-SP nº 144.739/O-2

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Brasmetal Waelzholz S.A. Indústria e Comércio 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Brasmetal Waelzholz S.A. Indústria e Comércio em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria

aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Brasmetal Waelzholz S.A. Indústria e Comércio em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de fevereiro de 2006 International Service Ltda. CRC 2SP009963/O-1

Paulo Cesar Estevão Netto Contador CRC 1RJ026365/O-8 “T” SP


segundo-feira, 6 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

7

1,63 3/3/2006

COMÉRCIO

por cento é a valorização acumulada em março pelo Ibovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)


DIÁRIO DO COMÉRCIO A África continua a ser objeto de abuso das grandes potências e muitos dos conflitos não teriam atingido seu estado atual se os interesses das grandes potências não estivessem por trás deles. Do papa Bento XVI, acusando os grandes interesses políticos e econômicos como responsáveis pelos conflitos no continente africano, durante reunião com padres de Roma.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

2 -.LOGO

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Aniversário do escritor colombiano, prêmio Nobel de Literatura, Gabriel García Márquez (1928)

J USTIÇA E M

C A R T A Z

Visão repressiva impera Depois de 21 anos de criação, pena alternativa ainda é pouco utilizada no Brasil Vinte pinturas sobre lâminas de serra do japonês Yasushi Taniguchi. Galeria Deco. Rua dos Franceses, 153, Telefone: 3289-7067. Das 10h às 19h. Entrada franca.

N EGÓCIOS

Barbie, um império em decadência A famosa Barbie, que mais do bonecas. Hoje, a Barbie tem entre que uma boneca já era um estilo de 30% e 35% do mercado. Um dos problemas da Barbie, vida, está com seu Tim Sloan/AFP segundo os analistas de império infantil em mercado, é que a boneca perigo: há três anos as envelheceu. Já a Bratz vendas da boneca estão parece mais jovem, em queda vertiginosa, segue tendências da pelo menos 13% ao ano, moda. Com cerca de 30 nos EUA, comprometendo os versões, com estilos, biografias e até signos lucros da fabricante Mattel. A ameaça ao diferentes. Mas as bonecas Bratz mantêm império Barbie tem nome, é a boneca Bratz. A série de algumas características do estilo Barbie: corpo desproporcional - no bonecas Bratz, lançada em 2001 pela MGA Entertainement, acelerou caso, uma cabeça grande demais e excesso de maquiagem. a falência da Barbie, que até então detinha 90% do mercado de www.bratz.com S OFTWARE

Apple também terá celular MP3

Dicionário e enciclopédia juntos

Especialistas consultados pela agência de notícias Reuters acreditam que é uma questão de tempo para que a Apple, que ganhou o mercado de tocadores de MP3 com o iPod, lance uma versão de telefone celular com tocador de MP3. O aparelho já tem até nome de batismo - que, por enquanto, não passa de especulação - iPhone, e viria para concorrer com os modelos ROKR e SLVR com iTunes, da Motorola. A aposta é de que o iPod-telefone celular entre no mercado ainda este ano.

O Babylon, programa de traduções que já está na versão 5 e pode ser usado gratuitamente por 30 dias, anunciou que, agora, vem também com uma enciclopédia. Além do dicionário com mais de três milhões de verbetes em nove idiomas, o programa vem com os artigos da Wikipedia, a enciclopédia livre da internet com um milhão de artigos. Antes da Wikipedia, o Babylon já trazia o conteúdo da Enciclopédia Britânica, com mais de 28 mil verbetes e 2.000 ilustrações. A licença custa cerca de R$ 148.

H ISTÓRIA

L ITERATURA

AFP

Pesquisa revela o livro essencial

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A pistola de três canos em ouro, de 1802, presente do coronel inglês Thomas Thornton a Napoleão Bonaparte vai a leilão hoje. Lance mínimo: US$ 44 mil.

O livro que ninguém deve deixar de ler antes de morrer, segundo uma pesquisa feita pela BBC na Inglaterra, é de uma escritora norteamericana. O Sol É para Todos, de Harper Lee, lançado em 1960, retrata as relações raciais e de classe no sul dos Estados Unidos na década de 1930. A obra rendeu um Prêmio Pulitzer à autora, que é destaque do filme Capote, em cartaz no Brasil. Harper Lee foi assistente de Truman Capote na pesquisa para o livro A Sangue Frio.

Um hotel em qualquer lugar

A japonesa NEC lançou KotoHana (flor falante, em japonês) durante a feira CeBit. A flor usa uma tecnologia chamada Sensibility Technology (ST) para "sentir" as emoções de quem a segura (alegria, tristeza, raiva, etc) e muda de cor de acordo com o estado de espírito da pessoa. Ainda sem previsão para chegar ao mercado. www.nec.co.jp/press/ja/

Dica valiosa para quem viaja muito a trabalho ou a lazer é o site Hotel Guide. Ali, é possível conferir tarifas de diárias em hotéis de todas as categorias em qualquer região do mundo. Basta indicar a cidade, país ou região de destino e os dias de permanência, o tipo de hotel desejado e as tarifas aparecem na tela em instantes. Bom para comparar preços e as facilidades de cada hotel, o site tem também versões locais, inclusive uma brasileira, e traz em destaque tarifas promocionais nas principais cidades.

0603/0304.html

www.hotelguide.com

CADÊ A PRIMAVERA? - A 15 dias do início da primavera européia, o frio que castigou vários países da região teima em não ir embora. Em Munique, cidade alemã que sediará alguns dos jogos da Copa do Mundo, os trilhos dos trens permanecem embaixo da neve. A STRONOMIA

Mercúrio, asas nos pés Arte: O. Sequetin

ercúrio, com um diâmetro de 4.875 quilômetros, é o planeta mais p ró x i m o d o S o l , a uma distância de 58 milhões de quilômetros. O planeta completa sua translação num período de 88 dias, a uma rotação de 58,7 dias terrestres. De acord o c o m a s d e s c r ições, o planeta tem uma atmosfera tênue, com traços dos gases hélio e hidrogênio, o que o torna alvo fácil para os meteoros. É um planeta de contrastes. Na face voltada para o Sol, a temperatura chega a 430°C, na face oposta, os termômetros descem a -180°C. Há vestígios de vastos lençóis de gelo nos pólos. Mercúrio é, ao contrário da Terra – a que dista 92 milhões de quilômetros do Sol – uma esfera perfeita, com

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A TÉ LOGO

núcleo de aproximadamente 1.500 quilômetros, composto basicamente por ferro. Sua gravidade é de um terço em relação à da Terra. É o menor planeta do sistema solar, à exceção de Plutão. Entre 1974 e 1975 a sonda Mariner 10 revelou que o planeta tem uma superfície semelhante à da Lua.

O planeta foi observado por telescópio pela primeira vez por Galileo Galilei, em 1610 e seu nome tem origem grega. Os g r e g o s b a t i z avam os planetas em homenagem aos deuses. Como Mercúrio é o planeta que gira mais rápido ao redor do sol, a escolha, na hora de batizar o planeta, recaiu sobre Hermes, o mensageiro que possuía asas nos pés. Na mitologia romana, Hermes corresponde ao deus Mercúrio. Na astrologia, o planeta exerce várias influências. Regente dos signos de Gêmeos e Virgem, Mercúrio favorece a comunicação, inteligência, relações comerciais e todo tipo de movimentação física, como passeios e pequenas viagens. (Armando Serra Negra)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Primos de Jean Charles, morto na Inglaterra, devem se encontrar com Lula no Reino Unido Sítio do Pica-Pau Amarelo vira balzaquiano com lançamento de trilha sonora original

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As emoções à flor da pele

Japão cria gasolina 'alternativa' Cientistas do Japão, país pobre em energia, anunciaram ter encontrado uma nova fonte de combustível - estrume de gado. Uma equipe da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio extraiu com sucesso 1,2 mililitros de gasolina de cada cem gramas de estrume, aplicando pressão e calor. Além de combater a escassez de petróleo e a poluição, a técnica poderá acabar com um dos problemas dos criadores de gado: como se livrar da grande quantidade de detritos produzidos por seus animais. Cerca de 500 mil toneladas métricas de estrume são produzidos a cada ano no Japão. B RAZIL COM Z

Tucanos, destaque do New York Times O jornal norte-americano The New York Times publicou no fim da semana uma matéria sobre a guerra entre o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra, que mobiliza o PSDB. A reportagem, intitulada "Oposição brasileira ansiosa para definir um candidato à Presidência" afirma que o tucanato teme que a demora do partido em definir logo quem será o candidato do partido nas próximas eleições acabe reforçando a candidatura Lula. O texto mostra ainda de onde vem o temor dos tucanos: as recentes pesquisas de intenção de voto, que mostram a recuperação de Lula e sua vantagem sobre os pré-candidatos do PSDB. S AÚDE

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F AVORITOS

são usadas", afirma a professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Maíra Machado. Estrutura – Em 2004, havia sete centrais no Estado. "O plano é chegar até o fim de 2006 com 32", revela Mauro Rogério Bitencourt, diretor do departamento de Reintegração Social da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Na capital, só há uma CPA. Em parceria com a Prefeitura, a SAP planeja montar uma central só para mulheres e outras cinco até o fim do ano. "O Ministério da Justiça recomenda à Justiça que monte Varas de Execução especializadas em penas alternativas", diz o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Maurício Kuehne. Há 8 varas de penas alternativas no País. Segundo ele, o Judiciário está menos relutante em aplicar sanções alternativas. (AE)

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G @DGET DU JOUR

há 28.177 processos em andamento. Todos os crimes apreciados têm penas de até um ano, que podem ser transformadas em alternativas. O Brasil tem 39 Centrais de Penas Alternativas (CPA), que ajudam o juiz a adaptar a sanção ao perfil do condenado e fiscalizar seu cumprimento. Em 1990, havia em São Paulo 14 presídios – e delegacias – abarrotados de presos. Em 2005, o número de presídios saltou para 130. No Estado, o déficit de vagas chega a 30 mil. "O Brasil tem uma ideologia repressiva. Impera a visão de que a única resposta para o crime é a cadeia", diz o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. "As penas alternativas são mais um exemplo de políticas públicas apropriadas que não

Christof Stache/Asssociated Press/AE

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T ECNOLOGIA

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certidão de nascimento já tem 21 anos, mas o sistema de penas alternativas ainda engatinha no Brasil. Além de poder ser uma punição mais de acordo com o crime, a fiscalização de quem cumpre pena alternativa custa cerca de R$ 60 por mês, enquanto um preso custa quase R$ 800. O índice de reincidência do preso varia de 70% a 80% e, no caso da pena alternativa, cai para 12%. Mas ainda se prefere mandar à cadeia, com assassinos e estupradores, quem furtou um frasco de xampu. No Estado de São Paulo, projeções otimistas apontam para 50 mil penas e medidas alternativas aplicadas. Para efeito de comparação, no Juizado Especial Criminal da Barra Funda, que concentra metade das ações por crimes de menor potencial ofensivo na capital,

C IÊNCIA

Aos 68 anos, Willy Corrêa recebe homenagem com concerto e lançamento de CD duplo

Vacinado contra dor de ouvido Cientistas da República Tcheca desenvolveram uma vacina contra infecções de ouvido em crianças de até 15 meses. Além de dolorosa, a otite pode provocar danos ao ouvido. A vacina, divulgada na revista médica The Lancet, a vacina é efetiva contra duas bactérias, streptococcus pneumoniae e haemophilus influenzae. "Constatamos uma redução de cerca de um terço nos casos de otite aguda confirmados por especialistas", disse Roman Prymula, da Universidade de Defesa em Hradec Kralove, que liderou os testes com a vacina, feitos em 5 mil bebês. Médicos britânicos criticaram a vacina e acreditam que ela pode ser prejudicial à saúde. www.thelancet.com

C OPA 2006

Seleção alemã em latas de Coca-Cola Numa jogada de marketing inédita, a Coca-Cola vai participar da Copa do Mundo da Alemanha antecipando, nas latinhas de refrigerantes, quem são os jogadores escalados para a seleção alemã. Os primeiros 16 jogadores terão seus rostos nas latinhas no final deste mês. "Preparamos uma lista de jogadores que esperávamos estar na seleção e apresentamos a (Oliver) Bierhoff [gerente da seleção]. Ele disse que a lista estava certa", afirmou Claudia Fasse, porta-voz da Coca-Cola em Berlim. Entre os 16 selecionados estão Oliver Kahn (goleiro do Bayern de Munique) e Kevin Kuranyi, do Schalke 04.


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Nacional Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Segunda-feira, 6 de março de 2006

Em 2004, o Brasil exportou 290 milhões de euros para a Áustria e importou 230 milhões de euros.

EMPRESÁRIOS BRASILEIROS VÃO A VIENA

Vito Acconci/AFP

Áustria quer ampliar comércio bilateral com brasileiros Com Produto Interno Bruto de 240 bilhões de euros e população com renda per capita de 27 mil euros, a Áustria quer melhorar seu comércio com países da América Latina, cujo parceiro principal já é o Brasil, à frente do México e Estados Unidos. A viagem de uma missão empresarial para lá já está marcada para maio.

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Áustria resolveu mostrar que é muito mais do que o berço de personalidades ilustres. Conhecida por seus vários compositores, como Wolfgang Amadeus Mozart, Johann Strauss, Sr. e Jr., Arnold Schoenberg, pelo físico Ludwig Boltzmann, pelos filósofos Karl Popper e Ludwig Wittgenstein e pelo seu mais ilustre filho, o psicanalista Sigmund Freud, ela está também entre os dez países mais ricos do mundo. E quer melhorar essa posição com a ampliação do comércio com os latinos, em especial, brasileiros. Entre as iniciativas para fomentar esse comércio, no próximo dia 12 de maio ocorrerá no Palácio Imperial, em Viena, um encontro entre os chefes de Estado da América Latina, da União Européia e do Caribe, com a presença de 250 empresários do mundo inteiro. "A idéia é fomentar a cooperação de negócios entre América Latina e Europa, com maior participação dos empresários brasileiros na Áustria", explica

Hélio Nicolletti, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e coordenador do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio, que estará presente junto a empresários brasileiros. Antes porém, nos dias 10 e 11 de maio, o país promoverá o projeto Going to Brazil para que os empresários locais tomem conhecimento da economia brasileira. "O Brasil é extremamente rico, mas carrega o problema de não ser muito conhecido na Europa, que tradicionalmente negocia mais com o Leste", acrescenta Nicolletti. Segundo o cônsul da Áustria no Brasil, Peter Athanasiadis, a imagem brasileira está ainda muito atrelada ao futebol, às mulatas e ao Carnaval. "Também têm a informação deturpada de que por aqui não se faz outra coisa senão destruir a Floresta Amazônica. Muitos sabem que se produz café, mas erram ao nomear a Colômbia como a melhor detentora do produto", diz o cônsul. Com Produto Interno Bruto (PIB) de 240 bilhões de euros,

os austríacos possuem uma das maiores rendas per capita do mundo, de cerca de 27 mil euros, em 2005. A posição estratégica, localizada na Europa Central, é um dos grandes chamarizes do país. Além disso, sua capacidade de exportação tem atraído uma série de países, entre eles, o Brasil. "Atualmente, o Brasil é o maior parceiro comercial em toda a América Latina, muito mais importante do que o México e até mesmo do que os Estados Unidos", diz Athanasiadis. Em 2004, o Brasil exportou ao país 290 milhões de euros e importou 230 milhões de euros. "Apesar de mais exportar que importar, o interesse brasileiro pelos produtos da Áustria é maior a cada ano e tende ao crescimento", diz o cônsul. Interesse – Dentre os produtos nacionais de maior interesse para os austríacos estão máquinas, aviões, frutas tropicais, sucos, café, madeira, móveis, minério de ferro e veículos. Já a Áustria, segundo Athanasiadis, exporta geradores, turbinas, máquinas, aparelhos

Além de atrações turísticas, como a ilha flutuante, país oferece inúmeras oportunidades de negócios Frâncio de Holanda/LUZ

autopropulsores e polímeros. Mas o Red Bull é o produto mais conhecido no mercado nacional. A bebida energética, assim como a Flying Horse, é fabricada e enlatada na Áustria. "É um fenômeno mundial. Apenas nos Estados Unidos se vende mais de US$ 300 milhões ao ano. Não à toa a empresa tem a potência de uma Coca-Cola, e um market share, ou seja, participação no mercado, de 80% no mundo", afirma o cônsul. Mercados – Apesar de São Paulo ser o maior pólo econômico do País, a Áustria deseja aumentar investimentos nos estados do Paraná e de Minas Gerais. De acordo com Athanasiadis, a logística e a proximidade desses mercados com outros estados devem garantir ótimas parcerias. "O açúcar, em especial, deve ser o produto de maior elo nos negócios entre o Paraná e a Áustria", diz. Os setores moveleiro, têxtil, madeireiro e serviços (turismo) tam-

Peter Athanasiadis, cônsul da Áustria no Brasil, quer incrementar negócios

bém despertam interesse. Já Minas Gerais, explicou Athanasiadis, é um dos estados mais importantes nesse comércio bilateral. Em 2004, Minas vendeu para a Áustria cerca de US$ 10 milhões, e comprou US$ 22 milhões. "A maior parte dos produtos mineiros que seguem para a Áustria, como o minério de ferro,

café e ardósia, chega à Europa a partir de portos instalados em países como Alemanha e Holanda, e acaba entrando nas estatísticas dessas nações." Entre os produtos exportados para a Áustria pelas empresas mineiras, o cônsul destaca automóveis, autopeças e eletrodomésticos. Ana Laura Diniz


PINGA-

FOGO Lulla é o mesmo que Collor? O Islã é um perigo?

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

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Li a pobre coluna do publicitário Neil Ferreira e o que me chamou a atenção foi ele grafar o nome do presidente Lula com dois "eles". Ele escreve Lulla. Não é preciso ter a inteligência de um publicitário para perceber que é uma referência ao Collor. Com o seu asco por Lula, concluo que em 1989 ele votou no Collor. Agora, não sei se ele trata o Lula, grafando como se fosse Collor, uma coisa boa ou ruim. Se for ruim, ele é um dos culpados da eleição do Caçador de Marajás. O que acho mais interessante é ele esquecer as compras de votos do FHC, das ajudas abençoadas aos bancos, da entrega do País com as privatizações, e muito mais. Mas, diz aí Neil: você votou no Color ou no Lulla em 1989?

DOISPONTOS -11 11

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O senhor Olavo de Carvalho pisou na bola. Não sei se de modo deliberado, pois normalmente seus comentários, ainda que determinados, são não tão dispersivos. Ou perdeu a estribeira. Em ambos os casos, porém, seu estilo normal está longe do apocalipse que desenhou no artigo O novo Império Mongol. O que acontece realmente é que os plutocratas e belicistas de plantão pretendem de um jeito ou de outro levar-nos à 3ª Guerra Mundial. Tentam nos impingir a idéia de que há perigo no Islamismo. Deus, Yhwe ou Alá é um só e não indicou nenhum povo como o escolhido. Isso são apenas idéias errôneas de alguns desavisados pré-históricos. F.HABL JR., CAPITAL. CONTRAÇÃO DO NOME DE UM SANTO ESLAVO)

ZECA@AUTOINFORME.COM.BR

ZOCOR@IG.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Patinho feio

Eduardo Nicolau/AE

Trabalho em cooperativa seria uma solução, não fosse o pouco-caso

As relações de trabalho em todo mundo têm sofrido grandes alterações, em virtude do dinamismo e a competitividade do mercado, do avanço das comunicações e da redefinição do trabalho humano, físico e intelectual. A busca sistemática pela redução nos custos de produção tem obrigado milhões de pessoas a ingressarem no mercado de trabalho pela porta da informalidade, em meio a diminuição relativa dos postos de trabalho. No Brasil, 57% da população vive na informalidade, sem FGTS, sem aposentadoria, sem férias ou pensão. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, de cada cem novos postos de trabalho gerados no País, cerca de 85 estão na informalidade. Não é a toa que a conta previdenciária não fecha, são milhões que não recolhem INSS, não pagam o imposto de renda, vivem pulando de emprego em emprego, sem qualquer capacitação profissional, são brasileiros que sobrevivem à margem da sociedade – trocando em miúdos, são pessoas que não dispõem de qualquer proteção, são as vítimas do subemprego. Em meio a essa realidade assustadora, uma alternativa real e honesta surge com o fortalecimento das cooperativas de trabalho. Primeiramente, temos de entender os princípios que regem este importante ramo cooperativismo, muitas vezes confundido com “as cooperativas de fachada”, que utilizam-se desta denominação para simplesmente burlar as leis trabalhistas. Uma cooperativa de trabalho é uma associação de pessoas que buscam, no esforço conjugado de todos, melhorar sua situação social e econômica, deixando de ser assalariadas para transformar-se em donas do seu próprio destino – pondo o capital a serviço do homem. Trata-se de uma forma de combater o desemprego e a informalidade, abrindo oportunidades de trabalho por meio do estímulo ao empreendedorismo. Uma fonte de produção ou prestação de serviços, governada, administrada e desenvolvida por todos os seus associados, que tem como objetivo conseguir condições de trabalho justas, participação e responsabilidade integral na marcha do seu empreendimento e dos resultados econômicos e sociais. Em 2005, segundo a Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), as cooperativas de trabalho aumentaram em 7% o número de cooperados, que hoje são mais de 118 mil trabalhadores reunidos em 340 empreendimentos. A expectativa da entidade é que o ramo continue a crescer e por este motivo o Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) oferece capacitação, treinamento e profissionali-

T

G A cooperativa de

trabalho é uma forma de combater o desemprego e a informalidade G Hoje são mais de 118 mil trabalhadores, reunidos em 340 empreendimentos. As cooperativas de trabalho aumentaram em 7% o número de cooperados em 2005.

zação continuada aos cooperados, além de incentivar e patrocinar projetos sociais, consolidando, assim, a prática social no cooperativismo. As cooperativas de trabalho recolhem 11% de contribuição previdenciária, 1,5% do imposto de renda sobre pessoa física (cooperado), além da empresa contratante recolher 15% de INSS sobre o contrato de prestação de serviços. Mesmo assim, infelizmente, o cooperativismo de trabalho sofre com o desconhecimento e a incompreensão por parte de algumas autoridades, cuja função é exatamente a de zelar pela harmonia nas relações do trabalho. Este é um dos objetivos da lei que instituiu a Política Estadual do Cooperativismo, de minha autoria e, recentemente, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin – valorizar o verdadeiro cooperativismo de trabalho. No parágrafo VI, do artigo 2º, está expresso que um dos objetivos desta nova legislação é que as cooperativas tenham o registro tanto na Ocesp como na Junta Comercial, na qual o cooperativismo terá um representante formal. Diante deste marco regulatório em nosso Estado, queremos eliminar este preconceito dos órgãos públicos, esclarecendo as arestas da legislação e proporcionando o desenvolvimento sustentável e duradouro desta alternativa realista de combate ao desemprego e a informalidade.

G A lei estadual que instituiu a Política Estadual do Cooperativismo quer eliminar o preconceito dos órgãos públicos contra as cooperativas de ramo trabalho não pode mais ser tratado trabalho, muitas como o “patinho feio” dentre os ramos do vezes confundidas cooperativismo. É lamentável e uma percomo cooperativas da imensa para o Brasil, que as cooperativas de "de fachada”. trabalho sejam desqualificadas e perseguidas por

O

segmentos da sociedade e autoridades constituídas, que exorbitando da compreensão legal, não reconhecem sua formalidade e acabam, na prática, fortalecendo as empresas “locadoras de mãode-obra”. As cooperativas estão prontas para oferecer, a uma parcela expressiva de brasileiros que não contam com qualquer proteção em suas atividades profissionais, uma relação de trabalho digna, legal e formal. A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop/SP), que ajudou a criar e a aprovar a Política Estadual do Cooperativismo, considera que parte de sua missão esteja cumprida. Agora, vamos lutar para que essa lei seja um instrumento de esclarecimento da atuação das cooperativas no ramo trabalho, eliminando distorções e promovendo os verdadeiros princípios que regem o ato cooperativo. Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

N ANTONIO DELFIM NETTO

DE CÓCORAS, NÃO MAIS !

(EMBORA PAREÇA, O MEU NOME NÃO É DE ORIGEM ÁRABE E SIM UMA

JOSÉ CARLOS PONTES DE ARAÚJO

ARNALDO JARDIM, DEPUTADO ESTADUAL PELO PPS, É COORDENADOR DA FRENTE PARLAMENTAR DO COOPERATIVISMO ARNALDOJARDIM@ARNALDOJARDIM.COM.BR

ão deveria surpreender, portanto, a revelação de pesquisa cobrindo as 10 principais regiões metropolitanas do País, com mais de mil consultas, divulgada no último dia 20 de fevereiro na Folha de São Paulo, mostrando a tragédia do desemprego que atinge a população jovem: 27% dos homens e mulheres entre 15 e 24 anos estão desempregados nessas regiões. Significa que, de cada 4 jovens, 1 está sem emprego e, o que é ainda mais grave, não está trabalhando nem está na escola. Seria menos assustador se estivessem numa escola, procurando aperfeiçoar seus conhecimentos para mais adiante pleitear a colocação no mercado de trabalho mas, na verdade, eles estão mesmo no caminho do desespero. O que podem eles fazer para mudar esta situação?

á vinte anos estamos vivendo uma situação de baixo desenvolvimento econômico, quase nenhum aumento de renda e vergonhosos índices de desemprego. Nesse período, a taxa média anual de crescimento do PIB foi de 2,3% e o aumento da renda per capita dos brasileiros ficou abaixo de 1% ao ano. Para ser um pouco mais preciso, como a taxa anual de crescimento da população foi de 1,4%, a renda subiu 0,9% ao ano nas duas últimas décadas, o que nunca antes tinha sido registrado no Brasil. Significa que, nessa marcha, tem que esperar oitenta e quatro anos para dobrar a renda do brasileiro, quer dizer, mais de três gerações. Isso se compara com as décadas de 50 ou 60 e 70, quando a economia cresceu 6% a 7% na média anual e a renda per capita dobrava praticamente à cada dez , doze anos.

H

Nunca estivemos numa condição tão dramática em matéria de desemprego da população Brasil nunca esteve numa condição tão dramática, assustadora mesmo, em matéria de desemprego da sua gente. É preciso insistir que isso foi sendo construído na medida em que sucessivas administrações não tiveram capacidade de praticar políticas que mantivessem a prioridade do crescimento, obrigação número 1 de qualquer economia dita "emergente". No passado mais recente, o governo social democrata trocou o trabalho duro do construtor pela facilidade enganosa do empréstimo externo e com isso empurrou o País para a armadilha da dívida. Ao contrair a dívida construiu igualmente a enorme carga tributária que impede o setor privado de produzir mais e criar os empregos que a sociedade necessita.

O

Ninguém agüenta o nhenhenhém do "é perigoso crescer". Perigoso é continuar de cócoras... Os governos (e aí incluo Executivo e Legislativo, nos três níveis, federal, estadual e municipal) têm que readquirir consciência muito rápida a propósito da questão do desenvolvimento. Há milhares de pequenos movimentos que as administrações locais podem iniciar, sinalizando que ninguém deve ficar parado porque é apenas uma questão de tempo ser atropelado. a esfera federal e nas estaduais o que se espera dos próximos governos (eleitos ou reeleitos) é que demonstrem capacidade de liderar as reformas que simplifiquem as relações de trabalho e que reduzam os embaraços para a criação e/ou extinção de empresas. É preciso aplainar os caminhos para o setor privado readquirir a confiança na retomada do desenvolvimento. Ninguém mais agüenta o nhenhenhém do "é perigoso crescer". Perigoso é continuar de cócoras...

N

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Ano 81 - Nº 22.079

São Paulo, segunda-feira 6 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h25

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

O VERÃO DO LEÃO David A. Northcott/Corbis

Na volta da praia, R$ 150 bilhões

Em três meses de veraneio, o Leão abocanhou R$ 150 bilhões, registrados ontem - façanha obtida em 2005 só em 15 de março. Economia/1 e www.impostometro.org.br Luiz Prado/LUZ

237 MIL

SUSTO EM SANTOS A sul-coreana Sandra Lee (foto) assustou-se com a fome do Leão: quase 50% de sua água mineral são impostos. Em Eco/5, outros sustos na praia.

exigem o Leão transparente A caravana tributária já coletou 237 mil adesões à transparência nos impostos em 19 cidades. Pelo www.deolhonoimposto.org.br, outras 4 mil.

Atenção: amanhã é dia de ficar de olho no imposto

SÓ FALTA TAXAR O AR

Participe: a reunião será no Esperia, às 10h. Eco/1 Paulo Pampolin/Hype

Leia editorial, na página 10

Em cartaz, o bairro em paz João Carlos Rodrigues/Futura Press

Na Freguesia do Ó, cinema ao ar livre recupera da bandidagem um terreno da Prefeitura. Páginas 6 e 7

MST lança 2006 Vermelho O ano começa para o MST com 15 invasões. Página 9

Reginaldo Castro/Lancepress

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 18º C.

Só, e feliz. É o Santos

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 16º C.

O gol de pênalti de Léo Lima (foto) fez toda a diferença na partida equilibrada com o Palmeiras. Levou o Santos à liderança isolada do campeonato, num feliz fim de semana. DC Esportes


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Crianças na administração e segurança Garotada elegeu prefeitinho, vice-prefeitinho e tesoureiro para a praça. Além disso foi montada uma equipe de segurança mirim para garantir o sossego nas exibições. Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Sem dinheiro. Com vontade.

E

Um Alfredo e vários Totós

Q

Murilo, viceprefeitinho, Tiago, prefeitinho, João Paulo, segurança, e Juliana, fornecedora de pipoca (foto maior), trabalham com animação para que não apareçam problemas na hora da exibição dos filmes. Ao lado e no destaque, o público: cada vez maior.

Neste ponto, o cinema já não reunia apenas os vizinhos. Moradores de ruas próximas, de níveis social, cultural e econômico diferentes, de variadas idades, se aproximaram para assistir o filme. "Vi pessoas que nunca tinham saído de casa para uma atividade no bairro. Algumas nunca tinham ido ao cinema. Não sabíamos que éramos capazes de realizar algo assim", fala Almir, que passou a adotar um livro de presença. "São crianças de todos os níveis se co nhec endo melhor. Talvez consigamos ensiná-los a respeitar os coleguinhas e a não se envolver com coisas erradas. Já estamos tendo retorno: muitos deixaram de falar palavrão". A turminha de mais idade e os mais briguentos também ganharam uma função. Fazem parte da equipe de segurança, formada por Diego Borim, de 14 anos, João Paulo Gondim de Freitas, de 13 anos, e Danilo Mariano Gomes, de 14, entre outros. "A gente não deixa ninguém passar na frente do telão,

não deixa os baixinhos brigarem, jogar pedra e nem correr pra rua, porque é perigoso", diz João Paulo. "É uma função importante e ainda dá pra assistir o filme", orgulha-se Diego, que mantém "um olho na tela e outro na galera". Mas nem tudo é moleza. A atração também recebe críticas, especialmente se o filme for ruim ou "enroscar" – as travadinhas características de DVD. "Um garoto me parou no mercado e disse: Ô tio, mó ruim aquele filme! Não entendi nada". Felizmente, a situação foi revertida com a exibição seguinte de Dois Filhos de Francisco. "Esse emocionou a todos, ainda bem...". Os planos para o Cinema da Praça não param. Graças à mobilização da comunidade, a Prefeitura iniciou uma série de obras de revitalização, inclusive com adaptações para a projeção dos filmes, com a construção de uma arquibancada. A reforma está em fase final. No futuro, a intenção dos moradores é levar para o local outras manifestações artísticas, como exposições de fotos, apresentação de corais e palestras educativas sobre prevenção de doenças e anti-drogas. "Estou terminando um pro-

uando o tema é cinema e a amizade que ele pode despertar entre as pessoas, logo vem à lembrança o premiado filme italiano Cinema Paradiso, de 1989. Guardadas as proporções, o Cinema da Praça da Vila Timóteo possui elementos em comum com o Cinema Paradiso. Assim como na pequena aldeia da Sicília, onde se passa a história, o Cinema da Praça, na Freguesia do Ó, São Paulo, se tornou a principal diversão de uma comunidade ainda carente de alternativas culturais e de lazer. A relação de amizade entre o personagem Alfredo (que projetava os filmes na aldeia italiana) e Totó (o garotinho apaixonado por cinema) também pode ser vista na vida real. Talvez com uma diferença. Há mais de um Totó para o projecionista Almir, que se diz surpreso com o respeito e aproximação de seus novos amigos. “O carinho que recebemos das crianças, sem ser pai nem ter relação de parentesco, não tem preço”. Apesar das coincidências,

Almir não conhecia o Cinema Paradiso, dirigido por Giuseppe Tornatore, ganhador, em 1990, do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, entre outros. A convite do DC, Almir e a esposa Elisete acompanharam com olhos atentos a história de Totó (Salvatore Cascio) que, nos anos que antecederam a chegada da televisão (logo depois do final da Segunda Guerra Mundial), ficou hipnotizado pelo cinema e procurou travar amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projecionista que se irritava com certa facilidade, mas com um enorme coração. Anos depois, ao receber a notícia da morte de Alfredo, as lembranças da infância voltam a um Totó já adulto (Jacques Perrin), agora um cineasta de sucesso. No fim do filme, Almir e Elisete estavam emocionados. Sem a intenção de formar cineastas, disseram que o importante é a formação de cidadãos. (FV)

Divulgação

E

las gostaram. E foi assim, despretensiosamente, que num belo sábado Almir anunciou mais um prêmio a seus ajudantes voluntários. Animação total. "É mesmo tio? Vai ter cinema?" . No fim da tarde, Almir pegou seu material de trabalho – um projetor, um aparelho de DVD portátil e um amplificador sem alguns botões, mas funcionando bem –, e carregou tudo para fora de casa. Ele emendou extensões para levar eletricidade de casa à pracinha, mas apareceu outro empecilho: onde projetar as imagens se não há uma tela? Não teve dúvidas. Um lençol branco sobre a parede escurecida resolveu o problema. Pronto. Estava inaugurado o Cinema da Praça, cuja "avantpremière" exibiu Scooby-Doo para 15 crianças, ou melhor, 15 voluntários que se aplicaram na recuperação do espaço. Durante a semana seguinte, a novidade se espalhou entre a criançada e para dentro de suas casas. Resultado: o número de interessados em ajudar aumentou, assim como os pedidos de novas exibições. Na pequena praça, antes desacreditada, a iniciativa crescia. O vizinho Antônio Carlos do Nascimento, de 31 anos, que trabalha em uma empresa prestadora de serviço de carreto para a Prefeitura, trouxe dois bancos e um trepa-trepa, retirados de uma praça em reforma, e construiu um balanço. "Fiz de coração, um ato de reconhecimento ao esforço de todos", diz . A novidade atraiu mais crianças, agora durante o dia, para brincar. "Vamos arrecadar dinheiro para comprar um telão e instalar aqui", sugeriu um garoto a Almir. Sugestão aceita. Mas com a condição de que a responsabilidade crescente fosse dividida com a garotada. "A intenção era envolver cada vez mais e manter acesso o espírito de mudança no bairro". Instituiu funções para aqueles que quisessem participar. Organizou uma eleição para prefeitinho, vice-prefeitinho e tesoureiro para a pracinha. A partir daquele momento todos passaram a trabalhar juntos para preparar a segunda projeção. "Temos responsabilidades e fazemos nosso melhor para recuperar a pracinha", diz, orgulhoso, o prefeitinho Thiago de Souza Santos, de 10 anos. "Mas a gente dá conta", completa o vice-prefeitinho, Murillo Mateus Pinheiro da Silva, de 12. E dão conta mesmo. Em três dias, os dois arrecadaram R$ 50 para a compra do telão. "Fomos de porta em porta. Teve gente que nem atendeu, mas a gente entende", conta o prefeitinho. A quantia arrecadada, ainda insuficiente, foi para uma caixinha. Tudo contabilizado em um caderninho. Afinal, o dinheiro tinha um objetivo: a compra do telão. Mas se de um lado faltaram doações, de outro a vizinhança continuou a demonstrar iniciativas para o desenvolvimento do Cinema da Praça. O auxiliar de sistema técnico Fábio Rocha, de 26 anos, c on se gu iu na empresa de eventos em que trabalha o material para fazer um telão. Preparou as molduras em casa e levou até o cinema, quer dizer, até a praça para a segunda exibição. Foi uma festa, com direito a um público de 59 pessoas para ver Matrix. O caixa foi então destinado às pipocas – que não podiam mais faltar – preparadas na casa da pequena Juliana Barranco, de 10 anos, e vendidas a R$ 1,00 (saquinho pequeno ) e R$ 1,50 (grande). "Não deu trabalho. Foi divertido". O lucro voltou para o caixa e irá para outros projetos.

Cena do filme "Cinema Paradiso": Alfredo (esq.) e o menino Totó

jeto para encaminhar à Prefeitura para fecharmos a rua aos domingos. Aí vai ficar mais fácil e seguro para a criançada brincar à vontade", afirma a agente comunitária de saúde e moradora Fernanda do Nascimento, de 28 anos, enquanto observa o filho Ricardo de 6 anos, encantado pelo Shrek no telão, exibido no sábado de Carnaval. Sem querer, a arte está mudando a realidade em diversos aspectos na Vila Timóteo. À sua maneira, Almir se baseou, na frase célebre do cineasta Glauber Rocha: "Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão na mão". No caso dele, um projetor na mão. Só um problema até agora não pôde ser resolvido: a chuva. Quando ela vem é pernas pra que te quero e ... ...FIM. (FV)

le não é cineasta ou estudioso do tema. Tampouco trabalha na área. Gosta sim, é verdade, de assistir um bom filme. E a maior loucura que cometeu relacionada ao cinema foi ir caracterizado a uma estréia da saga de Star Wars. Mas, recentemente, o representante comercial Almir Matos, de 49 anos, mudou seu conceito de vida graças a um cinema improvisado e ao exercício da cidadania. Ex-diretor de uma empresa multinacional, Almir e sua família deixaram há muitos anos a Vila Timóteo, onde viveu a infância e conheceu a esposa Elisete. Morou em diversas cidades do interior e, há sete anos, perdeu o emprego. Aos 42 anos não conseguiu uma recolocação e voltou para o antigo imóvel da família. Tenta se reerguer profissionalmente para, pelo menos, pagar a faculdade dos dois filhos. Há cerca de um ano e meio começou a participar das reuniões do Conseg, numa tentativa de buscar soluções para os problemas que enfrentava no bairro. Obteve êxitos. Ainda luta sem desanimar. "O cidadão não sabe usar a voz que tem. O caminho é a proposta do que fazer. Não basta reclamar, é preciso apresentar solução". Às vezes, diz não entender a extensão de sua iniciativa (com um simples projetor em uma pequena pracinha abandonada), especialmente para a população mais carente da região. "É algo que nunca fiz quando estava bem de vida e podia ajudar financeiramente. Era ausente. Hoje, com pouco dinheiro no bolso, consigo fazer coisas que jamais pensei que poderia...", respirou fundo, "...achava que tinha que ter dinheiro para ser feliz. Estava enganado. As pessoas vão se lembrar de você pelo que as fez sentir e não pelo que deu a elas". (FV)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

ROTAVÍRUS vacinação contra o rotavírus começa hoje em todo o estado. Os postos de saúde abrirão as portas às 8h e a Secretaria de Saúde já distribuiu 109 mil doses da vacina para as 645 cidades de São Paulo, o equivalente a dois meses de demanda. A nova vacina fará parte do calendário de imunização de todo o Brasil. Para ficarem imunes ao rotavírus as crianças precisam

segunda-feira, 6 de março de 2006

GIr

POUPATEMPO esde o dia primeiro deste mês, o o Disque Poupatempo está atendendo em novo horário: das 6h às 21h, de segunda a sexta-feira, e das 6h às 15h, aos sábados. Pelo Disque Poupatempo, que atende no número 0800 772 36 33 (ligação gratuita), é possível obter informações sobre os serviços prestados em todos os nos Postos Poupatempo, tais como documentação

D

A

Ó RBITA tomar duas doses da vacina. A primeira deve ser aplicada em crianças com dois meses (no máximo três meses e 7 dias); a segunda dose com quatro meses (no máximo com cinco meses e 15 dias).

necessária para a confecção de documentos, taxas que devem ser pagas, prazos, endereços e horário de funcionamento das unidades de todo o estado. O Poupatempo possui unidades nos bairros da Sé, Luz, Itaquera, Santo Amaro, e nas cidades de São Bernardo do Campo, Guarulhos, Campinas (Centro e shopping), São José dos Campos e Ribeirão Preto.

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Santo Amaro – A distrital

realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 10h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 16h.

Amanhã I Jabaquara - A distrital realiza

17ª reunião ordinária . Às 10h, no Clube Esperia, avenida Santos Dumont, 1313. I Imposto - Apresentação do movimento De Olho no Imposto em São Paulo, depois de percorrer 19 importantes cidades do estado entre os meses de janeiro e fevereiro. Às 10h, no Clube Esperia, avenida Santos Dumont, 1.313, Santana. I Facesp – Reunião dos Conselhos diretor e gestor da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Às 14h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Tadashi Sakurai. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Bufês e Eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 14h30. I EUA – O presidente da ACSP e da Facesp, Guilherme Afif Domingos, recebe o cônsulgeral dos EUA, Christopher MC Mullen, e o cônsul para Assuntos Políticos, Peter Higgins. Às 19h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/10º andar, no gabinete da presidência.

Quarta I Internacionais - Reunião do

Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio da ACSP coordenada pelo vicepresidente Hélio Nicoletti, com palestra do secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza, sobre a atuação da sua secretaria em negócios internacionais. Às 12h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre).

I Santana – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de artesanato do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 18h. I Ipiranga – A distrital apresenta a proposta orçamentária/2006 - região do Ipiranga, pelo assessor da Câmara, Ives Campos Lazarini. Às 19h30. I Vila Maria - A distrital realiza reunião ordinária . Às 19h30. I São Miguel – A distrital São Miguel realiza reunião do núcleo setorial de Lojas de Móveis e Colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Quinta I Chamber – O vice-

presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves coordena reunião do Conselho de Relações Internacionais da São Paulo Chamber of Commerce. Às 10h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Lapa - A distrital realiza curso de artesanato com a coordenadora do Conselho da Mulher Empreendedora (CME), Agda Inês Tonon Formaglio . Às 9h e às 14h. I Lituânia – O vice-presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves participa de seminário seguido de encontros de negócios com a missão empresarial da Lituânia. Às 15h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Santana - A distrital realiza palestra com a psicóloga, Silvana Leite do Amaral sobre o tema: Pânico fora da TV. Na ocasião, a cidade de São João dos Patos/MA prestará homenagem aos membros da entidade. Às 20h. I Penha - A distrital realiza reunião ordinária. Às 19h30. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Escolas Particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 15h. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Automecânicas do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente

Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente

Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente

Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente

Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente

Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente

Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente

Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino

Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente

Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente

Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente

Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente

Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

GERAL - 9

Marcos D´Paula/AE

No Rio, ajuda para localizar ladrões Tropas de Goiânia e Brasília para auxiliar busca de armas roubadas

D

ois dias depois do assalto que afrontou o Exército, e de operações infrutíferas em favelas cariocas, o Comando Militar do Leste (CML) anunciou ontem que tropas de Goiânia e de Brasília, além de um helicóptero, serão deslocados para o Rio de Janeiro a fim de auxiliarem na busca pelos nove fuzis e uma pistola roubados do Estabelecimento Central de Transportes (ECT) na madrugada de sexta-feira. Em nota, o CML informou que "qualquer tropa do Exército brasileiro poderá ser mobilizada para atuar na cidade do Rio de Janeiro em poucas horas". Ontem, a ocupação das favelas cariocas foi ampliada – os militares cercaram os acessos para os Morros da Providência, no Centro, e do Dendê, na Ilha do Governador. O Exército ocupou ainda entradas da Favela de Manguinhos e Complexos da Maré e do Alemão. Caminhões com carroceria aberta carregando militares circularam pela zona norte e pelo centro do Rio. Blindados M-113 e Urutus – espécie de tanque sobre rodas – e não esteiras – foram posicionados junto aos acessos do Alemão. Ali, onde vive um ex-cabo do Exército suspeito de participar do assalto, a vigilância era mais rígida. Carros eram parados e os motoristas tinham de abrir o porta-malas. Kombis e vans também foram vistoriadas. Em outros pontos da cidade, como no Morro da Providência, a atuação dos militares foi menos ostensiva. "Eles tinham que ficar aqui todos os dias. A situação está muito complicada por aqui", disse Luciana de Araújo dos Santos, de 26 anos, que passava com a prima e duas filhas, de três e quatro anos. Perguntada se as meninas não estavam assusta das com a movimentação, respondeu:

Soldado do exército em uma das entradas do Morro da Previdência, no Rio de Janeiro, em busca as armas

"Não, elas já estão acostumadas a ver armas." Passeio – Mas a ocupação dos militares não agradou a todos. "Isso é uma palhaçada. Se eu fosse bandido, estaria escondido no barraco, em vez de sair de casa para passear com a família no domingo. É um constrangimento", disse um morador do Complexo do Alemão, que saía de carro com a mulher e a filha e teve o veículo parado e revistado pelos militares. Até o fim da tarde de ontem, o Disque-Denúncia havia recebido 82 ligações com informações sobre o roubo das armas. "Recebemos boas informações, sobre a facção que comandou o assalto e sobre possíveis envolvidos", informou o superintendente do Disque-Denúncia, Zeca Borges. Ele se disse surpreso com a quantidade de telefonemas. "Casos como a morte do Tim Lopes (repórter da TV Globo) e a Chacina da Baixada motivaram número grande de ligações, mas esse é o primeiro caso de roubo com tantas denúncias", comentou. Desde a manhã de sábado, 300 homens do exército se revezavam em plantões de 24 horas na Favela Nova Brasília. Além dos militares, 150 policiais militares também participam da operação. Um helicóptero da polícia e o veículo blindado do Batalhão de Operações Especiais deram apoio à ação do Exército. Histórico – Sete homens armados, com roupas de camuflagem e toucas ninjas, invadiram o ECT, atravessaram todo o quartel a pé, dominaram os soldados que estavam na sala do corpo da guarda e arrombaram o armário em que estava o armamento. Três militares foram agredidos. Um inquérito policial militar (IPM) foi aberto e tem prazo de 40 dias para ser concluído, prorrogáveis por mais 20. (AE)

MST dá início a invasões General encontrado morto Com um tiro na boca, corpo do oficial Luiz Alfredo Reis Jeffe, da 4ª Divisão do Exército de Minas Gerais, foi achado em seu gabinete

Comando de Pernambuco ocupou 15 áreas no final de semana Alexandre Severo/JC Imagem/AE

Cerca de 300 famílias ocuparam o engenho São João, no Recife

C

om a ocupação de 15 áreas no fim de semana, o Movimento dos Tr a b a l h a d o re s S e m Te r r a (MST) de Pernambuco deu início, sob o comando do líder regional Jaime Amorim, ao que eles chamam de "2006 Vermelho": ano em que as invasões começaram mais cedo – em geral elas ocorrem em abril. As lideranças regionais se preparam para fazer greve de fome a fim de conquistar a desapropriação de áreas de conflito e o cumprimento da meta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para 2006: cerca de 8 mil famílias assentadas, sendo 5,2 mil na área coordenada pela superintendência do Incra no

Recife e o restante na coordenação de Petrolina, no sertão. "Não haverá trégua", afirmou Amorim, ontem de madrugada, em São Lourenço da Mata, região metropolitana, onde mais de 300 famílias reocuparam o engenho São João, pertencente ao Grupo Votorantim, de Antonio Ermírio de Moraes. "Não vamos ficar reféns das eleições e da Copa do Mundo. Este é um ano importante para a reforma agrária e vamos nos mobilizar", disse. A previsão do movimento é de se chegar a mais de 30 ocupações até abril, quando novas ações ocorrerão para marcar os 10 anos do massacre de Eldorado de Carajás. "Um total de 19 trabalhadores sem terra foi

morto pela polícia do Pará no dia 17 de abril de 1996 e até hoje ninguém foi punido", constata Amorim. Além disso, o mês marcará também os 10 anos da greve de fome iniciada por 14 lideranças do MST estadual no mesmo dia do massacre. Eles passaram 11 dias sem comer, na sede do Incra, no Recife. A estratégia resultou na conquista da Fazenda Normandia, em Caruaru, no agreste, onde se localiza a sede do movimento em Pernambuco e será reeditada se até 17 de abril não forem desapropriados o Engenho Bonito, no município de Condado, na zona da mata, pertencente ao Grupo João Santos, e o São Gregório, pertencente à Usina Estreliana do empresário Gustavo Maranhão. As duas áreas já eram requisitadas em 1996. Amorim frisou que a antecipação das ocupações referendam a conferência da FAO (organismo das Nações Unidas para a alimentação) que começa hoje no Rio Grande do Sul. "A conferência mostra que mesmo com a globalização, a reforma agrária é uma questão emergencial na América do Sul para resolver o problema da fome, do desenvolvimento social e econômico", disse o líder, observando que há 27 anos o tema já era tratado pela FAO. (AE)

Reforma agrária em debate

A

Via Campesina, rede de movimentos sociais de pequenos produtores, trabalhadores rurais sem-terra e indígenas, com presença em 56 países, espera a formação de um bloco de países em favor da reforma agrária durante a 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, evento promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) que tem início hoje. Entre os países que a Via considera aliados potenciais da causa da reforma agrária estão Brasil, Bolívia, Venezuela, Argentina, Uruguai, Cuba, Mali, África do Sul, Indonésia e Nepal, entre outros. No caso do Brasil, apesar de fazer críticas ao andamento das políticas

públicas de reforma agrária, as entidades consideram que ainda há tempo para mudar. "Temos esperança de que o Brasil possa vir a ser um exemplo", disse ontem Rafael Alegria, representante da Via Campesina de Honduras. "Temos esperança em Lula, que vem da classe trabalhadora." Os movimentos sociais or-

ganizam encontros paralelos à conferência, inclusive marchas de protesto. "As marchas não são contra a FAO, senão pela nossa exigência de reforma agrária", disse Alegria. As entidades dizem que irão manter o diálogo com o evento oficial, a despeito das restrições em relação à organização da conferência. (ABr)

Reprodução Zero Hora/Ag. Globo

O

comandante geral da 4ª Divisão do Exército de Minas Gerais, general Luiz Alfredo Reis Jeffe, de 59 anos, foi encontrado morto na manhã de sábado, em seu gabinete na sede da 4ª Região Militar, no bairro Cidade Jardim, região Oeste de Belo Horizonte. A morte do oficial aconteceu em circunstâncias misteriosas. Ao lado do corpo, encontrado com um tiro na boca, estava uma pistola nove milímetros, com uma cápsula deflagrada. Ninguém no quartel ouviu o estampido do tiro. A principal suspeita é que o oficial tenha cometido suicídio. Em nota, o Exército se limitou a informar que o Comando Militar do Leste, com sede no Rio de Janeiro, vai apurar as circunstâncias da morte do oficial. Um militar será designado hoje para presidir o Inquérito Policial Militar (IPM). A causa da morte será revelada somente após a conclusão do laudo pericial, o que deve ocorrer em até 30 dias. O chefe da Divisão de Crimes contra a Vida (DCcV) da Polícia Civil, delegado Marco Antônio Monteiro, foi designado pelo governo mineiro para comandar pessoalmente as investigações. Porém, assim como o Exercito, o delegado não quis comentar o acontecido. Autoridade – Maior autoridade da corporação em Minas Gerais, o general chegou ao quartel, com seu motorista particular, por volta das 8h40, usando trajes civis. Perto das 11h30, foi encontrado morto por um oficial de serviço. Nascido em Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul, há 38 anos nas forças

Corpo do general Jeffe foi transferido para sua cidade natal

armadas, Jeffe passou a ocupar posto mais alto do Exército em Minas no dia 8 de julho do ano passado, depois de deixar o comando da 12ª Região Militar, sediada em Manaus. O corpo do general foi transferido, na manhã ontem, para a sua cidade natal, onde foi enterrado. Casado, pai de três filhos, Jeffe morava com a família em Belo Horizonte em uma

residência na Vila Militar, localizada ao lado da sede do Exército. O quartel da 4ª DE, comanda todas as unidades do Exército em Minas Gerais e também uma unidade em Petrópolis (RJ). A morte do general Jeffe, que tinha sob seu comando 5 mil militares, remete a outro episódio ocorrido neste ano, envolvendo outro general do Exército, também natural do Rio Grande do Sul. No dia 7 de janeiro, igualmente em um sábado, o general Urano Teixeira da Matta Bacellar, de 58 anos, que comandava a Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas (ONU), no Haiti, desde o final de agosto de 2005, foi encontrado morto com um tiro na cabeça no quarto que ocupava em um hotel de Porto Príncipe. O Exército concluiu, ao final do inquérito, que Bacellar havia se suicidado. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

Manuel Bruque/EFE

ESPORTE - 1 Epitácio Pessoa/AE

Toda a F-1 corre contra Alonso

Corinthians tem Tevez de volta

O GP do Bahrein abre, domingo, a temporada da F-1: 21 pilotos contra o campeão.

O craque argentino reforça o time contra o Tigres, quinta, no México, pela Libertadores.

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ALMANAQUE OS 60 ANOS DE DARIO MARAVILHA UH/Arquivo do Estado de São Paulo

0

DA MARGINALIDADE AO TÍTULO MUNDIAL Dario teve uma infância pobre, na qual assistiu ao suicídio da própria mãe, que ateou fogo ao corpo diante do menino de 5 anos. Encaminhado ao Serviço de Assistência aos Menores (hoje Funabem), passou a cometer pequenos delitos. Encontrou a salvação no futebol, no Campo Grande, do Rio de Janeiro. Quando jogava no Atlético-MG, chamou a atenção do técnico Zagallo, que o convocou para a reserva na Copa de 1970, no México, da qual Dario voltou como tricampeão mundial. 0

BOM DE MARKETING, BOM DE GOLS Mesmo sem ser um craque, Dario sempre soube fazer gols. Foram 559 marcados ao longo de 19 anos de carreira, nos quais defendeu Campo Grande, Atlético-MG, Flamengo, Sport, Inter, Ponte Preta, Paysandu, Náutico, Santa Cruz, Bahia, Goiás, Coritiba, AméricaMG, Nacional-AM, XV de Piracicaba, Douradense-MS e as seleções pernambucana, mineira e brasileira. Dario era também um craque do marketing, que costumava inventar apelidos para si e batizar seus gols mais importantes. 0

“São três coisas que param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá.” (Do próprio centroavante Dario, autoproclamando a facilidade com que marcava gols de cabeça e dando origem a mais um apelido, "Dadá Beija-Flor".)

ENFIM, SÓ Maurício de Souza/AE

O Sábado, 4 de março, completou 60 anos um dos mais folclóricos e queridos jogadores da história do futebol brasileiro: Dario José dos Santos, o Rei Dadá, ou Dadá Maravilha, como ele mesmo passou a se intitular. Acima, Dario aparece em um dos 12 jogos que fez pela Seleção Brasileira, vitória por 3 a 1 sobre a Seleção Mineira, em amistoso preparatório para a Copa do Mundo do México, disputado em 19 de abril de 1970. Naquele dia, Dario marcou seus dois únicos gols com a camisa amarela.

Campeonato Paulista tem, enfim, um líder absoluto, i n d e p e n d e n t emente do número de jogos em relação aos rivais. É o Santos, que ontem derrotou o Palmeiras por 1 a 0 na Vila Belmiro. A equipe santista, é verdade, ainda tem uma partida a mais realizada em relação ao adversário (13 contra 12). No entanto, mesmo que o Palmeiras vença este jogo atrasado, na próxima quarta-feira, contra o América de São José do Rio Preto, no Parque Antarctica, não alcançará o Santos, que ontem abriu uma diferença de cinco pontos em relação ao Alviverde (31 contra 26). Para completar o final de semana feliz dos santistas, o São Paulo perdeu para o São Bento e o Corinthians empatou com o Marília, o que abre ainda mais o caminho rumo ao título. O gol de Léo Lima, de pênalti, fez toda a diferença em uma partida equilibrada, que, como os dois times já sabiam, valeu como uma das várias decisões antecipadas que o Paulistão terá daqui para a frente, com uma seqüência de clássicos nas seis últimas rodadas. Apesar do equilíbrio, o Santos foi um pouco mais perigoso, chegando a acertar duas vezes as traves palmeirenses, com Cléber Santana, no primeiro tempo, e Maldonado, no segundo. O Palmeiras só passou a equilibrar a partida quando Juninho, Ricardinho, Edmundo e Marcinho aumentaram a movimentação, revezando-se no ataque, que não tinha um centroavante fixo. Com essa troca rápida de passes e as sucessivas falhas da zaga santista, o Palmeiras também poderia ter saído na frente na primeira etapa, se não fosse a grande atuação de Maldonado. O chileno impediu gols de Paulo Baier e Marcinho e ainda teve fôlego para ir ao ataque. Fábio Costa também apareceu

Tom Dib/Futura Press

em finalizações de Marcinho e Juninho, que voltava de contusão após três meses. O lance que decidiu a partida em favor do Santos aconteceu aos 39 minutos do segundo tempo. Após levantamento na área, Sérgio saiu do gol, errou o soco na bola e acertou Wendel dentro da área, fazendo pênalti que o árbitro Luís Marcelo Cansian marcou. Léo Lima cobrou e fez o gol da vitória. “Não ganhamos nada ainda”, avisava, logo após a partida, o técnico santista, Vanderlei Luxemburgo. “Nós temos possibilidade de sermos campeões, mas tem muito jogo ainda. Se a gente entrar relaxado contra o Guarani, podemos complicar tudo e não vai adiantar nada ter ganho os dois clássicos que já fizemos.” Ele se referia ao resultado de ontem e à vitória diante do Corinthians, por 1 a 0.

Ontem, na Vila Belmiro, Santos e Palmeiras enfrentaram-se pela 278ª vez em 90 anos de história do clássico, que começou a ser disputado em 1915, com goleada do Santos (7 a 0). Foi a 87ª vitória santista, contra 120 vitórias palmeirenses e 71 empates. O Palmeiras marcou 493 gols e o Santos, 408.

Celso Unzelte

Leão preferiu reclamar da arbitragem: “O árbitro mudou o resultado do jogo e, muito provavelmente, do campeonato”. O goleiro Sérgio fez coro, referindo-se a um outro lance da partida: “É lógico que eu não fiz pênalti! Quando foi pênalti no Geílson, ele não deu. Aí depois, para compensar, ele deu esse outro”.

Vitória por 1 a 0 no clássico contra o Palmeiras transforma o Santos em líder isolado do campeonato: embora com um jogo a mais, está cinco pontos na frente do rival

Agora tudo ficou muito mais difícil Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

O

s resultados que São Paulo e Corinthians conseguiram nos seus jogos de ontem não poderiam ter sido melhores — para o Santos, é claro. Com a derrota tricolor para o

São Bento, por 2 a 0, em Sorocaba, e o empate corintiano no Pacaembu diante do Marília, por 1 a 1, com um gol sofrido já aos 47 minutos do segundo tempo, ambos ficaram bem

Epitácio Pessoa/AE

Morreu de pneumonia na madrugada de sexta-feira, 3 de março, aos 65 anos, em Belo Horizonte (MG), o ex-ponta-esquerda Hílton Oliveira, oito vezes campeão mineiro e campeão da Taça Brasil pelo Cruzeiro, em 1966. Além do Cruzeiro, Hílton José de Oliveira defendeu também o Fluminense, por empréstimo, entre 1961 e 1964 (ano em que foi campeão carioca pelo Tricolor), e jogou no Inter e no América-MG.

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Em Sorocaba, o vice-líder São Paulo cai diante do São Bento: 2 a 0

longe do líder. O São Paulo está a cinco pontos, e o Corinthians a seis do Santos. No próximo domingo, os dois se enfrentam no clássico no Morumbi, pelo direito de continuar sonhando com o título. Ainda o vice-líder do Campeonato Paulista (embora com um jogo a mais que o Palmeiras), o São Paulo resolveu poupar André Dias e Josué para o compromisso de quarta pela Libertadores, contra o Cienciano do Peru. O time não era derrotado havia dez jogos, e, atuando no interior, não perdia desde 2003. Mas, ontem, caiu diante do São Bento, que, com o resultado, deixou a zona de rebaixamento. Os gols da equipe de Sorocaba foram de André Leonel, aos 20 minutos

No Pacaembu, o Corinthians sofre o empate do Marília no fim: 1 a 1

do primeiro tempo, e Celsinho, aos 47 do segundo. “Agora complicou, pois faltam seis jogos e temos de tirar esta diferença”, reconheceu o atacante Thiago, que, como a maioria de seus companheiros, teve atuação fraca. “Mas não podemos desanimar.” N o P a c a e m b u , o C o r i nthians, sem Tevez, Ricardinho e Gustavo Nery — todos poupados pelo técnico Antônio Lopes —, poderia ter ultrapassado São Paulo e Palmeiras e chegado à vice-liderança, caso derrotasse o Marília. Fez 1 a 0 com mais um gol de Nilmar, o artilheiro do campeonato, aos 41 minutos do primeiro tempo. No segundo, foi sufocado pelo adversário, que conseguiu a merecida igualdade já nos acréscimos, aos 47 minu-

tos, com um belo chute de fora da área de Bruno Ribeiro. “Foi lamentável. Ainda mais vendo o adversário acertar chute bonito”, resumiu o meia Rosinei, que ontem substituiu Coelho. O técnico Antônio Lopes também não gostou do rendimento do time. “Fizemos um jogo muito ruim e não merecíamos ganhar”, reconheceu. “Fomos mal na parte técnica, não marcamos bem, não criamos oportunidades de gol...” Lamentou a contusão de Marcus Vinícius, a expulsão de Carlos Alberto e esclareceu a não-escalação de Tevez: “Não usaríamos um atleta sem condições físicas plenas”. Lopes também não contestou os gritos de “burro” e as vaias da torcida, que considerou “manifestação normal do futebol”.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ESPORTE

segunda-feira, 6 de março de 2006

ROBERTO BENEVIDES

LUSA DERRUBA LUSA Luxa, o pragmático PASSE LIVRE

O

único jogo da rodada do Campeonato Paulista realizado no sábado reuniu as duas Portuguesas, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. E neste duelo das Lusas, a santista foi melhor que a da capital. Ganhou por 2 a 1 e alcançou 15 pontos, mantendo, assim, uma distância ainda segura da zona de rebaixamento. Já a Portuguesa de Desportos estreava o técnico Edinho no lugar de Giba, que pediu demissão, e ficou em situação muito difícil no campeonato. Com apenas 11 pontos ganhos em 13 jogos, mantém-se na zona de rebaixamento, agora em

penúltimo lugar, à frente apenas do Mogi Mirim (quatro times caem para a Série A-2). Agora, a Portuguesa, que já integra a Série B no Brasileiro, terá que somar o máximo de pontos nos seis jogos que faltam para escapar da queda para a segunda divisão também no estadual. Dois adversários são fortes candidatos ao título (Palmeiras e Santos). Os demais: Juventus e Marília (fora) e Paulista e Ituano (em casa). Lincon, aos 23, e Jônatas, aos 38 minutos do primeiro tempo, construíram a vantagem da Portuguesa Santista, ainda no primeiro tempo. O primeiro gol nasceu do rebote de um pê-

nalti, em um lance em que o árbitro Claudinei Forati Silva resolveu marcar toque do zagueiro Sílvio Criciúma dentro da área. O goleiro Gléguer defendeu a cobrança de Rodrigo, mas, na seqüência, não conseguiu impedir a finalização certeira de Lincon. No lance do segundo gol, Jônatas passou pela marcação da defesa da Portuguesa de Desportos e acertou o ângulo de Gléguer, chutando de fora da área. No segundo tempo, Diogo, aos 5 minutos, recebeu uma bela assistência de Leandro Amaral e descontou para a Portuguesa de Desportos, que, apesar de ter criado algumas

boas chances, não teve forças para chegar ao empate. “Não estivemos brilhantes, mas o importante foi a vitória neste momento, já que estamos em sinal de alerta”, resumiu o técnico Edu Marangon, da Portuguesa Santista, que conheceu sua primeira vitória desde que assumiu o comando da equipe. Sua equipe, assim como o adversário, não ganhava havia cinco rodadas. Os dois times voltam a campo no próximo sábado, às 18h10. A Portuguesa Santista vai ao ABC enfrentar o São Caetano, enquanto a Portuguesa de Desportos recebe o Palmeiras no Canindé.

Pode-se até dizer que o pré-jogo foi mais animado do que o jogo propriamente dito. O tititi entre Luxemburgo e Leão, os cheques voadores do técnico do Santos que ainda não pousaram na conta do palmeirense Edmundo, a Vila Belmiro como palco do clássico foram assuntos que dominaram e divertiram a semana. No que a bola rolou, porém, as emoções foram diminuindo até caber em mais uma vitória santista por 1 a 0. Não foi, é claro, um clássico inteiramente desprovido de emoções até porque os santistas acertaram duas vezes a trave de Sérgio e o Palmeiras, após um começo cheio de precauções, tentou às vezes sair para o jogo. No entanto, esperava-se mais de um e outro, principalmente do Santos, que agora é líder sem nenhuma dúvida matemática, mas continua devendo uma atuação convincente aos seus torcedores. Os santistas ainda estão acostumados, bem acostumados, ao futebol incisivo e insinuante da era Robinho e, por isso, não se reconhecem nesse time esforçado que Vanderlei Luxemburgo vai organizando aos poucos e, a esta altura do Paulistão, é sério candidato ao título com que a Vila Belmiro sonha desde 1984. É forçoso reconhecer, porém, que o treinador santista está conseguindo bons resultados bem mais cedo do que poderia se esperar. Há exagero no crédito que se dá a Luxemburgo em certas vitórias, mas ele foi de novo decisivo no 1 a 0 de ontem. O Santos fez um segundo tempo melhor do que o primeiro. No intervalo, o treinador substituiu Ronaldo, zagueiro, e Magnum, meia, por Léo Lima, também meia, e Reinaldo, atacante, e trocou o 3-5-2 pelo 4-4-2. Não faltará quem diga que ele ganhou o jogo. Mas também foi ele que, de início, prendeu o time. Para o bem e para o mal, o líder do Paulistão tem a cara do treinador, até porque está em formação e, em grande parte, é feito de jogadores levados ou indicados por ele. Não lembra ainda os grandes times montados por Luxemburgo em outras circunstâncias, mas vai se impondo à custa dos resultados positivos. E fará história se ganhar o título que a torcida espera há 21 anos. Isolado na liderança, tendo pela pela frente apenas os jogos contra Guarani, Ituano, Juventus, Bragantino, São Paulo e Portuguesa, o Santos pragmático de Luxemburgo pode sonhar.

Maurício de Souza/AE

j

UM LÁ, OUTRO CÁ Em seu 150º jogo com a camisa do Palmeiras, Edmundo passou em branco, foi substituído por Thiago Gomes e guardou a devida distância de Luxemburgo, com quem ganhou vários títulos em sua primeira passagem pelo Parque Antártica. "Eu até o cumprimentaria, mas ele leva as coisas da profissão para o lado pessoal", lamentou o craque, referindo-se aos cheques que anda cobrando do treinador.

No jogo entre as duas Portuguesas, a de Santos faz 2 a 1 na da capital, que está cada vez mais perto do rebaixamento

Grandes param nos 2 a 2 Marcos D'Paula/AE

M

ais uma vez, uma rodada do Campeonato Carioca (a quarta da Taça Rio, equivalente ao segundo turno) terminou sem nenhuma vitória dos clubes grandes. Menos mal que, dessa vez, nenhum deles perdeu: todos empataram, e pelo mesmo resultado de 2 a 2. Ainda assim, entre os quatro, o time que se encontra em melhor situação é o Flamengo, segundo colocado do Grupo A, com 5 pontos, atrás do Americano. No clássico do Maracanã, o Vasco abriu uma vantagem de dois gols sobre o Fluminense, com Ygor, aos 33 minutos do primeiro tempo, e Claudemir, aos 3 do segundo. Mas Jean, com dois gols, aos 16 e aos 42 minutos do segundo tempo, deu um empate com sabor de vitória ao Fluminense. Em Édson Passos, o Flamengo também chegou a abrir uma vantagem de dois gols sobre o América, com Ramírez, aos 15, e Luizão, aos 19 minutos. Mas ainda na primeira etapa os americanos descontaram, com Santiago, aos 38 minutos. No segundo tempo, Dias, aos 39, empatou para o América. Por fim, o Botafogo, cam-

MINAS GERAIS 9ª rodada URT 3 x 2 América-MG Ituiutaba 1 x 0 Cruzeiro Ipatinga 1 x 0 Democrata-SL Villa Nova 4 x 2 Uberlândia Democrata-GV 4 x 3 Caldense

Fluminense e Vasco só empatam no clássico, mesmo resultado dos jogos de Fla e Botafogo peão da Taça Guanabara e último colocado do Grupo B na Taça Rio, não foi além de um empate com o Americano, em Campos, também por 2 a 2. O

2º turno - 4ª rodada Fluminense 2 x 2 Vasco Portuguesa 2 x 1 Volta Redonda Americano 2 x 2 Botafogo Madureira 3 x 1 Nova Iguaçu América 2 x 2 Flamengo Cabofriense 5 x 2 Friburguense

P

V

S

GP

1 Ipatinga

22

6

11

16

2 Cruzeiro

21

6

12

17

3 Ituiutaba

18

6

5

16

4 Atlético-MG

18

5

3

12

5 Democrata-SL

14

4

2

19

6 Caldense

13

4

-4

12

7 Villa Nova

11

3

-2

14

8 América

11

2

2

13

9 Guarani

10

3

-4

11

10 Democrata-GV

8

2

-4

12

11 Uberlândia

7

2

-13

8

12 URT

5

1

-8

10

Grupo A

P

V

S

1 Americano

7

2

2 Flamengo

5

1

3 Cabofriense

4

4 Fluminense

4

5 Portuguesa 6 Nova Iguaçu

GP

Grupo B

P

V

S

GP

1

7

1 Madureira

0

10

2 Friburguense

9

3

3

9

7

2

2

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1

1

7

3 América

7

2

2

7

1

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6

4 Volta Redonda

6

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7

4

1

-4

5

5 Vasco

5

1

2

8

1

0

-5

5

6 Botafogo

3

0

-1

6

PARANÁ ADAP 1 x 2 Coritiba Rio Branco 3 x 2 Francisco Beltrão Galo Maringá 1 x 2 J. Malucelli Nacional 2 x 6 Iraty Cianorte 1 x 5 Atlético-PR Roma 0 x 0 União Bandeirante Paraná 2 x 0 Toledo Londrina 3 x 0 Paranavaí

Grupo A

P

V

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GP

Grupo B

P

V

S

GP

1 Atlético-PR

28

8

18

38

1 Paraná

26

7

11

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2 Rio Branco

25

7

7

31

2 Coritiba

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5

19

3 J. Malucelli

25

6

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3 Londrina

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4 Iraty

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32

4 ADAP

23

7

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26

5 Cianorte

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-4

26

5 Roma

17

4

-3

21

6 Galo Maringá

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4

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6 Paranavaí

14

3

-3

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7 Nacional

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3

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17

7 União Bandeirante

14

3

-12

10

8 Francisco Beltrão

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8 TCW

9

2

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14

RIO GRANDE DO SUL 2ª Fase - 3ª rodada Internacional 2 x 1 Caxias Juventude 1 x 2 Grêmio N. Hamburgo 1 x 0 São José-POA Veranópolis 5 x 0 Santa Cruz

O JOGO Palmeiras x América, nesta quarta, será um jogo decisivo no Paulistão. Vencendo, o Palmeiras fica a dois pontos do Santos. Se perder, o líder ficará cinco pontos à frente de seus perseguidores imediatos - o Palmeiras e o São Paulo. A seis rodadas do final, é uma enorme vantagem. SONHO AMERICANO Palmeiras, menos, São Paulo e Corinthians, mais, têm mais com que se preocupar. A cabeça do trio está na Libertadores.

TEMPO QUENTE NO REAL O clima está pesando no Real Madrid depois da saída do presidente Florentino Pérez, o homem que cultuava os galácticos. Fernando Martín, o novo presidente, assumiu falando grosso : “Quero que todos os jogadores saibam que o Real Madrid não pode ser um clube de milionários, mas de esportistas, de extraordinários esportistas.” O brasileiro Roberto Carlos respondeu: “É melhor que o presidente não fale em tom tão crítico. Somos adultos e sabemos a quem devemos respeito.” GOL DE LETRA "Os craques é que fazem a diferença. Fica todo mundo falando de briga entre treinador, que vai sair faísca e não teve faísca nenhuma. Nós, técnicos, não temos essa importância toda." - Vanderlei Luxemburgo, supreendentemente humilde, depois do 1 a 0 sobre o Palmeiras

COPA DO BRASIL

Paulistas decidem a sorte

RIO DE JANEIRO

14ª rodada

Classificação

primeiro gol foi marcado por Kléber Goiano, para o Americano, aos 36 minutos do primeiro tempo. No segundo, Dodô empatou para o Botafo-

go aos 13, Faioli fez Americano 2 a 1 aos 30 e aos 35 Felipe Adão voltou a igualar a contagem. Os demais campeonatos estaduais vão se aproximando de seus momentos decisivos. Em Minas, o Cruzeiro perdeu sua invencibilidade em 2006 ao ser derrotado fora de casa, pelo Ituiutaba, por 1 a 0. O novo líder é o Ipatinga. No Paraná, estão definidos os oito times que disputam as quartasde-final. O Atlético enfrenta a Adap. O Coritiba joga contra o J. Malucelli, de São José dos Pinhais. O Paraná encara o Iraty. E o Rio Branco joga contra o Londrina. Os rebaixados para a Série B foram o Toledo e o Francisco Beltrão. No Rio Grande do Sul, Inter e Grêmio lideram seus grupos e estão próximos de voltar a fazer a final do estadual depois de sete anos.

PAPO DE VIZINHOS Os palmeirenses saíram da Vila Belmiro indignados com a marcação do pênalti de Sérgio em Wendel, bem marcado pelo juiz Luís Vicentin Cansian, mas Emerson Leão garante que só o procurou, no fim do jogo, para lhe dizer que torce muito para "que ele dê certo no futebol, já que ele é da região de Ribeirão Preto, como eu."

O NOME DA VEZ O garoto Nilmar, autor do gol corintiano no 1 a 1 com o Marília e artilheiro disparado do Paulistão, com o dobro dos gols marcados pelo segundo da lista, vem sendo cada vez mais pedido na Seleção que vai tentar o hexa na Alemanha - curiosamente, por boa parte do pessoal que já pediu Luís Fabiano, Vágner Love e Fred. Ainda bem que Carlos Alberto Parreira não muda tanto de opinião quanto certos críticos.

Grupo 4

P

V

S

GP

Grupo 5

P

V

S

GP

1 Internacional

9

3

5

8

1 Grêmio

9

3

5

8

2 Caxias

4

1

0

5

2 Juventude

6

2

2

4

3 Novo Hamburgo

3

1

-1

4

3 Veranópolis

3

1

2

7

4 São José-POA

1

0

-4

2

4 Santa Cruz

0

0

-9

0

N

a rodada deste meio de la, o São Caetano joga com a semana da Copa do Cabofriense-RJ. No primei*Com Agência e Reuters ro jogo, em Cabo Frio, os Brasil, quatro times paulis-Estado tas decidem em casa, na dois times empataram por 1 quarta-feira, a classificação a 1. Quem vencer este conpara a segunda fase, na qual fronto enfrenta na segunda o Santos é a única equipe do fase o Criciúma-SC, que eliEstado com presença já ga- minou o Novo Hamburgo. Finalmente, em Bauru, o rantida, para enfrentar a Noroeste joga conta o 15 de URT-MG. O Guarani recebe o Estre- Novembro de Campo Bomla do Norte-ES, no Estádio RS precisando descontar a Brinco de Ouro, em Campi- diferença de gols da primeinas, às 20h30, podendo em- ra partida, quando os gaúpatar sem gols para se clas- chos, em casa, fizeram 4 a 1. sificar. No jogo de ida, em Se passar, o Noroeste joga Cachoeiro do Itapemirim, na fase seguinte contra o houve empate por 1 a 1. No vencedor do confronto enmesmo dia e horário, o San- tre Grêmio-RS e Piauí-PI. to André recebe o PotiguarRN no ABC. E precisa ga- OUTROS JOGOS: 8/3 - Flamengo-RJ nhar por boa diferença de x ASA-AL; Americano-RJ x Mineirosgols, pois no jogo de ida, em GO; Bahia-BA x Ceilândia-DF; Mossoró, foi derrotado por Coritiba-PR x Icasa-CE; Náutico-PE x 2 a 0. Os classificados destes Rio Branco-AC; Remo-PA x dois jogos enfrentam-se na Itabaiana-SE; CRB-AL x São José-AP; próxima fase. Vitória-BA x Imperatriz-MA; Treze-PB Também na quarta, no Es- x CENE-MS; Grêmio-RS x Piauí-PI; tádio Anacleto Campanel- 9/3 - Fluminense-RJ x Operário-MT.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

ESPORTE - 3

Albert Gea/Reuters

PRIORIDADE TOTAL

Eto'o, Larsson e Ronaldinho marcaram na vitória do Barcelona, que tenta classificação na Liga

Bruno Miani/Futura Press

E

Que venha o Chelsea O

Barcelona deu um ontem um passo importante rumo ao bicampeonato espanhol, ao vencer o La Coruña por 3 a 2, de virada, e chegar a 61 pontos, dez de vantagem sobre os vice-líderes Real Madrid (que bateu o Atlético por 2 a 1, no clássico da capital) e Valencia (ficou no 0 a 0 com o Málaga, fora de casa). A vitória serviu também para embalar a equipe no duelo de amanhã contra o Chelsea, em casa, que vale vaga nas

quartas-de-final da Liga dos Campeões. O time tem boa vantagem, depois da vitória por 2 a 1 em Londres. O Chelsea, por sua vez, bateu o West Bromwich por 2 a 1, fora de casa, e praticamente assegurou o bicampeonato inglês - abriu 17 pontos para o Liverpool, que também tem de reverter desvantagem na Liga, contra o Benfica. No outro duelo entre espanhóis e ingleses, o Arsenal recebe o Real Madrid, com a vantagem do empate.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

28ª rodada Milan 3 x 0 Empoli Sampdoria 0 x 1 Juventus Chievo 2 x 2 Lazio Fiorentina 2 x 1 Siena Lecce 2 x 0 Palermo Livorno 0 x 1 Cagliari Messina 0 x 1 Parma Treviso 0 x 1 Reggina Udinese 1 x 1 Ascoli Roma 1 x 1 Internazionale

26ª rodada Cádiz 2 x 0 Espanyol Villarreal 3 x 2 Alavés Real Madrid 2 x 1 Atletico Madrid Barcelona 3 x 2 La Coruña Celta 2 x 0 Osasuna Getafe 1 x 0 Betis Racing Santander 0 x 0 Mallorca Real Sociedad 1 x 3 Zaragoza Sevilla 2 x 1 Athletic Bilbao Málaga 0 x 0 Valencia

28ª rodada Tottenham 3 x 2 Blackburn West Bromwich 1 x 2 Chelsea Aston Villa 1 x 0 Portsmouth Fulham 0 x 4 Arsenal Middlesbrough 1 x 0 Birmingham Newcastle 3 x 1 Bolton West Ham 2 x 2 Everton Liverpool 0 x 0 Charlton Manchester City 2 x 1 Sunderland Wigan x Manchester United (hoje)

LIGA DOS CAMPEÕES

Oitavas de final - jogos de volta Amanhã, 7/3 Barcelona x Chelsea (2 x 1) Villarreal x Rangers (2 x 2) Juventus x Werder Bremen (2 x 3) Quarta, 8/3 Milan x Bayern (1 x 1) Liverpool x Benfica (0 x 1) Arsenal x Real Madrid (1 x 0) Lyon x PSV (1 x 0)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

1 Juventus

73

23

39

57

1 Barcelona

61

19

40

63

1 Chelsea

72

23

39

56

2 Milan

63

20

39

63

2 Real Madrid

51

16

24

50

2 Liverpool

55

16

16

33

3 Internazionale

59

18

30

52

3 Valencia

51

14

16

37

3 Manchester United

54

16

25

52 40

GP

4 Fiorentina

56

17

18

48

4 Osasuna

46

14

4

33

4 Tottenham

49

13

14

5 Roma

55

16

26

52

5 Celta

45

14

4

29

5 Arsenal

44

13

21

43

6 Livorno

44

11

2

29

6 Sevilla

44

13

7

34

6 Blackburn

43

13

2

36

7 Chievo

41

10

5

37

7 Villarreal

42

11

11

36

7 Bolton

42

11

6

33

8 Lazio

39

9

0

35

8 La Coruña

40

11

6

36

8 West Ham

42

12

5

41

9 Sampdoria

37

10

5

42

9 Atletico Madrid

38

10

11

36

9 Manchester City

40

12

6

38

10 Palermo

34

8

-6

36

10 Zaragoza

36

8

1

36

10 Wigan

40

12

-2

32

11 Ascoli

33

7

-4

28

11 Getafe

34

9

1

34

11 Newcastle

39

11

-1

29

12 Siena

32

8

-10

33

12 Racing Santander

29

6

-6

23

12 Everton

37

11

-15

21

13 Reggina

31

8

-16

28

13 Espanyol

27

7

-16

25

13 Charlton

36

10

-5

32

14 Parma

29

7

-16

31

14 Mallorca

26

6

-15

26

14 Aston Villa

34

8

-2

33 36

15 Udinese

28

7

-14

28

15 Betis

25

6

-15

23

15 Middlesbrough

34

9

-8

16 Cagliari

27

6

-12

30

16 Cádiz

25

6

-15

20

16 Fulham

32

9

-6

37

17 Messina

24

4

-14

25

17 Real Sociedad

25

7

-17

34

17 West Bromwich

26

7

-17

25

18 Empoli

23

6

-22

28

18 Athletic Bilbao

23

5

-9

28

18 Birmingham

23

6

-16

22

19 Lecce

18

4

-25

19

19 Alavés

23

5

-16

28

19 Portsmouth

18

4

-30

18

20 Treviso

15

2

-25

16

20 Málaga

21

5

-16

28

20 Sunderland

10

2

-32

19

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

29ª rodada Ajaccio 1 x 3 Lyon Lille 4 x 0 Le Mans Metz 2 x 1 Monaco Nice 0 x 0 Lens Rennes 2 x 1 Strasbourg Toulouse 1 x 1 Nancy PSG 0 x 0 Olympique Troyes 1 x 1 Auxerre Saint-Etienne 1 x 0 Nantes Sochaux x Bordeaux (adiado)

24ª rodada Bayer Leverkusen 1 x 1 Werder Bremen Bayern 1 x 2 Hamburgo Borussia Dortmund 1 x 1 Mainz Hannover 1 x 2 Schalke 04 Hertha 2 x 4 Colônia Nuremberg 3 x 0 Duisburg Eintracht Frankfurt 1 x 1 Wolfsburg Borussia Moenchen. 2 x 0 A. Bielefeld Kaiserslautern x Stuttgart (amanhã)

25ª rodada Vit. Guimarães 4 x 0 Vitória Setubal Naval 2 x 0 Marítimo Boavista 0 x 0 Braga Amadora 1 x 2 Benfica Penafiel 2 x 2 Paços Ferreira União Leiria 0 x 2 Acadêmica Porto 3 x 0 Nacional Sporting 2 x 0 Gil Vicente Rio Ave x Belenenses (hoje)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

58

18

29

48

1 Porto

54

16

24

38

1 Lyon

62

18

25

47

2 Werder Bremen

50

15

29

55

2 Sporting

52

16

19

41

2 Bordeaux

53

14

14

29

3 Hamburgo

50

15

19

37

3 Benfica

49

15

18

40

3 Lille

50

14

22

41

4 Schalke 04

48

13

17

35

4 Braga

48

14

16

29

4 Auxerre

47

14

8

36

5 Stuttgart

33

7

5

26

5 Boavista

45

12

14

34

5 Olympique

44

12

-1

27

6 Borussia Moenchen.

33

8

1

30

6 Nacional

43

12

9

30

6 Lens

42

9

9

35

7 Bayer Leverkusen

32

8

3

41

7 Vitória de Setúbal

39

12

-1

21

7 PSG

42

11

5

31

8 Hannover

30

6

3

34

8 União Leiria

32

9

-3

32

8 Le Mans

42

12

3

27

9 Borussia Dortmund

30

7

0

29

9 Marítimo

30

7

-1

28

9 Rennes

41

13

-8

35

10 Hertha

30

7

-1

34

10 Acadêmica

29

8

-10

25

10 Nice

40

10

0

22

11 Arminia Bielefeld

27

7

-8

26

11 Belenenses

28

8

0

30

11 Saint-Etienne

40

10

-2

25

12 Eintracht Frankfurt

26

7

-8

31

12 Paços Ferreira

27

7

-12

25

12 Nancy

39

11

5

28

13 Wolfsburg

26

6

-15

25

13 Estrela Amadora

27

7

-6

20

13 Monaco

37

10

2

27

14 Nuremberg

24

6

-11

26

14 Naval

27

8

-9

26

14 Nantes

35

9

-1

29

15 Kaiserslautern

23

6

-17

33

15 Gil Vicente

27

8

-6

26

15 Toulouse

35

9

-6

27

16 Mainz

21

5

-6

33

16 Vitória de Guimarães

27

7

-10

20

16 Sochaux

33

8

-5

23

17 Duisburg

20

4

-20

23

17 Rio Ave

26

6

-10

25

17 Troyes

28

6

-12

24

18 Colônia

18

4

-20

32

18 Penafiel

12

2

-32

18

18 Strasbourg

23

4

-15

23

19 Metz

22

4

-23

21

20 Ajaccio

21

4

-20

17

m primeiro lugar, a Libertadores. Esta é a tônica dos times brasileiros, que, sempre que possível, poupam titulares para os jogos pela competição sul-americana. O Corinthians foi quem mais seguiu a escrita na rodada deste fim de semana. Tevez, Ricardinho e Gustavo Nery, que estiveram na Europa na semana passada para os amistosos de Argentina e Brasil contra Croácia e Rússia, respectivamente, ficaram longe do Pacaembu no empate de ontem contra o Marília. Hoje, estarão no grupo que segue pela manhã para o México, onde o time duela na noite de quinta-feira contra o Tigres. "Não usaríamos um atleta sem condições físicas plenas", disse o técnico Antonio Lopes após o jogo, ao explicar por que não escalou o argentino, que atuou como titular de sua seleção na derrota para os croatas. Mesmo sem jogar, Tevez deu boas notícias para a torcida. Em entrevista ao jornal argentino Clarín, ele afirmou que se transferir para o futebol europeu não está entre suas prioridades. "Estou bem. Penso em terminar meu contrato. Não tenho essa grande ambição de ir para a Europa", afirmou o jogador, que tem contrato com o Corinthians até 2009. Tevez afirmou que se encanta com o fato de os torcedores do Corinthians irem ao estádio com camisas da seleção argentina e do Boca Juniors. "Isso é muito lindo. Ver um brasileiro com a bandeira argentina é um sonho. Para um jogador é o máximo." Ele acredita que um dos segredos para essa identificação é o fato de evitar comentar a rivalidade entre Brasil e Argentina. "Apesar de eu ser argentino, o fato de nunca falar de Brasil e de Argentina e não ofender a nenhum dos dois países faz com que me tratem como se eu não fosse argentino. Para eles, eu sou mais um", declarou. O São Paulo seguiu com menos afinco a receita de poupar titulares. O técnico Muricy Ramalho, depois de conversar com a comissão técnica, decidiu poupar apenas o volante Josué e o zagueiro André Dias o atacante Alex Dias, um dos principais cotados para descansar no fim de semana, foi

Tevez foi um dos poupados pelo Corinthians para duelo contra o Tigres, pela Libertadores escalado como titular na derrota para o São Bento, em Sorocaba - foi substituído no intervalo pelo estreante Lima. A equipe, que começou sua caminhada na Libertadores na última quarta-feira com vitória por 2 a 1, sobre o Caracas, recebe nesta quarta, às 21h45, no Morumbi, o Cienciano, lanterna do grupo - perdeu em casa para o Chivas, na única partida que disputou. Já o técnico do Internacional, Abel Braga, não quis saber de poupar ninguém na vitória sobre o Caxias, no sábado, que deixou o time bem próximo de garantir vaga na final do Gaúcho. O time viaja hoje para o México, onde enfrenta quartafeira o Pumas, lanterna da chave. Abel teme o confronto. "Eles terão a última chance de classificação. Vai ser um adversário perigosíssimo", disse. RESULTADOS - Grupo 1: Caracas 1 x 2 São Paulo. Grupo 3: Unión Española 1 x 0 The Strongest. Grupo 7: Palmeiras 3 x 2 Nacional (COL).

Grupo 8: Paulista 0 x 0 Libertad. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Chivas x Caracas; São Paulo x Cienciano. Grupo 2: Sporting Cristal x Bolivar; Independiente Santa Fé x Estudiantest. Grupo 4: Tigres x Corinthians. Grupo 5: Universitario x Vélez Sarsfield; Rocha x LDU. Grupo 6: Pumas x Internacional; Nacional (URU) x Maracaibo. Grupo 8: River Plate x El Nacional. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. São Paulo e Chivas, 3; 2. Caracas e Cienciano, 0. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe e Bolivar, 4; 3. Estudiantes, 3; 4. Sporting Cristal, 0. Grupo 3: 1. Goiás, 6; 2. Newell's Old Boys, The Strongest e Unión Española, 3. Grupo 4: 1. Universidad Católica e Corinthians, 4; 3. Tigres, 3; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez , 6; 2. LDU, 3; 3. Universitario e Rocha, 1.Grupo 6: 1. Internacional e Maracaibo, 4; 3. Nacional, 3; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Cerro Porteño e Palmeiras, 4; 3. Atletico Nacional, 3; 4. Rosario Central, 0. Grupo 8:1. Libertad, 4; 2. Paulista, 2; 3. El Nacional, 1; 4. River Plate, 0.

Assunto de Estado Alex Grimm/Reuters

S

e no Brasil costuma-se dizer que cada pessoa é um técnico em época de Copa, na Alemanha a má fase da seleção, às vésperas da Copa do Mundo em casa, se tornou assunto de importância de Estado. Após a goleada por 4 a 1 sofrida diante da Itália, em Florença, no meio da semana passada, alguns parlamentares alemães resolveram dar palpite e defendem a apresentação do técnico Juergen Klinsmann na Comissão de Esportes do Parlamento para dar "explicações" sobre seu trabalho à frente da seleção. Segundo o jornal alemão Bild, membros da Comissão, como Norbert Barthle, o especialista em esportes da CDU (partido da chanceler Angela Merckel), o Bundestag (parlamento) tem de saber como Klinsmann planeja superar a crise e tentar ganhar o Mundial. "Seria bom que o senhor Klinsmann explicasse para a Comissão quais são seus conceitos e como ele quer se tornar campeão do mundo. O Estado alemão é o maior patrocinador da Copa, portanto deveria receber algumas respostas", declarou. Apesar do apoio de outros políticos, a idéia de Barthle parece não ter futuro. O presidente da Comissão, Peter Dankert, do SPD (Partido Social-Democrata, de oposição), descartou a convocação do treinador. "Não somos nenhum tribunal para o qual o senhor Klinsmann tenha de dar explicações."

Portugal fica sem zagueiro

A

lista de jogadores que p e rd e r ã o a C o p a d o Mundo por contusão ganhou no sábado o nome do zagueiro português Jorge

Deputados querem ouvir técnico Klinsmann sobre má fase alemã

Andrade, do La Coruña, que sofreu uma ruptura de tendão do joelho direito, na partida contra o Barcelona, pelo Campeonato Espanhol, e vai desfalcar o time do técnico Luiz Felipe Scolari. Andrade havia marcado um dos gols do La Coruña na partida. Ele foi operado on-

tem, em Barcelona, e tudo correu bem, segundo os médicos de seu clube, mas a recuperação completa deve levar pelo menos cinco meses. Outro jogador do La Coruña já havia ficado de fora do Mundial: o meia espanhol Valerón, que sofreu ruptura de ligamentos em janeiro.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ESPORTE

segunda-feira, 6 de março de 2006

TODOS CONTRA ALONSO Andreu Dalmau/EFE

O

Os bons tempos da Renault nos primeiros testes credenciam espanhol como favorito ao bi. A Honda, de Barrichello, surge como principal ameaça. E a Ferrari, de Schumacher e Massa, tenta reviver os tempos de glória

Stefano Rellandrini/Reuters

s motores estão prontos para roncar. Com dois cilindros a menos, é verdade. A diminuição dos motores V10, de 3 litros, para os V8, de 2,4 litros, é a principal das várias alterações no regulamento da Fórmula 1 para a temporada de 2006, que começa no próximo domingo, com o GP do Bahrein. Outra mudança é a volta da permissão para troca de pneus durante a prova. Serão 18 corridas, uma a menos que no ano passado (faltará o GP da Bélgica, suspenso por falta de condições financeiras de seus organizadores), e 22 carros, dois a mais. As principais novidades são a Toro Rosso, nova versão da Minardi após a compra pela Red Bull, a Midland, que comprou a Jordan, a BMW, que assumiu a Sauber, e a Super Aguri, equipe chefiada por Aguri Suzuki, um dos pioneiros japoneses na F1, com uma dupla nipônica: o experiente Takuma Sato e o novato Yuji Ide. Mas todos os olhos estarão voltados mesmo para Fernando Alonso. O atual campeão teve ótimo desempenho nos milhares de quilômetros de testes da pré-temporada, e é considerado o homem a ser batido - vale lembrar que, no ano passado, a Renault perdeu terreno para a McLaren ao longo do ano, mas Alonso ficou com o título por causa da "gordura" acumulada pelas vitórias no início da temporada. Nem mesmo a já anunciada saída para a McLaren, no fim do ano, atrapalha os planos do espanhol. "Continuamos concentrados no mesmo objetivo, que é sermos campeões do mundo novamente", afirma. Na escuderia inglesa, Alonso vai substituir Kimi Raikkonen, vicecampeão de 2005, que, segundo a imprensa eu-

ropéia, já assinou contrato com a Ferrari para herdar o posto de Michael Schumacher, que deve pendurar o macacão no fim do ano. A Ferrari, que trocou de brasileiro como escudeiro do alemão - Rubens Barrichello por Felipe Massa, que já foi piloto de testes da equipe - não teve desempenho muito animador nos treinos, e já fala em remodelação do pacote aerodinâmi-

co. Schumacher sonha com o oitavo título, mas a principal atração da equipe pré-temporada foi o piloto italiano Valentino Rossi, campeão de motovelocidade, que é cotado para assumir um dos volantes do time em 2007. A Honda assumiu definitivamente a BAR e mostrou força. Antes de sonhar com título, no entanto, a equipe ainda precisa buscar a primei-

Gero Breloer/EFE

ra vitória. Com os novos motores de oito cilindros, bastante rápidos nas experiências, a equipe promete dar bastante trabalho aos rivais. "Estamos ansiosos para chegar ao Bahrein, acho que seremos bastante fortes lá", disse o piloto reserva Anthony Davidson, que na semana passada percorreu mais de 400 voltas em testes no circuito de Valencia (Espanha).

Brasil nada em ouro na Colômbia

Judô brasileiro ganha mais dados com satisfação pelo su- dois ouros na p e r v i s o r- t é c n i c o R i c a rd o Moura: "O mais importante é Copa do Mundo

Albeiro Lopera/Reuters

A

natação brasileira confirmou em quatro dias de disputa do Sul-Americano, na cidade colombiana de Medellín, os bons resultados internacionais dos últimos tempos e conquistou o título continental com 29 medalhas de ouro - três vezes e meia mais do que as oito ganhas pela vice-campeã Argentina. Somadas as 18 de prata e as sete de bronze, o Brasil conquistou 54 medalhas. Os argentinos ganharam ainda 12 de prata e 10 de bronze. Na soma de pontos, a equipe brasileira ficou com 552 contra 347 dos vice-campeões. Assim, o Brasil praticamente confirmou em Medellín os resultados obtidos no SulAmericano anterior, disputado em Maldonado, no Uruguai, quando nossos nadadores foram 55 vezes ao pódio e ganharam 26 ouros. Os resultados na Colômbia foram sau-

Thiago Pereira, um dos destaques brasileiros no Sul-Americano de Natação: ouros e recorde em Medellín, Colômbia

que o Brasil , mesmo enfrentando a dificuldade de nadar na altitude, consolidou sua hegemonia no continente." Um dos destaques da competição foi, mais uma vez, o paraibano Kaio Márcio de Almeida, que, no sábado, quebrou o recorde sul-americano da prova dos 100m borboleta com o tempo de 53s58. Guilherme Roth também registrou novo recorde sul-americano dos 50m livre, com o tempo de 22s65. Ainda no sábado, Thiago Pereira estabeleceu novo recorde continental na prova dos 200m medley, com o tempo de 2min02s15. E, ontem, ele confirmou a condição de um dos maiores nomes da natação nacional ao conquistar o ouro na prova dos 200m peito com o tempo de 2m18s52.

No primeiro duelo, deu Nadal Jack Dabaghian/Reuters

R

afael Nadal conseguiu o que parecia impossível: quebrou a série de 56 jogos invictos de Roger Federer em quadra dura e impediu que o suíço conquistasse o tetracampeonato do ATP Tour de Duba (Emirados Arares), ao vencê-lo na final de virada, por 2/6, 6/4 e 6/4. Federer estava invicto neste ano. "Sabia que para vencer Federer teria de jogar de maneira incrível. É joguei de maneira inacreditável os dois últimos sets", disse o espanhol, que 19 anos, que demonstrou maturidade para virar o jogo depois de ter sido amplamente dominado no primeiro set. Foi apenas o quinto jogo da temporada para Nadal, que passou meses em recuperação de uma lesão no tornozelo. Agora, ele coloca uma pedra no caminho glorioso de Roger Federer: é um dos poucos jogadores do circuito que pode se

orgulhar de ter um retrospecto positivo diante do número 1, com três vitórias e apenas uma derrota. Federer não quis dar desculpas. "Nadal tem todos os créditos por essa vitória." Uma dessas vitórias do espanhol foi nas semifinais da Roland Garros, em 2005. É o único Grand Slam que o suíço ainda não venceu - mais um tabu no ano em que ele sonha em completar a principal série de torneios do tênis. No saibro de Acapulco (México), o título ficou com o peruano Luís Horna, que venceu o argentino Juan Ignacio Chela por 2 a 0 (7/6 e 6/4) e conquistou seu primeiro título do circuito internacional da ATP. Em Las Vegas (EUA), o campeão foi o norte-americano James Blake, que obteve a primeira vitória de sua carreira sobre o australiano Lleyton Hewitt, após seis derrotas: 2 a 1 (7/5, 2/6 e 6/3).

Recuperado de contusão, espanhol venceu Federer na final de Dubai; suíço buscava o tetra e estava invicto havia 56 jogos em quadra dura

Hudson garante vaga

H

udson de Souza conquistou a medalha de ouro na prova de 4 km no Sul-Americano de Cross Country, disputado em Mar del Plata (Argentina), com o tempo de 11min24s. Com o resultado, o brasileiro, que é especialista em provas de pista, garantiu vaga no Mundial da modalide, que será em Fukuoka (Japão), em abril. Outros dois brasileiros correram a prova: Fábio Cha-

gas foi sexto, com 11min32s, e André Santana o sétimo, com 11min39s. O Brasil ganhou mais duas medalhas no torneio. Adriely Araújo foi a campeã da prova de 3 km para menores, com o tempo de 10min44s. Na prova de 8 km adulto, Maria Lúcia Alves Vieira ficou com a medalha de bronze, com 27min55s. O ouro ficou com a peruana Inés Melchor.

Na cola dos líderes

P

ouco mais de 100 quilômetros, exatas 58 milhas náuticas, separavam o Brasil 1, quarto colocado, do ABN Amro 1, líder da quarta etapa da Volvo Ocean Race, pelo boletim divulgado ontem à tarde. Os barcos, que cruzaram na semana passada o Cabo Horn, extremo sul da América, estavam a cerca de 1.277 milhas da chegada, no Rio. O ABN Amro 2 estava em segundo, seguido

pelo Piratas do Caribe. Para Torben Grael, comandante do time brasileiro, a proximidade entre os barcos pode aumentar nos próximos dias, em que a flotilha entra numa zona de alta pressão e poucos ventos. "Essa fase vai ser decisiva para a definição da chegada ao Rio de Janeiro", disse. Os membros da equipe já admitem o cansaço, após 15 dias nos revoltos mares do sul.

O

meio-médio Flávio Canto e o peso-pesado Daniel Hernandes foram campeões ontem da etapa de Praga da Copa do Mundo de judô. O resultado deu ao Brasil o título geral da etapa. Na final, Hernandes derrotou o estoniano Martin Paddar por ippon. No caminho, havia superado, pela ordem, o búlgaro Ivan Iliev, o georgiano Lasha Gujejiani, bronze no último Mundial, e o francês Frederic Lecanu. "Eu realmente estava precisando de um bom resultado na Europa para voltar à seleção com confiança e poder ter bons re s u l t a d o s n o s p ró x i m o s anos", afirmou Hernandes, que não se classificou na seletiva nacional para o Mundial do Egito, no ano passado. Flávio Canto, que já havia sido campeão na semana passada, em Hamburgo (Alemanha), não precisou nem lutar na final. Seu adversário, o estoniano Aleksei Budolin, sofreu uma lesão no ombro durante a vitória nas semifinais, e não pôde lutar. Assim, a vitória decisiva foi mesmo nas semifinais, contra o ucraniano Illya Chymchyuri - também venceu o letão Algirdas Miseckas, o russo Ruslan Gadzhiev e o georgiano Grigori Mamrikishvili. "A gente sempre sonha com a medalha de ouro, mas estes dois ouros, em dois finais de semana seguidos e com tanta gente forte, foram mais do que imaginava. Acho que estou numa maré de muita sorte. Quando as coisas dão certo desta maneira, é agradecer a Deus e ir em frente", disse Canto, que deve ser confirmado líder do ranking da União Européia de Judô, à frente do campeão mundial, o francês Guillaume Elmont. O meio-leve João Derly, campeão mundial e vencedor da etapa de Paris da Copa, já é o primeiro da lista em sua categoria.

"Aquarela" desafinada

L

aís Souza ficou em quarto lugar na American Cup, torneio de ginástica disputado na Filadélfia (EUA), por causa do mau desempenho no solo, na primeira apresentação ao som de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso. Laís foi a pior no solo, e somou 57,525 pontos nos quatro aparelhos. O bronze foi para a canadense Aisha Gerber, com 57,650 pontos. A vencedora foi

a norte-americana Nastia Liukin, com 60,050 pontos, seguida pela compatriota Shayla Worley, com 59,775. O outro atleta brasileiro, Danilo Nogueira, não se classificou para a final entre os homens. O torneio marcou a estréia na nova pontuação da ginástica - cada apresentação recebe duas notas, uma para a dificuldade dos exercícios, outra pelos erros cometidos.


Ano 81 - Nº 22.079

São Paulo, segunda-feira 6 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 23h30

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

O VERÃO DO LEÃO David A. Northcott/Corbis

Na volta da praia, R$ 150 bilhões

Em três meses de veraneio, o Leão abocanhou R$ 150 bilhões, registrados ontem - façanha obtida em 2005 só em 15 de março. Economia/1 e www.impostometro.org.br Luiz Prado/LUZ

237 MIL

SUSTO EM SANTOS A sul-coreana Sandra Lee (foto) assustou-se com a fome do Leão: quase 50% de sua água mineral são impostos. Em Eco/5, outros sustos na praia.

exigem o Leão transparente A caravana tributária já coletou 237 mil adesões à transparência nos impostos em 19 cidades. Pelo www.deolhonoimposto.org.br, outras 4 mil.

Atenção: amanhã é dia de ficar de olho no imposto

SÓ FALTA TAXAR O AR

Participe: a reunião será no Esperia, às 10h. Eco/1 Paulo Pampolin/Hype

Leia editorial, na página 10

Em cartaz, o bairro em paz João Carlos Rodrigues/Futura Press

Na Freguesia do Ó, cinema ao ar livre recupera da bandidagem um terreno da Prefeitura. Páginas 6 e 7

MST lança 2006 Vermelho O ano começa para o MST com 15 invasões. Página 9

Reginaldo Castro/Lancepress

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. Mínima 20º C.

Só, e feliz. É o Santos O gol de pênalti de Léo Lima (foto) fez toda a diferença na partida equilibrada com o Palmeiras. Levou o Santos à liderança isolada do campeonato, num feliz fim de semana. DC Esportes


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 6 de março de 2006

LENTE DE AUMENTO

MAIS VOTOS PARA SERRA

JOÃO DE SCANTIMBURGO

O RESISTENTE

NO ESTADO

A

considerando a margem de erro da pesquisa. Por sua vez, a votação de Serra correspondeu a 22% do eleitorado naquela mesma eleição. Ou seja, Serra estaria recebendo hoje o apoio adicional de 9% do total de eleitores paulistas em relação a 2002. Nas últimas eleições para o governo de São Paulo, o governador Alckmin teve os votos de 29% do eleitorado do estado, basicamente o

Céllus

recém-divulgada pesquisa do Ibope sobre as eleições para governador em São Paulo contém também simulações da corrida presidencial no estado. O prefeito paulistano José Serra foi o único cujo desempenho eleitoral em São Paulo melhorou significativamente desde as eleições de 2002. O presidente Lula e o governador Geraldo

IMPOSTO SINDICAL

Taxar o ar PAULO SAAB

É

proporcional à falta de criatividade dos dirigentes públicos a sua capacidade de inventar maneiras de tentar tirar dos contribuintes tudo que for possível em termos de arrecadação. Esse fenômeno acentuadamente brasileiro - a falta de criatividade e a invenção arrecadatória encontraram eco agora num país tido como civilizado, a França. A conversa entre o chanceler brasileiro Celso Amorim e o presidente francês Jacques Chirac para a criação de uma taxa de dois dólares sobre cada passagem aérea vendida para financiar um fundo de combate à fome mundial seria exótica se não fosse tão ilusória quanto inutilmente prática. Os governantes devem pensar, ninguém pode ser contra a criação de um fundo para combate à fome: foi desse mesmo raciocínio que saiu o Fome Zero, retumbante fiasco do Governo Lula, que ainda serve de bandeira política internacional para fazer crer ao mundo que no Brasil isso funciona. A falta de criatividade leva à "invenção" do que já existe. Criar fundo à custa "dos que têm recursos" (supostamente por estarem viajando internacionalmente) é tão pequeno que só não chamamos de idéia medíocre porque é politicamente correto defender o combate à fome e tão pleno de resultados que lembra o êxito de uma candidata a miss defendendo a paz mundial. A incursão brasileira no cenário internacional em busca de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Únicas (de duvidosa importância, face ao desprezo dos Es-

Segundo a pesquisa do Ibope, Serra receberia hoje o apoio adicional de 9% dos votos paulistas recebidos em 2002. mesmo percentual de intenções de voto para presidente que obteve agora. pesquisa do Ibope mostrou que Alckmin só consegue converter em votos cerca de metade dos índices de popularidade de seu próprio governo. Na pesquisa feita pelo Datafolha em dezembro, o governo Alckmin era avaliado positivamente por 62% do eleitorado paulista.

A

TRECHOS DA ANÁLISE DE ROGÉRIO SCHMITT PUBLICADA NO BOLETIM TENDÊNCIAS WWW.TENDENCIAS.COM.BR)

S erra foi o único que cresceu em São Paulo

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Lancha, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

G

overnantes acham solução na criação de taxas e impostos. A história se repete. Pretendem criar um fundo para combater a fome no mundo, especialmente na África, mas o dinheiro a ser arrecadado não se sabe onde irá parar, assim como o do Fome Zero vai para o MST e o da contribuição provisória para a Saúde virou obrigatório e vai para o caixa central do governo e não para a Saúde. Não será, com certeza, destinado à finalidade apontada por criação tão pouco criativa. A esse festival de impostos e taxas acrescento mais uma sugestão. Certamente já passou pela cabeça dos dirigentes públicos, mas parece ainda sem causa nobre para justificar: vamos taxar o ar que o ser humano respira. Em nome do oxigênio para a sobrevivência dos animais...

G overnantes só vêem solução na criação de impostos. Falta taxar o ar.

Dida Sampaio/AE

Alckmin mantiveram rigorosamente o mesmo desempenho de quatro anos atrás. Os resultados levantados pelo Ibope mostram que as intenções de voto no presidente Lula em São Paulo correspondem a 32% do eleitorado, independentemente de quem sejam seus adversários. O governador Alckmin aparece com os mesmos 32% no primeiro cenário testado pelo instituto, enquanto que o prefeito Serra seria o preferido de 31% dos eleitores na segunda simulação. A aparente igualdade entre os dois pré-candidatos tucanos desaparece quando se comparam esses dados com o desempenho de ambos no pleito anterior. Nas eleições presidenciais de 2002, o presidente Lula teve os votos de 35% dos eleitores paulistas. Na prática, teria novamente o mesmo desempenho agora,

tados Unidos às decisões da ONU antes da invasão do Iraque), tem exposto nosso país a constantes vexames planetários. A China foi escandalosamente reconhecida como economia de mercado pelo governo brasileiro quando se sabe que lá o governo dita os preços, assim como a Argentina tem imposto freqüentes arbitrariedades à indústria brasileira sem reação do Planalto, por conta do apoio desses países ao pleito de tal assento. Ambas as nações têm negado de público essa pretensão do governo brasileiro. São apenas dois exemplos - mas significativos, pela repercussão de ambos - de forma negativa, na economia nacional.

Dívidas, sem vergonha LÚCIO DE MOURA NETO

U

ma parcela significativa das empresas de pequeno porte que conhecemos financia seus negócios exclusivamente com o uso de capital próprio, e deixam de lado as opções externas como empréstimos de bancos ou outras fontes. Várias destas empresas ostentam orgulhosamente sua condição de auto-suficiência financeira como um atestado de saúde e boa gestão. Expressões pitorescas do tipo “balanço limpo” ou “caixa saudável” não são incomuns e sugerem que esta atitude anti-endividamento talvez não seja uma decisão consciente de estratégia financeira, mas um traço cultural do empreendedor brasileiro. Razões há para que a pequena empresa controle com muito cuidado suas dívidas e as altas taxas de juros brasileiras só enfatizam estas razões. O endividamento aumenta o risco do negócio, pois cria obrigações financeiras fixas que devem ser cumpridas independentemente da receita, que varia ao sabor do mercado e de outras forças. Isto aumenta a probabilidade de estresse financeiro, que pode eventualmente levar a empresa à crise ou mesmo à falência. Uma das fontes deste aumento vem do próprio mercado. Segundo pesquisa feita em 1994 com cerca de 46 mil empresas americanas, em períodos de desaquecimento econômico, as empresas mais endividadas perdem mercado para seus concorrentes e assim sofrem mais redução em sua receita. Empresas com índice de endividamento maior do que 40% tiveram aumento de vendas 13% menor do que as demais – para aquelas com endividamento maior do que 60% o aumento de vendas foi 26% menor que as demais. Estes efeitos foram verificados em empresas de todos os portes, mas tendem a ser mais críticos nas menores. Em teoria, em períodos de crise estas firmas tendem a tomar decisões que desagradam seus clientes e que os levam a abandoná-las, além de estarem mais expostas à ação oportunista dos concorrentes. Além disto,

por darem informações menos completas e transparentes aos credores, recebem menos apoio da parte deles em momentos de risco. Mas há também razões a favor do endividamento, e a principal é o aumento do retorno do capital dos proprietários, ao contrário do que a crença comum apregoa na nossa economia de juros altos. Mesmo que as taxas de juros sejam altas, alguns projetos podem apresentar rentabilidade mais alta ainda. Se a empresa não dispuser de capital próprio para financiá-los, poderá fazê-lo com recursos obtidos via empréstimos e ainda assim ter um projeto lucrativo. A diferença entre o custo do financiamento e a rentabilidade do projeto ficará disponível para os proprietários da firma. O simples processo de seleção de projetos pela rentabilidade implica em disciplina administrativa que é, sem dúvida, um sinal de saúde da firma. Sem esta disciplina a firma seleciona projetos segundo outros fatores menos benéficos para seu próprio futuro.

R

azões a favor e contra demonstram a necessidade de se encontrar o equilíbrio certo entre capital próprio e de terceiros, e esta é uma das tarefas mais importantes de qualquer gerente financeiro. Ela o obriga a ter um bom grau de controle que inevitavelmente permeia toda a administração. Controle e disciplina não fazem mal a ninguém, ao contrário, robustecem a empresa e a preparam para os tempos difíceis, e desta forma o financiamento externo pode ser visto como uma vacina. Se não for usado ou for usado em excesso, a empresa estará menos preparada. Uma administração financeira competente, que faz bom uso de todas as opções disponíveis para financiar seus negócios e projetos não deve ser motivo de vergonha, mas sim de orgulho por parte das empresas e seus proprietários. LÚCIO DE MOURA NETO É DIRETOR DA EVOLVE GESTÃO

O equilíbrio entre capital próprio e de terceiros deve ser motivo de orgulho

Constituinte de 1945, responsável pela preparação da Constituição de 46, introduziu no texto da Carta Magna um dispositivo determinando a elaboração da lei do sindicalismo orgânico. Tiveram assento na Câmara dos Deputados e no Senado representantes do PT, do PTN, PTB, PST, PDC e de outros partidos dos quais não me lembro. Pois bem, nenhum deles se interessou pela lei orgânica. Essa é uma das mais aberrantes caricaturas do trabalhismo brasileiro que continua prevalecendo na CLT, glória de Getúlio Vargas e de seus doutores em direito social, que fizeram uma lei excelente para regimes ditatoriais mas não para a democracia. Essa lei está vigente paralelamente a outras leis sociais trabalhistas.

A

Prevalece, acima de tudo, o famoso e perpétuo Imposto Sindical, onde se abastecem todos os sindicatos, das várias espécies. um país que já foi dos bacharéis, no qual prevalecia a Faculdade de Direito de São Paulo com seus super doutores, registrou-se a evasão dos deputados ao compromisso de votar a lei orgânica do sindicalismo brasileiro, engavetada sem maiores preocupações dos representantes dos partidos trabalhistas. Porque continuou prevalecendo, acima de tudo, o famoso e perpétuo Imposto Sindical, onde se abastecem todos os sindicatos, das várias espécies.

N

sse é o problema, no Brasil não há o autêntico sindicalismo. Quis ter um catálogo com todos os sindicatos, não consegui e mudei de assunto, porque não tenho tempo a perder nesta altura da vida. Apenas desejo que algum organismo nãogovernamental, com especialistas em Direito do Trabalho, faça um estudo sobre os sindicatos na concepção de americanos, ingleses, alemães, franceses, italianos, espanhóis e outros, para o bem das relações do Trabalho com o capital, num país que quer passar contra ventos e marés de emergente à grande no concerto das Nações.

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

poLítica

POLÍTICA - 3

PRESIDENTE QUER AUMENTAR COMÉRCIO BILATERAL ENTRE OS DOIS PAÍSES Sergio Lima/Folha Imagem

Eymar Mascaro

PFL vai de Serra

M

ovido pelas pesquisas, o PFL deve comunicar à cúpula do PSDB seu apoio à candidatura de José Serra à presidência. Não é mais segredo que os pefelistas têm preferência pelo prefeito de São Paulo. Essa informação já foi passada ao prefeito. Portanto, a candidatura tucana está nas mãos de Serra: basta o seu sim para a batida do martelo. A preferência do PFL foi exposta anteriormente pelo prefeito do Rio, Cesar Maia, quando este admitiu retirar sua candidatura desde que o candidato tucano fosse Serra. Admite-se no PFL que o partido poderia reativar a candidatura própria de Cesar Maia, caso o candidato do PSDB não seja o prefeito. O PFL é o principal aliado do PSDB. O partido pode lançar o vice na chapa tucana. Fala-se muito nos nomes dos senadores Jorge Bornhausen e José Agripino. Mas Antônio Carlos Magalhães reivindica para vice um candidato do Nordeste, rifando o nome de Bornhausen.

UNIÃO

Serra estaria titubeante. O prefeito quer saber se o partido está unido em torno de sua candidatura. Os tucanos respondem de forma positiva e comentam que até o governador Alckmin fecharia com o prefeito. Serra tem medo de disputar a eleição com o PSDB fragmentado.

ALIANÇAS

Além do apoio quase certo do PFL, o PSDB corre atrás de novas coligações. A meta principal é obter adesão do PMDB. O PSDB sente que corre o risco de perder o PMDB para o PT. Acordos com o PMDB só no segundo turno.

PRÉVIAS Apesar da insistência dos governistas do PMDB em amarrar um acordo com o PT ainda no primeiro turno, o deputado Michel Temer continua defendendo a candidatura própria e mantém as prévias para o dia 19 de março. O PMDB não faz acordos no primeiro turno, avisa Temer.

CHAPA Renan Calheiros, governista e presidente do Senado, insiste em convencer o PMDB a adiar as prévias para junho, mês das convenções. Calheiros ainda sonha com a hipótese do PMDB indicar o vice na chapa de Lula.

FIASCO O argumento que Renan Calheiros usa é que o PMDB pode ser um fiasco nas urnas se tiver candidato próprio. Renan se baseia em eleições passadas em que o candidato do partido chegou a ter menos votos do que os votos em branco e nulos.

SOCIALISTAS

É cada vez mais viável a coligação do PSB com o PT ainda no primeiro turno. Os socialistas indicariam o vice na chapa de Lula. O nome mais provável do vice é o do ministro Ciro Gomes. Os socialistas não sonham com candidatura própria à presidência.

MEIA-VOLTA

Existe também a possibilidade do vice de Lula ser novamente José Alencar, hoje filiado ao PRM, partido dos evangélicos. Alencar chegou a ensaiar o lançamento de sua candidatura a presidente,

mas recuou. A ordem é lutar para ser novamente o vice de Lula.

EM FRENTE Depois de recusar a volta às bases do governo e o apoio à reeleição de Lula, o PDT se prepara para disputar a eleição presidencial com candidato próprio. A candidatura mais viável é a do senador Cristovam Buarque. Mas o partido vai realizar prévias porque também o senador Jefferson Péres quer ser candidato.

CURTO-CIRCUITO O PT acendeu a luzinha amarela: o senador Eduardo Suplicy corre o risco de perder a reeleição caso Geraldo Alckmin seja o candidato do PSDB ao Senado. O Ibope constatou que se a eleição fosse hoje, Alckmin teria 40% dos votos contra 29% de Suplicy.

DIFERENÇA O Ibope constatou também que Alckmin teria 40% dos votos no interior do Estado para o Senado, contra 24% de Suplicy. Entre os eleitores da capital, Suplicy empata com Alckmin: cada um arrancou no Ibope 35% de intenção de voto.

APOIO Agnelo Queiroz, ministro do Esporte, reivindica o apoio do presidente Lula à sua candidatura ao governo do Distrito Federal. Queiroz é do PCdoB, partido aliado do governo. Lula só vai poder acolher a reivindicação de Queiroz se o PT não tiver candidato ao cargo. Do contrário, Queiroz fica a ver navios.

DEPOIMENTO Foi agendado para o dia 15 o novo depoimento de Duda Mendonça na CPMI dos Correios. Antes de ouvir o marqueteiro, membros da comissão estão manuseando os documentos sobre as contas de Duda Mendonça nos EUA. A documentação está confiada ao Ministério da Justiça.

CASSAÇÕES O plenário da Câmara deve votar quarta-feira os processos de cassação de mandato dos deputados Roberto Brant (PFL) e Professor Luizinho (PT), envolvidos com o mensalão. Há suspeita de que um acordão possa absolver os dois deputados.

MENSALÃO O Supremo recebe hoje da Polícia Federal o relatório do inquérito do mensalão. A relação de indiciáveis é encabeçada pelo empresário Marcos Valério e trará também políticos com e sem mandato. Já o ex-deputado petista José Dirceu não figurará no rol de indiciáveis da PF.

Terceiro presidente brasileiro a ser recebido com honras de chefe de Estado, Lula deve se reunir com familiares de Jean Charles, morto em 2005.

ECONOMIA DOMINA AGENDA DE LULA EM LONDRES Eric Feferberg/Reuters

John Stillwell/FP

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje à noite em Londres para uma visita que começa amanhã, quando será recebido oficialmente pela rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham, e que vai durar três dias. Lula, terceiro presidente brasileiro a ser recebido com honras de chefe de Estado, na Inglaterra, pretende aproveitar a visita para ampliar o comércio bilateral entre os dois países, hoje em torno de US$ 4 bilhões. O Reino Unido é o terceiro maior importador do mundo. Nos encontros a serem realizados, Lula deverá insistir na proposta de uma reunião de líderes mundiais para destravar a Rodada Doha, que trata dos subsídios agrícolas, além de reiterar a defesa da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O delicado tema do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto a tiros pela polícia inglesa em julho do ano passado, também deverá entrar na pauta das conversas. A viagem será dividida em três estágios. O primeiro, muito protocolar, consiste na visita oficial de chefe de Estado. Lula e dona Marisa farão o trajeto de 10 minutos entre a embaixada brasileira e o Palácio de Buckingham em uma carruagem real, onde serão recebidos pela rainha Elizabeth II. Um membro da família real acompanhará o casal presidencial brasileiro até os aposentos onde eles ficarão hospedados. Casaca – Na mesma noite, Lula será homenageado com um banquete real, mas foi dis-

Presidente se recusou a seguir o protocolo e vai de terno ao jantar com rainha Elizabeth II. Encontro com Tony Blair será na tradicional sede do governo britânico.

pensado de usar o white-tie, que consiste em uma versão mais sofisticada do black tie, no qual o colete e a gravata borboleta devem ser brancos e a casaca e as calças, negras. Para mulheres, o correspondente seria um vestido de gala, com jóias. Lula e a comitiva brasileira usarão terno. A mudança do traje foi objeto de negociação entre os dois governos. Mas a visita de Lula a Londres terá um lado comercial muito forte. O presidente brasileiro participará de três eventos com empresários e, em um dos encontros com Tony Blair, os dois países deverão criar um Comitê Econômico Bilateral para atuar sobretudo no impulso ao comércio e aos investimentos de lado a lado. Além do encontro com Blair, que se dará na tradicional sede de governo britânico, em Downing Street, no dia 9, Lula também pretende tratar com o ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, de sua proposta de criação de mecanismo para o financiamento de campanhas de vacinação maciça de populações contra enfermidades típicas de países mais pobres. Na sua agenda, curiosamen-

te, o presidente Lula incluiu encontros com a "oposição" ao governo Blair – ou seja, com representantes de centro direita. O presidente receberá David Cameron, líder do Partido C o n s e r v a d o r, G o r d o n Brown, do Liberal-Democrata, assim como o polêmico prefeito de Londres, Ken Livensgtone, mais conhecido como Red Ken, que está suspenso de suas funções por ter comparado um repórter de origem judaica a um guarda de campo de concentração. Brown e Cameron são aspirantes ao cargo de primeiroministro, sendo que o primeiro é considerado hoje o mais provável sucessor de Blair. Oxford – Durante os três dias que permanecerá em Londres, o presidente Lula não repetirá o feito de Fernando Henrique Cardoso que, em novembro de 2002, fez uma conferência na Universidade de Oxford. O contato mais próximo que terá com a comunidade brasileira – atualmente, com cerca de 30 mil cidadãos – será na abertura de uma exposição sobre a Tropicália, no Centro Cultural Barbican. No último dia de sua visita

ao país, Lula repetirá a fórmula adotada em outras viagens de participar de um café da manhã com líderes de cerca de dez grandes companhias locais, entre as quais a Rolls-Royce, a mineradora Rio Tinto e a Shell, e de empresas brasileiras, como a Petrobras, e a Companhia Vale do Rio Doce. A morte do brasileiro Jean Charles certamente fará parte de algumas das conversas do presidente brasileiro com autoridades inglesas. O diário britânico Daily Mail chegou a noticiar que a rainha Elizabeth II poderia apresentar um pedido velado de desculpas pela morte do brasileiro. Mas autoridades dos dois países não quiseram confirmar se isto ocorrerá mesmo. Encontro – Os familiares de Jean Charles deverão se encontrar com o presidente na quinta-feira. "Um encontro com o Lula em Londres vai significar muito para a busca da justiça no caso do Jean e as indicações que tivemos hoje dos diplomatas é que provavelmente o presidente nos receberá brevemente", disse o primo de Jean Charles, Alex Alves Pereira, que havia solicitado a reunião na semana passada. Ele observou que o encontro ainda não confirmado pelo Itamaraty, mas deverá ocorrer na embaixada brasileira. Por enquanto, assunto não consta da agenda oficial da visita. Assessores de Lula querem evitar que o caso ganhe grande relevância durante a viagem presidencial, ofuscando as negociações da OMC e os acordos que serão anunciados pelos dois países. (AE)

Chellotti volta como deputado

O

polêmico delegado da Polícia Federal, Vicente Chelotti (foto), ex-diretorgeral da instituição, está de volta à cena pública. Eleito suplente de deputado federal nas últimas eleições pelo PMDB, ele assume o mandato hoje na vaga do deputado José Roberto Arruda (PFL-DF), candidato ao governo do Distrito Federal, que se licenciará do cargo. Temido por uns e odiado por outros Chelotti teve sua volta saudada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que comandou e onde tem aliados até hoje.

No governo anterior, Chelotti ficou conhecido como o rei do grampo, acusado por adversários de ter feito dossiês sobre inimigos políticos para usar como barganha. Um dos grampos, feito durante as investigações de corrupção no Sistema de Vigilância da Amazônia, gravou conversas que comprometeriam o então presidente Fernando Henrique. Acabou demitido após se meter numa trapalhada ao investigar, de forma não convencional, o dossiê Cayman, que se revelou uma montagem. (AE)

Factoring

DC

ENCONTRO

Não houve a reunião de Tasso Jereissati com José Serra, prevista para a última quinta-feira. O presidente do PSDB permaneceu no Ceará e sua assessoria informou que Tasso estaria em São Paulo hoje para o bate-papo com Serra. O prefeito esticou sua permanência em Buenos Aires.

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

segunda-feira, 6 de março de 2006

VOTAÇÕES DE PROCESSOS DE CASSAÇÃO TAMBÉM ESTÃO NA AGENDA DA SEMANA. CÂMARA EXALTA MULHERES.

PSDB QUER DEFINIR NOME DO CANDIDATO previsão é de que até o final da semana Serra comunique ao partido se aceita ser candidato. Com esta decisão, o PSDB negociará com Alckmin. Dobradinha – A cúpula do PFL, que deverá repetir a dobradinha que elegeu por dois mandatos o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também aguarda o sinal verde dos tucanos para anunciar a retirada da pré-candidatura do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), a vice-presidente na chapa do PSDB e as articulações regionais. No Congresso, a Câmara dos Deputados tem três medidas provisórias trancando a pauta. Há previsão de votação também da finalização das regras eleitorais e da lei das micro e pequenas empresas. A pauta de votações do Senado também continua trancada por seis MPs. Encaminhadas à apreciação dos senadores no dia 22 de fevereiro, elas já chegaram trancando a pauta. Uma dessas MPs é a 273/05,

Folha Imagem/Arquivo/29-04-2004

Plenário decide destino de Professor Luizinho na quarta

que abre crédito extraordinário de R$ 516 milhões para o Ministério dos Transportes recuperar rodovias, na chamada operação tapa-buracos, e executar trecho da ferrovia Norte-Sul. Leia a seguir os principais fatos da semana: G Hoje – O presidente Lula viaja a Londres, onde permanecerá até quinta-feira. Ele terá encontros com o primeiro-ministro Tony Blair e com a rainha Elizabeth 2a, além de empresários. Os atos em memória dos cinco anos da morte do governador de São Paulo Mário Covas, em Santos e na capital paulista, devem reunir os principais líderes tucanos, incluindo o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra. A Sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPMI dos Correios colhe os depoimentos de quatro convocados: Paulo Roberto de Almeida Figueiredo e Gildásio Amado Filho, ambos do Nucleos; José Mariano Drummond Filho, do

Outro processo que será votado é de Roberto Brant

banco Santos, e Jorge Moura, da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social (Refer). O Nucleos é o fundo de pensão, ou instituto de seguridade social, que executa planos de benefícios para os empregados das indústrias nucleares do Brasil. A sub-relatoria de Combate à Corrupção ouve os depoimentos do presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Fábio Eduardo Galvão Ferreira Costa e de Cássio Cabral Kelly, presidente da Associação dos Servidores da Superintendência de Seguros Privados (Susep). G Amanhã – O Conselho de Ética se reúne para analisar o parecer do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) sobre o processo de cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). João Paulo é acusado de quebra do decoro parlamentar por ter sido beneficiário de um saque de R$ 50 mil da conta de uma das empresas de Marcos Valé-

rio, segundo as CPMIs dos Correios e do Mensalão. A sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPMI dos Correios ouve o ex-secretário do PT Marcelo Sereno. O ex-dirigente do partido também foi assessor da Casa Civil, sendo exonerado em 2004, mesma ocasião de Waldomiro Diniz, pivô das denúncias que deram origem à CPI dos Bingos. Na CPI dos Bingos depõem Evaldo Rui Vicentini e Francisco das Chagas Costa. O agropecuarista Vicentini foi tesoureiro do PPS e já acusou o PT de envolvimento com o crime organizado. Ele também afirma ter recebido proposta de propina do ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, no valor de R$ 4 milhões, para que o PPS apoiasse a campanha de reeleição da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Chagas Costa é o motorista que prestava serviços, em Brasília, para Vladimir Poletto, Ralf Barquete, Rogério Buratti e Roberto Carlos Kurzweil.

Marcos Valério vai à Justiça cobrar R$ 12 milhões do Banco do Brasil

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Galeria de personagens

Jefferson

Duda

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

AG/Arquivo/29-11-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

AE/Arquivo/25-08-2005

metade da década de 1970. A Câmara informou que a ex-deputada Janete foi escolhida destaque da área política devido à sua intensa atividade legislativa e entre os movimentos sociais. Ela começou a carreira partidária como vereadora em Macapá (AP) e foi também deputada estadual antes de chegar a Brasília. No Congresso, foi autora do projeto que criou a profissão de parteira. A biografia só se distanciou da de madre Tereza de Calcutá em 2004. Janete e o marido, o senador João Capiberibe (PSBAP), foram condenados pelo Tribunal Superior Eleitoral à perda de mandato, acusados de compra de votos. Segundo o depoimentos das testemunhas ouvidas, o casal daria R$ 26 a cada eleitor que se comprometesse e votar nos Capiberibe. O mais curioso da diplomação da quinta-feita talvez seja o fato de que, na última sexta, Janete amargou mais uma grande derrota. Desta vez, no Superior Tribunal Federal (STF). O ministro Carlos Ayres Britto indeferiu um pedido de mandado de segurança em que a ex-deputada pedia a vaga no Congresso Nacional de volta. Ela alegou que não tivera direito de defesa. O STF não aceitou. E a futura diplomada continua uma exdeputada cassada. (Agências)

Delúbio

AE/Arquivo/06-07-2005

Janete Capiberibe, que perdeu o mandato por compra de votos, recebe o Diploma Mulher-Cidadã

Doleiro Lúcio Funaro e ex-secretário do PT Marcelo Sereno depõem na CPMI dos Correios amanhã

AE/Arquivo/11-08-2005

Câmara homenageia deputada cassada (pela própria Câmara)

E

Quarta-feira – Após um bom tempo parada, a fila no corredor das cassações deve começar a andar. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), confirmou que os pedidos de cassação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP) serão votados em plenário neste dia. Segundo Aldo, não haverá problema na votação e apuração porque o pedido de cassação de Brant, já aprovado no Conselho de Ética, acontecerá em uma sessão pela manhã, e a do Professor Luizinho em outra sessão à tarde ou à noite. O Conselho de Ética ouve testemunhas do processo do deputado José Janene (PP-PR). A CPI dos Bingos ouve os depoimentos de três ex-funcionários da prefeitura de Ribeirão Preto, onde o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi prefeito. São eles Mauro Pereira Júnior, Marilene do Nascimento Falsarella e de Paulo Antônio Henrique Negri. G Quinta-feira – Depõem na CPI dos Bingos a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, de Santo André, e Benedito Antônio Valencise, delegado seccional de Ribeirão Preto, responsável pelas investigações dos contratos da Leão&Leão com a prefeitura da cidade. G Sexta-feira – Termina o prazo para que integrantes do PMDB se inscrevam nas prévias do partido, que serão realizadas dia 19. Até agora, apenas o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, se inscreveram. (Agências) G

Em menos de dois meses, Janete vai passar de cassada a ex-deputada diplomada.

sta semana, a Câmara dos Deputados vai realizar uma série de eventos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher – 8 de março. Uma das sessões especiais, porém, terá um caráter inusitado. Na quintafeira, uma das homenageadas é ninguém menos do que uma ex-deputada recém-cassada pela Câmara: Janete Capiberibe (PSB), que perdeu o mandato em janeiro deste ano, acusada de compra de votos nas eleições de 2002. Janete entrará novamente na Casa que retirou seu mandato às 11 horas. Lá, receberá o Diploma MulherCidadã Carlota Pereira de Queirós, oferecido a líderes que se destacam na promoção dos direitos da mulher. Carlota (1892-1982) foi a primeira deputada brasileira, eleita em 1933, cuja trajetória sempre esteve ligada a causas sociais e das mulheres. Além de Janete, quatro mulheres serão diplomadas: a cantora Daniela Mercury, destaque da área de cultura; a médica Albertina Takiuti, coordenadora de programas de saúde da mulher em comunidades quilombolas e assentamentos rurais; a espanhola irmã Dolores, que organiza projetos de urbanização em áreas carentes; e Iramaya Benjamim, ativista de direitos humanos que lutou pela anistia política na segunda

ABr/Arquivo/21-11-2205

Sérgio Dutti/AE

N

a mesma semana e m q u e o p re s idente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Reino Unido, o PSDB tenta definir o nome do candidato do partido que disputará a Presidência da República nas eleições de outubro. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin e pré-candidato do PSDB comanda uma homenagem em Santos, litoral do Estado, e na capital paulista pelo quinto aniversário da morte do ex-governador Mário Covas. Apenas o incansável Alckmin manteve seu ritmo de atividade e de campanha na semana do Carnaval. A cúpula tucana e o prefeito de São Paulo, José Serra, que disputa com o governador a indicação do partido, viajaram nos feriados e emendaram o restante da semana. Todos retomam as atividades no início desta semana, à exceção do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que foi ao Canadá e volta mais adiante. A

AE/Arquivo/26-01-2006

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

A CPMI descobriu que Duda Mendonça recebeu mais de R$ 11 milhões na conta Dusseldorf nos Estados Unidos. Foram depositados cerca de R$ 640 mil a mais do que os R$ 10,5 milhões que o publicitário afirmou em depoimento na CPMI, em agosto, como parte do pagamento pela campanha nacional do PT, em 2002.

Os processos de cassação dos deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE) serão votados pelo plenário da Câmara no dia 15. Outros dois processos já saíram do conselho, mas ainda estão cumprindo prazos para a inclusão na pauta do plenário: os dos deputados Wanderval Santos (PL-SP) e João Magno (PT-MG).

Para que esclareça os telefonemas que trocou com os principais envolvidos no mensalão, a CPI reconvocará para depor o presidente do Sebrae Paulo Okamotto. O requerimento para a convocação deve ser votado nesta semana. Ele já foi ouvido em novembro, mas o empréstimo que Okamotto pagou a Lula não foi explicado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

POLÍTICA - 5

RENAN QUER EVITAR GUERRA COM STF PELA VERTICALIZAÇÃO E CHAMOU BROSSARD PARA DEFENDER CONGRESSO

ABr/Arquivo/16-11-2005

PARA SERRA, MEIA-PASSAGEM É INVESTIMENTO.

A

Renan Calheiros, presidente do Senado, tem dito que está preocupado em não exaltar ainda mais os ânimos no Congresso e que quer ouvir os líderes.

SENADO E TSE EM CRISE?

O

presidente do Senado, Renan Cal h e i ro s ( P M D B AL), reúne-se amanhã com o presidente da Câmara e os líderes partidários das duas Casas, para discutir a agenda do Congresso e o cenário de crise institucional iminente diante da oposição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à emenda constitucional que dá liberdade aos partidos para fazerem alianças nas eleições de outubro. Na esperança de o TSE rever a decisão que impôs a verticalização das coligações partidárias em 2002, Renan adiou a promulgação da PEC aprovada há um mês pelo Congresso. Com a negativa do tribunal, no entanto, ele deve promulgar a emenda amanhã mesmo. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) dará a última palavra sobre a regra, que proíbe alianças nos Estados entre partidos adversários na disputa presidencial, Renan já convidou Paulo Brossard, peemedebista histórico que presidiu o Supremo, para defender o Congresso e sua emenda. Mas isto não significa uma declaração de guerra ao STF: o senador revela-se preocupado em manter a estabilidade institucional e, como presidente do Poder Legislativo, ele insiste que sua responsabilidade é tentar pacificar a relação com o Supremo. Bombeiro – Em conversas reservadas, Renan tem dito que está preocupado em não exaltar ainda mais os ânimos no Congresso e que quer ouvir os líde-

res. Ele admite que o clima é de muita irritação, por conta das sucessivas interferências do Supremo em assuntos considerados internos do Congresso, mas faz questão de agir como bombeiro da crise. Tanto que, a quem o procurou, repetiu que não entende a decisão do TSE como um desrespeito ao Congresso, que já havia aprovado em 8 de fevereiro, proposta de emenda constitucional (PEC) derrubando esta regra. "Não promulguei a emenda antes para que não se estabelecesse um conflito prévio entre os Poderes", justificou Renan a vários interlocutores. Ele disse que optou pela postura diplomática de aguardar o julgamento do recurso do PSL, sobre a vigência da interpretação da lei que impôs a verticalização nas últimas eleições (leia texto ao lado). "Preferi deixar que o TSE julgasse sem a pressão de uma lei promulgada pelo Congresso, mas agora não tenho como deixar de promulgar a emenda aprovada por três quintos dos congressistas", conclui Renan. Drama – A idéia é promulgar a PEC antes de quinta-feira, quando o ministro Cezar Peluso, do STF, deve levar ao plenário do tribunal seu voto a respeito de um mandado de segurança contra emenda. O drama é que cálculos do próprio TSE dão conta de que a tendência do plenário é favorável ao princípio da anualidade, que só considera válidas as regras aprovadas pelo menos um ano antes da eleição. Neste

caso, a emenda que derruba a verticalização não valeria para a disputa eleitoral deste ano. Autor da consulta ao TSE que fez valer a regra do limite às alianças em 2002, Miro Teixeira (PDT-RJ) foi quem apresentou também o mandado de segurança ao Supremo. O deputado

NO STF O

secretário-geral do Partido Social Liberal (PSL), Ronaldo Nóbrega, vai entrar hoje com um pedido de reconsideração da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve as regras de verticalização para as eleições de outubro de 2006 e rejeitou a consulta do partido sobre a validade da resolução de 2002 que exige a repetição nos Estados das alianças partidárias feitas nacionalmente para a disputa da presidência da República. Nóbrega disse que os ministros do TSE não analisaram a questão central da consulta: a resolução de 2005 sobre calendário eleitoral. A resolução estabelece 4 de abril deste ano como o último dia para a direção nacional dos partidos políticos publicar no Diário Oficial as normas para a escolha dos candidatos e formação de coligações. "A consulta foi feita nesse artigo e eles não consideraram.

EM CAMPANHA Nabor Goulart/AE

O

governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), fez, ontem, campanha em Maceió, onde se reuniu com lideranças do partido. Mas não contou com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Apesar de estar em Alagoas, Renan não foi à reunião dos peemedebistas com Rigotto. "O senador Renan não compareceu, mas estavam o deputado federal Olavo Calheiros e o prefeito de Murici, Renan Filho, irmão e filho do presidente do Senado. Isso demonstra que nós temos o caminho aberto para construir uma candidatura própria do PMDB à Presidência da República, até como uma proposta alternativa ao PT e ao PSDB", afirmou. "Alagoas é um Estado onde o senador Renan exerce gran-

Rigotto (em pé): busca de apoio.

de influência política. No Maranhão, o senador José Sarney também tem a mesma influência. No entanto, apesar da desconfiança dessas duas lideranças com relação à prévia do partido, nós tivemos uma excelente receptividade nesses dois Estados", disse Rigotto. Sem reboque – Em entrevista coletiva, Rigotto disse que o PMDB não pode continuar a reboque de outros partidos, sob pena de perder sua identidade política. "Somos o maior partido do País, temos de ter

o fez antes mesmo de a PEC ser aprovada pela Câmara, sob o argumento de que ela não obedecia ao princípio da anterioridade. Miro pediu ao TSE que, na hipótese de a PEC já ter sido aprovada, ela fosse considerada inconstitucional por ferir o princípio da anualidade. (AE)

responsabilidade suficiente para não deixar que o Brasil continue sem rumo", falou o governador licenciado. Rigotto aposta na briga do PT com o PSDB. "Essa briga entre tucanos e petistas, que se acusam de falta de ética e de não ter contribuído com o desenvolvimento do País, tem muito de verdade. Por isso, é importante que essas questões venham à tona para que a população tome conhecimento das falsas promessas que esses dois fizeram aos eleitores". O senador Pedro Simon (RS) disse que apóia a pré-candidatura de Germano Rigotto porque o considera um político honesto. "Germano é um grande nome, é brilhante e tem uma imagem íntegra e honesta", afirmou Simon, destacando também o caráter histórico da sua trajetória política. (AE)

Houve omissão dos ministros em responder essa questão", afirmou Nóbrega. Câmara – Outro que não gostou da decisão do TSE é o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele anunciou que a Casa vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Aldo disse que o TSE extrapolou suas funções e responsabilidades por não ser um tribunal constitucional, como o STF. "A chamada verticalização passou a existir por uma decisão do próprio TSE, em ano de eleição", lembrou Aldo. "Agora cabe a promulgação da PEC e o recurso ao STF." O presidente da Câmara manifestou ainda que as atribuições de cada Poder devem ser respeitadas. "Não penso em equilíbrio de partidos ou em equilíbrio eleitoral. O Poder Legislativo tem a prerrogativa de votar e decidir emendar a Constituição." (Agências)

Prefeitura passou a considerar como investimento em educação o repasse da meia-passagem dos estudantes para empresas de ônibus. Ao prestar contas sobre aplicação de recursos no setor em 2005, a gestão do prefeito José Serra (PSDB-SP) incluiu R$ 81,3 milhões gastos na compensação de viagens feitas com o bilhete único por alunos das redes municipal, estadual e privada. O valor equivale a um terço de todo o subsídio dado ao sistema, no ano passado. Pela Lei Orgânica do Município, o prefeito é obrigado a aplicar 31% da receita obtida com impostos em educação. Desde a mudança na legislação feita na gestão Marta Suplicy (PT) o percentual ficou assim dividido: 25% no mínimo devem ser aplicados na manutenção e no desenvolvimento do ensino (que inclui a construção de escolas e o pagamento do salário de professores, entre outros) e o restante, até alcançar os 31%, em despe-

que se incluam outras despesas, como educação, fazendo com que o investimento em si perca espaço." A oposição analisou o demonstrativo e questiona a gestão Serra. "Acrescentaram tantos itens e valores que parece maquiagem para elevar a aplicação de recursos", criticou o vereador Antonio Donato (PT), que assina com o também petista Paulo Fiorilo um pedido de informações ao secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti. Hoje, Donato vai levar o caso ao Tribunal de Contas do Município (TCM). Pedido antigo – A inclusão do repasse da meia-entrada nas contas da educação é reivindicação antiga dos empresários de ônibus, contou Carlos Zarattini, ex-secretário de Transportes na gestão de Marta Suplicy. O SPUrbanus, que representa o setor, não quis se pronunciar. No demonstrativo, Serra alega ter aplicado 33,08% da receita de impostos em educação. Mas, como a própria Se-

Agliberto Lima/AE

O governador Alckmin e o prefeito Serra testam o Bilhete Único, na estação Barra Funda. No primeiro encontro póscarnaval dos dois, o clima foi cordial.

sas relativas à educação. Esse item inclui a compra de uniforme e material para alunos da rede pública, além de programas de transporte. Na avaliação de especialistas não há ilegalidade na decisão da prefeitura, mas a consideram discutível. A própria bancada do PSDB votou contra a proposta da ex-prefeita. Na época, o partido criticou a aplicação de recursos em programas como o de transporte em detrimento da construção de novas escolas. Equívoco – "Há respaldo legal, mas é o tipo de despesa que não deveria ser considerada como investimento em educação, mas sim gasto do setor de transportes", observou o diretor em exercício da Faculdade de Educação da USP, Nelio Bizzo. "É o mesmo que incluir no custo de uma nova escola o asfalto da rua." Para Camilla Croso, coordenadora do Observatório da Educação, a questão é a interpretação que se dá à lei. "Esse tipo de postura dá margem a

cretaria Municipal de Educação informou, nem todos os valores serão incluídos na prestação de contas oficial, que deve ser entregue até 31 de março ao TCM. A Secretaria Municipal de Planejamento, responsável pela execução orçamentária, informou que o valor não interfere no cumprimento dos 31% e que a praxe é adotada pelo governo estadual. Desde 2004, o também tucano governador de São Paulo Geraldo Alckmin inclui a meia-passagem no metrô até como despesa educacional. Apoio – Alckmin disse, ontem, em Limeira, no interior do Estado, que, se a decisão do PSDB for por José Serra como candidato do partido à Presidência da República, o atual prefeito terá todo o seu apoio. Mas lembrou que a decisão do PSDB ainda não foi tomada e que isso deverá acontecer nos próximos dias. No momento, Geraldo Alckmin descarta as prévias para a escolha do candidato tucano. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

té o começo dos anos 90 ainda era possível acreditar, honestamente, que a Nova Ordem Mundial que se formava ante os olhos de todos após a queda da URSS era, em essência, a mundialização do poder americano, a realização dos sonhos mais ambiciosos dos imperialistas do Norte. Todas as aparências indicavam isso, e estudiosos tão isentos de viés esquerdista como o Pe. Michel Schooyans e o historiador espanhol Ricardo de La Cierva afirmavam categoricamente que a ONU, governo mundial em germe, não era senão a expressão e instrumento do Estado americano ampliado à escala global. Hoje, quem quer que continue acreditando nisso, depois de tudo o que aconteceu nessa década e meia e com todas as informações que se tornaram acessíveis a respeito, é um autêntico homem de Neanderthal, se não for seu antepassado mais próximo, o dr. Emir Sader em pessoa. Na visão dessas criaturas primevas, a Nova Ordem Mundial é o bom e velho imperialismo americano que, mal camuflado, estende suas asas sobre o globo terrestre, pondo em risco a soberania das nações pobres, cuja esperança então se volta para os poucos núcleos de resistência espalhados pelo mundo, como Cuba, a Coréia do Norte e os terroristas islâmicos, bravos pigmeus em luta contra o gigante, à imagem e semelhança da Princesa Léa e Luke Skywalker enfrentando aos trancos e barrancos as tropas imperiais sob o comando de Darth Vader (não inventei a comparação; ela já se tornou lugar-comum do imaginário esquerdista). Hoje em dia, o material disponível com as provas cabais de que não é nada disso que está acontecendo é tão vasto, tão abundante e tão consistente, que a única desculpa razoável que alguém pode apresentar para continuar apegado a essa idéia é ser pessoalmente o dr. Emir Sader e nada poder fazer contra tão cruel destino. Todos os demais são culpados de negligência proposital. Digo isso com a ressalva de que, as informações pertinentes sendo talvez menos acessíveis no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo com exceção dos países islâmicos e comunistas, a ignorância geral dos fatos explica a subsistência residual, neste país, de lendas e estereótipos já desmoralizados pelo tempo e em toda parte. Mas mesmo ignorantes profissionais não podem ter deixado de notar, nos últimos anos, o conflito aberto entre a ONU e os EUA, seguido de uma explosão mundial de anti-americanismo, cujas manifestações nas ruas e na mídia, simultâneas, súbitas e organizadíssimas, não poderiam ter surgido do nada, sem longa e dispendiosíssima preparação secreta. De repente, os pobres e esfarrapados tinham a seu serviço o New York Times, o Washington Post, a CBS, a CNN e praticamente todo o restante da grande mídia internacional (a brasileira, então, nem se fala), enquanto os ricaços imperalistas mal conseguiam uma entrevistinha na Fox, uns minutos no programa de rádio do Rush Limbaugh, sem a menor reper-

A

segunda-feira, 6 de março de 2006

MuNDOreAL O avesso do avesso por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

cussão fora dos EUA, e dois parágrafos em sua defesa na coluna da Mary O’Grady no Wall Street Journal. A desproporção contrastava tão dramaticamente com a visão convencional dos coitadinhos em luta contra as forças tentaculares do império financeiro intergalático, que parecia mesmo a coluna do dr. Emir, "O Mundo pelo Avesso". Para quem ainda tivesse alguma dúvida, bastava, para eliminá-la, olhar a lista dos financiadores da gritaria anti-americana, entre os quais brilhavam, junto com George Soros, as fundações Ford e Rockefeller e outras fortunas do mesmo porte. Depois disso, só mesmo o cérebro geneticamente lesado dos apreciadores daquela coluna poderia, imune ao gritante paradoxo, continuar acreditando piamente na identidade de americanismo e globalismo. Nem falo dos discípulos

Fórum Social Mundial. Quanta besteira, porca pipa! A divisão americana, em primeiro lugar, não é entre republicanos e democratas. É entre conservadores e globalistas. Estes estão nos dois partidos, os primeiros estão em parte no republicano, em parte órfãos de agremiação partidária, sem por isto deixar de constituir uma força política e cultural considerável. O programa globalista, longe de ser imperialismo americano, consiste essencialmente em quebrar a soberania dos EUA, submetendo cada vez mais o país a organismos internacionais, sendo necessário, para esse fim, diluir a cultura e a identidade nacionais num a p a s t a “ m ul t i c ul t u r al i sta”. O globalismo não tem finalidad e s e s s e n c i a lmente econômicas ou mesmo

Divulgação

do sr. Lyndon La Rouche, os quais, admitindo o paradoxo, tentavam explicá-lo como rebuscado truque do maquiavelismo ianque, como se rebuscada não fosse antes essa explicação e como se atrair todos contra si fosse astúcia digna do governo americano e não, mais apropriadamente, do saudoso Chapolín Colorado. Não obstante, a afirmação absoluta dessa identidade é não

Até o começo dos anos 90 ainda era possível acreditar, honestamente, que a Nova Ordem Mundial que se formava ante os olhos de todos após a queda da URSS era, em essência, a mundialização do poder americano. David Brauchli/Reuters/11/11/1989

A queda do muro de Berlim: celebração de uma Nova Ordem Mundial

apenas a crença unânime do esquerdismo local, para o qual ela tem ao menos a utilidade de fomentar o ódio ao seu inimigo tradicional, mas é também o fundamento de uma "nova doutrina militar brasileira" que vem se esboçando desde os anos 90, firmemente empenhada em criar, com base em informação deficiente, uma estratégia desastrosa que arrisca fazer das Forças Armadas brasileiras, amanhã ou depois, o instrumento servil da revolução continental, seja como aliadas da esquerda lulo-chavista que tanto as difamou e humilhou ao longo das décadas, seja, na melhor das hipóteses, como suas concorrentes na liderança do anti-americanismo nacional. Essa visão das coisas não expressa nenhuma realidade objetiva; expressa apenas, indiretamente, o estado de total alienação da elite falante brasileira, separada do mundo por um muro de fantasias obsessivas e complexos incapacitantes, agravados por uma indolência intelectual verdadeiramente criminosa e pela compulsão irresistível de complicar ainda mais as coisas tentando mostrar boniteza em vez de exercer a única virtude que, numa hora dessas, poderia ser salvadora: a sinceridade. Se entre todos os políticos, oficiais de alta patente, grandes empresários, professores de universidade, juristas e economistas de uma nação não se encontra um só que seja capaz de descrever corretamente o estado de coisas no mundo e enquadrar nele a posição do país – e a realidade é que não se encontra praticamente nenhum –, é claro que esse país está perdido e desorientado no espaço e no tempo, condenado a erros descomunais de política externa e administração interna que só por milagre não tornarão inviável sua existência de Estado independente num prazo mais veloz do que a imaginação desses indivíduos e grupos pode alcançar. Os planos de grandeza e discursos patrióticos que saem da boca dessa gente são um coral de marinheiros bêbados num barco

prestes a afundar. São sintomas psicóticos de uma total falta de senso da realidade. Na verdade, ao tentar lhes explicar que as coisas não são como eles pensam, eu mesmo me sinto um pouco psicótico. Esperar que entendam alguma coisa é tão louco, no fundo, quanto apostar no futuro de um país liderado por eles. Mas, como essa esperança se recusa a morrer, vamos lá. Vamos tentar outra vez. Os EUA são mesmo a potência hegemônica, mas é ridículo imaginar que todas as ações que os projetam no mundo sejam o resultado de um cálculo unitário fundado no seu "interesse nacional" (no sentido que o termo tem na ESG). Com mais freqüência, isto sim, exteriorizam o conflito interno americano, conflito que, por força da própria hegemonia dos EUA, expressa por sua vez a essencial divisão de forças no mundo. Dito de outro modo: a política americana, o drama americano, a guerra cultural americana, são o modelo em miniatura do conflito global. O problema é que, entre os palpiteiros midiáticos, acadêmicos, empresariais e militares do Brasil, ninguém entende coisíssima nenhuma do que acontece nos EUA, portanto enxerga menos ainda o que se passa no mundo. Duas visões padronizadas, ambas falsas e profundamente idiotas, se alternam no imaginário nacional como pretensas descrições do cenário americano: Visão 1 – As duas correntes em disputa ali são apenas duas faces da mesma moeda imperialista. Nos EUA não existe esquerda politicamente atuante, apenas uma direita capitalista durona e outra mais molinha. Visão 2– Existem, sim, uma direita e uma esquerda: a direita, republicana, é fundamentalista, imperialista e militarista, representando os interesses calhordas da elite financeira e industrial: a esquerda, democrata, representa os pobres e oprimidos do mundo, os direitos humanos, a democracia iluminista e, enfim, tudo o que é lindo desde o ponto de vista do

Luke Skywalker contra Darth Vader, face do imperialismo

Não inventei a comparação; ela já se tornou lugar-comum do imaginário esquerdista: a Princesa Léa e Luke Skywalker [a resistência] enfrentam as tropas imperiais sob o comando de Darth Vader [os Estados Unidos]. político-militares: é todo um conceito integral de civilização, uma verdadeira mutação revolucionária da espécie humana, incluindo a total erradicação das religiões tradicionais ou sua diluição numa religião biônica universal cuja expressão mais visível é o movimento da "Nova Era". Seus ideais são tão opostos aos valores e interesses da nação americana que os conservadores, sem pestanejar, os consideram inimigos tão perigosos quanto a Al-Qaeda. Os poderosos grupos econômicos que apóiam o globalismo são os mesmos que elegeram Bill Clinton e sustentaram a

c a m p a n h a d e J o h n K e r r y. Apóiam o aborto, o casamento gay, a liberação das drogas e tudo o mais que possa dissolver rapidamente a unidade histórica da cultura nacional americana. Fazem uso maciço do ativismo judicial para mudar completamente o sentido da Constituição através de sentenças que permitem o que era proibido e proíbem o que era permitido. Patrocinam maciçamente a esquerda do Terceiro Mundo e as manifestações antiamericanas, mas, lutando para enfraquecer o país enquanto Estado independente, buscam ao mesmo tempo fortalecê-lo como instrumento da ONU. Daí a ambigüidade de suas tomadas de posição quanto ao terrorismo, por exemplo. Os conservadores, cuja base de apoio econômico está essencialmente na prodigiosa capacidade de coleta de fundos de milhares d e o rg a n i z a ç õ e s p o p u l a re s (grassroots), mas que têm algum respaldo na indústria nacional acossada pela concorrência chinesa, defendem o predomínio americano no mundo, mas não querem a diluição do país num império transnacional. Suas ambições "imperialistas", incomparavelmente mais modestas que as de seus concorrentes, consistem apenas em manter uma relativa superioridade econômica e militar dos EUA (numa inversão patética, é este plano, e não o globalista, que a mídia brasileira denuncia como grande perigo para a nossa soberania). Não aceitam a ingerência de organismos internacionais em assuntos de soberania, defendem as interpretações consagradas da Constituição, a restrição dos poderes do governo central, o liberalismo econômico clássico, os direitos das religiões tradicionais – protestantismo, catolicismo e judaísmo -- e a preservação da identidade cultural americana. Cada palavra que se ouve em debates na mídia, no parlamento, nas universidades dos EUA, ecoa essa divisão, da qual o Brasil em peso continua ignorando praticamente tudo, graças aos bons préstimos de uma elite falante mentirosa, corrupta, vaidosa e radicalmente estúpida (e não estou me referindo a governo, não; a elite governante é só uma parcela da elite falante). É absolutamente impossível entender o jogo de forças no mundo – e portanto tomar uma posição consistente dentro dele – sem ter em conta a luta de concepções civilizacionais por trás do conflito partidário americano que a reflete de maneira irregular e parcial. O presidente Bush, por exemplo, é moralmente um conservador, mas atado por mil e um compromissos globalistas que tornam suas ações freqüentemente ambíguas e não raro inc o m p re e n s í v e i s n o s t e r m o s usuais do debate político. Entender essas coisas dá algum trabalho, requer muito estudo e o mergulho numa infinidade de dúvidas, mas é imensamente recompensador para quem, com sinceridade, queira encontrar uma esperança para o Brasil nesse mare ignotum. Em vista disso, peço aos distintos jornalistas, empresários, professores etc., que, por favor, por caridade, por misericórdia, não saiam dando palpites sobre o presente artigo antes de estudar pelo menos estes três livros: * Carroll Quigley, Tragedy and Hope: A History of the World in Our Time, New York & London, Macmillan, 1966. É a Bíblia do globalismo. Não existe uma do antiglobalismo; as objeções estão espalhadas; aqui vão duas amostras: * Cliff Kincaid, Global Bondage: The U. N. Plan to Rule the World, Lafayette, Louisiana, Huntington House, 1995. * Lee Penn, False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism and the Quest for a One-World Religion, Hillsdale, NY, Sophia Perennis, 2004. * Vale a pena também examinar o artigo de Steven Yates, “From Carroll Quigley to the UN Millennium Summit: Thoughts on the N e w Wo r l d O r d e r ” , e m http://www.lewrockwell.com/ yates/yates14.html. Os que não quiserem ler nada disso, então, por gentileza, queiram freqüentar a coluna do dr. Emir Sader e continuar entendendo tudo às avessas, como já se tornou costume nacional.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

1 Nosso desafio é popularizar nossas teses sobre tributos. Guilherme Afif Domingos

DE OLHO NO IMPOSTO LOJISTAS EM SÃO PAULO SE ANTECIPAM AO LANÇAMENTO DO MOVIMENTO A campanha, que já recebeu mais de 237 mil adesões, será lançada amanhã na capital

A

ntes mesmo de o movimento De Olho no Imposto chegar a São Paulo, o restaurante Dom Papi, no Jabaquara, começou a conquistar assinaturas pela transparência tributária. "Deixamos uma mesa na entrada com listas para adesão e um cartaz explicativo ao lado. Com isso, já conseguimos cerca de 200 assinaturas", disse o gerente do restaurante, Carlos Tadeu Ferreira. A partir de amanhã, a tendência é que esse tipo de iniciativa tome conta da cidade. Às 10 horas, representantes de mais de 1,5 mil entidades estarão reunidos no Clube Esperia para definir a realização da campanha pelos vários bairros da capital. O objetivo do movimento é colher 1,5 milhão de assinaturas para levar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal. O dispositivo garantirá aos cidadãos saber o

quanto de imposto há embutido no preço dos produtos e serviços por meio da nota fiscal. Kit – Hoje, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) enviará aos filiados 6 mil kits com o material promocional da campanha. Cada kit contém uma carta chamando o lojista a participar do movimento; uma lista para captação de assinaturas; orientações para que o empresário possa imprimir novas listas pelo site www.deolhonoimposto.org.br e um cartaz para a divulgação do movimento no comércio. Acácio Martins Gomes, proprietário da loja Catedral, que vende artigos religiosos no Shopping Center Iguatemi, só está esperando a chegada do material para começar a coleta de assinaturas. "Através da arrecadação de impostos o governo é nosso maior sócio, sem risco nenhum, e o que temos em contrapartida? Nada", critica o lojista. "Se cada um fizer um pouco, esse pou-

co vai virar muito", acredita. A Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Aescon-SP) também já começou a multiplicar o movimento. O diretor da Aescon-SP, Osias Chasin, por exemplo, enviou a 50 clientes da empresa da qual é sócio, a Osfe Auditoria Contábil, o folheto explicativo do De Olho no Imposto e listas para a coleta de assinaturas. "Orientamos nossos funcionários e clientes a também levar as listas para casa e acredito que até o início de abril teremos colhido cerca de 5 mil assinaturas." Depois de percorrer 19 cidades do estado, o movimento alcançou 237.108 adesões até a última sexta-feira, segundo a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O site da campanha registrou 3.426 adesões o n li ne, 2.732 downloads da lista de assinaturas e 314 e-mails de apoio. Laura Ignacio Restaurante Dom Papi Av. Santa Catarina, 182 - Jabaquara

Leonardo Rodrigues/Hype

Carlos Tadeu Ferreira, gerente do Dom Papi: 200 assinaturas de clientes que querem transparência Milton Mansilha/LUZ

Campanha tem apoio da população e dos municípios caravana De Olho no Imposto já provou que é possível mudar a concepção da sociedade sobre as questões tributárias, segundo Guilherme Afif Domingos, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Nesta entrevista, ele fala sobre os resultados do movimento: "Ficou claro o espírito de união das entidades, com forte apoio do poder municipal e participação popular."

A

O senhor acha que a caravana ampliou a mobilização feita em 2005 contra a MP 232 ? Os comandos das entidades como Sescon, Ciesp, AMB, Cre-

ci, entre outras, repetiram a dose de forma amplificada. E todos participaram ativamente da nossa caravana o que, por si só, já é um fato inédito no País. Todos em torno do tema da consciência tributária? Nosso desafio é popularizar nossas teses sobre tributos, pois elas têm a aprovação de 95% da população. E confirmamos isso durante a caravana: o cidadão quer saber o quanto paga de impostos sobre tudo o que compra ou consome. Qual a importância da chegada da caravana à capital? A cidade de São Paulo tem um papel estratégico para dar grande repercussão nacional ao movimento e preparar a

nossa ida a outros estados. Mas o tamanho da cidade pode dificultar a mobilização? Por isso mesmo precisamos contar com a força mobilizadora dos jornais de bairro e de todas as associações locais de base comunitária. E as 15 sedes distritais da ACSP ? Elas têm um papel fundamental nesse processo. Pois nas distritais convive naturalmente toda essa enorme rede que forma a base comunitária. Portanto a atuação delas é mais importante neste momento em que, pela primeira vez, estão mobilizadas para um tema nacional, que afeta o dia-a-dia de todos os cidadãos. Sergio Leopoldo Rodrigues

Invasão tributária no Orkut ualquer internauta que pesquisar no site de relacionamento Orkut quantas comunidades têm a palavra "imposto" no título ficará surpreso. A comunidade "De Olho no Imposto" – que já atingiu 498 adesões – é apenas uma das 87 que tratam do assunto. Algumas delas são bem humoradas, como "Mulher feia tem que pagar imposto", "Homem feio tem que pagar imposto" e "Se feiúra pagasse imposto...". Outras brindam as ações que ainda não sofrem

Q

tributação, incentivando a prática como "Beijar não paga imposto", "Rir não paga imposto" e "Sonhar não paga imposto". Mas a maioria dessas comunidades critica a alta carga tributária brasileira. A "Eu odeio o Imposto de Renda", por exemplo, é dedicada aos que "quase choram quando vêem o desconto do IR". Já a comunidade "Eu luto por imposto único" propõe: "Se você assim como eu não agüenta mais um País que cobra tanto imposto, entre para esta comunidade". A corrupção do governo

Lula é lembrada na página "Chega de Imposto", com o texto: "A liquidez da economia é drenada para os corruptos caixas dos governos que fazem mau uso de nosso suado dinheiro". A " Porque pagamos tanto imposto" faz o mesmo tipo de crítica: "É duro se matar de trabalhar para poder enriquecer os bolsos dos políticos lá de cima. Isso é um roubo". Mas uma das comunidades sobre o tema mais comentadas no Orkut, com mais de 2 mil membros, é a irônica "Palhaços que pagam impostos". (LI)

Afif destaca a importância das entidades parceiras, que participaram ativamente da caravana pelo interior

Em pouco mais de três meses, Leão já abocanhou R$ 150 bilhões

O

impostômetro, instrumento utilizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para

medir a arrecadação de impostos em todo o Brasil, alcançou a marca de R$ 150 bilhões por volta das 16 horas de ontem. O valor é a soma de todos os tributos recolhidos pelas três esferas do governo (União, estados e municípios) desde o dia 1º de janeiro de 2006, e pode ser visualizado

no painel eletrônico instalado em frente à ACSP e pelos sites www.impostometro.com.br e www.deolhonoimposto.org.br A cada segundo, o valor é atualizado com dados contabilizados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que projeta uma arrecadação de R$ 810 bilhões para este ano.


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

6,5

CARTEIRA DE CRÉDITO SOMA 52% DOS ATIVOS DO REAL

por cento é a participação do banco no mercado total de crédito do País.

Evandro Monteiro/Digna Imagem/6/10/2004

ABN AMRO tem lucro de R$ 1,44 bilhão no Brasil Expansão de 34% das operações de crédito impulsionou resultado do banco

O

aumento da procura por crédito no mercado no ano passado ajudou o ABN AMRO Brasil a fechar 2005 com seu melhor desempenho. O banco teve um lucro líquido de R$ 1,44 bilhão, que equivale a um crescimento de 16% sobre o conseguido em 2004. Nesse resultado, as operações de crédito, que somaram R$ 39,539 bilhões, ou 34% mais do que no ano anterior, tiveram um peso significativo. Também ampliaram de 5,9% para 6,5% a participação do banco no mercado total de crédito bancário concedido no Brasil em 2005. "Hoje, a car-

teira de crédito representa 52% dos ativos do ABN. É o maior percentual entre os bancos no País", diz Fábio Barbosa, presidente do banco. Os empréstimos feitos às pessoas físicas do varejo e da fi-

nanceira somaram R$ 18,480 bilhões, alta de 29,4%. Empresas – Já a carteira de crédito voltada às pequenas e médias empresas encerrou 2005 com uma expansão de 40,1% sobre 2004 e um saldo

Fábio Barbosa: meta é crescer entre 20% e 25% no crédito neste ano

de R$ 13,693 bilhões. Segundo Barbosa, o bom resultado no crédito deveu-se, também, ao crescimento da base de clientes. Em 2004, eram 3,5

BALANÇO

milhões. No ano passado, chegaram a 3,8 milhões. Para este ano, Barbosa estima um crescimento entre 20% e 25% no total da carteira de

crédito. "Seria muito próxima à média de crescimento do mercado que se tem verificado nos últimos anos", diz. Nos últimos cinco anos, a média de expansão da carteira da instituição foi de 27%. O lucro recorrente do banco atingiu R$ 1,62 bilhão. Mas como o ABN tem investimentos no exterior, a desvalorização do dólar em 2005 teve impacto negativo de R$ 119 milhões no resultado. Além disso, R$ 64 milhões foram gastos na terceirização da área de tecnologia. O total de ativos do ABN AMRO atingiu R$ 75,667 bilhões, uma variação, para cima, de 23%. Já o patrimônio líquido cresceu 4,9%, somando R$ 8,159 bilhões. As receitas totais somaram R$ 10,543 bilhões, 17% mais. O banco reforçou as reservas de provisões para créditos de liquidação duvidosa de R$ 1,419 bilhão em 2004 para R$ 1,807, em 2005. "Aumentamos devido ao crescimento das operações e não pela inadimplência", diz Barbosa. Segundo o executivo, o total de atraso da carteira de crédito cresceu de 3% em 2004 para 3,1%, no ano passado. Roseli Lopes

COMUNICADOS YAKULT S.A. - Indústria e Comércio

CNPJ nº 60.723.061/0001-09 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas., o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativas ao Exercício Social encerrado em 31/12/2005, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas. Permanecemo-nos ao inteiro dispor de V. Sas. para quaisquer esclarecimentos necessários. São Bernardo do Campo, 01 de março de 2006 A Administração Balanço Patrimonial Encerrado em 31 de Dezembro (R$ mil) Demonstração do Resultado do Exercício ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 Encerrado em 31 de Dezembro (R$ mil) Circulante 119.648 109.868 2005 2004 Circulante 27.431 22.388 Disponível 2.584 1.930 259.152 247.853 Fornecedores 6.231 3.987 Receita operacional bruta Aplicações financeiras 56.875 55.120 Descontos e abatimentos (7.418) (6.611) Contas a pagar 6.667 5.708 Contas a receber 31.128 23.577 Impostos faturados (56.268) (58.147) Salários e encargos sociais 9.745 8.353 Adiantamentos 702 677 Receita operacional líquida 195.466 183.095 Obrigações tributárias 3.381 3.823 Estoques 20.269 21.195 Custo dos produtos vendidos (88.642) (80.847) Financiamentos 1.407 517 Lucro bruto Impostos a recuperar 5.967 5.408 106.824 102.248 Exigível a longo prazo 15.881 14.344 Receitas e despesas operacionais Despesas antecipadas e outros créditos 2.123 1.961 Realizável a longo prazo 14.281 12.127 Despesas com vendas (94.156) (94.820) Provisão p/contingências 15.864 14.284 Imposto de renda e c. social diferidos 9.217 7.878 Despesas administrativas (18.692) (19.227) Provisão p/imp. renda diferido 17 60 Empréstimos compulsórios 357 357 Receitas financeiras líquidas 8.849 6.695 Patrimônio líquido 181.335 197.332 Títulos a receber e outros créditos 4.707 3.892 Outras despesas operacionais (5.416) (5.685) Capital social 29.000 29.000 Permanente 90.718 112.069 Lucro (prejuízo) operacional (2.591) (10.789) Reservas de capital 4.055 4.055 Investimentos 4.353 19.719 Resultado não operacional 396 1.928 Reservas de lucros 148.280 183.052 Lucro (prejuízo) antes dos impostos Imobilizado 85.893 91.501 (2.195) (8.861) Lucro (prejuízo) acumulado – (18.775) Diferido 472 849 Imposto de renda e contribuição social 758 1.261 Total do passivo 224.647 234.064 Lucro (prejuízo) líquido do exercício Total do ativo 224.647 234.064 (1.437) (7.600) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (R$ mil) Demonstração dos Lucros Acumulados (R$ mil) 2005 2004 Origens dos recursos 2005 2004 Aplicações dos recursos 2005 2004 (18.775) (11.175) Lucro (prejuízo) líquido do exercício (1.437) (7.600) Aumento de investimentos 16 404 Saldo no início do exercício Reversão de reservas de lucros 34.771 – Depreciações e amortizações 13.024 13.833 Aumento do imobilizado 9.242 5.782 Ajustes de exercícios anteriores (14.559) – Variações monetárias líquidas (1) – Aumento do realizável a longo prazo 2.154 1.982 Lucro (prejuízo) líquido do exercício (1.437) (7.600) Ajustes de exercícios anteriores (14.559) – Total das aplicações 11.412 8.168 – (18.775) Prov. p/perdas c/inc. fiscais e outros investimentos 15.381 – Aumento (redução) do capital circulante 4.737 1.529 Saldo no final do exercício Prov. p/perdas c/imobilizado – – Capital circulante líquido Nota 5 - Investimentos 4.353 19.719 Alienação de direitos do imobilizado 2.204 814 No início do exercício 87.480 85.951 Investimentos em controladas 17.349 17.349 Aumento do exigível a longo prazo 1.537 2.650 No final do exercício 92.217 87.480 Incentivos fiscais 9.105 9.105 Total das origens 16.149 9.697 Variações 4.737 1.529 Participações societárias 902 886 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras (R$ mil) Provisão para perdas (23.003) (7.621) Nota 1 - Resumo dos procedimentos contábeis: a) Apuração do resulta- encargos sociais o montante de R$ 7.086. i) Provisões p/imposto de ren- Nota 6 - Imobilizado 85.893 91.501 do: O resultado,apurado pelo regime de competência de exercícios, inclui, da e contribuição social: Apuradas com base no lucro real, conforme leTerrenos e construções 67.556 64.982 quando aplicável, os rendimentos, os encargos e as variações monetárias e gislação tributária. As antecipações e pagamentos, quando realizados, são Maquinários e instalações 99.543 97.225 cambiais, a índices oficiais ou contratados, incidentes sobre ativos e passi- demonstradas na conta Impostos a Recuperar. j) Provisão para continMóveis, utensílios e outros 24.115 24.623 vos circulantes e a longo prazo. b) Estoques: Avaliados ao custo médio de gências: Constituída com base na análise individual de contingências de 21.769 21.818 aquisição ou produção, que não excede o custo de reposição ou o valor de natureza trabalhista, tributária e cível, de acordo com a avaliação das per- Veículos Imobilizado em andamento 5.561 5.833 mercado, deduzidos de provisão para prováveis perdas na realização, quan- das prováveis ou possíveis, apoiada pela opinião dos consultores jurídicos. Provisão para perdas (1.388) (1.388) 31/12/2005 31/12/2004 do aplicável. c) Aplicações financeiras: Demonstrados pelos valores de 31.128 23.577 Depreciação acumulada (131.263) (121.592) realização, incluindo os rendimentos e variações monetárias “pro-rata” dia Nota 2 - Contas a Receber 41.912 31.925 Nota 7 - Ajustes de exercícios anteriores e reversão de reservas de luou cambiais auferidos, não excedendo o valor de mercado. d) Provisão pa- Clientes 1.860 1.414 cros: Em decorrência da mudança de diretrizes contábeis, foram realizara devedores duvidosos: Constituída em montante suficiente para cobrir Contas a receber e outros (12.644) (9.762) dos em 31/12/05, lançamentos de ajustes de exercícios anteriores, correseventuais perdas na realização dos créditos. e) Imposto de renda e contri- Provisão para devedores duvidosos 20.269 21.195 pondentes a provisão para perdas na realização de investimentos no extebuição social diferidos (ativo e passivo): I.R. e C.S.L.L. diferidos, calcula- Nota 3 - Estoques 2.781 2.783 rior, apuradas com base em balanço patrimonial levantadas pelas respectidos sobre diferenças temporárias consideradas na apuração destes impos- Produtos acabados 3.570 2.752 tos. f) Investimentos, inclusive em controladas: Demonstrados ao custo Produtos em elaboração vas investidas em 31/12/04, tornando-se necessária, conseqüentemente, a 7.646 8.878 de aquisição, corrigido monetariamente até 31/12/95, deduzidos de provi- Matérias-primas reversão das Reservas de Lucros. 4.587 4.852 são para prováveis perdas na realização, quando aplicável (vide Nota 7). Mercadorias para revenda 3.580 3.418 Provisão para perdas na realização de investimentos no exterior: g) Ativo permanente: Demonstrado ao custo de aquisição, corrigido mone- Materiais de consumo e outros Investimento na empresa Yakult Argentina S.A. (11.343) Provisão para perdas dos estoques (1.895) (1.488) tariamente até 31/12/95, deduzido de provisão para prováveis perdas na (3.216) 5.967 5.408 Investimento na empresa Yakult Uruguay S.A. realização, quando aplicável. A depreciação do imobilizado foi calculada Nota 4 - Impostos a recuperar Ajustes exercícios anteriores/reversão reservas de lucros (14.559) Antecipações de imp. renda e c. social 229 282 pelo método linear, a taxas que levam em consideração a vida útil econômi1.403 1.575 Nota 8 - Capital social: Representado por 29.000.000 ações, ordinárias e ca dos bens, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação tributária. I.R. Fonte sobre aplicações financeiras 4.317 3.532 nominativas, do valor nominal de R$ 1,00 cada uma, das quais 28.128.680 h) Provisão para férias: Constituída de férias vencidas e proporcionais e ICMS, IPI, PIS e Cofins a recuperar 18 19 ações pertencem a Acionistas domiciliados no exterior. dos respectivos encargos sociais, estando agregado à conta Salários e Outros valores a recuperar Conselho de Administração: • Masahiko Sadakata • Takashi Matsuzono • Yoshino Mabe Diretoria: • Masahiko Sadakata • Sadao Iizaki • Ichiro Amano • Masahiro Kawabata • Hiroyuki Minakuchi • Ichiro Kono • Koichi Ogata • Ryoju Misuno • Eishin Shimada Contador: Tooru Yamakami CRC-1SP161755/O-0

ATAS

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Tomada de Preços nº 001/06 Objeto: Contratação de Agência de propaganda para prestação de serviços de publicidade para a Prefeitura Municipal de Guaratinguetá. Edital disponível para retirada: Praça Dr. Homero Ottoni, 75 - Centro - Guaratinguetá, das 12:00 às 15:30 horas. Valor do Edital: R$ 5,00. Local sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, CentroGuaratinguetá. Data da sessão: 23.03.06 às 14:00 horas.

Comunico que a Nota Fiscal de número 003610 da empresa Color Plus Comunicação Visual Ltda, situada na Rua Guian, nº 96, Vila Campestre, São Paulo - SP, CNPJ 01.675.457/0001-69, foi extraviada no mês de outubro de 2005. Intelicad Indústria e Comércio de Equipamentos Médico Hospitalares Ltda-ME torna público que requereu na CETESB a L.O de Renovação para a fabricação de Equipamentos Hospitalares, sita à Rua Bartolomé Carducho, 336 - Jd. Maria do Carmo - São Paulo CEP: 05541-130/SP.

DECLARAÇÃO À PRAÇA DECLARAÇÃO À PRAÇA Declaramos para os devidos fins que a empresa Telecom Orlando Ltda. I.E. Nº 115.416.440.113 CNPJ. Nº 02.468.092/0001-64, extraviou todos os documentos, inclusive talões de Nota Fiscal e Livros Fiscais mods. 1 A - 2 A - Mod. 6, 7, e Mod. 9.

CONVOCAÇÕES

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CERÂMICA DA LOUÇA DE PÓ DE PEDRA, DA PORCELANA E DA LOUÇA DE BARRO NO ESTADO DE SÃO PAULO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convocamos, de acordo com o disposto no artigo 612 da CLT, e conforme o Art. 14º, Parágrafo Único do Estatuto do Sindilouça, todos os integrantes da categoria do 13º Grupo (artigo 577 da CLT), representados pelo Sindicato acima em epígrafe, para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária no próximo dia 09 de março de 2006, em primeira convocação às 09h00 e, caso não haja número legal, às 09h30 em segunda convocação, com qualquer número de presentes, na sede do Sindicato, na Avenida Liberdade, 834 - 6º andar - conj. 63, nesta Cidade de São Paulo, para o fim especial de: a) estudar, discutir, aprovar ou não, as reivindicações dos empregados da categoria profissional que se fazem representar pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça, Porcelana no Estado de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana de Jundiaí, Itatiba e Louveira; de Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, Porcelana e Louça de Barro de São Paulo; de Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro de Mauá, Santo André, São Caetano do Sul e Ribeirão Pires; de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana de Ribeirão Preto e Jaboticabal; de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça de Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro de Porto Ferreira; de Cerâmica de Louça, Pó de Pedra, da Porcelana e da Louça de Barro de São José dos Campos, Taubaté e Guaratinguetá e dos trabalhadores da categoria profissional não organizados em Sindicatos; b) Contribuição Assistencial Patronal; e c) outros assuntos de interesse do Sindicato. São Paulo, 06 de março de 2006. Nelson Ferreira Dias - Presidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 015/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de herbicida. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 15/03/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 13:00 horas do dia 20/03/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 16:00 horas do dia 20/03/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 016/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de material de limpeza para a Saúde. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 16/03/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 12:00 horas do dia 21/03/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 16:00 horas do dia 21/03/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Nyppon Dedetizadora, Descupinização e Com. de Prods. Químicos Ltda. - Autofalência – Requerido: Nyppon Dedetizadora, Descupinização e Com. de Prods. Químicos Ltda. - Autofalência - Rua Primo Ticelli, 170 – 02ª Vara de Falências Requerente: De Castro Loureiro Engenharia, Ind. e Comércio Ltda. - Requeri-

do: MEFEMG Montagem de Estruturas Metálicas Ltda. - Rua César Penha Ramos, 1.360 - 02ª Vara de Falências Requerente: Têxtil MN Comércio de Tecidos e Confecções Ltda. - Requerido: Trevix Cem Worldwide Comércio e Representações Ltda. - End.: n/c 02ª Vara de Falências Requerente: Sebastião Américo Olivei-

r a - R e q u e r i d a : System Life Eletroeletrônica Ltda. - R u a Camacam, 587 - 02ª Vara de Falências Requerente: Vicunha Têxtil S.A. Requerida: Confecções Delles Ltda.ME - Rua Pedro Gonçalves Varejão, 341 - 01ª Vara de Falências Requerente: Vicunha Têxtil S.A. - Requerido: Green Iguana Indústria e Co-

mércio Ltda. - Rua Maracá, 205 - 01ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Emporium Leda Comércio de Bebidas e Serviços Ltda.-ME - Requerido: Emporium Leda Comércio de Bebidas e Serviços Ltda.-ME Rua Guaipa, 1.568 - 01ª Vara de Falências

EDITAL Fundação Hélio Augusto de Souza - FUNDHAS

AUTORIZAÇÃO DE CONTRATAÇÃO DIRETA POR INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO E RATIFICAÇÃO Contratante: Fundação Hélio Augusto de Souza

FUNDHAS. Contratada: Serviço

Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Objeto: Curso “Preparação Básica para Mecânica”. Valor: R$ 534,60. Vigência do contrato: 6 meses. Fundamento legal: Inexigibilidade de licitação, art. 25, II, Lei Federal 8.66/93 e alterações. Informações: Rua Santarém, 560 Parque Industrial São José dos Campos SP, das 8 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, de 2ª à 6ª feira. São José dos Campos, 17 de Fevereiro de 2006. Hiromiti Yoshioka - Presidente


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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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MELHORA DO RISCO FAVORECE QUEDA DOS JUROS

A Gol pretende voltar a vender passagens aéreas a R$ 50 para alguns destinos nacionais.

Paulo Liebert/AE

IPC-S A inflação semanal da FGV perdeu força em cinco das sete capitais pesquisadas.

Ó RBITA

MEL PROIBIDO União Européia barra importação do produto do Brasil por falta de controle biológico.

Sebastião Moreira/AE

CÂMBIO AFETA TRANSFORMAÇÃO

O

s dados do Produto Interno Bruto (PIB) relativos à indústria de transformação no quarto trimestre de 2005 mostram o efeito devastador dos juros e do câmbio sobre diversos segmentos. A maior queda observada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no quarto trimestre na comparação com igual período de 2004 ocorreu em artigos de vestuário (baixa de 11,6%), com o aumento da concorrência de produtos importados em conseqüência do dólar enfraquecido no País.

GRIPE AVIÁRIA

A

produção de frangos em Mato Grosso do Sul já está sentindo os efeitos das medidas preventivas contra a gripe aviária. A Avipal, que abate 160 mil aves por dia em Dourados, a 220 quilômetros da capital Campo Grande, concedeu férias coletivas aos funcionários. De acordo com nota da empresa, a doença, cujos focos estão na Ásia e na Europa, tem gerado grande impacto negativo sobre as exportações brasileiras de frango. (AE)

PROCON

O

s consumidores ganharam no fim da última semana uma ferramenta que permite acompanhar, em tempo real, o andamento das soluções para suas reclamações ou dúvidas apresentadas aos Procons. A novidade já está em funcionamento, em regime de teste no Procon de Goiás (www.procon.go.gov.br), que foi o autor da idéia. A partir de 15 de março (Dia do Consumidor) dez estados devem estar interligados ao sistema. (AE)

ESTRANGEIROS

O

s investidores estrangeiros tiraram da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o equivalente a R$ 561,621 milhões em fevereiro, informou a bolsa na sexta-feira. O saldo negativo foi resultado de vendas de ações de R$ 17,684 bilhões e compras de R$ 17,123 bilhões. As aplicações realizadas por investidores estrangeiros continuaram a liderar a movimentação financeira mensal da Bovespa. Em fevereiro, a participação dos estrangeiros atingiu 36,17% do volume total, contra 35,13% de janeiro. No mês passado, a Bovespa voltou a registrar as maiores médias diárias de negócios desde o início do Plano Real. Foram movimentados na bolsa paulista R$ 2,7 bilhões por dia, em média, em 89.088 negócios . (AG) A TÉ LOGO

A nova safra já começou, mas a alta do álcool nas últimas semanas chegou a 14% em alguns estados

Do lado dos investimentos, os juros elevados, mesmo em trajetória de queda, afetaram o segmento de fabricação e manutenção de máquinas e equipamentos

(queda de 4,7%). Além disso, a quebra da safra agrícola no Sul do País prejudicou os fabricantes de adubos até o final do ano e o PIB relativo a esse segmento mostrou queda de 9%. (AE)

USINEIROS QUEREM GERIR ESTOQUES

A

cusados de especular com a cana-de-açúcar, os usineiros voltaram a defender a criação de uma espécie de pool de produtores para administrar a formação de estoques de álcool combustível durante o período de entressafra do produto. A medida, reapresentada no começo do ano ao governo federal, serviria para evitar bruscas oscilações no preço do álcool — que nas últimas semanas acumula aumento de 14% em alguns estados.

Da produção anual de cerca de 15 bilhões de litros, de 7 bilhões a 8 bilhões são acumulados até novembro, auge da safra de cana-deaçúcar. Hoje, a estocagem dessa produção é feita individualmente pelas quase 250 usinas da região Centro-Sul, do Sul e por outras 100 no Nordeste. "A proposta é formar esse pool, que seria administrado pelos próprios usineiros", disse o diretor-técnico da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. (AG)

QUARTA MAIOR ECONOMIA EM 2050

U

m estudo elaborado pela consultoria Pricewaterhouse Coopers prevê que a economia brasileira será a quarta maior do mundo em 2050, superada apenas por China, Estados Unidos e Índia. Essa previsão, que foi calculada com base em taxas de paridade de poder de compra (que ajusta o Produto Interno Bruto ao poder de compra de cada país), mostra que a economia japonesa será a quinta maior do mundo dentro de 45 anos.

Quando o critério para a previsão do PIB é calculado com base nas taxas cambiais de mercado, a economia brasileira ocupa a quinta posição em 2050, atrás dos Estados Unidos, China, Índia e Japão. Segundo esse critério, a economia brasileira equivalerá a 20% do PIB dos Estados Unidos. O levantamento fortalece uma crescente aposta da comunidade financeira internacional de que o mapa econômico mundial será profundamente alterado nas próximas décadas. (AE)

VENDAS 20% MAIORES NA PÁSCOA

O

grupo Pão de Açúcar espera um crescimento de 20% nas vendas de produtos de Páscoa neste ano em suas lojas em todo o País, divididas nas bandeiras Pão de Açúcar, CompreBem, Extra, Sendas e ABC Barateiro. A rede antecipou suas compras, realizando os pedidos até o final do ano passado. Isso permitirá à empresa oferecer preços menores nos itens sazonais, contando

com todos os lançamentos da indústria. O Pão de Açúcar espera vender 3,5 mil toneladas de ovos de chocolate, além de cerca de 250 itens afins, como coelhinhos, barras e bombons, totalizando mais de 5 mil toneladas — 10% mais que na Páscoa passada. No setor de pescados, que ganha bastante força no período da Semana Santa, a expectativa é de crescimento de 15% nas vendas. (AE)

POBRE NO BRASIL PAGA MAIS POR ENERGIA

O

s gastos com energia pesam mais no bolso dos pobres no Brasil do que em outros países sul-americanos. Essa é uma das conclusões de estudo do Conselho Mundial de Energia (CME), que comparou Rio de Janeiro, Caracas e Buenos Aires. O estudo tomou

como exemplo brasileiro um grupo de favelas no Caju, bairro da zona norte do Rio, onde os gastos com conta de luz e gás de botijão representam 15,6% do orçamento de uma família pobre, mais que o dobro dos 7,6% da capital argentina e quase cinco vezes os 3,3% de Caracas. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Ministério da Fazenda quer usar importação para conter câmbio e inflação

L

Azaléia deixa de ser 100% nacional e transfere parte da produção para China

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Padrão de TV digital no Brasil deverá influenciar toda a América Latina

JUROS DEVEM CAIR 0,75 PONTO

N

em o aumento do álcool e da gasolina deve impedir o Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir novamente a taxa básica de juros da economia (Selic) nesta semana. De acordo com profissionais da área financeira, é esperado um corte de 0,75 ponto percentual da taxa, atualmente em 17,25% ao ano, como já ocorreu em janeiro. Para os economistas, o repasse das altas dos combustíveis pode inflar o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) em março. Mas eles defendem que a desvalorização do dólar tem tudo para reduzir os impactos negativos dessa elevação de preços.

Além de não acreditar em uma arrancada da inflação por conta do aumento dos combustíveis, o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri disse que a desaceleração da atividade econômica deverá ter um peso maior sobre a decisão do Copom. "Só é esperada uma recuperação para o segundo trimestre ou ainda para o segundo semestre do ano", afirmou o economista. A melhora no patamar do risco do Brasil também é vista por Alfieri como um ponto favorável à redução da Selic agora. "O Brasil subiu mais um degrau na avaliação de risco internacional. Só isso é motivo suficiente para um corte até

maior da Selic do que o 0,75 ponto esperado pelo mercado, já que tradicionalmente o juro costuma ser alto quando o risco do país também é elevado." Também deveria contribuir para uma baixa maior da Selic o fato de o Brasil não ter a mesma necessidade de financiamento do passado. Na avaliação dos economistas é até um erro manter os juros elevados agora, já que isso atrai capital estrangeiro para os ativos brasileiros. "O País tem feito justamente o contrário, antecipando o pagamento de dívidas. Além disso, a entrada de capital só favorece ainda mais a valorização do real", acrescentou Alfieri. Adriana Gavaça


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de março de 2006

PLANO DE AÇÃO AJUDA A IMPULSIONAR O NEGÓCIO

300

empresas estão cadastradas na Mercatus. Dez já foram atendidas.

ESTUDANTES DO MBA DA MERCATUS, DA UNICSUL, OFERECEM ORIENTAÇÕES PARA EMPRESÁRIOS SEM CUSTOS

APOIO GRATUITO ÀS PEQUENAS EMPRESAS Marcos Fernandes/LUZ

Leonardo Rodrigues/Hype

Alessandro Saade, da Mercatus

Edson do Carmo, da BEV Brindes: redução de custos com a consultoria

T

odo empresário sonha em poder dispor d e u m a c o n s e l h amento especializado. Nas grandes corporações, a busca dos serviços de consultoria já é um procedimento incorporado às rotinas do negócio. Entre as micros e pequenas empresas, no entanto, esse tipo de benefício é sempre postergado em razão dos custos inerentes ao serviço. O que muitos não sabem é que, com um pouco de disposição, é possível encontrar junto às instituições de ensino a ajuda necessária. Às vezes, até de graça, como ocorre no MBA executivo da Mercatus Educação em Negócios, escola vinculada à Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). "A Mercatus é o braço da educação executiva da universidade. Todos os nossos alunos do MBA executivo são obrigados a prestar uma consultoria gratuita", explica Alessandro Saade, diretor da escola. O serviço existe há dois anos e é dirigido à micro e pequena empresa. Hoje, dos 300 cadastrados em busca da consultoria, dez já foram atendidos, com direito a projeto completo de diagnóstico, seguido de proposta de plano de ação. Neste ano, segundo Saade, o serviço deve ganhar novo impulso. "Estamos ampliando o serviço para que os alunos dos MBAs setoriais prestem a consultoria na área em que estão se formando", afirma o executivo. Os estudantes dos MBAs se-

toriais prestam uma consultoria pontual, para encaminhar soluções em áreas de sua especialidade, como marketing, finanças e comunicação. A escola está aberta a novas inscrições e oferece às empresas que não forem atendidas a possibilidade de participar de palestras da Mercatus. "Elas são feitas por professores e executivos. Podem ajudar esses empresários a se inteirar dos assuntos", justifica Saade. Novos rumos – Para Edson Pereira do Carmo, a consultoria da Mercatus foi decisiva para ampliar o leque de serviços da sua microempresa, a BEV Brindes. "Ouvi a notícia da consultoria gratuita na rádio CBN e me inscrevi. Desde o início – há 13 anos – eu queria melhorar a gestão e o foco da empresa", conta Carmo.

Ele iniciou a implantação do plano de ação dos consultores em maio de 2005. Entre as ações, terceirizou a parte gráfica e passou a economizar R$ 1,2 mil em cartuchos, além de ganhar mobilidade para oferecer novos serviços, aproveitando seus conhecimentos com criação e arte final. "Eles também mostraram que a empresa precisava mudar seu comportamento com o cliente. Hoje, fazemos pós-venda", conta Carmo, que contabiliza salto de 12 para 80 clientes mensais e a contratação de dois funcionários. Fátima Lourenço

SERVIÇO: Mais informações no site www.mercatus.com.br, ou pelo telefone (11) 3385-3101.

Consultoria de baixo custo mpresários de micro e pequeno portes, além de empreendedores que planejam montar um negócio, podem contar com os serviços de consultoria das chamadas empresas juniores. Elas existem em todo o País, geralmente associadas a faculdades de grandes instituições de ensino. O serviço, apesar de ser cob r a d o , c o s t u m a t e r p re ç o bem abaixo do vigente no mercado. O trabalho é desenvolvido por alunos, podendo ou não ter a supervisão direta de professores. Há várias opções em São Paulo. A FEA Junior USP, por exemplo, é ligada à Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e tem como foco atender a pequena e média empresa. "Prestamos serviços de consultoria na área de administração, economia e contabilidade", informa Antonio Carlos Gola Vieira, presidente da empresa. Para se ter uma idéia de valores, Vieira explica que um projeto de reestruturação de custos, que na empresa júnior poderia custar de R$ 5 mil a R$ 7 mil, não sairia por menos de R$ 100 mil, caso o empresário optasse por um projeto desenvolvido por uma consultoria de grande porte. Na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), a Junior FAAP-NACEE (Núcleo Administrativo de Consultoria Estudante Empresa) atende de 12 a 16 projetos por ano. O professor José Carlos Borsoi, presidente do conselho da empresa, estima que os valores dos serviços sejam 30% menores que os do mercado estabelecido. Atuam na empresa alunos de todos os cursos da fundação, como na "júnior" da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), que funciona como um programa multidisciplinar desde 1999. Já a Empresa Júnior Mackenzie Consultoria é vinculada à Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas da Universidade Mackenzie. Segundo Leonardo dos Santos Rodrigues, gerente de marketing da "júnior", os serviços começam a ser prestados pelos alunos desde o primeiro semestre do curso, sob orientação de um mestre. Entre as possibilidades de trabalho constam pesquisa de mercado, plano para recrutamento e seleção e implantação de um projeto de responsabilidade social, entre outros. Na Fundação Getúlio Vargas, a empresa júnior é ligada à Escola de Administração de Empresas de São Paulo, e também dispõe dos serviços dos alunos das escolas de Economia e de Direito. João Marcelo Adas Oliveira, diretor de consultoria da Empresa Júnior FGV, explica que a meta para

E

2006 é atender 29 empresas. Os custos são calculados a partir da hora/trabalho, fixada em R$ 120 (para equipe de três consultores). Em média, o valor mínimo de um projeto gira em torno de R$ 5 mil. Na Mauá Junior, da Escola

de Engenharia Mauá, o forte são os projetos de engenharia civil, de automação e, especialmente, os de engenharia de alimentos. A estrutura da Mauá também dispõe de uma empresa-júnior voltada à área administrativa. (FL)

N gócios

&

oportunidades

Brasil envia missão oficial à China

O

vice-presidente d a República, José de Alencar, fará entre os dias 20 e 24 de março, visita oficial à China, nas cidades de Xangai e Pequim. Em paralelo aos compromissos protocolares e de natureza política, o Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), está organizando delegação empresarial brasileira dos segmentos de agronegócio (frutas, grãos e carnes), etanol, gráfico, tecnologia e têxtil, que terá oportunidade de participar de encontros com importadores e investidores chineses, além de seminário sobre as relações econômicas entre os

dois países. Os eventos empresariais serão realizados em Xangai, nos dias 21 e 22 de março. A programação inclui encontro com empresários brasileiros estabelecidos na cidade, que atuam em empresas brasileiras e estrangeiras. Estão previstas ainda visitas a fábricas e instituições de alta tecnologia. Serão realizadas rodadas de negócios para os representantes dos setores de agronegócio, gráfico e têxtil. As inscrições dos interessados devem ser feitas pelo site: www.braziltradenet.gov.br, entre 6 e 13 de março. Informações: Divisão de Operações de Promoção Comercial do Itamaraty, pelo e-mail: v p rc h ina@braziltradenet.gov.br.

Nigéria adota novas normas

O

governo da Nigéria implantou em janeiro deste ano um novo regime de Inspeção no Destino (DI), substituindo a inspeção pré-embarque que era aplicada sobre todas as importações realizadas por aquele país. A nota, distribuída pela Embaixada da Nigéria em Brasília, informa que o novo sistema prevê que todas as mercadorias que tenham por destino os portos na Nigéria, devam ser inspecionadas no ponto de en-

trada e não no ponto de embarque, que era a prática anterior. Os executores desse serviço serão o Serviço da Alfândega da Nigéria (NCS), junto com três empresas que funcionarão como Provedoras do Serviço de Inspeção no Destino e prestarão serviços de rastreamento nos portos nigerianos. Mais informações na Seção Econômica da Embaixada da República da Nigéria, em Brasília. Telefone: (61) 3226-1717 ou nigeria@persocom.com.br.

Lituânia tem interesse no Brasil

A

Junior Chamber International e National Professionals Agency da Lituânia traz para o Brasil uma delegação formada por empresários interessados em importar, investir, exportar e manter contatos comerciais. A delegação é composta ainda por dois bancos que desejam conhecer projetos para investimentos e duas empresas de transporte e logística. A Lituânia é um país com 3,5

milhões de habitantes, formado por 80% de lituanos e com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 15 bilhões anuais, que cresceu 6,2% no último ano. A relação comercial com o Brasil praticamente inexiste. A missão será recebida pela São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no dia 9, a partir das 15 horas. Mais informações pelo telefone: (11) 3244-3500.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


segunda-feira, 6 de março de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Nem na praia o consumidor consegue se livrar dos impostos, que recaem da água mineral ao guarda-sol.

LEÃO NÃO PERDOA NEM PROTETOR SOLAR

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VERAO TRIBUTARIO Banhistas se assustam com impostos Nem água-de-coco escapa da mordida do Leão

S

ábado, praia de Santos, o problema da alta tributação", 34 graus, moradores afirmou o médico. Até na água – Os quase 50% da cidade e turistas aproveitavam o sol do de impostos sobre o preço de fim do Verão para se bronzear e uma garrafa de água mineral nadar. O guarda-sol não é sufi- deixaram a empresária sul-cociente para barrar o calor de reana Sandra Lee indignada. quem está na areia. A solução é Há 23 anos no Brasil, lembrou beber algo refrescante. Mas ao que em seu país de origem, a descobrirem a alta carga tribu- água é servida gratuitamente tária incidente sobre diversas nos restaurantes. Em relação bebidas – de uma simples aos impostos sobre outros água-de-coco a uma cerveja –, itens necessários na praia, coa temperatura dos banhistas mo protetor solar e óculos de sobe. "Não é possível", espan- sol, Sandra riu, indignada. Ela acredita que, se a tributatou-se o fisioterapeuta Marcello Pereira Júnior, ao saber que ção fosse menor, as pessoas não pr ati cari am dos R$ 2 que contrabando e pagou pela pirataria. Sanágua-de-coco dra considera no quiosque a legislação R$ 0,70 são de tributária no tributos. Brasil errada, O choque pois não vê a do fisioteraco ntr apar tipeuta seria da. "E o povo ainda maior ganha o quê? se ele estivesO governo se bebendo tem que tirar uma caipiridos ricos. Na nha, cujo imCoréia, a triposto é de butação recai 8 8 , 0 9 % , s esobre os servigundo cálcuços e produtos los do InstituVista da cidade de Santos supérfluos." to Brasileiro Item que já d e P l a n e j amento Tributário (IBPT). O ex- virou hábito nas praias brasileiagente fiscal de renda, Thirso r a s , o p ro t e t o r s o l a r, c o m Leite de Barros, sabia que a car- 41,10% de tributos, só não é ga tributária da cachaça era al- mais tributado que o bronzeata. Mas imaginava algo próxi- dor (50,28%) por conta de presmo de 60%, percentual bem são dos fabricantes. Eles arguabaixo do real. "Sinto um pou- mentaram que o produto é de co de revolta ao beber esta cai- primeira necessidade e consepirinha, pois a gente trabalha guiram reduzir o Imposto sotanto para ver os impostos es- bre Produto Industrializado coarem para os 'mensalões' da (IPI). "Não sabia que para tomar sol pagávamos tanto imvida", reclamou Barros. E ele não é o único. As irmãs posto", revoltou-se a publicitáRegina e Dalva Frange, ao te- ria Maria Manuela Coelho. O representante comercial rem conhecimento do percentual de impostos sobre o preço Rogério Cavallo também se inda caipirinha, resolveram di- dignou. "É uma questão de vidir a bebida. O amigo, o mé- saúde pública", afirmou, após dico Eudoxo Oliveira Júnior, beber um gole de cerveja: missabia da elevada carga dos im- tura de água, lúpulo, cevada e postos. "A ausência de servi- 56% de impostos. ços satisfatórios à população é Adriana David

Fotos: Luiz Prado/LUZ

As irmãs Regina e Dalva: susto com a alta tributação sobre a caipirinha

Sandra não acreditou que R$ 0,70 dos R$ 2 que pagou pela água-de-coco são impostos

Cerveja: mais de 50% do valor cobrado são de impostos

Tributação de 41,10% sobre o protetor solar causou revolta

ISS: juiz decide pelo cadastro N

a semana passada saíram as primeiras decisões de mérito que julgaram improcedentes pedidos de duas empresas de Santana do Parnaíba que buscavam se livrar da obrigação de se cadastrar na Prefeitura de São Paulo, exigência da nova lei do Imposto Sobre Serviços (ISS), a Lei n° 14.042/2005, que vigora desde 1° de janeiro deste ano. A lei obriga empresas com sede fora da cidade de São Paulo, mas que prestam serviços na capital, a se inscreverem no cadastro da prefeitura paulistana. Caso contrário, elas podem ter o imposto descontado direto na fonte pelo tomador. Uma das decisões foi proferida pelo juiz José Roberto Tomé de Almeida, da 6ª Vara da Fazenda Pública, que negou à Eros Assistência e Hotelaria o pedido para não ser enquadrada à lei. O advogado da empresa, Francisco Gurgel, disse que vai analisar a deci-

A Prefeitura está fazendo terrorismo. Está indeferindo cadastro porque a conta da luz da empresa não está no nome do proprietário. Francisco Gurgel, advogado são do juiz para decidir se entrará ou não com recurso. "A Prefeitura de São Paulo está fazendo terrorismo. Está indeferindo cadastro porque a conta de luz da empresa não está no nome do proprietário ou porque o sócio mora em São Paulo", comentou Gurgel. Para conseguir a liminar que livrava a empresa do cadastramento, o advogado alegou que a nova lei viola o princípio da territorialidade, uma vez que

Banhistas, como Marina, não conhecem impostos que pagam

São Paulo não detém o poder tributário sobre contribuinte de outro município, a menos que haja convênio, como prevê o artigo 102 do Código Tributário Nacional. "A exigência é inconstitucional porque acaba em bitributação", reclamou. Desde que a lei entrou em vigor, no início deste ano, uma série de liminares, favoráveis e contrárias às empresas, foram concedidas. No final de fevereiro, por exemplo, a Confederação Nacional de Serviços (CNS) obteve uma liminar que afasta a exigência do cadastro na Prefeitura paulistana para as empresas ligadas à entidade. Com a decisão, assinada pela juíza Renata Coelho Okida, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, mais de 80 mil empresas filiadas à Federação de Serviços do Estado de São Paulo (Fesesp) devem se beneficiar. Renato Carbonari Ibelli


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.CIDADES & ENTIDADES

segunda-feira, 6 de março de 2006

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

O trepa-trepa é o local mais disputado pelas crianças no escuro do cinema improvisado em terreno abandonado pela Prefeitura, na Freguesia do Ó

Cinema ocupa praça e vence o medo na Freguesia do Ó Terreno da Prefeitura, abandonado e sujo, foi transformado em um cinema ao ar livre numa esquina da Vila Timóteo, na Freguesia do Ó. A novidade uniu o bairro e deu uma opção de lazer a essa região carente da cidade. As crianças, principais beneficiárias, são também as que mais se empenham na manutenção do projeto. Por trás de tudo, a iniciativa do morador Almir Matos, que temia os bandidos que ocupavam o terreno. Agora, a Prefeitura quer pegar carona na sua idéia. Fernando Vieira

C

inco, quatro, três, dois, um. Vai começar mais uma sessão. As luzes se apagam lentamente. Mas o escurinho desse cinema é diferente. Ele vem com o charme do pôr-do-sol. O projetor é conectado ao aparelho de DVD portátil e a um amplificador de som, contribuições da vida moderna. Equipamentos ligados. A simples claridade projetada sobre o telão improvisado na parede desperta o público. A platéia de vizinhos chega rapidamente em pequenos grupos, famílias. Cumprimentamse, se conhecem. Tomam seus lugares. Não há reservas nem filas. Vale trazer um banquinho de casa, ocupar um velho banco de concreto, sentar-se na arquibancada em construção, recostarse nas árvores e até disputar uma das vagas privilegiadas no alto do trepa-trepa. Vagas disputadíssimas, já que a maioria ali é de crianças, algumas ansiosas pela atração, fascinadas pela novidade cinematográfica. Outras, mais interessadas na festa com os novos amiguinhos. Enfim, não importa o motivo da presença de cada um. O fato é que um cinema ao ar livre está transformando a comunidade local com lições de cidadania. E mais: dá vida nova à antiga pracinha da Vila Timóteo, na Freguesia do Ó, zona norte da Capital, região carente de alternativas de lazer e cultura. Mais uma vez, a arte modifica a realidade que a imita. Tudo começou em um pequeno terreno municipal abandonado, na esquina das ruas Montegolfier Barbieri e Doutor Rodolpho Josetti. Sem manutenção, o matagal cobria todo o espaço. Virou um lixão. Da antiga praça que havia no local pouco se via há anos. Mais parecia um esconderijo, refúgio de bandidos e usuários de drogas. A fiação ao redor já tinha sido levada e, com ela, a iluminação. Não se sabe quando nem por quem. A situação sombria e de degradação incomodava, amedrontava. E foi justamente o medo que, paradoxalmente, encorajou o representante comercial Almir Matos, de 49 anos, morador da casa que faz divisa com o terreno, a tomar uma atitude. "Temia que

Almir Matos, criador do cinema: "Temia que acontecesse algo com os meus filhos. É o medo da violência".

acontecesse alguma coisa com os meus dois filhos que chegam tarde. É o medo da violência". Ele levou o problema ao Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do bairro e propôs uma limpeza geral, como medida de segurança. Dias depois a solicitação foi atendida. "Saíram mais de três caminhões carregados de lixo", conta. Mas a faxina na pracinha não parou por aí. Almir resolveu, literalmente, pôr a mão na massa e continuar a retirada de pequenos entulhos e do mato que ainda restava no local. E não foi sozinho. Desta vez, a esposa, Elisete Matos, de 49 anos, foi ajudar o marido no trabalho de limpeza. O movimento dos dois no terreno – até então visto como perigoso – chamou a atenção daqueles que geralmente são os mais curiosos: a criançada. "Tio, o que vocês vão fazer aí? Vai ter brin-

quedo?", perguntavam. Sem uma resposta pronta diante das seguidas interpelações, ele apenas dizia: "Quem ajudar a limpar pode tomar suco no final. Quem quer ajudar?". Foi o suficiente. A simples premiação soou como uma convocação, que lhe rendeu um pequeno exército de ajudantes mirins. Mais tarde, Almir e Elisete conversavam em casa sobre o que poderiam fazer para que as crianças da rua não perdessem o entusiasmo com a recuperação da pracinha, agora quase limpa de toda sujeira, mas ainda sem perspectiva de qualquer atrativo diferenciado ou de brinquedos. De repente uma idéia: "Acho que vou passar um filme para a criançada. Será que elas vão gostar?" Na página seguinte, mais sobre o Cinema na Praça


6

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

segunda-feira, 6 de março de 2006

Até a última sexta-feira, o movimento De Olho no Imposto recebeu 314 cartas e e-mails de apoio.

BEATLES ALERTAVAM CONTRA IMPOSTOS

TODOS DE OLHO NO MOVIMENTO De Norte a Sul do Brasil, os contribuintes dizem não à excessiva carga tributária brasileira. Mais que redução de impostos, eles querem saber o que pagam em cada serviço e produto que adquirem. Se você também quer saber, dê seu apoio a essa campanha pelo site www.deolhonoimposto.com.br Patriotismo Temos que expor o nosso direito de um povo sério. É questão de patriotismo, porque estamos cansados de tanta corrupção, que tira do povo pobre e sofrido para o Congresso Nacional e banqueiros, que não fazem nada por esse País, a não s e r s u g a r, s u g a r e s u g a r. E o bem-estar da nação, onde é que fica? Ivanilson Freire da Rocha – Mossoró/RN ( i v a n i l s o n . f r e i r e @ h o tmail.com) Reação Roubo a mão armada: desta situação ainda podemos nos livrar. Mas o que o governo pratica, com todos os impostos, nem temos como escapar. Temos que reagir. Podem contar comigo para a campanha. Patricia Azevedo S. Nascimento – Santos/SP (p a t r iciaasn@yahoo.com.br) Cobrar mais? Esse movimento é interessante e informativo. Meu medo é o governo querer cobrar imposto de quem organiza e participa desse evento. Dirceu Plenamente – São José dos Campos/SP (grizza@zipmail.com.br) Escolas Parabéns pela iniciativa. Sugiro palestras em escolas, pois quanto mais cedo educarmos nossos jovens, mais cidadãos conscientes teremos num futuro próximo. Maria Goretti – Sumaré/SP (marygo1@hotmail.com) Vergonha Vergonha! O Estado não dá saúde, não dá educação e as pessoas com renda miserável têm que pagar todos estes impostos e mais imposto de renda! Deixem o povo em paz. Ana Paula – Valinhos/SP (apbaguli@yahoo.com.br)

Vamos protestar É um absurdo! Se a União precisa de dinheiro, ela cria um novo imposto! Gostaria que a equipe econômica do governo explicasse como é possivel que o País cresça, se o poder aquisitivo da população diminui cada vez mais? Isso é uma vergonha. Com a arrecadação atual é possivel fazer muita coisa para melhorar o Brasil, mas não é o que acontece. O dinheiro vai cada vez mais pelo ralo da corrupção! Enquanto a população banca os marajás que estão deitados no dinheiro. Vamos protestar. Não podemos ficar calados. Jeremias – Rio de Janeiro/RJ (mavekaov8@yahoo.com.br) Muito imposto Sim. Eu sei que pago muito imposto. Quem está disposto a frear isso? Por que se paga muito imposto? Porque o Brasil é mal administrado. É o País das maravilhas, dos Carnavais, dos desmandos. Tudo isso e muito mais colabora para que cada brasileiro contribua com campanhas políticas, aumento de salários de deputados, senadores... José Mauri da Silva – Campo Grande/MS (mauri@notasdoperfume.com.br) Marasmo É só acompanhar a TV Senado e a TV Câmara que passamos a entender o motivo de estarmos neste marasmo total. Ninguém faz nada. E os que fazem, fazem nitidamente em benefício próprio ou de interesses no mínimo curiosos. Precisamos encontrar uma forma de dar um basta nos excessos, inclusive do Judiciário, e nos desmandos do Executivo. J. Roberto – Petrópolis/SP (egsl@serraon.com.br) Brasil melhor Gostaria de ver o nosso Brasil cada vez melhor, pois pagamos tantos impostos e não ve-

mos melhoria alguma. Precisamos rever está situação, para saber para onde está indo tudo o que se arrecada neste País. Pedro – Jacareí/SP (pedro.osvaldino@itelefonica.com.br)

TAXMAN Em 1966, Beatles fizeram canção contra impostos

Nada em troca Realmente é incrível como pagamos um valor absurdo de impostos e taxas e em troca não recebemos praticamente nada. A injustiça social faz com que nosso País seja este antro de desigualdade e deixa claro quem são os verdadeiros pagadores de impostos. Acho inconcebível que um pai de família pague Imposto de Renda ganhando pouco mais de três salários mínimos, algo inacreditável para qualquer nação, seja ela desenvolvida ou não. Temos que pensar em mudar essa situação e trabalharmos para que isso não se arraste por mais um sem-número de anos. Precisamos mais do que nunca da Reforma Tributária: está na hora de distribuirmos as riquezas de forma mais justa e, principalmente, os impostos. Todos devem pagar, mas aquele que ganha mais tem que pagar mais, obrigatoriamente. José Everaldo da Silva – São P a u l o / S P ( j e v e r a l d o @ c l ick21.com.br)

T

Letra e tradução

axas, impostos, tarifas, tributos. Não há quem não se revolte em ver o dinheiro ganho com trabalho e investimento sendo desviado para financiar uma burocracia nem sempre eficiente. Sempre representando os bons moços com um quê essencial de rebeldia rock and roll, os Beatles podem ter sido a primeira banda a criar uma melodia para o problema. Diz a lenda que a canção Taxman – que abre o álbum Revolver, gravado entre abril e maio de 1966 – foi composta para defender os interesses dos quatro músicos. Logo depois de começarem a fazer sucesso e dinheiro no showbiz, eles perceberam quanto do que ganhavam ia para o Estado. Primeira grande contribuição de George Harrison para o conjunto da obra dos Beatles, a música dá uma idéia de como os britânicos pagavam impostos e da eterna ameaça de novas taxas sobre as atividades mais corriqueiras e essenciais. É considerada o primeiro manifesto político da banda, em que o "homem do imposto" lembra alguém diabólico, sinistro e inclemente. Ainda que não tenham conseguido mudar o sistema tributário do Reino Unido – ainda hoje um dos mais pesados do mundo –, os beatles mostraram um jeito novo de protestar. Uma atitude rock and roll. Heci Candiani

Redução da carga O governo deveria fazer um estudo sobre a possibilidade da redução da carga tributária para incentivar mais investimentos das empresas. Com isso, sua arrecadação em CSLL e IRPJ seria maior, dando a possibilidade maior geração de empregos. Ivan – Blumenau/SC (tricolor_msn@hotmail.com) Parabéns Muito bom o trabalho de vocês... Só assim vamos mudar este País! Eugenio Sanches – São Paul o / S P ( e u g e n i o . s a nches@gmail.com)

Let me tell you how it will be, Deixe-me contar como é isso There's one for you, nineteen for me, Há um para você, dezenove para mim Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman Porque eu sou o homem do imposto, sim, o homem do imposto Should five percent appear too small, E se 5% parece pouco Be thankful I don't take it all, Fique grato, eu não exijo tudo isso, 'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman Porque eu sou o homem do imposto, sim, o homem do imposto

If you drive a car, I'll tax the street, Se você dirige seu carro, eu vou taxar a rua If you try to sit, I'll tax your seat Se você quiser se sentar, vou taxar a cadeira If you get too cold, I'll tax the heat, Se você estiver com frio, vou taxar o calor If you take a walk, I'll tax your feet, taxman, Fotos: Divulgação

Se você sai para caminhar, vou taxar seus pés, homem do imposto 'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman Porque eu sou o homem do imposto, sim, o homem do imposto Don't ask me what I want it for, (ha ha Mr. Wilson) E não me pergunte para que eu quero o imposto If you don't want to pay some more, (ha ha Mr. Heath) Se você não quer pagar ainda mais caro 'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman Porque eu sou o homem do imposto, sim, o homem do imposto

No álbum "Revolver", a primeira músicaprotesto da banda

Now my advice for those who die, Agora, meu conselho para aqueles que morrem Declare the pennies on your eyes, Declare cada centavo que vocês vêem 'Cause I'm the taxman, yeah, I'm the taxman Porque eu sou o homem do imposto, sim, o homem do imposto And you're working for no one but me. E você trabalha apenas para mim.

AGENDA TRIBUTÁRIA

Março/2ª semana ICMS/SP - OPERAÇÕES IN-

e.1) até o dia 13.03.2006, em

a) cuja receita bruta auferida no

rodas motorizado- último dia para

Entrega pelo consignante à reparti-

ca, do Comprovante de Pagamento

TERESTADUAIS COM COM-

relação às operações cujo imposto

segundo ano-calendário anterior

recolhimento do ICMS apurado no

ção fiscal a que estiver vinculado,

ou Crédito de Juros sobre o Capital

BUSTÍVEIS DERIVADOS DE PE-

tenha sido anteriormente retido por

ao

mês de fevereiro/2006.

em meio magnético, de demons-

Próprio no mês de fevereiro/2006.

TRÓLEO

ÁLCOOL

refinaria de petróleo ou suas bases;

DCTF a ser apresentada tenha sido

ETÍLICO ANIDRO CARBURAN-

e.2) até o dia 23.03.2006, em

TE - O contribuinte deverá entregar

relação às operações cujo imposto

as informações relativas às opera-

tenha sido anteriormente retido

ções interestaduais que promover

por outros contribuintes.

E

COM

IPI (exceto o devido por ME

taduais efetuadas em consignação e

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

b) cujo somatório dos débitos

ICMS/SP - CNAE´S - 01112 a

das correspondentes devoluções,

do no 3

declarados nas DCTFs relativas ao

01708, 02119 a 02135, 05118, 05126,

com a identificação das mercadori-

2006, incidente sobre produtos

segundo ano-calendário anterior

10006, 11100, 11207, 13102 a 13293,

as (art. 474-A, inciso II).

classificados nas posições 84.29,

ao

à

14109 a 14290, 16004, 26913, 26921,

ISS - RECOLHIMENTO DO

84.32 e 84.33 (máquinas e apare-

DCTF a ser apresentada tenha sido

45110 a 45608, 50105, 50202, 50504,

IMPOSTO - CONTRIBUINTES

lhos) e nas posições 87.01, 87.02,

superior a R$ 3.000.000,00.

51110 a 51195; 55131 a 55190,

EM GERAL - Pagamento do im-

87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veí-

FGTS - Depósito, em conta

55247, 60305, 63118 a 63401, 65102

posto relativo às prestações de ser-

culos automóveis e motocicletas),

bancária vinculada, dos valores re-

a 65994, 72109 a 72907, 74110 a

viço efetuadas no mês de fevereiro/

todos da TIPI.

lativos ao Fundo de Garantia do

74993, 85111 a 85324. - último dia

2006, bem como do imposto retido

IPI (exceto o devido por ME

DIA 6

Tempo de Serviço (FGTS) corres-

para recolhimento do ICMS apura-

na fonte no referido mês (art. 80 do

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

Salário de fevereiro/2006 - Pa-

pondentes à remuneração paga ou

do no mês de fevereiro/2006.

ção dada pelo Decreto n

retido anteriormente ou com álcool

2005) do RICMS/SP, art. 20 da

etílico anidro carburante cuja ope-

DDTT e Ato Cotepe n

ração tenha ocorrido com diferi-

Comunicado CAT n

o

o

o

49.910/

42/2005 e

52/2005)

mento do lançamento do imposto

transmissão eletrônica de dados. O contribuinte obrigado a prestar es-

superior a R$ 30.000.000,00; ou

período

correspondente

Nota: O prazo para pagamento

balhadores.

missão eletrônica de dados deverá

dos salários mensais é até o 5

dia

Não havendo expediente ban-

observar os seguintes prazos para o

útil do mês subseqüente ao venci-

cário, deve-se antecipar o depósito.

cumprimento

obrigação

do. Na contagem dos dias, incluir o

Cadastro Geral de Emprega-

dessa

o

o

decêndio de fevereiro/

RISS, aprovado pelo Decreto n

do no 3

44.540/2004).

2006 incidente sobre produtos clas-

o

ICMS/SP - CNAE´S - 17213 a

devida em fevereiro/2006 aos tra-

gamento dos salários mensais.

sas informações por meio de trans-

à

DIA 10

tróleo em que o imposto tenha sido

com observância de programa de

correspondente

trativo de todas as remessas interes-

(Arts. 423-A e 424-A (na reda-

com combustíveis derivados de pe-

período

As diversas instruções para cál-

17795, 18112 a 18228, 19313 a

o

decêndio de fevereiro/

sificados nas posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

e

culo e recolhimento do ISS estão

36960. Último dia para recolhi-

previstas na Portaria SF n 14/2004.

Previdência Social (INSS) GPS

IRRF - Recolhimento do Im-

- Envio ao sindicato - Envio, ao sin-

19399,

26417,

26425,

35319

o

mento do ICMS

3/1999, Cláu-

sábado e excluir domingos e feria-

dos e Desempregados (Caged) -

ICMS/SP - Fabricantes de tele-

posto de Renda Retido na Fonte

dicato representativo da categoria

sula décima sexta, na redação dada

dos, inclusive municipais. Consul-

Envio, ao Ministério do Trabalho e

fone celular, latas de chapa de alu-

correspondente a fatos geradores

profissional mais numerosa entre os

33/2005,

tar o documento coletivo de traba-

Emprego (MTE), da relação de ad-

mínio ou de painéis de madeira

ocorridos no mês de fevereiro/

empregados, da cópia da Guia da

lho da respectiva categoria profissi-

missões e desligamentos de empre-

MDF - último dia para recolhimen-

2006, incidente sobre rendimentos

Previdência Social (GPS) relativa à

a) TRR: nos dias 01.03.2006;

onal, que pode estabelecer prazo

gados ocorridos em fevereiro/2006.

to do ICMS apurado no mês de

de beneficiários identificados, resi-

competência fevereiro/2006. Ha-

b) contribuinte que tiver rece-

específico para pagamento de salá-

janeiro/2006.

dentes ou domiciliados no País.

vendo recolhimento de contribui-

(Convênio ICMS n

o

pelo Convênio ICMS n

o

Cláusula primeira):

ICMS/SP - Industriais ou ata-

IRPJ/CSL/PIS/Cofins - Reco-

ICMS/SP - Substituição Tribu-

cadistas de pequeno porte (art. 11, §

lhimento unificado do IRPJ/CSL/

DIA 7

tária - contribuinte enquadrado em

3 , das Disposições Transitórias, na

PIS/Cofins, relativamente às recei-

Nota: Se a data-limite para a

c) contribuinte que tiver rece-

DCTF Mensal - Entrega da De-

código de CNAE-Fiscal que não iden-

redação

tas recebidas em fevereiro/2006 pe-

remessa for legalmente considera-

bido o combustível exclusivamente

claração de Débitos e Créditos Tribu-

tifique a mercadoria a que se refere a

49.472/2005) - último dia para re-

las incorporadoras que tiverem op-

da feriado (municipal, estadual ou

do sujeito passivo por substituição:

tários Federais (DCTF), com infor-

sujeição passiva por substituição;

colhimento do ICMS apurado no

tado pelo Regime Especial de Tri-

nacional), a empresa deverá anteci-

dia 06.03.2006;

mações sobre fatos geradores ocorri-

energia elétrica; fumo e seus sucedâne-

mês de janeiro/2006.

butação (RET), na forma da IN SRF

par o envio da GPS.

dos no mês de janeiro/2006, pelas

os manufaturados; pneumáticos, câ-

ICMS/SP - REMESSA INTE-

pessoas jurídicas em geral, inclusive

maras-de-ar e protetores de borracha;

RESTADUAL EM CONSIGNA-

Comprovante de Juros sobre

as equiparadas, imunes e isentas (arts.

tintas, vernizes e outros produtos quí-

ÇÃO INDUSTRIAL - ENTREGA

o Capital Próprio - PJ - Forneci-

2 e 3 da IN SRF n 583/2005):

micos; veículo novo; veículo novo de 2

DE ARQUIVO ELETRÔNICO -

mento, à beneficiária pessoa jurídi-

bido o combustível de outro contri-

rio aos trabalhadores.

buinte substituído, exceto TRR: nos dias 02 e 03.03.2006;

d) importador: nos dias 01, 02, 03 e 06.03.2006; e) refinaria de petróleo ou suas bases:

o

o

o

DIA 9

o

dada

pelo

Decreto

n

o

n

o

ções em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias.

474/2004.

Fonte


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

segunda-feira, 6 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

PAGAMENTOS

Mais de 214 mil cheques devolvidos em Campinas

ÓRBITA

ACIDENTES Prefeitura instituiu, em decreto publicado na edição de sextafeira, do Diário Oficial de Campinas, a notificação compulsória dos acidentes de trânsito envolvendo motociclistas profissionais atendidos em serviços de urgência e emergência públicos e privados. A rede básica de saúde também está obrigada a fazer a notificação dos acidentes. Motociclista profissional é o prestador de serviço de motofrete.

A

Em janeiro último, o calote deu um salto de 10,4%, com prejuízo de R$ 140,4 milhões para o comércio. Diante do índice de devolução, comerciantes restringem a aceitação do cheque

A

No Brasil, o aumento dos cheques sem fundos em janeiro foi de 24,2%

devolução dos cheques por falta de fundos na região de Campinas chegou a 214.930 em janeiro deste ano, aumento de 10,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 191.963 devoluções. Isso representa, de acordo com levantamentos da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), um calote no p r im e iro m ê s deste ano de R$ 140,4 milhões contra R$ 1 2 3 , 2 m ilhões em 2005. Em volume, o aumento foi de 14%. A d e v o l uç ã o d o s c h eques nos primeiros trimestres é histórica e não acontece somente na região de Campinas, mas em todo País. No Brasil, segundo os cálculos do economista da Acic, Laerte Martins, o percentual de cheques sem fundos em janeiro deste ano cresceu 24,2%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Pelo balanço nacional foram devolvidos 19 cheques por falta de fundos a cada mil compensados em todo o País, contra 15,3 cheques devolvidos em janeiro de 2005.

Na região de Campinas esta relação ficou assim: em janeiro de 2005 foram 46,64 cheques devolvidos a cada mil e em janeiro de 2006 os números chegaram a 54,96 por mil, crescimento de 17,8%. Ainda em Campinas, entre 2004 e 2005 os números também cresceram. Segundo o economista, no ano passado voltaram por falta de fundos 2,5 milhões de cheques, número 5 % s u p erior ao de 2004 que teve 2,4 milhões de devoluções. “A maioria dos cheques, cerca de 70%, que voltam sem fundos é de pessoas que fizeram compras, geralmente com pré-datados, que não estão conseguindo pagar as contas em dia. Os demais 30% são problemas com clonagem e roubos”, disse Martins. A falta de dinheiro para honrar as contas com cheques também acontece no início do ano porque o consumidor tem uma série de pagamentos a fazer como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a matrícula das escolas e compra do material escolar. Outro fator que ajuda é o endividamento da população com a expansão do crédito oferecido insistentemente nas ruas aliado à taxa de juros. Por isso, o economista orienta para que o comerciante faça uma consulta criteriosa no cheque quando for realizar uma venda com esse tipo de pagamen-

CONJUNTURA

Vendas crescem 2,5% no Carnaval s vendas registradas no período de Carnaval deste ano, em Campinas, segundo levantamentos da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), registraram

A

aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do evento do ano passado. De acordo com os números, em fevereiro deste ano foram realizadas no Serviço Central de Proteção ao Crédito

to. O prejuízo é alto. Em 2004, em valores, os cheques devolvidos somaram R$ 1,4 bilhão contra R$ 1,6 bilhão em 2005, o que representa aumento de 13,5% no volume do calote entre os dois anos. “O mínimo que se tem que saber é se o consumidor tem ou não o nome sujo na praça”, afirmou Martins. Comerciantes – O cheque, hoje, para os comerciantes de Campinas, é um dos maiores problemas do negócio. Muitos, inclusive, procuram não aceitar mais essa forma de pagamento, preferindo os cartões apesar das taxas e cobranças da operadoras do dinheiro de plástico. Outros tentam ao máximo afastar a possibilidade do calote e outros estabelecem restrições para o recebimento do cheque. Exibir exigências para o cheque é o que faz o proprietário da Fornitura, Thiago Vanin, que trabalha com relógios no centro de Campinas. Desde que ele passou a receber somente cheques de clientes com mais de um ano de conta no banco e o preenchimento de um cadastro a falta de fundos praticamente desapareceu de sua loja. “Antes das regras recebia entre 15 e 20 cheques sem fundos por mês. Com as exigências esse número passou para quatro ou cinco por mês”, disse. O maior problema para Vanin, hoje, é parcelar o pagamento em até quatro cheques. O primeiro sempre é quitado, mas os demais correm o risco de não serem honrados pelo banco. “Às vezes a pessoa perde o controle da conta e acaba acontecendo isso”, observou o comerciante. Tentando se cercar de segurança o proprietário da Zannini, João Caetano

Zannini, solicita para os clientes CIC, RG, comprovantes de renda e residência para receber o pagamento de compras em suas loja de artigos para crianças. Mesmo assim recebe uma média de 20 cheques sem fundos por mês. “Na maioria dos casos, entretanto, não há nada que desabone o cliente no momento da compra”, afirmou o comerciante. Já o proprietário da Walter Gonçalves Ltda, loja especializada em artigos para música e instrumentos, Valter Gonçalves, a saída para não receber mais cheques sem fundos foi evitálos. “Já há tempos que não aceito. Há pouco tempo recebi uns três cheques que voltaram todos”, disse o comerciante. De acor-

do com Gonçalves, antigamente a volta do cheque sem fundos não acontecia. Os clientes dos bancos, seg u n d o o c o m e rc i a n t e , eram “mais selecionados”. “No começo vendia para as pessoas fazendo um recibo para mim e um para o cliente, que vinha todos os meses pagar. Depois passei para os carnês, mas começamos a ter problemas a partir de 1990 e agora com os cheques que preferimos não aceitar mais”, observou. Para o comerciante, a falta de fundos dos cheques não deixa mais os consumidores constrangidos. “Tornou-se uma coisa corriqueira. Não é mais nenhum problema dar calote nos outros”, completou Gonçalves.

(SCPC) 253.644 consultas contra 247.457 em 2005. As vendas a prazo continuaram em alta no mês do Carnaval. Segundo o economista Laerte Martins, do total de consultas, este ano, 186.069 foram para compras no crediário. Isso representa aumento de 5,6% em relação a fevereiro do ano passado, que teve 175.294 consultas. Já as venda à vista caíram 5%, com 68.575 este ano e 72.163 em 2005. Para Martins, as

liquidações de verão conseguiram movimentar um número considerável de produtos. “As liquidações alavancaram as vendas de fevereiro com seus grandes descontos, com mercadorias chegando a ter reduções de até 70,0%”, informou. Segundo o economista, “outro fator beneficiou fevereiro último: o fato do Carnaval ter sido realizado no final do mês, elevando as vendas de produtos carnavalescos,

bebidas e afins.” Inadimplência - A inadimplência caiu 22,9% no período analisado, segundo as pesquisas da Associação Comercial e Industrial de Campina (Acic). Em fevereiro deste ano o saldo dos consumidores que entraram no sistema de devedores com mais de um mês de falta de pagamento de carnês e que saíram foi de 5.891. No mesmo mês do ano passado, o saldo de carnês foi de 7.639.

PROCON Procon-Campinas reabre hoje as portas na avenida Francisco Glicério, 1.307, em um prédio localizado entre a rua Bernadino de Campos e a avenida Benjamin Constant. No novo endereço serão instalados 14 guichês que vão dobrar a capacidade de atendimento. Hoje, 5 mil consumidores procuram o órgão por mês. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O telefone para denúncias e informações continua o mesmo 3735-1000.

O Zannini recebe 20 cheques sem fundos por mês

SEMINÁRIO Centro Canadense de Prevenção à Poluição, Mesa Redonda Paulista de Produção Mais Limpa e o Departamento de Meio Ambiente do CiespCampinas realizam hoje e amanhã um seminário para discutir experiências em produção mais limpa. A intenção é trocar informações sobre a implementação da produção sustentável utilizando os parâmetros da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Agenda 21. Mais informações pelo fone 3743-2200.

O Vanin, da Fornitura: o problema hoje é parcelar o pagamento

Mario Tonocchi

(MT)

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

ELAS

AS VOZES FEMININAS PELO MUNDO

quarta-feira, 8 de março de 2006

Anne-Christine Pojoulat/AFP

12 -.INTERNACIONAL

O

Leon Neal/AFP

Dia Internacional dos Direitos da Mulher e pela Paz só se tornou oficial em 1977, em decisão da Assembléia das Nações Unidas (ONU), que desde então acompanha os avanços e retrocessos da luta feminina. Segundo a ONU, no mundo inteiro, a discriminação de gênero ainda limita a igualdade política e econômica entre homens e mulheres. Dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, violência conjugal e familiar, salários mais baixos para as mesmas funções e assédio sexual são as marcas da discriminação.

Reinhard Krause/Reuters

DIREITO DE SER MÃE – Natallie Evans quer usar embriões congelados para ter um filho. A Corte Européia de Direitos Humanos nega o direito.

CORPO MILITAR – Com nascimentos controlados pela política de

EMPREGO E DIREITOS – Mulheres francesas da cidade de Marselha se mobilizaram ontem num protesto nacional contra o plano do governo

Estado na China, ocupam raros postos militares no país.

para o primeiro emprego dos jovens cidadãos franceses. Críticos dizem que o trabalho ficará mais difícil para os jovens conseguir emprego. John D. McHugh/AFP

Sergei Karpukhin/Reuters

FLORES – Para comemorar o dia de hoje, a entrada da sede do Departamento de Estado Russo foi transformada em um jardim, cuja

fonte foi decorada com 20 mil flores. Sabah Arar/AFP

COTIDIANO – Na fila para conseguir botijões de gás de cozinha, mulheres iraquianas têm, hoje, como problema fundamental, conseguir energia para as funções cotidianas. No país, o preço de derivados de petróleo, sobe diariamente, embora esteja em queda no resto do mundo.

SEM PODER DE DECISÃO – A Rainha Elizabeth II e a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva em encontro ontem, em Londres, Reino Unido. Siphiwe Sibeko/Reuters

ASSÉDIO – Na África do Sul, homens e mulheres, realizaram ontem uma manifestação de apoio ao vicepresidente Jacob Zuma. Ele é acusado por uma mulher de assédio sexual e estupro. Os manifestantes queimaram fotos da acusadora e cantaram em apoio ao político.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

AUTOINFORME

Vendas crescem 18% em fevereiro Mês de 18 dias úteis vende 121.777 unidades, mostrando mercado que cresce acima das expectativas das montadoras

O

setor de carros e comerciais leves fechou fevereiro com 121.777 unidades vendidas. O resultado representa alta de 12,6% em relação ao mesmo período de 2005 (107.992) e aumento de 18,1% em relação às vendas diárias de janeiro, que foi um mês com desempenho acima das expectativas. No primeiro mês do ano foram comercializados 5.729 carros e comerciais leves por dia, enquanto em fevereiro a média foi de 6.765. Esses resultados confirmam o aumento do ritmo de crescimento do setor, bem acima das metas traçadas pelas montadoras para o ano. Em relação às vendas diárias de fevereiro do ano passado, o porcentual de crescimento foi de 6,1%. Em relação a janeiro (quando foram registradas 126.027 vendas), o mês passado teve queda de 3,4%. Mas a comparação mais apropriada deve levar em conta as vendas diárias, já que fevereiro, além de ter apenas 28 dias, teve muito feriado. O número de dias úteis, que varia entre 20 e 22, foi de apenas 18 no mês passado e 17 em fevereiro de 2005. Assim, comparar mês sobre mês pode levar a uma distorção grave. No acumulado do ano, o total de carros e comerciais leves vendidos chegou a 247.804, um aumento de 16,1% em relação ao primeiro bimestre de 2005, que teve 207.720 unidades negociadas. Nesses dados não estão contidas as vendas de veículos pesados, caminhões e ônibus. Exportações sobem 20% - "Se o dólar ficar abaixo de R$ 2,30 as exportações não vão crescer". A afirmação, de um importante executivo da indústria automobilística, feita no início deste ano,

cai por terra com os números de fevereiro, apresentados pela Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos. O Brasil exportou 69.553 unidades de veículos automotores, 34% da produção, um crescimento de 20% em relação ao mês anterior. O balanço é positivo também em relação a fevereiro do ano passado (+8,2%) e no acumulado do primeiro bimestre do ano (+10, 9%). E a produção já cresceu Embora fevereiro tenha tido apenas 18 dias úteis (janeiro teve 23), a produção de veículos automotores cresceu 3,3% no mês, conforme dados divulgados pela Anfavea no início desta semana. Foram fabricadas 201.889 unidades de carros, comerciais leves, ônibus e caminhões, volume que em janeiro ficou em 195.395. No acumulado do ano o aumento em relação a 2005 já é de 10,7%. Foram produzidas 397.284 unidades nos dois primeiros meses do ano, ante 359 mil em idêntico período do ano passado. A produção de veículos em fevereiro também cresceu, na faixa de 3,9%, em relação ao mesmo mês de 2005. Perua Fox já agita - O anúncio da chegada do SpaceFox, fabricado na Argentina, já mexe com o mercado, causando expectativa entre os clientes Volks e também entre os concorrentes. O carro, com motor 1.6 flex, será lançado na primeira quinzena de abril. É uma perua, com características diferentes. Ela vai concorrer com minivans derivadas de carros pequenos (Idea, da Fiat, e Meriva, da GM) e peruas tradicionais (Palio Weekend e Peugeot 206 SW), além do Fit, da Honda.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

1 44 mil internautas haviam acessado, até ontem, o site www.deolhonoimposto.org.br

Marcos Fernandes/LUZ

EMPRESÁRIOS, ESTUDANTES E SINDICALISTAS DE OLHO NO IMPOSTO A caravana pela transparência tributária fez sua primeira parada na capital paulista ontem e conseguiu reunir mais de 1,2 mil líderes de entidades. Próximo passo será percorrer as 15 distritais da ACSP na cidade, que já estão apoiando a campanha.

Representantes de entidades lotaram o auditório do Clube Esperia, ontem, na capital Patrícia Cruz/LUZ

M

ais de 1,2 mil lí- que paga mais de quatro salá- Indústrias do Estado de São deres de entida- rios por ano em impostos", dis- Paulo (Ciesp), Cláudio Vaz, des que lutaram se Paulinho. O presidente da destacou que "exigir melhor contra a MP 232 ACSP garantiu que o 1º de uso do dinheiro público é um no início do ano passado, in- maio será um bom momento dever do contribuinte". Luiz cluindo associações comer- para mostrar ao cidadão que Flávio Borges D’Urso, presiciais do interior paulista, estu- ele paga por tudo e não recebe dente da seccional paulista da dantes e sindicalistas da Força nada de graça. "A partir daí ele Ordem dos Advogados do BraSindical, reiniciaram ontem, poderá exigir melhores servi- sil (OAB-SP), acrescentou que "esta é uma bandeira em defesa no Clube Esperia, a caravana ços públicos", afirmou. Unidade – Afif Domingos do cidadão". O ex-presidente da campanha De Olho no Imposto na capital paulista. O destacou a importância da da Associação Médica Brasileimovimento, acompanhado união das 2 mil entidades que ra (AMB), Eleuses Paiva, conpelo Feirão do Imposto, vai participam do movimento. Pa- cluiu: "É preciso exigir ética no agora percorrer as 15 distritais ra o presidente da Confedera- uso do dinheiro público." Marcaram presenda Associação Co- Marcos Fernandes/LUZ ça no evento também mercial de São Paulo os vice-prefeitos de (ACSP) e, depois, seCampinas, Guilherguirá para outras came Campos, e de Mopitais do País. gi das Cruzes, Marco Após percorrer 19 Aurélio Bertaiolli, o cidades do interior, o e x - p re s i d e n t e d a De Olho no Imposto ACSP Lincoln da Cujá conseguiu mais de nha Pereira, o presi300 mil adesões, das dente da Rede Brasi1,5 milhão de assinaleira de Entidades turas necessárias paAssistenciais e Filanra enviar um projeto trópicas (Rebraf), Rode lei ao Congresso, gério Amato, além de pedindo a regulasuperintendentes mentação do parádas 15 distritais da grafo 5º do artigo 150 ACSP e, praticamenda Constituição Fete, todos os vice-prederal, que manda cosidentes das 18 relocar o total de imgiões administratipostos pagos pelo vas da Facesp. consumidor na nota Participaram ainda fiscal de todos os pro- Afif detalhou objetivos da campanha durante palestra do evento de ontem o dutos e serviços. Os presidentes da Força Sindi- ção das Associações Comer- presidente do Instituto Brasileiro cal, Paulo Pereira da Silva, o Pau- ciais do Brasil (CACB), Alen- de Planejamento Tributário linho, e da Federação das Asso- car Burti, "a unidade já é uma (IBPT), Gilberto Luiz Amaral, o ciações Comerciais do Estado de marca do De Olho no Impos- presidente da Confederação NaSão Paulo (Facesp) e ACSP, Gui- to". Os parceiros da campanha cional de Serviços (CNS), Luigi lherme Afif Domingos, anuncia- deram seus depoimentos. Nese, o presidente da Associação ram que o prazo para concluir a "Nossa vitória vai resultar em Brasileira de Lojistas de Shopcoleta de assinaturas passou de um novo Brasil", disse Antô- ping Centers (Alshop), Nabil 30 de abril para 1º de maio, Dia nio Marangon, presidente do Sahyoun, o presidente do Sindido Trabalho. Paulinho prometeu Sindicato das Empresas de cato dos Economistas do Estado colher mais de 500 mil assinatu- Serviços Contábeis no Estado de São Paulo, José Roberto Curas só em São Paulo. de São Paulo (Sescon-SP) e da nha, e o presidente do Sindicato "E vamos mostrar que este Junta Comercial do Estado de dos Empregados no Comércio de São Paulo, Ricardo Patah. movimento não é coisa de em- São Paulo (Jucesp). presários, mas de trabalhador Sergio Leopoldo Rodrigues O presidente do Centro das

Num dos pontos altos do evento, durante palestra de Paulinho, participantes agitaram bandeiras Marcos Fernandes/LUZ

Marcos Fernande/LUZ

Acima, Cláudio Vaz, presidente do Ciesp. Ao lado (da esq. para a dir.), Antonio Marangon, presidente do Sescon e da Jucesp, Paulinho, da Força Sindical, Afif Domingos, da ACSP, e Alencar Burti, presidente da CACB

Cidades do interior superam metas

A

maioria das cidades do interior paulista visitadas pela caravana do De Olho no Imposto já atingiu ou superou a meta de assinaturas para garantir o envio de um projeto popular ao Congresso Nacional, pedindo a regulamentação do parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal. Os 18 vice-presidentes da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) estiveram reunidos, ontem, na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para fazer um balanço da campanha junto com o pre-

sidente Guilherme Afif Domingos, da Facesp e ACSP. "Os números são positivos e animadores", comentou Afif. O vice-presidente da Facesp da região de Araçatuba, Wilson Machado, entregou ontem cerca 20 mil assinaturas, cumprindo sua meta. "Mas vamos conseguir pelo menos mais 10 mil até 1º de maio", relatou. Sérgio Lopes Sobrinho, da região de Marília, informou ter superado a meta: das 25 mil adesões estipuladas, conseguiu 30 mil. "E vamos dobrar esse número", garantiu. Na região de Itabira (Baixa Mogiana), o vice-presidente

José Luiz Lopes já superou em 30% a meta de colher 28 mil assinaturas. "Acredito que é possível chegar a 50 mil", afirmou. Já o vice-presidente da Facesp Jorge Ayala, da Baixada Santista e Vale do Ribeira, está se aproximando da meta de 50 mil assinaturas. Braz Cassiolato, da região de Sorocaba, colheu 20 mil, das 42 mil assinaturas de sua meta. O balanço da região de Bauru, feito pelo vice-presidente Cássio Nunes Carvalho, é igualmente positivo. "Faltam apenas 9 mil assinaturas para fecharmos a meta de 31 mil", concluiu. (SLR)

Campanha avança pela internet

A

campanha De Olho no Imposto também está caminhando acelerada pela internet. Até o final da tarde de ontem, 44 mil pessoas haviam acessado o site www.deolhonoimposto.org.br. A parte mais procurada pelos internautas é a que relaciona cinco motivos que justificam a adesão ao movimento, que teve 33,5 mil acessos registrados.

Além disso, 4,2 mil haviam assinado a lista de adesão disponível na internet e 1,9 mil baixaram o programa para imprimir as listas de assinaturas. Dos 1,5 mil internautas que assistiram a palestra gravada pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, 645 baixaram o programa que explica o histórico

do movimento e mostra seus instrumentos principais, como a Calculadora do Imposto, o Impostômetro e o Feirão do Imposto. Com essas ferramentas, é possível saber o tamanho da carga tributária incidente em numerosos produtos do dia-adia, além do quanto entra em forma de impostos para os cofres dos governos federal, estaduais e municipais. (SLR)

Marcos Fernandes/LUZ


Ano 81 - Nº 22.081

São Paulo, quarta-feira 8 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Às mulheres, parabéns!

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

MAIS DE 300 MIL DE OLHO NO IMPOSTO ão 1,5 milh deve é aderir at io 1º de ma

Cidadãos poderão exigir melhores serviços públicos

São Paulo abriu o olho para exigir transparência nos impostos em uma reunião de 1,2 mil líderes de várias entidades. Cobertura completa em Eco/1 e 5

Esta é uma bandeira em defesa do cidadão Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP

Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP (no centro da foto)

Pagamos quatro salários por ano só de impostos Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical (foto abaixo) Marcos Fernandes e Patrícia Cruz/LUZ

Exigir melhor uso do dinheiro público é um dever do contribuinte Cláudio Vaz, presidente do Ciesp

É preciso exigir ética no uso do dinheiro público

A unidade já é a marca do De Olho no Imposto

Nossa vitória vai resultar num novo Brasil

Eleuzes Paiva, ex-presidente da Associação Médica Brasileira

Alencar Burti, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil

Antônio Marangon, presidente do Sescon-SP e da Junta Comercial (Jucesp)

EXCLUSIVO

Eduardo Zampari/Revista da Moto

O motorista deste carro tentou "fugir" da câmera e não conseguiu. Eis o Civic brasileiro, que será lançado no mercado em abril. DCarro Lula Marques/Folha Imagem

Lululi/LUZ

Uma edição dedicada às mulheres A homenagem do DC às mulheres, no seu dia internacional. Na foto, Beatriz, maquinista da CPTM. Págs. 6, 7, 12, Eco/3 e editorial. HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 20º C. Mínima 17º C.

Lula Real: só pompa em Londres No palácio, com lady Marisa: a rainha, o príncipe, e um grande banquete. Página 3


São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

DCARRO

7

BRASILxARGENTINA

Fim do impasse. Por enquanto.

COLUNA AUTODATA

AR-CONDICIONADO SEM CFC

Divulgação

s regras que regerão o comércio bilateral de Brasil e Argentina até 30 de junho finalmente foram acertadas. O acordo anterior fora prorrogado em dezembro passado até este primeiro de março, data em que começou a vigorar o novo texto com as medidas provisórias que regularão o mercado até que o acordo definitivo, ainda em discussão, entre em vigência. O documento provisório apenas mantém as regras de comércio estabelecidas para 2005: exportação de US$ 2,60 para cada US$ 1 importado, com isenção de impostos, sistema conhecido como flex. De novo o acordo agora prevê a possibilidade para saltos comerciais com extrazona na medição do comércio bilateral, ou seja, o que for exportado para fora do Mercosul também entra no cálculo do flex. Existe também o compromisso de ambos os países buscarem a integração efetiva das cadeias produtivas de modo a alcançar níveis de competitividade internacional. O objetivo é criar

Ó

rgãos da indústria automobilística européia reuniramse na Áustria há poucos dias para demonstrar que os carros refrigerados naturalmente, sem o uso de gases que intensificam o efeito estufa no sistema de ar-condicionado, estão prontos para entrar no mercado. Grandes empresas do setor, muitas delas especializadas em sistemas de refrigeração tanto de motor quanto de interior como Behr, Valeo, Obrist e Visteon, apóiam e investem no uso do R744, como foi batizado o gás refrigerante que não contém o temido CFC. E garantem que só esperam agora pedidos das montadoras.

A

NOVOS PEQUENOS DA TOYOTA Rogélio Golfarb aprova acordo entre Brasil e Argentina

plataforma comum para promover crescente inserção internacional por meio de incremento sistemático das exportações a extrazona. Já a Secretaria da Receita Federal editou também ato fixando a aplicação de dispositivos normativos que tratam da incidência de pagamento de tributos na importação de autopeças procedentes de terceiros países. O ato afasta qualquer dúvida quanto à cobrança e

pagamento dos tributos, ou seja, as empresas poderão se habilitar em qualquer uma das regras e efetuarem os pagamentos dos tributos conforme as normas estabeleciam. A decisão agradou Rogélio Golfarb, presidente da Anfavea: "O ato é de extrema importância pois resolve uma questão do passado da indústria, permitindo que as negociações futuras sejam feitas com tranqüilidade", afirmou.

Passo Fundo no Biodiesel Jonas Oliveira/Folha Imagem

cional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) foi instituído no País pela Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005. A proporção de mistura foi estabelecida em 5% no período de oito anos a contar da publicação da referida lei, havendo um porcentual obrigatório intermediário de 2% a partir de 2008. O PNPB é um programa in-

Toyota incluirá dois carros pequenos em sua linha de produção chinesa no próximo ano. Um deles é o subcompacto Yaris, conhecido como Vitz no mercado japonês, que será produzido em parceria com o Grupo Guangzhou. O outro é o utilitário esportivo RAV4 em conjunto com o Grupo FAW em Tianjin, cidade localizada no nordeste da China.

terministerial do governo federal, que tem como um dos objetivos promover o desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda.

O

dólar ajuda e a Volvo reduziu o preço do sedã de luxo S40, carro que vem equipado com motor 2.4i. O valor cobrado pelo modelo da tradicional marca sueca aqui no mercado brasileiro passou de R$ 154,6 mil para R$ 146,7 mil. Uma redução de aprox i m a d amente 5%.

NEGÓCIO NOS EUA

SEGUNDA TRAÇÃO TOTAL

A

cidade de Passo Fundo, lo- geração de 110 posA calizada na região Noroeste tos, fora os indiretos. do Rio Grande do Sul, foi esO Programa Nacolhida para sediar a mais nova usina de biodiesel do País. A unidade começa a produzir em 2007, com capacidade estimada de produção na casa dos 100 milhões de litros do combustível vegetal ao ano. A matéria-prima utilizada nesta usina para a produção do biodiesel será a soja, o que poderá ajudar no avanço desta cultura naquela região. O investimento calculado é de R$ 37,5 milhões. E a estimativa em termos de emprego é de

A

DÓLAR CAI, PREÇO CAI

SAE Brasil promove nos próximos dias 9 e 10 de junho a segunda edição do Tração Total, evento que reúne profissionais de países da América do Sul, que atuam no setor automobilístico, para fornecer e também c o m p a r t i l h a r i n f o r m ações técnicas sobre o desenvolvimento de veículos que possuem tração total nas rodas, seja ela 4x4, 6x6 etc.

A

ArvinMeritor anunciou que concordou em vender a Purolator, sua divisão de filtros de óleo automotivo na América do Norte, que emprega em torno de mil funcionários. Levou a divisão a Bosch e o Grupo Mann Hummel. A ArvinMeritor também produz, entre outros itens, rod a s d e aço, eixos e s u p e nsões.

CONTRATO DE AQUISIÇÃO

O

bilionário financista Wilbur Ross fechou contrato para aquisição da operação européia da Collins & Aikman Corp., fabricante de sistemas de interiores de veículos. Levou as unidades de Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Holanda, Espanha e Suécia e informou que pretende fechar negócios adicionais na República Tcheca, Eslováquia e novamente no Reino Unido. A Collins & Aikman esteve no Brasil em parceira com a Plascar, que foi desfeita no ano passado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LEIS, TRIBUNAIS E TRIBUTOS

quarta-feira, 8 de março de 2006

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

Agenda Tributária Paulista – Março/2006 COMUNICADO CAT-13, DE 24-02-2006 O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de março de 2006, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 199 MÊS: MARÇO DE 2006 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Classificação de Atividade Econômica

Código de Prazo de Recolhimento

CNAE

CPR

15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a 28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40118 a 40142, 40207 e 40304; 51217 a 51926, 60267 a 60291, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401. 01112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 60305 e 63118 a 63401; 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324. 64203 15431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007. 28223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696. 15113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259. 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960. Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000) Observações O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreto n° 49.016 de 06/10/2004, DOE de 07/10/2004. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei 10.175, de 30/ 12/98 - D.O. de 31/12/98, e demais acréscimos legais. O Decreto 50.474, de 20/ 01/2006 - D.O. de 21/01/ 2006 fixa as condições para o prazo adicional de 30 dias para o recolhimento do imposto relativo às operações a serem efetuadas no mês de fevereiro de 2006, pelos contribuintes situados nos municípios de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul,

Regime Periódico de Apuração Recolhimento do ICMS FATO GERADOR 01/2006 12/2005 DIA DIA

1031

3

-

1100 1150

10 15

-

1200

20

-

1220

22

-

1250

27

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2100

-

10

2102

-

10

Diadema, Barueri, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Suzano e Taboão da Serra que aderirem à campanha denominada “Liquida São Paulo”, organizada pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, realizada no período de 15 a 19 de fevereiro de 2006. Informações Adicionais do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: - Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, D.O. de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): Dia 09 - veículo novo 1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090;

pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha 1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; Dia 15 - sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em relação ao ICMS devido por ST: a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01).

b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-seá o que segue: 1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 do correspondente mês - CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 do correspondente mês CPR 1100. 3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02). Empresa de Pequeno Porte e Microempresa - CPR 1210; Dia 21 - Os contribuintes sujeitos a esse regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de fevereiro/2006 até esta data (art. 11 do Anexo XX e art. 3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/1/01 DOE de 24/1/01). Dia 31 - Último dia para apresentação da Declaração do Simples: Os contribuintes sujeitos a esse regime deverão apresentar até essa data a Declaração de Informações e Apurações do Imposto Declaração do Simples, relativamente às operações ou prestações realizadas no período de janeiro a dezembro de 2005 sob pena de perda desta condição nos termos do inciso II do artigo 4° do Anexo XX do RICMS (na redação dada pelo Decreto 46.966 de 31-07-2002). DIPAM A - deverá ser entregue até 31 de março, em meio magnético, pelos contribuintes que, no exercício de 2005, estiveram inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS como produtores agropecuários, inclusive hortifrutigranjeiros, pescadores, faiscadores, garimpeiros e extratores, não equiparados a comerciantes ou a industriais. Programa disponível no Posto Fiscal Eletrônico - www.pfe.fazenda.sp.gov.br IPVA - O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA deverá seguir o calendário previsto no Decreto 50.092 de 06/10/05 - DOE de 07 / 10/05; Comunicado CAT.48, de 26/10/05 - DOE 28/10/05; Resolução SF. 33, de 26/10/05 - DOE de 28/10/05. Outra Obrigações Acessórias 1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA: A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a se-

guir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00 - DOE de 1º/12/00 - Portaria CAT 92, de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/ 06/01 - DOE de 27/06/01). Final Dia 0e1 16 2, 3 e 4 17 5, 6 e 7 18 8e9 19 Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br 2) Dia 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de fevereiro/2006, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/ 12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00). 3) Dia 15 - o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio, os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de fevereiro/2006 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/8/ 96 - DOE de 27/8/96 Retificada em 31/8/96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/ 97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02). 4) Dia 15 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de fevereiro (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1° /12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 5) Dia 15 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe.fazenda.sp.gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título efetuadas no mês de janeiro: a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão fede-

ral competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/ 2003, D.O. de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/ 11/2003). 6) Renovação da Inscrição no Cadastro de Contribuintes: No período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2006, deverão solicitar a renovação da inscrição no Cadastro de Contribuintes deste Estado, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Fazenda, os contribuintes que exerçam as seguintes atividades: a) fabricante ou importador de combustível, derivado ou não de petróleo, inclusive de solvente; b) distribuidor de combustível e Transportador Revendedor Retalhista - TRR como tal definidos e autorizados por órgão federal competente, inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS; c) comércio atacadista de solvente; d) posto revendedor de combustíveis. O contribuinte que não renovar sua inscrição perante a Secretaria da Fazenda, será considerado não inscrito, sujeitando-se às penalidades estabelecidas na legislação, e terá cassada a eficácia da inscrição de todos os seus estabelecimentos localizados neste Estado, nos termos do artigo 24 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000. (Decreto 50.319 de 07/12/05 D.O. de 07/12/05) Notas Gerais 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da UFESP que, para o período de 1°/1 a 31/ 12/2006, será de R$ 13,93 (Comunicado DA 57, de 20/ 12/05 - DOE 21/12/05). 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00, no período de 1°/1 a 31/12/2006 (Comunicado DA 61, de 20/12/05 - DOE 21/12/05) 3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 23/02/2006. DOE 25/02/2006


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

Severino Silva/Agência O Dia/AE

CIDADES & ENTIDADES - 7

ELAS

Mulheres: as maiores vítimas dos serial killers Boa parte dos matadores em série começa a vida criminosa com ataques sexuais. A maioria das vítimas fica em silêncio: 10% dos casos chegam às delegacias, o que favorece novos estupros.

S

Morro da Mangueira: tiroteio na segunda e manutenção da ocupação

Exército só sai dos morros se achar armas Refúgio – A ausência de embates diretos durante a ocupação do Exército em doze favelas do Rio mostra que os traficantes de drogas preferem não bater de frente com os militares, como fazem freqüentemente com a Polícia Militar. Policiais com experiência no combate ao tráfico acreditam que os chefes das quadrilhas tenham se refugiado em outras comunidades, fora do cerco e comandadas pela mesma facção criminosa. Em casos de grandes operações, como esta do Exército, eles costumam esperar a poeira baixar, para voltar, dizem especialistas. "O negócio deles é vender drogas. Quanto mais a ocupação durar, mais prejuízo eles terão", explicou o delegado Marcos Reimão, chefe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), unidade de elite da Polícia Civil. Enterro – A família do estudante Eduardo dos Santos, de 16 anos, primeira vítima da operação do Exército, acusa soldados e PMs pelo crime. O corpo do rapaz foi enterrado ontem no Cemitério do Catumbi, no centro do Rio. Ele morreu no Morro do Pinto, onde havia ido para se inscrever num curso de fotografia. A avó do rapaz, Edna dos Santos, de 67 anos, que criou Eduardo desde os três anos - os pais morreram –, acredita que os PMs confundiram o guarda-chuva com uma arma. (Agências)

DROGA

COCAÍNA

m estudante do curso secundário da Universidade de Campinas (Unicamp), Ricardo de Oliveira Andrade, de 18 anos, foi preso por vender drogas sintéticas pela internet. O rapaz foi detido por policiais do Denarc, na tarde de ontem, na rua Papa Leão XII, Real Parque, em Campinas. Segundo a polícia, ele usava o MSN para fazer suas vendas. Com ele foram apreendidas 20 pastilhas de ecstasy e 40 selos de LSD em figuras, como o desenho "túnel do tempo". O ecstasy era da "marca" snoopy e caveira, símbolos gravados nos comprimidos. Uma porção de maconha também foi encontrada. O acusado disse ter problemas de sociabilidade e, por isso, fazia tudo pela internet. Ele afirmou negociar a compra e a venda de droga pela rede e fazia as entregas a pé ou de bicicleta. Reconhecia os clientes pela fotografia exibida no MSN ou por meio de descrição de roupa ou carro. Parte do esquema do rapaz estava em festas rave realizadas na região de Campinas. (AE)

gentes do Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc), de São Paulo, apreenderam 100 quilos de cocaína na tarde de segunda-feira em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. A droga entrou pelo Suriname, na fronteira do extremo norte do Brasil, e viajou por seis estados até chegar a São Paulo. Três pessoas foram presas em flagrante por tráfico. Segundo a polícia, o Suriname está sendo usado pelo narcotráfico para fugir da Lei do Abate, decreto presidencial que prevê a destruição de aeronaves suspeitas de tráfico de drogas, ao entrarem em território brasileiro. A cocaína saiu de avião de um dos países produtores da droga e, de barco, chegou no Suriname. Lá, seguiu para Manaus e foi distribuída em dois carros. Para dificultar a fiscalização da polícia, o tanque de combustível dos automóveis foi dividido em duas partes: um preenchida com gasolina e, a outra, com a droga. Os carros foram trazidos para São Paulo em um caminhão-cegonha. (AE)

U

Rejane Tamoto Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

Ilana Casoy, pesquisadora e escritora, auxilia as polícias de outros estados a desvendar crimes em série

Frutos da pesquisa de Ilana: histórias de serial killers

quisadora acredita que os números de estupros podem ser maiores do que as estatísticas indicam. Para Ilana, se homicídios e estupros fossem investigados, levando em consideração a existência de estupradores ou matadores seriais, muitos crimes não aconteceriam. Outro problema enfrentado pela escritora, que inicia uma pesquisa sobre homicídios se-

xuais, é que não há uma estatística brasileira para estupro seguido de morte. "Prevalece o crime mais grave. Se a mulher foi estuprada e morta, a estatística só reconhece a morte", disse. Em série – Assim, detectar um criminoso em série no Brasil não é tão fácil. "A figura jurídica de serial killer (que significa assassino em série) nem existe no nosso País, mas eles existem aqui também e não só em Hollywood. A diferença é que nos Estados Unidos há uma unidade do FBI só para investigar isso", afirmou. O assunto é tão sério nos EUA que existe até uma projeção do FBI para este milênio: 11 mortes ao dia podem ocorrer

pelas mãos de assassinos em série, ou seja, um terço da taxa de homicídios da população americana. Na maioria dos casos, novamente mulheres e crianças – e também os homossexuais – são os principais alvos, por serem mais frágeis. No Brasil - No Brasil, Ilana já catalogou 50 matadores em série, desde 1926. Alguns são clássicos, como Francisco Costa Rocha, o Chico Picadinho, que retalhou sua vítima após o ato sexual seguido de homicídio, na década de 60. Outro exemplo de matador em série que começou como estuprador, segundo Ilana, é de Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, que estuprou e assassinou sete mulheres. "Ele era um estuprador em série que passou a matar. Isso é muito comum. É como se sua gratificação sexual dependesse da violência, que aumenta até matar". O perfil de um matador em série não é tão fácil de entender. Muitas vezes são necessários exames de especialistas para avaliar se um criminoso é serial ou não. Para Ilana, a definição segue um tripé: sociológico, psicológico e biológico. "Somente esses três componentes juntos podem ajudar a explicar a patologia", disse . "Na maioria dos casos são homens que tiveram infância trágica, têm psicopatia, são antisociais, assassinos sexuais com potencial para matar mais de uma vez. Há estudos que indicam que eles têm um funcionamento cerebral diferente e a violência na infância também seja um fator para o problema. Por outro lado, são extremamente amáveis e educados. Chico Picadinho, por exemplo, discutia Nietzche, Freud, Dostoievski. Um homem culto, mas mata e esquarteja", afirmou. Ilana pesquisa há cinco anos as experiências das polícias norte-americana e brasileira. Auxilia as polícias de outros estados a desvendar crimes em série, com o apoio de profissionais como legistas e psicólogos do Núcleo de Pesquisa Forense da USP. "Já colaborei em seis investigações e tenho contato com polícias do Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul e Santa Catarina", concluiu. Mais sobre mulheres na página 12 e no Caderno de Economia

A Ó RBITA

METEORITO queda de um meteorito, anteontem à noite, assustou os moradores de Tabocal, a 180 quilômetros de Salvador. Muitos pensaram se tratar de um avião. A hipótese foi afastada depois de um exame feito a cerca de um quilômetro do povoado, em um maciço de mata atlântica. Grande área de floresta foi calcinada, árvores foram rachadas ao meio e cinco buracos abertos no solo. A agricultora Paulina de Jesus disse ter visto uma bola de fogo cruzando o céu. "Quando caiu, vi o facho de fogo que subiu a cerca de 30 metros", disse. Astrônomos do Observatório de Antares, em Feira de Santana, pretendem examinar a área atingida pelo meteorito. No início da década de 90 pedaços de um satélite russo caíram no município de Santa Luz, também na Bahia. (AE)

A

Colonne Imóveis

RAPIDEZ AGILIDADE TRANQÜILIDADE

VENDA, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

DC

O

coronel Fernando Lemos, assessor de imprensa do Comando Militar do Leste, admitiu ontem que a operação do Exército em 12 favelas do Rio, que chega hoje ao sexto dia sem resultados, pode desgastar a imagem da corporação. Mas reafirmou que as tropas não deixarão os morros até que os 10 fuzis sejam recuperados. Ele disse que o Exército não pretende mudar sua estratégia e colocou 1.600 homens de prontidão em três estados. Para ele, a morte de um jovem no Morro do Pinto, na segunda-feira, foi "premeditada" pelo tráfico, para desestabilizar o trabalho dos militares. O presidente do Clube de Cabos e Soldados e da Caixa Beneficente da Polícia Militar, Jorge Lobão, recebeu, na tarde de ontem, pelo celular, informações de que as armas estariam na parte alta do morro de São Carlos, no Estácio. O local é coligado com as favelas da Rocinha e da Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré. As informações foram repassadas ao Comando Militar do Leste (CML). Traficantes do morro da Mangueira fizeram disparos, no final da noite de segundafeira, quando soldados realizavam a troca de turno. Dois homens que estavam em uma laje foram os autores dos tiros. Os soldados revidaram e o tiroteio durou cinco minutos.

ete estupros, um culpado. Na noite de 10 de agosto de 2005, Edilson Disperati Teixeira, de 24 anos, foi preso sob a acusação de estupro na região da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na zona sul. Segundo as vítimas, o estuprador usava uma arma de brinquedo para levá-las para baixo do viaduto João Saad, na Vila Mariana, onde as atacava, entre as 19h30 e 20h. Crimes como este, muito comentado em 2005, pode se repetir várias vezes sem que ninguém saiba. O estupro vitimou cerca de 3.903 mulheres no ano passado no Estado, segundo a Secretaria de Segurança Pública. "Os números de casos de estupro são estáveis. A maior parte dos registros na Delegacia da Mulher é de ocorrências de lesões corporais e ameaças", disse Márcia Buccelli Salgado, dirigente do setor técnico de apoio às Delegacias da Mulher do Estado de São Paulo. Segundo Márcia, cerca de 85 mil mulheres foram atingidas por lesões corporais em 2005 contra 87 mil em 2004. Na maioria dos casos, o agressor é o companheiro ou parceiro. A violência contra a mulher está sendo superada pelos crimes que atingem prioritariamente crianças: as lesões corporais passaram de 7.248 casos em 2004 para 8.061 em 2005. Em relação aos crimes sexuais (estupro, tentativa de estupro e atentado violento ao pudor), a tendência se repete: 2.463 casos contra 2.511, respectivamente. Queixas – "Infelizmente trabalhamos somente com ocorrências de estupro registradas e nem sempre tomamos conhecimento de todos os casos", disse Márcia Buccelli. "Em casos de estupro, só 10% das vítimas dão queixa na delegacia", afirmou Ilana Casoy, escritora, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (Nufor) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Grupo de Estudo e Investigação de Crimes Especiais (Grece/Nufor). Autora dos livros Serial Killer Louco ou Cruel? (2002, Editora Madras) e Serial Killers Made in Brasil (2004, Editora Arx), a pes-

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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

MAIS UM FLEX Divulgação/Fiat

Chegou a vez do Doblò Adventure

Nada pára esta onda dos bicombustíveis: o veículo da vez é a multivan da Fiat, mais um que pode usar álcool ou gasolina

C

om motor 1.8 flex, de 8 válvulas, e potência de 112 cv (gasolina) e 114 cv (álcool), o Fiat Doblò Flex chega ao mercado custando R$ 44.500 na versão ELX 1.8; na Adventure, a mais cara, R$ 55.000 e, o comercial Cargo, R$ 41.000. Além da motorização, o modelo ganhou mudanças estéticas e novos equipamentos, já encontrados em outros veículos da marca, como o sistema de viva-voz com bluetooth®, som com MP3 e vidros escurecidos Vênus 55. Como aconteceu com a maioria dos veículos que receberam motor bicombustível, o aumento de potência significou, no Doblò, maior torque em baixas rotações e ganho de 9 cv com o uso de gasolina, já que o motor anterior 1.8 tinha 103 cv. A potência máxima atinge 5.500 rpm, proporcionando 17,8 kgm de torque máximo disponível já em 2.800 rpm usando apenas gasolina, e 18,5 kgm com álcool. O modelo recebeu também novo coletor de admissão, com novo design diferenciado e produzido em plástico em vez de alumínio, o que o tornou 1,8 kg mais leve. Um novo virabrequim resulta em diminuição dos níveis de ruído e de vibrações. O motor já cumpre a quarta fase do Proconve, que entrará em vigor para 100% da produção somente em 2007.

Estética diferenciada - Além de incorporar o motor flexível, o Doblò teve mudanças estéticas externas e internas. Reforçando o visual mais moderno, os faróis das versões ELX e Adventure ganharam moldura interna metalizada. Nos pára-choques dianteiros, a parte inferior da entrada de ar da versão ELX foi pintada na cor do pára-choque. Por sua vez, a Adventure mostra um efeito estético prata, simulando protetor, o que deixa a versão com visual mais arrojado e robusto. Ainda externamente, a versão ELX recebeu novas calotas e a Adventure passa a oferecer duas novas capas de cobertura para o estepe, o que permite ao consumidor novas opções. Por dentro, o novo Fiat Doblò 1.8 Flex

apresenta painel de instrumentos mais funcional - o da versão Adventure com grafismo na cor amarela e assinatura - e novos tecidos de bancos. Nas versões ELX e Adventure, novo console central dianteiro, com dois portacopos - que aparecem também na traseira - além de porta-objetos. O Doblò Adventure 1.8 Flex inclui na sua lista de opcionais o sexto lugar, oferecendo a possibilidade de transporte de mais um passageiro. Ainda assim, segundo a Fiat, sobra espaço no portamalas, pois o Doblò tem capacidade para 750 litros, que, com os bancos traseiros rebatidos, pode chegar a 3.000 litros.

Além de receber o motor 1.8 flexível, o Fiat Doblò apresenta modificações estéticas por fora e por dentro, e a opção de se acomodar um sexto ocupante do veículo

JIPÃO CHEIROSO

Um Hummer pequeno e perfumado? Existe sim! Lançamento quer chamar atenção do "homem com espírito aventureiro"

S

abe aquele jipão norte-americano lançado, literalmente, na Guerra do Golfo (década de 80), quando foi jogado de pára-quedas do alto dos aviões para servir as tropas americanas que defendiam o Kuwait da tentativa de

invasão pelo Iraque (as coisas ainda andam agitadas por aqueles lados)? Pois é, aquele mostrengo, que depois ganhou versão civil, agora virou vidro de perfume, com lançamento aqui no Brasil. O jipão custa R$ 315 mil, ou seja, 2.218 Divulgação vezes mais que o preço do perfume, vendido a R$ 142. No tanque do Hummer, o original, com capacidade para 121 litros de diesel, cabem 1.614 frascos de 75 ml do perfume. Se pegarmos as medidas de comprimento (5,17 m), altura (2,08 m) e largura (2,06 m) do Hummer, o jipe, vamos somar 22,15 m3, contra apenas E no reservatório deste, 121 litros de diesel 650 cm3 do vidro do per-

Neste "tanque", 75 ml de perfume

fume (7,5 cm, 10 cm e 6 cm, respectivamente). É uma diferença "apenas" 34 mil vezes maior. A favor do jipe, claro! Quem traz a novidade para o Brasil, com sua cor verde amadeirado, é a Vizcaya. A linha Aftershave Splash tem uma certa vantagem no tamanho, com sua embalagem de 135 ml, ao preço de R$ 130. Mais informações no site www.vizcaya.com.br O frasco - Ainda que milhares de vezes menor que o jipe norte-americano, o vidro do Hummer tem personalidade. Ele foi concebido, como seu inspirador, forte, sólido e firme. Seu design representa a silhueta do veículo e tem o nome impresso em letras grandes na cor preta.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

quarta-feira, 8 de março de 2006

PERNILONGOS

ZUMMM

Quem mora perto do rio Pinheiros enfrenta um inimigo que ganha força a cada dia: o pernilongo. Não adianta usar inseticidas, repelentes, mosquiteiros ou qualquer outro recurso. Os insetos não dão trégua e entram por qualquer canto das casas e apartamentos. O problema é antigo, mas agravou-se bastante nos últimos meses. O número de larvas coletadas pela Prefeitura multiplicou-se por 10.

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DURMA COM UM ZUMBIDO DESSES Milton Mansilha/Luz

Fernando Vieira

O

músico Roland Wagner, de 48 anos, entra em casa. Num movimento rápido, fecha a porta para tentar impedir a entrada de invasores. Todo cuidado é pouco para proteger a família. Afinal, eles chegam em bando e famintos. São especialistas em encontrar brechas na segurança. Atacam durante todo o dia, mas o perigo maior é no final de tarde e à noite. Definitivamente, tiram o sono de todos, que já não suportam mais viver como prisioneiros. Neste caso, o motivo de tanto medo não é a violência, mas os pernilongos. O número de mosquitos se multiplicou na cidade nos últimos dias. Normalmente, os agentes da Prefeitura coletam, com uma espécie de concha, 30 larvas no rio Pinheiros. Na semana passada, numa ação rotineira, foram contadas pelo menos 300 larvas. O número 10 vezes maior é o pior registro dos últimos dois anos. O clima quente e as chuvas são apontados como fatores que tornaram o ambiente mais favorável para a reprodução dos insetos. A situação é mais crítica nos bairros próximos a rio, onde a concentração de lixo, vegetação e sujeira causaram uma explosão de mosquitos, segundo a veterinária Eunice Parodi, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura. Convivência – Este é o caso de Roland, que mora há três anos na rua Atílio Milano, no Jardim Promissão, em Santo Amaro. A cerca de 100 metros da margem do rio Pinheiros, a casa de Roland está tomada pelos pernilongos. Para enfrentar os ataques, ele já tentou de tudo: inseticidas, repelentes de tomada, de loção e de spray, dedetização etc. Nada funcionou. A saída foi tentar conviver com os invasores indesejáveis. Primeiro instalou telas em todas as portas e janelas. Fez o trabalho ele mesmo com material adaptado, porque um orçamento para telas específicas de bloqueio ao mosquito ficou em torno de R$ 2 mil. Mas os pernilongos continuavam entrando e tirando o sono da família. O músico ganhou de presente da mãe, que mora na Alemanha, mosquiteiros importados para cobrir as camas. Mas vira-e-mexe os insetos nacionais dão um baile na proteção globalizada. "Temos de prender as pontas do tecido sob o colchão inteiro, porque se deixarmos um espacinho eles arrumam um jeito de entrar no mosquiteiro e fazem a festa. De vez em quando acendemos a luz no meio da noite e começamos a lutar com os pernilongos". Fora da cama, Roland usa outro artifício: liga o ventilador no máximo e "se embrulha" em um lençol, deixando apenas olhos de fora. "Uma vez deixei a ponta do nariz para fora para respirar e dormi no sofá. Resultado: no dia seguinte acordei com a ponta do nariz enorme por causa de uma picada”, diz rindo. Sua esposa, a advogada Angelita Rufino Dantas, de 38 anos, não acha muita graça e diz estar no seu limite. Tanto que já convenceu o marido a colocar a casa à venda. "Nos tornamos reféns dos pernilongos. Não posso abrir janelas nem sair de casa depois das seis da tarde”. O problema com mosquitos não é novo no bairro. Vizinhos contam que convivem com os insetos há muitos anos, mas que, agora, a situação piorou. "De manhã o carro fica coberto. Não precisa nem ligar, ele vai empurrado pelos pernilongos", brincou Marcelo Fernandes Panariello, de 41 anos. O CCZ informou que a pulverização com inseticida foi reforçada, mas a aplicação de larvicida na água do rio é diluída pela chuva, o que diminui sua eficiência. Além disso, 50 agentes limpam as margens do Pinheiros todos os dias, retirando a vegetação sobre a água, onde se desenvolve a larva que vira mosquito. Não há previsão de mudança nos trabalhos.

Roland, na foto maior com a mulher Angelita e a filha Karina, não sabe mais o que fazer. Ele usa mosquiteiros, repelentes e inseticidas, mas nada adianta: o jeito é se embrulhar no lençol (dir.). Acima, Panariello e seu arsenal.


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600 MIL CARTAS PASSARAM PELOS CORREIOS EM 2005

quarta-feira, 8 de março de 2006

Cerca de 600 pessoas procuram a Escola de Caligrafia De Franco todos os anos.

Na era da internet, ainda há quem não deixe de lado o hábito de enviar uma carta. Aulas de caligrafia ensinam os apaixonados pela escrita a fazer bonito no papel.

O costume de escrever cartas está de volta

xistem várias maneiras de expressão. Para quase t o d a s , u s am o s a p a l avra. Mas mesmo na hora de escrever, podemos escolher alguns caminhos. Os modernos preferem a internet; os imediatistas, os bilhetes; e aqueles que se auto definem saudosistas, as cartas. Lendo e escrevendo, o casal de jornalistas Nali Cristina e Jorge Serrão namorou, rompeu, reatou e se casou por intermédio das cartas de amor, saudade, tristeza e verdades. Tudo começou em 1993. Ela em São Paulo, ele no Rio de Janeiro. Nali viajou para ir a uma festa de amigos em comum. Serrão se apaixonou e começaram a se corresponder. "Naquela época havia o telefone fixo e a carta; os computadores não eram tão comuns e nem potentes. Os celulares, engatinhavam", lembra Serrão. Mas o coração de Nali balançava entre o namorado paulista e o "candidato" carioca. As cartas de Serrão, quatro a cada semana, que ganharam o título de "Diário de Bordo", eram marcantes, mas o "amado oficial" acabou ganhando a parada. Depois de um ano de missivas intensas, tudo acabou. Houve um silêncio de quase dez anos. Em 2005, Nali quis reaver as cartas. Queria escrever um livro que lembrasse às pessoas a importância das cartas, de esperar o carteiro chegar. Para isso, precisava "desenterrar" a história de amor registrada em papéis. Ligou para Serrão, no Rio de Janeiro. Seis meses depois, com a volta do "Diário de Bordo", ele se mudou para São Paulo para casar com a amada. E o ritual foi resgatado: "Para abrir a carta e compor o clima, eu acendia incenso e velas e ouvia uma música suave", revela Nali, que completa: "Os funcionários dos Correios ficaram nossos amigos". "Se não fossem as cartas, Nali não teria me procurado. Mesmo depois de dez anos, o relacionamento se mostrou forte porque foi escrito." Apenas uma vez Serrão mandou uma carta impressa no computador e foi repreendido. "Não foi romântico. Só escrevendo de próprio punho é possível passar um sentimento escondido. É uma declaração de verdade", diz Nali. "A comunicação pela internet é sinônimo de banalização. Não materializa um sentimento real. Pela letra, dá para saber a o humor de quem está escrevendo", opina. Hoje, o casal lê junto o que escreveu – foram 120 cartas. "A minha idéia de escrever um livro para estimular o hábito de mandar cartas está de pé", afirma a jornalista.

Colocar uma mensagem no papel é um desafio não só pelo encadeamento das idéias, mas também pela estética. Letra feia não agrada e provoca mal-entendidos. Letra bonita "Um rapaz me procurou pedindo ajuda para escrever para a namorada que morava na Bahia. Ele só conseguia desenhar garranchos e tinha muita vergonha por isso. Depois de 20 dias, o curso começou a dar resultado e o aluno sumiu. Dois meses depois ele reapareceu, contando que teve de ir a Salvador se explicar para a amada, que não acreditou que a letra fosse dele, porque, segundo a moça, era muita bonita", ri o professor Antônio de Franco Neto, diretor da Escola de Caligrafia De Franco, estabelecimento que existe em São Paulo há 90 anos. A idéia de abrir uma escola nasceu com a mãe do fundador, professor Antônio de Franco, em 1915. "Minha bisavó chegou da Itália em 1880 e ensinou tudo ao meu avô, que transformou o aprendizado em negócio", diz o professor de caligrafia. "Uma história de amor deu origem a tudo." Aproximadamente 600 alunos procuram o lugar todos os anos. Um deles é uma professora de inglês, Maria do Carmo Cardoso de Matos, que agora acumula também o título de calígrafa. "Minha letra não era feia. Freqüentei as aulas por uma satisfação pessoal. E achei que poderia ganhar dinheiro. Paguei aproximadamente R$ 2 mil por um curso básico de um ano. Os ganhos são hoje 15% maiores. Minha letra está em envelopes de convites de casamento. Cobro R$ 1 para escrever em cada um", afirma Maria do Carmo. Os números oficiais mostram que o costume de escrever "manualmente" se mantém. Os Correios registraram em 2005 o envio de 8,3 bilhões de objetos. Do total, 6 bilhões foram cartas – as simples corresponderam a 10%. "O mundo não mudou com a chegada da internet. E quem gosta de escrever não abre mão disso", diz Fausto Weiler, consultor da presidência dos Correios. Artigo raro Mas um detalhe importante pode constituir uma dificuldade para os "saudosistas". O papel de carta é artigo raro em papelarias. Quem procura, acha o bloco antigo, de folha fina com linhas. Muitos são obrigados e escrever em papel sulfite. Nem os fabricantes de folhas recicladas descobriram o filão para atender àqueles que ainda preferem usar a força da mão – não para manejar um teclado de computador, mas para transformar a carga de uma caneta em idéias e emoções. Neide Martingo

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Nali Cristina (abaixo, à esq.) quer resgatar a tradição das cartas em um livro. Ela conquistou o namorado, Jorge Serrão (à esq.), e acabou casando em razão dos textos apaixonados escritos durante mais de dez anos.

Leonardo Rodrigues/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

O professor de caligrafia Antonio de Franco Neto ensina a ter uma letra mais bonita. Sua aluna, Maria do Carmo Cardoso de Matos, fez o curso e hoje escreve textos profissionais.


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quarta-feira, 8 de março de 2006

INDÚSTRIA PAULISTA CRESCEU 7,4% EM JANEIRO

Acessórios e bijuterias são formas de a mulher renovar o guarda-roupa para a nova estação.

NÍVEL DE ATIVIDADE INDUSTRIAL NO ESTADO DE SÃO PAULO CRESCEU 1,5% NO MÊS SOBRE DEZEMBRO

JANEIRO AZUL PARA A PRODUÇÃO Marcos Fernandes/LUZ

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indústria paulista começou bem o ano. Em janeiro, o Indicador de Nível de Atividade (INA), que mede o desempenho do setor, cresceu 1,5% em relação a dezembro, descontadas as diferenças sazonais. Na comparação com janeiro do ano passado, o indicador subiu 7,4%. A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), responsáveis pelo levantamento, classificaram como "positivo" o desempenho, em um mês geralmente considerado ruim para a indústria. "Foi um bom resultado, que veio com robustez", afirmou o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini. Segundo ele, o INA mostrou que há uma mudança no comportamento da produção da indústria paulista. Em janeiro do ano passado, o índice havia apresentado queda de 7%. Sem ajuste sazonal, o indicador caiu 1,7%, o que é normal, considerando que a produção industrial é sempre mais ativa em dezembro do que em janeiro, quando boa parte das empresas do setor entra em férias coletivas. Tanto é que a Fiesp e o Ciesp revisaram, para cima, suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano. A projeção da Fiesp passou de 3% para 4%, e a do Ciesp, de 3% para 3,5%. Além da arrancada do setor neste início de ano, as duas en-

tidades levaram em consideração outros fatores. Entre eles, o aumento do salário mínimo, os pacotes de investimento – como o da construção civil, que movimentará R$ 19 bilhões – e a reativação de programas de infra-estrutura, citou Francini.

7,4 por cento foi o crescimento da atividade industrial no Estado de São Paulo em janeiro sobre o mesmo mês de 2005 De acordo com ele, o novo valor do salário mínimo terá um impacto direto de aproximadamente R$ 9 bilhões na economia, o que significará um crescimento de 1,5% no rendimento do trabalhador. A avaliação das duas entida-

des é que, pelo fato de 2006 ser ano eleitoral, haverá uma expansão dos gastos federais e diminuição do superávit primário, posicionando-se mais próximo da meta de 4,25% do PIB. "Há uma tendência de a União gastar mais neste ano. Nossa esperança é de que esses investimentos sejam direcionados para a infra-estrutura", disse o diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Boris Tabacof. Tanto ele quanto Francini esperam que o Banco Central acelere a trajetória de queda da Selic, o que contribuiria ainda mais para a expansão do consumo e a atração de investimentos produtivos. Moderação – Tabacof se mostrou menos otimista que seu colega da Fiesp ao considerar o INA de janeiro positivo, "mas com moderação". Para ele, a "palavra-chave" para justificar o crescimento do indicador no mês é crédito. "Apesar de os juros ainda estarem muito elevados, a expansão muito forte do crédito é o fator que vem mantendo a condição vigente e a continuidade." (AE)

O economista da Abia, Amilcar Lacerda de Almeida, credita o desempenho do setor à queda dos preços de alimentos e às exportações

Boa fase para indústria de alimentos

U

m dos setores da indústria paulista que tem motivos para comemorar este início de ano é o de alimentos e bebidas, que cresceu 4,3% em janeiro em relação a dezembro de 2005. Segundo o economista da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Amilcar Lacerda de Almeida, o resultado é uma continuação da expansão do setor em dezembro. "Um dos motivos para o bom desempenho foi a queda nos preços dos produtos alimentícios nos supermercados", explica. As exportações também contribuíram. Segundo o executivo, o crescimento nesse segmento alcançou 18% no ano passado, em decorrência da demanda externa pelo açúcar brasileiro. A multinacional americana

General Mills é exemplo disso. Detentora das marcas Forno de Minas, Frescarini e Häagen-Dazs, comemora junto com o mercado a boa fase do setor. Em 2005, o volume negociado em varejo cresceu 19% e o food-service, 18%. Para este ano, a expectativa de expansão não é muito diferente. Segundo o diretor de Marketing da empresa, Marcos Henrique Scaldelai, grande parte do sucesso tem a ver com a marca de sorvete Häagen-Dazs, que teve crescimento de 300% em faturamento e 400% em volume só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2005. "Reduzimos o preço do produto, que antes era só voltado para a classe A", explica. Resultados negativos – Em contrapartida, o setor de má-

quinas e equipamentos, segundo o Indicador do Nível de Atividade (INA), teve redução de 7,1% em janeiro na comparação com dezembro, com ajuste sazonal. Mas a expectativa para o ano é boa. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, "as eleições deverão estimular investimentos em obras públicas em 2006". Segundo a multinacional francesa Alstom, de energia e transporte, o desempenho do setor é reflexo do baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, que não superou 2,3%. Mas também da infra-estrutura brasileira, que não permite grandes investimentos. Vanessa Rosal

Eventos agitam setor de bijuterias Fotos: Paulo Pampolin/Hype

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ulheres mais bonitas, fabricantes e vendedores de bijuterias mais felizes. Enquanto os acessórios valorizam os atributos femininos, o setor, que movimenta todos os anos aproximadamente R$ 500 milhões, contabiliza lucros cada vez maiores. Coincidência ou não, estão sendo realizados em São Paulo neste Dia Internacional da Mulher dois eventos que comprovam os números positivos que o segmento apresenta. Começa hoje, no Centro de Convenções Frei Caneca, a 33ª Bijóias, com a participação de 200 empresas do setor. A idéia do evento é mostrar as peças da coleção outono-inverno 2006. "São realizados todos os anos sete edições do evento. As cinco feitas em São Paulo sempre são mais rentáveis porque a cidade tem o mercado mais promissor. As outras duas edições ocorrem no Rio de Janeiro", informou a organizadora da feira, Vera Masi, que explicou a nova coleção de acessórios. "As bijuterias são uma ótima opção para as mulheres renovarem o guardaroupa na nova estação que se aproxima. Com as peças, elas podem transformar o pretinho básico em dez visuais diferentes", destacou Vera. Levando em conta a produção informal, o faturamento anual do setor dobra. "A maioria dos fabricantes começa fazendo peças para passar o tempo ou para complementar a renda. O trabalho vai crescendo e se transforma em uma pequena empresa. Atualmente, com R$ 50 uma pessoa consegue comprar matéria-prima na Rua 25 de Março. Usa a criatividade, monta brincos, pulseiras, colares e lucra aproximadamente R$ 300", afirmou. O segredo para se manter em um mercado tão competitivo é a criatividade. "É preciso criar estilo, experimentar materiais alternativos, ou-

Carlos e Luciana, da moda Minas

Feiras invadem São Paulo

sar. Quem só copia o concorrente apresenta um resultado limitado", disse Vera. A organizadora da Bijóias aposta em um ano positivo para o setor. Em três dias, o evento deve gerar negócios da ordem de R$ 26 milhões. Segundo ela, as sete feiras que ocorrerão ao longo de 2006 podem representar uma alta de 26% em faturamento das empresas. Tendências – São muitos os estilos que estão na moda, mas em todos vão predominar o preto e o branco. A grande inspiração vem das flores, que darão o colorido na estação fria. "Teremos os costumes da época vitoriana, a tendência folk, inspirada no Leste Europeu, o

Carla Freitas, lojista e consumidora

neo chic, com as pérolas, a art déco, além do gótico, mas com muitos cristais", detalhou. SPFashion Hall — H oje também é o último dia da SPFashion Hall, feira realizada no Centro de Convenções São Luís. O faturamento das empresas participantes, neste ano, deve chegar a R$ 20 milhões, com crescimento de 13% em relação a 2005. "Recebemos pessoas de todo o Brasil e de várias partes do mundo", afirmou o diretor do evento, Mário Luís Reis. Carlos e Luciana Campos expuseram as peças criadas pela mãe, Mary Campos, que dá nome à grife dos irmãos. Carlos é o diretor financeiro e Luciana, a designer da empresa, que começou em Minas Gerais, há 30 anos, de maneira informal. "São Paulo é o nosso foco. Procuramos um representante na cidade", disse Carlos, que aposta em faturamento 10% superior em 2006 sobre o ano passado. A empresária Carla Freitas escolheu as peças de Mary Campos para abastecer sua loja no centro de São Paulo. "Faço questão de adquirir a mercadoria pessoalmente para ficar de olho nas tendências. Compro tudo de uma vez e vou oferecendo às clientes aos poucos, para sempre ter novidade." Neide Martingo


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quarta-feira, 8 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 9

MP vai investigar greve de ônibus em São Paulo O

Paralisação também em Curitiba

CARNAVAL batucada do Carnaval ainda soa forte na Câmara Municipal de São Paulo. Ontem, o vereador Antonio Goulart (PMDB) protocolou pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Carnaval de São Paulo. A proposta recebeu 19 assinaturas (número mínimo exigido para abertura da comissão). Ela deverá investigar o uso do dinheiro público no Carnaval paulistano. As comemorações promovidas por entidades privadas também deverão ser analisadas. Nos bastidores da Câmara comenta-se que a CPI tem grandes chances de prosperar. Milton Leite (PMDB) e Antonio Carlos Rodrigues (PL), dois parlamentares influentes na Casa, são favoráveis a uma investigacão sobre o Carnaval. Na semana passada, Leite defendeu a proposta no plenário. Rodrigues foi o primeiro a abrir discussão para a instalação dessa CPI, ainda no ano passado. Um dos parlamentares contrários a proposta é o Celso Jatene (PTB). Ele afirmou que os parlamentares deveriam se preocupar com as prioridades do município, como saúde e educação. Neste ano, a investigação do Carnaval começou a ser discutida logo que a escola de samba Gaviões da Fiel foi rebaixada para o grupo de acesso. A "bancada corintiana" da Camara Municipal (formada por 24 vereadores) irritou-se com a queda da agremiação e acenou com a possibilidade de convocação de uma CPI. Antonio Goulart foi um dos parlamentares a encabeçar o pedido de investigação. (IV)

A

PAGODEIRO inistros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceram ontem o direito do cantor de pagode Marcelo Pires Vieira, o Belo, ao benefício da progressão de regime prisional. Belo está preso no Rio, condenado por envolvimento com tráfico de drogas e associação para o tráfico, crimes qualificados como hediondos. A decisão de ontem teve como base o julgamento recente em que o plenário do tribunal reconheceu o direito de condenados por crimes hediondos pedirem a progressão para regimes mais amenos, como semi-aberto e até aberto. (AE)

M

GIr Agendas da Associação e das distritais

Sexta

I Exterior – Reunião-almoço

da Comissão de Comércio Exterior da ACSP coordenada pelo vice-presidente Renato Abucham, com a presença do secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Edson Lupatini Jr. Às 12h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). I Nestlé – O vice-presidente da ACSP Rogério Amato participa do encontro com o vice-presidente mundial da Nestlé, Paul Bulcke, que falará sobre o tema O papel estratégico da Responsabilidade Social. Às 10h, na sede da Nestlé, avenida Luiz Carlos Berrini, 376/1º andar.

Movimento de ontem deixou 1 milhão de pessoas sem condução. MPE desconfia dos patrões. Fotos de Helvio Romero/AE

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Ministério Público Estadual (MPE) vai investigar se a greve de ônibus realizada na madrugada de ontem nas zonas norte, sul e leste de São Paulo foi mais um caso em que o sindicato dos motoristas e cobradores foi utilizado para defender interesses de empresários em relação a um aumento de tarifa. Anteontem, as empresas protocolaram documento pedindo rescisão amigável do contrato com a Prefeitura, alegando que a administração acumula dívidas de R$ 50 milhões com o setor e tem deixado de cumprir cláusulas contratuais. A Prefeitura afirmou que não iria ceder ao que classificou de "chantagem". Para motoristas e cobradores, o motivo da paralisação foi o atraso nos salários de fevereiro. Segundo o presidente do sindicato, Isao Hosogi, 4.384 ônibus não circularam na madrugada (52% da frota). A situação só se normalizou às 9h. Estima-se que o movimento tenha afetado 1 milhão de pessoas. Para não perder o dia de trabalho, muitas foram obrigadas a viajar agarradas a portas e janelas dos coletivos. Os ônibus, que deixam suas garagens por volta das 3h30, saíram às 6h. Ontem à tarde, depois de um acordo com os empresários (que se comprometeram a pagar o que devem até o dia 9), a possibilidade de uma nova paralisação na madrugada de hoje foi descartada. Investigações – A suspeita de uso do sindicato foi levantada ontem pela promotora Maria da Glória Borin Gavião de Almeida, diretora do Centro de Apoio da Promotoria do Consumidor, que acompanha 30 investigações sobre o assunto, abertas após manifestação semelhante em novembro passa-

Paulistanos, especialmente os da zona sul, foram prejudicados pela paralisação dos ônibus na madrugada de ontem. Quando os coletivos voltaram a circular, muitos passageiros se arriscaram ao viajar agarrados a portas e janelas dos coletivos. Acordo fechado no fim da tarde de ontem deve evitar nova paralisação hoje.

do. "Já suscitamos a semelhança desta nova paralisação com aquela. Vamos apurar", afirmou a promotora. "Como já existem investigações nesse sentido, os fatos serão apurados nos procedimentos existentes." Há quatro meses, 400 ônibus foram retirados das ruas em protesto contra ameaça de não pagamento do 13º salário. Isso levou o MPE a abrir procedimento para apurar possível conluio entre sindicalistas e

empresários de ônibus. O procedimento foi dividido e hoje há uma investigação para cada empresa. Até agora não houve acordo nem proposta de ação em nenhum dos 30 casos. Por várias vezes na administração passada, motoristas e cobradores cruzaram os braços depois de a Prefeitura ter tomado medidas que contrariaram interesses dos empresários. O sindicato sempre negou conluio com empresários (locaute), mas

investigação dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, em 2003, na gestão de Marta Suplicy, constatou que sindicalistas recebiam até R$ 1,5 milhão para organizar greves. Ao todo, 17 dirigentes do sindicato foram presos e hoje respondem ao processo em liberdade. Oficialmente, eles estão afastados do sindicato, mas muitos deles ainda exercem grande influência nos bastidores. (Agências)

s curitibanos também tiveram um dia difícil ontem com uma greve inesperada dos funcionários de transporte coletivo, decidida em assembléia na noite anterior. Até mesmo o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros (Sindimoc), Denilson Pires, ficou surpreso com a recusa de um reajuste de 5% nos salários oferecido pelos patrões. Mas a categoria não aceita voltar ao trabalho se não conseguir 11%. Com pouca divulgação anterior sobre a possibilidade de greve muitos passageiros foram pegos de surpresa. Pela manhã, os ônibus que tentaram sair das garagens foram apedrejados ou tiveram pneus furados por piqueteiros . Pelo menos 109 veículos tiveram problemas. Sem ônibus, os táxis trabalharam em dobro e veículos foram credenciados para fazer lotação, com permissão de cobrança de até R$ 4,00 por passageiro (a tarifa do ônibus é de R$ 1,80). À tarde, depois de uma primeira audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho, o promotor Ricardo Bruell da Silveira determinou que 60% da frota deve estar nas ruas entre 5h e 8h e entre 18h e 21h. Nos outros horários, no mínimo 40% deve estar trabalhando, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia. Tão logo a decisão foi anunciada, por volta das 16h30, alguns veículos começaram a circular. O Ministério Público do Trabalho concedeu prazo até amanhã para que patrões e empregados cheguem a um acordo. Caso isso não ocorra, será marcado o dissídio, com a determinação do reajuste pela Delegacia Regional do Trabalho. O sistema em Curitiba tem 2.653 ônibus e 14 mil funcionários. (AE)

Factoring

DC

Ó RBITA

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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DCARR São Paulo, 8 de março de 2006

Nº 110

Muitas são as coisas que podem ser feitas para sua segurança contra a violência no trânsito de São Paulo. Algumas delas estão na página 3.

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CL

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Eduardo Zampieri

IV

CIVIC BRASILEIRO

AS PRIMEIRAS FOTOS Páginas 4 e 5

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quarta-feira, 8 de março de 2006

Essa é a primeira vez que vejo o Feirão e estou achando um assalto à mão armada o quanto pagamos de imposto. Peguei várias listas de adesões e vou atrás de assinaturas para o movimento. Agora entendo porque pagamos caro por um CD e porque a pirataria cresce a cada dia, já que 47,2% do seu preço é imposto. O mesmo deve acontecer com softwares, que são instrumento do meu trabalho. Eduardo Bacarine Lobato, proprietário da EBL Comércio e Serviços de Informática Sou a favor do movimento De Olho no Imposto porque essa campanha vai incentivar a população a cobrar o que é feito com o dinheiro arrecadado. William de Freitas, estudante de Administração da UniSant´Anna

Concordo plenamente com o movimento e vou levar listas de assinaturas a todos os meus conhecidos. Nunca imaginei que pagava esse absurdo de i m p o s t o s . N o a ç ú c a r, p o r exemplo, que é um produto de primeira necessidade, há 40,5% de impostos. E eu, que preciso usar cinco tipos de medicamentos, soube hoje que 36% do que pago por eles vai para o governo. É um roubo! Marinda Dutra Rosa, funcionária pública aposentada, do Grupo da Terceira Idade de Santo Amaro Este é um trabalho de formiguinha. Precisamos saber o quanto de dinheiro vai real-

Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

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CÂMARA APROVA NOVAS ALÍQUOTAS DO SIMPLES

A VOZ DO POVO Durante o lançamento do movimento De Olho no Imposto na capital paulista, a população visitou o Feirão do Imposto e, além da assinatura, manifestou sua indignação. Laura Ignacio

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

gião em que moro, Pirituba – que tem cerca de 1 milhão de habitantes – educação e saúde são extremamente precários. Por isso, o movimento é importante e estou aqui hoje. Bernadete Cola, presidente da Associação de Moradores do Piqueri Participo do movimento porque eu também quero saber! O povo precisa ter conhecimento do quanto paga de imposto quando compra uma mercadoria. Afinal, somos todos cidadãos. Noel Nogueira Rocha, metalúrgico

William de Freitas

Noel Nogueira Rocha

Pedro Ricardo de Souza Carvalho

Alessandra M. Sidelauscas

Bernadete Cola

Douglas Formaglio

Marinda Dutra Rosa

Eduardo Bacarine Lobato

mente para o caixa do governo. O segundo passo será cobrar onde está esse dinheiro, que não está sendo utilizado para benefício da população. Entramos em contato com empresários e estudantes da região da Vila Maria e propusemos montar um balcão em ca-

da local para colher assinaturas para o movimento. Alessandra M. Sidelauscas, chefe-administrativa da distrital Vila Maria da ACSP

Imposto é uma forma de mostrar ao consumidor o quanto ele paga de tributos em cima de cada produto. Do preço de um aparelho de DVD, por exemplo, que tem ligação com o setor de videolocadoras, 45% são impostos. Fora que em torno de 30% do meu faturamento é

usado para pagar impostos. Pedro Ricardo de Souza Carvalho, proprietário da videolocadora Video Porto

Além de ser um movimento pela cidadania, o De Olho no

População visita Feirão do Imposto, assusta-se com cobranças e adere ao De Olho no Imposto.

Falam tanto de arrecadação de imposto, mas para aonde vai esse dinheiro todo? Na re-

Em torno de 36% do faturamento da minha empresa de construção civil vai para o pagamento de impostos, mas o governo não dá estímulos para o setor, nem investe a arrecadação em obras de saneamento, infra-estrutura, estradas e portos como deveria. Por isso apoio o De Olho no Imposto. O objetivo do movimento é informar a população sobre os impostos pagos para que cobre a contrapartida do governo. Já enviei 250 assinaturas de funcionários e fornecedores da minha empresa para a distrital da ACSP na Lapa, cuja meta é colher 40 mil. Vamos atingir a meta com a ajuda de parcerias firmadas com shoppings e universidades da região, além do estádio do Palmeiras, onde montaremos balcões de informação e coleta de assinaturas. Douglas Formaglio, proprietário da Saneterra e superintendente da distrital Lapa da ACSP.

Sérgio Lima/Folha Imagem

Domésticos: incentivo só até 2012

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Rachid defendeu a Super-Receita, dizendo que a unificação trará ganho de eficiência na arrecadação

Não ao Refis e sim à unificação

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secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou ontem ser contra a instituição de um novo programa de refinanciamento de débitos fiscais. A proposta foi incluída por meio de emenda na Câmara dos Deputados ao projeto de lei que cria a Super-Receita (unificação das receitas federal e previdenciária), mas foi derrubada pela base do governo. O tema, no entanto, pode voltar à tona durante a tramitação da matéria no Senado, onde, ontem, foi realizada audiência pública para debater o assunto. A afirmação de Rachid, contrária a um novo reparcelamento (já ocorreram dois desde 2001), foi feita em resposta ao questionamento do sena-

dor Flecha Ribeiro (PSDB-PA). Para o secretário da Receita, um novo parcelamento de dívida tributária "colocaria em situação delicada os contribuintes que cumprem as suas obrigações corretamente". "Por esse motivo nós não olhamos com bons olhos a abertura de um novo refinanciamento", disse o secretário. Ele lembrou que o primeiro programa do gênero, o Refis, teve inicio com 129 mil contribuintes e atualmente apenas 27 mil estão ativos com suas contribuições em dia. "Nossa posição é que um novo Refis neste momento não seria saudável para o Estado, porque gera comportamento indevido no pagamento de impostos", defendeu Rachid.

Sim à unificação – Além de se manifestar contrariamente a um novo Refis, Rachid fez uma defesa do projeto que cria a Super-Receita, destacando que a unificação promoveria ganhos de eficiência, não só em termos de arrecadação para o governo federal, mas também em redução de burocracia e custos para os contribuintes. Rachid deu especial ênfase para o potencial de ganhos de arrecadação previdenciária, fundamental para a redução do déficit do setor, considerado um dos mais sérios problemas das finanças públicas federais. Ele afirmou que espera para até o fim do mês de abril a aprovação pelos senadores, em plenário, do projeto de criação da Super-Receita. (AE)

Aprovadas novas alíquotas do Simples

O

plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem a Medida Provisória 275, que cria 11 novas alíquotas e faixas de tributação para adaptar a legislação do Simples ao aumento dos valores de enquadramento instituídos quando da aprovação da chamada MP do Bem (Lei 11.196/05). No dia 21 de fevereiro, os deputados haviam aprovado requerimento do PT dando preferência para a votação do texto original da MP no lugar do texto apresentado pelo re-

lator, deputado Milton Barbosa (PSC-BA). O relator havia elaborado um projeto de lei de conversão, no qual retirava as novas alíquotas criadas pelo governo no regime de tributação do Simples. Os aliados do governo não concordaram com a proposta, por entenderem que caberá à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa disciplinar o funcionamento das empresas que aderirem ao novo Simples. "O relator amplia a renúncia fiscal de R$ 750 milhões para R$ 2,5 bilhões e contraria todo

um trabalho que está sendo feito pela Câmara dos Deputados, que é a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O relator tem esse direito, mas nós não concordamos", disse o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Na sessão de ontem, o PSDB tentou aprovar requerimento dando prioridade de votação a uma emenda aglutinativa que o partido apresentou para apreciação dos deputados. A proposta, que recuperava as alterações feitas pelo relator, foi rejeitada. (ABr.)

Receita Federal divulgou ontem uma nota de esclarecimento sobre a Medida Provisória 284, que permite ao empregador deduzir do Imposto de Renda (IR) parte da contribuição previdenciária paga a seu empregado doméstico. A nota afirma que, ao contrário do que o governo havia informado anteriormente, a dedução no Imposto de Renda de 2007 será de, no máximo, R$ 378. A Receita informou, ainda, que o incentivo vale até o ano de 2012. Na segunda-feira, durante entrevista coletiva para apresentar a MP, a ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, havia dito que o empregador poderia deduzir R$ 522 de seu imposto de renda em 2007. Esse valor só seria alcançado considerando a contribuição sobre todo o ano de 2006. Assim, o empregador poderia descontar uma contribuição de 12% sobre um salário mínimo no valor de R$ 300 nos meses de

janeiro a abril, e de R$ 350 – novo valor do mínimo – de maio a dezembro, incluindo nessa conta ainda o 13º salário. A Receita esclareceu que a

MP não se aplica à contribuição sobre o 13º. E que, como define o artigo 3º da medida, ela só é válida sobre as contribuições a partir de abril. (ABr.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.TERCEIRO SETOR

quarta-feira, 8 de março de 2006

Fotos: Leonardo Rodrigues / Hype

ELAS

SÃO PAULO REDUZ GRAVIDEZ PRECOCE O Programa Saúde do Adolescente, da Secretaria da Saúde de São Paulo, é apontado como um dos responsáveis pela diminuição

E

m seis anos, de acordo com números da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo comemorou uma redução de 28% nos casos de gravidez na adolescência. Em 2004, foram registrados 106.737 jovens grávidas com idade inferior a 20 anos contra 148.019 casos em 1998. O Programa Saúde do Adolescente, elaborado para a Secretaria em 1986 pela médica Albertina Duarte, é apontado como um dos principais responsáveis pela boa nova. Em decorrência dessa política surgiu, em 1994, a Casa do Adolescente, onde profissionais de diversas áreas, entre médicos, dentistas, fonaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores oferecem, principalmente, orientação sexual a qualquer jovem do Estado. Mas o maior diferencial da Casa do Adolescente é que lá não são abordadas apenas questões de sexualidade, gravidez precoce e anticoncepção. Toda a adolescência é englobada, com seus aspectos físicos, psicológicos e sociais. De acordo com a médica Joana Maria Shikanai Kerr, uma das coordenadoras da instituição, cerca de 70% dos jovens que freqüentam a Casa são meninas. Em uma sala de espera ampla, as jovens sentam-se em círculo e um médico, acompanhado de uma psicóloga e de outra médica, convida a todas que se apresentem e contem

O atendimento é integral na Casa

porquê estão ali. Na reunião acompanhada pela reportagem, adolescentes em busca de orientação e até uma menina acompanhada pelo pai ouviram orientações de dois médicos e de uma psicóloga. Eles discutiram a importância de se ter um projeto de vida. "Trabalhamos com o conceito de não deixar passar uma oportunidade de fazer o adolescente viver uma experiência emocional corretiva e de estímulo à auto-estima", diz o médico Chefi Abduch explicando que o objetivo das reuniões é fazer com que os adolescentes falem a respeito de sua realidade e mostrem como procuraram pela orientação oferecida pela Casa. A psicóloga Lia Pinheiro diz que a proposta é atender o adolescente "na hora em que ele chega, no momento em que ele precisa".

Reflexões – Isso significa que todos que se propõem a participar da reunião estão dispostos a refletir sobre os motivos pelos quais procuraram a Casa. Durante o encontro, Abduch propôs ao grupo discutir a importância de se ter um projeto de vida. Após as discussões em grupos de três ou quatro pessoas, os jovens voltaram à sala de reunião e expuseram suas opiniões. Mais importante que as conclusões de cada um, a sessão teve o objetivo de fazer com que cada jovem se sentisse à vontade para falar sobre suas experiências e expectativas. Núbia Maria de Queiroz, de 19 anos, contou que participa das reuniões da Casa há quatro anos. "Moro longe, em Osasco, e venho aqui porque o atendimento é bom e há troca de informações. Procurei a Casa quando comecei a namorar porque não me senti à vontade para discutir questões sexuais em casa, pois meus pais não falam muito no assunto. Agora, estou casada já há um ano e sete meses e todas as orientações que recebi me ajudaram." Já Danielle do Nascimento Santos, de 16 anos, está no sétimo mês de gravidez e começou a freqüentar a Casa no início de fevereiro. "Casei assim que confirmei a gravidez e minha família está me apoiando. Gostei muito da atividade na sala de espera e, se puder, quero repetir a experiência".

Danielle, 16 anos e grávida de sete meses, começou a freqüentar a Casa do Adolescente em fevereiro

Paula Cunha

Assim que chegam à Casa, jovens participam de reuniões

Núbia vai à Casa há quatro anos

Informação é "arma" nessa guerra Reuniões promovem reflexões e acabam levando a melhoria da auto-estima

D

e acordo com o médico Chafi Abduch, da Casa do Adolescente, a redução da gravidez precoce é a constatação de que a política adotada no Estado é correta. "Hoje, através das medidas de prevenção primordial, o programa transformou-se em lei. O instrumental fundamental é trabalhar a auto-estima e estimular o juízo crítico, bem como a criação de um plano de vida." As oficinas ajudam os jovens freqüentadores a reforçar as decisões tomadas nelas. A de artesanato, por exemplo, estimula os adolescentes a trabalhar suas habilidades manuais e a contar o tempo que levem para elaborar uma peça. Os médicos e psicólogos estimulam analogias entre o tempo que os jovens gastam fazendo um trabalho manual e o tempo que levariam para pensar que precisam colocar a camisinha antes de iniciar uma relação sexual. O mesmo acontece na Oficina de Sentimentos e nas aulas de inglês. Todas as atividades e oportunidades de debate são aproveitadas, segundo os médicos, para esclarecer dúvidas e ampliar as possibilidades de pensar e questionar estes e outros temas. Outras iniciativas – Na era da democratização do uso da internet, este meio de comunicação está começando a ser mais utilizado para disseminar informações sobre orientação sexual. O Instituto Telemar e a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência

Chafi Abduch, médico, e Lia Pinheiro, psicóloga, na Casa do Adolescente

(Abrapia) criaram o projeto Amigo Virtual. O site www. abrapia.org.br dá a crianças e adolescentes a possibilidade de esclarecer dúvidas sobre este assunto e também a respeito de drogas, negligência familiar e abuso sexual. A gerente do Instituto Telemar, Maria Arlete Mendes Gonçalves explica que o Amigo Virtual é uma conseqüência natural de outro projeto, o Telefone Amigo da Criança e do Adolescente, criado em outubro de 2004. Ele atende, no município do Rio de Janeiro, crianças e adolescentes de até 18 anos e já recebeu cerca de sete mil ligações em 2005. Segundo Maria Arlete, a utilização de uma ferramenta mais avançada de comunicação como a internet é uma das políticas da Telemar para encampar projetos sociais. "A Abrapia nos apresentou o Amigo Virtual em 2005, que atende, em média 75 jovens mensalmente. Queremos que a tecnologia atue de maneira positiva para aproximar as

pessoas e, por isso, fechamos a parceria com a Abrapia." A expectativa do Instituto é de que estes números cresçam. Até o momento, as questões mais abordadas são relações familiares (18,38%), sexualidade e relacionamento sexual (16,06%) e saúde física mental e social (9,10%), seguidas de assuntos como escola e relacionamento com colegas em porcentagens menores. Lauro Monteiro, secretário-executivo da Abrapia, diz que o site é um veículo pioneiro e que seu alcance deve crescer porque "a sexualidade é o tema que mais atrai o jovem porque ele precisa de orientação". A equipe que orienta os jovens, formada por psicólogos e psicanalistas, recebeu treinamento específico. Monteiro, que é pediatra, ressalta que o profissional tem que não só gostar de crianças e adolescentes, mas também entender que esta camada da população tem o direito de se informar e de se comunicar. (PC)


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

Uma lixeira do mundo ANIP considera que a proibição da importação de pneus usados não representa qualquer ameaça às 1.600 empresas de reforma de pneus existentes no País. De acordo com estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que pode ser encontrado nas páginas da internet do Conama (www.mma.gov.br/conama), o Brasil conta por ano com pelo menos 10 milhões de pneus usados em condições de reforma. A liberação da importação de pneus usados de automóvel, sempre por via judicial, sob justificativa de destinarem-se unicamente à reforma, revela-se no mínimo suspeita se for considerado que dos 10,5 milhões importados em 2005, no máximo entre 2,5 e 4 milhões de unidades (capacidade instalada declarada pelo setor) poderiam ter sido reformadas. O restante, 6,5 milhões de pneus, foi vendido diretamente como meia vida ou mesmo descartados por ser considerados imprestáveis, conforme, aliás, foi denunciado pelo Ibama em recente reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, ato que configura o crime de “descaminho”.

Por serem considerados um risco ambiental e até de saúde pública, uma vez que serão despejados no meio ambiente, transformando o Brasil em verdadeiro lixo do mundo, essas importações de pneus usados representam para os países mais desenvolvidos, principalmente os da Europa, uma solução altamente satisfatória. Ainda mais considerando que este ano estará proibido o descarte desses pneus, mesmo que picotados, em aterros. A imensa quantidade de pneus importados jogados no mercado consumidor sem qualquer tributação, de forma clandestina, provocou ainda efeitos negativos na comercialização de pneus novos no mercado da reposição, gerando uma retração surpreendente e uma ameaça à geração de impostos e empregos para o País, afetando inclusive os planos de investimentos da indústria de pneus novos que até o final de 2007 devem totalizar US$ 1,2 bilhão. A persistir a importação de pneus usados, o Brasil corre o risco de tornar-se uma lixeira do mundo.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

A

ÍNDICE SEGURANÇA - 3 Curso ensina técnicas para evasão e autodefesa em seqüestros e assaltos.

CAPA - 4 e 5 As fotos exclusivas do novo Honda Civic, que chega aqui em abril.

MERCADO - 6 As vendas de carros e comerciais leves cresceram 18% na média diária.

AUTODATA - 7 Mercosul fecha acordo temporário até 30 de junho.

LANÇAMENTO - 8 Fiat Doblò ganha motor flex e custa R$ 44.500 na versão mais barata.

ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos

AGENDA 8 e 9 de março

Em Curitiba, o lançamento oficial do novo Mègane, veículo com que a Renault quer maior participação entre os sedãs. Ele vem concorrer com Civic (veja nas pgs. 4 e 5) Vectra, Corolla e Focus.

26 de março

Começa a temporada 2006 da Super Clio em Curitiba, no Paraná. A categoria será disputada nos mesmos finais de semana do Renault Speed Show, que também engloba a Copa Clio e a Fórmula Renault.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


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Nacional Estilo Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

PRAZO MAIS LONGO NO FINANCIAMENTO DE CARROS

O dólar comercial, que chegou a se aproximar da casa de R$ 2,10, fechou ontem cotado a R$ 2,168

EXPECTATIVA DE AUMENTO DE JURO NOS EUA AZEDOU O HUMOR DOS INVESTIDORES. BOVESPA RECUOU 2,43%.

DÓLAR TEM NOVA ALTA E VAI A R$ 2,168

O

dólar comercial fechou em forte alta ontem, pelo segundo dia consecutivo. A moeda norte-americana subiu 1,26%, cotada no fechamento a R$ 2,166 na compra e R$ 2,168 na venda. Marcou os negócios, mais uma vez, o receio dos investidores de uma nova rodada de alta nos juros dos Estados Unidos. Refletindo esse temor, subiu o rendimento pago pelos títulos do Tesouro norte-americano. A um dia da divulgação do resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado também ficou apreensivo com o destino do juro no Brasil. A expectativa é de uma queda de 0,75 ponto a 1 ponto percentual. "Sempre há estresse nas vésperas do Copom, por maior que seja a previsibilidade do resultado", afirmou Marcos Forgione, gerente de Câmbio da corretora Souza Barros. O Banco Central (BC) vendeu apenas 3.300 dos 4.550 contratos de swap cambial reverso oferecidos ontem, o equivalente a US$ 153,9 milhões. No swap reverso, o BC dá às instituições financeiras a va-

riação da taxa de juros e recebe em troca a oscilação do dólar, assumindo o risco de alteração do valor da moeda norte-americana. Não houve leilão no mercado à vista. O risco-País, calculado pelo banco J.P. Morgan, estava em 235 pontos-base no fim da tarde de ontem.

10,9 milhões de reais foi quanto os investidores estrangeiros tiraram da Bovespa nos dois primeiros dias do mês, segundo o mercado Bolsa — A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou o mercado norte-americano de ações e fechou novamente em queda, acumulando desvalorização de 4,63% na semana. O Ibovespa, principal indicador do mercado acionário brasileiro, fechou com queda de 2,43%, em 37.422 pontos.

Com esse resultado, o índice passa a acumular perdas de 3,08% neste mês. Desde o início do ano, no entanto, a valorização ainda é de 11,86%. No pregão de ontem, o volume financeiro foi de R$ 3,173 bilhões, giro superior à média registrada nas últimas semanas. Os investidores estrangeiros se desfizeram de algumas aplicações, à procura de um risco menor. Nos primeiros dois dias de março eles retiraram da Bovespa R$ 10,9 milhões, de acordo com informações do próprio mercado. O balanço oficial dos investimentos estrangeiros dos dez primeiros pregões do mês deve sair na próxima semana. Para Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor de Análises da corretora Planner, a tendência de baixa vem de fora, com o preço das c o mm o d i t i es d e spencando no mercado internacional, "já que há perspectiva de redução de produção por conta da gripe aviária". As ações mais negociadas fecharam em baixa ontem, com destaque para Petrobras PN (queda de 4,29%), Vale do Rio Doce PNA (-4,92%) e Gerdau PN (-1,97%). (DC/AG)

Diminui o otimismo com Copom O

mau humor internacional diminuiu o otimismo dos analistas com o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina hoje. A alta dos juros de alguns títulos dos Estados Unidos, da União Européia e do Japão interrompeu a onda de euforia com os países emergentes como o Brasil (leia sobre o comportamento do mercado financeiro acima, nesta página). A virada no cenário impediu que avançassem as apostas de um corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juro, a Selic, hoje. A maioria dos analistas voltou a apostar em redução de 0,75 ponto. Um dos argumentos que justificava o aumento do otimismo com a política monetária, além da inflação comportada, era justamente o fato de o cenário externo estar extremamente favorável — o que

implicava fluxo de recursos forte e queda do dólar. Dúvidas — Ontem surgiram dúvidas. "Será que o Copom aceleraria o ritmo de corte dos juros em um momento em que o cenário internacional está indefinido?", indagou um operador. Parte dos analistas acredita que existe uma tendência de elevação dos juros de mercado dos Estados Unidos (dos chamados Treasuries), da União Européia e do Japão. Isso pode levar a uma migração do investidor estrangeiro de papéis de emergentes para investimentos em países desenvolvidos, por causa da melhora da remuneração. Alexandre Maia, economista-chefe e sócio da GAP Asset Management, acha que o mercado entrou em uma onda de redução da exposição ao risco dos emergentes, mas esse fe-

nômeno não vai durar muito tempo. "Investidores passaram a questionar se a economia global está crescendo muito rápido e, portanto, se será necessário elevar os juros para que não haja inflação", disse. Para ele, não se trata de uma reviravolta na confiança dos investidores em relação à sustentabilidade do déficit em conta corrente norte-americano. Analistas prevêem que, em algum momento, os investidores passarão a exigir juros maiores para continuar financiando esse déficit. Segundo Luiz Forbes, diretor da corretora López León, houve um grande volume de vendas de títulos brasileiros na segunda-feira, mas ele não acredita no fim da bonança dos mercados emergentes. "Os investidores apenas estão se ajustando." (AE)

Vale: ações acumulam alta de 459% O s investidores que optaram por comprar ações com direito a voto (ordinárias) da Companhia Vale do Rio Doce com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não têm do que reclamar. Desde que essa alternativa foi oferecida, no dia 21 de março de 2002, até ontem, os papéis acumularam alta de 459,2%. O cálculo é do analista de mineração da ABN Real Corretora, Pedro Roberto Galdi. De acordo com o analista, no mesmo período o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Boves-

pa), acumulou alta de 179,6%. "Foi um bom negócio porque, em primeiro lugar, a remuneração do FGTS é muito baixa", diz Galdi, lembrando que para quem aplicou em ativos de renda fixa, como o CDI, a valorização foi de 101%. No ano passado, os papéis da companhia registraram alta de 30,8%. Neste ano, Galdi diz que os ganhos estão acumulados em 4,4%, mas ontem a ação registrava queda de 3,52% antes do fechamento do pregão. Segundo o analista do ABN, isso ocorreu porque o mercado estava realizando lu-

cros, especialmente nos setores de mineração e siderurgia. Além disso, pesaram também os temores de nova alta na taxa de juros norte-americana. Na época em que iniciou a pulverização de ações ao público, a Vale informou que em torno de 700 mil pessoas aderiram ao programa. Entre 2001 e 2004, a empresa pagou US$ 4,4 bilhões em dividendos aos acionistas. O retorno médio anual aos investidores nesse período foi de 41,7%. Neste ano, a companhia projeta que a distribuição mínima de lucro será de US$ 1,3 bilhão. (AE)

Lemon Bank fatura 36% mais C

om atuação focada nos correspondentes bancários, o Lemon Bank fechou o ano de 2005 com um faturamento de R$ 6,8 bilhões, gerado da prestação de

serviços de arrecadação de contas de água, luz, telefone e de boletos diversos. O resultado representa aumento de 36% sobre o obtido em 2004. Foram 90 milhões de

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 7 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Odelmo Ferrari dos Anjos - Requerido: Montesp Comércio e Montagens Ltda. - Rua Dr. Francisco Mesquita, 985 02ª Vara de Falências Requerente: Copal Comércio de Peças Automotivas Ltda.-EPP - Requerido: Napocar Peças e Serviços Ltda. - Rua Dias da Silva, 1.364 - 02ª Vara de Falências

Requerente: Copal Comércio de Peças Automotivas Ltda.-EPP - Requerido: Roder Truck Center Pneus Ltda. - Av. Eng. Adolfo Graziani, 100 - 01ª Vara de Falências Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Farmalene Drogaria Ltda.ME - Av. Presidente João Goulart, 2.312 - 01ª Vara de Falências

transações feitas nos 4,2 mil pontos de atendimento que a instituição mantém em 19 estados. Parte desse bom desempenho veio do início das operações, no ano passado, no segmento de venda de recarga de celular digital, que fechou o ano com 600 mil recargas. A entrada do Lemon, em 2005, no crédito consignado também ajudou no crescimento. Foram 1,9 mil contratos, que somaram R$ 2,7 milhões, com valor médio de empréstimo de R$ 1,4 mil. Desse total, 95% foram para aposentados. Roseli Lopes

CARROS Financiamentos têm juros mais baixos e prazos maiores Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

U

ma nova redução da taxa básica de juros (Selic) hoje tem tudo para facilitar ainda mais o acesso ao crédito para a compra de veículos em bancos e montadoras, tornando menos atraentes opções como o consórcio. Na avaliação de profissionais do mercado, os juros dos financiamentos, que atualmente variam de 1,5% a 2,5% ao mês, devem se aproximar cada vez mais da taxa zero até o final do ano e os prazos, que hoje são de no máximo 60 meses, podem finalmente alcançar os 100 meses. "O custo do financiamento deve seguir de perto a trajetória dos juros reais da economia, que devem terminar o ano em um dígito", afirmou o diretor-executivo da área de financiamento de veículos do Bradesco, Ademir Cossiello. A redução da Selic nos cinco últimos meses já permitiu que a taxa média dos financiamentos recuasse. De março a agosto do ano passado, quando a taxa básica chegou a 19,75%, os juros médios para o financiamento de veículos eram de 2,7% nos bancos e de 2,05% nas montadoras, de acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). Esse custo já havia caído para 2,6% nos bancos e 2% nas montadoras em janeiro e hoje é de 2,5% e 1,95% ao mês, respectivamente. "É preciso lembrar que essa é a média cobrada. Temos casos de concessionárias que já trabalham com juros a partir de 0,99% ao mês", afirmou o diretor da Anef, Flávio Croppo. Foi a redução gradual das taxas dos financiamentos que levou alguns bancos a ampliar o prazo de pagamento e facilitar o acesso ao crédito. Na semana passada, o HSBC estendeu o prazo máximo de 60 para 72 meses — opção essa que também está disponível no Bradesco. O BankBoston, por sua vez, decidiu em dezembro criar uma linha de crédito préaprovada para a compra de veículos para 87 mil de seus 200 mil clientes, de acordo com o superintendente da área, Rui Pereira Jorge Filho. Leasing — As operações de leasing (que funcionam como uma espécie de aluguel do

Segundo Montosa, da Abac, consórcio é indicado para segundo carro

bem durante a vigência do contrato, com opção de compra no final) também tiveram as taxas de juros e os prazos adaptados ao novo cenário econômico. Segundo a Anef, o custo do leasing é hoje muito semelhante ao de um financiamento tradicional (de 1,8% a 2,8% ao mês). A vantagem é que não há a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na compra. No ano passado, o leasing foi a opção para aquisição de veículos novos que mais cresceu. Em 2004, dos 1,578 milhão de veículos licenciados, 5% foram comprados por meio da modalidade. Já em 2005, dos 1,714 milhão de veículos licenciados, 15% foram comprados com leasing. Mesmo assim, essa opção de compra ainda perde de longe para as modalidades tradicionais de financiamento, oferecidas por bancos e montadoras, que foram responsáveis por 47% das vendas de veículos novos em 2005. No mesmo período, a opção de compra que mais perdeu espaço foi a realizada em dinheiro. Enquanto em 2004 perto de 35% dos veículos foram pagos à vista, no ano passado esse percentual caiu para 30%. Uma explicação para esse re-

cuo está, na avaliação do diretor da Anef, na combinação de taxas de juros menores, nos financiamentos e contratos de leasing, com prazos mais elásticos de pagamento. "O consumidor acaba se rendendo ao apelo de comprar um carro mais novo ou um modelo mais caro financiado em vez de comprar um modelo inferior à vista", disse Croppo. Consórcio — A participação das vendas de veículos novos por meio de consórcio também recuou: passou de 10% em 2004, para 8% no ano passado. "O consórcio é uma opção diferente do financiamento. Ele é muito mais indicado para quem já tem um carro e quer adquirir outro ou mudar o modelo para um mais novo", disse o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), Rodolfo Montosa. No consórcio não há cobrança de juros, apenas de taxa de administração, diluída durante o prazo de contratação. E, mesmo com o recuo dos encargos nos financiamentos, a taxa de administração dos consórcios ainda é menor — varia de 0,15% a 0,2% ao mês, com prazos de 36 até 100 meses. Adriana Gavaça


São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

DCARRO

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SEGURANÇA Pablo de Sousa

Aprenda a se defender e "fugir". Sem reagir nunca. Curso ensina técnicas para evasão e autodefesa em seqüestros e assaltos ANDERSON CAVALCANTE

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nindo a experiência de um excapitão da Unidade Especial do Exército de Israel com a de um excomandante das Escolas de Formação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a empresa Uzil VIP S.O.S. Brasil, especializada em treinamentos na área de Tiro Tático Operacional e Segurança Privada, passa a oferecer também treinamentos anti-seqüestro para pessoas que desejam mais proteção no dia-a-dia. O sistema é baseado em técnicas israelenses, adaptadas às ocorrências brasileiras. Entre os módulos do curso, um dos mais esperados é o de direção defensiva, evasiva e ofensiva. Durante seis dias, numa verdadeira maratona, o programa inclui técnicas de inteligência e contra-inteligência, defesa pessoal (Krav Magá), planejamento tático (deslocamento, embarque e desembarque), técnicas de tiro, blindagem, preparação de direção em casos de emboscadas e mudanças na rotina. O módulo de direção defensiva, evasiva e anti-seqüestro com automóveis tem duração de um dia e envolve regras básicas de

direção, posicionamento e postura, slalon, tomada de curva, uso dos sistemas de frenagem e das marchas em várias situações, contorno rápido para evitar acidentes frontais, saídas de situações de perigo, procedimento de check-up do veículo, manobras especiais sem retrovisores e posicionamento no trânsito para evitar roubos, furtos e seqüestro relâmpago. O objetivo do curso é ensinar uma postura preventiva, evitando abordagens indesejadas. Mas, se necessário, também o aluno terá conhecimento sobre ações evasivas. "Os bandidos preferem gente distraída e, com o curso, o motorista percebe antecipadamente situações de perigo, porque conhece a linguagem corporal em pessoas ou características que denunciam possíveis tentativas de assaltos e seqüestros", explica o diretor de Treinamento da Uzil e ex-capitão do exército israelense, Eli Rahamin. Alunos - Proprietário de uma casa noturna no interior paulista, Patrick Chaplin teve motivos de sobra para fazer o curso. "Tentaram me abordar duas vezes, mas como meu carro é blindado sempre consegui fugir. Recentemente houve um caso

de seqüestro na família e nossa segurança nos aconselhou o curso, pois, apesar de andar sempre com escolta, prefiro eu mesmo dirigir. Aliás, dirigir eu sei, mas tenho é que saber reagir em situações de perigo e, também, interagir com os seguranças". Já a advogada Patrícia Alves de Lima Klarosk explica que sempre fica preocupada ao parar em faróis. "Hoje, o cidadão comum está sempre se colocando em risco, não é preciso nem possuir um grande patrimônio". Para Patrícia, não há dinheiro que pague o conhecimento adquirido. "É um investimento essencial. Já na primeira aula a gente percebe quantos detalhes nos deixam mais vulneráveis à ação de assaltantes". O curso completo oferecido pela Uzil custa R$ 2.500 e apenas o módulo de direção defensiva, R$ 800. Cuidados -Uma das dicas assimiladas por Patrícia foi a do uso de insulfilm. "Nunca gostei, acho que deixa o carro muito escuro. Mas o ladrão não precisa saber quem está lá dentro ou se carregamos objetos de valor. Vou instalar nos próximos dias". Outras dicas importantes: Mude sempre o itinerário para ir aos

Instrutores destacam necessidade de atenção dentro do veículo, postura correta e conhecimento de técnicas para evasão. Tempo do curso é dividido em 30% de aula teórica e 70% de prática.

locais que você mais freqüenta. No semáforo, mantenha distância do veículo da frente, deixando espaço necessário para um caso de fuga. Se notar estar sendo seguido, procure agir com naturalidade e dirija-se para vias de grande movimento até localizar uma viatura ou posto policial e pedir ajuda. Se você vir de longe que o sinal está vermelho, mantenha-se na pista da direita e diminua a velocidade para chegar ao cruzamento quando abrir o semáforo. Evite reagir! Isso só dá certo em filmes.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

LEGAIS - 7

+i DQRV SUHVHQWH QR VHX GLD D GLD POLY-VAC S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS CNPJ/MF nº 43.655.612/0001-25 www.polyvac.com.br

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, apresentamos a V.Sas., o Balanço Patrimonial e demais demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31/12/2005, bem como o respectivo Parecer do Auditor Independente, permanecendo esta Diretoria ao inteiro dispor de V.Sas., para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.

Aproveitamos a oportunidade para transmitir aos nossos colaboradores, clientes e fornecedores, os agradecimentos pela colaboração e confiança que nos foi depositada ao longo dos últimos 33 anos, sem a qual não teríamos alcançado os resultados positivos a seguir demonstrados. São Paulo, 06 de março de 2006.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Valores em R$ mil) ATIVO Circulante Disponível Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Outras contas a receber Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Empréstimos e depósitos compulsórios Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Permanente Investimentos Imobilizado

2005

2004

19.281 15.030 10.167 619 1.435 37 46.569

11.893 16.970 8.305 1.785 927 70 39.950

657 481

657 545

217 1.355

247 1.449

260 4.381 4.641

260 5.408 5.668

52.565

47.067

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Fornecedores Salários e contribuições sociais Impostos a recolher Juros sobre o capital próprio Outras contas a pagar

Exigível a longo prazo Obrigações sociais Patrimônio líquido Capital social Reserva de lucros Lucros acumulados

2005

2004

3.587 3.180 896 2.000 490 10.153

3.699 3.469 1.211 1.496 613 10.488

1.168

707

27.000 1.083 13.161 41.244

27.000 815 8.057 35.872

52.565

47.067

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de Dezembro (Valores em R$ mil) Capital social 27.000 – –

Reserva de lucros Legal 475 – 340

Lucros acumulados 2.937 7.460 (340)

Total 30.412 7.460 –

(2.000)

(2.000)

Em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Reserva legal Remuneração aos acionistas (R$ 12,33 por lote de mil ações na forma de juros sobre o capital próprio)

27.000 – –

815 – 268

8.057 8.085 (268)

35.872 8.085 –

(2.713)

(2.713)

Em 31 de dezembro de 2005

27.000

1.083

13.161

41.244

Em 31 de dezembro de 2003 Lucro líquido do exercício Reserva legal Remuneração aos acionistas (R$ 9,09 por lote de mil ações na forma de de juros sobre o capital próprio)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Valores em R$ mil) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A empresa tem como atividade preponderante a industrialização e a comercialização de embalagens rígidas de polipropileno termoformadas e impressas. 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios. b) Ativo circulante e a longo prazo A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as possíveis perdas na realização futura dos créditos. Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, inferiores aos custos de reposição ou aos valores líquidos de realização. Os demais ativos são apresentados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos. c) Permanente Demonstrado ao custo de aquisição (corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995) deduzido da depreciação calculada pelo método linear, às taxas mencionadas na Nota 6, que levam em consideração o prazo de vida útil-econômica dos bens. d) Passivo circulante Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, acrescido, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos.O imposto de renda e a contribuição social são constituídos de acordo com a legislação em vigor. 3. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES Clientes nacionais Clientes externos (-) provisão para devedores duvidosos

2005 2004 15.967 18.002 51 47 (988) (1.079) 15.030 16.970

4. ESTOQUES 2005 1.262 2.444 3.614 215 1.976 656 10.167

Produtos acabados Produtos em processo Matérias primas Materiais auxiliares e embalagens Almoxarifados Importações em andamento

2004 1.405 2.113 1.751 255 2.641 140 8.305

5. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS A empresa mantém registrado contabilmente créditos fiscais de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 217 mil (R$ 247 mil em 2004), decorrentes de diferenças temporárias. Esses créditos estão mantidos no realizável a longo prazo, considerando a sua expectativa de realização com base nas projeções de lucros tributáveis futuros. 6. IMOBILIZADO

Taxas 2005 2004 anuais Depreciação de depreCusto acumulada Líquido Líquido ciação – % 2.582 – 2.582 2.582 – 4.415 4.415 – 74 5

Terrenos Edificações Máquinas, equipamentos e instalações 32.958 Móveis e utensílios 1.151 Veículos 580 Outros 888 Imobilizado em andamento – 42.574

31.794

1.164

2.066

10 a 20

1.029 524 431

122 56 457

145 127 401

10 20

– 38.193

– 4.381

13 5.408

Os bens do imobilizado estão livres de ônus e/ou gravames. 7. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social Composto de 220.000.000 ações ordinárias, sem valor nominal.

A Diretoria

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Exercícios findos em 31 de Dezembro (Valores em R$ mil, exceto o lucro líquido por lote de mil ações – em R$) Receita operacional bruta Vendas de produtos Impostos e deduções de vendas Receita operacional líquida Custo dos produtos vendidos Lucro bruto Despesas (receitas) operacionais Com vendas Gerais e administrativas Honorários dos administradores Despesas financeiras Receitas financeiras Lucro operacional Resultado não operacional Lucro antes do imposto de renda, da contribuição social e da reversão dos juros sobre o capital próprio Imposto de renda e contribuição social Reversão dos juros sobre o capital próprio registrado em despesas financeiras (Nota 7c)

2005

2004

107.789 (26.841) 80.948 (62.230) 18.718

101.263 (24.515) 76.748 (58.764) 17.984

5.037 4.203 312 3.848 (3.221) 10.179 8.539 (239)

4.857 4.066 282 2.447 (1.812) 9.840 8.144 –

8.300 (2.928)

8.144 (2.684)

2.713

2.000

Lucro líquido do exercício

8.085

7.460

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social – R$

36,75

33,91

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de Dezembro (Valores em R$ mil) 2005 Origens de recursos Das operações Lucro líquido do exercício 8.085 Depreciação 1.287 Valor residual do ativo permanente baixado – Diminuição do realizável a longo prazo 94 Aumento do exigível a longo prazo 461 Total das origens 9.927

7.460 1.520 6 109 124 9.219

Aplicações de recursos No ativo imobilizado Remuneração aos acionistas Total das aplicações

260 2.713 2.973

324 2.000 2.324

Aumento do capital circulante líquido

6.954

6.895

46.569 39.950 6.619

39.950 32.640 7.310

10.153 10.488 (335) 6.954

10.488 10.073 415 6.895

Representado por: Ativo circulante No fim do exercício No início do exercício Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício

2004

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis b) Reserva legal: Constituída na base de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma da Lei, é destinada à manutenção da integridade do capital social. c) Juros sobre o capital próprio A empresa optou em atribuir aos acionistas juros sobre o capital próprio no montante de R$ 2.713 mil, calculados com base na variação da taxa de juros a longo prazo – TJLP sobre o patrimônio líquido.Para fins de atendimento da legislação tributária em vigor, está registrado contabilmente em conta de resultado; entretanto, para fins de divulgação, foi reclassificado, graficamente, para o patrimônio líquido. 8. INSTRUMENTOS FINANCEIROS Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, não haviam operações envolvendo instrumentos financeiros e derivativos. 9. COBERTURA DE SEGUROS A empresa mantém cobertura de seguros contra incêndio, raio e explosãodequalquer naturezaemmontanteconsiderado suficiente pela administração para cobrir eventuais sinistros em estoques, bens do ativo imobilizado e lucros cessantes, considerando, fundamentalmente, a natureza das suas atividades e as orientações de seus consultores de seguros.

DIRETORIA

CONTADOR

Michela Brigida Arippol – Diretora Presidente

Valmir Bondesan – CRC 1SP 175.291/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos. Srs. Administradores e Acionistas Poly-Vac S.A. Indústria e Comércio de Embalagens 1 Examinamos os balanços patrimoniais da Poly-Vac S.A. Indústria e Comércio de Embalagens levantado em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de

auditoriaaplicáveis noBrasilecompreenderam:a)oplanejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da empresa; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3 Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os

aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PolyVac S.A.Indústria e Comércio de Embalagens em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20 de fevereiro de 2006 BOUCINHAS & CAMPOS + SOTENCONTI Auditores Independentes S/S – CRC – 2SP005528/O-2 Elói de Siqueira Contador – CRC – 1SP207586/O-3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Não acho que [os iraquianos] estejam em guerra civil . Sempre houve potencial para uma guerra civil. Aquele país foi mantido unido por um regime repressivo que colocou centenas de milhares de seres humanos em valas comuns. Do secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, que acusa a imprensa de exagerar a gravidade da situação civil no Iraque.

quarta-feira, 8 de março de 2006

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MARÇO

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Dia Internacional da Mulher Leia mais sobre a data em Cidades, Economia e Internacional

T ECNOLOGIA P ERU

E UA

Um polêmico museu. De cérebros O primeiro e único museu de cérebros da América Latina, já batizado de "cerebroteca" pelos funcionários, foi criado em Lima, no Peru, e exibe cerca de 3.000 exemplares ilustrando para os visitantes todas as doenças do sistema nervoso, de tumores a infecções e derrames. Há também fetos acometidos problemas no cérebro. As "peças" do museu foram compiladas desde 1942 e já são consideradas espetáculos de horror pelos visitantes mais sensíveis. O museu funciona no Instituto Nacional de Ciências Neurológicas.

O computador universal Estrelas do Oscar, alvos do fisco Laptop de US$ 100 para crianças fica pronto em maio

N

icholas Negroponte, fundador do Media Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), disse ontem que seu laptop de US$ 100 deve estar pronto para ser produzido em cerca de 10 semanas. Ele está à frente da associação sem fins lucrativos One Laptop per Child (Um Laptop por Criança), que planeja levar educação para crianças de países em desenvolvimento por meio de computadores portáteis de baixo custo. Para garantir a funcionali-

dade do computador, o laptop terá um sistema no qual a criança poderá "dar corda", como um brinquedo, caso não haja fonte de energia. "Algumas pessoas dizem que não seria necessário, se o País é bem coberto pela rede de energia elétrica. Não é assim. Nas salas de aula não existe uma tomada para cada criança." Hoje, Negroponte deve se reunir, em Brasília, com Cézar Alvarez, assessor do presidente Lula, para discutir a participação do Brasil no projeto. A Quanta Computer, de

Taiwan, foi escolhida como fabricante do laptop de US$ 100. Segundo Negroponte, é necessário concentrar a produção num só lugar, para garantir os ganhos de escala. O pedido inicial esperado é de 1 milhão de laptops. Negroponte trouxe ao País dois modelos, que mostram como o laptop vai parecer, mas que não funcionam. "Queremos colocar mais aprendizado nas mãos das crianças", afirmou Negroponte. "Não somos um fabricante de laptops". (AE)

Participar da festa do Oscar pode deixar de ser uma das mais cobiçadas etapas da vida social das estrelas de Hollywood e seus convidados. É que a Receita norte-americana - conhecida pela sigla em inglês IRS, United States Inland Revenue Service está de olho no que as estrelas ganham na cerimônia, além de exposição na mídia. No último domingo, na cerimônia da 78º Prêmio Anual da Academia, os convidados foram presenteados com uma bolsa cheia de presentes, que incluem, entre outros itens de primeira necessidade, US$ 7 mil em E M

lingerie da Victoria´s Secret e um "vale" de cirurgia plástica na clínica Lasik. Cada bolsa tem valor estimado, em brindes, de US$ 100 mil. Agora, as pessoas que foram agraciadas com o presente de grego podem ser convidadas pelas autoridades tributárias norte-americanas a fazer sua contribuição em impostos relativos aos presentes. O valor estimado em taxas e tributos de cada bolsa é de US$ 30 mil. "Queremos ter certeza de que as estrelas andem na linha em relação a esses brindes", comentou o chefe do IRS, Mark Everson, para a imprensa.

C A R T A Z

Marcos Michael/JC Imagem/AE

B RAZIL COM Z

Chineses de olho nas favelas As favelas brasileiras foram destaque da edição online do Diário Popular da China. O texto, que também pode ser lido em inglês no site do jornal, destaca o programa do governo federal criado esta semana para melhorar as condições de vida dos brasileiros que vivem nas favelas e no qual será aplicado R$ 1 bilhão. O serviço de notícias chinês, citando a mídia brasileira, reproduziu as críticas da oposição ao programa, entre eles membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST) e de militantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

Retrospectiva inédita da obra da premiada cineasta alemã Margarethe von Trotta (foto). Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3651. 15h30 e 17h30. R$ 4.

L

A RTE

EM GUERRA PELA PAZ - Militares realizam treinamento em Recife para substituir as tropas de paz do Brasil, na missão das Nações Unidas no Haiti. Com embarque previsto para 22 de maio, os 850 brasileiros, integram o quinto contingente a viajar ao país.

E SPAÇO

Um cafezinho por R$ 9 O melhor e mais caro café do mundo é brasileiro - e custa R$ 9 a xícara na cafeteria paulistana Santo Grão, na rua Oscar Freire, no Jardins. Preço elevado ante a média de R$ 1 dos expressos tradicionais. Produzido em Carmo de Minas, sul mineiro, o café venceu o concurso Cup of Excellence 2005 promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O grão foi escolhido entre 553 lotes inscritos e obteve a classificação mais elevada, de 95,85 pontos, depois de submetido a uma banca internacional de 26 juízes de 12 países. L OTERIAS Concurso 1571 da QUINA 40

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A

Uma Thurman, loira fatal de Hollywood: um dos últimos exemplares da espécie?

Robyn Beck/APFP - 05/03/06

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C OMÉRCIO

LOIRAS EM EXTINÇÃO notícia circulou no fim de semana em diversos tablóides britânicos e até fez uma rápida aparição nas redes de televisão ABC e CNN: um relatório Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgava que o gene da "loirice", recessivo, desapareceria em 200 anos. Além do desapontamento inicial para os fãs das beldades de cabelos dourados - a notícia não teria maior impacto se não fosse um grande erro - a conhiecida barriga dos veículos de comunicação. O erro foi ainda mais grave porque a informação chegou a circular em outubro de 2002 e foi desmascarada na época. Além de errados, os jornais britânicos estavam atrasados. Em Genebra, a OMS divulgou uma nota oficial: "Não sabemos de onde surgiu tal comunicado de imprensa, mas gostaríamos de enfatizar que não temos nenhuma opinião sobre a existência futura dos loiros". A ressalva misteriosa no fim do texto abriu margens para novas especulações. Os esforços dos jornais, agora, são para descobrir de onde veio a notícia falsa e recuperar a credibilidade.

Concurso 435 da DUPLA SENA

A TÉ LOGO

Primeiro Sorteio 24

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Segundo Sorteio 30

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Brasil quer construir mais 7 usinas atômicas, diz ministro durante visita à Grã Bretanha País ocupa 26ª posição entre países que mais registram patentes em órgão mundial

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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L ITERATURA

Astronauta brasileiro Cineasta disputa levará micróbio vaga de imortal

B ARRIGA NA MÍDIA

Com um cachorro, uma mulher observa a obra Dora Maar com gato, de Pablo Picasso, na Sotheby´s França. A tela, de 1941, vai a leilão em maio.

CINEMA

No centro-sul da Colômbia, 70 guerrilheiros das Farc entrega armas e até um avião

O astronauta Marcos Cesar Pontes levará em sua viagem à Estação Espacial Internacional, no mês que vem, bactérias vivas. A intenção é observar como as bactérias se multiplicam, crescem e se comportam num ambiente de radiação. A bactéria escolhida para fazer parte da bagagem de Pontes é a Escherichia coli, que causa diarréia. O estudo está sendo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O diretor Nelson Pereira dos Santos, de Rio 40 Graus (1955) e Como era Gostoso meu Francês é um dos candidatos à cadeira número 7, na Academia Brasileira de Letras (ABL). A eleição, que acontece no Rio de Janeiro amanhã, também é disputada por Paulo Hirano, Dário Castro Alves, Waldemar Cláudio dos Santos, Jorge Tannuri e Ronaldo Cunha Lima. Nelson Pereira é autor de Três Vezes Rio, que reúne roteiros.

G INÁSTICA

T ÊNIS

Diane dos Santos não vai a Lyon

Guga desiste, mais uma vez

A ginasta Daiane dos Santos, com uma contusão no cotovelo esquerdo, está fora da etapa francesa de Lyon da Copa do Mundo, mas Diego Hypólito, que recentemente se desligou da seleção permanente, foi convocado. O torneio será realizado nos dias 18 e 19. Daiane não estará preparada para competir porque torceu o cotovelo num treino, na semana passada, em Curitiba. Ela deve voltar a competir em maio.

Pela quarta vez neste ano Gustavo Kuerten desistiu de participar de um torneio. Ele anunciou ontem que não disputará o Masters Series de Indian Wells, que começa na sexta-feira. Uma torção de tornozelo no início desta temporada e uma cirurgia no quadril, da qual ainda não se recuperou completamente, são os motivos para mantê-lo afastado das quadras. Guga jogou apenas no Brasil Open, mas foi eliminado.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Cãozinho perdido, nunca mais

Justiça, formação e informação na rede

A Global Pet Finder lançou uma coleira com localizador GPS (sistema de posicionamento global) para animais de estimação. O dono do bichinho pode definir uma "área de segurança" para o cãozinho, e receber um alerta pelo celular ou e-mail toda vez que o animal "escapar". A coleira custa US$ 349 e a assinatura do serviço, US$ 19,98.

O site do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) traz notícias, informações sobre sistemas judiciários estrangeiros, acompanhamento processual e uma série de outros serviços. No site, é possível ainda conseguir informações sobre licitações e contas públicas, textos completos de acórdãos além de uma biblioteca com artigos jurídicos e acervo digital. Para quem quer conhecer melhor o órgão, há um documentário online sobre a estrutura, o funcionamento e a história do tribunal.

www.globalpetfinder.com

www.stj.gov.br


DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

São Paulo, quarta-feira, 8 de março de 2006

DCARRO

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O capô e o pára-lama ficaram mais arredondados, dando um ar mais moderno ao modelo e um estilo mais "oriental"

Eduardo Zampieri/Revista da Moto

EXCLUSIVO

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Só aqui, o novo Civic brasileiro

A traseira chega totalmente reformulada e bem curta. Atente que algumas partes estão cobertas com adesivo preto, como lanternas, logo da marca e parte inferior do pára-choque.

Fotografado na Rodovia dos Bandeirantes, carro brasileiro, que vai ser fabricado aqui e lançado em abril, é diferente do americano e europeu já mostrados antes. Comparado ao atual ele é maior e mais moderno. CÉLIA MURGEL/MOTORCAR

O

novo Civic, que será lançado pela Honda no final de abril, já não é mais segredo. O modelo foi visto, quase sem disfarces, circulando pela Rodovia dos Bandeirantes, a caminho de São Paulo. Fitas pretas, escondendo as lanternas, o logotipo da marca e o conjunto ótico, chamaram a atenção de Eduardo Zampieri, da Revista da Moto, que não perdeu tempo. O motorista japonês até tentou "fugir" da câmera, mas não conseguiu. A primeira aparição do carro foi no Salão de Frankfurt, em outubro de 2005. A chegada dele ao Brasil agora mostra a importância que a Honda confere ao nosso mercado. O novo carro da Honda, que será fabricado em Sumaré, interior de São Paulo, e vendido no Brasil a partir de maio, chegará com muitas novidades. Entre elas suas dimensões: 4,49 metros de comprimento (antes 4,45 m); 1,75 metro de largura, 4 cm a mais que o anterior; 1,44 metro de altura (antes 1,45 m) e 2,70 m de entreeixos (aumento de 8 cm). Esses números traduzem mais espaço para os ocupantes do veículo e, principalmente, para as pernas dos passageiros do banco traseiro.

O porta-malas, por sua vez, perdeu espaço: passou de 402 litros para 340. A Honda optou por valorizar o espaço interno. Mais potente - Outra novidade é que essa oitava geração virá equipada com nova motorização: VTEC 1.8 de 16 válvulas de 140 cavalos de potência máxima a 6.300 rpm e 17,7 mkgf de torque a 4.300 rpm. O modelo vendido atualmente tem motor de 1.7 litro que gera 130 cv a 6.300 rpm. A transmissão automática passa de quatro para cinco marchas, que lhe dá desempenho melhor que seu antecessor. No design, o novo Honda chega com muitas mudanças. Os estilistas acabaram com as linhas conservadoras deixando-o mais esportivo. O pára-brisa está mais inclinado. O capô mais arredondado e o conjunto ótico mais estreito, saindo ainda mais pelas laterais. A traseira ganhou lanternas novas e uma saliência na parte superior da tampa do porta-malas. Ficou muito bonito. Briga boa - Como as fotos foram feitas em movimento, não foi possível observar melhor o interior do veículo. Mas, certamente, oferecerá

bastante conforto para os ocupantes e uma boa lista de equipamentos de série, como já acontece com o Civic atual. Tudo para "brigar" pela liderança do segmento, que tem o Toyota Corolla 1.8 de 136 cv e que custa R$ 65 mil como líder de vendas. Também concorrem nesta faixa de mercado o novo Chevrolet Vectra, com propulsor 2.0 de 121 cv e preço na faixa de R$ 72 mil, e o Renault Mégane 2.0 de 136 cv, que está sendo lançado esta semana em Curitiba, no Paraná, e deverá custar R$ 65 mil. A briga será boa! Detalhes - Os estilistas capricharam também na parte dianteira do novo Honda Civic. O conjunto ótico ficou mais estreito e horizontal (bem oriental) e sai pelas laterais. Nada parecido com o irmão Accord, lançado recentemente. Mas há muitas outras alterações, como o capô que ficou mais arredondado, o pára-brisa agora mais inclinado e a grade dianteira acompanhando o desenho dos faróis. O adesivo preto nos retrovisores podem estar escondendo a seta de direção incorporada aos retrovisores externos. Na parte traseira, o amplo vidro oferece mais

visibilidade para o motorista. As grandes lanternas são cortadas pela tampa do porta-malas, que possui na parte superior um vinco bem acentuado. O desenho da lateral ficou muito bonito e com linhas bem suaves. O modelo será equipado com rodas de 15 ou 16 polegadas, dependendo da versão. As maçanetas das portas são bem maiores que as do modelo vendido atualmente.

As linhas da lateral estão mais suaves e as maçanetas das portas são bem maiores que as do modelo vendido atualmente. O novo Honda Civic será equipado com rodas de 15 ou 16 polegadas, dependendo da versão.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 8 de março de 2006

3,08

por cento é a desvalorização acumulada em março pelo Ibovespa, principal indicador dos negócios na Bolsa de Valores de São Paulo

7/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 06/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.094.289,38 Lastro Performance LP ......... 650.138,41 Múltiplo LP .............................. 1.344.992,47 Esher LP .................................. 500.560,96 Master Recebíveis LP ........... 50.000,00

Valor da Cota Subordinada 994,616707 999,185624 993,626598 1.000,121920 1.000,000000

% rent.-mês 0,5704 - 0,0814 0,3671 0,1256 0

% ano 1,8062 - 0,0814 - 0,6373 0,1122 0

Valor da Cota Sênior 0 1.001,919063 1.006,970440 0 0

% rent. - mês 0,1919 0,2788 -

% ano 0,1919 0,6970 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

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Só o INSS? governo Lula, através de seu superpoderoso órgão de faturamento, a Receita Federal, diz que permitirá às famílias que tenham empregados domésticos registrados descontar do IR o que pagam ao INSS, como se isso fosse um grande favor e como se não fosse uma forma de bitributação: de qualquer forma a grana vai para o bolso do Fisco. Se tivesse realmente interesse em beneficiar a população,

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deveria levar em conta que o registro de doméstico pode ser um grande alavancador de empregos. Se o contribuinte pudesse descontar tudo que paga a este profissional, haveria um grande contingente de registrados. Além do empregado doméstico, a Receita deveria levar em conta o desconto dos aluguéis de imóvel residencial, o que a pessoa paga de IPTU e o que paga sobre serviços com telefone.

E, pior, o que gasta com remédio: a Receita permite descontar o que se gasta com o médico mas não permite que se desconte o gasto com remédios, como se quem curasse o doente fosse o médico e não o remédio. Toda a ganância do sistema e a falta de sensibilidade dos criadores de impostos faz com que o cidadão sinta vergonha de pagar imposto, mesmo sabendo que tem de contribuir com o

Arquivo/DC

Se a intenção fosse acabar com o emprego doméstico informal o desconto no IR seria maior

desenvolvimento do País. Lula está sendo elogiado na Inglaterra, pelo fato das CPIs não terem tido capacidade de provar as acusações e pela isenção dada por seu governo aos investidores estrangeiros que buscam faturar mais investindo no sistema financeiro brasileiro. Lula continua dando esmolas com o chapéu alheio. Nesse caso, o chapéu do povo brasileiro. JOÃO PATRICIO JBPATRIC@UNISYS.COM.BR

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Todas as mulheres G Amadas e

odiadas, somos muitas e sempre podemos ser mais. Mães, pais, filhas, amantes, esposas, amigas, trabalhadoras, estamos sempre olhando para onde temos que chegar. G Marcamos a

todos para sempre pelo que somos, o que queremos, o que fazemos. Sempre fazemos muito, pois somos muito, o tempo todo e todo tempo. G Nos excluíram,

mas nós nos incluímos para sempre em todos os idiomas, nos quatro cantos da Terra, para sempre e além. G Deus sabia que

Christophe Ena/AP/AE

precisava de nós, ansiosas para empurrar o mundo e fazer dele melhor.

difícil entender o universo feminino, como se sente, como se pensa, as coisas que pensa e as coisas que sente. Todo mundo reclama: os filhos, os maridos, os amigos, os ficantes, os chefes, os empregados, das nuances do mundo feminino. Estamos sempre em movimento, sentindo, olhando, falando, pedindo, querendo, dando, recebendo, sendo e isso numa velocidade que, independe de tudo e de todos. Com uma capacidade de adaptação absurda, nos incluímos e existimos em todos os lugares, em todos os sentidos, em todos os formatos. Amadas e odiadas, somos muitas e sempre podemos ser mais. Mães, pais, filhas, amantes, esposas, amigas, trabalhadoras, es-

É

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

tamos sempre olhando para onde temos que chegar. De nós dependem os descendentes, os herdeiros da história e do futuro, que criamos com afinco ligadas a eles não apenas por um cordão, mas pelas entranhas, pelo sangue, pela alma. Nossos filhos, nossos homens unidos a nós pelas carnes, pelo afeto, pela vida, por toda vida. Marcamos a todos para sempre pelo que somos, o que queremos, o que fazemos. Sempre fazemos muito, pois somos muito, o tempo todo e todo tempo. Dedicadas, presentes, preocupadas, amparadas ou desamparadas é assim que criamos o amanhã e dele nos orgulhamos sempre. Nos nossos sonhos sonhamos tudo, de nós, dos outros, com todos e

com eles. Detemos as fantasias do mundo todos os tamanhos e todos os tons e de todas as formas. A fantasia está dentro de nós, gostamos dela, precisamos dela e vivemos por ela. Se ela se vai, leva nossos sonhos, alegrias, sorrisos e sensações, nos anestesiamos, nos chocamos, entristecemos. Nossos corpos, nossos formatos, sempre atentos e organizados para aqueles que chegarão. A pele, tradução dos sentidos, vive tudo, sabe tudo, transparente como a alma que a conduz. Tudo é sentido, todos os cheiros, todos os sons, todas as intenções, sim, nós temos muitas intenções. Algumas contadas, a maioria negada, mas todas pleiteadas de alguma forma, de algum jeito. Sim, nós sempre da-

questão é infinitamente mais ampla e complexa do que pode ser tratada nos limites de qualquer coluna jornalística. Mas a coluna de Ming nos dá conta de alguns aspectos desalentadores da desalentadora ciência econômica que informa o País. Vários economistas lêem o êxito como resultante da exportação de produtos primários, o agronegócio (soja e boi), versão que se difundiu e popularizou na opinião pública. Mas, esclarece Ming: "Cerca de 80% das exportações de 2005 são produtos que passam por processamento industrial e nada menos que 40% dessa parcela pertencem à categoria de alta e médiaalta tecnologia." Assim, se desgraça existe no êxito das exportações, o agronegócio não é o único nem o principal culpado, muito menos o responsável pela inegável emigração de importantes empresas do parque industrial brasileiro para outros países. Importante parte da problemática econômica nacional é decorrente das mudanças magmáticas que a globalização impõe à economia mundial e, obviamente, a de todos os países.

mos um jeito de incluir, realizar, de ter, de tirar, de pedir, de ganhar, de ser e sempre estar. É a nossa natureza, é como deve ser. Guerreiras eternas, desde sempre as lutas nos pertencem, nos procuram, nos encontram. Passamos por todo, brigamos por tudo, fizemos de tudo. Em todos os tempos, por toda terra falam ou falaram de nós, nossas marcas, nossos corpos, nossos fatos, todos os fatos pertencem a nós. Nos excluíram, mas nós nos incluímos para sempre em todos os idiomas, nos quatro cantos da Terra, para sempre e além. Chegamos e chegaremos em todos os lugares, mudando todas as coisas, s om an do e t ir a nd o, dando outro sentido, o u t r a c o r, o u t r o motivo.

Nos prenderam e nos libertamos, as celas erradas, as culpas erradas. Não temos mais culpas, temos menos vergonha, não podem mais nos punir. Podemos muito ou pouco, mas podemos sim. Podemos errar, exagerar, decompor, mas a alma da mulher é assim, sempre aflita, querendo mais, pensando mais, sentindo mais e vivendo. Todas as vidas, todas as mulheres, velhas e moças, brancas, amarelas e pretas, todas lindas, todas prontas num exército corajoso. Deus sabia que precisava de nós, ansiosas para empurrar o mundo e fazer dele melhor. Parabéns a todas as mulheres, que todos os dias deverão ser comemorados. SILVANA MARTANI É PSICÓLOGA

BENEDICTO FERRI DE BARROS

A CIÊNCIA

DESALENTADORA ofremos na atualidade de uma doença aparentemente paradoxal: a pletora de informações. O paradoxo não decorre diretamente do excesso de informações, mas sobretudo de sua qualidade e da interpretação que lhes é dada pelos que supostamente se acham capacitados para entendê-las e explicá-las. E é aqui que cabe rememorar a designação que Carlyle deu à ciência econômica (Dismal science), ao tomar conhecimento das sombrias teses de Malthus. Na sua interpretação mais benigna, a Economia é, no mínimo, uma ciência desalentadora. Após a funesta crise mundial dos anos 30, a ciência econômica adquiriu novo alento com vigorosa contribuição de Keynes, abrindo caminho para a compreensão pela Economia Política de que o desenvolvimento da Economia podia ser monitorado pela Política, já que o desenvolvimento dependia de investimentos e esses podiam ser comandados pela política econômica mediante um arsenal de instrumentos, entre os quais a política monetária, os juros e o controle cambial. Para o bem e para o mal, as teses fundamentais de Keynes continuam a comandar as cabeças e as políticas econômicas – mas, desalentadoramente, nas mais confusas e desencontradas interpretações.

S

s considerações acima foram suscitadas pela leitura da sempre substanciosa coluna de Celso Ming (Estadão, 5/3/06), na qual, comentando recente estudo do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, cita as desencontradas opiniões de 10 dos mais conceituados economistas brasileiros quanto aos resultados do "desgraçado êxito" de nossas exportações. Êxito que resulta, entre outras desgraças, na de que a sobrevalorização do Real ameace a continuidade deste desgraçado êxito neste e nos anos seguintes.

A

Com este cenário doméstico, a receita keynesiana não passa de um sonho de uma noite de verão as, a maior parte do desalento que os líderes empresariais tanto do agronegócio como do setor industrial sentem provém de mazelas domésticas amplamente diagnosticadas e conhecidas. Elas são mais de natureza política do que econômica, embora desalentadoramente coíbam a necessidade e o potencial de desenvolvimento de que o povo e o País são capazes. Juros, fiscalismo e burocracia – a irresponsabilidade das corruptas classes e partidos políticos e a obtusa política econômica do atual governo, foram os fatores dominantes do vergonhoso desempenho de nossa economia em 2005. E, para dizer o menos, neste ano eleitoral não são mais alentadoras as perspectivas de que nada disso possa mudar. Enquanto essas condições domésticas continuarem a prevalecer, a receita keynesiana, de que o Estado pode gerir um desenvolvimento adequado mediante uma boa política econômica, não passará de um sonho de uma noite de verão. Os que viverem, verão.

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BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de março de 2006

COMUNICADO

ATAS

Comunico que a Nota Fiscal de número 003610 da empresa Color Plus Comunicação Visual Ltda, situada na Rua Guian, nº 96, Vila Campestre, São Paulo - SP, CNPJ 01.675.457/0001-69, foi extraviada no mês de outubro de 2005.

CONVOCAÇÕES

COOPERATIVA PAULISTA DE MÉDICOS

CNPJ/MF nº 43.591.239/0001-96 - NIRE Nº 35400003120 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA - 1ª, 2ª, 3ª - CONVOCAÇÔES - EDITAL DE CONVOCAÇÃO Convocamos os associados da Cooperativa Paulista de Médicos, para a Assembléia Geral Ordinária, a se realizar no dia 30 de março de 2006, às 17:00 horas em 1ª Convocação, às 18:00 em 2ª Convocação e às 19:00 horas em 3ª e última convocação, à Av. Angélica, 2.632 - 5º andar - Cj. 54 - Consolação -CEP 01228200 - São Paulo - SP, com a seguinte Ordem do Dia: 1) Aprovação do Relatório da Diretoria, referente ao exercício de 2005; 2) Aprovação do Balanço Geral, da Conta de Sobras e Perdas, bem como o parecer do Conselho Fiscal, referente ao exercício de 2005; 3) Eleição dos Membros do Conselho Fiscal; 4) Dar destino às Sobras ou Perdas, referentes exercício de 2005. Lembramos ainda aos associados que a Assembléia se instala e funciona com 2/3 (dois terços) dos associados em condições de votar, em 1ª Convocação, 1/2 (metade) mais um, em 2ª Convocação, e com um mínimo de 10 (dez) associados, em 3ª e última convocação. Comunicamos ainda que para efeito de “quorum” que é de 287 o número de associados ativos devidamente inscritos nesta data. São Paulo, 06 de março de 2006. - Dr. Ayres da Cunha Marques - Presidente. APCH - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS CRIADORES DE HOLANDÊS EDITAL DE CONVOCAÇÃO III a Assembléia Geral Extraordinária - Gestão 2004/2006 - Mês de março de 2006 O Conselho Administrativo da Associação Paulista dos Criadores de Holandês (APCH), no uso de suas atribuições que lhe são facultadas pelo artigo 16º e pelas letras D do artigo 18 e E do artigo 27º do seu Estatuto Social, convoca todos os associados da entidade para deliberarem sobre: 1o Eleição dos Delegados Regionais para o triênio 2006/2009. 2o Outros assuntos de interesse da Associação Paulista dos Criadores de Holandês. A Assembléia Geral Extraordinária será realizada no dia 31 de março de 2006, sexta-feira, às 9:00 horas em sua sede, à Av. Brigadeiro Luís Antônio 1.910, lojas 6 e 8, Bela Vista - São Paulo - SP, em cumprimento ao disposto nos artigos 16º, 17º, 18º e 19º do seu Estatuto Social. Será instalada em primeira convocação às 9:00 horas com número mínimo de 2/3 (dois terços) dos associados e em segunda convocação às 9 horas e 30 minutos do mesmo dia com a presença de metade mais um de associados, ou ainda em terceira convocação às 10:00 horas com qualquer número de associados presentes. São Paulo, 01 de março de 2006. ANTONIO VILELA CANDAL - Presidente da APCH. APCH - ASSOCIAÇÃO PAULISTA DOS CRIADORES DE HOLANDÊS EDITAL DE CONVOCAÇÃO VIII Assembléia Geral Ordinária - Gestão 2004/2006 - Mês de março de 2006 O Conselho Administrativo da Associação Paulista dos Criadores de Holandês (APCH), no uso de suas atribuições que lhe são facultadas pelas letras A e D do artigo 17, letras C e E do artigo 27º e parágrafos 1o, 2o e 3o do artigo 39º do seu Estatuto Social, convoca todos os associados da entidade para deliberarem sobre: 1o Apreciação e votação do relatório, balanços e contas do Conselho Administrativo e parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício findo em 31/12/05; 2o Eleger e empossar dentre os Delegados Regionais, os Membros do Conselho Administrativo e do Conselho Fiscal, para o triênio 2006/2009; 3o Outros assuntos de interesse da Associação Paulista dos Criadores de Holandês. A Assembléia Geral Ordinária, será realizada no dia 31 de março de 2006, sexta-feira, às 14:00 horas em sua sede, à Av. Brigadeiro Luís Antônio 1.910, lojas 6 e 8, Bela Vista - São Paulo SP, em cumprimento ao disposto nos artigos 16º, 17º e 19º do seu Estatuto Social. Será instalada em primeira convocação às 14:00 horas com número mínimo de 2/3 (dois terços) dos associados e em segunda convocação às 14 horas e 30 minutos do mesmo dia com a presença de metade mais um de associados, ou ainda em terceira convocação às 15:00 horas com qualquer número de associados presentes. São Paulo, 01 de março de 2006. ANTONIO VILELA CANDAL - Presidente da APCH. a

Banco Bradesco S.A. CNPJ No 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a serem realizadas cumulativamente no próximo dia 27 de março de 2006, às 16h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5 o andar, Prédio Novo, a fim de: Assembléia Geral Ordinária: 1. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido, os Pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal e o Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; 2. eleger os membros do Conselho de Administração, sendo necessário, nos termos das Instruções CVM n o s 165, de 11.12.91, e 282, de 26.6.98, o porcentual mínimo de 5% de participação no capital votante para que os acionistas possam requerer a adoção do processo de voto múltiplo; 3. eleger os membros do Conselho Fiscal, nos termos do Artigo 161 da Lei n o 6.404/76; 4. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social. Assembléia Geral Extraordinária: 1. examinar propostas do Conselho de Administração para: a) cancelar ações mantidas em tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste; b) transformar o Comitê de Conduta Ética, já existente, em órgão estatutário, alinhando-se às melhores práticas de Governança Corporativa; 2. consolidar o Estatuto Social, a fim de refletir as propostas mencionadas no item anterior. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação e as propostas do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 7 de março de 2006 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 8, 9 e 10.3.06

EDITAL

LEGAIS - 9


Ano 81 - Nº 22.081

São Paulo, quarta-feira 8 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Às mulheres, parabéns!

Edição de Campinas concluída às 00h10

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

MAIS DE 300 MIL DE OLHO NO IMPOSTO ão 1,5 milh deve é aderir at io 1º de ma

Cidadãos poderão exigir melhores serviços públicos

São Paulo abriu o olho para exigir transparência nos impostos em uma reunião de 1,2 mil líderes de várias entidades. Cobertura completa em Eco/1 e 5

Esta é uma bandeira em defesa do cidadão Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP

Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP (no centro da foto)

Pagamos quatro salários por ano só de impostos Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical (foto abaixo) Marcos Fernandes e Patrícia Cruz/LUZ

Exigir melhor uso do dinheiro público é um dever do contribuinte Cláudio Vaz, presidente do Ciesp

É preciso exigir ética no uso do dinheiro público

A unidade já é a marca do De Olho no Imposto

Nossa vitória vai resultar num novo Brasil

Eleuzes Paiva, ex-presidente da Associação Médica Brasileira

Alencar Burti, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil

Antônio Marangon, presidente do Sescon-SP e da Junta Comercial (Jucesp)

EXCLUSIVO

Eduardo Zampari/Revista da Moto

O motorista deste carro tentou "fugir" da câmera e não conseguiu. Eis o Civic brasileiro, que será lançado no mercado em abril. DCarro Lula Marques/Folha Imagem

Lululi/LUZ

Uma edição dedicada às mulheres A homenagem do DC às mulheres, no seu dia internacional. Na foto, Beatriz, maquinista da CPTM. Págs. 6, 7, 12, Eco/3 e editorial. TEMPO EM CAMPINAS Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 18º C.

Lula Real: só pompa em Londres No palácio, com lady Marisa: a rainha, o príncipe, e um grande banquete. Página 3


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quarta-feira, 8 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

AH, ESSA TUCANADA...

É saboroso demais, irresistível mesmo, pegar no pé da tucanada. Busca-se mais a metáfora do que a foto ou o fato. que fariam parte da linguagem do partido, havia certa graça. Agora, virou clichê e facilidade. Só com senso de humor muito frouxo aquilo ainda parece engraçado. Concluo que os intelectuais e paraintelectuais de classe média gostam de pegar no pé da tucanada como uma espécie de auto-ironia — de fato, sentem-se identificados com o partido e com os seus valores, embora reneguem a proximidade. Ao testar a sua veia antiintelectualista, sentem-se mais “críticos” e próximos de um certo idílio com o povo. A autocrítica é uma das drogas mais consumidas por certa intelligentsia, razão por que, durante décadas, Lula pontificou as suas bobagens sem merecer combate de ninguém. Em muitos casos, nem era admiração por ele, mas certa arrogância e olhar superior: “Deixa o homem; o povo é assim mesmo”. Ele enfia uma castanha na

CORRIDA Céllus

É

JOÃO DE SCANTIMBURGO

boca de uma jornalista e manda que pare de falar besteira, e o comportamento é tido quase como uma variante antropológica, como respeitamos uma ianomâmi enfiando um matinho do nariz do recémnascido para matá-lo. Lula é a nossa diversidade antropológica, o nosso menino-lobo. Mais do que o bom selvagem, é o nosso bom primitivo. Já com tucanos, não. Parecem-se excessivamente conosco ou com nossos amigos para que tenhamos especial cuidado com eles. A própria cobertura jornalística, no que lhes diz respeito, se dá pela ótica do deslize, da sugestão da falha, da bola entre as pernas — como se viu em foto recente na Folha. Geraldo Alckmin, como admitiu o jornal, defendeu aquele chute. Mas é saboroso demais, irresistível mesmo, sugerir que um tucano come mosca. Busca-se mais a metáfora do que a foto ou o fato. É claro que não estou dizendo que as escaramuças tucanas são uma invenção da mídia. O que me parece uma escolha editorial — aí, sim — é a caracterização dos tucanos como um grupo de pavões, sempre exibindo os seus dotes acima da gente miúda, preocupados com a própria vaidade. Esse mesmo recorte, tomado pelo avesso, fez de Lula o representante natural do povo. Os juros que ele paga provam que sim, não é mesmo?

Dia Internacional da Mulher MARCEL SOLIMEO

O

Dia Internacional da Mulher , comemorado hoje, foi criado pela Unesco em 1977 não apenas para destacar o importante papel da mulher em todos os campos da atividade humana mas, também, para chamar a atenção para a discriminação existente contra o sexo feminino em grande número de países. Existe controvérsia quanto à razão da escolha dessa data, sendo a versão mais aceita a que atribui à uma greve de trabalhadoras da indústria têxtil nos Estados Unidos em 1857 por melhores condições de trabalho. Seja qual for a origem, o importante é que a criação do Dia Internacional da Mulher foi resultado da luta de muitas mulheres ao longo dos anos, em diversos países, na busca da igualdade de direitos e pelo fim da discriminação contra o sexo feminino em diversos campos de atividade. No Brasil, por exemplo, apenas em 1934 a mulher passou a ter direito ao voto, graças à uma iniciativa de Getúlio Vargas, provocando um grande impacto sobre os costumes políticos da época. Felizmente, houve grande progresso na situação das mulheres em muitos países, inclusive no Brasil, apesar de ainda estarmos longe do ideal da igualdade e se deva lamentar a situação ainda vigente em muitas nações. A presença das mulheres na política brasileira, embora ainda longe do ideal, tem obtido grande destaque, o mesmo ocorrendo no campo dos negócios, no Judiciário, na universidade, no mercado de trabalho, na cultura, nas artes, onde a presença feminina tem sido crescente, não apenas quantitativamente mas especialmente em termos quantitativos, com a ocupação de posições de destaque.

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE REINALDO AZEVEDO NO SITE DA REVISTA PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR Arquivo DC

interessante como a imprensa se diverte com as disputas tucanas. Se as escaramuças dos petistas merecessem metade da atenção, o País seria mais vigilante, e talvez o PT não tivesse chegado tão longe na lambança. A ironia de que os tucanos são permanentemente alvo na crônica política mereceria atenção acadêmica se os nossos cientistas políticos estivessem ocupados em estudar em vez de fazer proselitismo petista. Na quase totalidade das vezes, faz-se pilhéria de suas supostas pretensões intelectuais. Quando Zé Simão, por exemplo, decretou a “morte ao tucanês”, referindo-se aos eufemismos em sociologês

A

maior participação das mulheres na área empresarial se reflete também nas Associações Comerciais, seja no Conselho da Mulher Empresária ou nas diretorias e conselhos das entidades. A participação da mulher nas atividades econômicas representa grande contribuição para o desenvolvimento das atividades empresariais, pois ela traz para o mundo dos negócios, além da beleza e da delicadeza femininas, os valores do lar e da fa-

mília , tornando-o mais humano e respeitável. Na oportunidade da comemoração do Dia Internacional da Mulher é preciso que se faça uma reflexão sobre as desigualdades ainda existentes em diversos campos e que busquemos medidas para reduzi-las, porque, com isso, estaremos não apenas fazendo justiça, mas, sobretudo, contribuindo para acelerar o desenvolvimento econômico e social do País.. O mercado de trabalho reflete claramente a discriminação contra as mulheres, que representam mais da metade da população brasileira mas participam com apenas 41% da PEA - População Economicamente Ativa, ocupando, em grande parte, posições precárias no mercado de trabalho, recebendo salários menores nas funções desempenhadas igualmente pelos homens, apesar de que, na média, apresentem maior grau de escolaridade.

A

tualmente, mais de um quarto dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, obrigando-as a cuidar do trabalho doméstico e da educação dos filhos e, ainda, proverem os recursos para o sustento da família. No geral, essa situação resulta do simples abandono do lar por parte do homem, como se ele não tivesse qualquer responsabilidade pelo sustento dos filhos. São freqüentes os casos de violência doméstica contra as mulheres, exigindo maior pressão da sociedade para acabar com essa prática condenável, mas, também, que a mesma seja punida com rigor. Diversas experiências do exterior revelam que o investimento na educação e na formação da mulher, preparando-a para o mercado de trabalho ou para desenvolver alguma atividade que gere renda, produz efeitos altamente benéficos no combate à pobreza, reduz a natalidade e a mortalidade infantil e contribui para o melhor aproveitamento das crianças na escola, uma vez que elas passam a valorizar mais o estudo. O Dia Internacional da Mulher deve servir para o reconhecimento de seu importante papel na sociedade e, também, como apoio à luta para que ela ocupe o lugar que lhe cabe em todos os campos da atividade humana.

O MERCADO DE TRABALHO REFLETE A DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS MULHERES

O que mais precisa acontecer?

T UCANO É PAVÃO, LULA É O BOM PRIMITIVO

CÂNDIDO PRUNES Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

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o último dia 3 de março (mais) um quartel foi assaltado no Rio de Janeiro. Sete bandidos invadiram o Estabelecimento Central de Transportes do Exército à noite, agrediram soldados (sic) e fugiram tranqüilamente levando fuzis e pistolas a tiracolo. Sim, bastam sete bandidos, todos presumivelmente favelados, para invadir um quartel, bater nos soldados e roubar armas. Duas semanas antes, um estabelecimento carcerário de segurança máxima em São Paulo foi bombardeado por criminosos. Por sorte, eles não tiveram tempo, ou habilidade, para empregar um míssil (sic), que terminou apreendido. Ações como essas indicam que o crime encontra-se em novo patamar. Armas de pequeno calibre não interessam mais aos bandidos. Como até quartéis estão fragilizados, os criminosos não dependem só do contrabando para se abastecer de armas e munições. Basta assaltar um estabelecimento mais próximo da Marinha, Exército ou Aeronáutica. O círculo vicioso de criminalidade no Brasil só tem se ampliado. E as ações tomadas pelas autoridades ditas competentes revelam-se sempre tardias e/ou insuficientes. Há uma evi-

dente desproporção de forças que ajuda a explicar a expansão do crime. O material bélico empregado pelos bandidos é cada vez mais sofisticado. Alguns armamentos nem as Forças Armadas possuem.

I

nfelizmente, esse quadro só começará a ser revertido quando os familiares de certas autoridades passarem a ser vítimas em massa da ação criminosa. Essas autoridades têm as seguintes obrigações: (1) prevenir o crime, começando pelo patrulhamento de fronteiras; (2) combater o crime, inclusive aqueles considerados de menor potencial ofensivo; (3) punir o crime, mediante investigação policial eficiente, seguida de um julgamento justo, porém célere, e o cumprimento de pena em estabelecimentos seguros onde não haja acesso ao mundo exterior, a sexo e drogas. Somente quando essas autoridades passarem a sofrer dramas pessoais é que elas compreenderão que prevenir, combater e punir o crime são as únicas ações capazes de contê-lo. O resto são teorias infundadas, destinadas a manter socialistas nas cátedras das universidades. CÂNDIDO PRUNES É VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

O CÍRCULO VICIOSO DE CRIMINALIDADE NO BRASIL SÓ TEM CRESCIDO

PRESIDENCIAL ai ser dado o tiro de saída na corrida presidencial e governamental. Ao que me conste, deverão disputar a Presidência o presidente Lula, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra, três valores que se enfrentarão numa disputa onerosa e fatigante. O presidente Lula já está em campanha, embora tenha reservado para se inscrever como candidato o último minuto do tempo legal. O governador Alckmin já declarou que deixa o governo no dia 1º de abril, que para ele não será o Dia da Mentira. Quanto a José Serra, não se abriu a respeito mas também deverá desincompatibilizar-se. A parada é dura, como tenho dito nestes artigos, quando me ocupo da Presidência. Direi mais uma vez que o presidente Lula é animal ferido mas não vencido, e dentro da corrida poderá chegar em primeiro lugar. As pesquisas revelam em Alckmin um candidato que se fortalece dia-a-dia, e quanto a José Serra, que já esteve melhor, poderá reconquistar o espaço perdido e até mesmo "virar o jogo", pois o seu prestígio é grande, por ser banhado de luz ética.

V

Lula é animal ferido mas não vencido, e dentro da corrida presidencial poderá chegar em primeiro lugar. omo se vê, é uma disputa desigual, pois cada candidato tem seus atributos, sendo que o presidente Lula dispõe legalmente da máquina do governo, que pode muito, até mesmo garantir-lhe a reeleição. O que se pode falar em face destas considerações é que o País está sofrendo há mais de ano de febre política, que contamina a democracia na qual desejamos viver. A febre política é um mal tremendo, pois compromete as melhores intenções do governo ou de quem pretende alcançálo, desvirtuando predicados morais sem cuja solidez nenhuma nação honra a Civilização e a Cultura. Fiquemos na expectativa de que a corrida ainda motivará muitos comentários. Situação extremamente delicada essa, principalmente por se tratar pela segunda vez na história republicana de uma reeleição.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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quarta-feira, 8 de março de 2006

poLítica

POLÍTICA - 3

POMPA MARCA PRIMEIRO DIA DA COMITIVA PRESIDENCIAL EM LONDRES John Cobb/Greenpeace/Reuters

Eymar Mascaro

União

O

governador Geraldo Alckmin garante que vai quebrar a cara quem apostar na divisão do PSDB. Alckmin repetiu a mesma promessa feita durante as homenagens ao exgovernador Mário Covas, morto há cinco anos. Na visão de Alckmin, a união é a principal arma do partido na sucessão presidencial. Se vier a ser preterido por José Serra na escolha do candidato a presidente, o governador promete ser um soldado do partido. Alckmin pede pressa à cúpula do partido na indicação do candidato. O partido tem prazo até o dia 31 para anunciar o candidato: seja qual for ele, Serra ou Alckmin, haverá necessidade de renúncia ao cargo. O governador já decidiu que deixa o posto no dia 31, seja ou não o candidato tucano. Alckmin reafirma que só interessa a ele a candidatura à sucessão de Lula, afastando a hipótese de vir a ser candidato ao Senado ou à Câmara. Mas as pesquisas apontam vitória de Alckmin contra Eduardo Suplicy (PT) para preencher a vaga ao Senado por São Paulo.

LUTA

Apesar de pregar a união no partido, é renhida a luta pela legenda do PSDB entre Serra e Alckmin. O governador jogou sua précandidatura sobre a mesa à espera de uma definição do prefeito. Serra, ao contrário, procurou ganhar tempo.

COMUNICADO

Diante da resposta de Serra, a cúpula do PSDB deve decidir quem será o candidato no dia 12, segundo Tasso Jereissati. Serra leva vantagem porque está na frente de Alckmin nas pesquisas. Entendem os tucanos que o prefeito estaria mais bem preparado para bater em Lula.

SOLDADO

Tanto Serra quanto Alckmin falam em ser soldado do partido nas conversações para amarrar coligações com outras siglas. O PSDB admite que só a união seria capaz de derrotar Lula, que se recuperou nas últimas pesquisas.

ESPERA

O PSDB quer costurar um acordo com o PMDB no segundo turno. O mesmo interesse tem o PT. A diferença é que o PT ainda alimenta o sonho de ter um vice do PMDB. Mas o presidente da legenda, Michel Temer, não admite que o PMDB deixe de ter candidatura própria.

decisão da polícia de Ribeirão Preto, que pode indiciá-lo por envolvimento em irregularidades cometidas na prefeitura.

O QUE É

Se a verticalização prevalecer, os partidos serão obrigados a seguir nos estados a mesma coligação na eleição presidencial. Renan Calheiros, presidente do Senado, promete promulgar a emenda constitucional que extinguiu a verticalização. O assunto, porém, vai desaguar no STF.

COLIGAÇÕES

Além de correr atrás do PMDB, o PT e o PSDB tentam o apoio do PDT, PSB, PTB, PP e PL. O PSB deve se coligar e até indicar o vice de Lula, mas o PDT realizará prévias para indicação do candidato próprio. PTB, PP e PL estão abertos a coligações.

COORDENAÇÃO Trabalha-se, ainda no PT, para que Antônio Palocci seja um dos coordenadores da campanha de Lula. Mas o ministro pode ser surpreendido por uma

Lula Marques/Folha Imagem

ENVOLVIMENTO Quem deve indiciar Palocci é o delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antonio Valencise, que, por sinal, foi chamado para depor na CPI dos Bingos. Valencise promete contar tudo o que foi apurado do suposto envolvimento de Palocci com a empresa Leão Leão.

DIFICULDADE Políticos do PT, PSB e PC do B temem pela presença de Palocci na coordenação da campanha de Lula. Acham que dificilmente o eleitor acreditará nas promessas de Lula de que num segundo mandato dará prioridade a uma política desenvolvimentista.

CITAÇÃO O PFL e o PSDB podem encaminhar representação contra o presidente Lula, cujo nome aparece na propaganda da Caixa Econômica Federal. Os dois partidos admitem que a citação do nome do presidente contraria a Constituição e a legislação eleitoral.

EMPECILHO

Os partidos estão à espera de uma definição sobre a verticalização. Fala-se que o PMDB terá dificuldade de sustentar candidatura própria se a verticalização for mantida. O Congresso acabou com a obrigatoriedade da verticalização, mas o TSE mantém o sistema para as eleições de outubro.

Ativistas do Greenpeace, em protesto contra o desmatamento na Amazônia: cartazes e camisetas com trocadilho inspirado no hino britânico.

INCLUSÃO Com ou sem a prorrogação dos trabalhos da comissão, Osmar Serraglio mantém a promessa de incluir o presidente Lula no relatório da CPMI dos Correios. O relator continua achando que Lula foi omisso em não atacar o mensalão, depois de ficar sabendo de sua existência pelo ex-deputado Roberto Jefferson.

É HOJE O plenário da Câmara define hoje se cassa os mandatos dos deputados Roberto Brant (PFL) e Professor Luizinho (PT). Os dois são acusados de envolvimento com o mensalão. Fala-se em acordo para salvar a pele de Roberto Brant. Como fica Professor Luizinho?

NÃO BASTA A senadora Ideli Salvati (PT) não aceita que Osmar Serraglio compense a citação de Lula incluindo no relatório o ex-governador de Minas, o tucano Eduardo Azeredo, que também recebeu doações de Marcos Valério. A senadora acha que é muito pouco.

Lula e rainha Elizabeth II em banquete no Palácio de Buckingham.

FURLAN ROUBA A CENA E FAZ A RAINHA RIR arecia um íntimo do Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth II. Numa visita à uma das salas do palácio onde estavam expostas peças brasileiras da Coleção Real, só se ouvia a voz dele, sempre ao lado da rainha. Luiz Fernando Furlan, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, não se intimidou com a pompa da realeza inglesa. Foi de uma tal desenvoltura que deixou o presidente Luis Inácio Lula da Silva e cinco outros ministros que o acompanhavam parecendo meros figurantes. "Ela é muito simpática. Não tem salto alto", comentou depois. Furlan roubou completamente a cena: fez gracinha para a rainha, tirou fotos. Elizabeth II ria. Quando o presidente Lula e a rainha se curvaram para olhar mais de perto um dos objetos, Furlan tirou sua máquina digital do bolso, esticou o braço e se incluiu na foto. Depois, visivelmente feliz com o resultado da ousadia, fez questão de mostrar a foto para a rainha. Ela soltou

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uma sonora risada. O ministro brincou até com o quadro preferido da rainha. Futebol – Elizabeth II mostrou ao presidente e sua comitiva algumas das preciosidades sobre o Brasil que ela guarda no Palácio. Por exemplo: a foto dela em 1968, no Maracanã, entregando troféu ao então jovem Pelé, depois que os paulistas derrotaram os cariocas por 3 a 2. Disse que tem "boas lembranças do Brasil" e mostrou também uma medalha que ganhou da Escola de Samba Mangueira e um livro de flores brasileiras de Margareth Mee, biologista inglesa que passou a maior parte da vida desenhando orquídeas brasileiras. Não se ouvia a voz de Lula. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, seguia a comitiva na retaguarda, conversando com o marido da rainha, o duque de Edimburgo. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, também teve o seu momento de descontração com a rainha, segundo o relato de Furlan. Elizabeth II comentou que gostou muito da Bahia. Gil disse a ela que vinha de lá, e se lembrava da visita dela à Salvador, em 1968. A rainha comentou: "Mas você era um menino!" (AG)

PAPO REAL: FUTEBOL E ROLLING STONES. uita pompa e deslumbramento marcaram o primeiro dos três dias de visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dona Marisa ao Reino Unido, onde ficaram hospedados no Palácio de Buckingham, andaram de carruagem e, à noite, foram homenageados com um banquete oferecido pela família real. O presidente Lula não escondia a felicidade de estar no Palácio, e, ao contrário do costume no Brasil, quando deixa seus convidados a esperá-lo, foi absolutamente pontual em seus compromissos com a rainha Elizabeth II – apesar do protocolo rígido da rainha ter registrado que ele chegou um minuto atrasado para cumprimentá-la. O frio de cinco graus e a chuva fina atrapalharam um pouco as cerimônias externas. Depois de passar as tropas em revista, Lula chegou ao Palácio em uma carruagem real, acompanhado da rainha Elizabeth II, e de um tradutor. Logo atrás, na segunda carruagem, estavam dona Marisa, e o Duque de Edimburgo e mais cinco carruagens com os ministros brasileiros. Arte – Após saborear truta e salmão, frango com legumes, e um queijo produzido no castelo de Windsor no almoço, Lula, Marisa, a rainha e os ministros visitaram a galeria de pinturas onde conheceram as peças brasileiras da Coleção Real. Outro momento de pompa foi o banquete para 167 convi-

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dados, oferecido ao primeiro casal brasileiro. Lula, que preferiu um terno preto, ao invés do tradicional white tie usado nestas ocasiões, sentou-se entre a rainha e Camila Parker-Bowles, a esposa do Príncipe Charles. Durante o jantar, futebol e Rolling Stones foram temas dos discursos. Mas Lula aproveitou sua fala para responder ao Greenpeace, que protestou nas ruas e publicou artigo no jornal The Independent criticando o desmatamento na Amazônia. Paixão Nacional – A rainha falou sobre a ampliação do intercâmbio entre cidadãos e as culturas dos dois países, citando o fato de os Rolling Stones, que estiveram no Rio de Janeiro no mês passado, tenha feito um show atraindo uma "multidão". Lembrou também a "paixão nacional" que os dois países compartilham pelo futebol. Aproveitando o tema, Lula afirmou: "podemos aliar a experiência britânica à criatividade brasileira para atingir os melhores resultados. Foi isso que o inglês Charles Miller fez ao levar este esporte para o Brasil, no final do século XIX". A partir de hoje, a agenda de Lula se voltará para o lado econômico e político. Ele visitará o parlamento britânico e participará de um seminário sobre a economia brasileira. Mas a agenda deverá ter um momento de desconcentração, quando o presidente visitar a exposição sobre a "Tropicália" no centro de artes Barbican. (Agências)

VERTICALIZAÇÃO AGITA PARTIDOS ideranças partidárias de várias tendências reuniram-se ontem em dois eventos para tratar de um só assunto: a regra de alianças nas eleições. No Senado, os líderes saíram do encontro com o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) com um acordo: diminuir o atrito com o Judiciário e esperar o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema. O segundo encontro foi justamente com o presidente do STF, Nelson Jobim. Na reunião, presidentes do PSDB, PFL, PMDB e PPS arrancaram de Jobim o compromisso de que o

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Tribunal dará a palavra final sobre a manutenção ou não da verticalização no menor prazo possível. A regra impede que os partidos façam nos Estados coligações diferentes da aliança da chapa presidencial. A questão depende da análise a ser feita pelo STF da emenda constitucional que deve ser promulgada hoje, pondo fim à verticalização. A expectativa de muitos analistas, porém, é que a emenda tenha sua vigência contestada no STF com base no artigo 16 da Constituição, que proíbe mudanças no processo eleitoral a menos de um ano do pleito. Na sexta, o

Tribunal Superior Eleitoral determinou a manutenção da verticalização nas eleições. Golpismo – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou que o Congresso tenta uma espécie de "golpe na Constituição" ao promulgar a emenda que acaba com a verticalização. Para ele, o Congresso teria se omitido, ao não aprovar mudanças nas regras eleitorais no tempo certo – até 30 de setembro – e agora pretenderia atropelar a Constituição. "Isso não é mais aceitável dentro deste país. Não se pode rasgar a Constituição ao

sabor da conveniência eleitoral do momento. O Congresso não pode se valer da sua própria omissão. A Constituição é muito clara", disse Busato. Ele lembrou ainda que a OAB foi contrária à instauração da verticalização em 2002 pela mesma razão: a regra foi efetivada a menos de um ano da eleição daquele ano. Mudanças à vista – A possibilidade de a verticalização valer já está deixando os partidos de prontidão. O PMDB estuda sepultar a tese da candidatura própria. O Planalto, por sua vez, cogita ressuscitar a chapa Lula-José Alencar. (Agências)


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4 -.POLÍTICA

quarta-feira, 8 de março de 2006

OPOSIÇÃO CONSEGUE AS 27 ASSINATURAS PARA PRORROGAR OS TRABALHOS DA CPI DOS BINGOS

JOÃO PAULO: AGONIA PRORROGADA COM MÃOZINHA DO PT.

Segundo o relatório, João Paulo Cunha confundiu o privado com o público e buscou tirar proveito próprio pelo fato de ser presidente da Câmara.

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um longo relatório, classificado de "demolidor" e "vulcânico" por parlamentares do Conselho de Ética, o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) recomendou ontem a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) por quebra do decoro parlamentar. Schirmer concluiu que João Paulo não só recebeu R$ 50 mil de "origem espúria" do empresário Marcos Valério, mas que confundiu o privado com o público, fez intermediações indevidas e que buscou tirar proveito próprio pelo fato de ser presidente da Câmara. Enfim, que feriu a ética e o decoro. Lívido – Nervoso e lívido depois de ouvir por duas horas e meia os argumentos jurídicos, morais e éticos relacionados no relatório de Schirmer, que apontou dezenas de contradições na sua defesa, João Paulo recuou de sua decisão de fazer com o que o processo andasse o mais rápido possível. Interrompeu o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), quando o debate sobre o relatório começava, e autorizou a fiel escudeira petista Ângela Guadagnin (PTSP) a pedir vistas do seu processo de cassação.

"Eu queria pedir vistas, mas o deputado João Paulo solicitou que eu não o fizesse", disse Ângela. João Paulo cortou o presidente e deu a senha para a deputada, considerada a rainha dos pedidos de vistas. Rapidamente, Ângela emendou: "Bom, liberada pelo deputado João Paulo, eu peço vistas". Protesto – Alguns parlamentares protestaram contra a interferência de João Paulo, considerando-a uma manobra para ganhar tempo. "Não é comum essa interferência do representado. Uma hora ele diz para não pedir, e agora diz peça?", protestou o deputado Edmar Moreira (PL-MG). Com isso, o processo de julgamento de João Paulo só recomeçará amanhã. Há um sentimento no conselho de que o relatório de Schirmer será aprovado por 11 votos a 4 ou por 12 a 3. Quase duas horas depois da suspensão da reunião do conselho, João Paulo divulgou uma nota segundo a qual amanhã ele vai responder a todos os argumentos de Schirmer. Por enquanto, disse que "as versões dos fatos reunidos pelo relator na sua proposição não apresentam qualquer novidade. O que há de novo é a sua criatividade e a capacidade de colar peças segundo a

Sergio Lima/Folha Imagem

Depois de ouvir por mais de duas horas um relatório "demolidor", expresidente da Câmara sinaliza à "rainha dos pedidos de vista" para adiar por duas sessões a votação do parecer do relator Cezar Schirmer. Conselheiros protestaram contra a interferência.

sua conveniência e interesse". Magistral – "Foi um relatório magistral. Destruiu toda a defesa do deputado João Paulo", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). "É uma peça incontestável, profunda, densa", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "O deputado João Paulo perdeu até o ar. Ele ficou numa situação embaraçosa." Até Ângela Guadagnin cumprimentou Schirmer. Enquanto lhe dava um beijo no rosto, ela sussurrou: "Foi um trabalho muito bem feito. Parabéns". Nas 68 páginas de seu relatório, Schirmer usou as próprias respostas de João Paulo para apontar contradições na defesa do ex-presidente da Câmara. Também recorreu a uma sindicância interna da Câmara e a uma auditoria do Tribunal de Contas da União que investigaram o contrato feito pela

Celso Junior/AE

presidência da Câmara com Marcos Valério. A conclusão não poderia ser mais desfavorável ao petista. Segundo as apurações, do contrato de R$ 10.745.902,17 com a SMP&B, apenas R$ 17.091 foram pagos por serviços diretamente executados pela empresa de Valério. Os outros 99% dos serviços foram feitos por empresas subcontratadas. Das 118 subcontratações, a SMP&B só não recebeu honorários em duas delas. No total, embora sem prestar nenhum serviço, a empresa recebeu R$ 1.075.388,22 da Câmara a título de honorários pelas subcontratações. Schirmer lembrou que embora João Paulo fosse o único candidato a presidente da Câmara, em fevereiro de 2004, o PT contratou a SMP&B por R$ 150 mil. (Agências) Sergio Lima/Folha Imagem

Tática do petista Luizinho foi de corpo-a-corpo e pedidos de clemência

Processo contra pefelista Roberto Brant é o primeiro a ser votado hoje

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esgastada desde a absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTBMG), a Câmara dos Deputados volta a julgar hoje no plenário outros dois parlamentares envolvidos no escândalo do valerioduto: deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Os dois foram acusados pela CPMI dos Correios de receber dinheiro do chamado valerioduto. Brant, R$ 102 mil; Luizinho, R$ 20 mil. Eles estão confiantes na absolvição. Para que um parlamentar perca o mandato, são necessários 257 votos pela cassação. A votação é secreta. "Eu não tenho nada a ver com o esquema que foi montado pelo PT. O dinheiro era uma contribuição da Usiminas", disse Brant. "Vou fazer um discurso com apelos pela razão. Pretendo também fazer uma análise do momento

atual", disse o deputado. "Não peguei dinheiro. Foi um assessor que recebeu os R$ 20 mil, para pagar dívidas de campanha de 2004", afirmou Luizinho. Acordão ? – Por trás da confiança dos dois está a suspeita de que, debaixo dos panos, os partidos da base do governo, com o PT à frente, fizeram um acordo com os de oposição para livrar todos os cassáveis. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no entanto, contesta a possibilidade de um acordão. "Como alguém pode crer que é possível guardar segredo sobre uma negociação que, obrigatoriamente, teria de envolver 513 deputados?", perguntou ele. Brant é o primeiro da fila de cassações da sessão de amanhã. Disse que se conseguir se livrar, votará pela absolvição de Luizinho. "O Professor Luizinho é um deputado de valor, sério, foi líder do go-

FILA DE CASSAÇÕES ANDA. SUSPEITA DE ACORDÃO NO AR. verno. Não merece estar nessa situação", disse ele. Luizinho agradeceu: "Vou votar pela absolvição do Roberto Brant. Ele é um homem sério, foi ministro da Previdência". Dois deputados já se inscreveram para falar em defesa de Brant: Alexandre Cardoso (PSB-RJ) e o líder Rodrigo Maia (PFL-RJ). Táticas – Os acusados adotaram táticas diferentes de atuação. Brant não bate à porta dos gabinetes para pedir pelo seu mandato. "Estou aqui há 20 anos. Esse tipo de campanha não resolve." Luizinho, pelo contrário, vai de um a um pedir clemência. Hoje mesmo ele permaneceu no Conselho de Ética durante as três horas e meia da sessão. Sempre que podia, conversava com seus colegas. Os dois tiveram o pedido de cassação aprovado pelo conselho. Brant teve folga muito maior. Na primeira votação,

houve empate de 7 a 7. O presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP), desempatou pela cassação. No julgamento de Luizinho, o placar foi de 9 a 4 pela cassação. Conclusão – Aldo Rebelo afirmou que pretende concluir a votação de todos os processos de cassação em abril. "Fiz a opção de levar dois processos por semana ao plenário, sempre na quarta-feira, que é o dia de quórum mais alto", disse. Segundo Aldo, a seqüência das votações em plenário obedecerá aos critérios cronológicos de votação no Conselho de Ética e de entrada dos processos na Mesa Diretora da Casa. Ele avalia que a realização de duas votações no mesmo dia não causará nenhum prejuízo, até porque os processos são independentes e a apreciação do segundo somente começará depois de apurados os votos do primeiro julgamento. (Agências)

Ó RBITA

MAIS 60 DIAS PARA CPI DOS BINGOS NÃO ACABAR COM 'CARA DE PIZZA' presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), obteve ontem as 27 assinaturas necessárias para prorrogar os trabalhos da comissão por mais 60 dias, a partir de 25 de abril quando estava previsto seu encerramento. Ele alegou que a medida se tornou necessária para impedir que as investigações fiquem comprometidas pela falta de dados decorrentes da quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de pessoas e empresas envolvidas nas denúncias. "Não vamos fechar o relatório a toque de caixa. Não vamos concluir um relatório com cara de pizza", alegou. O senador disse que pedidos feitos em novembro ao Banco Central, Receita Federal e Agência Nacional de Telecomunicações não foram ainda atendidos. Ele disse que continuará a coleta de assinaturas para alcançar um número recorde de apoio. Na lista de assinantes, está a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), tida como uma aliada fiel do governo. Doação – Efraim não citou nomes, mas continuam pendentes dados que supostamente interessaria ao governo preservar. É o caso dos empresários de bingos, que teriam feito doação ao PT, os de Juscelino Dourado,

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ex-chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e os dos telefones instalados na casa do Lago Sul aonde se reuniam os integrantes da 'República de Ribeirão Preto', e os que eram utilizados pelo ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz. Efraim afirmou que a prorrogação é "preventiva", levando-se em conta que as atividades ficarão interrompidas na Semana Santa, em virtude do feriado que esvaziará o Congresso. Previu ainda que o relatório final da CPI poderá ser votado antes dos 60 dias, se houver dados suficientes para concluir as investigações. Liminares – Entre os pontos que têm dificultado os trabalhos, o presidente da CPI apontou as liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal para impedir a abertura de sigilos. Entre os favorecidos estão o empresário Roberto Carlos Kurzweil, sócio de bingueiros e dono do Omega blindado que teria sido utilizado no transporte de Campinas para São Paulo da suposta doação de Cuba ao PT e o ex-caixa de campanha de Lula e atual presidente do Sebrae Paulo Okamotto. Com a prorrogação, a CPI vai até 25 de junho, o que coincide com o início das campanhas eleitorais. (Agências)

SERRAGLIO QUER MAIS CPMI relator da CPMI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), defendeu ontem a prorrogação por mais 45 dias dos trabalhos da comissão. A CPMI está prevista para terminar no dia 10 de abril. O deputado decidiu posicionar-se favoravelmente à prorrogação da CPMI depois das denúncias envolvendo parlamentares do PMDB. "Com essa situação nova, passa a ser dever moral meu pedir a prorrogação para não parecer que eu não quero investigar o PMDB." Líderes de oposição apostam, no entanto, que a

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continuidade da CPMI enfrentará resistências principalmente na Câmara. Para que as investigações prossigam, são necessárias 171 assinaturas dos deputados e 27 de senadores. O presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), é um dos que são contra a prorrogação. "É precipitado uma prorrogação agora. Isso só prejudica a conclusão do relatório final da CPI." "É muito difícil conseguir as assinaturas na Câmara. A não ser que ocorra algum caso fortuito", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). (AE)


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quarta-feira, 8 de março de 2006

POLÍTICA - 5

NOVA PROPOSTA DEIXA O CAMINHO LIVRE PARA A CANDIDATURA DE GERALDO ALCKMIN À PRESIDÊNCIA. Carlos Lustosa Filho/Piauimagens/Futura Press

Weimar Carvalho/O Popular/Futura Press

Em clima de campanha eleitoral: Alckmin participa de festa e inaugurações ao lado do governador de Goiás, Marconi Perillo. E Garotinho visita o Piauí para tentar conquistar votos dos membros do partido naquele Estado.

GAROTINHO DIZ SER 'PAI' DO BOLSA-FAMÍLIA

SAÍDA TUCANA: SERRA PARA GOVERNADOR. Epitácio Pessoa/AE

PSDB discute a idéia de tucano trocar a prefeitura pelo governo estadual para o partido não perder força em SP

O pré-candidato do PMDB à presidência diz que o programa de Lula copiou o Cheque-Cidadão carioca

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ando seqüência a seu roteiro de campanha pelo Brasil, o pré-candidato do PMDB à presidência Anthony Garotinho visitou ontem Teresina, no Piauí, onde reivindicou a paternidade" do BolsaFamília. "Fui eu quem deu início a esse programa quando era governador (do Rio), o Cheque-Cidadão", disse. "O Lula copiou isso de mim." O BolsaFamília, carro-chefe da política social de Lula, garante rendimento mensal a famílias pobres que atendem a exigências como manter filhos na escola. Apesar das promessas típicas de campanha, como multiplicar o valor do Bolsa-Família e reduzir os juros, o objetivo principal da peregrinação de Garotinho é seduzir os membros de seu partido. Afinal, as

presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmam não saber de nada. O prefeito paulista José Serra, entre amigos, se diz pressionado. E o ex-líder do PSDB na Câmara Alberto Goldman (SP) contesta. A nova polêmica no ninho tucano gira em torno da possibilidade da formalização de um acordo entre os dois pré-candidatos do partido à Presidência da República, no qual Serra renunciaria à prefeitura para se candidatar ao governo do Estado e Alckmin seria oficializado como o candidato do partido à presidência nas eleições de outubro. Nos bastidores, o prefeito de São Paulo, comentou com mais de um amigo nos últimos dias que não despreza essa possibilidade, em razão de dois argumentos que ele considerou tentadores: o primeiro é que, do governo do Estado, manteria uma posição forte sobre a prefeitura; o segundo é que deixar a prefeitura para tentar o governo não seria interpretado pelos paulistas como "uma traição", afinal, ele continuaria em São Paulo. Pesquisa – Para checar a receptividade dos eleitores paulistas à eventual candidatura de Serra ao governo estadual, aliados do prefeito encomendaram uma pesquisa telefônica. Um dos principais patrocinadores da candidatura é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que lançou a idéia no PSDB paulista – a matriz do tucanato – depois que uma pesquisa Ibope mostrou desempenho pífio dos

pré-candidatos tucanos ao Palácio dos Bandeirantes e boa performance da pré-candidata Marta Suplicy, do PT. Depois de poucas conversas, a idéia de FHC ganhou fôlego próprio, movida pelo mote "não podemos perder São Paulo". Domingo, numa reunião no sítio do secretário municipal Andrea Matarazzo, em Jundiaí, FHC, Tasso e o próprio Serra conversaram longamente sobre a "fórmula paulista". Mais tarde, FHC mandou um assessor ligar para um auxiliar do governador Geraldo Alckmin e passar o recado de que ele deveria ficar tranqüilo, porque a decisão do partido se encaminhava para aprovar a sua candidatura a presidente. Compromisso – Esta semana, o triunvirato, que coordenava a escolha do candidato tucano, não apenas transferiu a decisão para os dois pré-candidatos, como cobrou deles que preencham uma agenda de três pontos: o primeiro é que os dois devem alcançar um acordo; o segundo é eles devem, depois, recompor a unidade partidária; e o terceiro é que esse acordo não deve perder de vista a competitividade do partido em outubro, em São Paulo e no País. Ontem, Tasso negou que tenha tratado a proposta com Serra e, segundo ele, o prefeito não aceitaria. "Para mim, nunca chegou essa proposta. Na minha opinião, tem muitas conseqüências. Eu realmente nunca pensei sobre isso", afirmou. Segundo o senador, a decisão vai ser divulgada o mais cedo possível. "Sairá bem mais

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Serra: pressão dentro partido.

cedo do que se pode esperar." Sinal de que o desfecho da novela em torno da definição do candidato tucano pode estar próximo do fim é o retorno antecipado do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) de sua viagem ao Canadá. Antes de ir, Aécio – que chega amanhã –deixou claro que interromperia a viagem no caso de uma definição no processo de escolha do presidenciável do partido. (Agências)

PREFEITO VENCE CIRO, NA JUSTIÇA. atual ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPSCE), foi condenado a pagar indenização de cem salários mínimos (cerca de R$ 35 mil) ao prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), por decisão da 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça. O ministro ainda pode recorrer da sentença. O processo judicial foi provocado por uma entrevista concedida por Ciro, no dia 20 de março de 2002, ao

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COMISSÃO QUER OUVIR GENERAL

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s deputados da Comissão de Defesa do Consumidor vão pedir ao comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, que explique a decisão do Departamento de Aviação Civil (DAC) de interromper a decolagem de um avião da TAM, em Campinas, na quarta-feira de Cinzas, para ele e a mulher embarcarem para Brasília. Ontem, o Exército recebeu oficialmente

pedido de explicações da Comissão de Ética do governo, que vai apurar suposto abuso de autoridade por parte do general. Albuquerque poderá explicar por escrito o episódio às duas comissões. Um dos passageiros do vôo Florianópolis-Brasília, o engenheiro Paulo Pimenta da Costa, contou que na escala em Campinas o comandante do aeronave alegou ter recebido ordens

prévias da legenda estão marcadas para o próximo dia 19, mas a ala governista do partido defende a adesão à reeleição de Lula. "O PMDB está há duas eleições sem lançar candidato. Time que não joga, não tem torcida", advertiu. Ele defendeu que este é o melhor momento para lançar candidato próprio. Beija-mão –E, em defesa da candidatura própria do PMDB, Garotinho procurou o contato com lideranças locais. O primeiro apoio veio do senador Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa. A adesão dele ao nome de Garotinho faz sentido. Mão Santa quer disputar o governo do Estado em outubro, mas enfrenta oposição dentro do próprio partido por parte de deputados que defendem a reeleição

de Wellington Dias (PT). Os peemedebistas simpáticos ao governador, por sua vez, têm prestigiado o adversário de Garotinho nas prévias da, o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Prometeram votar no gaúcho no dia 19. A declaração mais entusiasmada em favor de Garotinho veio do presidente regional do PMDB, senador Alberto Silva. Ele anunciou o voto em Garotinho depois de ouvir o ex-governador contar que adotou um garoto paraibano abandonado na porta de uma igreja. "Fiquei emocionado. Um homem com um lado humano tão acentuado tem que ser presidente da República", disse. Há duas semanas, durante visita de Lula ao Piauí, ele afirmou que o PMDB estava perto de fechar apoio à reeleição. Na lama – Além de tratar das questões internas de sua legenda, Garotinho aproveitou os microfones para atacar os adversários externos. "Enquanto o PT e o PSDB se jogam lama, vamos ganhar as eleições limpinhos", declarou. "O PT vai enfrentar o PSDB. O PSDB vai dizer que o PT pagou o mensalão. O PT vai dizer que o PSDB pagou o voto da reeleição. Eu vou dizer que os dois têm razão. A eleição vai ser um atirando lama no outro", declarou. (Agências)

da torre de Comando do DAC para interromper a decolagem. "Ele disse que um ministro precisava embarcar", relatou Costa. Albuquerque entrou na aeronave em meio a vaias e disse aos passageiros que não tinha ordenado a interrupção da decolagem. Segundo boatos, o general e sua mulher teriam tomado os assentos de outro casal, para quem a TAM ofereceu em troca passagens para Paris. (Agências)

jornal "Folha de São Paulo". Nela, Ciro ( foto) afirmou que Serra seria o "candidato dos grandes negócios e das negociatas", "da manipulação despudorada do espaço público e do dinheiro público, para fins eleitorais". Na época, Ciro e Serra eram pré-candidatos à presidência da República. A decisão condenatória do

Tribunal de Justiça assinalou que Ciro agiu com o único intuito de ganhar espaço na mídia "pela frase de efeito e agressividade exacerbada". O relator do processo, desembargador Francisco Loureiro, afirmou que Ciro fez "imputação ofensiva desprovida de qualquer crítica ou valoração de comportamento". Acrescentou que as

declarações "descambaram para a ofensa sem base ou interesse público". Vice de Lula? – O dia de ontem, porém, não foi só de más notícias para o ministro. À tarde, a Executiva Nacional de seu partido, o PPS, decidiu recomendar a Ciro que deixe o cargo no governo até o fim de março. O objetivo da decisão da legenda é contar com o ministro para um cargo de relevância nas eleições. Só não está claro se pode ser como vice de Lula. (Agências)


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Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

REDUÇÃO DO ÁLCOOL NO COMBUSTÍVEL JÁ SURTE EFEITO

A venda em botijões de 13 quilos representa 80% do mercado de GLP no País, cerca de 6,3 milhões de toneladas por ano.

Joel Silva/Folha Imagem

MENOS ÁLCOOL NA GASOLINA JÁ FAZ PREÇO DESACELERAR Embora as usinas de São Paulo tenham registrado alta de 2,4% no valor do álcool anidro e de 4,1% no do hidratado na semana passada, percentuais de alta foram inferiores aos adotados no período anterior, de 7,1% e 7,5% respectivamente

A

redução da mistura do álcool anidro à gasolina já surte efeito nos preços das usinas do Estado de São Paulo. A opinião é da professora Miriam Bacchi, pesquisadora do Centro de Estudos Av a n ç a d o s e m E c o n o m i a Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), ao comentar os resultados do levantamento feito na semana passada (de 27 de fevereiro a 3 de março) pelo Cepea nas usinas do estado, responsáveis por 75% da produção nacional de álcool combustível. O levantamento mostra que os preços subiram pela quarta semana consecutiva, mas os aumentos foram inferiores aos da semana anterior (de 20 a 24 de fevereiro), quando o litro do álcool anidro subiu 7,1% e o hidratado, 7,5%. Na semana passada, o litro do anidro subiu 2,4%, passando de R$ 1,14934 para R$ 1,17688, e o do álcool hidratado, descontados os impostos, subiu 4,1%, de R$ 1,153 para R$ 1,20038. Causa e efeito – A diminuição do ritmo de alta ocorreu na

semana em que passou a valer a redução da mistura de 25% para 20% do álcool anidro na gasolina, autorizada pelo governo federal, e teve oficialmente início a safra 2006/2007. "Os indicadores demonstram que a medida de reduzir a mistura começa a surtir efeito nos

2,4

por cento foi o aumento do preço álcool anidro na semana passada nas usinas de São Paulo preços porque houve um arrefecimento das variações de alta", diz Miriam, que é especialista no setor sucroalcooleiro. Segundo ela, a situação pôde ser mais sentida no preço do anidro, cujo índice de alta caiu sensivelmente. "O que aconteceu com o anidro, que subiu bem menos que na semana an-

terior, é uma mostra do efeito da redução da mistura." Mais por vir – De acordo com a pesquisadora, apesar de os negócios terem sido poucos na semana passada, porque as distribuidoras estavam abastecidas com as compras feitas antes do Carnaval, a queda do ritmo de alta de preços é expressiva, mas sua continuidade será melhor avaliada a partir desta quinta-feira, quando o mercado deverá registrar maior volume de negócios. Outro fator para forçar a redução de preços está no que os especialistas dizem acreditar ser as últimas semanas da entressafra, isso porque pelo menos 10 destilarias de álcool de São Paulo devem iniciar a nova safra até o final de março. Além disso, de acordo com a União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica), até o final de abril o mercado deverá receber entre 850 milhões e 900 milhões de litros de álcool, o que deverá reduzir ainda mais as expectativas de alta dos preços e aumentar a oferta do produto. (AE)

Lei do gás natural está no Congresso O governo enviou ao Congresso Nacional, na sexta-feira, o texto de projeto de lei para o setor de gás natural no País. A mensagem presidencial com o encaminhamento do projeto foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Se o governo não fechar um

acordo com o senador Rodolpho Tourinho – autor de projeto que trata do mesmo tema – haverá duas propostas de lei do gás tramitando no Congresso ao mesmo tempo. A proposta de Tourinho está atualmente no Senado e ainda precisa ser votada na

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa. O projeto tem gerado confrontos entre o senador e a Petrobras, principal interessada na lei. Tourinho e o diretor de gás e energia da estatal, Ildo Sauer, até discutiram recentemente no Senado. (AE)

Canavial da usina produtora de álcool Santa Elisa, em Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo

Gás terá controle de preço Moacir Lopes Jr/Folha Imagem - 16/08/2002

ouco mais de quatro anos depois de liberar os preços e eliminar os subsídios sobre os combustíveis, o governo decidiu voltar a controlar o preço do botijão de gás. Em audiência pública realizada ontem, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) apresentou a proposta de regulamentação da venda do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, que prevê preços mais baixos para o produto destinado a botijões de até 13 quilos. Na prática, desde meados de 2002 já havia uma diferença entre os preços do gás de botijão de 13 quilos e o GLP vendido a granel ou em recipientes maiores. Mas a política era adotada por decisão própria da Petrobras, obedecendo a determinação do governo, acionista majoritário da empresa. Em novembro do ano passado, no entanto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decretou que, para beneficiar os mais pobres, o gás de botijão deve ser mais barato do que o produto voltado para outros setores, como a indústria e o comércio. Prazo – Em 30 dias, a ANP publicará a resolução sobre o assunto. Segundo o texto, cada distribuidora terá uma cota para comprar o produto mais barato, que varia de acordo com o número de botijões que tem em estoque. A venda em botijões de 13 quilos representa 80% do mercado de GLP no Brasil, atual-

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BALANÇO

mente em torno das 6,3 milhões de toneladas por ano. O produto atende a 96% do País e, mesmo com preços congelados desde 2003, vem perdendo força para fontes mais rudimentares de energia, como a lenha, devido ao baixo poder aquisitivo da população. Relação – Segundo a ANP, o GLP para botijão de 13 quilos custava, em média, R$ 1,0379 por quilo na segunda semana d e f e v e re i ro . P a r a o u t ro s usos, o produto saía das refinarias a R$ 1,1687 por quilo. A idéia é manter essa relação por prazo indeterminado. O superintendente de Abastecimento da agência, Roberto Ardenghy, disse que não se trata de subsídio, já que não haverá dispêndio por parte de consumidores ou dos contribuintes para bancar a diferença. Ou seja, o preço mais baixo será bancado pelos produtores e importadores do

produto: a Petrobras e, em menor escala, refinarias privadas e centrais petroquímicas. Eleição – A decisão de controlar o preço do GLP foi tomada em meio à campanha eleitoral de 2002, depois que o então candidato governista, José Serra (PSDB), reclamou em público dos constantes aumentos no preço do produto – em janeiro daquele ano os preços foram finalmente liberados e passaram a acompanhar as cotações internacionais. Na ocasião, o governo determinou que a Petrobras reduzisse em 12,4% o preço do GLP vendido em botijões de 13 quilos. Agora, a medida ganha base jurídica. Na resolução número 4, de novembro de 2005, o CNPE definiu que a venda de GLP em botijões de 13 quilos a preços mais baixos é assunto de interesse da política energética nacional e, por isso, deve passar a ser regulado. (AE)

COMUNICADO CRUSAM - CRUZEIRO DO SUL SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA S/A.

CNPJ: 45.646.726/0001-34 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Dando cumprimento às disposições legais, estatutárias, atendimento das diretrizes da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – Ministério da Saúde – Lei nº 9656/98 de 03 de junho de 1998 e código civil regulamentado pela lei nº 10.406 de 19 de janeiro de 2002. Permanecemos ao inteiro dispor de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que eventualmente possam ser necessários. Barueri, 17 de Fevereiro de 2006. À Diretoria. Mensagem da Diretoria: No exercício social de 2005, obtivemos um crescimento no faturamento na ordem de 5,22%, consideramos este patamar como ponto de equilíbrio de nossa carteira. Para o exercício de 2006, objetivamos o crescimento da carteira e conseqüentemente do faturamento, mantendo o mesmo custo fixo, poderemos ter maior rentabilidade. Com a alteração contratual promovida em 20 de Setembro de 2005, transformamos o tipo de sociedade para anônima, esperamos ser mais competitivos no mercado que atuamos, bem como manter e aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados, com isto propiciaremos maior conforto e qualidade nos atendimentos aos nossos clientes. Agradecemos aos nossos funcionários por todo empenho e dedicação demonstrada, aos prestadores de serviços, fornecedores pela parceria firmada, nossos associados pela preferência em escolher a qualidade dos serviços prestados e em especial ao Corpo Clinico e Diretivo do Grupo Cruzeiro do Sul. Demonstração dos Resultados para os Exercícios Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - Em Reais Findos em 2005 e 2004 - Em Reais Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Demonstração do Resultado 2005 2004 Circulante 6.291.543,89 3.794.064,89 Provisões Técnicas 1.408.521,40 915.256,22 Contraprestações Efetivas Disponível 1.468.757,91 596.797,67 Circulante 3.587.119,02 1.984.054,62 Op. Assist. Saúde 42.402.430,23 40.297.123,75 Realizável 4.822.785,98 3.197.267,22 Débitos de Oper.de Assistência a Saúde 903.078,99 166.618,70 Prov.técnica de Op.Assist.Saúde (493.265,18) (306.243,96) Créditos Operações c/Planos Débitos Diversos 2.684.040,03 1.817.435,92 Eventos Indenizáveis Líquidos (29.386.294,32) (28.778.732,27) Exigível a Longo Prazo 48.302,47 74.624,95 Assist. à Saúde 4.431.378,00 2.042.852,90 12.522.870,73 11.212.147,52 Patrimônio Líquido 1.655.518,08 1.291.389,35 Resultado Operacional Básico Outros Valores e Bens 391.407,98 1.154.414,32 Despesas de Comercialização (932.968,65) (1.328.750,14) Capital Social 1.100.000,00 1.100.000,00 Permanente 407.917,08 471.260,25 Outras Receitas e Desp.Operacionais (788.771,18) (631.561,58) Lucros (Superavits)/Prejuízos Investimentos – 29,69 10.801.130,90 9.251.835,80 (Deficits) Acum. 555.518,08 191.389,35 Resultado Operacional Imobilizado 407.917,08 471.230,56 Resultado Financeiro Líquido (61.236,99) (132.046,29) Total do Passivo 6.699.460,97 4.265.325,14 Imóveis de Uso Próprio Hospitalares 223.611,28 223.611,28 Despesas Administrativas (10.224.547,35) (8.903.635,45) Bens Móveis 448.654,06 440.267,46 aquisição. A depreciação foi calculada pelo método linear, às taxas usuais, Resultado Antes dos (-) Depreciações Acumuladas (264.348,26) (192.648,18) permitidas pela legislação fiscal, com base na via útil dos bens. Impostos e Participações 515.346,56 216.154,06 Total do Ativo 6.699.460,97 4.265.325,14 Descrição Custo Depreciação Imobilizado (151.217,83) (51.876,98) Imposto e Participações no Resultado Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Corrigido Acumulada Líquido Resultado Líquido 364.128,73 164.277,08 para os Exercícios Findos em 2005 e 2004 - Em Reais Imóveis 200.000,00 16.000,00 184.000,00 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR Benfeitorias 23.611,28 1.888,80 21.722,48 Capital Luc./(Prej.) para os exercícios findos em 2005 e 2004 Em Reais Arsenal Médico-Cirúrgico 154.506,67 78.895,92 75.610,75 Realizado Acumulado Total Equips.e Sist. de Proc.Dados 187.542,09 132.575,15 54.966,94 Saldos em 31/12/04 1.100.000,00 191.389,35 1.291.389,35 2005 2004 Origens dos Recursos Máquinas e Equipamentos 5.058,00 1.593,14 3.464,86 – 364.128,73 364.128,73 Lucro/Prej. Líq.do Exercício Das Operações Móveis e Utensílios 101.547,30 33.395,25 68.152,05 Saldos em 31/12/05 1.100.000,00 555.518,08 1.655.518,08 Resultado Líquido do Exercício 364.128,73 164.277,08 Total 672.265,34 264.348,26 407.917,08 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis E) Efeitos Inflacionários. Face à extinção da correção monetária do Balanço, Dos Acionistas/Quotistas Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004. através do artigo 4° da Lei n° 9.249/95, as contas do Ativo Permanente e do Integralização de Capital – 389.730,15 1. Contexto Operacional. A companhia foi constituída sob a forma de Patrimônio Líquido foram corrigidas até 31.12.95. Por conseguinte, neste Provisão de Risco sociedade civil de responsabilidade limitada, fundada em 12 de junho de exercício, não foram reconhecidos os efeitos inflacionários sobre essas Provisão Técnica Assist. Médica 493.265,18 306.243,96 1974, com fins lucrativos, em 20 de setembro de 2005, ocorreu alteração contas. 4. Capital Social. O capital social em 31 de dezembro de 2004, é contratual, transformando o tipo de sociedade para anônima, tendo em de R$ 1.100.000,00 (hum milhão e cem mil reais), dividido em 1.100.000 DeTerceiros seu objetivo social a prestação de serviços de assistência médica, (hum milhão e cem mil) ações ordinárias com direito a voto, nominativas, no Depreciação do Exercício 71.700,08 67.357,17 hospitalares e ambulatoriais, através da operação de Planos Privados de valor nominal de R$ 1,00 (hum real) cada uma, totalmente subscrito e Baixa em Investimentos 29,69 – Assistência à Saúde, individual, familiar e empresarial, utilizando meios integralizado. 5) Garantias Financeiras - Resolução ANS - RDC Nº 77. Em Total das Origens 929.123,68 927.608,36 de execução próprios e contratação de terceiros pela rede credenciada. 17 de julho de 2001, foi publicada pela ANS – Agência Nacional de Saúde As receitas provem da venda de planos privados de assistência à Suplementar a Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 77, exigindo das Aplicações de Recursos Aquisição de Direitos do Imobiliz. ao Custo 8.386,60 64.877,37 saúde, representado por pessoas de natureza jurídica e física, vincu- Operadoras de Planos de Saúde a criação de provisões técnicas com ladas a contraprestações pecuniárias pré-estabelecidas, e região de garantia financeira. a) Capital Mínimo - Calculado a partir da multiplicação Diminuição no Exigível a Longo Prazo 26.322,48 23.923,70 segmentação da carteira encontram-se no Município de Osasco e de um fator variável “K”, obtido na tabela “A” do anexo I (RDC Nº 77/2001 Total das Aplicações 34.709,08 88.801,07 cidades adjacentes. 2. Elaboração das Demonstrações Contábeis. artigo 5), pelo capital base de R$ 3.100.000,00; o capital mínimo a ser 894.414,60 838.807,29 As demonstrações contábeis foram preparadas no pressuposto da constituído até julho de 2007, deverá ser de R$ 134.850,00; porém nesta Aumento/Diminuição Cap. Circ. Líquido Demonstração da Variação do Capital Circulante Líquido - Em Reais continuidade normal das operações da empresa, e apresentadas de data a entidade apresenta um Patrimônio Líquido de R$ 1.655.518,08. b) acordo com a Lei das Sociedades por Ações e diretrizes estabelecidas Provisão de Risco - Segundo cálculos realizados com base nas operações, Saldos em pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – Ministério da tabela “B” do anexo I (RDC Nº 77/2001 artigos 7 e 11), a Provisão de Riscos Ativo Circulante 31/12/2005 31/12/2004 Saúde, de acordo com a Lei n.º 9656/98 de 03 de junho de 1998, a ser constituída para este exercício é de R$ 1.408.521,40. c) Índice de No final do Exercício 6.291.543,89 3.794.064,89 através do plano de contas contábil das empresas operadoras de Giro de Operação - IGO - Foi instituído o Índice de Giro de Operação - IGO, 3.794.064,89 2.949.526,34 No Início do Exercício planos de saúde – Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n.º 38 de 27 a ser observado pelas operadoras, com a seguinte formula: 2.497.479,00 844.538,55 de outubro de 2000, ratificado pela Resolução Normativa - RN nº 03 de Ativo Circulante 19 de abril de 2002 e revisado pela Resolução Normativa - RN nº 27 de Passivo Circulante Passivo Circulante IGO = W * 03 de abril de 2003. 3. Principais Critérios Contábeis. Os principais Eventos Indenizáveis Líquidos + Desp. Comerc. No final do Exercício 3.587.119,02 1.984.054,62 critérios contábeis adotados são os seguintes: A) As receitas e desContraprestações Líquidas 1.984.054,62 1.978.323,36 No Início do Exercício pesas são contabilizadas de acordo com o regime de competência Onde W é um fator ponderador a ser obtido na Tabela C do Anexo I (RDC 77/ 1.603.064,40 5.731,26 mensal. B) As contas à receber são apresentadas por valores prováveis de 2001 artigo 8). Em 31 de dezembro de 2005 a operadora apresentava IGO de 894.414,60 838.807,29 Capital Circulante Líquido realização. C) Imobilizado. O Imobilizado está demonstrado ao custo de 2,00; portando acima do índice mínimo permitido de (1) um. Diretoria Executiva

Preços mais baixos para botijões agora integra política energética

Denir do Nascimento

Roberto Cavalieri Costa

Aos Administradores e Acionistas da CRUSAM - Cruzeiro do Sul Serviços de Assistência Médica S/A. Examinamos o balanço patrimonial da CRUSAM Cruzeiro do Sul Serviços de Assistência Médica S/A, em 31 de dezembro de 2005, comparativamente ao exercício de 2004, e as correspondentes demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nestas datas, elaboramos sob a responsabilidade da companhia. Nossa responsabilidade é de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. (1) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que

Ronaldo Jorge Azze Rubens Corrêa da Costa Filho Parecer dos Auditores Independentes requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreendem, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos da companhia. (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da

Contador

André Iasz Filho - CRC 1SP 085.711/0-8

apresentação das demonstrações financeiras. (2) Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras, se apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CRUSAM – Cruzeiro do Sul Serviços de Assistência Médica S/A, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido, as origens e aplicações de recursos, findos nesta data, de acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira. Barueri, 14 de Fevereiro de 2006. Lima & Nobrega Consultores e Auditores Independentes Ltda. Inacio Pereira de Lima - Contador CRC-1SP 185878/O-5

Comunico que a Nota Fiscal de número 003610 da empresa Color Plus Comunicação Visual Ltda, situada na Rua Guian, nº 96, Vila Campestre, São Paulo - SP, CNPJ 01.675.457/0001-69, foi extraviada no mês de outubro de 2005.

CONVOCAÇÕES

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: Brasil Transportes Intermodal Ltda. Reqdo: Hidden Comércio de Confecções Ltda. - Rua Domingos Olimpio, 33- complemento 39 - 01ª V. Falências Reqte: Brasil Transportes Intermodal Ltda. - Reqte: Planex Encomendas Urgentes Ltda. - Reqdo: JWM Express Encomendas Ltda.-ME - Av. Álvaro Ramos Machado Pedrosa, 275 - 02ª V. Falências Reqte: Univer do Brasil S/A - Reqdo: Proex Engenharia e Máquinas Ltda. - Rua Doze de Setembro, 835 - 02ª V. Falências Reqte: Tatuapé Tecnologia de Ativos e Fomento

Mercantil Ltda. - Reqdo: J.D. dos Santos Bijuterias ME - Av. Lauro Xerfan, 633 A - 01ª V. Falências Reqte: Max Factoring Ltda. - Reqdo: Belas Cores Construções Ltda. - Rua Antenas, 941 - 02ª V. Falências Reqte: CCV Fomento Mercantil - Reqdo: Lousano Indústria de Condutores Elétricos - Rua Ioneji Matsubayashi, 352 - 01ª V. Falências Reqte: VCD Fomento Mercantil - Reqdo: Lousano Indústria de Condutores Elétricos - Rua Ioneji Matsubayashi, 352 - 01ª V. Falências


terça-feira, 7 de março de 2006

Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Após avançar 6,1% em 2004, a produtividade da indústria brasileira variou apenas 2,3% em 2005.

MAIS VEÍCULOS FABRICADOS E EXPORTADOS

Fábio Motta/AE - 21/12/2005

CRESCE A VENDA DE VEÍCULOS

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Apesar do dólar desvalorizado, indústria automotiva tem produção e exportação recordes em fevereiro

HSBC Lucro bruto do banco cresceu 44% no Brasil em 2005, totalizando US$ 406 milhões.

Ó RBITA

FERROVIAS Cargas de ferrovias cresceram 13% no ano passado: 391 milhões de toneladas.

Celso Junior/AE

TELEFONE SOCIAL SUBSIDIADO

O

projeto de lei do governo que permite a criação do telefone social abre a possibilidade de o custo do telefone fixo convencional subsidiar o novo serviço, voltado para atender às famílias de baixa renda. O projeto foi enviado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso, depois de vários meses de polêmica e disputas entre o Ministério das Comunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as concessionárias de telefonia fixa.

VARIG

O

Ministério Público do Rio obteve na Justiça um recurso para que a Varig receba US$ 7,6 milhões referentes a uma multa pela venda da VarigLog ao fundo americano de investimentos Matlin Patterson. O total já havia sido desembolsado para a Aero-LB, subsidiária brasileira da TAP, que havia comprado a filial de cargas e logística da Varig. (AE)

GRIPE AVIÁRIA

A

gripe aviária que está atingindo animais em cerca de 30 países já está custando US$ 10 bilhões às economias dos vários continentes afetados, além de gerar um impacto na renda de cerca de 300 milhões de pessoas que vivem no campo. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que ontem iniciou uma reunião de três dias com técnicos de todo o mundo para elaborar um plano de contenção de uma eventual pandemia entre humanos. Na abertura da reunião, a OMS alertou que a gripe aviária é "sem precedentes" e que o objetivo principal da comunidade internacional é o de impedir que o vírus H5N1 sofra mutação e se torne contagioso entre os seres humanos. (AE) A TÉ LOGO

Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa (foto), fazer o usuário da telefonia fixa comum pagar mais caro para bancar o telefone social ainda não está decidido, mas o

governo optou por abrir a possibilidade na lei e, com isso, dar mais segurança financeira às operadoras com o novo serviço. "O que não quer dizer que isso vai acontecer", disse Costa. (AE)

SACRIFÍCIO DE ANIMAIS COM AFTOSA

M

ais de quatro meses depois do anúncio da primeira suspeita de febre aftosa no Paraná, em 21 de outubro do ano passado, o sacrifício dos animais considerados infectados pelo Ministério da Agricultura deve começar no estado amanhã. O abate sanitário começará pelos 143 animais da Fazenda Cesumar, no

município de Maringá, um dos sete focos da doença detectados no Estado. No local, foi cavada uma vala com 70 metros de comprimento, seis metros de largura e quatro de profundidade, que receberá animais sacrificados da Cesumar e também os 234 animais de uma fazenda vizinha, a Pedra Preta, onde outro foco da doença foi identificado. (AE)

FIPE APURA DEFLAÇÃO EM SP

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Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apresentou em fevereiro a menor taxa para um mês fechado desde agosto de 2005. Na média, os preços ao consumidor na cidade de São Paulo sofreram no mês passado uma deflação de 0,03%. Em agosto do ano

passado, a redução no custo de vida do paulistano havia sido de 0,20%. Em janeiro último, o IPC-Fipe tinha subido 0,50%. De acordo com estimativa do coordenador do IPC da Fipe, Paulo Picchetti, o custo de vida das famílias que residem na capital paulista deverá subir 0,3% neste mês de março. Para o ano, Pichetti mantém a previsão de 4,5%. (AE)

INFRA-ESTRUTURA AFETA EXPORTAÇÃO

O

Brasil perdeu aproximadamente US$ 5 bilhões em exportações no ano passado por deficiência em sua infra-estrutura. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen Manteli. "Da porta da fábrica ao porto, uma mercadoria produzida no Brasil leva 39 dias, segundo um estudo do

Banco Mundial", afirmou. "Significa que o Brasil é o lanterninha no Mercosul em eficiência portuária", disse. Para evitar um "apagão" nos portos, a entidade calcula que serão necessários investimentos da ordem de US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos. Os recursos seriam suficientes para fazer frente ao crescimento das exportações. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Escolha de padrão de TV digital no Brasil independe da instalação de fábrica

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Censo deverá representar economia de R$ 1,2 bilhão para o INSS

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Diretor da OMC escolherá árbitros na briga da UE com Brasil sobre pneus

produção da indústria automobilística brasileira a t i n g i u re c o rd e histórico no primeiro bimestre deste ano, com um total de 397.284 veículos fabricados, volume que superou em 10,7% o registrado no mesmo período do ano passado (359 mil). Também as exportações foram recordes, atingindo US$ 1,62 bilhão, receita 14,6% superior ao do primeiro bimestre de 2005 (US$ 1,41 bilhão). E os dados positivos não páram por aí. O mês passado foi o melhor fevereiro do setor em produção e vendas externas. Foram fabricados 201,8 mil veículos, com crescimento de 3,3% em relação a janeiro e de 3,9% comparativamente a fevereiro de 2005, e exportados, 69.553 (alta de, respectivamente, 20,2% e 10,9%). Apesar dos números favoráveis, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes d e Ve í c u l o s A u t o m o t o re s (Anfavea), Rogelio Golfarb, diz que o ritmo de crescimento das vendas externas é decrescente por causa da valorização do real frente ao dólar. "Em 2004, o setor registrou alta de 56% nas vendas externas do primeiro bimestre e, no ano passado, a expansão foi de

45%. Os números deste ano já indicam desaceleração", explica Golfarb. O executivo, no entanto, mantém a meta inicial da entidade de exportações recordes de US$ 11,5 bilhões este ano, um crescimento de 2,7% em relação a 2005. Mercado interno – As vendas internas tiveram queda em fevereiro com relação a janeiro (127,8 mil unidades contra 132,8 mil). Mas, se for levado em conta que fevereiro teve menos dias úteis, o resultado do mês acaba sendo positivo (6,73 mil carros comercializados na média diária no mês passado, volume 11,4% superior ao de janeiro). No comparativo com fevereiro de 2005, as vendas cresceram 11,3%. No bimestre, o desempenho

doméstico teve alta de 17,7%, com vendas, no acumulado deste ano, de 260,7 mil unidades. Os veículos bicombustíveis continuaram ampliando a participação. Responderam, no mês passado, por 76,6% do total, índice que em janeiro havia sido de 72,8%. Com relação ao aumento no preço dos combustíveis, Golfarb diz que a Anfavea está preocupada com a alta, mas acha que é uma situação sazonal, por causa da entressafra da cana. Também admite que a demanda crescente por veículos flex contribui para o atual quadro, ressaltando ser importante o consumidor avaliar, na hora de abastecer, se compensa pôr álcool ou não. Alzira Rodrigues

GOL NÃO CUMPRE PROMOÇÃO O consumidor que tentou comprar uma passagem aérea de ida e volta para qualquer canto País pagando R$ 50 por trecho teve de enfrentar horas de espera no site da Gol durante o fim de semana e nem sempre atingiu o objetivo. Esse foi o caso da estudante catarinense de design gráfico, Marina de Freitas Lacerda. "Entrei no site às 22h de sextafeira e só consegui ter acesso às duas horas da manhã do sábado." Ela procurava uma passagem de ida e volta de Florianópolis (SC) para São Paulo (SP), mas não conseguiu comprar ambos os trechos por R$ 50 cada. "Tentei várias vezes com datas diferentes, mas um dos trajetos saía por R$ 300", diz. Para a técnica de Produtos e Serviços da Fundação Procon de São Paulo, Márcia Christina de Almeida Oliveira, o consumidor não poderia ter essa dificuldade de conseguir a ida e a volta pelo valor de R$ 50, já que a promoção exige que o cliente compre os dois trechos. Segundo ela, poderia ser caracterizado como má-fé da empresa exigir a compra dos dois trechos e não ter oferta suficiente de passagens promocionais. Desta forma, o consumidor acaba sendo obrigado a desembolsar um valor bem superior a R$ 50 por um dos trechos,

o que eleva o preço médio. O vice-presidente de Marketing da Gol, Tarcísio Gargioni, diz que não há intenção por parte da companhia de elevar o preço médio das passagens.

Mas ele admite que a oferta de passagens por trajeto não é linear. Na prática, isso reduz as chances de o consumidor voar para qualquer destino do País desembolsando R$ 100. (AE)


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

1,9 MIL CONTRIBUINTES PAULISTAS NA MIRA DO FISCO

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milhões de reais é o valor das multas aplicadas a pessoas físicas nos últimos anos.

QUEM ASSINAR CARTEIRA DE DOMÉSTICOS PODERÁ DESCONTAR DO IMPOSTO DE RENDA A CONTRIBUIÇÃO AO INSS

GOVERNO PROPÕE NOVA DEDUÇÃO DO IR Ailton de Freitas/O Globo

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governo federal permitirá que as famílias que assinam a carteira de trabalho dos empregados domésticos possam deduzir do Imposto de Renda (IR) a contribuição patronal ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) – de 12% do salário do empregado. O desconto passará a valer para as declarações do IR de 2007, tendo como base os pagamentos feitos neste ano. O benefício, apresentado como uma tentativa de estimular o registro em carteira para reduzir o trabalho informal no setor, agrada em cheio à classe média. "O público potencial imediato são aquelas famílias com renda entre R$ 25 mil e R$ 150 mil anuais", disse a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. São empregadores, explicou a ministra, que têm renda que exige a declaração de IR, têm empregados domésticos, mas muitas vezes não assinam a carteira deles. A proposta do governo sairá em forma de medida provisória. O texto foi assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes de sua viagem à Inglaterra, e será publicado hoje no Diário Oficial da

União. Para ter direito ao desconto no IR, os contribuintes que hoje fazem a declaração de renda pelo formulário simplificado terão de passar a declarar no formulário completo. Deduções – O desconto, no entanto, terá limites. Será possível declarar o pagamento da contribuição à Previdência de

522 reais é valor total que o empregador poderá descontar do Imposto de Renda deste ano com o incentivo

apenas um empregado. Numa família em que marido e mulher fazem declarações em separado e não são dependentes um do outro, no entanto, cada um poderá fazer a declaração de um empregado. Haverá limite também para o valor que pode ser descontado. Mesmo que o empregador pague um salário mais al-

to, só poderá descontar a parcela de 12% do equivalente a um salário mínimo, ou seja, R$ 42 por mês a partir de abril, quando o mínimo deve subir para R$ 350. Isso significa que, com relação a este ano, o desconto total será de R$ 522, já que até este mês o salário ainda é de R$ 300. "É uma medida para estimular a formalização. Queremos tirar da informalidade cerca de 4 milhões de mulheres que trabalham sem carteira nesse setor", afirmou a ministra. No entanto, a meta inicial é bem mais reduzida, cerca de 1 milhão de empregados domésticos. Esse é o número de empregados em famílias, segundo cálculos da Previdência Social, que pagam pelo menos um salário mínimo e poderiam ser beneficiados pela medida. O s d e m a i s e m p re g a d o s provavelmente trabalham em casas de famílias que têm renda inferior a R$ 21 mil anuais, ou seja, são famílias que não declaram IR e, portanto, não teriam como se beneficiar do incentivo. Cálculos do Ministério da Previdência Social apontam que a medida deve provocar uma perda de arrecadação de R$ 289 milhões para a Receita Federal. (AE)

FISCALIZAÇÃO

A ministra Nilcéa Freire afirma que a medida traz vantagem para famílias com renda anual entre R$ 25 mil e R$ 150 mil

DC esclarece dúvidas sobre o imposto

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partir da próxima segunda-feira, o Diário do Comércio vai publicar uma coluna para responder às perguntas dos leitores sobre dúvidas no preenchimento da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006, cujo prazo de entrega se encerra no dia 28 de abril.

Os interessados devem enviar as perguntas para o e-mail irpf@dcomercio.com.br, com nome e telefone. Outra opção é enviar as questões por carta à Rua Boa Vista, 51 - 6º andar. Todas as questões serão respondidas por técnicos da Confirp Consultoria Contábil. O prazo para acertar as

contas com o Fisco teve início no dia 1º de março. A multa onlineé uma das novidades na declaração de ajuste anual do IRPF. Com a inovação, o contribuinte que enviar a declaração com atraso receberá um aviso sobre a multa. O valor virá impresso em boleto gerado

fiscais e auditores do órgão. Na última sexta-feira, a Polícia Federal prendeu em flagrante o auditor-fiscal Fernando Alberto de Oliveira, no momento em que ele tentava extorquir R$ 350 mil do sindicato, em troca de supostos benefícios no parcelamento de uma hipotética dívida da entidade. O auditor estava há dois meses fazendo auditoria no sindicato. Bezerra vai entregar aos ministros uma cópia da

fita do flagrante feita pela PF. Para o presidente do sindicato, a dívida de empresas, instituições e pessoas físicas com a Previdência – que hoje supera R$ 120 bilhões – tornou-se "um grande negócio para quadrilhas organizadas de fiscais". "É hora de estancar a sangria de dinheiro do INSS. São muitas as quadrilhas organizadas. Isso tem que parar. É preciso chegar aos cabeças dessas quadrilhas", disse Bezerra (AG)

Receita Federal fecha o cerco a suspeitos Fiscais do INSS de SP na mira de sonegação do Sindicato dos Metalúrgicos

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m temporada de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), a Receita Federal está apertando a fiscalização dos contribuintes com fortes indícios de sonegação. Cerca de 200 fiscais iniciaram ontem a operação "Impacto" no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins com alvo no IRPF. E novas ações vão ocorrer em todo o País nas próximas semanas, até 28 de abril, prazo final de entrega da declaração do Imposto de Renda 2006. O coordenador de Fiscalização da Receita Federal, Marcelo Fisch, afirmou que, desde 2004, o Fisco adotou a estratégia de intensificar as operações de combate à sonegação de pessoas físicas nos meses de janeiro a abril, período de preparativos para o acerto de contas com o Leão.

"Essas operações têm caráter educativo de chamar a atenção dos contribuintes para que prestem muita atenção n a h o r a d e p re e n c h e r s u a declaração", afirmou. Nos últimos dois anos, entre os meses de janeiro a abril, os fiscais aplicaram autos de infração no valor de R$ 393,7 milhões contra 7, 57 mil contribuintes. Desse total, R$ 114,9 milhões foram de autuações envolvendo 1,9 mil contribuintes do Estado de São Paulo. As irregularidades mais encontradas foram de informações incorretas de despesas médicas. De janeiro passado até hoje, já foram abertos 1,76 mil procedimentos de fiscalização. Nesses casos, os contribuintes são intimados a prestar contas pessoalmente nas unidades da Receita. O coordenador informou que a Receita também tem tido sucesso nas fiscalizações feitas

com base no cruzamento de dados do Dimob, que é uma declaração sobre transações imobiliárias. Com ela, os fiscais têm maior facilidade para descobrir o contribuinte que recebeu, por exemplo, uma renda de aluguel e omitiu a informação na hora de apresentar a declaração do IRPF. De acordo com dados da Receita, 119 mil contribuintes estão na malha fina por conta de problemas com as informações prestadas de despesas médicas e 29,58 mil devido à informações incorretas sobre rendimentos de dependentes. Na operação deflagrada ontem, 2 mil contribuintes começaram a receber intimação do Fisco. Eles terão 20 dias para dar explicações aos fiscais da Receita. No caso de irregularidades, a multa é de até 150% sobre o valor do imposto devido. (AE)

500 mil acertaram contas com o Fisco

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Receita Federal recebeu até as 17 horas de ontem 500 mil declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005). Estão obrigados a declarar os contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 13.968 no ano passado. O Fisco espera receber 22 milhões de documentos até o dia 28 de abril, quando termina o prazo de entrega. Os programas para preenchimento e envio da declaração estão disponíveis na página da Receita (www.receit a.fazenda.gov.br) desde o dia 1º março. Além da internet, o contribuinte pode utilizar disquete ou formulário em papel. (DC)

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presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno Bezerra, pediu ontem uma audiência com os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Previdência Social, Nelson Machado, para solicitar a criação de uma força-tarefa no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de São Paulo para investigar a fundo todos os casos de tentativa de extorsão e desvio de dinheiro por parte de

Mais investidores e empresas se voltam para a Bovespa

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interesse dos investidores pelo mercado brasileiro de ações está em alta. Em 2005, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alcançou o nono lugar no ranking mundial de lançamento de ações, o que significou um salto de dez posições na classificação global de novas emissões no período, de acordo com informações da própria bolsa. E, nesse item, a Bovespa superou congêneres de grande porte, como a bolsa eletrônica norte-americana Nasdaq. "A tendência de crescimento da economia mundial está sendo seguida de perto pelo mercado de ações brasileiro", diz o sócio-diretor da Riskoffice Consultoria, Carlos Antonio Rocca. "Nos últimos três anos, nosso mercado de ações avançou de modo significativo e as mudanças mais importantes são as que se referem à proteção ao investidor." Para Rocca, as baixas taxas de juros dos merca-

dos norte-americano e europeu já não atraem tantos investidores estrangeiros. E o melhor controle das contas externas, a diminuição dos riscos e os juros altos dos países emergentes chamam a atenção dos aplicadores. "As maiores flutuações da bolsa coincidem com a entrada e a saída desses investidores estrangeiros", diz Rocca. "São eles os que compram as ações das empresas que acabam de abrir o capital, e que não são poucas." No ano passado, 19 empresas fizeram distribuições públicas e, destas, nove abriram capital. Nesse ano, seis companhias já abriram capital no mercado brasileiro. "E quase todas tiveram rendimentos ótimos", diz o analista de mercado da corretora Souza Barros Clodoir, Gabriel Garcia. Para a empresa, a maior vantagem de abrir o capital é a facilidade de se obter recursos para investimento, sem pagar juros. Mas, para isso, além de ter

de atender aos requisitos da Comissão de Valores Monetários (CVM) – como de promover auditoria externa, contratar um diretor de relações com os investidores – é preciso transparência absoluta. "E isso é o que dá mais confiança para o investidor aplicar no mercado financeiro", diz Garcia. A Bovespa também pensou na segurança do investidor quando criou o Novo Mercado, em 2000. Esse é o segmento da bolsa destinado às empresas que se comprometem com práticas societárias mais rigorosas do que exige a legislação. "O objetivo é incentivar a participação dos pequenos aplicadores e o exercício da boa governança corporativa". As empresas que aderem ao programa devem ampliar os direitos dos acionistas e divulgar as informações regularmente e de forma transparente para a sociedade, com reuniões periódicas com os analistas e investidores. Sonaira San Pedro


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

22 -.OPINIÃO

terça-feira, 7 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

DIREITO RELATIVO

DE PROPRIEDADE

Cresceu o número de invasões e mortes no campo. Antes das eleições Lulla prometeu acabar com elas. cumprimento de sua função social. Ocorre que para definir a terra como produtiva ou improdutiva passa-se a depender de indicadores que seriam variáveis em função de sua utilização. Assim, um proprietário não pode escolher o que produzir em suas terras porque correrá o risco de que a cultura escolhida não apresente produtividade igual ou maior do que a estipulada por burocratas rurais. Isto tem estimulado extraordinariamente as chamadas invasões de terra. No entanto, esta relativização do direito de propriedade resultou em um enorme número de invasões de terras, sejam ou não produtivas pelos critérios oficiais. O principal agente das invasões é o MST, um movimento que, por não ter personalidade jurídica, tudo pode e por nada é responsável. Quem supre as necessidades financeiras do

Annus Terribilis ROBERTO FENDT

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ste ano completa 230 anos a publicação de uma das obras de maior influência no Ocidente: Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, de Adam Smith. Nela, Smith mostra que a "riqueza" das nações, isto é, seu desenvolvimento, depende em última instância do contínuo crescimento da produtividade do trabalho humano – a capacidade de extrair cada vez mais valor da mesma quantidade de insumos utilizados. O contínuo crescimento da produtividade do trabalho é obtido pela crescente divisão do trabalho, propiciada por investimentos em capital físico e humano (educação), e pelo acesso a mercados cada vez maiores. É por esse motivo que países como o Japão e a Coréia do Sul, que não dispõem de recursos naturais, se desenvolveram. Esses países aceitaram o desafio de se inserir no mercado internacional – o maior dos mercados – e se especializar no que de melhor podem produzir, importando dos demais tudo aquilo em que não dispõem de vantagens comparativas. Outros países adotaram a mesma estratégia até a Segunda Guerra Mundial, como a Argentina e o Uruguai, e se desenvolveram. Posteriormente, cederam à tentação do populismo e retrocederam. Outros, como a Venezuela, jamais sequer chegaram ao desenvolvimento, embora flutuando sobre um mar de petróleo. Quando muito, seu governo é vitorioso no patrocínio de uma escola de samba do carnaval carioca. Há outros países que, por serem detentores de imensas reservas de recursos naturais, como os Estados Unidos e o Canadá, tiveram a sabedoria e as instituições adequadas para preservar e aumentar o que dispuseram como ponto de partida favorável: aumentaram e preservaram abertos

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE ARTHUR CHAGAS DINIZ PUBLICADO NO SITE DO INSTITUTO LIBERAL HTTP://WWW.INSTITUTOLIBERAL. ORG.BR/

O MST organiza as invasões quando deseja

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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO O GOVERNO DE SÃO PAULO

MST é o governo federal, através de verbas que disponibiliza para os assentamentos efetuados pelo INCRA. Criou-se um novo padrão de criminalidade. Como o MST é um movimento revolucionário socialista, ele organiza as invasões quando deseja. Às vezes, tem o apoio da Igreja, às vezes não. Quem não tem qualquer apoio é o fazendeiro que, se resistir à invasão e depredação de sua propriedade, é penalizado. Ele depois é obrigado a recorrer à Justiça para reaver o que é seu de direito e não tem de quem reclamar pelas perdas incorridas, sejam elas de casas, máquinas, equipamentos, e gado ou cultura. No governo Lulla, que anunciava antes da eleição acabar com as invasões, o número delas e o de mortes no campo são crescentes. Para esse fato contribuiu a nãoaplicação da medida provisória de FHC que proibia a distribuição de lotes a invasores de propriedade. O programa de desapropriações, que deveria ser voluntário, ou seja, depender do interesse do proprietário da terra, é ditado pelos interesses políticos do MST e do governo petista. O programa de desapropriações para Pernambuco, por exemplo, contempla o assentamento de 5.260 famílias. Menos de 10% da propaganda que o governo veicula para tentar a reeleição de Lulla.

seus mercados internos e posteriormente se voltaram para o mercado externo. Além disso, procuram potencializar o que já tinham, lembrando que para competir no seu próprio mercado e no mercado internacional é preciso acumular capital físico e humano, e melhorar a qualidade dos dois. Não há outra receita. Por essa razão, é constrangedor que em pleno século 21 ainda haja governantes que acreditam – ou pior, que querem nos fazer acreditar – que o voluntarismo produz o desenvolvimento. "Este ano [2005] vamos crescer pelo menos 5%", disse confiante o Senhor Presidente, para depois mandar nos dizer, na sexta-feira de carnaval, que o crescimento havia sido de 2,3%.

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stamos ficando para trás. O Estado coleta e desperdiça recursos que poderiam estar sendo proveitosamente utilizados pelo setor privado para criar riquezas para a Nação. Não deve surpreender, portanto, que segundo estudo do economista Guilherme Maia, da consultoria Tendências, a produtividade da economia brasileira tenha crescido apenas 0,4% ao ano entre 2003 e 2005, comparado com 4,4% ao ano no período 1999-2002. Com queda no crescimento da produtividade, com investimentos abaixo de 20% do PIB e com a qualidade da educação que temos, vamos continuar patinando no mesmo lugar. Os ingleses denominaram 1348, o ano da Peste Negra, de "Annus Terribilis". Se quisermos deixar de ter novos "annus terribilis" de crescimento medíocre devemos deixar de lado o voluntarismo e lembrar o que realmente faz a riqueza das nações.

ma eleição da maior importância para o Brasil é a do governo do Estado de São Paulo. O primeiro estado da federação, por seu desenvolvimento e por sua importância como centro empresarial, cultural, médico, entre outros bens, São Paulo tem o peso de uma nação, até mesmo em seus problemas não resolvidos, que desafiam as administrações com o adiamento das soluções, não raro para as calendas. Dentre os candidatos que deverão se apresentar destaco pessoalmente como seu amigo e seu admirador o líder empresarial de elevadíssimo mérito, Guilherme Afif Domingos. Conheço-o, somos amigos de longa data, acompanho a sua trajetória meteórica na liderança empresarial, da qual a Associação Comercial de São Paulo é o florão máximo pelo seu imenso prestígio como sociedade voltada para os interesses da classe e a defesa intransigente da

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São Paulo precisa de força nova, que considero estar representada pelo pré-candidato Guilherme Afif Domingos

A produtividade da economia cresceu apenas 0,4% entre 2003 e 2005

Marcos Michael/JC Imagem/AE

ma das principais marcas distintivas das sociedades abertas é o direito de propriedade. As economias socialistas, em especial os regimes comunistas (hoje, quase extintos), limitam extraordinariamente o direito de propriedade. A Constituição, até 1988 – um ano antes da queda do Muro de Berlim – passou a relativizar o direito de propriedade submetendo-o a um indefinido cumprimento de função social. Este dispositivo constitucional nunca foi normatizado e passou-se a qualificar a terra como produtiva ou improdutiva para, nessa segunda hipótese, considerála como desapropriável pelo Estado, em nome do não-

A hora do Leão ANTONIO MARANGON

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omo se convencionou dizer, passado o Carnaval o brasileiro começa a trabalhar! Antes fosse assim. Mas, na verdade, o cidadão começa a trabalhar para si mesmo, uma vez que tudo o que produziu até agora foi para pagar impostos. Em março, também tem início a corrida do contribuinte para prestar contas ao Fisco. A Medida Provisória 280, editada em 15 de fevereiro último, que corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 8%, reduziu um pouco a carga tributária, trazendo um alívio parcial para o bolso do brasileiro, mas ainda falta muito. Mesmo porque a defasagem da tabela do IRPF é de 57,66%, segundo cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), descontado o reajuste da tabela em 2002, a efetiva correção pelo IPCA acumulado entre 1996 e 2004, portanto estamos muito longe ainda da devida justiça fiscal. Sabemos que a correção da tabela do IRPF é um direito do contribuinte, mas infelizmente o dever de cumprir a obrigação da prestação de contas com o Fisco, que se encerra no dia 28 de abril, é fator de maior importância para o governo, que não considera o quanto esse volume de dinheiro na economia poderia gerar em termos de empregos e melhores condições de vida para todos. E o calendário da festa do Leão está apenas no início. Logo mais, em maio e junho, as empresas também deverão prestar contas à Receita Federal, comprovando o que dizem as pesquisas e movimentos realizados por entidades representantes dos setores de serviços, indústria e comércio, onde o Sescon-SP se inclui como uma das mais atuantes, de que os impostos são, sem sombra de dúvidas, os grandes vilões que impedem o crescimento da economia brasileira. Se o Imposto de Renda das Pessoas Físicas, cujas alíquotas são altíssimas para os nossos padrões, fosse o único tributo pago pelos cidadãos

brasileiros, estaríamos em uma situação de razoabilidade. Mas ele é apenas um dos muitos tributos que diariamente somos obrigados a recolher. São, ao todo, 74 taxas, impostos e contribuições que o brasileiro tem de suportar. Sem contar os impostos indiretos que oneram sobremaneira a vida do contribuinte brasileiro, pessoa física ou jurídica. Pagamos impostos em tudo o que consumimos e também nos serviços que contratamos. É possível pagar-se 45,11% de imposto sobre a água que consumimos? 56% sobre a cervejinha que tomamos felizes com os amigos ou 35,2% na macarronada de domingo.

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alta consciência e, por conseguinte, falta ao cidadão cobrar o que tanto contribui em impostos e muito pouco recebeu em serviços públicos de qualidade em setores vitais como saúde, educação, segurança e estradas, só para ficarmos por aqui. Apenas a consciência e um estado permanente de alerta poderá salvar este país e impedir que a ciranda arrecadatória do Fisco continue aumentando suas garras. Este ano teremos eleições para a Presidência da República, governadores, deputados e senadores, portanto este é o momento de analisar o que os nossos representantes estão fazendo com o bolso dos cidadãos e com o dinheiro arrecadado em impostos. O cidadão–contribuinte, em suma, é quem financia o Estado e seus mandos ou desmandos, dependendo de quem assina o cheque. Somos contribuintes, é verdade; portanto, merecemos respeito e atenção dos nossos governantes. Esta é a hora e a vez do Leão, mas em outubro poderá e deverá ser a hora e vez do contribuinte, ou seja, do brasileiro. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

E m outubro será a hora e vez do contribuinte, ou seja, do brasileiro.

livre-empresa e da economia de mercado. Não cito agora os demais candidatos que estão sendo lembrados pelos meios de comunicação, mas terei oportunidade de comentar um por um quando forem lançados pelos partidos políticos. ão Paulo tem necessidade de uma força nova, que considero estar representada pelo précandidato Guilherme Afif Domingos. A opinião pública tem uma enorme responsabilidade na escolha do candidato que merece ser votado, pois uma administração inepta poderá causar grandes males e enormes prejuízos para a nação, dado o peso de São Paulo na economia. Se lembrarmos que o único grande centro financeiro do Brasil está em São Paulo, estará feita a comprovação do que dizemos, se alguém ainda tivesse dúvida de que é preciso eleger um grande brasileiro, um grande paulista e um grande administrador. Fica feita aí a abertura para comentários oportunos que virão no curso da campanha, sempre no interesse exclusivo do Estado de São Paulo.

S

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 21

Leonardo Wen/Folha Imagem

Questão jurídica pode fechar Cinema da Praça Iniciativa social de morador da Freguesia do Ó não foi questionada oficialmente, mas fere lei de direitos autorais Fernando Vieira

Paulo Pampolin/Hype

O Chove forte e Depois de tarde chuvosa, trânsito ficou complicado na marginal Tietê

cidade pára Capital teve 165 quilômetros de congestionamento às 9h, o maior dos últimos 15 meses pela manhã. Neste mês, a quantidade de chuva foi de 92 milímetros.

A

cidade viveu ontem uma manhã caótica. A chuva, alguns acidentes e o excesso de veículos foram apontados como responsáveis pelo congestionamento recorde: às 9h a capital tinha 165 quilômetros de vias com lentidão, o maior índice do ano, no período da manhã, nos últimos 15 meses. Às 12h, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já registrava 38 quilômetros de congestionamentos, quando a média para o horário é de 32 quilômetros. . No ano passado, o recorde de lentidão do ano no período da manhã foi registrado às 9h do dia 14 de março, com 141 quilômetros de vias com problemas. Na ocasião, dois acidentes nas marginais Tietê e Pinheiros contribuíram para o congestionamento. À noite, depois de mais uma tarde chuvosa, o índice de congestionamento registrado às 19h30 foi considerado abaixo da média: 82 quilômetros, enquanto a média é de 91. De acordo com a CET, havia lentidão principalmente na marginal Tietê, em ambos sentidos. C h uv a – De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), de quartafeira, primeiro dia do mês, até as 13h de ontem já havia chovido 92 milímetros, o equivalente a 57,5% da média histórica de março, de 160 milímetros. Pela manhã, os locais mais atingidos foram as regiões de Perus, zona norte, com 35,1 milímetros, e São Mateus, zona leste, com 34 milímetros. Às 15h30, novas pancadas

de chuva atingiram a capital e outros seis pontos de alagamento foram registrados pelo CGE. Quatro deles ficaram intransitáveis. No mesmo horário, a Defesa Civil pôs todas as 31 subprefeituras em estado de atenção. Até o começo da noite, o órgão não tinha registrado ocorrências graves Segundo alertas enviados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) chuvas fortes podem atingir hoje regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de Goiás. Campos de Jordão –A dona de casa Amélia Santa Bueno, de 42 anos, e as filhas Elaine Cristina Bueno e Miriam Eliana Santa Bueno, de 18 e 16 anos, morreram soterradas ontem de manhã, após deslizamento de terra em Campos do Jordão. O acidente aconteceu porque a chuva forte deixou o solo encharcado. . Em Campos do Jordão, há pelo menos cinco áreas com risco de deslizamentos, onde vivem cerca de 600 famílias. A casa onde moravam as vítimas foi construída irregularmente em uma área de risco, na Vila Paulista. Por causa do solo encharcado, o imóvel teve a estrutura abalada e um cômodo foi destruído. As vítimas estavam no quarto, quando, por volta das 9h45, a construção veio abaixo. As três mulheres ficaram sob os escombros. Um vizinho chamou socorro. Por volta das 10hs, quando os bombeiros conseguiram chegar ao local, as moradoras já estavam mortas. (Agências)

Cinema da Praça da Vila Timóteo, na Freguesia do Ó, pode ter suas exibições emperradas por um entrave jurídico. Seu criador, o morador Almir Matos, não tem autorização das distribuidoras para a projeção de filmes. Por isso, a comunidade local pretende redigir um descritivo do projeto, com fins exclusivamente sociais, e encaminhá-lo às empresas cinematográficas. A Subprefeitura da Freguesia do Ó, por sua vez, já analisa a concessão de uma autorização para a comunidade local, que oficializa o uso daquele espaço público para atividades voluntárias de trabalhos sócio-culturais. Segundo Almir Matos, o próximo passo da comunidade é fundar uma associação de bairro para que outras propostas de melhoria possam ser implantadas. “Queremos transformar a pracinha no Espaço Comunitário Vila Timóteo e organizar outras atividades culturais que representem opções de lazer, como apresentações de corais, palestras educativas e exposições de fotos. Não vamos ficar apenas no cinema, mas esperamos que esse projeto não acabe”. Origem – A projeção de filmes em um antigo terreno municipal abandonado, na esquina das ruas Montegolfier Barbieri e Doutor Rodolpho Josetti, foi responsável pela recuperação daquele espaço público, até então utilizado como refúgio de bandidos, segundo mostrou reportagem do Diário do Comércio, em sua edição de ontem. A iniciativa tornou-se uma alternativa de lazer para aquela comunidade. Os filmes exibidos são emprestados pelos próprios moradores, que os compraram. Além disso, eles ajudaram com doações financeiras ou ações individuais, como a construção de brinquedos e de um telão para as projeções. As

Almir e crianças da Vila Timóteo, na Freguesia do Ó: cinema em terreno municipal expulsou bandidos

crianças assumiram a manutenção e a administração do espaço, entusiasmadas com cargos mirins e funções como as de prefeitinho, viceprefeitinho, tesoureiro e segurança da pracinha. Adesão – A mobilização motivou a Prefeitura a iniciar a reforma da praça, cujas obras estão em fase de conclusão. Até o fim desta semana tudo deverá estar pronto: calçadas refeitas, galerias pluviais recuperadas, muros pintados e a arquibancada para apresentações culturais concluída. "Está em estudo a colocação de novos brinquedos no local", afirma o subprefeito da Freguesia do Ó, Odair Ziolli. De acordo com informações da Agência Nacional do Cinema (Ancine), um eventual impasse jurídico que pudesse envolver a exibição de filmes na praça é irrelevante, uma vez que a atividade social não prejudica o setor cinematográfico. Segundo a agência, não há concorrência com terceiros nem a retirada de público das

salas de cinema. Como não se trata de uma atividade comercial, a iniciativa do bairro não pode ser regulamentada pela autarquia especial, vinculada ao Ministério da Cultura. Autorização – Segundo a produtora Conspiração Filmes, qualquer exibição pública de uma obra audiovisual, seja ela gratuita ou com fins comerciais, necessita de uma autorização da distribuidora. “DVD é uma mídia para uso privado e a sua utilização para exibições públicas é ilegal”, afirma Daniela Pupo, do departamento jurídico da produtora. Consultado, o ECAD, órgão responsável pelo recolhimento de direitos autorais das trilhas sonoras de filmes, se manifestou em nota: "O ECAD entende que os fins são sociais e a intenção é louvável, beneficiando a uma camada menos beneficiada da população. O fato é que a Lei 9.610/98, que regula os direitos autorais, em seu artigo 68, diz: 'Sem prévia e expressa autorização do autor, não poderão ser

utilizadas obras teatrais, composições musicais ou litero-musicais e fonogramas, em representações e execuções públicas'. Segue a nota: "Como representante legal dos titulares para realizar a cobrança, garantindo assim os seus direitos, torna-se necessário solicitar esta autorização prévia ao ECAD mediante o pagamento dos devidos direitos autorais. É vedado ao ECAD conceder quaisquer isenções ou deduções na cobrança de direitos autorais de execução pública, salvo quando expressamente autorizado pelos titulares”. Almir Matos espera chegar a um acordo com quem de direito para a continuidade de seu projeto. “De início, foi mero entusiasmo. Desconhecia essa exigência porque não existe qualquer tipo de cobrança de ingresso ou de lucro. Se não conseguirmos a liberação e tivermos de parar com o cineminha, isso vai ferir muito a criançada. A saída será ir atrás de um espaço cultural municipal fechado no bairro”.

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407


terça-feira, 7 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

VENDAS DE SEMIMANUFATURADOS CRESCERAM 26%

As exportações tiveram média de US$ 474,3 milhões por dia.

O SUPERÁVIT DA PRIMEIRA SEMANA DO MÊS FOI DE US$ 629 MILHÕES. CARNAVAL REDUZIU IMPORTAÇÕES.

BALANÇA INICIA MÊS COM SUPERÁVIT A 14

Divulgação

balança comercial registrou superávit de US$ 629 milhões na primeira semana de março, resultado de exportações de US$ 1,423 bilhão e importações de US$ 794 milhões. Ao contrário da tendência de crescimento forte verificada no primeiro bimestre do ano, as importações tiveram uma queda de 1 4% em relação a março de 2005, considerando a média diária de negócios nos dois períodos. A queda, porém, não pode ser tomada como tendência, já que a primeira semana teve apenas três dias úteis e ocorreu num período atípico, o do Carnaval. A média diária de importações na primeira semana foi de US$ 264,7 milhões. As exportações registraram

Visitantes da 54ª Fenatec participam do Fórum das Cores durante evento no Anhembi, na capital

Indústria têxtil aposta nas parcerias para elevar exportações

P

aíses vizinhos da América do Sul, como Colômbia, Chile, Argentina e Uruguai, têm sido parceiros importantes para que o Brasil não sinta os efeitos danosos da queda do dólar nas exportações. "Temos exportado bastante para a América Latina. A Colômbia, seguida de Chile, Argentina e Uruguai, tem comprado muito tecido do Brasil. Tenho certeza de que o panorama não vai mudar", disse a diretora de estratégia de negócios da Alcântara Machado, Roberta Dias. A informação foi divulgada ontem, na 54ª Fenatec – Feira Internacional de Tecelagem, que vai até sexta-feira, no Anhembi, em São Paulo. Além de Roberta, estiveram presentes outros especialistas do segmento, como Josué Gomes da Silva, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone Netto, presidente

Divulgação

Roberta Dias e Fernando Pimentel

do Sintêxtil-SP e Fabianne Pacini, gerente de comunicação da Invista (Lycra) para a América Latina. "Com o preço do dólar caindo, o Brasil tem de se valer de seus parceiros mais próximos", afirma Roberta, que está otimista com a reação que o mercado de tecidos mostrou nos últimos meses. "As exportações no setor têxtil melhora-

ram bastante. Depois que o dólar começou a cair, tivemos uma queda de 2% nas exportações. Mas a tendência é alcançar o patamar do ano passado, com 5% de crescimento no final do ano", afirmou a executiva, que aposta no sucesso do biquíni brasileiro para manter o bom nível das exportações. "No setor de tecidos, o produto mantém excelentes médias de exportações. A indústria nacional tem tradição de 60 anos e deverá ficar na ponta este ano", disse ela. Apoio – Para manter o otimismo mesmo diante da queda do dólar, Roberta se apóia no trabalho que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realiza no País. "As palestras e seminários que estão sendo ministrados sobre o setor de tecidos contribuem para alavancar tanto o mercado interno como o externo." Wladimir Miranda

Petrobras bate novo recorde

A

Petrobras informou ontem que bateu, em fevereiro, o recorde mensal na produção nacional de petróleo, atingindo a média de 1,758 milhão de barris por dia. O recorde anterior, registrado em junho de 2005, foi de 1,755 milhão de barris diários. Segundo nota distribuída pela empresa, o aumento da produção foi obtido sem nenhuma nova plataforma em operação, refletindo apenas o bom desempenho das instalações que já existem. O texto usa como exemplo a plataforma P-43, do campo de Barracuda, na Bacia de Campos, que entrou em operação no final de 2004. A unidade foi

projetada para produzir 150 mil barris de petróleo por dia, mas atingiu a média diária de 178 mil barris no mês passado, graças a "melhorias operacionais introduzidas depois de sua instalação". Sozinha, a P-43 é responsável cerca de 10% de toda a produção nacional de petróleo. Barracuda e Caratinga – A embarcação faz parte do projeto Barracuda e Caratinga, que conta com outra plataforma de mesmo porte, instalada em meados de 2005. As duas unidades foram as principais responsáveis pelo incremento da produção no ano passado, quando a Petrobras obteve, pela primeira vez em sua histó-

ria, um superávit em volume em sua balança comercial, exportando 58 mil barris por dia a mais do que importou. O volume produzido em fevereiro é 15% superior ao 1,524 milhão de barris por dia registrados no mesmo mês do ano passado Em abril, a Petrobras inicia a produção na plataforma P-50, que vai consolidar a auto-suficiência na produção nacional de petróleo. Com capacidade para produzir 150 mil barris por dia, a unidade está ancorada na Baía de Guanabara, finalizando testes em equipamentos, e deve seguir para o campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, até domingo. (AE)

Portugal Telecom rejeita oferta do Sonae

O

Conselho de Administração da Portugal Telecom (PT) rejeitou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom, considerando que a proposta desvalorizava "significativamente" a empresa. A administração da Portugal Telecom comprometeu-se, se a OPA não tiver sucesso, a remunerar os acionistas em dinheiro em três bilhões de euros entre 2006 e 2008, propondo um dividendo ordinário de 0,475 euro por ação referente ao exercício de 2005, ante o 0,385 euro inicialmente previsto. No âmbito da remuneração

aos acionistas, a empresa terá política de dividendos progressivos até 2008 e a uma remuneração extraordinária a implementar 12 meses após a rejeição da OPA da Sonaecom. Crescimento – A PT deve ter crescimento de 3% a 5% nos próximos três anos e a gerar entre 5 e 5,5 bilhões de euros de fluxo livre de caixa operacional no período. A Portugal Telecom mencionou que vai conseguir poupanças anuais de 150 milhões de euros até 2008. A empresa está disposta a abrir em condições de igualdade a rede fixa a outros operadores de telefonia e promover um

modelo de utilização partilhada das redes móveis. "A oferta da Sonaecom de 9,5 euros por ação é baixa e oportunista, subavaliando significativamente a PT", segundo o comunicado do Conselho de Administração entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "A PT criará valor superior aos seus acionistas", disse o presidente-executivo, Miguel Horta e Costa, numa entrevista para anunciar os resultados de 2005. O lucro líquido do grupo foi de de 654 milhões de euros (US$ 786 milhões) em 2005. (Agências)

por cento foi a queda das importações no início deste mês em relação a igual período do ano passado média de US$ 474,3 milhões por dia, 12,8% maior que a média diária de março de 2005. Com o resultado da primeira semana de março, as exportações acumuladas no ano somam US$ 19,444 bilhões e as importações, US$ 13,149 bi-

lhões, com saldo positivo de US$ 6,295 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que o aumento das exportações ocorreu nas três categorias de produtos. As exportações de semimanufaturados subiram 26%, com destaque para semimanufaturados de ferro e aço, catodos de cobre, alumínio bruto, celulose, açúcar bruto, couros e ligas de alumínio. As vendas de manufaturados cresceram 14,1%, por conta de gasolina, suco de laranja, óleos combustíveis, pneus, bombas e compressores, autopeças e motores para veículos. Nos produtos básicos, a alta foi de 1,9%, destacando-se minério de ferro, carne bovina, soja em grão e farelo de soja. (AE)

Empresas disputam Alpargatas

N

o mercado portenho é cada vez mais forte o boato de que a brasileira Camargo Corrêa estaria negociado a compra da Alpargatas. Dona da maior cimenteira da Argentina, (Loma Negra), a Camargo Corrêa, por meio de sua empresa Têxtil Santista, já estaria em fase "bem adiantada" de negociações com o fundo Newbridge, proprietário da empresa

fabricante de roupas e calçados esportivos, disse uma fonte do mercado. A Alpargatas fabrica a marca Topper na Argentina e tem instalações em sete províncias. Disputa – De acordo com os rumores, as negociações teriam sido iniciadas há quatro meses. Mas a Camargo Corrêa não é a única brasileira interessada e estaria disputando o negócio com a Vicunha,

dona da Hering, que opera na Argentina por meio de sua filial Brastex, com sede em Buenos Aires, e com a Textil Canatiba, uma das maiores produtoras de denim na América do Sul e com pouca presença no mercado argentino. A Coteminas, que possui unidade fabril na Argentina, também estaria brigando pelo negócio, segundo informações do mercado. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

poLítica

POLÍTICA - 3

PRESIDENTE CHEGA A LONDRES PARA FECHAR ACORDOS COMERCIAIS Lula Marques/Folha Imagem

Eymar Mascaro

Decisão no PSDB

I

ndependentemente da resposta de Serra à cúpula do PSDB, sobre sua condição de presidenciável, a verdade é que Geraldo Alckmin continua mais candidato do que nunca. Para o governador, não basta o "sim" de Serra para definir a candidatura tucana. É preciso que o partido diga quem é o candidato à sucessão de Lula. Pelo jeito, Alckmin quer decidir a escolha no voto. Mas o próprio governador afasta a hipótese de prévias para a indicação do candidato. Conclui-se, então, que Alckmin gostaria de levar a decisão para a convenção de junho. Entre uma coisa e outra, porém, existe a decisão partidária a ser tomada pelo triunvirato FHC/Tasso Jereissati/Aécio Neves. A cúpula aproveitou a reunião de tucanos na homenagem ao exgovernador Mário Covas, morto há cinco anos, para mais uma rodada de conversações com Serra e Alckmin. O prefeito gostaria de postergar a decisão, mas a cúpula quer decidir a curto prazo. A promessa é que o partido anuncie o nome do candidato nas próximas horas.

DEMORA

Os tucanos atribuem a recuperação do petista pela demora do PSDB na indicação do candidato. Mas a verdade é que a recuperação de Lula se deu em todos os níveis, abrangendo quase todas as camadas sociais. É isso que assusta os tucanos.

SEM ESPERA

O triunvirato FHC/Tasso Jereissati/Aécio Neves não quer esperar pelo resultado das prévias do PMDB, marcadas para o dia 19, para anunciar a escolha do candidato. Tasso acha que o partido já passou da hora e precisa decidir com a máxima urgência.

estados a mesma coligação feita na eleição para a presidência da República.

DERROTA Para a tucanada, a decisão do TSE representou uma derrota para Lula, que apoiou a emenda constitucional aprovada no Congresso extinguindo a verticalização. Sem a verticalização seria mais fácil aos governistas do PMDB melar as prévias do dia 19.

NO CARGO

IRREDUTÍVEL

Até agora, Alckmin está irredutível: diz que deixa o governo no dia 31, qualquer que seja a decisão sobre a candidatura presidencial. Lembrete: as pesquisas tem revelado que Alckmin derrotaria Eduardo Suplicy para o Senado.

PRÉVIAS

Vence dia 10 o prazo dado pelo PMDB para os candidatos que queiram disputar as prévias do partido. Por enquanto, apenas Anthony Garotinho e Germano Rigotto registraram suas candidaturas. Diz-se que o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, também se inscreveria para tentar a legenda do PMDB.

VERTICALIZAÇÃO A cúpula tucana apoiou a decisão do TSE de manter a verticalização nas eleições de outubro. Pelo sistema de verticalização, os partidos são obrigados a seguir nos

LULA NO REINO UNIDO: SÓ ELOGIOS, APESAR DOS ESCÂNDALOS. JORNAIS DESTACAM QUE LULA SOUBE CONTORNAR O ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO NO PAÍS, ELOGIAM A POLÍTICA ECONÔMICA E ALERTAM A EUROPA PARA O POTENCIAL DO QUE CHAMARAM DE "GIGANTE EMERGENTE".

PROMULGAÇÃO Os presidentes da Câmara e do Senado, Aldo Rebelo e Renan Calheiros, não querem saber se o TSE votou pela manutenção da verticalização. Ainda esta semana, Calheiros quer promulgar a emenda que extinguiu a verticalização. Isso significa que teremos uma longa batalha jurídica.

RECURSO Além da promulgação da emenda aprovada no Congresso, o deputado Aldo Rebelo vai recorrer da decisão do TSE encaminhando recurso ao STF. Ainda não se conhecem as regras para as eleições de outubro e as coligações entram na fase do banho-maria.

EMPERRADO

Tucanos de São Paulo estão pressionando Geraldo Alckmin para que continue no cargo até o fim do mandato, caso o escolhido para candidato a presidente seja José Serra. Os tucanos admitem que o PSDB terá mais chance de eleger o governador paulista se Alckmin não se ausentar do cargo.

Bandeira brasileira é colocada na rua em frente ao Palácio de Buckingham, onde o presidente Lula e seis ministros se hospedarão a partir de hoje.

Com a dúvida sobre a verticalização, os partidos são forçados a retardar as conversações sobre as coligações. PT e PSDB, por exemplo, correm atrás do apoio do PMDB. Se a verticalização for mantida, fica mais difícil para o PMDB lançar candidato próprio.

SOBREVIVÊNCIA Sem o direito da livre coligação nos estados, os partidos nanicos acham que vão sumir do mapa. Caso, por exemplo, do PC do B do deputado Aldo Rebelo. Os partidos menores ajudaram Lula a derrubar a verticalização no Congresso. Agora, vão engrossar a luta pela sobrevivência.

MAIS LONGE Eduardo Paes, sub-relator da CPMI dos Correios, quer prorrogar os trabalhos da comissão para apurar novas denúncias de que mais deputados estariam envolvidos com o mensalão. Fala-se que 55 dos 81 deputados do PMDB estariam implicados com a compra de votos para apoiar o governo no Congresso.

VOTAÇÃO Está mantido para amanhã o processo de votação dos projetos de cassação dos deputados Roberto Brant (PFL) e Professor Luizinho (PT) no plenário da Câmara. A CPMI dos Correios mantém para o dia 15 o novo depoimento do marqueteiro Duda Mendonça, em sessão secreta.

N

ão é como em 2003, quando sua visita ao Reino Unido foi embalada pela então recente e histórica chegada de um candidato oriundo das classes populares ao poder da quarta maior democracia do mundo. Mas a crise política parece ter causado poucos danos à imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos junto a alguns dos principais órgãos de imprensa do país. Lula, que chegou ontem a Londres, inicia hoje visita oficial de três dias sob afagos de jornais de diferentes vertentes políticas. Semana passada, o presidente havia sido bastante elogiado pela revista Economist. Ontem, três dos principais jornais britânicos publicaram reportagens ou editoriais anunciando a visita. Embora não tenham se furtado a mencionar os escândalos e os momentos difíceis vividos pelo presidente há bem pouco tempo, os jornais não hesitaram em dizer que o pior parece ter

passado para Lula – quem, segundo as publicações, soube contornar o escândalo de corrupção –, e elogiaram sua política econômica e social. Ajuda divina – "Deus, dizem, é brasileiro", diz o artigo de ontem do Financial Times intitulado "Todo-Poderoso golpe da fortuna", sobre a recuperação da popularidade de Lula. Segundo o jornal, "certamente Lula tem muito a agradecer a ele quando levantou seus braços em uma prece no início do amanhecer em uma praia parcialmente deserta no Estado nordestino do Piauí, duas semanas atrás". Para o autor do artigo, Jonathan Wheatley, Lula "está aproveitando uma reviravolta em sua fortuna que sugere uma intervenção divina". Ele lembra que em 2006, o escândalo do mensalão que afetou o governo perdeu força e a estabilidade econômica, apesar das 'taxas desapontadoras' de crescimento, ajudaram na recuperação da

UM PEDIDO: VANTAGENS PARA PAÍSES POBRES.

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Londres disposto a conquistar o apoio do primeiro-ministro Tony Blair para a causa dos países pobres. Na edição de ontem do seu programa semanal de rádio, Lula afirmou que vai insistir com Blair na necessidade de redução dos subsídios agrícolas para beneficiar os países subdesenvolvidos. "Estou conversando com Tony Blair desde dezembro, já falei duas vezes por telefone, falei com ele agora na África do Sul que precisamos fazer com que a União Européia, representando uma parte dos países ricos, flexibilize nas negociações para que a gente possa diminuir os subsídios agrícolas para favorecer os países mais pobres porque, se não fizermos isso, estaremos dizendo aos países mais pobres que eles vão continuar mais pobres daqui a 30 anos", disse Lula, no "Café com o Presidente".

O presidente aproveitará o encontro com Blair, marcado para quinta, para tratar de um assunto que tem permeado seus discursos: o biodiesel. Na pauta, estará a questão dos combustíveis renováveis. Para Lula, a Inglaterra pode fazer parceria com o Brasil na área. Encontros – Além de encontros com Blair e com a rainha Elizabeth II, Lula também se reunirá com ministros e políticos e terá três eventos com empresários britânicos. Os governos brasileiro e britânico firmarão acordos de cooperação nas áreas de educação, combate à pobreza, saúde, ciência e tecnologia e promoção do desenvolvimento sustentável. Lula também deve reiterar a defesa da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e até o tema da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto no ano passado pela polícia inglesa, deve entrar na pauta das conversas. (Agências)

popularidade do presidente. Num editorial intitulado "Gigante Emergente", o jornal The Times afirmou que a GrãBretanha deveria estar mais interessada no Brasil. "Ao longo dos próximos 25 anos o Brasil, como outros, incluindo a Indonésia e o México, vão se tornar mais do que um poder emergente", diz o texto. "Isso já está claro pelo papel crucial que o senhor da Silva vai ter nas negociações mundiais do comércio. Essa é uma nação que, se explorar seus ativos substanciais com inteligência, será muito mais do que uma superpotência do futebol." Créditos – O Times classificou de louvável a recuperação de Lula num ambiente político tão volátil como o brasileiro. E aplaudiu o que chamou de sua fuga do populismo preguiçoso que, segundo o jornal, é marca registrada de outros líderes da América do Sul, como o venezuelano Hugo Chávez e o boliviano Evo Morales.

O jornal ainda elogiou a economia brasileira. "Pela primeira vez na história, a economia não será um tema em brasa neste ano eleitoral." Segundo o diário, a média de crescimento da economia brasileira nos últimos três anos, 2,6% do PIB, se comparada a outros países, é decepcionante. "Mas o presidente tem insistido que um crescimento constante e sustentável... oferece perspectiva muito melhor de longo prazo para retirar milhões de pessoas da pobreza..." Em editorial, o The Independent, observou que a América Latina raramente é mencionada nos debates sobre quem vai dominar a economia mundial. "Um erro nosso porque alguns países naquele continente negligenciado estão avançando mais rapidamente do que nós na Europa percebemos", disse o jornal. "Isso se aplica principalmente para o Brasil, cujo vigoroso presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, inicia visita à Grã-Bretanha." (Agências)

Factoring

DC

PREOCUPAÇÃO

A recuperação de Lula entre eleitores no Estado de São Paulo é o fator de maior preocupação dos tucanos. Se a eleição fosse hoje, segundo o Ibope, Lula teria o mesmo índice de votos de Serra e Alckmin no Estado: 32%.

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


quarta-feira, 8 de março de 2006

Nacional Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

ELAS GANHARAM R$ 4,87 POR HORA DE TRABALHO EM 2005

Dois gatos morreram no norte da Alemanha por causa da gripe aviária.

ELAS MAIS VAGAS PARA AS MULHERES Cerca de 60,4% dos postos de trabalho criados no ano passado foram ocupados por mulheres, segundo pesquisa da Fundação Seade. Mas elas ganham menos. Luludi/LUZ

O

Beatriz Sayuri Miyagi é condutora dos trens da CPTM. Na segunda-feira, assume o posto de engenheira.

INFLAÇÃO Em fevereiro, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna teve deflação de 0,06%.

Ó RBITA

ALIMENTOS O valor da cesta básica teve queda de 0,32% em fevereiro, segundo o Procon-SP.

Milton Mansilha/LUZ

DE PORTA ABERTA AOS DOMINGOS

N

as cidades onde não há lei municipal que estabeleça restrições, o comércio pode funcionar aos domingos. Esse foi o entendimento da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP). A decisão foi dada durante o julgamento de mandado de segurança da loja Robertalex Calçados e Confecções à 1ª Vara do Trabalho de Suzano diante da ameaça do representante do Ministério do Trabalho e Emprego da região de

ÁLCOOL

A

redução do percentual de álcool anidro na gasolina, que entrou em vigor na quarta-feira de Cinzas, não foi suficiente para conter a escalada no preço do álcool, segundo pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O preço do produto hidratado chegou a R$ 1,879 por litro, uma alta de 5,26%, ou quase R$ 0,10 por litro. O Ministério de Minas e Energia estuda forma de dar ao álcool status legal de combustível, no lugar de produto agrícola, para que tenha maior controle do governo federal. (AE)

TARIFAS

O

vice-presidente do conselho consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luis John Cuza, disse ontem que está recomendando à agência rapidez na adoção do novo método de cálculo das contas da telefonia fixa, que usará os minutos de ligação, e não mais os pulsos. (AE) A TÉ LOGO

autuar os estabelecimentos comerciais que funcionassem aos domingos e feriados. A loja sustentou que a medida estaria violando "direito líquido e certo" de

abrir aos domingos e feriados e pediu a concessão de uma liminar preventiva. O juiz da vara atendeu em parte, somente para autorizar que a loja funcione aos domingos. (Agências)

DÚVIDA SOBRE ENTREGA DO DACON

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nsegurança. Esse é o sentimento dos contabilistas que ainda não sabem qual o prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon) referente a janeiro. O documento, em tese, deveria ser entregue juntamente com a Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), cujo prazo expirou ontem. Mas o programa gerador do Dacon ainda não foi liberado no site da Receita Federal. Na Instrução Normativa SRF nº 590, de 22 de

dezembro de 2005, o artigo 8º dispõe que, em caráter excepcional, a obrigatoriedade de entrega das declarações relativas ao ano de 2006 vigorará a partir do período em que os respectivos programas forem disponibilizados. "A indefinição da Receita deixa contribuintes e contadores inseguros", diz o advogado Ari Carrion, da WAP Consultoria, que teme que o período de entrega coincida com o da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), sobrecarregando os escritórios. Adriana David

18 PRODUTOS COM IMPOSTO ZERADO

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ma resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), publicada ontem no Diário Oficial, reduziu a zero a alíquota do Imposto de Importação para 18 produtos. Os setores beneficiados serão construção civil, agronegócio, energia e têxtil. A iniciativa faz parte

da estratégia do Ministério da Fazenda de reduzir pontualmente as tarifas de importação para tentar manter o controle da inflação e refrear – facilitando as importações –, o processo de valorização do real frente ao dólar. A decisão da Camex deve ter efeito limitado, por enquanto. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Governo envia à Câmara a Lei do Gás

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Vale prevê alta de preços de minério de ferro

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Telexpo expõe convergência de tecnologia

s 1,3 milhão de pessoas que diariamente sobem e d e s c e m d o s v agões da Companhia Paulista d e Tre n s M e t ro p o l i t a n o s (CPTM) certamente não conhecem a engenheira Cássia Maria dos Santos, mas elas devem a segurança de suas viagens a ela. Cássia é responsável por gerenciar a manutenção dos trilhos, sinalização e toda a infra-estrutura de parte dos 253,2 quilômetros de linhas operadas pela CPTM. A engenheira é pioneira na função de chefia de manutenção de estradas de ferro, cargo que ela mantém já há três anos. Ainda que existam algumas outras Cássias por aí, encontrar mulheres em cargos de destaque não é algo habitual, segundo Cecília Comegna, coordenadora de estudos de gênero da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). "É uma questão cultural, que só vai mudar com o desenvolvimento de políticas públicas e iniciativas de empresas. Mas já há companhias que trabalham com cotas de mulheres em cargo de chefia", diz Cecília. "Ainda que haja preconceito, é preciso ignorar tudo e se concentrar no trabalho, porque ninguém descarta um bom profissional pelo fato de ser mulher", conta Cássia. Salário menor – Não é só a

posição de menor prestígio na empresa que revela ainda haver desigualdade pendendo para o lado do sexo feminino no mercado de trabalho. Pesquisa divulgada ontem pela Fundação Seade mostrou que as mulheres conseguiram conquistar mais vagas no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo em 2005, mas elas continuaram ganhando menos que os homens. No ano passado, 60,4% dos postos criados na região foram ocupados por mulheres, mas elas tiveram rendimento anual mé-

Paulista ganha prêmio do Sebrae

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empresária paulista Maria Helena Bastos foi uma das dez brasileiras (duas por região) que ganharam o Prêmio Mulher Empreendedora, divulgado ontem na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A empresária deixou uma bem-sucedida carreira como executiva de uma multinacional para realizar seu sonho: o de plantar café. (Ag. Sebrae)

dio de R$ 813, enquanto o deles atingiu a casa dos R$ 1.267. "Preconceito existe, mas, no meu caso, quando tenho um objetivo, dou um jeito de alcançá-lo", revela Beatriz Sayuri Miyagi, que, para fazer companhia à Cássia, na engenharia da CPTM, traçou um caminho incomum para mulheres, e há seis anos tem trabalhado como condutora dos trens da Companhia. "Sou eu a responsável por levar cerca de 2 mil passageiros em segurança para casa diariamente", diz a engenheira. Na segunda-feira, ela assumirá um posto na engenharia na CPTM, a sua meta. A diferença entre os rendimentos anuais médios não mostra a real disparidade de renda entre homens e mulheres. Segundo Alexandre Loloian, coordenador do estudo de mercado da Fundação Seade, como a jornada média de trabalho das mulheres é, em geral, de 39 horas semanais, e a dos homens de 46 horas semanais, o melhor indicador é a hora trabalhada. Enquanto elas ganharam no ano passado R$ 4,87 por hora de atividade, os homens receberam R$ 6,44. Os R$ 4,87 que as mulheres receberam em 2005 significaram uma perda 2,1% em relação ao valor de 2004, enquanto, para os homens, o valor da hora trabalhada subiu 0,7% no período. Renato Carbonari Ibelli


terça-feira, 7 de março de 2006

Te l e f o n i a Lançamento Varejo Hi-Tech Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 O Kiosk 8560 fornece informações sobre produtos, pesquisa de preços e permite fazer encomendas especiais

SUPERMERCADOS APOSTAM CADA VEZ MAIS NA TI

Fotos: Divulgação

Empresas ampliam parceria entre computador e carrinho de compras do super

No futuro, os supermercados serão ainda mais práticos: o Kiosk 8560 (à esq.) e o Cart Companion (acima) prometem ajudar nessa tarefa

Sistemas que economizam tempo e aumentam conforto do consumidor são quase tão valorizados quanto preços baixos Por Sergio Kulpas

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ma parceria entre empresas de tecnologia e supermercados nos EUA está dando origem a uma nova geração de carrinhos de compras. Computadores do tamanho de um notebook, com conexão sem fio ao sistema central da loja, permitem que o consumidor encontre os produtos que deseja, veja o preço com um scanner de código de barras, some itens numa calculadora e até pese as mercadorias. Empresas como a IBM e a Cuesol (http://www.cuesol. com) estão testando suas versões em parcerias com redes de lojas norte-americanas. Chamado de "Shopping Buddy" ou "Cart Companion", os equipamentos são essencialmente "computadores de bordo" para carrinhos de compras. As empresas pretendem embutir um número cada vez maior de funções no computador: além de

localizar, pesar e comprar mercadorias, o aparelho permite que o cliente encomende algum produto não encontrado no dia, além de alertar o consumidor para ofertas e promoções relâmpagos. A nova tecnologia está sendo bem recebida pelos supermercados, mesmo numa fase inicial de testes. O setor supermercadista tem uma das competições mais acirradas por vantagens ao consumidor, ao mesmo tempo em que busca maneiras de fidelizar o cliente e obter mais dados sobre o perfil do comprador individual. O "Shopping Buddy" surgiu a partir de uma pesquisa de dois anos realizada pela IBM sobre os desejos do consumidor durante a experiência de compra. O equipamento foi desenvolvido para oferecer o maior número de opções ao consumidor. Do lado do comerciante, as vantagens tam-

bém são aparentes: cada carrinho de compras inteligente tem um chip transmissor de rádio (RFID) que indica a cada instante a posição do carrinho na loja. Isso permite que ofertas especiais sejam exibidas na tela, no momento em que o cliente passa diante das mercadorias. O sistema também permite que o consumidor veja um mapa preciso para encontrar um item desejado, a partir

de qualquer ponto da loja. Parece algo para um futuro distante? Nem tanto. Redes de supermercados em vários estados dos EUA estão testando a tecnologia. Especialmente na costa leste dos Estados Unidos, a demanda pelos clientes por soluções tecnológicas é maior. Combinado com o cartão de fidelidade, o carrinho de compras inteligente pode ter

um histórico das compras do cliente individual, indicar ofertas dentro dessa lista freqüente e sugerir novos itens. O cliente pode ainda enviar de casa a lista de compras via e-mail ao supermercado, que transfere a lista para a tela do carrinho. Como o computador do carrinho registra cada item por código de barras, ele praticamente elimina as filas nos caixas. Basta verificar o total e pagar a quantia exata. O aparelho serve ainda para pegar encomendas em áreas da loja, como

venda em redes. O aparelho, chamado Kiosk 8560, é instalado nos corredores e fornece informações sobre produtos, pesquisa de preços e permite encomendas especiais. O Kiosk 8560 custa cerca de US$ 1.000 por unidade nos EUA, e a encomenda média é de dez unidades. Pequenas redes, como Stop & Shop, Marsh e Safeway já desistiram de brigar por preços com gigantes como o WalMart. Esses mercados de médio porte são os que mais investem em novas tecnologias de atendimento. Melhorar a qualidade do atendimento e sofisticar a "experiência da compra" são estratégias dessas redes. Uma pesquisa da WSL Strategic Retail com 1.146 consumidores indicou que 45% pagariam um pouco mais para comprar em um ambiente mais agradável. Com margens de lucro cada vez mais finas, os supermercados estão apostando cada vez mais na tecnologia da informação como estratégia contra as mega-redes. Em boa parte dos casos, essa estratégia está se mostrando acertada: sistemas que economizam tempo e aumentam o conforto do consumidor são quase tão valorizados quanto os preços baixos. As lojas, por sua vez, aumentam seu conhecimento padaria, doceria e açougue. sobre os hábitos de compra do Em vez de pegar um número e cliente, e buscam aprimorar o esperar o chamado, a tela avisa atendimento. A Stop & Shop já está testanque o pedido está pronto. O mesmo pode ser feito com do os carrinhos equipados itens não encontrados em uma com o "Shopping Buddy" em visita à loja: a tela avisará sobre três lojas da rede, e deve exa disponibilidade do produto pandir a tecnologia para 20 lojas até o final do ano. Segundo na próxima compra. Já a Hand Held Products um porta-voz da empresa, os (http://www.handheld.com) clientes aprovaram o novo está lançando um novo equi- equipamento de compras. sergiokulpas@gmail.com pamento para auxiliar na


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

MULHERES COMPRARAM 29,8% MAIS COM CARTÕES

11,4

bilhões de reais foi o total distribuído aos acionistas da Vale do Rio Doce entre os anos de 2001 e 2005

VALORIZAÇÃO DA MOEDA, NO ENTANTO, NÃO PODE SER CONSIDERADA UMA TENDÊNCIA, DIZEM ANALISTAS

EM DIA DE AJUSTES, DÓLAR TEM FORTE ALTA Tasso Marcelo/AE – 15/08/03

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dólar comercial interrompeu uma seqüência de três quedas e fechou a segunda-feira em alta de 1,37%, a R$ 2,139 na compra e R$ 2,141 na venda. Na máxima, a moeda americana chegou a ser vendida a R$ 2,145, com alta de 1,56% sobre o fechamento de sexta-feira. O mercado financeiro acompanhou nesta segunda-feira o movimento internacional. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), depois de sucessivos recordes, os investidores ajustaram os preços de algumas ações, aproveitando a queda nas bolsas norte-americanas, que repercutiram a compra da Bellsouth pela AT&T, a maior companhia de telecomunicações dos Estados Unidos. Segundo João Medeiros, diretor da Corretora Pioneer, "os investidores estrangeiros estão se desfazendo de títulos do governo para comprar dólar barato", o que faz a cotação subir periodicamente. Mas a tendência é de queda da moeda norte-americana, mesmo que o Banco Central anuncie amanhã uma nova redução da Selic, a taxa básica de juro. "Nossa taxa, ainda que caia um ponto, continuará sendo a maior do mundo, e os investidores estrangeiros permanecerão aplicando recursos no Brasil, garantindo uma cotação menor do dólar", disse Má-

rio Battistel, diretor de câmbio da Corretora Novação. Junto com o Copom, os dados de inflação serão bastante observados nesta semana, que está carregada de indicadores para serem divulgados. Ontem a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O índice registrou em fevereiro deflação de 0,03%, con-

1,37 por cento foi a valorização, ontem, da cotação do dólar no segmento comercial. Para venda, moeda fechou a R$ 2,141. tra uma taxa de 0,5% em janeiro e deflação de 0,08% na prévia anterior do indicador. Hoje será divulgado o IGPDI, também de fevereiro, e na sexta-feira o IPCA do mês passado, o indicador mais importante da semana. Segundo pesquisa do Boletim Focus, com 100 instituições financeiras, o mercado voltou a reduzir a estimativa para o IPCA, que é a base da meta de inflação.

Bolsa de valores— A Bovespa fechou em forte baixa ontem, com os investidores embolsando parte do lucro de mais de 17% que acumulava no ano até sexta-feira. A influência negativa das bolsas americanas veio das preocupações com o rumo do juro dos Estados Unidos. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro do país superou 4,7% anuais e atingiu o maior nível desde meados de 2004. No cenário econômico, a agenda foi fraca. "O mercado aproveitou o dia para realizar lucros. É um movimento normal", comentou ontem o analista de uma corretora de valores. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, encerrou em baixa de 2,26%, a 38.354 pontos. Dos 57 papéis do Ibovespa, apenas cinco subiram. O volume financeiro ficou em R$ 1,98 bilhão, abaixo da média diária deste ano, de R$ 2,44 bilhões de reais. Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,57% no fechamento. A blue chip Petrobras PN caiu 2,75%, seguindo a queda de concorrentes globais depois que o petróleo recuou US$ 1,26 nos Estados Unidos. As ações preferenciais série A da Companhia Vale do Rio Doce, que divulgou o balanço do quarto trimestre de 2005 depois do fechamento (leia mais no texto à direita), cedeu 1,8%. (Agências)

COPOM Analistas apostam em cautela

Banco Central deve manter a postura "comedida" que tem caracterizado a condução da política monetária doméstica, segundo a maioria dos analistas em Wall Street, reduto financeiro de Nova York. Para os especialistas, haveria espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) implementasse um corte mais amplo da Selic no encontro de hoje e amanhã, mas a autoridade monetária deve ter um fôlego para poupar munição valendo-se da tendência declinante da curva dos juros de longo prazo. Na avaliação de John Welch, vice-presidente sênior e estrategista da Lehman Brothers, o Copom deve cortar a Selic em 0,75 ponto. "Poderiam fazer mais", diz o analista ao enume-

rar que as expectativas de inflação estão alinhadas com a meta do BC, os níveis de atividade econômica apresentam recuperação e "as condições monetárias estão apertadas". Contudo, ele acrescenta que "a taxa de câmbio está forte e a curva de juros é declinante". Dessa forma, avalia, os juros já baixam em termos absolutos e, então, o Copom deve ver o fato como uma oportunidade para manter constante a velocidade de queda da Selic e assim não perder o controle sobre o ritmo de redução do juro. Douglas Smith, economistachefe para as Américas do Standard Chartered Bank, também cita que os juros de longo prazo estão caminhando para baixo e classifica essa trajetória como "importante", o que pode permitir ao BC promover um

corte do juro mais limitado. De fato, o analista espera um corte de 0,5 ponto amanhã e pondera que o Copom vai se defrontar com uma decisão dura, uma vez que a "taxa mantém o crescimento lento". Copom comedido — Drausio Giacomelli, estrategista do JP Morgan, também espera redução do juro em 0,75 ponto e, mesmo vendo espaço para um corte maior, acredita que o Copom deverá "continuar comedido". Ele estima mais cortes até o fim de 2007, mas diz que a autoridade monetária deverá continuar cautelosa, pois sabe que o País tem memória inflacionária. "A melhor política de desinflação do governo tem sido o real forte", completa. Assim, para Giacomelli, o BC deverá manter o mesmo ritmo de flexibilização do juro. (AE)

mercado financeiro chegou à véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre hoje e amanhã, apostando as fichas em novo corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic). Com isso, a taxa passaria dos atuais 17,25% para 16,5%. A expectativa de corte dos juros foi captada na pesquisa semanal que o Banco Central (BC) faz para avaliar as projeções das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. No caso dos juros, a previsão do mercado em relação a um novo corte dos juros tem como razão principal a expectativa de que a inflação está sob controle. "Com o câmbio ajudando, as previsões para o IPCA só ten-

dem a recuar", disse um analista, referindo-se ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Na pesquisa, a previsão para o IPCA deste este ano recuou pela terceira vez consecutiva e caiu de 4,59% para 4,56%. Com a queda, a distância entre a projeção do mercado e a meta oficial de inflação deste ano, de 4,5%. passou a ser de 0,06 ponto percentual. "Não descarto a hipótese de essas projeções caírem e ficarem nos 4,5% da meta central", comentou um analista. O nível de atividade econômica é outro ponto apontado pelos analistas para explicar o otimismo com os preços. Na pesquisa, a previsão de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) continuou em 3,5%, o que já dura

44 semanas consecutivas. O percentual é inferior aos 4% esperados pelo BC e menor que os 5% estimados por alguns integrantes da equipe econômica do governo. Ao mesmo tempo em que aposta na queda dos juros nesta semana, o mercado financeiro mantém as estimativas para a taxa Selic no fim do ano. Depois de duas semanas em queda, a previsão para o fim de ano foi mantida em 14,5%. Nesse cenário, o Copom manteria a estratégia de cortar os juros em 0,75 ponto percentual nas reuniões de abril e junho. Em julho, o ritmo de quedas dos juros básicos seria reduzido para 0,25 ponto percentual e as taxas parariam de cair em agosto, quando a taxa Selic iria a 15% ao ano. (AE)

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Evolução em relação ao resultado obtido pela Vale em 2004, que já havia sido recorde, alcançou 61,7%

Vale: lucro recorde de R$ 10,4 bi Companhia Vale do Rio Doce, líder mundial no mercado de minério de ferro, bateu novos recordes operacional e financeiro, pelo terceiro ano consecutivo, e registrou em 2005 lucro líquido de R$ 10,443 bilhões. Embalada pelo reajuste de 71,5% no preço internacional do minério no início do ano passado — um aumento sem precedentes e cuja negociação no mercado foi capitaneada pela própria Vale — e pela forte elevação de sua produção, a mineradora obteve o segundo melhor resultado entre todas as empresas nacionais. De acordo com os balanços divulgados até agora, ficou atrás somente da Petrobras, que obte-

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em dividendos e juros sobre o capital próprio. Só no ano passado, os acionistas receberam R$ 3,1 bilhões, o equivalente a R$ 2,68 por ação, outro recorde alcançado pela companhia, que há cerca de dois anos mudou sua forma de remuneração, passando a distribuir dividendos sobre o exercício do ano em curso. O aumento da produção, o crescimento das vendas e o preço internacional firmam a Vale no topo da lista entre as principais exportadoras líquidas brasileiras. Sozinha, a companhia respondeu por 14,1% do superávit recorde de US$ 44,8 bilhões da balança comercial brasileira alcançado no ano passado. (AE)

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

As mulheres devem impulsionar a expansão do mercado, segundo Chacon, diretor de Marketing da Credicard

Mulheres usam mais os cartões mercado brasileiro de cartões de crédito está em plena expansão para as mulheres. As compras feitas pelas c o n s u m i d o r a s c re s c e r a m 29,8% entre 2004 e 2005, atingindo um total de R$ 57,9 bilhões no ano passado. O mercado como um todo teve crescimento menos expressivo, de 27,1% no período. As informações constam do estudo Mulheres e o cartão de crédito, divulgado ontem pela administradora Credicard. A pesquisa foi realizada com 2,8 mil pessoas em 2005, entre homens e mulheres, nas principais regiões metropolitanas do País e de diferentes faixas de renda. De acordo com Fernando Chacon, diretor-executivo de Marketing da Credicard, essa tendência de expansão do uso do cartão pelo público feminino já era esperada, pois indicadores socioeconômicos, como escolaridade e aumento de renda, são importantes para alavancar o consumo.

O BC: mercado reduz projeção de IPCA O

ve lucro de R$ 23,7 bilhões. O re s u l t a d o d a Va l e f o i 61,7% superior aos R$ 6,43 bilhões de lucro de 2004, que já representavam 43,3% a mais do que o resultado de 2003. O lucro de 2005 é o maior já registrado por empresas privadas na América Latina, segundo ranking elaborado pela Economática. A consultoria converteu a dólares os resultados já anunciados de companhias estatais e privadas de capital aberto do Brasil, Argentina, México, Venezuela, Colômbia Chile e Peru, desde 1996. Remuneração — A mineradora desponta como a que melhor remunera seus investidores. De 2001 a 2005, distribuiu aos acionistas R$ 11,4 bilhões

"Esse crescimento também foi possível porque ocorreu migração de outros meios de pagamento para o cartão de crédito e pelo financiamento de compras do dia-a-dia. É o uso mais consciente do cartão", afirmou Chacon. A utilização do cartão de crédito pela mulher é maior do que entre os homens. A pesquisa da administradora revelou que 41% das mulheres que estão na População Economicamente Ativa (PEA) possuem cartão de crédito. Entre os homens o percentual é de 31%. Renda — O quadro atual é reforçado por uma evolução de renda da mulher constatada entre os anos de 2001 e 2004. Nesse período, houve uma migração na faixa de renda mensal da mulher, que passou da média de R$ 299 para intervalo entre R$ 300 e R$ 499. Segundo dados de 2004 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 71,6% das mulheres possuem renda inferior a R$ 500, contra 55,3%

dos homens. Entre a população com renda acima de R$ 1 mil (13,5% da PEA), as mulheres têm participação de 5,3%, contra 8,2% dos homens. Essa diferença mantém-se na faixa acima de R$ 2,5 mil. O estudo também revelou que a mulher está mais escolarizada. Há cerca de 2,8 milhões de mulheres com nível superior completo, superando os homens, que são 2,1 milhões. A maior utilização do cartão de crédito pelo público feminino não representa, segundo Chacon, uma inadimplência proporcional. Mesmo não divulgando números relativos à falta de pagamento, ele diz que não há diferença significativa. Ele se disse otimista com o estudo e revela que a mulher vai potencializar ainda mais os cartões. "A mulher tem condições de crescer em todas as faixas salariais e, para isso, vamos gerar mecanismos de comunicação específicos para cada grupo de renda", disse. Eduardo A. de Castro


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

terça-feira, 7 de março de 2006

ROBERTO MARQUES, MOTORISTA DE JUCÁ E NÃO AMIGO DE JOSÉ DIRCEU, TERIA SACADO R$ 50 MIL DO RURAL. Celso Junior/AE

PMDB É O PARTIDO DA VEZ NA CPMI DOS CORREIOS

PALOCCI: INDICIADO EM RIBEIRÃO PRETO?

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delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, disse ontem que vai apresentar à CPI dos Bingos provas de que supostas fraudes e o superfaturamento no pagamento do lixo de Ribeirão Preto no período de 2001 a 2004 – gestão do atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e seu sucessor, Gilberto Maggioni – abasteceram o caixa 2 do PT. O esquema, segundo o delegado, pode ter causado prejuízos de até R$ 400 mil mensais à prefeitura de Ribeirão Preto. O delegado vai depor nesta quinta-feira. "Pretendo levar toda a documentação referente ao inquérito e vou como testemunha. Tudo o que apurei até agora vou falar. Temos os documentos falsos que comprovam o superfaturamento, o depoimento de testemunhas e declarações que mencionam o envolvimento de várias pessoas", diz o delegado. Inquérito – Valencise disse que concluirá o inquérito que investiga irregularidades no contrato de superfaturamento do lixo de Ribeirão Preto até o fim do mês. Entre as irregularidades que teriam sido cometidas, o delegado cita o caso do "mensalinho" denunciado pelo advogado Rogério Tadeu Buratti. Em depoimento a Valencise, Buratti acusou a empreiteira Leão & Leão de pagar mensal-

Para sub-relator da CPMI dos Correios, denúncias do fim de semana não podem deixar de ser investigadas.

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ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vai utilizar o episódio do envolvimento do motorista do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Roberto Jefferson Marques, que seria o verdadeiro Roberto Marques responsável pelo saque de R$ 50 mil no

Plenário da Câmara vota processos de Luizinho e Brant amanhã Serraglio, relator da CPMI dos Correios, sugere criação de outra CPI para apurar novas denúncias.

Delúbio

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Galeria de personagens

Jefferson

Duda

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

AG/Arquivo/29-11-2005

ções", disse Temer, em referência às gravações das conversas do advogado Roberto Bertholdo, assessor do ex-deputado José Borba e então membro do conselho de Itaipu, com seu sócio Sérgio Costa Filho. Bertholdo deve depor hoje à Polícia Federal. Ele seria um dos encarregados de distribuir dinheiro para 55 dos 81 deputados do partido no período em que Borba estava na liderança. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) negou o envolvimento de seu motorista Roberto Jefferson Marques com o valerioduto e que ele tenha sacado R$ 50 mil no banco Rural. Jucá atribuiu as denúncias a uma manobra do governador Otomar Pinto (PSDB) e disse que está pedindo proteção de vida para seu motorista. (Agências)

banco Rural, para tentar reaver seu mandato, cassado no ano passado. A CPMI dos Correios se baseou nesse fato para pedir a cassação do ex-deputado petista. Ele disse que conversou sobre o assunto no domingo mesmo com seu advogado José Luiz Oliveira Lima e que nos próximos dias deve ingressar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para reaver seus direitos políticos. (AG)

AE/Arquivo/25-08-2005

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presidente do PMDB, Michel Temer, disse que a denúncia de envolvimento de parlamentares do partido num esquema de propinas patrocinado por Itaipu ainda não está comprovada e, portanto, não merece medidas internas da legenda. Para Temer, a denúncia, entretanto, merece a apuração da CPMI dos Correios. "O Serraglio (relator da comissão e deputado do PMDB) já disse que tem novos nomes e, se aparecerem nomes do PMDB, tenho certeza que a comissão vai apurar e esclarecer o envolvimento." "O que se tem até agora são suposições, declarações de um sujeito de que teria dado algum dinheiro a deputados do PMDB. Não se pode tomar medidas por conta de suposi-

DIRCEU VAI TENTAR REAVER SEUS DIREITOS POLÍTICOS

AE/Arquivo/06-07-2005

SÃO SUPOSIÇÕES, DIZ TEMER.

Romero Jucá negou o envolvimento de seu motorista com o valerioduto

AE/Arquivo/11-08-2005

momento e isso também precisa ser investigado. Denúncia – Uma reportagem do jornal Correio Braziliense mostra que Roberto Jefferson Marques, ex-motorista do senador Romero Jucá (PMDB), teria sacado R$ 50 mil a pedido do parlamentar. Em conversa com um amigo gravada em fita cassete, Roberto Marques conta que recebeu ordem de Jucá para ir à agência do banco buscar o dinheiro. (leia mais nos textos abaixo e ao lado) Outra reportagem, agora da Veja, diz que o intermediário do dinheiro para os peemedebistas seria o advogado paranaense Roberto Bertholdo, exassessor do deputado José Borba e ex-conselheiro de Itaipu. Borba renunciou em 2005 após ter sido acusado de envolvimento com o esquema do mensalão. A estatal divulgou nota negando as acusações. Mais denúncia – O sub-relator da CPMI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que a recente denúncia da Carta Capital sobre prejuízos da Previ em investimentos na Bahia constará no relatório final da sub-relatoria. Segundo a revista, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil teve prejuízos da ordem de R$ 850 milhões devido a investimentos no complexo turístico da Costa do Sauípe, litoral baiano. A revista afirma que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFLBA) e o governador Paulo Souto (PFL-BA) realizaram uma "interferência decisiva para que o fundo de pensão bancasse a construção do resort". O deputado disse que o seu avô, que rebateu a denúncia, vai processar a revista e que o documento da Previ citado pela Carta Capital "foi forjado". (Agências)

Sérgio Dutti/AE

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sub-relator de Movimentação Financeira da CPMI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), defendeu ontem a apuração das denúncias de envolvimento de 55 dos 81 deputados do PMDB e do senador Romero Jucá (PMDB-RR) no suposto esquema do mensalão. Fruet acredita que os fatos divulgados no final de semana devem ser investigados, mesmo que não haja prorrogação dos trabalhos da CPMI. O prazo para a conclusão dos trabalhos é 10 de abril. A expectativa é que o relatório final seja entregue no próximo dia 21 de março. "Diante dos fatos novos, nós temos duas situações. A primeira: a CPI vai ter que discutir se é o caso de pedir ou não uma nova prorrogação. A segunda é que será necessário tomar o depoimento do Marcos Valério e de Roberto Bertholdo , que foram citados em reportagem da revista Veja, para verificar se há ou não procedência nessas informações", afirmou. "Nós estamos diante de dois extremos: de um lado, se não investigarmos, passaremos a impressão de contemporização; de outro lado, se investigarmos, nós poderemos chegar à conclusão de que o Marcos Valério não contribuiu com todas as investigações", destacou. Chantagem – O sub-relator acredita que, caso essa hipótese seja comprovada, pode estar ocorrendo algum tipo de chantagem muito grave, o que poderá inclusive abrir outra frente de investigação. Ele defende ainda que, se ficar comprovada uma nova relação de deputados beneficiados com saques no banco Rural, isso significa que o volume de recursos movimentado no valerioduto é ainda maior do que o verificado pela CPMI até o

mente R$ 50 mil reais à administração da prefeitura. O dinheiro seria repassado por Ralf Barquette dos Santos, secretário da Fazenda, ao então tesoureiro do PT Delúbio Soares. A CPI pode reconvocar Buratti para esclarecer as declarações dele à polícia. O delegado prefere não citar Palocci ao comentar prováveis indiciamentos: "O ministro é problema do Supremo Tribunal Federal, já que tem foro privilegiado." Mais Palocci – O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, disse ontem que Palocci pretende permanecer à frente da equipe econômica até dezembro. "Não há veracidade na informação de que ele vá se licenciar para coordenar a campanha do presidente Lula à reeleição", afirmou Berzoini. "Não faz sentido licença para quem é ministro." Berzoini deu estas declarações pouco antes de entrar na reunião dos secretários estaduais de Organização do PT, no Hotel Nacional, em Brasília. O presidente do PT é um dos nomes cotados para integrar o time que coordenará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado sobre a notícia divulgada pela revista Vej a de que o PT teria pago o apresentador Ratinho, em 2004, para elogiar o presidente Lula, Berzoini disse que "isso não tem o menor cabimento". (Agências)

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

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CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

O ex-presidente da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social Jorge Moura afirmou que a instituição sofreu um "aparelhamento político" por parte do PT. De acordo com Moura, R$ 19 milhões foram desviados do fundo de pensão "para finalidades político-partidárias" e teria sido utilizado como propina em 2004.

O conselho deverá aprovar hoje o pedido de cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) acusado de ser um dos beneficiários do esquema de mensalão. A expectativa é que a votação aconteça logo depois da apresentação do parecer do relator, Cezar Schirmer (PMDB-RS), sem que haja o pedido de vista.

Para que esclareça os telefonemas que trocou com os principais envolvidos no mensalão, a CPI reconvocará para depor o presidente do Sebrae Paulo Okamotto. O requerimento para a convocação deve ser votado nesta semana. Ele já foi ouvido em novembro, mas o empréstimo que Okamotto pagou a Lula não foi explicado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

terça-feira, 7 de março de 2006

em Campinas OUTONO-INVERNO Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

ÓRBITA

LEGISLATIVO Câmara Municipal de Campinas vota amanhã, em sessão ordinária, parecer contrário da Comissão de Constituição, Legalidade e Redação ao projeto de lei do vereador Rafael Fernando Zimbaldi (PSL), que “obriga todos os estabelecimentos comerciais de Campinas, que possuam mezanino de acesso ao público consumidor, a instalarem elevadores para transporte de deficientes físicos com cadeira de rodas." Caso o parecer da Comissão seja aprovado pelo plenário, o projeto será arquivado.

A As novidades da estação na loja News no centro da cidade

Roupas e acessórios outono/inverno recheiam as prateleiras da Fillity

Nova coleção já está nas vitrines Comércio especializado aposta no desempenho das novas coleções produzidas em tecidos mais leves

EMPREGOS grupo Joinder & Job, de Campinas, especializado em desenvolvimento de projetos de incentivos para funcionários, recrutamento e seleção de terceirizados, registrou crescimento de 137% no faturamento do ano passado em comparação com 2004. Contribuíram para este aumento, segundo a empresa, os serviços de aconselhamento de carreira profissional e de coaching. Além disso, também manteve-se aquecida a terceirização da limpeza de empresas instaladas em São Paulo e em Minas Gerais.

O Para Adriana de Araújo, gerente da News, a coleção está mais bonita e com mais opções para as clientes, que já estão comprando. Ela aposta em um inverno de muito sucesso

A

moda coleção out ono-in verno deste ano já começou a chegar às lojas especializadas em roupas e acessórios de Campinas. Para 2006, ao contrário do que aconteceu no ano passado, sem frio, os comerciantes do ramo estão animados com as atuais possibilidades de vendas. O crescimento em relação ao ano passado, calcula o economista da Associação Comercial e

As bijuterias completam a linha outonoinverno da Fillity

Industrial de Campinas (Acic), Laerte Martins, será de pelo menos 15% este ano. Isso se o frio desembarcar na cidade. O outono brasileiro deste ano começa às 15h26 do dia 20 deste mês e terá 92,75 dias e o inverno, com início no dia 21 de junho às 9h26min terá 93,65 dias. Segundo Martins, a praça

Peças mais leves são o forte da Fillity nesse final de verão e começo de outono. Mas os casacos de couro também já estão nas prateleiras para atender a clientela que viaja ao Exterior

de Campinas é bastante aquecida nas vendas de outono-inverno. “Os comerciantes já devem estar preparados para as novas coleções já que tivemos, no início deste ano, fortes liquidações de primaveraverão que ofereceram descontos entre 20% e 70%. Com isso, é possível apostar nas vendas daqui para frente, com as lojas com estoques renovados”, observou o economista da Acic. No ano passado, entretanto, os comerciantes que apostaram nas vendas do inverno tiveram que promover grandes liquidações em plena estação, o que fez com que muitos amargassem prejuízos. “O fato é que seguir as estações também é uma questão de marketing das indústrias e do comércio. Por isso, não dá para não apostar, pelo menos no mínimo de estoque, para trabalhar com a nova coleção”, disse Laerte Martins. P re v is ã o - Prever se o outono e, principalmente, o inverno deste ano será mais frio que no ano passado é impossível, de acordo com o diretor do Centro de Ensino e Pesquisa em Agricultura (Ce-

pagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Hilton Silveira Pinto. Segundo o diretor, não existe no planeta equipamento capaz de realizar previsões sobre o comportamento do tempo com mais de quinze dias de antecedência. “O que podemos dizer, hoje, é que o verão está dentro da normalidade e que não existe, hoje, nenhum fenômeno como o El Niño, por exemplo, que possa modificar a normalidade das estações do ano”, afirmou o pesquisador. No ano passado, recorda Silveira Pinto, junho estava com frio muito forte, mas julho já apresentou modificação no tempo com calor muito forte que se estendeu para o resto de 2005. Comércio – As lojas que já “viraram” a vitrine para a coleção outono-inverno estão animadas com as vendas. Pelo menos é o que diz a gerente da loja News, localizada na avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, Adriana de Araújo Gaiote. “Este ano a coleção está mais bonita e com mais opções para as clientes que já

OBRA

Hospital Ouro Verde: começa concorrência prefeitura de Campinas recebeu, ontem, as propostas de quatro empresas interessadas em participar da licitação para a construção do

A

Hospital Ouro Verde, na região Oeste da cidade. Participam da concorrência as empresas Construbase Engenharia Ltda, de São Paulo; Planova Planejamento e

CONVOCAÇÃO EDITAL DE CONVOCAÇÃO - A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas, com sede nesta cidade de Campinas, sita na Rua General Osório - 490 - Centro, convoca seus associados para, no local acima mencionado, no horário das 10:00 hs às 17:00 hs, no dia 27 de março de 2006, tratarem e deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: Eleição da Diretoria Executiva para o biênio 2006/2008. Campinas, 7 de março de 2006 - Edivaldo de Souza Pinto - Presidente.

Construções S.A, de Barueri (SP); Sehahin Engenharia S.A., de São Paulo; e Tratenge Ltda, de Nova Lima (MG). As obras estão orçadas em R$ 39 milhões e a previsão para o final da ampliação é de 20 meses. A Secretaria de Administração informou que o resultado das análises das propostas

estão nos procurando. Acredito que vamos ter uma coleção outono-inverno de sucesso”, garantiu a gerente. Segundo Adriana, a tendência para esta coleção é de roupas mais leves pelo menos no início das estações, para depois entrar com as roupas mais quente, mas mesmo assim um frio “tropicalizado”. As coleções estão seguindo a tendência de adaptação ao clima brasileiro”, disse a gerente do comércio do centro da cidade. Já a gerente da Fillity – loja instalada no Shopping Iguatemi Campinas – Lia Brasilino, diz que a loja também aposta em roupas e adereços mais leves no início do outono, seguindo com essa linha pelo menos até o mês de abril. Mesmo assim os casacos de couro são mantidos nas vitrines desde o lançamento da nova coleção. “Tudo também depende dos clientes. Temos muitos fregueses que fazem compras de roupas de frio para viagens ao exterior”, completou Lia. Moda – Apesar do clima, são as novidades do mundo da moda que aquecem realmente os negó-

cios. Na ponta disso tudo, no Brasil, está a São Paulo Fashion Week que chegou a sua 20ª edição este ano. De 18 a 23 de janeiro, o evento apresentou em 46 desfiles as novas propostas para o Outono/Inverno 2006 na moda masculina e feminina com criatividade, sensualidade e algum a s p i t a d a s d e ingenuidade, romantismo e até rebeldia. Os estilistas mostraram trabalhos opostos, uns apostando no minimalismo e outros em volumes, cores e cortes. A moda feminina criada para este outono-inverno é chique e sofisticada, deixando de lado o romantismo muitas vezes exagerado das outras estações. As peças têm caimento mais reto e as saias são usadas com cintos finos ou faixas e cintura alta. Na moda masculina apareceram homens elegantes e modernos. As roupas continuam justas ao corpo com corte seco nas calças, jaquetas e paletós. A moda masculina está mais descontraída com sobreposição e a mistura de peças de diferentes estilos num mesmo visual.

deve sair até o final deste mês, com a publicação no Diário Oficial do Município do nome das empresas habilitadas para participar da licitação. A administração vai analisar os dados das empresas como capacidade técnica e econômica e regularidade fiscal, que possibilitem a contratação e execução das obras. Ontem também foram entregues envelopes lacrados com as propostas comerciais de cada empresa que deverão ser abertos somente depois da

confirmação da habilitação. O Hospital terá 16,6 mil metros quadrados de área construída, que somados aos atuais 5,2 mil metros quadrados construídos devem chegar a 21 mil metros quadrados de construção. A obra prevê 210 leitos com atendimento nas áreas de clínica médica, clínica cirúrgica, clínica pediátrica, traumatoortopedia, saúde mental e leitos de UTI adulto e UTI infantil. O hospital vai atender 200 mil habitantes da região.

Mário Tonocchi

(MT)

BOLSA Prefeitura de Campinas iniciou, ontem, o cadastramento do programa federal para pessoas carentes Bolsa Família em locais descentralizados. Segundo a administração, os interessados devem procurar os distritos regionais de assistência social para fazer a inscrição. Os documentos exigidos são carteira de identidade, CPF, título de eleitor e carteira de trabalho. Também é necessário um destes documentos de cada morador da casa, certidão de nascimento ou casamento e nome da escola dos filhos. Têm direito famílias que recebem até R$ 100 per capita.

A

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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Te l e f o n i a Automação Lançamentos Prevenção

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

Esses laptops inspiram estilo e profissionalismo, ideais para executivos e estudantes Anne da Gama, da Acer

ASPIRE 5000, DA ACER: PARA QUEM PRECISA DE MOBILIDADE

Fotos: Divulgação

Mais de 40 novos tipos de inimigos devem ser enfrentados por Sam: eles enchem a tela e o atacam por todos os lados

SERIOUS SAM II Distribuição: Tech Dealer Telefone: (11) 4226-2404 Configuração mínima: Windows 2000 ou XP, Pentium IV de 2 GHz ou Athon XP de 1,5 GHz, 512 MB de memória RAM, drive de DVD de 8X, espaço livre em disco rígido de 2.3 GB, placa de vídeo aceleradora (Geforce 3 e 4 ou superior) e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9c Idioma: Software em inglês, manual em português Faixa etária: 18 anos. Preço sugerido: R$ 99 Mais informações: www.techdealer.com.br

Serious Sam II: para quem gosta de atirar A CroTeam, responsável pelo desenvolvimento do jogo, não desapontou nessa nova versão e surpreendeu os fãs, principalmente no modo para um jogador Por Fábio Pelegrini riência do modo para um jogador, com ação o tempo todo. Na verdade, não há muito no que pensar ao jogar o segundo título da série. Em Serious Sam II o gamer é colocado num ambiente e ritmo de correr e atirar. Isso porque a quantidade de monstros que surgem no seu caminho é incrível. São mais de 40 novos tipos de inimigos para serem enfrentados por Sam, que enchem a tela e o atacam por todos os lados. Apesar de tantos adversários o jogo peca por uma baixa inteligência artificial. Os inimigos têm uma mesma seqüência de combate e comportamento, o que torna a ação meio padronizada, diferente de jogos do gênero, como F.E.A.R. e Doom. A série Serious Sam é conhecida pela personalidade ultrajante de seus inimigos, sendo assim o jogador irá presenciar um humor sarcástico e constantes piadinhas, desde a forma como seus inimigos são destruídos e apresentados até os comentários feitos pelo herói. Em relação à qualidade gráfica, o novo título promete não decepcionar. Para gerar uma grande quantidade de deta-

ação

Novos notebooks Acer de alta performance

Os gráficos estão cem vezes mais ricos em detalhes, com cenas de tirar o chapéu, conservando o mesmo nível de ação intensa que caracteriza toda a série

Chega ao país a linha Aspire 5000, baseados em processadores AMD Turion de 64 bits, aliando desempenho e preços acessíveis

O Aspire 5002WLMi-XPH já está disponível para aquisição no Brasil, com preço sugerido para o usuário final de R$ 3.899

Por Carlos Ossamu

A

Acer (www.acer.com/ br) anunciou o lançamento de dois modelos de notebooks da linha Aspire 5000, baseados no processador AMD Turion 64 Mobile, o que o torna poderoso e com preço mais acessível. Segundo a fabricante, são equipamentos topo de linha, voltados para usuários que necessitam de mobilidade, são aficionados por novas tecnologias e exigem computadores potentes, velozes, com bateria de longa duração e design diferenciado e elegante. "Os laptops da linha Aspire 5000 inspiram estilo e profissionalismo, sendo ideais tanto para executivos quanto para estudantes", diz Anne da Gama, diretora geral da Acer para o Brasil. O modelo Aspire 5002WL-

A Croteam introduziu também alguns veículos de combate, além da possibilidade de utilizarmos as mais variadas criaturas como meio de transporte. O jogo também migrou para o console da Microsoft, o Xbox, mas com alguns recursos diferentes, como mira automática e um número menor de jogadores no modo multiplayer. No computador, o modo multijogador dá a possibilidade de participar das modalidades competitiva e cooperativa, com até 16 gamers ao mesmo tempo. A qualidade sonora do game também é muito boa, com efeitos de explosão e vozes bem feitos, o que dá mais emoção ao jogo. A verdade é que Serious Sam II traz combates intensos e as criaturas mais bizarras possíveis, com um humor sem precedentes. Apesar de ter algumas tarefas a serem realizadas, não é um jogo no qual se precisa pensar muito, aliás, os quebras-cabeça propostos são bem simples –quase cômico. Esse é um game para quem curte um ritmo de ação frenético e diversão garantida para quem gosta de atirar sem parar para todos os lados.

Divulg

S

e você é um amante de games de tiro em primeira pessoa e que gosta de atirar em tudo que se mexe, prepare-se para se divertir com a segunda versão do mais frenético jogo do gênero, o Serious Sam II. Nessa nova versão, o jogador continuará a aventura do ponto em que Sam "Serious" Stone parou, lutando contra uma multidão de servos do diabólico Mental. Agora, esses inimigos viajam no tempo e nosso herói precisará ir atrás para recuperar pedaços de um medalhão. Se reunidos, será a única arma capaz de destruir as forças do seu arquiinimigo. Essa, porém, não será uma tarefa fácil e exigirá reflexos rápidos do jogador para aniquilar seus adversários –que não são poucos– tiro a tiro e deixar, finalmente, o universo livre desse mal. Embora o game apresente uma engenharia totalmente nova em relação ao seu antecessor, a CroTeam, empresa responsável pelo desenvolvimento do jogo, promete não desapontar e surpreender ainda mais seus clientes, principalmente em uma nova expe-

lhes e efeitos visuais, o jogo conta com um novo motor, com um poder de gerar gráficos 100 vezes mais complexos que seu antecessor. Ou seja, isso lhe garante gráficos cem vezes mais ricos em detalhes, com cenas de tirar o chapéu, conservando o mesmo nível de ação intensa que caracteriza a série. São mais de 40 níveis, distribuídos em sete ambientes exclusivos, como florestas densas, pântanos sombrios, gélidas vegetações árticas, cidades turísticas e planetas vulcânicos, entre outros. Entre as fases é possível ver as paisagens que o novo motor gráfico é capaz de reproduzir, como movimento em vegetações e água de excelente qualidade. O arsenal bélico de Serious Sam II promete ser outro ponto forte do game. Aliás, além das convencionais pistolas, lançagranadas e outras futurísticas, você irá se deparar com algumas realmente estranhas e inusitadas, como o Clawdovic Cacadoos Vulgaris. Não se assuste com o nome, tratam-se de papagaios explosivos, ou melhor, pássaros-bomba para serem arremessados contra seus inimigos.

Mi-XPH já está disponível para aquisição, com preço sugestão para o usuário final de R$ 3.899. O notebook vem equipado com o processador AMD Turion 64 bits ML-30, com velocidade de 1.6 GHz e 1 MB de memória cache L2, vem com 512 MB de memória RAM, 80 GB de disco e DVD Dual –para leitura e gravação de CDs e DVDs. A sua tela LCD é de 15,4 polegadas Wide XGA e o equipamento vem com suporte para conexão Wireless 802.11b/g, além de Windows XP Home em português pré-instalado e teclado ABNT (Brasil). "Com este notebook se pode trabalhar em diferentes documentos ao mesmo tempo, aumentando a produtividade, sem perder em velocidade e qualidade de processamento. Além disto, a tela é de alta de-

finição (1.024 x 768 pixel) e agrega a tecnologia Acer GridVista 2.0, proporcionando a visualização de imagens nítidas e claras, independentemente do brilho selecionado", observa Anne. "Estas características, somadas à alta capacidade de processamento, tornam os notebooks da linha Aspire 5000 aparelhos ideais para a inversão rápida de formatos de vídeo e apreciação de filmes", acrescenta a executiva. Outro modelo da série, que chegará ao Brasil até o fim deste mês, é o Aspire 5004WLMiXPP, que virá com uma configuração semelhante, mas com 1 GB de memória e disco rígido de 100 GB. O preço deste produto deverá girar em torno de R$ 4.800 para o usuário final. Outros destaques da série

Aspire 5000 é que trazem a tecnologia sem fio Acer SignalUp entre os pontos de acesso, permitindo o acesso fácil, em qualquer situação e lugar, à rede local ou internet. Eles ainda possuem três portas USB 2.0, leitor de cartão de memória (PC Card slot), modem e portas Ethernet para conexão em rede ou banda larga. Novos acessórios – A HP (www.hp.com.br) acaba de lançar diversos acessórios compatíveis com sua linha de notebooks, valorizando os equipamentos e aumentando a produtividade dos usuários. "Estes lançamentos diversificados permitem aos consumidores experimentar o melhor da tecnologia HP para produtividade e mobilidade, expandindo consideravelmente as funcionalidades

dos seus equipamentos", comenta Frederico D'avila, gerente de produto para acessórios do grupo de sistemas pessoais da HP Brasil. O HP Docking Station Avançado, que custa R$ 892, amplia as possibilidades de conexão com outros aparelhos, como caixas de som, monitores, fonte de alimentação e o acesso a rede. Pode-se também integrar um HD para backups com praticidade e segurança. O Standard Monitor Stand transforma o notebook em um desktop, permitindo que um monitor convencional seja acoplado. O acessório custa R$ 343. Para quem precisa de baterias de longa duração, o HP Secondary Travel Battery fornece autonomia por até 11 horas, sem conexão a energia elétrica. O preço é de R$ 673.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

7

2,27

reais foi a cotação de fechamento, ontem, do dólar paralelo para venda em São Paulo. Para compra, a moeda valia R$ 2,17 no fim do dia.

6/3/2006

Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

02/03/06 02/03/06 02/03/06 02/03/06 02/03/06

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ..................... 858,552.58 Lastro Performance LP ....... 599,924.12 Múltiplo LP ............................ 1,032,003,48 Esher LP ................................ 500,389.56 Master Recebíveis LP -

Valor da Cota Subordinada 991.742740 999.608533 990.799398 1,000.779120 -

% rent.-mês 0.2798 0.0391 0.0815 0.0913 -

% ano 1.5120 - 0.0391 - 0.9201 0.0779 -

Valor da Cota Sênior 1,000.639384 1,005.569996 -

% rent. - mês 0.0639 0.1393 -

% ano 0.0639 0.5570 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO Assistir a Cidade de Deus foi uma das mais fortes experiências de minha vida; persuadi Fernando a me aceitar em O Jardineiro Fiel. E fiz bem, pois ele se revelou um diretor incrível. Da atriz Rachel Weisz, ao receber o Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Jardineiro Fiel, sobre o diretor brasileiro Fernando Meirelles e seus dois filmes mais importantes. Mais sobre o Oscar na página 24

terça-feira, 7 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

2 -.LOGO

7

Sete anos da morte do professor, escritor, tradutor, diplomata e filólogo brasileiro Antônio Houaiss (1915-1999) Recolhimento de FGTS

C OPA 2006 P RÊMIO ESSO

Fotojornalismo na veia dos tantos conflitos entre O fotógrafo Evandro Monteiro soldados da Guarda Civil e a foto Guerra no Centro, Metropolitana e os camelôs no publicada no Diário do Centro de São Paulo. Comércio são destaque Re produçã o Acabou fazendo da edição 113 da revista uma seqüência de Fotografe Melhor. O imagens em que trabalho de Evandro para conseguir a foto um menino enfrentava os vencedora do Prêmio Esso de Fotografia policiais com as mãos na cintura. A foto foi em 2005 - foi típico publicada no dia de um fotojornalista seguinte junto a um diante da notícia. texto sobre o confronto Percorrendo as ruas no mesmo dia. Nas do Centro de São Paulo para edições seguintes, o DC contou a cobrir uma pauta sobre pichação história do personagem da foto, do patrimônio público, Evandro o menino Zóinho. percebeu uma confusão. Era um K UAIT

T ECNOLOGIA

Volta da liberdade de imprensa

Dicionário em versão iPod

O parlamento kuaitiano aprovou ontem uma lei que dá maior liberdade à imprensa, mas os críticos já dizem que a medida não é suficiente. Há 30 anos, nenhum novo jornal foi criado no Kuait devido à arbitrariedade do governo, que suspendeu várias publicações. Agora, a suspensão de jornais e prisão de jornalistas só podem ser realizadas com ordem judicial. A imprensa do Kuait é considerada uma das mais livres do mundo árabe.

A produtora de dicionários eletrônicos Ultralingua Inc. vai lançar uma versão de dicionários de idiomas para iPod. A linha já foi batizada como Accion e os dicionários trarão a pronúncia de palavras e frases com vozes nativas de cada idioma. Os dicionários Accion terão preços mais baixos do que as versões tradicionais e alguns programas de pré-lançamento podem ser baixadas no site da Ultralingua.

A moda dos hexacampeões Nova camiseta da seleção brasileira chega às lojas para "uniformizar" a torcida

A

pós a estréia vitoriosa na partida contra a Rússia, os torcedores da Canarinho já podem adquirir a nova camisa oficial da Seleção Brasileira. À venda nas principais lojas de artigos esportivos e nas cinco Nike Stores do País, ao preço sugerido de R$ 179, a camiseta não é diferente só no look. Feita de tecido Sphere Dry, promove maior sensação de conforto graças a uma tecnologia que reduz a aderência do corpo suado dos jogadores à camisa. Visualmente, o novo modelo surge nos gramados com uma releitura mais moderna, de silhueta diferenciada, com a assinatura do verde na gola e na bainha das mangas. A gola, por sinal, é uma homenagem atualizada do acabamento utiliza-

Novo modelo da camiseta, na versão do atacante Ronaldo: número 9 e nome nas costas

do antigamente nos uniformes. Já o tradicional brasão da CBF destaca-se no lado esquerdo do peito, e surge acrescido de tratamento especial às cinco estrelas, alusivas as vitórias do País em todas as Copas. Para quem não se contentar

em exibir tanto brilho na frente do coração, há a alternativa de escolher um modelo com o nome do jogador preferido gravado nas costas, como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Roberto Carlos e Robinho. Basta se decidir por qual deles. (João Jacques)

Daniel Beltra/Greenpeace

www.acciodictionar y.com

L UXO

Papel com a marca Swarovski

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Divulgação

charme ao processo, a empresa criou uma parceria com a Pedaços Scrapbook, loja especializada na confecção de álbuns de fotografias que passa a dar dicas aos clientes de como customizar os próprios álbuns. (JJ) www.swarovski.com

HQ

DESMATAMENTO - Gleba Pacoval, área de 1.650 hectares, a 120 quilômetros de Santarém (PA), devastada para cultivo de soja. O maior desmatamento dos últimos sete anos na Amazônia, segundo o Ibama, tem o veredito da população: "100% Crime". D ECORAÇÃO

Imagens panorâmicas Divulgação

ma das mais esperadas mostras de fotografia e decoração do calendário oficial de eventos da capital paulista chega à décima edição. Inaugurada ontem, dia 6, a FotoDecoração 2006 ap resenta até 4 de abril, no Gero Caffé, do Shopping Iguatemi, em São Paulo, trabalhos de importantes arquitetos, decoradores e paisagistas, nos quais é possível conhecer as tendências que devem nortear o segmento. "Trata-se de uma mostra 100% nacional que, desde seu início, em 1995, trabalha sob um conceito diferente do que se conhece no mercado", ressalta Juca Moreira, organizador do evento. O objetivo é apresentar novidades e propiciar a interação do público com o trabalho desenvolvido por nomes renomados do setor,

U Ciclo HQ no Sesc. Flerte Literário é um dos eventos, com a participação de craques dos quadrinhos, Angeli (foto), Glauco, Laerte e Adão. Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Telefone: 3095-9400. 20h30. R$ 20h. Acompanhe a programação: www.sescsp.org.br F AVORITOS

Três monitores, uma Mais do que só imagem assuntos de governo A empresa Matrox lançou um sistema que pode se tornar um grande sucesso na área de vídeo e imagens. O TripleHead2Go é um adaptador compacto que permite que o computador divida sua imagem por três monitores de 19 polegadas, gerando uma área de visualização com até 45 polegadas na diagonal. O TripleHead2Go custa US$ 299 no site. http://shopmatrox.com

O serviço internacional do jornal norte-americano The Washington Post publicou ontem uma reportagem sobre a insistência dos foliões brasileiros em usar imagens do presidente Lula em forma de máscaras, fantasias e bonecos. Época dos brasileiros "exorcizarem seus demônios", o carnaval não deu folga para Lula, segundo o jornal, que ouviu vários brasileiros, alguns garantindo que ele é o melhor presidente que o País já teve; outros dizendo que ele é um ladrão. Todos sem muita seriedade.

Morte de Diana, sem conspiração

C A R T A Z

G @DGET DU JOUR

Presidente Lula e o carnaval

L ONDRES

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Depois de brilhar nas passarelas da São Paulo Fashion Week, a Swarovski leva o glamour dos cristais para o segmento de papelaria com o lançamento de uma linha especial de pedras para ser afixada em papéis, a Crystal It. Todo o charme e glamour das peças austríacas podem ser utilizados, agora, como acabamentos em papéis timbrados, cartas, bilhetes e até mesmo em álbuns de fotografia. O efeito sofisticado é obtido por meio de um processo especial de colagem, que fixa o cristal ao papel. E para garantir ainda mais

B RAZIL COM Z

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www.brasil.gov.br

S AÚDE

Ginástica também para os magros

Ambiente criado por Brunete Fraccaroli

como Sig Bergamin, Gilberto Elkis, Toninho Noronha, Brunete Fraccaroli, Jóia Bergamo, Débora Aguiar, Gil Fialho e Layde Tuono. Nesta edição, painéis aéreos de 2,00 m x 1,27 m com fotografias panorâmicas coloridas gigantes são fixados em cabos de aço supertencionados presos às colunas. O público tem a possibili-

dade de visualizar os trabalhos sob diferentes ângulos. Após os primeiros 15 dias de exposição, os painéis serão invertidos, estabelecendo novas perspectivas aos visitantes. (JJ) De 6 de março a 4 de abril de 2006, no Espaço Gero Caffé do Shopping Iguatemi, av. Brigadeiro Faria Lima, 2232. Entrada

Os problemas cardíacos não dão trégua nem para quem está no peso ideal e a única forma de combatê-los é com exercícios físicos. Essa é a conclusão de um estudo britânico publicado no International Journal of Obesity. Os cientistas mediram os níveis do colesterol ruim (LDL, que bloqueia as artérias) em magros que fazem exercícios, magros que não se exercitam e obesos adeptos da ginástica. Só os magros que se exercitam tinham níveis aceitáveis do LDL.

franca. Informações: (21) 2492-3760 ou www.jmeventos.com.br.

L OTERIAS Concurso 128 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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Totalmente remodelado, o novo portal do governo brasileiro traz mais do que assuntos relativos à burocracia estatal. Desenvolvido totalmente em software livre (gratuito, que não precisa de licença para a utilização), o site tem vários serviços para o cidadão, como dicas de saúde, informações sobre como obter documentos, participação em concursos públicos, como obter aposentadoria e até um guia para quem pensa em abrir e gerenciar o próprio negócio.

Uma investigação oficial feita por autoridades britânicas sobre a morte da princesa Diana em um acidente de automóvel em Paris não encontrou evidências de que tenha ocorrido um crime, informou ontem o tablóide Daily Mail. O relatório coincide com o resultado da investigação realizada na França, segundo o qual Diana, o noivo dela, Dodi Fayed, e o motorista do carro, Henry Paul, morreram em agosto de 1997 em conseqüência de um acidente, e não de um ato criminoso. O relatório preliminar descartará teorias conspiratórias.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Familiares de Jean Charles aguardam encontro com presidente Lula no Reino Unido Genoma humano passou por mais de 700 mudanças em doze mil anos, dizem cientistas Motorista que transportou assaltantes do museu de Chácara do Céu, no Rio, é preso

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Nacional Empresas Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

Cada avestruz produz cerca de 1,2 quilo de plumas.

SETOR TÊXTIL TEME ALTA DE PREÇOS

Marcos Bergamasco/Folha Imagem

Produtores de algodão em clima de euforia Fim de subsídios vai ajudar a elevar exportações

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s produtores brasileiros de algodão esperam aumentar as exportações com a eliminação do programa de subsídios para a venda externa e compra do produto dos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto deste ano. O programa, denominado Step 2, foi criado pelo Congresso norteamericano e impunha concorrência injusta a todo o mercado mundial. O fim dos subsídios é uma vitória do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) e vai beneficiar outros países produtores e exportadores de algodão. Como os Estados Unidos não cumpriram os prazos para eliminação dos subsídios (julho e setembro de 2005), o problema foi levado ao Congresso norte-americano, que manteve a eliminação do programa determinado pela OMC. De acordo com o diretorexecutivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Hélio Tollini, a decisão, tomada em fevereiro, é comemorada pelos produtores do País, que já estão recebendo encomendas externas para 2008 e se preparam para aumentar a área plantada no fim do ano. A atual cotação do dólar beneficia a expansão da produção, que deve voltar a patamares de anos anteriores. No ano passado, os investimentos em insumos foram feitos com o dólar a quase R$ 3, enquanto o algodão foi vendido com a moeda norte-americana a menos de R$ 2,50. A área de plantio foi reduzida em 35% e, como conseqüência,

a produção vai cair de 1,2 milhão de toneladas em 2005 para 950 mil toneladas, segundo previsões para a colheita de 2006, que tem início em abril. Por conta da redução da produção, o mercado interno terá de importar mais. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o País deverá comprar 196 mil toneladas de algodão nesta safra, ante 38 mil na anterior. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário Feminino e Infanto-Juvenil de São Paulo (Sindivest), Marcel Zelazny, isso implica um custo maior para suprir o mercado nacional. Enquanto as cotações do algodão elevaram-se na Bolsa de Nova York em 32% em 12 meses, no Brasil o aumento foi de cerca de 55%. "Os preços subiram muito e podem afetar o preço do jeans", exemplifica Zelazny. Elevação de preços – Ele afirma que entre empresários do setor de vestuário há um temor de ter que elevar em cerca de 10% os valores de venda de peças de cama, mesa e banho e de roupas masculinas. O representante dos produtores de algodão discorda e acha que a situação não chega a esse ponto. Ele sugere que a indústria têxtil compre antecipadamente o produto para evitar importar o que sai mais caro. "O problema é que o setor não tem caixa para pagar agora e receber em 2008, como os compradores lá de fora. O governo brasileiro precisa ajudar a acabar com a concorrência injusta", diz Tollini.

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A maior parte dos consumidores de plumas de avestruz ainda é a indústria de espanadores, mas as vendas para fabricantes de travesseiros e para decoração estão cada vez maiores, segundo a Avestro. Já a Plooma usa penas de ganso para fazer travesseiros (foto abaixo).

Adriana David

País também quer exportar serviços agrícolas

Brasil não quer só exportar produtos agrícolas, mas também seu know-how no campo, veterinários, agrônomos e rede de distribuição de alimentos. O Itamaraty, juntamente com a Argentina, preparará uma iniciativa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para pedir que os países ricos abram seus mercados a esses serviços de agropecuária. Essa seria a primeira vez que uma proposta desse tipo entraria na agenda das negociações. A idéia do governo, porém, é a de conquistar não apenas os mercados com soja, algodão, café, carnes ou cacau, mas também abrir oportunidades para que os especialistas do País consigam vistos de trabalho para atuar no exterior. Nos últimos anos, o governo vem utilizando a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como verdadeiro instrumento diplomático do País para fechar acordos de cooperação para o desenvolvimento agrícola em outros países. Outra parte da proposta incluiria o serviço de distribuição de alimentos. Na avaliação do governo, não são apenas as tarifas e subsídios que tornam difícil a entrada de produtos agrícolas nacionais nos mercados ricos, mas a atual estrutura de distribuição. A idéia não é ainda exportar serviços de su-

Produtores reduziram a área de plantio em razão da baixa cotação do dólar. Expansão será retomada neste ano para atender mercado externo. Fotos: Divulgação

permercados brasileiros, mas conseguir uma abertura dos mercados dos países ricos para que os serviços de distribuição sejam mais competitivos. Isso poderia proporcionar uma abertura maior para produtos mais baratos, como os exportados pelo Brasil. Segundo o Itamaraty, a proposta ainda está sendo elaborada e não foi ainda finalizada para ser entregue aos países ricos. Hoje, porém, o governo se une a outros países emergentes para pedir às economias ricas que facilitem a entrada de profissionais de outras áreas fora da agricultura para trabalhar nos mercados desenvolvidos. A proposta faz parte das negociações para a liberalização dos serviços. A idéia de pressionar por uma abertura do mercado de trabalho está sendo liderada pela Índia, que há anos "exporta" seus técnicos em informática e cientistas. Agora, esses países querem mais facilidades para que profissionais das várias áreas possam ser contratados por empresas dos países ricos e prestar serviços no exterior. Na avaliação do governo brasileiro esse fenômeno já existe. Mas uma liberalização dos mercados na OMC evitaria os casos de imigração ilegal e os trabalhadores passariam a ter direitos de que hoje não dispõem. (AE)

As plumas de avestruz ganham destaque no período do Carnaval

ARTE DE PLUMAS Avestruz: do Carnaval à decoração Carnaval acabou, mas o clima de leveza e alto astral permanece para quem comercializa plumas de avestruz. "Poucos sabem, mas esse é um nicho de mercado cada vez mais significativo", diz Ana Helena Gentil Faria, gerente de negócios de couro, pluma e óleo da Avestro, uma das maiores empresas no setor de estrutiocultura no Brasil. Embora muito usada para adornar fantasias carnavalescas, sua principal demanda é para as empresas fabricantes de espanadores. Além disso, as aplicações também se destinam à fabricação de travesseiros e acessórios, como bolsas e artigos de decoração. "A procura pelo produto é cada vez maior. O Carnaval, por exemplo, acabou, mas o de 2007 já começa a ser preparado. O fluxo é contínuo", acrescenta. Para este ano, a Avestro prevê comercializar 100% das plu-

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mas provenientes das aves abatidas no seu frigorífico em Araçatuba (SP). "Nos últimos cinco anos, extraímos as plumas das aves e as vendemos secas para as empresas que realizam o tratamento da matériaprima para posterior comercialização. Agora, queremos mais valor agregado. Faremos todo processo de beneficiamento do produto para entregar diretamente ao consumidor", diz o diretor-presidente da empresa, Giovanni Costa. Essa iniciativa deve-se ao aumento no abate de aves, geradas em virtude da exportação da carne. "Conseqüentemente, teremos um volume muito maior de plumas para serem vendidas. No total, 25 mil aves serão abatidas. Como cada ave produz cerca de 1,2 quilo de plumas, prevemos a comercialização de cerca de 600 quilos de plumas por mês", explica Ana Helena.

O quilo da pluma varia de R$ 50 a R$ 100, dependendo do tamanho. As maiores são extraídas da parte traseira dos avestruzes, ainda vivos, conforme caem naturalmente, ou são cortadas com tesoura próximo ao couro. Já as menores são tiradas após o abate. Ganso – A exemplo da Plooma, maior fabricante nacional de travesseiros e edredons de plumas de ganso, o ano de 2006 promete ser mesmo bom. Com um crescimento de 20% no faturamento em 2005, a previsão para este ano é alcançar a mesma marca. "Voltaremos a investir no mercado moveleiro, especificamente no de estofados, nicho em que iniciamos nossas atividades, em 1956", diz o presidente da empresa, José Vicente Testani. Para fazer um travesseiro em plumas de ganso, a Plooma utiliza a matéria-prima extraída de seis aves. "Os gansos

não são mortos. As penas são retiradas do animal vivo (sem causar sofrimento) e após alguns meses crescem novamente", explica Testani. Atualmente, a empresa produz cerca de 90 mil travesseiros por mês. Além do mercado nacional, vende para toda América Latina, com destaque para os países da América do Sul, como a Argentina, Peru, Chile, Venezuela, Bolívia e Paraguai. Segundo Testani, a meta é exportar também para o Uruguai, o México, o Caribe e os Estados Unidos. Novos mercados – Outro setor em que a empresa dará continuidade a um investimento maciço é o hoteleiro. Hoje, cerca de 40% do faturamento da Plooma provém desse mercado. Redes como Sheraton, Blue Tree, Renaissance, Meliá e Accor são alguns dos clientes mais conhecidos. Ana Laura Diniz


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quarta-feira, 8 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

EMPREENDEDORISMO

A trajetória de mulheres que fazem a diferença

ÓRBITA

CÂMARA

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Juliana, Sueli, Stella e Adriana: exemplo de empreendedoras campineiras no comando de negócios vencedores Adriana Flosi, da Drogavet , destaca-se também pela sua intensa atividade associativista

D

Juliana Schwartzmann de jogadora de vôlei a diretora de agência de turismo de destaque

ados divulgados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) revelam que o número de mulheres no comando de negócios no Brasil saltou de 29% para aproximadamente 50% nos últimos sete anos, o que corresponde a mais de seis milhões de mulheres em cargos de chefia em muitas empresas. A liderança feminina também é, em Campinas, uma força que gera, sustenta e impulsiona empreendimentos vencedores, como revelam as histórias de quatro empresárias que, em segmentos distintos, tornaram-se referências de sucesso. Virar o jogo era uma expressão comum para a jovem Juliana Schwartzmann na época em que jogava vôlei por um clube de Campinas. Mas, fora da quadra, ela também soube mudar resultados a seu favor, até fundar, há 18 anos, a Costa Brava Turismo, uma das maiores agências da região. Quando estudava análise de sistemas e trabalhava na Xerox, abriu em Jundiaí, com mais duas colegas da faculdade, um escritório para prestar serviços em informática. Três anos depois, foi para a área de vendas da ADP Sys-

tems e lá quebrou um tabu: foi a primeira mulher a ganhar por três vezes consecutivas o prêmio de melhor vendedora da empresa. Em uma viagem à Europa, em 1979, surgiu o convite para trabalhar em uma agência de turismo em Campinas. “Eu viajava ao Exterior com freqüência, falava outros idiomas, e isso fez com que eu me identificasse rapidamente com a área”, conta a empresária, que cinco anos depois deixou a condição de empregada para ser sócia de um outro escritório no ramo. Até vender a sua parte na empresa e montar a própria agência, em 1988, foi apenas uma questão de tempo. Focada no segmento empresarial, a Costa Brava tem uma carteira de 280 clientes corporativos, 38 funcionários e faturamento mensal da ordem de R$ 2,5 milhões. Juliana não se esqueceu do esporte e concilia a rotina de nove horas de trabalho com aulas de golfe, para relaxar e tornar ainda mais certeiras as suas tacadas no mundo dos negócios. Desafio - Elas comandam 1.500 pessoas e estão à frente de um negócio de R$ 4 milhões. Sueli Cardoso e Stella Tozo são as proprietárias da Campinas Decor, e m p re s a q u e p ro m o v e anualmente na cidade a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior de São Paulo. Sueli, decoradora e dona de uma loja de cozinhas planejadas, e Stella, que integrara o staff de organização de mostras anteriores, uniram diferentes expertises em 2002 para repaginar o empreendimento. “Quisemos, acima de tudo, aproximá-lo das necessidades reais do público visitante e consumidor”, contam as empresárias. “Os esforços resultaram em um crescimento que se mantém na ordem de 30% ao ano”, contabilizam as empreendedoras. A Campinas Decor é tra-

Sueli Cardoso e Stella Tozo, da Campinas Decor, comandam evento visitado por 24 mil pessoas

COMPETÊNCIA E ELEGÂNCIA

jornada de trabalho e o direito à licença-maternidade

I Instituído em 1977 pela ONU, o

I A participação feminina na PEA

Dia Internacional da Mulher homenageia 129 operárias americanas mortas em 1857 durante repressão policial para conter manifestação em fábrica I Elas lutavam pela redução da

dicionalmente realizada em abril e maio, mas nove meses antes elas já iniciam os preparativos, o que envolve desde a escolha da locação até o gerenciamento do batalhão de operários, engenheiros, arquitetos e decoradores na montagem da exposição milionária. Na primeira mostra que produziram, 81 expositores exibiram projetos para um público de 13 mil pessoas em 52 ambientes. Em 2005, foram 110 expositores, 69 ambientes em uma área de seis mil metros quadrados e 24 mil visitantes. Para 2006, será destinado o dobro de espaço para 127 expositores montarem 82 ambientes em um condomínio de alto padrão. Este ano, em vez de ocorrer em um imóvel pronto, o evento ocupará uma mansão construída especialmente para esse fim. Será um desafio, como convém a duas obstinadas empreendedoras.

A mulher e o trabalho precário presença feminina na população ec ono mica men te ativa do País cresceu cerca de 9% na década de 1990, enquanto a masculina caiu aproximadamente 4%, segundo o IBGE. Porém, a inserção qualificada, motivada pela oferta de bons empregos e salários, tem pequena parcela de responsabilidade nesse crescimento. Ocorreu, sim, uma precarização da mão-deobra feminina urbana, resultado, entre outros fatores, do ingresso no merca-

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do de um expressivo contingente de mulheres na faixa etária de 40 a 54 anos, com baixa escolaridade e sem profissionalização que, na sua grande maioria, se tornaram empregadas domésticas premidas pela necessidade de auxiliar a família. A constatação é da cientista social Adriana Strasburg de Camargo Andrade, da Unicamp, autora da pesquisa "Mulher e Trabalho no Brasil dos Anos 90". Ela mostra que a elevação do desemprego e a deterioração nos rendi-

CONVOCAÇÃO EDITAL DE CONVOCAÇÃO - A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas, com sede nesta cidade de Campinas, sita na Rua General Osório - 490 - Centro, convoca seus associados para, no local acima mencionado, no horário das 10:00 hs às 17:00 hs, no dia 27 de março de 2006, tratarem e deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: Eleição da Diretoria Executiva para o biênio 2006/2008. Campinas, 7 de março de 2006 - Edivaldo de Souza Pinto - Presidente.

Câmara Municipal de Campinas, entre os vetos que o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) interpôs a projetos aprovados no Legislativo, no ano passado, derrubou, ontem, entre outros, um que “autoriza o executivo a estabelecer convênio com a iniciativa privada para instalação de um Centro de Convenções e Exposições” na cidade. Dos 13 vetos do prefeito analisados na última segunda-feira, sete foram mantidos e seis derrubados. Os vetos rejeitados viram lei se os projetos forem promulgados pela Câmara.

mentos do trabalho masculino, na última década, empurraram mais mulheres para fora de casa para ajudar no orçamento doméstico. A mulher também se torna a única responsável pelo aporte econômico familiar quando o marido está desempregado ou quando ela é a chefe da família nos casos de separação ou viuvez. Essas mulheres têm, em geral, baixo nível de instrução, baixo nível social e também baixa profissionalização. O IBGE mostrou que, em 1999, 57,9% da população feminina economicamente ativa, de 40 anos a 54 anos, haviam sequer completado o ensino fundamental.

brasileira saltou de 26,9% nos anos 80 para 43,6% nos anos 90 I As trabalhadoras nos anos 80

eram jovens, solteiras e sem filhos, passaram a ser, nos anos 90, casadas e mães, com mais de 40 anos.

Associativismo – Adriana Flosi tornou-se empreendedora em 1984, quando abriu a Drogavet Drogaria Veterinária. A loja virou referência em seu segmento ao oferecer, em conjunto com a Drogavet Assistência Veterinária, outra empresa do ramo da qual é sócia, um mix de serviços único entre os pet shops da cidade. Há três anos, passou a atuar em um nicho de mercado bastante promissor por meio da Qualitas, especializada em cursos de pósgraduação para médicos veterinários em 15 cidades brasileiras. “Compartilhamos nosso know-how para melhor qualificar o profissional veterinário e beneficiar o mercado em geral”, salienta a diretora das três empresas campineiras, que reúnem 22 funcionários e faturam, em média, R$ 350 mil mensais. Mas Adriana destaca-se também por uma intensa atividade associativista,

com assento em diferentes entidades campineiras, entre os quais o de segunda secretária da diretoria executiva da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) – é a única mulher a ocupar um dos sete cargos da diretoria executiva da instituição – e o de vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CDL). “É gratificante poder participar mais ativamente de decisões capazes de beneficiar setores da comunidade com os quais me relaciono como empresária e como cidadã”, diz. Contra os estereótipos feministas, Adriana é a favor da competência. “Ninguém se destaca na sociedade por ser homem ou mulher. O diferencial é a capacidade de trabalho de cada um”, enfatiza. No seu caso e no das demais empreendedoras aqui mostradas, a frase contém uma inquestionável verdade.

passarem pela região central de Campinas hoje, Dia Internacional da Mulher. Duas mil rosas de cores diversas serão distribuídas na esquina da rua José Paulino com a rua Campos Salles, local da sede da entidade. Uma faixa de 9 x 2,7 metros também será estendida no prédio da associação para completar a homenagem. No dia 23, às 8h00, a

Shopping Center Iguatemi Campinas recebe de 15 deste mês a 2 de abril o evento temático publicitário do filme A Era do Gelo 2, que será lançado nos cinemas no próximo dia 31. O marketing do filme vai montar no terceiro piso do shopping um cenário de brinquedo interativo projetado pela empresa Sintonia & Imagem, em parceria com a Fox Films do Brasil, que retrata o que seria uma área de degelo. Os pais poderão acompanhar os filhos nas brincadeiras, de acordo com o shopping.

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TEATRO Teatro Tim, localizado no Shopping D. Pedro, inaugura, a partir de hoje, novos horários de apresentações para espetáculos voltados para o público adulto. Segundo a empresa de entretenimento, com a estréia hoje da comédia “Na Medida do Possível”, interpretada por Eduardo Martini, e dirigida por Marcelo Saback, as apresentações passam agora também a acontecer às quintas e sextas, 21h. O texto de Luis Carlos Góes, Léo Jaime e João Batista retrata homens com mais de 40 anos e as crises inerentes à idade.

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EXPEDIENTE

Paulo César Nascimento

Duas mil rosas para as campineiras no Dia Internacional da Mulher Acic irá A homenagear as mulheres que

LAZER

instituição promove, em sua sede, o Projeto Lideral, com a proposta de potencializar a liderança das mulheres no âmbito local e tem como destinatárias as autoridades políticas, assim como associações sindicais, empresariais, ONGs e a administração pública. As inscrições podem ser feitas por e-mail (gerencia@acicnet.org.br) ou pelo telefone 2104-9204.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

24 -.INTERNACIONAL

terça-feira, 7 de março de 2006

TOM DOS DISCURSOS DOS VENCEDORES FOI MAIS BRANDO QUE O ESPERADO

Robyn Beck/AFP Mike Blake/Reuters

Rachel Weisz (esq.) com Reese Witherspoon: palmas a Meirelles

Meirelles vibra com vitória da fiel atriz

A noite do Oscar teve dois grandes derrotados: Steven Spielberg e o filme estrangeiro "Paradise now"

Um Oscar com tímidos recados políticos H

ouve vários recados políticos na 78ª cerimônia de entrega dos prêmios da Academia de Hollywood, a começar pela fala do primeiro vitorioso, George Clooney. Ao receber o Oscar que ganhou por "Syriana", o melhor coadjuvante do ano disse que a comunidade de Hollywood muitas vezes foi acusada de viver num mundo de sonho, mas isso não impediu que os filmes tratassem de temas tabus, como aids e igualdade racial, quando eles ainda dividiam ou eram rejeitados pela sociedade. O alvo, obviamente, era o presidente George W. Bush, até porque Clooney ganhou por um filme que, falando de petróleo e Oriente Médio, denuncia a corrupção na política americana. Veio, mais tarde, o discurso do próprio presidente da academia, Sid Ganis, que destacou o compromisso do cinema com a realidade social e política, após a exibição de obras que se tornaram clássicas. Tudo isso e mais o próprio apresentador, Jan Stewart, um crítico ácido de Bush Filho, pareciam direcionar a festa para uma alta voltagem crítica, mas o tom terminou mais brando que o esperado. As vitórias sucediam-se dentro do previsível – melhor diretor, ator, atriz, coadjuvantes, roteiro original, roteiro adaptado. Os discursos foram os de sempre – Reese Witherspoon, melhor atriz por "Johnny e June", disse que sonhava estar no palco do Kodak Theatre, com aquela estatueta na mão; Philip Seymour Hoffman, melhor ator por "Capote", teve um surto de edipianismo e agradeceu a mamãe; o próprio Ang Lee, melhor diretor por "O Mistério de Brokeback Mountain", minimizou o tema do homossexualismo e disse que seu filme é sobre amor. A voltagem política foi sendo esvaziada. Na categoria de melhor documentário longo, concorrendo com filmes que discutiam até chantagem nuclear, ganhou o poético "A Marcha dos Pingüins". O que poderia ter sido uma grande provocação – o prêmio de melhor filme estrangeiro para "Paradise now" – nem deve ter entrado em cogitação. Ganhou um sul-africano obscuro, que pode até ser bom, mas com certeza não provoca a mesma polêmica. O filme do palestino Hany Abu-Assad forma um díptico com outro derrotado. A noite teve seu grande perde-

"O Jardineiro Fiel" dá à Rachel Weisz o prêmio de melhor atriz coadjuvante. Mas o cineasta esperava mais uma estatueta, a de melhor montagem.

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Reuters

Discursos de sempre: Philip Seymour Hoffman, melhor ator por "Capote", agradeceu a mamãe Mark Mainz/AFP

Timothy A. Clary/AFP

a sua casa na Granja Viana, em São Paulo, o cineasta Fernando Meirelles assistiu a parte da 78ª premiação da academia. Animado pela vitória de Rachel Weisz na categoria de atriz coadjuvante por "O Jardineiro Fiel", que adaptou do best seller de John Le Carré, Meirelles esperou pelo prêmio de melhor montagem, porque achava que sua montadora, Claire Simpson, tinha chances. Quando perdeu para "Crash - No Limite", ele desistiu. Sabia que "O Jardineiro" não conseguiria nada na categoria de roteiro adaptado. Meirelles ficou feliz por sua atriz e sensibilizado com o discurso de agradecimento que ela fez, citando o diretor de "Cidade de Deus" por sua "humanidade". "Trabalhar com a Rachel foi muito legal", ele conta. No início, ela estava apreensiva, especialmente por causa de sua cena de nudez frontal. "Rachel estava cheia de dedos, tive de assegurar que ia filmar com toda delicadeza e ainda ia mostrar para ela. E, aí, um dia ela chegou e disse que eu podia fazer como quisesse. Foi uma entrega grande por parte dela, que virou a personagem e, a

partir daí, não se impôs restrição nenhuma." Ele lembra a primeira cena que filmou com ela, em Berlim a personagem fazia um jogo de sedução. "Filmamos e achei que estava exagerado, mas prosseguimos com o plano original. Após a filmagem na favela em Nairóbi, Rachel pediu para refilmar a cena de Berlim. Ela sentiu que estava em completo desacordo com a natureza da personagem, que agora compreendia. Achei que ia dirigir a estrela da série "A Múmia" e encontrei uma atriz disciplinada, afetiva e muito humana. Ela me agradeceu pela humanidade, mas eu é que devo agradecer pela dela." Como todo mundo, Meirelles ficou surpreso com a vitória de "Crash" como melhor filme. Mesmo correndo o risco de ser deselegante, ele acha que a idéia do filme, o roteiro e os atores são bons, mas a direção é falha. "Haggis tem a mão pesada exagera na música." A cerimônia o surpreendeu. "Nunca vi tanto humor no Oscar. Os falsos comerciais eram divertidos", diz Meirelles, que admite ter rido muito com Ben Stiller, ao apresentar, vestido de verde, o prêmio de efeitos visuais. (AE)

Gene Blevins/Reuters

Clooney: disparos contra George W. Bush

dor: Steven Spielberg, que concorria em duas frentes. Como mago dos efeitos, Spielberg mostrou que talvez esteja ficando obsoleto e o seu "Guerra dos Mundos" perdeu em todas as categorias para o "King Kong", de Peter Jackson. Mais ambicioso, ainda, "Munique", sobre a caçada do serviço secreto de Israel aos terroristas árabes que mataram os atletas judeus nos Jogos Olímpicos de 1972 na Alemanha, foi derrotado pelo lobby israelense de Hollywood. Spielberg não ganhou uma estatueta. Mas não perdeu

Jagger desfila com a namorada Mark Mainz

a esportiva. Sua risada e o aplauso espontâneo quando Jack Nicholson anunciou o prêmio de melhor filme para "Crash" tinham algo de revelador. Ele é um cético, sabe que a academia é pouco confiável. Ao contrário do que disse o comentarista do canal TNT, Rubens Ewald Filho, "Munique" merecia ganhar, até o prêmio principal, de melhor filme. Mas foi esta a única grande surpresa que a academia reservou para os milhões de telespectadores. O azarão "Crash - No Limite" derrotou o favorito "O Segredo

de Brokeback" Mountain e fez história. Hollywood não saiu do armário. Ainda não foi desta vez que um filme que trata abertamente da relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo ganhou o Oscar. O saldo final da festa foi decepcionante ou equilibrado, dependendo do ponto de vista. Os quatro principais vencedores – melhor filme, "Crash"; melhor diretor Ang Lee; melhor ator, Philip Seymour Hoffman; melhor atriz, Reese Witherspoon – apontam para quatro diferentes direções, o que é raro, senão exatamente inédito. (AE)

Pamela Anderson: poses para fundação de Elton John


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EM

PAUTA

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

Um país que deveria ser o melhor do mundo só não o é pela ignorância e inocência de um povo sem estudo. Pago imposto federal até hoje, mesmo depois que fechei minha empresa, há 10 anos. Constatei que minha dívida nem ao menos amortizou. Com quem ou onde posso me consultar para resolver este erro bizarro, mas infelizmente comum, da legislação tributária? Parabéns pela iniciativa de lançar, através do movimento De Olho no Imposto, um alerta à população. É isso aí. Vamos botar a boca no trombone e tentar diminuir a hipocrisia dos políticos, que adoram fazer o discurso que imposto foi feito para ajudar os pobres.

DOISPONTOS -23 23

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JOSÉ PASCOAL VAZ, SANTOS,SP PASCOALVAZ@CMG.COM.BR

PAULO SAAB COMEÇOU

OSWALDO C. JUNIOR, LIMEIRA, SP

O ANO

TUCANOJR2002@YAHOO.COM.BR

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G Preciso de um

amigo. De um só! Mas tem que ser dos bons. Tipo "Okamoto".

Meu Okamoto, please!

G Meu "Okamoto"

não precisa ser "japa", pode ser paraguaio ou chinês. Também não precisa ter muito dinheiro, não. Lá em casa, as dívidas são pequenas. Coisa de açougue, mercearia, sapateiro. Sei que não é fácil achar mas continuo insistindo. Com a lanterna na mão.

Joedson Alves/AE

O amigo do presidente é o tipo do amigo com quem todos sonham

V

nho da casa à esquerda veio perguntar quem tinha morrido, tamanha a choradeira. Diante da certeza de que, apesar dos pesares, os corações pulsavam, sugeriu que montássemos um sindicato. De carpideiras. É fato que a desgraça alheia, em sendo maior que a nossa, tem o efeito da aspirina: alivia a febre. Momentaneamente. No dia seguinte, a gente percebe o óbvio: que tem que continuar remando, nem que seja com as mãos, enquanto o termômetro estoura. Na busca de saídas, encontrei uma solução teórica. Preciso muito de um amigo. Sou modesto. Não sou Roberto Carlos, que queria porque queria ter uma garota papo-firme e um milhão de amigos.

DEU

BLOG Seis meses depois do furacão Katrina, a cidade de Nova Orleans volta às ruas para comemorar o Mardi Gras, enquanto as verbas de reconstrução de parte da cidade se perdem no caminho entre Washington e as ruínas. Em seu blog, o diretor de teatro Gerald Thomas conta o que sentiu assistindo a esse carnaval.

HTTP://GERALDTHOMAS. BLOG.UOL.COM.BR/

De garotas, não preciso, independentemente da consistência do seu papo. Já tenho a patroa, amor de quase trinta anos, que labuta como moura, com resignação de Amélia. Preciso de um amigo. De um só! Mas tem que ser dos bons. Tipo "Okamoto". Que paga a dívida do companheiro e de sua filha também, em dinheiro vivo. E nem se dá ao trabalho de avisá-los, para não constrangêlos. Faz mais: se, preciso, chega a gastar metade do que ganha para socorrer o comparsa, ou melhor, o amigo. Meu "Okamoto" não precisa ser "japa". Também não precisa ter muito dinheiro, não. Lá em casa, as dívidas são pequenas. Coisa de açougue, mercearia, sapateiro.

ei que não é fácil achar um "Okamoto". Mas continuo insistindo. Com a lanterna na mão. Já cheguei a me perguntar se Deus me acha merecedor de um "Okamoto". Não sei. Tenho meus pecados, mas também nunca fui candidato a presidente do Brasil. Sei meu lugar. Imagine sair por aí falando besteiras, falsificando a história, espancando as palavras, como se elas tivessem culpa de eu não ter uma vela para assoprar! Também roguei a Deus que, na impossibilidade de me dar um "Okamoto", que me envie um compadre "Teixeira". Pelo menos me livrava do aluguel. Seria uma bênção e tanto.

S

G Na impossibilidade

de me dar um "Okamoto", Deus poderia me enviar um "Compadre Teixeira". Pelo menos me livraria do aluguel.

ORLANDO SILVEIRA ORLANDOSILVEIRA@UOL. COM.BR

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Um banho de corrupção em Nova Orleans

NO

maior prova de que a administração Bush é um desastre é o próprio desastre natural, o furacão

A

David Rae Morri/Reuters

enho de família humilde, sou modesto. Morrerei assim. Lá em casa, a gente se contenta com pouco. Quando dá para quitar as contas do mês é uma festa, com direito a bolo. Faz tempo que a gente não assopra uma vela. E ninguém pára de trabalhar! Talvez este seja o erro: trabalhar – em qualquer coisa, por qualquer preço. Na esperança de voltar a assoprar uma vela. Cheguei a pensar que o erro era meu. Talvez seja, talvez não. Sei lá. O fato é que na última reunião da famíliaexpandida o que se ouviu era mesmo de chorar. Metade pedia; a outra não tinha para dar. Uma lástima. Desfeita a pose inicial e depois de uns tragos, a turma rasgou o verbo. O vizi-

Katrina. Passados seis meses desde a catástrofe, o povo de Nova Orleans tenta levantar a sua bola desfilando o seu Mardi Gras, mas o que resta mesmo é uma trilha de corrupção, ineficiência e finger pointing ("deduração"): e tudo aponta para as agências federais como a Fema e a Casa Branca, óbvio. Vidas humanas estão em jogo.

duplicidade de destinação de recursos. A classe menos favorecida, que não pode pagar impostos e contratar os mesmo serviços de particulares, sofre nas filas, é humilhada nos balcões e guichês. Morre na espera.

Discordo da campanha da ACSP sobre os impostos. Mas concordo que o assunto é muito sério. Tão sério, que pode levar pessoas com idéias opostas a discutirem serenamente, desde que estejam comprometidas com um projeto de nação justo, de que tanto necessitamos. Me proponho a essa discussão com vocês. Abraços fraternos.

Desterradas e desalojadas sem a menor perspectiva de futuro, os políticos de Washington fazem seus conchavos e conseguem abaixar a intensidade do furacão pra 3. E os diques que estão sendo reconstruídos, são mais ou menos o que estava lá antes. Todos sabem que é uma mentira. Nova Orleans está vulnerável a

um furacão de intensidade 5 e esses diques são a mesma coisa que papel. Mas, e o Bush? O que dizer de um presidente que vende 6 dos nossos portos para os Emirados? E o que dizer quando, na beira de um total colapso de uma guerra civil no Iraque, ele olha pras câmeras e se diz “otimista”? É pra rir, chorar? Quanto a Nova Orleans, se um

dia seu povo se aventurar a voltar, qual seria sua possível volta? Mais de metade da cidade continua em ruínas. Mas o red tape (a burocracia ou mera incompetência) fez com que os dólares não alcançassem o destinatário. Tenho muito medo desse cara. Tenho muito medo do futuro. Essas mentiras todas, essa lama toda.

sta segunda-feira foi infernal, logo cedo, para o trânsito paulistano. Além da chuva, milhares e milhares de veículos nas ruas, numa situação de congestionamento superior a cem quilômetros, quando a média normal para o dia e horário seria de cinqüenta. Os especialistas foram unânimes: terminado o período de férias e ultrapassado o Carnaval, foi a primeira segundafeira útil de verdade do ano de 2006. Portanto, ontem teve início o corrente Exercício. De todo seria um período perdido, porque ainda falta completar o mês de março e metade de abril para fecharmos três meses e meio que trabalhamos, cada cidadão brasileiro, para pagar seus impostos e taxas.

E

odos se recordam de que o equivalente a esses cem dias úteis do ano são trabalhados para se recolher a renda de cada um, extorquida pelo poder público. É extorsão sim, porque o que nos é sugado pelos meios arrecadadores não volta na forma de benefícios à sociedade. Os valores arrecadados pelo poder público, de qualquer esfera, batem recordes sucessivos e a qualidade dos serviços públicos piora na proporção inversa. Escolas, hospitais, postos de saúde, rodovias, atendimento, fornecimento de documentos, previdência social, enfim, tudo que depende do poder público (pago com dinheiro extorquido do contribuinte) não corresponde aos valores arrecadados. Nem de perto. Ao contrário. A população brasileira, da classe média para baixo, é duplamente vítima da sanha arrecadatória. Os impostos e taxas abusivos são cobrados e, para ter acesso a serviços básicos, a classe média recorre a particulares, igualmente de preços elevados e serviços abaixo da expectativa. Plano de saúde, escola particular, pedágios, além do IPVA, para citar alguns exemplos, são

T

contrapartida aos impostos e taxas que o poder público deveria oferecer a quem lhe paga é desviada para assuntos de corrupção, nepotismo, fisiologismo, favorecimentos, compra de votos, privilégios familiares à custa do Erário, moradias de políticos, abastecimento da dispensa, adega e aeronaves dos governantes. Para citar alguns exemplos, novamente. A inversão de valores no Brasil é tão acentuada que o fosso existente entre as aspirações e necessidades de quem paga impostos e taxas e a forma de administrar as carências nacionais de quem os arrecada são destituídas de prioridade, enquanto os grandes temas envolvem a disputa política pelo poder de continuar arrecadando e gastando mal. O ano começou ontem, de fato, como se diz jocosamente. De direito, o poder público já nos mete a mão nos bolsos desde o primeiro minuto de janeiro.

A

Começou de fato o exercício de 2006. De direito, o contribuinte já trabalha para o FIsco desde o primeiro dia do ano sensação que se tem quando se lê que houve recorde sucessivo de arrecadação, sem falar nos recordes de lucros bancários, enquanto a qualidade de vida da população piora a cada aumento de arrecadação, é a de revolta e impotência. Revolta por não haver no País estadistas, políticos e governantes, à altura da grandeza nacional, e impotência por não haver disposição nos mecanismos institucionais vigentes de corrigir os erros, punir os culpados e propiciar uma gestão decente, voltada efetivamente para beneficiar quem sustenta tudo isso, nós, os trouxascontribuintes.

A

PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 7

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Relatório da Administração

CONTINUAÇÃO

13. Marketing

15.1. Controles Internos e Compliance

A estratégia de marketing adotada pelo Bradesco foi pontuada por avanços consistentes ao longo de 2005. Um dos principais destaques, seja do ponto de vista dos resultados, seja do reconhecimento por parte de referências do mercado, foi o início de um novo posicionamento de comunicação e a adoção do conceito “Bradesco Completo”. Mais que um slogan, a assinatura conferiu maior visibilidade à Marca Bradesco no cenário competitivo do segmento bancário e conseguiu comunicar ao grande público a Missão do Bradesco: ser um Banco Completo, capaz de ajudar a vida de seus clientes a ser também mais completa. Moderno, humano e multifuncional, esse posicionamento refletiu todas as inovações, produtos e serviços que a Organização criou e colocou à disposição de seus clientes até hoje. Em julho, o filme publicitário “All you need is love” - um dos marcos da campanha Bradesco Completo - foi apontado como uma das dez propagandas preferidas do mês, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, do Jornal Folha de S. Paulo. Como resultado da estratégia de comunicação adotada, em agosto o Bradesco também figurou como a marca Top Of Mind do segmento bancário, segundo levantamento ABA/ Top Brands. A partir de seu lançamento, o conceito Bradesco Completo rapidamente disseminouse por todas as campanhas publicitárias de produtos, serviços e segmentos do Banco, além de eventos e ações de patrocínio. Em julho, o Bradesco Prime tornou-se o patrocinador oficial do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, em São Paulo. Além de comunicar-se de modo efetivo com um público selecionado, dentro do target desejado, o patrocínio contribuiu para a viabilização de um dos principais acontecimentos culturais do País, ao mesmo tempo que aproximou o Bradesco da comunidade de Campos do Jordão e daquela que a freqüenta, a partir da reforma e doação da Concha Acústica da Cidade. Em dezembro, pelo décimo ano consecutivo, a Bradesco Seguros e Previdência brindou, com a sua tradicional “Árvore de Natal”, a cidade do Rio de Janeiro, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Paralelamente, por meio de ações e contribuições, ao longo de 2005, o Bradesco continuou sendo sinônimo de parceria, apoiando inúmeras iniciativas, a exemplo do Teleton, maratona televisiva destinada a angariar recursos para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente, e da Fundação Dorina Nowill, que promove a inclusão social de cegos e deficientes visuais. Desse modo, tem ampliado a abrangência de suas ações no campo social, enfatizando os valores da cidadania. 697 eventos regionais, setoriais e ou profissionais em todo o País, incluindo feiras de negócios, seminários, congressos e eventos culturais e comunitários, que contaram com a participação do Bradesco em 2005.

Subordinado à orientação e supervisão do Conselho de Administração, o Sistema de Controles Internos e Compliance é instrumento importante no gerenciamento dos negócios e das atividades, tendo como objetivos maiores assegurar o cumprimento das normas legais e regulamentares, das diretrizes, dos planos, dos procedimentos e das regras internas, e minimizar os riscos de perdas patrimoniais e de lesões de imagem. Cabe ao Comitê de Controles Internos e Compliance avaliar e submeter à aprovação do Conselho de Administração os Relatórios de Conformidade dos Controles Internos. Cabe ressaltar que, adicionalmente, estão sendo tomadas as ações requeridas para o atendimento ao estabelecido na Seção 404 da Lei Americana Sarbanes-Oxley, que trata da avaliação anual dos controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros.

14. Reconhecimentos Ratings - O Bradesco foi distinguido, em 2005, com os mais altos índices de avaliação atribuídos a bancos do País, pelas agências nacionais e internacionais de rating: Austin Rating, Fitch Ratings, Moody’s Investors Service, SR Rating e Standard & Poor’s. Rankings - Realçada por renomadas publicações nacionais e internacionais, a liderança do Bradesco obteve os seguintes destaques: • Melhor Banco do Ano no Brasil, de acordo com a Revista britânica The Banker; • Melhor gestor de Fundos de Investimento, de acordo com a Revista ValorInveste, editada pelo jornal Valor Econômico; • Maior Grupo Empresarial de capital privado do Brasil, segundo o Anuário Grandes Grupos, editado pelo Jornal Valor Econômico; • Banco mais lembrado do País, segundo pesquisa Top of Mind, feita pelo Instituto Datafolha, do Jornal Folha de S. Paulo; • Líder no ranking dos 100 Maiores Grupos Empresariais do País, de acordo com a edição 2005 do Anuário Melhores e Maiores, da Revista Exame; • Líder no mercado financeiro brasileiro, figurando em primeiro lugar entre as instituições privadas no ranking dos 100 Maiores Bancos do Anuário Valor 1000, do Jornal Valor Econômico; • Única empresa privada brasileira a constar, pela segunda vez, do Ranking Fortune 500; • A Marca Bradesco, a mais lembrada do setor financeiro no País, em 2005, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Anunciantes - ABA, em parceria com a Top Brands Consultoria e Gestão de Marcas. Premiações - Foram 16 os prêmios conquistados pelo Bradesco em 2005, realçando a qualidade dos seus produtos e serviços, a partir de opiniões independentes, com destaque para: • Prêmio e-finance, concedido pela Revista Executivos Financeiros nas categorias: Certificação Digital, Meios de Pagamento, Transferência de Dados e Imagem, sites Consórcio, Pessoa Física e de Crédito; • Prêmio Notáveis 2005, concedido pelo Jornal do Commercio, em reconhecimento à liderança no ranking dos maiores lucros do sistema financeiro e pelo destacado desempenho nos mercados de previdência, seguros, leasing, consórcio e capitalização; • Prêmio ANSP 2005, em sua 13a edição, concedido pela Academia Nacional de Seguros e Previdência, com o case da Bradesco Vida e Previdência: “Vida Segura Empresarial - A democratização do acesso ao seguro de vida chega às micro e pequenas empresas”; • Prêmio Marketing Best 2005, concedido pela Editora Referência, pelos cases: Institucional “Bradescompleto”; Bradesco Vida e Previdência “Vida Segura Empresarial - A democratização do acesso ao seguro de vida chega às micro e pequenas empresas”; e Bradesco Capitalização “Bradesco Capitalização consolida sua posição no mercado nacional de capitalização”; • Prêmio Top de Vendas 2005, concedido pela ADBV - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, com o case Bradesco Vida e Previdência “Vida Segura Empresarial - A democratização do acesso ao seguro de vida chega às micro e pequenas empresas”; • Selo Assiduidade APIMEC, por seis anos consecutivos de apresentações do Bradesco aos seus analistas; • Selo Empresa Cidadã, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo, destacando a atuação do Bradesco no município, na área de responsabilidade social. • Prêmio Global Finance, concedido pela Revista Global Finance, por ter o Melhor Site Pessoa Jurídica Integrado, na Categoria Mundial e Melhor Internet Banking Pessoa Física e Jurídica do Brasil, entre outros destaques. Certificação ISO 9001/2000 - Ao término do exercício, a Organização Bradesco detinha 106 Produtos e Serviços qualificados com essa elevada distinção, realçando o objetivo de assegurar, em todas as suas iniciativas, crescente facilidade e comodidade aos clientes e usuários. Certificado GoodPriv@cy - Selo de Proteção e Privacidade de Dados - Em dezembro/ 2005, foram 8 os produtos e serviços contemplados com esta distinção, pela FCAV Fundação Carlos Alberto Vanzolini, atestando que a Organização Bradesco mantém sistema de gestão no padrão estabelecido internacionalmente, que abrange os requisitos para proteção e privacidade de dados. A conquista reafirma o compromisso do Bradesco com a melhora contínua da segurança da informação, fortalecendo a sua imagem no mercado.

15. Governança Corporativa Na Organização Bradesco, as modernas práticas de Governança Corporativa têm possibilitado aprimorar o relacionamento com acionistas e demais partes interessadas e a melhorar o desempenho em todos os segmentos de atuação. Muitas são as iniciativas até aqui adotadas, entre elas: o pagamento mensal de dividendos; Tag Along de 100% para as ações ordinárias e 80% para preferenciais; Códigos de Ética Corporativo e Setorial das Áreas de Administração Contábil e Financeira; Instrumento de Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociações de Valores Mobiliários; presença de dois Conselheiros Independentes no Conselho de Administração; adesão aos princípios do Equador e ao Global Compact; avanço na transparência de informações ao mercado e sua divulgação em três idiomas - Português, Inglês e Espanhol; e os Comitês de Divulgação, de Auditoria, de Controles Internos e Compliance, de Remuneração, de Avaliação de Despesas e o de Responsabilidade Socioambiental, precisa definição de atribuições de cada Órgão da Administração. Em reconhecimento a essas iniciativas, em setembro, o Bradesco recebeu da Austin Rating o rating AA-Ótimas Práticas de Governança Corporativa. É a primeira empresa brasileira a divulgar o seu rating juntamente com o Relatório completo, disponível na nova página de Governança Corporativa: www.bradesco.com.br. A Organização Bradesco participou, prazerosamente, das comemorações do 10o aniversário de fundação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, entidade à qual é associado e copatrocinador. Destaque-se que, desde junho/2001, as Ações Bradesco fazem parte do Nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA. O Banco, por ter ações negociadas em bolsas do Exterior, produz as suas demonstrações financeiras também em US-GAAP, práticas contábeis norte-americanas. Em 1o de dezembro, as Ações Bradesco passaram a integrar o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, reiterando o compromisso da Organização com acionistas, clientes, investidores, colaboradores e o público em geral, realçando os seus aspectos diferenciais de solidez, transparência, liquidez e responsabilidade social e ambiental. Em consonância com o teor da Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, cabe registrar que a Organização Bradesco, no exercício, não contratou e nem teve serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Em 10 de março, na Assembléia Geral Ordinária deliberou-se a manutenção do Conselho Fiscal, composto de 3 membros efetivos e 3 suplentes, com mandato até 2006, sendo 1 membro efetivo e seu suplente escolhidos dentre os detentores de ações preferenciais. O parecer do Conselho Fiscal sobre as contas do exercício de 2005 está incluído neste Relatório.

15.2. Políticas de Transparência e Divulgação de Informações No tocante ao relacionamento com investidores e o mercado em geral, foram promovidas no exercício 113 reuniões internas e externas com analistas, 8 conferências telefônicas e 9 eventos no Exterior, além da divulgação trimestral do Relatório de Análise Econômica e Financeira, uma compilação minuciosa das informações mais solicitadas pelos leitores especializados. No site www.bradesco.com.br, Seção Relações com Investidores, estão disponíveis informações relacionadas à Organização Bradesco, como por exemplo o seu perfil, histórico, estrutura acionária, relatórios de administração, resultados financeiros, últimas aquisições, reuniões nas Associações de Analistas de Mercado (Apimec e Abamec), além de outras sobre o mercado financeiro, nas versões Português, Inglês e Espanhol. O Banco distribui mensalmente o informativo “Cliente Sempre em Dia”, com tiragem de 700 mil exemplares; trimestralmente, o “Acionista Sempre em Dia”, com 28 mil, a “Revista Bradesco”, 50 mil e a “Revista Bradesco Rural”, 10 mil, todos voltados ao público externo. Anualmente, edita os Relatórios Anual e Social.

15.3. Responsabilidade Socioambiental A criação pelo Banco de sua Área de Responsabilidade Socioambiental reafirma o compromisso da Organização Bradesco com esses valores, que cultiva desde as suas origens. A Política Corporativa de Responsabilidade Socioambiental, que define as diretrizes sobre o tema, encontra-se disponível na página de Governança Corporativa no Site de Relações com Investidores www.bradesco.com.br/ri, inclusive nos idiomas Inglês e Espanhol. Com essa iniciativa, a Organização amplia a visibilidade de suas ações relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

16. Administração de Riscos Diretamente subordinada a um Diretor Executivo e à Presidência do Banco e exercida de modo independente, a administração de riscos envolve um conjunto integrado de controles e processos, abrangendo risco de crédito, risco de mercado e risco operacional. Por princípio, a Organização adota política conservadora em termos de exposição a riscos, sendo as diretrizes e os limites definidos pela Alta Administração.

16.1. Risco de Crédito O gerenciamento de Risco de Crédito segue as melhores práticas existentes no mercado, e também objetiva atender aos requisitos propostos no Novo Acordo de Basiléia, exigindo alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. Este gerenciamento é executado por meio de um processo contínuo e evolutivo de mapeamento, aferição e diagnóstico dos modelos, instrumentos, políticas e procedimentos vigentes, lastreado pelo estudo e análise integrados à realidade da Organização.

16.2. Risco de Mercado O risco de mercado é acompanhado, aferido e gerenciado por meio de metodologias e modelos alinhados com as melhores práticas dos mercados nacional e internacional e com as recomendações e normas de órgãos reguladores. A política de gestão de riscos de mercado é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e monitorados diariamente, de maneira independente.

16.3. Gestão de Risco Operacional O efetivo sucesso para a excelência na gestão de Risco operacional fundamentase na disseminação da cultura, divulgação de políticas e implantação de metodologias corporativas. Nesse sentido, a Organização Bradesco aplica essas premissas e considera a atividade de gestão de risco fundamental para a geração de valor agregado, por meio da melhoria de processos internos e sistemas, bem como do suporte às áreas de negócios, tendo por objetivo o aprimoramento da eficiência operacional e a diminuição de capital a ser alocado. O Bradesco trabalha continuamente para estar alinhado com as melhores práticas de mercado na gestão de risco operacional, e encontra-se em condições de atender às orientações do Novo Acordo de Capitais de Basiléia, no cronograma estabelecido pelo Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado 12.746 de dezembro de 2004, sendo que o objetivo da Organização é alcançar qualificação para o Modelo de Alocação de Capital pela Abordagem de Mensuração Interna Avançada (AMA), pois a adoção desse método propiciará menores perdas e menor alocação de capital. Ressalte-se que se encontra em processo de desenvolvimento nova plataforma sistêmica corporativa que integrará em base de dados única, as informações de Risco Operacional e Controles Internos abrangendo, inclusive, os requisitos estabelecidos pela Lei Sarbanes-Oxley. O resultado alcançado pressupõe auxiliar o Banco no incremento de qualidade da gestão de seus riscos e controles, contribuindo para o aprimoramento dos índices de eficiência operacional, além de atender aos requerimentos legais.

Na Escola Virtual, arquitetura de E-Learning da Fundação Bradesco, em conjunto com as Empresas NIIT e ABAN, da Índia, proporciona cerca de 180 cursos de informática para 8.000 alunos. O Projeto Cisco Networking Academy, desenvolvido em aliança com a Cisco Systems, forneceu qualificação para mais de 6.800 alunos, para instalação, projetos e gerenciamento de redes de computadores. Com o Media Lab, Centro de Pesquisa do MIT - Massachussets Institute of Technology, a Fundação Bradesco desenvolve projetos em 28 Unidades Escolares, em 24 Estados e Distrito Federal. O objetivo é a integração da tecnologia com questões sociais, como “A Cidade que a Gente Quer”, que une professores e alunos em debates sobre questões urbanas em aulas e oficinas, partilhando idéias com escolas e comunidades de diversos países pela Internet. Uma novidade é a integração com pesquisadores de instituições de países em desenvolvimento. Ainda em parceria com a Microsoft, Intel, Cisco, ISS e outras, a Fundação Bradesco está desenvolvendo em Campinas, interior do Estado de São Paulo, o Bradesco Instituto de Tecnologia BIT, dedicado à pesquisa e desenvolvimento de aplicações em tecnologia para a educação e serviços financeiros. Há oito anos, a Fundação Bradesco implementa também o curso de informática para deficientes visuais, que já atendeu a 6.412 alunos, em 32 de suas unidades e 37 Instituições parceiras. Símbolo da vocação do Bradesco para a integração social, o curso, que foi pioneiro no gênero, é reconhecido internacionalmente pela qualidade do seu conteúdo, baseado no Programa Windows e na Internet. Completam os cursos na área de tecnologia o Programa “Intel Educação para o Futuro” e o Programa “Intel Aprender”. O primeiro tem como finalidade eliminar barreiras na utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica e com esse objetivo já atendeu a mais de 35.000 educadores. O segundo, implantado em 2005, assegura treinamento na área de informática básica e já ofereceu formação para mais de 3.000 jovens. Realizados nos Centros de Inclusão Digital-CIDs, os cursos possibilitam a melhoria da empregabilidade da comunidade e monitores para rede pública de ensino. Ambos contam com a parceria da Empresa Intel. O quadro das parcerias se desdobra em programas voltados para a sociedade em seu conjunto, sempre com ênfase à educação. Com a Fundação Roberto Marinho, das Organizações Globo, a Fundação Bradesco mantém, desde 1997,como sócia-fundadora, o Canal Futura - “O Canal do Conhecimento”. Primeiro canal educativo da televisão brasileira, totalmente financiado e gerido pela iniciativa privada, alcança, atualmente, a cerca de 20 milhões de telespectadores, demonstrando a eficácia da televisão como ferramenta para prestar serviço e fomentar a promoção social. Nessa mesma linha, manteve-se associada ao “Programa Alfabetização Solidária”, contribuindo para a alfabetização de cerca de 6 mil brasileiros a cada ano, desde 1998, nas regiões Norte e Nordeste, graças à ampliação da oferta pública de Educação de Jovens e Adultos. O alcance e a profundidade das ações sociais da Fundação Bradesco mereceram o reconhecimento em diversas premiações, entre elas, destaque para o Primeiro lugar no Prêmio - 2a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, conquistado pelos alunos do 1o Ano do Ensino Médio da Unidade Escolar de Rio Branco, Acre, com o tema “Os postes inteligentes”, outorgado pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis - IBAMA, em parceria com uma rede nacional de instituições das áreas de educação, saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia; e Prêmio ELearning Brasil 2005, Categoria Educação Star, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos-ABRH e pela Micropower, destacando as 16 referências brasileiras em educação a distância, por projetos desenvolvidos na área educacional, por meio da Escola Virtual e dos Centros de Inclusão Digital-CIDs. Registre-se também que o Projeto Finasa Esportes, desenvolvido pela Organização, mantém núcleos de formação para o ensino de vôlei e basquete na Fundação Bradesco em Osasco, SP, e em Escolas e Centros Esportivos no Município, que atenderam em 2005 a 3.093 meninas de 10 a 16 anos. O trabalho desenvolvido pela Fundação Bradesco tem influência comprovada na elevação do nível de qualidade de vida das comunidades onde atua, o que lhe confere a característica de “investimento socialmente responsável”, na melhor acepção do termo. R$ 167,061 milhões totalizou a verba orçamentária da Fundação Bradesco aplicada no ano 2005, estando já previsto para 2006 o montante de R$ 184,011 milhões, para o atendimento a mais de 108 mil alunos. R$ 53,150 milhões foram os demais investimentos realizados em 2005 pela Organização Bradesco, em projetos sociais destinados às comunidades, voltados ao ensino, artes, cultura, esportes, saúde, saneamento, combate à fome e segurança alimentar.

16.4. Segurança da Informação A Política e Normas Corporativas de Segurança da Informação contempla a efetiva proteção dos ativos da informação, constituídos pelas bases de dados, pelos ambientes de informática, documentos, arquivos, cópias de segurança de sistemas, acessos controlados aos sistemas e informações, e proteção na geração e tráfego de dados, dentre outras ferramentas de gestão em segurança. As informações restritas e de interesse exclusivo de clientes, bem como as informações estratégicas da Organização são tratadas internamente com absoluto sigilo e recebem total proteção por meio de controles internos e de sistemas informatizados. Com o objetivo de preservar a total aderência a esses procedimentos, são mantidos constantes programas de treinamento, conscientização e revisões das políticas.

16.5. Prevenção à “Lavagem” de Dinheiro A Organização Bradesco mantém política de prevenção e combate à “lavagem” de dinheiro que observa rigorosamente a legislação e regulamentações vigentes. Conta em sua estrutura de Compliance com uma área específica, responsável pela gestão e monitoramento das operações e movimentações financeiras realizadas em seus ambientes de negócio. O conhecimento do cliente, apoiado por sistemas continuamente aperfeiçoados para o monitoramento e a identificação de operações atípicas, tem o claro propósito de prevenir o uso da Organização na prática de “lavagem” de recursos financeiros. Conjugadas com análises específicas, essas ações contribuem para a plena observância da política definida pela Alta Administração e permitem proteger a Instituição, administradores, acionistas, clientes e funcionários.

16.6. Gestão do SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro Com o objetivo de manter a solução SPB da Organização em conformidade com as regras e normas do Banco Central do Brasil, o monitoramento das transações enviadas e recebidas entre o Banco e os demais participantes do sistema é efetuado de modo a acompanhar as operações até sua finalização. Dispõe de instrumentos de contingência, inclusive de um segundo ambiente operacional distinto. A Organização também mantém Sistema de Legitimação de Transações por meio de TED - Transferência Eletrônica Disponível, com o objetivo de reduzir o risco operacional representado pela saída indevida de recursos, atribuindo maior grau de segurança e confiabilidade em suas transações.

17. A Ação Social da Organização Bradesco Principal instrumento da ação social da Organização, a Fundação Bradesco, que completará 50 anos em 2006, está presente em todos os Estados Brasileiros e Distrito Federal, com suas 40 Escolas prioritariamente instaladas em regiões de acentuadas carências socioeconômicas, proporcionando formação educacional gratuita e de qualidade a crianças, jovens e adultos. No exercício, propiciou ensino a mais de 107 mil alunos, incluindo-se os dos cursos de educação de jovens e adultos e educação profissional. Aos alunos dos cursos de educação infantil, ensinos fundamental, médio e educação profissional técnica de nível médio, em número superior a 49 mil, assegurou, também gratuitamente, alimentação, uniforme, material escolar e assistência médico-odontológica. Registre-se que ao longo dos últimos sete anos o índice de aprovação nas Escolas da Fundação manteve-se, em média, no patamar de 96%, o que corresponde até mesmo aos melhores parâmetros internacionais. Os cursos voltados à Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores ampliam os sólidos vínculos da Fundação Bradesco com o mercado de trabalho regional e com os interesses específicos das comunidades, modelados com o intuito de qualificar os participantes a empreender o seu próprio negócio ou conquistar melhores posições no mercado de trabalho. Nessa perspectiva, destacam-se os cursos de Tecnologia Gráfica, Agropecuária, Gestão de Empresas, Informática, Moda, Lazer e Desenvolvimento, dentre outros. Ao longo dos anos, a Fundação Bradesco tem ampliado o conjunto de realizações com parcerias destinadas a dar novo impulso a programas especiais destinados a democratizar e atualizar o conhecimento. Nesse sentido, destaque-se a aliança com a Aban Informatics Limited, que vem contribuindo com ilustrações e animações, do Ensino Fundamental e Ensino Médio, nas áreas de física, química, biologia e matemática. Soma-se o Projeto de Inclusão Digital com a Microsoft, que no exercício treinou gratuitamente 20.000 pessoas nos Centros de Inclusão Digital - CIDs, os quais, ao final do ano, perfizeram 40 unidades.

18. Recursos Humanos O aprimoramento do quadro de pessoal é parte essencial da estratégia da Organização Bradesco, uma estrutura que reúne ao todo 73.881 funcionários, sendo 61.347 no Bradesco e 12.534 nas Empresas Controladas. Com foco na qualidade, diversificação e excelência na prestação de serviços, a Política de Gerenciamento dos Recursos Humanos adotada tem ampliado os programas de treinamento e capacitação, de modo a abrir novos espaços, compartilhando conhecimento e promovendo a valorização do quadro. A prospecção do conhecimento é fundamental para a evolução da produtividade, qualidade do atendimento e manutenção da liderança de mercado. Os cursos atendem a todos com o mesmo padrão de excelência e concentram-se principalmente nas áreas operacionais, técnicas e comportamentais. O aprendizado envolve temas sobre demandas dos mercados, cenários econômicos e exigências dos avanços tecnológicos, sempre tratados com amplitude e profundidade pelas equipes de instrutores especializados e apoio de infra-estrutura adequada. O TreiNet - Treinamento por Meio de Internet, que no ano findo registrou mais de 315 mil participações, vem proporcionando aos funcionários a possibilidade de adquirir novos conhecimentos, a distância, de maneira indistinta e abrangente, o que valoriza a sua disseminação. A atualização e os avanços do aprendizado são proporcionados por meio de Programas de Desenvolvimento Gerencial realizados em parceria com Consultorias, Universidades e Escolas de Negócios, para cursos de especialização nas áreas de economia, administração e direito, inclusive em nível de pós-graduação. A comunicação interna no Bradesco sempre recebeu especial atenção pelo seu caráter disseminador de informações, conceitos, estratégias em diferentes mercados, valores e evolução do clima organizacional. Merecem destaque as publicações “Interação”, enviada de maneira personalizada a cada funcionário, e “Sempre em Dia” Jornal diário. Nesse sentido, a TV Bradesco muito contribui, em todos os níveis, para preparar, integrar e motivar o quadro de funcionários. Os benefícios assistenciais dedicados à melhoria da qualidade de vida, bem-estar e segurança dos funcionários e seus dependentes, ao final do ano, abrangiam 173.895 vidas. Entre eles, destacam-se: • Seguro Saúde Médico-Hospitalar; • Seguro Saúde Odontológico; • Plano de Previdência Complementar de Aposentadoria e Pensões; • Apólices de Seguro de Vida em Grupo e Coletivo de Acidentes Pessoais; e • Apólice Coletiva de Seguro para Autos. Registre-se ainda que o Bradesco integrou pela sexta vez a lista do Guia Exame - Você S/A 2005 - As Melhores Empresas para Você Trabalhar e pela terceira vez consecutiva o ranking As Melhores Empresas para a Mulher Trabalhar, ambos promovidos pelas revistas Exame e Você S/A, em parceria com a Consultoria Great Place to Work. Pelo segundo ano, o Bradesco também foi destaque na pesquisa As Melhores na Gestão de Pessoas da revista Valor Carreira, editada pelo Jornal Valor Econômico, com apoio técnico do Hay Group, ouvindo diretamente os funcionários. Mais uma vez, as distinções reafirmam a motivação de todos com o ambiente de trabalho, a eficácia do modelo de gestão, os benefícios oferecidos e oportunidades de ascensão profissional. R$ 52,282 milhões investidos no ano em Programas de Treinamento, com 618.983 participações. R$ 454,893 milhões aplicados no Programa de Alimentação, com o fornecimento diário de 94.473 lanches e 70.834 vales-refeições. 3,594 milhões de atendimentos médicos e hospitalares e 669.751 atendimentos odontológicos durante o ano. Os resultados conquistados estão em sintonia com as estratégias adotadas pela Organização Bradesco para atender às expectativas dos clientes, com eficiência e qualidade nos seus produtos e serviços. Inspiram renovada confiança no futuro e criam ambiente favorável para realizações ainda maiores em 2006. Refletem o esforço permanente para ampliar a sua presença no cotidiano das pessoas e empresas, contribuindo para a edificação de um País cada vez mais desenvolvido, justo e próspero.

Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Conselho de Administração e Diretoria CONTINUA


Ano 81 -N Edição conclu ída às 23h 55

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Hoje é dia de SP vestir esta camiseta

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Moda para domar o Leão Abre-se hoje em SP o De Olho no Imposto, movimento pela transparência tributária que já percorreu 19 cidades e coletou 243.283 adesões por um projeto de lei que dê ao contribuinte o direito de saber quanto paga de tributos em cada produto ou serviço que consome. Economia/1 e www.deolhonoimposto.org.br

O Leão gosta é da classe média A classe média brasileira é a campeã de tributação no IR da América do Sul. Veja pesquisa da Ernst & Young, em Eco/1

Na caça aos sonegadores O Leão fareja a sonegação enquanto recebe meio milhão de declarações. Em 4 estados e no DF começou a operação "Impacto". Eco/4 Milton Mansilha/LUZ

DC ajuda você a lidar com o Leão A partir de segunda-feira o seu DC o ajudará a enfrentar o Leão. Envie suas dúvidas para o e-mail irpf@dcomercio.com.br Leia em Eco/4 De olho e com a caneta no imposto

Paulo Pampolin/Hype

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima19º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 18º C.

PSDB: luta pelo "apoio" de Covas

Consulte o doutor celular

Em evento para lembrar a morte do ex-líder, prestígio de Covas é ressaltado pelos dois pré-candidatos. Página 18

Telexpo 2006 mostra celulares que medem teor de gordura. E mais novidades para o nosso mercado. DC Informática

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

1 Até ontem à tarde, o De Olho no Imposto registrava 243.283 assinaturas.

DE OLHO NO IMPOSTO

COMÉRCIO DE SP SE ENGAJA NO MOVIMENTO Campanha será lançada hoje, às 10 horas, na capital paulista. A meta é atingir 350 mil assinaturas até o dia 1º de maio, quando termina a campanha pela transparência tributária.

D

e bairro em bairro, o movimento De Olho no Imposto está cada vez mais perto de alcançar a meta de 1,5 milhão assinaturas em nome da transparência nos impostos. "Peço a todos que entram na minha banca de jornal que assinem a lista de adesão, e até agora todos concordaram", afirma Maria Iracema Valadão, que já conseguiu mais de 300 assinaturas na Banca das Apostilas, que fica no centro da cidade. Até ontem, o movimento havia coletado 243.283 assinaturas, contando com as adesões online. Hoje, às 10 horas, no Clube Esperia, representantes de mais de 1,5 mil entid a d e s s e re únem para definir a realização da campanha em diversos bairros da capital. O objetivo do movimento é levar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal. O dispositivo garantirá aos cidadãos saber o quanto de imposto há embutido no preço dos produtos e serviços por meio da nota fiscal. Depois de percorrer 6 mil quilômetros por 19 cidades do estado, atingindo uma platéia de 4 mil lideranças, o movimento chega à capital, onde a meta é colher 350.546 assinaturas. No total, o Estado de São Paulo deve somar 1,2 milhão de adesões e os outros estados 300 mil até o dia 1° de maio,

Milton Mansilha/LUZ

quando a Força Sindical espera coletar centenas de assinaturas dos trabalhadores que participarem da comemoração pelo Dia do Trabalho. Parcerias – As distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) já começaram a fazer parcerias para conseguir o maior número de assinaturas possível. O empresário Luiz Alberto da Silva, sócio da Bolsas Carioca, por exemplo, vai colocar na entrada de suas lojas

um balcão para que os clientes possam aderir ao movimento. Cerca de 2 mil pessoas, em média, circulam em cada loja por dia. "Espero captar, no mínimo, 5 mil assinaturas nas duas lojas da empresa, a de Moema e a do Centro", adianta. Segundo Jander Antônio Pereira, chefe-administrativo da distrital da ACSP em Santo Amaro, nos dias 16 e 17 a distrital vai organizar um mutirão no Terço Bizantino do padre Marcelo Rossi, onde circu-

lam de 10 a 15 mil pessoas por missa. No dia 18, a distrital também vai promover no Autódromo de Interlagos um Feirão do Imposto, que é a simulação de um mercado que mostra o percentual de impostos embutidos nos preços de produtos e serviços. Está acertado ainda que nos shoppings da região – Interlagos, SP Market e Boa Vista Shopping – serão montados balcões para promover a campanha. Já a distrital Centro está apostando nos universitários. A chefe-administrativa da distrital, Maria Helena Regina de Oliveira Santos, afirma que a Unicsul vai colher assinaturas de professores e alunos das três unidades da universidade. A meta é conseguir a adesão de 16 mil alunos. A distrital convidou ainda a Unip, Faap e Mackenzie a participar da coleta de assinaturas com balcões nas universidades. Também foram fechados acordos com estabelecimentos que prestam serviços à ACSP, como a empresa de segurança Belfort, que prometeu captar as assinaturas de 1,8 mil funcionários. Além disso, as distritais da ACSP realizarão entre os dias 9 de março e 1º de abril o Feirão do Imposto em diversos bairros da cidade de São Paulo. Nos dias 9, 10 e 11 de março o Feirão estará em Pinheiros, Centro, Ibirapuera e Tatuapé. O Clube Esperia fica à Avenida Santos Dumont, 1.313, no bairro de Santana.

Cliente da Banca das Apostilas, no centro da capital, assina lista de adesão ao De Olho no Imposto

Laura Ignacio

Classe média paga muito IR

m estudo da empresa de consultoria Ernst & Young revela que a classe média brasileira é a mais tributada pelo Imposto Renda Pessoa Física (IRPF) entre os países da América do Sul. Segundo a sócia do departamento de Human Capital da E&Y para a América do Sul, Tatiana da Ponte, embora o Brasil não tenha a maior alíquota de IR (27,5%) na região – na Argentina é 35%, no Chile, 40%, na Colômbia, 35%, no Peru, 30% e na Venezuela, 34% –, há menos faixas na tabela progressiva para incidência do imposto quando comparadas aos nossos vizinhos sul-ame-

U

A proprietária da banca, Maria Iracema Valadão, conseguiu coletar 300 nomes para o abaixo-assinado

Americanos repudiam sonegação esquisa realizada pela Internal Revenue Service Oversight Board, nos Estados Unidos, em 2005, mostra que 62% dos mil norte-americanos entrevistados denunciariam o vizinho se soubessem que ele havia sonegado impostos. Segundo a agência internacional de notícias Associa-

P ricanos, daí as distorções. De acordo com o estudo, o contribuinte brasileiro que em 2005 obteve rendimento anual de R$ 13.968 é taxado com uma alíquota de 15%, a mesma do Peru. Já os contribuintes desta mesma faixa de renda no Chile

e na Colômbia são isentos. Os da Venezuela recolhem 6% e os argentinos, 14%. Quando a renda sobe para R$ 27.912 anuais, a alíquota do IR no Brasil é de 27,5%. No Chile é de 5% e na Venezuela, de 6%. Adriana David

ted Press (AP), o percentual aumentou em relação a 2004, quando 53% concordaram com a afirmativa de que "todos são responsáveis em denunciar quem trapaceia nos impostos". Uma das razões para o aumento do número de "dedoduros" seria o fato de os contribuintes estarem atentos à

enxurrada de escândalos financeiros dos últimos anos. "Parece que o senso de responsabilidade social está aumentando", afirmou o diretor do curso de Ciências Sociais da University of California, Steven Sheffrin. A pesquisa mostra também que 88% dos entrevistados não concordam com a sonegação. (AD)


Informática DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

1 A venda desse celular no Brasil vai depender do interesse da Vivo Luccina Son, da LG

Fotos: Divulgação

Na Telexpo 2006, que começa hoje, a LG traz as novidades da Coréia e Estados Unidos, celulares que medem teor alcoólico, gordura, estresse e glicose, mas mostra também o que está chegando ao mercado brasileiro Por Barbara Oliveira

Novidades da LG: LP410 (à esq.) e LP 5500 (ao lado)

DOUTOR CELULAR

O celular KP 3400, da LG, mede a glicose, o nível de estresse e a gordura e estará sendo exposto na Telexpo até a próxima sexta-feira

A

LG marca presença na Telexpo, que começa hoje em São Paulo, com muitas novidades. A empresa montou um espaço com 10 temas específicos para mostrar toda a sua linha de celulares –desde os que já estão no mercado até aqueles mais modernos e considerados "conceitos", com características inovadoras e inusitadas que servem para ilustrar o quanto os telefones móveis já evoluíram além da voz. Entre os modelos "conceito" o destaque fica para os telefones com funções de bafômetro ou aqueles que medem a taxa de gordura e o nível de estresse. Esses celulares são apresentados no espaço denominado Experience Zone, com duas curiosidades já à venda na Coréia e chegando agora nos Estados Unidos. Uma delas é o aparelho LP 4100 também conhecido como Sobriety Phone, pois ele mede o teor alcoólico da pessoa. Basta soprar sobre o sensor do aparelho e o display de cristal líquido mostrará se o teor alcoólico do usuário está dentro dos limites e se ele pode ou não dirigir. Vai agradar em cheio aos fãs de baladas e de uns copos a mais, pois poderão testar seu nível de sobriedade antes de pegarem a direção ou de serem apanhados pela polícia. Segundo a gerente de produtos de celulares da LG, Luccina Son, esse celular com funções de bafômetro faz muito sucesso na Coréia, onde a legislação para quem dirige embriagado é muito rigorosa. No ano passado, quando o celular foi lançado, foram vendidas 200 mil unidades na fase de lançamento. "Ao trazer esses modelos para o Brasil, a LG quer também criar uma conscientização sobre o assunto", diz Son. O LP 4100 também se comporta como um controle remoto para TV, DVD ou aparelhos de som, desde que esses equipamentos sejam compatíveis. "Mas a venda do celular no mercado brasileiro vai depender do interesse da Vivo em trazê-lo para cá (o celular é para a rede CDMA)", diz Son. Os coreanos também desenvolveram um modelo preocupado com a saúde do usuário. É o KP 3400 Health Care, lançado apenas na Coréia por enquanto, que mede a gordura, o nível de estresse e a taxa de glicose, tudo isso graças ao kit de baterias dotadas de um leitor específico para fazer as medições desejadas (uma fita, com uma gota de sangue do usuário, é inserida num slot da lateral da bateria). Esta nova função foi agregada ao modelo KP 3400, lançado pela LG no início do ano passado e com recursos de MP3, mas que só media a glicose. Só que agora, o celular vem com as novas baterias de medição de estresse e gordura, o que certamente vai agradar em cheio aos norteamericanos. Outra novidade da família dos aparelhos "conceito" é o LP 5500, com design de câmera fotográfica mas super slim, com apenas 1,84 cm de espessura. A câmera de 5 Mpixel é giratória e também faz vídeos e vem com saída para TV. Luccina Son informa que outros celulares com recursos avançados e que confirmam o pioneirismo da fabricante coreana em algumas tecnologias também são expostos, a partir de hoje, na Telexpo. É o caso dos telefones DMB (Digital Mobile Broadcasting) para receber vídeo streaming e sinais de TV, vendidos na Europa, Estados Unidos e Ásia (onde o serviço está mais avançado). Ou do SV310, com chip acelerador de gráficos, pioneiro para games 3D e lançado há um ano. Ele está no espaço World's First, da LG. Sem falar em outros celulares com MP3, Bluetooth, câmeras de alta resolução e vídeo on-demand, ainda em fase de lançamento no mercado externo e que devem chegar em breve ao Brasil. Para o mercado corporativo a atração será o vx9800, para 3G (Ev-DO), no formato handheld, que se abre mostrando tela wide screen e teclado QUERTY e com câmera de 1.3 MPixel. O formato é muito parecido com o do Nokia Communicator e já está disponível na China. A LG ocupa no Brasil o primeiro lugar em vendas de celulares para a rede CDMA e detém cerca de 20% em GSM, ficando em quarto lugar no ranking geral. No ano passado, a subsidiária brasileira da LG Electronics faturou US$ 1,3 bilhão, sendo que 30% desse volume foi com celulares (US$ 390 milhões). "Todos os telefones vendidos no Brasil são fabricados internamente, não importamos nenhum modelo", avisa Son. Com a inauguração de uma nova fábrica em Taubaté, no ano passado, e a ampliação da unidade de Manaus, a LG deve dobrar sua capacidade de produção de telefones móveis, passando de 3 milhões para 6 milhões de unidades. Desse total, 20% são exportados para países da América Latina. Leia mais sobre a Telexpo na página 3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil

CONTINUAÇÃO

BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

CIRCULANTE ........................................................................................................................ DISPONIBILIDADES (Nota 8a) .............................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 9) ...................................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 10, 34b e 34c) ............................................................................................. Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Moedas de Privatização ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação ......................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .............................................................................. Créditos Vinculados: (Nota 11) - Depósitos no Banco Central ............................................................................................... - Tesouro Nacional - Recursos do Crédito Rural ................................................................... - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Transferências Internas de Recursos .................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 12 e 34b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) . OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 12 e 34b) ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) .................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Créditos por Avais e Fianças Honrados (Nota 12a-2) ........................................................... Carteira de Câmbio (Nota 13a) .............................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Prêmios de Seguros a Receber ............................................................................................ Diversos (Nota 13b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) ........... OUTROS VALORES E BENS (Nota 14) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas .........................................................................................................

118.947.380 3.291.374 35.913.919 20.566.210 15.348.021 (312)

100.625.228 2.582.410 28.952.636 16.526.159 12.428.460 (1.983)

157.441.469 3.363.041 24.531.483 19.615.744 4.916.051 (312)

140.075.440 2.639.260 21.587.093 15.667.078 5.921.998 (1.983)

13.519.996 1.946.354 9.863.480 457.141 667.735 – 585.286 – 16.493.609 39.053

10.721.599 1.632.668 3.409.541 449.901 4.279.088 13.880 935.681 840 15.728.621 22.145

49.687.290 47.808.982 75.692 426.658 667.735 1 708.222 – 16.536.263 39.093

48.743.562 39.728.754 3.409.541 314.834 4.279.088 13.881 997.464 – 15.792.017 22.075

16.437.132 578 7.065 9.781 171.146 171.146 36.493.397

15.682.386 578 18.419 5.093 145.123 145.123 30.270.420

16.444.866 578 10.187 41.539 172.831 172.831 45.702.437

15.696.154 578 40.235 32.975 147.537 147.537 35.406.880

205.302 39.282.329 (2.994.234) –

335.765 32.465.921 (2.531.266) –

205.302 48.826.756 (3.329.621) 1.247.560

335.765 37.765.766 (2.694.651) 996.535

– – –

– – –

13.217 2.498.772 (1.212.355)

– 1.912.150 (864.094)

– 12.758.833 – 6.937.144 1.090.397 331.794 – 4.529.294 (129.796) 305.106 185.927 (106.964) 226.143

– 11.973.613 811 7.336.806 1.150.502 296.715 – 3.326.327 (137.548) 250.806 211.243 (120.296) 159.859

(52.074) 15.122.737 – 6.937.144 181.369 1.082.467 1.073.002 5.990.720 (141.965) 1.077.827 359.082 (179.394) 898.139

(51.521) 13.874.197 811 7.336.806 190.968 357.324 988.029 5.143.296 (143.037) 888.359 460.864 (224.144) 651.639

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 9) ...................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 10, 34b e 34c) ............................................................................................. Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Moedas de Privatização ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação ......................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Créditos Vinculados: (Nota 11) - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 12 e 33b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) . OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 12 e 34b) ....................... Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) .................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Prêmios de Seguros a Receber ............................................................................................ Diversos (Nota 13b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12e, 12f e 12g) ........... OUTROS VALORES E BENS (Nota 14) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas .........................................................................................................

40.084.047 6.040.396 6.040.396 –

31.845.685 3.642.474 3.643.456 (982)

46.883.596 474.675 474.675 –

39.963.058 759.628 760.610 (982)

12.216.029 6.758.962 3.245.311 49.370 1.838.437 36.688 287.261 – 219.822

9.553.114 5.546.888 3.290.366 115.191 233.475 10.267 356.927 – 161.618

14.763.518 11.515.876 975.973 47.830 1.838.437 98.141 287.261 – 385.902

13.678.096 11.526.991 1.398.228 83.122 233.475 68.606 367.674 – 295.085

219.822 17.587.005

161.618 13.565.376

385.902 22.626.365

295.085 16.484.007

546.094 18.243.926 (1.203.015) –

201.210 14.459.756 (1.095.590) –

616.428 23.378.874 (1.368.937) 1.163.739

201.210 17.476.582 (1.193.785) 559.786

– – –

– – –

53.020 2.397.945 (1.232.241)

– 1.325.076 (712.596)

– 3.747.969 – 41.730 – 3.711.072 (4.833) 272.826 – – 272.826

– 4.647.239 – – – 4.652.201 (4.962) 275.864 – – 275.864

(54.985) 6.983.276 1.646 41.730 – 6.950.967 (11.067) 486.121 8.606 (1.547) 479.062

(52.694) 7.790.395 6.152 – – 7.794.112 (9.869) 396.061 16.410 (6.190) 385.841

PERMANENTE ...................................................................................................................... INVESTIMENTOS (Notas 3g, 15 e 34b) ................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País ................................................................................................................................ - No Exterior ........................................................................................................................... Outros Investimentos ............................................................................................................ Provisões para Perdas .......................................................................................................... IMOBILIZADO DE USO (Notas 3h e 16) ................................................................................ Imóveis de Uso ..................................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................................................ Depreciações Acumuladas ................................................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Nota 16) .................................................................... Bens Arrendados ................................................................................................................... Depreciações Acumuladas ................................................................................................... DIFERIDO (Notas 2, 3i e 17) .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão .................................................................................... Amortização Acumulada ....................................................................................................... Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização (Nota 17a) ............

21.953.446 20.157.619

17.479.774 15.389.848

4.357.865 984.970

4.887.970 1.101.174

19.362.781 815.169 67.091 (87.422) 1.126.511 261.734 2.831.924 (1.967.147) – – – 669.316 1.128.137 (666.744) 207.923

14.701.056 723.470 82.802 (117.480) 1.348.180 513.669 2.770.072 (1.935.561) – – – 741.746 976.836 (593.750) 358.660

438.819 – 895.836 (349.685) 1.985.571 1.115.987 3.644.874 (2.775.290) 9.323 23.161 (13.838) 1.378.001 1.315.881 (785.364) 847.484

496.054 – 971.311 (366.191) 2.270.497 1.357.063 3.604.741 (2.691.307) 18.951 58.463 (39.512) 1.497.348 1.170.866 (699.710) 1.026.192

T OT A L ................................................................................................................................

180.984.873

149.950.687

208.682.930

184.926.468

ATIVO

PASSIVO

BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

CIRCULANTE ........................................................................................................................ DEPÓSITOS (Notas 3j e 18a) ................................................................................................ Depósitos à Vista .................................................................................................................. Depósitos de Poupança ........................................................................................................ Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 34b) ............................................................................................... Outros Depósitos ................................................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3j e 18b) ...................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... Carteira de Terceiros .............................................................................................................. Carteira Livre Movimentação ................................................................................................ RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 18c e 34b) ................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Recebimentos e Pagamentos a Liquidar .............................................................................. Repasses Interfinanceiros .................................................................................................... Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Recursos em Trânsito de Terceiros ....................................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 19a e 34b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no País - Outras Instituições .......................................................................... Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 19b e 34b) .. Tesouro Nacional ................................................................................................................... BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Notas 19b e 34b) .................................... Repasses do Exterior ............................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 34) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3k e 23) OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ........................................................ Carteira de Câmbio (Nota 13a) .............................................................................................. Sociais e Estatutárias ........................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (Nota 22a) .................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Dívidas Subordinadas (Notas 21 e 34b) .............................................................................. Diversas (Nota 22b) ...............................................................................................................

98.766.453 61.818.778 15.870.729 26.201.463 7.782.845 11.697.420 266.321 14.768.240 2.761.153 12.004.050 3.037 1.341.122 827.036 – 514.086 139.193 – – 139.193 1.898.679 1.898.679 6.652.300 – – 6.652.300 3.323.228 52.318 1.369.947 6.563 1.893.919 481 183 183 234.719 234.719 – 8.590.011 103.414 2.206.478 1.232.873 367.118 173.431 42.532 4.464.165

98.227.692 55.259.593 15.161.742 24.782.646 2.489.211 12.741.759 84.235 20.983.678 6.291.538 14.483.896 208.244 2.366.538 663.600 – 1.702.938 174.068 2 – 174.066 1.743.464 1.743.464 6.875.197 – – 6.875.197 2.562.400 72.165 987.294 32.426 1.469.554 961 8.189 8.189 167.494 167.494 – 8.087.071 152.999 3.011.421 879.550 293.209 272.810 44.543 3.432.539

124.738.113 54.566.799 15.955.512 26.201.463 145.690 11.997.813 266.321 14.708.546 2.760.614 11.947.932 – 1.406.972 847.223 72.799 486.950 139.193 – – 139.193 1.900.913 1.900.913 6.560.882 319 9 6.560.554 3.412.767 52.318 1.369.947 8.627 1.981.394 481 183 183 232.714 232.714 29.751.941 12.057.203 156.039 2.206.952 1.254.651 1.386.430 893.957 69.472 6.089.702

121.457.684 53.120.608 15.297.825 24.782.646 19.499 12.936.403 84.235 20.876.980 6.238.699 14.430.876 207.405 2.012.706 670.290 – 1.342.416 174.066 – – 174.066 1.745.721 1.745.721 6.873.310 1.376 11.756 6.860.178 2.650.732 72.165 987.294 35.164 1.555.148 961 42.579 42.579 165.430 165.430 22.815.849 10.979.703 204.403 3.011.421 900.266 1.078.038 312.267 69.387 5.403.921

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................. DEPÓSITOS (Notas 3j e 18a) ................................................................................................ Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 34b) ............................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3j e 18b) ...................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 18c e 34b) ................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 19a e 34b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no País - Outras Instituições .......................................................................... Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 19b e 34b) .. BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Notas 19b e 34b) .................................... Repasses do Exterior ............................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 34) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3k e 23) OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Sociais e Estatutárias ........................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (22a) ............................................................................................ Dívidas Subordinadas (Notas 21 e 34b) ............................................................................... Diversas (Nota 22b) ...............................................................................................................

62.805.963 35.944.244 15.108.015 20.836.229 10.288.542 10.288.542 2.244.816 285 – 2.244.531 573.983 – – 573.983 5.902.788 2.868.026 43.419 2.989.364 1.979 – – 5.768 5.768 – 7.845.822 – 1.341.976 6.049.833 454.013

36.503.508 18.013.943 2.488.195 15.525.748 2.008.978 2.008.978 3.231.488 10.832 – 3.220.656 688.149 – – 688.149 5.588.602 2.684.713 351.316 2.549.890 2.683 – – 8.873 8.873 – 6.963.475 – 1.055.434 5.303.358 604.683

64.425.352 20.838.843 – 20.838.843 9.930.338 9.930.338 4.796.914 285 2.552.100 2.244.529 574.445 769 9 573.667 6.014.804 2.868.026 50.961 3.093.838 1.979 – – 5.759 5.759 11.110.614 11.153.635 – 3.654.882 6.649.833 848.920

48.138.948 15.522.719 – 15.522.719 2.009.423 2.009.423 3.044.786 10.832 – 3.033.954 688.085 – – 688.085 5.704.666 2.684.713 360.656 2.656.614 2.683 – – 8.217 8.217 10.852.805 10.308.247 – 3.417.349 5.903.358 987.540

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ......................................................................... Resultados de Exercícios Futuros ........................................................................................

3.183 3.183

4.841 4.841

52.132 52.132

44.600 44.600

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS (Nota 24) ..........................................

58.059

70.590

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 25) ........................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................................... - De Domiciliados no Exterior ............................................................................................... Capital a Realizar .................................................................................................................. Reservas de Capital .............................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ................................................................. Ações em Tesouraria (Notas 25e e 34b) ...............................................................................

19.409.274

15.214.646

19.409.274

15.214.646

11.914.375 1.085.625 – 36.032 5.895.214 507.959 (29.931)

6.959.015 740.985 (700.000) 10.853 7.745.713 458.080 –

11.914.375 1.085.625 – 36.032 5.895.214 507.959 (29.931)

6.959.015 740.985 (700.000) 10.853 7.745.713 458.080 –

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELA CONTROLADORA ......................................

19.467.333

15.285.236

T OT A L ................................................................................................................................

180.984.873

149.950.687

208.682.930

184.926.468

Demonstração do Resultado – Em Reais mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2º Semestre

BRADESCO CONSOLIDADO 2004 Exercício

Exercício

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil 2005 2º Semestre

Exercício

BRADESCO MÚLTIPLO

2004 Exercício

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .......... Operações de Crédito (Nota 12h) .................................. Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 12h) ....... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 10e) ........................................................ Resultado Financeiro de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 10e) ........................................ Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (Nota 34c V) ................................................................ Resultado de Operações de Câmbio (Nota 13a) ........... Resultado das Aplicações Compulsórias (Nota 11b) ...

14.523.319 7.440.003 –

27.265.760 13.506.290 –

19.684.272 10.487.637 –

18.472.868 9.516.356 262.251

33.701.225 16.704.318 444.389

26.203.227 12.731.435 300.850

5.262.465

9.303.910

6.107.239

3.593.909

5.552.008

4.921.179

3.264.715

6.498.435

5.142.434

689.933 386.751 744.167

2.366.098 617.559 1.471.903

1.272.030 686.495 1.130.871

692.397 386.842 756.398

2.389.002 617.678 1.495.395

1.238.890 691.302 1.177.137

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........ Operações de Captações no Mercado (Nota 18d) ........ Atualização e Juros de Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 18d) ....................... Operações de Empréstimos e Repasses (Nota 19c) .... Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 12h) ....... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 12 f e 12g) ..................................................

10.089.180 8.075.368

18.031.117 14.492.236

12.985.817 9.839.145

10.855.512 6.611.005

18.926.402 11.285.324

15.013.996 8.486.003

– 1.007.982 –

– 1.496.208 –

– 1.349.198 –

1.923.639 1.007.521 2.887

3.764.530 1.360.647 8.695

3.215.677 1.253.175 17.492

1.005.830

2.042.673

1.797.474

1.310.460

2.507.206

2.041.649

RESULTADOBRUTODA INTERMEDIAÇÃOFINANCEIRA

4.434.139

9.234.643

6.698.455

7.617.356

14.774.823

11.189.231

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ..... Receitas de Prestação de Serviços (Nota 26) .............. Prêmios Retidos de Seguros, Planos de Previdência e Capitalização (Notas 3k e 23d) ................................... Prêmios Emitidos Líquidos ......................................... Prêmios de Resseguros e Prêmios Resgatados ........ Variação de Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3k) ............................ Sinistros Retidos (Nota 3k) ........................................... Sorteios e Resgates de Títulos de Capitalização (Nota 3k) Despesas de Comercialização de Planos de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3k) ....................... Despesas com Benefícios e Resgates de Planos de Previdência (Nota 3k) ................................................ Despesas de Pessoal (Nota 27) ................................... Outras Despesas Administrativas (Nota 28) ................. Despesas Tributárias (Nota 29) ..................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (Nota 15c) ..................................................................... Outras Receitas Operacionais (Nota 30) ....................... Outras Despesas Operacionais (Nota 31) .....................

(1.304.525) 2.794.229

(3.053.506) 5.281.658

(3.672.532) 4.170.936

(3.494.120) 3.927.930

(6.921.319) 7.348.879

(7.071.120) 5.824.368

– – –

– – –

– – –

7.850.269 9.398.183 (1.547.914)

13.647.089 16.824.862 (3.177.773)

13.283.677 15.389.170 (2.105.493)

– – –

– – –

– – –

(2.058.129) (2.996.244) (669.214)

(2.755.811) (5.825.292) (1.228.849)

(3.964.106) (5.159.188) (1.223.287)

(507.935)

(961.017)

(867.094)

– (2.406.634) (2.171.832) (533.758)

– (4.587.190) (4.201.240) (1.058.694)

– (4.203.207) (3.929.830) (844.994)

(1.209.448) (2.844.611) (2.710.479) (975.687)

(2.582.351) (5.311.560) (5.142.329) (1.878.248)

(2.130.647) (4.969.007) (4.937.143) (1.464.446)

1.759.083 169.039 (914.652)

2.725.868 426.298 (1.640.206)

2.090.090 460.370 (1.415.897)

71.508 537.659 (1.909.739)

76.150 1.096.968 (3.404.948)

163.357 1.198.532 (2.826.136)

RESULTADO OPERACIONAL ........................................

3.129.614

6.181.137

3.025.923

4.123.236

7.853.504

4.118.111

RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 32) ................

(12.846)

(6.720)

(58.580)

(79.537)

(106.144)

(491.146)

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES .......................................................

3.116.768

6.174.417

2.967.343

4.043.699

7.747.360

3.626.965

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Notas 36a e 36b) .....................................................

(223.986)

(660.343)

92.808

(1.143.794)

(2.224.455)

(554.345)

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS

(7.123)

(8.831)

(12.469)

LUCRO LÍQUIDO ............................................................

2.892.782

5.514.074

3.060.151

2.892.782

5.514.074

3.060.151

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS (Nota 25c) ....................................................................

(955.887)

(1.881.000)

(1.324.983)

Número de ações em circulação (Notas 25a e 25b) ..... Lucro por ação em R$ ..................................................

979.388.842 2,95

979.388.842 5,63

474.433.125 6,45

2005 2º Semestre ORIGEM DOS RECURSOS ........................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................ AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................... Depreciações e Amortizações ...................................... Amortização de Ágio ..................................................... Provisão (reversão) para perdas em aplicações interfinanceiras de liquidez e investimentos ....................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Outros ............................................................................ VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ................................................................... VARIAÇÃO NA PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA ............ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ................................ RECURSOS DE ACIONISTAS ....................................... Aumento do Capital por Subscrição ............................. Aumento do Capital Social por Incorporação de Ações Ágio na Subscrição de Ações ...................................... DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ......................... Depósitos .................................................................... Captações no Mercado Aberto .................................... Recursos de Emissão de Títulos ................................ Relações Interfinanceiras ........................................... Relações Interdependências ...................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ................. Instrumentos Financeiros Derivativos ........................ Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização ............................................................ Outras Obrigações ....................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .......................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................ Relações Interfinanceiras ........................................... Relações Interdependências ...................................... Outros Créditos ............................................................ - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos .............. Bens não de Uso Próprio ............................................ Imobilizado de Uso e de Arrendamento ...................... Investimentos .............................................................. Alienação (Baixa) do Diferido ..................................... - Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ...................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..................................... JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS OU PROPOSTOS ......... AQUISIÇÕES DE AÇÕES DE PRÓPRIA EMISSÃO ..... INVERSÕES EM ........................................................... Bens não de Uso Próprio .............................................. Imobilizado de Uso e de Arrendamento ........................ Investimentos ................................................................ APLICAÇÕES NO DIFERIDO ........................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ...................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................. Relações Interfinanceiras ............................................. Relações Interdependências ........................................ Operações de Crédito .................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ......................... Outros Créditos .............................................................. Prêmios de Seguros a Receber .................................... Outros Valores e Bens ................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............... Captações no Mercado Aberto ...................................... Recursos de Emissão de Títulos .................................. Relações Interfinanceiras ............................................. Relações Interdependências ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .......................... Outras Obrigações ......................................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES .......................... MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Início do Período ...................... Fim do Período ......................... Aumento das Disponibilidades

Dezembro

BRADESCO CONSOLIDADO 2004 Dezembro

2005 2º Semestre

Dezembro

2004 Dezembro

20.577.251 2.892.782 (1.385.655) 176.225 168.640

35.037.605 5.514.074 (2.588.645) 362.761 300.945

36.732.176 3.060.151 (1.766.736) 383.585 238.010

17.902.651 2.892.782 488.902 242.427 268.759

27.555.692 5.514.074 936.659 469.310 452.863

36.066.941 3.060.151 1.061.683 479.737 713.372

(10.906) (1.759.083) 39.469

(32.711) (2.725.868) (493.772)

12.656 (2.090.090) (310.897)

11.565 (71.508) 37.659

(19.159) (76.150) 109.795

(1.401) (163.357) 33.332

406 –

(1.658) –

(2.779) –

(6.182) 4.643

7.532 (12.531)

12.826 (42.140)

161.551 – – – – –

49.879 736.106 700.000 11.856 24.250 –

(20.837) – – – – 1.259

161.551 – – – – –

49.879 736.106 700.000 11.856 24.250 –

(20.837) – – – – 1.259

17.460.192 11.236.435 3.954.507 – – 624.676 1.644.574 –

28.888.179 24.489.486 2.064.126 – – 155.215 729.945 64.120

19.885.400 16.483.494 – – – 33.939 2.971.374 135.558

14.086.860 3.751.369 3.682.393 – – 625.211 1.564.119 –

19.599.868 6.762.315 1.752.481 1.146.394 – 155.192 603.709 64.826

19.257.388 10.619.442 – – – – 1.164.589 121.278

– – 495.083 –

– 1.385.287 114.050 –

– 261.035 7.261.298 5.350.959

4.329.890 133.878 – –

7.193.901 1.921.050 – –

7.259.702 92.377 12.274.403 9.374.317

– 495.083 – – 313.606 60.874 165.709 85.866 1.157

– – – 114.050 1.456.045 102.602 185.630 1.160.259 7.554

– – 350.156 1.560.183 7.370.163 109.472 43.071 7.216.836 784

– – – – 231.474 108.168 111.017 10.517 1.772

– – – – 644.257 202.053 282.369 151.113 8.722

– – 367.242 2.532.844 437.393 238.008 97.421 57.190 44.774

639.286 20.280.117

869.575 34.328.641

944.257 36.341.246

42.621 17.621.063

79.848 26.831.911

24.815 35.876.107

955.887 137.939 1.332.971 56.720 127.858 1.148.393 117.666 13.186.821 5.188.157

1.881.000 225.360 4.004.396 88.791 227.824 3.687.781 190.074 25.980.848 9.356.552

1.324.983 48.753 3.564.026 93.806 468.060 3.002.160 605.414 18.307.676 –

955.887 137.939 296.478 76.201 205.608 14.669 235.240 14.089.781 1.629.307

1.881.000 225.360 640.960 132.812 388.650 119.498 420.112 23.629.606 2.656.784

1.324.983 48.753 736.676 122.776 493.394 120.506 672.162 21.006.194 –

677.376 – 112.653 6.815.957 – 390.238 – 2.440 4.548.833 – 920.616 1.281.034 – 1.383.063 924.120 297.134

5.461.312 823.192 26.023 10.244.606 – – – 69.163 2.046.963 – 2.012.088 34.875 – – – 708.964

2.803.070 3.003.985 – 12.414.107 – – – 86.514 12.490.394 11.258.597 862.039 369.758 – – – 390.930

9.396 724.565 111.575 10.286.339 525.478 620.264 21.282 161.575 1.905.738 – 473.405 51.518 – 1.380.815 – 281.588

2.029.150 835.063 25.294 16.437.915 854.978 356.448 84.973 349.001 34.873 – – 34.873 – – – 723.781

8.616.878 2.074.265 – 9.728.169 249.888 – 98.671 238.323 12.087.339 9.906.322 1.789.404 355.266 36.347 – – 190.834

2.994.240 3.291.374 297.134

2.582.410 3.291.374 708.964

2.191.480 2.582.410 390.930

3.081.453 3.363.041 281.588

2.639.260 3.363.041 723.781

2.448.426 2.639.260 190.834 CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 19

GUERRA NO RIO

Exército ocupa mais um morro. Confronto faz primeira vítima. Militares do Exército já ocuparam nove morros no Rio de Janeiro em busca de armas roubadas na sexta-feira. Uma bala perdida matou um jovem de 15 anos ontem. Fotos de Wilton Junior/AE

O

Exército ocupou na tarde de ontem do morro da Mangueira, no Rio, dando sequência à busca por armas roubadas do quartel do Estabelecimento Central de Transportes (ECT) do Exército, em São Cristóvão, na semana passada. O roubo foi feito por oito homens armados e encapuzados. Ontem, carros blindados e perto de 500 militares cercaram todos os acessos à Mangueira. Agora já chegam a nove as comunidades cariocas ocupadas pelo Exército. Em um dos morros, da Providência, houve troca de tiros ontem, deixando um morto. No domingo, soldados foram atacados com uma bomba de fabricação artesanal. Além da Mangueira, estão cercadas pelos militares as favelas de Jacarezinho, Manguinhos, Complexo do Alemão, Dendê, Jardim América, Vila dos Pinheiros, Parque Alegria e Providência. O Comando Militar do Leste (CML) informou ontem que as ocupações não têm data para terminar. O coronel Fernando Lemos, do Setor de Relações Públicas do Comando Militar do Leste (CML), explicou ontem que o Exército não está trabalhando no combate ao tráfico, mas procurando as armas. Segundo ele, o combate ao tráfico é uma atribuição da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia. Mo rte – Um jovem de 15 anos, identificado até a noite de ontem apenas como Eduardo, morreu ontem ao ser atingido por uma bala perdida. Segundo vizinhos, a bala teria partido do confronto entre o Exército – que tem o apoio da PM – e traficantes da região do morro da Providência. O rapaz estava no Parque Machado de Assis, no Morro do Pinto e, de acordo com as testemunhas, acontecia intenso tiroteio naquela hora. A Secretaria de Segurança Pública informou não saber ainda de onde partiu o tiro. O Comando Militar do Leste ainda não se pronunciou sobre o tiroteio. O ambiente ontem era tenso na Providência. Pela manhã, uma via de acesso ao viaduto São Sebastião, perto da favela, foi fechada por medida de segurança. Policiais e soldados do Exército foram atacados com tiros e os moradores ficaram assustados. Na noite de domingo, bandidos do morro da Providência atiraram uma bomba de fabricação artesanal contra uma guarnição do Exército numa das entradas que dá acesso ao local. Ninguém se feriu no in-

Ó RBITA

ROUBO riminosos invadiram, na madrugada de ontem, o prédio da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, na região central da cidade. Aproximadamente 10 homens participaram da ação. Eles renderam um vigia e levaram em torno de 200 computadores. Por meio de sua assessoria de imprensa, a secretaria afirmou, por volta das 10h, que ainda fazia um levantamento do total roubado. O grupo ficou por volta de uma hora no prédio da secretaria. Os assaltantes transportaram os computadores roubados em duas peruas oficiais da secretaria. (Agências)

C

cidente. Policiais Militares do Grupamento Especial TáticoMóvel (Getam) davam apoio aos soldados. O ataque foi o primeiro contra as Forças Armadas desde a operação, iniciada na sextafeira, em favelas da cidade para tentar recuperar dez fuzis FAL 7.62 e uma pistola 9mm, roubados do ECT de São Cristóvão. Desde sexta-feira, quando começou a operação, ninguém foi preso e nenhuma arma foi recuperada. Suspeito – No domingo, também no morro da Providência, aproximadamente 50 militares ocuparam os acessos à favela, revistando pedestres e até crianças. Em alguns pontos foram montadas blitze que paravam veículos e motos. O CML informou que vai investigar a possibilidade do envolvimento do traficante Evanilson Marques da Silva, da Providência, no roubo das armas. O suspeito foi fuzileiro naval e desertou quando o setor de inteligência da Marinha iniciou uma investigação sobre roubo de armamento que o apontava como culpado. Ta m b é m n o d o m i n g o o Exército dobrou de 600 para 1.200 homens o efetivo nas favelas. E colocou 1.600 soldados de prontidão, em Goiânia e em Brasília, além de pedir apoio ao serviço de inteligência da Marinha e da Aeronáutica. Em nota oficial divulgada, ainda no domingo, o CML informou que "qualquer tropa do Exército brasileiro poderá ser mobilizada para atuar no Rio de Janeiro em poucas horas." Prontidão – O CML garantiu ontem que tem à disposição mais 800 soldados da Brigada de Operações Especiais do Exército de Goiânia e outros 800 do Grupamento de Infantaria em Brasília para reforçar a operação, caso haja necessidade de novas intervenções "Dobramos o efetivo, pois a operação deve durar mais tempo do que a tropa do Rio de Janeiro aguentaria sozinha. Poderemos pedir ainda reforços, num total que pode chegar a 1.600 homens", afirmou o coronel Fernando Lemos, do setor de relações públicas do CML. Na madrugada de sexta, bandidos com fardas camufladas e toucas do tipo ninja invadiram a unidade do Exército, agrediram militares e fugiram com o armamento. Desde então, com apoio de policiais militares, o Exército passou a ocupar as favelas do Rio. Os militares estão nas favelas munidos de mandados de busca e apreensão. (Agências)

Um carro blindado de combate patrulha rua próxima à entrada do morro da Providência, no bairro da Saúde, região portuária do Rio de Janeiro

Força-tarefa vai ajudar nas buscas

A

Secretaria de Segurança Pública e o Comando Militar do Leste decidiram, ontem, criar uma força-tarefa integrando as unidades operacionais e as áreas de inteligência do Exército e da Secretaria de Segurança Pública. A iniciativa tomada pelo secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, e pelo comandante do CML, general Domingos Carlos de Campos Curado, deve contribuir para as investigações do roubo das armas do ECT, em São Cristóvão, na última sextafeira. "A presença do Exército nas ruas, com a cooperação das forças policiais estaduais, que têm a competência legal de combater a criminalidade no estado, não possui caráter intervencionista e se encerrará com a recuperação do armamento roubado", disse o militar. O secretário Marcelo Itagiba afirmou que as forças estaduais vão continuar colaborando com o Exército para apurar crimes em áreas militares.

Soldados do Exército tomam posição nas escadarias que dão acesso ao morro da Providência


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 17

Nossa Caixa S.A. – Administradora de Cartões de Crédito CNPJ 05.105.802/0001- 80 Rua XV de Novembro, 111 - São Paulo - SP - CEP 01013-001 www.nossacaixa.com.br

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – EXERCÍCIO DE 2005 A Nossa Caixa S.A. – Administradora de Cartões de Crédito foi constituída em junho de 2002, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e conforme autorizado pelo artigo 3º da Lei Estadual nº 10.853, de 16 de julho de 2001, sendo o Banco Nossa Caixa S.A. detentor de 83,24% e a Fazenda do Estado de São Paulo, de 16,76% das ações ordinárias nominativas. A Companhia tem por objeto a emissão e administração de cartões de crédito, próprios ou de terceiros; a obtenção, em nome e por conta dos titulares de cartão de crédito, de financiamentos em instituições financeiras; a concessão de aval ou fiança às partes integrantes do negócio

de cartão de crédito; a formação e utilização de cadastro, serviços de cobrança em nome próprio e/ou por conta de terceiros; a promoção de vendas e negócios; a participação no capital de outras sociedades; a prestação de serviços de consultoria técnica e administrativa e de processamento de dados relacionados com a exploração do negócio de cartões de crédito, assim como a prestação de serviços de terceiros com vistas ao máximo aproveitamento da sua capacidade instalada. Considerando que a administração de cartões de crédito vem sendo desenvolvida pelo Banco Nossa Caixa S.A., seu controlador, os acionistas

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em milhares de reais)

A T I V O

2005

2004

Circulante

14.799

13.553

Disponibilidade

1

1

Bancos

1

1

Aplicações

13.831

13.387

Títulos de Renda Fixa

13.831

13.387

967

165

Outros Créditos

TOTAL DO ATIVO

2005

2004

Circulante

1.007

816

Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Outras obrigações fiscais Dividendos Propostos

Patrimônio líquido

967

165

14.799

13.553

TOTAL DO PASSIVO

Imposto de Renda e Contribuição Social a Compensar

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em milhares de reais)

P A S S I V O

Capital Social Reservas de Lucros Lucros Acumulados

decidiram, no exercício de 2004, pelo requerimento junto ao Banco Central do Brasil, de autorização para transformação da Nossa Caixa S.A. – Administradora de Cartões de Crédito em uma sociedade de crédito, financiamento e investimento, através de alteração do objeto social da Companhia e conseqüente alteração de denominação. No exercício de 2005, por questões estratégicas do controlador, foi solicitado ao Banco Central do Brasil o arquivamento do requerimento, para ser retomado em um momento mais oportuno. 6mR 3DXOR GH MDQHLUR GH Conselho de Administração

673 5 329

545 2 269

13.792

12.737

10.000 226 3.566

10.000 157 2.580

14.799

13.553

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em milhares de reais)

2005

2004

Receitas e Despesas Operacionais

2.057

1.679

Receitas Financeiras Despesas de Pessoal Despesas Administrativas e Gerais Despesas Tributárias Outras Receitas Operacionais

2.349 (159) (82) (54) 3

1.888 (41) (84) (93) 9

Resultado antes da tributação sobre o lucro

2.057

1.679

Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social

(673) (488) (185)

(547) (395) (152)

Lucro líquido do exercício

1.384

1.132

Número de ações integralizadas: 10.000.000 Lucro por ação (R$)

0,14

0,11

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

Reserva de lucros legal

Lucros acumulados

10.000

157

2.580

12.737

Lucro líquido do exercício

--

--

1.384

1.384

Destinações: Reserva legal

--

69

(69)

--

--

--

(329)

(329)

10.000

226

3.566

13.792

--

69

986

1.055

Eventos

Saldos em 31 de dezembro de 2004

Capital social

Dividendos (R$ 32,81 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2005 Mutações do exercício

Totais

Eventos

Capital social

Reserva de lucros legal

Saldos em 31 de dezembro de 2003

10.000

101

1.432

11.533

Lucro líquido do exercício

--

--

1.132

1.132

Reversão dos dividendos - exercício 2003

--

--

341

341

Destinações: Reserva legal

--

56

(56)

--

--

--

(269)

(269)

10.000

157

2.580

12.737

--

56

1.148

1.204

Dividendos (R$ 26,88 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2004 Mutações do exercício

Lucros acumulados

Totais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em milhares de reais)

2005

2004

Origens dos recursos

1.384

1.473

Lucro líquido

1.384

1.132

--

341

Aplicações dos recursos

329

269

Dividendos propostos

329

269

Variação do capital circulante líquido

1.055

1.204

Ativo circulante

1.246

971

Passivo circulante

191

(233)

1.055

1.204

Dividendos de exercícios anteriores retidos

Aumento do capital circulante líquido

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

1. CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia foi constituída em junho de 2002, tendo por objeto social a emissão e a administração de cartões de crédito, entre outros. Considerando que a administração de cartões de crédito vem sendo desenvolvida pelo próprio Banco Nossa Caixa S.A., seu controlador, os acionistas decidiram, no exercício de 2004, pelo requerimento junto ao Banco Central do Brasil de autorização para transformação em uma sociedade de crédito, financiamento e investimento através da alteração do objeto social da Companhia. No exercício de 2005, por questões estratégicas do controlador, foi solicitado ao Banco Central do Brasil o arquivamento do requerimento, para ser retomado em um momento mais oportuno. Conforme mencionado, a Companhia é controlada pelo Banco Nossa Caixa S.A. e suas operações são conduzidas em um contexto integrado com seu controlador, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos, e suas Demonstrações Financeiras devem ser entendidas nesse contexto. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As Demonstrações Financeiras foram elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do Resultado O resultado é apurado em regime de competência. b) Aplicações Financeiras As aplicações financeiras estão registradas ao custo de aquisição acrescido da renda auferida até a data do encerramento do exercício e, quando aplicável, constituída provisão para desvalorização, com base no valor de mercado. c) Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS-Pasep e Cofins Os impostos e contribuições sociais são provisionados às alíquotas a seguir demonstradas, considerando-se, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada imposto: • Imposto de Renda ................................................................ 15% • Adicional de Imposto de Renda ........................................... 10%

5. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – CAPITAL SOCIAL O capital social, totalmente integralizado, está representado por 10.000.000 de ações, ordinárias nominativas, com direito a voto, sem valor nominal. Seus principais acionistas são o Banco Nossa Caixa S.A., com 83,24% das ações e a Fazenda do Estado de São Paulo, com 16,76% das ações. Conforme disposição estatutária, aos acionistas está assegurado o pagamento de juros sobre capital próprio e/ou dividendos, tendo como base o lucro líquido do período, ajustado nos temos da lei societária, que corresponde a 25%. Foi proposto e provisionado dividendo do exercício no valor de R$ 329 mil. 6. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS E GERAIS As outras despesas administrativas e gerais são compostas basicamente de despesas de publicações, de R$ 60 mil (R$ 72 mil em 2004), contribuição sindical de R$ 10 mil (em 2005 e 2004) e serviços técnicos especializados de R$ 4 mil. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PAULO ROBERTO PENACHIO Presidente

LUIZ FRANCISCO MONTEIRO DE BARROS NETO Conselheiro

RUBENS SARDENBERG Conselheiro

DIRETORIA EXECUTIVA JORGE LUIZ AVILA DA SILVA Diretor Presidente

DANIEL RODRIGUES ALVES Diretor

TOMIE MATSUSHITA Contadora CRC 1SP196587/O-6

• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido............................ 9% • PIS-Pasep ......................................................................... 1,65% • Cofins ................................................................................ 7,60%

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS A aplicação financeira em 31 de dezembro de 2005 compõe-se de CDB emitido pelo Banco Nossa Caixa S.A., com vencimento em julho de 2008, no valor de R$ 13.831 mil (R$ 13.387 mil em 31 de dezembro de 2004). Essa aplicação financeira é apresentada no ativo circulante em função da possibilidade contratada de resgate antecipado. As receitas financeiras do exercício de 2005, no valor de R$ 2.349 mil (R$ 1.888 mil em 2004), foram integralmente obtidas em aplicações financeiras junto ao Banco Nossa Caixa S.A.

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Nossa Caixa S.A. - Administradora de Cartões de Crédito São Paulo - SP

mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Nossa Caixa S.A. – Administradora de Cartões de Crédito, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 16 de janeiro de 2006

Alberto Spilborghs Neto Contador CRC 1SP167455/O-0

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Nossa Caixa S.A. – Administradora de Cartões de Crédito, no uso das suas atribuições legais e estatutárias, procederam ao exame das Demonstrações Financeiras e respectivas Notas Explicativas referentes ao exercício de 2005 e, nos termos do parecer dos Auditores Independentes, manifestam sua aprovação, estando as mesmas Demonstrações Financeiras e respectivas Notas Explicativas em condições de serem submetidas ao Conselho de Administração.

São Paulo, 26 de janeiro de 2006.

Carlos Eduardo Esposel Examinamos os balanços patrimoniais da Nossa Caixa S.A. Administradora de Cartões de Crédito, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, das

Marildo Manoel do Nascimento Neide Bertezini


2

Te l e f o n i a Lançamentos Prevenção Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

Não há pesquisas sobre tudo o que abrange a segurança da informação Marcelo Merro, da Siemens

EMPRESAS PROCURAM ANTECIPAR-SE AOS PROBLEMAS

Fotos: Divulgação

Segurança: mercado deve crescer 12% ao ano

A Siemens inaugurou um Centro de Operação de Segurança em São Paulo, o segundo centro de serviços gerenciados em segurança digital da empresa no mundo

Empresas investem mais em mecanismos que previnem vazamentos de seus sistemas e informações; Siemens inaugura centro de segurança em São Paulo

Q

Por Fábio Pelegrini

uem trabalha com segurança da informação ou controle de acesso tem motivos de sobra para comemorar. Cada vez mais, a segurança tem sido um dos itens de maior preocupação dos gestores de tecnologia da informação (TI), que investem seriamente em serviços e soluções para garantir o funcionamento e a integridade da sua rede, produção e patrimônio. Alguns números divulgados por empresas do setor demonstram um crescimento muito atraente para investimentos na área. Estimativa divulgada pela Siemens, por exemplo, aponta que o mercado deverá crescer cerca de 12% ao ano. Já a Dimep, empresa brasileira que atua há mais de 70 anos no setor, acredita que, anualmente, o crescimento de segurança possa chegar a quase 20%, com um potencial estimado de US$ 2 milhões. Na verdade, esse bom desempenho está ligado à dura realidade em que vivem as companhias brasileiras, como o índice de criminalidade, que a cada dia é maior, e os ataques às redes, cada vez mais complexos. Outro fator determinante está relacionado ao reconhecimento da importância da segurança dentro das organizações. Para os especialistas, as corporações não estão mais aguardando que ocorra uma invasão para se cuidar, graças à maturidade que os dirigentes vêm adquirindo. "É comum que as companhias se defendam de uma situação de indisponibilidade de sistema ou distúrbios causados por uma invasão, mas antecipar-se a isso é a melhor opção", explica Antonio Vicente, diretor comercial da Dimep. Para ele, o fato de a segurança se tornar uma preocupação quase constante faz com que as pessoas busquem na tecnologia a solução para que se sintam mais seguras. "Pode começar numa simples recepção, onde se faz um cadastro de visitantes, até por controles maiores, no qual aumentamos progressivamente o nível de garantia de acesso por pessoas autorizadas, como o reconhecimento por mapeamento da íris." A Siemens também acreditou nesse mercado e investiu seriamente no setor ao inaugurar um Centro de Operação de Segurança Digital no país. Esse é o segundo centro de serviços geren-

ciados em segurança digital da Siemens no mundo e foi criado após uma aliança com a ETEK International do Brasil, especializada no segmento. Além do Brasil, só a Inglaterra possui um centro equivalente. Os investimentos da subsidiária brasileira são de R$ 2 milhões e englobam de infra-estrutura tecnológica até a ampliação do centro de operação de rede, capacitação de pessoal e contratação de especialistas certificados em segurança digital. A multinacional tem como meta aumentar em 25% a venda de serviços associados ao segmento de redes convergentes. "O SOC (sigla em inglês para Security Operation Center) dá condições de oferecer um serviço abrangente de segurança. Ele engloba atividades importantes, como monitoramento de infra-estrutura do cliente, busca de incidentes de segurança, respostas rápidas aos problemas encontrados e como tratá-los, entre muitas outras soluções que dão transparência a esse processo. Isso permite que o cliente acompanhe o serviço de perto", explica Marcelo Merro, gerente de Soluções de Segurança da Siemens. O Centro de Operação de Segurança, localizado na nova instalação da empresa na Lapa, em São Paulo, pode monitorar, em tempo real, o comportamento da rede de comunicação de cada cliente. Com capacidade de gerenciamento de mais de 30 mil elementos de rede, o centro realiza atendimento sem interrupção, faz outsourcing de infra-estrutura de telecom , com monitoramento pró-ativo das redes, serviço de bilhetagem, gerenciamento de configurações e da rede com base em contratos de SLA (Service Level Agreement), entre outros. Para o gerente de Soluções de Segurança da Siemens, Marcelo Merro, apesar dos números apresentados pelas empresas, existe uma grande dificuldade em saber o tamanho exato do mercado de segurança brasileiro. "Não existem pesquisas específicas sobre tudo o que abrange a segurança da informação, produtos, tecnologias, processos e pessoas capacitadas." A Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança foi procurada e informou que não tem estatísticas recentes.

Controles de acesso são os mais procurados Biometria, com leitores de impressões digitais e da íris, atrela a individualidade do usuário à simplicidade

Biopoint, sistema de ponto eletrônico biométrico, da Dimep

Leitor de impressão digital, da Microsoft, uma das apostas das empresas para incrementar a segurança

Q

uando se fala em segurança de acesso, logo vem à cabeça os filmes de ficção científica, principalmente aqueles nos quais os personagens colocam as mãos ou parte dela para serem escaneadas. Se isso é verdade, o futuro não está tão longe assim. A biometria é o recurso que tende a crescer porque atrela a individualidade do usuário à simplicidade do uso. Com isso a solução de impressão digital vem crescendo muito, além do baixo custo e fácil acesso, o usuário pode utilizá-lo como acessório para sua comodidade. Basta comparar a facilidade de não ter mais de decorar senhas de acesso ao PC, por exemplo. De forma genérica, podemos dizer que a segurança é dividida em duas partes: a física (com catracas, controle de acesso, leitor biométrico de porta etc.) e a lógica (com firewall, antivírus, criptografia). A utilização desses sistemas está relacionada ao nível de segurança que se quer dar ao ambiente a ser protegido. Alguns sistemas podem até integrar as duas soluções para uma proteção maior, como leitor de biometria para acesso a rede de computadores, por exemplo. Mas, de uma forma geral, a biometria tem sido uma das mais usadas para controle de acesso, por trazer uma melhor relação custo-benefício. A segurança biométrica busca características únicas de cada pessoa, como a impressão digital e o mapeamento da íris, que traz maior segurança. Uma falha aceitável em um sistema biométrico (falso aceite) é da ordem de 0,001%. Se de um lado, as características do indivíduo pode tornar o acesso a uma área restrita mais difícil, por outro surge o medo de que novos crimes apareçam, até mais violentos. Com o avanço da tecnologia, até o temor extremo –ter o dedo decepado– foi descartado. Nem uma cópia em silicone ajudará o ladrão conseguir aquilo que deseja já que os sistemas de hoje são capazes de reconhecer um dedo vivo de um morto. Mesmo fazendo uma cópia idêntica em silicone ele é capaz de reconhecer como falso, porque o ser humano conduz corrente elétrica. Apesar de ser uma tensão muito baixa, alguns leitores medem a condutividade da pele, além de pegar a impressão digital. Com isso, os dedos de plástico ou silicone, por serem de materiais isolantes, não conseguem simular essa tensão.

Fotos: Divulgação

"Nos casos extremos, uma tecnologia infra consegue identificar os vasos sangüíneos debaixo da pele", explica Dimas de Melo Pimenta III, diretor de Tecnologia da Dimep, empresa especializada em controle de acesso e segurança. Os preços desses aparelhos caíram muito. Um leitor padrão pode custar cerca de R$ 2 mil (que mede condutividade e o desenho das digitais) e um avançado, mais de R$ 5 mil, capaz de identificar se é um dedo vivo ou não. Apesar do controle da íris ser um dos sistemas mais seguros que existe –a falha de uma íris ser idêntica a outra pode acontecer uma para cada quatro bilhões– é um recurso pouco utilizado e ainda muito caro, mais de US$ 5 mil. "Ele deve ser usado em sistemas muito específicos. Se você tem esse diapositivo para abrir uma porta, muitas vezes não compensa. É preciso ver se não é uma aplicação desnecessária, já que podem passar duas pessoas ao mesmo tempo", explica Dimas. "Uma residência pode ter uma fechadura com impressão digital para acionar a abertura, dispensando a chave convencional. Essa facilidade não traz só segurança, já que pode haver um arrombamento da porta, como na fechadura comum, mas uma facilidade de poder entrar e sair quando quiser, sem carregar nada", completa. Os mouses e leitores de digitais domésticos têm certa segurança, são mais seguros do que uma senha pessoal, além de funcionar também como item de praticidade. Com o acessório de identificação da Microsoft, o Fingerprint Reader, é possível fazer o login em seu computador e em sites favoritos com um simples toque de um dedo. Custa cerca de R$ 199. O reconhecimento de impressão digital usa diversas tecnologias para reconhecer o desenho da impressão, alguns detectam apenas onde sua pele encostou, outros verificam o formato comparando os desenhos. Mas, na verdade, por trás dessa tecnologia existe um estudo e algoritmos capazes de assegurar que as informações lidas são verdadeiras. A recomendação das empresas especializadas é a de medir a relação custo-benefício e ir em busca de empresas que tenham uma boa experiência nesse mercado. O que se percebe no setor de segurança hoje é que entre as escolhas de quais ferramentas devem ser usadas para se proteger, o principal foco das organizações é o controle de acesso. Antigamente as empresas ficavam abertas para receber visitantes, revendedores e estudantes etc., hoje elas buscam restringir o acesso de tal forma que só entram aqueles que estiverem sendo aguardados. (FP)

ara aqueles que desejam no Brasil –apenas cinco alunos de US$ 2550. A Daryus conseTorne-se um se tornar especialistas constam no site do instituto guiu um desconto e, no Brasil, o curso sairá por R$ 5.170, poem segurança, mais es- (www.drii.org). especialista pecificamente O curso ministrado no Brasil é rém o número de participantes em Continuidade de Negócios, uma boa opor- o BCLE 2000 da grade oficial de é limitado. As inscrições já esé participar do curso cursos do DRII e terá a duração tão abertas. O treinamento em em curso tunidade da Disaster Recovery Institute de 32 horas, divididas em qua- São Paulo está previsto para 14 (DRII), líder tro dias. Os alunos deverão fa- a 17 de Março. (FP) de 32 horas International mundial no ensino e certifica- zer uma avaliação. Para obter a

P

ção em do segmento. A instituição pretende aumentar o número de alunos e principalmente de certificados

certificação será preciso ter um acerto de 75%. Nos Estados Unidos, o curso mais a avaliação custam cerca

Mais informações em www.daryus.com.br ou pelos tels. (11) 3684-1085 e 36820137, ou e-mail cursos@daryus.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 9

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

CONTINUAÇÃO

CAPITAL REALIZADO EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

RESERVAS DE CAPITAL INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

CAPITAL A REALIZAR

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

RESERVAS DE LUCROS

OUTRAS

LEGAL

ESTATUTÁRIA

PRÓPRIAS

CONTROLADAS

SALDOS EM 30.6.2005 .............................................................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL ............................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ............................................................................................ AQUISIÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA .............................................................................................. CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ......................................... LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ...................................................................................... - Dividendos Propostos .................................................................................................

10.000.000 3.000.000 – – – – – – – –

– – – – – – – – – –

2.103 – – – – – – – – –

33.612 – 317 – – – – – – –

890.251 – – – – – – 144.639 – –

6.263.497 (3.000.000) – – (195.429) – – 1.792.256 – –

(81.736) – – – – 10.639 – – – –

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................................................................

13.000.000

2.103

33.929

1.034.890

4.860.324

SALDOS EM 31.12.2003 ........................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL ............................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ............................................................................................ AÇÕES EM TESOURARIA ........................................................................................................................ CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................... INCENTIVOS FISCAIS ............................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS .................................................................... LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ......................................................................................

7.000.000 700.000 – – – – – – – –

– (700.000) – – – – – – – –

844 – – – – 1.259 – – – –

7.821 – 929 – – – – – – –

914.629 – – – – – – – 153.008 –

5.152.011 – – – (56.095) – – – 1.582.160 –

LUCROS/ PREJUÍZOS ACUMULADOS

AÇÕES EM TESOURARIA

TOTAIS

428.144 – – – – 150.912 – – – –

(87.421) – – (137.939) 195.429 – – – – –

– – – – – – 2.892.782 (1.936.895) (611.887) (344.000)

17.448.450 – 317 (137.939) – 161.551 2.892.782 – (611.887) (344.000)

(71.097)

579.056

(29.931)

19.409.274

(43.019) – – – – – (4.994) – – –

521.936 – – – – – (15.843) – – –

(7.342) – – (48.753) 56.095 – – – – –

– – – – – – – 3.060.151 (1.735.168) (1.324.983)

13.546.880 – 929 (48.753) – 1.259 (20.837) 3.060.151 – (1.324.983)

SALDOS EM 31.12.2004 ...........................................................................................................................

7.700.000

(700.000)

2.103

8.750

1.067.637

6.678.076

(48.013)

506.093

15.214.646

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ........................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR INCORPORAÇÃO DE AÇÕES .................................................................. AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ............................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL (Nota 25b) ........................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ............................................................................................ AQUISIÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA .............................................................................................. ÁGIO NA SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES ......................................................................................................... CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ........................................ LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ...................................................................................... - Dividendos Propostos .................................................................................................

– 11.856 2.288.144 3.000.000 – – – – – – – – –

700.000 – – – – – – – – – – – –

– – – – – – – – – – – – –

– – – – 929 – 24.250 – – – – – –

– – (308.451) – – – – – – – 275.704 – –

– – (1.979.693) (3.000.000) – – – (195.429) – – 3.357.370 – –

– – – – – – – – (23.084) – – – –

– – – – – – – – 72.963 – – – –

– – – – – (225.360) – 195.429 – – – – –

– – – – – – – – – 5.514.074 (3.633.074) (1.537.000) (344.000)

700.000 11.856 – – 929 (225.360) 24.250 – 49.879 5.514.074 – (1.537.000) (344.000)

SALDOS EM 31.12.2005 ...........................................................................................................................

13.000.000

2.103

33.929

1.034.890

4.860.324

(71.097)

579.056

(29.931)

19.409.274

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras ÍNDICE DAS NOTAS EXPLICATIVAS Apresentamos a seguir as Notas Explicativas que integram o conjunto das Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco S.A., distribuídas da seguinte forma: 1) CONTEXTO OPERACIONAL 2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS 4) INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE 5) BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO 6) BALANÇO PATRIMONIAL POR MOEDA E EXPOSIÇÃO CAMBIAL 7) BALANÇO PATRIMONIAL POR PRAZOS 8) DISPONIBILIDADES 9) APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 10) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS 11) RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS 12) OPERAÇÕES DE CRÉDITO 13) OUTROS CRÉDITOS 14) OUTROSVALORES E BENS 15) INVESTIMENTOS 16) IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO 17) DIFERIDO 18) DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS 19) OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES 20) CONTINGÊNCIAS PASSIVAS 21) DÍVIDAS SUBORDINADAS 22) OUTRAS OBRIGAÇÕES 23) OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO 24) PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS 25) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) 26) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 27) DESPESAS DE PESSOAL 28) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 29) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 30) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 31) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 32) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 33) TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETA E INDIRETA) 34) INSTRUMENTOS FINANCEIROS 35) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS 36) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 37) OUTRAS INFORMAÇÕES 1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Bradesco S.A. é uma companhia aberta de direito privado que, operando na forma de Banco Múltiplo, desenvolve atividades bancárias em todas as modalidades autorizadas, por meio de suas carteiras comerciais, de operações de câmbio, de investimentos, de crédito ao consumidor, de crédito imobiliário e de cartões de crédito. Por intermédio de suas controladas, direta e indiretamente, atua também em diversas outras atividades, com destaque para as atividades de Arrendamento Mercantil, Administração de Consórcios, Seguros, Previdência e Capitalização. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes da Organização Bradesco, atuando no mercado de modo integrado. Neste contexto, o Banco Bradesco S.A., realizou as seguintes operações no exercício de 2005: • Em 10 de março, Assembléia Geral de incorporação das ações dos acionistas minoritários da Bradesco Seguros S.A., convertendo-a em subsidiária integral do Banco Bradesco; • Em 15 de abril, aquisição, por meio de sua controlada Finasa Promotora de Vendas, da Rede de Financiamento ao Consumidor do Banco Morada, compreendendo Empréstimo Pessoal e Crédito Direto ao Consumidor; • Em julho, parceria com a União de Lojas Leader S.A. (Leader Magazine), rede de varejo com atuação nos mercados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, para administração da Leadercard, uma das cinco maiores empresas de cartões de crédito de marca própria, “Private Label”, do Brasil; e • Em agosto, firmado Memorando de Entendimentos com as Lojas Colombo, uma das maiores redes varejistas de produtos eletroeletrônicos e móveis do País.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A. abrangem as demonstrações financeiras do Banco Bradesco S.A., suas agências no exterior, empresas controladas e controladas de controle compartilhado, direta e indiretamente, no país e no exterior, bem como Entidades de Propósito Específico (EPE), e foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e abrangem as demonstrações financeiras das sociedades de arrendamento mercantil pelo método financeiro, com a reclassificação do imobilizado de arrendamento para a rubrica de operações de arrendamento mercantil. Para a elaboração dessas demonstrações, foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas patrimoniais, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas e, no caso dos investimentos nas sociedades em que o controle acionário é compartilhado com outros acionistas, os componentes do ativo, do passivo e do resultado foram agregados às demonstrações financeiras consolidadas na proporção da participação da controladora no capital social de cada investida. O ágio na aquisição de investimentos em controladas e nas de controle compartilhado é apresentado no ativo diferido, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas minoritários. A variação cambial das operações das empresas controladas e agências no exterior foi distribuída, nas linhas da demonstração de resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhe deram origem. As demonstrações financeiras incluem estimativas e premissas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros, provisão para contingências, outras provisões, o cálculo de provisões técnicas de seguros, planos de previdência complementar e capitalização, e sobre a determinação da vida útil de determinados ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. Destacamos as principais sociedades incluídas na consolidação em 31 de dezembro: Atividade

99,88% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 99,99% 100,00% 99,99% 100,00% 50,10% 39,67%

99,83% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 99,99% 100,00% 99,99% 100,00% 50,10% 39,65%

Ramo Financeiro - Exterior Banco Bradesco Argentina S.A. (4) ............................................................................. Banco Bradesco Luxembourg S.A. ............................................................................. Banco BCN Grand Cayman Branch (5) ........................................................................ Banco Boavista Interatlântico S.A. Grand Cayman Branch (6) ................................... Banco Boavista Interatlântico S.A. Nassau Branch ................................................... Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch (7) ....................................................... Banco Bradesco S.A. New York Branch ..................................................................... Bradesco Securities, Inc. ............................................................................................ Banco Mercantil de São Paulo S.A. Grand Cayman Branch (5) .................................

99,99% 100,00% – – 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% –

99,99% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Ramo Segurador, de Previdência e de Capitalização Atlântica Capitalização S.A. (8) .................................................................................. Capitalização Áurea Seguros S.A. (2) (4) (8) ...................................................................................... Seguradora Bradesco Argentina de Seguros S.A. (4) (8) (9) ........................................................... Seguradora Bradesco Capitalização S.A. (8) ................................................................................. Capitalização Bradesco Saúde S.A. (8) ............................................................................................. Seguradora Bradesco Seguros S.A. (8) ......................................................................................... Seguradora Bradesco Vida e Previdência S.A. (8) ......................................................................... Previdência/Seguradora Finasa Seguradora S.A. (8) .......................................................................................... Seguradora Indiana Seguros S.A. (8) (10) ....................................................................................... Seguradora Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. (2) (4) (8) ................................... Seguradora Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (8) ........................................................... Seguradora

100,00% 27,50% 99,90% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 40,00% 12,09% 100,00%

99,44% 27,34% 99,21% 99,44% 99,44% 99,44% 99,44% 99,44% 39,77% 12,02% 99,44%

Outras Atividades Bradescor Corretora de Seguros Ltda. ......................................................................... Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros ............................................................... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (2) (4) (11) ................................... CPM Holdings Limited (2) (4) ...................................................................................... Scopus Tecnologia Ltda. (1) ........................................................................................ Serasa S.A. (2) (4) ....................................................................................................... União Participações Ltda. ...........................................................................................

99,87% 100,00% 9,08% 49,00% 99,87% 26,36% 99,99%

99,82% 100,00% 9,98% 49,00% 99,82% 26,37% 99,99%

Corretora de Seguros Aquisição de Créditos Aquisição de Créditos Holding Informática Prestação de Serviços Holding

(1) Aumento na participação em virtude do cancelamento de ações em tesouraria no Banco Alvorada S.A., em abril de 2005; (2) Empresas consolidadas proporcionalmente, em consonância com a Resolução no 2.723 do CMN e Instrução CVM no 247; (3) Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (Nota 18c); (4) Empresas cujos serviços de auditoria em 2004 e 2005 foram efetuados por outros auditores independentes; (5) A agência encerrou as atividades em fevereiro de 2005, sendo suas operações transferidas para a Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; (6) A agência encerrou as atividades em setembro de 2005, sendo suas operações transferidas para a Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; (7) Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada International Diversified Payment Rights Company, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidas do exterior (Nota 18c); (8) Aumento na participação pela incorporação das ações pertencentes aos acionistas minoritários da Bradesco Seguros S.A. em março de 2005; (9) Aumento na participação em virtude de aquisição de ações dos acionistas minoritários, em julho de 2005; (10) Empresa controlada em função da participação acionária de 51% do capital votante; e (11) Redução na participação em virtude de emissão de ações atribuídas a novo acionista da Companhia, em abril de 2005. 3)

c)

d)

e)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. Os prêmios de seguros e cosseguros, e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices e faturas de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, no período de cobertura do risco, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A., respectivamente. As contribuições de planos de previdência complementar e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidas no resultado quando efetivamente recebidas.

Período de atraso

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ..................................................................................................................................................................... • de 31a 60 dias ...................................................................................................................................................................... • de 61 a 90 dias ..................................................................................................................................................................... • de 91 a 120 dias ................................................................................................................................................................... • de 121 a 150 dias ................................................................................................................................................................. • de 151 a 180 dias ................................................................................................................................................................. • superior a 180 dias ...............................................................................................................................................................

B C D E F G H

A atualização (accrual) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. Nas aplicações imobiliárias, é observada a periodicidade de capitalização contratual (mensal ou trimestral) para apropriação das receitas, sendo os financiamentos aos mutuários finais ajustados ao valor presente das prestações contratuais. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias”. Somente são ativados créditos tributários sobre amortizações de ágios que já possuem direito à dedutibilidade fiscal. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. g) Investimentos Os investimentos em controladas, controladas de controle compartilhado e coligadas (quando relevante) foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das agências e controladas no exterior são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais das Bolsas de Valores, da Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditados, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. h) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistemas de transportes - 20% ao ano; e sistemas de processamento de dados - 20% a 50% ao ano. i) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% a 50% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição de investimentos em controladas, com base em expectativa de rentabilidade futura, possui amortização de 10% a 20% ao ano e está apresentado no Bradesco Consolidado no ativo diferido e no Bradesco Múltiplo como investimentos. j) Depósitos e captações no mercado aberto São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro-rata” dia. k) Provisões técnicas relacionadas às atividades de seguros, previdência e capitalização Provisões de prêmios não ganhos Constituídas pelos prêmios retidos que são diferidos no decorrer do prazo de vigência dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pelas normas da SUSEP e ANS. Provisões de sinistros a liquidar e sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) A provisão de sinistros a liquidar é constituída com base nas estimativas de pagamentos de sinistros avisados, inclusive os sinistros que se encontram em processo judicial, líquida de recuperação e atualizada monetariamente até a data do balanço. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) é calculada atuarialmente para medir a quantidade e os valores dos sinistros ocorridos, porém ainda não avisados pelos segurados/beneficiários. Provisões matemáticas de benefícios a conceder e concedidos. As provisões matemáticas representam os valores das obrigações assumidas sob forma de planos de renda, pensão e pecúlio, e são calculadas segundo o regime financeiro previsto contratualmente por e sob responsabilidade de atuário legalmente habilitado, registrado no Instituto Brasileiro de Atuária (IBA). As provisões matemáticas representam o valor presente dos benefícios futuros, estimados com base em métodos e pressupostos atuariais. A provisão matemática de benefícios a conceder refere-se aos participantes cuja percepção dos benefícios ainda não foi iniciada, e a provisão matemática de benefícios concedidos refere-se àqueles já em gozo de benefícios. Capitalização - provisões matemáticas para sorteios e resgates Foram constituídas em conformidade com as notas técnicas atuariais aprovadas pela SUSEP, que considera o percentual variável aplicado sobre os valores dos títulos de capitalização efetivamente recebidos e são atualizadas monetariamente. l) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos. A Organização Bradesco não reconhece contabilmente as contingências ativas, enquanto não estiver efetivamente assegurada a sua obtenção em decisão final para a qual não caibam mais quaisquer recursos. m) Demonstração do fluxo de caixa Preparada com base no método indireto, em consonância com as definições do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF.

Participação total 2005 2004

Ramo Financeiro - País Banco Alvorada S.A. (1) .............................................................................................. Bancária Banco BEM S.A. .......................................................................................................... Bancária Banco Boavista Interatlântico S.A. ............................................................................. Bancária Banco Finasa S.A. ....................................................................................................... Bancária Banco Mercantil de São Paulo S.A. ............................................................................ Bancária Bradesco Consórcios Ltda. ......................................................................................... Adm. de Consórcios Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ........................................................ Arrendamento Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários .......................................... Corretora BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM ..................................................... Adm. de Ativos Bradesco Templeton Asset Management Ltda. ........................................................... Adm. de Ativos Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET (1) (2) (3) (4) ................... Prestação de Serviços Bancária Bancária Bancária Bancária Bancária Bancária Bancária Corretora Bancária

b)

As receitas dos planos de capitalização são contabilizadas quando de seu efetivo recebimento. As despesas com colocação de títulos, classificadas como “Despesas de Comercialização”, são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. As correspondentes despesas com provisões técnicas de previdência e capitalização são contabilizadas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio, outros créditos com características de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio e outros créditos com características de concessão de crédito são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:

4)

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Não houve reclassificações ou outras informações relevantes em exercícios anteriores, que afetem a comparabilidade com as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005.

5)

BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO Apresentados de acordo com as definições do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. a) Balanço patrimonial Grupo Segurador (2) (3) País Exterior

Financeiras (1) (2) País Exterior ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ..... Disponibilidades ...................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................. Relações interfinanceiras e interdependências .................................................. Operações de crédito e de arrendamento mercantil ................................................. Outros créditos e outros valores e bens .. Permanente .............................................. Investimentos ........................................... Imobilizado de uso e de arrendamento .... Diferido ..................................................... Total em 2005 ........................................... Total em 2004 ........................................... PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ........ Depósitos ................................................. Captações no mercado aberto ................. Recursos de emissão de títulos .............. Relações interfinanceiras e interdependências .................................................. Obrigações por empréstimos e repasses Instrumentos financeiros derivativos ....... Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ................................. Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ............................ - Outras ..................................................... Resultados de exercícios futuros ........... Patrimônio líquido/participação minoritária nas controladas ........................... Patrimônio líquido controlador ................ Total em 2005 ........................................... Total em 2004 ...........................................

Outras atividades (2)

Em 31 de dezembro - R$ mil Eliminações Total (4) Consolidado

139.730.632 3.274.685 22.075.678

19.350.322 43.810 3.054.262

49.129.050 68.204 –

29.130 26.090 –

983.960 11.977 –

(4.898.029) (61.725) (123.782)

204.325.065 3.363.041 25.006.158

9.910.225

9.054.823

46.320.362

68

594.294

(1.428.964)

64.450.808

17.087.567

7.429

17.094.996

66.529.114 20.853.363 16.875.101 14.078.168 1.610.171 1.186.762 156.605.733 137.382.475

6.895.444 294.554 284.202 282.703 1.493 6 19.634.524 19.219.221

– 2.740.484 526.523 241.559 248.807 36.157 49.655.573 40.494.410

– 2.972 47 – 47 – 29.177 37.362

– 377.689 307.010 17.558 134.376 155.076 1.290.970 593.612

(2.684.457) (599.101) (13.635.018) (13.635.018) – – (18.533.047) (12.800.612)

70.740.101 23.669.961 4.357.865 984.970 1.994.894 1.378.001 208.682.930 184.926.468

137.130.838 72.830.330 24.288.551 5.377.023

12.641.155 2.762.548 578.995 2.288.705

43.835.062 – – –

14.471 – – –

439.968 – – –

(4.898.029) (187.236) (228.662) (1.461.842)

189.163.465 75.405.642 24.638.884 6.203.886

2.037.873 15.520.468 178.010

2.233 3.453.338 60.175

– 18 –

– – –

– – 288

– (2.410.743) –

2.040.106 16.563.081 238.473

40.848.588

13.967

40.862.555

3.536.389 13.362.194 52.130

3.182.916 312.245 –

– 2.986.456 –

– 504 –

– 439.680 2

– (609.546) –

6.719.305 16.491.533 52.132

13.491 19.409.274 156.605.733 137.382.475

6.993.369 – 19.634.524 19.219.221

5.820.511 – 49.655.573 40.494.410

14.706 – 29.177 37.362

851.000 – 1.290.970 593.612

(13.635.018) – (18.533.047) (12.800.612)

58.059 19.409.274 208.682.930 184.926.468 CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

20 -.CIDADES & ENTIDADES

terça-feira, 7 de março de 2006

Fotos de Patrícia Cruz/Luz

A atual gestão parece decidida a concluir o corredor, que consumiu mais de R$ 360 milhões nas duas administrações anteriores. O avanço nos trabalhos já é facilmente notado, principalmente nas partes elevadas. A Secretaria Municipal dos Transportes pretende entregar o Expresso Leste Tiradentes até o fim do ano, além do terminal de transferência, no Sacomã.

DESENCANTOU Passados oito anos e duas administrações, o Expresso Leste Tiradentes parece que, finalmente, será concluído. Para quem não se lembra, o projeto já levou o nome de Fura-Fila e Paulistão. Agora, deve ser entregue em dezembro. Pelos menos essa é a promessa da Secretaria de Transportes. Davi Franzon

D

epois de oito anos e duas administrações praticamente sem avançar e de ter recebido três nomes diferentes, as obras do Expresso Leste Tiradentes – já chamado de Fura-Fila e Paulistão – foram retomadas em ritmo acelerado. A atual gestão parece decidida a concluir o corredor que consumiu mais R$ 360 milhões nas duas administrações anteriores (Celso Pitta e Marta Suplicy). A Secretaria Municipal dos Transportes pretende entregar os 31 quilômetros de linhas de ônibus até o fim do ano, além do terminal de transferência, que funcionará no Sacomã, zona sul. Somente para a construção do terminal, o município desembolsará R$ 143 milhões. Licitado ainda em 2004 pela então prefeita Marta Suplicy (PT), o terminal só começou a sair do papel nos últimos dois meses. O mesmo aconteceu com a retomada efetiva das obras dos pontilhões, que aconteceu em novembro do ano passado. Avanço – Se comparado o estágio da obra em agosto de 2005 (quando o Diário do Comércio publicou reportagem sobre o destino do projeto) com o cenário encontrado na quinta-feira passada, dia 2, o avanço é evidente, principalmente na construção dos elevados à frente da praça Alberto Lion, no Cambuci, e na região do Sacomã, perto da avenida Juntas Provisórias. Do modelo original, apre-

O corredor ligará o Parque Dom Pedro à Cidade Tiradentes: são mais de 31 quilômetros de extensão

sentado na gestão Celso Pitta (1996/2000), pouca coisa sobrou. O trem sobre pneus, tido à época pelo então prefeito como uma solução para o trânsito da região, será substituído por ônibus biarticulados, criando uma espécie de corredor expresso. O sistema de alimentação não será mais elétrico, mas híbrido, já que não existirão os trilhos de fornecimento de energia. Extensão – Com a retomada da obra, o trajeto também foi estendido. Na versão anterior, o Parque Dom Pedro II seria ligado ao Sacomã, num percurso de cerca de 27 quilômetros. O mesmo trajeto foi mantido pela prefeita Marta Suplicy (2000/2004), mas a obra do corredor praticamente não

avançou durante a gestão petista. No projeto da atual administração, o ônibus sairá do Parque Dom Pedro e seguirá até a Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital, num percurso de 31,8 quilômetros. Para concluir todo o sistema, a Prefeitura busca R$ 450 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dinheiro irá para a conclusão de quatro terminais e de três estações de transferência. Garantindo a conclusão para daqui oito meses, a Secretaria dos Transportes dividiu a obra em três frentes: a primeira, da avenida do Estado até o Clube Atlético Ypiranga; a segunda, da mesma avenida até a avenida das Juntas Provisórias; e, fi-

nalmente, das Juntas Provisórias até o Terminal Sacomã. "Eleitoreira" – Moradores e comerciantes que vivem e trabalham nas proximidades ainda acreditam na conclusão do corredor. Eles confirmam que o trabalho está em andamento, mas muitos julgam a retomada uma ação eleitoreira. "Dois prefeitos passaram por aqui e nada saiu. Isso só anda em ano eleitoral. Ano que vem tudo ficará parado", disse Joaquim Magalhães Santiago, de 57 anos, comerciante que vive há 45 na região do Sacomã. De seu lado, a Secretaria de Transportes, por meio de sua assessoria, confirma o cronograma de obras e ratifica a entrega do Expresso Leste Tiradentes até dezembro.


terça-feira, 7 de março de 2006

Lançamentos Prevenção Te l e f o n i a Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

APOSTA NA DIVERSIDADE DO CONSUMIDOR BRASILEIRO O Qube tem quatro capas em cores para combinar "com o estado de espírito e o local onde seu dono vai"

Fotos: Divulgação

Da nanotecnologia ao celular quadrado: novidades da Telexpo Evento que começa hoje no Expo Center Norte, em São Paulo, trata do futuro das comunicações e da tecnologia da informação e apresenta os próximos objetos de desejo dos consumidores

C

Por Rachel Melamet

om atrações para todos os tipos de público –desde complexas sessões técnicas a palestras sobre conteúdo com publicitários famosos e estrelas internacionais, como o professor do MIT Nicholas Negroponte, criador do laptop de cem dólares– começa hoje em São Paulo a Telexpo 2006, principal evento de telecomunicações da América Latina. Embora o tema desta edição seja "A era da comunicação convergente", o congresso, organizado pela Questex, reservou espaço especial para as tecnologias emergentes e vai abordar também as tendências da nanotecnologia, RFID (identificação por radio-frequência), telemedicina, PLC (PowerLine Communications, ou tráfego de dados via rede

elétrica), TV móvel e redes de recursos –armazenamento, processamento e impressão sob demanda. O Congresso da Telexpo 2006 terá ainda mais quatro fóruns divididos entre os temas Governo e Negócios, Gestão de Convergência, Wireless e Mobilidade e VoIP e Banda Larga. Em duas rodas – Os 440 expositores desta edição da Telexpo apostaram na diversidade do consumidor brasileiro. Há lançamentos para todos os gostos, bolsos e necessidades. A Unicell, por exemplo, mostra dezenas de acessórios para aparelhos celulares, desde um amplificador de sinal que funciona em qualquer aparelho, permitindo a comunicação em locais com cobertura falha ou áreas de som-

Entre as novidades exibidas na Telexpo, a partir de hoje, estão o Qube (à esq.), o SoHo (acima, à esq.) e o KX 440 (acima)

bra, até o Fone Motobike. Trata-se de um sistema hands free para motoqueiros e bikers, adaptável a capacetes, em que adesivos com velcro permitem a fixação dos fones e aparelhos, com atendimento on-off no guidão.

Quadrado e redondo – A taiwanesa BenQ Mobile, que adquiriu a divisão de celulares da Siemens no final de 2005, trouxe para a Telexpo 16 aparelhos que serão lançados mundialmente ao longo do ano, com três marcas distin-

tas: BenQ-Siemens, BenQ e Siemens. Entre as novidades estão o EF81, aparelho UMTS (tecnologia 3G) com design ultrafino –apenas 1,65 cm– em formato clamshell, com amplo display colorido, câmera de 2.0 megapixels função para gravar e reproduzir áudio e vídeo. Mas quem promete fazer sucesso mesmo é o Qube, aparelho conceito da marca BenQ, em revolucionário formato quadrado, que, segundo a campanha de lançamento mundial, resume uma nova tendência e estilo para se comunicar: "É moderno ser quadrado!". O Qube reúne tocador de MP3, câmera digital e telefone móvel em um único aparelho. Vem com corrente para levar no pescoço, gancho que o transforma em chaveiro e quatro capas em cores distintas –branco, rosa, azul e verdelimão– para combinar "com o estado de espírito e o local onde seu dono vai", segundo o fabricante. Tem ainda a função "lyrics", que mostra a letra da música que está sendo tocada para se cantar junto e aceita mini cartão de memória SD. O redondo também tem vez no portfólio da BenQ Mobile. Para o mercado brasileiro, a companhia lança o Siemens SL75, celular multimídia de design arredondado com detalhes em cromo, câmera integrada com 1,3 megapixel de resolução e MP3 player. Já o modelo slim Siemens CF110, com formato ultrafino, tem teclado deslizante e ergonômico, com maior espaço entre as teclas.

A vez do som – Depois da febre dos celulares com câmera digital integrada, agora é a vez do som. A Kyocera traz vários aparelhos com MP3 player. Destaque para o K352, um celular com MP3 Player, 256 MB de memória, capacidade de transferência de músicas MP3 utilizando cabo USB, câmera VGA, tela de 128 X 160 pixels, antena interna e design compacto em formato de barra, pesando apenas 85 gramas. A empresa exibe ainda várias linhas de aparelhos celulares e dispositivos sem fio CDMA, que incluem o elegante SoHo, o robusto KX440 (push-to-talk) o Slider Remix B l u e t o o t h , To p a z , M i l a n , Xcursion, Slider, Koi, Phanton e Kyocera Passport. Por sua vez, a Samsung vai apresentar o primeiro terminal móvel do mundo com câmera de 7.0 megapixels, além de aparelhos equipados com a tecnologia Digital Multimídia Broadcast (DMB) e celulares CDMA e GSM que chegam ao Brasil ainda neste semestre, como o D820 (GSM), com tecnologia EDGE 4th band, 72MB de memória interna, MP3 player integrado, viva-voz, câmera digital giratória de 1.3 megapixels, bluetooth, visualizador de documentos e slot para cartão de memória mini-SD. TELEXPO 2006 De 7 a 10 de março Expo Center Norte, São Paulo Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme Congresso: das 10h às 20h Exposição: das 12h às 20h


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

b) Demonstração do resultado

9) Financeiras (1) (2) País Exterior

Grupo Segurador (2) (3) País Exterior

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil Eliminações Total Outras atividades (2) (4) Consolidado

a) Vencimentos

Receitas da intermediação financeira ..... 25.965.385 1.349.845 6.514.898 788 46.732 (176.423) 33.701.225 Despesas da intermediação financeira ... 14.669.699 664.703 3.764.958 – 2.388 (175.346) 18.926.402 Resultado bruto da intermediação financeira ....................................................... 11.295.686 685.142 2.749.940 788 44.344 (1.077) 14.774.823 Outras receitas/despesas operacionais .. (6.517.116) (59.678) (387.023) 5.609 35.812 1.077 (6.921.319) Resultado operacional ............................. 4.778.570 625.464 2.362.917 6.397 80.156 – 7.853.504 Resultado não operacional ...................... (20.057) 4.279 (109.179) (490) 19.303 – (106.144) Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações .......................... 4.758.513 629.743 2.253.738 5.907 99.459 – 7.747.360 Imposto de renda e contribuição social ... (1.553.875) (4.451) (658.653) (313) (7.163) – (2.224.455) Participação minoritária nas controladas (2.162) – (6.221) – (448) – (8.831) Lucro líquido em 2005 ............................. 3.202.476 625.292 1.588.864 5.594 91.848 – 5.514.074 Lucro líquido em 2004 ............................. 1.778.767 359.816 889.362 (1.214) 33.420 – 3.060.151 (1) O segmento “Financeiras” é representado por instituições financeiras empresas holdings, que basicamente administram recursos financeiros, e empresas administradoras de cartões de crédito e de ativos; (2) Estão sendo eliminados os saldos de contas patrimoniais, as receitas e as despesas entre empresas do mesmo segmento; (3) O segmento “Grupo Segurador” é representado por empresas seguradoras, de previdência e de capitalização; e (4) Representam as eliminações entre empresas de segmentos diferentes. 6)

BALANÇO PATRIMONIAL POR MOEDA E EXPOSIÇÃO CAMBIAL

Balanço

Nacional

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Estrangeira Estrangeira (1) (2) (1) (2)

204.325.065 3.363.041 25.006.158 64.450.808 17.094.996 70.740.101 23.669.961 4.357.865 984.970 1.994.894 1.378.001 208.682.930

179.631.087 3.209.908 21.871.815 56.569.560 17.087.568 63.577.243 17.314.993 4.073.616 702.267 1.993.354 1.377.995 183.704.703

24.693.978 153.133 3.134.343 7.881.248 7.428 7.162.858 6.354.968 284.249 282.703 1.540 6 24.978.227

25.748.077 415.659 4.656.214 7.754.731 6.469 6.591.244 6.323.760 366.406 363.825 2.564 17 26.114.483

169.862.999 72.805.263 24.059.889 3.472.414 979.707 9.030.880 165.685 40.848.588

19.300.466 2.600.379 578.995 2.731.472 1.060.399 7.532.201 72.788 13.967

21.570.654 2.453.674 925.172 4.377.649 985.339 8.017.159 83 22.647

3.534.674 14.965.899 52.132 58.059 19.409.274 189.382.464

3.184.631 1.525.634 – – – 19.300.466 5.677.761 (10.416.239) (188.696) (4.927.174)

2.912.439 1.876.492 – – – 21.570.654 4.543.829 (5.692.305) (324.834) (1.473.310)

2005

ATIVO Circulante e realizável a longo prazo .......................................................................................... Disponibilidades ............................................................................................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................................................................................ Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .......................................... Relações interfinanceiras e interdependências ............................................................................ Operações de crédito e de arrendamento mercantil ...................................................................... Outros créditos e outros valores e bens ........................................................................................ Permanente ................................................................................................................................... Investimentos ................................................................................................................................ Imobilizado de uso e de arrendamento ......................................................................................... Diferido ........................................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................

PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo .............................................................................................. 189.163.465 Depósitos ....................................................................................................................................... 75.405.642 Captações no mercado aberto ....................................................................................................... 24.638.884 Recursos de emissão de títulos .................................................................................................... 6.203.886 2.040.106 Relações interfinanceiras e interdependências ............................................................................ Obrigações por empréstimos e repasses ...................................................................................... 16.563.081 Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................ 238.473 Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ...................................................... 40.862.555 Outras obrigações: - Dívidas subordinadas .................................................................................................................. 6.719.305 - Outras ........................................................................................................................................... 16.491.533 Resultados de exercícios futuros ................................................................................................. 52.132 Participação minoritária nas controladas .................................................................................... 58.059 Patrimônio líquido ......................................................................................................................... 19.409.274 Total ................................................................................................................................................ 208.682.930 Posição líquida de ativos e passivos ........................................................................................... Derivativos posição líquida (2) ...................................................................................................... Outras contas de compensação líquidas (3) ................................................................................. Posição cambial líquida (passiva) ................................................................................................ (1) Valores expressos e/ou indexados basicamente em dólares norte-americanos; (2) Excluídas as operações vencíveis em D+1, a serem liquidadas em moeda do último dia do mês; e (3) Referem-se a compromissos de arrendamento mercantil e outros, registrados em conta de compensação. 7)

BALANÇO PATRIMONIAL POR PRAZOS 1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Em 31 de dezembro - R$ mil Prazo indeterminado Total

ATIVO Circulante e realizável a longo prazo .................................... 113.318.124 29.436.452 14.686.892 46.883.597 – 204.325.065 Disponibilidades ....................................................................... 3.363.041 – – – – 3.363.041 Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................... 19.172.746 4.776.623 582.114 474.675 – 25.006.158 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (1) ............................................................................... 48.447.229 906.288 333.773 14.763.518 – 64.450.808 Relações interfinanceiras e interdependências ....................... 16.703.885 2.349 2.860 385.902 – 17.094.996 Operações de crédito e de arrendamento mercantil ................. 11.639.061 23.238.970 12.071.966 23.790.104 – 70.740.101 Outros créditos e outros valores e bens ................................... 13.992.162 512.222 1.696.179 7.469.398 – 23.669.961 Permanente .............................................................................. 57.533 287.673 345.208 2.281.259 1.386.192 4.357.865 Investimentos ........................................................................... – – – – 984.970 984.970 Imobilizado de uso e de arrendamento ................................... 19.166 95.831 114.998 1.363.677 401.222 1.994.894 Diferido ...................................................................................... 38.367 191.842 230.210 917.582 – 1.378.001 Total em 2005 ............................................................................ 113.375.657 29.724.125 15.032.100 49.164.856 1.386.192 208.682.930 Total em 2004 ............................................................................ 100.319.048 21.223.248 19.209.732 42.501.418 1.673.022 184.926.468 PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ........................................ 102.834.356 14.184.336 7.719.422 63.718.294 707.057 189.163.465 Depósitos (2) ............................................................................. 47.250.863 5.406.293 1.909.643 20.838.843 – 75.405.642 Captações no mercado aberto .................................................. 12.847.915 460.787 1.399.844 9.930.338 – 24.638.884 Recursos de emissão de títulos ............................................... 120.627 981.169 305.176 4.796.914 – 6.203.886 Relações interfinanceiras e interdependências ....................... 2.040.106 – – – – 2.040.106 Obrigações por empréstimos e repasses ................................. 1.496.739 5.561.802 2.915.291 6.589.249 – 16.563.081 Instrumentos financeiros derivativos ....................................... 218.952 7.922 5.840 5.759 – 238.473 Provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização (2) 28.009.703 1.159.866 582.372 11.110.614 – 40.862.555 Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ............................................................. 42.532 26.940 – 5.942.776 707.057 6.719.305 - Outras ...................................................................................... 10.806.919 579.557 601.256 4.503.801 – 16.491.533 Resultados de exercícios futuros ............................................ 52.132 – – – – 52.132 Participação minoritária nas controladas ............................... – – – – 58.059 58.059 Patrimônio líquido .................................................................... – – – – 19.409.274 19.409.274 Total em 2005 ............................................................................ 102.886.488 14.184.336 7.719.422 63.718.294 20.174.390 208.682.930 Total em 2004 ............................................................................ 97.190.949 16.058.464 8.252.871 48.138.948 15.285.236 184.926.468 Ativos líquidos acumulados em 2005 ...................................... 10.489.169 26.028.958 33.341.636 18.788.198 – – Ativos líquidos acumulados em 2004 ...................................... 3.128.099 8.292.883 19.249.744 13.612.214 – – (1) As aplicações em fundos de investimento estão classificadas no prazo de 1 a 30 dias; e (2) Os depósitos à vista, de poupança e as provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização, representadas por produtos “VGBL” e “PGBL” estão classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro. 8)

DISPONIBILIDADES a) Disponibilidades

Aplicações no mercado aberto: Posição bancada ......................................... I) Letras financeiras do tesouro .................... • Notas do tesouro nacional ......................... • Letras do tesouro nacional ......................... Posição financiada ...................................... • Letras financeiras do tesouro ..................... • Letras do tesouro nacional ......................... • Notas do tesouro nacional ......................... Subtotal ........................................................ Aplicações em depósitos interfinanceiros: • Aplicações em depósitos interfinanceiros • Provisões para perdas ............................... Subtotal ........................................................ Total em 2005 ............................................... % ................................................................... Total em 2004 ............................................... % ...................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil Total CONSOLIDADO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

3.587.002 689.524 187.422 2.710.056 11.945.785 4.339.911 6.883.548 722.326 15.532.787

4.082.957 – – 4.082.957 – – – – 4.082.957

– – – – – – – – –

– – – – – – – – –

7.669.959 689.524 187.422 6.793.013 11.945.785 4.339.911 6.883.548 722.326 19.615.744

1.039.357 813.227 165.054 61.076 14.627.721 11.087.834 3.539.887 – 15.667.078

3.640.271 (312) 3.639.959 19.172.746 76,7 20.548.403 92,0

693.666 – 693.666 4.776.623 19,1 483.055 2,1

582.114 – 582.114 582.114 2,3 555.635 2,5

474.675 – 474.675 474.675 1,9 759.628 3,4

5.390.726 (312) 5.390.414 25.006.158 100,0

6.682.608 21.388.417 16.071.916 (2.965) (312) (2.965) 6.679.643 21.388.105 16.068.951 41.954.315

8.561.270 1.612.291 187.422 6.761.557 12.004.940 4.367.609 6.915.005 722.326 20.566.210

22.346.721 100,0

1.845.417 1.619.287 165.054 61.076 14.680.742 11.140.855 3.539.887 – 16.526.159

32.595.110

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários Exercícios findos em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada .................................................................................................................... Posição financiada ................................................................................................................. Subtotal ................................................................................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros .......................................................... Total (Nota 10e) ........................................................................................................................ 10)

247.097 2.676.352 2.923.449 450.927 3.374.376

256.086 2.327.856 2.583.942 292.854 2.876.796

378.197 2.693.993 3.072.190 2.597.488 5.669.678

331.541 2.407.212 2.738.753 1.334.084 4.072.837

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Apresentamos as informações relativas a títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: a) Resumo da classificação consolidada dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócio e emissor; b) Composição da carteira consolidada por emissor; c) Classificação consolidada por categorias, prazos e segmentos de negócio: I) Títulos para negociação II) Títulos disponíveis para venda III) Títulos mantidos até o vencimento d) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação; e e) Resultado com títulos e valores mobiliários, resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização e instrumentos financeiros derivativos. a) Resumo da classificação consolidada dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócio e emissor Em 31 de dezembro - R$ mil Seguradoras/ Financeiras Capitalização Previdência Títulos para negociação .............................. - Títulos públicos .......................................... - Títulos privados .......................................... - Instrumentos financeiros derivativos (1) .... - Títulos vinculados a produtos PGBL/ VGBL Títulos disponíveis para venda ................... - Títulos públicos .......................................... - Títulos privados .......................................... Títulos mantidos até o vencimento .............. - Títulos públicos .......................................... - Títulos privados .......................................... Subtotal ........................................................ Operações compromissadas (2) ................. Total geral ..................................................... - Títulos públicos .......................................... - Títulos privados .......................................... - Títulos vinculados a produtos PGBL/ VGBL Subtotal ........................................................ - Operações compromissadas (2) ................ Total geral .....................................................

5.836.450 3.853.401 1.508.561 474.488 – 9.726.500 7.513.595 2.212.905 1.170.094 1.126.424 43.670 16.733.044 1.043.842 17.776.886 12.493.420 4.239.624 – 16.733.044 1.043.842 17.776.886

7.304.446 3.610.262 3.694.184 – – 1.370.538 810.120 560.418 – – – 8.674.984 869.632 9.544.616 4.420.382 4.254.602 – 8.674.984 869.632 9.544.616

28.849.658 8.104.671 4.569.303 – 16.175.684 810.425 14.480 795.945 3.137.189 3.137.189 – 32.797.272 3.968.100 36.765.372 11.256.340 5.365.248 16.175.684 32.797.272 3.968.100 36.765.372

Outras atividades

2005

344.438 278.964 65.474 – – 19.496 – 19.496 – – – 363.934 – 363.934 278.964 84.970 – 363.934 – 363.934

42.334.992 15.847.298 9.837.522 474.488 16.175.684 11.926.959 8.338.195 3.588.764 4.307.283 4.263.613 43.670 58.569.234 5.881.574 64.450.808 28.449.106 13.944.444 16.175.684 58.569.234 5.881.574 64.450.808

%

2004

72,3 27,1 16,8 0,8 27,6 20,3 14,2 6,1 7,4 7,3 0,1 100,0 – – 48,6 23,8 27,6 100,0 –

32.322.274 17.614.440 4.133.295 397.956 10.176.583 15.425.964 11.654.380 3.771.584 4.439.870 4.387.334 52.536 52.188.108 10.233.550 62.421.658 33.656.154 8.355.371 10.176.583 52.188.108 10.233.550 62.421.658

% 62,0 33,8 7,9 0,8 19,5 29,5 22,3 7,2 8,5 8,4 0,1 100,0 – – 64,5 16,0 19,5 100,0 –

b) Composição da carteira consolidada por emissor 2005 TÍTULOS (3) TÍTULOS PÚBLICOS ............. Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional .... Notas do tesouro nacional .... Títulos da dívida externa brasileira .................................. Moedas de privatização ........ Títulos de governos estrangeiros .................................. Notas do Banco Central ........ Outros .................................... TÍTULOS PRIVADOS ............. Certificados de depósito bancário ..................................... Ações .................................... Debêntures ............................ Títulos privados no exterior ... Instrumentos financeiros derivativos ................................. Outros .................................... Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ......................... Subtotal ................................. Operações compromissadas (2) Total geral ..............................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de mercado/ Marcação contábil Marcação a Mercado (5) (6) (7) a mercado

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (5) (6) (7)

Valor de custo atualizado

380.180 51.421 163.662 –

1.987.818 1.479.282 369.871 –

3.593.378 1.312.134 728.565 1.529.389

22.487.730 3.313.311 1.294.561 11.802.197

28.449.106 6.156.148 2.556.659 13.331.586

28.120.090 6.159.899 2.556.164 13.302.311

329.016 33.656.154 (3.751) 8.935.783 495 9.252.010 29.275 9.211.826

208.289 (13.631) (15.673) 1.312

162.348 1

41.477 –

– –

5.844.853 232.679

6.048.678 232.680

5.717.330 260.880

331.348 (28.200)

5.777.393 266.909

259.357 (18.920)

720 – 2.028 3.551.036

97.188 – – 2.029.652

23.290 – – 1.377.864

62 – 67 6.985.892

121.260 – 2.095 13.944.444

121.366 – 2.140 13.402.608

(106) – (45) 541.836

161.853 50.243 137 8.355.371

(291) (3.864) (1) 520.971

1.696.534 1.443.391 3.578 90.586

1.480.926 – 242.148 5.709

1.220.108 – 23.689 22.757

3.345.668 – 1.382.227 1.583.683

7.743.236 1.443.391 1.651.642 1.702.735

7.746.691 957.256 1.686.000 1.627.006

(3.455) 486.135 (34.358) 75.729

2.545.513 1.631.354 1.741.626 1.498.175

(4.528) 488.940 (32.144) 66.051

177.018 139.929

186.327 114.542

63.313 47.997

47.830 626.484

474.488 928.952

427.580 958.075

46.908 (29.123)

397.956 540.747

11.432 (8.780)

283.420 4.214.636 – 4.214.636

2.212.852 6.230.322 3.888.939 10.119.261

4.883.987 9.855.229 998.380 10.853.609

8.795.425 38.269.047 994.255 39.263.302

16.175.684 58.569.234 5.881.574 64.450.808

16.175.684 57.698.382 5.881.574 63.579.956

– 870.852 – 870.852

10.176.583 52.188.108 10.233.550 62.421.658

– 729.260 – 729.260

c) Classificação consolidada por categorias, prazos e segmentos de negócio I)Títulos para negociação BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

Moeda nacional ....................................................................................................................... Moeda estrangeira ................................................................................................................... Aplicações em ouro ................................................................................................................ Total ......................................................................................................................................... b) Demonstração do fluxo de caixa

3.209.867 153.133 41 3.363.041

2.223.561 415.659 40 2.639.260

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 3.151.271 140.088 15 3.291.374

2.198.456 383.939 15 2.582.410

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Atividades Operacionais Lucro Líquido .......................................................................................................................... Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido ao Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais: Provisão para créditos de liquidação duvidosa ..................................................................... Provisão (reversão) para perdas em aplicações interfinanceiras de liquidez e investimentos Variação, atualização e juros das provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização Depreciações e amortizações ................................................................................................ Amortização de ágio ............................................................................................................... Resultado de participações em coligadas ............................................................................. Outros ...................................................................................................................................... Variação de Ativos e Obrigações: Redução (aumento) em aplicações interfinanceiras de liquidez ........................................... Redução (aumento) em títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Redução (aumento) em relações interfinanceiras .................................................................. Redução (aumento) em relações interdependências ............................................................. Redução (aumento) em operações de crédito ........................................................................ Redução (aumento) em operações de arrendamento mercantil ............................................. Redução (aumento) em prêmios de seguros a receber .......................................................... Redução (aumento) em outros créditos .................................................................................. Redução (aumento) em outros valores e bens ....................................................................... Baixa da provisão para créditos de liquidação duvidosa ...................................................... Aumento (redução) em provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização .......... Aumento (redução) em outras obrigações .............................................................................. Aumento (redução) em resultados de exercícios futuros ....................................................... Ajuste ao valor de mercado - títulos disponíveis para venda ................................................ Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais ............................... Atividades de Investimentos Redução (aumento) em depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil ....................... Alienação de bens não de uso próprio ................................................................................... Alienação de investimentos ................................................................................................... Alienação de imobilizado de uso e de arrendamento ............................................................ Redução do diferido ................................................................................................................ Aquisição de bens não de uso próprio ................................................................................... Aquisição de investimentos ................................................................................................... Aquisição de imobilizado de uso e de arrendamento ............................................................ Aplicação no diferido .............................................................................................................. Juros sobre o capital próprio/dividendos recebidos ............................................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Investimentos ......................... Atividades de Financiamentos Aumento (redução) em depósitos ........................................................................................... Aumento (redução) em captações no mercado aberto ........................................................... Aumento (redução) em recursos de emissão de títulos ........................................................ Aumento (redução) em obrigações por empréstimos e repasses .......................................... Dívida subordinada ................................................................................................................. Aumento de capital por subscrição ........................................................................................ Ágio na subscrição de ações ................................................................................................. Subvenções para investimentos ............................................................................................ Juros sobre o capital próprio pagos e/ou provisionados ........................................................ Aquisições de ações próprias ................................................................................................ Variação/aquisição da participação dos acionistas minoritários ........................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Financiamentos ...................... Aumento em Disponibilidades, Líquidas ............................................................................... MODIFICAÇÕES EM DISPONIBILIDADES, LÍQUIDAS

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ

Início do exercício ...................................................................... Fim do exercício ......................................................................... Aumento em disponibilidades, líquidas .....................................

5.514.074

3.060.151

5.514.074

3.060.151

2.507.206 (19.159) 6.520.341 469.310 452.863 (76.150) 109.795

2.041.649 (1.401) 7.179.783 479.737 713.372 (163.357) 33.332

2.042.673 (32.711) – 362.761 300.945 (2.725.868) (493.772)

1.797.474 12.656 – 383.585 238.010 (2.090.090) (310.897)

(2.656.784) (1.964.324) (121.224) 129.898 (17.248.037) (857.822) (84.973) (356.574) (349.001) (1.694.114) 673.560 1.174.490 7.532 49.879 (7.819.214)

9.374.318 (8.495.601) (313.803) 330.894 (9.750.488) (238.883) (98.671) 2.534.857 (238.323) (2.032.348) 79.919 (885.557) 12.826 (20.837) 3.601.569

(9.356.552) (5.397.192) (103.321) 129.192 (10.814.999) – – 121.931 (69.163) (1.480.161) – 640.823 (1.658) 49.879 (21.313.119)

5.350.959 (2.667.512) (408.161) 384.095 (12.447.298) – – 1.530.975 (86.514) (1.735.075) – (719.464) (2.779) (20.837) (7.730.722)

(748.712) 202.053 151.113 282.369 8.722 (132.812) (119.498) (388.650) (420.112) 79.848 (1.085.679)

(2.115.729) 238.008 57.190 97.421 44.774 (122.776) (120.506) (493.394) (672.162) 24.815 (3.062.359)

(754.746) 102.602 1.160.259 185.630 7.554 (88.791) (3.687.781) (227.824) (190.074) 869.575 (2.623.596)

(2.965.583) 109.472 7.216.836 43.071 784 (93.806) (3.002.160) (468.060) (605.414) 944.257 1.179.397

6.762.315 1.752.481 1.146.394 603.709 746.560 700.000 24.250 – (1.881.000) (225.360) (675) 9.628.674 723.781

10.619.443 (9.906.322) (1.789.404) 1.164.589 977.935 – – 1.259 (1.324.983) (48.753) (42.140) (348.376) 190.834

24.489.486 2.064.126 (2.012.088) 729.945 744.464 700.000 24.250 – (1.881.000) (225.360) 11.856 24.645.679 708.964

16.483.494 (11.258.597) (862.039) 2.971.375 980.499 – – 1.259 (1.324.983) (48.753) – 6.942.255 390.930

2.639.260 3.363.041 723.781

2.448.426 2.639.260 190.834

2.582.410 3.291.374 708.964

2.191.480 2.582.410 390.930

2005 TÍTULOS (3) - FINANCEIRAS ..................... Letras do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ..................................... Instrumentos financeiros derivativos (1) ............................ Debêntures ............................ Títulos da dívida externa brasileira .................................. Notas do tesouro nacional .... Títulos privados no exterior ... Títulos de governos estrangeiros .................................. Ações .................................... Notas do Banco Central ...... Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO .............................. Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ..................................... Notas do tesouro nacional .... Ações .................................... Debêntures ............................ Títulos privados no exterior ... Notas do Banco Central ...... Outros .................................... - PREVIDÊNCIA .................... Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ..................................... Letras do tesouro nacional .... Ações .................................... Moedas de privatização ........ Debêntures ............................ Notas do Banco Central ...... Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ......................... Outros .................................... - OUTRAS ATIVIDADES ........ Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ..................................... Letras do tesouro nacional .... Debêntures ............................ Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... Subtotal ................................. Operações compromissadas (2) .................................. - FINANCEIRAS ..................... - SEGURADORAS CAPITALIZAÇÃO ................................. - PREVIDÊNCIA .................... Total geral .............................. INSTRUMENTOSFINANCEIROS DERIVATIVOS (PASSIVO) ...

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de mercado/ Marcação contábil Marcação a Mercado (5) (6) (7) a mercado

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (5) (6) (7)

Valor de custo atualizado

414.020 14.434 30.504

1.469.838 184.542 705.752

534.974 166.638 124.666

3.417.618 213.091 1.179.162

5.836.450 578.705 2.040.084

5.760.092 578.239 2.042.884

20.080

88.363

13.000

312.178

433.621

433.621

1.620.440

177.018 21

186.327 147.446

63.313 6.078

47.830 237.014

474.488 390.559

427.580 390.557

46.908 2

397.956 1.118.205

11.432 –

2.309 – 6.001

41.477 – 204

– 137.737 252

142.402 789.427 328.715

186.188 927.164 335.172

175.750 919.355 321.531

10.438 7.809 13.641

820.858 463.335 201.924

20.128 (693) (4.015)

720 102.915 – 60.018

97.188 – – 18.539

23.290 – – –

62 – – 167.737

121.260 102.915 – 246.294

121.366 102.915 – 246.294

(106) – – –

161.853 35.646 1.814 149.425

(291) – – –

920.746 2.318 90.350

1.126.891 424.682 12.499

1.768.124 743.030 546.375

3.488.685 712.912 673.214

7.304.446 1.882.942 1.322.438

7.304.435 1.882.931 1.322.438

11 11 –

3.062.970 2.178.226 473.231

10 10 –

701.885 – 117.388 27 – – 8.778 1.274.365 983 –

541.939 – – 94.667 – – 53.104 3.359.242 161.614 –

461.062 303 – 17.354 – – – 6.273.157 303.730 348.534

1.141.162 404.579 – 456.458 – – 100.360 17.942.894 838.908 5.733.677

2.846.048 404.882 117.388 568.506 – – 162.242 28.849.658 1.305.235 6.082.211

2.846.048 404.882 117.388 568.506 – – 162.242 28.852.066 1.304.186 6.082.211

– 170.527 – 9.269 – 149.827 – 38.647 – 5.308 – 62 – 37.873 (2.408) 18.893.290 1.049 2.864.077 – 4.713.531

– – – – – – – (1.558) 1.818

892.926 53.868 43.168 – – –

844.356 140.412 – – 8 –

736.713 – – – 193 –

1.478.267 388.407 – 134.538 380.601 –

3.952.262 582.687 43.168 134.538 380.802 –

3.955.719 582.687 43.168 134.538 380.802 –

(3.457) – – – – –

393.678 380.403 175.908 180.124 4.480 75

(3.376) – – – – –

283.420 – 53.373 17.601

2.212.852 – 111.005 76.974

4.883.987 – 12.955 7.232

8.795.425 193.071 167.105 117.756

16.175.684 193.071 344.438 219.563

16.175.684 193.071 345.308 219.563

– 10.176.583 – 4.431 (870) 75.006 – 35.935

– – (859) –

12.316 5.010 – – 18.446 2.662.504

1.586 32.418 27 – – 6.066.976

3.752 1.907 64 – – 8.589.210

24.692 19.849 4.280 217 311 25.016.302

42.346 59.184 4.371 217 18.757 42.334.992

42.346 59.184 4.371 217 19.627 42.261.901

– 12.889 – 11.968 – 644 – – (870) 13.570 73.091 32.322.274

– – – – (859) 10.770

– –

3.888.939 362.238

998.380 447.652

994.255 233.952

5.881.574 1.043.842

5.881.574 1.043.842

– –

10.233.550 1.133.032

– –

– – 2.662.504

558.523 2.968.178 9.955.915

290.727 260.001 9.587.590

20.382 739.921 26.010.557

869.632 3.968.100 48.216.566

869.632 3.968.100 48.143.475

– – 73.091

1.936.289 7.164.229 42.555.824

– – 10.770

(218.952)

(7.922)

(5.840)

(5.759)

(238.473)

(259.807)

21.334

(173.647)

76.358 10.291.008 466 2.676.421 (2.800) 2.643.131

13.177 (5.266) (8.118)

9.245 CONTINUA


4

Te l e f o n i a Automação Lançamentos Prevenção

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

A PMAI É UMA DAS MAIORES FEIRAS MUNDIAIS DE FOTOGRAFIA

Parcerias marcam feir

Alianças entre Panasonic e Olympus, Pentax e Samsung e Sony com Mino Por Ana Maria Guariglia

S

e em outras épocas a festa de qualquer evento de fotografia ficava por conta de grandes indústrias como a Agfa alemã, hoje quem está dando o tom dos festejos são indústrias que nem pensavam em ingressar nesses eventos. E elas não vieram sozinhas, mas em parcerias, mostrando que a foto digital é um negócio que, além de lucrativo, populariza a fotografia mais do que pensaram seus inventores. Foi esse o perfil da 82ª PMAI (Photo Marketing Association International), uma das maiores feiras mundiais de fotografia, que aconteceu na semana passada, em Orlando, na Flórida (EUA). Os mais de 20 mil visitantes brindaram as parcerias entre Panasonic e Olympus, Pentax e Samsung e Sony com Minolta. A Olympus apresentou a primeira câmera que se pode chamar de verdadeira digital SLR (single lens reflex), que usa espelhos no visor óptico como as antigas 35 mm SLR ou reflex. Segundo Don Sutherland, da revista PMAI Daily, um passo muito grande da tecnologia digital. É a Evolt E-330, uma das vedetes da feira, com 7,5 Megapixels, que troca as objetivas e deverá custar US$ 999. Para não ficar para trás, a Canon também lançou sua digital SLR, a EOS 30D (US$ 1.399), com 8,2 MP e sensor CMOS. Para Chuck Westfall, da Canon, é a máquina do futuro. "A digital do futuro será SLR, que trará as vantagens das antigas 35 mm com muito mais qualidade fotográfica", explicou. Já a Panasonic mostrou em seu estande a Lumix DMC-FX01, com 6 MP, zoom óptico de 3,6 vezes e estabilizador de imagem MEGA O.I.S.. A surpresa maior é a objetiva Leica, considerada uma das melhores do mundo e, mostrando que também há uma parceria da Panasonic com a européia. Com suas Cybershot em expansão, a Sony chegou à PMAI com a compacta DSCW50, com a objetiva alemã Carl Zeiss VarioTessar. Possui resolução de 6 MP, visor de 2,5 pol e corpo de metal. A DSC-W70 tem 7,2 MP e objetiva Zeiss e a DSC-N1, que vem com 8 MP, comandos manuais e automáticos e visor de cristal líquido comandado por toques na tela. A estrela da tecnologia também brilhou para a Nikon com as Coolpix P3 e P4, as compactas de 8,1 MP, zoom óptico de três vezes com redução de vibração. A P3 possui conexão Wi-Fi, outra vitória tecnológica para as compactas. Ambas possuem visor de 2,5 pol e controles manuais e automáticos. Outro ponto alto é a D200, de 10,2 MP, indicada para uso profissional. Pode fotografar cinco quadros por segundo, possui monitor de 2,5 pol, visor com ajuste de dioptria, exposições automáticas e manuais monitoradas. O corpo é leve e resistente, ligando-se ao PC por cabo USB e usa a tecnologia PictureBridge para impressão direta. "A Kodak tem mantido o appeal de simplicidade, que agrada seu público, ao mesmo tempo, fazendo da tecnologia um motivo para alegria e brincadeira", disse Don Sutherland. Com essa forma diferenciada de tratamento, a empresa lançou as digitais pocketable, que podem ser guardadas no bolso sem fazer volume. A EasyShare V603, de 6,1 MP, Z612, de 6 MP com estabilizador de imagem, e a C643, de 6,1 MP, além da V570 (que sacou a foto panorâmica do alto desta página). No setor profissional, a Kodak ainda lança filmes (Portra 800, 35 mm) e papéis para impressão, além da impressora Digital Print Production. A Fuji também expandiu sua linha FinePix. Apresentou três modelos: a FinePix F650, com 6 MP e visor largo de 3 pol. É pequeníssima. A A600 é de 6,3 MP e a F30 é altamente sensível à luz. Todos os modelos fazem videoclipes e têm visor de cristal líquido de 2,5 pol. A câmera Optio S6 DivX foi a atração da Pentax. Ela captura VGA vídeos e já os codifica para o padrão DivX, qualidade de DVD em arquivos menores. Tem resolução de 6 MP. Com resolução de 6 MP, reprodutor de áudio e possibilidade de assistir vídeos, cinema ou TV em uma tela de 2,5 pol, a Digimax i6, da Samsung, foi outra atração. Um software converte arquivos MPEG, AVI, MOV, WMV, MP3 e WAV para serem vistos na telinha ou ouvidos. A i6 tem objetiva 39-117 mm, redutor de movimentos e 48 MB de memória interna. A Casio lançou a Exilim EXZ600. Com resolução de 6 MP, tem exposições automáticas para vários temas e uma especial para reproduzir fotos antigas, que são reavivadas por meio de um software interno. Para os eternos fãs da Leica, a D-LUX 2 pode ser uma boa opção. Possui 8,4 MP, objetiva DC Vario-Elmarit, objetiva zoom 28-112 mm de quatro vezes, monitor de 2,5 pol. As profissionais (a partir do alto): Canon EOS 30D, Nikon DX2, Pentax que será vendida por US$ 599 e Olympus E330 SLR

A jornalista Ana Maria Guariglia viajou para Orlando a convite da Noritsu, WisePhoto, Canon/Elgin, T.Tanaka e Digipix.

Câmera Fun (descartável com filme 35 mm) da Polaroid

Câmera Ilford com filme preto e branco Canon: DVD para filmar e fotografar

Primeira digital descartável de 4 MP para 40 fotos

Casio Exi que reav fotos anti Câmera Samsung i6

Leica digital D-LUX 2

Walvorine vários tip de cartõe Nikon Coolpix P6

Câmera Lumix, da Panasonic, com objetiva Leica


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terça-feira, 7 de março de 2006

A digital do futuro será SLR, que trará as vantagens das antigas 35 mm com muito mais qualidade Chuck Westfall, da Canon

a de fotografia nos EUA Fotos: Ana Maria Guariglia e Divulgação

a apontaram um futuro cada vez mais digital para os mais de 20 mil visitantes

HP faz a sua reestréia no mercado com câmeras digitais avançadas

A

marca HP já é conhecida dos brasileiros. Mas há já algum tempo não lançava câmeras e na PMAI se apresentou com digitais de dar água na boca. A primeira é o filé da empresa, a Photosmart R927, com 8,2 MP, monitor de 3 pol, com ângulo de visão de 170 graus e zoom total de 24 vezes. Tem 17 modos de exposição, com foco automático multi zona para ler todos os pontos da imagem a ser fotografada. O sistema Adaptive Lighting Bracketing permite ajustar as fotos com altos níveis de contraste para ressaltar os rostos das sombras e os detalhes de fundo. Ao mesmo tempo captura automaticamente três versões da mesma imagem: uma sem iluminação adaptada, outra com iluminação adaptada baixa e a última com iluminação adaptada alta. Faz registros panorâmicos com cinco imagens e as integra dentro da própria câmera. Os videoclipes são feitos pelo sistema VGA a 24 quadros por segundo como uma câmera de cinema, possibilitando a impressão das cenas gravadas. Pesa 170 gramas. A Photosmart M425 tem resolução de 5 MP, zoom total de 18 vezes e visor de 1,7 pol. Possui objetiva HP, memória interna de 16 MB e utiliza cartão SD. Uma das exposições permite capturar fotografias em movimento com espaços mínimos entre cada tomada. A HP criou a tecnologia HP Real Life para facilitar a produção de fotos de mais qualidade e cores reais. A câmera traz internamente o Design Gallery que agrega efeitos e bordas artísticas e processa

A HP Photosmart M425

A Photosmart M525

Photosmrat R927: o filé da HP na feira

as imagens eliminando automaticamente os olhos vermelhos. Pesa cerca de 139 gramas. A Photosmart M527, com resolução de 6 MP, tem as mesmas características da M525, se diferenciando pelo zoom total de 21 vezes (três vezes óptico e sete vezes digital). Para copiar as fotos tiradas por

Minilab "engole" impressora doméstica

A

PMAI não apresentou grandes lançamentos em termos de impressoras domésticas, dando destaque para os mini laboratórios, os conhecido minilabs, para onde brasileiros e boa parte dos europeus e norte-americanos levam suas imagens em CDs cartões de memória e disquetes para impressão. Segundo Edmundo Salgado, gerente de marketing da Noritsu –indústria japonesa que mais vende minilabs no mundo– a impressão profissional e feita em lojas ainda é u hábito pessoal e muito importante para a memória das famílias. No Brasil, Salgado disse que já existem 600 minilab digitais da marca em funcionamento. "Até o final do ano, a meta é a alcançar a venda de 900 unidades, abrangendo o interior do país como já vem acontecendo." Durante a feira, a Noritsu lançou o LPS-24 PRO Large Format Printer, podendo fazer panoramas de 24 x 36 pol. Foi criado para trabalho pesado e que demanda qualidade, podendo também processar outros tamanhos. A tecnologia Minilab Digital DP-100, da Norit permite fazer 27 cópias por hora no tamanho de 24 x 36 pol e cerca de 51 por hora no tamanho 12 x 18 pol. O DP-100 Digital Dry Printer é o único capaz de fazer cópias de 4 x 6, 5 x 7 e 8 x 10 pol, usando tinta de impressão ao invés de produtos químicos. Ainda imprime panoramas de até 12 x 36 pol. É ideal para laboratórios que desejam oferecer mais serviços de foto acabamento para aumentar produtividade. O novo minilab foi produzido com a tecnologia de segunda geração de pigmentos, baseado no sistema de sete cores. A Kis apresentou o minilab digital DKS 1770, com sistem dual de magazines. Possui tamanho reduzido para caber em pequenas lojas. O preço é competitivo, em torno de US$ 12 mil nos EUA, em relação aos preços dos concorrentes, que estão acima de US$ 200 mil. A Fujifilm segue sua linha de minilabs Frontier digitais, o 500 e 590. O modelo 500 é compacto e utiliza os químicos Fuji CP49E, tem a capacidad de impressão a seco de 87 seg, custando em torno de US$ 100 mil. O 590 é maior e usa o mesmo sistema de produtos químicos. Deverá custar US$ 225 mil. A Kodak apresentou produtos para os minilabs digitais como o software Digital Print Production para melhorar a eficiência dos minilabs não importando o tamanho. O DP2 usado na maioria dos laboratórios, está na versão 8 e expande a conectividade de impressoras como as da Norit e Durst. A Kodak também anunciou químicos e papéis especiais como o Endura Ultra Paper, que tem como característica manter a longevidade das cópias. (AMG)

essas câmeras, a HP apresentou a mini impressora HP Photo Pack, para obter cópias 10 x 15 cm, em papéis especiais desenhados pela própria empresa como HP 95 Series Photo Pack 200 hojas, incluindo dois cartuchos de tinta para cem fotos. (AMG) Para saber mais: www.hp.com.

Canon e Sony disputam a liderança

É

voz corrente que a Sony tem sido uma das líderes do mercado de câmeras digitais. No entanto, segundo as pesquisas do analista Christopher Chute, perdeu sua posição de primeiro lugar para a Canon entre o final de 2004 e 2005. Ocorre que a Canon, além de ser marca de produto fotográfico e não de produtos diversificados, caso da Sony, consegue criar excelentes equipamentos a custos populares. Chute lembrou que as câmeras digitais direcionadas aos profissionais fizeram sucesso nos dois últimos anos. Christopher Chute é da Digital Image Solutions and Services (IDC), cujas pesquisas mostram que a Sony fez bem ao se unir à Konica Minolta. "Essa união vai revitalizar o mercado e fazer com que as indústrias do setor em todo o mundo repensem suas posições face ao consumo das digitais e outros eletrônicos." A IDC ainda faz alguns prognósticos principalmente sobre o

SLR (Single Lens Reflex). O sistema, segundo ela, já está aquecendo as ambições da Sony para não só ultrapassar a Canon, mas outras indústrias. Por esse motivo, a maioria das empresas japonesas está hoje debruçada sobre projetos para ressuscitar esse recurso

das câmeras convencionais, mas agora com o apuro tecnológico que vai melhorar e muito a captação das imagens digitais. Acredita-se que o Digital SLR vai ultrapassar em vendas qualquer outro tipo de câmera do segmento. "Porém, necessitamos certa

cautela. Será necessário que a Sony apresente seu produto em menos de 12 meses, uma vez que a tecnologia digital caminha muito rápido como todos sabemos." Em 18 de janeiro último, a Konica Minolta anunciou oficialmente sua extinção com os negócios ligados à imagem, câmeras e mini laboratórios. Pelo lado dos equipamentos, cessou a fabricação das digitais, abrangendo também as câmeras 35 mm convencionais e o sistema SLR, transferindo a tecnologia para a Sony, que vai utilizá-la como força para a produção das Digitais SLR. Com relação aos minilabs, papel para impressão e filmes, vai descontinuar as linhas até o final do ano. A Minolta fez história ao criar a primeira compacta com foco automático e SLR em 1985. Infelizmente, a empresa seguiu os mesmos passos da Agfa com a chegada do sistema digital nos anos 90: não fez os investimentos desejáveis na nova tecnologia e desenvolvimento de produtos. (AMG)

Minilab Fuji 500 (acima); ao lado, minilab digital da Kis, DKB 1770, e o Noritsu LPS-24 PRO


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terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 11

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

d) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação

II)Títulos disponíveis para venda Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de mercado/ Marcação Marcação contábil a Mercado (5) (6) (7) a mercado

2005 TÍTULOS (3) - FINANCEIRAS (4) ................ Letras do tesouro nacional .... Títulos da dívida externa brasileira ................................... Títulos privados no exterior .. Notas do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ..................................... Debêntures ............................ Ações .................................... Moedas de privatização ........ Notas do Banco Central ........ Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO .............................. Letras financeiras do tesouro Ações .................................... Debêntures ............................ Certificados de depósito bancário ..................................... Títulos privados no exterior .. Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... - PREVIDÊNCIA .................... Ações .................................... Debêntures ............................ Letras financeiras do tesouro Outros .................................... - OUTRAS ATIVIDADES ....... Certificados de depósito bancário ..................................... Debêntures ............................ Ações .................................... Total geral .............................. III)

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (5) (6) (7)

Valor de custo atualizado

455.330 –

43.712 –

81.210 13.645

9.146.248 –

9.726.500 13.645

9.361.442 13.616

365.058 29

12.869.371 5.709.987

231.045 (10.407)

118.188 83.723 – –

– 813 – –

– 14.629 – 940

4.617.878 1.220.532 2.269.250 393.457

4.736.066 1.319.697 2.269.250 394.397

4.415.156 1.257.609 2.252.414 396.759

320.910 62.088 16.836 (2.362)

3.764.086 1.209.757 708.356 360.020

239.229 70.066 (530) (10.168)

48.839 3.523 184.106 1 – 16.950

– – – – – 42.899

3.999 – – – – 47.997

381.918 – – 98.141 – 165.072

434.756 3.523 184.106 98.142 – 272.918

434.754 37.824 125.752 126.342 – 301.216

2 (34.301) 58.354 (28.200) – (28.298)

331.055 176.577 150.799 86.785 48.292 323.657

(249) (31.995) 5.805 (18.920) (3.864) (7.922)

547.561 15 512.915 –

114.414 110.260 – –

136.732 132.536 – –

571.831 56.636 – –

1.370.538 299.447 512.915 –

1.156.424 299.007 303.871 –

214.114 440 209.044 –

1.478.171 841.145 389.463 91.279

149.803 3.201 144.970

7.378 – – 27.253 493.400 482.881 7 – 10.512 13.128

4.154 – – – – – – – – 528

– 4.196 – – – – – – – 1.582

4.522 – 510.673 – 317.025 – 302.545 14.480 – 4.258

16.054 4.196 510.673 27.253 810.425 482.881 302.552 14.480 10.512 19.496

16.054 4.196 506.043 27.253 591.836 264.144 302.611 14.569 10.512 19.496

– – 4.630 – 218.589 218.737 (59) (89) – –

5.184 28.650 122.450 – 1.066.664 729.693 311.794 13.249 11.928 11.758

13.110 – 18 1.509.419

528 – – 158.654

1.582 – – 219.524

2.929 1.329 – 10.039.362

18.149 1.329 18 11.926.959

18.149 1.329 18 11.129.198

– – – 797.761

11.740

1 a 30 dias

18 15.425.964

Carteira própria ................................................................. Títulos de renda fixa .......................................................... • Letras financeiras do tesouro ........................................... • Operações compromissadas (1) ...................................... • Notas do tesouro nacional ............................................... • Títulos da dívida externa brasileira .................................. • Certificados de depósito bancário ................................... • Letras do tesouro nacional ............................................... • Títulos privados no exterior .............................................. • Debêntures ....................................................................... • Títulos de governos estrangeiros ..................................... • Moedas de privatização ................................................... • Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ..................... • Outros ............................................................................... Títulos de renda variável ................................................... • Ações de companhias abertas(provisão técnica) ........... • Ações de companhias abertas (outras) ........................... Títulos vinculados .............................................................. A compromisso de recompra ............................................ • Letras do tesouro nacional ............................................... • Títulos da dívida externa brasileira .................................. • Certificados de depósito bancário ................................... • Letras financeiras do tesouro ........................................... • Notas do tesouro nacional ............................................... • Debêntures ....................................................................... Ao Banco Central ............................................................... • Letras do tesouro nacional ............................................... • Notas do tesouro nacional ............................................... Moedas de privatização .................................................... A prestação de garantias .................................................. • Letras do tesouro nacional ............................................... • Letras financeiras do tesouro ........................................... • Notas do tesouro nacional ............................................... • Títulos de governos estrangeiros ..................................... Instrumentos financeiros derivativos ............................... Total em 2005 ..................................................................... % ......................................................................................... Total em 2004 ..................................................................... % .........................................................................................

(903) 2.535 – 337.642 338.165 (149) (374) – – – – – 718.490

TÍTULOS (3) FINANCEIRAS .................................................................... Títulos da dívida externa brasileira .................................... Títulos privados no exterior ............................................... Notas do tesouro nacional ................................................. PREVIDÊNCIA ................................................................... Notas do tesouro nacional ................................................. Total geral (4) ...................................................................... (1) (2) (3) (4)

(5) (6)

(7)

12)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

42.713 41.851 862 – – – 42.713

4.692 – 4.692 – – – 4.692

181 a 360 dias 3.680 – 3.680 – 1.042.815 1.042.815 1.046.495

Acima de 360 dias

Valor de custo atualizado (5) (6) (7)

1.119.009 1.084.573 34.436 – 2.094.374 2.094.374 3.213.383

1.170.094 1.126.424 43.670 – 3.137.189 3.137.189 4.307.283

1.327.500 1.192.449 52.536 82.515 3.112.370 3.112.370 4.439.870

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

4.011.146 2.567.755 46.420 – – 141.572 1.696.534 163.662 90.586 3.462 142 – 283.420 141.957 1.443.391 678.693 764.698 26.472 20.892 – 20.776 – – – 116 – – – 1 5.579 – 5.001 – 578 177.018 4.214.636 6,5 5.548.075 8,9

9.443.133 9.443.133 1.028.258 3.888.939 – 41.477 1.480.926 331.094 5.709 242.148 97.188 – 2.212.852 114.542 – – – 489.801 53.471 13.439 – – 40.032 – – – – – – 436.330 25.338 410.992 – – 186.327 10.119.261 15,7 4.618.056 7,4

10.664.801 10.664.801 1.222.095 998.380 1.529.389 – 1.220.108 693.109 22.757 23.689 23.290 – 4.883.987 47.997 – – – 125.495 – – – – – – – – – – – 125.495 35.456 90.039 – – 63.313 10.853.609 16,8 14.810.352 23,7

35.205.778 35.205.778 3.245.119 994.255 8.972.477 5.225.963 2.997.510 1.249.297 1.583.683 1.380.898 62 134.538 8.795.425 626.551 – – – 4.009.694 977.302 – 618.890 348.158 – 8.925 1.329 2.506.172 5.566 2.500.606 98.141 428.079 39.698 68.192 320.189 – 47.830 39.263.302 61,0 37.445.175 60,0

59.324.858 57.881.467 5.541.892 5.881.574 10.501.866 5.409.012 7.395.078 2.437.162 1.702.735 1.650.197 120.682 134.538 16.175.684 931.047 1.443.391 678.693 764.698 4.651.462 1.051.665 13.439 639.666 348.158 40.032 8.925 1.445 2.506.172 5.566 2.500.606 98.142 995.483 100.492 574.224 320.189 578 474.488 64.450.808 100,0 62.421.658 100,0

8.705.316 8.612.240 228.131 – 210.909 5.393.098 153.125 344.757 1.533.804 361.394 120.361 – – 266.661 93.076 – 93.076 16.524.198 13.108.791 13.439 639.666 348.158 40.032 8.925 12.058.571 2.506.172 5.566 2.500.606 36.688 872.547 100.492 451.866 320.189 – 506.511 25.736.025 100,0 20.274.713 100,0

Referem-se a recursos de fundos de investimento e carteiras administradas aplicados em operações compromissadas com o Banco Bradesco, cujos proprietários são empresas controladas, incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas. As demais aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil. e) Resultado com títulos e valores mobiliários, resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização e instrumentos financeiros derivativos

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de custo atualizado (5) (6) (7)

31 a 180 dias

(1)

Títulos mantidos até o vencimento 2005

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO BRADESCO CONSOLIDADO MÚLTIPLO

1 a 30 dias

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Títulos de renda fixa ................................................................................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 9b) .................................................................. Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ............................... Títulos de renda variável ......................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................... Resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização ............................................. Resultado instrumentos financeiros derivativos (Nota 34c V) ............................................... Total ......................................................................................................................................... 11)

Para efeito de comparabilidade com o critério adotado pela Circular no 3068 do BACEN e pela característica dos títulos, estamos considerando os instrumentos financeiros derivativos na categoria “Títulos para Negociação”; Referem-se a recursos de fundos de investimento e carteiras administradas aplicados em operações compromissadas com o Banco Bradesco, cujos proprietários são empresas controladas, incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas; As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos; Atendendo ao disposto no Artigo 8o da Circular no 3068 do BACEN, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria mantidos até o vencimento. A capacidade financeira é evidenciada pela Nota 7, na qual são demonstrados os vencimentos das operações ativas e passivas, com base em 31 de dezembro de 2005; Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; A coluna reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto os papéis classificados em títulos mantidos até o vencimento, cujo valor de mercado é superior ao valor de custo atualizado no montante de R$ 793.018 mil (2004 - R$ 912.313 mil); e aos títulos (Notas do Tesouro Nacional) que integram a a carteira dos fundos de investimentos, e que embora na carteira da previdência estejam classificados, por força de regulamentação específica, na categoria “para negociação”, são classificados como “mantidos até o vencimento” na carteira dos fundos, cujo o valor de mercado excede o valor contábil em R$ 237.902 mil (2004 - R$ 374.905 mil); e O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas.

3.731.330 3.374.376 (1.521.258) (32.440) 5.552.008 6.498.435 2.389.002 14.439.445

3.095.341 2.876.796 (1.054.295) 3.337 4.921.179 5.142.434 1.238.890 11.302.503

3.677.346 5.669.678 – (43.114) 9.303.910 – 2.366.098 11.670.008

2.034.255 4.072.837 – 147 6.107.239 – 1.272.030 7.379.269

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS a) Créditos vinculados Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO Remuneração 2005 2004 Compulsório sobre depósitos à vista ...................................................... não remunerado Compulsório sobre depósitos de poupança ............................................ índice da poupança Compulsório adicional ............................................................................. taxa selic Créditos vinculados ao SFH .................................................................... taxa referencial Recursos do crédito rural ......................................................................... taxa referencial Total ..........................................................................................................

5.276.412 5.157.183 6.011.271 396.089 578 16.841.533

5.051.726 4.896.398 5.748.030 335.320 578 16.032.052

5.268.678 5.157.183 6.011.271 226.887 578 16.664.597

5.037.958 4.896.398 5.748.030 180.037 578 15.863.001

b) Resultado das aplicações compulsórias Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Créditos vinculados ao BACEN (depósito compulsório) ........................................................ Créditos vinculados ao SFH ................................................................................................... Total .........................................................................................................................................

1.463.755 31.640 1.495.395

1.138.917 38.220 1.177.137

1.463.708 8.195 1.471.903

1.112.026 18.845 1.130.871

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, que incluem adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito: a) Modalidades e prazos; b) Modalidades e níveis de risco; c) Concentração das operações de crédito; d) Setor de atividade econômica; e) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa; f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; g) Recuperação e renegociação; e h) Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil. a) Modalidades e prazos Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ................................................................................................................................... Financiamentos ................................................................................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................................................................................................. Subtotal ............................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................................................................... Outros créditos (2) ............................................................................................................................................................... Total das operações de crédito (3) ..................................................................................................................................... Avais e fianças (4) .............................................................................................................................................................. Total geral em 2005 ............................................................................................................................................................. Total geral em 2004 .............................................................................................................................................................

31 a 60 dias

8.172.794 2.118.610 418.047 10.709.451 145.300 1.434.252 12.289.003 197.333 12.486.336 237.069 12.723.405 10.176.729

61 a 90 dias

4.973.933 2.089.086 141.173 7.204.192 132.711 817.959 8.154.862 32.526 8.187.388 162.656 8.350.044 7.714.869

Curso normal 181 a 360 dias Acima de 360 dias

91 a 180 dias

3.910.621 1.805.756 120.639 5.837.016 111.737 857.909 6.806.662 14.404 6.821.066 689.829 7.510.895 5.732.136

4.547.816 4.232.603 812.863 9.593.282 318.480 1.166.614 11.078.376 70.131 11.148.507 379.773 11.528.280 9.760.931

4.276.678 5.744.574 1.381.379 11.402.631 540.033 653.505 12.596.169 52.346 12.648.515 1.205.083 13.853.598 9.669.431

Total em 2005 (A)

% (5)

33.673.847 27.643.052 6.314.381 67.631.280 2.427.437 4.930.239 74.988.956 530.199 75.519.155 9.629.856 85.149.011

7.792.005 11.652.423 3.440.280 22.884.708 1.179.176 – 24.063.884 163.459 24.227.343 6.955.446 31.182.789 24.130.862

Total em 2004 (A) 39,5 32,5 7,4 79,4 2,9 5,8 88,1 0,6 88,7 11,3 100,0

% (5)

25.800.952 20.438.754 6.007.685 52.247.391 1.595.449 4.717.791 58.560.631 524.463 59.085.094 8.099.864

38,4 30,4 8,9 77,7 2,4 7,0 87,1 0,8 87,9 12,1

67.184.958

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil

1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ....................................................................................................................................................................... Financiamentos ....................................................................................................................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................................................................................................................................. Subtotal ................................................................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ................................................................................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ....................................................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................................................................................... Outros créditos (2) ................................................................................................................................................................................................... Total das operações de crédito (3) ......................................................................................................................................................................... Avais e fianças (4) .................................................................................................................................................................................................. Total geral em 2005 ................................................................................................................................................................................................. Total geral em 2004 .................................................................................................................................................................................................

31 a 60 dias

299.579 151.987 3.711 455.277 4.508 11.983 471.768 11.298 483.066 – 483.066 310.951

BRADESCO CONSOLIDADO Curso anormal Parcelas vencidas 91 a 180 dias 181 a 720 dias Total em 2005 (B)

61 a 90 dias

255.214 91.135 9.828 356.177 2.951 3.752 362.880 1.369 364.249 – 364.249 254.391

251.787 40.485 5.327 297.599 1.022 1.670 300.291 238 300.529 – 300.529 214.461

391.827 79.280 4.104 475.211 2.089 877 478.177 237 478.414 – 478.414 422.016

% (5)

Total em 2004 (B)

1.657.519 434.881 54.677 2.147.077 13.124 86.873 2.247.074 30.906 2.277.980 – 2.277.980

459.112 71.994 31.707 562.813 2.554 68.591 633.958 17.764 651.722 – 651.722 508.124

72,7 19,1 2,4 94,2 0,6 3,8 98,6 1,4 100,0 – 100,0

% (5)

1.224.316 312.218 54.755 1.591.289 19.628 78.385 1.689.302 20.641 1.709.943 –

71,6 18,3 3,2 93,1 1,1 4,6 98,8 1,2 100,0 –

1.709.943

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO

1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados .................................................. Financiamentos .................................................................................. Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................ Subtotal .............................................................................................. Operações de arrendamento mercantil .............................................. Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) .................................. Subtotal .............................................................................................. Outros créditos (2) .............................................................................. Total das operações de crédito (3) .................................................... Avais e fianças (4) ............................................................................. Total geral em 2005 ............................................................................ Total geral em 2004 ............................................................................

137.957 145.151 671 283.779 4.094 – 287.873 3.892 291.765 – 291.765 175.996

31 a 60 dias

61 a 90 dias

117.166 143.348 73 260.587 5.613 – 266.200 155 266.355 – 266.355 170.348

Curso anormal Parcelas vincendas 181 a 360 Acima de dias 360 dias

91 a 180 dias

114.805 127.642 215 242.662 2.860 – 245.522 336 245.858 – 245.858 137.077

222.490 348.062 4.708 575.260 9.407 – 584.667 609 585.276 – 585.276 337.391

261.630 508.223 6.268 776.121 16.275 – 792.396 674 793.070 – 793.070 450.172

Total geral Total em 2005 (C)

% (5)

1.151.212 2.064.429 33.362 3.249.003 77.797 – 3.326.800 6.459 3.333.259 – 3.333.259

297.164 792.003 21.427 1.110.594 39.548 – 1.150.142 793 1.150.935 – 1.150.935 721.916

Total em 2004 (C) 34,6 61,9 1,0 97,5 2,3 – 99,8 0,2 100,0 – 100,0

% (5)

Total em 2005 (A+B+C)

765.450 1.155.278 19.915 1.940.643 45.459 – 1.986.102 6.798 1.992.900 –

38,4 58,0 1,0 97,4 2,3 – 99,7 0,3 100,0 –

1.992.900

100,0

% (5)

36.482.578 30.142.362 6.402.420 73.027.360 2.518.358 5.017.112 80.562.830 567.564 81.130.394 9.629.856 90.760.250

Total em 2004 (A+B+C) 40,2 33,2 7,1 80,5 2,8 5,5 88,8 0,6 89,4 10,6 100,0

% (5)

27.790.718 21.906.250 6.082.355 55.779.323 1.660.536 4.796.176 62.236.035 551.902 62.787.937 8.099.864

39,2 30,9 8,6 78,7 2,3 6,8 87,8 0,8 88,6 11,4

70.887.801

100,0

No Bradesco Múltiplo, as operações de curso normal apuradas nas mesmas bases do quadro anterior montam a R$ 69.645.722 mil (2004 - R$ 58.033.535 mil), as parcelas vencidas montam a R$ 1.864.542 mil (2004 - R$ 1.485.735 mil), e as vincendas a R$ 1.715.959 mil (2004 - R$ 1.233.367 mil). (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados como redutor da rubrica “Outras obrigações”; (2) A rubrica “Outros créditos” compreendem créditos por avais e fianças honrados, devedores por compra de valores e bens, títulos e créditos a receber, rendas a receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de contratos de exportação; (3) No total de operações de crédito estão contemplados os financiamentos de operações com cartões de crédito e operações de antecipação de recebíveis de cartões de crédito, no montante de R$ 1.743.064 mil (2004 - R$ 1.347.839 mil). Os demais créditos a receber relativos a cartões de crédito no montante de R$ 2.847.097 mil (2004 - R$ 1.747.472 mil), estão apresentados na Nota 13b; (4) Registrados em conta de compensação, que incluem R$ 2.619.981 mil referente a operações em que o beneficiário é o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; e (5) Relação entre modalidade e o total da carteira com avais e fianças. b) Modalidades e níveis de risco Em 31 de dezembro - R$ mil

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ................................................. Financiamentos .............................................................................. Financiamentos rurais e agroindustriais ......................................... Subtotal ........................................................................................ Operações de arrendamento mercantil ........................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio ...................................... Subtotal ........................................................................................ Outros créditos ............................................................................... Total das operações de crédito em 2005 ..................................... % ................................................................................................... Total das operações de crédito em 2004 ..................................... % ...................................................................................................

AA

A

B

C

7.393.600 4.008.794 289.392 11.691.786 137.432 3.157.499 14.986.717 89.717 15.076.434 18,6 15.010.603 23,9

18.296.074 16.655.675 2.571.638 37.523.387 633.301 837.404 38.994.092 232.361 39.226.453 48,3 27.168.656 43,3

2.214.890 2.688.287 833.750 5.736.927 444.323 559.869 6.741.119 73.982 6.815.101 8,4 4.921.951 7,8

5.129.871 5.687.812 2.023.683 12.841.366 1.189.757 375.999 14.407.122 122.086 14.529.208 17,9 10.826.949 17,3

BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO D E 819.662 341.084 342.187 1.502.933 37.745 16.394 1.557.072 20.967 1.578.039 2,0 1.692.843 2,7

F 372.959 130.566 45.972 549.497 7.737 444 557.678 171 557.849 0,7 369.294 0,6

G 324.927 140.815 73.166 538.908 22.076 – 560.984 172 561.156 0,7 541.113 0,9

H 245.280 84.030 155.397 484.707 4.560 156 489.423 92 489.515 0,6 323.377 0,5

1.685.315 405.299 67.235 2.157.849 41.427 69.347 2.268.623 28.016 2.296.639 2,8 1.933.151 3,0

Total em 2005

%

36.482.578 30.142.362 6.402.420 73.027.360 2.518.358 5.017.112 80.562.830 567.564 81.130.394 100,0

Total em 2004 45,0 37,1 7,9 90,0 3,1 6,2 99,3 0,7 100,0

%

27.790.718 21.906.250 6.082.355 55.779.323 1.660.536 4.796.176 62.236.035 551.902

44,3 34,9 9,7 88,9 2,6 7,6 99,1 0,9

62.787.937 100,0

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ................................................. Financiamentos .............................................................................. Financiamentos rurais e agroindustriais ......................................... Subtotal ........................................................................................ Adiantamentos sobre contratos de câmbio ...................................... Subtotal ........................................................................................ Outros créditos ............................................................................... Total das operações de crédito em 2005 ..................................... % ................................................................................................... Total das operações de crédito em 2004 ..................................... % ...................................................................................................

AA

A

B

C

7.078.778 4.000.950 289.392 11.369.120 3.157.499 14.526.619 85.147 14.611.766 23,0 14.658.681 27,8

17.978.610 4.855.057 2.571.638 25.405.305 837.404 26.242.709 135.912 26.378.621 41,4 19.789.314 37,6

2.150.050 1.683.336 833.750 4.667.136 559.869 5.227.005 23.604 5.250.609 8,3 4.193.564 8,0

5.026.862 5.088.634 2.023.683 12.139.179 375.999 12.515.178 81.576 12.596.754 19,8 9.619.120 18,3

BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO D 803.505 254.082 342.187 1.399.774 16.394 1.416.168 6.167 1.422.335 2,2 1.604.088 3,0

E

F 359.566 66.950 45.972 472.488 444 472.932 172 473.104 0,7 328.851 0,6

G 314.243 93.408 73.166 480.817 – 480.817 171 480.988 0,8 490.453 0,9

H 236.535 45.336 155.397 437.268 156 437.424 92 437.516 0,7 287.381 0,6

1.630.847 208.482 67.235 1.906.564 69.347 1.975.911 14.862 1.990.773 3,1 1.709.303 3,2

Total em 2005 35.578.996 16.296.235 6.402.420 58.277.651 5.017.112 63.294.763 347.703 63.642.466 100,0

%

Total em 2004 55,9 25,6 10,1 91,6 7,9 99,5 0,5 100,0

%

27.316.285 14.064.012 6.082.355 47.462.652 4.796.176 52.258.828 421.927

51,9 26,7 11,5 90,1 9,1 99,2 0,8

52.680.755 100,0

100,0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

18 -.POLÍTICA

terça-feira, 7 de março de 2006

EM DIA DE HOMENAGENS, PRESIDENCIÁVEIS EVITAM CHOQUE. NOME DO CANDIDATO SAI ATÉ SÁBADO.

A

cúpula do PSDB se reuniu ontem para lembrar os cinco anos da morte de Mário Covas. E o prestígio do ex-governador de São Paulo acabou disputado pelos dois pré-candidatos do partido, no mais recente capítulo da novela tucana sobre a escolha do nome que concorrerá à presidência. Como nos episódios anteriores, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra estão no páreo. O time tucano ficou completo no início da noite, durante evento na Sala São Paulo de concertos – só o presidente Tasso Jereissati faltou. Aninharam-se Alckmin, Serra, o expresidente Fernando Henrique Cardoso e o governador Marconi Perillo (GO). Um antigo vídeo exibiu Covas (foto) elogiando o então vice-governador Alckmin e chamando-o de "companheirão". Tornar Covas um "cab o e l e i t oral" de Alckmin, aliás, foi a tônica do dia. Sentada entre os tucanos, a viúva Lila Covas já afirmara pela manhã que, se fosse vivo, Covas votaria em Alckmin – que usou o prestígio do "cabo eleitoral" durante o dia. Em campanha – Pela manhã, Alckmin foi a Santos, no litoral do Estado, cidade natal de Covas. Lá, compareceu à missa em homenagem ao antecessor, visitou seu túmulo, inaugurou hospital com o nome dele e defendeu ser um dos herdeiro políticos naturais de Covas. Afirmou ainda que "Covas é um exemplo que o Brasil precisa hoje, quando há tanto desencanto e decepção". Lila Covas completou o discurso, defendendo abertamente o nome de Alckmin na corrida tucana ao Planalto. Ela justificou o apoio afirmando que Alckmin é "sangue novo" na política brasileira. "Defendo com todas as minhas forças que ele seja o novo presidente da República", disse. Afagos à parte, o governador voltou a cobrar da cúpula do PSDB a definição do nome do candidato à presidência. "O sentimento de todo o partido é que chegou a hora de decisões", disse. Em resposta a Alckmin, o senador Tasso Jereissati se apressou em dizer que a definição do candidato sai, no máximo, até sábado. Apesar da cobrança, Alckmin garantiu que respeitará a decisão partidária e que se empenhará integralmente à campanha de Serra – caso ele seja realmente escolhido pela legenda. Foi um alívio para os serristas, que temiam um descaso do governador na eventual campanha de Serra. E va n gé l ic o s – O prefeito chegou com 40 minutos de atraso à homenagem na Sala São Paulo. E, embora o vídeo de Mário Covas prestigiasse seu opositor, Serra foi muito aplaudido pelo tucanos presentes. Um apoio eleitoral relevante, porém, já havia sido conquistado mais cedo. Durante visita a um templo da igreja evangélica Assembléia de Deus, na zona leste da capital, Serra ouviu uma boa nova: diante de três mil fiéis, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, autoridade máxima da igreja no País, recomendou o voto em Serra – caso sua candidatura realmente se confirme. O apoio poderia trazer um número de votos nada desprezível para Serra, já que a Assembléia conta com 12 milhões de fiéis em todo o Brasil – 1 milhão só na capital. (Agências)

Carlos Roberto/AE

COVAS, FIEL DA BALANÇA TUCANA. ALCKMIN E SERRA DISPUTAM PALMO A PALMO O LEGADO DO EX-GOVERNADOR, MORTO HÁ CINCO ANOS, NA RETA FINAL DA CORRIDA DO PSDB AO PLANALTO. Garotinho, em Minas, por votos.

Jorge Araújo/Folha Imagem

Garotinho bate o pé por candidatura própria

N

Atrasado, Serra cumprimenta de pé o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a viúva Lila Covas e Alckmin, na Sala São Paulo. Márcio Fernandes/Agência Estado

Fernando Donasci/Folha Imagem

Durante o dia, o governador foi à missa em Santos com a mulher, Lu Alckmin, enquanto Serra inaugurou telecentro na zona leste da capital.

GOVERNO QUER ORÇAMENTO QUE GARANTA "LULA DE NOVO" Para isso, adota estratégia camicase: autorizar o Executivo a gastar a cada mês, um duodécimo dos valores previstos.

O

governo decidiu adotar uma estratégia camicase para arrancar do Congresso Nacional a aprovação da lei que fixa o Orçamento de 2006. O Palácio do Planalto analisa uma minuta de projeto de lei que autoriza o Executivo a gastar, com investimentos, a cada mês, um duodécimo dos valores previstos no Orçamento. Se a proposta for aprovada, o Executivo terá condições de operar durante todo este ano sem que a lei orçamentária tenha sido aprovada. A ausência de uma lei orçamentária só não paralisou a máquina porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006 previu que, enquanto o Orçamento não fosse aprovado, algumas despesas continuariam sendo executadas à

PARA MARTA, PSDB "FINGE QUE FUNCIONA".

A

ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, pré-candidata do PT ao governo do Estado, afirmou ontem que o governo do PSDB no Estado "finge que funciona" e que a população está "saturada" dos 12 anos que os tucanos estão no Palácio dos Bandeirantes.

Beto Barata/AE

A iniciativa de militantes do Paraná chamou a atenção pelo detalhe: o vermelho saiu de cena para dar lugar ao preto com letras amarelas.

razão de um duodécimo por mês. É o caso do pagamento de pessoal e aposentadorias e despesas de programas como merenda escolar e tratamento da Aids, entre outros. Na prática, o atraso na vota-

ção do Orçamento só está criando dificuldades para o Executivo em um campo: o dos investimentos, que somam R$ 45,4 bilhões na proposta que está no Congresso. Por isso, o governo quer também incluí-

Marta usou como exemplo o episódio no qual seu sucessor, o tucano José Serra, não conseguiu ter sua pressão arterial medida numa inauguração de uma unidade de saúde. "Em todas as tentativas, o aparelho estava quebrado e o Serra optou por falar finge que funciona; é isso que é o governo do PSDB", afirmou a ex-prefeita, que visitou Ribeirão Preto (SP) para reuniões com filiados. A ex-prefeita explicou que

a linha do partido na campanha ao governo será a de comparar as três gestões do PSDB e o um ano e meio de Serra na Prefeitura de São Paulo, com os quatro anos do PT na capital paulista e os governos de outros prefeitos do partido no Estado. Marta disse não ver problemas em utilizar na comparação também as gestões de Antonio Palocci e de Gilberto Maggioni na prefeitura de Ribeirão Preto e as denúncias que recaem sobre elas. "Vamos mostrar

los na regra dos duodécimos. Eliminada a dificuldade nos investimentos, a aprovação ou não do Orçamento não impediria o governo de funcionar. Estatais – Esse valor contempla os investimentos previstos na parte do Orçamento que está diretamente sob supervisão dos ministérios também chamado de Fiscal e da Seguridade Social, e os recursos das empresas estatais. Já antes do carnaval, o governo examinava a possibilidade de editar uma MP para destravar os investimentos das empresas estatais. Agora, essa decisão poderá abranger também os investimentos previstos no Orçamento da União, que envolvem principalmente obras em infra-estrutura, como estradas e portos. (AE) os avanços que foram essas gestões e os avanços que elas trouxeram para a população de Ribeirão Preto e compará-las com a atual gestão do PSDB", disse a pré-candidata petista ao governo de São Paulo. Por fim, a ex-prefeita disse ainda que parte da população já está saturada também com as denúncias de corrupção contra o governo federal, classificou muitas delas como "factóides" e "contraproducentes". (AE)

em a ala governista nem a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter a verticalização vão barrar a candidatura própria do PMDB à presidência este ano. Esta é a opinião do exgovernador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato da legenda ao Planalto. Em campanha em Belo Horizonte ontem, ele criticou os obstáculos à candidatura própria do partido. Sobre a verticalização, Garotinho tem a mesma opinião de outros líderes: ela será revertida. "Eu acho que isso não é bom para a democracia brasileira", afirmou. Na sexta, o TSE decidiu manter a obrigação de os partidos repetirem nos estados as alianças da eleição presidencial. Mas uma emenda constitucional que acaba com a verticalização já foi aprovada pelo Congresso. Segundo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso, ela será promulgada amanhã. Sobre a oposição dentro do próprio PMDB, Garotinho minimizou a força da ala governista do partido, que defende aliança com o PT . Para ele, a "grande maioria" do partido defende a candidatura própria. As prévias ocorrem dia 19. Além de Garotinho, concorre à vaga o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. (Agências)

Namorando o PMDB, Freire ataca Lula.

A

eleição se aproxima e, como era esperado, a temperatura das declarações políticas sobe. Isso ficou claro ontem, na entrevista do pré-candidato à presidência Roberto Freire (PPS-PE). "O governo Lula é uma fraude. É um engodo", disse, em visita a Teresina, no Piauí. Freire estava na cidade para o lançamento do livro Corrupção – Origens e Uma Visão de Combate, do promotor Ruszel Lima Verde, e aproveitou o assunto para atacar Lula. "Se o presidente diz que não sabe de nada, então, ele é um bestalhão. Ou então, ele é ladrão, mas é bonzinho", disse. Além de criticar o c o m p o r t amente ético do governo, Freire (f ot o ) acusou Lula de imobilismo: "O governo assumiu com a idéia da mudança e não mudou nada." Ele pregou que sua candidatura é uma alternativa à administração petista e confirmou que está mesmo de olho em um acordo com o PMDB: "O partido tem uma história e, se quiser ser digno dela, tem de aliarse à alternativa das esquerdas", afirmou. "Nós buscamos alianças para a formulação de um projeto alternativo. Não somos candidato para dar continuidade ao que está aí, iniciado pelos tucanos e mantido por Lula", afirmou, alfinetando também o governo do expresidente Fernando Henrique Cardoso. (Agências)


6

U

Te l e f o n i a Lançamento Convergência Automação

ma pesquisa realizada e divulgada pela Symantec –uma das principais empresas fabricante de antivírus e programas para bloquear ameaças de invasão a computadores– na cidade de São Paulo, com 250 usuários, revelou um dado que pode ser considerado surpreendente: mais de 80% desconhece a real ameaça que o método conhecido como phishing representa aos usuários de internet. Além dele, também os spyware, spam, adware e worms foram pouco lembrados, o que não deixa de ser igualmente alarmante. Já os vírus são conhecidos por 92% dos entrevistados e considerados a principal ameaça. Apesar da imprensa especializada divulgar de maneira maciça esses tipos de ameaças, fica a sensação de que os usuários finais ainda não se deram conta dos perigos que correm e isso, sem dúvida nenhuma, é uma excelente notícia para os golpistas virtuais e hackers de plantão, que estão sempre à espreita para causar algum tipo de dano ao patrimônio de alguém. Talvez os termos utilizados para identificar os diversos tipos de ameaças estejam intimamente ligados à percepção dos usuários, o que pode explicar esse descaso frente aos perigos que correm. Essa teoria é minha e não tem nada a ver com a pesquisa, mas tem lógica. O vírus, por exemplo, além de ser muito mais antigo do que os outros golpes, sempre foi e é muito mais comentado entre os usuários a ponto de, em conversas com amigos, não ser raro alguém comentar que "na semana passada peguei um vírus no computador e perdi alguns arquivos", ou mesmo ser utilizado como desculpa do tipo "não deu para eu entregar aquele trabalho porque peguei um vírus e perdi quase tudo no computador". Já com o phishing a coisa muda completamente de figura. Além dele não atrapalhar nem apagar coisa alguma da máquina nem prejudicar de maneira direta seu desempenho, contar que foi vítima de phishing é no mínimo constrangedor.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

CONTAR QUE FOI VÍTIMA DE PHISHING É CONSTRANGEDOR

Mais de 80% dos usuários desconhecem o phishing

se acha esperto suficiente para não cair em um golpe desses, mas quando menos se espera, já está na rede. Isso porque os hackers contam com o stress, correria e inocência das vítimas para conseguirem o que desejam.

Vírus é considerado a principal ameaça e os outros tipos de golpes são praticamente ignorados Por Guido Orlando Júnior O que é e o que faz o phishing Se o termo phishing for traduzido para a língua portuguesa de maneira correta, ele quer dizer "pescaria". E é justamente isso que os hackers fazem quando lançam milhares ou milhões de emails com mensagens indicando que o usuário supostamente está com algum problema no banco, Serasa ou Receita Federal, por exemplo, e pe-

Na verdade, o termo phishing, em uma tradução livre, nada mais é do que a versão eletrônica do conhecido e constrangedor "conto do vigário". Esse tipo de golpe ainda é aplicado e as versões são mais do que conhecidas: trocar um bilhete premiado por dinheiro, vender um terreno a preço de banana, mas que na realidade não existe, o golpe da carteira encontrada no

de informações pessoais e senhas para que não sofra algum tipo de represália pela instituição "emissora" do aviso. O hacker lança milhares de iscas e espera que alguns usuários as mordam, o que invariavelmente acontece. Os que forneceram os dados solicitados e as senhas caíram na rede e para começarem a ter seu patrimônio lesado é apenas uma questão de tempo.

chão no meio da rua e tantos outros. Obviamente, se alguém cai em um deles não vai contar para ninguém e vai guardar esse segredo pelo resto da vida. Com o phishing é a mesma coisa. Quem cai em um golpe virtual desses, não vai contar em uma roda de amigos com os exemplos que dei sobre os vírus. É constrangedor demais para sair falando por aí. Além disso, todo mundo

Como evitar os golpes Identificar golpes desse tipo não é difícil e basta bom senso e ficar atento à mensagem recebida. Veja algumas dicas que podem ser úteis: 1 - Desconfie sempre de e-mails provenientes de fontes que você desconhece ou, se conhece de nome, não mantém relacionamento. 2 - Não acredite em promoções mirabolantes em que as vantagens são enormes. Ninguém e nenhuma empresa vão oferecer algo que só você vai ganhar. 3-O Serasa, bancos ou a Receita Federal não enviam comunicados via e-mail solicitando atualização de cadastro ou pedem para ninguém acessar conta nenhuma. Mesmo que você esteja com seu nome no Serasa ou na malha fina da Receita, ignore completamente esse tipo de e-mail. 4 - Ninguém que está espionando seu parceiro ou parceira, vai avisá-lo anonimamente que você está sendo traído e que tem as fotos de comprovação do fato. Não clique para ver as supostas fotos, pois elas não existem. Se você clicar, não verá foto nenhuma e irá instalar um programa em seu micro que vai mandar para algum hacker tudo o que você digitar dali para frente, principalmente as senhas. 5 - Ao receber e identificar um e-mail desse tipo apague imediatamente e limpe a pasta "itens excluídos" de seu programa de e-mail. Essas dicas podem reduzir bastante o risco das ameaças, mas o ideal é que o usuário tenha uma barreira de proteção no micro para dificultar essas ações dos hackers e golpistas virtuais. Essa barreira pode ser facilmente levantada com programas apropriados, que são fáceis de encontrar e custam cerca de R$ 100. É um valor muito baixo se comparado aos prejuízos e dores de cabeça que podem ser causados por uma invasão.

@

EPC 1 O Brasil conta agora com nove associados que utilizam o Código Eletrônico de Produto (EPC)

O micro deve ter uma barreira de proteção para dificultar ações de hackers e golpistas virtuais Guido Orlando Júnior

Ó RBITA

gojunior@videopress.com.br

EPC 2 Assim, o Brasil é o mais bem colocado dentre os latinoamericanos no uso da tecnologia EPC

BRASILEIROS NA CEBIT 2006 ma missão integrada por 15 empresas brasileiras de software embarca para a Alemanha para participar, de 9 a 15 de março, em Hannover, da CeBIT, a maior feira mundial de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). Integram a delegação, como expositores, Intellectual Capital, Quality Software, Aker Security Solutions, Digistar Telecomunicações, 3Corp Technology, Light Infocon, Zênite, Savenge e SPPS. Participam do evento como visitantes Sispro S.Aa, Directa Automação Ltda, Bry Tecnologia S.A, CNP Eng de Sistemas, Sebrae Paraíba e ACI-NH. O primeiro compromisso será a participação, no dia 8, do Seminário “How to do IT Business in the European Market”, que

U

Reuters

Funcionária prepara estande da Logitec na Cebit 2006

reunirá consultores especializados em questões consideradas estratégicas para companhias interessadas em disputar o mercado global, tais como marketing, aspectos jurídicos e de gestão. A organização da presença das empresas nacionais no evento é da Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software

MICROSOFT 1 MICROSOFT 2 Microsoft deve lançar nesta edição da a Cebit seu PC ultrapequeno, o Origami, do tamanho de um livro, que roda o Windows XP normal. Os chamados "PCs ultramóveis" tem como público-alvo inicial consumidores que conhecem tecnologia e querem um computador menor, que seja mais fácil de carregar nas férias, no metrô ou qualquer outro lugar em que um computador convencional pareça grande demais. (AE)

A

empresa criou um site (www.origami project.com), para criar curiosidade sobre o projeto. As primeiras versões devem ser apresentadas na próxima quinta-feira, e se tornar disponíveis ao consumidor logo depois. Segundo fonte próxima da Microsoft, os modelos serão produzidos por vários fabricantes de computadores, e devem ter preços entre US$ 500 e US$ 1 mil. Os novos computadores devem ser menos poderosos do que PCs comuns. (AE)

A

Brasileiro), através de seu agente no Rio Grande do Sul, a Softsul, e da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos), com o apoio da Hannover Fairs do Brasil. A versão 2006 da Cebit, a maior feira de tecnologia do mundo deverá reunir cerca de 6.300 expositores de mais de 70 países.

ITAUTEC Itautec é outra empresa brasileira que participará da Cebit e apresentará novidades de automação bancária, comercial e de auto-atendimento, setores em que seus negócios têm crescido, principalmente no exterior. Nessa ampliação de suas operações internacionais a empresa vai ao evento alemão pela quarta vez. Entre os destaques apresentará estão a ATM Thru The Wall e a ATM CX3 com dispensador de moedas.

A


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

c) Concentração das operações de crédito

2005 Maior devedor ............................................... Dez maiores devedores ............................... Vinte maiores devedores ............................. Cinqüenta maiores devedores ..................... Cem maiores devedores ..............................

BRADESCO CONSOLIDADO % 2004

921.735 5.762.250 8.668.385 13.904.433 18.187.234

1,1 7,1 10,7 17,1 22,4

%

897.464 5.592.753 8.239.280 13.055.322 16.683.057

2005 1,4 8,9 13,1 20,8 26,6

g) Recuperação e renegociação Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa líquida da recuperação de créditos baixados (“Write-off”).

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2004 %

921.735 5.749.114 8.573.518 13.712.340 17.898.461

1,4 9,0 13,5 21,5 28,1

892.893 5.457.087 8.103.267 12.701.586 16.268.747

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

1,7 10,4 15,4 24,1 30,9

Constituição ............................................................................................................................ Recuperações (1) .................................................................................................................... Despesa líquida de recuperações .........................................................................................

d) Setor de atividade econômica

2005 Setor Público ............................................... Federal ......................................................... Petroquímica ................................................ Produção e distribuição de energia elétrica Intermediários Financeiros ........................... Estadual ....................................................... Produção e distribuição de energia elétrica Municipal ...................................................... Administração direta .................................... Setor Privado ............................................... Indústria ....................................................... Alimentícia e bebidas .................................. Siderúrgica, metalúrgica e mecânica .......... Química ........................................................ Veículos leves e pesados ............................ Eletroeletrônica ............................................ Têxtil e confecções ...................................... Papel e celulose .......................................... Artigos de borracha e plásticos ................... Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................................................ Móveis e produtos de madeira ..................... Edição, impressão e reprodução ................. Autopeças e acessórios .............................. Artefatos de couro ........................................ Materiais não metálicos ............................... Refino de petróleo e produção de álcool ..... Demais indústrias ........................................ Comércio ...................................................... Produtos em lojas especializadas .............. Produtos alimentícios, bebidas e fumo ....... Artigos de uso pessoal e doméstico ........... Atacadista de mercadorias em geral ........... Vestuário e calçados .................................... Veículos automotores ................................... Resíduos e sucatas ..................................... Varejista não especializado ......................... Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ................................................ Combustíveis ............................................... Produtos agropecuários ............................... Intermediário do comércio ............................ Demais comércios ....................................... Intermediários Financeiros ......................... Serviços ....................................................... Transportes e armazenagens ....................... Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas .............................. Construção civil ........................................... Telecomunicações ....................................... Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ......................................................... Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social .................................... Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ...................................... Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial .............................. Alojamento e alimentação ........................... Demais serviços .......................................... Agricultura, Pecuária, Pesca, Silvicultura e Exploração Florestal ............................. Pessoa Física .............................................. Total ..............................................................

BRADESCO CONSOLIDADO % 2004

890.944 421.545 272.519 82.789 66.237 466.014 466.014 3.385 3.385 80.239.450 20.395.785 5.309.376 2.937.134 2.129.672 2.077.310 979.157 940.772 915.768 914.259

1,1 0,5 0,4 0,1 – 0,6 0,6 – – 98,9 25,1 6,5 3,6 2,6 2,6 1,2 1,2 1,1 1,1

536.975 317.919 151.028 166.891 – 218.256 218.256 800 800 62.250.962 18.549.438 4.475.473 2.988.418 1.726.968 2.111.803 1.052.928 788.839 801.871 741.712

834.392 649.510 525.202 509.507 399.003 398.589 308.967 567.167 12.077.594 3.285.581 1.469.437 884.709 854.953 807.949 799.782 837.332 744.886

1,0 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,7 14,9 4,1 1,8 1,1 1,1 1,0 1,0 1,0 0,9

606.536 589.511 517.376 442.580 236.962 259.567 13.192.722 3.542.009 2.001.984 1.721.691 1.503.751

%

2005 0,9 0,5 0,2 0,3

(1)

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2004 %

0,4 0,4 – – 99,1 29,5 7,1 4,8 2,8 3,4 1,7 1,3 1,3 1,2

754.295 284.974 202.185 82.789 – 466.014 466.014 3.307 3.307 62.888.171 19.514.413 5.154.356 2.778.050 1.976.174 2.046.171 957.392 910.524 873.171 849.055

1,1 0,4 0,3 0,1 – 0,7 0,7 – – 98,9 30,7 8,1 4,4 3,1 3,2 1,5 1,4 1,4 1,3

536.975 317.919 151.028 166.891 – 218.256 218.256 800 800 52.143.780 17.801.761 4.366.128 2.838.881 1.569.791 2.105.472 1.036.814 766.977 764.218 700.432

1,0 0,6 0,3 0,3 – 0,4 0,4 – – 99,0 33,9 8,3 5,4 3,0 4,0 2,0 1,5 1,5 1,3

406.770 596.220 556.739 367.630 335.970 310.724 567.356 720.017 9.825.515 2.767.229 1.134.350 742.318 816.558 463.055 676.300 550.521 842.339

0,6 0,9 0,9 0,6 0,5 0,5 0,9 1,0 15,6 4,4 1,8 1,2 1,3 0,7 1,1 0,9 1,3

800.692 606.809 483.371 496.298 381.438 362.635 295.625 542.652 11.120.953 3.024.749 1.342.861 830.719 800.248 775.285 738.283 719.527 671.769

1,3 1,0 0,8 0,8 0,6 0,6 0,4 0,8 17,5 4,7 2,1 1,3 1,3 1,2 1,2 1,1 1,1

390.261 565.645 519.097 356.355 325.663 286.018 515.807 694.202 9.226.632 2.595.558 1.047.435 705.874 770.057 447.440 640.025 516.639 789.718

0,7 1,1 1,0 0,7 0,6 0,5 1,0 1,3 17,5 4,9 2,0 1,3 1,5 0,8 1,2 1,0 1,5

0,8 0,7 0,6 0,5 0,3 0,3 16,3 4,4

480.976 436.748 396.583 367.064 151.474 344.072 11.232.339 2.845.931

0,8 0,7 0,6 0,6 0,2 0,5 17,9 4,5

544.993 533.386 511.244 414.108 213.781 195.895 11.445.596 2.857.243

0,9 0,8 0,8 0,7 0,3 0,3 18,0 4,5

442.536 398.167 375.001 348.695 149.487 282.896 9.953.226 2.366.542

0,8 0,8 0,7 0,7 0,3 0,5 18,9 4,5

2,5 2,1 1,9

1.789.709 1.356.533 1.486.957

2,9 2,2 2,4

1.677.790 1.517.057 1.480.250

2,6 2,4 2,3

1.566.311 1.221.084 1.470.289

3,0 2,3 2,8

1.196.202

1,5

935.995

1,5

1.190.868

1,9

931.403

1,7

932.950

1,1

717.870

1,1

787.320

1,2

635.198

1,2

509.485

0,6

412.571

0,7

465.971

0,7

406.481

0,8

378.154 327.796 1.078.700

0,5 0,4 1,3

331.831 241.793 1.113.149

0,5 0,4 1,7

360.677 296.673 811.747

0,6 0,5 1,3

283.812 218.853 853.253

0,5 0,4 1,7

1.092.775 33.221.007 81.130.394

1,4 40,9 100,0

1.109.025 21.190.573 62.787.937

1,8 33,8 100,0

1.059.858 19.551.456 63.642.466

1,7 30,7 100,0

1.077.185 13.802.080 52.680.755

2,0 26,2 100,0

Saldo inicial ............................................................................................................................ - Renegociação ....................................................................................................................... - Recebimentos ....................................................................................................................... - Baixas ................................................................................................................................... - Saldo da carteira de bancos incorporados ........................................................................... Saldo final ............................................................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ..................................................................... Percentual sobre a carteira .....................................................................................................

AA ................. A .................. B .................. C .................. Subtotal ............. D .................. E .................. F .................. G .................. H .................. Subtotal ............. Total em 2005 ......... % ................... Total em 2004 ......... % ...................

– – 139.604 289.867 429.471 216.288 192.946 160.696 158.504 1.120.075 1.848.509 2.277.980 2,8 1.709.943 2,7

Vincendas

Total - curso anormal

Curso normal

Total

%

– – 917.388 961.734 1.879.122 372.626 212.537 165.035 129.659 574.280 1.454.137 3.333.259 4,1 1.992.900 3,2

– – 1.056.992 1.251.601 2.308.593 588.914 405.483 325.731 288.163 1.694.355 3.302.646 5.611.239 6,9 3.702.843 5,9

15.076.434 39.226.453 5.758.109 13.277.607 73.338.603 989.125 152.366 235.425 201.352 602.284 2.180.552 75.519.155 93,1 59.085.094 94,1

15.076.434 39.226.453 6.815.101 14.529.208 75.647.196 1.578.039 557.849 561.156 489.515 2.296.639 5.483.198 81.130.394 100,0 62.787.937 100,0

% Acumulado em 2005

% Acumulado em 2004

18,6 66,9 75,3 93,2

23,9 67,2 75,0 92,3

95,2 95,9 96,6 97,2 100,0

95,0 95,6 96,5 97,0 100,0

18,6 48,3 8,4 17,9 93,2 2,0 0,7 0,7 0,6 2,8 6,8 100,0

Empréstimos e títulos descontados ....................................................................................... Financiamentos ....................................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................................................. Subtotal ................................................................................................................................... Recuperação de créditos baixados como prejuízo ................................................................ Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ............................... Subtotal ................................................................................................................................... Arrendamento mercantil, líquido de despesas ....................................................................... Total ......................................................................................................................................... 13)

AA ......... A .......... B .......... C .......... Subtotal ..... D .......... E .......... F .......... G .......... H .......... Subtotal ..... Total em 2005 . % ........... Total em 2004 . % ...........

0,0 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

Vincendas

Total específica

Genérica

Total

Excedente

Existente

– – 1.396 8.696 10.092 21.629 57.884 80.348 110.953 1.120.075 1.390.889 1.400.981 28,3 1.151.278 27,8

– – 9.174 28.852 38.026 37.263 63.761 82.517 90.761 574.280 848.582 886.608 17,9 634.196 15,3

– – 10.570 37.548 48.118 58.892 121.645 162.865 201.714 1.694.355 2.239.471 2.287.589 46,2 1.785.474 43,1

– 196.101 57.578 398.327 652.006 98.912 45.710 117.712 140.946 602.284 1.005.564 1.657.570 33,4 1.434.610 34,6

– 196.101 68.148 435.875 700.124 157.804 167.355 280.577 342.660 2.296.639 3.245.035 3.945.159 79,6 3.220.084 77,7

– 706 21.129 428.292 450.127 249.293 105.127 95.938 113.005 – 563.363 1.013.490 20,4 925.473 22,3

– 196.807 89.277 864.167 1.150.251 407.097 272.482 376.515 455.665 2.296.639 3.808.398 4.958.649 100,0 4.145.557 100,0

% Em 2005 (1)

% Em 2004 (1)

– 0,5 1,3 6,0 1,5 25,8 48,8 67,1 93,1 100,0 69,5 6,1

– 0,5 1,3 6,9 1,6 26,8 45,2 64,3 90,5 100,0 65,7

Ativo - Outros créditos Câmbio comprado a liquidar ................................................................................................... Cambiais e documentos a prazo em moedas estrangeiras ................................................... Direitos sobre vendas de câmbio ........................................................................................... (-) Adiantamentos em moeda nacional recebidos .................................................................. Rendas a receber de adiantamentos concedidos .................................................................. Total ......................................................................................................................................... Passivo - Outras obrigações Câmbio vendido a liquidar ...................................................................................................... Obrigações por compras de câmbio ....................................................................................... (-) Adiantamentos sobre contratos de câmbio ........................................................................ Outras ...................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................... Carteira de câmbio líquida ..................................................................................................... Contas de compensação Créditos abertos para importação ...........................................................................................

AA ................. A .................. B .................. C .................. Subtotal ............. D .................. E .................. F .................. G .................. H .................. Subtotal ............. Total em 2005 ......... % ................... Total em 2004 ......... % ...................

– – 77.500 197.802 275.302 187.477 167.431 137.196 136.396 960.740 1.589.240 1.864.542 2,9 1.485.735 2,9

Total - curso anormal

Curso normal

Total

%

– – 182.373 400.842 583.215 283.087 156.879 127.369 101.764 463.645 1.132.744 1.715.959 2,7 1.233.367 2,3

– – 259.873 598.644 858.517 470.564 324.310 264.565 238.160 1.424.385 2.721.984 3.580.501 5,6 2.719.102 5,2

14.611.766 26.378.621 4.990.736 11.998.110 57.979.233 951.771 148.794 216.423 199.356 566.388 2.082.732 60.061.965 94,4 49.961.653 94,8

14.611.766 26.378.621 5.250.609 12.596.754 58.837.750 1.422.335 473.104 480.988 437.516 1.990.773 4.804.716 63.642.466 100,0 52.680.755 100,0

% Acumulado em 2004

23,0 64,4 72,7 92,5

27,8 65,4 73,5 91,7

94,7 95,4 96,2 96,9 100,0

94,7 95,3 96,2 96,8 100,0

23,0 41,4 8,3 19,8 92,5 2,2 0,7 0,8 0,7 3,1 7,5 100,0

(1) (2) (3) (4)

f)

Vencidas

Específica Vincendas

14)

Genérica

Total

Excedente

Existente

AA ......... 0,0 – – – A .......... 0,5 – – – B .......... 1,0 775 1.824 2.599 C .......... 3,0 5.934 12.025 17.959 Subtotal ..... 6.709 13.849 20.558 D .......... 10,0 18.748 28.309 47.057 E .......... 30,0 50.229 47.064 97.293 F .......... 50,0 68.598 63.685 132.283 G .......... 70,0 95.477 71.234 166.711 H .......... 100,0 960.740 463.645 1.424.385 Subtotal ..... 1.193.792 673.937 1.867.729 Total em 2005 .. 1.200.501 687.786 1.888.287 % ........... 27,7 15,9 43,6 Total em 2004 .. 1.024.319 507.602 1.531.921 % ........... 27,2 13,5 40,7 (1) Relação entre provisão existente e a carteira, por nível de risco.

– 131.893 49.908 359.943 541.744 95.177 44.638 108.212 139.549 566.388 953.964 1.495.708 34,5 1.312.295 34,8

– 131.893 52.507 377.902 562.302 142.234 141.931 240.495 306.260 1.990.773 2.821.693 3.383.995 78,1 2.844.216 75,5

– 410 20.974 427.964 449.348 226.858 89.304 84.021 98.352 – 498.535 947.883 21,9 925.150 24,5

– 132.303 73.481 805.866 1.011.650 369.092 231.235 324.516 404.612 1.990.773 3.320.228 4.331.878 100,0 3.769.366 100,0

% Em 2005 (1)

% Em 2004 (1)

– 0,5 1,4 6,4 1,7 25,9 48,9 67,5 92,5 100,0 69,1 6,8

– 0,5 1,4 7,4 1,8 27,8 47,1 65,8 93,0 100,0 65,6

Imóveis ......................................................... Bens em regime especial ............................ Veículos e afins ............................................ Estoques/almoxarifado ................................ Máquinas e equipamentos ........................... Outros ........................................................... Total em 2005 ............................................... Total em 2004 ...............................................

Saldo inicial ............................................................................................................................ - Provisão específica (1) ......................................................................................................... - Provisão genérica (2) ............................................................................................................ - Provisão excedente (3) ......................................................................................................... Constituição ............................................................................................................................ Baixas ..................................................................................................................................... Saldo oriundo de Instituições Adquiridas (4) ......................................................................... Saldo oriundo da incorporação (5) ......................................................................................... Saldo final ............................................................................................................................... - Provisão específica (1) ......................................................................................................... - Provisão genérica (2) ............................................................................................................ - Provisão excedente (3) ......................................................................................................... (1) Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 12e); (4) Representado pelo Banco BEM S.A. e Banco Zogbi S.A.; e (5) Saldo oriundo da incorporação do Banco BCN no primeiro trimestre de 2004.

1.360.794 5.849.124 (5.017.112) 14.146 2.206.952 4.730.192

1.724.231 6.059.289 (4.796.176) 24.077 3.011.421 4.325.385

1.360.320 5.849.124 (5.017.112) 14.146 2.206.478 4.730.666

1.724.231 6.059.289 (4.796.176) 24.077 3.011.421 4.325.385

137.369

130.135

137.369

130.135

617.678

691.302

617.559

686.495

83.952 22.018 108.273 (4.546) (575.155) (8.373) (373.831) 243.847

74.308 13.710 49.213 (9.594) (541.410) (55.680) (469.453) 221.849

83.952 22.018 108.273 (4.546) (578.574) (8.373) (377.250) 240.309

73.747 13.693 48.910 (9.594) (538.663) (54.656) (466.563) 219.932

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

5.210.628 2.847.097 2.324.566 865.604 506.414 423.907 362.030 310.255 91.186 12.941.687

6.092.356 1.747.472 2.179.856 959.580 363.395 565.790 630.762 300.565 97.632 12.937.408

3.157.919 2.847.097 1.163.802 488.592 114.297 172.580 67.091 204.280 24.708 8.240.366

3.686.339 1.747.472 1.087.536 406.368 123.135 304.759 336.601 262.550 23.768 7.978.528

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Provisão para perdas 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO Valor residual Custo Provisão para perdas 2005 2004

Custo

173.798 81.865 76.670 20.518 8.054 6.783 367.688 477.274

73.634 77.965 24.886 8.041 1.360 41 185.927 211.243

(69.361) (81.865) (24.040) – (5.659) (16) (180.941) (230.334)

104.437 – 52.630 20.518 2.395 6.767 186.747

145.349 – 75.758 17.719 2.997 5.117 246.940

(15.981) (77.965) (12.627) – (390) (1) (106.964) (120.296)

57.653 – 12.259 8.041 970 40 78.963

72.686 – 9.117 8.628 498 18 90.947

b) Despesas antecipadas Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004 Comissão na colocação de financiamento ............................................................................ Despesas de comercialização de seguros ............................................................................ Contrato de exclusividade na prestação de serviços bancários ........................................... Despesas de seguros sobre captações no exterior ............................................................... Despesas de propaganda e publicidade ................................................................................ Outros ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................

622.274 277.760 247.243 96.298 38.455 95.171 1.377.201

323.531 253.532 224.064 118.380 14.016 103.957 1.037.480

51.075 – 247.244 96.298 38.455 65.897 498.969

– – 224.064 118.380 14.016 79.263 435.723

INVESTIMENTOS a) Movimentação dos investimentos em agências e controladas diretas e indiretas no exterior, eliminados integralmente no processo de consolidação das demonstrações financeiras

Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch ................................................................. Banco Bradesco S.A. New York Branch ........................................................................... Banco Bradesco Luxembourg S.A. .................................................................................. Bradport SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda. ................................................................ Cidade Capital Markets Limited ....................................................................................... Bradesco Securities, Inc. ................................................................................................. Banco Bradesco Argentina S.A. ...................................................................................... Banco Boavista S.A. (Boavista Banking Limited e agências: Nassau e Grand Cayman Branch) (2)(3) .................................................................................................................. Bradesco Argentina de Seguros S.A. .............................................................................. Bradesco International Health Service, Inc. .................................................................... Banco BCN Grand Cayman Branch (4) ............................................................................ Banco Mercantil de São Paulo Grand Cayman Branch (4) .............................................. Total .................................................................................................................................. (1)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 4.145.557 4.059.300 3.769.366 3.146.608 1.785.474 1.816.523 1.531.921 1.416.740 1.434.610 1.383.691 1.312.295 1.045.140 925.473 859.086 925.150 684.728 2.507.206 2.041.649 2.042.673 1.797.474 (1.694.114) (2.032.348) (1.480.161) (1.735.075) – 76.956 – – – – – 560.359 4.958.649 4.145.557 4.331.878 3.769.366 2.287.589 1.785.474 1.888.287 1.531.921 1.657.570 1.434.610 1.495.708 1.312.295 1.013.490 925.473 947.883 925.150

5.726.545 10.416 1.733.321 (177.796) 44.320 7.336.806

a) Bens não de uso próprio/Outros

7,2

Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

5.917.638 25.504 1.355.144 (417.904) 56.762 6.937.144

OUTROSVALORES E BENS

Investimentos em agências e controladas no exterior

Total específica

5.726.545 10.416 1.733.321 (177.796) 44.320 7.336.806

Classificadas na rubrica “Receitas de operações de crédito”; Demonstradas na rubrica “Resultado de operações com títulos e valores mobiliários”; Apresentadas na rubrica “Despesas de captações no mercado”; e Relativas aos recursos de financiamentos de adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamentos à importação, registradas na rubrica “Despesas de operações de empréstimos e repasses”.

Créditos tributários (Nota 36c) ................................................................................................. Operações com cartão de crédito ........................................................................................... Devedores por depósitos em garantia .................................................................................... Tributos antecipados ............................................................................................................... Títulos e créditos a receber ..................................................................................................... Pagamentos a ressarcir .......................................................................................................... Devedores diversos ................................................................................................................ Devedores por compra de valores e bens .............................................................................. Outros ...................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................

Mínima requerida Nível de risco

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

BRADESCO MÚLTIPLO Provisão % Mínimo de provisionamento requerido

7.210.666 2.126.429 646.659 9.983.754 503.883 – 10.487.637 – 10.487.637

b) Diversos

15)

Em 31 de dezembro - R$ mil

9.716.703 2.718.764 563.298 12.998.765 507.525 – 13.506.290 – 13.506.290

5.917.638 25.504 1.355.144 (417.904) 56.762 6.937.144

Resultado de operações de câmbio ...................................................................................... Ajustes: - Rendas de financiamentos de moedas estrangeiras (1) ...................................................... - Rendas de financiamentos à exportação (1) ........................................................................ - Rendas de aplicações no exterior (2) ................................................................................... - Despesas de títulos e valores mobiliários no exterior (3) .................................................... Despesas de obrigações com banqueiros no exterior (4) (Nota 19c) ..................................... - Outros .................................................................................................................................... Total dos ajustes ..................................................................................................................... Resultado ajustado de operações de câmbio ........................................................................

6,6

% Acumulado em 2005

7.453.451 4.286.039 649.659 12.389.149 611.792 (269.506) 12.731.435 283.358 13.014.793

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

Curso anormal Vincendas

1.717.181 1.437.149 (1.109.507) (655.126) 299.994 1.689.691 1.051.691 62,2%

Composição do resultado de operações de câmbio ajustado, para melhor apresentação do resultado efetivo

Em 31 de dezembro - R$ mil

Vencidas

1.689.691 1.745.665 (1.015.215) (420.011) – 2.000.130 1.244.488 62,2%

Resultado de câmbio

BRADESCO MÚLTIPLO Saldo da carteira Nível de risco

9.914.845 5.998.765 563.298 16.476.908 681.956 (454.546) 16.704.318 435.694 17.140.012

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

Mínima requerida Específica

2.119.704 1.449.658 (1.204.878) (649.895) – 1.714.589 1.063.930 62,1%

OUTROS CRÉDITOS

100,0

Vencidas

1.714.589 1.745.665 (1.033.643) (406.270) – 2.020.341 1.255.248 62,1%

a) Carteira de câmbio Saldos patrimoniais

Em 31 de dezembro - R$ mil

Nível de risco

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO Provisão % Mínimo de provisionamento requerido

1.797.474 (503.883) 1.293.591

h) Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil

BRADESCO CONSOLIDADO Saldo da carteira Curso anormal

2.042.672 (507.525) 1.535.147

Classificadas em receitas de operações de crédito (Nota 12h).

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

Em 31 de dezembro - R$ mil

Vencidas

2.041.649 (611.792) 1.429.857

Movimentação da carteira de renegociação

e) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Nível de risco

2.507.206 (681.956) 1.825.250

(2) (3) (4)

Saldo em 31.12.2004

Movimentação no exercício (1)

R$ mil Saldo em 31.12.2005

2.166.518 379.650 347.805 374.110 82.463 59.349 44.350

3.676.301 (31.189) (29.029) (79.255) (7.202) (6.602) (5.404)

5.842.819 348.461 318.776 294.855 75.261 52.747 38.946

235.904 11.335 270 378.061 464.902 4.544.717

(216.131) 3.356 (39) (378.061) (464.902) 2.461.843

19.773 14.691 231 – – 7.006.560

Representada pela variação cambial negativa no montante de R$ 688.689 mil, equivalência patrimonial no montante de R$ 630.320 mil, ajuste ao valor de mercado de títulos disponíveis para venda no montante de R$ 49.995 mil e aumento de capital em março e novembro de 2005 no Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch, no montante de R$ 1.350.534 mil e R$ 1.119.683 mil, respectivamente; O Boavista Banking Limited encerrou as atividades em 15 de março de 2005, sendo suas operações transferidas para o Banco Boavista Interatlântico S.A. - Grand Cayman Branch; O Banco Boavista Interatlântico S.A. - Grand Cayman Branch encerrou suas atividades em setembro de 2005, sendo suas operações transferidas para o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; e A agência encerrou as atividades em fevereiro de 2005, sendo suas operações transferidas para o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch.

b) Composição dos investimentos nas demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro - R$ mil COLIGADAS • IRB - Brasil Resseguros S.A. ............................................................................................................................... • CP Cimento e Participações S.A. ........................................................................................................................ • American BankNote Ltda. .................................................................................................................................... • NovaMarlim Participações S.A. ........................................................................................................................... • Marlim Participações S.A. ................................................................................................................................... • BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento ................................................................................ • Outros ................................................................................................................................................................... Total em coligadas ................................................................................................................................................. - Incentivos fiscais ................................................................................................................................................. - Banco Espírito Santo S.A. ................................................................................................................................... - Outros investimentos ........................................................................................................................................... - Provisão para: Incentivos fiscais ................................................................................................................................................... Outros investimentos ............................................................................................................................................. Total geral dos investimentos consolidados .........................................................................................................

2005

2004 345.387 38.158 20.424 14.550 19.235 – 1.065 438.819 325.160 282.703 287.973

337.591 62.065 31.062 24.806 21.676 16.618 2.236 496.054 366.035 – 605.276

(283.809) (65.876) 984.970

(300.234) (65.957) 1.101.174 CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 5

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Mensagem aos Acionistas

CONTINUAÇÃO

Senhores Acionistas, 2005 foi para o Bradesco mais um ano fértil em avanços e conquistas. Contabilizou o maior lucro líquido de sua história, o seu valor de mercado se projetou como o maior entre os bancos privados na América Latina, e suas ações, bonificadas em 100%, se tornaram ainda mais atrativas, pela sua melhor liquidez em Bolsas de Valores. Esses recordes, somados à posição de liderança ocupada pela Organização Bradesco, refletem e consagram a sua estratégia de permanente expansão, sempre orientada para a democratização do atendimento e do crédito, para a evolução técnica, a segmentação do mercado e a busca incessante da identificação de novas oportunidades de negócios. Ao longo dos seus 62 anos de existência, o Bradesco tem-se caracterizado pela clareza de objetivos, como a manutenção de vasta Rede de Atendimento e a grande diversificação de produtos e serviços, aliadas à harmônica coexistência de duas vertentes: de um lado, a preservação da cultura e dos valores cristalizados em sua trajetória e, de outro, um esforço sem trégua de renovação e mudança, de modo a manter o crescimento e responder com segurança às exigências da atualidade. O bom desempenho do ano 2005 está sintetizado nos resultados obtidos: o lucro líquido alcançou o expressivo patamar de R$ 5,514 bilhões, sendo destacados aos acionistas juros sobre o capital próprio no montante de R$ 1,537 bilhão e dividendos de R$ 344 milhões, correspondendo a 35,91% do resultado ajustado. Nesses resultados da Organização, foi significativa a influência do desempenho do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. Os ativos totais alcançaram R$ 208,683 bilhões, com acréscimo de 12,85% sobre o ano anterior, e o Patrimônio Líquido somou R$ 19,409 bilhões. No conjunto, os novos passos robustecem a capacidade de atendimento das crescentes demandas dos clientes e, também, das legítimas expectativas dos investidores, testemunhando o importante papel da Organização como ativo agente do desenvolvimento econômico brasileiro. A firme valorização das Ações Bradesco em Bolsa de Valores resultou em crescimento de 126,57% no valor de mercado do Banco, na comparação dos dois últimos exercícios, elevando-o para R$ 64,744 bilhões em 31.12.2005. A dispersão de 2/3 das suas ações entre acionistas não-controladores é uma saudável medida da democratização do capital social e fator de peso na negociabilidade dos papéis. O ingresso no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE) vem reafirmar o compromisso da Organização em termos da responsabilidade social e sustentabilidade empresarial, além de evidenciar o alto grau de liquidez das ações na Bolsa.

A Rede de Atendimento Bradesco, atuante em todo o território brasileiro, desempenha papel vital na estratégia da Organização, tendo como elo de unidade o padrão tecnológico superior e a busca da excelência no relacionamento com o cliente. As 2.920 Agências Bradesco, somadas às 5.461 Agências do Banco Postal, 85 delas inauguradas em 2005, consolidam os objetivos de inclusão bancária, viabilizando cada vez mais o acesso a produtos e serviços financeiros de vasto número de pessoas e empresas, mesmo nas localidades mais remotas. Determinado a estimular os diferentes segmentos da atividade econômica, o Bradesco elevou a sua participação nos empréstimos ao varejo, com ênfase ao crédito consignado em folha de pagamento, no crédito direto ao consumidor - CDC, e nas operações para micro, pequenas e médias empresas, negócios em que, pelo terceiro ano consecutivo, manteve a liderança na liberação de repasses do BNDES. Além disso, imprimiu maior dinamismo ao crédito destinado principalmente à produção e ao comércio, o que repercutiu favoravelmente na geração de emprego e renda. Em mais um passo em direção ao financiamento do consumo, adquiriu, por meio de sua controlada Finasa Promotora de Vendas, a Rede de Financiamento ao Consumidor do Banco Morada, compreendendo Empréstimo Pessoal e Crédito Direto ao Consumidor. A sólida reputação de segurança, confiabilidade e dinamismo da Organização Bradesco pode ser traduzida na objetiva linguagem dos números: R$ 309,048 bilhões em emissão de papéis e de recursos captados e administrados, US$ 2,945 bilhões em emissão de papéis no Exterior, aí incluso o primeiro Bônus Perpétuo brasileiro, 16,485 milhões de contas correntes, 16,393 milhões de poupadores e 47,572 milhões de cartões de crédito e de débito e 17,193 milhões de segurados, clientes e participantes, para destacar alguns dos mais expressivos. O aprimoramento da estrutura organizacional no Bradesco se deu com especial realce no âmbito das melhores práticas de Governança Corporativa, por meio de rígida disciplina, foco em resultados, eficácia dos controles internos e estabelecimento, para gestores e colaboradores, de padrões bastante rígidos de conduta profissional. Entre os acontecimentos que marcaram o período, sob essa perspectiva, merece destaque o Rating AA (ótimas práticas) em Governança Corporativa atribuído ao Banco pela Austin Rating, com fundamento, especialmente, nos valores esposados pela Organização: transparência, forte cultura corporativa e sólido ambiente de controles, que lastreiam a confiança dos acionistas quanto à proteção do investimento e sustentabilidade das operações. Também relevantes, a confirmação de apoio do Banco

ao Global Compact (Pacto Global), projeto da Organização das Nações Unidas-ONU, composto por dez princípios relacionados aos Direitos Humanos e do Trabalho, de Proteção Ambiental e de Anticorrupção; a criação da área de Responsabilidade Socioambiental, com as atribuições de coordenar e disseminar as práticas do Banco nesse terreno; a aquisição do controle acionário do Banco do Estado do Ceará S.A. BEC; e agora, neste início de ano, o anúncio da constituição do Banco Bradesco de Investimento S. A. - BBI. Vista pela ótica da Responsabilidade Social, a atuação do Bradesco convergiu para iniciativas afinadas com os interesses das comunidades, a começar pela educação - seguramente a de maior prioridade e relevância no processo de desenvolvimento sustentado. Por meio da Fundação Bradesco, às vésperas de completar 50 anos, mantém 40 Escolas, instaladas em sua maioria em regiões de acentuadas carências socioeconômicas no País, e atenderá gratuitamente em 2006 a mais de 108 mil alunos. A participação e o empenho de nossa valorosa equipe de colaboradores, dedicados e motivados, em todos os níveis, foram essenciais à conquista dos objetivos delineados, garantindo que as atividades desenvolvidas trilhassem pelos caminhos seguros da eficiência e qualidade, em plena sintonia com as exigências do mercado. Estamos convictos de que o amadurecimento da democracia e a consolidação de políticas econômicas responsáveis continuarão a elevar o conceito de que goza o País no plano internacional, e a manter clima propício para que organizações - dotadas de estratégias consistentes e histórico positivo de realizações - persistam na geração e distribuição de resultados tão ou mais satisfatórios, na perspectiva dos investidores e da sociedade em geral. Não hesitamos em incluir a Organização Bradesco nesse contexto. Com renovado otimismo frente aos desafios futuros, desejamos registrar agradecimentos aos clientes e acionistas, pela confiança, apoio e preferência; aos diretores, funcionários e demais colaboradores, o nosso reconhecimento pelo empenho, dedicação e o compromisso com as estratégias da Organização, determinantes para que resultassem vitoriosas.

Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração

Relatório da Administração Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, do Banco Bradesco S.A., bem como as consolidadas, na forma da Legislação Societária. A economia brasileira em 2005 foi caracterizada pela continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto no primeiro semestre e pela desaceleração econômica no segundo, intimamente relacionada à elevação anterior dos juros básicos para conter as pressões inflacionárias. A manutenção de um ambiente externo favorável fez com que o risco-país se ajustasse, trazendo consigo a taxa de câmbio, que sofreu forte apreciação no ano. A valorização cambial também resultou do excelente desempenho das contas externas brasileiras, cujo saldo comercial atingiu quase US$ 45 bilhões. Apesar da desaceleração do ritmo de crescimento econômico, o ano foi marcado por importante redução do nível de desemprego, aumento da massa real de salários e forte expansão do crédito doméstico, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Grandes avanços foram também observados no plano da gestão da dívida pública. As perspectivas para 2006 são favoráveis ao controle da inflação. Com a taxa de câmbio possivelmente menos volátil e o aumento do investimento na economia, a inflação deverá seguir praticamente o ano todo próxima da meta, o que poderá permitir sistemática redução dos juros básicos. A provável manutenção de bons resultados no mercado de trabalho, associada à recuperação na confiança do consumidor e queda dos juros, fará com que a absorção doméstica seja o motor do crescimento no próximo ano. A desaceleração do crescimento e da liquidez mundial, já incorporada ao nosso cenário, não deverá impedir um crescimento mais forte da economia brasileira, exatamente porque as variáveis domésticas deverão ser as determinantes do PIB. O crédito, após o expressivo crescimento de 2005, deverá continuar evoluindo, porém a taxas um pouco mais modestas. Com os juros em queda, confiança em alta e massa salarial crescendo, ainda há boas perspectivas para o crédito no próximo ano. Na Organização Bradesco, entre os acontecimentos relevantes de 2005 e deste início de 2006, destacam-se: • Em 10 de março, Assembléia Geral de incorporação das ações dos acionistas minoritários da Bradesco Seguros S.A., convertendo-a em subsidiária integral do Banco Bradesco. Para cada ação da Bradesco Seguros, foram atribuídas 165,12329750137 ações do Bradesco, sendo 82,95659669277 ordinárias e 82,16670080860 preferenciais. • Em 15 de abril, aquisição, por meio de sua controlada Finasa Promotora de Vendas, da Rede de Financiamento ao Consumidor do Banco Morada, compreendendo Empréstimo Pessoal e Crédito Direto ao Consumidor. O negócio representa novo avanço estratégico do Banco no financiamento ao consumo, com inclusão de 1,1 milhão de clientes e mais de 3,6 mil estabelecimentos afiliados. • Em 25 de maio, emissão, pelo Bradesco, do primeiro bônus perpétuo brasileiro, em operação de US$ 300 milhões, com juros de 8,875% ao ano, e plena aceitação pelos principais mercados internacionais. • Em 3 de junho, a Austin Rating concedeu ao Banco o rating AA em Governança Corporativa (ótimas práticas), fundamentado essencialmente nos valores éticos da Organização, transparência, forte cultura corporativa e mecanismos de controle, contribuindo para aumentar a confiança dos acionistas quanto à proteção do investimento e sustentabilidade das operações. • Em julho, parceria com a União de Lojas Leader S.A. (Leader Magazine), rede de varejo com atuação nos mercados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, para administração da Leadercard, uma das cinco maiores empresas de cartões de crédito de marca própria, “Private Label”, do País. O acordo prevê ainda a criação de Sociedade Financeira, sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil, tendo como base a carteira de clientes da Leadercard. Firmada também parceria com as Lojas Esplanada (Grupo Deib Otoch), uma das maiores redes de varejo do Nordeste, para gestão dos seus Cartões Private Label, e com a Rede Comper de Supermercados para o lançamento de Cartões da espécie, que terão uso exclusivo em suas lojas. Os acordos oferecerão a possibilidade de acesso aos produtos e serviços oferecidos pelo Bradesco. • Em agosto, firmado Memorando de Entendimentos com as Lojas Colombo, uma das maiores redes varejistas de produtos eletroeletrônicos e móveis do País, com 365 lojas, para a criação de Sociedade Financeira, sujeito à aprovação do Banco Central, que terá como base a carteira de clientes da Colombo. A parceria envolve, ainda, a distribuição de produtos e serviços oferecidos pelo Bradesco. • Em setembro, o Banco vence licitação para centralizar as contas correntes dos 67,7 mil fornecedores da Prefeitura do Município de São Paulo. Desses, 15,9 mil efetivamente prestaram serviços à Prefeitura no ano 2004, gerando pagamento médio mensal de R$ 600 milhões. A importante conquista fortalece a atuação do Banco nesse disputado segmento. • Em novembro, encaminhou à Organização das Nações Unidas-ONU sua confirmação de apoio ao Global Compact (Pacto Global), composto por dez princípios relacionados aos Direitos Humanos e do Trabalho, de Proteção Ambiental e de Anticorrupção, por corresponderem integralmente às diretrizes de responsabilidade corporativa defendidas pelo Banco. • Em 1o de dezembro, as ações do Bradesco foram selecionadas para integrar o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, que reflete o retorno de uma carteira composta por ações de seleto grupo de 28 empresas com os melhores desempenhos nos campos econômico-financeiro, social, ambiental e de governança corporativa. • Em 21 de dezembro, aquisição do controle acionário do Banco do Estado do Ceará S.A. - BEC, em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização. A Instituição reunia Ativos de R$1,879 bilhão e Rede de 70 Agências, 14 Postos de Atendimento Bancário e 118 Postos de Atendimento Eletrônico. Com esta compra a Organização Bradesco amplia a presença no Estado do Ceará e reafirma a sua confiança e parceria no desenvolvimento econômico e social do País. • Em 22 de dezembro, parceria estratégica com o Banco Espírito Santo (BES), segundo maior Banco Português, para realizar serviço de remessa de recursos de Portugal para o Brasil a mais de 100 mil brasileiros, que lá residem e trabalham, permitindo-lhes também a abertura de conta corrente, que lhes dará acesso a diversos produtos financeiros, como cartão de débito, poupança e seguro de vida. • Em 16 de fevereiro de 2006, anúncio da constituição do Banco Bradesco de Investimento S.A. - BBI, que terá por objetivo consolidar, dar foco, criar e desenvolver nichos nas atividades ligadas ao mercado de capitais nacional e internacional, em negócios de estruturação, originação, distribuição e administração de ativos, fluxos e estoques financeiros de clientes. A iniciativa aglutinará 5 áreas até então atuantes dentro da estrutura do Banco (Departamentos de Mercado de Capitais - DEMEC e Private Banking , Bradesco S. A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Bradesco Securities Inc., esta com sede em Nova York, e Bram - Bradesco Asset Management S.A. DTVM.), o que, além de agregar valor ao acionista, ampliará as expectativas de crescimento orgânico do Bradesco.

1. Resultado no Exercício Em termos de retorno para os acionistas e contribuições para os cofres públicos, os números em 2005 foram bastante expressivos: R$ 5,514 bilhões foi o Lucro Líquido no exercício, correspondente a R$ 5,63 por ação, rentabilidade de 28,41% sobre o Patrimônio Líquido final e 32,07% sobre o Patrimônio Líquido médio. O retorno anualizado sobre os Ativos Totais foi de 2,64%, contra 1,65% do ano anterior. R$ 3,941 bilhões somaram os impostos e contribuições, inclusive previdenciárias, pagos ou provisionados, decorrentes das principais atividades desenvolvidas pela Organização Bradesco no exercício. R$ 1,881 bilhão foram destinados aos acionistas, a título de Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos, na forma de mensais, intermediários e complementares, computados no cálculo dos dividendos obrigatórios. Corresponderam, por ação, a R$ 2,012526 (R$ 1,765845 líquido de IR Fonte), que incluem o adicional de 10%, para as ações preferenciais e de R$ 1,829569 (R$ 1,605313 líquido de IR Fonte) para as ações ordinárias. Os juros e dividendos distribuídos representam 35,91% (líquido de IR Fonte 31,51%) do lucro líquido ajustado do exercício.

O Bradesco não mede esforços para identificar e avaliar os riscos intrínsecos às atividades que desenvolve, mantendo adequados controles, zelando pela conformidade dos processos e da alocação eficiente de capital, empenhando-se para conquistar e ampliar vantagens competitivas. Finalmente, considera como elemento essencial de sua filosofia de trabalho conduzir os negócios com transparência e dentro dos mais altos padrões éticos, mantendo estratégia guiada e orientada sempre pelas melhores práticas de Governança Corporativa. Desse modo, o Bradesco busca ser, além de fonte de lucros para os seus acionistas, elemento construtivo no seio da sociedade, incorporando ações de responsabilidade social e ambiental, em sintonia com os objetivos de progresso e bem-estar da Nação brasileira.

6. Desempenho Operacional 6.1. Captação e Administração de Recursos Ao final do exercício, o volume total de recursos captados e administrados pela Organização Bradesco alcançou R$ 309,048 bilhões. O Banco gerencia 16,485 milhões de contas correntes e detém 19,27% do SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Em comparação a 2004, o volume captado cresceu 16,45%: R$ 100,045 bilhões em Depósitos à Vista, a Prazo, Interfinanceiros, Outros Depósitos, Mercado Aberto e Cadernetas de Poupança; R$ 121,182 bilhões em recursos administrados, compreendendo Fundos de Investimento, Carteiras Administradas e Cotas de Fundos de Terceiros; R$ 41,043 bilhões registrados na Carteira de Câmbio, Obrigações por Empréstimos e Repasses, Capital de Giro Próprio, Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados, Recursos de Emissão de Títulos e Dívida Subordinada no País; R$ 40,863 bilhões em Provisões Técnicas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, com evolução de 21,50% em relação ao ano anterior; R$ 5,915 bilhões em Recursos Externos, por meio de emissões públicas e privadas, Dívida Subordinada e Securitização de Fluxos Financeiros Futuros.

2. Capital e Reservas R$ R$ R$

13,000 bilhões era o Capital Social no encerramento do exercício. 6,409 bilhões somaram as Reservas Patrimoniais. 19,409 bilhões o Patrimônio Líquido, com evolução de 27,57% no ano. Eqüivale a 10,72% dos Ativos, num total de R$ 180,985 bilhões. Relativamente ao Ativo Consolidado, que soma R$ 208,683 bilhões, o Patrimônio Líquido Administrado corresponde a 9,33%. O Valor Patrimonial por ação ascendeu a R$ 19,82. O índice de solvabilidade no consolidado financeiro registrou 17,26%, e no consolidado econômico-financeiro 15,23%, superiores, assim, ao mínimo de 11% regulamentado pela Resolução no 2.099, de 17.8.1994, do Conselho Monetário Nacional, em conformidade com o Comitê de Basiléia. Em relação ao Patrimônio de Referência Consolidado, o índice de imobilização (máximo de 50%, de acordo com o Banco Central do Brasil) foi de 16,72% no consolidado total e de 45,33% no consolidado financeiro. A Dívida Subordinada da Organização Bradesco, ao final do exercício, somava R$ 6,719 bilhões (no Exterior, R$ 3,183 bilhões e no Brasil, R$ 3,536 bilhões), já considerada no Patrimônio Líquido para efeito de apuração dos índices registrados no parágrafo anterior. Em conformidade com o que dispõe o Artigo 8o da Circular no 3.068, de 8.11.2001, do Banco Central do Brasil, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”.

3. Índice de Eficiência Operacional - IEO O IEO reflete o êxito do empenho para a elevação das receitas líquidas e a redução de custos. Com o emprego da metodologia de “custeio baseado em atividades” - ABC (Activity-Based Costing), a Organização Bradesco vem aprimorando os critérios de formação e negociação de tarifas, o fornecimento de custos para a GDAD - Gestão de Desempenho e Apoio à Decisão e para a apuração da Rentabilidade de Clientes, estabelecendo também base segura para as análises permanentes de racionalização. A metodologia adotada no controle de custos é a ABM (Activity-Based Management), uma postura pró-ativa que possibilita evoluir rapidamente, inclusive na identificação de oportunidades. Assim, é possível integrar desempenhos operacionais a objetivos estratégicos, concomitantemente à melhoria dos processos. Destaque-se que o rigor no controle das despesas, aprimorado com a criação do Comitê de Avaliação de Despesas, vinculado ao processo de sinergia de Instituições adquiridas e o esforço permanente para o aumento das receitas, vem se refletindo positivamente no comportamento do IEO. Com resultados animadores, está em andamento o Projeto Integração, que utiliza a Plataforma SAP e objetiva facilitar o inter-relacionamento do fluxo de informações entre os diversos departamentos e empresas da Organização. Um banco de dados, interagindo num conjunto integrado de aplicações consolidadas em ambiente único de informática, proporcionando melhor controle de processos e ganhos de eficiência. 44,80% foi o índice alcançado em 31.12.2005, contra 55,47% em 2004 e 56,59% no ano 2003.

4. Ações Bradesco As Ações Bradesco, com elevada liquidez, tiveram presença em todos os pregões da Bolsa de Valores de São Paulo-BOVESPA, de cujo Índice as preferenciais participam com 3,77%. A valorização no ano 2005 foi de 133,48% para as ordinárias e 117,52% para as preferenciais, contra 27,71% do Ibovespa. No Exterior, são negociadas na Bolsa de Valores de Madri, Espanha, integrando o Índice Latibex, e, por meio de ADRAmerican Depositary Receipt - Nível 2, na Bolsa de Valores de Nova York. Na Assembléia Geral Extraordinária de 11 de novembro, deliberou-se aumentar em R$ 3 bilhões o Capital Social do Banco, mediante a utilização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária”, atribuindo aos acionistas, gratuitamente, a título de bonificação de 100% (uma ação nova, da mesma espécie, para cada ação possuída). À ação bonificada foi atribuído o custo unitário de R$ 6,123366597, de conformidade com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 25 da Instrução Normativa no 25, de 6.3.2001, da Secretaria da Receita Federal. R$ 14,529 bilhões foi o montante negociado em Ações Bradesco durante o ano, na BOVESPA, representado por 18.049.300 ações ordinárias e 296.168.500 preferenciais. US$ 5,517 bilhões foram negociados como ADR, no mercado norte-americano, lastreados por 271.200.900 ações preferenciais do Banco.

5. Estratégia Empresarial A expansão da economia brasileira deve estimular parcela expressiva da população na busca de serviços financeiros e, neste contexto, a Organização Bradesco manterá, no mercado doméstico, o foco de sua atuação, fazendo prevalecer suas vantagens competitivas e preservando, como premissa maior, a segurança e a qualidade das operações. Pretende alcançar esses objetivos não só pela expansão contínua da base de clientes, como também pela segmentação do seu atendimento, expansão das operações de empréstimos, criação de novos produtos e serviços, com ênfase ao varejo, implementação de inovações tecnológicas, incremento do uso da Internet, austeridade como diretriz da política de controle de custos, sinergia possibilitada pelas recentes aquisições e o desafio de ser o “Banco Completo” para o mercado brasileiro. Aspira também manter presença destacada em cada linha de serviço financeiro e ser percebido como líder no desempenho e na eficiência, apoiado pelo quadro de funcionários e vasta Rede de Atendimento. O fio-condutor da estratégia global da Organização Bradesco é a segmentação de mercado, exposta com detalhes na seqüência deste Relatório. Na área de seguros, procura consolidar a liderança da Bradesco Seguros e aproveitar também a contínua evolução do segmento de previdência complementar aberta, para a colocação dos produtos afins. A Organização Bradesco avalia que a próxima fase de expansão das instituições financeiras no Brasil dar-se-á, principalmente, pelo crescimento orgânico. Porém, de forma a desenvolver e reforçar continuamente seu posicionamento de mercado, o Banco permanece atento às oportunidades, inclusive alianças estratégicas, privatizações e aquisições, sempre orientado pelo impacto positivo que poderão ter sobre os resultados.

6.2. Operações de Crédito A democratização do crédito é uma das colunas-mestras da estratégia do Bradesco e se materializa pela expansão e diversificação continuada da oferta de financiamentos, por meio de operações diretas e parcerias com agentes do mercado, que lhe garantem posição de clara liderança entre as instituições privadas. Esse novo passo à frente foi estimulado pelo crescimento das linhas para Pessoas Físicas, com ênfase ao Crédito Consignado em Folha de Pagamento na Rede de Agências e, também, no Banco Postal. Isto permitiu tornar ainda mais amplo o impacto positivo das operações na economia. R$ 81,130 bilhões foi o saldo, ao final do ano, das operações de crédito consolidadas, incluindo Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio e Arrendamento Mercantil, com crescimento de 29,21% no período. R$ 4,959 bilhões o saldo consolidado de provisão para créditos de liquidação duvidosa, equivalente a 6,11% do volume total das operações de crédito. Crédito Imobiliário No Bradesco, o Crédito Imobiliário ocupa posição de destaque pelos seus vínculos com a criação de emprego e renda. O significativo volume de operações realizadas no exercício reafirma a determinação do Banco em responder às demandas dos mutuários finais e à expansão da indústria da construção civil, fatores essenciais para o desenvolvimento nacional. R$ 1,316 bilhão foi o total de recursos direcionado à área, possibilitando a construção e compra de 14.388 imóveis. Operações de Repasse Mantendo-se na liderança do ranking de repasses de recursos do BNDES, o Bradesco contribuiu em 2005 com 17,82% das operações do sistema. No conjunto, representam R$ 4,437 bilhões e 18.322 contratos, correspondendo a 33,70% de crescimento comparados ao exercício anterior. Além disso, o Banco manteve a liderança, pelo terceiro ano consecutivo, na liberação de repasses para micro, pequenas e médias empresas, com recursos de R$ 2,382 bilhões, correspondentes a 21,28% de todo o sistema. R$ 8,240 bilhões era o saldo das carteiras de repasse com recursos internos e externos, ao final do ano, destinados prioritariamente a pequenas e médias empresas, com 91.286 contratos registrados. Crédito Rural A atuação do Bradesco no setor agropecuário destaca-se, de longa data, pela ênfase ao financiamento dos meios de produção, beneficiamento e comercialização de safras. Além de identificar oportunidades e apoiar a abertura de novas frentes de negócios, contribui para elevar a produtividade e a qualidade dos produtos brasileiros, dando suporte à ascensão das exportações e ao abastecimento do mercado interno. R$ 6,402 bilhões foi o saldo das aplicações no final do exercício, representado por 77.084 operações. Financiamento ao Consumo Ao longo dos anos, o Bradesco tem incentivado o crescimento da cadeia produtiva, abrangendo as suas diferentes fases, injetando substancial parcela de recursos na economia, com expressiva participação nas operações destinadas à aquisição de veículos novos e usados, contemplando montadoras, concessionárias e consumidores. Contribui, assim, para a geração de emprego e renda, como parte do processo de produção e circulação de riqueza. R$ 27,792 bilhões o saldo das operações destinadas ao financiamento do consumo. Política de Crédito Direcionada para a segurança, qualidade e liquidez na aplicação dos ativos, a Política de Crédito adotada minimiza riscos, oferecendo agilidade e rentabilidade nos negócios, bem como orienta a fixação de limites operacionais e a concessão de operações de crédito. As Agências dispõem de limites de alçada variáveis, de acordo com o seu porte e modalidade de garantia, enquanto os sistemas especialistas de Credit Scoring possibilitam agilizar e amparar o processo decisório com padrões específicos de segurança. Assumem também papel fundamental os Comitês de Crédito, instalados na Matriz, que centralizam, analisam e deliberam sobre os créditos que transcendem as alçadas das Agências. Os negócios são diversificados, pulverizados, amparados por garantias adequadas e destinados a pessoas e empresas que demonstrem capacidade de pagamento e idoneidade.

6.3. Mercado de Capitais As construtivas relações do Bradesco com o Mercado de Capitais ganham nova dimensão a cada dia. Essa parceria, de longa data, baseada no trabalho especializado de estruturação das melhores alternativas para a capitalização das empresas e expansão dos seus negócios, completa-se com os serviços de elevada qualidade aos investidores. No ano, coordenou 44,13% do volume de emissões registradas na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Participou também ativamente na assessoria de empresas em operações especiais, incluindo fusões e aquisições, project finance e reestruturações societárias e financeiras. CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 13

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

c) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica “Resultado de participações em coligadas e controladas”, e corresponderam ao valor de R$ 76.150 mil (2004 - R$ 163.357 mil), BRADESCO MÚLTIPLO R$ 2.725.868 mil (2004 - R$ 2.090.090 mil); R$ mil Valor Quantidade de ações/ Participação Lucro Ajuste decorrente Contábil Patrimônio cotas possuídas Capital consolidada líquido/ de avaliação (17) Bradesco líquido Empresas (em milhares) social no capital (prejuízo) Múltiplo ajustado Ajustado social O.N. Cotas 31.12.2005 31.12.2005 31.12.2004 I - CONSOLIDADAS A) Ramo financeiro .............................................. Alvorada Leasing Brasil S.A. Arrendamento Mercantil (3) .............................................................. Banco Alvorada S.A. (1) ....................................... Banco Baneb S.A. (12) ........................................ Banco BCN S.A. (2) .............................................. Banco BEM S.A. (1) ............................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. e sua controlada (1) ............................................................... Banco Bradesco Argentina S.A. (1) ..................... Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) ................. Banco de Crédito Real de Minas Gerais S.A. (8) Banco Finasa de Investimento S.A. (4) ............... Banco Finasa S.A. (1) .......................................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. (1) ............... Banco Zogbi S.A. (9) ............................................ Bancocidade Leasing Arrendamento Mercantil S.A. (5) ................................................................ BCN Cons., Adm. de Bens, Serv. e Publ. Ltda. (1) Bradesco BCN Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (8) .............................................................. Bradesco Consórcios Ltda. (1) ............................. Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (1) ................................................... Bradesco Securities, Inc. (1) ................................ Bradport - SGPS, Sociedade Unipessoal Lda. (1) BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM e sua controlada (1)(10) ....................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET (1) Cidade Capital Markets Limited (1) ...................... Finasa Promotora de Vendas Ltda. (1) ................. Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) .. Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (1) ................................................... Ganho/perda cambial das agências no exterior (1) Demais empresas financeiras ............................. B) Ramo Segurador e Previdência ..................... Bradesco Seguros S.A. (1) ................................... Atlântica Capitalização S.A. (1) ........................... Bradesco Argentina de Seguros S.A. (1) ............. Bradesco Capitalização S.A. (1) .......................... Bradesco Saúde S.A. (1) ...................................... Bradesco Vida e Previdência S.A. (1) ................ Finasa Seguradora S.A. (1) .................................. Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (1) .... BPS Participações e Serviços Ltda. (1) .............. Ganho/perda cambial em controladas no exterior (1) Demais empresas controladas ............................ C) Outras atividades ............................................ União de Comércio e Participações Ltda. (11) ... União Participações Ltda. (1) ............................... Átria Participações S.A. (1) .................................. Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. (1) ....... Alvorada Serviços e Negócios Ltda (1) ............... Nova Paiol Participações S.A (1) ....................... Aquarius Holdings S.A. (1) (6) .............................. Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis Ltda. (1) .............................................................. Cia. Securitizadora de Crédito Financeiro Boavista (14) ................................................... Cia. Securitizadora de Crédito Financeiro Rubi (1) (13) ...................................................... Demais empresas controladas ............................ TOTAL DAS CONSOLIDADAS ..............................

792.750

1.234.890

– 3.537.457 – – 780.997

– 4.220.794 – – 876.443

– 81 – – 1.091.440

– – – – –

– 99,876% – – 100,000%

– 580.751 – – 80.621

– 2.888.084 – – 876.443

(2.118) 411.246 – – 80.504

252 280.259 115.969 (6.483) 188.678

774.449 51.030 159.987 – – 476.735 2.931.588 –

894.525 1.808.996 38.947 30.000 318.776 2 – – – – 924.210 1.818.668 3.554.585 19.726.691 – –

– – – – – – – –

100,000% 99,999% 100,000% – – 100,000% 100,000% –

130.878 625 12.373 – – 283.392 357.029 –

914.221 38.946 318.607 – – 924.631 3.642.840 –

8.714 625 12.373 – – 49.190 371.684 –

68.466 (5.655) 15.867 13.160 19.501 257.115 235.715 27.020

– 20.007

– 38.623

– –

– 20.007

– 99,999%

– 1.857

– 38.623

– 860

30.945 (169)

– 14.800

– 109.761

– –

– 14.800

– 99,999%

– 73.245

– 109.760

– 73.245

65.655 45.514

38.000 51.495 277.204

84.401 52.747 294.855

376.000 11 –

– – –

99,999% 100,000% 100,000%

22.309 412 9.397

84.400 52.747 294.855

22.309 412 9.397

16.551 2 10.814

97.150 – 75.371 – 1.962.761 –

103.600 – 75.261 – 2.180.990 –

9.322 – 32.200 – 9 –

– – – – – –

100,000% – 100,000% – 100,000% –

18.461 – 2.544 – 217.725 –

103.600 – 75.261 – 2.180.990 –

18.461 148.279 2.544 8.123 215.032 20.340

13.364 39.256 3.188 9.303 99.787 2.334

302.930 –

277.318 –

478.449 –

– –

100,000% –

19.527 –

269.709 –

1.033.138

3.913.244

628

100,000%

1.764.467

3.913.244

1.878.000

1.838.667

5.205

100,000%

(209.832) 1.838.667

– 481.201

– 550.888

– –

– 468.395

– 100,000%

– 75.002

– 536.228

– – 2.100 24.605

– – 18.267 389.347

– – 18.000 12.303

– – – –

– – 100,000% 100,000%

– – 19.981 384.728

– – 18.267 371.149

19.527 (687.044) 9.047 1.160.440 179.301 1.373 5.590 279.023 (211.149) 809.843 772 88.054 3.689 (1.575) 5.519 696.528 – 68.375 844 14.233 16.938 19.912 336.408

778 (325.562) 13.266 501.396 (158.807) 1.030 (822) 212.519 (14.606) 539.117 440 (80.049) – (1.246) 3.820 190.447 7.776 12.926 631 (2.941) (5.094) 359 –

469.264

541.539

407.089

100,000%

21.320

469.785

II - NÃO CONSOLIDADAS .................................. BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento (7) ............................................... IRB-Brasil Resseguros S.A. (7) ............................ UGB Participações S.A. (15) ................................ American BankNote Ltda. (7) ............................... CP Cimento e Participações S.A. (16) ................. Marlim Participações S.A. (7) .............................. NovaMarlim Participações S.A. (7) ...................... Demais empresas ................................................ TOTAL DAS NÃO CONSOLIDADAS .....................

216.893

TOTAL GERAL ......................................................

20.177.950

96.461

162.646 77.172 2.649.718

118.779 (38.450) 1.926.733

4.017 61.194 (1.401) 10.538 (391) 1.094 1.758 (659) 76.150

378 101.637 (18.099) 17.438 1.820 24.949 7.491 27.743 163.357

2.725.868

2.090.090

(1) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005; (2) Empresa cindida parcialmente em 10 de março de 2004, com incorporação da parcela ao Banco Bradesco S.A. Em 12 de março de 2004 a parcela remanescente dos ativos e passivos foi incorporada ao Banco Alvorada S.A.; (3) Investimento alienado em 14 de janeiro de 2005; (4) Empresa incorporada pelo Banco Baneb S.A. em agosto de 2004; (5) Empresa incorporada em julho de 2004 pelo Banco Alvorada S.A.; (6) Empresa constituída em dezembro de 2004; (7) Dados relativos a 31 de novembro de 2005; (8) Empresa incorporada pela Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em setembro de 2004; (9) Empresa incorporada pelo Banco Finasa S.A. em outubro de 2004; (10) Atual denominação da BRAM-Bradesco Asset Management Ltda.; (11) Em 31 de agosto de 2004 houve cisão parcial do patrimônio da União de Comércio e Participações Ltda., com versão da parcela de seu patrimônio para a Caulim Participações Ltda. O acervo remanescente foi incorporado ao Banco Alvorada S.A. em setembro de 2004; (12) Em 31 de dezembro de 2004 houve cisão parcial do patrimônio do Banco Baneb S.A., com versão da parcela do seu patrimônio para a Bradesco Vida e Previdência S.A., e o acervo remanescente, incorporado ao Banco Alvorada S.A.; (13) Atual denominação da Cia. Securitizadora de Crédito Financeiro Interatlântico; (14) Empresa incorporada pela Cia.Securitizadora de Crédito Financeiro Rubi em dezembro de 2004; (15) Investimento alienado em 28 de fevereiro de 2005; (16) Investimento alienado em 7 de abril de 2005; e (17) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. 16) IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO Demonstrado ao custo de aquisição corrigido. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens. Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Valor residual Taxa anual Custo Depreciação 2005 2004 Custo Depreciação 2005 2004

17)

b) Captações no mercado aberto

1 a 30 dias

Custo Desenvolvimento de sistemas .................... Outros gastos diferidos ................................ Total em 2005 ............................................... Total em 2004 ............................................... 18)

1.281.280 34.601 1.315.881 1.170.866

BRADESCO CONSOLIDADO Valor residual Amortização 2005 2004 (755.369) (29.995) (785.364) (699.710)

525.911 4.606 530.517 –

464.221 6.935 – 471.156

– 41,8 66,9 81,7 88,8 92,6 95,6 98,4 99,6 99,8 100,0

321.385 315.919 173.435 101.151 34.917 26.321 23.012 21.735 8.317 – – 1.026.192

31,3 62,1 79,0 88,9 92,3 94,8 97,1 99,2 100,0 – –

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Amortização 2005 2004

Custo 1.099.652 28.485 1.128.137 976.836

(641.052) (25.692) (666.744) (593.750)

458.600 2.793 461.393 –

377.445 5.641 – 383.086

DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS a) Depósitos Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

BRADESCO CONSOLIDADO 1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

1a3 anos

Acima de 3 anos

2005

2004

2005

2004

• Depósitos à vista (1) .... 15.955.512 – – – – – – 15.955.512 15.297.825 15.870.729 15.161.742 • Depósitos de poupança (1) ......................... 26.201.463 – – – – – – 26.201.463 24.782.646 26.201.463 24.782.646 • Depósitos interfinanceiros .............................. 87.131 41.005 – 2.012 15.542 – – 145.690 19.499 22.890.860 4.977.406 • Depósitos a prazo ........ 4.740.436 1.114.148 1.998.968 2.250.160 1.894.101 19.536.926 1.301.917 32.836.656 28.459.122 32.533.649 28.267.507 • Outros depósitos (2) .... 266.321 – – – – – – 266.321 84.235 266.321 84.235 Total em 2005 ................. 47.250.863 1.155.153 1.998.968 2.252.172 1.909.643 19.536.926 1.301.917 75.405.642 97.763.022 % .................................... 62,7 1,5 2,7 3,0 2,5 25,9 1,7 100,0 Total em 2004 ................. 42.920.956 2.736.527 879.104 2.832.503 3.751.518 15.049.202 473.517 68.643.327 73.273.536 % .................................... 62,5 4,0 1,3 4,1 5,5 21,9 0,7 100,0 (1) Classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro; e (2) Depósitos para investimentos.

2005

2004

2005

2004

c) Recursos de emissão de títulos Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

BRADESCO CONSOLIDADO 1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 3 anos

1a3 anos

2005

2004

2005

2004

Títulos e valores mobiliários - País: ............... • Letras hipotecárias ....... 85.306 100.311 200.057 461.376 173 285 – 847.508 681.122 827.321 674.432 • Debêntures (1) .............. – – – 72.799 – – 2.552.100 2.624.899 – – – Subtotal .......................... 85.306 100.311 200.057 534.175 173 285 2.552.100 3.472.407 681.122 827.321 674.432 Títulos e valores mobiliários - Exterior: (2) .... 1.184 – – – – – – 1.184 798.974 1.184 798.974 • Commercial paper ........ • Eurobonds .................... 10.802 – – – 204.791 225.241 – 440.834 732.303 467.973 773.057 753 – – – – – – 753 158.139 753 664.609 • Euronotes ..................... • MTN Program Issues .... 15.414 – – – – 840.925 144.026 1.000.365 533.899 1.000.365 533.899 941 – 58.519 – – – – 59.460 81.077 59.459 81.077 • Promissory notes ......... • Euro CD emitido ........... – – – – – – – – 26.544 – 26.544 • Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior (3) .............. 4.696 20.209 – 20.550 51.510 258.331 301.966 657.262 1.319.094 657.262 1.319.094 • Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (3) .. 1.531 – 23.507 23.841 48.702 414.788 59.252 571.621 726.340 571.621 726.340 Subtotal .......................... 35.321 20.209 82.026 44.391 305.003 1.739.285 505.244 2.731.479 4.376.370 2.758.617 4.923.594 Total em 2005 ................. 120.627 120.520 282.083 578.566 305.176 1.739.570 3.057.344 6.203.886 3.585.938 1,9 1,9 4,6 9,3 4,9 28,1 49,3 100,0 % .................................... Total em 2004 ................. 475.063 107.679 101.787 1.093.001 235.176 2.003.918 1.040.868 5.057.492 5.598.026 % .................................... 9,4 2,1 2,0 21,6 4,7 39,6 20,6 100,0 100,0 (1) Refere-se à parcela de duas emissões de debêntures simples não conversíveis em ações da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, sendo uma com o o vencimento em 1 de fevereiro de 2025 e remuneração de 100% do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI e outra com vencimento em 1 de maio de 2011 e remuneração de 102% do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI; (2) Representados por recursos captados em bancos no exterior, sendo emissão de títulos no mercado internacional e Resolução no 2770 do CMN, para: (i) repasses a clientes locais, com vencimentos até 2009, não excedendo o prazo de vencimento dos recursos captados e sujeitos a encargos financeiros pagos correspondentes à libor acrescida de spread ou juros prefixados; (ii) aplicação em operações comerciais de câmbio, de compra e venda de moedas estrangeiras, relativas a desconto de letras de exportação, pré-financiamento à exportação e financiamento à importação, substancialmente a curto prazo; e (3) Desde 2003, a Organização Bradesco utiliza certos acordos para otimizar suas atividades de captação e administração de liquidez por meio de Entidades de Propósito Específico (EPE). Estas EPEs denominadas Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited e International Diversified Payment Rights Company são financiadas com obrigações de longo prazo e são liquidadas por meio do fluxo de caixa futuro dos ativos correspondentes, que basicamente compreendem: (i) Fluxos de ordem de pagamento atuais e futuros remetidos por pessoas físicas e jurídicas localizadas no exterior para beneficiários no Brasil pelos quais o Banco atua como pagador; e (ii) Fluxos atuais e futuros de recebíveis de cartões de crédito oriundos de gastos realizados no território brasileiro por portadores de cartões de crédito emitidos fora do Brasil. Os títulos de longo prazo emitidos pelas EPEs e vendidos a investidores serão liquidados com os recursos oriundos dos fluxos das ordens de pagamento e das faturas de cartão de crédito. O Bradesco é obrigado a resgatar os títulos em casos específicos de inadimplência ou encerramento das operações das EPEs. Os recursos provenientes da venda dos fluxos atuais e futuros de ordens de pagamento e recebíveis de cartões de crédito, recebidos pelas EPEs, devem ser mantidos em conta bancária específica até que seja atingido um determinado nível mínimo. Demonstramos a seguir as principais características das notas emitidas pelas EPEs: Valor da operação

Em 31 de dezembro - R$ mil Total 2005 2004

Vencimento

Remuneração %

20.8.2003 20.8.2003 28.7.2004

595.262 599.000 305.400 1.499.662

20.8.2010 20.8.2010 20.8.2012

6,750 0,68 + libor 4,685

421.943 – 235.319 657.262

534.961 517.277 266.856 1.319.094

10.7.2003

800.818 800.818

15.6.2011

5,684

571.621 571.621

726.340 726.340

Emissão Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior ......................................................................... Total .................................................................................... Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior ........ Total ....................................................................................

d) Despesas com operações de captação do mercado e atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização Exercícios findos em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Depósitos de poupança .......................................................................................................... Depósitos a prazo ................................................................................................................... Captações no mercado aberto ................................................................................................ Recursos de emissão de títulos ............................................................................................. Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ............................... Outras despesas de captação ................................................................................................ Subtotal ................................................................................................................................... Despesas de atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização Total ......................................................................................................................................... 19)

2.027.943 5.377.212 3.975.999 767.815 (1.135.847) 272.202 11.285.324 3.764.530 15.049.854

1.653.614 3.676.482 3.152.000 626.191 (855.524) 233.240 8.486.003 3.215.677 11.701.680

2.027.943 5.367.883 4.010.329 407.322 – 2.678.759 14.492.236 – 14.492.236

1.646.914 3.638.046 3.204.711 563.905 – 785.569 9.839.145 – 9.839.145

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por empréstimos Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

BRADESCO CONSOLIDADO 1 a 30 dias No país: • Instituições oficiais 27 • Outras instituições . 9 No exterior .............. 998.439 Total em 2005 .......... 998.475 % .............................. 14,0 Total em 2004 .......... 1.480.710 % .............................. 19,6

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

53 27 53 159 – – – – 846.918 1.082.253 2.185.396 1.447.548 846.971 1.082.280 2.185.449 1.447.707 11,9 15,2 30,6 20,3 854.546 915.141 2.278.677 1.344.236 11,3 12,1 30,1 17,8

Acima de 3 anos

1a3 anos 636 9 573.667 574.312 8,0 660.002 8,7

2005

2004

2005

2004

133 1.088 1.376 – – – 18 11.756 – – – 7.134.221 7.548.263 7.226.283 7.563.346 133 7.135.327 7.226.283 – 100,0 28.083 7.561.395 7.563.346 0,4 100,0

b) Obrigações por repasses Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

BRADESCO CONSOLIDADO

Do país: • Tesouro nacional .......... • BNDES ......................... • CEF .............................. • FINAME ........................ • Outras instituições ....... Do exterior: • Vinculados a repasses a mutuários ................ Total em 2005 ................. % .................................... Total em 2004 ................. % ....................................

Banco Zogbi S.A. ................................................................................................................................................... 230.536 174.079 Banco BCN S.A. ..................................................................................................................................................... 264.495 152.723 Banco Alvorada S.A. .............................................................................................................................................. 147.987 167.941 66.715 – Morada Serviços Financeiros Ltda. (1) .................................................................................................................. 88.255 95.341 Banco Mercantil de São Paulo S.A. ...................................................................................................................... Banco Cidade S.A. ................................................................................................................................................. 94.165 55.200 Promovel Empreendimentos e Serviços ............................................................................................................... 41.216 54.584 39.314 Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................................................................... 32.113 Banco Boavista Interatlântico S.A. ........................................................................................................................ 19.696 39.391 – 19.424 Cia. Leader de Investimento (2) ............................................................................................................................. Outros ..................................................................................................................................................................... 40.425 50.076 Total dos Ágios ....................................................................................................................................................... 847.484 1.026.192 (1) Empresa adquirida em abril de 2005; e (2) Empresa adquirida em agosto de 2005. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, foram amortizados ágios no montante de R$ 452.863 mil (2004 - R$ 713.372 mil, sendo R$ 369.574 mil referente a amortização extraordinária). I) O ágio a amortizar, possui o seguinte fluxo de amortização: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 % Acumulado 2004 % Acumulado – 354.317 213.139 125.580 59.665 32.429 25.039 23.765 10.341 2.027 1.182 847.484

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

Carteira própria ........................................... 903.020 457.750 1.399.844 9.930.338 12.690.952 8.248.122 13.049.695 8.300.516 • Títulos públicos .......................................... – 62.391 – – 62.391 3.496.460 62.391 3.496.460 • Títulos privados .......................................... – – – 346.763 346.763 291.300 346.763 291.300 • Emissão própria ......................................... 335.706 395.359 1.399.844 9.571.894 11.702.803 3.535.190 12.061.546 3.587.584 • Exterior ....................................................... 567.314 – – 11.681 578.995 925.172 578.995 925.172 Carteira de terceiros (1) .............................. 11.944.895 3.037 – – 11.947.932 14.430.876 12.004.050 14.483.896 Carteira livre movimentação (1) .................. – – – – – 207.405 3.037 208.244 Total em 2005 (2) .......................................... 12.847.915 460.787 1.399.844 9.930.338 24.638.884 25.056.782 % ................................................................... 52,1 1,9 5,7 40,3 100,0 Total em 2004 ............................................... 20.457.806 368.952 50.222 2.009.423 22.886.403 22.992.656 % ................................................................... 89,4 1,6 0,2 8,8 100,0 (1) Representadas por Títulos públicos; e (2) Inclui R$ 5.881.574 mil (2004 - R$ 10.233.550 mil) de recursos de fundos de investimento aplicados em operações compromissadas com o Banco Bradesco, cujos cotistas são empresas controladas, integrantes das demonstrações financeiras consolidadas (Nota 10a).

Imóveis de uso: - Edificações ................................ 4% 714.765 (362.470) 352.295 381.552 194.896 (123.666) 71.230 159.232 - Terrenos ...................................... – 401.222 – 401.222 502.262 66.838 – 66.838 124.732 Instalações, móveis e equipamentos de uso .................................. 10% 1.845.672 (1.038.498) 807.174 884.159 1.460.131 (786.519) 673.612 699.873 Sistemas de segurança e comunicações .................................... 10% 127.332 (78.657) 48.675 51.348 118.755 (74.905) 43.850 46.113 Sistemas de processamento de dados ......................................... 20 a 50% 1.648.868 (1.282.907) 365.961 401.622 1.236.191 (970.871) 265.320 310.240 Sistemas de transportes .............. 20% 20.178 (12.758) 7.420 9.415 16.424 (11.186) 5.238 7.846 Imobilizações em curso .............. 2.824 – 2.824 40.139 423 – 423 144 Subtotal ........................................ 4.760.861 (2.775.290) 1.985.571 2.270.497 3.093.658 (1.967.147) 1.126.511 1.348.180 Imobilizado de arrendamento ...... 23.161 (13.838) 9.323 18.951 – – – – Total em 2005 ............................... 4.784.022 (2.789.128) 1.994.894 – 3.093.658 (1.967.147) 1.126.511 – Total em 2004 ............................... 5.020.267 (2.730.819) – 2.289.448 3.283.741 (1.935.561) – 1.348.180 Os imóveis de uso da Organização Bradesco apresentam uma mais-valia não contabilizada de R$ 1.005.813 mil (2004 - R$ 740.054 mil) baseada em laudos de avaliação elaborados por peritos independentes em 2005, 2004 e 2003. O índice de imobilização em relação ao patrimônio de referência consolidado é de 16,72% (2004 - 23,31%) no consolidado, e de 45,33% (2004 - 37,98%) no consolidado financeiro, sendo o limite máximo de 50%. DIFERIDO a) Ágios Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

2005 ..................................................................................................................................... 2006 ..................................................................................................................................... 2007 ..................................................................................................................................... 2008 ..................................................................................................................................... 2009 ..................................................................................................................................... 2010 ..................................................................................................................................... 2011 ..................................................................................................................................... 2012 ..................................................................................................................................... 2013 ..................................................................................................................................... 2014 ..................................................................................................................................... 2015 ..................................................................................................................................... Total dos Ágios .................................................................................................................... b) Outros ativos diferidos

BRADESCO CONSOLIDADO 31 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 1 ano

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

1a3 anos

Acima de 3 anos

– 141.792 1.665 354.624 –

52.318 54.073 807 127.568 –

– 90.067 635 142.431 157

– 456.393 1.732 520.764 157

183 498.264 5,3 337.446 4,0

– 234.766 2,5 155.683 1,9

– 233.290 2,5 180.855 2,1

– – – – 183 42.579 183 8.189 979.046 1.467.584 4.460.333 1.554.471 9.427.754 9.226.199 10,4 15,6 47,3 16,4 100,0 772.833 1.246.494 4.002.843 1.701.823 8.397.977 8.159.191 9,2 14,8 47,7 20,3 100,0

– – 627.622 2.105.291 3.788 13.731 836.007 2.340.167 167 1.144

2005

2004

2005

2004

– 52.318 72.165 52.318 72.165 762.735 4.237.973 3.672.007 4.237.973 3.672.007 37.230 59.588 395.820 49.982 383.742 753.671 5.075.232 4.211.762 4.883.283 4.019.444 835 2.460 3.644 2.460 3.644

c) Despesas de operações de empréstimos e repasses Exercícios findos em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Empréstimos: • No país .................................................................................................................................. • No exterior ............................................................................................................................. Subtotal de empréstimos ........................................................................................................ Repasses do país: • Tesouro nacional ................................................................................................................... • BNDES .................................................................................................................................. • CEF ........................................................................................................................................ • FINAME ................................................................................................................................. • Outras instituições ................................................................................................................ Repasses do exterior: • Obrigações com banqueiros no exterior (Nota 13a) .............................................................. • Outras despesas com repasses do exterior ......................................................................... Subtotal de repasses .............................................................................................................. Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior .............................. Total ......................................................................................................................................... 20)

1.709 107.843 109.552

2.931 70.523 73.454

159 105.714 105.873

– 69.470 69.470

3.817 341.540 5.578 492.688 281

2.867 390.028 2.015 388.828 449

3.817 341.540 4.526 466.258 623

2.867 387.683 – 350.060 710

575.155 (3.341) 1.415.718 (164.623) 1.360.647

541.410 6.338 1.331.935 (152.214) 1.253.175

578.574 (5.003) 1.390.335 – 1.496.208

538.663 (255) 1.279.728 – 1.349.198

CONTINGÊNCIAS PASSIVAS A Organização Bradesco é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Organização entende que a provisão constituída é suficiente para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial ao pagamento de “horas extras”. Com a implantação do controle efetivo da jornada de trabalho em 1992, por meio do sistema de “ponto eletrônico”, as horas extras são pagas durante o curso normal do contrato de trabalho, de modo que as ações trabalhistas ajuizadas a partir de 1997, individualmente, deixaram de ser relevantes. O valor das contingências trabalhistas é provisionado considerando a média dos pagamentos efetuados. Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem novidades capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. Aproximadamente 60% das ações envolvem Juizado Especial de Pequenas Causas, no qual os pedidos estão limitados em 40 salários mínimos. Cerca de 50% de todas as causas são julgadas improcedentes e o valor da condenação imposta corresponde a uma média histórica de apenas 5% dos pleitos indenizatórios. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que coloquem em risco o resultado financeiro. Processos fiscais A Organização Bradesco vem discutindo judicialmente a legalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. Provisões constituídas, segregadas por natureza, são: BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004 Processos trabalhistas .................................................................................................................. Processos cíveis ........................................................................................................................... Subtotal (1) ..................................................................................................................................... Processos fiscais (2) ..................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................ (1) Nota 22; e (2) Classificados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”.

749.007 539.870 1.288.877 3.574.279 4.863.156

833.190 490.065 1.323.255 3.029.251 4.352.506

Em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 672.365 277.438 949.803 1.251.420 2.201.223

669.259 306.492 975.751 989.149 1.964.900


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Relatório da Administração

CONTINUAÇÃO

R$

26,914 bilhões foi o montante coordenado pelo Bradesco em 2005, em operações primárias e secundárias de ações, debêntures e notas promissórias e R$ 2,488 bilhões o montante em operações de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios.

7. Área Internacional Na Organização Bradesco, a área de Comércio Exterior e Câmbio opera em múltiplos mercados, com diversificada linha de produtos e serviços. Sua sólida estrutura reúne 12 unidades especializadas e mais 7 pontos de apoio no País. No Exterior opera com Agências em Nova York, Grand Cayman e Nassau, e as subsidiárias em Buenos Aires e Luxemburgo, além de extensa Rede de Correspondentes Internacionais. R$

5,018 bilhões foi o saldo ao final do ano em Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio, para uma Carteira de US$ 4,313 bilhões de Financiamento à Exportação, evolução de 40,11% sobre o ano anterior.

US$ 528,801 milhões em Financiamento de Importação em Moeda Estrangeira. US$ 25,604 bilhões negociados em Compras de Exportação, performance 27,83% superior a 2004 e “market share” de 20,81%. US$ 10,314 bilhões de Importação contratados, desempenho 39,30% superior ao ano anterior, com “market share”de 14,50%. US$ 901,401 milhões em colocações públicas e privadas de médio e longo prazo no mercado internacional.

8. Estrutura Organizacional 8.1. Rede de Atendimento Bradesco A Rede de Atendimento da Organização Bradesco, dimensionada para oferecer padrões adequados de eficiência e qualidade, está presente em todas as Regiões do País. As Agências Bradesco destacam-se pela funcionalidade e conforto de seus ambientes, dispondo de amplas e modernas Salas de Auto-Atendimento, que atendem em horário ampliado, com equipamentos diversificados, economizam tempo ao cliente, facilitam e agilizam as suas operações. As Agências Bradesco Prime proporcionam aos clientes tratamento diferenciado, em ambientes exclusivos, com atendimento personalizado e assessoria financeira completa. No middle market, o atendimento, de modo semelhante, é feito pelo Bradesco Empresas, com qualidade e especialização. Distribuída em pontos estratégicos por todo o País, a Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia e Noite, que em 2005 adotou a nova marca “Bradesco Dia&Noite”, é composta de 23.036 máquinas, 21.445 delas funcionando inclusive nos finais de semana e feriados, proporcionando acesso rápido e prático ao diversificado leque de produtos e serviços. Além disso, os Clientes Bradesco, portadores de cartões de débito em conta corrente ou poupança, passaram no ano a se utilizar também de 2.748 máquinas do Banco24Horas, para operações de saque, emissão de extratos e consulta de saldo. Lançado pioneiramente em 1996, o Bradesco Internet Banking, que em 2005 passou a contar com o Sistema de Chaves de Segurança Bradesco - Eletrônica e Cartão, aplica tecnologia de ponta e possui mais de 6,943 milhões de usuários cadastrados, que podem acessar o site diretamente do escritório, residência ou de onde quer que estejam. Possibilita o acesso a 351 modalidades de operações, gerando 347,866 milhões de transações/ano. O Bradesco Net Empresa, atendimento exclusivo para Pessoas Jurídicas, oferece ampla segurança à realização das transações bancárias, mediante certificado digital e assinatura eletrônica. Otimiza a gestão financeira dos negócios das empresas a ele conectadas, podendo movimentar conta corrente e poupança, efetuar pagamentos, cobranças, transferências de arquivos, entre outras, das 261 operações que proporciona. Contava, em 31 de dezembro, com 361.569 empresas cadastradas, que geraram 246,256 milhões de transações/ano. Em permanente expansão, o Bradesco ShopInvest, entre outras funções, possibilita a realização de investimentos nas Bolsas de Valores, com cotações on-line, e também aplicações e resgates, simulações de cálculos, aquisição de títulos de capitalização, planos de previdência complementar e ainda fornece informações para acompanhamento do mercado financeiro. No Site de Empréstimos e Financiamentos - o ShopCredit, o cliente pode acessar o portfolio completo das linhas oferecidas pelo Banco. Com informações detalhadas, os produtos encontram-se subdivididos em pessoa física e pessoa jurídica. Adicionalmente, possibilita o uso de simuladores de cálculos para as modalidades de Crédito Pessoal, Cheque Especial, CDC, Leasing, Crédito Imobiliário, Crédito Rural, Finame, Seguro Auto e outras. O Site Bradesco Poder Público é um portal voltado ao atendimento das expectativas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas do Governo Federal, Estadual e Municipal. Além de abranger os produtos e serviços do Banco, com soluções de pagamentos e recebimentos e na área Recursos Humanos, oferece acesso ao Bradesco Net Empresa. O Site Bradesco Nikkei, além de oferecer soluções de produtos e serviços para atender os brasileiros que pretendem ir para o Japão, lá estão ou desejam retornar daquele País, também dispõe de informações econômicas e análises especializadas que facilitam a administração dos recursos. Os clientes dos segmentos Bradesco Prime, Private, Empresas e Corporate são atendidos por meio de Sites específicos. O Fone Fácil Bradesco oferece informações e produtos e serviços bancários pelo telefone, com comodidade, rapidez e segurança. No exercício, alcançou a marca de 273,932 milhões de ligações e 2,813 milhões de itens comercializados, buscando transformar cada contato em oportunidade de negócio. A avaliação da capacidade operacional dessa imensa estrutura pode ser feita pela média diária de 11,826 milhões de transações realizadas pelos clientes e usuários. São 2,507 milhões nos Guichês e 9,319 milhões (78,80%) através dos canais de conveniência, destacando-se o Auto-Atendimento Bradesco Dia e Noite, Internet e Fone Fácil. A Rede da Organização Bradesco, em 31 de dezembro, estava composta por 13.315 pontos de atendimento, conforme segue: 2.921 Agências no País (2.920 Bradesco e 1 Banco Finasa); 3 Agências no Exterior, sendo 1 em Nova York ( Bradesco ), 1 em Grand Cayman (Bradesco ), e 1 em Nassau, nas Bahamas (Boavista); 5 Subsidiárias no Exterior (Banco Bradesco Argentina S.A., em Buenos Aires; Banco Bradesco Luxembourg S.A., em Luxemburgo; Bradesco Securities, Inc., em Nova York; Bradesco Services Co., Ltd., em Tóquio; e Cidade Capital Markets Ltd., em Grand Cayman); 5.461 Agências do Banco Postal; 2.451 Postos e Pontos de Atendimento Bancário em Empresas; 2.235 Pontos Externos da Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia e Noite; 239 Filiais da Finasa Promotora de Vendas, empresa com presença em 17.949 pontos de revenda de veículos e 22.490 lojas que comercializam móveis e decoração, turismo, autopeças e programas e equipamentos de informática, material de construção, vestuário e calçados, entre outros.

9. Produtos e Serviços

10.2. BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM

9.1. Cartões Bradesco

Empresa especializada na gestão de recursos de terceiros, a BRAM atende a variados segmentos do mercado, tais como Bradesco Prime, Bradesco Empresas, Corporate, Private, Varejo e Investidores Institucionais. R$ 111,737 bilhões, em 31 de dezembro, distribuídos em 435 Fundos de Investimento e 107 Carteiras Administradas, totalizando 3,391 milhões de investidores.

Tradicional associado à Visa International, o Bradesco vem ampliando a sua participação no segmento com evolução da linha de serviços mais completa do gênero no País. Oferece, também, os Cartões de Crédito MasterCard, que se destacam pela amplitude dos benefícios e comodidades aos seus associados. A Rede de Atendimento credenciada pelo Sistema Visa no Brasil reúne mais de 860 mil estabelecimentos comerciais, é administrada pela Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - Visanet, da qual o Bradesco participa com 39,71% do Capital Social, tendo no exercício processado R$ 92,426 bilhões em transações, considerados os faturamentos dos Cartões de Crédito e Débito, com crescimento de 27,69% em relação ao ano anterior. O Bradesco desenvolveu e lançou no segmento diversos produtos durante o ano, destacando-se o Cred Mais, para funcionários de empresas com a folha de pagamento no Bradesco, com taxas mais atrativas para o financiamento rotativo; o GiftCard, Cartão pré-carregado destinado a presentear Pessoas Físicas; o SMS - Serviço de Mensagem Bradesco, que permite ao seu portador receber mensagem no Telefone Celular no mesmo instante em que a transação com o Cartão for realizada; o Cartão de Crédito Nacional MT Fomento Card, dirigido para os Servidores Públicos efetivos, aposentados, pensionistas e comissionados do Governo do Estado de Mato Grosso, com menores custos ao portador; e o CPB - Cartão Passagem Bradesco, produto destinado às Pessoas Jurídicas para gestão e controle das despesas com passagens aéreas. Em mais uma iniciativa pioneira, o Bradesco foi o 1º Banco a disponibilizar o pagamento de compras em lojas virtuais com o Cartão Visa Electron e a oferecer o serviço Comércio Eletrônico “Verified by Visa” - Meio Eletrônico de Verificação de Transação com Cartão de Crédito e Débito também em lojas virtuais, proporcionando ao cliente maior proteção e segurança. Em parceria com outros emissores e a Visa International, o Bradesco participou ativamente na distribuição de Cartões Visa Vale do setor de Vales-Benefícios, contribuindo com 51,98% de toda a venda no ano de 2005. O ingresso do Bradesco no mercado de Cartões Private Label foi ampliado pelas parcerias com a Rede Comper de Supermercados, com a emissão de mais de 200 mil cartões; com o Grupo Leader Magazine, rede de varejo com atuação nos mercados do Rio de Janeiro e Espirito Santo, para administrar mais de 2,6 milhões desses cartões por meio de financeira a ser constituída; e com as Lojas Esplanada (Grupo Deib Otoch), uma das maiores redes de varejo do Nordeste, parceria que prevê a gestão de 2,3 milhões de cartões. Com as Casas Bahia lançou Cartão de Crédito com a marca Casas Bahia e a bandeira Visa, que proporciona opção de pagamento em até 24 meses para compras realizadas nas Casas Bahia, sendo aceito também em todos os estabelecimentos que adotam a bandeira Visa. R$ 26,272 bilhões foi o faturamento total dos Cartões da Organização, sendo R$ 14,023 bilhões dos Cartões de Crédito e R$ 12,249 bilhões dos Cartões de Débito Bradesco Visa Electron, representando, respectivamente, crescimento de 22,19% e 29,85% sobre o ano anterior. 47,572 milhões é a quantidade de Cartões de Crédito e Débito em circulação, com evolução de 2,59% em relação a 2004, sendo 10,204 milhões de Crédito e 37,368 milhões de Débito, representando, respectivamente, 13,07% e 39,20% do mercado. R$ 4,590 bilhões somaram os Ativos gerados no negócio de Cartões, abrangendo os financiamentos ao portador, antecipações a estabelecimentos e créditos de compras à vista ou parceladas, superando o saldo de dezembro/2004 em 48,29%. R$ 1,301 bilhão de Receitas de Prestação de Serviços, principalmente em receitas de comissões sobre compras realizadas com Cartões de Crédito e Débito e tarifas diversas. 1,002 milhões de Cartões de Alimentação e Refeição Visa Vale representaram a contribuição do Bradesco na formação da Carteira total da Visa Vale, com crescimento de 35,59% sobre dezembro de 2004 e faturamento em 2005 de R$ 1,224 bilhão e evolução de 87,82%, comparado ao ano anterior.

8.3. Ouvidoria Bradesco O diálogo aberto e direto com clientes e usuários sempre fez parte do posicionamento do Banco, vocação que o levou a criar, pioneiramente, em abril de 1985, o Alô Bradesco, primeiro Canal de Comunicação do Mercado Financeiro com o público para registrar e dar tratamento adequado a sugestões e reclamações, 5 anos antes mesmo da edição do Código de Defesa do Consumidor. Como evolução desse serviço, que vem se revelando instrumento de grande alcance estratégico pela transparência e disposição de conciliar interesses, o Banco instituiu em 2005 a sua Área de Ouvidoria, para centralizar e fazer a gestão das manifestações de clientes e usuários. Indo além das soluções, a Ouvidoria busca captar tendências, que permitem à Organização antecipar procedimentos compatíveis com as transformações do mercado. 124.010 contatos registrados em 2005.

10.4. Banco Finasa S.A. De modo complementar, realiza as operações de Crédito Direto ao Consumidor e de Crédito Pessoal da Organização Bradesco. Por meio da Finasa Promotora de Vendas Ltda., sua subsidiária integral, promove o relacionamento com revendedoras de veículos e lojas que comercializam bens duráveis e semiduráveis e serviços. R$ 283,373 milhões foi o Lucro Líquido no ano. R$ 17,619 bilhões somaram os Ativos Consolidados, 70,45% de crescimento sobre dezembro do ano anterior. R$ 14,837 bilhões o saldo das operações de crédito, 82,85% sobre dezembro de 2004.

10.5. Leasing Bradesco Tem foco direcionado para veículos, máquinas e equipamentos, além de experiência na estruturação de convênios operacionais com fabricantes e revendedores. R$ 2,518 bilhões somava o saldo aplicado em 31.12.2005, tendo sido contratadas no ano 46.517 operações. 54.607 contratos de arrendamento em vigor, ao final do exercício, caracterizando elevado nível de pulverização dos negócios.

10.6. Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Com significativa atuação nos pregões da BOVESPA-Bolsa de Valores de São Paulo, a Bradesco Corretora vem registrando marcante crescimento também em suas operações via Internet (Home Broker). Destaca-se ainda pela posição que ocupa na BM&F-Bolsa de Mercadorias & Futuros, como uma das corretoras de maior volume de negócios. Entre os seus diferenciais competitivos encontram-se os serviços de análise de investimentos e conjuntura econômica. Atua também como representante de investidores não-residentes no País em operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, na administração de clubes de investimento e na custódia para pessoas físicas e jurídicas não-institucionais. O seu exclusivo Sistema Automático de Negociação de Ações – SANA está estruturado para facilitar a participação do pequeno investidor no mercado acionário, assegurando ampla facilidade de comprar e vender ações em Bolsa, em pequenos lotes, através de terminais de computador na Rede de Agências Bradesco. O sistema atende também à intermediação de ofertas públicas. No ano, iniciou a prestação de serviços de Formador de Mercado (market maker), garantindo liquidez mínima e referência de preço das ações de empresas negociadas na BOVESPA e lançou, também, o Programa Tesouro Direto, que permite ao cliente pessoa física investir em Títulos Públicos Federais pela Internet, bastando cadastrar-se na Bradesco Corretora por meio do site www.bradesco.com.br. R$ 18,056 bilhões foi o montante negociado pela Bradesco Corretora nos Pregões da BOVESPA, correspondente a 539.552 ordens de compra e venda de ações, atendendo no ano a 49.841 investidores. 3,877 milhões de contratos foram negociados na BM&F, representando um volume financeiro de R$ 402,874 bilhões. R$ 1,832 bilhão foi o montante negociado no Home Broker, correspondente a 286.208 ordens de compra e venda de ações. 37.973 eram os clientes cadastrados em 31 de dezembro. 15.736 clientes estavam registrados em 31.12.2005 na Carteira de Custódia Fungível. Desde o início das atividades da empresa, em 2003, a credibilidade da Marca Bradesco tem sido importante diferencial competitivo, associando segurança à realização dos sonhos de milhares de consorciados que vêm optando por essa modalidade de autofinanciamento destinada à aquisição de veículos leves e pesados e de imóveis, entre outros bens. 220.483 cotas comercializadas até 31 de dezembro, assegurando a liderança nos segmentos de imóveis e automóveis. R$ 6,396 bilhões o valor do faturamento no ano.

11. Segmentação de Mercado 9.2. Soluções de Recebimentos, Pagamentos e Arrecadações Combinando avançada tecnologia às facilidades da ampla Rede de Atendimento, o Bradesco coloca à disposição dos seus clientes soluções eletrônicas para a realização de recebimentos, pagamentos e transferências financeiras, de modo simplificado e seguro. O recebimento de cobrança, contas e pagamentos, por meio de processos inovadores, facilita e agiliza os trabalhos das empresas na administração do Contas a Receber e a Pagar. Essas facilidades, oferecidas também na quitação de tributos, taxas e contribuições, beneficiam os Órgãos do Governo, no âmbito da União, Estados e Municípios, além de Concessionárias de Serviços Públicos, imprimindo maior eficiência na arrecadação dos recursos. Por sua vez, os Aposentados e Pensionistas do INSS também encontram no Banco as facilidades de uma avançada estrutura para o recebimento de seus benefícios. R$ 921,868 bilhões foram movimentados pelos produtos Cobrança on-line Bradesco, Custódia de Cheques, Depósito Identificado e OCT - Ordem de Crédito por Teleprocessamento, no exercício, correspondendo a 919,163 milhões de transações processadas. R$ 470,319 bilhões correspondentes a 128,403 milhões de operações de pagamento feitas durante o ano pelo Pag-For Bradesco - Pagamento Escritural a Fornecedores, Bradesco Net Empresa e PTRB - Pagamento Eletrônico de Tributos, possibilitando o gerenciamento do Contas a Pagar a mais de 359 mil empresas. R$ 113,167 bilhões arrecadados durante o ano em tributos federais, estaduais, municipais e demais contribuições, processados por meio de 75,090 milhões de documentos. R$ 5,854 bilhões foi o montante consolidado de CPMF arrecadado, representando 20,03% da contribuição, demonstrando, assim, o expressivo volume de recursos movimentado no âmbito da Organização Bradesco. R$ 21,980 bilhões recebidos em contas de luz, água, gás e telefone, totalizando 144,683 milhões de documentos processados, 50,115 milhões deles quitados pelo Débito Automático em Conta Corrente e Poupança, sistema que oferece ampla comodidade ao cliente. R$ 25,514 bilhões pagos a mais de 4,424 milhões de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social, 18,26% da população vinculada ao INSS, em 51,998 milhões de operações, por meio do Cartão de Pagamento Instantâneo de Benefício e crédito em conta. Para oferecer serviços de elevado padrão na Custódia de Títulos e Valores Mobiliários, Controladoria, Fundos de Recebíveis, DR-Depositary Receipt, BDR-Brazilian Depositary Receipt, Escrituração de Ações, Debêntures e Quotas de Fundos de Investimento, o Bradesco mantém infra-estrutura adequada e pessoal especializado.

A Tecnologia da Informação é um dos principais pilares da estratégia da Organização Bradesco para manter e alavancar os seus negócios. Caracterizada pelo pioneirismo, possibilita aos clientes o acesso a serviços inovadores, de qualidade e fácil uso, com mobilidade, alta disponibilidade e segurança. De elevado padrão tecnológico e processos que observam as melhores práticas do segmento, conta com infra-estrutura redundante e plenamente contingenciada, com capacidade de processamento nos computadores centrais superior a 70.000 Mips (milhões de instruções por segundo), além de 5.000 servidores de programas aplicativos processados em outras plataformas e, ainda, 800 terabytes (trilhões de caracteres) para armazenamento de dados , que registrou mais de 30 trilhões de operações sistêmicas em 2005. Os investimentos destinados à sua manutenção e expansão totalizaram R$ 1,460 bilhão no exercício findo.

Com alto nível de especialização, dedica-se à administração fiduciária de recursos de terceiros no segmento institucional. R$ 9,445 bilhões, em 31 de dezembro, distribuídos em 81 Fundos de Investimento e 3 Carteiras Administradas, totalizando 956 investidores.

10.7. Bradesco Consórcios Ltda.

9.3. Serviços de Ações, Custódia e Controladoria

8.2. Tecnologia da Informação

10.3. BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Escrituração de Ativos 164 empresas integram o Sistema Bradesco de Ações Escriturais, reunindo 2,430 milhões de acionistas. 42 empresas integram o Sistema Bradesco de Debêntures Escriturais, com valor atualizado de R$ 35,606 bilhões. 26 Fundos de Investimento integram o Sistema Bradesco de Quotas Escriturais, com valor atualizado de R$ 1,521 bilhão. 2 Programas de BDR registrados, com valor de mercado de R$ 127,597 milhões.

O processo de segmentação das atividades do Banco revelou-se promissor caminho para dar nova dimensão às operações da Organização, em termos de qualidade e especialização, nas demandas específicas das mais diversas faixas de clientes, quer sejam pessoas físicas ou jurídicas. Com atendimento diferenciado e crescentes ganhos de produtividade e rapidez, proporciona ao Banco maior flexibilidade e competitividade na execução de sua estratégia de negócios.

11.1. Bradesco Corporate Desenvolve por meio de suas Plataformas, presentes nas principais cidades brasileiras, modelo de relacionamento especializado que incorpora na sua gestão as melhores práticas de atendimento a grupos econômicos, com faturamento anual superior a R$ 180 milhões. Sua atuação em parceria representa consistente diferencial, que se revela na integração do próprio Corporate com as suas áreas Asian Desk e Euro Desk, gerando os melhores resultados. R$ 64,498 bilhões é o montante de recursos administrados pela área, compreendendo 1.248 grupos econômicos.

11.2. Bradesco Empresas Voltado ao atendimento de empresas com faturamento anual entre R$ 15 milhões e R$ 180 milhões, visa a oferecer o melhor gerenciamento dos negócios, tais como Empréstimos, Investimentos, Comércio Exterior, Derivativos, Cash Management e Operações Estruturadas, tendo como foco a satisfação dos clientes e a ampliação dos resultados da Organização.

11.3. Bradesco Private Banking Dotado de estrutura adequada para atendimento especializado às pessoas físicas de elevado patrimônio, com disponibilidade mínima de R$ 1 milhão para investimentos, o Bradesco Private Banking busca orientá-las quanto às melhores alternativas de investimento, prestando-lhes assessoria personalizada e inteiramente direcionada para a valorização patrimonial.

11.4. Bradesco Prime Tem como público-alvo as pessoas físicas com renda mensal a partir de R$ 4 mil ou disponibilidade de investimento superior a R$ 50 mil. Oferece atendimento personalizado, assessoria financeira completa, bem como Produtos e Serviços diferenciados. Ao final do exercício, eram 195 as Agências Bradesco Prime em todo o País, especialmente projetadas para proporcionar conforto e privacidade aos clientes.

11.5. Bradesco Varejo Ponto de convergência da sociedade brasileira com o Bradesco, a atividade de Varejo é vocação cultivada desde as origens do Banco. Neste segmento, prioridade estratégica e campo mais tradicional de sua atuação, o Bradesco atende com qualidade a todas as faixas da população. Desse modo, alcança o maior número possível de empresas e pessoas, em todas as regiões do País, inclusive as de menor nível de desenvolvimento, refletindo o esforço que empreende na democratização dos produtos e serviços bancários.

11.6. Banco Postal O Banco Postal, além de contribuir para o progresso das populações locais, tem se firmado a cada dia pelo relevante apoio aos Clientes Bradesco que transacionam em diversas regiões do País. Fruto de parceria bem-sucedida entre o Bradesco e os Correios, tornou-se dinâmico indutor da expansão do mercado pela capacidade de inclusão de novos consumidores de serviços financeiros, essencialmente das localidades ainda desassistidas pela Rede Bancária.

Custódia e Controladoria R$ 179,255 bilhões em ativos custodiados dos clientes que utilizam os Serviços de Custódia (Fundos, Carteiras, DR e Fundos de Recebíveis). R$ 236,067 bilhões é o total de Patrimônio dos Fundos de Investimento e Carteiras Administradas que utilizam os Serviços de Controladoria. 8 Programas de DR registrados, com valor de mercado de R$ 42,054 bilhões.

11.7. Bradesco Expresso (Correspondentes Bancários)

10. Empresas Bradesco

12. Ativos Intangíveis - Capital Intelectual

10.1. Seguros, Previdência e Capitalização

É expressivo o distanciamento entre o Valor Patrimonial contábil do Bradesco no encerramento do exercício, R$ 19,409 bilhões, e o seu Valor de Mercado, R$ 64,744 bilhões, calculado com base na cotação de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. Impulsionado pela performance do período, com a melhoria dos resultados e da distribuição de dividendos/juros sobre o capital próprio, representa 3,34 vezes o Patrimônio Líquido, podendo também ser interpretado como um indicador da percepção dos investidores quanto aos ativos intangíveis da Organização. De fato, todo o planejamento estratégico desenvolvido na busca por resultados maiores leva em conta, para o estabelecimento de metas viáveis, a penetração da Marca Bradesco; sua imagem de solidez, tradição e confiabilidade; o nível de preparo, comprometimento e motivação de seus colaboradores, com uma vigorosa política de Recursos Humanos; uma forte cultura corporativa; a escala alcançada em seus negócios; a gama de canais de relacionamento existentes entre os diferentes públicos e a Organização; a ampla diversificação de produtos e serviços oferecidos e a capilaridade de sua extensa Rede de Atendimento, que cobre todo o território nacional e transcende suas fronteiras.

Nas Áreas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência ocupa posição de liderança entre os conglomerados que atuam no setor na América Latina. Administrado pela Bradesco Seguros S.A., consolida sua atuação com o lançamento e aperfeiçoamento de vários produtos. R$ 1,597 bilhão foi o Lucro Líquido do segmento Seguros, Previdência Complementar e Capitalização no ano, com rentabilidade de 27,59% e Patrimônio Líquido de R$ 5,791 bilhões. R$ 49,754 bilhões somaram os Ativos totais. R$ 46,234 bilhões totalizaram os investimentos livres e para cobertura das Provisões Técnicas. R$ 15,405 bilhões a Receita Líquida da atividade de captação de Seguros e Previdência. R$ 1,420 bilhão o faturamento da atividade de Capitalização, com distribuição de prêmios no total de R$ 39,920 milhões, relativos a 2.031 títulos sorteados, numa Carteira que ao final do ano registrava 12.771 milhões de títulos ativos.

O Bradesco mantém ainda parceria com diversos estabelecimentos comerciais, tais como Supermercados, Panificadoras, Farmácias etc., no intuito de cada vez mais disponibilizar produtos e serviços bancários à população.

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

21)

DÍVIDAS SUBORDINADAS

Os referidos processos foram aprovados pelo BACEN em 18 de março de 2005. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 11 de novembro de 2005, foi deliberado: Cancelar 2.367.000 ações ordinárias, adquiridas pela Sociedade por meio de programas de recompra autorizados pelo Conselho de Administração, e 1.538 ações ordinárias e 1.287 preferenciais oriundas da incorporação dos acionistas da Bradesco Seguros S.A., totalizando 2.368.538 ordinárias e 1.287 preferenciais, todas nominativas-escriturais, sem valor nominal, existentes em tesouraria, representativas do seu próprio capital social, sem redução deste; • Aumentar o Capital Social no valor de R$ 3.000.000 mil, elevando-o de R$ 10.000.000 mil para R$ 13.000.000 mil, mediante a utilização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária”, atribuindo aos acionistas da Sociedade, gratuitamente, a título de bonificação, 1 (uma) ação nova, da mesma espécie, para cada ação possuída. Foram emitidas 489.926.571 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 244.957.152 ordinárias e 244.969.419 preferenciais, já considerado o cancelamento mencionado no item anterior . Simultaneamente, a operação no Mercado Brasileiro, e na mesma proporção, foram bonificados os DRs - Depositary Receipts nos Mercados Americano (NYSE) e Europeu (LATIBEX), sendo que os investidores receberam 1 (um) DR novo para cada DR possuído, os quais continuaram a ser negociados na proporção de 1 (uma) ação preferencial para 1 (um) DR, nos respectivos mercados. As ações oriundas da bonificação têm direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio mensais e, eventualmente, complementares declarados após 22 de novembro de 2005, porém, não implicaram em aumento da distribuição dos mesmos, posto que visam apenas à melhora da sua liquidez. Assim, o valor dos juros sobre o capital próprio mensais, declarados após 22 de novembro de 2005, foram ajustados, passando de R$ 0,057000 para R$ 0,028500 por ação ordinária e de R$ 0,062700 para R$ 0,031350 por ação preferencial, de maneira que os acionistas continuem a receber igual montante de juros. O processo foi homologado pelo BACEN em 14 de novembro de 2005. c) Juros sobre o capital próprio As ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo Estatuto Social no reembolso do capital e adicional de 10% (dez por cento) de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso II do parágrafo 1o do Artigo 17 da Lei no 6404, com a nova redação dada pela Lei no 10.303/2001. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados, correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Os juros sobre o capital próprio são calculados com base nas contas do patrimônio líquido, limitando-se à variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP), condicionados à existência de lucros computados antes de sua dedução ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior a duas vezes o seu valor. A política de remuneração do capital adotada pelo Banco Bradesco S.A., visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor máximo calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social. Em reunião do Conselho de Administração de 29 de junho de 2005, deliberou-se o pagamento de juros sobre o capital próprio intermediários, relativos ao 1o semestre de 2005, no valor de R$ 0,57000 e R$ 0,62700 por ação ordinária e preferencial, respectivamente, pagos em 20 de julho de 2005, pelo valor líquido de R$ 0,48450 e R$ 0,53295 já deduzido o Imposto de Renda na Fonte, por ação ordinária e preferencial, respectivamente. Em reunião realizada em 11 de novembro de 2005, o Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A., aprovou a proposta da Diretoria de 10 de outubro de 2005, para pagamento aos acionistas da Sociedade de Juros sobre o Capital Próprio Complementares relativos ao exercício de 2005, no valor de R$ 1,755955872 por ação ordinária e R$ 1,931551459 por ação preferencial, que representam aproximadamente, 30,8 vezes os juros mensalmente pagos, beneficiando os acionistas que se acharem inscritos nos registros do Banco naquela data (11 de novembro de 2005). O pagamento será feito em 28 de abril de 2006, pelo valor líquido de R$ 1,492562491 por ação ordinária e R$ 1,641818741 por ação preferencial, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% (quinze porcento), exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado. Em complemento aos juros sobre capital próprio relativo ao exercício de 2005 foi proposto o pagamento de dividendos, no montante de R$ 344.000 mil, à razão de R$ 0,334531 por ação ordinária e R$ 0,367984 por ação preferencial a ser pago em 30 de junho de 2006, pelo valor declarado, não havendo retenção de Imposto de Renda na Fonte, nos termos do Artigo 10 da Lei no 9249/95. O cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio e dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir:

Em 31 de dezembro - R$ mil Papel

Valor da operação

Emissão

Vencimento

2005

Remuneração

2004

NO PAÍS: CDB subordinado .................. março/2002 528.550 2012 100,0% da taxa DI – CETIP 1.031.458 866.781 CDB subordinado .................. junho/2002 41.201 2012 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 79.868 66.610 CDB subordinado .................. outubro/2002 200.000 2012 102,5% da taxa CDI 358.691 300.116 CDB subordinado .................. outubro/2002 500.000 2012 100,0% da taxa CDI + 0,87% a.a. 908.474 756.757 CDB subordinado .................. outubro/2002 33.500 2012 101,5% da taxa CDI 59.648 49.995 CDB subordinado .................. outubro/2002 65.150 2012 101,0% da taxa CDI 115.389 96.798 CDB subordinado .................. novembro/2002 66.550 2012 101,0% da taxa CDI 117.589 98.644 CDB subordinado .................. novembro/2002 134.800 2012 101,5% da taxa CDI 238.332 199.760 Debêntures subordinadas ..... setembro/2001 300.000 2008 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 318.177 316.420 Debêntures subordinadas ..... novembro/2001 300.000 2008 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 308.763 308.425 Subtotal no país .................... 2.169.751 3.536.389 3.060.306 NO EXTERIOR: Dívida subordinada ............... dezembro/2001 353.700 2011 Taxa de 10,25% a.a. 349.088 395.184 Dívida subordinada (1) .......... abril/2002 315.186 2012 Taxa de 4,05% a.a. 318.241 360.892 Dívida subordinada ............... outubro/2003 1.434.750 2013 Taxa de 8,75% a.a. 1.181.941 1.339.261 Dívida subordinada ............... abril/2004 801.927 2014 Taxa de 8,00% a.a. 626.589 817.102 Dívida subordinada (2) .......... junho/2005 720.870 – Taxa de 8,875% a.a. 707.057 Subtotal no exterior .............. 3.626.433 3.182.916 2.912.439 Total geral ............................. 5.796.184 6.719.305 5.972.745 (1) Incluindo-se o custo de “swap” para dólar, a taxa eleva-se para 10,15% ao ano; e (2) Em 3 de junho de 2005, foi efetuada emissão de dívida subordinada perpétua no valor de US$ 300.000 mil, com opção de resgate exclusiva por parte do emissor, em sua totalidade e mediante autorização prévia do BACEN, desde que: (i) decorrido o prazo de 5 anos da data da emissão e posteriormente a cada data de vencimentos dos juros; e (ii) a qualquer momento se houver mudança na lei fiscal no Brasil ou no Exterior, que possam acarretar aumento dos custos para o emissor e caso o emissor seja notificado por escrito, pelo BACEN, de que os títulos não podem mais ser incluídos no capital consolidado. 22)

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004 Provisão para Riscos Fiscais ................................................................................................. Provisão para Imposto de Renda Diferido .............................................................................. Impostos e Contribuições sobre Lucros a Pagar .................................................................... Impostos e Contribuições a Recolher ..................................................................................... Total ......................................................................................................................................... b) Diversas

3.574.279 600.899 436.242 429.892 5.041.312

3.029.251 419.541 664.524 382.071 4.495.387

1.251.420 246.269 28.754 182.651 1.709.094

Em 31de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004 Provisão para pagamentos a efetuar ...................................................................................... Operações com cartão de crédito ........................................................................................... Provisão para passivos contingentes (cível e trabalhista) (Nota 20) ..................................... Credores diversos ................................................................................................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos ......................................................................... Obrigações por convênios oficiais ......................................................................................... Outras ...................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................... 23)

2.388.352 2.171.029 1.288.877 752.704 101.285 14.883 221.492 6.938.622

989.149 137.653 65.342 156.499 1.348.643

1.994.733 1.690.770 1.323.255 1.031.425 149.822 11.464 189.992 6.391.461

1.277.667 2.171.029 949.803 192.470 110.531 14.883 201.795 4.918.178

R$ mil

690.876 1.690.770 975.751 350.953 157.151 11.464 160.257 4.037.222

OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO a) Provisões técnicas por conta SEGUROS 2005 2004

VIDA E PREVIDÊNCIA (1) 2005 2004

Em 31de dezembro - R$ mil TOTAL 2005 2004

CAPITALIZAÇÃO 2005 2004

Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo Provisão matemática de benefícios a conceder – – 28.518.460 22.982.484 – – 28.518.460 22.982.484 Provisão matemática de benefícios concedidos .......................................................... – – 3.261.392 2.381.957 – – 3.261.392 2.381.957 Provisão matemática para resgates ............ – – – – 1.709.722 1.644.085 1.709.722 1.644.085 Provisão de prêmios não ganhos ................ 1.369.138 1.211.561 42.280 43.083 – – 1.411.418 1.254.644 Provisão de IBNR ......................................... 1.279.454 938.776 307.780 195.381 – – 1.587.234 1.134.157 Provisão de oscilação financeira ................ – – 675.438 760.851 – – 675.438 760.851 Provisão de sinistros a liquidar ................... 514.680 460.009 314.057 265.742 – – 828.737 725.751 Provisão para sorteios e resgates ............... – – – – 335.314 238.569 335.314 238.569 Provisão de excedente financeiro ............... – – 341.413 265.027 – – 341.413 265.027 Provisão de insuficiência de contribuição (2) – – 975.257 1.925.959 – – 975.257 1.925.959 Provisão para contingências ....................... – – – – 40.039 139.688 40.039 139.688 Provisão Administrativa ............................... – – 403.538 – 53.834 – 457.372 – Outras provisões (3) ..................................... 540.085 76.431 180.674 139.051 – – 720.759 215.482 Total .............................................................. 3.703.357 2.686.777 35.020.289 28.959.535 2.138.909 2.022.342 40.862.555 33.668.654 (1) Compreende as operações de seguros de pessoa e previdência. (2) A Provisão de Insuficiência de Contribuição (PIC) do exercício de 2004 foi calculada de acordo com a tábua biométrica AT-1983 sendo utilizada a taxa de juros de 4,5% a.a. Em 2005, o saldo da PIC de 2004 foi transferido para a Provisão Matemática de Benefícios a Conceder e Provisão Matemática de Benefícios Concedidos. Os valores do exercício de 2005 foram calculados de acordo com a tábua biométrica AT-2000 sendo utilizada a taxa de juros de 4,5% a.a. (3) Através do Ofício no 2781/2005, a ANS aprovou a posibilidade de constituição de provisão extraordinária, não obrigatória na carteira de “saúde Individual”, para equacionar o nivelamento dos prêmios aos segurados acima de 60 anos dos planos anteriores a lei no 9656/98 e para os benefício relativos aos planos remidos e recomendou que, uma vez constituída, a provisão, relativa aos planos remidos, sua metodologia de cálculo fosse aperfeiçoada. A Seguradora está, presentemente, analisando a recomendação da ANS de modo a determinar seus eventuais efeitos no cálculo da provisão. Em 31 dezembro de 2005 estas provisões montavam em R$ 285.703 mil e R$ 124.276 mil, respectivamente. b) Provisões técnicas por produto Em 31de dezembro - R$ mil SEGUROS VIDA E PREVIDÊNCIA CAPITALIZAÇÃO TOTAL 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Saúde (1) ...................................................... Auto/RCF ...................................................... DPVAT ........................................................... Vida .............................................................. Ramos elementares .................................... Plano Gerador de Genefícios Livres - PGBL Vida Gerador de Benefícios Livres - VGBL .. Planos tradicionais ...................................... Capitalização ............................................... Total .............................................................. (1) Vide nota 23a item 3. c) Garantias das provisões técnicas

1.469.309 1.649.258 127.373 32.653 424.764 – – – – 3.703.357

767.081 1.387.604 137.613 41.528 352.951 – – – – 2.686.777

SEGUROS 2005 2004

– – 77.828 1.093.379 – 6.614.375 13.529.409 13.705.298 – 35.020.289

– – 69.491 772.751 4.520 5.357.823 9.139.852 13.615.098 – 28.959.535

VIDA E PREVIDÊNCIA 2005 2004

Cotas de fundos de investimento (VGBL e PGBL) ......................................................... – – 20.143.784 14.497.675 Cotas de fundos de investimento (exceto VGBL e PGBL) ............................................ 2.660.014 2.006.829 10.406.645 10.247.234 Títulos públicos ........................................... 661.392 301.094 3.390.329 3.323.026 Títulos privados ........................................... 13.450 2.192 612.378 436.156 Ações .......................................................... 1.672 1.189 473.205 720.094 Direitos creditórios ...................................... 522.928 505.234 – – Imóveis ........................................................ 17.261 17.889 1.339 1.438 Depósitos retidos no IRB e depósitos judiciais 58.211 78.023 26.851 29.884 Total .............................................................. 3.934.928 2.912.450 35.054.531 29.255.507 d) Prêmios retidos de seguros, contribuições de planos de previdência e títulos de capitalização

– – – – – – – – 2.138.909 2.138.909

– – – – – – – – 2.022.342 2.022.342

767.081 1.387.604 207.104 814.279 357.471 5.357.823 9.139.852 13.615.098 2.022.342 33.668.654

20.143.784

14.497.675

1.838.358 23.465 92.467 203.816 – 11.129 – 2.169.235

1.554.075 122.062 91.655 315.193 – 12.164 – 2.095.149

14.905.017 4.075.186 718.295 678.693 522.928 29.729 85.062 41.158.694

13.808.138 3.746.182 530.003 1.036.476 505.234 31.491 107.907 34.263.106

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 8.341.155 7.303.683 1.419.960 (160.129) (79.807) 16.824.862 (2.629.210) (548.563) 13.647.089

2005

41.471 Indiana Seguros S.A. .................................................................................................................................................... 8.255 Bradesco Templeton Asset Management Ltda. ............................................................................................................ 5.234 Banco Alvorada S.A. .................................................................................................................................................... 3.010 Baneb Corretora de Seguros S.A. ................................................................................................................................. – Bradesco Seguros S.A. (1) ........................................................................................................................................... Outros minoritários ........................................................................................................................................................ 89 Total ............................................................................................................................................................................... 58.059 (1) Em março de 2005, as ações pertencentes aos acionistas minoritários da Bradesco Seguros foram incorporadas pelo Banco Bradesco S.A.. 25)

Ordinárias ............................................................................................................................................................... Preferenciais .......................................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................................. Em Tesouraria (ordinárias) ...................................................................................................................................... Em Tesouraria (preferenciais) ................................................................................................................................. Total em circulação ................................................................................................................................................ b) Movimentação do capital social em ações

Ordinárias

Quantidade Preferenciais

1.537.000 230.550

29,34

Juros sobre o capital próprio (líquido) acumulado em 2005 ...............................................................................

1.306.450

24,94

Dividendos complementares propostos (a pagar) .................................................................................................

344.000

6,57

Juros sobre capital próprio (líquido) e dividendos acumulados em 2005 ...........................................................

1.650.450

31,51

Juros sobre o capital próprio (líquido) acumulado em 2004 ...............................................................................

1.126.236

38,74

0,332060 0,285000 0,877978 1,495038 0,334531 1,829569

0,365266 0,313500 0,965776 1,644542 0,367984 2,012526

339.555 293.706 903.739 1.537.000 344.000 1.881.000

IRRF (15%)

2005 Reservas de Capital .............................................................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................................................. - Reserva Legal (1) ................................................................................................................................................. - Reserva Estatutária (2) ......................................................................................................................................... (1)

50.933 44.056 135.561 230.550 – 230.550

R$ mil Valor pago/ provisionado líquido 288.622 249.650 768.178 1.306.450 344.000 1.650.450

(2)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

36.032 5.895.214 1.034.890 4.860.324

10.853 7.745.713 1.067.637 6.678.076

Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

e) Ações em tesouraria O Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A., em reunião de 22 de novembro de 2005, deliberou autorizar a Diretoria da Sociedade a adquirir até 10.000.000 de ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 5.000.000 ordinárias e 5.000.000 preferenciais, com o objetivo de permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do Capital Social. A autorização vigorará pelo prazo de 6 (seis) meses, de 23.11.2005 a 23.5.2006. Até 31 de dezembro de 2005, haviam sido adquiridas e permaneciam em tesouraria 464.300 ações ordinárias, no montante de R$ 29.931 mil. O custo mínimo, médio ponderado e máximo, por ação é, respectivamente, de R$ 61,91121, R$ 64,46413 e R$ 66,78317 e o valor de mercado dessas ações em 29 de dezembro de 2005 era de R$ 64,70 por ação ON. 26)

RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Conta corrente ................................................................................................................................ Rendas de cartão ........................................................................................................................... Operações de crédito ..................................................................................................................... Administração de fundos ............................................................................................................... Cobrança ........................................................................................................................................ Tarifa interbancária ......................................................................................................................... Arrecadações ................................................................................................................................. Administração de consórcios ........................................................................................................ Serviços de custódia e corretagens .............................................................................................. Outras ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................

27)

1.727.563 1.300.627 1.288.664 1.047.717 717.709 271.395 205.882 148.560 125.929 514.833 7.348.879

1.333.174 1.076.413 834.141 888.104 628.617 261.373 204.456 86.970 97.925 413.195 5.824.368

1.698.988 583.617 1.020.767 571.845 717.709 271.396 205.857 – 82.827 128.652 5.281.658

1.296.814 466.134 674.572 513.252 624.436 259.404 201.573 – 59.969 74.782 4.170.936

DESPESAS DE PESSOAL Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Proventos ....................................................................................................................................... Abono pagamento único ................................................................................................................ Benefícios ...................................................................................................................................... Encargos sociais ........................................................................................................................... Treinamentos .................................................................................................................................. Participação dos empregados nos lucros (1) ................................................................................ Outras ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................

28)

2.575.321 102.927 1.135.918 954.061 52.306 286.632 204.395 5.311.560

2.509.454 42.981 1.006.681 924.264 52.681 182.386 250.560 4.969.007

2.152.868 102.927 969.220 802.257 39.946 259.270 260.702 4.587.190

2.078.645 42.981 848.759 767.203 43.990 153.007 268.622 4.203.207

No exercício, o montante eqüivale a 5,2% do lucro líquido (31 de dezembro de 2004 - 6,0%), em conformidade com a convenção coletiva de trabalho do sindicato dos bancários.

DESPESAS ADMINISTRATIVAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Serviços de terceiros ..................................................................................................................... Comunicação ................................................................................................................................. Depreciação e amortização ........................................................................................................... Propaganda e publicidade ............................................................................................................. Transporte ....................................................................................................................................... Serviços do sistema financeiro ..................................................................................................... Aluguéis ......................................................................................................................................... Manutenção e conservação de bens ............................................................................................ Processamento de dados .............................................................................................................. Arrendamento de bens ................................................................................................................... Materiais ........................................................................................................................................ Água, energia e gás ....................................................................................................................... Viagens .......................................................................................................................................... Outras ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................

29)

1.021.235 726.646 469.310 438.980 420.218 416.507 319.844 300.238 247.704 236.271 173.796 142.506 55.890 173.184 5.142.329

846.697 647.401 479.737 426.245 389.852 402.436 299.045 272.195 254.382 307.408 152.379 128.654 57.676 273.036 4.937.143

743.924 588.068 362.761 221.159 388.872 403.646 349.793 333.534 222.677 229.660 138.689 128.946 16.888 72.623 4.201.240

614.133 533.600 383.585 192.247 357.836 386.127 321.548 295.054 201.918 297.538 113.922 113.206 24.791 94.325 3.929.830

DESPESAS TRIBUTÁRIAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

Total

Quantidade em circulação em 31.12.2004 ............................................... 238.351.329 236.081.796 474.433.125 Aumento por subscrição ........................................................................... 8.791.857 8.708.143 17.500.000 Aumento por incorporação de ações ........................................................ 182.504 180.767 363.271 Ações adquiridas e canceladas (1) .......................................................... (423.800) – (423.800) Quantidade em circulação em 31.3.2005 ................................................. 246.901.890 244.970.706 491.872.596 Ações adquiridas e canceladas (1) .......................................................... (801.400) – (801.400) Quantidade em circulação em 30.6.2005 ................................................. 246.100.490 244.970.706 491.071.196 Ações adquiridas e canceladas (1) .......................................................... (841.738) (1.287) (843.025) Quantidade em circulação em 30.9.2005 ................................................. 245.258.752 244.969.419 490.228.171 Ações adquiridas e canceladas (1) .......................................................... (301.600) – (301.600) Ações adquiridas e não canceladas ........................................................ (464.300) – (464.300) Bonificação de 100% ................................................................................ 244.957.152 244.969.419 489.926.571 Quantidade em circulação em 31.12.2005 ............................................... 489.450.004 489.938.838 979.388.842 (1) Cancelamento de ações aprovado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 11 de novembro de 2005. Em Assembléia Geral Extraordinária de 9 de dezembro de 2004, foi deliberado: • O desdobramento das ações representativas do capital social, sem alteração de seu valor, elevando-se o número de ações em 200%. Os acionistas receberam, gratuitamente 2 (duas) ações novas para cada ação da mesma espécie possuída em 13 de dezembro de 2004. Na mesma proporção da operação no Mercado Brasileiro, foi processado também o desdobramento dos Depositary Receipts (DRs), nos Mercados Americano (NYSE) e Europeu (LATIBEX), sendo que os investidores receberam 2 (dois) DRs novos, gratuitamente, para cada DR possuído, de modo que os DRs continuaram a ser negociados na proporção de 1 (uma) ação para 1 (um) DR, nos respectivos mercados; e • O aumento de Capital Social, no valor de R$ 700.000 mil, elevando-o de R$ 7.000.000 mil para R$ 7.700.000 mil, mediante a emissão de 17.500.000 novas ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 8.791.857 ordinárias e 8.708.143 preferenciais, por subscrição particular ao preço de R$ 40,00 por ação, subscritas no período de 27 de dezembro de 2004 a 27 de janeiro de 2005, na proporção de 3,688612594% sobre a posição acionária possuída em 13 de dezembro de 2004, considerando o desdobramento de ações. As sobras de ações foram vendidas por meio de leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA, em 15 de fevereiro de 2005. Todo o valor apurado na operação, que ultrapassou o valor da subscrição, foi integralmente levado a crédito da conta “Reserva de Capital - Ágio de Ações”. Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 10 de março de 2005, foi deliberado: • Homologar o aumento de Capital Social, deliberado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 9 de dezembro de 2004; • Aumentar o Capital Social em R$ 11.856 mil, mediante a emissão de 363.271 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 182.504 ordinárias e 180.767 preferenciais, na proporção de 165,12329750137 ações de emissão do Bradesco para cada ação da Bradesco Seguros S.A., sendo 82,95659669277 ordinárias e 82,16670080860 preferenciais, distribuídas aos acionistas da Bradesco Seguros S.A., convertendo esta em subsidiária integral do Bradesco; e • Aumentar o Capital Social em R$ 2.288.144 mil elevando-o de R$ 7.711.856 mil para R$ 10.000.000 mil, mediante a capitalização de Reservas, sem emissão de ações.

Preferenciais

Valor pago/ provisionado bruto

Por ação (Bruto)

d) Reservas de Capital e de Lucros

35.088 9.433 6.301 2.760 16.958 50 70.590

238.351.329 236.081.796 474.433.125 – – 474.433.125

Juros sobre o capital próprio (bruto) .................................................................................................................... Imposto de renda na fonte sobre juros do capital próprio ......................................................................................

(1) Declarados em 29 de junho de 2005, e pagos em 20 de julho de 2005; e (2) Declarados em 10 de outubro de 2005, a serem pagos em 28 de abril de 2006.

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

489.914.304 489.938.838 979.853.142 (464.300) – 979.388.842

339.555 293.706 903.739

Ordinárias

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal: 2005

5.238.370

Juros sobre o capital próprio mensais, pagos e a pagar ....................................................................................... Juros sobre o capital próprio intermediários pagos em julho de 2005 .................................................................. Juros sobre o capital próprio complementares provisionados (a pagar) ...............................................................

Mensais ......................................................................................................... Intermediários 1º semestre 2005 (1) ............................................................. Complementares do exercício de 2005 (2) ................................................... Total dos juros sobre o capital próprio de 2005 ......................................... Dividendos complementares propostos ....................................................... Total dos juros sobre o capital próprio e dividendos acumulados em 2005

7.602.545 6.902.958 1.358.175 (310.669) (163.839) 15.389.170 (1.557.635) (547.858) 13.283.677

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Base de cálculo .....................................................................................................................................................

Descrição

(1)

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS

5.514.074 275.704

Percentual dos juros sobre o capital próprio e dividendos sobre a base de cálculo. Foram pagos e propostos juros sobre o capital próprio e dividendos, conforme segue:

Em 31de dezembro - R$ mil TOTAL 2005 2004

CAPITALIZAÇÃO 2005 2004

Prêmios emitidos .................................................................................................................................................. Contribuições de previdência complementar (1) ................................................................................................... Receitas com títulos de capitalização .................................................................................................................. Prêmios de cosseguros cedidos ........................................................................................................................... Prêmios restituídos ................................................................................................................................................ Prêmios emitidos líquidos ..................................................................................................................................... Prêmios resgatados .............................................................................................................................................. Prêmios de resseguros cedidos ............................................................................................................................ Prêmios retidos de seguros, planos de previdência e capitalização ................................................................. (1) Inclui o seguro de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). 24)

1.469.309 1.649.258 205.201 1.126.032 424.764 6.614.375 13.529.409 13.705.298 2.138.909 40.862.555

% (1)

Lucro líquido do exercício ...................................................................................................................................... Reserva legal .........................................................................................................................................................

Contribuição ao COFINS ................................................................................................................ Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS ................................................................... Despesas com CPMF .................................................................................................................... Contribuição ao PIS/PASEP .......................................................................................................... Despesas com IPTU ...................................................................................................................... Outros ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................ 30)

1.096.704 250.818 236.406 185.766 28.838 79.716 1.878.248

834.157 206.522 171.916 142.397 28.984 80.470 1.464.446

642.287 193.434 54.076 104.558 26.988 37.351 1.058.694

504.789 143.340 49.713 82.124 27.253 37.775 844.994

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Outras receitas financeiras ............................................................................................................ Reversão de outras provisões operacionais ................................................................................. Receitas de recuperação de encargos e despesas ...................................................................... Resultado na venda de mercadorias ............................................................................................. Outras ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................

31)

451.944 230.118 99.005 44.381 271.520 1.096.968

351.713 342.996 95.203 75.455 333.165 1.198.532

149.251 143.691 53.528 – 79.828 426.298

151.346 163.657 55.468 – 89.899 460.370

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Outras despesas financeiras ......................................................................................................... Despesas com perdas diversas .................................................................................................... Amortização de ágio ...................................................................................................................... Custo dos produtos vendidos e serviços prestados ..................................................................... Despesas de outras provisões operacionais ................................................................................ Outras ............................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................

887.285 679.827 452.863 596.937 339.770 448.266 3.404.948

680.177 508.485 343.798 558.961 216.730 517.985 2.826.136

191.295 637.236 300.945 – 182.907 327.823 1.640.206

136.569 488.845 236.393 – 218.706 335.384 1.415.897 CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de março de 2006

LEGAIS - 15

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

32)

RESULTADO NÃO OPERACIONAL

calculadas a partir de bases estatísticas, sendo usadas em processos adotados com visão prospectiva, de acordo com estudos econômicos. A metodologia aplicada e os modelos estatísticos existentes são validados diariamente utilizando-se técnicas de backtesting. A partir de março de 2005, o VaR passou a incluir as posições no exterior (anteriormente acompanhadas de modo independente), consolidando assim o risco de mercado. No quadro a seguir, apresentamos o VaR Global das posições (Tesouraria, posição no Brasil e no exterior, e Carteira Comercial), sendo que, para permitir comparações, foi retroagido o cálculo para dezembro de 2004.

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO BRADESCO CONSOLIDADO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Amortização extraordinária de ágio (1) .................... – (369.574) (Prejuízo)/lucro na alienação e baixa de valores, bens e investimentos .......................................... (50.349) (84.019) Constituição/reversão de provisões não operacionais (49.890) (4.234) Outros ....................................................................... (5.905) (33.319) Total .......................................................................... (106.144) (491.146) (1) 2004 - Em função da mudança na expectativa de realização (Nota 17a). 33)

(1.617)

(52.563) 24.894 20.949 (6.720)

(80.059) 3.237 19.859 (58.580)

Juros sobre o capital próprio e dividendos: Bradesco Seguros S.A. ........................................... 422.190 – 622.474 – Banco Finasa S.A. ................................................... 67.301 – 162.286 – Banco Boavista Interatlântico S.A. ......................... 36.422 – 6.461 – Bradesco Vida e Previdência S.A. .......................... 80.306 – 80.305 – Banco Mercantil de São Paulo S.A. ........................ 80.702 – 67.588 – Banco Alvorada S.A. ............................................... 145.870 – 57.271 – Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil .... 51.725 – 18.995 – Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações ................................................................... (183.534) – (181.622) – Nova Cidade de Deus Participações S.A. .............. – – (2.953) – Fundação Bradesco ................................................. (84.494) – (83.613) – Outros controladores, controladas e coligadas ....... 86.642 – 31.378 – Operações de pré-export (a): Outros controladores, controladas e coligadas ....... – – – 1.952 Depósitos à vista: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil .... (7.873) – (63) Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ........................ (5.068) – (1.747) – Bradesco Saúde S.A. .............................................. (24) – (3.673) – Finasa Promotora de Vendas Ltda. .......................... (1.698) – (8.269) – Bradesco Vida e Previdência S.A. .......................... (11.613) – (3.203) – BRAM - Bradesco Asset Management S.A. ............ (4.378) – (4.042) – Outros controladores, controladas e coligadas ....... (7.830) – (5.171) – Depósitos a prazo: Bradesco Argentina de Seguros S.A. ...................... (22.372) (380) (3.786) – Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações ................................................................... (4.256) (493) (1.977) (532) Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ........................ (12.931) (124) (10.723) – Bradesco Capitalização S.A. .................................. – – – (10.211) Bradesco Securities Inc. ......................................... (4.869) (30) (5.771) (57) Outros controladores, controladas e coligadas ....... (1.862) (927) (8.724) (7.433) Depósitos no exterior em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Luxembourg S.A. ......................... 348 – 493 – Banco Bradesco Argentina S.A. ............................. 17 – 20 – Aplicações em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Luxembourg S.A. ......................... 72.292 623 44.429 587 Captações/aplicações em depósitos interfinanceiros (b): Captações: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil .... (15.083.186) (1.481.342) (2.466.878) (153.513) Banco Mercantil de São Paulo S.A. ........................ (2.924.510) (421.322) (1.522.091) (77.741) Banco BEM S.A. ...................................................... (793.950) (121.698) (621.897) (17.923) Banco Finasa S.A. ................................................... (240.158) (1.427) – (683) Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. ........................................................... (253.680) (1.656) – – Banco Boavista Interatlântico S.A. ......................... (87.622) (3.876) – (1.249) Bradesco BCN Leasing S.A. Arrendamento Mercantil – – – (189.365) Banco Alvorada S.A. ............................................... (3.168.086) (353.943) (275.178) (80.540) Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil .......... (133.739) (16.664) – – Outros controladores, controladas e coligadas ....... (60.485) (5.233) (72.030) (35.527) Aplicações: Banco Finasa S.A. ................................................... 16.313.051 2.111.115 9.240.527 999.778 Banco Boavista Interatlântico S.A. ......................... – 26.472 539.733 52.244 Outros controladores, controladas e coligadas ....... – 10.986 – 31 Captações/aplicações no mercado aberto (c): Captações: Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET (105.565) (10.796) (44.279) (3.006) Alvorada Serviços e Negócios Ltda. ....................... (228.123) (1.347) – – Bradesco S.A. - CTVM ............................................. (27.698) (4.014) (19.971) (5.155) Banco Finasa S.A. ................................................... (7.909) (9.869) (3.948) (3.950) Banco Mercantil de São Paulo S.A. ........................ (9.097) (964) (10.839) (5.318) Outros controladores, controladas e coligadas ....... (39.505) (7.526) (29.151) (13.465) Aplicações: Banco BEM S.A. ...................................................... 552.030 90.883 487.056 59.725 Banco Alvorada S.A. ............................................... 398.436 68.127 372.024 5.432 Banco Baneb S.A. ................................................... – – – 51.109 Outros controladores, controladas e coligadas ....... – – – 28.396 Instrumentos financeiros derivativos (swap) (d): Banco Finasa S.A. ................................................... 28.394 3.831 156.111 16.466 Outros controladores, controladas e coligadas ....... 1.132 651 8.352 3.532 Obrigações por empréstimos e repasses no exterior (e): Banco Bradesco Luxembourg S.A. ......................... (141.544) (2.860) (64.683) (1.254) Banco Boavista Interatlântico S.A. ......................... (19.054) (646) (21.294) (385) Outros controladores, controladas e coligadas ....... – (26) (4.243) (90) Prestação de serviços (f): Scopus Tecnologia S.A. .......................................... (6.161) (143.746) (7.336) (128.667) CPM S.A. ................................................................. (5.411) (41.954) (3.504) (37.646) Outros controladores, controladas e coligadas ....... (5) 4.034 94 4.255 Aluguéis de agências: Bradesco Seguros S.A. ........................................... – (27.464) – (29.351) Banco Mercantil de São Paulo S.A. ........................ – (14.898) – (15.691) Bradesco Vida e Previdência S.A. .......................... – (6.052) – (6.589) Paineira Holdings Ltda. ........................................... – (8.379) – – Outros controladores, controladas e coligadas ....... – (14.617) – (14.430) Títulos e valores mobiliários: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil .... 12.172.766 1.121.807 1.905.213 99.749 Bradesco BCN Leasing S.A. Arrendamento Mercantil – – – 146.688 Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização 16.734 2.073 29.622 – Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior (g): Banco Boavista Interatlântico S.A. ......................... – (19.179) (505.991) (74.993) Cidade Capital Markets Limited .............................. (27.136) (1.024) (41.212) (140) Outros controladores, controladas e coligadas ....... – – – (580) Repasses interfinanceiros (h): Outros controladores, controladas e coligadas ....... – (342) – (427) Operações de securitização (i): Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET (657.262) (72.238) (1.319.094) (79.920) Negociação e intermediação de valores: Nova Paiol Participações S.A. ................................ (29.518) (25.283) – – Aquarius Holdings S.A. ........................................... (378) (378) – – Dívidas subordinadas: Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações ................................................................... (21.988) (5.866) (91.437) (12.111) Fundação Bradesco ................................................. (247.286) (35.668) (111.791) (13.681) Valores a receber: Companhia Brasileira de Soluções e Serviços VisaVale ................................................................ 3.697 – – – a) Linha de crédito no exterior, com a finalidade de financiamento à exportação no Brasil, com encargos equivalentes à variação cambial e juros praticados no mercado internacional; b) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; c) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; d) Diferenciais a receber e a pagar de operações de “swap”; e) Empréstimos no exterior, captados em moeda estrangeira, para financiamento à exportação, com encargos equivalentes à variação cambial e juros do mercado internacional; f) Contratos celebrados com a Scopus Tecnologia S.A. para serviços de manutenção de equipamentos de informática, e com a CPM S.A. para serviços de manutenção de sistemas de processamento de dados; g) Captações/Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior - “fixed rate euronotes e eurobonds”, com variação cambial e juros equivalentes aos de colocação de títulos no mercado internacional; h) Recursos captados para repasse em operações de crédito rural, com encargos equivalentes aos praticados nessa modalidade de operação; e i) Operações de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior. 34)

INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Processo de Gerenciamento de Riscos O Bradesco aborda de modo abrangente e integrado o gerenciamento de todos os riscos inerentes às suas atividades, apoiado na sua estrutura de Controles Internos e Compliance. Essa visão integrada proporciona o aprimoramento dos modelos de gestão de riscos e evita a existência de qualquer lacuna que venha a comprometer a correta identificação e mensuração dos riscos. Gerenciamento de Risco de Crédito Risco de Crédito é a possibilidade da contraparte de um empréstimo ou operação financeira vir a não desejar ou sofrer alteração na capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, podendo gerar assim algum risco de perda para a Organização. Como parte do aprimoramento do processo de Gestão de Risco de Crédito, o Bradesco vem trabalhando, continuamente, no refinamento dos procedimentos de coleta e controle de informações de sua carteira, no desenvolvimento e no aprimoramento de modelos para estimar perdas, na aferição e elaboração de inventários dos ratings utilizados, no acompanhamento dos processos de análise, concessão e liquidação de crédito, no monitoramento de concentrações, na identificação de novos componentes que ofereçam riscos de crédito e na elaboração de planos de mitigação dos riscos. O direcionamento dos esforços prioriza a utilização de modelos avançados de mensuração de riscos e melhoria de processos, tem exigido trabalhos exaustivos de todas as áreas que compreendem a cadeia de crédito e, em contrapartida, tem se refletido na qualidade e performance da carteira apresentada nos últimos trimestres, tanto em resultados quanto em robustez aos diversos cenários passados e futuros. Destacam-se, entre outros, os seguintes esforços: • Realização mensal do Comitê Executivo de Gestão de Risco de Crédito, propiciando o acompanhamento e participação da Alta Administração nos principais fatos e decisões pertinentes a risco de crédito; • Incentivos na melhoria de modelos de classificação de riscos de clientes dentro de características particulares nos segmentos de negócio que o Banco atua; • Participação na avaliação de riscos de crédito na revisão ou na formalização de produtos; • Implementação da sistemática de cálculo das perdas esperadas e inesperadas, além da alocação de capital correspondente; • Revisão periódica dos projetos voltados para o atendimento das melhores práticas e aos requerimentos de Novo Acordo de Capitais de Basiléia, monitorando as ações em andamento e identificando novas lacunas e necessidades que surjam para aprimoramento do processo de gestão, elaborando planos de ação; • Backtesting dos modelos utilizados para mensuração de riscos da carteira de crédito; • Otimização dos sistemas de informações gerenciais, de modo a atender a atual abordagem de segmentação dos clientes e departamentos, com ênfase na tomada de decisões e gerenciamento da carteira de crédito; • Acompanhamento de grandes riscos: monitoramento periódico dos principais eventos de inadimplência, por meio de análises individuais, baseadas na evolução dos saldos dos clientes e estimativas de recuperação; e • Contínua revisão e reestruturação de processos internos, abrangendo papéis e responsabilidades, capacitação, revisão de estruturas organizacionais e demandas de tecnologia da informação. Gerenciamento de Risco de Mercado O risco de mercado está ligado à possibilidade de perda em função da oscilação de taxas referentes aos descasamentos de prazos, moedas e indexadores das carteiras ativa e passiva da Instituição. Este risco tem sido acompanhado com crescente rigor pelo mercado, com substancial evolução técnica nos últimos anos, no intuito de evitar, ou pelo menos minimizar, eventuais prejuízos às instituições, dada a elevação na complexidade das operações realizadas local e internacionalmente. No Bradesco, os riscos de mercado são gerenciados por meio de metodologias e modelos aderentes e condizentes com a realidade do mercado nacional e internacional, permitindo embasar decisões estratégicas da Organização com grande agilidade e alto grau de confiança. A política da Organização, em termos de exposição a riscos de mercado, é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e o cumprimento destes acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras. A metodologia adotada para a apuração do VaR tem nível de confiança de 97,5%. As volatilidades e as correlações utilizadas pelos modelos são

Início do exercício ............................. Movimentação no patrimônio de referência: • Lucro do exercício ............................ • Juros sobre o capital próprio/dividendos • Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos ..................................... • Aumento de capital por subscrição, incorporação de ações e ágio ....... • Dívida subordinada .......................... • Outros ............................................... Movimentação na ponderação de ativos: • Títulos e valores mobiliários ............ • Operações de crédito ....................... • Serviço de compensação de cheques e assemelhados ............................. • Crédito tributário ............................... • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ........................................ • Contas de compensação ................. • Outros ativos .................................... Final do exercício ..............................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Fatores de riscos Pré .................................................................................................... Cupom cambial interno .................................................................... Moeda estrangeira ............................................................................ IGP-M - IPCA .................................................................................... TR ..................................................................................................... Renda variável ................................................................................. Brady Bonds/Treasury (EUA) ............................................................ Outros ............................................................................................... Efeito correlação ..............................................................................

TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETA E INDIRETA) As transações com controladores, controladas e coligadas (direta e indireta) são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Receitas Ativos Ativos Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas)

2005 Financeiro Econômico(1) financeiro (2)

13.589 28.767 10.129 24.018 10.961 149 36.695 5.267 (59.897)

11.697 17.947 195 4.086 4.168 339 21.983 699 (20.367)

VaR (Value at Risk) .......................................................................... 69.678 40.747 Não estão sendo contemplados no cálculo do VaR, por serem estrategicamente gerenciados de maneira diferenciada, os investimentos no exterior protegidos por operações de hedge, em valores que levam em consideração os efeitos fiscais, que minimizam a sensibilidade a riscos e correspondentes impactos nos resultados, assim como as posições de títulos externos que estão casadas com captações. Além do acompanhamento e controle via VaR, é feita diariamente uma análise de sensibilidade das posições (Gap Analysis), que mede o efeito na carteira do movimento da curva da taxa de juros interna e da curva do cupom cambial (diferencial de juros pago acima da variação cambial), como também são avaliados periodicamente os possíveis impactos nas posições de cenários de stress. Complementando a estrutura de acompanhamento, controle e gestão de riscos de mercado, seguindo a regulamentação do BACEN, é feita a aferição diária do valor em risco das posições prefixadas e cambiais da carteira total da Organização, assim como da exigência de capital resultante. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações da Organização, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras. O conhecimento e o acompanhamento desse risco são cruciais, sobretudo para habilitar a Organização a liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro. Na Organização Bradesco, a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, havendo permanente avaliação das posições assumidas e instrumentos financeiros utilizados. Risco de capital O gerenciamento de risco de capital na Organização busca otimizar a relação risco/retorno de modo a minimizar perdas, por meio de estratégias de negócios bem definidas, procurando maior eficiência na composição dos fatores que impactam no índice de solvabilidade (Basiléia).

Base de cálculo - índice de solvabilidade (Basiléia)

2005 Financeiro Econômico(1) financeiro (2)

(1) (2)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 EconômicoFinanceiro (1) financeiro (2)

2004 Valor líquido

5.242.407 53.064 5.189.343 23.553.033 9.345.181 14.195.045 12.807

17.203.994 6.656.595 4.045

7.742 7.742 1.450.311 1.450.311

– 20.724

15.848.571 8.543.197 284.668 5.173.417 794.105 779.650 130.837 142.697 15.580.767 1.216.303 661.650 13.369.393 5.262 35.843 291.633 683

Valor líquido

Valor global

– –

888.308 107.000 781.308 – 501.172 501.172 –

4,96% (1,69%)

4,24% (1,44%)

3,02% (1,32%)

2,61% (1,15%)

0,04%

0,04%

(0,06%)

(0,07%)

0,66% 0,57% (0,26%)

0,56% 0,48% (0,23%)

– 0,89% (0,11%)

– 0,79% (0,12%)

0,36% (3,00%)

(0,52%) (2,07%)

0,68% (1,93%)

(0,13%) (1,40%)

(0,01%) 0,37%

(0,01%) 0,31%

– 0,10%

– (0,01%)

(2,24%) (0,24%) (1,01%) 17,26%

(1,72%) (0,18%) (0,31%) 15,23%

(1,75%) (0,19%) (0,43%) 18,75%

(1,30%) (0,16%) (0,20%) 16,08%

Valor global

– – 9.292.117 9.005.702 12.807

107.000 280.136 –

383.134 9.196 339.822 330.626 9.196

– –

7.495.121 3.111.153 343.487 2.324.325 639.304 935.899 99.376 41.577 7.157.862 1.826.499 632.809 4.476.757 514 37.541 172.041 11.701

7.326.894 – – 788.843 743.807 – 142.014 – 376.982 8.195.976 – – 160.796 –

7.479.822 1.919.655 5.560.167 31.344.456 19.123.649 12.216.762 4.045

1.442.569

52.508 – – – 1.284.654 – – 638.790 898.358 – 29.876 – 289.322 2.152.432 – – 72.665 –

1.110.064 107.000 1.003.064 – 501.172 501.172 – 16.269.830 8.543.007 730.294 5.150.010 794.105 779.650 130.837 141.927 15.972.017 1.631.736 661.650 13.345.859 5.262 35.843 291.633 34

1 a 90 dias

Em 31 de dezembro - R$ mil

Ajuste a receber - swap Compras a termo a receber ...................... Vendas a termo a receber Prêmios de opções a exercer ...................... Total do Ativo ............... Ajuste a pagar - swap ... Compra a termo a pagar Venda a termo a entregar Prêmios de opções lançadas .......................... Total do Passivo ..........

2004 Ajuste a valor de mercado

Valor de mercado

317.664

45.365

363.029

367.058

12.518

379.576

107.000 –

– –

107.000 –

9.196 9.183

(13) 13

9.183 9.196

2.916 427.580 (93.479) (107.000) –

1.543 46.908 (1.746) – –

4.459 474.488 (95.225) (107.000) –

1.087 386.524 (39.576) (9.196) (9.183)

(1.086) 11.432 (2.741) 13 (13)

1 397.956 (42.317) (9.183) (9.196)

(59.328) (259.807)

23.080 21.334

(36.248) (238.473)

(106.447) (164.402)

(6.504) (9.245)

(112.951) (173.647)

344.900

50.152

395.052

486.441

60.271

546.712

107.000 –

– –

107.000 –

9.196 9.183

(13) 13

9.183 9.196

2.916 454.816 (95.751) (107.000) –

1.543 51.695 (1.488) – –

4.459 506.511 (97.239) (107.000) –

1.087 505.907 (38.068) (9.196) (9.183)

(1.086) 59.185 (6.969) 13 (13)

1 565.092 (45.037) (9.183) (9.196)

(59.328) (262.079)

23.080 21.592

(36.248) (240.487)

(106.447) (162.894)

(6.504) (13.473)

(112.951) (176.367)

III) Contratos futuros, de opções, de termo e de swap

1 a 90 dias Contratos futuros .......... 21.908.420 Contratos de opções .... 11.954 Contratos a termo ......... 855.646 Contratos de swap ........ 5.227.176 Total em 2005 ............... 28.003.196 Total em 2004 ............... 21.889.555

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Total 91 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias 2005 2004 6.123.393 4.746.244 38 406.364 180.702 323.097 2.633.623 4.717.203 8.937.756 10.192.908 2.329.338 7.297.064

6.046.221 38.824.278 28.795.440 – 418.356 1.458.053 30.035 1.389.480 732.152 2.907.540 15.485.542 7.115.545 8.983.796 56.117.656 6.585.233 38.101.190

17.203.994 6.656.595 4.045

91 a 180 dias

5.242.407 53.064 5.189.343 23.553.033 9.345.181 14.195.045 12.807

– 20.724

7.742 7.742 1.450.311 1.450.311

– – 9.292.117 9.005.702 12.807 – 1.442.569

392.330 107.000 501.892 – – – 6.911.271 68.644 – 788.843 743.807 – 141.893 – – 8.195.849 – – 160.796 –

383.134 9.196 339.822 330.626 9.196 9.159.754 3.111.153 2.046.959 2.287.063 639.304 935.899 99.376 40.000 8.658.080 3.328.246 632.752 4.476.757 514 37.541 172.041 10.229

52.508 – – – – 1.404.207 – 638.790 898.358 – 29.771 217.093 – 2.189.694 – – 72.665 –

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Total 181 a 360 Acima de dias 360 dias 2005 2004

Contratos futuros .......... 21.908.420 6.123.393 4.746.244 6.046.221 38.824.278 28.795.440 Contratos de opções .... 11.954 38 406.364 – 418.356 1.458.053 Contratos a termo ......... 978.810 180.702 421.689 30.035 1.611.236 732.152 Contratos de swap ........ 5.370.076 2.749.088 4.850.481 2.905.133 15.874.778 8.613.042 Total em 2005 ............... 28.269.260 9.053.221 10.424.778 8.981.389 56.728.648 Total em 2004 ............... 22.134.010 2.685.751 7.764.184 7.014.742 39.598.687 IV) Tipos de margem oferecida em garantia para instrumentos financeiros derivativos, representados basicamente por contratos futuros Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Títulos públicos Notas do Banco Central ..................... – Notas do tesouro nacional ................. 301.135 Letras do tesouro nacional ................. 1.320.615 Letras financeiras do tesouro ............. – Total .................................................... 1.621.750 V) Valores das receitas e das despesas líquidas

616 356.927 492.756 242 850.541

– 301.135 1.320.615 – 1.621.750

616 356.927 492.756 242 850.541

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Contratos de swap .............................. 728.355 367.285 730.734 398.074 Contratos a termo ............................... (14.723) 60.129 (40.005) 60.125 Contratos de opções .......................... 70.888 12.472 70.887 12.472 Contratos futuros ................................ 1.604.482 799.004 1.604.482 801.359 Total (Nota 10e) ................................... 2.389.002 1.238.890 2.366.098 1.272.030 VI) Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 Ajuste a Valor de Ajuste a Valor de Custo Custo mercado atualizado valor de mercado atualizado valor de mercado mercado Ajuste a receber - swap Compras a termo a receber ...................... Vendas a termo a receber Prêmios de opções a exercer ...................... Total do Ativo ................ Ajuste a pagar - swap ... Compra a termo a pagar Venda a termo a entregar Prêmios de opções lançadas .......................... Total do Passivo ...........

– –

198.816 198.816 219.540 219.540

392.330

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 Valor Valor Valor líquido global líquido

II) Composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 Ajuste a Valor de Custo Custo mercado atualizado atualizado valor de mercado

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Ganho/ Ganho/ (perda) (perda) potencial potencial

2005 Valor de mercado

c) Derivativos O Bradesco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de hedge, destinam-se a protegê-lo contra variações cambiais e variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. Os contratos de opções proporcionam ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um instrumento financeiro com preço específico de exercício em data futura.

2005

198.816 198.816 219.540 219.540

17,22%

Inclui somente empresas financeiras; e Empresas financeiras e não financeiras.

BRADESCO CONSOLIDADO

7.479.822 1.919.655 5.560.167 31.344.456 19.123.649 12.216.762 4.045

19,85%

Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros: • Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, investimentos, dívidas subordinadas e ações em tesouraria baseiam-se em cotação de preços de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes; • Operações de crédito prefixadas foram determinadas mediante desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando as taxas de juros praticadas pela Organização Bradesco em novos contratos de características similares. As referidas taxas são compatíveis com o mercado na data do balanço; e • Depósitos a prazo, recursos de emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses foram calculados mediante o desconto da diferença entre os fluxos de caixa nas condições contratuais e as taxas praticadas no mercado na data do balanço.

Movimentação no patrimônio de referência: Início do exercício ............................. 20.843.464 20.907.411 18.371.782 18.473.483 • Lucro do exercício ............................ 5.514.074 5.514.074 3.060.151 3.060.151 • Juros sobre o capital próprio/dividendos (1.881.000) (1.881.000) (1.324.983) (1.324.983) • Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos ...................................... 49.879 49.879 (20.837) (20.837) • Aumento de capital por subscrição, incorporação de ações e ágio ........ 736.106 736.106 – – • Dívida subordinada .......................... 626.477 626.477 849.483 849.483 • Outros ............................................... (283.761) (295.216) (92.132) (129.886) Final do exercício .............................. 25.605.239 25.657.731 20.843.464 20.907.411 Movimentação na ponderação de ativos: Início do exercício ............................. 111.182.110 130.055.907 92.568.660 107.296.785 • Títulos e valores mobiliários ............ (1.696.117) 3.503.542 (3.059.579) 1.291.715 • Operações de crédito ....................... 16.039.027 16.107.481 10.040.802 9.960.397 • Serviço de compensação de cheques e assemelhados .............................. 52.443 52.444 (28.485) (28.485) • Crédito tributário ............................... (2.582.124) (2.819.943) (402.402) 631.812 • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ........................................ 17.096.858 17.093.359 9.034.045 9.005.052 • Contas de compensação ................. 1.695.739 1.703.183 1.094.801 1.090.283 • Outros ativos .................................... 6.603.710 2.781.009 1.934.268 808.348 Final do exercício .............................. 148.391.646 168.476.982 111.182.110 130.055.907 Valor dos instrumentos registrados em contas patrimoniais e de compensação

Contratos futuros Compromissos de compra: ............................................... - Mercado interfinanceiro ....................................................... - Moeda estrangeira .............................................................. Compromissos de venda: .................................................. - Mercado interfinanceiro ....................................................... - Moeda estrangeira .............................................................. - Outros ................................................................................. Contratos de opções Compromissos de compra: ............................................... - Moeda estrangeira .............................................................. Compromissos de venda: .................................................. - Moeda estrangeira .............................................................. Contratos a termo Compromissos de compra: ............................................... - Mercado interfinanceiro ....................................................... - Moeda estrangeira .............................................................. - Outros ................................................................................. Compromissos de venda: .................................................. - Moeda estrangeira .............................................................. - Outros ................................................................................. Contratos de swap Posição ativa: ...................................................................... - Mercado interfinanceiro ....................................................... - Prefixados ........................................................................... - Moeda estrangeira .............................................................. - Taxa referencial - T.R. ......................................................... - Selic ................................................................................... - IGP-M ................................................................................. - Outros ................................................................................. Posição passiva: .................................................................. - Mercado interfinanceiro ....................................................... - Prefixados ........................................................................... - Moeda estrangeira .............................................................. - Taxa referencial - T.R. ......................................................... - Selic ................................................................................... - IGP-M ................................................................................. - Outros ................................................................................. Nos derivativos estão incluídas as operações vencíveis em D+1.

16,08%

Ativos: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (Nota 10) .... 64.450.808 65.481.728 1.030.920 1.287.218 Operações de crédito (1) (Nota 12) ..... 81.130.394 81.393.596 263.202 274.472 Investimentos (2) (Nota 15b) .............. 984.970 1.245.505 260.535 443.169 Passivos: Depósitos a prazo (Nota 18a) ............. 32.836.656 32.816.305 20.351 (627) Recursos de emissão de títulos (Nota 18c) ................................................... 6.203.886 6.176.182 27.704 14.205 Obrigações por empréstimos e repasses (Notas 19a e 19b) ...................... 16.563.081 16.502.315 60.766 (11.321) Dívidas subordinadas (Nota 21) ......... 6.719.305 7.344.433 (625.128) (343.741) Ações em tesouraria (Nota 25e) ......... (29.931) (30.040) 109 – Total .................................................... 1.038.459 1.663.375 (1) Inclui adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito; e (2) Não considera a mais-valia em investimentos em coligadas.

R$ mil 2004 EconômicoFinanceiro (1) financeiro (2)

Valor global

18,75%

Valor contábil

Variação do Índice de Solvabilidade (Basiléia) - em R$ mil e %

I)

2004 Econômicofinanceiro (2)

b) Valor de mercado O valor contábil, líquido das provisões para desvalorizações, dos principais instrumentos financeiros:

Patrimônio líquido .............................. 19.409.274 19.409.274 15.214.646 15.214.646 Redução dos créditos tributários cono forme Resolução n 3.059 do BACEN (99.436) (99.436) (41.183) (41.183) Minoritários/outros .............................. 5.568 57.033 6.643 70.590 Patrimônio de referência nível I ........ 19.315.406 19.366.871 15.180.106 15.244.053 Patrimônio de referência nível II (dívida subordinada) ............................... 6.289.833 6.290.860 5.663.358 5.663.358 Patrimônio de referência total (nível I + nível II) .................... 25.605.239 25.657.731 20.843.464 20.907.411 Ativos ponderados de risco .............. 148.391.646 168.476.982 111.182.110 130.055.907 Índice de solvabilidade ...................... 17,26% 15,23% 18,75% 16,08%

2005 Financeiro Econômico(1) financeiro (2)

Financeiro (1)

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004 CETIP (balcão) ................................... BM&F (bolsa) ...................................... Total .................................................... 35)

10.091.644 46.026.012 56.117.656

6.553.667 31.547.523 38.101.190

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 10.480.880 46.247.768 56.728.648

8.051.164 31.547.523 39.598.687

BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Bradesco e suas controladas são patrocinadores de um plano de previdência complementar para seus funcionários e administradores, na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição definida, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante mediante contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos em um FIE (Fundo de Investimento Exclusivo). O PGBL é administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A., e a BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM é a responsável pela gestão financeira dos fundos FIEs. As contribuições dos funcionários e administradores do Bradesco e suas controladas são equivalentes a 4% do salário, exceto para os participantes que em 2001 optaram em migrar do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida (PGBL), cujas contribuições foram mantidas nos níveis que vigoravam no plano de benefício definido quando da transferência de plano, observando-se sempre o mínimo de 4% do salário. As obrigações atuariais do plano de contribuição definida (PGBL) estão integralmente cobertas pelo patrimônio do FIE correspondente. Além do plano de contribuição definida (PGBL) anteriormente apresentado, estão assegurados aos participantes transferidos do plano de benefício definido um benefício proporcional diferido, correspondente aos seus direitos acumulados neste plano. Para os participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais do plano está integralmente coberto por ativos garantidores.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16 -.LEGAIS

terça-feira, 7 de março de 2006

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A. e por sua vez incorporador do Banco BEA), mantém um plano de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do BEA - CABEA, que se encontra em processo de retirada de patrocínio, com data-base fixada em 30 de novembro de 2002, cujas contribuições do patrocinador cessaram a partir de 1o de dezembro de 2002. Os participantes também deixaram de contribuir a partir dessa mesma data. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A.) mantém planos de aposentadoria complementar de contribuição definida e de benefício definido, por meio da Fundação Baneb de Seguridade Social BASES (relativos aos ex-empregados do Baneb). As obrigações atuariais dos planos de contribuição definida e benefício definido estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. O Banco BEM S.A. patrocina planos de aposentadoria complementar de benefício definido e de contribuição definida, por meio da Caixa de Assistência e Aposentadoria dos Funcionários do Banco do Estado do Maranhão - CAPOF. As obrigações atuariais dos planos de benefício definido e de contribuição definida estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. Com base no parecer do atuário independente, o valor presente das obrigações atuariais do plano de benefício definido e de seus ativos para cobertura dessas obrigações assumidas pelo Banco Alvorada e pelo Banco BEM, estavam assim representados: Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Banco Alvorada Banco BEM Ativo líquido do plano .............................................................. 380.561 106.179 Passivos atuariais ................................................................... 340.628 113.005 Superveniência/insuficiência .................................................. 39.933 (6.826) Principais premissas utilizadas na avaliação atuarial dos planos do Banco Alvorada e Banco BEM Taxa nominal de desconto ................................................................. 11,30% a.a. Taxa nominal de retorno mínimo esperado dos ativos ...................... 11,30% a.a. Taxa nominal de crescimentos salariais futuros ............................... 8,15% a.a. Taxa nominal de crescimento dos benefícios da previdência social e dos planos .................................................................................... 5,00% a.a. Taxa de inflação ................................................................................. 5,00% a.a. Tábua biométrica de mortalidade geral ............................................. UP94 Tábua biométrica de entrada em invalidez ....................................... Tábua “Mercer” Taxa de rotatividade esperada ........................................................... 0,30/(Tempo de Serviço + 1) Probabilidade de ingresso em aposentadoria ................................... 100% na 1a exigibilidade a um benefício pelo plano Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis). O Bradesco em suas dependências no exterior proporciona para seus funcionários e administradores, plano de pensão com contribuição definida, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante, mediante contribuições pagas por ele mesmo e em igual proporção pelo Bradesco. As contribuições dos funcionários e administradores e do Bradesco em suas dependências no exterior são em conjunto equivalentes a no máximo 5% do salário anual do benefício. As despesas com contribuições efetuadas no exercício totalizaram R$ 273.905 mil (2004 - R$ 211.259 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 221.960 mil (2004 - R$ 182.506 mil). Além desse benefício, o Bradesco e suas controladas oferecem aos seus funcionários e administradores outros benefícios, dentre os quais: seguro saúde, assistência odontológica, seguro de vida e de acidentes pessoais e treinamento profissional, cujo montante dessas despesas, incluindo as contribuições mencionadas anteriormente, totalizaram no exercício - R$ 1.188.224 mil (2004 - R$ 1.059.362 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 1.009.166 mil (2004 - R$ 892.749 mil). 36)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........................ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ........... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas .............. Perda/ganho cambial ......................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .................. Crédito tributário de exercícios anteriores constituídos .......................... Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar) ............................................. Outros valores .................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..............................

7.747360

3.626.965

6.174.417

2.967.343

(2.634.102)

(1.233.168)

(2.099.302)

(1.008.897)

25.891 (234.284)

55.541 (111.115)

1.141.715 (214.920)

826.277 (115.646)

(119.102)

(79.107)

(94.603)

(60.905)

48.709

303.787

522.580 165.853

450.494 59.223

522.580 84.187

450.494 1.485

(2.224.455)

(554.345)

(660.343)

92.808

Em 31 de dezembro - R$ mil

2005 Valor em 2005 ....................................................................... Valor em 2004 .......................................................................

Impostos diferidos Constituição/realização, no exercício, sobre adições temporárias ............... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social Prejuízo fiscal .................................... Crédito tributário de exercícios anteriores constituídos: ......................... Base negativa de contribuição social Prejuízo fiscal .................................... Contribuição social - Medida Provisória no 2158-35 de 24.8.2001 .................. Adições temporárias .......................... Constituição no exercício sobre: ....... Base negativa de contribuição social Prejuízo fiscal .................................... Subtotal .............................................. Impostos correntes: Imposto de renda e contribuição social devidos ..................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..............................

76.256

(525.208)

27.634

(51.614) (140.694)

(25.183) (90.398)

– –

– –

2005

f)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ...................... Provisão para contingências cíveis ...................................... Provisão para contingências fiscais ..................................... Provisão trabalhista ................. Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ...... Provisão para desvalorização de bens não de uso ................ Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação .......... Ágio amortizado ....................... Outros ....................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............ Subtotal .................................... Contribuição social - Medida Provisória n o 2158-35 de 24.8.2001 ............................... Total dos créditos tributários (Nota 13b) ............................... Obrigações fiscais diferidas (Nota 36f) ................................ Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas .. - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de referência total (Nota 34a) ............................ - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total .......................................

37)

Conselho de Administração

Vice-Presidente Membros

Diretoria

3.322 9.035 (788.171)

16.454 41.496 322.412

– – 27.634

(1.436.284)

(876.757)

(135.135)

65.174

(2.224.455)

(554.345)

(660.343)

92.808

72.669

47.580

170.705

584.609 284.508

– –

177.267 146.821

39.857 177.687

722.019 253.642

160.457

8.411

36.101

132.767

77.473

11.220

28.344

60.349

97.280 379.197 175.468

– – 1.149

84.790 73.153 61.692

95.142 106.866 89.270

86.928 345.484 149.039

4.606.165

1.149

1.553.897

2.204.934

3.956.277

606.520 5.212.685

(13.778) (12.629)

55.174 1.609.071

192.308 2.397.242

455.608 4.411.885

879.671

80.928

798.743

6.092.356

(12.629)

1.609.071

2.478.170

5.210.628

419.541

(78)

359.387

177.951

600.899

5.672.815

(12.551)

1.249.684

2.300.219

4.609.729

27,1%

18,0%

3,1%

2,2% R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO

Saldo em 31.12.2004

Constituição

Realização

Saldo em 31.12.2005

2.253.106 94.275 294.384 227.548

721.585 35.967 97.788 139.649

1.323.506 35.913 14.001 138.593

1.651.185 94.329 378.171 228.604

19.959

991

4.447

16.503

40.710

7.118

11.460

36.368

78.867 92.148 80.270

83.140 58.728 27.216

78.867 21.901 68.702

83.140 128.975 38.784

3.181.267

1.172.182

1.697.390

2.656.059

505.072 3.686.339 137.653

– 1.172.182 118.550

3.212 1.700.602 9.934

501.860 3.157.919 246.269

3.548.686

1.053.632

1.690.668

2.911.650

17,0%

11,3%

2,4%

1,6%

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158–35 Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Prejuízo fiscal e base Diferença temporárias negativa Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição social renda social Total renda 2006 .......................................... 2007 .......................................... 2008 .......................................... 2009 .......................................... 2010 .......................................... Total em 2005 ........................... Total em 2004 ...........................

Lázaro de Mello Brandão

– –

145.616

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................... Provisão para contingências cíveis Provisão para contingências fiscais . Provisão trabalhista ........................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .......................... Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................ Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ............................... Ágio amortizado ................................. Outros ................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................. Contribuição social - Medida Provisória no 2158-35 de 24.8.2001 .................. Total dos créditos tributários (Nota 13b) Obrigações fiscais diferidas ............. Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas (Nota 36f) .. - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de referência total .............................. - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total ...........

Presidente

– – – – – (525.208)

2.035.344

910.850 893.339 1.153.217 20.822 2.128 2.980.356 3.461.008

314.267 301.486 353.776 5.913 479 975.921 1.145.157

97.038 76.203 81.942 83.648 38.775 377.606 489.123

31.789 16.838 16.080 13.096 199 78.002 117.397

1.353.944 1.287.866 1.605.015 123.479 41.581 4.411.885 5.212.685

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Diferenças temporárias Imposto de renda Contribuição social Total 2006 ................................................... 592.717 206.236 798.953 2007 ................................................... 658.463 225.556 884.019 2008 ................................................... 728.534 244.553 973.087 Total em 2005 .................................... 1.979.714 676.345 2.656.059 Total em 2004 .................................... 2.368.773 812.494 3.181.267

2006

2011 e 2012

Total

Em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004

288.417 132.531 76.992 5.663 97.296 600.899

256.829 91.820 – 18.874 52.018 419.541

94.709 – 76.989 2.626 71.945 246.269

99.133 – – 3.381 35.139 137.653

Órgãos da Administração

16.093 145.068

1.584.087

798.743 879.671

OUTRAS INFORMAÇÕES

– 5.892

917.874

Total

a) A Organização Bradesco administra fundos de investimento e carteiras, cujos patrimônios líquidos em 31 de dezembro de 2005, montam a R$ 121.182.430 mil (2004 - R$ 99.640.172 mil). b) O Banco Bradesco por meio de sua controlada Finasa Promotora de Vendas Ltda. (Finasa) firmou, em 15.4.2005, com o Banco Morada S.A. e Morada Investimentos S.A. (Grupo Morada), “Contrato de Cessão e Transferência de Quotas e Outras Avenças”, relativo à transferência do Negócio de Financiamento ao Consumidor, compreendendo as operações de Crédito Pessoal (CP) e Crédito Direto ao Consumidor (CDC) do Grupo Morada, mediante a aquisição da totalidade do capital social da Morada Serviços Financeiros Ltda. (Morada Serviços), pelo valor de R$ 80 milhões, com pagamento à vista. A aquisição possibilitará à Finasa a ampliação da oferta de seus produtos de varejo, incluindo os do Bradesco, desde conta corrente até produtos de seguros, previdência complementar, capitalização e consórcio, por intermédio da plataforma operacional da Morada Serviços. c) Em julho de 2005 o Banco Bradesco S.A. e a União de Lojas Leader S.A. (Leader Magazine), rede de varejo com atuação focada nos mercados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, informaram a constituição de parceria para a administração da Leadercard, uma das cinco maiores empresas de cartões de crédito de marca própria, Private Label, do Brasil. A parceria envolve, ainda, a criação de uma financeira, sujeita à aprovação pelo BACEN, e terá como base a carteira de clientes da Leadercard. O Bradesco e o Grupo Leader serão sócios em partes iguais dessa operação. Além do aumento da base de cartões da Leadercard, com respectivo aumento do faturamento, a parceria proporcionará aos clientes da Leader oportunidade de acesso a produtos e serviços bancários oferecidos pelo Bradesco, como seguros, previdência, consórcios, capitalização, crédito pessoal, pagamento de contas e outras atividades inerentes à operação de correspondente bancário. d) Em 2 de agosto de 2005 o Banco Bradesco S.A. e as Lojas Colombo S.A., uma das maiores rede varejistas de produtos eletroeletrônicos e móveis do país, com sede no Rio Grande do Sul, comunicaram a assinatura de Memorando de Entendimentos para criação de parceria em Sociedade Financeira que terá como base a carteira de clientes da Colombo. A implementação da parceria está sujeita à assinatura dos contratos definitivos e à aprovação pelo BACEN. O Bradesco e a Colombo serão sócios em partes iguais na operação, que envolve, ainda, a distribuição de produtos e serviços bancários oferecidos pelo Bradesco, como seguros, previdência, capitalização, crédito pessoal e outras atividades inerentes às operações de instituições financeiras. e) Em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA em 21 de dezembro de 2005, o Banco Bradesco S.A. adquiriu o controle acionário do Banco do Estado do Ceará S.A. - BEC, instituição com sede na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, e o de sua controlada BEC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. A operação envolveu a compra de 82.459.053 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de emissão do BEC, que representam 89,35% do capital votante e 89,17% do capital social, pelo valor de R$ 700.000 mil. Com essa aquisição, a Organização Bradesco amplia a presença no Estado do Ceará e reafirma a sua confiança e parceria no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Será mantida com o BEC, em caráter de exclusividade, a prestação dos seguintes serviços ao Estado: o pagamento a fornecedores, a remuneração dos servidores e a administração e custódia de títulos federais adquiridos pelo Estado para eventual recompra de operações de crédito rural securitizadas. O processo de aquisição foi concluído em 3.1.2006, data da assinatura do Contrato de Compra e Venda das Ações e da realização da Assembléia Geral Extraordinária que elegeu os novos Administradores. f) Em fevereiro de 2006 o Banco Bradesco e as lojas Esplanada e Otoch, uma das maiores redes de varejo do Nordeste, constituíram parceria para gestão do cartão de crédito Private Label Esplanada Card o Otoch Card, que contam atualmente com 2,3 milhões de clientes. A parceria foi firmada por meio de um Acordo Operacional que prevê, ainda, a comercialização de produtos e serviços do Bradesco aos clientes portadores dos cartões. g) Em fevereiro de 2006 o Banco Bradesco anunciou a constituição de sua nova subsidiária, o Banco Bradesco de Investimento (BBI) com o objetivo de consolidar, dar foco e desenvolver novos nichos nas atividades ligadas ao mercado de capitais nacional e internacional, em negócios de estruturação, originação, distribuição e administração de ativos, fluxos e estoques financeiros de clientes. O BBI terá como responsabilidade a administração e a geração de resultados nas seguintes áreas, que até agora estavam consolidadas dentro da estrutura do Bradesco: Departamento de Mercado de Capitais, Bradesco Asset Management (Bram), Bradesco Corretora, Bradesco Securities (sede em Nova York) e Bradesco Private Bank.

– –

248.590 102.456

BRADESCO MÚLTIPLO Crédito tributário de contribuição social M.P. nº 2158-35 2007 2008 2009 2010

IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos .............................. Superveniência de depreciação ............................................................................................................................................ Operações em mercado de liquidação futura ........................................................................................................................ Reserva de reavaliação ......................................................................................................................................................... Outros ..................................................................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................................

– –

2.701.557

2011 a 2014

174.613 103.460

BRADESCO CONSOLIDADO 2005 2004

26.403 116.223

BRADESCO CONSOLIDADO Saldos Saldo em adquiridos/ Saldo em 31.12.2004 cedidos Constituição Realização 31.12.2005

126.259 198.628

Obrigações fiscais diferidas

12.311 30.506

R$ mil

79.247 174.159

e) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 196.244 mil (2004 - R$ 139.355 mil).

Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Raul Santoro de Mattos Almeida Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

86.406 119.720

Valor em 2005 ....................................................................... – 24.007 23.844 36.527 88.769 136.414 192.299 501.860 Valor em 2004 ....................................................................... 29.773 29.542 68.057 130.082 169.400 78.218 _ 505.072 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 4.623.785 mil (2004 - R$ 5.390.832 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 2.798.374 mil (2004 - R$ 3.294.354 mil), sendo R$ 3.577.618 mil (2004 - R$ 4.158.043 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 2.404.354 mil (2004 - R$ 2.886.677 mil) de diferenças temporárias, R$ 400.957 mil de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (2004 - R$ 521.992 mil) e R$ 645.210 mil (2004 - R$ 710.797 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 394.020 mil (2004 - R$ 407.677 mil) de crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35.

Antônio Bornia (656.929)

83.628 86.834

Em 31 de dezembro - R$ mil

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2005 2004 2005 2004

2006

– 94.414

BRADESCO CONSOLIDADO Crédito tributário de contribuição social M.P. nº 2158-35 2007 2008 2009 2010

Diretores Gerentes Armando Trivelato Filho Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Alcides Munhoz José Guilherme Lembi de Faria Luiz Pasteur Vasconcellos Machado Milton Matsumoto Cristiano Queiroz Belfort Sérgio de Oliveira Odair Afonso Rebelato Aurélio Conrado Boni Domingos Figueiredo de Abreu Paulo Eduardo D’Avila Isola Ademir Cossiello

Fernando Barbaresco Fernando Jorge Buso Gomes Jair Delgado Scalco João Batistela Biazon José Luiz Rodrigues Bueno

Diretores Regionais Ademar Monteiro de Moraes Altair Antônio de Souza Aurélio Guido Pagani Cláudio Fernando Manzato

José Maria Soares Nunes

Fernando Antônio Tenório

Josué Augusto Pancini

Idevalter Borba

Karl Heinz Kern

Luiz Carlos de Carvalho

Laércio Carlos de Araújo Filho

Márcia Lopes Gonçalves Gil

Luiz Alves dos Santos

Marcos Daré

Luiz Carlos Angelotti Luiz Carlos Brandão Cavalcanti Júnior Luiz Fernando Peres

Paulo de Tarso Monzani Tácito Naves Sanglard

Marcelo de Araújo Noronha Marcos Bader Maria Eliza Sganserla Mario Helio de Souza Ramos

Comitê de Remuneração

Mauro Roberto Vasconcellos Gouvêa

Lázaro de Mello Brandão

Diretor-Presidente

Diretores Departamentais

Milton Clemente Juvenal

Antônio Bornia

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Adineu Santesso Airton Celso Exel Andreolli Alexandre da Silva Glüher Alfredo Antônio Lima de Menezes André Rodrigues Cano Antônio Carlos Del Cielo Candido Leonelli Clayton Camacho Denise Pauli Pavarina de Moura Douglas Tevis Francisco

Moacir Nachbar Junior

Mário da Silveira Teixeira Júnior

Nilton Pelegrino Nogueira

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Executivos

Diretores Vice-Presidentes Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Octavio Manoel Rodrigues de Barros

Comitê de Controles Internos e Compliance Mário da Silveira Teixeira Júnior Milton Almicar Silva Vargas Domingos Figueiredo de Abreu Roberto Sobral Hollander Nilton Pelegrino Nogueira

Comitê Executivo de Divulgação José Luiz Acar Pedro Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Guilherme Lembi de Faria Domingos Figueiredo de Abreu Luiz Carlos Angelotti Denise Pauli Pavarina de Moura Romulo Nagib Lasmar Jean Philippe Leroy

Conselho Fiscal Efetivos José Roberto Aparecido Nunciaroni Domingos Aparecido Maia Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

Suplentes

Ricardo Dias Robert John van Dijk Roberto Sobral Hollander

Comitê de Auditoria

Romulo Nagib Lasmar

Mário da Silveira Teixeira Júnior

Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente

Hélio Machado dos Reis

Sergio Sztajn

Paulo Roberto Simões da Cunha

Toshifumi Murata

Yves Louis Jacques Lejeune

Nelson Lopes de Oliveira Jorge Tadeu Pinto de Figueiredo Renaud Roberto Teixeira

Departamento de Contadoria Geral Moacir Nachbar Junior Contador-CRC 1SP198208/O-5

Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria Introdução O Comitê de Auditoria, instituído na Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas do Banco Bradesco S.A. (Bradesco) de 17.12.2003, é composto por quatro membros, nomeados na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração do Bradesco realizada em 10.3.2005, com mandato válido até a 1a Reunião do Conselho de Administração que se realizar após a Assembléia Geral Ordinária de 2006, estando seu Regimento disponível no site www.bradesco.com.br/ri, na página de Governança Corporativa. O Conselho de Administração da Organização Bradesco optou por um Comitê de Auditoria único para todas as empresas integrantes do Conglomerado Financeiro, inclusive para as empresas do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência (Grupo Segurador), de acordo com a Resolução CNSP no 118/2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados, que estabeleceu as condições de funcionamento do Comitê de Auditoria para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar. Dentre as atribuições do Comitê de Auditoria estão também aquelas requeridas pela Lei Americana SarbanesOxley para os órgãos da espécie. O Comitê tem como Coordenador um membro do Conselho de Administração do Bradesco, sendo que os demais integrantes, inclusive o profissional especialista, não participam de outros órgãos da Organização. Compete ao Comitê zelar pela integridade e qualidade das demonstrações financeiras do Conglomerado Financeiro Bradesco, inclusive do Grupo Segurador, pela observância às normas internas e externas, pela efetividade e independência da atividade de auditoria e pela qualidade e eficiência dos sistemas de controles internos. É de responsabilidade da administração a elaboração das demonstrações financeiras das empresas que compõem a Organização Bradesco, sendo fundamental assegurar a qualidade dos processos relacionados às informações financeiras, bem como às atividades de controle e de gestão de riscos. À KPMG Auditores Independentes, auditor externo das demonstrações financeiras, cabe assegurar que estas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira do conglomerado, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, a legislação societária brasileira, as normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.

Para uma eficiente e adequada cobertura dos trabalhos do Comitê de Auditoria, estruturou-se um programa de educação continuada relacionado com a Lei Americana Sarbanes-Oxley (Seção 404), com a elaboração dos relatórios financeiros (20F) encaminhados à Securities and Exchange Commission (SEC) e sobre as normas internacionais de contabilidade.

Atividades do Comitê O Comitê de Auditoria, por ser Órgão de assessoria do Conselho de Administração, tem utilizado as estruturas já existentes na Organização, para estabelecer um canal de comunicação direto e fluxo de informações estruturado com conteúdo e freqüência, possibilitando aos seus membros opinar de modo independente sobre o sistema de controles internos, a qualidade das demonstrações financeiras e a eficiência das auditorias externa e interna. No programa de trabalho do Comitê de Auditoria para o exercício de 2005 foi definida uma agenda com 127 reuniões e sessões de trabalho junto às áreas gestoras (inclusive no Exterior), de controle e auditoria (interna e externa), com foco nos riscos e processos mais relevantes para os negócios da Organização Bradesco. Dentre os temas/assuntos abordados destacamos: - Sistemas de Controles Internos; - Contingências fiscais/trabalhistas e impostos: processos e provisionamentos; - Crédito: foco nas operações de consignado e pessoas físicas; - Tesouraria: gestão dos riscos de mercado e operacional; - Grupo Segurador: provisões e reservas; - Câmbio e internacional; - Contadoria: foco na qualidade dos processos e adequação da função no Conglomerado; e - Tecnologia: revisão dos controles do ambiente de TI. Para os trabalhos de 2006 junto à Organização Bradesco, o Comitê de Auditoria dará especial atenção aos seguintes temas, dentre outros: • Lei Americana Sarbanes-Oxley; • Compliance; • Plano de continuidade dos negócios; • Cartões de crédito; e • Fraudes em canais. O Comitê tem acompanhado também o desenvolvimento dos principais projetos da Organização Bradesco, com o objetivo de melhor avaliar seus impactos na qualidade do sistema de controles internos e de gestão de riscos, por ocasião de sua implementação. Dentre os projetos de interesse do Comitê ressaltamos aqueles relacionados com a Seção no 404 da Lei Americana Sarbanes-Oxley e do Novo Acordo de Capital - Basiléia II.

Auditoria Interna (Inspetoria Geral) O Comitê de Auditoria solicitou à Auditoria Interna considerar, no seu planejamento para o ano de 2005, diversos trabalhos de auditoria corporativa em linha com temas abrangidos no programa de trabalho do Comitê para aquele ano. No decorrer de 2005, a Auditoria Interna reportou ao Comitê de Auditoria os resultados e as principais conclusões dos seus trabalhos. A equipe de Auditoria Interna tem desenvolvido positivamente seus trabalhos com foco nos riscos e processos e respondido adequadamente aos pedidos do Comitê de Auditoria para que seus membros possam formar opinião sobre os assuntos discutidos.

Sistema de Controles Internos O Sistema de Controles Internos da Organização Bradesco é adequado ao porte e complexidade de seus negócios e foi estruturado de forma que os controles garantam a eficiência das suas operações, dos sistemas que geram os relatórios financeiros e a observância às normas internas e externas, a que se sujeitam as transações. O Sistema de Controles Internos é avaliado periodicamente, de forma a identificar pontos que mereçam aperfeiçoamentos para melhor atender aos negócios e as boas práticas de gestão de riscos na Organização Bradesco. Os trabalhos requeridos pela Lei Sarbanes-Oxley, para mapeamento de processos e identificação de riscos e controles, contribuíram para a melhoria na uniformização das abordagens adotadas, entendimentos e forma de documentação dos controles sobre os principais riscos financeiros. Nas reuniões com as diversas áreas da Organização Bradesco, o Comitê de Auditoria teve a oportunidade de oferecer aos gestores sugestões de melhoria nos seus processos, observando-se o pronto comprometimento da Administração na implementação dos aperfeiçoamentos considerados necessários. Auditoria Externa O Comitê discutiu com os auditores externos sobre o planejamento dos seus serviços nas empresas da Organização Bradesco para 2005 e, no decorrer do período, reuniu-se com as equipes encarregadas (sócios e gerentes) para conhecer os resultados e principais conclusões dos trabalhos realizados. A KPMG despendeu aproximadamente 800 horas para o atendimento ao Comitê de Auditoria, e avaliação dos pontos apresentados. O Comitê julgou que os trabalhos desenvolvidos pelas equipes da KPMG Auditores Independentes foram adequados aos negócios da Organização, não tendo sido identificadas deficiências relevantes que coloquem em risco a sua efetividade.

Demonstrações Financeiras Consolidadas No ano de 2005, o Comitê se reuniu com as áreas de Contadoria, Orçamento e Controle e Inspetoria Geral para avaliação das demonstrações financeiras mensais, trimestrais, semestrais e anual. Nessas reuniões foram analisados e avaliados os aspectos de preparação dos balancetes e balanços, individuais e consolidados, das notas explicativas e relatórios financeiros publicados em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. Foram também consideradas as práticas contábeis adotadas pelo Bradesco na elaboração das demonstrações financeiras e a observância aos princípios fundamentais de contabilidade e cumprimento da legislação aplicável. Antes das divulgações das Informações Financeiras Trimestrais (IFTs) e dos balanços semestral e anual, o Comitê se reuniu reservadamente com a KPMG, quando foram avaliados os aspectos de independência e do ambiente de controle na geração dos números a serem divulgados. Com base nas revisões e discussões acima referidas, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações financeiras auditadas, relativas ao ano findo em 31 de dezembro de 2005. Cidade de Deus, Osasco, SP, 21 de fevereiro de 2006. Mário da Silveira Teixeira Junior Hélio Machado dos Reis Paulo Roberto Simões da Cunha Yves Louis Jacques Lejeune

Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas do Banco Bradesco S.A. Osasco - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Bradesco S.A. e os balanços patrimoniais consolidados do Banco Bradesco S.A. e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do Banco e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bradesco S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco Bradesco S.A. e de suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 21 de fevereiro de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

Parecer do Conselho Fiscal Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Banco Bradesco S.A., no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, e o estudo técnico de viabilidade de geração de lucros tributáveis, trazidos a valor presente, que tem por objetivo a realização de Ativo Fiscal Diferido de acordo com a Instrução CVM no 371, de 27.6.2002, Resolução no 3.059, de 20.12.2002, do Conselho Monetário Nacional, e Circular no 3.171, de 30.12.2002, do Banco Central do Brasil, e à vista do parecer da KPMG Auditores Independentes, apresentado sem ressalvas, são de opinião que as citadas peças, examinadas à luz da legislação societária vigente, refletem adequadamente a situação patrimonial e financeira da Sociedade, opinando por sua aprovação pela Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas. Cidade de Deus, Osasco, SP, 21 de fevereiro de 2006 José Roberto A. Nunciaroni

Ricardo Abecassis E. Santo Silva

Domingos Aparecido Maia


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PSDB: luta pelo "apoio" de Covas

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.OPINIÃO

quinta-feira, 9 de março de 2006

LENTE DE

AUMENTO

A INFLAÇÃO E OS JUROS

Raras vezes nos últimos anos a expectativa do mercado para a inflação esteve tão próxima da meta buscada pelo BC queda do IPCA. Isso ocorreu em decorrência do forte impacto causado pelas taxas de juros sobre as vendas industriais e sobre os prestadores de serviços. O setor de preços monitorados conseguiu manter, em boa parte, o ritmo de reajuste de seus preços. Em 2006, dada a baixa inflação no atacado registrada no ano passado, o setor de monitorados deve reduzir bastante o ritmo de reajuste de seus preços. A maioria dos preços monitorados é reajustada anualmente com base na inflação do atacado do ano anterior. Quanto aos preços livres, não há margem para grandes reajustes neste ano. A renda disponível ao consumo, embora relativamente ascendente, não sofrerá mudanças significativas; e os próprios agentes formadores de preço não têm expectativas de realizar fortes reajustes em 2006.

Afinidades eletivas BENEDICTO FERRI DE BARROS

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primeiro dever e função de um chefe de Estado eleito democraticamente é manter o "Estado de Direito" de acordo com os preceitos constitucionais do país. Invocar desconhecimento é confessar omissão e incapacidade para exercício do cargo. Como se não fosse responsável por ele e a Presidência estivesse desocupada ou vacante. Mas nem essa escapatória, invocada por Lula quanto ao escândalo mais eminente de sua chefia e gestão – a corrupção universal em todos os escalões do seu partido, nas administrações estatais, no uso da Caixa 2 para sua eleição e para a cooptação de maioria no Congresso - não cabe no caso do MST. Já porque ele declarou que esse era um dos movimentos sociais mais importantes do País, já porque em ocasiões inumeráveis visitou seus acampamentos, distribuiu bonezadas e abraços entre seus participantes, já porque teve conhecimento de várias invasões de repartições de seu governo por integrantes desse movimento, já porque eles chegaram a invadir dependências do governo, como o Ministério da Fazenda. Em qualquer outro país, sob qualquer regime, tudo isso seria motivo para configurar vacância do cargo e processo de impeachment. Por muito menos que isso, aqui mesmo Collor foi afastado da presidência. No caso Lula, razões herméticas de uma oposição comprometida, sem opções criativas, divida e acovardada, explicam o temor, a inércia e a omissão de providências legais constitucionalmente previstas. Uma aura de irresponsabilidade, imunidade e

MÁRCIO CYPRIANO

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WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

A

s invasões são ações visíveis, estridentes, mas tópicas. Com efeito mais amplo, mais profundo e duradouro, mas muito menos visível são as mais de 1.000 escolas de 50 alunos que o MST tem espalhadas pelo País. Não consta que estejam regularizadas junto ao Ministério da Educação, nem que sejam fiscalizadas quer quanto aos seus professores quer quanto aos seus currículos. Mas qualquer indivíduo que tenha alguma experiência de história, de política, de movimentos radicais e extremistas é capaz de prever o que nelas se ensina e que espécie de diplomados sairão de seus cursos. Certamente não é dos "sem-terra" que vem a dinheirama para toda essa atividade clandestina.

O CDC e os bancos

TRECHOS DO RELATÓRIO

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

impunidade envolve o mandato presidencial, como se ele pairasse e levitasse no Olimpo, acima das leis do País. É nesse ambiente olímpico que o MST, sem personalidade legal e com financiamento não apurado de entidades estrangeiras e do próprio governo, atua com total indiferença seja às leis brasileiras e ao próprio governo que o apóia e finge ignorar suas atividades subversivas. Este 2006, em que seu padrinho percorre os palanques nacionais em escancarada campanha pela reeleição, foi eleito pelo MST como "o ano vermelho" e se inaugura com 15 invasões em dois dias, segundo manchetes de jornais. Que farão o governo e as oposições? Provavelmente nada.

O MST iniciou o Ano Vermelho. Que farão o governo e as oposições?

ECONÔMICO DO BOLETIM TREVISAN

N ão há expectativa de alta para o dólar

Auditado pela

O ACORDO Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

Os últimos Relatórios de Mercado, divulgados semanalmente pelo Banco Central, indicam que a expectativa para a inflação de 2006 vem sofrendo contínua redução. A expectativa de mercado para a inflação em 2006 é muito próxima ao centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,50%, com intervalo de variação de 2 pontos percentuais para cima e para baixo. Raras foram as vezes, nos últimos anos, em que a expectativa do mercado para a inflação esteve tão próxima da meta buscada pelo Banco Central. Como a expectativa do mercado tem importante influência sobre a inclinação dos agentes econômicos formadores de preço, isso indica que, por parte desses agentes, não há disposição de reajuste de preços acima da meta. Outro fator que deve colaborar para a queda da inflação neste ano é o comportamento da taxa de câmbio. O dólar continua fraco, e não há, no curto prazo, expectativa de alta expressiva da moeda americana. Somente com queda significativa da diferença entre os juros reais internos e externos e a redução do saldo da balança comercial o dólar voltará a se apreciar frente ao real. O bom comportamento dos preços em 2006 abre espaço para a continuidade da queda dos juros ao longo do ano. Na tabela comparativa das taxas nominais e reais de juros brasileiras com as de outros países, o Brasil é um ponto fora da curva.

Milton Michida/AE

omo o comportamento da inflação é o mais importante fator que condiciona as decisões do Copom, vale a pena analisarmos as perspectivas inflacionárias para 2006. Ao grupo dos preços livres, responsável por 67% do IPCA, pertencem os principais produtos industrializados, que são vendidos no varejo, e a produção do setor de serviços. Os monitorados, que têm peso de 33%, representam as tarifas administradas e os preços que dependem de autorização do governo para serem reajustados. Nos últimos 12 meses os preços livres foram os principais responsáveis pela

s bancos estão sujeitos a regras específicas que só as autoridades monetárias podem impor. Embora o Código de Defesa do Consumidor contenha normas que são largamente aplicadas pelos agentes financeiros, inúmeras de suas regras são incompatíveis com a atividade bancária. Um dos enganos que se deve desfazer é o de que as instituições financeiras tenham intenção de deixar de cumprir qualquer direito garantido ao consumidor. Isso não é verdade, mas tem sido sistematicamente alardeado, comprometendo a análise isenta que se deve fazer da questão. A eventual decisão do STF pela não aplicação do CDC às operações e serviços financeiros não modifica qualquer direito do consumidor, que já dispõe de um sistema próprio, mais protetor e rigoroso que o CDC. Tanto é assim que, desde o início da década passada, todos os bancos adaptaram as suas operações aos princípios de respeito ao consumidor, alterando seus contratos, abolindo práticas, instituindo ouvidorias e centrais de atenção ao cliente. Além disso, o Conselho Monetário Nacional, com a Resolução 2.878, consolidou as regras a serem observadas pelos bancos em suas operações e serviços. Essa norma, conhecida como Código de Defesa do Cliente Bancário, reproduz integralmente os princípios do CDC e é seguida sem qualquer contestação, pois seus efeitos se dão sem particularização de agentes e regiões, mantendo monolítico e equilibrado o sistema de intermediação. É justamente em defesa do consumidor que a atividade bancária somente pode ser exercida por empresas autorizadas pelo Banco Central, observados requisitos de capacidade financeira e empresarial. E mesmo que autorizada, a instituição financeira está adstrita a rígidos controles, cujo descumprimento pode redundar na tipificação de crimes previstos na legislação bancária. Todos os planos econômicos no Brasil, uns mais outros menos, foram caracterizados pela alteração do valor referencial das obrigações. Em razão dessas mudanças, os bancos são réus em inúmeras ações coletivas, previstas no CDC, que discutem perdas em aplicações ou reajuste de obrigações. Em geral, o resultado dessas ações não leva em conta as particularidades de

cada cliente e as condições que, na origem, orientaram a contratação. Um desses exemplos ocorreu com a desvalorização do real, no início de 1999. Nesse caso, as ações coletivas conseguiram descasar os contratos de leasing, criando um critério que levava em conta apenas 50% da variação cambial. Foram beneficiados indistintamente tanto os hipossuficientes, como os compradores de carros de luxo. Operações de investimento e crédito são objeto de questionamentos coletivos, gerando contingências em negócios já finalizados e instabilidade para as operações em curso.

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Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, previsto no CDC, é integrado por órgãos federais, estaduais e municipais, por polícias, fundações, Ministério Público, sindicatos e organizações não governamentais. Trata-se de um sistema aberto, de configuração horizontal, no qual os participantes gozam de autonomia, sem qualquer dever de coordenação ou integração. No que concerne ao Sistema Financeiro Nacional, o constituinte preferiu a forma vertical prevista no art. 192 da Constituição, na qual o CMN funciona como órgão normativo, o Banco Central e a CVM como supervisores e os bancos como operadores. Há, portanto, absoluta sincronia entre as funções e a indispensável subordinação, de modo a se ter atendido o propósito previsto na Lei Maior, qual seja, o "desenvolvimento equilibrado do País". É ingênuo pensar que os custos decorrentes da intervenção nas relações contratuais, propiciadas pelo CDC, fiquem adstritos às partes, banco e cliente. Seus efeitos vão se sentir na utilização de recursos públicos, como ocorreu no Proer, na federalização e capitalização de bancos públicos, no aumento dos juros e na retração do crédito (no Brasil em torno de 30% do PIB, quando em outras economias emergentes ultrapassa a casa dos 80%). No final das contas, é o cidadão que arca com as conseqüências, com a falta de crédito, investimentos e empregos. MÁRCIO CYPRIANO É PRESIDENTE DO BRADESCO E DA

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS (FEBRABAN).

O Código do Consumidoré incompatível com a atividade bancária

NUCLEAR presidente dos EUA, George W. Bush, fez uma feliz viagem à Índia, pois conseguiu assinar com o presidente indiano Manmohan Singh o acordo de limitação das armas nucleares. Depois da bomba atômica jogada pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki para pôr fim à Segunda Guerra Mundial, outras nações passaram a deter o poder atômico, o chamado "Clube Nuclear" ou Atômico. Seu poder destruidor é extremo, muito maior evidentemente que a bomba que abalou o Japão e o mundo. Fez bem o presidente Bush em ir à Índia, pois a sua presença é suficiente para atrair adesões às propostas de paz de que é possuidor o mundo, com exceção de alguns marginais de curso internacional que preferem a maldade ao gozo cívico das liberdades fundamentais para a pessoa humana.

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Fez bem o presidente Bush em ir à Índia, pois sua presença é suficiente para atrair adesões às propostas de paz ma nação temível até certo ponto por ser uma ditadura stalinista, a Coréia do Norte já compreendeu pelo seu governo que a energia atômica deve ser conservada com o maior cuidado, em segurança máxima, para evitar que a tentação do poderio mundial possa levar algum chefe de Estado a lançar mão de uma bomba para amedrontar supostos adversários. O mundo depende de uma concordância abrangente, de todas as classes, de todos os países, de que não haja em hipótese alguma dissensões no Clube Atômico, afim de que a paz tão duramente conseguida e conservada, e nem completa ainda, se estenda mais, para abranger acidentes belicosos como os de Israel, e seja assegurado um longo período de paz, quando a humanidade será posta em movimento para alcançar o desenvolvimento sustentável que poderá reduzir as dimensões da pobreza. Saudemos o gesto e a ação do presidente Bush e a concordância do governo indiano. Um sinal positivo para a paz.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

poLítica

POLÍTICA - 3

A EMPRESÁRIOS, LULA DIZ QUE NÃO BRINCA COM A ECONOMIA DO PAÍS. Lula Marques/Folha Imagem

Eymar Mascaro

Sacrifício

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ucanos sugerem que Geraldo Alckmin permaneça no cargo até o fim do mandato caso Serra seja escolhido candidato do PSDB à presidência. Seria a forma de Alckmin ajudar o partido a eleger o governador. Os quatro pré-candidatos que se apresentaram no partido ainda estão com baixo índice de intenção de voto nas pesquisas. São eles: o ex-ministro Paulo Renato; o secretário municipal de Governo, Aloysio Nunes Ferreira; o deputado estadual Alberto Goldman; e o vereador José Aníbal. Mas, por enquanto, Alckmin mantém a pré-candidatura presidencial e a disposição de deixar o governo no dia 31 de março. Por outro lado, o prefeito José Serra também não aceita a sugestão de sair candidato ao governo de São Paulo. Um dos argumentos usados por tucanos é que seria mais fácil Serra justificar sua renúncia para se candidatar a governador do que renunciar para se candidatar ao Planalto. Em tempo: Tasso Jereissati promete anunciar o candidato tucano até domingo.

O prazo para Alckmin ou Serra deixar o cargo é até 31 de março, para atender à Lei da Desincompatibilidade. Alckmin diz que não recua e que sai do governo seja ou não o candidato do partido a presidente. Alckmin é um forte candidato também ao Senado.

ANÚNCIO

Alckmin continua achando que o partido precisa apressar a escolha do candidato. Por isso, o presidente Tasso Jereissati promete revelar o nome do candidato até o dia 12. Os tucanos da cúpula admitem que o partido está atrasado deixando Lula fazer campanha sozinho.

Presidente Lula, entre garçons, durante exposição sobre a Tropicália no Centro Cultural Barbican: copo d'água em vez de taças com espumante.

fim do mês e se filia de novo ao PMDB. Também o presidente do Senado, Renan Calheiros, é lembrado para a vice de Lula.

OUTRA OPÇÃO Quem pode lançar o vice de Lula é o PSB e o nome mais citado no partido é o do ministro Ciro Gomes. O partido já pediu para Ciro deixar o cargo no dia 31. O PSDB tem sido um aliado fiel do governo e de Lula, ao lado do PC do B. Os dois partidos, de esquerda, são os primeiros a fechar um acordo com o PT.

VIAGENS

Consta da agenda de Alckmin uma série de viagens pelo País para fazer pregação política. Mas se for preterido por Serra Alckmin será pressionado a disputar o Senado com Eduardo Suplicy (PT). Segundo o Ibope, Alckmin venceria Suplicy com 40% dos votos contra 29%.

COLIGAÇÕES

O senador Tasso Jereissati conduzirá um grupo de tucanos encarregado de conversar com lideranças de outros partidos, na busca de coligações. A meta principal do PSDB é conseguir um acordo com o PMDB no segundo turno.

INTERESSE

Quem também está interessado no apoio do PMDB é o PT. Lula chegou a oferecer o cargo de vice a um peemedebista. Mas o PMDB realiza prévias no dia 19 para a escolha de candidato próprio. Portanto, a luta do PT para ter um vice do PMDB não prosperou.

INSISTÊNCIA

Mesmo assim, o PT continuará insistindo em ter um vice do PMDB. De preferência o ministro Nelson Jobim, que deixa o STF até o

O CASO PDT PT e PSDB disputam também o apoio do PDT. Os pedetistas se negam em voltar às bases do governo e em apoiar a reeleição de Lula. O PDT também não quer apoiar o PSDB. O partido vai promover prévias e terá candidato próprio.

LULA: GOVERNO SE INSPIRA EM DONAS DE CASA

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou ontem os empresários britânicos a voltarem a investir no Brasil, como já ocorreu no passado, afirmando que o Brasil nunca teve um período de crescimento sustentável tão prolongado e atribuindo boa parte dessa situação à maneira como seu governo está conduzindo a economia nacional. "A nossa filosofia é de que a gente não brinca com economia. A nossa filosofia é que não existe mágica. Existe seriedade, existem compromissos, acordos e atitudes". "É por isso que a primeira decisão nossa foi uma decisão sábia, não aprendida em nenhuma universidade ou curso de

pós-graduação em economia, mas aprendida com milhões e milhões de donas de casa, de mulheres que, vivendo do trabalho para fazer compra com o salário do marido, nunca ousaram gastar mais do que podiam", afirmou. "E nós resolvemos dar à política econômica o toque da seriedade. Gastamos só o que podemos para ter um pouco de investimento", acrescentou ainda o presidente, ao encerrar o "Seminário Empresarial Brasil - Reino Unido". Passado – Ao lembrar que, depois de investir fortemente no Brasil nas décadas de 30 e 40 do século passado, os empresários britânicos "se voltaram para outros lados do mundo – embora a largura do oceano seja a

AVULSO O PTB não quer se aliar a qualquer candidatura presidencial, seja do PT, seja do PSDB. O partido vem sendo assediado por tucanos e petistas. Quem mais defende o apoio do PTB a Lula é o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia.

VIOLÊNCIA São violentas as inserções do PFL no rádio e televisão contra o presidente Lula. O partido de Jorge Bornhausen vai usar seu espaço nas emissoras, até o dia 23, para esculhambar o governo. O slogan do PFL é acusar o governo Lula de corrupto e incompetente.

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mesma", o presidente os encorajou a voltarem a investir no Brasil e a firmar parcerias com os empresários brasileiros. "Nós sabemos que não basta existir Brasil para que os empresários façam parceria", afirmou. "O que fará o governo do Reino Unido definir novas políticas para o Brasil é a seriedade do governo brasileiro". Agenda – No segundo dia de visita oficial ao Reino Unido, Lula teve uma agenda variada, que começou com uma visita ao Parlamento, e a inauguração de uma mostra sobre a Tropicália, incluiu uma conversa telefônica com o técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira – , que está em Londres para ver o Real Madri – passou pelo seminário e acabou com um banquete no centro financeiro de Londres. Durante todo o dia, Lula evitou falar sobre sua candidatura, alegando que "não

teve tempo de tomar decisão". Hoje, ele tem encontro marcado com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e com familiares de de Jean Charles de Menezes, o brasileiro morto pela polícia britânica. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

quinta-feira, 9 de março de 2006

NO SENTIDO CONTRÁRIO À DECISÃO DO CONSELHO, CÂMARA LIVRA BRANT E LUIZINHO DA CASSAÇÃO. Sergio Lima/Folha Imagem

O

dia 8 de março de 2006 vai entrar para a História pela porta dos fundos. O plenário da Câmara absolveu ontem os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). O plenário contrariou o Conselho de Ética, que havia recomendado a cassação dos dois. Eles foram acusados de ter recebido dinheiro do valerioduto – Brant, R$ 102 mil; Luizinho, R$ 20 mil. O primeiro a ser absolvido foi Brant. Após um discurso carregado de emoção e mágoa, o deputado do PFL desceu da tribuna do plenário da Câmara absolvido. Numa atitude inédita, um parlamentar acusado de quebra de decoro parlamentar foi aplaudido de pé pelos colegas de Parlamento, que fizeram fila para abraçá-lo, beijá-lo e dizer que não seria cassado. O placar foi de 283 votos pela absolvição contra 156, uma lavada. Para ser aprovada a cassação, eram necessários os votos de 257 deputados. O clima, desde cedo, era de dupla absol vição. Brant porque tinha votos em todos os A margem partidos, e (de votos) Luizinho, foi porque podeexpressiva, ria ser benefio que ciado pelo b a i x o q u ódemonstra ru m n a s e so conceito são noturna. que a "Eu não Casa faz a acho, eu temeu nho certeza. Os dois serão respeito. absol vidos. Roberto Nasci nesta Brant Casa e tenho ouvido. O que tenho ouvido nos últimos três dias é que não há espírito para cassar ninguém. O Brant vai ser de lavada, mas o Luizinho, por menos", já previa Laura Carneiro (PFL-RJ) antes do final da contagem de votos que absolveram o petista, no final da noite. "Eu sempre imaginei que seria absolvido e a margem foi expressiva, o que demontra o conceito que a Casa faz a meu respeito. Claro, estou aliviado", disse Brant. Até agora, o pefelista foi o único parlamentar da oposição a enfrentar um processo de cassação acusado de envolvimento no escândalo do mensalão. Apesar da absolvição, Brant reafirmou que vai abandonar a vida parlamentar. Luizinho – O julgamento de Luizinho mostrou que PFL e PT se uniram na defesa do mandato do petista e aumentou ainda mais a suspeita de um acordo para salvar a pele de seus parlamentares. A Câmara absolveu o ex-líder do governo por 253 votos a favor e 183 contrários. Um possível acordo foi negado o tempo todo pelos dirigentes dos dois partidos. Luizinho é o primeiro petista suspeito de participar do mensalão a ser absolvido. Dos 18 acusados de envolvimento com o valerioduto, já foram absolvidos, além de Luizinho e Brant, Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). Foram cassados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP). Renunciaram ao mandato para fugir do processo Valdemar Costa Neto (PL-SP), Bispo Rodrigues (sem partido-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha (PT-PA). (Agências)

ABSOLVIDOS Dida Sampaio/AE

Brant disse que deixa a política, apesar da absolvição. Luizinho sinalizava confiança na votação. Roberto Stuckert Filho/AG

'O CONSELHO PERDEU A RAZÃO DE EXISTIR' Roberto Brant (à esq.) comemora com parlamentares do PFL e a liderança do partido: salvo da cassação por um placar de 283 votos contra 156.

De novo um motorista. Agora complicando Palocci. Francisco Chagas Costa afirma que viu o ministro da Fazenda na casa usada pela 'República de Ribeirão Preto'. O lugar também era freqüentado pelas moças de Jeane Mary Corner. José Cruz/AG. Senado

O

motorista Francisco das Chagas Costa disse ontem, na CPI dos Bingos, que viu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "duas ou três vezes" na casa do Lago Sul, bairro nobre da cidade, onde seus atuais e ex-assessores se reuniam para tratar de negócios e onde eram recebidas as moças contratadas pelo autointitulada promotora de eventos Jeane Mary Corner. Ele contou que Palocci chegava lá de dia, no veículo Peugeot conduzido pelo então assessor da presidência da Caixa Econômica Federal, Ralf Barquete, mas não soube do que ele tratava quando ali estava. O certo, segundo ele, é que Palocci não participava das festas noturnas organizadas na casa por Vladimir Poleto e por outros integrantes da chamada República de Ribeirão Preto. "Eles faziam festa e levavam as meninas para a casa. Eu levei (no carro ) as meninas, sim, várias vezes, deixava lá. Todo mundo participava das festas." Acesso – De confiança de seus patrões, o motorista tinha livre acesso à residência. Segundo ele, Poleto, Rogério Buratti, o secretário particular de Palocci Ademirson, Ariovaldo da Silva, e o empresário Roberto Carlos Kurzweil, dono do carro que teria transportado de Campinas para São Paulo os U$ 3 milhões que teriam vindo de Cuba para o PT, se reuniam com freqüência na casa.

Costa: Palocci era chamado de chefão e chegava à casa num Peugeot.

Costa afirmou que quando eles pediam para ser levados ao Ministério da Fazenda, com exceção de Ademirson, comentavam que iriam se encontrar com o "chefão". O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) lembrou que o tratamento de "chefão", supostamente atribuído à Palocci, também aparece nas gravações feitas pela Polícia Federal no inquérito que apura contratos superfaturados da prefeitura de Ribeirão Preto.

Choque – Considerado autêntico pelos senadores, o depoimento do motorista entra em choque com o que disse o ministro à CPI. Ele negou categoricamente ter visitado a casa do Lago Sul Na ocasião, Palocci também tentou passar a idéia de que não tinha relacionamento com Poleto, a quem coube a tarefa de alugar a residência. Para o senador Tião Viana (PT-SP), o depoimento foi "simples". "Ele me deu a impressão que não estava aqui

para fazer o mal", afirmou. Após ligar para o ministério da Fazenda durante o depoimento, Tião informou que Palocci mantém a versão de que nunca esteve naquela casa. "E eu não tenho motivos para duvidar do ministro", alegou. Bingo – O motorista contou ainda ter testemunhado uma visita de dois empresários de bingo investigados pela CPI ao prédio do Ministério da Fazenda, em 2003. Artur José Valente de Oliveira Caio e José Paulo Teixeira Cruz Figueiredo, segundo a testemunha, estiveram no edifício acompanhados de Ralf Barquete. Os empresários são investigados pelo Ministério Público de São Paulo por supostamente terem doado R$ 1 milhão para a campanha do PT, em 2002. "Eles (os bingueiros) a l u g aram um carro grande, acho que uma van, e eu fui acompanhando a comitiva em outro carro, junto com o Ralf", disse. O motorista foi convocado pela CPI para falar dos telefonemas trocados, entre 2003 e 2004, entre várias pessoas que estão sendo investigadas nos dois celulares habilitados em seu nome. Ele disse ter fornecido os documentos a Poleto para que este comprasse o aparelho que ficava em seu poder. Só Ademirson Ariosvaldo, por exemplo, ligou mais de 200 vezes para os celulares. Ao presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse ter medo de represálias. (Agências)

O

presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTBSP), afirmou que o resultado da votação do processo contra Roberto Brant já era esperado. Ele acredita que os deputados levaram em consideração não o erro de Brant, mas sim o seu passado de vida limpa. "Brant venceu pelo voto sentimental", disse. "Os deputados não levaram em consideração os fatos apurados em si." "O PT fez como se fosse um investimento. Votou a favor do Brant e depois tem a retribuição ", disse Izar. Acordão – Os membros do conselho não esconderam a decepção: "Esse resultado deixa claro que fica caracterizado o acordão", protestou Júlio Delgado (PSB-MG). "O conselho perdeu a razão O PT de existir", investiu: completou o votou a deputado Céfavor do zar Schirmer Brant e (P MDB -RS ), depois tem a r e l a t o r d o processo do retribuição. petista João Ricardo Izar, Paulo Cunha presidente do (PT-SP). Conselho de "O João Ética. P a u l o , q u e ontem (quarta) estava desfigurado diante do parecer do Schirmer, hoje está todo sorridente. Isso deixa a gente descrente", completou o ex-petista Chico Alencar (PSOL-RJ). No caso de Professor Luizinho, o deputado Mussa Demis (PFL-PI) assumiu a aberta defesa do colega. "Vamos absolver o Professor Luizinho, para que ele volte para o seio de sua família". O deputado João Batista Araújo, o Babá (PSOL-PA), acusou PT e PFL de fazerem o acordo. "Está na cara que fizeram uma aliança para absolver todo mundo", insistiu Babá, em discurso no qual pregou a cassação de Luizinho. (Agências)

Dida Sampaio/AE

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ntem na sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPMI dos Correios, o proprietário da corretora Stocklos e suspeito de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Lúcio Bolonha Funaro, acusou o presidente licenciado do Sindicato dos Bancários

dono da corretora de São Paulo João Guaranhuns não Vaccari de atuar em apresentou nenhuma nome do PT junto aos prova da suposta infundos de pensão do fluência de Vaccari Banco do Brasil (PreNeto sobre os fundos. vi), da Caixa EconôFunaro confirmou mica Federal (Funser amigo do presicef ) e da Petrobras Lúcio Funaro dente nacional do PL, (Petros). Segundo Funaro, o ex-secre- Valdemar Costa Neto. Foi por tário de Comunicação do PT meio da Guaranhuns que o Marcelo Sereno seria o respon- empresário Marcos Valério resável pela atuação junto a fun- passou cerca de R$ 7 milhões dos de pensão de menor porte. para o partido. Funaro disse Sereno depõe amanhã. O ex- que vendeu a Guaranhuns pa-

ra José Carlos Batista em 2001. Funaro negou ter recebido recursos da agência de publicidade SMP&B, de Valério. Ele declarou ainda que não tem negócios com fundos de pensão. No depoimento, Funaro confirmou que é amigo do operador de mercado Naji Nahas e refutou as suspeitas de que é doleiro. Apesar das negativas de Funaro, a CPMI apurou que o empresário teria dado prejuízo de R$ 100 milhões a fundos de pensão. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

POLÍTICA - 5

EMENDA QUE LIBERA AS ALIANÇAS É PROMULGADA, MAS NEM O CONGRESSO SABE SE ELA VAI VINGAR

VERTICALIZAÇÃO CAI, MAS DEVE VOLTAR. Sergio Lima/Folha Imagem

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urou exatos cinco minutos a sessão solene do Congresso, ontem, destinada a promulgar a emenda constitucional que libera as alianças eleitorais nos Estados, independentemente da coligação para eleger o presidente da República. Postados lado a lado, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), uniram-se ao plenário nos aplausos que marcaram a promulgação. Nos bastidores, porém, ambos não dão sequer 15 dias de vida à emenda, tal como foi aprovada. É este o prazo em que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá se manifestar sobre a vigência da emenda para as eleições de outubro, em resposta à Ação Direta de Inconstitucionalidade que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá impetrar hoje. A expectativa geral, da qual partilham líderes aliados e de oposição ao governo, é de que o Supremo manterá a verticalização das coligações este ano, declarando a inconstitucionalidade da mudança imediata das regras eleitorais a menos de um ano da disputa. Sem crise – Seja qual for o entendimento do STF, a crise institucional está descartada. "As tensões sempre existirão, mas não podem descambar para o conflito de Poderes. Não vamos transformar 2006 em um ano vermelho, em bangue-bangue", garantiu Renan. No mesmo tom, Aldo negou qualquer atrito com o poder Judiciário: "A instabilidade não seria boa para a democracia nem para o povo, que deseja que os poderes exerçam suas funções sem submissão e sem conflito", disse.

BRASIL SEGUE SEM ORÇAMENTO

F

Uma vez publicada a emenda no Diário do Congresso, hoje, a executiva nacional do PSB apresentará nova consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre sua vigência imediata. A disputa toda foi detonada justamente por uma consulta do PSL ao TSE, que, na última sexta, respondeu que a verticalização estava de pé. Como a emenda estabelece outro cenário, o PSB quer ouvir novamente o Tribunal. "Vamos entrar com nova consulta porque não há razão no mundo jurídico que impeça uma emenda de entrar em vigor na data de sua publicação", explicou o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).

A instabilidade não seria boa para a democracia nem para o povo Aldo Rebelo, presidente da Câmara

Não vamos transformar 2006 em um ano vermelho, em bangue-bangue Renan Calheiros, presidente do Senado

PMDB – Mal a emenda foi promulgada, vinte senadores do PMDB se reuniram para discutir o futuro da candidatura própria a presidente, mantida a verticalização. O presidente nacional da legenda, de-

putado Michel Temer (SP), confirmou para o dia 19 a realização das prévias que irão definir o candidato do partido ao Planalto. Embora os dois pré-candidatos – o governador gaúcho Germano Rigotto e

o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) – tenham dito que participarão da corrida presidencial em qualquer hipótese, resta saber se o partido vai querer lançar candidato próprio no cenário da verticalização. Olho na TV – "O quadro político mudou", avaliou o líder no Senado, Ney Suassuna (PB), ao lembrar que o partido tem ao menos 15 candidatos a governador sustentados por alianças. Se o STF mantiver a regra que proíbe coligação entre partidos adversários na corrida presidencial, várias candidaturas a governador, hoje favoritas, perderão apoio e tempo de TV na propaganda eleitoral gratuita. (Agências)

racassou novamente a tentativa da Comissão Mista de Orçamento do Congresso de discutir o relatório do deputado Carlito Merss (PT-SC) sobre o projeto de lei que determina o Orçamento 2006. Uma sessão estava marcada para ontem, mas foi adiada para hoje porque os parlamentares não chegaram a um acordo sobre o valor do repasse aos Estados a título de ressarcimento por perdas provocadas pela Lei Kandir. A Lei isenta as exportações de produtos básicos e semimanufaturados da incidência de ICMS, reduzindo arrecadação dos Estados. O projeto de Orçamento prevê um ressarcimento de R$ 3,4 bilhões, mas os governadores querem ao menos R$ 5,2 bilhões – R$ 1,8 bilhão a mais. Na terça, a Comissão havia encontrado uma fórmula para cobrir o rombo: aumentar a previsão de receitas em R$ 900 milhões e liberar outros R$ 900 milhões caso a arrecadação supere a estimativa. Mas a proposta foi vetada pela Fazenda, que avaliou que não há condições de elevar a estimativa do Orçamento. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO Eu beijaria qualquer um pela paz no Oriente Médio.

Logo Logo

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Da atriz Sharon Stone, durante uma entrevista, ontem, em Israel. A atriz está no país em uma viagem patrocinada pelo Centro Peres pela Paz, fundado pelo ex-primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz Shimon Peres.

Gil C. Magen/Reuters

quinta-feira, 9 de março de 2006

Último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de fevereiro Partida de Portugal da esquadra de Pedro Álvares Cabral (1500)

MARÇO

2 -.LOGO

E CONOMIA B IOGRAFIA

O homem de US$ 7 milhões considerado justo pelos analistas Alan Greenspan, o exde mercado. Afinal, Greenspan presidente do Fed, o banco vai revelar como conseguiu se central norte-americano, saiu do emprego de quase 19 Yuri Gripas/Reuters/3/11/05 manter tanto tempo no comando de anos com alto salário decisões que e imensa mexeram com os responsabilidade com o passe nas alturas. mercados do mundo todo. Aposentado Mas foi a editora britânica Penguin que pela idade Greenspan tem 80 conseguiu mexer com anos - em janeiro, ele o bolso do ex-homem passou pela de ferro da economia. intranqüilidade A editora comprou os política e econômica do 11 de direitos de publicação do livro de memórias de Alan Greenspan por setembro, a queda das Bolsas de valores de 1987 e a explosão da US$ 7 milhões (R$ 15 milhões). O bolha da internet, em 2000. valor, embora não confirmado, é G ENÉTICA

N EPAL

Uma questão de 'expressão'

Homem paga dívida com esposa

Pesquisa publicada na revista Nature aponta que a diferença entre homens e chimpanzés é uma questão de "expressão" genética. Com 99% dos genes em comum, as diferenças entre as duas espécies estariam mais no processo pelo qual os genes são "ligados" ou "desligados" do que nos genes em si. Segundo pesquisadores, foram rápidas mudanças em grupos específicos de genes, que controlam a expressão de outros genes, que diferenciaram os humanos de seus ancestrais símios, nos últimos 5 milhões de anos.

O nepalês Sitaram Pariyar pagou uma dívida de mil rúpias (cerca de R$ 30) entregando a primeira esposa ao credor. Ele havia sido contratado pelo viúvo Chedilal Yadav por esse valor para lhe conseguir uma esposa. Como nenhuma mulher quis casar com Yadav e Pariyar não tinha dinheiro, entregou a própria esposa Maya. Infeliz com Pariyar, Maya aprovou a troca. Mas o episódio não poderia ser divulgado em data menos apropriada do que o Dia Internacional da Mulher.

A RTE

A STRONOMIA

Fati Moalusi/AFP

A

rivalidade é grande mas pelo menos num ponto, está provado, os argentinos estão alguns dólares acima dos brasileiros. Segundo cálculos do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), o cidadão argentino precisa de mais dinheiro do que o cidadão brasileiro para não cair na linha da pobreza. Uma "família tipo" na Argentina, aquela composta por pai, mãe e dois filhos, necessita receber por mês a quantia de pelo menos 848,92 pesos, aproximadamente US$ 274,73 (3,09 pesos por cada dólar), para não ser pobre. Esse é o valor da cesta básica

argentina que reúne os alimentos, roupas e serviços necessários para que uma "família tipo" não caia nos elevados índices de pobreza do país. No Brasil, até o dia 24 de fevereiro último, essa cifra era de R$ 209,52 (em torno de US$ 99,77). A cesta básica total (CBT) da Argentina aumentou 0,63% em fevereiro passado, puxada pelo aumento de 1,1% nos preços dos alimentos que compõe a cesta básica alimentária (CBA), a qual mede o índice de indigência no país, e que está custando 393,02 pesos (US$127,19). De acordo com estimativas do economista Abel Viglione, da Fundação de Investigações

Econômicas Latino-Americanas (Fiel), por cada ponto de aumento da inflação, cerca de 150 mil pessoas caem na pobreza e os que já são pobres caem na condição de indigência. Daí a grande preocupação do governo argentino que o levou a firmar acordos setoriais para controlar os preços por um ano. Os pobres representam 38,5% da população argentina, estimada em pouco mais 36,2 milhões de habitantes, enquanto os indigentes 9,5%, segundo dados do Indec. No primeiro bimestre de 2006, a cesta básica subiu 2,1% comparado com igual período de 2005, enquanto que a inflação acumulada foi de 1,7%. (AE)

Técnicos do Observatório Astronômico de Antares, na Bahia, não encontraram vestígios do meteorito que caiu na noite de segunda-feira no povoado de Tabocal, município de Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo Baiano. Os pesquisadores vasculharam o local ontem, mas só identificaram a devastação causada pela queda. Os técnicos acreditam que alguém pegou os vestígios do meteorito como lembrança. Por isso, farão buscas na região.

RECITAL

DIA DA CAÇA - Só a sorte explica a goleada do América sobre o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista 2006, no jogo realizado ontem no Parque Antártica. O América marcou quatro gols e o Palmeiras, vice-líder do campeonato, apenas um. E NERGIA NUCLEAR

Irã: bomba sob pressão espera, porém, a Agência aplicação de I n t e r n asanções. Rússia e cional de China se opõem Energia Atômica à adoção de me(AIEA) concluiu didas duras conontem, em Viena, tra o Irã, defentrês dias de reudidas em maior niões sobre o proou menos grau grama nuclear irapelos EUA, niano com a deciFrança e Grãsão de enviar ao Bretanha. Essas Conselho de Segucinco potências rança (CS) da ONU Iranianos mostram fotos do presidente Ahmadinejad são membros um relatório para permanentes do avaliação de possível ação punitiva contra o Irã. vereiro, de congelar seu pro- CS, por isso têm direito de veO CS deve se reunir na próxi- grama de enriquecimento de tar resoluções. O mais prováma semana. urânio. Mesmo assim, nos três vel é a aprovação de uma adO relatório, apresentado dias de reuniões ainda havia a vertência, apenas. O chanceler russo, Serguei pelo diretor da AIEA, Moha- expectativa de um acordo de med ElBaradei, diz que o Irã última hora, mas o Irã não se Lavrov, declarou ontem a jorcomeçou a colocar gás de urâ- mostrou disposto a ceder. Pe- nalistas que a aplicação de nio em centrífugas, como pri- lo contrário: ameaçou acele- sanções não seria eficaz para meiro passo num processo rar, em escala industrial, o en- convencer o Irã a limitar suas ambições nucleares - numa que pode produzir combustí- riquecimento de urânio. vel para reatores nucleares ou Antes de confirmado o en- indicação de que a Rússia pomaterial para bombas. Contu- vio do relatório da AIEA ao derá usar seu poder de veto. do, o texto destaca que os ins- CS, a equipe do presidente "Não acho que sanções como petores não puderam confir- Mahmoud Ahmadinejad dei- meio de resolver uma crise temar se o país quer, de fato, de- xou claro que o país pode re- nha alguma vez atingido uma meta na história recente", dissenvolver armas atômicas - taliar os EUA se for punido. como acusam principalmente Nas próximas semanas, o se Lavrov. Ao contrário dos os EUA, europeus e Israel. CS deve usar seu peso para EUA, que não mantêm relaA remessa do informe ao persuadir o governo iraniano ções diplomáticas com o Irã e CS era uma medida previsí- a suspender seu programa de o consideram uma ameaça a vel, já que o Irã não atendeu à enriquecimento de urânio e sua segurança nacional, a recomendação da AIEA, ex- cooperar plenamente com os Rússia tem fortes vínculos copressa numa resolução em fe- inspetores da AIEA. Não se merciais com Teerã. (AE)

Serviços de delegacia em casa

A Orikaso criou essa interessante linha de utensílios descartáveis e dobráveis que podem ser usados para comer ao ar livre. Copo, prato e tigela cabem em uma sacola com menos de um centímetro de espessura. Depois de usar, é só desdobrar tudo e colocar no lixo. O conjunto custa £ 9,99 no site.

Veículos, documentos, placas e celulares furtados; desaparecimento e encontro de pessoas, atestado de antecedentes criminais, pontos na carteira de motorista, multas no Detran. Informações sobre todos esses assuntos estão no site da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Além das informações, é possível fazer boletins de ocorrência online e obter atestados. O site também dá acesso a páginas sobre as Polícias Militar, Civil e Científica.

Clássicos e, agora, terapêuticos Um estudo realizado na Universidade de Salzburgo, a cidade austríaca onde nasceu Mozart, indica que ouvir música clássica pode ser uma terapia contra a dor, especialmente a de origem reumática. A notícia, em si, não é novidade, já que, em 1773, o médico Petrus Van Swieten já afirmava que "a música ajuda contra a gota". Mas a confirmação científica da suspeita médica dá as medidas da terapia. Para o som conseguir aplacar a dor é preciso ouvir, pelo menos, 25 minutos de uma bela composição. M ITO

A 'verdade' sobre o monstro Nessie O paleontologista britânico Neil Clark, curador do Hunterian Museum, garante que descobriu a verdade sobre o monstro do lago Ness. Depois de dois anos de investigação, ele concluiu que Nessie era um elefante. As companhias de circo costumavam passar pelo local onde os elefantes tomavam banho. Mas um esperto dono de circo fez disso um marketing e, em 1933, ofereceu 35 mil libras a quem conseguisse capturar o monstro, criando um mito. L OTERIAS Concurso 600 da LOTOMANIA 03

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Famílias chefiadas por mulheres dependem mais de programas sociais, diz estudo da OIT Herdeiros recuperam direitos autorais sobre a obra de Monteiro Lobato depois de 61 anos

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www.ssp.sp.gov.br

A TÉ LOGO

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Piquenique com origami

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F AVORITOS

B RAZIL COM Z

S AÚDE

A

G @DGET DU JOUR

Financiado pelo governo chinês, o pesquisador Ouyang Zhiyuan, da governamental Academia de Ciências da China, está realizando um estudo para elaborar o que seria o primeiro mapa em três dimensões do satélite. Segundo o estudioso, a Lua deteve sua evolução geológica há 3,1 bilhões de anos, por isso seu estudo poderia ajudar a conhecer melhor como era sua "companheira de viagem", a Terra, naquela época. Para a prospecção topográfica da Lua, os cientistas chineses enviarão um veículo especial ao satélite Lua em 2007.

O jornal britânico Financial Times destacou ontem o setor de cana-de-açúcar no Brasil. Segundo o jornal, os produtores de açúcar que, durante muito tempo dominaram as exportações brasileiras, agora se preparam para o sucesso de vendas com outro derivado da cana, o etanol, que deve se tornar o "novo combustível mundial". O mercado mundial de álcool combustível cresceu de 28 milhões de litros em 2000 para 49 milhões de litros em 2005. Em 15 anos, esperam os analistas, a matriz de combustível mundial será concentrada no etanol.

AFP

O cantor e compositor Tito Madi (foto). No recital, clássicos como Cansei de Ilusões e Carinho e Amor. Associação Paulista de Medicina. Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278. Telefone: 3188-4301. Às 20h30. Grátis. www.apm.org.br

País do ano lunar recria satélite em 3D

Novo poder da elite do açúcar

Nelson Almeida/Lancepress

Some meteorito que caiu na Bahia

C A R T A Z

www.orikaso.com/picnic.html

Argentinos precisam ganhar mais do que brasileiros para não caírem na pobreza

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L E M

Sul-africanos trabalham na Bus Factory, projeto social em que moradores de rua criam gravuras e objetos inspirados em Pablo Picasso.

Pobre argentino é mais rico

C HINA

Deputados do Rio aprovam lei que cria vagões exclusivos para mulheres em trens e metrô

Concurso 744 da MEGA-SENA 04

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

DEU

Revanchismo puro

NO

BLOG A

trasado para o vôo da TAM, o general Francisco Albuquerque, comandante do Exército, que fez o avião dar meia volta na pista e obrigou um casal a sair da aeronave lotada para dar lugar a ele e à esposa, é o mesmo que em 2004 endossou a publicação de uma nota cheia de elogios ao golpe de 64, para refutar reportagens do Correio Braziliense sobre o

Em seu blog, o jornalista Sergio Leo relembra um outro episódio constrangedor para o governo envolvendo o general Francisco Albuquerque, comandante do Exército.

HTTP://SERGIOLEO. BLOGSPOT.COM

DOISPONTOS -15 15

assassinato do jornalista Vladimir Herzog: "O movimento de 64, fruto de um clamor popular, criou, sem dúvida, condições para criação de um Brasil novo, em ambiente de paz e segurança", dizia a nota, que provocou uma reunião do então ministro da Defesa, José Viegas, com os comandantes das Forças Armadas. Quem acabou expelido do governo foi o próprio Viegas,

desmoralizado por tentar, sem sucesso, demitir o general. Albuquerque disse que estava viajando quando lançaram a tal catilinária prógolpe de 64, mas apoiou os subordinados que editaram a nota, com elogios à ação dos órgãos de repressão na ditadura, e acusações aos radicais que teriam obrigado os militares a agir. Na época da nota infeliz, José Dirceu, um desses radicais,

era ainda o braço direito de Lula. Quem ajudou nos bastidores a segurar o general no posto foi o senador Aloysio Mercadante. Mesmo pressionado por Lula, Albuquerque relutou em escrever outra nota com a retratação do Exército. O general, quem sabe, decidiu recordar também o tempo em que alguém com estrelas no ombro valia muito mais que

dezenas de civis sem importância na luta contra o perigo comunista. O perigo hoje é outro, como mostram os soldados nas favelas do Rio catando os bandidos que roubaram fuzis das Forças Armadas. Mas esse pessoal que reclama da conjuntura passada no aviãozinho da TAM está atrás de discussões estéreis. Revanchismo puro.

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om tanta terra espalhada pelo País, tantas colônias estrangeiras formadas ao longo de anos (Roraima, p.ex.) sem qualquer controle do governo, pensar que existem tantos brasileiros sem teto é realmente vergonhoso e lastimoso para quem tem um mínimo de preocupação com a situação em que eles se encontram. Mas o fato não justifica as inv a s õ e s , p r i n c i p a lmente quando elas acontecem em terras produtivas, fazendas formadas e imóveis muitas vezes adquiridos a duras penas pelos seus proprietários. Pior ainda quando os invasores dão as ordens e contam com ajuda do governo. O mesmo governo que deveria ser o agente repressor. A miséria, ainda usada como pano de fundo para campanhas políticas (exemplo: Fome Zero e o próprio MST), não está só representada no exército do MST, mas também nos índios abandonados e morrendo de fome em suas terras. E n as c r i an ça s q ue se prostituem, nos grupos de migrantes obrigados a abandonar seus territórios para se afavelarem pelos grandes centros urbanos. Há miséria de alimentos, bens e de instrução. A maioria dos caboclos brasileiros sequer sabe produzir ou utilizar parte do que a terra pode lhe oferecer. Enquanto não houver quem apresente e coloque em prática soluções proativas, a impunidade e a miséria continuam sendo a grande geradora da violência. As favelas e os cortiços, antes sinônimos de pobreza, passaram a ser também sinônimos de cativeiros, quartéis de bandidos, centros de distribuição de drogas ou campo de concentração para os honestos obrigados a viver nesse ambiente, ameaçados pelas quadrilhas que man-

Miséria e impunidade

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Vanderlei Almeida/AFP

Até as Forças Armadas estão sentindo o poder dos bandidos

dam nos territórios. O assunto é tão extenso que passa pela falta de emprego, principalmente para os jovens, o excesso de crianças abandonadas nos faróis ou nos centros de triagem, as cadeias lotadas e a debandada da mão-de obra para a exploração da informalidade como camelôs, perueiros, motoqueiros, sacoleiros, etc. A impunidade impera no campo onde o MST dá as cartas. A violência impera nas cadeias onde o PCC controla o sistema e sob ameaças consegue que as autoridades façam o que eles querem. Até as Forças Armadas estão sentindo o poder dos bandidos e não conseguiram até agora encontrar suas armas, roubadas por traficantes que domi-

G A impunidade e a miséria continuam sendo as grandes geradoras da violência. As favelas e os cortiços, antes sinônimos de pobreza, passaram a ser também sinônimos de cativeiros, quartéis de bandidos, centros de distribuição de drogas ou campo de concentração para os honestos.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

nam o Rio de Janeiro. Os grupos são tão audaciosos que invadem as casas subjugando famílias e matando seus chefes para satisfazer seus instintos animais. Como falta ação dos policiais federais no combate ao tráfico de armas e drogas, falta também ação dos policias estaduais na prevenção. Não adiantam discussões de alto nível se a ação do bandido está no nível mais baixo da natureza humana. Não adianta ter policiais e viaturas superequipadas se os bandid o s c i rc u l a m l i v remente pela cidade, armados e em certos casos, até trocando gentilezas com os oficiais, como se fossem velhos amigos. Vai um cidadão que tenha presenciado um assaltoo apontar o culpado...

uantos casos gravíssimos de assalto, estupro e morte foram registrados e não solucionados? Infelizmente para os dirigentes é preciso considerar em suas análises o comportamento ambíguo de muitos dos seus agentes. Considerar que pode haver por parte de alguns de seus agentes ligações de amizade, parentesco ou camaradagem com os bandidos. É preciso preparar uma tropa de elite que, ao mesmo tempo em que seja educada para saber lidar educadamente com a população, saiba ser enérgica com bandidos. É preciso realizar milhares de blitz. Não para ver se tem extintor de incêndio em carros ou se o motorista está com cinto. Mas para saber se tem armas, drogas ou se é carro roubado. Com blitz também pode-se evitar seqüestros. Além disso, é preciso passar em revistas os transeuntes, homens, mulheres e principalmente a garotada que pode estar sendo usada como "mula" para facilitar a passagem de armas e drogas. Nos assaltos a veículos, o menor tem sido usado como fachada e é ele quem porta a arma. É preciso fazer blitz nos grupos postados nas portas dos cortiços, nos bares, nos coletivos e até nas escolas. A população precisa ser incentivada a colaborar com tais blitz, pois é difícil saber se o engomadinho ao lado está ou não armado, se a moça com tatuagem não faz parte de quadrilha. Só a blitz pode ajudar a tirar armas da rua, identificar veículos roubados e achar drogas camufladas. Quem não deve não irá temer. Mas é possível que quem deva queira correr... Muitos crimes serão evitados e muitos bandidos identificados.

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JOÃO PATRICIO JBPATRIC@UNISYS.COM.BR

CLAUDIO WEBER ABRAMO

LÁ, COMO CÁ:

MAIS OU MENOS New York Times do dia 3 publicou uma interessante materiola sobre uma "porta giratória" que funciona no Departamento (Ministério) do Interior da administração George W. Bush. Portas giratórias são essas situações em que representantes privados entram e saem de governos para, a partir de suas posições oficiais, empreenderem a edificação de seus interesses. No país de Bush, a situação mais notória é a do vicepresidente Dick Cheney, ex-chefe da Haliburton, empresa que abocanhou a parte do leão dos contratos de "reconstrução" (leia-se reparo da produção de petróleo) do Iraque. Confiram o caso: por mais de dez anos, Jason Peltier trabalhou como lobista pago por fazendeiros do Central Valley da Califórnia, os quais dependem de irrigação federal para sua atividade. Agora Peltier trabalha para a administração Bush, especificamente ajudando a conceder contratos de fornecimento de água para as pessoas que representava no passado. Tais contratos, que se estendem por 25 anos ou mais, e que garantem água fornecida pelo maior projeto de irrigação do mundo, têm o potencial de chover abundantemente na horta dos fazendeiros, pois eles poderão no futuro vender no mercado a água (subsidiada) que contrataram. Não bastasse isso, Peltier - que é subsecretário-assistente para água e ciência do Departamento do Interior - participa da avaliação de um requerimento, formulado pela associação que representava, para que esta deixe de pagar até 11,5 milhões de dólares por ano como contribuição a um fundo de recuperação ambiental, conforme exigido por uma lei de 1992.

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papel de Peltier na tomada de decisões que podem resultar em benefício financeiro direto a seus antigos empregadores faz parte de um padrão que, de acordo com observadores, tornou-se comum no Departamento do Interior ao longo dos

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últimos cinco anos. De acordo com esses críticos, funciona ali uma porta giratória entre gestores do governo, de um lado, e os interesses que adquirem água, terras e florestas, de outro. No Departamento do Interior, pelo menos seis postos de alto escalão foram ocupados por pessoas associadas a negócios ou sindicatos laborais com interesses em terras e recursos públicos. Uma delas foi J. Steven Griles, um dos subsecretários do Departamento, o qual continuou a receber 284 mil dólares por ano de sua antiga firma de lobby, mesmo enquanto trabalhava para o governo. Griles saiu do Departamento no ano passado dizendo que não fez nada que violasse as regras éticas da repartição. uantos casos como esse existiriam no Brasil? É impossível avaliar. É para enfrentar esse tipo de situação que o governo federal está se preparando para atacar

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O governo federal está se preparando para atacar mais de rijo a gestão de conflitos de interesse mais de rijo a gestão de conflitos de interesse. Passa a fazer isso a partir da recém-criada Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria-Geral da União. Há uma série de dispositivos legais voltados para evitar a ocorrência de conflitos de interesse na administração pública, mas em seu conjunto eles não conseguem lidar com as situações concretas que se apresentam no cotidiano. A Secretaria vai procurar colocar ordem nessa confusão, instituindo mecanismos de controle e alarma capazes de detectar os casos mais pesados. A corrupção só pode ser combatida dessa forma, a saber, lidando especificamente com cada tipo de situação e estabelecendo mecanismos concretos de prevenção e controle. Se não for assim, é demagogia. É uma pena que esse tipo de medida seja tomada no apagar das luzes da presente gestão. Se tivessem instituído a Secretaria já no primeiro ano – e tivessem tomado uma porção de outras medidas de prevenção preconizadas por entidades como a Transparência Brasil –, talvez não tivessem se desgastado tanto com os escândalos que os assolaram desde 2004. CLAUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA

TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 9 de março de 2006

Exército monta bloqueio em estradas Militares começaram ontem a revistar os veículos nas principais saídas do Rio em busca das armas roubadas na sexta-feira. Polícia pede ajuda da população.

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Exército ampliou a área de ocupação no Rio. Militares m o n t a r a m b l oqueios nas principais estradas de acesso e saída da cidade - as rodovias Presidente Dutra, Washington Luís e Rio Santos, e a Ponte Rio-Niterói -, em bus-

Antonio Scorza/AFP

ca dos 10 fuzis e da pistola roubados na sexta-feira de uma unidade do Exército. Carros, caminhões e ônibus foram revistados durante todo o dia. Nas favelas ocupadas houve tiroteio e apreensão de uma metralhadora. A chamada operação "Cerco

total" foi organizada depois que o Exército foi informado de que as armas podem ter sido transportados para fora do Rio e seriam trazidos de volta. Outra suspeita é de que a carga ainda pode ser levada. O esquema começou às 7h e teve apoio da Polícia Rodoviária

Federal. Não há previsão para a desmobilização e mais estradas podem ser incluídas. F av e la s - A ação continua em 10 favelas, eram 12. De dia não houve confrontos. Mas, de madrugada, bandidos fizeram disparos, em reação à ocupação das favelas Manguinhos e Mangueira. Os militares distribuíram folhetos pedindo que a população ajudasse nas buscas denunciando os criminosos. No entanto, a exemplo do que houve na Mangueira, na terçafeira, muita gente se recusou a receber o papel. A apuração sobre o assalto no Estabelecimento Central de Transportes (ECT) está concentrada em militares e ex-militares. Não há dúvidas, para os investigadores, de que os bandidos conheciam o quartel. Uma Parati preta roubada apreendida pela Polícia Civil na Mangueira horas depois do roubo, está sendo periciada pela Polícia. (AE)

Soldados do Exército examinam caminhão na ponte Rio-Niterói

BOLA PRETA Ninguém quis comprar a sede do Cordão Bola Preta, no Rio, que foi a leilão ontem

Ó RBITA

MISS AOS 63 Bernadeth Barros da Silva, de 63 anos, é a Miss Terceira Idade de São Miguel

Vidal Cavalcante/AE

TRÓLEBUS PARADOS

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rompimento de um cabo de energia da rede de trólebus atrapalhou o trânsito em São Paulo entre a manhã e o início da tarde de ontem. O acidente acidente aconteceu na esquina da rua Santo Antonio com o Viaduto Jacareí, perto da Câmara Municipal, na região central da cidade. Por volta das 9h20m, um trólebus puxou e cortou o tirante, fazendo envergar um poste. Com isso, os trólebus pararam na rua Maria Paula, Viaduto Dona Paulina, praça João Mendes, praça da sé, rua Boa Vista, rua São Bento e

EM ALERTA

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oliciais civis de 139 municípios da região Noroeste de São Paulo foram colocados em alerta contra possíveis fugas e resgate de detentos dos presídios e cadeias da região. Agentes civis, equipados com metralhadoras, bombas de gás lacrimogêneo e outras armas foram colocados em pontos estratégicos e de acesso a 12 presídios e cadeias da região, que estão sendo vigiados de perto, entre eles o Instituto Penal Agrícola de Rio Preto e as penitenciárias de segurança máxima de Andradina e Mirandópolis. A Polícia Civil decidiu se preparar após a ocorrência de motins e tentativas de fugas. (AE)

rua Líbero Badaró. Sem energia, os trólebus ficaram parados e o congestionamento se estendeu a outras vias e corredores de tráfego daquela região da cidade.

Segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o problema foi solucionado por volta das 13h15, mas o tráfego demorou para voltar ao normal. (Agências)

METROVIÁRIOS AMEAÇAM PARAR

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sindicato dos metroviários de São Paulo e o Metrô não conseguiram entrar em acordo, ontem, durante audiência no Ministério Público do Trabalho. Com isso, a categoria pode entrar em greve amanhã. Os metroviários protestam contra a decisão do Metrô de instalar cabines de comercialização do Bilhete Único nas estações. Eles reclamam pelo fato de os funcionários responsáveis pela venda serem terceirizados. Na audiência, o sindicato propôs que a contratação destes funcionários fosse discutida mediante suspensão do funcionamento das

bilheterias, marcado para começar amanhã. A empresa não aceitou a proposta. Se o impasse permanecer os metroviários devem entrar em greve a partir da 0h. O movimento foi aprovado pela categoria durante assembléia realizada na terça-feira, mas deverá ser confirmado em outra assembléia que acontece hoje. A direção do Metrô, por sua vez, afirmou que seu objetivo não é terceirizar os serviços de venda de bilhetes, mas que alugou espaços nas estações para que empresas credenciadas pela SPTrans prestem os serviços de recarga do bilhete único.

Márcio Fernandes/AE

PASSEATAS PELAS MULHERES

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aminhadas e manifestações marcaram ontem o Dia Internacional da Mulher no País. Em São Paulo, uma caminhada saiu da avenida Paulista em direção à praça Ramos, por volta das 15h, e reuniu reuniu cerca de três mil pessoas, provocando problemas no tráfego. Entre os temas abordados estavam a violência contra as mulheres, a legalização do aborto e questões de trabalho e da moradia. As organizações sociais recolheram assinaturas para um documento que será entregue na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil exigindo a retirada das tropas estrangeiras do Iraque. Estiveram presentes

a Marcha Mundial de Mulheres, Central Única dos Trabalhadores, União de Mulheres de São Paulo e diversos partidos políticos. Em Salvador, na Bahia, uma passeata no final da tarde também marcou as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher.

Centenas de manifestantes, organizadas pelo Movimento Feminista, fizeram o trajeto entre a praça do Campo Grande e a praça Municipal portando faixas e cartazes, pedindo igualdade de oportunidades para ambos os sexos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

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por cento é a projeção do BNDES para o crescimento do País em 2006, segundo o presidente do banco.

COPOM MANTÉM CAUTELA E REDUZ O JURO BÁSICO EM 0,75 PONTO, PARA 16,5% Decisão não foi unânime: três diretores do Banco Central queriam corte de 1 ponto

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Comitê de Política M o n e t á r i a ( C opom) determinou ontem a redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, de 0,75 ponto percentual, para 16,5% ao ano. A decisão, no entanto, não foi unânime. Seis diretores do Banco Central (BC) votaram pelo corte de 0,75 ponto e os três restantes queriam uma queda maior, de 1 ponto. A Selic agora está no menor patamar desde o mês de setembro de 2004. A ata da reunião, em que os diretores detalham os motivos que fizeram os juros caírem, sai na quintafeira da próxima semana. Enquanto a queda ficou dentro do esperado pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, o setor produtivo da economia, mais uma vez, se mostrou insatisfeito com o já tradicional conservadorismo do BC. De acordo com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme

Afif Domingos, a decisão de ontem desapontou os "representantes do setor real da economia, que esperavam uma queda maior dos juros". Na opinião de Afif, a melhor forma de o governo combater a escalada da inflação não é manter o juro alto, e sim "aprofundar o ajuste fiscal pelo corte de gastos públicos, o que, infelizmente, não está ocorrendo". "Não desejamos o abandono da política de combate à inflação que vem sendo adotada pelo Banco Central, mas apenas que não se percam as oportunidades para cortes maiores dos juros", disse Afif. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a decisão reafirma a total independência do Copom, que "não se preocupa com a ridícula taxa de crescimento que o País apresenta". De acordo com Skaf, o BC está alheio à opinião dominante no governo, não se importa com o ritmo comportado da inflação, sente-se livre dos princípios que regem a lógica e des-

preza as considerações críticas do setor produtivo. Ritmo apropriado – O economista-chefe do ABN Amro Bank Asset Management, Hugo Penteado, recebeu com tranqüilidade a decisão do Copom. "O ritmo de queda dos juros está apropriado, condizente com as atuais condições da economia brasileira." Penteado prevê que até julho a Selic esteja em 14,5% ao ano. "Nesse patamar, o juro permite o crescimento da produção no País sem provocar inflação", disse. Para alguns analistas do mercado financeiro, a falta de consenso entre os diretores do BC na decisão pode apontar para cortes mais ousados da Selic daqui para a frente. Imediatamente depois do fim da reunião do Copom, o Bradesco anunciou queda de juros em linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas. No cheque especial, por exemplo, o juro máximo cai, a partir de hoje, de 8,23% para 8,17% ao mês. A taxa mínima vai de 4,58% para 4,55% mensais. Eduardo A. de Castro/AE

Palocci: "O ano do crescimento" ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse ontem, em Londres, que "2006 será, com certeza, um ano de forte crescimento". O ministro evitou citar números, mas afirmou que os índices recentes confirmam a previsão do governo de que o ano será muito parecido com 2004, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 4,9%. Questionado sobre a projeção de 4% do Banco Central (BC), Palocci respondeu: "Não acho que é muito otimista. Acho que está dentro do que o BC leva em conta em suas expectativas." A projeção do mercado para o PIB de 2006 é de 3,5% de alta. "Não falo em números, mas estou muito otimista", disse Palocci, que garantiu estar seguro de que o País inicia "um longo ciclo de crescimento". Ao comentar os recentes indicadores de atividade no Brasil,

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o ministro afirmou que "as taxas de juros estão em queda e a atividade industrial mostrou recuperação a partir de novembro do ano passado". Espetáculo — O otimismo de Palocci foi compartilhado pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega. Segundo ele, o crescimento do PIB brasileiro pode ficar entre 4% e 5% neste ano. Mantega aproveitou para afirmar que o "espetáculo do crescimento" virá quando o PIB crescer acima de 5%. Tanto Mantega quanto Palocci participaram de um seminário sobre economia brasileira com a presença de cerca de 300 investidores britânicos. Sobre as reações dos mercados internacionais nos últimos dois dias, Palocci disse que não há motivo para preocupação. Segundo ele, quando o Federal Reserve (o banco central norte-

americano) anunciou, em 2004, que começaria a mover os juros nos Estados Unidos, houve piora relevante dos mercados e no risco brasileiro por um mês. "Algum deslocamento em ativos importantes, como títulos dos EUA, causam sempre essa piora, mas ela se acomoda em seguida." Na opinião do ministro, os i n d i c a d o re s d a e c o n o m i a mundial são muito fortes. "Não vejo, no curto prazo, nada que possa colocá-los em risco." Ele disse não concordar com a tese de que exista uma "bolha emergente", com valorização excessiva dos ativos desses países. "Essas economias estão registrando melhoras estruturais importantes. Não é bolha, é melhora real." Ao ser questionado sobre o impacto da alta do real nas exportações, Palocci disse que "uma moeda forte representa fortalecimento do País". (AE)

Joedson Alves/AE

Para o ministro Antonio Palocci (primeiro da esq. para a dir.), 2006 será um ano bem parecido com 2004, quando a economia brasileira teve expansão de 4,9%. "Estou otimista."

Taxa dos EUA afeta emergentes

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s mercados financeiros na América Latina perderam força ontem, pelo terceiro dia consecutivo, pressionados pela preocupação de que os juros

mais elevados no mundo possam afastar os investidores dos países emergentes. O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) e os bancos centrais na Euro-

pa e na Ásia devem manter o aperto e começar a elevar os juros. Essas decisões reduziriam a atratividade dos ativos dos mercados latinoamericanos (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PARAIBA

quinta-feira, 9 de março de 2006

TURISMO - 1

NOVA YORK: AS NOVIDADES NA BROADWAY

Antonella Salem

Um dos destaques nos palcos da cidade neste ano é a peça 'Three Days of Rain', estrelada por Julia Roberts. Pág. 4

Surpresa nordestina

Divulgação/Governo Municipal de João Pessoa

M enos famoso que

seus vizinhos do Nordeste, este Estado está cada vez mais freqüente no mapa dos turistas. Entre seus encantos, um litoral salpicado de rochas coloridas, falésias, coqueiros e pousadas charmosas. Sem falar no interior repleto de mistérios, na histórica capital João Pessoa e nas receitas exóticas à mesa. Págs 2 e 3

Fotos: Maristela do Valle

Divulgação/Governo Municipal de João Pessoa

Estrelas entre as areias paraibanas, a Ponta do Seixas (no topo) – conhecida como o ponto mais oriental das Américas – e a Praia do Amor (à esq.) são imperdíveis. Em João Pessoa, chama a atenção o colorido casario histórico. E a cidadezinha religiosa de Bananeiras é ponto de encontro de pereginos. A viagem inclui ainda o rico artesanato do Estado e a cozinha abundante em frutos do mar


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

BALANÇOS

COMUNICADOS

FUCHS DO BRASIL S.A.

Solicito o comparecimento do Sr. Rinaldo Pereira de Souza, portador da CTPS nº 051662, série 009 - Alagoas, em nossa empresa no prazo máximo de 48 horas sob pena de infligir o art.482 alínea I da CLT. Albumclass Albuns Ltda ME. CNPJ 60164845/0001-44. (9, 10, 13/03/2006)

AVISO DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 10.514/2005 - Concorrência Pública nº 002/2006. Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de Concorrência Pública, para a concessão administrativa de uso do bem municipal para exploração do espaço físico constituído de um prédio de alvenaria com área coberta de 72,44 m², localizado no Parque da Avenida Francisco Pereira Lopes, no município de São Carlos - SP, com critério de julgamento do tipo “melhor proposta” e com a prestação dos seguintes serviços: a) Banca de revistas, livros, jornais e gêneros afins. b) Alimentação com produtos naturais, sucos, lanches, chá, bolachas, frutas, salgados assados, iogurtes, doces e refrigerantes. c) Manutenção paisagística do Parque, deixando-o sempre em perfeitas condições, no tocante aos canteiros de flores e arbustos, poda de árvores, replantio de mudas, corte de grama e irrigação. d) Serviços de segurança 24 horas no Parque. O Edital na íntegra poderá ser adquirido na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada na Rua Major José Inácio nº 1.973, Centro, São Carlos, Fone: (16) 3307-4272, a partir do dia 07 de março de 2006 até o dia 07 de abril de 2006, no horário das 9:00hs às 12:00hs e das 14:00hs às 16:30hs, mediante a apresentação da guia de recolhimento da Tesouraria Municipal, situada na Av. São Carlos nº 1.814, dos emolumentos de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes nºs 01 e 02 serão recebidos na Sala de Licitações até às 10:00 horas do dia 10 de abril de 2006, quando após o recebimento iniciar-se-á a sua sessão de abertura. São Carlos, 07 de março de 2006. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

CONVOCAÇÕES RACHAIA CLUBE ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA GERAL DOS SÓCIOS O Presidente da Diretoria do Rachaia Clube, de conformidade com o capítulo VI, artigo 35 dos Estatutos Sociais, convoca os Senhores Associados para a Assembléia Extraordinária dos Sócios a ser realizados no dia 02 de abril de 2006 (domingo) às 11:00 horas na Sede Social na rua Tangará, 349 - Capital. ORDEM DO DIA: a) Eleição do Conselho Deliberativo para o triênio 2006/2008; b) Eleição do Presidente; Vice-Presidente e Secretário do Conselho; c) Assuntos Gerais. Não havendo número legal na hora marcada será a reunião realizada 30 minutos após, ocasião em que será levada a efeito com qualquer número de Associados, de conformidade com o Capítulo VI, artigo 37, do parágrafo único, dos Estatutos Sociais. São Paulo, 8 de março de 2006. SERGIO EDUARDO SAAD - Presidente da Diretoria

RACHAIA CLUBE ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA DO CONSELHO DELIBERATIVO O Presidente do Conselho Deliberativo do Rachaia Clube, de conformidade com o capítulo VI, artigo 32, parágrafo 1º, letras: a), b), c), d), e), dos Estatutos Sociais, convoca os Senhores Conselheiros para a Assembléia Ordinária do Conselho Deliberativo a ser realizada no dia 02 de abril de 2006 (domingo) às 10:00 horas na sede social na rua Tangará, 349 - Capital. ORDEM DO DIA: a) Leitura, discussão e votação do Balanço Geral do exercício de 2005 e Balancete encerrado em 28 de fevereiro de 2006, bem como Relatório da Diretoria e Conselho Fiscal; b) Eleição do Presidente; 1º Vice-Presidente e 2º VicePresidente e o Conselheiro Fiscal e seus Suplentes para o exercício de 2006; c) Assuntos Gerais. Não havendo número legal na hora marcada será a reunião convocada para 30 minutos após, de conformidade com o capítulo VI, artigo 34, do parágrafo único, dos Estatutos Sociais. São Paulo, 8 de março de 2006. CARIN EID MANSOUR - Presidente do Conselho Deliberativo

Cooperativa Habitacional Promoradia da Zona Sul CNPJ 02.374.644/0001-75 Convoca os seus cooperados, com direito a voto, para Reunião de A.G.O., (art. 38, parág. 1º da Lei 5764/71), que será realizada na sede provisória, na rua Cedro Rosa, 28 – Jd. São Bento – São Paulo-SP em 19/03/06, em 1ª convocação às 10:00hs, com 2/3 dos cooperados, 2ª convocação às 11:00hs com 50% + 1 dos cooperados, 3ª convocação às 12:00hs, com no mínimo 10 cooperados, para deliberarem sobre a ordem do dia: Eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal; Alteração de endereço da sede social e votação das demonstrações financeiras exercício findo em 31/12/05. Presidente: Antonio Firmino Gouveia, 07/03/06.

SAMAB - CIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE P PAPEL APEL

Banco Bradesco S.A. CNPJ No 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a serem realizadas cumulativamente no próximo dia 27 de março de 2006, às 16h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5 o andar, Prédio Novo, a fim de: Assembléia Geral Ordinária: 1. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido, os Pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal e o Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; 2. eleger os membros do Conselho de Administração, sendo necessário, nos termos das Instruções CVM n o s 165, de 11.12.91, e 282, de 26.6.98, o porcentual mínimo de 5% de participação no capital votante para que os acionistas possam requerer a adoção do processo de voto múltiplo; 3. eleger os membros do Conselho Fiscal, nos termos do Artigo 161 da Lei n o 6.404/76; 4. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social. Assembléia Geral Extraordinária: 1. examinar propostas do Conselho de Administração para: a) cancelar ações mantidas em tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste; b) transformar o Comitê de Conduta Ética, já existente, em órgão estatutário, alinhando-se às melhores práticas de Governança Corporativa; 2. consolidar o Estatuto Social, a fim de refletir as propostas mencionadas no item anterior. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação e as propostas do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 7 de março de 2006 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 8, 9 e 10.3.06

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 8 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Patrícia Paula de Campos - Requerido: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda - Av. Brig. Luis Antonio, 277 - sala 67 – 6º andar - 02ª Vara de Falências Requerente: Sandra Miquilimo - Requerido: Confecções Dasol Ltda. - Rua Henrique Dias, 227 - Requerido: Modas Love Apple Ltda. - Rua Pelotas, 323 - apto. 24 - 01ª V. Falências Requerente: Brasfilter Industria e Comércio Ltda. - Requerido: Projeto Comércio e Distribuição

CNPJ nº 43.995.646/0001-69 Relatório da Diretoria Prezados Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Dem. de Resultados Exercícios findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) exercício findo em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores. Permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos. SP, 21/02/2006. Receita operacional bruta............................... 2005 2004 Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Venda de produtos........................................... 62.604.077 55.189.632 Revenda........................................................... 14.355.473 14.794.140 Ativo/Circulante 2005 2004 Passivo/Circulante 2005 2004 Serviços prestados .......................................... 597.390 792.180 Disponibilidades......................................... 239.001 691.779 Fornecedores............................................. 3.387.815 2.810.958 77.556.940 70.775.952 Contas a receber de clientes ..................... 6.831.119 6.310.313 Impostos e contribuições a recolher .......... 593.156 684.796 Estoques .................................................... 7.022.534 6.680.936 Salários e férias a pagar ............................ 1.419.292 988.460 Deduções: Impostos sobre as vendas ............ (15.823.690) (13.958.780) Devoluções e abatimentos............................... (587.057) (453.253) Empresas relacionadas ............................. 68.657 32.569 Empresas controladora e relacionadas ..... 1.950.292 1.987.548 (16.410.747) (14.412.033) Impostos a recuperar ................................. 65.350 148.607 Outras contas a pagar ............................... 404.110 207.479 Outras contas a receber ............................ 363.391 277.736 Dividendos a pagar .................................... 2.878.719 3.782.833 Receita operacional líquida ............................ 61.146.193 56.363.919 14.590.052 14.141.940 Imposto de renda e contribuição social ..... 791.425 350.118 Custos dos prod. vend., revend./serv. prest. (39.585.602) (37.780.016) 220.968 115.908 11.424.809 10.812.192 Lucro bruto ...................................................... 21.560.591 18.583.903 Realizável a L.P: I.R. e contr. soc. diferidos Depósitos judiciais ..................................... 635.564 645.984 Exigível a L.P.: Provisão p/contingências... 540.907 300.907 (Desp.) outras rec. operacionais: Vendas ...... (8.670.492) (7.646.149) Administrativas e gerais ................................... (2.279.467) (2.030.096) 856.532 761.892 Patrimônio líquido: Capital social.............. 4.826.320 4.826.320 Despesas financeiras....................................... (783.212) (658.004) 32.926 32.926 Reservas de capital ................................... Permanente: Investimentos ........................ 72.601 72.601 Receitas financeiras......................................... 329.013 239.314 Imobilizado................................................. 2.350.391 2.040.526 Reservas de lucros .................................... 965.264 965.264 Outras (despesas) receitas operacionais ........ (240.000) (84.108) 2.383.317 2.073.452 5.864.185 5.864.185 (11.644.158) (10.179.043) 17.829.901 16.977.284 17.829.901 16.977.284 8.404.860 Dem. das Mut. do Patrim. Líq. Exerc. findos em 31/12/05 e 04 (Em Reais) buição social sobre o lucro líquido. O imposto de renda e contribuição social Lucro operacional ........................................... 9.916.433 (345) 26.206 diferidos, apresentados no ativo realizável a longo prazo, decorrentes de Resultado não operacional .............................. Res. de 8.431.066 diferenças temporárias foram constituídos em conformidade com a NPC 25 Lucro antes do I.R., da contribuição social .. 9.916.088 Capital Res. lucros Lucros social de cap. Legal acum. Total do Ibracon e levam em consideração o histórico de rentabilidade e a expec- Imposto de renda e contrib. social - corrente ... (3.274.005) (2.694.691) Imposto de renda e contrib. social - diferido .... 105.060 45.202 Saldos em 01/01/04 4.826.320 72.601 825.691 - 5.724.612 tativa de geração de lucros tributáveis futuros. 5.781.577 2005 2004 Lucro líquido do exercício .............................. 6.747.143 Luc. líq. do exerc...... - 5.781.577 5.781.577 3. Estoques: Lucro líquido por lote de mil ações R$ ....... 1.398 1.198 Produtos acabados...................................... 2.726.847 3.044.800 Destinações: 4.826.320 3.564.779 3.144.770 Quantidade de ações ao final do exercício ... 4.826.320 Reserva legal ......... - 139.573 (139.573) - Matérias-primas, embalagens e outros ....... Dem. das Orig. e Aplic. de Rec. Exerc. findos em 31/12/05 e 04 (Em Reais) 651.500 427.204 Divid. antecipados.. - (1.297.451) (1.297.451) Importações em andamento........................ 2005 2004 79.408 64.162 Origens dos recursos: Das operações Divid. a distribuir..... - (3.782.833) (3.782.833) Produtos em consignação ........................... Lucro líquido do exercício ................................... 6.747.143 5.781.577 7.022.534 6.680.936 Jrs s/o cap. próprio 285.491 2005 2004 Itens que não afetam cap.circ.:Deprec./amort. . 349.865 Lei nº 9.249/95 ..... - (561.720) (561.720) 4. Imobilizado: Tx.(média) Custo residual de ativos permanentes baixados 1.845 398 Deprec. Imobil. Imobil. Saldos em 31/12/04 4.826.320 72.601 965.264 - 5.864.185 a. Composição: de deprec. Imposto de renda e contribuição social diferidos (105.060) (45.202) (a.a.%) Custo acum. líquido líquido Luc. líq. do exercício - 6.747.143 6.747.143 6.022.264 Edificações .............. 4 1.723.475 (1.189.886) 533.589 611.135 Recursos originados das operações................ 6.993.793 Destinações: 10.420 6.800 10 4.035.373 (2.741.084) 1.294.289 548.880 De terceiros: Dim. do realiz. a L.P.-Dep.judiciais . Divid. antecipados.. - (3.296.666) (3.296.666) Máq., equip. e inst. .. Aumento do exigível a longo Prazo..................... 240.000 92.947 10 465.970 ( 362.478) 103.492 114.655 Divid. a distribuir..... - (2.878.719) (2.878.719) Móveis e utensílios .. 7.244.213 6.122.011 Veículos ................... 20 396.013 ( 183.668) 212.345 285.627 Jrs s/o cap. próprio 533.248 20 282.027 ( 206.346) 75.681 85.041 Aplicações dos rec.:Aquis. de bens do imobiliz. 661.575 Lei nº 9.249/95 ..... - (571.758) (571.758) Equip. de comp. ....... Juros sobre o capital próprio - Lei nº 9.249/95 ... 571.758 561.720 130.995 - 130.995 130.995 Saldos em 31/12/05 4.826.320 72.601 965.264 - 5.864.185 Terrenos................... Distribuição de dividendos .................................. 6.175.385 5.080.284 Adiant. p/imobiliz...... 264.193 Notas Explic. às Dem. Financ. Exerc. findos em 31/12/05 e 04 (Em Reais) 7.408.718 6.175.252 7.033.853 (4.683.462) 2.350.391 2.040.526 1. Contexto operacional: As atividades da Empresa compreendem, basi(53.241) Redução do capital circulante líquido.............. (164.505) 2004 2005 camente, a mistura, o envasilhamento e a distribuição de óleos lubrifican- b. Movimentação do custo Custo Adições Baixas Outros Custo Dem. das variações no cap.circulante líquido tes, produção de graxas, de fluídos usados na usinagem de metais, de No fim do exercício.................14.590.052 14.141.940 Ativo circulante: - 1.723.475 preparados anticorrosivos e de outros produtos químico-industriais, parti- Edificações............ 1.723.475 No início do exercício..........................................14.141.940 11.000.512 cularmente os da linha da Fuchs Europe Schmierstoffe GmbH. É, ainda, Máquinas e equip.. 3.142.255 631.074 (2.149) 264.193 4.035.373 448.112 3.141.428 459.477 6.493 - 465.970 objeto da Empresa, a importação de aditivos especiais, puros de origem, para Móveis/utensílios... Passivo circulante: No fim do exercício ............11.424.809 10.812.192 Veículos ................ 396.013 396.013 a mistura com óleos lubrificantes básicos. 2. Apresentação das demonsNo início do exercício..........................................10.812.192 7.617.523 258.019 24.008 - 282.027 trações financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas com Equip./computação 612.617 3.194.669 130.995 - 130.995 base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. Terrenos ................ (164.505) (53.241) 264.193 - (264.193) Descrição das principais práticas contábeis: a. Apuração do resultado: Adiant. a fornec. .... 6.374.427 661.575 (2.149) - 7.033.853 res jurídicos, a probabilidade de perda é possível na esfera judicial, razão O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. A receita de venda de produtos é reco- 5. Empresas controladora e relacionadas: Os principais saldos de ativos pela qual nenhuma provisão para contingência foi registrada nas demonsnhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao e passivos em 31 de dezembro de 2005, bem como as transações que trações financeiras. A Empresa vem discutindo, em esfera civil, dois proproduto são transferidos para o comprador. A receita de serviços prestados influenciaram o resultado do exercício, relativas a operações com partes cessos referentes a possíveis danos causados ao meio ambiente, referente é reconhecida no resultado em função de sua realização. Uma receita não é relacionadas, decorrem de transações com a controladora e partes relacio- ao descarte de tambores contaminados em local não apropriado, cujo valor em 31 de dezembro de 2005, estava estimado em R$ 16.303.276. Esses reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização. b. Estimati- nadas, as quais foram realizadas em condições usuais de mercado. 2005 2004 processos envolvem praticamente todas as industrias químicas e lubrificanvas contábeis: A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com tes do Brasil, cerca de 300 empresas. De acordo com opinião dos nossos Clariant S.A. ............................... 54.696 32.569 Ativo circulante: as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de 13.961 - consultores jurídicos, a probabilidade de perda é possível na esfera judijulgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e pas- Fuchs Argentina S.A................................................ 68.657 32.569 cial, razão pela qual nenhuma provisão para contingência foi registrada sivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor 117.791 80.720 nas demonstrações financeiras. 7. Patrimônio líquido: a. Capital social: residual do ativo imobilizado, estoques e imposto de renda diferido ativo e Passivo circulante: Clariant S.A............................ 9.287 O capital social é composto por 4.826.320 ações, sendo todas ordinárias provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas Fuchs Argentina S.A................................................ estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, em razão Fuchs Europe Schmierstoffe GmbH........................ 1.240.946 1.242.644 nominativas no valor nominal de R$ 1,00 por ação. Em 21 de dezembro de 378.027 407.222 2005, o acionista Fuchs Petrolub AG adquiriu o total de 1.882.265 ações de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Empresa Fuchs Lubritech GmbH ........................................... 5.519 - ordinárias pertencentes a Clariant AG, Clariant Consulting AG e Clariant revisa as estimativas e premissas pelo menos anualmente. c. Moeda estran- Fuchs Lubrifiants Industrie ...................................... 2.618 International AG, que correspondia a 39% das ações totais da Empresa. geira: Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangei- Fuchs Lubricants UK PLC ....................................... A operação está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Fuchs Lubricantes Unipltda ..................................... 2.193 ras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio da data de fechamento 1.742.283 1.744.684 Econômica, para que os registros no Banco Central possam ser alterados. do balanço e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram b. Reserva legal: É constituída à razão de 5% do lucro apurado em cada 94.717 reconhecidas no resultado do exercício. d. Ativos circulante e realizável Juros sobre capital próprio a pagar:Clariant S.A. 208.009 148.147 exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de a longo prazo: • Estoques: Avaliados ao custo médio de aquisição ou de Fuchs Petrolub AG .................................................. 208.009 242.864 20% do capital social. c. Dividendos: O estatuto social determina a distriprodução, que não excede o valor de mercado. O custo dos estoques inclui 1.950.292 1.987.548 buição de um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajusgastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos estoques. No caso de estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui as 6. Provisão para contingências: A Empresa é parte em ações judiciais tado na forma do art. 202 da Lei nº 6.404/76 após a apropriação da reserva despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade normal de opera- e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamen- legal. 8 Juros sobre o capital próprio - Lei nº 9.249/95: De acordo com ção. • Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo: São apresen- tais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões a faculdade prevista na Lei nº 9.249/95, a Empresa calculou juros sobre o tados pelo valor líquido de realização. e. Permanente: • Investimentos: Os tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. A Administra- capital próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente investimentos permanentes são avaliados ao custo de aquisição deduzido de ção, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise das no exercício, no montante de R$ 571.758 (R$ 561.720 em 2004), os quais provisão para desvalorização, quando aplicável. • Imobilizado: Registrado demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base foram contabilizados em despesas financeiras, conforme requerido pela ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, constituiu pro- legislação fiscal. Para efeito dessas demonstrações financeiras, esses juros pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa nº 4 e leva em visão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas foram eliminados das despesas financeiras do exercício e estão sendo apresentados na conta de lucros acumulados em contrapartida do passivo consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Gastos decorrentes como prováveis com as ações em curso, como se segue: 2005 2004 circulante. O imposto de renda e a contribuição social do exercício foram de reposição de um componente de um item do imobilizado são capitalizados reduzidos em aproximadamente R$109.000 (R$ 107.000 em 2004), em Contingências trabalhistas ................................ 230.774 60.759 apenas quando há um aumento nos benefícios econômicos desse item do 240.148 decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre capital crediimobilizado. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido no resultado como Contingências fiscais......................................... 310.133 540.907 300.907 tados aos acionistas. 9. Cobertura de seguros (não auditado): Em 31 despesa. f. Passivos circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicá- A Empresa vem discutindo, em esfera administrativa, um auto de infração de dezembro de 2005, a Empresa possuía cobertura de seguros contra vel, dos correspondentes encargos, variações monetárias e / ou cambiais lavrado em fevereiro de 1997 pela Secretaria da Receita Federal, relacio- incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado e para os estoincorridas até a data dos balanços. g. Provisões: Uma provisão é reconhe- nado ao imposto de renda incidente sobre parcela da redução de capital ques, por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas. cida no balanço quando a Empresa possui uma obrigação legal ou consti- efetuada em julho de 1992. A Empresa, assessorada por seus consultores 10. Plano de suplementação de aposentadoria: A Empresa participa, tuída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso jurídicos, protocolou impugnação do referido auto, tendo recebido em feve- desde 24 de agosto de 1995, da Previplan - Sociedade de Previdência Prieconômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são reiro de 2002 julgamento improcedente por parte da Delegacia Federal de vada, que oferece planos de complementação de aposentadoria, pecúlio e registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Julgamento. Em março de 2002, a Empresa impetrou recurso voluntário de auxílio-doença. O plano de aposentadoria é de contribuição definida, sendo h. Imposto de renda e contribuição social: O imposto de renda e a contribui- defesa, mediante depósito judicial de R$ 605.107, equivalente a 30% do utilizado o regime financeiro de capitalização no cálculo atuarial das reserção social, do exercício corrente, são calculados com base nas alíquotas de valor do referido auto. Em setembro de 2004, o processo retornou para o vas. Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, 55 funcionários participam desse 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de Conselho de Contribuintes por haver dúvidas no julgamento por parte do plano. O total de contribuições efetuadas pela Empresa, no exercício de R$ 240 mil para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contri- Delegado da Receita Federal. De acordo com opinião dos seus consulto- 2005, atingiu o montante de R$ 183.972 (R$ 172.285 em 2004). Dir.: Albino Cardoso Filho-Presidente; Günter Artur Martin-Diretor; Rosa Maria Perez-Cont. CRC 1SP127433/O-9; Cons. Consultivo: Dr. Alexander Selent-Presidente; Sr. Kipp Scott Kofsky; Sr. Günter Artur Martin; Sr. Mathias Töpelmann Parecer dos auditores independentes: À Diretoria da Fuchs do Brasil o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o da Fuchs do Brasil S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultaS.A. - Jandira - SP. Examinamos os balanços patrimoniais da Fuchs do volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da dos de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as oriBrasil S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respec- Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos gens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos tivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representati11 de janeiro de 2006 findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua adminis- vas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentação tração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, Anselmo Neves Macedo demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequada- Auditores Independentes Contador com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) mente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira CRC 2SP014428/O-6 CRC 1SP160482/O-6

Ltda.-EPP - Rua Bela Cintra, 866 - Conj. 3A - 02ª Vara de Falências Requerente: Brasfilter Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Del Cid Comércio e Distribuição Ltda. - Av. Rebouças, 765 - 01ª Vara de Falências Requerente: Alliance Administração de Ativos Ltda. - Requerido: Hidrogen do Brasil Ltda. Rua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, 559 - 01ª Vara de Falências

CNPJ nº 33.220.849/0001-20 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Srs. Acionistas, em cumprimento aos dispositivos legais, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras da Sociedade relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005, o respectivo Parecer dos Auditores Independentes. No ano de 2005 em nossa Companhia continuamos melhorando o gerenciamento de Ativos, na busca de uma melhor estrutura de capital e um perfil de endividamento mais adequado, assim como também investimos na capacidade e no conhecimento de nossos profissionais. Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) AT IV O 2005 2004/Ajust. P A S S I V O 2005 2004/Ajust. Circulante Circulante Origens de recursos 2005 2004 Caixa e bancos .............................................. 870 424 Empréstimos e financiamentos ..................... 4.154 Das operações Aplicações financeiras .................................. 26.313 22.735 Fornecedores nacionais ................................ 7.133 6.351 Lucro líquido do exercício ............................ 7.349 9.878 Contas a receber ........................................... 22.598 19.663 Fornecedores do exterior .............................. 12.990 12.458 Itens que não afetam o capital circulante líquido: Provisão para devedores duvidosos ............ (5.567) (5.539) Obrigações trabalhistas e tributárias ........... 1.289 848 Depreciações .................................................. 533 536 Estoques ........................................................ 6.846 10.332 Outras contas a pagar ................................... 764 873 Atualiz. monet. dos dep. judic. e créd. fiscais (544) (539) Impostos a recuperar .................................... 2.912 319 Juros sobre capital próprio ........................... 2.236 - Valor residual do ativo imobilizado baixado . 68 17 Outros créditos .............................................. 727 632 24.412 24.684 Juros e variação cambial sobre o exigível a LP 373 54.699 48.566 Exigível a longo prazo Provisão para contingências - exigível a LP 600 600 Realizável a longo prazo Obrigações tributárias ................................... 2.462 2.317 Provisões tributárias - exigível a longo prazo 145 189 Depósitos judiciais e créditos fiscais ........... 4.521 7.379 Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos 544 586 Total proveniente das operações .................. 8.151 11.054 Imposto de renda e contribuição social diferidos 4.462 4.462 Provisão para contingências ......................... 6.260 5.660 De terceiros Outros créditos .............................................. 146 161 9.266 8.563 Redução do realizável a longo prazo ............ 3.417 9.129 12.002 Patrimônio líquido Total das origens .............................................. 11.568 11.054 Permanente Capital social .................................................. 34.423 34.423 Aplicações de recursos Imobilizado ..................................................... 4.039 4.161 Ações em tesouraria ...................................... (1.983) - Aumento do realizável a longo prazo ............ 7 Reserva de reavaliação ................................. 1.056 1.138 Aquisição de ações ......................................... 1.983 Reserva legal .................................................. 35 - Adições do ativo permanente ......................... 480 316 Lucros (prejuízos) acumulados ..................... 658 (4.079) Juros sobre o capital próprio propostos ........ 2.700 34.189 31.482 Transferência para passivo circulante Total do ativo .................................................... 67.867 64.729 Total do passivo ............................................... 67.867 64.729 empréstimos e financiamentos ....................... 4.707 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Total das aplicações ........................................ 5.163 5.030 Aumento do capital circulante líquido ............. 6.405 6.024 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) Variação do capital circulante líquido Reserva capital Res.lucs. Ativo circulante Capital Ações em Ágio na emissão Reserva de Reserva Lucros (prej.) 48.566 38.352 social tesouraria de ações reavaliação legal acumulados Total No início do exercício ................................... 54.699 48.566 Saldos em 31 de dezembro de 2003 ..................................... 34.423 26.753 1.219 (40.833) 21.562 No final do exercício ...................................... 6.133 10.214 Transf. de saldo p/ absorção parcial de prej. acumulado ...... (26.753) 26.753 - Variação .......................................................... Realização da reserva de reavaliação ................................... (123) 123 - Passivo circulante 24.684 20.494 Encargos tributários diferidos sobre a reserva de reavaliação 42 42 No início do exercício ..................................... 24.412 24.684 Lucro líquido do exercício ....................................................... 9.878 9.878 No final do exercício ....................................... (272) 4.190 Saldos em 31 de dezembro de 2004 ..................................... 34.423 1.138 (4.079) 31.482 Variação ........................................................... 6.405 6.024 Aquisição de ações .................................................................. (1.983) - (1.983) Aumento do capital circulante líquido ............. Realização da reserva de reavaliação ................................... (123) 123 - As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Encargos tributários diferidos sobre a reserva de reavaliação 41 41 Demonstrações do Resultado para os exercícios Lucro líquido do exercício ....................................................... 7.349 7.349 findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004(Em R$ Mil) Constituição da reserva legal .................................................. 35 (35) 2005 2004 Juros sobre o capital próprio propostos ................................. (2.700) (2.700) Receita operacional bruta ................................ 92.745 90.537 Saldos em 31 de dezembro de 2005 ..................................... 34.423 (1.983) 1.056 35 658 34.189 Impostos sobre vendas ................................... (4.049) (4.950) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Devoluções de vendas .................................... (918) (879) Notas Explicativas às Demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) Receita operacional líquida .............................. 87.778 84.708 1. Contexto operacional: A principal atividade da Sociedade é a 5. Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos: Refere-se ao Custo dos produtos vendidos .......................... (63.186) (59.946) comercialização de papel para impressão de jornais, revistas e livros. reconhecimento do Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos sobre Lucro bruto ........................................................ 24.592 24.762 Também são efetuadas operações de importação de papel de impressão e os prejuízos fiscais e base negativa operacionais, nos montantes de R$ Receitas (despesas) operacionais: outros produtos correlatos. 2. Apresentação das demonstrações contábeis 3.544 e R$ 918 respectivamente, baseado na expectativa de manutenção Despesas administrativas, comerciais e gerais (18.325) (16.529) As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas dos resultados positivos tributáveis. Resultado financeiro, líquidas ...................... 1.827 991 contábeis adotadas no Brasil. As principais práticas são as seguintes: 2.1. 6. Imobilizado: Txs anuais Outras receitas operacionais ........................ 714 620 Aplicações financeiras: Registradas ao custo, acrescido dos rendimentos deprec. - % 2005 2004 (15.784) (14.918) proporcionalmente auferidos até as datas dos balanços. 2.2. Provisão Edifícios ................................................ 4 5.552 5.552 Lucro operacional ............................................. 8.808 9.844 para Devedores Duvidosos (PDD): A PDD foi constituída em valor Máquinas e equipamentos ................... 10 3.016 2.972 Resultado não operacional .............................. 64 34 considerado suficiente pela administração da Sociedade para fazer cobrir Móveis e utensílios .............................. 10 684 666 Lucro antes do imp. de renda e contrib. social 8.872 9.878 eventuais perdas. 2.3. Estoques: São representados, exclusivamente, por Veículos ................................................ 20 660 475 Imposto de renda e contribuição social .......... (1.523) mercadorias adquiridas para revenda sendo avaliados pelo custo médio de Equipamentos de informática .............. 20 1.264 1.256 Lucro líquido do exercício ............................... 7.349 9.878 aquisição, os quais não superam o valor de mercado. 2.4. Imobilizado: Benfeitorias em imóveis de terceiros . 20 268 268 Lucro por ação - R$ ......................................... 0,0521 0,0664 Registrado pelo custo de aquisição, acrescido da reavaliação registrada Outros ................................................... 183 183 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. em 1990 e 1992, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As 11.627 11.372 Ações depreciações acumuladas estão igualmente corrigidas e são computadas Depreciações acumuladas ................... (7.588) (7.211) Ordin. Preferenc. A Preferenc. B Total pelo método linear com base na vida útil estimada dos bens, de acordo com Total ....................................................... 4.039 4.161 Resid. país 50.369.703 50.369.703 - 100.739.406 as taxas descritas na Nota nº 6. 2.5. Demais ativos e passivos: Em 1990 e 1992, a Sociedade procedeu a reavaliação espontânea de parte Resid.exterior 13.395.136 6.635.129 20.280.020 40.310.285 Apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, substancial de seus bens patrimoniais com base em avaliações efetuadas Total 63.764.839 57.004.832 20.280.020 141.049.691 as variações monetárias ou cambiais. 2.6. Imposto de renda e contribuição por peritos independentes. 7. Empréstimos e financiamentos: Referem- As ações ordinárias possuem direito a voto nas deliberações da assembléia social sobre o lucro: Constituídos, conforme as alíquotas vigentes, com se a empréstimos e financiamentos captados junto à Overseas Financing geral, de elegerem e destituírem o quadro diretivo da Sociedade. As ações base no lucro ajustado para fins tributários. Conforme descrito na Nota nº & Trading S.A., com a finalidade de capital de giro, no montante de US$ preferenciais não têm direito a voto, sendo garantida, no entanto, prioridade 09, a Sociedade está compensando seus prejuízos fiscais acima do limite 4.000.000, sujeitos a juros de 6% a.a., pagos anualmente, mais variação na distribuição de dividendos, bem como no reembolso do capital da de 30%. 2.7. Imposto de renda e contribuição social sobre a reserva de cambial. O pagamento do principal foi realizado em cinco parcelas anuais Sociedade em caso de liquidação. Durante 2005, a Sociedade recomprou reavaliação: Os imposto diferidos foram calculados sobre a reserva de - US$ 500.000 em 2001, US$ 500.000 em 2002, US$ 500.000 em 2003, US$ do Sr. Robert George Campbell, 7.670.457 ações, ao preço de R$ 1.983, reavaliação constituída, conforme estabelecido pela Deliberação nº 183 da 1.000.000 em 2004 e US$ 1.500.000 em 2005. para permanência em tesouraria, até deliberação em Assembléia Geral Comissão e Valores Mobiliários (CVM). 2.8. Lucro por ação: É calculado 8. Obrigações tributárias - longo prazo 2005 2004 Ordinária dos Acionistas. 10.2. Reserva legal: Constituída a alíquota de pela quantidade de ações nas datas dos balanços. FINSOCIAL (a) .................................................. 2.462 2.317 5% sobre o lucro líquido do exercício, após a compensação dos prejuízos 3. Contas a receber 2005 2004 Total ................................................................... 2.462 2.317 acumulados, até atingir o montante de 20% do capital social. 10.3. Juros Duplicatas e promissórias a receber ............... 20.811 17.423 (a) A administração da Sociedade, com base na opinião dos assessores sobre o capital próprio: Conforme prevê a legislação fiscal, a Sociedade Agenciamento a receber .................................. 1.787 2.240 legais, decidiu não efetuar os recolhimentos do FINSOCIAL no período de optou por efetuar a título de remuneração de seus acionistas, o pagamento Total .................................................................. 22.598 19.663 maio de 1991 a março de 1992, concomitantemente, com o ajuizamento da de juros sobre o capital próprio apurado com base na variação da Taxa de As duplicatas e promissórias a receber são provenientes de comercialização ação cautelar que questionava a constitucionalidade das elevações da Juros de Longo Prazo (TJLP), sobre a movimentação do patrimônio líquido. de papel para impressão de jornais, revistas e livros. Os agenciamentos a alíquota do FINSOCIAL no período de setembro de 1989 a março de 1992 Os juros foram computados na escrituração comercial como despesas receber referem-se a comissões sobre intermediação de importação de (vide maiores detalhes na Nota nº 4). Considerando a decisão do STF, já financeiras e estornados para efeito da apresentação destas demonstrações papéis entre compradores brasileiros e exportadores. 4. Depósitos judiciais comentada na referida nota, a Sociedade decidiu registrar no exigível a contábeis. Os valores distribuídos relativos aos juros sobre o capital e créditos fiscais: longo prazo o montante desta obrigação, calculado sobre a aplicação da próprio foram de R$ 2.700 em 2005. 11. Seguros (não auditado): A São representados por: 2005 2004 alíquota de 0,5% sobre as receitas tributáveis, acrescida de juros e multa Sociedade mantém cobertura de seguros em montante considerado Créditos fiscais contingentes - FINSOCIAL (a) 4.447 7.310 de mora incorridos até as datas dos balanços. Este processo encontra-se suficiente pela administração para cobrir eventuais riscos sobre seus Outros ............................................................... 74 69 pendente de decisão. 9. Imposto de renda e contribuição social sobre o ativos e/ou responsabilidades. Total ................................................................... 4.521 7.379 lucro líquido - processo judicial: A Sociedade obteve liminar judicial em CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (a) Créditos fiscais contingentes - FINSOCIAL: o Supremo Tribunal Federal março de 1996 e, posteriormente, decisão favorável em 1ª instância, para (STF), em dezembro de 1992, julgou como inconstitucionais as elevações a compensação integral dos prejuízos fiscais originados anteriormente a Matti Olavi koponen - Presidente da alíquota do FINSOCIAL para 1, 1,2 e 2% ocorridas no período de Lei nº 8.891/95 que estabeleceu o limite de 30% para utilização. Com base Nilton Serson - Vice - Presidente setembro de 1989 a março de 1992, determinando a manutenção de 0,5% nesta posição, a Sociedade vem compensando integralmente os prejuízos Martti Kristian Soisalo - Conselheiro sobre as receitas tributáveis. Em razão desta decisão e, considerando fiscais acumulados até 1994, com lucros tributáveis apurados neste e em Luiz Borges dos Santos - Conselheiro sentença definitiva a favor da Sociedade (transitada em julgado em 17/02/ exercícios anteriores, sendo o montante já compensado até 31 de dezembro 04), a Sociedade está compensando o referido crédito com outros tributos de 2005 de R$ 19.004, expresso em valores originais. Este procedimento DIRETORIA EXECUTIVA federais, e os valores originais atualizados registrados estão demonstrados vem sendo questionado judicialmente, cuja ação encontra-se em andamento. abaixo: Para fazer face às contingências relacionada a processos trabalhistas e Descrição 2005 2004 fiscais em andamento, a Sociedade constituiu uma provisão de R$ 6.260 Paulo Ribeiro da Cruz Moura - Diretor Gerente Geral Saldo anterior ................................................... 7.310 6.838 que, levando em consideração o total do imposto a compensar comentado Pauli V. Kr istian Soisalo - Diretor - Superintendente Atualização monetária ...................................... 539 472 na Nota nº 4, é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas. Compensação ................................................... (902) - 10. Patrimônio líquido: 10.1. Capital social: Em 31 de dezembro de 2005, Transferência para ativo circulante ................. (2.500) - o capital subscrito e integralizado está representado por 141.049.691 Total ................................................................... 4.447 7.310 ações (148.720.147 em 2004), sem valor nominal, assim distribuídas: Peter M. Rodrigues Contador CRC 1SP102771/O-6 Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas da Samab Cia. Indústria e Comércio de Papel 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Samab Cia. Indústria e Comércio de Papel, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre estas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam o

planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o Samab Cia. Indústria e Comércio de Papel, em 31 de dezembro de 2005 e volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio Sociedade, a constatação, com base em testes, das evidências e dos líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas Brasil. São Paulo, 20 de fevereiro de 2006. adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, Terco Grant Thornton Auditores Ricardo Afonso Parra as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, Independentes - Sociedade Simples Contador CRC 1 SP 237.688/O-4 em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CRC 2 SP 018.196/O-8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

quinta-feira, 9 de março de 2006

Belo litoral paraibano Fotos: Maristela do Valle

No roteiro de praias, está a naturista Tambaba, a inspiradora Praia do Amor e Areia Vermelha, um banco de areia que aparece e some ao sabor da maré Por Maristela do Valle

O turista pode percorrer a costa sul de bugue e conhecer maravilhas como Coqueirinho (à esq.). Na chegada a Tambaba (acima, à. esq) é preciso optar entre a área de nudismo obrigatório e a parte para quem quer se cobrir. No meio do mar, Areia Vermelha (acima, à dir.) tem barracas de comes e bebes e aluguel de cadeiras

F

inalmente neste verão os turistas descobriram a Paraíba e lotaram os vôos para lá na alta temporada. O Estado ainda não tem resorts badalados como os dos vizinhos nordestinos nem dunas emocionantes como as do Ceará e do Rio Grande do Norte, mas a beleza do seu litoral, salpicado de rochas coloridas, falésias, coqueiros e pousadas charmosas, não fica atrás. E com uma vantagem: os preços de alimentação e hospedagem em média são mais baixos que nos destinos badalados do Nordeste. Outro diferencial da costa

paraibana é a praia naturista de Tambaba, que tem uma parte na qual é proibido usar sequer uma peça de roupa. Ela fica geograficamente "fechada" entre rochas e um morrinho com uma passarela de madeira, no qual fica a "entrada oficial". Ali integrantes da Sociedade Naturista de Tambaba (Sonata) orientam os visitantes, além de fornecer saquinhos de plástico para guardar as peças de roupa. Na praia, apenas os funcionários da barraca de comida se trajam –e por uma questão de higiene. Tambaba tem uma área para quem faz questão de se cobrir.

Assim famílias e amigos podem ir juntos para a praia e se separar na hora de optar ou não pelo naturismo. Porém cada homem só pode entrar na área acompanhado de uma mulher. E imagens só são permitidas com a autorização do fotografado. A infra-estrutura para assegurar o cumprimento das regras é paga com a taxa de estacionamento: carros (R$ 3), motos (R$ 2), vans (R$ 10) e microônibus (R$ 15). Indepentemente do grau de puritanismo do turista, Tambaba vale a visita pela sua beleza natural, de pedras que formam piscinas para o banho.

As rochas também estão presentes em outras praias do litoral. Como a Praia do Amor, bem próxima a Jacumã. Segundo a lenda, os índios usavam o buraco de uma das pedras dessa praia como cenário de cerimônias de casamento. Hoje quem passa pela tal cavidade tem sorte no amor. "Os casados devem passar com o companheiro para garantir a felicidade. E os solteiros, após o ritual, já são recepcionados pelos amados logo que chegam ao aeroporto da cidade que moram", diz o guia Marcos França, que faz o passeio de bugue para o litoral sul por R$ 200 (quatro pessoas). Fa-

zem parte do roteiro as praias de Coqueirinho, Jacumã, Barrra de Gramame e Ponta dos Seixas, onde fica o ponto mais oriental das Américas. Mas também o perímetro urbano de João Pessoa e da vizinha Cabedelo tem praias limpas para banho, como Tambaú, Bessa e Manaíra. Uma delas é bem especial, pois fica no meio do mar. É a Areia Vermelha, um banco de areia que aparece e some ao sabor da maré. Por isso mesmo, às vezes ela não dá o ar da graça. Quando a maré está bem baixa, dá para chegar lá a pé. Senão, é preciso um barco na Praia de Camboinha. (R$ 10

por pessoa). Como toda praia de cidade, o local tem barracas de comes e bebes e aluguel de cadeiras. Seus corais com peixinhos coloridos animam alguns turistas a alugar máscara e snorkel por R$ 5 a hora ou R$ 10 o "dia" todo. O esquema lembra um pouco as piscinas naturais de Pajuçara, em Maceió, com a diferença de que estas não têm uma área de areia, só a parte de coral. Assim como Picãozinho, outro passeio apreciado pelos turistas que visitam João Pessoa, mas que sai de Tambaú. Maristela do Valle viajou a convite da Prefeitura de João Pessoa

Circuito histórico atrai em João Pessoa F

Farol da Ponta do Seixas (acima) é um dos marcos de João Pessoa. Ponto alto da visita ao coração da capital, o Centro Cultural São Francisco (à esq.), um conjunto do século 17 formado pela igreja e o convento de Santo Antonio e pela Capela da Ordem Terceira de São Francisco

las de marcenaria e restauração a jovens carentes. Quando formados, os alunos ganham uma profissão e atuam no projeto de recuperação da cidade. Vale a pena caminhar pelas

ruas de casario colorido com placas que não podem ultrapassar o tamanho de 40 centímentos de altura por 4 metros de comprimento. E o ponto alto do passeio é o

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão S/A O Estado de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

Centro Cultural São Francisco, um conjunto do século 17 formado pela igreja e o convento de Santo Antonio e pela Capela da Ordem Terceira de São Francisco. A entrada custa R$ 3 e dá direito a guias gratuitos. A construção do edifício barroco, que começou em 1589 e terminou em 1779, tem claustro com azulejo português e vários trabalhos de madeira talhada com ouro, como no púlpito da igreja e na capela de Santo Antonio. A igreja, chamada por muitos de Igreja São Francisco, parece ser abençoada pelo impressionante coro feito de madeira de jacarandá, bem no alto. Os franciscanos ali viveram por 300 anos, até 1885, e depois disso o local chegou até a funcionar como hospital militar. No centro cultural, o visitante ainda se encanta com uma exposição permanente do artesanato brasileiro. Ela exibe de moringas estilizadas com formato de moças a fantasias de escolas de samba do Rio de Janeiro. (M.D.V.)

Maristela do Valle

oi à beira do rio – e não do mar – que João Pessoa surgiu, em 1585. Mais precisamente à margem do Rio Sanhauá, cuja vista de cima, a partir do Hotel Globo é um dos cartões-postais da cidade. A imagem clássica exibe as ruínas do antigo Porto Capim, que aguardam a sua vez para serem restauradas, como já ocorreu com muitos dos edifícios coloridos do Centro Histórico. O tal Hotel Globo, por exemplo, está totalmente em obras. O prédio em estilo art nouveau dos anos 20 não hospeda ninguém desde a década de 50 e agora pertence à Embaixada da Espanha e já exibe uma bandeira do país na fachada. Isso porque o país europeu desembolsou até agora US$ 17 milhões a fundo perdido para a restauração do bairro pessoense. Outro edifício restaurado é o da antiga Fábrica de Vinhos de Caju Tito Silva. Além de possuir um pequeno museu com peças da época em que a bebida era produzida – e exportada –, o local é sede da Oficina Escola de João Pessoa, que dá au-

NO PÔR-DO-SOL, BOLERO – O sol começa a se pôr no Rio Jacaré e as notas do "Bolero" de Ravel surgem de um barco, mais especificamente de um saxofonista que está a bordo. "É ele", apontam os turistas curiosos, pensando se tratar do famoso Jurandy do Sax, idealizador do ritual. Mas os desavisados se enganam. Quem está no rio, por enquanto, é o Arnaud do Sax, o artista do bar concorrente – o Golfinho. Alguns demoram a perceber o duelo de saxofones, como se interpretassem a canção francesa em duas vozes. São os dois. Cada um deles desembarca num bar para finalizá-la. Jurandy desce no Bar Friends, toca mais algumas músicas e conclui sua apresentação com uma emocionante "Ave Maria" de Schubert. Mais emocionante ainda que o próprio "Bolero": o céu está avermelhado e as luzes coloridas, que dão um belo efeito. E todo fim de dia é assim no Rio Jacaré. (M.D.V.)


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quinta-feira, 9 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 3

Itautec Informática S. A. - Grupo Itautec CNPJ nº 51.764.058/0001-42

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: A Itautec Informática S.A. é uma empresa pertencente ao Grupo Itautec, sendo uma de suas principais atividades a locação de equipamentos de informática.

Foram adquiridos no ano R$ 19,7 milhões em novos equipamentos para locação em clientes, apresentando crescimento de 42,4% em relação a 2004.

A receita bruta de vendas e locação acumulada em 2005 foi R$ 52,9 milhões.

Nos termos da Instrução CVM 381/03, informamos que a empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não realizou à Itautec Informática S.A. quaisquer serviços além daqueles relativos aos de auditoria.

O lucro bruto foi R$ 18,4 milhões, resultando em uma margem bruta de 37,7%. O EBITDA acumulado no ano atingiu R$ 28,8 milhões, e o lucro líquido foi R$ 8,8 milhões, representando um retorno sobre o patrimônio líquido de 6,5%.

São Paulo, fevereiro de 2006. A Administração.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - Lei 6.404/76 (VALORES EXPRESSOS EM MILHARES DE REAIS) BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

ATIVO

PASSIVO

CIRCULANTE Bancos Conta Movimento Clientes Estoques Tributos a Recuperar e Diferidos Valores a Receber

2005 23.128 4.545 12.949 67 5.341 226

2004 10.265 193 3.261 165 6.640 6

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Depósitos Judiciais e Outros Créditos Valores a Receber de Partes Relacionadas

3.551 3.551 -

127.055 2.002 125.053

PERMANENTE Investimentos Imobilizado Imobilizado em Locação

TOTAL DO ATIVO

CIRCULANTE Instituição Financeira-Locação/BNDES Fornecedores Obrigações com Pessoal Impostos a Pagar Provisões e Contas a Pagar Juros s/Capital Próprio/Dividendos

2005 9.724 7.390 39 956 54 1.285 -

2004 17.262 7.162 2.193 536 939 6.432

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Instituição Financeira-Locação/BNDES Prov.p/Contingências Fiscais Adiantamento p/Aumento de Capital Contas a Pagar Valores a Pagar p/Partes Relacionadas

14.191 3.710 4.674 100 5.707

16.459 10.673 4.380 1.406 -

133.351 110.194 96 23.061

20.180 5 20.175

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Capital a Integralizar Reservas de Capital Reservas de Lucros

136.115 91.750 (60) 1.708 42.717

123.779 85.750 1.631 36.398

160.030

157.500

TOTAL DO PASSIVO

160.030

157.500

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

SALDOS EM 1 DE JANEIRO DE 2004

CAPITAL SOCIAL

CAPITAL A INTEGRALIZAR

85.750

-

RESERVAS DE CAPITAL CORREÇÃO INCENTIVO MONETÁRIA FISCAL DO CAPITAL 29

1.547

RESERVAS DE LUCROS

LUCROS ACUMULADOS

TOTAL

29.455

-

116.781

14.486

14.486

Destinação do Lucro Reserva Legal

-

-

-

-

724

(724)

-

Juros s/Capital Próprio - Lei 9249/95

-

-

-

-

-

(7.543)

(7.543)

Reserva Estatutária

-

-

-

-

6.219

(6.219)

-

-

-

-

55

-

-

55

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

85.750

-

29

1.602

36.398

-

123.779

Aumento de Capital - RCA 28/12/2005

6.000

-

-

-

-

-

6.000

Lucro Líquido do Exercício

-

-

-

-

-

8.819

8.819

Capital a Integralizar

-

(60)

-

-

-

-

(60)

Reserva Legal

-

-

-

-

441

(441)

-

Juros s/Capital Próprio - Lei 9249/95

-

-

-

-

-

(2.500)

(2.500)

Reserva Estatutária

-

-

-

-

5.878

(5.878)

-

Destinação do Lucro

Incentivo Fiscal - FINOR SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

2005 52.898 (3.990) 48.908 (30.483) 18.425 (3.129) (1.799) (987) 12.510 (66) (170) 12.274 984

2004 59.205 (3.287) 55.918 (34.061) 21.857 (3.522) (1.409) 975 17.901 (502) (299) 17.100 748

13.258 (3.721) (718) 8.819 1.930.957 4,57 70,49

17.848 (3.362) 14.486 1.846.300 7,85 67,04

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Lucro Líquido do Exercício

Incentivo Fiscal - FINOR

Receita Bruta de Vendas e Locação Impostos e Contribuições Receita Liquida de Vendas e Locação Custo dos Produtos Vendidos e Locados Lucro Bruto Despesas Com Vendas Despesas Gerais e Administrativas Outros Resultados Operacionais Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro Resultado Financeiro CPMF / IOF / Pis/Cofins s/ Receita Financeira Lucro Operacional Resultados não Operacionais Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Imposto de Renda e Contribuição Social Participações Estatutárias Lucro Líquido do Exercício Número de Ações (em milhares) Lucro por lote de Mil Ações Valor Patrimonial por Lote de mil Ações

-

-

-

77

-

-

77

91.750

(60)

29

1.679

42.717

(0)

136.115

2005 2004 ORIGENS 159.970 46.375 Recursos Provenientes das Operações 25.988 46.320 Lucro Líquido do Exercício 8.819 14.486 Desps.(Receitas) que não afetam o C.Circulante Depreciação 16.331 31.208 Provisão para Contingência 294 272 Valor Residual do Imobilizado Baixado 544 354 Recursos de Terceiros 133.982 55 Aumento do Exigível a Longo Prazo 4.401 Redução do Realizável a Longo Prazo 123.504 Incentivo Fiscal 77 55 Aumento de Capital 6.000 APLICAÇÕES 139.569 44.836 Transf.de Empréstimos do L.Prazo p/Curto Prazo 6.963 6.464 Aumento do Realizável a Longo Prazo 16.596 Redução do Exigível a Longo Prazo 362 Investimento 110.189 Juros s/Capital Próprio - Lei 9249/95 2.500 7.543 Imobilizado 104 Compra de Equipamentos para Locação 19.753 13.871 Capital a Integralizar 60 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 20.401 1.539 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO No Início do Período Ativo Circulante 10.265 10.864 Passivo Circulante 17.262 19.400 (6.997) (8.536) No Final do Período Ativo Circulante 23.128 10.265 Passivo Circulante 9.724 17.262 13.404 (6.997) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 20.401 1.539

NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL Com sede social em São Paulo - SP, a Itautec Informática S.A. é uma empresa controlada pela Itautec S.A. A Itautec Informática S.A. atua no mercado de locação de equipamentos de informática e comércio atacadista de equipamentos de informática e comunicação. NOTA 2 - APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Itautec Informática S.A. foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações e Normativos da Comissão de Valores Mobiliários, de forma consistente com aquelas utilizadas no exercício anterior. Na elaboração das demonstrações financeiras, foi utilizado, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e para créditos de liquidação duvidosa e outras similares. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (I) Apuração do Resultado As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. (II) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em montante considerado suficiente para fazer face as eventuais perdas na realização da conta clientes. Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidas. (III) Permanente Os bens locados estão registrados ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas com base nos prazos dos contratos de locação, que normalmente variam de 12 a 48 meses. (IV) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos. (V) Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda, a contribuição social, os créditos tributários, bem como os demais tributos estão calculados de acordo com a legislação vigente. NOTA 3 - CLIENTES 2005 13.218 (269) 12.949

Clientes no País Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa TOTAL

2004 3.644 (383) 3.261

Os contratos de arrendamento operacional de bens de informática, possuem prazos variando de 12 a 48 meses. O valor dos contratos é de R$ 85.270, e o valor total das contra-prestações a serem recebidas nos próximos exercícios é de R$ 42.577. A taxa efetiva de depreciação durante o exercício de 2005 para o imobilizado foi de 29%. NOTA 8 - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - LOCAÇÃO BNDES Refere-se a contrato com o BNDES, com a finalidade de renovação do parque locado. Os encargos incidentes são TJLP + 3,28% a.a. com amortizações mensais, sendo que, para a garantia, foram entregues bens em alienação fiduciária e nota promissória. A amortização do saldo registrado no Longo Prazo ocorrerá da seguinte forma:

ANOS

31/12/2005 2007 TOTAL 3.710 3.710

2006 7.091

31/12/2004 2007 TOTAL 3.582 10.673

NOTA 9 - PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS FISCAIS A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais de natureza tributária, decorrentes do curso normal de seus negócios. As respectivas provisões para contingências no montante de (R$ 4.674 em 2005, R$ 4.380 em 2004) foram constituídas considerando a avaliação da probabilidade de perdas feita pelos assessores jurídicos e quando necessário foram efetuados depósitos judiciais. As contingências tributárias envolvem principalmente discussão jurídica contra a União, referente a COFINS, CS, II e IPI. NOTA 10 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apropriados no resultado do exercício, podem ser demonstrados como segue:

Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social I.Renda e C. Social sobre o Resultado às alíquotas de 25% e 9% respectivamente Ajustes Fiscais: Exclusões / (Adições) Temporárias Exclusões / (Adições) Permanentes Juros Sobre o Capital Próprio Total dos Ajustes Fiscais Total de I.Renda e C.Social a Pagar Reversão / Constituição Tributos Diferidos I.Renda e C.Social no Resultado do Exercício

2005

2004

13.258

17.848

(A)

(4.508)

(6.068)

(B) (C)= (A + B) (D)

815 (23) 850 1.642 (2.866) (855)

(556) 72 2.565 2.081 (3.987) 625

(C + D)

(3.721)

(3.362)

NOTA 4 - TRIBUTOS A RECUPERAR E DIFERIDOS 2005 2.505 936 921 4 975 5.341

2004 3.360 710 9 2.561 6.640

NOTA 5 - DEPÓSITOS JUDICIAIS E OUTROS CRÉDITOS 2005 Depósitos Judiciais Fiscais 2.510 Outros Créditos 1.041 TOTAL 3.551

2004 907 1.095 2.002

I.Renda e C.Social Diferidos Antecipação de IR e CS PIS e COFINS a Compensar ICMS e IPI a Compensar IRRF a Compensar TOTAL

NOTA 6 - INVESTIMENTO Em 1º de março de 2005 a Itautec Informática S.A., integralizou na empresa Urupês Projetos e Pesquisas Ltda a importância de R$ 110.189 correspondente a adiantamentos anteriormente efetuados. Desta forma, a nova participação na empresa Urupês ficou representada por 11.019.391 mil cotas no valor de R$ 110.194. NOTA 7 - IMOBILIZADO EM LOCAÇÃO 2005 70.337 (47.276) 23.061

Custo Histórico Depreciação Acumulada TOTAL

2004 100.825 (80.650) 20.175

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Olavo Egydio Setubal Vice-Presidente José Carlos Moraes Abreu

Conselheiros Paulo Setubal Plínio do Amaral Pinheiro Raul Penteado

DIRETORIA Diretor Presidente Paulo Setubal Diretor Geral Guilherme Archer de Castilho Diretores Vice - Presidentes Executivos Cláudio Vita Filho Jesus Francisco Ramon Barreiro Boelle Ricardo Egydio Setubal Diretor Executivo Wilton Ruas da Silva

Diretores Adjuntos Armando Silveira Xavier Bayard Picchetto Junior Carlos Maurício Guizelli Geraldo José Belini Amorim Jorge Luiz de Almeida José Renato Sátiro Santiago Milton Shizuo Noguchi Renato Kassab Simon Ruben Schvartzman

CONTADOR - Ewaldo Michalani Isaias - CRC 1SP - 141159

b) O imposto de renda e contribuição social diferidos no ativo foram calculados sobre as diferenças temporárias de curto prazo apuradas no cômputo do resultado tributável. Os respectivos créditos tributários estão registrados em função da expectativa de sua utilização no futuro. As diferenças temporárias de longo prazo (R$ 6.603 em 2005, R$ 6.484 em 2004) não foram consideradas para o reconhecimento do ativo fiscal diferido, em função do disposto na deliberação CVM nº 273, que define que “deve-se reconhecer o ativo fiscal diferido com relação a prejuízos fiscais à medida que for provável que no futuro haverá lucro tributável suficiente para compensar esses prejuízos”. Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos, classificados no circulante, são conforme segue:

Imposto de Renda Contribuição Social

2005 1.842 663

2004 2.471 889

TOTAL

2.505

3.360

NOTA 11 - CAPITAL SOCIAL E DIVIDENDOS Em reunião do Conselho de Administração de 28 de dezembro de 2005 foi deliberado um aumento de capital de R$. 6.000, com a emissão de 84.656.721 ações escriturais, sem valor nominal sendo 77.099.772 ordinárias e 7.556.949 preferenciais. O capital social autorizado da Itautec Informática S.A. é de 3.000.000.000 de ações escriturais. O capital social de (R$ 91.750 em 2005, R$ 85.750 em 2004) é representado por (1.930.956.778 ações em 2005, 1.846.300.057 ações em 2004) escriturais sem valor

nominal, sendo (1.758.588.388 ordinárias em 2005, 1.681.488.616 ordinárias em 2004) e (172.368.390 preferenciais em 2005, 164.811.441 preferenciais em 2004). O estatuto social determina a destinação de 5% do lucro líquido para a constituição da Reserva Legal e 25% para a distribuição do dividendo mínimo obrigatório, e que o saldo remanescente, seja transferido para Reservas Estatutária até o limite de 80% do Capital Social. Reservas do Patrimônio Líquido 2005 2004 Incentivo Fiscal 1.679 1.602 Correção Monetária do Capital 29 29 Reservas de Capital 1.708 1.631 Reserva Legal 4.484 4.043 Reservas Estatutárias 38.233 32.355 Reservas de Lucros 42.717 36.398 O Conselho de Administração deliberou pagar, até 28 de dezembro de 2005, Juros Sobre o Capital Próprio imputados ao valor do dividendo obrigatório de 2005 no valor de R$ 2.500, sendo este montante superior ao dividendo mínimo obrigatório. Cálculo do Dividendo Lucro Líquido do Exercício 8.819 ( - ) Reserva Legal ( 5% ) (441) Base de cálculo dos dividendos 8.378 Dividendo Mínimo Obrigatório (25%) 2.095 Dividendos Declarados no Exercício Juros s/ Capital Próprio 2.500 ( - ) Imposto de Renda (15%) (375) Remuneração Líquida no ano 2.125 NOTA 12 - PARTES RELACIONADAS As transações entre partes relacionadas foram realizadas em condições usuais de mercado e estão assim representadas: 2005 2004 Ativos Vendas Ativos Vendas (Passivos) (Compras) (Passivos) a) Clientes Itautec S.A. 9 2 16 Itautec.com Serviços S.A. 52 42 TOTAL 61 2 58 b) Imobilizado Itautec S.A. 19.539 12.421 c) Empréstimos, Contas a Receber e Mútuos Itautec S.A. (5.707) 14.864 Urupês Projetos e Pesquisa Ltda 110.189 TOTAL (5.707) 125.053 d) Fornecedores Itautec S.A. (12.746) (1.300) Itec S.A. (885) TOTAL (12.746) (2.185) NOTA 13 - SEGUROS Os valores segurados são determinados e contratados em bases técnicas que se estimam suficientes para cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros com bens do ativo permanente e estoques. NOTA 14 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Riscos de Crédito A política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização em seu contas a receber. b) Instrumentos Financeiros Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustados com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado. A Companhia não realizou operações com derivados no exercício de 2005. NOTA 15 - EVENTO SUBSEQÜENTE Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 06 de março de 2006, foi aprovada a proposta do Conselho de Administração de alteração da denominação social da Itautec Informática S.A. Grupo Itautec Philco para Itautec Informática S.A. Grupo Itautec.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec 1) Examinamos os balanços patrimoniais da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3) Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 31 de janeiro de 2006, exceto quanto à nota explicativa 15 às demonstrações financeiras, cuja data é 6 de março de 2006. Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Estela Maris Vieira de Souza - Contadora CRC 1RS046957/O-3 “S” SP Sérgio Eduardo Zamora - Contador CRC 1SP168728/O-4


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

TURISMO - 3

Uma rota religiosa no interior Inspirados no famoso caminho de Santiago de Compostela, os municípios que formam a região do Brejo Paraibano criaram uma rota para os religiosos seguirem os passos do padre Ibiapina. No caminho, paz e muitas histórias

E

ra uma vez um padre que peregrinava pelos confins nordestinos do século 19 para construir centros de formação para moças. Quase 200 anos após o seu nascimento – em 5 de agosto de 1806–, os peregrinos do século 21 caminham de 47,4 km a 90 km para descobrir por onde ele passava. O personagem em questão é João Antônio Pereira Ibiapina, o advogado que virou padre aos 47 anos. As rotas foram idealizadas pelo bispo da Diocese de Guarabira, dom frei Antônio Muniz Fernandes, e incluem passadas por municípios da região conhecida como Brejo Paraibano. Ele estabeleceu as rotas pelas quais Ibiapina deve ter passado a partir de enquetes históricas. "Calcula-se que ele tenha andado mais de 500 mil quilômetros por Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte", diz dom Antônio, que morou na Europa por muitos anos e se inspirou nos caminhos de Santiago de Compostela para traçar a rota paraibana. Para ter assistência garantida, os peregrinos compram um passaporte (R$ 8 para um caminho e R$ 25 para quatro deles – veja o RAIO X). A cada parada importante esse papel é carimbado e, no fim do percurso, o andarilho ganha um certificado. Os gedeões, treinados para este fim, batem o carimbo e acompanham de moto os aventureiros. Um dos itinerários percorre 58 km em três dias. Como nos

No percurso, vale prosear com os locais, como Manuel e Josefa

Fotos: Maristela do Valle

outros três, os peregrinos partem da gigantesca estátua do Frei Damião (morto em 1997 aos 98 anos e também famoso por ter peregrinado pelo Nordeste), em Guarabira. Depois passam pela bela Cachoeira do Roncador. Ali almoçam e, se quiserem, tomam banho. No fim do dia se alojam no Cruzeiro de Roma, cuja localização no alto do morro proporciona uma bela vista das montanhas. O local tem uma igreja e um albergue muito simples, que cobra R$ 15 pela noite por peregrino, incluindo jantar e café da manhã. Histórias – No segundo dia, os andarilhos rumam à cidadezinha de Solânea. No caminho, vale uma parada em Goiamunduba, onde jazem as ruínas de um engenho, para um dedinho de prosa com o casal Manuel e Josefa Teresinha Nunes da Silva, moradores do pedaço. Josefa não esconde o seu pavor por uma assombração que rondava a sua casa de infância gritando "Sou eu" e pela Comadre Florzinha, figura baixinha e branca adepta a travessuras como fazer tranças na crina do cavalo. E conta uma história muito misteriosa: "Tinha uma luz que andava de vez em quando por aqui. Então a gente resolveu correr atrás dela para ver o que era. De repente ela chegou a um cedro e pôs fogo nele. A árvore se ardeu em chamas e no dia seguinte estava todinha verde de novo, como se nada tivesse acontecido." Coincidência ou não, a flor do cedro é o símbolo dos caminhos de padre Ibiapina e está desenhada nos marcos ao longo do caminho – incluindo um ao lado da sua casa. No terceiro dia, a chegada a Santa Fé, no município de Arara, onde finalmente o peregrino se sente mais perto de padre Ibiapina. Ali está o seu último lar, com a cama na qual ele morreu, um museu com seus objetos pessoais, uma das 22 casas de caridade que ele construiu ao longo da vida, uma igreja e um anfiteatro com capacidade para 4 mil pessoas que lota no dia 19 de cada mês, quando é lembrada a morte do padre (em

Culinária inclui bode e camarão

O

O Cruzeiro de Roma (acima) é o ponto final da peregrinação do primeiro dia de jornada. Ali, além de uma bela vista, há uma igreja e um albergue simples. Na simpática cidade de Bananeiras (ao lado), restaurantes servem pratos à base de carne de bode

19 de fevereiro de 1883). O número deve crescer ainda mais se o Vaticano aceitar o pedido de canonização do padre. Que milagre ele fez para ganhar o título de santo? A resposta é de padre Antonio: "Ele fez um outro Nordeste possível, que valo-

riza a água e o trabalho do cidadão. Integrou a mulher no sistema e os pobres a um tipo de política possível. Também criou um sistema educacional único e combateu quatro surtos de cólera em um sistema de açudes que criou." (M.D.V.)

bode vai para a mesa dos paraibanos de várias maneiras: assado, ensopado, em costelas e, claro, quando se prepara a famosa buchada, prato com os miúdos e os intestinos do animal. Esta última versão pode não agradar o seu estômago, mas não se baseie nela para rejeitar as outras opções. A carne do bode é muito macia e saborosa quando bem preparada, caso do ensopado servido na Pousada Estação, na cidadezinha de Bananeiras (custa R$ 8). A mesma pousada serve outras iguarias regionais paraibanas, como a galinha de capoeira (R$ 10) e a tilápia (R$ 8), esta mais própria da montanha. Ali você experimenta a carne da sua preferência com arroz, feijão, macarrão, farinha e salada. Sim, os paraibanos misturam todos esses acompanhamentos na refeição – e, por incrível que pareça, não são obesos. A capital, João Pessoa, também tem restaurantes regionais. Mas os convencionais nem sempre servem esses pratos tão característicos. Nos seus cardápios normalmente não faltam frango, carne de vaca, peixes e crustáceos, muitos crustáceos. Quer saborear vários tipos de camarão na mesma refeição? O endereço certo é a Canoa dos Camarões, com um rodízio (R$ 23,70 por pessoa) que serve o crustáceo em nove maneiras diferentes, incluindo maionese, bobó e risoto. Se a fome não tiver tão brava, vale escolher, por exemplo, o saboroso camarão com molho de maracujá (R$ 31,50 para duas pessoas). Já o Palace Gourmet tem um camarão à milanesa acompanhado de provolone e cebola, ambos também à doré. O prato se chama brochete de camarão (R$ 19). E a Pousada das Conchas, na Praia de Tabatinga, serve um saboroso camarão salpicado com coco ralado (R$ 40 para duas pessoas). Do mar – Claro, outros peixes e crustáceos também abundam no litoral. O arroz elétrico (R$ 39,50, para quatro pessoas), uma das especialidades da barraca Peixe Elétrico, mistura mariscos, camarão e lula. A mesma casa serve uma irresistível ova de peixe à milanesa, comprada diretamente de um frigorífico no Recife. E também um ensopado de mariscos (R$ 3,90), caldinho servido na entrada por muitos restaurantes. Se quiser dar uma variada, experimente o italiano Apetitto. O frango crocante (R$ 10), que vem grelhado com castanha de caju e espaguete na manteiga de manjericão é bem leve. Uma caipirinha de frutas como cajá é uma boa pedida para acompanhar. Ela custa em média R$ 3,50 nos restaurantes! Para um lanche rápido ou no café da manhã do hotel, não deixe de comer tapioca. Na feirinha de artesanato de Tambaú, as barracas cobram R$ 2 pela iguaria, que pode ser recheada com coco, queijo coalho e até mortadela (uma delícia!). (M.D.V.)

RAIO X COMO CHEGAR O vôo da TAM (tel. 11/4002-5700, site www.tam.com.br) e o da BRA(lista de lojas para reserva no site www.voebra.com.br) custam a partir de R$ 758 ida-e-volta. O bilhete mais barato da Varig (tel. 11/4003-7000, site w w w. va r i g. co m . b r ) s a i p o r R$ 820, e o da Gol (tel. 0300-7892121, site www.voegol.com.br), por R$ 906 se a reserva for feita via internet. ONDE DORMIR Caiçara: Av. Olinda, 235, Tambaú. Tel. (83) 2106-1000, www.hotcaicara.com.br. Bem arrumado, fica a duas quadras da praia. Diárias a partir de R$ 245 (quarto duplo). Portal do Sol Hotel Escola: Av. João Maurício, 1.861, Bessa. Tel. (83) 2107-5100, www.hotelportaldosol.com.br. Simples, foi reinaugurado no ano passado após uma reforma. Fica de frente para a praia e do lado do pequeno shopping Mag. Diárias a partir de R$ 120. Tropical Tambaú Beach Vacation: Av. Almirante Tamandaré, 229 – Tambaú. Reservas pelo toll free 0800-7012670, site www.tropicalhotel.com.br. O Tropical parece um disco voador de concreto, com

ondas que batem nas janelas de alguns quartos. E apesar desse hotel dos anos 70 não ter mais o glamour de outrora, é muito bem localizado e suas piscinas continuam enormes e belas. Diárias para casal custam a par tir de R$ 164. Conchas Hotel Pousada: Praia de Tabatinga, Conde. Tel. (83) 32901303. Na beira do mar, tem uma vista privilegiada da praia e quartos charmosos. O restaurante serve deliciosos camarões com coco ralado e um frango com molho de mel. Diárias a partir de R$ 95. Dom Quizote: Praia de Tambaba, C o n d e . Te l . ( 8 3 ) 3 2 9 8 - 1 1 4 0 , www.tambaba.com.br. A única pousada que fica na praia de naturismo, praticamente na areia, é super simples. Os hóspedes têm de seguir rigorosamente as regras do lugar e ficar nus, mas depois das 17h, quando o público já foi embora, todos podem se vestir. Diárias a partir de R$ 100. Pousada Estação: Bananeiras. Tel. (83) 3367-1339. Bem simples, fica na antiga estação de trem da cidade, uma charmosa construção dos anos 30 com pintura nova na fachada.

Golfinho Bar e Restarante: Lote G, Quadra A, 19, Jacaré, Cabedelo. Tel. (83) 248 2058. PACOTES Visual: sete noites em João Pessoa no Hotel Littoral Express, incluindo city tour, traslados e café da manhã. A R$ 1.143 por pessoa em apartamento duplo. Tel. (11) 3235-2000, www.visualturismo.com. CVC: sete noites de hospedagem no Igatu Praia Hotel, em João Pessoa, saem por R$ 998, incluindo café da manhã, traslados e passeio. Tel. (11) 2146-7011, site www.cvc.com.br.

Diárias para casal a partir de R$ 35. ONDE COMER Appetito Tratoria: Rua Osório P a e s , 3 5 , T a m b a ú . Te l . ( 8 3 ) 3226-6634. Canoa dos Camarões: Av. João Maurício, 121, Manaíra. Tel. (83) 3247-2055.

Palace Gourmet: Av. Almirante Tamandaré, 310, Tambaú. Tel. (83) 3226-5106. Peixe Elétrico: Av. Arthur Monteiro de Paiva, s/n°, Bessa. Tel. (83) 3245-4895. Friends Bar: Rua do Pôr-do-Sol, s/n°, Praia do Jacaré. Tel. (83) 3045-0816.

FAÇA AS MALAS Passeios: os mais procurados nas agências de receptivo são o city tour (R$ 15 em média, por pessoa), a ida ao litoral sul (R$ 45) e a Praia do Jacaré no pôr-do-sol (R$ 22). Algumas delas são: Mais Brasil (Av. Presidente Epitácio Pessoa, 3280, sl 104, Tambauzinho, tel. 83/3224-3050), Green Tuor (Av. Nego 99, sl 01, Empresarial Santa Tereza, tel. 83/3247-5900) e Schweermann Turismo (Av. Edson Ramalho, 100, Empresarial Tambaú, tel. 83/3247-1191). A Associação de Bugueiros da Paraíba, (tel. 83/ 3043-

0470) promove tours de bugue. O passeio de barco saindo da Praia de Camboinha para Areia Vermelha pode ser feito pela 100% Turismo (tel. 83/3224-1611). Para percorrer a rota religiosa na região do Brejo, os peregrinos compram o passaporte no Sebrae (tel. 83/3271-4142), na ONG Paraiwa (tel. 83/3224-0665) ou na Diocese (tel. 83/3271-4566). Melhor época: apesar de junho, julho e agosto serem os meses mais chuvosos, não faz muito frio. E junho concentra as animadas festas juninas. Além de ser muito quente, janeiro é alta estação e a cidade fica muito cheia. No resto do ano a viagem pode ser mais agradável. Informações: clique em Turismo no site da prefeitura, www.joaopessoa.pb.gov.br, para informações de passeios e dicas de João Pessoa. Já o site do Estado é o http://portal.paraiba.pb.gov.br. Na capital paraibana, há um centro de informações turísticas da prefeitura no pátio São Pedro e outro do governo estadual no burburinho da Praia de Tambaú, próximo ao hotel homônimo. O que levar: protetor solar, óculos escuros e chapéu para o dia. E um casaquinho leve para a noite.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

LEGAIS - 13

Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.246.939/0001-98 - Sede: Avenida Paulista, 1.450 - 6o andar - São Paulo - SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005.

No exercício, a Finasa Distribuidora registrou prejuízo de R$ 434 mil e Patrimônio Líquido de R$ 3,530 milhões.

2005

São Paulo, SP, 30 de janeiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

AT IV O CIRCULANTE ...................................................................................... DISPONIBILIDADES ............................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ..................................................................................... Carteira Própria ..................................................................................... OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Diversos ................................................................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Diversos ................................................................................................ PERMANENTE .................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................. Outros Investimentos ............................................................................. Provisões para Perdas ........................................................................... IMOBILIZADO DE USO ......................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................. T O T A L ..............................................................................................

2004

2005

P A S S IV O

1.564 10

1.873 –

1.339 1.339 215 215 2.890 2.890 2.890 457 427 1.045 (618) 30 30 4.911

1.528 1.528 345 345 2.688 2.688 2.688 985 955 1.573 (618) 30 30 5.546

2004

CIRCULANTE ...................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Sociais e Estatutárias ............................................................................. Fiscais e Previdenciárias .......................................................................

694 694 – 694

495 495 278 217

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Fiscais e Previdenciárias .......................................................................

687 687 687

1.106 1.106 1.106

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ..................................................................... Reservas de Capital ............................................................................... Reservas de Lucros ............................................................................... Prejuízos Acumulados ...........................................................................

3.530

3.945

3.496 453 15 (434)

3.496 434 15 –

T O T A L ..............................................................................................

4.911

5.546

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO (PREJUÍZOS) ACUMUTVM E LADOS ESTATUTÁRIA DERIVATIVOS

RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL REALIZADO RESERVAS DE CAPITAL

REDUÇÃO DE CAPITAL

CAPITAL SOCIAL

2005

LEGAL

TOTAIS

PRÓPRIAS

SALDOS EM 30.06.2005 .......................................................................................

3.496

434

1

14

(484)

3.461

ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ....................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................

– –

– –

19 –

– –

– –

– –

– 50

19 50

SALDOS EM 31.12.2005 .......................................................................................

3.496

453

1

14

(434)

3.530

SALDOS EM 31.12.2003 ....................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS .......................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................... CISÃO PARCIAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................... INCENTIVOS FISCAIS .......................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ....................................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................. - Dividendos Declarados ............................................................

24.467 33 – – – – – – –

– – – (21.004) – – – – –

254 – – – 84 96 – – –

283 – – (341) – – – 59 –

3.767 (33) – (4.555) 1 – – 834 –

(4) – 4 – – – – – –

– – (6) – – – 1.177 (893) (278)

28.767 – (2) (25.900) 85 96 1.177 – (278)

SALDOS EM 31.12.2004 .......................................................................................

24.500

(21.004)

434

1

14

3.945

SALDOS EM 31.12.2004 ....................................................................................... HOMOLOGAÇÃO DE REDUÇÃO DE CAPITAL ................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ....................................................... PREJUÍZO ............................................................................................................

24.500 (21.004) – –

(21.004) 21.004 – –

434 – 19 –

1 – – –

14 – – –

– – – –

– – – (434)

3.945 – 19 (434)

SALDOS EM 31.12.2005 .......................................................................................

3.496

453

1

14

(434)

3.530

2004

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................ OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ...... Outras Despesas Administrativas ..................................... Despesas Tributárias ........................................................ Outras Receitas Operacionais ........................................... Outras Despesas Operacionais ......................................... RESULTADO OPERACIONAL ....................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL .............................. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .......................................................................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..... LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) ......................................

138 138

268 268

2.157 2.157

138 (75) (66) (29) 32 (12) 63 –

268 (126) (111) (55) 62 (22) 142 (544)

2.157 (309) (165) (167) 50 (27) 1.848 90

63 (13) 50

(402) (32) (434)

1.938 (761) 1.177

Número de ações .............................................................. Lucro (Prejuízo) por lote de mil ações em R$ ...................

12.861.018 3,89

12.861.018 (33,75)

12.861.018 91,52

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro

2º Semestre

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

Exercícios findos em 31 de dezembro

2º Semestre

2005

2005

2004

ORIGEM DOS RECURSOS ............................................ LUCRO LÍQUIDO ............................................................ AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO/PREJUÍZO .................. Provisão para Perdas ........................................................

293 50 – –

735 – – –

27.125 1.177 (100) (100)

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ......................................... DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO ...

– –

– –

(2) 85

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................... - Alienação de Bens e Investimentos (Baixa por Incorporação) Investimentos .................................................................

243 –

189 –

25.956 23.060

243 – –

189 546 546

2.896 9 9

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..................................... PREJUÍZO DO PERÍODO ................................................ DIVIDENDOS DECLARADOS ........................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................... Outros Créditos ................................................................

283 – – 37 37

725 434 – 72 72

27.127 – 278 69 69

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............... Outras Obrigações ............................................................

246 246

219 219

880 880

CISÃO PARCIAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............... AUMENTO / (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ...

– 10

– 10

25.900 (2)

Início do Período ................................ MODIFICAÇÕES Fim do Período ................................. NA POSIÇÃO Aumento / (Redução) das DisponibiliFINANCEIRA dades ..............................................

– 10

– 10

2 –

10

10

(2)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Com o objetivo de alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, administrativos e legais, em 30 de julho de 2004 ocorreu a cisão parcial de ativos e passivos da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. para o Banco Alvorada S.A. no montante de R$ 25.900 mil, com base em balanço patrimonial levantado em 30 de junho de 2004. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

10) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

c) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos.

11) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

d) Investimentos Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os incentivos fiscais são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável.

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações pós-fixadas ou indexadas a moeda estrangeiras são atualizadas até a data do balanço.

4)

b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

e) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

31 a 180 dias

1 a 30 dias

Títulos (1) Títulos para negociação: Letras financeiras do tesouro ......................................... Letras do tesouro nacional ............................................. Certificados de depósito bancário .................................. Debêntures ................................................................... Notas promissórias ...................................................... Total em 2005 ............................................................... % .................................................................................. Total em 2004 ............................................................... % ..................................................................................

– – 26 – – 26 1,9 47 3,1

181 a 360 dias

367 163 – – – 530 39,6 753 49,3

1 – 19 – – 20 1,5 223 14,6

8)

b) Resultado de títulos e valores mobiliários

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

573 80 110 – – 763 57,0 505 33,0

941 243 155 – – 1.339 100,0

2005 Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

941 243 155 – – 1.339

– – – – – –

641 409 379 84 15

– – – – –

1.528 100,0

Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez .... Títulos de renda fixa ................................................. Títulos de renda variável .......................................... Total ........................................................................

– 268 – 268

96 1 2.060 2.157

Quantidade em 31 de dezembro de 2003 .............. Aumento de capital AGE em 30.4.2004 (1) ................ Redução de capital AGE em 30.7.2004 (2) ................ Quantidade em 31 de dezembro de 2004 .............. Quantidade em 31 de dezembro de 2005 ..............

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 1.704 766 290 247 98 3.105

1.705 721 275 234 98 3.033

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 844 201 1.045 (618) 427

844 729 1.573 (618) 955

9)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Atualização monetária de impostos e tributos ................ 55 48 Outras ........................................................................... 7 2 Total ............................................................................. 62 50 12) RESULTADO NÃO OPERACIONAL Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Dividendos recebidos .................................................... Reversão de provisão para perdas em investimentos .... Perdas em títulos patrimoniais ...................................... Total .............................................................................

2 – (546) (544)

Provisão para riscos fiscais .......................................................... Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar .............................. Outros ........................................................................................... Total .............................................................................................

1.355 25 1 1.381

1.311 11 1 1.323

24.467 33 (21.004) 3.496 3.496

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Propaganda e publicidade .............................................. Serviço técnico especializado ........................................ Serviços do sistema financeiro ...................................... Serviços de terceiros .................................................... Processamento de dados .............................................. Outras ........................................................................... Total .............................................................................

Diretoria

2005 Ativos (passivos) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ...................................... Dividendos: Banco Bradesco S.A. ...................................... Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ...................................... Títulos a valores mobiliários: Banco Bradesco S.A. ......................................

2004 Receitas Receitas Ativos (despesas) (passivos) (despesas)

10

(278)

(4)

(4)

1

14) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............ Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .............................................................. Outros valores ......................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício

60 33 7 1 – 10 111

113 21 9 5 3 14 165

(402)

1.938

137

(659)

(188) 19 (32)

(114) 12 (761)

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos diferidos Constituição no exercício, sobre adições temporárias Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ........................ Subtotal ................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ........ Imposto de renda e contribuição social do exercício

15

(33)

– 15

(23) (56)

(47) (32)

(705) (761)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em 31.12.2004 Provisão para contingências fiscais .................. Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .................................................. Total dos créditos tributários (Nota 5) .........

Constituição

R$ mil Saldo em 31.12.2005

15

227

212 63

63

275 275

15 15

290 290

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias: Imposto de renda 2006 ................................................................. 2007 ................................................................. 2008 ................................................................. Total ................................................................

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Contribuição social Total 99 99 3 201

44 44 1 89

143 143 4 290

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 272 mil (2004 – R$ 250 mil).

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. São Paulo - SP

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello

Examinamos os balanços patrimoniais da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

– 99 (9) 90

13) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações:

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

OUTRAS OBRIGAÇÕES – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

97.632.108 – (84.771.090) 12.861.018 12.861.018

R$ mil

(1) Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de abril de 2004, foi aprovado o aumento do capital social de R$ 33 mil, elevando-o de R$ 24.467 mil para R$ 24.500 mil, mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de lucros – Reserva estatutária até 2002”, sem emissão de ações. Esta operação foi homologada pelo BACEN em 5 de julho de 2004. (2) Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de julho de 2004, foi aprovada a cisão parcial do patrimônio líquido da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. no montante de R$ 25.900 mil para o Banco Alvorada S.A., com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de junho de 2004, conforme Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado em 29 de julho de 2004, com redução do capital social no valor de R$ 21.004 mil e cancelamento de 84.771.090 ações ordinárias. Esta operação foi homologada pelo BACEN em 9 de março de 2005. c) Juros sobre capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício não foram provisionados juros sobre capital próprio e/ou dividendos em virtude de prejuízos acumulados (2004 - R$ 278 mil).

OUTROS INVESTIMENTOS

Investimentos por incentivos fiscais .............................................. Títulos patrimoniais ....................................................................... Subtotal ...................................................................................... Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais ....... Total .............................................................................................

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ações Ordinárias

c) A Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004.

Devedores por depósitos em garantia ............................................ Pagamentos a ressarcir ................................................................ Créditos tributários (Nota 14c) ...................................................... Impostos e contribuições a compensar .......................................... Opções por incentivos fiscais ........................................................ Total .............................................................................................

22 20 101 16 8 167

a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 12.861.018 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

7)

25 13 13 2 2 55

Em 31 de dezembro - R$ mil Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de Marcação a mercado/ contábil (2) mercado

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundo de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado.

6)

Atualizações de impostos e contribuições ...................... Impostos e taxas ........................................................... Contribuição ao COFINS .............................................. Contribuição ao PIS/PASEP ........................................... CPMF ........................................................................... Total .............................................................................

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

5)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

João Roberto Marzura Contador - CRC 1SP209875/O-5

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Distribuidora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Distribuidora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


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Nacional Empreendedores Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

Mais de 130 lançamentos de produtos de chocolate chegam ao varejo a partir desta semana.

COMEÇA A CAÇA AOS CHOCOLATES

SETOR ESPERA CRESCIMENTO DE 5% NA PRODUÇÃO EM RELAÇÃO À PÁSCOA DO ANO PASSADO

O DELICIOSO MUNDO DO CHOCOLATE Marcos Fernandes/LUZ

Q

mo continuado, como tabletes, barras e bombons. Em 2005, foram 19,4 mil toneladas. Novidades – A aposta dos fabricantes para este ano são os ovos médios: do total produzido, 56% estão entre 201 gramas e 300 gramas. Já o número de novidades deu um salto: são aproximadamente 130 lançamentos, uma expansão de 30% sobre a Páscoa passada. A Garoto, por exemplo, traz 31 novos produtos, dos quais oito licenciamentos, entre eles o da "Bratz", personagem de desenho animado. O ovo vem com uma pequena bolsa transparente. Já a Kraft Foods, dona da Lacta, leva ao mercado 36 variações de ovos. Os destaques são o Sonho de Valsa de morango, os ovos "Rumo ao Hexa" – para reforçar o clima de Copa do Mundo –, e a linha "Pascoal AACD", que terá parte da venda revertida para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

Preços – De acordo com a Abicab, os preços dos produtos subiram, em média, 7% em relação a 2005. A boa notícia é que os empregos também aumentaram. A associação estima que foram criadas 25 mil vagas temporárias, diretas e indiretas, para a produção e comercialização dos produtos. O mercado de chocolates de Páscoa também é movido pelas exportações. Segundo Ubiracy Fonseca, vice-presidente da Abicab para a área de mercado internacional e exportação, a indústria brasileira vende chocolates para 152 países. "Em 2005, 23% da produção do setor foi exportada. Desde 1998, só registrávamos crescimento das vendas externas. Mas com a desvalorização do dólar frente ao real, muitas empresas deixaram de exportar. Outras continuaram apenas para manter o mercado conquistado", afirmou Fonseca. Laura Ignacio

A partir desta semana, supermercados recebem os lançamentos. O presidente da Abicab, Getúlio Ursulino Netto, aposta em expansão de 12% nas vendas

Páscoa incrementa renda s preparativos para a Páscoa não movimentam apenas a indústria e o comércio formal. É nesse período, também, que donas de casa, estudantes e profissionais autônomos conseguem incrementar o orçamento do mês. Quem está no mercado garante que, apesar da concorrência com as grandes marcas, sempre há espaço para as delícias artesanais. É o caso da professora Wali Puppo Moraes que nessa época do ano vê sua renda aumentar até três vezes. Nos outros meses do ano, a produção é baseada em trufas e bombons. "Vendo para familiares e alunos da escola onde trabalho. Eles adoram", disse a professora, enquanto escolhia mais uma barra de chocolate entre as várias opções da Chocolândia, na zona sul de São Paulo. Com Luciana Oliveira, assistente de telemarketing, não é diferente. Há cinco anos ela também aumenta sua renda mensal produzindo doces de chocolate. "Aprendi com minha irmã quando tinha 17 anos e desde então não parei mais. Mesmo assim, Luciana disse que sempre faz cursos de culinária para renovar as receitas.

O

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

uem passou em frente às fábricas de chocolate no mês de setembro, sentiu no ar um delicioso aroma adocicado – é nesse período que começam a ser produzidos os ovos de Páscoa. Nesta semana, enquanto eles chegam às prateleiras e parreiras dos supermercados e outras lojas de varejo, a indústria do setor comemora a perspectiva de aumento de 5% na produção em relação à Páscoa de 2005, e elevação das vendas em torno de 12% na mesma base de comparação. "Essa expectativa se deve principalmente ao adiantamento do reajuste do salário mínimo neste ano e ao fato de o feriado estar mais distante da época mais quente do ano, o que faria os chocolates derreterem", disse Getúlio Ursulino Netto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). O aumento de vendas tem ainda como base os números individuais das indústrias. A Garoto, a Lacta e a Neugebauer esperam crescimento de vendas de pelo menos 5% em relação à Páscoa de 2005. A Visconti e a Arcor são mais otimistas e prevêem elevação de 15%. O Brasil, quinto maior fabricante de chocolates do mundo, produziu 20,4 mil toneladas para a Páscoa, o que corresponde a 100 milhões de ovos. Esse volume representa 8,6% da produção nacional de produtos de chocolate de consu-

Wali ganha três vezes sua renda

Neste ano a novidade será a produção de uma cesta especial completa. Luciana fez questão de pensar em todos os detalhes: reservou a tarde de ontem para comprar os chocolates que usará no preparo dos ovos e bombons e embalagens e enfeites que serão utilizados no acabamento. Para ela, todo cuidado é pouco. "Vendo sempre para familiares e amigos do trabalho. Tenho que caprichar e ser cuidadosa." Assim como a professora Wali, nos outros meses do ano

Luciana aproveita para complementar a renda vendendo trufas e bombons. "Dá um bom dinheiro", garantiu a operadora da telemarketing. Um pouco de história – Há 22 anos o bairro do Ipiranga "respira chocolate". Foi nessa época que o empresário Oswaldo Nunes chegou por lá, e instalou na região uma loja especializada no produto. O nome não poderia ser mais sugestivo: Chocolândia. "No início, éramos uma b o m b o n i è re . Agora, vendemos de tudo, como um supermercado." Nesta época do ano, Nunes tem motivos de sobra para comemorar. Em decorrência da Páscoa, as vendas de chocolate em relação aos outros meses do ano aumentam até 120%. Fantasia – O motivo do sucesso dos ovos de Páscoa, na opinião de Ângela Nunes, responsável pela área de compras da loja, é que nada substitui a alegria das crianças no domingo de Páscoa. Para ela, o importante é preservar a fantasia que o momento proporciona. "Eu sempre invento situações para que meu filho continue acreditando no coelhinho. Essa ilusão é fundamental." Vanessa Rosal

Luciana, que há cinco anos faz produtos de chocolate, procura enfeites para confeccionar cestas especiais


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 9 de março de 2006

LAZER

Começa mais um ano memorável na Broadway Com mais de 45 espetáculos brilhando nos palcos de Nova York, produtores esperam números recordes – a exemplo de 2005, quando 12 milhões de pessoas assistiram a seus shows. Destaque da temporada são as peças com Matthew Broderick e Julia Roberts

Antonella Salem

Paul Hawthorne/Getty Images/AFP

Os atores Brad Garret, Nathan Lane e Matthew Broderick em cena na aclamada peça 'The Odd Couple'

cantor Elton John e o compositor Bernie Taupin, juntaram forças para criar as melodias do novo musical inspirado no famoso vampiro Lestat, a partir do mês de abril. Clássicos – Os clássicos Tarzan e Mary Poppins (prevista para novembro) também não ficaram de fora da temporada. O primeiro, com estréia marcada para este mês, é a nova sensação da Disney em palcos nova-iorquinos. O musical, dirigido por B o b C r o w l e y, c o n t a com músicas e letras de Phil Collins e o personagem principal ficará sob a responsabilidade do ator e cantor Josh Strickland – um dos finalistas do reality show de sucesso nos EUA American Idol. Para o deleite dos espectadores mais assíduos dos tradicionais shows da Broadway, a Bela e a Fera, Chicago, Rei Leão e Rent continuarão a brilhar por ali entre os mais de 45 espetáculos que estarão em cartaz durante o ano inteiro. Diversão é o que não falta. Difícil mesmo é escolher qual deles deixar de fora da programação.

SERVIÇO Na Internet: site www.broadway.com. Ingressos: é possível comprar ingressos para a maioria dos shows da Broadway no Brasil pela empresa Keith Prowse, tel. (11) 3167-2757, www.keithprowse.com.br.

PANORAMA Spa Sorocaba cria serviço para empresas O Spa Med Sorocaba, no interior de São Paulo, acaba de criar um serviço para empresas, com pacotes de viagens de incentivo. O Spa Med Saúde Empresarial tem o objetivo de fazer com que a reeducação alimentar e a prática freqüente de exercícios tenham reflexo no desempenho profissional dos funcionários e, por conseqüência, traga maior produtividade para a empresa. O pacote inclui: dieta balanceada, exames, avaliação médica, atividades físicas, avaliação psicológica, avaliação fisioterápica e postural e palestras motivacionais. Informações e reservas pelo tel. 0 8 0 0 / 5 5 0 0 2 3 , w w w . s p amed.com.br. CEF: R$ 1 bilhão em crédito e poupança turismo Além de aumentar em 47% o orçamento para empréstimos de turismo de pessoas físicas e empresas do setor – passando para R$ 1 bilhão este ano –, a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou no início do ano a Poupança Turismo – um serviço que alia a tradicional aplicação aos benefícios do Cartão Turismo (cartão de crédito normal que oferece vantagens como descontos em hotéis conveniados e parcelamento das despesas em até 24 meses, com taxas de juros reduzidas). Para adquirir o cartão vincu-

lado à poupança é preciso poupar no mínimo R$ 100 por mês (durante três meses consecutivos) e ainda é possível se inscrever, por meio do site da CEF (www.caixa.gov.br), para concorrer a sorteios mensais de pacotes de até R$ 6.000. Copa liga Manaus a Panamá A partir de junho, a Copa Airlines começará a operar uma rota que liga Manaus – e outras capitais do Norte, Noroeste e Centro-Oeste do País – à Cidade do Panamá e, conseqüentemente, a várias cidades da América Central, Caribe e Estados Unidos. Informações e reservas pelo site www.copaair.com. África do Sul, mais acessível aos brasileiros O órgão do Turismo da África do Sul (South African Tourism) lançou o site oficial para brasileiros (www.southafrica.net). Basta clicar na bandeira do Brasil para ter acesso a 15 textos sobre o país, como atrações, guia rápido, cultura e detalhes sobre as nove províncias. Há ainda um telefone 0800 e um email para pedidos de informações e folhetos turísticos. Novo guia Michelin França Sai este mês a edição 2006 do famoso Guia Michelin da França. No renomado guia de hotéis e restaurantes foram avaliados 3,5 mil restaurantes (26 deles agraciados

com três estrelas) e mais de 5 mil hotéis. A novidade fica por conta da nova seção de pousadas, com 336 opções de charme. O guia tem ainda com 22 mapas. Mais duas publicações da Empresas das Artes A Editora das Artes acaba de lançar o Guia do Amazonas – Turístico, ecológico e Cultural e o 2º volume da coleção Ecomotion/Pro, a maior corrida de aventura da América Latina. O primeiro reúne, além de curiosidades sobre a região, história do Estado, informações úteis para o turista, mapa e dados sobre a cultura local : da culinária típica às festas mais famosas, como Parintins. Por R$ 35. Já o livro da Ecomotion/Pro relata desde a organização da prova até a escolha de cenários – desta vez, a bela Costa do Dendê, na Bahia – e sobre os competidores. O forte da obra são as fotos. São 223, preço: R$ 70. Para falar francês A Editora Larousse do Brasil lançará na Bienal do Livro a série Francês+Fácil – guia para ajudar nos diálogos do dia-a-dia. Cada volume apresenta novo vocabulário, dicas gramaticais, curiosidades sobre aspectos culturais e lingüísticos, além de exercícios. À venda os volumes: Francês+Fácil para Comu nicar- se (R$ 14,90) e Fra ncês+Fácil para Viajar (R$ 19,90).

Cartazes e néons na famosa avenida de Nova York anunciam os cobiçados musicais e as peças

Carlson Wagonlit aposta nas médias empresas

A

maior agência de viagens corporativas do País, a Carlson Wagonlit Travel (CWT), decidiu investir em um novo segmento de mercado, o de médias empresas. O novo presidente mundial da empresa, Hubert Joly, estabeleceu novas metas até 2007 e uma delas é o de criar produtos para o mercado de tamanho médio (mid size). Este novo desafio da Carlson Wagonlit no Brasil fica a cargo de Bernardo Feldberg. Ele, que foi presidente da empresa por dez anos, foi substituído na semana passada por Alberto Ferreira, de 41 anos, ex-executivo da Vivo, onde criou e comandou a Vivo Empresas. O expresidente acha a troca natural e continuará no grupo como consultor. "Conversei com o Firmin Antonio (presidente da Accor Brasil), e com o Geoffrey Marshall (presidente da CWT América Latina), e disse que continuaria se tivesse projetos e pudesse colaborar. Para ter apenas uma mesa não ficaria", disse Feldberg. O executivo também continuará na presidência da TMC Brasil – entidade que reúne seis dos maiores agentes corporativos do País. "Temos 80% do mercado de grandes contas de viagens corporativas", afirmou. Transição – Feldberg considera uma conquista para a CWT a contratação de um executivo "do calibre de Ferreira". Alberto Ferreira passou os últimos quatro anos na Vivo, mas que também já passou pela Intelig e outras empresas fora da área de telefonia. Para Ferreira, vir de fora do turismo não é problema, pois ele sempre foi cliente de turismo (e a CWT tem a conta da Vivo no Brasil) e chega sem préconceitos, mas trazendo à agência um conceito muito similar ao que implantou na área de telecom. Segundo ele, nos últimos cinco anos o segmento das telefônicas cresceu bastante, com mais concorrência, avanços tecnológicos, crescimento da exigência do consumidor e margens de lucro reduzidas. E as margens reduzidas é um grande desafio do turismo, pois mesmo crescendo 14% em transações no ano passado, e cerca de 40% na receita em dólar, a CWT Brasil teve ganhos menores. Boa parte disso se deve à queda do dólar frente ao real e à guerra tarifária doméstica, que fez a tarifa média nacional cair em 2005. Outra parte vem do que a agência deixa de fazer a seus clientes, e é nisso que Ferreira promete investir bastante.

Divulgação/Panrotas

O

s t e a t r o s d a O p r a h Wi n f re y, e s t a r á n o Broadway, em No- Broadway Theatre. O tão aclava York, se prepa- mado Fantasma da Ópera celer a m p a r a m a i s bra este ano o título de "o show uma temporada de sucesso – a mais longo da história da exemplo de 2005, que bateu re- Broadway", com a marca das corde com lucro de US$ 825 mi- quase 7.500 apresentações. Com certeza uma das atralhões – e já preparam os palcos para mais um ano de espetácu- ções mais esperadas para a los memoráveis. Segundo a Li- temporada será a peça Three ga de Teatros e Produtora Ame- Days of Rain, cuja protagonista ricanos, cerca de 12 milhões de será a "Pretty Woman" Julia pessoas assistiram aos musi- Roberts, que irá debutar na cais, dramas e comédias da Broadway na aclamada peça Broadway no ano passaDivulgação do, um aumento de 5,7% em relação a 2004 e o maior índice das duas últimas décadas. Do total, 1,3 milhão de estrangeiros assistiram a algum show da famosa região da megalópole norteamericana. "Visitantes do mundo inteiro estão vivenciando a Broadway em números recordes. E com a divulgação e vendas an- de Richard Greenberg, ao lado tecipadas das antigas e das no- de Paul Rudd e Bradley Coovas produções de 2006, nós es- per numa história sobre três peramos que este crescimento pessoas que se encontram em seja muito bom também neste Nova York para dividir uma ano", aposta Cristyne L. Nicho- herança. O frenesi em torno do las, presidente e CEO do New show é tanto que todos os inYork Convention & Company. gressos foram vendidos antes Novidades – Um dos desta- mesmo da estréia. ques desta temporada, esperaMusicais – Os musicais tamdo por espectadores e a crítica, bém prometem agitar a agené a peça de Neil Simon The Odd da cultural da cidade. No mês Couple, com Matthew Broderi- passado, Harry Connick Jr. esck e Nathan Lane, que arreca- treou seu jazz nos palcos de lá dou US$ 21 milhões em vendas com o revival The Pijama Game. antecipadas de ingressos. A Neste mês, a lenda do gênero saga de uma mulher negra em country Johnny Cash se apreA Cor Púrpura, estrelada por sentará no Ring of Fire: The ningúem menos que a incon- Johnny Cash Musical Show. fundível apresentadora E os incansáveis parceiros, o

Em pé, Alberto Ferreira, presidente da CWT, e Bernardo Feldberg, consultor

Valor – Para ele, o papel de agência de viagens a CWT cumpre muito bem, reduzindo os custos para os clientes, negociando tarifas e facilitando suas viagens. Falta agora agregar valor a tudo isso. Ir além. "A Carlson Wagonlit cresceu bastante no Brasil, é a maior, comprou 14 outras agências, mas e agora?", indaga ele. Agora a meta é crescer de maneira rentável e atender as necessidades reais dos clientes. Segundo ele, o atendimento e a prestação de serviços não pode ser tão padronizada. "Alguns clientes vão ser muito bem atendidos dentro do padrão, mas há outras realidades", diz ele, que afirma não querer reinventar nada ou despadronizar tudo, e sim ver o que pode ser mais rentável, onde o cliente pode pagar mais ao perceber que há mais valor, que soluções tecnológicas podem ser implantadas e integrar a CWT Brasil aos conceitos mundiais. "Não estamos olhando para trás e dizendo que estava tudo errado. E sim vendo coisas novas que vieram para ficar", explica. A tecnologia promete ser uma das linhas de ação mais fortes de Ferreira. Ele quer trazer ao Brasil soluções tecnológicas que possam agregar valor ao atendimento ao cliente e que já estão funcionando em outros países. "O Brasil é um dos mercados que mais usam a internet no mundo, não temos que esperar para trazer essas soluções. O papel do líder não é apenas ser o maior, mas também liderar. E é o que vamos fazer", disse ele. Desde, claro, que essas ferramentas ou soluções estejam dentro do projeto de atender o cliente com mais eficácia (e não eficiência, que, segundo ele, já existe). "Nossos clientes, por culpa nossa, não estão usando algumas tecnologias e temos de mostrar a eles os ganhos que elas podem trazer", conclui. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


Juro: pequena baixa Frustração: forte alta O corte tímido de 0,75 no juro gera crítica do mercado. Economia/1

Ano 81 - Nº 22.082

Edição de Campinas concluída às 00h15

São Paulo, quinta-feira 9 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

PERDÃO DE COMPANHEIROS

A Câmara absolveu com placar folgado os deputados Fernando Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PTSP), réus da CPI do Mensalão. Foi o perdão do corporativismo. Página 4

Brant comemora: 283 votos contra 153. Livre.

Professor Luizinho, aprovado por 253 votos contra 183. Dida Sampaio/AE

Sérgio Lima/Folha Imagem

TRIBUTO À MULHER

Paulo Pampolin

Imposto é feminino, no Dia da Mulher. Na pág. 14 da seção de Economia, revelamos alguns impostos invisíveis no dia-a-dia e nesta foto de Diva Furlan, a presidente do Conselho da Mulher da ACSP.

Governo Municipal de João Pessoa

A Seleção, de alegrias e tristezas Página 16 TEMPO EM CAMPINAS Parcialmente nublado Máxima 31º C. Mínima 17º C.

Paraíba, surpresa no mapa do Nordeste Menos famoso que seus vizinhos, o estado da Paraíba atraí cada vez mais os turistas com seus encantos surpreendentes. DC Boa Viagem


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 9

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RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos correspondentes às atividades desenvolvidas no exercício de 2005, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. Cenário Econômico: A economia brasileira encerrou o ano de 2005 com expectativas favoráveis para a retomada do crescimento da atividade econômica, principalmente diante dos sinais de controle da inflação e das ações de flexibilização da política monetária. Ao longo do ano a equipe no comando do Banco Central do Brasil (Bacen) prosseguiu com sua política monetária cautelosa, mantendo a taxa básica de juros (Selic) em patamares elevados, atingindo a maior taxa, de 19,75% ao ano em junho, com o objetivo de reverter as expectativas desfavoráveis do mercado quanto ao cumprimento da meta de inflação de 5,1% estabelecida para o ano. Ainflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado IPCA alcançou 5,7% no ano, inferior ao índice de 7,6% acumulado no ano anterior. Essa redução foi motivada pelas sucessivas quedas dos preços industriais no atacado, que refletiram os efeitos da apreciação do Real e a normalização da oferta de produtos agrícolas. Os sinais consistentes de controle da inflação e as expectativas de seu comportamento futuro contribuíram de forma positiva na redução gradual da taxa básica de juros anual, fixada em 18,0% ao final do ano. As contas externas continuaram contribuindo para a manutenção de uma razoável atividade econômica bem como para o crescimento das reservas internacionais do país. Merece destaque o crescente superávit da balança

comercial que, mesmo com a apreciação do Real, atingiu US$ 44,7 bilhões ao final do ano, resultado 32,8% superior ao ano anterior, refletindo uma melhora estrutural significativa com a expansão de novos mercados, além do bom crescimento do comércio mundial e da melhora dos preços internacionais de certas commodities. O ano de 2005 poderia ter sido melhor, não fossem as crises políticas que provocaram uma certa desarticulação governamental, afetando a aprovação de reformas necessárias ao país e trazendo um grau de desconforto que inibe investimentos, dificulta uma atuação mais arrojada do Banco Central e, em última análise, prejudica a recuperação da atividade econômica. O ano de 2006 será um ano essencialmente político, com as eleições que terão lugar em outubro, o que provoca receios sobre como será conduzida a situação fiscal do Brasil. Mesmo com a certeza da boa arrecadação que vem se repetindo nos últimos anos, é a administração das despesas que está sendo colocada em dúvida. Em geral, o Brasil está melhor, e os juros em queda e a provável continuidade de uma situação mundial favorável ao comércio deverão proporcionar um ano de 2006 positivo para o país. Desempenho das Atividades Resultado do Exercício: O lucro líquido da Companhia no exercício atingiu R$ 51,1 milhões, correspondendo a rentabilidade de 16,0% (2004 16,3%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 320,6 milhões. A cada lote de mil ações do capital social da Companhia correspondeu o lucro líquido de R$ 484,03. Este resultado foi 9,6% superior quando comparado com o ano anterior, em virtude principalmente do aumento no volume de operações, de melhores

BALANÇO PATRIMONIAL - EM R$ MIL ATIVO 2005 2004 852.651 Circulante 960.208 Disponibilidades 741 1.056 – Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 1.001 Aplicações no Mercado Aberto 1.001 – Títulos e Valores Mobiliários 47.266 e Instrumentos Financeiros Derivativos 30.825 Carteira Própria 9.398 5.381 Vinculados a Compromissos de Recompra – 101 Vinculados a Prestação de Garantias 20.509 39.501 Instrumentos Financeiros Derivativos 918 2.283 Operações de Crédito 891.137 783.549 Carteira Setor Privado 902.083 793.386 (Provisão para Créditos de Liq. Duvidosa) (10.946) (9.837) Outros Créditos 22.545 10.708 Rendas a Receber 28 69 Diversos 22.518 10.639 (Provisão p/ Outros Créditos de Liq. Duvidosa) (1) – Outros Valores e Bens 13.959 10.072 Outros Valores e Bens 1.688 1.815 (Provisão para Desvalorização) (545) (523) Despesas Antecipadas 12.816 8.780 Realizável a Longo Prazo 683.010 506.010 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 46.002 21.427 Carteira Própria 3.598 – Vinculados a Prestação de Garantias 40.863 21.225 Instrumentos Financeiros Derivativos 1.541 202 Operações de Crédito 560.629 409.984 Carteira Setor Privado 574.028 419.172 (Provisão para Créditos de Liq. Duvidosa) (13.399) (9.188) Outros Créditos 68.389 67.559 Diversos 68.404 67.559 (Provisão p/Outros Créditos de Liq. Duvidosa) (15) – Outros Valores e Bens 7.990 7.040 Despesas Antecipadas 7.990 7.040 Permanente 12.687 12.775 Investimentos 11.187 11.187 Outros Investimentos 11.187 11.187 Imobilizado de Uso 1.169 1.184 Outras Imobilizações de Uso 3.481 3.202 (Depreciações Acumuladas) (2.312) (2.018) Diferido 331 404 Gastos de Organização e Expansão 1.012 1.078 (Amortização Acumulada) (681) (674) Total Geral do Ativo 1.655.905 1.371.436

PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos Interfinanceiros Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros

Total Geral do Passivo

2005 962.654 860.478 860.478 – – 23.497 23.497

2004 900.579 819.114 819.114 100 100 405 405 38.402 28.946 9.456 6.588 6.588 35.970

183 9.767 14.081 22.186 334.705 70.778 70.778 84.490 84.490

162 8.782 12.247 14.779 150.172 400 400 – –

82.444 51.030 31.414 447 447 96.546 94.788 1.758 34 34 358.512

62.234 45.298 16.936 880 880 86.658 84.900 1.758 – – 320.685

141.186 814 39.917 176.595

124.284 716 38.954 156.731

1.655.905

1.371.436

Capital Realizado 112.000 13.000

Aumento de Capital – –

Reservas de Capital 37.871 –

Reservas de Lucros 136.091 (13.000)

Lucros Acumulados – –

– – –

– – –

260 823 –

– – –

– – 46.706

Total 285.962 – – 260 823 46.706

– – 125.000 13.000 125.000 17.000

– – – – – –

– – 38.954 1.083 38.954 –

33.640 – 156.731 20.640 156.731 (17.000)

(33.640) (13.066) – – – –

– (13.066) 320.685 34.723 320.685 –

– – –

– – –

279 684 –

– – –

– – 51.194

279 684 51.194

– – 142.000 17.000 125.000 17.000 –

– – – – 17.000 (17.000) –

– – 39.917 963 39.917 – –

36.864 – 176.595 19.864 156.888 – –

(36.864) (14.330) – – – – 27.358

– (14.330) 358.512 37.827 338.805 – 27.358

– – 142.000 17.000

– – – (17.000)

– – 39.917 –

19.707 – 176.595 19.707

(19.707) (7.651) – –

– (7.651) 358.512 19.707

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2005 E 2004 - EM R$ MIL (01) Apresentação das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (02) Principais Práticas Contábeis: (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares Bacen nºs 3068 e 3082 (vide notas explicativas nº 03 “b“ e 09). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota explicativa nº 04 “c”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: c.1) Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Veículos, Sistemas de Comunicação e de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. c.2) Amortização, basicamente, de despesas de instalações, de informática (programas de processamento de dados) e de benfeitorias em imóveis de terceiros, calculada pelo método linear, no prazo máximo de 5 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pela Companhia a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota explicativa nº 05, letra “b”). (03) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos (a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Composição 2005 2004 • Carteira Própria 12.996 5.381 • Vinculados a Compromissos de Recompra – 101 • Vinculados à Prestação de Garantias 61.372 60.726 Total - Títulos e Valores Mobiliários (1) 74.368 66.208 • Swaps - Diferencial a Receber (2) 2.459 2.485 Total - Instrumentos Financeiros 2.459 2.485 Total Geral 76.827 68.693 (1) Representados basicamente por Títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 74.350 (2004 R$ 66.208). (2) Vide nota explicativa nº 09 (b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Acima Até 3 3 meses 1 ano a de Saldo Títulos meses a 1 ano 3 anos 3 anos 31/12/05 • Títulos Mantidos até o Vencimento (1) – – – 44.461 44.461 • Títulos para Negociação (2) 2.463 224 21.572 5.648 29.907 Total - Títulos e Valores Mobiliários 2.463 224 21.572 50.109 74.368 % Concentração por Prazo 3,3 0,3 29,0 67,4 100,0 Até 3 3 meses 1 ano a Saldo Títulos meses a 1 ano 3 anos 31/12/04 • Títulos Mantidos até o Vencimento (1) – 18.228 21.225 39.453 • Títulos para Negociação (2) 8.187 – 18.568 26.755 Total - Títulos e Valores Mobiliários 8.187 18.228 39.793 66.208 % Concentração por Prazo 12,4 27,5 60,1 100,0 (1) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira da Companhia em mantê-los até o vencimento. A capacidade financeira está comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme exigência do Bacen. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram registrados no resultado do período. O valor de mercado destes títulos é de R$ 44.760 (2004 R$ 39.956). No segundo semestre, a Companhia alienou o montante de R$ 25.279 de títulos públicos federais e, para recomposição desta carteira adquiriu títulos públicos federais da mesma natureza e com prazos de vencimentos mais longos. Esta operação gerou um lucro de R$ 132 no resultado, líquido de tributos.

(2) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 87 (2004 R$ 23), obtido entre os valores de custo R$ 29.820 (2004 R$ 26.732) e de mercado R$ 29.907 (2004 R$ 26.755), foi registrado em conta adequada do resultado. (04) Operações de Crédito a) Composição da Carteira de Crédito por Setor de Atividade 2005 2004 Setores de Atividade Valor % Valor % Setor Privado : - Rural 191 – 661 0,1 - Indústria 75.633 5,1 72.337 6,0 - Comércio 94.444 6,4 46.576 3,8 - Intermediários Financeiros 137.362 9,3 158.372 13,1 - Outros Serviços 87.795 6,0 128.964 10,6 - Pessoas Físicas 1.080.809 73,2 805.648 66,4 Total da Carteira 1.476.234 100,0 1.212.558 100,0 Empréstimos 664.574 45,0 547.050 45,1 Financiamentos 811.537 55,0 665.508 54,9 Outros Créditos 123 – – – Total da Carteira 1.476.234 100,0 1.212.558 100,0 Avais e Fianças prestadas estão registrados em contas de compensação R$ 14.451 (2004 R$ 8.236). b) Composição da Carteira de Crédito por Faixas de Vencimento Parcelas por 2005 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 dias 587.005 4.979 591.984 40,1 - A Vencer de 181 a 360 dias 315.115 3.274 318.389 21,6 - A Vencer acima de 360 dias 552.757 4.827 557.584 37,8 Total Parcelas Vincendas 1.454.877 13.080 1.467.957 99,5 - Vencidas até 60 dias – 3.203 3.203 0,2 - Vencidas de 61 a 180 dias – 4.517 4.517 0,3 - Vencidas de 181 a 360 dias – 554 554 – - Vencidas mais de 360 dias – 3 3 – Total Parcelas Vencidas – 8.277 8.277 0,5 Total da Carteira 1.454.877 21.357 1.476.234 100,0 Parcelas por 2004 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 dias 549.688 4.363 554.051 45,7 - A Vencer de 181 a 360 dias 243.698 2.746 246.444 20,3 - A Vencer acima de 360 dias 404.060 3.762 407.822 33,6 Total Parcelas Vincendas 1.197.446 10.871 1.208.317 99,6 - Vencidas até 60 dias – 1.915 1.915 0,2 - Vencidas de 61 a 180 dias – 1.854 1.854 0,2 - Vencidas de 181 a 360 dias – 472 472 – Total Parcelas Vencidas – 4.241 4.241 0,4 Total da Carteira 1.197.446 15.112 1.212.558 100,0 c) Classificação da carteira de crédito por níveis de risco: A Resolução BACEN nº 2682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para a classificação das operações de crédito e para a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir: 2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 75.226 – 75.226 – – A 74.631 – 74.631 373 373 B 1.286.105 5.115 1.291.220 12.912 13.835 C 13.141 4.058 17.199 516 516 D 2.409 2.602 5.011 501 501 E 1.018 2.024 3.042 913 913 F 539 1.760 2.299 1.149 1.149 G 314 1.460 1.774 1.242 1.242 H 1.494 4.338 5.832 5.832 5.832 Total 1.454.877 21.357 1.476.234 23.438 24.361 2004 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 107.657 – 107.657 – – A 88.735 – 88.735 444 444 B 973.426 4.785 978.211 9.782 11.663 C 23.351 3.885 27.236 817 817 D 1.504 1.248 2.752 275 275 E 767 868 1.635 490 490 F 314 1.013 1.327 664 664 G 328 782 1.110 777 777 H 1.364 2.531 3.895 3.895 3.895 Total 1.197.446 15.112 1.212.558 17.144 19.025 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias.

São Paulo, 30 de janeiro de 2006

2º Sem. Exercício Exercício Descrição

2005

2005

2004

Receitas da Intermediação Financeira

181.540

342.572

308.362

Operações de Crédito

173.404

328.672

298.939

6.314

11.580

9.423

Res. com Títulos e Valores Mobiliários 32.003 21.497 10.506 459 459 46.217

R$ 931,2 milhões em depósitos interfinanceiros, R$ 108,0 milhões em recursos de aceites cambiais e R$ 114,4 milhões em repasses do BNDES. Ativos e Empréstimos: O ativo total alcançou R$ 1.655,9 milhões ao final do exercício. A carteira de crédito atingiu R$ 1.476,2 milhões, com crescimento de 21,7% em relação a dezembro de 2004, com destaque para o aumento das carteiras de financiamento de automóveis e crédito pessoal com consignação salarial. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 21,3 milhões correspondente a 1,44% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 24,3 milhões, representando 1,65% do total da carteira de crédito, montante superior ao total de créditos vencidos e ao mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. Declaração sobre Serviços da Auditoria Independente: Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos, ou pessoas a ela ligada, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos: É indispensável traduzir o reconhecimento da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - EM R$ MIL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EM R$ MIL

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2003 Aumento de Capital - AGE 16/03/2004 Outros Eventos: Dividendos não Reclamados Reservas Decorrentes de Incentivos Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/ 2004 Mutações do Período Saldos em 31/12/ 2004 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Outros Eventos : Dividendos não Reclamados Reservas Decorrentes de Incentivos Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período Saldos em 30/06/2005 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período

“spreads”, com destaque para financiamento de automóveis e crédito pessoal com consignação salarial. Os juros sobre o capital próprio alcançaram R$ 14,3 milhões no ano, conforme nota explicativa nº 07, letra “b”, sendo os referentes ao primeiro semestre de R$ 6,6 milhões, correspondendo aos valores de R$ 60,50 e R$ 66,55 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, e para o segundo semestre de 2005 está sendo proposto o valor de R$ 7,6 milhões, correspondente a R$ 69,30 e R$ 76,23 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido atingiu o valor de R$ 358,5 milhões ao final do exercício e o valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 3.389,67, com crescimento de 11,8% no exercício, superior a inflação de 5,7% medida pelo IPCA. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada pelo Banco Central do Brasil em 26 de agosto de 2005, aprovou o aumento do capital social da Companhia para R$ 142,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 21,24% ao final do exercício demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras integrantes do Conglomerado Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Recursos Captados: O volume de recursos captados pela Companhia atingiu R$ 1.153,6 milhões na data do balanço e estava representado por

Res. com Instrum. Financeiros Derivativos

1.822

2.320

97.008

182.045

167.254

Operações de Captação no Mercado

83.142

155.573

134.035

Operações de Empréstimos e Repasses

6.098

11.704

15.915

Res. com Instrum. Financeiros Derivativos

8.590

Prov. p/Créditos de Liquidação Duvidosa

7.768

14.768

8.714

Resultado Bruto da Interm. Financeira

84.532

160.527

141.108

Outras Receitas/(Despesas)

(46.286) (89.394) (77.165)

Despesas da Interm. Financeira

Receitas de Prestação de Serviços

6.986

13.288

9.007

Despesas de Pessoal

(13.716) (26.230) (22.305)

Outras Despesas Administrativas

(34.616) (66.764) (56.902)

Despesas Tributárias

(3.105)

(8.044)

Outras Receitas Operacionais

495

3.710

6.345

Outras Despesas Operacionais

(2.330)

(5.354)

(4.481)

38.246

71.133

63.943

235

386

1.039

38.481

71.519

64.982

Resultado Operacional Resultado não Operacional

(8.829)

Resultado antes da Tributação e Participações Imp. de Renda e Contribuição Social

(10.113) (18.459) (16.671)

Participações no Lucro

(1.010)

(1.866)

Empregados

(402)

(730)

(1.605) (549)

Administradores - Estatutárias

(608)

(1.136)

(1.056)

Lucro Líquido do Período

27.358

51.194

46.706

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações - R$

258,66

484,03

441,60

d) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 24.361 (2004 R$ 19.025), correspondente a 1,65% do total da carteira, acima do mínimo requerido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. No exercício, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 10.251 (2004 R$ 7.602), sendo recuperados no mesmo período R$ 6.230 (2004 R$ 3.483). O saldo das operações renegociadas era de R$ 9.328 (2004 R$ 6.920) na data do balanço. (05) Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstração do Cálculo dos Encargos 2005 2004 • Lucro antes da Tributação, deduzido das Participações no Lucro 69.653 63.377 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (23.682) (21.548) • Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: • Juros sobre o Capital Próprio 4.872 4.442 • Créditos Amortizados para Prejuízo (74) 81 • Provisão para Devedores Duvidosos (1.815) (620) • Contingências Fiscais e Trabalhistas (1.425) (1.478) • Res. de Oper. c/Derivativos não Liquidadas 716 – • Outras Adições e Exclusões 162 (45) • Total dos Encargos Devidos no Exercício Corrente (21.246) (19.168) • Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 3.559 2.517 • Obrigações Fiscais Diferidas sobre Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos (772) (20) • Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (18.459) (16.671) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos em Consti- Reali- Saldos em Origem 31/12/2004 tuição zação 31/12/2005 Contingências Fiscais e Trabalhistas 10.142 2.175 (779) 11.538 Provisão para Devedores Duvidosos 6.468 10.548 (8.733) 8.283 Créditos Amortizados para Prejuízo 787 852 (778) 861 Outros Créditos Tributários 533 1.801 (1.527) 807 Subtotal 17.930 15.376 (11.817) 21.489 Contribuição Social a Compensar 3.860 – (1.466) 2.394 Total 21.790 15.376 (13.283) 23.883 % Sobre Patrimônio Líquido 6,8 6,7 A Administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 25,6% no primeiro ano, 27,4% no segundo ano, 12,4% no terceiro ano, 16,0% no quarto ano e 18,6% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários calculados com base na taxa Selic é de aproximadamente R$ 16.092. (06) Exigível a Longo Prazo: Os recursos captados no País para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 13/01/2009; b) Recursos de Aceites Cambiais com vencimentos até 12/12/2010 indexado a taxa do CDI; c) Operações de BNDES, com vencimentos até 15/09/2009 à taxa pós-fixada até 3,0% a.a. mais TJLP,garantidas por contratos e d) Operações FINAME com vencimentos até 15/12/2010 à taxa pós-fixada de 4,0% a.a. mais TJLP e pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por contratos . (07) Patrimônio Líquido: a) Capital Social: Está dividido em 59.439.005 de ações ordinárias e 46.326.898 de ações preferenciais sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 8% ao ano sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada pelo Banco Central do Brasil em 26 de agosto de 2005, aprovou o aumento do capital social da Companhia para R$ 142.000, mediante incorporação de reservas de lucros. b) Dividendos: O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme previsto no artigo 31 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Os juros sobre capital próprio propostos e pagos nos exercícios de 2005 e 2004 estão demonstrados abaixo: Demonstrativo 2005 2004 - Lucro Líquido do Exercício 51.194 46.706 - (–) Reserva Legal 2.560 2.335 - Lucro Líquido Ajustado 48.634 44.371 - Juros sobre o Capital Próprio - Valor Bruto 14.330 13.066 - (–) Imposto de Renda na Fonte - 15% 2.150 1.960 - Juros sobre o Capital Próprio - Valor Líquido 12.180 11.106 - % sobre o Lucro Líquido Ajustado 25 % 25 % Os juros sobre capital próprio referentes ao primeiro semestre totalizaram R$ 6.679, correspondente a R$ 60,50 e R$ 66,55 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. Para o segundo semestre de 2005, está sendo proposto o valor de R$ 7.651, correspondente a R$ 69,30 e R$ 76,23 por lote de mil ações ordinárias e preferencias, respectivamente, sujeito também à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. Aadoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio, aumentou o resultado da Companhia em R$ 4.872 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. c) Reservas de Capital e Reservas de Lucros: As reservas de capital são representadas, pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.776 (2004 R$ 29.092), de correção monetária de Capital de Giro Decreto-Lei 1338/74 R$ 8.718 (2004 R$ 8.718), dividendos não reclamados R$ 1.027 (2004 R$ 748) e reserva de correção monetária especial da Lei nº 8200/91 R$ 396 (2004 R$ 396). As reservas de lucros são composta pelas reservas legal R$ 25.973 (2004 R$ 23.413) e estatutárias R$ 150.622 (2004 R$ 133.318). A reserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 126.277 (2004 R$ 112.404) e reserva especial para dividendos R$ 24.345 (2004 R$ 20.914). (08) Transações entre Partes Relacionadas: Sempre em concordância com os dispositivos legais vigentes e com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil, no exercício de 2005, efetuaram-se as seguintes operações entre ligadas:

Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Período Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Acionistas: - Dividendos não Reclamados Reservas Decorrentes de Inc. Fiscais Recursos de Terceiros Originários de : - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Operações Compromissadas Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Repasses do País Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Alienação de Bens e Investimentos Bens Não de Uso Próprio Imobilizado de Uso Investimentos B - Aplicação dos Recursos Juros sobre o Capital Próprio Inversões em: - Bens Não de Uso Próprio - Imobilizado de Uso Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Operações de Crédito - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Depósitos - Operações Compromissadas - Instrumentos Financeiros Derivativos (Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período (Redução) das Disponibilidades

2º Sem. Exercício Exercício 2005 2005 2004 276.685 309.104 81.646 27.358 51.194 46.706 264 550 711 264 550 711 29 – – – 249.034 247.157 135.404 – 64.236 28.863 – 18.654 – – 1.877 1.877 – – 278.670 7.651 1.713 1.579 134 58 265.949 1.001

34 279 279 684 256.363 253.270 111.742 – 107.582 13.811 – 20.135 – – 3.093 3.063 30 – 309.419 14.330 3.275 2.914 361 131 285.021 1.001

– 260 260 823 33.146 27.902 – 100 405 4.999 1.694 20.704 2.350 2.350 2.894 2.582 30 282 83.904 13.066 2.526 2.235 291 202 65.678 –

4.017 8.134 252.790 258.233 4.377 12.667 3.764 4.986 3.299 6.662 – – – 100 3.299 6.562 (1.985) (315)

24.801 1.121 33.972 5.784 2.432 2.432 – – (2.258)

2.726 741 (1.985)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

CONTADORA

Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente José Antônio Rigobello - Rubens Bution

Aucilene Moisés Neves Contadora CRC 1SP 197638/O-1

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma contábeis mais representativas adotadas pela administração da opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de relevantes, a posição patrimonial e financeira da Financeira Alfa S.A controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, Crédito, Financiamento e Investimentos em 31 de dezembro de 2005 e das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações

3.314 1.056 (2.258)

2005 2004 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) - Disponibilidades 157 – 464 – - Operações de Swap (1) (6) 68 (57) (33) - Certificado de Depósito Bancário (1) – 1.669 – – - Operações Compromissadas (1) 1.001 97 (100) 132 - Depósitos Interfinanceiros (1) (931.256) (148.191) (819.514) (133.727) - Aluguéis e Ressarcimento de Custos (2) (452) – (248) – (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo a Companhia e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à cobertura de despesas relativos ao agenciamento de operações com empresas ligadas, cobradas de acordo com contrato mantido entre as partes. (09) Instrumentos Financeiros Derivativos: A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representadas por contratos de troca de moedas ou indexadores - “Swap”, com a finalidade de reduzir a exposição a riscos de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos é realizado por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante as diretrizes estabelecidas pela Administração. A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Riscos de Mercado; Riscos de Liquidez e Riscos de Crédito. Esses instrumentos financeiros derivativos são registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas pré fixadas e mercado interfinanceiro (DI). A posição em 31 de dezembro de 2005 desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais. Para a apuração dos preços de mercado foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). 2005 Contratos Custo Referência Mercado • Pré 13.950 16.985 17.372 • Mercado Interfinanceiro 262.402 309.241 309.241 Posição Ativa 276.352 326.226 326.613 • Pré 262.402 307.774 307.996 • Mercado Interfinanceiro 13.950 17.064 17.064 Posição Passiva 276.352 324.838 325.060 Swaps - Exposição Líquida – 1.388 1.553 2004 Contratos Custo Referência Mercado • Pré 43.100 48.658 49.029 • Mercado Interfinanceiro 450.735 490.343 490.343 Posição Ativa 493.835 539.001 539.372 • Pré 450.735 496.979 497.099 • Mercado Interfinanceiro 43.100 47.256 47.256 Posição Passiva 493.835 544.235 544.355 Swaps - Exposição Líquida – (5.234) (4.983) Os valores dos diferenciais a receber e a pagar registrados em contas patrimoniais do ativo e do passivo sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos” correspondiam a R$ 2.459 (2004 R$ 2.485) e R$ 906 (2004 R$ 7.468) na data do balanço, respectivamente. O total do ajuste negativo registrado no resultado do exercício foi de R$ 86 (2004 R$ 72). Os contratos de swaps registrados pelos seus valores de mercado em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: até 90 dias R$ 52.268, de 91 até 180 dias R$ 32.280, de 181 a 360 dias R$ 16.122 e acima de 360 dias R$ 225.943. (10) Outras Informações: (a) Outros Créditos - Diversos: incluem, basicamente, Tributos Antecipados R$ 647 (2004 R$ 4.697), Depósitos Judiciais R$ 48.528 (2004 R$ 40.241), Devedores por Compra de Valores e Bens R$ 123 (2004 zero), Devedores Diversos R$ 16.182 (2004 R$ 10.585), Opções por Incentivos Fiscais R$ 1.506 (2004 R$ 822), Contribuição Social a Compensar R$ 2.394 (2004 R$ 3.860) e Créditos Tributários R$ 21.489 (2004 R$ 17.930). (b) Despesas Antecipadas: referese substancialmente a despesas pagas antecipadamente a concessionárias de veículos por serviços prestados na colocação de operações de crédito. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de crédito. (c) Outros Investimentos: composto basicamente por ações de Companhias de capital fechado. (d) Outras Obrigações Diversas: composta por provisões para despesas de pessoal e administrativa R$ 4.938 (2004 R$ 3.870), provisões para passivos contingentes R$ 1.758 (2004 R$ 1.758) e credores diversos R$ 17.248 (2004 R$ 10.910). (e) A Companhia vem discutindo a legalidade de alguns impostos e contribuições e participa na qualidade de réu em alguns processos trabalhistas. Os valores provisionados consideram a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. A Companhia, não espera a ocorrência de perdas significativas no eventual desfecho desfavorável desses processos, além dos montantes já provisionados. As provisões constituídas de naturezas trabalhista e fiscal atingiram R$ 1.758 (2004 R$ 1.758) e R$ 94.788 (2004 R$ 84.900) na data do balanço, registradas no exigível a longo prazo nas rubricas Provisão para Passivos Contingentes do grupo “Outras Obrigações - Diversas” e Provisão para Riscos Fiscais do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, respectivamente. Para fins de comparação, os saldos dessas provisões em 31/12/2004 foram reclassificados para o Exigível a Longo Prazo. (f) Os honorários da Administração totalizaram R$ 3.305 (2004 R$ 3.205) no exercício. (g) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por reversão de provisões operacionais R$ 2 (2004 R$ 237), dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e declarados R$ 920 (2004 R$ 185), receitas de recuperação de encargos e receitas de garantias prestadas R$ 1.092 (2004 R$ 2.026), variações monetárias ativas R$ 1.696 (2004 R$ 2.834) e recuperação de tributos R$ zero (2004 R$ 1.049). (h) Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por atualização de tributos a pagar R$ 2.745 (2004 R$ 2.206), custas judiciais sobre cobrança de vencidos R$ 1.367 (2004 R$ 1.544) e processos operacionais R$ 1.197 (2004 R$ 715). (i) Resultado não Operacional: refere-se principalmente a lucros e prejuízos obtidos na alienação de valores e bens. (j) A Companhia tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (k) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que a Companhia não mantém planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (l) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.

Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Fernando Pinto de Moura - Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos - São Paulo - SP. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade

1.056 741 (315)

2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 31 de janeiro de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

ALFA ARRENDAMENTO MERCANTILS.A. % 0 2 , 5'&' #.#/'&# #4#)7#+# %10,7061 $#47'4+ 52 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas

durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. É indispensável traduzir o reconhecimento da Alfa Arrendamento Mercantil S.A.

ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram.

Barueri, 30 de janeiro de 2006

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EM R$ MIL

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM R$ MIL

BALANÇO PATRIMONIAL - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Operações de Arrendamento Mercantil Carteira Setor Público Carteira Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens (Provisões para Desvalorizações) Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Operações de Arrendamento Mercantil Carteira Setor Público Carteira Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos - Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Imobilizado de Arrendamento Bens Arrendados (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2005 21.094 1.358 943 943

2004 15.333 1.767 – –

PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reserva para Aumento de Capital Reserva Especial para Dividendos

8.363 9.372 1.552 3.766 6.811 5.606 7.383 2.805 2.270 1.211 163.675 118.374 (156.746) (115.370) 11.862 6.427 (11.862) (6.427) (1.816) (1.410) 2.028 220 1.019 1.169 1.114 1.573 (162) (423) 67 19 24.306 26.228 5.669 5.269 5.669 5.269 (1.437) (1.435) 2.872 – 117.061 105.458 (119.933) (105.458) 51.407 24.284 (51.407) (24.284) (1.437) (1.435) 19.623 22.137 451 257 308.272 228.136 130 130 156 227 834 895 (678) (668) 307.953 227.737 542.055 422.467 (234.102) (194.730) 33 42 111 146 (78) (104) 353.672 269.697

2005 103.617 90.217 90.217 13.400 2.033 1.321 10.046 52.927 – – 52.927 30.907 22.020 197.128

2004 41.366 33.131 33.131 8.235 1.441 861 5.933 42.447 1.610 1.610 40.837 27.545 13.292 185.884

90.000 9.837 97.291 12.118 85.173 68.361 16.812

87.000 9.656 89.228 11.350 77.878 62.095 15.783

2º Semestre Exercício Exercício

Participações no Lucro - Empregados

(187)

(346)

(182)

Resultado do Período

7.523

15.353

5.194

Resultado por Lote de Mil ações - R$

367,24

749,48

253,54

2º Semestre Exercício Exercício Contas 2005 2005 2004 A - Origem dos Recursos 135.701 223.547 345.988 Lucro Líquido do Período 7.523 15.353 5.194 Ajustes ao Lucro Líquido 58.921 108.109 84.275 - Depreciações e Amortizações 55.330 103.009 72.812 - Insuficiência de Depreciações 3.591 5.100 11.463 Reserva Decorrente de Inc. Fiscais – 181 762 Recursos de Terceiros Originários de: 69.257 99.904 255.757 - Aumento dos Subgrupos do Passivo 55.184 72.731 41.052 Depósitos 44.603 55.476 34.741 Outras Obrigações 10.581 17.255 6.311 - Diminuição dos Subgrupos do Ativo 1.167 1.717 201.394 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – – 154.255 Títulos e Valores Mobiliários – 1.010 47.139 Outros Créditos 1.167 707 – - Alienação de Bens e Investimentos 12.906 25.456 13.311 Bens não de Uso Próprio 348 487 766 Imobilizado de Uso 19 28 11 Imobilizado de Arrendamento 12.539 24.941 12.512 Investimentos – – 22 B - Aplicação dos Recursos 135.747 223.956 344.522 Juros sobre o Capital Próprio 2.100 4.290 1.500 Inversões em: 116.471 196.782 173.246 - Bens não de Uso Próprio 197 290 96 - Imobilizado de Uso 10 10 1 - Imobilizado de Arrendamento 116.264 196.482 173.149 Aplicações no Diferido 8.145 16.721 7.208 Aumento dos Subgrupos do Ativo 9.031 6.163 2.333 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 4.355 1.343 – - Títulos e Valores Mobiliários 495 – – - Operações de Arrendamento Mercantil 4.032 4.577 1.425 - Outros Créditos – – 726 - Outros Valores e Bens 149 243 182 Redução dos Subgrupos do Passivo – – 160.235 - Obrigações por Empréstimos e Repasses – – 152.476 - Instrumentos Financeiros Derivativos – – 7.759 Aumento/(Redução) das Disponibilidades (46) (409) 1.466 Modificações na Posição Financeira Início do Período 1.404 1.767 301 Fim do Período 1.358 1.358 1.767 Aumento/(Redução) das Disponibilidades (46) (409) 1.466

b) Composição da carteira por setor de atividade 2005 2004 Setores de Atividade Valor % Valor % Total Setor Público - Indústria 4.310 1,6 1.267 0,6 - Indústria 78.180 29,7 55.632 28,7 - Comércio 50.479 19,2 36.391 18,8 - Intermediários Financeiros 514 0,2 394 0,2 - Outros Serviços 116.714 44,3 94.597 48,8 - Pessoas Físicas 13.294 5,0 5.728 2,9 Total Setor Privado 259.181 98,4 192.742 99,4 Total da Carteira 263.491 100,0 194.009 100,0 c) Classificação da carteira por níveis de risco A composição da carteira e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução BACEN nº 2.682 de 21/12/1999, estão demonstrados a seguir: 2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Requerida Contábil AA 58.276 – 58.276 – – A 38.334 – 38.334 192 192 B 136.176 93 136.269 1.363 1.733 C 30.237 25 30.262 908 1.234 D 200 53 253 25 25 E 22 – 22 6 6 G – 42 42 30 30 H 20 13 33 33 33 Total 263.265 226 263.491 2.557 3.253 2004 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Requerida Contábil AA 42.481 – 42.481 – – A 30.196 – 30.196 151 151 B 99.301 252 99.553 996 1.546 C 20.956 184 21.140 634 924 D 416 3 419 42 42 E 21 – 21 6 6 F 24 23 47 24 24 H – 152 152 152 152 Total 193.395 614 194.009 2.005 2.845 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 3.253 (2004 R$ 2.845), correspondente a 1,2% do total da carteira. No exercício, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 28 (2004 R$ 229), sendo recuperados no mesmo período R$ 1.318 (2004 R$ 1.182). O saldo das operações renegociadas era de R$ 489 (2004 R$ 222) na data do balanço. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO 2005 2004 Máquinas e Equipamentos 223.117 185.195 Máquinas e Equipamentos - Leasing Operacional 27.122 21.273 Veículos e Afins 277.332 197.307 Veículos e Afins - Leasing Operacional 344 893 Outros Bens Arrendados 3.157 11.958 Perdas em Arrendamentos a Amortizar 22.808 8.409 Amortização Acumulada (11.825) (2.568) Total Bens Arrendados 542.055 422.467 Depreciações Acumuladas (230.013) (202.347) Depreciações Acum. - Leasing Operacional (11.548) (4.942) Superveniência de Depreciações 7.459 12.559 Total Depreciação Acumulada (234.102) (194.730) Total Geral 307.953 227.737 Em atendimento às diretrizes contábeis estabelecidas pela Circular BACEN nº 1.429/1989 e Instrução CVM nº 58/1986, e objetivando compatibilizar práticas contábeis específicas (vide nota 02) com o valor presente dos fluxos futuros das carteiras de arrendamento, foi calculado o valor atual dos Arrendamentos a Receber utilizando-se à taxa interna de retorno de cada contrato. O valor assim apurado foi comparado com o valor residual contábil dos bens arrendados, registrando–se a diferença em Insuficiência ou Superveniência de Depreciação, em contrapartida do resultado. Em conseqüência, a Companhia procedeu um ajuste negativo no exercício de R$ 5.100 (2004 R$ 11.463) . IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos 2005 2004 • Lucro antes da Tributação, deduzido da Participação no Lucro 21.482 6.691 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (7.304) (2.275) • Efeito das Adições e Exclusões • Juros sobre o Capital Próprio 1.459 510 • Créditos Amortizados para Prejuízo 340 2 • Provisão para Devedores Duvidosos (139) (1) • Insuficiência de Depreciação (1.275) (2.866) • Contingência Fiscal e Trabalhista (391) (544) • Outras Adições e Exclusões 259 832 • Total dos Encargos Devidos no Exercício Corrente (7.051) (4.342) • Obrigações Fiscais Diferidas sobre Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos 2 994 • Imposto de Renda Diferido sobre o Ajuste Financeiro das Operações de Leasing 744 1.315 • Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 176 535 • Despesa de Imp. de Renda e Contrib. Social (6.129) (1.498)

(b) Créditos Tributários de Imp. de Renda e Contribuição Social Saldos Consti- RealiOrigem 31/12/2004 tuição zação 31/12/2005 Prov. para Devedores Duvidosos 967 534 (395) 1.106 Créd. Amortizados p/Prejuízo 1.484 – (340) 1.144 Contingências Fiscais e Trabalhistas 2.860 391 – 3.251 Outros Créditos Tributários 293 185 (199) 279 Subtotal 5.604 1.110 (934) 5.780 Contrib. Social a Compensar 5.182 – (459) 4.723 Total - Créditos Tributários 10.786 1.110 (1.393) 10.503 % s/Patrimônio Líquido 5,8 % 5,3 % A administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 8 anos na seguinte proporção: 12,5% no primeiro ano, 14,8% no segundo ano, 14,7% no terceiro ano, 18,3% no quarto ano, 20,9% no quinto ano e 18,8% do sexto ao oitavo ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa SELIC, correspondia a R$ 6.106. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: Está dividido em 20.485.056 de ações nominativas, sendo 12.291.033 de ações ordinárias e 8.194.023 de ações preferenciais, sem valor nominal. AAssembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada em 14 de junho de 2005 pelo Banco Central do Brasil, aprovou o aumento do capital social para R$ 90.000 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, cabendo às ações preferenciais, prioridade na percepção de um dividendo anual de 6% a.a. sobre o valor nominal do capital correspondente a essas ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. Os juros sobre capital próprio referentes ao primeiro semestre totalizaram R$ 2.190, correspondente a R$ 74,80 e R$ 155,07 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. Para o segundo semestre de 2005, está sendo proposto o valor de R$ 2.100, correspondente a R$ 67,48 e R$ 155,07 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito também à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio, aumentou o resultado da Companhia em R$ 1.459 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular BACEN nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS As operações entre partes relacionadas são efetuadas às taxas e valores médios praticados com terceiros. Os ressarcimentos de custos referem-se a agenciamentos de operações, prestação de serviços e rateio de despesas. 2005 2004 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) - Disponibilidades 1.299 – 1.708 – - Depósitos Interfinanceiros (83.604) (8.296) (29.471) 8.216 - Juros sobre o Capital Próprio (1.626) (3.291) (398) (398) - Operações de Swap – – – 75 - Ressarcimento de Custos (37) – (33) (201) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Em 31 de dezembro de 2005 a Companhia não possuía operações em aberto no mercado de derivativos. b) Outros Créditos - Diversos: composto por Depósitos Judiciais R$ 6.920 (2004 R$ 6.667), Opções por Incentivos Fiscais R$ 979 (2004 R$ 798), Tributos Antecipados R$ 2.536 (2004 R$ 2.783), Créditos Tributários R$ 10.503 (2004 R$ 10.786) e Adiantamentos e Devedores Diversos R$ 713 (2004 R$ 1.323). c) Despesas Antecipadas: refere-se substancialmente a despesas pagas antecipadamente a concessionárias de veículos por serviços prestados na colocação de operações de crédito. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de crédito. d) Outras Obrigações - Diversas: composta por Credores por Antecipação de Valor Residual R$ 29.326 (2004 R$ 16.860), Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos R$ 564 (2004 zero), provisões para despesas administrativas e de pessoal R$ 973 (2004 R$ 975), provisão para contingência trabalhista R$ 981 (2004 R$ 981) e credores diversos R$ 222 (2004 R$ 410). e) A Companhia vem discutindo a legalidade de alguns impostos e contribuições e participa na qualidade de réu em alguns processos trabalhistas. Os valores provisionados consideram a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. A Companhia não espera a ocorrência de perdas significativas no eventual desfecho desfavorável desses processos, além dos montantes já provisionados. Os saldos das provisões constituídas de naturezas trabalhista e fiscal atingiram R$ 981 (2004 R$ 981) e R$ 29.042 (2004 R$ 24.901) na data do balanço, classificadas e registradas no exigível a longo prazo nas rubricas Provisão para Passivos Contingentes do grupo “Outras Obrigações - Diversas” e Provisão para Riscos Fiscais do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, respectivamente. Para fins de comparação, os saldos dessas provisões em 31/12/2004 foram reclassificados para o Exigível a Longo Prazo. f) No exercício, os honorários da Administração totalizaram R$ 999 (2004 R$ 940). g) Outras Receitas Operacionais: incluem, principalmente, recuperações de encargos e despesas, juros de mora cobrados sobre créditos vencidos e atualização de tributos a compensar. Outras Despesas Operacionais: incluem, principalmente, atualização de tributos a pagar de R$ 2.051 (2004 R$ 1.314) e despesas decorrentes de créditos inadimplentes de R$ 3.269 (2004 R$ 1.205). h) Resultado não Operacional: representado basicamente por lucros obtidos na venda de bens não de uso. i) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. j) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.

Descrição

2005

2005

2004

Receitas da Intermediação Financeira

87.450

160.090

137.269

Operações de Arrendamento Mercantil

85.506

157.114

114.481

Res. com Títulos e Valores Mobiliários

1.944

2.976

22.788

Despesas da Intermediação Financeira

65.923

118.779

112.965

Operações de Captação no Mercado

6.578

9.964

4.336

Operações de Empréstimos e Repasses

17.180

Operações de Arrendamento Mercantil

59.146

108.588

84.813

Res. com Instrumentos Financeiros Derivativos Provisão para Créditos de Liq. Duvidosa Financeira

(02)

(03)

106

21.527

41.311

24.304

Operacionais

(11.349)

(19.867)

(17.984)

(3.652)

(7.086)

(7.257)

Outras Despesas Administrativas

(2.360)

(4.495)

(5.015)

Despesas Tributárias

(1.917)

(3.652)

(3.579)

Outras Receitas Operacionais

293

780

531

Outras Despesas Operacionais

(3.713)

(5.414)

(2.664)

Resultado Operacional

10.178

21.444

6.320

195

384

554

Lucro e Participações

10.373

21.828

6.874

Imposto de Renda e Contribuição Social

(2.663)

(6.129)

(1.498)

Resultado antes da Tributação s/o

353.672

269.697

Capital 84.500 2.500 – –

Reservas de Capital 8.894 – 762 –

Reservas de Lucros 88.034 (2.500) – –

Lucros Acumulados – – – 5.194

Totais 181.428 – 762 5.194

– – 87.000 2.500 87.000 3.000 – –

– – 9.656 762 9.656 – 181 –

3.694 – 89.228 1.194 89.228 (3.000) – –

(3.694) (1.500) – – – – – 15.353

– (1.500) 185.884 4.456 185.884 – 181 15.353

– – 90.000 3.000 90.000 –

– – 9.837 181 9.837 –

11.063 – 97.291 8.063 91.868 –

(11.063) (4.290) – – – 7.523

– (4.290) 197.128 11.244 191.705 7.523

– – 90.000 –

– – 9.837 –

5.423 – 97.291 5.423

(5.423) (2.100) – –

– (2.100) 197.128 5.423

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN). PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares BACEN nºs 3.068 e 3.082 (vide nota nº 03 “b”). Os contratos de arrendamento mercantil estão registrados pelo valor contratual, em contrapartida à conta retificadora de rendas a apropriar de arrendamento, corrigidos de acordo com as condições determinadas nos contratos de arrendamento, cujo efeito de correção é nulo no resultado. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2.682 (vide nota nº 04 “c”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: • Depreciação dos Bens Arrendados, calculada pelo método linear, às taxas permitidas pela Legislação Fiscal com redução de 30% na vida útil do bem e obedecem às Portarias nº 431 de 23/12/1987 e nº 113 de 23/02/1988. As taxas anuais de depreciação, sem consideração da referida dedução, são: máquinas e equipamentos de 10% a 30%, veículos e afins de 20% a 25% e outros bens de 4% a 20%. Quando do exercício da opção de compra a diferença entre o Custo de Aquisição e o valor da Depreciação Acumulada for maior que o valor residual pago pelo arrendatário, tal excesso é transferido para a conta Perdas de Arrendamento a Amortizar, para amortização pelo restante do prazo da vida útil normal do bem; se entretanto for menor, será reconhecido como receita de acordo com a Portaria nº 564 do Ministério da Fazenda. • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização do Diferido, basicamente, representado por benfeitorias em imóveis de terceiros e programas de processamento de dados, calculada pelo método linear pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também, é observado pela Companhia, a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota nº 06 letra “b”). TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários Títulos 2005 2004 - Tesouro Nacional 1.552 1.064 - Securitizados – 2.702 Carteira Própria 1.552 3.766 - Tesouro Nacional 6.811 5.606 Vinculados à Prestação de Garantias 6.811 5.606 9.372 Total Geral 8.363

6.530

Despesas de Pessoal

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM R$ MIL (01)

– 227

Outras Receitas (Despesas)

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2003 Aumento de Capital - AGE de 16/03/2004 Outros Eventos: Reservas Decorrentes de Inc. Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinação: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2004 Mutações do Período Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE de 25/04/2005 Outros Eventos: Reservas Decorrentes de Inc. Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período Saldos em 30/06/2005 Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período

– 199

Resultado Bruto da Intermediação

Resultado não Operacional

Total Geral do Passivo

(04)

b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Até 3 Meses 1 Ano a 2005 2004 Títulos 3 Meses a 1 Ano 3 Anos Total Total • Securitizados – – – – 2.702 Títulos Mantidos até o Vencimento – – – – 2.702 • Tesouro Nacional 113 59 8.191 8.363 6.670 Títulos para Negociação 113 59 8.191 8.363 6.670 Total Geral 113 59 8.191 8.363 9.372 % Concentração por Prazo 1,4 0,7 97,9 100,0 100,0 - “Títulos para Negociação” : o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA). O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 80 (2004 R$ 85), obtido entre os valores de custo R$ 8.283 (2004 R$ 6.585) e de mercado R$ 8.363 (2004 R$ 6.670), foi registrado em conta adequada do resultado. - “Títulos mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira da Companhia em mantê-los até o vencimento. Os títulos existentes em 31/12/2004 foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até o vencimento final. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL As operações de leasing financeiro totalizavam R$ 263.491 (2004 R$ 194.009) e foram demonstradas pelo valor presente dos contratos. As operações de leasing operacional totalizavam R$ 15.919 (2004 R$ 17.225) e foram demonstradas pelo valor residual dos bens. a) Composição da carteira por faixas de vencimento Parcelas por 2005 Faixas de Vencimento a Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 dias 82.590 54 82.644 31,4 - A Vencer de 181 a 360 dias 64.797 60 64.857 24,6 - A Vencer acima de 360 dias 115.878 82 115.960 44,0 Total Vincendas 263.265 196 263.461 100,0 - Vencidas até 60 dias – 9 9 – - Vencidas de 61 a 180 dias – 9 9 – - Vencidas de 181 a 360 dias – 12 12 – Total Vencidas – 30 30 – Total da Carteira 263.265 226 263.491 100,0 Parcelas por 2004 Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % - A Vencer até 180 dias 58.554 188 58.742 30,2 - A Vencer de 181 a 360 dias 47.011 94 47.105 24,2 - A Vencer acima de 360 dias 87.830 219 88.049 45,4 Total Vincendas 193.395 501 193.896 99,8 - Vencidas até 60 dias – 45 45 0,1 - Vencidas de 61 a 180 dias – 46 46 0,1 - Vencidas de 181 a 360 dias – 22 22 – Total Vencidas – 113 113 0,2 Total da Carteira 193.395 614 194.009 100,0 O saldo da carteira não considera os adiantamentos a fornecedores R$ 8.041 (2004 R$ 3.858) e as operações de leasing operacional R$ 15.919 (2004 R$ 17.225). Incluiu-se na carteira o saldo de devedores por compra de valores e bens R$ 15 (2004 zero).

A DIRETORIA

(05)

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(09)

CONTADOR

DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente

Rubens Bution - Diretor

Julio Simões Neves Neto - CRC 1SP 198731/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. Barueri - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos,

3.

considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. A Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para “superveniência ou insuficiência” de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado na Nota Explicativa nº 5. Essas

4.

diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do exercício e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo

5.

com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram examinadas por outros auditores independentes, que, sobre elas, emitiram um parecer datado de 21 de janeiro de 2005, contendo ressalva quanto a não-reclassificação do ajuste ao valor presente da carteira de Arrendamento Mercantil, classificada no ativo permanente, conforme descrito no Parágrafo nº 3. 31 de janeiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

EMPRESAS

O MOVIMENTO DO TRANSPORTE AÉREO BRASILEIRO CRESCEU 22% E CHEGA A 2,992 MILHÕES DE PESSOAS

MAIS PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS DO PAÍS

A

movimentação de passageiros nos vôos dentro do Brasil cresceu 22% em fevereiro comparado ao mesmo mês do ano passado, somando 2,992 milhões de pessoas. A TAM continuou liderando o mercado, com 44,45% do total, ou 1,33 milhão de passageiros transportados. No ano, o setor aéreo doméstico acumula alta de 21,6% em relação ao primeiro bimestre de 2005. Já nos vôos internacionais,

apesar do câmbio favorável, o tráfego aéreo sofreu retração de 6,3%, ante o mesmo período de 2005, segundo dados do Departamento de Aviação Civil (DAC) divulgados ontem pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Participação – A Gol ganhou um pouco mais de fatia no mercado, subindo de 26,79% em janeiro para 28,77% em fevereiro. A Varig, por outro lado, caiu de 19,96% para 19,25% de um mês para outro.

No mercado internacional, a Varig, apesar de também ter perdido parte de sua competitividade nesse segmento, ainda se mantém na primeira posição entre as companhias aéreas nacionais que mantêm vôos para o exterior. Em fevereiro de 2005 a companhia tinha aproximadamente 79,88% do mercado internacional e, em fevereiro deste ano, 71,49%. Já a TAM registrou crescimento no mercado interna-

cional, passando de 15,63% em 2005 para 22,21% em fevereiro de 2006. Outra companhia que aumentou sua presença no mercado internacional foi a Gol. A elevação foi de 1,96% no ano passado para 4,06% neste ano. Expansão – As empresas aéreas nacionais deram continuidade, em fevereiro, ao processo de expansão da oferta de assentos em suas linhas nacionais: 26,2%. No primeiro bimestre de 2006, a oferta

de lugares cresceu 23,4%, segundo dados divulgados pelo sindicato do setor. Dados de participação de mercado das companhias aéreas, divulgados ontem pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), mostram que a Varig e a BRA perderam mercado em fevereiro de 2006, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A Varig, que tinha 29,77% de participação de mercado nos vôos domésticos em fevereiro

de 2005, registrou 19,25% no mês passado. A BRA também perdeu mercado em fevereiro de 2006, com 4,95%, enquanto no mesmo mês do ano passado tinha 6,57%. A TAM aumentou sua participação nos vôos domésticos de 38,98% em fevereiro de 2005 para 44,45% no mês passado, mantendo o primeiro lugar nos vôos domésticos. A Gol também aumentou sua participação no mercado doméstico, de 22,55% em 2005 para 28,77% neste ano. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

$#0%1 #.(#5 # C.N.P.J. 03.323.840/0001-83 SEDE : ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA É indispensável traduzir o reconhecimento do Banco Alfa S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que, continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 30 de janeiro de 2006. A DIRETORIA.

Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, pela legislação societária, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EM R$ MIL

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiras Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados à Prestação de Garantias Relações Interfinanceiras Pagamentos e Recebimentos a Liquidar Créditos Vinculados: Depósitos no Banco Central Correspondentes Operações de Crédito Carteira Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Rendas a Receber Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados à Prestação de Garantias Operações de Crédito Carteira Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Permanente Investimentos - Outros investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2005 229.397 325 165.388 162.046 3.342

2004 258.373 267 62.601 62.601 –

20.953 8.725 1.004 11.224 456 26 396 34 41.474 42.366 (892) 794 211 583 7 89.885

22.356 22.280 – 76 1.082 75 978 29 171.376 171.997 (621) 691 259 432 – 68.131

58.307 58.307 – – 26.297 27.153 (856) 5.281 661 373 191 330 (139) 97 110 (13) 319.943

47.140 25.546 11.757 9.837 17.245 17.833 (588) 3.746 403 324 69 174 (105) 10 11 (1) 326.907

PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Outros Depósitos Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Relações Interfinanceiras Recebimentos e Pagamentos a Liquidar Correspondentes Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Aumento de Capital Reserva para Dividendos

2005 275.436 111.558 63.534 47.506 518 1.001 1.001 155.251 – 155.251 225 225 7.401

2004 287.943 197.212 22.774 174.229 209 11.808 11.808 73.090 4 73.086 1.098 1.098 4.735

29 999 2.834 3.539 5.291 – – 5.291 5.201 90 39.216

59 788 1.503 2.385 4.406 513 513 3.893 3.821 72 34.558

23.443 420 15.353 1.244 14.109 12.685 1.424

22.763 326 11.469 967 10.502 9.439 1.063

Total Geral do Passivo

319.943

326.907

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2003 Aumento de Capital - AGE 16/03/2004 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Inc. Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2004 Mutações do Período Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Inc. Fiscais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período Saldos em 30/06/2005 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período

Capital 22.237 526

Aumento de Capital – –

Reservas de Capital 215 –

Reserva de Lucros 7.540 –

Lucros Acumulados – –

Total 29.992 526

– –

– –

111 –

– –

– 5.496

111 5.496

– – 22.763 526 22.763 680

– – – – – –

– – 326 111 326 –

3.929 – 11.469 3.929 11.469 –

(3.929) (1.567) – – – –

– (1.567) 34.558 4.566 34.558 680

– –

– –

94 –

– –

– 5.534

94 5.534

– – 23.443 680 22.763 680 –

– – – – 680 (680) –

– – 420 94 420 – –

3.884 – 15.353 3.884 13.661 – –

(3.884) (1.650) – – – – 2.492

– (1.650) 39.216 4.658 37.524 – 2.492

– – 23.443 680

– – – (680)

– – 420 –

1.692 – 15.353 1.692

(1.692) (800) – –

– (800) 39.216 1.692

Descrição Receitas da Intermediação Financeira Operações de Crédito Resultado com Títulos e Valores Mobiliários Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Operações de Empréstimos e Repasses Provisão p/Créditos de Liq. Duvidosa Resultado Bruto da Interm. Financeira Outras Receitas/(Despesas) Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Participações no Lucro Empregados Administradores - Estatutárias Lucro Líquido do Período Lucro por Lote de Mil Ações - R$

2º Semestre Exercício Exercício 2005 2005 2004 24.671 46.379 35.839 10.457 21.761 20.878 14.214 24.618 14.961 6.593 13.073 12.990 5.816 11.958 12.079 19 19 162 758 1.096 749 18.078 33.306 22.849 (14.181) (24.975) (15.251) 392 699 171 (779) (1.508) (836) (6.839) (11.377) (6.170) (661) (1.464) (1.190) – 1 50 (6.294) (11.326) (7.276) 3.897 8.331 7.598 (5) (6) (4) 3.892 (1.195) (205) (24) (181) 2.492 108,87

8.325 (2.303) (488) (43) (445) 5.534 241,75

7.594 (1.982) (116) (20) (96) 5.496 244,64

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - EM R$ MIL 2º Semestre Exercício Exercício Contas 2005 2005 2004 A - Origem dos Recursos 139.263 214.090 234.346 Lucro Líquido do Período 2.492 5.534 5.496 Ajustes ao Lucro Líquido 28 46 27 - Depreciações e Amortizações 28 46 27 Recursos de Acionistas: – 680 526 - Realização de Capital Social – 680 526 Reserva de Incentivos Fiscais – 94 111 Recursos de Terceiros Originários de: 136.743 207.736 228.186 - Aumento dos Subgrupos do Passivo 98.213 86.225 157.626 Depósitos 23.848 – 142.662 Captações no Mercado Aberto – – 11.758 Relações Interfinanceiras 70.143 82.161 – Relações Interdependências 175 – – Outras Obrigações 4.047 4.064 3.206 - Redução dos Subgrupos do Ativo 38.496 121.477 70.560 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – – 64.101 Relações Interfinanceiras 35.441 626 6.459 Operações de Crédito 3.055 120.851 – - Alienação de Bens e Investimentos 34 34 – Imobilizado de Uso 34 34 – B - Aplicação dos Recursos 139.251 214.032 234.397 Juros sobre o Capital Próprio 800 1.650 1.567 Inversões em: 136 239 52 - Imobilizado de Uso 136 190 52 - Investimentos – 49 – Aplicações no Diferido 68 99 11 Aumento dos Subgrupos do Ativo 137.748 114.197 198.326 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 128.079 102.787 – - Títulos e Vals. Mobiliários e Derivativos 8.765 9.764 29.132 - Operações de Crédito – – 165.106 - Outros Créditos 898 1.639 4.088 - Outros Valores e Bens 6 7 – Redução dos Subgrupos do Passivo 499 97.847 34.441 - Depósitos – 86.167 – - Captações no Mercado Aberto 499 10.807 – - Relações Interfinanceiras – – 34.150 - Relações Interdependências – 873 291 Aumento/(Redução) das Disponibilidades 12 58 (51) Modificações na Posição Financeira Início do Período 313 267 318 Fim do Período 325 325 267 Aumento/(Redução) das Disponibilidades 12 58 (51)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A. são elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN). (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular BACEN nº 3.068 (vide nota nº 03). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2.682 (vide nota nº 04). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo, combinado com os seguintes aspectos: c.1) Depreciação do Imobilizado de Uso, representado por sistemas de processamento de dados, calculada pelo método linear à taxa anual de 20% e c.2) Amortização do Diferido, representado basicamente por gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais, calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota nº 05). (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Representados por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 79.260 (2004 R$ 69.496), vencíveis nos seguintes prazos: de até 3 meses R$ zero (2004 R$ 5.086), de 3 meses a 1 ano R$ 20.953 (2004 R$ zero), de 1 ano a 3 anos R$ zero (2004 R$ 64.410) e acima de 3 anos R$ 58.307 (2004 R$ zero). Os títulos da carteira foram classificados nas seguintes categorias: a) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA). O ajuste positivo desses títulos no montante de R$ 36 (2004 R$ 18), obtido entre os valores de custo R$ 20.917 (2004 R$ 22.338) e de mercado R$ 20.953 (2004 R$ 22.356), foi registrado em conta adequada do resultado. b) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: R$ 58.307 (2004 R$ 47.140), foram classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais registrados em conta adequada do resultado. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 58.772 (2004 R$ 47.438). No segundo semestre, o Banco alienou o montante de R$ 55.760 de títulos públicos federais e, para recomposição desta carteira adquiriu títulos públicos federais da mesma natureza com prazos de vencimento mais longos, gerando um lucro de R$ 86 no resultado do exercício, líquido de tributos. (04) OPERAÇÕES DE CRÉDITO Demonstramos a seguir, o saldo da carteira de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução BACEN nº 2.682 de 21/12/1999:

2005 Saldo da Carteira de Crédito Provisão (*) Mínima A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil 5 – 5 – – 2.621 – 2.621 13 13 63.484 67 63.551 635 1.223 2.485 90 2.575 77 77 18 38 56 6 6 220 94 314 94 94 39 20 59 30 30 2 107 109 76 76 39 190 229 229 229 68.913 606 69.519 1.160 1.748 2004 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis (*) Mínima de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 137.081 – 137.081 – – A 2.074 – 2.074 10 10 B 49.778 99 49.877 499 823 C 196 99 295 9 9 D 54 51 105 11 11 E 15 16 31 9 9 F 4 23 27 14 14 G 6 16 22 15 15 H 58 260 318 318 318 Total 189.266 564 189.830 885 1.209 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. a. A carteira de crédito estava composta por operações de títulos descontados, crédito pessoal e cheque especial, realizadas junto a pessoas físicas R$ 61.781 (2004 R$ 46.927) e jurídicas R$ 7.738 (2004 R$ 142.903), estas concentradas basicamente na atividade de indústria. b. No último trimestre foram realizadas operações de cessão com coobrigação de contratos de crédito pessoal consignado com instituição integrante do sistema financeiro no montante de R$ 35.050, sendo que nas datas de suas realizações o valor presente desses contratos totalizava R$ 35.008. O resultado das cessões no montante de R$ 42 foi registrado na rubrica “Receitas da Intermediação Financeira - Operação de Crédito”. Na data do balanço, o saldo desses contratos cedidos totalizava R$ 34.048. c. O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 1.748 (2004 R$ 1.209), correspondente a 2,51% do total da carteira, acima do mínimo requerido pela regulamentação do BACEN. No exercício, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 557 (2004 R$ 288), sendo recuperado no mesmo período R$ 125 (2004 R$ 104). O saldo das operações renegociadas era de R$ 28 (2004 R$ 74) na data do balanço. (05) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Composto por Devedores Diversos R$ 245 (2004 R$ 443), Depósitos Judiciais R$ 4.435 (2004 R$ 3.073), Opções por Incentivos Fiscais R$ 345 (2004 R$ 251) e Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social R$ 839 (2004 R$ 411), calculados basicamente sobre a provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 594 (2004 R$ 411) e Riscos Fiscais R$ 208 (2004 R$ zero). No exercício, o complemento e a realização dos créditos tributários totalizaram R$ 1.230 e R$ 802, respectivamente. A administração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 53,2% no primeiro ano, 15,6% no segundo ano, 12,2% no terceiro ano, 10,4% no quarto ano e 8,7% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente desses créditos tributários, calculado com base na taxa SELIC correspondia a R$ 625. (06) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos 2005 2004 Lucro antes da Tributação, deduzido das Participações no Lucro 7.837 7.478 • IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (2.665) (2.542) • Efeito das adições e exclusões: • Juros sobre o Capital Próprio 561 533 • Provisão para Devedores Duvidosos (183) (164) • Provisão para Contingências Fiscais e Trabalhistas (325) (279) • Outras Adições e Exclusões (113) 65 • Total dos Encargos Devidos no Exercício Corrente (2.725) (2.387) • Créditos Tributários de Imp. de Renda e Contrib. Social 427 405 • Obrigações Fiscais Diferidas sobre Ajuste ao Valor de Mercado (5) – Despesa com Imp. de Renda e Contrib. Social (2.303) (1.982) Níveis de Risco AA A B C D E F G H Total

(07) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: O capital social está dividido em 22.892.575 ações ordinárias, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada pelo Banco Central do Brasil em 15 de agosto de 2005, aprovou a elevação do capital social para R$ 23.443 mil com a emissão de 425.000 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 19 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Os juros sobre o capital próprio referentes ao primeiro semestre totalizaram R$ 850, correspondente ao valor bruto de R$ 37,13 por lote de mil ações ordinárias, sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. Para o segundo semestre, está sendo proposto o valor bruto de R$ 800, correspondente a R$ 34,95 por lote de mil ações ordinárias, também sujeito à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. A adoção deste procedimento aumentou o resultado do Banco em R$ 561, face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular BACEN nº 2.739/97 e em atendimento às disposições fiscais. (08) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) Não há posições em aberto nos mercados de derivativos nas datas do balanço. (b) Outros Investimentos: representados por títulos patrimoniais da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e Câmara Interbancária de Pagamentos. (c) Os valores a pagar a clientes resultantes dos serviços contratados de cobrança bancária atingiram R$ 155.251 (2004 R$ 73.086) na data do balanço e foram registrados na rubrica “Correspondentes” do grupo “Passivo - Relações Interfinanceiras”. (d) Outras Obrigações - Diversas: composta por provisões para despesas de pessoal e administrativas R$ 1.698 (2004 R$ 1.192), provisão para contingência trabalhista R$ 90 (2004 R$ 72) e credores diversos R$ 1.841 (2004 R$ 1.193). (e) O saldo da rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias” atingiu R$ 5.201 (2004 R$ 3.821) na data do balanço e, considerou a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. O Banco não espera a ocorrência de perdas significativas no eventual desfecho desfavorável desses processos, além dos montantes já provisionados. Para fins de comparação, o saldo dessa provisão em 31/12/2004 foi reclassificado para o Exigível a Longo Prazo. (f) Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por despesas com atualização de tributos a recolher R$ 132 (2004 R$ 94) e despesas com serviços de cobrança R$ 11.173 (2004 R$ 7.182). (g) Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre o Banco e empresas ligadas: g.1) saldos de depósitos à vista R$ 1.752 (2004 R$ 2.565), g.2) aplicações em operações compromissadas, líquidas das captações e correspondentes receitas anuais, líquidas das despesas totalizaram R$ 152.139 (2004 R$ 50.793) e R$ 6.541 (2004 R$ 3.658), respectivamente, e g.3) captações por depósitos interfinanceiros, líquidas das captações e correspondentes despesas anuais, líquidas das receitas totalizaram R$ 47.506 (2004 R$ 174.742) e R$ 10.958 (2004 R$ 10.972), respectivamente. Essas aplicações e captações foram realizadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado, vigentes nas datas das operações. h) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. i) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as suas demonstrações financeiras. CONTADOR

DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente

Antonio César Santos Costa Diretor

Delmir Araujo Mineiro CRC 1SP 136.172/O-0

Christophe Y. François Cadier Diretor PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

À Administração e aos Acionistas do Banco Alfa S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alfa S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria

aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alfa S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de

suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 31 de janeiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0

EMPRESAS

Álcool do Brasil para o exterior

E

m meio à explosão de preços do álcool no mercado interno, as exportações do combustível cresceram 23% no primeiro bimestre de 2006 na comparação com igual período ano

passado. Números divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura mostram que os embarques de álcool somaram 199 mil toneladas (cada tonelada equivale a cerca de mil litros) nos dois primeiros meses de 2005 e

saltaram para 245 mil toneladas no mesmo período de 2006. "A demanda externa por açúcar e álcool está aquecida e o Brasil está na entressafra de cana", disse o diretor da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Ricardo Cotta. Nas exportações de álcool também são considerados os embarques do produto para fins industriais. No começo de janeiro o governo tentou um acordo com os usineiros para que o preço do álcool nas usinas não ultrapassasse R$ 1,05 por litro, mas

as cotações superaram o previsto. A receita cambial obtida com as exportações de álcool cresceu 60 9% no primeiro bimestre deste ano para US$ 103 milhões, ante US$ 64 milhões no acumulado de janeiro e fevereiro do ano passado. "O álcool só perdeu, em taxa de crescimento, para a soja em grão e o algodão", explicou Cotta. Apesar do crescimento, as exportações de álcool rendem pouco quando comparadas com o açúcar. No primeiro bimestre, os exportadores faturaram US$ 533 milhões com

os embarques de açúcar, crescimento de 7,2% na comparação com US$ 497 milhões no acumulado dos dois primeiros meses de 2005. Biocombustível – O governo brasileiro pode estar achando que a alta do preço internacional do petróleo é a chance de ouro para o País exportar etanol. Mas na Europa, a visão é que uma nova geração de biomassa terá de ser pesquisada. Ontem, em Bruxelas, foi aprovado um orçamento de 68 milhões de euros para que pesquisadores europeus estudem

uma "segunda geração" de biocombustíveis. O objetivo é o de encontrar um produto que seja mais adequado tecnologicamente que o etanol e com impactos ambientais menores que os das plantações de cana-de-açúcar. Nova geração – A segunda geração de biocombustíveis seria feita a partir de uma síntese de biomassa em laboratório. De acordo com os europeus, esse processo garantiria a qualidade necessária para um combustível, além de maior padrão ambiental. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 5

&216Ï5&,2 $/)$'( $'0,1,675$d­2 6 $ SOCIEDADE ANÔNIMADE CAPITALABERTO CNPJ 17.193.806/0001-46 ALAMEDASANTOS Nº 466 - SÃO PAULO - S.P. RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas, Temos o prazer de submeter à apreciação de V. Sas. as demonstrações contábeis individuais e consolidadas do Consórcio Alfa de Administração S. A., que incluem coligadas, diretas e indiretas, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal. Os documentos apresentados contêm os dados necessários à análise da performance da empresa no exercício. Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que venham a ser julgados necessários. Tratando-se de empresa holding, nosso desempenho reflete, basicamente, o comportamento de nossas coligadas. Estas, atuando em diversos segmentos da economia nacional, tais como: financeiro,

processamento de dados, informática, serviços e outros, apresentaram resultados que nos permitiram uma avaliação positiva de investimentos no valor de R$ 38.461 mil. A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 29.953 mil, que corresponde a 7,26% do Patrimônio Líquido de R$ 412.439 mil. No exercício, nosso Patrimônio Líquido apresentou uma evolução de 6,29%. Os resultados obtidos levam-nos a propor um dividendo correspondente ao segundo semestre de 2005, nos seguintes valores, por lote de mil ações: R$ 29,43 para as ações ordinárias; R$ 45,62 para as ações preferenciais da classe “A”; R$ 109,47 para as ações preferenciais da classe “B”; R$ 63,86 para as ações preferenciais da classe “C”; R$ 45,62 para as ações preferenciais da classe “D”; R$ 54,73 para as ações

PASSIVO INDIVIDUAL CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 31/12/05 31/12/04 6.596 9.681 1.480.848 1.285.625 8 20 5.014 3.861 2.690 5.513 213.758 193.741

Circulante Disponibilidades Aplicações Financeiras Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – – Títulos e Valores Mobiliários – – Relações Interfinanceiras – – Clientes – – Operações de Arrendamento Mercantil – – Créditos de Operações com Seguros – – Operações de Crédito – – Operações de Crédito – – (-) Prov. p/ Créd. de Liquid. Duvidosa Outros Créditos 3.887 4.139 Outros Valores e Bens – – Despesas Antecipadas 11 9 Despesas Comerc. de Seguros Diferidas – – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 610 610 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – – Títulos e Valores Mobiliários – – Relações Interfinanceiras – – Investimentos Temporários – – Operações de Crédito – – Operações de Crédito – – (–) Prov. p/Créd. de Liquid. Duvidosa – – Outros Créditos 610 610 PERMANENTE 412.905 386.146 Investimentos 412.884 386.119 Imobilizado 21 27 Diferido – –

TOTAL GERAL DO ATIVO

110.259 470.963 26.521 326

99.444 379.504 12.063 409

27.843

18.542

20.810 491.462 497.800

17.701 450.014 455.088

(6.338) (5.074) 103.377 102.021 803 1.363 2.546 1.502 7.166 544.382

5.460 445.939

12.649 234.205 6.711 1.085 237.162 241.687

1.867 176.782 – 1.188 214.122 216.593

(4.525) (2.471) 52.570 51.980 289.750 269.829 282.763 262.767 6.448 6.534 539 528

420.111 396.437 2.314.980 2.001.393

INDIVIDUAL CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 31/12/05 31/12/04 7.672 8.405 1.243.775 1.146.405 – 11 – 40 – – 399.688 356.480 – – 383.083 353.654 – – 10.843 16.354 – – 79.251 45.898 – – 726 2.970 – – 33.197 43.613 – – 2.619 – – – 30.578 43.613

Circulante Fornecedores Depósitos Captações no Mercado Aberto Recursos de Aceites Cambiais Relações Interfinanceiras Relações Interdependências Obrigações por Empréstimos: No País No Exterior Obrigações por Repasses País Inst. Oficiais – Débitos de Operações com Seguros – Provisões Técnicas de Seguros – Outras Provisões – Obrigações Sociais e Estatutárias 7.026 Obrigações Fiscais e Previdenciárias 548 Obrigações Diversas 98 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO – Depósitos Interfinanceiros – Depósitos a Prazo – Recursos de Aceites Cambiais – Obrigações por Empréstimos: – No Exterior – Obrigações por Repasses Instituições Oficiais: – No País – Obrigações por Repasses do Exterior – Outras Obrigações: – Diversas – Resultado de Exercícios Futuros – Participações Minoritárias – Patrimônio Líquido 412.439 Capital: 134.370 De Domiciliados no País 134.370 Reservas de Capital 5.410 Reserva Legal 22.715 Reservas de Lucros a Realizar 115.924 Reserva Especial para Aumento de Capital 112.891 Reserva Especial para Dividendos 21.129 TOTAL GERAL DO PASSIVO 420.111

– – – – 7.438 864 92 – – – – – –

46.245 7.633 139.111 2.730 9.551 10.934 120.783 482.089 11.624 226.025 40.440 – –

65.739 5.241 111.561 8.428 10.269 48.824 77.334 301.607 311 140.267 21.076 6.068 6.068

– – – – – – – 388.032 124.363 124.363 5.183 21.217 114.112

107.569 107.569 15.567 80.864 80.864 133 176.544 412.439 134.370 134.370 5.410 22.715 115.924

110.341 110.341 12.093 11.451 11.451 107 165.242 388.032 124.363 124.363 5.183 21.217 114.112

104.114

112.891

104.114

19.043 21.129 19.043 396.437 2.314.980 2.001.393

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - (Em Milhares de Reais)

HISTÓRICO Saldos em 31/12/03 Aumento de Capital: Com Reservas Dividendos não reclamados Realização de Lucros Lucro do Exercício Distribuição: Reserva Legal Reserva de Lucros a Realizar Reservas Estatutárias Dividendos/Juros s/capital próprio Saldos em 31/12/04 Aumento de Capital: Com Reservas Dividendos não reclamados Realização de Lucros Lucro do Exercício Distribuição: Reserva Legal Reserva de Lucros a Realizar Reservas Estatutárias Dividendos/Juros s/capital próprio Saldos em 31/12/05

Reserva de Lucros Reserva Reserva Especial p/ de Lucros Aumento a Realizar de Capital 117.924 102.144

Capital Subscrito e Realizado 109.360

Reserva de Capital 4.993

Reserva Legal 20.065

15.003 – – –

– 190 – –

– – – –

– – (9.285) –

– – – – 124.363

– – – – 5.183

1.152 – – – 21.217

10.007 – – –

– 227 – –

– – – – 134.370

– – – – 5.410

Reserva Especial p/ Dividendos 17.157

Lucros Acumulados –

Total 371.643

(15.003) – – –

– – – –

– – 9.285 23.045

– 190 – 23.045

– 5.473 – – 114.112

– – 16.973 – 104.114

– – 1.886 – 19.043

(1.152) (5.473) (18.859) (6.846) 0

– – – (6.846) 388.032

– – – –

– – (5.301) –

(10.007) – – –

– – – –

– – 5.301 29.953

– 227 – 29.953

1.498 – – – 22.715

– 7.113 – – 115.924

– – 18.784 – 112.891

– – 2.086 – 21.129

(1.498) (7.113) (20.870) (5.773) –

– – – (5.773) 412.439

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS) DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Milhares de Reais - Exceto Quando Indicado) Nota 1 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis do Consórcio Alfa de Administração S.A. estão sendo apresentadas com as demonstrações consolidadas das empresas coligadas, diretas e indiretas (nota 3) e foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e Instruções da CVM - Comissão de Valores Mobiliários. As demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005 e 2004 estão sendo apresentadas na forma da Legislação Societária Brasileira. Nota 2 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do Resultado As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência. b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo São demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes rendas a apropriar e provisões para perdas e, especificamente, nas empresas da área financeira, em relação à carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, a forma de registro e avaliação contábil estabelecidas pelas Circulares Bacen nºs 3.068 e 3.082 (consolidado). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa é constituída levando-se em consideração a análise das operações de crédito, a atual conjuntura econômica e a experiência de anos anteriores, sendo considerada suficiente para cobertura de riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de riscos e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2682, pelas nossas coligadas (consolidado). c) Ativo Permanente Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: - Participações em Coligadas, diretas e indiretas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (nota 10). Para os investimentos em coligadas no exterior foi observado o disposto na Deliberação CVM n º 28/86, tendo sido utilizado o critério de taxas cambiais correntes para efeito de conversão das demonstrações contábeis para reais. - Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Edificações, 4%; Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados, 20% e demais itens, 10%. - Amortização de despesas de informática calculada pelo método linear pelo prazo de 05 anos. As benfeitorias em imóveis de terceiros, instalações e adaptações de dependências são amortizadas pelo prazo de locação. d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar.

Divulgação sobre Serviços da Empresa de Auditoria Independente

classe “F”, que somados aos juros de capital próprio pagos no 1º

Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que

semestre de 2005 totalizam R$ 59,43 para as ações ordinárias; R$ 91,23

a empresa contratada para auditoria das demonstrações contábeis do

para as ações preferenciais da classe “A”; R$ 218,94 para as ações

Consórcio Alfa de Administração S.A., ou empresas a ela ligadas, não

preferenciais da classe “B”; R$ 127,72 para as ações preferenciais da classe “C”; R$ 91,23 para as ações preferenciais da classe “D”; R$ 109,47 para as ações preferenciais da classe “E” e R$ 65,37 para as ações preferenciais da classe “F”, já líquidos do imposto de renda. Em 25/04/2005 foi realizada Assembléia Geral Ordinária/Extraordinária,

e) Impostos e Contribuições As provisões para impostos e contribuições são calculadas conforme abaixo: - Imposto de Renda à alíquota de 15%, mais adicional, sobre o lucro líquido ajustado pela legislação específica; - Contribuição Social à alíquota de 9% sobre o lucro líquido ajustado pela legislação específica; - PIS à alíquota de 1,65% (0,65% para as empresas do ramo financeiro e seguros) sobre a receita bruta operacional, ajustada pela legislação pertinente; - Cofins à alíquota de 3% para janeiro de 2004 e 7,6% a partir de 01 de Fevereiro de 2004 (4% para as empresas do ramo financeiro e seguros) sobre a receita bruta operacional, ajustada pela legislação pertinente. Sobre as diferenças intertemporais representadas basicamente pela parcela indedutível de provisão para créditos de liquidação duvidosa e sobre o montante de prejuízos fiscais, são constituídos créditos tributários de Contribuição Social e Imposto de Renda apenas por nossas coligadas (consolidado), respectivamente às alíquotas de 9% e 25%, não sendo constituído pelo Consórcio Alfa de Administração S.A. tais créditos tributários. Nota 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS Os saldos contábeis utilizados para a consolidação das empresas coligadas, diretas e indiretas, foram apurados pela proporção de participação em cada uma das empresas, conforme determina a Instrução CVM nº 247/96 e foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre empresas. Os valores do Patrimônio Líquido e do Lucro Líquido referentes às participações dos acionistas minoritários das empresas coligadas estão destacados no Balanço Patrimonial Consolidado e na Demonstração Consolidada do Resultado. Essas demonstrações financeiras abrangem o Consórcio Alfa de Administração S.A. e suas coligadas, diretas e indiretas, abaixo relacionadas: Área Financeira Participação (%): Banco Alfa de Investimento S.A. (a) (b) 17,872 Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financ. e Investimentos (a) (b) 16,423 Área de Serviços Participação (%): Metro - Dados Ltda. (b ) 39,668 Metro Tecnologia Informática Ltda. (b) 47,811 Alfa Factoring e Serviços Ltda. (b) 50,000 Outras Participações Participação (%): Conspar Part. e Representações Ltda. (b ) 38,970 Corumbal Part. e Adm. Ltda. (c) 40,720 (a) Cias. de capital aberto (b) Coligadas diretas e indiretas (c) Empresa coligada direta

prestam outros serviços que não o de auditoria externa. Queremos, na oportunidade, agradecer aos nossos acionistas e fornecedores o apoio e confiança com que nos distinguiram, bem como a nossos funcionários, pela dedicação e trabalho.

onde se procedeu ao aumento de capital social de R$ 124.363 mil para R$ 134.370 mil, mediante aproveitamento de parte das reservas de São Paulo, 31 de janeiro de 2006

lucros.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DO EXERCÍCIO FINDO EM: (Em Milhares de Reais)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM: (Em Milhares de Reais)

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM: (Em Milhares de Reais) ATIVO

preferenciais da classe “E” e R$ 32,37 para as ações preferenciais da

INDIVIDUAL CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 31/12/05 31/12/04 Receitas Operacionais 39.621 30.384 70.015 58.329 Resultado de Equivalência Patrimonial 38.461 28.971 29.305 18.022 Receitas de Prestação de Serviços 508 419 10.802 13.586 Receitas de Aplicações Financeiras 652 994 29.908 26.721 Receitas da Intermediação Financeira – – 239.929 192.491 Operações de Crédito – – 121.676 99.929 Operações de Arrendamento Mercantil – – 2.332 5.302 Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários – – 112.875 79.904 Resultado de Operações de Câmbio – – 3.046 7.356 Receitas de Seguros – – 15.505 9.416 Resultado de Operações de Seguros e Previdência – – 15.505 9.416 Despesas Operacionais (6.377) (5.935) (94.362) (81.181) Despesas Financeiras (1) (2) (16.650) (7.906) Despesas de Pessoal (345) (498) (25.163) (27.311) Outras Despesas Administrativas (4.818) (4.601) (34.378) (31.671) Despesas Tributárias (751) (751) (8.506) (8.328) Outras Despesas Operacionais (636) (515) (22.560) (20.392) Outras Receitas Operacionais 174 432 12.895 14.427 Despesas da Intermediação Financeira – – (169.612) (133.018) Operações de Captação no Mercado – – (149.330) (104.632) Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses – – (15.485) (25.221) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – – (4.797) (3.165) Resultado Operacional 33.244 24.449 61.475 46.037 Resultado não Operacional 37 1.158 1.656 1.467 Result. antes da Trib. s/ Lucros e Participações 33.281 25.607 63.131 47.504 Imposto de Renda e Contribuição Social – (1) (14.627) (10.794) Participações Estatutárias no Lucro (3.328) (2.561) (3.607) (3.762) Participações Minoritárias – – (14.944) (9.903) Lucro Líquido do Exercício 29.953 23.045 29.953 23.045 Lucro Líquido por Ação 0,41 0,31 – – Valor Patrimonial por Ação 5,60 5,27 – – Nota 4 - INVESTIMENTOS PERMANENTES - COLIGADAS Em Junho de 2005 foi efetuada a venda da totalidade das ações de emissão da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., pelo valor patrimonial de R$ 5.083, sendo apurado um ganho de capital no valor de R$ 37. Nota 5 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO - CONSOLIDADO As captações em depósito a prazo e as obrigações por repasses no País e obrigações por empréstimos no Exterior classificadas no Longo Prazo, são representadas por recursos captados no País e no Exterior, para repasses a clientes a saber: a) Depósitos a Prazo: com vencimentos até 14/12/2010, indexados à taxa do CDI; b) Operações FINAME: com vencimentos até 15/12/2010 à taxa pós-fixada de 4,0% a.a. mais TJLP e pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por contratos; c) Recursos captados junto ao BNDES - (POC e Finame): com vencimentos até 15/04/2014 à taxa pré-fixada até 5,75% a.a. e pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP, garantidas por notas promissórias e contratos; d) Depósitos interfinanceiros com vencimentos até 13/01/2009; Emissão de títulos no mercado internacional (incluem commercial papers), com vencimentos até 15/01/2009 à taxa pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por notas promissórias; Recursos e Aceites Cambiais com vencimento até 12/12/2010 indexado à taxa do CDI. Nota 6- PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social Está dividido em 40.394.932 ações ordinárias e 33.251.456 ações preferenciais, sem valor nominal, assim distribuídas: - 164.936 da classe “A”, 2.330.271 da classe “B”, 219.863 da classe “C”, 2.059.517 da classe “D”, 6.759.345 da classe “E” e 21.717.524 da classe “F”. Na AGO/AGE de 25/04/2005 foi deliberado o aumento de capital com utilização de reservas no valor de R$ 10.007, sem emissão de novas ações. b) Dividendos O Estatuto prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. Conforme determina a Lei nº 6.404, artigo 17, § 1º, inciso II, estão sendo pagos dividendos 10% maiores para as ações preferenciais da classe “F” do que os atribuídos às ações ordinárias, devido o estatuto não prever pagamento de dividendos fixos para as ações daquela classe. Os dividendos propostos e pagos nos exercícios de 2005 e 2004 estão demonstrados abaixo: Quadro I 2005 2004 - Lucro Líquido do Exercício 29.953 23.045 - (–) Resultado da Equivalência Patrimonial (38.461) (28.971) - = Lucro Financeiro Realizado (8.508) (5.926) - Lucro Líquido do Exercício 29.953 23.045 - (–) Reserva Legal (1.498) (1.152) - Base de cálculo para dividendos 28.455 21.893 - Dividendos Mínimos Obrigatórios (25%) 7.113 5.473 - (-) Lucro Financeiro Realizado – – - Dividendos Postergados em Reserva de Lucros a Realizar (letra “d”) 7.113 5.473 Quadro II Valores dos dividendos calculados sobre realizações de lucros, a serem adicionados aos dividendos mínimos obrigatórios: - Exercícios 2005 2004 - Realização de Lucros de Exercícios Anteriores – 3.702 - Percentual 25% – 926 - Realização de Lucros no Próprio Exercício 5.301 5.583 - Total de Dividendos Líquidos 5.301 6.509 - Imposto de Renda Devido de J.C.P. (1º sem. de 2005 e 2º Sem. de 2004) 472 337 - Total Bruto de J.C.P. / Dividendos 5.773 6.846 O dividendo complementar será pago pelo valor proposto, mantendo-se a política que vem sendo adotada. Relativamente ao exercício de 2005, foram pagos juros sobre capital próprio, com base no balanço intermediário de 30 de junho de 2005, no valor total de R$ 2.669, já líquidos de imposto de renda. Para o segundo semestre, está sendo proposto um dividendo no montante de R$ 2.632, conforme demonstrado abaixo: Valores Valores Pagos no Propostos 1º Semestre para o Valores J.C.P. 2º Semestre Totais do (Líquidos de I.R.) Dividendos Exercício Classes (p/Lote de (p/Lote de (p/Lote de de Ações Mil Ações) Mil Ações) Mil Ações) ON 30,00 29,43 59,43 PNA 45,61 45,62 91,23 PNB 109,47 109,47 218,94 PNC 63,86 63,86 127,72 PND 45,61 45,62 91,23 PNE 54,74 54,73 109,47 PNF 33,00 32,37 65,37

Origens de Recursos Lucro Líquido do Exercício Ajustes ao Lucro Líquido: Depreciações e Amortizações Result. da Avaliação de Invest. pela Equiv. Patrimonial Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Acionistas: Dividendos não Reclamados Participação de Minoritários nas Controladas Aumento nos Subgrupos do Exigível a Longo Prazo Recursos de Terceiros Originários de: Dividendos Recebidos e Propostos de Coligadas Alienação de Bens e Investimentos: Imobilizado de Uso Investimentos Aplicação no Diferido Aplicações de Recursos Dividendos Propostos Inversões em: Imobilizado de Uso Investimentos Aumento nos Subgrupos do Realizável a Longo Prazo Aumento (Redução) do Capital Circulante Líquido

INDIVIDUAL CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 31/12/05 31/12/04 3.539 12.051 212.005 60.177 29.953 23.045 29.953 23.045 (38.455) (28.963) (26.820) (15.904) 6 8 2.485 2.118 (38.461) (28.971) (29.305) (18.022) –

26

(159)

227

190

227

190

11.302

7.170

– 180.482

31.147

11.814

17.779

16.835

14.688

6.768

5.740

7.737

1.436

5.046 – 5.046 – 5.891 5.773 118 – 118

12.039 9.109 13.018 – 717 545 12.039 8.392 12.473 – (11) 234 6.846 114.152 105.294 6.846 5.773 6.846 – 9.936 19.293 – 3.116 6.722 – 6.820 12.571

98.443

79.155

(2.352)

5.205

97.853

(45.117)

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo Circulante Passivo Circulante AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRC. LÍQ.

(3.085) (733)

5.711 195.223 506 97.370

368.666 413.783

(2.352)

5.205

(45.117)

97.853

c) Reservas de Capital As Reservas de Capital estão assim representadas: 2005 2004 Reservas de Manutenção do Capital de Giro 397 397 Reserva de Incentivos Fiscais 576 576 Outras Reservas de Capital 4.437 4.210 Total 5.410 5.183 d) Reserva de Lucros a Realizar No exercício foi contabilizado na rubrica “Reserva de Lucros a Realizar” o montante de R$ 7.113 (R$ 5.473 em 2004), sendo composto de dividendos postergados (Quadro I), e realizado o valor de R$ 5.301(R$ 5.583 em 2004) referente aos dividendos recebidos de coligadas, conforme disposição contida no artigo 197, da Lei nº 6.404/76, com redação dada pela Lei nº 10.303, de 31/10/2001. Relativamente à realização do valor de R$ 3.702 em 2004 demonstrado no quadro II, o mesmo é composto de: 1) Realização na venda de parte das cotas da Alfa Arrendamento Mercantil Ltda. R$ 3.090 2) Realização na venda da totalidade das cotas da Metro Táxi Aéreo Ltda. R$ 612 Total da Realização de lucros de exercícios anteriores (1 + 2) R$ 3.702 A Reserva de Lucros a Realizar está assim representada: Antes da Lei Após a Lei Histórico Datas nº 10.303 nº 10.303 Soma Saldo Inicial 31/12/2004 110.582 3.530 114.112 Constituição 31/12/2005 – 7.113 7.113 Realizações Em 2005 – (5.301) ( 5.301) Saldo Final 31/12/2005 110.582 5.342 115.924 Nota 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS CONSOLIDADO Os instrumentos financeiros se destinam a atender necessidades próprias e dos seus clientes, bem como reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos é realizado por área independente através de políticas de controle, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante as diretrizes estabelecidas pela Administração. Esses instrumentos financeiros derivativos são registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas pré-fixadas e mercado interfinanceiro (DI). A posição em 31 de dezembro de 2005 desses instrumentos financeiros derivativos tem seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais. Para a apuração dos preços de mercado foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Nota 8 - TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS As operações entre as partes relacionadas (Nota 10) foram eliminadas nas demonstrações consolidadas e foram efetuadas pelas taxas e valores médios praticados com terceiros. Nota 9 - OUTRAS INFORMAÇÕES - CONSOLIDADO a) Outros Créditos: composto principalmente por Devedores para Compra de Bens, Créditos Tributários, Opções por Incentivos Fiscais, Depósitos Judiciais, Tributos Antecipados e Devedores Diversos . b) Outros Investimentos: composto principalmente por ações de companhias de capital aberto e fechado, por títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). c) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por Provisões para Despesas Administrativas e de Pessoal e Passivos Contingentes, que são provisionados considerando a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. d) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por recuperações de encargos e despesas, reversão de provisões operacionais, atualização de tributos a compensar e dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e declarados de investimentos avaliados ao custo, receitas de garantias prestadas, receitas obtidas com operações de ações e variações monetárias ativas. e) Outras Despesas Operacionais: basicamente composta por atualizações de tributos a pagar, complemento da provisão para contingências, custas judiciais sobre cobrança de vencidos e processos operacionais. f) Resultado não Operacional: refere-se principalmente a lucros obtidos na venda de investimentos. g) A empresa e suas coligadas tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para cobertura de eventuais perdas. h) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371, informamos que a empresa e suas coligadas não mantêm planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados.

Nota 10 - INVESTIMENTOS RELEVANTES Os investimentos relevantes em sociedades coligadas diretas e indiretas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, estão assim representados:

Empresas Coligadas Diretas e Indiretas Alfa Arrendamento Mercantil S.A. (1) Banco Alfa S.A. Banco Alfa de Investimento S.A. (*) Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financ. e Invest. (*) Alfa Factoring e Serviços Ltda.(2) Conspar Participações e Representações Ltda. Corumbal Participações e Administração Ltda. Metro - Dados Ltda. Metro Tecnologia Informática Ltda. Outros Investimentos (–) Deságio na aquisição de investimentos Totais

Qde. de ações ou Cotas possuídas 2.381.730 492.755 3.995.581 16.124.900 126 17.359.400 10.873 50.000 70.915 35.510.288 22.633 95.622

Tipo e Espécie ON PN ON ON PN ON PN Cotas Cotas Cotas Cotas Cotas

Patrimônio Líquido da Investida em 31/12/05

Resultado da Investida em31/12/05

Ajustes Decorrentes da Equivalência Patrimonial

90.000 23.443

197.128 39.216

10.269 3.582

2.069 983

275.000

691.709

59.099

14.036

150.589

142.000 100 182 87.206 57 200

358.512 1.170 87.704 195.338 90.990 99.339

40.106 132 9.683 16.814 553 4.116

8.467 66 3.784 6.869 219 1.968

38.461

(*) Negociadas em Bolsas de Valores

Operações entre o Consórcio Alfa e as Coligadas Ativo/ Receitas/ (Passivo) (Despesas)

Capital Social da Investida

(1) Empresa auditada por outros auditores independentes em 2004.

Valor do Investimento Ajustado em 2005

2004

% de Part.

27.661 6.845

26.083 6.032

14,03 17,45

23.012

123.622

113.320

17,87

(154.265)

(24.589)

139 284

154 914

58.878 585 34.178 79.541 36.094 47.495 73 (2.088) 412.884

52.666 519 30.394 72.673 35.874 45.527 5.119 (2.088) 386.119

16,42 50,00 38,97 40,72 39,67 47,81

(2) Empresa não auditada.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

ALOYSIO DE ANDRADE FARIA - Presidente

ALOYSIO DE ANDRADE FARIA - Diretor-Presidente

PAULO GUILHERME MONTEIRO LOBATO RIBEIRO

RUBENS GARCIA NUNES - Diretor Vice-Presidente

JOSÉ ALOYSIO BORGES

FLÁVIO MÁRCIO PASSOS BARRETO - Diretor

CONTADOR

Francisco Mafra Pereira Filho TC - CRC 1SP 104.487/O-9

PARECER DO CONSELHO FISCAL

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Senhores Acionistas, Os membros do Conselho Fiscal do Consórcio Alfa de Administração S.A. tomaram conhecimento do Relatório da Diretoria, das Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e parecer do Conselho de Administração, e, de sua parte, também aprovaram referidas peças, e são favoráveis a sua aprovação pela Assembléia Geral.

(b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros 4. As demonstrações contábeis do Consórcio Alfa de Administração S.A. e Ao Conselho de Administração e aos Acionistas do as demonstrações contábeis consolidadas do Consórcio Alfa de Consórcio Alfa de Administração S.A. que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e Administração S.A. e suas coligadas, referentes ao exercício findo em São Paulo - SP (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram 1. Examinamos o balanço patrimonial do Consórcio Alfa de representativas adotadas pela administração da Companhia e suas examinadas por nós e com base em nossos exames e no parecer de Administração S.A. e o balanço patrimonial consolidado do Consórcio coligadas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis outros auditores independentes, referente à empresa coligada descrita na Alfa de Administração S.A. e suas coligadas, levantados em 31 de tomadas em conjunto. Nota Explicativa nº 10, emitimos nosso parecer sem ressalvas, datado de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas 02 de fevereiro de 2005. mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a posição patrimonial e financeira do Consórcio Alfa de Administração responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada do Consórcio Alfa 31 de janeiro de 2006 expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. de Administração S.A. e suas coligadas em 31 de dezembro de 2005, os 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas Auditores Independentes Zenko Nakassato CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP160769/O-0 no Brasil. sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas coligadas;

São Paulo, 31 de janeiro de 2006 Aureliano José Pires e Albuquerque Luiz Alves Paes de Barros Paulo César de Lima


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

ALFAHOLDINGS S.A. SOCIEDADE ANÔNIMADE CAPITALABERTO CNPJ 17.167.396/0001-69 ALAMEDASANTOS Nº 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Temos o prazer de submeter à apreciação de V. Sas. as demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Alfa Holdings S. A., que incluem coligadas diretas e indiretas, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal. Os documentos apresentados contêm os dados necessários à análise da performance da empresa no exercício. Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que venham a ser julgados necessários. Tratando-se de empresa holding, nosso desempenho reflete, basicamente, o comportamento de nossas coligadas. Estas, atuando em diversos segmentos da economia nacional, tais como: financeiro, processamento de dados, informática, serviços e outros, apresentaram resultados que nos permitiram uma avaliação positiva de investimentos no valor de R$ 35.189 mil.

A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 28.188 mil, que corresponde a 7,64% do Patrimônio Líquido de R$ 369.113 mil. No exercício, nosso Patrimônio Líquido apresentou uma evolução de 6,53 %. Os resultados obtidos levam-nos a propor um dividendo correspondente ao segundo semestre de 2005, nos seguintes valores, por lote de mil ações: R$ 13,60 para as ações ordinárias, R$ 116,19 para as ações preferenciais da classe “A” e R$ 14,96 para as ações preferenciais da classe “B”, que somados aos juros de capital próprio pagos no 1º semestre de 2004 totalizam R$ 38,60 para as ações ordinárias, R$ 174,62 para as ações preferenciais da classe “A” e R$ 42,46 para as ações preferenciais

São Paulo, 31 de janeiro de 2006

da classe “B”, já líquidos do imposto de renda.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO FINDO EM: (Em Milhares de Reais)

BALANÇOS PATRIMONIAIS ENCERRADO EM: (Em Milhares de Reais) PASSIVO

ATIVO INDIVIDUAL 31/12/05 31/12/04 11.101 5.106 10 8 1.279 7.193 – – – – – – – – – – – – – – – –

Circulante Disponibilidades Aplicações Financeiras Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Relações Interfinanceiras Clientes Créditos de Operações com Seguros Operações de Arrendamento Mercantil Operações de Crédito Operações de Crédito (–) Prov.p/Créd. de Liquid. Duvidosa) Outros Créditos Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Despesa Comerc. de Seguros Diferidos REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Relações Interfinanceiras Investimentos Temporários Operações de Crédito Operações de Crédito (–) Prov.p/Créd. de Liquid. Duvidosa) Outros Créditos PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

– 3.817 – – – 702 – – – – – – – 702 370.592 370.580 12 –

TOTAL GERAL DO ATIVO

376.400

CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 1.314.865 1.147.379 1.185 2.527 63.696 66.244 106.847 98.343 471.505 379.813 26.569 12.064 308 393 18.950 16.862 27.904 18.583 491.480 446.962 497.782 452.020

– 3.900 – – – 699 – – – – – – – 699 342.708 342.691 17 –

354.508

(6.302) 98.170 782 2.534 4.935 536.479 12.677 233.378 6.720 271 236.993 241.507 (4.514) 46.440 161.375 154.533 6.336 506

(5.058) 97.684 1.330 1.372 5.202 441.654 1.848 176.084 280 214.133 216.594 (2.461) 49.309 154.398 147.467 6.420 511

2.012.719 1.743.431

INDIVIDUAL 31/12/05 31/12/04 Circulante 7.287 8.027 Fornecedores – 11 Depósitos – – Captações no Mercado Aberto – – Recursos de Aceites Cambiais – – Relações Interfinanceiras – – Relações Interdependências – – Obrigações por Empréstimos: – – No Exterior – – Obrigações por Repasses País - Inst. Oficiais – – Outras Provisões – – Débitos de Operações com Seguros – – Provisões Técnicas de Seguros – – Obrigações Sociais e Estatutárias 6.740 7.112 Obrigações Fiscais e Previdenciárias 517 876 Obrigações Diversas 30 28 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO – – Depósitos Interfinanceiros – – Depósitos a Prazo: – – Recursos de Aceites Cambiais – – Obrigações por Empréstimos: – – No Exterior – – Obrigações por Repasses - Instituições Oficiais: – – No País – – Obrigações por Repasses do Exterior – – Outras Obrigações: – – Diversas – – Resultado de Exercícios Futuros – – Participações Minoritárias – – PATRIMÔNIO LÍQUIDO 369.113 346.481 Capital: 123.227 113.933 De Domiciliados no País 123.227 113.933 Reservas de Capital 4.551 4.328 Reserva Legal 20.193 18.784 Reservas de Lucros a Realizar 97.085 95.701 Reserva Especial para Aumento de Capital 104.847 96.487 Reserva Especial para Dividendos 19.210 17.248 TOTAL GERAL DO PASSIVO 376.400 354.508

CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 1.128.542 1.062.945 – 16 398.014 352.738 383.896 354.155 10.862 16.390 75.865 44.322 723 2.951 30.645 43.709 30.645 43.709 46.341 65.877 2.262 6.068 6.999 4.980 41.858 42.077 9.247 12.261 10.306 50.391 111.524 67.010 480.321 301.724 11.639 300 226.519 140.573 40.515 21.121 – 6.081 – 6.081 107.791 110.573 107.791 110.573 15.587 12.120 78.270 10.956 78.270 10.956 133 108 34.610 32.173 369.113 346.481 123.227 113.933 123.227 113.933 4.551 4.328 20.193 18.784 97.085 95.701 104.847 96.487 19.210 17.248 2.012.719 1.743.431

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Em Milhares de Reais)

Capital Subscrito e Realizado 99.560 – 14.373 – – – – – – – – 113.933 – 9.294 – – – – – – – – 123.227

HISTÓRICO Saldos em 31/12/03 Aumento de Capital: Com Reservas Realização de Lucros Dividendos não reclamados Lucro do Exercício Distribuição: Reserva Legal Reserva de Lucros a Realizar Reservas Estatutárias Dividendos/Juros s/capital próprio Saldos em 31/12/04 Aumento de Capital: Com Reservas Realização de Lucros Dividendos não reclamados Lucro do Exercício Distribuição: Reserva Legal Reserva de Lucros a Realizar Reservas Estatutárias Dividendos/Juros s/Capital Próprio Saldos em 31/12/05

Reserva de Capital 4.132 – – – 196 – – – – – – 4.328 – – – 223 – – – – – – 4.551

Reserva Legal 17.719 – – – – – – 1.065 – – – 18.784 – – – – – – 1.409 – – – 20.193

Em 25/04/2005 foi realizada a Assembléia Geral Ordinária/Extraordinária, onde se procedeu ao aumento de capital social de R$ 113.933 mil para R$ 123.227 mil, mediante aproveitamento de parte das reservas de lucros. Divulgação sobre Serviços da Empresa de Auditoria Independente Em atendimento à instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações contábeis da Alfa Holdings S.A., ou empresas a ela ligadas, não prestam outros serviços que não o de auditoria externa. Queremos, na oportunidade, agradecer aos nossos acionistas e fornecedores o apoio e confiança com que nos distinguiram, bem como a nossos funcionários, pela dedicação e trabalho.

RESERVA DE LUCROS Reserva Reserva de Especial p/ Lucros a Aumento Realizar Capital 99.907 95.090 – – – (14.373) (9.263) – – – – – – – – – 5.057 – – 15.770 – – 95.701 96.487 – – – (9.294) (5.310) – – – – – – – – – 6.694 – – 17.654 – – 97.085 104.847

Reserva Especial p/ Dividendos 15.496 – – – – – – – – 1.752 – 17.248 – – – – – – – – 1.962 – 19.210

Lucros Acumulados – – 9.263 – 21.293 – (1.065) (5.057) (17.522) (6.912) – – – 5.310 – 28.188 – (1.409) (6.694) (19.616) (5.779) –

TOTAL 331.904 – – – 196 21.293 – – – – (6.912) 346.481 – – – 223 28.188 – – – – (5.779) 369.113

INDIVIDUAL 31/12/05 31/12/04 Receitas Operacionais 35.974 27.927 Resultado de Equivalência Patrimonial 35.189 26.662 Receitas de Prestação de Serviços 138 94 Receitas de Aplicações Financeiras 647 1.171 Receitas da Intermediação Financeira – – Operações de Crédito – – Operações de Arrendamento Mercantil – – Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários – – Resultado de Operações de Câmbio – – Receitas de Seguros – – Resultado de Operações de Seguros e Previdência – – Despesas Operacionais (5.935) (5.654) Despesas Financeiras (1) (1) Despesas de Pessoal (90) (114) Outras Despesas Administrativas (4.776) (4.561) Despesas Tributárias (700) (706) Outras Despesas Operacionais (560) (454) Outras Receitas Operacionais 192 182 Despesas da Intermediação Financeira – – Operações de Captação no Mercado – – Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses – – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – – Resultado Operacional 30.039 22.273 Resultado não Operacional 1.281 1.386 Result. antes da Trib. s/Lucros e Participações 31.320 23.659 Imposto de Renda e Contribuição Social – – Participações Estatutárias no Lucro (3.132) (2.366) Participações Minoritárias – – Lucro Líquido do Exercício 28.188 21.293 Lucro Líquido por Ação 0,33 0,25 Valor Patrimonial por Ação 4,36 4,09

CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 34.154 32.558 10.666 6.718 10.546 11.887 12.942 13.953 239.361 192.063 121.394 99.624 2.337 5.313 112.577 3.053 12.701 12.701 (69.511) (4.021) (22.088)

79.754 7.372 8.953 8.953 (66.830) (6.679) (24.777)

(33.417) (7.445)

(30.575) (7.820)

(14.990) (9.828) 12.450 12.849 (169.678) (133.836) (149.381) (105.414) (15.516) (25.270) (4.781) (3.152) 47.027 32.908 2.878 2.769 49.905 35.677 (12.250) (8.243) (4.681) (3.567) (4.786) (2.574) 28.188 21.293 – – – –

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DO EXERCÍCIO FINDO EM: (Em MIlhares de Reais) INDIVIDUAL CONSOLIDADO 31/12/05 31/12/04 31/12/05 31/12/04 Origens de Recursos 645 13.305 206.823 62.521 Lucro Líquido do Exercício 28.188 21.293 28.188 21.293 Ajustes ao Lucro Líquido: (35.184) (26.657) (8.228) (4.646) Depreciações e Amortizações 5 5 2.438 2.072 Result. da Avaliação de Invest. pela Equiv. Patrimonial (35.189) (26.662) (10.666) (6.718) Variação nos Resultados de Exercícios Futuros – – 25 (158) Recursos de Acionistas: Dividendos não reclamados 223 196 223 196 Participação de Minoritários nas Controladas – – 2.437 (290) Aumento nos Subgrupos do Exigível a Longo Prazo – – 178.597 31.083 Recursos de Terceiros Originários de: 7.418 18.473 5.581 15.043 Dividendos Recebidos e Propostos de Coligadas 6.779 5.750 945 1.090 Alienação de Bens e Investimentos: 639 12.723 4.631 13.728 Imobilizado de Uso – – 692 542 Investimentos 639 12.723 3.939 13.186 Diferido – – 5 225 Aplicações de Recursos 5.900 6.913 104.934 96.068 Dividendos/Juros de Capital Próprio 5.779 6.912 5.779 6.912 Inversões em: – – 4.330 11.653 Imobilizado de Uso – 1 3.046 6.593 Investimentos 118 – 1.284 5.060 Aumento Subgrupos do Realizável a Longo Prazo 3 – 94.825 77.503 (Redução) do Capital Circulante Líquido (5.255) 6.392 101.889 (33.547) VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo Circulante (5.995) 6.846 167.486 263.430 Passivo Circulante (740) 454 65.597 296.977 (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (5.255) 6.392 101.889 (33.547)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS ) DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Milhares de Reais - exceto quando indicado ) Nota 1 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Nota 4 - INVESTIMENTOS PERMANENTES - COLIGADAS As demonstrações contábeis da Alfa Holdings S.A estão sendo apresentadas com as demonstrações Em Junho de 2005 foi efetuada a venda da totalidade das ações de emissão da Alfa Corretora de consolidadas das empresas coligadas diretas e indiretas (nota 3) e foram elaboradas em conformidade Câmbio e Valores Mobiliários S.A., pelo valor patrimonial de R$ 1.919, sendo apurado um ganho de com a Lei das Sociedades por Ações e Instruções da CVM - Comissão de Valores Mobiliários . capital no valor de R$ 1.281 As demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005 e 2004 estão sendo apresentadas na Nota 5 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO - CONSOLIDADO forma da Legislação Societária Brasileira. As captações em depósito a prazo e as obrigações por repasses no País e obrigações por Nota 2 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS empréstimos no Exterior classificadas no Longo Prazo, são representadas por recursos captados no a) Apuração do Resultado País e no Exterior, para repasses a clientes a saber: a) Depósitos a Prazo: com vencimentos até As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência. 14/12/2010, indexados à taxa do CDI; b) Operações FINAME: com vencimentos até 15/12/2010 à b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo taxa pós-fixada de 4,0% a.a. mais TJLP e pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por contratos; c) São demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as Recursos captados junto ao BNDES - (POC e Finame): com vencimentos até 15/04/2014 à taxa variações monetárias e cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes rendas a apropriar e pré-fixada até 5,75% a.a. e pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP , garantidas por notas promissórias e provisões para perdas e, especificamente, nas empresas da área financeira, em relação à carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, a forma de registro e avaliação contratos; d) Depósitos interfinanceiros com vencimentos até 13/01/2009; Emissão de títulos no contábil estabelecidas pelas Circulares BACEN nºs 3.068 e 3.082 (consolidado). A Provisão para mercado internacional (incluem commercial papers), com vencimentos até 15/01/2009 à taxa préCréditos de Liquidação Duvidosa é constituída levando-se em consideração a análise das operações fixada de 10,0% a.a., garantidas por notas promissórias; Recursos e Aceites Cambiais com de crédito, a atual conjuntura econômica e a experiência de anos anteriores, sendo considerada vencimento até 12/12/2010 indexado à taxa do CDI. suficiente para cobertura de riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo Nota 6 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO com os níveis de riscos e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução BACEN a) Capital Social nº 2682 pelas nossas coligadas (consolidado). Está dividido em 46.011.632 ações ordinárias e 38.670.637 ações preferenciais, sem valor nominal, c) Ativo Permanente assim distribuídas: - 14.313.881 ações preferencias da classe “A” e 24.356.756 ações preferenciais Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os da classe “B”. seguintes aspectos: Na AGO/AGE de 25/04/2005 foi deliberado o aumento de capital com utilização de reservas no valor - Participações em Coligadas em conjunto, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (nota de R$ 9.294, sem emissão de novas ações. 10). Para os investimentos em coligadas no exterior foi observado o disposto na Deliberação CVM b) Dividendos nº 28/86, tendo sido utilizado o critério de taxas cambiais correntes para efeito de conversão das demonstrações contábeis para reais. O Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido, ajustado conforme o disposto no art. - Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: 202 da Lei das Sociedades por Ações. Conforme determina a Lei nº 6.404 , artigo 17, § 1º, inciso II, Edificações, 4%; Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados, 20% e demais itens, 10%. estão sendo pagos dividendos 10% maiores para as ações preferenciais da classe “B” do que aos - Amortização de despesas de informática calculada pelo método linear pelo prazo de 05 anos. atribuídos às ações ordinárias, devido o estatuto não prever pagamento de dividendos fixos para as As benfeitorias em imóveis de terceiros, instalações e adaptações de dependências são amortizadas ações daquela classe. pelo prazo de locação. Os dividendos propostos e pagos nos exercícios de 2005 e 2004 estão demonstrados abaixo: d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo Quadro I São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as - Exercícios 2005 2004 variações monetárias ou cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. - Lucro Líquido do Exercício 28.188 21.293 e) Impostos e Contribuições - (–) Resultado da Equivalência Patrimonial (35.189) (26.662) As provisões para impostos e contribuições são calculadas conforme abaixo: - = Lucro Financeiro Realizado (7.001) (5.369) - Imposto de Renda à alíquota de 15%, mais adicional, sobre o lucro líquido ajustado pela legislação - Lucro Líquido do Exercício 28.188 21.293 específica; - Contribuição Social à alíquota de 9% sobre o lucro líquido ajustado pela legislação específica; - (–) Reserva Legal (1.409) (1.065) - PIS à alíquota de 1,65% (0,65% para as empresas do ramo financeiro e seguros) sobre a receita - Base de cálculo para dividendos 26.779 20.228 bruta operacional, ajustada pela legislação pertinente; - Dividendos Mínimos Obrigatórios (25%) 6.694 5.057 - COFINS à alíquota de 3% para janeiro de 2004 e 7,6% a partir de 01 de Fevereiro de 2004 (4% para - (–) Lucro Financeiro Realizado – – as empresas do ramo financeiro e seguros) sobre a receita bruta operacional, ajustada pela - Dividendos postergados em Reserva de Lucros legislação pertinente. a Realizar (letra “D”) 6.694 5.057 Sobre as diferenças intertemporais representadas basicamente pela parcela indedutível de provisão Quadro II para créditos de liquidação duvidosa e sobre o montante de prejuízos fiscais, são constituídos Valores dos dividendos calculados sobre realizações de lucros, a serem adicionados aos dividendos créditos tributários de Contribuição Social e Imposto de Renda apenas por nossas coligadas mínimos obrigatórios: (consolidado), respectivamente às alíquotas de 9% e 25%, não sendo constituído pela Alfa Holdings Exercícios 2005 2004 S.A. tais créditos tributários. -Realização de Lucros de Exercícios Anteriores – 3.670 Nota 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS - Percentual 25% – 917 Os saldos contábeis utilizados para a consolidação das empresas coligadas diretas e indiretas foram apurados pela proporção de participação em cada uma das empresas, conforme determina a - Realização de Lucros do próprio exercício 5.310 5.593 Instrução CVM 247/96 e foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de - Total dos dividendos líquidos 5.310 6.510 contas, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre empresas. - Imposto de Renda devido de J.C.P. (1º sem. de 2005 e 2º sem. de 2004) 469 402 Os valores do Patrimônio Líquido e do Lucro Líquido referentes às participações dos acionistas Total Bruto de J.C.P/Dividendos 5.779 6.912 minoritários das empresas coligadas estão destacados no Balanço Patrimonial Consolidado e na O dividendo complementar será pago pelo valor proposto, mantendo-se a política que vem sendo Demonstração Consolidada do Resultado. adotada. Essas demonstrações contábeis abrangem a Alfa Holdings S.A. e suas coligadas diretas e indiretas, Relativamente ao exercício de 2005, foram pagos juros sobre o capital próprio com base no balanço abaixo relacionadas: intermediário de 30 de junho de 2005, no valor total de R$ 2.656, já líquido do imposto de renda. Para Área Financeira Participação (%) o segundo semestre, está sendo proposto um dividendo no montante de R$ 2.654, conforme Banco Alfa de Investimento S.A. (a) (b) 17,911 demonstrado abaixo: Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financ. Valores Pagos Valores e Investimentos (a) (b) 16,444 no 1º Sem. Propostos Valores Participação (%) Área de Serviços J.C.P. para o 2º Sem. Totais do Metro - Dados Ltda. (b) 39,679 (Líquid. de I.R.) Dividendos Exercício Metro Tecnologia Informática Ltda. (b) 45,623 Classes (p/Lote de (p/Lote de (p/Lote de Alfa Factoring e Serviços Ltda. (b) 50,000 de Ações Mil Ações) Mil Ações) Mil Ações) Participação (%) Outras Participações ON 25,00 13,60 38,60 Conspar Part. e Representações Ltda. (b) 50,000 PNA 58,43 116,19 174,62 (a) Cias. de capital aberto. (b) Empresas coligadas diretas e indiretas. PNB 27,50 14,96 42,46 Nota 10 - INVESTIMENTOS RELEVANTES Os investimentos relevantes em sociedades coligadas diretas e indiretas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, estão assim representados:

Empresas Coligadas Diretas e Indiretas Alfa Arrendamento Mercantil S.A. (1) Banco Alfa S.A Banco Alfa de Investimento S.A. (*) Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financ. e Invest. (*) Alfa Factoring e Serviços Ltda.(2) Conspar Participações e Representações Ltda. Corumbal Participações e Administração Ltda. Metro - Dados Ltda. Metro Tecnologia Informática Ltda. Outros Investimentos (–) Deságio na aquisição de investimentos Totais

Qde. de Ações ou Cotas Possuídas 2.381.233 492.637 3.995.581 16.159.400 672 17.380.600 11.277 50.000 90.986 13.309.681 22.639 91.246

(*) Negociadas em Bolsas de Valores

Tipo e Espécie ON PN ON ON PN ON PN Cotas Cotas Cotas Cotas Cotas

Capital Social da Investida

Patrimônio Líquido da da Investida em 31/12/05

Resultado da Investida em 31/12/05

Ajustes Decorrentes da Equivalência Patrimonial

90.000 23.443

197.128 39.216

10.269 3.582

2.070 984

c)Reservas de Capital As Reservas de Capital estão assim representadas: 2005 2004 Reservas de Manutenção do Capital de Giro 377 377 Reserva de Incentivos Fiscais 667 667 Outras Reservas de Capital 3.507 3.284 Total 4.551 4.328 d) Reserva de Lucros a Realizar No exercício foi contabilizado na rubrica “Reserva de Lucros a Realizar” o montante de R$ 6.694 (R$ 5.057 em 2004), sendo composto de dividendos postergados (Quadro I), e realizado o valor de R$ 5.310 (R$ 5.593 em 2004) referente aos dividendos recebidos de coligadas, conforme disposição contida no artigo 197, da Lei nº 6.404/76, com redação dada pela Lei nº 10.303, de 31/10/2001. Relativamente à realização do valor de R$ 3.670 em 2004 demonstrado no quadro II, o mesmo é composto de: 1) Realização na venda de parte das cotas da Alfa Arrendamento Mercantil Ltda. R$ 2.901 2) Realização na venda da totalidade das cotas da Metro Táxi Aéreo Ltda. R$ 769 Total da Realização de lucros de exercícios anteriores ( 1 + 2) R$ 3.670 A reserva de Lucros a Realizar está assim representada: Antes da Após a Históricos Datas Lei nº 10.303 Lei nº 10.303 Soma Saldo inicial 31/12/2004 93.159 2.542 95.701 Constituição 31/12/2005 – 6.694 6.694 Realizações em 2005 – (5.310) ( 5.310) Saldo Final 31/12/2005 93.159 3.926 97.085 Nota 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS - CONSOLIDADO Os instrumentos financeiros se destinam a atender necessidades próprias e dos seus clientes, bem como reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos é realizado por área independente através de políticas de controle, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante as diretrizes estabelecidas pela Administração. Esses instrumentos financeiros derivativos são registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas pré-fixadas e mercado interfinanceiro (DI). A posição em 31 de dezembro de 2005 desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais. Para a apuração dos preços de mercado foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Nota 8 - TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS As operações entre as partes relacionadas (nota 10) foram eliminadas nas demonstrações consolidadas e foram efetuadas pelas taxas e valores médios praticados com terceiros. Nota 9 - OUTRAS INFORMAÇÕES - CONSOLIDADO a) Outros Créditos : composto principalmente por Devedores para Compra de Bens, Créditos Tributários, Opções por Incentivos Fiscais, Depósitos Judiciais, Tributos Antecipados e Devedores Diversos . b) Outros Investimentos: composto principalmente por ações de companhias de capital aberto e fechado, por títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). c) Outras Obrigações - Diversas : composta basicamente por Provisões para Despesas Administrativas e de Pessoal e Passivos Contingentes, que são provisionados considerando a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. d) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por recuperações de encargos e despesas, reversão de provisões operacionais, atualização de tributos a compensar e dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e declarados de investimentos avaliados ao custo, receitas de garantias prestadas, receitas obtidas com operações de ações e variações monetárias ativas. e) Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por atualizações de tributos a pagar, complemento da provisão para contingências, custas judiciais sobre cobrança de vencidos e processos operacionais. f) Resultado não Operacional: refere-se principalmente a lucros obtidos na venda de investimentos. g) A empresa e suas coligadas têm como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para cobertura de eventuais perdas. h) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371, informamos que a empresa e suas coligadas não mantêm planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados.

Operações entre a Alfa Holdings S.A. e as Coligadas Ativo/ Receitas/ (Passivo) (Despesas)

Valor do Investimento Ajustado em 2005 2004 27.655 6.845

26.078 6.032

275.000

691.709

59.099

14.067

150.799

23.041

123.892

113.567

17,91

358.512 1.170 87.704 195.338 90.990 99.339

40.106 132 9.683 16.814 553 4.116

8.477 66 4.854 2.574 219 1.878

(154.463)

(24.642)

139 284

294 1.169

58.954 585 43.851 29.812 36.104 45.321 106 (2.545) 370.580

52.733 519 38.997 27.238 35.884 43.444 744 (2.545) 342.691

16,44 50,00 50,00 15,26 39,68 45,62

35.189

(2) Empresa não auditada.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

CONTADOR

ALOYSIO DE ANDRADE FARIA - Presidente PAULO GUILHERME MONTEIRO LOBATO RIBEIRO WALDYR DE CAMPOS ANDRADE

ALOYSIO DE ANDRADE FARIA - Diretor-Presidente RUBENS GARCIA NUNES - Diretor Vice-Presidente FLÁVIO MÁRCIO PASSOS BARRETO - Diretor

Francisco Mafra Pereira Filho TC-CRC 1SP 104.487/O-9

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Alfa Holdings S.A. tomaram conhecimento do Relatório da Diretoria, das Demonstrações Contábeis encerradas em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 e parecer do Conselho de Administração e, de sua parte, também aprovaram referidas peças, e são favoráveis a sua aprovação pela Assembléia Geral. São Paulo, 31 de janeiro de 2006 Aureliano José Pires e Albuquerque Luiz Alves Paes de Barros Rubens Barletta

14,03 17,45

142.000 100 182 87.206 57 200

(1) Empresa auditada por outros auditores independentes em 2004.

Senhores Acionistas,

% de Part.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Alfa Holdings S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Alfa Holdings S.A. e o balanço patrimonial consolidado da Alfa Holdings S.A. e suas coligadas, levantados em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas coligadas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia e suas coligadas bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Holdings S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada da Alfa Holdings S.A. e suas coligadas em 31 de dezembro de 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações contábeis da Alfa Holdings S.A. e as demonstrações contábeis consolidadas da Alfa Holdings S.A. e suas coligadas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por nós e com base em nossos exames e no parecer de outros auditores independentes, referente à empresa coligada descrita na Nota Explicativa nº 10, emitimos nosso parecer sem ressalvas, datado de 02 de fevereiro de 2005. 31 de janeiro de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 7

BANCO ALFADE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Desempenho das Atividades Resultado do Exercício O lucro líquido do Banco no exercício atingiu R$ 78,0 milhões, correspondendo a rentabilidade anual de 12,31% (2004 11,42%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 634,0 milhões. A cada lote de mil ações do capital social do Banco correspondeu o lucro líquido de R$ 865,17. Os juros sobre o capital próprio alcançaram R$ 21,8 milhões no ano, conforme nota explicativa nº 10 letra “b”, sendo os referentes ao primeiro semestre de R$ 9,9 milhões, correspondendo aos valores brutos de R$ 105,50 e R$ 116,05 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, e para o segundo semestre de 2005 está sendo proposto o valor de R$ 11,9 milhões, correspondente a R$ 127,10 e R$ 139,81 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. Patrimônio Líquido O patrimônio líquido atingiu o valor de R$ 691,7 milhões ao final do exercício e o valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 7.666,53, com crescimento de 9,1% no ano, superior a inflação de 5,7% medida pelo IPCA. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada pelo Banco Central do Brasil em 14 de setembro de 2005, aprovou o aumento do capital social para R$ 275,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 21,24% ao final do exercício, demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras do Conglomerado Financeiro Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Rating O Banco Alfa de Investimento S.A. e as demais instituições financeiras integrantes do Conglomerado Financeiro Alfa mantiveram suas boas avaliações de risco de crédito do mercado em nível nacional junto às seguintes empresas: • Fitch Ratings: as classificações foram “F1(bra)” para crédito de curto prazo, “A+(bra)” para crédito de longo prazo e “5” para suporte legal. • Austin Rating : a classificação “AA” Baixo Risco para Longo Prazo (360 dias), com perspectiva “positiva”. • LF Rating (Lopes Filho & Associados): atribuiu a classificação “AA” para o risco de crédito. Recursos Captados e Administrados O volume de recursos captados e administrados pelo Banco atingiu R$ 10.039,9 milhões na data do balanço, com crescimento de 12,5% em relação a dezembro de 2004. Esses recursos estavam representados por R$ 3.436,8 milhões incluindo depósitos à vista, interfinanceiros e a prazo,

Senhores Acionistas, Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A. correspondentes às atividades desenvolvidas durante o exercício de 2005, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. Cenário Econômico A economia brasileira encerrou o ano de 2005 com expectativas favoráveis para a retomada do crescimento da atividade econômica, principalmente diante dos sinais de controle da inflação e das ações de flexibilização da política monetária. Ao longo do ano a equipe no comando do Banco Central do Brasil (Bacen) prosseguiu com sua política monetária cautelosa, mantendo a taxa básica de juros (Selic) em patamares elevados, atingindo a maior taxa, de 19,75% ao ano em junho, com o objetivo de reverter as expectativas desfavoráveis do mercado quanto ao cumprimento da meta de inflação de 5,1% estabelecida para o ano. A inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA alcançou 5,7% no ano, inferior ao índice de 7,6% acumulado no ano anterior. Essa redução foi motivada pelas sucessivas quedas dos preços industriais no atacado, que refletiram os efeitos da apreciação do Real e a normalização da oferta de produtos agrícolas. Os sinais consistentes de controle da inflação e as expectativas de seu comportamento futuro contribuíram de forma positiva na redução gradual da taxa básica de juros anual, fixada em 18,0% ao final do ano. As contas externas continuaram contribuindo para a manutenção de uma razoável atividade econômica bem como para o crescimento das reservas internacionais do país. Merece destaque o crescente superávit da balança comercial que, mesmo com a apreciação do Real, atingiu US$ 44,7 bilhões ao final do ano, resultado 32,8% superior ao ano anterior, refletindo uma melhora estrutural significativa com a expansão de novos mercados, além do bom crescimento do comércio mundial e da melhora dos preços internacionais de certas commodities. O ano de 2005 poderia ter sido melhor, não fossem as crises políticas que provocaram uma certa desarticulação governamental, afetando a aprovação de reformas necessárias ao país e trazendo um grau de desconforto que inibe investimentos, dificulta uma atuação mais arrojada do Banco Central e, em última análise, prejudica a recuperação da atividade econômica. O ano de 2006 será um ano essencialmente político, com as eleições que terão lugar em outubro, o que provoca receios sobre como será conduzida a situação fiscal do Brasil. Mesmo com a certeza da boa arrecadação que vem se repetindo nos últimos anos, é a administração das despesas que está sendo colocada em dúvida. Em geral, o Brasil está melhor, e os juros em queda e a provável continuidade de uma situação mundial favorável ao comércio deverão proporcionar um ano de 2006 positivo para o país.

R$ 2.142,5 em captações no mercado aberto, R$ 1.142,4 milhões em repasses do BNDES e recursos obtidos no exterior e R$ 3.318,2 milhões em fundos de investimento e carteiras administradas. Merecem destaque, o crescimento de 49,9% dos depósitos a prazo em relação a dezembro de 2004 e a emissão e colocação de títulos no exterior em janeiro, no montante de US$ 40 milhões, à taxa de 4,75% ao ano, com vencimento final em janeiro de 2009, o que demonstram o bom conceito que o Banco goza nos mercados domésticos e internacionais. Ativos e Empréstimos O ativo total alcançou R$ 8.287,0 milhões ao final do exercício, com crescimento de 18,7% em relação a dezembro de 2004. Desse montante, R$ 4.873,6 milhões estão representados por aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e derivativos representando 58,8% desse ativo total. A carteira de títulos e valores mobiliários atingiu R$ 3.596,6 milhões na data do balanço, representada principalmente por 92,8% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil e 5,3% em debêntures. O Banco apresentou um forte incremento de liquidez, encerrando o ano com uma carteira de títulos livres da ordem de R$ 1.208,2 milhões, montante 54,6% superior em relação a dezembro 2004. Conforme descrito na nota explicativa nº 4 letra “b”, o Banco classificou 32,4% dos títulos e valores mobiliários na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. A carteira de crédito, incluindo fianças prestadas, alcançou R$ 3.259,7 milhões, com crescimento de 25,6% em relação a dezembro de 2004. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 0,6 milhão correspondente a 0,02% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 32,5 milhões, representando 1,25% do total da carteira de crédito, acima do mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. Os investimentos em sociedades controladas não sofreram alterações significativas no decorrer do exercício. Declaração sobre Serviços da Auditoria Independente Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A., ou pessoas a ela ligada, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos É indispensável traduzir o reconhecimento do Banco Alfa de Investimento S.A. ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 30 de janeiro de 2006 Conselho de Administração e Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - EM R$ MIL ATIVO

Individual 2005 2004 6.067.851 5.058.410 1.663 2.969 1.119.544 1.182.736 81.926 56.936 1.037.618 1.125.800

Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 2.540.255 2.008.884 Carteira Própria 621.893 497.447 Vinculados a Compromissos de Recompra 1.789.848 1.412.927 Vinculados à Prestação de Garantias 12.667 38.795 Vinculados ao Banco Central 38.964 7.840 Instrumentos Financeiros Derivativos 76.883 51.875 Relações Interfinanceiras 147.178 64.601 Créditos Vinculados: Banco Central - Outros Depósitos 147.178 64.601 Operações de Crédito 1.823.345 1.340.794 Carteira - Setor Público 18.212 15.253 Carteira - Setor Privado 1.824.870 1.341.936 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (19.737) (16.395) Operações de Arrendamento Mercantil – – Carteira - Setor Público – – Carteira - Setor Privado – – (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) – – Outros Créditos 435.229 457.744 Carteira de Câmbio 411.844 410.365 Rendas a Receber 5.011 4.012 Negociação e Intermediação de Valores 1.201 173 Diversos 20.501 45.890 (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) (3.328) (2.696) Outros Valores e Bens 637 682 Outros Valores e Bens 74 176 (Provisão para Desvalorização) – – Despesas Antecipadas 563 506 Realizável a Longo Prazo 1.914.904 1.629.593 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 70.778 2.523 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 70.778 2.523 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 1.143.077 840.327 Carteira Própria 586.360 284.129 Vinculados a Compromissos de Recompra 364.479 537.758 Vinculados à Prestação de Garantias 53.686 – Vinculados ao Banco Central 128.762 – Instrumentos Financeiros Derivativos 9.790 18.440 Operações de Crédito 628.614 683.936 Carteira - Setor Público 61.096 76.609 Carteira - Setor Privado 576.800 611.136 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (9.282) (3.809) Operações de Arrendamento Mercantil – – Carteira - Setor Público – – Carteira - Setor Privado – – (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) – – Outros Créditos 72.435 102.453 Diversos 72.633 103.185 (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) (198) (732) Outros Valores e Bens: Despesas Antecipadas – 354 Permanente 304.322 288.909 Investimentos 297.695 281.634 Participações em Controladas - No País 291.629 260.694 Outros Investimentos 6.066 20.940 Imobilizado de Uso 6.342 6.900 Imóveis de Uso 2.897 2.897 Outras Imobilizações de Uso 12.693 12.374 (Depreciação Acumulada) (9.248) (8.371) Imobilizado de Arrendamento – – Bens Arrendados – – (Depreciação Acumulada) – – Diferido 285 375 Gastos de Organização e Expansão 608 1.126 (Amortização Acumulada) (323) (751) Total Geral do Ativo 8.287.077 6.976.912

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EM R$ MIL

PASSIVO

Consolidado 2005 2004 6.147.921 5.136.954 3.106 5.024 1.029.328 1.142.727 81.926 56.936 947.402 1.085.791 2.550.824 2.020.270 625.651 503.227 1.789.848 1.412.927 19.478 44.401 38.964 7.840 76.883 51.875 147.178 64.601 147.178 64.601 1.823.345 1.340.794 18.212 15.253 1.824.870 1.341.936 (19.737) (16.395) 155.793 103.750 2.085 1.267 155.524 103.893 (1.816) (1.410) 436.681 457.937 411.844 410.365 1.650 2.117 4.786 2.242 21.729 45.909 (3.328) (2.696) 1.666 1.851 1.189 1.749 (162) (423) 639 525 2.080.200 1.774.678 70.778 7.792 70.778 7.792 1.150.043 843.709 589.208 284.575 364.479 537.758 57.804 2.936 128.762 – 9.790 18.440 628.614 683.936 61.096 76.609 576.800 611.136 (9.282) (3.809) 112.861 91.272 2.225 – 112.073 92.707 (1.437) (1.435) 117.453 147.358 117.651 148.090 (198) (732) 451 611 49.751 63.694 26.624 38.440 – – 26.624 38.440 6.830 7.535 2.897 2.897 14.587 14.328 (10.654) (9.690) 15.918 17.225 27.466 22.167 (11.548) (4.942) 379 494 852 1.405 (473) (911) 8.277.872 6.975.326

Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrig. por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Relações Interfinanceiras Repasses Interfinanceiros Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Inst. Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobr. e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Carteira de Câmbio Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrig. por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Inst. Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Participações de Minoritários nas Controladas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado

Individual 2005 2004 5.307.426 4.580.107 2.128.881 1.525.785 29 402 402.951 383.136 1.725.901 1.142.247 2.142.480 1.947.135 2.142.480 1.947.135 39.076 91.134 39.076 91.134 28.110 61.285 28.110 61.285 3.462 13.682 3.462 13.682 171.094 244.032 171.094 244.032 229.346 332.546 184.618 285.774 44.728 46.772 221.011 33.881 221.011 33.881 343.966 330.627 274 339 301.798 294.166 17.886 15.197 13.153 9.987 144 204 10.711 10.734 2.287.231 1.762.174 1.307.964 882.626 5.669 5.269 1.302.295 877.357 148.634 117.925 148.634 117.925 – 33.952 – 33.952 526.125 560.210 430.585 463.460 95.540 96.750 197.488 67.667 197.488 67.667 107.020 99.794 105.135 97.909 1.885 1.885 711 602 711 602 – – 691.709 634.029 275.000 250.000 274.817 250.000 183 – 53.285 51.843 363.409 332.180 15 6

Consolidado 2005 2004 5.197.513 4.537.228 2.002.997 1.468.593 29 402 342.751 325.944 1.660.217 1.142.247 2.142.480 1.947.135 2.142.480 1.947.135 39.076 91.134 39.076 91.134 28.110 61.285 28.110 61.285 3.462 13.682 3.462 13.682 171.094 244.032 171.094 244.032 229.346 332.546 184.618 285.774 44.728 46.772 221.011 33.881 221.011 33.881 359.937 344.940 274 339 301.798 294.166 20.689 18.680 19.777 14.474 4.632 4.098 12.767 13.183 2.302.532 1.717.172 1.264.690 784.844 – – 1.264.690 784.844 148.634 117.925 148.634 117.925 – 33.952 – 33.952 526.125 560.210 430.585 463.460 95.540 96.750 197.488 67.667 197.488 67.667 165.595 152.574 162.692 150.516 2.903 2.058 711 602 711 602 85.407 86.295 691.709 634.029 275.000 250.000 274.817 250.000 183 – 53.285 51.843 363.409 332.180 15 6

Total Geral do Passivo

8.287.077 6.976.912

8.277.872 6.975.326

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL

Eventos Saldos em 31/12/2003 Aumento de Capital - AGE de 16/03/2004 Outros Eventos: Dividendos não Reclamados Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2004 Mutações do Período Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE de 25/04/2005 Outros Eventos: Dividendos não reclamados Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período Saldos em 30/06/2005 Aumento de Capital - AGE de 25/04/2005 Outros Eventos: Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período

Individual Consolidado 2º Sem. Exercício Exercício Exercício Exercício Descrição 2005 2005 2004 2005 2004 Receitas da Intermediação Financeira 605.876 1.058.030 801.816 1.099.272 845.738 Operações de Crédito 187.750 320.783 228.543 320.783 228.579 Operações de Arrendamento Mercantil – – – 48.527 29.668 Resultado com Títulos e Valores Mobiliários 393.802 700.267 503.142 692.982 521.324 – – 20.987 – 17.023 Resultado com Instr. Financeiros Derivativos Resultado de Operações de Câmbio 12.483 17.045 41.157 17.045 41.157 Resultado de Aplicações Compulsórias 11.841 19.935 7.987 19.935 7.987 Despesas da Intermediação Financeira 545.458 947.108 690.699 918.641 686.892 Operações de Captação no Mercado 462.319 825.674 577.163 796.980 561.025 Operações de Empréstimos e Repasses 49.121 75.837 113.835 75.837 126.061 Resultado com Instr. Financeiros Derivativos 23.640 35.480 – 35.480 – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 10.378 10.117 (299) 10.344 (194) Resultado Bruto da Intermediação Financeira 60.418 110.922 111.117 180.631 158.846 Outras Receitas/(Despesas) Operacionais (10.513) (19.771) (31.416) (68.808) (70.051) Receitas de Prestação de Serviços 10.082 18.773 18.533 22.242 21.916 Despesas de Pessoal (19.187) (37.510) (38.682) (45.647) (47.236) (14.972) (30.831) (37.496) (37.855) (45.086) Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias (2.215) (6.008) (10.130) (10.696) (15.745) Resultado de Participações em Controladas 15.343 28.481 21.051 – – Outras Receitas Operacionais 2.106 11.265 16.085 13.633 19.545 Outras Despesas Operacionais (1.670) (3.941) (777) (10.485) (3.445) Resultado Operacional 49.905 91.151 79.701 111.823 88.795 Resultado não Operacional 7.150 8.051 4.191 10.488 7.302 Resultado antes da Tributação e Participações 57.055 99.202 83.892 122.311 96.097 Imposto de Renda e Contribuição Social (11.387) (15.814) (12.663) (30.687) (17.889) Participações de Minoritários nas Controladas – – – (7.890) (6.796) Participações no Lucro (3.008) (5.329) (4.634) (5.675) (4.817) Empregados (1.299) (2.209) (1.694) (2.555) (1.877) Administradores - Estatutárias (1.709) (3.120) (2.940) (3.120) (2.940) Lucro Líquido 42.660 78.059 66.595 78.059 66.595 Lucro por Lote de Mil Ações - R$ 472,82 865,17 738,10 – – DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - EM R$ MIL Individual Consolidado 2º Sem. Exercício Exercício Exercício Exercício Contas 2005 2005 2004 2005 2004 A - Origem dos Recursos 1.132.592 1.689.548 1.823.633 1.762.873 1.875.174 Lucro Líquido do Período 42.660 78.059 66.595 78.059 66.595 Ajustes ao Lucro Líquido (14.590) (26.931) (19.134) 8.330 7.147 - Depreciações e Amortizações 753 1.550 1.917 8.330 7.147 - Resultado de Equivalência Patrimonial (15.343) (28.481) (21.051) – – Variação no Resultado de Exercício Futuro 196 109 (887) 109 (887) Particip. de Minoritários nas Controladas – – – (888) (15.250) Recursos de Acionistas: – 791 811 791 811 - Dividendos não Reclamados – 791 811 791 811 Reserva de Ajuste de TVM ao Valor de Mercado 3 9 (60) 9 (60) Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais – 651 1.458 651 1.458 Recursos de Terceiros Originários de: 1.104.323 1.636.860 1.774.850 1.675.812 1.815.360 - Aumento dos Subgrupos do Passivo 1.082.108 1.561.295 1.711.011 1.554.564 1.812.357 Depósitos 320.277 1.028.434 727.701 1.014.250 847.431 Captações no Mercado Aberto 660.594 195.345 661.039 195.345 661.039 Relações Interfinanceiras – – 6.674 – 6.674 Relações Interdependências 2.180 – 12.764 – 12.764 Instrumentos Financeiros Derivativos 98.051 316.951 97.620 316.951 90.584 Outras Obrigações 1.006 20.565 205.213 28.018 193.865 - Diminuição dos Subgrupos do Ativo 225 52.830 – 101.620 – Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – – – 50.413 – Outros Créditos – 52.533 – 51.161 – Outros Valores e Bens 225 297 – 46 – - Alienação de Bens e Investimentos 17.840 18.176 60.642 19.628 3.003 Participações Societárias – – 60.479 – – Bens não de Uso Próprio 29 174 15 661 781 Imobilizado de Uso 16 207 148 235 157 Imobilizado de Arrendamento – – – 550 – Investimentos 17.795 17.795 – 18.182 2.065 - Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Propostos de Controladas 4.150 4.559 3.197 – – B - Aplicação dos Recursos 1.134.026 1.690.854 1.835.859 1.764.791 1.885.902 Juros sobre o Capital Próprio Pagos e Propostos 11.929 21.830 18.657 21.830 18.657 Inversões em: 267 11.030 3.049 13.611 27.293 - Participações Societárias 3 7.013 – – – - Bens não de Uso Próprio – 72 2 362 98 - Imobilizado de Uso 264 1.024 500 1.034 500 - Imobilizado de Arrendamento – – – 5.849 22.167 - Investimentos – 2.921 2.547 6.366 4.528 Aplicações no Diferido 34 85 209 105 250 Aumento dos Subgrupos do Ativo 1.017.472 1.348.990 1.600.689 1.420.326 1.473.971 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 186.790 5.063 206.660 – 142.810 - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 691.889 834.121 963.272 836.888 834.706 - Relações Interfinanceiras 28.148 82.577 40.787 82.577 40.787 - Operações de Crédito 103.200 427.229 99.476 427.229 99.476 - Operações de Arrendamento Mercantil – – – 73.632 60.341 - Outros Créditos 7.445 – 289.770 – 294.943 - Outros Valores e Bens – – 724 – 908 Redução dos Subgrupos do Passivo 104.324 308.919 213.255 308.919 365.731 - Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 45.060 21.349 117.789 21.349 117.789 - Relações Interfinanceiras 14.795 33.175 – 33.175 – - Relações Interdependências – 10.220 – 10.220 – - Obrigações por Empréstimos e Repasses 44.469 244.175 95.466 244.175 247.942 (Redução) das Disponibilidades (1.434) (1.306) (12.226) (1.918) (10.728) Modificações na Posição Financeira Início do Período 3.097 2.969 15.195 5.024 15.752 Fim do Período 1.663 1.663 2.969 3.106 5.024 (Redução) das Disponibilidades (1.434) (1.306) (12.226) (1.918) (10.728)

Capital Realizado 226.000 24.000

Aumento de Capital – –

Reservas de Capital 49.574 –

Reservas de Lucro 308.242 (24.000)

Ajuste de TVM e Derivativos ao Valor de Mercado 66 –

Lucros Acumulados – –

Total 583.882 –

– – – –

– – – –

811 1.458 – –

– – – –

– – (60) –

– – – 66.595

811 1.458 (60) 66.595

– – 250.000 24.000 250.000 25.000

– – – – – –

– – 51.843 2.269 51.843 –

47.938 – 332.180 23.938 332.180 (25.000)

– – 6 (60) 6 –

(47.938) (18.657) – – – –

– (18.657) 634.029 50.147 634.029 –

– – – –

– – – –

791 651 – –

– – – –

– – 9 –

– – – 78.059

791 651 9 78.059

– – 275.000 25.000 250.000 25.000

– – – – 25.000 (25.000)

– – 53.285 1.442 53.285 –

56.229 – 363.409 31.229 332.678 –

– – 15 9 12 –

(56.229) (21.830) – – – –

– (21.830) 691.709 57.680 660.975 –

– –

– –

– –

– –

3 –

– 42.660

3 42.660

• Títulos do Tesouro Nacional

– – 275.000 25.000

– – – (25.000)

– – 53.285 –

30.731 – 363.409 30.731

– – 15 3

(30.731) (11.929) – –

– (11.929) 691.709 30.734

• Debêntures

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM R$ MIL (01) Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras individuais e consolidadas do Banco Alfa de Investimento S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (Bacen) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (02) Principais Práticas Contábeis (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares Bacen nºs 3.068 e 3.082 (vide nota explicativa nº 04 “b” e 12). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota explicativa nº 05 “d”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Participações em Controladas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (vide nota explicativa nº 14). • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Imóveis 2,5%; Veículos e Equipamentos de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização, basicamente, de despesas com benfeitorias em imóveis de terceiros e com informática (programas de processamento de dados), calculada pelo método linear, no prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota explicativa nº 08 letra “b”). (03) Demonstrações Financeiras Consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas em conformidade com os princípios de consolidação da Lei nº 6.404/76 e Instrução CVM nº 247/96, tendo sido eliminadas as participações nas empresas consolidadas, os saldos de contas, as despesas e os lucros não realizados entre empresas, bem como, foram destacadas as parcelas do lucro líquido e patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas minoritários. Para fins de consolidação, foram utilizadas as demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. pelo método financeiro.

b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Individual (*)Até 3 meses Títulos

3 meses

a 1ano

1 ano a Acima de

Saldo em

Saldo em

3 anos

3 anos 31/12/2005 31/12/2004

59.961 100.690 1.118.889

938.561 2.218.101 1.582.129

• Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios

4.348

13.530

12.263

4.793

34.934

30.187

12.748

91.142

40.803

144.693

180.543

• Certif. de Depósitos Bancários

106

106

• Cédula do Produto Rural

38.424

52

1.722

3.195

1.501

6.470

3.102

• Títulos da Dívida Agrária

Essas demonstrações financeiras consolidadas incluem as do Banco Alfa de Investimento S.A. e

Títulos para Negociação

64.361 128.690 1.225.595

de suas controladas diretas e indiretas e seus respectivos percentuais de participação:

985.658 2.404.304 1.834.385

• Certif. de Depósitos Bancários

1.061

24.970

409

26.440

2004

Títulos Disponíveis p/ Venda

1.061

24.970

409

26.440

1.069

Alfa Arrendamento Mercantil S.A.

71,72% 71,72%

• Títulos do Tesouro Nacional

1.666

15.735 1.047.906 1.065.307

808.334

BRI Participações Ltda.

99,54% 99,54%

•Títulos do Banco Central

54.219

54.219

• Debêntures

2.122

44.267

46.389

34.369

Títulos Mantidos até o Vencto.

58.007

15.735 1.092.173 1.165.915

943.442

Controladas

2005

Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A . (nota explicativa nº 14) 60,307% 49,98% (04) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Individual Composta por:

Consolidado

Títulos e Valores Mobiliários % Concentração por Prazo

1.069

100.739

65.422 186.697 1.266.300 2.078.240 3.596.659 2.778.896 1,8

5,2

35,2

57,8

100,0

Saldo em

Saldo em

2005

2004

2005

2004

• Títulos do Tesouro Nacional

945.791

560.231

949.059

561.742

• Títulos do Banco Central

3.430

25.262

3.430

25.262

Títulos

• Debêntures

191.082

123.301

191.082

123.301

• Títulos do Tesouro Nacional

• Certificados de Depósitos Bancários

26.546

1.069

27.677

1.069

• Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios

4.348

13.530

12.263

4.793

34.934

34.934

30.187

34.934

30.187

• Cotas de Fundos de Investos.

2.207

2.207

2.013

2.207

2.013

• Debêntures

12.748

91.142

40.803

144.693

180.543

• Cédula do Produto Rural

38.424

38.424

• Certif. de Depósitos Bancários

106

106

–·

• Títulos da Dívida Agrária

6.470

3.102

6.470

3.102

• Cédula do Produto Rural

38.424

52

1.722

3.195

1.501

6.470

3.102

• Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios • Cotas de Fundos de Investimento

• Títulos PROAGRO

Consolidado (*) Até 3 3 meses

1 ano a Acima de

meses

3 anos

3 anos 31/12/2005 31/12/2004

60.074 100.749 1.127.079

938.561 2.226.463 1.588.800

a 1 ano

30.187

2.702

• Títulos da Dívida Agrária

Títulos Livres

1.208.253

781.576

1.214.859

787.802

Títulos para Negociação

• Títulos do Tesouro Nacional

2.337.617

1.830.232

5.835

5.835

• Títulos do Banco Central

50.789

75.477

50.789

75.477

• Certif. de Depósitos Bancários

1.061

26.101

409

27.571

1.069

91.611

91.611

Títulos Disponíveis p/ Venda

1.061

31.936

409

33.406

4.451

15.735 1.047.906 1.065.307

808.334

• Debêntures

2.348.546 1.838.774

• Títulos do Tesouro Nacional

66.681 128.749 1.233.785

985.658 2.414.873 1.843.069 3.382

Títulos Vinculados

2.388.406

1.997.320

2.399.335 2.005.862

• Títulos do Tesouro Nacional

1.666

Total - Títulos e Valores Mobiliários

3.596.659

2.778.896

3.614.194 2.793.664

• Títulos do Banco Central

54.219

54.219

100.739

• Swaps - Diferencial a Receber

48.331

39.657

48.331

39.657

• Debêntures

2.122

44.267

46.389

34.369

• Vendas a Termo a Receber - Ações

38.342

29.639

38.342

29.639

• Títulos PROAGRO

2.702

1.019

1.019

Títulos Mantidos até o Vencto.

58.007

15.735 1.092.173 1.165.915

946.144

86.673

70.315

Títulos e Valores Mobiliários

• Outros Derivativos Total - Instr. Financeiros Derivativos (*) Total Geral (*) Vide detalhes na nota explicativa nº 12.

86.673

70.315

3.683.332

2.849.211

3.700.867 2.863.979

% Concentração por Prazo

67.742 186.756 1.281.456 2.078.240 3.614.194 2.793.664 1,8

5,2

35,5

57,5

(*) Inclui aplicações em fundos de investimentos, sem data de vencimento.

100,0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

BANCO ALFADE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM R$ MIL Os títulos foram classificados nas categorias: - “Títulos para Negociação” e “Títulos Disponíveis para Venda”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima): a) O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 19.252 (2004, ajuste negativo de R$ 2.668) e CONSOLIDADO R$ 19.031 (2004, ajuste negativo de R$ 2.582), obtido entre os valores de custo R$ 2.385.051 (2004 R$ 1.837.053) e CONSOLIDADO R$ 2.395.841 (2004 R$ 1.845.651) e de mercado R$ 2.404.303 (2004 R$ 1.834.385) e CONSOLIDADO R$ 2.414.872 (2004 R$ 1.843.069), foi registrado em conta adequada do resultado. b) No Banco, os valores de custo e de mercado dos títulos classificados na categoria Disponíveis para Venda correspondiam a R$ 26.440 (2004 R$ 1.069). No CONSOLIDADO, os valores de custo dos títulos classificados na categoria Disponíveis para Venda correspondiam a R$ 33.367 (2004 R$ 4.434) e de mercado R$ 33.406 (2004 R$ 4.451), sendo o ajuste positivo de R$ 39 (2004 R$ 17) registrado em conta específica de “Ajuste de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos” no Patrimônio Líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários. - “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento, comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme exigência do Bacen. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram registrados no resultado do período. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 1.175.616 (2004 R$ 952.501) e CONSOLIDADO R$ 1.175.616 (2004 R$ 955.203). O Banco adotou os seguintes procedimentos com parte dos títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”: a) No exercício, alienou títulos públicos federais no montante de R$ 126.351 e, para recomposição desta carteira, adquiriu títulos públicos federais da mesma natureza com prazos de vencimentos mais longos. Esta operação gerou um lucro de R$ 376 no resultado do período, líquido de tributos; e b) Por ocasião dos balanços, reclassificou parte dos títulos públicos federais para a categoria “títulos para negociação”, de forma a permitir a sua substituição gradativa por títulos públicos federais de longo prazo. O valor de mercado desses títulos totalizaram R$ 1.435.900 e o impacto positivo no resultado foi de R$ 4.765, líquido de tributos. (05) Operações de Crédito a) Composição da Carteira de Crédito Individual Consolidado Composição 2005 2004 2005 2004 - Empréstimos 1.522.277 796.372 1.522.277 796.372 - Financiamentos 952.799 1.245.994 952.799 1.245.994 - Financiamentos Rurais 5.902 2.568 5.902 2.568 111.209 102.799 111.209 - Adiantamentos s/ Contratos de Câmbio (1) 102.799 - Leasing (2) – – 263.476 194.009 - Outros Créditos (3) 8.451 68.040 8.466 68.040 Total da Carteira 2.592.228 2.224.183 2.855.719 2.418.192 - Adiantamentos a Fornecedores – – 8.041 3.858 - Avais e Fianças Prestadas (4) 667.495 370.410 665.648 370.410 Total Global 3.259.723 2.594.593 3.529.408 2.792.460 (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados no balanço como redução de “Outras Obrigações - Carteira de Câmbio”. (2) As operações de leasing pelo método financeiro estão demonstradas pelo valor presente dos contratos e não considera os saldos de adiantamento a fornecedores R$ 8.041 (2004 R$ 3.858) e de valor residual dos bens das operações de leasing operacional R$ 15.919 (2004 R$ 17.225). (3) Outros Créditos incluem rendas a receber sobre contratos de câmbio e devedores por compra de valores e bens. (4) Avais e Fianças Prestadas estão registradas em contas de compensação. b) Composição da carteira de crédito por setor de atividade Individual Consolidado 2005 2004 2005 2004 % Valor % Valor % Valor % Setores de Atividade Valor - Setor Público 79.308 3,1 91.862 4,1 83.618 2,9 93.129 3,9 - Setor Privado - Rural 16.646 0,6 9.555 0,4 16.646 0,6 9.555 0,4 - Indústria 1.652.413 63,8 1.276.211 57,4 1.730.593 60,6 1.331.843 55,1 - Comércio 343.017 13,2 405.996 18,3 393.496 13,8 442.387 18,3 5,1 24.788 1,1 131.994 4,6 25.182 1,0 - Interm. Financeiro 131.480 - Outros Serviços 369.296 14,2 415.771 18,7 486.010 17,0 510.368 21,1 - Pessoas Físicas 68 – – – 13.362 0,5 5.728 0,2 Total da Carteira 2.592.228 100,0 2.224.183 100,0 2.855.719 100,0 2.418.192 100,0 c) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento Individual Parcelas por 2005 2004 Faixas VenVende Vencimento A Vencer cidos Total % A Vencer cidos Total % A vencer: - até 180 dias 1.677.014 163 1.677.177 64,7 1.222.261 206 1.222.467 55,0 - de 181 a 360 dias 274.453 92 274.545 10,6 290.786 154 290.940 13,1 - acima de 360 dias 640.111 27 640.138 24,7 709.873 188 710.061 31,9 Total Vincendas 2.591.578 282 2.591.860 100,0 2.222.920 548 2.223.468 100,0 Vencidos: - até 60 dias – 175 175 – – 178 178 – - de 61 a 180 dias – 57 57 – – 530 530 – - acima de 180 dias – 136 136 – – 7 7 – Total Vencidas – 368 368 – – 715 715 – Total da Carteira 2.591.578 650 2.592.228 100,0 2.222.920 1.263 2.224.183 100,0 Consolidado Parcelas por 2005 2004 Faixas VenVende Vencimento A Vencer cidos Total % A Vencer cidos Total % A Vencer: - até 180 dias 1.759.604 217 1.759.821 61,6 1.280.815 394 1.281.209 53,0 - de 181 a 360 dias 339.250 152 339.402 11,9 337.797 248 338.045 14,0 - acima de 360 dias 755.989 109 756.098 26,5 797.703 407 798.110 33,0 Total Vincendas 2.854.843 478 2.855.321 100,0 2.416.315 1.049 2.417.364 100,0 Vencidos: - até 60 dias – 184 184 – – 223 223 – - de 61 a 180 dias – 66 66 – – 576 576 – - acima de 180 dias – 148 148 – – 29 29 – Total Vencidas – 398 398 – – 828 828 – Total da Carteira 2.854.843 876 2.855.719 100,0 2.416.315 1.877 2.418.192 100,0 d) Classificação da carteira de crédito por níveis de risco A Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para a classificação das operações de crédito e para a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir: Individual 2005 2004 Saldo da Saldo da Carteira de Crédito Provisão Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) A VenMínima Con(*) A VenMínima ConRisco Vencer cidos Total Exigida tábil Vencer cidos Total Exigida tábil AA 901.594 – 901.594 – – 639.422 – 639.422 – – A 964.700 – 964.700 4.824 4.824 842.444 – 842.444 4.212 4.212 B 550.227 69 550.296 5.503 14.731 638.426 – 638.426 6.384 14.371 C 173.454 182 173.636 5.209 12.155 91.644 92 91.736 2.752 2.752 D 704 – 704 70 70 10.309 510 10.819 1.082 1.082 E 734 – 734 220 220 173 – 173 52 52 F – 38 38 19 19 – – – – – H 165 361 526 526 526 502 661 1.163 1.163 1.163 Total 2.591.578 650 2.592.228 16.371 32.545 2.222.920 1.263 2.224.183 15.645 23.632 Consolidado 2005 2004 Saldo da Saldo da Carteira de Crédito Provisão Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) A VenMínima Con(*) A VenMínima ConRisco Vencer cidos Total Exigida tábil Vencer cidos Total Exigida tábil AA 959.870 – 959.870 – – 681.903 – 681.903 – – A 1.003.034 – 1.003.034 5.016 5.016 872.640 – 872.640 4.363 4.363 B 686.403 162 686.565 6.866 16.464 737.727 252 737.979 7.380 15.917 C 203.691 207 203.898 6.117 13.389 112.600 276 112.876 3.386 3.676 D 904 53 957 96 96 10.725 513 11.238 1.124 1.124 E 756 – 756 226 226 194 – 194 58 58 F – 38 38 19 19 24 23 47 24 24 G – 42 42 29 29 – – – – – H 185 374 559 559 559 502 813 1.315 1.315 1.315 Total 2.854.843 876 2.855.719 18.928 35.798 2.416.315 1.877 2.418.192 17.650 26.477 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa A provisão atingiu o saldo de R$ 32.545 (2004 R$ 23.632) e CONSOLIDADO R$ 35.798 (2004 R$ 26.477), correspondente a 1,2% do total da carteira (CONSOLIDADO 1,2%), montante superior ao mínimo requerido pela Resolução Bacen nº 2.682. No decorrer do exercício foram amortizados créditos para prejuízo no montante de R$ 1.215 (2004 R$ 2.315) e CONSOLIDADO R$ 1.243 (2004 R$ 2.544) e ocorreram recuperações no montante de R$ 2.851 (2004 R$ 477) e CONSOLIDADO R$ 4.169 (2004 R$ 1.659). O saldo das operações renegociadas totalizou R$ 649 (2004 R$ zero) CONSOLIDADO R$ 1.138 (2004 R$ 222).

(06) Carteira de Câmbio Outros Créditos Outras Obrigações 2004 2005 2004 Composição 2005 • Câmbio Comprado a Liquidar 259.945 257.900 – – • Câmbio Vendido a Liquidar – – 151.467 151.629 • Direitos sobre Vendas de Câmbio 151.764 151.711 – – • Obrigações por Compras de Câmbio – – 257.818 267.056 • Adiantamentos Recebidos (1.110) (658) – – • Adiantamentos s/ Contratos de Câmbio – – (102.799) (111.209) • Operações no Interbancário – – (4.688) (13.310) • Rendas a Receber 1.245 1.412 – – Total Global 411.844 410.365 301.798 294.166 As responsabilidades por Créditos Abertos para Importação no valor de R$ 14.059 (2004 R$ 14.065) estão registradas em contas de compensação. (07) Outros Créditos - Diversos Individual Consolidado Composto por: 2005 2004 2005 2004 • Devedores para Compra de Bens 7.206 10.104 7.221 10.104 • Créditos Tributários (nota nº 8 “b”) 27.481 25.479 39.391 38.463 • Opções por Incentivos Fiscais 2.829 2.178 8.364 7.447 • Depósitos Judiciais 43.962 36.435 67.254 52.971 • Tributos Antecipados 4.613 13.234 9.469 23.406 60.442 4.025 60.442 • Títulos e Créditos a Receber 4.025 • Devedores Diversos e Adiantamentos 3.018 1.203 3.656 1.166 Total 93.134 149.075 139.380 193.999 (08) Imposto de Renda e Contribuição Social (a) Demonstração do Cálculo dos Encargos 2005 2004 • Lucro antes da Tributação, deduzido das Participações no Lucro 93.873 79.258 IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (31.917) (26.948) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: • Juros sobre o Capital Próprio 7.422 6.343 • Dividendos recebidos em investimentos pelo método de custo 1.762 791 6.461 (3.911) • Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos • Equivalência Patrimonial 8.133 6.070 • Provisão para Devedores Duvidosos (3.030) 818 (1.287) (1.513) • Outras Adições e Exclusões Total dos Encargos Devidos no Exercício (12.456) (18.350) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 3.260 2.164 Obrigações Fiscais Diferidas sobre ajuste ao valor de mercado (6.618) 3.523 de títulos e derivativos Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (15.814) (12.663) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos Origem 31/12/2004 Constituição Realização 31/12/2005 Contingências Fiscais e Trabalhistas 11.187 1.358 (688) 11.857 Provisão para Devedores Duvidosos 8.035 15.027 (11.997) 11.065 Participação no Lucro - Administradores 265 281 (265) 281 Ajuste ao Vlr. Mercado de Títulos e Derivativos 741 – (741) – Outros Créditos Tributários 1.180 1.260 (975) 1.465 Subtotal 21.408 17.926 (14.666) 24.668 • Contribuição Social a Compensar 4.071 – (1.258) 2.813 Total 25.479 17.926 (15.924) 27.481 % sobre Patrimônio Líquido 4,02% 3,97% AAdministração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização destes créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção : 36,6% no primeiro ano, 20,0% no segundo ano, 10,8% no terceiro ano, 15,3% no quarto ano e 17,3% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculados com base na taxa Selic é de aproximadamente R$ 19.064. (09) Exigível a Longo Prazo Em 31 de dezembro de 2005, os recursos captados no País e no Exterior para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 19/06/2007; b) Depósitos a Prazo: com vencimentos até 14/12/2010 indexado à taxa do CDI; c) Emissões de títulos no mercado internacional (incluem commercial papers), com vencimentos até 15/01/2009 à taxa pré-fixada de 10,0% a.a., garantidas por notas promissórias; d) Recursos captados junto ao BNDES (POC e Finame), com vencimentos até 15/04/2014 à taxa pré-fixada até 5,75% a.a. e pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP, garantidas por notas promissórias e contratos. (10) Patrimônio Líquido (a) Capital Social Está dividido em 53.948.999 ações ordinárias e 36.275.493 ações preferenciais sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 6% a.a. sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. Conforme determinação da Instrução CVM nº10 de 14/02/1980, as ações em tesouraria não possuem direitos patrimoniais ou políticos. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada pelo Banco Central do Brasil em 14 de setembro de 2005, aprovou o aumento do capital social para R$ 275.000 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme previsto no artigo 35 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Os juros sobre capital próprio propostos e pagos nos exercícios de 2005 e 2004, estão demonstrados abaixo: Demonstrativo 2005 2004 • Lucro Líquido do Exercício 78.059 66.595 • (–) Reserva legal (3.903) (3.330) • Lucro Líquido do Ajustado 74.156 63.265 • Juros sobre o Capital Próprio - Valor Bruto 21.830 18.657 • (–) Imposto de Renda na Fonte - 15% (3.275) (2.799) • Juros sobre o Capital Próprio - Valor Líquido 18.555 15.858 • % sobre o Lucro Líquido Ajustado 25% 25% Os juros sobre capital próprio referentes ao primeiro semestre totalizaram R$ 9.901, correspondendo aos valores brutos de R$ 105,50 e R$ 116,05 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais respectivamente, sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. Para o segundo semestre está sendo proposto o valor de R$ 11.929, correspondente aos valores brutos de R$ 127,10 e R$ 139,81 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeitos também à incidência de imposto de renda na fonte, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre capital próprio aumentou o resultado do Banco em aproximadamente R$ 7.422 (2004 R$ 6.343), face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. (c) Reserva de Capital e Reserva de Lucros A reserva de capital é representada pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.752 (2004 R$ 29.101), de atualização de títulos patrimoniais R$ 4.255 (2004 R$ 4.255), de correção monetária especial da Lei nº 8200/91 R$ 14.764 (2004 R$ 14.764) e dividendos não reclamados R$ 4.514 (2004 R$ 3.723). A reserva de lucros é composta pelas reservas legal R$ 40.668 (2004 R$ 36.766), estatutárias R$ 288.298 (2004 R$ 260.971) e lucros a realizar R$ 34.443 (2004 R$ 34.443). A reserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 229.258 (2004 R$ 207.164) e especial para dividendos R$ 59.040 (2004 R$ 53.807). A realização da Reserva de Lucros a Realizar, ocorre na medida em que as reservas de lucros nas controladas forem efetivamente realizadas ou distribuídas. No exercício não foi realizada a parcela de reserva de lucros a realizar em conformidade com a Lei nº 6.404, com alterações introduzidas pela Lei nº 10303/01, tendo em vista que sua controlada BRI Participações Ltda. não distribuiu efetivamente parcela de seus lucros. (11) Transações entre Partes Relacionadas As operações entre partes relacionadas são efetuadas à taxas e valores médios praticados com terceiros. Os ressarcimentos de custos referem-se a cobertura de despesas referentes a agenciamentos de operações, prestação de serviços e rateio de despesas. 2005 2004 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) • Disponibilidades 267 – 380 – • Operações Compromissadas (1) (153.140) (6.639) (50.693) (3.790) • Depósitos Interfinanceiros (1) 1.003.109 157.587 966.536 131.301 • Certificado de Depósito Bancário (1) (103.289) (18.836) – – • Operações SWAP (1) 6 (68) 57 (41) • Juros sobre o Capital Próprio (1) 4.150 4.559 3.197 3.197 • Prestação de Serviços e Ressarcimento de Custos (2) 552 4 333 201 (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo o Banco e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado, vigente nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à cobertura de despesas relativa ao agenciamento de operações com empresas ligadas, cobradas de acordo com contrato mantido entre as partes. (12) Instrumentos Financeiros Derivativos O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender necessidades próprias e dos seus clientes, bem como, reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos é realizado por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante às diretrizes estabelecidas pela Administração. a) Riscos e Gerenciamento de Riscos: A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Riscos de Mercado - O risco de mercado está relacionado à probabilidade de perda decorrente dos impactos de flutuações dos preços e taxas de mercado sobre as posições ativas e passivas da carteira própria do Banco. A política global em termos de exposição a riscos de mercado é conservadora, sendo a estratégia e os limites de VaR (Value at Risk) definidos pelo Comitê Estratégico de Gestão de Risco de Mercado e seu cumprimento acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras, através de métodos e modelos estatísticos e financeiros desenvolvidos de forma consistente com a realidade de mercado. A metodologia para apuração do VaR é baseada no modelo paramétrico, com intervalo de confiança de 99% para o horizonte de tempo de um dia e as volatilidades são calculadas pela metodologia EWMA com a utilização de lâmbda de 0,94. Além do VaR, são adotados os parâmetros risco acumulado mensal e cenários de stress em que são elaborados cenários históricos e hipotéticos para as taxas de mercado e verificados os possíveis impactos nas posições. As informações para elaboração das curvas de mercado são obtidas através da tabela de taxas médias divulgada diariamente pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Complementando a estrutura de acompanhamento, controle e gestão de riscos de mercado, são calculados diariamente a exigência de capital para cobertura do

risco de exposição cambial e de exposição em operações contratadas com taxas pré-fixadas em conformidade com a regulamentação do Banco Central do Brasil. Riscos de Liquidez - O controle e estratégia de liquidez são decididos pelo Comitê de Caixa que reúne-se diariamente antes do início das operações, com o objetivo de avaliar o comportamento dos diversos mercados de juros, dólar e bolsas, domésticos e internacionais, bem como, definir as estratégias do dia e avaliar o fluxo de caixa das empresas financeiras. O Comitê de Caixa gerencia o risco de liquidez concentrando sua carteira em ativos de alta qualidade e de grande liquidez, cujas posições são monitoradas on line e casadas cuidadosamente quanto a moedas e prazos. Adicionalmente, os controles do risco de liquidez utilizam-se de fluxo de caixa projetado diariamente para atendimento à Resolução nº 2.804, adotando-se as premissas de fluxo de vencimento das operações financeiras, fluxo de caixa de despesas, o nível de atraso nas carteiras e antecipação de passivos. Riscos de Crédito - O risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não recebimento de contrapartes ou de credores de valores contratados. O gerenciamento de riscos de crédito exige alto grau de disciplina e controle das análises e das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. A política de crédito objetiva a segurança, qualidade e liquidez na aplicação dos ativos, agilidade e rentabilidade dos negócios, minimizando os riscos inerentes a qualquer operação de crédito, bem como orienta sobre a fixação de limites operacionais e/ou concessão de crédito. Para a execução da política de crédito, assumem papel importante o Departamento de Análise de Crédito e o Comitê de Crédito que deliberam negócios acima das alçadas das Diretorias Regionais e, com isso, acompanham com segurança essa atividade essencial. A análise das operações de menor valor são realizadas de forma sistemática e automatizada por atribuição de rating e perfil na modelagem de score. b) Derivativos: Os instrumentos financeiros derivativos são representados por operações de contratos futuros, a termo e de swap, registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) ou na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e na Central Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), envolvendo taxas pré-fixadas, mercado interfinanceiro (DI), variação cambial ou índice de preços. A posição em 31 de dezembro de 2005, desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais, conforme demonstrado abaixo. Em 31 de dezembro de 2005, não existiam operações de derivativos em aberto nas empresas controladas do Banco. Para apuração dos preços de mercado destes contratos foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço, conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Individual e Consolidado 2005 2004 Contratos Custo Referência Mercado Custo Referência Mercado • Pré 371.739 390.163 386.932 165.791 169.835 169.088 • Mercado Interfinanceiro 390.279 445.411 445.411 237.457 268.807 268.807 • Moeda Estrangeira 59.340 57.118 57.628 148.010 136.296 137.824 Posição Ativa 821.358 892.692 889.971 551.258 574.938 575.719 • Pré 179.200 187.643 187.820 14.904 15.317 15.364 • Mercado Interfinanceiro 430.079 463.915 463.915 312.646 327.476 327.476 • Moeda Estrangeira 190.124 188.490 188.656 219.425 209.900 210.894 • Índices 21.955 23.021 22.819 4.283 4.651 4.591 Posição Passiva 821.358 863.069 863.210 551.258 557.344 558.325 Swaps - Exposição Líquida – 29.623 26.761 – 17.594 17.394 Contratos a Termo a receber - Vendas de Ações 37.342 38.322 38.342 29.003 29.645 29.639 Box de Opções Flexíveis Vendas - Opções de Compras e de Vendas (361.386) (379.350) (375.148) (77.380) (79.613) (78.776) Prêmios Recebidos/a Pagar (361.386) (379.350) (375.148) (77.380) (79.613) (78.776) Non Deliverable Forward - NDF Posições compradas 103.940 115.518 85.400 11.007 11.130 10.607 Posições vendidas – – – (8.665) (8.001) (7.976) Exposição Líquida - NDF 103.940 115.518 85.400 2.342 3.129 2.631 Contratos Futuros Compromissos de: • Compra - DDI – – – 14.541 14.541 14.541 • Venda - DDI – – – (6.525) (6.525) (6.525) • Venda - DI (392.275) (392.275) (392.275)(791.029) (791.029) (791.029) • Compra - Dólar 1.170 1.170 1.170 (13.280) (13.280) (13.280) Contratos Futuros (391.105) (391.105) (391.105)(796.293) (796.293) (796.293) Os seguintes valores a receber (ativo) e a pagar (passivo) foram registrados em contas patrimoniais sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos”: swaps: diferencial a receber R$ 48.331 (2004 R$ 39.657) e a pagar R$ 21.570 (2004 R$ 22.263); a termo: valores a receber R$ 38.342 (2004 R$ 29.639); box de opções flexíveis : prêmios recebidos R$ 375.148 (2004 R$ 78.776) e Non Deliverable Forward (NDF): valores a receber zero (2004 R$ 1.019) e a pagar R$ 21.781 (2004 R$ 509). O total do ajuste positivo registrado no resultado do exercício foi de R$ 3.628 (2004 R$ 811 positivo) CONSOLIDADO R$ 3.628 positivo (2004 R$ 478 negativo). Os instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: Individual e Consolidado 2005 2004 Prazos de Vencimento Prazos de Vencimento Até De 91 De 181 Acima Até De 91 De 181 Acima 90 a 180 a 360 de 360 90 a 180 a 360 de 360 dias dias dias dias Total dias dias dias dias Total Swap 150.962 99.228 204.843 434.938 889.971 184.039 70.022 123.430 198.228 575.719 Termo 38.342 – – – 38.342 29.639 – – – 29.639 NDF 14.313 – 13.291 57.796 85.400 (2.631) – – – (2.631) Opções (111.701) (77.404) (14.841) (171.202) (375.148) (12.480) (295) (2.599)(63.402) (78.776) Futuros (18.804) (9.595) – (362.706) (391.105) (472.852) (59.469) (263.972) – (796.293) (13) Outras Informações (a) Outros Investimentos: composto principalmente por ações de companhias de capital aberto e fechado e por títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (b) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por provisões para despesas administrativas e contingência trabalhista e credores diversos. (c) O Banco e suas controladas vêm discutindo a legalidade de alguns impostos e contribuições e participam na qualidade de réu em alguns processos trabalhistas. Os valores provisionados consideram a particularidade de cada processo e a opinião dos nossos assessores legais. O Banco e suas controladas não esperam a ocorrência de perdas significativas no eventual desfecho desfavorável desses processos, além dos montantes já provisionados. As provisões constituídas de naturezas trabalhista e fiscal atingiram R$ 1.885 (2004 R$ 1.885) e CONSOLIDADO R$ 2.904 (2004 R$ 2.921) e R$ 105.135 (2004 R$ 97.909) e CONSOLIDADO R$ 160.837 (2004 R$ 147.872) na data do balanço, classificadas e registradas no exigível a longo prazo nas rubricas Provisão para Passivos Contingentes do grupo “Outras Obrigações - Diversas” e Provisão para Riscos Fiscais do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, respectivamente. Para fins de comparação, os saldos dessas provisões em 31.12.2004 foram reclassificados para o Exigível a Longo Prazo. (d) No exercício, os honorários da Administração do Banco totalizaram R$ 5.952 (2004 R$ 6.321). (e) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por atualização de tributos a compensar R$ 3.987 (2004 R$ 9.044) e CONSOLIDADO R$ 4.897 (2004 R$ 9.384), recuperações de encargos e despesas R$ zero (2004 R$ 2.577) e CONSOLIDADO R$ zero (2004 R$ 2.577), reversão de provisões operacionais R$ 866 (2004 R$ 169) e CONSOLIDADO R$ 1.400 (2004 R$ 2.482) e dividendos e juros sobre o capital recebidos e declarados R$ 5.561 (2004 R$ 3.561) e CONSOLIDADO R$ 6.014 (2004 R$ 3.995). Incluem no CONSOLIDADO também as receitas obtidas com operações de ações R$ 185 (2004 R$ 157) e com juros cobrados sobre créditos vencidos R$ 344 (2004 R$ 221). (f) Outras Despesas Operacionais: composta principalmente por despesas com atualizações de tributos R$ 3.216 (2004 R$ 251) e CONSOLIDADO R$ 6.459 (2004 R$ 1.565) e despesas com créditos inadimplentes R$ 59 (2004 R$ 42) e CONSOLIDADO R$ 3.328 (2004 R$ 1.247). (g) Resultado não Operacional: refere-se a lucros obtidos na alienação de valores e bens R$ 1.657 (2004 R$ 957) e CONSOLIDADO R$ 2.071 (2004 R$ 1.511) e investimentos R$ 6.394 (2004 R$ 3.234) e CONSOLIDADO R$ 6.508 (2004 R$ 3.455). (h) O Banco administra Fundos de Investimentos de Renda Fixa, de Ações, de AçõesCarteira Livre, Clubes de Investimentos e Carteiras de Particulares, cujos patrimônios líquidos na data do balanço totalizavam R$ 3.318.250 (2004 R$ 3.126.846). (i) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (j) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que o Banco e suas controladas não mantêm planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (14) Participações em Controladas Alfa Alfa Corretora de BRI Arrendamento Câmbio e Valores Participações Mercantil (a) Mobiliários S.A. (a; b) Ltda. Total • Capital Social 90.000 24.000 26.868 • Patrimônio Líquido Ajustado 197.129 69.527 196.194 • Lucro do Período 15.353 8.405 17.789 • Quantidade de Ações Ordinárias 5.653.876 5.651.072 – • Quantidade de Ações Preferenciais – 3.998.045 – • Quantidade de Cotas Possuídas – – 26.744.827 • % de Participação 27,60 60,307 99,54 • Resultado da Avaliação 3.894 6.725 17.862 28.481 • Valor Contábil do Investimento Em 31/12/2005 54.407 41.930 195.292 291.629 Em 31/12/2004 51.304 31.960 177.430 260.694 (a) Auditadas por outros auditores independentes em 31/12/2004; (b) No decorrer do primeiro semestre o Banco adquiriu 1.651.815 ações ON, do Capital Social da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., aumentando sua participação total direta de 49,98% para 60,307%. O preço de compra totalizou R$ 7.003 e correspondeu ao valor patrimonial dessas ações. Carlos Romano Filho Contador CRC 1SP 207844/O-0

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Rubens Garcia Nunes

Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente Ailton Carlos Canette José Antônio Rigobello

Benedito Carlos de Pádua Márcio de Morais Emery

Ivan Dumont Silva Roberto Musto

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e aos Acionistas do Banco Alfa de Investimento S.A. São Paulo - SP 1.

2.

Examinamos o balanço patrimonial do Banco Alfa de Investimento S.A. e o balanço patrimonial consolidado do Banco Alfa de Investimento S.A. e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e

3.

compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alfa de Investimento S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco Alfa de Investimento S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4.

As demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A. e as demonstrações financeiras consolidadas desse Banco e suas controladas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por nós e com base em nossos exames e no parecer de outros auditores independentes, referentes às empresas controladas descritas na Nota Explicativa nº 4, emitimos parecer sem ressalvas, datado de 02 de fevereiro de 2005. 31 de janeiro de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0

RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA O Comitê de Auditoria, eleito na Reunião do Conselho de Administração realizada em 18/06/2004, exerce as atribuições e responsabilidades previstas em seu regulamento e dispositivos legais vigentes, nas seguintes instituições que compõem o Conglomerado Financeiro Alfa: Banco Alfa de Investimento S.A. instituição líder, Banco Alfa S.A., Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos, Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. e Alfa Arrendamento Mercantil S.A.. Na seqüência de seus trabalhos durante o segundo semestre de 2005 o Comitê de Auditoria, sempre voltado ao estrito cumprimento de suas atribuições, responsabilidades e competência, focou sua atuação junto às áreas mais representativas e mais expostas a riscos. Na área de Gerenciamento de Riscos, verificou o trabalho de integração com as áreas de Tesouraria, Crédito e Fundos de Investimento, analisando e discutindo relatórios, tabelas e boletins elaborados pela área e usados no gerenciamento. Na área de Controles Internos revisou e discutiu diversos pontos de controle e normas de monitoramento. Verificou mais o cumprimento pelos órgãos do Conglomerado das normas e regulamentos legais vigentes e manuais internos.

Isto posto, quanto à efetividade dos Controles Internos o Comitê avalia que os mesmos estão adequados e atendem às necessidades das empresas do Conglomerado. Foi dada continuidade as reuniões com os principais diretores das empresas do Conglomerado, com a finalidade de conhecer, analisar e discutir seus produtos, estratégias, estruturas e políticas. O Comitê também acompanhou, analisou, discutiu e avaliou os resultados das atividades desenvolvidas pelas Auditorias Interna e KPMG - Auditores Independentes, responsável pelas auditorias das demonstrações contábeis das Empresas do Conglomerado. É ressaltado que nestas oportunidades o Comitê não foi acionado e também não deparou com nenhuma situação que viesse a prejudicar a atuação das Auditorias Interna e Externa, ou a independência em suas atividades, e que também nenhuma falha relevante foi constatada. Assim sendo, o Comitê avalia que os trabalhos realizados são considerados satisfatórios. Por fim, além dos contatos mantidos com a Diretoria Administrativa e com a área contábil responsável pela elaboração das demonstrações contábeis, examinou, analisou e discutiu sobre vários relatórios, posições, mapas de uso interno, utilizados pela área para analisar, comparar e justificar todas as oscila-

ções apresentadas nas peças contábeis, sempre com a preocupação primeira de avaliar a integridade, qualidade, transparência e a visibilidade das mesmas. Somando a isto as avaliações satisfatórias das atuações das áreas de Controles Internos, Auditorias Interna e Externa, já mencionados, conclui o Comitê que as Demonstrações Contábeis das Instituições integrantes do Conglomerado encerradas em 31/12/2005, atendem satisfatoriamente aos requisitos de qualidade, integridade, transparência e visibilidade, inclusive quanto à aplicação das práticas contábeis geralmente aceitas e exigidas pelas normas vigentes. São Paulo, 31 de janeiro de 2006

Rogério Rey Betti

Comitê de Auditoria Eurico Ferreira Rangel José Carlos Guimarães


Juro: pequena baixa Frustração: forte alta O corte tímido de 0,75 no juro gera crítica do mercado. Economia/1

Ano 81 - Nº 22.082

São Paulo, quinta-feira 9 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h05

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

PERDÃO DE COMPANHEIROS

A Câmara absolveu com placar folgado os deputados Fernando Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PTSP), réus da CPI do Mensalão. Foi o perdão do corporativismo. Página 4

Brant comemora: 283 votos contra 153. Livre.

Professor Luizinho, aprovado por 253 votos contra 183. Dida Sampaio/AE

Sérgio Lima/Folha Imagem

TRIBUTO À MULHER

Paulo Pampolin

Imposto é feminino, no Dia da Mulher. Na pág. 14 da seção de Economia, revelamos alguns impostos invisíveis no dia-a-dia e nesta foto de Diva Furlan, a presidente do Conselho da Mulher da ACSP.

Governo Municipal de João Pessoa

A Seleção, de alegrias e tristezas Página 16 HOJE Parcialmente nublado Máxima 33º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 18º C.

Paraíba, surpresa no mapa do Nordeste Menos famoso que seus vizinhos, o estado da Paraíba atraí cada vez mais os turistas com seus encantos surpreendentes. DC Boa Viagem


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

ALFACORRETORADE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. C.N.P.J. 62.178.421/0001-64 SEDE: ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. É indispensável traduzir o reconhecimento da Alfa Corretora de

Câmbio e Valores Mobiliários S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 30 de janeiro de 2006 A DIRETORIA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EM R$ MIL

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - EM R$ MIL ATIVO

2005 63.170 78 59.257 59.257 3.826 167 3.585 74 9 12.692 5.835 1.716 4.119 6.857 21.697 21.308 329 1.039 (710) 60 132 (72) 97.559

Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Outros Créditos Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Outros Créditos - Diversos Permanente Investimentos - Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciação Acumulada) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2004 60.105 268 57.192 57.192 2.645 237 2.069 339 – 10.429 3.382 446 2.936 7.047 18.345 17.863 405 1.039 (634) 77 132 (55) 88.879

PASSIVO Circulante Outras Obrigações Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado Lucros Acumulados

Total Geral do Passivo

2005 11.842 11.842 5.355 1.652 4.488 347 16.190 16.190 16.152 38 69.527

2004 9.790 9.790 4.760 884 3.894 252 15.143 15.143 15.088 55 63.946

24.000 24.240 4.730 25 16.532

20.000 20.778 4.310 11 18.847

97.559

88.879

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2003 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Atualização de Títulos Patrimoniais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2004 Mutações do Período Saldos em 31/12/2004 Aumento de Capital - AGE 25/04/2005 Outros Eventos: Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Atualização de Títulos Patrimoniais Lucro Líquido do Exercício Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período Saldos em 30/06/2005 Outros Eventos: Atualização de Títulos Patrimoniais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 31/12/2005 Mutações do Período

Capital 20.000

Reservas de Capital 18.757

Reservas de Lucros 3.802

Ajuste de TVM e Derivativos 132

Lucros Acumulados 14.794

Total 57.485

– – – –

39 1.982 – –

– – – –

– – (121) –

– – – 10.160

39 1.982 (121) 10.160

– – 20.000 – 20.000 4.000

– – 20.778 2.021 20.778 –

508 – 4.310 508 4.310 –

– – 11 (121) 11 –

(508) (5.599) 18.847 4.053 18.847 (4.000)

– (5.599) 63.946 6.461 63.946 –

– – – –

17 – 3.445 –

– – – –

– 14 – –

– – – 8.405

17 14 3.445 8.405

– – 24.000 4.000 24.000

– – 24.240 3.462 22.728

420 – 4.730 420 4.457

– – 25 14 20

(420) (6.300) 16.532 (2.315) 17.655

– (6.300) 69.527 5.581 68.860

– – –

1.512 – –

– – –

– 5 –

– – 5.450

1.512 5 5.450

– – 24.000 –

– – 24.240 1.512

273 – 4.730 273

– – 25 5

(273) (6.300) 16.532 (1.123)

– (6.300) 69.527 667

2º Semestre Descrição 2005 Receitas da Interm. Financeira 5.660 Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 5.659 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 1 Despesas da Interm. Financeira – Operações de Captação no Mercado – Resultado Bruto da Interm. Financeira 5.660 Outras Receitas/(Despesas) Operacionais 239 Receitas de Prestação de Serviços 1.754 Despesas de Pessoal (416) Outras Despesas Administrativas (1.068) Despesas Tributárias (323) Outras Receitas Operacionais 538 Outras Despesas Operacionais (246) Resultado Operacional 5.899 Resultado não Operacional 108 Resultado antes da Tributação e Participações 6.007 Imp. de Renda e Contribuição Social (557) Lucro Líquido do Período 5.450 Lucro por Lote de Mil Ações - R$ 340,63

Exercício 2005 10.793

Exercício 2004 9.011

10.792

8.654

1 – – 10.793 (463) 3.473 (996) (2.268) (769) 666 (569) 10.330 222

357 1 1 9.010 910 3.583 (1.243) (2.390) (843) 1.806 (3) 9.920 418

10.552 (2.147) 8.405 525,31

10.338 (178) 10.160 634,99

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - EM R$ MIL 2º Semestre Contas 2005 A - Origem dos Recursos 12.866 Lucro Líquido do Período 5.450 Ajustes ao Lucro Líquido 46 - Depreciações e Amortizações 46 Reserva Decorrente de Atualiz. de Títulos Patrimoniais 1.512 Reserva de Ajuste de TVM e Derivativos ao Valor de Mercado 5 Reserva Decorrente de Incentivos Fiscais – Recursos de Terceiros Originários de: 5.853 - Aumento dos Subgrupos do Passivo 2.292 Outras Obrigações 2.292 - Diminuição dos Subgrupos do Ativo 3.561 Títulos e Valores Mobiliários – Outros Créditos 3.561 - Alienação de Bens e Investimentos – Investimentos – B - Aplicação dos Recursos 12.840 Juros sobre o Capital Próprio 6.300 Instrumentos Financeiros Derivativos – Inversões em: 1.512 - Investimentos 1.512 Aplicações no Diferido – Aumento dos Subgrupos do Ativo 5.028 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 4.506 - Títulos e Valores Mobiliários 513 - Outros Créditos – - Outros Valores e Bens 9 Redução dos Subgrupos do Passivo – - Outras Obrigações – Aumento/(Redução) das Disponibilidades 26 Modificações na Posição Financeira Início do Período 52 Fim do Período 78 Aumento/(Redução) das Disponibilidades 26

Exercício 2005 15.073 8.405 92 92

Exercício 2004 68.737 10.160 124 124

3.445

1.982

14 17 3.100 3.100 3.100 – – – – – 15.263 6.300 – 3.445 3.445 – 5.518 2.065 2.453 991 9 – – (190)

– 39 56.432 – – 56.407 56.407 – 25 25 68.717 5.599 121 1.982 1.982 36 56.308 – 56.292 16 – 4.671 4.671 20

268 78 (190)

248 268 20

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil. (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil da carteira de títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular BACEN nº 3068 (vide nota nº 03). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: c.1) Outros Investimentos: basicamente, composto por títulos patrimoniais da Bovespa e da BM&F, os quais são registrados pelo custo de aquisição e ajustados mensalmente pelo valor patrimonial fornecido pelas respectivas bolsas, sendo esse ajuste, contabilizado diretamente em reserva de capital. c.2) Depreciação dos bens do Ativo Imobilizado é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Processamento de Dados e Veículos 20%, Móveis e Utensílios e Instalações 10% e c.3) Amortização de gastos com benfeitorias em imóveis de terceiros e com aquisição e desenvolvimento de logiciais, calculada pelo método linear pelo prazo máximo de cinco anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pela Companhia a prática contábil de constituição de créditos tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição de provisões fiscais (vide nota nº 04). (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS: Em 31 de dezembro de 2005, a carteira de títulos e valores mobiliários estava composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 5.835 (2004 R$ 3.382), vencíveis no prazo de um a três anos. O valor contábil desses títulos corresponde ao seu valor de mercado na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA). O ajuste positivo dos títulos no montante de R$ 40 (2004 R$ 18),

obtido entre os valores de custo R$ 5.795 (2004 R$ 3.364) e de mercado R$ 5.835 (2004 R$ 3.382), foi registrado em conta adequada de patrimônio líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários. (04) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS: Composta por Tributos Antecipados R$ 74 (2004 R$ 336), depósitos judiciais R$ 6.252 (2004 R$ 5.786), opções por incentivos fiscais R$ 97 (2004 R$ 79), adiantamentos e devedores diversos R$ zero (2004 R$ 3) e créditos tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social R$ 508 (2004 R$ 1.182). Esses créditos tributários foram calculados sobre adições temporárias, representadas basicamente por provisões para riscos fiscais. No exercício, houve reversão no saldo de créditos tributários no montante de R$ 674 (2004 complemento de R$ 249). A administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: R$ 76 no segundo ano, R$ 102 no terceiro ano, R$ 152 no quarto ano e R$ 178 no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa SELIC, correspondia a R$ 286. (05) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos 2005 2004 • Lucro antes do Imp. de Renda e Contrib. Social 10.552 10.338 IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (3.588) (3.515) • Efeito das adições e exclusões: • Juros sobre o Capital Próprio 2.142 1.904 • Provisão para Riscos Fiscais (76) 1.158 • Outras Adições e Exclusões 49 26 • Total dos encargos devidos no exercício corrente (1.473) (427) • Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social (674) 249 • Despesa de Imp. de Renda e Contrib. Social (2.147) (178) (06) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: está dividido em 16.000.000 de ações nominativas, sendo 8.000.000 de ações ordinárias e 8.000.000 de ações preferenciais, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de abril de 2005, homologada em 14 de junho de 2005 pelo Banco Central do Brasil, aprovou o aumento do capital social para R$ 24.000 mediante incorporação de lucros acumulados. (b) Dividendos: o Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. Está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao exercício de 2005 no valor bruto de R$ 6.300 correspondente a R$ 375,00 e R$ 412,50 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda à

alíquota de 15%. A adoção deste procedimento aumentou o resultado da Companhia em R$ 2.142, face ao beneficio fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a circular BACEN nº 2.739/97 e em atendimento às disposições fiscais. (07) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) A Companhia não possuía operações no mercado de derivativos na data do balanço. (b) Negociação e Intermediação de Valores: basicamente, os saldos são compostos por operações com valores mobiliários por conta de clientes a liquidar, a saber: Ativo - Caixas de registro e liquidação R$ 830 (2004 R$ 714) e Devedores conta liquidações pendentes R$ 2.755 (2004 R$ 1.355) e Passivo - Caixas de registro e liquidação R$ 1.571 (2004 R$ 320), Credores conta liquidações pendentes R$ 2.192 (2004 R$ 3.151) e Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias a Liquidar R$ 725 (2004 R$ 216). (c) O saldo da rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias” atingiu R$ 16.152 (2004 R$ 15.088) na data do balanço e, considerou a particularidade de cada processo e a opinião dos seus assessores legais. A Companhia não espera a ocorrência de perdas significativas no eventual desfecho desfavorável desses processos, além dos montantes já provisionados. Para fins de comparação, o saldo dessa provisão em 31/12/2004 foi reclassificado para o Exigível a Longo Prazo. (d) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por provisões para pagamento de despesas administrativas e de pessoal e para contingência trabalhista. (e) Outras Receitas Operacionais: incluem, basicamente valores recebidos da BM&F e Bovespa e receitas com atualização de tributos a compensar. Outras Despesas Operacionais: incluem, principalmente, despesas com atualização de tributos a recolher. (f) Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre a Companhia e empresas ligadas: a) aplicações em depósitos interfinanceiros e correspondentes receitas do exercício totalizaram R$ 59.257 (2004 R$ 57.192) e R$ 9.857 (2004 R$ 5.180), respectivamente, sendo realizadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado vigentes nas datas das operações; b) as obrigações de aluguel do exercício R$ 28 (2004 R$ 27), sendo cobradas de acordo com contrato mantido entre as empresas; c) juros sobre capital próprio a pagar de R$ 3.768 (2004 R$ 2.799). (g) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (h) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.

DIRETORIA

CONTADOR

Antonio César Santos Costa

José Elanir de Lima

À Administração e aos Acionistas da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. São Paulo - SP Examinamos o balanço patrimonial da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. levantado em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no

Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Corretora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio

Julio Simões Neves Neto - Contador - CRC 1SP 198731/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram examinadas por outros auditores independentes que, sobre elas, emitiram um parecer sem ressalvas, datado de 21 de janeiro de 2005. 31 de janeiro de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

.EMPRESAS Neco Varella/AG

CAMPONESAS DESTROEM HORTO DA ARACRUZ Duas mil mulheres invadiram o laboratório de melhoramento genético

U

m grupo de cerca de duas mil mul h e re s l i g a d a s à Via Campesina invadiu um horto florestal da Aracruz Celulose, destruiu estufas, inutilizou pelo menos um milhão de mudas de eucaliptos e depredou um laboratório de melhoramento genético. A ação foi na madrugada de ontem, em Barra da Ribeiro, que fica 60 quilômetros ao sul de Porto Alegre. As manifestantes chegaram às 5h30, renderam e trancaram os dois vigilantes num dos 37 ônibus, rasgaram plásticos e telas das estufas com facas caseiras amarradas na ponta de taquaras, e saíram meia hora depois para participar de uma marcha na capital gaúcha. Durante o dia, falando como porta-voz da Via Campesina, Luci Piovesan, disse que o ato

representou a indignação das mulheres do campo pelos incentivos que o governo dá à agricultura empresarial e à expansão da indústria de celulose que estaria, segundo o movimento, ocupando com florestas terras que poderiam ser usadas para a reforma agrária e produção de alimentos. Ao chegar ao local, o gerente florestal da Aracruz, Renato Rostirolla, surpreendeu-se com a objetividade das invasoras. Elas cortaram os dutos de irrigação e atacaram exatamente a área de expedição, de onde sairiam carregamentos de mudas já prontas para as plantações, e o laboratório, onde destruíram equipamentos e misturaram sementes que estavam em testes. "Há trabalhos de 20 anos de melhoramento genético que foram perdidos", lamentou

Rostirolla. A pesquisadora Isabel Gonçalves interrompeu férias para conferir o estrago e não conteve as lágrimas ao ver o esforço de anos destruído. Para Rostirolla, as acusações feitas pelas camponesas aos florestamentos industriais são infundadas. Ele lembrou que as plantações de eucaliptos, pinus e acácias ocupam apenas 0,7% do território gaúcho. Os projetos de expansão existentes atualmente prevêem a ampliação da área para 2%. O gerente florestal destacou ainda que as invasoras destruíram mudas de árvores nativas, que a empresa também cultiva. Para cada dois hectares de árvores de corte, a Aracruz planta um hectare de nativas para preservação permanente, informou. O total dos prejuízos não foi calculado, mas só o laboratório esta-

Manifestantes ligadas à Via Campesina chegaram no local às 5h30 da manhã e renderam vigilantes

va avaliado em US$ 400 mil. Rossetto – A destruição do viveiro e do laboratório foi condenada pelo ministro do Desenvolvimento e Reforma Agrária, Miguel Rossetto. Numa rápida saída da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento e Reforma Agrária, que preside em Porto Alegre, ele disse que não concorda com esse tipo de ação. "Isso não tem nada a ver com reforma agrária", ressaltou. O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Antônio Hohlfeldt (PMDB), qualificou o ato de

"provocação e bandidagem". A Aracruz é líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto e estuda a aplicação de US$ 1,2 bilhão na construção de uma planta com capacidade para um milhão de toneladas por ano. O Rio Grande do Sul disputa o investimento e chegou a temer que a invasão prejudicasse a candidatura do estado. O diretor de operações da empresa, Walter Lidio Nunes, disse que não há motivo para essa preocupação porque considera a invasão um ato de alienígenas,

que não representa a vontade da sociedade gaúcha. A Aracruz tem uma indústria em Guaíba que já produz 430 mil toneladas por ano. A empresa tem entre seus sócios os grupos Safra, Lorentzen e Votorantim, cada um com 28% do capital votante, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com 12,5%. O governador em exercício revelou que a Brigada Militar impediu a invasão de supermercado da rede Carrefour e de uma loja do McDonald's nesta semana. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

PÁTIO VOLTA A SER DO COLÉGIO Paulo Pampolin/Hype

Convênio entre a USP e a Secretaria Municipal da Educação promoverá cursos de educação comunitária a professores da rede municipal nas dependências do Pátio do Colégio

M

Rejane Tamoto

ais um passo para a revitalização do Centro: a partir deste mês, professores de escolas municipais próximas ao Centro da cidade receberão aulas de extensão nas instalações do Pátio do Colégio, local onde a cidade de São Paulo foi fundada e onde foram criados os primeiros cursos de filosofia, teologia e artes. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Educação que firmou convênio com o campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) para capacitar professores de cinco regiões do município com o curso Educador Comunitário. Como é gratuito, os critérios de seleção dos professores serão definidos pela secretaria. Esses detalhes deverão ser divulgados no próximo domingo, durante uma solenidade no Pátio do Colégio. Função comunitária – Segundo a assessora pedagógica do curso da USP Leste, Ana Maria Klein, cerca de 240 professores que trabalham em escolas próximas ao Centro poderão participar do curso no Pátio do Colégio. Outros 960 estarão distribuídos em prédios da cidade, de acordo com a região em que trabalham. Segundo a assessora, o objetivo é capacitar um professor de cada instituição de ensino a ter uma função comunitária na escola, articulando-a à comunidade. "A proposta é ampliar o aprendizado para além dos muros, usando o entorno da escola como espaço de aprendizagem. A secretaria definirá como esse conhecimento

deve ser utilizado nas escolas municipais", disse. Ana destacou a importância da participação da comunidade na escola e o conhecimento do aluno sobre a realidade da região. Esses conteúdos da cidade, disse ela, poderão ser trabalhados nas disciplinas do currículo escolar, como por exemplo português e matemática. A assessora afirmou que um dos fundamentos do curso Educador Comunitário é o princípio de cidade educadora, conceito surgido na década de 90, na Espanha. Ele sustenta que a educação também é competência da cidade, já que a escola não tem condições de transmitir todos os conhecimentos e informações do mundo contemporâneo aos alunos. O curso, segundo Ana Klein, tem 120 horas de duração, está dividido em três módulos e será ministrado por professores da área de educação, mestrandos e doutorandos da USP, além de profissionais do projeto Cidade Escola Aprendiz. "Os participantes do Aprendiz trarão as vivências e experiências práticas de educação comunitária", disse a assessora. Teoria e prática – Aos sábados, no Pátio do Colégio, haverá sempre aulas teóricas que reunirão os 240 educadores. As segundas-feiras serão dedicadas a aulas práticas e o grupo será dividido em duas turmas de 120 professores. Nessas aulas, cada turma visitará uma localidade próxima às escolas em que trabalha. "Como é aula prática, ainda separamos três

turmas de 40 professores, em três períodos", afirmou. O curso Educador Comunitário foi ministrado pela primeira vez no ano passado e já capacitou 360 professores das regiões norte e leste da Capital. "Este curso tem uma função muito importante dentro da rede de ensino e, por isso, a Prefeitura investe e acredita na proposta", concluiu. O coordenador do curso é o professor-doutor da Escola de Ciências, Artes e Humanidades da USP Leste, Ulisses F. Araújo. Segundo Ana Maria Klein, o Educador Comunitário é um curso de extensão voltado à comunidade e tem o apoio do Núcleo de Apoio Social, Cultural e Educacional, que também integra a USP na assistência a trabalhos com a comunidade.

A primeira escola da cidade

O

Pátio do Colégio foi sede da primeira escola de São Paulo. Tudo começou quando 13 padres da Companhia de Jesus, entre eles José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, subiram a Serra do Mar e chegaram ao planalto de Piratininga. Foi junto a uma cabana construída pelo cacique Tibiriçá que o beato José de Anchieta participou da celebração da primeira missa em solo paulista, em 1554. Na mesma tapera, Anchieta começou a catequizar os índios.

Em 1556, o padre Afonso Brás ampliou a construção para que os jesuítas pudessem ali morar. Em 1640, uma disputa entre colonos e religiosos culminou com a expulsão do padres. Treze anos depois eles retornaram e ergueram um conjunto de ensino em taipa de pilão. Nascia o Pátio do Colégio, sede dos primeiros cursos de filosofia, teologia e artes na cidade. Após sucessivas descaracterizações, foi reconstituído nos moldes da terceira construção, em taipa de pilão. (RT)

Ainda este mês, 240 professores da rede municipal terão aulas nas dependências do Pátio do Colégio, na área central da cidade. O objetivo é capacitá-los a ter uma função comunitária na escola. Outros 960 educadores terão aulas em prédios distribuídos por cinco regiões da cidade. O Pátio do Colégio foi a primeira escola de São Paulo, onde lecionou o beato José de Anchieta. O Pátio reencontra suas origens.


quinta-feira, 9 de março de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO No dia 15 de março, Receita começa a devolver R$ 150 milhões de IR pago a mais.

970 MIL CONTRIBUINTES QUITES COM O LEÃO

INSS ENCABEÇA LISTA DO TST EM NÚMERO DE PROCESSOS O INSS figura como réu em 4,3 mil processos no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Banco Santander ocupa o segundo lugar no ranking, com 4,2 mil ações. Houve queda nos processos envolvendo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

O

Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) lidera o ranking de empresas privadas e órgãos públicos com maior número de processos no Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com o último levantamento do tribunal, o INSS está em primeiro lugar, com 4,3 mil processos nos quais figura como parte, seguido do Banco Santander Meridional S/A, com 4,2 mil ações. Desde 2004, essa é a primeira vez que o Banco do Brasil não encabeça a lista do TST. Com 3,4 mil processos em que é parte do litígio, o banco ocupa agora o terceiro lugar em número de processos. A redução – de 8,5 mil, em 2004, para 4,3 mil, em 2005 – é apontada como um dos efeitos positivos da publicação da lista. Abusos – O presidente do TST, ministro Vantuil Abdala,

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atribuiu a liderança do INSS no ranking a vários fatores, entre os quais o credenciamento "abusivo" de advogados privados para atuar em processos do órgão. Esse procedimento foi autorizado pela

Lei nº 6.539/78 devido ao pequeno número de procuradores para representar os interesses da autarquia. A Caixa Econômica Federal (CEF), que figurava com 6,5 mil processos em tramitação no TST no levantamento realizado em 2004, é parte atualmente em 2,2 mil ações. A queda no número de processos é atribuída às iniciativas adotadas pelo setor jurídico para solucionar os litígios trabalhistas pendentes no tribunal. Em setembro de 2004, depois da divulgação do rank i n g e m q u e a p a re c i a e m quarto lugar, a instituição financeira anunciou a decisão de desistir de mais de 700 recursos em andamento no TST referentes a processos nos quais fora condenada, como responsável subsidiária, a assumir obrigações trabalhistas não pagas por prestadores de serviços terceirizados. (AE)

Rafael Neddermeyer/AE

Vantuil Abdala, presidente do TST, critica o abuso no credenciamento de advogados para defender a autarquia

Receita libera hoje consulta ao 3º lote de restituição do IR

A

Receita Federal libera hoje, na internet, a partir das 9 horas, a consulta ao terceiro lote residual do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2005 (ano-base 2004). As restituições somam R$ 150 milhões e os 102,3 mil contribuintes incluídos nesse lote terão o dinheiro disponível a partir do próximo dia 15. A consulta para saber se a declaração do IR está liberada da malha fina do Fisco pode ser feita pela internet (w w w. rec e i t a . f a z e n d a .g o v. b r ) ou pelo tel. 0300-78-0300. O valor da restituição virá com correção de 15,6%, referente à Selic acumulada entre maio de 2005 e 1º de março

deste ano. O contribuinte que não informou o número da conta para depósito da restituição poderá, segundo a Receita, procurar uma agência do Banco do Brasil ou ligar para 4004-0001 (nas capitais) ou 0800-729-0001 (demais localidades) e fazer a transferência do dinheiro para o banco onde possui conta corrente. A consulta ao extrato de processamento da declaração do IR poderá ser feita na página da Receita. Caso o contribuinte não concorde com o valor que está sendo devolvido, poderá receber a restituição no banco e reclamar a diferença posteriormente em uma das unidades da Receita Federal. Também serão liberadas no

lote de hoje 55 mil declarações com imposto a pagar, no total de R$ 55,3 milhões. O Fisco apurou que outras 26,4 mil pessoas tiveram saldo zero. Acerto –Até as 18 horas de ontem, a Receita Federal havia recebido um total de 970 mil declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) deste ano, o que corresponde a um aumento de 8% quando comparado ao volume de documentos enviados no mesmo período de 2004. Até o dia 28 de abril, quando termina o prazo de entrega, a Receita espera receber 1 milhão de documentos. A última terça-feira foi o dia de maior movimento, quando 193 mil contribuintes acertaram as contas com o Leão. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 9 de março de 2006

Penha aposta no turismo religioso População e comerciantes do bairro da zona leste se unem para trazer de volta os fiéis e divulgar a história da padroeira informal da cidade de São Paulo Fotos de Marcos Fernandes/Luz

Clarice Chiquetto

N

os anos 40, quando algo fora do normal acontecia em São Paulo, como uma enchente, a Câmara Municipal recorria à padroeira informal da cidade e uma procissão saía da Igreja da Nossa Senhora da Penha em direção à

Catedral da Sé. A festa em homenagem à Santa, em setembro, costumava durar sete dias, reunia dezenas de milhares de pessoas e fazia as escolas suspenderem as aulas. Hoje, poucos lembram da Igreja da Penha e de sua vizinha, a capela da Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Mas, se depender da distrital Penha da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da população local, em breve esse panorama vai mudar e o bairro voltará a ser referência para católicos de todo o País. A intenção é reviver o turismo reli-

gioso e, de quebra, divulgar o patrimônio histórico local. As mudanças já começaram. Nos últimos quatro anos, a igreja do Rosário, fechada pelo Contru por risco de desabamento, foi reformada, o largo do Rosário foi ajardinado pela dona da banca de revistas vizinha, a festa em homenagem à Nossa Senhora do Rosário voltou a acontecer em junho e a festa da Penha reuniu 5 mil pessoas no último dia 8 de setembro. Houve ainda a fundação do Memorial da Penha e da Associação Viva Penha. O próximo passo, segundo o superintendente da distrital, Marco Antonio Jorge, é unir os comerciantes. Alguns já estão participando. Uma delas é Teófila Morelli, dona da Loja das Bagunças, que, seguindo o exemplo da loja de flores da frente e do hotel ao lado, restaurou sua fachada. Teo, como é conhecida, dá aos clientes santinhos e pequenas imagens da Nossa Senhora da Penha. Ela acredita que os "penhenses" ainda são muito religiosos e que faltava apenas incentivo. "O surgimento da Viva Penha (que reúne população e comerciantes em busca de melhorias) serviu como a injeção de ânimo que precisávamos", diz. José Morelli, ex-padre e, assim como Teo, membro da família de comerciantes mais tradicional do bairro, conta que o dia da Nossa Senhora da Penha era tão movimentado quanto o de Natal. "Famosos faziam questão de casar aqui. As ruas eram cheias de lojas de velas, fotógrafos e artigos religiosos. Todos queriam recordações", lembra. História - Fran cisco Folco, diretor do Memorial da Penha, fundado em 2004 com a intenção de resguardar e divulgar a história do bairro, acredita que mais do que reviver o turismo religioso, é importante dar atenção ao patrimônio histórico local. "Foi aqui, no palacete do fundador da ACSP, o Coronel Rodovalho, que D. Pedro II se hospedou pouco antes de declarar a independência do

A Basílica da Penha (acima) abriga a imagem de madeira, levada pelo viajante, que deu origem ao bairro. À direita, fachada da primeira loja restaurada na rua Penha de França: uma floricultura.

País, por exemplo. O prédio foi demolido nos anos 50, mas temos imagens guardadas", diz. Foi também de um posto policial no largo do Rosário, que o presidente da província de São Paulo, Carlos de Campos, conduziu o governo por alguns dias na Revolução de 24. Além disso, a Penha ganhou a segunda linha de bonde elétrico da cidade, em 1901. Redentorista - A perda da popularidade da igreja é creditada à troca de congregações há pouco mais de trinta anos, quando os redentoristas passaram o comando aos diocesa-

Imagem indicou local de construção

A

nos. Enquanto os redentoristas, que estão à frente de Aparecida do Norte, são ligados à comunidade, os diocesanos são mais políticos. "Depois da troca, durante a ditadura, lembro de batalhas entre povo e militares na igreja", diz Folco. Talvez por isso, o padre Calasans, à frente da igreja da Penha há 31 anos, acredita que incentivar o turismo religioso é tarefa do comércio. "O que depender de nós será feito. Com boa divulgação, em cinco anos voltaremos a ser referência, ficando só atrás de Aparecida de novo", aposta o superintendente.

Reprodução

Folco (acima) defende a divulgação da história da Penha. Teo (à direita), dona da Loja das Bagunças, já contribui com o turismo religioso, vendendo artigos como a estátua reproduzida no alto.

Fiéis concentrados junto à igreja do Rosário, no bairro da Penha, em festa realizada em 1951

história da Igreja de Nossa Senhora da Penha começou no início do século XVII, quando um católico francês viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro com uma imagem de Nossa Senhora trazida de sua terra natal. Ele acampou na região onde hoje fica a Penha e pela manhã, retomou seu caminho. De noite, percebeu que havia perdido a imagem. Deu meia-volta e encontrou a santa no alto da colina onde dormira. Guardou a imagem e seguiu viagem. Mas o mesmo aconteceu na noite seguinte. O devoto entendeu que se tratava de uma mensagem e ergueu ali uma capela dedicada à Santa. É essa a história que os penhenses ouvem sobre a fundação do bairro. A data registrada na igreja de Nossa Senhora da Penha de França é 1682, mas documentos indicam que a construção é cerca de vinte anos mais antiga. A imagem original do viajante foi preservada e está hoje no altar da basílica, construída entre 1957 e 1967, a menos de um quilômetro da igreja original. A poucos metros da primeira igreja, negros escravos, proibidos de frenquentá-la, construíram, em 1802, com dinheiro esmolado, a capela de NS do Rosário dos Homens Pretos. Em protesto à "igreja dos brancos", construíram a capela voltada de costas para a Sé. E até hoje ela é marcada pela cultura dos afro-descendentes. (CC)


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

Roupas e sapatos carregam 37% de impostos no preço final.

20 EMPRESAS PEDIRAM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CONSELHO DA MULHER EMPREENDEDORA: É PRECISO VESTIR A CAMISA DA CAMPANHA DE OLHO NO IMPOSTO

TRIBUTO AO DIA DA MULHER Paulo Pampolin/Hype

M

etade dopreçodo xampu é preenchido com impostos. O absorvente poderia ser 35% mais barato não fosse a alta tributação vigente no Brasil. Isso sem falar de roupas e sapatos, taxados em 37%. "Ninguém sabe ao certo quanto se paga de imposto e nem para onde todo vai esse dinheiro", diz a presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Diva Furlan (foto à direita, com indicação da incidência de impostos em vários produtos). "É preciso que se defina um tributo justo e transparente", defende. A missão de Diva, não só na ACSP, mas em outros projetos dos quais ela participa em paralelo, é informar a mulher do seu papel na sociedade. "É ela quem vai ao supermercado, vê o preço das coisas e que pode reclamar para o gerente, por exemplo, que a carga tributária está pesada demais", diz. "Tentamos convencer as mulheres das Associações Comerciais a divulgarem essa idéia e vestirem a camisa da campanha De Olho no Imposto." Por meio da ACSP e com a diretora adjunta para o interior do Estado de São Paulo, Neura Costa, Diva leva esse conceito a cidades paulistas menores. No próximo dia 22, elas fecham parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para que sejam ministrados cursos de apoio ao empreendedorismo voltados às mulheres, nas sedes da ACSP do inte-

Ninguém sabe ao certo quanto se paga de imposto e nem para onde todo vai esse dinheiro. Diva Furlan, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora da ACSP rior do estado. "Elas são empreendedoras por natureza e é preciso conscientizá-las da importância que representam na sociedade", diz Neura. Segundo ela, a idéia é levar informação para as mulheres menos favorecidas, para que elas percebam o quanto é importante lutar por um imposto justo. E também saibam da importância do voto nas eleições, e as razões da diferença de salários entre os sexos. "São as mulheres que decidem as eleições no Estado de São Paulo, já que representam a maioria dos eleitores", diz Neura. "Mas enquanto não nos organizarmos como um movimento cívico mesmo, não teremos avanços significativos naquilo que diz respeito aos nossos direitos." Diva e Neura também fazem parte do conselho do programa Mulheres em Ação", da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "Falamos da importância de se ter responsabilidade financeira e poupar no longo prazo", diz Neura. O fórum esclarece para a mulher o funcionamento do mercado financeiro, promove cursos de cidadania e outros assuntos da vida feminina. Para se ter uma idéia da dimensão desse projeto, quando ele começou, as mulheres representavam 3% dos investimentos das pessoas físicas na bolsa. Hoje, 1/5 dos investidores são do sexo feminino com contas ativas na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. "É a mulher ocupando seu espaço no mundo", dizem. E, se depender da dupla, cada dia mais o mundo estará marcado de batom. Sonaira San Pedro

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FALENCIAS

Em fevereiro, o número de pedidos de falências registrou queda de 62,6%. O recuo pode ser explicado pelas novas regras da Lei de Falências.

Quebra de empresas cai 43,5% O

s registros de falências diminuíram no País em fevereiro em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa divulgada ontem pela Serasa. No período, os pedidos de falências apresentaram queda de 62,6%. Quanto ao número de falências decretadas, o recuo foi de 43,5%. Segundo a Serasa, em fevereiro, houve apenas um caso

de concordada deferida, o que resultou em uma redução significativa de 83,3%, na comparação com fevereiro de 2005. Sem base de comparação, já que a Nova Lei de Falências entrou em vigor somente em junho do ano passado, os requerimentos de recuperação judicial totalizaram 20 registros em fevereiro. Não houve pedido de recuperação extrajudicial no período.

O movimento de declínio também foi verificado no primeiro bimestre de 2006 sobre os dois meses iniciais de 2005. Nesse período, as falências requeridas recuaram 66,7%, as decretadas caíram 26,8% e as concordatas deferidas diminuíram 75%. Foram 40 os pedidos de recuperação judicial de empresas nos dois primeiros meses deste ano. Também não houve, nesse intervalo, regis-

tros de requerimentos de recuperação extrajudicial. De acordo com especialistas, a queda nos indicadores de falências foi provocada, principalmente, pela nova legislação que desestimulou a utilização desse instrumento pelo credor como forma de cobrança. Quanto à recuperação judicial e extrajudicial, acredita-se que o mercado ainda está "se adaptando" a esses novos institutos

legais que substituíram a concordata e aguarda jurisprudência sobre o assunto. A Serasa destacou que o movimento de baixa nos volumes de falências requeridas e d e c re t a d a s f o i m o t i v a d o , principalmente, pela maior liquidez da economia, decorrente tanto pelo desempenho das exportações de bens e serviços quanto pela alta do consumo das famílias. (AE)


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LEGAIS - 9


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Empreendedores Nacional Finanças Empresas

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DATA DE SAÍDA DE LEVY AINDA NÃO FOI MARCADA

5,8

por cento é a projeção do Ipea para o crescimento dos investimentos no Brasil ao longo de 2006

DESPESAS ATRELADAS AO SALÁRIO MÍNIMO SUBIRAM PARA R$ 166,6 BILHÕES NO ANO PASSADO

MÍNIMO INFLUENCIA GASTO PÚBLICO Ipea prevê crescimento P 350 do PIB de 3,4% em 2006 Estimativa do instituto está abaixo da projeção do governo, de 4% Cezar Diniz/Digna Imagem – 14/6/04

O

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% para 2006 — abaixo das apostas de 4% do governo federal — e reduziu a previsão da inflação deste ano para o centro da meta (4,5%). O Ipea alerta que, para o Brasil crescer a taxas mais robustas (de 4% a 5% ao ano), é preciso aumentar investimentos. Para o instituto, a redução do uso da capacidade da indústria abre espaço para longo processo de redução dos juros básicos. "Não descartaria um crescimento que possa chegar a 4%, mas acredito que será mais perto dos 3,5%", disse o coordenador do Grupo de Acompanhamento Conjuntural (GAC) do Ipea, Fábio Giambiagi. Ele afirmou que a economia este ano não contará com um efeito estatístico favorável, chamado carry over, que representa um carregamento do impulso do ano anterior, como ocorreu de 2003 para 2004. Mas, no fim de 2005, a atividade estava mais fraca. Ontem, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, afirmou em palestra em Londres que o País pode crescer 4% este ano. Já o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, também em visita a Londres, indicou que este ano será parecido com o de 2004, quando o PIB avançou 4,9%, mas ele não quis cravar uma projeção. As projeções de mercado indicam crescimento de 3,5% em 2006.

Giambiagi: cenário atual permite processo longo de queda de juros

Investimentos — A previsão de expansão do PIB foi mantida porque, segundo o diretor de Macroeconomia do Ipea, Paulo Levy, o cenário traçado em dezembro "vem se materializando como previsto". O Ipea, no entanto, reduziu a previsão de crescimento dos investimentos de 7% para 5,8%, por considerar que a construção não avançará tanto quanto o esperado. Além disso, o instituto aumentou um pouco a estimativa de consumo privado (de 4,6% para 4,8%) e reduziu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,8% para 4,5%. O consumo das famílias dará a maior contribuição (2,7 pontos percentuais) para o crescimento do PIB em 2006. De forma geral, as projeções do instituto ficaram muito próximas das divulgadas no boletim anterior. Potencial — Segundo o instituto, a economia hoje está

"aparelhada para crescer apenas a uma taxa média de 3,5% a 4% ao ano" e o principal desafio é chegar a um ritmo de expansão entre 4% e 5%. Para isso, será preciso ampliar a taxa de investimento, estimada em 20% do PIB no ano passado. Para crescer 4%, a taxa de investimentos teria de ficar entre 22,5% e 24%. Já para avançar 5% a taxa necessária seria entre 25% e 27% do PIB. O instituto avalia, entretanto, que a taxa de investimentos deste ano ficará em 20,4%. Giambiagi disse que houve uma redução do uso da capacidade instalada da indústria no ano passado, o que permite um crescimento equilibrado, sem o risco de pressões inflacionárias de curto prazo. Isso, segundo o economista, dá maior liberdade ao Banco Central (BC) para um processo mais longo de redução de juros. O Ipea projeta que a taxa Selic chegará o último trimestre na faixa de 15,7%. Exportações — A projeção de câmbio para o fim do ano caiu de R$ 2,42 para R$ 2,25. Apesar disso, o Ipea ampliou a previsão de exportações de US$ 123,4 bilhões para US$ 129,7 bilhões e a de superávit passou de US$ 35,8 bilhões para US$ 41,8 bilhões. Outras entidades, como a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), já vinham trabalhando com estimativas de saldo na casa dos US$ 40 bilhões. O Ipea argumenta que a maior parte do crescimento vai decorrer de aumentos de preços e cotações durante o ano. (AE)

Celso Júnior/AE – 4/8/05

Joaquim Levy, que estava no comando da Secretaria do Tesouro Nacional desde o início do governo Lula, vai assumir uma das vice-presidências do BID. O nome de Levy foi indicado pelo próprio governo.

Levy troca Tesouro pelo BID O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, deixará o governo para assumir uma das vicepresidências do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), afirmou ontem o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, José Carlos Miranda. O nome de Levy foi indicado pelo governo brasileiro e aprovado pelo presidente do BID, Luis Alberto Moreno, para substituir João Sayad, que deverá deixar a vicepresidência para Finanças e Tributação da instituição nas próximas semanas. O momento da ida de Levy para Washington, contudo, ainda não está definido e dependerá de uma decisão do próprio

secretário e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse Miranda. "Não é provável, é certo que ele vai para o BID", afirmou o secretário, que é responsável pelo relacionamento do País com o BID e o Banco Mundial. Levy foi funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1992 e 1999. Entrou no governo federal no ano seguinte, como secretárioadjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. Na Secretaria do Tesouro Nacional desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2003, Levy é considerado figura central da equipe econômica. "Ainda

que, até certo ponto, já esperada pelo mercado, sua saída do governo ainda representa a perda de um formulador de políticas experiente e ortodoxo, que é amplamente reconhecido pelas contribuições importantes ao desenho da política fiscal e ao gerenciamento da dívida nos anos recentes", afirmou o analista da Goldman Sachs Alberto Ramos em nota. Em novembro passado, o Ministério da Fazenda confirmou que o secretário havia sido sondado para assumir um cargo no BID, mas que não havia tomado decisão a respeito. Levy levou adiante as operações de renegociação de títulos brasileiros e de pagamento de dívidas. (Reuters)

arte substancial do aumento dos gastos do governo federal em 2005 reflete o reajuste real do salário mínimo no ano passado, afirmou o Tesouro Nacional em nota divulgada ontem. No ano passado, as despesas do governo central subiram 15,7% frente a 2004, alcançando R$ 350,2 bilhões. As despesas associadas a benefícios, que são atreladas ao salário mínimo – como as previdenciárias e de seguro desemprego – subiram 16,7%, para R$ 166,6 bilhões. Em 2005, o salário mínimo foi reajustado em 15,4% em termos nominais. Apesar do impacto do mínimo sobre os gastos, as despesas não associadas a benefícios cresceram ainda mais no ano passado, com alta nominal de 22,4%, para R$ 90,7 bilhões. Segundo o Tesouro, alguns itens que mais pesaram para essa elevação foram os subsídios e subvenções econômicas

bilhões de reais foi o total de gastos do governo central no ano passado. A alta sobre 2004 foi de 15,7%. – que cresceram 85,7%, para R$ 10,3 bilhões, por conta principalmente de subvenções do governo à dívida agrícola e pagamentos de esqueletos. Padrão — "O crescimento das despesas em 2006 deverá seguir padrão semelhante, com maior ímpeto nas despesas com benefícios", apontou o Tesouro. O gasto público brasileiro é uma das principais fontes de preocupação de investidores estrangeiros. Uma ana-

lista da agência de classificação de risco Standard & Poor's disse, recentemente, que um melhor desempenho fiscal do País é chave para nova elevação da nota brasileira. O Tesouro reconheceu que, além de elevar os gastos públicos, o reajuste do salário mínimo também "explicou o relativo dinamismo do consumo das famílias", que cresceu 3% em 2005. As despesas discricionárias, que incluem investimentos e gastos de custeio que o governo pode cortar, subiram 15,4%, para R$ 64,8 bilhões. O Tesouro calcula que os investimentos isoladamente cresceram cerca de 10% no ano, ou seja, ficaram praticamente estáveis na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB). Em termos absolutos, o ministério que mais investiu em 2005 foi o de Transportes, com alta de 33,6%. Já os investimentos do Ministério da Saúde caíram 15,6%. (Reuters)

Agências rebaixam Portugal Telecom A estratégia de defesa da Portugal Telecom para evitar ser comprada pelo grupo Sonae, que envolve aumento dos dividendos distribuídos aos acionistas, fez as agências de risco Standard & Poor's e Moody's reduzirem ontem o rating do grupo. A S&P cortou a nota

atribuída à Portugal Telecom em um ponto, para "BBB+", o terceiro nível mais baixo entre os considerados grau de investimento. A S&P informou que poderá diminuir novamente a nota. "Isso reflete o aumento do risco de crédito para os detentores de títulos de dívida da empresa como

resultado da política financeira mais agressiva e dos planos que devem mudar a dinâmica competitiva no mercado português", justificou a agência de risco. A Moody's reduziu o rating de "A3" para "Baa1", mantendo a nota em revisão para outro possível rebaixamento. (Reuters)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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1,02 8/3/2006

COMÉRCIO

por cento foi a desvalorização, ontem, do IEE da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O índice reúne ações de empresas de energia.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

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PSDB DISCUTE QUEM SERÁ O CANDIDATO DO PARTIDO À PRESIDÊNCIA. ANÚNCIO DEVE SAIR ATÉ SEGUNDA.

CÚPULA TUCANA SE REÚNE AMANHÃ: SERÁ O FIM DO IMPASSE?

A

cúpula tucana reúne-se em São Paulo amanhã para fechar os entendimentos em torno do candidato do PSDB a presidente. Nos bastidores, tucanos confirmam que o anúncio oficial do representante da legenda para a concorrer às eleições presidenciais não deve passar deste fim de semana. Segundo fontes ligadas ao partido, o anúncio poderá estender-se também ao nome do candidato que disputará a sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente. Isso porque uma ala da legenda passou o dia de ontem analisando dados de uma pesquisa realizada para avaliar a performance do prefeito paulista, José Serra (PSDB), a governador. A conclusão é de que os dados são altamente favoráveis a Serra. A questão é saber se ele aceitará este desafio. O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), confirmou a reunião e afirmou que estará na capital paulistana amanhã junto com outros dirigentes da legenda – leia-se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas, Aécio Neves –, que também virão à cidade para a conversa. Tasso descartou, no entanto, a possibilidade de o comando do partido anunciar o nome do candidato tucano à presidência amanhã mesmo. "Estarei em São Paulo, mas certamente não terá anúncio nenhum nesse dia. Talvez, no fim de semana." Reunião – O governador de Minas, Aécio Neves, já antecipou sua viagem de volta ao Brasil para hoje. Ele voltaria apenas no próximo dia 13 do Canadá. O ex-presidente Fernando Henrique, que ministra palestra no Equador, também embarca de volta hoje. Afirmando mais uma vez estar absolutamente "zen", Alckmin insistiu que a escolha do nome do partido para disputar o Palácio do Planalto está "madura" e deverá ser tomada nos próximos dias. "Pode ser sábado, pode ser segunda-feira, não tem uma data. Mas eu não vejo razão para isso demorar mais." Oficialmente, os tucanos di-

zem que o encontro servirá para ouvir os nomes mais cotados à disputa presidencial: Alckmin e Serra. Mas, nos bastidores, a convergência em torno do nome do governador de São Paulo ganha corpo a cada dia. Os serristas negam que exista este entendimento e sustentam que não acreditam na possibilidade de o prefeito deixar o cargo para disputar o Palácio dos Bandeirantes. "Se ele deixar a Prefeitura, será apenas para disputar a Presidência da República", disse um colaborador de Serra. Tendência – Apesar das afirmações dos defensores da can-

didatura do prefeito, setores do PFL receberam a sinalização de que os entendimentos para a escolha do candidato ao Palácio do Planalto estão mais favoráveis a Alckmin. Para os pefelistas, seria uma saída perfeita se Serra aceitasse disputar a sucessão em São Paulo porque o PFL, por meio do vice-prefeito Gilberto Kassab, poderia ficar com o comando da maior prefeitura da América Latina. Apesar dessa torcida, o

PESQUISA DÁ FÔLEGO A SERRA prefeito José Serra se saiu bem nos O resultados da pesquisa IBOPE, feita por telefone e para consumo interno do PSDB. Segundo dados divulgados no blog do jornalista Ricardo Noblat, houve empate técnico para presidente: deu Serra com 44% das intenções de votos contra 42% de Lula. Para governador de São Paulo, deu 72% para Serra e 17% para Marta Suplicy.

prefeito do Rio, César Maia (PFL), continua apostando num desfecho favorável a Serra. Em conversas informais, FHC tem confidenciado que a candidatura de Alckmin para a presidência seria a melhor opção para o PSDB. Na avaliação de FHC, a candidatura do governador implicaria em menos riscos em caso de derrota. Já com a candidatura de Serra, o ex-presidente avalia que seria um jogo de tudo ou nada. FHC, porém, faz questão de ressalvar que se Serra resolver correr todos os riscos terá o seu apoio integral. E, em caso de um fracasso na sucessão, o partido ficaria sem nada em São Paulo, perdendo o que tem, a prefeitura de São Paulo, e o que não tem, a presidência da República. Conversa – Sobre a possibilidade de Serra concorrer ao governo estadual, Alckmin desconversou. "Esta conversa eu li pela imprensa, ninguém teve nenhuma conversa comigo a esse respeito, nenhuma. Nem o prefeito, nem o presidente do partido, Tasso Jereissati, nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nem o governador Aécio (N eves) , que está fora do País", afirmou. "São notícias apenas da imprensa e quem deve se manifestar é o próprio prefeito", disse. "Não faria a indelicadeza de comentar algo que o prefeito nem sequer ventilou", continuou o governador, acrescentando que o nome para disputar o Palácio dos Bandeirantes deve vir somente em abril. Mas, apesar de ter evitado comentários sobre o assunto, o governador insistiu que o julgamento popular deverá assegurar aos tucanos uma vitória na eleição estadual. Serra, por sua vez, novamente evitou responder se quer ser o candidato do PSDB à Presidência da República. Disse que falará "oportunamente", mas considerou legítima a preocupação da população paulistana com seu futuro político. Até mesmo alguns tucanos ligados ao prefeito admitiram que sua candidatura à presidência está prestes a naufragar pela sua demora em aceitar o desafio. (Agências)

TERMINA CAMARADAGEM ENTRE GAROTINHO E RIGOTTO Nabor Goulart/AE

D

emorou, mas pode ter chegado ao fim a política de boa-vizinhança entre os pré-candidatos do PMDB à presidência, Anthony Garotinho (RJ) e Germano Rigotto (RS). O primeiro a deixar de lado o cavalheirismo foi Garotinho. Ontem, em "campanha" em Fortaleza, ele mostrou pela primeira vez as garras: "Rigotto é um candidato muito bom e uma pessoa excelente. Mas eleição não se trata de concurso de amizade e simpatia. Sou o candidato mais forte e mais viável", disse. Os dois vinham se tratando cordialmente até aqui, com o objetivo de manter uma aliança temporária contra a ala da legenda que se opõe à candidatura própria ao Planalto. As contas que levam Garotinho a se auto-proclamar favorito no PMDB são simples. Em 2002 – como candidato do PSB e apenas um minuto de TV no horário eleitoral –, ele alcançou 15 milhões de votos no primeiro turno – ficando atrás de Serra por uma diferença de 4% dos votos válidos. "Com o tempo do PMDB eu terei 30 milhões e vou ganhar as eleições", avalia o ex-governador do Rio de Janeiro.

Caio Guatelli/Folha Imagem

Para tucanos, demora de Serra em decidir se deixa ou não a prefeitura pode prejudicar sua candidatura. Dida Sampaio/AE

Senador Jorge Bornhausen (à esq.) com Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB: decisão sairá logo.

Em relatório interno, PT prega intervenção do Banco Central se Lula se reeleger.

NEPOTISMO evantamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) revela que, após a proibição do nepotismo no Poder Judiciário, foram exonerados cerca de 2,6 mil parentes de juízes em todo o País. Para o presidente da OAB da Bahia, Dinailton Oliveira, é preciso que a sociedade fique atenta para a possibilidade de funcionários demitidos serem contratados para trabalhar em outros poderes, numa troca de favores entre dirigentes dos órgãos, conhecida como transnepotismo. " A sociedade tem o papel fundamental de fiscalizar esses atos públicos." Segundo a OAB, o primeiro caso de transnepotismo no País aconteceu no Estado do Amazonas. (AG)

O discurso do pré-candidato não mudou um milímetro em relação à defesa da candidatura própria do PMDB depois da decisão do Tribuinal Superior Eleitoral em favor da verticalização, proclamada na sexta. Pela regra, as alianças da coligação à presidência teriam que ser reproduzidas nos Estados – o que, segundo analistas, enfraquece a candidatura do PMDB. Até o fim do mês, o Supremo Tribunal Federal vai bater o martelo sobre o assunto. Outro inimigo – Ao menos na Justiça comum, porém, Garotinho já garantiu uma vitória. Ontem, o Tribunal de Justi-

ça do Rio negou o recurso do prefeito Cesar Maia (PFL) que pedia indenização por danos morais contra o ex-governador. No processo, o prefeito alegou que foi difamado, caluniado e injuriado por Garotinho durante a campanha eleitoral de 2004. Em uma reportagem publicada pelo jornal "O Dia", o exgovernador teria declarado que o prefeito não tinha como explicar o patrimônio em apartamentos avaliados em R$ 2,4 milhões no bairro de São Conrado, zona sul do Rio. A ação também foi proposta contra o jornal. (Agências)

Givaldo Barbosa/Agência O Globo

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INQUÉRITO Rigotto, entre Maguito Vilela e Iris Rezende: depois de flores, os tapas.

Ó RBITA

Vereadora petista de Minas Gerais é investigada por receber verbas do Bolsa-Família.

Polícia Federal (PF) entregou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito do "mensalão", que desde junho de 2005, investiga o suposto pagamento de mesada a parlamentares e partidos da base aliada em troca de apoio ao governo. Até agora, foram indiciados cinco acusados e outros 40 estão relacionados para indiciamento. No relatório, a PF pediu mais prazo para concluir os trabalhos, pois falta fechar as perícias contábeis das empresas de Marcos Valério. (AE)

A

ALENCAR POUPA GENERAL presidente em exercício e ministro da Defesa José Alencar iniciou ontem uma ofensiva para manter o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, no posto. Contra o general, pesa suspeita de abuso de poder no episódio em que uma aeronave pronta para a decolagem foi forçada a retornar à área de embarque de passageiros para que o general e a mulher dele subissem a bordo – dia 1, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo. Em conversa telefônica com Alencar, Albuquerque negou que tenha obrigado a torre de comando do aeroporto a interromper a decolagem. Negou também que soubesse que dois passageiros cederam seus assentos para o general e a mulher, uma vez que a aeronave estava lotada. Em entrevista à imprensa, ele apresentou sua versão: "Eu não pedi a ninguém para

O

fazer isso", explicou, sobre a interrupção do vôo e a troca de passageiros. "Quem deu a solução foi a própria companhia (aérea)." Alencar orientou o general a dar o maior número de entrevistas possível, explicando o fato. A situação do comandante é delicada porque, nos próximos dias, ele estará sob a artilharia das Comissões de Defesa do Consumidor da Câmara e de Defesa e Relações Exteriores do Senado. As autoridades competentes têm versões diferentes para o ocorrido. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelo Aeroporto, alega ter cumprido ordens do Departamento de Aviação Civil (DAC). A empresa informou ainda que nunca havia presenciado fato parecido. Já o DAC disse que o procedimento de interrupção de decolagens é comum. (Agências)


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Nacional Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

17 Atiradores iniciaram ontem o sacrifício de animais infectados com a febre aftosa, em Pedra Preta, no Paraná.

LIVROS DE NEGÓCIOS CUSTAM ATÉ R$ 60 NA BIENAL

19ª BIENAL INTERNACIONAL DE LIVROS DE SÃO PAULO COMEÇA HOJE NO PAVILHÃO DO ANHEMBI

EDITORAS APOSTAM EM TÍTULOS DE NEGÓCIOS Ernesto Rodrigues/AE

M

Montagem final dos estandes de editoras que participam da Bienal de São Paulo, que começa hoje

INFLAÇÃO IPC-S subiu 0,17% no período até 7 de março, ante 0,01% na apuração anterior.

Ó RBITA

PETRÓLEO Opep se comprometeu a manter inalterada sua atual quota de produção.

esmo sem apresentar grandes lançamentos no mercado editorial todos os anos, o segmento de negócios é um dos que mais cresce. Só no ano passado, vendeu mais de 16 milhões de títulos e atingiu um faturamento da ordem de R$ 346 milhões, segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Já os livros didáticos, campeões de venda, foram responsáveis por um faturamento de R$ 822 milhões e atingiram a margem de venda de 56 milhões de títulos. O motivo para o sucesso dos temas de negócios, segundo o presidente da M. Books, Milton Mira Assumpção Filho, é o ingresso de novos profissionais no mercado de trabalho, sedentos por informações sobre a sua carreira. Tanto é assim que, dos 15 livros que a editora vai lançar na 19ª Bienal do Livro de São Paulo, que começa hoje, no Parque de Exposições do Anhembi, 11 são do segmento de negócios.

A

Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários informou que as concessionárias têm planos de comprar 20,16 mil vagões até 2008, uma média anual de 6,72 mil unidades. Caso as entregas sejam concretizadas até o final de dezembro de 2008, o plano trienal anunciado será o maior da história da indústria ferroviária. (AE)

CESTA BÁSICA

A

cidade de São Paulo apresentou a cesta básica mais cara do Brasil em fevereiro, apesar do recuo de 1,08% nos preços ante janeiro. O custo médio do conjunto de produtos alimentícios atingiu R$ 175,54. (AE)

Vendas cresceram 40,10% em relação a fevereiro de 2005

em janeiro. As compras realizadas por financiamento subiram um ponto percentual. Foram financiadas 68% das transações no mês passado, ante 67% em janeiro. No primeiro bimestre, as vendas de carros usados

EXPORTAÇÃO DE PROFISSIONAIS

B

rasil e outros países emergentes pediram ontem a abertura de 33 mercados ricos para seus profissionais. As economias em desenvolvimento entregaram uma solicitação oficial para que americanos, japoneses e europeus liberem seus mercados para que trabalhadores dos países emergentes possam atuar nessas economias em contratos de curto ou médio

A

A TÉ LOGO

prazo. As negociações ocorrem na Organização Mundial do Comércio (OMC) e fazem parte do debate sobre a abertura dos mercados para serviços. Para os emergentes, a prestação de serviços profissionais é um setor que pode gerar recursos às economias em expansão. A Índia, com seus técnicos em informática, lidera a iniciativa. (AE)

CONSUMIDOR MENOS CONFIANTE

O

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de março, apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) na região metropolitana de São Paulo, teve queda de 0,1%, em

LIGHT Light, distribuidora de energia carioca, recebeu quatro propostas a mais que o esperado pela compra da empresa. O prazo final para as ofertas venceu ontem. (Reuters)

atingiram 155.980 unidades e subiram 40,76% sobre o mesmo período em 2005. Segundo a Assovesp, a venda de caminhões usados em fevereiro somou 6.212 unidades e apresentou alta de 2,10% em relação a janeiro. (AE)

relação a fevereiro. O índice atual é de 138,1 pontos. Em relação a março de 2005, quando o resultado foi de 146,4 pontos, houve uma queda de 5,7%. A pesquisa indica a redução de 0,7% no ICC entre os consumidores de baixa renda. (AE)

BANHO DE COMPETITIVIDADE

S

ão Paulo é o estado mais competitivo do País, segundo estudo do Movimento Brasil Competitivo (MBC). Para chegar a essa conclusão, a entidade elaborou um índice que vai de zero a um

e considera aspectos como a qualificação da mão-deobra, o nível de conhecimento e inovação e infra-estrutura. Em segundo lugar, aparece o Rio de Janeiro, seguido do Distrito Federal. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Governo brasileiro estuda produção de computador de US$ 100 no País

L

Telecom Italia anuncia que poderá vender 1 bilhão de euros em ativos

L

Banco Mundial negocia empréstimo de US$ 3,1 bilhões à Argentina

DC

FERROVIAS

desoneração fiscal da produção editorial, decretada em Medida Provisória pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2004, não foi suficiente para que o preço de capa dos livros caísse, mas foi crucial para evitar um colapso no mercado. Por causa da chamada MP do Livro, os preços ficaram praticamente congelados durante todo o ano passado, apresentando uma variação de 3,76% menor que a dos indicadores de custo de vida, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que variou 6,41% em 2005, e mesmo o Índice de Preço ao Consumidor (IPC), com alta de 5,23%. Essa é a conclusão do estudo do professor Francisco Anuatti Neto, do Departamento de Economia da Faculdade de

A

A

s vendas de carros e comerciais leves usados no Estado de São Paulo subiram 1,27% em fevereiro, sobre janeiro, totalizando 78.484 unidades. Em relação a fevereiro de 2005, o aumento foi de 40,10%. Os dados foram divulgados pelos revendedores independentes representados pela Associação dos Revendedores dos Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp). Em nota, a Assovesp informa que o desempenho em fevereiro foi considerado positivo, visto que o mês tem menor número de dias úteis do que

los por mês. Atualmente o setor é responsável por 33% do faturamento da empresa. "É nossa grande aposta, mas não na Bienal. Resolvemos deixar nossos lançamentos de negócios para os próximos meses", diz a diretora editorial da empresa, Janice Florido. Outras empresas pegam carona no bom desempenho do segmento para lançar novos títulos, como a Editora Campus. Hoje, esses livros movimentam mais de 20% da produção da editora, que publica mais de 1,5 milhão de livros ao ano. Mais timidamente, a Editora Senac São Paulo é outra que começa a investir na publicação do segmento de negócios. A empresa vai levar duas obras que abordam a relação de trabalho na Bienal: "Novas Tramas Produtivas", que trata das mudanças no ambiente de trabalho e sua relação com a produção, e "Na Trilha de Macunaíma", que mostra a importância do ócio e do trabalho. Márcia Rodrigues

MP do livro ajuda o setor

Eduaro Knapp/Folha Imagem

VENDAS DE USADOS EM ALTA

Segundo o executivo, o setor representa mais de 60% do faturamento da editora e cresce de 8% a 10% todos os anos. "Além de contarmos com um público cativo, já que sempre há novos executivos interessados em nossos livros, os preços de comercialização também são bem atrativos para a editora", diz Assumpção Filho. A média de preço de venda é de R$ 50 a R$ 60, bem acima dos vendidos em outros segmentos como religiosos, artes, lazer e obras gerais, que custam em torno de R$ 35. A maioria desses títulos são traduções de autores dos Estados Unidos e Inglaterra – grandes responsáveis pela criação de conceitos de treinamento, gerenciamento de informações e de gestão de negócios. Depois – A Editora Futura – braço responsável pelas obras de negócios do grupo Editorial Siciliano, vai lançar apenas um título do nicho na Bienal. Mas a empresa coloca no mercado, em média, quatro novos títu-

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Economia e Administração (FEA), da USP. O professor acompanhou a evolução dos preços de venda ao consumidor de 88.938 títulos, de 1.236 editoras. Todos os títulos catalogados até dezembro de 2004, quando a cadeia produtiva ficou desobrigada do pagamento de PIS-CofinsPasep, medida que vale também para a importação.

Segundo o estudo, a média de preço de um exemplar passou de R$ 34,1 para R$ 35,4. Antes da MP, um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alertava para uma retração de 48% do setor. Agora, o volume de novos investimentos chega aos R$ 180 milhões, que o Ministério da Cultura credita à desoneração fiscal. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quinta-feira, 9 de março de 2006

em Campinas

Operário dá os últimos retoques na mureta da sacada de loja da 13 de Maio

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

13 DE MAIO

Revitalização das fachadas chega à reta final Cerca de 90% das lojas da 13 de Maio já exibem placas publicitárias nos padrões definidos pela nova legislação

A

s aproximadamente 200 lojas localizadas na rua 13 de Maio, no centro de Campinas, já entraram no processo de revitalização das fachadas, como exige a Lei 14.944 de 14 de outubro de 2004, que criou a “Área Especial de Intervenção”. Pelo menos 90% dessas lojas já completaram os trabalhos de revitalização, segundo o presidente da Comissão de Manutenção da rua, Carlos Francisco Simões Correia. “Todos estão trabalhando. Falta muito pouco para que tudo esteja concluído”, disse o presidente.

O comércio das ruas transversais da 13, apesar de mais lentamente, também está entrando no processo de adequação das fachadas. A “Área Especial de Intervenção” é delimitada pela praça Marechal Floriano Peixoto, as avenidas Dos Expedicionários, Campos Salles, Francisco Glicério e a rua Costa Aguiar, voltando novamente à praça. Todo o comércio dessa área especial - cerca de 700 lojas no total, além, inclusive, das que podem ser vistas das calçadas externas desse quadrilátero – deve remodelar as fachadas como determina a lei. Correia, também segundo vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic),

disse que a entidade está realizando um trabalho de conscientização junto aos comerciantes que ainda não entraram no ritmo de alterações. A principal mudança é a retirada das bandeiras e dos lambris das fachadas. Além disso, a loja tem que apresentar um planejamento das intervenções que vai fazer na fachada original montando um processo na Prefeitura. “É burocracia, mas tem que ser feito”, disse Correia. Quase todas as lojas da 13 já retiraram as bandeiras e as fachadas. Apenas a loja Baby Calçados não realizou o trabalho, porque os proprietários estão em negociação com a Prefeitura para manter a fachada atual, que custou R$ 6 mil para uma instalação que transformou a fachada em vitrine. Sai caro mesmo realizar as mudanças cobradas pela Prefeitura, depois da finalização da revitalização da rua 13 de Maio. De acordo com Carlos José Gomes, gerente da Star, loja de relógios e jóias, que divide o mesmo prédio com a relojoarias Oriental e Meritum, somente a retirada das bandeiras e dos lambris ficou em R$ 2,1 mil. Os lojistas ainda estão calculando o quanto vão gastar para fazer as reformas necessárias no edifício, além da nova pintura, da confecção e instalação de bandeiras dentro dos novos padrões e a colocação do toldo. “Isso ainda vai custar muito dinheiro para os comerciantes”, disse o gerente. As mudanças deveriam estar prontas até o 31 de janeiro passado. No dia 15 de fevereiro, no entanto, a prefeitura de Campinas prorrogou o prazo da alteração na Área Especial de Intervenção em decreto publica-

Detalhe de prédio antigo da rua 11 de agosto em restauro

do no Diário Oficial. Pelo decreto o comerciante tem 90 dias, contados a partir do dia 15 de fevereiro, para entrar com a solicitação de “licença de publicidade”. Se o protocolo atender às exigências das leis que alteraram a disposição das fachadas, o comércio terá até 180 dias para realizar as adequações. Ainda de acordo com a prorrogação, o prazo para a retirada das

publicidades que não se enquadrem no Decreto 14.944/04 não poderá ser superior a 180 dias, contados a partir da publicação no Diário Oficial. Queixas - Tanto Gomes quando o presidente da Comissão de Manutenção da 13 reclamaram do desleixo da Prefeitura nos trabalhos de manutenção da rua. De acordo com Correia, no último dia 1º de fevereiro deste

Na Álvares Machado lojas ainda mantêm as fachadas antigas

Na 13 quase todo o comércio obedece aos novos padrões

ano aconteceu uma reunião entre representantes dos comerciantes, da Prefeitura e das empreiteiras que realizaram os trabalhos na 13 de Maio para avaliar o estado geral da rua. Nenhum representante da Zeladoria do Centro compareceu ao encontro, alegando ignorar a reunião. A Acic comprovou a entrega do convite para a Zeladoria. No encontro o poder público e as empresas receberam uma lista da Associação com 28 itens relacionados a pequenos problemas da rua 13 de Maio. Entre os levantamentos da Acic estão pedras soltas, palmeiras mortas ou estragadas, vazamento de água na frente de duas lojas e a completa falta de limpeza do espelho de água, que mesmo não estando nos planos originais da revitalização da 13 foi construído e até hoje não recebeu nenhuma manutenção, apesar de a inauguração ter acontecido em 28 de outubro de 2005. A implantação do espelho de água foi duramente criticada, quando anunciada para os comerciantes pela Prefeitura, em reunião na Acic. De acordo com o presidente da Acic, Guilherme Campos Júnior, a crítica foi justamente a provável falta de manutenção que poderia ocorrer com o espelho. “Na época, foi dito que a Prefeitura iria se responsabilizar pela limpeza”, disse o presidente da Associação. Prefeitura – O diretor do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), da prefeitura de Campinas, Ronaldo de Souza, disse que os trabalhos realizados pelas empreiteiras para a Prefeitura na revitalização da 13 de Maio ainda estão dentro da garantia de manutenção. Segundo Souza, o espelho de água, por exemplo, passou para o controle do DPJ há 13 dias e a limpeza e manutenção está sendo cobrada da empresa. O Departamento, segundo Souza, também está cobrando a substituição das plantas da rua que estão com problema ou mortas. “Todas as segundas-feiras temos servidores municipais realizando trabalhos no centro da cidade”, garantiu o diretor. Os comerciantes da principal rua do comércio da área central também reclamam da falta de limpeza constante da calçada e das lixeiras que foram instaladas depois de um convênio entre a prefeitura e a iniciativa privada. Mário Tonocchi

ÓRBITA

JARDINS Secretaria Municipal de InfraEstrutura realiza, hoje, a partir das 8h, a extração de sete paineiras rosa secas do canteiro central da avenida Orosimbo Maia. A Secretaria alega que precisa tirar as árvores porque podem cair na rua e causar problemas para motoristas e pedestres. A Prefeitura informou que vai começar uma nova arborização nos locais das árvores retiradas, quando for colocado em prática um plano de revitalização de ruas de Campinas, o que deve acontecer ainda este ano. As paineiras foram plantadas há décadas.

A

FLORES Espaço das Artes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CiespCampinas) expõe até o próximo dia 31 quadros em uma mostra denominada Linguagem das Flores. No evento, nove artistas plásticas convidadas para fazer uma “leitura de telas de época, onde se entrelaçam a pintura, a poesia e o romantismo”. Participam da exposição a professora Maura Kaschel e suas alunas Flora Baracat, Yole Sanchez, Juliana Sanchez, Neli Ornelas, Priscila Simões, Ana Maria Ramalho, Cláudia Braga e Célia Vergani. Informações 3743-2200.

O

BAGAGEM Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer, apresenta, até o dia 30 de abril, a exposição "Bagagem Histórica Paulista". A mostra reúne cerca de 130 malas, trabalhadas por artistas plásticos de todo o Estado, com temas variados como a imigração nordestina e italiana. As malas são de artistas plásticos convidados de Campinas e região, como Marta Stranbi, Lenita Galli, Antônio Peticov, Dário Bueno, Regina Renno e Thomas Farkas. A exposição pode ser vista de segunda à sextafeira, das 8h às 17h, e sábado, das 8h às 18h.

A

TRIBUTOS EXPEDIENTE

No centro da cidade, as campineiras receberam flores e foram penteadas

Campos Jr. falou às mulheres do Movimento pela Transparência nos Impostos

Aula de cidadania no Dia da Mulher ma homenagem às mulheres patrocinada pelo Partido da Frente Liberal (PFL), que tem em Campinas como presidente Guilherme Campos Júnior, também presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), transformou-se em mais uma manifestação do movimento de Olho no

U

Imposto, no centro de Campinas, ontem. O partido político oferecia às mulheres tratamento de beleza, enquanto entregava panfletos explicativos do Movimento pela Transparência nos Impostos. De acordo com Campos Júnior, as mulheres precisam saber que o imposto no setor de

beleza chega a até 52%, por exemplo, como é o caso do shampoo. “A beleza é fundamental principalmente para as mulheres e todas têm o direito de saber o quanto recolhem para o governo ao comprar produtos de beleza”, disse o presidente da Acic. Para o presidente da Associação, as mulheres são o público

fundamental do comércio no impulso das vendas em todos os setores. "Se não existissem as mulheres, não existiria o comércio. Elas têm grande importância na economia e na sociedade e deveriam ser homenageadas todos os dias", afirmou Campos Júnior. Além da homenagem do PFL, que levou novamente o De Olho no

Imposto para a praça, ontem, a Acic também ofereceu suas homenagens. Foram distribuídas duas mil rosas para as mulheres que passaram pela porta da Associação e instalada uma faixa com os dizeres “No seu dia parabéns mulher. Homenagem da Acic. Guilherme Campos Júnior, presidente”. (MT)

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


18

Nacional Empresas Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

Maria Helena Bastos já investiu cerca de R$ 3 milhões só na fazenda Monte Alto.

A META É CHEGAR A UM MILHÃO DE PÉS DE CAFÉ

Um toque feminino na produção de café

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Maria Helena Bastos une intuição e determinação

N LETREIRO

A

adoção do nome de Helena para a marca do café premium que sai da da Fazenda Monte Alto foi idéia do marido da empresária, Ricardo Bastos. Ele teria ficado tão apaixonado pelo aroma do café, que decidiu batizá-lo com o nome de sua maior paixão, a mulher Helena. Coincidências da vida, a pesquisa sobre a fazenda mostra que Ricardo é descendente dos primeiros donos do lugar, antes que as terras chegassem à família de Helena.

SEGREDO

N

a fase em que reavaliava o rumos da Fazenda Monte Alto, Maria Helena ouviu de um dos especialistas empenhado em ajudá-la, recomendação para que fizesse com o café o que já fazia no comando da construção de sua casa: "Dê um toque feminino", teria recomendado o colaborador. Era, ela se lembra, uma receita para tentar baixar sua ansiedade com o rumo incerto das coisas.

PEDRA

A

o iniciar o negócio, a empresária era completamente inexperiente no trato com a terra. Começou, assim, plantando café em solo desgastado, sem as informações completas para tornar viável a produção de um café nobre.

o Aeroporto de Congonhas, chegando de Brasília, ela sai da porta de desembarque puxando uma mala e segurando flores. Logo identifica a senha de reconhecimento combinada com a reportagem - um caderno na mão. Abre um sorriso largo e já sai contando suas emoções. É véspera do Dia Internacional da Mulher e Maria Helena Monteiro Alves Bastos desembarca como a vencedora da fase nacional do Prêmio Mulher Empreendedora, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil. Enquanto ajeita a bagagem no porta-malas, a microempresária abre a porta do carro e senta-se no banco da frente. Está acostumada a tomar a dianteira. E o faz com naturalidade, para ajudar a desimpedir o trânsito no desembarque. Maria Helena se define como "uma mulher prática, de ação", mas que não deixa a emoção de lado. A lembrança da surpresa preparada pelos encarregados da recepção do prêmio, em Brasília, com um coral só de mulheres, a deixa com os olhos marejados. Para essa microempresária, hoje à frente do Café Helena, que cultiva e processa em sua fazenda, em Dourado (SP), a recepção de Brasília soou como a surpresa de aniversário, que, imagina, nunca terá. Não porque esteja solitária. As festas da família – o marido e duas filhas, para os quais faz declarações descaradas de paixão – têm sempre como pano de fundo suas articulações. "Se tentarem fazer uma surpresa para mim, sabem que eu vou descobrir. Estou acostumada a fazer isso, sou festeira", conta. O coral, em Brasília, no entanto, a pegou desprevenida. E representou, além da festa – surpresa sonhada, embora o aniversário só seja em outubro –, seu presente pelo Dia Internacional da Mulher e o reconhecimento de um trabalho que tem a persistência típica dos empreendedores. Não fosse por essa persistência, Maria Helena não teria os 767 mil pés de café que plantou na Fazenda Monte Alto, onde seu avô já cultivara o produto muitos anos antes. "Comprar a propriedade era um sonho", tornado possível com a disposição dos herdeiros, incluindo seu pai, de lhe vender a terra. "Todos me chamavam de louca. O que mais me diziam é que eu estava colocando todas as economias em um negócio que era do passado", conta Maria Helena, em relato sobre a sua história, preparado para a premiação do Sebrae. Há cerca de seis anos, quando iniciou o negócio – depois de mais de duas décadas de carreira bem-sucedida como executiva de uma multinacional –, ela sofreu os efeitos de uma prolongada seca e queda nos preços do produto.

EMPREENDEDORES Maria Helena Monteiro Alves Bastos deixou uma bem-sucedida carreira de executiva de uma multinacional para produzir café

A plantação, recorda-se, ficou reduzida a troncos secos. "Eu não podia desistir, meu dinheiro estava lá. Apoiada pela família, manteve-se mais presente em Dourado, embora a família mantenha residência em Tamboré, na Grande São Paulo. "Aprendi que é muito diferente a gestão de uma empresa e a de uma fazenda", compara Maria Helena, hoje ciente de que nada sabia sobre trabalhar com a terra. Ela conta que em quatro meses conseguiu identificar do que precisava. Aconselhou-se com novos especialistas e descobriu que poderia recuperar a lavoura. Apostou nisso e há dois anos já colhe os frutos de todo o esforço. A empresária

vende seu café torrado – processado na própria Monte Alto – para 150 pontos da capital paulista. Ainda neste ano, segundo seus planos, a distribuição deve alcançar cidades do interior, próximas à fazenda, de onde também sai o grão natural para torrefadoras de terceiros. O futuro ainda inclui exportar o café Helena. Como, aliás, fazia seu avô. Diversificação O café representa 80% do faturamento da Fazenda Monte Alto. O restante vem de atividades associadas à criação de carneiros e à granja ali instalada. "O carneiro come o capim do cafezal e também ajuda na adubação", explica Maria Helena. As atividades estão inte-

gradas ao circuito da produção. "Só a seca inicial não estava planejada", brinca ela. Toque feminino O fato é que tudo ali tem um pouco da sua alma. Maria Helena aceitou o desafio de dar um toque feminino em tudo o que fazia. E foi assim que o cafezal da Monte Alto ganhou roseiras nos tulhões, cortinas de crochê nas tulhas e banquinhos com almofadas bordadas na sala de degustação. O esforço serviu de mote para o que hoje emoldura o logotipo da casa – "Café Helena, O toque feminino na tradição". Olho no futuro Pelos cálculos de Maria Helena os negócios da Fazenda Monte Alto já consumiram cerca de

R$ 3 milhões, fora a compra das terras. Hoje, garante, o negócio é auto-sustentável e já financia novos investimentos, como os que estão sendo feitos para melhorar o beneficiamento eletrônico do café. "Também vou fazer um secador suspenso." Certificação de qualidade Outra melhoria em andamento é a preparação da fazenda para a certificação de qualidade. Além disso, Maria Helena restaura equipamentos e instalações que possam dar suporte a um projeto de turismo rural, em fase de elaboração. A idéia é implantá-lo em 2007, quando o número de pés de café deve chegar a um milhão de unidades. Fátima Lourenço

Fotos: Divulgação

A empresária foi vencedora do Prêmio Mulher Empreendedora promovido pelo Sebrae Nacional. Foi uma homenagem ao Dia da Mulher.

CABECEIRA

Para gerenciar pessoas

A

s idéias de que os colaboradores de uma empresa compõem uma família e que o departamento de recursos humanos trabalha em prol do bem-estar do trabalhador são alguns dos mitos que estão caindo por terra. O departamento de RH deixou de ser há muito tempo apenas um apoio para os departamentos financeiro, administrativo ou de produção dentro de uma empresa. Esses são alguns dos temas propostos por Jean Pierre Marras, autor de Gestão de Pessoas em Empresas Inovadoras (Editora Futura). A obra fala ainda sobre os impactos da globalização nas novas relações de trabalho e as mudanças ocorridas na organização corporativa nas últimas três décadas. A precarização do emprego, A Fazenda Monte Alto tem atualmente 767 mil pés de café

as desigualdades sociais, além de novas idéias de gestão que surgem em vários países do mundo são apresentadas de forma que o leitor possa encontrar quais são as tendências de gerenciamento de pessoal dentro das corporações. E mais: como os valores mecanicistas deram lugar ao pensamento estratégico. Dora Carvalho


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16 -.GERAL

quinta-feira, 9 de março de 2006

DERROTADO, RONALDO RECEBE AFAGOS DO PRESIDENTE LULA. JÁ KAKÁ FESTEJA SUA BOA FASE.

AS DUAS FACES DA SELEÇÃO Paco Serinelli/AFP

Dylan Martinez/Reuters

Ronaldinho Gaúcho, "indispensável"

U

Kaká: gol que ajudou na classificação do Milan na Liga dos Campeões da Europa

E

m um mesmo dia, a Europa viu duas faces do futebol brasileiro. De um lado, Ronaldo, muito contestado por um possível excesso de peso, que, apesar de ter criado ontem boas chances de gol, não conseguiu levar o Real Madrid à classificação. Sua equipe empatou em 0 a 0 com o Arsenal, na Inglaterra, e está fora da Liga dos Campeões da Europa. Do outro, o disciplinado Kaká que, em boa fase, ajudou o Milan a derrotar o Bayern de Munique. O time alemão caiu, goleado, por 4 a 1, com direito a um gol do brasileiro. A má fase de Ronaldo deixou até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupado. Em Londres, ele pediu a Carlos

Alberto Parreira, por telefone, que transmitisse sua solidariedade ao jogador, porque "nos momentos ruins é que a gente tem de ajudar as pessoas". "Eu o vi ser vaiado e fiquei muito incomodado", afirmou o presidente no telefonema, em conversa presenciada por jornalistas, quando ele estava numa exposição no Centro Cultural Barbican, onde visitou a mostra "Tropicália". "Dê um abração nele, querido. Eu acho que ele pode transformar a Copa da Alemanha na Copa dele." O presidente, que está em visita de Estado na Inglaterra, também dedicou uma edição especial do programa Café com o Presidente para o atacante. Lula afirmou que escreveu uma

carta de "incentivo" ao jogador. "Eu gosto do Ronaldinho. Acho ele um menino extraordinário. Resolvi mandar essa carta quase que como se fosse um pai, dando conselho ao filho". Para Lula, a imagem positiva do Brasil internacionalmente se deve, em parte, ao jogador. "Devemos a ele parte da imagem boa que o Brasil tem no mundo, porque ele é um menino bom caráter, ajuizado e de cabeça no lugar. Um menino que ganhou três vezes o título de melhor jogador do mundo". A conversa entre Lula e Parreira deveu-se a um acaso. O treinador ligou para o repórter Marcos Uchoa, da TV Globo, que cobria a visita do presidente. Uchoa disse, então, a Parrei-

Ronaldo: carta de incentivo do presidente Lula

ra que, por acaso, estava com o presidente próximo dele. Lula ouviu a conversa e, em seguida, pediu: "Deixa eu falar com ele." Parreira foi a Londres acompanhar Arsenal x Real Madrid. Partida em que o atacante não decepcionou, apesar de não marcar gols. Ronaldo pode estar em baixa no Real Madrid, mas ainda é o preferido dos apostadores nas casas de Londres, Berlim e outras capitais européias. O ata-

cante está cotado como o favorito para se tornar o artilheiro da Copa do Mundo da Alemanha, que começa no 9 de junho. Na Europa, as casas de apostas ainda apontam o Brasil como favorito para a conquista do título, seguido da Inglaterra e Argentina. "Ronaldo pode não estar bem agora, mas todos sabem que seu desempenho nos Mundiais é sempre extraordinário ", afirmou um assessor da Ladbrokes. (Agências)

m dia após dar um show no Camp Nou e levar o Barcelona às quartasde-final da Liga dos Campeões, eliminando o rival Chelsea, Ronaldinho Gaúcho foi reverenciado na Espanha. Autor do gol no empate por 1 a 1, arrancou elogios dos adversários. "Ronaldinho é muito bom tecnicamente, mas também é muito forte fisicamente. Na jogada do gol, passou por três jogadores e não conseguimos pará-lo", disse o zagueiro John Terry. "O gênio de Ronaldinho permitiu que o Barcelona tivesse a revanche diante de um decepcionante Chelsea", celebrou o jornal L’Equipe. "Indispensável Ronaldinho Gaúcho", endossou Le Parisien. Até o presidente Lula, na Inglaterra, falou sobre o craque. Após ouvir, em tom informal, que foram os ingleses que levaram o futebol ao Brasil, em 1894, disse: "Charles Miller fez uma avaliação incorreta. Se tivesse assistido ao jogo do Barcelona contra o Chelsea e visto o gol do Ronaldinho, certamente não teria levado mais a bola para o Brasil", brincou. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de março de 2006

LEGAIS - 11

Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 - Sede: Cidade de Deus - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração No exercício, registrou Lucro Líquido de R$ 127,796 milhões, correspondente a R$ 70,64 por lote de mil ações, Patrimônio Líquido de R$ 894,525 milhões.

Senhores Acionistas,

Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005.

Osasco, SP, 30 de janeiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

ATIVO

2004

PASSIVO

CIRCULANTE .................................................................................... DISPONIBILIDADES ........................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ........................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................... Carteira Própria ................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................. Transferências Internas de Recursos .................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO .............................................................. Operações de Crédito - Setor Privado .................................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ............... OUTROS CRÉDITOS ......................................................................... Rendas a Receber ............................................................................... Diversos .............................................................................................. Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ........................ OUTROS VALORES E BENS .............................................................. Outros Valores e Bens .......................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ...................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................... Carteira Própria ................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO .............................................................. Operações de Crédito - Setor Privado .................................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ............... OUTROS CRÉDITOS ......................................................................... Rendas a Receber ............................................................................... Diversos .............................................................................................. Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ........................ PERMANENTE .................................................................................. INVESTIMENTOS ............................................................................... Participações em Coligadas e Controladas: - No País ............................................................................................. - No Exterior ........................................................................................ Outros Investimentos ........................................................................... Provisões para Perdas ......................................................................... IMOBILIZADO DE USO ....................................................................... Outras Imobilizações de Uso ............................................................... Depreciações Acumuladas ...................................................................

144.840 697 89.540 1.918 87.622

456.727 1.449 3.320 3.320 –

– – 296 296 22.129 24.039 (1.910) 32.178 6.007 26.531 (360) – 784 (784) 242.765

372.593 372.593 287 287 25.581 27.654 (2.073) 53.497 192 54.474 (1.169) – – – 474.765

– – 6.383 15.234 (8.851) 236.382 1.381 235.018 (17) 808.295 808.295

223.261 223.261 17.047 28.856 (11.809) 234.457 1.381 233.097 (21) 312.190 311.314

802.733 – 27.360 (21.798) – – –

27 305.744 27.341 (21.798) 876 31.072 (30.196)

T O T A L ............................................................................................

1.195.900

1.243.682

2005

2004

CIRCULANTE .................................................................................... DEPÓSITOS ....................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .................................................................... Depósitos a Prazo ................................................................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................... Sociais e Estatutárias ........................................................................... Fiscais e Previdenciárias ..................................................................... Diversas ..............................................................................................

49.789 – – – 49.789 36.422 13.365 2

753.557 729.213 728.800 413 24.344 6.461 17.535 348

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................. DEPÓSITOS ....................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .................................................................... Depósitos a Prazo ................................................................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................... Fiscais e Previdenciárias ..................................................................... Diversas ..............................................................................................

251.586 – – – 251.586 238.709 12.877

346.343 83.746 83.613 133 262.597 249.494 13.103

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................

894.525

143.782

Capital: - De Domiciliados no País ................................................................... Reservas de Capital ............................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................

774.449 7.226 112.850

T O T A L ............................................................................................

RESERVAS DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL

SALDOS EM 30.6.2005 ...................................................................... AUMENTO DE CAPITAL ..................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR INCORPORAÇÃO .............................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................... - Dividendos Declarados ..........................................

115.100 – 652.889 – – – –

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .......... Operações de Crédito ........................................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários

14.065 5.558 8.507

40.143 13.258 26.885

103.015 26.666 76.349

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......... Operações de Captações no Mercado ................................ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .................

7.370 8.078 (708)

18.984 28.511 (9.527)

42.222 59.264 (17.042)

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................

6.695

21.159

60.793

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ....... Receitas de Prestação de Serviços .................................... Despesas de Pessoal ......................................................... Outras Despesas Administrativas ...................................... Despesas Tributárias ......................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .... Outras Receitas Operacionais ............................................ Outras Despesas Operacionais ..........................................

32.767 – (100) (3.339) (357) 36.303 1.628 (1.368)

111.044 – (234) (5.176) (749) 123.290 3.738 (9.825)

(10.126) 246 – (15.396) (5.057) (17.469) 38.280 (10.730)

RESULTADO OPERACIONAL ........................................ RESULTADO NÃO OPERACIONAL ............................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ...... LUCRO LÍQUIDO .............................................................

39.462 1.262 40.724 (2.264) 38.460

132.203 749 132.952 (5.156) 127.796

50.667 (1.490) 49.177 (26.508) 22.669

Número de ações ............................................................... 1.808.996.092 1.808.996.092 Lucro por lote de mil ações em R$ .................................... 21,26 70,64

321.571.204 70,49

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

115.100 7.207 21.475

1.195.900

1.243.682

AUMENTO DE CAPITAL

INCENTIVOS FISCAIS

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

OUTRAS

7.183 – – – – – –

24 – – 19 – – –

652.889 6.460 (652.889) – – – –

– – – – 38.460 (27.499) (10.961)

860.547 6.460 – 19 38.460 – (10.961)

ESTATUTÁRIAS

10.750 – – – – 1.923 –

74.601 – – – – 25.576 –

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................

767.989

6.460

7.183

43

12.673

100.177

894.525

SALDOS EM 31.12.2003 .................................................................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ........................................ REDUÇÃO DE CAPITAL ..................................................................... INCENTIVOS FISCAIS ........................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................... - Dividendos Declarados ..........................................

164.074 26 (49.000) – – – – –

– – – – – – – –

5.637 – (5.637) 7.183 – – – –

– – – – 24 – – –

49.558 (26) (44.408) – – – 1.133 –

408.966 – (408.823) – – – 15.075 –

– – – – – 22.669 (16.208) (6.461)

628.235 – (507.868) 7.183 24 22.669 – (6.461)

SALDOS EM 31.12.2004 ....................................................................

115.100

7.183

24

6.283

15.192

143.782

SALDOS EM 31.12.2004 .................................................................... AUMENTO DE CAPITAL ..................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR INCORPORAÇÃO .............................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................... - Dividendos Declarados ..........................................

115.100 – 652.889 – – – –

– 6.460 – – – – –

7.183 – – – – – –

24 – – 19 – – –

6.283 – – – – 6.390 –

15.192 – – – – 84.985 –

– – 1 – 127.796 (91.375) (36.422)

143.782 6.460 652.890 19 127.796 – (36.422)

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................

767.989

6.460

7.183

43

12.673

100.177

894.525

ORIGEM DOS RECURSOS .............................................

541.177

1.588.960

2.392.036

LUCRO LÍQUIDO .............................................................

38.460

127.796

22.669

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ..................................... Depreciações e Amortizações ............................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .... Variação nas Provisões de Investimentos ........................... Outros ...............................................................................

(41.068) – (36.303) – (4.765)

(168.136) 41 (123.290) – (44.887)

30.416 7.206 17.469 (2.393) 8.134

RECURSOS DE ACIONISTAS ......................................... - Aumento do Capital por Incorporação de Ações ............... - Aumento do Capital por Subscrição ................................

6.460 6.460 –

659.350 6.460 652.890

– – –

DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS ..

7.183

– – 531.319 –

14.434 14.434 629.363 –

– – 2.331.061 658.752

521.255 74 8.189 1.670 131 10 10 – – 5.996

595.854 – 14.115 19.394 – 320.121 10 835 319.276 6.032

1.450.250 – 96.398 125.661 – 707 490 44 173 –

541.410

1.589.712

2.392.059

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............................... Outras Obrigações ......................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................... Relações Interdependentes ............................................. Operações de Crédito ..................................................... Outros Créditos .............................................................. Outros Valores e Bens .................................................... - Alienação de Bens e Investimentos ................................. Bens Não de Uso Próprio ............................................... Imobilizado de Uso ......................................................... Investimentos ................................................................. Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas .........

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...................................... VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ......................................................................

418

DIVIDENDOS PROVISIONADOS/PAGOS ........................

10.961

36.422

6.461

REDUÇÃO DE CAPITAL .................................................

507.868

INVERSÕES EM ............................................................... Bens Não de Uso Próprio ................................................... Imobilizado de Uso ............................................................ Investimentos ..................................................................... - Aumento dos Subgrupos do Ativo .................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................... Relações Interdependências ........................................... - Redução dos Subgrupos do Passivo ............................... Depósitos ....................................................................... Captações no Mercado Aberto ........................................ Outras Obrigações .........................................................

1.209 7 – 1.202 89.120 89.120 – 440.120 435.968 – 4.152

654.102 10 – 654.092 86.229 86.220 9 812.959 812.959 – –

7.389 115 2 7.272 275 – 275 1.869.648 679.776 603.078 586.794

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ...........................

(233)

(752)

(23)

Início do Período .............................. Fim do Período ................................ Redução das Disponibilidades .........

930 697 (233)

1.449 697 (752)

1.472 1.449 (23)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Boavista Interatlântico S.A. é uma instituição financeira múltipla, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Boavista Interatlântico S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas atividades conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em 15 de março de 2005, encerrou-se as atividades da investida Boavista Banking Limited, conforme deliberado na Reunião da Diretoria de 31 de março de 2004, sendo suas operações transferidas para o Banco Boavista Interatlântico S.A. Grand Cayman Branch, que teve suas atividades encerradas em 19 de setembro de 2005, em conformidade com a Reunião da Diretoria realizada em 30 de junho de 2005, transferindo os recursos resultantes do encerramento para o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., inclui a agência externa de Nassau, e foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. A variação cambial das operações da agência externa foi distribuída, nas linhas da demonstração de resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhe deram origem.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Operações de crédito, outros créditos e provisão para créditos de liquidação duvidosa. As operações de crédito e outros créditos são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso

As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controlada e coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras da agência externa são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP e seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. g) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)

Em 31 de dezembro - R$ mil 1 a 30 dias Total Aplicação no mercado aberto: Posição bancada .................................................................................................................................................... Letras financeiras do tesouro ................................................................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ........................................................................................................... Total em 2005 .......................................................................................................................................................... Total em 2004 .......................................................................................................................................................... b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

Classificação do cliente Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ....................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................. Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................................................. Total .........................................................................................................................................................

• de 15 a 30 dias ....................................................................................................................................................... B • de 31a 60 dias ........................................................................................................................................................ C • de 61 a 90 dias ....................................................................................................................................................... D • de 91 a 120 dias ..................................................................................................................................................... E • de 121 a 150 dias ................................................................................................................................................... F • de 151 a 180 dias ................................................................................................................................................... G • superior a 180 dias ................................................................................................................................................ H o A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59 dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. 6)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

5)

1.918 1.918 87.622 89.540 3.320

1.918 1.918 87.622 89.540 3.320

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 527 527 3.945 4.472

1.634 1.634 1.301 2.935

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em 31 de dezembro de 2005 o Banco Boavista Interatlântico S.A. não possuía operações com títulos e valores mobiliários . Em 31 de dezembro de 2004 o saldo era de R$ 595.854 mil. O Banco Boavista Interatlântico S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO a) Composição total das carteiras e prazos Em 31 de dezembro - R$ mil 1 a 30 dias Empréstimos .......................................................................................................................................................... Outros créditos (1) .................................................................................................................................................. Total das operações de crédito ............................................................................................................................ Avais e fianças (2) .................................................................................................................................................. Total em 2005 ......................................................................................................................................................... Total em 2004 .........................................................................................................................................................

31 a 60 dias 894 961 1.855 – 1.855 1.470

61 a 90 dias 314 – 314 – 314 1.280

Curso normal 181 a 360 Acima de 360 dias dias

91 a 180 dias

314 – 314 – 314 22.070

20.223 – 20.223 – 20.223 2.589

2.072 431 2.503 – 2.503 4.860

Total em 2005 (A)

15.234 1.724 16.958 29.977 46.935 58.748

Total em 2004 (A)

%

39.051 3.116 42.167 29.977 72.144

54,13 4,32 58,45 41,55 100,00

%

56.228 6.974 63.202 27.815

61,78 7,66 69,44 30,56

91.017

100,00

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso anormal Parcelas vencidas Total geral 1 a 30 dias Empréstimos .......................................................................................................... Outros créditos (1) .................................................................................................. Total das operações de crédito ............................................................................ Avais e fianças (2) .................................................................................................. Total em 2005 ......................................................................................................... Total em 2004 .........................................................................................................

31 a 60 dias 17 272 289 – 289 1.125

61 a 90 dias 8 – 8 – 8 8

91 a 180 dias 8 – 8 – 8 8

181 a 360 dias 33 – 33 – 33 33

Total em 2005 (B)

156 – 156 – 156 216

Total em 2004 (B)

% 222 272 494 – 494

44,94 55,06 100,00

Total em 2005 (A + B)

%

282 1.108 1.390 –

20,29 79,71

1.390

100,00

Total em 2004 (A + B)

%

39.273 3.388 42.661 29.977 72.638

54,07 4,66 58,73 41,27 100,00

%

56.510 8.082 64.592 27.815

61,15 8,75 69,90 30,10

92.407

100,00

(1) Outros créditos compreendem devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber; e (2) Contabilizados em contas de compensação. b) Modalidades e níveis de riscos Em 31 de dezembro - R$ mil Operações de crédito Empréstimos .......................................................................................................... Outros créditos ....................................................................................................... Total em 2005 ......................................................................................................... % ............................................................................................................................ Total em 2004 ......................................................................................................... % ............................................................................................................................

AA

A 19.063 – 19.063 44,68 21.302 32,98

B 9.351 14 9.365 21,95 20.188 31,26

C – 2.203 2.203 5,16 6.649 10,29

D – 94 94 0,23 612 0,95

Níveis de risco F

E 162 805 967 2,27 1.058 1,64

– – – – 3 –

– – – – – –

G

H – – – – – –

Total em 2005 10.697 272 10.969 25,71 14.780 22,88

%

39.273 3.388 42.661 100,00 64.592

Total em 2004 92,06 7,94 100,00

%

56.510 8.082

87,49 12,51

64.592 100,00

100,00

c) Concentração das operações de crédito e outros créditos

2005 Maior devedor .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Dez maiores devedores ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Vinte maiores devedores .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Demais devedores ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

% 19.063 42.572 42.661 –

2004 44,68 99,79 100,00

Em 31 de dezembro - R$ mil % 21.302 63.368 64.541 27.866

23,05 68,57 69,84 30,16

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LEGAIS

quinta-feira, 9 de março de 2006

Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 - Sede: Cidade de Deus - Vila Yara - Osasco - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

CONTINUAÇÃO d) Setor de atividade econômica

12) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2005

Setor privado Intermediários financeiros ........................................................................................ Indústria ................................................................................................................... Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal ................................. Serviços .................................................................................................................. Pessoa física ........................................................................................................... Comércio ................................................................................................................ Total ........................................................................................................................ e) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

%

19.063 19.988 – 2.425 940 245 42.661

44,69 46,85 – 5,68 2,20 0,58 100,00

21.302 20.894 13.386 7.034 1.183 793 64.592

32,98 32,35 20,72 10,89 1,83 1,23 100,00

Em 31 de dezembro - R$ mil Saldo da carteira Curso anormal normal vencidas

Nível de risco AA ........................................................................................ A ......................................................................................... B ......................................................................................... C ........................................................................................ Subtotal ................................................................................. D ........................................................................................ H ........................................................................................ Subtotal ................................................................................. Total em 2005 .......................................................................... % ........................................................................................ Total em 2004 .......................................................................... % ........................................................................................

19.063 9.365 2.203 94 30.725 967 10.475 11.442 42.167 98,84 63.202 97,85

– – – – – – 494 494 494 1,16 1.390 2,15

Total

%

19.063 9.365 2.203 94 30.725 967 10.969 11.936 42.661 100,00 64.592 100,00

44,68 21,95 5,16 0,23 72,02 2,27 25,71 27,98 100,00

– – – – – – 494 494 494 4,44 1.388 9,21

100,00

Saldo inicial ............................................................................................................................................. Reversão .................................................................................................................................................. Baixas ...................................................................................................................................................... Saldo final ............................................................................................................................................... - Provisão específica (1) ........................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ............................................................................................................................. - Operações recuperadas no exercício (3) ................................................................................................. - Operações renegociadas no exercício (3) ...............................................................................................

– 47 22 3 72 97 10.475 10.572 10.644 95,56 13.684 90,79

Existente – 47 22 3 72 97 10.969 11.066 11.138 100,00 15.072 100,00

Acumulado em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 15.072 63.765 (3.934) (17.042) – (31.651) 11.138 15.072 494 1.388 10.644 13.684 8.241 20.193 – 13.559

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Créditos a receber (Nota 19) ......................................................................................................................................... Créditos tributários (Nota 18c) ...................................................................................................................................... Depósitos para interposição de outros recursos ............................................................................................................. Depósitos para interposição de recursos fiscais ............................................................................................................ Impostos e contribuições a compensar .......................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir ................................................................................................................................................ Devedores por compra de valores e bens ...................................................................................................................... Outros ........................................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................................

153.283 43.548 20.941 20.187 14.747 5.232 3.388 223 261.549

177.954 54.827 8.575 20.187 11.929 5.657 8.077 365 287.571

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligada e controlada”. Em 31 de dezembro - R$ mil Empresas

Boavista Banking Limited (1) Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (2) (3) (4) (5) ............ Embaúba Holdings Ltda. (4) (5) Demais investimentos ........ Variação cambial - Agências e controlada no exterior ..... Total ...................................

Quantidade de ações/ Patricotas possuídas mônio (em milhare) líquido ajustado O.N. Cotas

Capital social

Lucro Participalíquido/ ção no capital (prejuízo) social ajustado

Valor contábil

Ajuste decorrente de avaliação (6)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos e taxas ............................................................................................................................................ Contribuição ao COFINS ............................................................................................................................... Despesas com CPMF ................................................................................................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ............................................................................................................................ Total ..............................................................................................................................................................

371 285 47 46 749

137 3.068 1.354 498 5.057

14) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Ressarcimento de valores .............................................................................................................................. Atualização de valores a receber .................................................................................................................... Reversão de provisões ................................................................................................................................... Outras ............................................................................................................................................................ Total ..............................................................................................................................................................

– 2.481 – 1.257 3.738

17.848 10.370 6.340 3.722 38.280

15) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Descontos concedidos em negociações .......................................................................................................... Atualização de impostos e contribuições ......................................................................................................... Variação monetária sobre contingências cíveis ............................................................................................... Outras ............................................................................................................................................................ Total ..............................................................................................................................................................

7.147 2.488 76 114 9.825

6.177 3.800 571 182 10.730

16) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

2005

2005

2004

2004

Reversão de provisão para desvalorização de outros valores e bens .............................................................. Perdas em investimentos por incentivos fiscais .............................................................................................. Prejuízo na alienação de valores e bens .......................................................................................................... Rendas de aluguéis ........................................................................................................................................ Outros ............................................................................................................................................................ Total ..............................................................................................................................................................

1.380 – (777) 28 118 749

395 (4.310) (217) 400 2.242 (1.490)

17) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 31 de dezembro - R$ mil 2005

2004 Receitas (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

Ativos (passivos)

Disponibilidades: Banco Bradesco S.A - no exterior ..................................................................................

695

1.245

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .....................................................................................................

87.622

3.876

1.252

Captações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ..................................................................................................... Boavista Banking Limited .............................................................................................. Banco Bradesco Argentina ............................................................................................. Banco BEM S.A. ............................................................................................................

– – – –

(26.472) (1.373) (12) (32)

(539.733) (272.680) – –

(52.262) (2.731) – –

305.744

1.127

1.311

Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .....................................................................................................

1.918

527

3.320

1.634

589.831 772.027

796.785 778.493

29.841 –

– 710.070

10,726% 91,975%

159.886 8.480

85.463 716.019 1.251

– – 27

146.785 7.801 59

– – 15

Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ..................................................................................................... Banco Alvorada S.A. ......................................................................................................

– –

– –

– –

(2.732) (137)

– 802.733

– 305.771

(32.482) 123.290

(18.795) (17.469)

Operações de pré-export (c): Banco Bradesco S.A. .....................................................................................................

19.054

646

21.294

385

Dividendos: Banco Bradesco S.A. ..................................................................................................... Embaúba Holdings Ltda. ................................................................................................ Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi .......................................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento - VISANET .......................................................

(36.422) 1.852 4.143 10

– – – –

(6.461) – – 1

– – – –

Títulos e valores mobiliários (d): Banco Bradesco S.A. .....................................................................................................

19.179

505.991

74.994

b) Outros investimentos Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Investimentos por incentivos fiscais ......................................................................................................................... Títulos patrimoniais ................................................................................................................................................. Outros investimentos ............................................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................................. Provisão para perdas com investimentos por incentivos fiscais ................................................................................ Provisão para perdas em outros investimentos ........................................................................................................ Subtotal ................................................................................................................................................................. Total ........................................................................................................................................................................

14.559 280 12.521 27.360 (10.531) (11.267) (21.798) 5.562

14.559 261 12.521 27.341 (10.531) (11.267) (21.798) 5.543

CONTINGÊNCIAS PASSIVAS A situação jurídica do Banco engloba diversos processos de natureza cível e fiscal, para os quais foram reconhecidas provisões para contingências fiscais no valor de R$ 76.067 mil (2004 - R$ 87.306 mil), que encontram-se registradas na conta Outras obrigações - fiscais e previdenciárias (Nota 10a), e cíveis no valor de R$ 12.877 mil (2004 - R$ 13.103 mil), que encontram-se registradas em Outras obrigações - diversas (Nota 10b). As provisões para contingências são revistas periodicamente pela administração e levam em consideração, entre outros fatores, o estágio dos processos, as garantias contratuais decorrentes de troca de controle acionário, e a opinião dos advogados internos e externos e são julgados pela administração como suficientes para cobrir as eventuais perdas que o Banco venha a incorrer.

10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Serviços prestados: Boavista Banking Limited .............................................................................................. – 118 – – Banco Bradesco S.A. ..................................................................................................... – (3) – – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; (c) Linha de crédito no exterior, com a finalidade de financiamento à exportação no Brasil, com encargos equivalentes à variação cambial e juros praticados no mercado internacional; e (d) Aplicações em títulos e valores mobiliários no exterior- Fixed Rate Euronotes e Brazilian Govern Debt, com variação cambial e juros equivalentes aos de colocação de títulos no mercado internacional. 18) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........................................................................ 132.952 49.177 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ......... (45.204) (16.720) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ................................................................................................. 41.919 (5.939) Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ......................................................................... (1.894) (5.804) Outros valores .......................................................................................................................................... 23 1.955 Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................................... (5.156) (26.508) b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos e contribuições a recolher (Nota 19) .......................................................................................................... Impostos e contribuições sobre salários ................................................................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros ...................................................................................................................... Impostos e contribuições diferidos ............................................................................................................................ Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ......................................................................................................... Outros ..................................................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................ b) Diversas

175.492 36.181 27.530 436 79 12.356 252.074

175.035 36.181 39.195 – 4.688 11.930 267.029

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Provisão para passivos contingentes - cíveis (Nota 9) .............................................................................................. Credores diversos - país .......................................................................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ......................................................................................................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos ............................................................................................................. Total ........................................................................................................................................................................

12.877 1 – 1 12.879

13.103 288 39 21 13.451

11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O Capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 1.808.996.092 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações Ações ordinárias Quantidade em 31 de dezembro de 2003 ............................................................................................... Cancelamento de ações/redução de capital social (1) ................................................................................ Aumento de capital (2) .............................................................................................................................. Quantidade em 31 de dezembro de 2004 ............................................................................................... Aumento de capital pela incorporação de ações da Rubi (3) ....................................................................... Aumento de capital com emissão de ações (4) .......................................................................................... Quantidade em 31 de dezembro de 2005 ...............................................................................................

1.678.389.573 (1.356.818.369) – 321.571.204 1.474.354.493 13.070.395 1.808.996.092

R$ mil 164.074 (49.000) 26 115.100 652.889 6.460 774.449

(1) Como parte da reestruturação societária implantada na Organização, em janeiro de 2004, foi firmado Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Parcial entre Banco Boavista Interatlântico S.A., Banco BCN S.A. e Banco Finasa S.A., com objetivo de cisão parcial do patrimônio líquido do Banco Boavista Interatlântico S.A. e incorporação das parcelas cindidas pelo Banco BCN S.A. e Banco Finasa S.A., deliberado pelos acionistas das sociedades, em Assembléias Gerais Extraordinárias realizadas em 30 de janeiro de 2004. A parcela cindida foi avaliada segundo o critério contábil, tomando-se como base o saldo contábil de 31 de dezembro de 2003. Em decorrência dessa operação houve diminuição no Patrimônio Líquido e Capital Social do Banco Boavista Interatlântico S.A. no valor de R$ 507.868 mil e R$ 49.000 mil, respectivamente, e cancelamento de 1.356.818.369 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. (2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 31 de março de 2004, foi aprovado o aumento de capital em R$ 26 mil, mediante a capitalização de parte do saldo da conta reservas de lucro , elevando-o de R$ 115.074 mil para R$ 115.100 mil. Essa operação foi homologada pelo BACEN em 18 de junho de 2004. (3) Em Assembléia Geral Extraordinária de 16 de março de 2005, foi aprovado a incorporação das ações de emissão da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi, utilizando-se como base Balanços Patrimoniais específicos levantados em 28.2.2005 pelas sociedades envolvidas, com conseqüente aumento de capital no montante de R$ 652.889, com a emissão de 1.474.354.493 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. A operação foi submetida à aprovação do BACEN e homologada em 18.7.2005. (4) Foi deliberado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de dezembro de 2005, aumento de Capital Social de R$ 6.460 mil com emissão de 13.070.395 ações ordinárias, utilizando recursos de parte dos dividendos do exercício de 2004. Aguardando homologação do BACEN. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre capital próprio, que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 36.422 mil (2004 - R$ 6.461 mil), apresentados em Outras Obrigações - Sociais e Estatutárias.

Diretoria

Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias (1) ...................................................... Constituição no período sobre: Base negativa de contribuição social ......................................................................................................... Prejuízo fiscal ........................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ......................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ...........................................................................

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores

(14.225)

(3.566)

780 2.166 (11.279)

– – (3.566)

6.123 (5.156)

(22.942) (26.508)

(1) Movimentação líquida dos impostos - Ativos e Passivos.

Saldo em 31.12.2004 Provisão para créditos de liquidação duvidosa .......................................................... Provisão para contingências cíveis ........................................................................... Provisão para contingências fiscais .......................................................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................................... Provisão para desvalorização de bens não de uso .................................................... Outros ..................................................................................................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ............................. Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) .................................................................

14.189 4.456 27.597 1.202 838 6.545 54.827 – 54.827

Constituição

Realização

82 – 145 – – – 227 2.946 3.173

9.825 78 3.966 – 571 12 14.452 – 14.452

R$ mil Saldo em 31.12.2005 4.446 4.378 23.776 1.202 267 6.533 40.602 2.946 43.548

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Diferenças temporárias Prejuízo fiscal e base negativa Contribuição Imposto Imposto Contribuição de renda social de renda social Total 5.992 2.333 2.166 780 2006 ............................................................................................ 11.740 2007 ............................................................................................ 3.679 – – 12.371 4.487 2008 ............................................................................................ – – Total ........................................................................................... 30.103 10.499 2.166 780 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.

11.271 15.419 16.858 43.548

e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 39.086 mil (2004 - R$ 49.261 mil), sendo R$ 36.417 mil (2004 - R$ 49.261 mil) de diferenças temporárias e R$ 2.669 mil de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. 19) OUTRAS INFORMAÇÕES Por força do Instrumento Particular de Contrato de Promessa de Integração Empresarial e Outros Pactos, de 7 de julho de 2000, firmado com o Banco Bradesco S.A., os ex-controladores, julgaram oportuno o exercício da opção para aderir ao PAES, objetivando o parcelamento de débitos tributários e previdenciários junto à União, por eles garantidos, os quais vinham sendo questionados nas esferas administrativa e judicial, no montante de R$ 165.340 mil, conforme faculdade instituída pela Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003. Conforme a referida legislação, os valores objeto de parcelamento serão quitados no prazo mínimo de 120 meses e máximo de 180 meses, devidamente atualizados pela TJLP. Os valores atualizados relativos as obrigações fiscais no montante de R$ 175.481 mil e o respectivo direito a receber dos ex-controladores no montante de R$ 150.400 mil, por força do citado instrumento estão, respectivamente, registrados em outras obrigações - fiscais e previdenciárias (Nota 10a) e outros créditos - diversos (Nota 7).

Parecer dos Auditores Independentes

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Boavista Interatlântico S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Adelmo Agnelli Neto Contador - TC-CRC1SP090360/O-1

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Aos Acionistas e Diretores do Banco Boavista Interatlântico S.A. Osasco - SP

Diretor-Presidente

Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

2.959 122 218 433 19 21 7.206 – 3.250 1.168 15.396

(1) Empresa encerrou suas atividades em março de 2005, sendo suas operações transferidas para o Banco Boavista S.A. Grand Cayman Branch e as 2.849 mil ações oferecidas em garantia de litígios foram substituídas por ações da Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi; (2) Em 16 de março de 2005, as ações da Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi foram incorporadas pelo Banco Boavista Interatlântico S.A., passando a ser subsidiária integral; (3) Do total de ações possuídas, 29.815 mil foram oferecidas em garantia de litígios; (4) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005; (5) Em 31 de dezembro de 2005 o Banco Boavista aumentou o capital da empresa Embaúba Holdings Ltda. com conferência de bens representado pelo investimento na Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi; e (6) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis.

9)

3.996 310 206 158 120 70 41 33 – 242 5.176

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

(1) Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; e (3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.

8)

Serviços técnicos especializados ................................................................................................................... Propaganda e publicidade ............................................................................................................................... Serviços do sistema financeiro ....................................................................................................................... Serviços de terceiros ..................................................................................................................................... Comunicação ................................................................................................................................................. Viagem no país .............................................................................................................................................. Depreciação .................................................................................................................................................. Aluguéis ......................................................................................................................................................... Doações ........................................................................................................................................................ Outras ............................................................................................................................................................ Total .............................................................................................................................................................. 13) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

Provisão Específica Genérica

f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

7)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 %

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Boavista Interatlântico S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador - CRC 1SP212059/O-0


sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

Nacional Imóveis Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

IMPORTAÇÕES IRREGULARES SOMAM US$ 14 MILHÕES

100

mil aposentadorias e pensões serão canceladas pela Previdência a partir do dia 3 de abril.

Marcos Fernandez/Gazeta Vitória/O Globo

Polícia Federal prende quadrilha de sonegadores Políticos, advogados, empresários e servidores públicos estão envolvidos no esquema

P

elo menos 17 pessoas foram presas, ontem, durante uma operação da Polícia Federal para desmantelar uma organização criminosa especializada em sonegação fiscal, com sede no Espírito do Santo. Batizada de Esfinge, a operação resultou na prisão de 11 pessoas em território capixaba. As demais foram detidas em outros seis estados brasileiros. Entre os presos está o suplente do senador Magno Malta (PL-ES), o empresário Francisco José Gonçalves Pereira, conhecido como Xyco Pneus, que foi detido em Brasília. O advogado Beline Salles Ramos, a esposa e o filho dele também foram presos. Ramos já havia sido detido, no ano passado, acusado de participar de um esquema de sonegação fiscal na cervejaria Schincariol. O vereador José Romildo Silveira (PL), de Santa Leopoldina, que também integrava a organização criminosa, está sendo procurado. Ele é primo de Beline Ramos. Todos os detidos foram levados para a sede da Polícia Federal do Espírito Santo. Irregularidades – Políticos, servidores públicos, empresários e advogados integravam a

quadrilha, que possuía ramificações no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul. As investigações da polícia começaram em março do ano passado, motivadas por procedimento fiscal da Receita Federal, que apurou irregularidades em importações que haviam sido realizadas pela organização criminosa. Estima-se que a quadrilha fosse composta por mais de 300 empresas de vários segmentos, tais como combustíveis, importação e exportação, mineração, agropecuária e construção civil. Durante as apurações das irregularidades, policiais constataram subfaturamento de mercadorias, práticas reiteradas de descaminho e lavagem de dinheiro. Em seis meses de funcionamento, o grupo importou cerca de US$ 14 milhões. A operação Esfinge foi realizada com a ajuda de 101 policiais federais. Ao todo, foram expedidos 22 mandados de busca e apreensão e diversas prisões de caráter temporário. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal do Espírito Santo. Mimo fiscal – Um levanta-

mento feito pela polícia aponta que a empresa Nova Global, administrada pelo advogado Beline Sales Ramos e pelo sócio fantasma dele, o empresário Xyco Pneus, era a matriz da organização criminosa. De acordo com o delegado federal Eugênio Riccas, a empresa teria obtido benefício fiscal junto ao Estado do Mato Grosso do Sul. Os administradores da empresa prometeram ao estado geração de empregos, reversão de renda direta para o Mato Grosso e, em troca, conseguiram isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Outras 299 empresas eram utilizadas para funcionar caso conseguissem obter benefício fiscal. Segundo a Junta Comercial, a Nova Global importava mercadorias para outras empresas, com preço bem abaixo do mercado. "Outras empresas que por algum motivo não podiam importar recorriam à estrutura da Nova Global para realizar compras de forma superfaturada. Várias mercadorias eram trazidas com preço bem abaixo do que era praticado no mercado externo e interno", disse o delegado Riccas. (AG)

O advogado Beline Salles Ramos também é acusado de participar de esquema de sonegação na Schincariol

Previdência fecha o cerco a fraudes

O

Ministério da Previdência Social vai cancelar, no próximo dia 3 de abril, o pagamento de cerca de 100 mil aposentadorias e pensões. Todos esses segurados não responderam à convocação do Instituto Nacional do Seguridade Social (INSS) para fazerem o recadastramento na rede bancária. O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, informou que a lista com os nomes dos segurados que terão os benefícios suspensos será divulgada na próxima semana, em edital. Segundo o ministro, nesse grupo de segurados podem estar desde quadrilhas organizadas de fraudadores até pessoas desinformadas. Machado explicou que esses beneficiários fazem parte dos 970 mil segurados convocados em outubro

de 2005 para o censo previdenciário. Na primeira etapa do recadastramento, foram chamados 2,4 milhões de segurados nos meses de outubro a dezembro de 2005. A expectativa do INSS é que cerca de 10% dos convocados tenham comparecido. Nesse caso, a economia com a suspensão e posterior cancelamento dos benefícios será de R$ 1,3 bilhão por ano. No primeiro grupo de convocados estavam os benefícios contendo dados incompletos sobre endereço, idade e nomes dos pais. Machado ressaltou que a suspensão do pagamento não significa o cancelamento do benefício. Se por algum problema o segurado não fez o cadastramento a tempo e teve o benefício suspenso, poderá reativá-lo num prazo de cerca de 12 dias. "Esse segurado po-

de ficar tranqüilo. O benefício será reativado muito rapidamente", assegurou. Para dar continuidade ao trabalho de fiscalização, os ministérios da Previdência e da Justiça assinaram ontem um convênio de cooperação para combater as fraudes no INSS. A Polícia Federal e a área de inteligência da Previdência vão, a partir de agora, trabalhar de forma mais articulada nas operações. O Ministério da Previdência vai transferir R$ 1 milhão para a PF. "É o primeiro plano de vôo para o trabalho de combate cooperativo das fraudes", disse o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. A Previdência vai assinar, ainda, convênios com o Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). (AE)


sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CIDADES & ENTIDADES - 9

"Exército tem de procurar o que é seu" Em Londres, antes de embarcar para o Brasil, o presidente Lula deu seu apoio aos militares que buscam armas roubadas do Exército nos morros do Rio de Janeiro Domingos Peixoto/Agência O Globo

A

ação do Exército no Rio recebeu ontem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista concedida em Londres, pouco antes de embarcar de volta ao Brasil. Após comentar que foi informado pelo vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, do início da operação, Lula evitou polemizar sobre as denúncias de que os militares agem com violência. "Se houve violência, é a confirmação de que a violência gera violência e que, portanto, gostaríamos que não acontecesse", disse. Lula ressaltou que o " Exército tem de procurar o que é seu".

Depois de prometer que falaria sobre o assunto hoje, no no Brasil, o presidente disse que o Exército só vai saber se achará o armamento roubado se houver investigação. "Se ficarmos de braços cruzados não vamos achar absolutamente nada", declarou ele, ao classificar como "extremamente grave" a entrada de bandidos no quartel e o roubo. "Nós não podemos permitir que isso continue a acontecer" desabafou o presidente Des apar ecido s – Uma semana após o início da operação do Exército no Rio, a pistola e os 10 fuzis roubados de um quartel em São Cristóvão permanecem desaparecidos, mas

o tráfico já começa a sentir os efeitos da presença dos militares nas favelas Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a venda de drogas caiu significativamente e há comunidades onde a redução chegou a 70%. O cerco dos soldados gerou reflexos na comunicação por rádio e telefone mantida pelos criminosos. "Os grampos estão calados", disse um delegado. Moradores das favelas ocupadas pelo Exército denunciaram ontem abusos dos militares. Eles contaram que foi instituído um toque de recolher informal às 20h, que os soldados xingam homens e mulheres e revistam crianças. (AE)

Soldados do Exército no morro da Providência, no Rio: buscas pela pistola e pelos fuzis vai continuar

Perigo: antidepressivo é usado para emagrecer

C

om o aumento do cerco à anfetamina (o Brasil é líder no consumo da substância e estuda medidas de controle de sua venda) médicos e pacientes começam a recorrer aos antidepressivos em busca de emagrecimento rápido. A nova mania entre quem quer perder peso é tomar fluoxetina, princípio ativo do popular Prozac. O alerta é feito por médicos da área, preocupados com o uso exagerado e incorreto de um remédio que não é aprovado para esse fim. A percepção ganha força com dois levantamentos feitos em farmácias de manipulação. Um deles, da Vigilância Sanitária de Ribeirão Preto, descobriu que a fluoxetina associada a laxantes e diuréticos foi a substância

mais vendida em uma farmácia de manipulação da cidade. Somente em um mês foram cerca de 143 receitas. A Vigilância Sanitária de Santa Catarina analisou as receitas retidas de três farmácias de manipulação de agosto a dezembro do ano passado. A fluoxetina foi responsável por 22% dos pedidos. "Começa a haver um desvio para a fluoxetina, que é indicada para depressão", afirma o médico psicofarmacologista Elisaldo Carlini, do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas da Universidade Federal de São Paulo. Ele explica que um dos efeitos colaterais da fluoxetina é a perda do apetite". As consequências desse uso podem ser graves. (AE)

Metroviários desistem de entrar em greve hoje

O

s metroviários suspenderam a greve marcada para hoje. Um dos motivos apontados pelo presidente do sindicato da categoria, Flavio Godoi, foi a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRTSP), que estipulou à entidade multa de R$ 200 mil por dia de greve. "Amanhã (hoje), temos uma audiência no TRT e vamos pedir estabilidade e garantia de emprego a longo prazo. Mas ainda continuamos em estado de greve", disse. Anteontem o sindicato entrou com denúncia na Delegac i a R e g i o n a l d o Tr a b a l h o (DRT), alegando más condições de trabalho e suposta privatização do sistema. Na segunda-feira, a diretoria tem reunião marcada para avaliar os resultados da audiência na Justiça trabalhista. Dependen-

Ó RBITA

TREMORES em refeito ainda do susto com a queda, na segunda-feira, de um meteorito no município de Santo Antonio de Jesus, o sertanejo que vive no interior do Estado enfrenta outro fenômeno natural: tremores de terra, seguidos de explosões, que vêm assustando moradores de uma pequena vila do distrito de Oriente Novo. Os tremores começaram em janeiro, mas se intensificaram nos últimos dias. Entre sábado e segunda-feira foram 11 explosões que os moradores não sabem identificar de onde vieram. Constataram, no entanto, o efeito do fenômeno (paredes de casas rachadas). Uma equipe do laboratório do Instituto de Geociências da Universidade Estadual do Sudoeste chega hoje a Jequié para investigar o caso. (AE)

N

do do resultado, poderá convocar nova assembléia e colocar outra greve em pauta. O sindicato ainda negocia com a Companhia do Metropolitano o adiantamento da participação nos resultados para março. O valor poderia ser pago até julho e é referente ao período agosto de 2005/ julho de 2006. No dia 24, data de abertura dos envelopes da concorrência que definirá o consórcio que vai operar a Linha 4 (Amarela), o sindicato promete uma manifestação na frente da sede da empresa. Por determinação da juíza Dora Vaz Treviño, em caso de greve, o sistema deveria funcionar com capacidade total nos horários de pico, das 6 às 9h e das 16 às 19h. No restante do dia, a circulação mínima exigida é de 80% dos trens. (AE)


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Nacional Imóveis Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

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TARIFA BANCÁRIA SUPERA VERBAS ESTADUAIS

bilhões de reais foi quanto sete bancos cobraram de seus clientes por prestação de serviços.

A REDUÇÃO DE SÓ 0,75 PONTO NA TAXA BÁSICA DE JUROS CAUSA IMPACTO NEGATIVO NO SETOR PRODUTIVO

SELIC ABALA CONFIANÇA DE EMPRESÁRIOS Covolo Jr/AE

A

redução da taxa básica de juros (Selic) em apenas 0,75 ponto percentual, de 17,25% para 16,5% ao ano, traz um "impacto negativo" na confiança do empresariado na hora de decidir sobre investimentos. Essa é a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, para o que chamou de "conservadorismo excessivo" do Comitê de Política Monetária (Copom). Para ele, mais uma vez a decisão foi equivocada. Monteiro Neto não vê, no horizonte de curto e médio prazos, "nada que justifique a manutenção de juros reais tão elevados". Principalmente considerando-se que a inflação está sob controle e o risco-país em baixa. Embora decepcionado, o economista da Universidade de Campinas (Unicamp), Luiz Gonzaga Beluzzo, avaliou que a atitude do Copom de reduzir os juros em apenas 0,75 ponto percentual já era previsível, em vista do histórico de decisões no governo federal. Na opinião do economista, os dirigentes do Banco Central (BC) estão, na verdade, "apalpando" uma situação na qual não se sabe se as taxas de juros vão continuar subindo no Japão, Europa e Estados Unidos. "E isso pode perturbar um pouco a demanda por reais, e imprimir uma velocidade na taxa de câmbio talvez indesejada", explicou Beluzzo.

Segundo ele, essa "valorização absurda" do real em relação ao dólar já traz muito prejuízo à indústria brasileira, principalmente quanto à perda de competitividade externa. Mas Beluzzo entende que qualquer movimento brusco nesse terreno é indesejado porque pode reacender a tensão inflacionária na economia. "Além disso, flutuações abruptas afetam profundamente o quadro de referências para a tomada de decisão do setor privado", disse. Evasão – O economista afirmou que todos os empresários brasileiros se queixam da taxa de juro real, mantida acima de 11%, e garantiu que muitos deles deslocam seus fornecedores para fora do Brasil, em detrimento do fortalecimento da economia doméstica. Sinal, segundo ele, de que "a cana é doce no começo, mas depois só resta o bagaço para chupar". Outro lado – Se o setor produtivo se sentiu frustrado, esse, porém, não foi o sentimento dos investidores (leia reportagem abaixo). O primeiro dia após a divulgação da nova taxa foi de alívio, com análises positivas sobre a decisão do Copom. No mercado de juros, o contrato mais curto projeta um corte de 0,75 ponto percentual para a próxima reunião. Desde setembro de 2005, quando começou o processo de redução da Selic, a taxa teve queda de 3,25 pontos percentuais. (Agências)

Mercado reage bem à decisão do Copom

O

s juros voltaram a de política monetária acomocair ontem, refle- datícia que garanta taxas de jutindo o placar divi- ros muito reduzidas. Diante dido da decisão do dessas declarações, analistas Comitê de Política Monetária não esperam que a taxa seja (Copom). Os três votos por um elevada antes de outubro, e alcorte de um ponto percentual guns falam que qualquer auforam considerados um viés mento não deverá vir antes do de baixa para a próxima reu- segundo trimestre de 2007. Essa percepção afastou um nião do comitê. O contrato mais curto de DI já "precifica" dos riscos que ajudou a presredução de 0,75 ponto percen- sionar o mercado na semana: o tual para a próxima reunião, o de que o Japão elevasse o juro que mostra o otimismo do e, com isso, alterasse o cenário mercado em relação aos juros. de fluxo de recursos externos. Bolsa – A Bovespa teve seu A sinalização de queda dos juros influenciou também o quarto pregão consecutivo em mercado de câmbio, e a cota- baixa. Começou a cair na seg u nd a - f ei r a ção da moeda c o m a p e r snorte -ameripectiva de alcana fechou ta dos juros em baixa, den o rt e - a me r ipois de ter sucanos. Nesses bido 3,55% q u a t r o p r epor três dias gões, a Bovesconsecutivos. por cento é pa já acumula A Bolsa de Vaperdas de lores de São a perda 7,46%. O forte Paulo (Bovesacumulada v o l u m e f ipa), por sua da Bovespa nanceiro diávez, registrou rio tem dado o quinto prenos últimos cinco consistência à gão negativo pregões realização. e já acumula O p e r a d operdas de res também 7,46% . A produção industrial fra- comentaram que houve certo ca em janeiro (-1,3%, abaixo mal-estar com a notícia de que do piso das previsões, de - a CPI dos Bingos deverá citar o 0,4%) garantiu um fôlego ex- ministro da Fazenda, Antonio tra para a queda das taxas de Palocci, em seu relatório final. juros, embora a maioria do "Muita negociação ainda vai mercado não acredite que es- rolar nessa área política. Hoje, se resultado vá definir a polí- está claro que há políticos do tica monetária. Primeiro, por- governo e da oposição envolque analistas consideram que vidos em várias denúncias. o dado negativo se deve ao Mas quando se fala no nome número mais vigoroso verifi- do Palocci, o mercado se recado em dezembro, de 2,4%. trai", disse um operador. A CPI também decidiu prorAlém disso, os números abertos da produção industrial rogar seus trabalhos até 25 de sugerem que deve haver recu- junho. Segundo operadores, isperação no mês de fevereiro. so leva a crer que a oposição, de No cenário externo, tranqüi- olho nas eleições de outubro, lizou o mercado a sinalização não deverá poupar esforços papor parte do BOJ, o banco cen- ra desgastar a imagem do tral japonês, de que o aumento governo. Assim, a questão pode juro naquele país será gra- lítica volta a ser foco das atendual, mantendo um ambiente ção do mercado. (Agências)

7,46

Patrícia Cruz/LUZ

Régis Arslanian: nada impede o direito de consulta da União Européia

Brasil mantém veto aos bancos europeus

T Setor produtivo teme investir com os juros reais ultrapassando 11%

TARIFAS Cobranças superam orçamento de 25 estados

U

m estudo divulgado ontem pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região apontou que a soma do valor arrecadado por meio de tarifas por sete dos maiores bancos do País em 2005 superou o orçamento de 25 estados e do Distrito Federal. De acordo com o levantamento, juntos, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander/Banespa e Nossa Caixa cobraram de seus clientes R$ 31 bilhões pela prestação de serviços. O montante é inferior apenas ao orçamento do Estado de São Paulo (R$ 65,724 bilhões) em 2004, ano utilizado como referência pelo sindicato, com base na mais recente pesquisa consolidada do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No documento distribuído pelos bancários, que menciona um hipotético "Estado dos Banqueiros", a arrecadação com tarifas atingiria, por exemplo, um valor muito mais alto que o orçamento do Estado do Rio de Janeiro, segundo c o l o c a d o e m a r re c a d a ç ã o (R$ 27,502 bilhões). Os mesmos R$ 31 bilhões pagos pelos clientes a esses sete bancos em 2005 correspondeu à soma dos recursos orçamentários de 12 Estados (R$ 28,823 bilhões): Amapá, Acre, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraíba, Rorai-

ma, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em 2004, o valor arrecadado pelos bancos foi também expressivo. De acordo com o sindicato, as sete instituições obtiveram R$ 24,801 bilhões com as tarifas de serviços. Talões e afins – Os bancários destacam também que, atualmente, 40% da arrecadação geral dos bancos vêm da receita em serviços como talão de cheques, transferências e extratos. "Desde 1994, quando foi liberada a cobrança de tarifas, os bancos vêm aumentando sua arrecadação com base em uma exploração que não faz sentido e precisa ser coibida", disse, em nota, o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. De acordo com ele, "cada vez mais", os bancos "afugentam" os clientes das agências, empurrando-os para o auto-atendimento ou para a mais nova modalidade, os correspondentes bancários. "E os cidadãos ainda pagam por isso. Por outro lado, os banqueiros exigem cada vez mais dos bancários, transformando a categoria em uma das mais sofridas." Febraban – A assessoria de imprensa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que a entidade classificou como "descabida" a comparação feita pelo sindicato, já que parte da arrecadação das instituições com as tarifas é utilizada para o pagamento do salário dos funcionários. (AE)

Isenção de IR já mostra efeitos

O

secretário-adjunto do Tesouro Nacional, José Antonio Gragnani, disse que é "perceptível" a melhora na redução dos custos do Tesouro na venda de seus títulos, depois que o governo isentou, em janeiro, os investidores estrangeiros de pagamento do Imposto de Renda sobre o rendimento obtido com esses papéis. Segundo ele, a taxa de

rentabilidade das NTNd-B (títulos atrelados ao IPCA) com prazo de vencimento em 2024 e 2045 caiu de 8,95% para 7,4%. Para os papéis prefixados com vencimento em 2008, a taxa já caiu de 15,5% para cerca de 14,8% e, para os títulos com vencimento em 2012, de 15% para 14,3%. Segundo Gragnani, muitos investidores querem saber como comprar os títulos brasileiros. (AE)

udo indica que o Brasil não deverá renunciar à prerrogativa de vetar a instalação de bancos europeus no País, como parte das concessões que está disposto a fazer para chegar a um acordo comercial com a União Européia (UE). Pelo menos foi essa a impressão deixada pelo principal negociador brasileiro, o embaixador Régis Arslanian, chefe do Departamento de Negociações Internacionais do Itamaraty, durante sua passagem por Buenos Aires, onde se reuniu com os demais negociadores dos países sócios do Mercosul para afinar a postura que o bloco manterá no encontro com os representantes da UE, em Bruxelas, na segunda quinzena deste mês. "A nossa oferta possibilita o direito de consulta da UE e se eles nos convencerem de que o veto é improcedente, se pode rever a decisão", disse o embaixador. Constituição – O veto presidencial à instalação de bancos estrangeiros no País é previsto pela Constituição do Brasil, mas os europeus insistem em

que essa lei seja mudada a partir do acordo comercial em negociação. Porém, o governo brasileiro considera importante manter essa prerrogativa para um eventual caso de que a entrada de um determinado banco seja prejudicial ao País. "Desde a proposta que fizemos em 2004 está contemplada a possibilidade de realização de consultas para uma eventual revisão do veto", repetiu Arslanian. Ele considera que as propostas sobre esse ponto, e no que diz respeito às agências que regulam os serviços privatizados, "foram satisfatórias", indicando que o Brasil não aceitaria fazer concessões nesse sentido, como pedem os negociadores europeus. Na reunião que os negociadores do Mercosul terão com os europeus no final de março, não serão trocadas ofertas escritas. Eles farão uma exposição oral das concessões que estão dispostos a realizar para chegar a um acordo de livre comércio. Posteriormente, o que for acertado verbalmente será colocado no papel para a troca formal das propostas. (AE)

PREVI Saldo positivo em 2005

O

fundo de pensão penho da carteira de ações dos funcionários também é motivo de preocudo Banco do Brasil, pação. Isso porque as regras do a fundação Previ, setor determinam que a Previ fechou 2005 com um superávit reduza seus investimentos recorde de R$ 9,1 bilhões, acu- neste segmento a, no máximo, mulando nos últimos três anos 50% do patrimônio total. Hoje, resultado positivo de R$ 18,9 a carteira de ações corresponbilhões. Com isso, a instituição de a 60% dos ativos totais. "Não adianta forçar a mão soma patrimônio de R$ 83,1 bilhões. Desde 1997, a fundação para vender mais rápido apenas para atingir não contabilizava um percentual da t rê s s u p e r á v i t s Carol Carquejeiro/AG lei", disse Rosa. E consecutivos. Secompletou: "Isso gundo o presidenpode dar a entente da Previ, Sérgio der que a lei não Rosa, o resultado é está protegendo o uma "resposta" às patrimônio, que é investigações da o maior objetivo CPI do Congresso dela." O problema que questionaram é que, apesar do os investimentos esforço de desinda entidade. vestimento, a funO superávit foi Rosa: resposta à CPI dação não conseimpulsionado pelo bom desempenho do merca- gue diminuir esse patamar por do acionário no ano passado. conta do bom momento do Em 2005, a valorização das mercado de capitais no Brasil. Investimento – Rosa revelou aplicações financeiras feitas pela fundação engordou seu também que os investimentos patrimônio em R$ 15,4 bilhões. feitos pela Previ em 2005 tiveEsse valor representa mais de ram rentabilidade média de três vezes os benefícios pagos, 22,6%, bem acima dos 11,4% fique somaram R$ 4,3 bilhões. xados pela meta atuarial do Só com dividendos e juros so- fundo. No ano, a fundação fez bre capital próprio de empre- uma reavaliação dos ativos que sas em que a Previ detém par- compõem o fundo 521, que enticipação foram arrecadados globa a CPFL e a Neoenergia, o que elevou em R$ 2 bilhões o mais de R$ 1,9 bilhão. Ações – Mas o bom desem- valor desse ativo. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LEGAIS

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 - Sede: Cidade de Deus - Vila Yara - Osasco - SP Continuação

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

b) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

Em 31 de dezembro - R$ mil Saldo da carteira Curso anormal Curso normal vencidas

Níveis de Risco A ........................................................................................................................... B ........................................................................................................................... C .......................................................................................................................... Subtotal .............................................................................................................. % .......................................................................................................................... Operação sem característica de operação de crédito ............................................. Subtotal .............................................................................................................. % .......................................................................................................................... Total em 2005 ....................................................................................................... Total em 2004 ....................................................................................................... c) Movimentação da provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

95 31.414 37.873 69.382 100,00 – – – 69.382 27.777

Total

– – – – – 407 407 100,00 407 407

Específica vencidas

%

95 31.414 37.873 69.382 100,00 407 407 100,00 69.789 28.184

0,14 45,28 54,58 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 – –

Provisão Existente

Genérica

– – – – – 407 407 100,00 407 407

– 314 1.136 1.450 100,00 – – – 1.450 237

2005 Saldo inicial ................................................................................................................................................................................................................................. Constituição .................................................................................................................................................................................................................................. Baixas .......................................................................................................................................................................................................................................... Saldo oriundo de incorporação (Nota 1) ......................................................................................................................................................................................... Saldo final ................................................................................................................................................................................................................................... Provisão específica (1) ................................................................................................................................................................................................................. Provisão genérica (2) .................................................................................................................................................................................................................... Operações recuperadas no período (3) .......................................................................................................................................................................................... (1) Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN; e (4) Não houve renegociação de operações no exercício.

– 314 1.136 1.450 100,00 407 407 100,00 1.857 644

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares) O.N. P.N. Cotas

Patrimônio líquido ajustado

Capital Social

I - CONTROLADAS Alvorada Leasing Brasil S.A. Arrendamento Mercantil (2) ..... Alvorada Administradora de Cartões Ltda. (1) ..................... Alvorada Vida S.A. (3) ............... Alvorada Serviços e Negócios Ltda. (4) ................................... Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros S.A. (4) .. Bradescor Corretora de Seguros Ltda. (1) ................................... Scopus Tecnologia Ltda. (1) ....... Settle Consultoria e Assessoria de Sistemas Ltda. (1) ............... Baneb Corretora de Seguros S.A. (1) ................................... Ganho/perda cambial ................ Outras Controladas ................... Total das empresas controladas II - COLIGADAS Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (1) (8) ..................................... Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. (1) (4) ..................... Tecnologia Bancária S.A. TECBAN (5) (6) (7) ................ Serasa S.A. (5) (6) (7) ............... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (5) (6) (7) ..... VISANET - Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (1) ..... CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos ............................ Visavale (5) (6) (7) .................... Embaúba Holdings Ltda.(4) ....... Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis Ltda. (4) ...... Outras coligadas ....................... Total das empresas coligadas TOTAL DE INVESTIMENTOS

– 116 – 528 644 407 237 7.135

Ajuste decorrente de avaliação (9) 2005 2004

Valor Contábil 2005

2004

32.022

(2.112)

252

16.530 –

4.959 –

– –

– –

16.510 –

99,878% –

912 –

4.953 –

4.043 –

910 –

1.096 276

16.122

1.672

(1.885)

16.699

2.588

(6.876)

13.737 41.750

15.083 40.186

– –

– –

13.737 41.750

99,999% 99,999%

1.112 5.089

15.083 40.186

14.391 35.097

1.112 5.089

(510) 6.273

200

701

200

100,000%

(42)

701

743

(42)

(39)

2.950 – –

6.559 – –

419 – –

– – –

– – –

54,110% – –

976 – –

3.549 – 34 64.506

3.254 – 33 122.404

528 – 4 9.749

74 40.116 544 39.321

302.930

277.318

13.460

2,736%

19.526

7.587

7.768

(181)

778

231.658

233.035

22.902

10,261%

14.344

23.911

18.825

5.130

(2.602)

92.818 134.000

133.660 185.622

– 175

– 46

– –

2,762% 5,946%

15.236 81.564

3.692 11.037

3.910 9.826

429 4.849

291 3.626

61.952

66.140

6

9,090%

9.474

6.012

5.590

862

291

74.534

316.700

5.246

38,838%

373.360

123.000

65.721

145.004

38.919

– 8.720 772.027

– 23.583 778.493

– 687 –

– – –

– – 36.123

– 34,332% 4,679%

– 10.910 8.480

– 8.096 36.426

700 4.350 –

43 3.746 396

41 (1.062) –

469.264 –

541.539 –

– –

– –

17.793 –

3,792% –

21.320 –

18.411 8.919 247.091 311.597

– 1.259 117.949 240.353

810 (2.165) 158.923 168.672

– 1 40.283 79.604

(6) Empresa com controle compartilhado pelo acionista controlador e suas empresas controladas; (7) Empresas que não foram auditadas por auditores independentes; (8) Empresa passou ser controlada direta do Banco Bradesco S.A.; e (9) Ajuste decorrente de avaliação: considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações das investidas nas decorrentes de resultados, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis.

b) Composição dos outros investimentos

(1) Conforme disposto no “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação”, firmado entre o Banco Alvorada S.A. e o Banco BCN S.A. em 11 de março de 2004, em Assembléia Geral Extraordinária de 12 de março de 2004, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 52.870 mil, com a emissão de 121.565.353 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, em razão da cisão parcial do BCN, elevando o capital social de R$ 2.686.572 mil para R$ 2.739.442 mil. O processo foi homologado pelo BACEN em 27 de julho de 2004. (2) Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de julho de 2004, conforme Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado em 29 de julho de 2004, foram aprovados os seguintes eventos, com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de junho de 2004: Incorporação dos patrimônios líquidos contábeis da BCN Corretora deTítulos eValores Mobiliários S.A., da Bancocidade Leasing Arrendamento Mercantil S.A., além da parcela cindida do patrimônio líquido da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Desta forma o capital social do Banco Alvorada S.A. passou de R$ 2.739.442 mil para R$ 3.529.711 mil, com aumento de capital de R$ 790.269 mil e emissão de 1.781.610.627 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Do total dos patrimônios líquidos vertidos das referidas sociedades, R$ 119 mil foram levados à Reserva Especial de “Mark to market”. O processo foi homologado pelo BACEN em 9 de março de 2005. (3) Conforme Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado em 29 de julho de 2004, e Assembléia Geral Extraordinária realizada em 1o de setembro de 2004, foi aprovada a incorporação pelo Banco Alvorada S.A. do patrimônio líquido contábil da União de Comércio e Participações Ltda., no montante de R$ 1.387 mil, com base em balanços patrimoniais levantados em 31 de julho de 2004. O processo foi homologado pelo BACEN em 11 de março de 2005. (4) A Assembléia Geral Extraordinária de 1o de setembro de 2004, deliberou o grupamento das ações representativas do capital social do Banco Alvorada, na proporção de 100.000 (cem mil) ações para 1 (uma). O processo foi homologado pelo BACEN em 11 de março de 2005. (5) ConformeInstrumentodeProtocoloeJustificaçãodeCisãoTotalfirmadoem 20 dedezembrode 2004, e Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de dezembro de 2004, foi aprovada a cisão total do Banco Baneb S.A. com incorporação da parcela cindida pelo Banco Alvorada S.A., com base em balanços patrimoniais levantados em 30 denovembrode 2004,comaconseqüentealteraçãodocapital social em R$ 6.359 mil. O processo foi homologado pelo BACEN em13 de setembro de 2005. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 136.502 mil (2004 - R$ 76.026 mil), apresentados em Outras obrigações - Sociais e estatutárias. Os dividendos do exercício de 2004, tiveram o prazo de pagamento prorrogados, de até 31.12.2005 para até 31.12.2006, conforme deliberado em Assembléia Geral Extraordinária de 30.12.2005.

Em 31 de dezembro - R$ mil Investimentos por incentivos fiscais ..................................... Títulos patrimoniais ............................................................. Outros investimentos ........................................................... Subtotal ............................................................................. Provisão para perdas ........................................................... Total .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO

Imóveis de uso: - Terrenos ............................................ - Edificações ........................................ Outras imobilizações de uso ................ Total em 2005 ...................................... Total em 2004 ......................................

Participação Lucro líquido/ no capital (prejuízo) ajustado social

(1) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005; (2) Empresa alienada em 14 de janeiro de 2005; (3) Empresa alienada em abril de 2004; (4) Empresa adquirida em dezembro de 2005 com conferência de bens representado pelos investimentos: Ezibrás Imóveis e Representações Ltda., Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros S.A. e Alvorada Serviços e Negócios Ltda.; (5) Dados relativos a 30 de novembro de 2005;

9)

2004 644 1.332 (119) – 1.857 407 1.450 5.453

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”.

Empresas

Taxa

Custo

– 4% –

2005

2004

12.685 33.719 30.647 77.051 (42.696) 34.355

12.685 40.037 30.650 83.372 (42.212) 41.160

Em 31 de dezembro - R$ mil Valor Depreciação residual

10.967 45.547 6 56.520 87.011

– (27.989) – (27.989) (32.621)

10.967 17.558 6 28.531 54.390

10) CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO a) Captação do mercado 1 a 30 dias

181 a 360 dias

Carteira livre movimentação títulos públicos ................................... 398.436 Total em 2005 ...................................... 398.436 Total em 2004 ...................................... – b) Despesas com operações de captação do mercado

Em 31 de dezembro - R$ mil 1a3 anos Total

– – 372.024

– – 1.935

398.436 398.436 373.959

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Captações no mercado aberto .............................................. Outras despesas de captação ............................................... Total ....................................................................................

68.299 10.496 78.795

6.062 – 6.062

13) DESPESAS ADMINISTRATIVAS

11) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Provisão para riscos fiscais (1) ............................................ 557.409 530.475 Provisão para impostos e contribuições sobre lucro ............. 2.174 2.192 Provisão para impostos e contribuições diferidos ................. 5.716 5.088 Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................... 96.655 81.856 Impostos e contribuições a recolher ..................................... 121 499 Total .................................................................................... 662.075 620.110 (1) Inclui provisão para riscos fiscais no montante de R$ 107.908 mil, oriundos da incorporação do Banco BCN em 11 de março de 2004, R$ 276.599 mil oriundos da incorporação da União de Comércio em 1o de setembro de 2004 e R$ 55.584 mil oriundos da incorporação do Banco Baneb em 30 de dezembro de 2004. b) Diversas Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Valores a pagar sociedades ligadas ...................................... Credores diversos - país ...................................................... Provisão para passivos contingentes - cíveis ........................ Provisão para passivos contingentes - trabalhistas ............... Provisão para pagamentos a efetuar ..................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos ......................... Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

16.836 16.692 12.222 6.108 5.055 1.217 – 58.130

– 17.475 13.866 8.826 – 2.460 2.687 45.314

12) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 81.338 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações

Quantidade em 31 de dezembro de 2003 .......................... Incorporação - AGE 12.3.2004 (1) ........................................ Incorporações - AGE 30.7.2004 (2) ....................................... Incorporação - AGE 1o.9.2004 (3) ......................................... Grupamento de ações (4) ..................................................... Incorporação - AGE 30.12.2004 (5) ....................................... Quantidade em 31 de dezembro de 2004 .......................... Cancelamento de ações em tesouraria - AGE 28.4.2005 ....... Quantidade em 31 de dezembro de 2005 ..........................

Multas e juros ...................................................................... Serviços técnicos especializados ......................................... Contribuições filantrópicas ................................................... Depreciação ........................................................................ Manutenção e conservação de bens ..................................... Propaganda e publicidade ..................................................... Serviços de terceiros ........................................................... Comunicações ..................................................................... Aluguéis ............................................................................... Despesas com água, energia e gás ...................................... Processamento de dados ..................................................... Serviços do sistema financeiro ............................................. Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

2004

Acões Ordinárias

R$ mil

6.217.481.687 121.565.353 1.781.610.627 3.124.796 (8.123.701.226) 136 81.373 (35) 81.338

2.686.572 52.870 790.269 1.387 – 6.359 3.537.457 – 3.537.457

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

5.659 5.043 3.559 1.990 1.550 613 541 538 461 439 327 235 298 21.253

– 6.730 11.176 1.244 2.772 406 2.673 277 1.820 675 8.112 218 1.386 37.489

14) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Contribuição ao COFINS ..................................................... Contribuição ao PIS/PASEP .................................................. Impostos e taxas .................................................................. Despesas com CPMF ......................................................... Impostos sobre serviços - ISS ............................................. Outras ................................................................................. Total .................................................................................... 15) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Diretoria

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Provisão requerida

Acumulado em 31 de dezembro - R$ mil

8)

16) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

27.219 4.423 1.181 572 161 – 33.556

16.623 2.729 896 393 161 78 20.880

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Juros e atualização monetária sobre impostos a compensar Atualização monetária sobre depósito vinculado ................... Reversão de provisão operacional ........................................ Variação monetária ativa ...................................................... Ressarcimento custo financeiro - convênio .......................... Recuperação de encargos e despesas .................................. Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

15.456 8.792 4.770 1.626 – 971 3.071 34.686

15.561 725 70.301 – 3.765 813 13.998 105.163

Atualização de impostos e contribuições .............................. Despesas gerais .................................................................. Juros e variação monetária sobre obrigações diversas ......... Provisão para contingências fiscais ...................................... Indenizações pagas .............................................................. Amortização de ágio ............................................................ Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

29.163 11.235 4.950 806 129 – 754 47.037

17) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

13.473 1.084 3.001 5.591 1.277 7.711 4.771 36.908

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Resultado na alienação de valores e bens ............................. Rendas de aluguéis .............................................................. Dividendos recebidos ........................................................... Perdas de capital ................................................................. Provisão para desvalorização de bens e investimentos ......... Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

16.280 5.606 4.091 (1.243) (3.088) (1.380) 20.266

1.174 3.570 – – 20.026 1.040 25.810

18) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Ativos Ativos Receitas Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ................................. 3.168.086 353.943 275.179 80.521 Captações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ................................. – (10.438) – – Banco BEM S.A. ........................................ – (58) – – Banco Mercantil de São Paulo S.A. ............ – – – (57) Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ................................. 7.895 1.639 7.207 3.181 Banco Boavista Interatlântico S.A. .............. – – – 137 Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ................................. (398.436) (68.127) (372.024) (5.435) Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ................................. (145.870) – (57.271) – Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................. (4.369) – (4.369) – Banco Mercantil de São Paulo S.A. ............ (4.085) – (4.085) – Banco Finasa S.A. ..................................... (66.374) – (18.666) – Cia. Brasileira de Meios de Pagamento VISANET ................................................ 24.561 – 21 – Alvorada Leasing Brasil S.A. Arrendamento Mercantil ................................................. – – 8.655 – Outras controladas e coligadas .................. 2.894 – 1.316 – Alugueis: Banco Bradesco S.A. ................................. – 4.514 – 2.555 Bradesco Vida e Previdência S.A. .............. – 22 – – Títulos e Valores Mobiliários: Banco Bradesco S.A. ................................. – – – 65 Debêntures: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................................. – 174 1.936 302 Valores a receber: Bradesco Vida e Previdência S.A. .............. – – 1 – Valores a pagar: Alvorada Negócios e Serviços Ltda. .......... (16.836) – – – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ................................. – (17) – – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”. 19) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ... 762.182 499.976 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................ (259.142) (169.992) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Juros sobre capital próprio, recebidos .................................. (430) – Participações em coligadas e controladas ............................ 57.348 13.425 Perda/Ganho cambial ........................................................... – 13.640 Créditos tributários de exercícios anteriores constituídos ..... – 4.671 Despesas e provisões indedutíveis liquidas de receitas tributáveis .......................................................................... 138 (2.746) Benefícios fiscais ................................................................. 5.271 – Outros valores ..................................................................... 9.379 (4.490) Imposto de renda e contribuição social do exercício ...... (187.436) (145.492) b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias ....................................................................... 7.679 (39.527) Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social .................................... (16.477) (10.206) Prejuízo fiscal ...................................................................... (45.997) (32.059) Ativação de créditos tributários de exercícios anteriores: Prejuízo fiscal ...................................................................... – 4.671 Subtotal ............................................................................. (54.795) (77.121) Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .................... (132.641) (68.371) Imposto de renda e contribuição social do exercício ...... (187.436) (145.492) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em 31.12.2004

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Saldo em Constituição Realização 31.12.2005

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................ 6.252 453 41 6.664 Provisão para contingências cíveis ....... 4.398 318 148 4.568 Provisão para contingências fiscais ...... 64.646 13.768 1.292 77.122 Provisão para contingências trabalhistas 2.942 1.911 2.904 1.949 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .................................. 24.189 – 1.575 22.614 Provisão para desvalorização de bens não de uso .......................................... 236 1.054 236 1.054 Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ................................. 32 9 9 32 Ágio amortizado ................................... 17.353 862 4.492 13.723 Outros ................................................. 7.593 1 – 7.594 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .................... 127.641 18.376 10.697 135.320 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............................. 134.322 – 62.474 71.848 Subtotal ............................................. 261.963 18.376 73.171 207.168 Ajuste ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros .................... 5.582 2.630 2.328 5.884 Contribuição social a compensar MP no 2158-35 de 24.8.2001 (1) ................ 119.950 – 11.533 108.417 Total dos créditos tributários (Nota 6) 387.495 21.006 87.032 321.469 Obrigações fiscais diferidas ................. 5.088 1.640 1.012 5.716 Crédito tributário liquido das obrigações fiscais diferidas ............. 382.407 19.366 86.020 315.753 d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Diferenças Prejuízo fiscal e base temporárias negativa Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição renda social renda social Total 2006 .............................. 2007 .............................. 2008 .............................. 2009 .............................. 2010 .............................. Total .............................

23.783 31.761 48.015 2.284 765 106.608

7.318 8.576 12.144 592 82 28.712

34.944 25.988 – – – 60.932

10.916 – – – – 10.916

76.961 66.325 60.159 2.876 847 207.168

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil

2006

Crédito tributário de contribuição social MP nº 2158-35 2011 e 2007 2008 2009 2010 2012

Total

Total ..... 9.678 13.818 13.335 16.699 17.449 37.438 108.417 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 275.870 mil (2004 - R$ 319.506 mil), sendo R$ 120.984 mil (2004 - R$ 110.660 mil) de diferenças temporárias, R$ 67.851 mil (2004 - R$ 119.971 mil) de prejuízos fiscais e base negativa e R$ 87.035 mil (2004 - R$ 88.875 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Obrigações fiscais diferidas A sociedade possui obrigações fiscais diferidas de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 5.716 mil (2004 - R$ 5.088 mil) relativas a: amortização de deságio - R$ 3.072 mil (2004 - R$ 3.072 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos R$ 148 mil (2004 - R$ 643 mil) e outros - R$ 2.496 mil (2004 - R$ 1.373 mil).

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores do Banco Alvorada S.A. Osasco - SP

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Marcos Aparecido Galende Contador - CRC 1SP201309/O-6

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alvorada S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alvorada S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0 Continua


Ano 81 - Nº 22.083

São Paulo, sexta-feira a domingo, 10 a 12 de março de 2006

Edição de Campinas concluída às 00h05

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Márcio Fernandes/AE

Luludi/LUZ

Queremos mais Brasil não no futuro, já, é a esperança que uniu ontem 250 empresários

Indignação nos feirões de impostos e apoio de estudantes de 4 faculdades

DUAS FORÇAS POR UM BRASIL TRANSPARENTE As entidades de classe que sustentam a bandeira De Olho no Imposto e os empresários que lançaram ontem o Quero Mais Brasil são dois movimentos da sociedade por um novo e transparente País. Economia/1 Luiz Prado/LUZ

Lula Marques/Folha Imagem

um , a n a u L o Pequen e p i c n í r P o d a n i b r tu Na cabeça de milhões de crianças, o Pequeno Príncipe, personagem de Saint-Exupéry, sempre foi uma menino franzino, de cabelos loiros desarrumados e expressão de abandono. A partir deste sábado, essa meiguice vai ser turbinada pela atriz Luana Piovani (foto). O seu Príncipe é ágil, extrovertido, acrobata. Um show-surpresa para deleite de crianças e adultos. DCultura Paulo Pampolim/Hype

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 33º C. Mínima 19º C.

Leituras da Bienal do Livro Garçom, bombeiro (foto), eletricista, recreadora e auxiliar de enfermagem escolhem seu livro. Pág. 12

Com a cabeça a prêmio O ministro Palocci chega da viagem à Inglaterra e tem uma bomba para desarmar: o delegado Benedito Valencise, que comanda as investigações sobre fraudes na prefeitura de Ribeirão Preto, disse na CPI dos Bingos que há provas para indiciá-lo. Já no Conselho de Ética da Câmara ontem foi dia de ressaca, depois que o plenário não acatou parecer que indicava a cassação dos deputados Brandt (PFL) e Professor Luizinho (PT). Pág. 4


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

em Campinas

O setor fatura na cidade R$ 60 milhões ao ano, vendendo ração, roupas e acessórios

COMÉRCIO

Mercado de pet shops cresce 37%

ÓRBITA

O segmento contava com apenas 10 pontos-de-venda na cidade em 2000. Cinco anos depois, somavam 54 lojas.

CRÉDITO

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

O

mercado de pet shop, voltado para os animais de estimação, apresentou crescimento médio anual de 37% nos últimos cinco anos, segundo os registros de aberturas de lojas da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Em 2000, eram 10 pontos-de-venda de produtos e serviços. No ano passado esse número chegou a 54 instalações, coroado pela inauguração de duas megalojas abertas nos shoppings Galleria e Parque D. Pedro. O economista da Associação, Laerte Martins, calcula que o mercado pet movimenta, hoje, em Campinas, algo em torno de R$ 60 milhões ao ano. Isso representa 1% do faturamento global do comércio da cidade, estimado hoje em R$ 6 bilhões ao ano. “É um mercado considerável que não pode ser deixado de lado nas análises da economia local”, disse Martins. O rápido crescimento do mercado pet em Campinas correspondeu ao que aconteceu no País nos últimos anos com a explosão de consumo de produtos para animais de estimação. Da mesma forma, assim como está acontecendo nacionalmente, hoje, na cidade, a partir de agora a tendência é uma natural retração no número de lojas, com a adequação do volume de aquisição dos produtos e de consumidores. “Pelas nossas análises, a partir deste momento a tendência é de estabilizaç ã o d o m e rc a d o d e s s e segmento em Campinas. Mas temos que lembrar que Campinas também absorve consumidores da região, o que pode manter o fôlego das lojas”, obser-

prefeitura de Campinas inaugurou, ontem, duas agências do Banco Popular da Mulher, que oferecem microcrédito com linhas especiais principalmente para a mulher iniciar ou aumentar seu próprio negócio. O banco vai atender pessoas das regiões carentes da cidade com acesso facilitado ao crédito, redução das garantias legais, ampliação do número de parcelas, aumento do período de carência e redução das taxas de juros. A administração municipal vai disponibilizar R$ 1,8 milhão para os empréstimos.

A

JUSTIÇA Edison Andrades (acima), diretor da Bicho Sem Grilos e a Cobasi que acabaram de se instalar na cidade, introduzindo novos conceitos . Rafael Enderle (ao lado), proprietário da Mondo Sommerso, loja que atende uma clientela sofisticada há nove anos.

vou o economista. Nesse raciocínio, Martins reproduz a máxima comercial de que é o mercado que dita as regras para o setor e vai sobreviver quem for mais competente empresarialmente e direcionar os negócios para onde as necessidades dos consumidores da cidade estiverem apontando. Há nove anos instalado no Shopping Iguatemi, o proprietário da loja Mondo Sommerso, Rafael Enderle, assistiu ao crescimento do número de lojas voltadas para os animais de estimação em Campinas e constatou que muitas foram abertas de forma amadora, geralmente, por veterinários, que acabaram fechando as portas por falta de competência empresarial. “Não tem mercado para todo mundo, hoje”, disse. Para Enderle, não somente a explosão do número de lojas em Campinas contribuiu para o encolhimento do mercado para todos. A classe média, que sofre hoje com a falta de emprego e o rendimento achatado, deixou de comprar alimentação e produtos principalmente para cães e gatos para investir em outras necessidades da família. “Hoje há algumas poucas marcas de ração, por exemplo, consideradas premium e as demais são de baixa qualidade justamente para atender essa classe média que deixou de comprar”, observou. Essas compras, agora, também podem ser feitas

PRESERVAÇÃO

Beneficência já é patrimônio cultural Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) declarou, ontem pela manhã, patrimônio histórico e cultural de Campinas o Hospital Real Sociedade Beneficência Portuguesa, localizado na rua Onze de Agosto, no centro da cidade.

O

Na reunião, que decidiu pelo tombamento do prédio do hospital, também ficou definido que será aberto um processo para o estudo de tombamento dos bens móveis do salão nobre da Beneficência onde estão móveis, quadros, lustres, tapetes antigos. A Real Sociedade Portuguesa de Beneficência foi fundada

Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) conseguiu, esta semana, liminar que permitiu a liberação de produtos médicohospitalares retidos no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, devido à greve dos fiscais da Anvisa. As empresas do setor não desembaraçam suas mercadorias por falta de fiscais. A Associação também conseguiu a liberação no porto de Santos e tenta agora retirar os produtos do aeroporto de Porto Alegre e Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

A

em supermercados. A saída para a loja do Shopping Iguatemi é manter a clientela classe A que já se acostumou a fazer compras no local, segundo Rafael Enderle. Meg alojas - Inauguradas em Campinas no final do ano passado, a Cobasi, localizada no Galleria Shopping e a Bichos Sem Grilos, do Parque Shopping D. Pedro, também ajudaram a estremecer o mercado de produtos para animais de estimação da cidade, introduzindo novos conceitos até então somente utilizados em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. As novas lojas chegaram apresentando, por exemplo, banhos de ofurô para cães, capa de chuva, cinto de segurança, estética animal e serviços 24 horas. Com 1,8 mil metros quadrados de área construída e 14 mil itens nas prateleiras, além de salas para serviços de banho, tosa e veterinária, a Bicho Sem Grilos, segundo o diretor geral da loja, Edison Andrades, está correspondendo às expectativas do grupo de São Paulo que instalou a loja em Campinas. De acordo com o diretor, entretanto, houve uma mudança no atendimento 24 horas. A loja passou fechar às 24h, respeitando os hábitos do consumidor campineiro. “Tínhamos um bom público na madrugada que migrou para o dia e a noite. O que estamos fazendo, na verdade, é uma readequação do horário começando a oferecer até a meia noite

para depois irmos estendendo aos poucos até que o público de Campinas se acostume a esse tipo de serviço durante as madrugadas”, afirmou o diretor. A localização do Shopping D. Pedro, na rodovia Dom Pedro I, é estratégica para a Bichos Sem Grilos, segundo Andrades. De acordo com o diretor, pelo menos 30% dos clientes cadastrados da loja são de cidades da região. “Esse é um público importante para o negócio”, observou Andrades. A Cobasi Campinas,

inaugurada em outubro do ano passado, no Galleria Shopping não informou como estão as expectativas da empresa para a unidade implantada em Campinas. De acordo com o grupo, na cidade a loja tem 2,5 mil metros quadrados que oferecem aproximadamente 18 mil itens de alimentação e acessórios para animais de estimação. A localização do shopping, na rodovia Dom Pedro I, também é considerada estratégica pelo grupo da Cobasi.

em 20 de julho de 1873, para atender aos portugueses que moravam em Campinas. Na época, segundo o hospital, a colônia portuguesa era a mais numerosa e dominava o comércio local. Em 1876 foi comprado o terreno e, no ano seguinte, foi iniciada a construção. A obra foi concluída em 1879 e inaugurada em 29 de junho do mesmo ano. A Beneficência recebeu, em 14 de novembro de 1884, a visita da Princesa Isabel acompanhada pelo marido, Conde d'Eu. Em

1886, o imperador Dom Pedro II também visitou o hospital e fez uma doação de duzentos mil réis, além de assinar o livro de visitantes. Mata - Na reunião de ontem também entrou em discussão a suspensão por 60 dias da Resolução 11 A de 2004, que trata do tombamento da Mata Santa Genebra. A resolução tem problemas jurídico-administrativos, o que também afeta projetos para a área e a regulamentação do entorno da mata. Antarctica – A administração municipal

cancelou a autorização para demolição do prédio onde funcionou durante décadas a Cervejaria Antarctica, na avenida Andrade Neves. O prédio está sendo colocado no chão para a construção de um templo da Igreja Internacional da Graça de Deus controlada pelo bispo Romualdo Ribeiro Soares, o bispo RR Soares. No entorno da antiga cervejaria há diversos prédios tombados. A Prefeitura analisa se a fachada da Antarctica deve ser preservada. (MT)

Aquário da Mondo Sommerso, no Shopping Iguatemi

MICRO tatiba, Amparo e Conchal integram, desde ontem, a rede de apoio aos pequenos negócios com a instalação de um Posto de Atendimento ao Empreendedor em cada cidade. A implantação é uma parceria entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e entidades locais. A intenção é estimular os pequenos negócios na região. Os postos estão instalados na rua Coronel Camilo Pires, 225, centro, em Itatiba; rua Treze de Maio, 313, sala 8, em Amparo e rua São Paulo, 431, em Conchal.

I Cães à venda encantam clientela do shopping

Mário Tonocchi

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

2,27 9/3/2006

COMÉRCIO

reais foi ontem a cotação de fechamento do dólar paralelo para venda em São Paulo , o mesmo valor da véspera


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

PSDB GARANTE DEFINIÇÃO DE CANDIDATO ENTRE HOJE E SEGUNDA Dida Sampaio/AE

Impasse tucano tem hora marcada para acabar

Eymar Mascaro

Conversa a dois

J

osé Serra e Geraldo Alckmin continuam conversando sobre a indicação do candidato do PSDB à presidência da República. Os dois brigam pela legenda do partido, mas prometem que estarão juntos na campanha, seja qual for a escolha. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, prometeu revelar o nome do candidato nas próximas horas. O escolhido terá de renunciar ao cargo que ocupa até 31 de março, para atender à Lei da Desincompatibilidade. Alckmim prometeu deixar o cargo no dia 31, mesmo que não venha a ser o indicado. O governador quer viajar pelo país fazendo pregação política. A cúpula do PSDB, representada pelo triunvirato FHC/Tasso Jereissati/Aécio Neves tem preferência pela indicação de Serra, porque o desempenho do prefeito nas pesquisas é melhor do que o do governador. Se vier a ser escolhido, Serra terá de renunciar a quase três anos de mandato. Em tempo: na campanha para prefeito, caso fosse eleito, Serra prometeu ficar no cargo os quatro anos, mas sua candidatura a presidente pode ser uma convocação do partido.

CAMPANHA

Qualquer que seja o escolhido, o candidato tucano iniciaria a campanha em desvantagem em relação a Lula, segundo as últimas pesquisas Ibope e Datafolha. O presidente recuperou os pontos perdidos com a crise do mensalão.

RECUO

Informações que chegam à sede do PSDB em São Paulo anunciam que Lula teria parado de crescer nas pesquisas. Em alguns casos, o presidente recuou. Estaria tecnicamente empatado com Serra no primeiro turno. O tucano venceria Lula no segundo turno.

VIOLÊNCIA

PSDB e PFL vão usar o rádio e a televisão para atacar de forma impiedosa o presidente Lula. Os dois partidos vão responsabilizar o presidente pela corrupção que envolveu setores do governo e, principalmente, o PT. O PFL já começou a atacar Lula no rádio e televisão.

Tasso Jereissati, presidente do PSDB: reunião com FHC e Aécio em São Paulo.

presidente, seja petista, seja tucano. O partido quer ficar livre das amarras nos estados.

REVELAÇÃO Uma pesquisa feita para o governo de São Paulo de posse dos tucanos aponta amplo favoritismo de José Serra. Diz-se que o prefeito teria chance de se eleger já no primeiro turno, não importando se o candidato do PT for Marta Suplicy ou Aloizio Mercadante.

CORPO FORA Mas Serra não quer saber de renunciar à prefeitura para se candidatar ao governo estadual. Se for para deixar o cargo, o prefeito só aceita sair candidato ao Planalto. Os tucanos, no entanto, vão continuar insistindo para Serra ser candidato à sucessão de Alckmin.

COMPARAÇÃO

Lula vai fazer também uma comparação entre seu governo e o governo FHC. O petista promete comprovar que em três anos no cargo realizou mais do que FHC em oito anos de mandato. Essa comparação já está irritando o ex-presidente tucano.

CONVERSAÇÕES

A primeira providência de Tasso Jereissati, assim que anunciar o candidato, é iniciar entendimentos com outros partidos para amarrar coligações. PT e PSDB estão de olho, sobretudo, no PMDB. Como terá candidato próprio, o PMDB só faz acordo no segundo turno.

OUTROS PARTIDOS

Além do PMDB, PT e PSDB paqueram o PTB, PP e PL. Outro partido na mira dos dois é o PDT, mas os pedetistas deverão ter candidato próprio. No PSB prevalece a tese de que deve mesmo fechar o acordo com o PT, indicando o vice de Lula.

PETEBISTAS

A executiva nacional do PTB mantém a disposição de não fazer aliança nem com o PT nem com o PSDB. O partido não quer apoiar nenhum dos candidatos a

A

tão esperada candidatura própria do PMDB à presidência pode morrer antes mesmo do nascimento. Ontem, um entusiasta do projeto, o deputado Geddel Vieira Lima (BA), admitiu pela primeira vez que, caso a regra de verticalização seja mantida nas eleições de outubro, pensar em prévias e candidato próprio é como estar "brincando". "Para um partido federativo como o PMDB, a verticalização torna o lançamento de um candidato próprio inviável", disse. "Não tem por que manter um candidato que será abandonado pelos correligionários." A avaliação de outros peemedebistas é a mesma. Pela regra da verticalização, as alianças feitas para as eleições presidenciais devem se

repetir nos Estados. A decisão final a respeito será tomada pelo Supremo Tribunal Federal, mas a expectativa de sua manutenção já agita os partidos. Se ela valer mesmo, o PMDB teria dificuldades em combinar coligações no Estado e na sucessão do presidente Lula. A tendência da legenda é dar prioridade às disputas locais. Na Bahia, por exemplo, PMDB, PT, PSDB, PDT, PC do B e PSB planejam frente contra o PFL. Seria impossível fazer essa coligação e ter candidato próprio. Hoje, os pré-candidatos Germano Rigotto (RS) e Anthony Garotinho (RJ) se reúnem com o presidente da legenda, Michel Temer (SP), para reforçar a posição pró-candidatura. (Agências)

PFL FAZ POSE, MAS QUER PSDB.

RESPOSTA

O PT estaria preparando uma resposta a tucanos e pefelistas, denunciando possíveis irregularidades nas privatizações no governo FHC. O PT pretende divulgar também a compra de votos de deputados para aprovar a emenda da reeleição.

PARA LÍDERES DO PMDB, CANDIDATURA AGONIZA

DIFICULDADE O PSDB quer se manter no governo em São Paulo. Não deseja perder o controle do Estado depois de 12 anos no poder. Os pré-candidatos tucanos ao governo paulista estão com baixo índice de intenção de voto na pesquisas. São eles: ex-ministro Paulo Renato; secretário de Governo da Prefeitura, Aloysio Nunes Ferreira; deputado Alberto Goldman e vereador José Aníbal.

FIM DO PRAZO Vence hoje o prazo dado pelo PMDB para o registro de candidatos às prévias, marcadas para o dia 19. Por enquanto, as prévias serão disputadas pelo exgovernador Anthony Garotinho (RJ) e o governador Germano Rigotto (RS).

REEXAME Se a verticalização prevalecer, o PFL pode rever sua posição diante do quadro eleitoral. Pode optar pela neutralidade não fazendo coligação com o PSDB na eleição de presidente, para deixar o partido livre para as coligações nos estados.

ALIADOS A neutralidade admitida por alguns pefelistas é, porém, difícil de ocorrer. O mais provável é que o PFL faça nova aliança com o PSDB, como aconteceu nos dois governos FHC. O vice do tucano pode ser indicado pelo PFL do Nordeste e o nome mais citado é o do senador José Agripino.

A executiva nacional do PFL decidiu ontem aprovar um roteiro que guiará os próximos passos da legenda na corrida presidencial. O primeiro movimento é aguardar a escolha do candidato do PSDB, prevista para este fim de semana, para, então, ouvir a posição do pré-candidato pefelista, o prefeito do Rio, César Maia.

A expectativa é que Maia opte pela chapa encabeçada pelos tucanos. Nesse caso, o partido fará uma consulta às suas bancadas regionais sobre essa possível aliança. É provável que surjam problemas pontuais em vários Estados, motivados por divergências locais. Só então, o partido anunciará sua posição oficial. (Agências)

Depois de muita conversa e pressão dos aliados, a cúpula do PSDB se reúne hoje sabendo que a única saída para o impasse do partido é esperar que um dos postulantes à vaga de candidato da legenda às eleições presidenciais – Geraldo Alckmin e José Serra – desista de concorrer.

O

impasse sobre a candidatura do PSDB à Presidência da República chegou a um ponto em que a solução depende da desistência de um dos postulantes – o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, José Serra. Embora não admita publicamente que a situação tenha chegado a esse ponto, a cúpula do partido já não tem instrumentos para influir no desfecho da trama. As últimas fichas estão depositadas em conversas previstas para ocorrer entre hoje e domingo, em São Paulo. Segundo Alckmin, o anúncio oficial deve ser segunda-feira. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas, Aécio Neves, voltam a procurar Alckmin e Serra nesse período, aparentemente sem qualquer proposta esboçada para um acordo. "A essa altura, só podemos esperar que os dois, Alckmin e Serra, tenham muito juízo e não prorroguem a agonia do partido", disse uma fonte próxima à cúpula tucana. Especulações – O trio de coordenadores suspendeu as articulações às vésperas do Carnaval, na expectativa de que uma das candidaturas se afirmasse naturalmente, o que não ocorreu. Sem fatos novos, abriu-se espaço para especulações. A mais instigante supõe

um acordo pelo qual Alckmin seria o candidato ao Palácio do Planalto e Serra disputaria o governo do Estado. O PSDB paulista tem deixado vazar resultados de pesquisas demonstrando o favoritismo de Serra numa eventual disputa pelo governo do Estado – o que levou o PT a entrar com representação no Ministério Público Eleitoral sob o argumento de que o partido infringiu a lei ao fornecer dados à imprensa de uma pesquisa não registrada na Justiça Eleitoral. Aliados do prefeito, porém, negam que a alternativa ao governo estadual esteja sendo considerada por ele. Dobradinha – Tasso também nega que a idéia tenha sido discutida e a considera "operacionalmente difícil". Até políticos da base de apoio ao governo, no entanto, avaliam que uma dobradinha Alckmin-Serra fortaleceria a chapa em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. O silêncio de Serra tem sido um complicador. Mas o tempo de dúvidas está se esgotando. Para disputar as eleições, ele tem de renunciar até dia 31. "As bases estão impacientes e querem saber com quem o PSDB vai jogar, pois os prazos correm para todos, não só para o candidato presidencial", disse o deputado João Almeida (PSDB-BA). Ontem, Alckmin conversou com Serra e afirmou: "Estamos chegando ao epílogo dessa história. Trocamos uma palavrinha e foi boa a conversa." (Agências)

LULA, ETERNAMENTE GRATO À RAINHA. Kieran Doherty/Reuters

ula e sua comitiva deixaram Londres deslumbrados com o luxo e o glamour da convivência com a realeza e não economizaram agradecimentos à rainha Elizabeth II, ao primeiro-ministro britânico Tony Blair e até aos empregados. "Serei eternamente grato pelo carinho que minha mulher Marisa e eu e a minha delegação recebemos neste três dias que estamos aqui. Não sei se terá um lugar no mundo em que eu serei melhor tratado do que eu fui aqui. Se tiver, eu preciso conhecer logo, porque saio daqui com a melhor impressão", disse Lula, ao comentar que foi criado um "novo patamar de relações", embora nenhum grande acordo tenha sido assinado. Ontem, Brasil e Grã-Bretanha acertaram que vão impulsionar uma reforma ambiciosa nas regras comerciais globais e pediram uma reunião de cúpula de líderes mundiais para remover os obstáculos para a conclusão de um acordo. "Nós concordamos em trabalhar juntos e de forma próxima... tentar persuadir nossos parceiros e colegas a ir além das posições estabelecidas e ter uma rodada muito mais ambiciosa", afirmou Tony Blair. "Eu estou convencido de que o Reino Unido e o Brasil juntos vão dar uma contribui-

L

Presidente Lula e Tony Blair, em coletiva de imprensa em Londres: unidos para mudar regras comerciais.

ção crucial para desbloquear a rodada de Doha na OMC", completou Lula. Na reunião com Lula, Blair reiterou o apoio do Reino Unido à reforma e ampliação da Organização das Nações Unidas e ao desejo do Brasil de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança. Lula chegou ontem à cidade do Recife, onde participará hoje da entrega de chaves do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social. (Agências)

Factoring

DC

poLítica

POLÍTICA - 3

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

VALENCISE: INQUÉRITO ESTÁ NA FASE FINAL. PARA INTEGRANTES, CONSELHO ESTÁ SENDO DESMORALIZADO.

Ó RBITA

INFRAERO DESMENTE MILITAR m relato da Infraero em Viracopos, sobre o episódio em que o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, teria usado o peso de seu cargo para forçar sua entrada em um vôo da TAM para Brasília, na quarta-feira de Cinzas, diverge inteiramente do que ele vem dizendo a respeito. Segundo esse informe, ele não fez checkin – apenas confirmou seu vôo de manhã, por telefone. Também não teve nenhuma bagagem embarcada antes por algum auxiliar. Por fim, Valter Campanato/ABr

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não procede sua defesa de que não fez qualquer pressão ou sequer sabia que outros passageiros teriam de sair para que ele tomasse aquele vôo para Brasília, às 17h30. Ele deverá apresentar-se às comissões de Relações Exteriores e Segurança Nacional, do Senado, e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos. O Conselho de Ética do Servidor Público igualmente pediu justificativas. O comandante está no Chile. (AE)

A PORTAS FECHADAS – A CPMI dos Correios marcou para quarta-feira o novo depoimento do publicitário Duda Mendonça, que deve ocorrer a portas fechadas, pois envolve documentos da Justiça dos EUA sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal de Duda.

HÁ PROVAS PARA INDICIAR PALOCCI, DIZ DELEGADO. Dida Sampaio/AE

o comando da apuração sobre fraudes na prefeitura de Ribeirão Preto, o delegado Benedito Antônio Valencise disse ontem, em depoimento à CPI dos Bingos, que existem elementos suficientes para indiciar o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A polícia, no entanto, não pode oferecer denúncia contra Palocci que, por ser ministro, só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. No depoimento, o delegado não apresentou provas contra Palocci, que foi prefeito de Ribeirão Preto em 2001 e 2002. E admitiu que o mais forte indício do envolvimento direto do ministro é o depoimento de exassessor de Palocci, o advogado Rogério Buratti. Mas, segundo o delegado, o inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investiga as denúncias de corrupção em Ribeirão Preto vai apontar o ministro e seu sucessor na prefeitura, Gilberto Maggioni, como responsáveis pelo esquema de superfaturamento dos contratos de varrição pública com a empresa Leão & Leão. Instaurado no ano passado a partir de denúncias feitas por Rogério Buratti, o inquérito está em fase final e, se-

N

Delegado Antônio Valencise

gundo o delegado, deve ser concluído até o final do mês. Prova – As principais acusações contra o ministro estão num depoimento prestado pelo próprio Buratti há pouco mais de um mês, quando ele diz que o então prefeito participou pessoalmente do acerto com a Leão & Leão. O delegado Valencise acredita que essa prova é suficiente. "Buratti era homem de confiança de Palocci e todas as informações que ele deu até hoje estão sendo confirmadas. É evidente a participação dos prefeitos. Tendo em vista o tamanho do esquema, não é possível só a participação de funcionários subalternos", disse o delegado. Lavagem – A investigação

da Polícia Civil revelou que apenas um terço do valor pago pela prefeitura para varrição de ruas era gasto efetivamente na realização do serviço. O restante, segundo o delegado, era pago ilegalmente à empresa Leão Leão, que "lavava" o dinheiro utilizando notas fiscais frias e devolvia parte à prefeitura. O delegado estima que o valor desviado chegue a R$ 400 mil por mês. O inquérito está calcado em duas provas principais. A primeira é a contabilidade apreendida na Leão & Leão, que demonstra a saída de R$ 50 mil mensais que teriam como destino final o PT; a segunda, os testemunhos de três chefes do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, que admitem ter assinado ordens de serviço falsas para aumentar o valor destinado à Leão & Leão. A polícia ainda pericia as notas fiscais supostamente usadas para maquiar a contabilidade da empresa. O Ministério da Fazenda informou que não se pronunciaria sobre as declarações do delegado. A assessoria do ministro Palocci informou que ele estava em trânsito, retornando com Luís Inácio Lula da Silva de viagem ao Reino Unido na comitiva presidencial. Nervos – A acusação do en-

volvimento direto de Palocci tornou a sessão da CPI numa das mais nervosas até aqui. Exaltados, os senadores petistas presentes à reunião disseram considerar a investigação tendenciosa, por incriminar o ministro apenas com base em uma prova testemunhal. Eles tentaram ainda desqualificar o delegado lendo cinco testemunhos de presos que o acusam e a sua equipe de tortura nas delegacias de Ribeirão Preto. "Quem é esse delegado para dizer o que está dizendo? Sua biografia não me permite respeitar o seu depoimento", disse o senador Tião Viana (AC), principal interlocutor de Palocci com a CPI. Valencise negou as acusações e se defendeu dizendo que elas partiram de "criminosos". Conhecido pela sua calma, o senador Flávio Arns (PT-SC) se exaltou, provocando nova confusão: "O senhor é torturador!". "Aí não, tem que ter respeito com o depoente", interrompeu, aos berros, o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB). No fim, a oposição voltou a exigir explicações do ministro Palocci. "A autoridade é sim responsável pelos atos de seus subalternos", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). (Agências) Celso Junior/AE

ORÇAMENTO: OAB PELA PACTO À VISTA. VERTICALIZAÇÃO epois de três dias de impasses, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou ontem um corte de R$ 900 milhões nas despesas. O valor relativo à economia, porém, já tem destino certo: ressarcir os Estados pelas perdas com a Lei Kandir. O ressarcimento dos Estados era um dos principais entraves à aprovação do Orçamento 2006, uma vez que os governadores pressionaram seus deputados a endurecer o jogo com o governo. Espera-se agora que a votação final ocorra na próxima terça. As negociações foram tensas até o acordo entre os membros do Orçamento. À certa altura, o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-PR) ameaçou abandonar a presidência da Comissão caso o Orçamento não seja votado até o fim do mês. (Agências)

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omo era esperado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade contra a emenda que acabou com a verticalização – liberando, assim, os partidos a fazer alianças diferentes nas eleições presidencial e nos Estados. Na ação, a OAB defende que, segundo artigo da Constituição, alterações das regras eleitorais não podem ser feitas a menos de um ano dos pleitos. A expectativa é que o STF tome uma decisão rapidamente. Os partidos têm pressa, já que ocupantes de mandatos do Executivo têm até o dia 31 para deixar seus cargos. E o próprio presidente do STF, Nelson Jobim, teria intenção de se candidatar – a data-limite também vale para ele. (Agências)

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'FOME ZERO, CAIXA 2, PIZZA 10' esde os anos 80, os irmãos Chico e Paulo Caruso acompanham com traços precisos e caricaturas musicais os rumos da política nacional. Do fim do regime militar às pizzas em série fabricadas no Congresso, nada escapa à dupla de humoristas. Hoje, este repertório será contado e cantado no show “Fome Zero, caixa 2, pizza 10 – 2006: copa e eleição outra vez”, no Rio. Vestidos a caráter, com paletós-pizza, os Caruso, acompanhados de banda, cantarão o xote Severino Xique-xique, em homenagem ao ex-

D

deputado Severino Cavalcanti , demolido por Chico depois que se deixou flagrar com a barriga à mostra, na charge que virou o símbolo de uma breve era na Câmara. As absolvições dos e o clima préeleitoral são o tema da tarantela “Pizzaiolo, pizzolato: deixa a massa descansar, a massa não sabe de nada; pega ela e faz o bolo; puxa, estica e taca o rolo. Depois, torna a esticar”, cantam eles. "Tenho a impressão que desde que nasci as coisas acontecem com graça", diz Chico. A Copa também está no show. Chico diz que engordou 30 quilos só para encarnar Ronaldo. (AG)

Mesmo tendo recebido R$ 20 mil do valerioduto, Luizinho foi absolvido pelo plenário da Câmara, que não seguiu a recomendação do conselho.

FRUSTRADO, CONSELHO ACORDA DE RESSACA.

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m clima de desânimo e frustração tomou conta da reunião de ontem do Conselho de Ética por causa da decisão do plenário da Câmara de absolver na quarta-feira os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Irritado, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), disse que estava de ressaca e afirmou que os parlamentares estavam votando com base no passado dos acusados, sem analisar os relatórios do conselho. "Me sinto frustrado. A impressão que tenho é que a grande maioria não conhece o processo, vota pela história do parlamentar. Os deputados não analisam o relatório do Conselho de Ética. Os deputados conhecem a vida de cada um e estão votando de acordo com isso, e não com o

trabalho do Conselho de Ética", protestou Izar. Desânimo – Frustrados e desanimados, conselheiros estão questionando a validade do colegiado. Nas últimas três votações, o plenário não seguiu a recomendação do órgão técnico e absolveu os deputados acusados de uso de caixa 2 e envolvimento no esquema de mensalão. Dois deputados anunciaram ontem que deixarão o conselho: Colbert Martins (PPS-BA) e Edmar Moreira (PFL-MG), relator do processo de cassação do deputado José Mentor (PT-SP). A reclamação geral é que os deputados no plenário votam contra o parecer do conselho sem sequer ler o processo. "O conselho tem uma linha de investigação que o plenário tem ignorado. Ele deixou de ser um órgão útil na investigação. O conselho, desautorizado se-

guidas vezes pelo plenário, deixou de ter função", afirmou Colbert Martins. A frustração dos deputados ficou evidente. Muitos lembraram que durante a sessão de julgamento de Brant deputados no plenário ignoravam e nem ouviram a leitura do parecer do relator, Nelson Trad (PMDB-MS). Desmoralização O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que estava havendo um processo de desmoralização do conselho e que saques no valerioduto e caixa 2 não parecem mais passíveis de cassação. "O plenário não lê nossos pareceres. Há um processo de desmoralização do Conselho de Ética. Fica claro pela votação de ontem (quarta) que o saque do valerioduto não é mais passível de cassação. Caixa 2 então nem se fala", reclamou. O clima esquentou até mesmo entre os conselheiros, que não entenderam as explicações de Izar para que a votação do relatório contra o deputado José Mentor (PT-SP) só seja feita na semana que vem. O deputado Julio Delgado (PSB-MG) cobrou uma resposta de Izar, afirmando que o conselho não pode parar por causa do plenário. Irritadíssimo e levantando o tom de voz, Izar disse que não houve adiamento no relatório de Mentor e que a votação estava prevista para o dia 16, e não para ontem. Muitos entenderam que Izar teria mudado de idéia por causa da ressaca provocada pela decisão do plenário de quarta-feira à noite. Mentor deu razão a Izar, dizen-

Me sinto frustrado. A impressão que tenho é que a grande maioria não conhece o processo, vota pela história do parlamentar. Ricardo Izar, deputado

Fica claro pela votação de ontem (quarta) que o saque do valerioduto não é mais passível de cassação. Caixa 2 então nem se fala. Chico Alencar, deputado

do que a votação estava marcada para o dia 16. Reação – Os deputados Julio Delgado (PSB-MG) e Julio Redecker (PSDB-RS) começaram a articular a apresentação de u m a p ro p o s t a d e e m e n d a constitucional para acabar com o voto secreto no julgamento de parlamentares. A proposta já conta com 160 assinaturas, informou Delgado, que foi relator no conselho do processo contra o ex-deputado petista José Dirceu. (Agências)


sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Cerca de duas mil ações em todo o País discutem o direito do exportador ao crédito-prêmio do IPI

STF LIMITA EM R$ 24,5 MIL SALÁRIO DE SERVIDOR

SEGUNDO O DIEESE, 72% DAS NEGOCIAÇÕES EM 2005 RESULTARAM EM REAJUSTES ACIMA DO INPC

SALÁRIOS GANHARAM DA INFLAÇÃO

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alanço divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) indica que 72% das negociações salariais de 2005 resultaram em reajustes acima da inflação apurada pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo levantamento aponta que 88% das 640 negociações coletivas acompanhadas pelo Dieese obtiveram, no mínimo, a recomposição da inflação. Esse foi o melhor desempe-

nho já constatado pelo Dieese em sua série histórica, iniciada em 1996, indicando a continuidade da recuperação salarial já verificada em 2004. Cerca de 16% dos reajustes salariais corresponderam exatamente ao INPC acumulado até a data-base. Outros 35% dos acordos obtiveram ganho real de até 1%, e 37% das negociações resultaram em reajustes de mais de 1% acima da inflação. Somente 12% dos acordos resultaram em correção inferior ao índice. De acordo com o Dieese, o bom resultado das negociações salariais no ano passado foi provocado por fatores po-

sitivos como o crescimento econômico e a baixa inflação. "Apesar de 2005 ter sido ruim para a economia e da surpresa desagradável de crescimento do PIB de 2,3%, os sindicatos tiveram uma performance muito boa", disse o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. O Dieese acredita que as campanhas salariais deste ano poderão manter o mesmo desempenho de 2005, por conta das expectativas de crescimento econômico e da possibilidade de retomada de investimentos produtivos e em infra-estrutura no País. (AE)

Petrobras vai licitar cloreto de potássio A Petrobras abriu licitação para vender reservas de pelo menos 300 milhões de toneladas de cloreto de potássio na Amazônia. As jazidas foram herdadas da Petrobras Mineração S.A. (Petromisa), subsidiária extinta em 1991, e até hoje estão inativas por falta de interesse da companhia petroleira em explorá-las. Atualmente, o Brasil importa cerca de 90% de seu consumo de cloreto de potássio, usado como insumo pela indústria de fertilizantes. Segundo a gerente de novos

negócios da Petrobras, Gláucia Delgado, as áreas que serão licitadas pela estatal são suficientes para triplicar as reservas brasileiras do mineral. Atualmente, apenas a Companhia Vale do Rio Doce produz cloreto de potássio no País, em uma jazida adquirida da própria Petrobras, na região de Aracaju (SE). De acordo com Gláucia, a área, chamada de Taquari-Vassouras, era o único ativo "palpável" da Petromisa na época de sua extinção e foi arrendada por 25 anos à Vale. A Petrobras herdou direi-

tos para exploração de sal gema, no Espírito Santo, areias especiais, no Maranhão, e barita, na Bahia, além do cloreto de potássio no Amazonas. Já tentou repassar as duas primeiras concessões, que foram devolvidas ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) por falta de interessados. A empresa petroleira ainda pretende licitar as jazidas de sal gema, mineral de onde se extraem sódio e cloro, mas precisa regularizar a situação da concessão junto ao departamento. (AE)

Reviravolta: governo a caminho do STF contra o crédito-prêmio

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discussão sobre a legalidade do crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedido em 2005 aos exportadores de produtos manufaturados, deve chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional deve recorrer ao tribunal para tentar colocar um ponto final nas disputas judiciais que se arrastam há anos. Estima-se a existência de duas mil ações sobre o tema em todo o País. Se o governo perder a causa, o Tesouro será chamado a pagar uma conta avaliada na casa de bilhões de reais.

Na última quarta-feira, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mudou sua posição sobre o assunto e reconheceu o direito dos exportadores de receberem o benefício fiscal até 1990. Por 5 votos a 4, os ministros do STJ reviram uma decisão oposta tomada há apenas quatro meses. Em novembro passado, por 5 votos a 3, o STJ concluiu que o crédito-prêmio fora extinto em junho de 1983. A revisão na decisão se deve à mudança na composição de ministros na Seção. Para o procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Francisco Tadeu de

Alencar, a grande surpresa no julgamento foi o voto do ministro Francisco Falcão, que por duas vezes já havia votado pela extinção do benefício em 1983. Sob o argumento da necessidade de se manter a segurança jurídica, o ministro mudou de opinião e aceitou a tese de que o benefício vigorou até 1990. A ministra Eliana Calmon votou nesse mesmo sentido. O crédito-prêmio foi criado em 1969 para incentivar exportações de manufaturados. Consistia na redução de até 15% no pagamento de IPI e dava direito aos exportadores a um crédito tributário. (AE)

Corte de salário no serviço público O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que quem ganha mais de R$ 24,5 mil no serviço público sofrerá um corte no salário. Em uma votação unânime, os ministros concluíram que a fixação do teto salarial nesse patamar,

que equivale à remuneração dos próprios integrantes do STF, acabou com o recebimento de adicionais por tempo de serviço. Eles disseram que não se pode alegar direito adquirido para manter os adicionais. Mas, no mesmo julgamento,

que ainda não foi concluído, pode surgir uma brecha para que as pessoas atingidas pelo corte (em especial magistrados estaduais) sustentem em futuras ações judiciais que têm direito à irredutibilidade de vencimentos. (AE)

ATAS SABRICO S.A. – C.N.P.J. nº 61.345.872/0001-86 – NIRE 35.300.030.150 Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de Dezembro de 2005 Data, Horário e Local: 30 de dezembro de 2005, às 10:30 horas, na sede social situada na Av. Presidente Castelo Branco, nº 4233, em São Paulo-SP. Presença: acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Presidente, Francisco José Fernandes Valgode; Secretário, Márcio Machado Valêncio. Convocação: Dispensada a convocação por edital, conforme artigo 104, § 4º da Lei nº 6.404/76. Ordem do Dia: deliberar sobre: (i) ratificação dos atos concernentes à cessão do direito à opção de compra do imóvel onde se localiza o estabelecimento da seda da Sociedade; (ii) retificação da distribuição das ações ordinárias nominativas entre os sócios; (iii) consolidação do Estatuto Social; Deliberações tomadas pela unanimidade dos presentes: (i) Foram ratificados pelos sócios, todos os atos praticados pela Diretoria da Sociedade, relativamente à cessão do direito à opção de compra do imóvel situado na Av. Presidente Castelo Branco, nº 4233, São Paulo-SP, pelo valor de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais), direito este previsto no contrato de locação do referido imóvel, firmado entre a Sociedade e Evaristo Comolatti S/A Participações; (ii) em razão de erro material contido nas atas das Assembléias Gerais Extraordinárias realizadas em 01 de junho de 2005, e 31 de outubro de 2005, fica retificada a composição acionária da Sociedade, de maneira que com o aumento de capital, sem a emissão de novas ações, nelas descrito, a acionista Erei – Excellence Real Estate Investment B.V. passa a ser detentora de 39,33%, enquanto a acionista Fuentes Participações Ltda., passa a possuir 60,67% das ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, com direito a voto, até então subscritas; (iii) para que fiquem constando as alterações levadas a efeito por este ato, foi retificada a redação do Estatuto Social da Sociedade, cuja cópia consolidada ora aprovada é anexada à presente ata como Anexo I, a qual rubricada pelo Secretário da mesa, passa a integrar a presente ata para todos os fins e efeitos legais, nos termos do § 1º do Art. 130 da Lei 6.404/76, sendo que deverá ser levada a registro em apartado à presente ata perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP. Suspensão dos trabalhos e lavratura da ata: não havendo mais nada a ser tratado, a reunião foi interrompida pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reiniciada a reunião, a ata foi lida, achada em ordem, aprovada e assinada por todos os presentes. Acionistas presentes: p. Fuentes Participações Ltda., Francisco José Fernandes Valgode, e Armando Cocaro Júnior, p. Erei – Excellence Real Estate Investment B.V., Francisco José Fernandes Valgode, e Márcio Machado Valêncio. São Paulo, 30 de dezembro de 2005. (ass.) Presidente: Francisco José Fernandes Valgode; Secretário: Márcio Machado Valêncio; Acionistas: p. Fuentes Participações Ltda., Francisco José Fernandes Valgode, e Armando Cocaro Júnior, p. Erei – Excellence Real Estate Investment B.V., Francisco José Fernandes Valgode, e Márcio Machado Valêncio. JUCESP – Certifico o registro sob o nº 65.740/06-3 em 06/03/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

BRASMOTOR S.A. CNPJ/MF 61.084.984/0001-20

Companhia Aberta

CNPJ/MF 59.105.999/0001-86

NIRE 35300026667

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 16 DE JANEIRO DE 2006 DATA: 16 de janeiro de 2006, às 16:30 horas. LOCAL: Sede Social, na Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, sala 3, em São Paulo, SP. PRESENÇA: Maioria dos membros do Conselho de Administração. MESA: Sr. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; Srta. Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. DELIBERAÇÕES: Nos termos do Estatuto Social, foi aprovado, por unanimidade, o pagamento de dividendos “ad referendum” da Assembléia Geral Ordinária, para todas as ações integrantes do capital social atual (beneficiando os acionistas que se acham inscritos nos registros da Companhia nesta data), subscrito e integralizado de R$ 577.400.000,00 (quinhentos e setenta e sete milhões e quatrocentos mil reais), (2.864.444.110 ações), da seguinte forma: (a) R$ 4,40 (quatro reais e quarenta centavos) por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações ordinárias; e (b) R$ 4,84 (quatro reais e oitenta e quatro centavos) por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações preferenciais, conforme disposto no inciso I do artigo 17, da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 10.303/2001. Os referidos dividendos são declarados com base nos resultados apurados no Balanço Anual - base 31.12.2005, computando-se no cálculo do dividendo mínimo obrigatório do exercício social 2005. O pagamento desses dividendos será feito a partir do dia 15 de fevereiro de 2006. São Paulo, 16 de janeiro de 2006. (aa) Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; Antonio Mendes; Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. A presente é cópia fiel da Ata, lavrada em forma de sumário, no Livro próprio. Paula Maria Hashimoto Hirata - Secretária. CERTIDÃO: Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de S. Paulo. Certifico o registro sob nº 53.588/ 06-0, em 17.02.2006 - Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

BALANÇOS

Companhia Aberta

NIRE 35300035011

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 16 DE JANEIRO DE 2006 DATA: 16 de janeiro de 2006, às 16:00 horas. LOCAL: Sede Social, na Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, em São Paulo, SP. PRESENÇA: Maioria dos membros do Conselho de Administração. MESA: Sr. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; Srta. Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. DELIBERAÇÕES: Nos termos do Artigo 24 do Estatuto Social, foi aprovado, por unanimidade, o pagamento de juros sobre o capital próprio complementar ao pagamento, aprovado em Reunião do Conselho de Administração, ocorrida em 20 de Dezembro de 2005, “ad referendum” da Assembléia Geral Ordinária, para todas as ações integrantes do capital social atual (beneficiando os acionistas que se acham inscritos nos registros da Companhia nesta data), subscrito e integralizado de R$ 825.000.000,00 (oitocentos e vinte e cinco milhões de reais), (1.255.520.259 ações), da seguinte forma: (a) R$ 14,83 (quatorze reais e oitenta e três centavos) por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações ordinárias; e (b) R$ 16,31 (dezesseis reais e trinta e um centavos) por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações preferenciais, conforme disposto no inciso II do artigo 17, da Lei nº 6404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 10.303/2001. Os referidos juros sobre o capital próprio são declarados com base nos resultados apurados no Balanço Anual - base 31.12.2005 e nos lucros acumulados, conforme previsto no parágrafo 1º do artigo 9º da Lei 9.249/ 95, em substituição ao dividendo relativo ao ano de 2005, computando-se no cálculo do dividendo mínimo obrigatório do exercício social 2005, nos termos do parágrafo 7º do artigo 9º da Lei nº 9.249/95 e da Deliberação CVM nº 207, de 13.12.96. O pagamento desses juros será feito a partir do dia 15 de fevereiro de 2006, pelo valor líquido de: (a) R$ 12,61 por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações ordinárias; e (b) R$ 13,86 por lote de 1000 (mil) ações, para todas as ações preferenciais; já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% (quinze por cento), nos termos do parágrafo 2º, do artigo 9º, da Lei nº 9.249/95, exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado. O crédito contábil foi efetuado em 31 de dezembro de 2005, procedendo-se a retenção do Imposto de Renda na Fonte, conforme legislação em vigor. São Paulo, 16 de janeiro de 2006. (aa) Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; e Antonio Mendes; Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. A presente é cópia fiel da ata, lavrada em forma de sumário, no livro próprio. Paula Maria Hashimoto Hirata - Secretária. CERTIDÃO: Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de S. Paulo. Certifico o registro sob nº 53.589/06-3, em 17.02.2006 - Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

NOTIFICAÇÃO PREFEITURA

MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - Notificação - Em relação ao item III da impugnação da Empresa Egypt Engenharia e Participações Ltda, no tocante à alegação de ofensa ao artigo 29 da Lei 8.666/93, verifica-se que ocorreu erro material na elaboração do edital. Sendo assim, informamos que, no tocante à habilitação das empresas, a documentação relativa à regularidade fiscal, deverão ser apresentados também os seguintes documentos além dos já previstos no edital: I - Prova de regularidade para com a Fazenda Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei. São Carlos, 09 de março de 2006. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitação.

CONVOCAÇÕES

EDITAIS PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

SECRETARIA MUNICIPAL ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE COMPRAS ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº05/2006 OBJETO: Registro de preços p/aquisição de materiais de pintura destinados às Escolas de Ensino Fundamental, educação infantil e creches municipais. Limite p/entrega dos envelopes 11/04/2006 às 16:00h e abertura dia 12/04/2006 às 08:30 h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº06/2006 OBJETO: Registro de preços p/aquisição de materiais p/recreação e desporto destinados às escolas de Ensino Fundamental. Limite p/entrega dos envelopes 12/04/2006 às 16:00h e abertura dia 13/04/2006 às 08:30 h. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº21/2006 OBJETO: Aquisição de acido valproico, acido pipemidico, clonazepan e outros, p/repor estoque de medicamentos da atenção básica. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 24 de março de 2006, às 08:30 horas.

COMUNICADO TIMEGRAF IMPRESSOS GRÁFICOS LTDA. Torna público que recebeu da CETESB a Licença prévia nº 45000832 e Licença de Instalação nº 45002011; e requereu a Licença de Operação para serviços gráficos em geral, à Av. Otacílio Tomanik, 302 – Butantã – 05363-000 – São Paulo-sp.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº12/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 0010/5900/2006. OBJETO: MOLHO DE TOMATE REFOGADO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 29 de março de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº13/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 0011/5900/2006. OBJETO: MOLHO DE TOMATE REFOGADO PENEIRADO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 29 de março de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº14/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 0009/5900/2006. OBJETO: CARNE DE FRANGO DESFIADA AO MOLHO COM LEGUMES. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 31 de março de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº15/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 0012/5900/2006. OBJETO: CARNE BOVINA MOÍDA AO MOLHO COM LEGUMES. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30 h do dia 31 de março de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº16/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 0008/5900/2006. OBJETO: CARNE DE FRANGO DESFIADA AO MOLHO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 04 de abril de 2006. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

CNPJ. 55.064.513/0001-58 Utilidade Pública Estadual - Lei nº 10.197 de 30/12/98 Utilidade Pública Federal - Decreto de 23/04/1999

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA A Associação dos Excepcionais São Domingos Sávio “AESDS”, de acordo com os artigos 12 e 14 do seu Estatuto Social, convoca seus associados quites com suas obrigações sociais, a comparecerem à Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 25 de março de 2006, em sua sede social, sita à Rua José Teodoro Vieira, 295, Parque Maria Domitila, São Paulo-SP, às 09:00 horas. em primeira convocação, com número mínimo de 1/5 (um quinto) dos sócios e às 09:30 horas. em segunda convocação, com qualquer número dos associados, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: a) Homologação das contas e do balanço, relativos ao ano de 2005. b) Referendar os nomes dos novos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal. São Paulo, 08 de março de 2006. OSVALDO SIRELLI - Presidente

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

LEGAIS - 5

Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 - Sede: Cidade de Deus - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração

2º Semestre 2005

Senhores Acionistas, Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Alvorada S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. No exercício, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 574,746 milhões, correspondente a R$ 7.066,14 por ação e Patrimônio Líquido de R$ 4,222 bilhões. Osasco, SP, 30 de janeiro de 2006. Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

2004

CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................... Aplicações no Mercado Aberto ..................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros .................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................................................... Carteira Própria ........................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................. Créditos Vinculados: - Depósitos no Banco Central ....................................................................... - SFH - Sistema Financeiro da Habitação .................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ......................................................... Transferências Internas de Recursos ............................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ....................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ....................................................... Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ OUTROS VALORES E BENS ...................................................................... Outros Valores e Bens .................................................................................. Provisões para Desvalorizações .................................................................. Despesas Antecipadas ................................................................................. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .............................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................................................... Carteira Própria ........................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra .................................................. Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação .... OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ....................................................................................... Participações em Coligadas e Controladas: - No País ..................................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................... Provisões para Perdas ................................................................................. IMOBILIZADO DE USO ............................................................................... Imóveis de Uso ............................................................................................ Outras Imobilizações de Uso ....................................................................... Depreciações Acumuladas ........................................................................... DIFERIDO ................................................................................................... Gastos de Organização e Expansão ............................................................. Amortização Acumulada ..............................................................................

4.212.872 320 3.175.981 7.895 3.168.086

3.553.406 331 283.943 7.207 276.736

TOTAL ........................................................................................................

ATIVO

807.322 800.420 6.902 356

3.049.821 3.042.895 6.926 5.240

306 50 1.596 1.596 211.263 29.029 523 182.674 (963) 16.034 23.522 (7.488) – 984.571

5.190 50 1.585 1.585 196.959 15.004 537 182.062 (644) 15.527 20.271 (4.745) 1 1.021.792

407.241 24.977 – 382.264 577.330 578.224 (894) 374.483 345.952

389.895 27.939 1.936 360.020 631.897 631.897 – 335.903 281.513

311.597 77.051 (42.696) 28.531 56.514 6 (27.989) – 37.431 (37.431)

240.353 83.372 (42.212) 54.390 86.708 303 (32.621) – 24.220 (24.220)

5.571.926

4.911.101

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE ............................................................................................

982.115

601.468

CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO ..................................................... Carteira Livre Movimentação .......................................................................

398.436 398.436

372.024 372.024

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ........................................................

318

1.376

Empréstimos no País - Instituições Oficiais ..................................................

318

1.376

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ..

2.064

2.738

CEF ............................................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................ Sociais e Estatutárias ................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................. Diversas ......................................................................................................

2.064 581.297 221.087 316.375 43.835

225.330 84.480 106.183 34.667

2.738

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO ..................................................... Carteira Própria ........................................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ........................................................ Empréstimos no País - Instituições Oficiais .................................................. OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS . CEF ............................................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................ Fiscais e Previdenciárias ............................................................................. Diversas ......................................................................................................

368.307 – – 770 770 7.542 7.542 359.995 345.700 14.295

535.849 1.935 1.935 – – 9.340 9.340 524.574 513.927 10.647

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................. Capital:

4.221.504

3.773.784

- De Domiciliados no País ........................................................................... - De Domiciliados no Exterior ...................................................................... Reserva de Capital ...................................................................................... Reservas de Lucros ..................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .......................................... Ações em Tesouraria ...................................................................................

3.533.537 3.920 8.081 680.671 (4.705) –

TOTAL ........................................................................................................

4.911.101

RESERVA DE CAPITAL

EVENTOS CAPITAL SOCIAL

AUMENTO DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

ESTATUTÁRIA

COLIGADAS PRÓPRIAS E CONTROLADAS

LEGAL

AÇÕES EM TESOURARIA

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

SALDOS EM 30.6.2005 ................................................................... HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ............................. CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ........................ AÇÕES EM TESOURARIA ............................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ......... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................... - Dividendos Declarados ...................................... SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................. SALDOS EM 31.12.2003 ................................................................. ABSORÇÃO DO PREJUÍZO ........................................................... AUMENTO DO CAPITAL ................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ......... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................... - Dividendos Declarados ...................................... SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................. SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................. HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ............................. CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ........................ AÇÕES EM TESOURARIA ............................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ......... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................... - Dividendos Declarados ......................................

3.531.098 6.359 – – – – – – – 3.537.457 2.686.572 – 52.870 – – – – – 2.739.442 2.739.442 798.015 – – – – – – –

6.359 (6.359) – – – – – – – – – – 798.015 – – – – – 798.015 798.015 (798.015) – – – – – – –

5.060 – – – – 3.021 – – – 8.081 1.069 (1.069) – – 1.753 – – – 1.753 1.753 – – – – 6.328 – – –

28.903 – – – – – – 15.840 – 44.743 – – – – – – 16.005 – 16.005 16.005 – – – – – – 28.738 –

411.861 – (1.655) – – – – 225.722 – 635.928 – – – – – – 228.079 – 228.079 228.079 – (1.657) – – – – 409.506 –

(13.432) – – – 1.888 – – – – (11.544) – – – (9.508) – – – – (9.508) (9.508) – – – (2.036) – – – –

3.287 – – – 3.552 – – – – 6.839 – – – – – – – – – – – – – 6.839 – – – –

– – 1.655 (1.655) – – – – – – (2) – – – – – – – (2) (2) – 1.657 (1.655) – – – – –

– – – – – – 316.803 (241.562) (75.241) – (35.443) 1.069 – – – 354.484 (244.084) (76.026) – – – – – – – 574.746 (438.244) (136.502)

3.973.136 – – (1.655) 5.440 3.021 316.803 – (75.241) 4.221.504 2.652.196 – 850.885 (9.508) 1.753 354.484 – (76.026) 3.773.784 3.773.784 – – (1.655) 4.803 6.328 574.746 – (136.502)

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................

3.537.457

8.081

44.743

635.928

(11.544)

6.839

4.221.504

381.272 2.661 378.606 5

727.699 5.453 722.237 9

391.510 7.135 384.368 7

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............. Operações de Captações no Mercado .................................... Operações de Empréstimos e Repasses ................................ Resultado de Operações de Câmbio ...................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .....................

36.501 34.872 569 – 1.060

81.196 78.795 1.187 – 1.214

6.315 6.062 – 137 116

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

344.771

646.503

385.195

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ........... Receitas de Prestação de Serviços ........................................ Despesas de Pessoal ............................................................. Outras Despesas Administrativas .......................................... Despesas Tributárias ............................................................. Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ........ Outras Receitas Operacionais ................................................ Outras Despesas Operacionais ..............................................

54.332 100 (6.342) (14.131) (17.647) 97.500 14.200 (19.348)

95.413 306 (6.405) (21.253) (33.556) 168.672 34.686 (47.037)

88.971 44 (563) (37.489) (20.880) 79.604 105.163 (36.908)

RESULTADO OPERACIONAL ............................................

399.103

741.916

474.166

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...................................

12.797

20.266

25.810

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES ............................................................

411.900

762.182

499.976

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..........

(95.097)

(187.436)

(145.492)

LUCRO LÍQUIDO .................................................................

316.803

574.746

354.484

Número de ações ................................................................... Lucro por ação em R$ ............................................................

81.338 3.894,90

81.338 7.066,14

81.373 4.356,29

2º Semestre 2005

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

ORIGEM DOS RECURSOS .................................................

1.463.906

3.063.166

2.781.998

LUCRO LÍQUIDO .................................................................

316.803

574.746

354.484

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ......................................... Depreciações e Amortizações ................................................ Amortização de Ágio .............................................................. Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ........ Variação nas Provisões de Investimentos ............................... Outros (Perda Cambial) .........................................................

(96.226) 909 – (97.500) 365 –

(166.198) 1.990 – (168.672) 484 –

(35.080) 1.244 7.711 (79.604) (4.557) 40.126

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ............................................................

5.440

4.803

(9.508)

RECURSOS DE ACIONISTAS ............................................. Aumento do Capital Social por Subscrição ............................. Cisão BCN ............................................................................

– – –

– – –

850.885 798.015 52.870

143.005 – – 143.005 1.090.393 –

215.866 24.477 – 191.389 2.270.301 –

999.322 338.321 13.454 647.547 571.694 567.207

1.089.717 – 675 – 1 1.903 1.206 695 2

2.225.153 4.884 – 40.263 1 70.787 3.682 23.130 43.975

– 4.435 – – 52 37.301 6.174 5.454 25.673

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................... Captações no Mercado Aberto ............................................ Obrigações por Empréstimos e Repasses .......................... Outras Obrigações ............................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................................................... Relações Interfinanceiras ................................................... Relações Interdependências ............................................... Outros Créditos .................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................ - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ......................... Bens não de Uso Próprio .................................................... Imobilizado de Uso ............................................................. Investimentos ..................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ...................................................

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............. Operações de Crédito ............................................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .... Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ............

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

3.533.537 3.920 1.753 244.084 (9.508) (2)

5.571.926

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2.588

92.861

12.900

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..........................................

1.463.915

3.063.177

2.783.738

DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS ......................

75.241

136.502

76.026

AQUISIÇÕES DE AÇÕES DE PRÓPRIA EMISSÃO ............

1.655

1.655

INVERSÕES EM ................................................................... Bens não de Uso Próprio ........................................................ Imobilizado de Uso ................................................................ Investimentos .........................................................................

23.445 3.024 31 20.390

30.211 3.388 65 26.758

178.318 14.967 19.847 143.504

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ......................... Interfinanceiras de Liquidez .................................................... Relações Interfinanceiras ....................................................... Relações Interdependências ................................................... Outros Créditos .....................................................................

1.355.589 1.339.562 – – 16.027

2.892.049 2.892.038 – 11 –

2.529.394 2.151.814 5.134 372.446 –

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .................... Captações no Mercado Aberto ................................................ Obrigações por Empréstimos e Repasses .............................

7.985 6.844 1.141

2.760 – 2.760

– – –

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ................................

(9)

(11)

(1.740)

Início do Período .................................. Fim do Período .................................... Redução das Disponibilidades .............

329 320 (9)

331 320 (11)

2.071 331 (1.740)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Alvorada S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Alvorada S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em 22 de julho de 2004, o Banco Alvorada S.A. Nassau Branch foi encerrada, cujo total do ativo e resultado em 30 de junho de 2004 eram de R$ 835.525 mil e R$ 4.449 mil, respectivamente. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foramelaboradas apartir das diretrizes contábeis emanadas daLeidas Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refereàconstituiçãodeprovisões.Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas epremissas.

4)

1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ................................ Letras do tesouro nacional .................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................ Total em 2005 ...................................... Total em 2004 ...................................... 5)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear.

Classificação do Cliente B C D E F G H

– –

– –

7.895 7.895

3.168.086 3.175.981 7.644

– – 1.120

– – 275.179

3.168.086 3.175.981 283.943

1 a 30 dias

181 a 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Acima de 360 dias

6) Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ................

355.637

89.204

Títulos de renda fixa ............................................................. Títulos de renda variável ......................................................

72.557 293.649

6.680 288.393

Ajuste a valor de mercado .................................................... Outras ................................................................................. Total ....................................................................................

2 392 722.237

65 26 384.368

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado (3)

Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado (3)

7)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Créditos tributários (Nota 19c) (1) ............................................. 321.469 387.495 Devedores por depósito em garantia .......................................... 219.979 226.208 Pagamentos a ressarcir (2) ....................................................... 107.844 117.161 Impostos e contribuições a compensar ...................................... 38.612 51.019 Devedores por compra de valores e bens (Nota 7) .................... 69.382 27.777 Devedores diversos - País ........................................................ 1.472 1.601 Outros ....................................................................................... 2.140 2.698 Total ......................................................................................... 760.898 813.959 (1) Em 2004, inclui créditos tributários por incorporação no montante de R$ 256.606 mil, que referem-se basicamente a R$ 168.196 mil da incorporação do Banco BCN, R$ 39.730 mil da incorporação da União de Comércio e R$ 45.470 mil da incorporação do Banco Baneb; e (2) Em 2004, inclui tributos a recuperar no montante de R$ 100.959 mil, oriundo da incorporação do Banco BCN pelo Banco Alvorada em 11 de março de 2004.

c) O Banco Alvorada S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004.

OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICAS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA OUTROS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Modalidades e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil 1 a 30 dias

Outros créditos (1) ................................................................................................ Total em 2005 ....................................................................................................... Total em 2004 .......................................................................................................

31 a 60 dias 670 670 109

Curso normal 91 a 180 dias

61 a 90 dias

2.642 2.642 109

798 798 109

10.939 10.939 327

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

22.928 22.928 8.605

31.405 31.405 18.518

Total (A) 69.382 69.382 27.777

Em 31 de dezembro - R$ mil

g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano e sistema de comunicação - 10% ao ano. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

31 a 180 dias

b) Resultado de títulos e valores mobiliários

A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59 o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito.

f) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros -BM&F sãoavaliados combaseno valor patrimonial,nãoauditado,informadopelas respectivas bolsas eos acréscimos ou decréscimos são registrados diretamentenopatrimôniolíquido,eos incentivos fiscais eoutros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável.

7.895 7.895

Títulos para negociação: .............................. 23.965 92.741 248.661 418.567 783.934 783.921 13 3.012.908 12 Letras financeiras do tesouro ............................ – 15.027 107.812 103.836 226.675 226.662 13 1.341.697 12 Letras do tesouro nacional ................................ 228 25.537 132.635 749 159.149 159.149 – – – Debêntures ...................................................... – 108.129 108.129 – 635.979 – 31.456 5.754 70.919 Certificados de depósito bancário ..................... 477 3.082 2.360 66.239 72.158 72.158 – 806.571 – Notas do tesouro nacional ................................ – – 100 17.304 17.404 17.404 – 164.298 – Notas do Banco Central ................................... – – – – – – – 1.038 – Notas promissórias ......................................... – 17.639 – 159.520 177.159 177.159 – – – – – – 23.260 23.260 – 72 – Ações .............................................................. 23.260 Outros ............................................................. – – – – – – – 63.253 – Títulos disponíveis para venda: .................... 23.320 – – 407.309 430.629 448.029 (17.400) 426.808 (14.520) Letras financeiras do tesouro ............................ – – – 382.265 382.265 385.017 (2.752) 360.020 (10.168) Ações .............................................................. 23.320 – – – 23.320 28.278 (4.958) 36.913 4.766 Debêntures ...................................................... – – – – – – – 1.936 – (49) Certificados de privatização ............................. – – – – – – – 60 Fundo de desenvolvimento social ..................... – – – – – 2.832 (2.832) – (2.475) Outros ............................................................. – – – 25.044 25.044 31.902 (6.858) 27.879 (6.594) Total em 2005 .................................................. 47.285 92.741 248.661 825.876 1.214.563 1.231.950 (17.387) % ..................................................................... 3,9 7,6 20,5 68,0 100,0 – – Total em 2004 .................................................. 428.194 97.809 1.121 2.912.592 3.439.716 (14.508) % ..................................................................... 12,5 2,8 – 84,7 100,0 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado; e (3) Representado pelos títulos da carteira própria, sendo que o ajuste no patrimônio líquido inclui R$ 6.839, líquido dos efeitos tributários, referente a coligadas.

d) Outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa. São classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:

e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos” e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre amortização de deságio e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”.

31 a 180 dias

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categoria e prazos

Títulos (1)

c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Período de atraso

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada .................................................................. 1.639 3.310 Subtotal ............................................................................. 1.639 3.310 Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ............ 353.998 85.894 Total .................................................................................... 355.637 89.204

Em 31 de dezembro - R$ mil 181 a 360 dias Total

2005

b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável.

• de 15 a 30 dias • de 31 a 60 dias • de 61 a 90 dias • de 91 a 120 dias • de 121 a 150 dias • de 151 a 180 dias • superior a 180 dias

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

1 a 30 dias Outros créditos (1) ..................................................................... Total em 2005 ............................................................................ Total em 2004 ............................................................................

31 a 60 dias 407 407 407

Curso anormal Parcelas vencidas 91 a 180 dias

61 a 90 dias – – –

– – –

– – –

181 a 360 dias

Acima de 360 dias – – –

– – –

Total (B) 407 407 407

Total (A+B) 69.789 69.789 28.184

(1) Refere-se a devedores por compra de valores e bens. Continua


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Imóveis Finanças

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

BANCOS DISPUTAM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Chegada do metrô à Vila Matilde, em 1988, facilitou acesso ao centro e valorizou os imóveis

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

Vila Matilde: bom preço e facilidade de transporte Com imóveis mais baratos do que em outros bairros da zona leste, como o Tatuapé e o Carrão, a Vila Matilde também ganha pontos com o farto comércio

O

tos de três dormitórios já foi vendido. As unidades custam R$ 129 mil", afirma o atendente da Bancoop Residencial (Cooperativa Habitacional dos Bancários) Reginaldo Torres. Perto da estação de metrô, o condomínio segue a tendência dos prédios residenciais que têm sido erguidos na cidade de São Paulo e investe em ampla área de lazer, com piscina, sala de ginástica, jardins e quadras poliesportivas. "Estão sendo construídos outros prédios nas redondezas e isso ajuda a valorizar o metro quadrado na região", diz Torres. Investidor — "A Vila Matilde oferece boa chance de valorização para o pequeno e médio investidor", diz o diretor da Embraesp, Luís Paulo Pompéia. "Como os imóveis na região são mais baratos que em outras áreas vizinhas da zona leste, tendem a se valorizar por conta dessa transformação que o bairro começa a viver." Ele indica as proximidades da estação de metrô como o melhor ponto para investimento. É esse o lugar mais procurado do bairro, também por ser o mais alto. Ao lado da estação, fica o Hospital e Maternidade Vila Matilde. Comércio e serviços se concentram na Avenida Waldemar Carlos Pereira. "O ponto mais valorizado é a Vila Dalila", diz o subprefeito da Penha, responsável pelo bairro, José Augusto Costa. Ele cita roubo de carros e violência como os principais problemas. "Fazemos de tudo para deixar as áreas públicas limpas e bem cuidadas", diz Costa. "Queremos manter essa tradição de bairro em que os filhos dos moradores querem continuar a viver." E, assim, a Vila Matilde vai continuar acolhendo geração seguida de geração.

bairro de Vila Matilde, na zona leste da capital paulista, pode ser uma boa opção para quem quer comprar um imóvel pagando menos do que em bairros vizinhos, como Carrão e Tatuapé, lugares em que condomínios de alto padrão não são mais novidade. Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), o metro quadrado na Vila Matilde custa, em média, R$ 1.409. As imobiliárias das redondezas afirmam que a procura por imóveis na região da Vila Matilde aumentou de maneira considerável nos últimos tempos. "O bairro está melhorando: o comércio se desenvolveu bastante e muitos sobrados antigos estão sendo substituídos por novos", diz o sócio-diretor da imobiliária Tecnoporte Imóveis, Manoel Mariz. A ligação do bairro ao centro da cidade melhorou muito a partir de 1988, quando foi inaugurada uma estação do metrô. Mariz conta que os imóveis mais procurados são casas de dois ou três dormitórios, a partir de R$ 130 mil. "As pessoas estão mais interessadas em comprar do que em alugar", diz. "O ponto mais procurado tem sido a Avenida Margarida Maria Alves, conhecida por Avenida Gamelinha." Segurança — O bairro é horizontal se comparado a outras regiões da capital paulista. Os moradores, que eram, em sua maioria, de classe média baixa, agora já têm poder aquisitivo maior e querem morar em lugares mais seguros e confortáveis. E, aos poucos, pipocam novos prédios e condomínios. É o caso do edifício Campos de Vila Matilde, que deve ficar pronto em dezembro de 2007. "Um quarto dos 80 apartamen-

Oferta de comércio e serviços se concentra na Avenida Waldemar Carlos Pereira: crescimento acentuado nos últimos anos.

Bradesco quer emprestar R$ 2 bi Patrícia Cruz/LUZ

Bradesco, maior banco privado do País, quer ser o responsável por um terço do volume total de crédito direcionado ao setor imobiliário neste ano, por meio do Sistema Brasileiro de P o u p a n ç a e E m p ré s t i m o s

O

DC

Sonaira San Pedro

Parte mais alta da Vila Matilde, localizada nas proximidades da estação do metrô, é a área mais valorizada, de acordo com as imobiliárias

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(SBPE). A informação foi dada ontem por executivos do banco durante encontro com representantes do setor imobiliário no Secovi-SP (o sindicato paulista da habitação). Como a previsão do mercado é de que o SBPE destine R$ 6 bilhões para a habitação, R$ 2 bilhões virão apenas do Bradesco. Se a projeção for confirmada, o banco desembolsará o mesmo volume que a Caixa Econômica Federal pretende injetar no sistema neste ano com recursos do SBPE. "Nos últimos cinco anos o banco tem se preparado para entrar com força nesse mercado. No nosso entendimento, o crédito imobiliário é uma das linhas de crédito mais atraentes, por estabelecer um vínculo de longo prazo com o cliente", afirmou o diretor da área de Crédito do Bradesco, Alexandre da Silva Glumer. Quem observou os balanços do Bradesco nos últimos anos já percebeu uma diminuição nos ativos direcionados à compra de títulos públicos em favor do aumento das operações de crédito. Somente as operações de crédito imobiliário cresceram 60% no ano passado, com o volume dos empréstimos de R$ 700 milhões. Juros menores — A explicação para esse movimento é simples: a queda contínua dos juros básicos diminui o retorno dos bancos que investem em títulos públicos. Além disso, o setor público hoje tem menor necessidade de financiamento

De acordo com o presidente do Secovi-SP, Romeu Chap Chap, os bancos têm mostrado interesse cada vez maior pelo crédito imobiliário, disputando clientes com taxas de juros mais baixas e maior percentual de financiamento

do que no passado, forçando os bancos a procurar outras fontes de renda, como é o caso das operações de crédito. É por esse motivo que a expansão da carteira de crédito imobiliário para este ano não é aposta apenas do Bradesco. De acordo com o vice-presidente do Secovi-SP, Elbio Fernandez Mera, o mercado aguarda uma forte expansão das operações de financiamento imobiliário a partir de 2006. "Os bancos têm mostrado interesse cada vez maior, disputando clientes com juros mais baixos e maior percentual de financiamento", acrescentou o presidente da entidade, Romeu Chap Chap.

Apesar de a legislação permitir que os bancos cobrem taxas de até 12% ao ano, acrescidas da variação da TR (Taxa Referencial), em operações de crédito imobiliário, já existem diversas linhas em funcionamento nos bancos com percentuais bem inferiores. No Bradesco, os empréstimos de até R$ 120 mil têm custo de 8% mais TR nos primeiros 36 meses de vigência do contrato, passando para 12% mais TR a partir dessa data. A cobrança de uma taxa menor do que a legislação permite tem por objetivo justamente atrair um maior número de clientes para o produto. Outra estratégia do banco foi estender o percentual máximo de financiamento de 70% para 80% do valor do imóvel e levar para a prateleira uma linha de crédito com prestações fixas. Os juros, nesse caso, são mais elevados (de 16% ao ano), mas o cliente já sabe de antemão quanto pagará pelo imóvel até o final do contrato. "É uma linha voltada para unidades com valor acima de R$ 350 mil, com prazo de 144 meses para pagamento", afirmou o executivo da área de Crédito do banco, Ademir Cossielo. Além dos R$ 6 bilhões previstos para a habitação advindos do SBPE, é esperada a injeção de mais R$ 10 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo d e A m p a r o a o Tr a b a l h a dor (FAT), entre outros. Adriana Gavaça


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.GERAL

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

CLÁUDIO ROA, 39 ANOS, GARÇOM

GARÇOM QUER APRENDER A FALAR BEM

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Expectativa é de que 800 mil pessoas visitem a Bienal do Livro

PASSEIO ENTRE LIVROS COM QUEM FAZ A BIENAL

C

ada livro contém algo que se desprende das palavras impressas nas suas tantas lâminas de papel: um impulso ao crescimento humano. O mesmo pode se dizer da Bienal do Livro, essa gigantesca biblioteca que foi aberta ao público na manhã de ontem. Lá, o sofisticado aparato de vendas não esconde o sentido de transcendência guardado nas obras. Passeando entre aqueles que se relacionam com ela da maneira mais física – isso é, trabalhando! – essa impressão fica ainda mais clara. Vê-se o brilho no olhar de um faxineiro de pouca leitura ao falar dos livros de matemática que gostaria de levar para reforçar os estudos da sua filha, vê-se a excitação que as traduções portuguesas de alta filosofia européia provocam num vendedor cabeludo do estande da Imprensa Oficial, enfim, vê-se o quanto a leitura é presente, mesmo para aqueles que só estão ali profissionalmente. Conversamos com alguns deles e aproveitamos suas posições de trabalho para... escolher um livro! André Domingues

ROBERTO SILVA, 73 ANOS, ENCANADOR E ELETRICISTA

falante Cláudio Roa nasceu no Mato Grosso, vive em Goiás e tem em suas origens índios guaranis paraguaios, pelo lado da mãe, e índios chiuahuas mexicanos combinados com espanhóis legítimos, pelo lado do pai. "Eu gostaria de ter um livro que ensinasse a pronúncia correta de espanhol, porque não é todo mundo que entende a maneira como o pessoal da América do Sul fala". Opinião mais do que compreensível, em se tratando de alguém que teve tantos sotaques diferentes em sua formação. Mas tal aspiração lingüística dá lugar à praticidade no momento em que entra na livraria. Quase instantaneamente, fica seduzido pelos livros de aperfeiçoamento da oratória e já começa a mostrar sua desenvoltura no tema: "Leitura cai bem para qualquer pessoa, ainda mais para gente como eu, que trabalha com gente o tempo todo. Então, acho que o ideal seria levar um livro desses de ajudar a falar bem", argumenta. Sua escolha, que considerou seriamente as opiniões do vendedor e os preços das várias publicações sobre o assunto, recaiu sobre "Como Falar Corretamente e Sem Inibições", de Reinaldo Polito.

FLÁVIO FALCONI APPARÍCIO, 34 ANOS, BOMBEIRO

ELETRICISTA PROCURA O EQUILÍBRIO

OBRAS PARA ENTENDER A CABEÇA

'MINHA VIDA DARIA UM LIVRO GRANDE'

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Q

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s olhos serenos do encanador e eletricista Roberto Silva, um mineiro homônimo do célebre sambista carioca, já viram muitas bienais, "umas 10, sem falar nas do Rio de Janeiro", garante. A atual, que, para ele, promete ser das melhores, já começou com um grande pepino: um apagão, naturalmente cercado de muita confusão. Tranqüilo, entretanto, ele nem se abala: "nunca vi feira que não tem bronca...". E solta um sorriso matreiro. Tanto tempo caminhando entre livros, comprando alguns e ganhando outros, fez dele um leitor freqüente, mas, mais do que isso, entusiasmou suas 3 filhas a se tornarem consumidoras vorazes de livros. Tanto que, antes de sair de casa, recebeu uma lista imensa de encomendas. "Nos horários livres, entre um conserto e outro, vou procurando o que elas pediram. Aí, mesmo quando tenho dinheiro, falta tempo para comprar um livro para mim...". E sorri de novo. Tão acostumado com as voltas e reviravoltas do mundo – viu o pai morrer em seus braços logo aos 11 anos de idade! –, nada mais coerente do que procurar um livro que enfoque o equilíbrio natural da vida. Pegou "Ação e Reação", do não menos tranqüilo Chico Xavier.

ADELIZE, 16 ANOS, RECREADORA

ATRAÍDA PELO ROMANTISMO FRANCÊS

A

delize, a menina mais nova do estande de recreação, analisa bem as capas e contracapas dos poucos livros de autores franceses que o vendedor lhe conseguiu. Andando pela Bienal, sentiu-se atraída por livros de mitologia, política, sociologia da mulher, mas preferiu algo da cultura francesa, uma paixão que cultiva à distância. Hesita entre um clássico de Marcel Proust, "Os Prazeres e os Dias", e a coletânea de contos filosóficos "O Círculo dos Mentirosos", de

Jean-Claude Carrière. "Isso que me encanta nos franceses: eles têm aquele romantismo mais envolvente, que não fica na monotonia, e sempre colocam alguma coisa que te faz refletir!", diz ela. Olha, olha, e acaba ficando com Proust, mesmo sem saber de sua monumental influência sobre a literatura mundial do século XX. "Pelo que eu vi aqui, deve contar a vida de algum amor dele. Acho que ele eleva ao máximo a mulher, assim como os escritores do romantismo brasileiro", arrisca. A comparação tem um significado muito especial: "Senhora", de José de Alencar, foi o livro de que ela mais gostou em toda a sua vida.

uem for à unidade de primeiros socorros da Bienal, provavelmente não estará muito bem, mas pode estar certo de que será socorrido por um grupo dos mais simpáticos. Entre eles, estará Rose, uma auxiliar de enfermagem que dispensa um carinho quase maternal para os que lhe procuram. Terna e convicta, ela conta que amenizar sofrimentos tornou-se um objetivo de sua vida: "Quando eu não estiver mais aqui na Terra, quero poder voltar e contar tudo o que aprendi, os ensinamentos de meus pais, de meus avós, para ajudar as pessoas", diz ela, que, não por acaso, foi direto às prateleiras de espiritismo para escolher sua próxima leitura. Seu fascínio pelos livros da

ROSILENE, 35 ANOS, AUXILIAR DE ENFERMAGEM

médium Zibia Gasparetto é evidente, tanto que fala da babá descrita em "Greta" com entusiasmo de menina. Sua escolha, aliás, foi uma outra obra de Zibia, "O Advogado de Deus", que está entre as mais vendidas do ramo. "Esses livros me ajudam a entender melhor esse mistério, que é a cabeça da gente", explica.

SERVIÇO: 19ª Bienal do Livro de São Paulo, de 9 a 19 de março, das 10h às 22h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana)

e eu fosse contar a minha vida, seria um livro grande, vixe!", diz o bombeiro Flávio, levando as mão à cabeça. Não é exagero. A tensão de seu antigo trabalho, na PM, levou-o ao alcoolismo mais selvagem, que o fez perder os amigos, o emprego, a família, tudo. Porém, largado num albergue, completamente degradado, recebeu um convite para se tratar numa clínica da prefeitura e, com muita firmeza, conseguiu se livrar do vício. Hoje, voltou a trabalhar, a estudar e já pensa em fazer vestibular para uma faculdade de História. "Perdi muito tempo tomando pinga, então agora tenho que recuperar", reflete. Como, para ele, o passado foi brutal, seu primeiro impulso é escolher um livro humorístico, "um com essas crônicas do Luis Fernando Veríssimo", completa. Mas, ao chegar na livraria, muda de idéia, quando encontra um romance sobre a vida de Júlio César, o volume "Os Portões de Roma", da trilogia "O Imperador", de Conn Iggulden. Falou mais alto o futuro, a vindoura faculdade História!


Ano 81 - Nº 22.083

São Paulo, sexta-feira a domingo, 10 a 12 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Márcio Fernandes/AE

Luludi/LUZ

Queremos mais Brasil não no futuro, já, é a esperança que uniu ontem 250 empresários

Indignação nos feirões de impostos e apoio de estudantes de 4 faculdades

DUAS FORÇAS POR UM BRASIL TRANSPARENTE As entidades de classe que sustentam a bandeira De Olho no Imposto e os empresários que lançaram ontem o Quero Mais Brasil são dois movimentos da sociedade por um novo e transparente País. Economia/1 Luiz Prado/LUZ

Lula Marques/Folha Imagem

um , a n a u L o Pequen e p i c n í r P o d a n i b r tu Na cabeça de milhões de crianças, o Pequeno Príncipe, personagem de Saint-Exupéry, sempre foi uma menino franzino, de cabelos loiros desarrumados e expressão de abandono. A partir deste sábado, essa meiguice vai ser turbinada pela atriz Luana Piovani (foto). O seu Príncipe é ágil, extrovertido, acrobata. Um show-surpresa para deleite de crianças e adultos. DCultura Paulo Pampolim/Hype

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 17º C.

Leituras da Bienal do Livro Garçom, bombeiro (foto), eletricista, recreadora e auxiliar de enfermagem escolhem seu livro. Pág. 12

Com a cabeça a prêmio O ministro Palocci chega da viagem à Inglaterra e tem uma bomba para desarmar: o delegado Benedito Valencise, que comanda as investigações sobre fraudes na prefeitura de Ribeirão Preto, disse na CPI dos Bingos que há provas para indiciá-lo. Já no Conselho de Ética da Câmara ontem foi dia de ressaca, depois que o plenário não acatou parecer que indicava a cassação dos deputados Brandt (PFL) e Professor Luizinho (PT). Pág. 4


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

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A carga de impostos que incide sobre o preço de um quilo de açúcar é de 40,5%.

ESTUDANTES DE DIREITO DE QUATRO FACULDADES DA CAPITAL SE MOBILIZAM E ADEREM AO MOVIMENTO

UNIVERSITÁRIOS DE OLHO NO IMPOSTO

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movimento De Olho no Imposto chega às universidades. Estudantes de Direito de São Paulo resolveram se engajar para divulgar a campanha em quatro faculdades da capital. Em meio à enxurrada de impostos que não retornam à população, jovens como Fábio Kesteenbaum não conseguem ficar parados. Depois de criar a comunidade do De Olho no Imposto no site de relacionamento Orkut, que já recebeu quase 600 adesões, o estudante do segundo ano de Direito da FAAP, reuniu líderes de outras faculdades para divulgar o projeto de conscientização tributária no meio universitário. "Falta mobilização política entre os estudantes. Atualmente não há mais idealismo, os jovens só pensam nos seus interesses pessoais", afirmou Kesteenbaum. Ontem, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, um dos líderes do movimento De Olho no Im-

posto, foi convidado pelos representantes dos centros acadêmicos dos cursos de Direito do Largo São Francisco, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mackenzie e Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) para que, juntamente com outras autoridades do Direito e da Economia, realizem palestras dentro das faculdades para conscientizar os estudantes. Juntas, essas instituições reúnem 10 mil alunos. Momento histórico – Independentemente da opção política de cada um, os universitários estão convencidos do dever de apoiar o movimento De Olho no Imposto. "A campanha é suprapartidária e envolve o interesse de toda a sociedade", disse Eduardo Chade, do terceiro ano da PUC. "É um momento histórico: quatro faculdades de Direito unidas por mudanças que satisfazem todos", disse Kesteenbaum. Afif aceitou o convite prontamente e logo os estudantes foram contando ao empresário as

idéias do grupo. Ao final da reunião ficou acertado que, além de palestras nas instituições de ensino, haverá um grande evento estudantil em comemoração ao Dia de Tiradentes, em abril. O inconfidente morreu enforcado por causa dos 20% de impostos cobrados pela Coroa portuguesa sobre o valor do ouro extraído em terras mineiras no século 18. "Será a ' Nova Inconfidência' contra o desrespeito com o que se faz com o dinheiro do povo: muito pouco", resumiu Afif. Visão distorcida – Afif Domingos lembrou a importância de iniciativas como a desses estudantes "Infelizmente, hoje em dia, nas universidades, a visão política está embaçada. Há uma certa rejeição em relação à ação política." Durante a reunião com os universitários, Afif lembrou quando foi presidente e diretor do Centro Acadêmico 21 de Junho do Colégio São Luiz, na década de 60. "Não havia tanta manipulação dos jovens como agora", disse.

Patrícia Cruz/LUZ

Estudantes da PUC, do Largo São Francisco, da Faap e do Mackenzie estiveram na Associação Comercial Luludi/LUZ

Adriana David

Marcos Fernandes/LUZ

O público que visitou os estandes do Feirão do Imposto ficou revoltado com o montante de impostos que incidem nos Itens que compõem a cesta básica

NAS RUAS, INDIGNAÇÃO

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Movimento Quero Mais Brasil tem a adesão de presidentes de companhias de todo o País

Quero Mais Brasil exige ética no País P

eças de publicidade pedindo ética nas relações públicas e privadas, transparência, gestão eficiente dos negócios públicos e a geração de um ambiente propício aos investimentos foram apresentadas ontem, em São Paulo, pelos coordenadores do movimento Quero Mais Brasil, para mais de 250 líderes de entidades associativas e empresariais nacionais. Com elas, o movimento, lançado oficialmente ontem, pretende mobilizar a sociedade para pressionar os poderes Executivo e Legislativo por mudanças que eliminem os obstáculos ao crescimento e à geração de empregos e renda no País. A campanha, criada pela DM9, começa a ser veiculada hoje na internet, por meio do site w ww. qu ero mai sb rasil.com.br, dentro de uma semana na mídia impressa e, a partir

de abril próximo, nas emissoras de rádio e televisão. "Não podemos mais ficar fechados nos salões falando para nós mesmos, temos que conversar com o povo", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para ele, está na hora de "popularizar nossas teses, esclarecendo à sociedade que o cidadão paga por tudo o que recebe do Estado e, portanto, tem o direito de exigir bons serviços públicos". Diagnóstico – Os coordenadores do Quero Mais Brasil, Manoel Amorim e Lincoln da Cunha Pereira Filho, destacaram que os principais problemas do Brasil são claros: a enorme carga tributária, o emaranhado burocrático, elevadas taxas de juros, enorme dívida pública e criminalidade, entre outros. "Daí a necessi-

dade de criar condições para o desenvolvimento", explicou Lincoln Filho. Para Amorim, a proposta do Quero Mais Brasil é mobilizar a população para apoiar uma agenda positiva para o País, com alguns pontos básicos: consciência tributária, eficiência no gasto público, choque de gestão, reforma da previdência, redução da dívida pública e reforma tributária. "Ou seja, criar um ambiente propício aos investimentos", resumiu. O p re s i d e n t e d o G r u p o Gerdau, Jorge Gerdau, lembrou que apenas a participação da coletividade "vai construir um País melhor". Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, destacou: "Agora temos como levar nossas teses ao povo." Sergio Leopoldo Rodrigues

Campanha partiu de executivos

A

idéia do Quero Mais Brasil, inspirada na campanha do De Olho no Imposto, partiu de um grupo de mais de 400 executivos de empresas multinacionais, que nunca haviam participado de atividades associativas. Seus coordenadores, Manoel Amorim

e Lincoln da Cunha Pereira Filho, contaram que esses executivos estavam preocupados com a dificuldade de convencer suas matrizes a trazer novos investimentos para o Brasil, por causa da elevada carga tributária, burocracia, incerteza jurídica e até ameaça da violência.

"Nossa idéia era ajudar a mudar essa situação", disse Pereira Filho, também vicepresidente da Associação C o m e rc i a l d e S ã o P a u l o (ACSP). O Quero Mais Brasil foi criado em cima de uma agenda política não partidária, com o objetivo de gerar desenvolvimento. (SLR)

omeçou ontem a promoção do movimento De Olho no Imposto na capital paulista. Até amanhã, estão instalados três Feirões do Imposto na cidade. O de maior movimento está montado em frente ao Teatro Municipal, no Centro, onde apenas na primeira hora de campanha foram colhidas mais de 200 assinaturas. No Feirão do Imposto, que é a simulação de um supermercado em que ficam expostos produtos com os respectivos preços e carga tributária, o que mais assusta são os tributos que incidem sobre os itens da cesta básica. Hoje, 40,5% do preço do açúcar são impostos, 18% do arroz e do feijão, 29,48% do sal e 45,11% da água. "Decidi aderir ao movimento porque você vai ao supermercado e não sabe o quanto paga de imposto sobre o pro-

duto. Conhecendo disso, a população vai cobrar para que esse tributo seja revertido para ela", disse a aposentada Maria Neusa de Oliveira Santos de Jesus. "Dê uma olhada no imposto sobre o feijão! Olha que coisa absurda!", indignou-se ao visitar o Feirão do Centro. O objetivo do movimento é colher 1,5 milhão de assinaturas para poder levar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal. O dispositivo garantirá aos cidadãos saber o quanto de imposto há embutido no preço dos produtos por meio da nota fiscal. Depois de visitar 19 cidades paulistas, a caravana do De Olho no Imposto coletou quase 300 mil assinaturas, contando com as adesões online feitas pelo site www.deolhonoimposto.org.br. Outro Feirão está armado em Pinheiros, na esquina da Ave-

nida Cardeal Arco Verde com a Rua Teodoro Sampaio. O local fica próximo de universidades como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e a Fundação Armando Álvaro Penteado (Faap). "Concordo com a redução dos impostos. Os produtos que fazem parte da cesta básica deveriam ter imposto menor do que têm hoje", afirmou Karla Carvalho, estudante de engenharia. O terceiro Feirão está em uma das entradas do Shopping Tatuapé. "E preciso conscientizar o povo com relação a impostos porque é um absurdo a carga tributária que pagamos nos produtos", disse Bruno Borghi Neto, proprietário de um quiosque no shopping. Na próxima semana, nos dias 16 e 17 haverá Feirão do Imposto em Santo Amaro, no dia 18 em Interlagos, e nos dias 16, 17 e 18 em Santana. Laura Ignacio


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

CONVOCAÇÕES

ATAS

Cooperativa de Prestação de Serviços Médico-Odontológico - COPREMO CNPJ/MF nº 54.938.196/0001-99 - NIRE nº 35400017091 Assembléia Geral Ordinária 1ª, 2ª, 3ª Convocações - Edital de Convocação Convocamos os associados da Cooperativa de Prestação de Serviços Médico-Odontológico COPREMO, para a Assembléia Geral Ordinária, a se realizar no dia 31 de março de 2006, às 16:00 horas em 1ª Convocação, às 17:00 em 2ª Convocação e às 18:00 horas em 3ª e última Convocação, à Rua Cel. José Eusébio - Trav. Dona Paula, 95 - Cj. 2-B Consolação - CEP 01239-050 - São Paulo - SP, para apreciarem a seguinte Ordem do Dia: 1) Relatório da Diretoria, referente ao exercício de 2005, 2) Aprovação do Balanço Geral, da Conta de Sobras e Perdas, encerradas em 31/12/2005, bem como o Parecer do Conselho Fiscal; 3) Dar destino às Sobras ou Perdas, referentes exercício de 2005; 4) Eleição dos Membros do Conselho Fiscal. Lembramos ainda aos associados que a Assembléia se instala e funciona com 2/3 (dois terços) dos associados em condições de votar, em 1ª Convocação, 1/2 (metade) mais um, em 2ª Convocação, e com um mínimo de 10 (dez) associados, em 3ª e última Convocação. Comunicamos ainda para efeito de “quorum” que é de 136 o número de associados ativos devidamente inscritos nesta data. São Paulo, 09 de março de 2006 - Dr. Guilherme Mendes Filho - Presidente

DROGASIL S.A. CNPJ/MF n° 61.585.865/0001-51 - NIRE 35.300.035.844 GEMEC-RCA 200-75/112 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Os Srs. Acionistas da Drogasil S.A. ficam convocados a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizar dia 03 de abril de 2006, às quinze horas, em primeira convocação, na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, na Capital do Estado de São Paulo, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Em Assembléia Geral Ordinária: a) prestação de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados do Relatório Anual da Administração, Parecer dos Auditores Independentes, publicados na edição do Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio do dia 24 de fevereiro de 2006 e parecer do Conselho Fiscal; b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício, referendar a apropriação dos juros sobre capital próprio estabelecida nas Reuniões Extraordinárias do Conselho de Administração de 23/06/2005 no valor de R$ 1.200.372,21, de 28/10/2005 no valor de R$1.035.615,24 e do dia 15/ 12/2005 no valor de R$ 1.129.762,08, indicando a data de pagamento aos acionistas e imputar parte dos referidos juros ao dividendo mínimo obrigatório; c) eleição dos Membros do Conselho de Administração e respectivos suplentes. Em conformidade com Instrução CVM n.° 165 de 11/12/1991 e 282 de 26/06/98, informamos ser de 8% (oito por cento) o percentual mínimo de participação no capital social votante necessário à requisição da adoção do processo de voto múltiplo para a eleição do Conselho de Administração da Companhia. 2. Em Assembléia Geral Extraordinária: a) fixar a remuneração dos membros do Conselho de Administração e a remuneração global anual dos membros da Diretoria. Nos termos do parágrafo 3 ° do artigo 135 da Lei 6.404/76, alterado pela Lei 10.303/01, informamos que se encontram à disposição do Acionistas na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, das 8:00 às 16:00 horas os documentos referentes às matérias a serem debatidas em Assembléia Geral Extraordinária. São Paulo, 09 de março de 2006. Carlos Pires Oliveira Dias - Presidente do Conselho de Administração. (10, 13 e 14/03/2006)

Banco Bradesco S.A. CNPJ No 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a serem realizadas cumulativamente no próximo dia 27 de março de 2006, às 16h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5 o andar, Prédio Novo, a fim de: Assembléia Geral Ordinária: 1. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido, os Pareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal e o Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; 2. eleger os membros do Conselho de Administração, sendo necessário, nos termos das Instruções CVM n o s 165, de 11.12.91, e 282, de 26.6.98, o porcentual mínimo de 5% de participação no capital votante para que os acionistas possam requerer a adoção do processo de voto múltiplo; 3. eleger os membros do Conselho Fiscal, nos termos do Artigo 161 da Lei n o 6.404/76; 4. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social. Assembléia Geral Extraordinária: 1. examinar propostas do Conselho de Administração para: a) cancelar ações mantidas em tesouraria, representativas do seu próprio Capital Social, sem redução deste; b) transformar o Comitê de Conduta Ética, já existente, em órgão estatutário, alinhando-se às melhores práticas de Governança Corporativa; 2. consolidar o Estatuto Social, a fim de refletir as propostas mencionadas no item anterior. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação e as propostas do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 7 de março de 2006

CNPJ N° 27.665.207/0001-31 - NIRE N° 3530013990-9 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 21/Outubro/2004 (Lavrada sob a forma de sumário, segundo o parágrafo 1° do art. 130, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1.976). I-Data, Hora e Local: 21/10/2004, às 9:00 horas, na Sede da Brasilprev Seguros e Previdência S.A., situada na Rua Verbo Divino, n° 1.711-4° andar, Chácara Santo Antônio, São Paulo, Capital. II-Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Registro de Presença, os Acionistas da Companhia, representando 99,9984% (noventa e nove vírgula nove mil novecentos e oitenta e quatro décimo milésimo por cento) do Capital Social. III-Convocação: Os Acionistas foram convocados pelo Presidente do Conselho de Administração, através de Edital de Convocação, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e Jornal Diário do Comércio, edições dos dias 09, 14 e 15, e dos dias 11/12,13 e 14/10/2004, respectivamente, com a seguinte ordem do dia: (a) ratificação da aceitação de pedido de renúncia de membro suplente do conselho de administração e da eleição, pelo Conselho de Administração, de seu substituto; (b) ratificação da deliberação do Conselho de Administração para distribuição de dividendos intermediários tomada nos termos do artigo 34 do Estatuto Social da Companhia; (c) retificação da referência ao dispositivo legal mencionado no item 3 da Ata da A.G.E. da Companhia realizada em 09/03/2004; e (d) retificação da qualificação do conselheiro de administração constante do sub-item 5 do item “V-Deliberações”, da ata da A.G.O. da Companhia realizada em 19/03/ 2003. IV-Constituição da Mesa: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidente da Assembléia e Dra. Cecília Franco Sisternas Fiorenzo do Nascimento, ambas representantes do acionista BB-Banco de Investimento S.A.; Dr. Juan Ignácio Eyzaguirre Baraona, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE; Dr. Eduardo Bom Angelo, Diretor-Presidente da Companhia, Sr. Rodrigo Pecchiae, Secretário. VDeliberações: Por unanimidade de votos dos presentes, foi deliberado sem quaisquer restrições: (a) ratificar a eleição feita pelo Conselho de Administração nos termos do artigo 150 da Lei 6.404/76, para o cargo de membro suplente do Conselho de Administração, com mandato até a realização da A.G.O. que apreciar as contas do exercício de 2005, do Dr. Rogério Gragnani Leite, brasileiro, casado, administrador, residente e domiciliado em São Paulo, SP, Praça Pereira Coutinho, 175, apartamento 22, bairro Vila Nova Conceição, Carteira de Identidade RG n° 310.479-6, inscrito no CPF MF sob o n°064.542.168-53 em substituição ao Conselheiro Suplente, Dr. Paulo Euclides Bonzanini, brasileiro, casado, administrador, residente e domiciliado na Rua Albuquerque Lins, 848/152 - Higienópolis - São Paulo SP, portador do CPF 709.589.718-20 e da Carteira de Identidade SSP-SP 8902128-9, expedida em 16/12/98 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP, que renunciou ao seu cargo conforme mencionado na 110ª Reunião do Conselho de Administração realizada em 02/08/2004; (b) ratificar a deliberação tomada pelo Conselho de Administração de conformidade com o disposto no artigo 34, parágrafo único do Estatuto Social e no artigo 204 da Lei 6.404/76, no sentido de distribuir aos acionistas dividendos intermediários à conta de lucros apurados no Balanço Levantado no semestre findo em 30/06/2004, no valor de R$8.474.423,51 (oito milhões, quatrocentos e setenta e quatro mil, quatrocentos e vinte e três reais e cinqüenta e um centavos), à razão de R$8,47 por ação, pagos na forma da Lei em 02/09/2004, deliberação esta que foi baseada em conta de lucros apurada em Balanço devidamente apreciado pelo Conselho Fiscal, sem ressalvas; (c) retificar a referência ao dispositivo legal mencionado no item III da Ata da A.G.E. da Companhia realizada em 09/03/2004, que trata das condições para a posse de conselheiros de administração residentes no exterior que, por um lapso, constou na ata da assembléia como sendo artigo 145 da Lei 6.404/76, quando o artigo correto relativo à matéria que deveria ter sido grafado, é o parágrafo segundo do artigo 146 da mesma Lei 6.404/76, sendo que desta forma o item 3 da aludida ata da A.G.E. da Companhia realizada em 09/03/2004 passará a constar conforme segue:”3-Retificar o disposto no item “V”, da referida ata, “Deliberações”, final do inciso 5, após a eleição dos Membros do Conselho de Administração, para fazer constar que todos os Membros, Titulares e Suplentes, residentes no exterior, eleitos para compor o Conselho de Administração, cumpriram fielmente as exigências do § 2°, do artigo 146, da Lei n° 6.404, de 15/12/ 1976, para efeito de posse, respectivamente, e entregaram os respectivos instrumentos de mandato, os quais encontram-se devidamente arquivados na Companhia, devendo desta forma o referido item constar da ata conforme segue: “V Deliberações”: Todos os Membros, Titulares e Suplentes, residentes no exterior, eleitos para compor o Conselho de Administração, cumpriram fielmente as exigências do § 2°, do artigo 146, da Lei n° 6.404, de 15/12/1976, para efeito de posse, respectivamente, e entregaram os respectivos instrumentos de mandato, os quais encontram-se devidamente arquivados na Companhia”; e (d) retificar a qualificação do conselheiro de administração Sr. Pedro Ignácio Atria Alonso, constante do sub-item 5, II “b)” do item “V-Deliberações” da ata da A.G.O. da Companhia realizada em 19/03/ 2003, para fazer constar a qualificação correta e completa do mesmo conforme segue: Pedro Ignácio Atria Alonso, engenheiro civil, casado, portador da cédula de identidade (passaporte chileno) n° 9.908.083-3, residente e domiciliado em Apoquindo 3600, Piso 10, Las Condes, Santiago, Chile. Desta forma, foi deliberado como conseqüência que o sub-item 5, II “b)” do item “V-Deliberações” da ata da A.G.O. da Companhia realizada em 19/03/ 2003, passará a constar conforme segue: “5) Foram eleitos para compor o Conselho de Administração da Companhia, com mandato de 03 (três) anos, até a realização da assembléia geral que vier aprovar as contas do exercício de 2005, os seguintes membros: I) Membros Titulares: (...) II) Membros Suplentes: a) (...) b) Representantes do acionista PFG do Brasil Ltda.: 1) Sr. Pedro Ignácio Atria Alonso, engenheiro civil, casado, portador da cédula de identidade (passaporte chileno) n° 9.908.083-3, residente e domiciliado em Apoquindo 3600, Piso 10, Las Condes, Santiago, Chile; (...). VI-Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos da presente A.G.E., lavrando-se a presente ata no livro próprio, que depois de aprovada foi assinada pelos presentes: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidente da Assembléia e Dra. Cecília Franco Sisternas Fiorenzo do Nascimento, ambas representantes do acionista BB-Banco de Investimento S.A.; Dr.Juan Ignácio Eyzaguirre Baraona, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr.Silvano Gianni, representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE; Dr.Eduardo Bom Angelo, Diretor-Presidente da Companhia e por mim, Sr. Rodrigo Pecchiae, Secretário. Eu, Rodrigo Pecchiae, atual Secretário, DECLARO para os devidos fins e direito, sob as penas da Lei se o contrário se verificar, que a presente é cópia fiel da Ata do Livro n° 02, de Registro de Atas das Assembléias Gerais. Jucesp: sob n° 10.670/06-3 em 11/01/06. Cristiane da Silva F. Corrêa-Secretária Geral.

CNPJ N° 27.665.207/0001-31 - NIRE N° 3530013990-9 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 09/Março/2004 (Lavrada sob a forma de sumário, segundo o § 1° do art. 130, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1.976). I - Data, Hora e Local: 09/03/2004, às 9:00 horas, na Sede da Brasilprev Seguros e Previdência S.A., situada na Rua Verbo Divino n°1.711 4° andar, Chácara Santo Antônio, São Paulo, Capital. II-Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Registro de Presença, os Acionistas da Companhia, representando 99,9984% (noventa e nove vírgula nove mil novecentos e oitenta e quatro décimo milésimo por cento) da totalidade do Capital Social. III-Convocação: Os Acionistas foram convocados pelo Presidente do Conselho de Administração, através de Edital de Convocação, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e Jornal Diário do Comércio, edições dos dias 27 e 28/02 e 02/ 03/2004, respectivamente, com a seguinte ordem do dia: re-ratificação de determinadas matérias deliberadas na A.G.O., de 19/03/2003, conforme exigências suscitadas pela Superintendência de Seguros Privados-SUSEP, no Processo SUSEP n°15414.100365/2003-08. IV-Constituição da Mesa: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidenta da Assembléia e Dra. Sandra Helena Galvão Azevedo, ambas representantes do acionista BB - Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE; Sr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia, Sr. Antonio Corradi, secretário e Dr. Cícero Figueiredo Pontes, representante do Conselho Fiscal e Sr. Eduardo Wellichen, representante da Auditoria Externa Ernst & Young Auditores Independentes. V-Deliberações: Foram propostas pela Senhora Presidenta da Assembléia, em razão da Carta SUSEP/DECON/GERAT N°33/2004, datada de 05/02/2004, recebida pela Companhia em 12/ 02/2004 e aprovadas por unanimidade dos Acionistas presentes, a retificação e ratificação da ata e das deliberações tomadas na A.G.O. realizada em 19/03/2003, a saber: 1) Ratificar e Retificar a Ata da A.G.O., realizada em 19/03/2003, em seus itens IV-“Constituição da Mesa” e “VI-Encerramento”, respectivamente, para fazer constar corretamente o nome do Presidente do conclave, retificando-se a ata lavrada no Livro e o seu respectivo extrato, uma vez que conforme consta do Livro de Presença de Acionistas compareceu à AGO de 2003, como representante do acionista BB-Banco de Investimento S.A., o Dr. Luciano Henrique Pereira de Menezes, eleito na ocasião como Presidente da Assembléia, sendo que compareceu como representante do mesmo acionista também a Dra. Rita Seidel Tenório, 2) Fazer constar a presença naquela A.G.O. realizada em 19/03/2003 do Sr. Eduardo Wellichen, representante da Auditoria Externa Ernst & Young Auditores Independentes, conforme a declaração de presença arquivada na Companhia. 3) Retificar o disposto no item “V”, da referida ata, “Deliberações”, final do inciso 5, após a eleição dos Membros do Conselho de Administração, para fazer constar que todos os Membros, Titulares e Suplentes, residentes no exterior, eleitos para compor o Conselho de Administração, cumpriram fielmente as exigências do § 2°, do artigo 145, da Lei n°6.404, de 15/12/ 1976, para efeito de posse, respectivamente, e entregaram os respectivos instrumentos de mandato, os quais encontram-se devidamente arquivados na Companhia, devendo desta forma o referido item constar da ata conforme segue: “V-Deliberações”: Todos os Membros, Titulares e Suplentes, residentes no exterior, eleitos para compor o Conselho de Administração, cumpriram fielmente as exigências do § 2°, do artigo 145, da Lei n°6.404, de 15/12/1976, para efeito de posse, respectivamente, e entregaram os respectivos instrumentos de mandato, os quais encontram-se devidamente arquivados na Companhia”. 4) Retificar a deliberação tomada em relação à eleição dos Membros do Conselho Fiscal, para fazer constar a eleição, para compor o Conselho Fiscal, com mandato até a realização da A.G.O. que aprovar as contas do exercício de 2003, como Membro Titular representante do acionista PFG do Brasil Ltda., a Sra. Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, brasileira, casada, advogada, Carteira de Identidade RG n°30.607.883-1-SSP/SP, CPF n°862.653.937-15, com escritório na Rua Líbero Badaró n°293, 21° andar, São Paulo (SP) e como seu Suplente o Sr. Dr. Márcio Mello Silva Baptista, brasileiro, solteiro, advogado, Carteira de Identidade RG-12.470.002 SSP/SP, CPF n°130.467.128-39, com escritório na Rua Líbero Badaró n°293, 21° andar, São Paulo (SP), tornando sem efeito a eleição do Dr. Carlos Fernando Mickan, naquele conclave, ratificando-se todos os atos praticados pela Dra. Maria Elisa Gualandi Verri durante essa gestão e ratificando-se a eleição dos demais Membros do Conselho Fiscal eleitos na A.G.O. realizada em 19/03/2003. 5) Ratificar a aprovação das contas do Exercício de 2002 da seguinte forma: O Sr. Cícero Figueiredo Pontes, representante do Conselho Fiscal, presente a esta Assembléia, considerando o parecer do referido órgão datado de 06/02/2003, favorável à aprovação das contas referentes ao exercício encerrado em 31/12/2002, parecer esse complementado pelo parecer dos Auditores Externos, Ernst & Young Auditores Independentes, datado de 24/01/2003 em que consta a manifestação pela aprovação dos referidos documentos, manifestou no ato, expressamente, a aprovação do Conselho Fiscal às contas do exercício findo em 31/12/2002, colocando-se à disposição dos senhores acionistas para eventuais esclarecimentos, nos termos do disposto no artigo 164 da Lei n°6.404/76 e suas alterações posteriores. Diante disso, a Presidenta da Assembléia submeteu as contas e os pareceres mencionados à aprovação dos acionistas presentes, destacando-se a presença nesta Assembléia do Dr. Silvano Gianni, representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, devidamente representado conforme documentação arquivada na Companhia, os quais manifestaram-se pela sua aprovação, ficando desta forma expressamente, por unanimidade de votos dos acionistas representando 99,9984% do Capital Social, ratificada nesta Assembléia a aprovação das contas relativas ao exercício de 2002 e a deliberação a respeito da mesma matéria, tomada na A.G.O. realizada em 19/03/2003. 6) Ratificar todas as demais deliberações e atos praticados, na sua integralidade, ocorridos na A.G.O., realizada em 19/03/2003. VI - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidenta encerrou os trabalhos da presente A.G.E., lavrando se a presente ata no livro próprio, que depois de aprovada foi assinada por: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidenta da Assembléia e Dra. Sandra Helena Galvão Azevedo, ambas representantes do acionista BB - Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, Sr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia, Dr. Cícero Figueiredo Pontes, representante do Conselho Fiscal, Sr. Eduardo Wellichen, representante da Auditoria Externa Ernst & Young Auditores Independentes e por mim, Antonio Corradi, Secretário. Eu, Rodrigo Pecchiae, atual Secretário, DECLARO para os devidos fins e direito, sob as penas da Lei se o contrário se verificar, que a presente é cópia fiel da Ata do Livro n° 02, de Registro de Atas das Assembléias Gerais. Jucesp: sob n° 10.668/06-8 em 11/ 01/06. Cristiane da Silva F. Corrêa-Secretária Geral.

CNPJ N° 27.665.207/0001-31 - NIRE N° 3530013990-9 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 28/11/2003 (Lavrada sob a forma de sumário, segundo o parágrafo 1° do art. 130, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976). I - Data, Hora e Local: 28/11/2003, às 11:00 horas, na Sede da Brasilprev Seguros e Previdência S.A., situada na Rua Verbo Divino n° 1.711 - 4° andar, Chácara Santo Antônio, São Paulo, Capital. II - Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Registro de Presença, os Acionistas da Companhia, representando 99,9984% (noventa e nove vírgula nove mil novecentos e oitenta e quatro décimo milésimo por cento) da totalidade do Capital Social. III - Convocação: Os Acionistas foram convocados pelo Conselho de Administração, através de Edital publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e Jornal Diário do Comércio, edições dos dias 19, 20 e 21/11/2003, respectivamente, com a seguinte ordem do dia: 1) Mudança de objeto social e Reforma do art. 3°, do Estatuto Social; 2) Eleição de Membro Suplente do Conselho Fiscal. 3) Fixação da Remuneração do Conselho Fiscal da Companhia; 4) Ratificar Eleição de Conselheiro de Administração. IV Constituição da Mesa: Dr. José Luiz Guimarães Júnior, Presidente da Assembléia e Dr. Niraldo José Monteiro Mazzola, representantes legais do acionista majoritário BB - Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante legal do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante legal do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Sr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia e Sr. Antonio Corradi, secretário. V - Deliberações: Por proposta do Senhor Presidente da Assembléia foram aprovados por unanimidade dos Acionistas presentes: 1) alteração do Artigo 3°., do Estatuto Social da Companhia, que passa a viger com a seguinte redação: “Artigo 3°. A COMPANHIA tem por objeto, nos termos da legislação em vigor, a realização de operações de seguro do ramo vida, bem como instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário e será organizada de forma complementar e autônoma em relação ao regime geral da previdência social, podendo participar de outras sociedades.”; 2) Foi eleita a Sra. Solange Garcia dos Reis, brasileira, solteira, bancária, portadora da Carteira de Identidade RG-14.725.161-8 SSP/SP e CPF-042.046.528-67, residente e domiciliada na SQN 214, Bloco “F”, Apartamento 103, Brasília (DF), para compor o Conselho Fiscal da Companhia, na condição de Membro Suplente em substituição ao Sr. João Alfredo Leite Miranda, com mandato complementar até a realização da Assembléia Geral que vier apreciar as contas do exercício que será encerrado em 31/12/2003; 3) A remuneração dos membros do Conselho Fiscal, além do reembolso das despesas de locomoção e estada necessária ao desempenho de suas funções, é fixada, para cada membro em exercício, em valor correspondente a 10% (dez por cento) da que, em média, for atribuída a cada Diretor da Companhia, não computados os benefícios, verbas de representação e participação nos lucros. 4) Foi ratificado, homologando-se, a eleição do seguinte Membro Suplente do Conselho de Administração: Sr. André Luís Peixoto Leal, brasileiro, casado, bancário, portador da Carteira de Identidade n° RG-362.085-SSP/DF e CPF n° 153.963.631-34, residente e domiciliado na SQS 314, Bloco “K”, Apartamento n° 501, Asa Sul, Brasília (DF), eleito na 105ª. Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, realizada em 23/10/2003. VI Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos da presente A.G.E., lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que depois de aprovada será assinada pelos Dr. José Luiz Guimarães Júnior, Presidente da Assembléia e Dr. Niraldo José Monteiro Mazzola, representantes legais do acionista majoritário BB - Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante legal do acionista PFG do Brasil Ltda., e Dr. Silvano Gianni, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e por mim, Sr. Antonio Corradi, Secretário. Eu, Rodrigo Pecchiae, atual Secretário, DECLARO para os devidos fins e direito, sob as penas da Lei se o contrário se verificar, que a presente é cópia fiel da Ata do Livro n° 02, de Registro de Atas das Assembléias Gerais. Jucesp: sob n°11.278/06-7 em 12/01/06. Cristiane da Silva F. Corrêa-Secretária Geral.

CNPJ N° 27.665.207/0001-31 - NIRE N° 3530013990-9 Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 09/Março/2004 (Lavrada sob a forma de sumário, segundo o parágrafo 1° do art.130, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976) I - Data, Hora e Local: 09/03/2004, às 12:00 horas, na Sede da Brasilprev Seguros e Previdência S.A., situada na Rua Verbo Divino n° 1711 - 4° andar, Chácara Santo Antônio, São Paulo, Capital. II Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Registro de Presença, os Acionistas da Companhia, representando 99,9984% (noventa e nove vírgula nove mil novecentos e oitenta e quatro décimo milésimo por cento) da totalidade do Capital Social. III - Convocação: Os Acionistas foram convocados pelo Presidente do Conselho de Administração, através de Edital de Convocação, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e Jornal Diário do Comércio, edições dos dias 27 e 28/02 e 02/03/2004, respectivamente, com a seguinte ordem do dia: Aumento do Capital Social, mediante incorporação de Reservas e Reforma do artigo 5° do Estatuto Social, em face do Aumento de Capital. IV - Constituição da Mesa: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidenta da Assembléia e Dra. Sandra Helena Galvão Azevedo, ambas representantes do acionista BB - Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Sr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia, Sr. Antonio Corradi, secretário e Dr. Cícero Figueiredo Pontes, representante do Conselho Fiscal. V - Deliberações: Foi proposto pela Senhora Presidenta da Assembléia a elevação do Capital Social da Companhia, de R$33.924.209,48 (trinta e três milhões, novecentos e vinte e quatro mil, duzentos e nove reais e quarenta e oito centavos), para R$77.687.415,34 (setenta e sete milhões, seiscentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e quinze reais e trinta e quatro centavos), mediante a incorporação das Reservas de Capital, no valor de R$3.849.597,44 (três milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, quinhentos e noventa e sete reais e quarenta e quatro centavos) e das Reservas de Lucros, no valor de R$39.913.608,42 (trinta e nove milhões, novecentos e treze mil, seiscentos e oito reais e quarenta e dois centavos), sem alterar a quantidade de 1.000.000 (um milhão) de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, conforme faculta o artigo 169, § 1° da Lei n° 6.404/76, com alteração do art. 5°, do Estatuto Social da Companhia, que passa a ter vigência com a seguintes redação: “Artigo 5°-O capital social da COMPANHIA é de R$ 77.687.415,34 (setenta e sete milhões, seiscentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e quinze reais e trinta e quatro centavos), dividido em 1.000.000 (um milhão) de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal”. Após apreciada a proposta a mesma foi aprovada por unanimidade dos Acionistas presentes. VI - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidenta encerrou os trabalhos da presente A.G.E., lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que depois de aprovada foi assinada por: Dra. Nanci Aparecida Ragaini, Presidenta da Assembléia e Dra. Sandra Helena Galvão Azevedo, ambas representantes do acionista BB-Banco de Investimento S.A.; Dra. Maria Elisa Gualandi Verri, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Silvano Gianni, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE, Dr. Cícero Figueiredo Pontes, representante do Conselho Fiscal, Sr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia e por mim, Antonio Corradi, Secretário. Eu, Rodrigo Pecchiae, atual Secretário, DECLARO para os devidos fins e direito, sob as penas da Lei se o contrário se verificar, que a presente é cópia fiel da Ata do Livro n° 02, de Registro de Atas das Assembléias Gerais. Jucesp: sob n°10.667/06-4 em 11/01/06. Cristiane da Silva F. Corrêa-Secretária Geral.

Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 8, 9 e 10.3.06

COMUNICADO Solicito o comparecimento do Sr. Rinaldo Pereira de Souza, portador da CTPS nº 051662, série 009 - Alagoas, em nossa empresa no prazo máximo de 48 horas sob pena de infligir o art.482 alínea I da CLT. Albumclass Albuns Ltda ME. CNPJ 60164845/0001-44. (9, 10, 13/03/2006)

ATA

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO Edital de Notificação Extra Judical Lucy Alencarina da Silva vem pela presente notificar extrajudicialmente o Sr. Ofir das Neves Castro, na qualidade de comprador no instrumento particular de compra e venda de estabelecimento comercial e outras avenças, nos termos que seguem: tendo em vista que Vossa Senhoria está inadimplente de seis (06) prestações mensais e consecutivas do financiamento acordado no contrato antes referido, dando causa à rescisão unilateral do contrato e incidindo, também, na cláusula penal prevista no item III do referido instrumento, é a presente para constituí-lo formalmente em mora quanto à obrigação contratual pactuada e inadimplida, para que surta seus jurídicos e legais efeitos, a contar desta data; também é a presente para intimá-lo que, em período não superior a 48 (quarenta e oito) horas, a contar da publicação deste edital, estaremos ingressando com procedimenbtos judiciais cabíveis para a reintegração na posse da loja objeto da compra e venda referida, bem como de todo e qualquer equipamento eletroeletrônico e utensílios que façam parte da mesma e que integrem o conjunto e a relação do financiamento PROGER junto ao Banco do Brasil, ficando Vossa Senhoria ciente, ainda, que não poderá desfazer-se destes objetos, bem como da referida loja do contrato de franquia Sob Pena de Responsabilidade Civil e Criminal, a fim de resguardar eventuais direitos de terceiros adquirentes de boa-fé, nos termos da Legislação Civil e Criminal em vigor. São Paulo, 09 de março de 2006. Lucy Alencarina da Silva.

CNPJ N°27.665.207/0001-31 - NIRE N°3530013990-9 Ata da Assembléia Geral Ordinária Realizada em 19 de Março de 2003 (Lavrada sob a forma de sumário, segundo o parágrafo 1° do art. 130, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1.976). I - Data, Hora e Local: 19/03/2003, às 11:00 horas, na Sede da Brasilprev Seguros e Previdência S.A., situada na Rua Verbo Divino de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais. 4) Sr. José Ismar Alves Tôrres, brasileiro, divorciado, Administrador, residente e n° 1.711 - 4° andar, Chácara Santo Antônio, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. II - Presenças: Compareceram, domiciliado na Rua Almirante Guilhem 454, Bloco 1, ap. 301 leblon (RJ), portador do CPF 186.088.769-49 e da Carteira de Identidade identificaram-se e assinaram o Livro de Registro de Presença, os Acionistas da Companhia, representando 99,9012% (noventa e 2237060, expedida em 04/04/2000 pela Secretaria de Segurança Pública (DF). b) representantes do acionista PFG do Brasil Ltda.: 1) nove vírgula nove mil e doze décimo milésimo por cento) da totalidade do Capital Social. III - Convocação: Os Acionistas foram Sr. Francisco Mozo Dias, chileno, casado, administrador, domiciliado na Avenida Apoquindo, 3600 - Santiago - Chile; 2) Sr. Larry convocados pelo Conselho de Administração, através de Edital publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e Jornal Diário Donald Zimpleman norte-americano, casado, domiciliado nos Estados Unidos da América, com escritório 711 High Street, Des do Comércio, edições dos dias 06, 07 e 08/03/2003, respectivamente, com a seguinte ordem do dia: 1) Apreciação, discussão e Moines; 3) Sr. Luis Eduardo Valdés Illanes, chileno, casado, administrador, domiciliado em Santiago, Chile, com escritório na votação das Demonstrações Financeiras e Contas dos Administradores, referentes ao exercício encerrado em 31/12/2002; 2) Avenida Apoquindo, 3600, 15° Andar, Santiago, Chile e 4) Sr. Norman R. Sorensen, uruguaio, casado, administrador, domiciliado nos Deliberação sobre a destinação do Lucro Líquido do exercício de 2002 e Distribuição de Dividendos; 3) Fixação do montante global Estados Unidos da América, com escritório 711 High Street, Des Moines. II) Membros Suplentes (respectivamente): a) representantes da remuneração dos Administradores; 4) Eleição dos Membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; 5) Outros do acionista BB-BI Banco de Investimento S/A: 1) Sr. Edson Atsumi Tanigaki, brasileiro, casado, economista, Carteira de identidade assuntos. IV - Constituição da Mesa: Dr. Luciano Henrique Pereira de Menezes, Presidente da Assembléia e Dra. Rita Seidel RG n° 4.834.684 (SSP/SP), CPF n° 571.150.018-04, residente e domiciliado na SHIN, QL 4, Conjunto 7, Casa 15, Brasília-DF., 2) Sr. Tenório, representantes legais do acionista majoritário BB - Banco de Investimento S.A.; Dr. David Alan Hilbrink, representante Otaviano Canuto dos Santos Filho, brasileiro, casado, Economista, residente e domiciliado na SQS 210 Bloco A, apt. 402 - Brasília legal do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Edjair de Siqueira Alves, representante legal do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às DF, portador do CPF 120.081.095-34 e da Carteira de Identidade SSP 270866073 pela Secretaria de Segurança Pública (SP); 3) Sr. Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Dr. Eduardo Bom Angelo, Diretor Presidente da Companhia e Dr. Antonio Corradi, Secretário. Aldo Luiz Mendes, brasileiro, casado, economista, portador da Carteira de Identidade RG-468.756-SSP/DF e CPF-210.530.301-34, V - Deliberações: 1) Por unanimidade dos acionistas presentes, foram aprovadas, sem ressalvas, as demonstrações financeiras e residente e domiciliado na SQS 102, Bloco “K”, Apartamento n° 304, Asa Sul, Brasília (DF) e 4) Sr. Paulo Euclides Bonzanini, o balanço patrimonial referente ao exercício social findo em 31/12/2002, na conformidade com as publicações no Diário Oficial brasileiro, casado, Administrador, residente e domiciliado na Rua Albuquerque Lins, 848/152 - Higienópolis - São Paulo - SP, portador Empresarial do Estado de São Paulo e Jornal Valor Econômico, edição de 27/02/2003. A Assembléia Geral ratificou todos os do CPF 709.589.718-20 e da Carteira de Identidade SSP-SP 8902128-9, expedida em 16/12/98 pela Secretaria de Segurança Pública demais atos praticados pela Diretoria Estatutária em nome da Companhia, no decurso do Exercício Social encerrado em 31/12/ do Estado de SP. b) representantes do acionista PFG do Brasil Ltda.: 1) Sr. Pedro Atria, chileno, casado, residente e domiciliado nos 2002; 2) Por unanimidade dos acionistas presentes, foi aprovada a seguinte destinação do Lucro Líquido do exercício: a) Dividendos: Estados Unidos da América, com escritório em 711 High Street, Des Moines, Iowa 50392-0300; 2) Sra. Martha Shepard, norteeqüivalente ao mínimo legal de 25% (vinte e cinco por cento) do Lucro Líquido, substituído pelo pagamento de “Juros sobre Capital americana, casada, domiciliada nos Estados Unidos da América, com escritório 711 High Street, Des Moines, Iowa; 3) Sr. Patrick Próprio”, no valor bruto de R$ 8.432.996,88 (oito milhões, quatrocentos e trinta e dois mil, novecentos e noventa e seis reais e Fraizer, americano, casado, residente e domiciliado nos Estados Unidos da América, com escritório em 711 High Street, Des Moines, oitenta e oito centavos), a serem pagos logo após a aprovação em Assembléia Geral; b) Reserva Legal: proposta de constituição Iowa; 4) Sr. Jorge Arturo Rodriguez Ibáñez, norte americano, casado, engenheiro civil, portador do passaporte n° 10.096.347-7, de Reserva Legal no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do Lucro Líquido, no valor de R$ 1.509.062,60 (um milhão, residente e domiciliado na Apoquindo 3.600, Piso 10, Santiago do Chile. Para compor o Conselho Fiscal, foram eleitos, com mandato quinhentos e nove mil, sessenta e dois reais e sessenta centavos), a qual teve como base de cálculo o Resultado Líquido; c) de um (1) ano, até a realização da A.G.O. que vier aprovar as contas do exercício de 2003 os seguintes Membros: I) Membros Participação dos Empregados: proposta de distribuição do valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), respeitado o mínimo Titulares: a) representante do acionista BB-BI Banco de Investimento S.A., Sr. Cícero Figueiredo Pontes, brasileiro, casado, garantido no acordo sindical e obedecidos os critérios acordados entre os Sindicatos Patronal e dos Empregados; d) Reserva Administrador, residente e domiciliado na SQN 110 Bloco C, apt. 405 - Brasília DF, portador do CPF 776.740.308-49 e da Carteira de Suplementar: não haverá constituição de Reserva Suplementar, vez que esta já atingiu o limite legal do Capital Social, que é de R$ Identidade 9173822, expedida em 05/05/75 pela Secretaria de Segurança Pública (SP); b) representante do acionista PFG do Brasil 33.924.209,48 (trinta e três milhões, novecentos e vinte e quatro mil, duzentos e nove reais e quarenta e oito centavos); e) Lucros Ltda., reeleição do Sr. Carlos Fernando Mickan, norte-americano, casado, domiciliado nos Estados Unidos da América, com escritório Acumulados: R$ 48.372.779,98 (quarenta e oito milhões, trezentos e setenta e dois mil, setecentos e setenta e nove reais e 711 High Street, Des Moines e c) representante do acionista Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE: noventa e oito centavos). Submetida a votação as propostas foram aprovadas, na sua íntegra, por unanimidade, sem ressalvas. 3) Sr. Paulo Tarciso Okamotto, brasileiro, administrador, portador da Carteira de Identidade RG-7.906.164-SSP/SP e CPF-767.248.248Foi aprovada, por unanimidade, a remuneração global anual de até R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), a título de despesas, 34, residente e domiciliado na Rua Araújo Viana n° 57, Jardim Silvina, São Bernardo do Campo, São Paulo; II) Membros Suplentes para pagamento da remuneração do Conselho de Administração e Diretoria Executiva, com vigência no prazo de gestão e para (respectivamente): a) representante do acionista BB-BI Banco de Investimento S.A., Sr. João Alfredo Leite Miranda, brasileiro, cada membro em exercício do Conselho Fiscal, a remuneração global anual de R$ 26.400,00 (vinte e seis mil e quatrocentos reais). casado, Economista, residente e domiciliado na SQS 204 Bloco A, apt. 305 - Brasília DF, portador do CPF 735.924.048-49 e da 4) Foram ratificados, homologando-se, a eleição dos seguintes Membros Titular e Suplente do Conselho de Administração: I) Carteira de Identidade 5024634, pela Secretaria de Segurança Pública (SP). b) representante do acionista PFG do Brasil Ltda. Sra. Membro Titular: Sr. Cássio Casseb Lima, Presidente do Conselho, brasileiro, casado, engenheiro de produção, Carteira de Maria Elisa Gualandi Verri, brasileira, casada, advogada, Carteira de Identidade RG n° 30.607.883-1-SSP/SP, CPF n° 862.653.937Identidade RG-7.666.225-SSP/SP e CPF-008.377.188-30, residente e domiciliado na Rua Engenheiro Edgar Egídio de Souza n° 15, com escritório na Rua Líbero Badaró n° 293, 21°. Andar, São Paulo (SP) e c)- representante do acionista Serviço Brasileiro de 100, Apartamento n° 41, Pacaembu, São Paulo, Capital. II) Membro Suplente: Sr. Jorge Arturo Rodriguez Ibáñez, norte americano, Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE: reeleição do Sr. Edjair de Siqueira Alves, brasileiro, casado, engenheiro, portador casado, engenheiro civil, portador do passaporte n° 10.096.347-7, residente e domiciliado na Apoquindo 3.600, Piso 10, Santiago da Carteira de Identidade RG-7991-D, CREA/PE e CPF-076.497.894-20, residente e domiciliado no SQS 402, Bloco “H”, Apartamento do Chile, eleitos em substituição aos Dr. Eduardo Augusto de Almeida Guimarães e Dr. Juan Ignácio Eyzaguirre Baraona, 101, Asa Sul, Brasília (DF). VI - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente esclareceu que, para as deliberações respectivamente, na 99ª. Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, realizada em 06/03/2003, com mandatos tomadas, foi ouvido o Conselho Fiscal e considerado o seu parecer datado de 06/02/2003, que declarou ter examinado as Demonstrações complementares até a realização da presente A.G.O.. 5) Foram eleitos para compor o Conselho de Administração da Companhia, Contábeis da Companhia e o Relatório da Administração referentes ao exercício encerrado em 31/12/2002, complementado pelo com mandato de três (03) anos, até a realização da Assembléia Geral que vier aprovar as contas do exercício de 2.005, os parecer dos Auditores Externos, ERNST & YOUNG Auditores Independentes, datado de 24/01/2003, manifestando-se pela aprovação seguintes Membros: I) Membros Titulares: a) representantes do acionista BB-BI Banco de Investimento S.A.: 1) Sr. Cássio Casseb dos referidos documentos, encerrando os trabalhos da presente A.G.O., lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que depois de Lima, Presidente do Conselho, brasileiro, casado, engenheiro de produção, Carteira de Identidade RG-7.666.225-SSP/SP e CPF- lida e achada conforme, vai assinada pelos Dr. José Luiz Guimarães Júnior, Presidente e Dr. Niraldo José Monteiro Mazzola, 008.377.188-30, residente e domiciliado na Rua Engenheiro Edgar Egídio de Souza n° 100, Apartamento n° 41, Pacaembu, São representantes do acionista majoritário BB-BI; Dr. David Alan Hilbrink, representante do acionista PFG do Brasil Ltda.; Dr. Edjair de Paulo, Capital. 2) Sr. Rossano Maranhão Pinto, brasileiro, casado, economista, Carteira de Identidade CORECON 11ª Região n° Siqueira Alves, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e por mim, Dr. Antonio 1.690, CPF n° 151.467.401-78, residente e domiciliado na SQN 210, Bloco “J “, apto 606, CEP 70.862-100, Brasília-DF. 3) Sr. Edson Corradi, Secretário. Eu, Rodrigo Pecchiae, atual Secretário, DECLARO para os devidos fins e direito, sob as penas da Lei se o Machado Monteiro, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado na Rua Prudente de Morais, 1022, ap.1201 - Ipanema - contrário se verificar, que a presente é cópia fiel da Ata do Livro n° 02, de Registro de Atas das Assembléias Gerais. Jucesp: sob n° Rio de Janeiro (RJ), portador do CPF 102.027.571-53 e da Carteira de Identidade M-458.111, expedida em 24.3.1992 pela Secretaria 10.669/06-1 em 11/01/06. Cristiane da Silva F. Corrêa-Secretária Geral.

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 9 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Truckline Logística e Transportes Ltda. - Requerido: Thosc Merchandising Com. e Repres. Ltda - Av. Moema, 538 - 2ª Vara de Falências Requerente: Lílian da Silva Barreto - Requerido: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Av. Brig. Luis Antônio, 277 sala 67 - 6º andar - Requerido: Editora de Guias LTB S/A - Av. Brig. Luis Antônio, 277 - sala 67 - 6º andar - 2ª Vara de Falências Requerente: Interest Factoring Ltda. - Requerido: Pakto Modas e Confecções Ltda. - Rua Luis Gama, 600/604 - 2ª Vara de Falências Requerente: Interest Factoring Ltda. - Requerido: D.K.J. Confecções Indústria e Comércio Ltda. - Rua Xavantes, 116 - 1ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

ALERTA

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

AMBULANTES Subprefeitura de Pinheiros retira camelôs do largo da Batata. De 150, só 20 são legais.

Arquivo/DC

TRÂNSITO LENTO A cidade tinha 108 quilômetros de congestionamento às 19h de ontem. A média é de 63.

Ó RBITA

Muriel Gomes/O Tempo/AOG

8 -.CIDADES & ENTIDADES

14 MORREM EM EXCURSÃO

U

Do início do mês até ontem choveu 288,8 milímetros, contra os 286,5 milímetros de março de 2005

Muita chuva até o fim do verão

ma excursão de aposentados de Campinas, no interior do estado, com destino a Caldas Novas, em Goiás, terminou em tragédia ontem no Triângulo Mineiro. Pelo menos 14 pessoas morreram e 26 ficaram feridas em um grave acidente (foto à dir.) durante a madrugada. O ônibus (placas DBB 4919) da empresa Transportes Capellini saiu da pista e tombou num barranco às margens da BR 050, a cerca de 13 quilômetros de Uberlândia. O acidente ocorreu por volta das 4h10, numa reta, em trecho de pista dupla. As suspeitas da Polícia Rodoviária Federal eram que o motorista do veículo, Edivaldo Dias, 36 anos, tivesse dormido ao volante

ou provocado o acidente por um descuido. O condutor chegou a afirmar aos policiais que tinha perdido o controle da direção do ônibus ao tentar efetuar, enquanto dirigia, a troca de um CD. A versão foi negada posteriormente. "Ele alegou isso primeiramente, mas depois voltou atrás na declaração.

Apu Gomes/Parceiro/AOG

BLITZ NO BRÁS

U

ma blitz para encontrar produtos piratas terminou com o fechamento de oito depósitos e a apreensão de mercadorias falsificadas (foto à esq.). Realizada na manhã de ontem, na região do Brás, zona leste, a ação foi organizada pela Subprefeitura da Mooca e pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic). Entre as mercadorias apreendidas havia grande quantidade de tênis, relógios, canetas, pulseiras e camisetas. A operação concentrou-se entre as ruas Henrique Dias, Monsenhor de Andrade, Rodrigues Santos e Oriente. Tudo aconteceu das 6h às 13h. A blitz teve a participação de 35 funcionários da subprefeitura e cerca de dez policiais. Três pessoas foram presas por participação no comércio de produtos piratas. A mercadoria apreendida foi levada para um depósito do Deic, localizado na Avenida Zaki Narchi, bairro de Santana, zona norte. (DF)

Meteorologistas prevêem muita chuva forte para as próximas semanas Kelly Ferreira

O

s temporais que têm atingido a cidade quase todas as tardes ainda devem trazer mais transtornos e preocupações. A expectativa dos meteorologistas é de muita chuva forte nas próximas semanas. Somente nos primeiros nove dias deste mês, a cidade de São Paulo já registrou 62% a mais de chuvas do que a média do período. De acordo com a Climatempo, empresa especializada em meteorologia, até 9h de ontem choveu 288,8 milímetros, contra 286,5 milímetros registrados em março de 2005. A média do mês é de 178,3 milímetros. "Quando estivermos mais próximos do outono (a estação tem início dia 21), o tempo deverá ficar menos chuvoso porque haverá entrada de ar mais seco", disse o meteorologista Luiz Alves dos Santos Neto, da Climatempo. Hoje, uma nova

frente fria chega à cidade, aumentando o risco de chuvas fortes no fim de semana. "A expectativa é que até o final do mês todos os fins de semana tenham frentes frias e chuva", disse o meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo. P re ve nç ão – Apesar das condições climáticas, dos alagamentos e quedas de árvores das últimas semanas, a Defesa Civil do Município garante que não houve grandes transtornos. "As medidas preventivas que tomamos desde o ano passado, e que seguem até 15 de abril, minimizaram os problemas de enchente", disse o coronel Jair Parca de Lima, da Defesa Civil. O programa de prevenção da Prefeitura, realizado em conjunto com as 31 subprefeituras, inclui a limpeza de córregos e bocas-de-lobo e a retirada de famílias de áreas de risco. "Registramos apenas uma vítima fatal este ano. Uma pessoa que decidiu enfrentar um alagamento

Todo cuidado é pouco

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a hora de enfrentar a enchente são necessários alguns cuidados. Acompanhe: - Evite contato com a água, principalmente para não ser levado pela correnteza. - Assim que a água baixar, desinfete os locais atingidos pela água com uma solução de uma colher de água sanitária para cada litro de água. - Não consuma alimentos

que tiveram contato com água ou lama, pois podem causar leptospirose, cólera, infecções e outras doenças. - Fique atento a sintomas como febre, vômitos, dores de cabeça ou no corpo. Procure um médico. - Evite contato com equipamentos elétricos para não tomar choques. - No trânsito, evite trafegar por áreas alagadas.

com carro e caiu dentro de um córrego", disse o coronel. Segundo a Secretaria das Subprefeituras, de janeiro a dezembro de 2005 foram realizadas quase 300 mil limpezas em bocas-de-lobo e 680 mil metros lineares de galerias e ramais (águas pluviais) foram desobstruídos. Existem 397 mil bocas-de-lobo 2.850 quilômetros de galerias e ramais na cidade. No mesmo período, as 31 subprefeituras realizaram operações de cata-bagulho. Foram recolhidas cerca de 8 mil toneladas de lixo. Alertas - O plano municipal contra as enchentes tem quatro tipos de níveis. Dependendo da situação, são acionados a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e o Corpo de Bombeiros. O primeiro estágio é o de observação, quando um meteorologista de plantão informa a Defesa Civil sobre as condições climáticas. O segundo nível é o de atenção, decretado com chuvas intensas. Nessa etapa, são acionadas equipes de Ação e Desenvolvimento Social, Saúde e fiscalização da Defesa Civil e das subprefeituras para um eventual atendimento em áreas atingidas por enchentes. No estado de alerta, quando há ocorrências de transbordamento de rios e córregos, há uma avaliação dos danos causados e é feito o atendimento à população. Já o alerta máximo é dado quando há transbordamentos generalizados, atingindo muitas casas de uma determinada região, deixando a população desabrigada.

Tudo indica que ele tenha dormido", disse o policial rodoviário Paulo Henrique de Oliveira. A causa do acidente está sendo investigada. O motorista não sofreu ferimentos e foi encaminhado para a 16ª Delegacia Regional de Uberlândia para prestar depoimento. (AE)

DESABAMENTO

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ezessete crianças ficaram feridas, três delas em estado grave, quando o telhado da creche em que estudam caiu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A creche, administrada pela Igreja, funciona no terreno da Paróquia de Santo Antônio da Prata. As crianças foram socorridas por pessoas que passavam na rua no momento do acidente, por volta das 10h de ontem. O vendedor Carlos Wagner Lopes contou que passava em frente à creche quando ouviu os gritos de socorro. Ele e outros voluntários ajudaram a retirar as crianças dos

escombros. "Foi uma cena horrível. As crianças choravam muito, algumas sangravam A gente não tinha idéia da gravidade. Os bombeiros levaram 40 minutos para chegar e só fizeram o transporte dos feridos", afirmou. "Eu estava na mesa, aí teve um barulhão e caiu tudo", contou Adriano Lopes, de 5 anos, que estuda ali desde os 3 e ficou ferido nas pernas. "Foi uma fatalidade. Aqui eles são muito bem atendidos", disse Adriana Ferreira Lopes, de 31 anos, mãe do menino. Segundo a Defesa Civil, a viga de madeira que sustentava as telhas cedeu - por desgaste ou pela ação de cupins. (AE)

PROIBIDOS

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prefeitura de Campos do Jordão, a 175 quilômetros de São Paulo, decidiu pôr em prática um decreto-lei de 1995 e proibir a atuação de ambulantes na cidade. Carrinhos de lanche, de pipoca, vendedores de doces e de roupas que circulam pelas ruas abordando os turistas estarão proibidos a partir do dia 18. O decreto visa tirar os trabalhadores da informalidade e reduzir a presença de vendedores de outras cidades. "Poucos são daqui, vem muita gente do Vale do Paraíba e de São Paulo", diz o secretário de turismo do município, Flávio Ventura. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

LAZER - 3

LEITURA

capitão Diego Alatriste y Tenorio veste a capa puída, traz a espada na bainha (a eficaz adaga vizcaína está sempre escondida), ajeita os bigodes e movimenta-se numa Madri nada ensoralada, de uma Espanha católica até os ossos. Abre caminho para retratos do reino doente de Filipe IV (1621-1665), entregue ao apetite de apadrinhados, sob a sombra obscurantista de frei Emilio Bocanegra, encarnação do Santo Tribunal da Inquisição. Alatriste é personagem central da novela que leva seu nome (O Capitão Alatriste, Companhia das Letras, 2006), do premiado escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte. Um romance entre picaresco e histórico sobre o tempo em que, fora dos palácios, "a capital das Espanhas era um lugar onde se ganhava a vida aos solavancos, pelas esquinas, entre o brilho de dois aços". Alatriste equilibra-se no fio da navalha. É o eterno soldado, combatente das campanhas contra os holandeses e todos os inimigos da Espanha. Mas é também um espadachim de aluguel, pronto a espetar qualquer um em nome da sobrevivência (e da honra manchada de terceiros). Sabe se divertir na Taverna do Turco, esvaziando garrafas do vinho de San Martín de Valdeiglesias. Participa de empolgantes tertúlias comandadas pelo poeta "manquitola e valentão" dom Francisco de Quevedo (que adora espinafrar o adversário Luis de Góngora). Capitão Alatriste está também na platéia do teatro de Lope de Vega, que tanto agradava o "rei nosso senhor dom Filipe IV". E esfrega-se sempre que pode na dona do quarto que aluga, Caridad la Lebrijana. Mas saiam mesmo da frente quando desembainha a espada e parte para o campo de batalha. Esse caráter controvertido, nem bandido nem mocinho, extremamente taciturno e melancólico, arrebatou os leitores espanhóis. Estes praticamente imploraram a continuidade da primeira história, que acabou originando uma série – um dos grandes êxitos editoriais recentes do país. Depois do volume inicial, O Capitão Alatriste, lançado em 1996, mas que acaba de ser traduzido no Brasil, o personagem conduz outras quatro histórias de igual sucesso: Limpieza de Sangre (97), El Sol de Breda (98), El Oro del Rey (2.000) e o mais recente El Caballero de Jubón Amarillo (2003). Além disso, o capitão estará nas telas dos cinemas europeus em setembro, numa superprodução histórica assinada por Agustín Díaz Yanes.

TEATRO

José Guilherme Ferreira

De humor, diálogos e reflexões

Reproduções/Arquivo DC

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Filipe IV, segundo Velázquez

Na primeira narrativa, Alatriste é contratado por mascarados para emboscar e dar fim (ou um susto) em dois viajantes anônimos que chegavam a Madri. O capitão acaba mudando os planos durante a investida, como que "chamado" pela moral de soldado: comoveu-se ao ouvir o pedido de clemência de um

Guga Melgar/Divulgação

No século 18, aqui mesmo Pérez-Reverte, Alatriste e esgrima: habilidades da pena, do pensamento e da ação

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Lope de Vega: tragédias que agradavam a Felipe IV

Auto-retrato Velázquez, pintor oficial da Corte

o festim gastronômico oferecido pelo jovem dramaturgo Pedro Brício, os convidados são ecléticos: ao som do grupo de rock inglês The Cure, o francês Molière pode dialogar com o italiano Carlo Goldoni e depois esbarrar em vários personagens egressos do universo onírico da commedia dell’arte. Que, quando falam, revelam os mesmos ideais e inquietações dos pensadores e filósofos iluministas. Ao combinar todos estes ingredientes, Brício corria o risco de produzir uma receita indigesta. Mas passou longe disso: a peça A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica, uma bem dosada mistura de influências e períodos, pode ser apreciada sem qualquer contra-indicação. Após conquistar cinco indicações na fase carioca do Prêmio Shell, entre elas a de autor e direção, do próprio Brício, A Confeitaria entra em cartaz sábado, 11, no Teatro do Sesc Santana. Na peça, Pellica comanda uma confeitaria no século 18, em um reino imaginário onde guerrear é uma tarefa mais rentável do que assar pães. A vocação bélica dos cidadãos do local está levando seu negócio à falência. Até que o anúncio de um concurso de tortas promovido pelo rei desperta em Pellica a esperança de que dias melhores virão: vencedor de tal concurso, ele terá de volta o prestígio de outras épocas e sua confeitaria será novamente a mais famosa do reino. Sem fundos para comprar um único saco de farinha e com ele produzir uma torta concorrente, Pellica se vê obrigado a considerar a proposta de um ricaço que lhe oferece dinheiro em troca da mão de sua filha. Embora ambientada no século 18, a peça levanta algumas questões de ordem moral e psicológica que viriam a incomodar o ser humano somente muito tempo depois. Segundo o autor, foi proposital esta opção por um olhar contemporâneo sobre uma ação que se passa há quase 300 anos. Sérgio Roveri

A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica, estréia amanhã no Teatro do Sesc Santana, Avenida Luis Dumont Villares, 579, tel.: 6971-8700. Sábado às 21h, domingo às 19h. Ingressos a R$ 10.

dos viajantes, não para si próprio, mas para o seu companheiro mais frágil de jornada. O ataque aos jovens, os dois ingleses (e não se revelam aqui as identidades para que o suspense seja preservado), é a parte visível de um cenário diplomático difícil, principalmente para uma Espanha que tratava como herege toda nação que não confessasse seu credo. Os ingleses não passavam de "ímpios anglicanos". E não tinha importância se um desses ingleses arrastava todas as castanholas por uma infanta. Quem narra a história é Íñigo Balboa Aguirre, órfão de um soldado como Alatriste, pajem do capitão, que com ele sobrevive num cubículo da taverna de Caridad. Ele garante emoção filial à história ao comportarse como um herdeiro legítimo das aventuras do capitão. Não poderia ficar de fora da história de PérezReverte, o grande Diego Velázquez, feito pintor da Corte pelas mãos

do "rei nosso senhor Dom Filipe IV", o monarca avesso aos negócios de Estado, mas que teve seu nome ligado ao mecenato que deu vida aos pintores do Século de Ouro espanhol. Pérez-Reverte, membro da Real Academia Española desde 2003, jornalista e correspondente de Guerra durante 21 anos, vive hoje de literatura. O Mestre de esgrima, outro de seus romances traduzidos por aqui de maneira competente por Eduardo Brandão (Companhia das Letras, 2003), mostra mais um recorte da história da Espanha, o turbulento período da rainha Dona Isabel II (1833-1868). Todas as atribulações – incluindo os complôs para a derrubada dos Bourbon – são pontuadas pelo florete de Jaime Astarloa, professor sexagenário de esgrima, mestre-dearmas formado em Paris, mas acima de tudo cidadão para quem toda "pistola é uma impertinência". E a "arma branca tem uma ética que falta às outras..." Touché!


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

RESENHA

INTERNACIONAL

OS VELHOS BUDWEISERS

Políticas compensadoras criadas para desfazer a história podem provocar trágicas conseqüências. Tal como com virtualmente todos os grupos, em virtualmente todos os países e em virtualmente todos os tempos, havia diferenças entre os alemães e tchecos. Os alemães tinham um maior grau de instrução, eram mais prósperos e mais proeminentes nos negócios e nas profissões. Os tchecos que desejassem subir aos altos escalões nos negócios, nas forças armadas ou nas profissões tinham de dominar a língua e a cultura alemã. Os povos de ambos os lados aprenderam a conviver com essa situação: em Budweis eles podiam ser todos budweisers. Como em muitos outros países e épocas, o advento de uma nova classe intelectual no século XIX polarizou a sociedade por meio de uma política de identidade étnica. Em toda a Boêmia, a nova intelligentsia tcheca pressionava os tchecos a se considerarem tchecos, não boêmios ou budweisers. Apesar das

Inversão de valores PAULO SAAB

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Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

corre-me lembrar de dois provérbios, que calham à cautela do Comitê de Política Monetária do BC. Um é "De grão em grão a galinha enche o papo", outro é "Devagar se vai ao longe". Esses dois provérbios ensinam sobre a cautela ou o medo com que foi anunciado o resultado da reunião do Copom para enfrentar a enquistada taxa de juros, que faz do empresário de qualquer setor um herói, sem créditos de Quixote, para manter o seu negócio com todas as solicitações que lhe são impostas pela economia do País e pela política em execução. Está se vendo que o governo não tem outra solução para combater o processo inflacionário. É um mal terrível, que atrasou o Brasil, embora apareçam de vez em quando técnicos defendendo a inflação ainda que moderada, o que não existe. O que os economistas do governo deveriam fazer é adotar uma outra técnica de combate inflacionário, pois a atual está se esgotando visivelmente.

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TRECHOS DO ARTIGO DE THOMAS SOWELL PUBLICADO NA TOWNHALL WWW.TOWNHALL.COM E

E m Budweis todos eram apenas budweisers

Auditado pela

A CAUTELA DO COPOM

Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

demandas parecerem insignificantes, suas conseqüências não foram pequenas. Com o passar do tempo, os alemães também começaram a defenderem os interesses alemães. Essa polarização étnica no século XIX foi um passo fatal cujas conseqüências ainda não terminaram completamente, mesmo no século XXI. Os nobres tchecos que se revoltaram contra o Império Habsburgo no século XVII foram vencidos e tiveram suas terras confiscadas e dadas aos alemães. Quando a Tchecoslováquia foi criada no século XX, os nacionalistas mantiveram viva a antiga mágoa – tal como os ideólogos da identidade étnica têm feito em países em todo o mundo. Políticas governamentais criadas para desfazer a história, com tratamento preferencial para os tchecos, polarizaram aquela geração de tchecos e alemães. Quando os nazistas conquistaram o país, os alemães dominaram os tchecos. Depois da guerra, a reação tcheca levou a expulsões em massa de alemães sob condições brutais, que custaram muitas vidas. Atualmente, refugiados na Alemanha ainda demandam restituição. Quem dera se as mágoas do passado fossem lá deixadas! Quem dera se eles tivessem todos permanecidos budweisers ou boêmios!

Arquivo DC

o tempo do Império Habsburgo havia uma cidade na Boêmia chamada Budweis. As pessoas dessa cidade eram chamadas de budweisers e ela tinha uma cervejaria que produzia uma cerveja com o mesmo nome – mas diferente da americana Budweiser. Budweis tinha uma população de ancestrais tchecos e alemães, que falava línguas diferentes, apesar de muitos serem bilíngües. Eles se davam muito bem e quase todos se consideravam budweisers, ao invés de tchecos ou alemães. Mas, isso mudou mais tarde – para pior – não só em Budweis, mas em toda a Boêmia.

uem faz mais mal ao País, o general que usa da autoridade para conseguir lugar num vôo comercial ou os militantes mascarados do MST que invadem propriedade privada, destroem anos de trabalho de pesquisa agropecuária e vandalizam instalações protegidas pela Constituição? Nem é preciso se dar ao trabalho de responder. A desproporção, todavia, entre as reações que provocam os dois tipos de atitude, usados aqui como exemplo apenas, demonstram o quanto ainda é preciso amadurecer o conceito e a prática da democracia brasileira e o modo como a sociedade e sua própria mídia reagem aos acontecimentos. A reação à carteirada da autoridade militar foi amplificada na imprensa pelo simples fato de ser um general, revelando o quanto ainda há de prevenção contra os militares em função do período em que o País esteve fechado por um regime de força. Quem hoje vive de pensões e compensações financeiras por ter se posicionado ou agido contra o governo militar se fez perdoar, usufrui o erário mas mantém fogo cerrado sobre quem carrega patente, num desserviço a uma das instituições nacionais, as suas Forças Armadas. No caso da invasão em Porto Alegre, em que o MST criminosamente destruiu propriedade privada, a reação foi a do registro até enfático da ação predatória, sem nenhuma conotação de crítica ou alerta de como se tenta solapar as regras democráticas vigentes. Essa inversão de valores nesses exemplos, maximizando negati-

vamente fatos envolvendo a autoridade pública (sem entrar no mérito da ação específica) e dando destaque subjetivo promocional aos atos ostensiva e anunciadamente criminosos de um grupo político que tem violado a lei nacional de forma contumaz, mostra o quanto a sociedade brasileira ainda precisa amadurecer.

S

eria interessante que as mesmas pessoas - entre elas, membros do Ministério Publico -, autoridades políticas (useiras e vezeiras nas carteiradas), o Judiciário, a imprensa, se mobilizassem para defender as leis do País e impedirem que a ação criminosa de quem prega a violência e a transgressão em horário nobre da tevê brasileira permanecesse fora do alcance da legislação, que é para todos, indistintamente. Quando uma autoridade militar faz algo que aparenta fugir ao senso comum, mas está a anos-luz de infringir a lei, e a reação é de revolta profunda, quando criminosos a céu aberto são idolatrados e quem deveria fazer cumprir a lei nada faz, o cidadão comum, ordeiro, pacífico, trabalhador, pagador de impostos, fica confuso. Aliás, faz tempo que não se vê com nitidez no Brasil a linha que separa o certo do errado. A piz zaria instalada no Planalto Central que o diga. O sorridente, mas raivoso e criminoso MST que o diga. O general que está pagando a conta de uma inversão de valores por ter, aparentemente, violado a regra da igualdade, que o diga. O contribuinte brasileiro que o diga.

F az tempo que não se vê com nitidez a linha que separa o certo do errado

A magia da escola ARNALDO NISKIER

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papel do professor mudou. Além da preocupação com conteúdos ele tem por obrigação educar cidadãos capazes de pensar, criticar e construir as suas próprias vidas, numa sociedade cada vez mais complexa. Vivemos o tempo em que o professor não é mais o único detentor do saber. Hoje, devemos ser guias, consultores, orientadores da aprendizagem, apoiando, acompanhando o trabalho da turma e introduzindo os ajustes necessários ao alcance pleno dos objetivos planejados. Vocês já pararam para pensar que temos uma nova responsabilidade junto ao alunado? Precisamos ajudá-lo a compreender, e dar sentido ao volume de informações que recebemos diariamente das mais variadas fontes: TV a cabo, internet, além dos tradicionais rádio, TV, jornais e revistas. Hoje, os livros didáticos são menos considerados do que há 30 anos. Os recursos para comprá-los são escassos, ou os jovens não aprenderam a descobrir e desenvolver o gosto pela leitura, pois já têm uma gama de informações tão grande que dispensam descobrir a maravilhosa magia que se encontra dentro de um livro. O professor precisa não só acompanhar os fatos atuais, mas desenvolver, ele próprio, conhecimentos científicos e lingüísticos que lhe dêem meios para analisar, interpretar e criticar para orientar os alunos a selecionar as numerosas informações que lhes chegam. A modernidade não exclui as etapas essenciais de planejamento, desenvolvimento e execução, avaliação e reestruturação do que foi detectado negativamente. Isso sem esquecermos do famoso jargão de que todo planejamento precisa ser flexível, isto é, mutável a qualquer momento, durante o processo. Na educação atual, compatível com toda a tecnologia e desenvolvimento conheci-

dos, os pais, os familiares e a comunidade são também atores do processo educacional, cada um assumindo seu próprio papel tanto na escola quanto na comunidade. Cada escola tem uma história, peculiaridades e identidade diferentes. É impossível, por exemplo, tentar unificar o tratamento dado a uma clientela estudantil do litoral nordestino, que vive num clima em que há sol os 365 dias do ano, com uma clientela de alunos da região sul, onde o frio pode, até, mudar o horário do início das atividades escolares. Não deve haver qualquer preocupação dos gestores do ensino em relação à supremacia da escola, pois ela jamais perderá o seu lugar, enquanto tiver bem demarcada a separação entre as suas atribuições e as da comunidade. O importante é que o aluno ame a escola e seja por ela amado. Nessa troca é que reside o êxito do processo.

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integração com a comunidade é uma conquista, um objetivo que deve ser perseguido por todos aqueles que atuam de alguma maneira na escola. É essencial a criação de ambientes culturais diversificados, que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social, levando à compreensão de todos os fatores que se expressam no ambiente escolar, quer sejam eles políticos, sociais, culturais ou psicológicos. A educação dada na escola é sistemática, planejada e continuada, para uma clientela de crianças, adolescentes, jovens ou adultos, durante um período contínuo (ano letivo), em que todos os protagonistas envolvidos no processo estão marcados pelos seus direitos e deveres, citados na hierarquia organizacional do sistema. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

C ada escola tem uma história, peculiaridades e identidade diferentes.

A decisão do Copom foi tomada com base numa maioria de seis a três. O Copom deveria decidir por unanimidade. ssa redução tímida ou medrosa, como acentuei, não altera o quadro do dinheiro que o empresário enfrenta com obstinação. A verdade é que os nossos juros continuam altíssimos e deve se reconhecer que o fôlego do empresário em geral é de resistência de vários gatos. O Copom, segundo o Diário do Comércio, considera que o time econômico-financeiro está ganhando, pois mantém a moeda estável. Mas a decisão do Copom foi tomada com base numa maioria de seis a três. E vem a pergunta: "E se a minoria tem mais razão do que a maioria?" Daí ser necessário que se proceda a uma reforma na votação, não pelo jogo da maioria e da minoria, mas como no sistema jurídico dos EUA, com os jurados decidindo por unanimidade. O Copom também deveria decidir por unanimidade. Que não se estranhe essa tese, pois ela facilitaria as decisões do Copom mais do que se pensa. E o Copom não deveria ser tão cauteloso!

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.LAZER

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GASTRONOMIA

ADEGA

Fotos:Divulgação

Livros preciosos

Fotos: A

rquivo DC

Sérgio de Paula Santos

Os chefs Eduardo e Tomas (abaixo, esq.), do Vira-Lata (ao lado): bebidas e quitutes. E algo mais.

Espírito vira-lata. Espere aí... Lúcia Helena de Camargo

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ira-Lata é o nome do restaurante. Instalado no quintal de um casarão em Higienópolis, traz no cardápio o espírito que o define, mas com alguns toques a mais. A comida da casa pode ser definida como uma mistura de trivial com contemporânea. O arquiteto Fuad Murad, consultor com um pé na administração da casa, prefere dizer que as criações dos chefs Eduardo Duó e Tomas Elian são "clássicos revisitados". Nessa linha, aparece no menu de entradas cuscuz paulista marroquino, ao molho de camarão e folhas verdes (R$ 17,40) e tapioca de carne seca e queijo coalho ao fio de azeite trufado (R$ 16,70). Entre os pratos principais, há atum em crosta de coco com pirão de lula (R$ 49,80) e nhoque de cará à bolonhesa de carne seca (R$ 29,40). O arroz de puta rica (R$ 28,30) desperta interesse dos clientes pelo no-

me, e conseqüentemente, é um dos mais pedidos. Há explicação no cardápio, mas os garçons a conservam na ponta da língua para detalhar aos mais curiosos. A iguaria goiana, incorporada por Tomas Elian, foi inspirada em histórias contadas pelo cineasta João Bênio de que em Goiás todas as prostitutas comiam arroz simples, menos as mais abastadas, que incluíam em sua refeição recheios variados. Assim, o arroz de puta rica leva diversos vegetais, como milho, ervilha e pequi, além de bacon, frango e calabresa. A novidade recém-incluída é mais singela: Bife de Mãe, que consiste em um bife acebolado, batata frita, arroz, feijão, ovo estrelado e farofa, tudo servido em um prato-feito, quadrado e enorme. "Faltava uma comida confortável, então colocamos esse bife", explica Fuad. O tom contemporâneo está tam-

bém nos drinques, principalmente na caipbeer. Inventado pelo barman Branco Sotrate, depois de muitas (ele afirma que foram centenas) tentativas fracassadas, chegou à proporção certa e revolucionou. Sem ingredientes secretos, o drinque é feito com cerveja, limão e açúcar. Saboroso como a caipirinha, mas com teor alcóolico drasticamente menor, é a opção para quem gosta de um drinque leve, mas com gosto de tradição. Entre as sobremesas, vale experimentar o pastel de morango com polenguinho brulée (R$ 13,30), servido acompanhado de sorvete de capim santo e caramelos de aceto balsâmico e caldo de cana. A mistura parece mirabolante, mas a combinação é surpreendentemente boa. Não por acaso os donos - Aloísio Pupin, Ivan Agostinho, Luciana Rosa e Gisele Furlaneto – chamaram Fuad e Duó para montar o Vira-Lata. A dupla é

sócia em diversas casas de sucesso, como o Santa Gula e duas pousadas com restaurante, a Barulho d’Água, em Ilhabela, e o Ronco do Bugio, em Piedade, interior de São Paulo. Na decoração descolada, entraram móveis da marcenaria Camará, tapetes multicoloridos da Cobras e Lagartos e os aromas e velas do Atelier Eliane André. O espaço abriga ainda loja de design, boutique, área para eventos e wine bar. Na boutique, ficam roupas e acessórios criados pela estilista russa Oksana. A adega e loja de vinhos oferece produtos da Casa Valduga e da KMM, cujos azeites aromatizados chegam através da importadora Azäit. É um vira-lata. Mas com coleira e comida no prato. Vira-Lata - Rua Minas Gerais, 112, Higienópolis, tel.: (11) 3258-6093 e 3257-5865.

HAPPY HOUR

Fotos: Luiz Prado/LUZ

Harry Schaemli: colecionador requintado

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imos anteriormente que a mais importante biblioteca de gastronomia do século 19 foi a reunida pelo barão Jerôme de Pichon, fundador da Sociedade de Bibliófilos Franceses e autor da biografia de Guillaume Tirel, vulgo Taillevent, autor do que se considera o primeiro livro de cozinha escrito em uma língua moderna, Le Viander, do final do século 14. Dessa biblioteca, catalogada por Georges Vicaire em 1890, ao desmembrar-se, boa parte foi parar em mãos do suíço Harry Schraemli, bibliófilo e escritor de gastronomia. Filho, neto e bisneto de hoteleiros, Harry reuniu um dos mais valiosos acervos bibliográficos conhecidos. Lembre-se sempre que em uma biblioteca, assim como em uma adega, não é a quantidade que conta, mas a qualidade ou a raridade, no caso dos livros. A obra maior de Schraemli é a Von Lucullus zu Escoffier, de Lucullus a Escoffier, Interverlg, Zürich, 1949. O subtítulo é Ein Schler mmerbuch für kluge Frauen und gescheite Männer, um livro prazeroso para mulheres inteligentes e homens sensatos. O livro, que mereceu várias edições e traduções (inclusive em espanhol), é na realidade uma erudita história da gastronomia, da Antigüidade aos nossos dias. Tem a vantagem sobre as demais obras congêneres, histórias da gastronomia nacionais, por sua abrangência, chegando porém a detalhes e conclusões pouco divulgadas, mesmo entre os especialistas. Schraemli, que pertenceu a várias confrarias gastronômicas, domina prática e teoricamente o assunto. Satiriza os glutões e beberrões, nos quais a gula é a "prostituição do estômago", contando com freqüência a história das iguarias que descreve. Inicia sua saga, com Adão, que segundo a Bíblia, comia seus alimentos crus. A costela de que dispôs não a usou para fins culinários. Assim, se aceitarmos a tese do físico irlandês Graves, de que o homem é um "animal culinário", chegamos a conclusão de que Adão não foi na realidade o primeiro homem "de verdade", título honroso que pertenceu ao primeiro que chamuscou seu alimento. O primeiro cozinheiro, para os conhecedores da mitologia grega, seria Kadmos ou Cadmo, irmão de Europa, o fundador da profissão e patronal da categoria. Trata da Deipnophistaí, de Ateneo, do culto à deusa Gasterea, lembrando que os cozinheiros da Antigüidade eram arrogantes e presunçosos, a ponto de se tornarem uma pequena praga para o Estado. Ao tratar do Império Romano disserta sobre Apício, sobre Petrônio, e na Idade Média sobre Marcos Rumpoldt e sua descrição das cozinhas e cozinheiros. Passa por Taillevent, Carême, Alexis Soyer, Escoffier, Von Rumohr (e seu Espírito da Arte Culinária de 1822), Brillat-Savarin, Grimod de la Reynière, voltando a Luculo, aos primeiros livros de cozinha, da França, Itália, Alemanha, Suíça, fechando o círculo ao retornar ao barão de Pichon. Schraemli morreu em 1995, aos 91 anos, e não sabemos o destino de sua biblioteca, que esperamos não tenha sido dispersada. Não sendo possível resenhar nem os nomes das iguarias abordadas em um volume de 300 páginas, destacamos apenas o delicioso capítulo em que se definem e comparam o Gourmand, o gourmet e o sibarita, em seus aspectos etimológicos, semânticos e até psicológicos. Concluindo, o livro de Harry Schraemli é um banquete para os sentidos e para o espírito, uma lição de história e cultura. Mereceria uma tradução para o nosso idioma, onde a gastronomia com freqüência limita-se às "abobrinhas". Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

Um profeta na caverna José Guilherme Ferreira Aberto há pouco tempo, o Vanilla vem atraindo clientela

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Café situado na loja da Nobel Mega Store, na Alameda Lorena

Café e negócios na rede

m namoro que dá certo: literatura e happy hour. Outro casal bem-humorado é o acesso grátis à internet e um bom cafezinho. Tudo misturado, um par perfeito. Enfocando essa tendência mundial (em Sampa, oferecem o serviço o sofisticado Suplicy e o simpático Millôr, entre outros), foi que dois Sérgios, o Freire – experiente em franchising de cafeterias e alimentação – e o Milano – um dos sócios da Editora Nobel – se uniram para incrementar ainda mais esse romance etílico-literário, de café e negócios. Celebrado o casamento, as duas franquias autônomas criaram um web-point, destacando o Vanilla Café. "Somos master e estamos abertos aos interessados", acena o primeiro Sérgio. Varandinha com teto retrátil à direita de quem entra (área reservada para fumantes), a equipe descontraída de garçons e garçonetes, avental cáqui, bandanas verde-escuro com orquí-

Armando Serra Negra deas brancas estampadas, convidam ao relax. "Muitos não sabem que a vanilla – a nossa baunilha – é uma orquidácea", comenta Freire, apontando para duas gravuras cor de rosa, que entre as plantas compõem o agradável e sossegado ambiente. Aberto há pouco mais de um mês, o Vanilla vem atraindo a clientela. Entre a varanda e o transado balcão do bar, com cadeirões, vitrina de doces e salgados, três telas planas de micro sobressaem. "Elas estão aí para serem usadas... mesmo que alguém peça apenas um expresso (R$ 2), pode acessá-las o tempo que quiser". Melhor: o serviço é gratuito. Checando e enviando e-mails, de costas para a grande livraria onde se encontra de tudo: jornais, revistas, livres de poche, best-sellers, arte, hobbies, infanto-juvenis, material de escritório, papelaria, DVDs. Papeando tranqüilamente, bebericando, é a pedida certa para não micar trabalhando em casa, mas

num lugar acolhedor, pessoas simpáticas ao redor. Como a livraria e o café são parceiras independentes, uma chama o público para a outra, o segredo da nova concepção mercadológica: "Enquanto o tíquete (consumo per capita) médio da livraria é de vinte reais, o do café é de seis reais, com lucro para ambas as empresas", contabiliza Freire. Entre lojas próprias e terceirizadas, a Editora Nobel, em 60 anos de atividade tem 130 pontos de distribuição no Brasil, 30 em São Paulo, vendendo uma média de 260 mil livros por mês. "A meta é que cada uma delas venha aparelhada com um Vanilla Café, na medida em que suas áreas permitam". Os casamentos não terminam aí. No caso da Vanilla/Nobel da Oscar Freire, há uma sutil paquera com a loja ao lado, a Davidoff, separadas apenas por uma cerca viva. Enquanto uma não vende charutos (Davidoff Bundle Robusto R$ 12, Avo Intermezzo R$ 32,

Spedial R$ 55) a outra não é estruturada para oferecer empanadas (R$ 3,60), empadas (R$ 4,80), quiches (R$ 6), docinhos (R$ 3), para seus clientes. O resultado é uma útil troca de afagos. A casa oferece o Orpheu, a marca mais premiada da britânica Brazilian Special Coffees Association (BSCA), que emite certificados de qualidade para os cafés de exportação. Cerveja Baden Baden: pilsen (R$ 11), golden red e ale (R$ 12), weiss (R$ 20); uísque Red Label (R$ 9,90), Black (R$ 15,90). Tecle! Vanilla Café Alameda Lorena, 1835, Jardins Tel: (11) 3081-4031 Suplicy Alameda Lorena, 1430, Jardins Tel: (11) 3061-0195 Millor Rua Jericó, 89, Vila Madalena (em frente ao Fórum de Pinheiros) Tel: (11) 3813-0224

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atalie MacLean ilustra um de seus certeiros artigos sobre o "delirante" vocabulário sobre vinhos, com um diálogo que garimpou no romance de Evelyn Waugh, Brideshead Revisited, de 1945. Jovens personagens, em plena escalada social, conversam durante uma degustação. Falam de vinhos "tímidos como uma gazela". E dos "circunspectos" como "um profeta numa caverna". Há os descritos como "um colar de pérolas num colo negro". Um vinho que é um "cisne" ou um "unicórnio". Não é de hoje que essas metáforas provocam calafrios nos "enoanalfabetos" (termo cunhado por Lawrence Osborne, em O connaisseur acidental – Uma viagem irreverente ao mundo do vinho (Editora Intrínseca, 2004). Osborne, uma das vítimas, mostra como a linguagem sexuada e a classista (vinhos "duros", "sedutores",

"graciosos", "de boa estirpe", "nobres") foram sendo substituídas pela nomenclatura politicamente correta e idílica, mais parecida a uma receita de "salada de frutas". Uma revista radicalizou para conquistar novos consumidores: incluiu a metáfora pop na agenda de marketing. Foi assim que um Cabernet da Nova Zelândia foi comparado a "uma queima de estoque da inglesa Victoria's Secret", a marca cult de lingeries, picante e sedutora. A pesquisadora Ann Noble, da Universidade da California, em Davis, desde os anos 80 tem construído uma terminologia científica padrão para os degustadores contra o que chama de "imprecisões" dos adjetivos. Criou uma roda de aromas, onde, por exemplo, não há lugar para um vinho "elegante", mas sim para um "frutado" de várias e progressivas inspirações.

http://winearomawheel.com http://www.nataliemaclean.com


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 UBS e Diapason lançam primeiro índice de biocombustíveis, UBS Diapason Global Biofuel Index.

INDÚSTRIA INICIOU O ANO "ACOMODADA"

Tânia Rego/LUZ

Queda da produção industrial é maior do que a esperada

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Produção em janeiro caiu em relação a dezembro de 2005, mas aumentou na comparação anual do setor

A situação é melhor em São Paulo

O

s dados da indústria relativos a janeiro divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contrastam com os resultados do Indicador de Nível de Atividade (INA), referente à indústria paulista e que mostrou expansão de 1,5% em janeiro ante dezembro do ano passado. A diferença pode significar que São Paulo, que representa 40% da produção nacional, tenha se "descolado" do restante do País neste início de ano.

Para Silvio Sales, do IBGE, não há contradição entre o INA, divulgado quarta-feira, e os dados do instituto. Segundo ele, os dados da Fiesp/Ciesp não incluem produção, mas uma mistura entre vendas, horas trabalhadas e nível de utilização de capacidade. Além disso, segundo Sales, ainda que aconteça raramente, pode ser que em janeiro a indústria paulista tenha se descolado do restante do País, com desempenho melhor que a média. Julio Sergio Gomes de Al-

TELEMAR Ganho da empresa somou R$ 1,114 bilhão em 2005, com crescimento de 48,3% sobre 2004.

LULA: SILÊNCIO SOBRE TV DIGITAL

Ó RBITA

meida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), também trabalha com essa hipótese. Para ele, a aparente divergência entre os dados poderá mostrar que "a indústria brasileira segue muito o padrão de São Paulo, mas há momentos em que isso pode não ocorrer". Para ele, os dados regionais, que serão divulgados pelo IBGE no dia 15, deverão mostrar, como o INA, que São Paulo foi bem melhor do que o "padrão Brasil" em janeiro. (AE)

SONAE Lucro líquido do grupo português aumentou 56% em 2005, para US$ 773 milhões.

Ed Ferreira/AE

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou ontem, em Londres, comentar se já teria ou não optado pelo modelo de TV digital que será adotado pelo Brasil. "Como é que eu já decidi se eu estou aqui?" O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que integrou a comitiva do presidente, afirmou que a decisão ainda não foi tomada. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o governo já se decidiu pelo modelo japonês. "Estamos em fase final de avaliação e o presidente deve decidir até

ARACRUZ

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destruição do viveiro e laboratório da Aracruz Celulose, pelo movimento Via Campesina, em protesto contra a expansão das plantações de eucaliptos no Rio Grande do Sul, conseguiu colocar do mesmo lado até alguns adversários políticos. Além do governador em exercício do estado, Antônio Hohlfeldt, do PMDB, o diretório estadual do PT, presidido pelo exgovernador Olívio Dutra, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, condenaram ontem o ato dos militantes. (AE)

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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EUA devem nacionalizar portos

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Carne argentina: exportação suspensa

sexta-feira (hoje)", disse. "Ele pode decidir ou adiar, é uma questão pessoal." Em Brasília, estudantes fizeram uma manifestação contra a escolha de um padrão estrangeiro (foto) e o

ministro das Comunicações, Hélio Costa, que defende o padrão japonês, mostrou-se cauteloso. Os padrões europeu e americano também estão na disputa. (AE)

DESONERAÇÃO PARA A CARNE

O

governo começou a discutir com a cadeia produtiva da carne mudanças no sistema de tributação do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).

Representantes da cadeia reuniram-se ontem com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, para pedir a desoneração dos produtores de carne que vendem apenas para o mercado interno. (AE)

AMBEV TEM NOVO SÓCIO NO PERU

A

Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) informou ontem ter vendido 25% do capital social de sua subsidiária peruana Compañía Cervecera AmBev Perú S.A.C para a Ransa

Comercial, empresa do grupo empresarial Romero. De acordo com comunicado da companhia, a estratégia de contar com um sócio estratégico local agregará conhecimento, fortalecendo as operações da AmBevPerú. (AE)

s dados da produção industrial voltaram a surpreender em janeiro mas, ao contrário do que ocorreu no final do ano passado, desta vez os números vieram piores que as estimativas mais pessimistas. Após a forte expansão de 2,4% em dezembro ante novembro, a indústria iniciou o ano "acomodada". Em janeiro, houve queda de 1,3% na produção ante dezembro de 2005. Esse desempenho foi pior do que as projeções mais negativas dos analistas de mercado, que não esperavam resultado inferior a -0,4%. Para o coordenador de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales, os resultados de janeiro mostraram uma "acomodação após um crescimento significativo", mas não revertem a tendência de expansão do setor. Paulo Mol, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), vê uma atividade econômica "estável, levemente positiva, com recuperação bastante gradual e lenta". Julio Sergio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), ficou surpreso com a queda, que atribuiu a um cenário de incertezas. "Há oscilações muito fortes, típicas de um se-

tor que saiu do pior mas ainda não tem uma sistemática de crescimento mais definida." Alerta – O sinal vermelho emitido pelo nível de atividade da indústria só não foi pior porque o IBGE divulgou também dados positivos, como crescimento de 3,2% ante janeiro de 2005 – o melhor resultado em quatro meses ante igual mês de ano anterior – e aumento no indicador de média móvel trimestral, considerado o principal sinal de tendência no curto prazo. A produção no trimestre encerrado em janeiro foi 0,6% maior do que no trimestre terminado em dezembro. Mesmo que tenha ocorrido perda de ritmo em relação ao dado similar de dezembro (1,3%), Sales considera esse o principal exemplo que não houve "reversão" na tendência de crescimento da produção industrial. Ele explicou que a acomodação pode refletir ainda uma normalização dos estoques, que parecia ter sido concluída em dezembro. No entanto, Sales alerta que somente os dados de vendas da indústria, tabulados pela CNI, a serem divulgados na semana que vem, poderão revelar a relação entre o movimento de estoques e os dados da produção da indústria. Caso a CNI aponte crescimento das vendas, poderá ser

um importante sinal de reação da atividade industrial nos próximos meses. Meio a meio – Sales salientou que em janeiro, na comparação com dezembro, houve queda na produção em 12 dos 23 segmentos industriais ajustados sazonalmente (sem influências típicas do período). Os destaques de queda na produção nessa base de comparação foram veículos automotores (-7,6%), farmacêutica (-10,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1%). Sales sublinhou que esses três segmentos vinham de um crescimento forte em dezembro ante novembro, trajetória que havia sido observada nos dados industriais em geral e que podem ter levado a um efeito base nos dados ajustados de janeiro. Segundo Sales, a queda em janeiro pode indicar que a indústria não recebeu as encomendas esperadas do varejo e do mercado externo no início de ano. Mas, para checar o que acontecerá com o setor a partir de janeiro, será necessário esperar os dados de fevereiro. Já o executivo da CNI acredita que o primeiro trimestre de 2006 será "ainda fraco". O argumento é de que as empresas, estocadas, querem reduzir esses estoques antes de novo aquecimento da atividade. (AE)


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LAZER - 5

Fotos: arquivo Geraldo Nunes

ENSAIO Foto maior: Tuma entre companheiros. À direita dele, Raul Duarte. Depois, Tuma no início da carreira e lembrado como grande "produto" da Rádio Difusora, em um anúncio.

MEMÓRIA A voz da nova Era de Ouro do rádio Pioneiro, Nicolau Tuma inventou a narração de futebol em tempo real. Um fenômeno! Sérgio Roveri Felipe Araujo/AE

Contemplando uma existência movimentada e rica. Do rádio aos projetos ousados, tanto como empreendedor quanto como político

N

o intervalo de uma partida entre Vasco e Flamengo, realizada no estádio de São Januário, em 1934, o locutor Nicolau Tuma pediu ao humorista Barbosa Filho que assumisse o microfone para que ele pudesse descansar a voz por alguns minutos. Barbosa, impressionado com a rapidez com que Tuma havia narrado o primeiro tempo, apoderou-se do microfone e saiu-se com esta: "Este homem não é gente, é uma metralhadora. Fala mais depressa que o jogo". O comentário do humorista só veio acrescentar mais um capítulo à precoce lenda que se formava em torno do nome de Nicolau Tuma, um dos pioneiros do rádio no Brasil. A partir daquele jogo, passou a ser praticamente impossível referir-se ao locutor sem que o termo "metralhadora" viesse acompanhando seu nome, numa alusão à sua inigualável capacidade de conferir à própria voz a velocidade de uma partida. "Tuma conseguiu a fa-

cada 20 ou 30 minutos. Até que Nicolau Tuma entrou em campo e virou este jogo para sempre. Naquele 19 de julho, a seleção de São Paulo iria enfrentar a do Paraná, no Campo da Floresta. Pouco antes do início da partida, Tuma desceu aos vestiários para memorizar as características físicas de cada jogador – já que na época eles não usavam números nas camisas. Quando os jogadores estavam entrando em campo, ele iniciou a transmissão com o seguinte pronunciamento: "Eu estou aqui no reservado da imprensa, contemplando as arquibancadas. Estou ao lado das gerais e vou tentar transmitir para vocês que me ouvem um relato fiel do que irá acontecer no campo". Tuma narrou dez gols naquela partida – os paulistas venceram os paranaenses por 6 a 4. Seus gritos de gol eram curtos e precisos, ao contrário dos goooools que os locutores empregam hoje: sem o recurso da imagem, os

Arquivo Geraldo Nunes

Tuma narra uma partida e um jogador da Seleção Paulista aguarda para ser entrevistado. "Naquele" tempo não havia cabine...

çanha, ainda hoje insuperável, de pronunciar 250 palavras por minuto, sem perder uma única sílaba", diz o escritor e radialista Reynaldo Tavares, autor do livro Histórias que o Rádio Não Contou, da editora Harbra. Nicolau Tuma, que morreu no último dia 11, mudou os rumos do rádio no Brasil no dia 19 de julho de 1931, aos 20 anos de idade, ao transmitir, pela primeira vez na íntegra, uma partida de futebol. Antes dele, as transmissões eram um monumento à sonolência: um olheiro postava-se nas arquibancadas e acompanhava os jogos de binóculos. Depois, encaminhava suas anotações para o locutor Armando Pamplona, que as retransmitia aos ouvintes da Rádio Educadora Paulista a

ouvintes estavam muito mais interessados em saber rapidamente quem era o autor da façanha e dispensavam os floreios vocais. Como o rádio da época não apresentava merchandising, inserções comerciais ou participação do ouvinte, Tuma era obrigado a falar ininterruptamente durante os 90 minutos da partida. O alcance das transmissões de Tuma era tão espetacular que, em 1937, ele foi proibido de entrar em um estádio para narrar uma partida entre Palestra e DCB: os organizadores alegavam que, com Tuma ao microfone, em pouco tempo ninguém mais precisaria freqüentar os gramados. "Ele encontrou um jeito de driblar esta proibição: subiu em uma escada de

14 metros ao lado do estádio e narrou transmitiu, novamente em primeira o jogo inteirinho de lá", recorda a filha mão, o anúncio do início da Revolução do radialista, a empresária Anna Ma- Constitucionalista de 1932. Com César ria Tuma Zacharias. "O rádio foi a Ladeira e Renato Macedo, ele compugrande paixão da vida dele. Ele pen- nha o trio de locutores da recém-criada sava diariamente em como facilitar a Rádio Record que transmitia os boletins dos revolucionários paulistas em luta vida do ouvinte". Pouco tempo depois daquela pri- contra as tropas de Getúlio Vargas – e meira proibição, Tuma foi impedido não raro era obrigado a driblar a censura de transmitir uma corrida interna- imposta pelo ditador. "Foi Tuma quem cional de automóveis no bairro da criou a expressão "radialista", a partir da Gávea, no Rio de Janeiro e, nova- junção das palavras rádio e idealista", diz mente, deu um olé em seus censo- Reynaldo Tavares. "Ele dizia que somenres: espalhou várias pessoas ao lon- te os idealistas tinham condições de fazer rádio no Brasil, um go do percurso da pro- Ernesto Rodrigues/AE veículo em que se trabava e as instruiu para lhava muito e ganhavaque lhe telefonassem a se pouco". todo instante, relatanEm 1945, depois de do o que estavam venatuar em uma campado na pista. Tuma cosnha pela volta da deturou todas estas informocracia ao Brasil, Tumações e fez outra ma passou a se dedicar transmissão impecáà vida pública. Cumvel. Depois da bandeipriu três mandatos de rada final, decidiu tovereador e outros três mar um banho de mar de deputado federal. na praia de Copacaba"Na primeira vez em na. "Quando estava que se candidatou a vevoltando da praia, uma Este homem não reador, eu tinha seis mulher o reconheceu e é gente, é uma anos, e o acompanhei o cumprimentou pela nos compromissos da b r i l h a n te t ra n s m i smetralhadora. campanha", recorda a são", recorda Anna MaFala mais filha. "Ele podia falar ria. A mulher era Cardepressa que 250 palavras por minumen Miranda. o jogo. to, mas não sabia dizer "Se o pai do rádio no Barbosa Filho não. Mostrou-se semBrasil é Roquete Pinto, o pre disposto a ajudar pai do rádio em São Paulo é Nicolau Tuma", defende o jornalis- quem o procurasse". Tuma ainda inta, radialista e escritor Geraldo Nunes, tegrou a equipe que criou o primeiro que o conheceu em 1990, durante um Código Nacional de Trânsito e tamalmoço do qual também participou o bém o primeiro Código Brasileiro de ex-jogador Leônidas da Silva. Nunes Comunicações. Ajudou ainda a criar a ouviu tantas histórias de Tuma, gran- Embratel e a modernizar a telefonia de parte delas referente a uma época brasileira, com as ligações por meio em que os radialistas mal tinham equi- de DDD e DDI. Só abandonou a polípamentos para trabalhar, que dedicou tica em 1969, ao ser nomeado minisa ele um capítulo no segundo volume tro do Tribunal de Contas do Estado. "Acima de tudo, ele era um homem do seu livro, São Paulo de Todos os Tempos. "Ele me deixou uma lição de ho- otimista", diz Anna Maria. Pouco antes nestidade e competência. Em seus úl- de morrer, aos 95 anos, vítima de comtimos meses de vida, queixava-se de plicações renais, no Hospital Sírio Lique havia algo muito triste na velhice - banês, Tuma recebeu a visita do senaera ver que quase todas as pessoas dor Tasso Jereissati, presidente do PSDB. Ao ver o político, pediu: "Me fale queridas já tinham partido". A voz de Nicolau Tuma não se limitou algo de bom que tenha acontecido no aos domínios do futebol. Foi ele quem País nos últimos dias".

Ouça depoimento de Tuma em: www.dcomercio.com.br/canais/cultura_index.htm

Ele podia falar 250 palavras por minuto, mas não sabia dizer não.

Anna Maria Tuma Zacharias

Emocionante impostura As artes de Disney, cheias de doçura e "feitiço". Tente resistir... Aquiles Rique Reis

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ambi 2 – O Grande Príncipe da Floresta tinha tudo para ser uma impostura; tinha tudo para ser mais um caça-níquel; mas, os criadores, por terem se emocionado, há 46 anos, pretendiam proporcionar aos seus filhos as mesmas lágrimas que lhes correram pelos rostos. Pois bem, tinha tudo para ser tudo isto e realmente o é. Trapaça das grandes. Hipocrisia vinda de gente extremamente competente, é verdade. Principalmente em se tratando dos Estúdios Disney, fábrica de sonhos desde sempre, treinados que são para mirar e atingir corações de todas as idades. Charlatanice desnecessária – por bulir com uma obra-prima que, por tal condição, deveria ser respeitada como primeira e única –, porém, linda! Impostura fascinante (verdadeiro: me engana, mas eu me apaixono). A história de Bambi é uma das mais tristes e pungentes da cinematografia mundial. O tema central trata de uma questão difícil, a perda. Como se isso não bastasse, trata-se de uma perda mais do que trágica: a morte da mãe do personagem principal. Ferida por um tiro dado por caçadores, a mãe de Bambi não resiste aos ferimentos e morre. O pequeno cervo passa então a vagar pela floresta, só e triste. Por si só esse enredo já valeu, ao longo das várias gerações que assistiram ao filme original (a versão de 1942 é de uma sensibilidade extraordinária, cenas antológicas se sucedem entre risos e lágrimas de pequenos e grandes espectadores), por ensinamentos múltiplos às crianças que choram a dor, odeiam os caçadores e temem ficar sozinhas num mundo hostil, o ainda desconhecido mundo adulto. Bambi 2 – O Grande Príncipe da Floresta, dirigido por Brian Pimental, não continua a história, apenas se vale dela. Oportunismo mercantilista de ocasião com a chancela da falta de criatividade que assola o cinema hollywoodiano. Nessa continuação, Bambi, feito um Peter Pan, passadas mais de quatro décadas, está lá com as pernas trôpegas que tinha quando da morte de sua mãe. Lá estão o simpático coelho Tambor (acompanhado de suas irmãzinhas a lhe atazanar o juízo), o atencioso gambá Flor, o porco-espinho "caipira", a sábia coruja, a namorada Faline e até um novo personagem, o jovem cervo que vive a implicar com Bambi, inclusive ousando debochar dele, valendo-se do conceito pejorativo que o nome "Bambi" adquiriu com o passar dos tempos. E, é claro, tem o pai-Bambi, príncipe poderoso que tem o dever de proteger os animais da floresta. Cônscio de seus deveres, cioso da liturgia necessária ao bom desempenho de suas funções, o pai de Bambi é um chato de voz grave (e bela) que despreza o filho enquanto busca, com o auxílio da coruja, uma cerva a quem possa entregar o filho para que ela cuide dele e o eduque, função incompatível, crê, com seu "cargo" na floresta. A Bambi é dada a função de redimir a figura paterna. Esforçado, ele tenta desesperadamente provar ao pai a sua coragem. Troca socos com seu "coleguinha" que o acusa de ser o "bambi-da-mamãe"; enfrenta o porco-espinho; bota para correr os cachorros dos caçadores; enfim, luta para chamar a atenção do pai. Até que aquele ser quase insensível, posudo e afetado como ele só, é quase que forçado, pelo comportamento absolutamente carinhoso e cativante de seu filho, a dar-lhe a devida atenção. O amor do filho pela mãe e sua eterna busca por um pai amoroso (que se corrói na infindável questão "homem-pai não chora", muito menos ama feito "mãemulher") toma conta do futuro que seria masculino. Aí reside a beleza perene de Bambi. Adoráveis magos da animação, por ludibriarem os sentimentos mais caros à lembrança infantil, eu os execro. Mas também os louvo porque, sem seu mercantilismo que busca despudoradamente a grana de pais feito eu, eu não teria me emocionado tanto quanto naquela manhã de um sábado qualquer deste final de verão. Saco de pipocas nas mãos entrelaçadas às de Isabel, ouço: "Pai, cadê a mãe do Bambi?" The end. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, ed. A Girafa.


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6 -.LAZER

Candice Japiassu/Divulgação

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Gian Carlo Bellotti/Divulgação

Bete Coelho

CINEMA Graça, leveza. E nada de discursos Assim flui Mulheres do Brasil, um filme realizado só por elas. Carregado de sensibilidade. Geraldo Mayrink Kid Azevedo/Divulgação

U

Déborah Evelyn e Carla Daniel: histórias que nasceram no Sul

Gian Carlo Bellotti/Divulgação

Roberta Rodrigues: sensualismo delicado, sutis insinuações. Imagens para contemplar.

m observador machista poderia supor a alegre algazarra vingativa que deve ter sido a produção de Mulheres do Brasil, onde homem praticamente não entra. Mas nem tanto, nem tanto, como diria um daqueles homens, Nelson Rodrigues. Embora só de roteiristas fêmeas o filme acumule oito, o que deve ser um recorde, a produtora é Elisa Tolomelli (que trabalhou em Central do Brasil e Cidade de Deus, entre outros), a diretora é Malu de Martino e, numa raridade notável, a fotografia é de outra mulher, Heloisa Passos, além da trilha sonora assinada por uma maestrina, Liliane Secco. Tantas saias arregaçadas para contar cinco histórias de luta de mulheres nordestinas, cariocas, paulistanas e curitibanas. Diante do resultado do filme, um outro homem mais suave poderia dizer: "Valeu, garotas". Há bastante sexo nas vidas das

personagens, mas romance quase nenhum. Elas são a assanhada Esmeralda (Camila Pitanga), pianista e estudante de línguas, que sai do interior baiano para fazer a vida na capital e, antes disso, arrasta um indefeso namorado para o seu quarto, pondo fogo nele: "O que está esperando"?) A estudante Ana (Luana Carvalho) fuma escondido e quer conhecer o mundo, encontrando, em vez disso, uma boa amiga (Dira Paes) entre as rendeiras que tecem à beira-mar. Há uma porta-bandeira, Telma (Roberta Rodrigues), que quase se mata com formicida, como antigamente, de desgosto quando deixa cair o estandarte no desfile. Do Sul vem o caso de Martineide (Carla Daniel), garçonete que é violentada por um cafajeste mas tem alma tão doce que se apaixona pela voz aveludada de um locutor de rádio, que dá conselhos sentimentais. Quanto à paulistana

Laura (Bete Coelho), descasada e mãe de um menino, naturalmente está disputando o feroz mercado de trabalho, passando as noites jogando cartas no computador, até criar coragem e ir ao apartamento de um vizinho. Depois de perguntar-lhe se é gay e ouvir um não, entra, fecha a porta e só se ouve sua voz: "Então, o que está esperando?". É isso, nada de feminismo reivindicatório, mesmo contendo uma cena revoltante, o espancamento silencioso de uma das mulheres por um brucutu. As mulheres cineastas preferem não aprofundar coisa alguma, limitandose a recriar histórias, o que dá ao filme uma certa graça e leveza que talvez não tivesse se o diretor fosse um macho daqueles. Todas as atrizes se saem muito bem e devem ter respirado aliviadas pela ausência, uma vez que seja, de um diretor que as obrigue a ficar peladas em cena.

E

tador). Cada vez mais, os vilões de maus bofes vêm sendo substituídos pelos enigmáticos e sábios códigos de acesso e extermínio de mensagens. Ainda não se provou o valor dramático destas geringonças, mas elas são personagens poderosos nos filmes de hoje. Por serem incompreensíveis para a maioria do público, dão medo. Como Harrison Ford tem nervos e não quer nem saber destas coisas, ele vence, mas não sem antes matar um dos capangas de Bill com uma cinzeirada na cabeça. E o próprio bandido-mor não perde por esperar pela chegada do espírito guerreiro de Indiana Jones e do que ele é capaz de fazer com uma picareta. Há sangue online, internético, multimídia e tudo o mais, mas o papel de intelectual pacato não é o melhor figurino para Harrison Ford. Anda fazendo papéis-carbono em filmes menores, como este. O diretor Richard Loncraine, mais um da leva de ingleses vindos da televisão (e alguns filmes, como Wimbledon – o Jogo do Amor e um britanicamente inevitável Ricardo III), entendeu e fez o possível pelo bonitão, dirigindo tudo burocraticamente. Harrison vive torcendo para que Steven Spielberg resolva de vez se vai ou não fazer um quarto Indiana Jones, em vez de gastar energia com dinossauros e Munique. Embora incansável, seu tempo está acabando. (GM)

O mocinho Ford contra piratas da rede

MISSÕES IMPOSSÍVEIS E VIRTUAIS

Warner/Divulgação

spera-se o dia em que Harrison Ford vai cansar, aos 64 anos, de tantas estrepolias, mas talvez seja melhor esperar sentado. Firewall (Segurança em Risco) está aí para provar. Com 38 filmes nas costas, entre eles alguns dos mais espetaculares sucessos de bilheteria de todos os tempos (os dois Guerra nas Estrelas, os três sobre Indiana Jones, Blade Runner, O Caçador de Andróides), Ford é talhado para missões impossíveis. Dizem até (e não foi a oposição que disse) que o ex-presidente Fernando Henrique, outro homem talhado e que não cansa, invejou-o sinceramente no filme Força Aérea. Nele, Ford era o presidente americano a bordo do fabuloso Boeing 747, que é seqüestrado por terroristas que não sabiam com quem estavam se metendo. O presidente em pessoa lhes dá uma surra, equilibra-se na asa do jumbo manda para o espaço o último bandido, ordenando-lhe: "Saia fora do meu avião". Uma coisa de arrepiar pelo ridículo, mas são os ossos do ofício. Não impediu que o simpático deixasse de ser um bom ator em vários filmes. Como o tempo passa, em todos os sentidos, Ford agora troca os músculos e pistolas pelo cérebro. Ele é Jack, gênio da informática dos serviços de segurança de um grande banco, inventor de um sistema infalível contra os piratas do computador. Mais primitivo, um certo Bill (Paul Bettany) discorda e junto com seus capangas invade o casarão de Jack e seqüestra sua mulher e os filhos. Querem que o craque informático invada sistemas e transfira cem milhões de dólares para suas contas. Mas a proteção de Jack é tão perfeita que nem ele consegue saber como invadi-la. Como a segurança da família está acima de tudo, ele se transforma num homem acuado e angustiado. Não fosse interpretado por Harrison Ford, ele se transformaria num assaltante de banco vulgar como os do velho Oeste. A diferença está na tela (do compu-

Veja a programação de cinema no site www.dcomercio.com.br

A arte de von Trotta, em ciclo no CCBB. Mulher! Uma semana dedicada à cineasta do feminino

L

ongas-metragens realizados pela diretora alemã Margarethe von Trotta podem ser vistos até domingo no Centro Cultural Banco do Brasil. Além de clássicos como Rosa Luxemburgo, de 1985, está prevista também a exibição de alguns filmes inéditos em nosso circuito comercial. Na sexta (10): 16h: A Caminho da Loucura (1982); 18h: Rosa Luxemburgo (1985); 20h20: A Honra Perdida de uma Mulher. No sábado (11): 14h: Os Anos de Chumbo; 16h: O Segundo Despertar de Christa Klages; 18h: O Equilíbrio da Felicidade; 20h Rosa Luxemburgo. E no domingo (12), 14h: A Honra Perdida de uma Mulher; 16h: A Caminho da Loucura; 18h: Os Anos de Chumbo; 20h: O Segundo Despertar de Christa Klages. Centro Cultural Banco do Brasil (70 lugares) - Rua Álvares Penteado, 112, centro, telefone: (11) 3113-3652, R$ 4,00. www.culturae.com.br

Von Trotta: filmes políticos da década de 1980

Warner/Divulgação

Luana Carvalho e Dira Paes


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do primeiro-ministro interino israelense Ehud Olmert, que afirmou, em entrevista ao jornal The Jerusalem Post, que deseja fixar as fronteiras definitivas de Israel até 2010.

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MARÇO

Avi Ohayon/AFP

Israel fará o necessário para que suas fronteiras permanentes lhe permitam separar-se da maioria da população palestina e preservar uma importante e estável maioria judaica.

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

10 Recolhimento de ISS, IRRF, IPI e INSS Fundação do Corpo de Bombeiros de São Paulo (1880)

E CONOMIA I NFORMÁTICA

Mini laptop, o 'superportátil' David Hecker/AFP

Depois de meses de burburinho em torno de uma máquina misteriosa de codinome Origami, a Samsung finalmente revelou o segredo. A companhia lançou ontem, na feira de tecnologia de informação e telecomunicação CeBIT, em Hannover, na Alemanha, seu Ultra Mobile Personal Computer (UMPC). A

máquina da Samsung é um meio-termo entre um celular de múltiplas funções e computador compacto. O aparelho tem o tamanho aproximado de uma caixa de DVD, tela de sete polegadas sensível ao toque, o processador Celeron, sistema Windows XP, da Microsoft e deve chegar ao mercado por cerca de US$ 800.

Marcos Michael/JC Imagem/AE

S EM-TERRA

L

Integrantes do MST ocuparam ontem a fazenda Avestruz Master, em Pernambuco, para protestar contra a falta de água e comida para trabalhadores e animais.

Bilionários emergentes Países crescem economicamente e impulsionam novas fortunas mundiais

C

om os ganhos advindos dos mercados de ações dos países emergentes nos últimos anos, 102 pessoas ao redor do mundo ganharam o título de bilionário. Mas o retorno medíocre de investimentos nos EUA arranhou a fortuna de alguns dos norte-americanos mais ricos. Hoje, são 793 bilionários no planeta, número recorde. O total de todas essas fortunas somadas cresceu 18% para US$ 2,6 trilhões, segundo o ranking de 2006 da revista Forbes. A revista sublinha que o mercado de ações da Rússia saltou 108% entre fevereiro de 2005 e fevereiro de 2006, enquanto que a bolsa indiana subiu mais de 54% durante o mesmo período. Ela notou também que o mercado acionário do Brasil foi "outra estrela a brilhar", com alta de 38%. As mudanças na lista deste ano não foram provocadas por investimentos nos EUA, mas nos mercados emergentes. O fundador da Microsoft, Bill Gates, manteve o posto de ho-

mem mais rico do mundo pelo 12º ano seguido. A fortuna pessoal dele subiu de US$ 46,5 bilhões para US$ 50 bilhões. Em segundo lugar, novamente o investidor Warren Buffet, que mesmo com uma queda de US$ 2 bilhões em sua fortuna, conseguiu manter o posto com seus US$ 42 bilhões. A lista dos 10 mais foi quase que uma réplica da anterior, com três famílias se retirando do seleto grupo: o dono da cadeia de supermercados Karl Aldrecht, da Alemanha; Ellison Lawrence, da Oracle Corp.; e S. Robson Walton, da Wal-Mart. O magnata mexicano Carlos Slim Helu subiu um posto e este ano aparece em terceiro lugar, com uma fortuna estimada de US$ 30 bilhões. Ele ocupa o posto do magnata do aço indiano Lakshimi Mittal, que caiu para o quinto lugar da lista, com US$ 23,5 bilhões. Os brasileiros melhores colocados na lista da Forbes (69º lugar) são os irmãos Joseph e Moise Safra, com uma fortuna de US$ 7,4 bilhões. (AE)

F.L.Piton/ACI/AE

I SRAEL

M ÚSICA

B RAZIL COM Z

20% dos árabes votam U2: dez shows em partidos judeus a menos

Marisa Letícia na Tate Modern

Pesquisa divulgada ontem pela emissora árabe Al-Shams mostra que 20,6% do eleitorado árabe votará em partidos com predominância de judeus nas eleições gerais israelenses do dia 28 de março. Entre os partidos que têm a preferência da comunidade árabe estão o Kadima, do primeiro-ministro Ariel Sharon e do primeiro-ministro interino Ehud Olmert. O Kadima deve obter 9,9% dos votos dos árabes, seguido pelo Partido Trabalhista, com 7,5% dos votos.

A BBC destacou ontem o último compromisso da primeira-dama brasileira, Marisa Letícia Lula da Silva: uma rápida visita à Tate Modern, que traz uma exposição do artista alemão Thomas Schütte, que o próprio autor define como "uma resposta satírica à corrupção política". A inspiração de Schütte foi a operação italiana Mãos Limpas, deflagrada na década de 90 após a revelação de um sistema de corrupção e suborno dentro do governo italiano. Marisa também viu a coleção surrealista que reúne obras de artistas como René Magritte, Joan Miró, Pablo Picasso e Salvador Dalí.

E M

A banda irlandesa U2 cancelou os últimos dez shows de sua turnê mundial Vertigo. Os shows aconteceriam na Austrália, na Nova Zelândia, no Japão e no Havaí. O motivo foi a doença na família de um dos músicos, mas não foram divulgados mais detalhes. Especula-se que a pessoa doente seja a filha de algum dos músicos. O comunicado já foi divulgado no site oficial da banda. www.u2.com

C A R T A Z

L

DONATO

O compositor e pianista João Donato (foto) recebe convidados, como Johnny Alf. Auditório Ibirapuera. Parque do Ibirapuera. Telefone: 5908-4299. Dias 10, 11 e 12 . Às 20h30. R$ 30.

DE PASSAGEM - A visita de um tornado, que poderia ter sido devastadora, trouxe novas cores a Ribeirão Preto, ontem. Nada de grave ocorreu, pois o tornado não encontrou condições atmosféricas ideais para tocar o solo, segundo os meteorologistas.

D ESIGN

Viagem à ilha imaginária ew Ephemera é um lugar que não existe, mas tem mapa, história - foi fundada em 1624 por um explorador inglês -, e uma população com 46% de humanistas. A ilha passou por uma Guerra das Cinco Semanas, em 1987, mas se reergueu e agora quer atrair turistas. A estratégia de marketing: distribuir folhetos no metrô de novaiorquino. Os atrativos: clima agradável, livros, vinhos e bela vegetação. Criada pela estudante de design Amanda Spielman, de 29 anos, a ilha conquistou os corações dos novaiorquinos dispostos a passar as férias ali. Mas a única viagem possível a New Ephemera é virtual: mapa e histórico, agora, estão na internet.

N

De bem com o meio ambiente

Superchique essa boxer (ou samba-canção, como conhecemos no Brasil) feminina com bolsinho para o iPod. Esconde o aparelho sob a roupa e custa US$ 19,00 no site da Fresh Pair. www.freshpair.com/

O site do IBAMA traz todas as informações necessárias para garantir que negócios e atividades cotidianas estejam de acordo com a legislação brasileira sobre meio ambiente e recursos renováveis. Usuários cadastrados encontram no link Serviços Online é possível consultar toda a legislação, obter informações sobre importação de itens como automóveis, pilhas e baterias, pneumáticos, licenças para pesca amadora, criação de animais, porte e uso de motosserra e licenciamento ambiental federal. O cadastro é gratuito.

Play-iBoxer-Solid-Boxer-014031.html

www.ibama.gov.br

Nelson Pereira, na cadeira nº 7 O cineasta Nelson Pereira dos Santos entrou para a imortalidade. Ele foi eleito para a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) com 27 dos 38 votos válidos. O político Ronaldo Cunha Lima teve quatro votos e o embaixador Dario Castro Alves teve outros dois, embora tenha retirado a candidatura. "Ser aceito na academia é um sinal da estatura que o cinema brasileiro alcançou dentro de nossa cultura. É uma vitória de todos nós que nos dedicamos a essa atividade", disse Nelson, assim que soube de sua vitória. Ele tem 18 filmes de longametragem e lembrou que pelo menos metade de sua obra é baseada em obras literárias. Gustavo Stephan/AOG

www.metropolismag.com/ cda/stor y.php?artid=1824

A TÉ LOGO

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L OTERIAS

Premiê inglês Tony Blair pede desculpas a Lula pela morte do brasileiro Jean Charles Brasil quer fim do monopólio dos Estados Unidos na avaliação dos direitos humanos

L

Para as garotas modernas

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

L ITERATURA

Satélite Mars Reconnaissance, da Nasa, realiza hoje entrada na órbita de Marte

Concurso 1572 da QUINA 13

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76


EM

PAUTA Lutar contra a degradação da cidade (no bairro pobre e no rico)

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

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Fiquei maravilhada com a reportagem sobre o cinema que ocupa praça e vence o medo na Freguesia do Ó. Há muito tempo não lia notícia tão boa. Senti vontade de parabenizar pessoalmente o Sr. Almir Matos, senti vontade de participar, ajudar. Agradeci a Deus por ainda existir pessoa de coragem e com vontade de fazer acontecer. Mas qual não foi minha surpresa ao ler depois que uma "questão jurídica pode fechar o cinema da praça". Não posso acreditar! A idéia não foi roubar direitos autorais! É alguém querendo mudar a situação em que vivemos. Será que vai voltar a fita? Fazer o bem é difícil, é demorado.

DOISPONTOS -11 11

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Caro prefeito José Serra, apesar de ser considerada uma das áreas mais nobres de São Paulo, o Jardim América está se deteriorando a cada dia por falta de fiscalização e de adoção de medidas severas para resolver os problemas: está infestado por falsos seguranças, aumentou incrivelmente o número de ambulantes, pedintes, malabaristas, as garotas de programa tomaram conta da avenida Europa e outros mil problemas menores. Assim, peço-lhe imediatas e enérgicas providências para resolver os problemas expostos, antes que a região se transforme em mais uma área decadente da cidade.

SONIA REGINA

ROBERTO DAL PONT

SONIA.FERREIRA@CREDSYSTEM.COM.BR

RDALPONT@IG.COM.BR

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Ed Ferreira/AE

Velhacos e bestalhões

s brasileiros conscientes estão indignados com a forma despudorada com que o presidente Lula utiliza a máquina do governo na campanha pela reeleição. Lula usa a estrutura do governo para percorrer o país em busca de apoios e ninguém faz nada para conter esse absurdo. Estou sugerindo à direção do PSDB providências a respeito. Proponho acionar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República, para que ela cobre de Lula uma postura condizente com a liturgia do cargo que ele ocupa. Assim como cobrou do comandante do Exército esclarecimentos sobre seu ato de atrasar a decolagem de um vôo de Campinas para Brasília na Quarta-feira de Cinzas, para nele embarcar com sua mulher, a Comissão de Ética Pública precisa chamar o presidente Lula à responsabilidade. Outra alternativa é pedir uma ação efetiva do Ministério Público. A atuação do presidente constitui um acinte à sociedade e um desrespeito à lei eleitoral. Dias atrás, Lula declarou que todo homem público faz campanha 365 dias por ano, como se isso fosse absolutamente normal. Mas não é. A lei eleitoral determina que a campanha só pode ser feita nos três meses anteriores à eleição ou a partir de 5 de julho. E a maioria dos candidatos respeita a lei. Lula não respeita a lei, finge que não é com ele. Não se mostra constrangido e nem se preocupa em dar exemplo de comportamento à Nação. Se o presidente não dá exemplo, os ministros e auxiliares do governo também não se preocupam em respeitar os limites éticos e legais. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, está veiculando em emissoras de rádio uma propaganda que fere a Constituição e a lei eleitoral. É uma vergonha. A peça publicitária ignora a exigência constitucional sobre a impessoalidade que deve marcar toda a propaganda oficial e promove a figura do presidente da República. Respondendo à pergunta de uma ouvinte sobre o orçamento da habitação deste ano, o vicepresidente da Caixa, Jorge Hereda afirma: "O anúncio do presidente Lula reserva R$ 19 bilhões para a habitação. Vai atender 600 mil famílias. É o maior recurso dos últimos 12 anos". O comportamento de Lula não é de um bestalhão, nem de um ladrão bonzinho, como afirmou o presidente do PPS, o sempre lúcido deputado Roberto Freire (PPS). Lula é velhaco, age como adepto da Lei de Gerson, aquela cujo lema é levar vantagem em tudo. Finge de bobo, age como quem não sabe de nada o que ocorre à sua volta, fechando os olhos às pequenas, médias e enormes falcatruas praticadas em sua ca-

O

G Lula é velhaco,

sa e em seu governo. O Brasil precisa abrir os olhos para o que está acontecendo. É dessa alegada desinformação de que o presidente da República se vale para não adotar nenhuma providência com relação a pequenos deslizes, como o do comandante do Exército no aeroporto de Campinas, ou a grandes problemas, como a avalanche de denúncias que envolvem o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

age como adepto da Lei de Gerson, aquela cujo lema é levar vantagem em tudo. Finge de bobo, age como quem não sabe de nada o que ocorre à sua volta, uanto mais se revelam falcatruas e irregularidades de Palocci e da verdadeira fechando os olhos quadrilha que compõe a chamada Repúàs pequenas, médias e enormes blica de Ribeirão Preto, mais o presidente Lula reforça a blindagem sobre o atual ministro da Fafalcatruas.

Q

G Quanto mais se revelam falcatruas e irregularidades de Palocci e da quadrilha que compõe a República de Ribeirão Preto, mais o presidente Lula reforça a blindagem sobre o ministro da Fazenda G Só mesmo um bestalhão poderia exigir transparência, ética e honestidade dessa turma de velhacos

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

zenda. Palocci vai continuar ministro e já está confirmado como um dos principais coordenadores da campanha da reeleição. A imprensa amplia suspeitas sobre a origem dos recursos e a estranha situação patrimonial do "velho companheiro" Paulo Okamoto, fundador do PT, ex-tesoureiro do sindicato de metalúrgicos e da CUT, atual presidente do Sebrae e diligente pagador de dívidas da família Lula da Silva. O presidente Lula finge não tomar conhecimento do assunto. Okamoto também está cotado para integrar a coordenação da campanha de Lula. É por coisas desse tipo que a Telemar já colocou R$ 15 milhões na minúscula Gamecorp, a empresa de jogos de computador de Lulinha, em sociedade com os filhos do sindicalista Jacó Bittar. Lula não vê nada demais nisso. Mostra até uma certa indignação com esse patrulhamento que impede o seu filho de fazer $eu$ negocinho$ e conquistar sua independência econômica. Nesta semana em que o Brasil homenageia o exgovernador Mário Covas, um dos mais íntegros e austeros políticos de nosso tempo, oportuno seria cobrarmos uma postura ética e honesta de Lula, seus ministros e do PT. Mas, de antemão, já sabemos que vai dar em nada... Depois de Waldomiro Diniz, José Dirceu, Marcos Valério, das operações do "nosso Delúbio", do mensalão, dos negócios da Telemar e de todas as outras falcatruas que vêm a tona a todo momento, só mesmo um bestalhão poderia esperar algum resultado prático de se exigir transparência, ética e honestidade dessa turma de velhacos. Do jeito que a coisa vai, a campanha de 2006 promete ser recordista em matéria de abuso do poder, uso da máquina, caixa 2 e todas essas práticas deploráveis que envergonham a Nação. ANTERO PAES DE BARROS É SENADOR E PRESIDENTE DO PSDB DE MATO GROSSO ANTEROPB@UOL.COM.BR

recupera-se nas pesquisas, sua tropa de choque vai se reorganizando e o congresso vai mostrando de qual lado está. sso só quer dizer uma coisa, precisamos olhar para o espelho e encarar com firmeza o culpado pela situação. Ali está a imagem de quem elegeu o Congresso e vai eleger de novo agora em 2006. Não adianta ficar achando que o Congresso é uma droga e vamos acabar com ele. Ruim com ele, pior sem ele. O que precisamos fazer é votar nos deputados federais e senadores como se elegêssemos o presidente da República, não temos o direito de repetir o erro e eleger novamente um Congresso tão ruim como esse que está aí.

I

NEIL FERREIRA

A CULPA É NOSSA

odo mundo sabia no que ia dar o processo de cassação do mensaleiros aliviados por seus cúmplices na noite desta quarta-feira, um do PT, o "Professor" Luizinho, outro do PFL, Roberto Brant. Eu também sabia mas não acreditava, dizem que a esperança é a última que morre, a esperança de que suas excelências tivessem um mínimo de preocupação com a opinião pública, um mínimo de sintonia com seus eleitores que daqui a pouco votarão de novo. E as excelências pedirão voto de novo na maior cara de pau, na certeza de que os receberão, na certeza de que o povo não tem memória mesmo, na certeza de que us cumpanhêro que "erraram" merecem ser perdoados, pois se até Deus perdôa por que nós não haveríamos de perdoar.

T

Os julgamentos dos deputados são um recado claro para todos nós, os otários nacionais as a culpa não é dos mensaleiros, nenhum deles foi nomeado, todos foram votados e foram eleitos e muitos têm chances reais de serem reeleitos; o "Professor" Luizinho é um que está dando a sua reeleição quase como certa. A culpa é nossa, nós votamos neles e os elegemos. A culpa é nossa, já que os pusemos lá aparentemente sem nenhum critério. Os julgamentos que os deputados já fizeram, cassando Roberto Jefferson, que provocou um tsunami político com suas acusações, e José Dirceu, que até o dia do seu afastamento da chefia da Casa Civil comandava o esquema mensaleiro e era o presidente de fato do Brasil e do PT, inocentando outros quatro, são um recado claro para todos nós, os otários nacionais. Não devemos nos iludir imaginando que o governo mais corrupto que já se instalou "nesse país" e seus apaniguados venham a sofrer alguma punição. É desanimador mas é fato. À medida em que o Mensaleiro-Mor

M

Acho que um Congresso novo, sem máculas, é o primeiro passo para a nossa reconstrução moral meu deputado federal é ótimo, é o Alberto Goldman, mas não sei se votarei nele novamente, estou seriamente pensando em votar em um candidato novo, sem história, com um futuro a ser construído porque acho que um Congresso novo, sem máculas, é o primeiro passo para a nossa reconstrução moral. Precisamos olhar para o espelho e encarar com firmeza a imagem de quem elegeu o presidente da República e vai eleger de novo agora em 2006. Mais de cinqüenta e três milhões de brasileiros escolheram o MensaleiroMor e, pelas últimas pesquisas, talvez façam isso de novo. Essa cumpanherada errou feio, a situação está provando isso. Essa cumpanherada mandou para o poder a mais bem organizada quadrilha que já se apossou do nosso país e está "pavimentando os trilhos" para ficar lá por mais uns quarenta anos. "Nunca antes nesse país" corremos um risco tão grande de perpetuar os mensaleiros federais, estaduais e municipais e se isso acontecer a culpa não será deles, será nossa.

O

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 1

Fotos: Luiz Prado/LUZ

TEATRO PEQUENO PRÍNCIPE DE LUANA PIOVANI

Meiguice turbinada Sérgio Roveri

N

É difícil me intimidar diante de um papel. Se eu tivesse medo, estaria na televisão, onde comecei aos 16 anos, e não fazendo teatro.

a imaginação de milhões de crianças e de grande parte das candidatas a miss, o Pequeno Príncipe sempre foi visto como um garoto franzino, de cabelinho loiro desgrenhado e uma irresistível expressão de abandono. Mas a partir de amanhã e até o próximo novembro, toda esta meiguice infantil vai ser turbinada pelas formas mais exuberantes da crescidinha Luana Piovani, 29 anos. Depois de se aventurar pelo reino de Alice no País das Maravilhas, sua última experiência teatral com crianças, a atriz agora cobriu suas formas com o fraque azul de um dos maiores ícones masculinos da literatura infantil universal. Estrela do espetáculo O Pequeno Príncipe, uma adaptação do diretor e escritor João Falcão da obra do francês Antoine de Saint-Exupéry, a atriz está segura de que pode se fazer passar por um garotinho. "É difícil eu me intimidar diante de um papel. Se eu tivesse medo, estaria na televisão, onde comecei aos 16 anos, e não fazendo teatro", disse ela na tarde de quarta-feira, diante de uma quantidade de repórteres e fotógrafos de dar inveja aos velhos depoimentos de Roberto Jefferson. "Vamos ensinar à França como se conta a história do Pequeno Príncipe. Sei que vão me chamar de pretensiosa por esta afirmação, mas todas as adaptações que vi do livro são inferiores a nossa". No ritual para incorporar o pequeno herói interplanetário, a atriz adotou um corte de cabelos masculino, "batidinho na nuca", fez aulas de voz, trapézio, acrobacia, linhas aéreas e manipulação de

bonecos. E leu a obra de SaintExupéry em português, inglês e francês. A cenografia e os figurinos do espetáculo, garante ela, não remetem aos anos pós-Segunda Guerra, quando o livro foi escrito, e sim aos tempos atuais. "Nossa encenação tem um quê de esportes radicais. Adotamos um visual contemporâneo que aproxima a obra da estética deste início de século". O trabalho de João Falcão não se limitou a reproduzir no palco a íntegra do livro. "O texto foi completamente adaptado", diz o diretor, que trabalhou com exclusividade neste projeto durante vários meses. "Selecionei os trechos mais importantes do livro e os distribuí entre os personagens que julguei serem os mais teatrais. Tive de transformar toda a parte narrativa em diálogos. Como no livro o Pequeno Príncipe conversa com um aviador perdido no deserto, resolvi espalhar este conceito de aviador entre todos os personagens". Pouco antes de encerrar a entrevista coletiva, a atriz, notória por sua aversão à imprensa, encarou os jornalistas e trocou o "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativa", o mais famoso bordão do principezinho, por uma declaração muito mais pragmática: "Vocês me usam e eu uso vocês. Não estou preocupada com o que as revistas dizem de mim. O meu público eu formo no teatro". O Pequeno Príncipe, estréia amanhã no Teatro Shopping Frei Caneca, Rua Frei Caneca, 569, tel.: 3472-2226. Sábados e domingos às 16h. Ingressos a R$ 40 ou R$ 20 mediante a doação de uma lata de leite em pó.

MÚSICA Sinfônica abre 2006 com Requiem de Verdi Arquivo DC

cra a magnitude e a dramaticidade das óperas, onde a tragédia do indivíduo e a vida pessoal se sobrepõem ao destino humano coletivo. A letra do Requiem pede luz eterna e repouso às almas dos finados, ao mesmo tempo em que suplica por salvação e absolvição dos pecados, mas o Requiem de Verdi combina este conteúdo litúrgico com os sentimentos despertados pela perda de um amigo e parceiro de trabalho. Seu drama pessoal, aqui, é também o maior de todos os dramas humanos: o confronto com a morte e com o destino após o julgamento final, ou seja, o tema central da teologia cristã – e de muito da especulação religiosa de um modo geral. Assim, pode-se falar de uma confluência entre o pessoal e o coletivo,

que vai das visões de horror ante o apocalipse até o deleite da contemplação e a esperança de luz eterna. O drama da ópera ressurge, portanto, num contexto sacro, de maneira que neste Requiem os solistas vocais são da maior importância. Desta apresentação da OSESP participa a soprano armênia radicada em Viena Hasmik Papian, presença freqüente no MET de Nova York e na Staatsoper da capital austríaca. A mezzo georgiana Mzia Nioradze, membro do Teatro Mariinsky, de São Petersburgo, o tenor italiano Massimo Giordano, também presença freqüente na Staatsoper de Viena e na Deutsche Oper de Berlim, e o baixo Francesco Ellero d’Artegna, que na temporada 2005 apresentou-se, com a OSESP, no Fausto de Gounod,

Verdi, autor de óperas emblemáticas, entre elas, Rigoletto (1851), Il Trovatore e La Traviata, ambas de 1853; Aida, de 1871 e Otello. Além do magnífico Requiem que será apresentado pela Osesp.

que se expressa, do ponto de vista musical, na combinação de influências da grande tradição européia de missas de Requiem com a dramaticidade pessoal das óperas verdianas. O grande mestre do drama aqui faz uso da liturgia católica para expressar suas emoções mais profundas e o resultado é uma obra sacra altamente teatral e ao mesmo tempo impregnada de fé. Sintomaticamente, a estréia do Requiem se deu na igreja de San Marco, em Milão, mas a peça foi apresentada, pouco depois, no maior templo da ópera italiana, o La Scala. Assim, se o gênero do Requiem foi importante para compositores de todos os tempos, nas mãos de Verdi transforma-se numa espécie de afresco musical, repleto de contrastes e de melodias sedutoras, em que a música expressa toda a gama de sentimentos

completam o elenco. O coro da OSESP será engrossado pelo Coro da Fundação Príncipe de Astúrias, da Espanha, considerado como um dos melhores coros amadores de toda a Europa. Giuseppe Verdi – Requiem John Neschling, regente Hasmik Papian, soprano Mzia Nioradze, mezzo soprano Miroslav Dvorsky, tenor Francesco Ellero D'Artegna, baixo-barítono Coro da Fundação Príncipe de Astúrias Coro da OSESP 6ª. feira, 10 de março, às 21 h. sábado, 11 de março, às 16:30 h. Sala São Paulo Pça. Júlio Prestes S/N Tel. 3337 5414 Ingressos de R$ 25 a R$ 79

ESPERANÇA DA LUZ ETERNA

O

bra do grande compositor italiano combina dramaticidade da ópera com um tema central da reflexão filosófica e religiosa: o destino humano após a morte. O Requiem de Giuseppe Verdi (1813-1901) foi a peça escolhida por John Neschling para dar início à temporada de 2006 da OSESP, na Sala São Paulo. Quem perdeu a estréia na 4ª feira, dia 8, ainda tem hoje e amanhã para conferir esta que é uma das mais perfeitas obras do compositor italiano – elogiada até pelo implacável Johannes Brahms, um artista que destruiu a maior parte do que criou por considerar que se tratava de música de segunda categoria. Quando Verdi compôs seu R equiem, em 1874, já era um músico no auge da fama. Aida, para muitos sua obra máxima, estreara no Cairo três anos antes, por ocasião da inauguração do Canal de Suez, e depois de seu grande triunfo o compositor anunciou que se retiraria da vida musical para desfrutar da vida na tranqüilidade de sua chácara. Entretanto, a morte de Alessandro Manzoni, seu libretista predileto e grande amigo pessoal, precipitou-o em grande tristeza. Para homenageá-lo, Verdi interrompeu o ócio, e retomou o projeto de um Requiem, do qual compusera um trecho, em 1868, quando da morte de Rossini. A obra, portanto, foi criada para expressar sentimentos pessoais, e funde a solenidade da música sacra, sujeita às convenções da liturgia da missa para os mortos em latim, com a liberdade criativa de um grande romântico, para quem as pulsões da alma individual são a força predominante. As ambivalências de Verdi com relação à igreja católica são bem conhecidas – basta lembrar, por exemplo, da representação que ele faz do Santo Ofício na ópera Dom Carlos. Sua sensibilidade romântica e seu ímpeto à liberdade humana combinam mal com o autoritarismo religioso. Assim, o Requiem é um episódio surpreendente na obra desse compositor rebelde e individualista, e também uma exceção neste gênero, na medida em que incorpora à música sa-

Luis Krauz


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

TELEVISÃO

Divulgação

TELEVISÃO

Volta de Jack Bauer e Sinhá Moça

Lucélia Santos: estrela

GRITO DE GUERRA Cidadão Brasileiro, telenovela da Record chega para batalhas contra a Globo Regina Ricca

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s tambores de guerra na Record já estão soando. Aliás, a palavra guerra (contra a Globo, é claro) é o que mais se ouviu durante o encontro do elenco e da direção da novela Cidadão Brasileiro com a imprensa, na última terça-feira. A atriz Lucélia Santos, eterna militante pacifista, ainda tentou amenizar o discurso bélico dos executivos da rede do bispo Edir Macedo, mas foi corrigida pelo diretor-geral da novela. "É guerra sim, Lucélia, e nós vamos ganhar essa!", avisou o ex-global Flavio Colatrello, braço estendido socando o ar. Cidadão Brasileiro, de Lauro César Muniz, inaugura um novo horário de teledramaturgia na emissora, o das 20h30, e estará no ar a partir de segunda, dia 13. Ganhar essa briga não será fácil: o folhetim vai concorrer diretamente com dois produtos de maior audiência da Globo: o Jornal Nacional e a novela Belíssima. O otimismo da direção da emissora é facilmente explicável: a Record anda cada vez mais eufórica com a audiência que vem conquistando com a novela das 7, Prova de Amor(17 pontos de média), que em algumas praças, como no Recife, desbanca o Jornal Nacional no horário. A nova trama de Lauro Cé-

O

Gabriel Braga Nunes, galante e Paloma Duarte

sar Muniz, recheada de ex-globais no elenco, produção de época esmerada (R$ 150 mil por capítulo), cobrando R$ 200 mil por 30 segundos de comercial no horário, e com 539 placas de out door espalhadas pela cidade (além de outras 100 no Rio), pretende consolidar a audiência crescente conquistada com o núcleo de teledramaturgia, um dos maiores responsáveis, segundo o superintendente-comercial, Walter Zagari (ex-SBT), pelo crescimento de 110% da emissora nos últimos dois anos. "Desde dezembro somos a segunda rede em audiência e faturamento", festejou Zagari. Todos, porém, a começar do autor, sabem que a tarefa de derrotar ou pelo menos encostar nos índices de audiência da Globo no horário será penosa. É um desafio, sabemos das dificuldades, mas a Record está em um momento importante, tem potencial e um produto com condições de enfrentar para valer nossa poderosíssima concorrência", afirmou Lauro César. Para dar mais realismo a Cidadão Brasileiro, a Record montou uma cidade cenográfica de 10 mil metros quadrados numa fazenda em Bragança Paulista, interior de São Paulo (onde

DOMINGO, 12

P

são rodadas as cenas da fictícia cidade de Guará) e para erguê-la investiu cerca de R$ 1,5 milhão. A emissora também comprou uma torre de luz com capacidade para iluminar um estádio de futebol – torre essa que faz as vezes de sol e lua e minimiza as sombras projetadas pelas quatro fontes de luz habituais. Outra parte considerável do orçamento total de R$ 35 milhões da novela a Record usou para seduzir atores e atrizes (além de técnicos) dos quadros da Globo. Além de Gabriel Braga Nunes, Paloma Duarte, Floriano Peixoto e Lucélia Santos, estão no elenco de Cidadão Brasileiro Luiza Tomé, Tuca Andrada, Taumaturgo Ferreira, Leonardo Brício, Cecil Thiré, Gracindo Júnior, Bruno Ferrari, André Valli, Maytê Piragibe, Luiza Curvo e Mônica Carvalho. Três damas do teatro brasileiro -Claide Yáconis, Etti Fraser e Sonia Guedes -- também dão sustentação à trama, assim como um expoente do cinema nacional, o ator José Dumont. Suzana Alvez (ex-Tiazinha), Adriana Londoño, Xando Graça, Miriam Freeland, Bemvindo Sequeira, Milhen Cortaz, Lea Garcia, Barbara Bruno, Rubens Caribé e Kito Junqueira completam a seleção de atores.

ara driblar um incidente diplomático mais sério com a China, o agente Jack Bauer (foto) ‘morreu’ no final da última temporada (a quarta) do seriado 24 Horas. Mas os fãs da série sabem muito bem que ele está vivíssimo, pronto para mais uma temporada de ação e adrenalina. Jack volta, a partir de domingo, em dois canais: no Directv e na Fox. O primeiro episódio da quinta temporada da série ganha exibição na Directv (canal 117), em looping, das 14h às 2h. Ainda no domingo, a Fox reapresenta todos os episódios da 4ª temporada a partir das 22h (a maratona só termina na segunda, dia 13, às 22h). Em seguida, o canal estréia o primeiro e o segundo episódios da quinta temporada.

Entre a bobeira e a esperteza

À sombra, memórias de fatos políticos

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Tuca Andrada e Gabriel Braga Nunes

protagonista dessa nova saga de Lauro César Muniz será Antônio Maciel, vivido por Gabriel Braga Nunes. Cidadão Brasileiro vai contar a história de sua ascensão e queda social de 1955 até 2006. Nesses mais de 50 anos, Antonio Maciel irá vencer na vida e perder tudo por mais de uma vez, além de se envolver com várias mulheres. Sua trajetória será marcada por quatro diferentes fases: ascensão (1955 a 1960), sucesso (1965 a 1980), poder, lutas e traições (1990 a 2000), queda e volta às origens (epílogo, 2006). O nome do personagem faz referência a outros dois saídos de obras anteriores de Lauro César: Antonio vem de Antonio Dias, protagonista de Escalada ( vivido por Tarcísio Meira), enquanto o Maciel retoma o sobrenome de João Maciel, personagem principal de O Casarão (interpretado por Gracindo Ju-

nior e por seu pai, Paulo Gracindo). "A idéia é encontrar o espírito do que seria o cidadão brasileiro. O Antônio Maciel transita numa linha tênue entre a bobeira e a esperteza, é um grande empreendedor e nunca perde a esperança", explica Gabriel Braga Nunes. Antonio Maciel começa a novela, na metade dos anos 50, como um simples vendedor de defensivos agrícolas. O dinheiro que ganhou é roubado por uma golpista, Fausta (Lucélia Santos). Para reavê-lo, ele a persegue até a fictícia cidade de Guará, no interior paulista. É nessa cidade que Antônio vai conhecer as duas mulheres mais importantes de sua vida: a simplória Carolina (Carla Regina), com quem se casa, e a sofisticada Luiza (Paloma Duarte), paixão que vai atormentá-lo pelo resto da vida. Ousado e cheio de otimismo, Anto-

SEGUNDA, 13

nio faz bons relacionamentos em Guará, envolve-se com o negócio do algodão, faz dinheiro e acaba se elegendo prefeito da cidade, vencendo o direitista Atílio (Floriano Peixoto). Com a queda dos preços do algodão, Antonio perde tudo e parte para São Paulo. Com o início da construção de Brasília, no final dos anos 50, vislumbra nova chance de recomeçar a vida. Ali, no canteiro de obras do Planalto Central, faz boas amizades, associa-se a um empreeiteiro poderoso e consolida posição cada vez mais sólida nos negócios. "É na escalada do desenvolvimento do país, nos anos 50, que o personagem encontra seu caminho de ascensão", afirma Lauro César Muniz sobre seu novo herói. No final da vida, falido, retorna a Guará e faz, ao lado da amada Luiza, uma revisão de sua trajetória como cidadão brasileiro. (RR)

Taumaturgo Ferreira e Paloma Duarte: glamour

Vamos resgatar a estética da telenovela na década de 70 Lauro César Muniz

A

contecimentos políticos marcantes da história política brasileira – como a construção de Brasília, o governo militar e a resistência armada ao regime dos generais – vão estar presentes como pano de fundo da trama de Cidadão Brasileiro, que percorre o período de 1955 a 2006. Mas o autor Lauro César Muniz descarta a possibilidade de a novela, quando chegar na reta final, investir em temas atuais do maltratado cenário político nacional. "O que estamos vivendo agora na política eu posso usar numa próxima novela, que pode receber, quem sabe, o nome de O Traidor da Pátria", diz Lauro, irônico, fazendo referência a uma outra novela de sua autoria, O Salvador da Pátria, exibida em 1989 pela Globo, e, ao que tudo indica, mandando um recado ao atual mandatário da República. Apesar de começar no meio da década de 50, Cidadão Brasileiro, segundo Lauro, dá um salto no tempo: pula de 1960 para 1965. "Portanto, não vou abordar exatamente o momento em que se registrou a ação militar, embora o novo regime estará presente como fundo histórico a partir de 65. Mas no início da década de 70, por exemplo, vou falar sobre a guerrilha do Araguaia (ação do PCdoB contra o governo militar, no sul do Pará, entre 1967 e 1975) através da personagem Eleni (Maytê Piragibe), ativista política que se engaja na luta

armada, e de sua mãe, Tereza (Luiza Tomé). Também quero discutir o desaparecimento dos presos políticos e o que ocorreu com os corpos dos combatentes no Araguaia." Embora revele ter deixado de ser comunista em 1968 – "alguém ainda é?" –, Lauro César Muniz tem como um dos personagens centrais de sua história um jornalista comunista, Homero (vivido por Tuca Andrada), aliado de Antonio Maciel (Gabriel Braga Nunes), o protagonista da trama. Autor de sucessos da história da teledramaturgia brasileira, como Espelho Mágico (77), Roda de Fogo (86), Carinhoso (73) e as minisséries Chiquinha Gonzaga (99) e Aquarela do Brasil (2000), Lauro César Muniz diz que Cidadão Brasileiro "faz uma síntese do melhor que escreveu ao longo da vida". A estrutura, dividida em períodos, por exemplo, é a mesma de duas de suas novelas anteriores, como Escalada (75) e O Casarão (76). "Não vamos renovar nada, mas apresentar, aqui na Record, um trabalho que vai resgatar a estética da telenovela da década de 70. Estamos com um desafio, pois a concorrência (Globo) está com uma história (Belíssima) muito forte no ar. Não podemos arriscar nada, pois estamos consolidando o futuro da telenovela na Record", afirma Lauro César, que mudou de emissora após mais de três décadas de Rede Globo. (RR)

ovelas de época ou com sotaque rural provaram ser a fórmula de sucesso do horário das 18, na Globo. Substituir a vitoriosa Alma Gêmea é uma responsabilidade que coube agora ao remake de Sinhá Moça, novela de Benedito Ruy Barbosa que a Globo exibiu em 1986. Com estréia marcada para segunda, dia 13, a novela traz no elenco Débora Falabella (foto), Danton Mello, Osmar Prado, Patrícia Pillar, Bruno Gagliasso, Lu Grimaldi, Vanessa Giácomo, Carlos Vereza, Milton Gonçalves, Zezé Motta, Chico Anysio e Caio Blat. Baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco, Sinhá Moça se passa em Araruna, pequena cidade do interior paulista, em 1886, dois anos antes da promulgação da Lei Áurea. Sinhá Moça é Débora Falabella, filha do Barão de Araruna (Osmar Prado), o maior escravocrata da região, que maltrata e comete as maiores atrocidades contra seus escravos. A mocinha, porém, se apaixona por Rodolfo (Danton Mello), ativo republicano abolicionista, e vai entrar em choque com o pai, que nem imagina que a filha também seja a favor das idéias abolicionistas.


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sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Fotos de Luiz Prado/Luz

Na maternidade (acima) nascem em torno de 600 crianças mensalmente. O hospital oferece ainda serviços como hemodiálise, oftalmologia, sorologia, bioquímica, Unidade de Terapia Intensiva e ortopedia. Todos os meses 60 mil pacientes passam pelos corredores do Sorocabana.

S. O. S. Hospital Sorocabana pede socorro na Lapa

Com gastos que ultrapassam o valor de sua arrecadação, além das dívidas, o hospital quer estabelecer novas parceiras para sobreviver e continuar atendendo a população, como faz desde 1955 Clarice Chiquetto

C

om um déficit mensal de R$ 300 mil, além das dívidas, o Hospital Central Sorocabana corre o risco de, a qualquer momento, fechar as portas para seus 60 mil pacientes mensais. Em dificuldade desde a década de 90, a instituição já conseguiu se reerguer duas vezes, mas continua enfrentando problemas e procurando parceiros para se salvar. Diversas áreas da unidade, como ortopedia, hemodiálise e fisioterapia, estão de pé graças a empresas parceiras que, além de investirem nos setores, são responsáveis pelo pagamento dos funcionários e pela compra de materiais. Em troca, recebem uma porcentagem do repasse do SUS para a área. Em três meses, no máximo, um espaço de medicina nuclear começará a funcionar, também por meio de parceria. Outra iniciativa do diretor do hospital, Floriano Peixoto, para mantê-lo funcionando foi a criação de uma espécie de

Hospital atendia ferroviários da Estrada de Ferro Sorocabana

"convênio", em que o interessado paga R$ 200,00 por ano e recebe benefícios e descontos quando precisa de atendimento. O processo de adesão começou há cerca de um ano e já conta com 1,2 mil pessoas. Em busca de contribuições, Peixoto recorreu à Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi prontamente atendido. O superintendente Douglas Formaglio afirma que já começou uma campanha entre os associados para que se tornem "conveniados" e tem recebido manifestações

positivas. "A quantia é pequena, menor do que qualquer conta de celular pré ou pós pago. Todos podem ajudar, pessoas físicas ou jurídicas. E ainda terão serviços de qualidade à disposição", diz. O Sorocabana tem um faturamento mensal de R$ 1,2 milhão, mas as despesas são de quase R$ 1,5 milhão. Além das parcerias, tem recebido ajuda de moradores, comerciantes e entidades do bairro. Seu auditório, por exemplo, foi reformado no final da década de 90 pelo Mercado da Lapa, que

BILHETE ÚNICO

COMPUTADORES

Secretaria Municipal de Transportes e a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável pelo transporte público na capital paulista, informaram ontem que foi adiada de hoje para o próximo dia 18 a implantação de medida que restringe o uso de cartões do bilhete único. Apenas bilhetes únicos cadastrados ou previamente carregados com mais de R$ 2,00 poderão ser utilizados para quatro integrações pelo período de duas horas. A partir do dia 18 os bilhetes sem crédito não mais serão aceitos pelos cobradores. O cadastramento é permanente e não é obrigatório. O passageiro que não se cadastrar até o dia 18 continuará tendo o benefício das integrações, desde que entre no ônibus com o bilhete carregado no valor mínimo de R$ 2,00. (AE)

rês pessoas foram presas na tarde de ontem, no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, desmontando computadores que teriam sido roubados segunda-feira da Secretaria Municipal de Saúde, na região da Praça da República. Foram encontrados no barraco apenas 51 das 200 máquinas levadas da secretaria. O dono do barraco e os outros dois suspeitos foram levados ao local do assalto para averiguações. Os equipamentos estavam sendo separados – gabinetes de um lado, placas de outro. A polícia acredita que as peças seriam vendidas posteriormente no mercado paralelo para computadores. Outras quatro pessoas que estavam no barraco fugiram pelo telhado. A polícia encontrou, além dos computadores, um colete da PM e um revólver. (Agências)

A

T Ó RBITA

MUTIRÃO Secretaria de Saúde de Guarulhos realiza hoje um mutirão de combate à dengue. A ação será concentrada no bairro da Ponte Alta, onde vivem cerca de duas mil famílias e que apresenta o maior número de casos confirmados da doença este ano. O mutirão contará com mais de 250 funcionários da secretaria, que instalarão telas em recipientes como tambores e caixas d'água para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. A Prefeitura também utilizará máquinas e cascalho para nivelar ruas do bairro e eliminar a formação de poças d'água. (Agências)

A

contribui frequentemente com suas necessidades. Mesmo com essas ações, o hospital, fundado em 1955 para atender aos ferroviários da Estrada de Ferro Sorocabana, ainda precisa de socorro. Desde 98, vive atormentado por uma dívida de R$ 30 milhões com o INSS, que resultou em um processo de leilão em junho do ano passado. O caso só foi interrompido porque houve ajuda de moradores, comerciantes e parlamentares junto ao Ministério da Fazenda. "Fechamos acordo com a Previdência para pagar R$ 70 mil por mês, mas ainda lutamos para diminuir a dívida pela metade. Senão, fica muito complicado nos mantermos vivos, já que a nossa principal fonte de renda são os recursos oriundos do SUS, que corresponde a 90% de nossos atendimentos", conta Peixoto. A diretoria está em contato com a Prefeitura para tentar fechar um acordo com o município nos moldes do que já possui com o Estado. São 30 leitos, dos 250 totais, alugados mensalmente pela Secre-

taria Estadual de Saúde e que correspondem a R$ 300 mil do orçamento. Em reunião realizada ontem com o secretário de Participação e Parcerias, Gilberto Natalini, Formaglio ressaltou a situação do hospital e recebeu a promessa de que o assunto vai chegar ao prefeito José Serra. "Antes de exigirmos a construção de novos hospitais temos que lutar para manter o que já temos", opina Formaglio. Serviços - Além do Pronto Socorro 24 horas e das internações, o Sorocabana tem centro cirúrgico, maternidade (onde nascem 600 crianças por mês) e serviços como hemodiálise, oftalmologia, sorologia, bioquímica, UTI e ortopedia – é um dos cinco hospitais na cidade

conveniados ao SUS para atender acidentes de trabalho. Ainda não tem equipe de pediatria, cardiologia e neurologia, e possui apenas uma ambulância (doada pelo governo estadual), sendo responsável por todos os gastos que a envolvem, como equipamentos e transporte de pacientes.


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segunda-feira, 13 de março de 2006

ESPORTE - 1 Alexander Demianchuk/Reuters

Mohammed Hamad/Reuters

ALMANAQUE TÉCNICOS CORINTIANOS, VÍTIMAS SÃO-PAULINAS UH/Arquivo do Estado de São Paulo

Alonso larga como campeão

Jadel: recorde e prata em Moscou

O piloto da Renault, atual campeão da F1, ultrapassa Schumacher em Bahrein.

Melhor marca sul-americana do salto triplo vale pódio no Mundial Indoor de Atletismo.

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BILHETE TRICOLOR E

Com Antônio Lopes, que se demitiu ontem, são agora 13 os treinadores que deixaram o Parque São Jorge após derrotas para o Tricolor. O recordista é Dino Sani, que caiu duas vezes. Ele aparece acima defendendo o Corinthians como jogador, em fim de carreira, em 1968. No ano seguinte, tornou-se técnico. Caiu em 13 de setembro de 1970, após derrota para o São Paulo (1 a 0), pelo Paulista. Em sua volta, também deixou o cargo após perder para o rival: 2 a 1, pelo Paulista (10 de agosto de 1975). 0

DE JOSEPH TIGER A CILINHO O técnico corintiano que inaugurou a série foi Joseph Tiger, demitido após goleada tricolor por 4 a 0 pelo Paulista (15/10/1944). A seguir, vieram: Alcides de Souza Aguiar (São Paulo 5 a 1, Taça São Paulo, 1º/1/1946); Rato (São Paulo 1 a 0, Rio-São Paulo, 3/7/1954); Oswaldo Brandão (São Paulo 3 a 1, decisão do Paulista, 29/12/1957); João Lima (São Paulo 3 a 2, Rio-São Paulo, 22/3/1961); Dino Sani, nos casos acima; Julinho (São Paulo 2 a 0, Paulista, 25/10/1981); e Cilinho (0 a 0, Paulista/final, 15/12/1991). 0

DE JÚNIOR A PASSARELLA Dos últimos sete técnicos corintianos, cinco caíram diante do São Paulo. Júnior pediu demissão após uma derrota por 3 a 0, pelo Brasileiro (12/10/2003). Seu sucessor, Juninho, foi outra vítima tricolor : 1 a 0, pelo Paulista (15/2/2004). Tite foi mandado embora após a vitória são-paulina por 1 a 0, no Paulista (27/2/2005). A mais recente vítima havia sido Daniel Passarella, dispensado após a goleada por 5 a 1, pelo Brasileiro (8 de maio de 2005). Ontem, foi a vez de Antônio Lopes. 0

"Fica, Passarella! Fica, Passarella!" (Coro irônico da torcida do São Paulo após a goleada por 5 a 1 pelo Brasileiro do ano passado, em jogo disputado no domingo. Menos de 48 horas depois, na terça-feira, o argentino foi demitido.) Com a vitória são-paulina de ontem, as estatísticas do clássico passaram a ser as seguintes, reduzindo um pouco a vantagem corintiana: em 276 jogos, o Corinthians ganhou 103 partidas contra 86 do São Paulo. Aconteceram 87 empates, 402 gols alvinegros e 378 gols tricolores. Fluminense e Botafogo fizeram ontem, no Maracanã, o 307º Clássico Vovô, jogo mais antigo do Brasil, disputado desde 1905. Foi o 92º empate, contra 115 vitórias tricolores e 100 do Botafogo, 498 gols tricolores e 457 alvinegros.

Celso Unzelte

stá virando rotina, uma doce rotina para os tricolores: vitória contra o Corinthians é sinônimo de queda do técnico adversário. Ao longo dos anos, essa tradição repetiu-se 14 vezes (ver coluna Almanaque, ao lado). Somente de 2003 para cá, aconteceu em cinco oportunidades. Primeiro com Júnior, depois com Juninho Fonseca, Tite e Passarella. Agora, com Antônio Lopes, que, ontem, após a vitória do São Paulo por 2 a 1, resolveu pedir demissão. Para o São Paulo, porém, a vitória no clássico do Morumbi significou mais. Com ela, o time alcançou os 29 pontos do Palmeiras, e, com a derrota do Santos para o Guarani, em Campinas, segue brigando diretamente pelo título, a apenas dois pontos do rival, com quem ainda tem um encontro marcado na penúltima rodada. Ou seja: o São Paulo, hoje, assim como o Santos, depende só de si para ser campeão. “É um dia muito feliz, com certeza”, resumiu o meia Danilo, o autor do primeiro gol do jogo, aos 29 minutos do primeiro tempo. Ele se referia, também, ao fato de estar saindo do estádio direto para a maternidade, onde sua mulher estava prestes a ter um filho. Foi o sexto gol de Danilo em clássicos, o terceiro só contra o Corinthians (ele tem também um marcado contra o Santos e dois contra o Palmeiras). O segundo tempo começou com o goleiro corintiano Herrera falhando aos 3 minutos, ao

Rubens Cavallari/Folha Imagem

Djalma Vassão/AE

São Paulo faz 2 a 1 no Corinthians e segue na briga pelo título. Resultado provoca a saída de Antônio Lopes, o quinto técnico corintiano a cair diante do rival de outubro de 2003 para cá perder com as mãos uma disputa com André Dias, que de cabeça fez o segundo. Em seu lance mais perigoso até ali, Nilmar arriscou jogada individual e sofreu pênalti bobo de Alex, que o empurrou. Rafael Moura cobrou forte, mas Rogério Ceni (que se adiantou) espalmou. Na seqüência, fez outro milagre, ao rebater um chute à queimaroupa de Nilmar. “Defender um pênalti fez com que os jogadores tivessem mais motivação para defender o resultado

de 2 a 0”, destacou Rogério. “Eu cobrei mal o pênalti. Mas só bati porque o Nilmar não quis”, revelou Rafael Moura. Aos 31 minutos, Nilmar, o artilheiro do Campeonato Paulista, marcou mais um, encobrindo Rogério Ceni e diminuindo para o Corinthians. Mas aí já era tarde para salvar o resultado e o emprego de Antônio Lopes. Meia hora depois do encerramento da partida, o técnico apresentou publicamente seu pedido de demissão, na entrevista coletiva. “A

gente tem de saber a hora certa de sair. Se tivesse ganho, eu continuaria. Anteontem (sexta-feira) eu tomei a decisão de sair em caso de uma derrota”, contou o treinador. “Foi uma decisão pessoal. Conversei com minha mulher e com meu filho, só eles sabiam.” Os jogadores do Corinthians não se mostraram surpresos com a demissão. “Não quero nem falar sobre isso, não falo sobre esse assunto”, avisou o volante argentino Mascherano. Roger negou que, antes do

clássico, tivesse discutido com Lopes na concentração e, por isso, começado a partida no banco de reservas: “Não houve nada de discussão, só que não tenho a menor idéia por que fui para o banco contra o São Paulo”. Márcio Bittencourt, justamente a quem Lopes substituiu no ano passado, é o nome mais cotado para substituí-lo no momento. Ele deveria se reunir na noite de domingo com o presidente Alberto Dualib e com Kia Joorabchian, presidente da MSI.

Lamento santista

N

os planos do torcedor santista, estava tudo certo: era ganhar do Guarani, em Campinas, para manter a cômoda diferença de cinco pontos em relação a São Paulo e Palmeiras, faltando apenas cinco jogos para o final do Campeonato Paulista. Esqueceram, porém, de avisar o Guarani, o time da casa, que ontem ganhou por 2 a 1, dificultando o caminho do Santos rumo a um título que sua torcida não comemora desde 1984. O desânimo que tomou conta dos santistas ficou evidente já dentro de campo, onde o atacante Geílson se desesperava a cada gol perdido. E continuou fora dele. “Faltou mais atenção. Nossos atacantes poderiam ter feito três ou quatro gols e não fizeram”, reclamava nos vestiários o zagueiro Luís Alberto. “Demos brecha. Esse resultado põe fogo no campeonato. Botamos Palmeiras e São Paulo de novo na briga. Temos agora que vencer nossos jogos em casa”, disse o atacante Reinaldo, autor do único gol san-

Gustavo de Tilio/Futura Press

Com a derrota para o Guarani, em Campinas, diferença em relação a São Paulo e Palmeiras cai para 2 pontos, e título fica mais difícil

tista, marcado aos 26 minutos do segundo tempo, quando a equipe já perdia por 2 a 0, gols de Edmílson, aos 31, e Goeber, aos 35 minutos do primeiro. O resultado em Campinas acabou com uma série de sete vitórias consecutivas do Santos no Campeonato Paulista. E não foi só essa a invencibilidade perdida ontem. O gol de pênalti de Edmílson, aos 31 minutos do primeiro tempo, impediu Fábio Costa de se isolar como o recordista de invencibilidade defendendo o Santos no Campeonato Paulista. Seria o oitavo jogo dele sem tomar gols. Agora, ele continua dividindo a marca com Barbosinha, que também ficou sete jogos sem sofrer gols em 1955. O jogo de ontem foi o último do Santos no interior. O time tem agora três partidas na Vila Belmiro (Ituano, Bragantino e Portuguesa) e duas na capital (Juventus e São Paulo). “Mas temos que ter cuidado. São só dois pontos de vantagem”, alertou Luís Alberto. “O negócio é não baixar a cabeça”, disse Reinaldo. Gustavo de Tilio/Futura Press

Cerezo estréia com o pé direito

M

esmo amparado por um par de muletas, o técnico Toninho Cerezo conseguiu estrear com o pé direito no comando do Guarani. Com a vitória de ontem por 2 a 1 sobre o líder Santos, o time alcançou Santo André, Portuguesa Santista e São Bento em número de pontos (16), mas ainda está na zona de rebaixamento por ter menos vitórias que os dois primeiros rivais e saldo de gols inferior

ao da equipe de Sorocaba. Ontem, Cerezo foi simples ao orientar o time. “Vamos jogar futebol. Jogar pra frente”, resumiu o treinador que, ainda sem conhecer todo o elenco, dizia durante o jogo: “Lateral, fica mais”. Ou gritava: “Zagueiro, ô zagueiro, não dá espaço”. Ao final da partida, seu trabalho foi reconhecido até por Vanderlei Luxemburgo, que viu no adversário méritos suficientes para vencer.


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2 -.ESPORTE

segunda-feira, 13 de março de 2006

Edmundo salva

Ninguém mais pode duvidar: o São Paulo é o terror da mais fiel de todas as torcidas. É claro que os torcedores não estão nem aí para a desgraça de Antônio Lopes, mais um técnico do Corinthians derrubado pelo São Paulo, mas não há corintiano que não esteja sofrendo por conta dos sucessivos tropeços do seu time diante do tradicional adversário. Desta vez, ao vencer por 2 a 1, o São Paulo tirou definitivamente o Corinthians da briga pelo título paulista. De nada adiantou a derrota surpreendente do líder Santos para o Guarani, agora sob a direção de Toninho Cerezo. Faltando apenas cinco rodadas, o Corinthians continua a seis pontos do líder e, pior ainda, perdeu uma posição para o Noroeste na tabela e agora está a quatro pontos dos vice-líderes São Paulo e Palmeiras. O São Paulo fez sua parte e continua de olho no bi, um sonho que parecia distante depois que o Santos botou a vantagem de cinco pontos na corrida pelo título de 2006, mas agora o Tricolor depende apenas do próprio esforço. Se ganhar os cinco jogos que lhe faltam, será bicampeão. Como os dois times se enfrentarão na penúltima rodada, o Santos também depende só de si e pode ganhar o título com mais quatro vitórias e um empate. É evidente, porém, que ao São Paulo e ao Corinthians interessa muito mais a Libertadores do que a competição estadual. Essa é a principal razão por que, mesmo sem ter ainda feito uma única partida convincente, o Santos continua com discreto favoritismo nesta reta final do Paulistão. O maior problema, para os corintianos, é que o time também anda vacilando na Libertadores. Sem presidente, que parece ter transferido a residência para Londres, e mais uma vez sem técnico, o Corinthians corre o sério risco de fechar o primeiro semestre tendo a comemorar apenas a presença recorde de quatro jogadores na Copa do Mundo - os brasileiros Gustavo Nery e Ricardinho e os argentinos Mascherano e Tevez. Difícil é convencer a torcida de que o feito tem o valor de um título. Mais difícil ainda é conquistar um título em meio a tantas trapalhadas. É verdade que foi trocando sucessivamente de técnico que o Corinthians ganhou o Campeonato Brasileiro de 2005, mas, então, o São Paulo só dava bola para o Mundial.

Atacante faz gol da vitória sobre a Lusa e mantém o time vivo no Paulista com três zagueiros (Thiago Gomes, Daniel e Gamarra) e dois volantes (Marcinho Guerreiro e Alceu), o Palmeiras deu muito espaço para a Portuguesa. A armação das jogadas não funcionou e o ataque não existiu. Como conseqüência, terminou a primeira etapa perdendo, ao tomar um gol de Almir, volante que, aos 18 minutos, entrou de surpresa para receber uma bola de Johnson. Sem marcação, ele só teve o trabalho de encobrir o goleiro palmeirense Sérgio. Na etapa final, com velocidade, garra e determinação, o Palmeiras virou. Thiago Gomes empatou logo aos 50 segundos, marcando de cabeça e aproveitando uma falha da defesa. Mas o desafogo só viria com o gol de Edmundo. No jogo de sábado, a torcida não perdoou Leão por escalar Alceu, Corrêa, Lúcio e Washington, quatro jogadores marcados há algum tempo. O técnico, no entanto, não parecia arrependido, e pretende mantê-los. “Fiquei muito feliz pelo Alceu, que foi o melhor em campo, pelo Corrêa, sempre tão perseguido, e pelo Lúcio, que teve uma excelente movimentação”, disse.

j

RECADO Ao elogiar Kia Joorabchian e Paulo Angioni na entrevista em que anunciou o pedido de demissão e nada dizer sobre Alberto Dualib, Antônio Lopes parece ter deixado claro que seus problemas eram mais com o Corinthians do que com a MSI. O técnico jamais chegou a digerir a contratação de Marcelinho Carioca por imposição do presidente do Corinthians.

Flu garante a decisão Tasso Marcelo/AE

N

o embolado Campeonato Carioca, no qual onze dos doze participantes ainda podem chegar ao título do segundo turno (Taça Rio), só há uma certeza: neste ano haverá decisão. Isso porque o Botafogo, campeão do primeiro turno (Taça Guanabara), já não pode mais repetir a façanha, ganhando o título automaticamente. Ontem, no Maracanã, o Fluminense acabou com essa possibilidade ao empatar por 2 a 2 um clássico em que esteve perdendo em duas oportunidades. Zé Roberto abriu o placar para o Botafogo, logo aos 6 minutos, mas Marcão empatou para o Flu, aos 22. Ainda no primeiro tempo, Felipe Adão fez Botafogo 2 a 1, aos 25. O resultado permanecia até três minutos para o final da parti-

MINAS GERAIS 11ª rodada América 3 x 1 Democrata-GV Uberlândia 2 x 2 Atlético-MG Cruzeiro 2 x 0 URT Guarani 3 x 4 Ipatinga Caldense 0 x 1 Villa Nova Democrata-SL 4 x 2 Ituiutaba Classificação

P

V

S

GP

1 Ipatinga

25

7

12

20

2 Cruzeiro

24

7

14

19

3 Atlético-MG

22

6

6

17

4 América

19

5

8

20

5 Ituiutaba

18

6

0

17

6 Democrata-SL

17

5

4

22

7 Caldense

16

5

-3

14

8 Democrata-GV

11

3

-3

18

9 Villa Nova

11

3

-3

15

10 Guarani

10

3

-8

15

11 Uberlândia

7

2

-14

9

12 URT

5

1

-13

12

PARANÁ Quartas-de-final - jogos de ida Londrina 1 x 1 Rio Branco ADAP 2 x 1 Atlético Iraty 0 x 1 Paraná J. Malucelli 2 x 1 Coritiba

Com empate do Tricolor (2 a 2), Botafogo não pode mais ser campeão sem final da, quando Tuta voltou a igualar para o Fluminense. Nas demais partidas, os clubes grandes mais uma vez não conseguiram vencer. Sábado, no Maracanã, o Flamengo foi incapaz de ir além de um 0 a 0 com o Volta Redonda. Ontem, em São Januário, o Vasco chegou, até, a abrir uma vantagem de dois gols sobre o Americano, com Valdiram, aos 13 minutos do primeiro tempo, e Éder, aos 16 do segundo. Mas acabou cedendo a igualdade, dois gols de Marcelo Uberaba, aos 24 e aos 40 minutos do se-

gundo tempo. Faltando uma rodada para o final desta fase, Americano e Flamengo, no Grupo A, e Madureira e América, no B, estão mais próximos das semifinais da Taça Rio. Nos demais Estados brasileiros, os campeonatos aproximam-se da reta final. No Paraná, começaram neste final de semana os mata-matas das quartas-de-final. Nos jogos de ida, derrotas da dupla Atletiba e vantagem para Adap, J. Malucelli, Paraná e Rio Branco, que fazem a rodada de volta, no próximo final de semana,

podendo empatar para chegar às semifinais. Em Minas, com o final da primeira fase, foram definidos os semifinalistas e os rebaixados: pelo título, enfrentam-se Ipatinga x América e Cruzeiro x Atlético. Uberlândia e URT caíram para a segunda divisão. No Rio Grande do Sul, o Inter garantiu o primeiro lugar do Grupo 4 com duas rodadas de antecipação, classificandose para a decisão do título. No Grupo 5, o Grêmio lidera com uma vantagem de três pontos sobre o Juventude.

Grupo A

P

V

S

GP

Grupo B

P

V

S

GP

1 Americano

8

2

1

9

1 Madureira

10

3

3

9

2 Flamengo

6

1

0

10

2 América

8

2

2

8

3 Cabofriense

5

1

1

8

3 Volta Redonda

7

2

1

7

4 Fluminense

5

1

-2

8

4 Friburguense

7

2

-2

13

5 Portuguesa

5

1

-4

5

5 Vasco

6

1

2

10

6 Nova Iguaçu

4

1

-1

10

6 Botafogo

4

0

-1

8

RIO GRANDE DO SUL 2ª fase - 4ª rodada Grêmio 2 x 2 Juventude Santa Cruz 0 x 0 Veranópolis Caxias 0 x 3 Internacional São José 1 x 0 Novo Hamburgo

RARIDADE O chileno Herrera admitiu, sem rodeios, ter falhado no segundo gol tricolor: "Saí errado e deixei o zagueiro deles cabecear sozinho." É raro ouvir tal confissão de um goleiro no Brasil. TITITI NO PARQUE O médico Aldo Guida andou dizendo que Juninho Paulista só saiu de campo, na derrota por 4 a 1 para o América, "por opção do Leão". O técnico palmeirense estrilou: "Poxa, esse aí só fala besteira! O Juninho estava com uma bola na coxa. Se eu não o tirasse de campo, a lesão ficaria ainda maior. Da próxima vez, tiro o Juninho e coloco ele. " Na verdade, Juninho vai ficar mais duas semanas no estaleiro. DESFALQUE VERDE O zagueiro Thiago Gomes, destaque e autor de um dos gols nos 2 a 1 de sábado sobre a Lusa, não está inscrito na Libertadores. Não jogará, então, contra o Rosário Central, nesta quarta.

RIO DE JANEIRO 2º turno - 5ª rodada Nova Iguaçu 5 x 1 Friburguense Flamengo 0 x 0 Volta Redonda Madureira 0 x 0 Portuguesa América 1 x 1 Cabofriense Vasco 2 x 2 Americano Fluminense 2 x 2 Botafogo

ROBERTO BENEVIDES

Adeus, Corinthians

Evélson de Freitas/AE

F

altavam onze minutos para o final do jogo entre Portuguesa e Palmeiras, disputado sábado, no Canindé. Na quartafeira, o Alviverde havia desperdiçado a chance de encostar no líder Santos, ao ser goleado pelo América de São José do Rio Preto por 4 a 1, em pleno Parque Antarctica. Agora, desperdiçava mais dois pontos, no empate por 1 a 1 que teimava em persistir. Foi quando Edmundo aproveitou o rebote de uma dividida entre seu companheiro Washington e o goleiro Gléguer para fazer o gol da vitória por 2 a 1. Na comemoração, correu para abraçar o técnico Leão. “Em momento algum o trabalho dele (Leão) foi questionado”, diria depois o “Animal”. “E, ao contrário do que todo mundo fala, ele é um paizão. Internamente, ele só nos dá carinho e afeto.” O atacante ainda fez questão de deixar claro que o grupo não está rachado, como o próprio Leão havia sugerido ao reclamar da “falta de cumplicidade” do time. “A gente trabalha em família! Nos últimos oito dias, ficamos juntos seis. Não vejo a minha família há tempos. Aqui (no time) é nas horas difíceis que a gente tem que se unir e ficar junto.” Com a vitória, o Palmeiras chegou a 29 pontos (mesmo número do São Paulo) e volta a brigar pelo título. Já a Portuguesa se mantém na zona de rebaixamento, em penúltimo, seriamente ameaçada de disputar a Série A2 em 2007. O resultado, porém, não esconde as limitações e as falhas do Palmeiras, que jogou um péssimo primeiro tempo e, na etapa final, conseguiu reverter um resultado que lhe era desfavorável muito mais na base da vontade do que na técnica ou no bom desempenho tático. No primeiro tempo, mesmo

PASSE LIVRE

Grupo 4

P

V

S

GP

Grupo 5

P

V

S

GP

1 Internacional

12

4

8

11

1 Grêmio

10

3

5

10

2 Caxias

4

1

-3

5

2 Juventude

7

2

2

6

3 São José-POA

4

1

-3

3

3 Veranópolis

4

1

2

7

4 Novo Hamburgo

3

1

-2

4

4 Santa Cruz

1

0

-9

0

TRINTÃO CONFIANTE Confissão do fenômeno Ronaldo a Mauricio Fonseca, do jornal O Globo: quer jogar até os 34 anos. Como ele vai fazer 30 em setembro, tudo indica que a Copa de 2010 está nos planos do supercraque brasileiro. EXAGERO DE CRAQUE O mineiro Tostão, que dá às palavras o fino trato que dispensava à bola em seus tempos de craque no campo, escreveu em sua coluna dominical publicada em vários jornais do Brasil: "Independentemente do que jogar na Copa do Mundo, Ronaldinho já está, no meu conceito, só abaixo de Pelé - e no nível do Maradona e do Garrincha." BELO ENGANO A bela Alexandra Kosteniuk, campeã russa e européia de xadrez, deu um tempo na carreira de modelo para disputar o título mundial e, em entrevista ao repórter Tales Torraga, da Folha de S. Paulo, justificou: "Quero provar que beleza e inteligência podem andar juntas." Nem imagina o que o brasileiro Millôr Fernandes pensa do jogo de tabuleiro a que ela se dedica: "Jogar xadrez desenvolve muito a capacidade de jogar xadrez." GOL DE LETRA "A vitória suada é mais gostosa que uma goleada." - Emerson Leão, com uma ponta de alívio, depois dos suados 2 a 1 sobre a Portuguesa, no sábado

COPA DO BRASIL

Três paulistas entre os 32

F

oram definidos na se- no jogo de ida. Perdeu novamana passada os 32 ti- mente, por 2 a 1, dando adeus *Com Agência e Reuters à classificação. Em Bauru, o mes classificados para a se-Estado gunda fase da Copa do Bra- Noroeste fez 2 a 0 no 15 de sil. Entre eles, três são pau- Campo Bom (RS), mas como listas. Além do Santos (que havia sido goleado (4 a 1), foi já estava classificado para eliminado. enfrentar a URT-MG), alcançaram classificação na OUTROS RESULTADOS quarta-feira o Guarani e o (classificados em negrito): 8/3 São Caetano. Em contrapar- Flamengo-RJ 2 x 1 ASA-AL; tida, Santo André e Noroes- Americano-RJ 4 x 2 Mineiros-GO; Bahia-BA 1 x 2 Ceilândia-DF; te foram desclassificados. Em Campinas, o Guarani Coritiba-PR 3 x 1 Icasa-CE; Náuticopoderia até empatar sem gols PE 4 x 1 Rio Branco-AC; Remo-PA 4 x com o Estrela do Norte,de 1 Itabaiana-SE; CRB-AL 3 x 0 São Cachoeiro do Itapemirim José-AP; Vitória-BA 5 x 2 (ES), mas venceu por 2 a 1. Imperatriz-MA; Treze-PB 1 x 3 CENEEm São Caetano do Sul, o São MS; Grêmio-RS 4 x 0 Piauí-PI; 9/3 Caetano também só precisa- Fluminense-RJ 3 x 1 Operário-MT. va do 0 a 0, mas goleou a Cabofriense-RJ por 4 a 1. Agora, PRÓXIMOS JOGOS: 15/3 enfrenta o Criciúma em casa, Brasiliense-DF x Remo-PA; Mineirosjá nesta quarta-feira, pelo jo- GO x Atlético-MG; Ceilândia-DF x go de ida da segunda fase. Fortaleza-CE; Ipatinga-MG x Também no ABC, o Santo Botafogo-RJ; Náutico-PE x CoritibaAndré recebeu o Potiguar de PR; São Caetano-SP x Criciúma-SC; Mossoró (RN) precisando 15 de Novembro-RS x Grêmio-RS; descontar a derrota por 2 a 0 Santa Cruz-PE x Vitória-BA.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

ESPORTE - 3

Fernando Pilatos/AE

Melhor para Emerson Paco Serinelli/AFP

C

ada vez mais firme em sua caminhada rumo ao bicampeonato italiano, a Juventus do brasileiro Emerson recebeu, ontem, no Estádio Delle Alpi, o Milan de Dida, Serginho e Kaká e, embora não tenha saído do 0 a 0, manteve a boa folga de dez pontos no topo da tabela. Agora com 74 pontos, a nove rodadas do final do campeonato, a equipe de Turim tem apenas dois adversários, ambos de Milão, que ainda podem ameaçá-la - bem de longe, é verdade: com 64 pontos, o próprio Milan, e, com 62, a Internazionale, que venceu a Sampadoria no sábado por 1 a 0, com gol de Adriano, que não marcava havia 11 partidas. Coincidentemente, são as três equipes italianas que continuam na briga pelo título europeu da temporada. A Juventus e o Milan já se classificaram para as quartas-de-final da Liga dos Campeões, mas a Inter fará, amanhã, o jogo decisivo com o Ajax. Depois de empatar em Amsterdã por 2 a 2, precisa apenas de um 0 a 0 ou 1 a 1 em Milão para se classificar. Será uma semana importantíssima para a Inter, que, depois de decidir a sobrevivência na Liga dos Campeões, receberá a Lazio, no domingo, pelo Campeonato Italiano. A equipe romana é a sétima colocada, sonha com uma vaga na Copa da Uefa e fará tudo para ganhar pelo menos um pontinho em Milão. A líder Juventus também não tem jogo fácil: viajará para enfrentar o Livorno, sexto colocado no campeonato e, portanto, em melhores condições do que a Lazio de chegar à próxima Copa da Uefa.

Confronto brasileiro: 0 a 0 com Milan de Dida e Kaká deixa Juventus de Emerson perto do bi Pelo menos em teoria, o compromisso mais fácil do trio na próxima rodada do Campeonato Italiano está reservado ao Milan, que vai a Udine para enfrentar a Udinese, 15ª colocada, a apenas dois pontos da faixa de rebaixamento. Quinta colocada no Campeonato Italiano, a 19 pontos da liderança, a Roma dos bra-

sileiros Mancini e Taddei briga com a Fiorentina, quarta colocada, por uma vaga na próxima Liga dos Campeões da Europa, mas perdeu ontem para o Ascoli por 3 a 2, encerrando uma série invicta de 13 jogos. A Fiorentina ainda tem de completar o jogo contra o Cagliari, suspenso aos 29 minutos, por causa de fortes ventos.

ESPANHA

INGLATERRA

29ª rodada Siena 1 x 0 Treviso Internazionale 1 x 0 Sampdoria Ascoli 3 x 2 Roma Cagliari 0 x 0 Fiorentina (suspenso) Empoli 2 x 1 Chievo Lazio 3 x 1 Reggina Messina 2 x 1 Lecce Palermo 2 x 0 Udinese Parma 2 x 1 Livorno Juventus 0 x 0 Milan

27ª rodada Espanyol 2 x 0 Celta La Coruña 0 x 1 Real Sociedad Valencia 0 x 0 Real Madrid Athletic Bilbao 1 x 0 Cádiz Alavés 2 x 1 Sevilla Mallorca 1 x 1 Villarreal Betis 1 x 1 Málaga Zaragoza 1 x 2 Getafe Atl. Madrid 2 x 1 Racing Santander Osasuna 2 x 1 Barcelona

29ª rodada Birmingham 1 x 1 West Bromwich Chelsea 2 x 1 Tottenham Bolton 4 x 1 West Ham Everton 3 x 1 Fulham Portsmouth 2 x 1 Manchester City Sunderland 0 x 1 Wigan Blackburn 2 x 0 Aston Villa Manchester United 2 x 0 Newcastle Charlton 2 x 1 Middlesbrough Arsenal 2 x 1 Liverpool

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

1 Juventus

74

23

39

57

1 Barcelona

61

19

39

64

1 Chelsea

75

24

40

58

2 Milan

64

20

39

63

2 Real Madrid

52

16

24

50

2 Manchester United

60

18

28

56

3 Internazionale

62

19

31

53

3 Valencia

52

14

16

37

3 Liverpool

55

16

15

34

4 Fiorentina

56

17

18

48

4 Osasuna

49

15

5

35

4 Tottenham

49

13

13

41

5 Roma

55

16

25

54

5 Celta

45

14

2

29

5 Arsenal

47

14

22

45

6 Livorno

44

11

1

30

6 Sevilla

44

13

6

35

6 Blackburn

46

14

4

38

7 Lazio

42

10

2

38

7 Villarreal

43

11

11

37

7 Bolton

45

12

9

37

GP

8 Chievo

41

10

4

38

8 Atletico Madrid

41

11

12

38

8 Wigan

43

13

-2

34

9 Sampdoria

37

10

4

42

9 La Coruña

40

11

5

36

9 West Ham

42

12

2

42

10 Palermo

37

9

-4

38

10 Getafe

37

10

2

36

10 Manchester City

40

12

5

39

11 Ascoli

36

8

-3

31

11 Zaragoza

36

8

0

37

11 Everton

40

12

-13

24

12 Siena

35

9

-9

34

12 Espanyol

30

8

-14

27

12 Newcastle

39

11

-3

29

13 Parma

32

8

-15

33

13 Racing Santander

29

6

-7

24

13 Charlton

39

11

-4

34

14 Reggina

31

8

-18

29

14 Real Sociedad

28

8

-16

35

14 Aston Villa

34

8

-4

33

15 Udinese

28

7

-16

28

15 Mallorca

27

6

-15

27

15 Middlesbrough

34

9

-9

37

16 Cagliari

27

6

-12

30

16 Athletic Bilbao

26

6

-8

29

16 Fulham

32

9

-8

38

17 Messina

27

5

-13

27

17 Alavés

26

6

-15

30

17 West Bromwich

27

7

-17

26

18 Empoli

26

7

-21

30

18 Betis

26

6

-15

24

18 Birmingham

24

6

-16

23

19 Lecce

18

4

-26

20

19 Cádiz

25

6

-16

20

19 Portsmouth

21

5

-29

20

20 Treviso

15

2

-26

16

20 Málaga

22

5

-16

29

20 Sunderland

10

2

-33

19

ALEMANHA

PORTUGAL

30ª rodada Nancy 1 x 1 PSG Auxerre 2 x 0 Nice Bordeaux 2 x 0 Toulouse Lens 1 x 0 Troyes Lyon 4 x 0 Metz Monaco 4 x 1 Sochaux Rennes 3 x 0 Ajaccio Nantes 1 x 1 Lille Strasbourg 1 x 2 Le Mans Olympique 2 x 0 Saint-Etienne

25ª rodada Arminia 1 x 0 Bayer Leverkusen Colônia 3 x 4 Nuremberg Duisburg 0 x 0 Hannover Mainz 3 x 0 B. Moenchengladbach Stuttgart 0 x 0 Borussia Dortmund Werder Bremen 0 x 3 Hertha Wolfsburg 0 x 0 Bayern Schalke 2 x 0 Eintracht Frankfurt Hamburgo 3 x 0 Kaiserslautern

26ª rodada Vitória Setubal 0 x 2 Porto Acadêmica 1 x 0 Penafiel Gil Vicente 1 x 2 União Leiria Marítimo 0 x 0 Rio Ave Sporting 1 x 0 Boavista Nacional 1 x 2 Amadora Paços Ferreira 1 x 1 Vit. Guimarães Benfica 0 x 0 Naval Belenenses x Braga (hoje)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

59

18

29

48

1 Porto

57

17

26

40

1 Lyon

65

19

29

51

2 Hamburgo

53

16

22

40

2 Sporting

55

17

20

42

2 Bordeaux

56

15

16

31

3 Schalke 04

51

14

19

37

3 Benfica

50

15

18

40

3 Lille

51

14

22

42

4 Werder Bremen

50

15

26

55

4 Braga

48

14

16

29

4 Auxerre

50

15

10

38

5 Stuttgart

35

7

5

27

5 Boavista

45

12

13

34

5 Olympique

47

13

1

29

6 Hertha

33

8

2

37

6 Nacional

43

12

8

31

6 Lens

45

10

10

36

7 Borussia Moenchen.

33

8

-2

30

7 Vitória de Setúbal

39

12

-3

21

7 Le Mans

45

13

4

29

8 Bayer Leverkusen

32

8

2

41

8 União Leiria

35

10

-2

34

8 Rennes

44

14

-5

38

9 Hannover

31

6

3

34

9 Acadêmica

32

9

-9

26

9 PSG

43

11

5

32

10 Borussia Dortmund

31

7

0

29

10 Marítimo

31

7

-1

28

10 Nancy

41

11

5

29

11 Arminia Bielefeld

30

8

-7

27

11 Rio Ave

30

7

-9

27

11 Monaco

40

11

5

31

12 Nuremberg

27

7

-10

30

12 Estrela Amadora

30

8

-5

22

12 Saint-Etienne

40

10

-2

25

13 Wolfsburg

27

6

-15

25

13 Naval

28

8

-9

26

13 Nice

40

10

-2

22

14 Eintracht Frankfurt

26

7

-10

31

14 Belenenses

28

8

-1

31

14 Nantes

36

9

-1

30

15 Mainz

24

6

-3

36

15 Paços Ferreira

28

7

-12

26 21

15 Toulouse

35

9

-8

27

16 Kaiserslautern

24

6

-20

34

16 Vitória de Guimarães

28

7

-10

16 Sochaux

33

8

-8

24

17 Duisburg

21

4

-20

23

17 Gil Vicente

27

8

-7

27

17 Troyes

28

6

-13

24

18 Colônia

18

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m dos heróis, na visão do técnico Emerson Leão, pela vitória de sábado contra a Portuguesa, que manteve o Palmeiras na briga pelo título paulista, o volante Alceu deve ser mantido como titular do meio-campo na partida desta quarta-feira, às 21h45, no Parque Antarctica, contra o Rosario Central. Revelado no Parque Antarctica, Alceu caiu em desgraça com a torcida após más atuações, mas tem o respaldo do treinador, que o colocou em campo com a camisa 10 no Canindé e o chamou, após a partida, de "guerreiro". "Eu nem vi a camisa com a qual o Alceu entrou em campo. Não ligo para o número da camisa. Eu me importo com quem a veste", afirmou Leão. Num dos grupos mais equilibrados da Libertadores, o Palmeiras tem de vencer o Rosario para encerrar na liderança o "primeiro turno" da chave - depois, terá dois jogos seguidos fora, contra o mesmo Rosa-

rio e o Atlético Nacional, na Colômbia, antes de encerrar a participação nessa fase, em casa, contra o Cerro Porteño. A tentativa foi obtida com sucesso pelo Internacional, que bateu o Pumas por 2 a 1, no México, e lider o Grupo 6 - e ainda tem dois jogos em casa a disputar. Já o Corinthians se deu mal em território mexicano: a derrota para o Tigres o deixou em terceiro no Grupo 4, fora da zona de classificação. Outros dois times brasileiros jogam pela Libertadores nesta semana. Na quarta, o Goiás recebe o Newell's Old Boys, às 19h30, e defende a liderança do Grupo 3. No dia seguinte, o Paulista vai ao Monumental de Núñez para enfrentar o River Plate. RESULTADOS - Grupo 1: Chivas 1 x 1 Caracas; São Paulo 4 x 1 Cienciano. Grupo 2: Sporting Cristal 2 x 1 Bolivar; Independiente Santa Fé 3 x 1 Estudiantes. Grupo 4: Tigres 2 x 0 Corinthians. Grupo 5: Universitario 0 x 1 Vélez Sarsfield; Rocha 3 x 2 LDU. Grupo 6: Pumas 1 x 2

Internacional; Nacional 0 x 0 Maracaibo. Grupo 8: River Plate 4 x 3 El Nacional. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Cienciano x Caracas. Grupo 2: Bolivar x Sporting Cristal. Grupo 3: Goiás x Newell's Old Boys. Grupo 6: Maracaibo x Nacional. Grupo 7: Cerro Porteño x Atlético Nacional; Palmeiras x Rosario Central. Grupo 8: River Plate x Paulista. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. São Paulo, 6; 2. Chivas, 4; 3. Caracas, 1; 4. Cienciano, 0. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe, 7; 2. Bolivar, 4; 3. Sporting Cristal e Estudiantes, 3. Grupo 3: 1. Goiás, 6; 2. Newell's Old Boys, The Strongest e Unión Española, 3. Grupo 4: 1. Tigres, 6; 2. Universidad Católica e Corinthians, 4; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez, 9; 2. Rocha, 4; 3. LDU, 3; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional e Maracaibo, 4; 3. Nacional, 3; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Cerro Porteño e Palmeiras, 4; 3. Atletico Nacional, 3; 4. Rosario Central, 0. Grupo 8:1. Libertad, 4; 4. River Plate, 3; 3. Paulista, 2; 4. El Nacional, 1.

De volta para casa

A

tacado na Alemanha por viver nos Estados Unidos, e por não ter participado na semana passada do workshop promovido pela Fifa, que contou com quase todos os técnicos que estarão na Copa do Mundo, o técnico da seleção alemã, Juergen Klinsmann, regressou ontem ao país. Ele afirmou que só viajou

para a Califórnia após a derrota sofrida diante da Itália, em Florença, porque sua mãe não queria ficar sozinha no aniversário da morte do marido. "Achei que não precisava explicar esses motivos a ninguém, pois são assuntos particulares. Agora, todo mundo já sabe o porquê de eu não ter participado do evento da Fifa", disse o treinador.

Klinsmann já foi criticado por passar mais tempo na América do que no seu país natal até mesmo pelo chefe, o presidente da Federação Alemã, Theo Zwanziger. Nesta semana, eles têm uma reunião particular para tentar colocar um ponto final na polêmica. A Alemanha faz a abertura da Copa, contra a Costa Rica, no dia 9 de junho.

Rui Porto Filho/CBBS

FRANÇA

19 Metz

AO GOSTO DE LEÃO

U

ITÁLIA

18 Strasbourg

Alceu caiu nas graças do técnico e deve jogar contra o Rosario Central, partida decisiva para as pretensões do Palmeiras na Libertadores

Jorginho fez quatro gols e garantiu ao Brasil o título da Eliminatória da Copa do Mundo de futebol de areia

Rotina na areia

O

Brasil goleou o Uruguai por 9 a 2, ontem, em Macaé (RJ), e assegurou o título das Eliminatórias para a Copa do Mundo de futebol de areia, que será realizada em novembro, no Rio. Uruguai e Argentina, a terceira colocada, após derrotar a Venezuela por 2 a 0, também se classificaram para a competição, a segunda sob a organiza-

ção da Fifa. Na decisão de ontem, o Brasil não teve dificuldades diante dos uruguaios. "Gostamos quando o jogo se torna uma festa por méritos nossos", comemorou o técnico Alexandre Soares. O destaque na vitória foi Jorginho, que terminou como artilheiro, com 14 gols, e foi eleito o jogador mais espetacular da competição.

Autor de quatro gols na final, ele comemorou a volta à boa fase, depois de uma "grande lição" em 2005, ano em que desperdiçou, contra Portugal, o pênalti que tirou o Brasil da final da primeira Copa. "Vivi uma das piores fases na minha vida profissional e pessoal. Aprendi e quero voltar a ganhar tudo com a ajuda dos meus companheiros", afirmou.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ESPORTE

segunda-feira, 13 de março de 2006 Luciana Whitaker/Reuters

VITÓRIA DE CAMPEÃO Damien Meyer/AFP

Alonso superou Schumacher na saída dos boxes e ficou com a vitória no GP de Bahrein, primeiro passo rumo ao bicampeonato

blemas na troca de pneus - ficou mais de 45 segundos à espera de uma pistola funcionar e tirar a porca, e acabou apenas em nono lugar. Se Massa foi para o fim da fila, Kimi Raikkonen saiu da última posição na largada, por causa de uma quebra de suspensão no treino classificatório, para o pódio. "O carro é bom e eu acho que temos chances de vencer corridas e lutar pelo campeonato'', disse. A McLaren pontuou também com Juan Pablo Montoya, que chegou em quinto lugar. Em quarto ficou Jenson Button, companheiro de Rubens

Barrichello na Honda. O brasileiro, por sua vez, teve problemas no câmbio e acabou apenas na 15ª posição. "Foi um jeito desapontador de terminar minha primeira corrida pelo time, mas no início da prova tivemos um gostinho de nosso potencial", disse, em referência à disputa com o colega pela quinta posição, nas primeiras provas. "Jenson e eu travamos uma grande disputa desde o início, que tenho certeza que empolgou muita gente", afirmou. Depois, no entanto, os problemas forçaram uma redução no ritmo. Restou-lhe esperar bons resultados na Malá-

Fotos: Sílvio Ávila/CBV

Hevaldo e Alex vencem primeira final; no feminino, Juliana e Larissa mantiveram rotina

Festa dos novatos s pouco conhecidos Hevaldo e Alex brilharam em Curitiba e ficaram com o título da segunda etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, ao derrotarem na final Nalbert e Luizão por 2 a 1 (18/14, 15/18 e 15/10), em sua primeira decisão. "Para a nossa dupla é um ano de aprendizado", disse Alex, que era parceiro de Luizão até o ano passado e agora joga com uma das principais revelações brasileiras dos últimos anos. "É o nosso segundo torneio juntos, e sabíamos que nosso time poderia ser muito bom." Para Nalbert, que conseguiu o segundo pódio nacional de sua curta carreira na praia, o resultado foi positivo. "O importante é manter regularidade, também faz parte do meu aprendizado. Mas acho que já estou demonstrando uma evolução depois de oito meses na praia", afirmou. Entre as mulheres, as favori-

ótimo ter acrescentado alguma emoção à corrida", disse Nico, que bateu em Nick Heidfeld na largada e recuperou várias posições. MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 10; 2. Schumacher (ALE/Ferrari), 8; 3. Raikkonen (FIN/McLaren), 6; 4. Button (ING/Honda), 5; 5. Montoya (COL/McLaren), 4; 6. Webber (AUS/Williams), 3; 7. Rosberg (ALE/Williams), 2; 8. Klien (AUT/ Red Bull), 1. CONSTRUTORES: 1. Renault e McLaren, 10; 3. Ferrari, 8; 4. Honda e Williams, 5; 6. Red Bull, 1.

Salto de prata C

O

sia, no próximo fim de semana. "Sabemos que o carro é veloz. Precisamos resolver os problemas para o próximo fim de semana, quando eu tenho certeza de que farei uma prova muito melhor'', garantiu. A Williams, considerada coadjuvante na temporada depois de perder o motor BMW, conseguiu colocar os dois carros na zona de pontuação: Mark Webber foi o sexto, e o estreante Nico Rosberg, o sétimo. O alemão, filho do finlandês Keke Rosberg, campeão da F-1 em 1982, tornou-se o 54º piloto a pontuar na estréia, e de quebra fez a melhor volta. "É

tas Larissa e Juliana não deram chance para Talita e Renata e venceram com facilidade a final, por 2 a 0 (18/7 e 18/9). "Minha maior felicidade é entrar em quadra e conseguir jogar bem. Foi isso que fizemos", disse Larissa. "Mostramos que nossas conquistas no ano passado não foram por acaso". "Elas tiveram seus méritos porque não erraram, mas nós praticamente não entramos em quadra. Tem dias que isso acontece", lamentou Renata. Para a atleta "da casa" Ágatha, a medalha de bronze ao lado da parceira Shaylin, conquistada na vitória por WO sobre Adriana Behar e Shelda, contundida, foi insuficiente. "Sei que poderia ter conseguido mais", afirmou. Nesta semana, a terceira etapa do Circuito Brasileiro começa na quarta-feira, em Guarulhos, com jogos nas arenas montadas no estacionamento do Internacional Shopping.

om direito a novo recorde sul-americano, Jadel Gregório conquistou ontem a medalha de prata no Mundial indoor de Moscou. No seu melhor salto, o paranaense obteve 17,56 m, e repetiu o desempenho de dois anos atrás, em Budapeste (Hungria). O ouro ficou para o norte-americano Walter Davis, que marcou 17,73 m. O bronze foi do cubano Yoandri Betanzos, que saltou 17,42 m os três anotaram ontem a melhor marca de suas carreiras em pista coberta. Desde novembro do ano passado, Jadel está treinando na Inglaterra com Peter Stanley, ex-técnico do atual recordista mundial do salto triplo, o britânico Jonathan Edwards, que já se aposentou. Nelson Prudêncio, dono de duas medalhas olímpicas no salto triplo (prata em Roma-68 e bronze em Munique-72), afirma que o esporte brasileiro pode esperar mais de Jadel, que tem 25 anos e ficou em sexto nos Jogos de Atenas, em 2004. "Além da boa performance em ginásio, ele tem crescido muito nas competições ao ar livre. A cada ano ele sobe um pouco mais. Não é nenhum exagero esperar um salto próximo a 18 metros", disse o hoje professor ao site da Confederação Brasileira de Atletismo. A prata de Jadel foi a sétima medalha conquistada pelo Brasil nos mundiais indoor, e a única obtida em Moscou. Mais dois atletas chegaram a finais: Erivaldo Vieira foi o sexto no salto em distância, com 7,97 m, derrubando brasileiro marcado em 1980 por João do Pulo; e Vicente Lenílson foi sétimo nos 60 m rasos, com 6s62, novo recorde sul-americano - a marca anterior, de 1989, pertencia a Robson Caetano. Entre as mulheres, nada de finais, mas caíram dois recordes sul-americanos: com Maíla Machado, nos 60 m com barreiras (8s08, um centésimo a menos que sua própria marca, obtida em janeiro), e Keila Costa, no salto triplo, com 14,11 m (o recorde anterior, 13,76 m, era desde o ano passado de Gisele de Oliveira).

Michael Dalder/Reuters

Torben Grael não vê vantagem em competir "em casa"

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epois de dois dias de folga, tempo aproveitado para cuidar do visual (fo to), Torben Grael, comandante do Brasil 1 na Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo, já esteve ontem na Marina da Glória para acompanhar os reparos no barco, quarto colocado na regata que veio da Nova Zelândia. Ela não acredita que a intimidade com a Baía de Guanabara, local da regata in port do próximo dia 25, vai ser vantajosa para sua equipe. "Também pode ser uma desvantagem competir aqui, porque o tempo é muito volátil. As condições climáticas podem mudar rapidamente", disse. Ele vê, no entanto, que a equipe estará melhor preparada, depois dos problemas enfrentados no fim da regata, que lhe custaram duas posições. "Aprendemos muito e a tendência é as coisas irem melhorando". Na próxima etapa oceânica, até os Estados Unidos, a equipe voltará a ter Marcelo Ferreira, parceiro de Torben nas duas medalhas de ouro olímpicas da classe Star.

França garante título antecipado da A1 nos EUA

A

equipe francesa assegurou, com três provas de antecipação, o título da A1, a competição por países de automobilismo. O título veio na primeira prova de ontem, em Laguna Seca (EUA), com o segundo lugar obtido por Nicolas Lapierre. A vitória na prova decisiva foi do mexicano Salvador Duran. A Suíça, única equipe que poderia tirar a taça dos franceses, não pontuou na prova - Giorgio Mondini se envolveu num acidente com o holandês Jos Verstappen e o brasileiro Christian Fittipaldi. CLASSIFICAÇÃO: 1. França, 162; 2. Suíça, 121; 3. Grã-Bretanha, 80; 4. Brasil, 70; 5. Holanda, 69; 6. Nova Zelândia, 67; 7. Portugal, 59; 8. Irlanda, 56; 9. Malásia, 53; 10. Canadá, 49; 11. República Checa, 41; 12. Itália, 40; 13. Austrália e México, 38; 15. Alemanha, 29; 16. Estados Unidos, 22; 17. África do Sul, 20; 18. Áustria, 12; 19. Indonésia, 10; 20. Japão, 8; 21. China, 6; 22. Paquistão, 4.

Superliga: favoritos vencem na abertura das quartas-de-final

R Jadel Gregório conquistou, no salto triplo, a única medalha do Brasil no mundial indoor Alexandre Demianchuk/Reuters

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ernando Alonso começou de forma perfeita a luta pelo bicampeonato da Fórmula 1, ao vencer o GP de Bahrein com pouco mais de um segundo de vantagem sobre o heptacampeão Michael Schumacher, a quem superou numa batalha emocionante, em que por pouco os dois não foram parar fora da pista. Na saída dos boxes, após sua segunda parada, Alonso colocou seu carro à frente e bloqueou a passagem do alemão. Os dois carros quase se tocaram, mas Alonso seguiu na frente. "Foi a única oportunidade de vencer a corrida, e fui atrás dela. Sabia que se eu ficasse na frente dele na saída dos boxes a corrida era minha", explicou o espanhol. A Schumacher, restou o consolo de ver que os tempos de lutar por vitórias estão de volta, depois das dificuldades enfrentadas no ano passado, quando a Ferrari só venceu o GP dos Estados Unidos, contra Jordan e Minardi e sem os carros de pneus Michelin. "Se você pensa onde nós estivemos no ano passado... Se alguém dissesse que terminaríamos em segundo, ficaríamos absolutamente felizes. E, honestamente, estamos felizes. São oito pontos", afirmou. Schumacher já havia começado bem o fim de semana, igualando o recorde de 65 pole positions obtido por Ayrton Senna. Manteve a ponta até a saída de Alonso dos boxes. Felipe Massa, que havia saído em segundo, foi ultrapassado pelo campeão e depois teve pro-

SETE VEZES MUTOLA – A moçambicana Maria Mutola conquistou ontem em Moscou o heptacampenato mundial indoor dos 800 m rasos, com o tempo de 1min58s90. Aos 33 anos, ela não pensa em se aposentar. "Foi um pouco mais difícil que eu imaginava, mas acreditei que poderia vencer. Agora estou cheia de uma nova motivação para continuar minha carreira", afirmou a atleta, que disputa agora os jogos da Comunidade Britânica.

exona e Osasco, os primeiros colocados na fase de classificação da Superliga feminina, saíram na frente nos duelos das quartas-de-final. Ontem, em Belo Horizonte, o Osasco marcou 3 a 0 no Minas, e agora só precisa de uma vitória nos dois jogos que fará em casa - o próximo na quinta. O Rexona bateu o Flamengo por 3 a 0 e tenta a classificação para as semifinais na quarta. A principal surpresa foi a vitória do Brasil Telecom sobre o Macaé, por 3 a 2, fora de casa. No ABC, o São Caetano venceu o Pinheiros, também por 3 a 2. Já na Superliga masculina, o Minas, melhor time da primeira fase, foi derrotado por 3 a 0 pelo Ulbra/São Paulo, em Canoas (RS). Agora, o time mineiro só se classifica se vencer os dois jogos em casa. O Florianópolis venceu o Campinas por 3 a 1, o On Line superou o Banespa por 3 a 0 e o Unisul bateu o Bento, também por 3 a 0.


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Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

A atriz Carol Castro, a Mercedita da novela Bang Bang, é a aposta da grife Planet Girls.

SÃO ESPERADAS 1.000 PESSOAS POR DESFILE

A MODA DA PRÓXIMA ESTAÇÃO QUE CHEGARÁ ÀS VITRINES SERÁ APRESENTADA NO JOCKEY CLUBE

PRÊT-À-PORTER DÁ O TOM DO INVERNO

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eja qual for a previsão do tempo, um clima de inverno tropical tomará conta do Jockey Club de São Paulo a partir de hoje até quinta. É a quinta edição do Prêt-à-Porter Brasil, evento idealizado pelos empresários André Skaf e Omar Sahyoun que tem apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e antecipa para o consumidor a moda que chega às vitrines já nas

Fotos: Divulgação

próximas semanas. Em uma estrutura de 3.300 m², nove grifes de segmentos diversificados – femininas, masculinas, infantis, underwear e acessórios – vão apresentar suas coleções para cerca de mil pessoas por desfile, um público basicamente constituído por clientes, fornecedores e re p re s e n t a n t e s de multimarcas de todo o País. Já devidamente con-

solidado no calendário fashion nacional, o evento tem como diferencial não antecipar tendências conceituais. Ao contrário, exibe o produto pronto que estará no varejo em questão de dias. Esse, provavelmente, é o fator que não apenas o diferencia de outras mostras como também é um dos motivos de sucesso. "O Prêt-à-Porter Brasil chega à quinta edição apoiado em bons resultados para os participantes, como o aumento do público nos desfiles e crescimento nas vendas estimados entre 20% e 40%, fatores que fazem dessa vitrine uma iniciativa cada vez mais importante para todos os envolvidos", afirma Sahyoun. Lançado em março de 2004, o evento já teve quatro edições em São Paulo, três em Belo Horizonte e uma no Rio de Janeiro, somando, em todas as capitais, um público de 60 mil pessoas. Para Skaf, é grande o interesse do consumidor final por uma mostra desenvolvida especialmente para ele. "O Prêt-à-Porter fala diretamente ao nicho mais importante do mercado, e é essa a maior razão de chegarmos à quinta edição em São Paulo." Como todo evento fashion que se preza, o burburinho no backstage e nos lounges também caracteriza o Prêt-àPorter. Nesta edição, haverá os lo u n ge s da livraria Laselva, do Jockey Club, da Focus Networks, Invitemaker e da Vigalli Indústria Têxtil. Co-

mo uma das empresas patrocinadoras, a Electrolux aproveita a temporada de moda para lançar o novo conceito de marca "Pensando em Você", e participa com um l o u nge moderno. Sua ambientação reproduz uma ampla cozinha com área de estar. Esse layout acompanha a tendência mundial e cada vez mais comum no Brasil, a de que a cozinha passou a ter muito mais importância na casa e se tornou um espaço para receber os amigos e se sentir à vontade. Durante os quatro dias de evento, o espaço da Electrolux vai receber convidados que mostrarão seu talento gastronômico, e ser a sede, ainda, de sessões de customização de aventais sob a orientação de artistas plásticos e de degustação de pratos preparados especialmente para a ocasião.

André Skaf e Omar Sahyoun

Asas à imaginação – Nem tudo é lançamento durante o Prêtà-Porter. Em paralelo à programação de desfiles será feita uma homenagem a Alberto Santos Dumont, pelo centenário do primeiro vôo do 14-Bis. Por conta disso, toda a ambientação é inspirada em aviação, com di-

reito até a uma réplica da aeronave, que ficará exposta na área de convivência, ao lado de outras peças alusivas ao tema. O ponto alto do tributo deve ocorrer na quarta, dia 15, quando os organizadores do Prêt-àPorter oferecem um coquetel para Fernando de Arruda Botelho, um dos maiores incentivadores e investidores da aviação executiva brasileira. Tudo animado pela bateria da Escola de Samba Unidos do Peruche, que neste ano desfilou com o enredo "Santos Dumont... Brasil e França Navegando pelos Ares". Do samba para a música eletrônica, a turma da moda migra inteira para a Disco na quinta, palco de uma megafesta de encerramento de mais uma maratona de desfiles, que se realizará seja sob chuva ou noite de lua. João Jacques

Grifes apostam nas celebridades

E

strelas de TV e celebrid a d e s m i r i n s c a m inham juntas no Prêt-àPorter desde a primeira edição. Nesta, não será diferente. Embora algumas grifes não tenham divulgado seus contratados, alguns nomes já estão confirmados, como os das atrizes Maria Fernanda Cândido, Karina Bacchi, Rafaela Romolo (sósia mirim de Ana Paula Arósio) e Nicete Bruno. Veteranas no evento, as grifes infantis Green e Lilica Ripilica apostam em propostas românticas e coloridas para o público mirim. Na primeira, o inverno 2006 chega impregnado de uma saudável onda retrô, pleno de memórias afetivas. Um túnel do tempo repleto de doces lembranças e descobertas que remetem aos "Tempos da Vovó", inspiração de uma coleção na qual se dest a c a m ro u p a s b o rd a d a s à mão, estampas antigas e apliques. Tocada por recordações da infância, a Lilica leva à passarela Rafaela Romolo e Nicete Bruno, estrelas da apresentação que tem como cenário a "sala da casa da vovó". Voltada para meninas maiores, a Planet Girls propõe ati-

Cintura marcada e caimento impecável são os destaques da colecão da Gregory

tude e brasilidade. Mesmo tendo como inspiração a Rússia – país conhecido por seu inverno rigoroso – a grife adicionou uma bossa tropical às peças, apresentando um mix glamoroso e ao mesmo tempo urbano e descontraído. Estrelando a campanha dessa coleção, a atriz Carol Castro, intérprete da personagem Mercedita, na novela "Bang Bang". Com inspiração no universo

LUCRO A Gol registrou lucro de R$ 424,5 milhões no ano passado, 40,7% mais que em 2004.

CABEÇA FRIA

O

ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não mostrou nenhuma preocupação com a queda de 1,3% na atividade industrial. "Não tenho dúvidas de que este ano teremos crescimento superior na indústria e no PIB de modo geral", afirmou. Como exemplo, citou a indústria da construção civil, para a qual estão previstos investimentos de R$ 18,7 bilhões. "O que vai ajudar no crescimento econômico de maneira sustentada é ter previsibilidade. "E, nesse aspecto, o Brasil está muito tranqüilo", disse. (AE) A TÉ LOGO

Ó RBITA

TV DIGITAL

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governo adiou a decisão quanto à tecnologia que será adotada para a TV digital no País. O comitê formado por nove ministérios envolvidos nas negociações pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira, "um pequeno prazo" para concluir os entendimentos com japoneses e europeus. A informação foi lida pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. O texto diz, ainda, que já há "entendimento comum dos ministros que os estudos técnicos realizados já permitem as conclusões sobre o modelo de TV digital a ser adotado pelo País". (AE)

olímpico dos anos 70, a TNG mostrará um conjunto pleno de referências a esgrima, atletismo e ginástica. E em mais um salto, é chegada a hora de ir à festa. Com modelos assinados por Arthur Caliman, a mulher surge com diversas opções de estampas. Á frente, Karina Bacchi como ícone. Outra beldade da TV, Maria Fernanda Cândido, retoma a passarela no desfile da Gregory. (JJ)

PARCERIA A Varig fechou com a Air China acordo para oferecer vôos diários para o país via Frankfurt.

ÁLCOOL

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Agência Nacional do Petróleo (ANP) quer controlar as exportações de álcool combustível para garantir o abastecimento interno e evitar crises como a iniciada no fim do ano passado, que vem elevando os preços do produto. A agência já tem o poder de interferir no comércio exterior de derivados de petróleo e biodiesel. Entretanto, já levou ao governo pedido de mudanças na atual legislação para estender sua atuação ao álcool. Somente na última semana, o preço do combustível subiu em torno de 3,5% nas usinas paulistas. (AE)

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AmBev desenvolve estratégia para manter liderança em 2006

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Nutrimental aposta em lançamentos para enfrentar concorrência

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Mercado concentra expectativas na ata do Copom, que sai quinta-feira


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 13 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

AGENDA POLÍTICA DE MARÇO

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tucano Eduardo Azeredo também constaria no relatório final como receptor de recursos ilegais de Marcos Valério. Petistas e tucanos ainda travarão escaramuças pela retirada e pela inclusão deste ou daquele nome no relatório. Cerca de dez ministros deverão deixar o governo até o final do mês para concorrer às eleições. A tendência é de que Lula agregue ao ministério nomes com perfil técnico e alguns senadores que não precisam concorrer às eleições. Palocci não deverá concorrer a nenhum cargo e ficará na Fazenda. Mas ele poderá deixar o ministério mais tarde para coordenar a campanha de Lula. Esta decisão, contudo, será bastante refletida, tanto pelo presidente quanto pelo ministro. Existem muitos prós e contras a esta alternativa. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

O PMDB pode cair numa guerra de liminares

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

O GENERAL

Leopardos, hienas e os juros ROBERTO FENDT

Dida Sampaio/AE

A CPI dos Correios vai concluir seu relatório em quinze dias. A lista dos acusados de receber o mensalão receberá novos nomes? marcadas para o dia 19 e, por enquanto, o partido se divide entre Anthony Garotinho e Germano Rigotto. A ala governista do PMDB, que quer uma aliança formal com Lula, ainda está no jogo e estuda alternativas para viabilizar sua estratégia. Uma destas alternativas consistiria em lançar um novo précandidato para disputar as prévias. Com isto pretende provocar um segundo turno e ganhar tempo para intensificar negociações e postergar a decisão do partido para depois de 31 de março, último prazo para a desincompatibilização. Se nenhum candidato obtiver 50% mais um dos votos a decisão irá para um segundo turno, marcado para dia 26 de março. É aí que entra em cena nova alternativa que consistiria em inundar a Justiça de recursos contra as prévias ou os seus resultados, buscando inviabilizá-las juridicamente. Se a decisão final ficar para depois de 31 de março, é

JOÃO DE SCANTIMBURGO ASSENTOS PARA

provável que Rigotto desista da disputa, pois teria que largar o governo do Estado para continuar alimentando a pretensão da candidatura presidencial. Com Rigotto fora do páreo, os governistas avaliam que seria mais fácil obter maioria no partido para chancelar uma aliança com Lula. A CPI dos Correios terá que concluir seu relatório final ainda em março. O principal ponto de interrogação sobre o relatório é se ele incluirá novos nomes nas acusações de recebimento do suposto mensalão ou se permanecerá adstrito aos nomes já conhecidos. Muitos analistas apostam que cerca de dez novos deputados serão citados. O nome do senador

Céllus

lém das movimentações partidárias e de pré-candidatos, são destaques da agenda política de março a apresentação do relatório final da CPI dos Correios, e sua votação, e a reforma ministerial que presidente Lula terá que anunciar, decorrente da desincompatibilização de cerca de dez ministros. No cenário sucessório serão decisivas as escolhas de candidatos presidenciais por parte do PSDB e do PMDB. O comando partidário do PSDB entregou a decisão nas mãos do prefeito José Serra e do governador Geraldo Alckmin. A única possibilidade de consenso é um entendimento entre os dois. Já o PMDB tem prévias

A

Sicília foi cenário de alguns dos mais memoráveis filmes da história do cinema. Pela popularidade, O poderoso chefão, de Francis Ford Coppola (1972); como clássicos, La terra trema, de Luchino Visconti (1948); Stromboli de Roberto Rossellini (1949); A aventura, de Michelangelo Antonioni (1960); e O bandido Giuliano, de Francesco Rosi (1961). E foi lá também que foram filmados o hilariante Divórcio à italiana, de Pietro Germi (1961); e os sensíveis Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore (1989) e O carteiro e o poeta, de Michael Radford (1995). Mas a Sicília foi também o cenário de O leopardo, de Luchino Visconti (1963), baseado no romance histórico de Lampedusa. Giuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957), duque de Palma e príncipe de Lampedusa, publicou em vida apenas três artigos sobre a literatura francesa do Século 16, em um obscuro jornal de Gênova. Postumamente, seu romance histórico sobre a unificação da Itália por Garibaldi, O leopardo, foi justamente aclamado como obra-prima pelo tratamento poético da condição humana. Com o enredo se desenvolvendo entre 1860 e 1910, a narrativa subjetiva de O leopardo contraria a objetividade usual do gênero. Além disso, o narrador é um desiludido com os efeitos da unificação italiana e um cético com relação às reformas de Garibaldi. Com Lampedusa e O leopardo encerra-se o período neo-realista da ficção italiana. Desiludidos devem estar também os eleitores do Partido dos Trabalhadores, especialmente aqueles que atribuem aos juros todas as mazelas que as promessas petistas não eliminaram. Não importa o clamor vindo de todas as partes, e que o mais desunido dos agrupamentos hu-

manos – o dos economistas – esteja em raro momento de unanimidade: os juros reais estão altos demais e poderiam, sem risco, ser reduzidos até um patamar da ordem de 13 a 14%, o que produziria uma taxa de juros real ainda superior a 8% ao ano. Dado que o momento é particularmente feliz do ponto de vista da inflação, seria razoável acelerar a redução da taxa Selic.

D

iante desse quadro, o Copom do Banco Central primeiro ampliou o intervalo entre suas reuniões, de 30 para 45 dias e, na reunião realizada em 17 e 18 de janeiro, reduziu a taxa Selic em 0,75% – dose que acaba de repetir na reunião deste mês. O que espanta é a extraordinária consistência do Copom: para quem já teve a curiosidade de fazer a conta, 0,75 ponto percentual por 45 dias corresponde exatamente a 0,5 ponto percentual por 30 dias. Assombra também a tranqüilidade com que o Banco Central pretende manter em 16,5% pelos próximos 45 dias a taxa Selic. Caso o BC não mude de idéia e persista nessa toada, somente em agosto estaríamos chegando a uma taxa de juros de 13,5%. Até lá, as condições objetivas para a taxa de juros de equilíbrio poderão ter se alterado, inviabilizando o processo de redução no meio do caminho. Para isso, basta que o Federal Reserve americano, o banco central europeu e o banco central do Japão elevem suas respectivas Selics. Ou que o governo do PT promova uma expansão de gastos que ultrapasse tudo o que já assistimos até agora. Nada mudou? No Leopardo o personagem central diz que depois dos leopardos vieram as hienas, e que tudo se tornou diferente, porém pior. Terá sido esse o nosso caso?

A ssombra a tranqüilidade do BC ao manter esta Selic por mais 45 dias

O nome da rosa MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO

O

Nome da Rosa, primeiro romance do notável semiótico Umberto Eco, foi estrondoso sucesso editorial. O título da obra é uma expressão usada na Idade Média para classificar o imenso poder das palavras. O livro tem sido o principal meio de difusão do conhecimento, da cultura, das ciências e da informação técnica. Porém, a partir do advento dos computadores e da internet assiste-se a interminável debate, no qual a comunicação impressa e a digital são colocadas em posições antagônicas. Tal discussão, entretanto, ignora a realidade, pois as mídias eletrônicas, jornais, revistas e livros têm convivido em harmonia. Por isso, é fundamental analisar a questão de maneira menos maniqueísta e mais realista, focando as causas que, de fato, ameaçam o acesso à cultura e ao conhecimento no Brasil. Ou seja, a exclusão social, o desemprego médio de 11%, a péssima distribuição de renda, a má qualidade do ensino público e o fato de 44,7% dos brasileiros ainda serem vítimas do analfabetismo (incluindo-se o funcional). Assim, não é mera coincidência que o índice de compra espontânea de livros seja inferior a um exemplar por habitante/ano, que 79% da população nunca tenham mexido num computador e 89% jamais navegado na internet: apenas 14,4% têm acesso regular a um microcomputador. De nada adiantam propostas de fragmentar obras acadêmicas, retaliando-as digitalmente, para que alunos de baixa renda, inclusive universitários, possam ler por baixo preço apenas capítulos de maior interesse. Ora, o Brasil não

precisa de meios-doutores, cientistas e bacharéis; necessita, sim, de profissionais altamente qualificados, capazes de o resgatar dos porões da economia global. Além disto, independentemente de questões mercadológicas, o analfabetismo, a exclusão e a deficiência do ensino, típicos do terceiro mundo, ferem a auto-estima e o conceito de cidadania do povo brasileiro.

N

esse contexto, o livro continua sendo meio de baixo custo para o acesso à informação e à leitura. O próprio PNLD é prova inconteste disso. O preço médio unitário dos cerca de 120 milhões de exemplares anuais comprados pelo governo gira em torno de R$ 4,50. Assim, é oportuna a extensão do programa ao ensino médio, conforme consta do planejamento do governo. O Homo sapiens contemporâneo não pode dispensar quaisquer meios de acesso à informação, pois o poder da palavra e dos conteúdos é muito superior em relação à época retratada no romance de Umberto Eco: o número de textos científicos tem crescimento exponencial, dobrando a cada 40 anos, e só no ramo da física teórica, dentro de algum tempo haverá dez novos artigos a cada segundo, salienta Stephen Howking, em seu best seller O universo numa casca de noz. Ou seja, o “nome da rosa” — o conhecimento — torna-se um conceito elevado ao infinito, exigindo foco preciso na identificação dos desafios da humanidade. MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA (ABIGRAF).

O livro continua sendo meio de baixo custo para acesso à informação

sse caso do general Francisco Albuquerque, que levou dois passageiros de um vôo da TAM a desembarcarem, deve ser encerrado. E os dois passageiros que deram lugar ao general e a sua esposa devem ser classificados como pessoas cordiais, que muito animam a lisonja brasileira. Quanto ao general e aos funcionários da Infraero, todos cometeram vários equívocos sobre as reservas em si, as bagagens e finalmente o embarque. Disse o general que tinha deveres a cumprir em Brasília. Aceitemos a afirmação do maior interessado; todos nós sabemos como são disciplinados os membros da Força Aérea Brasileira (FAB). Se o general tinha deveres e não podia estar presente no local aprazado, escolheu o transporte aéreo de uma companhia regular para não deixar de cumprir o seu dever. Foi isto que ele fez. Se não fez reserva há mais tempo é porque não contava com a superlotação do vôo.

E

Disse o general que tinha deveres a cumprir em Brasília. Aceitemos a afirmação do maior interessado. videntemente, há passageiros privilegiados, como um general, com deveres inadiáveis a cumprir, que deveriam ter a cautela de fazer a reserva de assento para não ter a surpresa causada pelo overbooking, numa época e num dia de muitas viagens. Os funcionários da Infraero foram exemplares com a alta patente em questão e sua esposa, fizeram o possível para atendê-los e conseguiram, mediante a boa vontade de dois passageiros cordiais. A companhia de aviação fez o possível para atendêlos, reconhecendo que um militar brasileiro de alta patente não iria usar palavras inadequadas para obter embarque em um avião. Tudo bem, isto está esclarecido. Tudo não passou de alguns equívocos e a Imprensa registrou o fait divers. Está ai o que eu penso sobre os assentos para o general. Tenho dito!

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

R$ 0,60 São Paulo, segunda-feira 13 de março de 2006 Ano 81 - Nº 22.084 Edição de Campinas concluída às 00h05

Aldo V. Silva/Cruzeiro do Sul

ESPERANDO O MILAGRE

Tucanos levam PFL ao altar De joelhos, no altar da igreja de Sorocaba, rezaram os três caciques pefelistas - o vice-governador Cláudio Lembo, o vice-prefeito Gilberto Kassab e o senador Romeu Tuma (foto). Eles estão esperando a fumaça branca sair da sede do PSDB, anunciando o abençoado para a disputa presidencial. Página 3 Armando Fávaro/AE

Leonardo Rodrigues/Hype

Tricolor encosta no líder

Um novo título para São Paulo

Danilo e Thiago (à dir.) comemoram gol, em dia de vitória contra o Corinthians. O São Paulo volta à briga no Paulistão, agora só a dois pontos do Santos, que perdeu do Guarani.

Capital do empreendedor, SP recebe Sujit Showdhury (foto) e mil visitantes de mais de 100 países. Eco/3 Marcos Fernandes/LUZ

Eduardo Nicolau/AE

Prometeu à família e cumpriu O técnico Antônio Lopes (foto) confidenciou à família: "Se perder do São Paulo, peço demissão". Perdeu de 2 a 1 e já não dirige mais o Corinthians. DC Esporte TEMPO EM CAMPINAS Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 16º C.

Uma vela para o santo e 42,1% de imposto ao Leão A coleta de assinaturas pela transparência tributária foi feita ontem no Santuário de padre Marcelo. Eco/5

O inverno começa hoje no Jockey Club

Jesus no céu e políticos eleitos na Terra

Até quinta-feira vai desfilar no Jockey a coleção de inverno do Prêt-à-Porter. A pré-estréia está em Economia/4

Os 26 milhões de evangélicos já são um grande poder político no Brasil. Até Lula os cobiça. Páginas/5 e 6


segunda-feira, 13 de março de 2006

Empresas Nacional Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

VELAS TÊM 42,1% DE IMPOSTO EMBUTIDO

5

15

mil pessoas, em média, vão ao Santuário do Terço Bizantino em dia de missa do padre Marcelo Rossi

Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

FIÉIS TAMBÉM ESTÃO DE OLHO NO IMPOSTO Movimento chegou ontem ao Santuário do Terço Bizantino, do padre Marcelo

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Feira livre — Quatro quios- celebrações é muito difícil tirar em muita fé e orações livram o bra- ques do movimento dividiram a atenção das pessoas, que sileiro do fantas- espaço — e a atenção dos fiéis muitas vezes vão ao Santuário ma do imposto. — no entorno do Santuário exclusivamente para ver o paPara se ter uma idéia, a cada com centenas de barraquinhas dre Marcelo. Nesses períodos, vela que acende para um san- que vendem terços, velas, san- o trabalho foi dobrado. Imposto no cafezinho — Títo, o devoto que vive no Estado tinhos, água para ser abençoade São Paulo paga, sem saber, da, além de alimentos como pico freqüentador do Santuá42,1% de tributos. A homena- milho verde, sanduíches, sal- rio, o aposentado Carlito de gem aos mortos também é ta- gados e pipoca. É nessa espécie Oliveira, de 74 anos, particixada: uma urna funerária car- de feira livre que os milhares pou das celebrações de ontem. re g a 3 7 , 1 3 % d e t r i b u t o s e de fiéis se abastecem para Fã de padre Marcelo, Oliveira diz não se impor18,91% do valor tar de demorar dos ramalhetes de quase duas horas flores corresponpara ir de sua casa, dem a impostos. no Jabaquara, até o Foi pensando em Santuário, que fica mostrar aos fiéis o em Santo Amaro. quanto pagam de Caminha e entra tributos nos produem ônibus lotados tos que consomem, todas as quintas, inclusive nos artisábados e domingos religiosos, que gos, religiosameno movimento De te, para acompaOlho no Imposto nhar o padre. montou ontem Mas mesmo um postos no Santuápouco atrasado rio do Terço Bizanpara a missa de ontino, do padre Mar- Fiéis descobriram que os artigos religiosos são tributados tem, o aposentado celo Rossi, na zona sul da capital paulista. O movi- agüentar uma verdadeira ma- re s o l v e u p a r a r a o v e r u m mento já conseguiu cerca de ratona de celebrações. Não são quiosque do De Olho no Im300 mil assinaturas e foi buscar poucos os que chegam ainda posto. Assim que soube do que o apoio dos fiéis que todos os de madrugada ao Santuário se tratava, reagiu, espontaneadomingos disputam um lugar (muitas vezes em caravanas mente: "Quer dizer que o café no Santuário para acompa- vindas do interior e de outros com leite e o pão com manteiga nhar a celebração do padre estados) e só voltam para suas que comi antes de vir para cá é Marcelo. Ontem aproximada- cidades no início da tarde. A que pagam a saúde e o transmente 15 mil pessoas estive- primeira missa acontece às 6 porte?", perguntou ao repreram no Santuário. horas, mas é preciso chegar sentante do movimento. De faO objetivo do De Olho no bem antes para conseguir um to, uma fatia gorda do café da Imposto é colher 1,5 milhão de bom lugar. A segunda missa manhã do aposentado corresassinaturas até o dia 1º de maio começa às 9 horas e entre elas ponde a tributo e realmente para levar ao Congresso Na- há um intervalo de uma hora. deveria retornar para a sociecional um projeto de lei popuAproveitando essa "janela" dade em forma de benefício. "Mas se fosse assim, a rua lá lar que regulamente o parágra- entre as missas, os represenfo 5° do artigo 150 da Consti- tantes do De Olho no Imposto de casa não deveria estar toda tuição Federal. O dispositivo abordaram os fiéis apresentan- esburacada. É bom que o povo garantirá aos cidadãos saber do a idéia e a lista de adesão ao saiba em quanto é taxado", disquanto pagam de imposto. movimento. Afinal, durante as se o aposentado. "Se o boi sou-

Movimento consegue 8 mil assinaturas em Guarulhos

L

ançado há três semanas em Guarulhos, o movimento De Olho no Imposto já obteve 8 mil adesões, das 36 mil assinaturas estabelecidas como meta para a região. A campanha pela transparência tributária tem como objetivo colher 1,5 milhão de assinaturas para o envio de um projeto de lei popular ao Congresso Nacional que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal. O artigo prevê a discriminação, na nota ou cupom fiscal, do valor dos impostos embutidos nos preços dos produtos e serviços. Em Guarulhos, as assinaturas estão sendo coletadas pela Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE) e as 20 entidades participantes do movimento. Já as cidades que compõem a região administrativa 3 da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) – Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e Suzano –, contabilizaram mais de 20 mil assinaturas. "A cidade vem fazendo sua parte, mas podemos fazer muito mais. Continuaremos em busca de mais adesões, até porque acreditamos que Guarulhos pode ultrapassar a meta", disse o presidente da ACEGuarulhos, Decio Pompêo Junior. O prazo para a coleta de assinaturas termina no dia 1º de maio no Estado de São Paulo.

DC esclarece dúvidas sobre o Imposto de Renda No demonstrativo de rendimentos fornecido pelo INSS, os valores referentes à pensão ou aposentadoria estão classificados como rendimentos isentos e não tributáveis e o valor referente ao 13º salário está classificado como rendimentos sujeitos a tributação exclusiva. Isso está correto? (Moacir) Se o beneficiário tiver mais de 65 anos está correto, sim. Quando o INSS informa tais rendimentos já classificados, significa que o beneficiário tem mais de 65 anos. Quanto ao 13º salário, também está correto como tributação exclusiva. Tenho mencionado minha aplicação anual do PGBL no quadro "Pagamentos e Doações Efetuados" para propiciar o desconto da base de cálculo do IR. Porém, minha dúvida é que tenho lançado ano após ano estes valores e os rendimentos no quadro "Declaração de Bens e Direitos" e também somente os rendimentos dos mesmos no quadro "Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis" na linha "Outros", a fim de mostrar a evolução patrimonial. O mesmo é feito com o VGBL. Está correto o procedimento? (Valdir Bresne) No caso do PGBL, informase no quadro Pagamentos e Doações os valores pagos no

decorrer do ano, mas não se declara no quadro Bens e Direitos, pois não pode ser classificado como bem (não se considera patrimônio), visto que é impenhorável (por ter a finalidade de alimentar). Quanto às aplicações em VGBL, está correto porque se trata de uma aplicação e é penhorável (não tem finalidade alimentar). Nesse caso, lança-se no campo Pagamentos e Doações, Bens e Direitos. PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. São planos previdenciários que permitem acumulação de recursos por um prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado pela seguradora escolhida pelo comprador.

TIRA-DÚVIDAS

A

s dúvidas dos contribuintes sobre o preenchimento da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006 devem ser enviadas para o email irpf@dcomercio.com.br, com nome e telefone. As questões serão respondidas por técnicos da Confirp Consultoria Contábil e publicadas às segundas-feiras.

Depois de saber que o imposto que paga é que financia os serviços públicos, o aposentado Carlito de Oliveira (no alto), assina a adesão. Representantes do movimento apresentaram projeto aos fiéis.

besse a força que tem não puxaria a carroça", completou, antes de entrar no santuário para cumprir sua rotina. Os números comprovam que boa parte do desjejum do aposentado vai para os cofres dos governos. No preço de um pacote de café, por exemplo,

pelo menos 36,52% são impostos. Também há tributos no leite longa vida (33,63%) e na manteiga (37,18%). Assim como Oliveira, o motorista Kleber Kalil, que saiu de Minas Gerais para assistir ontem à missa do padre Marcelo, ficou indignado com o alto

custo dos tributos. "Acho que não há como o cidadão se livrar dos impostos, mas também acredito que precisamos saber quanto pagamos para poder cobrar o retorno na mesma proporção", disse o motorista, que aderiu ao movimento. Renato Carbonari Ibelli


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

POLÍTICA - 3

NO PLANALTO, ALCKMIN É VISTO COMO CANDIDATO MAIS FORTE QUE SERRA

poLítica À ESPERA DE UM NOME TUCANO Aldo V. Silva/Cruzeiro do Sul

Eymar Mascaro PSDB começa mais uma semana em clima de indecisão generalizada sobre quem será o candidato do partido à Presidência da República: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o prefeito paulista, José Serra. A definição, que no fim da semana passada havia sido marcada para ser anunciada hoje, foi novamente adiada para amanhã e, mesmo assim, sem muita convicção. Mesmo com grandes chances de o PSDB adiar mais uma vez a escolha do candidato tucano, aliados contam com o anúncio de amanhã. Entre as lideranças do PFL, que se reuniram no fim de semana em Sorocaba, a expectativa é grande. Os pefelistas, porém, evitaram falar sobre o assunto. Segundo matéria publicada ontem no jornal Cruzeiro do Sul, o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo – que assumirá o Palácio dos Bandeirantes a partir de abril com a saída de Alckmin–, disse que " não se intromete em questões internas do PSDB". Com chances de substituir Serra na Prefeitura paulistana, o deputado Gilberto Kassab também desconversou. "Essa definição é mais aguardada que a sucessão do Papa. Só falta soltarem fumaça branca, quando o nome for escolhido", ironizou o pré-candidato ao governo paulista, o empresário Guilherme Afif Domingos. Prévias – Ontem, correligionários de Alckmin já consideravam a hipótese de que a definição tucana será postergada e, amanhã, seriam revelados apenas os critérios de escolha do

O OAB na Justiça

TEMOR

O PMDB é um dos partidos que lutaram pela extinção da verticalização. A legenda considera praticamente inviável candidatura própria à sucessão presidencial se o sistema prevalecer. O PMDB quer ter liberdade de se coligar de forma diferente nos estados.

BARREIRA

Os pequenos e médios partidos estão com a corda no pescoço: se não atingirem um número mínimo de votos nos estados terão seus registros cancelados no TSE. É a cláusula de barreira. E sem a liberdade de se coligarem com siglas mais fortes correm o risco de extinção.

EXEMPLO

O PTB é um partido que não quer a verticalização porque no plano federal apoia Lula, mas, nos estados, fechou com governadores de oposição ao governo federal. Caso, por exemplo, de São Paulo. O PTB pertence à base de Alckmin na Assembléia Legislativa e ainda participa do secretariado estadual.

para o governo paulista. Mas o quadro de candidatos ainda está incompleto. O PFL, por exemplo, pode ter candidato próprio à sucessão de Alckmin.

CANDIDATURA O PFL pode lançar a candidatura do empresário Guilherme Afif Domingos ao governo de São Paulo. Afif deve subir nas pesquisas durante a campanha. Lembrese que na eleição que disputou obteve mais de 500 mil votos para a Câmara dos Deputados.

NO PMDB Defensor da candidatura presidencial de Germano Rigotto, Orestes Quércia ainda não decidiu se será candidato a governador pelo PMDB. Quércia está bem situado nas pesquisas, mas Alckmin acha que o peemedebista não terá fôlego para sustentar a mesma posição até o fim da campanha.

COMUNISTAS

Outro exemplo típico é o PC do B. O partido tem sobrevivido graças aos acordos que faz, sobretudo com o PT e com Lula. Faz coligações diferentes nos estados. Se vier a fazer coligação com PT apoiando Lula, o PC do B não poderá estabelecer acordos diferentes nos estados.

INSISTÊNCIA

O PSDB passou as últimas horas analisando pesquisas que encomendou para saber a situação de seus précandidatos ao governo de São Paulo. Constatou que o candidato com chance de derrotar, sem susto, os adversários é o prefeito José Serra.

HISTÓRIA

O ex-presidente FHC tem medo de que o PSDB perca o controle de São Paulo, depois de 12 anos no poder. Por isso, insistiu para que Serra aceitasse a candidatura a governador. Segundo as pesquisas, Serra teria chance de se eleger ainda no primeiro turno.

EM BAIXA

FHC acha que o PSDB deve salvar o governo de São Paulo. Por isso, se fixou no nome de Serra. Os précandidatos que se lançaram à sucessão de Alckmin ainda estão com baixo índice de intenção de voto. FHC quer que o PSDB vença também em Minas e Rio.

ADVERSÁRIOS

Por enquanto, os petistas seriam os principais adversários dos tucanos, caso a eleição fosse hoje,

MAIS UM O PDT vai manter a candidatura do vereador Carlos Apolinário a governador. O partido aproveita as inserções na televisão para jogar o candidato no ar. Apolinário já ocupou o governo estadual interinamente quando foi presidente da Assembléia Legislativa.

DEPOIMENTO Está mantido para quartafeira o novo depoimento de Duda Mendonça na CPMI dos Correios. O marqueteiro deve dar mais explicações sobre suas contas bancárias (caixa 2) nos EUA. A sessão na CPMI pode ser secreta.

RECURSO Animado com as absolvições de Roberto Brant e Professor Luizinho, o exdeputado José Dirceu deve encaminhar recurso, esta semana, ao STF, tentando anular a sessão da Câmara que cassou seu mandato. Dirceu quer retornar à Câmara via STF.

PROFETA Aos poucos, vai se confirmando uma profecia de Roberto Jefferson, autor da denúncia do mensalão. Jefferson previu que só ele e José Dirceu teriam os mandatos cassados e que os demais envolvidos no escândalo escapariam da cassação.

Os pefelistas Romeu Tuma, Cláudio Lembo, Gilberto Kassab: torcida para sair logo decisão do PSDB.

candidato. Depois de passar o fim de semana consultando governadores e líderes regionais, a cúpula admitia ontem a necessidade de fazer uma consulta formal ao partido. Na prática, seria uma espécie de prévia. Nesse caso, a legenda deve optar pelo diretório nacional do PSDB, que tem cerca de 200 membros. Hoje, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), fará uma consulta aos dois pré-candidatos, um último apelo para tentar o entendimento. Nos últimos dias, enquanto o governador Aécio Neves falava com os colegas governadores, Tasso concentrou-se nos líderes regionais. Eles ouviram dos

consultados o mesmo temor: a divisão da legenda pode ser fatal para o candidato do PSDB, seja Serra ou Alckmin. Como o entendimento está cada vez mais difícil, tudo indica que Tasso anunciará a convocação do Diretório Nacional para resolver o impasse. "Nesta terça-feira o PSDB terá uma definição. O que é fundamental é o compromisso de Serra e Alckmin para o partido sair unido desse processo", disse Aécio. Ontem, em visita à Bienal do Livro, Alckmin confirmou sua saída do Palácio dos Bandeirantes no fim de março, independentemente da decisão do partido. Ele afirmou ainda que está

"animadíssimo", esperando que seu nome seja anunciado. Governo – Em debate no diretório municipal do PSDB, três de quatro pré-candidatos a governador de São Paulo pela legenda descartam a hipótese de disputar o cargo com Serra. O vereador José Aníbal, o secretário municipal Aloysio Nunes e o deputado federal Alberto Goldman disseram que Serra é précandidato à Presidência da República e não ao governo estadual. O ex-ministro Paulo Renato de Souza, o quarto pré-candidato, não acredita que Serra vá disputar o governo paulista, mas disse que sairia da disputa se ele for candidato. (Agências)

ALCKMIN, UM RIVAL PERIGOSO. Valéria Gonçalves/AE

P

esquisas qualitativas nas mãos de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicam que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode ser um adversário mais perigoso do que o prefeito José Serra numa campanha rumo ao Planalto. Motivo: por ser menos conhecido nacionalmente, tem chance de encarnar o figurino do anti-Lula. Os dois tucanos protagonizam uma novela bicuda para decidir quem será o candidato do PSDB à Presidência e o pêndulo, no momento, está na direção de Alckmin. Embora não haja consenso sobre quem oferece mais risco ao presidente, a maioria aposta que Alckmin é uma "incógnita" com potencial de crescimento e chance de surpreender numa eleição com forte caráter plebiscitário – os "contra" e os "a favor" do governo petista. Nas últimas sondagens de fevereiro e março, que mediram "impressões" dos eleitores das classes C, D e E, Alckmin aparece com menor índice de rejeição do que Serra. É também considerado mais simpático do que o prefeito. O receio do Planalto é de que, com seu discurso de bom moço, Alckmin atinja corações e mentes da classe média, justamente onde Lula está mais fraco. "Se o Alckmin é um picolé de chuchu, o Serra é um verdadeiro jiló", compara o secretário de Organização do PT, Romênio Pereira. E acrescenta: "É muito amargo." O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, por sua vez, procura não pôr mais lenha na fogueira. "O bom jogador não escolhe adversário", desconversou. Confronto – Em análises internas, os petistas prevêem um confronto "político-ideológico" com os tucanos em torno do crescimento econômico. "(...) O PT terá de organizar um discurso didático que resgate o governo Lula como superior ao de FHC, mas, sobretudo, como capaz de dar um salto de qualidade em seu segundo mandato, a partir do

Governador Geraldo Alckmin, em visita à Bienal do Livro: 'animadíssimo', à espera de que seu nome seja anunciado

O bom jogador não escolhe adversário. Jaques Wagner, ministro das Relações Institucionais. trabalho realizado no primeiro", diz um dos trechos do documento reservado que trata das diretrizes para o programa de Lula à reeleição, redigido por Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência. Na sua avaliação, o candidato da coligação PSDB-PFL lançará mão de "um discurso profundamente conservador", abordando a retomada das privatizações, a mudança da política externa e a "criminalização" dos movimentos sociais. Para Marco Aurélio, o concorrente tucano fará "acenos desenvolvimentistas" na campanha, sobretudo se for Serra. "Vamos discutir a ousadia que o PT não teve na política monetária e fiscal", comenta o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Se os juros não baixam, não é porque o Banco Central não quer, mas porque o governo é per-

Leonardo Wen/Folha Imagem

dulário: fez um ajuste fiscal de baixa qualidade." Iceberg – Cotado para vice na chapa do PSDB, o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), é só elogios aos tucanos: diz que tanto Alckmin como Serra têm "visão de futuro". "Coisa que Lula não tem", provoca. "Aliás, essas críticas que o próprio PT faz à política econômica são a ponta do iceberg do que pode ser o segundo governo Lula: mais para Miguel Rossetto do que para Antônio Palocci", completa Agripino, irônico, numa referência aos ministros do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda. Rossetto já avisou Lula que pretende disputar o Senado e deve deixar o cargo no dia 31. "O PT tem o direito de ter opinião", defende o secretário-geral do partido, Raul Pont, da facção Democracia Socialista. "É um equívoco essa obsessão pela política de juros altos para combater a inflação, mas a equipe econômica parece não ter ouvidos para o Brasil real." Enquanto o PT e o governo batem boca sobre a plataforma da reeleição, o PSDB vive dias de angústia para escolher o candidato. (AE)

Factoring

DC

A

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está argüindo no STF a inconstitucionalidade da emenda promulgada pelo Congresso extinguindo a verticalização nas alianças partidárias. Entende a instituição que a aprovação da emenda desrespeita o princípio da anuidade. A OAB recorre ao STF pela manutenção da verticalização nas próximas eleições e admite que o fim desse sistema de coligações deva prevalecer apenas a partir da eleição de 2008. O presidente do Supremo, ministro Nelson Jobim, promete dar uma resposta à OAB até o fim do mês. Pelo sistema de verticalização, os partidos são obrigados a seguir nos estados a mesma coligação que for feita na eleição de presidente da República. Se a verticalização prevalecer os partidos de menor expressão tendem a desaparecer porque sem a coligação com partidos fortes dificilmente romperão a cláusula de barreira.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

segunda-feira, 13 de março de 2006

CPI DOS BINGOS VAI APRESENTAR NOVO PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO DO PRESIDENTE DO SEBRAE

ATRÁS DOS SEGREDOS DE OKAMOTTO

SOCIEDADE CIVIL NO CONSELHO DE ÉTICA?

Rafael Neddermeyer/AE/18-01-2005

CPI dos Bingos apresentará esta semana um novo pedido de quebra de sigilo do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, a partir das suspeitas levantadas pelo ex-deputado Roberto Jefferson, em entrevista publicada na edição de ontem ao jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, Jefferson disse que "a ligação oficial de pagar as contas do presidente, da filha do presidente, se dá através de Okamotto". Essa será a segunda vez que a CPI tenta quebrar o sigilo do homem forte do Sebrae. A primeira tentativa, encaminhada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MS), acabou suspensa depois de aprovada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim. A decisão foi confirmada pelo ministro Cezar Peluso. Okamotto é investigado pela CPI por dois motivos. Um é o pagamento de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT. Registros bancários do partido indicam que Lula pagou a dívida, mas Okamotto admitiu ter quitado os R$ 29,4 mil com depósitos em dinheiro. Ele disse que pagou a dívida do próprio bolso como "favor" a Lula. A versão não

A

Projeto do deputado Carlos Pannunzio prevê que 10 das 15 vagas no Conselho sejam para representantes de organizações como OAB e ABl. Paulo Pampolin/Digna Imagem

U

Okamotto aparece envolvido em novas suspeitas levantadas no fim de semana por Roberto Jefferson

convenceu os parlamentares, que suspeitam que Okamotto obteve o dinheiro com o marqueteiro Duda Mendonça ou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que, com o publicitário Marcos Valério, são acusados de operar o mensalão. A segunda razão é o depoimento de Paulo de Tarso Venceslau, ex-secretário de Fazenda de São José dos Campos. Ele acusou Okamotto de montar um caixa 2 com empresas que

detinham contratos com prefeituras administradas pelo PT. O rastreamento mostra que Okamotto trocou ao menos 56 telefonemas com Delúbio entre março e novembro de 2002. Pressão – "Até terça-feira (amanhã), nós vamos apresentar e votar um novo pedido de quebra de sigilo", informou o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Agora, o STF tem de liberar o sigilo de Okamotto. Se isso não aconte-

A VEZ DO ORÇAMENTO

Comissão Mista do Orçamento tentará votar amanhã o relatório final do deputado Carlitos Mers (PTSC). Um acordo entre os líderes destinou mais R$ 1,8 bilhão em recursos para compensar os

A

missão Brasileira m prode Paz e Justiça. jeto de O deputado juslei que tifica a proposta copropõe mo uma forma de mudar a composibuscar mais transção do Conselho parência e isenção de Ética e Decoro nas decisões. "NinParlamentar da guém poderia aleCâmara dos Depugar que as decisões tados com a partid o C o n s e l h o s ecipação da sociedade civil foi apre- Pannunzio quer apoio r i a m m o t i v a d a s por lutas dos partisentado na última semana pelo deputado federal dos ou correntes ideológicas", Antônio Carlos Pannunzio afirmou Pannunzio. Pontos positivos – O novo (PSDB-SP). A proposta chega ao debate parlamentar após o Conselho continuaria com a plenário da Câmara arquivar responsabilidade de emitir paos processos que pediam a cas- recer pela cassação ou absolvisação dos deputados Professor ção de deputados. Outro ponLuizinho (PT-SP) e Roberto to positivo, segundo PannunBrant (PFL-GO), revertendo a zio é que, por ser formado por decisão dos processos aprova- maioria da sociedade civil, os parlamentares não teriam o dos pelo Conselho de Ética. A idéia é que o Conselho, constrangimento de julgar composto por 15 deputados, uma pessoa com quem muitas passe a contar com apenas cin- vezes tem estreito contato. Pannunzio disse que ainda é co parlamentares e dez representantes de organizações da cedo para avaliar a receptivisociedade civil. Entre elas, o dade dos parlamentares, mas deputado tucano sugere, co- acredita que terá apoio. "A mo exemplos, a Ordem dos maioria (dos deputados) já perAdvogados do Brasil (OAB), cebeu que o Congresso tem Associação Brasileira de Im- que se modernizar também, prensa (ABI), Associação Na- assim como fizemos com oucional dos Magistrados e Co- tras instituições", disse. (ABr)

estados exportadores das perdas com a Lei Kandir. O texto já garante R$ 3,4 bi para esse fim, mas governadores querem, no mínimo, R$ 5,2 bi – o valor repassado pelo governo no ano passado. (AG)

cer o Supremo vai ficar muito mal", disse ACM. A assessoria jurídica da CPI chegou a pensar em reformular o pedido já existente. Mas, como o risco de uma negativa pelo plenário do Supremo é muito grande, os senadores avaliam que o melhor caminho é a votação de um novo pedido. "Venho defendendo essa posição dentro da CPI faz muito tempo", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). (AE)

JUSTIÇA OUVE BICHEIRO omeçam hoje os depoimentos do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Na lista de crimes atribuídos ao "Comendador", a Justiça quer esclarecer

seu envolvimento em pelo menos oito homicídios. Ele é investigado pela CPI dos Bingos por ligações com os assassinos do ex-prefeito Celso Daniel. (AE)

C

AE/Arquivo/02-02-2006

Absolvição de Brant e Luizinho gera conflito no Conselho de Ética Delegado diz que há provas para indiciar ministro Palocci por irregularidades em Ribeirão Preto O Ministério Público Federal quer agilizar as investigações acerca da relação de Duda Mendonça com o caixa 2 e o mensalão e separou a apuração de movimentações financeiras anteriores do publicitário.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Galeria de personagens

Jefferson

Poletto

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

AG/Arquivo/29-11-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

AE/Arquivo/25-08-2005

depoimento na comissão. Na sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, serão ouvidos Willer Martins Giordano (Beta/Promodal), Marco Antônio Pereira (Beta), Lauro Pasqualetto Júnior (Beta) e Roberto Maccache (Mannesmann). Duas medidas provisórias que trancam a pauta e podem ser votadas. A 276/06 concede R$ 350 milhões ao Ministério dos Transportes para obras emergenciais na malha rodoviária do País, conhecida como "operação tapa-buraco". Já a MP 277/06 abre crédito de R$ 74,54 milhões para os ministérios da Agricultura (para o combate à febre aftosa) e das Relações Exteriores, para o pagamento de contribuições à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). G Quarta-feira – O plenário da Câmara vota os processos dos pepistas Pedro Henry e Pedro Corrêa. Em horário ainda não determinado, ocorrerá o aguardado segundo depoimento do publicitário Duda Mendonça na CPMI dos Correios. Ele terá de esclarecer as divergências entre a versão que apresentou à comissão sobre sua relação com o valerioduto e as informações obtidas a partir da análise dos dados de suas contas no exterior. O depoimento poderá ocorrer parcialmente em reunião fechada porque a CPMI se comprometeu com a Promotoria de Nova York a resguardar os dados sigilosos repassados aos parlamentares. (Agências)

Duda

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

AE/Arquivo/06-07-2005

D

epois da ressaca da absolvição dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), o plenário da Câmara vai votar nesta semana outros dois processos de cassação. Acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson de ser um dos responsáveis pela distribuição do mensalão no PP e de oferecer compensações financeiras para que deputados trocassem de partido, Pedro Henry (PE) foi inocentado pelo Conselho de Ética. Quanto ao deputado Pedro Corrêa (PP-MT), o conselho recomendou a cassação. Ele é acusado de ter recebido R$ 700 mil do valerioduto. A CPMI dos Correios entrou na reta final e os sub-relatores dedicarão a semana à finalização de seus relatórios. Encerraram a tomada de depoimentos as sub-relatorias de Normas de Combate à Corrupção, Fundos de Pensão e a que apura suposta corrupção no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). A exceção é a sub-relatoria de Contratos, que ouvirá ainda quatro depoentes, todas as outras centrarão forças na sistematização dos dados já levantados para a composição do relatório final da comissão, que deve ser apresentado no próximo dia 21. G Amanhã – Os senadores da CPI dos Bingos realizam reunião administrativa com o objetivo de votar requerimentos. O destaque fica para o de autoria do senador José Jorge (PFL-PE) que solicita a reconvocação do presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamotto, para prestar novo

Valério

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

AS/Arquivo/10-11-2005

CÂMARA VOTA MAIS DOIS PROCESSOS DE CASSAÇÃO

Jefferson

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

Sérgio Dutti/AE

Duda Mendonça volta à CPMI dos Correios na quarta-feira para depor

Delúbio

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

O ex-assessor da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno reconheceu que todas as indicações para a direção dos fundos de pensão de empresas estatais passaram pelo crivo da Casa Civil e que a maioria dos designados era oriunda do movimento sindical. Sereno foi braço direito do ex-ministro José Dirceu.

A absolvição dos deputados Professor Luizinho (PT-SP) e Roberto Brant (PFL-MG) deu início a uma discussão sobre o rito de julgamento de processos de cassação, por parte de deputados favoráveis à perda de mandato dos dois colegas acusados de envolvimento no mensalão. O conselho havia sugerido a perda dos mandatos.

O delegado de Ribeirão Preto Benedito Valencise disse que o ministro Antonio Palocci era quem dava ordem para adulterar planilhas de serviço de medição da varrição feita pela empresa Leão Leão, que doou dinheiro para campanhas eleitorais do PT. O prejuízo da prefeitura com o esquema seria de cerca de R$ 400 mil por mês.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

segunda-feira, 13 de março de 2006

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empresas fundadas antes de 1970 tiveram falência decretada em fevereiro, segundo Associação Comercial

10/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 08/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.097.637,22 Lastro Performance LP ......... 675.121,40 Múltiplo LP .............................. 1.350.818,74 Esher LP .................................. 2.448.591,66 Master Recebíveis LP ........... 49.471,52

Valor da Cota Subordinada 997,659612 997,854341 998,116692 997,183320 989,430400

% rent.-mês 0,8781 - 0,2146 0,8207 - 0,2683 - 1,0570

% ano 2,1176 - 0,2146 - 0,1883 - 0,2817 - 1,0570

Valor da Cota Sênior 0 1.003,198955 1.008,371635 0 0

% rent. - mês 0,3199 0,4183 -

% ano 0,3199 0,8372 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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2 -.CAMPINAS

segunda-feira, 13 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

COMÉRCIO

Cachaçarias ganham a preferência nacional Na Cachaçaria Brasil: caipirinhas e pratos brasileiros

A

ÓRBITA

ACIC JOVEM Acic Jovem, grupo dos jovens empresários da Acic, se oferece para ser um canal para empresários da cidade interessados em obter informações sobre negócios no Congresso Mundial de Jovens Empreendedores . O evento acontece de quarta a sexta-feira, no Palácio das Convenções do Anhembi. O Congresso visa a estimular a criação de joint ventures entre empresas nacionais e estrangeiras.

O

A cachaça caiu no gosto da classe média. De uma única cachaçaria em 1992, a cidade hoje conta com dez.

cachaça é, definitivamente, a bebida da vez. O crescimento das cachaçarias em Campinas e da produção artesanal nos alambiques regionais não deixa dúvidas de que a aguardente ganhou seu lugar ao sol e na preferência dos consumidores. O produto é hoje cada vez mais degustado seja nos balcões rústicos de madeira, seja nas mesas dos restaurantes sofisticados da cidade, seja em reuniões familiares, fazendo frente a bebidas com maior tradição de consumo como o uísque e o vinho. Aberta em 1992, a Cachaçaria Brasil, no nobre bairro Cambuí, é a mais antiga no gênero na cidade, e reinou absoluta nesse segmento até 2003. Em dois anos, surgiram aproximadamente dez estabelecimentos especializados, os pontos de dose, como também são chamados os locais onde se pode saborear a bebida. O último a ser inaugurado foi a terceira unidade local da Cachaçaria Água Doce – franquia

com mais de 80 unidades no País –, no distrito de Barão Geraldo. O aumento da concorrência não afetou o público da pioneira, afirma a proprietária Angela Mochi. Ela e o marido montaram a cachaçaria quando eram ainda estudantes de Engenharia de Alimentos na Unicamp e desenvolviam pesquisas com aguardentes. “Vendemos terreno, carro e telefone para montar o negócio”, recorda-se Angela. A casa recebe cerca de mil pessoas semanalmente – um público quatro vezes superior ao da época em que o lugar era freqüentado basicamente por universitários –, responsáveis por um consumo mensal de 400 litros da bebida pura ou na forma de caipirinhas em receitas sofisticadas com framboesa, banana e laranja, acompanhadas de pratos da gastronomia brasileira. “Antes o pessoal torcia o nariz. Agora, tomar cachaça é cool”, observa a comerciante. Ela e o marido também produzem dez mil litros anuais de uma cachaça própria em um alambique no Paraná. A cachaça também mudou a vida de Wendel Alves da Silva. O dono da Cachaçaria São Joaquim tinha R$ 3 mil no bolso quando abriu um boteco rústico no distrito de Joaquim Egídio há três anos. De lá para cá, investiu cerca de R$ 500 mil em mais dois estabelecimentos do ramo, onde um público calculado em 12 mil pessoas consome mensalmente cerca de 1.500 litros de um acervo de 650

FORÇA Força Sindical criou, na semana passada, a Coordenadoria Regional de Campinas que vai agilizar projetos da entidade na região. A Coordenadoria tem como prioridade criar uma política de geração de empregos para cada município por meio de parcerias com o poder público. Também estão nos planos a qualificação da mãode-obra, de acordo com as necessidades de cada região. Na região, a Força Sindical atua em 87 municípios com 75 sindicatos filiados e mais de 200 mil trabalhadores.

A Seiscentos rótulos encantam os clientes da Adega da Cachaça

marcas de cachaça. “Os produtores enobreceram a bebida. Existem cachaças com buquê e sabor comparáveis aos dos melhores destilados, e isso atraiu o público com um paladar mais elitizado”, enfatiza Wendel. O sucesso da tradicional bebida junto a um consumidor mais exigente e seletivo também é comprovado por Alberto Rodrigues, da Adega da Cachaça, filial campineira da Adega do Mercado Central, de Belo Horizonte, considerada uma das principais distribuidoras nacionais de cachaça. “Nosso cliente de varejo é das classes média e alta”, revela Alberto. A loja disponibiliza cerca de 600 rótulos, com prioridade para as bebidas artesanais, e seus cerca de 500 clientes compram um total de duas mil garrafas men-

sais, para consumo próprio ou para presentear. A clientela, segundo o gerente, cresce na média de 20% ao mês, como resultado do crescimento do interesse pela bebida. “O consumidor despertou para a bebida genuinamente brasileira”, enfatiza. “Tomar cachaça deixou de ser brega”, afirma o analista de sistemas Sidney Otsuki. Ele e a esposa Neli, funcionária pública, são clientes da adega, e descobriram recentemente o sabor da bebida pura. “Antes gostávamos mais de caipirinha”, revela Sidney, que degusta a aguardente para relaxar ao final do dia, no lugar do uísque e, junto com a esposa, consome em média uma garrafa por semana. Também é a bebida que preferencialmente servem em reuniões com amigos e familiares em casa.

Na São Joaquim há 650 marcas diferentes da bebida

Em breve, o casal e outros apreciadores do produto poderão se encontrar para degustá-lo em conjunto, participar de reuniões e palestras sobre a bebida. A Adega da Cachaça está organizando a Confraria do Copo Furado, e pretende reunir no estabelecimento, no bairro Guanabara, todos aqueles que apreciam a bebida e querem conhecê-la melhor. Paulo César Nascimento

CACHAÇA DO REI: A CAMPEÃ DE QUALIDADE

O

Tradição e investimento: produto premiado

Mercado de Hortifrúti da Ceasa-Campinas registrou, na segunda semana de março, a maior queda nos preços dos últimos nove meses, com baixa geral de 6,25%. A queda resultou do aumento na oferta. O grupo com maior decréscimo foi o de legumes, com o chuchu, registrando a maior retração (42,3%). Também tiveram queda de preço o jiló, a vagem, a batata doce, a cenoura e o quiabo. As hortaliças registraram redução média de 20% no preço.

O

EXPEDIENTE

As bebidas artesanais predominam na Adega da Cachaça

s empresários Paulo Sérgio e Reinaldo Annicchino, da Usina Santa Cruz, são um exemplo de que o mercado da cachaça é promissor. Paulo, administrador de empresas, e Reinaldo, agrônomo, decidiram há cinco anos recuperar um engenho comprado pelo bisavô Giuseppe em 1926 em Capivari, na região de Piracicaba, e passaram a produzir a Cachaça do Rei. Giuseppe, que viera da Itália com 14 anos, em 1892, e aprendera o ofício de caldeireiro, gostava de trabalhar

CHUCHU

com cobre e fez vários utensílios desse material, como alambiques e tachos onde costumava destilar a sua própria cachaça. “Aprendemos que, se bem feita, a cachaça poderia se igualar em sabor e qualidade aos melhores destilados do mundo”, contam os irmãos, que investiram no aprimoramento da produção. Segundo eles, o produto saiu de uma posição marginal e ganhou status de bebida nobre, sobretudo após o decreto federal de FHC que a reconheceu como tipi-

camente brasileira. Isso os estimulou a se lançarem no ramo. “Vimos que o conceito da bebida estava mudando e que as perspectivas de mercado eram boas”. A Usina Santa Cruz produz 15 mil litros anuais de cachaça e 80% da produção abastece cerca de 20 clientes na Capital, pontos nobres como hotéis e restaurantes na região dos Jardins, butiques de bebidas finas e lojas da Cachaçaria Água Doce. “Mas estamos operando com 50% de nossa capacidade produtiva”, informa

Paulo, que agora mira o mercado externo, para elevar as vendas. Segundo ele, amostras da Cachaça do Rei – que há dois anos conquistou a medalha de ouro no primeiro concurso de análise química e sensorial de cachaças organizado pela USP, desbancando 45 concorrentes – começaram a ser enviadas para a Rússia, China, EUA e Espanha. “Lá fora só conhecem a caipirinha. Estão se surpreendendo com o sabor natural do produto”, revela . (PCN)

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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2 -.LOGO

segunda-feira, 13 de março de 2006

Logo Logo

Se o Alckmin é um picolé de chuchu, o Serra é um verdadeiro jiló. É muito amargo. Romênio Pereira, secretário de Organização do PT

MARÇO

www.dcomercio.com.br/logo/

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Sete anos da morte da cantora brasileira de ópera Bidu Sayão (1902-1999)

F UTEBOL H ISTÓRIA

Todos salvos no naufrágio do Titanic A notícia, de 15 de abril de 1912, estampada no alto da primeira página do jornal Syracuse Herald é a mais famosa notícia de jornal sobre o navio Titanic. Infelizmente, é também a maior mentira já publicada num jornal sobre o naufrágio e o erro tem um motivo: fruto de especulação, não de apuração jornalística, a matéria não tinha bases para corresponder minimamente à realidade. Esta e outras histórias sobre o navio, desde a saída do porto de Southampton, na

Inglaterra, em 10 de abril de 1912 com mais de 2.200 pessoas a bordo até o desfecho da tragédia, em 14 de abril daquele ano, estão agora na internet. O arquivo concreto é uma homenagem ao jornalismo e sua diversidade de enfoques, histórias narradas e também, é claro, erros memoráveis. A reconstituição do arquivo é perfeita e a história pode ser acompanhada em uma linha do tempo, com as revelações dramáticas de cada dia de cobertura.

P RÉ-HISTÓRIA

S AÚDE

Sauros no céu do Brasil

A síndrome da classe econômica

De carona na exposição Dinossauros, o interesse sobre os animais pré-históricos cresceu entre o público leigo brasileiro. Mas agora, com o lançamento do livro Pterossauros – Os senhores do céu do Brasil (Vieira & Lent Casa Editorial), do paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chegou a hora de descobrir que o País também teve uma grande quantidade de curiosos animais. Há 65 milhões de anos, viviam por aqui várias espécies de répteis voadores. Os paleontólogos brasileiros descobriram fósseis de pelo menos 24 dessas espécies no nordeste. A história dessa descoberta é destaque do livro.

Os baixos níveis de oxigênio e de pressão do ar podem ser os causadores da "síndrome da classe econômica". O mal, que afeta passageiros de avião, era atribuído ao longo tempo sentado em um espaço muito apertado. A síndrome é marcada pela coagulação do sangue que provocam a trombose venosa profunda (TVP). O estudo, feito por cientistas dinamarqueses da Organização Mundial da Saúde (OMS), estudou a coagulação do sangue de 71 voluntários que permaneceram durante oito horas em diferentes provas como um vôo e uma sala de cinema. Só no vôo a possibilidade de coagulação do sangue foi detectada. Mas o mal pode também estar relacionado ao estresse.

www.vieiralent.com.br/ptero.htm

http://www.titanicarchive.com

Jogador made in Brazil Exportações de craques brasileiros cresceram 55% no ano passado

A

s vendas de jogadores de futebol ao exterior estão engrossando as estatísticas das exportações brasileiras. As receitas ingressadas no País com a venda de atletas tiveram, no ano passado, o maior crescimento dos últimos oito anos. Avançaram 55% em 2005, ano da ida do craque Robinho para o Real Madrid, e já superam a marca de US$ 1 bilhão em 12 anos. Mais precisamente, US$ 1,01 bilhão renderam, de 1994 a 2005, as crescentes remessas ao exterior do talento brasileiro no futebol. Os dados constam das operações registradas no Banco Central (BC), dentro da rubrica de serviços empresariais, profissionais e outros técnicos. No primeiro bimestre deste ano, o movimento continua forte e a transferência de recursos com venda de passes para o País soma US$ 25,8 milhões, conforme dados recentes do BC.

No ano passado, ocorreram 804 transferências de jogadores de clubes brasileiros para times do exterior, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), quase a mesma quantidade de 2004 (857). Como diz a economista da Fund a ç ã o G e t ú l i o Va rg a s L i a Valls, em tom de brincadeira, no ano passado deve ter sido vendido algum jogador ou um grupo de jogadores mais caros que em 2004. O a n o f o i m a rc a d o p e l a transferência de Robinho, craque revelado pelo Santos, para o futebol espanhol. O novo camisa 10 foi o maior reforço do clube de super estrelas para a temporada européia. Também no passado o artilheiro do Cruzeiro Fred seguiu para o Lyon, da França. O valor da transação foi estimado em US$ 15 milhões no meio futebolístico. Tamanho movimento de recursos vem chamando a atenção, nos últimos anos, das au-

toridades federais. Em dezembro, por exemplo, a Polícia Federal deflagrou a chamada Operação Firula, "para desarticular um grande esquema de transações financeiras ilícitas, envolvendo particularmente negociações com jogadores de futebol", informa a PF. Os crimes investigados são de evasão de divisas e sonegação fiscal. Antes da década passada, jogadores brasileiros já haviam brilhado em gramados estrangeiros. Depois de jogar pelo Flamengo Evaristo de Macedo disputou a temporada de 1958 do campeonato espanhol pelo Barcelona, de onde saiu para o Real Madrid, quatro anos depois. Nas sete temporadas em que jogou na Espanha, ganhou quatro títulos, dois por cada clube. Na década de 80, o movimento se intensificou com o êxodo de jogadores como Falcão, Zico e Sócrates para o futebol italiano. (AE)

Oded Balilty/Associated Press

O RKUT

Google terá de explicar crimes Os diretores do Google Brasil foram intimados pelo Ministério Público Federal (MPF) a prestar esclarecimentos sobre crimes cometidos por meio do Orkut, como apologia ao ódio racial, venda de drogas e criação de redes de pedofilia. O objetivo da intimação não é punir a empresa, mas saber dos especialistas em tecnologia que tipos de medidas podem ser adotadas para coibir esses crimes na rede de relacionamentos. Com cerca de 14 milhões de usuários, sendo que 72% declaram morar no Brasil, o Orkut só aceita membros convidados por outros membros. www.orkut.com

B RAZIL COM Z

Bienevenuto à Rocinha A agência de notícias italiana Ansa divulgou no fim de semana para veículos de comunicação do mundo todo uma nota sobre a mais nova agência turística brasileira. Rocinha foi uma empresa criada para difundir o potencial turístico da "maior favela da América Latina, com um milhão de habitantes". O turismo receptivo terá moradores da favela como guias e um hotel em Botafogo como centro de orientação e recepção de turistas estrangeiros interessados em conhecer a favela. A agência turística Rocinha começará a funcionar a partir de abril e vai centralizar todas as visitas turísticas ao morro. I NTERNET

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C A R T A Z

EUA: casamentos graças à rede

RELEVOS

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STONE - A atriz Sharon Stone beijou o Muro das Lamentações ao visitar ontem a Cidade Velha de Jerusalém. Sua viagem foi patrocinada pelo Centro Peres pela Paz, fundado pelo ex-primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz Shimon Peres em 1996. C OPA 2006

Uniforme campeão

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Já não basta ter um laptop, agora é fundamental que ele combine com seu estilo de vida. A holandesa Ego Handbags lançou na Cebit, na Alemanha, uma série de capas de laptops com diferentes padrões. O produto, ainda não tem preço definido, será vendido nos sites Ebags e Amazon.

Nove entre dez fumantes pensam em parar de fumar. Para esse solitário restante e para aqueles que ainda não conseguiram transformar o pensamento em ação, o site do Centro para Controle e Prevenção de Doenças do governo norteamericano pode ser uma ótima ajuda. O site, nas versões em inglês e espanhol, traz notícias, dicas, informações sobre os prejuízos do fumo à saúde e, o melhor, um guia completo para abandonar o hábito de fumar. Além disso, o site traz links para informações sobre prevenção de diversas doenças.

www.ebags.com

David Hecker/AFP

www.amazon.com

www.cdc.gov/tobacco

A TÉ LOGO

Flora brasileira na internet

David Beckham com o novo uniforme e o novo emblema

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Semana é decisiva para a crise dos ônibus em São Paulo Novas regras do Contran exigem gasto com adaptação dos carros

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Tudo para deixar de fumar

B IODIVERSIDADE

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Laptop para seu estilo de vida

www.pewinternet.org

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F AVORITOS

Divulgação

Vinte trabalhos com suportes de arame e zinco na mostra de Arthur Luiz Piza. Gabinete de Arte Raquel Arnaud. Rua Arthur Azevedo, 401. Telefone: 3083-6322. 10h às 19h. Entrada franca. G @DGET DU JOUR

isposta a lançar mão de todas as estratégias para vencer a Copa do Mundo da Alemanha, a seleção inglesa encomendou da Umbro um uniforme carregado de boas energias e lembranças. Neste ano, os ingleses entram em campo com camisas, shorts e chuteiras de design quase idêntico ao do uniforme usado pelo time campeão da copa em 1966. A camisa e as meias vermelhas e o calção branco são mais leves do que os originais. O emblema é quase idêntico ao de 1966, mas traz a solitária estrela bem no topo, para lembrar aquele ano em que, além de anfitriã, a Inglaterra foi também campeã.

Pesquisa da consultoria Pew Internet & American Life Project, dos EUA, mostrou que 11% dos norte-americanos que utilizam internet e 37% dos que estão solteiros já visitaram sites de encontros amorosos. Dessa fatia da população, 17% encontraram sua alma gêmea na rede. De cada quatro internautas solteiros, três já utilizaram a internet de alguma forma para paquerar por meio de sites de encontros, buscas por informações de pessoas interessantes, flertes via e-mail e mensagens instantâneas. Mas as pessoas estão cada vez mais preocupadas em divulgar informações pessoais na rede.

Curitiba abre hoje o maior evento ambiental desde a ECO-92

Flora Brasiliensis, a maior obra já produzida sobre a biodiversidade de plantas brasileiras, vai ganhar uma versão eletrônica. Cem anos após sua publicação, a histórica produção do naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius, dividida em 40 volumes, ilustrada com 3.811 desenhos de aproximadamente 6 mil espécies de plantas e trazendo a descrição de 22.767 espécies ficará disponível para qualquer interessado no assunto. Foram 66 anos de trabalho para uma obra que é a referência, até hoje, para os estudos de biodiversidade e botânica no País. http://florabrasiliensis.cria.org.br.


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POLÍTICA - 5

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MAR DE VOTOS FIEIS Eduardo Knapp/Folha Imagem

Tsuli Narimatsu

Aliança só se for com outra política

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Evangélicos reúnem cerca de 2 milhões de pessoas na avenida Paulista para a 13ª Marcha para Jesus, em maio passado: força eleitoral. Ricardo Stuckert/ABr

Lula discursa na 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas

que a rejeição a Lula – que se tornou a maior de todos os pretendentes ao Planalto, segundo a última pesquisa Datafolha – se concentra nessa parcela de eleitores, não há como o presidente se dar ao luxo de perder votos nas camadas mais populares. Em 2002, 15 milhões de brasileiros votaram em Garotinho – montante equivalente a 18% dos votos válidos. Nada mal se comparado ao desempenho de José Serra, com 20 milhões de votos (23%), e de Lula, que recebeu 39 milhões de votos (46%) no 1° turno. Um verdadeiro milagre da multiplicação para um candidato que contou apenas com um minuto de televisão e disputou a presidência pelo PSB. Apoio de irmão – Na época, Garotinho contou com o apoio de praticamente todas as igrejas evangélicas, incluindo a Universal. Mas o desempenho, segundo o próprio candidato, não pode ser creditado apenas aos irmãos de fé. "Sou evangélico mas tenho eleitores

de todas as religiões. As pessoas podem até se identificar com a minha fé mas não vão me eleger só por causa disso", reconhece o ex-governador do Rio. Garotinho minimizou os dados da pesquisa Datafolha, que apontou sua queda de 10% para 8% e o aumento das intenções de voto para Lula, de 33% para 39%. Disse que está concentrado na campanha interna do PMDB, cuja prévia acontecerá no próximo dia 19. De acordo com o Estudo Eleitoral Brasileiro de 2002 que mapeou o avanço das religiões sobre os domínios da política, o que diferencia o eleitor evangélico de outros, como católicos e espíritas, é a mobilização das autoridades religiosas na indicação de candidatos. "Os evangélicos compõem um público que potencialmente pode se tornar clientela cativa de determinadas ofertas políticas, se suas lideranças religiosas optarem por mobilizá-las", alerta a cientista política Simone Bohn, da USP.

A TERCEIRA MAIOR BANCADA DA CÂMARA

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cada nova eleição as igrejas evangélicas expandem sua representação política. Se fossem unidas sob um mesmo partido, teriam a terceira maior representatividade da Câmara dos Deputados, atrás apenas das duas maiores legendas: o PT (88) e o PMDB (87). De 1998 a 2002, o número de deputados protestantes passou de 48 para 62. Um crescimento de 25% entre uma eleição e outra. Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), as novas cadeiras foram conquistadas com um acréscimo de cinco milhões de votos dos fiéis.

Na divisão de votos e representação por igrejas, a Assembléia de Deus dispara. Elegeu 23 deputados federais que são membros da igreja ou apoiados por ela. A Universal do Reino de Deus conseguiu 'eleger' 22 deputados federais, sendo que 18 são membros efetivos e participantes, enquanto outros quatro receberam apoio da igreja nos estados. A terceira força evangélica está nas mãos dos batistas, que levaram a Brasília oito representantes. Os demais deputados pertencem a outras denominações como Metodista, Quadrangular, Presbiteriana e igrejas pentecostais como a Deus É Amor e a Sara a Nossa Terra. (TN)

Candidatura? Alencar desconversa. J Poderia ter ido para o PMDB, PTB ou PSB. Ingressei num partido novo que não tem fundo partidário (recursos) e nem horário de televisão. Nasce da estaca zero. E eu tenho mania de começar da estaca zero. Assim foi toda a minha vida.

Conte um pouco sobre sua saída do Partido Liberal rumo ao Partido Republicano... Saí do PL por causa dos escândalos para voltar para casa. Os partidos começaram a me fazer convites.

Como será o Partido Republicano, visto que as 612 mil assinaturas de filiação para a obtenção do registro prévio vieram de fiéis da

otta /AE

O senhor é candidato à Presidência, ao governo de Minas Gerais ou a uma cadeira no Senado? Eu não sou candidato a nada. O que não significa que não possa vir a me candidatar (risos). Tudo vai depender das articulações.

io M

osé Alencar acumula aos 74 anos o cargo de vicepresidente da República e Ministro da Defesa. Em outubro passado, o político mineiro deixou o Partido Liberal (PL) – sigla envolvida no escândalo do mensalão e cujo presidente, Waldemar da Costa Neto renunciou para escapar da quase certa cassação – para o recém-criado Partido Republicano Brasileiro (PRB). Recentemente, pediu permissão para deixar o Ministério da Defesa até 31 de março, data máxima estabelecida pela legislação eleitoral para que possa concorrer nas próximas eleições. Hoje, Alencar está cotado como candidato à presidência por seu partido, ou como vice na chapa de Lula. Sobre o assunto ele apenas dá uma risadinha: "Tudo vai depender das articulações".

Fáb

svaziar a candidatura do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, já virou palavra de ordem no Palácio do Planalto. A tarefa, entretanto, passa pela conquista do eleitorado evangélico – que apesar de não ter um projeto político comum, sonha em eleger um presidente da República com a mesma visão religiosa. Trata-se de um grupo numeroso, formado por 26 milhões de pessoas – segundo o IBGE – e equivalente a 15% da população brasileira. Manobras nesse sentido já se tornaram claras. Na semana passada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Porto Alegre para participar da 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), onde discursou para líderes de 350 igrejas anglicanas, ortodoxas e protestantes (entre presbiterianas, metodistas, batistas) – uma fatia do eleitorado evangélico que segundo pesquisas preferiu Garotinho (48%) e Serra (30%) em 2002 (ver tabela na página ao lado). A aproximação com o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Universal, é outro indicador de que o presidente, apesar de esconder suas pretensões à reeleição, está empenhado em dividir o voto evangélico. Lula tenta convencer Crivella a disputar o governo do estado do Rio pela nova legenda (o Partido Republicano Brasileiro - PRB) tendo o aval presidencial em troca de uma aliança nacional. As negociações têm sido tão intensas que o bispo já se tornou freqüentador assíduo do Planalto e virou até motivo de piada. "Pô Crivella, o Lula está tão interessado no seu apoio que até parou de beber", disse o senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) – cotado para se candidatar ao governo do Rio com o apoio da governadora Rosinha Matheus, mulher de Garotinho. Em setembro passado o vice-presidente José Alencar deixou o PL na companhia de outros deputados rumo ao recém-criado PRB, aberto com a assinatura de 612 mil fiéis da Igreja Universal. Muita gente estranhou. Alencar contou que foi convidado pelo PMDB, PTB e PSB, mas preferiu a nova legenda. "Eu tenho mania de começar da estaca zero", justificou à época. O que poucos sabem é que a escolha foi feita com o aval de Lula – que não desejava ver o vice engrossando as fileiras do PMDB. "Antes de mudar, consultei o presidente Lula sobre a minha ida ao Partido Republicano", reconhece Alencar, hoje cotado para ser o vice de Lula . Ao colocar um aliado no PRB e atrair o partido, Lula traria para si os votos de uma das maiores e mais bem articuladas denominações evangélicas, a Igreja Universal do Reino de Deus. São cerca de 10 milhões de membros, milhares de templos e um poder de comunicação incomparável, tendo sob seu controle as redes de TV Record e Mulher e jornais como a Folha Universal – com tiragem de 1,5 milhão de exemplares por semana –, centenas de rádios e retransmissoras espalhadas pelo País. Medo – Lula tem se mostrado especialmente preocupado com o desempenho de Garotinho nas últimas pesquisas e seu poder de comunicação, garantem interlocutores próximos. O temor, na avaliação do cientista político Gaudêncio Torquato, é plenamente justificável. "Garotinho poderá tirar uma fatia maior do eleitorado de Lula no 1º turno, já que trabalha na mesma faixa de eleitores C, D e E do presidente e tem de 8% a 15% nas pesquisas de intenção de voto". Num ano em que os tucanos devem levar mais votos das classes média e alta, uma vez

Igreja Universal? Esse partido será um grande partido. É sério. Absolutamente laico. Não possui nenhum comprometimento clerical. O fato de ter apoio da Universal... gostaríamos que o partido tivesse todo o tipo de apoio. Quem segue o evangelho é evangélico. Evangelho é a doutrina cristã. Cristãos são a maioria brasileira. Mesmo assim o partido tem portas abertas para os que não participam da nossa influência religiosa. Contamos com apoio, por exemplo, de gente do naipe do (Roberto) Mangabeira Unger, professor titular de direito da Universidade de Harvard (EUA). (TN)

"Eu não sou candidato a nada. O que não significa que não possa vir a me candidatar."

berto a negociações, o senador e bispo da Universal Marcelo Crivella (PRB-RJ) adianta o que há de ser o novo Partido Republicano Brasileiro (PRB). "Nascemos para ser um peão de alianças e receber apoio federal", define. Para fechar com o PT, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele apresenta suas demandas: mudar a política econômica de modo a favorecer o setor produtivo e garantir emprego e serviços públicos aos mais pobres. Segundo Crivella, o projeto político do PRB é para 2006. Mas ele não descarta uma eventual candidatura de José Alencar à presidência. "Achamos que ele poderia unir o País em torno de um projeto progressista republicano para combater o neoliberalismo implacável hoje no Brasil", diz. "Viabilizando uma candidatura própria poderíamos apoiar candidatos nos estados". Ele revela que procurou líderes das igrejas Sara a Nossa Terra, Igreja da Graça, Universal e Assembléia de Deus para apresentar Alencar. Ao mesmo tempo, Crivella minimiza a possibilidade de se candidatar ao governo do Estado do Rio – como o vem incentivando o presidente Lula. "Não tenho a menor intenção. Gostaria de decidir a vida nacional", afirma. "Se quisesse ser governador do Rio eu teria me filiado ao PSB ou PDT". Crivella diz que o PRB tem uma proposta diferente e quer fugir do estigma evangélico. "A gente não quer ter um parCélio Azevedo/Agência Senado

Crivella nega a intenção de concorrer ao governo do Rio

tido igual aos outros. Crescer para depois se sustentar nomeando um monte de gente, fazendo amizades, buscando o apoio de empresas, cargos em estatais... Achamos que podemos ter um partido com um programa de governo imbatível". Mesmo assim, ele não descarta uma aliança com o PMDB de Garotinho, de quem é irmão de fé. "Na política tudo pode", diz ele. Trajetória – Evangélico desde criança, Marcelo Crivella viveu durante sete anos como missionário na África do Sul até ser chamado pelo bispo Edir Macedo para um novo projeto no Brasil. "Eu era o único pastor de 600 igrejas a falar zulu. Achava que não havia sentido sair de lá", conta. A nova missão era inédita: coordenar a implantação de um kibutz no Nordeste brasileiro. Assim nasceu a Fazenda Canaã, em Irecê (BA), um assentamento popular, mas com alta tecnologia agrícola e onde todos plantam e vivem da terra. "Não existem pobres nem ricos e o lucro é reinvestido lá", explica. Além das famílias, 500 crianças da região estudam na escola do kibutz. "Quando o João Pedro Stédile, líder do MST, conheceu o projeto de perto, chorou", conta o bispo. (TN) Leia mais na página 6


segunda-feira, 13 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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MERCADO BANCÁRIO NO PAÍS ENCOSTA NO PIB

O crescimento do mercado bancário brasileiro em 2005 veio dos estrangeiros Edson Carminatti, do Inepad

INSTITUIÇÕES NACIONAIS E ESTRANGEIRAS TENTAM AMPLIAR PARTICIPAÇÃO NO SISTEMA FINANCEIRO

BANCOS ESTRANGEIROS DISPUTAM R$ 1,6 TRI

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Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Paulo Pampolin/Digna Imagem

Márcio Cypriano, do Bradesco: não daremos espaço aos estrangeiros

Fábio Barbosa, do ABN AMRO: 1 milhão de clientes novos em 2005

Dida Sampaio/AE

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Roberto Setúbal, do Itaú: sairá na frente quem tiver o melhor produto

Jamon Sanchez, do Santander Banespa: vamos roubar mercado

Ana Laura Diniz e Roseli Lopes

s lucros recordes dos grandes bancos brasileiros em 2005 reluziram feito ouro no meio financeiro. Mas não conseguiram tirar o brilho das instituições estrangeiras que operam no Brasil. No ano passado, os bancos com controle estrangeiro engoliram 19% do mercado bancário doméstico, cujo tamanho é de R$ 1,674 trilhão. O percentual se refere à participação, em ativos, que esse grupo tem no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Em 2004, essa concentração era de 18%, segundo o Banco Central (BC). A mordida que os bancos estrangeiros deram no bolo dos nacionais pode parecer pequena para quem está acostumado a ouvir que aquelas instituições não têm chance em um país como o Brasil, onde a eficiência de seus bancos é reconhecida hoje mundialmente. Acontece que a participação no SFN dos bancos nacionais, os mesmos dos lucros estonteantes, encolheu. Era de 82% em 2004. Caiu para 81%, nos 12 meses seguintes. Para Edson Carminatti, analista do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), consultoria especializada em análises do sistema financeiro, a despeito da distância entre a concentração de bancos nacionais e estrangeiros no Sistema Financeiro, uma coisa é certa: "O crescimento do mercado bancário brasileiro em 2005 veio dos estrangeiros", diz ele. Mais espaço – Em termos percentuais, a expansão dos estrangeiros dentro do SFN não parou nos ativos. Se estendeu pelos depósitos, avançou no lucro líquido. Levantamento do Inepad feito a pedido do Diário do Comércio mostra que os depósitos totais dos bancos de controle estrangeiro em 2005 cresceram 29% sobre 2004. O dos nacionais, 17%. Com isso, a participação dos estrangeiros no mercado, nesse segmento, avançou de 17% para 18%. Já a dos bancos brasileiros recuou de 83% para 82% (ver quadro nesta página). O mesmo pode ser observado em relação ao resultado líquido. Os bancos com controle nacional tiveram, juntos, um resultado líquido 33% maior no ano passado, enquanto os estrangeiros avançaram 172%. O SFN cresceu 45%. O reflexo, mais uma vez, se viu na participação dentro do SFN: a representatividade dos bancos nacionais caiu de 92% para 85%. A dos estrangeiros subiu de 8% para 15%. Os números podem ser interpretados também como um recado. O de que, dez anos depois de muitos dos bancos estrangeiros terem zerado ou reduzido sua exposição no País, após o Plano Real ter diminuído bruscamente os ganhos inflacionários dos bancos, quem ficou está disposto a brigar por um mercado que tem quase o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, hoje próximo a R$ 1,8 trilhão. Varejo – Para 2006, muitos analistas desse mercado sustentam que a disputa será maior entre os bancos de varejo, onde a concessão de crédito e de serviços tem se revelado uma galinha de ovos de ouro. "O Brasil hoje é um mercado com grande potencial de crescimento para a atividade bancária, em especial para os bancos de varejo, já que o País carrega uma expectativa muito grande de crescimento do crédito e, aqui, a média da popu-

lação bancarizada, comparada a outros países emergentes como o Brasil, é baixa", diz Pedro Gomes, diretor da área de bancos da Fitch Ratings no Brasil, agência de classificação de riscos, incluindo os bancários. Se o mercado é grande, a concorrência, maior ainda. De um lado do ringue estão hoje o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, Itaú, Unibanco, para falar dos cinco maiores bancos brasileiros com os melhores resultados em 2005, não necessariamente nessa ordem. No lado oposto estão o espanhol Santander Banespa, o holandês ABN AMRO Brasil, o inglês HSBC, os americanos BankBoston e Citibank, também os que mais se destacaram em resultado no ano passado. Terá lugar para tantos? "Há espaço para todos, mas uma coisa é certa: não vamos dar espaço (aos estrangeiros)", dispara Márcio Cypriano, presidente do Bradesco, o banco privado número 1 do ranking. Segundo Cypriano, muitos estrangeiros não conseguiram ficar no País porque há três bancos privados brasileiros fortes, que têm a excelência na prestação de serviços", afirma. Para Roberto Setúbal, presidente do Itaú, segundo maior banco privado no Brasil, "se há um ponto em comum na atuação das instituições brasileiras e estrangeiras hoje, esse ponto é o investimento em suas carteiras de crédito. Mas sairá na frente quem tiver o melhor produto", sentencia. Números – A resposta da concorrência estrangeira poderá vir na forma de números. E o ABN AMRO Brasil (R$ 69 bilhões em ativos), do grupo holandês ABN AMRO, é um exemplo emblemático. Em 2005, o banco conquistou um milhão de novos clientes. Mesmo atrás, em tamanho, dos bancos nacionais, conseguiu ultrapassar em depósitos o Unibanco, terceiro maior banco privado do País (R$ 81,5 bilhões em ativos). Foram R$ 40,9 bilhões de depósitos do ABN contra R$ 35,7 bilhões da instituição dos Moreira Salles. Ainda em relação aos depósitos, o ABN também já começa a morder o calcanhar do Itaú, que fechou 2005 com depósitos de R$ 45,3 bilhões. "Uma de nossas estratégias para crescer em 2006 será continuar focando na ampliação da base de clientes", diz Fábio Barbosa, presidente do ABN AMRO no Brasil. O Santander, do grupo espanhol Santander Central Hispano, anuncia para este primeiro semestre o fim da reestruturação interna após a compra, em 2000, do Banespa e avisa: "Vamos tentar roubar participação de mercado do concorrente", diz Jamon Sanchez, vicepresidente do Santander no País. "O banco dispõe de ferramentas que identificam as necessidades dos correntistas". Para ganhar mercado, o inglês HSBC já fez de quase tudo. É o único banco hoje no País que tem seu atendimento nas agências ampliado em duas horas e atende aos sábados. E deixou concorrentes arrepiados ao reduzir a zero suas tarifas bancárias. Amanhã, o banco anuncia o resultado de 2005. Por isso, vigora a lei so silêncio. Mas na semana passada, o presidente mundial do banco, John Bon, reconheceu que a chance de crescimento no Brasil deverá, vir, especialmente, da venda de cartões de crédito, abertura de contas correntes e, claro, dos empréstimos.

Levantamento feito pelo Inepad com 104 bancos, nacionais e estrangeiros, com os melhores resultados em 2005, mostra que a participação dos primeiros caiu, enquanto a dos de controle estrangeiro avançou dentro do Sistema Financeiro Nacional, como mostra o quadro ao lado.

Fim do veto a europeus está distante e acordo com o embaixador e chefe do Departamento de Negociações Internacionais do Itamaraty, Régis Arslanian, o Brasil não deverá renunciar à prerrogativa de vetar a instalação de bancos europeus no País, como parte das concessões de se fazer um acordo comercial com a União Européia (UE). "Nossa oferta possibilita o direito de consulta da UE. Se eles nos convencerem de que o veto é improcedente, a decisão poderá ser revista", diz. O veto presidencial à instalação de dessas instituições no País é previsto pela Constituição,

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mas os europeus insistem em que essa lei deve ser alterada a partir do acordo comercial em negociação. Segundo o embaixador, o governo brasileiro quer manter a tese de que a entrada de determinados bancos possa ser prejudicial ao Brasil. Na reunião que os negociadores do Mercosul terão com os europeus no fim do mês, será feita uma exposição das concessões ideais para um acordo de livre comércio. No que se refere às agências que regulam os serviços bancários privatizados, Arslanian diz que as propostas foram positivas, reforçando que o Brasil não acei-

taria fazer tais acordos. Para o sócio-fundador da consultoria Austin Rating, Erivelto Rodrigues, uma possível queda do veto não trará mais instituições para o País. "Deve haver um aumento de participação por meio de aquisições", já que as prateleiras de oferta de bancos estão vazias há algum tempo. O analista financeiro do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), Edson Carminatti, diz que a medida tende a propiciar maior abertura em investimentos para alguns bancos que já operam no País, como o espanhol Santander e o

inglês HSBC, ambos com significativa atuação no mercado nacional. "Mas o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) faz planos de operar em um país fora da Espanha e, assim, nada impede de tê-lo no mercado brasileiro, que já é familiar a eles", diz o analista. "Além disso", continua, "a economia vive um momento de crescimento e com expansão das operações de crédito", completa Carminatti. Mesmo sendo cedo para citar nomes, segundo Carminatti, a medida ainda deve favorecer maior concorrência no setor das financeiras. (ALD/AE)


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Nacional Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

O angolano gosta de sair com a família, por isso adaptamos os restaurantes para espaços mais amplos. Edison Rezende, da Enashopp

COMÉRCIO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Fotos: Divulgação

Negócios fechados em língua portuguesa Língua comum facilita a entrada em novos mercados

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icha enorme? Pai Natal? Para Edison Rezende, essas e outras expressões típicas do português falado em Angola já soam familiares. Como sóciodiretor da empresa baiana Enashopp, escolhida para planejar, comercializar e gerir o primeiro shopping center daquele país, o Belas Shopping, Rezende conversa com os angolanos há mais de três anos. A expressão Pai Natal, em vez de Papai Noel, com a qual se deparou em um folheto angolano, não foi difícil de compreender. Já a "bicha enorme", para denominar a fila extensa em um estande de vendas, causou espanto. Hoje, o próprio executivo usa expressões do tipo "estamos juntos" (algo como "estamos aí"), do cotidiano angolano. Compartilhar a mesma língua é uma vantagem e tanto no comércio internacional, mas não é garantia de sucesso. Tanto que Angola, Portugal, Moçambique, Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau ou Timor Leste não figuram nas relações comerciais mais intensas do Brasil. No ano passado, o País exportou US$ 520,4 milhões para Angola, segundo melhor desempenho entre os países que falam o português. O primeiro é Portugal, com US$ 1 bilhão, bem dist a n t e , v a l e l e m b r a r, d o s US$ 22,7 bilhões vendidos para os Estados Unidos, maior importador do Brasil. "É ilusão pensar que apenas o idioma seja fator relevante", ressalta Theodoro Carvalho de Freitas, sócio-fundador do escritório que leva seu nome, especializado na análise de contratos internacionais. Por conta de sua especialidade, e por indicação do Banco Mundial, Freitas já desenvolveu trabalhos para o governo de Cabo Verde, em 2004, e para a Guiné

Bissau, em janeiro deste ano. "Há diferenças culturais que precisam ser respeitadas", acrescenta o consultor. No Cabo Verde, o trabalho demandava jornadas longas, mas o ritmo local era mais tranqüilo. "Nós tínhamos prazo, precisávamos de mais horas. Por isso solicitávamos sempre a extensão da permanência no local de trabalho. Eles eram muito gentis e permitiam", diz o consultor. Mas não permaneciam no trabalho além do horário. Ali, onde a missão era dar parecer em contrato de privatização do setor de energia, água e saneamento, houve solicitação

Belas Shopping, primeiro centro comercial de Angola: um empreendimento das brasileiras Enashopp, da Bahia, e da também baiana Odebrecht

experiências muito ricas pois, embora sejam países pobres e pequenos, se comparados ao Brasil, encontramos lá muitas pessoas bilíngües e até trilíngües", afirma Freitas. Parcerias – A mistura de raças, credos e cores à qual o brasileiro está habituado também facilita as relações, analisa Edison Rezende, da Enashopp, com base na experiência em Angola. "Há semelhanças entre a cultura deles e a nossa."

Brasileiros e angolanos selam parceria para construção de shopping

para que os contratos adotassem termos usuais do país, embora o português utilizado fosse compreendido por todos os envolvidos. "A língua portuguesa tem nuances", justifica Freitas. Já na Guiné Bissau, onde o escritório desenvolveu o projeto de reforma para a legislação de investimentos estrangeiros, não houve o mesmo tipo de exigência. Nos dois casos os brasileiros trabalharam em equipe com consultorias econômicas estrangeiras – uma argentina e outra ítalo-francesa. Sempre, no entanto, com domínio do idioma português, por exigência do Banco Mundial. "Foram

Angola é a primeira incursão da Enashopp fora do Brasil e também sua primeira dobradinha com a Odebrecht, construtora do empreendimento e sócia no negócio, com 30% de participação – em parceria com a angolana HO Gestão de Investimentos (com 70%). Juntas, investem US$ 35 milhões na construção do shopping. "Também temos angolanos em nossa equipe", conta Rezende, que se abasteceu de pesquisa sobre as demandas locais antes de concluir o projeto do shopping. O angolano, conta, gosta dos passeios em família muito mais que os bra-

sileiros e prefere espaços amplos e abertos. "Adaptamos o projeto dos dois restaurantes do shopping para ficarem com pé direito duplo e voltados para fora", diz o executivo. Lá e cá – A Enashopp terá uma subsidiária em Angola, não só para cuidar da administração do primeiro shopping center do país, mas para fazer do lugar uma plataforma para mercados como Namíbia, África do Sul e Moçambique. Segundo Rezende, 90% dos espaços do Belas Shopping já estão vendidos e terão a presença de marcas brasileiras. Entre elas a Hering e a baiana Orient Films, que juntou-se aos donos do negócio para tornar viável os cinemas do Belas Shopping. Ajudas – Contar com uma parceria local é o melhor caminho para se dar bem, na opinião de Antonio Bacelar C a r re l h a s , p re s i d e n t e d o Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil. "Sobretudo para pequenas e médias empresas." O conselho, com sede em Brasília, é formado por nove câmaras independentes. A mais antiga é a do Rio de Janeiro, fundada em 1911. Seu presidente, Arlindo Catoia Varela, afirma que ainda é comum, entre brasileiros e portugueses, imaginar que o idioma comum resolve todos os problemas. As câmaras, explica Varela, podem prestar informações úteis sobre os dois mercados. Embora portugueses e brasileiros não encontrem muitas dificuldades para se relacionar, quando o assunto é negócio há particularidades, como a legislação, exemplifica. O site www.brasilportugal.org.br traz

endereço das câmaras, e seu conselho promove, a cada dois anos, encontro entre elas, com direito a rodada de negócios. O próximo será no Rio, em 2007. Missão – Para este ano, há algumas ações do governo brasileiro voltadas para Portugal. Além de uma missão comer-

imediatos e previsão de gerar outros US$ 29,7 milhões. Pioneiro – José Fabbri chegou a Moçambique antes desses eventos, há quatro anos. Foi pesquisar o mercado, por indicação de um amigo, e hoje 90% do faturamento da sua Zenith Brasil Ltda., especializada

cial em maio, ainda neste mês será definido o local para a construção de um Centro de Distribuição naquele país, semelhante ao de Miami. "Perto de 140 empresas brasileiras já manifestaram interesse em estar lá", conta Regina Silvério, coordenadora da Unidade de Projetos da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Mais do que o idioma, o que define o potencial de um mercado, segundo Regina, é, além da demanda do consumidor pelo produto, a análise de questões como concorrência, legislação, benefícios dos impostos e barreiras alfandegárias, entre outros itens. No ano passado, a participação de brasileiros em eventos em Angola e Moçambique resultou, segundo Regina, em negócios de US$ 1,8 milhão

em implantar sistemas de gestão, vem daquele país. Sua idéia é mudar toda a operação para lá, com apoio, a partir deste ano, de um sócio local. Fabbri, que é também presidente da Câmara de Comércio Brasil-Moçambique, explica que a língua facilitou o relacionamento, mas que, se não falasse o inglês, teria sido complicado. Especialmente porque também vende serviços para a África do Sul. Para todos – M o ç am b i qu e oferece, na sua opinião, espaço para pequenas e médias empresas brasileiras, mas precisa do empreendedor no local para pesquisar o mercado. Para Fabbri, essa dedicação já rendeu expansão dos negócios. Em parceria com sócio moçambicano, ele também atua com projetos na área agrícola. Fátima Lourenço

Atenção à cultura local Governo quer menos entraves

ompartilhar o mesmo idioma em uma negociação internacional traz facilidades, mas também requer cuidados, alerta Mário Marrey, especialista em treinamento e desenvolvimento de negociação da Marcondes & Consultores Associados. O brasileiro leva muito em conta o relacionamento, diz o consultor. "Falar a mesma língua facilita. Ele poderá sentirse mais à vontade, fazer brincadeiras", mas com o cuidado de não ser malcompreendido. O outro benefício está associado ao fato de que todo negócio envolve um processo de formalização. Um idioma comum favorece o entendimento, desde que se observe os ter-

Patrícia Cruz/LUZ

C

Mário Marrey, especialista em treinamento e desenvolvimento de negociação

mos usuais de cada país. "Conhecer a cultura local ajuda muito nesse entendimento." Marrey recomenda que o empresário tenha a humildade de pedir explicação. Em uma negociação internacional, as dúvidas sobre o significado de alguma palavra devem ser esclarecidas na hora. Sem excessos – Compartilhar o idioma não deve ser pretexto para excessos de informalidade. O interlocutor pode ter uma formação mais rígida e

não se deve passar a idéia de falta de objetividade, ou de desvalorização do tempo da outra pessoa", diz Marrey. Além disso deve-se considerar a linguagem não verbal. "Quando dominamos o idioma, a tendência é esquecer um pouco isso", lembra. Em um mundo globalizado, se uma terceira pessoa, de país com outro idioma, se envolver na negociação, prevalecerá o inglês. Nessas circunstâncias soa como descortesia fazer comentários em português com os demais presentes. E pode ocorrer de o interlocutor (que teoricamente só fala inglês) estar acompanhado de alguém que possa auxiliá-lo com o idioma nativo. Ao final do processo, mesmo que a língua comum seja o português, há decisões envolvendo financiamento, frete, ou seguro, muitas vezes com companhias internacionais, que demandam conhecimento do inglês. Marrey ressalva, no entanto, que o idioma não pode ser visto como uma barreira intransponível. "Essa questão não pode ser colocada como um paradigma." (FL)

governo está ciente de que a burocracia reduz a capacidade competitiva dos produtos e serviços brasileiros no exterior. "Por isso trabalhamos para desburocratizar processos, harmonizar conceitos e linguagens", relatou Edson Lupatini Júnior, da Secretaria de Comércio e Serviços, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Durante palestra na Comissão de Comércio Exterior (CCE), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na última sexta-feira, Lupatini assegurou que a sua secretaria tem buscado reduzir a burocracia "como forma de não desperdiçar esforços na ampliação das exportações do Brasil". Isso inclui, segundo ele, uma mobilização para estabelecer parcerias com associações e entidades de classe. O secretário acrescentou que trabalha para criar uma nova cultura que torne "mais leve" a ação gestora do Estado. "Temos que mudar a cultura dos exames a priori, para a posteriori", observou. Por outro lado, opera em conjunto com a

O

Edson Lupatini (à esq.) com Hélio Nicoletti, em reunião na ACSP

Receita Federal para ajudar no processo de formalização das empresas exportadoras. Segundo ele, para a pessoa física que deseja atuar na área de comércio exterior a situação é mais complicada. "A própria legislação para a exportação de bens e serviços, além da questão tributária, ainda é impeditiva", resumiu. Para o vice-presidente da ACSP, Hélio Nicoletti, a aprovação do projeto em tramitação no Congresso Nacional que simplifica a abertura e encerramento de empresas já seria um grande passo para tor-

nar o Brasil mais competitivo. Nicoletti deu como exemplo uma empresa que espera há mais de um ano obter inscrição no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), para instalar uma fábrica no Brasil. "Por isso está quase desistindo do investimento", disse. Edson Lupatini reconheceu que ainda será preciso promover muitas reformas estruturais para eliminar esse tipo de distorção. "Estamos investindo na informatização de processos para ajudar a criar um ambiente com informações e dados mais seguros." (SLR)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

segunda-feira, 13 de março de 2006

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

A consciência humana em perigo ovamente, convido os leitores a me acompanhar numa rápida investigação filosófica. O assunto - os fundamentos, ou falta de fundamentos, da autoconsciência humana - parece estar longe da atualidade política imediata, mas quem tiver a paciência de chegar ao fim do artigo verá que não é assim. Nunca, como hoje, quando uma elite de burocratas iluminados remexe a seu bel-prazer os pilares da civilização como uma tropa de evadidos do hospício brincando de cientistas num laboratório nuclear, foi vital para cada habitante do planeta adquirir uma idéia clara das constantes que definem a condição humana, antes que o desenho mesmo da hominidade, sob o impacto de experimentos deformantes impostos em escala mundial, desapareça da sua lembrança. Mas uma dessas constantes é, precisamente, que toda constância humana só se revela, como em filigrana, sob o fundo da incessante mutação histórica. Só o conhecimento da história comparada das civilizações e culturas mostra, sob a variedade quase alucinante das formas, a durabilidade da estrutura geral do espírito humano. E, como aquilo que se encontra sob risco de perda imediata na voragem das transformações forçadas é, sobretudo, a unidade mesma da autoconsciência de cada indivíduo - a fragmentação da cultura resultando em estilhaçamento das almas --, nunca foi tão importante conhecer as mutações históricas da imagem do “eu” ao longo das épocas, para distinguir nela o que é acidental e transitório e o que é essencial, permanente e indispensável à defesa última da dignidade humana. Um dos depósitos mais ricos de materiais para esse estudo são as autobiografias. O desenvolvimento histórico desse gênero literário evidencia de maneira particularmente clara as transformações da autoconsciência individual ao longo das épocas, paralelamente às modificações sobrevindas nas vivências respectivas do tempo, da memória e do próprio ato de narrar. Dentre as muitas obras que têm saído a respeito, Memory and Narrative: The Weave of Life-Writing (The University of Chicago Press, 1998), de James Olsey, professor de Inglês na Universidade Estadual da Louisiana, é uma das mais úteis, porque, concentrando-se na história do gênero autobiográfico no período que vai das Confissões de Agostinho (397) até o monólogo cênico de Samuel Beckett, Company (1979), delineia muito claramente, no percurso entre esses dois extremos, a progressiva perda do sentido de unidade da autoconsciência, sem a qual a intenção mesma de narrar a própria vida se torna absurda. O modelo estrutural da narrativa é o mesmo nos dois casos. Agostinho resume-o com o exemplo da prece. Quando ele vai recitar um salmo, já o sabe de cor, inteiro, de antemão. Enquanto o recita, as palavras que se sucedem em voz alta vão-se atualizando no tempo sobre o fundo estático do texto completo que permanece na memória. Terminada a recitação, o salmo se completou no tempo e é devolvido à memória, pronto para ser recitado de novo e de novo e de novo. Toda escrita autobiográfica tem mais ou menos essa estrutura. A vida que vai ser contada está completa na memória, mas prossegue no ato de recordá-la e continua depois de terminada a narração, devolvida à memória para ser narrada de novo, lida ou ouvida. Qual a “substância” dessa narrativa? O tempo, mas qual tempo? O passado, que já não existe mais? O presente, instante atomístico infinitesimal que se dissolve tão logo aparece? O futuro, que tem uma existência meramente conjetural? O enigma aparece mais ou menos igual nas Confissões e em Company. Irmanados na preocupação comum com o tempo, a memória e o eu, os dois livros não poderiam ser mais antagônicos nas suas respectivas visões a respeito. As memórias de Agostinho são a confissão formal de uma alma que, assumindo plenamente a autoria, a responsabilidade e as conseqüências de cada um de seus atos, pensamentos e estados interiores, mesmo os mais obscuros e remotos no tempo, comparece ao seu próprio julgamento como que ostentando uma identidade inteiriça, na qual as várias forças internas em conflito não fazem senão realçar a unidade tensional do todo. Agostinho consegue fazer isso porque compõe sua narrativa

N

diante de uma platéia onisciente, o próprio Deus. “Caminhar diante de Deus” não significa outra coisa senão agir e pensar em confronto permanente com o símbolo “onisciência” - a fonte inalcançável e incontornável de toda consciência, a única garantia da sinceridade dos pensamentos, dos atos e da sua rememoração. Embora a expressão apareça na Bíblia, Agostinho foi o primeiro a explicitar em palavras o sentido da experiência aí resumida. O homem que caminha diante de Deus se governa e se concebe, a cada instante, como se estivesse diante do Juízo Final, na forma completa do seu ser individual conscientemente responsável pela escolha do seu próprio destino eterno. A vida completa do futuro é, pois, a medida da rememoração do passado, que o narrador empreende no presente. É daí também que Agostinho extrai a solução do problema da insubstancialidade do tempo. Deus não é apenas onisciente: é eterno. Boécio, mais tarde, definirá a eternidade como “a posse plena e simultânea de todos os seus momentos”, mas o conceito já está implícito em Agostinho. Se os vários momentos não têm nenhuma unidade entre si, só lhes resta esfarelar-se num imenso nada. Só a sua unidade total e simultânea tem existência, mas essa unidade é a própria eternidade, e nada mais. O tempo, em si, não tem mesmo substancialidade nenhuma. É apenas uma miragem, uma “imagem móvel da eternidade”. Se Agostinho pode dominar intelectualmente o seu passado é porque o expõe ante o olhar da onisciência. Se pode ter a intuição da continuidade da sua existência, é porque a enxerga como um reflexo temporal da eternidade. A articulação da autoconsciência moral é a mesma articulação dos três tempos no eixo da eternidade. A idéia do indivíduo como uma unidade complexa e dramática que se forma e se assume na encruzilhada dos três tempos incorpororou-se de tal modo à tradição ocidental que veio a inspirar toda a moderna psicologia da personalidade. Dezesseis séculos depois de Agostinho, Maurice Pradines, no seu Traité de Psychologie Générale (1948), definiria a consciência como “a memória do passado preparada para as tarefas do futuro”. Mesmo em Freud, ao qual se atribui erroneamente muito da culpa (ou do mérito) pela dissolução da unidade do eu, a personalidade é a resultante de uma arbitragem progressivamente imposta pela consciência aos impulsos antagônicos do Id e do Superego. Nada poderia celebrar mais claramente a vitória final da unidade do que a célebre profecia do pai da psicanálise: “Onde há Id, haverá Ego.” Totalmente diversa é a perspectiva em Company. Aqui, um velho entrevado, no palco, ouve episódios da sua vida - a vida do próprio Samuel Beckett - narrados e comentados, em monólogo, por uma voz sem rosto. Será a “voz da consciência”? Sim e não. Ela lhe fala dele próprio ora na segunda pessoa, ora na terceira. Aquele que, no presente, recorda o passado, já não sabe se esse passado é seu, de um terceiro ou de um personagem inventado. E a voz lança ao senso de identidade do ancião um temível desafio: se você não se recorda do seu nascimento, como pode ter a certeza de que essa vida que está recordando é a mesma daquele que cujo nascimento você acha que é o seu? Tal como Agostinho, o personagem de Beckett - indiscernível do autor - desenha suas memórias sobre a superfície de contraste fornecida por um interlocutor invisível que transcende o narrador e tem sobre ele a autoridade de uma instância formadora. O resultado, por isso, difere conforme a identidade desse interlocutor. A eternidade e onissapiência de Deus conferem à auto-imagem biográfica de Agostinho a unidade de uma história assumida como criação pessoal responsável. Mas o interlocutor de Beckett não é onissapiente: é apenas mais arguto que o personagem. Ele é a razão crítica, poção corrosiva que dissolve o sentimento de unidade temporal do eu por meio de exigências epistemológicas que ele não tem como atender. O ancião entrevado não tem sequer o poder de dizer “eu” com consciência de causa, mas por isso talvez não lhe caibam também a culpa de seus pecados ou o mérito de suas realizações. O eu esfarelado, incapaz de contar sua própria história, é vítima de sua própria existência e não tem portanto nenhuma responsabilidade sobre ela. A narrativa de Agostinho sobe do fundo obscuro do coração para a luz divina que, em resposta, lhe confere a participação na sua própria unidade e claridade. A de Beckett vem de uma treva externa que obscurece o pouco de luz que o ego julgava possuir. Na passagem de um extremo a outro, Olsey documenta algumas etapas da “crise da memória narrativa” que, como um fio condutor, atravessa toda a história da mentalidade ocidental moderna. Ele data das Confissões de Jean-Jacques Rousseau (1782) o começo da “crise”, mas está errado. Ela já estava plenamente instalada nas Meditações de Filosofia Primeira de René Descartes (1641), que se apresenta como uma autobiografia interior, a narrativa de um experimento cognitivo (v. http://www.olavodecarvalho.org/apostilas/descartes.htm e http://www.olavodecarvalho.org/apostilas/descartes2.htm). A confusão medonha que o filósofo aí produz entre o eu existencial concreto e o conceito abstrato do eu como autoconsciência absoluta (cogito ergo sum), passando do primeiro ao segundo sem notar que saltou da ordem temporal para a ordem dedutiva, é uma das mais prodigiosas mutilações já impostas à consciência autobiográfica do homem ocidental. Todo o problema de Beckett já estava aí. Como bem observou Jean Onimus (Beckett, un Écrivain devant Dieu, Desclée de Brouwer, 1967): “Instalai-vos no cogito cartesiano em seu ponto de origem,... e vereis o homem de Beckett em toda a extensão do seu infortúnio”. O eu cartesiano não pode narrar sua história porque é

apenas uma forma abstrata isolada no espaço, amputada da experiência temporal. Se o filósofo, no entanto, o apresenta sob forma narrativa, é porque, literalmente, não percebe o que está fazendo. O cartesianismo não é o capítulo inaugural da dissolução da autoconsciência narrativa (numa apostila inédita do meu Seminário de Filosofia atribuí essa duvidosa honra aos fragmentos autobiográficos de Nicolau Maquiavel), mas é um episódio importante do processo. A incongruência de Descartes será formidavelmente ampliada por Immanuel Kant mediante a idéia do “eu transcendental”. Esta assombrosa criatura da filosofia alemã tem a autoridade de demarcar as fronteiras da experiência acessível ao pobre eu existencial sem ser ela própria limitada por elas, mas sem por isso abrir ao eu existencial nem mesmo uma estreita frestinha por onde ele pudesse enxergar o que está para além dessas fronteiras. Ele é chamado “transcendental” precisamente porque fecha as portas de acesso ao “transcendente”. Instalado nas alturas medianas do eu transcendental, que fica só um pouco acima do eu existencial, o filósofo não permite que ninguém suba acima dele. A satisfação perversa com que ele crê determinar os “limites do conhecimento humano” mostra que ele tinha a consciência de ser algo assim como, nas escaladas iniciáticas, o “guardião do portal”, uma espécie de Pasionária metafísica, gritando aos buscadores da eternidade: No pasarán! No pasarán! Não tenho a menor dúvida de que o interlocutor de Beckett é o eu transcendental kantiano. Kant, por um lado, acreditava que o conhecimento humano está limitado à experiência sensível, ao espaço e ao tempo; por outro, dizia que os dados da experiência são um farelo caótico, ao qual a consciência impõe sua própria unidade. Mas, deixada a si mesma, sem o pano de fundo da eternidade, a própria consciência se esfarela. Mais claramente ainda do que em Descartes, o homem isolado e desesperado de Samuel Beckett está presente e manifesto na Crítica da Razão Pura de Kant (1781). Ao proibir o acesso da consciência à eternidade, o eu transcendental torna a própria consciência inacessível e evanescente. Daí a lógica aparente e a absurdidade profunda da cobrança que vem das trevas: a idéia de que só o eu que recordasse claramente o seu próprio nascimento teria autoridade para afirmar que sua história é sua própria história se baseia inteiramente numa pegadinha kantiana, e esta pegadinha, por sua vez, tem como premissa uma inépcia colossal: resulta em supor que a única autoconsciência legítima seria a de um ente que pudesse observar conscientemente seu próprio nascimento. Só que para isso ele teria de existir temporalmente antes de entrar na existência temporal. Na experiência real, todo começo, toda gestação, se dá na obscuridade: a luz é uma conquista progressiva. Narrar a própria vida sem ser testemunha do próprio nascimento não é uma pretensão indevida: é simplesmente a condição real da experiência humana. O eu transcendental, pretendendo fazer a crítica da experiência, estabelece premissas que negam a possibilidade de toda experiência e, portanto, da própria crítica. Beckett está consciente do caráter humorístico de suas especulações. Mas o humorismo kantiano é pateticamente involuntário. O estudo de Olsey guarda o mérito de elaborar o conceito fundamental da “crise”, mas, ao exemplificá-lo, é muito incompleto. Descartes só é mencionado de passagem, e o nome de Kant nem aparece. Imperdoável é a omissão de Proust, que passou a vida tentando resolver o problema agostiniano do tempo, assim como a de Arthur Koestler, que, em Darkness at Noon (1940), documentou a redução da autoconsciência, sob a pressão do totalitarismo moderno, a uma “ficção gramatical”. O autor também não dá sinal de associar a “crise da memória” a um processo paralelo e inseparável: a epidemia de narrativas autobiográficas e biográficas conscientemente falseadas para fins de propaganda política, fenômeno observado na França desde pelo menos um século antes desse mentiroso não muito consciente que foi Rousseau. Seria impossível, de fato, que a dissolução da autoconsciência não viesse junto com a perda progressiva do sentido de responsabilidade intelectual e a expansão formidável da amoralidade, do cinismo manipulador, da crueldade sádica. A destruição das bases civilizacionais da existência humana não começa nos campos de batalha nem nas bolsas de valores: começa nos tranqüilos gabinetes onde homens aparentemente inofensivos - quer se trate de filósofos ou de burocratas da ONU - tentam ser mais sábios que Deus. Não tem cabimento dissociar da crise da autoconsciência a progressiva rejeição moderna do senso de eternidade, e não é possível aceitar a dissolução da autoconsciência tentando preservar, ao mesmo tempo, altos padrões morais de conduta. Neste fim de era, as conseqüências históricas de decisões intelectuais tomadas três, quatro, cinco séculos atrás assumem a forma do totalitarismo, da violência generalizada, do genocídio e, sobretudo, do império universal da mentira. Aqueles que buscam na ação política um remédio para esses males vão ter de compreender, mais dia menos dia, que a raiz deles está nas regiões etéreas do pensamento abstrato. E aqueles que, por afeição pessoal, se dedicam ao pensamento abstrato, devem examinar com toda a seriedade de consciência os efeitos devastadores dos abstratismos aparentemente inócuos criados pelos filósofos dos séculos passados. Nesse sentido, a filosofia é política, e a política é filosofia.

Abê

A destruição das bases civilizacionais da existência humana não começa nos campos de batalha nem nas bolsas de valores: começa nos tranqüilos gabinetes onde homens tentam ser mais sábios que Deus


EM

PAUTA Onde a imprensa está falhando na cobertura do escândalo do mensalão

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

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A crônica publicada aqui na sexta, Velhacos e bestallhões , me chamou a atenção. Primeiro. porque todo mundo sabe o que está acontecendo e ninguém faz nada; segundo, porque nela está escrito "a Imprensa amplia suspeitas....". É isto que mais me indigna. Esperar cassações é de uma ingenuidade cavalar, pois sabemos que a Câmara age de forma corporativista. A questão maior para mim está justamente na imprensa. Se a imprensa agisse com independência, Lula e seus "companheiros" já estariam refugiados em Cuba e metade da Câmara já teria sido cassada ou renunciado. A imprensa, como um todo, falada, escrita e televisada, é omissa e corporativista.

DOISPONTOS -11 11

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Curiosa imprensa. Afirma - e todos concordam - que um passado correto de um deputado não justifica a sua absolvição pelo Plenário da Câmara num delito de Caixa 2. Todos concordam com isso. Mas porque no caso Palocci a imprensa não dá o mesmo tratamento? Afinal, as provas de seus delitos em Ribeirão Preto - pelo menos - são cabais. Por que seus delitos devem ser esquecidos e a imprensa não pede a sua destituição e que responda a processo na Justiça comum? Apenas registra as denúncias. Por que vale para os deputados e não vale para o ministro da Fazenda? Será a imprensa o Plenário da absolvição do Palocci? Curiosa imprensa !

JOSÉ CARVALHO DA CRUZ

PREFEITO CESAR MAIA

CARVALHO@HALBREICH.COM.BR

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Floresta ferida or mais estranho que soe, parece que o governo baixou censura sobre a notícia da cessão por 40 ( q u a re n t a ) a n o s d e uma grande parte da Floresta Amazônica para ser explorada por madeireiras. As notícias, em geral bem pequenas e escondidas no canto da página, só falam bem, dizendo que haverá derrubada auto-sustentável. Ainda que conste no papel que devam ser abatidas árvores com certos critérios, é uma curiosa reviravolta do governo PT-Lula, que quando na oposição primava pelas manifestações até barulhentas contra a derrubada das florestas. Cadê a Marina? Já está demonstrado que a floresta só é autosustentável quando não se mexe com ela. São as folhas e as pró-

A cessão por 40 anos de parte da Floresta Amazônica para ser explorada por madeireiras parece segredo.

P

prias árvores velhas, quando morrem, que fornecem os nutrientes para as novas. O solo é arenoso, sem nada que sirva. E já se sabe de que o controle da derrubada nunca existiu até agora e nem existirá daqui para frente. O resto é conversa para boi dormir. Será que além do lucro das madeireiras alguém mais ganhará pensão para os próximos quarenta anos? Então, vamos defender a floresta e lutar contra essa concessão lesa-pátria, antes que a ONU decrete a floresta Bem da Humanidade e enviará para cá um exército para ocupá-la. F. HABL JR.

Célio Jr/AE

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altou mais, ainda, o concerto de produtores e governo na montagem dos mecanismos para a formação do estoque regulador. Na medida em que o álcool é produzido durante seis meses e consumido durante os doze meses do ano, é evidente que é preciso guardar pelo menos a metade da produção, um pouco mais, um pouco menos, dependendo das variações sazonais. A dureza é que há mais de cem anos sabemos que para ter a oferta regular e ordenada, para sustentar a credibilidade de todo esse magnífico programa, é imprescindível a organização dos estoques reguladores. É igualmente evidente que, na atual contingência das taxas de juro mais altas do mundo, a formação e gerenciamento dos estoques terão um custo muito elevado, mas é por isso mesmo que o governo tem que ajudar a financiar, complementando o que for exigido dos produtores. Tão logo retornem os juros civilizados, o próprio setor produtivo terá que se encarregar da organização dos estoques reguladores, porque a sobrevivência do seu negócio depende da credibilidade que o consumidor devote ao sistema.

F

ANTONIO DELFIM NETTO

CREDIBILIDADE AMEAÇADA s donos de carros Flex, Flexpower (ou que nome tenham os veículos que utilizam mais de um combustível), têm toda a razão de se aborrecerem com a alta do preço do álcool e, pior ainda, com a explicação que esse aumento resulta do fato que se negligenciou a formação de estoques reguladores para cobrir o período de entressafra da cana.

O

Não é a primeira vez que o programa do álcool foi vítima da imprevidência do governo e dos produtores Quase às vésperas da entrada da nova safra, a oferta de álcool está curta para atender à crescente demanda resultante do próprio sucesso dos modelitos bi-combustível. Isso é muito ruim porque deixou-se criar um problema que vai minar a confiança do consumidor nesses modelos e na manutenção da oferta regular do único combustível líquido não poluente, da energia renovável que é produto de uma tecnologia desenvolvida aqui mesmo no Brasil, com raro sucesso, como todos nós sabemos. Não há desculpas para a falha porque não é a primeira vez que um programa formidável como o do álcool foi vítima da imprevidência tanto do governo como do próprio setor produtivo. providência de diminuir o percentual do álcool na mistura com a gasolina é correta mas chegou tarde e ainda assim de forma incompleta. É preciso que ela seja acompanhada de um corte na CIDE Combustíveis (o imposto apelidado de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) de tal sorte que se reduziria a demanda do álcool sem aumentar a demanda do produto final.

A

ão deve haver dúvida, nem da parte de governos nem de produtores: os consumidores não vão aceitar que lhes empurrem os aumentos de preços do álcool simplesmente porque não foram capazes de organizar estoques reguladores importantes que garantam a oferta regular e ordenada nas entressafras da cana.

N

Os consumidores não vão aceitar que lhes empurrem os aumentos de preços do álcool O álcool é a melhor energia não-poluente, mas não é a única alternativa: há um desenvolvimento forte nos motores elétricos, na utilização do hidrogênio, sem contar o aprimoramento dos processos de uso do gás veicular que há muito já passaram da fase experimental. DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

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Jornal do empreendedor

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60 São Paulo, segunda-feira 13 de março de 2006 Ano 81 - Nº 22.084

Edição concluída às 23h55 Aldo V. Silva/Cruzeiro do Sul

ESPERANDO O MILAGRE

Tucanos levam PFL ao altar De joelhos, no altar da igreja de Sorocaba, rezaram os três caciques pefelistas - o vice-governador Cláudio Lembo, o vice-prefeito Gilberto Kassab e o senador Romeu Tuma (foto). Eles estão esperando a fumaça branca sair da sede do PSDB, anunciando o abençoado para a disputa presidencial. Página 3 Armando Fávaro/AE

Leonardo Rodrigues/Hype

Tricolor encosta no líder

Um novo título para São Paulo

Danilo e Thiago (à dir.) comemoram gol, em dia de vitória contra o Corinthians. O São Paulo volta à briga no Paulistão, agora só a dois pontos do Santos, que perdeu do Guarani.

Capital do empreendedor, SP recebe Sujit Showdhury (foto) e mil visitantes de mais de 100 países. Eco/3 Marcos Fernandes/LUZ

Eduardo Nicolau/AE

Prometeu à família e cumpriu O técnico Antônio Lopes (foto) confidenciou à família: "Se perder do São Paulo, peço demissão". Perdeu de 2 a 1 e já não dirige mais o Corinthians. DC Esporte

Uma vela para o santo e 42,1% de imposto ao Leão A coleta de assinaturas pela transparência tributária foi feita ontem no Santuário de padre Marcelo. Eco/5

HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 14º C.

O inverno começa hoje no Jockey Club

Jesus no céu e políticos eleitos na Terra

Até quinta-feira vai desfilar no Jockey a coleção de inverno do Prêt-à-Porter. A pré-estréia está em Economia/4

Os 26 milhões de evangélicos já são um grande poder político no Brasil. Até Lula os cobiça. Páginas/5 e 6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

1 Proximidade do Iguatemi e de escritórios anima comércio da região da Faria Lima

EM VEZ DE DESAPARECER COM A CONCORRÊNCIA, VAREJO DE RUA APROVEITA O AUMENTO DO FLUXO

SHOPPINGS ANCORAM COMÉRCIO DE RUA

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Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) prevê que sejam inaugurados entre 14 e 18 shoppings no País neste ano. Somados aos 601 já existentes, pode-se imaginar que o espaço no mercado para esse modelo de varejo está se esgotando. Também pode-se pensar que esse crescimento de centros de compras vai provocar o fim das lojas de rua, certo? Não, tudo errado. No Brasil e em todo o mundo, o varejo está passando por uma reestruturação. E, na verdade, a diversificação está tomando conta do mercado. Há espaço para novos shoppings sim, para centros de compras especializados, mas também para lojas de rua em centros urbanos, no interior, para megastores em vias de grande circulação e mesmo para lojas ao redor dos shopping centers. Por sinal, o grande temor de que esse tipo de centro de compra mataria o comércio tradicional nunca se mostrou verdadeiro e agora, mais do que nunca, os shopping centers servem como chamariz para as lojas de rua. Um bom exemplo está na vizinhança do Shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Lá, dezenas de lojinhas ficam ao redor do quarteirão do centro de compras e na Avenida Ibirapuera. "As pessoas, principalmente moradores do bairro, passam a pé para ir ao shopping e acabam parando aqui na loja", conta Mariângela Saudade, a proprietária da Calçados Centella, a dois quarteirões do Ibirapuera. Nas proximidades do Iguatemi, o mais antigo shopping

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

do País — foi fundado em 1966 —, também existem dezenas de pequenos estabelecimentos que convivem serenamente com o megacentro de compras. E a cada ano novas lojas são abertas no local. Mas lá o crescimento do comércio de rua é puxado pelo número de edifícios comerciais e não só pela proximidade do shopping. "Nossos melhores clientes são mulheres que trabalham por aqui e passam na hora do almoço. Os clientes do shopping estão de carro, estacionam lá dentro e nem percebem o que há em volta", afirma Ana Beatriz Gelas, proprietária da loja de roupas BAC, que fica na Avenida Faria Lima. A assistente administrativa Cláudia Telles é freqüentadora da BAC. Ela trabalha perto e sempre passa para olhar ou comprar alguma coisa. "Também vou ao Iguatemi na hora do almoço, mas compras prefiro fazer em outros shoppings mais baratos ou em lojas de rua", afirma Cláudia. No dia em que foi entrevistada para a reportagem, ela havia comprado presentes na Imaginarium, do Iguatemi, e algumas blusinhas na BAC. Consumidores — O comportamento de Cláudia é típico dos consumidores paulistanos e é o que justifica a diversidade do varejo. As pessoas passeiam e compram nos shoppings, mas não esquecem das lojas de rua. E isso independe do poder aquisitivo. A administradora de empresas Kátia de Freitas Benchimol, por exemplo, prefere o varejo de rua, em especial na região da Oscar Freire, mas sente-se mais segura no shopping.

A administradora Kátia Benchimol (no alto) faz compras no Shopping Iguatemi (à esq.) sem deixar de lado o varejo de rua. Acima, loja na Faria Lima.

"Praticamente a cada 15 dias passo uma tarde no Iguatemi e acabo comprando algo por impulso. Mas às vezes sinto vontade de ir à Oscar Freire ou então vou à 25 de Março", afirma Kátia, referindo-se à tradicio-

Reprodução

Diversidade remonta ao século XIX

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história do varejo se confunde com os primórdios da civilização. Os excedentes em colheitas já eram destinados a algum tipo de mercantilização, mesmo que na base da troca. Mas só com a Revolução Industrial, a partir do século XIX, e com o surgimento dos grandes conglomerados urbanos, os trabalhadores passaram a mostrar a necessidade de ter lugares específicos para comprar o que desejavam. Em 1850, surgiu em Paris a primeira loja de departamentos, a Bon Marchè, pioneira no agrupamento dos produtos em categorias. Em 1912, empresários inauguraram nos Estados Unidos a primeira loja do mundo com auto-serviço, o "cash and carry " ou, em português, "pague e leve". O auto-serviço ganhou corpo, mas passaram-se 15 anos até a fundação do primeiro supermercado, também em solo norte-americano. Instalado em Long Island, o King Kullen foi aberto em 1930. O advento do conceito de supermercado reduziu drasticamente os preços e as margens de ganho sobre as mercadorias, com a conseqüente aprovação dos consumidores. Não demorou muito e o conceito se difundiu rapidamente em toda a América, chegando a cerca de 8 mil lojas no ano de 1941. No Brasil, a história dá conta de que a primeira experiência em varejo com auto-serviço foi a do Frigorífico Wilson, que em 1947 implantou a modalidade na venda de embutidos como lingüiças, salsichas, presuntos, mortadelas e salames. Em 1953, o supermercado tornou-se uma realidade.

Anúncio do Mappin de 1913: marco do início das lojas de departamento

Departamento — As lojas de departamento nasceram sob influência dos grandes armazéns da Europa, especificamente de Paris, a partir de 1852. Eram grandes tendas especializadas, que tinham como público-alvo as classes mais altas, e que distribuíam de roupas a acessórios e artigos de decoração e até mobília. Nos Estados Unidos, esse formato apareceu em 1930 e se disseminou por todo o país. Outra modalidade comercial de grande peso a aparecer nos Estados Unidos e a disseminar-se pelo mundo foram as lojas de conveniência. Localizadas em bairros e combinando as características de autoserviço com as das pequena lo-

jas, vieram suprir a necessidade de pequenas compras. Por último, a mais moderna modalidade de comércio a surgir foi a internet que, assim como as outras, não deve matar seus concorrentes. "Às vezes é um concorrente, mas outras pode ser uma opção de apoio ao lojista", diz o diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. A diversidade de estruturas, formatos de lojas e ofertas de serviços aos consumidores é uma realidade em todos os cantos do mundo. No Brasil, o formato de lojas de departamento passa por um teste de resistência, após a derrocada do Mappin e da Mesbla. (FP)

nal rua de comércio popular do centro de São Paulo. O acesso e a proximidade também justificam o consumo. Shoppings próximos ao metrô ou a terminais de ônibus facilitam a vida de quem precisa ou quer comprar algum presente, almoçar ou ir ao cinema. No caso do Metrô Santa Cruz, por exemplo, a freqüência diária é de 65 mil pessoas: são trabalhadores que usam o metrô, mas também profissionais liberais e estudantes de colégios particulares das regiões próximas da Vila Mariana. A estudante de fonoaudiologia Daniela Moreira de Siqueira, intercala seus passeios e compras entre o Shopping Metrô Santa Cruz e o Shopping Metrô Tatuapé, ambos pela proximidade com as estações. No dia da reportagem, havia comprado toalhas por impulso. "Estava passando pelo Santa Cruz para pegar o metrô, vi, achei as toalhas lindas e comprei", justifica a estudante. No caso desses shoppings de fácil acesso, no fim de semana o público freqüentador se modifica. "Em dias de semana

na hora do almoço vemos muitos estudantes e, dependendo do horário, trabalhadores que pegam o metrô. No fim de semana há mais famílias e casais que vêm ao cinema", explica Felipe Horta, diretor da unidade de shoppings da JHSF, empresa que administra o Santa Cruz. De acordo com ele, o fluxo de pessoas aos sábados e domingos mantém-se quase idêntico ao dos dias de semana, mas as compras em lojas não são proporcionalmente iguais. Por outro lado, aumenta o consumo dos serviços e, claro, a freqüência do cinema. Diversidade —A diversidade de locais para compras em São Paulo é o resultado de uma longa evolução e marca o perfil da capital paulista, que vem mudando ao longo dos últimos 20 anos. "Não somos mais um centro industrial, mas de serviços", afirma o diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Segundo ele, a cidade, e principalmente o comércio, sempre foram muito dinâmicos, adaptando-se às transfor-

mações do mercado e à demanda dos consumidores. Por isso, depois que os shoppings surgiram, o comércio de rua se modificou para sobreviver. "São Paulo suporta todos os tipos de comércio, em bairros e na região central, nos shoppings ou na rua", avalia Solimeo. E ele tem razão. Ruas temáticas como a São Caetano, para o comércio de noivas, a Consolação, para iluminação, a Teodoro Sampaio, para móveis, só para citar algumas, também sobrevivem e se fortalecem apesar do surgimento de shoppings especializados. E não são poucos os exemplos de centros temáticos na Grande São Paulo: Auto Shopping Cristal (automóveis, peças e acessórios) e SBC Móveis (móveis e eletrodomésticos), além dos centros de descontos como o Shopping D e o SP Market. No futuro, as apostas são no crescimento do varejo especializado e da migração para cidades menores, fora dos grandes centros urbanos. Mas, lembra Solimeo, sempre haverá espaço para boas idéias. Fernanda Pressinott


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GERAL - 7

SAFRA ESTIMADA EM 124,403 MILHÕES DE TONELADAS COMEÇA A SER TRANSPORTADA NO FINAL DO MÊS Zeka/AE/12-01-2006

O primeiro teste da operação tapa-buraco

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riticada pela oposição e por alguns técnicos da área de rodovias, a operação tapa-buraco, iniciada em janeiro pelo governo federal, enfrentará importante teste a partir do fim deste mês, quando começa a ser escoada a safra agrícola do período 2005/06. A avaliação dentro do governo é que, diante das inúmeras dificuldades que têm assolado a agricultura nos últimos dois anos, os produtores poderão encontrar, em 2006, condições melhores no período de escoamento dos grãos. O programa emergencial de obras, que prevê a recuperação de 26,7 mil quilômetros de estradas federais, privilegiou boa parte dos corredores de escoamento da produção agrícola, estimada em 124,403 milhões de toneladas na safra atual. "Os produtores terão menos dificuldade para escoar a produção", afirma o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-

nab), Jacinto Ferreira. Ao sair a campo para fazer estimativas sobre o tamanho da safra nacional, os técnicos da estatal sempre aproveitam para observar a situação das principais vias de escoamento e a capacidade de armazenamento nas regiões produtoras. As informações colhidas pelos técnicos da Conab até o fim do ano passado ajudaram o Ministério dos Transportes a traçar um perfil das estradas do País e a planejar o roteiro da operação tapa-buraco. A torcida da Conab é para que as obras nas rodovias mais importantes para o escoamento dos grãos sejam concluídas até o dia 23, pois o grande volume da safra começa a ser escoado a partir do fim do mês. Desde o início da operação tapa-buraco, no dia 9 de janeiro, até o dia 2 de março, 47,4% do programa havia sido concluído. Em Mato Grosso, um dos principais produtores de soja do País, o governo já tapou buracos em cerca de 880 quilômetros de rodovias, ou 68% da

A maratona para conseguir um autógrafo na Bienal do Livro

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Programa privilegiou boa parte dos corredores de escoamento da produção agrícola

meta que havia sido estabelecida para o estado. O diretor de Gestão de Estoques da Conab, Pedro Beskow, elogia, por exemplo, as condições da BR 364, rodovia importante para o transporte da safra de Mato Grosso para Porto Velho (RO), no corredor do Rio Madeira. Segundo ele, os técnicos da Conab percorreram alguns trechos da rodovia na região de Ji-Paraná e atestaram que onde as obras já foram executadas a pista está em boas condições. Luiz Antônio Fayet, consultor de logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), avalia que a situação melhorou em algumas áreas, mas, em sua opinião, ainda há trechos difíceis

de trafegar. "As chuvas mantiveram algumas estradas intrafegáveis. Podemos dizer que a situação ‘despiorou’", diz ele. O fato é que a safra brasileira é altamente dependente das estradas. De acordo com estimativas da Conab, mais de 64% da produção agrícola é escoada por meio das rodovias. Nos Estados Unidos, as estradas ocupam a terceira posição na lista de modais para o escoamento da safra, atrás das hidrovias e das ferrovias. Além de ser caro, transportar grãos pelas estradas rep re s e n t a p e rd a f í s i c a . D e acordo com Ferreira, entre 8% e 10% da produção agrícola é perdida no estágio de "pós colheita", ou seja, entre a armazenagem nas fazendas até o

consumidor final ou exportação. Ele não quantificou a melhora com as obras da operação tapa-buraco. O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, demonstra ceticismo em relação à situação das estradas. Apesar de reconhecer que as pistas estarão em situação melhor do que na safra passada, o representante dos caminhoneiros autônomos afirma que "continuará havendo dificuldades para o transporte pelas rodovias." Assim como já disseram diversos parlamentares da oposição e técnicos em rodovias, Botelho diz que a operação tapa-buraco "é uma solução apenas momentânea." (AE)

Bienal do Livro é das crianças e de Mauricio de Sousa, que arrastou centenas delas à sua maratona de autógrafos no último fim de semana. Uma hora e meia na fila do estande da Editora Globo, os irmãos Maria Isabel e Arthur Rodrigues Zullo, de 9 e 6 anos, mal se continham de felicidade diante do autor. "É a primeira vez que venho à Bienal do Livro e fiquei muito feliz quando cheguei e descobri que o Mauricio estaria aqui", comemorou a pequena leitora, que chegou com a família ao Pavilhão de Exposições do Anhembi às 10 horas do sábado – a sessão de autógrafos começou às 16h. Conseguir um autógrafo de uma grande estrela como o criador da Turma da Mônica é um plano que requer mais de três horas de planejamento. Primeiro, é preciso chegar ao estande da editora com muita antecedência – no mínimo duas horas antes do início da sessão de autógrafos – para conseguir uma senha. Com ela na mão, lá se vão algumas horas na fila. É realmente um programão da família, daqueles típicos paulistanos: muita gente, muita fila. (AE)

Fabio Guimarães/Agência O Globo

Empresário atrás das grades

Epitácio Pessoa/AE

técnico em administração Marcos Antonio de Souza, de 40 anos, realizou em dois anos o sonho de grande parte dos brasileiros: virar dono do próprio negócio e ter sucesso. Mas o que torna a história de Souza especial é o fato de ele ser um dos 1.220 presos da Penitenciária Doutor Antonio de Souza Neto, a P2 de Sorocaba. Toda a produção mensal, de 1 milhão de peças decorativas – a maioria ímãs de geladeiras – sai da P2. Condenado a 19 anos de prisão, Souza dá emprego a 158 detentos e se tornou exemplo no sistema penitenciário paulista. Até o fim deste mês, o número de empregados chegará a 230 e, se os negócios continuarem no mesmo ritmo, a empresa fechará o ano com 300. "Tudo o que produzimos é vendido e, se tivesse mais, vendia", diz Souza. O carrochefe na linha de produção é o enfeite de geladeira – bichinhos, bonequinhos e bibelôs com ímãs feitos com massa de biscuit, que os presos montam, pintam e embalam com muito capricho. Toda a produção é

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Exército retirou ontem suas tropas de quatro favelas que ocupara na caça ao armamento

Militares descem o morro Exército encerrou ontem a Operação Asfixia – iniciada há dez dias para recuperar dez fuzis e uma pistola roubados de um de seus quartéis – em pelo menos quatro das favelas que ocupara na caça ao armamento: Providência, Mangueira Metral e Complexo do Alemão. Em aparente recuo da posição anterior, de só deixar as comunidades depois de recuperar as armas, e apesar de o Comando Militar do Leste (CML) ter informado oficialmente na véspera que manteria presença maciça na Providência, onde enfrentara resistência armada, os militares se retiraram dos quatro locais. À tarde, uma denúncia anônima levou soldados a um supermercado desativado nas proximidades do Morro do Borel, na Tijuca, zona norte, onde procuraram as armas, sem sucesso. No sábado, o Exército informara que, com exceção da Pro-

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vidência, passaria a atuar de forma mais pontual, checando denúncias. O coronel Paulo Meira, da Comunicação Social do CML, porém, evitou ontem os termos desocupação e retirada. "Eu não diria que eles saíram (dos morros). Hoje (ontem) é um dia caracterizado por grande mobilidade", disse o militar, que não esclareceu para onde foram as tropas que ocupavam as favelas. "Amanhã (hoje) as posições estarão consolidadas." O CML agendou para hoje uma entrevista. Desde o início da ação, 1,5 mil soldados já ocuparam 12 favelas. A movimentação dos militares ontem, porém, passou a idéia de uma retirada ou, pelo menos, de uma redução sensível da sua presença e operações nas comunidades. Tiros - Durante a madrugada de ontem houve novo tiroteio na Providência. Mas a tensão se desfez no início da tarde, quan-

do aconteceu a retirada do Exército. Na ladeira do Barroso, principal acesso ao morro, onde houve intensos tiroteios nos últimos dias, o clima era de tranqüilidade. Moradores demonstravam satisfação com a saída dos soldados, comemorada pelo tráfico com fogos de artifício. Ainda na madrugada houve tiroteio também na Favela do Metral, em Bangu, zona oeste da cidade. O CML informou que por volta das 2h30 um grupo de 200 moradores fez um protesto e provocou os soldados. Dois traficantes armados com fuzis, segundo o Exército, participaram do ato e deram tiros. Ninguém ficou ferido. A operação foi desencadeada depois que sete homens armados, vestindo fardas camufladas e toucas ninja, invadiram o Estabelecimento Central de Transportes (ECT) do Exército, em São Cristóvão, zona norte, na madrugada do dia 3. (AE)

Queda de 92% na venda de armas inco meses – e R$ 280 milhões de gastos – depois de o governo federal ter perguntado aos brasileiros se queriam ou não a proibição da venda de armas, os números da Polícia Federal e dos comerciantes mostram que o referendo nem precisaria ter sido feito. Na

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consulta de outubro, 64% dos eleitores optaram pela manutenção do direito de comprar armas. Mas, mesmo assim, esse tipo de comércio está a caminho da extinção. A causa é o Estatuto do Desarmamento. Em vigor desde 2003, a lei já foi suficiente para provocar

uma queda de 92% no comércio de armas. A peneira da lei é tão fina que, em 2003, quando a Polícia Civil ainda era a encarregada da emissão do documento, 7. 387 portes de arma foram expedidos em São Paulo. Depois do estatuto, dos 2.064 pedidos, só 16 foram concedidos. (AE)

Marcos Antonio de Souza: emprego a 158 detentos

vendida no Brás, na capital. Souza foi preso em janeiro de 2000, pelo chamado "crime contra os costumes", ou seja, crime sexual. Quando a sentença saiu, em 1999, ele estava bem empregado e morava com a família, mulher e dois filhos, em São Paulo. Cumprindo pena num presídio da região de Itapetininga, começou a ver a família passar necessidade. "Resolvi fazer alguma coisa e comecei com crochê." Fazia bolsas, tapetes e toalhas. Numa revista de crochê, viu enfei-

tes de biscuit e se interessou. Pediu e, numa visita, a mulher levou o material. (AE)


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

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Equipamento é instalado no carro e facilita a identificação do veículo.

VALOR DE ADESÃO AO SERVIÇO É DE R$ 48,50

SEM PARAR

Patrícia Cruz/LUZ

Da estrada para os shopping centers da capital

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lientes dos shoppings Morumbi, Vi l l a - L o b o s , J a rdim Sul e Eldorado já podem utilizar os estacionamentos desses centros de compras sem parar nas cancelas de controle. A opção está disponível para motoristas que adotam o Sem Parar/Via Fácil, como é conhecido o sistema em São Paulo – ou Onda Livre, nome adotado no Rio de Janeiro. Agilidade e praticidade são alguns dos benefícios apontados por responsáveis, pelo sistemas, pelos shoppings e usuários. "Instalei o Sem Parar há um mês e meio. Ele agiliza muito a minha vida", diz Maria Cristi-

na de Almeida Lagnado, que freqüenta de três a quatro vezes por semana uma academia de ginástica do Shopping Eldorado. "Também uso nas estradas e no estacionamento do aeroporto", completa. Mecanismo – "O sistema é idêntico ao dos pedágios eletrônicos, baseado em rádiofreqüência. Começamos pelas rodovias e estamos ampliando o uso para estacionamentos", diz Fabio Corrêa, diretor administrativo-financeiro do Sem Parar/Via Fácil, do Grupo Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A. (STP), gestor da marca. Em São Paulo, além de alguns shoppings, a tecnologia está disponível

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Full Fit Indústria, Impor- Requerente: Worth Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Fortutação e Comércio Ltda. - Requena Papéis, Filmes e Artigos de rido: Comercial Araújo de ProPapelaria Ltda. - Rua Adriano dutos Alimentícios Ltda. - Rua José Marchini, 69 - 02ª Vara de Muniz de Souza, 908 - 01ª Vara Falências de Falências

no estacionamento do Aeroporto de Congonhas e na Balsa Guarujá-Santos. O sistema funciona à semelhança de um cartão de crédito, compara Corrêa. O cartão, no caso, é um dispositivo eletrônico, chamado tag, colado no vidro dianteiro do veículo, à altura do espelho retrovisor. Uma antena, na cancela, identifica o carro e lhe abre a passagem. O tag registra a operação e o cliente recebe fatura posterior que a discrimina, como em uma conta de telefone, trazendo informações como dia, hora e serviço utilizado. A cobrança, em todos os casos, é feita por meio de débito automático, direto em conta do usuário do carro ou no cartão. Para aderir ao serviço, o motorista paga R$ 48,50 e assina um contrato de comodato pelo uso do tag, dispositivo menor que um maço de cigarro. Pela disponibilidade do sistema, paga R$ 8,65 por mês. A adesão pode ser feita em quiosques instalados nos shoppings e em postos de ser-

Maria Cristina de Almeida Lagnado usa o sistema em shoppings centers, nas estradas e no aeroporto

viços nas rodovias. Por meio da central de chamadas (08000150252) ou da internet (www.semparar.com.br) é possível solicitar o serviço de delivery para a entrega do tag. Uso crescente – Fabíola Soares, gerente de marketing do Shopping Eldorado, explica que, ali, 6% da freqüência do estacionamento, de 12 mil veí-

culos por dia, já utiliza o Sem Parar. "Sabíamos que havia demanda", diz Fabíola. Estudo da empresa gestora mostrou que na área de influência do Eldorado havia 40 mil usuários do sistema Sem Parar/Via Fácil. A meta do shopping é que 10% dos usuários do estacionamento usem a tecnologia até o final do ano.

No Morumbi, shopping do mesmo grupo e pioneiro na oferta do Sem Parar, o sistema já é utilizado por 15% dos visitantes motorizados. No Shopping Villa-Lobos, a expectativa é de aumento da adesão, diz o gerente de operações, Mário Rehder. "A participação varia de 12% a 15% do movimento do estacionamento", em torno de 210 mil veículos por mês. O empresário Silvio Roberto da Silva Mesquita está entre os usuários. Sócio e gerente operacional de uma empresa de segurança, ele defende que veículos da empresa e clientes façam uso do sistema. "Facilita o serviço de escolta pessoal." Fátima Lourenço

ATAS

CONVOCAÇÕES

EXTRAVIO EXTRAVIO DE NFs Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda – Rua Solon, 909/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP – CNPJ.: 07.230.513/0001-38, comunica extravio da 2ª via das NF’s 0001821; 0004701; 00004824; 0008429; 0010544; 0010927; 0016286; 0021485; 0022231; 3ª e 4ª vias da NF 0010834; 4ª via da NF 0002043; todas as vias das NF’s 0008934; 0021727; 0021823 e informa que as NF’s 0002969; 0002970; 0003680 tiveram problemas de impressão.

DROGASIL S.A. CNPJ/MF n° 61.585.865/0001-51 - NIRE 35.300.035.844 GEMEC-RCA 200-75/112 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Os Srs. Acionistas da Drogasil S.A. ficam convocados a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizar dia 03 de abril de 2006, às quinze horas, em primeira convocação, na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, na Capital do Estado de São Paulo, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Em Assembléia Geral Ordinária: a) prestação de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados do Relatório Anual da Administração, Parecer dos Auditores Independentes, publicados na edição do Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio do dia 24 de fevereiro de 2006 e parecer do Conselho Fiscal; b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício, referendar a apropriação dos juros sobre capital próprio estabelecida nas Reuniões Extraordinárias do Conselho de Administração de 23/06/2005 no valor de R$ 1.200.372,21, de 28/10/2005 no valor de R$1.035.615,24 e do dia 15/ 12/2005 no valor de R$ 1.129.762,08, indicando a data de pagamento aos acionistas e imputar parte dos referidos juros ao dividendo mínimo obrigatório; c) eleição dos Membros do Conselho de Administração e respectivos suplentes. Em conformidade com Instrução CVM n.° 165 de 11/12/1991 e 282 de 26/06/98, informamos ser de 8% (oito por cento) o percentual mínimo de participação no capital social votante necessário à requisição da adoção do processo de voto múltiplo para a eleição do Conselho de Administração da Companhia. 2. Em Assembléia Geral Extraordinária: a) fixar a remuneração dos membros do Conselho de Administração e a remuneração global anual dos membros da Diretoria. Nos termos do parágrafo 3 ° do artigo 135 da Lei 6.404/76, alterado pela Lei 10.303/01, informamos que se encontram à disposição do Acionistas na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, das 8:00 às 16:00 horas os documentos referentes às matérias a serem debatidas em Assembléia Geral Extraordinária. São Paulo, 09 de março de 2006. Carlos Pires Oliveira Dias - Presidente do Conselho de Administração. (10, 13 e 14/03/2006)

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Presidente da Federação das Cooperativas de Consumo dos Funcionários do Banco do Brasil - Fecob, em consonância com o que dispõe o artigo 25 do Estatuto, convoca as cooperativas associadas para a Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 31.03.2006, em Itanhaém (SP), na Rua Emídio de Souza, 137 Quininim - Itanhaém (SP), no Auditório do Satélite Esporte Clube, às 7 horas, em primeira convocação, com a presença de 2/3 das associadas; ou às 8 horas, em segunda convocação, com a presença de metade mais uma das associadas; ou às 9 horas, em terceira convocação, com a presença de 20% das associadas, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Leitura, discussão e julgamento do Relatório da Administração, incluindo Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Sobras e Perdas e Parecer do Conselho Fiscal, referente à prestação de contas do exercício social encerrado em 31.12.2005; 2. Destino das Sobras Líquidas apuradas no exercício; 3. Eleição dos membros do Conselho Fiscal (três efetivos e três suplentes) para mandato de um ano; 4. Regularização de dados cadastrais da Diretoria; 5. Outros assuntos de interesse social, exceto os enumerados no artigo 34 do Estatuto. Nota: Para efeito de quorum, declara-se que nesta data o número de filiadas é de 6. São Paulo (SP), 13 de março de 2006. Carlos de Araújo Barreto - Presidente.

EDITAL

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 017/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de pneus novos. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 21/03/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 24/03/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 10:00 horas às 12:00 horas do dia 24/03/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Concorrência Pública nº 001/06 Objeto: Prestação de serviços destinados à inteligência fiscal, compreendendo assessoria e consultoria na modernização administrativa, tributária e econômico-fiscal, que permita a integração do Cadastro Mobiliário para geração de controles financeiros, para reduzir a evasão fiscal do ISSQN, bem como promover o desenvolvimento econômico, através de ferramentas informatizadas de última geração, em ambiente “WEB”, a todas as empresas sediadas no Município de Guaratinguetá. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local da sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 03.05.06, às 14:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 10,00.

COMUNICADOS

ERRATAS Errata Referente à publicação em 09.03.06 do Rachaia Clube - Assembléia Extraordinária Geral dos Sócios, onde se lê: 02 de abril de 2006 (domingo), leia-se: 26 de março de 2006 (domingo). Errata Referente à publicação em 09.03.06 do Rachaia Clube - Assembléia Ordinária do Conselho Deliberativo, onde se lê: 02 de abril de 2006 (domingo), leia-se: 26 de março de 2006 (domingo).

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Solicito o comparecimento do Sr. Rinaldo Pereira de Souza, portador da CTPS nº 051662, série 009 - Alagoas, em nossa empresa no prazo máximo de 48 horas sob pena de infligir o art.482 alínea I da CLT. Albumclass Albuns Ltda ME. CNPJ 60164845/0001-44. (9, 10, 13/03/2006)


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8 -.CIDADES & ENTIDADES

segunda-feira, 13 de março de 2006

Prefeitura quer sublocar espaços A idéia é conter gastos e gerar renda. Para isso, a ocupação dos vários departamentos da Prefeitura de São Paulo (como subprefeituras, empresas e secretarias municipais) será redimensionada. Os espaços liberados serão sublocados. Davi Franzon

P

ara conter gastos e ainda aumentar a renda a Prefeitura poderá sublocar andares inteiros ou salas dentro de suas unidades, principalmente nos prédios que abrigam as subprefeituras da cidade. Essa é uma das idéias que está em estudo para adequar o orçamento que cada departamento recebe do Poder municipal. Como apurou o Diário do Comércio, o projeto de locação já teria sido apresentado ao secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, após avaliação da atual estrutura dos prédios pertencentes à Prefeitura, realizada por sua equipe. Feldman, de acordo com as informações apuradas, seria um crítico da ocupação desordenada de andares e salas de departamentos municipais. O secretário teria avaliado que em algumas subprefeituras andares inteiros são ocupados por uma única seção, que poderia ser realocada para um espaço comum, com outros serviços. Para solucionar o problema

do excesso de espaço físico e ainda garantir a entrada de verba no caixa das subprefeituras e demais departamentos, a secretaria viu na sublocação uma alternativa viável. Levantamento – Um levantamento da ocupação de prédios e salas será realizado nos próximos dois meses. Finalizada a radiografia, cada subprefeitura ou departamento municipal fará uma cotação do preço a ser cobrado pela locação. Uma comparação com salas e andares locados na mesma região da cidade servirá como referência para o futuro valor de locação. Depois de definido um valor mínimo para o aluguel, as subprefeituras decidirão o modelo adequado dos locatários. A sublocação poderá ser feita, posteriormente, por meio de uma carta-convite (quando o interessado entrega sua proposta no dia e local marcados pelo Poder Público) ou pelo sistema de licitação (com a publicação de um edital e a definição de uma data para entrega das propostas e outra para a abertura dos envelopes). Segundo as informações apuradas, cada subprefeitura

ou departamento (secretaria, empresa pública ou autarquia) poderá gerir os valores arrecadados com a locação. O valor dos aluguéis representaria um abono dentro do orçamento destinado a cada unidade e repassado pela Secretaria Municipal de Finanças. O primeiro teste, de acordo com as informações obtidas pelo Diário do Comércio, será

realizado na Subprefeitura da Vila Mariana, na zona sul da cidade. O prédio passará por uma readequação de espaço e as áreas livres serão colocadas à disposição dos interessados. Para evitar problemas jurídicos com o projeto, a Prefeitura já acionou a Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos, que ficará responsável pela elaboração do modelo de con-

trato entre locador e locatário. Ap er to – A sublocação de parte das unidades municipais é mais uma alternativa para afrouxar o "aperto" financeiro da Prefeitura. Com um orçamento de R$ 17 bilhões para este ano, a administração municipal tem a dura tarefa de realizar obras, colocar projetos em andamento e pagar as parcelas da dívida com a União,

lembrando que cada uma leva 13% do orçamento. Outra ação adotada pelo município para minimizar a crise financeira foi a terceirização de serviços. A primeira aprovada foi na área da saúde, e tem como objetivo a redução de gastos. A próxima será no serviço de atendimento da Prefeitura, realizado por meio do número 156.

Luiz Prado/Luz - 30/08/2005

Feldman, que critica a ocupação desordenada de andares e salas de unidades municipais

Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente

Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente

Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente

Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente

Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente

Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente

Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente

Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino

Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente

Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente

Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente

Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente

Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente


segunda-feira, 13 de março de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Apesar de o empreendedorismo fervilhar na capital paulista, ele ainda não atingiu o pico. Sujit Chowdhury

IPCA RECUA PARA 0,41% EM FEVEREIRO

DE 15 A 17 DE MARÇO, CIDADE SERÁ PALCO DO 10º CONGRESSO MUNDIAL DOS EMPREENDEDORES

SÃO PAULO, CAPITAL DO EMPREENDEDOR Milton Mansilha/LUZ

S

Leonardo Rodrigues/Hype

ão Paulo tem o maior índice de empreendedorismo per capita no mundo. E é por isso que a cidade será a primeira da América Latina a se tornar a sede de uma edição do Congresso Mundial de Empreendedores, a 10ª, que será realizada de 15 a 17 de março, com o apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Apesar de o empreendedorismo fervilhar na capital paulista, ele ainda não atingiu o pico, não alcançou todo o potencial", diz Sujit Chowdhury, secretário geral do Congresso e presidente da Universidade do Comércio (foto). "Com esse fórum, planejamos lançar as bases necessárias para os jovens empreendedores brasileiros se desenvolverem e também enco-

rajarmos o aparecimento de iniciativas pioneiras em todos os setores de negócios." O tema do encontro será "Vamos fazer um novo negócio", que deverá atrair mil participantes de mais de 100 países. "Em uma década, conseguimos reunir 5,2 mil empreendedores de 180 nações e, assim, surgiram 700 sociedades", diz Chowdhury. "Queremos atrair o jovem empreendedor de todos os setores da atividade econômica, desde aqueles que já têm um negócio estável aos que pensam em abrir uma empresa." O evento será dedicado ao networking, busca por parcerias e liderança empresarial. A organização do encontro estima que sejam negociadas mais de 100 associações entre empresários. Nas edições anteriores, foram assinadas jointventures de até US$ 35 milhões. A expectativa é de que a conferência movimente o mercado brasileiro e alavanque o potencial de negócios nas áreas da indústria, alimentação, transporte, serviços, moda e design, marketing e propaganda. "É preciso fazer com que as micro e pequenas empresas já nasçam com uma visão global de mercado", diz Ch ow dh ur y. "O encontro será um avanço importante na formação desses empre-

sários porque vamos mostrar a eles o que está acontecendo pelo mundo afora, além dos limites da América Latina." Interesse comum – C ada participante informa na inscrição que tipo de produto ou serviço oferece e o que pretende encontrar. Os dados são cruzados online e, antes do início do congresso, cada empreendedor pode acessar um diretório de produtos e serviços com agentes, compradores, exportadores, fabricantes e importadores que lhe interessam. Durante o evento, serão organizadas mesas-redondas, workshops interativos e análise de cases, além de reuniões individuais com profissionais das áreas de interesse. Entre os palestrantes destacam-se o presidente da Guomei Eletronic Company, Huang Guang Yu; o co-fundador dos hotéis Transamérica, Carlos Nascimento; e o presidente da World Travel and Tourism Council, JeanClaude Baumgarten. Quem participa do evento ainda ganha cursos pela internet sobre logística, importação e exportação, diferenças culturais entre os países de negócios e legislação. "Assim, colaboramos com a sustentabilidade do empreendimento", afirma o presidente do Congresso. Inscrições – As inscrições para o evento, que será realizado no Palácio de Convenções do Anhembi, podem ser feitas, até amanhã, pelo site www.wsyebrasil.com.br Sonaira San Pedro

Consumidores do Carrefour no Shopping Eldorado garantem que ainda não sentiram no bolso a redução da inflação

Inflação recua, preço não? pesar do reajuste das mensalidades escolares e das passagens de ônibus urbanos em alguns estados, a inflação de fevereiro registrou queda em relação a janeiro, e promete se manter controlada até o fim do ano. Essa foi a análise de economistas após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira. A variação foi de 0,41% em fevereiro, abaixo da taxa de 0,59% registrada tanto em janeiro deste ano quanto em fevereiro de 2005. Segundo o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o resultado mostra que a meta de inflação

A

estabelecida para este ano, de 4,5%, está bem próxima de ser atingida. "Mesmo que em março seja mantido o índice de fevereiro, ainda teremos motivos para comemorar porque estamos bem próximo da meta", disse Alfieri. Mas o índice deve continuar caindo, na opinião de Alexandre Fischer, da GRC Visão Consultoria, que aposta em variação de 0,35% neste mês. Consumo – Ao contrário dos economistas, os consumidores não sentiram no bolso a desaceleração do IPCA. O técnico de enfermagem Carlos Gomes é um deles. Por ter o hábito de ir ao supermercado todas as semanas, Gomes garante que acompanha centavo por centavo a variação dos preços dos produtos. "Não percebi redução nenhuma. Aliás, o que

tenho reparado é que tudo está mais caro. Até mesmo os itens da cesta básica", reclamou. A dona de casa Dinah Semeghini concorda. "Infelizmente o que tenho percebido é um aumento constante nos preços. A alternativa é pesquisar antes de comprar." O gerente de vendas Fernando Parras também acredita que a comparação de preços entre os mercados é a melhor saída para o consumidor economizar. O único que sentiu uma pequena redução tanto nos preços de alimentos como em material para construção foi o técnico de manutenção Ailton Machado da Silva. "Os preços estão caindo sim. Basta observar o cimento, por exemplo, que recuou para menos da metade em relação a janeiro." Márcia Rodrigues

80 empresários já entraram na corrida para acelerar o desenvolvimento humano no Brasil. Agora, só falta você.

Empresário: junte-se a nós para fazer do Brasil um país campeão em desenvolvimento humano. Educação de qualidade é condição essencial para o desenvolvimento humano de uma nação. E garantir essa educação a crianças e jovens é, também, garantir um futuro de sucesso na escola e na vida. Por isso, 80 empresários se uniram numa corrida contra o tempo. Em aliança com o Instituto Ayrton Senna, a largada foi dada com os Programas Se Liga (de alfabetização) e Acelera (de aceleração de aprendizagem), implementados nas escolas públicas de Pernambuco. E a corrida continua a toda velocidade com o Programa SuperAção Jovem, nas escolas públicas de São Paulo, que prepara a juventude para cruzar a linha de chegada. São milhares de meninos e meninas esperando pelo seu apoio. Contamos com você para, juntos, vencermos este desafio! Ligue (11) 6974-3064 ou acesse o site www.lide-edh.org.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de março de 2006

eM DIa

Santo Amaro participa de inauguração e doa material

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com As DisTrItAIs Notícias dos postos avançados da ACSP

Genne Clever (acima, ao microfone) e Ives Lazarini (ao lado) durante a reunião que discutiu o orçamento para o bairro

Ipiranga espera por R$ 42,5 milhões para iniciar obras

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elhos problemas do bairro do Ipiranga podem, finalmente, ser resolvidos neste ano. Entre eles, o programa de verticalização urbana da Favela Heliópolis, o projeto de revitalização da avenida do Cursino e as obras do Complexo Maria Maluf e do Córrego do Ipiranga. A previsão orçamentária da Câmara dos Vereadores de São Paulo contempla estas melhorias e muitas outras. Mas para que os projetos caminhem, moradores e comerciantes da região têm de colaborar. "Precisamos da mobilização da sociedade. A comunidade tem de cobrar mais, fazer valer o seu direito", afirma

o advogado Genne Clever Sanches, superintendente interino da Distrital Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O anúncio da previsão orçamentária de 2006 foi feito por Ives Campos Lazarini, assessor legislativo da Câmara, durante reunião na distrital. Diante de uma platéia formada por moradores, comerciantes, assessores de vereadores da região e do subprefeito do Ipiranga, Plínio Xavier de Mendonça, Ives informou que o valor que a Prefeitura vai liberar para o bairro é de R$ 42,5 milhões. O subprefeito concorda que o momento agora exige a participação da comu-

CIDADES & ENTIDADES - 9

Luiz Prado/Luz

nidade. "A pressão dos moradores da região é fundamental para que o dinheiro seja liberado", disse ele. A maior parcela prevista no orçamento é de R$ 30 milhões e deverá ser utilizada para as obras de verticalização urbana da Favela Heliópolis, uma das

maiores do Estado. O Córrego do Ipiranga, causador de enchentes há muitos anos, terá uma verba de R$ 7 milhões. Outras obras têm seus custos na previsão orçamentária: implantação de equipamentos públicos na Vila das Mercês: R$ 1 milhão; recapeamentos das avenidas do Cursino e Carlos Liviero: R$ 1,3 milhão; revitalização urbana da avenida D. Pedro l e rua Silva Bueno: R$ 300 mil; e reforma do CDM (Centro Desportivo Municipal) da Vila das Mercês: R$ 200 mil. "São obras fundamentais para o bairro. Mas para que o dinheiro seja liberado, contamos com a colaboração dos moradores do Ipiranga e região", afirma Genne Clever.

superintendente da Distrital Santo Amaro da ACSP, Aloysio Luz Cataldo, participou da solenidade de inauguração da Faculdade de Tecnologia (Fatec) e da Escola Técnica (ETE) realizada no Jardim São Luiz, na zona sul. O evento aconteceu no dia 2. Nas novas unidades de ensino serão oferecidos cursos de informática, direcionados para Gestão de Negócios, e cursos técnicos de administração e eletrônica. Participaram da inauguração o governador do estado, Geraldo Alckmin, o secretário de Participação e Parceria, Gilberto Natalini, o deputado federal, Júlio Semeghini, o secretário estadual da Ciência e Tecnologia, João Carlos Meireles, o presidente da OAB/Santo Amaro, Roberto

Pavanelli, o presidente do Centro de Tradições de Santo Amaro, Alexandre Moreira Neto, o diretor do Grupo Sul News, Armando da Silva Prado Netto, entre outros. Materiais – No dia 23 de fevereiro, o superintendente Aloysio Luz Cataldo e a coordenadora de eventos especiais da distrital, Shirley Auriema Cataldo, realizaram a entrega de 634 unidades de material escolar para a Entidade Assistencial Ação Social Largo Treze, representada na ocasião por Gilvando Vieira dos Santos. Cadernos, lápis, canetas, borrachas e outros itens foram arrecadados durante o evento de confraternização realizado com os integrantes do conselho diretor e funcionários da distrital, realizado em dezembro do ano passado.

Divulgação

Divulgação

Projetos para a zona oeste

O

superintendente da Distrital Lapa da ACSP, Douglas Formaglio, e o superintendente da Distrital Pinheiros, Ricardo Granja, estiveram reunidos com o subprefeito da Lapa, Paulo Bresan, para conhecer os projetos da subprefeitura para a região oeste.

Hoje

I Ipiranga – A distrital, em

parceria com o Sebrae, promove o curso Aprender a Empreender . Às 13h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Salões de Beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I Santo Amaro – A distrital realiza apresentação do Projeto Empreender para empresários de pet shops, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 20h.

Amanhã I Dia das Mães - A Associação

Comercial de São Paulo (ACSP) e a Ipsos Public Affairs anunciam em coletiva de imprensa a Pesquisa de Intenção de Compras para o Dia das Mães 2006 e o Índice Nacional de Confiança. Às 14h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Bufês e Eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 14h30. I Exposição – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) a da Federação das

Entre os projetos, destacamse a mudança da Subprefeitura Lapa para a região da avenida Hermano Marchetti, a reforma do Mercado Municipal da Lapa, a implantação de um Poupatempo onde hoje é a subprefeitura (rua Guaicurus) e a implantação de uma estação ciência.

GIr Agendas da Associação e das distritais Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos, participa da exposição das obras de Maria Amélia Botelho de Souza Aranha sobre Arte e Fé. Às 19h, no Pátio do Colégio, 84. I Centro – A distrital realiza a entrega do troféu Marco da Paz aos premiados pelo concurso Natal Iluminado 2005. Na sede da ACSP, rua Boa Vista, 51/11º andar. Às 19h30. I São Miguel – A distrital realiza a 15º reunião ordinária. Às 19h30 I Santo Amaro – A distrital realiza 12º Café com Negócios. Às 8h30.

Quarta I Butantã – A distrital realiza

reunião ordinária. Às 19h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Lojas de Móveis e Colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Quinta

Gilvando, Shirley e Cataldo no dia da entrega do material escolar

Posse a novos conselheiros

A

Na reunião, a reforma do mercado e a implantação do Poupatempo

I Santo Amaro – A distrital realiza o Feirão do Imposto. Praça Floriano Peixoto, s/n. Às 8h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Escolas Particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 9h. I Internacionais - Reunião do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio da ACSP coordenada pelo vicepresidente Hélio Nicoletti, com palestra do secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, sobre Comércio Exterior no Estado de São Paulo. Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). I Lapa – A distrital realiza curso de artesanato gratuito promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora (CME). Às 14h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de Automecânica do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Distrital Butantã da ACSP deu posse, no mês passado, a dois novos conselheiros: Ernani Parise e Ricardo Casal Lourido. Na mesma

solenidade, foi descerrada a fotografia de José Carlos Pomarico, que agora faz parte da galeria dos ex-superintendentes da distrital.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

segunda-feira, 13 de março de 2006

CIENTISTAS POLÍTICOS JÁ CONSIDERAM O CLIENTELISMO RELIGIOSO COMO UM FATOR DE DECISÃO ELEITORAL Dida Sampaio/AE

REJEIÇÃO INFLUENCIA MUITO MAIS QUE APOIO

Alaor Filho/AE

O PODER VEM DA MÍDIA

P

Rosinha Matheus

Anthony Garotinho

Clayton de Souza/AE

Tsuli Narimatsu

populismo já predominava, à exemplo de Lula, mas Anthony Garotinho introduziu uma a política, poucos novidade. Aliou a religião, são os candidatos criando uma espécie de popuque conseguem lismo religioso que demonstransferir os votos trou excelentes resultados eleide seus eleitores para seus su- torais em 2002", afirma César cessores nos cargos ou outros Jacob Romero, da PUC-RJ. Slogan – "Existe um slogan candidatos. Raros são os casos – como Maluf e Pitta para a prefei- de que crente vota em crente tura de São Paulo (1996), Antho- mas isso nem sempre acontece", ny Garotinho e Rosinha Ma- lembra David Fleischer, da Unitheus para o governo do Rio versidade de Brasília. Ele acre(2002). E, também em 2004, o dita que a transferência de votos crescimento da candidatura Jo- seja muito mais mito do que reasé Serra à prefeitura de São Pau- lidade, salvo alguns "segmenlo depois que Alckmin entrou tos étnicos ou religiosos, indeefetivamente em sua campa- pendentemente de partido, tais como a comuninha. Os evangélidade japonesa, cos já provaram espoliciais militares se tipo de influênou evangélicos – c i a . M a s t r a b alham ainda com Os pastores são mais que vez ou outra seguem e elegem uma outra arma, efetivos para tirar candidatos inditalvez até mais povotos. Quando eles cados por polítiderosa e decisiva: a dizem 'não vote cos de sua comurejeição. nidade". "Não vote" – Se- nesse ou naquele' e "A transferêngundo o bispo da deixa a indicação em cia de votos de Universal e sena- aberto, o povo Garotinho ficou dor Marcelo Crirespeita a negativa. demonstrada na vella (PRB-RJ) Marcelo Crivella votação da mumais do que transformar o púlpito senador (PRB-RJ) lher dele. Ele tem em palanque, a e bispo da Universal uma influência maior, principalprincipal estratégia dos pastores investidos de mente sobre seus eleitores 'cabos eleitorais' é difundir a evangélicos”, diz Fábio Wanrejeição. "Os pastores são mais derley Reis, da Universidade e f e t i v o s p a r a t i r a r v o t o s . Federal de Minas Gerais. Escalada – Ari Pedro Oro, da Quando eles dizem 'não vote nesse ou naquele' e deixa a in- Universidade Federal do Rio dicação em aberto, o povo res- Grande do Sul, estudou a fundo a incursão de parlamentares peita a negativa". Cientistas políticos que es- da Igreja Universal na política e tudam a influência dos evan- diz que só a partir dela é que ougélicos nas urnas já identifi- tras igrejas se mobilizaram pocam o populismo religioso co- liticamente. Segundo ele, em mo uma variável para analisar 1986, a Universal elegeu seu o cenário de uma eleição. "O primeiro deputado federal; em

N

or trás do eleitorado evangélico existe um poder de mídia que não deve ser desprezado, sustentado por um preceito religioso que só incentiva as igrejas a ampliarem seus espaços nos meios de comunicação de massa. Está escrito no livro de Marcos 16:5: ide ao mundo e pregai o Evangelho. O preceito é seguido à risca. Por isso os evangélicos não resistem em contribuir com dinheiro para que suas lideranças expandam a fé cristã e em alguns casos até assumam a direção de redes de TV, como o caso da Record ou sustentem espaços milionários no horário nobre, caso do missionário RR.Soraes na Band. De acordo com o pastor Ronaldo Didini – que foi o coordenador político da Igreja Universal por dez anos (antes de deixar a denominação e ser substituído pelo ex-deputado e bispo Carlos Rodrigues, PL-RJ) – toda aliança política alinhavada com os evangélicos leva em

conta o poder de mídia. "Além disso a Universal tem militância. Muito mais disciplinada e coesa do que a do PT." O presbiteriano Anthony Garotinho vem usufruindo bem desses espaços. Desde o ano passado, com o respaldo financeiro da Assembléia de Deus da Penha (RJ), igreja que conta com 8 mil membros, ele apresenta um programa de três minutos exibido de segunda a sexta na Band e reproduzido em rede nacional por outras emissoras. O pré-candidato pelo PMDB também está diariamente na Rádio Melodia, a primeira evangélica em audiência no Rio, segundo o Ibope– cujo proprietário é o irmão e ex-deputado federal Francisco Silva (PL-RJ). O programa é reproduzido por 181 retransmissoras AM e FM. E recebe de bom grado doações de igrejas como passagens aéreas para fazer campanha pelo país e hospedagem em hotéis. (TN)

ORIGEM PROTESTANTE

Multidão de fiéis mostra sua força em marcha pela cidade de São Paulo

1990, foram três federais e seis estaduais. Em 1994, a igreja dobrou sua bancada na Câmara e ainda elegeu oito estaduais. A grande arrancada ocorreu em 1998, quando o contingente subiu para 17 federais e 26 estaduais. Em 2002, um pequeno recuo, com a eleição de 16 federais e 19 estaduais. O desempenho, segundo Oro, está relacio-

nado ao carisma institucional da igreja e ao uso intensivo da mídia – o que acabou incentivando outras denominações a irem às urnas. "O sucesso político da Universal produziu um efeito mimético sobre outras igrejas e religiões, que também procuraram expressar o seu capital político e poder institucional", diz o cientista político.

S

e hoje parte dos evangélicos brasileiros ficou vulgarmente conhecida pelo comércio da fé e a tentativa de estabelecer cada vez mais influência política e econômica, no passado, foi exatamente por essas questões que o monge alemão Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica e deu início à reforma protestante. Evangélicos ou protestantes (sinônimos) são tão cristãos quanto os católicos – com algumas diferenças importantes: não reconhecem a autoridade do papa para decidir quem entra ou não no reino dos céus (excomunhão) e nem para eleger mortais à condição de santos. Por isso suas igrejas não possuem imagens e nem Maria, mãe de Jesus, é considerada santa. Minada pela política e o materialismo, a Igreja Católica vivia uma grave crise

no século XVI, quando eclodiu a reforma protestante. Lutero ousou expressar suas críticas à venda de indulgências e ao celibato, entre outros assuntos. Defendeu que o evangelho de Cristo pregava o amor e a graça de Deus. Foi excomungado. Na França, João Calvino pregava que a salvação do homem dependeria dos atos praticados em vida. Para contra-atacar esses argumentos religiosos, a Igreja Católica aprovou o acréscimo à Bíblia de alguns livros que até então não tinham sua autenticidade comprovada – os chamados apócrifos. Os protestantes não aceitaram, por isso sua Bíblia têm menos livros. Na visão do sociólogo Max Weber (1864-1920) a difusão protestante esteve associada ao desenvolvimento da cultura capitalista, ao tornar o acúmulo de riquezas lícito.

O estudo mostra que os deputados federais e senadores – que na vida privada são evangélicos – na arena política estão filiados a partidos muito diferentes, que esposam ideologias distintas, se não conflitantes. Portanto, eles se comportam de uma maneira tal que a identidade evangélica só é mobilizada às vezes, diante de questões muito específicas como o aborto. A diversidade do seu comportamento legislativo não está diretamente relacionada aos rumos da reforma protestante ou ao igualitarismo à la Teologia da Libertação recém adotado por católicos. Pelo contrário, é fruto de diferentes opções partidárias.

Se os evangélicos se unissem numa plataforma política, poderiam "dominar" o Brasil? As denominações evangélicas no Brasil são muitas e heterogêneas. Além das divergências teológicas eles também se subdividem na composição econômica, em termos de renda e escolaridade. Cada igreja e denominação costuma alinhavar sua própria aliança política, o que dificulta a criação de uma organização partidária com penetração nacional. É uma tarefa de longo prazo, que requer capital, um grande contigente de pessoas e, acima de tudo, um projeto político claro e unificador. Não acredito que esse projeto exista hoje.

Alex Ribeiro/DC

Um eleitorado dividido, mas fiel Ao analisar o comportamento do eleitor evangélico nas eleições de 2002, por denominação, cientista política comprova a preferência por Garotinho grupo evangélico, por suas características específicas– como menor exposição a jornais e revistas, elevada exposição a autoridades religiosas e escolha eleitoral influenciada por suas lideranças – constitui um segmento extremamente importante para qualquer candidato. A conclusão faz parte do trabalho de pós-doutorado da cientista política Simone Bohn, da USP, baseada na análise do comportamento dos evangélicos brasileiros nas urnas.

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Se o PRB lançar candidato próprio à presidência ou fizer uma aliança com um nãoevangélico, a candidatura Garotinho sofre um baque? A viabilidade de uma eventual candidatura presidencial de Anthony Garotinho – caso ele realmente seja o escolhido no PMDB – depende muito do eleitorado evangélico. De acordo com os dados do Estudo Eleitoral Brasileiro que eu analisei, na eleição de 2002, 51% dos evangélicos afirmaram ter votado nele. Se considerarmos que, em 2000, eles representavam cerca de 15% da população brasileira, o apoio deste segmento religioso se constitui extremamente

importante para as candidaturas presidenciais. Se houver o apoio das lideranças a outro candidato, Garotinho pode ser enfraquecido. Um dado instigante da sua pesquisa mostra que os fiéis da Assembléia de Deus votaram em Lula (54,9%) no 2º turno sendo que a igreja fechou com o Serra. Como analisar isso? O que a minha pesquisa mostra é: em comparação com outros grupos religiosos, a maioria evangélica tem baixa exposição aos meios de comunicação, como jornais, telejornais e rádio. Por outro lado, em contraste com os membros de outros credos, eles estão extremamente expostos a suas autoridades religiosas. Cerca de 83% freqüentam os cultos mais de uma vez por semana. Entre os membros da Universal, essa porcentagem sobe para cerca de 92%. Além disso, para os evangélicos, um dos principais critérios na escolha de um candidato é o apoio dos pastores . Ou seja, eles compõem um público que potencialmente pode se tornar clientela cativa de determinadas ofertas políticas, se

Simone Bohn, da USP

suas lideranças religiosas optarem por mobilizá-los. Isso não significa que todas se manifestem politicamente. Os líderes da Congregação Cristã no Brasil trabalham com a idéia de que religião e política não devem ser misturadas. No caso dos membros da Assembléia, eles foram os que mais apoiaram Garotinho no 1º turno (62 % ) – que ficou com Lula no 2º turno. Mas também foram um dos maiores apoiadores de Serra (42,9%), depois dos presbiterianos, metodistas e luteranos (50%). Crente não vota em crente. Mas parece que para presidente isso muda completamente... A lógica da disputa presidencial parece ser diferente da escolha eleitoral para outros cargos. Em virtude do menor número de opções, as características pessoais dos candidatos parecem importar para alguns eleitores tanto quanto suas propostas. Nas eleições para outros cargos, o mesmo processo é praticamente inviável. Em 2002, du-

rante todo o processo de construção da candidatura Garotinho, desde a conquista do apoio de diversas denominações até seu marketing final, foi posta uma grande ênfase em sua identidade evangélica. E obviamente, isso lhe rendeu enorme quantidade de votos. No caso de outros pleitos, é mais difícil para o candidato conseguir veicular amplamente sua confissão religiosa, uma vez que o acesso aos eleitores é reduzido. A bancada evangélica só parece se unir em projetos de cunho moral - não em torno de um projeto social. Seria pela relação entre os protestantes e o espírito do capitalismo?


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇO

terça-feira, 14 de março de 2006

COMUNICADO À PRAÇA INGAÍ INCORPORADORA S/A

CNPJ 59.557.009/0001-40 Relatório da Administração Senhores Acionistas: em atendimento às disposições legais e estatutárias, submetemos, à aprecição de V.Sªs., as Demonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2005. (Em Reais Mil) A Diretoria. Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005 Demonstração do Resultado do Exercício 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Receita Bruta de Vendas e Serviços 2.238 5.843 Circulante 19.797 20.307 Circulante 2.734 2.675 Deduções de Receita Bruta (122) (444) Bancos 33 49 Fornecedores 15 11 ( = ) Receita Líquida 2.116 5.399 Aplicações Financeiras 16.136 15.292 Salários a Pagar 84 83 Custos das Vendas e Serviços (1.074) (3.244) Prestações a Receber 982 2.183 Obrigações a Recolher 360 368 ( = ) Lucro Bruto 1.042 2.156 Créditos Diversos 685 569 Remuneração sobre Capital Próprio 2.218 2.145 Despesas com Vendas (5) (56) Estoque de Imóveis 1.955 2.209 Obrigações Diversas 57 68 Despesas Administrativas (2.189) (2.247) Despesas Antecipadas 6 6 Exígivel a Longo Prazo 253 277 Receitas Financeiras 2.822 2.767 Realizável a Longo Prazo 4.706 5.241 Obrigações Diversas 253 277 Despesas Financeiras (2.049) (1.997) Resultado de Exercícios Futuros 3.028 4.080 Prestações a Receber 3.426 4.902 Result. Participações (23) (61) Receita de Exercícios Futuros 5.255 7.012 Aplicações em Incentivos Fiscais 74 74 (355) 560 (-) Custos Correspondentes (2.227) (2.932) ( = ) Lucro Operacional Outros Créditos 1.206 265 Receitas não Operacionais (86) – Patrimônio Líquido 20.481 20.139 Permanente 1.993 1.623 ( = ) Lucro Antes do I.R., C.S. e Partic. (441) 560 Capital Social 16.000 15.200 Investimentos 1.412 959 Provisão Imp. de Renda e Contr. Social – (179) Reservas de Capital 351 351 Aplicações em Incentivos Fiscais 168 168 ( = ) Lucro Líquido do Exercício (441) 381 Reservas de Lucros 288 289 Participações Societárias 1.244 791 Lucro Líquido por Ação (em reais) (0,0000658) 0,0000569 Lucros Acumulados 3.842 4.299 Imobilizado 561 634 Total do Passivo 26.496 27.171 Imóveis em Uso 618 618 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Móveis e Utensílios 173 173 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 2005 2004 Máquinas e Equipamentos 214 211 2005 2004 Origens (906) 469 Veículos 345 345 Saldo no Início do Período 4.299 3.937 Resultado Líquido do Exercício (441) 381 Outras Imobilizações 100 99 Ajuste de exercício anterior (16) – Depreciação/Amortização 77 88 (-) Depreciação Acumulada (889) (812) Lucro Líquido do Exercício (441) 381 Variação no Resultado de Exerc. Futuros (1.053) – Diferido Líquido 20 29 Transferência para Reserva Lucro – (19) Aumento do Exigível a Longo Prazo (24) – Saldo no Final do Período 3.842 4.299 Total do Ativo 26.496 27.171 Redução do Realizável a Longo Prazo 535 – 456 230 Notas Explicativas lada pelo método linear, baseada na estimativa da utilidade econômica dos Aplicações (Aquis. Invest. e Imobiliz.) (1.362) 239 1) Demonstrações Financeiras elaboradas com base na Lei 6.404/76 e bens; 4) Capital Social dividido em 6.701.035.302 ações Ordinárias Aumento/(Redução) do C.C.L. Sdo Inicial/05 Sdo Final/05 Sdo Inicial/04 Sdo Final/04 Legislação em vigor; 2) Os Ativos realizáveis e os Passivos exigíveis em Nominativas, sem valor nominal; 5) Investimentos em Participações Discr. Ativo Circ. 20.307 19.797 19.672 20.307 até 365 dias foram demonstrados como Circulante; 3) Depreciação calcu- Societárias avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. Passivo Circ. 2.675 2.734 4.165 2.675 Mônica A. S. Soares - Contadora CRC1SP187209/O-4 Cap. Circ. Líq. Claudio Bernardes - Diretor Presidente 17.632 17.063 15.506 17.632

EXTRAVIO EXTRAVIO DE NFs Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda – Rua Solon, 909/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP – CNPJ.: 07.230.513/0001-38, comunica extravio da 2ª via das NF’s 0001821; 0004701; 00004824; 0008429; 0010544; 0010927; 0016286; 0021485; 0022231; 3ª e 4ª vias da NF 0010834; 4ª via da NF 0002043; todas as vias das NF’s 0008934; 0021727; 0021823 e informa que as NF’s 0002969; 0002970; 0003680 tiveram problemas de impressão.

COMUNICADOS

FUNDAÇÃO PROF. DR. MANOEL PEDRO PIMENTEL – FUNAP

A FUNAP comunica a abertura do procedimento licitatório na modalidade Pregão (Presencial), sob o nº 020/2005, objeto do Processo FUNAP nº 778/2005, do tipo menor preço, que trata de AQUISIÇÃO DE TUBOS, TIRAS E PERFIS EM AÇO PARA FABRICAÇÃO DE MÓVEIS. A Sessão Pública do Pregão ocorrerá no Auditório da FUNAP, situado na Rua Dr. Vila Nova, nº 268 – Térreo – Vila Buarque – São Paulo / Capital, CEP 01222-020, tel.: (0XX11) 3150-1053, com início às 09:30 horas do dia 24/03/2006. O Edital, na íntegra, será disponibilizado para consulta no endereço www.e-negociospublicos.com.br, www.fanap.sp.gov.br e a informação resumida no endereço www.pregao.sp.gov.br.

ATA FOX S/A Crédito, Financiamento e Investimento Em Constituição ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO Aos 25 de Maio de 2005, às 10:00 hs., na Al. Tocantins, 280, sala 5, Alphaville Industrial, Diretores Comercial e Superintendente, em conjunto. § 3º: Os atos especificados abaixo Barueri-SP, reuniram-se em Assembléia Geral de Constituição: Décio Goldfarb, brasileiro, são relevantes aos negócios da Sociedade, portanto incumbirão e serão praticados pelos casado, empresário, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na R. Manuel Marques Simões, Diretores Superintendente e Comercial, agindo sempre em conjunto: a) alienação, 171, RG 8.377.286-8-SSP-SP e CPF 861.657.988-53; Denise Goldfarb Terpins, brasileira, constituição de gravames, a qualquer título, de bens imóveis, bens móveis e de bens casada, empresária, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na Av. Comendador Adibo componentes do ativo fixo e/ou do ativo permanente da Sociedade, que tenham valor, Ares, 771, RG 4.678.111-SSP-SP e CPF 304.140.678-00; e Marcio Luiz Goldfarb, brasileiro, por transação, contrato ou operação, superior a R$ 300.000,00; b) assinatura de quaisquer casado, empresário, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na R. Peru, 381, RG 5.614.574- documentos em que a Sociedade assuma responsabilidade ou obrigações, incluindo 3-SSP-SP e CPF 537.262.198-20; aclamado para dirigir os trabalhos, assumiu a presidência mas não estando limitados a, títulos, obtenção ou concessão de quaisquer créditos, da mesa Décio Goldfarb, que convidou a mim, Denise Goldfarb Terpins para secretariá- empréstimos, financiamentos, arrendamentos, notas promissórias ou outros títulos lo. Declarando instalada a assembléia, o Presidente informou que a mesma tinha como representativos de dívidas, instrumentos de confissão de dívida, cheques, ordens de objetivo constituir uma Cia. sob a denominação de FOX S/A - Crédito, Financiamento pagamento, envolvendo valores superiores a R$ 300.000,00, por transação, contrato e Investimento, cujo projeto de Estatuto encontrava-se sobre a mesa, vasado nos seguintes ou operação; e c) celebração, modificação e/ou prorrogação de contratos e definição termos: Fox S/A - Crédito, Financiamento e Investimento. Estatuto Social. Capítulo dos respectivos índices de correção monetária e prazos, que tenham valor, por instrumento, I - Da Denominação, Sede e Foro, Objeto e Duração. Art. 1º: A Fox S/A - Crédito, superior a R$ 300.000,00. § 4º: Compete também aos Diretores Superintendente e Financiamento e Investimento, é uma sociedade anônima, que se regerá pelo presente Comercial, agindo sempre em conjunto, a prática dos seguintes atos: (a) concessão de Estatuto e pelas disposições legais e regulamentares que lhe forem aplicáveis. Art. 2º: A fianças, avais, endossos ou quaisquer outras garantias em benefício de terceiros; e (b) sociedade tem foro na cidade de Barueri, Estado de São Paulo, podendo por resolução da celebração, modificação, prorrogação e/ou revogação de contratos com instituições Diretoria, abrir dependências em qualquer localidade do País, observadas as prescrições financeiras para a realização de qualquer movimentação financeira através de senhas legais. Art. 3º: A Sociedade tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas ou assinaturas eletrônicas. § 5º: As procurações e/ou outros instrumentos que outorguem e acessórias inerentes à carteira autorizada de Crédito, Financiamento e Investimento, de poderes ou nomeiem representantes em nome da Sociedade serão assinados por 02 Diretores acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. Art. 4º: O prazo de duração em conjunto, sendo um deles obrigatoriamente o Diretor Superintendente ou o Diretor da sociedade é indeterminado. Capítulo II - Do Capital e Ações. Art. 5º: O capital Comercial, devendo especificar os poderes conferidos e, terão período de validade limitado social é de R$ 7.000.002,00, dividido em 7.000.002 ações nominativas, sendo 3.500.001 a, no máximo, 01 ano. § 6º:As procurações para fins judiciais ou para defesa em processos ordinárias e 3.500.001 preferenciais, sem valor nominal. § 1º: Cada ação ordinária dará administrativos serão outorgadas por dois Diretores, em conjunto, e não terão, direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral. § 2º: As ações preferenciais não obrigatoriamente, período de validade limitado. § 7º: Os valores previstos no presente terão direito a voto, mas gozarão das seguintes vantagens: I. prioridade na distribuição artigo, serão reajustados anualmente, no início de cada exercício social, com base na de dividendos, fixos ou mínimo; II. prioridade no reembolso do capital, sem prêmio. Capítulo variação do IGP-M/FGV ocorrida no exercício anterior ou, na sua falta, por outro índice III - Da Administração. Art. 6º: A Sociedade será administrada por uma Diretoria, que venha a substitui-lo. Art. 15: As aquisições, alienações ou onerações de bens do composta por no mínimo 02 e no máximo 06 membros, acionistas ou não, residentes no ativo imobilizado ou participações societárias, bem como a prática de atos e operações País, sendo 01 Diretor Superintendente, 01 Diretor Comercial, 01 Diretor Administrativo e que envolvam valores superiores a R$ 1.000.000,00, deverão ser aprovados pelos acionistas Financeiro e os demais Diretores sem designação especial, eleitos pela Assembléia Geral, que representem a maioria absoluta do capital social. Capítulo IV - Das Assembléias que lhe fixará sua remuneração. Art. 7º: O prazo de mandato da Diretoria é de 03 anos, Gerais - Art. 16: A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, dentro dos 04 primeiros sendo permitida a reeleição. § Único: Vencido o mandato, o diretores, continuarão no meses de cada ano e, extraordinariamente quando necessário, guardados os preceitos de exercício de seus cargos até a posse dos eleitos. Art. 8º: Os diretores ficam dispensados direito nas respectivas convocações. Art. 17: A Assembléia Geral será instalada por um de prestar caução, em garantia de suas gestões. Art. 9º: A investidura no cargo de Diretor dos diretores e presidida pelo acionista escolhido pelos presentes, o qual, por sua vez, far-se-á por termo lavrado e assinado no livro de Atas de Reuniões da Diretoria, após a escolherá um dos acionistas para secretariar os trabalhos da mesa. Capítulo V - Do homologação de seus nomes pelo Banco Central do Brasil. Art. 10: Em caso de vaga de Conselho Fiscal - Art. 18: O Conselho Fiscal terá o seu funcionamento não permanente, um dos cargos da Diretoria, nos casos em que ficar reduzida a menos de dois membros, sendo instalado a pedido de acionistas, dentro do que preceitua o art. 161, Lei 6404/76. esta designará um substituto provisório até a realização da primeira assembléia geral Art. 19: O Conselho Fiscal, quando em funcionamento, será composto de no mínimo 03 que então deliberará sobre o provimento definitivo do cargo. O substituto eleito servirá e no máximo 05 membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos pela até o término do mandato do substituído. Art. 11:A Diretoria reunir-se-á quando necessário, Assembléia Geral, a qual fixará sua remuneração. Capítulo VI - Do Exercício Social, por convocação de qualquer de seus membros, sendo as deliberações tomadas por maioria Balanços, Lucros e sua Aplicação - Art. 20: O exercício social coincidirá com o ano de votos. Art. 12: Nos casos de impedimentos ou ausências temporárias de qualquer um civil, encerrando-se portanto, em 31 de dezembro de cada ano. Art. 21: O balanço, dos diretores, os remanescentes escolherão, dentre si, o substituto que exercerá as funções contemplará todas as prescrições legais, será levantado em 30 de junho e 31 de dezembro do substituído cumulativamente. Art. 13: Para a consecução dos objetivos sociais, fica a de cada ano. A critério da Diretoria, a Sociedade poderá levantar balanços intercalares, Diretoria investida de plenos poderes, inclusive para contrair obrigações, alienar imóveis, no último dia de cada mês. Art. 22: Do lucro líquido apurado em cada balanço, serão transigir, ceder e renunciar direitos, cabendo-lhe, além das atribuições legais, observado destinados: a) 5% para a constituição do Fundo de Reserva Legal, até que este alcance o contido nos arts. 14 e 15: a) organizar o Regulamento interno da Sociedade; b) deliberar 20% do capital social; b) 25% para dividendo aos acionistas; e c) o saldo, se houver, terá sobre a criação de dependências; c) tomar conhecimento dos balancetes mensais; d) a aplicação que lhe destinar a Assembléia Geral, por proposta da Diretoria, observadas as fazer levantar os balanços semestrais e elaborar o relatório anual, publicando-os sob sua disposições legais atinentes à matéria. § Único: Os prejuízos ou parte deles poderão ser assinatura. § 1º: Os diretores terão as seguintes funções e atribuições: I. Diretor absorvidos pelos acionistas, mediante rateio, na proporção de suas participações no capital Superintendente: • planejamento estratégico, econômico e financeiro; • representação social, após a absorção dos saldos existentes em lucros acumulados, reservas de lucros e da sociedade. II. Diretor Comercial: • execução da divulgação e colocação do produto reservas de capital, nesta ordem. Art. 23: O dividendo não será obrigatório no exercício da Sociedade, concessão de crédito pessoal através de cartão de crédito e execução dos social em que a administração julgá-lo incompatível com a situação financeira da empresa, procedimentos de conformidade inerentes a área; • captação de recursos financeiros CDI podendo a Diretoria propor à AGO que se distribua dividendo inferior ao obrigatório ou e Letra de Câmbio, junto a outras insituições financeiras, investidores pessoas física e nenhum dividendo.A Assembléia Geral poderá, também, se não houver oposição de nenhum jurídicas. III. Diretor Administrativo e Financeiro: • controle administrativos e acionista presente, deliberar a distribuição de dividendos inferior ao obrigatório ou a financeiros, execução dos procedimentos de conformidade, inerentes a área, cumprimento retenção de todo o lucro. Art. 24: O prazo para pagamento do dividendo será estipulado das emanadas ao negócio dos órgãos reguladores, normatizadores e fiscalizadores; • pela AGO que o aprovou, de acordo com as disponibilidades financeiras da Sociedade, responsável técnico para responder junto ao Banco Central do Brasil, pelo acompanhamento, justificadas pela Diretoria, porém, não ultrapassando o exercício. Art. 25: A diretoria tem supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade e de auditoria poderes para determinar a distribuição de lucros e/ou dividendos intermediários e juros previstos na legislação vigente. IV. Os demais Diretores sem designação especial, terão sobre o capital próprio (Lei 9.249/95), dentro dos limites legais e “ad referendum” da suas funções fixadas em Reunião da Diretoria. Art. 14: Compete aos Diretores ou aos Assembléia Geral de Acionistas que aprovar as contas daquele exercício social. Concluída a procuradores devidamente nomeados para atuar em nome da Sociedade, agindo na forma leitura, o Presidente submeteu à votação o estatuto social, artigo por artigo, tendo ele sido prevista neste artigo, a administração dos negócios sociais em geral e a prática de todos aprovado por unanimidade. Prosseguindo, o Presidente colocou em pauta a eleição da Diretoria, os atos necessários ou convenientes a esse fim, observados os limites previstos neste com mandato até a AGO do ano de 2008, resultando na eleição de Décio Goldfarb, já Estatuto, dispondo os mesmos de poderes, entre outros, para: I. representar a Sociedade qualificado, como Diretor Superintendente, Marcio Luiz Goldfarb, já qualificado, como em Juízo e fora dele, ativa ou passivamente, perante terceiros, repartições públicas ou Diretor Comercial e Paulo Sérgio Borsatto, brasileiro, casado, economista, residente e autoridades federais, estaduais ou municipais, bem como autarquias, sociedades de economia domiciliado em Campinas/SP, na R. Prof. Dea Ehrhardt Carvalho, 81, RG 13.189.239-3 SSPmista e entidades paraestatais. II. administrar, gerir e superintender os negócios sociais, SP e CPF 050.288.478-94, como Diretor Administrativo e Financeiro, com remuneração mensal podendo comprar, vender, permutar, alugar ou, de qualquer outra forma, alienar ativos da e individual de R$ 5.000,00. A seguir, o Presidente esclareceu que os acionistas deveriam Sociedade, determinando os respectivos preços, termos e condições; e III. assinar todos e assinar a lista de subscrição do capital, o que foi feito, resultando na seguinte distribuição: quaisquer documentos, bem como aqueles que importem em responsabilidade ou obrigação Acionistas/ ON PN Total Valor R$ da Sociedade, inclusive escrituras, títulos de dívida, instrumentos negociáveis, cheques, Ações Subscritas 1.166.667 2.333.334 2.333.334,00 transferências financeiras, ordens de pagamento, inclusive via assinatura eletrônica e Décio Goldfarb ....................... 1.166.667 1.166.667 2.333.334 2.333.334,00 outros documentos. § 1º: Os atos de gestão ordinária dos negócios sociais acima previstos, Denise Goldfarb Terpins .......... 1.166.667 1.166.667 2.333.334 2.333.334,00 incumbirão e serão obrigatoriamente praticados: a) em valor de até R$ 50.000,00, por Marcio Luiz Goldfarb .............. 1.166.667 tansação, contrato ou operação, isoladamente por qualquer Diretor ou procurador, desde Total ................................... 3.500.001 3.500.001 7.000.002 7.000.002,00 que este último esteja investido de especiais e expressos poderes; b) em valor de até R$ Os acionistas integralizam neste ato, em moeda corrente nacional, a totalidade do capital 100.000,00, por transação, contrato ou operação, pelos Diretores isoladamente, ou por social. Finalmente, o Presidente informou terem sido cumpridas todas as formalidades um procurador, investido de especiais e expressos poderes, em conjunto com um dos Diretores legais e declarou definitivamente constituída a “Fox S/A - Crédito, Financiamento Comercial ou Superintendente; c) em valor de até R$ 1.000.000,00, por transação, contrato e Investimento”, com sede em Barueri/SP, na Al. Tocantins, 280, sala 5, Alphaville ou operação, isoladamente pelos Diretores Comercial ou Superintendente; d) acima de Industrial, CEP 06455-020, esclarecendo ainda que os diretores eleitos tomarão as R$ 1.000.000,00, por transação, contrato ou operação, pelos Diretores Comercial e providências necessárias no sentido de sua completa legalização. Nada mais havendo a Superintendente, em conjunto; § 2º: Os atos relacionados à aquisição de bens imóveis, tratar, o Presidente suspendeu a sessão pelo tempo necessário à confecção desta ata, a móveis ou de bens componentes do ativo fixo e/ou permanente da Sociedade, que tenham qual, logo após foi lida e achada a expresso fiel do que fora deliberado, vai por todos valor, por transação, contrato ou operação, até R$ 10.000,00, por qualquer Diretor assinada. Barueri - SP, 25/05/05. Décio Goldfarb - Presidente, Denise Goldfarb isoladamente, ou em conjunto com um procurador, investido de especiais e expressos Terpins - Secretária. Acionistas: Décio Goldfarb, Denise Goldfarb Terpins, Marcio poderes e um Diretor; em valores superiores a R$ 10.000,00, pelos Diretores Comercial e Luiz Goldfarb. Advogado: Antonio Carlos Santarosa Junior - OAB/SP 187.466. JUCESP Superintendente, isoladamente; até o limite de R$ 100.000,00 e, acima deste valor, pelos NIRE nº 35300326849 em 31/10/05. Pedro Ivo Biancardi Barboza - Secretário Geral.

FUNDAÇÃO PROF. DR. MANOEL PEDRO PIMENTEL – FUNAP

A FUNAP comunica a abertura do procedimento licitatório na modalidade Pregão (Presencial), sob o nº 019/2005, objeto do Processo FUNAP nº 835/2005, do tipo menor preço, que trata de AQUISIÇÃO DE MADEIRAS PARA MÓVEIS (TAMPO, PAINEL, GAVETEIRO E COMPENSADOS). A Sessão Pública do Pregão ocorrerá no Auditório da FUNAP, situado na Rua Dr. Vila Nova, nº 268 – Térreo – Vila Buarque – São Paulo / Capital, CEP 01222-020, tel.: (0XX11) 3150-1053, com início às 09:30 horas do dia 23/03/ 2006. O Edital, na íntegra, será disponibilizado para consulta no endereço www.e-negociospublicos.com.br, www.fanap.sp.gov.br e a informação resumida no endereço www.pregao.sp.gov.br.

EDITAIS PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS

- Concorrência Pública nº 001/ 2006 - Processo nº 9.5689/2004 - NOTIFICAÇÃO - Devido às impugnações feitas ao edital em questão, pelas empresas: SOCICAM Terminais Rodoviários e Representações Ltda. e a empresa EGYPT Engenharia e Participações Ltda, a Comissão Permanente de Licitação decide conforme artigo 21, § 4º, alterar o edital reabrindo os prazos. São Carlos, 13 de março de 2006. Paulo José de Almeida - Presidente Comissão Permanente de Licitação.

AVISOS AOS ACIONISTAS

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 13 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Novodisc Mídia Digital da Amazônia Ltda. - Requerido: American MM Comercial Ltda. - EPP - Rua do Seminário, 161 - Fundos - 02ª Vara de Falências Requerente: Dantas, Lee, Brock & Camargo Advogados Associados - Requerido: Princeton Healthcare do Brasil S/C Ltda. - Rua Itapicuru, 369 - conj. 505 01ª Vara de Falências Requerente: Firlan Distribuidora de Gêneros Alimentícios Ltda. - Requerido: Center Car-

nes Flor do Campo Aclimação Ltda. Rua José Getulio, 194/196 - 01ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: Farah’s Import Comercial de Produtos para Informática Ltda. - Requerido: Farah’s Import Comercial de Produtos para Informática Ltda. - Rua Comendador João Gabriel, 178 - 01ª Vara de Falências

CONVOCAÇÕES ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA TRANSBRASIL AAPT CONVOCAÇÃO O Presidente da Diretoria Executiva da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Transbrasil AAPT convoca os Sócios, para Assembléia Geral Ordinária, à realizar-se no dia 13 de abril de 2006 ás 14:00horas, na sede da AAPT: RUA GENERAL PANTALEÃO TELLES Nº 249 AEROPORTO, para tratar da seguinte pauta: 1- aprovação de contas Exercícios 2005/2006; 2 - Aprovação orçamento para o próximo ano; 3 - Assuntos Gerais. São Paulo 14/03/2006. Francisco José Tomaz - Presidente Executivo.

Banco Alfa de Investimento S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 60.770.336/0001-65 - NIRE 35 3 0005322 2 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria e 5. fixar a remuneração do Comitê de Auditoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento e deliberar sobre a Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 28.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.412/0001-13 - NIRE 35 3 0004818 1 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal para elevação do capital social em mais R$ 18.000.000,00, sem emissão de ações mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

Alfa Holdings S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.396/0001-69 - NIRE 35 3 0002375 7 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 10.513.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)

DROGASIL S.A. CNPJ/MF n° 61.585.865/0001-51 - NIRE 35.300.035.844 GEMEC-RCA 200-75/112 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Os Srs. Acionistas da Drogasil S.A. ficam convocados a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizar dia 03 de abril de 2006, às quinze horas, em primeira convocação, na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, na Capital do Estado de São Paulo, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Em Assembléia Geral Ordinária: a) prestação de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados do Relatório Anual da Administração, Parecer dos Auditores Independentes, publicados na edição do Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio do dia 24 de fevereiro de 2006 e parecer do Conselho Fiscal; b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício, referendar a apropriação dos juros sobre capital próprio estabelecida nas Reuniões Extraordinárias do Conselho de Administração de 23/06/2005 no valor de R$ 1.200.372,21, de 28/10/2005 no valor de R$1.035.615,24 e do dia 15/ 12/2005 no valor de R$ 1.129.762,08, indicando a data de pagamento aos acionistas e imputar parte dos referidos juros ao dividendo mínimo obrigatório; c) eleição dos Membros do Conselho de Administração e respectivos suplentes. Em conformidade com Instrução CVM n.° 165 de 11/12/1991 e 282 de 26/06/98, informamos ser de 8% (oito por cento) o percentual mínimo de participação no capital social votante necessário à requisição da adoção do processo de voto múltiplo para a eleição do Conselho de Administração da Companhia. 2. Em Assembléia Geral Extraordinária: a) fixar a remuneração dos membros do Conselho de Administração e a remuneração global anual dos membros da Diretoria. Nos termos do parágrafo 3 ° do artigo 135 da Lei 6.404/76, alterado pela Lei 10.303/01, informamos que se encontram à disposição do Acionistas na sede social da Companhia, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, das 8:00 às 16:00 horas os documentos referentes às matérias a serem debatidas em Assembléia Geral Extraordinária. São Paulo, 09 de março de 2006. Carlos Pires Oliveira Dias - Presidente do Conselho de Administração. (10, 13 e 14/03/2006)

CTPA – COOPERATIVA DE TRABALHO DE ADMINISTRADORES AUTÔNOMOS

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCAMOS os senhores associados da CTPA - Cooperativa de Trabalho de Administradores Autônomos para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária na sede social da entidade, localizada na Rua Leite de Morais n.º 42, conjunto 05, sala 02, Santana, São Paulo, SP, CEP 02034-020, no dia 25 de março de 2006, em primeira convocação às 08:30h (presença de 2/3), em segunda convocação às 09:30h (presença de metade + 1) e em terceira e última convocação às 10:30hs, com a presença de no mínimo 10 cooperados, sendo que até a presente data o número de cooperados é de 59 para efeito de quorum, a fim de deliberarem a seguinte ORDEM DO DIA: 1) Prestação de contas do exercício social de 2005; 2) Decisão sobre a distribuição dos resultados; 3) Assuntos Gerais; São Paulo, 13 de março de 2.006. CTPA – COOPERATIVA DE TRABALHO DE ADMINISTRADORES AUTÔNOMOS - Presidente Umberto Palhares da Silva.

Consórcio Alfa de Administração S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.193.806/0001-46 - NIRE 35 3 0002366 8 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 11.183.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)


Ano 81 - Nº 22.085

São Paulo, terça-feira 14 de março de 2006

Jornal do empreendedor

R$ 0,60

Edição de Campinas concluída às 01h00

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Arte de Céllus sobre fotos de Nilton Fukuda/AE

Quebra-cabeça do PSDB Jochen Luebke/AFP

Luiz Prado/Luz

O prefeito José Serra admitiu a candidatura à Presidência pela 1ª vez, lembrou ser o mais forte contra Lula, mas recusa disputar uma prévia. O governador Geraldo Alckmin é contra a escolha por aclamação, pois "unção só o papa pode dar", mas não arreda o pé da candidatura. Quem move a próxima peça do quebra-cabeça tucano é a Santíssima Trindade (o presidente do partido, Jereissati; o governador mineiro Aécio Neves e FHC). O PMDB tem seu próprio quebra-cabeça. Pág. 3

TEMPO EM CAMPINAS Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 18º C.

Idéias da superfeira, para o trabalho e o lazer A CeBit ( foto), em Hannover, Alemanha, reúne 6 mil expositores de 71 países. E propõe soluções digitais para facilitar a vida no escritório e em casa. Seu lema é o bem-estar do consumidor. DC Informática

Glamour no Bom Retiro Fashion Ao ar livre, o desfile é glamour e muito mais: exibe estilo, roupas e grifes locais, diversidade (na foto, modelo da Cia. das Calcinhas) e diz que garante preços justos. Eco/4

13/3/06

BOTOX 2,134 2,27 2,230

Poderoso para a saúde Página 12


terça-feira, 14 de março de 2006

Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EMPREEENDEDORISMO: BRASIL OCUPA 7º LUGAR

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por cento é quanto as famílias da região metropolitana gastam além do orçamento

FÓRUM MUNDIAL DE EMPREENDEDORES VAI DISCUTIR SETORES QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL

CONGRESSO APOSTA NO TURISMO Leonardo Rodrigues/Hype

Evandro Monteiro/Digna Imagem

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A auxiliar de cobrança Francine Brito corre atrás de empréstimo para pagar dívidas

Classe C gasta mais do que ganha

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Grande São Paulo foi a região mais consumista do Brasil em 2005, segundo dados da LatinPanel. De acordo com pesquisa divulgada pela instituição, as famílias da área metropolitana gastam 7% a mais do que ganham, e a média brasileira de estouro de orçamento fica na metade desse percentual. "O parcelamento de compras no crediário ou no cartão de crédito é o maior responsável por esse fenômeno de endividamento", disse a diretora comercial da LatinPanel, Margareth Ikeda Ultimura. Ela lembrou que a renda média da população teve aumento real de 4% no último ano. "E, para desafogar o orçamento, o consumidor procura saídas no cartão de crédito, nos empréstimos consignados, nas compras a prazo e até na inadimplência." É o caso da auxiliar de cobrança Francine Brito que, de tanto acumular crediários em lojas populares, teve de tomar empréstimo em uma financeira para colocar as dívidas em dia. Ela faz parte da classe C, o segmento da população que mais se endivida no Brasil. Nessa classe, a renda familiar varia de R$ 1,2 mil a R$ 3 mil por mês. "Comprei

celular, móveis para a casa, roupas e um carro", diz Francine. "As prestações eram pequenas, mas foram se acumulando e eu não dei conta de pagar nem com um outro empréstimo pessoal", lamentava-se ontem, enquanto tentava um novo empréstimo para quitar todos os seus débitos. De roupa a TV – De acordo com a pesquisa, metade das famílias brasileiras compra itens de vestuário a prazo. E tem o mesmo comportamento quando adquire eletroeletrônicos ou móveis (42%) e produtos em supermercados (29%). É na Grande São Paulo que os consumidores fazem uso do crediário de forma mais intensa do que no restante do País: cerca de 5% acima da média. "A classe C apresenta o mesmo perfil dos consumidores das classes A e B na compra de vestuário e eletrônicos". Isso porque a classe C gosta de experimentar marcas premium.

MAGAZINE LUIZA Rede varejista obteve empréstimo de R$ 35,3 mi do BNDES para projeto de expansão.

PETROBRAS

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s ações da Petrobras nem começaram a ser negociadas na Bolsa de Buenos Aires e já há alvoroço. Com capitalização quase cinco vezes maior que a líder argentina, a Tenaris, a Petrobras quer brigar para assumir a liderança no índice Merval. (AE)

REMÉDIOS

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Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos publicou ontem, no Diário Oficial da União, resolução sobre o reajuste dos medicamentos, a partir do próximo dia 31. Os índices de aumento vão variar de 3,64% a 5,51% e deverão vigorar até março de 2007. (Agências) A TÉ LOGO

Ó RBITA

"Cerca de 82% das famílias de classe C testam marcas novas e aspiram ao mesmo padrão de consumo das classe A e B", afirmou a diretora da LatinPanel, ao informar que as classes D e E são as que menos utilizam o recurso do parcelamento. A classe C está mais perto dos ganhos das classes mais baixas, mas os gastos com bens nãoduráveis se aproximam dos que estão nas classes A e B. Isso pode ser notado quando se comparam as diferenças entre renda e gastos de bens não duráveis: a classe C tem rendimento 82% inferior ao das classes mais altas, mas gasta 43% a mais nesse setor de consumo. Produtos como queijinhos petit suisse, iogurte, sucos prontos, salgadinhos, cremes e loções começam a entrar na lista de supermercado da classe C. "Os bens não-duráveis estão levando um quarto da renda das famílias brasileiras", disse Margareth. Sonaira San Pedro

PARALELO O dólar paralelo fechou estável em São Paulo, cotado a R$ 2,27 na ponta de venda.

ARGENTINA PÁRA DE VENDER CARNE

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resolução argentina que suspende as exportações de carne bovina por um período de 180 dias foi publicada ontem no diário oficial do país. A suspensão pretende "manter o abastecimento do mercado interno com preços razoáveis".

Com a publicação da suspensão das vendas externas da Argentina, o governo israelense anunciou ontem que deverá recorrer aos mercados do Brasil e do Uruguai para atenuar a escassez de carne bovina. Desde 2002 Israel é o maior importador de carne fresca argentina. (AE)

INSS: COMEÇA RESTRIÇÃO A DEVEDOR

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omeça a vigorar efetivamente hoje a proibição de que as empresas devedoras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebam, em dinheiro, restituição dos créditos tributários que tenham com a Receita Federal. A medida está prevista em portaria baixada no mês passado,

mas faltava estabelecer os procedimentos burocráticos para que ela fosse colocada em prática, o que foi feito ontem. "Na administração pública, se os procedimentos não estiverem claramente definidos, nada funciona", afirmou o secretárioadjunto da Receita, Paulo Ricardo Cardoso. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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BC inicia levantamento de aplicações de brasileiros no exterior

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Bolsa-Família reduziu desigualdade social, avalia estudo do Ipea

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Representantes da construção civil querem ampliar a isenção de IPI

décima edição do Congresso Mundial de Empreendedores, que será realizado de amanhã a sextafeira com o apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, aposta no turismo como propulsor do desenvolvimento econômico e social. "Trata-se do setor terciário que mais cresce no País", diz o coordenador do Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP, Julio Bueno. Segundo ele, tanto o setor de turismo como o de aviação estão registrando aumento significativo de demanda no mercado brasileiro. "Por conta disso, elegemos esses temas para serem discutidos no Congresso com a presença de líderes mundiais nos segmentos." A idéia é mostrar aos participantes de que forma cada país incentiva a prática do turismo. A mesa redonda "Viagem e turismo – mais do que os olhos podem ver" será na sexta-feira, dia 17 de março. "Pretendemos mostrar aos empreendedores iniciantes que toda profissão é feita de expectativas e ilusões. O turismo tem essa característica, sustentando aquele sonho de viajar. Quem é do ramo tem que ter uma visão bem ampla do negócio e ter os pés no chão", diz Bueno. Destaques –Je an - Cl a ud e Baumgarten, presidente do World Travel and Tourism Council; Ken Murphy, vicepresidente de Comunicação e Marketing da UATP (Universal Airline Travel Plan); e Karmenu Vella, chairman do Corinthia Hotels International, são os executivos estrangeiros que, junto aos empresários brasileiros do setor de aviação e turismo, irão discutir a expansão desses mercados nos países em desenvolvimento. Segundo Sujit Chowdhury, secretário-geral do Congresso e presidente da Universidade do Comércio, "o formato da 10ª edição do evento foi adaptado à realidade brasileira e haverá espaço tanto para a troca de experiências com empreendedores do mundo todo, como para realização de negócios entre brasileiros e estrangeiros". Precoce – Dos 15 milhões de empreendedores brasileiros, 12,6% têm idade entre 18 e 24 anos, enquanto 17% estão na faixa dos 25 aos 34 anos. Mas, apesar do alto índice de pequenas e médias empresas no País, a maioria dos negócios surge em conseqüência da falta de emprego e de renda. O objetivo do Congresso é mudar o cenário, que se caracteriza pelo grande número de empreendedores por necessidade. "Para isso, a expectativa é de que o evento impulsione também o potencial de negócios em setores como agronegócio,

Julio Bueno: líderes mundiais se reunirão nesta semana em São Paulo Jotafreitas

Pelourinho, em Salvador, um dos pontos a serem explorados

alimentação, serviços, moda, marketing e transporte", diz Bueno. De acordo com ele, na semana passada foi apresentado um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo para instituir a "Semana do Jovem Empreendedor" na capital, a ser comemorada na segunda semana do mês de março de cada ano. "A iniciativa foi do vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB-SP)." Criado no Canadá, em 1993,

como parte das conferências globais da Organização das Nações Unidas (ONU), o Congresso Mundial de Jovens Empreendedores é realizado pela primeira vez no Brasil. O País é o sétimo maior empreendedor do mundo, e a capital paulista tem o maior índice de empreendedorismo per capita. As inscrições para o evento podem ser feitas pelo site www.wyyebrasil.com.br Vanessa Rosal


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

Brasil é rota no tráfico mundial de obras de arte

O

Brasil entrou no mapa do tráfico internacional de bens culturais. Essa é a constatação da Divisão de Repressão a Crimes contra Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal (PF), após o roubo dos quadros de Picasso, Matisse, Dalí e Monet do Museu da Chácara do Céu, no Rio, em 24 de fevereiro. Apesar de não querer "militarizar" os espaços, a direção dos museus faz da segurança assunto prioritário e articula ações integradas para combater o novo nicho do crime organizado no País. "Acho que o momento é de fazer uma escalada de segurança. Você já viu Jaguar conversível parado na rua?", diz o chefe da divisão, delegado Jorge Pontes. "Esse crime é um marco. Vamos ter que repensar o paradigma de segurança", diz o diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José Nascimento Jr. (AE)

Presos por furto na Bienal do Livro de São Paulo

T

rês peruanos e um argentino foram detidos em flagrante por policiais da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) da Polícia Civil por furto e formação de quadrilha durante a Bienal do Livro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte de São Paulo, na noite de sábado. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), os peruanos Juan Carlos Saldanha Canales, de 25 anos, Oscar Yoni Lopes Quinteros, de 47, e Victor Pizarro Romero, de 56, foram detidos com o argentino Julio Marcos Dias, de 55, após o furto de dois aparelhos celulares no evento. Depois de abordar os peruanos, os policiais encontraram um aparelho Motorola furtado. Na delegacia, a vítima ligou para o seu celular e descobriu que o aparelho já estava com a polícia. Uma outra vítima relatou o roubo do celular e deu as características do suspeito. O argentino Julio foi encontrado no Pavilhão com o aparelho, quando foi detido com os outros três. (AE)

MAM: esquema de segurança de bancos

C

âmeras, sensores de presença e seguranças (armados ou não) protegem as obras de arte mais importantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os Museus de Arte Moderna (MAM) dos dois estados, administrados por organizações da sociedade civil, são os mais aparelhados para se defender. Entre as várias instituições, os MAMs são os únicos que têm seguranças armados. "O museu tem um sistema de segurança conforme os padrões vigentes, que incluem segurança dia e noite, câmeras e alarmes. Trabalhamos com segurança armada", disse o curador do museu carioca, Fernando Cocchiaralle. No museu paulistano, o esquema é de banco: R$ 20 mil gastos por mês com seguranças e manutenção do sistema, que inclui, além do básico, câmeras com visão noturna, sala de controle dentro de um bunker e botões de alarme ligados à polícia. Detector de metal é exclusividade do Museu de Arte de São Paulo (Masp). (AE)

CIDADES & ENTIDADES - 9

Presa em São Paulo libanesa suspeita na morte de Hariri Golpes financeiros dados pela economista podem ter ajudado a custear o assassinato do ex-primeiro ministro libanês Rafik Al Hariri

A

economista libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, de 39 anos, foi descoberta e presa domingo em um flat localizado em Santana, zona norte de São Paulo. Ela é acusada da falência do banco Al-Madina, uma fraude de R$ 1,2 bilhão, e suspeita de envolvimento na trama do assassinato do ex-primeiro ministro libanês Rafik Al Hariri, em fevereiro de 2005. Ontem, a prisão de Rana teve grande destaque na imprensa internacional. Dois investigadores bateram na porta do apartamento ocupado por Rana e ouviramna dizer em português sofrível: "Cinqüenta, cem, 200 mil dólares? É só ligar para amigo". Foi o que bastou para que ela fosse presa em flagrante por tentativa de suborno. Fazia um ano que Rana havia fugido do Líbano. Dois meses depois do assassinato de Hariri, a economista desapareceu. Ao ser questionada sobre o crime, ela deu uma grande gargalhada e disse que estava no Brasil a negócios. O passaporte britânico (da Irlanda do Norte), em nome de Rana Klailat, que portava quando foi presa, mostra que ela passara pelo Iraque, China, Turquia e República Checa antes de chegar ao Brasil – sua entrada no País está registrada em outubro de 2005. E é a terceira vez que Rana visita o Brasil. Contra ela existe mandado de prisão no Líbano por causa da fraude bancária. Além disso, a Interpol a procura a pedido da Comissão Internacional Independente das Nações Unidas, que investiga o assassinato de Hariri, morto por um caminhão-bomba em Beirute, capital do Líbano. O Consulado do Líbano em São Paulo informou à polícia que golpes aplicados por ela no sistema bancário daquele país poderiam ter financiado o atentado que causou a morte de Hariri. Rana teria ligações com o chefe do serviço secreto sírio e é suspeita de lavar dinheiro para a Síria e para o Hezbollah. "A embaixada britânica nos

Nilton Fukuda/AE

Delegado Nicanor Nogueira Branco (ao lado), da 7ª Seccional (Itaquera), exibe o passaporte britânico da libanesa Rana Klailat (foto menor). Ela foi presa por dois policiais em um flat na zona norte da cidade. Acusada da falência do banco Al-Madina, numa fraude de R$ 1,2 bilhão, Rana não confirma que o dinheiro ajudou a financiar o atentado que matou o ex-primeiro ministro libanês Rafik Al Hariri (abaixo), em fevereiro de 2005, em Beirute, capital do Líbano.

Maurício Lima/AFP

informou que o passaporte dela é falso", disse o delegado Murilo Fonseca Roque. Os policiais descobriram-na por meio de uma denúncia feita por um homem com sotaque estrangeiro. O receio de um resgate fez com que a polícia cercasse a delegacia com uma dezena de homens. O advogado de Rana, Victor Mauad, disse que sua cliente é inocente das acusações no Brasil e no Líbano e que a tentativa de suborno foi um mal-entendido. "Ela não sabe falar português e os policiais não falam árabe." Ele vai pedir o relaxamento do flagrante e requerer o direito de asilo político a Rana, pois teme que ela seja morta se voltar ao Líbano. Segundo ele, Rana investiria em hotéis no Brasil.

Rana pede garantias de vida

R

ana Koleilat teria informado ontem ao governo de Beirute que aceita ser extraditada para o Líbano, mas pediu garantias de vida. Investigações preliminares indicam que ela seria responsável por créditos de US$ 800 milhões a grupos sírios durante o período em que esteve no Banco Al-Madina. Investigações da ONU apontam que ela seria peçachave para descobrir como o atentado a Hariri foi financiado. Domingo, o primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, ligou várias

vezes para o Consulado do Líbano na Capital. Ele disse que a vida de Rana não estará ameaçada enquanto estiver sob a guarda do Líbano. Parte dos US$ 800 milhões em créditos dados a sírios poderia ter sido usada no atentado. Nos anos 80, Saddam Hussein fez depósitos no Al-Madina. O Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça do Brasil entrará em contato com o governo libanês para saber do seu interesse na extradição de Rana. (AE)

Paulo Pampolin/Digna Imagem/Junho 2003

Assassinato – O ex-premiê do Líbano Rafik Al Hariri morreu na manhã de 14 de fevereiro de 2005 na explosão de uma poderosa bomba, com cerca de 300 quilos de explosivos, no centro de Beirute. Mais 10 pessoas morreram no ataque e outras 100 se feriram. No mesmo dia do atentado, o Grupo pela Defesa da Jihad no Levante reivindicou sua autoria. Al Hariri ficou à frente da condução do Líbano por 10 anos, após o final da guerra civil, que ocorreu entre 1975 e 1991. Hariri sempre pensou grande. De origem humilde (nem

chegou a concluir os estudos), largou o curso de contabilidade para ser construtor. Conseguiu vencer os concorrentes reduzindo os preços e prazos, e assim ergueu palácios, mesquitas e hotéis. Fez fortuna e seus negócios se diversificaram. Acumulando mais riquezas, entrou para a política e tornou-se primeiroministro de seu país por duas vezes. Nutria especial afeição pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem admirava por ter chegado tão longe, apesar da origem humilde. Fez questão de escrever o prefácio

da biografia do presidente brasileiro, "Lula, de operário a presidente do Brasil", de autoria de Roberto Khatlab. Hariri sonhava com uma sociedade mais justa e sem fome. O último ato público do expremiê foi a adesão de sua fundação beneficente ao Programa de Desenvolvimento da ONU para erradicação da pobreza no Líbano. "Queremos colaborar para atingir objetivos comuns, como o desenvolvimento sustentável e duradouro das pessoas e das sociedades do mundo árabe e de todas as pessoas do mundo que querem viver com segurança, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade", afirmou Hariri no seu último pronunciamento público. Única pessoa física no mundo a ter dois Boeings para uso particular, dono da 108ª fortuna do mundo, estimada em US$ 4,3 bilhões segundo a Forbes, Hariri tinha negócios em todo o mundo. Por duas vezes, em 1995 e 2003, Hariri visitou oficialmente o Brasil. Tinha muitos planos e pretendia expandir a presença de suas empresas no País, principalmente nas áreas imobiliária, de mídia e de seguros. (AE/Redação)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

terça-feira, 14 de março de 2006

Feminilidade, clima de festa, babados e muito brilho marcaram os desfiles de ontem.

COLEÇÕES CHEGAM AO VAREJO ESTE MÊS

PRÊT-À-PORTER Fotos: Roberto Donasc/Futura Press

Grifes trazem de volta a sofisticação do inverno

Ellen Jabour com look que enaltece a feminilidade

Desfiles vão até quinta-feira no Jockey Club em SP

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e depender do ritmo das grifes, o outonoinverno 2006 vai chegar atrasado. Com média de uma hora de espera pelos desfiles, foi aberta ontem, dia 13, a quinta edição do Prêtà-Porter Brasil no Jockey Club, em São Paulo. Mas, apesar do longo tempo em que aguardou em pé e sob um calor de quase 30 graus, a platéia, majoritariamente feminina, rapidamente se refez do desconforto e aprovou o que viu logo na primeira coleção da tarde. Concebida para enaltecer a feminilidade, a moda festa de Arthur Caliman atraiu olhares e elogios. Pelo casting encabeçado por Isabela Fiorentino, Guilhermina Guinle, Karina Bacchi e Ellen Jabour e pelos looks. Repleta de estampas e motivos animais, vestidos longos e longuetes, a maioria esvoaçantes e em tecidos como seda, mousseline, jacard e cetim, a coleção deu a exata medida de sensualidade e glamour para as noites frescas de um inverno tropical. Em modelos plissados ou suavemente drapeados, delineou-se a silhueta esguia e elegante, própria a jovens que exibem costas nuas e ousam com fendas e decotes sem medo. Luxo para poucas – Todas as mulheres presentes aplaudiram a composição luxuosa de Caliman. Poucas, porém, poderão usar o que viram sem antes passar por uma dieta ou academia. Ao menos era o que muitas delas comentavam pelos corredores ao final da apresentação, ainda maravilhadas com o caimento perfeito e a feliz cartela de cores, na qual não

faltaram diferentes tonalidades de verde, rosa, vermelho e preto. Tudo, naturalmente, salpicado de bordados e muito brilho, em plena coerência com o clima de festa. Príncipe encantado – Voltada para uma cliente dinâmica, daquela que sai de casa, vai à escola, ao parque, ao shopping e ainda segue para uma balada, a Planet Girls realçou a feminilidade de garotas crescidinhas e poderosas. Apostando em jeans de diferentes lavagens, malharia e aplicações de pele, a grife apresentou um streetwear charmoso, urbano e clean, predominado por sobreposições de coletes em camisas, batas e vestidos, além de jaquetas e calças de modelagem reta. Destaque para peças em veludo com aplicações de cetim e muito dourado nos acessórios e bordados. Mas, ciente do sonho dourado de verdade da consumidora Planet Girls, a marca presenteou suas convidadas com o príncipe encantado das garotas: o galã Henri Castelli, que abriu e fechou o desfile ao lado da ex-BBB Sabrina Sato. Encerrando o primeiro dia, a TNG foi a última a apresentar suas propostas para o outonoinverno 2006. Com as participações de Angelita Feijó e Malvino Salvador, a marca mostrou uma coleção cool, antenada com as tendências internacionais e inspirada no universo olímpico dos anos 70. A quinta edição do Prét-àPorter Brasil continua até quinta-feira, dia 16, antecipando a moda que chega ao varejo já nas próximas semanas. João Jacques

Longos vaporosos foram as apostas da grife Arthur Caliman

A atriz Karina Bacchi foi uma das sensações da apresentação de Caliman

Plissados, drapeados e rendas resgatam o romantismo e a sofisticação

A modelo Isabela Fiorentino encabeçou o casting da grife

Bom Retiro também tem desfile Luiz Prado/LUZ

ena difícil no bairro do Bom Retiro, reduto de boas compras de São Paulo: pela primeira vez, os consumidores não percorreram as 1,2 mil lojas da região em busca do menor preço – a maioria ficou de costas para as vitrines. O contrário aconteceu: foi a moda que se movimentou na frente das pessoas. O que chamou a atenção foi o Bom Retiro Fashion Business, nome pomposo que batiza o desfile de roupas das grifes locais. Alguns pontos lembraram grandes eventos. Mas os detalhes fizeram a diferença. Saiu o conceitual, entrou o comercial. A estreita passarela de 20 metros de comprimento ficou rodeada de lojas para vender as peças em exibição; a primeira fila não foi disputada, nem havia gente famosa nas cadeiras; em vez de sofisticados ambientes, tudo foi ao ar livre. "Aqui temos glamour e estilo a preço justo. Não é preciso gastar muito para ficar bem vestida", afirmou a organizadora do Bom Retiro Fashion Business, Kelly Cristina Borges. Passam todos os dias pela região cerca de 70 mil pessoas – número que sobe para 80 mil em dia de desfile. O faturamento das lojas cresce 10%. O investimento da organização é de R$ 250 mil, com 150 pessoas trabalhando. No último São Paulo Fashion Week, foram gastos R$ 6 milhões. "Nós buscamos as tendências e as colocamos nas vitrines das lojas e nos guarda-roupas das

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Apresentação ao ar livre da grife Cia. da Calcinha causou alvoroço

consumidoras", disse Kelly. "O Bom Retiro Fashion representa a democracia na moda. Qualquer pessoa tem acesso aos desfiles e às peças. É um desafio para mim, mas muito gratificante", revelou Reginaldo Fonseca, produtor do evento. Gritos e boca aberta – A música alta indicou o início dos desfiles. O primeiro, da Spot Shoes, mostrou, acima de tudo, que as vendas são mais importantes do que o estilo: cada modelo carregou duas bolsas – algumas delas, combinando com o sapato. As saias e blusinhas com renda foram exibidas com botas de veludo.

Mas o furor aconteceu com a apresentação da Cia. da Calcinha. As meninas de lingerie passaram pela difícil situação de ouvir assobios e outros "agrados", mas os meninos, de cuecas, enfrentaram vergonha maior, já que 80% da platéia eram mulheres. Gritos e palmas traduziam o entusiasmo das moças pelos rapazes de peças de cor básica e bochechas vermelhas. "É a primeira vez que desfilo no Bom Retiro. Adorei porque me sinto muito mais próxima das pessoas. É uma experiência inesquecível", disse a modelo Paula Leme, de 17 anos, um de profissão.

A grife de bijuterias Romanel trouxe à passarela modelos vestidos de preto para que as peças – colares, brincos enormes, pulseiras e anéis fossem realçadas ao máximo. A Burda investiu no blazer com meia manga, tailleurs e conjuntos de malha com tênis. A proposta de flor na lapela no conjunto de risca de giz (já vista em outras coleções), agradou. Já a Modelan abusou do tricô, que foi misturado com brilhos em túnicas e blusinhas com babadinhos. As batas, tão usadas no verão, devem continuar nos tempos mais frios, só que com jaquetas curtas por cima. Foi a moda da Harpoon, que mostrou também calças jeans com renda nos bolsos de trás. "Participei da primeira edição do Bom Retiro Fashion Business no ano passado e decidi repetir a dose este ano. Na semana do evento, meu faturamento cresce 15%. Tudo o que os consumidores vêem na passarela, encontram na minha loja", afirmou o proprietário da Harpoon, Luigi Nahmias. Nova profissão – A estilista da Vitral Sheila Agna disse, toda contente, que sua profissão acumula mais uma função: a de curadora de moda. "Fiquei sabendo na semana passada que as pessoas que reúnem as informações vistas na internet, nas revistas, nas novelas, são responsáveis pelas tendências de moda. É isso que eu continuarei fazendo aqui no Bom Retiro", afirmou. Neide Martingo


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

terça-feira, 14 de março de 2006

LENTE DE

AUMENTO

TAXA DE CÂMBIO: OITO OU OITENTA

Nem sempre é verdade que a virtude está no meio. Há apenas duas possibilidades, e extremas, para o câmbio no fim do ano Vale enfatizar que, apesar de simpatizarmos mais com a primeira das duas alternativas “extremas”, nos parece baixa a probabilidade de, no fim do ano, a taxa de câmbio ficar em patamar intermediário, digamos de R$/U$2.30. Vejamos as razões. De um lado deste caloroso debate encontramse analistas que interpretam a forte valorização cambial dos últimos três anos como sendo causada, eminentemente, por uma mudança estrutural da produtividade do setor exportador brasileiro, decorrente, em larga medida, da adoção do sistema de taxas flutuantes de câmbio. Do outro, há aqueles que vêem como a explicação mais plausível para o movimento de fortalecimento da moeda nacional o elevado diferencial de juros em conjunto com a queda dos prêmios de risco. Para os

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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surpreendente viagem de Lula a Londres já foi suficientemente comentada, mas entendo que cabe, ainda, um comentário final. Quero crer, conhecendo mais ou menos a Inglaterra e os costumes da realeza, que Sua Graciosa Majestade Elizabeth II não ficou impressionada com o tipo físico e a barba branca do atarracado presidente Lula e sua mulher Marisa. Durante muitos e muitos anos a comunidade de nações (Common Wealth of Nations) se reuniu em Londres. Compareciam a essas reuniões os chefes de Estado das antigas colônias, principalmente da África, personalidades exóticas para europeus como os soberanos britânicos. Passavam dias em Londres discutindo os seus problemas e depois voltavam para os seus países.

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Tesouras em ação OLAVO DE CARVALHO

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TRECHOS DO EDITORIAL DA MCM CONSULTORES ASSOCIADOS WWW.MCM-MCM.COM.BR

O dólar vai a R$ 2.5 se a exportação diminuir

Auditado pela

VIAGEM A LONDRES

Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

primeiros, a valorização é apenas conseqüência do deslocamento da demanda externa por nossas exportações, enquanto para os demais ela é resultado perverso das forças da arbitragem internacional. Estando corretos os otimistas, não há porque temer forte reversão da balança comercial, tampouco motivos para um real mais fraco, no fim do ano. A melhor projeção para o futuro passa então a ser o próprio câmbio de hoje . Já se a verdade estiver com os pessimistas, o cenário mais provável não é de câmbio um pouco mais depreciado, mas sem o enfraquecimento significativo da nossa moeda. Com efeito, se a balança acusar forte desaceleração das exportações, conseqüência de um câmbio real abaixo de sua média para o período de flutuação, os mercados dificilmente reagirão de maneira contida. Neste caso, R$/U$2.50 constituiria projeção conservadora para o câmbio em dezembro. Lembrando, no entanto, que, quando o tema é câmbio, a palavra de ordem para o analista é humildade, estamos dispostos a dar o benefício da dúvida à tese de que o câmbio baixo é apenas reflexo do juro alto. Em resumo, nem sempre é verdade que a virtude está no meio e vemos apenas duas possibilidades “extremas” para o câmbio no fim do ano, com maior probabilidade para a manutenção do atual patamar.

Fábio Motta/AE

m diversas situações o “nem oito nem oitenta” é evocado para justificar previsões conservadoras sobre variáveis econômicas de interesse. Mas o título deste editorial sugere que o ditado-clichê não parece aplicável à taxa de câmbio. Em outras palavras, vislumbramos como possíveis dois cenários bem opostos para o futuro do câmbio, e não vemos boas justificativas para apostas em um cenário intermediário. Em termos concretos, ou a taxa de câmbio permanece na vizinhança dos atuais R$/U$ 2,10 ou, alternativamente, alcançará a região dos R$/U$ 2,50, em dezembro.

ugo Chávez e Fidel Castro não cessam de expressar sua confiança em Lula, que ao mesmo tempo é acusado de traidor e neoliberal pelos extremistas do PSOL e por muitos ex-militantes petistas desencantados com o seu partido. Condoleezza Rice vê nele um aliado dos EUA no seu plano de impor limites a Hugo Chávez, mas ele continua apoiando o presidente venezuelano em tudo. A experiência me ensinou que quando as coisas se tornam demasiado confusas e incongruentes, alguém está mentindo ou sonegando informação. A dupla identidade de Lula é precisamente um desses casos, mas quem está mentindo não é ele. Aconteceu-lhe apenas ficar no cruzamento de duas linhas de desinformação. Duvido muito que ele próprio esteja entendendo o uso que fazem dele. De um lado, é preciso lembrar que, desde 1789, o movimento revolucionário avança por meio de deslocamentos artificiais do eixo ideológico. Cada grupo esquerdista que chega ao poder é imediatamente acusado de reacionário e direitista, de modo a forçar a radicalização do processo e a monopolizar o espaço da concorrência política, obrigando a opinião pública a optar sempre entre duas facções esquerdistas e marginalizando toda possibilidade de resistência conservadora. Lenin chamava a isso "estratégia das tesouras". A histeria anti-Lula nas correntes mais assanhadas do esquerdismo nacional só pode ser compreendida se a olharmos por esse prisma. Se os que na esquerda posam de puristas estivessem sinceramente persuadidos de que o fundador e ex-presidente do Foro de São Paulo traiu o movimento revolucionário latino-americano e se vendeu ao "neoliberalismo", a pri-

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meira coisa que fariam seria, obviamente, denunciá-lo à assembléia do próprio Foro e pedir sua expulsão. Se não fazem isso, mas se limitam a esbravejar na mídia "burguesa", é porque não acreditam numa palavra do que estão dizendo contra o presidente. O que querem com essa afetação de revolta é apenas fomentar o crescimento da esquerda por cissiparidade. Como sempre. Se alguns deles chegam a usar de uma retórica fingidamente cristã para esse fim, como o prof. Roberto Mangabeira Unger em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, é porque religião e moral, para essa gente, são apenas instrumentos para usar ou jogar fora conforme o interesse do momento. Por outro lado, o Departamento de Estado e a diplomacia americana em geral ainda estão repletos de agentes de Bill Clinton que o presidente Bush, por credulidade, covardia ou cumplicidade consciente, se recusa a substituir por pessoas de confiança dos republicanos conservadores. Se o governo Clinton favoreceu diretamente a esquerda latino-americana, o enclave clintoniano na administração Bush continua fazendo a mesma coisa por meios indiretos.

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limentar o governo com informações viciadas que o induzam a decisões suicidas é um desses meios. Tentar usar Lula como cabresto para conter o entusiasmo revolucionário chavista resulta apenas em camuflar a unidade estratégica da esquerda latino-americana e favorecer a aplicação eficiente da "estratégia das tesouras". A revolta de Mangabeiras e tutti quanti contra o lulismo é tão sincera quanto os informes clintonianos que desorientam a política exterior americana. Quem não os conhece, que os compre.

sar Lula para conter Chávez só favorece a "estratégia das tesouras"

O espetáculo da desfaçatez ANTONIO MARANGON

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ma vez mais o contribuinte ficou em segundo plano. Em outro espetáculo de desfaçatez, os deputados prejudicaram os micro e pequenos empresários que optarem pelo Simples, ao aprovarem o texto original da Medida Provisória 275 no último dia 7. Lamentamos que todo o esforço despedindo pela sociedade civil organizada na busca por justiça tributária tenha surtido efeito zero. Os vice-presidentes do Sescon-SP, Valdemar Lopes Armesto e Sérgio Approbato Machado Júnior, além de outras lideranças do setor produtivo, estiveram em Brasília no dia 8 de fevereiro apresentando ao relator da MP 275, deputado Milton Barbosa (PSC-BA), estudo feito pela entidade para explicar as conseqüências dessa MP e seus danos para os pequenos empreendedores. Segundo o estudo, “a ampliação dos limites de faturamento para enquadramento no Simples Federal, pela Medida Provisória 275, de R$ 120 mil para R$ 240 mil e de R$ 1,2 milhão para 2,4 milhões anualmente, gera aumento de carga tributária, em comparação com a proposta de correção das faixas”. Mas infelizmente, os deputados não deram eco aos reclamos das representantes da sociedade e legislaram, como sempre, em favor do Fisco. Comprovando com esse ato que os interesses de micro, pequenos e médios empresários não lhes diz respeito, muito menos as conseqüências da tributação assoberbada que gera informalidade, que atrai como imã os que não podem arcar com pesados impostos os empre-

gos que poderiam ser gerados, os milhares de jovens que poderiam ter uma primeira oportunidade profissional, e tantos outros que junto formam o elo da paralisia do País, hoje estancado pelo insuportável peso dos tributos obrigatórios ao setor produtivo. É sério: o Brasil não suporta novas majorações de impostos! Os cidadãos estão sufocados; os micro e pequenos empresários estão fechando as portas ou indo para o mercado paralelo, e até mesmo os grandes empreendedores estão no limite, trabalhando com margem de lucro diminuta.

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s mais de 1500 entidades - representantes da indústria, do comércio e do setor de serviços - que compõem a Frente Brasileira que derrubou a MP 232, da qual o Sescon-SP é uma das integrantes, continuam mobilizadas, atentas e alertas aos movimentos do governo que possam aumentar impostos. A luta agora é tentar impedir no Senado que as alíquotas do Simples sejam alteradas, confiando no bom senso dos senadores, que podem reparar esse equívoco da Câmara dos Deputados e evitar danos maiores aos optantes pelos Simples. Não convém tirar os pequenos e micros empreendedores de cena e nem “matar a galinha dos ovos de ouro” da economia brasileira, que gera empregos e distribui renda e dignidade aos que vivem na quase marginalidade do processo social. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SESCON-SP.

O s deputados prejudicaram os empresários que optarem pelo Simples

A viagem a Londres foi proveitosa. Lula ficou impressionado com o brilho da monarquia britânica. epois da independência das colônias essas reuniões prosseguiram, até quando não procurei investigar, mas é irrelevante. O que importa é que o presidente Lula não conhecia e não conhece o cerimonial da Corte de Saint James; é muito complicado e para conhecê-lo é preciso um curso longo e extenso, que o titular do governo brasileiro não tem necessidade de saber em detalhes. Sabe-se que o presidente brasileiro ficou impressionado com o brilho da monarquia britânica. A Inglaterra é uma grande nação, a mais bem governada do mundo, com parlamentos históricos que vêm da noite dos tempos. Para quem conhece as suas instituições, como de uma parte eu conheço e de outra tenho noções bem sólidas, o povo inglês tem singularidades como o Sense of humor e o humanismo acentuado, como estudou num famoso ensaio Alceu Amoroso Lima. Enfim, é um povo agradável de se tratar, por suas maneiras admiravelmente bem educadas. Direi que a viagem a Londres foi proveitosa para o presidente Lula e que dela deverá sempre se lembrar.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.CIDADES & ENTIDADES

terça-feira, 14 de março de 2006

No Rio, general nega recuo das tropas Depois de ocupar morros e favelas cariocas por vários dias, soldados começaram ontem a realizar operações pontuais em busca dos fuzis e da pistola roubados

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epois de o Exército deixar favelas do Rio, ocupadas na semana passada em busca dos 10 fuzis e uma pistola roubadas de um quartel, o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste (CML), general Hélio Macedo, afirmou que não houve recuo, nem erro, nem fracasso da ocupação. As tropas poderão voltar às comunidades caso surjam novas denúncias. Ontem ocorreram operações do Morro do Dendê e na Vila dos Pinheiros, mas nada foi apreendido. Tanques ficaram por três horas na Linha Vermelha. O general negou até mudança de estratégia. A redução no número de soldados se deveu, segundo ele, ao fato de os mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça já terem sido cumpridos.

Marcos D'Paula/AE

Mobilização - Daqui para frente, para que mais ações sejam montadas, será necessário que novas informações apareçam. Não há previsão para desmobilização das tropas tanto que os 800 soldados trazidos de Minas Gerais para Petrópolis, na Região Serrana, continuam de prontidão. Uma novidade: os militares não passarão mais as noites nas favelas. "Os mandados só podem ser cumpridos até as 18h", justificou o general Macedo. Ele afirmou que o resultado, até aqui, é considerado "muito bom", uma vez que, apesar de as armas não terem sido localizadas, os índices de criminalidade caíram. O CML já admite que a dificuldade de se recuperar as armas poderá ser maior do que se pensava, pela possibilidade de elas estarem fora do estado ou

em locais diferentes dentro da cidade. No entanto, o general Macedo fez questão de frisar: "Não houve retrocesso de jeito algum. Continuamos buscando com otimismo e motivação. Hoje foram duas comunidades, amanhã poderão ser três." Durante a permanência nas comunidades, os os militares foram surpreendidos com reações violentas de traficantes e também hostilizados pelos moradores. Apreensão – Uma submetralhadora exclusiva do Exército, calibre 9 milímetros, de fabricação brasileira, foi apreendida ontem pela PM, na Favela de Manguinhos. A arma foi abandonada por um homem que estava numa moto e fugiu ao se deparar com os policiais militares, que apreenderam também o um carregador e munição para a arma. (AE)

Soldados na Linha Vermelha, no Complexo da Maré: dois tanques ficaram posicionados por três horas

Ó RBITA

INCÊNDIO

ALERTA GERAL

m incêndio em um apartamento do 16º andar do edifício da rua João Moura, 975, em Pinheiros, na zona oeste da capital, resultou na morte da aposentada Gláucia Ribeiro Martins, de 66 anos. Vítima de um AVC (acidente vascular cerebral), ela tinha dificuldade de locomoção e pode ter sido intoxicada pela fumaça. No momento do incêndio, a enfermeira que a acompanhava havia saído para comprar cigarros para Gláucia. Para os bombeiros, uma brasa do cigarro que a vítima fumava pode ter causado o incêndio. O fogo teve início pouco antes das 15h de domingo e se alastrou por todo o apartamento. Só foi percebido quando o calor fez estourar algumas janelas. Com a rápida ação do porteiro e de vizinhos, que usaram extintores, e a chegada dos bombeiros, o fogo não se alastrou. (AE)

huvas fortes podem atingir regiões do Espírito Santo, de Goiás, de Mato Grosso, de Minas Gerais, da Bahia, do Maranhão, do Pará, do Piauí e do Tocantins, além do Distrito Federal, segundo alertas enviados ontem pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Até amanhã poderá chover forte com raios e ventos no Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. A chuva deve ser intensa na Bahia, no sul do Maranhão, no Pará, no Piauí e em áreas isoladas do Tocantins. A recomendação é para que os moradores dessas regiões evitem ficar em áreas sob risco de alagamentos, deslizamento de terra e pedras. Segundo a Sedec, os alertas foram motivados por informações do Centro de Previsão de Tempo e pelo Instituto Nacional de Meteorologia.

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GIr Agendas da Associação e das distritais

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avenida Paulista, 1313/15º.

Sexta I Santo Amaro – A distrital

realiza o Feirão do Imposto. Às 8h30, praça Floriano Peixoto, s/n.

Sábado I Santo Amaro – A distrital

Hoje I Construção - O

conselheiro deliberativo da ACSP Antonio Carlos Pela participa da reunião plenária do Comitê da Cadeia Produtiva da Construção Civil (Comcic). Às 16h, na Fiesp,

realiza o Feirão do Imposto na Ação Global. Autódromo de Interlagos, av. Sen. Teôtonio Vilela, 261, Portão 7. Às 9h. I Santana – A distrital realiza o Feirão do Imposto na Ação Global. Às 9h, na praça do Jaçanã, s/nº.


terça-feira, 14 de março de 2006

Nacional Agronegócio Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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8,21

BOVESPA TEVE 3º MENOR GIRO DO ANO

por cento é a taxa média mensal de juros que os bancos cobram no cheque especial, segundo Procon

CAUTELA PREDOMINOU. OS INVESTIDORES ESTÃO NA EXPECTATIVA DA DIVULGAÇÃO DA ATA DO COPOM

BOLSA E DÓLAR COMEÇAM SEMANA EM BAIXA

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semana começou em ritmo lento no mercado financeiro brasileiro. Na expectativa da divulgação de informações importantes, como as explicações para a queda dos juros que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deve trazer na quinta-feira, os investidores se retraíram. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o volume financeiro foi o terceiro pior registrado Neste ano – somou R$ 1,66 bilhão, giro bem inferior à média de R$ 2,4 bilhões dos pregões de 2006. O Ibovespa, principal indicador do mercado acionário brasileiro, terminou a segunda-feira com desvalorização de 0,26%, em 36.792 pontos. A Bovespa passa por um momento de ajustes depois de o índice ter ultrapassado a barreira dos 38 mil pontos. Com o resultado de ontem, a bolsa a g o r a a c u m u l a p e rd a s d e 4,71% no mês. No ano, porém, a alta ainda é de 9,97%. De acordo com operadores, o fraco desempenho das bolsas americanas ontem e a preocupação com a alta de juros nos Estados Unidos e na União Européia prejudicaram a Bovespa. "Em um cenário como este, o mercado tende a ficar mais cauteloso. Os investidores es-

trangeiros reduziram o volume de vendas de ações, mas isso não significa que o ambiente esteja favorável na Bovespa", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros. Segundo a Bovespa, o saldo de investimentos estrangeiros em março até o dia 8 estava negativo em R$ 960 milhões. Entre os destaques de baixa da bolsa paulista ficaram os papéis preferenciais da Telesp Celular, que caíram 4%. Analistas mencionaram preocupações de que uma forte briga de preços entre concorrentes abata os resultados das empresas de telefonia móvel. Os três papéis mais negociados do Ibovespa foram Petrobras PN, que fechou em alta de 1,14%, Vale do Rio Doce PNA (1,66%) e Cemig PN (1,37%). Dólar em baixa — O dólar comercial fechou em queda ontem, pela terceira sessão consecutiva. A moeda norteamericana encerrou os negócios com desvalorização de 0,19%, cotada a R$ 2,132 para compra e valendo R$ 2,134 na ponta de venda. A compra de dólares pelo Banco Central (BC) no mercado à vista de câmbio não impediu a desvalorização da moeda. Pelo quarto dia seguido não houve leilão de swap cam-

bial reverso, operação que ocorria diariamente desde dezembro do ano passado. Os investidores aguardam a ata do Copom. O mercado vai procurar uma pista para a decisão do BC na reunião de abril. Na semana passada, seis dos nove membros do comitê votaram pela queda de 0,75 ponto percentual da taxa básica e os três restantes queriam um corte de 1 ponto. A divergência deixou o mercado curioso para saber quais foram os argumentos dos diretores do BC na reunião da última semana. Juros futuros — Desde a queda da Selic na reunião do Copom, os contratos futuros de juros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) estão em declínio. Ontem, o Depósito Interfinanceiro (DI) para julho fechou em 15,81%, abaixo dos 15,82% do fechamento anterior. Além da ata do Copom, o mercado vai acompanhar dados que chegam dos Estados Unidos. Amanhã sai o livro bege, com análise das condições da economia americana. Na quinta-feira será conhecido o índice de preços ao consumidor e, na sexta, saem os números da produção industrial. Esses dados poderão influenciar a decisão do banco central do país sobre os juros. (Agências)

Mercado prevê inflação menor mercado financeiro continua reduzindo as previsões para a inflação deste ano. As cinco instituições financeiras com maior grau de acerto em suas projeções reduziram a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,5% para 4,39%, conforme pesquisa semanal divulgada ontem pelo Banco Central (BC). A nova expectativa ficou abaixo da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Antes de chegar a esse ponto, as previsões dos cinco bancos bateram na marca dos 4,64% há apenas quatro semanas. "Esta reversão de expectativa é um fato muito positivo",

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disse um analista de mercado. A projeção do conjunto de mais de 100 instituições financeiras e empresas de consultoria ouvidas semanalmente pelo BC caiu com menor intensidade e ainda ficou pouco acima da meta oficial de 4,5%. Segundo a pesquisa, a estimativa para o IPCA recuou de 4,56% para 4,55%. O destaque, nesse caso, é que a trajetória de queda foi mantida pela quarta semana consecutiva. Há quatro semanas, a expectativa de mercado para a inflação de 2006 chegou a 4,66% e deixou os analistas preocupados com a possibilidade de o IPCA ficar muito descolado da meta central. A melhora da expectativa

com a inflação, no entanto, não foi suficiente para fazer o mercado mudar a aposta de manutenção do ritmo de corte dos juros em 0,75 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 18 e 19 de abril. Nessa hipótese, a taxa Selic recuaria dos atuais 16,50% e chegaria a 15,75% ao ano. A projeção dos juros para o fim do ano permaneceu em 14,5% pela segunda semana consecutiva. Na avaliação de alguns economistas, a taxa teria espaço para recuar e furar o piso de 14% no fim do ano. "Os juros de operações de prazo mais longo têm demonstrado que há esse espaço", comentou um analista. (AE)

BCs: protecionismo é ameaça Fábio Motta/AE – 3/2/06

presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, insinuou ontem uma defesa da abertura do mercado para a importação como uma forma de conseguir maior crescimento econômico, mas se recusou a comentar a estratégia brasileira nas negociações para a liberalização de tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Apesar de Meirelles optar por não comentar a respeito das barreiras, o presidente do BC europeu, Jean Claude Trichet, demonstrando independência, não poupou críticas aos governos de seu próprio bloco econômico por estarem adotando políticas protecionistas e pediu a conclusão das negociações na OMC. Ontem, o fenômeno do protecionismo foi tratado em reunião dos maiores BCs do mundo no Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basiléia, Suíça, e foi considerado como um risco para a economia mundial. "Quanto mais abertas as economias, maiores as taxas de produtividade global", afirmou Meirelles. A OMC negocia desde 2001 a Rodada Doha, que visa à liberalização de mercados. O Brasil, porém, é acusado pelos eu-

mento sem inflação e com estabilidade de preços. "Estamos observando um número grande de sinais em todo o mundo que, em nossa opinião, não estão de acordo com o interesse da economia global. Podemos ver sinais de alguns países industrializados que são contra nossos interesses superiores em termos de crescimento sustentável e pressão inflacionária", afirmou Trichet (AE)

O

JUROS Cheque especial e crédito pessoal têm leves quedas Artur de Leos/LUZ

A

s t a x a s d e j u ro s bancárias tiveram pequena redução em março na capital paulista, de acordo com levantamento realizado no dia 3 com dez instituições financeiras, informou ontem a Fundação Procon-SP. A taxa média de cheque especial foi de 8,21% ao mês (157,7% ao ano) e apresentou decréscimo de 0,07 ponto percentual em relação a fevereiro. A média de empréstimo pessoal foi de 5,38% ao mês (87,46% ao ano), o que significou baixa de 0,03 ponto sobre o mês passado. O resultado da pesquisa pode estar relacionado à decisão da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa básica (Selic) de 18% para 17,25% ao ano. Hoje a Selic está em 16,5%. "De qualquer modo, vale lembrar que as variações da taxa básica têm influência apenas parcial nas decisões dos bancos quanto ao comportamento das taxas de juros. Outras variáveis são consideradas, entre elas o nível de inadimplência", observaram os técnicos do Procon. C h e q u e — E m m a rç o , a pesquisa constatou que a maior taxa de cheque especial foi cobrada pelos bancos Itaú e Santander (8,5% ao mês) e a menor foi verificada na Caixa Econômica Federal (7,2% ao mês). Nenhuma elevação foi constatada nessa modalidade e apenas a Caixa promoveu redução, de 0,75 ponto, na comparação com a taxa oferecida no mês anterior.

Empréstimos — Q u a nt o aos juros de empréstimo pessoal, o Itaú novamente apareceu como instituição com a taxa mais expressiva (5,95% ao mês) e a Nossa Caixa apresentou a mais baixa (4,25% ao mês). Na modalidade, três bancos optaram pela redução e não foram verificadas elevações em relação a fevereiro. A Caixa Econômica alterou de 5,05% para 4,81% ao mês (decréscimo de 0,24 ponto e variação negativa de 4,75%); o Bradesco reduziu de 5,77% para 5,71% ao mês (baixa de 0,06 ponto ou 1,04%) e o HSBC modificou de 4,91% para 4,87% ao mês (decréscimo de 0,04 ponto e queda de 0,81%).

O Procon-SP destacou que, por causa da possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal pelo tempo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses como base, já que todos os bancos pesquisados trabalham com esse prazo. Os dados coletados referem-se às taxas máximas prefixadas para clientes não-preferenciais, sendo que, para o cheque especial, foi considerado o período de 30 dias a descoberto. As instituições pesquisadas pela Fundação Procon-SP em março de 2006 foram Banco do Brasil, Banespa, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco. (AE)

Itaú: câmbio em "excelente nível"

A

taxa de câmbio brasileira está "muito competitiva" nos níveis atuais, como pode ser comprovado pelo forte superávit comercial registrado em 2005, afirmou ontem Roberto Setubal, presidente do banco Itaú. "Em geral, acredito que a taxa de câmbio está em um excelente nível para a economia, considerando esse superávit em nossa conta comercial", disse Setubal, durante conferência

Meirelles defende a abertura

ropeus e norte-americanos de não aceitar reduzir suficientemente suas tarifas para a importação de produtos industriais e de serviços. O Ministério da Fazenda preparou um documento há poucos meses indicando cortes que não foram aceitos pelos setores produtivos. Já o Itamaraty alega que somente fará qualquer concessão quando os países ricos baixarem suas barreiras para os produtos agrícolas. Crescimento — Para Trichet, que também fala em nome dos dez maiores BCs do mundo e já foi presidente do Banco Central da França, uma abertura dos mercados representaria maior aumento dos produtos internos brutos e, principalmente, um cresci-

Fachada de agência do Itaú: banco tem as maiores taxas mensais de cheque especial (8,5%) e de crédito pessoal (5,95%)

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407

organizada pelo Institute of International Finance (IIF). O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 44,76 bilhões em 2005, batendo recorde pelo terceiro ano consecutivo. "A taxa de câmbio no Brasil está sendo ajustada a uma nova realidade", observou. "Esse é um novo regime que temos visto no Brasil nos últimos anos, o regime de flutuação cambial, que irá ajustar a economia de maneira diferente."

Segundo ele, o novo nível da taxa de câmbio vai ser bom para a economia, mas não necessariamente para todos os segmentos. Existem reclamações de alguns setores exportadores, que alegam que seus bens estão perdendo competitividade à medida que a moeda registra valorização, enquanto algumas multinacionais têm levado as unidades de manufatura do Brasil para locais mais baratos. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

POLÍTICA - 3

SERRA DECLARA PRÉ-CANDIDATURA DE ÚLTIMA HORA E COMPROMETE ANÚNCIO DE NOME TUCANO Luludi/LUZ

E O CANDIDATO TUCANO É... (DECISÃO DEVE SAIR HOJE)

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a véspera do dia marcado pela cúpula do PSDB para anunciar o candidato do partido que irá disputar as eleições para a Presidência da República, o prefeito de São Paulo, José Serra, lançou mais uma peça no difícil quebra-cabeça tucano. Pela primeira vez, ele confirmou publicamente seu nome como pré-candidato, alegando ser a opção mais forte para vencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas condicionou sua participação à não-realização de prévias. Do lado oposto, o governador Geraldo Alckmin, o outro pré-candidato, retrucou que não vai "arredar pé" da disputa e que espera uma decisão conjunta do partido. Com essa declaração, o prefeito de São Paulo colocou a Santíssima Trindade tucana – o presidente nacional do partido, Tasso Jereissatti, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves – contra a parede e criou dificuldades para que o nome de Alckmin fosse anunciado amanhã, como previsto. A poucas horas do prazo final para o PSDB escolher seu candidato a presidente, a cúpula tucana se viu novamente num impasse. Adiamento – "Espero que não haja mais adiamentos e que amanhã (hoje) seja pura e simplesmente anunciado o candidato", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Amanhã (hoje) é o dia que ainda cabe na paciência de todo mundo. Quarta talvez já não caiba na minha."

Vidal Cavalcante/AE

Os principais dirigentes tucanos vieram para a cidade para intermináveis rodadas de reuniões e, mesmo após um dia intensamente nervoso, o partido se dispôs a passar a madrugada negociando para tentar chegar a um consenso ainda hoje, conforme prometido pelo presidente nacional do partido, Tasso Jereissatti. Mas, até ontem à noite, nada havia sido preparado para o anúncio – p re n u n c i a d o c o m o u m a grande festa. Serra agravou o impasse tucano, afirmando que decidiu atender a um apelo dos próprios colegas de partido que, segundo ele, estavam desejosos de apoiar sua candidatura. "Decidi deixar à disposição do partido a minha indicação para disputar a Presidência da República, mas sem realização de prévias", disse. Serra resiste à consulta no partido apoiado em dados de uma pesquisa – que chegou aos ouvidos tucanos, mas ainda não divulgada pela imprensa –, que mostra Serra como o único candidato tucano capaz de vencer Lula. "Ao longo desses meses, tenho evitado falar sobre candidatura, mas vou

Não tem essa coisa de aclamação como deseja o prefeito Serra. Unção só o Papa pode dar. Geraldo Alckmin me apresentar para a direção do PSDB em razão do fato de que as pesquisas há muitos meses apontam o meu nome como o mais forte para disputar com o presidente Lula."

Decidi deixar à disposição do partido a minha indicação para disputar a presidência, mas sem realização de prévias. José Serra Resposta – Ao tomar conhecimento da postura de Serra, Geraldo Alckmin, reforçou que não vai "arredar o pé" da disputa, mesmo com as prévias. "Não tem essa coisa de

aclamação como deseja o prefeito Serra. Unção só o Papa pode dar", declarou. Apesar do mistério sobre o que o PSDB irá anunciar hoje, sabe-se de antemão que o cenário para Serra não é muito animador. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), convidou outros governadores para estarem hoje na capital paulista – o que aumenta a pressão sobre o prefeito paulista, uma vez que todos apóiam Alckmin. Além disso, sua declaração às vésperas do anúncio do partido, causou irritação no triunvirato, segundo fontes do partido, porque Serra estava devidamente informado de que a única forma de confirmar a indicação seria pela via das prévias, já que Alckmin não abria mão de sua pré-candidatura. Queixas – Nos bastidores, os membros da Santíssima Trindade tucana confidenciaram que, nos últimos dias, ouviram muitas queixas sobre a hesitação de Serra, a quem atribuem "falta de firmeza e de ousadia", pela demora em adotar uma decisão e fazer-se candidato. Alckmistas e serristas presumiam ontem que, se a escolha do partido fosse entregue ao Diretório Nacional, a medida seria favorável a Serra. Partidários de Serra ainda tentavam ontem convencê-lo de que teria maioria dos mais de 200 votos. Mas o próprio prefeito recusou a consulta, que, segundo ele, causaria uma fratura sem precedentes e provavelmente condenaria o partido a, mais uma vez, enfrentar uma campanha presidencial dividido. "Prévias trazem o risco de divisão do partido, favorecendo os adversários. Para ganhar uma eleição dessa importância, é preciso unidade, união, esforço e humildade", argumentou Serra, completando: "Não há condições de fazer uma prévia no PSDB, porque uma prévia vai acabar dividindo o partido, criando problemas, rivalidades, e inclusive, no fundo, favorecendo o adversário." Pesquisa – De acordo com enquete feita pelo Centro de Pesquisa Motivacional (CPM Research), encomendada pela ONG Ágora do Eleitor, para 70% dos paulistanos, Alckmin

UMA CIDADE INTEIRA TORCENDO POR ALCKMIN

C

hamado de "futuro presidente do País" desde o ano passado, durante os encontros políticos no Vale do Paraíba, Geraldo Alckmin ganha agora uma torcida ainda mais acirrada. Em Pindamonhangaba, sua cidade natal, o assunto que prevalecesse em todo canto é a escolha do PSDB. "A gente aqui torce mesmo, ele tem que ser candidato e vai ganhar", disse o taxista José Gomes Filho. A população, de 126 mil habitantes, torce para Alckmin, independente de partido. Até o prefeito João Ribeiro, que é do PPS, não esconde sua torcida. "Torço pelo meu colega de escola, que tem uma trajetória política que poucos têm." Como Alckmin estudou nas escolas da cidade, foi vereador ainda na juventude e depois prefeito, eleito aos 23 anos, não lhe faltam eleitores em Pindamonhangaba. Entre os parentes, a vibração é igual. "Tenho rezado muito. E acho que Deus não vai me negar isso" disse a ex-babá de "Geraldinho", Teresa Faria Santos. (AE)

e Serra não devem deixar os cargos que ocupam para disputar outros. Os resultados do levantamento também revelam que os cidadãos querem ser consultados antes de os governantes se candidatarem a outros cargos sem cumprir o mandato atual. Assim pensam 86% dos entrevistados. Mesmo sem concordar com a saída antecipada de Serra e Alckmin, 58% dos pesquisados acreditam que o governador tem chances de ganhar as eleições para presidente, ao contrário do prefeito Serra, que tem apoio de 38% dos que opinaram. A pesquisa foi feita na segunda semana de março com 375 pessoas maiores de 18 anos em diferentes regiões de São Paulo. (Agências)

PRÉVIAS RACHAM O PMDB nome do governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, foi escolhido ontem, por sorteio, o primeiro a constar da cédula de votação das eleições prévias do PMDB – o adversário dele será o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. Só resta saber se a escolha do candidato peemedebista ao Planalto realmente vai ocorrer no próximo domingo. Em plena tarde de sorteio, teve início um tiroteio verbal entre pesos-pesados das principais alas em que se divide a legenda quando o assunto é a sucessão do presidente Lula. Pró-candidatura – De um lado, o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), garantiu a realização da consulta interna no domingo. Desta maneira, fortaleceu a tese do candidato próprio ao Planalto, tentando enterrar de vez os sonhos dos governistas – que vêm trabalhando diariamente para adiar as prévias e, assim, enfraquecer a candidatura própria. No horizonte, os governistas buscam uma aliança para a reeleição de Lula ou até mesmo como o PSDB. "Acho dificílimo adiar (as prévias)", afirmou Temer. Ele acredita que a ofensiva dos governistas será mal-sucedida porque, até ontem, a ala não conseguiu reunir o número necessário de assinaturas para a convocação da Executiva Nacional – instância que pode determinar alguma alteração às prévias. "Verifico a dificuldade

O

Garotinho, Rigotto e Temer, em articulação pela candidatura própria.

de obtenção das nove assinaturas necessárias (por parte dos governistas)", disse. A Executiva tem 16 representantes. Anti-candidatura – Do outro, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), defendia abertamente o adiamento das prévias. Para esfriar a candidatura própria, ele quer esperar até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronuncie sobre a manutenção ou não da verticalização – o que deve acontecer em duas semanas. Caso a regra seja mantida, as coligações da eleição presidencial deverão ser repetidas nos Estados. "Não é prudente o partido se comprometer com uma candidatura, seja ela qual for, antes de conhecer as regras da eleição que afetam o conjunto dos Estados", disse. Na hipótese de o STF decidir mesmo pela verticalilzação, ele inovou: nesse cenário, o PMDB não deveria apresentar candidato nem aliar-se formal-

Hoje, excepcionalmente, a coluna de Eymar Mascaro está na página 4.

mente a qualquer partido – nem ao PT de Lula. As declarações de Renan tiveram resposta imediata por parte dos pré-candidatos. "Eu não acredito nesta violência do

adiamento", afirmou Rigotto. "Adiar a consulta é praticamente jogar para o espaço a candidatura e isso vai arranhar a imagem do PMDB nacionalmente", disse, garantindo que mantém seu nome na disputa. "Se os governistas tivessem número para adiar (as prévias), já teriam convocado a Executiva", disse Garotinho. Requião – De Curitiba, o governador do Paraná, Roberto Requião, também atacou a tentativa de barrar a candidatura peemedebista ao Planalto. "Partido político sem candidato próprio à Presidência da Republica não é partido, não tem necessidade de existir", disse, sem revelar quem tem sua preferência no domingo: Garotinho ou Rigotto. (Agências)

Factoring

DC

Nabor Goulart/AE

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

terça-feira, 14 de março de 2006

em Campinas CULTURA E LAZER

Um espaço igual a cidade: mega ÓRBITA

O Sesc-Campinas investiu R$ 1,8 milhão na compra de dois barrações para realizar megaexposições interativas

SEGURANÇA

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

Centro Integrado de Monitoramento de Campinas (Cimcamp) instalou, na última sexta-feira, três câmaras de vigilância no Terminal Ouro Verde e na avenida João Boyd Dunlop. As câmaras integram o projeto de segurança da Prefeitura. O Cimcamp vai operar 24h, com serviço de call center e monitoramento por câmeras que serão instaladas, na primeira fase, em 17 pontos do município. Os equipamentos estarão nas principais vias de entrada e saída e no centro da cidade. A intenção é instalar até 200 câmeras.

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A área – antiga fábrica e oficina – fica praticamente em frente à unidade do Sesc-Campinas e deve ser inaugurada na primeira quinzena de julho

C

om investimento inicial de R 1,8 milhão somente para a aquisição do prédio com dois barracões, o Serviço Social do Comércio - Sesc em Campinas inaugura provavelmente na primeira quinzena de julho deste ano um novo espaço para grandes exposições interativas inédito na cidade. A construção, localizada em frente ao atual edifício do Sesc Campinas, na rua Dom José I, no Bonfim, tem aproximadamente 6,8 mil metros quadrados que abrigaram uma antiga fábrica de doces e uma oficina mecânica. O novo espaço também vai servir para ampliar o atendimento aos comerciários e usuários do Serviço. A nova área, de acordo c o m o g e re n t e d o S e s c Campinas, Evandro Marcus Ceneviva, será inaugurada em meados de julho com a exposição “Que Chita Bacana”, que mostra a trajetória do tecido chita

no Brasil em 4,5 mil metros quadrados de exposição e interação com o público. “Queremos trazer para Campinas exposições como a Que Chita Bacana, que foi montada no Sesc Belenzinho, em São Paulo, dentro de uma programação diferenciada do Sesc para uma Campinas que ainda não tem tradição de grandes exposições interativas ou mesmo know-how para esse tipo de evento”, disse o gerente. As grandes exposições são o primeiro passo de ocupação da nova área do Sesc-Campinas. A intenção da Serviço também é ampliar o atendimento dos comerciários e usuários da unidade em um projeto de integração entre o novo espaço e os atuais cerca de dez mil metros quadrados do atual edifício aberto em Campinas em 1972 e reinaugurado em 2001, depois de uma ampla reforma. “É um projeto de longo prazo onde vamos analisar as respos-

EXPORTAÇÃO

O Evandro Ceneviva: "Com o megaespaço, exposições interativas poderão visitar Campinas e os serviços do Sesc serão ampliados".

tas do público às propostas de ocupação do novo edifício”, observou Ceneviva. Assim, serão estudadas as necessidades como, por exemplo, a implantação de um parque aquático no novo prédio que complete o que a piscina aquecida oferece hoje para os comerciários e usuários. Os projetos, segundo o gerente, também

devem prever novos espaços para as atividades com crianças, como o projeto Curumim, que desenvolve atividades sociais e culturais com crianças e adolescentes mas ainda não tem área específica ou suficientemente grande para essas atividades. Também será reanalisada pelos engenheiros do Sesc a necessida-

'Que Chita bacana' inaugura novo espaço cultural do Sesc

Q

ue Chita Bacana de svenda a evolução da chita no Brasil . Com essa exposição, o Sesc-Campinas abre um novo espaço cultural. Até o final do mês passado, o público paulistano pode apreciar no Sesc-Belenzinho essa mostra. “Que Chita Bacana” relata de forma criativa e lúdica a história do tecido indiano de puro algodão com estampas coloridas de flores. A mostra conta a ampla utilização do tecido pela cultura popular, desde a produção pela indústria têxtil até a maneira como é utilizada em objetos domésticos, vestuário, artesanato e festas populares. A exposição também

abre espaço para trabalhos de artistas e artesãos que apresentam novas possibilidades estéticas para o uso da chita na moda, decoração e nas artes plásticas. Dividida em módulos, a exposição ocupa uma área de 4,5 mil metros quadrados com jardim temático ao ar livre, acervo de catálogos e registros antigos, ferramentas utilizadas em tecelagens e estamparias, amostras de tecidos, obras contemporâneas e objetos artesanais provenientes de todas as regiões do País. Também entram na mostra fotografias, exibição de vídeos que documentam o uso popular da chita, além de apresentações artísticas e oficinas de criação.

O boi-bumbá e a chita: o tecido faz parte da cultura popular

As primeiras chitas chegaram no Brasil na Bahia e em Pernambuco, onde estavam instalados os principais centros administrativos no início da colonização do País. Mas foi Minas Gerais que industrializou a confecção do tecido. Hoje existem vários tipos de estampa denominadas genericamente chitinha que tem flores pequenas, chita com estampas médias e chitão que apresenta flores grandes. O chitão é uma criação brasileira.

Apesar da concorrência chinesa, o setor têxtil brasileiro ainda mantém o vigor. É o segundo empregador do País entre as indústrias de transformação e absorve 1,5 milhão de trabalhadores, em mais de 30 mil empresas. O faturamento estimado, segundo o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), é de US$ 25 bilhões ao ano, com 90% da produção destinada ao mercado interno. (MT)

de ou não de redistribuição da quadra poliesportiva. Os novos investimentos em Campinas estão sendo planejados há três anos, segundo Ceneviva, que trabalha há 30 anos no Sesc e assumiu a gerência local no dia 5 de setembro do ano passado, vindo de Catanduva. A desocupação do prédio em frente a unidade foi a conta que esperava o Sesc da cidade para adquirir o local. “É um investimento necessário e tenho certeza de que será um dinheiro muito bem aplicado para melhorarmos ainda mais nossa rede de atendimento aos comerciários e o relacionamento com a cidade”, disse o gerente. O custo das intervenções no novo espaço somente será calculado com os projetos totalmente concluídos. A unidade atual do Sesc tem hoje área de convivência, teatro fechado com 163 lugares e teatro de arena com 380 lugares, além de um palco para múltiplas intervenções: teatro, música, instalações e oficinas. Também oferece computadores com internet que pode ser utilizada gratuitamente pelos sócios, piscina aquecida, biblioteca, ginásio com quadra poliesportiva, quadras de esporte, lanchonete e clínica odontológica. Em dias de pico, principalmente nos finais de semana, chega a receber 4,6 mil pessoas. Mário Tonocchi

DE OLHO NO IMPOSTO

Coleta de assinaturas no parque

D

uas ações da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), neste final de semana, resultaram na coleta de 1.650 assinaturas

Campanha reivindica transparência na cobrança de impostos

para a campanha “De Olho no Imposto”. A Acic colocou postos de recebimento das assinaturas na Lagoa do Taquaral e no Shopping Iguatemi. A Associação planeja executar outras atividades para ampliar a arrecadação. Campinas registra, hoje, 8.682 assinaturas. A meta para a cidade é de 32.568. Na regional administrativa da Associação Comercial e Industrial de Campinas (RA-7), composta por 41 cidades, foram recolhidas, até o momento, 20.003

Gecex (Grupo de Estudos e Pesquisa em Comércio Exterior) da PUCCampinas iniciou um levantamento para detectar quais são as empresas regionais que têm potencial para o comércio exterior. O estudo vai avaliar micro, pequenas e médias empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC). De acordo com José Antônio Olmos, diretor do curso de Administração com Habilitação em Comércio Exterior da universidade, a intenção é revelar para as empresas as oportunidades de exportação.

assinaturas para a campanha que pede transparência para a cobrança de impostos. A meta para toda a região é de 128.221. Dos 41 municípios apenas seis enviaram até agora os dados das coletas. As atualizações são feitas às terças e quintas-feiras. Portanto, hoje, deve ser feita uma nova contagem com novas informações recebidas. A arrecadação na regional registra a cidade de Americana com o maior número de coletas. Com meta de 6.134

Mais de 1.600 adesões no final de semana de sol

assinaturas, já recolheu 9.230. De outro lado, na cidade de Amparo, administrada atualmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT), da meta de 2.029 foram remetidas para a Acic apenas duas assinaturas.

Já a cidade de Cosmópolis enviou 250 das 1.490 assinaturas, enquanto Indaiatuba recolheu 800 das 4.940 da meta. A Associação Comercial de São Pedro ultrapassou a meta de 937, recolhendo 1.018. (MT)

ÁGUA Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – Sanasa - Campinas vai divulgar, mensalmente, aos consumidores informações sobre a qualidade da água. A informação atende a uma resolução federal que exige isso das empresas de tratamento de água. Os dados sobre a característica da água e sua potabilidade para consumo humano estarão nas faturas a partir de amanhã. A Sanasa emite mensalmente 251.200 faturas de água e esgoto, divididas entre residenciais, comerciais e industriais.

A

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Lançamento Diversão Te l e c o m Automação

O

custo de manufatura das etiquetas com microtransmissores de rádio (RFIDs) está em queda, com a expansão da produção mundial e a entrada de pesos-pesados como a China e a Índia no desenvolvimento e fabricação dessa tecnologia. Mesmo com a queda acentuada no preço dos RFIDs, o piso do investimento ainda é muito alto e impede a adoção em massa da tecnologia. Quando finalmente a barreira do preço for superada, os cientistas esperam o surgimento de uma "Internet de Objetos", onde todos os produtos de consumo cotidiano estarão etiquetados eletronicamente e conectados à rede mundial. As perspectivas ficam melhores diante da previsão de queda no preço dos chips para os próximos anos e um interesse cada vez maior dos governos, o que pode levar à definição de padrões internacionais e incentivos para a produção em massa. A rede alemã de supermercados Metro, maior varejista da Alemanha, disse que a empresa economizou US$ 10,1 milhões em suas operações ano passado, usando os RFIDs para controlar o estoque de mercadorias, desde o envio pelos fornecedores até o armazenamento nos galpões da empresa. Mas Gerd Wolfram, diretor de tecnologia do Metro, disse que a adoção em massa das etiquetas transmissoras ainda está longe. Segundo ele, a universalização dos RFIDs deve demorar entre 10 e 15 anos. Atualmente o custo de uma etiqueta com RFID na Europa está em torno de 14 centavos de euro. Usar uma etiqueta com esse preço em um copinho de iogurte de 40 centavos de euro não faz sentido econômico, disse Wolfram. Ian Furlong, gerente da divisão de Solution Services da Intel na Europa Central disse que o preço dos RFIDs deve cair em breve para a marca de 5 centavos de euro. Segundo ele, isso deve despertar o interes-

terça-feira, 14 de março de 2006

LULA QUER INCLUIR LAPTOP DE US$ 100 NO ORÇAMENTO 2007

RFIDs ficam melhores e mais baratos, mas privacidade é problema crucial Consumidores esperam que essa tecnologia não invadirá a vida das pessoas Por Sergio Kulpas Fotos: Divulgação

Adoção por economias asiáticas dará grande impulso ao RFID; atualmente um RFID custa 14 centavos de euro

O Brasil é o país mais preparado e entusiasta desse projeto Nicholas Negroponte, MIT

se de outras indústrias e setores comerciais pela tecnologia. Já Andrea Huber, diretor do grupo alemão Informationsforum RFID, disse que a maioria das empresas está esperando que o preço das etiquetas transmissoras caia para 1 cent de euro antes de começar a adoção generalizada em suas operações. Segundo Viviane Reding, da Comissão Européia para Sociedade da Informação e Mídia, o RFID vive seu grande momento. Reding disse que a padronização internacional das etiquetas é importante para seu desenvolvimento, mas que é preciso adotar medidas locais para evitar a invasão da vida privada dos consumidores. Segundo ela, é preciso saber quais informações os sistemas de RFID registram, e por quanto tempo esses dados ficam registrados. Quem terá acesso às informações? E como esses dados serão protegidos contra furtos, negligência e abusos, e como será confirmada a precisão dessas informações? Os comentários da diretora refletem as opiniões de muitos oponentes da tecnologia, que dizem que a aplicação em massa dos RFIDs criaria um "Big Brother" com acesso ilimitado aos dados pessoais e privados dos consumidores. Uma consumidora alemã da rede Metro declarou recentemente que não queria levar produtos etiquetados com RFIDs para casa, por temer que o supermercado ficasse sabendo onde ela morava. Entretanto, os proponentes da tecnologia dizem que as preocupações com a invasão da vida privada são similares àquelas levantadas quando surgiram os telefones celulares. As preocupações dos usuários sobre localização foram superadas pelas vantagens da adoção em massa do serviço. Os especialistas dizem que, regulamentada de maneira correta e legítima, a tecnologia não invadirá a vida das pessoas e será um grande facilitador da economia no futuro, especialmente no varejo. sergiokulpas@gmail.com

Lula quer um milhão de laptops de US$ 100, para começar Divulg

ação

O

s estudantes pobres brasileiros poderão ganhar um belo presente por conta do ano eleitoral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde, na semana passada, para que o grupo de trabalho do governo que avalia o projeto One Laptop per Child –Um Laptop Para Cada Criança, mais conhecido como "laptop de US$ 100"– siga adiante nas negociações para adquirir, num primeiro momento, um milhão de máquinas. A informação foi dada na quarta-feira, dia 8, pelo assessor especial da Presidência, Cézar Alvarez, após reunião com o professor Nicholas Negroponte, diretor do MediaLab do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e criador da instituição sem fins lucrativos

O novo protótipo ganhou novas cores e recursos como tela giratória e anti-reflexiva

One Laptop per Child (OLPC). "O presidente disse que o projeto é de interesse estratégico do Brasil", afirmou Alvarez. Segundo ele, a meta do governo é prever recursos no Orçamento Geral da União de 2007, para garantir a compra dos laptops e sua distribuição no segundo semestre do próximo ano. Os recursos poderiam incluir a compra de um número maior de computadores, algo em torno de 10 milhões de máquinas. Mudança – Esta é a primeira vez que o governo federal se posiciona favoravelmente de

forma incisiva sobre o projeto de inclusão digital de Negroponte. Na visita anterior, em outubro de 2005, o professor deixou o país um tanto desanimado e chegou a dizer que "o projeto é ideal para o Brasil, mas se o Ministério da Educação não quiser, vamos para a Colômbia ou para um dos países da lista de espera, que tem 80 candidatos". Na ocasião, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, havia comentado que seria impossível fazer um notebook popular no Brasil por menos de US$ 200. Agora, o governo afirma que iniciará estudos sobre a possibilidade de o equipamento vir a ser fabricado no país. Desta vez, a conversa foi diferente. Negroponte apresentou o segundo protótipo da máquina, que havia prometido para o primeiro trimestre deste ano, e saiu sorridente da reunião no Planalto. "O Brasil é o país mais preparado e entusiasta desse projeto", afirmou o professor. Segundo ele, a preço de mercado, o computador custaria hoje US$ 220. O laptop de US$ 100 foi projetado para permitir aos estudantes dos países em desenvolvimento a conexão à internet, através de dispositivos sem fio (Wi-Fi), sem depender de linha telefônica. Tem ainda uma manivela para carregar a bateria manualmente, em caso de ausência de energia elétrica. O novo protótipo ganhou novas cores e recursos como tela giratória e anti-reflexiva para uso ao ar livre e alça para facilitar o transporte. A idéia é a de que o equipamento possa atuar como um "livro eletrônico", com jogos e capacidade de comunicação com outros laptops semelhantes, via rede própria. Além do Brasil, estão na lista de prioritários Índia, China, Nigéria, Tailândia e Egito. Rachel Melamet, com Agências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

terça-feira, 14 de março de 2006

-0,12

por cento foi a deflação registrada na cidade de São Paulo em fevereiro, divulgada ontem pelo Dieese

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 08/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.097.637,22 Lastro Performance LP ......... 675.121,40 Múltiplo LP .............................. 1.350.818,74 Esher LP .................................. 2.448.591,66 Master Recebíveis LP ........... 49.471,52

Valor da Cota Subordinada 997,659612 997,854341 998,116692 997,183320 989,430400

% rent.-mês 0,8781 - 0,2146 0,8207 - 0,2683 - 1,0570

% ano 2,1176 - 0,2146 - 0,1883 - 0,2817 - 1,0570

Valor da Cota Sênior 0 1.003,198955 1.008,371635 0 0

% rent. - mês 0,3199 0,4183 -

% ano 0,3199 0,8372 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

13/3/2006


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

PARA ACM NETO, "GOVERNO APARELHOU FUNDOS DE PENSÃO". AE/Arquivo/29-11-2004

Roberto Stuckert Filho/AG

terça-feira, 14 de março de 2006

poLítica Eymar Mascaro

Saindo do Ninho

O

O ex-ministro Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos.

ACM Neto, sub-relator da CPMI dos Correios, tem vinte nomes na mira.

RELATÓRIO VAI SUGERIR INDICIAMENTO DE GUSHIKEN

O

relatório preliminar do sub-relator de fundos de pensão da CPMI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFLBA), vai pedir o indiciamento de cerca de 20 pessoas, entre proprietários de corretoras e dirigentes de entidades de previdência privada de estatais, além de autoridades do governo. Entre os indiciados está o ex-ministro Luiz Gushiken, atual chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE). Para ACM Neto, as investigações da sub-relatoria confirmaram a influência do governo federal nos fundos de pensão. "Houve uma grande influência, sobretudo na indicação dos cargos de direção", disse o sub-relator. "Percebeu-se claramente um aparelhamento político das entidades de previdência complementar federais do país. Esse fato será apresentado com

exemplos, para mostrar a vinculação de cada dirigente." Irregularidades – ACM Neto pretendia entregar para o relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), a primeira versão de seu relatório sobre fundos de pensão ontem à noite. Amanhã, o deputado vai apresentar o restante do relatório com os pedidos de indiciamento ao Ministério Público dos envolvidos em irregularidades com fundos de pensão. "Podese afirmar que existiram problemas com fundos de pensão no atual governo e também no governo passado", afirmou o subrelator. "Há conexões que são óbvias com o mensalão." No relatório preliminar, ACM Neto também vai apontar as corretoras que operavam com fundos de pensão e ajudaram a financiar partidos governistas, a exemplo do que ocorreu no esquema montado por Valério. Até a semana que vem, a CPMI espera identificar ou-

tros assessores de parlamentares da Câmara que teriam sacado dinheiro das corretoras. Serraglio promete entregar o texto final daqui a uma semana, no dia 21. Em seu relatório final, ele anunciou que vai propor também o indiciamento do exdiretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, que teria recebido R$ 300 mil do empresário Marcos Valério e estaria envolvido em irregularidades com o suposto desvio de R$ 10 milhões da Visanet – administradora de cartões de crédito que tem entre seus sócios o BB. Sabotagem – Usado pela CPMI para cruzar as informações da movimentação financeira de Valério com a de assessores de parlamentares do Congresso Nacional, o programa de computador I2 pode ter sido alvo de sabotagem. Segundo Osmar Serraglio, o programa foi desligado incorretamente durante o fim de sema-

na, ocasionando a perda de parte do trabalho com o cruzamento das informações sobre o valerioduto. "Estamos investigando para saber se foi desligado propositalmente de forma errada. Perdemos o trabalho e tempo e agora vai levar dois dias para recuperarmos os dados", explicou. O I2 é um programa de computador usado pelo serviço secreto inglês. Para a CPMI, ele cruza dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho com a movimentação financeira de Valério. A Rais identifica funcionários contratados pela Câmara nos últimos cinco anos. A uma semana da entrega do relatório final, Serraglio afirmou que a CPMI "praticamente não avançou este ano" nas investigações. "Estamos consolidando as coisas que existiam. Se eu tivesse mais tempo, os resultados seriam mais proveitosos", disse o relator. (Agências)

MAIS CONTAS DE DUDA NOS EUA

D

ocumentos sigilosos enviados pelo governo americano às autoridades brasileiras na semana passada revelam a existência de mais seis contas secretas ligadas ao publicitário Duda Mendonça no exterior. Além disso, os investigadores norte-americanos também rastrearam outra empresa mantida pelo marqueteiro fora do País, batizada de Stuttgart Company. A explosiva papelada remetida pelo governo americano mostra uma complexa rede ligada a Duda de contas no exterior e operações com doleiros em paraísos fiscais, que vai muito além das transações com o valerioduto. "A conta da Dusseldorf no Bankboston é só a ponta do iceberg", explica um dos in-

AE/Arquivo/14-09-2005

O ex-marqueteiro de Lula

vestigadores. As novas informações indicam que o fluxo de dinheiro de caixa 2 ligado ao publicitário pode ser muito maior. Os dados também complicam de vez a vida de Duda, que tem depoimento marcado para amanhã na CPMI dos Correios. Até agora, só se sabia da

existência de uma empresa em nome dele (a Dusseldorf) e de quatro contas ligadas ao publicitário nos Estados Unidos. STF – Duda conseguiu garantir no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não ser preso durante o depoimento. O ministro do STF Gilmar Mendes concedeu uma liminar lhe dando salvo-conduto . Pela decisão de Mendes, o publicitário terá tratamento de investigado na CPMI e não de testemunha. Na condição de investigado, poderá não assinar termo de compromisso e poderá permanecer calado em seu depoimento sem que, por esse motivo específico, seja preso ou ameaçado de prisão. Como confessou à CPMI, Duda recebeu lá fora R$ 10,5 milhões do empresário Marcos Va-

lério, dinheiro injetado por doleiros brasileiros na Dusseldorf, no Bankboston de Miami. Ele jurava que essa era a única conta aberta por ele no exterior. O dinheiro se referia ao pagamento de caixa 2 da campanha presidencial vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva. Proteção – Ontem, Duda foi invocar a proteção dos orixás no mais famoso terreiro de candomblé da Bahia, o Gantois. Ele chegou por volta das 16h e permaneceu no terreiro até o início da noite. "Vim buscar a proteção dos orixás porque tenho fé neles, da mesma forma que confio em Deus. Acho que estou precisando de proteção porque estou sendo vítima de um complô. Não mereço nada disso que está acontecendo comigo", disse Duda. (Agências)

ABr/Arquivo/28-02-2006

A

Ó RBITA Jefferson de que, se quebrar o sigilo de Okamotto, a situação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se complicaria. Jefferson disse que Okamotto serve de prova contra Lula da mesma forma que o Fiat Elba comprado por PC Farias ligou o ex-presidente Fernando Collor de Mello ao esquema de corrupção. (AE)

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ACORDO Nas últimas rodadas de conversações entre a cúpula e os pré-candidatos não houve acordo. Serra quer ser convocado pelo partido, enquanto Alckmin aceita ir para a disputa. Diante do impasse que se criou, o triunvirato resolveu deixar o anúncio para hoje.

RETAGUARDA Serra autorizou o triunvirato tucano a consultar outras lideranças do partido e até admite ir para a disputa com Alckmin se tivesse a retaguarda do PSDB. Para renunciar ao mandato, o prefeito diz precisar ser convocado pelo partido.

BANDEIRANTES Foi sugerido a Serra que disputasse o governo de São Paulo. O prefeito, segundo pesquisas, teria chance de se eleger governador sem necessidade do segundo turno. Mas, por enquanto, Serra rebate a idéia de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.

VOTO SECRETO

Polícia Federal apreendeu na sede de Furnas Centrais Elétricas, no Rio de Janeiro, pelo menos três computadores que teriam sido utilizados pelo ex-diretor Dimas Toledo e por pessoas que trabalhavam próximo a ele na diretoria. Toledo é acusado de levantar recursos para o caixa 2 de campanhas políticas e de beneficiar parentes em contratações na estatal. (AE)

presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoBSP), defendeu a votação de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no plenário da Casa, como nos casos de perda de mandato parlamentar. Aldo irá reunir hoje os líderes partidários em sua residência e quer discutir com eles a viabilidade de votação desta matéria. Ele destacou que a mudança nos casos de voto secreto é constitucional. (AE)

A

O

EXPULSÃO O senador Pedro Simon ensaiou em pedir ao Conselho de Ética do PMDB a expulsão dos senadores José Sarney, Renan Calheiros e Nei Suassuna, que querem melar as prévias de domingo e insistem em apoiar a reeleição de Lula.

CONVOCAÇÃO

EM VÃO

Até prova em contrário, o PSDB não teria interesse em convocar Serra. É por isso que os alkmistas acreditam na chance do governador ser escolhido pela cúpula. Quem perder promete apoiar o vencedor sem mágoa.

Além de não contar com o vice do PMDB, o PT não terá também o apoio do PDT no primeiro turno. O partido terá candidatura própria. Por isso, também o PDT vai realizar prévias entre os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres.

SENADO

FURNAS

PRÉVIAS A cúpula do PMDB decidiu manter as prévias para o próximo domingo. O partido quer ter candidato próprio. Portanto, o PT ainda não conseguiu convencer o PMDB a lançar o vice na chapa de Lula. Mas os governistas do PMDB ainda lutam para melar as prévias do partido.

RENÚNCIA

Repercutiu intensamente entre tucanos a informação de que o governador Aécio Neves decidiu apoiar Geraldo Alckmin, ao mesmo tempo que condena a hesitação de Serra. Aécio foi encarregado de passar o fim de semana ouvindo lideranças do partido.

Aldo defendeu o fim do voto secreto nos casos de cassação

o PT não vai ter o apoio do PMDB. "Não dá para apoiar o partido que fomentou toda essa estrutura de corrupção nos últimos anos. Seria uma calamidade para o PMDB”, disseo governador ontem.

Durante a campanha, Serra prometeu que exerceria os quatro ano de mandato, se fosse eleito. Por isso, Serra espera receber um ultimato do partido para se candidatar a presidente. O prefeito só aceita renunciar para disputar o Planalto: é o que diz.

AÉCIO

OKAMOTTO CPI dos Bingos pode aprovar hoje requerimento que reconvoca o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, para depor. Além disso, a CPI pretende reforçar ao Supremo Tribunal Federal o pedido de autorização para quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico de Okamotto. Entre os argumentos utilizados pelos senadores para justificar a necessidade de quebra dos sigilos e da reconvocação está a declaração do ex-deputado Roberto

presidente do PSDB, Tasso Jereissati, prometeu anunciar hoje o candidato do partido à presidência da República. Até o momento não houve acordo entre o governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra. Alckmin não atendeu a um apelo para abrir mão de sua précandidatura, mantendo-se no páreo. É forte concorrente à indicação. Dia 31, o governador renuncia ao cargo como prometeu há meses. Ganhando ou perdendo a indicação, o governador deixa o cargo prometendo viajar pelo País para fazer uma pregação política. Alckmin está disposto a brigar internamente pela candidatura. O governador estaria disposto a disputar a indicação até no voto da convenção. O anúncio do candidato será feito em São Paulo. Além de Tasso Jereissati, estarão presentes o ex-presidente Fernando Henrique e o governador de Minas, Aécio Neves. Deverão participar do ato outras lideranças do partido.

Além de existir a possibilidade de Serra vir a disputar o governo paulista, caso não seja candidato a presidente, os tucanos insistem para que FHC concorra ao senado com Eduardo Suplicy (PT). FHC, porém, não aceita a indicação.

COLIGAÇÕES Escolhido o candidato a presidente, a cúpula começa a trabalhar as coligações. O alvo principal dos tucanos é amarrar um acordo com o PMDB no segundo turno. O PSDB não está sozinho na luta pelo apoio do PMDB: o PT também acena para os peemedebistas.

CALAMIDADE Mas no que depender do governador Roberto Requião,

ENCONTRO O governo Lula está preocupado com a reunião do Diretório Nacional do PT marcado para o próximo fim de semana, que promete fazer manifestações contra a política econômica. Espera-se pelo lançamento de manifestos contra a política do ministro Antonio Palocci.

JULGAMENTO O STF deve julgar, até o dia 23, se a verticalização nas coligações partidárias será mantida nas eleições deste ano. O relator é o ministro Jilmar Mendes, que já se declarou contrário a mudanças nas regras eleitorais em 2006.

ABSOLVIÇÃO Apesar da cara de poucos amigos com que esperava em Congonhas para embarcar de volta a Brasília, o deputado João Paulo Cunha (PT) disse no domingo confiar na sua absolvição no processo cassação por participação no escândalo do mensalão. O Conselho de Ética vota hoje o relatório contra o petista.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Mick nunca responde direito a uma pergunta. Ele não gosta de falar sobre o passado. Ele não consegue ficar no mesmo lugar por mais de algumas semanas . Eu não creio que ele seja feliz. Do ex-baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, criticando o vocalista Mick Jagger. Para Wyman, os Rolling Stones estão "ridículos" e deveriam parar.

Logo Logo 14 www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

Dia dos Animais

C OPA 2006

D ESIGN

Jogo de abertura comprometido A pouco menos de 3 meses do início Copa, o Allianz Arena de Munique, estádio que abrigará a partida de abertura do Mundial, entre Alemanha e Costa Rica, preocupa os organizadores preocupados. Além das péssimas condições do gramado, foi detectado no fim de semana que as placas de asfalto da esplanada - por onde os torcedores passarão antes de chegar às tribunas - se deslocaram em dois centímetros. O gerente do estádio, Peter Kerspe, garantiu que o deslocamento não oferece perigo aos torcedores.

terça-feira, 14 de março de 2006

Logotipo à la Carte

Entretanto, as causas do problema ainda não foram descobertas. Por isso, a esplanada está recebendo o apoio de andaimes. Já a reforma do gramado, prevista para acontecer neste mês, não pôde ser executada devido ao rigoroso inverno pelo qual passa a Alemanha. As placas do gramado estão congeladas. O jogo de abertura da Copa entre Alemanha e Costa Rica acontecerá no dia 9 de junho. E o Allianz Arena, de Munique, foi construído especialmente para o Mundial, num custo estimado de 280 milhões de euros.

logo do Google, dizem os críticos, é tudo aquilo que, em tese, um bom logotipo não deve ser. Mas as mudanças freqüentes - mais de 50 por ano, segundo o jornal britânico The Times - e as letrinhas coloridas que lembram um projeto escolar, fazem sucesso na internet. A grande sacada do logotipo são as mudanças, que ficam 24 horas no ar, transformam qualquer assunto em tema comentado mundialmente. A

O

F RANÇA Olivier Laban-Mattei/AFP

mente por traz das mudanças é a de Dennis Hwang. A fonte usada é Catull, desenhada por Gustav Jaeger em referência às letras escritas à mão. O anti-logotipo funcionou para o Google porque afasta da empresa a idéia de uma corporação séria. A falta de design é proposital. Se, como dizem os especialistas, o design é fundamental, o Google mostrou que o antidesign também. http://www.timesonline.co.uk/uk

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Policiais reprimem manifestantes no Collège de France, durante protesto realizado ontem no Quartier Latin, em Paris, contra as novas regras de emprego para jovens. Os manifestantes invadiram também a vizinha Sorbonne. Wichaiu Taprieu/AP

E SPORTE

T ECNOLOGIA B RAZIL COM Z

Correr sozinho prejudica o cérebro

Guia de voz para deficientes visuais

Um estudo divulgado na revista médica Nature Neuroscience indica que o cérebro de pessoas que praticam corrida sozinhas pode reduzir a produção de novas células do cérebro. Feita na Universidade de Princeton, nos EUA, o estudo mostra que contato social neutraliza os efeitos negativos do exercício.

O metrô de Paris vai criar um serviço para cegos que lhes permita movimentar-se nas estações do metrô guiados por mensagens de voz transmitidas por celular. O celular identificará o local preciso onde está a pessoa está dentro do metrô e indicará obstáculos e caminho a seguir. O sistema está em testes.

C A R T A Z Orquestra Conceito Barroco. Repertório dos séculos 16 a 18. Destaque para obras de Vivaldi (foto). Espaço Cultural Instituto Cervantes. Av. Paulista, 2439. Telefone: 38979609. 18h. Grátis.

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VIVALDI

E M

'Gororoba' from Ipanema

PETIT COMITÉ - A província de Chiang Mai, na Tailândia, realizou ontem um bufê vegetariano para ser oferecido aos convidados de honra: dezenas de elefantes da região. A festa para os elefantes é uma tradição local, que se repete anualmente.

Sob esse título pouco elogioso, o norte-americano The Wall Street Journal destacou no sábado a invasão do mercado gastronômico dos EUA pela comida latina. Depois da febre de comida mexicana, agora a moda são os alimentos brasileiros. Uma empresa ampliou em 40% as importações de pão de queijo congelado. O guaraná é vendido na forma de bebida energética e as vendas subiram 34% em 2005. O palmito brasileiro vendeu 50% mais no ano passado do que em 2004. Segundo o jornal, as vendas de produtos brasileiros crescem na proporção da entrada de imigrantes brasileiros nos EUA e do aumento de norteamericanos que escolhem o Brasil para as férias.

I NTERNET S AÚDE

De bem com o fisco Site da Receita Federal tem novos serviços para contribuintes

A Ciência, para leigos de todas as idades

A Dada lançou esses tênis chamados "Code M" que têm um tocador de MP3 embutido, com fone de ouvido sem fio. Até 100 músicas podem ser transferidas através de uma entrada USB. A bateria agüenta até 6 horas. Ainda não está nas lojas, mas o preço sugerido é de US$ 199,99

Quantos genes tem o ser humano? O que a bacia de São José do Itaboraí (RJ) tem a ver com a construção do Maracanã? O que é biossegurança? Tem "primo" de canguru na Mata Atlântica? Essas e outras inúmeras perguntas têm resposta garantida no site da revista Ciência Hoje, que tem uma versão para adultos e outra para crianças, com informações que interessam a todas as faixas etárias. O site tem um extenso arquivo com assuntos que vão do câncer à gripe aviária passando por todos os ramos da ciência.

www.dadafootwear.com

www.cienciahoje.org.br

A TÉ LOGO

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Com o som nos pés

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

s empresas e pessoas físicas que tiverem o cartão de certificação digital, a partir de agora vão poder resolver todos os seus problemas com a Receita Federal pela internet. Portaria publicada ontem no Diário Oficial da União regulamenta o funcionamento do e-processo, sistema eletrônico que permite aos contribuintes apresentarem processos, pedidos de impugnação de recursos, comprovantes e documentos por meio do site da Receita. Todos os documentos, como notas fiscais ou recibos médicos, poderão ser digitalizados (escaneados) e enviados ao Fisco pela internet. Mas os contribuintes também poderão ser intimados pela rede. A certificação eletrônica é uma forma de assinatura digi-

tal que assegura ao portador ter suas comunicações pela internet reconhecidas e identificadas. Ela tem validade jurídica como uma assinatura em papel. O certificado pode ser comprado por qualquer contribuinte em instituições credenciadas pelo ICP-Brasil, órgão responsável pela autorização dos cartões de certificação digital. Ele vem sendo fornecido também por órgãos como a Serasa e o Serpro e por alguns bancos a seus clientes. Para o secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo Cardoso, com o início do funcionamento do e-processo uma "nova era" surge no relacionamento do contribuinte com o Fisco. "Estamos começando a era do fim do papel", disse o secretário. Segundo Cardoso, o e-processo comple-

ta os serviços já oferecidos pelo Fisco na internet, como o envio de declarações e a possibilidade de visualizar o seu processamento pela Receita. A utilização do e-processo desobrigará o contribuinte de protocolar os documentos em papel numa unidade da Receita, como é feito até hoje. Mas os comprovantes originais podem ser solicitados pelo fisco. A criação do e-processo estava prevista na chamada Lei do Bem, aprovada pelo Congresso Nacional em novembro. Para utilizá-lo, o contribuinte precisará assinar eletronicamente um termo de compromisso. A Receita criará uma caixa postal para cada contribuinte pela qual será feita toda a comunicação entre o Fisco e o contribuinte. (AE)

Vício em cocaína pode ser genético Desenvolver dependência de cocaína pode depender menos dos hábitos do que dos genes das pessoas, sugere um estudo do Instituto de Psiquiatria da Grã-Bretanha. A pesquisa foi feita a partir da análise dos DNAs de 700 usuários de cocaína e 850 outras pessoas e mostra que aquelas que carregam duas cópias de um código genético que contra a produção da proteína DAT estão 50% mais propensas a ficarem dependentes de cocaína. Isso leva a uma sobrecarga da substância nas células nervosas, o que, acredita-se, contribui para a sensação de bem-estar associada à cocaína. Essas pessoas experimentariam mais intensamente o efeito da droga. L OTERIAS

www.receita.gov.br

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Serviço paranaense tira dúvidas de língua portuguesa por telefone e também internet Brasil passa a adotar expressão "pode conter" transgênicos em remessas para o exterior Missionários evangélicos têm 6 meses para deixar aldeia dos índios suruahá, na Amazônia

Concurso 129 da LOTOFÁCIL 02

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terça-feira, 14 de março de 2006

Te l e c o m Lançamentos Convergência Diversão

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

OS PREÇOS DOS APARELHOS DE PLASMA E LCD CAÍRAM MUITO

Cinema em casa é cada vez mais comum

A faixa de preços dos home theaters é bastante ampla Guido Orlando Júnior

Oferta de sistemas para home theater é crescente e aos poucos vai atraindo consumidores; entenda o que é e veja se vale a pena investir em um

A

no de Copa do Mundo esquenta muitos mercados, mas historicamente um dos que fica mais aquecido é o de televisores. Os preços dos aparelhos de plasma e LCD caíram consideravelmente e prometem ter um ótimo desempenho nesse ano. TVs de 29, 38 ou 42 polegadas já não são mais sinônimos de divertimento garantido quando o assunto é assistir um filme e show no DVD ou mesmo uma partida de futebol, principalmente para quem tem transmissão de TV como a Sky, DirecTV ou Net Digital. A onda agora é instalar um sistema de home theater –ou cinema em casa, na língua portuguesa. As ofertas e promoções cresceram e certamente você será bombardeado com anúncios desse tipo de entretenimento, que custa bem menos do que a maioria das pessoas imagina. A faixa de preço é bastante ampla, pois depende da qualidade e do tipo de envolvimento sonoro e de imagem que o usuário pretende montar. O segredo para a qualidade de qualquer home theater está na escolha dos aparelhos que irão compor todo o sistema, já que eles trabalham de forma integrada. Veja a seguir a configuração básica para que seja montado um HT que irá proporcionar uma boa qualidade de som e imagem.

Tipos de som Antes porém, aqui vai uma explicação dos tipos de som possíveis de serem reproduzidos e que acompanham a maioria dos DVDs. Estéreo PCM – É o som em dois canais, ou seja, direito e esquerdo. Ele é analógico. Dolby Pro-Logic Surround – Esse sistema de som necessita de cinco caixas acústicas para que possa ser reproduzido: direita, central, esquerda e duas atrás, posicionadas uma de cada lado. O som é mais envolvente que o estéreo, mas ainda assim é analógico. Dolby Digital 5.1 - É o sistema de som mais utilizado em DVDs. São necessárias cinco caixas acústicas, posicionadas da mesma maneira que o anterior, mais um subwoofer, que emite somente sons graves. Nesse sistema de som o envolvimento é total, pois cada caixa funciona como um canal independente. Se um barulho em um filme ocorrer do lado esquerdo da tela, a caixa esquerda emitirá esse som; da mesma forma, se a cena for de um tiro disparado do lado direito da tela, na direção diagonal, à esquerda de quem está assistindo, o telespectador terá a sensação de que a bala acertou alguma coisa que está atrás dele. DTS – Basicamente é o mesmo que o anterior. Pode ser considerado o padrão de som concorrente do Dolby Digital. THX – Existe ainda outro padrão de som, como o THX. Ele pode ser considerado um acessório tanto do Dolby Digital como do DTS, mas apenas alguns filmes em DVD têm esse recurso. Qualquer receiver o reproduz, desde que uma

das duas opções digitais esteja selecionada.

Por Guido Orlando Júnior

Componentes Os aparelhos que devem compor um sistema de home theater variam bastante, mas as opções básicas são as seguintes: Aparelho de TV – Qualquer um não serve. Deve ser de pelo menos 29 polegadas e de preferência ter tela plana. Além disso, a quantidade de entradas disponíveis é crucial. Ele deve ter pelo menos uma entrada estéreo, uma entrada de vídeo RCA, uma de S-vídeo (super-vídeo) e uma para vídeo componente. Essa entrada de vídeo é a que possibilita melhor imagem, já que

ra som digital. Essa saída alimenta um cabo de fibra óptica, que transporta um som muito mais cristalino do que os cabos convencionais. Ele não custa caro e pode ser encontrado facilmente no mercado. O aparelho deve ainda ter um processador AC3, capaz de reproduzir Dolby Digital e DTS. Além disso, exija um DVD que reproduza os seguintes padrões: DVD vídeo, VCD (Vídeo CD), SVCD (Supervídeo CD), DVD-R (DVD gravável), DVD-RW (DVD Regravável), CD-R (CD Gravável), CD-RW (CD Regravável) e MP3. Alguns modelos reproduzem ainda fotos gravadas em CD, em um padrão desenvolvido

as cores são enviadas ao televisor separadamente e são recompostas no aparelho. São três conexões, uma para cada cor, que irão compor as cores finais. Nos cabos de vídeo comuns as cores entram misturadas e por isso, distorcidas. É preciso ver para sentir a diferença. Pense também em uma TV de Plasma, de 42 ou 50 polegadas. Caso haja espaço suficiente e queira sofisticar, estude a possibilidade de instalar um projetor. Os preços variam de sete a noventa e cinco mil reais, mas vale a pena. Aparelho de DVD – É muito importante prestar atenção aos formatos que podem ser reproduzidos por ele, além das saídas de áudio e vídeo disponíveis. Elas devem seguir os padrões das descritas no item anterior, além de cinco saídas para caixas acústicas, mais uma independente para o subwoofer e uma óptica pa-

pela Kodak –o Kodak Photo CD. Não custam mais caro e pode ser divertido. Aparelho de vídeo cassete – Aqui não tem segredo. Escolha um estéreo, de 7 cabeças. Se quiser sofisticar, mas vai pagar mais caro, compre um S-VHS, ou Super VHS. Em minha opinião o custo-benefício não compensa. Receiver – Este é o principal componente de qualquer sistema home theater. É ele quem vai comandar as conexões de som e imagem. Contém tanto entradas como saída de componentes, além de ser um receptor AM/FM. Os mais sofisticados incorporam entre seis e oito saídas e entradas de áudio e vídeo (incluindo óptica e S-vídeo), suficientes para que sejam conectados DVD, VHS, TV, LD (laser disc), gravador cassete, pick-up –para tocar os velhos discos bolachões– e câmera digital, tanto de foto como fil-

madora. São capazes de simular vários ambientes, desde um clube de jazz até um estádio de futebol, o que torna o envolvimento bastante realista. Possuem ainda saídas para 10 caixas, todas independentes, mais o subwoofer. O preço de um receiver com essas características varia de US$ 1.000 a US$ 2.500 e essa variação depende da marca e recursos de cada modelo. Vale lembrar que nesse preço não estão incluídas as caixas acústicas, subwoofer e cabos. Sem dúvida é a melhor opção para quem é exigente e tem fôlego financeiro para comprar um desses, além de espaço. Se sua opção for essa, fique com uma dessas marcas: Yamaha, Sony, Marantz, Philips e Panasonic. Existe uma outra, finlandesa, chamada Bang & Olufsen, que é considerada top de linha tanto em qualidade quanto em design, mas o preço segue a mesma linha. A escolha depende do quanto se quer gastar. Os mais em conta são os chamados "Home Theater in a box", ou tudo em um. Eles vêm com DVD, subwoofer e receiver integrados, além das caixas acústicas. Têm boa qualidade de som, mas nada comparável a um receiver independente. São de fácil instalação e as caixas são de tamanho reduzido, ideais para ambientes menores. São bastante limitados no tocante a saídas e entradas de componentes, mas nem por isso deixam de ser uma boa opção. O preço médio de um bom conjunto desses varia de R$ 1.200 a R$ 4.000 e podem ser pagos em 10 vezes, no cartão. As marcas mais procuradas são: Gradiente, Sony, Philips e Panasonic. Caixas acústicas – Depois do Receiver, são elas que vão garantir a clareza do som. A regra aqui é simples: caso sua escolha seja montar um sistema independente, opte pela mesma marca do receiver, quando for possível. Não haverá erro. Dependendo do modelo escolhido, elas custarão entre metade e o mesmo valor pago no receiver. Caso queira sofisticar, parta para um conjunto da marca Bose. São mais caros mas a qualidade compensa. Uma coisa muito importante, seja lá qual for sua escolha, são os cabos que irão transportar o som. Esqueça a expressão "fio de som". Subwoofer – Ele deve ser ativo, ou seja, ter amplificação própria. Sua função é emitir somente sons graves, o que dá peso e realismo ao som. Seu posicionamento pode ser em qualquer lugar do ambiente, desde que não fique virado para a parede ou tenha qualquer objeto em frente. Se você estiver inclinado a comprar um home theater, leve em consideração também o espaço disponível, para não errar: se ele for pequeno (um ambiente de 4 x 4 metros) ou médio, prefira os compactos. Se você possui espaço e verba suficiente, opte pelos de montagem independente. Em qualquer um dos casos a diversão será garantida. gojunior@videopress.com.br

Fotos: Divulgação

Intel mostra o futuro dos PCs Maior economia de energia e facilidade de uso da internet em qualquer lugar dominam fórum de desenvolvedores da fabricante de chips Por Henrique Martin, de San Francisco

A

cada seis meses, a Intel revela um pouco do futuro dos computadores pessoais. A fabricante de processadores realizou na semana passada em San Francisco o Intel Developer Forum (IDF), para mostrar aos fabricantes e à comunidade de desenvolvedores de software como eles devem se preparar para um futuro muito, muito próximo para a computação pessoal e nas empresas. Entre as principais novidades estão a criação de uma nova micro-arquitetura de chips que permitirá maior economia de energia nos computadores e a demonstração de tecnologias que vão levar a internet para qualquer lugar de maneira muito mais fácil. O primeiro grande anúncio que deve chegar aos PCs no segundo semestre está relacionado à nova micro-arquitetura de chips denominada Intel Core. A Intel promete um maior desempenho nos chips equipados

com essa micro-arquitetura aliado a uma maior economia de energia. Como resultado, PCs e servidores mais silenciosos, poderosos e que ajudam a reduzir a conta de luz. "Essa nova tecnologia combina a energia que precisamos para todas as áreas e tem recursos sofisticados para chips topo de linha", disse Justin Rattner, diretor de tecnologia da Intel. A Intel Core será a base para chips com dois ou mais núcleos, entre eles o Merom, para notebooks, que mantém a mesma autonomia de bateria de um Pentium-M e aumenta a performance em 20% em comparação a um chip Core Duo T2600. O processador Conroe, para desktops, consome menos 40% de energia e aumenta a performance em 40% em relação a um Pentium 4. E o Woodcrest, para servidores, reduz o consumo de energia em 35% e aumenta o desempenho em 80%, em comparação a um chip Xeon.

Não se assuste com os nomes. Merom, Conroe e Woodcrest são codinomes utilizados pela Intel para descrever as novas plataformas e devem chegar às lojas em nomes mais familiares, como Pentium-M, Pentium e Xeon, por exemplo. Os processadores baseados em Intel Core começam a ser produzidos em grande volume ainda este ano no processo de 65 nanômetros. No geral, esse processo de fabricação aumenta o desempenho em 80% e reduz o consumo de energia em 35% em relação ao processo atual de fabricação, que é de 90 nanômetros. Internet em todo lugar – Apesar de celulares e handhelds terem alguma forma de acesso à internet, nem sempre a experiência de uso do consumidor é completa e nem sempre os dispositivos estão prontos para mostrar o que o usuário quer. "A internet vive mudando, e isso nos afeta também", disse Sean Maloney, vice-presidente executivo do grupo de mobilidade da Intel. "Nos últimos meses, vimos um crescimento enorme no uso de vídeos, como o Google Video e o YouTube, e na personalização de conteúdos da web usando tecnologias como RSS e

Justin Rattner (acima) e Sean Maloney (à esq.), com um UMPC, em evento Intel

AJAX", afirmou Maloney. Baseado nas mudanças no comportamento do usuário e da própria internet, a Intel agora divide seus produtos móveis em dispositivos com telas pequenas (celulares e PCs ultra-móveis, ou UMPC, leia na primeira página), com telas grandes (notebooks) e com acesso em todo lugar, por conta da tecnologia de internet sem fio WiMax. Para celulares e handhelds, Maloney anunciou uma nova família de processadores XScale que irá aumentar o desem-

penho desses equipamentos. Para notebooks, ele deu uma prévia de uma novíssima plataforma, a ser lançada somente em 2007, que, além de maior economia de energia, vai usar memórias não-voláteis (NAND) integradas ao sistema. Esse tipo de memória é usado em tocadores de MP3 como o Apple iPod, por exemplo, que não perde os dados gravados quando acaba a bateria. Em notebooks, o uso dessa memória irá acelerar a velocidade de aplicativos e aumentar o tempo de ligar a máquina,

segundo Maloney. E, finalmente, Maloney falou sobre o desenvolvimento do WiMax, uma nova tecnologia de transmissão de dados sem fio com cobertura metropolitana. Os primeiros dispositivos compatíveis com WiMax devem chegar no segundo semestre de 2006. O IDF acontece a cada seis meses nos Estados Unidos e uma vez por ano em outras cidades do mundo, incluindo São Paulo (apenas no segundo semestre). Mais informações em www.intel.com/idf.


terça-feira, 14 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

7 Empresa exportadora de bonecas aguarda detalhes do novo Simples Paulista

FISCOS: FUSÃO SERÁ DEBATIDA DIAS 20 E 21

ATRASO NA REGULAMENTAÇÃO DAS NOVAS REGRAS DO SISTEMA PREOCUPA EMPRESÁRIOS DE MENOR PORTE

PEQUENOS ESPERAM NOVO SIMPLES Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

H

ra do Fisco estadual em regulamentar a lei também atinge empresários que atuam só no mercado interno. Segundo José Afonso de Aquino, consultor do departamento jurídico do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), o decreto precisa esclarecer, entre outros pontos, a forma como será utilizada a tabela de receita bruta mensal para a aplicação da tributação na empresa. Outro ponto nebuloso é a forma como serão regulados os Emissores de Cupom Fiscal (ECFs) nos casos de passagem de faixa de tributação. "A demora dá a impressão de que o governo se arrependeu de promulgar a lei. O governo está 'cozinhando o galo' para ver se está perdendo arrecadação", diz Aquino. Pelas novas regras do Simples, o limite de faturamento anual para enquadramento das microempresas foi ampliado de R$ 150 mil para R$ 240 mil. Com a medida, a Sefaz acredita que o número de microempresas no estado deve saltar de 507 mil para 581 mil. Para as empresas de pequeno porte, o limite de receita passou de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões por ano. A Lei nº 12.186 também exclui as receitas decorrentes das exportações para efeito de enquadramento no regime. Para o advogado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Melchor, entretanto, "as empresas que já optaram pelo Simples não devem se preocupar porque o decreto não tem poder de alterar o contexto da lei".

á mais de dois meses foi promulgada a Lei nº 12.186, que alterou pontos importantes do Simples Paulista, deixando-o, em princípio, mais atraente ao aumentar os limites de faturamento para enquadramento no sistema e propor benefícios para exportadores. Mas alguns micros e pequenos empresários estão com receio de aderir ao regime antes da publicação de um decreto que esclareça as novas regras. Para complicar, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) tem adiado repetidamente a publicação da norma, deixando os contribuintes confusos. A empresária Antonia Joice Venâncio, proprietária da Preta Pretinha, pequena empresa dedicada à produção de bonecas de pano, por exemplo, não sabe ao certo se poderá aderir ao regime. Na incerteza, prefere aguardar os detalhes da nova legislação. Desde o início do ano ela tem recebido propostas para exportar sua produção de bonecas. Com isso, projeta dobrar o faturamento, atingindo um montante que superaria o limite de R$ 2,4 milhões para enquadramento no regime simplificado estabelecidos pela Lei nº 12.186. Em tese, o direito de entrar no Simples está garantido, uma vez que a lei prevê que a receita obtida com as exportações não seria considerada para efeito de enquadramento. "Não dá para ficar parado, já estou investindo na ampliação da produção para atender o mercado externo, mas dependo do decreto para ficar mais tranqüila", diz Antonia. Pontos-chaves – A demo-

Renato Carbonari Ibelli

Fusão dos fiscos no mundo é tema de seminário

O

Proprietária da Preta Pretinha, Antonia Joice Venâncio, tem planos para exportar produção, mas aguarda os detalhes da nova legislação.

CEF é obrigada a indenizar cliente

O

Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região que condenou a Caixa Econômica Federal (CEF) a indenizar um correntista por dano moral no valor de 20 salários mínimos. O banco foi acionado em 1999, quando o correntista constatou um desfalque em sua conta no valor de R$ 2,5 mil, o que resultou na devolução de cheques e pagamento de tarifas bancárias.

Na ação, o cliente alegou que buscou esclarecimento sobre as irregularidades ocorridas sem, no entanto, obter da agência Cabo Frio da CEF uma resposta adequada. Indignado, buscou a Justiça e só então o banco fez o ressarcimento, no valor de R$ 2,5 mil. Apesar disso, recusou-se a pagar a indenização por danos morais, alegando que não houve a comprovação de tais prejuízos. No entanto, o juiz de primeiro grau julgou procedente

a ação movida pelo correntista e fixou em 20 salários mínimos o pagamento por danos morais. A sentença foi mantida em segunda instância. A questão, então, foi levada pela Caixa ao STJ. Ao analisar o processo, o ministro relator, Jorge Scartezzini, ratificou as decisões anteriores e, entre outras coisas, considerou ilícita a conduta do banco, mantendo a obrigação da Caixa em indenizar o correntista em 20 salários mínimos. (AE)

projeto de fusão dos fiscos que tramita no Senado Federal será o tema do "1º Seminário Internacional de Administração Tributária e Previdência Social" nos dias 20 e 21 de março, na capital paulista. Durante o evento, serão apresentadas experiências de países que fundiram as estruturas da Receita e Previdência Social. Para tanto, está prevista a participação de especialistas da Espanha, França, Argentina e Alemanha. Do lado do Brasil, o evento terá a participação de senadores, deputados federais, juristas, representantes do governo e empresários. Estão confirmadas as presenças dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Heloisa Helena (PSOL-AL), Jefferson Peres (PDT-AM), Amir Lando (PMDB-RO) e do deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP). Para debater as experiências internacionais, falarão Mariano Ribagorda, diretor da Tesouraria da Seguridade Social da Espanha; Julio Gambina, economista argentino; Anne Meurer, ex-diretora do Instituto de Previdência Federal para os Assalariados da Alemanha, entre outros. O evento é promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical) e será realizado no Auditório Nobre do Ministério da Fazenda, à Avenida Prestes Maia, 733, 22º andar. Mais informações pelo telefone (11) 5531-0784.

AGENDA TRIBUTÁRIA

Março/3ª semana DIA 15

COMBUSTÍVEIS - O revendedor

ços, obtidos em concursos e sortei-

tecnologia, prestação de serviços de

cário, permite-se prorrogar o reco-

de Informações Sociais (Rais), ano-

ICMS/SP – CNAE – 64203 - últi-

varejista de combustíveis e os con-

os de qualquer espécie e lucros de-

assistência técnica, cessão e licença

lhimento para o dia útil imediata-

base 2005.

mo dia para recolhimento do ICMS

tribuintes do ICMS que adquiri-

correntes desses prêmios; e

de uso de marcas e cessão e licença

mente posterior.

apurado no mês de fevereiro/2006.

rem combustíveis para consumo

ICMS/SP – Substituição Tributária -

deverão enviar à Secretaria da Fa-

sorvetes,

acessórios,

zenda arquivo magnético com o

cobertura,

c) multa ou qualquer vantagem

DIA 18

de exploração de patentes.

por rescisão de contratos.

• Incidente na comercialização

DIA 16

ICMS/SP - GIA ELETRÔNI-

Cofins/CSL/ PIS-Pasep - Re-

de petróleo e seus derivados, gás

ICMS/SP - GIA ELETRÔNI-

CA - A GIA Eletrônica relativa ao

xarope,

registro fiscal de todas as operações

tenção na Fonte - Recolhimento da

natural e seus derivados e álcool

CA - A GIA Eletrônica relativa ao

mês de referência fevereiro/2006

casquinha, copo, copinho, taça e

e prestações realizadas, a qualquer

Cofins, da CSL e do PIS-Pasep reti-

etílico combustível (Cide-Com-

mês de referência fevereiro/2006

deverá ser apresentada por meio da

pazinha - último dia para recolhi-

título, no mês anterior, com com-

dos na fonte sobre remunerações

bustíveis).

deverá ser apresentada por meio da

Internet

(www.pfe.fazenda.

mento do ICMS apurado no mês de

bustíveis derivados de petróleo, gás

pagas por pessoas jurídicas a outras

Internet

(www.pfe.fazenda.

sp.gov.br),

pelos

fevereiro/2006

natural veicular e álcool etílico

pessoas jurídicas (Lei n

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

sp.gov.br),

pelos

contribuintes

com o último dígito do número de

hidratado combustível (art. 2

2003, arts. 30, 33 e 34), no período

do no 1

decêndio de março/2006

com o último dígito do número de

inscrição estadual 5,6 e 7 (art. 20 do

de 16 a 28.02.2006.

incidente sobre produtos classifica-

inscrição estadual 0 e 1 (art. 20 do

Anexo IV da Portaria CAT n

1998, acrescentado pela Portaria

como

ICMS/SP ARQUIVO MAGNÉTICO - OPERAÇÕES E PRES-

da

o

Portaria CAT n

o

95/2003).

o

10.833/

IPI (exceto o devido por ME

o

contribuintes

o

92/

TAÇÕES INTERESTADUAIS -

ICMS/SP - DEMONSTRATI-

Cofins - Pagamento da contri-

dos no Capítulo 22 da TIPI (bebi-

Anexo IV da Portaria CAT n

Remessa pelo contribuinte usuário

VO DO CRÉDITO ACUMULA-

buição cujos fatos geradores ocor-

das, líquidos alcoólicos e vinagres).

1998, acrescentado pela Portaria

CAT n 46/2000, na redação da Por-

de

de

DO (DCA) - O estabelecimento

reram no mês de fevereiro/2006:

IPI (exceto o devido por ME

CAT n 46/2000, na redação da Por-

taria CAT n

processamento de dados, às Secre-

que apropriar, receber em devolu-

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

taria CAT n

49/2001 e da Portaria

CAT n 91/2002): Nota: Na hipóte-

tarias de Fazenda, Finanças ou Tri-

ção, lançar excesso de reserva ou

do no 1

decêndio de março/2006

CAT n 91/2002): Nota: Na hipóte-

se de o dia do vencimento para

butação das Unidades da Federa-

utilizar,

• Cofins - Demais Entidades.

incidente sobre produtos classifica-

se de o dia do vencimento para

apresentação indicado na tabela

ção, de arquivo magnético com re-

reincorporação ou compensação,

• Cofins – Combustíveis.

dos no código 2402.20.00 da TIPI

apresentação indicado na tabela

recair em dia não útil, a transmissão

gistro fiscal das operações e presta-

crédito acumulado deverá apresen-

• Cofins - Fabricantes/Importa-

(cigarros que contêm fumo).

recair em dia não útil, a transmissão

poderá ser efetuada nesse mesmo

ções efetuadas no mês anterior

tar à repartição fiscal da respectiva

dores de veículos em substituição

IPI (exceto o devido por ME

poderá ser efetuada nesse mesmo

dia (art. 20, parágrafo único, do

(Convênio ICMS n 57/1995, e alte-

jurisdição, o Demonstrativo do

tributária.

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

dia (art. 20, parágrafo único, do

Anexo IV da Portaria CAT n

rações posteriores, e Portaria CAT

Crédito Acumulado (DCA) (Por-

• Cofins não-cumulativa.

do no mês de fevereiro/2006 inci-

Anexo IV da Portaria CAT n

1998, acrescentado pela Portaria

32/1996, na redação dada pela

taria CAT n 53/1996, alterada pelas

PIS-Pasep - Pagamento das

dente sobre todos os produtos

1998, acrescentado pela Portaria

Portarias CAT n s 68/1996, 15/

contribuições cujos fatos geradores

(exceto os classificados no Capítulo

CAT n

1997, 38/1997, 71/1997, 71/1998 e

ocorreram no mês de fevereiro/

22,

37/2000).

2006:

2402.90.00 e nas posições 84.29,

DIA 17

84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11

ICMS/SP - GIA ELETRÔNI-

CA - A GIA Eletrônica relativa ao

sistema

eletrônico

o

n

o

Portaria CAT n

o

92/2002).

por

transferência,

o

o

ICMS/SP - ARQUIVO MAGNÉTICO COM REGISTRO FIS-

• Cofins - Entidades Financeiras e Equiparadas.

o

CAL DAS OPERAÇÕES E PRES-

ICMS/SP - PRODUTOR - RE-

TAÇÕES REALIZADAS - CON-

LAÇÃO DAS ENTRADAS E SAÍ-

TRIBUINTES DO SETOR DE

DAS DE MERCADORIAS EM ES-

• PIS – Combustíveis.

COMBUSTÍVEIS - Os contribuin-

TABELECIMENTO DE PRODU-

• PIS - Não-cumulativo (Lei n

tes e os importadores de combustí-

TOR - Para fins de utilização de

veis derivados de petróleo, inclusi-

créditos do ICMS, o produtor deve

ve solventes, as usinas e as destilari-

apresentar o citado documento à

as de açúcar e álcool, as distribuido-

repartição fiscal a que estiver su-

ras

inclusive

bordinado, com informações rela-

solventes, e os Transportadores

tivas ao mês anterior (Portaria CAT

Revendedores Retalhistas (TRR)

n

de

combustíveis,

o

17/2003).

• PIS-Pasep - Faturamento (cu-

nos

códigos

o

92/

o

o

o

o

92/

o

o

49/2001 e da Portaria

o

o

CAT n

o

92/

46/2000).

o

DIA 19

2402.20.00,

ICMS/SP - GIA ELETRÔNI-

CA - A GIA Eletrônica relativa ao

mês de referência fevereiro/2006

IPI (exceto o devido por ME

mês de referência fevereiro/2006

deverá ser apresentada por meio da

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

deverá ser apresentada por meio da

Internet

(www.pfe.fazenda.

do no mês de fevereiro/2006 inci-

Internet

(www.pfe.fazenda.

sp.gov.br),

pelos

• PIS-Pasep - Folha de Salários:

dente sobre os produtos do código

sp.gov.br),

pelos

contribuintes

com o último dígito do número de

• PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de

2402.90.00 da TIPI (“outros cigar-

com o último dígito do número de

inscrição estadual 8 e 9 (art. 20 do

ros”).

inscrição estadual 2,3 e 4 (art. 20 do

Anexo IV da Portaria CAT n

Anexo IV da Portaria CAT n

1998, acrescentado pela Portaria

mulativo).

da TIPI).

o

10.637/2002).

Direito Público. • PIS-Pasep - Entidades Finan-

Previdência Social (INSS) -

o

92/

contribuintes

o

92/

Recolhimento das contribuições

1998, acrescentado pela Portaria

CAT n 46/2000, na redação da Por-

• PIS - Fabricantes/Importado-

previdenciárias relativas à compe-

CAT n 46/2000, na redação da Por-

taria CAT n

res de veículos em substituição tri-

tência fevereiro/2006 devidas pelos

taria CAT n

49/2001 e da Portaria

CAT n 91/2002): Nota: Na hipóte-

butária.

contribuintes individuais, pelo fa-

CAT n 91/2002): Nota: Na hipóte-

se de o dia do vencimento para

Cide - Pagamento da Contribui-

cultativo e pelo segurado especial

se de o dia do vencimento para

apresentação indicado na tabela

ceiras e Equiparadas.

o

o

o

49/2001 e da Portaria

deverão enviar à Secretaria da Fa-

IRRF - Recolhimento do Im-

zenda arquivo magnético com o

posto de Renda Retido na Fonte

registro fiscal de todas as operações

correspondente a fatos geradores

e prestações realizadas a qualquer

ocorridos

a

ção de Intervenção no Domínio Eco-

que tenha optado pelo recolhimen-

apresentação indicado na tabela

recair em dia não útil, a transmissão

título no mês anterior (art. 1

10.03.2006, incidente sobre rendi-

nômico cujos fatos geradores ocorre-

to na condição de contribuinte in-

recair em dia não útil, a transmissão

poderá ser efetuada nesse mesmo

mentos de:

ram no mês de fevereiro/2006:

dividual, pelo empregador domés-

poderá ser efetuada nesse mesmo

dia (art. 20, parágrafo único, do

o

Portaria CAT n

o

da

95/2003).

no

período

de

1

o

o

o

o

ICMS/SP - ARQUIVO MAG-

a) juros sobre capital próprio e

• Incidente sobre as importân-

tico (contribuição do empregado e

dia (art. 20, parágrafo único, do

Anexo IV da Portaria CAT n

NÉTICO COM REGISTRO FIS-

aplicações financeiras, inclusive os

cias pagas, creditadas, entregues,

do empregador), bem como pela

Anexo IV da Portaria CAT n

1998, acrescentado pela Portaria

CAL DAS OPERAÇÕES E PRES-

atribuídos

ou

empregadas ou remetidas a resi-

cooperativa de trabalho em relação

1998, acrescentado pela Portaria

TAÇÕES

domiciliados no exterior, e títulos

dentes ou domiciliados no exterior,

à contribuição descontada dos seus

CAT n

de capitalização;

REALIZADAS

-

REVENDEDOR VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS E CONTRIBUINTES

QUE

ADQUIRIREM

a

residentes

a título de royalties ou remunera-

associados como contribuinte in-

b) prêmios, inclusive os distri-

ção previstos nos respectivos con-

dividual.

buídos sob a forma de bens e servi-

tratos relativos a fornecimento de

• Não havendo expediente ban-

o

o

92/

o

CAT n

o

46/2000).

46/2000).

Relação Anual de Informações Sociais (Rais) - Término do prazo de entrega da Relação Anual

Fonte

92/


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

LEGAIS - 5

Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 62.042.890/0001-51 - Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.601 - 6o andar - São Paulo - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da ZOGBI Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. No exercício, a ZOGBI Distribuidora apresentou Lucro Líquido de R$ 2,697 milhões, correspondente a R$ 215,76 por lote de mil cotas e Patrimônio Líquido de R$ 24,700 milhões. São Paulo, SP, 30 de janeiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

CIRCULANTE ......................................................................................... DISPONIBILIDADES ................................................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................... Carteira Própria ........................................................................................ OUTROS CRÉDITOS .............................................................................. Diversos ...................................................................................................

881 4

2.025 1

564 564 313 313

1.700 1.700 324 324

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ................................................. OUTROS CRÉDITOS .............................................................................. Diversos ...................................................................................................

27.367 24.829 24.829 2.538 2.538

23.410 21.317 21.317 2.093 2.093

PERMANENTE ....................................................................................... INVESTIMENTOS .................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ Provisões para Perdas ..............................................................................

232 232 407 (175)

213 213 388 (175)

T O T A L .................................................................................................

28.480

25.648

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE ......................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ......................................................................... Sociais e Estatutárias ................................................................................ Fiscais e Previdenciárias .......................................................................... Diversas ...................................................................................................

1.770 1.770 641 1.127 2

692 692 – 690 2

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ......................................................................... Fiscais e Previdenciárias ..........................................................................

2.010 2.010 2.010

1.743 1.743 1.743

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................... Capital: - De Domiciliados no País ........................................................................ Reservas de Capital .................................................................................. Reservas de Lucros .................................................................................. Lucros Acumulados ..................................................................................

24.700

23.213

9.375 610 2.414 12.301

9.375 591 2.280 10.967

T O T A L .................................................................................................

28.480

25.648

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL SOCIAL REALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

9.375 – – – – 9.375 9.375 – – – 9.375 9.375 – – – – – 9.375

591 19 – – – 610 567 24 – – 591 591 19 – – – – 610

SALDOS EM 30.6.2005 ............................................................................................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reserva ...................................................................................................................... - Dividendos Declarados .............................................................................................. SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................... SALDOS EM 31.12.2003 ........................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ..................................................................................................................... SALDOS EM 31.12.2004 ........................................................................................................................... SALDOS EM 31.12.2004 ........................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ........................................................................................... DIVIDENDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ....................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................................................................... - Dividendos Declarados .............................................................................................. SALDOS EM 31.12.2005 ...........................................................................................................................

LUCROS ACUMULADOS

ESPECIAL

LEGAL 1.207 – – 75 – 1.282 1.024 – – 124 1.148 1.148 – – – 134 – 1.282

1.132 – – – – 1.132 1.008 – – 124 1.132 1.132 – – – – – 1.132

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

Senhores Cotistas,

TOTAIS

11.210 – 1.510 (75) (344) 12.301 8.739 – 2.476 (248) 10.967 10.967 – (588) 2.697 (134) (641) 12.301

23.515 19 1.510 – (344) 24.700 20.713 24 2.476 – 23.213 23.213 19 (588) 2.697 – (641) 24.700

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .. RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ......... Receitas de Prestação de Serviços ...................................... Despesas de Pessoal ........................................................... Outras Despesas Administrativas ........................................ Despesas Tributárias ........................................................... Outras Receitas Operacionais .............................................. Outras Despesas Operacionais ............................................ RESULTADO OPERACIONAL .......................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ................................. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........ LUCRO LÍQUIDO ...............................................................

2.215 2.215 2.215 (198) – – (79) (117) 267 (269) 2.017 – 2.017 (507) 1.510

4.227 4.227 4.227 (426) – – (190) (214) 267 (289) 3.801 – 3.801 (1.104) 2.697

3.308 3.308 3.308 (579) 83 (325) (147) (193) 232 (229) 2.729 (20) 2.709 (233) 2.476

Número de cotas .................................................................. Lucro por lote de mil cotas em R$ .......................................

12.500.000 120,80

12.500.000 215,76

12.500.000 198,08

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil 2º Semestre 2005

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

ORIGEM DOS RECURSOS ...............................................

2.391

5.178

6.828

LUCRO LÍQUIDO ...............................................................

1.510

2.697

2.476

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .................................. Outras Obrigações ............................................................

609 609

1.345 1.345

– –

- Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ..................................................................... Outros Créditos .................................................................

272 –

1.136 –

4.323 2.943

272 –

1.136 –

– 1.380

- Alienação de Bens e Investimentos ..................................... Investimentos ....................................................................

– –

– –

29 29

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ........................................

2.388

5.175

6.904

DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS ....................

344

1.229

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ....................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ........................................................................ Outros Créditos ...................................................................

2.044 1.610

3.946 3.512

1.700 –

– 434

– 434

1.700 –

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .................. Outras Obrigações ...............................................................

– –

– –

5.204 5.204

AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES .......

3

3

(76)

Início do Período ....................... Fim do Período ......................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades .................................

1 4

1 4

77 1

3

3

(76)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

2)

3)

5)

CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros.A Zogbi Distribuidora deTítulos eValores Mobiliários Ltda.é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. e) Investimentos Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

f)

4)

Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos Em 31 de dezembro - R$ mil Total

Acima de 360 dias Aplicações em depósitos interfinanceiros ........................... Total em 2005 ................................................................... Total em 2004 ...................................................................

24.829 24.829 21.317

24.829 24.829 21.317

12) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Atualização de depósitos em garantia ...................................... Outras ..................................................................................... Total .......................................................................................

Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................... Subtotal ........................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros .......... Total .................................................................................

– – 4.012 4.012

23 23 3.159 3.182

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

223 9 232

13) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Atualização de provisão para riscos fiscais .............................. Outras ..................................................................................... Total .......................................................................................

281 8 289

223 6 229

14) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 31 de dezembro - R$ mil 2005

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

267 – 267

2004

Ativos Receitas Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. .................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................................. Banco Zogbi S.A. ........................................ Dividendos:

4

24.829 –

4.012 –

21.317 –

1.817 1.362

Banco Finasa S.A. ...................................... (641) – – – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro. 15) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Títulos (1)

1 a 30 dias

Títulos para negociação: Letras financeiras do tesouro ............................................................................................................................ Letras do tesouro nacional ................................................................................................................................ Certificados de depósito bancário ..................................................................................................................... Total em 2005 .................................................................................................................................................. % ..................................................................................................................................................................... Total em 2004 .................................................................................................................................................. % .....................................................................................................................................................................

31 a 180 dias

– – 11 11 2,0 177 10,4

154 69 – 223 39,5 456 26,8

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

– – 8 8 1,4 457 26,9

2004

Valor de Valor de Valor de mercado/ custo mercado/ contábil (2) atualizado contábil (2)

243 33 46 322 57,1 610 35,9

397 102 65 564 100,0

397 102 65 564

1.031 334 335

1.700 100,0

(1) As aplicações em quotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas, pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas quotas, que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários

9) Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez .............. Títulos de renda variável .................................................... Total .................................................................................

4.012 215 4.227

3.182 126 3.308

c) A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004. 6)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Devedores por depósitos em garantia - recursos fiscais .......... Créditos tributários (Nota 15c) ................................................ Devedores por depósitos em garantia - recursos trabalhistas ... Opções por incentivos fiscais .................................................. Total .......................................................................................

7)

2.010 810 21 10 2.851

1.743 643 21 10 2.417

10) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Propaganda e publicidade ........................................................ Aluguéis .................................................................................. Serviços técnicos especializados ............................................ Serviços do sistema financeiro ................................................ Serviços de terceiros ............................................................... Comunicações ........................................................................ Outras ..................................................................................... Total .......................................................................................

OUTROS INVESTIMENTOS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Investimentos por incentivos fiscais ......................................... Títulos patrimoniais ................................................................. Subtotal ................................................................................. Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais . Total .......................................................................................

8)

206 201 407 (175) 232

206 182 388 (175) 213

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social Capital social, totalmente subscrito e integralizado é representado por 12.500.000 cotas, com valor nominal de R$ 0,75 cada. b) Reserva especial Reserva especial constituída à base de 5% sobre o lucro conforme estatuto vigente até o exercício de 2004. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos cotistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 641 mil, que estão apresentados como Outras obrigações - Sociais e estatutárias, e dividendos de exercícios anteriores no valor de R$ 588 mil.

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 2.010 1.097 30 3.137

27 51 21 11 – 26 11 147

11) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

OUTRAS OBRIGAÇÕES - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS

Provisão para riscos fiscais ..................................................... Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar ........................ Impostos e contribuições a recolher ......................................... Total .......................................................................................

110 32 24 15 9 – – 190

Contribuição ao COFINS ......................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ..................................................... Despesas com CPMF ............................................................. Outras ..................................................................................... Total .......................................................................................

1.743 673 17 2.433

Diretoria

180 29 5 – 214

145 24 16 8 193

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social . Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .......................... Créditos tributários constituídos relativos a exercícios anteriores ........................................................................ Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis . Outros valores ................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..

3.801

2.709

(1.292)

(921)

– (2) 190 (1.104)

643 (6) 51 (233)

b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias ..................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ..

167

643

(1.271) (1.104)

(876) (233)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 31 de dezembro - R$ mil Saldo em Constituição Saldo em 31.12.2004 31.12.2005 Provisões para perda em ações fiscais ...................... Provisões para desvalorização de títulos patrimoniais ............................................................ Provisões para perdas de investimentos .................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias (Nota 6) .............................................

517

167

684

67 59

_ _

67 59

643

167

810

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Diferenças temporárias

2006 .......................................................................... 2007 .......................................................................... 2008 .......................................................................... 2009 .......................................................................... Total .........................................................................

Imposto de renda

Contribuição social

65 165 316 49 595

23 60 114 18 215

Total 88 225 430 67 810

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 710 mil (2004 - R$ 584 mil) de diferenças temporárias.

Parecer dos Auditores Independentes Aos

Diretor-Presidente

Quotistas e Diretores da

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Distribuidora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Distribuidora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Milton Almicar Silva Vargas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

José Luiz Acar Pedro

10 de fevereiro de 2006

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo

Norberto Pinto Barbedo Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

A

Morto florestal inda era Dia Internacional da Mulher e, enquanto o mundo politicamente correto se preocupava em homenagear Marias, Joanas, Teresas, Cecílias, Helenas, todas elas..., algumas representantes do chamado sexo frágil – frágeis de cabeça, enganadas pelas idéias e desenganadas pelos ideais do MST – essas mulheres cometeram um crime. Um crime hediondo contra a natureza. Contra a sua própria natureza humana e feminina de dar a vida e de cuidar do crescimento dos seus frutos.

A

E pensando que estavam fazendo justiça, com as próprias mãos elas destruíram parte de uma cultura que estava sendo cultivada há anos por cientistas. Inclusive cientistas mulheres. Pior ainda!, agrediram toda uma cultura que estávamos cultivando há tempos na alma do brasileiro, de conseguir enxergar no desenvolvimento tecnológico da terra, um futuro melhor do nosso país nesse planeta. E a sociedade civil se viu -, parece que ainda não entendeu o que aconteceu.

Claro, porque no mais, esse movimento não age por inércia e muito menos por acaso. Todas aquelas senhoras e senhoritas chegaram ao local do crime confortavelmente em ônibus fretados, com a grande mídia registrando tudo. Fechando a matéria jornalística, o Stédile dava os parabéns em cadeia nacional. Alguém mencionou cadeia? Ao tolerar esses movimentos dos chamados sem terra que, na terra onde tudo pode porque tudo acaba em pizza, além de fazer com que

Neco Varella/AG

Invasão do MST no Dia da Mulher: enterrando nas terras produtivas da Aracruz a tecnologia florestal

elas continuem sem a terra prometida, estaremos assentando e aceitando de vez, uma sociedade sem leis, sem ordem e – portanto – sem progresso. Só retrocesso. Para seu governo, a esse governo só interessa mesmo algo assim como governar uma Terra de Ninguém! Mas voltando ao incidente emblemático das mulheres em TPM do MST, o que restou foi um morto. Um morto florestal enterrado nas terras produtivas da Aracruz. CHICAO.DEGRAU

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Palanque pra malandragem A

PAULO SAAB

CONSTRUINDO A NAÇÃO ontinuo entendendo que a educação ainda é o único caminho para o crescimento do Brasil. Por isso registro com entusiasmo que mais de 1200 estudantes, professores e diretores de escolas do Estado de São Paulo, além de autoridades do governo de São Paulo e representantes da iniciativa privada, participaram da entrega do Prêmio Construindo a Nação 2005-2006, promovido pelo Instituto da Cidadania Brasil, na última quinta-feira na Sala São Paulo da Estação Julio Prestes. A premiação foi um reconhecimento dos melhores projetos de cidadania que alunos e professores realizaram no ano passado junto às suas comunidades. No total, mais de 1.200 alunos de instituições de ensino médio do Estado de São Paulo (públicas e particulares) participaram da quinta edição do Prêmio Construindo a Nação.

C

ez projetos foram premiados, de um total de 250 escolas inscritas. O vencedor da categoria Melhor Projeto de Cidadania 2005-2006 foi o projeto "Acorda Cidadão", desenvolvido pela Escola Estadual "Prof. Antonio Perches Lordello", do município de Limeira (SP). Durante a cerimônia de premiação, alunos e professores mostraram seu orgulho pelo reconhecimento dos trabalhos de cidadania que realizaram junto às comunidades. Posso afirmar como presidente do Instituto da Cidadania Brasil, entidade sem fins lucrativos da sociedade civil, que a nossa conquista é o reconhecimento e a credibilidade dos projetos e o importante envolvimento de todos nos projetos de cidadania. A escola não só exerce um papel importante no estímulo dessa consciência dos jovens, como pode ser um centro de desenvolvimento de ações sociais.

D

Arquivo DC

recen tíss ima Emenda Constitucional nº 52, dando nova redação ao parágrafo 1º, do artigo 17 da Constituição de 1988 veio de estabelecer, como regra constitucional, a proibição da verticalização nas eleições. Antes dessa emenda, como não havia a proibição constitucional, ela podia ser instituída por lei, como o foi, inclusive com a observância do disposto no artigo 16 da Constituição, dispositivo este que autoriza a eficácia da modificação do preceito eleitoral apenas depois de decorrido um ano contado da data em que entrou em vigor a regra modificadora. Portanto, a norma legal que obriga a verticalidade, por força do disposto no artigo 16, não perdeu ainda sua eficácia. Porém, o que se constata é que os políticos continuam os mesmos, mesmo que as regras eleitorais venham a variar de conformidade com as conveniências do momento. Conveniências à parte sobre a verticalização, o fato é que a mesma conveniência, ou não conveniência, também se manifesta no artigo 16 da Constituição. Quando promulgada a Constituição o texto desse artigo 16 era o seguinte: "A lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor 1 (um) ano após sua promulgação". Para, quiçá, proporcionar uma maior clareza à obviedade do princípio posto pelo constituinte originário e aplicá-lo sem questionamentos, o constituinte derivado o modificou para os seguintes termos, que é o que está em vigor: "A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência". Embora a diferença redacional seja sutil, ma-

téria que interessa apenas aos diletantes estudiosos versados nas questões jurídico-constitucionais-eleitorais, a idéia é uma só e facilmente aferível em ambos os textos. Em suma, o princípio da anualidade do processo eleitoral está institucionalizado na Constituição. Além de abolir a verticalidade (artigo 1º), a EC nº 52 contém um artigo 2º que procura assegurar-lhe uma vigência instantânea, apesar do está preceituado no artigo 16 antes referido e transcrito com o qual, então, entra em confronto. O texto desse artigo 2º é o mesmo do projeto originário e preceitua o seguinte: "Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se às eleições que ocorrerão no ano de 2002". É esse dispositivo que criou o problema atual, pois sua validade em face dos demais princípios e regras constitucionais veio de ser questionada perante o Supremo Tribunal Federal. Quando se lê esse dispositivo, a primeira impressão que se extrai é a de que o constituinte derivado teria falhado: esqueceu ele de atualizar a regra para dela fazer consignar o ano em curso de 2006. Afinal, toda lei põe e dispõe para o futuro. Por outro lado é absolutamente inadmissível, incompreen-

G O princípio da

anualidade do processo eleitoral está institucionalizado na Constituição G Além de abolir a

verticalidade, a Emenda Constitucional 52 procura assegurar sua vigência instantânea . Pressa por quê? G Isso não é

resultado da afoiteza e, sim, de oportunismo. G Na verdade,

em política tudo não passa de conveniências ditas políticas e outras conveniências do interesse dos próprios políticos. G Cabe ao

STF decidir o impasse

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

sível que uma nova regra seja aplicada a um processo eleitoral que já se consumou ao esgotamento pela sistemática antiga! Entretanto, isso não é o resultado da afoiteza, mas, sim, de oportunismo. Se a data fosse mudada, o projeto teria de sofrer novas discussões e uma nova apreciação, inclusive pelo Senado que já se manifestara. E isso, tomaria mais algum tempo, o que não era nada conveniente. Assim, manter a redação originária e aprová-la, na verdade, não passou de uma malandragem político-jurídica: fazer retroagir a vigência da Emenda. A retroatividade significa que a instituição da proibição da verticalização já teria sido estabelecida para o ano de 2002, de forma que a anualidade do artigo 16, então, já teria transcorrido. Sutil? Engenhoso pode ser, mas amoral. Ou será imoral? O fato é que, na verdade, em política, tudo não passa de conveniências ditas políticas e outras conveniências do interesse dos próprios políticos, conveniências e interesses esses que são pactuados nos bastidores para não outra coisa senão a de se perpetuarem no exercício do poder, para poder desfrutar das b e n e s s e s q u e o s d i-

necessidade de desenvolver talentos e incentivar a prática da cidadania na rede pública de ensino foi destacada pelas autoridades presentes ao encontro: o vice-governador Cláudio Lembo, Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e representantes da Secretaria da Cultura, e da Secretaria de Educação. Entendendo que "o Brasil exige responsabilidade de cada um, e os jovens aqui presentes sabem disso", o vice-governador afirmou que o prêmio é um exemplo de como se constroem as nações: de forma contínua e com a participação da sociedade. Representantes das empresas apoiadoras do evento também estiveram presentes ao evento: Gláucio Barros, diretor da Sony Brasil; Mauro Lopes Almeida, diretor da área de Responsabilidade Social da Arno, e Simone Nagai, diretora da Fundação Volkswagen. Todos destacaram a

n h e i ro s p ú b l i c o s , e também os não públicos, garantem. As duas últimas votações realizadas pelo plenário da Câmara, apesar dos termos da proposta do Conselho de Ética, confirmam à saciedade essa postura em prol da estabilidade. Se na Constituição de 1988, por excelentes razões inovou-se transformando em preceito constitucional originário o princípio da anualidade do processo eleitoral (artigo 16), é por que aqueles constituintes entenderam que isso era bom, como realmente é, para o exercício da democracia num Estado de Direito. Fazer valer aquela r e g r a , c o m o a c a t amento combinado dos outros princípios implícitos e explícitos na Constituição, é uma demonstração de respeito à dignidade dos cidadãos brasileiros e à tranquilidade da sociedade. Assim, agora caberá ao Supremo Tribunal Federal, por provocação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, decidir o impasse criado pelo disposto no artigo 2º, da Emenda Constitucional nº 52, cuja espuriedade, enfim, deve ser expurgada. Ita speratur. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

Sem melhor educar nossa juventude não construiremos um futuro mais promissor para todos importância da iniciativa do prêmio que, a partir deste ano, será realizado em nível nacional, em função da parceria do Instituto Cidadania Brasil com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), através do Conselho Temático Permanente de Responsabilidade Social, o Cores. Em 2006, participam os estados de São Paulo, pela região Sudeste; Santa Catarina, pela região Sul; Goiás, pelo Centro Oeste; Ceará pelo Nordeste e Amazonas pela região Norte. Ficará a cargo do Sesi operacionalizar a realização do prêmio nos diversos estados. Iniciativas como esta e outras semelhantes, precisam merecer o apoio de toda a sociedade civil. Sem melhor educar nossa juventude não construiremos um futuro mais promissor para todos. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

As câmeras fone deram a luz aos fone-tógrafos, sempre alertas e com aspirações a detetives

TESTAMOS A K790I, NOVA CÂMERA FONE DA SONY ERICSSON

Fotos: Divulgação

Príncipe O de luto busca vingança Em Prince of Pérsia 3 The Two Thrones, o jogador ajuda o personagem principal em duas frentes: lutar para salvar o povo e também vingar a morte da Imperatriz

Por Fábio Pelegrini

Príncipe da Pérsia, um dos personagens mais conhecidos do mundo dos games, está de volta, em jogo para computador. Em Prince of Pérsia 3 - The Two Thrones, distribuído pela Electronic Arts, a trama começa logo depois da conclusão da aventura Warrior Within (título anterior), que culminou na mudança do destino e futuro do herói. Agora, ao retornar para casa, a Babilônia, com sua amada Kaileena, a misteriosa Imperatriz do Tempo, os personagens se surpreendem: no lugar da paz e tranqüilidade que buscavam há tanto tempo, encontram seu reino devastado pela guerra. Além disso, Kailleena é capturada pelo inimigo e levada para sacrifício. Ao seguir os raptores até o Palácio, o Príncipe chega a tempo somente de vê-la ser assassinada por um poderoso inimigo. A morte da Imperatriz libera as Areias do Tempo, que atingem e amaldiçoam o Príncipe da Pérsia com o nascimento de um mortal Príncipe Negro, cujo espírito gradativamente começa a possuir e tomar conta do seu corpo. Com uma história densa, envolvente e cheia de reviravoltas, o novo capítulo da série coloca o jogador em ambientes e momentos extremos de adrenalina, lutas, aventuras e jogabilidade, além de trazer uma avançada tecnologia que permite criar um visual fantástico. Apesar de ter mudado pouco em relação às duas últimas versões, a qualidade gráfica é um dos destaques do jogo. Como vimos, a propagação inesperada das Areias do Tempo, permite uma nova forma ao Príncipe, concedendo poderes que o levam, às vezes, à crueldade. Na verdade, são duas almas em um mes-

PRINCE OF PÉRSIA 3 - THE TWO THRONES Distribuição: Electronic Arts Telefone: (11) 5505-3713 Configuração mínima do sistema: Windows 2000 ou XP, processador: Pentium III de 1 GHz ou AMD Athlon equivalente, 256 MB de memória RAM, unidade leitora de DVD-ROM 4x, 1.5 GB de espaço em disco rígido, placa de vídeo da NVIDIA GeForce séries 3/4/5/FX/6/7 (GeForce 4 MX não suportada) e famílias ATI Radeon 7500/8500/9000/X (Os modelos dessas placas para laptop não são suportados) e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c. Este jogo contém tecnologia para evitar cópias, que pode entrar em conflito com algumas unidades virtuais e de DVD-RW Idioma: Software em inglês e manual em português Faixa etária: 18 anos Preço sugerido: R$ 99,90 Mais informações: http://brasil.ea.com

O jogador pode executar poderosos e rápidos ataques a inimigos ou combater em carruagens

Telefone ou câmera? Os dois Sony Ericsson lançou o K790i, celular que traz câmera com capacidade de resolução de 3,2 Megapixels Por Ana Maria Guariglia Fotos: Ana Maria Guariglia e Divulgação

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A câmera fone terá preço sugerido de R$ 1.999

mo corpo: uma lutará para salvar seu povo e a outra para conseguir vingança. The Two Thrones não é um jogo fácil. Apesar das primeiras ações fazerem parte de um tutorial, o jogador não deve se surpreender se for preciso reiniciar várias vezes de um ponto de salvamento para conseguir o seu objetivo. Desta forma, o gamer poderá contar com muitas horas de ação e aventura, o que inclui a possibilidade de escolher entre dois personagens jogáveis (cada um com características distintas), com armas e habilidades à disposição de cada um. Como não poderia ser diferente, o terceiro capítulo traz ação e combates variados, muitas acrobacias, desafios e quebracabeças, fatores que, juntos, formam uma experiência de jogo rica. Além disso, elementos furtivos foram adicionados às habilidades do nosso herói que consegue aproximar-se o suficiente de um adversário para atacá-lo rápida e fatalmente sem ser notado. As armas não são o forte do game. A adaga do Príncipe o acompanhará durante as batalhas. Eventualmente, ele conseguirá se apropriar das armas dos inimigos, como machados e espadas, ficando com até duas ao mesmo tempo. Se o a opção escolhida foi lutar na pele do Príncipe Negro, o gamer poderá usar a Daggertail, corrente de médio alcance, além de contar com a Adaga do Tempo do Príncipe do bem. Porém, o Negro não poderá pegar armas dos adversários. Com certeza, essa é uma forma muito diferente de ver a série. Um desfecho perfeito da premiada franquia criada em 1986, pelo produtor Jordan Mechner. Para os amantes do Prince of Pérsia, vale a pena conferir.

a semana passada, foi lançada a K790i, câmera fone da Sony Ericsson, com capacidade de resolução de 3,2 Megapixels (2.048 x 1.536 pixels). Novo em folha, o modelo foi testado no mesmo dia e com exclusividade pelo Diário do Comércio. A novidade principal para os fone-tógrafos é a resolução não encontrada em nenhum outro modelo. As imagens podem ser copiadas em pôsteres de 25 x 30 cm. Na verdade, você vai fotografar com uma câmera CyberShot, marca oficial dos e qu i pa me ntos Sony, uma das mais vendidas no mundo. C o m s e nsor CMOS, que facilita reduzir as proporções das máquinas, chama a atenção o monitor de 2 pol, muito claro e que dá perfeitamente para ver a foto que vai ser tirada e na revisão das imagens. Muito boa mesmo! Possui flash Xenon, emprestado também dos aparelhos da Sony. É um facho de luz vermelho que mede a luminosidade incidente sobre os objetos e pessoas, ajustando o foco e auxiliando a remover olhos vermelhos.

Usuários de câmeras fones fazem muito mais do que falar

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A K790i é um produto convergente que alia a utilidade da telefonia com as vantagens de uma boa câmera

Outro recurso é o BestPicture. Ao pressionar o disparador, se obtém nove fotos dentro de uma seqüência de tempo e o fone-tógrafo poderá escolher as suas preferidas. O sistema já existe em câmeras digitais como as da Nikon, Casio e da Sony. A câmera fone também vem com a função estabilizador de imagens, para compensar qualquer tremulação das mãos. A memória interna é de 64 Megabytes para cerca de cem fotos de 3,2 MP. O zoom digital é de 18 vezes e o Picture Blogging, sistema desenvolvido para colocar

suas imagens no Blogger. Em suma, as tecnologias de gravação e reprodução de vídeos e músicas combinam a capacidade de captura avançada com a alta velocidade de transferência de dados pelo cabo USB. "Tudo isso faz parte da demonstração de como a cooperação com nossa empresa-mãe pode nos ajudar a agregar mais valor aos clientes da Sony Ericsson", diz Sílvio Stagni, vice-presidente da empresa no país. Além do monitor, nosso teste avaliou as fotos obtidas, tendo qualidade evidente sem

discussão. Observe que as imagens publicadas na página estão na forma em que foram capturadas pela câmera. Não se impressione com a resolução de 3,2 MP e não compare a K790i com as digitais comuns. É um produto convergente que alia a utilidade da telefonia com as vantagens de uma boa câmera. Estará no mercado mundial no segundo trimestre deste ano e o preço sugerido é de R$ 1.999, semelhante a dos equipamentos Cyber-Shot. Para saber mais: www.sonyericsson.com

s usuários da telefonia celular da Sprint U.S., que reúne alguns milhões de clientes, fazem mais do que falar em suas câmeras fones. Cerca de 96% tiram fotos instantâneas, 32% fotografam reuniões de família, 30% capturam seus animais de estimação, 27% levam o telefone para registrar celebrações, como o Carnaval, e para suas férias. Mais de 18% gostam de levar a maquininha para os shoppings centers, enquanto 15% a levam para concertos e para capturar os lances de seus negócios. E das fotos tiradas, 67% usam como descanso de tela e 49% para que os amigos os identifiquem nas chamadas. Esses resultados foram divulgados pela norte-americana Sprint U.S. Consumer Wireless Usage Study que também revela que para 55% das pessoas, a câmera fone é um dos melhores meios de comunicação para um mundo moderno como o de hoje. Já 53%, classificados como fone-tógrafos, estão sempre alertas aos recursos que as maquininhas oferecem. Jeff Hallock, vice-presidente de mercado e estratégia da Sprint, disse que as imagens capturadas não são unicamente armazenadas na câmera. "Os inscritos no sistema Picture Mail Sprint são muito ativos e não só guardam as fotos, mas mandam imprimi-las, interessam-se por preservação, compartilhamento e por edição, para classificá-las em seus álbuns digitais". A cada novo modelo de câmera fone, os usuários parecem se sentir novos James Bond, criando mistérios e fazendo gracinhas. Os fone-tógrafos não se ligam muito em música, apenas 22%, e somente 18% produzem vídeo clipes. (AMG)


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Nacional Empresas Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

O turismo rural é, literalmente, a salvação da lavoura para os pequenos produtores. Carlos Solera, da Abrattur

PAÍS TEVE BOOM DO AGROTURISMO NO ANO 2000

Paulo Pampolin/Digna Imagem/23/07/2005

O Brasil já tem 12 mil estabelecimentos rurais que oferecem atividades de lazer e turismo aos visitantes. E os números não param de crescer. Em 2003, no último levantamento feito pelo setor, o faturamento chegava a R$ 2,5 bilhões anuais.

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e m p r a i a s n e m da fazenda, andar a cavalo e Amazônia. Tem dormir. Não existia nenhum turista estrangei- produto formatado", explica o ro vindo para o consultor do Serviço Brasileiro Brasil para cavalgar e conhecer de Apoio às Micro e Pequenas as verdadeiras raízes caipiras Empresas (Sebrae) do Espírito do País. É o turismo rural que Santo, José Valdemar Pin. Focresce e aparece em meio à vir- ram alguns anos de trabalho tuosa natureza brasileira. Se- duro. Até que, em meados de gundo dados da Associação 1992, proprietários rurais da Brasileira de Turismo Rural região do município capixaba (Abrattur), existem, atual- de Venda Nova do Imigrante, a mente, cerca de 12 mil empre- 100 quilômetros de Vitória, deendimentos que oferecem essa ram início a um movimento modalidade de lazer aos visi- chamado agroturismo: cometantes. "Em 1994, quando nas- çaram a agregar valor aos proceu a entidade, eram apenas dutos e serviços da fazenda. Segundo Pin, os agricultores 380", afirma Carlos Solera, preda região, a maioria de ascensidente da Abrattur. Em 2003, ano em que foi fei- dência italiana, começaram a to o último estudo de viabili- fazer produtos como o socol – dade econômica do segmento, uma espécie de salame. Em os números surpreenderam. vez de fornecer leite para um O turismo rural movimentava laticínio, passaram a fazer no Brasil cerca de R$ 2,5 bi- queijos. Também não vendiam lhões por ano. Uma nova pes- mais os ovos a preço de banaquisa está sendo preparada na. Faziam bolachas para venpelo Ministério do Turismo der aos visitantes. "Com isso, em parceria com entidades re- eles começaram a ter um bom presentantes desse segmento retorno, embora ainda não ofee da iniciativa privada. Em recessem hospedagem aos tu2007, devem aparecer núme- ristas", afirma Pin. O salto para organizar a atiros mais atualizados do setor vidade ocorreu em 1998, duque anda a galope no País. rante o Congresso As opções são dide Santa Maria, no versificadas. Há proRio Grande do Sul. gramas para quem "Foram definidos quer cavalgar, perparâmetros para o correndo antigas roO Brasil ainda segmento que estatas de tropeiros, visitas a fazendas histó- tem muito o que va se estabelecendo no País e começava ricas e turismo peda- explorar nesse a cair no gosto da gógico, que apresen- segmento. O população urbana ta aos visitantes as movimento é que procurava uma atividades da proalternativa às p r i e d a d e . E x i s t e recente. também o agroturis- Carlos Solera, da praias lotadas", exmo, que oferece proAbrattur plica o presidente da Abrattur. dutos locais – como No início do ano comidas típicas –, aos turistas e ainda os de aven- 2000 houve um boom no setor, tura. "O Brasil deve ser o País de acordo com Solera. No enque mais tem opções nesse tanto, faltava a conscientizasegmento e ainda tem muito o ção empresarial dos produtoque explorar. O movimento é res rurais. "Muita gente confundiu rústico com precário, recente", diz Solera. Nostalgia – Ele explica que o por exemplo. E não era bem isturismo rural começou a se de- so que as pessoas esperavam. senvolver a partir dos anos 80. O turista queria visitar a zona "Passada a euforia dos anos 50, rural, mas queria boa cama, quando as pessoas migraram bom chuveiro e uma alimentado campo para a cidade, acre- ção regional", completa. Outro ponto importante ditando que a vida urbana era a melhor coisa do mundo, vol- destacado por Solera: os emtou-se o olhar, agora nostálgi- preendimentos não são hoco, para a zona rural", afirma téis-fazenda. São fazendasele. Nesse período, surgiram hotel. "A linha parece tênue, as primeiras fazendas que pro- mas a diferença é gritante", arcuravam transformar a hospi- gumenta. Segundo ele, emtalidade inerente às proprie- polgados com o turismo rural, muitos proprietários-investidades em negócios. Os primeiros empreendi- dores criaram verdadeiras mentos nessa linha nasceram ilhas da fantasia nas pequenas no Sul do País, nas proximida- cidades do interior do País. des da cidade de Lages, em "Tudo era falso", afirma. O passo errado, no entanto, Santa Catarina. Segundo Solera, fazendeiros da região nota- foi corrigido nos últimos anos, ram que havia um número com definições mais claras de considerável de viajantes que como funciona o setor e do que passavam por lá, mas não pa- oferecer ao turista. Um fator ravam. A partir dessa consta- também contribuiu para a tação, começaram a oferecer profissionalização, segundo almoço aos turistas. "Tudo Pin: o turismo rural começou a muito simples", afirma. De La- trazer de volta para o campo ges, o movimento se estendeu, pessoas que estudaram e tiganhou adeptos no Rio Gran- nham experiência nas grandes cidades. "Os filhos de pede do Sul, na Serra Gaúcha. "No início, a oferta dos em- quenos produtores voltaram preendimentos era a vida rural com boas idéias", afirma. como ela era. Comer a comida Cláudia Marques

As atividades típicas de uma fazenda, como a cavalgada ou a lida com animais, atraem os turistas que moram nas cidades grandes

O aconchego típico das fazendas do século passado e 19 são os principais chamarizes

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s donos de fazendas e propriedades rurais que fazem agroturismo descobriram uma forma de integrar os mais velhos ao empreendimento. "O avô, por exemplo, vira um personagem importante do serviço oferecido. É ele quem vai contar aos visitantes as histórias, resgatar o passado da propriedade, despertar o interesse dos turis-

tas, explica o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) José Valdemar Pin. A salvação da lavoura – O presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abrattur), Carlos Solera, complementa que o turismo rural é, literalmente, a salvação da lavoura para as pequenas propriedades do interior

Fazendas ganham com hospedagem e comida típica

do País, que não têm como competir com os grandes grupos do agronegócio brasileiro. "Virou uma alternativa muito interessante para esse público", afirma. Ele cita como exemplo o que ocorreu na Europa, principalmente, na Itália. "Os governos perceberam que o turismo rural era uma ótima oportunidade para os pequenos e passaram a

incentivar a prática", afirma. Os italianos que quiserem adaptar sua propriedade rural ao agroturismo, por exemplo, recebem incentivos para a reforma. Atualmente 30% do valor investido é financiado pela União Européia, com boas condições de pagamento. "Por aqui, a moda ainda não pegou, mas tomara que pegue", finaliza Solera. (CM)

Ahmad Masood/Reuters

A gripe aviária também chegou ao Afeganistão. Foram registrados cinco casos do vírus H5N1.

Gripe causará grande dano, diz FMI

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ma grande pandemia de gripe aviária causará dano significativo à economia mundial, com amplos desequilíbrios nos locais de trabalho e sistemas de comércio e de pagamentos, além de estimular o aumento da demanda por recursos, alertou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Se a pandemia for grave, o impacto econômico deve ser significativo, apesar de as previsões serem sujeitas a um alto grau de incerteza", afirmou o

Fundo em uma avaliação preliminar a respeito de uma pandemia fatal de gripe aviária. Segundo o FMI, o maior impacto sobre as atividades econômica e financeira virá com altas taxas de absenteísmo, já que as pessoas ficarão em casa para tratar de infecções ou para evitá-las. O Fundo também alertou que o comércio e os transportes devem ser afetados já que os países vão impor restrições sobre as exportações para controlar a disseminação do vírus. A instituição desta-

cou que os fluxos de capital em direção aos mercados emergentes podem ser reduzidos. Novos casos – Mianmar registrou, ontem, o que pode ser o primeiro caso de gripe aviária a surgir no país. Chamando atenção para a grande velocidade com que a gripe aviária espalha-se pelo mundo, os Camarões tornaram-se, no domingo, o quarto país africano, depois da Nigéria, do Egito e Níger, a encontrar o vírus H5N1, que provoca o mal. Em uma questão de sema-

nas, o vírus disseminou-se pela Europa, chegou à África e regressou para a Ásia. Mianmar, um país fechado e dominado por uma ditadura militar, é considerado por especialistas como um potencial buraco negro na luta mundial contra a gripe aviária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que 176 pessoas foram contaminadas pelo vírus desde 2003. Dessas, 97 morreram. Esse número não incluiu dez casos registrados no Azerbaijão. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.CIDADES & ENTIDADES

terça-feira, 14 de março de 2006

BOTOX: MUITO ALÉM DA ESTÉTICA

Frasco com a toxina botulínica A, comercialmente conhecida como Botox: aplicação terapêutica para casos de distonias e algumas síndromes neurológicas

A toxina botulínica, sempre associada à aparência física, é poderoso medicamento Rejane Tamoto

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a sala de espera, o braço do senhor sentado à frente descreve uma inesperada e longa parábola, como se quisesse apanhar algo bem alto, no ar. A seu lado, alguém faz caretas, sem intenção de fazer graça. Outro pisca em ritmo intermitente. À primeira vista, são apenas cacoetes, que o dicionário Houaiss define como ‘mania’. Manias podem até provocar risos. Podem também indicar algo mais sério: uma síndrome neurológica. De origem genética e caracterizada por movimentos involuntários, é conhecida como distonia ou síndrome de La Tourette. Tiques nervosos têm cura. Síndromes, não. Anulação – O cantor Fábio Antonini, de 26 anos, portador de síndrome de La Tourette, passou 20 anos se anulando, avesso a qualquer convívio social. "Passei por todos os médicos possíveis. Graças a uma amiga, encontrei um neurologista para me tratar", disse. Os movimentos involuntários começaram quando Fábio tinha sete anos. Caretas e repuxões no pescoço eram incontroláveis. A única forma de conter os movimentos foi recorrer a aplicações da toxina botulínica A – que se popularizou pelo nome comercial de Botox –, muito conhecida por suas virtudes estéticas,

Eu me irritava muito e aí os movimentos pioravam. Geralmente, quando canto, não acontece nada, mas se penso no problema, ele volta. Fábio Antonini, que tem síndrome de La Tourette

como a eliminação de rugas. "Paralisia" – O neurologista Luiz Augusto Franco de Andrade explica que a toxina causa uma interferência entre o nervo e o músculo, paralisando as contrações musculares localizadas e involuntárias. O local atingido e a intensidade do movimento determinam quantas aplicações deverão ser feitas e qual sua periodicidade. Isso porque a paralisia provocada pelo Botox é parcial e transitória. Após o efeito de uma aplicação, o nervo produz novos brotos de terminações nervosas e novos contatos com o músculo e, então, os movimentos voltam. Em média, o preço de cada sessão de aplicações de toxina botulínica é de R$ 1.500. Piadas – O cantor Fábio Antonini contou que sua maior dificuldade foi encarar as piadas e risos das platéias que assistiam suas apresentações de música sertaneja. "Eu me irritava muito e aí os movimentos pioravam.

Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

O músico Fábio Antonini, de 26 anos: síndrome de La Tourette, vinte anos se anulando socialmente e, agora, tratamento com Botox

Geralmente, quando canto, não acontece nada, assim como ocorre com os gagos. Mas se penso no problema, ele volta", afirmou. Depois de um ano se tratando com a toxina, o cantor se sente em paz e convive melhor com a síndrome. Uma das fontes de irritação para os portadores da síndrome de La Tourette e das distonias é a freqüente confusão desses graves problemas com os tiques nervosos. Segundo a coordenadora do Ambulatório de Ansiedade e Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo e Escola Paulista de Medicina, Christina Hajaj Gonzalez, os movimentos involuntários são comuns em 20% das crianças e se estendem à vida adulta em 5% dos casos. "A síndrome de La Tourette é a mais grave. Involuntariamente a pessoa pode ter movimentos motores e também emitir sons vocais como grunhir, fungar e latir. Uma das ramificações da Tourette é a coprolalia, na qual a pessoa fala palavrões e obscenidades involuntária e repetidamente, quando está nervosa demais", disse. A psiquiatra destaca que a síndrome aparece mais em meninos com idade de sete a nove anos. "Recebemos muitos casos de Tourette ou de tique nervoso na psiquiatria porque os pais confundem o problema neurológico com alterações de comportamento", afirmou. Tiques – Já os tiques nervosos, disse Christina, também de origem neurológica, são comuns em crianças de cinco a sete anos e se caracterizam pelos movimentos repentinos e involuntários, mas que podem ser controlados apenas pela vontade da pessoa. Eis o diferencial do tique com as distonias e a síndrome de La Tourette. "Quem tem tique segura na sala de aula e, depois, vai ao banheiro e solta. Quem tem distonias ou Tourette não consegue segurar. O tratamento do

Divulgação

O neurologista Luiz Augusto Franco de Andrade: pioneiro na técnica

tique inclui medicamentos e terapia comportamental", explicou. Uma das maneiras sugeridas pela psiquiatra para minimizar o sofrimento de quem tem síndromes como tiques ou Tourette é orientar todas as pessoas que convivem

A síndrome de La Tourette é a mais grave. Além de movimentos, a pessoa também pode emitir sons vocais como grunhir, fungar e latir. Christina Hajaj Gonzalez, psiquiatra com o portador: a família, os professores, os amigos. Distonias – A distonia é talvez a síndrome neurológica que mais depende do uso da toxina botulínica. Pouco conhecida pela maioria das pessoas, a distonia se caracteriza por contrações musculares repetitivas que atingem partes do corpo. A origem do problema é genética e não há medicamento que alivie as contrações. Asdistoniaspodemserfocais, quando atingem um pequeno grupo muscular do corpo como o olho, a boca, as cordas vocais, o pescoço ou os braços, casos mais freqüentes em adultos. Quando os movimentos ocorrem em várias partes do corpo, simultaneamente, a distonia é chamada de segmentada e as principais vítimas são as crianças. Segundo o neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), João Carlos Papaterra Limongi, a distonia atinge 30 em cada 100 mil pessoas. " N ã o é a d o e n ç a m a i s f reqüente do mundo, mas não é uma raridade. Só é dez vezes menos freqüente do que o Mal de Parkinson", disse. Olhos – Um tipo de síndrome freqüentemente atendido no consultório de Papaterra é o blefaroespasmo, no qual os olhos do paciente piscam sem parar. A escritora Maria Aparecida de Camargo Rodrigues, de 84 anos, descobriu que tinha a doença em 1998. Há cinco anos, ela recebe 12 infiltrações de toxina botulínica ao redor de cada um dos olhos. Apesar de satisfeita com o tratamento, ela se queixa de um dos efeitos colaterais. "Na hora de dormir, não fecho os olhos completamente. Uso uma pomada porque arde bastante", lamenta.

O neurologista Papaterra aplica a toxina botulínica no pescoço de Fábio Antonini periodicamente

Recebemos muitos casos de Tourette ou de tique porque os pais confundem o problema neurológico com alterações de comportamento Christina Hajaj Gonzalez, psiquiatra

Não é a doença mais freqüente do mundo, mas não é uma raridade. Só é dez vezes menos freqüente do que o Mal de Parkinson. João Carlos Papaterra Limongi, neurologista

O medicamento permite a diminuição de qualquer contração excessiva dos músculos. Isso porque a toxina botulínica é paralisante. Luiz Augusto Franco de Andrade, neurologista

Do estrabismo à enxaqueca D

esenvolvida na década de 80 para o uso terapêutico, a toxina botulínica começou a ser utililizada no tratamento do estrabismo e, em menos de uma década, teve aplicações bem-sucedidas no tratamento de síndromes neurológicas. Hoje também é indicada para aliviar dores de cabeça causadas por tensão, enxaquecas e até incontinência urinária. No caso da cefaléia, a toxina diminui a força da contração que os músculos da cabeça exercem sobre o crânio. As aplicações se concentram em músculos laterais e frontais. "O medicamento permite a diminuição de qualquer

contração excessiva dos músculos. Isso porque a toxina é paralisante, produzida por uma bactéria anaeróbica (que se reproduz em meio sem oxigênio)", explicou o neurologista Luiz Augusto Franco de Andrade. A toxina botulínica é uma versão purificada da bactéria que produz o botulismo, uma doença que paralisa todo o corpo, por meio do bloqueio dos impulsos do nervo ao músculo, podendo causar insuficiência respiratória e, posteriormente, a morte. Sete tipos – O neurologista lembra que existem sete qualidades de toxinas botulínicas, sendo

que a do tipo A é a mais utilizada nos tratamentos. "Há também a toxina do tipo B, fabricada nos Estados Unidos, com efeito de duração menor e preço mais alto. É aplicada em pacientes que adquiriram resistência à do tipo A devido ao uso excessivo e por um longo período de tempo", afirmou. Há duas restrições ao uso da toxina botulínica: gravidez e miastenia, uma doença caracterizada por fraqueza muscular. E o médico faz um alerta: "Desconfie de anúncios na Internet, com preços, uma prática proibida pelo conselho que regula o setor". (RT)


Informática DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

Fotos: Reuters e Divulgação

A

CeBIT, o maior evento dedicado à tecnologia e às telecomunicações do mundo, completa 20 anos nesta edição e termina amanhã em Hannover, Alemanha. A convergência, sob o lema "Soluções Digitais para o Trabalho e para a Vida", foi o tema central deste ano. Foi dada ênfase à discussão sobre como as novas tecnologias influenciam a produtividade das empresas e chegam até nossas casas, garantindo o entretenimento e comunicação pessoal. O que significa que em, se tratando de tecnologia, tudo está convergindo tanto na nossa vida pessoal como na empresa ou no escritório. O interesse para esse tipo de evento cresce muito a cada ano à medida que a sociedade fica dia-a-dia mais conectada e interessada em novos dispositivos tecnológicos. Nesta edição, a CeBIT teve 6.262 expositores de 71 países, que ocuparam 310 mil m² para mostrar softwares, hardware, redes, aplicações de internet, multimídia, soluções para business e computação pessoal, desde simples máquinas de fax e impressoras aos celulares inteligentes com funções de TV e embutindo VoIP, ou PCs ultracompactos que vêm para substituir os convencionais notebooks, handhelds etc. Só de empresas estrangeiras (fora da Alemanha) foram 3,3 mil, sendo que as mais expressivas eram as chinesas ocupando 1,2 mil estandes. Como o evento ainda não terminou, a organização da CeBIT prevê que o número de visitantes até amanhã ultrapasse a 470 mil pessoas nos sete dias. Executivos de pequenas e médias empresas devem representar o maior contingente de visitantes (no ano passado eles somaram 263 mil pessoas). Gigantes não são só esses números da CeBIT (e quem se habilita a contar os lançamentos feitos por lá?), mas também as telas mostradas pelos diversos fabricantes. Afinal, faltam pouco mais de dois meses para a Copa do Mundo. Os europeus são quase tão fanáticos por futebol como os brasileiros, e mesmo os japoneses e coreanos acabaram

Por Barbara Oliveira tomando gosto pelo esporte. E é do Japão e da Coréia que vêm os grandes lançamentos em televisores de alta definição, plasma, LCD e de projeção numa preparação para a festa do futebol. Mesmo as telas de LCD, antes limitadas no tamanho, agora mostravam a cara com polegadas a mais: 32, 40, 56 e até 82, sem contar as telonas de plasma que superam a 100 polegadas ano passado. As estrelas nesse quesito eram a LG, Panasonic, Samsung, Sharp, Sony. Mas os dispositivos pequenos brilharam do outro lado do palco. Um deles, em especial,

A Sharp também apresentou grandes telas

chamou a atenção dos visitantes: o tão aguardado Ultra-Mobile PC (UMPC), projeto envolvendo a Microsoft, Intel e fabricantes de hardware cujo codinome é Origami. Trata-se de um novo conceito em entretenimento e produtividade pessoal e na cabeça de Bill Gates pode concorrer com o iPod, da arqui-rival Apple, pois é fácil de transportar e oferece uma grande capacidade de diversão como jogos, acesso à internet, reprodução de arquivos multimídia (vídeos e músicas) e fotos. Executivos da Intel e da Microsoft acreditam que o equipamento poderá agradar àqueles que consideram os laptops meio pesados para serem carre-

A Telexpo 2006 aconteceu na semana passada, em São Paulo. As novidades estão nas págs. 3 a 6

As maiores vedetes da CeBIT foram as gigantescas telas mostradas pelos diversos fabricantes, como as da Panasonic (à esq.); e também os Ultra Mobile PC (abaixo) com sistema operacional Windows XP, abaixo os modelos apresentados pela Samsung (à esq.) e pela Asus (à dir.)

CeBIT festeja 20 anos com muita diversão A feira alemã reuniu 6 mil expositores de 71 países mostrando as novidades que farão parte do dia-a-dia do cidadão e das empresas

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gados, e podem também substituir os handhelds por disporem de mais recursos. Um dos modelos mais badalados foi o da Samsung, denominado Q1, rodando o Windows XP Tablet Edition, com chip Celeron M de 900 MHz. O Q1 é menor do que um Tablet PC, pesa cerca de 700 gramas e tem tela sensível ao toque de 7 polegadas (ou 17 cm de diagonal), conexões Bluetooth e WiFi. A memória RAM é de 512 MB e o disco rígido varia de 20 a 60 GB. O modelo ainda traz uma câmera de 1.3 Mpixel. Outras empresas, como a fabricante de placas-mãe Asus e a chinesa Founder, também mostraram seus UMPC/Origami, com chips Intel e Windows XP. O modelo da Founder embutia até um teclado virtual na tela sensível ao toque. Os preços estão estimados entre US$ 600 e US$ 1.000. Um analista da Júpiter Research, Michael Gartenber, ouvido pelo site especializado IDG afirmou que o Origami pode ter um mercado no futuro, mas não acredita que ele vá substituir os iPods, PDAs e notebooks. É esperar para ver. A concorrente da Intel, a chinesa Via Technology, fabricante de chips e placas, também anunciou o seu portátil ultramobile PC, uma espécie de clone do Origami, em parceria com a japonesa PaceBlade Japan, com processador C7-M de até 1,5 GHz. A exemplo do Origami da MS/Intel, esse equipamento da Via também traz controles do lado direito e esquerdo da tela, tela sensível ao toque e conexões wireless e embute o Windows XP Tablet Edition. No contra-ataque e prevendo a avalanche de novos dispositivos multimídia, a Apple (que não estava na CeBIT) promete um novo iPod de vídeos com tela sensível ao toque de 4 polegadas para reprodução de filmes. Os direitos para download dos filmes, diretamente da loja iTunes, estariam em fase de negociação com estúdios de Hollywood. O novo dispositivo deve estar disponível já em abril, segundo blogs dos fãs da maçã. Leia mais sobre a CeBIT na pág. 2


Ano 81 - Nº 22.085

São Paulo, terça-feira 14 de março de 2006

Jornal do empreendedor

R$ 0,60

Edição concluída às 00h45

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Arte de Céllus sobre fotos de Nilton Fukuda/AE

Quebra-cabeça do PSDB Jochen Luebke/AFP

Luiz Prado/Luz

O prefeito José Serra admitiu a candidatura à Presidência pela 1ª vez, lembrou ser o mais forte contra Lula, mas recusa disputar uma prévia. O governador Geraldo Alckmin é contra a escolha por aclamação, pois "unção só o papa pode dar", mas não arreda o pé da candidatura. Quem move a próxima peça do quebra-cabeça tucano é a Santíssima Trindade (o presidente do partido, Jereissati; o governador mineiro Aécio Neves e FHC). O PMDB tem seu próprio quebra-cabeça. Pág. 3

HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 17º C.

Idéias da superfeira, para o trabalho e o lazer A CeBit ( foto), em Hannover, Alemanha, reúne 6 mil expositores de 71 países. E propõe soluções digitais para facilitar a vida no escritório e em casa. Seu lema é o bem-estar do consumidor. DC Informática

Glamour no Bom Retiro Fashion Ao ar livre, o desfile é glamour e muito mais: exibe estilo, roupas e grifes locais, diversidade (na foto, modelo da Cia. das Calcinhas) e diz que garante preços justos. Eco/4

13/3/06

BOTOX 2,134 2,27 2,230

Poderoso para a saúde Página 12


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

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Empresas do Estado de São Paulo exportaram US$ 38,4 bilhões no ano passado.

NO ANO PASSADO, O ESTADO FOI RESPONSÁVEL POR 32% DAS VENDAS EXTERNAS BRASILEIRAS

SÃO PAULO LIDERA EXPORTAÇÕES Fotos: Luludi/LUZ

S

ão Paulo se consolidou como o principal estado exportador de manufaturados do País. No ano passado, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, 82% dos produtos comercializados com o mercado externo pertenciam a esse grupo de produtos. Como destaque das vendas paulistas estão os veículos automotores, tratores e suas partes, que renderam US$ 6 bilhões ao estado. Entre os anos de 2004 e 2005 houve variação positiva de 340% nas exportações de veículos, incluindo-se nessa conta as vendas de material para vias férreas. Outros produtos manufaturados que encabeçaram a lista das exportações foram reatores nucleares, caldeiras e aeronaves, que fizeram o estado atingir US$ 38,4 bilhões com as exportações no ano passado, quase US$ 7 bilhões a mais do que no ano anterior. A balança comercial paulista encerrou 2005 com saldo positivo de US$ 7,5 bilhões. Ontem, durante a 6ª reunião do Conselho Estadual de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Cericex), o governador Geraldo Alckmin atribuiu o crescimento das exportações paulistas "aos avanços na área tributária do estado". Como exemplo, citou a redução da carga tributária de alguns setores produtivos e a competitividade das empresas paulistas, item fundamental para não perder oportunidades no mundo globalizado. Durante o evento, que reuniu representantes de diversas entidades ligadas ao setor produtivo, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das As-

Governador destaca participação

sociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos, lembrou da importância de se difundir a cultura exportadora entre os pequenos empreendedores. "Se, no total da balança comercial as exportações desse segmento ainda são pouco expressivas, precisamos pensar no número de potenciais exportadores", disse. "Uma oportunidade para esses empreendedores ampliarem o relacionamento com outros mercados é o 10° Encontro de Jovens Empreendedores, que acontecerá pela primeira vez no hemisfério Sul", completou Afif Domingos (veja reportagem na pág. 3 deste caderno).

Certificado – O governador também participou da inauguração do escritório de atendimento da São Paulo Chamber of Commerce, da ACSP, no Centro de Logística das Exportações (Celex). "Ter um posto de atendimento no Celex trará mais facilidade para o exportador, já que ele pode obter o certificado de origem em um local que concentra todas as outras etapas para poder exportar", explicou Alfredo Cotait Neto, vice-presidente da ACSP e coordenador da SP Chamber. Após a inauguração do posto, o escritório emitiu seu primeiro certificado. O gerente da área de vendas industriais da Ajinomoto, Claudio Pagani, recebeu o certificado de origem que o autoriza a exportar para a Venezuela. Destinos – A exemplo do que ocorre com a balança comercial brasileira, os principais países de destino das vendas paulistas também são Estados Unidos e Argentina, responsáveis, respectivamente, por 21,2% e 12,3% das exportações do estado em 2005. O destaque porém, foi o Canadá. Entre 2004 e 2005, o valor das vendas para aquele país cresceu 225%, chegando a US$ 820 milhões no ano passado, ou 2,2% das exportações paulistas.

Guilherme Afif Domingos (à dir.), com o coordenador da São Paulo Chamber , Alfredo Cotait Neto

Renato Carbonari Ibelli

O governador Geraldo Alckmin assina certificado de origem no escritório da São Paulo Chamber, no Celex

IMPORTAÇÃO

Empresas compram mais lá fora Demanda interna ainda é fraca o dia em que o Estado de São Paulo divulgou o resultado consolidado de suas exportações em 2005, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 616 milhões na segunda semana de março. O valor foi resultado de exportações de US$ 2,442 bilhões e importações de US$ 1,826 bilhão. O saldo acumulado no mês subiu para US$ 1,245 bilhão. As vendas externas somam US$ 3,865 bilhões e as importações, US$ 2,620 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 21,886 bilhões e as importações, US$ 14,975 bilhões.

N

Os dados divulgados ontem pelo MDIC mostram que a expectativa do governo para este ano vem se confirmando: as compras estão crescendo em um ritmo mais acelerado que as vendas. Tanto que o movimento de importações na segunda semana foi o melhor registrado neste ano. A média diária das importações em março é até agora de US$ 327,5 milhões, 22% acima da média de março de 2005 (US$ 268,5 milhões). Ampliaram-se os gastos com equipamentos elétricos e eletrônicos, cereais e produtos de moagem, siderúrgicos, adubos e fertilizantes, borracha e obras, e combustíveis e lubrificantes. Em relação a fevereiro deste

ano, as importações registram uma leve queda de 0,6%. Já a média diária das exportações nas duas primeiras semanas de março (US$ 483,1 milhões) é 14,9% superior à de março do ano passado. Os embarques de produtos básicos cresceram 30,2%, principalmente petróleo, minério de ferro, algodão em bruto, soja em grão, carne bovina, e farelo e grão de soja. As exportações de semimanufaturados subiram 18% no período, por conta da venda de ferro e aço, catodos de cobre, ligas de alumínio, açúcar em bruto, celulose, alumínio em bruto e ferro-liga. Os manufaturados aumentaram 7,1%, puxados principalmente pela gasolina. (AE)

mbora as importações brasileiras tenham crescido em ritmo mais acelerado que as exportações na segunda semana de março, o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse que a fraca demanda interna para segmentos não vinculados ao crédito impede que elas cresçam ainda mais. A avaliação é de que, com a taxa de câmbio atual e os prazos de pagamento favoráveis disponíveis para os importadores, "deveria haver uma explosão de importações". Nas duas primeiras semanas de março, as compras externas cresceram 22% (em dólares) na média diária ante igual mês do ano passa-

E

do, percentual bem superior ao total de janeiro ante igual mês de 2005 (média diária de 16,7%), mas Augusto de Castro disse que ainda é cedo para afirmar que essa é uma tendência. Ainda por vir – O especialista acredita que o valor do dólar deverá afetar de forma crescente as importações (com aumento) e as exportações (com decréscimo) ao longo deste ano. Já o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), avaliou que, mesmo não crescendo de forma significativa, as importações já afetam a produção de alguns segmentos. Ele acredita que, no caso dos bens intermediários, cujas im-

portações cresceram 10,2% na média diária em janeiro ante igual mês de 2005, o crescimento da produção (0,4% em janeiro ante dezembro) poderia ter sido mais vigoroso sem a influência das importações, que estão aumentando a concorrência interna para alguns setores, como vestuário e têxteis. No caso dos têxteis, as importações do grupo vestuário cresceram 39,4% em janeiro ante igual mês de 2005, enquanto a produção do grupo fiação e tecelagem de fibras artificiais ou sintéticas, calculada pelo IBGE, caiu 1,9% no período. "Se os produtos ficam mais baratos na importação, será essa a opção dos consumidores e empresas", disse. (AE)


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Te l e f o n i a Automação Lançamentos Te l e c o m

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

Este é o quarto ano que a Itautec participa da feira e até já recebeu prêmios de design na CeBIT

ITAUTEC E BEMATECH LEVARAM SISTEMAS DE AUTO-ATENDIMENTO

Disputa de padrões do novo DVD divide indústrias O LifeBlog pode ser usado no celular e no PC

Fabricantes anunciaram equipamentos para rodar os discos Blu-ray e HD-DVD, a tecnologia que vai substituir o DVD; telefones móveis com HD e funções de blogs também estavam na CeBIT Qosmio, da Toshiba, será lançado em abril

Reuters

do do ringue, em defesa do Blu-ray, está o grupo da Apple, Hitachi, LG, Philips, Panasonic, Sharp, Sony, Samsung e disputa pelo padrão 20th Century Fox. A Toshiba anunciou que vai dos formatos de discos ópticos de alta de- lançar o primeiro notebook finição –o Blu-ray ou com drive de HD-DVD em o HD-DVD– foi uma questão abril, na Europa, Estados Unirelevante durante a CeBIT, já dos e Japão. O Qosmio G30, que houve lançamentos de que estava em exposição no ambos os grupos que apóiam estande da empresa, tem tela um ou outro padrão. Os dois de 17 polegadas e resolução de formatos devem suceder ra- 1920 x 1080 e poderá funcionar como televipidamente o são ou ainda ser DVD, tanto na conectado a d e f i n i ç ã o c ouma tela de alta mo na capacidefinição. Além dade de gravadisso, o modelo ção. Enquanto da Toshiba emo DVD comum bute o chip Dual (mídia) pode Core da Intel armazenar até (processador 4,7 GB, o HDduplo), vem DVD suporta com controle reaté 15 GB e o moto e vai cusBlu-ray 50 GB tar entre 2,5 mil e (25 GB de cada 3,5 mil iênes. lado do disco). A S o n y t a mNa CeBIT houbém informou ve lançamenque vai começar tos não só de a produzir uma players dessa família de desknova mídia, cotops e laptops m o f o r a m Nokia N70 com LifeBlog com drives Bluanunciados computadores com drives es- ray, primeiro em modelos topo de linha e com recursos pecíficos para ela. É bom lembrar que apóiam o multimídia, enquanto a Sony HD-DVD fabricantes do porte Pictures marcou para maio a da Toshiba, NEC, Intel, Micro- chegada de oito filmes no forsoft, Sanyo, Universal e War- mato Blu-ray. Os primeiros players para ner, enquanto que do outro laFotos: Divulgação

A

rodar as novas mídias também começam a sair do forno. A Samsung anunciou o seu player Blu-ray para abril, o BD-P1000, mas ainda não compatível com imagens de alta resolução de 1080p, já que a fabricante não queria perder tempo em ter seu produto no mercado. Ele também é compatível com os formatos DVDRAM, DVD-R e DVD-RW. A LG, que apóia o formato Bluray, também está desenvolvendo um tocador para o HDDVD, assim como a HP que vai trabalhar para os dois formatos. É que alguns fabricantes não querem perder a oportunidade de vender aparelhos para ambas as tecnologias. Telefone com 8 GB - A mo-

viados para uma conta do blog do usuário na web, já organizados por título, datas, legendas (das fotos), etc. graças ao recurso da linha do tempo do software. A sincronização pode ser feita também com o PC via cabo USB. Uma curiosidade da Sony foi um telefone para VoIP integrado no mouse e que pode ser aberto como um celular no formato flip. Ou seja, o dispositivo funciona tanto como um Celular SCHmouse como um telefone IP. B600, da As redes de alta velocidade Samsung 3 G H S D PA ( H i g h S p e e d com câmera Downlink Packet Acess), com de 10 Mpixel transmissões de dados chegando a 1,8 Mbps (no pico), tambilidade da comunicação este- na CeBIT a versão 2.0 de seu bém foram demonstradas por ve em alta mais uma vez e não software Lifeblog já embutido operadoras de telefonia móvel foram poucos os lançamentos na linha da série N (N90, N80, como a Vodafone (que atua em em celulares. Destaque para os N70 etc.). A gerente de Marke- vários países) e a T-Mobile (da dois modelos Samsung, um ting de Multimídia da Nokia, Alemanha) e estarão funciocom câmera de 10 Mpixels Juliana Barbieri, explica que o nando a partir de abril. A Microsoft aprovei(SCH-B600), que será vendido tou para mostrar a na Coréia neste semestre, nova versão do e o outro aparelho, sistema operacioo SGH-i310, com n a l p a r a d e s kum disco rígido de tops, o Windows 8 GB e baseado no O primeiro disc player com tecnologia Blu-ray, da Samsung Vista, em substiWindows Mobile. tuição ao XP, e do Ele deve chegar ao mercado mundial no segundo Lifeblog é um aplicativo que ro- pacote de aplicativos Office semestre. Mas no Brasil só tere- da tanto no PC como no celular 2007, com previsão de chegarem só no fim do ano ao mermos os telefones com até 3 GB e é baixado do site na Nokia. no final do ano. "Ele ajuda as pessoas a orga- cado. Ambos os sistemas roA Nokia exibiu o portfólio nizarem suas fotos, vídeos, davam nos diversos compuque havia mostrado durante o mensagens de texto, e outros tadores do estande da empre3GSM World, em Barcelona, arquivos armazenadas no apa- sa ocupando 600 m². Barbara Oliveira em fevereiro, mas demonstrou relho". Esses conteúdos são en-

Sistema de navegação traz páginas amarelas Além de navegadores com listas telefônicas e de serviços, foram mostrados ainda robôs da NEC, teclado de tecido e novos ATMs

T

odo o mundo quer chegar ao seu destino, e de preferência de forma rápida e sem muita complicação. Os equipamentos embutindo softwares de navegação e GPS ganharam mais recursos este ano na CeBIT. Um dos mais interessantes era o da alemã klikTel, que desenvolveu o primeiro sistema móvel de navegação incorporando os diretórios das páginas brancas e amarelas (listas telefônicas pessoais e de serviços). O klickTel Navigation vem em duas versões, mas por enquanto só para europeus. Uma será vendida com o pacote completo: o Personal Navigation Assistant (um PDA para navegação) e o software com os diretórios das duas listas de endereços (pessoais e de serviços como restaurantes, estacionamentos, farmácias, estações de trem e de ônibus etc.) combinadas com os mapas das ruas das cidades da Alemanha, Áustria e Suíça. Em breve, será lançado o aplicativo para toda a Europa. A outra versão é a do software que poderá ser embutido em qualquer dispositivo portátil de navegação. A klickTel também tem um o aplicativo compacto para o smartphone Blackberry. Basta o usuário baixar do site da empresa (que está em alemão).

Entre as curiosidades, os simpáticos robôs PaPeRo da NEC. Eles andavam pelo estande mais coloridos, interativos e divertidos. Os robôs reconhecem a voz e alguns gestos do dono, além de terem a capacidade de cantar algumas canções (com outra pessoa) e de jogar bola. O PaPeRo vem com 512 MB de memória e um disco rígido de 40 GB, com porta USB e processador Intel. A idéia da NEC é que eles deixem de ser apenas um brinquedo e possam auxiliar nas tarefas domésticas tornando-se mais úteis em casa. Outra solução curiosa é um teclado macio, feito de tecido, que a alemã Eleksen está desenvolvendo junto com a Microsoft para funcionar com os Ultra Mobile PCs (UMPC) ou Origamis. Ele traz uma conexão USB e pode ser dobrado. Novidade bem prática foi mostrada pela GN Netcom, es-

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Teclado de pano da Eleksen, com Bluetooth e USB

Dispositivo tudo-em-um da 4P Mobile Data Processing

pecializada em headsets. O GN 4800 é um fone de ouvido que fica ligado tanto no computador como no telefone de mesa do escritório ou da casa. Assim, se o usuário está trabalhando no micro com fones de ouvido (e-learning, teleconferência, ouvindo música) e o telefone tocar, o headset passa automaticamente para a função telefone, e ele não vai perder a chamada. Mercado corporativo – A 4P Mobile Data Processing lançou um dispositivo tudo-em-um reunindo funções de PDA, impressora, leitor de smart-cards, scanner de código de barras, identificador de ID, telefone e c o m u n i c a ç ã o w i re l e s s . O FDA600 é útil para o varejo como leitor de cartões de crédito e

débito. Operando nas redes GSM/GPRS (sem fio), ele ainda pode ler e receber e-mails e mensagens de texto e fazer ligações pela rede móvel ou por VoIP, via Wi-Fi. As brasileiras Itautec e Bematech apresentaram seus sistemas de auto-atendimento para varejo e bancos. O QuickWay Self Checkout, da Itautec, atende duas pessoas ao mesmo tempo e pode ser colocado em caixas de supermercado, pois pesa frutas e legumes, informa o preço, processa o pagamento em cartão ou dinheiro e até dá o troco quando o pagamento em feito em espécie. Tudo isso, sem a ajuda de funcionários. Alguns supermercados e lojas de Portugal já têm o equipamento. Outro produto é o ATM CX3 que faz o câmbio de dinheiro (euro por dólar, por exemplo) e dispensa cédulas e moedas. O equipamento está em funcionamento em cassinos. Este é o quarto ano que a Itautec participa da feira e até já recebeu prêmios de design na CeBIT por seus terminais de auto-atendimento. A Bematech, que participa o evento há oito anos, teve dois lançamentos. A Kiosk Printer, impressora para ATMs bancários, que pode ser montada de oito formas diferentes, e uma mini-impressora em fase final de desenvolvimento que deverá estar no mercado mundial no meio do ano. (BO)

Sistema desenvolvido pela alemã Klictel para handhelds

MP3 de ouro e diamantes custa R$ 50 mil

J

óia na CeBIT? Só pode ser um devaneio de alguém muito rico. Pois o milionário russo (naturalizado canadense) Alex Schnaider, proprietário do grupo Midland, um conglomerado industrial que comprou a escuderia Jordan de Fórmula 1, fez uma encomenda à fabricante alemã TrekStore para um MP3 especial. O player, confeccionado em

ouro e cravejado com 63 diamantes, foi avaliado em 20 mil euros (cerca de R$ 50 mil) e estará em exposição no estande da TrekStore (patrocinado pelo próprio Schnaider) até amanhã. A corrente para pendurar o player é adornada com pedras de águas marinhas. O tocador de MP3 aceita também os formatos WMA, WAV, ASF e OGG e tem capacidade de 1 GB. (BO)

"Brinquedo" encomendado por milionário russo


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

LEGAIS - 7

Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.552.142/0001-06 - Sede: Cidade de Deus - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Senhores Acionistas, Apresentamos aV.Sas.as Demonstrações Financeiras da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. No exercício, a Alvorada Cartões registrou lucro de R$ 19,526 milhões, correspondente a R$ 39,69 por lote de mil ações e Patrimônio Líquido de R$ 277,318 milhões.

Osasco,SP, 30 de janeiro de 2006. Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

AT IV O

2004

2005

P A S S IV O

CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ............................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ............................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros .............................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ....................................................................... Carteira Própria ..................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................... Transferências Internas de Recursos ...................................................... OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Diversos ................................................................................................

265.995 13 253.680 253.680

11.147 – – –

8.062 8.062 23 23 4.217 4.217

11.124 11.124 23 23 – –

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Diversos ................................................................................................

20.223 20.223 20.223

3.810 3.810 3.810

T O T A L ..............................................................................................

286.218

14.957

2004

CIRCULANTE ...................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Fiscais e Previdenciárias .......................................................................

1.035 1.035 1.035

257 257 257

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Fiscais e Previdenciárias ....................................................................... Diversas ................................................................................................

7.865 7.865 3.512 4.353

6.908 6.908 3.146 3.762

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................

277.318

7.792

Capital: - De Domiciliados no País ..................................................................... Prejuízos Acumulados ..........................................................................

302.930 (25.612)

52.930 (45.138)

T O T A L ..............................................................................................

286.218

CAPITAL REALIZADO

EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

(PREJUÍZOS) ACUMULADOS

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .... Operações de Crédito .................................................. Resultado de Operações comTítulos eValores Mobiliários RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS . Despesas de Pessoal ................................................... Outras Despesas Administrativas ................................ Despesas Tributárias ................................................... Outras Receitas Operacionais ...................................... Outras Despesas Operacionais .................................... RESULTADO OPERACIONAL ..................................

4.675 28 4.647

5.680 52 5.628

1.671 108 1.563

4.675 (1.577) (1.105) (115) (234) 186 (309) 3.098

5.680 (2.780) (2.039) (247) (283) 350 (561) 2.900

1.671 (512) (34) (160) (81) 300 (537) 1.159

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ..................................................................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

3.098 16.791

2.900 16.626

1.159 (380)

LUCRO LÍQUIDO .......................................................

19.889

19.526

779

Número de ações ......................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ...............................

491.948.625 40,43

491.948.625 39,69

13.500.000 57,70

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

TOTAIS

SALDOS EM 30.6.2005 ...........................................................................................................................................................................................................

52.930

(45.501)

7.429

Aumento de Capital por Subscrição .......................................................................................................................................................................................... Lucro Líquido ...........................................................................................................................................................................................................................

250.000 –

– 19.889

250.000 19.889

SALDOS EM 31.12.2005 .........................................................................................................................................................................................................

302.930

(25.612)

277.318

SALDOS EM 31.12.2003 .........................................................................................................................................................................................................

52.930

(45.917)

7.013

Lucro Líquido ...........................................................................................................................................................................................................................

779

779

SALDOS EM 31.12.2004 .........................................................................................................................................................................................................

52.930

(45.138)

7.792

SALDOS EM 31.12.2004 .........................................................................................................................................................................................................

52.930

(45.138)

7.792

Aumento de Capital por Subscrição .......................................................................................................................................................................................... Lucro Líquido ...........................................................................................................................................................................................................................

250.000 –

– 19.526

250.000 19.526

SALDOS EM 31.12.2005 .........................................................................................................................................................................................................

302.930

(25.612)

277.318

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

14.957

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

ORIGEM DOS RECURSOS ORIGEM DOS RECURSOS LUCRO LÍQUIDO ....................................................... RECURSOS DE ACIONISTAS ................................... Aumento do Capital Social por Subscrição ................... RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ........................... Outras Obrigações ..................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ........................... Títulos eValores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ............... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ....................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................ Relações Interdependências ......................................... Outros Créditos ........................................................... AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

274.410 19.889 250.000 250.000

274.323 19.526 250.000 250.000

1.514 779 – –

903 903 3.618

1.735 1.735 3.062

735 735 –

3.618 274.398 274.398 253.680

3.062 274.310 274.310 253.680

– 1.515 1.515 –

– 3 20.715 12

– – 20.630 13

929 23 563 (1)

1 13

– 13

1 –

12

13

(1)

Início do Período ...................... Fim do Período ........................ Aumento (Redução) das Disponibilidades .....................

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A., tem como objetivo as operações de concessão de créditos e financiamentos de bens e serviços, financiamentos de capital de giro e administração de recursos de terceiros, bem como a emissão e administração de cartões de crédito, próprios e/ou de terceiros, inclusive a cobrança de faturas e o financiamento aos clientes. A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

4)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. e) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil 181 a 360 dias Total Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................................................................. 253.680 253.680 Total em 2005 ........................................................................................................................................................... 253.680 253.680 As receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez, classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários monta a R$ 1.656 mil.

5)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

Títulos (1)

1 a 30 dias

Títulos para negociação: Letras financeiras do tesouro ..... Certificados de depósito bancário Letras do tesouro nacional ......... Debêntures ............................... Notas promissórias .................. Total em 2005 ........................... % .............................................. Total em 2004 ........................... % .............................................. (1)

(2)

31 a 180 dias

181 a 360 dias

2.207 – 984 – – 3.191 39,6 3.917 35,2

7 113 – – – 120 1,5 3.009 27,0

– 155 – – – 155 1,9 191 1,7

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Valor de Valor Valor de Acima de mercado/ de custo Marcação a mercado/ Marcação a 360 dias contábil (2) atualizado mercado contábil (2) mercado 3.449 665 482 – – 4.596 57,0 4.007 36,1

5.663 933 1.466 – – 8.062 100,0

5.663 933 1.466 – – 8.062

– – – – –

7.819 1.667 1.315 264 59

– – – – –

11.124 100,0

As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado.

b) Resultado de títulos e valores mobiliários Exercícios findos em 31dedezembro-R$mil 2005 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ................................................................................................ Títulos de renda fixa ............................................................................................................................................. Títulos de renda variável ...................................................................................................................................... Total ....................................................................................................................................................................

2004 1.656 2.024 1.948 5.628

– – 1.563 1.563

c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício não foram provisionados juros sobre capital próprio e/ou dividendos em virtude dos prejuízos acumulados. 9)

DESPESA DE PESSOAL Refere-se a processos trabalhistas no montante de R$ 2.039 mil (2004 - R$ 34 mil).

10) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Exercícios findos em 31dedezembro-R$mil 2005 2004 Serviços técnicos especializados .............................................................................................................................. Propaganda e publicidade .......................................................................................................................................... Contribuição social ................................................................................................................................................... Despesas de serviços do sistema financeiro ............................................................................................................. Despesas de serviços de terceiros ............................................................................................................................ Diversas ................................................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................................................

112 101 21 5 1 7 247

9 83 – 7 52 9 160

11) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Exercícios findos em 31dedezembro-R$mil 2005

2004

Contribuição ao COFINS .......................................................................................................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ....................................................................................................................................... Recolhimento de CPMF ............................................................................................................................................ Impostos e taxas ....................................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................................................

227 37 19 – 283

66 11 – 4 81

12) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31dedezembro-R$mil 2005 2004 Atualização de depósitos judiciais ........................................................................................................................ Variação monetária sobre tributos ........................................................................................................................ Total ....................................................................................................................................................................

321 29 350

243 57 300

13) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31dedezembro-R$mil 2005 2004 Provisão para riscos cíveis .................................................................................................................................. Provisão para riscos fiscais ................................................................................................................................. Provisão para passivos contingentes .................................................................................................................... Diversas .............................................................................................................................................................. Total ....................................................................................................................................................................

315 219 – 27 561

– 185 282 70 537

14) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Ativos Ativos Receitas Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. .................................................................................................................................. 13 – – – Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................................................................................................................................. 253.680 1.656 – – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. .................................................................................................................................. – (2) – – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro. 15) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .................................................................................... Créditos tributários de exercícios anteriores constituídos ..................................................................................... Realização de crédito tributário não registrado ..................................................................................................... Provisão de imposto de renda e contribuição social longo prazo ........................................................................... Outros valores ..................................................................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ...................................................................................... b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

2.900 (986)

1.159 (394)

(1) 16.919 779 (109) 24 16.626

(1) – 67 (77) 25 (380)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$mil 2005 2004

c) A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004. 6)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Créditos tributários e impostos e contribuições (Nota 15c) ................................................................................... Depósitos em garantia de recursos fiscais ........................................................................................................... Depósitos em garantia de recursos trabalhistas .................................................................................................... Outros depósitos em garantia ............................................................................................................................... Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................................. Total .................................................................................................................................................................... 7)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 17.520 – 4.016 461 2.006 2.203 698 640 200 506 24.440 3.810

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 3.326 3.069 694 183 341 74 186 77 4.547 3.403 Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Provisão para contingências cíveis ....................................................................................................................... Provisão para contingências trabalhistas .............................................................................................................. Total ....................................................................................................................................................................

3.214 1.139 4.353

– – – – –

(894) (894) 16.626

(380) (380) (380)

Ações Ordinárias Quantidade em 31 de dezembro de 2004 .......................................................................................................... Aumento de capital social - AGE 30.11.2005 (1) ................................................................................................... Quantidade em 31 de dezembro de 2005 .......................................................................................................... Processo homologado pelo BACEN em 12 de dezembro de 2005.

13.500.000 478.448.625 491.948.625

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Saldo em Constituição 31.12.2005 Provisão para contingências cíveis ....................................................................................................................... Provisão para contingências fiscais ...................................................................................................................... Provisão para contingências trabalhistas .............................................................................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .......................................................................... Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ........................................................................................... Total dos créditos tributários ...........................................................................................................................

R$ mil 52.930 250.000 302.930

1.093 1.067 387 2.547 14.973 17.520

1.093 1.067 387 2.547 14.973 17.520

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social

2.942 820 3.762

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 491.948.625 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações

(1)

601 3.883 11.090 1.946 17.520

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Provisão para riscos fiscais ................................................................................................................................. Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................................................................................................... Impostos e contribuições a recolher ..................................................................................................................... Provisão para impostos e contribuições diferidos ................................................................................................. Total .................................................................................................................................................................... b) Diversas

8)

Impostos diferidos Constituição/realização, no exercício, sobre adições temporárias ........................................................................ Base negativa de contribuição social .................................................................................................................... Prejuízo fiscal ...................................................................................................................................................... Adições temporárias ............................................................................................................................................ Subtotal ............................................................................................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................................................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ......................................................................................

Prejuizo fiscal e base negativa Imposto Contribuição de renda social

Total

2006 ............................................................................................................................ 295 108 2.658 956 4.017 2007 ............................................................................................................................ 530 196 2.820 1.014 4.560 2008 ............................................................................................................................ 922 342 2.772 995 5.031 2009 ............................................................................................................................ 57 20 2.840 918 3.835 2010 ............................................................................................................................ 57 20 – – 77 Total ........................................................................................................................... 1.861 686 11.090 3.883 17.520 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 15.478 mil, sendo R$ 2.249 mil de diferenças temporárias e R$ 13.229 mil de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social.

Diretoria

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Osasco - SP

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira

Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro

Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha

Norberto Pinto Barbedo

Marcos Aparecido Galende Contador - CRC 1SP201309/O-6

Examinamos os balanços patrimoniais da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


terça-feira, 14 de março de 2006

Lançamentos Automação Te l e c o m Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

HOJE JÁ SE VENDEM MAIS PORTAS DE TELEFONIA IP NO MUNDO

As operadoras têm de sair do conforto e atender às demandas e aspirações dos consumidores Lincoln Egydio Lopes, Telefônica

Fotos: José Patrício/AE e Divulgação

F

oi-se o tempo em que o consumidor era um agente passivo, que pagava caro por serviços de telecomunicações nem sempre prestados a contento. Hoje, tanto os usuários corporativos quanto os residenciais têm opções para driblar os altos custos da telefonia fixa e ainda por cima contar com os benefícios da mobilidade e do alcance mundial, através de serviços baseados em IP (protocolo de internet), via satélite, via rádio e até mesmo utilizando a rede elétrica. Em resumo: ou as operadoras tradicionais, tanto de telefonia fixa quanto móvel, reagem e passam a oferecer bons produtos e novos serviços a custos mais acessíveis, ou amargarão uma debandada de clientes rumo à liberdade de escolha. Esta foi uma das principais constatações dos executivos que participaram da Telexpo 2006, principal evento do setor de telecomunicações da América Latina, realizado na semana passada em São Paulo, com o tema "A era da comunicação convergente". No painel "Convergência de Redes e Serviços", Lincoln Egydio Lopes, superintendente de Serviços da Telefônica, afirmou: "O mercado de telecomunicações caminha para a convergência em banda larga. As operadoras agora têm de sair do conforto e atender às demandas e aspirações dos consumidores, que mudaram em razão das tendências sócio-econômicas e de estilo de vida". Na mesma linha de pensamento, Eugênio Pimenta, diretor de Produtos e Serviços da Brasil Telecom, observou que a convergência deve ser usada pelas operadoras também para atender as classes C e D em pontos remotos do país. "Com VoIP, pode-se levar voz e dados em locais onde se demora dez dias para chegar de barco. Não é possível pensar em investimentos pesados em redes tradicionais", afirmou. Operadora das outras – Não é à toa que a grande estrela do evento foi uma estreante na Telexpo. A Transit Telecom (código 17) surgiu com o processo de privatização do setor de telecomunicações e hoje está classificada entre as cinco principais operadoras autorizadas, segundo o Atlas Brasileiro de Telecomunicações. A empresa está investindo US$ 7 milhões na ampliação de seu backbone com a rede Next Generation Networks (NGN), da Veraz Network, e passa a ter a segunda maior rede em termos de capilaridade da América Latina. A novidade faz parte da nova estratégia da Transit Telecom

O evento (à esq.) recebeu 35 mil visitantes, e mais de 2 mil executivos participaram do congresso; abaixo, esquema mostra possível uso de um dos destaques da Telexpo, o Home Plug, e como ele funciona

"A CONVERGÊNCIA É UM CAMINHO SEM VOLTA" Esta foi a constatação dos executivos do setor de telefonia fixa que participaram da Telexpo 2006; na era da comunicação convergente, reina a parceria entre a tecnologia IP e o consumidor, que agora tem poder para exigir serviços de qualidade a preços baixos Por Rachel Melamet em oferecer serviços de outsourcing tanto para o mercado corporativo como para outras operadoras, posicionando-se como uma "operadora de operadora". Com um faturamento de R$ 85 milhões em 2005, a companhia quer triplicar esse valor em 2006, segundo Alexandre Alves, vice-presidente de Tecnologia e Marketing da Transit Telecom. Atualmente, a operadora presta serviços de telefonia fixa, VoIP e link dedicado a cerca de 17 mil residências e 38 mil empresas nas regiões

Sul e Sudeste do país. Mas a Transit ainda quer mais. Em menos de dois meses de operação, a parceria com o SkypeIn já rendeu oito mil novos clientes, que recebem ligações de qualquer aparelho fixo ou celular, em um número próprio fornecido pela Transit. O serviço é pré-pago e custa R$ 30 (10 euros) a assinatura trimestral e R$ 90 (30 euros) a anual, sem custos adicionais. Batendo um bolão – O presidente da Avaya, Marcio Mattos, demonstrou na Telexpo exem-

plos e casos de sucesso das diversas possibilidades de otimização da comunicação nas corporações. "A tecnologia IP veio pra ficar. Hoje em dia, já se vendem mais portas de telefonia IP no mundo do que as tradicionais", afirmou. Principal parceira da Fifa pela segunda vez consecutiva, a Avaya será responsável por toda a comunicação de voz e dados na Copa do Mundo de Futebol, na Alemanha, respondendo pela venda de 3,1 milhões de ingressos, comunicação convergente entre os 12 estádios, envolvimento de mais de 30 mil voluntários, 200 mil seguranças e mais de 30 mil jornalistas, integrados e com acesso às suas bases. O volume de transmissão de dados e voz deve chegar a 15 terabytes. PLC na prática – Entre as tecnologias emergentes, um dos temas que mais chamou a atenção na Telexpo foi a PLC - PowerLine Communications, o acesso via rede de energia elétrica. Técnicos e empresários discutiram o impacto da PLC nos serviços de voz e dados e debateram as oportunidades de negócios no ramo, desde o atendimento social em pequenas localidades onde as estruturas de dados não são economicamente viáveis, até soluções de distribuição de sinais digitais em instituições com instalações antigas. Enquanto isso, num pequeno estande do pavilhão Vermelho, a empresa Mundo dos Conectores atraía centenas de visitantes com um aparelhinho parecido com um carregador de bateria, o Home Plug. Utilizando uma tecnologia multitom –Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM)–, através da qual muitos sinais de diferentes freqüências são combinados para formar um único sinal de transmissão, o Home Plug é, na prática, a utilização da PLC em residências e pequenas empresas. Basta ligar numa tomada de energia e o Home Plug procura as melhores freqüências para envio de dados e faz adaptação em tempo real, mudando as características das linhas de energia da casa ou escritório. Possui técnicas de encriptação que protegem a integridade dos dados e ainda minimiza os efeitos de ruídos. Pode ser utilizado com telefonia IP, em pontos de acesso sem fio e também para o compartilhamento de acesso em banda larga para dois ou mais PCs. A novidade chegará ao consumidor final através das revendas parceiras do Mundo dos Conectores, por algo em torno de US$ 150 o par, com cabos e conexões incluídos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

terça-feira, 14 de março de 2006

Prefeitura vai 'perfumar' piscinões Evelson de Freitas/AE

Empresas vão jogar produtos para neutralizar o mau cheiro dos piscinões, que viram depósito de lixo a cada nova enchente. No futuro, poderão ser usados aromas de tutti-frutti, menta ou eucalipto.

A

Fernando Vieira

Prefeitura deverá "perfumar" os piscinões da capital paulista. A medida paliativa tem o objetivo de acabar com o mau cheiro já característico e que se tornou numa queixa constante das pessoas que moram próximas a esses locais. Os técnicos ainda estudam qual o melhor tipo de produto a ser aplicado, mas os testes iniciais devem ocorrer até o final deste mês. Os produtos devem ser os mesmos utilizados em estações de tratamento de esgoto pela Sabesp. O mau cheiro dos piscinões é uma reclamação antiga dos moradores. Construídos para ajudar a reter as águas das chuvas, os equipamentos se tornam depósito de lixo, especialmente após os temporais. Todo tipo de entulho deixado nas vias públicas ou nas margens dos córregos acaba sendo carregado para dentro do piscinão. Nos dias seguintes a uma enchente, por exemplo, o trabalho de limpeza tem de ser rápido e eficiente para evitar que a capacidade de retenção não seja prejudicada e, com isso, cause a enchente do próprio piscinão. Mas o problema não acaba por aí. Apesar da retirada do entulho, os materiais orgânicos trazidos pelas águas sujas dos córregos e galerias, com inúmeras ligações clandestinas de esgotos, entram em

decomposição e começam a exalar mau cheiro. Todos os 16 piscinões construídos na cidade apresentam esse tipo de problema. Mas os três que se encontram em situação pior são os do Jardim Maria Sampaio, no Campo Limpo, e o da Cedrolândia, no Butantã, ambos da Bacia do Pirajussara; e o do Rincão, na Penha, da Bacia do Aricanduva. "São os estão mais próximos da população. Estão encravados no meio urbano", justificou Domingos Gonçalves, coordenador de drenagem da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras . Segundo Gonçalves, o mau cheiro provoca também um outro problema para a Prefeitura: a resistência da população à construção de novos piscinões na vizinhança de suas casas. "Esta é uma das principais razões para a antipatia em relação aos piscinões. A população logo se posiciona contra as obras, mesmo sabendo que podem ajudar a conter enchentes", disse. Neutralizar – Para tentar reverter essa situação, num primeiro momento, o produto escolhido para ser aplicado nos piscinões deverá apenas neutralizar o mau cheiro, sem ter em entre seus componentes qualquer substância aromatizante. Mas também é possível a opção por produtos de desodorização com aromas diversos, como tutti-frutti,

Edmundo Pereira/AE

menta e eucalipto, entre outros. A fase de testes não terá ônus para a Prefeitura e despertou o interesse de empresas do setor. "Os produtos deverão ser aplicados até que haja a despoluição dos córregos e galerias", afirmou Gonçalves. Visita – Uma das primeiras medidas do prefeito José Serra quando assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2005, foi fazer uma visita aos piscinões. Ele pôde sentir o mau cheiro e ver de perto a situação daqueles equipamentos públicos. Na ocasião, o prefeito declarou "guerra" ao lixo e disse que os 16 piscinões da cidade seriam limpos.

O prefeito José Serra (acima) em visita ao piscinão Aricanduva 3, na zona leste, em janeiro de 2005. Ao lado, o piscinão do Campo Limpo em dia de chuva. Depois que a água escoa, fica a sujeira.

TRÁFEGO Às18h30 de ontem havia 97 km de congestionamento na cidade. A média é de 87 km.

CARNAVAL Prefeitura do Rio cobra R$ 240 mil das empresas que fizeram publicidade no sambódromo.

Ó RBITA Epitácio Pessoa/AE

CLONAGEM

U

m homem de 25 anos foi preso na Penha, zona leste da capital, acusado de clonar cartões de banco. No apartamento onde ele vivia foram encontrados 16 cartões e até manuais explicando como clonar. O rapaz foi preso no fim de semana ao ser flagrado retirando um leitor magnético de um caixa eletrônico da capital. Luciano Coca/Chroma Fotos/AE

ROMEIROS

U

m ônibus que levaria romeiros de São Paulo ao Santuário de Aparecida pegou fogo na Dutra, ontem. O incêndio começou na roda traseira do veículo. Os 50 passageiros conseguiram sair do ônibus a tempo, mas o veículo ficou totalmente destruído. A Dutra chegou a ficar alguns minutos interditada para retirada do veículo.

PROJOVEM

C

omeçaram ontem as inscrições para o ProJovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), que oferece de R$ 100 a jovens de 18 a 24 anos que desejam voltar a estudar e obter qualificação profissional e aulas de informática e inglês. O prazo de inscrição termina em 6 de maio. É possível inscrever-se pelo telefone 0800 642 77 77, das 8h à 0h, de segunda a domingo.

CONTRIBUINTE NOTIFICADO

O

governo de São Paulo começa a notificar em abril empresas e moradores que têm carros com placas de outros estados. Já se tornou comum veículos com placas "estrangeiras", principalmente de Curitiba (PR). Uma das razões é o custo do Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA), cuja alíquota em São Paulo é de 4% sobre o valor do veículo. No Paraná é de 2%. Até 2004 havia ainda

outra razão: escapar das multas. As autuações lavradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) não chegavam a proprietários de outros estados. Esse problema começou a ser corrigido o Cadastro Nacional de Veículos. Quem tem carro com placa de outro estado mas mora em São Paulo terá 30 dias para regularizar a situação, sob risco de ser processado por crime de falsidade ideológica.


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Lançamentos Automação Te l e c o m Convergência

Os aparelhos estão mais finos, elegantes e incorporando novos recursos de som e imagem

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de março de 2006

SONY ERICSSON: NOVIDADES UM DIA ANTES DA TELEXPO

Fotos: Divulgação

Os novos celulares Sony Ericsson começam a ser vendidos no Brasil no primeiro trimestre

O óculos de sol O'ROKR, da Motorola, incorpora fone de ouvido e microfone sem fio

Por Carlos Ossamu

A

Novos celulares dão show de tecnologia

s grandes estrelas da Telexpo 2006, realizada semana passada em São Paulo, foram, sem dúvida, os novos celulares. Os brasileiros são loucos por esses aparelhinhos, tanto que em janeiro o número de usuários totalizou quase 87,5 milhões, segundo cálculos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). E a sofisticação neste setor não pára, com novos recursos de música, foto e vídeo, além de design diferenciados e elegantes. Praticamente todos os grandes fabricantes estiveram no evento com novidades. O estande da Motorola (www. motorola.com.br) era um show de tecnologia, com novos aparelhos celulares e acessórios sem fio. A empresa apostou em aparelhos ultrafinos, como os SLVR L7 e L6, no formato barra e espessura de pouco mais de 1 cm. O primeiro tem memória interna de 512 MB, reproduz músicas em som estéreo digital, vem com câmera padrão VGA com zoom de 4x, grava e reproduz vídeo e possui conexão sem fio Bluetooth. O acabamento metálico escuro confere uma aparência elegante. Já o SLVR L6 tem acabamento aluminizado, traz som estéreo digital, câmera VGA e grava e reproduz vídeos. No segmento de acessório sem fio, o grande destaque foi um pequeno dispositivo de apenas 7 gramas, o H5 Miniblue, um fone de ouvido auricular (para ser inserido no ouvido), que se comunica com o celular via conexão Bluetooth. Parece mágica, pois o usuário pode falar sem o uso de microfone, pois ele capta o som da voz por meio do canal auditivo. Além disso, um software interno equaliza e filtra ruídos externos, permitindo uma transmissão de som de boa qualidade, mesmo que o mundo esteja caindo ao redor do usuário. Se não é discrição que se procura, o óculos de sol O'ROKR é bem chamativo e também incorpora fone de ouvido e microfone sem fio (este último fica na haste e não é perceptível). E enquanto não está atendendo uma chamada, ele pode ouvir músicas transmitidas do celular. Mas para compartilhar as músicas gravadas no aparelho, nada melhor do que as caixas de som JBL On Tour, que fechado parece um porta-jóias e aberto exibe dois alto-falantes estéreos de 3 watts por canal. Basta encaixar o celular e ouvir as músicas em alto e bom som. Um outro produto que chamou a atenção dos visitantes foi o Blob (www.blobonline.com.br), um aparelho de comunicação voltado para crianças, idosos e o segmento corporativo, como gerenciamento de equipes e carga. Toda a tecnologia –incluindo hardware e software– foi desenvolvida no Brasil pela Easy Track. O dispositivo (foto acima) possui três botões com números préprogramados, que conecta o usuário diretamente com sua casa, trabalho ou outro destino programado. Existe ainda uma quarta tecla que liga o usuário à central de atendimento,

direcionando as ligações para outros números ou serviços de conveniência, limitado a até 50 contatos. Entre os seus recursos, há a Babá Eletrônica, um canal de escuta que possibilita ouvir o som ambiente. Há também o serviço Super LBS (Location-Based Services), que utiliza as torres de telefonia celular para rastrear e localizar pessoas, sendo capaz de captar sinal inclusive em elevadores, túneis e subsolos. Com o Despertador de Tarefas, o usuário é avisado em horários pré-programados, como por exemplo, tomar remédios ou buscar o filho na escola. Outros serviços interessantes prestados pela central de atendimento são o "Onde Estou?", que informa o usuário onde ele se encontra; e o "Como Chego?", que informa a rota para se chegar a um destino. O produto começa a ser vendido em abril no site e chega às lojas em maio, ao preço de R$ 750 e mensalidade de R$ 49. A coreana Pantech (www.pantech brasil.com.br) despertou o interesse dos visitantes com um celular que lê a digital do usuário e outro que reconhece a escrita com o dedo. O primeiro é o modelo G-6200, que usa tecnologia biométrica para liberar o uso do telefone, funcionando como u m a t e c l a d e b l oqueio e para jogos. O aparelho é padrão GSM tem formato flip, pesa a p e n a s 9 0 g r amas e vem com câmera digital de 2 Mpixel com flash embutido. Ele deve chegar ao mercado brasileiro até o fim do semestre e não tem preço definido. O outro modelo é o G-1800V, que oferece o recurso de reconhecimento dos movimentos do dedo, agilizando a digitação de textos em mensagens SMS/MMS. O recurso pode ser usado também em jogos e no dicionário eletrônico. Com um design moderno e compacto, o G-1800V possui atrativos como câmera digital de 1,3 Mpixel, um MP3 player com 512 MB de memória, flash interno e suporte para slots externos de memória Micro SD (T-flash). O produto só deve chegar ao Brasil no próximo ano. A f i n l a n d e s a N o k i a ( w w w. nokia.com.br) também mostrou vários modelos, com destaques para o N90 e o 3250. O primeiro é um smartphone, que reúne as funções de celular, PDA, câmera digital de 2 Mpixel (com lente Carl Zeiss) e MP3 player. O aparelho oferece recursos sofisticados para fotografia, como autofoco, macro, flash integrado e zoom de 20x. É possível gravar vídeo no formato MPEG-4, com qualidade de DVD. São 27 MB de memória interna e mais 64 MB no cartão RS-MMC que acompanha o aparelho. O seu preço é de R$ 2.799. Já o Nokia 3250 reúne telefone, MP3 player, rádio FM e câmera digital de 2 Mpixel. O seu design é formado por duas partes unidas por um eixo giratório. Na superior, uma tela de 262 mil cores, e na inferior o teclado. Girando em 180 graus horizontalmente, são ativadas as funções de música, com as teclas já posicionadas. Com um giro de 90 graus, o aparelho fica pronto para as funções de câmera digital. O preço sugerido é de R$ 1.200.

O N90 (dir.), da Nokia, um smartphone, que reúne as funções de celular, PDA, câmera digital de 2 Mpixel (lente Carl Zeiss) e MP3 player

A Motorola apostou em aparelhos ultrafinos, como o SLVR L7 (à esquerda), e em acessórios, como as caixas de som JBL On Tour (abaixo)

O fone auricular H5 Miniblue (à esq.) , da Motorola

Nokia 3250 (à dir.): fone, MP3 player, rádio FM e câmera

Fotos: Divulgação

Sony Ericsson agrega valor aos lançamentos de 2006

Acessórios para os Walkman (à esq.); o Z530i (à dir.), que deve custar R$ 649

Tecnologia cybershot chegas aos celulares

O celular M600i (no alto), o novo Smartphone P990i (acima) e o compacto W300i

S

eguindo a mesma estratégia do ano passado, a Sony Ericsson não mostrou suas novidades em celulares para 2006 na Telexpo e fez o anúncio um dia antes da feira começar. Este ano, as novidades vão desde acessórios até smartphones, modelos mais populares com e sem câmera e a grande aposta da empresa: o K790i (veja teste na pág. 8), o primeiro celular com tecnologia Cybershot. Os modelos começam a ser vendidos no Brasil no primeiro trimestre, mas alguns só chegam na segunda metade do ano. Os preços sugeridos variam entre R$ 199, o simples (J100i), e R$ 3 mil, o smartphone P990i. Multitarefa - Com apenas 1,5 cm de espessura, o M600i se ajusta ao bolso e além de celular é uma ferramenta para receber e-mails, com tela sensível ao toque e reconhecimento de texto manuscrito. Com tecnologia UMTS, o M600i está habilitado com os sistemas operacionais Symbian 9.1 e UIQ 3.0, oferece possibilidade de personalização com aplicativos de produtividade pessoal. A plataforma de software e a interface do usuário do M600i o tornam um aparelho multitarefa. É possível, por exemplo, navegar pela internet enquanto se faz uma chamada por voz. Baixa anexos de qualquer tamanho e faz download de recursos multimídia em alta amplitude de banda. Para processar documentos, oferece os editores PowerPoint, Word e Excel, além do visualizador Adobe PDF Viewer. Possui dial em três direções e uma ampla tela QVGA de 2.6 polegadas, com capacidade para 262 mil cores. Tem preço sugerido de R$ 2.199. Som de bolso – A família de celulares musicais Walkman da Sony Ericsson evolui com o W810i, um Quad-band EDGE, que permite transferir para o telefone CDs ou ter acesso aos serviços para baixar músicas da internet. Faz downloads em alta velocidade, permite ouvir muitas horas de música, capturar e enviar imagens em alta resolução, navegar pela web e ficar conectado por meio de e-mails ou mensagens instantâneas. O Walkman M810i vem com um Memory Stick expansível de 512 MB, que pode ser aumentado para 2 GB, permitindo armazenar uma ampla diversidade de trilhas sonoras, fotos e arquivos multimídia. Preto com detalhes em laranja, vem com fones de ouvido HPM-70 estéreo e com o software de gerenciamento de música Disc2Phone, que facilita classificar, selecionar e transferir arquivos no Memory Stick, que tem capacidade para cerca de 15 CDs. Com câmera integrada de 2 megapixels e tecnologia Bluetooth, o novo Walkman chega em abril e deve custar R$ 1.899. Já o Walkman W950i tem 4 GB de armazenamento interno e tela sensível ao toque, o que facilita a navegação por gêneros, listas ou álbuns. Preparado para games em 3D, custará cerca de R$ 2.649. Acessíveis – O caçula da família Walkman –que já tem sete modelos– é o W300i, um celular quad band articulado com tecnologia EDGE, design compacto, câmera VGA integrada para fotos e vídeos e tela TFT com 256 mil cores. Com preço bem mais acessível que o dos "irmãos", o W300i deve custar R$ 999. Para complementar os celulares musicais, a empresa criou uma linha de acessórios que inclui headsets, alto-falantes para levar no bolso (MPS-60, cerca de R$ 249) e o MDS-70, que além de reproduzir o som com alta qualidade funciona também como carregador de bateria (cerca de R$ 749). Outro celular com preço mais popular lançado é o Z530i, com câmera VGA para vídeo e imagens estáticas, recurso de álbum de fotos e articulado com tecnologia GPRS e banda tripla. Nas cores cinza, preto e vermelho, ele chega em abril por R$ 649. Mini PC - O novo Smartphone P990i funciona como um computador em miniatura: possui antivírus e firewall e clientes de rede VPN para segurança corporativa comercial, scanner para cartões de visita e todas as vantagens da tecnologia UMTS, como chamadas com imagens em vídeo, downloads de recursos multimídia em banda larga e capacidade de navegar na web com páginas completas em HTML, visualizadas no modo horizontal no novo navegador Opera 8. Preço sugerido: R$ 2.999. Rachel Melamet Veja mais lançamentos no site www.sonyericsson.com.br.


terça-feira, 14 de março de 2006

N

a semana passada, durante a Telexpo, a Samsung e a TVA, dona do serviço de acesso banda larga Ajato, anunciaram a segunda fase do projeto do WiMax móvel, com o início de testes já em maio e previsão para lançamento comercial em novembro para a cidade de São Paulo e 2007 no Rio de Janeiro. WiMax é a sigla para Worldwide Interoperability for Microwave Access e está sendo encarado como a próxima revolução da internet, pois possibilitará o acesso banda larga sem fio em qualquer lugar, transformando a cidade em um gigantesco hotspot. Segundo Virgílio Amaral, diretor de Tecnologia da TVA, a primeira fase dos testes ocorrerá na região da Avenida Paulista. "Trata-se de uma região com alta densidade e muita interferência. Depois faremos testes no centro da cidade, uma região com alta densidade e muitos prédios; e por fim em uma área residencial", revelou. As empresas evitaram falar em investimentos, mas no fim do ano passado, quando foi assinado um acordo de intenção entre as duas empresas, falouse que o projeto consumiria US$ 100 milhões em cinco anos. O executivo da TVA limitou-se a dizer que os investimentos serão menores do que a construção de uma infra-estrutura para telefonia celular, já que o número de estações radiobases (ERBs) é menor. "Para uma cidade como São Paulo, uma operadora de telefonia celular precisa de 1.500 ERBs. O nosso número será menor", disse. O Brasil já tem três cidades

Lançamentos Automação Te l e c o m Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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WIMAX: A PRÓXIMA REVOLUÇÃO DA INTERNET

com projetos-pilotos que estão testando a tecnologia WiMax –Ouro Preto (MG), Mangaratiba (RJ) e São Paulo. Esses projetos são encabeçados pela Intel, que é uma grande defensora da tecnologia. Mas nesse caso, o padrão usado é o IEEE 802.16d, que é o acesso sem fio para terminais fixos. O que o consórcio TVA/Samsung está trazendo é o padrão IEEE 802.16e, que é o WiMax móvel, ou seja, um usuário poderá estar dentro de um carro a 120 km por hora e mesmo assim acessar a internet com velocidade de 3 Mbps, chegando a 30 Mbps se ele estiver parado. Quanto ao modelo de negócio, Amaral revelou que não irá vender acesso, como ocorre hoje com os p r o v e d o r e s Divulgação de banda larga, entre eles o Ajato, que c o m e r c i a l izam velocidades de até 8 Mbps. " N ã o i r emos vender banda, mas conteúdo. O usuário poderá acessar streaming de vídeo ao vivo, fazer downloads de músicas e vídeos, jogar games online e acessar outros tip o s d e c o nt e ú d o s . D iversas outras aplicações serão desenvolvidas, como personal broadcasting e TV digital

Banda larga sem fio a toda hora e em todo lugar A Samsung e a TVA anunciaram a fase de testes do WiMax móvel em São Paulo e prometem lançar o serviço no fim do ano

Virgílio Amaral, diretor de Tecnologia da TVA: testes começam pela região da avenida Paulista

portátil, e a velocidade de acesso irá variar de acordo com o conteúdo", explicou. O VoIP (voz sobre IP) deverá ser um dos serviços oferecidos nesta plataforma e como um dos dispositivos de acesso deverá ser o celular, isso poderá desagradar as operadoras, já que seria possível conversar com outros usuários usando softwares como Skype e os instant messengers (MSN, Yahoo etc.), como se faz hoje nos computadores. "O nosso foco não será competir com operadoras e sim oferecer entretenimento. O nosso desafio é definir as aplicações mais adequadas ao mercado e também quais os dispositivos que darão acesso aos serviços, sejam celulares, PDAs ou outros que virem a surgir.", comentou Amaral. Mas um confronto com as operadoras de telefonia celular é quase inevitável, já que o Wi M a x i r á competir com o celular 3G, cujo principal atrativo é justamente o conteúdo multimídia. E o WiMax leva vantagem, já que a sua velocidade é bem superior. Rumo à Alemanha – Entre as empresas presentes na Telexpo

O nosso foco não será competir com operadoras e sim oferecer entretenimento Virgílio Amaral, TVA

e s t a v a a Av a y a ( w w w. avaya.com.br), que é a responsável pelo desenvolvimento e implantação da rede de comunicação da Copa do Mundo da Alemanha. "Todo o sistema de comunicação já foi testado e aprovado na Copa das Confederações (realizado em junho do ano passado). Entre outras coisas, o torneio serviu para realizarmos os últimos testes", comentou Márcio Mattos, presidente da subsidiária brasileira. Segundo ele, a Avaya havia sido a responsável também pela rede da Copa da Coréia/Japão. Após quatro anos, a principal diferença é que a rede de comunicação passa a ser 100% IP. A solução inclui servidores de mídia, gateways, switches de dados, PABX IP, roteadores e pontos de acesso sem fio. Pela primeira vez, o projeto da Avaya inclui distribuição centralizada de rede da Extreme Networks, e é a maior rede de comunicações convergentes já construída para um evento esportivo. Um outro parceiro tecnológico é a operadora Deutsche Telekom, que estará fornecendo a rede ATM WAN, que ligará todos os 12 estádios e localidades dos comitês organizadores. "Serão 30 mil voluntários e 200 mil funcionários que estarão trabalhando com algum dispositivo sem fio. Além disso, serão 30 mil profissionais da imprensa, que estarão registrando o evento e enviando materiais para o mundo todo através da nossa rede. Dentro do campo, um repórter poderá tirar a foto, escrever um texto e colocar a matéria no ar em tempo real", afirmou. Carlos Ossamu


quarta-feira, 15 de março de 2006

Tr i b u t o s Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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2,6

FIESP CONSIDERA 'CHOCHO' O RESULTADO

mil novos postos de trabalho foram abertos na indústria em fevereiro.

EMPRESAS DE MASSAS E BISCOITOS, DOCES E MALHARIA FORAM AS QUE MAIS CONTRATARAM

EMPREGO NA INDÚSTRIA SOBE 0,12%

O

nível de emprego na indústria paulista cresceu 0,12% em fevereiro, sem ajuste sazonal, resultado considerado "chocho" pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Pela pesquisa, que passou a seguir uma nova metodologia de cálculo, foram abertos 2,6 mil novos postos de trabalho no mês passado. Segundo o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, o resultado de fevereiro ainda refletiu a "perda do ânimo" com a

Juca Varella/Folha Imagem

desaceleração da economia a partir do terceiro trimestre de 2005. Mas as perspectivas continuam sendo positivas para os próximos meses. A própria Fiesp já começou a apurar um ritmo mais forte na produção. Mantido esse cenário, Francini acredita numa reação do emprego a partir de abril. "Há hoje um relativo reaquecimento da economia, que começou em janeiro e, pelas indicações preliminares, se manteve em fevereiro", afirmou. As maiores variações positivas foram verificadas nos seto-

res de massas alimentícias e biscoitos, com crescimento de 4,33%, doces e conservas alimentícias (2,64%), malharia e meias (2,53%), esquadrias e construções metálicas (2,36%) e fundição (2,25%). Os dados foram apurados com base numa nova metodologia, que ampliou o universo de empresas pesquisadas e também atualizou a ponderação dos setores industriais no cálculo do emprego. Essa conta também considerou o porte individual das empresas. No setor de vestuário, por exem-

plo, as empresas com até 99 funcionários respondem por quase 68% do emprego no setor. Já em álcool e coque (que abrange as usinas de cana-deaçúcar), o tamanho faz a diferença: 71,7% das vagas foram abertas por empresas com pelo menos 500 empregados. A Fiesp reviu a série histórica do índice até julho do ano passado. Por essa série, o emprego na indústria saiu de uma queda de 1,6% em dezembro para uma variação positiva de 0,31% em janeiro e 0,12% no mês passado. (AG)

Indústria de biscoitos foi a que teve maior variação positiva


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15de março de 2006

2,03

por cento foi a variação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem, a qual atingiu 37.541 pontos.

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 10/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.140.887,08 Lastro Performance LP ......... 710.264,38 Múltiplo LP .............................. 1.483.137,66 Esher LP .................................. 2.450.830,92 Master Recebíveis LP ........... 48.984,42

Valor da Cota Subordinada 1.000,561992 997,098738 999,852589 998,095253 979,688400

% rent.-mês 1,1716 - 0,2901 0,9960 - 0,1771 - 2,0312

% ano 2,4147 - 0,2901 - 0,0147 - 0,1905 - 2,0312

Valor da Cota Sênior 0 1.004,453658 1.009,745043 0 0

% rent. - mês 0,4454 0,5551 -

% ano 0,4454 0,9745 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

14/3/2006


Jornal do empreendedor

w w w. d c o m e r c i o. c o m . b r

John S. Dykes/Corbis

Bandeiras do Empreendedorismo São Paulo recebe de hoje a sexta-feira jovens de mais de 60 países e de todos os estados brasileiros. Empunham idéias e bandeiras para enriquecer os debates do 10° Congresso Mundial de Jovens Empreendedores. Em tempo de sociedade globalizada, mas que está longe de ser a garantia de solução dos problemas básicos das nações, é chegada a hora de um NOVO CONTRATO SOCIAL, defende Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo e convidado de honra para o discurso de abertura do encontro. Afif propõe que os participantes do Congresso elaborem uma Carta Universal dos Direitos do Empreendedor ou um adendo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, "reconhecendo que o ato de empreender representa uma manifestação do talento dos indivíduos, que requer liberdade e ambiente propício para florescer".


Let's make a new deal 10th World Summit of Young Entrepreneurs Opening speech Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo

would like to start by welcoming the participants to this event, especially those who have come from abroad and from other Brazilian cities. I’m sure they will feel at home in São Paulo, a cosmopolitan city in which visitors always find something to remind them of their place of origin, wherever they come from. São Paulo has always welcomed with open arms everyone who has come here in search of opportunities for personal achievement. A warm welcome to everyone. The 10th World Summit of Young Entrepreneurs is a unique forum for debating ideas, for comparing experiences and for exchange between different cultures. Taking part in this event are international organizations, governments, universities, business associations, successful businesspeople and executives and, in particular, young entrepreneurs from over 74 countries and from every state in Brazil. These young entrepreneurs are the main players at this Congress. As well as their spirit of initiative and capacity to take risks, they also have the attributes particular to youth: openness to the new and to change, impatience and a desire for quick results, the capacity to become indignant at conformism and at the indifference of the powers to be at the situation of the less fortunate. It falls on the shoulders of this new generation of entrepreneurs to seek innovative solutions for the old problems that afflict most nations. This new generation was born under the aegis of globalization, the new information and communications technologies, biotechnology and genetic engineering and the financial world of derivatives. It is their responsibility to promote institutional change, changes in postures and changes of paradigms that were formulated for a world that no longer exists. To provide work and income for a large chunk of humanity is perhaps the greatest challenge facing us. This doesn’t mean reliance on government handouts or international aid, but rather productive work as the most efficient form of reducing poverty and assuring that everyone has the means to a dignified existence. Here’s the paradox. In the last decade, Jeremy Rifkin announced "The End of Work" as one of the defining characteristics of the 21st Century. In other words, the era of the benefactor State is at an end. This holds both for where work and social protection were provided in a moderate and democratic form, as in the Welfare State, and where the entire population was transformed into servants of a centralizing and totalitarian State. The transformation of society and the economy has made the Welfare State unviable and led to the collapse of the socialist regimes. The motto of this Conference is also a challenge: LET'S MAKE A NEW DEAL. The old New Deal was born in the shadow of the Great Depression in the 1930s on the initiative of President Roosevelt. It

sought to stimulate the economy via public spending, so as to create jobs as quickly as possible. It transformed the State into a major employer, responsible for the population’s welfare from the cradle to the grave. This solution is no longer viable. The new New Deal can only be promoted through ENTREPRENEURIALISM. As the United Nations in taking part in this Congress, it needs to be said that the Universal Declaration of Human Rights is prodigious in references to work and the rights of salaried workers. Article 23 affirms that "Everyone has the right to work, to free choice of employment, to just and favourable conditions of employment and to protection against unemployment. Everyone, without any discrimination, has the right to equal pay for equal work." And it goes on: “Everyone who works has the right to just and favourable remuneration ensuring for himself and his family an existence worthy of human dignity, and supplemented, if necessary, by other means of social protection. Everyone has the right to form and to join trade unions for the protection of his interests." Article 24 says that “Everyone has the right to rest and leisure, including reasonable limitation of working hours and periodic holidays with pay.” As laudable as these intentions may be, the Universal Declaration of Human Rights reflects the reality of the last century, when economic growth induced and directed by the State created jobs, met ever greater demands from workers and unions and distributed benefits at the cost of enormous public deficits and the stagnation of companies and private initiative. There is no mention whatsoever in the Declaration of the right to enterprise, as though the promise of the State to secure the well-being of all were still a viable proposal. It is for this reason that we propose this Congress draw up a Charter of the Universal Right to Enterprise, or, alternatively, the inclusion of an annex to the Universal Declaration of Human Rights recognizing that enterprise represents a manifestation of the talent of individuals, that requires liberty and a favorable environment to flourish. It is the dynamic and creative action of the entrepreneur that modernizes the structure of production, increases productivity and fosters prosperity, creating wealth, jobs and social well-being. In order to guarantee the rights of workers, first the rights of the enterprising need to be guaranteed. Respecting the freedom of enterprise and guaranteeing entrepreneurs’ rights is to assure that individuals can fully realize their potential and vocation. It means stimulating the entrepreneurial spirit that is latent in people and transforming it into the driving force behind the development of nations. A propitious environment for ENTREPRENEURIALISM means developing institutions that guarantee free initiative, property, respect of contracts and stability of rules. We should turn ENTREPRENEURIALISM into the great banner for the 21st Century and as such I propose that this Congress approve the motion that the Universal Declaration of Human Rights recognizes the right to enterprise as an inalienable right of the human being and that the entrepreneur should legitimately enjoy the fruits of his initiative as a counterpoint to the risk inherent in his activity. WE WILL MAKE A NEW DEAL: THE NEW DEAL OF ENTREPRENEURIALISM


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA Rogério Marques/Vale Paraibano

quarta-feira, 15 de março de 2006

poLítica Eymar Mascaro

Equilíbrio

A

Tudo acaba em pizza: família Alckmin comemora em Pindamonhangaba a indicação de Geraldinho à presidência pelo PSDB

PINDA Fotos: AE

Festa na terra de 'Geraldinho'

H

ouve festa, ontem, entre parte dos 125 mil habitantes de Pindamonhangaba, a 140 km de São Paulo, logo após o anúncio do nome do candidato do PSDB ao Planalto. Mas entre os pindenses, uma mulher estava especialmente feliz: Teresa Faria Santos, que foi babá de Geraldo Alckmin. "Deus ouviu minhas preces. Chorei de alegria quando soube da notícia", contou Teresa. "Meu coração está lá em São Paulo, junto dele", disse. Nas ruas de Pinda – como a cidade é carinhosamente chamada –, a notícia se espalhou logo. "A gente torce pra que ele ganhe", diziam os taxistas locais. A família inteira estava eufórica. "O movimento aqui é suprapartidário. Não há partido, há uma bandeira em favor dele", disse a sobrinha e vereadora Miriam Alckmin (PSDB). Não é exagero, como ficou comprovado pelas palavras do prefeito da cidade, João Ribeiro, líder de outra legenda, o PPS: "É uma grande satisfação para todos", disse. Ribeiro estudou na mesma classe de Alckmin durante sete anos e confirma os comentários de bastidores: Alckmin é um estudante aplicado. "Mas seu ponto forte é a capacidade de conciliação." O prefeito revelou que possivelmente viverá um "conflito pessoal" nas eleições: afinal, é possível que seu partido lance Roberto Freire (PE) na disputa à presidência. O candidato do PSDB poderá se apresentar como "Alckmin" ou até mesmo "Geraldo" em suas andanças pelo Brasil. Mas em Pinda, ele continua conhecido como "Geraldinho", apelido que colou desde que, aos 19 anos, ele trocou a medicina pela política. (Agências)

CITAÇÃO Lula está preocupado com a decisão de Osmar Serraglio de citá-lo no relatório, acusando-o de omisso por não ter agido contra o mensalão depois de ter sido informado de sua existência pelo ex-deputado Roberto Jefferson.

PRESSÃO O PT ainda pressiona o relator para não incluir o nome do presidente no relatório. Mas Serraglio quer compensar o PT citando também no relatório o senador tucano Eduardo Azeredo, que também recebeu dinheiro do valerioduto. Alckmin, no casamento com dona Lú

Ao lado do mentor, o governador Mário Covas, em 1999.

COLIGAÇÕES PT e PSDB continuam correndo atrás do apoio do PMDB. O PT vai além: está à espera de que os senadores governistas José Sarney, Renan Calheiros e Nei Suassuna consigam melar as prévias de domingo. O PT quer o apoio peemedebista ainda no primeiro turno.

novamente candidato a vice de Lula. José Alencar está filiado ao PRB, partidos criado pelos evangélicos.

JULGAMENTO Os partidos estão à espera do julgamento no STF para saber se a verticalização nas coligações partidárias será mantida nas eleições deste ano. É provável que o Supremo entenda que o Congresso desrespeitou o princípio da anuidade ao promulgar a emenda constitucional que extinguiu a verticalização.

ESQUERDA Dois partidos de esquerda estão se definindo: o PC do B deve mesmo se coligar com o PT apoiando a campanha de reeleição de Lula, mas o PPS pode lançar a candidatura presidencial de Roberto Freire. Tudo vai depender da não manutenção da verticalização.

EMBATE

Memória do candidato do PSDB: em ação ainda como prefeito de Pinda.

UM TERÇO DA CARREIRA À FRENTE DO GOVERNO

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lguns números da carreira de Geraldo Alckmin chamam a atenção. Eleito muito jovem, aos 19 anos, para a Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba, ele passou mais de um terço da vida política à frente do governo de São Paulo. O último mandato para o Estado foi conquistado em 2002. À época, muitos analistas consideravam que, politicamente, ele seria "sepultado" juntamente com o ex-governador Mário Covas, morto em 2001. Mas Alckmin venceu. Antes, fora

eleitos duas vezes vicegovernador de Covas – em 1994 e em 1998. Covas, aliás, o escolheu a dedo para o cargo, em 1994, porque era um grande "puxador" de votos na região do Vale do Paraíba. Calcanhar de Aquiles – Como vice, Alckmin cuidou pessoalmente da privatização das estatais estaduais, enquanto o governo punha ordem nas finanças. O calcanhar de Aquiles da administração, porém, costuma ser apontado nas questões ligadas à Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) e na política prisional – ambas as áreas enfrentaram seguidas rebeliões nos últimos anos.

Antes de chegar ao governo do Estado, foi eleito duas vezes deputado federal (1986 e 1990). O primeiro vôo fora de Pinda aconteceu em 1982, quando se elegeu deputado estadual. Já o primeiro cargo no Executivo foi relâmpago: ele tinha apenas 23 anos quando foi eleito prefeito de Pinda. Outra prefeitura, porém, impôs a maior derrota da carreira: em 2000, foi derrotado na disputa pelo comando de São Paulo por Marta Suplicy. Nascido em 7 de novembro de 1952, Alckmin se formou em medicina em Taubaté, mas nunca exerceu a profissão. É casado com Maria Lúcia e pai de três filhos. (Agências)

Luiz Prado/LUZ

Digo isso de coração e não como uma frase política, mas temos a absoluta convicção que a candidatura de Alckmin sai de um consenso político e com todo o respeito ao prefeito José Serra. João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo

s pesquisas que os partidos estão recebendo indicam que haverá um equilíbrio muito grande entre os candidatos do PSDB e PT. A diferença entre seus candidatos é mínima, tanto no primeiro como no segundo turno. Os entendidos garantem que a eleição de presidente será decidida nos detalhes ou em eventuais erros cometidos na campanha. O presidente Lula conseguiu estabilizar sua linha nas pesquisas, depois de uma queda acentuada a partir do escândalo do mensalão. Depois, o presidente se recuperou e se estabilizou. Mas Lula não tem o mesmo favoritismo que as pesquisas apontavam antes da crise política que envolveu o seu governo e o PT. Lula espera ansiosamente pelo fim das duas CPIs ainda em funcionamento no Congresso, a dos Bingos e a dos Correios. A dos Correios deve terminar em abril, mas o deputado Osmar Serraglio promete entregar seu relatório ainda em março. A CPI dos Bingos, que funciona no Senado, foi prorrogada por mais dois meses.

A escolha do governador de São Paulo é uma escolha que põe o PSDB e o PFL com um candidato competitivo, preparado, respeitado e com grande experiência política e administrativa. Aldo Rebelo (PCdoB), presidente da Câmara dos Deputados

Ele (Alckmin) deu um xeque-mate no Serra. Enquanto Serra pensava no primeiro ou no segundo lance, o governador já estava olhando para o décimo ou décimo quinto lance. Rogério Schmitt, analista político da Tendências Consultores

O mercado não gosta muito do Serra, nunca gostou. (Em 2002) o Serra representava uma possibilidade de menos mudança que o Lula, e o mercado é conservador. Agora há menos possibilidade de mudança com o Alckmin. Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner

Uma reunião da Executiva do PMDB está prevista para hoje. Através dela, os senadores governistas tentarão evitar que o partido lance candidato próprio. Os governistas precisam de nove votos para melar as prévias de domingo. Mas o presidente Michel Temer vem a público para confirmar que as prévias serão realizadas no dia marcado.

NEGATIVA Além do PMDB, também o PDT rechaça apoio ao PT e ao PSDB. O partido quer ter candidato próprio e até já marcou as prévias entre os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Péres. O PDT se nega ainda em voltar às bases do governo.

ACENO O PSOL, partido que deve lançar a candidatura da senadora Heloísa Helena à sucessão de Lula, volta à carga e sonda a possibilidade de ter o senador Jefferson Péres (PDT) como vice. Mas o PDT insiste em ter candidato próprio.

VAI FALAR Protegido por salvoconduto do STF, Duda Mendonça presta novo depoimento hoje à CPMI dos Correios. O marqueteiro vai explicar a existência de suas contas bancárias nos EUA. A sessão pode ser secreta. Os integrantes da CPMI se comprometeram em não divulgar documentos que manusearam sobre as contas secretas do marqueteiro.

IMBRÓGLIO Situação estranha a de alguns deputados envolvidos com o mensalão: apesar de terem sido absolvidos no plenário da Câmara, esses deputados podem ser indiciados no relatório final do deputado Osmar Serraglio.

CHAPA

CRIMES

Tudo indica que o vice de Lula saia do PSB, sendo o mais provável o ministro Ciro Gomes. Mas Ciro tem dito a correligionários no Ceará que deixará o ministério no dia 31 para se candidatar a deputado federal. Em tempo: o irmão de Ciro, Cid Gomes será candidato ao governo cearense.

O relator Osmar Serraglio admite que pode pedir o indiciamento dos deputados pelos crimes de sonegação fiscal e eleitoral (caixa 2). O relatório de Serraglio deve ser divulgado no dia 21 e enviado posteriormente ao Ministério Público.

NO PÁREO Quem também deixará o ministério (da Defesa) é José Alencar, que se desincompatibilizará para ficar à vontade para se candidatar em outubro. Dizse que Alencar pode ser

VOTAÇÃO A Câmara inicia conversações entre lideranças partidárias para debater a conveniência de mexer na Constituição e transformar a votação secreta em voto aberto nos processos de cassação de mandatos e eleição do presidente da Casa.


Façamos um novo contrato social Discurso de abertura do 10th World Summit of Young Entrepreneurs Por Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo eus senhores, minhas senhoras, jovens empreendedores

Quero inicialmente agradecer aos organizadores deste Congresso por este Prêmio, que simboliza o reconhecimento de minha trajetória de homem público, da qual o que mais me orgulha é ter feito tantos amigos, o que pode explicar a homenagem. Muito Obrigado! Externo ainda meus agradecimentos ao grande responsável pela vinda deste evento ao Brasil, Sujit Chowdhury, CEO da World Trade University e secretário geral do 10º Congresso Internacional de Jovens Enpreendedores da ONU, que com seu entusiasmo e dedicação viabilizou a sua realização. Obrigado Sujit! Senhor Governador, Lembro que há dois anos, quando da realização do 10º Congresso Nacional de Jovens Lideranças Empresariais foi discutida a possibilidade de realizar este evento no Brasil, recebemos de imediato o apoio de Vossa Excelência, que entendeu a importância de inserir os jovens empresários brasileiros no cenário internacional. Quis o destino que a primeira aparição pública de Vossa Excelência, após a indicação de seu Partido para candidato à Presidência da República, ocorresse neste evento de jovens empreendedores, que, como Vossa Excelência, acreditam no Brasil e nos brasileiros. Somos uma nação jovem e um candidato que, apesar de jovem, como Vossa Excelência, possui uma larga experiência da vida parlamentar e da administração, pode, certamente, transformar em realidade os anseios da população brasileira. Obrigado, senhor governador, pelo apoio a este Congresso e pela presença de Vossa Excelência neste momento tão significativo. Parabéns pela indicação, que faz jus à sua trajetória de homem público que faz da simplicidade o complemento da capacidade, da dedicação à causa pública e da determinação de lutar por um Brasil melhor. Desejo saudar também os participantes deste evento e dar as boas-vindas especialmente aos que vieram do exterior e de outras cidades. Tenho a certeza de que se sentirão à vontade em São Paulo, uma cidade cosmopolita na qual os visitantes, venham de onde vierem, sempre encontram alguma coisa que lembre o seu lugar de origem. Isto porque São Paulo sempre recebeu de braços abertos todos os que para cá vieram em busca de oportunidades de realização pessoal. Sejam todos bem-vindos. O 10° Congresso Mundial de Jovens Empreendedores é um foro único para o debate de idéias, a troca de experiências e o intercâmbio entre diferentes culturas. Participam deste evento organismos internacionais, governos, universidades, entidades empresariais, empresários e executivos de sucesso e, em particular, jovens empreendedores de mais de 60 países e de todos estados do Brasil. Esses jovens empreendedores são os principais personagens deste Congresso. Além do espírito de iniciativa e da capacidade de correr riscos, possuem também os atributos próprios da juventude: a abertura para o novo e para a mudança, a impaciência e a pressa por resultados, a capacidade de se indignar contra o conformismo e a indiferença dos mais poderosos ante a situação dos menos favorecidos. Cabe a essa nova geração de empreendedores, nascidos sob a égide da globalização, das novas tecnologias de informação e de comunicação, da biotecnologia e da engenharia genética e do mundo financeiro dos derivativos, buscar soluções inovadoras para os velhos problemas que afligem a maioria das nações. Cabe também a eles promover a mudança das instituições, de posturas e de paradigmas oriundos de uma realidade que não mais existe.

Prover trabalho e renda para uma larga parcela da humanidade talvez seja o maior de todos os desafios do presente. Não é o assistencialismo governamental ou a ajuda internacional, mas sim o trabalho produtivo a forma mais eficaz para reduzir a pobreza e assegurar a todas as pessoas condições dignas de existência. Eis aqui o paradoxo. Na última década, Jeremy Rifkin anunciou "O Fim do Emprego" como uma das características marcantes do século 21. Em outras palavras, chegou ao fim a era do Estado benfeitor, capaz de prover emprego e proteção social na versão mais moderada e democrática do Welfare State ou de transformar toda a população em servidores de um Estado centralizador e totalitário. A transformação da sociedade e da economia inviabilizou o Estado de Bem-estar Social e levou ao desmoronamento os regimes socialistas. O lema deste Congresso é também um desafio. LET'S MAKE A NEW DEAL. FAÇAMOS UM NOVO CONTRATO SOCIAL. O antigo New Deal nasceu nos escombros da Grande Depressão dos anos 30, por iniciativa do presidente Roosevelt. Buscava estimular a economia através do gasto público para "criar empregos tão rapidamente como pudermos", transformando o Estado no grande empregador, responsável pelo bem-estar da população desde o berço até a cova. Essa solução não é mais factível nos dias de hoje. O novo New Deal somente pode ser promovido pelo EMPREENDEDORISMO. Como a Organização das Nações Unidas participa deste Congresso, vale destacar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “toda pessoa tem direito ao trabalho, à proteção contra o desemprego, a uma remuneração equitativa e satisfatória e a férias periódicas pagas”. Por mais meritórias que sejam suas intenções, a Declaração Universal dos Direitos Humanos reflete a realidade do século passado, quando o crescimento econômico induzido e dirigido pelo Estado gerava empregos, acolhia as reivindicações cada vez mais exigentes dos trabalhadores e dos sindicatos e distribuía benesses às custas de enormes déficits públicos e da estagnação das empresas e da iniciativa privada. Não se encontra na Declaração uma menção sequer ao direito de empreender, como se a promessa do Estado de assegurar o bem-estar de todos ainda fosse uma proposta viável. É por esta razão que propomos a este Congresso a elaboração de uma Carta Universal dos Direitos do Empreendedor ou, alternativamente, a inclusão de um adendo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecendo que o ato de empreender representa uma manifestação do talento dos indivíduos, que requer liberdade e ambiente propício para florescer. É a atuação dinâmica e criativa do empreendedor que moderniza a estrutura produtiva, aumenta a produtividade e dissemina a prosperidade, gerando riquezas, empregos e bem-estar social. Para garantir os direitos dos trabalhadores é necessário garantir os direitos de quem empreende. Respeitar a liberdade de empreender e garantir os direitos do empreendedor é assegurar aos indivíduos a plena realização de sua capacidade e vocação; é estimular o "espírito empresarial" latente nas pessoas e transformá-lo na força motriz do desenvolvimento das nações. Oferecer um ambiente propício para o empreendedorismo significa desenvolver instituições que garantam a liberdade de iniciativa, a propriedade, o respeito aos contratos e à estabilidade das regras. Devemos fazer do EMPREENDEDORISMO a grande bandeira do século XXI. E, para tanto, propomos que este Congresso aprove moção para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconheça que o ato de empreender é um direito inalienável do ser humano e que o empreendedor pode legitimamente usufruir dos resultados de sua iniciativa como contrapartida pelo risco inerente à atividade. FAÇAMOS UM NOVO CONTRATO SOCIAL: O CONTRATO SOCIAL DO EMPREENDEDORISMO.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de março de 2006

POLÍTICA - 5

TUCANOS ARTICULAM SUCESSÃO ESTADUAL. PEFELISTAS BARGANHAM APOIO À COLIGAÇÃO NACIONAL.

SERRA PODE SUCEDER ALCKMIN EM SÃO PAULO

PMDB

Celso Junior/AE

CENÁRIO ELEITORAL EM SUAS MÃOS

A

A

definição do candidato tucano ao governo de São Paulo é o próximo embate do partido. Já há quatro pré-candidatos e é prevista a participação do prefeito José Serra, preterido para a Presidência, nesta disputa. Há quem avalie que pode surgir um movimento dentro do partido para que Serra saia ao governo do Estado, fortalecendo o palanque de Alckmin em São Paulo. Outros apostam que o PSDB abra mão da candidatura própria no Estado para apoiar um nome do PFL. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, garantiu que a candidatura ao governo estadual não entrou na negociação para a definição entre Serra e Alckmin, anunciado ontem como candidato do partido à Presidência. No entanto, disse que "não está descartada" a presença de Serra na disputa. "Mas é uma discussão que vai ficar para um segundo momento. Cada dia sua agonia", resumiu o presidente do partido após o anúncio da candidatura de Alckmin. Rixas– Pré-candidatos ao governo de São Paulo como o vereador José Aníbal e o deputado federal Alberto Goldman frisaram ontem à tarde, durante o evento no diretório estadual do PSDB, que o partido havia decidido separar bem as coisas – Presidência e governo do Estado. O comentário de Jereissati sobre a possibilidade de Serra disputar o Palácio dos Bandeirantes provocou a reação de Goldman. "O Tasso já desempenhou o seu papel no plano nacional. No plano estadual, deixa que cuidamos nós", afirmou. Outro pré-candidato, o ex-ministro Paulo Renato Souza, também esteve no diretório estadual tucano. Já o quarto candidato, o secretário municipal e deputado federal Aloysio Nunes Ferreira recebeu Alckmin ao lado de Serra na Prefeitura. A indicação do PSDB ao governo de São Paulo – que o partido controla desde 1995 – teria sido um dos itens da barganha política dos últimos dias entre Serra e Alckmin, segundo um assessor do partido. O governador teria recusado ceder ao prefeito o direito de indicar o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes, de acordo com essa fonte. Estaria de olho em uma eventual aliança

nacional com o PFL, que em troca pede que o PSDB apoie seu candidato ao governo do Estado de São Paulo. Aliado de Serra, o secretário das Subprefeituras de São Paulo, Walter Feldman, crê numa "avalanche" de apelos entre dirigentes do partido para que o prefeito assuma a disposição de concorrer à sucessão de Alckmin. A favor de Serra, lembram os tucanos que defendem sua candidatura, está uma pesquisa telefônica encomendada por seus aliados na semana passada. Segundo o levantamento, se disputasse o governo paulista, Serra teria 71% das intenções de voto. Em contrapartida, outros nomes do PSDB testados pelo Ibope na semana retrasada não ultrapassam a marca de 4%. Índices– Aníbal, porém, fez questão de lembrar ontem, enquanto Alckmin era aclamado candidato à Presidência, que tem 17% das intenções de voto entre os eleitores com maior grau de escolaridade. Entre os eleitores com renda superior a 10 salários mínimos, Aníbal afirma ter 14% das intenções de voto, mesmo patamar da ex-prefeita e pré-candidata do PT, Marta Suplicy. "Não tenho conhecimento dessa intenção do prefeito de sair candidato ao governo", disse Aníbal. Diplomático, enfatizou, porém, que "Serra teria sucesso se fosse o candidato a qualquer cargo". Entre os interlocutores do prefeito, há quem assegure que a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes está descartada. "Não há a menor possibilidade de ele sair", disse um dos fiéis escudeiros de Serra. Outro assunto que frequentou também as negociações de ontem foi a reeleição para presidente. Alckmin deixou o campo livre para que Serra ou o governador mineiro Aécio Neves concorram em 2010. "Acho que em quatro anos dá para fazer muita coisa", declarou na véspera do anúncio de sua candidatura. (Agências)

José Agripino (RN) e Jorge Bornhausen (SC) já articulam o apoio do PFL na chapa de Alckmin

PFL E PSDB: ALIANÇA EM XEQUE

O

Márcio Fernandes/AE

Vou mostrar ao candidato as nossas prioridades eleitorais e administrativas. Jorge Bornhausen, presidentedo PFL

Nilton Fukuda/AE

O argumento dele (Serra) é que não ia para a disputa, porque enfraquece o partido contra Lula. Alberto Goldman (PSDB), deputado federal

Marcelo Peron/Virthual Photo

presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), abre amanhã as articulações internas para definir a coligação eleitoral do partido com o PSDB. A primeira conversa será com o prefeito do Rio, Cesar Cesar Maia só fecharia com Serra Maia, que recentemente de- Marcello Casal Jr./ABr clarou que se candidataria à Presidência da República se o candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Depois, Bornhausen vai ouvir todos os parlamentares, governadores e dirigentes estaduais do partido, mas esse roteiro terá início só Cesar Borges cotado como vice após a decisão do Supremo Celso Junior/AE Tribunal Federal (STF) sobre a verticalização – que impede os partidos de se aliarem, nos Estados, a legendas às quais não estejam coligados na campanha presidencial. O PFL tem candidatos ao governo de nove Estados e quer sentar à mesa com os tu- José Jorge também está no páreo canos e apresentar algumas reivindicações. Até agora, trar ao candidato as nossas apenas em Pernambuco os prioridades eleitorais e addois partidos estão coliga- ministrativas", adiantou dos. Além do apoio para ele- Bornhausen. O senador estager o maior número de go- rá em São Paulo no fim de severnadores e de deputados mana para conversar com vifederais, o PFL quer influir ce-prefeito Gilberto Kassab e no programa de governo do o vice-governador Cláudio PSDB como condição para Lembo, ambos do PFL. fechar a dobradinha com visSurpresa – O PFL recebeu tas à sucessão presidencial. a escolha do governador GeBornhausen vai entregar raldo Alckmin com misto um um documento com as pro- de frustração e contentamenpostas a Alckmin. "Vou mos- to. Para os integrantes da cú-

Ele é um picolé de chuchu com tempero de pimenta. É um livro em branco. De um colaborador de Lula

pula pefelista, que torciam pela indicação de Serra, a tarefa agora ficou mais difícil, uma vez que o nome de Alckmin é menos conhecido nacionalmente. Enquanto Bornhausen e Cesar Maia preferiam Serra, o grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) torcia por Alckmin. O grupo de Bornhausen que esperava comandar a prefeitura de São Paulo no lugar de Serra ficou frustrado. Disputa para vice– Antes mesmo de decidir pelo acordo eleitoral com o PSDB, o PFL já discute um eventual nome para a vice-presidência na chapa de Alckmin. O líder do PFL, senador José Agripino (RN), é o mais cotado e transita bem nos grupos de ACM e Bornhausen, além da simpatia que nutre entre os tucanos. Mas outros nomes estão à mesa como dos senadores José Jorge (PFLPE) e César Borges (PFL-BA). Bornhausen não tem pressa e quer discutir com Alckmin o perfil de seu vice. "Vamos com calma", ponderou ACM. "Não pode ser um vice que tire voto", observou Bornahusen. No PFL, há também um grupo contrário à coligação presidencial, caso da senadora Roseana Sarney (MA). O argumento é que, mantida a verticalização, é melhor deixar o partido livre para fazer as alianças mais convenientes nos estados. (Agências)

definição do PSDB sobre a candidatura presidencial fez os tucanos voltarem todas as atenções para as prévias que o PMDB realizará no próximo domingo para escolher seu candidato a presidente. A escolha do governador Geraldo Alckmin reforçou a preocupação com a possibilidade de a eleição ser decidida já no primeiro turno. Ainda mais se o Supremo Tribunal Federal (STF) mantiver a regra da verticalização – que exige que as alianças partidárias fechadas em nível nacional sejam respeitadas nos estados – o que deverá reduzir o número de candidatos à Presidência. O PMDB, mais do que nunca, volta a ser o fiel da balança: os tucanos querem uma candidatura peemedebista para que a eleição não seja definida já no primeiro turno – e o PT torce para que ela não prospere. "Foi um passo ousado do PSDB. Vamos aguardar agora para ver o que acontece com o PMDB... Espero que meu partido tenha tomado a decisão certa", observou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), sem esconder a preocupação em relação a apertada disputa que os tucanos terão de enfrentar . Reunião – A ala governista do partido convocou uma reunião de emergência no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), logo depois dos tucanos apresentarem Alckmin como seu candidato para discutir a situação. A avaliação do grupo é a de que o PMDB perderá sua posição privilegiada caso opte com tanta antecedência por lançar um candidato próprio. Mas sem conseguir derrubar as prévias, os governistas do PMDB se preocupam agora com o favoritismo do ex-governador Anthony Garotinho na disputa com o governador gaúcho Germano Rigotto. O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), admitiu ontem que firmará acordo com a ala governista do partido, caso a verticalização seja mantida, mas que isso só será possível após a realização da prévia, que ocorre no domingo. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16 -.INTERNACIONAL

quarta-feira, 15 de março de 2006

Kevin Frayer/AP/AE

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Magnus Johansson/Reuters

Palestino joga pedras contra soldados israelenses em Gaza

petacular para se apresentar ao eleitorado israelense como um sucessor à altura do primeiro-ministro Ariel Sharon na defesa da segurança de Israel. Os militares israelenses cercaram a prisão horas depois que observadores americanos e britânicos abandonaram o local, alegando que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não lhes dava condições de realizar seu trabalho. Os monitores estavam encarregados de vigiar Saadat e cinco militantes da FPLP acusados de envolvimento no planejamento do assassinato do ministro do Turismo de Israel, Rehavan Zeevi, em 2001, em Jerusalém. A FPLP assumiu a autoria desse ataque e a Autoridade Nacional Palestina se comprometeu a manter Saadat e os demais acusados em Jericó. O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, acusou os EUA e a Grã-Bretanha de terem ajudado Israel na invasão, retirando de comum acordo os monitores do local. Mas funcionários americanos mostraram uma carta enviada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, no dia 8, advertindo-o de que se não houvesse segurança para os monitores, eles seriam retirados do local. Os observadores se queixavam de que os presos podiam receber visitas fora de horário e dispunham de regalias proibidas na prisão. As tropas israelenses cercaram por pelo menos dez horas a prisão no qual estavam cerca de 200 presos, na grande maioria criminosos comuns. Saadat e os outros cinco militantes buscados por Israel insistiam que não seriam retirados dali pelos israelenses. No final, acabaram se rendendo. Outros 15 prisioneiros foram levados, incluindo Fuad Shobaki, responsável por contrabando de armas para a Autoridade Nacional Palestina. Israel anunciou que todos serão julgados. (AE)

Prisioneiros palestinos capturados pelas tropas israelenses perto da prisão de Jericó. As forças estrangeiras que vigiavam a prisão saíram do local alegando questões de segurança Saif Dahlah/AFP

ISRAEL EM JERICÓ: ENTREGUEM-SE OU MORRAM Ação israelense evitou que detentos ligados à Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) fossem soltos, mas desencadeou uma onda de protestos e seqüestros por parte de militantes palestinos

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ex-líder iugoslavo e acusado de crimes de guerra Slobodan Milosevic será enterrado na Sérvia. A informação veio ontem do Partido Socialista após a liberação do corpo. Milosevic foi encontrado morto na prisão, em Haia. A escolha do local dependeu de acordos com o governo sérvio, porque a esposa de Milosevic é acusada de crimes de corrupção no país. A morte de Milosevic e o drama da família para escolher um local para enterrar o corpo não acalmaram os ânimos de suas vítimas. As mães, viúvas e irmãs de cerca de 8.000 muçulmanos bósnios massacrados em Srebrenica em 1995 acham que, mesmo morto, Milosevic deveria ser condenado, ainda que fosse só pelo registro histórico. Julgamento – O tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) em Haia concluiu formalmente, na terça-feira, o julgamento do ex-presidente iugoslavo, réu em 66 casos de crimes contra a humanidade e crimes de guerra na Croácia, na Bósnia e em Kosovo. Milosevic foi encontrado morto no sábado. O júri se arrastava havia quatro anos. "Eles precisaram de um dia para matar 8.000 pessoas. O tribunal teve cinco anos e não condenou Milosevic", disse Kada Hotic, da associação Mães de Srebrenica, ao assistir ao encerramento do julgamento pela TV. "Não pode acabar assim. Queremos uma sentença, apesar da morte dele". A ausência de um veredicto, para ela, significa uma recompensa

Mohamed Abed/AFP

Jamal Aruri/AFP

Palestinos protestaram contra as tropas israelenses que usaram tanques e armas para capturar Ahmed Saadat (a lado). O professor Douglas Johnson (acima) foi seqüestrado e libertado logo depois

Muçulmanos querem Milosevic condenado para a história para as políticas de genocídio. Com a morte de Milosevic, o líder servo-bósnio Radovan Karadzic e o chefe militar Ratko Mladic são os únicos réus de alto escalão que podem ser responsabilizados pelo planejamento do massacre de julho de 1995, no enclave guardado pela ONU. Ambos estão foragidos, o que deixa as mulheres de Srebrenica ainda mais desesperançosas. "A única coisa que nos resta é rezar para que eles recebam o castigo de Deus", disse Munira Subasic, chefe da associação. "Não acreditamos na justiça de Haia." Hotic afirmou que, se não for para realizar um julgamento mais ágil e eficaz, nem vale a pena levar Karadzic ou Mladic ao banco dos réus."Se o julgamento deles for um circo como o de Milosevic, e se lhes derem sentenças como as dadas para outros criminosos, então não precisamos dele". Dezenove pessoas foram acusadas pelo tribunal da ONU pelo massacre de Srebrenica, e seis já foram condenadas. Dezessete outras pessoas foram indiciadas pela Bósnia, pela Sérvia e pela Croácia. A associação disse que, se não obtiver uma condenação do tribunal de Haia, ainda possa apelar à Corte Internacional de Justiça, na Holanda.

O ex-líder iugoslavo, morto no sábado, réu em 66 crimes Petar Kujundizic/Reuters - 23/04/98

ntes da posse do grupo Hamas no governo palestino e a menos de 15 dias das eleições israelenses, o Exército de Israel lançou ontem uma de suas maiores ofensivas nos últimos meses em território autônomo palestino. A ação pôs fim a um acordo de 2002 que manteve seis presos palestinos sob guarda internacional numa prisão em Jericó. Com tanques, helicópteros e buldôzeres (tratores de lâmina), centenas de soldados israelenses cercaram a prisão da cidade bíblica de Jericó e capturaram o líder da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, além de outros 15 militantes. A mensagem israelense era clara: quem tentasse sair ou escapar, morreria. A invasão provocou uma onda de protestos e seqüestros de estrangeiros na Faixa de Gaza e Cisjordânia. À noite, cerca de 200 palestinos invadiram a prisão palestina de Belém e libertaram oito presos, quase todos ligados às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, facção armada da Fatah. Autoridades israelenses alegaram ter como objetivo prender Saadat para evitar que ele fosse solto pelo grupo Hamas que, depois de eleito em janeiro deste ano, deixou clara sua intenção de libertar todos os presos por "ações da resistência". Apesar disso, a invasão levantou suspeitas de que o primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, aprovou essa ação es-

Acordo – O corpo de Milosevic chegará a Belgrado no início da tarde de hoje. Os restos mortais de Milosevic foram transferidos na segunda-feira à noite de Haia ao necrotério do aeroporto de Schiphol. Seu filho Marko viajou ontem à Holanda para se encarregar do corpo. Enquanto esses procedimentos eram realizados, o Tribunal de Belgrado retirou a ordem de prisão que tinha emitido há três anos contra a viúva de Milosevic, Mirjana Markovic, porque não tinha comparecido ao julgamento por corrupção. O Tribunal de Belgrado aceitou a fiança de 15 mil euros oferecida pelos advogados de Mirjana, mas alertou que a acusada só poderá permanecer em liberdade se apresentar-se ao tribunal quando for citada. No entanto, o tribunal ordenou o passaporte da viúva de Milosevic seja confiscado logo que ela chegar à Sérvia, para garantir que compareça à próxima audiência no Tribunal, que já foi marcada para o dia 23. Markovic abandonou a Sérvia em fevereiro de 2003, no início desse processo, e presumivelmente se estabeleceu na Rússia. Fontes políticas disseram que for a m re a l i z a d o s apelos para que o governo faça um funeral com honras de Estado e permita a presença da viúva. (Reuters)


Programação DAY ONE of the Summit: Wednesday, 15 March, 2006

DIA UM do Congresso: Quarta-feira, 15 de Março de 2006

07:00 – 08:30 Credentials and Networking 08:30 – 10:00 Opening Ceremony: Official Welcome: Júlio César Bueno, President, Sao Paulo Chamber of Commerce Young Entrepreneurs Forum, Brazil; Yiping Zhou, Director, Special Unit for South-South Cooperation, United Nations Development Program, USA; José Serra, Mayor, Sao Paulo, Brazil;- Guilherme Afif Domingos, President, Sao Paulo Chamber of Commerce and State of Sao Paulo Federation of Chambers of Commerce, Brazil Opening Keynote Address: Donald F. Terry, Manager, Multilateral Investment Fund, Inter- American Development Bank, USA Special Remarks: João Carlos de Souza Meirelles, Secretary of State of Sao Paulo, Economy Development, Technology and Science, Brazil; Nabil Fawaz, Global Head, Multilateral Investment Guarantee Agency (MIGA), The World Bank Group, USA; Abdel-Hamid Mamdouh Director, Trade in Services, World Trade Organization, Switzerland; Jean-Claude Baumgarten, President, World Travel and Tourism Council, UK; Samuel Nyambi, Senior WTU Development Coordinator-Africa, South-Africa Special Event: Celebrating Celebration Official Statement of the Patron of the Summit: H.E. Geraldo Alckmin, Governor of the State of Sao Paulo, Brazil Moderator: Sujit Chowdhury, Secretary General, 10th World Summit of Young Entrepreneurs, Brazil; President & CEO World Trade University Global Secretariat, Canada 10:00 – 10:45 Special Feature Presentation: Redefine The Possible: Pursuit of a GreatDream Speaker: Mae Jemison, Astronaut, First Woman of Color in Space, USA Introduction: Sujit Chowdhury, Secretary General, 10th World Summit of Young Entrepreneurs, Brazil; President & CEO World Trade University Global Secretariat, Canada 10:45 – 11:00 Coffee Break 11:00 – 12:15 First Global Round Table: Executives in the Hot-Seat Entrepreneurs and the Discourses: Partnering for Success in the Next Economy Chair: Peter Greenberg, Travel Editor, NBC Today Show, MSNBC, CNBC, Travel Editor America On Line, USA Distinguished Guest: H.E. Luiz Fernando Furlan, Minister of Development, Industry and Trade Commerce Featuring: Wong Kwong-Yu, Chairman, Guomei Electronic Company, People’s Republic of China Speakers: Ken Murphy, Vice President, Marketing & Communications, United Air Travel Plan, USA; Brian Davis, Founder and Executive, Xango, USA; Andrew Fiddaman, Associate Director, The Prince of Wales International Business Leaders Forum, UK; Sabri Dogar, President & CEO, Sigem Ltd., Turkey 12:15 – 13:15 Simultaneous Interactive Workshops ROOM BANCO ABN AMRO – Relationship between enterprises and banks: challenges and opportunities ROOM FAAP – Entrepreneurship in a global context ROOM SEBRAE – An overview on the Brazilian capital market: is there a room for entrepreneurship? ROOM EXAME – Small is Beautiful or is it? Small and Medium Enterprises & Multinational Corporation Relationship ROOM VISA CARD – I - Getting The Most Out of Your Employees II - Proactive Services: how to effectively serve and retain customers? 13:15 – 14:30 Lunch 14:45 – 15:45 Simultaneous Interactive Workshops ROOM BANCO ABN AMRO – Branding the CEO Image ROOM FAAP – Assuring sucsses in a uncertain in turbulent environment ROOM SEBRAE – An entrepreneur’s testimony ROOM EXAME – Pre & Post InitialPublic Offerings (IPO) ROOM VISA CARD – Patent law Copyrights and Trade Marks: Understanding Intellectual: To Protect and not to infringe 15:45 – 16:00 Coffee Break 16:00 – 17:00 Launching the Virtual Trade Show First Session: Let’s Make a Deal: Joint Venture Opportunity - I 17:00 – 18:00 Second Global Round Table: Entrepreneurs in the Hot-Seat Investment and Economy: Managing Threats from Within and Without 18:00 – 19:00 Recognizing Spirit of Excellence : Special Award Session Distinguished Guest: Guilherme Afif Domingos, President, Sao Paulo Chamber of Commerce and State of Sao Paulo Federation of Chambers of Commerce, Brazil Moderator: Peter Greenberg, Travel Editor, NBC Today Show, MSNBC, CNBC, Travel Editor America Online, USA

07:00 - 08:30 Credenciamento e Networking 08:30 – 10:00 Cerimônia de Abertura: Boas-vindas Oficiais Júlio César Bueno, Presidente do Fórum de Jovens Empreendedores da Câmara de Comércio de São Paulo, Brasil; Yipping Zhou, Diretor, Unidade Especial para Cooperação Sul-Sul, EUA; José Serra, Prefeito, São Paulo, Brasil; Guilherme Afif Domingos Presidente da Associação Comercial de São Paulo e Federação das Câmaras de Comércio do Estado de São Paulo, Brasil Discurso Principal de Abertura: Donald Terry, Gerente do Fundo de Investimento Multilateral, Banco Interamericano, EUA Comentários Especiais: João Carlos de Souza Meirelles, Secretário de Ciências, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo; Nabil Fawaz, Chefe Global da Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos (MIGA – Multilateral Investment Guarantee Agency), O Grupo do Banco Mundial. EUA; Abdel Hamid Mamdouh Diretor, Comércio em Serviços, Organização Mundial de Comércio, Suíça; Jean-Claude Baumgarten, Presidente, Conselho Mundial de Viagens e Turismo, Londres, Reino Unido; Samuel Nyambi, Coordenador Sênior de Desenvolvimento da WTU-África, África do Sul Evento Especial: Celebrando a Celebração Declaração Oficial do Patrono do Congresso: Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo, Brasil Moderador: Sujit Chowdhury, Secretário Geral do 10° Congresso de Jovens Empreendedores; Presidente & Chefe Executivo da Secretaria Global da World Trade University, Canadá 10:00 – 10:45 Apresentação Especial: Redefinir o Possível: Perseguindo o Grande Sonho Palestrante: Mae Jemison, Astronauta, Primeira Astronauta Negra a ir ao Espaço, EUA Introduzido por: Sujit Chowdhury, Secretário Geral do 10° Congresso de Jovens Empreendedores, Presidente & Chefe Executivo, Secretaria Global da World Trade University, Canadá 10:45 – 11:00 Coffee Break 11:00 – 12:15 Primeira Mesa Redonda Global: Empreendedores no Hot-Seat Empreendedores e os Discursos: Fazendo Parcerias para o Sucesso na Próxima Economia Presidido por: Peter Greenberg, Editor de Viagens, Today Show da NBC, MSNBC, CNBC, Editor de Viagens de America Online, EUA Convidado Especial: Sua Excelência Luiz Fernando Furlan, Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Participação: Wong Kwong-yu , Diretor Presidente da Guomei Electronic Company, República Popular da China Palestrantes: Ken Murphy, Vice Presidente, Marketing & Comunicações, United Air Travel Plan, EUA; Brian Davis, Fundador e Executivo, Xango, EUA; Andrew Fiddaman, Diretor Associado, The Prince of Wales International Business Leaders Forum, Reino Unido; Sabri Dogar, Presidente & Chefe Executivo da Sigem Ltd., Turquia 12:15 – 13:15 – Workshops Interativos Simultâneos SALA BANCO ABN AMRO – Relação entre empreendimentos e bancos: desafios e oportunidades SALA FAAP – O emprendedoris-mo em um contexto globalizado SALA SEBRAE – Uma visão global do mercado brasileiro de capitais: há espaço para o emprendedorismo? SALA EXAME – Pequeno é Bonito; será? Pequenas e Médias Empresas & Relação de Corporações Multinacionais SALA VISA CARD – I - Obter o máximo dos seus funcionários II – Serviços Proativos: como atender eficientemente e reter clientes? 13:15 – 14:30 Almoço 14:45 – 15:45 Workshops Interativos Simultâneos SALA BANCO ABN AMRO – Branding a Imagem do Chefe Executivo SALA FAAP – Garantindo sucesso em um ambiente incerto e turbulento SALA SEBRAE – Um testemunho de um empreendedor SALA EXAME – Pré & Pós Oferta Publica Inicial (IPO) SALA VISA CARD – Lei de Patentes, Direitos Autorais e Marcas Registradas: Entendimento Intelectual: Proteger e não infringir 15:45 – 16:00 Coffee Break 16:00 – 17:00 Lançamento do Virtual Trade Show Primeira Sessão: Let’s Make a Deal: Oportunidade de Joint Venture - I 17:00 – 18:00 Segunda Mesa Redonda Global: Empreendedores no Hot-Seat Investimentos e Economia: Gerenciando Ameaças de Dentro e Fora 18:00 – 19:00 Reconhecimento do Espírito de Excelência: Sessão de Prêmio Especial Convidado Especial: Guilherme Afif Domingos Presidente da Associação Comercial de São Paulo e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Brasil Moderador: Peter Greenberg, Editor de Viagens, Today Show da NBC, MSNBC, CNBC, Editor de Viagens de America Online, EUA

A programação completa no site www.wsyebrasil.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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por cento dos entrevistados pela Ipsos vão presentear as mães com roupas e calçados

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

CONSUMIDOR AINDA TEM ESPERANÇA NA ECONOMIA, REVELA NOVO ÍNDICE DA ACSP O INC, como será chamado o novo indicador, mede a confiança da população em relação à economia, e como cada cidadão vê a situação da própria família. Em fevereiro, o índice marcou 127 pontos, de um mínimo de 100, analisado como otimista pela Ipsos, empresa de pesquisa responsável pela coleta dos dados.

O

consumidor está esperançoso com o futuro da economia brasileira e tem a intenção de gastar mais nos próximos seis meses. No entanto, não há expectativa de melhora no que diz respeito às finanças pessoais. Quem tem emprego já se considera satisfeito e não acredita que terá melhorias no próprio rendimento. Essa é a conclusão da pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos Public Affairs e divulgada ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e que passa a ser anunciada todos os meses. Juntamente com os dados de confiança da população, foram reveladas as intenções de compra para o Dia das Mães (veja reportagem ao lado). De acordo com o diretor da Ipsos, Clifford Young, o Brasil é carente de indicadores para planejamento econômico e é essa falha que a pesquisa encomendada pela ACSP procura suprir. Dados semelhantes são coletados nos Estados Unidos e Canadá. Em fevereiro, o Índice Nacional de Confiança (INC), como será chamado, foi de 127 pontos, sendo 100 o número base. A confiança do consumidor teve uma ligeira queda em relação a janeiro, quando registrou 130 pontos, mas manteve-se estável em relação aos meses anteriores. Embora tenha sido a primeira divulgação oficial, os dados vêm sendo coletados desde abril do ano passado para que uma série mínima fosse anunciada. A queda de fevereiro foi causada, principalmente, pelos entrevistados das regiões Nor-

127 pontos foi o que marcou em fevereiro o Índice Nacional de Confiança, sendo que 100 é o número base. te e Centro-Oeste do País. "Os problemas com a safra agrícola e com a febre aftosa afetaram os moradores dessas regiões, que tiveram seus rendimentos diminuídos", explicou o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Em sua opinião, uma redução dos preços dos alimentos é boa para o consumidor de imediato, mas causa escassez e desemprego no médio e longo prazos. Otimismo – Em contrapartida, os consumidores das demais regiões mostraram-se divididos com o futuro e com a situação atual: 39% consideram a região onde moram forte ou muito forte economicamente e 37% acreditam que seja fraca ou muito fraca. Os demais não souberam ou não quiseram responder. Um dos otimistas é o assistente administrativo Thiago Bernardo Pinho, de 20 anos. Ele trabalha em um escritório de contabilidade e diz que a empresa cresceu muito nos últimos anos e deve continuar em expansão. De 10 funcionários há um ano, o escritório mantém hoje 40 pessoas, todas com carteira de trabalho assinada. "Todo mundo sabe que em

ano de eleição aparece muito dinheiro, há muito investimento e isso reflete em todo o País e principalmente aqui em São Paulo. Só não sei se vai se manter no pós-eleição", disse. Na opinião de Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, o assistente administrativo tem razão. "Os gastos públicos só crescem. Ademais, em abril haverá o aumento do salário mínimo e até lá uma nova redução da Selic (taxa básica de juros), sem esquecer, claro, que teremos Copa do Mundo, o que aumenta o clima de festa do País", disse. Finanças pessoais – Entretanto, os indicadores de situação financeira pessoal mostram que o consumidor não vê melhoras em sua própria casa. Dos entrevistados, 45% consideram a situação da própria família boa, o mesmo índice de abril do ano passado. Mas a estabilidade também é vista entre os que consideram a situação ruim, de 32% em abril de 2005 para 33% no mês passado. O engraxate Jesse Silvério Batista, 26 anos, é um desses. Embora acredite na melhora econômica do País, afirmou que a situação de sua família mantém-se nos mesmos patamares de alguns anos atrás. "Meus clientes reclamam muito do preço do trabalho e fica cada vez mais difícil ter dinheiro", reclamou. Para engraxar um par de sapatos em frente a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ele cobra R$ 4. Metodologia – Para fazer a pesquisa, a Ipsos entrevistou 1 mil pessoas a cada mês, em 70 cidades de todo o Brasil. Fernanda Pressinott

INADIMPLÊNCIA Alta de 4 pontos em fevereiro nível de endividamento dos consumidores da Região Metropolitana de São Paulo recuou três pontos percentuais em março, para 64%, ante 67% em fevereiro na Região Metropolitana de São Paulo. Na direção oposta, a inadimplência cresceu quatro pontos percentuais no mesmo período. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a inadimplência passou de 38% para 42% no período. A pesquisa revela ainda uma ligeira redução na parcela de consumidores que declararam a intenção de quitar total ou parcialmente os débitos em atraso, passando de 80% para 78%. Houve elevação no percentual daqueles que acreditam não ter condições de saldá-las, de 17% para 21%. Segundo a entidade, o au-

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mento no percentual de endividados com contas em atraso e o "discreto" crescimento do comprometimento da renda podem ter contribuído para essa piora de expectativa dos consumidores em liqüidar seus compromissos no curto prazo. No que diz respeito ao prazo médio de endividamento, a PEIC da Federação revela que para 23% dos consumidores o prazo para pagamento é inferior ou igual a três meses. Para pouco mais de 43% destes, o intervalo varia de três meses a um ano. Cerca de 33% declararam que os débitos têm prazos médios superiores a um ano. Assim, 66% das parcelas em aberto devem ser quitadas em até 12 meses. "Isso reforça a tendência de alongamento do perfil da dívida dos consumidores e seu reduzido poder de compra", analisaram os assessores econômicos da entidade por meio de nota à imprensa. Na análise, tanto a alta da inadimplência como o maior

comprometimento da renda dos endividados podem ser explicados em decorrência do acúmulo de contas típicas de início de ano, como impostos e matrículas escolares, entre outros. Esses fatores acabam por arrochar ainda mais o orçamento doméstico e elevar a proporção daqueles que têm contas em atraso", comentaram os assessores Oferta de crédito – Para os economistas da Federação, aliado a esse movimento há também o reflexo da expansão da oferta de crédito e o aumento das facilidades de pagamento ao longo de 2005 e no início deste ano. "Esses fatores levam os consumidores a acumular mais pendências financeiras." Os assessores acrescentaram que, embora o volume de crédito destinado à pessoa física tenha crescido 37% nos últimos 12 meses até janeiro, o consignado apresentou a maior expansão, 75%, segundo dados do Banco Central. (AE)

Clifford Young, diretor da Ipsos disse que o INC vai suprir uma carência de indicadores de planejamento Paulo Pampolin/Hype

Paulo Pampolin/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

Sueli vai presentear com roupas

Batista: só economia vai bem

Dezena: aposta na linha branca

Roupas e calçados, os preferidos para as mães

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pontado como a segunda melhor data de vendas no ano para o varejo, atrás apenas do Natal, o Dia das Mães é aguardado com grande expectativa pelo comércio. A projeção neste ano é de aumento do faturamento entre 10% e 30% em relação a 2005. Os segmentos mais beneficiados, segundo pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Ipsos são os de vestuário e calçados. Nela, os consumidores foram questionados sobre quais produtos pretendiam comprar para o Dia das Mães e 23% citaram roupas e sapatos. Na avaliação do presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, essa pesquisa é apenas uma indicação para o comércio, já que não há um parâmetro anterior para referência. "Mas nossa intenção é tornar o estudo periódico, antecipando a tendência do consumidor nos eventos sazonais do ano, para que o lojista possa se preparar", afirmou Afif. As amigas Joyce Daniele, 18 anos, e Romenilza Costa, 26, ainda não decidiram o que vão comprar, mas adiantaram que pretendem pesquisar muito antes de escolher o presente para as mães. Já os colegas Willian Lins, Renato Souza e Tiago Coelho disseram que vão comprar roupas, mesma opção de Sueli Maria. "É mais fácil e dá para parcelar no cartão ou financiar pela loja", disse Tiago. Confirmando essa preferência, Josefá Josely, gerente da loja de confecção Conexão, aposta em expansão de 30% nas vendas para o Dia das Mães na comparação com a mesma data em 2005. De acordo com ele, os produtos mais procurados devem ser as jaquetas jeans e as blusas de malha. "Os perfumes também são bem recebidos pelas mães", afirmou Vanessa Guizolin, gerente da loja O Boticário da Rua São Bento. A rede já está com tudo pronto para o Dia

das Mães. A grande vedete é um estojo especial com colônia e outros produtos. "Nosso objetivo é vender 15% mais neste ano." Na pesquisa encomendada ao Ipsos, o setor de perfumaria, ao lado do de jóias, foi citado por 4% dos entrevistados como opção de presente. Nem só roupas – Apesar da preferência pelas confecções, os lojistas que comercializam produtos de maior valor também têm boas expectativas. O gerente da loja Kolumbus, Carlos Alberto Dezena, por exemplo, aposta em crescimento das vendas para o Dia das Mães de 10% sobre 2005. "A tendência é de que a linha branca de eletrodomésticos se-

ja o carro-chefe de vendas", disse. "O comércio espera o mês de maio como um segundo dezembro. Se o governo mantiver a queda dos juros, o cenário será ainda melhor. Já a loja Marabraz espera expansão de 20% nos negócios. O gerente Roberto Teixeira indicou poltronas e sofás como os produtos em destaque na unidade do centro da capital. Eduardo A. de Castro


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Nacional Estilo Empresas Finanças

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quarta-feira, 15 de março de 2006

Mão-de-obra na construção teve alta de 0,38% em fevereiro.

METRO QUADRADO CUSTOU R$ 547 EM FEVEREIRO

Luiz Prado/LUZ

Alta de 0,31% no custo da construção

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custo nacional da construção civil teve variação de 0,31% em fevereiro, com recuo de 0,12 ponto percentual em relação ao mês de janeiro (0,43%), segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatísticas (IBGE). Em fevereiro de 2005, o índice havia subido 0,65%. No primeiro bimestre deste ano, o acumulado é de 0,74% e, nos últimos 12 meses, de 6,31%. Segundo o IBGE, o custo nacional por metro quadrado passou para R$ 547, 14 em fe-

vereiro. Destes, R$ 319,85 são relativos aos materiais e R$ 227,29 se referem à mãode-obra. A parcela dos materiais variou 0,25% em fevereiro , a n t e u m a e l e v a ç ã o d e 0,55% em janeiro. A mão-deobra cresceu de forma mais acentuada no período. A alta, nesse caso, foi de 0,38%, contra 0,27% de janeiro. O levantamento do IBGE mostrou que, no acumulado do ano, os materiais subiram 0,8%. O índice está bem abaixo do registrado em igual período do ano passado, que foi

de 1,45%. Para a mão-de-obra, o acumulado foi de 0,65%, também abaixo do registrado em 2005, quando se apurou um índice de 1, 27%. Em termos regionais, pressionada pelo resultado da Bahia, a região Nordeste teve a maior alta no mês de fevereiro: 0,69%. A região Norte ocupou a segunda posição, com índice de 0,41%. Os demais resultados regionais, todos menores que o índice nacional (0,31%), foram: 0,22% no Sul; 0,18% no Centro-Oeste e 0,12% no Sudeste. (AE)

Neste ano, preços de materiais de construção já subiram 0,8%

CONVOCAÇÕES Alfa Holdings S.A.

Consórcio Alfa de Administração S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.193.806/0001-46 - NIRE 35 3 0002366 8 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 11.183.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)

ATAS

Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.396/0001-69 - NIRE 35 3 0002375 7 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 10.513.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)

Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.412/0001-13 - NIRE 35 3 0004818 1 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal para elevação do capital social em mais R$ 18.000.000,00, sem emissão de ações mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

Banco Alfa de Investimento S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 60.770.336/0001-65 - NIRE 35 3 0005322 2 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria e 5. fixar a remuneração do Comitê de Auditoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento e deliberar sobre a Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 28.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

EDITAIS

EXTRATO

Fundação Hélio Augusto de Souza - FUNDHAS

AUTORIZAÇÃO DE CONTRATAÇÃO DIRETA POR INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO E RATIFICAÇÃO Contratante: Fundação Hélio Augusto de Souza FUNDHAS. Contratada: Viação Oito

ERRATA

Irmãos Ltda. Objeto: Aquisição de 600 vales-transportes intermunicipais Monteiro Lobato SJCampos (integral); 1.500 vales-transportes intermunicipais Monteiro Lobato SFXavier (integral); 13.000 vales-transportes intermunicipais Monteiro Lobato GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

REPUBLICADO P/ CORREÇÃO DO FOLHETO DESCRITIVO E NOVA DATA DO PREGÃO PROCESSO 0010/5900/2006 - PREGÃO (Presencial) 12/06 - MOLHO DE TOMATE REFOGADO Onde se lia no Folheto Descritivo - 2. Características do produto: - 2.1. Gerais: O molho de tomate refogado deverá apresentar pedaços de tomate e ser preparado com frutos maduros, selecionados, sãos, sem pele e sem sementes, adicionados de cebola, óleo de soja, alho, salsa, amido, sal, açúcar, condimentos (exceto pimenta) e outras substâncias desde que declaradas e permitidas, envasados em recipientes herméticos, estáveis à temperatura ambiente e comercialmente estéreis. O produto deverá estar isento de fermentação, pele, semente e aditivos químicos. Leia-se - no Folheto Descritivo - 2. Características do produto: - 2.1. Gerais: O molho de tomate refogado deverá apresentar pedaços de tomate e ser preparado com frutos maduros, selecionados, sãos, adicionados de cebola, óleo de soja, alho, salsa, amido, sal, açúcar, condimentos (exceto pimenta) e outras substâncias desde que declaradas e permitidas, envasados em recipientes herméticos, estáveis à temperatura ambiente e comercialmente estéreis. O produto deverá estar isento de fermentação, pele, semente e aditivos químicos. DATA DA SESSÃO - 04/04/2006 - ÀS 14:30 H ENTREGA DA DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ATÉ O DIA 28/03/2006 ÀS 17:00 H LOCAL DA SESSÃO - RUA JOÃO RAMALHO, 1546 - PERDIZES - SÃO PAULO O EDITAL ESTARÁ NA ÌNTEGRA NO SITE – www.e-negociospublicos.com.br

SFXavier (escolar); 17.500 vales-transportes intermunicipais SFXavier

SJCampos

(integral) e 13.000 vales-transportes intermunicipais SFXavier SJCampos (escolar). Valor total: R$ 108.415,00. Vigência do contrato: 30 dias. Fundamento legal: Inexigibilidade de Licitação conforme Artigo 25, caput, da Lei Federal 8.666/93 e alterações. Informações: Rua Santarém, 560 Parque Industrial São José dos Campos SP, Setor Compras/Licitações, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 16h30, de 2ª a 6ª feira. São José dos Campos, 10 de Março de 2006. Hiromiti Yoshioka - Presidente

COMUNICADO São Bernardo do Campo, 24 de fevereiro de 2006. À Ford Motor Company Brasil Ltda.

AVISO AOS ACIONISTAS

Av. do Taboão, 899 - Rudge Ramos São Bernardo do Campo, SP Prezados Senhores, Sirvo-me da presente para manifestar minha renúncia, a partir desta data, ao cargo de Diretor, sem designação específica, para o qual fui eleito por meio do Instrumento Particular de 44ª Alteração do Contrato Social da Ford Motor Company Brasil Ltda., datado de 1º de setembro de 2004, devidamente registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o nº 419.024/04-9, em sessão de 22 de setembro de 2004. Atenciosamente, MIGUEL ANGEL ALCARAZ GRANADOS. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 73068/06-8 em 08/03/06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

COMUNICADO À PRAÇA

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 23/2006 OBJETO: Aquisição de mobiliário e eletro-domésticos para atendimento das creches municipais, escolas de educação infantil e escolas municipais de ensino fundamental. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 28 de março de 2006, às 08:30 horas.

EXTRAVIO EXTRAVIO DE NFs Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda – Rua Solon, 909/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP – CNPJ.: 07.230.513/0001-38, comunica extravio da 2ª via das NF’s 0001821; 0004701; 00004824; 0008429; 0010544; 0010927; 0016286; 0021485; 0022231; 3ª e 4ª vias da NF 0010834; 4ª via da NF 0002043; todas as vias das NF’s 0008934; 0021727; 0021823 e informa que as NF’s 0002969; 0002970; 0003680 tiveram problemas de impressão.

Requerente: HD Sistemas Eletrônicos Com. Importação e Exp. Ltda. - Autofalência Requerido: HD Sistemas Eletrônicos Com. Importação e Exp. Ltda. Autofalência - Rua Tonelero, 804 - sala 04 - 02ª Vara de Falências Requerente: Arrulletto Indústria Mecânica Ltda. - EPP - Requerido: THI Tecnologia em Aquecimento Industrial Ltda. - Rua Laguna, 758 - 02ª Vara de Falências Requerente: Kátia Pinheiro de Brito - Requerido: Editora de Guias LTB S/A. - Requerido: Ebid Editora Páginas Amarelas Ltda. - Av. Brig. Luis Antonio, 277 sala 67 - 6º andar - 02ª Vara de Falências Requerente: Brasil Recursos Humanos Ltda. - Requerido: Coneng Engenharia e Tecnologia Ltda. - Rua Mateus Grou, 56 - 02ª Vara de Falências Requerente: Cliomar Comercial Importadora e Serviços Ltda. - Requerido: Indústria

de Produtos Alimentícios MC Ltda. Rua Emilio Goeldi, 111 - 01ª Vara de Falências Requerente: Brasfilter Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: GV Associados Comércio e Distribuidora Ltda. - Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2478 - 01ª Vara de Falências Requerente: Khamel Representações Importação e Exportação Ltda. - Requerido: Comercial Curitibanos Ltda. - Rua Carlos Garcia, 138 - 02ª Vara de Falências Requerente: Max Burgos Roso Junior - Requerido: Metais Klone Metalúrgica Ltda. - Av. Presidente Wilson, 3543 - 01ª Vara de Falências Requerente: Solve DT Link Comunicações e Sistemas Ltda. - Requerido: Condomínio Soluções de Tecnologia S/A - Rua Dr. Miguel Couto, 58 – 5º andar - 02ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de março de 2006

LEGAIS - 9

Banco Mercantil de São Paulo S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 61.065.421/0001-95 - Avenida Paulista, 1450 - São Paulo - SP Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Mercantil de São Paulo S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. No exercício, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 278,417 milhões, correspondente a R$ 14,11 por lote de mil ações e Patrimônio Líquido de R$ 3,554 bilhões.

São Paulo, SP, 30 de janeiro de 2006. Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

ATIVO

2005

2004

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE .................................................................................. DISPONIBILIDADES ......................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ......................... Aplicações no Mercado Aberto ........................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros .......................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................ Carteira Própria ................................................................................. Vinculados à Prestação de Garantias .................................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ................................................... Créditos Vinculados: - SFH - Sistema Financeiro da Habitação .......................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................... Transferências Internas de Recursos .................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Rendas a Receber ............................................................................. Diversos ............................................................................................ Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ...................... OUTROS VALORES E BENS ............................................................ Outros Valores e Bens ........................................................................ Provisões para Desvalorizações ........................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................ Moedas de Privatização ..................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ................................................... Créditos Vinculados: - SFH - Sistema Financeiro da Habitação .......................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Diversos ............................................................................................ PERMANENTE ................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................. Participações em Coligadas e Controladas: - No País ........................................................................................... - No Exterior ...................................................................................... Outros Investimentos ......................................................................... Provisões para Perdas ....................................................................... IMOBILIZADO DE USO ..................................................................... Imóveis de Uso .................................................................................. Reavaliações de Imóveis de Uso ....................................................... Outras Imobilizações de Uso ............................................................. Depreciações Acumuladas ................................................................. DIFERIDO ......................................................................................... Gastos de Organização e Expansão ................................................... Amortização Acumulada ....................................................................

3.100.005 3 2.933.607 9.097 2.924.510

3.476.562 8 1.532.930 10.839 1.522.091

CIRCULANTE ..................................................................................

101.435

114.659

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................... Transferências Internas de Recursos ..................................................

371 371

– –

41.108 39.626 1.482 3.072

1.678.886 1.677.235 1.651 21.766

OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Sociais e Estatutárias ......................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Diversas ............................................................................................

101.064 80.722 20.039 303

114.659 67.607 38.709 8.343

3.072 – – 121.125 5.727 115.460 (62) 1.090 1.349 (259) 474.573

21.766 481 481 238.785 4.967 233.818 – 3.706 5.109 (1.403) 537.931

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Diversas ............................................................................................

72.263 72.263 72.263 –

89.697 89.697 62.849 26.848

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................

3.554.585

4.291.467

52.858 52.367 491 166.080

50.737 50.737 – 133.468

Capital: - De Domiciliados no País ................................................................. Reservas de Capital ........................................................................... Reservas de Reavaliação .................................................................. Reservas de Lucros ........................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ................................

2.931.588 232.369 20.634 371.899 (1.905)

3.863.941 232.350 25.600 169.495 81

166.080 255.635 255.635 153.705 19.775

133.468 353.726 353.726 481.330 258.059

19.192 – 3.423 (2.840) 133.930 55.143 155.941 6 (77.160) – 8.653 (8.653)

19.693 237.788 3.418 (2.840) 223.271 139.721 158.634 351 (75.435) – 12.498 (12.498)

TOTAL ..............................................................................................

3.728.283

4.495.823

EVENTOS

CAPITAL SOCIAL SALDOS EM 30.6.2005 .................................................... REALIZAÇÃO DE RESERVAS ......................................... IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO PRÓPRIOS ............................................ AUMENTO DE CAPITAL .................................................. REDUÇÃO DE CAPITAL .................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR RESERVAS ...................... ATUALIZAÇÃO DE TITULOS PATRIMONIAIS .................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................ LUCRO LÍQUIDO ............................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................ - Dividendos Declarados .......................

AUMENTO DE CAPITAL

2005 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...... Operações de Crédito .................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos .... Resultado das Aplicações Compulsórias ........................ DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ..... Operações de Captações no Mercado ............................ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............. RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................................................................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ... Receitas de Prestação de Serviços ................................ Despesas de Pessoal ..................................................... Outras Despesas Administrativas .................................. Despesas Tributárias ..................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Outras Receitas Operacionais ........................................ Outras Despesas Operacionais ...................................... RESULTADO OPERACIONAL .................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ........................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ....................................................................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .. LUCRO LÍQUIDO .........................................................

2004

2005

318.272 2.578 303.462 – 12.232 22 – 22

617.769 6.863 587.413 – 23.493 62 – 62

432.251 14.929 377.763 (1.327) 40.886 7.044 7.044 –

318.250 (17.343) – (72) (4.748) (15.658) 2.941 2.440 (2.246) 300.907 (70.977)

617.707 (28.596) – (146) (9.478) (30.638) (14.655) 35.454 (9.133) 589.111 (62.190)

425.207 (13.871) 3 (318) (21.857) (20.350) 28.816 11.588 (11.753) 411.336 (19.320)

229.930 (140.039) 89.891

526.921 (248.504) 278.417

392.016 (127.076) 264.940

Número de ações ........................................................... 19.726.690.493 19.726.690.493 24.827.212.038 Lucro por lote de mil ações em R$ ................................. 4,56 14,11 10,67

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro

2º Semestre

2005

2004

ORIGEM DOS RECURSOS .........................................

409.155

1.527.571

1.597.609

LUCRO LÍQUIDO .........................................................

89.891

278.417

264.940

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................. Depreciações e Amortizações ........................................ Amortização de Ágio ...................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Outros ...........................................................................

(490) 2.451 – (2.941) –

19.634 4.979 – 14.655 –

29.660 5.165 43.592 (28.816) 9.719

2005

TOTAL ..............................................................................................

3.728.283

4.495.823

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

Exercícios findos em 31 de dezembro

2º Semestre

RESERVAS RESERVAS DE DE CAPITAL REAVALIAÇÃO

AJUSTE AOVALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

ESTATUTÁRIA

PRÓPRIAS

COLIGADAS E CONTROLADAS

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ............................................

(1.560)

(1.986)

14.336

RECURSOS DE ACIONISTAS ..................................... Aumento de Capital por Subscrição ................................ Redução de Capital ........................................................ Cisão ............................................................................. Reserva de Reavaliação ................................................ Ajustes de Impostos sobre a Reserva de Reavaliação ....

(931.966) 67.588 (1.000.000) – – 446

(932.629) 67.588 (1.000.000) – – (217)

(19.061) – – (17.112) (2.881) 932

348 348 – 1.168.501

371 371 – 1.851.889

85.812 – 85.812 662.133

1.075.277 – – 93.224 81.792 2.982 78.810 –

1.635.657 – 481 215.751 307.271 6.923 81.305 219.043

471.734 23.753 6.501 160.145 553.781 11.834 2.950 538.997

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ........................... Relações Interdependências ...................................... Outras Obrigações ..................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............................................................... Relações Interfinanceiras ........................................... Relações Interdependências ....................................... Outros Créditos .......................................................... - Alienação de Bens e Investimentos ............................. Bens não de Uso Próprio ............................................ Imobilizado de Uso ..................................................... Investimentos ............................................................. - Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ......................................

3.863.941 –

– –

232.350 –

23.591 (3.403)

21.349 –

283.904 –

(345) –

– –

– 3.403

4.424.790 –

– – (1.000.000) 59 –

– 67.588 – – –

– – – – 19

446 – – – –

– – – – –

– – – (59) –

– – – – –

– – – – –

– – – – –

446 67.588 (1.000.000) – 19

– – – –

– – – –

– – – –

– – – –

– – 4.663 –

– – 62.042 –

(1.560) – – –

– – – –

– 89.891 (66.705) (26.589)

(1.560) 89.891 – (26.589)

SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................

2.864.000

67.588

232.369

20.634

26.012

345.887

(1.905)

3.554.585

SALDOS EM 31.12.2003 .................................................. REALIZAÇÃO DE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO ........... RESERVAS DE REAVALIÇÃO - COLIGADAS/ CONTROLADAS ............................................................ IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO PRÓPRIOS ............................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................ CISÃO .............................................................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................ - Dividendos Declarados ....................... SALDOS EM 31.12.2004 .................................................. SALDOS EM 31.12.2004 .................................................. REALIZAÇÃO DE RESERVAS ......................................... IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RESERVAS DE REAVALIAÇÃO ............................................................... AUMENTO DE CAPITAL .................................................. REDUÇÃO DE CAPITAL .................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR RESERVAS ...................... REVERSÃO DE RESERVAS ........................................... ATUALIZAÇÃO DE TITULOS PATRIMONIAIS .................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................ LUCRO LÍQUIDO ............................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................ - Dividendos Declarados .......................

3.881.053 –

– –

232.316 –

32.678 (5.682)

– –

– –

– –

(14.255) –

(32.986) 2.723

4.098.806 (2.959)

(2.328)

2.406

78

2.639

4.604

6.008

– –

– –

– 34

932 –

– –

– –

– –

– –

– –

932 34

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..................................

409.159

1.527.576

1.598.205

DIVIDENDOS PAGOS E/ OU DECLARADOS .............

26.589

80.703

67.588

– (17.112) – – – 3.863.941 3.863.941 –

– – – – – – – –

– – – – – 232.350 232.350 –

– – – – – 25.600 25.600 (4.749)

– – – 11.789 – 11.789 11.789 –

– – – 157.706 – 157.706 157.706 –

– – – – – – – –

14.336 – – – – 81 81 –

– – 264.940 (169.495) (67.588) – – 4.749

14.336 (17.112) 264.940 – (67.588) 4.291.467 4.291.467 –

INVERSÕES EM ........................................................... Bens não de Uso Próprio ................................................

1.108 1.108

1.249 1.249

– –

INVERSÕES EM ........................................................... Bens não de Uso Próprio ................................................ Investimentos .................................................................

– – –

– – –

459.617 1.027 458.590

– – (1.000.000) 59 – –

– 67.588 – – – –

– – – – – 19

(217) – – – – –

– – – – 66 –

– – – (59) (66) –

– – – – – –

– – – – – –

– – – – – –

(217) 67.588 (1.000.000) – – 19

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .......................... Relações Interfinanceiras ...............................................

334.454 327.143 7.311

1.414.595 1.400.677 13.918

940.331 940.331 –

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............ Depósitos ...................................................................... Captações no Mercado Aberto ........................................ Outras Obrigações .........................................................

47.008 – – 47.008

31.029 – – 31.029

130.669 10.200 120.469 –

– – – –

– – – –

– – – –

– – – –

– – 14.157 –

– – 188.306 –

(1.905) – – –

(81) – – –

– 278.417 (202.463) (80.703)

(1.986) 278.417 – (80.703)

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ........................

(4)

(5)

(596)

2.864.000

67.588

232.369

20.634

26.012

345.887

(1.905)

3.554.585

MODIFICAÇÕES Início do Período .............................. NA POSIÇÃO Fim do Período ............................... FINANCEIRA Redução das Disponibilidades .........

7 3 (4)

8 3 (5)

604 8 (596)

SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Mercantil de São Paulo S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Mercantil de São Paulo S.A., é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em 30 de junho de 2005 foi concluída a venda da participação acionária detida pelo Banco Mercantil de São Paulo S.A., subsidiária integral do Banco Bradesco S.A., de 1.299 ações de emissão do Banco Bradesco Luxembourg S.A. Destas, 1.298 ações foram vendidas ao Banco Bradesco S.A., sendo 1 ação vendida ao Banco Finasa S.A., também subsidiária integral do Banco Bradesco S.A. Conforme Instrumento de Protocolo e Justificação firmado em 31 de outubro de 2005, na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 1o de novembro de 2005 foi proposta a cisão parcial do Patrimônio Líquido contábil do Banco Mercantil de São Paulo S.A., com versão da parcela cindida ao patrimônio da Bradesco Saúde S.A., visando promover a reorganização societária, com objetivo de alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade, a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, administrativos e legais. A operação foi efetivada com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de setembro de 2005, e submetida a aprovação do Banco Central do Brasil (BACEN).

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações 4% ao ano; móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e sistemas de comunicação - 10% ao ano e processamento de dados - 20% ao ano. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. As provisões para contingências fiscais, trabalhistas e cíveis são reavaliadas periodicamente pela Administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação, a opinião de seus consultores jurídicos e as garantias contratuais decorrentes da troca de controle acionário, e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas. 4)

a) Vencimentos

b) Em 31 de dezembro - R$ mil 1 a 30 dias

181 a 360 dias

Total

Aplicação no mercado aberto: Posição bancada Letras do tesouro nacional ........................... Aplicações em depósitos interfinanceiros Total em 2005 ............................................. Total em 2004 ............................................. 5)

9.097 2.924.510 2.933.607 10.839

– – – 1.522.091

9.097 2.924.510 2.933.607 1.532.930

Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Exercícios findos em31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ......................................................................... 964 5.318 Subtotal .................................................................................... 964 5.318 Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ................... 422.436 77.815 Total ........................................................................................... 423.400 83.133

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa. São classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:

Período de atraso

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ

Títulos (1)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Acima de 360 dias

2004 Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado

Marcação a mercado

Títulos para negociação: ........................... 1.222 5.074 13.466 21.837 41.599 41.574 25 1.678.886 41 Ações ........................................................... 1.186 – – – 1.186 1.186 – 5 – Letras do tesouro nacional ............................. 12 1.302 6.764 38 8.116 8.116 – 16.464 – Letras financeiras do tesouro ......................... – 1.111 6.284 5.787 13.182 13.157 25 730.020 41 Debêntures ................................................... – 1.604 293 3.617 5.514 5.514 – 354.876 – Certificados de depósito bancário .................. 24 157 120 3.378 3.679 3.679 – 449.963 – Notas do tesouro nacional ............................. – – 5 882 887 887 – 91.682 – Notas do Banco Central ................................ – – – – – – – 580 – Outros .......................................................... – 900 – 8.135 9.035 9.035 – 35.296 – Títulos disponíveis para venda: ................. – – – 52.367 52.367 55.254 (2.887) 50.737 – Certificados de privatização .......................... – – – 52.367 52.367 55.254 (2.887) 50.737 – Total em 2005 ............................................... 1.222 5.074 13.466 74.204 93.966 96.828 (2.862) % .................................................................. 1,3 5,4 14,3 79,0 100,0 Total em 2004 ............................................... 218.172 54.579 626 1.456.246 1.729.623 1.729.582 41 1.729.623 41 % .................................................................. 12,6 3,2 – 84,2 100,0 100,0 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez ..................................................................................................................................................................... Títulos de renda fixa .................................................................................................................................................................................................................. Títulos de renda variável ........................................................................................................................................................................................................... Ajuste a valor de mercado ......................................................................................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................................................................................................................... c) O Banco Mercantil de São Paulo S.A. não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004.

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ..................................................................... B • de 31 a 60 dias ..................................................................... C • de 61 a 90 dias ..................................................................... D • de 91 a 120 dias ................................................................... E • de 121 a 150 dias ................................................................. F • de 151 a 180 dias ................................................................. G • superior a 180 dias .............................................................. H A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas o de operações de crédito e, a partir do 60 dia, em rendas a apropriar. A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas, coligadas e controladas de controle compartilhado, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP e seus acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável.

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de custo atualizado

6)

423.400 8.681 153.668 1.664 587.413

83.133 (7.775) 303.488 (1.083) 377.763

OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICA DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA OUTROS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Modalidades e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso normal 1 a 30 dias

Outros créditos ............................................................................................................................... Total em 2005 .................................................................................................................................

31 a 60 dias 171 171

61 a 90 dias

113 113

b) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

Nível de risco

Curso normal 2.081 2.081 100,00

Total 2.081 2.081 100,00

181 a 360 dias

1.019 1.019

724 724

Total 2.081 2.081

Em 31 de dezembro - R$ mil Provisão mínima requerida % Genérica Total

Saldo da carteira C .................................................................................................................................................... Total em 2005 ................................................................................................................................. % .................................................................................................................................................... c) Movimentação da provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

91 a 180 dias

54 54

% 100,00 100,00 100,00

62 62 100,00

Saldo inicial .......................................................................................................................................................................................................................................... - Provisão genérica (1) .......................................................................................................................................................................................................................... Constituição ........................................................................................................................................................................................................................................ Saldo final ............................................................................................................................................................................................................................................ - Provisão genérica (1) .......................................................................................................................................................................................................................... - Operações recuperadas no exercício (2) .............................................................................................................................................................................................. (1) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação; e (2) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.

62 62 100,00

100,00 100,00 100,00

Acumulado em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 – – 62 – 62 – 62 – 62 – 6.863 14.929

CONTINUA


quarta-feira, 15de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Estilo Empresas Finanças

3

GOVERNO QUER AMPLIAR GERAÇÃO DE ENERGIA

6,8

por cento foi a alta das vendas de papelão ondulado em janeiro sobre igual mês de 2005

Joedson Alves/AE

Álcool: arrecadação aumenta R$ 600 mi Áurea Cunha/Gazeta do Povo – 5/5/01

A

arrecadação de impostos do governo federal vai receber um incremento de R$ 600 milhões em 2006. O motivo é a redução da mistura de álcool na gasolina, que começou a vigorar em 28 de fevereiro, seguindo determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A estimativa, feita pela Federação Nacional do Comércio de Combustível e de Lubrificantes (Fecombustível), foi divulgada ontem. A federação quer a redução das contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), no Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina para neutralizar o aumento no preço causado pela redução de 25% para 20% na taxa de mistura do álcool anidro. Essa alteração tem resultado em reajuste de R$ 0,03 no preço da gasolina na refinaria, sem incluir nesta conta o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Siuffo: álcool como combustível

"O ideal seria que o governo encontrasse um meio-termo para manter a arrecadação sem onerar as refinarias, distribuidoras e, conseqüentemente, o consumidor final", disse o diretor técnico da Fecombustível, Aldo Guarda. A entidade também comentou a escassez de álcool nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e anunciou que amanhã o Ministério da Agricultura deverá assinar um convênio com a ANP para

TV DIGITAL Instalação de fábrica de semicondutores depende de estudo de viabilidade.

TRANSGÊNICOS

O

ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, comentou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, a decisão do governo brasileiro de mudar sua posição em relação à identificação de cargas transgênicas para o mercado externo. "Embora eu seja uma pessoa extremamente disciplinada, não posso deixar de admitir que neste caso eu fui derrotado", afirmou o ministro. O prazo para a adaptação da rotulagem é de quatro anos. (AE)

GERDAU

A

subsidiária do grupo Gerdau na América do Norte, a Gerdau Ameristeel, anunciou ontem a compra dos ativos da Callaway Building Products, com sede nos Estados Unidos, por valor não revelado. Maior produtor de aços longos nas Américas, o grupo Gerdau fez uma série de aquisições nos EUA nos últimos anos. (Reuters)

CHINA

O

primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, pediu que o país dê seqüência às mudanças apesar das dificuldades à frente e das críticas crescentes aos custos das políticas implantadas. Numa rara entrevista, concedida depois do último dia do Congresso Nacional Popular da China, Wen transmitiu sua mensagem à população chinesa pela TV estatal. (AE) A TÉ LOGO

que a agência possa fiscalizar, em conjunto com o Ministério, toda a cadeia do álcool combustível. Até agora, a ANP fiscalizava apenas o mercado do álcool combustível a partir da distribuição do produto. "Ao se dar ao álcool o mesmo tratamento legal de um combustível, as exportações só poderiam ser realizadas depois que os produtores abastecessem o mercado doméstico, como ocorre hoje com a gasolina. Isso certamente evitaria a falta de álcool no mercado nacional, como aconteceu nestes primeiros meses do ano", comentou o presidente da Fecombustível, Luiz Gil Siuffo Pereira. A Fecombustível estima que o consumo de álcool no Estado de São Paulo poderá cair até 40% neste mês se o preço do produto continuar em alta. Segundo a entidade, até o início de março o preço do álcool hidratado na usina (sem os valores dos impostos) subiu 108,8%, comparado com a média de 2001 a 2004. No ano passado, a alta foi de 29,75%. Márcia Rodrigues

PETROBRAS Estatal bateu em fevereiro recorde de óleo e liquefeito de gás natural (LGN) no Brasil.

Ó RBITA

DEMANDA POR ETANOL DEVE CAIR

A

União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) estima que a demanda de álcool combustível deverá cair 20% nas usinas com os recentes aumento de preços e a redução na mistura do anidro à gasolina, após o fim do acordo entre o governo federal e os usineiros. O presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, afirmou que cerca de 100 milhões de litros foram retirados do mercado com a redução de 25% para 20% na mistura anidro-

gasolina. Além disso, de 100 milhões a 150 milhões de litros deixarão de ser consumidos em virtude do preço alto. Com isso, o consumo médio mensal de álcool, que variava de 1,1 bilhão a 1,2 bilhão de litros, pode cair para abaixo de 1 bilhão de litros. "A redução no consumo ocorreu a partir da QuartaFeira de Cinzas, quando o preço do litro superou a marca de R$ 1,90 em São Paulo", disse Carvalho. Segundo ele, os preços devem se estabilizar a partir de meados de abril. (AE)

EXPANSÃO DO GASODUTO BOLÍVIA-BRASIL

A

Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) começou a receber propostas dos interessados em participar da ampliação do duto que traz gás natural do país vizinho. Em oferta pública, a TBG estabeleceu o prazo até o próximo dia 24 para o recebimento das propostas dos interessados. A oferta pública para ampliar a capacidade do

gasoduto já vinha sendo estudada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) desde o final do ano passado. A idéia é que as empresas transportadoras de gás natural, entre elas a Petrobras, apresentem seus planos para atendimento do mercado. Hoje, o gasoduto tem capacidade de transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia, mas utiliza 25 milhões. (AE)

GRIPE AFETA EXPORTAÇÃO DE FRANGO

D

epois de provocar queda de 8% nos embarques de carne de frango em fevereiro, a gripe aviária continua dificultando a vida dos exportadores e avicultores neste ano. Dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), divulgados ontem, indicam que, por causa da queda no consumo, há entre 150 mil e 200 mil toneladas de carne

de frango estocadas nos países que compram o produto do Brasil. Só no mês passado, o Brasil deixou de exportar 50 mil toneladas de carne de frango por causa do temor dos consumidores, principalmente na Europa, em relação à gripe aviária. Só na Itália, o consumo de frango caiu 70%. Esse percentual, no entanto, foi reduzido para 30% recentemente. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Ajuste fiscal é "compromisso de ouro", afirma Palocci

L

Governo quer acabar com overbooking em vôos comerciais

L

CVM: Abertura de capital em 2006 quase supera volume de 2005

Governo quer ampliar em 40 MW a capacidade de geração de energia do País em usinas como a de Itaipu

Investimentos de R$ 125 bi em energia

O

governo prevê que, até 2015, deverão ser investidos aproximadamente R$ 125 bilhões na expansão da geração e da transmissão de energia no País. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, divulgado ontem pelo Ministério de Minas e Energia, cerca de R$ 40,7 bilhões deverão ser aplicados, nesse período, no sistema de transmissão de energia no Brasil. Já para aumentar em 40 mil megawatts (MW) a capacidade de geração do País, conforme prevê o plano, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, estimou que serão necessários mais US$ 40 bilhões no período (o equivalente a cerca de R$ 85 bilhões). Com esse aumento na capacidade de geração — que viria de usinas hidrelétricas, termelétricas e até da construção de Angra 3 — a capacidade total de energia disponível no mercado brasileiro deverá chegar a 140 mil MW em 2015. O plano leva em consideração tanto investimentos públicos quanto privados. O governo não divulgou, no entanto, as fontes de financiamento com que espera contar para que os projetos sejam cumpridos. Planejamento — Mesmo assim, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, destacou a importância do plano. "Estamos retomando uma das atividades que melhor caracterizam o setor elétrico, que é a capacidade de planejamento do sistema", disse. Segundo o governo, com essa programação, o fornecimento de energia será garantido. O crescimento de geração

deverá ser suficiente para atender a um aumento estimado na carga exigida pelo sistema, de 47.583 MW médios, em 2005, para 76.224 MW médios, em 2015, no cenário de referência usado pelo Ministério. A carga é o nome que se dá a toda energia que circula no sistema elétrico, incluindo o que é necessário para o consumo e as previsões de perdas. Já os investimentos previstos para o setor de transmissão seriam aplicados na construção de 60.086 quilômetros de linhas de transmissão e em subestações e transformadores. Além do fortalecimento das interligações entre as regiões que já fazem parte do chamado Sistema Interligado Nacional (Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste e áreas da região Norte), os investimentos para transmissão têm como meta concluir a integração dos cha-

mados sistemas isolados da região Norte do País. A meta é que, a partir de 2008, o sistema elétrico isolado Acre/Rondônia já esteja interligado ao do restante do País. O governo também pretende viabilizar, a partir de 2012, a integração de outro sistema isol a d o , o d e M a n a u s / A m ap á / M a rg e m E s q u e rd a d o Amazonas. Se as duas interligações forem, de fato, concluídas, o Brasil passará a ter praticamente 100% de sua demanda atendida por um único grande sistema interligado. Isso poderá favorecer os consumidores de energia de todo o País, já que, segundo o Ministério de Minas e Energia, poderá haver uma redução da chamada Conta de Consumo de Combustível (CCC), encargo que hoje equivale a algo entre 8% e 9% do valor das contas de luz dos brasileiros. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

quarta-feira, 15 de março de 2006

Banco Mercantil de São Paulo S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 61.065.421/0001-95 - Avenida Paulista, 1450 - São Paulo - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004

CONTINUAÇÃO 7)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Créditos tributários (Nota 18c) ............................................................................................................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir - tributos a recuperar ........................................................................................................................................................................................ Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................................................................................................................... Depósitos em garantia - recursos fiscais ................................................................................................................................................................................................ Devedores por compra de valores e bens (Nota 6a) ............................................................................................................................................................................... Opções por incentivos fiscais ................................................................................................................................................................................................................. Depósitos em garantia - outros ............................................................................................................................................................................................................... Devedores diversos - País ..................................................................................................................................................................................................................... Depósitos em garantia - recursos trabalhistas ........................................................................................................................................................................................ Total ......................................................................................................................................................................................................................................................

8)

248.756 97.114 13.741 8.149 2.081 833 310 111 – 371.095

413.876 98.082 14.553 10.039 – 833 8.078 4.672 37.411 587.544

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”: Em 31 de dezembro - R$ mil Patrimônio líquido ajustado

Capital social

Empresas coligadas e controladas Banco Bradesco Luxembourg S.A. (2) ........ Tecnologia Bancária S.A. (3) ...................... Serasa S.A.(3) ........................................... Banco Alvorada S.A. (4) ............................ Finasa Administração e Planejamento S.A. (5) Bancocidade Leasing Arrendamento Mercantil S.A (6) ..................................... BES Boavista Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (7) ............................ Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.(7) .................................. Potenza Comércio e Exportação Ltda. (10) BCN Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (6) ................................. Boavista Adm. Cartões de Crédito Ltda. (6) Cia Brasileira de Meios de Pagamentos VISANET (8) ........................................... Câmara Interbancária de Pagamentos - CIP (9) Ganho/perda cambial das agências no exterior

Quantidade de ações possuídas (em milhares) O.N. P.N.

Participação no capital social

Ajuste decorrente de avaliação (1) 2005 2004

Valor contábil

Lucro líquido ajustado

2005

2004

– 92.818 134.000 – –

– 133.660 185.622 – –

– 338.790 78 – –

– – 60 – –

– 8,963% 3,708% – –

– 15.236 81.564 – –

– 11.980 6.883 – –

237.788 12.690 6.127 – –

2.940 1.391 3.025 – –

10.848 944 2.334 11.816 (2.903)

10.517

(354)

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

266 69

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

5.480 592

74.534 –

316.700 –

14 –

– –

0,104% –

373.360 –

329 –

176 700 –

388 43 (22.442)

104 42 (10.939)

257.481

(14.655)

28.816

TOTAL GERAL ........................................

19.192

(1) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis; (2) Empresa alienou 1.298 ações ao Banco Bradesco S.A. e 1 ação ao Banco Finasa S.A. em junho de 2005; (3) Dados relativos a 30 de novembro de 2005; (4) Investimento vendido ao Banco Finasa em outubro de 2004;

(5) Empresa incorporada pela União de Comércio e Participações Ltda. em junho de 2004; (6) Empresa incorporada pelo Banco Alvorada em julho de 2004; (7) Empresa vendida ao Banco Bradesco em julho de 2004; (8) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005; (9) Empresa alienada em 31 de março de 2005 devido a centralização do investimento no Banco Bradesco S.A.; e (10) Empresa incorporada pela União de Comércio e Participações Ltda. em abril de 2004.

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Ativos Receitas (passivos) (despesas)

2005 Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

Instrumentos financeiros derivativos: Banco Bradesco S.A. ...........................

(1.327)

Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ...........................

9.097

964

10.839

5.318

Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ...........................

(6.975)

(80.702) 4.085 990

– – –

(67.588) 4.085 788

– – –

66 586

– –

4 9

– –

Alugueis: Banco Bradesco S.A. ........................... Bradesco Vida e Previdência S.A. ........ Finasa Promotora de Vendas Ltda. .......

– – –

14.898 42 20

– – –

15.692 – –

Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ...........................

(67)

Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ........................... Banco Alvorada S.A. ............................ Serasa S.A. ......................................... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento VISANET .......................................... Tecban Tecnologia Bancária .................

(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”. 18) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ..... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .............................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas .............................. Crédito tributário não constituído ............................................ Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ...... Outros valores ....................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ........

2004

526.921

392.016

(179.153)

(133.285)

(4.983) (62.841) (7.281) 5.754 (248.504)

9.797 – (6.996) 3.408 (127.076)

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social 12) DESPESAS ADMINISTRATIVAS

b) Outros investimentos Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Aplicações por incentivos fiscais ............................................ Títulos patrimoniais ............................................................... Outros investimentos ............................................................. Subtotal ............................................................................... Provisão para perdas em aplicações por incentivos fiscais ..... Provisão para perdas em outros investimentos ...................... Subtotal ............................................................................... Total ...................................................................................... 9)

2.975 265 183 3.423 (2.828) (12) (2.840) 583

2.975 246 197 3.418 (2.828) (12) (2.840) 578

IMOBILIZADO DE USO Em 31 de dezembro - R$ mil Taxa % Imóveis de uso: - Terrenos .......................... - Edificações ...................... Outras imobilizações de uso Total em 2005 .................... Total em 2004 ....................

Custo – 4 –

Reavaliação Depreciação

10.228 44.915 6 55.149 140.072

92.337 63.604 – 155.941 158.634

– (77.160) – (77.160) (75.435)

Valor residual 102.565 31.359 6 133.930 223.271

10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Provisão para riscos fiscais ................................................... Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar ...................... Provisão para impostos e contribuições diferidos ................... Impostos e contribuições a recolher ....................................... Total ...................................................................................... b) Diversas

75.056 13.823 3.261 162 92.302

65.378 29.172 6.992 16 101.558

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Provisão para pagamentos a efetuar ....................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos ........................... Provisão para contingências trabalhistas ................................ Provisão para contingências cíveis ......................................... Outras ................................................................................... Total ......................................................................................

294 9 – – – 303

316 13 27.660 6.989 213 35.191

11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 19.726.690.423 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Ações ordinárias Quantidade em 31 de dezembro de 2003 ....................... Cancelamento de ações /redução de capital social (1) ....... Quantidade em 31 de dezembro de 2004 ....................... Cancelamento de ações /redução de capital social (2) ....... Aumento de capital social sem emissão de ações (2) ........ Aumento de capital social com emissão de ações (3) ........ Quantidade em 31 de dezembro de 2005 .......................

24.931.096.127 (103.884.089) 24.827.212.038 2(5.464.141.450) – 363.619.905 19.726.690.493

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Depreciação ........................................................ Contribuições filantrópicas ................................... Serviços técnicos especializados ......................... Multas aplicadas pelo BACEN .............................. Multas e juros ...................................................... Propaganda e publicidade ..................................... Serviços do sistema financeiro ............................. Serviços de terceiros ........................................... Comunicação ....................................................... Transportes .......................................................... Processamentos de dados .................................... Outras .................................................................. Total .................................................................... 13) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

3.881.053 (17.112) 3.863.941 (1.000.000) 59 67.588 2.931.588

c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 80.702 mil (2004 - R$ 67.588 mil), registrados em “Outras obrigações - sociais e estatutárias”.

5.165 7.045 1.161 – 206 276 118 725 40 11 4.232 2.878 21.857

Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias ...................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ............... Prejuízo fiscal ................................................. Subtotal ........................................................ Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos Subtotal ........................................................ Imposto de renda e contribuição social do exercício ......................................................

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 25.812 17.044 4.194 2.792 532 234 87 265 13 15 30.638 20.350

Contribuição ao COFINS ..................................... Contribuição ao PIS/PASEP .................................. Despesas com CPMF ......................................... Impostos e taxas .................................................. Impostos sobre serviços - ISS .............................. Total .................................................................... 14) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 22.632 – 6.371 – 3.912 3.882 1.249 3.341 246 283 – 2.103 32 856 1.012 1.123 35.454 11.588

Reversão de provisão para contingências trabalhistas Reversão de provisão para contingências cíveis ... Atualização de impostos a compensar .................. Atualização de depósitos vinculados ..................... Recuperação de encargos e despesas .................. Ressarcimento custo financeiro - convênio ........... Reversão de outras provisões .............................. Outras .................................................................. Total .................................................................... 15) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Atualização monetária de contingências fiscais ..... Provisão para contingências fiscais ...................... Despesas de juros sobre obrigações diversas ...... Amortização de ágio ............................................. Outras .................................................................. Total .................................................................... 16) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

3.461 427 344 – 4.901 9.133

2.939 368 3.453 2.132 2.861 11.753

Amortização extraordinária de ágio (1) ................. – (41.460) Provisão para desvalorização de outros valores e bens (80.337) (1.636) Rendas de aluguel ................................................ 15.244 16.026 (Constiuição)/Reversão de provisões não operacionais (2) ......................................................... 2.671 7.436 Resultado na alienação de outros valores e bens .. 65 213 Outras .................................................................. 167 101 Total .................................................................... (62.190) (19.320) (1) Em 2004, embora mantida a sua essência, foi amortizado extraordinariamente, no exercício, o ágio do Banco Mercantil de São Paulo Internacional S.A.; e (2) Em 2005, refere-se, basicamente, a provisão para perdas de bens classificados no Ativo Imobilizado. 17) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Ativos Receitas Ativos Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas)

Diretoria

(41.003)

(12.865) (36.195) (157.981)

(7.207) (19.759) (67.969)

(90.523) (90.523)

(59.107) (59.107)

(248.504)

(127.076)

2.924.510 – –

421.322 – 942

1.522.091 – –

77.742 57 –

Saldo em 31.12.2004

Constituição

Realização

R$ mil Saldo em 31.12.2005

68.361 3.892 15.275 11.754

– – 5.672 –

33.387 3.892 2.658 10.223

34.974 – 18.289 1.531

20.749

107

673

20.183

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................ Provisão para contingências cíveis ... Provisão para contingências fiscais .. Provisão para contingências trabalhistas Provisão para perdas de títulos e investimentos ................................. Provisão para desvalorização de bens imóveis .......................................... Ágio na incorporação da Boavista DTVM S.A. .................................... Outros ............................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................ Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ......................... Subtotal ......................................... Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda ................... Contribuição social MP no 2158-35 de 24.8.2001 ....................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) ........................................

237

78

227

88

178.194 31.858

557 3.038

67.057 256

111.694 34.640

330.320

9.452

118.373

221.399

59.431 389.751

– 9.452

49.060 167.433

10.371 231.770

981

981

24.125

8.120

16.005

413.876

10.433

175.553

248.756

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Prejuízo fiscal e base negativa

Diferenças temporárias

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ........................... Banco Alvorada S.A. ............................ Banco Finasa S.A. ............................... Captações em depósitos interfinanceiros (a): ......................................... Bradesco Leasing S.A Arrendamento Mercantil ...........................................

(108.921)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

R$ mil

(1) Visando promover a reorganização societária, com o objetivo de alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade, e a conseqüente racionalização e redução de custos operacionais, administrativos e legais, foi deliberado na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 10 de março de 2004, a cisão parcial do Patrimônio Líquido contábil do Banco Mercantil de São Paulo S.A., com versão da parcela cindida ao Banco Bradesco S.A. e o cancelamento de 103.884.089 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão do Banco Mercantil de São Paulo S.A., com a conseqüente redução de seu Capital Social, em R$ 17.112 mil. Essa cisão foi homologada pelo BACEN em 26 de julho de 2004. (2) Foi deliberado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 1 de novembro de 2005; a) A Cisão parcial do Patrimônio Líquido do Banco Mercantil de São Paulo S.A., reduzindo o capital em R$ 1.000.000 mil com cancelamento de 5.464.141.450 ações, com versão da parcela cindida ao patrimônio da Bradesco Saúde S.A., e b) aumento de Capital Social, mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária”, sem emissão de ações. Homologado pelo BACEN em 26 de dezembro de 2005. (3) Foi deliberado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de dezembro de 2005, aumento de Capital Social de R$ 67.588 mil com emissão de 363.619.905 ações ordinárias, utilizando recursos de parte dos dividendos do exercício de 2004. Aguardando homologação do BACEN.

Imposto de renda 2006 .............................. 2007 .............................. 2008 .............................. 2009 .............................. Total .............................

Contribuição social

73.896 45.259 43.340 1.354 163.849

Imposto de renda

26.156 15.931 14.975 488 57.550

Contribuição Social

9.042 – – – 9.042

1.329 – – – 1.329

Total 110.423 61.190 58.315 1.842 231.770

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Crédito tributário de contribuição social MP. nº 2158-35 2006 Valor ...............................................

4.713

2007

2008

9.301

Total 1.991

16.005

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 228.130 mil (2004 - R$ 373.014 mil), sendo R$ 203.430 mil (2004 - R$ 298.472 mil) de diferenças temporárias, R$ 8.736 mil (2004 R$ 40.842 mil) de prejuízo fiscal, R$ 1.284 mil (2004 - R$ 12.950 mil) de base negativa de contribuição social e R$ 14.680 mil (2004 - R$ 20.750 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 62.841 mil. 19) OUTRAS INFORMAÇÕES

(69)

a) Os créditos vinculados, registrados em “Relações Interfinanceiras”, compõem-se, basicamente, dos saldos de Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS, deduzido de provisão para perdas.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores do Banco Mercantil de São Paulo S.A. São Paulo - SP

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Mercantil de São Paulo S.A. levantado em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

4.979 1.423 1.180 818 591 203 102 101 62 6 – 13 9.478

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Mercantil de São Paulo S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 21 de fevereiro de 2006

Adelmo Agnelli Neto Contador - TC - CRC 1SP090360/O-1

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


4

Nacional Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15de março de 2006

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DEBUTA

Investigamos se não há indução de uso de serviços pela publicidade. Maria da Gloria Villaça de Almeida, coordenadora no Ministério Público

JOVENS DE TODO O MUNDO, REUNIDOS EM SÃO PAULO, DISCUTEM O EMPREENDEDORISMO

COMEÇA O CONGRESSO MUNDIAL

E

sta manhã, ao saudar os participantes do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores, no Centro de Exposições Anhembi, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, receberá também o governador Geraldo Alckmin em sua primeira aparição pública como candidato oficial pelo PSDB à Presidência da República. Afif vai lembrar que há dois anos, quando se discutiu a possibilidade de o Brasil ser pela primeira vez sede do evento, recebeu de imediato o apoio do governador. Portanto, nada mais justo que agradecer esse apoio diante dos jovens de mais de 60 países que, até sexta-feira, discutirão formas de desenvolver o empreendedorismo no Brasil e no resto do mundo. Para isso, Afif vai propor a elaboração, durante o Congresso, de uma Carta Universal dos Direitos do Empreendedor ou, como alternativa, a inclusão de um adendo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecendo que "o ato de empreender representa uma manifestação do talento dos indivíduos, que requer liberdade e ambiente propício para florescer". Ele argumentará junto aos participantes e convidados, além do governador do estado e o secretário geral do Congresso, Sujit Chowdhury, que a Declaração Universal não faz sequer uma alusão ao direito de

Leonardo Rodrigues/Hype

empreender, "como se a promessa do Estado de assegurar o bem-estar de todos ainda fosse uma proposta viável". Prosperidade – O presidente da ACSP dirá ainda que a criatividade dinâmica do empreendedor é a responsável pela modernização e pelo aumento da produtividade que "dissemina a prosperidade, gerando riquezas, empregos e bem-estar social". Por isso mesmo, mostrará a necessidade urgente de garantir não apenas os direitos dos trabalhadores, mas, igualmente, de quem empreende. Nesse sentido, pelo menos três pontos básicos devem fazer parte da Carta ou moção. Primeiro, o respeito à liberdade de empreender e, em segundo, a garantia dos direitos do empreendedor como forma de assegurar aos indivíduos "a plena realização de sua capacidade e vocação" e estimular o "espírito empresarial" latente nas pessoas para transformálo na força motriz do desenvolvimento das nações. Finalmente, criar as condições objetivas para oferecer um ambiente propício para o empreendedorismo. "Isso significa desenvolver instituições que garantam a liberdade de iniciativa, a prosperidade, o respeito aos contratos e estabilidade das regras." Para Afif, a luta na defesa do empreendedorismo deverá ser a grande bandeira do século 21. Abertura – Na sua fala de abertura do 10º Congresso – que tem como anfitriões a As-

sociação Comercial e o Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP, Afif vai explicar que o evento, realizado pela primeira vez na América Latina, e patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), é um foro especial para debate de idéias, troca de experiências e intercâmbio cultural. Vai destacar que os novos empreendedores, nascidos já nos tempos da globalização, precisam buscar novas soluções para velhos problemas que afligem as nações. "Cabe a eles também promover a mudança das instituições, de posturas e paradigmas de uma realidade que não existe mais." Criar postos de trabalhos será um desses desafios. Sobretudo porque "não é o assistencialismo governamental ou ajuda internacional, mas sim o trabalho produtivo, a forma mais eficaz para reduzir a pobreza e assegurar a todas as pessoas condições dignas de existência". Para Afif, o lema do Congresso – Let’s Make a New Deal – é a convocação para "um novo contrato social, que só pode ser promovido pelo empreendedorismo". Para concluir, ele recordará que a Declaração dos Direitos Humanos é "pródiga" em tratar dos direitos dos trabalhadores, mas esquece os direitos do empreendedor. Afif mostrará que essa postura reflete uma realidade do século passado, quando o Estado era o grande indutor do desenvolvimento. Sergio Leopoldo Rodrigues

Guilherme Afif Domingos participa da abertura do Congresso Mundial, que vai de hoje até sexta-feira

Brasil é o 7º mais empreendedor

O

Brasil aparece em 7º lugar no ranking de 37 países pesquisados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede o grau de empreendedorismo no mundo. A pesquisa, divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que 11,3% da população brasileira é empreendedora. O País ficou atrás apenas da Venezuela (25%), Tailândia (20,7%), Nova Zelândia (17,6%), Jamaica (17%), China (13,7%) e Estados Unidos (12,4%). O resultado, porém, não é positivo quando se vê a proporção de negócios criados por oportunidade e aqueles que surgiram por necessidade. "No Brasil, existe 1,1 negócio

por oportunidade para cada 1 por necessidade", explicou o diretor-técnico do Sebrae, Luiz Carlos Barboza. "Ou seja, praticamente metade dos negócios do País não é planejada com qualidade", disse. Segundo a pesquisa, dois terços dos novos negócios têm investimento inferior a R$ 10 mil. Ele afirmou que são poucos os países que reúnem população empreendedora e negócios programados. A Nova Zelândia e a Eslovênia têm essas características. Os principais motivos seriam legislação e tributação favoráveis. Igual – Na pesquisa do ano passado, o Brasil também estava na 7ª posição. No entanto, o percentual da população era

maior, 13,5%. "O número de negócios com mais de três meses se manteve estável do ano passado para este. A queda se deveu à diminuição do número de negócios nascentes", afirmou Barboza. A pesquisa GEM mostrou que há no País 13 milhões de empreendedores em estágio inicial, com até três anos e meio de atividade. "Eu não acharia ruim se o Brasil caísse algumas posições no ano que vem, desde que diminuísse o número de empreendedores por necessidade", disse o diretor. Quanto à duração dos empreendimentos, o Brasil ficou em 14º lugar na lista. Aqui, 50% dos negócios morrem antes de completar dois anos. (AE)

Marcos Fernandes/LUZ

Emiliano Capozoli/LUZ

Marco Antonio Zanellato destaca as conquistas desde a criação do CDC

Alexandre busca seus direitos

Consumidor está mais consciente

P

restes a completar 31 anos, o consultor de informática Alexandre Abreu coleciona, desde os 21, uma lista de mais de 200 reclamações por seus direitos. Só no caderninho de anotações, inaugurado há cerca de dois anos, são 50, fora mensagens de correio eletrônico e anotações no palm top. Abreu está entre os consumidores que, nos últimos anos, passaram a recorrer mais ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), que hoje completa 15 anos, para ter seus direitos respeitados. No ano passado, com base no CDC, foram registradas 359.811 reclamações junto à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). Pode demorar, mas dá resultado. Que o diga o consultor de informática, que calcula ter obtido sucesso em 95% dos casos, envolvendo produtos como fraldas infantis, roupas, alimentos, celular, TV por assinatura e cartão de crédito. As poucas desistências foram motivadas por falta de tempo. O caso da máquina de lavar foi um dos mais longos. O produto acumulava sujeira e a liberava para a roupa, "apesar do manual afirmar que a limpeza ocorria automaticamente". A máquina estava fora da garantia e Abreu nada conseguiu junto ao Serviço de Aten-

dimento ao Consumidor (SAC) do fabricante. "Descobri o nome da supervisora do SAC e ganhei uma limpeza gratuita." Passado um ano, o problema voltou e ele pediu uma solução definitiva. Na falta de acordo, recorreu ao juizado de pequenas causas e obteve seu dinheiro de volta. Para quem planeja trilhar esse caminho, ele recomenda persistência e muita leitura do Código. É dali, e de suas consultas ao Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), do qual é associado, que Abreu tira seus argumentos. Marcos Diegues, advogado do Idec, explica que o órgão tem atuação forte na orientação preventiva para seus associados, mais de 15 mil atualmente. A outra frente de defesa dá-se por meio de ações cíveis públicas, cujas sentenças beneficiam a todos os cidadãos. O CDC, diz, promoveu muitos avanços na qualidade das relações de consumo. Código – Criado há 15 anos por força da Constituição Federal, o CDC nasceu quando o movimento em defesa do consumidor ainda era incipiente no mundo, comenta Marco Antonio Zanellato, procurador da Justiça, membro do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo. "As regras anteriores ao Código não eram capazes de proteger o consumidor dos contratos de

adesão", exemplifica. O CDC gerou avanços no campo contratual; diminuição da propaganda enganosa e criou a responsabilidade civil objetiva: no caso de produtos defeituosos, por exemplo, o consumidor não precisa mais provar a culpa da empresa. Crédito – A falta de informações ao consumidor e o excesso de reclamações gerou no final de 2005 abertura de inquérito, no Ministério Público, para investigar se estaria ocorrendo abuso na oferta do crédito consignado, com possível indução do consumidor pela publicidade, conta a promotora Maria da Gloria Villaça de Almeida, coordenadora, no Ministério Público, do Centro de Apoio Operacional do Consumidor. O consumidor também é a principal motivação dos 32.265 processos relativos a danos morais do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no período de janeiro de 1995 a 17 de novembro de 2005. José Augusto Delgado, ministro do STJ, lembrou na terça-feira, durante evento comemorativo dos 15 anos do Código de Defesa do Consumidor, promovido pelo Procon-SP, que o CDC serviu de ferramenta aos tribunais, que hoje já têm 60 súmulas (decisões reiteradas) que aperfeiçoam a defesa do consumidor. Fátima Lourenço


quarta-feira, 15 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 5

DIXIE TOGA S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF nº 60.394.723/0001-44 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, A receita líquida em 2005 aumentou 11% em relação a 2004, mas devido ao câmbio desfavorável obtido nas exportações do grupo Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, a Administração da Dixie Toga S.A. apresenta à sua apreciação as a margem bruta caiu de 25,9 % em 2004 para 23,3% em 2005. As matérias primas também pressionaram o custo da empresa. Demonstrações Financeiras, com o parecer dos Auditores Independentes, do exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2005. Para compensar a queda ocorrida na margem bruta, o grupo focou na redução de despesas operacionais através da continuidade 1. Operações de programas de qualidade, treinamento de mão de obra e redesenho de processos. Como consequência desse esforço, o grupo O ano de 2005 na Dixie Toga S.A. foi marcado pela consolidação dos negócios que haviam sido incorporados em 2004 e pela conseguiu praticamente manter em 2005 a mesma margem operacional obtida em 2004 (14,8% versus 14,7% respectivamente). continuidade da evolução operacional das outras unidades de negócios do grupo. 2. Finanças Como parte desse processo o ano foi marcado por um forte programa de investimentos em todas as unidades de negócios do A gestão financeira do grupo continuou focada em: grupo, onde podemos destacar a construção da nova unidade industrial do grupo localizada em Rondonópolis - MT. A unidade • geração de caixa de Rondonópolis produz embalagens flexíveis encolhíveis para os mercados de carne e queijo e sua localização é um impor- • controle do capital de giro tante diferencial logístico, devido à proximidade com o mercado consumidor. • redução de despesas operacionais As exportações diretas do grupo continuaram ganhando importância, tendo representado 11% das vendas líquidas do grupo em • controle de riscos financeiros 2005 comparativamente a 8,1% em 2004. As exportações realizadas de maneira indireta, através de nossos clientes, também Em decorrência dessa política de gestão, a geração de caixa da Companhia evoluiu de R$ 203 milhões em 2004 para R$ 218 continuaram ganhando fôlego. milhões em 2005. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado Controladora Consolidado PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 2005 2004 ATIVO 2005 2004 2005 2004 CIRCULANTE CIRCULANTE Fornecedores 24.660 41.753 91.967 114.843 3.949 2.593 9.366 8.882 Caixa e bancos Empréstimos e financiamentos 77.700 38.477 129.478 63.405 Aplicações financeiras 257 391 99.183 77.863 Impostos e contribuições a recolher 15.539 9.965 40.500 27.598 Duplicatas a receber 74.412 47.161 195.214 169.090 Salários, encargos e contribuições 12.469 11.848 22.745 23.526 Provisão para devedores duvidosos (470) (232) (6.076) (4.419) Outras contas a pagar 3.636 6.834 13.395 11.643 Estoques 37.562 29.549 127.772 104.489 Contas a pagar de controladas 74.454 4.684 10.414 Contas a receber de controladas 15.260 Outras dívidas com pessoas ligadas 17.169 Dividendos a receber de controlada 8.714 7.245 Dividendos a pagar 18.359 10.859 18.359 10.859 Impostos a recuperar 6.565 5.608 20.300 13.592 226.817 141.589 316.444 251.874 Outras contas a receber 2.262 2.519 7.758 9.278 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 148.511 105.248 453.517 378.775 Empréstimos e financiamentos 23.407 26.544 73.493 46.508 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Títulos emitidos no exterior - “eurobonds” 180.234 180.552 180.234 180.552 Imposto de renda e contribuição social diferidos 227 4.367 19.681 Títulos emitidos no exterior em carteira da controlada (166.471) (180.552) Partes relacionadas 324 1.979 Imposto de renda e contribuição social diferidos 8.728 Depósitos judiciais 3.458 2.878 5.343 4.148 Impostos e contribuições a recolher 25.911 29.229 80.188 82.749 Impostos a recuperar 2.059 1.667 7.921 4.619 Provisão para contingências 7.372 24.770 10.608 31.251 Outras contas a receber 2.906 2.791 6.289 6.450 Outras contas a pagar 120 120 579 120 8.747 9.542 23.920 34.898 245.772 261.215 178.631 160.628 PERMANENTE PARTICIPAÇÃO DE MINORITÁRIOS 149.561 127.758 Investimentos: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em controladas e coligadas 438.303 410.016 539 776 Capital social 144.575 144.575 144.575 144.575 Outros 571 571 625 625 Reserva de reavaliação 33.290 34.748 33.290 34.748 438.874 410.587 1.164 1.401 Reservas de lucros 71.300 62.509 71.300 62.509 Imobilizado 120.451 117.387 398.665 348.932 Ações em tesouraria (4.013) (4.013) 15.797 Diferido 1.158 1.872 10.782 Prejuízos acumulados (1.740) (2.289) 560.483 529.846 410.611 366.130 245.152 241.832 243.412 239.543 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 717.741 644.636 888.048 779.803 TOTAL DO ATIVO 717.741 644.636 888.048 779.803 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA) PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Reservas de lucros Capital Reserva de Retenção Ações em Lucros social reavaliação Legal de lucros tesouraria acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 144.575 35.858 2.390 28.457 (969) 210.311 Realização da reserva de reavaliação (1.110) 1.110 Compra de ações para permanência em tesouraria (2.175) (2.175) Cancelamento de ações em tesouraria (3.144) 3.144 Lucro líquido do exercício 44.555 44.555 Constituição de reserva legal 2.228 (2.228) Dividendos propostos (10.859) (10.859) Constituição de reserva de retenção de lucros 32.578 (32.578) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 144.575 34.748 4.618 57.891 241.832 Realização da reserva de reavaliação (1.458) 1.458 Compra de ações para permanência em tesouraria (30.496) (30.496) Cancelamento de ações em tesouraria (25.116) 25.116 Venda de ações em tesouraria 1.367 1.367 Resultado na venda de ações em tesouraria (531) (531) Lucro líquido do exercício 43.730 43.730 Constituição de reserva legal 2.187 (2.187) Dividendos propostos (10.750) (10.750) Constituição de reserva de retenção de lucros 32.251 (32.251) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 144.575 33.290 6.805 64.495 (4.013) 245.152 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Valores expressos em milhares de reais, exceto se de outra forma indicado) 1. CONTEXTO OPERACIONAL Montantes no resultado: 7.412 A Sociedade tem como objetivo principal a fabricação de embalagens rígidas, cartuchos, rótulos e produtos descartáveis, atu- Vendas líquidas 971 ando basicamente nos segmentos de alimentos, bebidas e higiene e limpeza, atendendo não só ao mercado industrial, como ao Lucro bruto (706) de consumo. Adicionalmente, a Sociedade possui investimentos diretos em empresas controladas, no Brasil e no exterior, com Despesas operacionais, líquidas (248) atividades complementares, como a fabricação e comercialização de laminados plásticos e de embalagens flexíveis impressas Resultado financeiro, líquido Imposto de renda e contribuição social (502) por processo de rotogravura e flexografia. Prejuízo líquido do mês (485) 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e requerimentos da h) American Packaging S.A. - Empresa controlada, constituída em 2001, cujo objeto social é a produção e comercialização de Comissão de Valores Mobiliários - CVM. O sumário das principais práticas contábeis adotadas na preparação das demonstra- embalagens e rótulos de papel, cartolina, papel cartão e outros produtos similares. Essa empresa foi constituída através da ções financeiras é o seguinte: a) Aplicações financeiras - Registradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as cisão parcial de ativos e passivos da controlada American Plast S.A. i) Dixie Toga International Ltd. - Subsidiária integral, com datas dos balanços, ajustados ao valor de mercado, quando aplicável. b) Provisão para devedores duvidosos - Constituída com sede em Grand Cayman, nas Ilhas Cayman, tendo como atividade principal a administração de investimentos no exterior. Em base em análise das contas a receber e em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir prováveis perdas 2005, a controlada recebeu da sua controladora Dixie Toga S.A., a título de adiantamento para futuro aumento de capital, o valor na sua realização. c) Estoques - Demonstrados ao custo médio de aquisição/produção ou mercado, inferior aos custos de repo- de R$8.371 (equivalente, na data da transação, a US$3.100.000), o qual foi consignado em subconta específica no patrimônio sição ou aos valores de realização. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. líquido, tendo em vista que este só poderá ser utilizado para esse fim. 5.2. Saldos e transações com partes relacionadas - Os d) Investimentos - Os investimentos em controladas e coligadas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sendo saldos com partes relacionadas, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, são assim resumidos: Dividendos Contas a Outros Contas Outras os demais registrados pelo custo histórico, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995. Os ágios resultantes da a receber receber créditos a pagar obrigações Receitas Despesas aquisição de investimentos são amortizados linearmente pelo período de dez anos, desde 1º de janeiro de 1996. Deságios 2005 1.073 261 5.132 940 4.842 resultantes da aquisição de investimentos são amortizados à razão da realização dos ativos da controlada que os originou. As Itap Bemis Ltda. 4.818 195 15 441 61 407 demonstrações financeiras das controladas American Plast S.A. e American Packaging S.A., sediadas na Argentina, e Dixie Impressora Paranaense S.A. 3.807 11.454 4 67.945 10.601 52.637 Toga International Ltd., sediada em Grand Cayman, foram preparadas ou ajustadas, conforme o caso, às práticas contábeis Dixie Toga Nordeste S.A. 1.865 38 483 2.721 151 adotadas pela controladora e prevalecentes no Brasil, em dólares norte-americanos, tendo sido convertidas para reais pelas Insit Embalagens Ltda. 89 6 404 213 6.820 taxas de câmbio vigentes em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. e) Imobilizado - Avaliado ao custo histórico de aquisição, Laminor S.A. 673 49 38 361 formação ou construção, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, acrescido dos encargos financeiros dos finan- American Plast S.A. ciamentos correspondentes e de reavaliação parcial. As depreciações são computadas pelo método linear, de acordo com a Saldos/Montantes em 31 de dezembro de 2005 8.714 15.260 324 74.454 14.574 65.218 vida útil estimada dos bens, conforme taxas anuais descritas na nota explicativa nº 7. f) Diferido - Avaliado ao custo de formação, Dividendos Contas a Outros Contas Outras corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, representado por gastos pré-operacionais, gastos com instalações de a receber receber créditos a pagar obrigações Receitas Despesas sistemas e ágio na aquisição de investimentos por controlada, sendo amortizados pelo prazo de cinco a dez anos, conforme 2004 Itap Bemis Ltda. 91 3.463 17.169 2.015 2.542 demonstrado na nota explicativa nº 8. g) Imposto de renda e contribuição social - Determinados pela aplicação das alíquotas 3.677 42 36 46 138 210 vigentes ao lucro contábil, ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor. A Sociedade reconhece créditos fiscais sobre Impressora Paranaense S.A. Dixie Toga Nordeste S.A. 3.568 3.485 367 729 4.287 1.825 prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, assim como sobre as principais diferenças temporárias entre o resultado 6.421 12 446 6.842 399 apurado para fins fiscais e o apurado de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, nos termos da Deliberação nº Insit Embalagens Ltda. 1.564 265 273, de 20 de agosto de 1998, e Instrução nº 371, de 27 de junho de 2003, emitidas pela CVM, conforme demonstrando na Laminor S.A. 375 665 455 nota explicativa nº 6. h) Ativos e passivos vinculados a moedas estrangeiras ou sujeitos à atualização monetária - Os direitos e American Plast S.A. Dixie Toga International Ltd. 277 as obrigações, legal ou contratualmente sujeitos à variação monetária, são atualizados até as datas dos balanços, bem como os ativos e passivos denominados em moeda estrangeira são convertidos para reais às taxas de câmbio em vigor nas datas dos Saldos/Montantes em 7.245 10.414 1.979 4.684 17.169 14.489 5.431 balanços. As contrapartidas dessas atualizações são refletidas diretamente no resultado dos exercícios. i) Provisão para con- 31 de dezembro de 2004 tingências - A provisão para contingências refere-se a questões trabalhistas, tributárias e cíveis e está registrada de acordo com As transações classificadas como contas a receber e a pagar são mercantis e referem-se à aquisição/venda de produtos diretaavaliação de risco efetuada pela Administração e por seus consultores jurídicos, inclusive quanto à sua classificação no longo mente relacionados com as suas atividades operacionais. Os saldos de “Outros créditos” e “Outras obrigações” são represenprazo. Em atendimento às disposições da Deliberação nº 489/05, emitida pela CVM, o saldo da provisão para contingências tados por contratos de mútuo, sendo cobrada, a título de encargos financeiros, a taxa de remuneração média das aplicações está sendo apresentado líquido dos respectivos depósitos judiciais, para os processos cuja probabilidade de perda é provável. financeiras da Sociedade (variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI ou variação da LIBOR mais juros de 3% a ao ano em 2005 e 2004). Para melhor apresentação e comparabilidade das informações, os saldos de 2004 também foram reclassificados. j) Resultado 5% IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL das operações - É apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercícios. A receita de vendas é 6. Em atendimento às disposições da Deliberação CVM nº 273/98 e Instrução CVM nº 371/02, foram registrados créditos fiscais reconhecida no momento da transferência, para clientes, de riscos, direitos e obrigações associados aos produtos. l) Lucro por diferidos decorrentes de prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias referentes à Sociedade ação - Calculado com base no número de ações em circulação nas datas dos balanços. e às suas controladas e controlada em conjunto. Esses créditos estão mantidos no realizável/exigível a longo prazo, conside3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS rando sua expectativa de realização, com base nas projeções de rentabilidade futura dessas empresas e no limite de 30% As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com base nas práticas contábeis descritas na nota explicativa nº para compensação anual, conforme legislação vigente. Para efeito de determinação do montante de imposto de renda diferido 2 e incluem as demonstrações financeiras da Sociedade e das seguintes controladas e controlada em conjunto: Itap Bemis Ltda. a ser registrado, a Administração da Sociedade e de suas controladas e controlada em conjunto utilizou-se das projeções de e controladas, Impressora Paranaense S.A., Dixie Toga Nordeste S.A., Insit Embalagens Ltda., Laminor S.A. (controlada em resultados para os próximos exercícios e avaliou, de maneira consistente, a efetiva capacidade de realização desses créditos, conjunto), Dixie Toga Centro Oeste Embalagens S.A., American Plast S.A., American Packaging S.A. e Dixie Toga International com base nas estimativas de lucros tributáveis futuros. Como resultado dessas análises, a Administração constituiu provisão Ltd. e foram preparadas de acordo com os seguintes principais critérios: (a) eliminação dos saldos entre as empresas conso- para riscos de realização para os créditos fiscais cuja expectativa de realização ultrapassa cinco anos. lidadas; (b) eliminação dos investimentos entre as empresas consolidadas contra o respectivo patrimônio líquido da empresa a) Natureza dos impostos diferidos investida; (c) eliminação das receitas e despesas decorrentes de negócios entre as empresas consolidadas; (d) eliminação do Controladora Consolidado lucro nos estoques, quando aplicável, oriundo de vendas entre as empresas consolidadas; e (e) cálculo de participação dos 2005 2004 2005 2004 acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado consolidado. A conciliação do patrimônio líquido entre a controladora Ativo (Passivo) de imposto de renda e contribuição social diferidos não circulantes: e o consolidado, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, é demonstrada como segue: Relativo às provisões dedutíveis para fins fiscais apenas Patrimônio líquido quando a despesa/receita é paga ou tributada (9.193) (1.384) 1.015 6.751 2005 2004 Relativo ao saldo de prejuízos fiscais 5.183 6.935 9.681 18.078 Saldo controladora 245.152 241.832 Relativo ao saldo de base negativa de contribuição social 4.647 5.022 6.731 9.402 Lucro não realizado na venda de ativo imobilizado às controladas (1.740) (2.289) Relativo à depreciação acelerada incentivada (816) (1.159) (816) (1.159) Saldo consolidado 243.412 239.543 (179) 9.414 16.611 33.072 Conforme disposto no artigo 32 da Instrução CVM nº 247/96, a Sociedade efetuou consolidação proporcional das demonstra- Relativo à reavaliação de imobilizado (8.549) (9.187) (12.244) (13.391) ções financeiras da empresa controlada em conjunto Laminor S.A., cujas principais informações são as seguintes: Saldos patrimoniais (8.728) 227 4.367 19.681 Participação da Dixie Toga S.A. - % 50 Foram efetuadas reclassificações nos saldos dos créditos tributários de 31 de dezembro de 2004 para torná-los adequados à Saldos proporcionais na posição financeira: apresentação dos saldos das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2005. b) Perspectiva de realização do crédito Circulante: sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social - Com base em projeções dos resultados tributáveis futuros, a Ativo 15.706 Administração espera que os créditos relativos a provisões não dedutíveis, prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição Passivo 14.135 social sejam realizados em um período de cinco anos ou quando da liquidação das diferenças temporais, especialmente as Longo prazo: relacionadas às contingências fiscais e trabalhistas. c) Reconciliação de imposto de renda e contribuição social - Os encargos Realizável 162 de imposto de renda e contribuição social são reconciliados com as alíquotas oficiais como segue: Exigível 11.383 Controladora Consolidado Permanente 15.433 2005 2004 2005 2004 Patrimônio líquido 5.783 Lucro antes do imposto de renda, da contribuição social Montantes proporcionais no resultado: e das participações de funcionários e acionistas minoritários 62.798 56.214 121.242 114.311 Vendas líquidas 52.399 Participação dos funcionários no resultado (4.725) (9.842) (6.259) (15.538) Lucro bruto 8.246 58.073 46.372 114.983 98.773 Despesas operacionais, líquidas (2.588) Alíquotas oficiais de imposto - % 34 34 34 34 Resultado financeiro, líquido (2.987) Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas oficiais (19.745) (15.766) (39.094) (33.582) Imposto de renda e contribuição social (653) Ajustes à taxa efetiva: Participação de funcionários (26) Provisões operacionais e despesas indedutíveis (1.043) (253) (967) (658) Lucro líquido do exercício 1.992 Resultado de equivalência patrimonial 8.425 9.705 4. ESTOQUES Constituição de créditos tributários relativos à Curwood Itap Ltda. 2.085 Créditos tributários não registrados em controladas nacionais / no exterior (8.663) (5.311) Controladora Consolidado Reversão de provisão para créditos tributários 3.609 3.833 2005 2004 2005 2004 Demais ajustes (2.068) 704 (881) 556 Produtos acabados 10.176 7.754 28.327 29.527 (2.001) (49.605) (33.077) Produtos em processo 2.851 3.357 21.663 20.552 Encargo de imposto de renda e contribuição social antes dos benefícios fiscais (14.431) Matérias-primas e embalagens 18.100 16.598 58.807 46.385 Benefícios fiscais: Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e Lei Rouanet 88 184 217 602 Outros 6.435 1.840 18.975 8.025 Encargo de imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado (14.343) (1.817) (49.388) (32.475) 37.562 29.549 127.772 104.489 7. IMOBILIZADO 5. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E CONTROLADA EM CONJUNTO Taxas anuais de Controladora Consolidado 5.1. Informações relevantes sobre as controladas e controlada em conjunto depreciação - % 2005 2004 2005 2004 Participação Edifícios e construções 4 55.879 55.879 128.547 112.850 Número Patrimônio No patrimônio 10 e 20 146.270 155.315 512.388 545.955 de ações líquido líquido No lucro Máquinas e equipamentos 10 11.271 16.156 25.525 28.803 possuídas Capital (passivo a (passivo a (prejuízo) Instalações industriais 10 e 20 6.482 12.605 13.748 23.875 (em milhares) social descoberto) Percentual descoberto) líquido Móveis, utensílios e equipamentos de informática Veículos 20 437 807 1.621 1.830 Outros 10 e 20 1.375 1.341 10.116 7.813 Em 2005: 221.714 242.103 691.945 721.126 Itap Bemis Ltda. 131.684 239.426 309.217 55,00 170.069 26.836 (130.568) (147.453) (373.593) (415.043) Ágio na aquisição da Itap Bemis Ltda. 508 - Depreciação acumulada 20.915 20.915 30.258 30.543 Impressora Paranaense S.A. 3.631.614 14.512 31.406 100,00 31.406 3.767 Terrenos 8.338 1.770 42.464 10.554 Deságio na aquisição da Impressora Paranaense S.A. (538) - Imobilizações em andamento 52 52 7.591 1.752 Dixie Toga Nordeste S.A. 4.590 2.987 34.060 100,00 34.060 15.228 Adiantamentos a fornecedores 120.451 117.387 398.665 348.932 Insit Embalagens Ltda. 9 10 426 90,00 383 1.505 Laminor S.A. (controlada em conjunto) 8 10.031 11.565 50,00 5.783 1.992 A Sociedade registrou, em anos anteriores, reavaliações parciais de seu ativo imobilizado, principalmente terrenos, edifícios, Dixie Toga Centro Oeste Embalagens S.A. 1 10 265 100,00 265 - construções e máquinas e equipamentos, baseada em laudos preparados por peritos independentes, cuja contrapartida foi American Plast S.A. (investimento no exterior) 2.843 5.290 26.307 60,58 15.937 (394) registrada em subconta específica do patrimônio líquido, já deduzidas do imposto de renda e da contribuição social. O saldo das American Packaging S.A. (investimento no exterior) 2.343 1.845 30 98,05 29 (141) referidas reavaliações no ativo imobilizado da Sociedade em 31 de dezembro de 2005 é de R$ 32.028 (R$ 33.851 em 2004). Dixie Toga International Ltd. (investimento no exterior) 1 1 180.401 100,00 180.401 (24.013) 8. DIFERIDO Controladora Consolidado 438.303 24.780 2005 2004 2005 2004 Em 2004: 30.655 30.655 Itap Bemis Ltda. 131.684 239.426 260.424 55,00 143.233 26.731 Ágio na aquisição de investimento incorporado 1.672 1.662 2.267 2.257 Ágio na aquisição da Itap Bemis Ltda. 907 - Com instalação de sistemas 13.956 12.151 Impressora Paranaense S.A. 3.631.614 14.512 28.781 100,00 28.781 2.803 Gastos pré-operacionais 7.496 7.496 16.513 16.513 Deságio na aquisição da Impressora Paranaense S.A. (702) - Outros 9.168 9.158 63.391 61.576 Dixie Toga Nordeste S.A. 4.590 2.987 21.589 100,00 21.589 14.271 (8.010) (7.286) (52.609) (45.779) Insit Embalagens Ltda. 9 10 (1.246) 90,00 1.285 Amortização acumulada 1.158 1.872 10.782 15.797 Laminor S.A. (controlada em conjunto) 8 10.031 6.921 50,00 3.461 130 Dixie Toga Centro Oeste Embalagens S.A. 1 10 265 100,00 265 - O valor de R$30.655 refere-se ao ágio apurado quando da aquisição de investimento, pela Curwood Itap Ltda., do controle American Plast S.A. (investimento no exterior) 2.843 4.542 26.958 60,35 16.269 1.957 acionário da Viskase Ltda. em 31 de agosto de 2000, registrado pela controlada Itap Bemis Ltda. Esse ágio foi amortizado American Packaging S.A. (investimento no exterior) 2.343 2.353 173 98,05 170 (433) linearmente pelo período de cinco anos, sendo totalmente amortizado em agosto de 2005. Dixie Toga International Ltd. (investimento no exterior) 1 1 196.043 100,00 196.043 (18.199) 9. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Forma de Curto Longo 410.016 28.545 financeira Encargos amortização Vencimento prazo prazo Em 2004, a Sociedade constituiu provisão de 100% de sua participação no valor do passivo a descoberto da Insit Embalagens Instituição Controladora: Ltda., registrado na rubrica “Outras contas a pagar” no passivo circulante. Em 2005, essa provisão foi revertida devido ao fato Contratos “Linha 63” 104% do CDI Fim do contrato Fevereiro a de o patrimônio líquido da referida controlada encontrar-se positivo. a) Itap Bemis Ltda. - A principal atividade da empresa é a novembro de 2006 74.335 produção de embalagens flexíveis a partir de máquinas que utilizam a tecnologia de impressão em flexografia e rotogravura. Outros (*) Variação cambial + Trimestral (juros) Adicionalmente, a Sociedade possui investimentos diretos em empresas controladas no Brasil (Itap Bemis Centro Oeste IndúsLIBOR + 5% a.a. e fim do contrato tria e Comércio de Embalagens Ltda.) e no exterior (Curwood Itap Chile Ltda.), com atividades complementares, como a fabrica(principal) Abril 2007 446 23.407 ção de embalagens flexíveis impressas. O valor do ágio apurado na aquisição do controle acionário dessa sociedade está sendo “Eurobonds” Vide nota explicativa amortizado linearmente, em um prazo de dez anos, a partir de janeiro de 1998, com base em projeção de resultados futuros nº 10 Semestral Março de 2009 391 elaborada quando dessa aquisição. b) Impressora Paranaense S.A. - A Impressora Paranaense S.A. é uma sociedade de capital Provisão para perdas com fechado que produz embalagens do tipo cartucho e rótulos para as indústrias de alimentos e de higiene e limpeza através de sua instrumentos financeiros unidade operacional localizada em Curitiba - PR. O deságio apurado na aquisição está sendo amortizado proporcionalmente à (nota explicativa nº 16) 2.528 realização dos seus ativos. Em 31 de julho de 2003 a controlada aderiu ao programa de parcelamento de débitos fiscais (PAES), Total controladora 77.700 23.407 de acordo com a Lei nº 10.684/03, da Secretaria da Receita Federal. O total do débito, no valor de R$9.750, referente a litígios Controladas: judiciais desistidos pela controlada, foi levantado e informado aos órgãos reguladores do referido programa através do formu- Itap Bemis Ltda.: lário “Declaração do PAES” em 23 de outubro de 2003. Desde 31 de julho de 2003, a controlada vem pagando regularmente a BNDES TJLP + 4% a.a. Mensal Julho de 2006 565 referida dívida, classificada no passivo a curto e longo prazos na rubrica “Impostos e contribuições a recolher”, de acordo com Itap Bemis Centro Oeste Indústria seus vencimentos. Em 29 de abril de 2005, através de Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da controlada, foi aprovada e Comércio de Embalagens Ltda.: a distribuição de dividendos propostos pela Administração em 31 de dezembro de 2004, no valor de R$3.677. Com base nos Fundo de Amparo ao Trabalhador 14% a.a. (pré-fixado) Mensal Dezembro de 2013 23 30.724 resultados obtidos em 2005, em 31 de dezembro de 2005 a controlada propôs a distribuição de dividendos à controladora Dixie Contratos “Linha 63” 103,9% do CDI Fim do contrato Abril de 2006 519 Toga S.A., no valor de R$1.141, que serão pagos em 2006. c) Dixie Toga Nordeste S.A. - Subsidiária integral, tem como objetivo Insit Embalagens Ltda.: atender à demanda regional com a fabricação de embalagens para as indústrias de alimentos e higiene pessoal. Em 28 de BNDES TJLP + 4,7% a.a. Trimestral Setembro de 2007 1.444 1.066 abril de 2005, através de Assembléia Geral Ordinária de Acionistas da controlada, foi aprovada a distribuição de dividendos Empréstimo EDC Variação cambial + propostos pela Administração em 31 de dezembro de 2004, no valor de R$3.568, pagos integralmente no terceiro trimestre de LIBOR + 4,25% a.a. Semestral Junho de 2007 3.471 1.725 2005. Com base nos resultados obtidos em 2005, em 31 de dezembro de 2005 a controlada propôs a distribuição de dividendos Dixie Toga Nordeste S.A.: à controladora Dixie Toga S.A., no valor de R$3.807, que serão pagos em 2006. d) Insit Embalagens Ltda. - Empresa controlada, BNDES MODERMAQ 10,9% a.a. (pré-fixado) Mensal Outubro de 2010 283 799 cujo objeto social é a produção, industrialização e comercialização de embalagens. A empresa iniciou suas atividades em julho Junho a de 2002. e) Laminor S.A. - Empresa controlada em conjunto, sendo uma “joint venture” entre a Dixie Toga S.A. e Huhtamaki Contratos “Linha 63” 104% do CDI Fim do contrato outubro de 2006 19.144 Finance B.V. (empresa sediada na Holanda), cujo objeto social é a fabricação, comercialização e exportação de laminados Provisão para perdas com plásticos a serem utilizados na fabricação de tubos para produtos de higiene, medicamentos e limpeza. A empresa iniciou suas instrumentos financeiros operações em novembro de 2003. Com base nos resultados obtidos em 2005, em 31 de dezembro de 2005 a controlada propôs (nota explicativa nº 16) 591 a distribuição de dividendos à controladora em conjunto Dixie Toga S.A., no valor de R$89, que serão pagos em 2006. f) Dixie Impressora Paranaense S.A.: Janeiro a Toga Centro Oeste Embalagens S.A. - Subsidiária integral, constituída em julho de 2004, tem como objetivo social a produção, Contratos “Linha 63” 104% do CDI Fim do contrato Agosto de 2006 10.755 industrialização e comercialização de embalagens. A empresa encontra-se em fase pré-operacional. g) American Plast S.A. - É Provisão para perdas com uma empresa de capital aberto sediada na Argentina e líder do mercado de embalagens rígidas e produtos para restaurantes instrumentos financeiros tipo “fast food”. A controlada American Plast S.A. alterou a data de encerramento de seu exercício social de 31 de maio para 31 (nota explicativa nº 16) 980 de dezembro de cada ano. Dessa forma, em 31 de dezembro de 2005, para fins de consolidação das demonstrações financei- Laminor S.A.: ras, a demonstração do resultado contempla o período ajustado de treze meses (dezembro de 2004 a dezembro de 2005). Para BNDES TJLP + 10,8% a.a. Mensal Julho de 2009 1.838 4.611 efeito de consolidação, foram utilizadas, em 2004, as demonstrações financeiras do período de dezembro de 2003 a novembro BNDES PROGEREN TJLP + 9% a.a. Mensal Agosto de 2007 3.727 6.772 de 2004. Devido à alteração no exercício social da controlada, conforme comentado anteriormente, visando à divulgação ao Operação de pré-pagamento Variação cambial (US$) mercado de dados suplementares que propiciem informações mais abrangentes sobre os efeitos decorrentes da referida alte+ LIBOR + 3% a.a. Trimestral Dezembro de 2006 2.075 ração para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, quando comparadas às informações do ano anterior, a seguir se American Plast S.A.: encontra um sumário dos valores referentes ao mês de dezembro de 2005, os quais devem ser excluídos da demonstração Itaú BCRA + 3% a.a. Semestral Outubro de 2007 2.138 965 Outros Diversos Mensal 4.225 3.424 do resultado consolidada para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, para que esta seja comparável com a referida demonstração do ano anterior: Total consolidado 129.478 73.493

No final dos dois períodos em análise o endividamento líquido do grupo evoluiu de R$ 23,2 milhões para R$ 108,1 milhões. Esse crescimento foi necessário para suportar o forte programa de investimentos que o grupo vem implementando desde 2004. O grupo continua com um enfoque conservador com relação aos passivos em moeda estrangeira, utilizando instrumentos de hedge para se proteger da exposição cambial. 3. Informações Adicionais De acordo à Instrução CVM nº 381/03, informamos que nossos auditores independentes não prestaram outros serviços para as empresas auditadas. A Administração agradece a cada um de seus funcionários, por todo o seu empenho, dedicação e criatividade ao longo deste ano de 2005; igualmente aos nossos clientes, acionistas, fornecedores e instituições financeiras nossos agradecimentos pela confiança e contribuição demonstrada durante este exercício. São Paulo, 14 de Fevereiro de 2006 A Administração DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por lote de mil ações) Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 RECEITA BRUTA Vendas de produtos e serviços Devoluções, abatimentos e impostos incidentes CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS LUCRO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Vendas Gerais e administrativas Honorários da Administração Outros resultados operacionais, líquidos LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DAS PARTICIPAÇÕES EM SOCIEDADES CONTROLADAS RESULTADO FINANCEIRO Variações monetárias e cambiais, líquidas Despesas financeiras Receitas financeiras PARTICIPAÇÃO EM SOCIEDADES CONTROLADAS Participação no resultado de controladas e coligadas Amortização de ágio e deságio em investimentos, líquida LUCRO OPERACIONAL RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDOS LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA, DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E DAS PARTICIPAÇÕES DE FUNCIONÁRIOS E ACIONISTAS MINORITÁRIOS IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Correntes Diferidos

488.336 (124.415) 363.921 (279.347) 84.574

385.311 (92.027) 293.284 (213.194) 80.090

1.447.438 (331.435) 1.116.003 (855.932) 260.071

1.303.673 (301.713) 1.001.960 (742.530) 259.430

(15.754) (22.338) (2.931) (831) (41.854)

(14.374) (23.601) (4.228) (2.599) (44.802)

(47.482) (44.591) (3.383) 828 (94.628)

(42.779) (53.005) (6.114) (10.422) (112.320)

42.720

35.288

165.443

147.110

13.276 (12.615) 1.074 1.735

6.146 (18.327) 1.668 (10.513)

(21.365) (20.866) 15.219 (27.012)

(16.580) (32.461) 16.627 (32.414)

24.780 (237) 24.543 68.998 (6.200)

28.545 (237) 28.308 53.083 3.131

(237) (237) 138.194 (16.952)

(237) (237) 114.459 (148)

62.798

56.214

121.242

114.311

(5.387) (8.956) (14.343)

(4.121) 2.304 (1.817)

(33.392) (15.996) (49.388)

(31.409) (1.066) (32.475)

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DE FUNCIONÁRIOS E DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 48.455 54.397 71.854 81.836 PARTICIPAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS (4.725) (9.842) (6.259) (15.538) LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 43.730 44.555 65.595 66.298 PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS (21.865) (23.292) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 43.730 44.555 43.730 43.006 LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES - R$ 159,13 150,00 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS Das operações: Lucro líquido 43.730 44.555 43.730 43.006 Participações de minoritários 21.865 23.292 Itens que não afetam o capital circulante: Depreciações e amortizações 12.929 12.964 52.480 56.037 (32.346) (11.167) (1.775) 9.305 Variações monetárias de itens de longo prazo Participação nos resultados de controladas e coligadas (24.780) (28.545) Participação nos resultados de controladas e coligadas - não operacional (1.468) (916) Amortização de ágio e deságio em investimentos 237 237 237 237 Imposto de renda e contribuição social diferidos 8.955 (2.303) 15.314 1.066 Valor residual de bens do permanente baixados 230 2.724 2.525 3.396 Provisão para contingências fiscais e trabalhistas 231 908 846 1.469 Provisão para perdas em itens do imobilizado 245 Ganho de capital na mudança de participação acionária em controlada (61) Dividendos a receber/recebidos de controladas 5.037 8.805 12.694 27.262 135.222 138.053 De terceiros: Aumento líquido do exigível a longo prazo 42.279 8.372 106.814 47.397 Redução líquida do realizável a longo prazo 20.754 Redução de capital em empresa controlada 1.479 Transferência do permanente para o circulante de itens do ativo imobilizado 8.961 1.285 17.672 Total das origens 63.934 59.152 259.708 185.450 APLICAÇÕES DE RECURSOS Aumento líquido do realizável a longo prazo 18.130 28.229 357 Adições aos investimentos 8.372 22.180 Adições ao imobilizado 23.259 2.897 119.977 49.327 Adições ao diferido 91 11 1.896 38 Transferência do exigível a longo prazo para o curto prazo 15.638 39.372 50.590 91.985 Compra de ações para permanência em tesouraria 30.496 2.175 30.496 2.175 Resultado na venda de ações em tesouraria (837) (837) Compra de “eurobonds” para permanência em carteira 8.372 2.287 Dividendos propostos 10.750 10.859 10.750 10.859 Redução da participação de minoritários 63 Total das aplicações 105.899 77.494 249.536 157.028 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (41.965) (18.342) 10.172 28.422 REPRESENTADO POR Ativo circulante: Início do exercício 105.248 72.804 378.775 323.551 Fim do exercício 148.511 105.248 453.517 378.775 43.263 32.444 74.742 55.224 Passivo circulante: Início do exercício 141.589 90.803 251.874 225.072 Fim do exercício 226.817 141.589 316.444 251.874 85.228 50.786 64.570 26.802 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (41.965) (18.342) 10.172 28.422 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras (*) Esse saldo é composto substancialmente pelo contrato de empréstimo assinado em 2002 com o Banco do Brasil S.A., no montante de US$10.000.000 (equivalente a R$23.407 em 31 de dezembro de 2005), com vencimento em abril de 2007, sujeito a juros de LIBOR mais 5% ao ano, pagáveis trimestralmente, a partir da data do desembolso, e que contêm cláusulas restritivas incluindo, entre outras limitações, nível de endividamento, venda, cessão, transferência ou arrendamento de ativos relevantes e certas transações mantidas por empresas coligadas/controladas. Os empréstimos e financiamentos são garantidos por alienação fiduciária de bens, hipotecas de imóveis da Sociedade e notas promissórias. 10. TÍTULOS EMITIDOS NO EXTERIOR (“EUROBONDS”) Em março de 1997, a Sociedade colocou bônus no mercado europeu no valor bruto de US$77.000.000 (equivalente a R$180.234 em 31 de dezembro de 2005 e R$204.389 em 31 de dezembro de 2004) com vencimento em março de 2009, sujeitos a juros de 9,5625% ao ano, pagáveis semestralmente a partir de setembro de 1997, os quais contêm cláusulas restritivas incluindo, entre outras limitações, restrição à prestação de garantias para obtenção de empréstimos através de ativos, bens ou receitas de valor superior ao montante dos empréstimos; aquisição ou fusão da Sociedade, cujo patrimônio líquido resultante seja inferior a US$200.000.000; venda, cessão, transferência ou arrendamento de ativos substanciais; endividamento das empresas controladas; e transações mantidas por empresas afiliadas. Em março de 2003, através de nova aprovação da maioria dos seus portadores, esses títulos foram divididos em duas categorias, de acordo com os seus detentores: (i) “global bonds” - referem-se aos títulos que permanecem no mercado aberto, cujas condições e remunerações são as mesmas descritas anteriormente; e (ii) “reset global bonds” - referem-se aos títulos pertencentes a empresas afiliadas do Grupo Dixie Toga, cuja remuneração dos papéis passou a ser zero, sendo este percentual mantido até que venha a ser acordado de outra forma. Aos portadores dos bônus foi assegurado o direito de recompra dos títulos pela Sociedade em março de 2005, quando US$3.100.000 foram recomprados através da controlada no exterior Dixie Toga International Ltd. O valor pago por esses títulos foi de R$8.488, gerando um ágio na operação de R$116, o qual foi registrado na rubrica “Despesas financeiras” na demonstração do resultado consolidado. A parcela remanescente dos títulos não recomprada, no valor de US$5.880.000, foi reclassificada para o exigível a longo prazo. Após essa recompra, considerando os títulos já existentes em carteira (US$68.020.000), em 31 de dezembro de 2005, a subsidiária possui US$71.120.000 (equivalentes a R$166.471) desses títulos em carteira Os juros provisionados semestralmente, que serão pagos pela Sociedade em período subseqüente no montante de US$167.118 (equivalentes a R$391) estão classificados no passivo circulante, na rubrica “Empréstimos e financiamentos”. Como melhor forma de apresentação ao mercado, os títulos em carteira da subsidiária Dixie Toga International Ltd. foram registrados, no balanço consolidado, como redutores da dívida original, em subconta específica no exigível a longo prazo. 11. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER A Sociedade e suas controladas Itap Bemis Ltda. e Insit Embalagens Ltda. participam dos programas de apoio aos investimentos produtivos - Bom Emprego e Paraná Mais Emprego (posteriormente substituído pelo Programa de Desenvolvimento do Paraná - PRODEPAR), respectivamente, concedidos pelo Governo Estadual do Paraná, os quais se destinam a apoiar a implantação e a expansão de empresas, bem como a modernização tecnológica e o incremento ao emprego naquele Estado. A amortização dos valores corrigidos monetariamente com base na variação do Fator de Conversão e Atualização Monetária do ICMS - FCA iniciou-se em 2003 para a Sociedade, em 2004 para a controlada Itap Bemis Ltda. e iniciar-se-á durante o ano 2007 para a controlada Insit Embalagens Ltda. Em 31 de dezembro de 2005, os saldos a pagar aos referidos Programas são de R$37.526 (controladora) e R$97.846 (consolidado), sendo R$11.704 (controladora) e R$25.724 (consolidado) no passivo circulante na rubrica “Impostos e contribuições a recolher” e R$25.822 (controladora) e R$72.122 (consolidado) registrados na mesma rubrica no exigível a longo prazo. 12. CONTINGÊNCIAS A Sociedade e suas controladas possuem processos judiciais em andamento, perante diferentes tribunais e instâncias, de natureza trabalhista, tributária e cível. Para esses processos a Sociedade e suas controladas apresentaram defesa administrativa ou judicial. A Administração e seus assessores legais acreditam em decisão final favorável às sociedades na maior parte dos processos. A Sociedade possui provisionados em 31 de dezembro de 2005 os montantes de R$29.654 (R$28.177 em 2004) e R$43.467 (R$40.034 em 2004) nos balanços consolidados, para fazer face àqueles processos cujos desfechos são considerados prováveis de perda, cujos saldos finais, após a dedução dos respectivos depósitos judiciais, são demonstrado a seguir: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Natureza da contingência: Tributária (a) 26.411 25.081 36.772 33.932 Trabalhista/cível (b) 3.243 3.096 6.695 6.102 29.654 28.177 43.467 40.034 Depósitos judiciais relacionados aos processos de natureza tributária (22.282) (3.407) (32.859) (8.783) Provisão para contingências 7.372 24.770 10.608 31.251 (a) Substancialmente formada pela ação ordinária em que a Sociedade e suas controladas questionam judicialmente a sistemática introduzida pela Lei nº 9.718/98, que ampliou a base de cálculo do Programa de Integração Social - PIS e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e majorou a alíquota da COFINS. (b) São representadas, principalmente, por litígios decorrentes de reclamações trabalhistas e encargos previdenciários e ações indenizatórias por perdas e danos, oriundos de acidentes de trabalho e de relações de consumo, não amparados por cobertura de seguro. A Administração da Sociedade entende não haver riscos significativos futuros que não estejam cobertos por provisões suficientes em suas demonstrações financeiras. 13. CAPITAL SOCIAL a) Capital e características das ações - Em 31 de dezembro de 2005, o capital social, subscrito e integralizado, é composto por 278.116.301 (297.036.730 em 31 de dezembro de 2004) ações sem valor, todas escriturais, sendo 191.100.116 ações ordinárias e 87.016.185 (105.936.614 em 31 de dezembro de 2004) ações preferenciais. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o capital autorizado está limitado ao valor de R$600.000. b) Ações em tesouraria - A Sociedade mantém a política iniciada em 1996 para a aquisição de suas próprias ações, que não atingem o limite de 10% conforme Instrução CVM nº 10/80 e sua alteração conforme Instrução CVM nº 268/97. Durante o exercício de 2005, ocorreram as seguintes movimentações nessa conta: • Aquisição no mercado acionário de 23.226.692 ações preferenciais do seu capital, pelo valor de R$30.496. • Cancelamento de 18.920.429 ações preferenciais no valor de R$25.116, aprovado através de reunião do Conselho de Administração. • Venda de 1.000.000 de ações preferenciais ao International Finance Corporation (“IFC”), nos termos do Contrato de Opção firmado em 10 de março de 1999, pelo valor de R$837 (equivalente a US$0,35 por ação), gerando uma perda na transação, quando comparada ao valor patrimonial da ação, no valor de R$531, registrada na rubrica “Retenção de lucros”. Dessa forma, em 31 de dezembro de 2005, considerando a movimentação comentada anteriormente, a Sociedade possui em tesouraria 3.306.263 ações preferenciais no valor de R$ 4.013. 14. DIVIDENDOS PROPOSTOS E DESTINAÇÃO DO LUCRO DO EXERCÍCIO Aos acionistas detentores de ações ordinárias é assegurado um dividendo não inferior a 25%, calculado com base no lucro líquido ajustado na forma da lei. Aos acionistas detentores de ações preferenciais são assegurados dividendos 10% superiores aos dividendos que forem atribuídos aos detentores de ações ordinárias. As ações preferenciais não têm direito a voto, sendolhes garantida a prioridade no reembolso do capital, bem como participação nos aumentos de capital decorrentes de capitalização de reservas de lucros, em igualdade de condições com as ações ordinárias. Em 2005, os dividendos foram calculados tendo como base o lucro líquido societário conforme demonstrado a seguir: Lucro líquido do exercício 43.730 Reserva legal (2.187) Efeito líquido da realização da reserva de reavaliação 1.458 Lucro líquido à disposição 43.001 Dividendos mínimos obrigatórios (25% sobre a base de cálculo) e propostos pela Administração 10.750 As demonstrações financeiras foram preparadas levando-se em consideração que tal deliberação será aprovada pelos acionistas. O saldo remanescente de lucros acumulados em 31 de dezembro de 2005, no valor de R$ 32.251, está sendo transferido, conforme proposta da Administração, para a conta “Reserva de lucros”, no pressuposto de sua aprovação pela Assembléia Geral Ordinária, juntamente com as demonstrações financeiras do exercício findo naquela data. Essa proposta está baseada na necessidade de manter capital de giro, bem como de atender ao projeto de expansão e crescimento dos negócios estabelecido em seu plano de investimento (denominado “Orçamento de Capital”). 15. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a Sociedade, suas controladas e controlada em conjunto constituíram provisão para participação nos resultados nos montantes de R$ 4.725 (controladora) e R$ 6.259 (consolidado), referentes ao desempenho obtido no exercício de 2005. Essas participações foram definidas com base em indicadores e metas de desempenho operacional, não estando condicionadas somente aos resultados contábeis apresentados pela Sociedade, suas controladas e controlada em conjunto. 16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Gerenciamento de risco: • Controladora - Em 31 de dezembro de 2005, a Sociedade possuía instrumentos de derivativos financeiros no intuito de proteger seus ativos e passivos contra riscos cambiais, apresentando as seguintes operações envolvendo instrumentos financeiros: • Contratos de compra futura de moeda (dólar norte-americano) equivalentes a US$4.250.000. Essas operações, em 31 de dezembro de 2005, geraram perdas líquidas para a Sociedade no valor de R$7.927, as quais foram reconhecidas diretamente no resultado. • Contratos de “swap” equivalentes a US$29.056.670 que asseguravam a troca de risco cambial mais 4% (em média) por 104% do CDI. Essas operações, em 31 de dezembro de 2005, geraram perdas para a Sociedade no valor total de R$2.510, cuja contrapartida se encontra registrada na rubrica “Empréstimos e financiamentos”. • Contratos de “swap” no valor de R$5.319 que asseguravam 17% ao ano pré-fixados por 104% do CDI. Essas operações, em 31 de dezembro de 2005, geraram perdas para a Sociedade no valor total de R$18, cuja contrapartida se encontra registrada na rubrica “Empréstimos e financiamentos”. Controlada em conjunto - Com o mesmo objetivo da controladora, a controlada em conjunto Laminor S.A. realizou operação de compra futura de moeda (dólar norte-americano) na forma de “nondeliverable forward” equivalentes a US$2.700.000. Em 31 de dezembro de 2005, essa operação gerou ganho para a controlada no valor


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6 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 15 de março de 2006

DIXIE TOGA S.A. - Companhia Aberta CNPJ/MF nº 60.394.723/0001-44 total de R$ 301, cuja contrapartida se encontra registrada na rubrica “Outras contas a receber”. Controladas - Com o mesmo 2005 objetivo da controladora, a controlada Itap Bemis Ltda. realizou operação de venda futura de moeda (dólar norte-americano) Controladora Consolidado equivalente a US$ 6.000.000. Em 31 de dezembro de 2005, essa operação gerou ganho para a controlada no valor total de R$ Ativo: 114, cuja contrapartida se encontra registrada na rubrica “Outras contas a receber”. As controladas Impressora Paranaense S.A. Ativos financeiros 257 179.994 e Dixie Toga Nordeste S.A. realizaram operações de “swap” equivalentes a US$ 12.764.333 que asseguravam a variação cam- Clientes 11.510 40.492 bial mais 4% (em média), garantindo 104% do CDI. Essas operações geraram perdas para as controladas no valor total de R$ Investimentos 180.401 1.571, cuja contrapartida se encontra registrada na rubrica “Empréstimos e financiamentos”. b) Risco de crédito - concentração 192.168 220.486 - A Sociedade e suas controladas estão potencialmente sujeitas a risco de crédito com relação ao contas a receber em virtude Passivo: da grande concentração existente na carteira de clientes, o que é inerente ao setor de embalagens. A Sociedade possui política Empréstimos e financiamentos (23.853) (31.125) de vendas que consiste em uma gestão de crédito rigorosa e procedimentos de monitoramento dos saldos dos clientes. c) Risco Fornecedores (10.904) (22.668) de taxa de câmbio - exposição cambial - O endividamento e o resultado das operações da Sociedade e de suas controladas “Eurobonds” (180.625) (180.625) são afetados significativamente pela desvalorização cambial. A política adotada pela Sociedade é principalmente a de reduzir (215.382) (234.418) o endividamento em moeda estrangeira e contratar instrumentos financeiros conforme descrito anteriormente para diminuir a (23.214) (13.932) exposição à variação cambial. A exposição cambial está preponderantemente indexada ao dólar norte-americano como segue: Passivo, líquido - R$ Passivo, líquido - equivalente a US$ (9.918) (5.952) A exposição cambial demonstrada está protegida pelos contratos de compra futura de dólares norte-americanos e contratos de “swap”. ROBERTO KOLNDORFER - Contador - CRC 1SP076380/O-4 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento Ao Conselho de Administração da dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos Dixie Toga S.A. das Sociedades; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as inforSão Paulo - SP mações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas 1. Examinamos os balanços patrimoniais (controladora e consolidado) da Dixie Toga S.A. e controladas, em 31 de dezembro pela Administração das Sociedades, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. de 2005 e de 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e apli- 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os cações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira (controladora e consolidado) da Dixie Toga S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

d) Aplicações financeiras - A Sociedade e suas controladas estão sujeitas a risco de crédito referente às suas aplicações financeiras. Esse risco é mitigado pela política de aplicação dos recursos disponíveis somente em instituições financeiras de primeira linha. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o saldo de aplicações financeiras em moeda nacional e estrangeira, controladora e consolidado, refere-se a aplicações em títulos de renda fixa, conforme demonstrado a seguir: 2005 2004 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Certificado de Depósito Bancário - CDB 85.661 115 49.894 Em dólares - US$ 257 13.522 276 27.969 257 99.183 391 77.863 e) Valores estimados de mercado - Para os demais instrumentos financeiros não há diferenças relevantes entre os valores de mercado e os apresentados nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2005 e de 2004, controladora e consolidado, originados de operações envolvendo instrumentos financeiros na referida data-base, que requeressem divulgação adicional específica. 17. SEGUROS A Sociedade e suas controladas mantêm cobertura de seguros em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir eventuais riscos sobre seus ativos e/ou responsabilidades. e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 7 de fevereiro de 2006 Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Agenor N. Yamamoto Contador CRC nº 1 SP 115257/O-7

LOJISTAS DO PROMOCENTER ESCAPAM DO FISCO

Empresa do setor de couro terá de pagar ao Fisco multa de R$ 111,9 milhões .

PROJETO DE LEI QUE TRATA DO FIM DE ALUGUÉIS EXTRAS NOS SHOPPINGS TEM NOVO RELATOR NO CONGRESSO

LOCAÇÃO EM SHOPPINGS VOLTA AO DEBATE Newton Santos/Digna Imagem

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e p o i s d e q u a t ro anos engavetado, finalmente o pro jeto de lei nº 7.137/2002, que dispõe sobre a locação de lojas em shopping centers, começou a tramitar no Congresso Nacional. O relator do projeto, deputado Romeu Queiróz (PTB-MG), entregou, no dia 24 de fevereiro, seu parecer à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara que, em breve, deverá apreciar a matéria. Queiróz foi favorável aos lojistas em pelo menos três pontos que são objeto de uma briga antiga entre donos de shoppings e comerciantes. O relator aprovou a extinção da cobrança do 13º aluguel – ou pagamento em dobro da locação –, a taxa de transferência – cobrada quando o lojista repassa o ponto – e o aluguel complementar – exigido quando a loja não lucra, durante dois anos, o suficiente para se cobrar o aluguel com base num percentual de até 7,5% sobre seu faturamento e precisa pagar uma taxa mínima de aluguel. Para o relator, as atuais exigências pesam muito para o lojista. "O relatório tentou atingir o equilíbrio nessa relação de negócio", disse.

Comemoração – O ponto mais comemorado pelas entidades que representam os lojistas foi a extinção da cobrança do aluguel em dobro. A medida, se passar pelo crivo do Congresso, também deve colocar um ponto final numa antiga briga judicial. "Não há motivo para a locação de uma loja de shopping ser diferente da prevista na Lei do Inquilinato. A regra é a mesma para todos", afirmou o relator. Para o advogado Mario Cerveira Filho, sócio do escritório Cerveira, Dornellas Advogados Associados e autor do projeto inicial enviado pela deputada Zulaiê Cobra em 2002, além de acabar com uma distorção antiga nos contratos, a nova redação vai contribuir para diminuir o volume de ações no Judiciário que contestam a abusividade do valor da locação. "O projeto só trará benefícios para a sociedade. Primeiro para o lojista, que não vai mais pagar um valor excessivo de aluguel. Depois para a população, que sentirá a redução nos preços. Já a Justiça terá menos processos para apreciar sobre a questão", disse o advogado. Pressões – assessor de Relações Institucionais do Sindicato dos Lojistas de São Paulo

(Sindilojas-SP), Marcos Antonio Galindo, comemorou a decisão do relator e lembrou que foram feitas várias manifestações em Brasília para pressionar o Congresso a acabar com "essa cobrança atípica e abusiva dos shoppings". "Demorou, mas valeu a pena esperar. Não somos contra os centros de compras, mas queremos uma relação equilibrada, mais transparente e que não resulte em ônus apenas para o lojista", afirmou Galindo. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Luiz Fernando Pinto Veiga, disse que o relatório deve passar por outras análises. Ele lembrou que quando o projeto saiu da Comissão de Defesa do Consumidor, o relator, deputado Ricardo Izar, emitiu um parecer totalmente contrário ao elaborado por Romeu Queiróz. "O atual relatório e o projeto original contém erros primários de análise, como, por exemplo, a forma de funcionamento de um shopping center. Se fosse tão fácil montar um empreendimento desse nível, muitos lojistas se reuniriam para criar o seu centro de compras", ressaltou Veiga.

Mario Cerveira: população, lojistas e o Judiciário só têm a ganhar com as mudanças nos contratos de locação Evelson de Freitas/AE

Márcia Rodrigues

FRAUDES Calçados: Receita descobre sonegação de R$ 185 milhões Sebastião Moreira/AE

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Receita Federal de Franca, na região de Ribeirão Preto, descobriu uma fraude feita por fábricas de calçados e de couros para sonegar impostos que chega a pelo menos R$ 185,3 milhões nos últimos cinco anos. Cerca de 130 empresas, incluindo as de outras cidades, estariam envolvidas no esquema. Os nomes das empresas e de empresários não foram divulgados, mas uma delas, do setor atacadista de couros, foi autuada a recolher R$ 111,9 milhões ao Tesouro Nacional. A fiscalização constatou que essa empresa utilizou R$ 95,9 milhões em notas frias emitidas por empresas fantasmas e falsificadas. O presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca, Jorge Félix Donadelli, disse que sabia da investigação e lamentou o envolvimento de algumas empresas do setor. Franca é um forte pólo calçadista do País. A investigação não está concluída ainda, segundo o delegado da Receita Federal, José César Agostinho Costa. Durante a investigação, descobriu-se

Comerciantes perceberam a chegada da fiscalização, fecharam as portas e foram embora

Promocenter: nova fiscalização Evelson de Freitas/AE

P r o m o c e n t e r, shopping de importados localizado na Rua Augusta, na região central da capital paulista, foi alvo de uma nova blitz da Receita Federal, ontem. A operação também teve a ajuda de funcionários da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e da Polícia Militar, começou às 16h30 e tinha como alvo específico 15 estandes que estavam com a documentação irregular. No local, funcionam atualmente 137 boxes. Durante a operação, foram apreendidas mercadorias que não tinham nota fiscal. No entanto, nenhum estande foi fechado pela fiscalização. "Não temos essa autonomia. O que podemos fazer é levar as mercadorias irregulares, apenas", explicou o assessor da Superintendência da Receita Federal, Paulo Marcelo Santos. Assim que perceberam a chegada dos agentes,

O Fisco desconfia do envolvimento de cerca de 130 empresas de calçados e couro

que o esquema tinha três etapas. Na primeira, simulavamse vendas de couro para empresas fantasmas de Pernambuco. Na segunda, as fantasmas de Pernambuco e São Paulo simulavam vendas de couros para empresários de Franca. Na terceira, os coureiros da região vendiam os créditos fiscais de PIS e Cofins às indústrias calçadistas do município. Os R$ 185,3 milhões fraudados referem-se às duas primeiras etapas do esquema de sonegação. Segundo Costa, carimbos de barreiras estaduais

foram utilizadas nas operações fraudulentas. Uma mesma máquina de escrever também era usada nas falsificações de documentos. As empresas fantasmas investigadas estão em São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Pará e Amapá. A Receita Federal acredita que houve a formação de quadrilha nesse esquema milionário de vendas de créditos fiscais e sonegação de impostos. "Não gostaria que maculassem o setor como um todo por causa de 20 ou 30 empresas", disse Donadelli. (AE)

Agentes levam caixas com mercadorias que não possuiam nota fical

muitos comerciantes do Promocenter fecharam as portar e foram embora. Mandado – "Infelizmente, não podemos violar o domicílio. A alternativa que temos é conseguir um mandado de busca junto ao Ministério Público", disse Santos, referindo-se à impossibilidade de fiscalização nas lojas que estavam fechadas. A gerência do Promocenter

foi procurada para comentar a operação conjunta da Receita e Sefaz, mas não quis se manifestar sobre o assunto. No final do ano passado, durante operação denominada Sagitário, os comerciantes retiraram as mercadorias antes da chegada dos fiscais. Mesmo assim, foram recolhidas mil caixas com produtos sem nota, segundo a Sefaz. (Agências)


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MERCADOS AGUARDAM ATA DO COPOM

7

27,69

por cento foi o retorno sobre o patrimônio líquido do HSBC em 2005

CLIMA AINDA É DE CAUTELA, NA OPINIÃO DE OPERADORES. ONTEM O DÓLAR COMERCIAL CAIU, PARA R$ 2,126.

BOVESPA SE RECUPERA E SOBE 2,03% A 1,94 Antecipação do IR: taxa de juro ao mês vai de 2,9% a 3,4% Paulo Pampolin/Hype

A

ntes mesmo de entregar a declaração do Imposto de Renda referente ao ano de 2005, o assessor comercial Jairo de Morais Filho iniciou uma verdadeira maratona de pesquisa nos bancos. Interessado em antecipar o valor da restituição ainda neste mês, ele decidiu pesquisar os juros cobrados pelas instituições financeiras que emprestam dinheiro tendo como garantia a devolução do imposto pago a mais. Até agora, a menor taxa encontrada por Morais foi a oferecida pelo Banco do Brasil, de 2,75% ao mês, e a maior, de 3,4%, no Real ABN Amro. "Já entrei em contato com meu banco para negociar uma taxa semelhante à do Banco do Brasil", conta Morais, que é correntista do Unibanco. Como o custo da antecipação (cerca de 3% ao mês) é inferior ao de outras opções de crédito no mercado, como o cheque especial, que tem juros médios de 8% ao mês, essa linha de financiamento acaba servindo de opção para quem está endividado. No caso de Morais, o valor da restituição, de R$ 1 mil, será utilizado justamente para quitar uma dívida. "Negociei um desconto de 10% para o pagamento à vista", afirma. Se não fosse esse compromisso em aberto, o assessor diz que dificilmente recorreria a esse tipo de empréstimo. Oferta maior — O início do prazo de entrega da declaração de ajuste anual à Receita Federal, no dia 1º de março, já levou mais instituições a anun-

O

bilhão de reais foi o volume financeiro do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo ontem, giro inferior à média do ano de R$ 2,44 bilhões. Essa estatística mostra que o mercado financeiro ainda opera com cautela. Na semana passada, a Bovespa recuou quase 6%, com a expectativa de que aumento de juros em países desenvolvidos afete o fluxo de recursos para as economias emergentes como a brasileira. "O mercado continua focado no exterior. Esta semana deve ser complicada, com a divulgação de análise do desempenho da economia americana no livro bege do banco central

do país e do índice de inflação ao consumidor nos Estados Unidos", comentou o diretor da Novação Distribuidora, Carlos Alberto Ribeiro, que citou, ainda, a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) amanhã. No caso da ata, a expectativa dos investidores gira em torno dos motivos que levaram o comitê a reduzir a taxa básica em 0,75 ponto percentual. Dólar em queda — O dólar comercial fechou em queda ontem, pela quarta sessão seguida, refletindo a melhora do cenário externo. A moeda norte-americana encerrou os negócios com desvalorização de 0,37%, cotada a R$ 2,124 para compra e a R$ 2,126 para venda. De acordo com operadores, o aumento do fluxo de recursos no mercado de câmbio ajudou a manter o dólar comercial em baixa. Mais uma vez ontem o BC não realizou o leilão de contratos de swap cambial — já são cinco as sessões sem o leilão dos contratos. (Reuters)

Fed: aperto monetário perto do fim O

Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) pode em breve interromper sua campanha de aperto monetário, segundo um relatório de empresa de pesquisa econômica que ajudou a elevar os preços dos Treasuries (títulos do país). O assessor contábil Jairo de Morais pesquisa em busca da menor taxa

ciar a abertura da linha de crédito. Na última semana foi a vez de Bradesco e Nossa Caixa entrarem na disputa por clientes interessados em antecipar a restituição do imposto. No Bradesco, é possível antecipar de 65% a 80% do valor a receber, com limite de R$ 20 mil. A taxa de juros cobrada é de 3,3% ao mês, independentemente do prazo de quitação escolhido, que pode variar de 120 até 300 dias. O crédito na Nossa Caixa também tem juros de 3,3% ao mês. Já a forma de pagamento é diferenciada. O cliente deverá quitar a dívida no momento do recebimento da restituição do IR ou, no máximo, em 30 de dezembro, caso o tomador do

empréstimo caia na malha fina da Receita Federal. Nas duas instituições é cobrada taxa de abertura de crédito, de R$ 25, no caso do Bradesco, e de 4% do montante do empréstimo na Nossa Caixa, com o mínimo de R$ 40 e máximo de R$ 150, para clientes em geral, e de 2% para funcionários públicos, com mínimo de R$ 20 e máximo de R$ 75. A operação paga Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para ter acesso ao crédito é preciso também que o interessado indique o banco como opção para o pagamento da restituição. Já oferecem a antecipação Banco do Brasil, Real, Santander Banespa e Unibanco. Adriana Gavaça

HSBC lucra R$ 850 milhões, recorde do banco no Brasil

HSBC Brasil obteve no ano passado o maior lucro líquido da sua história no País. O banco apresentou resultado de R$ 850,2 milhões, com crescimento de 61,47% em relação ao ganho de 2004. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 27,69%, contra 23,03% no ano anterior. O presidente da instituição, Emilson Alonso, disse que o lucro recorde de 2005 foi impulsionado pela venda da HSBC Seguros de Automóveis e Bens para a HDI, que proporcionou um ganho depois dos impostos de R$ 197,1 milhões. "Se desconsiderado esse ganho extraordinário com a venda da carteira de ramos elementares, o lucro do HSBC seria menor, mas ainda assim com crescimento expressivo, de quase 30%, em relação a 2004", afirmou o executivo. Crédito — Segundo Alonso, o resultado do banco também se deve à forte expansão das operações de crédito. A instituição encerrou o ano com carteira de R$ 20,2 bilhões, o que significa uma expansão de 24,27% em relação aos R$ 16,2

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta ontem, impulsionada pelo bom desempenho do mercado externo e pela notícia de que o governador paulista, Geraldo Alckmin, será o candidato do PSDB à Presidência. Contribuiu ainda para a valorização um ajuste de preços depois de alguns pregões de baixa. Também nos mercados de câmbio e de juros o nome do governador de São Paulo foi bem recebido, pelo fato de os investidores o considerarem mais favorável aos negócios do que o prefeito da capital, José Serra. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, encerrou o dia em 37.541 pontos, com alta de 2,03%. Com esse resultado, o indicador diminuiu para 2,77% a queda acumulada no mês. Desde o início do ano, a valorização do Ibovespa é de 12,21%. O volume financeiro do pregão ficou em R$ 1,94 bilhão, giro inferior à média deste ano,

bilhões de 2004. Do total do portfólio, R$ 11,7 bilhões destinam-se à pessoa física (crédito pessoal, empréstimos, CDC para veículos, financiamento imobiliário e cartões de crédito) e R$ 8,5 bilhões referem-se às atividades produtivas. Com o forte crescimento do crédito, a inadimplência teve um salto no ano passado, segundo Alonso. As operações vencidas há mais de 60 dias passaram de 5,7% da carteira em 2004 para 6,9% em 2005. As despesas com provisões para devedores duvidosos subiram de R$ 1,095 bilhão para R$ 1,611 bilhão, uma alta de 47%. "O aumento da inadimplência decorreu principalmente da área de financiamento ao consumo. As pessoas se endividaram além da capacidade de pagamento e ficaram devedoras", afirmou. De acordo com o executivo, a "onda" de inadimplência começou a ser percebida em março de 2005. Nos meses seguintes, o banco tomou medidas para controlar a qualidade da carteira, reduzindo, por exemplo, a oferta de emprésti-

mos. "No final de 2005 debelamos essa onda, e a inadimplência já está totalmente sob controle no início deste ano. Nós já pagamos nossa conta." A receita de intermediação financeira totalizou R$ 10,03 bilhões, com crescimento de 39,36% sobre o ano anterior. As despesas subiram 65,06%, para R$ 6,799 bilhões, e assim o resultado bruto da intermediação avançou 4,97%, para R$ 3,230 bilhões. O banco fechou o ano com lucro operacional de R$ 1,090 bilhão, o que significa um crescimento de 38,22%. Os ativos totais da instituição atingiram R$ 47,5 bilhões, com expansão de 38,25%. No final de dezembro, o patrimônio líquido do HSBC era de R$ 3,466 bilhões, alta de 29,61% em relação a 2004. Santander — O grupo Santander Banespa anunciou ontem ter registrado no ano passado lucro líquido de R$ 1,744 bilhão, com alta de 4,8% sobre o resultado de 2004. No exterior, o Goldman Sachs Group teve lucro líquido de US$ 2,48 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2006. (Agências)

De acordo com o relatório da Medley Global Advisors, o Fed está cada vez mais confortável com a idéia de que as pressões inflacionárias decorrentes do mercado de trabalho e dos custos de energia estão estabilizadas. Por isso, o banco poderia parar a seqüência de altas.

O Fed tem elevado os juros em todas as suas reuniões desde junho de 2004, chegando aos atuais 4,5% ao ano. "Outro aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica, levando o juro a 4,75%, é praticamente certo", afirmou o relatório da Medley Advisors. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR Nº 111

Ilustração: ABÊ

São Paulo, 15 de março de 2006

MÉGANE

A CHAVE DA RENAULT Páginas 4 e 5

Qual é o maior sucesso das pistas? F1? Stock? Não, é corrida de caminhão, a Fórmula Truck, que leva milhares de pessoas aos autódromos. Pág. 8.


2

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

Flex deve atingir 90% do mercado venda de carros flex não pára de crescer. Em fevereiro, por exemplo, a participação deste tipo de veículo nas vendas totais do mercado nacional atingiu 76,6% e a previsão da Anfavea, a associação das montadoras, é que este índice suba para 90% até o final do ano. Cada vez mais as montadoras vão substituindo os modelos a gasolina por versões bicombustíveis. Mas ainda há um longo caminho até que a maioria das ofertas seja de carros flex, aqueles que podem colocar, em qualquer proporção, álcool ou gasolina. Por enquanto, ainda é maior o número de ofertas de modelos exclusivamente a gasolina. Contando todas as versões de motorização e carroceria, a indústria nacional oferece 367 opções de compra. Desse total, 40% (147 veículos) são carros a gasolina. O bicombustível está representado por 39% (144 veículos) de tudo que é disponibilizado pelas montadoras locais. Restam ainda 20% de carros a diesel e 1% de modelos movidos a álcool. O segmento que até o momento oferece menos opções de veículos flex é o de utilitários. Não há, por exemplo, nenhuma oferta de flex no mercado de picapes

médias e grandes. As únicas vans e furgões disponíveis no País com motor bicombustível são da linha Kombi, da Volkswagen. E ainda faltam as novas montadoras, aquelas que se instalaram por aqui a partir dos anos 90, aderirem ao mundo flex. As japonesas Honda e Toyota vendem exclusivamente carros a gasolina. Só recentemente a francesa Peugeot passou a equipar seu principal produto, o modelo 206, com versão bicombustível. Mesmo caso da Citroën que, por enquanto, só tem o C3 flex-fuel. A oferta do bicombustível, no entanto, deve se ampliar ao longo dos próximos meses. Afinal, não há como ignorar a preferência que o consumidor brasileiro vem tendo pelos produtos que incorporam a nova tecnologia. Tanto é que a Renault acaba de lançar uma versão flex do Mégane, que passa a ser produzido agora no Brasil (veja matéria nas páginas 4 e 5). Considerando todas as ofertas do mercado brasileiro, isto é, incluindo os automóveis importados, o total de opções ao consumidor sobe para 607 e, nesse caso, a participação do flex cai para 23% do bolo.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

A

ÍNDICE LANÇAMENTO - 3 A Troller inicia a venda da picape Pantanal.

CAPA - 4 E 5 A Renault apresenta o sedã Mégane.

PRODUTO/MERCADO - 6 Já está à venda no Brasil a linha 2006 do New Beetle.

AUTODATA - 7 Dodge Dakota poderá ser produzida em Juiz de Fora.

FÓRMULA TRUCK - 8 O sucesso da principal competição de caminhões do País.

Agência AutoInforme

AGENDA DA SEMANA 29 de março

A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) realiza, em São Paulo (SP), o seminário “PROCONVE: Caminho de Sucesso e Tecnologias para o Futuro”.

3 a 5 de abril

A Volkswagen lança o SpaceFox, em evento que acontece no Hotel do Frade & Golf Resort, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O modelo chega para competir no segmento de peruas e minivans.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006 PANTANAL

P

Motor - A picape Pantanal tem câmbio de cinco marchas sincronizadas, motor diesel 3.0 com 163 cv de potência e 38,8 kgfm de torque. É dotada de tração 4x4 part-time e diferencial traseiro com sistema Trac-Lok. A suspensão é formada por eixo rígido com molas helicoidais (dianteira) e eixo rígido com feixe de molas (traseira). A Troller desenvolveu o modelo para atender a demanda de segmentos de clien-

3

Divulgação

Versatilidade para o trabalho

A versão 4x4 custa a partir de R$ 75 mil. Tem motor diesel 3.0 e sua caçamba padrão comporta até 1.210 kg. A Pantanal traz, de série, direção hidráulica e ventilação forçada, entre outros itens.

Montadora nacional investe no segmento de picape para atender demanda de clientes que precisam do veículo para uso comercial

ara conquistar o público que efetivamente precisa de uma picape para trabalhar, a Troller acaba de iniciar a venda da picape Pantanal, cabine simples, nas versões 4x2 e 4x4 que custam, respectivamente, R$ 67 mil e R$ 75 mil. A montadora nacional informa que espera comercializar 40 unidades/mês internamente e exportar outras 50. Para tanto, já iniciou negociações com Angola, Moçambique e Porto Rico. Segundo a montadora, a Pantanal inova ao adotar a tração 4x4 no segmento de picapes full size e ao oferecer a maior capacidade de carga entre os veículos similares com peso bruto total até 3.500 kg. Sua caçamba padrão comporta até 1.210 kg, enquanto a Ford F-250, da mesma categoria e disponível apenas na versão 4x2, comporta 1.010 kg. A área de carga é de 3,8 m² e o modelo garante flexibilidade de configurações. Sua caçamba tem 2.340 mm de comprimento e 530 mm de altura. No total, a picape tem 5.303 mm de comprimento, 1.960 mm de largura e 2.004 mm de altura. A distância entreeixos é de 3.350 mm e o vão livre do solo de 220 mm. A picape permite ângulo de entrada de 56º e ângulo de saída de 20º com o veículo carregado.

DCARRO

tes que precisam de um veículo robusto e de fácil manutenção e não estão satisfeitos com as soluções encontradas nos segmentos mid size como Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e Nissan Frontier. Neste nicho de mercado, encontram-se empresas prestadoras de serviços no campo - como as de energia e de comunicações -, agribusiness e também órgãos públicos. Solução para frotistas - No atendimento a empresas frotistas, da indústria, comércio e de prestação de serviços, a Troller oferecerá um programa diferenciado da concorrência: a Troller Soluções. “A pesquisa nos mostrou que o frotista carece de suporte dos fabricantes na adequação de veículos leves para viabilizar soluções de mobilidade na medida da necessidade”, explica Clécio Eloy, diretor de novos negócios da Troller Veículos Especiais, “por isso, a Troller disponi-

bilizará para este segmento o suporte dos engenheiros do Centro Troller de Desenvolvimento para ir ao cliente e viabilizar a criação de soluções de transporte

O modelo foi concebido para viabilizar vários tipos de configuração

em parceria com o cliente”. A picape Troller Pantanal possui carroceria construída em composite, material composto utilizado em aplicações de alta tecnologia, montada sobre um chassi de perfil retangular e longarinas retas na parte traseira, o que proporciona facilidade de encarroçamento. A Pantanal – de série – traz a direção hidráulica, ventilação forçada, predisposição para som e o banco bipartido (1/3 + 2/3). E para atender às exigências do cliente corporativo, a picape pode ser acrescida de ar-condicionado e vidros elétricos, entre outros itens de conforto. A Troller acredita que a robustez, confiabilidade e a capacidade off-road vão credenciar a picape Pantanal 4x4 como um forte concorrente entre os veículos disponíveis para o agronegócio. Transporte de insumos, manutenção de tratores, máquinas e implementos agrícolas vão compor a demanda da Pantanal.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de março de 2006

LEGAIS - 7

Bradesco Consórcios Ltda.

C.N.P.J. No 52.568.821/0001-22 Sede: Cidade de Deus s/no - Prédio Verde - Vila Yara - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

Senhores Cotistas: 2o Semestre 2005

Em cumprimento às disposições legais e dispositivos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, apresentamos para apreciação de V.Sa(s), as Demonstrações Financeiras da Bradesco Consórcios Ltda relativas aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. Cidade de Deus, 24 de fevereiro de 2006. Diretoria e Administração

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em Reais mil 2005

AT IV O

2004

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE .................................................................................. DISPONIBILIDADES ......................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ............................................... Carteira Própria ................................................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Rendas a Receber ............................................................................. Diversos ............................................................................................ OUTROS VALORES E BENS ............................................................ Despesas Antecipadas ....................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Diversos ............................................................................................ PERMANENTE ................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................. Outros Investimentos ......................................................................... Provisão para Perdas ......................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................................ Depreciação ......................................................................................

157.843 – 154.138 154.138 3.657 620 3.037 48 48 981 981 981 1.618 1 12 (11) 2.151 (534)

75.518 5 74.709 74.709 755 225 530 49 49 863 863 863 782 1 12 (11) 1.110 (329)

CIRCULANTE .................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Obrigações Sociais e Estatutárias ...................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Diversas ............................................................................................

50.511 50.511 17.396 24.842 8.273

22.566 22.566 10.810 5.234 6.522

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Diversas ............................................................................................

170 170 170 –

686 686 170 516

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................... Capital: - De Domiciliados no País ................................................................. Reservas de Capital ........................................................................... Reserva de Lucros ............................................................................. Lucros Acumulados ...........................................................................

109.761

53.911

14.800 10 5.938 89.013

14.795 10 2.275 36.831

TOTAL ..............................................................................................

160.442

77.163

TOTAL ..............................................................................................

160.442

77.163

RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ...... Impostos Incidentes sobre Serviços ....................... RECEITA LÍQUIDA DOS SERVIÇOS ................... RECEITAS/ (DESPESAS) OPERACIONAIS ........ Despesas de Pessoal ............................................. Despesas Administrativas ..................................... Despesas Tributárias ............................................. Despesas Comerciais ........................................... Receitas Financeiras ............................................. Outras Receitas Operacionais ................................ Outras Despesas Operacionais .............................. RESULTADO OPERACIONAL ............................ RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ........................................................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Provisão para Imposto de Renda ............................ Provisão para Contribuição Social .......................... Ativo Fiscal Diferido ............................................... LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO/EXERCÍCIO ....

85.340 (8.652) 76.688 (14.252) (5.011) (7.191) (166) (15.828) 12.135 1.918 (109) 62.436

148.560 (14.802) 133.758 (21.022) (8.546) (11.083) (265) (24.070) 19.956 3.192 (206) 112.736

86.969 (4.914) 82.055 (24.684) (6.337) (4.712) (276) (20.455) 6.428 844 (176) 57.371

62.436 (21.913) (15.980) (5.982) 49 40.523

112.736 (39.490) (28.851) (10.569) (70) 73.246

57.371 (11.857) (8.712) (3.145) – 45.514

Número de cotas ................................................. Lucro Líquido por cota em R$ ...........................

14.800.000 2,74

14.800.000 4,95

14.794.828 3,08

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil 2o Semestre 2005

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil CAPITAL SOCIAL REALIZADO

EVENTOS

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVA DE LUCROS LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

ORIGEM DOS RECURSOS ................................. Lucro Líquido ...................................................... Ajustes ao lucro líquido ...................................... Depreciação .......................................................... Recursos deTerceiros Originários de: ............... - Aumento dos Subgrupos do Passivo: ........... Outras Obrigações ............................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo: ........... Outros Valores e Bens ........................................

53.394 40.523 108 108 12.763 12.763 12.763 – –

100.881 73.246 205 205 27.430 27.429 27.429 1 1

61.088 45.514 175 175 15.399 15.350 15.350 49 49

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .......................... Dividendos Propostos ............................................ Inversões em: ....................................................... Imobilizado ............................................................ Aumento dos Subgrupos do Ativo: .................. Títulos e Valores Mobiliários .................................. Outros Créditos ..................................................... Aumento/Redução das Disponibilidades ..........

53.403 9.624 1.020 1.020 42.759 40.136 2.623 (9)

100.886 17.396 1.041 1.041 82.449 79.429 3.020 (5)

61.083 10.810 217 217 50.056 49.200 856 5

Modificações na Posição Financeira: Início do Período ................................................. Fim do Período .................................................... Aumento/Redução das Disponibilidades ..........

9 – (9)

5 – (5)

– 5 5

SALDOS EM 31.12.2003 ...................................................................................................................

14.795

10

4.402

19.207

Lucro líquido do exercício ................................................................................................................... Destinações: Reserva legal ..................................................................................................................................... Dividendos propostos .........................................................................................................................

45.514

45.514

– –

– –

2.275 –

(2.275) (10.810)

– (10.810)

SALDOS EM 31.12.2004 ...................................................................................................................

14.795

10

2.275

36.831

53.911

Aumento de capital ............................................................................................................................. Lucro líquido do exercício ................................................................................................................... Destinações: Reserva legal ..................................................................................................................................... Dividendos propostos .........................................................................................................................

5 –

– –

– –

(5) 73.246

– 73.246

– –

– –

3.663 –

(3.663) (17.396)

– (17.396)

SALDOS EM 31.12.2005 ...................................................................................................................

14.800

10

5.938

89.013

109.761

SALDOS EM 30.06.2005 ................................................................................................................... Lucro líquido do semestre .................................................................................................................. Destinações: Reserva legal ..................................................................................................................................... Dividendos propostos .........................................................................................................................

14.800 –

10 –

3.911 –

60.141 40.523

78.862 40.523

– –

– –

2.027 –

(2.027) (9.624)

– (9.624)

Demonstração Consolidada das Variações nas

SALDOS EM 31.12.2005 ...................................................................................................................

14.800

10

5.938

89.013

109.761

Disponibilidades de Grupos - Em Reais mil 2005

Demonstração Consolidada dos Recursos de Consórcio em 31 de dezembro - Em Reais mil

2o Semestre

AT I V O

2005

PASSIVO

2005

CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .....................................................

1.441.060

CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...........................................................

1.441.060

DISPONIBILIDADES ......................................................................................................

32

Obrigações com Consorciados .......................................................................................

782.774

APLICAÇÕES FINANCEIRAS - Grupos em Andamento e Formação .............................

507.585

Valores a Repassar .........................................................................................................

7.248

Aplicações Financeiras ...................................................................................................

51.273

Obrigações por Contemplações a Entregar .....................................................................

456.312

Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações ......................................................

456.312

Recursos a Devolver a Consorciados .............................................................................

121.397

OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................................

933.443

Recursos dos Grupos .....................................................................................................

73.329

Direitos junto a Consorciados Contemplados ..................................................................

933.443

Normais .......................................................................................................................

926.176

Em Atraso .....................................................................................................................

4.292

COMPENSAÇÃO ..........................................................................................................

10.636.448

Em Cobrança Judicial ...................................................................................................

2.828

Recursos mensais a receber de consorciados ................................................................

92.382

Bens Retomados ...........................................................................................................

147

Obrigações do grupo por contribuições ............................................................................

5.410.817

Obrigações por futuras contemplações ............................................................................

5.133.249

373.206 – 40.482

266.783 50 23.564

332.724

243.169

( + ) RECURSOS COLETADOS ....................................................... Contribuições para aquisição de bens ................................................ Taxa de Administração ...................................................................... Contribuições ao fundo de reserva ...................................................... Rendimentos de aplicações financeiras ............................................. Multas e juros moratórios ................................................................. Prêmios de seguro ............................................................................. Custas Judiciais ................................................................................ Outros ...............................................................................................

717.494 571.320 83.768 15.400 23.604 2.835 20.422 145 –

1.273.272 1.008.426 145.419 28.985 40.770 5.046 36.564 185 7.877

(583.083) (468.258) (83.423) (1.408) (19.655) – (144) (10.139) (56)

(1.032.438) (827.928) (145.654) (2.511) (35.540) (3) (184) (17.523) (3.095)

507.617 32 51.273

507.617 32 51.273

456.312

456.312

Previsão mensal de recursos a receber de consorciados .................................................

92.382

Contribuições devidas ao grupo .......................................................................................

5.410.817

Valor dos Bens a Contemplar ..........................................................................................

5.133.249

( - ) RECURSOS UTILIZADOS ........................................................ Aquisição de Bens .............................................................................. Taxa de Administração ....................................................................... Multas e juros moratórios .................................................................. Prêmios de seguro ............................................................................. Devolução a Consorciados Desligados .............................................. Custas Judiciais ................................................................................ Seguros Contratados - Quebra de Garantia ........................................ Outros ...............................................................................................

12.077.508

DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO .............................. Depósitos Bancários .......................................................................... Aplicações Financeiras ...................................................................... Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ...................................................

COMPENSAÇÃO ..........................................................................................................

TOTAL ...........................................................................................................................

10.636.448

TOTAL ...........................................................................................................................

12.077.508

Exercício

DISPONIBILIDADES NO ÍNICIO DO PERÍODO .............................. Depósitos Bancários .......................................................................... Aplicações Financeiras ...................................................................... Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ...................................................

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Consórcios iniciou, em 09 de dezembro de 2002, a venda de cotas de consórcio a funcionários e, em 21 de janeiro de 2003, para correntistas e não correntistas das instituições financeiras da Organização Bradesco, passando o consórcio a ser parte do portfolio de produtos oferecidos pela Organização. Atuando na Administração de Grupos de Consórcios de Imóveis, Automóveis, Tratores, Caminhões e Colheitadeiras, conta com toda a infraestrutura de atendimento da Organização Bradesco. Como parte da Organização Bradesco, utiliza-se, de forma compartilhada, da infraestrutura administrativa e tecnológica de seu Controlador (Banco Bradesco) e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. A capilaridade e a segurança associadas à Marca Bradesco são vantagens importantes na expansão das vendas. 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA ADMINISTRADORA E DOS GRUPOS DE CONSÓRCIO As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), específicas para as administradoras de consórcios e incluem estimativas e práticas contábeis no que se refere à constituição de provisões. A carta-circular 3.147/04 do BACEN alterou e consolidou as diretrizes contábeis a serem utilizadas pelos grupos de consórcios, que incluem a preparação das demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio e das variações nas disponibilidades de grupos de consórcio. Essas alterações foram implementadas a partir de 1o de julho de 2005 e fez com que qualquer comparação com o período anterior tornarem-se ineficaz. Dessa forma, a administração, amparada pela carta-circular 3.266/06, optou por não apresentar de forma comparativa esses demonstrativos financeiros. 3 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DA ADMINISTRADORA a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. A taxa de administração é reconhecida mensalmente em função dos recebimentos das contribuições pelos grupos, e a comissão sobre venda de cotas de consórcio quando da inclusão nos grupos, cujo pagamento se dá em parcela única. b) Títulos e Valores Mobiliários São demonstrados pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S/A (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S/A DTVM), para a data-base. c) Ativos circulante e realizável a longo prazo São demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base pro rata dia). d) Permanente Demonstrado ao custo, combinado com: • Investimentos - Constituição de provisão para perdas quando aplicável. • Imobilizado de Uso - Depreciado às taxas que levam em consideração a vida útil dos bens representados por: Instalações e Móveis e Utensílios 10% a.a.; Equipamentos de Informática e Direito de Uso de Softwares 20% a.a. e) Passivos circulante e exigível a longo prazo Os valores demonstrados incluem, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base pro rata dia) incorridas. f) Impostos e contribuições Os impostos e contribuições foram calculados às alíquotas abaixo mencionadas, considerando, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada tributo: Imposto de Renda .................................................................................... 15% Adicional de Imposto de Renda ................................................................. 10% Contribuição Social .................................................................................. 9% 1,65% PIS (1) ..................................................................................................... 7,60% COFINS (1) ............................................................................................. (1) De acordo com a Lei 10.833/03, as receitas relativas a contratos celebrados anteriormente a 31/10/2003, com prazo superior a um ano, estão sujeitas ao Pis e Cofins às alíquotas de 0,65% e 3% respectivamente. Para efeito de apuração da base de calculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, em 2005 a sociedade optou pela utilização do lucro real e para 2004 optou pela utilização do lucro presumido. 4 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DOS GRUPOS DE CONSÓRCIOS a) Aplicações Financeiras São demonstradas pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S/A (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S/A DTVM), para a data-base.

Esses valores representam os recursos disponíveis e não utilizados pelos grupos e são aplicados de acordo com as diretrizes da Circular 3.261/04, do BACEN. Os rendimentos dessas aplicações são incorporados ao fundo comum e de reserva de cada grupo diariamente. b) Outros Créditos No ativo circulante, outros créditos referem-se a Direitos Junto a Consorciados Contemplados e representam os valores a receber dos consorciados contemplados referentes às parcelas vincendas do fundo comum e fundo de reserva, calculados com base no valor de mercado dos bens na data do balanço. c) Passivo Circulante I. Obrigações com Consorciados As obrigações com consorciados representam o fundo comum recebido de consorciados não contemplados para aquisição de bens e o fundo comum, a taxa de administração e o seguro recebido de consorciados dos grupos em formação, são determinados com base no valor do bem objetos da operação e no percentual de pagamentos estabelecidos de acordo com o prazo de duração dos grupos. II. Valores a Repassar Os valores a repassar referem-se a valores recebidos de consorciados a serem repassados, referentes à taxa de administração, prêmios de seguros, multas e juros e outros. III. Obrigações por Contemplações a Entregar Correspondem ao valor de bens contemplados nos grupos, a serem entregues após a data das demonstrações financeiras, acrescidos dos rendimentos financeiros entre a data de contemplação e a data do Balanço. IV. Recursos a Devolver a Consorciados Referem-se a valores a ser ressarcidos aos consorciados ativos por ocasião do encerramento do grupo, referentes a pagamentos a maior de parcelas, e a valores a pagar aos consorciados desistentes e excluídos, atualizados pela variação do bem. d) Contas de Compensação I. Previsão Mensal de recursos a receber de consorciados e recursos mensais a receber de consorciados Demonstram a previsão de contribuições a receber (fundo comum e fundo de reserva) de consorciados para o mês subseqüente ao mês base das demonstrações financeiras. O montante foi calculado considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio em 31 de dezembro de 2005. II. Contribuições devidas ao grupo e obrigações do grupo por contribuições Referem-se aos valores totais das contribuições (fundo comum e fundo de reserva) devidas pelos consorciados ativos (grupos em andamento) até o final do grupo, considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço. III. Valor dos Bens a Contemplar e Obrigações por futuras contemplações Correspondem ao valor dos bens a serem contemplados em assembléias futuras, considerando o valor de mercado dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço. 5 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - ADMINISTRADORA Os títulos e valores mobiliários estão compostos como segue: Em 31 de dezembro - R$ mil Descrição

2005

2004

Cotas de Fundos de Investimentos: a) Próprias ................................................................. b) Grupos Encerrados (nota 6c) .................................

147.808 6.330

68.856 5.853

Total ..........................................................................

154.138

74.709

6 - OUTROS CRÉDITOS E OUTRAS OBRIGAÇÕES - ADMINISTRADORA a) No ativo circulante e realizável a longo prazo, outros créditos diversos referem-se a outros adiantamentos R$ 544 mil (em 31 de dezembro de 2004 - R$ 61 mil) créditos tributários R$ 113 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 183 mil), devedores por depósitos em garantia R$ 384 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 851 mil), impostos e contribuições a compensar R$ 2.977 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 298 mil). b) Outras obrigações fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a provisão para imposto de renda, contribuição social, impostos e contribuições s/ serviços de terceiros e salários R$ 24.842 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 5.234 mil) e provisão para riscos fiscais R$ 170 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 170 mil). c) No passivo circulante e exigível a longo prazo, outras obrigações diversas referem-se basicamente a provisão para pagamentos a efetuar R$ 1.784 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 1.185 mil), valores a ressarcir a consorciados de grupos encerrados R$ 6.330 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 5.853 mil), em virtude do encerramento, em exercícios anteriores, da carteira de grupos de consórcio, estando estes recursos à disposição dos respectivos consorciados.

7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ADMINISTRADORA Em 31 de dezembro de 2005 o capital social é de R$ 14.800 mil, representado por 14.800.000 cotas ao valor nominal de R$ 1,00 cada. Aos cotistas estão asseguradas as distribuições de dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação. A sociedade registrou o valor de R$ 17.396 mil (31 de dezembro de 2004 - R$ 10.810 mil) como dividendos propostos. 8 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADMINISTRADORA a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Exercíciofindoem 31 dedezembrode 2005 Valor

Descrição Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social ................ Imposto de Renda e Contribuição Social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ..................................................................................... Efeito das adições/exclusões no cálculo dos tributos .................................

112.736

Total dos encargos de Imposto de Renda e Contribuição Social ......

39.490

39.420 70

b) No exercício foram realizados R$ 121 mil de créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social e constituído R$ 51 mil de adições temporárias, restando em 31 de dezembro de 2005 R$ 113 mil referentes a diferenças temporárias. A sociedade não possui créditos tributários não ativados. c) Em 2004, a sociedade optou pelo pagamento de imposto de renda e contribuição social utilizando como base de calculo o lucro presumido. 9 - OUTRAS INFORMAÇÕES - ADMINISTRADORA a) As despesas administrativas no valor de R$ 11.083 mil (em 31 de dezembro de 2004 - R$ 4.712 mil) estão representadas basicamente por despesas com comunicação, material gráfico, processamento de dados, serviços prestados por terceiros e treinamento. b) As despesas de pessoal no valor de R$ 8.546 mil (em 31 de dezembro de 2004 - R$ 6.337 mil) estão representadas por salários, benefícios, encargos sociais trabalhistas e provisões de 13º salário e férias. c) As despesas comerciais no valor de R$ 24.070 mil estão representadas principalmente por despesas com comissões,eventos e propaganda (em 31 de dezembro de 2004 - R$ 20.455 mil). d) Outras receitas operacionais no valor de R$ 3.192 mil (em 31 de dezembro de 2004 - R$ 844 mil) referem-se principalmente taxas para recuperação de despesas junto aos consorciados, conforme previsto contratualmente. 10 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS - GRUPOS As aplicações financeiras dos grupos de consórcio (em andamento e em formação) no valor de R$ 507.585 mil, estão compostas por R$ 51.265 mil em operações compromissadas com lastro em títulos públicos federais, junto ao Banco Bradesco S/A, e R$ 456.320 mil em cotas de fundos de investimentos. A taxa de administração paga pelos fundos ao Banco Bradesco S/A, no exercício foi de R$ 9.393 mil (no exercício findo em 31 de dezembro de 2004 - R$ 3.287 mil). Atendendo a Circular Bacen 3.261/04, foi transferido (sem custo), em 29/03/2005, o recurso anteriormente aplicado no fundo exclusivo FIF Mediterrâneo, para o fundo de rede FIF Rubi DI. 11 - RESUMO DAS OPERAÇÕES DE CONSÓRCIOS As operações de consórcios em 31 de dezembro de 2005 e 2004 apresentam a seguinte posição em quantidades: 31.12.2005 Grupos em andamento ................................................................ Bens entregues no período ........................................................... Bens entregues totais .................................................................. Consorciados ativos .................................................................... Consorciados desistentes e cancelados (período) ........................ Consorciados contemplados ....................................................... Bens pendentes de entrega .......................................................... Taxa média de inadimplência ......................................................

1.150 26.463 41.183 212.652 57.122 59.561 13.243 1,51%

31.12.2004 805 10.742 14.720 148.546 18.100 21.813 5.126 0,71%

12 - OUTRAS INFORMAÇÕES Os consorciados mantêm seguros de vida e quebra de garantia, junto ao Grupo Bradesco Seguros e Previdência, cujos valores dos prêmios pagos encontram-se demonstrados em prêmios de seguros e seguros contratados - quebra de garantia.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretoria Aos Administradores e Cotistas da

Diretor-Presidente ANTONIO CELSO MARZAGÃO BARBUTO

Bradesco Consórcios Ltda. Osasco - SP

Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Consórcios Ltda., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, bem como as demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio em 31 de dezembro de 2005 e das variações nas disponibilidades de grupos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Diretor JOSÉ ALCIDES MUNHOZ

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Consórcios Ltda., em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercicios findos naquelas datas, bem como as demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio em 31 de dezembro de 2005 e das variações nas disponibilidades de grupos para o exercicio findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 3 de março de 2006

José Alves Bicudo Filho Contador CRC 1SP124.511/O-3

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Alberto Spilborghs Neto Contador CRC 1SP167455/O-0


DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

LANÇAMENTO

DCARRO

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O DESTAQUE É A VERSÃO 1.6

De cara nova, Mégane é o primeiro brasileiro a substituir a chave por cartão, trazendo de volta o botão de partida

E onde está a chave?

Apesar de oferecer três motorizações e câmbios, o novo Renault Mégane tem no motor 1.6 litro o seu ponto de equilíbrio. Inclusive, é o único flex. Logicamente que o 2.0 (automático ou manual), tem mais fôlego, principalmente nas subidas e nas retomadas, mas o motor 1.6 com o câmbio de cinco marchas é o que proporciona melhor custo/benefício. No test-drive pelas estradas que ligam a capital do Paraná ao litoral, com descida pela fabulosa Serra da Graciosa, o carro teve um comportamento dinâmico muito bom. Em várias situações de piso e de velocidade, mostrouse um veículo muito estável e seguro. Os freios páram o carro em espaços curtos e sem desvios de trajetória, que possuem o auxílio do ABS e EBV, que no modelo são de série.

Motor 1.6 16V Hi-Flex - A versão mais simples do novo Mégane é equipada com motor 1.6 litro, 16 válvulas, quatro cilindros, que é produzido na fábrica de motores da marca em São José dos Pinhais (PR). É o mesmo motor que equipa a Scénic e o Clio. Segundo dados da montadora, desenvolve 110 cv de potência quando funciona com gasolina e 115 cv (sempre a 5.750 rpm) abastecido com álcool. Tais características e tecnologias permitem a esse motor atingir a velocidade máxima de 186 km/h (quando abastecido com 100% álcool) e 182 km/h (gasolina) e acelerar de 0 a 100 em 12,5 segundos (álcool) e 12,8 segundos (gasolina). Em termos de consumo, na cidade, o Mégane faz a média de até 11,9 km/l (gasolina) e 8,6 km/l (álcool). Já na estrada, o consumo é bem interessante, se al-

guém conseguir atingir os números divulgados pela engenharia da Renault: 16,1 km/l (gasolina) e 11,3 km/l (álcool). Motor 2.0 16V - O quatro cilindros 2.0 16V é importado da França. Desenvolve a potência máxima de 138 cv a 5.750 rpm o que proporciona uma aceleração de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e velocidade máxima de 200 km/h. Isto com câmbio manual de seis marchas. Um número muito interessante do modelo é que mais de 90% do torque aparece já em 2.000 rpm, o que proporciona uma condução muito agradável na cidade e em baixas velocidades. O Mégane com o 2.0 16V e câmbio manual de seis marchas faz 10,5 km/l na cidade e 16,5 km/l na estrada.

A peça atrás do câmbio é a alavanca do freio de mão, em forma de mache, como aparece nos aviões. Na traseira, um dos pontos altos do desenho do novo Renault.

Antonio Fraga

Fotos: Divulgação

Sílvio Porto

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Não tem, use o cartão. Novo Mégane traz como inovação o cartão que substitui a chave de ignição. Preço? Entre R$ 53.900, 1.6, e R$ 69.990, o 2.0 automático. CHICOLELIS

O

novo Mégane, que a Renault apresentou na semana passada e que começa a ser vendido agora, inicialmente na versão com motor 1.6 16V, é a chave da empresa para mudar sua história no mercado nacional, onde responde pela oitava posição no ranking dos mais vendidos. Neste caso, chamá-lo de chave é fazer contraponto com a tecnologia que a marca francesa traz com exclusividade para a indústria brasileira, o cartão que abre e fecha portas, e também usado para dar partida no motor, substituindo a tradicional chave de ignição. A Renault quer de volta a quinta posição no mercado, que ocupava desde 2000, quando aqui chegou, inclusive trazendo o antigo modelo do Mégane, ainda fabricado na Argentina. Ela se

manteve neste posto até o ano passado, com participação entre 3,8% (2000) e 4,12% (2002), caindo para menos de 3% em 2005 e para o oitavo lugar, perdendo posições para as duas japonesas, Toyota e Honda, e para outra francesa, Peugeot. Tricampeão europeu - A Renault aposta no sucesso do novo Mégane no mercado nacional baseada nas vendas do carro na Europa, onde é o líder há três anos consecutivos. Antonio Megale, diretor de Marketing da montadora revela que a previsão de vendas do carro é de 12 mil unidades neste ano e acima de 20 mil a partir de 2007, um ano completo de comercialização. E também já anunciou para outubro a chegada da versão perua do modelo. O novo carro, que nesta semana terá apenas o motor 1.6 16V - as versões 2.0 16V, manual e

automática (veja avaliação na página 5), deverão chegar às revendas somente em abril -, vem equipado com ABS, EBU (sistema de distribuição eletrônica de frenagem) e air bags de série. O automático terá cinco marchas e o manual do 2.0 16V, seis marchas.

e também com o 2.0 16V, mecânico e automático, apenas a gasolina. O Expression 1.6 16V é o mais barato, R$ 53.990. A versão Dynamique do 1.6 custa R$ 59.990. O modelo 2.0 16V só aparece no acabamento Dynamique, custando R$ 65.990, manual, e R$ 69.990, automático.

Os preços - São duas as versões de acabamento do Mégane: Expression, de entrada, com motor 1.6 16V, e Dynamique, mais completa, com este mesmo motor (em ambos os casos bicombustível)

A chave - Com tamanho de um cartão de crédito, a "chave" do Mégane é usada para abrir portas e também para a ignição, neste caso associado a um botão "start/stop", semelhante

àqueles usados nos veículos fabricados há décadas atrás. Coloca-se o cartão aciona-se o freio e apertase o botão de partida. Para desligar, aperta-se novamente o botão. Além dessas funções, o "cartão chave" também armazena informações sobre o carro que serão úteis nas revisões e eventuais panes. A Renault informa que, no futuro, novas funções poderão ser assumidas pelo sistema, que possui código evolutivo, com mais de um bilhão de combinações, reduzindo o risco de furtos ou fraudes.

Uma chave convencional, embutida no cartão, garante acesso ao carro em caso de falha. Concorrendo com o Chevrolet Vectra, Honda Civic e Toyota Corolla, o Mégane, que consumiu 50 milhões de euros em investimentos, oferece bom espaço interno para seus cinco ocupantes, mesmo no caso de pessoas mais altas. E mais modelos novos Renault virão nos próximos três anos, um a cada sete meses, entre eles o Logan, carro popular da marca, apontado como um dos mais baratos do mundo na atualidade.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

quarta-feira, 15 de março de 2006

PETISTA ACUSA RELATOR DE RANCOROSO E OMISSO E AMEAÇA IR AO STF. MAIS DENÚNCIAS CONTRA PALOCCI.

CONSELHO PEDE CASSAÇÃO DE JOÃO PAULO

C

hamado de "vulcânico" por integrantes do Conselho de Ética, o relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) que pede a cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi aprovado ontem por 9 votos e 5. O parecer do conselho tem de ser confirmado pelo plenário da Câmara para que o deputado perca o mandato. No plenário, são necessários 257 votos, a maioria absoluta, para a cassação. O petista é acusado de envolvimento no escândalo do mensalão. João Paulo fez uma defesa firme de seu mandato e atacou o relator, acusando-o de mentir, de ser "omisso, rancoroso e preconceituoso". O ex-presidente da Câmara chegou a citar o padre Antônio Vieira: "No seu parecer senti um certo ranço, agressividade. Padre Vieira diz: "a dor faz gritar, mas se for excessiva ela cala. A luz faz ver, mas se for excessiva cega. A alegria vivifica, mas se for excessiva, mata"'. A maior parte da reunião do conselho, que durou mais de seis horas, foi gasta com a defesa de João Paulo. A deputada Angela Guadagnin (PT-SP), aliada do ex-presidente da Câmara, levou 2 horas e 48 minutos para defender o petista lendo um novo parecer a favor do deputado. O texto de Guadagnin e o tempo em que ela levou na sua leitura foram maiores do que o voto do próprio relator que sustentou a cassação de João Paulo apresentado na

Ed Ferreira/AE

Ag.Câmara/Arquivo/31-01-2006

AE/Arquivo/30-06-2005

Pedro Corrêa e Pedro Henry: cheiro de absolvição no ar.

CÂMARA VOTA MAIS DOIS PROCESSOS HOJE

A

Câmara vota hoje mais dois processos de cassação de parlamentares acusados de envolvimento no esquema do mensalão, e pelo menos um deles, o deputado Pedro Henry (PP-MT), será absolvido. Apesar da mobilização do PP, o presidente do partido, Pedro Corrêa (PE), deverá ser cassado. O senso comum no Congresso, depois da dupla absolvição da semana passada – Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP) – era que não dá para repetir a dose hoje. Corrêa deverá ser cassado porque admitiu ter recebido dinheiro do valerioduto. Soma-se a isso o passado do deputado, que já enfrentou outras denúncias

Em sua defesa, o ex-presidente da Câmara citou até Padre Vieira. " A luz faz ver, mas se for excessiva cega."

na Câmara, a mais recente de envolvimento com a máfia dos combustíveis. O líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), acredita, porém, em duas absolvições no plenário. Argumentou que Henry foi absolvido pelo Conselho de Ética e lembrou que Corrêa está no sexto mandato e conquistou muitos amigos na Casa. O PP recebeu R$ 4,1 milhões do valerioduto, mas Corrêa reconhece somente R$ 700 mil – que o partido alega ter sido usado para pagar os advogados do exdeputado Ronivon Santiago. Sobre a proposta de acabar com o voto secreto nas votações da Câmara, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoBSP), disse que deve ser apreciada em breve. (AG)

PALOCCI REBATE CASEIRO: 'NÃO SEI DIRIGIR EM BRASÍLIA'.

Beto Barata/AE

Ex-empregado afirma que viu ministro da Fazenda na casa do Lago Sul "várias vezes"

Quer-se, a ferro e fogo, impor-se a pena capital ao deputado João Paulo Cunha Angela Guadagnin reunião de terça-feira da semana passada. Validade – Antes da leitura de Guadagnin, a defesa também gastou cerca de uma hora questionando a validade do uso no parecer de Schirmer de relatório preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU), desfavorável ao petista. João Paulo não descarta a hipótese de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parecer de Schirmer. "Vamos estudar todas as hipóteses", afirmou o petista, após a decisão do conselho. O longo texto de Guadagnin e os adjetivos usados por João Paulo contra o relator não sensibilizaram o colegiado. "O discurso agressivo mostra a falta de convicção na defesa", respondeu Schirmer. "Ele não contesta o saque nas contas do empresário Marcos Valério", completou o relator, citando um dos três principais pontos que usou para sustentar o pedido de cassação de João Paulo. (Agências)

Bara

ta/A

E

Celso Junior/AE

Beto

P

rimeiro foi o motorista. Agora é o caseiro Francenildo Santos Costa que afirma ter visto Antonio Palocci na mansão alugada por ex-assessores do ministro da Fazenda, no Lago Sul, em Brasília. Na casa, representantes da chamada 'República de Ribeirão Preto' se reuniam para fazer partilha de dinheiro, segundo Costa. Para sustentar a versão dada à CPI dos Bingos de que nunca esteve na mansão, Palocci deu a explicação de que não sabe dirigir em Brasília. Em comunicado divulgado ontem, assessores do Ministério da Fazenda mantiveram a versão de que Palocci nunca esteve na mansão. De acordo com a assessoria, todas as vezes que precisa se locomover, Palocci ou pede um carro do ministério da Fazenda ou sua mulher dirige para ele. "Portanto, o caseiro e o motorista não estão falando a verdade", disse a assessoria. Costa contou que o ministro chegava sozinho na mansão dirigindo um Peugeot prata de vidro escuro. O caseiro deve depor hoje à Polícia Federal. A CPI vota, também hoje, requerimento para convocá-lo a depor. Senadores do PSDB, PFL, PMDB e até o petista Eduardo Suplicy (SP) querem que o ministro compareça ao Congres-

Palocci (ao lado) e Costa: Para assessoria do ministro, caseiro "não fala a verdade".

so e preste esclarecimentos sobre as novas denúncias que pesam contra ele. "Comigo o ministro sempre procedeu de maneira ética, mas considero importante que ele esclareça tudo isso", cobrou Suplicy. Cardeais – Cardeais da oposição, que sempre deram sustentação política ao ministro e o pouparam a despeito dos ataques do próprio PT, já ameaçam rever a posição. "Eu não vou mais defender o Palocci porque a situação dele é insustentável", disse o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). "É a credibilidade da principal autoridade monetária do País que está em jogo", alertou César Borges (PFL-BA). "Ou o ministro comparece e esclare-

ce, ou está de forma muito profunda ferido em sua credibilidade", avaliou, ao salientar que não é desejo de ninguém desestabilizar o ministro. "Simplesmente são os fatos que estão vindo à tona." O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou que no relatório final vai incluir o nome de Palocci como envolvido em suspeita de irregularidades, porque inúmeras testemunhas falaram de sua participação, até mesmo no envolvimento com bingos. Defesa – Tião Viana (AC) saiu em defesa de Palocci. Único a subir à tribuna para contestar a oposição, o senador petista apontou a existência de uma

conspiração contra o ministro. "Esse caseiro sumiu. Estão pagando hotel para ele, comida e o que mais?", indagou o senador, para frisar em seguida que "o mercado está sereno". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou irritado com as últimas denúncias. Segundo integrantes do governo, Lula disse que a CPI dos Bingos se transformou num palanque contra o governo. Lula se reuniu pela manhã com Palocci e ainda conversou sobre o assunto com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O presidente comentou, segundo assessores, que a repercussão do caso estava muito ruim e que a cada semana há uma nova tentativa de desgastar o ministro.

Apê – Quando deixaram a casa do Lago Sul, os integrantes da 'República' se mudaram para um apartamento no Setor Sudoeste. De acordo com corretores consultados na época, a principal exigência na escolha do novo imóvel, comandada por Vladimir Poletto, era a de assegurar a privacidade dos freqüentadores do local. Poletto optou por um apartamento na quadra 101, com 380 metros. Os corretores contam que chamou a atenção a preocupação de Poletto e de outras pessoas que visitaram o imóvel em checar se era possível descer do carro, de uma das quatro vagas disponíveis, sem ser flagrado pelas câmeras de segurança instaladas na garagem. (Agências)

AE/Arquivo/05-09-2002

DUDA LÁ

NEPOTISMO

ORÇAMENTO

ete meses após o primeiro depoimento, o publicitário Duda Mendonça será ouvido hoje, em sessão secreta, pela CPMI dos Correios. Na tentativa de evitar a divulgação de revelações que possam vir a comprometer o governo, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), propôs que a sessão para ouvir Duda fosse restrita aos quatro parlamentares que têm acesso aos documentos. A cúpula da CPMI rechaçou a proposta da petista.

proposta de emenda constitucional que acaba com o nepotismo nos três poderes e nos níveis federal, estadual e municipal só será votada na Câmara depois de uma regra interna proibindo a contratação de parentes na Casa. A emenda constitucional proíbe a contratação, em cargos de confiança (sem concurso público) de cônjuges ou companheiros e parente consangüineo até o terceiro grau. (AG)

Comissão Mista de Orçamento aprovou ontem o relatório da lei orçamentária de 2006. A peça já está três meses atrasada, mas ainda precisa passar pelo plenário antes de virar lei. É, novamente, uma peça de ficção. Muitas destas emendas nunca sairão do papel. O Executivo vai bloquear de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões em despesas logo de saída. Deputados e senadores se mostraram insatisfeitos com o resultado. (AE)

S

Ó RBITA

A expectativa é que Duda não faça nenhuma revelação bombástica. Ele conseguiu no Supremo liminar que lhe dá o direito de ficar calado durante o depoimento. (AE)

EX-PREFEITA Marta Suplicy vai semana que vem à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para explicar um aditamento feito ao contrato de iluminação pública.

A

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quarta-feira, 15 de março de 2006

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PASSARELA FOI DECORADA COM 900 VASOS DE VIOLETAS

A atriz Luciana Vendramini desfilou modelo de inspiração vitoriana, tema que apareceu em toda a coleção da Gregory.

Roberto Donasc/Futura Press

PRÊT-À-PORTER Outono-inverno de inspiração vitoriana Silhueta ultrafeminina e clima retrô 1960 foram as marcas da Gregory e Ventura

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ores cítricas em óculos, inspiração romântica em ondas retrôs e motivos florais. Assim foi o segundo dia de apresentações da quinta edição do Prêt-à-Porter Brasil, que promoveu a primeira aparição pública de Maria Fernanda Cândido após a gravidez. A atriz ressurgiu em cena na passarela da Gregory, o primeiro dos dois desfiles que aconteceram ontem no Jockey Club. Estrela da grife, Maria Fernanda exibiu uma moda ultrafeminina, com cintura bem marcada e forma estruturada, em uma nova silhueta comportada e sexy ao mesmo tempo. A atriz, porém, não foi a única a mostrar a nova coleção da Gregory. Outras beldades, como Caroline Bittencourt, Mariana Kupfer e Luciana Vendramini, vestiram peças nas quais se destacaram mangas, golas altas e coletes. Trabalhando com tecidos feltrados, detalhes em pele e aviamentos metálicos (em jaquetas e casacos com abotoamento duplo), o time deu um show de elegância. Os conjuntos de ins-

piração mais romântica pareciam saídos de um quadro da era vitoriana, inspiração declarada dos estilistas da grife. Assim, rendas, bordados, camafeus, babados, saias e boleros compuseram diferentes looks, todos apresentados em uma passarela de 32 metros de comprimento, enfeitada com 900 vasos de violetas e 12 pés de quaresmeiras em flor. Não por acaso, o branco e o preto, passando pelos tons de terra (do bege aos marrons), os olivas, além dos violetas e liláses, deram vida a diferentes propostas mostradas pela marca. Todas, em comum, realçando a beleza de uma mulher moderna, contemporânea e extremamente feminina. Questão de visão – De olho nos anos 60, a grife de óculos Ventura embarcou em uma viagem ao mesmo tempo clássica e psicodélica, resgatando os desejos da década emblemática, que aspirava novas formas, cores, atitudes e comportamento. Inspirado nesse espírito, Francisco Ventura Jr. criou armações retrôs maximizando a leitura desse passado.

Dessa fonte surgiram óculos grandes, quadrados, cobrindo as sobrancelhas. Ainda de carona nos anos 60, não faltaram reinvenções de um ícone do período, o clássico modelo Jackie Onassis, que ganhou versões em diversos tamanhos e tons sóbrios e chiques, como preto e tartaruga. Tudo devidamente apresentado por outro nome que é referência para o universo fashion brasileiro, Luíza Brunet. Mas a releitura da Ventura para período tão marcante não seria completa sem a irreverência do psicodelismo que invadiu os anos 70 no rosto de hippies e roqueiros, para os quais roxo, laranja e verde-limão davam o tom da vanguarda. Com apoio da Associação Comercial de São Paulo, Abit e Sebrae-SP, o evento, que tem como palco o Jockey Club de São Paulo, encerra-se amanhã, dia 16. Com média de mil convidados por desfile, apresenta aos verdadeiros consumidores das marcas participantes a moda que estará nas lojas dentro de poucos dias. João Jacques

A modelo e apresentadora Caroline Bittencourt foi uma das "famosas" do desfile da Gregory Roberto Donasc/Futura Press

BOM RETIRO Desfiles vão muito além da moda

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Bom Retiro Fashion Business foi criado para aumentar o faturamento das lojas da região e projetar ainda mais o nome do bairro, conhecido como ponto de boas compras. Mas o que acontece durante o evento vai muito além da moda. No segundo dia de desfiles, a área em volta da passarela estava lotado. O ator Thierry Figueira abriu a apresentação da Mad Soul. O Bom Retiro Fashion Business teve seu momento de São Paulo Fashion Week – as consumidoras berraram sem pena. Resultado: as novidades da marca passaram quase que despercebidas pelo público. Para divulgar os produtos, os criadores da grife de acessórios e bolsas Birô não tiveram dúvidas: as meninas desfilaram com cintos no pescoço, nos braços, nos pulsos e, é claro, na cintura. O ponto alto foi a apresentação do Universo das Calcinhas, com meias finas e corpetes rendados. Já a Gup's Jeans mostrou bermudas femininas com bo-

tas de cano alto e jaquetas curtas com cachecol. A Milvest optou pelo estilo verão para a coleção outono-inverno, com vestidos que deixam as costas à mostra e botinhas curtas. A Pitanga inovou com minissaias balonè em malha, usadas com calças "segunda pele". Destaques – Uma das modelos que mais chamaram a atenção ontem foi Cida. Enquanto não consegue viver só das passarelas, Cida é Aparecida da Conceição Silva, a diarista que têm cinco patrões e o sonho de ser estrela. Aos 27 anos, ela estudou até o segundo grau e fez o curso de modelo e manequim. "Moro em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Lá, já fiz alguns trabalhos. O Bom Retiro é o primeiro na capital", disse. Com 1,76 de altura e 51 quilos, ela ganha R$ 800 por mês como diarista e R$ 400 como modelo. Moda a preço justo – O Bom Retiro está mudando de cara – quer se firmar como opção de moda a preço justo. Se essa tarefa tem dono, o nome dele é Cleiton Escrimin, designer de

ambientes. Aos 24 anos, oito deles trabalhando no Bom Retiro, Escrimin é responsável pela vitrine e decoração de pelo menos 32 lojas da região. "Sou disputado pelos lojistas. Agora posso escolher para quem trabalho", disse, orgulhoso. O designer cobra até R$ 2,5 mil por mês de cada cliente para manter a vitrine. "Já fui cobiçado pelos lojistas da Rua Oscar Freire e grifes famosas. Mas isso não me interessa porque no Bom Retiro tenho liberdade de criação e sou valorizado." A d o n a d a Vi t a m i n , M ô n i c a Park, uma das clientes de Escrimin, acha que vale a pena investir, já que 60% do faturamento vêm da decoração. Um dos lojistas mais antigos do bairro é Nivaldo Sid Ferraz Ferreira, dono da Birô e da Week. Há 35 anos no local, ele começou fazendo bolsas – era hippie. Hoje, desenha as peças das lojas. Na semana de desfiles, o faturamento de Ferraz aumenta até 40%. "Tenho lojas em shoppings, mas o preço lá é 40% maior", revelou.

A atriz Maria Fernanda Candido fez a sua primeira aparição após a gravidez Milton Mansilha/LUZ

A Milvest (acima) optou por decotes. O o Universo das Calcinhas destacou as peças rendadas.

Neide Martingo

Milton Mansilha/LUZ

Milton Mansilha/LUZ

Nivaldo Sid Ferraz Ferreira tem duas lojas no Bom Retiro. Está no local há 35 anos.

Cida: modelo e diarista no interior de SP

Milton Mansilha/LUZ


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DCARRO

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PRODUTO

Divulgação

Entre as cores sólidas disponíveis, tem o vermelho Salsa

New Beetle 2006 já está na rede VW Modelo pode ser encontrado com câmbio manual ou automático. A versão mais barata custa US$ 24.590. Volkswagen está iniciando a venda da linha 2006 do New Beetle, importado da fábrica de Puebla, no México. Disponível na motorização 2.0 litros, o modelo custa a partir de US$ 24.590 com câmbio manual e US$ 26.480 com o automático. O modelo 2006 chega nas cores sólidas preto Ninja, vermelho Salsa e amarelo Sunflower; e nas metálicas prata Reflex, verde Mango, cinza Platino e azul Naval. Entre os itens de série, o New Beetle traz rodas de liga-leve 16", pneus 205/55 R16, ar-condicionado, direção hidráulica, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, rádio CD-Player com fun-

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ção MP3, seis alto-falantes, freios ABS, seis air bags (frontais, laterais e de cabeça), piloto automático, retrovisores externos com pisca lateral incorporado, faróis e lanterna traseira de neblina, brake-light, sistema de alarme tipo ultra-som com keyless, retrovisores, vidros e travamento com acionamento elétrico e descansabraço central dianteiro com porta-objetos. Como opcionais, destacam-se o teto solar elétrico e o pacote que inclui um acabamento detalhado em couro, e revestimentos das portas laterais em folha de espuma e aquecimento dos bancos dianteiros reguláveis separadamente.

MERCADO/AUTOINFORME

Estabilidade no preço do zero-quilômetro Variação positiva no bimestre é de apenas 0,02% Preço de Verdade do carro zero permanece estável pelo segundo mês consecutivo. Pesquisa da Agência AutoInforme, que compara mês a mês os valores praticados no mercado, cotados pela Molicar, teve queda de apenas 0,05% em fevereiro. No mês anterior a pesquisa detectou um ligeiro aumento, de 0,08%. No acumulado do bimestre os preços estão estáveis: + 0,02%. O índice é inferior à inflação (IPC-FIPE) acumulada no período, que é de 0,46% Essa é uma boa situação para o consumidor e o resultado já pode ser visto pelas vendas do primeiro bimestre do ano,

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que foi o melhor período da história do setor. É a primeira vez que o mercado de carro zero se mantém estável por tanto tempo desde 1999, quando a AutoInforme passou a calcular mensalmente a evolução do preço. E isso ocorre exatamente no início do ano, período em que acontecem as maiores altas em conseqüência do fim das promoções de dezembro. Apesar da estabilidade, cada montadora teve um comportamento diferente. Os produtos da Renault foram os que tiveram maior queda na média de fevereiro. Seus veículos ficaram 2,4% mais baratos, enquanto os preços da Fiat caíram 1,1%.


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Os bules de prata são vendidos no restaurante marroquino Tanger

O TANGER VENDE NARGUILÉS E SERVE O CHÁ DA SORTE

Fotos: Leonardo Rodrigues

Gostou? Embrulhe tudo para viagem. A decoração de um restaurante não é mais apenas para compor o ambiente da casa. Se o cliente gostar de um móvel ou peça, é só levar.

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m uma portinha de madeira do badalado bairro da Vila Madalena, um corredor estreito leva até o hall nada convencional do restaurante Santa Gula, permeado de mesas e bancos de madeira. Entre as folhas de bananeira que serpenteiam o caminho, a luz do dia dá as boas vindas a quem busca, além da refeição, um espaço agradável – também aos olhos – para comer. Enquanto espera ser atendido, o cliente tem acesso a uma profusão de estilos de decoração, com peças de madeira ou ferro, quadros, velas e papel. E cor, muita cor. Se durante a refeição se encantar com os charmosos pratos de cerâmica, cada um pintado com um motivo diferente, ou com os copos multicoloridos e em diferentes formas, é só pedir para embrulhar para viagem. No restaurante, tudo – dos utensílios de cozinha às mesas de madeira onde são servidas as refeições aos comensais – é vendido. O Santa Gula foi o pioneiro no segmento dos restaurantesconceito que, além de refeição, servem de espaço para que artistas – o que não falta no bairro boêmio – exponham e vendam seus trabalhos. Na trilha do Santa, outros surgiram, como o Tanger, de cozinha marroquina, também na Vila Madalena, e o mais novo, o Vira-Lata, em Higienópolis. Boa idéia, pouco dinheiro O conceito nasceu de uma boa idéia e pouco dinheiro. Maurício Laranjeira, um dos sócios do Santa Gula, conta que foi em 1998 que ele e outros três amigos decidiram abrir um restaurante, mas não tinham orçamento para mobiliá-lo. Assim, fizeram uma parceria com uma loja de design, que cedeu os móveis e outros objetos de decoração em consignação. O local ficou tão descolado que os clientes pediam para comprar das xícaras onde era servido o café ao lustre antigo vindo de alguma fazenda longínqua de Minas Gerais. A idéia deu tão certo que hoje cerca de 20% do faturamento do restaurante vem dessas vendas. "As peças que mais saem são quadros, copos, pratos e xícaras de cerâmica, que as pessoas olham, se apaixonam e compram por impulso. Mesas e cadeiras também são vendidas, mas, nesse caso, o cliente volta várias vezes, mede o tamanho para ver se cabe no espaço que tem em casa", diz Maurício. Ou seja, a preferência é por peças de menor valor. Mas ele conta que, há algum tempo, uma italiana que estava de mudança para o país europeu deixou no

restaurante um baú de madeira maciça, do século XIX, de quase dois metros de comprimento. A peça, no valor de US$ 5 mil, foi adquirida por um freguês habitué da casa. Maurício também abriu as portas para os artistas da Vila Madalena. Eles deixam as peças expostas, na maioria das vezes até escolhem o cantinho e a forma de disposição, colocam o preço e pronto. Pagam cerca de 10% ao restaurante apenas sobre o valor das peças vendidas, e ainda conquistam clientes, que, se gostam demais de algum estilo, pedem a referência – leia-se endereço – do artista. Direto do Marrocos A história do Tanger é um pouco diferente. Todo decorado com peças importadas do Marrocos, terra natal dos pais de Ariela Doctors, proprietária do restaurante, a venda dos objetos surgiu como um apelo dos clientes, que, ao chegarem ao espaço, se sentem envolvidos pela atmosfera sensual das Mil e Uma Noites. O carro-chefe de vendas são os narguilés (cachimbos turcos) e todos os utensílios utilizados. Em vários tamanhos e cores, são vendidos a apreciadores do fumo oriental, ou mesmo como peça de decoração. Além dos narguilés, cinzeiros que isolam o cheiro do cigarro, compostos por duas peças, também fazem parte do "catálogo" visual do restaurante. As luminárias e candelabros em ferro, copos, porta-azeite e chaleiras complementam os objetos à venda. "Tanto os copos usados para sorver o tradicional chá de hortelã com essência de flor de laranjeira, quanto a chaleira utilizada para servi-lo são muito vendidos", diz Ariela. Chá da sorte Beber o chá de hortelã, aliás, é quase uma obrigação dos freqüentadores do Tanger, se não pelo sabor, pelo ritual de boa sorte. Segundo Ariela, quanto mais espuma se formar no copo no momento em que é servido, mais sorte quem o beber terá. Por isso mesmo, os garçons elevam a chaleira ao máximo para servir, formando uma bonita cascata.

A idéia de vender as peças de decoração e o mobiliário do Santa Gula surgiu em razão do pouco dinheiro para investir no negócio, segundo o proprietário, Maurício Laranjeira (acima).

O clima das Mil e Uma Noites faz parte da decoração do restaurante marroquino Tanger. Todas as peças expostas são importadas do Marrocos. Fotos:

Patrícia Büll

SERVIÇO Santa Gula: Rua Fidalga, 340, na Vila Madalena. Telefone: (11): 3812-7815 Tanger: Rua Fradique Coutinho, 1664, na Vila Madalena. Telefone: (11) 3037-7223. Vira -Lata: Rua Minas Gerais, 112, Higienópolis. Telefone: (11) 3258-6093

O arquiteto Fuad Murad é consultor do restaurante Vira-Lata

Os narguilés são os produtos mais vendidos do Tanger, além de cinzeiros e bules de chá

Os móveis do Vira-Lata estão à venda

Butique, bar... e loja de decoração caçula dos restaurantes que vendem tudo é o Vira-Lata. Inaugurado no final do ano passado, longe do burburinho da Vila Madalena, vai um pouco além da venda de peças de decoração. Localizado em um casarão reformado no tradicional bairro de Higienópolis, tem o

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restaurante no quintal, repleto de árvores, e todo o resto da casa dividida em loja de design, butique e wine bar. Segundo o arquiteto Fuad Murad, consultor do espaço, os clientes que freqüentam a casa procuram um lugar que sirva refeições diferenciadas, mas que seja agradável para passar algumas horas. E,

enquanto esperam na entrada, podem apreciar as peças e até experimentar – poltronas em couro e papelão, que dividem o espaço com mesas de tampo de vidro e madeira. Tudo, claro, à venda. No Vira-Lata, além das peças de madeira, ferro, quadros e velas espalhadas pelo espaço do restaurante, chamam a

atenção os charmosos arranjos de flores de papel. A confecção dos objetos é feita por presidiárias do Tatuapé, que sob a orientação da artista-plástica Ângela Eggers – criadora de todas as peças de papel reciclado utilizadas no restaurante – fazem o papelão da associação dos catadores de papel ganhar outra vida. (PB)


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DCARRO

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JUIZ DE FORA

Dodge Dakota de volta?

COLUNA AUTODATA Divulgação

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próxima reunião de negociações sobre o acordo final da PAM, Política Automotiva do Mercosul, deve acontecer em Brasília, DF, nos próximos dias, ainda neste início da segunda quinzena de março. Será o primeiro encontro de representantes dos governos do Brasil e da Argentina depois da decisão, tomada no último dia 24 de fevereiro, de prorrogar até o próximo dia 30 de junho o acordo nos termos vigentes em 2005: flex que estabelece relação de US$ 2,6 exportados para cada US$ 1 importado, livre de impostos. O Brasil avisará que não abre mão do livre comércio.

FESTA NO GRUPO ZF

A picape poderá ser produzida na fábrica mineira da DaimlerChrysler

icapes Dodge, particularmente da família Dakota, poderão ser o destino de produção da fábrica DaimlerChrysler de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A informação é negada, ou ganha status de não ser comentada no mundo oficial da companhia, mas fornecedores de autopeças e componentes têm apostado algumas boas fichas nessa alternativa.

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BRASIL NÃO ABRE MÃO DO LIVRE COMÉRCIO

Também Geraldo Werneck, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, acredita que "a busca por informações sobre a picape Dakota é um bom caminho para se saber o destino da fábrica". Não é fora de propósito. Na semana passada representantes dos trabalhadores da companhia, reunidos com a sua direção na Alemanha, foram informados

sobre o valor dos investimentos estimados para o triênio 20062008. Para o Brasil estão reservados R$ 520 milhões, ou 200 milhões de euros, cerca de 10% a mais do que nos três anos anteriores. No mundo todo, e até 2008, o investimento da companhia em suas operações de veículos comerciais é avaliado em 3,8 bilhões de euros.

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divisão ZF Lemförder Tecnologia de Chassi para Veículos, fabricante de componentes de suspensão pertencente ao Grupo ZF, comemora - além do expressivo crescimento de 71,1% nas vendas em 2005, quando atingiram R$ 75 milhões -, também seu quinto aniversário de atividades no Brasil. A empresa tem fábrica em Sorocaba (SP).

feriu, para o Supermercados Sonda, a ala 21 do complexo industrial que mantém há décadas na Via Anchieta, que agora abrigará um centro de distribuição e também uma megaloja. A movimentação dos grandes grupos atacadistas e varejistas não pára por aí. Na avenida Demarchi, defronte à portaria principal da montadora de origem alemã, surgirá um Carrefour e também um Compre Bem. Um pouco antes, nas proximidades da Ford e da DaimlerChrysler, no tradicional bairro do Taboão e também próximo à

Via Anchieta, será instalada uma nova unidade do Grupo Carrefour. O principal motivo de tantos centros de distribuição e super ou hipermercados é logístico, já que uma das alças do trecho Sul do Rodoanel, o próximo a sair do papel, passará perto das terras da Volkswagen, no bairro Alvarenga, em São Bernardo do Campo. É tudo o que os executivos dos principais grupos varejistas do País desejam: facilidade de acesso, preços interessantes, infraestrutura e uma região com bom poder aquisitivo.

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ProTeste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, encaminhará às autoridades de trânsito reivindicação para que se crie um kit básico de segurança veicular composto por air bag para motorista e passageiro, cintos de segurança retráteis com pré-tensionadores e encostos de cabeça ajustáveis para todos os ocupantes, entre outros itens.

MAIS UM ANO

DESDE O 147

Berço da indústria, São Bernardo muda

ão Bernardo do Campo, no ABC paulista, o berço da indústria automobilística brasileira, sofre processo de reformulação da ocupação dos seus espaços produtivos. A Volkswagen, por exemplo, vendeu o terreno ocupado pela antiga Chrysler, depois transformada em Volkswagen Caminhões, para que a Casas Bahia monte o seu centro de distribuição. A área não deve mais inundar como acontecia anteriormente, pois foi construído um piscinão nas proximidades do terreno. A mesma Volkswagen trans-

KIT BÁSICO DE SEGURANÇA

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ArvinMeritor comemora 30 anos de fornecimento ininterrupto de rodas de aço à Fiat: desde o 147 já produziu 37,6 milhões de rodas para a montadora equipar mais de 7,5 milhões de veículos.

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DaimlerChrysler anunciou que sete das dez cidades que participam do projeto europeu de ônibus movidos a células de combustível decidiram estender por mais 12 meses os testes com esses veículos. Amsterdã, na Holanda, Barcelona e Madri, na Espanha, Londres, na Inglaterra, Hamburgo, na Alemanha, Reykjavik, na Islândia, e Luxemburgo utilizarão 27 ônibus com a tecnologia até 2007.

APARELHOS VISUAIS

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Contran, Conselho Nacional de Trânsito, revogou a Resolução 153/03, que proibia expressamente a utilização de geradores de imagem nos painéis de veículos. Agora passa a vigorar a Resolução 190/06, que permite a utilização de aparelhos visuais que auxiliem nas manobras ou que orientem o condutor. Outros equipamentos de imagens também são permitidos, mas devem automaticamente deixar de funcionar quando o veículo estiver em movimento.


Ano 81 - Nº 22.086

São Paulo, quarta-feira 15 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h05

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

PROMESSA DO ANTI-LULA:

BANHO DE ÉTICA O tão esperado adversário de Lula, o governador Alckmin, quer "dar um banho de ética no país". Foi o que prometeu ao comemorar a candidatura com a cúpula tucana (foto). Eleições, páginas 3, 4, 5. O 1º ato público do Anti-Lula será a abertura do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores Economia/10.

Serra para o governo? Mistério. Alckmin visitou o ausente de sua festa, que pode ser candidato a governador de SP. Agliberto Lima/AE

Conselho de Ética a favor da cassação de João Paulo Cunha O ex-presidente da Câmara, que sacou R$ 50 mil do valerioduto, entrou na fila da cassação, derrotado por 9 a 5 no Conselho de Ética. Página 6 Oswaldo Palermo

Divulgação

Mégane esconde a chave Novo modelo substitui a chave de ignição por um cartão. E mais: Pantanal Troller para o trabalho. HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 18º C.

Consumidor aprende a reclamar

Novo índice revela confiança na economia

Código do Consumidor faz 15 anos. E já é uma referência para compradores. Economia/4

E mostra também desânimo do consumidor em relação às finanças pessoais. Economia/1


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FÓRMULA TRUCK Divulgação

Show na pista e na organização As corridas de caminhões atingiram a média de 40 mil pessoas durante as provas de 2005 e a categoria se consolidou como uma das mais populares do Brasil ANDERSON CAVALCANTE

temporada está a mudança de emissora aberta transmitindo as corridas. A Rede m setembro de 1987 o caminho- Bandeirantes substitui a Rede TV e passa a neiro Aurélio Batista Félix e o jor- transmitir ao vivo todas as provas, ofenalista Francisco Santos se uniram recendo, também, cobertura pelos canais na organização da primeira corrida de Band Sport e Band News. "pesados" do automobilismo brasileiro. A Apesar de todo sucesso nos autódromos "I Copa Brasil de Caminhões", apesar de ser e na transmissão das corridas, Aurélio o "pontapé" inicial para uma das maiores Batista Félix acha normal a não parcategorias de nossas pistas, terminou com ticipação da maior rede de TV no evento. saldo trágico, com o acidente fatal do "Já houve a experiência com a Rede piloto Jeferson Ribeiro da Fonseca. Globo, mas ainda não há uma receita certa O episódio não desanimou o empre- para esta parceria. Nós precisamos de uma endedor Aurélio que, em 1994, organizou certa liberdade de horários e lá isso nem uma exibição no Autódromo de Interlagos, sempre é possível". com os primeiros protótipos dos camiQuando Aurélio fala em "liberdade de nhões da atual categoria, reunindo em- horários", refere-se ao show da Truck que presários do setor de transporte e jor- não começa com a "luz verde" e não nalistas da área termina com a automotiva. "bandeira quaNo ano sedriculada". O guinte, Aurélio espetáculo concriou a Associata com demonsção Nacional dos trações de piloProprietários e tagem de motos Pilotos de Camie caminhões annhão (ANPPC) tes do início da e organizou a corrida e se esprimeira tempotende após o firada da Fórmula nal da compeTruck no Brasil tição com as fes(ainda não ho- Aurélio e Rodolfo Landim da Petrobrás tas e recepções mologada pela oferecidas pelas Condeferação Brasileira de Automobilismo montadoras e patrocinadores em seus - CBA). A prova reuniu mais de 20 mil "Hospitality Centers (HC)". pessoas na cidade de Cascavel (PR). Controle total - Com a vontade de um Voltando ao passado - Lembrando as iniciante, o ex-caminhoneiro e hoje emdificuldades e a "teimosia" necessária para presário, Aurélio não deixa escapar do seu alcançar bons resultados, o santista Au- controle nenhum detalhe. Continua adrélio parece não acreditar no sucesso ministrando as competições, desde a esatingido e, mesmo prometendo não cho- colha e preparação dos circuitos, a esrar durante a festa de apresentação da trutura oferecida às equipes e, ainda, temporada 2006, não resistiu e chorou. participa do show nos dias de corrida. O organizador da "Truck" conta que não Além de restaurar vários circuitos, Auimaginava um dia rodar quase mil qui- rélio promete para este ano veículos eslômetros (Rio de Janeiro/Londrina) em peciais oferecendo maior conforto e seum caminhão, para chegar ao local de uma gurança: uma sala de imprensa móvel em prova, acompanhando o presidente da um ônibus para quem acompanha a caPetrobrás Distribuidora, Rodolfo Landim. tegoria, uma carreta cabine para o locutor e "E ele é um fominha! Além de parar várias comentarista, um veículo com banheiros vezes no acostamento para despachar com químicos e caminhão de bombeiros, como seus assessores, não me deixou pegar no os usados em aeroportos. volante em nenhum momento", se diverte o emocionado Aurélio. Provas - Para participar da Fórmula Truck as equipes não pagam inscrição e 2006 - Entre as novidades para esta ainda ganham pneus e combustível para

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Antes das corridas Aurélio é quem faz o show. Após a "luz verde" são os pilotos, entre eles Débora Rodrigues, que agitam o público.

as etapas. "Isto é uma exclusividade da nossa categoria", garante Aurélio. A temporada 2006 começa no dia 19 de março em Caruaru (PE) e chega a São Paulo (SP) em 21 de maio em Interlagos. O campeonato deste ano contará com nove etapas realizadas em várias regiões do País, com a final prevista para o mês de dezembro no Distrito Federal.

Além da motorização, toda suspensão é retrabalhada para deixar o caminhão mais próximo ao solo, ganhando maior estabilidade em altas velocidades. Por dentro, o excesso de peso é retirado, bancos e cintos de segurança são substituídos por modelos de competição e o habitat recebe tubos de aço para proteção do piloto no caso de acidentes (santoantônio).

As estrelas - Os caminhões da linha de produção das montadoras são a base da Truck. Mas com algumas "pequenas" transformações, os motores, por exemplo, chegam a oferecer três vezes mais potência que os modelos de rua (ou de estrada!).

Tricampeão - O vencedor da temporada 2005 foi Wellington Cirino da equipe ABF/Mercedes-Benz. No campeonato de marcas a Scania ficou em primeiro lugar, seguida por Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz, Volvo e Iveco.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CIDADES & ENTIDADES - 11

Marco Antonio Teixeira/AOG

ÁGUA As companhias de abastecimento têm de informar na conta sobre a qualidade da água

PAPELÃO Caminhão derrubou fardo de papelão na marginal Pinheiros. Trânsito ficou ruim.

Ó RBITA

LIBERTADO

PRESOS NO CENTRO

Justiça paulista concedeu ontem habeas-corpus e mandou libertar o excoordenador-geral dos presídios do Estado de São Paulo, João Batista Pascoal, preso desde 27 de dezembro. Pascoal era responsável pela direção de 33 presídios, onde estão 33 mil homens, e responde processo sob acusação de vender vagas a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Mediante pagamento de R$ 8 mil segundo a acusação - eles eram transferidos para presídios de menor segurança de onde fugiam. Para o tribunal, o acusado é primário e tem bons antecedentes. (AE)

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LAN HOUSE inco jovens, com idades entre 16 e 21, foram detidos segunda-feira à noite suspeitos de usar os computadores de uma lan house em Carapicuíba, na Grande São Paulo, para desviar dinheiro de contas bancárias pela internet. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, o grupo usava senhas obtidas online para efetuar as transações. Com um dos suspeitos, um adolescente de 16 anos, teriam sido encontrados 13 cartões magnéticos em nome de outras pessoas. Segundo a Secretaria de Segurança, eles confessaram. (Agências)

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polícia prendeu ontem nove pessoas que roubavam carteiras no Centro da cidade. Três dos detidos eram procurados pela Justiça e com eles foram encontrados dólares e notas de R$ 50. Segundo a polícia, os nove formariam apenas uma das quatro quadrilhas que agem na região. O Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou, na noite de

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segunda-feira, sete assaltos e quatro tentativas nas ruas do Centro. As quadrilhas agem no mesmo horário e seus integrantes são até conhecidos pelos seguranças dos bancos. Entre os assaltantes estão senhores, que deveriam estar aposentados. Alguns parecem trabalhadores normais e conseguem se misturar às pessoas sem levantar suspeitas. No início da noite, oficiais do Exército e o secretário da Segurança apresentaram as armas recuperadas

JUIZ SUSPENDE JÚRI juiz João Luciano Sales do Nascimento dissolveu, segunda-feira, o júri que julgava o ex-PM Humberto da Conceição, um dos quatro acusados da execução de três jovens no Carnaval de 1999, em Praia Grande, no litoral. O motivo foi o fato de o promotor Walfredo Cunha Campos mal conseguir expor a tese da acusação, sendo constantemente aparteado

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pelo advogado da defesa, Celso Machado Vendramini. "Eles quase chegaram às vias de fato", comentou Nascimento. "O comportamento do advogado cerceou o exercício da acusação e representou um desrespeito aos jurados e às pessoas que estavam no plenário." Com a dissolução, o novo julgamento do ex-policial deverá acontecer somente em 2007. (Agências)

ESTUPRO SEM INVESTIGAÇÃO epois de onze dias, o estupro de uma estudante dentro da Cidade Universitária, na zona oeste, ainda não está sendo investigado. O crime aconteceu dia 3, mas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, a vítima tem de formalizar a queixa para que as investigações comecem. O Boletim de Ocorrência foi feito no 93º DP, no Jaguaré, mas só isso não é suficiente para a polícia agir. Segundo a

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secretaria, trata-se de um crime privado, em que a vítima tem a opção de querer ou não que seja investigado. A vítima tem até seis meses para fazer a formalização e dar início ao inquérito. Mesmo abalada, a estudante é quem tem que correr atrás para que a investigação seja feita. De acordo com o BO, a vítima ainda não fez o reconhecimento fotográfico ou o retrato falado do agressor. (Agências)

Exército encontra armas roubadas há 11 dias no Rio Os dez fuzis e as duas pistolas foram localizados ontem à noite em um matagal próximo à estrada das Canoas, na base do Morro da Rocinha

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oldados do Exército encontraram ontem, por volta das 19h30, os dez fuzis e a pistola que haviam sido roubados do Estabelecimento Central de Transportes (ECT) do Exército, em São Gonçalo, no dia 3. Os autores do crime, que levaram também carregadores e munição, não foram localizados. O chefe de Estado Maior da Brigada Pára-quedista, coronel Carlos Barcelos, informou que o armamento foi encontrado numa mata próxima à estrada das Canoas, na base do Morro da Rocinha. Segundo um oficial, as armas teriam sido jogadas ali por bandidos do Borel para incriminar a quadrilha da Rocinha, ligada a uma facção rival. Segundo a mesma fonte, um informante do Exército indicou o local on-

de as armas foram deixadas. Ainda ontem à noite, as armas seriam levadas para o Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio. O coronel Carlos Barcelos garantiu que o armamento não estava na favela da Rocinha, que ficou cercada ontem, por sete horas, pelos soldados. A tropa se retirou no fim da tarde. Rocinha – Na manhã de ontem, o Exército havia ocupado a Rocinha, próximo ao bairro de São Conrado, para colaborar na entrega de intimações a testemunhas e a suspeitos de envolvimento no roubo. As tropas chegaram à favela apenas um dia depois de terem deixado outros morros e favelas da cidade. Mais de 200 homens ocuparam a Rocinha. Na operação, duas pessoas ficaram feridas: David Gomes de Oliveira,

suposto traficante, levou um tiro na perna, em circunstâncias não esclarecidas, e um militar atirou no próprio pé. Ambos foram hospitalizados. Os militares passaram em comboio pelas ruas Jardim Botânico e Marquês de São Vicente pela manhã, chegando à estrada da Gávea por volta das 10h30. Traficantes do Terreirão fizeram disparos para o alto e houve queima de fogos quando os soldados entraram na comunidade. À tarde, foram ouvidos mais disparos e a explosão de uma granada. Há informações de que bandidos da Rocinha zombaram da ação do Exército depois que panfletos foram jogados de helicóptero pedindo apoio à população. Os traficantes, por rádio, liam e riam do que estava escrito nos panfletos. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.CIDADES & ENTIDADES

ÓR IA

SÃO PAULO

EM M

quarta-feira, 15 de março de 2006

DE VOLTA AOS BONS TEMPOS Foto de Antonio Câmara/Arquivo de Negativos/DIM/DPH/SMC

Uma cidade que se perdeu no tempo, meio provinciana, calma, com poucos edifícios e carrões importados renasce a partir de terçafeira no Solar da Marquesa, na exposição "São Paulo, 1940-1954: Rumo à Metrópole". A mostra, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura, exibirá 50 fotografias que dão a dimensão exata de uma cidade em expansão.

Fotos de Marcelo Min/AFG

Kelly Ferreira

A

cidade de São Paulo sofreu dramáticas transformações ao longo dos últimos 66 anos. A tranqüilidade de suas ruas, nas décadas de 40 e 50, deu lugar ao quase caos da maior metrópole da América Latina. A população chegou aos 10 milhões, o futuro veio depressa demais e seus problemas materializaram-se no presente: a verticalização, o trânsito caótico, a poluição, a insegurança, o desemprego. Um exemplo dessas transformações é o vale do Anhangabaú. Em 1950, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, quando a cidade começou a exibir sua vocação industrial, o Anhangabaú era um pacato estacionamento de carrões importados. As mudanças no vale aconteceram aos poucos. Primeiro a passagem de nível sob a São João e, agora, vias expressas e um túnel sujeito a alagamentos. Outro exemplo de transformação aconteceu na praça Roosevelt. Em 1952, o espaço também era um estacionamento. Em frente à praça, na então rua da Consolação, o espaço era disputado por carros e bondes. A Acho que o transformação no local principal começou pelas mãos do atrativo dessa ex-prefeito Faria Lima, mostra é o que ficou no cargo de 1965 a 1969. Ele projetou o entendimento Minhocão, mas a idéia foi da história rejeitada por técnicos e paulistana por moradores. A obra só meio de vingou em 1970, pelas mãos do então prefeito imagens Carla Milano, Paulo Maluf. Depois de 11 meses, o Minhocão e a curadora ligação Leste-Oeste transformaram a praça Roosevelt em uma imensa cratera, pouco depois coberta por uma muito discutível armação de concreto, até hoje mal resolvida. O mesmo pode ser dito do Minhocão, na alça de mira da Prefeitura, que pensa em derrubá-lo. Exposição – Essas e outras transformações do cenário urbano de São Paulo – entre elas as as obras na praça da Sé que antecederam a inauguração de uma catedral ainda inconclusa, em 1954 – poderão ser conferidas, a partir de terça-feira, na exposição São Paulo, 1940-1954: Rumo à Metrópole, instalada no Solar da Marquesa, no Centro. A mostra, que retrata uma cidade à beira de intensas modificações e acelerado processo de urbanização, vai expor imagens de acontecimentos marcantes. Devolverá ao espectador a sensação dos bons velhos tempos. A exposição tem 50 fotografias selecionadas a partir do acervo da Divisão de Iconografia e Museus, da Secretaria Municipal de Cultura. "Acho que o principal atrativo da mostra é a possibilidade de entendermos parte da história paulistana por meio de imagens, num contexto de transformação. É interessante constatar que, na Sé, onde hoje existe uma estação de metrô, há 54 anos havia apenas prédios", disse Carla Milano, curadora da mostra. A museóloga do Solar da Marquesa, Cristina Rocha Monteiro Dias, explicou que a exposição só pôde ser realizada graças a um arquivo com mais de 600 mil imagens que contam a história de São Paulo. "Temos negativos que remontam a 1860", disse. A mostra vai até o dia 25 de junho, de terça a domingo, das 9h às 17h. O Solar fica na rua Roberto Simonsen, 136. A entrada é grátis.

O Anhangabaú do século 21 é dramaticamente diferente do que se mostrava ao paulistano em 1950. Vias expressas e um túnel sempre sujeito a enchentes quebraram a ingenuidade do lugar.

1950 – Recém-terminada a Segunda Guerra Mundial, São Paulo começa a ganhar novos contornos. Sua vocação industrial se evidencia e o automóvel ocupa ruas e avenidas. Mas ainda havia espaço para estacionar. Até no vale do Anhangabaú (foto acima). Foto de Sebastião Assis Ferreira/Arquivo de Negativos/DIM/DPH/SMC

Hoje a Sé é uma espécie de resumo do Brasil, onde se reúnem cantadores nordestinos, camelôs, homenssaduíche, catadores de lixo, uma estação de metrô e crianças de rua. A poesia romântica virou concreta.

1952 – A praça da Sé, marco zero da capital, passa por reformas. As obras acompanham a construção da catedral, iniciadas em 1933. A igreja seria inaugurada em 1954, inconclusa. Na década de 70, o metrô mudaria radicalmente a paisagem acima. Foto de Antonio Câmara/Arquivo de Negativos/DIM/DPH/SMC

Na praça Roosevelt de hoje, nem sombra do grande estacionamento de 1952. O concreto de mau gosto tapou a imensa cratera aberta pelas obras da ligação Leste-Oeste. Cicatriz à espera de reparos.

1952 – A praça Roosevelt, vista desde a Consolação, ainda com seus trilhos de bonde. Antes um amplo estacionamento, onde erguia-se o casarão do Colégio Porto Seguro, a área deteriorou-se a partir da construção do Minhocão e da ligação Leste-Oeste.


OPINIÃO

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14 -.OPINIÃO

quarta-feira, 15 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL A HORA DE ALCKMIN

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Se deixar a Prefeitura trazia um risco pessoal para Serra, o estágio em que o partido está agora não é menos arriscado.

TRECHOS DO ARTIGO "ALCKMIN CANDIDATO, AS CIRCUNSTÂNCIAS" DE REINALDO AZEVEDO, DISPONÍVEL NO SITE DA REVISTA

PRIMEIRA LEITURA REINALDO@PRIMEIRALEITURA. COM.BR

A lckmin explorou o ponto frágil de Serra

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Auditado pela

O FIM DA

Acovardamento das elites BENEDICTO FERRI DE BARROS

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m líder primário, carismático e messiânico, financiado por um Caixa 2 sobe à Presidência, e com recursos da mesma ordem coopta o Congresso e preside ao maior escândalo de corrupção de toda a história do País. O PT saqueou os cofres públicos. Seus líderes se escafederam na primeira hora. Um dos seus chefões curte uma vilegiatura em Paris. O presidente de tudo isso não sabia de nada nem é responsável por coisa nenhuma. Propaga o populismo assistencialista e mantém, por sua política econômica, o Brasil na rabeira do desenvolvimento econômico mundial, inclusive entre os emergentes. A oposição brasileira, fragmentada entre 29 partidecos, permanece perdida em suas tricas e futricas, apavorada pelo temor da re-eleição, mas sem rumos nem opções, incapaz de coibir flagrantes inconstitucionalidades e ilegalidades praticadas pelo governo. Tanto por se achar ela própria comprometida com essa corrupção, como pelo fato do sistema político-eleitoral existente privilegiar uma "seleção dos piores". Vide Hayek e a conseqüente indigência intelectual e moral de alguns dos principais donos-de-partido nacionais. Essas pseudo-elites são incapazes de conceber e propor programas criativos que empolguem o povo e o eleitorado. Parecem sucumbidas e derrotadas pelo ideologismo esquerdizante, terceiro-mundista e arcaico que se alastrou pelo continente sul-americano a partir de Cuba, em flagrante contra-mão da globalização e da História. Não há testemunho mais convincente do descalabro dessa política do que o lou-

vor que ela recebe do Primeiro Mundo – porque nada convém mais aos seus interesses. Dá para entender o repúdio que ela provoca (não das oposições brasileiras) mas dos petistas históricos que há muito desertaram o partido. Na atualidade brasileira, não há nada que amedronte mais um político do que ser chamado de elitista. Pertencer à elite, ser melhor, é ser anti-democrático e contra o povo. Como se o alvo e ambição supremos da democracia não fosse levar ao povo a excelência alcançada pelas elites, mas eqüalizar tudo e todos pelo que há de mais baixo. É evidente que a humanidade e todos os povos devem seu desenvolvimento em todos os setores à escassísssima minoria de homens excelentes que conseguiram produzir. Como é evidente que deliberada ou inconscientemente essa elite só foi e é reconhecida como tal pelos benefícios que proporciona a todos.

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esgraçadamente, por inumeráveis razões, onde predominam as da própria política, a classe política brasileira é a que menos desenvolveu seu processo seletivo, a ponto de se tornar valhacouto de ladrões e até assassinos eleitos. E de "psiquileitos" como Jango, Jânio e Collor. Ou de presidente louvado por ministro que comemora a quarentena de abstinência etílica de seu chefe. Mas, e antes dela? E depois? Nesse quadro geral de penúria elitista, tanto administrativa quanto ética, as próximas eleições deverão atingir o mais baixo nível de indigência e o mais alto de indecência de toda a história republicana.

N ada amedronta mais um político do que ser chamado de elitista

Automação no comércio e os juros ELIANE RINGER FERREIRA

Hélvio Romero/AE

A racionalidade de Serra o expôs à fragilidade. Quando o governador Geraldo Alckmin percebeu que seu adversário interno tinha uma condição sine qua non, bastou não lhe oferecer a peça que fechava o quebracabeça. Foi como se dissesse: “Se só a aclamação fará Serra candidato, aclamação não haverá e, pois, ele não será o candidato”. E teve início, então, a longa novela. Serra, tinha, portanto, razões para postergar a admissão da candidatura. Mas remédio em excesso, como ele próprio gosta de dizer, torna-se veneno. Enquanto se impunha o silêncio obsequioso, Alckmin fazia o trabalho silencioso, mas sem obséquios, no partido. Pela primeira vez, viu-se um PSDB com alguma coisa parecida com “baixo clero”. O tucanato, cheio de pavões, começou a exibir papagaios aos montes, galinhasd’angola, pardais, periquitos, uma vasta

JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

algaravia ornitológica. Todos queriam ter opinião. Todos exigiam ser consultados. Se deixar a Prefeitura, para Serra, trazia um risco pessoal grande, o estágio em que o partido está agora não é menos arriscado. Tudo o mais constante, perde a Presidência da República e será apeado do governo de São Paulo. Restaria o prefeito como uma ilha de tucanismo, cercado de hostilidades por todos os lados. Não deixa de ser irônico o sentido retroativo que se pode emprestar à fala do expresidente Fernando Henrique Cardoso na solenidade em homenagem a Mário Covas, feita há dias. Ele pregou, então, “ousadia”. Eis aí: uma ousadia, ao menos, o PSDB conseguiu cometer: abrir mão de quem tem o dobro para escolher quem tem a metade. Convenha-se: é preciso bastante “coragem” para fazer tal opção. Esta, ao menos, não faltou. Alckmin pode vencer? É claro que sim. A sete meses da eleição, seria tolice antecipar a vitória de Lula. Nem o Planalto se atreve a tanto. Em boa medida, dependerá de tentar costurar apoios e a unidade partidária. O ainda governador de São Paulo é preferível a Lula? Ora, a pergunta nem mesmo chega a fazer sentido. Não conheço circunstância que me levasse a votar no Apedeuta. O desmonte do aparelhamento petista do Estado é uma tarefa patriótica.

s duas mais recentes edições da revista Veja, à parte tudo o que já sabíamos antes, demonstram por que Luiz Inácio Lula da Silva não pode se reeleger presidente da República. A alternativa, agora, é Geraldo Alckmin, o candidato oficial do PSDB, em conjunto, provavelmente, com o PFL. O prefeito José Serra era a melhor opção tucana para enfrentar o Apedeuta: seja porque sua candidatura já tem uma dimensão nacional — o que facilitaria o trabalho de vencer Lula —, seja porque é, de longe, o homem público com o melhor preparo intelectual do País. Uma soma de circunstâncias fez com que o favorito fosse preterido.

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ficiência operacional é sinônimo de administração competente, que se reflete no resultado final da empresa. A capacidade de gerenciar bem os estoques, por exemplo, garante a sobrevivência do negócio em tempos difíceis. Afinal, mantê-los elevados descapitaliza a empresa; e reduzi-los pode impedir o atendimento à demanda. Flexibilidade, visibilidade e agilidade no controle do estoque são possíveis quando se tem velocidade na reposição, avaliação das quantidades necessárias para compra, processos de recebimento, conferência e inspeção de mercadorias, dentre outros aspectos. O ciclo de caixa representa o tempo necessário para que as empresas convertam os pagamentos efetuados aos fornecedores de insumos em recebimentos de seus clientes. O desempenho do ciclo de caixa é diretamente proporcional à melhoria da fórmula mágica “compre – venda – pague”, que, comprovadamente, funciona há muitos anos e muito bem no varejo. Os únicos complicadores do sucesso desse modelo são: a redução das margens e a acirrada competitividade das empresas do setor. É possível fazer com que o ciclo de caixa mantenha-se na marca do zero ou negativo? É! Para isto, é necessário que a fórmula mágica “compre – venda – pague”, tenha um alto grau de eficiência. De que forma? Compre o que precisa, sem excesso e/ou faltas por meio de negociações em condições favoráveis. É fundamental um alto índice de rotação dos estoques. Venda o que o seu cliente quer comprar! Trabalhe em parceria com seus fornecedores para eliminar “buracos” na gôndola e garantir a venda. Pague seus fornecedores sem que haja a necessidade de ter um financiamento permanente. Cada real

economizado no estoque reduz o capital de giro, que pode tornar-se uma “fonte” de fundos para outros investimentos. A eficiência deve ter como uma das metas a redução do capital de giro e a conseqüente eliminação dos juros pagos. Com certeza, as mesmas ferramentas utilizadas para alcançar eficiência nos processos servirão para reduzir os custos operacionais, melhorando o desempenho financeiro da empresa. A integração com o fornecedor utilizando o EDI (Electronic Data Interchange/Intercâmbio Eletrônico de Dados) garantirá a fidelização dos clientes pelo aumento da disponibilidade de produtos na loja, a melhoria do processo de previsão de vendas e a necessária redução dos estoques e do capital de giro. O controle automático do estoque, com equipamentos e softwares que trarão informações precisas utilizando a identificação e o código de barras do Sistema EAN.UCC para conhecer seu cliente e sua demanda, oferece o produto que seu cliente quer, quando ele quer e por um preço justo. O código de barras agregará confiabilidade às operações de venda e compra.

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varejista conhece suas deficiências e sabe quanto paga por elas. Basta decidir investir em automação de processos. A eficiência resultante reduzirá o capital de giro e eliminará os juros. E, como prêmio pelo investimento, o varejista ainda terá a diminuição dos erros operacionais, estimativas de vendas precisas, gestão de ciclos rápidos de pedidos, redução dos custos logísticos e administrativos. Reduzir o capital de giro e eliminar os juros é apenas mais uma questão de eficiência! ELIANE RINGER FERREIRA É ASSESSORA DE SOLUÇÕES DE NEGÓCIOS DA GS1 BRASIL.

O gerenciamento de estoques ajuda o varejista reduzir o impacto do juro

POBREZA ma das utopias que têm preocupado estudiosos dos problemas humanos e sociais, a que mais aflora entre os estudiosos, é a do fim da pobreza. Segundo o Evangelho, pobres sempre os teremos . Quer isso dizer que não se deve imaginar o fim da pobreza. Os céticos em várias questões como eu são dessa ala, outros crêem que a economia bem conduzida por governos e líderes, políticas sociais e econômicas, darão fim. Lembremos a propósito que na mais rica das mais bem organizadas sociedades do mundo, os EUA, uma porcentagem razoável de sua população vive indignamente abaixo do nível da pobreza, embora esse nível tenha sentido americano e não brasileiro. O livro do economista Jeffrey Sachs é aperitivo; é um prazer que um economista muito conhecido e citado se preocupe com esse problema, que vem de séculos.

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Segundo o Evangelho, pobre sempre os teremos . Quer isso dizer que não se deve imaginar o fim da pobreza. odos os papas se preocuparam com a pobreza, muito mais à partir do Século XIX até nossos dias. Apesar do desenvolvimento extraordinário das divisões econômicas, a pobreza está sendo um fardo duro de ser conduzido ao seu fim. Não é o fardo do homem branco de Rudyard Kipling, é muito mais; é fardo de todos os homens, de todas as mulheres, de todas as raças, que devem pugnar para expulsar do círculo da humanidade um mal que provoca azedumes, infelicidades, misérias morais, quando a pobreza se amplia no meio familiar. Louvo sem hesitação o conceituado economista Jeffrey Sachs. Um idealista que se põe a serviço desse ideal, o fim da pobreza, com a qual não gostaríamos de contar no mundo. O fim da pobreza, que belo ideal. Fiquemos solidários com Jeffrey Sachs, mas sem esperança de alcançarmos, nós ou os nossos sucessores na carreira da vida, o fim da pobreza.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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quarta-feira, 15 de março de 2006

TURISTA

MUSEUS

turista belga Gilbert Wuine, de 67 anos, que estava desaparecido desde a tarde de domingo, foi localizado ontem em Paraty, sul fluminense. Ele estava com a esposa em um restaurante na praia do Arrastão, em São Sebastião, litoral norte paulista, quando saiu andando e se perdeu. Ele foi encontrado em Ubatuba por um morador da cidade e só pronunciava em português as palavras "família" e "Paraty". Sem saber de que se tratava de um caso de desaparecimento, o morador comprou uma passagem para Paraty e colocou o turista belga no ônibus. Só depois soube do caso e avisou a polícia. Gilbert estava na rodoviária. A esposa René foi ao seu encontro e o casal deve ficar pelo menos mais uma semana no País. Segundo o depoimento da esposa do turista à polícia, Gilbert tem problemas de memória e toma remédios controlados. O belga não estava ferido. (AE)

entro de um mês, a Polícia Federal e o Ministério da Cultura vão apresentar um plano para melhorar a segurança nos museus federais, sete deles no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito ontem, após uma visita dos policiais ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). A principal mudança será uma consultoria que a Delegacia Especial de Segurança Privada da PF dará aos museus. Esta delegacia fiscaliza e orienta a formação de todas as empresas de segurança privada do País. O representante na Interpol no Rio de Janeiro, Wanderley Martins, afirmou que esta ação preventiva junto à PF é tão importante quanto a investigação dos crimes ocorridos dentro dos museus. O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, destacou o aumento da fiscalização para aumentar a segurança. Ficou determinado que as vistorias nos museus vão começar ainda esta semana. (AE)

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Ó RBITA

PALACE 2 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiu ontem que duas vítimas do edifício Palace 2, que desabou em fevereiro de 1998 matando oito pessoas e deixando 81 famílias desabrigadas, deverão receber juntas R$ 3,1 milhões como indenização. A Justiça deferiu seis recursos (agravos de instrumento) em favor dos exmoradores César Rubens da Costa Fontenelle e de sua mulher, Juracy Gonzaga de Menezes. A indenização será paga com os recursos obtidos dos leilões de dois terrenos do construtor Sérgio Naya, realizados há um ano, que somaram R$ 18,5 milhões. O restante do dinheiro obtido com o leilão será repassado a outras vítimas. (Agências)

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CIDADES & ENTIDADES - 13

Governo do Líbano quer a volta de Rana até o fim de semana Itamaraty deverá receber nos próximos dias o pedido de extradição de libanesa Fernando Pereira/AE

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governo do Líbano espera que a economista Rana Abdel Rahim Koleilat, presa em São Paulo na noite de domingo, possa voltar ao país até o fim desta semana. O Itamaraty deverá receber de Beirute, nos próximos dias, o pedido de extradição da libanesa. Informações dadas ontem por integrantes do governo libanês apontam que o processo de transferência poderia ser rápido, já que a própria suspeita deu indicações de que aceitaria a transferência do Brasil para Beirute. Rana é acusada de uma fraude de R$ 1,2 bilhão, que provocou a falência do banco libanês Al-Madina, e suspeita de envolvimento no atentado que matou o exprimeiro ministro de seu país Rafic Al-Hariri, em fevereiro do ano passado. "A prisão de Rana é uma verdadeira bomba política e está sendo tratada pelas mais altas instâncias no Líbano", apontou um membro do governo libanês. A libanesa poderia ter financiado o atentado que matou Hariri e a ONU já iniciou uma investigação que aponta para sírios como eventuais responsáveis pelo assassinato. Rana era gerente de um banco que teria destinado créditos aos grupos sírios e, portanto, é considerada como peça-chave no processo para se descobrir os autores do atentado. Oficial – Ontem, o governo libanês pediu oficialmente ao governo brasileiro a extradição da suspeita. Os dois países não contam com um acordo de extradição. Mas mesmo assim, em São Paulo, representantes libaneses no País estavam convencidos de que Rana partiria para o Líbano. "A prioridade agora é garantir a vida da sus-

Rana é retirada por um buraco da carceragem desativada do 103º DP

peita", afirmou um representante libanês na capital. O temor do governo de Beirute é que Rana seja assassinada antes de prestar depoimento aos investigadores da ONU que estão no Líbano. Rana teria dito que somente iria a Beirute se sua segurança estivesse garantida. Carros- A descoberta da libanesa na zona norte da cidade ocorreu graças a um vendedor de carros que reside em Beirute. Segundo membros do governo do Líbano em São Paulo, o comerciante estava em busca de Rana para cobrar uma dívida milionária. O comerciante então arrumou um encontro com Rana para que as dívidas fossem quitadas. O encontro ocorreria em São Paulo. Mas, ao chegar ao País, o comerciante compreendeu que Rana não pagaria sua dívida e optou por denunciar a presença da libanesa ao governo de seu país. O vendedor de carros, que está com sua identidade mantida em sigilo por questões de segurança, retornou ontem mesmo ao Líbano de mãos vazias, sem conseguir recuperar seu dinheiro. Ontem Rana foi transferida de Itaquera para a carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi). (AE)

Assassinos de Hariri eram profissionais

O

s investigadores da ONU estariam perto de compreender as circunstâncias do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Al-Hariri e acreditam que os responsáveis pelo crime teriam envolvimento prévio com atos de "terrorismo", diz um documento divulgado o n t e m . S e r g e B r a mmertz, investigador-chefe da ONU, disse que a explosão que matou Hariri foi meticulosamente preparada e os autores eram disciplinados, o que provaria que o atentado não foi trabalho de grupos sem experiência. Brammertz recusou-se a fornecer muitos detalhes sobre o progresso das investigações em seu primeiro relatório como chefe da comissão da ONU que apura as circunstâncias do assassinato de Hariri. (AE)


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quarta-feira, 15 de março de 2006

POLÍTICA - 3

CANDIDATO A PRESIDENTE PELO PSDB, APÓS DESISTÊNCIA DE SERRA, O TUCANO PROMETE 'BANHO DE ÉTICA'.

Antonio Gauderio/Folha Imagem

PT EVITA COMENTÁRIOS E MOSTRA INDIFERENÇA

Q

uinze minutos antes do anúncio oficial, o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) foi à tribuna do Senado e adiantou-se: "o candidato que vai derrotar o presidente Lula e dar novo caminho ao Brasil é o governador Geraldo Alckmin". Segundo ele, a informação vinha do secretário-executivo do PSDB, Sérgio Silva. Os petistas receberam ordens de não comentar a escolha. A estratégia dos governistas foi a de mostrar indiferença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, disse que a candidatura Alckmin tem potencial de crescimento e não deveria ser subestimada. "Nós não podemos ficar de salto alto nesta eleição", tem recomendado o presidente aos ministros do PT. Fernando Henrique, Alckmin, Tasso , Aécio e Goldman: comemoração pelo tão esperado anúncio do candidato tucano, na sede do partido em São Paulo. Um auxiliar direto de Lula disse que Alckmin, com jeito de bom moço, pode surpreender na disputa. "Ele é um picolé de chuchu com tempero de pimenta", comentou o colaborador de Lula. "É um livro em branco." A escolha de Alckmin provocou uma série de vão possibilitar ao País avan- tre Serra e Alckmin, a cúpula tu- declarações de ministros. O nfim, o PSDB pôs um caixa d'água de 10 mil litros. Para completar, antes do çar com firmeza, num grande cana chegou a anunciar a reali- ministro do Planejamento, ponto final à novela de três meses sobre o can- anúncio oficial – feito pelo pre- projeto de desenvolvimento", zação de uma prévia para deci- Orçamento e Gestão, Paulo didato do partido à sidente nacional do partido Tas- disse, completando: "O Brasil dir quem seria o candidato do Bernardo, foi o mais irônico. "O Presidência da República, so Jereissatti– houve um rebuli- não agüenta mais essa onda de partido. Depois de passar me- que aconteceu? O Serra não vai anunciando o governador Ge- ço causado pela presença dos corrupção que assolou o País, o ses negando ser pré-candidato, encarar?", perguntou ele. "Já tínhamos falado que não raldo Alckmin como o nome apresentadores do programa País sem projeto, com cresci- Serra finalmente anunciou na que irá disputar as eleições com "Pânico na TV", vestidos de Lula mento raquítico, um marasmo segunda-feira que estava na íamos escolher o adversário. o presidente Luiz Inácio Lula da e Enéas. No fim, eles deram uma verdadeiro, num mundo mar- disputa, mas deixou claro que Parece que o Serra não quis Silva. Agora, o partido já está de faixa presidencial de mentiri- cado pela mudança e pela rapi- não aceitaria uma prévia. Alck- encarar. Então, vamos encarar min, por sua vez, ao saber da deolho na próxima novela, que nha e uma peruca para Alck- dez das coisas." Em seu discurso, o governa- claração do prefeito, ratificou também promete ser polêmica: min, que levou na esportiva. "É quem ocupará a vaga tucana ao dos carecas que elas não gostam dor citou ainda Serra ("grande sua posição de pretendente ao companheiro" e "grande ho- cargo e disse que não arredava o governo de São Paulo. E não foi mais", brincou o apresentador. Falta – Sem a presença de Ser- mem público"), criticou o go- pé da candidatura. descartada a possibilidade do O triunvirato que tentava prefeito José Serra, que abriu ra no palanque, o governador verno Lula e disse que recebeu a mão de sua candidatura a presi- foi aclamado candidato a presi- indicação com humildade e pe- encontrar um candidato de dente em nome da unidade par- dente em uma cerimônia cho- diu apoio. "Não tenham dúvida consenso decidiu, então, amtidária, entrar nessa outra dis- cha, rápida e com poucos dis- que é com humildade, com en- pliar a discussão e convocou os tusiasmo, energia e determina- outros governadores para parcursos no diretório estadual. puta interna. O palanque, improvi- ção que vamos iniciar uma ticiparem do debate. Ao cheO tão esperado anúnsado, foi pequeno pa- grande jornada, não contra gar para o encontro ontem no cio não poderia ter sira tantos persona- qualquer pessoa, contra qual- hotel Blue Tree Tower, Aécio do diferente dengens que quase quer partido, mas no sentido de chegou a confirmar que Serra tro do ninho tuprojetaram para construir um projeto nacional", tinha aceitado disputar as précano: articulafora o ex-presi- afirmou. "Para nós, política é vias, piorando ainda mais o clições sendo Foi uma decisão ousada dente Fernando serviço, não é instrumento de ma de indecisão. travadas ainda porque escolhemos um Cenário eleitoral – O PSDB é Henrique Car- luta patrimonialista." no último miO governador afirmou tam- o primeiro partido a indicar doso. Entre os nuto e indefinicandidato com menos presentes, esta- bém que seu objetivo agora é formalmente seu candidato à ção até mesmo votos, mas espero que vam os governado- buscar alianças para enfrentar sucessão de Lula. O partido sobre o local da soseja uma decisão res de Minas Gerais, Lula. "O Brasil não tem um queria escolher logo um nome lenidade. De início, o acertada. Aécio Neves (PSDB) e mais quadro bipartidário. O Brasil para começar a ganhar força evento estava previsto para acontecer no hotel Blue Tree cinco governadores tucanos, tem um quadro multipartidá- entre os eleitores, já que as úlArthur Virgílio, líder do Tower. Depois, foi marcado pa- além da primeira-dama, Lu Al- rio e nós vamos trabalhar para timas pesquisas apontam Lula PSDB no Senado ra ser no Palácio dos Bandeiran- ckmin, e a filha Sofia, vários par- uma grande aliança em torno com uma grande vantagem tes, onde uma estrutura chegou lamentares e até mesmo o secre- de nosso projeto de desenvol- em relação aos então pré-candidatos tucanos. a ser preparada na grande sala tário-geral da legenda, deputa- vimento", afirmou. Segundo o último levantaReunião – A decisão final do Eduardo Paes (RJ), e o préda sede do governo paulista. De improviso – De última candidato a governador Alber- saiu de uma reunião entre o go- mento do Instituto Sensus pahora, porém, a cerimônia foi to Goldman (PSDB) – serristas vernador e o prefeito na tarde de ra a Confederação Nacional de É com enorme alegria que o transferida às pressas para a declarados. Não havia políticos ontem, no gabinete de Serra, Transportes (CNT), divulgado partido faz esse anuncio, acanhada sede da sigla na capi- do PFL – nem o senador Agripi- quando os dois chegaram à con- no dia 16/2, Lula venceria Sertal. O troca-troca, segundo as- no Maia (RN), dado como vice clusão de que Alckmin deveria ra no 2º turno por uma diferen- pois teremos ética, ser o candidato. Em seguida, ça de 10 pontos (47% contra seriedade e competência sessores de Alckmin, se deu pa- na chapa de Alckmin. Discurso – Já como candida- Serra ligou para Tasso para di- 37%). Em relação a Alckmin, o com a história e a tradição ra que não houvesse a acusação de que o PSDB estaria usando a to, Alckmin iniciou a escalada zer que havia saído da disputa. presidente se reelegeria com política de Alckmin. máquina do governo para um anunciando três bandeiras: da O prefeito avaliou que ir para as uma diferença acima de 20 Aécio Neves, governador ética, da eficiência e das refor- prévias causaria divisão com pontos. Em outra simulação, anúncio partidário. de Minas Gerais E o que seria um evento aco- mas. "Um banho de ética no graves seqüelas na candidatura realiza pelo Ibope também em lhido por painéis de Portinari e governo brasileiro; a bandeira presidencial do partido, segun- fevereiro e somente em São Paulo, Alckmin e Lula empataDjanira ocorreu no quintal da eficiência, fechando todas do interlocutores próximos. Foram dias de intensas nego- riam, ambos com 32% das precom piso asfáltico da sede da as torneiras do desperdício, e a agremiação, em frente a uma bandeira das reformas, que ciações. Diante do impasse en- ferências dos votos. (Agências)

ALCKMIN PROMETE O FIM DA 'CORRUPÇÃO QUE ASSOLA O PAÍS'

E

o Alckmin. Vamos pra luta", avisou Bernardo, que lembrou que a campanha nem começou, mas que o governador de São Paulo "é um adversário de respeito". Imbatível – O vicepresidente e ministro da Defesa, José Alencar, insistiu que Lula "é um candidato imbatível" para a reeleição, mas desejou que o PSDB "tenha sido feliz na sua escolha". "Precisamos de partidos mais fortes, mais bemestruturados, pois queremos eleições democráticas e que ganhe o melhor." Sobre o fato de qual dos dois candidatos, Alckmin ou Serra seria melhor para Lula enfrentar, o vice-presidente respondeu: "Só o eleitorado pode dizer." Diante da insistência dos jornalistas sobre qual dos dois candidatos teria maior chance de ser derrotado, Alencar afirmou: "Nada temos a ver com o que acontece lá (no PSDB). Eles são maiores e vacinados e sabem o que estão fazendo." O deputado Paulo Delgado (PT-MG) afirmou que "o Lula era o Alckmin da campanha passada", ao se referir ao fato de que o presidente se apresentou em 2002 ao eleitorado como um candidato de centro. Delgado disse que "Alckmin é uma opção conservadora do PSDB". Para ele, "a opção é pelo centro". "Aliás, no Brasil, só se vence eleição pelo centro." (Agências)

Lula era o Alckmin da campanha passada. Alckmin é uma opção conservadora do PSDB. Paulo Delgado, deputado petista

Ele tem um instrumento poderoso que é a capacidade de exibir um confortável desempenho administrativo, além do crescimento econômico José Agripino, líder do PFL

Nada temos a ver com o que acontece lá (no PSDB). Eles são maiores e vacinados e sabem o que estão fazendo. José Alencar, vicepresidente e ministro da Defesa

RACHA NO NINHO TUCANO

A

ausência do prefeito de São Paulo, José Serra, no diretório estadual do PSDB durante o anúncio do nome de Geraldo Alckmin à Presidência da República, mostrou que a disputa entre os dois causou fissuras na unidade do partido. Apesar de Serra ter se colocado como um abnegado em nome da unidade tucana, foi Alckmin quem deu o primeiro passo em torno do entendimento comum. Logo após o anúncio de sua candidatura (a ratificação só acontecerá após a Convenção Nacional do partido, em junho), o governador foi tomar um cafezinho com o prefeito e

disse estar em busca de alianças. "O Brasil tem um quadro multi-partidário e nós vamos trabalhar para uma grande aliança em torno de nosso projeto de desenvolvimento", disse Alckmin. Antes da visita, o prefeito divulgou uma nota à imprensa sobre a escolha de seu adversário. "Meu senso de responsabilidade política leva-me a colocar acima de qualquer aspiração pessoal nosso objetivo comum, que é dar um novo rumo ao País. Por isso, e por considerar Geraldo Alckmin habilitado para vencer a eleição e ser o próximo presidente, cerro fileiras com o partido em torno de sua candidatura".

E fez questão de declarar que colocou-se à disposição do PSDB para assumir a candidatura presidencial, "se isso refletisse o desejo geral de todos os setores partidários". "Surgiu, porém, a necessidade de uma Alckmin e Serra: cafezinho da paz disputa interna em razão da legítima postulação do governador Geraldo Serra agradeceu aos Alckmin e do seu desejo de companheiros de legenda e que fosse realizado algum aos correligionários que o tipo de previa entre os incentivaram a sair militantes tucanos". E candidato a presidente, destacando que eles estavam complementou: "Isto, no entanto, traria sérios riscos "convencidos de que essa de divisão no partido, a seria a melhor opção para repor o Brasil no caminho do começar por São Paulo, servindo aos propósitos de desenvolvimento, da nossos adversários." expansão do emprego, da austeridade e da moralidade Alckmin elogiou a "renúncia" de Serra, agora da ávida pública, rumos cotado para sucedê-lo no estes perdidos pelo governo governo do Estado. (AE) do PT".

Factoring

DC

Paulo Pinto/AE

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.TERCEIRO SETOR

quarta-feira, 15 de março de 2006

INSTITUTO PRO BONO BUSCA FOMENTAR A RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE OS PROFISSIONAIS DE DIREITO Marcos Fernandes/Luz

Advogados trabalham "para o bem" das ONGs

E

m um país onde a renda é mal distribuída e milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, ter acesso à Justiça é privilégio de poucos. Para modificar esse cenário, o Instituto Pro Bono (do latim Instituto "Para o Bem") – associação civil sem fins lucrativos criada em 2001 e com sede em São Paulo – quer ampliar a cultura da prestação de serviços de advocacia solidária e gratuita, e fomentar a responsabilidade social entre os profissionais do Direito. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 55% dos conflitos são resolvidos fora da alçada do Poder Judiciário e, muitas vezes, com violência. De acordo com o presidente do Conselho do Instituto Pro Bono e ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., o objetivo é trabalhar em prol de quem precisa, com absoluto desinteresse de ordem financeira ou comercial. "Não queremos fazer caridade. Queremos fazer do nosso conhecimento um instrumento de justiça social", ressalta o jurista. Para ele, o trabalho "pro bono" ainda não progrediu no país devido à cultura individualista

aqui presente. "Infelizmente, nossa cultura não é de solidariedade", comenta Reale Jr. Expansão – Conforme explica o diretor-executivo do instituto, Marcos Fuchs, o atendimento "pro bono" é regulamentado somente na Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e beneficia apenas as entidades do Terceiro Setor comprovadamente sem recursos financeiros para custear suas despesas advocatícias, judiciais ou extrajudiciais. No entanto, o intuito é expandir a regulamentação dessa prática a todas as seccionais brasileiras e oferecer o atendimento também às pessoas físicas. "Aqui em São Paulo, a iniciativa foi uma vitória. Em cinco anos de existência, o Instituto Pro Bono beneficiou mais de 250 organizações não-governamentais (ONGs). No início, tínhamos 37 advogados voluntários, hoje, são mais de 200", contabiliza Fuchs. "Nossa parceria com a Casa da Saúde da Mulher, da Escola Paulista de Medicina, já atendeu gratuitamente mais de 200 mulheres que sofreram abuso sexual. Destas, cerca de 150 receberam aten-

Marcos Fuchs, diretor-executivo do Instituto Pro Bono, quer expandir a regulamentação dessa prática a todas as seccionais brasileiras da OAB Luiz Prado / Luz

dimento jurídico", comenta. Restrições – Para o advogado e membro do conselho do Instituto Pro Bono, Roberto Quiroga Mosquera, que exerce a atividade "pro bono" desde 1999, esse tema se desenvolveu bastante nos Estados Unidos, e está amplamente inserido na rotina profissional dos americanos. Por outro lado, aqui no Brasil, a questão ainda está engatinhando. Segundo ele, a prática da advocacia solidária não deslanchou por alguns motivos. O primeiro é o quadro institucional brasileiro debilitado, com carências, uma vez que restringe a atividade às pessoas físicas. Outro ponto é o desconhecimento da essência d a a d v o c a c i a " p ro b o n o " . "Muitos advogados ainda não entendem o que é pro bo-

Miguel Reale Jr.: "Infelizmente, nossa cultura não é de solidariedade"

Não queremos fazer caridade. Queremos fazer do nosso conhecimento um instrumento de justiça social Miguel Reale Jr.

Muitos advogados ainda não entendem o que é "pro bono". Não é advocacia "para amigos", é fazer voluntariado desinteressadamente Roberto Quiroga Mosquera

no. Não é advocacia 'para amigos', é fazer voluntariado desinteressadamente", diz Quiroga. O receio de sofrer restrições, como investigação administrativa ou até mesmo dano comercial, afasta os colaboradores. "Há quem acredita que exercer a atividade possa prejudicar a imagem do escritório perante outros clientes", diz. "Precisamos acabar com essas questões para que a advocacia 'pro bono' não seja contaminada", considera Quiroga. Para evitar isso, o instituto objetiva também esclarecer conceitos e apontar caminhos. Aprimoramento – Para os membros do Instituto Pro Bono, o trabalho voluntário proporciona o aprimoramento da atuação geral dos escritórios de advocacia. Eles acreditam que a atividade é um investimento em capacitação e uma oportunidade de atuar na promoção da cidadania, permitindo maior satisfação pessoal dos colaboradores. Segundo o advogado e membro do Conselho Federal da OAB do Brasil, Sérgio Ferraz, o "pro bono" é "revestido de responsabilidade social, com a finalidade de reduzir a exclusão social e amadurecer o jovem profissional". "O 'pro bono' deveria ser uma exigência acadêmica para a exerção plena da advocacia", ressalta. "Caminhar dentro da Universidade e do Conselho Federal será um grande passo para o progresso da consolidação da atividade 'pro bono' em todo o país", finaliza Ferraz. Maristela Orlowski Instituto Pro Bono: tel. (11) 3889-9070

VOLUNTÁRIOS EM AÇÃO om a missão de ampliar o acesso à Justiça, atuando em causas de impacto social, o Instituto Pro Bono já atendeu mais de 200 entidades com variados perfis em seus cinco anos de existência. Uma delas é a Casa de Saúde da Mulher - Prof. Domingos Delascio, localizada na zona Sul da capital paulista, que proporciona atendimento interdisciplinar gratuito (obstetrícia, psicologia e assistência social) às mulheres vítimas de violência sexual e de atentado ao pudor. Para a estudante do quarto ano do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Beatriz de Aguiar Vieira, uma das estagiárias que oferece auxílio às

C

vítimas que chegam à Casa de Saúde da Mulher, trabalhar como voluntária é uma ideologia. "Desde que entrei para a faculdade já pensava em trabalhar com direitos humanos e defender causas sociais", diz ela. Conforme explica Beatriz, seu trabalho consiste basicamente em informar essas mulheres sobre todos os seus direitos. "Orientamos na denúncia, no registro da ocorrência e acompanhamos toda a trajetória do processo, até a ação penal e o julgamento", conta. "Se preciso, vamos até a delegacia fazer o reconhecimento do agressor", ressalta a voluntária. Estatística – De acordo com o relatório de

atividades do Instituto Pro Bono, mais de 200 vítimas de violência sexual já foram recebidas pela Casa de Saúde da Mulher desde que firmou a sua parceria com o Instituto Pro Bono, em 2003. Destas, 150 mulheres receberam atendimento jurídico. No ano passado, a entidade recebeu 60 mulheres, sendo que 50 passaram pelo atendimento jurídico e 39 acabaram registrando a ocorrência. Desde então, 13 boletins de ocorrência estão em fase de investigação, 11 casos foram arquivados, dez boletins foram instaurados e uma ação penal está em andamento. "Neste ano, de janeiro até março, já tivemos 16 casos", contabiliza a voluntária. (MO)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quarta-feira, 15 de março de 2006

em Campinas

Há otimismo entre os empresários da indústria local, disse Souza, do Ciesp

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

CONJUNTURA

Indústria da região otimista com resultados

ÓRBITA

DENGUE Secretaria de Saúde de Campinas informou, ontem, que neste verão foram registrados 23 casos de dengue contra 14 no verão de 2005. Segundo a Secretaria, é preocupante o aumento já que 13 casos são de pessoas infectadas pelo mosquito contaminado no próprio município. No mesmo período de 2005 foram registrados 14 casos, sendo apenas três autóctones, ou seja, dentro da cidade. A dengue está, este ano, em todas as regiões de Campinas. Segundo a Secretaria, serão intensificados os trabalhos de prevenção da doença.

A

As empresas da RMC abriram 1158 vagas no primeiro bimestre. A expectativa era de resultado menor. As indústrias filiadas ao Ciesp estimam contratar 4 mil pessoas em 2006

A

s empresas filiadas ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – regional Campinas registraram a contratação de 542 pessoas em janeiro e outras 616 em fevereiro deste ano, totalizando 1.158 novas vagas nos dois primeiros meses de 2006, segundo pesquisa sobre o nível de emprego na Região Metropolitana de Campinas (RMC), divulgada ontem. Pela tendência, de acordo com o diretor titular da regional, Luiz Alberto Soares Souza, o otimismo está presente entre os em-

presários da indústria local neste início de ano. Esperava-se um crescimento mais modesto, ou seja, um terço do que foi registrado”, disse o diretor. No ano passado foram 351 demissões em janeiro e 940 contratações em fevereiro. Segundo o diretor do Ciesp-Campinas, mantidas a aceleração nas compras, principalmente da classe média baixa, como está sendo registrado no País, e a queda nos juros, como aponta o Copom, a tendência é que o incremento no investimento e, conseqüentemente, de geração de empregos siga um caminho positivo. “Em 2005 registramos a abertura de 3.565 novas vagas. Para este ano estabelecemos como meta a criação de pelo

menos quatro mil empregos diretos. O que temos nos dois primeiros meses do ano, então, é um excelente começo”, disse o diretor. A sondagem entre os empresários da RMC identificou que o aumento no nível de emprego está relacionado diretamente com a variação das vendas totais das empresas. Em fevereiro deste ano 29% dos empresários que responderam à pesquisa informaram que as vendas estão estáveis, enquanto 28% informaram o mesmo nível em janeiro e 18% em dezembro do ano passado. Além disso, 50% dos entrevistados em fevereiro informaram que não lançaram mão de empréstimos bancários para manter o capital de giro, índice 10% maior que o registrado em janeiro deste ano. Em dezembro do ano passado, entretanto, 53% precisaram recorrer aos empréstimos. Comércio externo – Mesmo com a alta no emprego, a balança comercial da região de Campinas mostrou variações negativas tanto para as exportações quanto para as importações. De acordo com o diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Antônio Carlos Medina, no quesito exportações a região apresentou queda de 8% em janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado, com movimento de US$ 132,6 milhões em 2006. Já as importações caíram 1,3%, registrando US$ 114 milhões. No Brasil as exportações cresceram, em janeiro deste ano, 24,5%. No Estado de São Paulo esses números aumentaram 17%. Já as importações aumentaram 22,3% no País e 13,9% no Estado. Segundo o diretor, os números registrados para a região de Campinas no primeiro mês deste ano são os mesmos do mesmo período observados nos últimos anos. O que não se fazia até agora eram os comparativos entre os números da região de Campinas, do Brasil e de São Paulo. “Ainda não temos uma explicação sobre as diferenças até porque é a primeira vez que estamos olhando para isso. O que sabemos é que histori-

CESTA pesquisa mensal do custo da cesta em Campinas realizada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) registrou, em fevereiro deste ano, aumento de 0,34%. Segundo a pesquisa, o preço médio da cesta em fevereiro ficou em R$ 365,79. São levados em conta alimentos, produtos de higiene e limpeza, preços públicos e gás de cozinha, que teve alta de 6,35%. Os produtos com maiores variações foram o tomate (+21,44%), o açúcar, com aumento de 18,13% e a laranja-pêra, com 16,85%. A batata registrou queda de 17,97%.

A A indústria de brindes L. de F.F. Piron prefere as feiras regionais

camente o comportamento da balança comercial da região de Campinas apresenta queda nas exportações e importações nos inícios dos anos”, observou Feira – Além dos números relativos aos dois primeiros meses deste ano para o emprego e de janeiro para a balança comercial, o Ciesp de Campinas lançou, ontem, sua primeira feira de negócios que tem como meta envolver os empresários da RMC. O encontro, segundo o coordenador do grupo de gestão de negócios do Centro, José Henrique Toledo Correia, vai acontecer no dia 4 de abril, na casa de campo do The Royal Palm Plaza, das 15h às 21h. “Vamos fazer uma coisa mais barata, utilizando "decks" e não estandes. Com isso, o custo de cada um dos 62 “decks” deve ficar entre R$ 300 e R$ 380, incluindo a ligação para internet. Essa estratégia possibilitará que as empresas participem do mesmo tipo de rodadas de negócios que se encontram em grandes eventos desse tipo”, disse o coordenador. A primeira feira acontece depois de 18 rodadas de negócios realizadas pelo Ciesp-Campinas (13 na sede em Campinas e as demais nas cidades vizinhas), onde foram gerados aproximadamente R$ 2 milhões em negócios entre os participantes. A princípio, segundo Correia, as inscrições estão abertas apenas para os associados do Ciesp, mas não-associados

INJÚRIA

O A HI Tecnologia participa da primeira feira do Ciesp

também podem participar. Empresários - Para o empresário a rodada de negócios e sempre bem-vinda já que a ocasião proporciona, no mínimo, a criação de relacionamentos entre os participantes. É o que espera o sócio proprietário da HI Tecnologia Indústria e Comércio Ltda, de Campinas – que trabalha com automação industrial – Maurício Alves da Silva. Será a primeira vez que o empresário vai participar de um encontro promovido pelo Ciesp, na Feira. “Nossa expectativa é boa, apesar de ser um encontro pequeno e com pouco participantes”, disse Maurício da Silva. Já o supervisor de vendas da L de F.F. Piron, empresa de produção de ma-

teriais promocionais, Flávio Fernandes, aposta nas pequenas feiras e encontros como os promovidos pelo Ciesp-Campinas e na futura feira. De acordo com ele, que já participou de cinco encontros na região, a Feira deve ser um excelente momento para a realização de negócios. “Quando você vai para uma grande feira em São Paulo você acaba sendo apenas mais um número. Quando nos encontramos com pessoas da nossa região ou em outras pequenas feiras e eventos a situação é diferente. Em uma feira em São José do Rio Preto cadastramos cem clientes em apenas duas horas”, observou o supervisor de vendas. Mário Tonocchi

EMPREENDEDORISMO

Jovens lideranças da cidade participam de Congresso Mundial inco representantes da Acic Jovem da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) participam, de hoje a sexta-feira, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, da 10º edição do Congresso Mundial de

C

Jovens Empreendedores (World Summit of Young Entrepreneurs). O Congresso tem como meta principal o estimulo à formação de joint ventures entre empresas nacionais e estrangeiras. Segundo o diretor da Acic Jovem e dono da

LDA Engenharia, Gustavo Lyrio de Almeida, a participação da Associação Comercial vai servir para prospecção de negócios interessantes para a Acic Jovem e eventos que poderão ser realizados pela Associação no futuro. “É uma

vendedor de uma loja localizada no centro de Campinas, Thiago Henrique da Silva, 18, foi preso na manhã de ontem pela Polícia Militar acusado de injúria. Ele está sendo acusado de ter jogado água no casal de deficientes Mauri Matos, 59, e Maria Gorete Borges de Jesus, 47, que há 15 dias tocam sanfona pelas calçadas das ruas centrais, pedindo esmolas. A injúria tem pena prevista de um a três anos de reclusão. O vendedor nega as acusações e diz que não tinha intenção de molhar o casal. Ele foi autuado em flagrante no 1º Distrito Policial.

oportunidade para o empresário de Campinas e região fazer parcerias, encontrar novos fornecedores e clientes, além de trocar experiências e trazer o que há de melhor e mais moderno para nossa cidade”, disse o diretor. Os empresários

brasileiros interessados em participar das rodadas de negócios com os estrangeiros devem inscrever-se no congresso indicando seus dados e objetivos de negócio. As inscrições podem ser feitas no site www.wsyebrasil.com.br. (MT)

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Tenho 83 anos e quando eu me for deste mundo, irão duas pessoas... Junto comigo irá o menino que fui. Do escritor português José Saramago, que está escrevendo a "autobiografia de uma criança" do nascimento aos 14 anos.

quarta-feira, 15 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

15

MARÇO Recolhimento de ICMS, IRRF, IPI e INSS Dia Mundial dos Direitos do Consumidor Leia mais sobre consumo em Economia

C ONSUMO M ODA

Serpente de ouro e luxo Lingerie com detalhes em ouro. Este é apenas um dos diferenciais da coleção Cashmere, lançamento de inverno da grife Darling para mulheres que buscam sofisticação e veêm no underwear o glamour de uma jóia. Confeccionado com renda francesa, o conjunto de sutiã e calcinha tem reguladores em forma de serpente banhados a ouro e com cristais incrustados. Exotismo e feminilidade evidenciados na nova campanha mundial da marca, que traz a modelo australiana Paige Butcher em momentos de luxuosa intimidade. (JJ)

Consumidores com mais de 50 anos são esquecidos pela indústria e o varejo

A

M ÍDIA

O Tico-Tico está de volta Carlos Drummond de Andrade lia. Monteiro Lobato, também. A revista infantil "O Tico-Tico", que acompanhou a infância desses dois importantes brasileiros, e de muitos outros, famosos ou anônimos, de 1905 a 1958, teve vida longa. Agora, um ano depois do centenário de sua criação, foi comemorado em 2005, com exposições no Rio e em

Donos do supermercado paisagista Wanir Ceravolo Garcia, de 54 anos, não dispensa produtos prontos para o consumo em suas compras. Do suco pronto para beber aos lácteos, nuggets e congelados, a sua opção é pela comodidade e o conforto. Com dois filhos criados, ela também procura nas gôndolas de supermercados produtos que lhe tragam benefícios tanto para a saúde, a higiene e limpeza como para o bolso. Wanir é uma típica consumidora da "geração bossa-nova" que o Instituto ACNielsen mapeou para alertar a indústria e o va-

rejo da importância daqueles que têm mais de 50 anos. "São consumidores abertos à experimentação, que valorizam a praticidade, têm o supermercado como principal local de compra e dão preferência à marcas líderes e tradicionais, embora estejam, por economia, fomentando as vendas de marcas próprias", diz Arthur Bernardo Neto, do ACNielsen. Detalhe: a indústria ainda não oferece diferencial para esses consumidores, que respondem por 29% dos lares brasileiros e consomem 7% acima da média nacional em 45% das categorias pesquisadas.

O Instituto ACNielsen também chegou à conclusão de que 57% dos brasileiros acima de 50 anos estão nas classes A, B e C. Essa chamada "geração bossa-nova" apresenta consumo, em média, 25% superior aos demais grupos etários. Outra importante notícia: abertos a novidades, eles aceitam muito bem as marcas próprias dos supermercados, desde sucos (38%), águas minerais (25%), sabão em pó (23%), café solúvel (17%) e desinfetantes (15%). "A 'geração bossa nova' vai começar a ditar as regras, bem devagar", acredita Neto. (AE)

N ORUEGA

Cerveja direto da torneira O sonho de dez entre dez brasileiros foi realizado por uma norueguesa. Ao abrir a torneira da pia da cozinha de seu apartamento, ela encontrou, em vez de água, cerveja em abundância. A boa surpresa não durou muito, porque, dois andares abaixo, empregados de um bar constataram que saía água de onde deveria sair cerveja. O técnico que conectou o barril de cerveja ao cano do apartamento, por engano, foi chamado para desfazer o engano.

Finbarr O´Reilly/Reuters

A LIMENTOS

São Paulo, a história e os melhores momentos dessa revista viraram livro. Almanaque O Tico-Tico será lançado hoje e conta todos os caminhos cruzados pela primeira publicação infantil feita no País. A edição é do Instituto Antares, custa R$ 80 e foi elaborada pelo acadêmico Arnaldo Niskier, que tem uma coleção com 1.500 exemplares da publicação.

Transgênico na papinha O Greenpeace encontrou arroz modificado geneticamente nas papinhas de cereais para bebês da multinacional norteamericana Heinz. A contravenção da empresa - o uso de transgênicos é ilegal em alimentos infantis - foi constatada em Pequim, China. O Greenpeace já conseguiu fazer com que mais de cem marcas se comprometessem a não comercializar transgênicos na China. Agora, outros países devem ter suas papinhas analisadas.

Jiji Press/AFP

T ECNOLOGIA

B RAZIL COM Z

L

DANÇA DOS TEMPOS - Ao pôr-do-sol, jovens senegaleses dançam o Ekonkon. A dança é uma das tradições que ainda sobrevivem no Senegal, mas as lutas - tradicional esporte do país - estão em extinção. Os jovens preferem o futebol e o basquete.

M EIO AMBIENTE

L

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Be-a-bá do mundo virtual

Cortes com precisão de laser O site Get Organized anuncia essa útil invenção: tesouras com uma mira a laser, que marca o caminho a ser cortado com absoluta precisão. US$ 19,98 no site.

E M

Poluição recorde

Ri-Man, o robô-enfermeiro japonês, é uma nova opção no acompanhamento de idosos e pacientes com doenças graves. Tem 1,58m, 100kg e é feito de silicone.

Um dicionário com os principais termos utilizados no mundo virtual que inclui desde os programas, linguagens e sistemas usados em navegação até as definições mais delicadas, como a diferença entre um hacker e um cracker. Organizado de maneira simples e fácil de consultar, o dicionário de tecnologia online do UOL tem a maioria dos termos que você precisa saber numa emergência de navegação. Ainda falta uma atualização, mas já é um competente be-a-bá.

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dicionarios/dicionario-c.jhtm

C A R T A Z

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A TÉ LOGO

O lançamento das memórias do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos EUA foi destaque ontem em um único jornal norteamericano. O USA Today comenta o livro The Accidental President of Brazil: A Memoir dizendo que antes de FHC, os presidentes do Brasil tinham o infeliz hábito de assumir ou abandonar a presidência via golpe, renúncias inexplicáveis e suicídio. FHC inaugurou, segundo o jornal, a normalidade no poder e sua história de vida ilumina "a evolução brasileira em andamento". S AÚDE

Fábrica dos EUA, o maior emissor de gases do mundo

tempo", declarou Barrie na sede da ONU em Genebra. "Se nós interrompêssemos hoje toda a emissão de gás carbônico, precisaríamos de 50 a cem anos para começar a ver o acúmulo retornar aos índices prévios à Revolução Industrial", comparou. A expectativa é de que as emissões tenham sido ainda maiores para o gás carbônico no ano de 2005. Segundo o monitoramento feito nos EUA, a presença do gás pode estar bem acima da média dos últimos dez anos. Na avaliação dos especialistas, esses dados divulgados hoje mostram que a comunidade internacional não tem outra escolha senão tomar medidas para reduzir as emissões de gás. Caso con-

trário, os desastres naturais vão continuar a surgir com uma freqüência cada vez maior, sejam secas, inundações, ondas de calor ou outros problemas ambientais. Para os cientistas, uma das opções é ampla adesão dos países ao Protocolo de Kyoto que prevê um corte das emissões. O problema é que alguns dos principais responsáveis pelas emissões, como os Estados Unidos, abandonaram o compromisso estabelecido na década de 90 argumentando que as metas afetariam suas economias. Os especialistas na ONU pedem agora que não apenas esses governos reconsiderem suas posições como acelerem as medidas para reduzir as emissões de gases. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Ministério da Educação amplia programa de pesquisa nas universidades federais

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O Olhar Modernista de JK (na foto, retratado por Guignard). Resgata influência que o "presidente bossa nova" exerceu nas artes visuais e na arquitetura brasileiras. FAAP. Salão Cultural. Rua Alagoas, 903. Telefone: 3662-7198. 10h às 20h. Grátis.

Arquivo DC

s gases causadores do efeito estufa acumulados na atmosfera terrestre atingiram nível recorde em 2004, revelou estudo da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) divulgado ontem. Os níveis de dióxido de carbono, o gás causador do efeito estufa mais abundante na atmosfera, continuam a aumentar "persistentemente" e sem "sinais de contenção", segundo o secretário-geral da OMM, a agência ambiental da ONU, Michel Jarraud. "A média global de concentração de gás carbônico, metano e óxido nitroso na atmosfera do planeta atingiu nível recorde em 2004", diz o estudo. A OMM não menciona o aquecimento global, ao qual a maior parte da comunidade científica atribui ao acúmulo de gases na atmosfera. Mas o diretor de pesquisas atmosféricas da OMM, Leonard Barrie, salientou que os gases causadores do efeito estufa representam um problema. "Dada a longevidade do dióxido de carbono na atmosfera - entre 50 e 200 anos, de acordo com a forma como se calcula -, não é preciso ser nenhum cientista nuclear para dizer que esse problema persistirá por um bom

FHC, o presidente acidental

PUC-SP não vai recuar de demissões, diz cardeal d. Cláudio Hummes a professores

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Viagem do astronauta brasileiro à estação espacial é boa notícia para pesquisas no País

Vegetarianos levinhos Ficar magro pode ser mais fácil com uma dieta vegetariana, dizem pesquisadores da Universidade de Oxford que analisaram os hábitos de 22 mil pessoas por cinco anos. Os vegetarianos mantiveram o peso e os consumidores de carne engordaram. "Ao contrário da opinião em voga de que uma dieta com poucos carboidratos e muita proteína mantém o peso, observamos que o menor ganho de peso ocorreu em pessoas com alta ingestão de carboidratos e baixo consumo de proteína", disse o professor Tim Key. L OTERIAS Concurso 1574 da QUINA 16

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Concurso 437 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 02

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Segundo Sorteio 05

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DEU

DOISPONTOS -15 15

cenário eleitoral O colunista para a Fernando sucessão Rodrigues faz presidencial está contas em seu blog praticamente para comprovar o desenhado que muitos depois que o intuitivamente PSDB finalmente tinham como escolheu o provável: a eleição governador de presidencial não São Paulo, precisará atravessar Geraldo dois turnos com a Alckmin, como disputa polarizada seu candidato ao entre Lula e Alckmin Palácio do (abaixo). Leia Planalto. o que disseram Falta ainda o STF ratificar a os leitores do blog. validade da regra da verticalização para as eleições Luludi/LUZ deste ano. Também está pendente uma definição do PMDB: o partido terá ou não candidato próprio? A decisão do PMDB é quase secundária, pois HTTP://UOLPOLITICA.BLOG. a escolha de Alckmin (com UOL.COM.BR/ um PSDB

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rachadíssimo) e a manutenção da verticalização já apontam para o cenário mais provável em outubro: a liquidação da disputa já no primeiro turno –seja a favor de Luiz Inácio Lula da Silva ou de um candidato de oposição. É fácil entender o DNA desse cenário. A verticalização impedirá a maioria dos partidos médios

de lançar candidato próprio a presidente. Se o fizerem, terão de respeitar nos 26 Estados e no Distrito Federal a aliança montada no plano federal. Estão nessa situação PDT, PPS e PMDB, pelo menos. Na última pesquisa Datafolha os précandidatos dessas 3 siglas chegam a somar, juntos,

expressivos 14%. Sem esses partidos na disputa, a polarização que já existe entre PT e PSDB será ainda mais vigorosa. Não deve ocorrer segundo turno, a exemplo de 1998. Quando FHC tentou e conseguiu a reeleição, em 1998, havia 3 candidatos competitivos. O resultado do 1º turno foi assim:

Lula versus Alckmin ão tem nem c o m p a r ação. Lula acabou. Por mais que sonhem os fanáticos e radicais petistas, o sonho acabou, virou realidade. Não tem como enganar mais.Chega de Lula e PT, que tanto pregaram moralidade, éti-

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ca, socialismo, combateram a usura (juros altos,a especulação). Eles nos engaram. Chega. Não sou idiota. Sou racional. Fui idiota uma vez. Duas? Burro, não!!! Antonino S. Campos, Guarapari, ES

Alckmin não é conhecido fora de SP (graças a Deus!). Ele é fraco. Por pior que tenha sido, Lula já é muito superior ao desgoverno do PSDB com FHC. Fora PSDB! Lula lá de novo!! Marcus Rogério, Varginha, MG

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FHC – 53,06% Lula – 31,71% Em 2002, havia 4 candidatos competitivos e deu 2º turno. No 1º turno, resultado foi: Lula – 46,44% Serra – 23,20% Desta vez, já se sabe quem serão os dois possíveis primeiros colocados. Se o PMDB não disputar, quem desempenhará o papel de Garotinho e de Ciro Gomes em 2002? Mesmo que Garotinho e/ou Rigotto consigam mudar a escrita e convencer o PMDB a ter candidato próprio a presidente, o cenário fica ainda apertado. Garotinho e/ou Rigotto e Heloísa Helena teriam de fazer perto de 30% para irem ao 2º turno. Difícil.

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Que delícia de pizza! ara que exista corrupção, necessário se faz que haja corrupto e corruptor. Da mesma forma, para que a mentira exista, é preciso que existam o mentiroso e o "mentirado". Ou seja, é preciso que alguém minta e que alguém aceite a mentira como sendo verdade. Em parte desses casos, não temos como nem p o rq u ê d u v i d a r d o mentiroso e somos ludibriados. Mas, na outra parte desses casos, percebemos que alguma coisa soa estranha e ainda assim achamos melhor aceitar o que nos diz o mentiroso e nos ludibriamos. A única coisa pior do que mentir para si mesmo é acreditar naquilo que se está dizendo, já nos advertia um antigo filósofo. Ainda assim, m en ti m os p a ra n ó s mesmos que podemos acreditar nas coisas mais estranhas que nos falam os mentirosos de todos os matizes, e não somente os políticos com milagrosas fórmulas de crescimento e bem-estar. Pode ser feio enganar a si mesmo para acreditar no que nos dizem, mas é cômodo. Pode ser feio, mas é mais fácil do que analisar, depurar e esclarecer. Afinal, quando as coisas saírem erradas, serei um "inocente mentirado" com o direito de se sentir indignado. Seria Brasília a capital da pizza, ou será Brasília simplesmente a parte mais visível

lham? Por que devem ter direito estes ao salário integral mas não aqueles? Só por que matam o trabalho de forma mais explícita?

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aja pizza e mais pizza na postura cada vez mais idioticamente correta no Brasil nosso de cada dia de defender o errado, o pobre e, suprema glória, o errado pobre. Acha-se a coisa mais natural que se roube água, luz, TV a cabo e seja mais lá o que for, porque "o coitado é pobre", procurando ignorar que cada corrupto faz a corrupção do tamanho que consegue. Quanto ao errado, ele não é errado. Errado é quem comete a bobagem de defender os seus direitos diante do errado. Alguém deixa você esperando por mais de meia hora sem uma desculpa plausível e, se você manifesta sua insatisfação, o que ouve? - Não se estresse, cara, que não vale a pena. Veja que, estressado, nunca é o que não presta atenção ao farol que abre, o motoqueiro que não respeita ninguém, etc., etc. e etc. Estressado é sempre você que reivindica os seus direitos à cidadania e ao respeito. Você sente a mentira em seus ouvidos, mas ainda assim engole em seco mais uma pizza que lhe é enfiada goela abaixo.

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de uma gigantesca pizza chamada Brasil? Na minha opinião, o Brasil é uma gigantesca pizza, digna de figurar no livro dos recordes como a maior pizza do mundo. Que delícia a pizza nossa de cada dia. Tão habituados a ela, sequer percebemos como adoramos chafurdar na pizza em vez de abrir caminho na direção de usufruir dos direitos inerentes às nossas obrigações. Basta uma pequena indecisão na condução de uma CPI ou um pequeno vacilo numa i n v e s t i g a ç ã o q u a lquer e a pergunta inevitável: será que vai acabar em pizza? Surge como por encanto cercada de grande indignação. Aí eu pergunto: o quê no Brasil não acaba em pizza? Sempre que alguém tenta fazer respeitar seus direitos, em pequenas ou grandes questões, logo se vê ro d e a d o p e l o s p i zzaiolos de plantão que não hesitam um só ins-

G Brasília é a

capital da pizza, ou será Brasília simplesmente a parte visível da gigantesca pizza chamada Brasil? G Basta uma

pequena indecisão na CPI ou um vacilo numa investigação e a pergunta inevitável: será que vai acabar em pizza? G Você sente a

mentira em seus ouvidos, mas ainda assim engole em seco mais uma pizza enfiada goela abaixo.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

tante em botar panos quentes, quero dizer massas quentes, aconselhando prontamente que se deixe pra lá, pois não vale a pena brigar por tão pouco,e é preciso compreender a situação do outro e por aí vai. Serão as promessas, posteriormente não cumpridas, de políticos em campanha tão diferentes das promessas feitas por candidatos a empregos em todos os níveis? E, se estes podem, por que não podem aqueles? Só por que estes mentem para poucos e aqueles mentem para muitos? Serão as malas de dinheiro tão diferentes das montanhas de cheques sem fundo passados no Brasil diariamente? Não é roubo do mesmo jeito? E os políticos, que pouco trabalham, serão eles tão diferentes d a q u e l a p a rc e l a d e funcionários, públicos e privados, que passam grande parte do expediente a fazer de conta que traba-

ra, a contribuição principal do estudo dos professores Pochman, Guerra, Amorim e Ronnie Silva foi estabelecer um critério para definir "classe média" e quantificar a perda de renda real desse grupo social no total da população economicamente ativa ocupada nas regiões urbanas. O simples reconhecimento da perda de posição da classe não requer estudo algum: todos a sentem no bolso. Os autores atribuem essa devastação da classe média ao que chamam de "onda neoliberal" e suas políticas, patrocinadas em 13 dos últimos 20 anos por governos socialdemocratas. A conclusão a que necessariamente se chega é que "neoliberalismo" é sinônimo de socialdemocracia e petismo. É importante distinguir essa corrente, "neoliberal", socialdemocrata ou petista, do liberalismo. Ao contrário dos neoliberais, socialdemocratas e petistas, os liberais têm a convicção que o governo deve ser limitado a suas funções essenciais: a defesa da vida, da liberdade e da propriedade legitimamente adquirida. São absolutamente contrários à tunga tributária que dizimou a classe média e o povo em geral. Os liberais tampouco acreditam que o "fechamento" comercial contribua para o bem estar da população: são mais abertos ao comércio exterior os países hoje ricos que os campeões da pobreza – a Coréia do Norte, Cuba e países socialistas assemelhados. Se, como afirmam o professor Pochman, a destruição da classe média ocorreu nos

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Sucessão encaminha-se para definição no 1º turno

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de março de 2006

JOSÉ CARLOS FLESCH É CONSULTOR DE EMPRESAS WWW.NOVOLUCRO.COM.BR

ROBERTO FENDT

REVELADOS QUEM SÃO OS NEOLIBERAIS raças ao professor Márcio Pochman e seus colaboradores, finalmente nos foi revelado quem são os neoliberais: os socialdemocratas, em suas versões tucana e petista. A "revelação" está contida no livro "Classe Média – Desenvolvimento e Crise". Para os autores, constituem a classe média as famílias com renda mensal entre pouco mais de R$ 1.556,30 e R$ 17.351,56 em valores de

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A que atribuir a expulsão de dez milhões de pessoas da classe média brasileira nos últimos 20 anos? novembro de 2005. Para eles, o apogeu da classe média ocorreu durante os governos militares: na década de 1940, a classe média compreendia 22,7% da população economicamente ativa ocupada nas regiões urbanas; esse percentual subiu para 25,4% na década de 1960 e atingiu seu auge na década de 1980, quando chegou a 31,7%. Na década atual, esse percentual reduziuse a 27,1%. Segundo os autores, esse percentual se não for menor, no máximo se mantém hoje (Folha, 08/03/06, p. B11). que atribuir a expulsão de dez milhões de pessoas da classe média brasileira nos últimos 20 anos? O professor Pochman atribui essa exclusão ao neoliberalismo: "A classe média foi fortemente atingida com a onda neoliberal de promoção da abertura comercial, financeira, tecnológica e produtiva do país", afirmou. Com a exclusão veio o empobrecimento: "Esses dados mostram claramente o empobrecimento da classe média nos últimos anos", disse. E concluiu: "Nesse ritmo será difícil construir um país menos desigual" (O Globo, 08/03/2006, p. 39).

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A devastação da classe média foi patrocinada em 13 dos últimos 20 anos por governos social-democratas últimos vinte anos, dos quais 13 a caminho dos 14, sob administrações social-democrata e petista, só é possível concordar. Com essa gente, já sabemos: vai ficar tudo como está. O que necessitamos é de liberalismo, ponto. Sem "neo" ou "proto". ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

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Ano 81 - Nº 22.086

São Paulo, quarta-feira 15 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h15

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

PROMESSA DO ANTI-LULA:

BANHO DE ÉTICA O tão esperado adversário de Lula, o governador Alckmin, quer "dar um banho de ética no país". Foi o que prometeu ao comemorar a candidatura com a cúpula tucana (foto). Eleições, páginas 3, 4, 5. O 1º ato público do Anti-Lula será a abertura do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores Economia/10.

Serra para o governo? Mistério. Alckmin visitou o ausente de sua festa, que pode ser candidato a governador de SP. Agliberto Lima/AE

Conselho de Ética a favor da cassação de João Paulo Cunha O ex-presidente da Câmara, que sacou R$ 50 mil do valerioduto, entrou na fila da cassação, derrotado por 9 a 5 no Conselho de Ética. Página 6 Oswaldo Palermo

Divulgação

Mégane esconde a chave Novo modelo substitui a chave de ignição por um cartão. E mais: Pantanal Troller para o trabalho. TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 18º C.

Consumidor aprende a reclamar

Novo índice revela confiança na economia

Código do Consumidor faz 15 anos. E já é uma referência para compradores. Economia/4

E mostra também desânimo do consumidor em relação às finanças pessoais. Economia/1


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

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ESPECIAL - 13

Mulher de barba e voz grossa? Isto é uma bomba É um dos riscos dos esteróides anabolizantes, as bombas. Não se deve confundir com suplementos alimentares, indicados para atletas e pacientes com alguma deficiência nutricional. E convém não exagerar

ão confunda nunca suplemento alimentar com esteró i d e s a n a b o l izantes (bombas). É perigoso. Suplemento serve para complementar a alimentação do indivíduo, que por algum motivo não consegue ingerir a quantidade certa para a manutenção do corpo. Liberado pelo Ministério da Saúde pela portaria 222 de 1998, os suplementos permitidos são os protéicos, compensadores, bebidas isotônicas, aminoácidos de cadeira ramificada e alimentos energéticos. De acordo com a definição do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Escola Paulista de Medicina (Cebrid), os esteróides anabolizantes são drogas fabricadas para substituir o hormônio masculino testosterona, fabricado pelos testículos. Eles ajudam no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento das características sexuais masculinas como pêlos, barba, voz grossa, etc. (efeito androgênico). No Brasil, esses medicamentos são regulamentados para tratamento de pacientes que não produzem quantidade suficiente de testosterona. A procura se deve à promessa de melhora no desempenho nos esportes, aumento da massa muscular e redução da gordura do corpo. Antes, a demanda era somente por homens, mas muitas mulheres em busca do corpo perfeito têm aderido à moda. A polêmica no uso dos anabolizantes é provocada pelos efeitos que causam no corpo a curto e médio prazo. Segundo a Cebrid, em homens e adolescentes há uma redução da produção de esperma, impotência, dificuldade ou dor ao urinar, calvície e crescimento irreversível das mamas (ginecomastia). Nas mulheres e adolescentes surgem sinais masculinos como engrossamento da voz, crescimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo, diminuição dos seios, pelos faciais (barba). Em pré-adolescentes e adolescentes de ambos os sexos finaliza, prematuramente, o crescimento, deixando-os com esta-

Leonardo Rodrigues/Hype

Riselda: “O resultado obtido com a suplementação foi mais disposição e um corpo mais definido”.

tura baixa por toda a vida. Em homens e mulheres de qualquer idade podem surgir tumores (câncer) no fígado, perturbação da coagulação do sangue, alteração no colesterol, hipertensão, ataque cardíaco, acne, oleosidade do cabelo e aumento de agressividade que pode manifestarse em brigas. Se utilizado em altas doses, o usuário pode aumentar a irritabilidade e agressividade, como também desenvolver outros comportamentos como: euforia, aumento da energia, alteração de humor, distração, esquecimento e confusão. Suplementos Os suplementos nutricionais são indicados para pessoas que treinam intensamente, atletas e esportistas que, em geral, gastam mais energia nos treinos, tornando o metabolismo mais acelerado. Também são indicados para crianças ou idosos que não ingerem suficientemente algum tipo de nutriente. São formulados a partir de matéria prima natural, que fornece nutrientes básicos ao organismo e necessários para

cada objetivo metabólico. Para que haja um consumo certo e com resultado desejado pelo usuário, o melhor caminho é procurar a orientação de uma nutricionista. Segundo o médico nutrólogo da Integral Médica, Euclésio Bragança, os suplementos alimentares estão ligados aos alimentos funcionais: “É um produto que, consumido adequadamente, pode trazer reais benefícios à saúde”. Além de ser indicado para atletas, Bragança também aconselha o uso para pessoas que trabalham muito e não têm tempo para se alimentar de forma correta. Melhor consumir um suplemento do que comer besteira na rua”. Sem vontade para fazer ginástica e cansada das atividades do dia-a-dia, a dona de casa Riselda Andrade, 37 anos, procurou um profissional para saber o que se passava. Como já treinava há dez anos, não entendia o mal-estar. O caminho indicado foi o consumo do aminoácido BCAA, o alimento protéico Amino Power: “O resultado obtido com a suple-

mentação foi mais disposição e um corpo mais definido”. O professor de educação física e atleta de jiu-jitsu Tiago Alves também adotou um aminoácido na alimentação, porque o rendimento nos treinos começou a cair: “Acabou o cansaço, ajudou na recuperação do músculo, não tenho mais fadiga muscular e o aproveitamento ficou muito melhor.” Para o caso de Tiago, a suplementação foi necessária, pois treina jiu-jitsu três horas diariamente, mais três vezes por semana de musculação. Cuidados Segundo a nutricionista e es-

pecialista em medicina esportiva Milena Rodrigues, sem orientação pode trazer alguns problemas à saúde. Por exemplo, o excesso de proteína pode sobrecarregar os rins e fígado e ter maior excreção de cálcio pelo rim: “Os excessos podem levar à obesidade, etc”. Para quebrar o paradigma dos suplementos alimentares, Milena exemplifica que se a pessoa consome 500 mg de vitamina C por dia em alimentos e a nutricionista (ou médica) quer que consuma mais 500 mg cápsula, isso já é um suplemento: “Uma criança pode passar no médico e se receitar com um Sustagem, is-

so também é um suplemento. Moral da história: não há idade e hora para suplementar e sim para analisar o problema. A preocupação é com pessoas que se suplementam com tudo que vêem e compram tudo na farmácia. Isso é um problema, o excesso faz mal”.

6606-1947


DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.ESPECIAL

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cidade de São Paulo dispõe de a p r o x i m adamente 45 grandes parques, distribuídos pelas zonas Sul, Norte, Leste e Oeste. Segundo dados do Atlas Ambiental de São Paulo, a cobertura vegetal da cidade corresponde a 21% de seu território. Somente os 32 parques municipais correspondem a 15.534.197m². São essas áreas distribuídas pela cidade que contribuem com a qualidade de vida do paulistano, principalmente na prática de corrida, ciclismo, futebol, basquete, vôlei, além de ginásticas como Tai Chi Chuan, entre outras atividades físicas. O Parque do Ibirapuera, o segundo maior da cidade (área total de mais de 1.584.000 de metros quadrados de verde), pode ser considerado um dos pontos marcantes da Capital e o mais procurado para a prática esportiva. Segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, de segunda a sexta vinte mil pessoas passam pelo parque por dia; aos sábados, 70 mil, e aos domingos 130 mil - e 33% usam o parque para praticar esportes, 14% querem contato com a natureza e 9% buscam saúde. O publicitário José Carlos Messias Júnior, 30 anos, é freqüentador assíduo do Ibirapuera. Pelo fato de trabalhar até de madrugada, ele usa o parque em um horário alternativo, por volta das 15 horas: “Venho correr, faço musculação nas barras e jogo futebol. Como trabalho em um ambiente fechado, na hora de praticar minhas atividades prefiro ao ar livre para buscar inspiração e ativar a criatividade”. O analista de sistema Marcelo Lucas Sassaki, 30 anos, vai ao Ibirapuera pelo menos duas vezes na semana para praticar skate: “Uso esse esporte para manter a forma, me traz a sensação de liberdade e percebo que me deixa mais ativo o trabalho”. Embora a patinação seja proibida nos parques pela Prefeitura por uma questão de segurança, muitas pessoas arriscam, principalmente na marquise do Ibirapuera. Mesmo não sabendo da norma, as amigas Fernanda Nogueira e Priscila Trevisani patinam há dez anos no Ibirapuera. Segundo elas, ajuda a modelar pernas e glúteos. “É interessante vir para cá porque vemos pessoas bonitas em busca de saúde. A energia é diferente e que traz bom astral”, diz Priscila. Segundo o professor de corrida Cláudio Castilho, da Saúde & Perfomance, há 8 anos dando consultoria esportiva no Ibirapuera, o crescimento na prática de corrida e caminhada é de 20% ao ano desde 1995: “As pessoas já perceberam que os exercícios ao ar livre favorecem a integração com a natureza e meios climáticos, o que favorece o sistema imunológico, diminui as tensões e aumenta a disposição no indivíduo. Para quem faz a atividade no final do dia, é um fator contra o estresse”. Como um profissional de saúde, Castilho avisa que tem visto muitas pessoas fazendo exercícios sem orientação médica, o que pode ser maléfico. Também na Zona Sul, o Parque da Aclimação, em sua área de 112 mil metros quadrados, se destaca pelos eucaliptos presentes em grande parte de sua extensão. Bicicletas, skate e patins são proibidos, mas o espaço se destaca pelos campos de bocha, aparelhos de gi-

PARQUE DA ACLIMAÇÃO Informações: 3208 4042 ATIVIDADES: · TAI CHI CHUAN - segunda a domingo, das 7h30 às 9h30, local playground instrutora Mable · RÁDIO TAISSÔ - segunda à sábado, das 6h30 às 7h , ao lado da Administração do Parque · GINÁSTICA AERÓBICA - terça, quinta e sábado das 7h30 às 11h30, ao lado da Administração do Parque, instrutora Bijú

quinta-feira, 16 de março de 2006

Esporte ao ar livre nos parques da cidade Só o Ibirapuera recebe 130 mil pessoas aos domingos e 33% vão ali praticar esporte. Mas há espaços por toda a cidade, apesar dos pesares. Faz bem para a saúde e ajuda a combater o estresse Luiz Prado/LUZ

Luiz Prado/LUZ

Leonardo Rodrigues/Hype

Aproveite, são 45 parques na cidade para desenvolver alguma atividade física e melhorar a sua qualidade de vida, de graça. No Parque da Aclimação, por exemplo, a professora Mable Lee dá aulas de Tai Chi Chuan

nástica, pista de cooper, barras para exercícios e trilhas. O parque também é conhecido pelas aulas de Tai Chi Chuan. A professora chinesa Mable Lee, 73 anos, que faz parte do Programa Saúde nos Parques, se dedica há oito anos nas aulas gratuitas para a população. As aulas são de segunda, terça, quarta e sexta das 7h30 às 9horas: “Indicado para problemas de coluna e de postura, o Tai Chi Chuan trabalha com a energia do céu, terra e do homem. Depois da aula, as pessoas têm disposição para trabalhar”. No Carmo Na Zona Leste da cidade, o Parque do Carmo, considerado o terceiro maior na área metropolitana de São Paulo, com 1.548.000 m², é muito bem freqüentado pelos moradores da região, principalmente para atividades físicas. O oficial de justiça Wagner Aleixo, 40 anos, que marca presença diariamente há cinco anos no Parque do Carmo, corre em média 15 km: “Prefiro atividades ao ar livre em vez de academia por ver ambientes diferentes o tempo todo. Além disso, a natureza me traz bem-estar e ajuda no alívio do estresse”. A aposentada e maratonista Cleide Wanderlei Cerqueira, 61 anos, acompanhou o crescimento do Parque do Carmo nos últimos trinta anos: “Pratico meu esporte sem custo algum. Aqui é uma academia natural, me ajuda a respirar melhor graças aos eucaliptos da região”. Há dez anos, depois de ficar três meses em uma cadeira de rodas por causa de dores fortes na coluna vertebral, a dona de casa Creuza Campos da Silva, 61 anos, decidiu voltar a dar seus primeiros passos no Parque do Carmo. O marido Roseno Campos da Silva foi o principal incentivador e companheiro. Aos poucos ela foi ganhando os movimentos das pernas e fortalecimento da coluna e ainda conseguiu equilibrar o diabete e emagreceu quinze quilos: “Hoje, com a caminhada no parque tenho mais disposição para as atividades do dia e quando não venho sinto falta”. Na Zona Norte Nove parques abastecem a região norte da capital: Anhanguera, Lions Clube Tucuruvi, Jardim Felicidade, São Domingos, Cidade de Toronto, Vila Guilherme, Horto Florestal, Estadual da Cantareira, Estadual do Jaraguá. Todos possuem quase as mesmas opções de atividades, mas o Anhanguera - maior parque da cidade, com nove milhões de m² - chama a atenção por uma peculiaridade: um bosque de diferentes tipos de árvores com uma pista para corrida e ciclismo. O visual é diferente e, por estar distante das grandes avenidas, não se consegue ouvir dos barulhos dos carros. O estudante Rodrigo Alves, 25 anos, e a mãe Ermelinda Alves, 57 anos, caminham com os cachorros pelos menos quatro vezes por semana por lá. “Como estava estudando muito para a faculdade, comecei a entrar num ritmo intenso e quando percebi já estava ficando estressado e muito agitado. Optei em vir ao parque para respirar melhor e ter contato com a natureza”, conta Rodrigo. Para as pessoas que não dispõem de tempo para práticas esportivas, preferem atividades ao ar livre ou estão sem verba para freqüentar uma academia, os parques da cidade são os endereços certos para manter a saúde e o bem-estar.

Escolha seu parque e suas atividades · LIAN GONG - sábado, das 9 às 10 h, em frente à Administração do Parque · DANÇA CIRCULAR - nos último sábado de cada mês às 10h, em frente à Administração do Parque PARQUE CHICO MENDES Informações: tels. 6135-2270 e 61353130 2ªs feiras 7 às 8h - expressão corporal 7 às 8h - dança sentada 8 às 10h - oficina de horta

8 às 10h - oficina de bordado e fuxico 14 às 16h - oficina de canto 3ªs feiras 7 às 8h - dança sênior (3ª idade) 8 às 12h - oficina de pintura em tecido tricô e crochê 8 às 10h - oficina de dança do ventre 13 às 15h - jogos e brincadeiras (recreação livre - crianças e adultos) 13 às 15 - capoeira 4ªs feiras 7 às 8h30 - Lian Gong

8 às 10h - oficina de artesanato 10 às 11h - futebol de salão 10 às 12h - oficina de trabalhos manuais 5ªs feiras 9 às 11h - oficina de cuidados pessoais 9 às 11 - encontro grupo 3ª idade 14 às 16h - pintura em tela 6ªs feiras 8 às 10 - oficina de bijouterias 13 às 16h - oficina de violão PARQUE DA LUZ Informações : 3227-6093

ATIVIDADES: Acesso pelo portão 9, Rua Ribeiro de Lima, 99 Badminton - de 3ª a 6ª feira das 7h às 8h30 Rádio Taissô - de 3ª a 6ª feira das 7h30 às 8h30 Lian Gong - às 3ªs feiras das 10h às 11h Dança Circular e da Paz Universal - no 2º domingo de cada mês, das 10h às 11h30 PARQUE IBIRAPUERA

PROGRAMA SAÚDE NO PARQUE - ao lado da Praça da Paz - práticas abertas e gratuitas de Liang Gong e Ginástica Terapêutica Chinesa. Horários: 2ª a 6ª - das 07h30 às 08h30 e das 10h30 às 11h30 Sábados - das07h30 às 08h30 e das 10h00 às 11h00 Domingos - das 07h00 às 08h00 e das 10h00 às 11h00 Informações : 3266-5829.


2 -.ECONOMIA/LEGAIS

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

Alfa Holdings S.A.

Edital de Convocação para Assembléia Geral Extraordinária Sincaesp Ficam convocados os associados do Sincaesp – Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de SP, CNPJ – 62.707.278/ 0001-50, para deliberação sobre: DESTITUIÇÃO, ELEIÇÃO E POSSE DE NOVA DIRETORIA EXECUTIVA, CONSELHO FISCAL E SUPLENTES, em caráter excepcional e urgente, sendo esta convocada de acordo com art. 60 da Lei 10.406/02 e art. 17º do estatuto vigente (ainda não adaptado à Lei 10.406/02), a se realizar em sua sede, na Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946, Pav. AMG – CEAGESP, V. Leopoldina – São Paulo-SP, no próximo dia 21/03/2006, em primeira instalação às 16:30 horas, com maioria absoluta dos associados e a Segunda às 17:30 horas para associados presentes, ficando consignado para efeito de quorum o total de 250 associados ativos, e 63 associados subscritores do requerimento. São Paulo, 15 de março de 2006. José Robson Coringa Bezerra. Representante dos Associados do Sincaesp

CONVOCAÇÕES Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.396/0001-69 - NIRE 35 3 0002375 7 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 10.513.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)

AVISOS AOS ACIONISTAS

Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos

Banco Alfa de Investimento S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 60.770.336/0001-65 - NIRE 35 3 0005322 2 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria e 5. fixar a remuneração do Comitê de Auditoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento e deliberar sobre a Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 28.000.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.167.412/0001-13 - NIRE 35 3 0004818 1 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 09:30 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao 1º e 2º semestres de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal para elevação do capital social em mais R$ 18.000.000,00, sem emissão de ações mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente do Conselho de Administração, em exercício (14, 15, 16)

COMUNICADO À PRAÇA

COMUNICADOS BOI-TAKÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTEFATOS DE COURO LTDA. ME, inscrita no CNPJ sob o nº 55.652.796/0001-59,torna público que requereu na CETESB a Renovação de Licença de Operação para Indústria de Artefatos de Couro em Geral, localizada na Rua Frei Bartolomeu Pilar. 97 - Vila Constança - São Paulo - SP.

DECLARAÇÃO À PRAÇA

Consórcio Alfa de Administração S.A. Sociedade Anônima de Capital Aberto C.N.P.J. nº 17.193.806/0001-46 - NIRE 35 3 0002366 8 Edital de Convocação São convidados os acionistas a se reunirem no dia 29 de março corrente, com início às 10:00 horas, na sede social, na Alameda Santos, 466 - 4º andar, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária 1. examinar, discutir e votar o relatório da administração e as demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes; 2. destinar o lucro líquido do exercício, e ratificar a distribuição de Juros sobre Capital Próprio relativos ao 1º semestre de 2005 e dividendos relativos ao 2º semestre de 2005; 3. fixar a participação dos administradores no lucro líquido do exercício; 4. fixar o montante global da remuneração do Conselho de Administração e da Diretoria. Em Assembléia Geral Extraordinária Tomar conhecimento de Proposta da Diretoria, com pareceres favoráveis do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, para elevação do capital social em mais R$ 11.183.000,00, sem emissão de ações, mediante a capitalização de igual valor a ser retirado da conta “Reserva para Aumento de Capital”, e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 13 de março de 2006 Aloysio de Andrade Faria Presidente do Conselho de Administração (14, 15, 16)

EDITAL

BALANÇOS

LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 24/2006 OBJETO: Aquisição de ventilador pulmonar e pediátrico e máquina de eletrocardiógrafo que serão utilizados pelo almoxarifado da Sec.de Saúde. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 29 de março de 2006, às 08:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 25/2006 OBJETO: Aquisição de grama tipo batatais e grama esmeralda para manutenção de parques, praças e jardins públicos. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 29 de março de 2006, às 14:00 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 26/2006 OBJETO: aquisição de computadores destinados ao deptº do contencioso e executivos fiscais. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 29 de março de 2006, às 10:00 horas

ATA

Associação Amigos do Projeto Guri Organização Social de Cultura CNPJ/MF nº 01.891.025/0001-95 - Rua Lubavitch nº 64 - Bom Retiro - São Paulo - SP BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO - (Em R$) DEMONSTRAÇÕES DO SUPERÁVIT EM 31 DE DEZEMBRO - (Em R$) PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 31/12/2005 31/12/2004 ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 Circulante 5.729.776,47 8.934,68 Receitas Brutas 12.566.401,21 3.530.676,31 Circulante 9.143.656,64 2.880.965,85 Contas a pagar 1.851.059,10 7.851,44 Convênios 0,00 121.269,12 Disponivel 9.140.433,83 2.877.568,86 Seguros a pagar 445,78 637,65 Doações / Contribuições / Participações 12.566.401,21 3.394.555,09 Caixa e bancos 92.660,31 865.666,39 Eventos 0,00 14.852,10 Obrigações previdenciárias 82.928,99 445,59 Aplicações financeiras 9.047.773,52 2.011.902,47 Despesas/Receitas Operacionais (8.164.124,54) (1.699.098,68) Provisões 3.795.342,60 0,00 Realizável a Curto Prazo 3.222,81 3.396,99 Patrimônio Social Líquido 8.750.814,08 4.347.017,01 Administrativas (8.838.048,20) (1.843.396,63) Impostos a recuperar 471,29 447,29 Tributárias (1.352,87) (2.088,07) Superávit acumulado 4.347.017,01 4.347.017,01 Outros Créditos 0,00 2.000,00 Efeitos Financeiros Líquidos 675.276,53 146.386,02 Superávit do exercício 4.403.797,07 Adiantamento a Supervisores 1.144,82 0,00 Superávit Operacional 4.402.276,67 1.831.577,63 Total do Passivo 14.480.590,55 4.355.951,69 Seguros a vencer 1.428,70 771,70 Receitas/Despesas não operacionais 1.520,40 (1.975,00) Títulos de capitalização 178,00 178,00 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL Venda de Ativo Imobilizado (1.975,00) Permanente 5.336.933,91 1.474.985,84 DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - (Em R$) Despesas Recuperadas 1.520,40 Imobilizado 6.210.426,76 2.045.151,93 2005 2004 Superávit Líquido 4.403.797,07 1.829.602,63 Depreciações Acumuladas (875.894,85) (572.568,09) Saldo no Início do Exercício 4.347.017,01 2.517.414,38 Bens Intangiveis 2.402,00 2.402,00 Superávit do exercício 4.403.797,07 1.829.602,63 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Total do Ativo 14.480.590,55 4.355.951,69 Saldo no Final do Exercício 8.750.814,08 4.347.017,01 DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - (Em R$) 2005 2004 NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005-2004 Origens de Recursos 4.707.123,83 2.021.789,71 1. Contexto Operacional - Associação Amigos do Projeto Guri - em taxas determinadas em função do prazo de vida útil dos bens. As Das operações sociais: Organização Social de Cultura é uma entidade civil, constituída sob a apurações dos resultados dos exercícios obedeceram ao regime de caixa. 4.403.797,07 1.829.602,63 forma de Sociedade sem Fins Lucrativos, tendo como objetivo principal a O Patrimônio Social é apresentado em valores atualizados e compreende • Superávit do exercício • Depreciação 303.326,76 192.187,08 colaboração técnica e financeira para o desenvolvimento do “Projeto Guri” o Patrimônio Social Inicial acrescido dos valores de Superávit/Déficit Aplicações de Recursos 4.165.274,83 281.066,84 consistente no oferecimento de cursos musicais para crianças e anuais destinados à manutenção do objeto social e os princípios contábeis Acréscimo no imobilizado 4.165.274,83 281.066,84 adolescentes carentes ou de baixa renda. 2) Apresentação das da entidade. Aumento do Capital Circulante Líquido 541.849,00 1.740.722,87 Demonstrações Contábeis - As Demonstrações Contábeis estão Ativo Imobilizado 2005 2004 elaboradas de acordo com as práticas contábeis da Lei das Sociedades Móveis e Utensílios 57.191,92 41.555,92 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAP. CIRCULANTE LÍQUIDO por Ações nº 6404/76 e demais disposições complementares que não Computadores 172.660,09 42.840,35 31/12/2005 31/12/2004 prevêem o reconhecimento da correção monetária a partir de 01 de janeiro Instalações / Equipamentos 97.505,07 64.209,34 Ativo circulante: 6.262.690,79 1.718.628,45 de 1996. 3) Principais Diretrizes Contábeis - As aplicações financeiras Orquestras Musicais 5.877.701,68 1.891.178,32 • No fim do exercício 9.143.656,64 2.880.965,85 estão demonstradas pelo valor de aplicação acrescidas dos rendimentos Software 5.368,00 5.368,00 • No início do exercício 2.880.965,85 1.162.337,40 correspondentes, apropriados até a data do balanço, com base no regime Linhas Telefônicas 1.020,00 1.020,00 Passivo circulante: 5.720.841,79 (22.094,42) de competência. Os direitos e obrigações estão registrados pelos valores Marcas e Patentes 1.382,00 1.382,00 • No fim do exercício 5.729.776,47 8.934,68 conhecidos ou calculáveis. O Ativo Imobilizado está demonstrado pelo (875.894,85) (572.568,09) • No início do exercício 8.934,68 31.029,10 custo de aquisição dos bens. As depreciações dos bens do imobilizado Depreciações 5.336.933,91 1.474.985,84 Aumento do Capital Circulante Líquido 541.849,00 1.740.722,87 são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição com base Total Líquido Melanie Farkas - Presidente do Conselho de Administração - CPF nº 033.843.288-00 Aos Administradores e Associados da Associação Amigos do Projeto Guri - São Paulo - SP - 1. Examinamos o balanço patrimonial da Associação Amigos do Projeto Guri em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Exceto quanto ao assunto mencionado no parágrafo 3, nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume

Jorge Luiz Pereira de Araújo - Contador - CRC 1SP 139.389/0-1

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES das transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Associação; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Associação, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. A conta do Ativo Imobilizado da Associação não apresenta controle patrimonial e não há registro individualizado por bem. Por esse motivo, não temos como avaliar a razoabilidade do saldo dessa conta conforme nota explicativa nº 6. Em 31 de dezembro de 2005, o saldo dessa conta é R$ 5.336.934 (R$ 1.474.986 em 2004). 4. Em nossa opinião, exceto quanto aos possíveis ajustes que

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

poderiam ocorrer se não houvesse a limitação descrita no parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação Amigos do Projeto Guri, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, as demonstrações do seu superávit, as mutações de seu patrimônio social e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de fevereiro de 2006 BDO Trevisan Auditores Independentes Mauro de Almeida Ambrósio CRC 2SP013439/O-5 Sócio-Cont. - CRC 1SP199692/O-5

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 15 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Blue Bay Comercial Ltda. - RequeriRequerente: Jamef Transportes Ltda. - Requerido: Euro Fashion Modas Ltda. - End.: n/c do: Mariza Barbosa da Cruz Felício - EPP - 02ª Vara de Falências - Rua Marquesa de Santos, 21 - 02ª Vara de Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda. Falências Requerido: Chillis Artigos Esportivos Ltda. Requerente: Athenabanco Fomento Mercantil - Avenida das Nações Unidas, 22540 - 02ª Ltda. - Requerido: Rankar Auto Centro Ltda. Vara de Falências - Av.do Estado, 180 - 01ª Vara de Falências

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quinta-feira, 16 de março de 2006

Empresas Empreendedores Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aposta em recorde de emissões de ações neste ano.

INDÚSTRIA PAULISTA ESTÁ EM RITMO LENTO

Divulgação/Siemens

NET Anatel aprova participação da mexicana Telmex na operadora brasileira.

Ó RBITA

CALOTE A Varig não pagou a última parcela, de R$ 9 milhões, da dívida com o fundo de pensão Aerus.

Indústria paulista cresceu 1,7% em janeiro em relação a igual mês de 2005. Na média nacional, alta foi de 3,2%.

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem - 13/09/05

BIODIESEL ALÉM DA NECESSIDADE

O

Brasil vai produzir 1,118 bilhão de litros de biodiesel em 2008, 39,75% mais que a demanda de 800 milhões de litros esperada para suprir a mistura obrigatória de 2% (chamada de B2) ao diesel de petróleo. A previsão foi divulgada pelo coordenador da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel, Rodrigo Augusto Rodrigues, durante simpósio na Feira de Negócios do Setor de Energia (Feicana/Feibio), em Araçatuba, interior de São Paulo. Os volumes são somente do combustível com selo social, ou seja, que tem como matéria-prima grãos produzidos pela agricultura familiar e o único que pode ser adquirido por leilões públicos. De acordo com Rodrigues, o total de 2008 virá da soma dos 49 milhões de litros por ano oferecidos

PETROBRAS

A

situação da Petrobras Energia, subsidiária argentina da Petrobras, piorou após a divulgação de que seus ativos líquidos vão sofrer uma depreciação de 800 milhões de pesos, em torno de US$ 260 milhões, por causa de um ajuste contábil que a empresa realizará cumprindo com duas alterações publicadas pela Comissão Nacional de Valores (CNV). Na terçafeira, os papéis da empresa tiveram queda de 4,7% na Bolsa de Buenos Aires. (AE)

CHEQUES

O

índice de cheques devolvidos por falta de fundos voltou a apresentar crescimento em fevereiro, mostra pesquisa divulgada pela Serasa. Em relação a fevereiro de 2005, houve aumento de 27,2%. Na comparação com janeiro de 2006, a alta foi de 5,8%. No mês passado, foram compensados 124,1 milhões de cheques e 2,5 milhões voltaram por falta de fundos, um índice de 20,1 devolvidos a cada mil. (AE)

ESTADOS UNIDOS

A

atividade econômica dos Estados Unidos aumentou em janeiro e em fevereiro, com as empresas sentindo contínuas pressões sobre os preços de insumos, afirmou ontem o Federal Reserve (Fed, o banco central do país). "A maioria dos distritos caracterizou o ritmo da expansão como moderado ou estável", informou o Fed em seu Livro Bege, sumário das condições econômicas. O ingresso de capital no país aumentou para US$ 66 bilhões em janeiro, cifra insuficiente para financiar o déficit comercial de US$ 68,5 bilhões. (Reuters) A TÉ LOGO

A produção de biodiesel em 2008 deve ser maior que a demanda necessária para a mistura ao diesel de petróleo

pelas cinco unidades já existentes, dos 61 milhões de litros a serem produzidos por empresas em fase de regularização e dos 24 projetos em construção ou em fase de elaboração. Para garantir a compra do produto, a Petrobras vai fazer leilões, ainda em

março, para a compra de 110 milhões de litros a serem entregues de julho de 2006 a junho de 2007. Em abril, a empresa deverá fazer uma nova rodada de compra para adquirir, segundo Rodrigues, 400 milhões de litros a serem entregues ao longo do próximo ano. (AE)

MONTADORAS RESISTEM A CONCESSÕES

O

setor automotivo brasileiro deixou claro ao governo que não está disposto a fazer concessões nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) para redução de tarifas de importação. O Brasil vem sendo pressionado pelos países ricos a abrir seu mercado. O primeiro setor que teria suas tarifas reduzidas seria o automotivo, caso o governo aceite baixar as taxas de importação. Em Londres, no último fim de semana,

durante a reunião ministerial entre os seis principais atores nas negociações da OMC, tanto a delegação brasileira como a indiana foram pressionadas pelos europeus e americanos a apresentarem suas propostas de cortes de tarifas para a importação de bens industriais. No caso dos setores industriais brasileiros, o de veículos seria o mais atingido, já que suas tarifas são as mais altas e chegam à casa de 35%. (AE)

VALE CRITICA CHINA SOBRE MINÉRIO

S

e houver interferência do governo chinês na definição do preço do minério de ferro, as siderúrgicas poderão enfrentar situação parecida com a que ocorreu no Brasil durante o Plano Cruzado, quando houve falta de carne, na avaliação da Vale do Rio Doce. Em encontro com analistas, o diretor financeiro da empresa, Fábio Barbosa, criticou a ameaça da China de intervir no mercado se as conversas sobre os preços do minério

de ferro resultarem em aumentos não razoáveis. No ano passado, a Vale — maior produtora mundial de minério de ferro —, capitaneou reajuste de 71,5% no valor da commodity. Analistas esperam novo aumento este ano entre 10% e 20%. No ano passado, a China importou 275 milhões de toneladas de minério de ferro, ou 41% do mercado global do produto. Ou seja, teria poder de barganha de preços. (Reuters)

CONSTRUÇÃO GERA 20 MIL VAGAS

O

nível de emprego formal na construção civil brasileira voltou a crescer em janeiro, com a abertura de 20 mil vagas na comparação com o mês anterior. Segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado

de São Paulo e da GVconsult, com base em pesquisa do Ministério do Trabalho, o crescimento no primeiro mês do ano foi de 1,44% ante dezembro e de 9,12% na comparação com janeiro de 2005. Em janeiro, o setor empregava 1,415 milhão de formais. (AE)

FLUXO CAMBIAL POSITIVO EM MARÇO

O

fluxo cambial está positivo nos primeiros oito dias úteis de março em US$ 3,392 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O dado resulta de um saldo positivo nas operações

comerciais de US$ 1,975 bilhão e de saldo também favorável nas operações financeiras, de US$ 1,417 bilhão. Em fevereiro, o fluxo cambial foi positivo em US$ 7,75 bilhões. No ano, o superávit é de US$ 13,091 bilhões. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Cade rejeita pedido da Seae para suspender compra feita pela Vale

L

Receita vai exigir que consumidor apresente nota fiscal

L

Mittal afirma ter apoio majoritário para oferta pela Arcelor

Indústria paulista cresce menos que média do País

A

indústria paulista iniciou o ano de 2006 em "acomodação" e puxou para baixo os indicadores nacionais. Dados da produção industrial regional divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem mostraram que a atividade do setor em São Paulo cresceu 1,7% em janeiro ante igual mês de 2005, abaixo da expansão de 3,2% ocorrida na média das 14 regiões pesquisadas. Houve aumento em 12 locais e quedas "pontuais" no Paraná e Rio Grande do Sul. A economista Isabella Nunes, da Coordenação de Indústria do instituto, explicou que em São Paulo houve apenas uma "ligeira aceleração" do quarto trimestre para janeiro. A produção local havia cresci-

do 1,5% no quarto trimestre de 2005 ante igual período do ano anterior e ampliou a alta para 1,7% no primeiro mês de 2006. A perspectiva de que a produção paulista, que responde por cerca de 40% do total do País, tivesse registrado desempenho melhor do que a média em janeiro foi levantada por técnicos do IBGE e pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A análise era uma resposta à diferença entre os dados nacionais do IBGE divulgados na semana passada e o Indicador de Nível de Atividade (INA), referente à indústria paulista, que mostrou forte aquecimento do setor em janeiro. Metodologia — S e g un d o Isabella, os dados do IBGE mostram que a diferença está relacionada às distinções me-

todológicas entre a pesquisa do instituto e o INA, da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Os dados da Fiesp não incluem produção, mas uma mistura entre vendas, horas trabalhadas e nível de uso de capacidade. Em janeiro, ante igual mês de 2005, os estados do Pará (10,7%), Espírito Santo (10,1%), Ceará (9,9%), Bahia (6,6%), Rio de Janeiro (5,8%), Amazonas (5,6%), Minas Gerais (5,2%) e Pernambuco (4,3%) cresceram mais que a média nacional. As demais regiões, com altas abaixo da média, foram Santa Catarina (2,1%), região Nordeste (1,9%), São Paulo (1,7%) e Goiás (1,2%). Só as indústrias do Rio Grande do Sul (-2,0%) e do Paraná (-5,3%) registraram redução na atividade. (AE)


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quinta-feira, 16 de março de 2006

A modelo, apresentadora e empresária Ana Hickman investiu no próprio negócio aos 19 anos.

KWONG-YU É O EMPREENDEDOR DO ANO

Os participantes do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores conheceram as histórias de determinação e superação de empresários do Brasil e do exterior

Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

Kwong-yu: o mais rico da China

De uma pequena fábrica ao lucro de US$ 12 bilhões

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wong-yu aproveitou a emergência da economia chinesa no mercado internacional para investir todas as energias em uma pequena empresa pioneira de produtos eletrônicos voltada para o varejo. E o que, há 19 anos, não passava de um pequeno espaço de produção, espalhou-se em 48 lojas por todo o país e já rendeu ao empreendedor o equivalente US$ 12 bilhões. Tamanho lucro coloca Kwong-yu, aos 36 anos de idade, como o homem mais rico do país asiático. Ele faz parte da nova geração de empresários chineses que aproveitam o sucesso econômico do país para se tornar players globais.

"Na primeira oportunidade que tive, abri o capital da empresa na bolsa de valores", disse o empresário. "E o valor das ações subiu consideravelmente em um espaço de tempo muito curto." O dinheiro obtido com a venda dos papéis da empresa foi todo revertido em investimentos para a companhia. E a aplicação gerou ainda mais lucros para o empreendimento de Kwong-yu. "Procuro sempre parcerias, para juntar forças e dividir os riscos, além de estudar com muito cuidado as necessidades do mercado e as dos meus clientes", explicou o empreendedor. "Inovação nos dá respaldo para o avanço." Durante o 10º Congresso de Jovens Empreendedores, Kwong-yu recebeu o prêmio de "Empreendedor do Ano", das mãos do secretário-geral do evento, Sujit Chowdhury. "Esse empresário é um exemplo especial dos frutos que podem nascer de uma iniciativa empreendedora", disse Chowdhury. Sonaira San Pedro

Fim para as armadilhas do fisco

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o ser surpreendido com uma autuação fiscal na empresa do seu pai, Max Dayvid, 22 anos, que cursava o segundo ano de Direito, começou a se interes-

Max Dayvid: superação de metas

sar definitivamente pelo mundo empresarial. Apesar de não ser o culpado pela autuação, seu pai teve de pagar uma multa de R$ 30 mil por erros de cálculos cometidos pelo contador no recolhimento de impostos. Isso fez Dayvid se debruçar nos livros universitários e elaborar um planejamento tributário para a empresa. Não demorou a se surpreender com o resultado positivo de sua iniciativa. Por descobrir decretos tanto municipais como estaduais que davam incentivo ou redução de impostos para prestadores de serviços – a empresa é do ramo de eletrificação –, ele conseguiu reduzir a carga tributária em 60% e dobrou o faturamento. Em 2005, a empresa atingiu a marca de R$ 1 bilhão. "Poucos contadores de Sergipe se atentaram para esses decretos e muitas outras arma-

dilhas na legislação tributária que poderiam facilmente ser desarmadas", comentou. Tudo isso o fez tomar gosto em administrar a empresa do pai sozinho e ainda criar um novo braço: a comercialização de produtos de informática online, além da prestação de consultoria tributária para outras empresas. Dayvid se forma em Direito no fim desse ano, mas não pretende deixar de administrar os negócios para seguir a carreira jurídica. "Enquanto conseguir administrar meu tempo para realizar as três atividades, vou tocando. Se nesse meio tempo aparecer mais uma oportunidade de negócio, não hesitarei em me arriscar", disse.

não se desenvolverá de forma sustentável." Mae se referiu aos dois anos e meio em que trabalhou como médica voluntária num campo de refugiados do Camboja. "Tantos recursos nos países ricos e tantas pessoas morrendo de fome e sem remédios nos lugares mais pobres do planeta." Martin Luther King, líder negro norte-americano, que ficou conhecido nos anos 60 pela luta contra o racismo nos Estados Unidos, é a maior influência de Mae Jemison. (SSP)

Márcia Rodrigues

Lição de quem já viu o planeta Terra do espaço

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édica, engenheira, física e conhecedora das ciências sociais. Não bastasse tudo isso, Mae Jemison foi a primeira astronauta negra a ir ao espaço e fez parte da primeira missão tripulada da NASA, após o acidente com o ônibus espacial Challenger, em 1986, em que todos os tripulantes morreram. "Quando vi o planeta lá de cima, em 1992, senti a dimensão da importância de cada decisão que tomamos em nossas vidas", contou a astronauta. "Se, em algum momento, eu tivesse hesitado sobre essa minha determinação, talvez não tivesse chegado até lá." Para ela, o grande sucesso do empreendedorismo é a criatividade. "Se não tivessem criado a roda, ninguém estaria aqui hoje", brincou. "As pessoas precisam entender que enquanto tecnologia e sociedade não estiverem estritamente integradas, o mundo

A astronauta Mae Jemison

Ana D'Alessandro, da Ide@line

Especialista em identificação eletrônica

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perfil empreendedor de Ana D’Alessandro Alves começou cedo, aos 16 anos de idade, quando resolveu comercializar um software criado pelo namorado para o gerenciamento de gestão da academia de ginástica de um amigo. Com um carro e apenas um software debaixo do braço, Ana foi de academia em academia mostrar o produto e não demorou muito para o sistema começar a ser utilizado por vários centros de fitness e, até, outras empresas de Brasília. Cinco anos depois, já sem o namorado como sócio, ao fazer uma viagem para Washington (EUA), Ana se interessou em investir no mercado de desenvolvimento de sistemas de segurança de controle de acesso, pontos eletrônicos e cartões de identificação, mas com um projeto audacioso: comercializar apenas para os órgãos governamentais. Hoje, com um time de clientes que inclui a Presidência da República, o Senado Federal, Exército, Aeronáutica, Marinha, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Infraero e Caixa Econômica Federal (CEF), Ana acredita que valeu a pena en-

frentar todos os tropeços sem capital de giro, capacitação profissional e, principalmente, com pouca idade, para criar a Ide@line. Com um faturamento anual de US$ 700 mil, a empresa cresceu 636% nos últimos três anos. (MO)

Ana Hickman: marca forte em cinco anos

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medo inicial da profissão não foi obstáculo suficiente para impedir a modelo e apresentadora da TV Ana Hickman de montar seu próprio negócio: a Hickman Comércio e Confecções, hoje com cinco anos. "Foi difícil, aos 19 anos, aprender tudo sobre o funcionamento de um negócio próprio e, principalmente, me despir da imagem de que se tratava apenas de uma modelo que queria criar uma marca própria. Precisei trabalhar muito para mostrar que queria investir em um empreendimento no qual eu acreditava", disse. Hoje, com a empresa a todo vapor, vários produtos, entre acessórios, roupas e sapatos, licenciados com o seu nome, Ana fala da determinação exigida para um empreendedor. "Antes de mais nada é preciso fazer do que gosta." Para dividir o seu tempo entre o seu programa diário Hoje em Dia, na rede Record, as passarelas e a empresa, Ana garante que tem uma equipe de qualidade à sua volta. Ela, assim como a maioria dos empresários brasileiros, também sofre com a elevada carga tributária do País. Tanto que está procurando incentivos fiscais em outros estados – o mais cotado é o de Tocantis – para transferir a sua sede de São Paulo. "Vou buscar alternativas melhores para a empresa", afirmou. (MO)

Ana Hickman: equipe qualificada

Índice de confiança anima varejo

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uita esperança e pouco dinheiro. Para Guilherme Afif Domingos, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), é assim que o resultado da pesquisa que apontou otimismo do consumidor para os próximos seis meses deve ser avaliado. Em reunião com os membros do Conselho Consultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), realizada ontem na entidade, Afif falou sobre o Índice Nacional de Confiança (INC), o indicador que mede a confiança da população em relação à economia. A pesquisa foi feita pelo Instituto Ipsos Public Affairs e divulgada pela ACSP. O estudo será realizado mensalmente. "A pesquisa vai orientar o comerciante. Teremos informações fundamentais para o sucesso das vendas, já

Luiz Prado/LUZ

Para Guilherme Afif Domingos (centro), consumidor está cauteloso

que o poder aquisitivo do consumidor oscila muito e, na maioria das vezes, para baixo", disse Gilson Bohn, diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville (SC). "A pesquisa vai ser a base para nosso trabalho. No entanto, convém esperar as próximas divulgações. A periodicidade de sua divulgação

vai apontar para onde estamos indo", afirmou Roberto Ribeiro, da Cred Sistem. Elias Baptista, da Credial, saiu da reunião na ACSP otimista. "Agora teremos um trabalho que vai nos orientar. A pesquisa nos dará o perfil do consumidor, qual a tendência que ele vai seguir", disse. Wladimir Miranda


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RANKING DAS EMPRESAS MAIS RECLAMADAS

Procon aponta, mais uma vez, que as companhias telefônicas não dão bom atendimento.

PROCON DIVULGA O RANKING DAS MAIORES RECLAMAÇÕES DE 2005. EMPRESAS TENTAM SE DEFENDER.

TELEFONIA LEVA O TROFÉU DOS PIORES

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elo quinto ano consecutivo, as empresas de telefonia lideram o ranking de reclamações da Fundação Procon. Em 2005, a campeã foi a Claro. A empresa de telefonia celular ocupou o primeiro lugar no número de reclamações fundamentadas (atendidas e não atendidas) dos consumidores. Ao lado dela, outras quatro companhias do setor: Vivo, Embratel, Telefônica e Vésper. São elas também as recordistas em reclamações na área de serviços essenciais, com 4.502 queixas, que representam 35% do total. Os dados foram divulgados ontem, data em que o Código de Defesa do Consumidor completou 15 anos. No caso da telefonia móvel (celular), as principais ocorrências referiram-se à clonagem de linha, atraso na emissão de faturas e ausência de postos de atendimento pessoal. Já na telefonia fixa, as reclamações estão relacionadas com cobrança indevida ou abusiva, dúvidas sobre cobrança ou valor de reajuste,

contrato e vício de qualidade – como interferências na linha. Segundo Eunice Prudente, diretora-executiva do Procon, "o número de reclamações cresceu no auge da privatização dos serviços públicos e se tornou, ano após ano, um ranking negativo para as empresas que os adquiriram". Para Paulo Arthur Góes, assessor-chefe do Procon, o problema das empresas de telefonia fixa e móvel é crônico, afetando diretamente o cliente que, quando vai ao Procon, já está "extremamente revoltado". "Se existisse um atendimento pessoal, o consumidor se sentiria mais respeitado." Bancos também – Perdendo apenas para telefonia, o setor financeiro teve 24% das reclamações fundamentadas. "O sistema financeiro quer ficar à margem do Código de Defesa do Consumidor. E o que é pior, com aval do Banco Central", enfatizou Diógenes Donizete, também do Procon, referindose à criação, por parte dos bancos, de regras próprias.

Empresas líderes em mau atendimento se justificam

Eduardo A. de Castro

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Claro, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que em 2005 teve "um início de ano atípico, impactado por um problema no envio de faturas e de fraudes das quais a empresa foi vítima". Já o presidente do Grupo Telefônica, Fernando Xavier Ferreira, salientou como um ponto positivo a redução no

número de reclamações. A empresa passou da primeira posição, em 2004, para a quarta no ano passado. Embratel e Vésper disseram que estão investindo na "capacitação dos funcionários de call center e na criação de canais exclusivos para recebimento de solicitações dos consumidores por meio do

Procon e da Anatel". Também em nota, a Vivo creditou o aumento de reclamações "ao crescimento do número de assinantes". A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), informou que "respeita e acompanha com interesse o trabalho do Procon, que serve de referência para a atuação da Agência". (EAC)

15 ANOS DE CONQUISTAS O Código de Defesa do Consumidor comemorou 15 anos. Nesse período, houve avanços, com a população conhecendo melhor seus direitos e, conseqüentemente, reclamando mais. Tanto que, em 15 anos, praticamente triplicou o número de reclamações junto à Fundação Procon. Mas os técnicos do órgão defendem políticas públicas para promover ainda mais informação. (FL)


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Com a informatização, futuramente, teremos um cadastro único com todos os dados da empresa. Cláudio do Vaz, do Ciesp

ELEITA PRIMEIRA MULHER A PRESIDIR O STF

RECEITA E SEFAZ LANÇARAM O CADASTRO SINCRONIZADO, QUE VAI AGILIZAR ABERTURA DE EMPRESA Emiliano Capozoli/LUZ

UNIÃO DOS FISCOS DIMINUI BUROCRACIA E AUMENTA CONTROLE

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caba na próxima segunda-feira a via-sacra do empresário paulista para abrir uma empresa. É o que prometem a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) que, ontem, anunciaram o início do funcionamento do cadastro sincronizado. Com ele, os dois fiscos vão poder compartilhar as informações de pessoas jurídicas. Para o contribuinte, a boa notícia é a unificação dos procedimentos para obtenção do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e da inscrição estadual. A partir de segunda-feira, a formalização de uma empresa será concluída em cerca de cinco dias, tão logo seja feito o pedido no site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). As informações recebidas serão transmitidas à Sefaz e vice-versa. Possíveis problemas no processo serão resolvidos no fisco correspondente. As informações cadastrais das em-

presas serão sincronizadas, mas cada órgão terá o seu próprio banco de dados. No futuro, haverá a integração do cadastro da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), cartórios e prefeituras, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e Cetesb. A Jucesp, por exemplo, deve finalizar o processo de modernização em 90 dias. As prefeituras de São Paulo, Santos e São José dos Campos caminham na mesma direção. O presidente da Jucesp e do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (SesconSP), Antonio Marangon, calcula uma redução de 60% nos custos para as empresas. O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Claudio Vaz, afirmou que o cadastro é o início para um controle maior da fiscalização, ao lembrar que esse processo será concluído em abril, com o início da emissão da nota fiscal eletrônica. O uso do documento digital será

testado por grandes contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Com a informatização, futuramente, teremos um cadastro único com todos os dados possíveis de uma empresa", disse Vaz. Sonegação – Para Carlos Leony da Cunha, da Diretoria de Informações da Sefaz, na prática, já existe há muito tempo a troca de informações entre os fiscos mas, com o cadastro, a sonegação será reduzida ainda mais. A sincronização dos cadastros estava prevista para ocorrer em setembro de 2005, mesma época do início do funcionamento na Bahia. A data, entretanto, foi alterada diversas vezes por conta de problemas enfrentados pelos empresários baianos. Hoje, uma empresa é formalizada em até 10 dias. "Melhorou bastante. E quando há problemas, vamos apenas à Junta", disse Meire Borges, da Secau Contabilidade. Adriana David

SIMPLES Decreto sai sem surpresas

tão esperado decreto que regulamenta as novas regras do Simples Paulista foi publicado ontem, no Diário Oficial, mas não trouxe muitas alterações no texto da Lei nº 12.186, publicada em janeiro. Segundo a advogada Priscila Calil, do escritório Pompeu, Longo, Kignel & Cipullo Advogados, um dos pontos mais importantes do Decreto nº 50.588 é a definição do termo preponderância econômica, já que identifica as empresas que poderão se encaixar no Simples. Ou seja, para que as empresas participem, elas precisarão somar mais de 50% de seus lucros, por ano, provenientes da venda de pro-

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dutos para o consumo final. ICMS – Outra importante alteração foi a eliminação das faixas de empresas de pequeno porte, com a conseqüente simplificação dos procedimentos para o enquadramento e controle fiscal para fins de desenquadramento. Pela nova sistemática, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ser apurado e pago mensalmente, com base em uma tabela de alíquotas progressivas semelhante à do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Para a tributarista Viviane Ferraz, do escritório Peixoto e Cury Advogados, o decreto veio reforçar o aumento de empresas que se encaixarão

no Simples. "Cerca de 73 mil devem aderir", observa. De acordo com o governo, o número das microempresas deverá passar de 507 mil para 581 mil. Contando com as pequenas empresas, o total de beneficiados pelo regime deve ultrapassar 616 mil. Pelas novas regras, o limite de faturamento anual para o ingresso das microempresas passou de R$ 150 mil para R$ 240 mil. Para as de pequeno porte, o limite de receita, agora, é de R$ 2,4 milhões por ano. As receitas de exportação deixam de ser consideradas no faturamento para fins de enquadramento, até o limite das suas respectivas operações internas. Vivian Costa

Valter Campanato/Radiobras

Desembargador suspende a falência da Brasil Ferrovias desembargador Boris Kauffmann, da Câmara Especial de Falência e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendeu ontem a falência da Brasil Ferrovias. A companhia, controladora das ferrovias Ferronorte, Ferroban, Novoeste e Portofer, teve a falência decretada no dia último dia 9 pelo juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falência e Recuperação Judicial do Fórum de São Paulo. Para o desembargador, foram "relevantes" os argumentos oferecidos no recurso apresentado pela Brasil Ferrovias. Segundo ele, a manutenção da falência causaria problemas de "difícil reparação". O agravo de instrumento apresentado na terça-feira pela companhia, antes mesmo da notificação da decisão de primeira instância, deverá ter o

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Ellen Gracie é a nova presidente do Supremo ministra Ellen Gracie (foto), de 58 anos, foi eleita presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Única mulher a ingressar no STF, será também a primeira a presidir a mais alta corte do País. Sua eleição seguiu a tradição que reserva o cargo de presidente ao ministro mais antigo que ainda não dirigiu a casa. Ela era a vice do atual presidente, ministro Nelson Jobim. (AG)

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mérito julgado pela Câmara Especial do Tribunal. Ainda não há data para isso. A previsão é que demore pelo menos três meses. Antes, a Câmara pedirá pronunciamentos do advogado da Skala Participações e Negócios, Elias Katudjian, do administrador judicial nomeado, Tadeu Luiz Laskowski, e da promotoria pública. Katudjian disse, logo depois do anúncio da suspensão da falência, que já esperava a decisão do Tribunal. "Não recebo a decisão com surpresa ou decepção. Foi uma atitude normal ante as circunstâncias, ante os aspectos jurídicos e o tamanho da empresa", afirmou. O advogado da Skala Participações, empresa que cobrava o pagamento de uma dívida de R$ 5,6 milhões, afirmou que não pretende apresentar contestações em relação à decisão do desembargador. (AE)

Carlos Leony da Cunha, da Sefaz, disse que o controle da sonegação será ainda maior

STJ livra sócio de pagar dívida Newton Santos/Digna Imagem

ócios-cotistas não respondem solidariamente por dívida previdenciária. O entendimento é da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, ao julgar recurso especial do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) contra a empresa Cerâmica São Bernardo Indústria e Comércio Ltda., manteve a decisão da primeira e segunda instâncias, pacificando, assim, a jurisprudência da corte sobre a matéria. Ao justificar sua decisão, o ministro relator, José Delgado, destacou que a simples condição de sócio não implica na responsabilidade tributária. Segundo ele, o que caracteriza tal condição é o administrador da empresa, como estabelece explicitamente o Artigo 135 do Código Tributário Nacional (CTN). "A lei fala em diretores, gerentes ou representantes e não em sócios. Assim, se o sócio não é diretor, nem gerente, ou seja, não pratica atos de administração da sociedade, não tem responsabilidade pelos débitos tributários", entendeu o relator do processo. Novidade – Apesar de os últimos julgamentos do STJ se-

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Trigo: novidade na jurisprudência

guirem essa linha jurídica, o fato da decisão partir da Primeira Seção do tribunal é fundamental para o direcionamento, a partir de agora, de outros processos sobre o mesmo tema. A maior novidade nesse entendimento, segundo o advogado Régis Trigo Palotta, do escritório Marcondes Advogados Associados, é a determinação de que o Artigo 13 da Lei nº 8.620/93 não se aplica às sociedades limitadas. Código Civil – Na visão do ministro Delgado, essa categoria societária foi regulada pelo novo Código Civil – lei posterior e de igual hierarquia –, que excluiu a responsabilidade de

débitos tributários dos sócios. Portanto, a nova lei se sobrepõe a qualquer interpretação feita pela Lei nº 8.620/93. "Esta é a grande novidade jurisprudencial. Antes dessa decisão, não existia nenhum julgamento com esta desqualificação", comentou Trigo. Outro fato que pesou favoravelmente para o STJ decidir desta forma foi que o CTN tem status de lei complementar – hierarquicamente superior – o que mostra que a Lei nº 8.620/93 – que é uma lei ordinária –, extrapolou a sua competência, como estabelece o Artigo 146, inciso terceiro da Constituição Federal. Comemoração – Para o tributarista Jorge Henrique Amaral Zaninetti, do escritório Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, a decisão deve ser comemorada pelo meio jurídico. Isso porque mostra que nem todos os julgamentos do STJ são baseados apenas por interesses políticos. "É uma decisão técnica e totalmente embasada nos princípios constitucionais e jurídicos, que são as reais atribuições dos tribunais superiores", argumentou. Márcia Rodrigues

Lei estadual protege consumidor Divulgação

dor de cabeça dos consumidores para cancelar os chamados serviços continuados, como linha telefônica (fixa ou móvel), provedor de internet ou cartões de crédito pode estar com os dias contados. Isso dependerá do cumprimento da nova lei estadual 12.281/06, que obriga os prestadores desses serviços a assegurarem o cancelamento de um determinado produto pelo mesmo meio pelo qual foi solicitada a aquisição. Publicada no Diário Oficial no último dia 24, a nova legislação é de autoria do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB). De acordo com o texto, além de assegurar o cancelamento desses serviços de forma menos burocrática, os prestadores estão obrigados a facilitar ou permitir a opção ao consumidor de cancelar pelo telefone, internet ou Correios. O prestador de serviço que descumprir a norma estará sujeito às penalidades previstas no artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor. As penas variam de uma simples multa, passando pela suspensão do direito de comercializar os serviços, até o fechamento do estabelecimento. Pressão – De acordo com o parlamentar, a lei foi elaborada em 2003, tramitou por dois anos na Assembléia Legislativa e foi aprovada pelos deputados no ano passado. "Até a aprova-

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Salustiano: pressão na Assembléia

ção, vinha sofrendo pressão dos prestadores de serviço continuado. Algumas empresas chegaram a mandar representantes à Assembléia para que a idéia fosse abandonada. Mas o projeto virou lei, foi sancionado e regulamentado pelo governador Geraldo Alckmin", disse. De acordo com o deputado,

os "tais representantes" contrários à aprovação do projeto são ligados a uma empresa de telefonia móvel, mas ele preferiu não citar nomes. Cuidados – A diretora de Programas Especiais da Fundação Procon, Marli Aparecida Sampaio, disse que a legislação veio detalhar um artigo do Código de Defesa do Consumidor. "A lei diz que consumidor e fornecedor têm os mesmos direitos. Agora, as empresas deverão disponibilizar telefones, fax e internet que não estejam congestionados", esclareceu, depois de fazer uma ressalva. "Se o consumidor fez um contrato por um tempo pré-determinado, ele não é obrigado a entrar em contato com a prestadora para cancelar o serviço. E mais: se o tempo do contrato terminar e a operadora insistir na continuação do serviço, ele será considerado uma amostra grátis", concluiu. Ivan Ventura


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Fotos: Luiz Prado/LUZ

A escolha da bicicleta é o primeiro passo antes de sair para pedalar num parque, por exemplo: há vários modelos à disposição, de acordo com suas necessidades. Depois é só pedalar, pelo bem de sua saúde

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Pedalar: essa sensação de liberdade é um santo remédio Muita gente usa a bicicleta por necessidade, meio de transporte. A maioria pedala por prazer, como atividade física, pela boa saúde. Aquele vento no rosto tem seu valor, mas é preciso tomar alguns cuidados

frota de bicicletas no País já chega a 50 milhões, dobrou na última década e cresce cinco milhões por ano, segundo levantamento feito pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). E 7,4% dos deslocamentos em área urbana são feitos de bicicleta, num total de quinze milhões de viagens diárias pelo Brasil. O restante usa por lazer, saúde e como atividade física. Andar de bicicleta é o esporte ideal para pessoas que buscam a sensação de liberdade e a encontram pelo vento no rosto, ambiente diferente a cada quarteirão da cidade e até mesmo pelas ultrapassagens entre outras bicicletas. O presidente do Sampa Bikers, Paulo de Tarso, organizador de eventos de ciclismos há 14 anos, conta que as pessoas já acordaram para o esporte ao ar livre em busca de alívio de estresse e novas amizades: “Percebe-se um aumento no grupo de pessoas acima de 25 anos, querem atividades alternativas para diminuir as tensões do trabalho. São na maioria médicos, engenheiros, arquitetos, empresários, publicitários, advogados, etc.” Pedalar à noite se tornou um hábito nos últimos cinco anos. Há opções diárias para os iniciantes e para os mais veteranos (veja o boxe dos dias, horários e locais de saída). O Night Bikers, da jornalista Renata Falzoni, é o pioneiro na proposta de pedalar à noite pela cidade de São Paulo. Logo depois vieram outros. Esses grupos de ciclismo pedalam no mínimo 15 km e podem chegar a 60 km numa mesma noite. Os percursos variam, mas podem ser um convi-

te interessante para conhecer a altura do selim não estiver certa, fosse o chassi do carro. Por seje apenas passear pela cidaface noturna do centro da Capi- sobrecarrega o joelho e causa exemplo, para os de mountain de, a escolha tem de ser pela esdores nos tendões. Se a bicicleta bike e cidade, pessoas de 1,50 a tilo confort, do contrário se tal, por exemplo. Sozinho ou em grupo, al- for maior que as medidas do 1,65m devem usar quadro ta- sentirá dirigindo um jipe no guns cuidados devem ser leva- praticante, influencia na habili- manho 16: de 1,65 a 1,80 o qua- meio da cidade. Os designs são totalmente dro é 18 e quem tem de 1,80 a dos em conta. Segundo Tarso, dade do joelho”. diferentes. Na mountain bike o 2m usa quadro 20”. Como escolher a bike capacete, luva e pisca para a Comprar mountain bike pneu é aro 26 e o formato bisA escolha da bicicleta é o prinoite são indispensáveis para manter a segurança do ciclista. meiro passo antes de sair para têm sido mais comum: “Se a coitado para dar mais aderênAs regras de trânsito são simi- pedalar. Nada de escolher um pessoa não tem condições de cia aos terrenos acidentados. lares às de um veículo comum: modelo em promoção ou a que comprar duas, o conselho é ad- Se usado na cidade, o esforço seguir a rota traçada, evitar an- seja a mais bonita da loja. Ana- quirir uma mountain bike com do ciclista é maior em razão do dar na calçada, parar em sinal lise o objetivo (recreação, lazer dois jogos de rodas”. Caso de- atrito com o asfalto. As mountain bikes v e r m e l h o , Paulo Pampolin/Hype também se usar vias alc a r a c te r i z a m ternativas e pela suspenevitar gransão dianteira des avenidas (para amorteque não ofecer o impacto) recem segue, em alguns rança, como modelos, traas marginais. seiros (para Saúde no amortecer o pedal peso). Pode pareA escolha cer apenas esdo selim tamforço das perbém faz a dinas, mas o ferença: professor de “Quanto ciclismo Rimais fino, cardo Arapi, mais leve. Os da Race ConOs grupos se encontram com hora marcada e respeitam as regras do trânsito m a i s l a rg o s sultoria, esclarece que andar de bicicleta indicada pelo professor é que ou esporte), onde pretende são para lazer. Pode ser de gel, trabalha os seguintes múscu- 90% dos ciclistas têm adapta- usá-la (na rua, em trilhas, ou poliuretano, silicone, carbono, los: quadríceps, posterior de ção rápida e os resultados no em estradas) e quanto está dis- gel e titanium”. Os modelos confort se destacoxa, gêmeos e glúteos. Nos condicionamento físico são no- posto a gastar. Definir o preço membros superiores, há um táveis dentro de um mês. da bicicleta é importante, pois cam pelo selim com amortecetrabalho de isometria nos bíExiste uma velha lenda de varia de R$ 200 a R$ 25.000. dor, pneu slick próprio para asceps, tríceps e peitoral dorsal: que ciclismo não causa lesão se Claro, quanto mais alto o valor, falto em cidade e guidão cur“É interessante no ciclismo o comparado com outros espor- maior a performance e necessi- vo, o que proporciona melhor trabalho dos músculos respi- tes, mas essa teoria somente é dade do atleta. No mercado ergonomia e conforto. Bicicletas de velocidade ratórios, como abdômen e in- válida se o praticante seguir as existem três tipos de bicicletas: Os modelos speed são adtercostais. A definição muscu- regras básicas. Além do alonga- convencional (conhecidas lar desses músculos somente é mento antes da atividade e de também como confort), moun- quiridos geralmente por pratiatingida com uma alimenta- respeitar os limites do corpo, sa- tain bike (trilhas e montanhas) cantes com perfil de atleta, treinam com professores e buscam ção adequada”. ber escolher a bicicleta é funda- e as speed (estrada). Quanto ao gasto calórico da mental. “Se pedalar em uma biO gerente de Produtos da melhorar a performance. Difiatividade, Arapi afirma que de- cicleta menor que o corpo, a pes- Caloi, Eduardo Romão, expli- cilmente um ciclista compra pende da intensidade, idade e soa sente dores nas costas, om- ca que cada estatura possui um uma bicicleta speed para pascondicionamento. A vantagem bros, cintura e pescoço. Se a modelo adequado: “É como se sear pela cidade, já que o mo-

delo custa a partir de R$ 2 mil e pode chegar a R$ 28 mil. A prática de speed ainda é uma barreira em São Paulo por falta de espaço. Os treinos geralmente ocorrem na estrada ou em algumas vias na Capital por volta das 5h30 da manhã ou às 6 horas do sábado, enquanto a cidade ainda dorme. O professor Ricardo Arapi é um dos que se dedicam a treinos como esse. Seus alunos, geralmente profissionais bem-sucedidos - afinal, é um esporte caro - buscam competições de ciclismo ou provas de triathlon. O engenheiro civil Mario Augusto Neves Moreira, 39 anos, descobriu o ciclismo de velocidade como uma forma de resgatar a vida. Há um ano, enquanto almoçava em um restaurante em Moema, recebeu uma bala perdida de um assalto na esquina a poucos metros dali: “Quebrei minha coluna vertebral e fiquei 45 dias sem andar. Foi quando prometi que se eu voltasse meus movimentos, começaria a me dedicar ao esporte. Hoje, faço corrida e iniciei no ciclismo em busca de fazer um Iron Man”. A economista Gilda Schrappe, 42 anos, é uma das poucas mulheres da turma e descobriu o ciclismo por acaso. Como gostava de aulas de spinning, percebeu que também podia buscar velocidade na rua: “O ciclismo, junto com os treinos de triathlon, mudou a minha vida. Sou outra pessoa e mais guerreira diante os problemas da vida. Além de mudar alimentação e modelar o corpo, a pessoa aprende a ter disciplina e organização”.


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PERFIL DA DÍVIDA PÚBLICA MELHOROU

7

159

por cento foi o aumento, segundo a Anbid, das operações no mercado de capitais nacional em 2005

PELA PRIMEIRA VEZ, PASSIVO MOBILIÁRIO DO GOVERNO ULTRAPASSOU ESSE PATAMAR, ATINGINDO R$ 1,01 TRI

DÍVIDA PÚBLICA NA MARCA DO TRILHÃO

A

dívida pública mobiliária interna aumentou 2,6% em fevereiro na comparação com janeiro, atingindo R$ 1,01 trilhão, segundo informaram ontem o Tesouro Nacional e o Banco Central (BC). Esta foi a primeira vez que a dívida ultrapassou a casa de R$ 1 trilhão. Apesar disso, o perfil do endividamento público no Brasil melhorou no período. Excluindo os contratos de swap, o conjunto de papéis prefixados e atrelados a índices de preços superou, pela primeira vez na série histórica, a parcela de títulos corrigidos pela Selic (taxa básica de juros da economia brasileira). O crescimento da dívida federal no mês passado refletiu a emissão líquida de R$ 14,8 bilhões e a incorporação de outros R$ 10,47 bilhões em juros. "Não foi uma surpresa", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Paulo Valle, ao comentar a marca de R$ 1 trilhão. "Qualquer analista entende que a dí-

Milton Mansilha/LUZ

vida tem um comportamento favorável", acrescentou Valle, reiterando que a composição e os prazos do endividamento estão melhorando e a relação entre a dívida líquida e o Produto Interno Bruto (PIB) está em tendência de queda. Prazos dos títulos — No mês passado, o prazo médio das emissões do governo federal foi de 54,97 meses (o mais longo da série histórica), refletindo uma participação elevada da venda de papéis atrelados a índices de preços, que são mais longos. Como resultado, o prazo do estoque aumentou para 29,5 meses, contra 28,8 meses em janeiro. Do total de R$ 39,7 bilhões emitidos pelo Tesouro em fevereiro, 54% (R$ 21,4 bilhões) corresponderam a NTNs-B e NTNs-C, papéis corrigidos por índices de preços. Valle afirmou que o aumento da demanda por esses papéis está "fortemente influenciada por estrangeiros", pois o governo isentou do pagamento do Imposto de Renda os ga-

nhos obtidos por esses investidores com títulos públicos. Ele acrescentou que o governo tem dificuldade em mensurar a parcela exata dos papéis que estão nas mãos de estrangeiros, porque muitos desses investidores atuam por meio de bancos nacionais. Mas, acrescentou Valle, o aumento da demanda pode ser apurado por meio da queda no rendimento pago em papéis como a NTN-B e também já é sentido nas mesas de negociação. Selic — A parcela da dívida corrigida pela Selic caiu para 50,95%, contra 52,6% em janeiro. A parcela da dívida prefixada aumentou de 26,7% em janeiro para 27,88% no mês passado. Excluindo os contratos de swap, os papéis prefixados e os atrelados a índices de preços — considerados melhores para o gerenciamento da dívida — somaram 48,34%. Essa parcela de títulos superou pela primeira vez na série, iniciada em dezembro de 1999, a fatia de títulos corrigidos pela taxa Selic, de 47,2%. (Reuters)

JUROS Empresas pagam menos por crédito

A

s empresas interessadas em obter crédito já pagam menos pelos empréstimos nos bancos. Depois de um ano de turbulência no mercado de juros, provocada pela alta da taxa básica (a Selic), que atingiu 19,75% em junho passado e hoje está em 16,5% ao ano, o custo das principais operações de financiamento começa a perder força. Em março, as taxas de juros cobradas nas operações para empresas tiveram leve recuo, já em linha com a nova Selic, que declinou 0,75 ponto percentual neste mês, e já começam a retornar ao mesmo patamar do início de 2005. Segundo dados da empresa especializada em cotações do mercado financeiro Enfoque Sistemas, o custo inicial mensal de uma das mais importantes linhas de financiamento para pequenas empresas, o desconto de duplicatas, era de 1,7376% na última terça-feira, taxa muito semelhante à de 14 de março de 2005, de 1,7362%, depois de atingir o pico de 2,0164% em junho, quando a Selic era de 19,75% ao ano. O custo médio anualizado desse tipo de operação também mostrou comportamento parecido. Pesquisa do Banco Central (BC) aponta que, em janeiro passado (último dado disponível), os juros anualizados do desconto de duplicatas eram de 40,7%, contra 40,5% cobrados pelos bancos no fim

de 2004 e início de 2005. Estabilidade — Apesar do recuo anual das taxas, apontado pela Enfoque e pelo BC, o intervalo entre as taxas mínimas e máximas nos bancos ainda não teve grandes alterações nos últimos meses. De acordo com pesquisa realizada pelo Diário do Comércio, no HSBC o custo do desconto de cheques pré-datados e duplicatas tem variado de 2,2% a 3,7% ao mês há mais de um ano. O mesmo cenário de estabilidade foi encontrado no Bradesco, mas com uma diferença: a taxa máxima sofreu leve alteração para baixo, já seguindo a nova Selic. O banco cobra de 2,43% a 4,29% ao mês pelo desconto de cheques e duplicatas, custo que ia de

2,43% a 4,51% em igual período do ano passado. Já na Nossa Caixa, foi o custo mínimo que registrou queda: passou de 2,5% ao mês em março de 2005 para 2,22% agora. Em relação aos valores cobrados, o HSBC aparece como o banco com o maior custo máximo mensal para linha de capital de giro, de 5% ao mês. Em contrapartida, a Caixa Econômica Federal é a que oferece o menor custo inicial para a mesma operação: de 1,8% ao mês, acrescida da variação da Taxa Referencial (TR). A Caixa também tem o menor custo nas linhas de desconto de duplicatas e cheques prédatados, de 1,85% ao mês, e o Real o maior, de 4,58%. Adriana Gavaça

S&P questiona acúmulo de reservas

U

m estudo publicado ontem pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's (S&P) afirma que as vantagens do aumento de reservas em moedas estrangeiras dependem das condições que um país tem para utilizá-las. A agência não avalia especificamente o caso b r as il e iro , m as m e nc io n a questões que podem alimentar o debate sobre os prós e contras do fortalecimento das reservas estrangeiras do País.

Segundo a S&P, o acúmulo de reservas pode gerar custos elevados. Além disso, ela observa que a estratégia de um país de manter uma moeda subvalorizada pode desestimular a busca de maior competitividade estrutural em seu setor exportador. Quando questionado sobre o tema nos últimos meses, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, admite que o debate sobre o assunto é importante. Mas ele evita co-

mentar qual seria o nível ideal de reservas estrangeiras do Brasil, dizendo que quando ele for eventualmente atingido, os mercados serão comunicados. "O benefício de reservas oficiais de moeda estrangeira deriva da flexibilidade que elas oferecem às autoridades de cada país", disse o presidente do comitê de notas soberanas da S&P, John Chambers. "Essa flexibilidade não se expande linearmente com as reservas", acrescentou. (AE)

Resende, da Anbid, diz que a perspectiva para o mercado de capitais em 2006 é positiva. "Só o cenário externo pode atrapalhar."

Mercado de capitais girou R$ 68 bi em 2005, um recorde

O

mercado de capitais brasileiro registrou volume recorde de operações em 2005, beneficiado pela forte entrada de recursos de investidores estrangeiros. De acordo com dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), esse volume alcançou R$ 68,62 bilhões no ano passado, com crescimento de 159% em relação a 2004. Desse valor, R$ 54,48 bilhões corresponderam a operações no mercado de renda fixa e R$ 14,14 bilhões, à renda variável. No mercado internacional, os resultados de 2005 foram igualmente positivos. Considerando as operações feitas pela República e por empresas privadas, foram captados no ano passado US$ 23,26 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 59,1% na comparação com o ano anterior. Boas perspectivas — Ao apresentar os dados, o vicepresidente da Anbid, Luiz Fernando Resende, afirmou que as perspectivas para este ano são positivas. Ele acredita em resultado "igual ou melhor" do

que o de 2005, argumentando que a grande liquidez de recursos no mercado internacional deve perdurar por mais dois anos. Nem mesmo o risco político representado pelas eleições presidenciais teria forças para mudar esse cenário. "O que pode interferir hoje no direcionamento de recursos para o País é o cenário externo, como uma explosão dos preços do petróleo ou uma guerra no Oriente Médio. Fora isso, o ano continuará com grande volatilidade, mas com tendência de alta."

O que pode mudar, reconheceu o executivo, é a sazonalidade do mercado em função das eleições presidenciais. Assim, Resende acredita que o primeiro semestre deve concentrar principalmente o lançamento de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Até março, a Anbid registra a distribuição de cerca de R$ 6 bilhões em papéis, R$ 2,9 bilhões relacionados a emissões primárias. Pelo menos mais R$ 455 milhões estão atualmente em análise, envolvendo dez novas empresas. (AG)


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pontos-base foi a cotação da taxa de risco do Brasil ontem, de acordo com dados da Enfoque Sistemas. O indicador caiu dez pontos.

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 13/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.142.577,74 Lastro Performance LP ......... 710.379,46 Múltiplo LP .............................. 1.614.904,93 Esher LP .................................. 2.451.920,58 Master Recebíveis LP ........... 48.740,31

Valor da Cota Subordinada 1.002,044707 996,879249 1.001,074188 998,539015 974,806200

% rent.-mês 1,3215 - 0,3121 1,1194 - 0,1328 - 2,5194

% ano 2,5665 - 0,3121 0,1074 - 0,1461 - 2,5194

Valor da Cota Sênior 0 1.005,068309 1.010,418043 0 0

% rent. - mês 0,5068 0,6221 -

% ano 0,5068 1,0418 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

15/3/2006


10 -.CIDADES & ENTIDADES

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Ó RBITA

DUBLÊ

CORTE

Polícia Federal prendeu ontem C.G., de 46 anos, em Marechal Hermes, e J.E.R.G., de 30 anos, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, durante a Operação Dublê, realizada para desarticular uma quadrilha especializada em crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, que agia por meio da "clonagem" de cartões, lesando usuários de instituições como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e outras instituições bancárias. As investigações começaram em 2005 no Ceará, estado base da quadrilha. Foram descobertas ramificações em Goiás e em São Paulo. Cerca de 300 policiais participaram da operação. (AE)

m cerca de 15 dias, o fornecimento de energia de 826 prédios da Prefeitura pode ser cortado. A decisão foi dada terça-feira pela 25ª Câmara do Tribunal de Justiça em favor da Eletropaulo. Os cortes não devem afetar prédios ligados a serviços de educação, saúde e segurança. De acordo com a Eletropaulo, a conta de luz destes prédios não é paga pela administração municipal desde fevereiro de 2005. Somadas, as contas dos 826 imóveis chega a R$ 3.966.302. A liminar que havia sido obtida pela Prefeitura para impedir os cortes --mesmo com a inadimplência – perde valor. A nova decisão, que iguala a Prefeitura aos demais clientes da Eletropaulo, entra em vigor em 15 dias.

PRESA

BRASILEIRA

ma mulher de 30 anos que tentava fugir da penitenciária feminina do Butantã, na zona oeste, ficou presa no alambrado que cerca a unidade e foi resgatada pelos bombeiros por volta das 6h30 de ontem. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, Ivanilde Maria Ramos – condenada a cinco anos de prisão por roubo – cumpria pena em regime semi-aberto e trabalhava na cozinha da penitenciária. Ela teria despistado as colegas e, da área externa, tentado pular o alambrado. Ficou presa no arame farpado e chamou a atenção dos cães que fazem a segurança da área externa da penitenciária. Os agentes acionaram os bombeiros. (AE)

polícia italiana prendeu os acusados de fornecer cocaína ao ator Paolo Calissano e encerrou o inquérito sobre a morte da dançarina brasileira Ana Lucia Bezerra, de 31 anos. Ela foi encontrada morta na casa do ator, em Gênova, durante uma festa em 25 de setembro de 2005. Os presos são quatro senegaleses que forneciam, até recentemente, drogas em points noturnos. A polícia chegou até eles após monitorar os amigos do ator, especialmente o frentista Alessio Chiarlo, que participou da festa e chamou a polícia quando descobriu o corpo de Ana Lúcia. O ator está internado em uma clínica de recuperação.

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Suplemento Especial - São Paulo, 16 de março de 2006 Paulo Pampolin/Hype

Marcelo MIn/AFG

Vida e saúde S

ão Paulo não é apenas a loucura de trânsito, poluição, enchentes e tantos transtornos mais. Nesta cidade é possível manter uma ótima qualidade de vida, descansar, cuidar bem de seu corpo e de seu filho, fazer exercícios nos parques da cidade (e de graça), velejar e brincar em suas represas. Confira neste guia da boa saúde.

Textos: Patrícia TTeixeira Paulo Pampolin/Hype

Luiz Prado/LUZ


Ano 81 - Nº 22.087

s Vantagen da união s dos Fnoimsiac/6o Eco

São Paulo, quinta-feira 16 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

SILÊNCIO CONTRA LULA

Patrícia Cruz/LUZ

Alckmin saca arma eleitoral: a verdade. O presidenciável Alckmin vai atacar Lula com "a verdade". Já Lula sacou a arma da ironia: "Alckmin foi um adversário muito difícil, para o Serra". Com o governador, o presidente da ACSP, Afif Domingos (foto), propôs a jovens empreendedores em SP: Carta Universal dos Direitos do Empreendedor Afif elogiou em Alckmin "a determinação de lutar por um Brasil melhor". Eco/1; e Política/págs. 3 a 6

Nildo é ameaça a Palocci O caseiro Nildo (abaixo) compromete Palocci com suas inconfidências: "quinta sim, quinta não" o ministro aparecia para encontrar mulheres. Pág. 6

Celso Junior/AE

Mônica Canejo

O novo slogan do marqueteiro de Lula foi escrito para ele próprio não esquecer (ao lado): não vou responder. O silêncio de Duda, ontem, depois de já ter admitido que o valerioduto conduziu dólares para sua conta no exterior, pagando a campanha presidencial de 2002, pesa contra Lula. O senador Álvaro Dias quer que Lula seja citado no relatório final da CPI dos Correios. Pág. 6 Lula Marques/Folha Imagem

Leonardo Rodrigues/Hype

NESTA EDIÇÃO

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 18º C.

Nova Luz para a língua portuguesa Sons, imagens, filmes, obras de arte e jogos interativos fazem parte do Museu da Língua Portuguesa (foto), projeto high tech da nova Estação da Luz.Página 16

Aventura no paraíso do Caribe Irresistível República Dominicana (foto).

DC Boa Viagem


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quinta-feira, 16 de março de 2006

LEGAIS - 11

Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários CNPJ 61.855.045/0001-32 Sede: Av. Ipiranga, 282 - 1a Sobreloja 13o, 14o e 15o andares, São Paulo, SP

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2005. Com significativa atuação nos pregões da BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo, a Bradesco Corretora vem registrando marcante crescimento também em suas operações via Internet (Home Broker). Destaca-se ainda pela posição que ocupa na BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, como uma das corretoras de maior volume de negócios. Entre os seus diferenciais competitivos encontram-se os serviços de análise de investimentos e conjuntura econômica. Atua também como representante de investidores não-residentes no País em operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, na administração de clubes de investimento e na custódia para pessoas físicas e jurídicas não-institucionais.

O seu exclusivo Sistema Automático de Negociação de Ações - SANA está estruturado para facilitar a participação do pequeno investidor no mercado acionário, assegurando ampla facilidade de comprar e vender ações em Bolsa, em pequenos lotes, através de terminais de computador na Rede de Agências Bradesco. O sistema atende também à intermediação de ofertas públicas. No ano, iniciou a prestação dos serviços de Formador de Mercado (market maker), garantindo liquidez mínima e referência de preço das ações de empresas negociadas na BOVESPA e lançou, também, o Programa Tesouro Direto, que permite ao cliente pessoa física investir em Títulos Públicos Federais pela Internet, bastando cadastrar-se na Bradesco Corretora por meio do site www.bradesco.com.br. Em 2005, negociou o montante de R$ 18,056 bilhões nos pregões da BOVESPA, correspondente a 539.552 ordens de compra e venda de ações, atendendo a 49.841 investidores. Na BM&F, intermediou 3,877

milhões de contratos, com volume financeiro de R$ 402,874 bilhões. Na Carteira de Custódia Fungível, 15.736 eram os clientes cadastrados. O Lucro Líquido no período foi de R$ 17,834 milhões. No final do exercício, registrou Patrimônio Líquido de R$ 84,401 milhões, equivalentes a 9,57% dos ativos totais, que somaram R$ 881,878 milhões. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 10 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

CIRCULANTE ..................................................................................................................................................................... DISPONIBILIDADES ............................................................................................................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ............................................................................................................ Aplicações no Mercado Aberto .............................................................................................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................ Carteira Própria .................................................................................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ..................................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................................................................................... Rendas a Receber ................................................................................................................................................................ Negociação e Intermediação de Valores ................................................................................................................................ Diversos ............................................................................................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ......................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS ............................................................................................................................................... Despesas Antecipadas .......................................................................................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ....................................................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................................................................................... Diversos ............................................................................................................................................................................... PERMANENTE ................................................................................................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................................................................................................ Outros Investimentos ............................................................................................................................................................ Provisão para Perdas ............................................................................................................................................................ IMOBILIZADO DE USO ........................................................................................................................................................ Outras Imobilizações de Uso ................................................................................................................................................ Depreciações Acumuladas .................................................................................................................................................... DIFERIDO ............................................................................................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão ...................................................................................................................................... Amortização Acumulada ....................................................................................................................................................... TOTAL .................................................................................................................................................................................

2005

PASSIVO

2004

835.532 42 27.698 27.698 51.667 42.921 8.746 756.069 422 750.150 5.543 (46) 56 56 15.330 15.330 15.330 31.016 29.043 32.149 (3.106) 1.188 3.537 (2.349) 785 1.448 (663) 881.878

105.753 38 19.971 19.971 42.141 36.620 5.521 43.603 1.325 36.408 5.870 – – – 10.382 10.382 10.382 23.773 21.650 26.019 (4.369) 1.469 4.091 (2.622) 654 1.095 (441) 139.908

2004

CIRCULANTE ..................................................................................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................................................................................... Sociais e Estatutárias ............................................................................................................................................................ Fiscais e Previdenciárias ...................................................................................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ................................................................................................................................ Diversas ...............................................................................................................................................................................

761.741 761.741 169 8.689 750.402 2.481

49.039 49.039 135 7.508 39.401 1.995

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .............................................................................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ...................................................................................................................................................... Diversas ...............................................................................................................................................................................

35.736 35.736 35.538 198

29.875 29.875 29.600 275

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................................................................................... Reservas de Capital .............................................................................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ...................................................................................................................

84.401

60.994

38.000 11.411 34.900 90

38.000 6.936 17.235 (1.177)

TOTAL .................................................................................................................................................................................

881.878

139.908

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil 2005

2o Semestre

2005

2004 Exercício

Exercício

2o Semestre

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .......................................................... Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................

6.962 6.956 6

11.812 11.896 (84)

11.353 11.478 (125)

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .........................................................................

(46) (46)

(46) (46)

– –

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................

6.916

11.766

11.353

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................................................... Receitas de Prestação de Serviços ............................................................................................ Despesas de Pessoal ................................................................................................................. Outras Despesas Administrativas .............................................................................................. Despesas Tributárias ................................................................................................................. Outras Receitas Operacionais .................................................................................................... Outras Despesas Operacionais ..................................................................................................

8.682 24.765 (5.807) (8.017) (2.980) 5.033 (4.312)

16.010 44.659 (11.342) (13.988) (5.278) 7.206 (5.247)

10.104 34.525 (10.665) (10.278) (3.872) 1.986 (1.592)

RESULTADO OPERACIONAL ................................................................................................

15.598

27.776

21.457

RESULTADO NÃO OPERACIONAL .......................................................................................

(83)

(90)

2

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .................................................

15.515

27.686

21.459

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..............................................................

(4.962)

(9.852)

(7.212)

LUCRO LÍQUIDO .....................................................................................................................

10.553

17.834

14.247

Número de Ações ...................................................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ .............................................................................................

376.000.000 28,07

376.000.000 47,43

376.000.000 37,89

2004 Exercício

Exercício

ORIGEM DOS RECURSOS ..................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................. Depreciações e Amortizações .................................................................................................... Provisão para Perdas em Investimentos ..................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO ....................................................................................... RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ....................................................................................... Outras Obrigações ................................................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ........................................................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ..................................... Outros Créditos ...................................................................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................................................ - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ............................................................................. Imobilizado de Uso ................................................................................................................. Investimentos ......................................................................................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .............................................................................................. REDUÇÃO DE CAPITAL ......................................................................................................... DIVIDENDOS PAGOS .............................................................................................................. DIVIDENDOS DECLARADOS ................................................................................................. INVERSÕES EM ....................................................................................................................... Imobilizado de Uso .................................................................................................................... Investimentos ............................................................................................................................. APLICAÇÕES NO DIFERIDO .................................................................................................. AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ............................................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ...................................................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ....................................... Outros Créditos ......................................................................................................................... Outros Valores e Bens ................................................................................................................ REDUÇAO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ........................................................................ Outras Obrigações ..................................................................................................................... AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES .............................................................

749.880 10.553 259 259 – 608

738.595 17.834 (742) 521 (1.263) 1.267

217.447 14.247 437 437 – (1.105)

738.287 738.287 40 – – – 40 133 83 50 749.887 – – 100 3 3 – 156 749.628 13.373 40 736.215 – – – (7)

718.563 718.563 – – – – – 1.673 105 1.568 738.591 – – 169 3.346 122 3.224 353 734.723 7.727 9.526 717.414 56 – – 4

– – 203.739 3.083 392 200.213 51 129 129 – 217.424 7.000 12.908 135 1.244 1.244 – 482 – – – – – 195.655 195.655 23

Início do Período ............................................................................ Fim do Período .............................................................................. Aumento/(Redução) das Disponibilidades ......................................

49 42 (7)

38 42 4

15 38 23

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS

LUCROS ACUMULADOS

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVAS DE LUCROS

RESERVAS DE CAPITAL

REDUÇÃO DE CAPITAL

TÍTULOS PATRIMONIAIS

INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

LEGAL

ESTATUTÁRIA

TOTAIS

SALDOS EM 30.6.2005 ......................................................................................................................................................

38.000

8.585

503

4.199

20.248

(518)

71.017

AJUSTE DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................................................................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................................................................ LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................................ - Dividendos Declarados (R$ 0,27 por lote de mil ações) ....................................................................... SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................................................... SALDOS EM 31.12.2003 .................................................................................................................................................... REDUÇÃO DE CAPITAL .................................................................................................................................................... DIVIDENDOS PAGOS (R$ 34,33 por lote de mil ações) ...................................................................................................... AJUSTE DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................................................................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................................................................ LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................................ - Dividendos Declarados (R$ 0,36 por lote de mil ações) ....................................................................... SALDOS EM 31.12.2004 .................................................................................................................................................... REDUÇÃO DE CAPITAL .................................................................................................................................................... AJUSTE DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................................................................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................................................................ LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................................ - Dividendos Declarados (R$ 0,45 por lote de mil ações) ....................................................................... SALDOS EM 31.12.2005 ....................................................................................................................................................

– – – – – 38.000 45.000 – – – – – – – 45.000 (7.000) – – – – – 38.000

– – – – – – – (7.000) – – – – – – (7.000) 7.000 – – – – – –

2.323 – – – – 10.908 4.129 – – 2.304 – – – – 6.433 – 4.475 – – – – 10.908

– – – – – 503 503 – – – – – – – 503 – – – – – – 503

– – – 528 – 4.727 3.123 – – – – – 712 – 3.835 – – – – 892 – 4.727

– – – 9.925 – 30.173 12.908 – (12.908) – – – 13.400 – 13.400 – – – – 16.773 – 30.173

– 608 – – – 90 (72) – – – (1.105) – – – (1.177) – – 1.267 – – – 90

– – 10.553 (10.453) (100) – – – – – – 14.247 (14.112) (135) – – – – 17.834 (17.665) (169) –

2.323 608 10.553 – (100) 84.401 65.591 (7.000) (12.908) 2.304 (1.105) 14.247 – (135) 60.994 – 4.475 1.267 17.834 – (169) 84.401

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários tem por objetivo principal intermediar operações de ações e de contratos futuros, admitidas às negociações na BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo e BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, atuando também na custódia de títulos mobiliários e é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”, e a provisão para obrigações fiscais diferidas sobre ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias”.

5)

Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. e) Investimentos Os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. f) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e benfeitorias em imóveis de terceiros - 10% ao ano; e licenciamento de software - 20% ao ano e sistemas de processamento de dados - 20% a 50% ao ano. g) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas, calculadas pelo método linear, sendo gastos de desenvolvimento lógico - 20% ao ano. h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidas, e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Em 31 de dezembro - R$ mil Vencimentos Aplicações no mercado aberto: Posição bancada ....................................................................... Letras do tesouro nacional ........................................................... Total em 2005 ............................................................................. Total em 2004 .............................................................................

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos 1 a 30 dias

TÍTULOS

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

1 a 30 dias 27.698 27.698 27.698 19.971

Total 27.698 27.698 27.698 19.971

Em 31 de dezembro - R$ mil Valor de custo Valor de merMarcação a cado/contábil (1) atualizado mercado

I. TÍTULOS PARA NEGOCIAÇÃO ...................................................................... 41.648 3.582 – 4.585 49.815 49.781 34 Fundos de investimentos ....................................................................................... 41.648 – – – 41.648 41.648 – Letras financeiras do tesouro ................................................................................. – 3.582 – 4.585 8.167 8.133 34 II.TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ........................................................... 1.852 – – – 1.852 1.704 148 Ações ................................................................................................................... 1.273 – – – 1.273 1.125 148 Outros .................................................................................................................. 579 – – – 579 579 – Total em 2005 ....................................................................................................... 43.500 3.582 – 4.585 51.667 51.485 182 Total em 2004 ....................................................................................................... 36.620 3.969 – 1.552 42.141 43.931 (1.790) (1) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preço de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Composição da carteira distribuída pelas rubricas de publicação Em 31 de dezembro - R$ mil 1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de Valor de mer- Valor de custo Marcação a dias dias dias 360 dias cado/contábil atualizado mercado Carteira própria .................................................................................................. Títulos de renda fixa ........................................................................................... • Fundos de investimentos .................................................................................... Títulos de renda variável .................................................................................... • Ações de companhias abertas ............................................................................. Títulos vinculados .............................................................................................. A prestação de garantias ................................................................................... • Letras financeiras do tesouro .............................................................................. • Outros ................................................................................................................ Total em 2005 ....................................................................................................... Total em 2004 ....................................................................................................... 6)

42.921 41.648 41.648 1.273 1.273 579 579 – 579 43.500 36.620

NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Os saldos ativos e passivos referem-se às transações efetuadas por conta de clientes nas bolsas de valores e de mercadorias e futuros, cuja liquidação financeira é efetuada no mês seguinte, conforme composição demonstrada abaixo:

– – – – – 3.582 3.582 3.582 – 3.582 3.969

3.915 744.613 1.576

– 19.109 17.229

– 63.707 686.695

15.524 23.273 604

46 750.150

70 36.408

– 750.402

– 39.401

– – – – – 4.585 4.585 4.585 – 4.585 1.552

42.921 41.648 41.648 1.273 1.273 8.746 8.746 8.167 579 51.667 42.141

42.773 41.648 41.648 1.125 1.125 8.712 8.712 8.133 579 51.485 43.931

148 – – 148 148 34 34 34 – 182 (1.790)

7)

INVESTIMENTOS Outros investimentos são compostos, basicamente, de títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo no montante de R$ 14.112 mil (2004 - R$ 11.530 mil) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros no montante de R$ 11.174 mil (2004 - R$ 6.075 mil), ações da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia no montante de R$ 2.312 mil (2004 - R$ 2.312 mil) e incentivos fiscais no montante de R$ 4.283 mil (2004 - R$ 5.801 mil). As provisões para perdas montam a R$ 3.106 mil (2004 - R$ 4.369 mil), calculadas de acordo com as expectativas de realização dos investimentos representados por incentivos fiscais.

8)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em 31 de dezembro de 2005, o capital social era de R$ 38.000 mil (2004 - R$ 38.000 mil), totalmente subscrito e integralizado, dividido em 376.000.000 de ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Na assembléia geral extraordinária realizada em 17 de novembro de 2004, foi deliberado a redução de capital social no montante de R$ 7.000 mil, sem o cancelamento de ações. A redução de capital foi homologada pelo BACEN em 4.3.2005.

Em 31 de dezembro - R$ mil Outros créditos Outras obrigações 2005 2004 2005 2004 Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar ................................................................... Devedores/credores por conta de liquidação pendente Caixa de registro e liquidação ................................... Outros créditos por negociação e intermediação de valores ................................................................... Total ........................................................................

– – – – – – – – – – –

Em reunião da Diretoria realizada em 17 de novembro de 2004, foi deliberado o pagamento de dividendos, no valor de R$ 12.908 mil, correspondendo a R$ 34,33 por lote de mil ações. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados correspondam, no mínimo, a 1% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados no exercício dividendos no montante de R$ 169 mil (2004 - R$ 135 mil), correspondendo a 1% do lucro líquido do exercício, deduzida a reserva legal e que estão apresentados em Outras obrigações - Sociais e estatutárias. 9) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Refere-se, substancialmente, a aplicações no mercado aberto junto ao Banco Bradesco S.A., com vencimento no dia útil subseqüente a data do balanço, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 monta a R$ 27.698 mil (2004 -R$ 19.971 mil). As correspondentes receitas no exercício montam a R$ 4.014 mil (2004 - R$ 5.155 mil). As operações foram efetuadas a taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros nas datas das operações. 10) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ....... 27.686 21.459 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ................................ (9.413) (7.296) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Despesas e provisões indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis 82 (253) Efeito da movimentação dos valores de créditos tributários ...... (796) 42 Reversão de provisão IR/CS de períodos anteriores ................. (12) – Outros valores ......................................................................... 287 295 Imposto de renda e contribuição social do exercício .......... (9.852) (7.212) b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos R$ mil Saldo em ConstiSaldo em 31.12.2004 tuição Realização 31.12.2005 Provisão para contingências fiscais .................... 2.309 – 851 Provisão trabalhista ............................................ 91 – 31 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos 1.259 10 338 Outros ................................................................ 143 – – Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ..................................................... 3.802 10 1.220 Ajuste a valor de mercado - TVM ........................ 635 116 749 Contribuição social - Medida Provisória nº 2158-35 de 24.8.2001 ...................................................... 646 – – Total dos créditos tributários .......................... 5.083 126 1.969 Obrigações fiscais diferidas ................................ – 72 – Total dos créditos tributários líquido das obrigações fiscais diferidas ............................ 5.083 54 1.969 c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Imposto de renda 2009 ..................................

2.358

1.458 60 931 143 2.592 2 646 3.240 72 3.168

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Contribuição social Total 236

2.594

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Crédito tributário de contribuição social M.P. 2158-35 2009 Total Valor .................................................... 646 646 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação da Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 2.099 mil, sendo R$ 1.909 mil de diferenças temporárias de imposto de renda e R$ 190 mil de contribuição social e R$ 523 mil de crédito tributário de contribuição social MP. 2158-35. 11) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outros créditos - diversos é composto, basicamente, de depósitos em garantia para interposição de recursos fiscais - R$ 13.263 mil (2004 - R$ 7.565 mil), para interposição de recursos trabalhistas R$ 26 mil (2004 - R$ 106 mil), créditos tributários de imposto de renda e contribuição social - R$ 3.240 mil (2004 - R$ 5.083 mil) (Nota 10b), imposto sobre operações financeiras - R$ 1.356 mil (2004 - R$ 962 mil) e impostos e contribuições a compensar - R$ 2.751 mil (2004 - R$ 2.178 mil). b) Outras obrigações fiscais e previdenciárias incluem, principalmente, provisões para riscos fiscais de - R$ 35.530 mil (2004 - R$ 29.560 mil) e outros impostos e contribuições a pagar - R$ 8.625 mil (2004 - R$ 6.801 mil). c) Outras receitas operacionais incluem, principalmente, receitas relativas a bônus concedido pela BOVESPA - R$ 975 mil (2004 - R$ 809 mil), rendimentos operacionais da BM&F - R$ 420 mil (2004 - R$ 850 mil) e variações monetárias ativas - R$ 4.195 mil (2004 - R$ 28 mil), e outras despesas operacionais incluem, principalmente, variações monetárias passivas - R$ 5.192 mil (2004 - R$ 1.506 mil). d) As ações mantidas em custódia em nome de clientes montam a R$ 5.857.756 mil (2004 R$ 3.781.824 mil).

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ESPECIAL

P

or trás das buzinas dos carros, da poluição e de toda a sua balbúrdia, a cidade de São Paulo oferece diversas opções de atividades físicas quase sempre desconhecidas da maioria dos paulistanos. São aproximadamente 45 parques na região metropolitana, que dispõem de estrutura para caminhar, correr, andar de bicicleta e skate, além de jogar bola. Os parques da Aclimação, Ibirapuera, Luz e Chico Mendes, por exemplo, oferecem aulas gratuitas, como Tai Chi Chuan. O Diário do Comércio descobriu os horários das atividades nos parques da cidade para que você ganhe saúde e não gaste nada com isso. Outro esporte ao ar livre que cresceu nos últimos anos foi o ciclismo. Mas andar de bicicleta em São Paulo se tornou um desafio em razão da disputa por espaço entre carros, motoqueiros e ciclis-

quinta-feira, 16 de março de 2006

Este caderno traz também informações sobre a alimentação ideal para os recém-nascidos, a importância de armazenar cálcio por toda a vida e as vantagens de consumir muita água, mesmo nos dias frios. E na área da prevenção, alguns alertas para melhorar sua qualidade de vida: obesidade abdominal, por exemplo, deixou de ser uma questão de estética para os homens e agora é um perigo para a saúde, já que pode trazer problemas cardíacos. Mesmo com o fim do verão e a entrada do outono, os cuidados com a pele devem permanecer. Outro assunto relevante é a cirurgia bariátrica. A dona de casa Hellen Caldera, 27 anos, emagreceu 70 quilos em um ano com a redução do estômago. Saiba os tipos, riscos e cuidados desse procedimento. Enfim, este suplemento especial oferece a boa saúde de presente.

Uma cidade calma, boa para o corpo e a mente? São Paulo tas. Neste caso, melhor pedalar à noite. O jornal descobriu grupos que passeiam pela cidade quase todas as noites. Há também opções para quem quer praticar speed, ciclismo de velocidade. Mais distante, a 25 quilômetros do centro da cidade, a represa Guarapiranga também esconde atrás dos grandes prédios diversas opções de esportes náuticos, como vela, wind surf, kyte surf, canoagem e outros. O campeão olímpico Robert Scheidt aproveita os ventos de lá para seus treinos. Duas escolas oferecem cursos de 12 horas com

preços médios de R$ 400. São alternativas interessantes para quem busca um esporte que trabalha os aspectos psicológicos e o controle emocional. E devemos quebrar o velho ditado de que musculação não emagrece. Profissionais da área mostram que exercícios com pesos são ótimos para queima de gordura. E, se aliados às atividades aeróbicas e uma dieta adequada, o resultado é surpreendente. Uma polêmica sobre academia e alimentação: usar ou não suplementos alimentares e a diferença entre os anabolizantes.

Marcelo MIn/AFG

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Se sentir sede, beba água. Se estiver com prisão de ventre, beba água. Se estiver com baixa concentração, beba água. Beba a vontade, não tem contra-indicação.

Água, muita água, o princípio da boa saúde Não tem contra-indicação: quanto mais água, melhor. E tem o outro lado: perdas de água pelo suor, além de 5% do peso corporal, levam à fadiga e colocam um atleta em risco de hipertermia e até morte

corpo humano é composto de cerca de 70 % de água - no cérebro, 78%. Sua presença permite a formação do plasma, parte líquida do sangue. Também participa do fornecimento de oxigênio e de substâncias nutritivas para cada uma das células. Também encontrada nos compartimentos intracelulares (dentro das células) e a água extracelular distribuída entre o plasma, linfa, líquido espinhal e secreções. Eis aqui a razão para consumir muita água. Se não beber o suficiente, a concentração de

sais minerais no sangue sobe, o equilíbrio elétrico das células fica ameaçado, a boca resseca e a sensação de sede pode chegar a ponto de ocupar totalmente a consciência. Segundo a nutricionista Cláudia Ridel Juzwiak, da Universidade Federal de São Paulo, apesar de ser um composto bastante simples, formado por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio (H2O), a água é o mais importante de todos os nutrientes essenciais para a manutenção da vida. Algumas de suas funções: atua como solvente e é o

meio pelo qual ocorrem as reações químicas com outras substâncias; protege tecidos, como a espinha e o cérebro, contra choques; mantém lubrificação para vários meios, como as articulações; e atua na manutenção da temperatura corporal. Cláudia aponta que a porcentagem de água varia entre os indivíduos, de acordo com a proporção de tecido adiposo e massa magra: “A água corporal diminui com a idade e é maior em atletas”. Sob temperatura ambiental e atividades físicas normais, o adulto médio necessita de cerca de 1 ml de água/ kcal/dia. Isso representa cerca de 2000 ml para as mulheres e 2800 ml para os homens. A água pode ser obtida de diversas fontes. Segundo Cláudia, cerca de 60% são provenientes dos líquidos, como água natural, sucos e chás. Os alimentos também contribuem com quantidades variadas. Algumas frutas e hortaliças têm alto conteú-

do do nutriente, como a melancia (91%). O nutricionista e especialista em alimentação vegetariana George Guimarães afirma que a escolha dos alimentos é importante para garantir mais quantidade do líquido. Além da melancia, ele também aponta o melão, abacaxi, maçã, uva, pinha, caqui, figo e carambola. A sede é o primeiro alerta, que deve ser respeitado: “Se não entender o primeiro sintoma, a pessoa fica irritada e leva a baixa concentração”. O baixo consumo de água causa problemas renais, gera disfunções metabólicas, diminui os fluidos corpóreos em geral, como as linfas que drenam as toxinas do corpo, e gera prisão de ventre, já que ajuda na formação do bolo fecal. Os principais mecanismos de excreção da água são pela urina, pela pele (como vapor d’água expirada) e pelas fezes. Em atletas A água é perdida através da

pele sob forma de suor. Em condições ambientais normais cerca de 500 - 700 ml/dia são excretados por esta via. Porém, para o indivíduo saudável, o estresse físico do exercício, especialmente quando ocorre em ambiente quente, oferece o maior desafio possível para a manutenção da homeostase (equilíbrio híbrido mantido pelos rins). Alguns indivíduos c h e g a m a p e r d e r 2 a 3 l itros/hora de exercício. Quem pratica exercícios físicos deve ter atenção redobrada. Nos dias quentes e úmidos, a hipertemia, que pode ser fatal, é comum durante uma atividade esportiva intensa sem o uso constante de água: “O aumento da temperatura corporal, que acompanha o exercício no calor, pode ser atenuado por meio da evaporação do suor, mas grandes perdas de líquidos resultam em desidratação. Perdas de água através

do suor, maiores do que 5% do peso corporal, estão associadas à fadiga e colocam o atleta em risco de hipertermia e até morte”. Na infância A hidratação vale para qualquer idade: “Crianças, por exemplo, possuem uma termoregulação menos eficiente do que os adultos, o que provavelmente decorre de sua menor taxa de sudorese”, explica a nutricionista. Vale lembrar que os refrigerantes não devem ser substituídos pela água, já que possuem muita quantidade de açúcar e acabam contribuindo com calorias extras do dia. Beber água só traz benefícios ao corpo e melhora o seu funcionamento como um todo. Se sentir sede, beba água. Se estiver com prisão de ventre, beba água. Se estiver com baixa concentração, beba água. Beba a vontade, não tem contra-indicação.

Hidratação na atividade física Água não engorda. Não espere sentir sede, beba à vontade! Se for praticar atividade física redobre os cuidados com a hidratação. Inicie a hidratação antes de começar os exercícios. Sempre consuma líquidos durante a atividade física. Para atividades de curta duração a água é a melhor opção. Use garrafa individual e com válvula para se hidratar durante a atividade física. Monitore seu peso e a cor da urina (normal=amarelo claro) antes e após a atividade física. Este controle ajuda você a verificar se está se hidratando adequadamente. Lembre-se de que a sede está alterada durante o exercício e é o primeiro sinal de desidratação Use o período da recuperação para repor todo o líquido perdido.


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quinta-feira, 16 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Fernando Pereira/AE

Exército prende dois suspeitos e nega acordo com o tráfico Dois ex-militares são os principais suspeitos do roubo de dez fuzis e uma pistola de um quartel

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Rana sendo levada para o distrito do Morumbi, na terça-feira

Libanesa acusada de terrorismo se fere na cela

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libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, de 39 anos, foi encontrada com o pulso esquerdo ferido, por volta das 7h30 de ontem, numa cela da carceragem do 89º DP, no Morumbi, para onde foi levada na terça-feira. Economista, ela é acusada de ter aplicado golpes bancários de US$ 1,2 bilhão no Líbano e existe a suspeita de que o dinheiro tenha sido usado para financiar o atentado que matou o ex-premiê libanês Rafik Al Hariri. Rana foi para o PS do Campo Limpo, onde recebeu um curativo, retornando à cela pouco depois. A Secretaria de Segurança Pública não informou como a libanesa se feriu. Suborno – Rana foi presa ao tentar subornar os policiais que a localizaram em um flat na zona norte. Ela teria oferecido US$ 200 mil em troca de sua liberdade. O pedido de buscas, enviado inicialmente pela Interpol (polícia internacional), previa apenas sua localização. De acordo com o delegadotitular da 7ª Delegacia Seccional, Nicanor Nogueira Branco, Rana deverá permanecer pre-

sa até que haja uma decisão dos governos brasileiro e libanês e do Supremo Tribunal Federal sobre seu destino. Suspeita – Golpes supostamente aplicados pela libanesa no sistema bancário de seu país poderiam ter financiado o atentado que causou a morte de Hariri, em fevereiro de 2005, conforme informado à polícia brasileira pelo Consulado do Líbano em São Paulo. "Uma comissão do Conselho de Segurança da ONU quer ouvi-la para saber se o dinheiro das fraudes ajudou a financiar o ataque", disse, segunda-feira, o delegado Murilo Fonseca Roque, do Setor de Investigações Gerais da 7ª Delegacia Seccional. O cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Joseph Sayah, disse que Rana trabalhava no Bank alMadinah e, com sete pessoas, desviou o dinheiro para financiar o atentado. A economista ficou presa por 14 meses. Foi solta, deveria permanecer no Líbano, mas fugiu. Ela é uma das pessoas que, no mundo, estão na categoria Difusão Vermelha -classificação dada a suspeitos de terrorismo. (Agências)

Exército prendeu nos últimos dois dias dois ex-militares, principais suspeitos até agora do roubo de dez fuzis e uma pistola de um quartel, no dia 3, no Rio. O Comando Militar do Leste (CML) negou ontem ter feito acordo com traficantes para reaver as armas (elas foram recuperadas na terça-feira, numa trilha perto da favela da Rocinha). A Polícia Civil disse que as armas ficaram nove dias enterradas no Morro da Mangueira e deu detalhes sobre a estratégia usada para recuperá-las. Um dos ex-militares, Joelson Basílio, detido ontem, serviu até fevereiro no Estabelecimento Central de Transporte (ECT), em São Cristóvão, de onde foram roubadas as 11 armas. Na terça-feira, Leandro Saturnino, um ex-cabo que serviu em outra unidade, já havia sido capturado, na Rocinha. O Ministério Público Militar (MPM) informou já ter indícios para pedir a prisão, em breve, de outros militares e ex-militares. Inteligência – A informação de que os fuzis e a pistola estavam na Mangueira foi levantada pela inteligência da polícia, disse a chefe de Investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Marina Maggessi. A Mangueira foi, com o Morro da Providência, o principal foco da ação militar no Rio – ambos são redutos do Comando Vermelho (CV). Marina afirmou que, no fim de semana, as tropas recuaram para facilitar a movimentação dos traficantes e a devolução das armas. "O tráfico não agüentou a pressão e capitulou. O inédito da operação não foi o Exército ocupar favelas,

Tasso Marcelo/AE

General Hélio Macedo, chefe do Estado-Maior do CML, mostra onde as armas roubadas foram localizadas

mas a resposta pesada e imediata. Os criminosos não esperavam por isso." Ataque – De acordo com a investigadora, o grupo de traficantes que planejou o roubo ao quartel é o mesmo que, em 15 de fevereiro, tentou tomar pontos-de-venda de drogas na Rocinha, numa ação desastrada que deixou seis mortos. Na ocasião, eles perderam oito fuzis: seis apreendidos e dois abandonados na fuga. Participaram do ataque traficantes dos morros do Borel, Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, Andaraí e Formiga. Mangueira e Providência ficaram de fora porque era véspera de Carnaval, época de maior lucro para o tráfico nessas áreas (a Mangueira, por causa dos ensaios na quadra da escola de samba; a Providência, por ficar perto do sambódromo). Sem dinheiro para comprar

armamento, o grupo assaltou o ECT. A Mangueira foi usada como base para a ação, por causa da proximidade com o quartel. Com o cerco aos dois morros controlados pelo CV, os traficantes não tiveram como devolver as armas. "Numa excelente estratégia, que nós na polícia aplaudimos, o Exército se retirou da Mangueira no fim de semana, para que eles pudessem se movimentar", disse Marina. Os traficantes, então, decidiram esconder as armas num supermercado abandonado em frente ao Borel, na Tijuca. "Mas não houve tempo para isso, porque o Exército chegou lá antes", disse a investigadora, referindo-se a uma operação realizada no domingo. Esqueleto – Os fuzis ficaram no Morro do Borel. Na terça-feira, quando os militares ocuparam a Rocinha, os traficantes

saíram com as armas por uma trilha na mata, pela Floresta da Tijuca, e as abandonaram no esqueleto (estrutura de um hotel cujas obras foram abandonadas). O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), disse ter recebido informação de que as armas haviam sido recuperadas na segunda à noite e não na terça. "Trabalho com as informações que tenho, de que as armas haviam sido localizadas e se encontrou o melhor momento para a apresentação das mesmas." Sem acordo – O Exército reafirmou que só soube da localização na noite de terça-feira e negou ter negociado com o tráfico para recuperá-las. "Não negociamos com foras-da-lei", disse o general Hélio Macedo, chefe do Estado-Maior do CML, em entrevista. Em Brasília, o Comando do Exército repudiou notícias sobre o acordo com o CV. (AE)


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12 -.LEGAIS

quinta-feira, 16 de março de 2006

Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários CNPJ 61.855.045/0001-32 Sede: Av. Ipiranga, 282 - 1a Sobreloja 13o, 14o e 15o andares, São Paulo, SP

CONTINUAÇÃO

Diretoria

Parecer dos Auditores Independentes

São Paulo, SP, 10 de fevereiro de 2006

Aos Acionistas e Diretoria da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários São Paulo - SP

Diretoria

Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Corretora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Presidente Anibal Cesar Jesus dos Santos

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Diretor 10 de fevereiro de 2006

Antonio Celso Marzagão Barbuto

Antonio Luiz Ferreira Contador-CRC 1SP139632/P-0

Claudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

.INTERNACIONAL

IRAQUE VIVE UMA MISTURA CAÓTICA DE RESISTÊNCIA ANTIAMERICANA E BANHO DE SANGUE ENTRE SUNITAS E XIITAS Dia Hamid/AFP

UM INFERNO CHAMADO BAGDÁ

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as entranhas do Pentágono, eles estão tentando montar um quadro do que seria uma guerra civil no Iraque. Como pareceria? Pergunta Donald Rumsfeld. Aqui nas ruas de Bagdá, parece o inferno. Corpos, executados a sangue frio, são despejados em microônibus. Morteiros são casualmente disparados contra bairros rivais. Carros-bomba matam pessoas indiscriminadamente, enquanto assassinos caçam suas vítimas uma a uma. Seria uma guerra civil? "No Iraque não trata-se mais de uma definição – 'guerra civil' ou 'guerra' ou 'violência' ou 'terrorismo.' São todas as anteriores", disse uma pessoa familiar com todas as anteriores, o cientista político Farid Khazen, de Beirute, uma testemunha da guerra civil do Líbano de 1975 a 1990. Phebe Marr, uma historiadora do Iraque, hesita em dar nome ao que ocorre hoje, uma mistura caótica de resistência antiamericana, banho de sangue entre sunitas e xiitas e terrorismo de extremistas islâmicos. "Mas é uma luta civil", afirmou Marr, baseada em Washington, "e está ficando extremamente séria". No dicionário, trata-se de uma guerra entre grupos opositores de cidadãos de um mesmo país. Mas quando a imprensa passar a produzir manchetes referindo-se à "guerra civil iraquiana", será uma escalada não apenas de vocábulo, mas da preocupação internacional. Alguns não estão preparados para o rótulo. "Ainda não é um estado de guerra civil, mas estamos à beira disto", avaliou o escritor político bagdali Jabir alJabari. "O Iraque está dando os primeiros passos em direção a uma guerra civil", concordou Bassem al-Sheik, editor-chefe do jornal al-Dustor, de Bagdá. Rumsfeld afirmou na terçafeira em Washington não acreditar que já começou uma guerra civil, mas analistas de inteligência estão "tentando encontrar forma de caracterizar quais são os ingredientes de uma guerra civil, e como você saberia que existe uma, e como pareceria". Especialistas poderiam dizer a eles para não perderem tempo: é só olhar para o Iraque dos últimos anos. "Pelos padrões que os cientistas políticos usam, uma guerra civil está se desenrolando no Iraque desde que a soberania foi transferida para o governo in-

terino em 2004", analisou James Fearon, da Stanford University, especialista em conflitos internos modernos. Um liminar que os cientistas usam é o número de 1.000 mortos, "e esse conflito já passou em muito esta marca", disse Fearon. Além dos mais de 2.000 militares americanos que perderam a vida, pelo menos 33.000 civis iraquianos foram mortos desde 2003, segundo o grupo de pesquisa Iraq Body Count, cujo números conservadores, retirados de notícias da imprensa, não subdivide as mortes em categorias. O analista militar americano Stephen Biddle adverte que os estrategistas dos EUA cometem um erro se "escapa a eles a natureza do conflito, que no Iraque já é uma guerra civil entre grupos étnicos e sectários rivais". Washington deveria trabalhar para mediar uma paz alocando poder e recursos – ou seja, dinheiro da venda de petróleo – entre esses grupos, aconselhou Biddle, do Conselho de Relações Exteriores. Marr, autora do livro "Uma Moderna História do Iraque", de 1985, vê revolução onde outros vêem guerra civil. Com a invasão americana de 2003, explica ela, "promovemos duas revoluções no Iraque". Uma foi a mudança de liderança, derrubando Saddam Hussein. A outra é uma revolução na natureza do Estado iraquiano: Ele irá sobreviver, ou se partirá em entidades separadas xiita, sunita e curda? "Ocupamos o país e não apenas removemos Saddam, mas também as instituições e os pilares do governo – o Partido Baath e a elite que administrava o país, e os militares – deixando um imenso vazio político", ensinou ela. O cientista político Khazen vê paralelos preocupantes entre o Iraque e a devastadora guerra civil de uma geração atrás no Líbano – mas também diferenças importantes. "Não havia tropas americanas no Líbano", destacou. "Para algumas pessoas, essa guerra no Iraque é uma guerra contra os Estados Unidos". E é uma guerra, em seus muitos aspectos, que pode ficar pior, isto todos concordam. AlSheik, por exemplo, teme que as forças de segurança iraquianas possam se desintegrar, como seus efetivos unindo-se aos lados xiita e sunita. Isto assinalaria uma guerra civil, apontou. Seja qual for o nome, a situação está se deteriorando. (AE)

Onze pessoas morreram na madrugada de ontem em ação dos Estados Unidos no norte de Bagdá Mahmoud Zayyat/AFP

IRA DE REFUGIADOS PALESTINOS NO LÍBANO erca de dois mil refugiados palestinos no Líbano fizeram ontem uma manifestação com queima de pneus num acampamento localizado no sul do país. Os manifestantes percorreram as ruas do acampamento de Ain el-Helu, situado na cidade libanesa de Sidon, balançando bandeiras palestinas e fotos do líder palestino Ahmed Saadat, secretário-geral da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP). Saadat foi retirado ontem pelo Exército israelense da prisão de Jericó, onde cumpria pena sob supervisão de forças internacionais desde 2002, como parte de um compromisso alcançado entre a Autoridade Nacional Palestina (AP) e Israel. Ele é acusado por Israel de ordenar o assassinato do então ministro de Turismo israelense, Rehavam Zeevi, em outubro de 2000, em represália pelo assassinato do líder da FPLP Abu Ali Mustafa.

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Saddam pede paz entre os iraquianos e guerra contra os Estados Unidos

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addam Hussein testemunhou ontem pela primeira vez durante seu julgamento e aproveitou para convocar os iraquianos para que interrompam uma sangrenta onda de violência sectária e lutem contra as tropas americanas. A conclamação levou o presidente do júri, Raouf AbdelRahman, a fechar o tribunal para o público afirmando que o líder iraquiano deposto estava fazendo discurso político. Mesmo com o juiz gritando para que ele parasse, Saddam leu um texto insistindo que ainda é o presidente do Iraque e classificando o julgamento como uma "comédia". "Deixem que o povo iraquiano se una e resista contra os invasores e seus comparsas. Não briguem entre si", declarou Saddam. Abdel-Rahman então ordenou que a audiência prosseguisse a portas fechadas e pediu aos jornalistas deixassem o recinto. As transmissões em áudio e vídeo do julgamento foram interrompidas. Depois de duas horas, os repórteres foram chamados novamente ao tribunal. Saddam recusou-se a responder às perguntas feitas pela promotoria e exigiu ver uma cópia do seu testemunho dado a investigadores antes que o julgamento começasse. A promotoria aceitou o pedido e adiou para a próxima sessão o interrogatório do presidente iraquiano deposto. Em seguida, o juiz Abdel-Rahman declarou recesso até 5 de abril. Saddam foi o último dos oito réus convocados para testemunhar na atual fase do processo iniciado no ano passado. Caso sejam condenados, Saddam e sete exmembros de seu regime estarão sujeitos à sentença de morte por enforcamento. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

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ESPECIAL - 3

Cuidado com osteoporose: cálcio é para a vida toda Médicos alertam: uma dieta pobre em cálcio durante o percurso da vida favorece a descalcificação dos ossos. E os derivados do leite são as melhores fontes de cálcio na alimentação o chegar à terceira idade, uma das preocupações deve ser com o nível de cálcio. Os médicos insistem na prevenção da osteoporose (perda de cálcio nos ossos), que geralmente aparece na mulher na menopausa (por volta dos 45 anos) e no homem no período da andropausa (aos 65 anos). A estimativa é de que 30% mulheres cheguem à menopausa com doenças ósseas e o número sobe para 80% depois dos 80 anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), o que a população não sabe é que o controle do cálcio deve ser feito ao longo de toda a vida. O cálcio é um nutriente fundamental para o crescimento, a manutenção de funções do organismo e a reprodução. Este mineral exerce funções reguladoras do organismo como contração e relaxamento muscular; coagulação do sangue; transmissão dos impulsos nervosos; ativação das reações enzimáticas e estimulação da secreção hormonal. Para que estas funções se realizem, é necessário que o nível de cálcio ionizado no sangue se mantenha num patamar pré-estabelecido. Se houver deficiência desse mineral na dieta, o organismo tende a manter seus níveis sangüíneos de três formas: diminuindo a excreção; aumentando a absorção; retirando dos ossos. O ortopedista e presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sbot, Henrique Motta, diz que o cálcio deve ter prioridade desde o nascimento da criança. É como se tivesse um copo de cálcio no corpo para preencher durante a vida toda. Até os 20 anos de idade, a pessoa capta 90% do cálcio e os outros 10%, de 20 a 30 anos para construir a massa óssea. Depois disso o copo está cheio de cálcio, aí entra a fase de manutenção: “Com o copo cheio, a pessoa de 30 anos armazena para as outras idades que estão para vir. Na falta, o corpo vai buscar no osso. Por isso, é importante informar sobre o cálcio desde a juventude”. Motta alerta que se a pessoa tem uma dieta pobre em cálcio durante o seu percurso de vida, pouco tem a fazer quando

Luiz Prado/LUZ

começar a descalcificação dos ossos, a não ser o tratamento convencional para que não avance o problema: “Não dá para acumular de repente o cálcio, o que o corpo demora a vida toda para armazenar”. Depois dos 35 anos, o corpo começa a perder cálcio e normalmente é de 1% ao ano. Quando chega aos 50, a perda é de 15%: “Se chegar aos 80 anos com perda de apenas 10%, o organismo está muito bom e dentro do normal”. Fontes de cálcio Segundo o geriatra Ricardo Augusto de Souza, de 0 a 25 anos a ingestão diária de cálcio deve ser em média 1200 mg e depois dos 25 e durante a gravidez e lactação, 1000mg. Os derivados do leite são as melhores fontes de cálcio na alimentação e são mais fáceis para o organismo absorver. Existem diferentes tipos de leite no mercado, mas o campeão em eficácia é o de vaca. Pode ser em forma de leite em pó desidratado, queijos e iogurtes. Na lista de queijos com quantidades significativas do nutriente está gorgonzola, queijo fresco, cheddar, parmesão, prato, provolone e roquefort. Souza explica que o leite de soja é rico em isoflavonas, um hormônio natural, mas há uma carência de cálcio: “O importante é olhar no rótulo o que vai consumir”. No grupo da carne, as melhores fontes de cálcio são as sardinhas enlatadas e salmão enlatado, que incluem os ossos moles comestíveis: “A farinha de peixe é o que mais indico aos meus pacientes”, diz Souza. Vegetais verdes e de folhas largas, como brócolis, couve, repolho chinês, agrião e folhas de mostarda também fornecem cálcio. É importante prestar atenção no cozimento desses alimentos, pois quanto mais cozidos mais são as chances de evaporação do cálcio. Nesse caso, deixe-os um pouco mais crus. Nas prateleiras dos supermercados também é comum achar produtos enriquecidos com o cálcio, como também uma variedade de suplementos. O geriatra avisa que os suplementos não devem ser considerados como substitu-

Musculação e alongamento contribuem para o cálcio no organismo

tos de uma dieta nutricional equilibrada. Fixação do nutriente Para ajudar na fixação do cálcio no organismo, a vitamina D, presente na luz ultravioleta, possui um fator fundamental. Quando o sol entra pela pele, é transformado nos rins em Calcitriol, um hormônio responsável pela absorção intestinal do cálcio. Outras fontes de vitamina D são os

ovos, fígado e leite enriquecido com vitamina D. Outra forma de contribuir com o cálcio no organismo é a musculação e alongamento: “Esses exercícios ajudam no aumento da massa óssea”. Segundo Souza, outra forma de prevenção é procurar um geriatra, ginecologista e ortopedista a partir dos 35 anos para checar como anda a taxa de cálcio no organismo.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

Repórter Patrícia TTeixeira

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Lino Fernandes

Editor Luciano Ornelas

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr.

Editor de Fotografia Masao Goto

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 16 de março de 2006

Jonne Roriz/AE

Em Aparecida, câmeras vão proteger fiéis Novo sistema de segurança no Santuário, que começa a funcionar ainda este mês, terá 48 câmeras na basílica e no estacionamento. Outras obras também estão sendo realizadas. Tudo para receber o papa Bento XVI, que vem ao País em maio de 2007.

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Santuário Nacional de Aparecida, no interior do estado, considerado o maior centro de peregrinação do País, ganha ainda este mês um moderno sistema de segurança, com 48 câmeras dentro da basílica e no estacionamento. Ele vai custar aproximadamente R$ 400 mil. Oito câmeras serão móveis e podem captar imagens a uma distância de até um quilômetro. "Poderemos ver até a placa de um carro que estiver andando em alta velocidade, por exemplo", contou o engenheiro responsável pelas obras no Santuário, Carlos Minouro Ohya. Todas as imagens sagradas serão monitoradas por seguranças e gravadas. O Santuário também investiu na interligação dos três acessos ao estacionamento, que funcionarão por meio de código de barras, e também no sistema de som, que agora será semelhante ao do Vaticano. "É da mesma marca, com a mesma tecnologia. Elimina ecos e ruídos e permite que os fiéis escutem com nitidez o que é dito durante as missas." Visita - Além do investimento em segurança e em tecnologia, várias outras obras estão em andamento e deverão ser concluídas até a visita do papa Bento XVI, prevista para maio de 2007. Na igreja, o piso e as escadarias foram revestidos de granito e agora as paredes recebem um barrado de trinta centímetros do mesmo material. Obras no telhado azul e nas cúpulas em tom de cobre também estão sendo realizadas. "Instalamos um andaime com 207 toneladas de tubos de aço para o trabalho em uma das cúpulas", contou o engenheiro. Do lado de fora, o que se vê são mais homens trabalhando. Um grupo de 50

operários faz a cobertura do centro de eventos com telhas brancas de alumínio. O local, que comporta 10 mil pessoas sentadas, também deve ser usado na infraestrutura para receber o papa. Uma sala de imprensa ainda está sendo planejada para atender à reivindicação do Conselho Episcopal LatinoAmericano, que organiza a conferência de cerca de 300 bispos da América Latina e do Caribe, marcada para maio de 2007. Ainda não foi definido o dia de maio em que o papa visitará o Santuário de Aparecida. No Vaticano - Ontem à tarde, o arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, participou de uma reunião anual em Roma e da audiência geral com Bento XVI. A viagem do arcebispo à Roma também foi para tratar dos detalhes da viagem do papa ao País com os organizadores da conferência. Dom Raymundo deve retornar ao Brasil no próximo dia 25. Inglês - Enquanto o Santuário Nacional de Aparecida se prepara para a visita ilustre, os comerciantes e hoteleiros também estão preocupados em recepcionar o grande número de turistas que devem visitar a cidade nos dias em que o papa estará no Brasil. Funcionários dos 130 hotéis que estão instalados em Aparecida começarão a ter aulas de inglês e espanhol a partir da próxima segunda-feira. Os lojistas da cidade sabem muito que devem se preparar. Em 2005, o Santuário Nacional de Aparecida registrou um movimento de 8,1 milhões de romeiros, superando o recorde de 2004, que foi de 7,8 milhões. O maior movimento num feriado da Padroeira, comemorado em 12 de outubro, foi registrado em 1996, com 215 mil romeiros. (AE)

Pavarotti e Roberto: show é cancelado

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governo de Minas Gerais e os produtores comunicaram ontem a suspensão do espetáculo Encontro dos Reis, que reuniria Luciano Pavarotti e Roberto Carlos na noite de sábado, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. A justificativa anunciada é que Pavorotti precisou ser hospitalizado anteontem, em Nova York. Ele teria sido internado com fortes dores na coluna. Seus empresários, Terri Robson e Harvey Goldsmith, informaram oficialmente que as apresentações confirmadas da turnê mundial do tenor italiano no Brasil, Argentina, Chile, Portugal e Bósnia foram suspensas pelos próximos 60 dias, pelo menos. Ainda não foi definida a nova data para a realização do evento, que depende do estado de saúde de Pavarotti, de 71 anos. A turnê Farewell Tour marca a despedida do tenor dos palcos. "Ficamos surpresos, como todos vocês, com essa doença inesperada de Pavarotti. Ele estava de férias em

Barbados", comentou o empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena. Os organizadores disseram que empresários do tenor garantiram que o espetáculo será realizado em 2006. "Há a possibilidade de que a retomada da turnê do Pavarotti comece por Minas", afirmou Sirena. Segundo Alexandre Accioly, da Accioly Entretenimento, uma nova data será marcada entre os meses de maio e outubro. A expectativa era que o megashow (com entrada gratuita) atraísse um público de cerca de 300 mil pessoas O palco já estava sendo montado no centro de eventos Mega Space, em Santa Luzia. Chamadas publicitárias também estavam sendo veiculadas. Pelo cronograma, Roberto Carlos e Pavarotti desembarcariam hoje na capital mineira. O espetáculo foi anunciado pelo governador de Minas, Aécio Neves, no final do mês passado, mas a confirmação só ocorreu na última semana. Aécio considerou a suspensão "uma lástima". (AE)

Mais de 8 milhões de fiéis visitaram a basílica de Aparecida no ano passado. Em maio de 2007, com a visita do papa, espera-se movimento muito maior.

ENGAVETAMENTO Um engavetamento envolvendo cinco veículos no quilômetro 367 da rodovia Régis Bittencourt, em Miracatu, deixou três pessoas mortas e uma gravemente ferida. O acidente aconteceu por volta das 11h30 e causou cerca de três quilômetros de congestionamento nos dois sentidos.

MORTE NA ESTRADA Cinco pessoas de uma mesma família morreram em um acidente automobilístico anteontem à noite, na BR-116, no bairro Tarumã, em Curitiba. O Fusca em que seguiam de Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, para a capital paranaense, teve o capô arrancado.

Evelson de Freitas/AE

Jonas Oliveira/Folha Imagem

HELICÓPTERO

U

REIVINDICAÇÃO

V

iúvas de policiais civis e militares protestaram ontem (foto acima) no Centro da cidade. Elas reivindicavam a extensão do aumento concedido à categoria pelo governo estadual aos inativos. O aumento, a ser

repassado em maio, prevê R$ 100 de gratificação para policiais de cidades com menos de 50 mil habitantes; R$ 200 para cidades de 50 a 200 mil habitantes; R$ 350 para cidades de 200 a 500 mil habitantes e R$ 580 para cidades com mais de 500 mil habitantes. (Agências)

m helicóptero caiu na manhã de ontem em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, a cerca de um quilômetro do ExpoTrade, onde acontece o encontro da Organização das Nações Unidas sobre biodiversidade e biossegurança. Ele estava a cerca de 50 metros do solo. Havia duas pessoas a bordo e uma foi levada ao hospital com um corte no braço. O aparelho, modelo Robson 22, da Escola de Aviação Civil, acabara de levantar vôo do aeródromo de Pinhais, levando o instrutor Anderson Couto e o aprendiz identificado como Getúlio. Este estaria no comando do helicóptero no momento em que foi verificada uma pane no motor. Couto tentou retomar o controle, mas não evitou a queda. (AE)


BITA

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9 -.CIDADES & ENTID

Robson Fernandjes/AE

Prefeitura que menos ônibus e mais lugares

Secretário anuncia revolução no sistema de transporte coletivo da cidade, mas ainda não te data para as mudanças. A essência do plano est prevista desde a concepção do bilhete único, n primeira metade da gestão anterior.

M

ais do que anunciar uma revolução na organização do sistema de transporte coletivo, a Prefeitura apresentou ontem as condições que vão pautar a atual negociação com empresários do setor e futuros diálogos com cooperativas de microônibus. O plano de reorganizar a rede, com redução de linhas e aumento da oferta de lugares para os passageiros, é o mapa a ser buscado pelo município. Resta saber se os demais envolvidos estão de acordo com a idéia. Depois de apresentar as metas e objetivos do plano, o secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, disse que a Prefeitura não tem cronograma definido para iniciar a reorganização das 305 linhas que circulam na capital. A pasta ainda precisa chegar a um acordo com os concessionários (empresas de ônibus), que hoje completaram a lista de reivindicações ao município. Estimativas otimistas de técnicos da São Paulo Transporte (SPTrans) prevêem de 9 a 12 meses para as mudanças serem adotadas. "Não há cronograma porque ele depende das conversações finais com os concessionários, permissionários e com a população", disse Bussinger. Amanhã à tarde ele voltará a tratar do assunto, na Câmara. Os vereadores convocaram Bussinger a dar explicações sobre o impasse entre Prefeitura e empresas. Para amenizar o clima, que não será dos mais amistosos, o secretário levará o que considera solução para o sistema. Pelo plano haverá redução de 1.305 para 813 linhas (37,7%) e leve variação de quilômetros percorridos por dia - de 3,28 milhões para 3,17 milhões. Mas a oferta de lugares - isto é, a quantidade de pessoas que podem ser

A idéia principal é reorganizar as 1305 linhas que circulam na capital. Os mais otimistas prevêem de 9 a 12 meses para as mudanças serem adotadas.

CONGESTIONAMENTO A forte chuva que caiu ontem à tarde em pontos isolados na via Dutra – além do excesso de veículos – provocou um congestionamento de cerca de 13 quilômetros na estrada, na região de São José dos Campos. De acordo com a empresa Nova Dutra, foram oito quilômetros de lentidão.

TOMBAMENTO O tombamento de uma carreta na manhã de ontem deixou a rodovia Castelo Branco com cerca de dois quilômetros de congestionamento. O acidente, que não teve feridos, aconteceu por volta das 10h, na altura do km 19, na região de Osasco, na Grande São Paulo.

SEM GRIPE

O

Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Campinas, divulgou ontem os resultados da segunda fase do Programa de Monitoria Ativa para Influenza Aviária. Exames feitos em 105 mil amostras de aves, deram resultado negativo para o vírus da influenza aviária. As amostras foram coletadas em 13 estados e no Distrito Federal. Foram usadas as técnicas de sorologia e isolamento viral. "Não encontramos amostras positivas. Concluímos este inquérito para atestar, entre outros aspectos, que o vírus H5N1 não está circulando no Brasil" afirmou o coordenador de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota. (AE)

GEMAS

D

uas pessoas foram presas na madrugada de ontem quando tentavam embarcar para a Espanha com seis quilos de pedras semipreciosas com documento fiscal falso, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Segundo a Polícia Federal, durante fiscalização de rotina no aeroporto o espanhol M. F. I. V., 45 anos, foi surpreendido com as pedras em cinco caixas e em diversos pacotes escondidos em sua bagagem. Já o paulista S. S., de 69 anos, transportava o restante do material em três caixas e em uma mochila. O espanhol contou à PF que levaria as pedras para serem vendidas na Europa. Os presos responderão pelos crimes de tentativa de contrabando e uso de documento falso. (AE)

transportadas - vai subir d 903 mil para mais de 1 mi A secretaria quer baixa 8 para 6 o número máxim passageiros por metro quadrado, assim como o tempo de espera pela condução e a distância en casa do passageiro e o primeiro ponto de ônibus Com isso, espera-se não s população mais bem atendida, mas um sistema menos custoso. "Se eu tiver uma linha c 30 veículos, e não 3 linhas 10 veículos cada, é melho pessoa não vai precisar esperar o ônibus certo, qualquer um serve", disse Bussinger. Ele lembrou qu além de sobreposições de ônibus e microônibus, há casos de roteiros semelha entre veículos iguais, isto entre concessionários e en permissionários. A essência do plano apresentado ontem é o qu estava previsto desde a concepção do bilhete únic na primeira metade da ge Marta Suplicy (PT). Empresários – Para os empresários, a receita do sistema cobriria com folg gastos se fosse repartida corretamente. "Às vezes, bilhões bem distribuídos poderiam sobrar", cogitou dos empresários que ped para não ser identificado. donos dos consórcios continuam dispostos a rescindir o contrato caso a reivindicações não sejam atendidas. A principal delas é renovação da frota. Bussi quer pelo menos mil novo ônibus - que têm idade m de 6,2 anos - na cidade. A renovação, para ele, é condição fundamental pa novo sistema funcionar. O empresários se recusam a gastar dinheiro em novos carros enquanto a Prefeitu não definir um cronogram de investimentos previsto em contrato, como a construção de corredores e terminais. (AE)

Município cobra IPTU já pago

C

ontribuintes da capital que pagaram em dia a primeira parcela do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) estão levando um susto ao receber a notificação para a quitação da segunda parcela. No mesmo boleto, vem uma mensagem informando que a primeira não foi paga e o contribuinte pode ser acionado judicialmente. A Prefeitura já avisou que os contribuintes que têm o comprovante de pagamento devem ficar tranqüilos. "Entrei no site da Prefeitura para confirmar e lá consta a dívida e o valor já está acrescido de juros", disse a arquiteta Cristina Corbett Mammini. Ela usou o serviço 156 para tentar corrigir o erro, mas foi orientada a procurar a Subprefeitura do Butantã, onde fica seu imóvel. Lá disseram que tinha ocorrido um problema no sistema e levaria até 40 dias para dar baixa na dívida. "Mudaram o sistema e deu nisso. Quando eram os carnês, isso nunca aconteceu", criticou. "A Prefeitura gasta mais

com correio, mas não tem sistema eficiente." O IPTU da casa do p Cristina, quitado em cota ca também teve problema mostra os documentos e a ta de cobrança informand bre a dívida já paga. "Te outras casas na mesma s ção. Vários amigos també tão reclamando desse err mesmo problema teve o nauta Luis Daniel Ferr "Paguei o imposto ante vencimento e recebi a nov brança. Reclamei e me d ram que são necessário dias para regularizar", dis Internet - A Prefeitur gou que leve 40 dias para formação do pagamento gar ao sistema. De acordo a Secretaria de Finanças, p dos erros pode ter ocorrid conta do Carnaval. Segun secretaria, o contribuinte se informar pelo site www feitura.sp.gov.br, consu do, além da opção "débit de "emissão de 2ª via". E g tiu que, se o pagamento fo to, o contribuinte não acionado. (AE)


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INTERNACIONAL - 13

AS MAIS MODERNAS TECNOLOGIAS SERÃO USADAS PARA A PRESERVAÇÃO DOS SEIS MIL KM DO MONUMENTO CHINÊS Frederic J. Brown/AFP

U

m livro escrito por alguns de seus assessores mais próximos, entre eles seu médico particular, narra os últimos momentos da vida do papa João Paulo Segundo, revelando que os médicos perceberam na tarde de 2 de abril que seria inútil qualquer nova intervenção médica. João Paulo morreu às 21h37 do dia 2 de abril de 2005, depois de entrar em coma duas horas antes, escreve o médico Renato Buzzonetti no livro "Lasciatemi Andare" ("Deixem-me Ir"), trechos do qual foram publicados por jornais italianos ontem. O título foi inspirado nas últimas palavras compreensíveis ditas pelo pontífice, por volta das

15h30: "Deixem-me ir para a casa do Pai". Buzzonetti faz uma crônica com descrições detalhadas dos últimos dias, horas e minutos do papa. Vários dos detalhes já haviam sido divulgados pelo próprio Vaticano em setembro do ano passado numa atitude incomum de transparência. O papa foi hospitalizado em fevereiro e em março de 2005. Durante a segunda internação, foi submetido a uma traqueostomia para respirar com mais facilidade. Buzzonetti conta que no dia 31 de março, três dias antes de morrer, o papa assistia a uma missa em sua capela quando sentiu um "calafrio repentino e tremores violentos".

A temperatura do pontífice chegou rapidamente a quase 40 graus. Ele teve um choque séptico, causado por uma infecção no trato urinário, e um colapso cardiovascular. Mesmo assim, pediu para permanecer no Vaticano em vez de voltar ao hospital. Na manhã seguinte, o papa estava "consciente e sereno" na missa celebrada às 6h em seu quarto, rodeado por prelados e irmãs polonesas e sua equipe médica. Na tarde de 2 de abril, "os médicos perceberam que o fim era iminente e qualquer medida terapêutica agressiva seria inútil", contou Buzzonetti. Por volta das 19h30 ele entrou em coma. (AE)

Italianos buscam parceiros no Brasil

U

ma delegação da região italiana da Úmbria esteve em São Paulo para discutir o acordo de colaboração entre quatro regiões italianas (Úmbria, Marche, Toscana e Emiglia Romagna) e territórios dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em especial as áreas da Serra da Mantiqueira. O secretário de recursos humanos e financeiros da Úmbria, Vincenzo Rionni, chefe da delegação, teve

um encontro com o cônsul geral italiano Marco Marsilli na semana passada, para comentar o acordo. Na reunião, ele afirmou que "a Úmbria não desembarca no Brasil somente para vender seus produtos, mas acima de tudo para buscar partners produtivos e comerciais, em conjunto com os quais enfrentar em condições de igualdade e colaboração o desafio comum do crescimento e do desenvolvimento". O objetivo da missão foi

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discutir projetos voltados para pequenas e médias empresas nos setores de madeira, energia, tecnologia, comércio e certificação de qualidade de produtos, além de turismo e políticas sociais. Além disso, foi criado um "Desk Umbria" na sede do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE www.ice.it) que pretende dar informações e assistência a empresas umbras e brasileiras interessadas em firmar parcerias.

A velha muralha da China vai passar por reformas governo da China decidiu usar as mais modernas tecnologias de análise geográfica – como telêmetros a laser, sistemas de localização via satélite, câmeras digitais e programas de reconstrução de estruturas em computador – na maior pesquisa sobre a Grande Muralha já realizada pelo país. O conjunto de mais de 6.000 quilômetros de extensão, Patrimônio da Humanidade, tem apenas um quinto de sua estrutura preservada e vem sendo alvo de denúncias sobre má conservação e mesmo de destruição por chineses

O

do campo que, na falta de dinheiro, usam as pedras da muralha para construir suas casas. Segundo o jornal "China Daily", a pesquisa faz parte de um projeto de preservação da muralha que começou mês passado e deverá durar 10 anos. O diretor do Departamento de Administração Estatal do Patrimônio Histórico da China, Chai Xiaoming, afirmou que o levantamento geográfico levará dois anos para ser feito e servirá de base não apenas para a reconstrução de áreas destruídas, mas também para delimitar as áreas de preservação em torno. " Equipes especiais vão fiscalizar os arredores da muralha para coibir futuros

vandalismos", disse ele. Há dois meses, o governo de Pequim decidiu proibir eventos na muralha, que vinha sendo usada para todo o tipo de festa, de "raves" para mil pessoas a coquetéis de lançamento de produtos. Fotos de gente urinando na muralha e do lixo deixada pelos convidados dos eventos, na internet, provocaram indignação nos chineses. Até hoje, o governo da China nunca havia realizado um projeto de mapeamento efetivo do monumento. A Grande Muralha, na verdade um conjunto de grandes muros rasgando a China de Leste a Oeste, começou a ser construída por volta de 1.500. (AOB)

Factoring

DC

Os últimos momentos do papa

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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4 -.ESPECIAL

quinta-feira, 16 de março de 2006

Suor excessivo é desagradável. Mas tem cura Suar em demasia nas mãos ou axilas é uma disfunção de nome hiperidrose. Não é uma doença grave, mas constrangedora. O melhor é buscar tratamento correto; uma cirurgia, se for o caso

E

m uma situação tensa ou de conflito, uma pessoa começa a suar excessivamente pelas mãos ou axilas. Pode parecer que está nervosa ou passando por um momento complicado. Mas, na maioria dos casos, trata-se de uma disfunção chamada hiperidrose. Ainda pouco conhecida, essa hiperatividade das glândulas sudoríparas possui uma incidência de 0,6 a 1% da população, segundo a Universidade Federal de São Paulo. A hiperidrose funciona da seguinte maneira: o suor serve para o controle da temperatura corpórea, especialmente durante o exercício ou sob temperaturas mais elevadas do ambiente. A sudorese é regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático, que em alta atividade leva à transpiração. Existem dois tipos de hiperdrose. A primária se inicia sem motivo aparente e os sintomas podem ocorrer na infância, na adolescência ou vida adulta. A secundária pode vir na menopausa, no tratamento com antidepressivos, problemas de tireóide ou neurológicos, ou ainda com obesidade. Pode afetar todo o corpo ou ser confinada à região palmar, plantar, axilar, inframamaria, inguinal ou crânio-facial. Não é uma doença grave, mas o portador geralmente se depara com situações constrangedoras. Segundo a cirurgiãplástica Audrey Katherine Worthington, os pacientes buscam ajuda quando se depararam com algum embaraço social e que, geralmente, causa transtornos psicológicos ao portador: “A sudorese excessiva e constante é constrangedora, desagradável, que dificulta as atividades do dia-a-dia e interfere no trabalho, no lazer e nas atividades sociais. Atividades diárias como escrever, aper-

Leonardo Rodrigues/Hype

Cláudia Oyano se vale do ventilador para secar suas mãos. Ajuda um pouco, mas não resolve nada

tar a mão de outra pessoa, segurar papéis e outras atitudes simples podem ser adversamente afetada pela hiperidrose.” Quando o quadro de hiperidrose é grave, ocorre gotejamento espontâneo na região afetada. Nos casos mais graves, a pele pode ficar macerada ou mesmo fissurada. Quando a sudorese é mais intensa na região axilar, outros sintomas desagradáveis são relatados. O exsudato pode causar odor fétido (bromidrose), causado pela decomposição do suor e debris celulares de bactérias e fungos. Assim, pode contribuir para o aparecimento e manutenção de outras doenças de pele como infecções piogênicas, fúngicas, dermatite de contato, etc. A representante comercial Claudia Oyamo, 26 anos, convive com a disfunção há oito anos, principalmente nas

mãos e axilas. Segundo ela, seu maior desconforto é com as constantes marcas de suor embaixo do braço: “Faço minha higiene de tempos em tempos. Levo meu creme antitranspirante e reaplico de tempos em tempos. Na mão uso álcool em gel toda hora para não correr o risco de cumprimentar uma pessoa com a mão molhada”. Seu momento de maior constrangimento foi quando buscou orientação médica e o namorado brincou sobre o excesso de suor: “A brincadeira me magoou, mas me encorajou a buscar ajuda.” Botox Existem dois tipos de tratamentos para hiperdrose: com botox ou cirurgia para cortar o sistema nervoso simpático. A toxina botulínica (Botox, Dysport), famosa pelo tratamento de rugas da face, pés de galinha e pescoço, se tornou

uma alternativa segura e simples para o controle da sudorese excessiva palmar e axilar. “Existem estudos comprovando que 92% dos pacientes ficam satisfeitos com os resultados desse tipo de tratamento”, informa Audrey. Quando aplicada na pele, a toxina botulínica neutraliza a liberação de acetilcolina pelos nervos que atuam sobre as glândulas sudoríparas. Como o nervo permanece íntegro e a glândula de suor também, após um tempo ocorrem brotamentos novos nesses nervos e o estímulo às glândulas volta e é necessário a reaplicação após esse período. O procedimento é simples, sem internação ou anestesia, e o paciente pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia. Nas mãos, pode-se colocar gelo, pomada anestésica local ou fazer a aplicação de bloqueio anestésico troncular,

com uma injeção na região do punho, por onde passam os nervos de sensibilidade. Os resultados aparecem após uma semana de tratamento. Nesse caso, a pessoa pode ficar sem suar excessivamente durante um ano e depois o método tem de ser reaplicado. O tratamento custa por aplicação em média R$ 1600. O engenheiro civil Renato Annoni, 31 anos, que possui a hiperidrose nas axilas desde criança, já tentou o tratamento de botox. Apesar do resultado satisfatório, está pesquisando o método via cirurgia e fará com recursos próprios, já que o convênio não cobre as despesas: “Quero fazer cirurgia para tentar resolver o problema. Já me deparei em situações difíceis. Por exemplo, quando vou a um bar com os amigos, começo a transpirar e, com receio das pessoas perceberem, fico

nervoso e suo mais ainda. É um efeito dominó. Outra situação complicada é em apresentações na empresa. Como trabalho em um grande banco, quem está na reunião e me vê suando acha que estou nervoso por causa da situação e não sabe da minha disfunção”. A cirurgia que o engenheiro quer fazer é conhecida como Simpatectomia (interrompe a transmissão dos nervos responsáveis pelo suor excessivo). É a alternativa de tratamento indicada somente para casos mais graves, após a tentativa com o uso da toxina botulínica tipo A. Através da videotoracoscopia, com pequenas incisões, o cirurgião pode retirar ou destruir a porção da cadeia simpática que interessa no tratamento da afecção. É método seguro, pois permite a abordagem precisa, sob visão direta, poupando as estruturas vizinhas, particularmente o gânglio estrelado. O resultado é imediato e duradouro. O paciente recebe alta no dia seguinte à operação e retorna rapidamente a suas atividades habituais. Segundo a doutora Audrey, o risco da cirurgia é desenvolver a hiperhidrose compensatória, ou seja, o suor exagerado pode migrar para outras regiões do corpo até então não afetadas, geralmente no dorso e coxas. De acordo com estudos feitos pela Universidade de São Paulo, essa compensação provavelmente representa uma resposta termo-reguladora do organismo. Esta condição é tolerável para a maioria dos pacientes: cerca de 10% apenas se queixam desta perspiração excessiva, mas a toleram melhor que a sudorese palmar. Na maioria dos casos, o quadro melhora com o passar do tempo (aproximadamente seis meses) ou o paciente aprende a conviver com ela.


quinta-feira, 16 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Moda Finanças

9 Tons fortes como o terracota, verde, azul e rosa são os destaques da coleção da Green.

MARATONA DE DESFILES TERMINA HOJE

Fotos: Roberto Donasc/Futura Press

A passarela da Green foi inspirada em uma gaveta de uma caixinha de música. De lá, surgiu a bailarina Ana Botafogo.

PRÊT-À-PORTER Infância colorida surge de dentro da caixa de música Modelos mirins da Green e da Brooksfield encantam a platéia do Jockey Club

E

m uma única palavra: encantamento. Em seu terceiro dia de apresentação do outono-inverno 2006 no Jockey Club de São Paulo, a quinta edição do Prêt-à-Porter Brasil levou celebridades à passarela e centenas de mães – de diversas faixas etárias – ao delírio, durante os dois desfiles de ontem. Se no primeiro, da Green, elas extravasaram orgulho ao ver seus pequenos dividindo a cena com Glória Pires acompanhada dos filhos Ana (5 anos) e Bento (1 ano e cinco meses), logo depois, ao conhecerem os lançamentos da Brooksfield, foram a outro extremo de sensação. Desta feita, por obra e graça de Rafael Calomeni, o galã das novelas América e Mulheres Apaixonadas, que perturbou o imaginário da platéia feminina. Sob uma noite de lua cheia, as primeiras das muitas emoções que tomaram conta do público do evento promovido por André Skaf e Omar Sahyoun teve como estrela Ana Botafogo. Convidada pe-

la Green, ela representou uma bailarina clássica, daquelas que giram sobre si mesmas e com os pés em ponta dentro de uma caixinha de música, inspiração que deu o tom de nostalgia e compôs o cenário para a descolada grife infantil. A performance da eterna primeira-bailarina carioca conduziu a apresentação, na qual destacaram-se looks bordados à mão, bolsinhas, chapéus, estampas antigas, apliques, babados e franzidos. Uma coleção romântica com pincelada retrô, é verdade, porém moderna. Dividido em linhas temáticas (Folk, Farm e Urban), o conjunto privilegiou tecidos como moleton, veludo, malhas e cotton. Entre as tonalidades eleitas para a próxima estação, muito terracota, verde, azul, rosa e violeta em padronagens florais, listras e xadrezes. Sedução italiana – Para um público bem mais crescidinho, a Brooksfield enalteceu a elegância e a vaidade do homem moderno que se cobre de prata, cinza e chumbo. Respeitadas as temperaturas de um

país tropical, a marca exibiu peças caracterizadas pela alfaiataria perfeita e modelagem justa à silhueta. E se o veludo e a malha ganharam papel de destaque na confecção de casacos, paletós e blusões – conjugados inclusive com jeans desgastados -, Rafael Calomeni personificou, para deleite das mulheres apaixonadas presentes, o ideal masculino de elegância para um inverno genuinamente brasileiro com a essência do luxo italiano. Mas, no final, quem roubou a cena foram as crianças. A coleção infantil da Brooksfield encantou a platéia. Os pequenos envergaram modelos de costume completo, em versões mirins, mas com corte impecável. Aberta na última segundafeira, a quinta edição do Prêt-àPorter chega ao fim hoje à noite. Após as apresentações das marcas Lilica e VR, organizadores, diretores de grifes e convidados seguem para a casa noturna Disco, para comemorar o cumprimento de mais uma maratona de desfiles.

A atriz Glória Pires apresentou os modelos da Green com sua filha Ana, de 5 anos, e com o pequeno Bento, de 1 ano e cinco meses.

João Jacques

Tecidos com estampas camufladas, xadrezes, listras e cores fortes no inverno


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quinta-feira, 16 de março de 2006

ESPECIAL - 7

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

A saúde no pedal: o passeio à noite pela cidade (como nas avenidas largas da Cidade Universitária) tem se tornado um hábito cada vez mais comum de grupos espalhados pela cidade. Esta aí é a equipe da Race

SERVIÇO

Os passeios de bicicleta pela cidade V

ários grupos saem para pedalar quase todas as noites em São Paulo. Veja o local mais próximo de você e os horários das saídas. Segunda-feira · Para os novatos, o Clube dos Amigos da Bike faz um passeio muito light, em que é possível aprender o básico no uso da bicicleta, desde a troca das marchas até dicas de segurança. Ritmo super leve. Ponto de encontro em frente a Oca do Ibirapuera (bolsão de estacionamento em frente ao portão 02, ao lado da Oca, dentro do parque). Horário de saída da pedalada pontualmente às 20h30. Veja mais no site do CAB (www.cab.com.br). · Ritmo avançado, média de 20 km/h. A Turma do Starbik e r s ( w w w . s t a r b ikers.pre.nom.br) sai às 21 horas e ponto de encontro é em frente a Pizzaria Piu Bella, na Rua Onze de Junho nº 372, Vila Mariana. · Os Lokobikers (www.lokobikers.com.br) saem do Parque das Bicicletas, esquina das avenidas Ibirapuera e República do Líbano. O grupo se reúne a partir das 20h30. Apareça antes para confirmar e conhecer o pessoal. · Pedal do Bar Favela, ritmo light, indicado para os que desejam fazer novas amizades. Os participantes se encontram no Bar Favela, avenida Lavandisca, 590, esquina com alameda Jauaperi. (www.barfavela.com.br). Terça-feira · NightBikers (www.nightbikers.com), o original, onde tudo começou. O ponto de en-

contro é na rua Pacheco de Miranda, 141, pertinho do parque e ao lado da Juscelino. Ritmo moderado. · Só para as mulheres. O Saia na Noite (www.saiananoite.com.br) sai toda terça da Doceira Ofner, avenida Nove de Julho, 5623, esquina da rua João Cachoeira. O uso da camiseta do grupo é obrigatório e pode ser adquirida no local. · Na Zona Leste, para treinos de ciclismo speed e MTB Street. Na avenida Tiquatira (entre a Amador Bueno da Veiga e rua Nhatumani) tem um percurso de 2.9 km bom para treinos em ritmo de competição, pedaladas fortes. Os treinos nas terças e quintas-feiras das 19h às 21h. Quarta-feira · Clube dos Amigos da Bike (www.cab.com.br) sai para pedalar a partir da Oca do Ibirapuera. É bom também conferir no site (horário às 20h30!). Ritmo moderado.

· SampaBikers (www.sampabikers.com.br) divide o passeio em três grupos: light para iniciantes com percurso de 10 a 15 km; turismo com ritmo demorado em 20 km; especial para os veteranos pedalarem 30 km. O ponto de saída é na Camelo Pizzaria, avenida JK, 151. Obrigatório usar uma camiseta do grupo e pode-se comprar na hora. · Tao do Pedal (www.otaodopedal.com.br) é uma loja que fica na rua Araçari, 208, Itaim, e toda quarta-feira promove um passeio pela cidade. Confira o mapa no site. Ritmo avançado. · Bike Star, saída às 20h30 na rua Lins de Vasconcelos, 2304. Quinta-feira · MoonlightBikers ( w w w . m o o n l i g h t b ikers.com.br). O endereço de saída também é alameda Jauaperi, 431, em Moema, da loja Trek Store. Ritmo light. · Starbikers (www.starbi-

kers.pre.nom.br) sai com o ritmo moderado às 21 horas e o ponto de encontro na Pizzaria Piu Bella, Vila Mariana. · O Lokobikers (www.lokobikers.com.br) sai do Parque das Bicicletas, esquina de Ibirapuera com República do Líbano. · TotalBike (www.totalbike.com.br) sai num ritmo leve às 21 horas da rua São Sebastião, 454, Santo Amaro: 51839499 · O Clube dos Amigos da Bike (www.cab.com.br) promove passeios na região do Grande ABC. O ponto de encontro fica na avenida Kenned, 1155, Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo, às 20h30. · BikeTime (www.biketime.com.br) sai da rua Luis Góes, 1.343, telefone 50723608. · Tutto Bike (www.tuttobike.com.br) sai às 20h30 da avenida Pompéia 787

· BlueBike, (www.bluebike.com.br) sai às 20 horas da avenida Diógenes Ribeiro de Lima, 3040. · Uma turma pratica e treina ciclismo Speed e MTB Street na avenida Tiquatira (entre a Amador Bueno da Veiga e rua Nhatumani, na Zona Leste) todas as terças e quintas das 19h às 21h. Informações pelo 2959726 c/ Valdir ou Clayton. Sábado · Todo sábado tem trilha. O ponto de encontro é no portão 2 do Ibirapuera. Saída às 7h15. Chegue com pelo menos vinte minutos de antece-

dência.

Domingo · Turma da Fnac. Ponto de encontro: Fnac da Pedroso de Morais, com saída às 9.30. Passeio light pela cidade, coisa de 20 a 25 km. Em todos os passeios o capacete é obrigatório, a bike tem de estar em bom estado, com freios e câmbio em ordem. Não deixe de levar água, ferramentas para a sua bike e, importante, uma câmara reserva. Respeite sempre o guia do grupo e nunca o ultrapasse, mantendose à direita.


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Nacional Tr i b u t o s Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

Logotipo com as cores da bandeira brasileira associa marca ao artesanato local

A META É TER 80 FUNCIONÁRIOS ATÉ O FIM DO ANO

Marcos Fernandes/Luz

RETALHOS Panos costurados viram um sucesso internacional Aposentada transformou hobby em uma lucrativa empresa de patchwork. O negócio prosperou tanto que a empresária agora exporta bolsas em jeans e lona para o México e Itália, e promete novos rumos no segundo semestre.

Q LETREIRO

O

nome é inspirado em um brinquedo quebracabeça chamado 1001 Peças. "Entendemos que o patchwork é uma espécie de quebracabeça e, por isso, fizemos a analogia", conta Paulo Francis, administrador da 1001. Ele ressalta que alguns trabalhos já desenvolvidos, como painéis e colchas, chegaram a ser formados por 5 mil retalhos costurados um a um. Já o logo foi desenhado com as cores da bandeira do Brasil, no formato de quatro retalhos costurados, com a intenção de sempre associar a empresa ao artesanato local.

SEGREDO

O

sucesso de Evani Ribeiro é associado ao seu dom para a costura, à persistência e, principalmente, à criatividade. Sua criação é considerada tão importante que até hoje, mesmo sem colocar a mão na máquina diretamente, é responsável por todos os novos projetos da empresa. "Tudo passa pelo meu crivo. Precisa haver uma pureza muito grande nas costuras, nas cores e modelos", diz. A coleção lançada recentemente, "Isto é Brasil", cujo tema é a cultura e o povo brasileiro, por exemplo, teve participação importante de uma de suas bordadeiras, mas foi ela que deu a palavra final.

EMPREENDEDORES Evani mostra uma peça de sua nova coleção "Isto é mais Brasil", cujo tema é a cultura do povo brasileiro

Clarice Chiquetto

uando começou a costurar bolsas com antigos retalhos na lavanderia de sua casa, em Atibaia, interior de São Paulo, Evani Ribeiro buscava apenas uma atividade para se divertir e ganhar um dinheiro extra. Nunca imaginou que abriria uma empresa formal, exportaria para a Itália e México, e que a procura por seus produtos fosse tão grande que superaria a produção. Atualmente, a 1001 Retalhos Patchwork produz 2,5 mil bolsas por mês e ainda assim não consegue suprir todos os pedidos. Paulo Francis, genro de Evani e um dos administradores da empresa, conta que, se o empreendimento fechasse as portas hoje, os funcionários ainda teriam de trabalhar um mês para atender às encomendas já feitas. Há 20 anos, entretanto, a empreendedora Evani, professora de educação física aposentada aos 45 anos, procurava apenas uma terapia ocupacional que ajudasse a aumentar o valor que recebia do governo. Tentou diversas atividades antes do patchwork. "Criei escargots, fiz biscoito, até que resolvi tentar mexer com patchwork, porque achava lindo e gostava de costurar", conta. Começou produzindo uma colcha de retalhos com calças jeans – sobras da loja de roupas usadas de seu filho – e panos de prato. Recebia elogios dos amigos e da família, que compravam tudo o que produzia. "Pessoas não lá muito sinceras, né? Eles só queriam me agradar", brinca, modesta. Incentivo No começo da década de 1990, foi enviada pela família, sua grande incentivadora, para o 3º Festival de Patchwork de Gramado. Levou na bolsa uma pequena embalagem que havia produzido e mostrou para outras costureiras. Recebeu muitos elogios. Incentivada, decidiu participar de alguns cursos no evento. "Escolhi os piores que tinha. Não conhecia as técnicas e me inscrevi em qualquer um", lembra. Mesmo assim, voltou de lá impressionada e decidida a se dedicar com mais ênfase ao trabalho. Com ajuda de outra costureira, começou a confeccionar diversos produtos. Em poucos anos, teve de contratar mais uma auxiliar. E, em 1997, uma encomenda de 200 embalagens de vinho feita por um supermercado, e que foi sucesso de vendas, obrigou o passatempo de Evani a tomar ares de negócio. Em 2000, teve de deixar a lavanderia de 20 metros quadrados em que trabalhava e alugar uma sala. Em um ano, essa sala havia se transformado em três e suas auxiliares já eram cinco. Nessa época, a linha de produtos de Evani era extensa. A

partir de jeans e algodão produzia jogos americanos, embalagens, bolsas, colchas e panos de prato. O foco da 1001 Retalhos só se voltou para bolsas no ano passado, quando percebeu que 85% das vendas se concentravam nelas. Um ano antes, em 2004, Evani participara de uma feira de patchwork promovida pelo Senac em São Paulo e vendera cerca de R$ 20 mil em bolsas – tudo o que havia levado. Fama Depois dessa feira, a fama do empreendimento começou a crescer tanto que foi preciso mudar novamente, agora para uma casa maior, pois as três salas ficaram pequenas. E, em setembro do mesmo ano, finalmente o "hobby" da aposentada se constituiu em uma empresa formal, filiada à Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Com a entrada na Abit, o negócio tomou proporções ainda maiores e, em janeiro do ano passado, depois de receber sua primeira encomenda internacional, vinda de uma rede de lojas de alto padrão do México, que comprou mil bolsas, a 1001 Retalhos se mudou para um grande galpão na Avenida Industrial Walter Kloth, onde está até hoje. A t u a l m e n t e , a e m p re s a produz 25 tipos de bolsas em jeans e lona de caminhão, cujos preços variam de R$ 40 a R$ 200 e recebe alguns pedidos especiais, como as 5 mil embalagens de vinhos e panetones que confecciona todo Natal para o Supermercado Santa Luzia, o mesmo que fez a primeira grande encomenda de Evani. São 45 funcionários, 14 contratados nos últimos dois meses, entre costureiras que trabalham no galpão, outras autônomas e dez representantes comerciais espalhados pelo País, além de 100 lojas vendendo seus produtos. Por enquanto, a empresa ainda não faz vendas ao consumidor final. Suas bolsas podem ser encontradas nas lojas listadas n o s i t e w w w . 1 0 0 1 r e t alhos.com.br ou na recém montada loja em frente ao galpão de produção, em Atibaia. O desafio atual da empresa é aumentar a produção para 4 mil unidades mensais até o final do ano. Para tanto, Francis calcula que seja necessário quase dobrar o número de funcionários. "Só não fizemos ainda porque o custo é muito alto. Quase 10% do nosso faturamento é investimento. Mas pretendemos atingir 80 funcionários ainda no segundo semestre", diz. Uma coisa é certa: público para atender as ambições existe. Os pedidos não param de chegar e, em junho, a procura deve aumentar ainda mais, pois a empresa foi convidada a participar da feira de patchwork de Milão, na Itália.

A coleção que mistura retalhos e jeans é uma das que mais faz sucesso no mercado internacional

Prateleira da loja de fábrica

Bolsas feitas com lona de caminhão e patchwork de algodão

Retalhos são costurados um a um em cada uma das peças Várias opções de desenhos

CABECEIRA

PEDRA

A

principal dificuldade da 1001 Retalhos foi o fato de ser gerenciada por pessoas de fora do ramo comercial: Evani, professora de educação física aposentada, e sua filha, Ana Paula, editora de livros. Elas não conseguiam lidar com o capital de giro ou montar um planejamento estratégico. Aprenderam "na marra" em 2005, depois de conseguir um financiamento do governo, de participar de uma feira em São Paulo – onde venderam R$ 40 mil e conquistaram clientes fixos –, e de criar um departamento de representantes comerciais. O resultado apareceu neste ano, quando a empresa, com faturamento mensal de R$ 110 mil, se tornou rentável.

A vez da inteligência cultural

A

inteligência cultural é o mais novo conceito do mundo corporativo. Conhecer os hábitos e as tradições de um povo pode ser a principal ferramenta de trabalho de um bom negociador no exterior. Por meio da descrição de situações comuns de negociação, os autores David C. Thomas e Kerr Inkson do livro Inteligência Cultural – Instrumentos para negócios globais (Editora Record) apresentam as formas de lidar com situações adversas em reuniões em diferentes países. Segundo os autores, é preciso levar em

consideração o código de ética da população, o nível de desenvolvimento social (para não oferecer, por exemplo, um produto muito luxuoso em um país pobre), além da legislação vigente e impostos. Dora Carvalho


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ESPECIAL

Velejar é boa terapia, brincadeira com a natureza

Leonardo Rodrigues/Hype

quinta-feira, 16 de março de 2006

Paulo Pampolin/Hype

Os velejadores que colorem as águas de Guarapiranga nos fins de semana são pessoas mais seguras, controlam seus estresses, sabem conviver. A água, o barco e o vento - o brinquedo com a natureza

E

sporte náutico significa uma relação harmoniosa entre homem e natureza - é o momento de brincar com o meio ambiente. Pode ser com a vela, canoagem, caiaque, kite surf, wind surf ou wake board. Em São Paulo, a brincadeira pode ser feita na represa de Guarapiranga, a praia dos paulistanos. Nos fins de semana suas águas ficam coloridas com diferentes modalidades. Segundo o velejador e proprietário do Centro de Vela Esportiva Pêra Náutica, Paulo Rodrigues Pêra, o crescimento do esporte náutico se deve ao destaque dado nas Olimpíadas de Atenas (em 2004) e com a medalha de ouro de Robert Scheidt. Depois disso a demanda pelos cursos cresceu aproximadamente 20% ao ano, de acordo com a Pêra Náutica. A vela, o kyte surf e o wind surf são as modalidades mais procuradas. O velejador, desde os 15 anos no esporte, conta que a proposta não é oferecer condicionamento físico ao praticante, mas sim uma terapia. Quando a pessoa está na água, não pensa em outra coisa a não ser no vento e em outros movimentos ao redor: “Está o tempo todo presente, como se fosse uma meditação”. São esportes que trabalham o comprometimento, a organização, planejamento, trabalho em equipe, caso seja mais de um, tomada de decisão, controle emocional, definição e cumprimento de meta, além

de desenvolver uma pessoa mais calma, que respeita a vida, o ser humano e a natureza. Por isso, o industrial Eduardo Montalto, 42 anos, matriculou as duas filhas no curso de Wind surf. Ele veleja desde 15 anos, o esporte náutico faz parte da tradição da família: “Meu pai gostava de barco e ia para o Guarujá todo fim de semana. Eu comecei com a vela laser, fui para hobby 16 e depois para o lighting. Busco o esporte na água como uma satisfação para me relacionar com pessoas de espíritos bons”. De acordo com a experiência de Montalto, que em fevereiro participou do campeonato Eldorado Brasilis em 17 dias, o esporte náutico, como a vela, é ideal para criança e deve ser incentivado pelos pais: “A criança cria bons relacionamentos, se integra com a natureza, é interessante para criar motivação nos estudos, conhece os limites do corpo, aprende a conviver com estresse e conflitos e lidar com o ser humano. Com essas características, ela consegue ir para o mercado de trabalho”. O engenheiro naval José Carlos Guimarães, 40 anos, está fazendo curso de vela com os dois filhos (8 anos e 11 anos) na represa de Guarapiranga: “Por causa das crianças, estava procurando um esporte que tivesse mais interação com eles. A vela ajuda na autoconfiança e a dar uma percepção diferenciada da vida”. Como trabalha cerca de dez horas por dia e ainda faz faculdade, o técnico de controlado-

Vela, canoagem, caiaque, kite surf, wind surf ou wake board: escolha a modalidade e caia nas águas de Guarapiranga. Relaxa e traz disciplina

ria Isaía Melo, 33 anos, optou pelo Wind surf para aliviar o estresse. Há 50 dias, aos sábados e domingos, começou a fazer curso e aprimorar a técnica: “Quando estou na água, parece que não tenho problemas. Percebi que estou mais paciente e mais relaxado com as tensões do dia”. O publicitário Plínio Pereira, 53 anos, já veleja há vinte anos na represa Guarapiranga e em Ilha Bela: “Como trabalho em uma produtora de cinema, preciso ser centrado, atento e com a cabeça leve para criar. A vela me trouxe isso”. Ele lembra que optou pelo iatismo porque queria um esporte limpo, sem poluição e que estivesse em contato com a água.

Curso de Vela A vela é exige que o praticante faça um curso. São duas escolas na represa Guarapiranga: o Centro de Vela Esportiva Pêra Náutica (www.peranautica.com.br) e o Dick Sail (www.dicksail.com.br). A maioria chega a partir dos 28 anos, já formada, com independência financeira para investir no lazer. O curso de 12 horas custa aproximadamente R$ 400. Na primeira aula o aluno aprende sobre meteorologia, condições do vento e como funciona a dinâmica da vela. Pode parecer um assunto chato e muito teórico, mas é fundamental esse processo para ser aplicado na água. A montagem é o segundo passo e faz

parte de um bom velejador montar sua própria vela e saber que tudo foi feito adequadamente. Aliás, é a segurança que está em jogo. São tantas peças para montar que o trabalho requer atenção e dedicação. Na quinta montagem o aluno já tem habilidade. Depois da parte prática, a hora mais desejada: ir para água. O leme dá a direção. A vela quanto mais caçada (ou seja, fechada) dá a velocidade. O velejador tem de ter controle dos dois ao mesmo tempo. As manobras representam que de fato o iniciante está velejando. É emocionante, mas convém ter muita atenção para o barco não virar. Desvirar o barco também faz parte da aula. Para

velejar com habilidade, o praticante terá de dispor de no mínimo vinte horas. Com o curso concluído, o instrutor da Pêra Náutica, Aguinaldo Nascimento Gonçalves, avisa que a compra da vela não pode ser imediata. O melhor caminho é alugar inicialmente para saber qual modelo se encaixa ao praticante. Além dos cursos, é possível alugar equipamento na escola, que também oferece estrutura, como resgate, vestiário e orientação dos instrutores. Para compra, a pessoa gastará por uma vela usada R$ 1.200. Além da represa Guarapiranga, outro endereço para a prática de iatismo é Ilha Bela, no litoral norte de São Paulo.


Ano 81 - Nº 22.087

s Vantagen da união s dos Fnoimsiac/6o Eco

São Paulo, quinta-feira 16 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h10

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

SILÊNCIO CONTRA LULA

Patrícia Cruz/LUZ

Alckmin saca arma eleitoral: a verdade. O presidenciável Alckmin vai atacar Lula com "a verdade". Já Lula sacou a arma da ironia: "Alckmin foi um adversário muito difícil, para o Serra". Com o governador, o presidente da ACSP, Afif Domingos (foto), propôs a jovens empreendedores em SP: Carta Universal dos Direitos do Empreendedor Afif elogiou em Alckmin "a determinação de lutar por um Brasil melhor". Eco/1; e Política/págs. 3 a 6

Nildo é ameaça a Palocci O caseiro Nildo (abaixo) compromete Palocci com suas inconfidências: "quinta sim, quinta não" o ministro aparecia para encontrar mulheres. Pág. 6

Celso Junior/AE

Mônica Canejo

O novo slogan do marqueteiro de Lula foi escrito para ele próprio não esquecer (ao lado): não vou responder. O silêncio de Duda, ontem, depois de já ter admitido que o valerioduto conduziu dólares para sua conta no exterior, pagando a campanha presidencial de 2002, pesa contra Lula. O senador Álvaro Dias quer que Lula seja citado no relatório final da CPI dos Correios. Pág. 6 Lula Marques/Folha Imagem

Leonardo Rodrigues/Hype

NESTA EDIÇÃO

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 20º C.

Nova Luz para a língua portuguesa Sons, imagens, filmes, obras de arte e jogos interativos fazem parte do Museu da Língua Portuguesa (foto), projeto high tech da nova Estação da Luz.Página 16

Aventura no paraíso do Caribe Irresistível República Dominicana (foto).

DC Boa Viagem


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

ESPECIAL - 9

Leonardo Rodrigues/Hype

Musculação, para emagrecer e ganhar peso Por mais contraditório que pareça, é possível emagrecer e ao mesmo tempo ganhar peso. Questão de equilíbrio, de treinos corretos e alimentação adequada: é a busca por um corpo mais bonito e definido

Q

uando o assunto é emagrecer, poucas pessoas pensam em musculação. O mito é antigo: musculação aumenta ou diminui o peso? Trata-se ainda de uma polêmica entre médicos, nutricionistas e professores de educação física. A verdade é que a balança se tornou uma grande vilã e quando se faz musculação há um aumento de peso, o que não significa que a pessoa não tenha emagrecido. E como emagrecer ganhando peso? Parece contraditório, mas a musculação contribui para a perda da porcentagem de gordura e, conseqüentemente, no aumento da massa magra (muscular). O que você prefere: perder gordura e ficar flácida ou emagrecer torneando os músculos e ter um corpo mais bonito e definido? O professor de musculação da Monday Academia, pósgraduado em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina, Giulliano Néri Colisse, explica que o músculo é um conjunto de fibras contráteis que reverte os ossos e dá sustentação e equilíbrio ao corpo. Durante o exercício de

musculação não existe a solicitação da gordura para gerar energia. A perda ocorre durante a recuperação ou descanso do treino. “O descanso depende de cada treino. Para iniciantes, o recomendável é que seja de 24 a 48 horas. Para os mais veteranos, o indicado é de 48 a 72 horas de descanso do músculo”. Depois do aumento da musculação, o próprio corpo acelera o metabolismo para manter a musculatura, o que provoca a queima de gordura. Por exemplo, se aumentou 453 gramas de musculatura, a pessoa queima de 30 a 50 calorias a mais no dia para mantê-la: “Esse gasto de calorias se dá na maior parte durante a recuperação do treinamento. Nesse período, 2/3 da gordura em estoque no organismo é nossa fonte principal de energia”. Para o professor de musculação da Bio Ritmo, Isaias Xavier, o furo do cinto deve ser a referência em vez da balança, pois a musculação é um exercício anaeróbico que ajuda a consumir o que a pessoa tem de reserva, o que estimula o emagrecimento: “Quanto mais a intensidade do treino dentro

do limite, maior será o gasto calórico”. Outra grande lenda da musculação é que a prática faz com que o corpo fique similar a de um fisiculturista. Colisse relata que isto só ocorre depois de muitos anos de treino com esse objetivo: “A musculação cria o enrijecimento e delineia o corpo”. A administradora de empresa Andréa Maia descobriu na prática com os resultados da musculação. Em um ano, com uma freqüência média de três vezes por semana, emagreceu 22 quilos com musculação e, obviamente, com uma dieta mais equilibrada. Além de ganhar um corpo mais delineado, reduziu o colesterol e triglicérides em 50%: “No término do meu mestrado, eu estava completamente sem energia e com alto nível de estresse. Dormir já não era mais suficiente para recarregar as baterias. Então procurei orientação médica e me recomendou exercícios físicos. Além disso, estava com a minha auto-estima baixa, porque o que via no espelho não me agradava. Procurei uma academia e com a orientação de um profissional, aliei trabalho de força,

Andréa Maia emagreceu com musculação. E ajudou a derrubar o mito de que a prática engorda

exercícios aeróbicos e uma boa alimentação”. O engenheiro agrônomo Celso Augusto Batista Campos também emagreceu 22 quilos. Há dois anos, chegou a pesar 102: “Estava me sentindo sedentário e sem disposição. A musculação me ajudou a enrijecer e modelar o corpo de forma saudável. Troquei gordura por massa magra”. Estresse O maior vilão para o acúmulo de gordura no corpo é o estresse. Vale lembrar que o estresse não é somente originado no ambiente de trabalho, mas tudo aquilo que causa desconforto ao ser humano. Quando o corpo entra na zona de desconforto e gera uma insatisfação, o organismo libera um hormônio chamado “cortisol”, cuja função é restabelecer o estado de equilíbrio. “Para isso pagamos um

preço meio caro: ele consome massa muscular e acumula gordura, como uma reserva de defesa”, explica o professor Giulliano. Segundo ele, em dias de tensão, de cansaço e de poucas horas de sono, o conselho é fazer um treino leve ou buscar algo que dê mais prazer. Mulher Apesar de os homens buscarem mais a musculação, as mulheres deveriam adotá-la como norma. A mulher tem em média uma porcentagem de gordura maior que o homem, o que gera mais flacidez. O homem tem como seu aliado para o aumento de massa muscular a testosterona (hormônio masculino): “O sexo feminino também tem esse hormônio, mas em uma quantidade muito baixa, o que é insuficiente para ter a resposta de treino tão rápida quanto o ho-

mem”, explica Colisse Além desse fator, a mulher também tem oscilações hormonais durante o mês. Durante o vigésimo terceiro dia e o vigésimo oitavo dia do seu ciclo mestrual (período da Tensão Pré-Menstrual) o stress está elevado. “Nesse caso, é indicado aproveitar ao máximo as outras semanas para evoluir o treino e deixar esta semana para descansar ou diminuir as cargas para não contribuir com a tensão”. Para um melhor resultado na diminuição da gordura corporal e a melhoria da massa muscular se dá com a união da musculação, o trabalho aeróbio (FC entre 60% e 70% da capacidade máxima) e a uma alimentação correta, balanceada e que forneça toda a energia necessária para realizar todo o treino completo.

Evite notícia ruim: passe o protetor solar Brasileiro tem essa mania de se expor ao sol, mas é perigoso não proteger a pele de raios ultravioletas, mesmo em dias frios. A exposição causa envelhecimento precoce, desidratação, lesões nos olhos e câncer

U

ma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostrou que o brasileiro não tem o hábito de proteger a pele diariamente com protetor solar. Para quem trabalha na rua exposto ao sol, a preocupação deve ser redobrada. Segundo a SBD, os grupos de maior risco são as pessoas com pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Atenção também para os que possuem antecedentes familiares com histórico de doença de pele, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas. Seja com histórico familiar ou não, a prevenção é fundamental, uma vez que a exposição ao sol causa envelhecimento precoce, desidratação, lesões nos olhos e câncer de pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção sejam adotadas quando houver exposição: uso de chapéus, camisetas e protetores solares. Também deve ser evitada, se

Patrícia Cruz/LUZ

A dermatologista Luciane Scattone e seu protetor diário

possível, a exposição solar entre 10 e 16h (horário de verão), mesmo nas grandes cidades. Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja, no mínimo, 15.

A dermatologista e professora da Universidade Federal de São Paulo, Márcia Yoshida, alerta que mesmo nos dias frios o protetor deve ser aplicado: “A questão é que a população não sabe que os raios ultravioletas também estão presen-

tes nos dias frios”. Cuidados Pequenos deslizes são suficientes para prejudicar a pele, alerta a dermatologista Luciane Scattone: “Alguns cuidados são necessários para evitar problemas como manchas e o ataque de fungos e bactérias como, por exemplo, não exagerar na exposição ao sol”. Segundo ela, o excesso de raios solares, além de provocar manchas e acelerar o envelhecimento, diminui a imunidade ao destruir as células de defesa situadas na epiderme. A exposição ao sol deve ocorrer pela manhã e no final da tarde. Meia hora de sol diariamente ajuda na síntese de vitamina D, a principal arma contra o raquitismo e a osteoporose. Outro cuidado importante é evitar o excesso de sabonete, o uso de buchas e os banhos quentes e demorados, pois removem a camada protetora da pele e aceleram a desidratação: “Fugir dos produtos que provocam alergia, secar bem as dobras para evitar fungos e bactérias, que adoram ambientes quentes e úmidos, evi-

tar o uso de tênis e usar chapéu ao sair ao sol são dicas preciosas para garantir uma pele saudável”. O que é a pele? A pele não é um simples revestimento, mas um dos órgãos mais complexos do organismo. Esticada, pode ocupar dois metros quadrados aproximadamente e tem inúmeras estruturas e funções: “Ela regula a temperatura corpórea, defende contra substâncias agressivas e determina a cor do indivíduo por meio da melanina - o pigmento que barra os efeitos nocivos do sol”, diz a dermatologista Luciane. Além disso, a pele tem um papel fundamental em caso de algum machucado. É nessas horas difíceis que ela atenua os impactos, não deixa o sangue escapar e, de quebra, trava lutas contra germes que tentam passar pela ferida. Ao mesmo tempo é capaz de denunciar sentimentos: “Ela deixa o rosto vermelho de vergonha ou pálido de medo”, exemplifica a dermatologista. E já que é assim, melhor protegê-la.

Riscos da exposição prolongada · Envelhecimento precoce, desidratação, lesões nos olhos e câncer de pele. Dicas importantes: · Protetor solar não confere proteção absoluta contra queimaduras ou câncer de pele. · Evite o horário entre 10 e 15h (não considerando o horário de verão). · Escolha um protetor solar com pelo menos FPS - 15 (fator de proteção solar). Aplique o protetor solar 30 minutos antes de se expor. · Reaplique o protetor solar quando você permanecer mais de 2 horas ao sol ou quando o filtro for retirado. Existem também produtos à prova d'água. · Para quem trabalha ao sol: use calças, camisas de manga comprida, chapéu de aba larga e óculos escuros com proteção ultravioleta. · Ensine as crianças a se proteger do sol desde cedo. · Mesmo nos dias nublados (mormaço), sob a água ou através do vidro nos carros com a janela fechada a radiação solar está presente. · Não esqueça de proteger as orelhas, lábios, pescoço, dorso das mãos e dos pés e onde o cabelo está rarefeito. Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica


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quinta-feira, 16 de março de 2006

Hellen engordou 70 quilos. Então operou o estômago E funcionou, ela voltou ao seu peso normal de 50 quilos. A obesidade mórbida virou um grave problema de saúde no Brasil: a operação resolve, mas tem seus riscos, como qualquer outra de grande porte Fotos: Luludi/LUZ

Q

uando a dona de casa Hellen Caldeira estava com 25 anos (hoje tem 27), engordou aproximadamente 70 quilos em apenas oito meses. O corpo esbelto de 50 quilos foi para 122. Foi uma das conseqüências de uma profunda depressão sem motivo aparente. Com sintomas de angústia, tristeza e solidão, seu único prazer era comer. Ela lembra que comia tudo o que via, independente se estava com fome ou não: “Cheguei a ficar quase 24 horas comendo. Comia tudo, de doces a salgados. Não chegava nem a saborear o alimento e já colocava outra coisa na boca”. Obesa e com depressão, Hellen já não saía de casa e não participava mais da vida social do filho de 5 anos, na época. Decepcionado e triste com a situação em que se encontrava a mãe, ele pediu: “Por favor, mamãe, emagreça para sair comigo e ir à escola”. A dona de casa não se esquece: “Aquele momento foi como uma facada em meu peito, porque em nenhum instante eu percebia que estava engordando. As pessoas falavam, mas somente quando meu filho me disse que eu acreditei e tomei providências”. A solução indicada para o caso foi a cirurgia de estômago em setembro de 2004. Um ano depois já tinha recuperado seus 50 quilos. Além do acompanhamento do cirurgião, Hellen passou pelo psicólogo, nutricionista e endocrinologista: “Aprendi a comer, a me controlar e a lidar com os problemas comuns do dia-a-dia”. Para controlar a flacidez, a dona-de-casa entrou na academia para fazer musculação, esteira e bicicleta. Feliz com o resultado da filha, a mãe Sônia Regina Schiachetti Caldeira, comerciante de 52 anos, também se encorajou a fazer a cirurgia. Pesava 125 quilos e seis meses depois da cirurgia já emagreceu 35 quilos: “Sei que tenho de eliminar alguns quilinhos, mas já me sinto outra pessoa,

A

Hellen foi de 50 para 122 quilos e hoje está assim, bem como antes. Sua mãe Sônia já emagreceu 35 quilos

mais disposta e feliz”. Obesidade Mórbida Obesidade mórbida é o termo usado para definir um aumento de peso muito além do normal. Na maioria das vezes vem acompanhada de outras doenças, como pressão alta, diabetes, problemas de articulação, respiração, etc. Para saber se a pessoa está com obesidade, a fórmula está no Índice de Massa Corpórea: Peso ÷

(Altura x Altura). Por exemplo, uma pessoa que pesa 130 kg e tenha 1,7, o cálculo fica 130 ÷ (1,7 x 1,7) = 44kg/m². Pessoas com o IMC acima de 40 são consideradas obesas mórbidas. Quem ficar com resultado acima de 35 deve procurar orientação médica. A obesidade se tornou um problema nacional. O Brasil ocupa o sexto lugar do ranking de países com maior nú-

mero de obesos. Segundo um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), existem mais de 400 mil obesos mórbidos só no Estado de São Paulo e mais de um milhão necessitam da cirurgia no País. O paciente com obesidade mórbida custa caro para a rede

privada e pública. As seguradoras e/ou convênios e o Sistema Único de Saúde gastam em média por ano R$ 5 mil por paciente. Em dez anos esse preço, pago em mais de 60% pelo SUS, chegará aos 25 bilhões de reais, se considerarmos apenas 50% da população de obesos mórbidos que necessitam da cirurgia. Cirurgia Bariátrica Passados mais de quinze

anos desde que a primeira cirurgia de redução de estômago foi feita no Brasil, a cirurgia bariátrica (nome do procedimento) é o caminho mais certeiro para recuperar um obeso mórbido. Apesar dos remédios e dietas milagrosas, mas nada foi tão eficaz. Existem dois tipos de tratamento: não cirúrgico (Balão Intragástrico, feito via endoscopia) e cirúrgico (banda gástrica ajustável, Gastroplastia em Y de Roux (laparoscópica) e Derivação Bileo Pancreática "Duodenal Switch" - tratamento misto: cirurgia de by-pass gástrico com anel ou cirurgia de Fobi-Capela (cirurgiões que a inventaram). Os procedimentos adotados dependem do histórico de cada paciente. “Todos os métodos visam diminuir a capacidade do estômago reduzir o alimento”, explica o médico Luiz Vicenti Berti, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, que já fez mais de duas mil cirurgias. O cirurgião conta que o pósoperatório também requer cuidado, pois trata de uma cirurgia como outra. Pode acontecer de o paciente trocar o tipo de compulsão pela comida por outros impulsos como sexo, compras, álcool, entre outros. Por isso, o acompanhamento multidisciplinar é que pode garantir a manutenção do peso após a cirurgia. No processo são envolvidos também profissionais das áreas de psicologia, nutrição e endocrinologia. “A sociedade precisa entender que a cirurgia de redução de estômago tem salvado a vida de muita gente e, como toda cirurgia de grande porte, oferece risco de morte e não pode ser encarada como uma tábua de salvação para problemas emocionais e muito menos estéticos. Ela é apenas uma porta que se abre para pessoas obesas que não conseguiriam continuar levando uma vida com tantas limitações físicas e com uma expectativa de vida reduzida”, conclui o Dr Luiz Vicente.

Na barriguinha dos homens, uma concentração de perigos Tudo contribui para o risco cardíaco na barriguinha dos homens. Mas é possível perdê-la com atividades físicas e reeducação alimentar. Para os médicos, passou da hora de encarar o problema com mais seriedade

obesidade abdominal, a famosa barriguinha nos homens, deixou de ser uma questão só de estética, é um risco para a saúde. Em um estudo divulgado esta semana pelo Colégio Americano de Cardiologia, a circunferência elevada está associada com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, independente do índice de massa corpórea e da idade. A análise, feita em 63 países, Brasil incluído, revela que a obesidade abdominal prevalece em todo o mundo entre os pacientes que procuram atendimento médico primário. Um levantamento feito pelo Projeto Corações do Brasil, coordenado pela SBC, constatou que numa população de 1.239 pessoas, com mais de 18 anos, apenas 30% das mulheres e 55% dos homens estavam dentro dos parâmetros recomendados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) para circunfe-

Guto Costa/Ag. O Globo

rência abdominal, ou seja: no máximo de 80 cm, nas mulheres, e não superior a 94 cm nos homens. O endocrinologista Amélio Godoy, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Rio de Janeiro, explica que os homens têm mais pré-disposição de desenvolver a obesidade abdominal pelo perfil hormonal: “As mulheres têm a tendência de acumular gordura na região do quadril, que, por outro lado, tem a desvantagem de ser mais difícil de perder”. A gordura acumulada no abdome se quebra e deposita ácidos graxos no fígado. Assim, causa resistência à ação da insulina, que condiciona o risco de diabetes, aumenta o nível de triglicérides, diminui o HDL (o colesterol bom) e aumenta a pressão arterial. Essa combinação de um ou mais fatores, chamada Síndrome Metabólica, eleva a chance de se desenvolver problemas cardíacos.

Como medir Para avaliar a obesidade abdominal é necessário medir o tamanho da circunferência. Faça isso em casa mesmo com uma fita métrica antes de recorrer ao médico. A medição deve ser feita aproximadamente um dedo acima do umbigo. Para as mulheres, se for aproximadamente 80 está dentro do normal, maior que 80 indica algum tipo de risco e acima de 88, o risco é preocupante. Para os homens, até 94 está dentro do normal; acima, deve já procurar um médico para mais informações. Outros métodos mais avançados - e mais caros - incluem exames como a Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética por Imagem. Se para os pacientes o tema é novidade, para alguns médicos também. O mesmo estudo feito pela SBC revela que 58% dos médicos reconhecem a gordura abdominal como fator de risco e 45% revelam nun-

ca ter medido a circunferência da cintura dos seus pacientes. O endocrinologista Alfredo Halpern alerta que já está na hora da obesidade abdominal ser encarada mais seriamente pela população, em vez de ficar controlando o peso somente pela balança: “Além da medição da circunferência, é necessário calcular o Índice de Massa Corpórea (Peso ÷ (Altura x Altura)”. Solução Segundo Halpern, ao contrário do que a maioria dos homens pensa, a “barriguinha” pode ser eliminada, mesmo que ela exista por muito tempo. Tanto a prevenção para obesidade abdominal como para eliminá-la, o tratamento é o velho ditado: atividade física e uma reeducação alimentar. A redução de peso ajudará no equilíbrio do colesterol, triglicérides, diabetes e mais disposição para as atividades diárias. Seguindo uma vida sadia, nada de doenças cardíacas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

ESPECIAL - 11

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

No alto, o estudante Bruno toca seu saxofone em busca de uma mente sã. O Hotel Ponto de Luz é assim, tem de tudo para oferecer o equilíbrio mente-corpo-espírito, com meditação e tratamentos específicos

E

ste spa não é para emagrecer: fica a 140 km de São Paulo, em Joanópolis, a 1.200 m de altitude na serra da Mantiqueira. O Hotel Ponto de Luz é um spa holístico e oferece aos hóspedes tratamentos dentro da visão corpo-mente-espírito, baseados na meditação. Trata-se do endereço certo para pessoas que desejam relaxar, aliviar o estresse e entrar em contato com o seu interior. A ida ao hotel já é um passeio surpreendente para sair do cotidiano da cidade. Por estar no meio da Serra da Mantiqueira, o visitante se encanta pelo conjunto de paisagens do caminho. Nos dias de chuva, a cautela tem de ser maior, mas nada que atrapalhe o passeio. Quer uma boa notícia do Ponto de Luz? Não há sinal de celular no local e não existem barulhos de diversos telefones tocando. A proposta é relaxar e viver uma nova vida. O visitante dispõe de três modalidades de hospedagem. O Programa de Saúde é dividido em Bem-Estar (dois dias) e o de Revitalização (quatro ou sete dias). Há também programa Dia Spa/Dia-Clube e a hospe-

Um spa para reencontrar a paz, o ponto de equilíbrio É um hotel diferente, no alto da serra da Mantiqueira: o objetivo aqui é a meditação e a busca do equilíbrio corpo-mente-espírito. Escolha um tratamento adequado e dedique-se ao silêncio dagem de lazer. Segundo a gerente do spa, Jorene Ferro, independente da opção escolhida, o tratamento será focado na meditação e o hóspede aprenderá a silenciar e relaxar. Depois de se instalar, o visitante passa pela anamnese uma avaliação com uma terapeuta para analisar a real necessidade, os pontos no corpo que precisam ser trabalhados e o que pode ser melhorado. Dentre do cardápio de tratamento e massagens estão: pedras quentes, leitura energética, alquimia do coração e integração craniossacral (toques sutis que ajustam a coluna vertebral, aliviam tensões e equilibram o sistema nervoso). Essas técnicas são associadas à aromaterapia, fitoterapia e hidroterapia, de acordo com a necessidade individual do hóspede. O tratamento beamer é um dos que chamam mais atenção: a técnica ativa a freqüência dos meridianos e chacras através da luz emitida por uma lanterna encaixada nela, além das ampolas de óleos com ervas. O Watsu é um das opções mais indicadas. Com a ajuda de uma terapeuta, o paciente

fecha os olhos e realiza movimentos como se estivesse na barriga da mãe. Nesse momento, muitos traumas e medos são quebrados. Há também os banhos terapêuticos, que beneficiam o equilíbrio entre corpo-menteespírito, e incluem escaldapés, ofurô, entre outros. Além das terapias, o Ponto de Luz tem profissionais que fazem a leitura de oráculos, em consultas individuais, como Tarô, I Ching e Lilah. Opções para ajudar na compreensão dos problemas e traçar novos caminhos a trilhar. Atividades indispensáveis Mesmo com a programação das massagens, o visitante tem a opção de participar da caminhada meditativa logo pela manhã, de aproximadamente uma hora e quinze minutos. Ao som de pássaros e o barulho das folhas, a pessoa entra em contato com a natureza e em silêncio, com a meditação, analisa o que pode aprender com os animais e as plantas. Também fazem parte do pacote as práticas de Ioga, Chi Kum (técnica milenar chinesa de captação de energia através

da respiração), Alongamento, Flexibilidade, Relaxamento, entre outras. O momento de meditação ocorre diariamente, com duração de uma hora, sempre acompanhado de um facilitador. Um dos recentes lançamentos do Hotel Ponto de Luz é o labirinto, feito no jardim. Segundo a proprietária do spa, Ma Dhyan Bhavya, o projeto foi desenhado para que labirinto seja um “exercício para a busca dos próprios caminhos para chegar ao seu ponto central”. Cansado de sua vida estressante, o administrador de empresas Auro Rozenbaum fechou um pacote de sete dias no spa. Ele conta que o primeiro dia foi angustiante, pois estava muito agitado e a sensação era de isolamento da sociedade: “Pensei em desistir, mas queria uma revitalização. A meditação ajudou a entrar no estágio de energia favorável para seguir minhas atividades na Capital”. O estudante Bruno di Maulo Etchepare aprendeu desde criança a importância de manter a mente sã e sempre participou de meditação. Hoje, um

dos seus hobbies preferidos é tocar saxofone e usa o spa aos fins de semana para ensaiar junto com a natureza: “Tocar no Ponto de Luz me traz paz, criatividade, liberdade e a natureza me ajuda a criar uma música natural”. O casal Ivon Cristina Vogel e

Itaro Bernadino Francisco Antônio Filisetti estavam em busca de um lugar que tivesse uma integração energética. Além das atividades do programa, eles optaram por fazer curso de pães: “Atividades como essas ajudam o casal na compreensão e harmonização”.


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12 -.ESPECIAL

Nasceu seu bebê? Então deixe que ele abuse do seu leite

quinta-feira, 16 de março de 2006

Leonardo Rodrigues/Hype

pouco sal e sem nenhum condimento artificial. “Quando a criança aceitar bem a sopinha, acrescentamos no seu preparo a carne, fonte de proteína animal e de ferro. Depois as leguminosas, fonte de proteína vegetal (feijão, ervilha, lentilha, etc) e os engrossantes, arroz, macarrão, aveia, fubá”. Logo após a refeição de sal, a criança deve receber a fruta como sobremesa e o suco de frutas. No início da introdução, quando a criança aceitar pouco a refeição de sal, poderá receber maior quantidade da papa de frutas. No início recomendase à mãe que não ofereça leite pelo menos uma hora e meia depois da refeição de sal, para que a criança não deixe de comer e aguarde o leite, que já conhece. É a substituição do leite pela refeição de sal no horário do almoço e depois no jantar. O leite materno deverá continuar a ser oferecido normalmente nos outros horários, manhã, tarde e noite. Aliás, essa é a recomendação da Organização Mundial de Saúde e das principais instituições ligadas à saúde infantil - o aleitamento materno deve ser dado como único alimento até o sexto mês de vida. Mesmo depois da introdução dos novos alimentos na dieta o aleitamento materno deverá continuar a ser oferecido até os dois anos ou mais, se a mãe ou a criança assim o desejarem. Caso a mãe necessite de melhor orientação, basta ligar no Ambulatório de Aleitamento Materno da Disciplina de Nutrologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) no telefone (11) 5571-9189.

Não há nada melhor para os bebês do que o aleitamento materno, pelo menos até o sexto mês de vida. Mais tarde virão papinhas, frutas, mas tudo moderado. Afinal, o futuro dele começa aqui, na amamentação

U

m dos fatores mais importantes para a saúde da criança é a alimentação saudável desde o nascimento até os primeiros anos e será à base de sua formação ao longo de toda a vida. Por isso, não há duvidas sobre o leite materno, alimento completo para o bebê, pois fornece, numa proporção equilibrada, tudo o que o ele necessita: água, proteínas, gorduras, vitaminas, sais minerais e lactose (açúcar). Há ainda na composição do leite materno algumas enzimas que facilitam a digestão de certos nutrientes e fatores facilitadores da absorção. O leite materno, por sua composição única, é feito especialmente para as necessidades diárias do bebê, mais facilmente digerido e melhor absorvido. A criança amamentada dessa forma precisa de mamadas em menor intervalo de tempo, e isto pode causar a falsa impressão de que o leite materno não satisfaz. Ocorre que o leite materno foi feito especialmente para o organismo do bebê em fase de rápido crescimento. Somente no leite materno há substâncias protetoras (anticorpos) e fatores bioativos que desenvolvem e orientam o melhor desenvolvimento da imunidade e do aparelho digestivo da criança. A mãe transmite a chamada imunidade passiva, pela qual a criança, com imunidade ainda imatura, recebe anticorpos contra as infecções que a mesma já teve. Há também no leite humano a presença de algumas substâncias e nutrientes específicos capazes de propiciar um melhor desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso da criança. A médica Lélia Cardamone Gouvêa, mestre e doutora em Pediatria e especializada em Nutrição Infantil da Universidade Federal de São Paulo e professora da Faculdade de

Medicina de Santo Amaro, explica que “o aleitamento materno, por todas essas vantagens nutricionais, ainda tem um papel importantíssimo no desenvolvimento emocional do bebê e no fortalecimento do vínculo mãe-filho. A riqueza de estímulos que a criança recebe em cada mamada no contato direto com a pele da mãe, no toque do seu corpo, na troca de olhares, faz uma perfeita inteiração entre a mãe e seu bebê ao ser amamentado. E se algo não está indo bem, se a relação não estiver sendo prazerosa, houver dor na pega da aréola e mamilo, é preciso procurar a ajuda de um profissional especializado, que poderá auxiliá-la a prosseguir com a amamentação bem sucedida”. A professora esclarece que, até o sexto mês de vida, o aleitamento materno deve ser exclusivo e não necessita de complementação com água, chá, sucos, etc (quem deve tomar é a mãe). A criança, pela sucção, faz com que sua saliva entre em contato com o mamilo e aréola mamária da mãe e por este meio há uma comunicação com o organismo materno, que faz a leitura exata das necessidades nutricionais do bebê e irá ajustar a produção do leite nas próximas mamadas. Naqueles seis meses o leite materno tem todos os elementos nutricionais necessários para atender a alimentação da criança. Depois deste período, a criança cresceu mais, suas solicitações são maiores e seu organismo já é capaz de digerir gradualmente alguns outros alimentos. A criança senta sozinha, leva os objetos à boca, os dentinhos estão nascendo e tudo indica que a criança está se preparando para uma nova fase de transição: a de iniciar de forma lenta a introdução de novos alimentos de consistência pastosa. Começa aí um período de transição na ali-

Para o desenvolvimento saudável da criança:

A doutora Lélia Gouveia orienta Ana Maria na amamentação do filho Kaíque

mentação da criança, com a substituição das mamadas do horário do almoço e, depois de um mês aproximadamente, a da do jantar. Neste período, no processo de desmame, alguns cuidados devem ser tomados: “O desmame deve ser lento, gradual e progressivo na qualidade e na quantidade dos alimentos. Isso para tatearmos a aceitação, o paladar e conhecermos a reação do organismo da criança ao novo ali-

mento. O primeiro passo é a introdução da fruta, que deve ser feita de duas formas: através do suco e da papinha, administradas alternadamente nos intervalos das mamadas. O ideal é dar uma fruta por vez, para analisar a sua aceitação e se há algum tipo de rejeição. De preferência, uma nova fruta a cada semana - o mesmo se dará mais tarde com outros alimentos”. Depois dessa fase já se pode dar a refeição de sal (almoço

de preferência), que começa com uma sopinha que deve reunir folhas (alface, couve, etc), fonte de vitaminas e sais minerais, tubérculos (batata, mandioca, etc), fonte de amido e os legumes (cenoura, chuchu, etc), fonte de vitaminas e amido: “O importante é que esta sopa seja sempre amassada e nunca liquidificada, pois a criança precisa agora desenvolver a mastigação”. A sopinha deve ser temperada de forma leve, com

Respeitar a vontade da criança. Não forçar nenhuma introdução de alimento; Na hora da refeição não distrair a criança com brincadeiras como o “av i ã oz i n h o”, o u re a l i z a r a refeição na frente da televisão; Não gritar com a criança. Deixar que ela tenha contato com o alimento, que pegue o mesmo, que coloque na boca sozinha (não se importe se ela está se lambuzando e se sujando), esta fase do seu desenvolvimento é denominada fase oral, em que todo o contato com o mundo e o conhecimento é feito pela boca, por isso a criança tem necessidade de pegar e levar tudo até ela; Procure preparar uma alimentação bem colorida, com alimentos naturais, evite a monotonia alimentar.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.OPINIÃO

quinta-feira, 16 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL A HORA DE ALCKMIN - 2

Se é verdade que Serra desistiu porque quis, isso não quer dizer que as elites não tenham comemorado o resultado opinião, etc. Se é verdade que o prefeito é o responsável pelo que temos, isso não quer dizer que aquelas tais “elites” não tenham comemorado o resultado. Ou na expressão de um bamba do mercado financeiro: “Nosso negócio era ganhar a eleição em março, afastando Serra da disputa”. É óbvio que não foram “eles” que o fizeram. Mas comemoram como um feito próprio o que simplesmente é do seu agrado. Pode-se tomar champanhe pelos mais variados motivos e até alegações... O que Serra certamente faria que deixa tanta gente nervosa? Ninguém sabe direito. Nada, na sua vida pública, deixa entrever a suspeita de alguma heterodoxia antimercado ou vizinha da gastança irresponsável. Ao contrário: ele é o pai da Lei de Responsabilidade Fiscal, que deu ao país, pela primeira vez, um sentido

SOZINHO NA GUERRA Céllus

H

JOÃO DE SCANTIMBURGO

de governança responsável. Ocorre que sempre há a suspeita, e por boas razões, de que o cassino do lulo-paloccismo teria um fim com a sua eventual eleição. Afrontar a política que paga os juros reais mais altos do mundo, irracionais sob qualquer pretexto que se queira, é tido, vejam vocês!, como grave ofensa às leis de... mercado. Seja como for, a aposta dessa gente é na não-mudança. Quando se tem essa profissão, melhor um governo que se pareça com um cassino — e tanto melhor quando se pratica um jogo sem risco, em que se ganha sempre. Mas alguns tubarões da indústria terem lá também as suas reservas já é pura maluquice. Afinal, uma agência de classificação de risco fez um seminário há uns três meses, em Nova York, e apontou duas coisas: a) A chance de vitória da oposição no Brasil era de 70% a 30%; b) A principal fragilidade de Serra era ser muito “pró-indústria”. Deve ter sido a primeira vez, na história, em que tal vocação, num governante, foi apontada como defeito. Alckmin, candidato, terá, sem dúvida, de bater firme na questão ética do governo Lula se quiser ser uma alternativa real de poder. E também será necessário indicar um caminho alternativo para a economia. É uma dura batalha.

Declaração dos Direitos de Empreender GUILHERME AFIF DOMINGOS

O

TRECHOS DO ARTIGO "ALCKMIN MUDAR O QUÊ?", DE REINALDO AZEVEDO, DA REVISTA PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA. COM.BR

O defeito de Serra: vocação pró-indústria

Márcio Fernandes/AE

á alguns dias, José Dirceu, aquele, “confidenciou” a amigos que José Serra não seria feito candidato à Presidência da República porque o tucano seria “muito independente” e as elites não permitiriam que fosse para o confronto. Serra não disputou a Presidência porque não quis, não porque tenha sido vítima de algum complô. O resultado é desdobramento da forma como organizou o seu jogo. Fatos sem relação de causa e efeito não estão, no entanto, livres de correlação. Assim se contam as melhores histórias: aquelas que situam os eventos em determinados ambientes, esferas de pensamento, de

10° Congresso Mundial de Jovens Empreendedores,organizado pela Associação Comercial de São Paulo com o patrocínio do PNUD, da World Trade University e de outros organismos das Nações Unidas, reúne representantes de governo, universidades, entidades empresariais, empresários e executivos de sucesso e, principalmente, jovens empreendedores de mais de 60 países e de todos os estados do Brasil. Serão eles os principais personagens deste congresso. Além do espírito de iniciativa e da capacidade de correr riscos, possuem também os atributos próprios da juventude: a abertura para o novo e para a mudança, a impaciência e a pressa por resultados, a capacidade de se indignar contra o conformismo e a indiferença dos mais poderosos ante a situação dos menos favorecidos. Cabe a essa nova geração de empreendedores, nascidos sob a égide da globalização, das novas tecnologias de informação e de comunicação, da biotecnologia e da engenharia genética e do mundo financeiro dos derivativos, buscar soluções inovadoras para os velhos problemas que afligem a maioria das nações. Cabe também a eles promover a mudança das instituições, de posturas e de paradigmas oriundos de uma realidade que não mais existe. Prover trabalho e renda para uma larga parcela da humanidade talvez seja o maior de todos os desafios do presente. Não é o assistencialismo governamental ou a ajuda internacional, mas sim o trabalho produtivo a forma mais eficaz para reduzir a pobreza e assegurar a todas as pessoas condições dignas de existência. Como a Organização das Nações Unidas participa deste congresso, vale destacar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “toda pessoa tem direito ao trabalho, à proteção contra o desemprego, a uma remuneração eqüitativa e satisfatória, e férias periódicas pagas". Mas a Declaração Universal dos Direitos Humanos reflete a realidade do século passado, quando o crescimento econômico induzido e

dirigido pelo Estado gerava empregos, acolhia as reivindicações cada vez mais exigentes dos trabalhadores e dos sindicatos e distribuía benesses às custas de enormes déficits públicos e da estagnação das empresas e da iniciativa privada. Não se encontra na Declaração uma menção sequer ao direito de empreender, como se a promessa do Estado de assegurar o bem-estar de todos ainda fosse uma proposta viável. É por esta razão que propomos a este congresso a elaboração de uma Carta Universal dos Direitos do Empreendedor ou, alternativamente, a inclusão de um adendo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecendo que o ato de empreender representa uma manifestação do talento dos indivíduos, que requer liberdade e ambiente propício para florescer. É a atuação dinâmica e criativa do empreendedor que moderniza a estrutura produtiva, aumenta a produtividade e dissemina a prosperidade, gerando riquezas, empregos e bem-estar social. Para garantir os direitos dos trabalhadores é necessário garantir os direitos de quem empreende.

R

espeitar a liberdade de empreender e garantir os direitos do empreendedor é assegurar aos indivíduos a plena realização de sua capacidade e vocação, é estimular o “espírito empresarial” latente nas pessoas e transformá-lo na força motriz do desenvolvimento das nações. Oferecer um ambiente propício para o empreendedorismo significa desenvolver instituições que garantam a liberdade de iniciativa, a propriedade, o respeito aos contratos e a estabilidade das regras. Devemos fazer do empreendedorismo a grande bandeira do século XXI. E, para tanto, vamos propor ao Congresso de Jovens Empreendedores que aprove moção para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconheça que o ato de empreender é um direito inalienável do ser humano e que o empreendedor pode legitimamente usufruir os resultados de sua iniciativa como contrapartida pelo risco inerente à atividade.

D evemos fazer do empreendedorismo a grande bandeira do século XXI

Responsabilidade social ou corporativa? CIBELE SALVIATTO

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

O

s muitos artigos que saem na mídia sobre responsabilidade social mostram a grande confusão que paira sobre o assunto. A análise mais freqüente é que as empresas têm exercido sua responsabilidade social ou sua cidadania através de parceria com ONGs ou apoio a projetos desenvolvidos pelas mesmas. Também se observa uma proliferação de fundações e institutos de empresas com essa mesma finalidade, ou seja, projetar e estruturar investimentos sociais. Assim, as empresas entendem que estão fazendo seu papel de contribuir positivamente na busca da transformação da sociedade. Seria isto responsabilidade corporativa? A questão é que parece que esta confusão interessa a ambos os lados. O crescimento de organizações não-governamentais não significa apenas entidades idôneas cujos fins são apenas benevolentes. Significa um contingente de pessoas que perceberam que este é um ótimo caminho para oferecer serviços com impostos mais baixos, ter Caixa 2, conquistar marketing e poder pessoal, um trampolim político mais “nobre” que o caminho convencional e, por fim, uma boa desculpa para buscar recursos onde eles existem – na iniciativa privada. Por outro lado, há as em-

presas que ainda não entenderam, ou não querem entender, que responsabilidade não significa doação ou terceirização de investimento social. Significa, sim, gestão, atitude. Estar atento ao consumo de insumos, buscar constantemente melhorar seus processos e seus produtos e adequá-los à realidade ambiental, cuidar dos relacionamentos para que eles sejam frutíferos e construtivos para todos os partícipes, ser ético e transparente, trabalhar para garantir a sustentabilidade de seu negócio e ao mesmo tempo do ambiente e da sociedade em que está inserida.

É

importante ficar bem claro que o terceiro setor traz muitos benefícios à sociedade mas não é responsabilidade corporativa e nem é só por esse caminho que as empresas encerram seu exercício de cidadania. Sustentabilidade é um assunto estratégico e a responsabilidade corporativa é o caminho de gestão que leva a empresa a ser sustentável. Não se enganem: fundações, institutos e maravilhosos projetos sociais não eximem a empresa de sua responsabilidade – responsabilidade social não é responsabilidade corporativa. CIBELE SALVIATTO É SÓCIA DA CONSULTORIA ATITUDE WWW.ATITUDE.SRV.BR

O terceiro setor traz benefícios mas não é responsabilidade corporativa

influente revista inglesa The Economist dedicou o editorial de capa a um assunto da maior importância e mostra que o presidente George W. Bush está sozinho na guerra do Iraque. Creio que esta solidão deve muito incomodar o presidente americano, mas a responsabilidade por sua presença no Iraque sem companhia advém da decisão de partir para a guerra aparentemente sem consultar supostos parceiros. Lembremos que a guerra começou de um momento para outro, com um intenso bombardeio em Bagdá, deslocando-se para outras áreas da terra de Saddam Hussein. O resultado desta política puritana está se vendo, com a situação dos EUA no Iraque cada vez mais complexa. Comentaristas já lembram o problema do Vietnã, onde os EUA também saíram sozinhos na intenção de extinguir o comunismo na península vietnamita, com o fim de conquistá-la para o Ocidente, isto é a liderança americana.

A

O solipsismo de George W. Bush deve acabar de uma vez por todas, em nome dos interesses mundiais. resultado está aí, na solidão de Bush, que deve agora tentar uma saída menos dramática, para não ter que amargar uma derrota feia. Pode ser uma lição, mas muito cara. Isto prova que a presidência americana, considerada por Harry Truman de peso quase insuportável, deve cercar-se de assessores da maior competência, fáceis de serem obtidos e convidados nas grandes universidades do país. O solipsismo do presidente americano, que tem no pai exemplo muito próximo, deve acabar de uma vez por todas, em nome dos interesses mundiais, em virtude da liderança, do ideal democrático e da concórdia entre as nações, que os EUA representam muito bem. Que Bush aprenda a lição, se é que ainda não aprendeu, pois o seu cargo é o mais importante do mundo e tem relação com todos os povos, sobretudo as exemplares democracias européias e outras espalhadas pelo mundo.

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

POLÍTICA - 3

LULA: 43%. ALCKMIN SÓ 19%. MAS ISSO FOI ANTES DA DECISÃO TUCANA.

poLítica A ÚLTIMA PESQUISA Eymar Mascaro

Mais Pressão

V

encida a etapa de escolha do candidato do partido à presidência da República, os tucanos se lançam na difícil missão de convencer o prefeito José Serra a renunciar ao cargo para disputar o governo de São Paulo. O prefeito lidera todas as pesquisas para governador, existindo até a possibilidade de Serra ser eleito ainda no primeiro turno. Por enquanto, o prefeito resiste à idéia de deixar o cargo para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Serra só desistiria da Prefeitura para disputar a sucessão de Lula, mas a pressão será grande para ele tentar o governo estadual. Seria mais fácil convencer o eleitor de que estaria renunciando à Prefeitura, mas para continuar em São Paulo. Quatro tucanos se apresentaram como pré-candidatos a governador: o ex-ministro Paulo Renato; o secretário municipal de Governo Aloysio Nunes Ferreira; o deputado federal Alberto Goldman; e o vereador José Aníbal. Todos eles, porém, com baixo índice de intenção de voto nas pesquisas.

NA PONTA

FHC não quer que o PSDB corra o risco de perder o controle políticoadministrativo de São Paulo, depois de 12 anos de poder. Por isso, o ex-presidente insiste para Serra ser candidato ao governo estadual.

LIDERANÇA

As pesquisas que o PSDB recebeu indicam que Serra é franco favorito para se eleger governador. Segundo a tendência das pesquisas, o tucano tem chance de se eleger governador já no primeiro turno. A pressão a Serra continuará até o dia 31, data-limite para renunciar à Prefeitura.

PSDB X PT

Por enquanto, os principais adversários de Serra seriam os pré-candidatos do PT Marta Suplicy e Aloizio Mercadante, além de Orestes Quércia (PMDB), também bem colocado nas pesquisas. Dependendo das negociações com o PSDB, o PFL pode lançar o vice na chapa tucana.

eleitores no Brasil, um é paulista. O Estado tem hoje mais de 25 milhões de um total de 125 milhões de eleitores no País.

COLIGAÇÕES O PSDB vai iniciar imediatamente as conversações com outros partidos de olho nas alianças. O alvo principal é atrair o PMDB, mas só no segundo turno, porque o partido deve lançar candidato próprio.

PRÉVIAS Os governistas do PMDB, como os senadores José Sarney, Renan Calheiros e Ney Suassuna ainda não conseguiram os 9 dos 16 votos na Executiva pra mudar a data das prévias, marcadas para domingo. Portanto, o PMDB confirma que no domingo escolhe seu candidato à sucessão presidencial.

CANDIDATURA

Se não chegar a um acordo com o PSDB, o PFL pode lançar candidato próprio ao governo do Estado. Fala-se no partido que o mais provável candidato a governador seria o empresário Guilherme Afif Domingos, com tendência de crescimento durante a campanha.

NORDESTE

Uma das tarefas imediatas de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB à presidência é ampliar sua margem de conhecimento entre os eleitores do Nordeste, importante centro de concentração de votos. Lá, Lula leva ampla vantagem sobre o tucano nas pesquisas.

CHAPA

Ganha força a indicação do senador José Agripino para vice de Alckmin. O PFL quer indicar um vice do Nordeste, região em que Alckmin ainda é pouco conhecido. Outro senador que é falado para vice na chapa tucana é Jorge Bornhausen, contestado por ser de um estado do Sul do país (Santa Catarina).

EMPATE

Em compensação, Lula e Alckmin estão empatados em São Paulo. Se a eleição fosse hoje, os dois teriam cerca de 30% (cada um) dos votos no primeiro turno. O resultado é bom sobretudo para Lula, que recuperou os pontos perdidos com a crise do mensalão.

IMPORTÂNCIA

É importante para o candidato ser bem votado em São Paulo. O estado concentra 1/5 do eleitorado do País: de cada cinco

PACIÊNCIA Mas os governistas não jogam a toalha e ainda sonham com o apoio do PMDB a Lula. Vão tentar impedir o lançamento de candidato próprio na convenção de junho. Os governistas devem sugerir aos convencionais a conveniência do apoio à reeleição do petista.

SURPRESA Causou surpresa o voto de Edmar Moreira (PFL) a favor de João Paulo Cunha no Conselho de Ética, portanto, contra a cassação do expresidente da Câmara. Detalhe: Edmar Moreira é o relator do processo de cassação do deputado José Mentor (PT) acusado de ter se beneficiado do esquema valerioduto.

INDÍCIOS Edmar Moreira tem confidenciado a deputados que está encontrando dificuldade para incriminar Mentor. Moreira diz que não existem provas de que José Mentor teria usado dinheiro do valerioduto na sua campanha.

DEPOIMENTO Antonio Palocci deve ser chamado de novo para depor na CPI dos Bingos, depois que o caseiro Francenildo Santos Costa afirmou que o ministro foi visto por umas 10 vezes na casa de Brasília onde se reuniam ex-colaboradores de Palocci para a divisão de dinheiro.

ANTES DO JOGO COMEÇAR Levantamento do Ibope mostra que presidente recuperou a confiança do eleitor e a avaliação positiva de sua gestão

U

m dia após o PSDB definir o governador Geraldo Alckmin como seu candidato à Presidência da República, uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou a dianteira e ganhou uma folgada vantagem em relação aos outros presidenciáveis. O levantamento, no entanto, foi feito antes de os tucanos definirem seu candidato e inclui dois cenários: um com Alckmin e outro com José Serra. Num eventual 2º turno com Serra, Lula teria 44% dos votos e o tucano, 40%. No 1º turno, o resultado seria de 40% para Lula e 31% para Serra. Em dezembro, na mesma pesquisa, Serra tinha 48% e Lula, 35%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa, a 13ª. da série Ibope/CNI, foi realizada entre 8 e 11 de março e ouviu 2.002 pessoas

com mais de 16 anos em 143 municípios brasileiros. Alckmin aparece na pesquisa numa faixa de 19% a 22% de intenção de votos, dependendo do candidato do PMDB, nas simulações de 1º turno. No 1º turno, ele ficaria 19%, contra 43% de Lula, se o candidato do PMDB for Anthony Garotinho: isso possibilitaria que a disputa fosse encerrada em um só turno. Num hipótetico 2º turno com Lula, o governador seria derrotado por uma diferença de 18 pontos percentuais: perderia de 31% a 49%. Esse resultado mostra uma queda do governador tucano em relação à pesquisa de dezembro do ano passado, quando aparecia tecnicamente empatado com o petista num eventual segundo turno: ele tinha 37%, contra 41% de Lula. Nova realidade– O desempenho de Alckmin, segundo o consultor da MCI Estratégia, Amaury Teixeira, tende a melhorar depois da oficialização da sua candidatura, pois ele es-

tará mais exposto na imprensa, não dividirá mais espaço com Serra e herdará naturalmente grande parte dos votos dele. Segundo análise da pesquisa, feita pela CNI e MCI Estratégia, a recuperação de Lula reflete melhoria geral na avaliação do seu governo e também mostra uma diluição da percepção negativa da população em relação ao noticiário sobre a crise política. A pesquisa incluiu como adversários de Lula, além dos tucanos Alckmin e Serra, Germano Rigotto e Garotinho, do PMDB, e a senadora Heloísa Helena (PSOL). No PMDB, Garotinho continua sendo o candidato mais competitivo, embora seu desempenho no 2º turno tenha caído em comparação à pesquisa passada. No 1º turno, Garotinho teria entre 8% e 14% dos votos dependendo do candidato tucano. Ele tem melhor desempenho quando o candidato é Alckimin. O peemedebista perderia para Lula, num eventual 2º

turno: Garotinho teria 24% dos votos (9 pontos percentuais a menos que a pesquisa anterior). Lula ficaria com 53%. Rigotto, em qualquer cenário, teria entre 2% e 3% no 1º turno. E perderia para Lula com a maior margem num hipotético 2º turno: o petista teria 58% e Germano Rigotto, 15%. Indiferença– Ao ser questionado sobre os resultados, da pesquisa, Alckmin lembrou de sua vitória na eleição de 2002, quando tudo indicava a preferência do eleitor por Paulo Maluf. "Em julho daquele ano o primeiro colocado nas pesquisas, que era o Maluf, tinha 43%. Ele nem chegou ao 2º turno e eu venci. A eleição começa com o horário eleitoral no rádio e na TV. Começar a corrida eleitoral com 20% das intenções de votos é ótimo e eu acredito na mudança", disse. Para o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), o fato de Alckmin ser pouco conhecido em algumas regiões do País será extremamente favorável . (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

quinta-feira, 16 de março de 2006

CASEIRO DIZ QUE, DEPOIS DAS FESTAS NA MANSÃO, RECOLHIA GARRAFAS DE VINHO E UÍSQUE E EMBALAGENS DE VIAGRA.

O

CPIs ESQUENTAM NO FINAL. CASEIRO COMPROMETE PALOCCI. comissão de inquérito. Outro que se manteve em silêncio foi Duda Mendonça. Silêncio que mais atrapalha do que ajuda Lula. O senador tucano Alvaro Dias pede ao relator da CPMI dos Correios que o nome do presidente seja incluído no seu relatório final. Okamotto e Delúbio Soares voltam aos bancos da CPI dos Bingos.O presidente do Sebrae e amigo de Lula terá de explicar empréstimos.

O caseiro Francenildo Santos Costa vai hoje à CPI dos Bingos reafirmar tudo que disse até agora: Sim, o ministro da Fazenda ia à mansão usada por integrantes da 'República de Ribeirão Preto'. Palocci continua quieto, negando as acusações. A assessoria do Ministério da Fazenda diz que o caseiro "mente". O depoimento do ex-empregado dá novo ânimo à "CPI do Fim do Mundo", como Lula gosta de chamar a caseiro Francenildo Santos Costa, que afirma ter visto o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na mansão alugada pela 'República de Ribeirão Preto', no Lago Sul, em Brasília, deu entrevista coletiva ontem. Rico em detalhes, o depoimento de Nildo, como é conhecido, não caiu em contradição. Hoje, ele depõe, às 10h, na CPI dos Bingos. O caseiro contou que entre os assessores de Palocci circulava dinheiro guardado em "malinhas" que eram sempre transportadas pelo motorista Francisco e por Vladimir Poletto, ex-assessor da prefeitura de Ribeirão. Nildo também confirmou que certa vez acompanhou o motorista Francisco das Chagas Costa – que às vezes levava o ministro até a mansão – até o estacionamento do Ministério da Fazenda e testemunhou a entrega de um pacote contendo "bastante dinheiro" ao secretário particular de Palocci, Ademirson Ariosvaldo da Silva. O motorista já depôs na CPI e foi o primeiro a afirmar que o ministro frequentava a casa. Das tais malinhas, segundo o caseiro, eram retiradas maços de notas para todo tipo de despesa de manutenção da mansão. Ele disse que essas despesas incluíam o pagamento das moças de programa levadas para as festas e para a compra de bebidas e comida. Palocci não participava dessas festas, mas ia à mansão habitualmente a cada quinze dias, sempre às quintas-feiras, depois das 18 horas, durante os oito meses em que o imóvel ficou alugado à turma de Ribeirão. Algumas vezes o ministro também foi à casa no final da tarde de domingo. Quando não chegava com o motorista, Palocci ia à mansão quase sempre dirigindo um veículo Peugeot, de vidros escuros. O carro nunca era oficial. O caseiro também deu detalhes das festas realizadas na mansão. Contou que no dia seguinte tinha de recolher "toda a sujeira" deixada nos quartos. Recolhia garrafas de vinho e uísque, pacotes de amendoim e de castanha, embalagem de salaminho, camisinhas usadas e caixas de Viagra. O ministro continua negando veementemente que tenha ido um dia à mansão no Lago Sul. Okamotto – Além do requerimento de convocação do caseiro, a CPI aprovou ontem uma acareação entre Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, e Paulo de Tarso Venceslau, ex-secretário de Finanças de São José dos Campos. Em 1997, Okamotto foi acusado por Venceslau de ser o articulador de um esquema ilícito de arrecadação para o PT. Amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto tinha procuração do presidente para gerir suas finanças durante o período da posse e diz ter pago, nessa época, uma dívida de Lula com o PT de R$ 29,4 mil. Em depoimento à CPI, Okamotto alega que se sentiu constrangido a cobrar a dívida do presidente. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares também terá que comparecer à CPI, porém, nem mesmo o presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB) soube informar a justificativa do requerimento. (Agências)

Joedson Alves/AE

Fotos: Roberto Stuckert Filho/AG

Ed Ferreira/AE

Entrou mudo, saiu calado: o depoimento do marqueteiro Duda Mendonça foi marcado por muito bocejo, um pouco de sono e nenhuma informação sobre contas no exterior.

O MARQUETEIRO DE LULA CALOU-SE

"S

im deputado, eu acredito em Deus", foi a única resposta dada ontem pelo publicitário Duda Mendonça na CPMI dos Correios. Nas mais de três horas de depoimento, ele repetia a cada pergunta a frase: "Não vou responder". Duda, amparado por um habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que qualquer resposta poderia prejudicar a defesa na Justiça. A última hora do depoimento foi em sessão fechada. Foi o último depoimento que a CPMI tomou antes do relatório final da comissão, previsto para ser apresentado no dia 21 de março. Incrimina – Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o silêncio de Duda incrimina o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dias afirmou que vai pedir ao relator da CPMI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), que inclua o nome de Lula em seu relatório final. Apesar do publicitário se calar diante das perguntas, o senador tucano afirmou que o nome do presidente precisa constar do documento porque Duda, em depoimento no ano passado à CPMI, con-

firmou que o dinheiro recebido pela campanha eleitoral de Lula em 2002 veio do valerioduto de Marcos Valério. Consultoria – Osmar Serraglio já disse que pedirá à consultoria jurídica da comissão para estudar a possibilidade de indiciar o publicitário no relatório final por obstrução às investigações. Duda abriu seu depoimento na CPMI afirmando que não ia falar nada aos parlamentares em obediência a seus advogados. Eles, segundo Duda, o convenceram a não falar para não comprometer a sua defesa. Ao encerrar a parte aberta da sessão que ouviu o depoimento do publicitário, o presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), fez um duro alerta sobre os precedentes e conseqüências que poderão trazer para o futuro das investigações a rigorosa estratégia do silêncio determinada pelos advogados do depoente, reforçada pelo habeas-corpus do STF. Precedente – "Es tam os abrindo um precedente muito perigoso para um país como o Brasil. É grave o precedente que aconteceu hoje (on-

Tal atitude poderá representar a falência do sistema de depoimentos das CPIs. Algo precisa impedir que isso aconteça. Gustavo Fruet

tem) ", afirmou, depois de ler a liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF, e dizer que ele deixara claro que Duda estava obrigado a falar sobre fato que não implique auto-incriminação. Segundo Delcidio, a decisão que permitiu que o publicitário ficasse calado foi interpretada de maneira absolutamente radical e isso nunca aconteceu na CPMI. Consequências – "As conseqüências disto só o tempo vai dizer. O que aconteceu é sério e é preciso que se abra um debate amplo no que se

refere aos Poderes Legislativo e Judiciário. Acho grave. Entramos num terreno subjetivo e extremamente perigoso. Quem tem o direito do silêncio é quem tem a condição de contratar excelentes advogados?", questionou. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) avaliou que tal atitude poderá representar a "falência" do sistema de depoimentos das CPIs. "Algo precisa impedir que isso aconteça", advertiu o parlamentar. Os subrelatores da CPMI avaliam que o silêncio de Duda mostra que ele mentiu no primeiro depoimento, ao qual compareceu de forma espontânea. "O depoimento, tanto o aberto quanto o fechado, não acrescentou em nada para a CPI. Durante todo o tempo, Duda Mendonça continuou com a justificativa de que foi instruído por seus advogados a manter-se em silêncio para não prejudicar a sua defesa", disse Delcidio. Fechada – O depoimento a portas fechadas do publicitário durou pouco mais de uma hora. Os quatro integrantes (presidente da CPMI, relator e sub-relatores) que o interrogaram em sessão fechada es-

peravam obter respostas sobre as contas bancárias do publicitário no exterior. "As pessoas vão saber reconhecer, no meu silêncio, a minha verdade", disse Duda. Contrato – Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) resolveram ontem investigar a renovação de um contrato firmado pela Petrobras com a agência de publicidade Duda Mendonça e Associados. Também deverão ser averiguadas as prorrogações de contratos com as agências F/Nazca S&S Publicidade e Rede Interamericana de Comunicação. O TCU tomou a decisão ao analisar uma representação do líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), que pediu que fossem verificadas as dilações dos contratos e as suspeitas de uso para fins eleitorais da campanha publicitária da empresa sobre a auto-suficiência brasileira em petróleo. A Petrobras deverá apresentar informações sobre a campanha, explicando até mesmo a eventual participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o possível uso de comparações entre ele e o ex-presidente Getúlio Vargas. (Agências)

CÂMARA CASSA CORRÊA E ABSOLVE HENRY Adriano Machado/Folha Imagem

ma semana depois de ter absolvido dois deputados envolvidos no escândalo do mensalão, o plenário da Câmara votou ontem mais dois processos de cassação. O dia começou com a absolvição do deputado Pedro Henry (PP-MT), aprovada por 255 votos, contra 176 que pediam sua cassação. O ex-líder do PP foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos operadores do mensalão. Mas nem as CPMIs dos Correios e do Mensalão nem o Conselho de Ética conseguiram avançar nas investigações. Por falta de provas, recebeu absolvição no conselho, confirmada em plenário. À noite, a segunda votação. Mas Pedro Corrêa, também do PP, não escapou e teve seu mandato cassado. Foi por pouco.

Joedson Alves/AE

U

Henry, alegre com a absolvição.

Corrêa, apreensivo durante votação.

Apenas quatro votos fizeram a diferença. O PP foi acusado de receber R$ 1,4 milhão do esquema de Marcos Valério com o PT. Segundo Corrêa, o partido recebeu R$ 700 mil, usados para pagar despesas com os advogados do ex-deputado Ronivon San-

tiago (PP-AC), que teve seu mandato cassado. Henry – O clima no plenário era de desinteresse total pelo julgamento que estava por acontecer. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoBSP), abriu a sessão às 16h,

quando estavam em plenário menos de 20 deputados. Nesta hora, o painel eletrônico registrava o comparecimento de 234 deputados em todo o prédio da Câmara. Nem o relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP), estava por perto. O jeito foi improvisar. Aldo Rebelo pediu a Benedito de Lira (AL), que é Conselho de Ética, mas também do PP, mesmo partido de Henry, para ler o relatório que opinava pela absolvição do ex-líder do PP. O discurso de defesa de Henry registrou detalhes curiosos. Ao contrário do que sempre ocorre quando alguém se sente injustiçado, ele não fez referências ao romance clássico O Processo, de Franz Kafka, em que um certo Joseph K. é processado sem nunca saber por que, tal é o labirinto de leis e procedimen-

tos em que se vê enredado. Inseto – Henry recorreu a outra obra de Kafka, A Metamorfose, em que o personagem Gregor Samsa se dá conta de que foi transformado num enorme e nojento inseto, sem que seja definido qual. Henry foi o quinto deputado da lista dos 18 acusados de envolvimento com o mensalão a ser absolvido. Também se livraram da cassação, até agora, Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). Foram cassados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP). Renunciaram ao mandato para fugir do processo Valdemar Costa Neto (PL-SP), Bispo Rodrigues (sem partido-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha (PT-PA). (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

quinta-feira, 16 de março de 2006

LULA ASSUME QUE É CANDIDATO. PSDB ENSAIA COLIGAÇÃO COM PFL. PMDB EM ESTADO DE GUERRA.

PARTIDOS COMEÇAM A COSTURAR ALIANÇAS Com a escolha do candidato tucano à Presidência da República, os partidos políticos se lançam na corrida pela costura de alianças. Geraldo Alckmin já antecipou ao PFL que pretende repetir o casamento de 2002, mas depende de uma posição do prefeito do Rio, Cesar Maia – que pode definir hoje se sai ou não candidato ao Planalto. O que está em jogo não é apenas o apoio da legenda, mas também maior

tempo no horário gratuito de televisão. No PMDB, a ala governista articula contra as prévias do partido marcadas para este domingo. Prefere decidir sobre a candidatura própria no dia 8 de abril – data da convenção nacional e período em que o STF já terá dado o parecer final sobre a manutenção ou não da verticalização. O objetivo é não fechar as portas para uma eventual coligação com o PT.

Dida Sampaio/AE

José Cruz/ABr

CRESCE A PRESSÃO NO PMDB PARA BOICOTAR A CANDIDATURA PRÓPRIA

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Lula, em Sergipe: 'presidente não precisa de pressa para se definir'.

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epois de negar novamente que seja candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou admitindo ontem que vai lutar por mais um mandato. Dada menos de 24 horas depois do lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin pelo PSDB e no dia em que saiu pesquisa a seu favor – Lula disse não ter decidido se vai entrar na disputa. Ao responder um repórter, porém, que perguntou o que faltava para que lançasse sua candidatura, disse: "Não falta nada." Indagado se considera Alckmin um adversário difícil, Lula respondeu em tom de descontração: "Ele foi um adversário difícil para o Serra", disse, rindo. O governador paulista recebeu elogios do presidente. Segundo Lula, Alckmin é um candidato à altura de disputar uma eleição presidencial. "Tenho uma boa relação com

BORNHAUSEN NÃO QUER 'NOVELA' NO PFL E DEVE PRESSIONAR MAIA

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PFL não quer repetir a "novela" do PSDB, que levou meses para escolher o candidato ao Planalto. Por isso, o presidente da legenda, senador Jorge Bornhausen (SC), se encontra hoje com o virtual candidato do partido, o prefeito do Rio, Cesar Maia. Na reunião, o prefeito dirá se é candidato ou não. Se Maia disser não, o PFL pode abrir negociações por uma aliança com o PSDB. Em dezembro, Maia declarou apoio ao prefeito de São Paulo, José Serra, abrindo mão da própria candidatura. Porém, garantiu que entraria na corria presidencial se o escolhido fosse Geraldo Alckmin – o que realmente ocorreu. Passo atrás – Ontem, Maia reviu a própria posição, declarando que há desejo de "convergência" entre o seu partido

ele, há muito tempo. Mas é uma decisão do PSDB. Eu só tenho que dar os parabéns", afirmou, ao realizar uma série de visitas a obras de habitação e infra-estrutura nas cidades de Aracaju e Itabaiana. Batalha – "Quem governa São Paulo pode se candidatar a qualquer outro cargo", avaliou, ainda em relação a Alckmin, comparando a campanha a um campeonato de futebol. "Quando estiverem definidos os candidatos é que começa a disputa, e a gente vê quem está mais preparado, quem tem mais tática, mais técnica. Vamos ter de esperar." Lula pediu o apoio dos "companheiros" do governo, entre eles a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Sem-Terra (MST). E confirmou que, até junho, quando vence o prazo para o lançamento de candidaturas, sua preocupação será a de "viajar e fazer muita coisa pelo Brasil". "Presidente não precisa de pressa para se definir, presidente tem de cumprir seu mandato." (Agências) e a candidatura de Alckmin. Do blog que mantém na internet, porém, Maia disparou e-mails dizendo que "a deci- Cesar Maia, são do PSDB... trabalhando é uma aposta pela aliança. de alto risco." Diante do quadro, o prefeito ofereceu sugestões para turbinar Alckmin. Maia prega que o vice da eventual chapa PSDBPFL saia do Nordeste, já que o governador paulista é pouco conhecido na região. Especulações – Após ouvir Maia, Bornhausen deverá consultar o partido, levando em conta três cenários: aliança com o PSDB, candidatura própria ou independência. A decisão depende ainda do parecer do Supremo Tribunal Federal sobre a verticalização. Entre os pefelistas, porém, já cogitamse os nomes dos senadores José Agripino Maia (RN) e José Jorge (PE) como vice. (Agências)

Garotinho, Temer e Rigotto vencem batalha interna em favor das prévias no PMDB Ayrton Vignola/Folha Imagem

Com pose de candidato, Alckmin vistoria obras na Rodovia Anhanguera, em Campinas. Márcia Foletto/Ag. O Globo

LULA ADMITE QUE 'NÃO FALTA' NADA PARA SER CANDIDATO

TUCANOS QUEREM SEGUNDO 'CASAMENTO' COM PEFELISTAS

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flerte não poderia ser mais claro: o PSDB quer muito ligar-se novamente ao PFL, na chapa que disputará a sucessão do presidente Lula. Ontem, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, deixou claro que a coligação só depende da vontade do outro partido: "Eu acredito que o PFL deveria participar logo no início da nossa trajetória, indicando o vice, participando da nossa ação de governo. É um aliado estratégico para nós. Agora, dependerá do próprio PFL. Nós tivemos o nosso tempo. Nós não estabelecemos a nossa agenda, em função da agenda dos outros e, portanto, é legítimo que nós permitamos ao PFL que discuta internamente, que ouça as suas lideranças e que chegue em um momento adequado à sua decisão", disse Aécio. Caso PFL e PSDB cheguem mesmo a um acordo, será a repetição da dobradinha que sustentou as duas eleições do expresidente Fernando Henrique Cardoso (PSDBSP), em 1994 e 1998. Nas duas ocasiões, o vice escolhido foi Marco Maciel (PFL-PE) Alckmin em ação – O governador de São Paulo e

candidato oficial dos tucanos ao Planalto, Geraldo Alckmin, deu declarações no mesmo sentido ontem. Afirmou que o acordo com o PFL ainda não está fechado, mas que o processo de coligação contará com seu total empenho até a concretização final. "Nós somos favoráveis às alianças, vamos trabalhar por elas, não depende só de nós", disse Alckmin, na primeira entrevista coletiva como candidato do PDSB ao Planalto. O governador lembrou, porém, que o PFL tem um acordo prévio em favor da candidatura à presidência do prefeito do Rio, Cesar Maia. As negociações só ocorrerão, segundo o próprio Alckmin, depois de encerrado o processo decisório interno do PFL. Mas como Aécio, Alckmin fez questão de frisar que os partidos só não estarão juntos outra vez no palanque se os pefelistas não quiserem. "Se ele (Maia) não for candidato estaremos juntos, se depender de nós", disse o governador. Enquando espera seu vice, Alckmin aproveitou para negar que vá encarnar o papel de anti-Lula na disputa. "Sou pró-Brasil, não sou anti-niguém", disse. Aliança vital – O discurso repetido por Aécio Neves e Alckmin faz sentido, na visão de analistas políticos. Eles alegam que um acordo

Eu acredito que o PFL deveria participar logo no início da nossa trajetória, indicando o vice, participando da nossa ação. Aécio Neves, governador de Minas

com o PFL é vital para as aspirações dos tucanos de bater o presidente Lula nas urnas. "Alckmin está muito atrás de Lula nas pesquisas, ele precisa de uma aliança com o PFL para tentar chegar lá", diz Ricardo Ribeiro, da MCM. Já o cientista político Paulo Kramer vê o governador paulista como um negociador "discreto e habilidoso" para o processo de aliança. Nesse quadro, Kramer é incisivo: "Eu apostaria em uma aliança PFL-PSDB", diz. O assédio dos tucanos aos pefelistas não visa somente à conquista do apoio da máquina partidária. Está em jogo também o tempo no horário gratuito de TV e rádio, considerado fundamental para expor o candidato e o programa de governo à população. Fechada a aliança, o tempo de TV de Alckmin aumenta. (Agências)

alhou a manobra dos aliados do PT no PMDB para derrubar as prévias. A ala governista do partido, liderada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e pelo senador José Sarney (AP) não conseguiu reunir a maioria dos votos da executiva nacional para derrubar as prévias partidárias em que será escolhido, no próximo domingo, o candidato do partido à Presidência da República. Diante da previsão de um empate de votos no colegiado o que não alteraria em nada o quadro atual, os próprios governistas passaram a trabalhar pelo cancelamento da reunião da executiva, marcada para as 11h de hoje. Venceram a batalha em favor das prévias o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e os dois pré-candidatos à presidência - o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho. Depois de uma conversa pessoal com Temer, em busca de um entendimento, Renan e Sarney concluíram que o confronto na executiva só serviria para desgastar todos eles, indistintamente e mudaram a estratégia. A tática escolhida foi a coleta de assinaturas para convocar uma convenção nacional no dia 8 de abril, para discutir o quadro de alianças em cada Estado e reavaliar a conveniência da candidatura própria. O dia foi tenso ontem em todas as alas do PMDB. A luta para conseguir maioria na executiva nacional pôs a prêmio a cabeça do líder do partido na Câmara, Wilson Santiago (PB). Eleito com o voto do grupo de Garotinho, que reúne duas dezenas de parlamentares, Santiago aderiu ao requerimento dos governistas, pedindo a reunião da executiva nacional. "Quem bota tira", resumiu Garotinho, ao admitir a articulação para tirar o apoio do paraibano e eleger, em seu lugar, o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), defensor da candidatura própria. Em meio à luta interna, os governistas articulam a convenção em 8 de abril com o argumento de que, até lá, o Supremo Tribunal Federal (STF) já terá dado a última palavra sobre a vigência da verticalização das coligações este ano. Os parlamentares que se sentem prejudicados pela regra que proíbe alianças nos Estados entre partidos adversários na corrida presidencial, como Geddel Vieira Lima (BA), insistem em rediscutir a candidatura depois do "fato novo" produzido pelo Supremo. Mas enfrentam desde já a oposição pública dos pré-candidatos. Pr ote sto s – "A verticalização é só um argumento de quem não quer que o PMDB lance um candidato a presidente, que o partido recupere sua identidade e tenha cara própria", protestou Rigotto. "O que eles querem é vender o partido para o Lula", atacou o deputado Edinho Bez (PMDBSC), convencido de que os governistas trabalham em favor de uma aliança com o PT para reeleger Lula. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

em Campinas

quinta-feira, 16 de março de 2006

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

NEGÓCIOS

Microcervejarias investem em novas estratégias

ÓRBITA

TURISMO Circuito Turístico de Ciência e Tecnologia vai publicar folders explicativos dos roteiros e monumentos que vão compor as rotas turísticas. As publicações deverão servir para a formação dos monitores, que devem acompanhar os roteiros e para orientar os turistas. Participam do Circuito as cidades de Americana, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Limeira, Nova Odessa, Monte Mor, Paulínia, Piracicaba, Santa Bárbara d'Oeste e Sumaré. Um roteiro já está em teste, o que mostra a presença norteamericana na região.

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O setor teve um boom no começo da década, encolheu e agora retoma os investimentos em marketing, promoção e em novos equipamentos.

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epois de experimentar um “boom” no aparecim e n t o d e m icrocervejarias em Campinas, que chegou a ter cinco empreendimentos operando na cidade, entre 2000 e 2003, o setor amargou a retração em 2004. Hoje, restam a Cervejaria Universitária e a franquia Alles Bier que já estão sacudindo a poeira e preparando novos investimentos. Na região também trabalham para se manterem no mercado e ampliar seus horizontes a partir de agora a Chopp do Fritz, de Sumaré, e a Chopp & Cerveja Germânia, de Vinhedo, cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Campinas e a região seguem uma tendência nacional do mercado de pequenos e diferenciados produtores de chope e cerveja que, apesar do fechamento de várias empresas, conseguiram ampliar sua atuação no m e rc a d o n acional. De acordo com a Associação Brasileira de Microcervejarias (ABMIC), essas cervejarias representam, hoje, 4% do mercado brasileiro. Há cinco anos, havia apenas cinco fábricas desse tipo. Hoje, estão inscritas na Associação pelo men o s 5 0 m icroempresas. Em 2003, entretanto, eram pelo menos 70 empresas operando no País. Das que permaneceram abertas, dez oferecem, além do chope, o produto em garrafas, que deve ser pasteurizado. Chope pasteurizado e engarrafado é a nova aposta da Cervejaria Universitária, instalada no distrito de Barão Geraldo, com capacidade de produção de 35 mil litros por mês. Este, inclusive, deve ser o próximo passo das demais pequenas cervejarias brasileiras: poder colocar seus produtos em garrafas, conservando-os por mais tempo para serem vendidos também para locais distantes do pontos de fa-

bricação. De acordo com o dono da Universitária, Reynaldo Fogagnoli, que abandonou 17 anos da companhia Brahma para se dedicar à pequena empresa, agora é possível o microprodutor adquirir equipamentos modernos para engarrafamento produzidos especialmente para as microcervejarias. “Até o final do ano passado os proprietários das microcervejarias tinham que ou investir R$ 1,5 milhão em uma engarrafadora produzida para grandes empresas, ou comprar algo usado e fora de linha. Agora uma empresa do Rio Grande do Sul passou a construir engarrafadoras para pequenas cervejarias e eu fui o primeiro a comprar o equipamento que deve entrar em operação em abril deste ano”, disse Fogagnoli. A fábrica do Rio Grande do Sul monta equipamentos novos com preç o s q u e v ariam de R$ 250 mil a R$ 300 mil. Além de passar a oferecer seu produto em garrafas, a Universitária também está orientando seus investimentos para o entretenimento com a abertura, no próximo sábado, de um bar que, naturalmente, só vai vender o chope da casa em um horários que o cervejeiro acredita ser diferenciado, a partir das 10h. “Queremos oferecer um horário novo para os c l i e n t e s d e g u s t a re m o chope e a cerveja a partir das 10h, nos sábados”, afirmou o empresário. O entretenimento e a bebida artesanal sempre foram e continuam sendo os principais investimentos da microcervejaria Alles Bier, filial da matriz curitibana inaugurada em Campinas em 1996, no distrito de Sousas. O investimento equilibrado entre o chope e o entretenimento foi, para o coordenador de Comunicação da choperia Alles Bier, Daniel Padovani, o ponto crucial para a sobrevivência do negócio na cidade. Além de ofere-

ESPORTE

Campineiros escalam Everest sem oxigênio

O

s campineiros Vitor Negrete, Rodrigo Raineri e Ana Elisa Boscariolli, partem no próximo dia 27 deste mês para o Nepal onde tentam escalar o

Monte Everest. É a montanha mais alta do mundo, com 8.850 metros, localizada na cordilheira do Himalaia, entre a China e o Nepal. Os amigos vão tentar

MÚSICA Orquestra Sinfônica Jovem de Campinas, vinculada à Unicamp, recebe, até dia 18 de março, inscrições de músicos para a temporada 2006. Podem participar instrumentistas para violino, viola, cello, contrabaixo, flauta, oboé, clarineta, fagote, trompete e trompa. O agendamento para as audições deve ser feito pelo telefone 37881702. O candidato tem que ter entre 14 e 24 anos, dar continuidade aos seus estudos e estar ligado a alguma instituição de ensino musical ou professor idôneo. Os testes acontecem de 20 a 23 deste mês no Centro Cultural Casa do Lago, na universidade.

A Das cinco cervejarias do começo da década, restaram na cidade a Universitária e a Alles Bier

cer o chope produzido no local, a Alles Bier de Campinas, em 1,8 mil metros quadrados, oferece noites com música e dança e palco para shows principalmente para jovens. Com o equilíbrio que o mercado das microcervejarias está vivendo agora, segundo Padovani, começa a voltar o principal argumento de marketing

das pequenas de que o sabor e a qualidade diferenciadas devem ser observados pelos bebedores de bebidas baseadas no malte e na cevada. “As pessoas precisam entender que acabam comprando cervejas das grandes marcas pelo marketing que essas empresas empregam em seus produtos. Nas microcervejarias o investimento

Alles Bier aliou chope e shows para sobreviver na cidade

A Universitária está lançando o chope engarrafado

Reynaldo Fogagnoli, da Cervejaria Universitária

realizar dois feitos inéditos para o Brasil. Negrete, que no ano passado atingiu o cume com o uso de oxigênio, e Raineri, que recuou a 50 metros do final da escalada, vão tentar chegar este ano sem a utilização de oxigênio. A cirurgiã plástica Ana Elisa quer ser a primeira brasileira a chegar ao cume. Os rapazes vão escalar a montanha pela face

norte, considerada a mais difícil pelos alpinistas profissionais. É a mesma plataforma que escalaram no ano passado. Ana Elisa vai pela face sul. Os três devem permanecer pelo menos um mês em adaptação na base da montanha antes de iniciar a viagem. A escalada deve começar na segunda semana de maio próximo.

principal vai para o produto”, observou o coordenador de Comunicação. Degustação – Mostrar o que faz é com o mestre cervejeiro alemão Jörg Franz Schwabe, responsável pela produção dos 10 mil litros mensais do Chopp do Fritz, microcervejaria instalada em Sumaré com pontos de venda em Campinas, São José dos Campos e São Paulo. O investimento principal de Schwabe para marcar sua presença no mercado é o “workchopp”, um trabalho que desenvolve oferecendo o produto para degustação em eventos produzidos pela cervejaria ou não. “Quem toma o chope, fica freguês”, costuma dizer o cervejeiro. Vi n h e d o – A a p o s t a também pode estar nos serviços e complementos que podem acompanhar a bebida, como faz a Chopp & Cerveja Germânia, de Valinhos. Voltada para o marketing e sistema de produção das grandes empresas, a pequena cervejaria aposta no gosto padrão do brasileiro produzindo uma cerveja leve, clara e amarga. Com isso, chega a produzir 400 mil litros por mês distribuídos por uma rede de 124 lojas instaladas em São Paulo, norte do estado do Paraná e Minas Gerais. O diferencial da empresa é oferecer bebida com pronta entrega em domicílio, degustação e atendimento, além de vender serviços paralelos como a venda de carnes para churrasco, aluguel de mesas e cadeiras. Nesse nicho a Germânia entra no mercado com barris de 5, 10 e 15 litros que podem atender a qualquer tipo de evento, inclusive, festas em família. Mário Tonocchi

Para conseguir chegar ao objetivo, os três alpinistas realizaram, nos últimos meses, treinamentos intensivos na Companhia Athletica Campinas. Negrete e Raineri planejam escalar o Monte Everest desde 2002. Na primeira tentativa, em 2005, as condições climáticas adversas impediram a realização do projeto. (MT)

ESPORTE Departamento de Esportes da prefeitura de Campinas realiza neste sábado, das 8h às 18h, na Estação Cultura, a 4ª Conferência Municipal do Esporte. O tema é "Construindo o Sistema Nacional de Esportes e Lazer". A conferência quer conscientizar a comunidade do direito ao acesso ao esporte e lazer. O evento é voltado para trabalhadores, empresários, gestores, administradores, parlamentares, movimentos populares e entidades administradoras de esporte e entidades de prática do esporte e lazer. Informações pelo telefone 3705-8051.

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EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

POLÍTICA - 5

PRÉ-CANDIDATOS DO PSDB NÃO ABREM MÃO EM FAVOR DE JOSÉ SERRA

POUCAS CHANCES PARA SERRA NO GOVERNO DE SP

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prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), enfrentará dificuldades caso decida disputar o governo de São Paulo, depois de perder a indicação do partido para concorrer à presidência da República. Afastado das articulações internas no partido, o que o levou a perder a disputa interna para Alckmin, ele enfrenta o mesmo problema para tentar colocar seu nome para a eleição estadual, caso decida ser o candidato tucano ao governo paulista. Como pretendia ser candidato a presidente da República, Serra não articulou com prefeitos, vereadores, deputados estaduais e lideranças regionais. Dos 28 encontros regionais que o PSDB já fez pelo estado com o quatro pré-candidatos — o vereador paulistano José Aníbal, o deputado Alberto Goldman, o ex-ministro Paulo Renato de Souza e o secretário municipal de Governo de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira — Serra não participou de nenhum. Para ser indicado candidato ao governo do estado, Serra poderia tentar ser aclamado sem disputa, como fez na derrota para Alckmin. Mas isso dificilmente acontecerá, já que pelo menos um dos pré-candidatos garante que não desistirá. " Sou pré-candidato até o fim com disposição para vencer", garantiu José Aníbal, que participou de todos os encontros regionais e tem visitado constantemente as lideranças de todo estado. Aníbal, que defendeu a candidatura Alckmin

NOVO NOME O Partido Municipal Renovador (PMR) agora é Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Ó RBITA

NOVA DIREÇÃO

PFL PERDE NA TV

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PT conseguiu ontem a primeira vitória contra a oposição no momento em que a campanha para as eleições de outubro começa a esquentar. Atendendo a uma representação do partido do presidente Lula, o Tribunal Superior Eleitoral cassou 9 dos 20 minutos do programa do PFL que será exibido nas rádios e TVs no dia 15 de junho. A alegação do Tribunal é que o PFL fez promoção indevida do prefeito do Rio, Cesar Maia, no programa do ano passado. (Agências)

ntes mesmo de Geraldo Alckmin deixar o governo, no dia 31, para concorrer à presidência, o vice, Cláudio Lembo, já iniciou as trocas no secretariado. Ele anunciou os nomes de Rubens Lara (PSDB), presidente da Cetesb, para a Casa Civil, e Eunice Aparecida de Jesus Prudente, do Procon, para a Justiça. "O primeiro secretário que escolhi foi do PSDB. É bom para as pessoas que ficam dizendo que vou ficar enchendo o governo de pefelista", disse Lembo. (Agências)

Clayton de Souza/AE

PROTESTO "Não ao acordão, sim à cassação", dizia a faixa de protesto do PSOL na Câmara.

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Ed Ferreira/Agência Estado

Serra, cotado como um suposto candidato ao governo do Estado de São Paulo, sofre resistência no PSDB

para presidente, não é o único a afirmar que não desistirá tão fácil da disputa. Res istê ncia – Nem os fiéis serristas Aloysio Nunes Ferreira e Alberto Goldman abrem mão de suas pré-candidaturas. Afinal, caso Serra se convença a continuar na prefeitura, um dos dois deverá receber o seu apoio. Paulo Renato, o outro pré-candidato, é o único a afirmar que abriria mão em favor de Serra, mas ainda não foi procurado. "Continuo fazendo minha campanha", disse Paulo Renato. O governador Geraldo Alckmin, que ganhou de Serra a disputa interna, garantiu ontem que não houve nenhuma conversa entre eles sobre a sucessão estadual e que os quatro

pré-candidatos tucanos são bons, evitando demonstrar apoio ao prefeito, embora tenha dito que Serra "é muito ótimo" para ser candidato a governador. "Nós temos vários bons précandidatos. Isso não é nenhum problema, isso é uma coisa muito saudável, muito positiva. E essa não é uma decisão

pessoal, também. É uma decisão coletiva que o partido vai amadurecer a partir de agora", disse Alckmin, para quem Serra seria um bom candidato a governador. Desconhecimento– " É evidente que o prefeito é ótimo nome. Ele é extremamente qualificado. Agora, isso passa por decisão pessoal, passa também por conversa partidária. Em nenhum momento ele colocou a questão do governo do estado. Então, é uma conversa que vai ser feita, o partido tem bons pré-candidatos, tem feito encontros regionais, já fizemos quase 30, e é um processo que vai ser conduzido pela direção estadual do PSDB aqui em São Paulo", disse o governador. (Agências)

SINAIS DE PAZ NO NINHO TUCANO

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líder do PSDB na Câmara, Jutahy Junior (BA), reuniu ontem a bancada tucana num claro gesto em defesa da unidade da legenda em torno do candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin. O objetivo era apagar quaisquer ressentimentos nos simpatizantes do pré-candidato derrotado, José Serra. Até o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), esteve no encontro e aproveitou para falar com o deputado paulista Alberto Goldman (foto) sobre a próxima decisão do partido: o candidato ao governo de São Paulo. Goldman e Serra estão entre os cotados. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO Não entendo Brad Pitt, que deixou sua bela esposa para adotar os órfãos de Angelina [Jolie]. Do ator Michael Douglas, 61, em crítica a Brad Pitt, que se separou de Jennifer Aniston para se casar com Angelina Jolie, que adotou duas crianças, uma da Etiópia e outra do Cambodja.

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MARÇO

2 -.LOGO

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Apresentação da GIA Eletrônica do ICMS Aniversário do diretor de cinema italiano Bernardo Bertolucci (1941)

E DUCAÇÃO C IÊNCIA

O professor-modelo

Ciência pode reverter danos cerebrais cientistas do MIT acreditam que as minúsculas partículas, quando infiltradas no cérebro, permitam devolver a capacidade de falar a um indivíduo que teve a área relacionada à fala lesada por algum trauma cerebral. Ainda que não seja possível reverter 100% de danos cerebrais, a tecnologia deve permitir uma recuperação de pelo menos 20% das células lesadas o que, em muitos casos, pode ser suficiente para recuperar funções como fala, visão, audição. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

E SPAÇO

I NTERNET

Descoberta a Super Terra

Google chega a Marte

Um planeta gelado e rochoso orbitando uma estrela distante, que já foi apelidada de Super Terra, foi descoberta por uma equipe internacional de astrônomos. Eles acreditam que o planeta seja semelhante à Terra, embora 13 vezes mais pesado e tenha uma temperatura média de 201ºC negativos. Localizado fora do sistema solar, o planeta foi visto pela primeira vez há cerca de um ano, mas os detalhes da descoberta só foram divulgados agora. A cerca de 9 mil anos-luz da Terra, é uma das mais importantes recentes descobertas. Nos últimos 15 anos, os astrônomos descobriram cerca de 170 planetas fora do sistema solar.

O Google lançou esta semana um serviço derivado do Google Earth com mapas de Marte. A ferramenta é resultado de uma parceria da empresa com a Universidade do Arizona e a agência espacial norteamericana - a Nasa, que acaba de enviar ao planeta a sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO). O Google Mars permite observar o planeta no aspecto físico, com detalhes de suas montanhas e vales com cores diferentes, na luz visível ou em infravermelho. Mas os dados disponíveis no Google não são da MRO. A superfície marciana é explorada há mais de dois anos por outras sondas da Nasa, a Spirit e a Opportunity.

E M

www.pnas.org

Demitido da PUC-SP, advogado continua dando aulas normalmente

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emitido no fim de fevereiro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – no corte que atingiu cerca de 30% dos professores da instituição – o advogado e professor de Filosofia do Direito Willis Santiago Guerra Filho, de 44 anos não só ainda não foi homologar sua dispensa como continua dando aulas normalmente na pósgraduação da instituição. Com 15 alunos de mestrado e doutorado, dois deles prestes a defender suas teses, ele diz que precisa "continuar o trabalho científico que começou", remetendo a 1983, quando entrou na PUC-SP como mestrando. "Se fosse por uma questão salarial, já teria ido embora. Fiquei quase dois anos sem receber os salários regularmente", afirma, explicando que tem

Alex Silva/AE

Uma nanopartícula capaz de regenerar os neurônios foi capaz de restabelecer a visão perdida em hamsters que ficaram cegos após sofrerem danos na região cerebral responsável pela visão. A partícula, criada por pesquisadores das áreas de bioengenharia e neurociências do Massachusetts Institute of Technology (MIT) estimula a regeneração de células cerebrais. A expectativa dos cientistas é de que, no futuro, essa tecnologia possa ser usada para o tratamento de danos cerebrais traumáticos, lesões na coluna vertebral e até mesmo danos provocados por derrames. Os

Willis: desde 1983 na PUC

outros empregos. "É que a PUC é um lugar onde a gente veste a camisa. Foi onde descobri minha vocação acadêmica", conta, numa justificativa ao fato de continuar a dar aulas mesmo depois de demitido. O professor entrou com uma ação na Justiça contra sua demissão, motivada, segundo ele, por perseguições e brigas

políticas. Enquanto espera, defende a decisão do Conselho Universitário, que votou pela revogação de todas as demissões feitas pela Fundação São Paulo, mantenedora da universidade e que atualmente a mantém sob intervenção. A votação, de acordo com a fundação, não tem validade. No entanto, de acordo com a professora Ana Cintra, presidente do programa de pósgraduação, o professor já recebeu uma notificação do Departamento de Recursos Humanos avisando que como ele foi demitido, não poderá mais continuar com as aulas. A PUC-SP atravessa uma crise financeira e tem uma dívida bancária de R$ 82 milhões e um déficit mensal de R$ 4 milhões. Demitiu 472 professores 374 funcionários para tentar amortizar o déficit. (AE)

C INEMA

As belas "naturais" de Hollywood A atriz Scarlett Johansson (foto) foi eleita a beleza mais natural de Hollywood em uma pesquisa da Associação Americana de Maquiadores e Cabeleireiros. Em segundo lugar, ficou Kate Winslet, de Titanic, e em terceiro, Catherine Zeta-Jones, de Chicago. Pele perfeita, traços finos e cabelos divinos foram os critérios para a escolha das belezas. Esses atributos livram os maquiadores de precisarem fazer "mágicas" para as atrizes entrarem em cena. B RAZIL COM Z

Brasil não preocupa Zico Publicações especializadas em esportes da Austrália e da Europa, entre eles a tradicional revista britânica World Soccer destacaram declarações do brasileiro Zico sobre a seleção japonesa, da qual ele é técnico. Segundo a imprensa, Zico não tem medo de enfrentar nos gramados da Alemanha o time brasileiro, considerado favorito. Em compensação, já disse que os desafios da copa de 2006 é o time australiano. Na Austrália, a notícia também foi destaque porque a seleção local também vê no Japão um grande desafio. Zico defende que o time japonês está acima da média na Copa e chega à final ou, pelo menos, às semi-finais.

Nir Elias/Reuters

www.google.com/mars

C A R T A Z

G. Janssen/AFP

A RQUEOLOGIA

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INCÔMODO - A chinesa Yao Defen, à direita, a mulher mais alta da Ásia, ao lado de uma amiga em frente de sua casa. Yao tem 34 anos e mede 2,36 metros. Vítima de fortes dores nas costas nos últimos meses, ela diz que não consegue mais dormir. L

J APÃO

Sashimi tecnológico Kyodo/Reuters

om poucos recursos, como uma câmera na boca e alguns sensores espalhados pelo corpo, a carpa-robô será a nova tecnologia empregada por empresas japonesas que exploram o oceano. Criado por cientistas japoneses, o robô faz parte de um dos projetos da empresa Ryomei Engineering Co., que pretende utilizá-lo para a observação de atividades de pesca na costa japonesa e para pesquisas e monitoramento em plataformas de petróleo. A subsidiária da Mitsubichi Heavy Industries criou o robô com uma pele bastante semelhante, em textura e cores - branco, vermelho e dourado - às das carpas mais populares no Japão. Desde o século XIX, as carpas são vistas no país como símbolos de força e boa sorte especialmente por suas cores.

C Obras de Lívio Abramo (1903-1992). Na foto, Passeata, de 1933: moderno da primeira fase. Instituto Tomie Ohtake. Rua dos Coropés, 88. Telefone: 2245-1900. Das 11h às 20h. Grátis.

Refeição garantida longe de casa

Marinheiros de primeira viagem

O site Living Comfort está anunciando esta interessante frigideira elétrica que pode ser conectada ao acendedor do carro. Ideal para fazer panquecas e outras delícias de café da manhã em qualquer parada da viagem. Custa US$ 27,50 no site.

Do planejamento da encomenda da cegonha até a os seis anos de vida da criança, o site Guia do Bebê traz tudo que mães e pais precisam saber para se sentirem mais seguros ao cuidar do filhote. Informações sobre o desenvolvimento do feto semana a semana, carteira de vacinação da criança, moda para gestante e até lista de nomes e seus significados, para ajudar os pais na difícil escolha fazem parte do conteúdo do site. Aspectos legais que envolvem o parto, como licença maternidade, também.

www.livingincomfor t.com/ a10079.html

Os sensores podem ser usados para monitorar movimentos de outros animais, objetos colocados no fundo do mar e até a concentração de oxigênio das águas, uma informação fundamental para a piscicultura. Segundo os cientistas, as barbatanas e a cauda têm movimentos idênticos aos de carpas verdadeiras e to-

dos os movimentos do robô, que mede 80 centímetros, podem ser comandados por controle-remoto. O protótipo foi desenvolvido a um custo de US$ 250 mil e, agora, os cientistas trabalham num projeto para viabilizar uma produção em escala para a comercialização do peixe-máquina. www.r yomei-k.co.jp

Após estudar a anorexia em gêmeos, pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, concluíram que o risco de uma pessoa desenvolver o distúrbio alimentar que pode levar à morte é determinado pelos genes. As pessoas com anorexia têm uma imagem distorcida de seu próprio corpo e se recusam a manter um peso mínimo aceitável; elas têm um medo intenso de ganhar peso. O estudo foi feito com 31.406 gêmeos idênticos ou fraternos. L OTERIAS Concurso 601 da LOTOMANIA 02

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Universidades acusam Ministério da Educação de usar decreto para adiantar reforma Turistas terão de pagar taxa de preservação ambiental na Ilha Grande, em Angra dos Reis

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http://guiadobebe.uol.com.br/

A TÉ LOGO

Carpa-robô: imitação de cores e movimentos de peixes

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F AVORITOS

S AÚDE

Anorexia pode ser genética

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G @DGET DU JOUR

Fóssil de dinossauro carnívoro jovem de 75 cm encontrado na Alemanha, que alterou teorias sobre a espécie.

Time inglês Chelsea quer contratar o atacante corintiano Carlitos Tevez depois da Copa

Concurso 746 da MEGA-SENA 01

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DEU

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BLOG Alckmin é uma aposta de alto risco, diz o prefeito de Rio, Cesar Maia, em seu Ex-blog, ele próprio um pré-pré-candidato à Presidência pelo PFL. Faltaria ao governador de São Paulo a agressividade que a pré-campanha exige. Ele terá que fazer uma campanha de grande contundência, de forma a levar o eleitor a vê-lo como o Anti-Lula.

Mônica Zarattini/AE

HTTP://CESARMAIA. BLOGSPOT.COM/

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de março de 2006

DOISPONTOS -15 15

foi aportar na biografia do presidente e do partido que ele fundou.

Lula pode ir tocando seu realejo. Alckmin está atrasado. decisão do PSDB, em parte pela maior receptividade de Alckmin entre os políticos e em parte pela estressamento de Serra, é uma aposta de alto risco. O pai das pesquisas de opinião política Paul Lazarsfeld dizia que uma eleição se divide em duas partes como uma fotografia. Na primeira se clica e se impregna a imagem no celulóide, na segunda se vai à câmara escura e com

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produto químico se revela a imagem. A primeira é a pré-campanha e a segunda a campanha propriamente. A pré-campanha pode ser feita pela participação numa campanha anterior, como Serra, Garotinho e Ciro Gomes. Ou se ocupando um espaço nacional de grande visibilidade. Quando isso não ocorre, se conta com um tempo mínimo para se substituir a précampanha. E se parte para uma loteria eleitoral. Se todos os

candidatos estão neste jogo, a loteria é para todos. Num processo de reeleição, o presidente está em précampanha sempre. Se sua avaliação é pelo menos razoável, o eleitor se sente seguro por conhecê-lo. O adversário sem pré-campanha, terá que fazer uma campanha de grande contundência, de forma a levar o eleitor a perder completamente a confiança e a segurança no presidente. Nunca será uma campanha de

confronto de programas, de alternativas. Será uma guerra de desgaste, de desmonte do presidente. A campanha negativa exigirá muito talento para o opositor não ir junto com a bacia. A presença de Serra levaria o voto mais à esquerda politicamente correto para ele. Ao PSDB, mais do que a Alckmin, um político de proximidade como Lula, caberá atacar de forma contundente, e desde já, Lula, de forma a ir

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substituindo a pré-campanha, pela desmontagem. Serão 4 meses mais do que a mobilidade e presença de Alckmin, valerá mais acertar no alvo em Lula, com dardos envenenados. Sem isso, a diferença abre e a probabilidade de tirar a diferença nos últimos 60 dias diminui muito. Lula pode ir tocando seu realejo e ganhando tempo. Para Alckmin a campanha já está atrasada. E sua turma tem que ser muito boa de tiro.

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Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Tânia Rego/LUZ

Educação descartável

Brasil está à f re n t e d e d iversos países europeus em reciclagem de plásticos e tem excelente desempenho em reciclagem de outros materiais, tais c o m o v i d r o e p apel/papelão. Com relação à reciclagem de alumínio, não tem para ninguém: somos o campeão mundial. Entretanto, ao contrário do senso comum, essa é uma posição da qual não devemos nos orgulhar. Esse resultado só é possível porque, para muitos brasileiros, não resta outra opção de sobrevivência a não ser catar lixo pelas ruas das cidades. O imenso número de carroças puxadas por homens e mulheres, muitos deles jovens, é a face visível dessa miséria humana. E sempre que vejo essa cena - o que ocorre dezenas de vezes no trajeto que faço diariamente pela cidade – me vêm à lembrança os conselhos de minha mãe. Embora fossemos mui-

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to pobres e tivéssemos que trabalhar desde cedo para o sustento da família, ela sempre nos incentivou a não abandonar os estudos. Uma de suas frases prediletas era: se não estudar vai ter que puxar carroça. Sábias palavras. Sucessivos governos, por falta de visão ou, segundo alguns, até para manter o povo na ignorância, deixaram de priorizar a educação. As famílias que tiveram condições transferiram seus filhos para as escolas particulares, mas a grande maioria ainda continuou e continua dependendo da escola pública, a qual foi se degradando cada vez mais. O resultado é esse que vemos, principalmente, nas ruas das grandes cidades: grande número de carroceiros, ambulantes, pedintes e famílias morando debaixo das pontes. Na realidade, grande parte dessas pessoas não tem qualquer outra perspectiva de vida.

G Somos

campeões na reciclagem de plásticos, vidro, papel/papelão e alumínio. Mas não devemos nos orgulhar disso. G Para muitos brasileiros, não resta outra opção de sobrevivência a não ser catar lixo pelas ruas, sem qualquer outra perspectiva de vida. G Quantas

gerações serão desperdiçadas para chegarmos à conclusão que só a educação leva o Brasil a um lugar?

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

problema mais angustiante de tudo isso é que, ao par desse grande contingente de pessoas que não consegue entrar no mercado de trabalho, há uma enorme demanda por gente qualificada. No ramo em que trabalho – contabilidade – é muito difícil contratar novos funcionários. É uma queixa recorrente de todos os colegas que conheço dessa e de outras atividades correlatas. E como faremos para ser um país desenvolvido se não temos gente para tocar esse país? País do futuro? Que futuro é esse que nunca chega? Quantas gerações ainda serão desperdiçadas para chegarmos à conclusão que só a educação pode levar o Brasil a um lugar de destaque no mundo? São essas perguntas que me angustiam, porque não vejo nada sendo feito para resolver essa situação. Recursos até existem, só que, como acontece em várias ou-

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as há um outro lado dessa moeda. A partir da eclosão do caso Waldomiro Diniz, em 2004, e mais claramente depois de maio de 2005, quando Roberto Jefferson pôs a boca no trombone sobre os divertimentos financeiros que ocorriam na relação entre Executivo e Legislativo, passou a ganhar força dentro do governo o grupo que entende que o melhor combate contra a corrupção dá-se pela prevenção e pelo controle, e não pela discurseira do tipo "este governo não rouba nem deixa roubar". Esse grupo, cuja face mais visível é a do ministro Waldir Pires, da Controladoria-Geral da União (CGU), mas que tem contigentes em várias outras áreas do governo, passou a ter mais espaço e mais voz. Como resultado do enfraquecimento do grupo palaciano original, gradualmente a doutrina do "deixa conosco que nós sabemos o que fazer",

tras áreas públicas, é aplicado de forma errada. Um exemplo? O Brasil gasta com ensino primário, por aluno, apenas 20% do que gasta a Grã-Bretanha. Já com aluno universitário, gasta o dobro do que a Grã-Bretanha. E o pior é que tenta sanar essa deficiência criando um sistema de cotas para estudantes vindos do ensino público. Não há solução milagrosa; o que deve haver é trabalho sério, competente. Portanto, está na hora de cobrarmos dos governos, em todas as instâncias, seja federal, estadual ou municipal, não só os investimentos necessários, mas, principalmente, uma gestão transparente e eficiente na área de educação. Porque não podemos, apenas, ser um país campeão de reciclagem de lixo; precisamos, com urgência, ser o campeão mundial de reciclagem de mentes. VALDEMAR L. ARMESTO ARMESTO@SAOVICENTE. COM.BR

CLAUDIO WEBER ABRAMO

A QUE VEM? s eventuais leitores desta contribuição semanal provavelmente se deram conta de que aqui não se comenta o dia-a-dia político. Não se escreve sobre escaramuzas partidárias, passa-moleques entre deputados e ministros, rumores sobre sucessões ministeriais e demais assuntos desse tipo. Hoje abro exceção para um tema político. Ungiu-se o sr. Geraldo Alckmin, governador do estado de São Paulo. Ao discursar após a pajelança que o sacramentou como candidato, o sr. Alckmin declarou entre outras coisas que "Não tenham dúvida de que estaremos com a firmeza necessária para empunharmos essa bandeira, que é a bandeira da ética, um banho de ética no governo brasileiro". Sem por um segundo duvidar das boas intenções do sr. Alckmin, é porém necessário assinalar dois pontos. Primeiro, esse negócio de bater no próprio peito e falar sobre "ética" meramente replica o que, durante anos, foi o discurso do presidente da República e de seu partido. Deu no que deu. Não deu no que deu por causa das pessoas ou das intenções recônditas guardadas no íntimo de cada um, mas porque falar sobre ética; tem tanto efeito sobre a realidade quanto lançar búzios no terreiro do Gantois. Corrupção não se combate por palavras, nem gritando pega ladrão depois que a coisa aconteceu. Corrupção combate-se pelo ataque a suas causas, que residem nas instituições e nas práticas administrativas. O que nos traz ao segundo ponto. O sr. Alckmin vai ter um trabalho danado para comparar-se a Lula no território do combate à corrupção. Permita-me explicar. De forma inteiramente semelhante ao que ocorrera no governo FHC, o governo Lula enviou sinais contraditórios sobre sua atitude no que concerne o combate à corrupção. Aproveitaram-se de liberdade de nomear pessoas, lotearam a estrutura do Executivo federal com partidos políticos em troca de apoios parlamentares, esses partidos fizeram (e ainda continuam fazendo, é claro) gato e sapato nas diretorias que conquistaram e isso tudo

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O melhor combate contra a corrupção dá-se pela prevenção e pelo controle, não pela discurseira tipicamente expressa por José Dirceu e Márcio Thomaz Bastos, deu lugar à idéia de que o combate à corrupção precisa ser planejado estrategicamente - visão essa que sempre foi advogada pela Transparência Brasil. Foi por causa de uma paulatina ascendência da estratégia pensada sobre a improvisação desinformada que, entre meados e o final do ano passado, o governo tomou uma série de medidas sérias de combate à corrupção. Promulgaram-se leis, baixaram-se decretos e criaram-se estruturas de planejamento e direção, das quais a nova Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas, no âmbito da CGU, constitui como que a "jóia da coroa". Diferentemente do que parece imaginar a maioria, um diagnóstico do desempenho do governo Lula no combate à corrupção não resultará na nota vermelhíssima do mensalão. Há também o que incluir na coluna dos ganhos. sr. Alckmin chega à disputa sem muitas notas negativas. Contudo, faltam-lhe também notas positivas, dado que se desconhecem iniciativas de seu governo no sentido de se realizar um combate estratégico à corrupção. De forma que será interessante assistir ao que vem pela frente na campanha, nesse território.

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LUZ

16 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 16 de março de 2006

Velha estação adere à arte e passa a integrar circuito cultural

Será aberto ao público, na segundafeira, o Museu da Língua Portuguesa, localizado na estação da Luz, Centro de São Paulo: arte high tech

Leonardo Rodrigues/Hype

Rejane Tamoto

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ma viagem pela história da língua portuguesa por meio de sons, imagens, filmes, obras de arte e jogos interativos. Essa é a experiência multimídia que o espectador vai ter ao visitar o Museu da Língua Portuguesa da Estação da Luz, que será inaugurado segunda-feira. O projeto, orçado em R$ 37 milhões, foi coordenado e implantado pela Fundação Roberto Marinho e será gerido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Localizado nos três primeiros andares da estação – em uma área que se incendiou e foi reconstruída em 1946 – o museu tem arquitetura interna moderna e contrasta com a fachada vitoriana restaurada da estação. Assim, engana-se quem pensa que o Museu da Língua Portuguesa seja parecido com uma biblioteca, cheio de papéis, ou mesmo um espaço que estabelece o que é certo ou errado no português. No museu é a tecnologia quem manda, com computadores, arcondicionados e elevadores. "A língua é um patrimônio imaterial e dinâmico. Nada melhor do que a tecnologia, que permite essas mudanças constantes pelas quais passa o enorme acervo do português", disse Silvia Finguerut, gerente-geral de patrimônio da fundação. A idéia, segundo ela, é que o conteúdo do museu seja atualizado periodicamente. Percurso – Em vez de discursos de gramática, sintaxe, manuais e dicionários, o espectador tem sua curiosidade aguçada ao longo de um percurso que começa com um rito de passagem. Já no elevador panorâmico, que leva ao terceiro andar, ouve-se o som de um mantra, criado pelo músico Arnaldo Antunes, que brinca com as palavras "língua" e "palavra", repetidas em vários idiomas. O espectador então observa uma imensa árvore feita de metal e fibra ótica que, iluminada, fica repleta de palavras ou imagens. No terceiro andar, filmes de Tadeu Jungle explicam a origem da linguagem e das

Museu terá totens luminosos com informações diversas sobre influências de outros idiomas no português

línguas no Brasil e no mundo. Em seguida, a tela de cinema se abre e, alguns passos adiante, o espectador estará na Praça da Língua, que mais parece um planetário de imagens e sons, expressando uma antologia da literatura brasileira. A experiência sensorial dura 20 minutos, com versos de grandes romancistas e poetas recitados por cantores e artistas como Chico Buarque e Mateus Natchtergaele. Para os mais jovens, há até uma poesia de Gregório de Mattos transformada em rap, na voz de Rapin Hood. Todos os poemas ouvidos e vistos podem ser lidos na saída da praça, na íntegra. Galeria – No segundo andar, o percurso continua com uma grande galeria – um corredor de 106 metros – que exibe 11 filmes da língua no cotidiano, como no Carnaval e no futebol, a partir de 36 projetores. Ainda nesse percurso, o espectador conhece a linha do tempo da língua. Para mostrar a mestiçagem do idioma, há também totens com monitores que expõem as influências de outras línguas no português, como as indígenas, africanas e européias. No Beco da Palavra, pode-se brincar com a criação de expressões e

aprender sobre a etimologia dos termos usados hoje. Por último, no primeiro piso, uma exposição da diretora teatral Bia Lessa propõe mais interação e novas formas de olhar. Desta vez, com a tecnologia da criatividade, recriando o sertão, com areia e materiais de construção. No teto, todas as páginas da 3ª edição de Grande Sertão: Veredas, corrigidas a mão por Guimarães Rosa. A gerente do museu conta que o objetivo é atrair um público amplo. "A estação da Luz recebe cerca de 300 mil pessoas por dia. Esse é o nosso público". Circuito – O Museu da Língua Portuguesa é o quinto espaço que integra o circuito cultural na região da Luz, formado pela Pinacoteca, Estação Pinacoteca (antigo Deops), Museu de Arte Sacra e Sala São Paulo. Nesse passeio (veja arte) é possível conhecer muito sobre a arte brasileira. A Pinacoteca é, tradicionalmente, a opção para conferir obras do movimento modernista e também dos séculos XIX e XX. O museu, que recebe cerca de 23 mil visitantes/mês, possui cerca de 800 obras.

Outro espaço, inaugurado em 2002 é a Estação Pinacoteca, onde, mensalmente, 7,5 mil visitantes conferem as exposições. Lá, durante meio século, funcionou o Deops (Departamento Estadual de Ordem e Política Social). O local se tornou o Memorial da Liberdade. São quatro celas e um totem multimídia, onde podem ser acessados fichas e prontuários de presos políticos, como Monteiro Lobato e Mário Covas. Junto à estação Tiradentes do metrô, o Museu de Arte Sacra (1. 668 mil pessoas por mês visitaram o museu em 2005). O acervo é formado por mobiliário, cristais, porcelanas e objetos que remontam ao século XVI, e mais de 360 peças de arte européia e brasileira dos séculos XVII e XIX. Reduto de música erudita, a Sala São Paulo, no Complexo Cultural da antiga estação Júlio Prestes, foi um dos marcos da revitalização do Centro, inaugurado em 1999. Com capacidade para 1509 pessoas, a sala é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

O novo circuito cultural da cidade envolve o Museu de Arte Sacra (acima) e a Pinacoteca do Estado (foto abaixo), ambos na avenida Tiradentes, próximo à Luz

Desde a Sala São Paulo, na praça Júlio Prestes (abaixo, à esq.), passando pela Estação Pinacoteca (abaixo, no centro) e pela estação da Luz (abaixo) o paulistano poderá desfrutar de um novo circuito cultural.

Museu é mais um passo na revitalização

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nstalado na Cracolândia, região da Luz que passou por operações de fiscalização comandadas pela Subprefeitura da Sé , em 2005, o Museu da Língua Portuguesa é considerado mais um passo no processo de revitalização. "O museu ajuda a revitalizar a Luz, atraindo mais público de interesse cultural", disse Silvia Finguerut, da Fundação Roberto Marinho. A região, no entanto, ainda apresenta problemas de segurança e sua aura de local perigoso permanece. A assessora da Subprefeitura da Sé, Rose Carmona, concorda. "A Nova Luz é uma re-

gião com muito potencial para receber investimentos em cultura e tecnologia. Só que temos que curar o câncer, que é a Cracolândia", disse. Rose afirmou que a subprefeitura tem investido em ações de limpeza e de policiamento. "É preciso um esforço de toda a sociedade para quebrar o estigma que cerca a Luz", destacou. Para o superintendente da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos de Almeida, ao contrário do que parece, o Centro não é tão perigoso, apenas tem um clima que amedronta as pessoas. "Os delitos mais frequentes no Centro são roubos

de carteiras. Em bairros nobres há assassinatos e crimes mais graves. Para ele, o processo de revitalização deve ser contínuo e o aumento da segurança depende de medidas integradas, compostas por boa iluminação, limpeza e policiamento. O superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo, Marcelo Flora Stockler, disse que a revitalização da Luz é importante para o comércio. "Com a revitalização, existe a possibilidade de a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) vir para a região. Mas a luta ainda é grande e demorada". (RT)


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REPUBLICA DOMINICANA

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TURISMO - 1

ADRENALINA ESPECIAL EM BROTAS Com as devidas adaptações, os esportes de aventura estão cada vez mais acessíveis a deficientes físicos que visitam a cidade. Pág. 4

Tesouro do Caribe E mbalado pelo ritmo do merengue,

Fotos: Mônica Trindade Canejo

este país coleciona preciosidades: praias paradisíacas, resorts de primeira, uma capital cheia de história e grutas inacreditáveis. Sem contar as boas compras – de rum e charutos a pedras raras. Pág. 2 e 3

Boca Chica (acima, à dir.) é uma das praias nas proximidades da capital. Santo Domingo encanta com suas edificações antigas, como a primeira universidade das Américas (abaixo), e o Mercado Modelo (fotos acima), local que expõe arte e cultura dominicanas. Peças com a pedra larimar, típica do país, lá estão à venda. Também próxima à cidade, a gruta Três Ojos (à dir.) é imperdível. Mais distante, as piscinas naturais da ilha Saona (à dir.)


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quinta-feira, 16 de março de 2006

1 As palestras do 10º Congresso Mundial de Jovens Empresários continuam até amanhã.

Fotos:Patrícia Cruz/LUZ

GOVERNO E EMPRESÁRIOS SE UNEM PELO DIREITO DO EMPREENDEDOR Até amanhã, empresários de mais de 60 países participam do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores. Afif propõe a criação da Carta Universal dos Diretos do Empreendedor Afif e Alckmin falam sobre o empreendedorismo para promover a geração de emprego e renda

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governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi homenageado ontem, na abertura do 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores, em sua primeira aparição como candidato oficial do PSDB à Presidência da República, por seu apoio ao espírito empreendedor em São Paulo e no Brasil, como principal meio para promover o desenvolvimento e a geração de renda e empregos. Alckmin fez um discurso de improviso, atendo-se ao tema do Congresso. Enfatizou que os governos não geram emprego, "apenas criam condições estimulantes e ambiente receptivo para que a iniciativa privada possa florescer". Acrescentou que o 10º Congresso representa um passo importante para buscar novas alternativas para a construção de uma nação mais justa e fraterna. Para o governador, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, está certo quando diz que "vivemos o tempo da velocidade da mudança" e que os jovens empreendedores têm um papel crucial no atual mundo globalizado, como criadores de oportunidades de trabalho. Afif Domingos – que também foi homenageado – disse à platéia que lotou o auditório Elis Regina, no Palácio das Convenções do Anhembi, on-

Alckmin: busca por nação justa

de o 10º Congresso continuará até amanhã, que o Brasil é uma nação jovem, como o próprio governador – "que tem uma larga experiência da vida parlamentar e administrativa, capaz de transformar em realidade os anseios da população". Ele deu parabéns ao governador por sua indicação para a disputa presidencial, "que faz jus à sua trajetória de homem público, que faz da simplicidade o complemento da capacidade, da dedicação à causa pública e da determinação de lutar por um Brasil melhor". Direitos – Finalmente, o presidente da ACSP propôs ao plenário do evento a elaboração da Carta Universal dos Diretos do Empreendedor, ou a inclusão de um adendo à Declaração Universal dos Direitos Humanos, defendendo os direitos do empreendedor. A idéia foi bem recebida pelos palestrantes e participan-

tes. O coordenador do Fórum de Jovens Empreendedores (FJE) da ACSP, Júlio Bueno, disse que a proposta pode contar com o apoio dos jovens empreendedores, "pois eles representam a força motriz da nova economia mundial". Donald Terry, executivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), deixou claro que apenas a ação do empreendedor poderá criar "uma prosperidade global". Yipping Zhou, diretor da Unidade Especial para Cooperação SulSul (dos Estados Unidos), lembrou que o "desenvolvimento depende da cooperação e da capacidade do poder produtivo". Abdel Hamid Mamdouh, diretor da Organização Mundial de Comércio, acrescentou que "o setor privado será a locomotiva para geração de oportunidades em todo o mundo". Palestrantes como Nabil Fawas, chefe da Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos (MIGA); Samuel Nyamby, coordenador de Desenvolvimento da WTU-África do Sul e Jean-Claude Baumgarten, presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (Londres), apontaram o empreendedorismo como a mola propulsora dos investimentos que geram trabalho e riqueza. "Não podemos esquecer que 80% dos empregos são gerados pelas pequenas empresas", disse Baumgarten. Sergio Leopoldo Rodrigues

Afif Domingos, presidente da ACSP (esq.), recebe prêmio das mãos de Sujit Chowdhury, presidente do Congresso

Platéia lotada do Anhembi, composta por empresários de todo o mundo para discutir o empreendedorismo


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2 -.TURISMO

quinta-feira, 16 de março de 2006

Fotos: Mônica Trindade Canejo

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orria o distante ano de 1496 quando foi fundada a cidade de Santo Domingo, hoje com um terço dos 9 milhões de habitantes da caribenha República Dominicana. Ou seja, antes mesmo de Cabral aportar em terras brasileiras, esta capital já se dava a importância de primeira cidade das Américas. Descoberto quatro anos antes por Cristóvão Colombo, o território foi batizado por ele como Ilha Hispaniola – que hoje se divide entre República Dominicana e Haiti – e a cidade ficou a encargo de seu filho, Diego, proclamado vice-rei. O palácio onde morou ainda está intacto e transformou-se num museu, conhecido como Palácio de Colón. Assim é Santo Domingo: ao se passear pela cidade colonial, em cada esquina, podemos tropeçar com as marcas do passado. E que passado! Lá estão a primeira rua do Novo Mundo, a Calle das Damas (dizem que tem este nome porque as senhoritas costumam passear por ela acompanhadas por suas damas de companhia...), que continua uma das principais da cidade colonial; a primeira universidade, el Universidad Autónomo de Santo Domingo, construída em 1538, o primeiro hospital, atualmente em ruínas, mas protegido como patrimônio histórico, e a primeira Catedral. Aliás, um dos lugares que não se pode deixar de visitar é a Catedral de Santa Maria de la Encarnación. Até para os mais descrentes vale a pena ver por dentro a atmosfera religiosa que domina o interior da construção, com suas arcadas de pedra. E, do lado de fora, a praça central, espécie de ponto de encontro entre turistas e o povo dominicano. Aqui, um senhor oferece uma bebida afrodisíaca à base de rum e ervas. Mais à frente, uma senhora equilibra sobre a cabeça um

A primeira cidade das Américas

Passear pela cidade colonial de Santo Domingo é respirar história. A capital foi fundada em 1496 e exibe a primeira rua do Novo Mundo, a primeira universidade, a primeira catedral... Por Mônica Trindade Canejo

Atrações dominicanas: pôr-do-sol no Malecón, a avenida beira-mar (no topo); o palácio onde morou dom Diego – filho de Cristóvão Colombo –, é hoje um museu (à esq.); e a cidade antiga é repleta de mais construções coloniais, como o convento (acima)

As pinturas populares (acima) estão por toda a parte no país. Nos restaurantes de cozinha regional, na capital , há a presença de dançarinos. E o ponto alto é o Baile da Botella, momento em que as moças dançam com um dos pés equilibrados no gargalho de uma garrafa

Imagens e sons do país caribenho

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eja Caminhando pelo Malecón – como é conhecida a Avenida beiramar George Washington –, em Santo Domingo, ou na beira das estradas que ligam a capital às províncias do leste, nas barracas nas praias ou no Mercado Modelo, o viajante irá encontrar uma das coisas mais

significativas da cultura dominicana: as pinturas populares. São paisagens e trabalhadores rurais, imagens religiosas e representações folclóricas de danças, grupos musicais e referências históricas. Com traços variados, dos mais simples a refinados estilos estéticos, essas imagens são uma espécie

de síntese da cultura local. Outro item marcante da cultura dominicana é a música. Os ritmos caribenhos tocam em todos os lugares, dos rádios dos carros que passam até nos cassinos, madrugada afora. Para os desavisados, esses ritmos podem ser a salsa, a rumba ou algo do tipo, sem dife-

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão S/A O Estado de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

renciá-los uns dos outros. Mas, preste atenção: a música produzida aqui se chama merengue, dançante, ou bachata, uma versão, digamos, mais romântica. Em vários lugares, como restaurantes, hotéis e até nas praças, é possível assistir a apresentações de danças e a cursos rápidos de bailado. No restaurante de comida regional El Conuco, por exemplo, na capital, é obrigatória a presença de dançarinos. E o ponto alto da apresentação é o Baile da Botella, momento em que as moças dançam com um dos pés equilibrados no gargalho de uma garrafa, com suas saias largas rodando no alto, enquanto os músicos capricham na percussão e os assistentes acompanham com palmas. Noite – Quem não gosta de dançar mas está interessado em aproveitar a agitada noite dominicana, pode optar pelos cassinos, geralmente presentes nos principais hotéis. O mais concorrido é o cassino do Hotel Jaraguá. Além dos jogos, há apresentações musicais ao vivo e pista de dança. O Cassino Diamante, anexo ao Hotel Sol Meliá, também é bastante procurado.

Outro programa: simplesmente sentar-se em uma das mesinhas ao ar livre na Praça de Espanha, com seus vários restaurantes (inclusive um de culinária brasileira) e apreciar um bom rum acompanhado de um charuto nacional. Charutos, aliás, são um capítulo à parte. Graças ao embargo econômico a Cuba, os maiores vendedores do produto aos Estados Unidos são os dominicanos. Algumas famosas charutarias cubanas até já se mudaram para lá para ganhar o mercado. E, se os charutos dominicanos ainda não alcançaram o padrão de excelência dos cubanos, certamente estão em busca disso. Investimentos na produção local estão rendendo uma qualidade cada vez maior aos charutos dominicanos. Se você realmente se interessa pelo assunto, pode visitar a cidade de Santiago, onde fica a maior produção do país. Mas, se pretende apenas prová-los e fazer uma boa compra, basta procurar uma charutaria na própria capital, como a Botique Del Fumador, e ver como são enrolados, armazenados e envelhecidos artesanalmente. (M.T.C.)

cesto com frutas. Ao fundo, voltam da escola as meninas em seus uniformes. Como o brasileiros – Ainda nos limites da cidade colonial, está o também indispensável Mercado Modelo. Pelo menos para quem está interessado em conhecer um pouco mais da cultura local. Do lado de dentro, telas com cenas tradicionais do país; anéis, colares e brincos feitos de larimar, uma pedra semipreciosa que só existe na ilha; além de uma infinidade de lembrancinhas para os turistas que querem agradar aos amigos que ficaram em casa. Enquanto isso, do lado de fora, espalham-se contornando o mercado as barracas com produtos alimentícios. Abóbora, pimenta, mandioca estão expostas à espera da dona de casa que vai enchendo a sacola. Tudo como uma feira no Brasil. Uma boa oportunidade para você perceber que os dominicanos são parecidos com os brasileiros até mesmo na hora de comer. Se a fama dos brasileiros é a simpatia, a miscigenação e o gosto pela música, então, vão se sentir realmente em casa entre os dominicanos. Porque a semelhança? Provavelmente por terem uma história também marcada pela mistura de raças, fruto da colonização e imigração intensa. Para começar, os espanhóis. Depois, o país tornou-se colônia francesa, para em seguida ser dominada pelos vizinhos haitianos. Depois, novamente os espanhóis, os haitianos e até os norte-americanos! Sem contar com os imigrantes dos EUA, do Haiti, Itália, Ilhas Canárias... O resultado é que conversar com um dominicano, se sentar à sua mesa para uma refeição (à base de arroz, feijão e carne), entrar numa boate, é mais familiar a um brasileiro do que se estivesse fazendo isso com um de nossos vizinhos da Bolívia ou do Peru.

Dominicanos priorizam o mercado brasileiro

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onsiderado prioritário na América Latina, o mercado brasileiro torna-se cada mais importante para a República Dominicana. Prova disso foi a recente visita do ministro do Turismo Félix Jiménez a São Paulo. Sexta viagem à capital paulista em um ano e meio, a presença de Jiménez sinaliza ser cada vez maiores os investimentos no País, que têm como objetivo aumentar o número de visitantes brasileiros na ilha. Claro indício dessa aposta é a disponibilização de meio milhão de dólares em 2006 para promoções de marketing e campanhas publicitárias, todas realizadas em parceria com um pool de operadores nacionais que comercializam o destino no Brasil. Em 2005, destaca a diretora de Promoção Turística, Andréa Majela de Souza, o valor investido chegou a 1/5 do total a ser aplicado durante todo este ano. Entre as ações, adianta, estão programados um festival gastronômico e uma exposições de fotos (em maio) e o fortalecimento da presença dominicana em eventos do trade, como Braztoa.


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quinta-feira, 16 de março de 2006

TURISMO - 3

Sombra, água fresca e resorts nas praias dominicanas São 300 quilômetros de litoral emoldurado por nada menos que 400 resorts, nos quais tudo está incluído. Basta entrar, relaxar na areia e pedir o que quiser. É assim em Punta Cana e Bayahibe Fotos: Mônica Trindade Canejo

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ão há como se esquecer que a República Dominicana está localizada (e bem localizada) no Caribe. Por mais que as atrações históricas e culturais sejam interessantes, não dá para visitar o país sem conhecer suas praias, que se estendem por mais de 300 quilômetros. E, se não foram os dominicanos que inventaram o sistema allinclusive dos hotéis, parece que foram os que melhor se adaptaram a ele. Já na recepção você recebe uma pulseira de plástico, que fica no seu pulso até o momento de fechar a conta. Com ela você tem direito a almoçar, jantar, utilizar as piscinas, sauna, entrar nas boates, freqüentar os cassinos e tudo o mais que o lugar tem a oferecer, sem precisar ficar fazendo contas ou carregando dinheiro. São mais de 400 resorts que se espalham pelas principais regiões da costa dominicana. Uma das mais conhecidas é Punta Cana, com seus 50 km de areia, divididos entre as praias de Bavaro, El Macao e El Cortecito. Famosa no mundo todo, Punta Cana é praticamente um conjunto de resorts de frente para o mar. E para todo gosto. E a praia é realmente bonita. Areia branca, palmeiras que balançam ao vento, água transparente. Isso é regra no país. No mar – Saindo de Punta Cana e indo para Bayahibe, o cenário não muda muito. Os resorts também prevalecem e você ainda tem uma nova opção: fazer um passeio de catamarã ou lancha pela baía. Um dos mais recomendados é a visita a Ilha Saona, parte do Parque Nacional do Leste. O nome era uma homenagem que o conterrâneo de Colombo e acompanhante em uma de suas viagens a América, Michel de Cunio, fez a sua própria cidade natal, Savona. Com o tempo, os colonizadores espa-

Altos de Chavón, destino famoso por ser uma réplica de uma cidade italiana renascentista

Além de areias

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aindo um pouco do circuito praia e capital, o turista pode se surpreender com as outras opções na ilha, que apresenta um relevo montanhoso. Aos poucos, cavalgadas, trilhas e cachoeiras começam a entrar no alvo dos turistas. Um dos passeios mais interessantes é a visita ao Salto Del Limón, na província de Samaná. Partindo do povoado conhecido como Pueblo Café, por cerca de uma hora, a pé ou a cavalo, a trilha atravessa riachos e mata, até se chegar ao alto da Serra de Samaná, a mais ou menos 300 metros acima do nível do mar. E ficar de frente para o belo salto, com 40 metros de altura. Mais um pouco a pé e se chega ao poço da cachoeira, onde se pode tomar um banho e se refrescar. Outro lugar que deve ser incluído no roteiro é Altos de Chavón. A região, localizada na província de La Romana e acima do Rio Chavón, abriga uma réplica de uma cidade italiana renascentista. A principio, essa a vila foi construída para servir de locação para a industria cinematográfica. Isso lá pelos idos de 1975. Nunca foi utilizada para este fim, mas acabou se tornando um refinado centro cultural. Uma escola de design, galeria de artes até uma igreja, a de São Nicolau, dividem espaço com bares e restaurantes. Tudo em construções de pedras, cercadas por jardins floridos, de frente para a paisagem bucólica com o Rio Chavón ao fundo. Mas o que mais orgulha os próprios dominicanos é o teatro. A cópia de um anfiteatro romano recebe apresentações de grupos folclóricos quase diariamente e serve de palco para grandes atrações internacionais, como Rolling Stones. Grutas – E existem as grutas. Uma das mais acessíveis é a Três Ojos, próxima à capital. Você pode ficar chocada com os vendedores que exibem escul-

Com areias brancas e água cristalina, Punta Cana (acima) pode ser resumida a um conjunto de resorts à beira-mar. Vale fazer passeios de barco até as ilhas vizinhas, como a Saona, onde o mergulho é a pedida

nhóis foram suprimindo o ‘v’ até chegar ao nome atual. A partir de Bayahibe, a embarcação faz uma obrigatória parada no meio do caminho para um mergulho. É que ali está a maior piscina natural do Caribe. São dezenas de metros de água rasa e absolutamente límpida. E, na ilha, a vantagem de se ter um pouco menos de visitantes que nas praias onde ficam os resorts. Além da paisagem de cartão-postal. Outra ilha que merece visita é Cayo Levantado (na península de Samaná), conhecida também por Ilha Bacardi, por ter servido de locação para um comercial da bebida. Para quem não quer se afastar muito da capital, vale ir até a região de Boca Chica. Com suas águas calmas e transparentes, é perfeita para relaxar. Aqueles que quiserem conhecer um pouco mais da cultura local, podem ainda visitar o pueblo de Boca Chica, com suas casinhas de madeira coloridas, típicas do país. Prefere um pouco mais de

aventura? Pode seguir em direção ao norte. Mas, saiba de antemão, as estradas não são das melhores. O ideal é seguir de avião. Cercada pelo Atlântico, a costa norte recebe bastante vento e por isso é indicada para a prática de windsurfe e surfe, especialmente na praia de Cabarete, em Puerto Plata. (M.T.C.)

turas feitas com espeleotemas retirados da gruta ou com as intervenções construídas para facilitar a visitação, como escadas e muretas, mostrando que não houve a menor preocupação ecológica. Mesmo assim, a gruta é bastante bonita e vale a pena ver os olhos d’água iluminados, revelando um transparente tom de azul. Também vindo do subterrâneo está outro tesouro local: o âmbar. As minas se localizam na região norte do país, mas você pode encontra-lo com facilidade, especialmente em Santo Domingo, que possui um museu dedicado à resina. Lapidada, encontra-se em colares, brincos e anéis. Ou em estojos para colecionadores. As mais valorizadas são as que conservam em seu interior restos de insetos ou plantas. Verdadeiros tesouros da República Dominicana. (M.T.C.)

Próxima da capital, a Gruta Três Ojos exibe águas de um azul intenso

RAIO X COMO CHEGAR A melhor forma de voar à República Dominicana é fazendo conexão no Panamá (outra maneira é via Miami, mas é preciso de visto americano). A Copa Airlines (tel. 11/3549 2672, www.copaair.com.br) tem vôo a partir de São Paulo com conexão na Cidade do Panamá, por US$ 804 ida-evolta. Chegando a Santo Domingo, pode-se procurar uma agência de turismo receptivo, como a Club Caribe, que tem um guichê no aeroporto. ONDE DORMIR SANTO DOMINGO Hotel Occidental El Embajador: Avenida Sarasota, 65, Bellavista, tel. (1809) 221-6184, www.occidentalhotels.com. O Embajador tem tudo o que um hotel cinco-estrelas oferece. Decoração clássica, boas acomodações e um bufê de café da manhã de frente para um grandioso jardim. Diárias a partir de US$ 88. Hotel Melia Santo Domingo: 365 Avenida George Washington, tel. (1809) 221-6666, www.solmelia.com. Situado no Malecón, a avenida beira-mar, dá para ver o sol nascer das janelas do quarto. Padrão internacional e cassino anexo. Diárias entre US$ 105 e US$ 229.

RESORTS Iberostar Punta Cana: Punta Cana, tel. (1809) 221-6500. Sistema "all-inclusive", com piscina, bares, restaurantes para todos os gostos, discoteca, tendas de massagem na beira da praia, jardins com flamingos cor de rosa. Diárias entre US$ 80 e US$ 114. Barceló Bavaro Palace: Punta Cana, tel. (1809) 686-5797, www.barcelo.com. Também no sistema "allinclusive", possui cassino, discoteca, campo de golfe, piscina e outras mordomias típicas destes resorts. Diárias entre US$ 105 e US$ 140. Iberostar Hacienda Dominicus: Bayahibe, tel. (1809) 686-3600, www.iberostarcaribe.com. "All-inclusive" também neste cinco-estrelas, de belas instalações. Diárias de US$ 105 a US$ 119. ONDE COMER SANTO DOMINGO El Conuco: Rua Casimiro de Moya, 152. A decoração, colorida e cheia de referências à cultura tradicional popular do país se completa com o bufê de pratos crioulos, preparados em panelas de barro e apresentações de danças tradicionais. La Briciola: Calle Arzobispo Merino 152-A, tel. (1809) 688-5055. Em um casarão do século 17, ambiente

aconchegante, luz de velas e boas massas, entre outros pratos. PUNTA CANA Eis ai uma desvantagem do sistema "all-inclusive": quem está cansado de ficar fechado no resort e prefere jantar fora, não encontra muitas opções. Mas, em Cortecito, você pode encontrar o Langosta del Caribe e Captain Cook, ambos na beira da praia.

uma caverna natural. Cub an í a: Calle El Conde, 53, tel. (1809) 333-7000. Excelente música caribenha, ao estilo da velha guarda cubana. Ataraza 9: Calle Atarazana, 9, tel. (1809) 688-0969. Uma opção para quem não agüenta mais ouvir merengue (que toca o tempo todo, em todos os lugares).

ONDE AGITAR SANTO DOMINGO Guácara Tainá: tel. (1809) 5331051. Famosa na cidade, é uma discoteca que funciona dentro de

ONDE COMPRAR Para quem gosta de pedras preciosas, a larimar (turquesa) só existe na República Dominicana e pode ser encontrada no Mercado Modelo e

nos próprios hotéis. O âmbar também dificilmente será encontrado em outro país. O melhor lugar para comprá-lo é nos Museus do Âmbar, um deles em Puerto Plata, outro em Santo Domingo, na cidade colonial. Mas fique atento para não comprar uma imitação de plástico. Outras coisas que valem a pena comprar são o rum e o charuto. A bebida nacional pode ser encontrada nas charutarias, em lojas da capital ou, se for a Puerto Plata, na própria fabrica da Brugal, a maior do país. E o charuto está em varias lojas na Calle Del Conde, na capital. Uma dica: a Botique Del Fumador, simpática charutaria em frente à catedral, onde se pode ver os charutos sendo enrolados e embalados manualmente. PACOTES Uma das maneiras mais econômicas de se ir para lá é sair com tudo programado do Brasil. Um pacote de seis noites para a República Dominicana, incluindo passagens aéreas, traslado e hospedagem "all inclusive" (apartamento duplo), custa em média US$ 1.300 por pessoa. Para saber mais, entre em contato com as agências Accor Tour, tel. (11) 3491-2610 www.accortour.com.br; ADV, tel. (11) 21670633, www.advtur.com.br; Flot, tel.

(11) 4504-4500, www.flot.com.br; M arsans, tel. (11) 2163-6888, www.marsans.com.br; Nascimento, tel. (11) 3156-9944, www.nascimento.com.br; New Age, tel. (11) 31384888, www.newage.tur.br; Sanchat Tour, tel. (11) 3259-6466, www.sanchattour.com.br; e Venturas & Aventuras, tel. (11) 3872-0362, www.venturas.com.br. FAÇA AS MALAS Moeda: peso dominicano, mas o dólar americano também costuma ser aceito com facilidade. US$ 1 vale em torno de 30 pesos. Visto: o brasileiro precisa de visto para entrar na República Dominicana, mas ele pode é retirado no próprio aeroporto em Santo Domingo, mediante uma taxa de US$ 10. Idioma: espanhol. Fuso: duas horas a menos em relação a Brasília. Quando ir: o clima é agradável o ano inteiro para quem quer aproveitar as praias. Fique atento apenas às previsões meteorológicas: no outono (primavera, por aqui), podem ocorrer tempestades e furacões. Informações turísticas: no Escritório de Turismo da República Dominicana, Av. São Luís, 50, 9º andar, cj. 91 E, São Paulo, tel. (11) 2189-2403.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 16 de março de 2006

LAZER

Brotas: sem limites para a emoção Não importa a limitação: o esporte de aventura, aos poucos, torna-se acessível a pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNEs). Na capital da adrenalina, a 242 quilômetros de São Paulo, eles podem fazer (quase) todas as atividades de aventura – seja na água, na terra ou no ar Por Rejane Tamoto

S

uperação de limites, sensação de liberdade e prazer: sentimentos corriqueiros para a maioria das pessoas que pratica esportes de aventura, mas que são potencializados quando feitos por Portadores de Necessidades Especiais (PNEs). A reabilitação física e psicológica são benefícios que essas pessoas têm ao praticar estas atividades. "Quando fiz o rafting pela primeira vez, senti que a minha auto-estima aumentou. Passei a semana inteira contando a experiência às pessoas", diz o jornalista Dadá Moreira, de 39 anos, sendo nove deles convivendo com a Ataxia – doença neurológica que afeta o equilíbrio, a coordenação motora fina e visão. O jornalista também preside a organização não-governamental (ONG) Aventura Especial, cujo objetivo é incentivar os PNEs à prática de esportes radicais, com dicas para a escolha de roteiros e de agências. Em Brotas, capital da adrenalina, que fica a 242 km de São Paulo, já existem empresas adaptadas a esse público, que corresponde a 24,5 milhões de pessoas, ou seja, 15% da população brasileira. Ali, há esportes como rafting, bóiacross, canyoning, rapel, cascading, tirolesa e arvorismo (veja glossário abaixo). Adaptações – Uma destas agências é a EcoAção, que está estruturada com rampa na entrada principal e banheiro adaptado para receber cadeirantes. Em quatro anos de atividades, já levou cerca de 80 PNEs a praticar esportes de aventura. Segundo o gerente operacional, Rafael Barbieri, os procedimentos adotados nas modalidades de esporte dependem do tipo de deficiência de cada pessoa. "Em atividades que um portador de

deficiência visual tiver de seguir um guia, como ocorre com o bóia-cross, só podemos leválo se houver um personal", explica. Outro exemplo é o rafting, no qual os deficientes físicos participam usando uma cadeira própria para banho, sempre na posição de piso. No caso de pessoas com pernas amputadas e sem prótese, a recomendação é um rapel guiado no canyoning, com um peitoral especial. Ana Paula Martingo, da Brotas Aventura, alerta que as limitações de visão e de locomoção podem dificultar também a prática de arvorismo, já que existem desafios acrobáticos no percurso que podem trazer escoriações leves em madeira e cabo de aço. "Além disso, o bóia-cross também não é recomendado, pela vulnerabilidade do corpo em relação a pedras e galhos." Limitações – O jornalista Dadá Moreira defende que não há limitação para a prática de esportes de aventura. "O limite é médico. A pessoa deve sempre buscar orientação médica para ter certeza se pode praticar ou não, evitando algum outro tipo de trauma", diz. Ele começou praticando o rafting e a partir desta experiência, evoluiu para modalidades como escalada, rapel na cachoeira, pára-quedismo, bóia-cross, cascading, trekking, entre outros. "É uma fisioterapia natural muito potencializada. A partir do momento que você consegue sentir prazer por meio do corpo, que era fonte de tristeza, é muito legal", conta. No entanto, o presidente da Aventura Especial lamenta que a maioria dos estabelecimentos não esteja adaptado a todos os tipos de deficiência. "Cada pessoa precisa de uma atenção especial e única. Na

verdade, isso depende mais do atendimento do que da adaptação física da empresa de esporte de aventura. O guia tem de observar como a pessoa pode aproveitar o esporte da melhor forma possível", recomenda. Segundo Dadá, o atendimento ao PNE é uma das principais carências da indústria do turismo de aventura. Estudo – Estas falhas das empresas de esporte de aventura, no entanto, está com os dias contados. A ONG Aventura Especial firmou uma parceria com o Ministério do Turismo, que consiste em um estudo de campo, que gerará informações para orientar as empresas do setor no atendimento aos PNEs. Dadá explica que cerca de sete portadores de diferentes deficiências (físicas, sensoriais, mentais, am-

putados, paraplégicos, tetraplégicos, visual, auditiva e com AVC) fizeram uma viagem a Socorro, interior de São Paulo, e, durante sete dias, experimentaram esportes de aventura. O objetivo foi apurar as necessidades de adaptações das empresas e indicar as condutas que devem ser seguidas pelos profissionais do turismo. "O objetivo foi descobrir que adaptação cada tipo de deficiência pede. Vamos formatar essas informações de maneira científica. No próximo mês viajaremos novamente e , após

o terceiro destino, colocaremos estas orientações em uma cartilha. E também vamos lançar um DVD. Em agosto, enviaremos cartilhas para as empresas do setor de turismo do Brasil inteiro", afirma Dadá. Dos três municípios que serão visitados, um será eleito modelo para implementação de adaptações. "Queremos que essa cidade escolhida receba turistas estrangeiros e sirva de exemplo para outras localidades no País." Para Dadá, o resultado do trabalho, irá beneficiar não

apenas os PNEs, mas também os deficientes temporários e com locomoção reduzida, como idosos, obesos e grávidas. Segurança – Uma das dicas de Dadá: equipamentos adequados e em bom estado são itens que devem ser observados na hora de avaliar a agência de esporte de aventura. Além disso, é importante verificar o conhecimento dos instrutores. "O princípio é evitar acidentes. Os instrutores da EcoAção fizeram os cursos e têm formação em primeiros-socorros e gerenciamento de risco", diz Barbieri.

Divulgação

O glossário da aventura RAFTING – Descida de corredeiras em botes infláveis com capacidade para cinco ou seis pessoas que remam sob os comandos de um instrutor, em sincronia. O nível das águas do rio Jacaré-Pepira é que determina a adrenalina do percurso de 10 km, que dura em média 3 horas. Durante a atividade são realizadas atividades como surf (voltar com bote contra a queda das águas da corredeira). A partir de R$ 60. BÓIA-CROSS – Em uma corredeira de 4 km do mesmo rio utilizado para o rafting, os participantes descem em bóias individuais, acompanhados por um instrutor. Nesta atividade, as mãos funcionam como remos e ajudam a controlar

a direção da bóia. No percurso de 1h30 há trechos com águas mais agitadas e também remansos. R$ 30.

treinamento com duração de uma hora, no qual os instrutores simulam o rapel em uma base de madeira. R$ 65.

CANYONING – Trata-se de realizar um percurso em rios acidentados parecidos com os de canyons, caminhos formados por rochas, vegetação e cachoeiras, com precipícios. Os obstáculos são vencidos a pé e com atividades verticais, como rapel e tirolesa. O rapel é a descida em paredões de rocha, com o uso de uma corda, e equipamentos de segurança como cadeirinha e capacete, controlado por instrutores. A tirolesa é uma travessia, na qual a pessoa desliza por cabos, de um ponto a outro sobre picos, rios e cachoeiras. Na EcoAção há um

ARVORISMO – É um circuito de obstáculos em forma de pontes, utilizando cabos de aço e cordas queligam copas de árvores. A partir de R$ 40. CASCADING – Descida de uma mesma cachoeira repetidas vezes, utilizando as técnicas do rapel. A partir de R$ 50. *De acordo com o tipo de deficiência do turista, pode haver a necessidade do uso de equipamentos especiais ou de um guia exclusivo. Consulte as variações em cada modalidade com as agências especializadas.

RAIO X COMO CHEGAR De carro: São 242 km, que podem ser percorridos em aproximadamente três horas. Pode-se seguir pelas Rodovias dos Bandeirantes ou Anhangüera até Limeira e após o quarto pedágio, entrar na Washington Luís (SP 310). No km 206, na saída

B, entre na Engenheiro João Batista Renno (SP 225) e siga para o centro de Brotas. De ônibus: A viação Express de Prata oferece passagens, com saídas e chegadas no Termina Rodoviário Barra Funda, ao preço de R$ 35,02. (valor válido para compras referentes a março).

FAÇA AS MALAS Na Internet: pela Aventura Especial, site www.aventuraespecial.org.br; Brotas Aventura, site www.brotasaventura.com.br; EcoAção, site www.ecoacao.com.br

Alianças aéreas: ferramenta de ajuda ou obstáculo?

J

á que o objetivo do Lactte 2006 era apontar as tendências e educar os gestores a segui-las ou não, as alianças aéreas entraram na pauta. Mas muito mais do que uma tendência, foram apresentadas as dificuldades que essas parcerias trazem nas Seminário: Carla (Siemens), Kátia (British), Milano (Delta) e Isabelle (Air France) negociações com o perecível das tarifas aéreas, os acordos mundiais, a mercado corporativo de viagens. No seminário distribuição, a venda direta e muitos outros "Alianças Aéreas: Hoje e no Futuro" estavam assuntos também foram destaques no evento. E presentes Isabelle Birem, da Air France, e Tom nada é mais tendencioso do que a guerra entre as Milano, da Delta, com a aliança Skyteam, e Kátia empresas low cost e as companhias tradicionais Tzusuki, da British Airways, com a Oneworld. com todo seu glamour. "Se pudesse definir hoje A gestora de viagens da Siemens, Carla Chiasso, qual é o principal problema na aviação, representou o cliente. principalmente nos Estados Unidos, apontaria a O que se percebe é que tanto as companhias concorrência que as empresas tradicionais têm quanto os clientes concordam que as alianças são com as low cost, low fare", concluiu Christophe ótimas alternativas para a globalização das Didier, da Delta, lembrando que o glamour da empresas aéreas, mas nem sempre é eficaz para o aviação está perdendo cada vez mais seu lugar. cliente. "O que acontece é que quando as Mudanças – A presença de Tarcísio Gargioni, empresas começam a correr atrás de mais vice-presidente da GOL, foi exatamente para rentabilidade para sair da crise, esquecem que apresentar como a empresa implementou o são de alianças e fazem seus acordos sem pensar sistema no Brasil e as adaptações que foram no coletivo. Me preocupa o operacional dessas necessárias para este mercado. "Concordo com parcerias", afirmou Carla. Para Milano, o Christophe que estamos na fase em que a da Delta, muitas vezes também dentro da aviação glamourosa está se transformando própria companhia há concorrências de em uma aviação de conveniência", destacou interesses regionais. "Imagine entre várias o vice-presidente. empresas", questionou. No mundo corporativo, este corte de custo com Acordos – Os acordos globais com clientes as tarifas bem mais econômicas também está se também foram colocados em dúvida sobre sua tornando conveniente. A apresentação de Gargioni eficácia. "As tarifas acordadas, principalmente dos também mostrou que o sucesso da companhia trechos com alianças, demoram muito mais para está ligado às viagens de negócios, que atualmente serem passadas ao nosso sistema", afirmou Carla. representam 60% de todo o fluxo da empresa. "Os Porém, como os entraves administrativos são mais executivos sempre optaram pelo luxo e requinte, complicados do que os operacionais, uma das mas as possibilidades de economia e redução geral soluções apresentada resolveu apenas um dos dos custos muitas vezes superam as opções problemas: atendimento nos aeroportos. Para os executivos, a companhia-sede da aliança, ou seja, a tradicionais", explicou Carla. Air France na França ou a Delta nos Estados Unidos, tem de se dedicar mais a atender integralmente Mais informações sobre o Panrotas Corporativo qualquer solicitação que venha desta aliança. Seja no site www.panrotas.com.br. Assinaturas com passageiros, seja com comercialização. pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, A crise na aviação civil em todo mundo, fator e-mail assinaturas@panrotas.com.br.

Divulgação/Panrotas

Emoção: dependendo da modalidade, como a tirolesa, e da deficiência do turista é preciso fazer certas adaptações para o maior conforto e segurança do aventureiro


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.OPINIÃO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL A GRANDE INCÓGNITA

C

processo de cassação são José Mentor (PT), José Janene (PP), Josias Gomes (PT) e Vadão Gomes (PP). A opinião pública e a mídia estarão mais vigilantes e a Câmara estará sob forte pressão para cassar os deputados acusados de envolvimento com o chamado mensalão. Na CPI dos Correios, as atenções confluem para a proposta de relatório final, que deverá ser apresentada por Osmar Serraglio antes do final do mês. A CPI dos Bingos, por sua vez, quer ouvir novamente o ministro Antônio Palocci, acusado pelo caseiro Francenildo Santos Costa, que trabalhava em mansão de Brasília na qual, supostamente, um grupo de assessores e exassessores do ministro se reunia para fazer negócios suspeitos. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

A s alianças do PMDB podem variar: PFL, PT...

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

A MORTE DE JOSUÉ

Falar a verdade PAULO SAAB

A José Cruz/ABr

Se a verticalização for mantida, o PMDB poderá não lançar candidato presidencial e nem mesmo fazer uma aliança formal O PMDB, com prévias marcadas para o próximo domingo (e ameaçadas de adiamento), enfrentará embates subseqüentes, pois não é certo que o vencedor entre os dois postulantes – Anthony Garotinho e Germano Rigotto – seja ungido, de fato, a candidato presidencial do partido. Haverá uma convenção oficial, provavelmente em junho, que poderá ratificar ou não o resultado da prévia. A ala governista insistirá numa aliança com Lula. Se a verticalização for mantida pelo Supremo Tribunal Federal, tendência mais provável, o PMDB poderá não lançar candidato presidencial e nem mesmo fazer uma aliança formal com qualquer outro candidato. Com isto, o partido ficaria livre nos Estados para se aliar com qualquer partido,

JOÃO DE SCANTIMBURGO

de acordo com as conveniências regionais. Se isto ocorrer, o arco de alianças do PMDB nos Estados poderá variar do PFL ao PT, passando pelo PSDB e outros partidos. Do ponto de vista das eleições presidenciais, o PMDB poderia adotar uma orientação preferencial por este ou aquele candidato, sem fazer uma aliança formal, ou, simplesmente, liberar seus filiados. As absolvições, pelo plenário da Câmara, dos deputados Roberto Brant (PFL) e Professor Luizinho (PT) dificultam a absolvição de João Paulo Cunha (PT), que deverá ser o próximo a enfrentar o encaminhamento de seu processo de cassação. Outros que enfrentam

Céllus

om a definição da candidatura de Geraldo Alckmin, depois de meses de impasses no PSDB, o eixo central do cenário sucessório fica definido. A tendência é que se configure uma polarização entre o presidente Lula e o candidato tucano. A tese de que Lula poderá vencer no primeiro turno é plausível, embora improvável. A partir da definição do candidato do PSDB, o eleitorado começará a fazer opções mais claras. As pesquisas do próximo mês já fornecerão um quadro mais aproximado do que poderá ocorrer no primeiro turno. Agora, a única grande incógnita do cenário sucessório é o PMDB.

deputada federal Denise Frossard, que ficou famosa e se elegeu pelo seu trabalho como juíza que combateu o jogo do bicho no Rio de Janeiro, membro da CPI que apura o mensalão , inconformada, como de resto qualquer pessoa de bom senso, com o patético "depoimento" de Duda Mendonça, que não respondeu às perguntas dos parlamentares, vai tentar mudar a lei que protegeu o publicitário. Disse a juíza que a lei brasileira garante a acusados o direito do silêncio, enquanto, por exemplo, nos Estados Unidos, a lei obriga a falar a verdade. Ela quer que no Brasil haja a mudança para obrigar a todos falar a verdade. Tem razão à ex-juíza e atual parlamentar. O direito dado a Duda Mendonça extrapola as evidências de seus denunciados crimes e ofende a toda a Nação. Pôs em situação melancólica o Poder Legislativo e evidenciou, no padrão comportamental daquele mau cidadão, o quanto quem infringe a lei no Brasil se sente protegido e faz pouco dos que a ela se submetem. O Brasil assistiu no depoimento mudo de Duda Mendonça, onde ele não respondeu nem o nome da mulher e filha, num acintoso desrespeito à autoridade pública (que, infelizmente, também não anda lá sendo merecedora, no geral, do respeito popular), a uma desconfortável demonstração de quanto nossas instituições são voltadas para favorecerem quem infringe a lei. O MST que o diga. O país está confuso com tudo isso. Caseiro e

motorista deixam ministro de confiança sob forte suspeita de mentira. A Câmara faz pouco da ética e absolve parlamentares comprovadamente acusados de receberem dinheiro sujo no exercício da função pública. Nomes fortes do partido do governo e do governo estão sob pesadas acusações de corrupção. O presidente da República tem dívidas suas e de familiares pagas provavelmente também com dinheiro de origem ilegal (recursos públicos transferidos para particulares). Há uma acintosa mistura entre o que é certo e errado, deixando os limites da decência encobertos pela manipulação dos fatos, pela retórica dos advogados e membros do Legislativo, Judiciário e Executivo. Os principais nomes do PT e do governo, como Dirceu, Genoino, Silvinho, Delubio, caíram obviamente por força do que fizeram de errado, mas o governo segue como se não fosse com ele. Os índices de pesquisas do presidente o colocam em posição de destaque. Há algo de errado, muito errado, na ordem das coisas no Brasil de hoje. Talvez de sempre. Mas nunca como hoje.

F

alar a verdade, mais do que em toda a eternidade, agora, é preciso. E ninguém fala. O brasileiro sufocado, cordato, manso, paga todas as contas. O pedido do PT junto ao STF, de calar a testemunha que falaria contra o ministro Palocci numa CPI do Congresso, mostra mais uma vez que a verdade não está sendo falada no Brasil. Vale a verdade do governo. Stalin não morreu.

O depoimento mudo de Duda Mendonça ofende a toda a Nação

Liberdade de expressão ARNALDO NISKIER

N

ão se deve confundir liberdade com liberalidade de imprensa. A imprensa – denominada o Quarto Poder, depois do governo, do clero e do exército – nem sempre está a salvo de críticas. Já em 1920, numa conferência agora lançada em livro, A imprensa e o dever da verdade, Rui Barbosa declarava, falando com endereço certo: “Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é portanto um país cego e um país miasmado, um país de idéias falsas e sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar com os vícios que lhe exploram as instituições.” “Todos têm o direito à liberdade de expressão e de opinião”, estabelece no seu artigo 19 a Declaração Universal dos Direitos do Homem. No Brasil, desde a Independência todas as constituições (excetuada a de 1937, do Estado Novo) garantem a liberdade de imprensa. A Constituição de 1988, em vigor, assegura no parágrafo 1o do artigo 220: “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embargo à plena liberdade de informação jornalística.” Tudo bem no papel, mas na prática as coisas são diferentes. O clientelismo e o poder econômico são os piores inimigos de uma imprensa livre. “A imprensa manda no povo e o capital manda na imprensa”, já dizia em 1883 o sociólogo Henry George. A concorrência e a luta pelas vendas provocaram uma profissionalização a fórceps em nossa imprensa, a partir do fim da ditadura militar. Mas não se pode omitir que os grandes interesses comerciais ainda influem, com grande peso, nos bastidores da notícia. Mesmo assim, pudemos ver com satisfação que, na maioria das vezes, nas décadas recentes, a imprensa tem atuado como uma máquina bem lubrificada a serviço da verdade e do bem comum. Um dos episódios mais marcantes da liberdade de expressão foi o Caso Watergate (1972-74), em que dois repórteres do Washington Post, apoiados por seus editores e até pela proprietária do jornal, foram até o fim na sua investigação, desmascarando a rede de intrigas do então

homem mais poderoso do mundo, Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos, e provocando o seu impeachment. Vinte anos depois, tivemos uma reedição do “gate” entre nós, o Collorgate, quando o irmão do então presidente, Pedro, denunciou à revista Veja todos os meandros do Esquema PC, conduzindo ao impeachment de Fernando Collor de Mello.

N

o início era a palavra, mas a força do rádio levou à criação da diferença entre a “imprensa falada” e “imprensa escrita”. Com o advento da TV surgiu a “imprensa televisionada” ou, pior ainda, “imprensa televisiva”. Essa terminologia grotesca, se não ridícula, acabou substituída por um conceito mais “moderno”, importado da cultura anglo-americana por comunicólogos e publicitários – o de mídia, que abrange o conjunto dos meios de comunicação de massa. Curiosamente, a palavra original é latina: media, plural de médium (designando meio de comunicação). Media, pronunciado em inglês como mídia, entrou assim aportuguesado em nosso vocabulário. Outra curiosidade é a existência do mídia, o profissional de publicidade que trata das relações com os veículos de comunicação. O termo mídia hoje abrange não só o conjunto dos meios de informação e comunicação (imprensa, rádio, TV, cinema, cartazes, etc), como todo procedimento técnico que permita a distribuição, difusão ou comunicação das obras intelectuais escritas, visuais ou sonoras (imprensa, computador, videograma, satélite de comunicação, cabo de teledistribuição, radiodifusão, televisão por ondas hertzianas, videografia difusa ou interativa e outros mais). Por tudo isso, mais do que um Quarto Poder, a Mídia se tornou uma espécie de Deus, um polvo que envolve praticamente toda a sociedade humana com seus longos e múltiplos tentáculos. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

C lientelismo e poder econômico são os piores inimigos da imprensa

morte de Josué Montello não me surpreendeu, mas muito me comoveu. Depois de minha eleição para ilustre companhia, eu e Josué tornamo-nos muito amigos, falávamos quase que diariamente pelo telefone, sendo a Academia um dos assuntos que ele conhecia. Josué foi um grande acadêmico, tinha a Academia na alma e na sua paixão. Como intelectual Josué foi um dos mais operosos no Brasil, um dos maiores romancistas da Língua Portuguesa e deixa obras já clássicas como os Tambores de São Luís, Noite sobre Alcântara, O baile da despedida e tantas outras obras-primas. Como ensaísta, Josué deixa obras notáveis como O presidente Machado de Assis, Memórias Póstumas de Machado de Assis e outras. Era dono de um estilo literário cristalino, límpido, destes que tomam o leitor e o arrastam por todas as páginas até o fim. Esse era um dos seus segredos literários. Por sua projeção como escritor, por seus estudos, romances, artigos e ensaios, estará presente em todas as estantes dos que cultivam a grande literatura, na qual ele foi um mestre.

A

Josué Montello, um dos maiores escritores modernos, deixa soberbo acervo de obras. Adeus Josué, meu amigo. uando ingressei na Academia, Josué insinuou-me que gostaria de me receber, mas o discurso de posse seria do ilustre confrade acadêmico Miguel Reale. Aconteceu o inesperado, em que o destino se manifestou. Miguel Reale teve que ser internado com urgência e o discurso de posse por ele escrito foi enviado a Josué com o pedido de lê-lo, como resposta ao meu na sessão de 26 de maio de 1992. Josué leu com admirável ênfase a lindíssima peça literária. Josué Montello um dos maiores escritores modernos da Língua Portuguesa deixa soberbo acervo de obras que continuarão a ser lidas, pois os seus editores as têm em elevado conceito e valioso interesse. A sua cadeira na Academia será ocupada, mas como ocorre sempre nas mortes muito sentidas o seu nome continuará a brilhar nesse firmamento sublime que é ocupado pelos letrados de todos os gênios literários. Adeus Josué, meu amigo.

Q

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

CANDIDATO TUCANO APOSTA NA IDÉIA PARA VENCER AS ELEIÇÕES, INSPIRADO EM MODELO CHILENO.

ALCKMIN DEFENDE OPOSIÇÃO UNIDA Lula Marques/Folha Imagem

O

governador paulista Geraldo Alckmin, candidato indicado pelo PSDB ao Palácio do Planalto, defendeu a unidade das oposições para enfrentar o governo nas eleições de outubro. "Me agrada um modelo parecido com o chileno, de Concertação", disse Alckmin. "Teríamos todos os partidos da oposição unidos em torno de um programa único para enfrentar a eleição." A Concertação a que se referiu o governador foi o pacto firmado entre a Democracia-Cristã e o Partido Socialista, no Chile, para derrotar os aliados do ex-ditador Augusto Pinochet. Os dois partidos se revezam no governo há quatro eleições. Alckmin disse que vai acompanhar os movimentos do PFL, que chamou de "aliado preferencial" do PSDB, e do PMDB, que é "primo de origem" dos tucanos. "O PFL ainda tem de decidir sobre a candidatura do Cesar Maia e o PMDB realiza prévias no fim de semana", lembrou Alckmin. "Vamos acompanhar e respeitar as decisões." O governador disse que terá, na campanha, uma relação de "cordialidade e respeito" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele descartou a necessidade de firmar um pacto de não-agressão com o adversário, como havia sugerido um repórter. "Nem é necessário", reagiu. Anti-Lula – "Tenho grande respeito pelo presidente Lula. Não vou fazer campanha antiLula. Vou fazer uma campanha para frente, Projeto Brasil de crescimento", disse. "Represento uma nova política. Acredito nela e não vou mudar." O candidato tucano voltou a criticar a política monetária e a defender um gasto fiscal "de melhor qualidade", como saída para o crescimento do País e para a correção da taxa de câmbio, que considera desequilibrada. "Por mim, os juros teriam de cair imediatamente, porque há um conservadorismo muito grande nessa matéria", criticou. "Mas o principal nem é a política monetária, é a política fiscal que deixa o País acorrentado a uma bola de ferro." O governador defendeu as investigações sobre denúncias de corrupção no governo, mas não quis comentar a situação política do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que foi bombardeado ontem pela oposição no Senado. "Cargo de ministro é cargo de confiança do presidente da República", disse Alckmin. "Cabe ao presidente dizer se mantém ou não a confiança." Alckmin voltou a minimizar os resultados da pesquisa Ibo-

SÓ UMA CONVERSA TELEGRÁFICA

"F

oi uma conversa breve, telegráfica, mas muito respeitosa e cordial." O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), précandidato a presidente, classificou assim a primeira conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois que ele foi indicado candidato. "Política é civilidade". Alckmin e Lula tiveram um encontro na cerimônia de posse do novo ministro do STF, Enrique Ricardo Lewandowski. O governador chegou ao Supremo Tribunal pouco depois do presidente, e deram apenas um aceno. Quando deixava o local, porém, Alckmin foi chamado pelo ministro Nelson Jobim, para um encontro com Lula. "Ele foi amável. Deu os parabéns (pela escolha do partido)", disse. (Agências)

Me agrada um modelo parecido com o chileno, de Concertação. Teríamos os partidos da oposição unidos em torno de um programa único. Geraldo Alckmin

Tenho grande respeito pelo presidente. Não vou fazer campanha anti-Lula. Vou fazer uma campanha para frente, Projeto Brasil de crescimento Geraldo Alckmin

NO PMDB, GOVERNISTAS AINDA QUEREM SUSPENDER PRÉVIAS. Ailton de Freitas/Agência O Globo

A

pesar da grande derrota de ontem, quando não conseguiu impedir a realização das prévias, a ala governista do PMDB – que defende uma aliança com o PT nas eleições presidenciais – ainda acredita que é possível suspender a consulta ao partido, marcadas para este domingo. Líder do grupo junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador José Sarney (AP) afirmou ontem que ainda há tempo de impedir a escolha de um candidato próprio. Para ele, a votação é "prematura". "Até sábado dá tempo", disse ao chegar à Academia Brasileira de Letras (ABL) para o velório do escritor Josué Montello. Do outro lado da queda-debraço interna, o presidente nacional da legenda, deputado federal Michel Temer, reafirmava ontem que o partido realizará as prévias no domingo. A suspensão das prévias é objetivo de dura disputa dentro do DC

pe/CNI, divulgada ontem, dizendo que o levantamento representa um "recall" de eleições passadas e afirmando que os cerca de 20% de preferência do eleitorado obtidos por ele estão muito acima das expectativas iniciais. "A campanha começa apenas com o rádio e a televisão, em agosto." Pesquisa – A mesma tese foi defendida pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). "A eleição não começou. Quando os debates vierem, tudo isso que aconteceu no Brasil nos últimos três anos voltará à tona", afirmou. "Escolhemos a candidatura Geraldo Alckmin não porque ela estava adiante nas pesquisas, mas porque encontramos nela um grande potencial de crescimento", justificou. "O principal objetivo dessa primeira fase nós alcançamos: O PSDB está unido e vamos trabalhar agora para consolidar a nossa aliança com o PFL." Os pefelistas, segundo Aécio, terão o "tempo que for necessário" para decidir sobre uma aliança com o PSDB. "Temos feito uma oposição articulada e acho que há, por parte da população que discorda das ações do governo, a expectativa de que nós possamos estar juntos nessa largada." (Agências)

Encontro cordial: Lula, ao lado da primeira-dama Marisa, cumprimenta Alckmin pela sua candidatura.

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Garotinho, Rigotto, Temer e Quércia: comemoração pela vitória contra manobra dos governistas.

partido, entre oposicionistas e governistas. Este últimos, derrotados na tentativa de realizar uma reunião da executiva para impedir a votação, agora estão convocando uma convenção nacional do partido para o dia 8 de abril, com apoio de nove diretórios estaduais, quando esses peemedebistas tentarão de novo derrubar a tese da candidatura própria. "Os governistas tomaram uma derrota fragorosa!", dizia o ex-governador Anthony Garotinho, que disputará com o governador gaúcho Germano Rigotto as prévias. Executiva – Temer afirmou que deve convocar a executiva nacional da legenda, logo após a decisão sobre o candidato, para discutir a antecipação da convenção nacional do partido. E disse já ter recebido o requerimento, enviado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), com as assinaturas necessárias para que se convoque a executiva. "O ideal é aguardar a decisão do STF sobre a verticalização para que se decida efetivamente sobre o tema", disse o presidente do PMDB, que espera decidir sobre a viabilidade de uma candidatura própria até abril. Temer admitiu, entretanto, que a convocação da convenção não será um ato fácil, dado que o candidato escolhido na prévia deve exigir a confirma-

ção da candidatura. "Não será simples realizar a convenção, mas só quero discutir o assunto a partir da segunda-feira, depois da prévia", afirmou. Apoio – A reunião da executiva nacional acabou se transformando em ato público de apoio às prévias – que será realizada Assembléia Legislativa, em São Paulo, das 9 às 17 horas. Cerca de 200 parlamentares, prefeitos e presidentes de diretórios estaduais do PMDB lotaram um auditório da Câmara para ouvir os pré-candidatos. Unidas em favor da consulta interna, as torcidas de Garotinho e Rigotto presentearam Temer com uma caixa de marmelada, numa referência jocosa à articulação dos governistas para impedir as prévias. "Brasil, ó pátria amada. PMDB sem marmelada", gritavam os

FRACASSO IRRITA LULA

O

presidente Lula ficou furioso com o fiasco da operação dos governistas do PMDB, que não reuniram maioria na executiva nacional para adiar as prévias do partido. Além da degola do líder na Câmara, Wilson Santiago (PB),

manifestantes. Temer bem que pediu moderação, mas não evitou as palavras de ordem ofensivas aos governistas: "Quem dá mais, quem dá mais, o Renan vai atrás". Em tom moderado, Rigotto afirmou que, felizmente, os governistas sentiram que não tinham como "atropelar" o desejo das bases partidárias. "Queremos recuperar nossa imagem, nossas bandeiras. Vamos ter cara própria, e não ficar a reboque de outros projetos", completou sob aplausos. Na mesma linha, Temer comemorou o fato de a executiva cancelada ter dado lugar à "reunião festiva". Garotinho foi além: "Eles (os governistas) correram da luta. São uns derrotados, porque perderam na tese de fazer do PMDB uma sucursal do PT. Deitaram para não cair." (Agências) substituído pelo oposicionista Waldemir Moka (MS) por participar da articulação fracassada, um assessor de Lula disse que os governistas amargaram a irritação presidencial com os dois ministros do grupo: Hélio Costa e Saraiva Felipe. Lula não se conformou que eles não moveram "um dedo" para evitar a manobra. (AE)


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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

POLÍTICA - 3

LIMINAR ABRE CRISE ENTRE PODERES E FRAGILIZA PALOCCI. CASEIRO É INTERROMPIDO DURANTE DEPOIMENTO.

STF IMPÕE O SILÊNCIO À CPI DOS BINGOS Bato Barata/AE

A

decisão do minist ro d o S u p re m o Tribunal Federal (STF) , Cezar Peluzo, de suspender o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa enquanto falava à CPI dos Bingos, ontem, acirrou a crise entre Legislativo e Judiciário e enfraqueceu o ministro da Fazenda Antônio Palocci no governo – que até agora vinha sendo preservado até pela oposição. É a segunda vez que a mais alta corte do País impõe uma derrota à CPI. Na quartafeira, o publicitário Duda Mendonça obteve o direito de permanecer calado durante o depoimento de quatro horas. Cezar Peluzo atendeu ao pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo senador petista Tião Viana (AC). O parlamentar alegou a inconstitucionalidade da CPI dos Bingos que avança, segundo ele, sobre temas que não têm relação com o fato determinado da comissão, que é investigar a atividade de casas de bingo e jogatina no País. Embora a liminar tenha abrangido somente o depoimento do caseiro, integrantes

da comissão entendem que a medida judicial poderá inviabilizar por completo a continuidade das investigações. "Eu diria que há uma crise (com o Judiciário) em vista. Acho que a liminar tem um alcance maior", disse o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), afirmou que vai recorrer da decisão do STF. "Infelizmente, o ministro (Peluso) não pediu nenhuma informação à CPI, como ocorreu em outras decisões do Supremo contra a comissão", disse o senador, que diz haver relação entre o depoimento do caseiro e os bingos. Demissão– O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a resolução do órgão foi uma violência às prerrogativas do Congresso. "É uma afronta e joga por terra o princípio da independência dos Poderes. É preciso que o Congresso se reabilite de episódios como este." Segundo ele, é por situações como esta que "dizem que há interesses políticos por trás das decisões monocráticas do STF". Dias afirmou ainda que a

situação do ministro da Fazenda está muito difícil e que o testemunho o compromete. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, saiu em defesa do colega. "Palocci é o melhor ministro da Fazenda que o País já teve", disse ao ser indagado sobre a fragilidade da situação. "Tenho muito medo que essa CPI tenha perdido completamente o seu foco e, ao invés de investigar bingos, esteja fazendo uma investigação seletiva e uma disputa eleitoral, ainda mais com essa pesquisa Ibope/CNI (que apontou Lula disparadamente à frente de seus adversários) ". O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato – que sempre defendeu a integridade do ministro da Fazenda – criticou a liminar concedida pelo STF. "Acho que a decisão não foi bem a serviço da moralidade. Deveria ser ouvido (o caseiro). O fato é público, a autoridade é pública e deveria ser apurado". Busato questiona o fato do governo Lula dizer que é o que mais investiga, o mais transparente, quando "na prática age de outra forma". (Reuters/AE)

SENADORES DENUNCIAM O 'FECHAMENTO' DO CONGRESSO Gustavo Miranda/Agência Globo

V Testemunha ocular: o caseiro Francenildo dos Santos Costa é impedido de falar à CPI dos Bingos.

Confirmo até morrer Nildo, a respeito de suas declarações, nos últimos dias.

O

Eu não recebi dinheiro de ninguém Afastando a suspeita de ter sido induzido a contar sua história

Brigaram por causa de muié Afirmou o caseiro a respeito do rompimento entre Palocci e Buratti

PT conseguiu calar ontem Francenildo Santos Costa. Tranqüilo, vestindo camiseta, o caseiro entrou na sala às 11h40 e teve tempo de contar, em 55 minutos, apenas parte do que sabe quando uma liminar dada pelo STF chegou às mãos do presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB). Foi o mais curto depoimento na comissão. E um dos mais devastadores. "Confirmo até morrer", disse o caseiro sobre a presença do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em uma mansão do Lago Sul, em Brasília. Nildo, como é chamado, reafirmou o que disse durante toda a semana: o ministro frequentava a casa onde integrantes da 'República de Ribeir ã o P r e t o ' f a z i a m l o b b y, distribuiam dinheiro e davam festas animadas por moças da 'promotora' de eventos Jeane Mary Corner. O triunvirato Rogério Buratti, Vladimir Poletto e Ralf Barquete comandava a casa, mas o patrão era Poletto, segundo Nildo. Festas – O caseiro reafirmou que o ministro, quando não era levado pelo motorista Francisco Chagas da Costa, chegava à residência dirigindo um Peugeot prata. Disse também que Palocci freqüentava sim as festas realizadas à noite por seus ex-assessores Poletto e Buratti. "Às vezes, (Palocci) demorava para sair", contou Nildo. O caseiro disse que na primeira vez que Palocci foi à casa ele estava acompanhado do secretário Ademirson Ariovaldo da Silva. Segundo ele, as pessoas referiam-se a Palocci como "chefe". Disse que descobriu quem era o chefe quando

ficou de "mutuca" e viu o ministro entrando na casa. Motorista – Nildo comentou a descoberta com o motorista Francisco, que já depôs na CPI e foi o primeiro a afirmar ter visto Palocci na mansão. Ao abrir seu depoimento, o caseiro assegurou que estava falando a verdade e disse que se tivesse um celular com câmara fotográfica teria tirado uma foto para comprovar. Ele relatou ainda o episódio em que acompanhou o motorista até o Ministério da Fazenda para levar um pacote de dinheiro para Ademirson, assessor muito chegado a Palocci e que também já depôs à comissão. O caseiro disse ainda que entre os freqüentadores da casa, Palocci conversava mais com Buratti que com os outros. A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) disse a Nildo que Palocci negou na CPI a amizade com Buratti. "Ave Maria! Se não era amigo...", exclamou o caseiro, provocando risos nos parlamentares. "Assim que eu cheguei (na CPI) dei uma boa olhada aqui e não reconheci ninguém", disse em outro momento de descontração. A sessão da CPI começou com muita discussão. Sob protestos dos governistas, Efraim Morais decidiu que a sessão para ouvir o caseiro seria aberta. Um 'pacto', então, foi firmado para que detalhes das festas que aconteciam na casa, das mulheres que ali frequentavam e da vida sexual dos outros ficasse de fora. Por mulher – Mas quando o senador Alvaro Dias (PSDBPR) quis saber de Nildo por que Palocci havia rompido com Buratti, o caseiro foi rápi-

do e antes que os integrantes da CPI pudessem interrompêlo disse: "Foi por causa de muié (mulher)." Dias não quis saber dos detalhes. Na quarta-feira, quando deu entrevista coletiva, Nildo falou que tinha muito trabalho nos dias seguintes às festas porque tinha que recolher "embalagens de Viagra e dezenas de preservativos". Na coletiva, o caseiro havia afirmado que chegou a conversar com Palocci, pelo interfone da casa, num sábado à noite. A confirmação foi feita por Nildo, de forma lacônica, em resposta a uma indagação de Heloísa Helena antes de a CPI começar a discutir se a tomada do depoimento seria feita em reunião aberta ou fechada. Em resposta ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), Nildo também garantiu "que não recebeu dinheiro de ninguém" para prestar todas as informações. Patrãozinho – Alvaro Dias exibiu fotos em um telão de pessoas que poderiam ter freqüentado a mansão, para que o caseiro pudesse identificá-las. Ele reconheceu a foto de Palocci e, quando foi exibida a fotografia de Vladimir Poletto, o caseiro comentou: "Ah, esse era o meu patrãozinho". Por recomendação da Polícia Federal, o caseiro não concedeu a entrevista coletiva que estava prevista para ontem à noite. Ele está sob proteção da polícia a pedido do presidente da CPI dos Bingos, informou o advogado de Nildo, Wlicio Chaveiro Nascimento. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, nega categoricamente todas as acusações desde que Nildo contou a história à imprensa. (Agências)

ice-presidente do Senado, o senador Tião Viana (PT-AC) agravou a situação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e abriu ainda uma crise do Congresso com o Judiciário ao recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cassar direitos do Legislativo. Viana disse que fez isso para atender sua "consciência política e pessoal". Mas a CPI dispõe de informações mostrando que os dados para redigir o mandado de segurança assinado com seu nome foram requisitados ao Senado pelo Ministério da Justiça e o Palácio do Planalto. "Foi um recurso para fechar o Congresso, é uma pena que o vice-presidente do Senado tenha se exposto desta maneira", criticou o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). Entre outros pedidos, Viana pediu ao ministro do STF, Cezar Peluso, uma série de medidas– como a proibição da apuração do assassinato dos prefeitos de Campinas e Santo André, do caixa 2 e a vida íntima de agentes públicos. Significado– O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) se disse decepcionado com Tião Viana e sustentou na tribuna que a determinação do STF tem o significado de "um fechamento moral do Congresso". Ele comparou o "cerceamento

"Vamos pegar os ladrões infiltrados neste governo", grita ACM.

agora imposto" ao pacote de abril de 1977, quando o regime militar determinou o fechamento do Congresso por 14 dias. Para o líder do PFL, senador José Agripino (RN), ontem "foi um dia de cão". O senador Antonio Carlos Magalhães disse que Tião Viana não percebeu a gravidade de seu gesto. "Se olharmos o pedido do senador Viana, praticamente ele pede o fechamento do Congresso Nacional e das CPIs". O senador baiano protestou com veemência e exigiu que o presidente do Senado Renan Calheiros e a CPI dos Bingos reajam imediatamente à medida judicial, argumentando que "não se pode fechar uma CPI em pleno funcio-

namento". "Vamos fazer valer a força do Congresso e pegar os ladrões deste País, que estão infiltrados neste governo". Já a líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), criticou o andamento da CPI dos Bingos. "A CPI tem o objetivo central de atingir o governo. Os parlamentares precisam respeitar o instituto da comissão parlamentar de inquérito", disse. O ministro Cezar Peluso, do STF, é casado com a consultora jurídica do Ministério da Justiça, Lúcia de Toledo Piza Peluso. Ela tomou posse em janeiro de 2005. Entre as funções desempenhadas estão a de assessorar o ministro Márcio Thomaz Bastos em assuntos de natureza jurídica. (Agências)

PALOCCI NA CORDA BAMBA

O

ministro da Fazenda, Antonio Palocci perdeu formalmente o apoio do PSDB e do PFL, que exigiram a sua demissão. O fim do namoro coincide com a escolha do candidato tucano à sucessão presidencial e o início da guerra eleitoral. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que sempre evitou a exposição do ministro na CPI dos Bingos, foi enfático: "Não vale mais o argumento de que a demissão de Palocci irá desestabilizar a economia". "Sua situação chegou a um ponto insustentável". A oposição aposta no enfraquecimento do governo com a eventual saída de Palocci sem que isso cause turbulências à economia. Ontem à noite, ao sair de um evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que Antonio Palocci continua no cargo. E ao ser indagado se o ministro havia pedido demissão, foi enfático: "não".

Mesmo reconhecendo não sentir "nenhuma alegria" com a situação, o senador Arthur Virgílio acha que a renúncia de Palocci se impõe. "Aquele que depende para a sua sobrevivência do silêncio imposto pela força a um caseiro de 24 anos, não é mais ministro", afirmou, referindo-se à liminar concedida ao PT pelo Supremo Tribunal Federal (STF), impedindo o depoimento do caseiro Francenildo Costa à CPI dos Bingos. "Não é mais ministro aquele que se cerca de tantas suspeitas e que, a todo momento, é desmentido ". "Ele é o pinóquio do governo Lula", completou o senador Antero Paes de Barros (PSDBMT). O senador Pedro Simon (PMDB-RS) que, no governo passado, já derrubou ministros com discursos contundentes, defende um afastamento de 30 dias até que as investigações estejam concluídas. "Ou o ministro se afasta ou vamos nos esquecer de que, segundafeira começa a campanha, que

vai estar nas ruas com a cara do Palocci", afirmou. "Afaste-se o ministro agora e queira Deus que possa voltar em um mês com a imagem limpa". (AE)


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2 -.CAMPINAS

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

em Campinas

Alfeu Julio, da Almanaque, busca recursos em empresas

CULTURA

Palco pouco iluminado A cidade sofre com a falta de política cultural local, escassez de recursos, profissionais, espaço e infra-estrutura.

ÓRBITA

Divulgação

A

vida de quem trabalha com cultura em Campinas não é assim um palco tão iluminado. Falta de recursos públicos e privados, profissionais capacitados, espaços e infra-estrutura adequados e ausência de uma política cultural municipal são as principais dificuldades apontadas por produtores culturais ouvidos pelo DC. Eles ponderam que, nessa área, o município tem problemas semelhantes aos de outras cidades, mas observam que há uma desproporcionalidade maior que o comum entre o potencial de produção artística e a economia local. Apenas com a Lei Rouanet a região, segundo eles, poderia reverter cerca de R$ 16 milhões por ano em projetos culturais. Mas, menos do que isso tem sido investido. “Somos ricos financeiramente, mas pobres de cultura”, compara Antoine Kolokathis, da Direção Cultura Produções e Eventos. Para ele, a maioria das em-

Ribalta Em 2005, a cidade viu: 268 peças ; 79 peças infantis e 49 concertos I R$ 14 milhões é o orçamento do Departamento Municipal de Cultura I R$ 1,3 milhão são os recursos do Fundo de Investimentos Culturais. I

Mais de 160 mil pessoas já passaram por shows e exposições do Espaço Cultural CPFL

presas não se dispõe a investir em cultura. “Preferem pagar o IR em vez de destinar 4% dele a projetos que beneficiariam funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade”, diz. Kolokathis diz ainda que o viés da responsabilidade social está contaminando o da cultural. “Ora, não é preciso investir só em projeto social para exercer responsabilidade social. Acesso à cultura também é um direito primordial do homem e a arte tem um poder transformador inestimável”, diz. Seriedade – O músico e produtor cultural Alfeu Julio, da Almanaque Projetos Culturais, produziu mais de uma centena de espetáculos com apoio de empresas locais e de gigantes co-

mo Petrobrás e Kaiser. Também critica o minguado apoio do empresariado local. “É preciso desenvolver um trabalho quase pedagógico junto aos empresários para entenderem os benefícios da lei de incentivo. Mas há pouca gente qualificada e com projetos sérios”, diz. Para ampliar as chances de realizar trabalhos incentivados, ele propôs a um escritório de direito tributário que oferecesse a clientes com impostos a pagar a chance de abater do valor o patrocínio de ações culturais. A iniciativa deverá permitir à Almanaque montar em 2006 um espetáculo teatral patrocinado. Com relação à infra-estrutura, os produtores alegam que os dois teatros da

cidade não só são insuficientes para a demanda, como estão deteriorados por falta de investimentos. Marginais – Há espaços privados que estão marginalizados. O Centro Cultural Vitória, no centro, tem um teatro de 200 lugares. Mas só 40% de seus recursos são utilizados. Não por falta de eventos ou espetáculos. O nó é atrair o público sem hábito de consumir cultura na região, diz Jonas Lemos, diretor teatral e coordenador do lugar. “Sem parcerias com empresas ou com o poder público para revitalizar culturalmente a região, um espaço como esse não sobrevive”, afirma Jonas, que banca despesa mensal de manutenção de R$ 14 mil.

Situação semelhante é a do cineclube Paradiso, o único cinema ainda no centro, depois que as salas foram para shoppings. Há cerca de 20 anos exibe filmes alternativos, e já esteve perto de fechar as portas. Para Kolokathis, a falha está no poder público. “Política cultural é algo que eu nunca conheci desde que milito na área, e a Secretaria de Cultura, gestão após gestão, quer ser promotora de eventos, e não catalizadora da produção cultural”, reclama. “Se a Secretaria de Cultura não resolver o problema da agenda com urgência e sabedoria, a cidade continuará fora da rota nacional de espetáculos, como já está há anos”, diz. Paulo César Nascimento

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

Periferia terá teatros de bolso om investiment o s d e R $ 3 m ilhões, o Teatro Guilherme de Almeida, no bairro DIC 6, será o primeiro de quatro teatros de bolso a ser construído na periferia para descentralizar ações culturais, anunciou Francisco de Lagos, secretário interino de Cultura. Um teatro de concertos na Pedreira do Chapadão e a construção do Te a t ro M u n i c i p a l d e Campinas, orçado em cerca de R$ 30 milhões, também estão na pauta. Além de novos teatros, a Prefeitura fará parcerias para abrigar p ro d u ç õ e s l o c a i s e m áreas privadas, como o

C

Centro Cultural Vitória, o Teatro de Artes e Ofício e o Jockey Clube. Lagos diz que a atual administração encontrou os equipamentos públicos em estado precário e a prioridade é a reforma dos espaços existentes, como o Museu de Arte Contemporânea e a Biblioteca Central. Sobre a falta de recursos e de política cultural, ele cita que, antes do atual governo, a Cultura em Campinas tinha um orçamento mínimo. Hoje tem dois: o da própria secretaria e o Fundo de Investimentos Culturais, aprovado pela Câmara Municipal juntamente com a criação do

Conselho Municipal de Cultura. “Quem não participou do processo de discussão, de crítica e de construção do modelo perdeu o bonde da história”, alfineta. Outro avanço, na opinião de Lagos, foi a criação do Fórum Permanente de Cultura, para o debate dos problemas culturais por meio de câmaras temáticas e proposta de sugestões ao Conselho. Ainda conforme Lagos, projetos que se propõem a revitalizar culturalmente o centro da cidade, como a Noite da Seresta na Praça Carlos Gomes, e o Jazz no Largo do Rosário, terão continuidade, acrescidos de outros, como o Chorando no Bosque, com apresentações de chorinho no Bosque dos Jequitibás.

ANIVERSÁRIO 3M do Brasil, instalada em Sumaré, na Região Metropolitana de Campinas, comemora 60 anos em 2006. Para festejar está instalando em 42 pontos das cidades de São Paulo e Campinas cartazes gigantes de um de seus mais famosos produtos: o “Postit”. A campanha já instalou três grandes painéis em laterais de edifícios em locais de grande circulação de pessoas na cidade de São Paulo. Na frente da sede da empresa, em Sumaré, também será colocado um cartaz de 12 metros de largura por 18 metros de altura.

A

SINFÔNICA Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresenta neste final de semana, 18 e 19, obras do compositor austríaco Gustav Mahler e de Richard Strauss. Os concertos, com a regência do maestro convidado Carlos Fiorini, acontecem no Teatro Luís Otávio Burnier do Centro de Convivência Cultural. Participa também a mezzo soprano Adriana Clis. Os preços são populares, de R$ 5 e R$ 10. A temporada artística 2006 da orquestra começou no último final de semana com regência do maestro titular, o suíço Karl Martin.

A

IMPOSTOS Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) realiza, neste final de semana, mais um mutirão de coleta de assinaturas para a campanha “De Olho no Imposto”, movimento pela transparência tributária. As coletas acontecem no sábado e domingo no Bosque dos Jequitibás e domingo na paróquia São José, na Vila Industrial. No final de semana passado, o movimento arrecadou 1.650 assinaturas na Lagoa do Taquaral e no Shopping Iguatemi. A meta de Campinas é de 32.568 assinaturas. A regional administrativa deve recolher 128.221 mil.

A Somos ricos financeiramente, mas pobres de cultura, diz Antoine Kolokathis, da Direção Cultura

Efervescência cultural em Barão Geraldo

EXPEDIENTE

Cultura e cidadania para muitos niciativa empresarial bem-sucedida na área é o Espaço Cultural CPFL, mantido pela companhia geradora de energia elétrica. A programação de 2006 foi aberta este mês e prosseguirá até novembro com eventos diários gratuitos ao público, entre palestras, conferências, espetáculos musicais, filmes e apresentações teatrais. Nos últimos três anos,

I

o espaço, segundo a empresa, recebeu mais de 160 mil pessoas e investimentos da ordem de R$ 10 milhões, com o incentivo da Lei Rouanet. Este ano serão investidos R$ 6 milhões no projeto, de acordo com Augusto Rodrigues, diretor de Comunicação da CPFL Energia. “O evento demonstra que é possível oferecer cultura, cidadania e reflexão de qualidade a milhares de pessoas”,

enfatiza o executivo. Para ele, o êxito da iniciativa está relacionado à proposta de não só oferecer entretenimento, mas de permitir que o público compreenda melhor o mundo contemporâneo. Outras recentes iniciativas do setor privado foram o Teatro Tim, mantido pela operadora de telefonia no Shopping Dom Pedro, e o Teatro Fleming, que pertence a uma faculdade.

Divulgação

O teatro do Centro Cultural Vitória (à esq.), no centro, ocioso. A galeria da CPFL: sucesso de público

Tucunduva em seu teatro de bolso que recebe grandes artistas

distrito de Barão Ge- brasileira e instrumental. O raldo, sede da Uni- “Sempre gostei de música, camp, vive uma eferves- meus amigos eram músicência cultural. Umas das razões é que a Universidade aglutina grupos artísticos que experimentam técnicas e linguagens alternativas. Outra, é que o lugar virou um nicho explorado por produtores culturais locais, que perceberam a carência de opções para um público intelectualizado e forte consumidor de cultura, constituído por docentes e alunos da instituição. Álvaro Tucunduva Gregori largou o cargo de professor de Engenharia Agrícola na Unicamp e fundou a Companhia Sarau, para promover música popular

cos e percebi que havia uma demanda reprimida em Barão para eventos dessa natureza”, conta. Ele acabou por montar um teatro para 120 pessoas, mas o modesto espaço tem abrigado shows de expoentes como Ná Ozzetti e Quinteto Villa-Lobos. Além da bilheteria, as apresentações contam com o apoio de comerciantes do distrito, e a média de dois saraus mensais rende ao produtor uma receita de aproximadamente R$ 3 mil. “Conforme o show, vem gente de outros bairros e a casa fica lotada”, orgulha-se o produtor.

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

FELIZ COM A DECISÃO DO STF, PRESIDENTE FOI A POSSE NO TRIBUNAL. José Cruz/ABr

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

poLítica Eymar Mascaro

Dobradinha

O

PSDB vai começar pelo PFL os entendimentos para futuras coligações. É quase certo que os tucanos tenham um vice indicado pelo PFL. Fala-se muito na chapa Geraldo Alckmin/José Agripino. O PFL defende a tese de que o governador Geraldo Alckmin tenha um vice do Nordeste, região onde o candidato tucano é menos conhecido. Mas não está totalmente afastada a hipótese do PFL vir a ter candidato próprio a presidente, que seria o prefeito do Rio, Cesar Maia. O partido está à espera da decisão do STF sobre a manutenção do sistema de verticalização nas coligações partidárias. Além de José Agripino, dois outros senadores são apontados para a vice de Alckmin: José Jorge e Jorge Bornhausen. Mas, Bornhausen representa um estado do Sul do País, Santa Catarina. O PFL insiste na tese de que o vice saia do Nordeste: é lá que Lula está bem à frente do candidato tucano. Lula aplaude o presidente do STF, Nelson Jobim, e o novo ministro da casa, Enrique Lewandowski: decisão do Tribunal beneficiou o governo.

LULA MUDA AGENDA E PRESTIGIA JUDICIÁRIO Celso Junior/AE

C

om a clara intenção de prestigiar o Judiciário, o presidente L u l a a l t e ro u s u a agenda de atividades ontem à tarde para comparecer à cerimônia de posse do ministro Enrique Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF). Lula não era aguardado no Tribunal e sua presença só foi confirmada instantes depois de o ministro Cezar Peluso, também do STF, ter suspendido o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa à CPI dos Bingos. O caseiro confirmava denúncias contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Além da presença de Lula só ter sido confirmada na última hora, a inesperada companhia de dona Marisa causou correcorre entre os funcionários do cerimonial. Eles improvisaram uma cadeira para a primeira-dama, oferecendo a ela o assento reservado para o senador José Sarney (PMDB-AP) – que não compareceu. Política – Já que o clima era de política no STF, até mesmo o novo ministro acabou tocando no assunto, em conversa com jornalistas após a solenidade. Indicado por Lula para o cargo, Lewandowski disse, porém, que é "ministro da República, não de um presidente ou de um partido político". O novo ministro disse ainda que está preparado para julgar ações espinhosas que o Tribunal terá que enfrentar nos próximos dias, como a que questiona a validade da emenda que acabou com a verticalização nas eleições deste ano. "Estou pronto. Sou magistrado há 15 anos. Estou absolutamente tranqüilo. Vou procurar julgar tecnicamente, de acordo com a Constituição Federal e a minha consciência", afirmou. Indagado sobre decisões recentes do STF que receberam c r í t i c a s d e c o n g re s s i s t a s , Lewandowski disse que o Tribunal também tem agido com base técnica. Para ele, o Supremo "não pode julgar de acordo com a conjuntura". "É claro que qualquer decisão do Tribunal pode agradar uns e desagradar outros. Mas é próprio da função de magistrado", afirmou. Encerrada a cerimônia, havia a expectativa de que Lula fosse a um evento no Tribunal Superior do Trabalho, o que não ocorreu. (Agências)

JE AR Ar-condicionado automotivo, instalação e manutenção. Pacote promocional (carros nacionais) * Carga de gás + filtro de pólem + higienização = R$ 140,00 Rua Pio XI, 373 - Alto da Lapa : (11) 3832-2976 - e-mail: jear.ar@terra.com.br

IMBRÓGLIO O PFL torcia para que o candidato do PSDB fosse José Serra, mas o prefeito foi preterido por Alckmin. Isso, no entanto, não é motivo para impedir que o partido faça coligação com os tucanos. A cúpula do PFL já admite que pode se coligar com o PSDB.

REIVINDICAÇÃO O senador Antonio Carlos Magalhães foi o primeiro homem de cúpula do PFL a defender um vice para o PSDB do Nordeste. O senador baiano analisou as pesquisas e observou que se trata de uma área em que Alckmin ainda não penetrou.

VIAGENS Assim que transferir o governo para Cláudio Lembo, Alckmin inicia uma seqüência de viagens pelos estados: quer fazer uma pregação política. O tucano vai privilegiar as viagens por estados do Norte e Nordeste.

COLOCAÇÃO

De saída: analistas políticos se dividem sobre permanência do ministro Palocci à frente da Fazenda.

PALOCCI PODE CAIR, MAS POLÍTICA ECONÔMICA FICA.

O

ministro Antonio Palocci pode até deixar o cargo em razão das recentes declarações do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o "Nildo". Mas, se o futuro do ministro é incerto, os analistas do quadro político têm ao menos uma certeza: com ou sem Palocci no comando, o rumo da economia não deve mudar um milímetro. "Se o ministro Palocci caísse, teria uma repercussão no curto prazo", afirma Christopher Garman, do Eurasia Group. De acordo com o analista, porém, passado o estresse inicial, o mercado se acomodaria porque descarta uma mudança maior no curto prazo. "A preocupação seria em relação ao rumo de um segundo mandato do governo Lula", diz. A avaliação é compartilhada

por Rogério Schmitt, da Tendências Consultores. Para ele, apesar da fragilidade pessoal de Palocci no cargo, não há uma percepção de que os agentes do mercado estejam preocupados. Ao contrário, o mercado estaria indiferente ao depoimento e mesmo em relação à permanência do ministro da Fazenda. "A leitura hoje é de que, mesmo que Palocci saia, quem entrar não fará nada muito diferente do que ele vem fazendo no comando da economia", acrescentou. Fica ou não fica? – Ainda que a perspectiva seja de manutenção da política econômica, a situação instável de Palocci causa certo incômodo e estimula especulações sobre o futuro próximo. Christopher Garman descarta a saída de Palocci. Para ele, a situação do

ministro é mais confortável hoje do que há alguns meses, quando o presidente Lula relutava em dar apoio incondicional ao chefe de Fazenda e à sua política econômica. Naquele momento, foi a oposição que saiu em defesa de Palocci, temendo uma crise grave. Colhendo bons números econômicos e estabilidade, hoje Lula vê Palocci com bons olhos – de olho na eleição de outubro. Já Rogério Schmitt acredita que ao menos parte da blindagem que vinha protegendo o ministro dos ataques políticos durante os últimos meses caiu. "Não sabemos se essa nova onda de pressão é mais ou menos poderosa do que as anteriores", afirma. "A percepção é de que o ministro Palocci está numa situação mais delicada", avalia. (Agências)

CRISE ABATE CPMI DOS CORREIOS NA RETA FINAL

transações financeiras de 12 fundos de pensão ligados a empresas estatais. A pedido do presidente do PT, Ricardo Berzoini, Serraglio recebeu representantes dos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal), que lhe entregaram documentos sobre os investimentos desses fundos no banco Rural e no BMG. Serraglio decidiu, então, passar esses documentos e o sub-relatório de ACM Neto para o deputado petista

Maurício Rands (PE), relator adjunto, consolidar as duas versões e fazer uma versão final. "Os fundos fizeram várias contestações ao meu relatório, que ainda nem foi entregue, e o Osmar tinha que ter me chamado e mostrado os argumentos deles. Mas não: decidiu repassar para o Maurício Rands. Preciso de um bedel?", disse ACM Neto, antes de embarcar para Salvador com o subrelatório de 449 páginas debaixo do braço. (Agências)

A

CPMI dos Correios entrou em crise na reta final de seus trabalhos. A cinco dias da data marcada para a apresentação do relatório final da CPMI, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) desistiu de entregar ontem ao relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), documento que aponta irregularidades nas

estadual, outros quatro précandidatos se lançam no PSDB: ex-ministro Paulo Renato; o secretário municipal de Governo, Aloysio Nunes Ferreira; o deputado Alberto Goldman e o vereador José Aníbal.

ÍNDICES O PSDB insiste na candidatura Serra porque o prefeito vem liderando as pesquisas. Pelos últimos levantamentos, os précandidatos ainda estão com baixo índice de intenção de voto. A cúpula não quer correr o risco de perder o controle político de São Paulo, depois de 12 anos no poder no Estado.

CHAPA Também para a eleição de governador em São Paulo o PFL pode se aliar ao PSDB. Mas se a coligação não vingar, o PFL pode ter seu candidato próprio, que seria o líder empresarial Guilherme Afif Domingos.

A situação de Alckmin em outras regiões do País é melhor. Caso, por exemplo, de São Paulo. Alckmin deixa o governo com alto índice de aceitação pela população: mais de 60%. Mas seu adversário, Lula, também é da mesma região.

EMPATE As pesquisas indicam que se a eleição fosse hoje, Lula e Alckmin teriam o mesmo índice de intenção de voto em São Paulo: cerca de 30% dos votos. O petista leva vantagem sobre o tucano em outras zonas eleitorais. Caso, por exemplo, do Nordeste.

ALIANÇAS Além do PFL, o PSDB vai tentar atrair o apoio de outros partidos, como o PMDB. Como o PMDB deve ter candidato próprio, o acordo só ocorreria no segundo turno. O PMDB insiste em confirmar a realização das prévias no domingo.

DISPUTA Também o PT trabalha para ter o apoio do PMDB. Os governistas do PMDB ainda tentam evitar que o partido lance candidatura própria. Se não conseguir melar as prévias, os governistas vão tentar impor o apoio a Lula na convenção de junho.

INSISTÊNCIA Geraldo Alckmin admite que vai colaborar para viabilizar a candidatura de José Serra a governador. Mas adianta que a escolha do candidato virá de uma decisão coletiva. Detalhe: Serra vem liderando todas as pesquisas de governador em São Paulo.

PRÉ-CANDIDATOS Enquanto Serra tira o corpo fora, não admitindo a candidatura ao governo

ADVERSÁRIOS Aloizio Mercadante deve se licenciar do Senado para se dedicar exclusivamente à sua campanha para viabilizar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Mercadante vai disputar as prévias de 7 de maio com a ex-prefeita Marta Suplicy.

IMPLICAÇÃO É cada vez mais embaraçosa a situação de Palocci depois que o caseiro Francenildo Santos Costa revelou ter visto e conversado com o ministro na casa de Brasília, que servia para excolaboradores de Palocci fazer a divisão de dinheiro. O ministro pode ser chamado para depor novamente na CPI dos Bingos.

BOMBARDEIO O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Jr., voltou a pedir a saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda. O mesmo caminho deve seguir o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio. Em tempo: Palocci vinha sendo protegido pelos tucanos nas CPIs.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Rob Griffith/AFP

Estou orgulhosa de ver que a democracia está viva e saudável aqui na faculdade. Da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ao ouvir os gritos de um estudante: "sua liberdade é assassinato, e você é uma assassina" durante palestra na Universidade de Sydney, na Austrália, ontem. O estudante foi retirado do recinto.

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

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MARÇO

2 -.LOGO

17

Nascimento da cantora brasileira Elis Regina Carvalho Costa (1945-1982)

F UTEBOL M EIO AMBIENTE

A Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) realiza em Paris uma reunião para determinar os riscos que as mudanças climáticas e o efeito estufa representam para patrimônios da humanidade como o Monte Everest, no Nepal, e a Grande Barreira de Corais, na Austrália. Segundo os especialistas, esses monumentos estão ameaçados pelo aumento da temperatura

ambiente e a acidificação dos oceanos. O Everest poderia até desabar por causa da desertificação e de mudanças na temperatura e nas chuvas. O objetivo indireto da Unesco é pressionar os EUA para assinar - e cumprir - o Protocolo de Kyoto. O país que mais polui o meio ambiente não aceita o acordo mundial e a redução do efeito estufa depende da redução da emissão de gases. O encontro também vai propor medidas para preservação dos patrimônios.

R ELIGIÃO

M ÚSICA

Eleito sacerdote. À revelia.

Mil e setecentos dólares no lixo

O filósofo francês Michel Onfray foi nomeado à revelia sacerdote honorário dos raelianos, o que provocou a ira do intelectual, que rejeita qualquer vínculo com a seita. A decisão do guru francês da seita, Claude Vorilhon, que adotou o nome Rael, foi anunciada pelos raelianos em Miami (EUA). Os raelianos se identificam com a filosofia hedonista de Onfray, que disse que vai entrar com um recurso na Justiça contra a seita.

Um autógrafo do ex-Beatle John Lennon foi encontrado em um saco de lixo de um centro beneficente em Swansea, no País de Gales, há alguns dias, pela britânica Viv Date, diretora da instituição. A notícia só foi divulgada ontem, após a análise do documento. Estima-se que o autógrafo possa valer US$ 1.700. Um especialista examinou o papel, que foi encontrado com uma fotografia dobrada, e confirmou a sua autenticidade.

Paulistão perde o timão

AFP

Monte Everest sob ameaça

L ITERATURA

Corinthians teria desistido do campeonato para concentrar energias na Libertadores Daniel Augusto Jr./AE

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petição. Antes mesmo om a permisde o time disputar a são de Kia Joopartida contra o Tigres, rabchian, o os jogadores já haviam Co ri nth ia ns feito um pacto para gadesistiu de vez do Camnhar a Libertadores. peonato Paulista - seis Não adiantou nada. A pontos separam o time equipe foi derrotada e do líder Santos. No treit e v e u m c o m p o r t anamento de ontem ficou mento apático que irriclaro que o auxiliar Adetou a diretoria. mar Braga utilizará reO técnico Ademar Braga, no treino de ontem "Nós conversamos servas contra o Amérimuito e até mesmo os ca, em Rio Preto, no domais tímidos acabaram dando mingo. A determinação do ira- bertadores", disse Betão. niano da MSI é para não O desleixo com a preparação opinião. Todos falaram sobre a "gastar energia" e manter o fo- para o Paulista era tanto que o necessidade de vencer a Liberco na competição que realmen- time utilizou a bola da Liberta- tadores. É com esse espírito te interessa, a Libertadores. dores no treino. "Nossa chance que tentaremos dar a volta por A despreocupação com o no Campeonato Paulista é cima. Ainda dá tempo, a comPaulista era tanta que o time uti- quase nenhuma. Ao mesmo petição está longe de estar delizou a bola da Libertadores no tempo temos uma partida im- cidida. Combinamos dar tudo treino. "Nossa chance no Cam- portantíssima na próxima se- para ganhar esse campeonapeonato Paulista é quase ne- mana pela Libertadores. Não to", disse Carlos Alberto. A diretoria da MSI não quer nhuma. Ao mesmo tempo te- podemos abrir mão dessa mos uma partida importantíssi- competição, que é tão impor- antecipar a liberação do lateral ma na próxima semana pela Li- tante para o nosso torcedor. É Coelho para o Santos. O conbertadores. Não podemos abrir um sonho. Então é natural trato do lateral termina em mão dessa competição, que é priorizar a preparação para a maio. Mas ele já garantiu que não renovará com o Corintão importante para o nosso tor- Libertadores", afirma Betão. cedor. É um sonho. É natural Para variar, o grupo conver- thians. Já deu sua palavra a priorizar a preparação para a Li- sou mais uma vez sobre a com- Vanderlei Luxemburgo. (AE) Adriana Franciosi/ZEH/AE

M ÉXICO Daniel Aguilar/Reuters

Código Da Vinci: uma 'reformulação' O escritor Dan Brown (foto) reconheceu ter "reformulado" passagens de outro livro para incluí-las em O Código Da Vinci, mas negou que tenha se apropriado das idéias contidas na obra que antecedeu o seu romance de sucesso. O escritor norte-americano é acusado de plágio por Michael Baigent e Richard Leigh, autores de Holy Blood, Holy Grail. B RAZIL COM Z

Muitos brasileiros não sabem ler A revista britânica The Economist, a propósito da Bienal do Livro, publicou uma reportagem sobre a leitura no Brasil. "Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais era de analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem ler. Apenas um adulto alfabetizado em cada três lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa", diz o texto. A revista também destaca esforços de ONGs, empresas e governo federal para mudar o quadro e lembra: "um fator que desencoraja a leitura é os livros serem tão caros". J APÃO

Droga em teste causa 11 mortes L

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

"Ora, direis, ouvir estrelas"

Impostos sem atrasos

O SkyScout é um aparelho que usa a tecnologia de GPS (sistema de posicionamento global) para identificar milhares de estrelas, planetas e outros corpos celestes. Basta apontar para uma estrela no céu e apertar um botão, e o SkyScout identifica o objeto que você está olhando. Deve entrar no mercado em maio, ainda sem preço definido.

Já que é inevitável pagar tantos impostos, um jeito de evitar perder dinheiro com multas e correções é fazer o pagamento em dia. No site Posto Fiscal Eletrônico, da Secretaria da fazenda do Estado de São Paulo, é possível consultar a legislação estadual vigente além da agenda tributária completa e detalhada dos tributos estaduais. No link Guias de Procedimento há um passo-a-passo para colocar impostos atrasados em dia. Há ainda um link para download de guias, autorizações e requerimentos.

www.celestron.com/skyscout

http://pfe.fazenda.sp.gov.br

E M

C A R T A Z

SINFÔNICA

Solos da mezzo-soprano Regina Helena Mesquita, acompanhados pela Banda Sinfônica do Estado (foto). No repertório, Cervantinas, de Guilherme Ripper. Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 644. Telefone: 3823-4600. 20h. Grátis.

L

Dançarina mexicana apresenta coreografia tradicional do país na abertura do Fórum Mundial da Água, ontem, na Cidade do México. O fórum reúne representantes de 120 países para discutir a escassez do recurso natural.

SANTANA - O guitarrista mexicano Carlos Santana desembarcou ontem em São Paulo, depois do show realizado no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. Santana e os mais de dez músicos de sua banda apresentam hoje o show All That I Am, no Anhembi. C ELEBRIDADES

O casamento do século? Max Rossi/Reuters

esperado casamento de Angelina Jolie e Brad Pitt pode acontecer neste fim de semana às margens do lago Como, na Itália. Os rumores a respeito começaram a circular ontem entre os moradores da pacata região italiana. As especulações que circulam há uma semana têm como alvo a mansão pertencente ao ator e amigo de Brad Pitt, George Clooney, à beira do lago, onde o casal deve chegar hoje. Eles ficarão, segundo os boatos, no vizinho, o hotel de luxo Villa d'Este (fotos), que, no passado, já serviu de esconderijo romântico de celebridades como Ava Gardner e Frank Sinatra. Brad Pitt e Angelina Jolie não anunciaram planos para seu casamento. Algumas pessoas especulam que as autoridades turísticas locais pudessem ter inventado os boatos sobre o casamento,

O

O laboratório japonês Eisai Co. anunciou ontem que 11 pessoas morreram enquanto tomavam uma droga contra o mal de Alzheimer, o Aricept, comercializado junto com a Pfizer, durante um teste clínico. A droga, que já é usada para tratar o mal de Alzheimer de leve a moderado, estava sendo testada em pacientes com demência vascular, a segunda forma de demência mais comum depois da doença de Alzheimer. As mortes do ensaio ocorreram entre os 648 pacientes que receberam o Aricept uma vez ao dia durante 24 semanas. A pesquisa foi conduzida em nove países. T ELEVISÃO

MTV terá canal na internet

com o objetivo de atrair hóspedes a seus hotéis. Mas três senhores idosos que tomavam um cálice de vinho num bar das redondezas estavam convencidos de que não se trata apenas de boatos. "Estão faxinando e arrumando a mansão. Está claro que alguma coisa vai acontecer ali", disse Andrea, que se negou a fornecer seu sobrenome. (Reuters)

A MTV prepara para este semestre o lançamento de um canal em banda larga, na internet. A emissora musical, que também quer ter um segundo canal em TV paga, vai investir agora em uma nova programação para esse canal virtual. A intenção da MTV não é reprisar na internet o que exibe atualmente na TV, e sim criar um novo conteúdo para o canal, que deve ter acesso gratuito. Esse é mais um investimento da emissora no setor, já que a maioria das atrações da nova programação do canal tem agora conexão direta com a internet. www.mtv.com.br

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L OTERIAS

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Entrega da estação USP Leste da CPTM vai atrasar mais uma vez. Nova data: março de 2007

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Governo federal cria fundo para gerir recursos gerados por obras com impacto ambiental

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MST desocupa Fazenda Santa Maria, em Ribeirão Preto, depois de determinação da Justiça

Concurso 1575 da QUINA 41

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

POLÍTICA - 5

PREFEITO DO RIO DEVE DECIDIR EM ATÉ DEZ DIAS. SUCESSÃO EM SÃO PAULO FICA AMARRADA.

CANDIDATURA DE CESAR MAIA MANTIDA, DIZ PFL. Hipólito Pereira/Agência Globo

O

comando do PFL indicou ontem que pretende endurecer a negociação com os tucanos sobre os termos de uma eventual aliança com o candidato tucano Geraldo Alckmin (PSDB), à presidência. Após duas horas de reunião no Rio, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), anunciou que a candidatura do prefeito Cesar Maia a presidente está mantida, pelo menos nos próximos oito ou dez dias, e poderá ser oficializada, se forçar a realização de um segundo turno para derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Maia afirmou que a coligação com o PSDB depende de um acerto programático com os tucanos. Um documento com o programa do PFL está em elaboração e será apresentado aos tucanos no caso dos pefelistas decidirem apoiar Alckmin. "Aguardamos uma decisão do prefeito. Em segundo lugar, começaremos a ouvir o partido e trabalhar no documento com duas finalidades: ou ele servirá de base para um plano de governo ou para a coligação", disse Bornhausen a jornalistas na sede da prefeitura carioca. O senador depois preferiu mudar discurso e definir a eventual aliança como "concertação". Exigências – Cesar Maia mostrou que o partido deverá fazer exigências ao PSDB, mostrando que o PFL irá reivindicar mais espaço no caso de uma aliança. "A experiência com o Fernando Henrique Cardoso foi positiva, mas precisa ser aperfeiçoada. Não conseguir ser parte do poder não cabe mais", disse o prefeito. O PFL apoiou praticamente todo o governo FHC (1995-2002).

ALIANÇA GERA EXPECTATIVA EM SP

A

Maia disse ainda que aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre as coligações partidárias e demonstrou pesar sobre a exclusão do prefeito de São Paulo, José Serra, da corrida presidencial pelo PSDB. "Confesso que estou confuso, eu apostava no Serra e na desverticalização, deu verticalização e Alckmin. Errei nas duas", confessou, referindo-se à regra que proíbe coligações nos Estados de partidos rivais na disputa pela presidência. Ele dá como certa a manutenção da regra pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e prevê que esse novo cenário "afunila o primeiro turno", facilitando a vitória de Lula. Suavidade – O prefeito fez críticas veladas a Alckmin, a quem chamou de 'bonzinho". Segundo ele, o governador é suave e não está sabendo explorar os pontos negativos do governo Lula. "A maneira do Alckmin de fazer política tem uma taxa de suavidade que eu entendo que nesse momento tem de ser ajustada", declarou o pefelista. Maia descartou tanto a hipótese de concorrer ao governo do Rio como a idéia de ser vice de Alckmin. Para ele, o vice tucano deveria sair de uma região em que o governador paulista não é conhecido. (Agências)

Bornhausen com prefeito carioca: partido será ouvido depois.

Estou confuso, eu apostava no Serra e na desverticalização, deu verticalização e Alckmin, errei nas duas. Cesar Maia

SURPRESA NO CONSELHO relator Edmar Moreira (PFL-MG) surpreendeu ontem o Conselho de Ética ao recomendar a absolvição do deputado José Mentor (PT-SP), que recebeu R$ 120 mil da empresa S2 Participações, do empresário Marcos Valério. A votação do processo ficou para a próxima quintafeira. Para o relator, Mentor não quebrou o decoro parlamentar, não infringiu a Constituição ou o Código de Ética, como também não haveria nem há provas de que ele tenha recebido vantagens indevidas no exercício do mandato. Foi o segundo dos acusados de envolvimento com o mensalão a receber parecer favorável do conselho. O primeiro foi o ex-líder do PL Sandro Mabel (GO), que conseguiu a absolvição do plenário. O relator aceitou os argumen-

O

tos da defesa, especialmente no que diz respeito ao dinheiro recebido do valerioduto: pagamento de estudos feitos pelo escritório de advocacia de Mentor para a S2, conforme recibos apresentados, inclusive de pagamento de Imposto de Renda. Na noite de quarta-feira, Moreira avisou ao seu partido que pediria a absolvição. E antes mesmo de apresentar o voto, procurou se justificar: "Eu não sou justiceiro. Justiceiro é quem faz justiça com as próprias mãos." Meio termo – Moreira disse que seu relatório não tinha sido elaborado para agradar quem quer que seja e criticou a atuação do conselho, afirmando que não havia meio termo. Também criticou os colegas que anunciaram antecipadamente que pediriam vistas se o voto fosse pela absolvição de Mentor e cobrou coragem de todos para resistir à

pressão da opinião pública. "Aqui é o céu ou o inferno. Não tem purgatório", disse Moreira. No voto, o relator afirma não haver provas de que Mentor tenha recebido, direta ou indiretamente, dinheiro do valerioduto, argumentando que o petista participou da criação do PT, integra a base governista e não precisaria receber para votar projetos de interesse do Palácio do Planalto. Ao pedir a absolvição de Mentor, o relator afirmou que o conselho não é um órgão para decidir questões político-partidárias ou ideológicas, mas um colegiado para julgar os parlamentares com base na justiça e no direito. Segundo ele, o julgamento político não pode servir para injustiças. "Não se pode condenar sem provas. Isso é injustiça, tirania. Melhor absolver o culpado do que condenar o inocente." (Agências)

Sem o Serra, é preciso considerar a hipótese de ele (Afif Domingos) ser o candidato da coligação em São Paulo. Jorge Bornhausen

indefinição na escolha do candidato à Presidência da República mudou de endereço e se instalou no PFL. E o impasse dos pefelistas é, agora, a maior preocupação dos tucanos, que aguardam uma decisão sobre uma possível aliança presidencial. Mas a coligação com o governador Geraldo Alckmin implica em negociações para uma aliança que envolva também o candidato ao governo de São Paulo. "Há um candidato em São Paulo, o José (Serra), que, se aceitar a disputa, passa a ser candidato natural. Se for ele, não temos dúvida de compor a chapa de outra maneira. É o mesmo caso do Aécio (Neves), em Minas. Não temos dúvida de compor a chapa sem pleitear o governo do Estado. Onde o PSDB tiver candidatos com essa potencialidade, acima dos nossos, não seremos nós que vamos atrapalhar", afirmou o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, em entrevista ao blog do jornalista Josias de Souza. Desde que foi indicado para disputar o Palácio do Planalto, Alckmin vem insistindo para que o prefeito paulistano, José Serra, aceite ser candidato ao governo do Estado.

Serra, porém, não tem se mostrado muito entusiasmado com a idéia. E ainda não oficializou nem um "sim" nem um "não". Há ainda outra complicação: os quatro pré-candidatos tucanos – José Aníbal, Aloysio Nunes Ferreira, Alberto Goldman e Paulo Renato –, que já estão em campanha e não querem concorrer à vaga com Serra. Segundo Bornhausen, caso o prefeito paulistano desista da corrida eleitoral, o PFL pretende lançar a candidatura de Guilherme Afif Domingos ao Palácio dos Bandeirantes. E vai reivindicar o apoio tucano. "Sem o Serra, é preciso considerar a hipótese de ele (Afif Domingos) ser o candidato da coligação em São Paulo, com a composição que for a melhor. Ele tem um potencial muito forte", avaliou o senador ao blog. Perguntado pelo jornalista se o apoio do PSDB nos 10 estados onde o PFL tem pretensões de lançar candidato a governador seria précondição para a aliança com Alckmin, Bornhausen respondeu: "Não é uma pré-condição, até porque tem Estados em que eles nem podem reivindicar espaço. Não pode ser uma discussão na base do tudo ou nada. Tem que ter racionalidade".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006 Ilustração ABÊ

16 -.INTERNACIONAL

ITÁLIA ROMPE FRONTEIRAS NA POLÍTICA A partir do dia 22 até o dia 6 de abril, cerca de 3,5 milhões de italianos que têm residência fixa fora da Itália estarão concorrendo às eleições do Senado e da Câmara dos Deputados no Parlamento italiano. No Brasil, há 12 candidatos a senador, de listas diferentes, e cinco disputando o cargo de deputado. Todos os 17 enfrentarão candidatos de países da América do Sul, colégio eleitoral no qual o Brasil foi incluído. O País tem 173.380 eleitores italianos que poderão votar.

N

o século em que a economia mundial consolida a globalização de suas empresas, a Itália mostra que também na política é possível romper fronteiras. A partir da próxima quarta-feira, cerca de 3,5 milhões de italianos residentes no Exterior, segundo dados do Ministério do Interior da Itália, disputarão uma vaga no Parlamento italiano. Pela primeira vez na história de um país, o governo da Itália permitiu que italianos radicados em qualquer parte do mundo além de sua fronteira concorram nas próximas eleições do Senado e da Câmara dos Deputados, marcadas para os dias 9 e 10 de abril. Fora da Itália, a votação começa no dia 22 e vai até 6 de abril. No Brasil, há cinco candidatos que concorrem ao Senado: Aldo Chianello (pela Forza Italia, lista do partido do atual primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi); Corrado Bosco (da Unione Sudamericana Emigrati Italliani); Edoardo Pollastri (pela L'Unione); Nicolò Mazzola (da Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia); e Walter Petruzziello (pela lista As soc ia zio ni Italiane in Sud America). Já para a Câmara dos Deputados, são 12 candidatos residentes no Brasil que estão na disputa: Adriano Bonaspetti (pela lista Associazioni Italiane in Sud America); Antonio Laspro (pela lista Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia); Arduino Monti (pela L'Unione), Claudio Pezzilli (pela Popolari UD EU R); Diego Tomassini

(pela lista Forza Italia); Fabio Porta (pela L'Unione); Gianni Boscolo (pela Associazioni Italiane in Sud America); Luigi Barindelli (pela Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia); Marzio Arcari (pela Lega Nord); Natalina Berto (pela L'Unione); Piero Stefanon Ruzzenenti (pela Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia); Sandro Pollastrini (pela Unione dei Democratici di Centro UDC). Os candidatos que moram no Brasil terão como concorrentes italianos residentes em países da América do Sul, colégio eleitoral onde o País foi incluído. Anseio – Na avaliação de Aldo Chianello, brasileiro descendente de italianos, residente no Rio de Janeiro e candidato

Para Aldo Chianello (abaixo), anseio dos italianos foi atendido Divulgação lista Forza Italia no Brasil

Abaixo, os candidatos Antonio Laspro (1ª foto), e, na foto inferior, Fabio Porta: ambos disputam a Câmara Patrícia Cruz/Luz

Diego Tomassini, candidato a deputado pela Forza Italia

Paulo Pampolin/Hype

Acho que podemos desenvolver projetos de cooperação entre os dois países Aldo Chianello, residente no Rio de Janeiro e candidato ao Senado italiano pela lista Forza Italia

Divulgação site do candidato

ao Senado pela Forza Italia, a abertura atendeu a um anseio da comunidade italiana espalhada pelo mundo. "É um reconhecimento dos que vivem no Exterior por parte do governo italiano atual, que foi quem deu essa permissão", diz ele. Chianello, que preside a Associação Cultural Ítalo-Brasileira e, na América do Sul, a Associação que representa os hospitais italianos no mundo, vê na permissão uma grande oportunidade de se expor no Parlamento em Roma as necessidades da comunidade italiana que vive aqui. "Como médico que sou, acho que podemos desenvolver projetos de cooperação entre os dois países, especialmente na área de saúde, assistência social, sem esquecer, claro, da área econômica", diz. O candidato a senador pela Forza Italia defende que é preciso fazer acordos com empresas italianas para que os descendentes de imigrantes tenham maiores condições de buscar oportunidades de emprego na Itália e no Brasil. Eleitores – Para ganhar uma das duas vagas ao Senado e uma das três à Câmara que foram reservadas pelo governo italiano à América do Sul, os candidatos têm se empenhado em uma campanha que nada tem a ver com as brasileiras. Abordam o eleitor italiano com folhetos e pela internet. No Brasil, há 173.380 eleitores italianos que poderão votar. São os italianos inscritos na lista de eleitores da Itália. Em toda a América do Sul são 722.681 eleitores, de acordo com a Embaixada da Itália no Brasil, com base em números do Ministério do Interior ita-

O maior problema da comunidade italiana está na área social Antonio Laspro, residente em São Paulo e candidato a deputado pela lista Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia

O Brasil tem muito a ganhar Fabio Porta, residente na cidade de

liano. Ao contrário do Brasil, na Itália o voto não é obrigatório. O que acirra a disputa, especialmente quando as propostas se aproximam. "O maior problema, hoje, da comunidade italiana, está na área social, em especial entre os imigrantes que não têm condições financeiras, após tantos anos no País, de se manter", diz Antonio Laspro, residente em São Paulo e candidato a deputado pela lista Per L'Italia nel Mondo con Tremaglia, que defende a criação de um cheque social para esses imigrantes, além de estágios de jovens descendentes de italianos em empresas na Itália. Fabio Porta, residente em São Paulo e candidato a deputado pela lista L'Unione, também aponta os projetos de parceria entre os dois países como uma oportunidade aos italianos que estão no exterior de fazerem um intercâmbio cultural e estágios em empresas. "O Brasil tem muito a ganhar", diz o candidato da L'Unione. Na opinião do italiano Diego Tomassini, radicado em São Paulo e que concorre pela lista Forza Italia a uma vaga na Câmara dos Deputados, o ganho

São Paulo e candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados pela lista L'Unione

O valor desses italianos é muito alto, porque o italiano de hoje é atualizado Diego Tomassini, residente em São Paulo, candidato a deputado pela lista Forza Italia

de proximidade que Brasil e Itália terão com a abertura do Parlamento vai além da área cultural e econômica. "O valor desses italianos é muito alto, porque o italiano de hoje é atualizado, fez sucesso no mundo, e assim pode contribuir para o crescimento da Itália e também do país onde reside. Temos, finalmente, a possibilidade de realçar a imagem dos italianos que moram no Exterior para que se tornem embaixadores de nosso país em outros países", diz. Roseli Lopes


DEU

NO

HTTP://WWW.GABEIRA. COM.BR/BLOG/

DOISPONTOS -15 15

Márcio Fernandes/AE

denúncia publicada pelo Estadão marca o fim do ministro Palocci não como ministro, mas como pessoa na qual se possa ter alguma confiança de estar falando a verdade. Lula não vai demiti-lo,

pelo menos por enquanto. Eles continuam achando que é possível resistir e

que a população brasileira aceita com complacência todo o tipo de corrupção. O problema central de Palocci e da chamada República de Ribeirão Preto não é apenas a corrupção, mas também a vulgaridade. Uma parte das confissões do caseiro Francenildo Santos Costa trata exatamente desses aspectos que já foram mencionados pela empresária Jeanne Mary Corner. O grupo de Palocci, interessado em bacanais e corrupção envolvendo favores a

empresas, é um desses momentos da história política brasileira que merecia um estudo à parte. Como foi possível, à sombra da complacência do PT, que recebia parte da grana, unir tantas pessoas estranhas, como o senhores Polleto, Barquete, Burati, dominar uma prefeitura e transplantar para a capital do Brasil práticas tão provincianas e condenáveis? Como pensar que grandes negócios da República, como o contrato da Caixa Econômica com a Gtech, foram

permissivo. E a visão que eles tinham do poder e de como exercê-lo é simplesmente asquerosa. O chamado núcleo duro do governo Lula era na verdade um grupo de pessoas que dividiam entre si as coisas ilícitas: Dirceu corrompendo o Congresso, Gushiken operando propaganda e fundos de pensão, e Palocci, talvez o mais ingênuo, fazendo negócios e descobrindo nas meninas de Mary Corner os amores que a juventude lhe negou.

feitos nesse clima, onde a rivalidade em torno da uma garota de programa era a matéria explosiva que poderia arruinar tudo? Mecanismos de controle, vigilância da mídia, tudo isso foi inútil para deter a trajetória dos amigos de Palocci. O argumento central era o de que ele fazia um bom trabalho, que o Brasil, precisava dessa política econômica. Tanto a oposição como a mídia conciliaram com Palocci e com as vulgaridades que agora vêm à tona. O Brasil se mostrou um país

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

O direito de debochar O

nar o que responder. Ora, acima do silêncio está a dignidade do espoliado cidadão brasileiro, inclusive pelo publicitário. A concessão do habeas corpus poderá estar em consonância com princípios e normas constitucionais, pois trata-se de apenas da opinião do Ministro que o concedeu. Essa consonância, se é que existe, terá relações apenas com os aspectos individuais dos direitos dela decorrente, visto que acima desses paira princípio fundamental maior, também constitucional, que é o respeito à dignidade do cidadão brasileiro (artigo 1º, inciso III, da Constituição). Pois é. Apesar, o que veio de ser ouvido e visto hoje, 15 de abril de 2006, no Congresso foi realmente repulsivo. Exibindo a folha de papel que o blindava, o publicitário debochou dos cidadãos brasileiros e de seus representantes no Congresso. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX. COM.BR

Guilhotina lá! idículo, grotesco e lamentável sob todos aspectos, o pseudo depoimento de Duda Mendonça na CPI. Está mais do que na cara sobre o que ele não quer falar, regido pela batuta do Lula. Desper ta Brasil, ainda dá tempo! Não podemos ser omissos, vamos acabar com esta orgia toda, passando a guilhotina nesta quadrilha que assumiu o poder no País. Walter Tadeu de Lima, Santo André, SP directum@directum. com.br

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Fotos: Roberto Stuckert Filho/AG

ministro Gilmar Mendes concedeu o habeas corpus requerido pelo publicitário "Duda" Mendonça. Grande presente esse, permitir que ele fique calado na sua nova entrevista com os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito, a mesma perante a qual já esteve presente depondo, ou, melhor dizendo, confessando sua culpa. Em sua decisão, o Ministro cogitou da existência de direitos fundamentais, os quais fundamentariam e justificariam a concessão da liminar do silêncio. Tratando-se de alguém que já confessou atitudes espúrias, antidemocráticas e anti-cidadania, fica difícil compreender que, apesar da descoberta de várias outras polpudas contas bancárias cheias de dinheiro de origem obscura, no exterior é claro, para ele seja reconhecido o direito de responder com o silêncio sobre algumas das coisas que lhe venha a ser perguntado, podendo, então, selecio-

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

Toxinas botulínicas Leonardo Rodrigues / Hype

om relação à matéria "Botox: muito além da estética", publicada na seção Cidades & Entidades em 14/03, o laboratório Allergan, fabricante de Botox*, gostaria de esclarecer as seguintes informações:

C

A matéria tem como título a marca Botox®, em seu texto acentua toxina botulínica e na foto mostra um produto que não é Botox® (toxina

Lullinha, a Gamecorp, recebeu 5 milhões de reais da Telemar por parte de suas ações e mais 5 na compra de espaços em emissoras de tv de baixíssima audiência para veicular os jogos da Gamecorp. Dez milhõesinhos no bolso do Príncipe Herdeiro. E o Lulla dispara nas pesquisas.

Palocci, é o fim

BLOG A Por que a situação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ficou insutentável, por que o governo pensa que dá para mantê-lo, por que a oposição já não pensa assim, por que a mídia, tão generosa com meiasverdades, já não pode conviver com a mentira? O deputado Fernando Gabeira (PVRJ) retrata em seu blog a "república permissiva".

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

botulínica do tipo A), porém acentua que é nosso produto. Na verdade a foto é de um produto concorrente. A apresentação de uma outra embalagem que não a de Botox®, pode induzir a confusão por parte dos pacientes que muitas vezes pensam estar sendo tratados com Botox®, mas na verdade estão sendo tratados com outra toxina botulínica. É importante levar

em consideração que as toxinas botulínicas do tipo A encontradas no mercado brasileiro, são produtos biológicos. Todo produto biológico é considerado pelo Ministério da Saúde como produto diferente, ou seja, cada produto é único. Este produtos (toxina botulínica do tipo A) se diferem nas doses, diluições, eficácia, difusão e duração do efeito

Para a elaboração da reportagem, a Allergan foi procurada pelo DC. Sua assessora de imprensa estava viajando. Ninguém da empresa se prontificou a fornecer informações sobre seu produto. A reportagem deixa claro que Botox é uma marca comercial.

terapêutico. Não existem duas toxinas botulínicas iguais. O paciente deve se certificar com seu médico de que está recebendo Botox®, da fabricante Allergan, garantindo um tratamento seguro e eficaz. Botox® (toxina botulínica tipo A) é uma marca registrada e licenciada em todo o mundo pela Allergan Inc. CARLOS ALBERTO JOSÉ, DIRETOR REGIONAL DA

BOTOX* COSMÉTICA

NEIL FERREIRA NÓS NÃO

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TEMOS VERGONHA NA CARA Roberto Jefferson ressuscitou e disse que o Okamoto é o Fiat Elba do Lulla. O Okamoto é um dos amigos do Rei que pagou 29 mil reais que o Lulla devia ao PT. E o Lulla dispara nas pesquisas. Duda Mendonça, exmarqueteiro do Rei, passou quase um dia inteiro "dando depoimento" numa CPI não respondendo nada, nenhuma pergunta; desculpe, respondeu uma. Um senador foi lá e pegou o microfone, limpou a garganta, fez cara de "agora eu pego esse cara" e perguntou se o Duda acreditava em Deus, claro que o Duda acredita em Deus, isso ele respondeu, e foi só. Protegido por uma liminar do STF não tinha que falar nada sobre contas em paraísos fiscais, dinheiro frio que recebeu e esquentou, dinheiro sujo que recebeu e lavou por campanhas feitas do Maluf ao Lulla, com extrema competência e nenhuma ética e nenhum compromisso com a moral e os bons costumes. E o Lulla dispara nas pesquisas. O caseiro Nildo que trabalhava na casona que a República de Ribeirão Preto alugou em Brasília para realizar "reuniões de negócios" regadas a uísque, vinho, camisinhas, viagra e recepcionistas de Jeanne Mary Corner, deu uma entrevista-bomba ao Estadão. Simples e sério, contou que a equipe do Palocci administrava tudo, pagava tudo em dinheiro, e o Palocci em pessoa, o "chefe", ia lá com frequência tendo sido visto por ele, Nildo, umas "dez ou vinte vezes". Palocci vinha com seu motorista mas em carro não-oficial, ou vinha dirigindo um Peugeot de vidros escuros. Convocado para uma CPI, Nildo começou seu depoimento confirmando o que havido dito na entrevista, mas uma liminar do STF pedida pelo PT, interrompeu a sessão, que prometia ser explosiva para o governo. Se o Okamoto é o Fiat Elba, Nildo é o Eriberto. E o Lulla dispara nas pesquisas. Outra CPI acende seus faróis em cima dos negócios milionários do Primeiro Filho, o Lullinha, com a Telemar, associada a fundos de pensão e ao BNDES. A empresa do

O

uais pesquisas ? Todas. Mas essa última, a CNIIbope é a mais apavorante e ao mesmo tempo a mais reveladora. Apavorante porque mostra que "nunca antes nesse país" se viu um esquema de corrupção tão grandioso e tão público, e só 15% dos eleitores lembram-se dele. Apavorante porque o assunto "corrupção" não tem a menor importância para grande maioria das pessoas que vão escolher o próximo presidente, dando razão ao Delúbio que previu que isso iria virar piada. Apavorante porque mostra que Lulla está comprando entre 20 e 25 milhões de votos (Hélio Bicudo estima em 40 milhões) com o BolsaFamília, pago com o nosso

Se o Okamoto é o Fiat Elba, Nildo é o Eriberto. A pesquisa revela que engolimos tudo isso. E o Lulla dispara. dinheiro, o que praticamente garante a reeleição, isto é, Lulla está comprando a sua permanência no cargo com o dinheiro de quem quer vê-lo de volta já-já para o seu apartamento de cobertura no ABC. Apavorante porque a pesquisa mostra que parte da disparada do Lulla deve-se não só à incompetência da oposição mas também à sua própria competência. Lulla pegou o AeroLulla e, às nossas custas, foi para a Inglaterra, jantou com a rainha e tirou foto na carruagem real. Segundo especialistas que interpretaram a pesquisa, essa foto deu um enorme empurrão para cima, as pessoas acharam que o Brasil tinha "chegado lá", e quem dizia que o marketing do Lulla era o Duda tem que morder a língua, o marketing do Lulla é o Lulla. É isso que o Lulla é, marketing, mais nada. Marketing do nordestino pobre, do operário metalúrgico, do Lullinha Paz & Amor, do "melhor presidente que esse país já viu", marketing, marketing, marketing. Você olha por fora puro marketing, olha por dentro nada vezes nada, zero. E é aqui que a pesquisa mostra-se cruelmente reveladora. A pesquisa revela que nós engolimos tudo isso e o Lulla dispara. A pesquisa revela que nós não temos vergonha na cara. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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1 Isso demonstra que há uma transferência de recursos do setor eficiente para o setor ineficiente. Guilherme Afif Domingos

FOME DE LEÃO: R$ 27,568 BILHÕES Arrecadação federal em fevereiro supera em 4,58% o resultado obtido em igual mês do ano passado

A

arrecadação federal continua batendo recordes. O total no mês passado chegou a R$ 27,568 bilhões, o maior já registrado em meses de fevereiro. O resultado é 4,58% maior, em termos reais, do que o valor arrecadado em fevereiro de 2005. Em relação a janeiro,

Alan Marques/Folha Imagem

porém, houve uma queda real de 18,95%. No ano, os recolhimentos efetuados pela Receita chegam a R$ 61,441 bilhões (sem correção pela inflação) ou R$ 61,580 bilhões (corrigidos pelo IPCA), um crescimento real de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. "A boa arrecadação decorre da manutenção do bom desempenho da economia e da melhoria na eficiência da

Ricardo Pinheiro: recorde é fruto do desempenho da economia

administração tributária", comentou o secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro. A estimativa do projeto de lei do Orçamento de 2006 é de que o Fisco recolha R$ 350 bilhões neste ano, mas Pinheiro admitiu que o número deverá crescer um pouco. Não chegará, porém, aos R$ 364,5 bilhões previstos pelo Con-

gresso. "Tem uma diferença que vamos discutir", disse. Menos dias –A queda do resultado de fevereiro, na comparação com janeiro, é explicada principalmente pelo menor número de dias úteis do mês passado. Com a economia produzindo durante um período menor, houve queda de 19,43% no Imposto de Importação e de 20,45% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado às importações. Outra explicação é o fa-

to de janeiro concentrar o recolhimento de alguns tributos e, por isso, ser um mês de melhores resultados do que fevereiro. É o caso, por exemplo, da cota única do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), que registrou uma queda de 30,64% em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2005, porém, os dados revelam maior dinamismo

em alguns setores da economia. O aumento do volume de empréstimos tomados por pessoas e empresas fez com que a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aumentasse 17,52%. O IPI sobre automóveis registrou crescimento de 40,29%, devido ao aumento de 12,8% no volume de vendas e também porque em fevereiro de 2005 a arrecadação ha-

via sido atipicamente menor por causa do pagamento, pela Receita, de créditos tributários às montadoras. Os pagamentos de IPI sobre outros setores, porém, caíram 1,9%. Previdência – As receitas previdenciárias somaram R$ 9,97 bilhões em fevereiro. Foi o segundo melhor resultado já registrado pela Previ-

dência, só perdendo para dezembro do ano passado. Os recolhimentos tiveram um crescimento real de 10,97% na comparação com o mês de fevereiro do ano passado. O principal destaque do período foi a expansão de 547,65% nos recolhimentos referentes a depósitos judiciais. Em fevereiro, uma única empresa pagou R$ 241 milhões, cuja cobrança questionava na Justiça. Foi, portanto, um movimento atípico. (AE)

Emiliano Capozoli/LUZ

DE OLHO NO IMPOSTO Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Constantino: faltam melhorias

Fernandes: isso é "sacanagem"

Cibele: "Fiquei muito assustada"

Magalhães: percentual alto demais

Mais de 320 mil adesões em São Paulo campanha De Olho no Imposto, que tem como objetivo arrecadar 1,5 milhão de assinaturas – número mínimo exigido para apresentação de um projeto de lei que torne obrigatório informar ao consumidor quanto ele paga de impostos nos produtos –, já arrecadou 322,6 mil assinaturas em todo o Estado de São Paulo, incluindo as 5.281 adesões feitas pelo site www.deolhonoimposto.org.br. O apoio da sociedade, na capital paulista, tem sido decisivo para o movimento atingir seu objetivo. Ontem, a campanha agitou os moradores de dois bairros extremos da cidade, Jaçanã (zona norte) e Santo Amaro (zona sul). A coleta de assinaturas e o Feirão do Imposto – que exibe o valor dos produtos e o quanto cada um carrega de imposto – indignou a todos que passaram pelo local. Na zona norte, a campanha está sendo realizada até domingo na Praça João Batista Vasquez, um lugar movimentado que, na década de 60, era parada da estação Jaçanã. Saudoso desse tempo, Clóvis Ferreira Magalhães viu com tristeza os impostos cobrados na lista de produtos do Feirão. "É um percentual alto e temos zero de retorno em benefícios para a população", afirmou. Atento, Magalhães chamou a atenção para a au-

A

Painel do Impostômetro está instalado na fachada na ACSP

Impostômetro atinge a marca de R$ 174,7 bi Até fevereiro, fisco arrecadou 7,2% mais

nquanto a Receita Federal anunciava o recorde da arrecadação em fevereiro, o Impostômetro (www.impostometro.com.br) atingia a marca de R$ 174,7 bilhões. A cifra representa o quanto foi arrecadado pela União, estados e municípios desde o começo do ano até ontem, no final da tarde. No bimestre, a arrecadação da Receita já atingiu R$ 84,5 bilhões, ante R$ 76 bilhões no mesmo período de 2005. Isso representa um crescimento real de 7,2%, percentual bem maior que o da economia, que tem crescido cerca de 2,5%,

E

segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). "Isso demonstra que há uma transferência de recursos do setor eficiente para o setor ineficiente", afirmou o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. Afif destacou que agora, com o De Olho no Imposto, é que a população começa a se conscientizar de que paga tributos sobre tudo. "Está na hora de termos uma reforma fiscal, previdenciária, tributária e política", disse. Adriana David

Feirões do Imposto montados em Jaçanã e Santo Amaro revelam o peso dos impostos

sência de um playground para as crianças brincarem na praça onde estava sendo realizada a campanha de conscientização. Outra insatisfeita era Cibele Aparecida dos Santos que, retornando da escola com a filha, brincou: "Tá vendo filha, olha o quanto a mãe paga de imposto no seu brinquedo. Eu não sabia que era cobrado tanto assim. Fiquei assustada", disse. Assalto – Na Praça Floriano

Peixoto, em Santo Amaro, o sentimento de indignação não foi diferente. O estudante Gilson Santana Freire surpreendeu-se com o percentual de tributos de alguns produtos expostos no Feirão do Imposto, como a cachaça e o refrigerante. "É bom a gente ficar sabendo dessas coisas. Você acaba conhecendo a realidade e a exata noção de que está sendo roubado", criticou.

Já o casal Janete Cruz dos Santos e Mariano Constantino de Assis afirmou que a sociedade precisa cobrar mais e deixar de ser passiva. "Precisamos de muitas melhorias sociais, como postos de saúde, mas nada acontece", reivindicou Constantino. Aline Aparecida Barbosa, que costuma caminhar pela praça diariamente com a filha de 10 anos, vendendo doces, ficou curiosa ao descobrir a relação de produtos e respectiva carga tributária. "Quanto será que pago de imposto nesta caixa de paçoca?", perguntou. Logo depois, observou as mercadorias e constatou que o dinheiro que ela ganha em um dia não dá para comprar o necessário para sua filha. "Isso é sacanagem! Não devia ter tanto imposto, e ainda mais na comida", desabafou Marcelino Fernandes. Mesmo não acreditando no que via no Feirão do Imposto, Fernandes sugeriu que fossem cobrados apenas 10% de impostos em cada mercadoria. Eduardo A. de Castro


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LAZER - 1

Fotos: Luiz Prado/LUZ

Fotos: Divulgação

ÓPERA Divirta-se com a Flauta Mágica. É Mozart para todos. O Municipal encena a mais completa síntese do teatro musical do tempo de Mozart. Uma obra que continua a encantar platéias, 215 anos depois de sua criação. Luis S. Krausz

Bruno (Papageno), o caçador de Pássaros, e Tamino: cenas bufas

José Gallisa (baixo) no papel de Sarastro, sacerdote de Ísis e Osíris, temido por Pamina, filha da Rainha da Noite. Ação, suspense, aventura, embaladas pela música exuberante de Mozart.

D

ando continuidade às comemorações do 250º aniversário de Wolfgang Amadeus Mozart, o Teatro Municipal de São Paulo estréia, neste sábado, dia 18, uma belíssima montagem de A Flauta Mágica, de longe a mais amada de todas as óperas do compositor. Com um elenco que traz o que de melhor existe no universo lírico nacional, cenografia deslumbrante, e uma direção de cena ágil e condizente com o otimismo desta peça deliciosa, a montagem que estréia no Municipal já foi vista em 2003 no Teatro da Paz de Belém, e sua chegada a São Paulo faz parte da sensata política de intercâmbio recentemente estabelecida entre os teatros de ópera brasileiros. Trata-se de uma montagem cujos elementos, em perfeita harmonia, garantem um espetáculo equilibrado e de impecável fluência. A Orquestra Sinfônica Municipal, regida por Jamil Maluf, responsável pela primeira montagem da Flauta no Municipal, em 1983, garante uma base musical sólida e compacta para os solistas vocais, enquanto os cenários coloridos e jubilosos de Fernando Anhê (que também assinou os cenários de João e Maria, vistos por dois anos consecutivos no Municipal) proporcionam uma ambientação em tudo condizente com o clima radioso e animado da ópera. Anhê usa, além dos figurinos que reagem à iluminação, recursos derivados do Teatro Negro, que conferem uma atmosfera mágica, em que objetos e animais parecem flutuar. O espetáculo, assim, é uma interpretação lúcida e contemporânea, com grande sentido de conjunto, e ao mesmo tempo fiel ao espírito mozartiano. Tem tudo para agradar, principalmente por causa da música irresistível que Mozart criou para esta ópera, concebida para uma apresentação num teatro de subúrbio de Viena, dirigido por Emmanuel Schikaneder, amigo do compositor. Parece incrível que, seriamente doente, o compositor morreria poucos meses depois de criar esta peça repleta de humor, doçura e prazer de viver. Mozart era membro da maçonaria e a música sempre desempenhou um papel fundamental nos rituais desta instituição – aliás, o próprio Mozart compôs esplêndidas músicas destinadas ao ritual maçônico. Em sua época, a maçonaria era um lugar onde as idéias iluministas encontravam eco, e por isto mesmo o imperador José II da Áustria impôs sobre a fraternidade uma série de restrições, que acabaram gerando cisões no seu interior.

Luz negra, efeitos surpreendentes: ópera e coreografia

CONCERTO

A

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Osesp, interpreta, nesta semana, obras de três compositores emblemáticos: Beethoven (1779-1827), Haydn (1732-1809) e Mahler (1860-1911). Com a batuta, o maestro japonês Eiji Oue; o violoncelista Claudio Bohórquez (foto), de ascendência peruana e uruguaia, nascido e radicado em Berlim, será o solista. No programa, Abertura Leonora Nº 3, de Beethoven; Concerto Nº 1 para Violoncelo e Orquestra, de Haydn; e Sinfonia Nº 1 em Ré Maior, também conhecida como Titã, de Mahler. Esta será, certamente, a peça de resistência do concerto. Pela sua monumental concepção harmônica, pela suntuosidade sonora, promete levar grandes emoções à platéia. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n. Telefone: 3337-5414. Sexta (17), 21h; sábado (18), 16h30. R$ 25 a R$ 79.

Portari (Tamino) e Lamosa (Pamina): enlevo.

Quando criou A Flauta Mágica Mozart cogitava, com amigos, a criação de uma nova sociedade secreta e neste sentido a renovação da fraternidade é o tema central da ópera. E esta renovação só seria possível, no entender de Mozart e de Schikaneder, na medida em que o sistema antigo, simbolizado na ópera pela Rainha da Noite, fosse substituído pelas luzes simbolizadas por Sarastro. Se os ritos iniciáticos e os símbolos místicos presentes na peça são derivados dos rituais maçônicos, seu espírito é o de uma descontraída comédia teatral vienense, e o resultado, uma obra imortal que, segundo Albert Einstein, "é capaz de encantar uma criança, de levar às lágrimas o mais experiente dos seres humanos e de elevar o espírito dos sábios." Referindo-se ao aspecto estritamente musical da obra, o maestro Jamil Maluf destaca que "A Flauta Mágica reúne diversos estilos, do canto canônico à coloratura, dos números sérios a divertidos conjuntos que mais parecem escritos para um musical. Os timbres escolhidos para cada papel exploram os extremos da voz humana, dos agudos da Rainha da Noite até os graves profundos dos solos de Sarastro. Além de árias para todos os personagens importantes, Mozart reafirma a importância dos números de conjunto, que extrapolam aos finais de atos e integram a ação." A soprano Rosana Lamosa e o tenor Fernando Portari interpretam o par romântico da história, Tamino e Pamina. A Rainha da Noite é a soprano Lys Nardotto enquanto o baixo José Gallisa é o temido Sarastro. Lício Bruno e Homero Velho dividem o bem-humorado papel de Papageno. Como se trata de uma peça repleta de diálogos, optou-se por traduzi-los para o português, mantendo as canções no idioma original, de maneira a facilitar a compreensão do enredo e a garantir, para o espectador, a fluência do espetáculo. Para jovens e velhos,

simples ou sofisticados, esta Flauta Mágica guarda uma mensagem imortal – e este espetáculo memorável a transmite com clareza, satisfação e encantamento. A Flauta Mágica Ópera em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart Libreto de Emanuel Schikaneder Tamino: Fernando Portari Pamina: Rosana Lamosa Papageno: Lício Bruno/Homero Velho (20/03) Papagena: Edna d’Oliveira Sarastro: José Gallisa Rainha da Noite: Lys Nardotto Primeira Dama: Adélia Issa Segunda Dama: Elenis Guimarães Terceira Dama: Lídia Schäffer Monostatos: Sérgio Weintraub E ainda Stephen Bronk, Miguel Geraldi, Dênia Campos, Marivone Caetano e Silvana Ferreira Com a Orquestra Experimental de Repertório e o Coral Lírico Direção musical e regência: Jamil Maluf Regência do coro: Mário Zaccaro Direção cênica: Cleber Papa Cenários e figurinos: Fernando Anhê Iluminação: Wagner Pinto Dias 18, 20, 22 e 24 de março de 2006, às 20h30 Dia 26 de março, às 17h Ingressos: de R$ 20 a R$ 40 No dia 20 de março: de R$ 10 a R$ 20 Theatro Municipal de São Paulo Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro Bilheteria: tel. 011 3222-8698 Ingressos a venda pela central telefônica da Ticketmaster (011 6846-6000) ou pelo site www.ticketmaster.com.br Para conhecer melhor a música maçônica criada por Mozart Mozart – Die Freimaurermusiken Christoph Prégrdien; Helmut Wildhaber Chorus Vienensis Wiener Akademie regida por Martin Haselböck CD do selo suíço Novalis (cod. 150081-2)

DANÇA

O

paulistano Ismael Ivo (foto), radicado na Alemanha desde 1985, volta à cidade para se apresentar em apenas duas récitas. O espetáculo, chamado Mapplethorpe, compõe-se de de três coreografias, Prisão, Flores e Mortalidade. Na trilha (gravada), estão composições do minimalista Steve Reich, da roqueira Patti Smith e do italiano Giacomo Puccini (autor de óperas célebres, entre elas, Tosca e Madame Butterfly). Teatro Sesc Anchieta. Rua Doutor Vila Nova, 245. Telefone: 3234-3000. Sábado (18), 21h, e domingo (19), 19h. R$ 20.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

ATAS

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

BALANÇOS PLANOVA PLANEJEJAMENTO E CONSTRUÇÕES S.A.

CNPJ/MF nº 47.383.971/0001-21 - NIRE 35.300.322.614. Extrato Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20/02/06 Data: 20/02/2006. Horário: 16 horas. Local: Sede social localizada na Rua Campos Sales, 260, sala 83, Centro, CEP 06411-150, Barueri/SP. Mesa Diretora: Srs. Sérgio Macedo Facchini, presidente e Ricardo Macedo Facchini, secretário. Presença: Dispensada em virtude da presença da totalidade dos sócios. Ordem do Dia: (a) Alteração do número do prédio da Sede da Empresa, constante do Art. 2º do Estatuto Social, em razão da modificação do mesmo pela Prefeitura Municipal de Barueri, bem como do número do código de endereçamento postal; (b) Consolidação da redação do Estatuto Social. Deliberações Tomadas por Unanimidade: (a) Aprovada a alteração do Art. 2º do Estatuto Social da Companhia, a fim de fazer constar a numeração atual do prédio da Sede da Empresa, bem como a numeração atual do código de endereçamento postal, passando a ter a seguinte redação: “Art. 2º - A Companhia tem sede em Barueri/SP, na Rua Campos Sales, nº 226, sala 83 - Centro, CEP nº 06401000 e poderá abrir e fechar filiais em qualquer parte do Território Brasileiro.” (b) Aprovada a consolidação do Estatuto Social. A Diretoria ficou encarregada de proceder ao registro e publicidade das deliberações tomadas. Encerramento e leitura: Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a assembléia, sendo a ata lavrada na forma de sumário, a qual, lida e conferida foi assinada pelos sócios presentes e pelos membros da mesa. São Paulo, 20/02/2006. Assinaturas: Presidente da mesa - Sérgio Macedo Facchini; Secretário - Ricardo Macedo Facchini; Acionistas - Sérgio Macedo Facchini; Ricardo Macedo Facchini e Gerson Aguiar de Brito Vianna. JUCESP nº 63.339/06-7 em sessão de 01/03/06.

Latina Infraestrutura S/A CNPJ.MF nº 02.930.079/0001-85 Balanços Patrimoniais Encerrados em 31/12/2004 e 31/12/2005 2005 2004 Ativo/Circulante 2005 2004 Passivo/Circulante 7.658.466,46 6.320.299,34 Caixa e Bancos 12.209,69 7.876,43 Empréstimos e Financiamentos 380,02 283.773,75 Creditos de Participações 4.369.997,31 4.369.997,31 Obrigações Fiscais Outros Créditos a Receber 347.736,55 Outras Obrigações 726.885,50 1.470.331,74 8.385.731,98 8.074.404,83 Total do Circulante 4.729.943,55 4.377.873,74 Total do Circulante Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo 294.886,41 247.979,03 Impostos Diferidos – 8.824.000,00 Empréstimos e Financiamentos Total Exigível a Longo Prazo 294.886,41 247.979,03 Depositos Judiciais 108.986,76 Patrimônio Líquido Total Realizável a Longo Prazo 108.986,76 8.824.000,00 Capital Social Subscrito 1.200.000,00 1.200.000,00 Permanente Reserva Legal 240.000,00 240.000,00 Investimentos 28.858.630,79 17.230.648,66 Lucro Acumulado 23.576.942,71 20.670.138,54 Total do Permanente 28.858.630,79 17.230.648,66 Total Patrimônio Líquido 25.016.942,71 22.110.138,54 33.697.561,10 30.432.522,40 Total do Ativo 33.697.561,10 30.432.522,40 Total do Passivo Demonstr. da Variação do Capital Circul. Líquido Demonstr. das Mutações do Patrim. Líq. de 31/12/2004 a 31/12/2005 2005 2004 Capital Lucros Patrimônio Ativo Circulante 352.069,81 238.805,85 Subscrito Reservas Acumulados Líquido No início do Exercício 4.377.873,74 4.139.067,89 Saldos em No fim do Exercício 4.729.943,55 4.377.873,74 31/12/2004 1.200.000,00 240.000,00 20.670.138,54 22.110.138,54 Passivo Circulante 311.327,15 6.455.135,51 Lucro do No início do Exercício 8.074.404,83 1.619.269,32 Exercício – – 2.906.804,17 2.906.804,17 No fim do Exercício 8.385.731,98 8.074.404,83 Saldo em Aum./Reduç. Capital Circlante Líquido 40.742,66 (6.216.329,66) 31/12/2005 1.200.000,00 240.000,00 23.576.942,71 25.016.942,71 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 1) Contexto Operacional. Constitui o objeto social específico da socieda- préstimos. São contabilizados ao valor original acrescido da atualização de a participação como acionista da empresa Autovias S.A., com sede no monetária e dos juros incorridos até a data do balanço. Composição: município de Ribeirão Preto, Av. Presidente Castelo Branco, 998 - Nova Obrascon Huarte Lain Brasil Ltda. R$ 7.658.466,46 - Exigível a Curto Prazo Ribeirania., inscrita no CNPJ Nº 02.679.185/0001-38. 2) Apresentação das – OHL Brasil Participações em Infra Estrutura Ltda.R$ 294.886,41 - Exigível Demonstrações Financeiras. As demonstrações financeiras são elabora- a Longo Prazo 3) Patrimônio Líquido – 3.1) Capital Social: O capital social das de acordo com a lei das sociedades por ações. 2.1) Apuração do Re- é de R$ 1.200.000,00 (Um milhão e duzentos mil reais), representado por sultado. As receitas e despesas são contabilizadas de acordo com o regi- 1.200.000 (Um milhão e duzentas ) de ações ordinárias nominativas, todas me de competência. 2.2) Investimentos. Demonstrado ao custo de aquisi- sem valor nominal. Acionista Capital Integralizado – Obrascon Huarte Lain ção e avaliado através do método de equivalência patrimonial. 2.3) Em- Brasil S.A. R$ 1.200.000,00 Felipe Ezquerra Plasencia – Diretor Presidente – CPF 225.268.398-82 Rodney Monteiro Meles – Contador – 1SP132178/O

Demonstr. de Result. do Exercício em 31/12/2004 e 31/12/2005 Receita Operacional Bruta 2005 2004 Participação Receita - Consórcio 3.363.404,60 23.935.634,21 Total das Receitas 3.363.404,60 23.935.634,21 (-) Impostos Incidentes 122.748,58 873.630,02 Receita Operacional Líquida 3.240.656,02 23.062.004,19 (-) Participação Nos Custos - Consórcio 1.444.824,76 17.666.648,98 Lucro Bruto 1.795.831,26 5.395.355,21 (-) Despesas Operacionais Despesas Administrativa 16.915,99 19.739,60 Despesas Comerciais 4.596,20 1.080,00 Despesas Tributárias 181.271,45 51.928,41 Despesas / Receitas Financeiras 1.008.059,39 1.098.734,17 Total das Despesas 1.210.843,03 1.171.482,18 Outras Receitas Operacinais Resultado na Equivalência 3.250.830,43 (1.518.963,98) Outras receitas/despesas operacionais 156.983,57 957.134,72 Provisões Fiscais Provisão p/ Contribuição Social 50.292,42 382.561,42 Provisões p/ I.R.P.J. 721.738,50 799.322,92 Lucro Líquido do Exercício 2.906.804,17 2.480.159,43 Lucro por Ação 2,42 2,07 Demonstr. de Origens e Aplic.e Recursos em 31/12/2004 e 31/12/2005 2005 2004 Origens de Recursos: 465.842,20 3.999.123,41 Lucro Líquido do Exercício 2.906.804,17 2.480.159,43 Desps. (recs.) que não afetam o cap. circ.: Resultado de equivalência patrimonial (1.751.197,12) (904.036,02) Aumento Exigível a Longo Prazo 46.907,38 – Reversão Equivalência Patrimonial (736.672,23) 2.423.000,00 Aplicações de Recursos 425.099,54 10.215.453,07 Investimento em empresa Coligada 316.112,78 4.452.697,35 Aumento Realizável Longo Prazo 108.986,76 Redução Exigível a Longo Prazo – 5.762.755,72 Aum./Redução Capital Circulante Líquido 40.742,66 (6.216.329,66)

CONVOCAÇÕES

COMUNICADOS

Solicito o comparecimento da Sra. Patricia Cavalcante Nobre, portadora do CPF 257.757.968-37 e RG 27.789.894 em nossa empresa, sito na Rua: Arthur de Azevedo 972 – Jd.América – SP, no prazo máximo de 48 horas sob pena de infligir o Art. 482 da CLT. Juarez Silva Madeira RG 6981381 e CPF 004215678-56. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Assunto: Licença Ambiental Prévia nº 00938, de 13/03/2006 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá torna público que recebeu da SMA a Licença Ambiental Prévia nº 00938, de 13/03/2006, para implantação de um via urbana, com cerca de 1,3 km, ligando duas avenidas existentes: a Av. Juscelino Kubitschek (Bairro Campo do Galvão) e a Av. Ronald Ottoni de Mesquita (Bairro Jardim Rony), constituindo-se por pista dupla, canteiro central, ciclovia associada a duas rotatórias (nas intersecções com as avenidas), além da ponte sobre o Rio Paraíba do Sul (já existente), com validade de 05 (cinco) anos, a contar da data de sua emissão.

DECLARAÇÃO À PRAÇA

AVISOS AOS ACIONISTAS

EDITAL NOVA GASÔMETRO S/A

CNPJ: 45.356.466/0001-62 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Senhores Acionistas da NOVA GASÔMETRO S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada na sede social, na Rua Chico Pontes nº 1500, Vila Guilherme, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com 1ª Convocação às 17:00h e 2ª convocação às 17:30h do dia 29 de março de 2006, a fim de discutirem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Exame, discussão e votação das Demonstrações Financeiras e do Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2) Outros assuntos de interesse da Sociedade. AVISO. Comunicamos que se encontram à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976. São Paulo, 13 de março de 2006. Nicolau Cury - Presidente do Conselho da Administração. 17, 21 e 22

AVISO EDITAL

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 16 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Galtec Galvanotécnica Ltda. - Requerido: Forter Ind. de Produtos Metalúrgicos Ltda. - Rua Álvaro Rodrigues, 279 - 01ª Vara de Falências Requerente: Delquímica Comercial Ltda. - Requerido: Sociedade Industrial de Artefatos de Borrachas Soinarbo S.A. - Rua Pedro Colaço, 21/47 - 02ª Vara de Falências Requerente: JN Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Grapho Soluções Gráficas em Entretenimento Ltda. - EPP - Rua Benedito Lapin, 93 - 01ª Vara de Falências Requerente: Abin Participações e Empreendimentos Ltda. - Requerido: Sociedade Industrial de Artefatos de Borracha Soinarbo S.A. - Rua Pedro Colaço, 21 02ª Vara de Falências

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Wilton Junior/AE

LEITURA

Uma passagem para o belo, o verdadeiro e o bom Convivência interétnica é possível em romance de Forster Renato Pompeu

O

MÚSICA

Roberta Sá, a mocinha das canções Voz nítida e penetrante nas faixas de Braseiro Aquiles Rique Reis

Capa da livro que continua atual neste começo de século 21

S

uave, cheia de autoridade, afinada como ela só. Cantora nova com ares de quem não quer nada, querendo tudo. Voz segura, cristalina, de mocinha sabida, sapeca. Prestem atenção nessa moça. Roberta Sá está na praça. Chega para ser consumida. Mocinha que traz ao público, no CD Braseiro, mais um lançamento da pequena porém gigantesca em suas intenções MP,B, que lançou Ouro Negro, obra-prima de Moacir Santos. Trata-se da gravadora de João Mario Linhares que, a exemplo de Danny Rose, personagem imortalizado por Woody Allen, crê cegamente em sua intuição apaixonada. Braseiro tem apenas dez faixas que servem de aperitivo para conhecermos Roberta, intérprete que, com seu repertório de excelências da música brasileira, se soma às outras que já se estabeleceram em nossos corações e ouvidos. Roberta Sá, a exemplo do que dizem os versos da tocante Lavoura (de Teresa Cristina e Pedro Amorim), canta feito lavradeira a abrir sulcos na música fértil que dá bons frutos a quem dela cuida bem. Como camponesa, prende a saia entre os joelhos e vai à terra como quem intui ser aquele seu último contato com a vida. Menina moça que se entrega com afinco ao ofício da cantoria e dele colhe prazeres, ao revelar seus frutos harmoniosos e poéticos. Após a baixaria de notas dedilhadas pelo produtor do CD Rodrigo Campello em seu violão de 7 cordas, surge cantando Ney Matogrosso. Sua voz dá contornos de ainda maior dramaticidade à melodia e à poesia pulsantes que nos ensinam: "Quatro da manhã/ Dor no apogeu/ A lua já se escondeu/ Vestindo o céu de puro breu/ E eu mal vejo a minha mão/ A rabiscar esboço de canção/ Poesia vã/ Pobre verso meu/ Que brota quando feneceu/ A mesma flor que concebeu/ Perdido na alucinação/ Do amor acreditando na ilusão/ Canto pra esquecer a dor da vida/ Sei que o destino do amor/ É sempre despedida/ A tristeza é o grão/ A saudade é o chão onde eu planto/ Do ventre da solidão/ É que nasce meu canto". Das entranhas das terras da paixão musical nasce o cantar de Roberta, que veio para ficar. A solidão se faz acompanhada pela voz dessa moça que não se furta a prestar-lhe companhia, doce companhia que a nós também beneficia e acalanta. Como poucas, ela se mostra íntima de divisões que acentuam ora a brejeirice, ora a pulsação vibrante de todos os tipos de sambas que são sua identidade. No samba lento Casa pré-fabricada, mais uma jóia rara de Marcelo "Los Hermanos" Camelo, ouve-se o som grave e triste do cello tocado por Hugo Pilger e resta aos ouvidos sucumbir à parceria perfeita entre voz e composição; entre acompanhamento e interpretação. Quando tudo isso parece uma única coisa, aí temos a música em seu resplendor. A faixa título, o samba-rap No Braseiro, de Pedro Luís, que junto com sua A Parede dela participa (assim como também participam da buliçosa Ah, se eu vou, de Lula Queiroga), tem letra instigante, reforçada por ritmo que progressivamente se deixa incendiar e contagia. Assim como Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede, o MPB4 também participa de Braseiro. Roberta gravou o antológico Cicatrizes, de Miltinho, um dos integrantes do grupo, e Paulo César Pinheiro. Valsa da Solidão, belíssima parceria de Paulinho da Viola e Hermínio Belo de Carvalho, revela que a extensão vocal de Roberta Sá não é das maiores. Mas numa zona, digamos intermediária, em que na melodia não se fazem presentes nem agudos nem graves marcantes, soa nítida e penetrante a voz dessa moça que ali brilha intensamente sem precisar fazer força. Mocinha que encanta e requebra, e dá doces a quem lhe ouve ou vê, seus momentos mais acesos são os que juntam sua viçosidade juvenil à pujante tensão que lhes saltam pelas veias, ressoam na garganta e ganham os ares. Mocinha que vem flutuando sua graça jovial pelos palcos, a se mostrar e a tentar se fazer conhecida pelo público que, tão logo ouvi-la, certamente lhe renderá homenagem em forma de aplausos. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, ed. A Girafa.

DVD da obra adaptada para o cinema

s antigos filósofos gregos, como Platão, diziam que as grandes virtudes são a Beleza, a Verdade e o Bem (contraposto ao mal). Essas três virtudes estão reunidas na obra-prima do escritor inglês E.M. Forster (1879-1970), um dos mais importantes escritores do Ocidente nos últimos cem anos, o romance Uma Passagem para a Índia (1924), recém-editado no Brasil pela Editora Globo, em boa tradução de Cristina Cupertino. A ação se passa na Índia do começo do século 20, dominada pela Grã-Bretanha, com suas complexas interações sociais e culturais, em meio à população multiétnica e multilíngüe, ainda mais complicadas pela presença de ingleses, escoceses, galeses e irlandeses. O fulcro da obra é uma jovem inglesa, recém-chegada à Índia para se casar com um seu compatriota funcionário colonial, preconceituoso contra os "nativos", e a qual pretende não discriminar nem se diferenciar dos indianos, mas, na medida em que chega mais perto deles, vê o quanto é difícil a convivência interétnica, ao ponto de se tornar quase intolerável. A beleza está na prosa de Forster, um escritor que tem completo controle sobre as técnicas da narrativa, das descrições de pessoas e paisagens e do enredamento de tramas que se vão desdobrando em suspense, para o encanto do leitor. A tal ponto que o autor foi também um teórico do romance, situação que poucos ficcionistas alcançam, reservada que está a grandes filósofos da estética. A verdade se encontra na descrição que Forster faz do choque entre colonizador e colonizado. Muitos conseguem descrever essa situação contraditória do ponto de vista do colonizador, como o também inglês Rudyard Kipling. Outros tantos conseguem observar a contraposição do ponto de vista do colonizado, como o brasileiro Ferreira Gullar. Forster, no entanto, consegue enxergar com isenção os dois pontos de vista. Se a convivência entre colonizadores e colonizados freqüentemente tem por desenlace a tragédia, como acontece nesse romance, Forster consegue apresentar os dois lados como seres humanos envolvidos, cada qual, em uma situação cheia de armadilhas. Assim, os preconceitos dos colonizadores são exibidos pelo autor em to-

Divulgação

TELEVISÃO Menino Maluquinho e O Aprendiz em série Regina Ricca

DOMINGO, 19

F

E.M. Forster, autor de Uma Passagem para a Índia

da a sua crueza, mas cada colonizador é apresentado como uma pessoa, com qualidades e defeitos; a par de preconceituosos, têm também seus momentos de angústia. Já os colonizados não são vistos como simples vítimas, mas também como cúmplices de sua vitimização, dentro da qual procuram a situação mais cômoda possível. Isso lhes gera, igualmente, dramas de consciência. E o bem está na visão multiculturalista do autor, que, além da própria cultura como inglês, não só respeita, o que é relativamente fácil quando se está longe, como também conhece de perto as diferentes culturas da antiga Índia, onde viveu nas primeiras décadas do século passado. Seu romance, atual no momento em que foi lançado, por causa da continuidade do domínio britânico sobre a Índia, se torna atual também neste começo do século 21. E essa atualidade não reside apenas no fato de hoje em dia a Índia estar na moda, como grande potência econômica que se está tornando, e de, no romance, estarem descritos costumes, trajes e alimentos tanto dos in-

dianos hinduístas como dos indianos muçulmanos. A atualidade da obra de Forster está também em que ela concretiza um apelo para demonstrar que a convivência entre seres de diferentes culturas é não só necessária, como, antes e acima de tudo, é perfeitamente possível. Uma lição mais do que nunca necessária nos dias de hoje, em que os conflitos étnicos, particularmente entre islamitas e não-islamitas, fazem parte do cotidiano em escala mundial. O belo, o verdadeiro e o bom se fundem, para Forster, num só conceito, o da tolerância. É fácil, para quem está de fora, simpatizar com os oprimidos. Mais difícil, como ensina esse romance, é entender os medos e os temores também muito humanos que estão por trás das atitudes autoritárias dos opressores. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro), e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br)

CULTURA POPULAR Lirismo e inocência nas páginas de Hoje é Dia de Maria Rejane Tamoto

A

Capa do livro Hoje é Dia de Maria que traz o roteiro completo das duas jornadas exibidas pela Rede Globo. Ao lado, cenas da minicrossérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho.

pureza dos contos da cultura popular é o que o leitor vai vivenciar ao ler as histórias e aventuras vividas pela personagem Maria, no livro Hoje é Dia de Maria (Editora Globo, 591 páginas, R$ 38). A obra traz o roteiro completo das duas jornadas da microssérie exibida pela Rede Globo no ano passado e, assim, permite relembrar as cenas e figurinos teatrais, circenses e cinematográficos, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho. A versão

Imprensa/TV Globo

televisiva foi sucesso de audiência e levou o Grande Prêmio da Crítica, na categoria TV, da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), em 2005. Para quem assistiu e se apaixonou pela série, a leitura é uma ótima chance de entrar em contato com a oralidade da linguagem dos universos caipira, sertanejo e ibérico nas poesias e prosas que compõem a narrativa. De autoria do dramaturgo, já falecido, Carlos Alberto Sofredini (cujo roteiro de A Marvada Carne

levou o prêmio Kikito no Festival de Gramado de 1985), a obra foi elaborada a partir de um estudo cuidadoso da língua, extraído de pesquisas de Câmara Cascudo e Silvio Romero, os principais pensadores da formação cultural brasileira. Mesmo não tendo desfrutado a experiência de assistir a inovadora versão televisiva, cabe adentrar neste universo literário lírico e inocente, que nos revela as origens do imaginário popular até os dias de hoje.

az 25 anos que o garoto sapeca criado por Ziraldo diverte várias gerações de crianças, seja em livros, HQs ou na tela do cinema. Pois finalmente o Menino Maluquinho chega à televisão em formato série, e com uma particularidade: o personagem será apresentado em três idades diferentes -- aos 5 anos, interpretado por Felipe Severo, aos 10, por Pedro Saback, e aos 30, por Fernando Alves Pinto (sobrinho de Ziraldo) . A série produzida pela TVE Brasil (canal 94 da Sky) estréia neste domingo, 19, às 18h30, mas será exibida pelas emissoras educativas de todo país. Na TV Cultura, por exemplo, estréia dia 24, às 14 horas. O roteiro de Um Menino Muito Maluquinho é assinado pela mesma dupla criadora do festejado O Castelo Rá-Tim-Bum, Cao Hamburger e Anna Muylaert. A direção é de César Rodrigues. Maria Mariana e Eduardo Galvão interpretam os pais do maluquinho que, junto com sua turma, vai viver em cada episódio situações comuns a qualquer criança: os aniversários, o primeiro dia de aula e os novos amigos, a preocupação com o animal de estimação, o consumismo e a vontade de comprar tudo que aparece na televisão, a morte, as férias, o ciúme dos irmãos mais novos, a competição entre meninos e meninas e a primeira paixão. "Finalmente o Menino Maluquinho chega à televisão. Justo na hora de suas bodas de prata que, para personagens, é apenas o começo da história", comemora Ziraldo.

D

ona Martha Stewart, celebridade do show biz americano, passou uma temporada na cadeia por causa de negócios esquisitos (informações privilegiadas) que fez com venda de ações na bolsa de valores. Antes dessas ‘férias’ forçadas, ela passava as manhãs na TV ensinando a bordar, plantar, cuidar da casa e aproveitava para vender milhões de produtos que levam a sua grife. A partir deste domingo, às 21h, no canal People+Arts, ela pode ser vista no comando da nova versão da série O Aprendiz, programa já apresentado nos EUA pelo milionário Donald Tramp e na versão brasuca pelo publicitário Roberto Justus, na Record. Para quem não sabe, O Aprendiz acompanha um grupo de jovens competindo para destacar-se durante uma rigorosa entrevista de trabalho para obter um emprego cobiçado, com um salário de dar inveja. Os 16 candidatos (10 mulheres e 6 homens) tem entre 22 e 42 anos e vão competir durante 13 semanas, executando tarefas nos diversos setores das empresas de Marta Stewart: editorial, confecção, entretenimento e desenvolvimento de marcas. Os episódios inéditos desta nova versão irão ao ar todos os domingos, às 21h.


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LAZER - 3

Obras de brasileiros que atuam em diversas áreas e regiões do País. Edição criteriosa e de bom gosto, com a grife do Senac.

FOTOGRAFIA

Patrícia Cruz/LUZ

Klaus: Flutuando no Paraíso, 1995. Paraty, RJ.

Julia leva a luz ao mundo das sombras

Exercícios de liberdade Masao Goto Filho

C

om organização e texto de Simonetta Persichetti e Thales Trigo, estão sendo lançados, quase simultaneamente mais dois títulos da Coleção Senac de Fotografia, que publica fotógrafos brasileiros de diversas áreas de atuação e regiões do País. Os fotógrafos homenageados nestas 9ª e 10ª edições são, respectivamente, Klaus Mitteldorf e Thomaz Farkas. O primeiro, conhecido por suas criações em moda e publicidade, onde atua há mais de vinte anos, tem diversos livros publicados e fotos em coleções no Brasil, na França e Alemanha. Seu trabalho, quando autoral, é marcante, uma explosão de cores, contrastes e sentimentos. O leitor descobrirá o autor daquela campanha, daquele editorial de moda e o quanto Mitteldorf pode ter influenciado outros fotógrafos. Thomaz Farkas, o mais recente lançamento, é um mecenas das artes visuais, um observador de sua época e agitador contumaz. Partiu de uma herança familiar, as lojas Fotoptica, para uma de suas paixões, a fotografia. Contrariando o glamour de criar um negócio baseado somente na paixão, procurou o profissionalismo e a galeria Fotoptica, fundada em 1986, tornou-se um centro de venda de fotos, representação de fotógrafos e um clube do colecionadores. Suas fotos refletem tremendamente seu espírito e auto-definição: nem amador, nem profissional. A mais livre forma de ver. O projeto desta coleção em formato pocket - cerca de 50 imagens,

bem impressas em papel couchê, uma breve apresentação e biografia do fotógrafo - é interessante e oportuno. Alguns dos profissionais escolhidos não estão no mercado de livros de fotografia, que no ano passado chegou a publicar mais de 70 títulos. Infelizmente, outras experiências neste formato não foram muito longe no Brasil e tal colaboração é importante para a memória fotográfica do País, por selecionar nomes importantes e pelo seu preço mais acessível ao comprador (valor sugerido: R$ 37). O número de imagens publicadas é bom para uma apresentação geral do trabalho do autor, fosse criada uma linha organizada, com informações sobre algumas fotos ou detalhes que colaborassem na sua leitura, até mesmo acrescentando isso à apresentação. Pode parecer que as seis páginas de texto, resultado de um bate-papo entre os organizadores e o fotógrafo, sejam insuficientes para apresentá-lo ao leitor. Receio que sim. Mas trata-se de um encontro e n t re a m i g o s e pode-se até imaginar muffins, biscoitos e xícaras sobre a mesa da varanda; ensolarada para Klaus M i t te l d o r f, n a sombrinha para Thomaz Farkas.

TEATRO

Para assistir de olhos "fechados" Julia Lemmertz mostra relato sobre o aprendizado da visão no CCBB Sérgio Roveri

M

olly Sweeney – Um Rastro de Luz é, na opinião da atriz Julia Lemmertz, um espetáculo a que se poderia assistir de olhos fechados – e assim adentrar, com mais propriedade, ao universo das sombras em que vive a personagem que dá nome à peça: uma irlandesa de 41 anos, praticamente cega desde os dez meses de vida e que soube substituir sua deficiência visual por um tal grau de sensibilidade que agora o que os seus olhos não vêem, o seu coração sente. Adaptada à cegueira e satisfeita com o conhecimento que os outros sentidos lhe proporcionam, Molly deixa-se convencer pelo marido (Orã Figueiredo) e por um oftalmologista americano que chega a seu vilarejo na Irlanda (Ednei Giovenazzi) a realizar uma cirurgia que lhe devolve a visão, mas lhe retira a esperança ao mesmo tempo em que sepulta seu mundo anterior. "É uma peça sobre boas intenções que não deram certo", diz a atriz. Escrita pelo dramaturgo irlandês Brian Friel, de 77 anos, a partir de um caso relatado pelo neurologista Oliver Sacks, Um Rastro de Luz entra em cartaz amanhã, abrindo a programação de 2006 do Centro Cultural Banco do Brasil. A direção de Celso Nunes impõe ao espetáculo um formato de conferência. Os atores permanecem senta-

Farkas: Rua do Jogo de Bola, 1940 (acima). E Klaus: Moda para 775, de 1995 (ao lado).

Farkas: Imagem surreal com colegas da Poli, SP. Anos de 1940.

dos no palco, diante de microfones. Um Rastro de Luz vai, assim, se construindo aos olhos do público a partir de depoimentos isolados e fragmentados – o elenco não contracena, apenas relata suas histórias. "Este tipo de encenação foi proposto pelo dramaturgo", diz Nunes, que chegou a ensaiar os atores isoladamente. "Brian Friel também não queria que a personagem cega interpretada pela Julia Lemmertz usasse bengalas ou tateasse os poucos objetos de cena. Ela deve ter apenas o olhar vazio e um jeito especial de menear a cabeça". Sem troca de diálogos entre os atores e com uma ausência de ação quase completa, Um Rastro de Luz sustentase pelo vigor de um texto que constrói os personagens com uma precisão artesanal. "É uma peça de palavras, podia ser um espetáculo radiofônico", diz Julia Lemmertz. "O que de mais fascinante há nesta história é o relato sobre o aprendizado da visão. Ser cega não era o problema da personagem, o problema é o que ela vai aprender a ver após a cirurgia. A peça aborda a cegueira de uma forma humana e sem maniqueísmos". Mais do que servir aos interesses da própria Molly, a cirurgia que lhe restitui a visão se presta a dar um novo sentido às vidas do seu marido, que se engaja em projetos mirabolantes que in-

cluem salvar ovelhas e erradicar a fome na Etiópia, e ao oftalmologista americano que a opera – um homem que passou a viver recluso e embriagado desde que a mulher o abandonou, há sete anos. "Estamos diante de uma peça aparentemente sem vilão", diz Orã Figueiredo. "O personagem do marido simboliza a crise da modernidade: ele abraça um sem número de causas. Naquele momento, está empenhado em fazer com que a mulher volte a ver, ainda que isso não seja o melhor para ela. Ele cria um mundo que não tem como administrar depois que ela passa a enxergar". Em seu texto, Brian Friel trata a visão de forma filosófica ao dotar a personagem cega de uma compreensão maior sobre as engrenagens da vida. "Eu acredito que o médico não deveria ter feito a cirurgia", diz Giovenazzi. "Ele produziu uma revolução tão grande na vida da paciente que ela não suportou o mundo que viu. No espetáculo, o desfecho de Molly pode soar trágico para o público, mas não para ela. E este discurso não tem a ver com religião, tem a ver com fé". Molly Sweeney – Um Rastro de Luz, estréia amanhã no Centro Cultural Banco do Brasil, Rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3600. Sábado às 19h e domingo às 18h. Ingressos a R$ 15.


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Fotos: Divulgação

ADEGA

Cerveja todo dia Sérgio de Paula Santos

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GASTRONOMIA

Dos livros para as panelas Lúcia Helena de Camargo

Q

uem gosta de se aventurar entre panelas e livros, pode aproveitar as promoções da Bienal do Livro, que continua até o dia 19, para atualizar a biblioteca sobre culinária e gastronomia. Aqui, algumas dicas de títulos interessantes.

Receita e boa ação Cozinha Fácil - 200 receitas práticas para o Dia-a-Dia traz receitas realmente descomplicadas, divididas em onze categorias, entre elas, entradas e saladas, tortas e massas, bebidas, pães, bolos, patês, lanches. Ensina a fazer misto quente gratinado com queijo fresco, casquinha de siri, drinque frisante de morango. Preparado pela equipe de voluntários da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape), tem o lucro da venda revertido para a instituição. Áurea Editora, 160 páginas, R$ 35.

Para cozinheiros-mirins Um Tico-Tico no Fubá: Sabores da Nossa História, de Gisela Tomanik Berland, é o terceiro título da série inspirada na personagem de Monteiro Lobato, Dona Benta. O livro ensina receitas fáceis, para serem feitas por crianças, sempre ensinando um pouco da história do Brasil. O ciclo do café introduz a seção sobre desjejum. Antes de ensinar a salada de frango com curry,

vem a trajetória das especiarias. Bem ilustrada, a obra divide as receitas por faixa etária, pelo nível de dificuldade. Companhia Editora Nacional, 208 páginas, R$ 29.

da Guiné-Bissau, a sopa Noite guarda-cabeça de Cabo Verde. Explica tudo, dá um apanhado da história local e a receita, em pormenores. Editora Senac São Paulo, 392 páginas, R$ 55.

Memórias no fogão à lenha O Não Me Deixes - Suas Histórias e Sua Cozinha, de Rachel de Queiroz, reúne memórias culinárias da escritora, morta em 2003, e também ensina a preparar alguns pratos tradicionais do sertão nordestino, feitos na Fazenda Não Me Deixes, no interior do Ceará, onde viveu. Tocantes e deliciosas, são histórias cozidas no fogão a lenha, mexidas com colher de pau. Dá água na boca para experimentar o queijo coalho, o cuscuz, a paçoca (mistura de farinha com carne de sol batida no pilão) e a frigideira de siri. Editora Arx, 112 páginas, R$ 22. Cozinhando em português Os Sabores da Lusofonia Encontros de Culturas, da antropóloga Cherie Yvonne Hamilton, leva o gourmandpesquisador para os sabores falados em português. É um guia do que se come em Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, Açores e Madeira, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Ensina a fazer a galinha ChauChau parida de Macau, os bolinhos de mancarra (amendoim) com peixe

Receitas inspiradas em Lobato. Para crianças.

Saborosa peregrinação A coleção Larousse da Cozinha do Mundo chega agora com o título Oriente Médio, África e Índico, que como os anteriores – Europa e Escandinávia; Mediterrâneo e Europa Central; Ásia e Oceania; Américas – funciona como uma peregrinação pelas mesas dos continentes.

Fartamente ilustrado com 120 fotos coloridas de pratos, festas, colheitas e pessoas que cultivam e vendem alimentos, o livro tem apresentação do chef Claude Troisgrois e 200 receitas. Para comer com os olhos a Almadina (o prato da cidade iluminada), receita egípcia que leva paleta de cordeiro ou as codornas com uvas do Marrocos. Em capa dura, editado pela Larrouse do Brasil, 128 páginas, R$ 69,90. Alimento universal Ovos Sem Casca, do chef Allan (autor também de Cozinha Sem Stress) é para quem não tem problemas com o colesterol. Com alto teor nutritivo e versátil, ovo pode ser usado de tantas formas diferentes que está em todas as cozinhas do mundo. Servido sozinho cozido, frito, mexido, estrelado, batido, entra nas raclettes francesas, nas tortillas espanholas, na maionese, no molho tártaro. Uma infinidade de usos. O livro traz curiosidades como o maior consumidor do mundo, Taiwan, onde cada habitante consome 370 ovos por ano. No Brasil, esse número não passa de 89. Há, claro, também receitas, como o ovo frito com foie gras (fígado de ganso), suflês, panquecas e as irresistíveis sobremesas ovos moles de aveiro, ambrosia, creme brulée, quindim, entre outras. Editora Melhoramentos, 128 páginas, R$ 69.

HAPPY HOUR

Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Ovos, volta ao mundo, encontros culturais, cozinha fácil: arte e prazer.

o calor continua. Para bem acompanhá-lo já lembramos os Vinhos Verdes, os Chardonnay, os Sauvignon Blanc, os Riesling e outros vinhos a serem tomados resfriados. Uma ótima opção para os dias quentes, ou para todos os dias, é a cerveja ou as cervejas, tantas são suas variedades. Diga-se em princípio que o consumo da cerveja não conflita com o do vinho, ao contrário, há hora e vez para tudo, dependendo naturalmente das circunstâncias. Lembre-se também que nosso consumo de cerveja é de 50 litros anuais per capita enquanto o do vinho é de apenas 2 litros... Não existe assim disputa nem concorrência entre as duas bebidas. A concorrência, grande, violenta, milionária e pouco inteligente é entre as cervejarias. Assim, ao invés de explorar os benefícios comprovados, da cerveja para a saúde humana, disputa-se nos meios de comunicação, se um sambista menor prefere esta ou aquela cerveja. Publicidade mal orientada à parte, nossa cerveja é absolutamente correta em relação às várias outras, apesar de não respeitar a Lei da Pureza, nem informar ao consumidor (no contra rótulo ou na lata) sua composição. Nossa cerveja, com poucas exceções, é produzida a partir do milho do arroz, o que, como dito, não é informado, contrariando a lei. Com relação à chamada Lei da Pureza, ou Reinheitsgebot, promulgada na Baviera em 1516 (e respeitada na mesma até hoje), por Guilherme IV, duque da Baviera, prevê que a cerveja deva ser produzida tão somente a partir de malte de cevada, lúpulo e água. Na época não se identificava o fermento, o Sacharomyces cerevisae, depois reconhecido e acrescentado à lei. A única exceção permitida é a do malte de trigo. Respeitam a lei os maiores consumidores mundiais de cerveja, a República Tcheca (158 litros anuais per capita) e a Alemanha (117,7 litros), na Baviera, não por acaso terras de cervejas estupendas. Nosso consumo, de 50 litros anuais p.c. é o 14º (fonte Alafe e Brewers of Europe, 2003). Curiosamente apesar de tão antiga, a Lei da Pureza não é a primeira a tratar da produção da cerveja. O Código de Hamurabi, de 1750 a.C. já regulamentava essa atividade na Mesopotâmia. Não deixa de ser curioso que em uma época de obsessão pelos produtos ditos naturais, pela agricultura dita orgânica, pela pureza dos alimentos, pela denominação dos conservantes, não seria coerente adotarmos também a Lei da Pureza para a cerveja? Ou pelo menos informar ao consumidor o que está bebendo? Provamos duas cervejas, uma nacional e uma da Baviera. BOHEMIA - Cerveja Pilsen, Produtora AmBev "Cerveja especial de sabor único produzida com os melhores ingredientes seguindo a receita original do mestre cervejeiro de Bohemia". Em letras microscópicas lê-se - "Ingredientes - água, malte, cereais não maltados, carboidratos e lúpulo. Anti-oxidante INS 3/6. Estabilizante 405 e Glúten". Diz também que é produzida "com matéria-prima importada". Não se diz porém de qual cereal provém o "malte". Omite-se o milho e o arroz, que podem ser hoje identificados pela aferição da relação dita Delta Carbono 13 ou relação entre átomos isótopos do carbono. A cerveja é muito boa. A propaganda também. PAULANER - Hefe Weissbier Produzido pela Cervejaria Paulaner, uma das 7 grandes cervejarias da Baviera, fundada em 1634 Importador AST Com. e Ind. Vitória, ES - Comprado no Supermercado Varanda, Ponte da Cidade Jardim, SP, preço: R$ 10,00. Cerveja de alta fermentação, de maltes de trigo e cevada. A cerveja é opaca pela presença da levedura de trigo, tendo mesmo depósito dessa levedura. É encorpada, obedece a Lei da Pureza e tem um teor alcoólico e 5,5% em volume. Agradavelmente amarga pelo lúpulo. É uma das grandes cervejas bávaras, felizmente disponível em nosso mercado. Pensando bem, em matéria de cerveja estamos melhor servidos que em vinhos, importadas ou não. Por outro lado, uma coisa é uma coisa e outra é outra. Aproveitamos de ambas, com o calor e sem ele. Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

Hafez de Shiraz José Guilherme Ferreira

N Cenas de um típico pé-sujo carioca, ancorado na Aclimação: à vontade.

Caipirinhas, quitutes e brisa constante

O

lhando de fora parece um boteco comum. Letreiro iluminado como os de padaria traz o nome: Terra & Mar. Azulejos axadrezados até o meio da parede, balcão simples, não se imagina as refrescantes e criativas caipirinhas, acompanhadas por quitutes de primeira... A "segredinho" mistura aguardente de banana – a Musa mineira – c/ abacaxi (R$ 9,50), a "trancoso", maracujá, vodka (R$ 8,90), mais outra, de mexerica c/ pimenta rosa e Absolut Mandrin (R$ 10,50). São preparadas por Luis Fábio Nascimento, quarto lugar no

Armando Serra Negra Campeonato Brasileiro de Coquetelaria Clássica, em 2004. Cerveja, Norteña – melhor do que esta loira uruguaia de um litro, garrafa bojuda, não há (R$13,50)! O bar um típico pé-sujo carioca: "Esse estilo vem dando certo em São Paulo; estava na hora de abrir um por aqui", conta Ronaldo Ávila Akamini. O "por aqui" refere-se ao bairro da Aclimação onde está localizado, um dos mais refrescantes nessa cidade abafada (o que fizeram o desmatamento e o efeito estufa!). A brisa constante – lembra Copacabana, Leblon – é que dá seu nome, o substantivo do

verbo aclimatar. Assim como Akamini – a lenda diz que foi um antepassado nipônico que introduziu o caratê no Brasil, na década de 30 (ele mesmo é faixa roxa) – o lugar também nasce de uma mistura de etnias, terrestre e marítima: deliciosas e generosas porções (para duas ou três pessoas) de costeleta de cordeiro ao molho de hortelã (R$ 20,90), trilogia de casquinhas – siri, camarão e salmão (R$ 8,90) – são testemunhas. A experiência administrativa do japa não deixa a desejar: concessão no Tênis Clube Paulista, Círculo Militar, agito no Capitólio (Jardins),

Gostinho Brasileiro (Centro Empresarial). Arnaldo Lourençato, crítico gastronômico da revista Veja São Paulo, entra de fininho e sobe a escada. Vai encontrar um amplo e elegante salão, outro contraste. É o restaurante, toque romântico, não pertinente a esta coluna. Seu fino paladar deve ter apreciado a culinária... Faça como ele: aclime-se! Terra & Mar Avenida Eng. Luiz Gomes Cardim Sangirardi 388, Aclimação, Tel: (11) 5571-1010

asrin Haddad trouxe do Irã um livro de receitas com 832 páginas de delícias milenares, tecidas como a mesma obstinação dos artesãos que desenham os tapetes do seu país. A poesia persa clássica (Ferdousi, Khayyam, Rumi, Saadi e Hafez) veio no coração. Vários versos a cadbanou (mestre de cozinha) Nasrin sabe declamar de memória. Afinal, a poesia tempera o dia-a-dia dos iranianos tanto quanto o açafrão empresta cor e sabor ao arroz cultivado nas planícies chuvosas do país. À frente do único restaurante persa do Brasil, o Amigo do Rei, em Belo Horizonte, Nasrin e seu fiel escudeiro, o artista Cláudio Battaglia, sempre que têm chance mostram as peculiaridades da cozinha persa de raiz, "não arabizada". E tratam de combater mitos sobre a cultura iraniana. Ao lado de Omar Khayyam (10481132), invariavelmente citado como

"o" poeta do vinho, apresentam Hafez (séc. XIV), o mais popular no Irã. Nascido em Shiraz, cidade das rosas e dos rouxinóis, Hafez celebrou a bebida, desafiando a hipocrisia de religiosos e tiranos. Sua poesia, ao mesmo tempo lírica e mística, escrita como gazal (todos os versos pares rimam entre si), enaltece o papel do vinho, e vai além do hic et nunc de Khayyam. "Se o Supremo não abrir a porta da minha taverna, para onde irei, em intenção de quem orarei?" Hafez estaria mais à vontade com beberrões de rosto sincero do que entre beatos de senho franzido. Shiraz há mais de 7 mil anos conheceu os segredos da fabricação dos vinhos que enlevavam os poetas. Mas isso é memória. A vila de Khollar, onde as mais belas parreiras vicejavam, hoje é uma ruína com a assinatura da Revolução Islâmica. E shiraz, a uva, passou a ser assunto de australianos e sul-africanos.

http://www. thesongsofhafiz.com http://www.praxispoiesis.net/index.php?int=6489


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Arquivo DC

OUTRAS ESTRÉIAS

Relacionamentos conturbados e cicatrizes antigas Divulgação

A atriz Claire Danes na pele da balconista Mirabelle Buttersfield

Imagem Filmes/Divulgação

Vogler e Rieser: juntos até o fim

CINEMA

Da luta ao suicídio A tragédia do casal Zweig pelos olhos de Sylvio Back Evaldo Mocarzel

O

suicídio é um tema recorrente na vida do cineasta catarinense Sylvio Back, que lança nesta semana seu mais recente longa-metragem, Lost Zweig, premiado no último Festival de Brasília com os candangos de Melhor Roteiro e Melhor Atriz para a austríaca Ruth Reiser. O filme focaliza a última semana de vida do célebre escritor Stefan Zweig e de sua mulher Lotte. Os dois se mataram na semana seguinte ao carnaval de 1942 em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. "Sempre gostei de ler sobre suicídios, principalmente cartas em jornais de suicidas", conta Back. "Também tenho muita atração pela encenação de situações de suicídio", diz. O complexo tema entrou na vida do cineasta por uma espécie de "osmose cármica", como ele mesmo define. Sylvio Back foi gerado em Camboriú, no litoral de Santa Catarina, mas nasceu em Blumenau, em 1937. Ele não se lembra do pai, um judeu húngaro que imigrou para o Brasil e trabalhava como caixeiro viajante. A vida do pai era assunto tabu em sua casa. A mãe Else, uma alemã luterana, mas que fez questão de batizar os filhos na igreja católica, sempre se esquivava das perguntas sobre o marido Eugenio Back. "Ela dizia apenas que o marido tinha morrido", conta o cineasta. O casal havia se separado quando Sylvio Back tinha apenas um ano. "Eu tinha apenas uma foto", diz. Já se aproximando dos 18 anos, tomou coragem e colocou a mãe contra a parede. "Do que morreu o Back?", perguntou abruptamente como que fazendo um teste com ela. "Ela então me contou que ele tinha se matado e que estava enterrado no Rio de Janeiro", lembra. "Ela também me disse que ele era um jogador e que ficava direto uma semana inteira jogando. Perdia tudo no jogo." A "osmose cármica" e o fascínio de Sylvio Back pelo tema do suicídio parecem faces de uma mesma moeda. "Stefan e Lotte se mataram no Rio. Mas, naquela época, em que soube da verdade sobre a morte do meu pai, não tinha a menor compreensão do que era o suicídio", confessa. Back mergulhou na obra de Stefan Zweig também sem saber do trágico fim com a mulher em Petrópolis. "Zweig era um pop star nos anos 30 de tanto livro que vendia", diz o leitor apaixonado dos livros do escritor austríaco. O cineasta, que também é escritor, com vários livros publicados, comenta que Stefan Zweig cometeu uma espécie de suicídio ritual. "Foi um suicídio estético", define Back. "Ele deixou 17 pacotinhos", argumenta. Um desses pacotinhos foi endereçado ao jurista Afonso Arinos. No final dos anos 70, Back fez dois documentários para o Globo Repórter, na época chefiado pelo cineasta Paulo Gil Soares e que, subinhe-

se, marcou época na produção docu- preocupação com uma possível posimental brasileira. Um dos projetos de ção de neutralidade do Brasil durante Back focalizava a trajetória de Jânio a guerra que havia começado em Quadros. O cineasta foi parar na casa de 1939, principalmente depois de um Afonso Arinos, que tinha sido ministro discurso apaixonado de Getúlio Vardas Relações Exteriores de Jânio. "O gas enaltecendo países com governos Afonso Arinos subiu umas escadas e "fortes". "Orson Welles era um apaixodepois trouxe um livro com dedicatória nado por Roosevelt. O livro de Zweig, de Stefan Zweig. Era um dos pacoti- Brasil – País do Futuro, havia sido disnhos do suicídio", lembra Back ainda cutido em Washington. Orson Welles com o brilho nos olhos da surpresa e do pouco tempo depois veio filmar aqui ‘It’s All True’", lembra Back. Era o períofascínio que sentiu na época. O jornalista Alberto Dines escreveu do da chamada "política da boa viziuma hoje célebre biografia de Stefan nhança", que impulsionou artistas dos Zweig, Morte no Paraíso, cujas provas EUA a criar projetos para seus vizinhos editoriais foram lidas com avidez por Ba- latino-americanos. Foi o período em ck antes mesmo de ir para o prelo. "O que, por exemplo, Walt Disney criou o que me interessou na biografia foram os Zé Carioca. "Orson Welles chegou ao seis meses que ele passou no Brasil", Brasil sem roteiro e chegou a declarar confessa o cineasta. Back fez um docu- várias vezes: ‘Esse é o Brasil, país do fumentário de 53 minutos sobre o escritor turo!’", afirma Back. No final dos anos 80, durante um Fesaustríaco que foi batizado de Zweig: A tRio, o antigo Festival Morte em Cena, que Internacional do Rio, foi exibido na Feira Sylvio Back teve um de Livros de Frankencontro com Granfurt em 95. Bancado de Othelo, que ficou pelo Instituto Goemuito amigo de Welthe e pela emissora les durante o períoalemã 3SAT, o filme do em que ele ficou faz uma investigano Brasil. A grande ção policial do suicíafinidade dos dois: dio e é uma espécie boemia. O genial cide "ensaio geral" paneasta de obras-prira o longa de ficção mas como Cidadão que agora entra em Kane chegou a afircircuito nacional. mar que Grande "É preciso trair o Othelo era o maior livro explicitamen- O que mais me ator do mundo. "Eu te para que ele pos- apaixona em Stefan cheguei a ficar arresa se tornar um filZweig é a sua piado quando Granme", diz Back a resde Othelo me conpeito da recriação modernidade como tou que Orson Welficcional que fez de intelectual. Ele se les vivia com o livro Morte no Paraíso, de imortalizou pela obra de Stefan Zweig deAlberto Dines, para que criou, não pelo baixo do braço", escrever o roteiro suicídio lembra Back. Foi a de Lost Zweig, em Sylvio Back partir daí que ele deparceria com o ircidiu criar esses enlandês Nicholas O’Neill. "Eu estava com medo de fugir contros imaginários do escritor austríada história", confessa o cineasta. "Até co com Welles no roteiro de Lost Zweig. A narrativa de Lost Zweig vai do doque o Nicholas me disse: ‘Nós estamos reinventando o Zweig. Não estamos mingo de carnaval de 42 até a segunfazendo um documentário!’", lembra, da-feira da semana seguinte. O filme ressaltando o "brilhantismo" dos diá- é todo falado em inglês e contou com logos escritos pelo roteirista irlandês. uma reconstituição de época impeA licença dramatúrgica que mais cável. O orçamento foi de R$ 5 michama a atenção em Lost Zweig é a lhões. "Odeio miséria tecnológica criação de dois encontros imaginários porque a primeira emoção estética de Stefan Zweig com o cineasta Orson que bate no espectador é a qualidade Welles. "Orson Welles chegou ao Brasil do filme", diz. Rodado em Petrópolis e no dia 8 de fevereiro de 42, com 500 no Rio de Janeiro, Lost Zweig é encaquilos de equipamentos. E Zweig che- beçado por Rüdiger Vogler, um dos gou no dia 23 do mesmo mês", conta. atores preferidos de Wim Wenders, e "No dia seguinte à chegada do escri- a já mencionada e premiada em Brator, Welles deu uma entrevista de pá- sília Ruth Reiser, no papel de Lotte, gina inteira para o jornal O Globo de- além dos brasileiros Daniel Dantas, clarando que Zweig era um escritor Odilon Wagner e Renato Borghi no sublime e que queria conversar com papel de Getúlio Vargas, entre outros. ele." O livro Brasil – País do Futuro, de "O que mais me apaixona em Stefan Zweig, tinha sido lançado recente- Zweig é a sua modernidade como inmente nos EUA. No ano anterior, 1941, telectual. Ele se imortalizou pela obra os EUA começaram a demonstrar que criou, não pelo suicídio."

Sonhos interrompidos em dupla L ost Zweig (Lost Zweig, Brasil, 2004, 114 minutos). Neste filme - falado em inglês - Rüdiger Vogler, um dos mais importantes atores alemães, interpreta o escritor Stefan Zweig (foto). A semelhança física não chegava a ser uma exigência determinante para o papel do protagonista, mas quando deixou o bigode crescer, o novo visual passou a lembrar o escritor em vida. Para o papel de Lotte, esposa do escritor, a escalada foi a austríaca Ruth Rieser que pela atuação ganhou o prêmio

de melhor atriz no Festival de Cinema de Brasília. O longa-metragem também traz os atores brasileiros Renato Borghi, Daniel Dantas e Claudia Netto. Baseado em fatos reais, o filme mostra a época em que o escritor Stefan Zweig decidiu viver no Brasil e permanecer até a data de sua morte. As incógnitas e assombros provocados pelo suicídio de Zweig e sua esposa serão despertados novamente no longa de Sylvio Back, com legendas em português.

G

arota da Vitrine (Shopgirl, EUA/Suíça/Inglaterra, 2005, 104 minutos). Baseado em Shopgirl, bestseller de um dos astros do entretenimento favoritos do mundo atual, Steve Martin, A Garota da Vitrine é uma história de amor moderna. Dirigido pelo elogiado britânico Anand Tucker (Hilary e Jackie), começa com a colisão inesperada de três moradores da cidade de Los Angeles, cada um com características bem diferentes entre si. Claire Danes (atriz que fez parte do elenco de As Horas) interpreta Mirabelle Buttersfield, balconista durante todo o dia de um departamento de luvas da Saks Fifth Avenue. Vive sem amigos e sua vida é uma rotina constante: trabalha, vai para seu pequeno apartamento, pinta quadros ou lê. E vai dormir. Entre os sonhos da doce menina está o desejo de ser uma artista à noite. Além disso, também quer ser amada. Jason Schwartzman, ator de Três é Demais, interpreta Jeremy um desajeitado criador de fontes para computadores sem grandes ambições e igualmente sem muito dinheiro. É nele que Mirabelle encontra a oportunidade de manter um relacionamento humano. E consegue. Ela só não contava que com o passar do tempo o rapaz demonstrasse muito mais necessidade de afeto e atenção do que ela. É nesse momento que a história ganha a participação de Steve Martin no papel de Ray Porter, um homem rico e mais maduro que alia essas características ao seu charme e consegue conquistar o coração de Mirabelle. O inesperado encontro entre os três acontece e nesse momento a colisão é inevitável. Com diferentes personalidades e sem saber ao certo o significado de seus relacionamentos os caminhos dessa história começam a mudar, trazendo junto uma sucessão de malentendidos e descobertas inesperadas. Steve Martin escreve, produz e estrela A Garota da Vitrine. O filme é dirigido por Anand Tucker e produzido por Ashok Amritraj e Jon Jashni para a Hyde Park Entertainment, ao lado de Martin. Andrew Sugerman é o produtor executivo e Marcus A. Viscidi é o co-produtor. Bridgette Wilson-

Sampras também estrelam filme, ao lado de Sam Bottoms, Frances Conroy e Rebecca Pidgeon.

U

m lugar para recomeçar (An Unfinished Life, EUA/Alemanha, 2005, 108 minutos). Novo trabalho do veterano e premiado produtor Alan Ladd Jr., conhecido na indústria do cinema como Laddie. À frente de grandes sucessos e filmes que marcaram a história do cinema, Laddie usou seu prestígio para reunir em um mesmo projeto grandes nomes como Robert Redford, Morgan Freeman, Jennifer Lopez (acima) e Lasse Hallström, diretor dos longas Regras da Vida e Chocolate. O elenco de coadjuvantes também merece destaque. O resultado do longa-metragem é um drama sensível e contundente sobre a necessidade do perdão, o perdão ao outro e a si próprio. O fazendeiro Einer, interpretado por Robert Redford, é amigo de Mitch (Morgan Freeman) há 40 anos e a ajuda mútua é constante nessa convivência. Vítima do ataque de um urso, Mitch é auxiliado pelo amigo que lhe aplica injeções diárias para a dor. Em compensação, Einer que perdeu um filho recebe o apoio de Mitch. Essa sintonia não dura até muito tempo. A razão é a chegada de Jean (vivida pela cantora Jennifer Lopez) ao rancho que chega junto com a filha de 11 anos. Cansada de apanhar de Gary (Damien Louis), o namorado violento, arruma as malas e parte para uma cidade remota no bucólico Wyoming. Lá, a moça reencontra o sogro Einer e, mesmo sabendo que ele a culpa pela morte do filho em um acidente de carro, resolve pedir abrigo. Ela pede amparo ápenas pelo período suficiente para arrumar um emprego e ganhar dinheiro para construir sua casa novamente. Mesmo contrariado, o sogro resolve atender seu pedido. A intransigência inicial demostrada pelo fazendeiro dá lugar a sensibilidade ao conhecer a neta, que ele nunca soube existir. Segundo as explicações de Jean, a gravidez só foi descoberta pouco tempo depois do enterro. Foi nessa época que ela decidiu fugir do lugar no qual morava e encarar sozinha a nova etapa da vida. O perdão e a cura das cicatrizes antigas começam a tomar conta de todos ali.

Veja a programação de cinema em www.dcomercio.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006 AP

Alaor Filho

Capas/Reproduções

Manchete

Agência O Globo

BIENAL

No papel, a copa já começou

Amor à bola e à taça: Ronaldo, Garrincha e Roberto Carlos. Na foto maior, Denilson faz fila: turcos, na Copa de 2002.

A menos de três meses do início da competição na Alemanha, a Bienal do Livro dá, em São Paulo, o pontapé inicial na "febre da bola", com estas sete obras que têm o futebol como tema

OS LIVROS

Celso Unzelte

C

opa do Mundo, como todo mundo (ou pelo menos a grande maioria dos brasileiros) sabe, acontece de quatro em quatro anos, em diferentes países-sedes. Já a Bienal Internacional do Livro, como seu próprio nome denuncia, é realizada de dois em dois, em São Paulo. Todo ano de Copa, no entanto, é também ano de Bienal, tornandose uma excelente oportunidade para os amantes de futebol e de livros enriquecerem suas bibliotecas com obras sobre o assunto. É nessa época que as editoras e livrarias "acordam" para o tema, publicando-o e dando maior destaque a ele em suas vitrines. Nesta 19ª edição da Bienal, que se realiza no Anhembi de 9 a 19 de março, não tem sido diferente. De tudo quanto chegou ou ainda chegará às prateleiras nesse período pré-Copa, dificilmente algo conseguirá ser mais belo e enriquecedor que Brasil: um Século de Futebol – Arte e Magia. Para chegar às 180 fotos que compõem o livro, os organizadores mergulharam em um garimpo entre 60 mil originais, saídos de 40 arquivos públicos e privados de diferentes partes do País. A pretensão de se contar os mais de 100 anos da história desse esporte popular e sua influência sociológica, política e cultural não fica só no título. O livro começa com uma imagem dos fundadores do América carioca, datada de 1905, e vai até Ronaldinho Gaúcho, considerado o maior jogador do mundo em nossos dias. Entre uma e outra, passa pelo melhor de Garrin-

cha, Maracanã, Leônidas da Silva, quadros de Portinari, craques, times, torcidas, seleções. E, claro, Copas do Mundo, no melhor estilo futebol & cultura. Para coroar as informações visuais, o texto é de João Máximo, jornalista que dedicou a maior parte de seus quase 45 anos de carreira à música e ao futebol, duas de nossas mais importantes manifestações culturais. Um passeio pela Bienal com olhos de torcedor pode apresentar, ainda, outras surpresas. Em Ronaldo, a Jornada de um Gênio, há drama e redenção — não necessariamente nessa ordem, uma vez que a história começa a ser contada pela final da Copa do Mundo de 2002. Trata-se da tradução literal para o português de Ronaldo – The Journey of a Genius, uma minuciosa biografia do brasileiro Ronaldo escrita originalmente na Inglaterra por James Mosley e trazida para cá pela Verus. Essa editora de Campinas, aliás, parece apostar pesado no segmento, pois é dela também o recém-lançado A Magia da Camisa 10. Juntos, os autores André Ribeiro e Vladir Lemos ocupamse em perfilar não só os maiores jogadores que vestiram a mítica camisa número 10 no Brasil, mas também no mundo, em todos os tempos. Começam, é claro, por Pelé, passam cronologicamente pelo argentino Maradona e o francês Zidane, entre muitos outros, e não se esquecem de listar nem mesmo os "10 que não eram 10", como Garrincha, Beckenbauer e Romário. Embora traga também um camisa 10 — aliás, o maior de todos — em

seu título, As Mãos do Pelé é uma coletânea de "contos dramáticos e divertidos", como bem definiu no prefácio o coordenador de Esportes da Rede Anhangüera de Comunicações, de Campinas, Carlo Carcani. Nela, o autor, João Nunes, começa com a história de um padre que teria de fazer um sermão logo depois da derrota do Brasil para a Itália que desclassificou nossa Seleção da Copa de 1982 e termina com o caso de Venâncio, um dos muitos craques em potencial deste País que não deram certo. Para os aficionados, aqueles para quem o futebol não é assunto apenas em tempo de Copa do Mundo, há ainda três livros que se destacam. O primeiro é Goleiros: Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1. Mais que uma enciclopédia de goleiros, trata-se da própria história do futebol vista pelos olhos de quem defendeu o gol, ainda que ao menos uma vez na vida, como Che Guevara, o papa João Paulo II ou Albert Camus. O livro foi escrito por Paulo Guilherme, editor-assistente do Jornal da Tarde. Mais que para futebolmaníacos, o próximo livro é dedicado aos torcedores do Palmeiras, especificamente aqueles que sofreram com a falta de títulos no período entre 1976 e 1993. Gustavo Piqueira, o autor, era um deles, e foi buscar material em sua adolescência e na fase perdedora de seu time para compor o romance Coadjuvantes. Os coadjuvantes em questão são as dezenas de jogadores que naquele período vestiram a camisa alviverde e passaram

Fluminence Futebol Clube

sem deixar saudade. Por fim, aproveitando a onda em torno do esquema de manipulação de resultados pela arbitragem que forçou a anulação de onze jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado, a Mundo Editorial resolveu publicar Cartão Vermelho. Um livro escrito por ninguém menos que o próprio estopim e réu confesso daquele rumoroso caso, o ex-juiz Edílson Pereira de Carvalho. Ele atira para todos os lados e acaba não acertando em ninguém. Mesmo assim, a leitura vale pela descrição das dificuldades pelas quais passa uma pessoa execrada publicamente, como ele foi. É algo que não se lê em nenhum jornal, como de resto acontece com as demais obras aqui citadas.

Sócios, no reservado do Fluminense: começo do século 20.

Brasil: um Século de Futebol – Arte e Magia (Aprazível Edições, Textos de João Máximo, 204 páginas, R$ 130,00) Ronaldo – A Jornada de um Gênio (Verus Editora, James Mosley, 246 páginas, R$ 34,90) A Magia da Camisa 10 ( Verus Editora, André Ribeiro e Vladir Lemos, 198 páginas, R$ 34,90) As Mãos do Pelé e Outros Contos de Futebol (Pontes, João Nunes, 80 páginas, R$ 19,50) Goleiros – Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1 (Alameda Casa Editorial, 288 páginas, R$ 48,00) Coadjuvantes (Gustavo Piqueira, 148 páginas, R$ 29,50) Cartão Vermelho (Edílson Pereira de Carvalho, 160 páginas, R$ 30,00)

Ignacio Ferreira

Arquivo Nacional

Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, década de 6O: Santos, "o maior espetáculo do mundo".

Rivelino, com a camisa do Fluminense, contra o Corinthians: 1976


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

LEGAIS - 7

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração O Banco Finasa atua como financiadora na Organização Bradesco, focado no mercado consumidor de Veículos Leves e de Transportes, Outros Bens e Serviços, Leasing e Crédito Pessoal. O Finasa opera por intermédio da Finasa Promotora de Vendas Ltda., sua subsidiária integral, responsável pela prospecção de clientes e parceiros comerciais, por meio de suas 239 filiais e 4.029 colaboradores registrados em dezembro de 2005. Nas linhas de financiamento de veículos leves e de transportes, o Finasa está presente em 17.949 revendas de veículos novos e usados, caminhões, ônibus e implementos rodoviários, em todo território nacional. Nos financiamentos de Outros Bens e Serviços, atua por intermédio de 22.490 lojas cadastradas que comercializam móveis e decoração, turismo, autopeças, materiais de construção, programas e equipamentos de informática, vestuário e calçados, entre outros. Já na linha de empréstimo pessoal, denominada CP, o Finasa disponibiliza empréstimo tradicional, com emissão de carnê, com garantias de cheques ou de veículos e Empréstimo Consignado em folha de pagamento do setor privado. Os produtos são oferecidos na Rede de Filiais ou em canais alternativos, como o Delivery, cujos negócios são efetivados por telefone, e ainda em parcerias com lojas e revendas cadastradas pela Finasa Promotora, chamadas de CP Parcerias. Além da forte atuação na concessão de financiamentos, ao longo do exercício o Finasa avançou em sua política pioneira de acordos operacionais com grandes montadoras e revendas de veículos e caminhões, associações e redes de lojas, ampliando o portfolio de acordos efetuados nos anos anteriores com a Ford, Abracred - Associação Brasileira de Revenda de Veículos Fiat, Anamaco - Associação Nacional das Lojas de Material de Construção e Microsoft. Em 2005 foram implementados acordos com importantes redes de lojas, destacando-se Casas Bahia, Salfer, Dudony, Ponte Irmão, Eletrozema e GREletro-Vesle. Entre os fatos relevantes do ano, destacam-se: 1. Em abril, efetivada a compra da Morada Serviços Financeiros Ltda., com estrutura de 33 filiais, 2.964 lojas cadastradas e 218 colaboradores, operando preponderantemente no Rio de Janeiro e São Paulo. No mesmo mês, dia 30, foi incorporada pela Finasa Produtora de Vendas Ltda. 2. Também em abril, estruturação da equipe especializada para o segmento de transportes, com 102 colaboradores, para atendimento aos parceiros comerciais de todas as regiões do País, que comercializam caminhões, ônibus e implementos rodoviários. 3. Em agosto, assinatura de memorando de entendimentos com as Lojas Colombo, de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, sujeito à aprovação do Banco Central do Brasil, para aquisição de 50% do capital da sua financeira Credifar. 4. Seqüência no processo de expansão da Rede da Promotora, com inauguração de 118 novas filiais, sendo 116 para Crédito Pessoal e 2 para Financiamentos de Veículos. Desempenho Operacional Os investimentos efetuados pela Organização nesse segmento, a forma diferenciada de negociação dos produtos, com equipe especializada e focada, além das condições favoráveis do mercado ao consumidor, proporcionaram ao Finasa o crescimento da Carteira de Crédito em 82,85% no ano, acumulando 693,42% nos últimos 4 anos. A produção média passou de R$ 134 milhões/mês em 2001 para os atuais R$ 1,185 bilhão/mês em 2005, registrando crescimento de 784,33% no período e de 92,37% em relação ao ano anterior.

O saldo de Provisão para operações de Crédito em Liquidação Duvidosa representou 3,37% sobre as Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil em dezembro de 2005, ligeiramente acima dos 3,11% de 2004, considerando-se o crescimento da Carteira e a maior participação de produtos de Crédito Pessoal e de Outros Bens e Serviços na composição do portfólio. No ano de 2005, o Banco apurou Resultado Líquido, antes da marcação a mercado, de R$ 261,1 milhões, ante R$ 227,8 milhões apurados 2004, com evolução de 14,6%, mesmo considerando o impacto dos fortes investimentos realizados em aquisições e expansão física, os quais naturalmente propiciam retorno no médio e longo prazo. O Finasa encerrou o exercício de 2005 com Patrimônio Líquido de R$ 924 milhões, que inclui R$ 80 milhões do aumento de capital efetuado para a aquisição da Morada Serviços, em abril, e R$ 162 milhões com subscrição de capital pelo controlador, equivalente aos dividendos, pagos em 23 de dezembro.

2o Semestre

Exercícios findos em 31 de dezembro

2005

2005

2004

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...... Operações de Crédito .................................................... Operações de Arrendamento Mercantil .......................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos ....

2.170.324 2.023.863 143.202 7.977 (4.718)

3.736.969 3.513.802 214.890 12.026 (3.749)

2.168.053 2.107.305 73.365 6.404 (19.021)

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ..... Operações de Captação no Mercado ............................. Operações de Empréstimos e Repasses ........................ Operações de Arrendamento Mercantil .......................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .............

1.621.036 1.241.639 582 89.958 288.857

2.736.409 2.127.246 2.962 137.493 468.708

1.251.087 1.002.929 4.781 52.269 191.108

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................................................

549.288

1.000.560

916.966

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ... Receitas de Prestação de Serviços ................................ Despesas de Pessoal ..................................................... Outras Despesas Administrativas .................................. Despesas Tributárias ..................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Outras Receitas Operacionais ........................................ Outras Despesas Operacionais ......................................

(382.757) 155.676 (6.052) (316.305) (53.319) 130.554 36.993 (330.304)

(689.246) 277.594 (10.608) (568.604) (93.116) 234.206 58.375 (587.093)

(501.727) 141.381 (5.368) (311.389) (59.898) 87.301 29.858 (383.612)

RESULTADO OPERACIONAL ....................................

166.531

311.314

415.239

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...........................

(1.107)

573

(910)

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .......................................................................

165.424

311.887

414.329

Agradecimentos Agradecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais pela confiança e apoio e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho.

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..

(13.882)

(28.514)

(72.077)

LUCRO LÍQUIDO .........................................................

151.542

283.373

342.252

Barueri, SP, 10 de fevereiro de 2006 Diretoria

Número de ações (por lote de mil) .................................

1.818.668

1.818.668

1.279.505

Lucro por lote de mil ações em R$ ................................

83,33

155,81

267,49

R$ milhões Ano Acumulado 2004 2005 Lucro Líquido antes da Marcação a Mercado - SWAP Efeito da Marcação a Mercado - SWAP .......................... Lucro Líquido ..................................................................

227,8 114,5 342,3

261,1 22,3 283,4

Ação Social A Organização Bradesco manifesta seu apoio ao esporte por meio do PROGRAMA FINASA ESPORTES. A iniciativa, que neste ano completa 18 anos de atividade, ganhou impulso ainda maior a partir de 1997, depois de incorporada aos demais projetos sociais mantidos pelo Bradesco. Ao longo de sua trajetória, firmou-se pela seriedade e tornou-se referência de assistência à formação de jovens, utilizando as modalidades de vôlei e basquete como instrumento de inclusão social. Atende hoje a 3.093 meninas, de 10 a 16 anos, em 73 núcleos de formação - sendo 47 para a prática de vôlei e 26 de basquete - distribuídos por escolas da rede pública estadual, centros esportivos da Prefeitura de Osasco, na escola da Fundação Bradesco, em uma unidade do SESI e em três escolas particulares, todos no município de Osasco, na Grande São Paulo. O PROGRAMA FINASA ESPORTES considera a prática desportiva muito mais que um caminho para despertar vocações ou criar atletas, mas como base para formação de cidadãos, essência de um País melhor para todos.

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE ................................................................................ DISPONIBILIDADES ....................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................... Aplicações no Mercado Aberto ......................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................. Carteira Própria ............................................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ................................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .............................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ................................................. Pagamentos e Recebimentos a Liquidar ........................................... Créditos Vinculados - Depósitos no Banco Central ........................... Correspondentes .............................................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO .......................................................... Operações de Crédito - Setor Privado .............................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ........... OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ...................... Operações de Arrendamento a Receber - Setor Privado ................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ............................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa ........................................................................................ OUTROS CRÉDITOS ..................................................................... Rendas a Receber ........................................................................... Diversos .......................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .......................................................... Outros Valores e Bens ...................................................................... Provisões para Desvalorizações ...................................................... Despesas Antecipadas .....................................................................

9.912.189 76 248.167 7.909 240.258

5.334.702 165 4.035 3.948 87

CIRCULANTE ................................................................................

11.038.228

6.896.529

DEPÓSITOS ................................................................................... Depósitos à Vista ............................................................................. Depósitos Interfinanceiros ................................................................ Depósitos a Prazo ............................................................................

10.747.573 10 10.747.330 233

6.441.496 11 6.441.292 193

12.608 9.510 499 2.599 31.798 40 – 31.758 8.959.334 9.289.812 (330.478) (948) 219.075 (214.403)

11.614 9.133 416 2.065 28.063 92 89 27.882 4.879.446 5.040.410 (160.964) (1.084) 62.885 (61.456)

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ................................................. Recebimentos e Pagamentos a Liquidar ...........................................

– –

161 161

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................. Transferências Internas de Recursos ................................................

– –

50 50

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .....................................................................................

4.442

6.445

FINAME ..........................................................................................

4.442

6.445

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR ........................... Repasses do Exterior .......................................................................

– –

34.389 34.389

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ..........................

29.654

127.871

(5.620) 288.613 80.605 208.008 372.541 768 (480) 372.253

(2.513) 194.709 27.251 167.458 217.754 856 (539) 217.437

OUTRAS OBRIGAÇÕES ................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ...................... Sociais e Estatutárias ....................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................. Diversas. .........................................................................................

256.559 2.165 67.301 47.304 139.789

286.117 2.103 162.286 16.145 105.583

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .........................................................

5.928.990

2.997.711

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................. Instrumentos Financeiros Derivativos .............................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO .......................................................... Operações de Crédito - Setor Privado .............................................. Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ........... OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ...................... Operações de Arrendamento a Receber - Setor Privado ................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ............................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa ........................................................................................ OUTROS CRÉDITOS ..................................................................... Diversos .......................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .......................................................... Despesas Antecipadas .....................................................................

5.157.053

3.084.874

DEPÓSITOS ................................................................................... Depósitos Interfinanceiros ................................................................

5.658.971 5.658.971

2.880.490 2.880.490

19 19 4.835.865 4.992.935 (157.070) (7.327) 312.062 (312.062)

713 713 2.839.501 2.925.887 (86.386) (2.787) 67.558 (67.558)

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS .....................................................................................

2.637

6.616

FINAME ..........................................................................................

2.637

6.616

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ..........................

1.547

31.075

(7.327) 129.550 129.550 198.946 198.946

(2.787) 141.354 141.354 106.093 106.093

OUTRAS OBRIGAÇÕES ................................................................ Fiscais e Previdenciárias ................................................................. Diversas ..........................................................................................

265.835 46.563 219.272

79.530 28.532 50.998

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ................................. Resultados de Exercícios Futuros ....................................................

43.142 43.142

35.718 35.718

PERMANENTE .............................................................................. INVESTIMENTOS ........................................................................... Participações em Coligadas e Controladas - No País ....................... Participações no Exterior ................................................................. Outros Investimentos ....................................................................... Provisões para Perdas ..................................................................... IMOBILIZADO DE USO ................................................................... Imóveis de Uso ................................................................................ Outras Imobilizações de Uso ........................................................... Depreciações Acumuladas ............................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ........................................... Bens Arrendados .............................................................................. Depreciações Acumuladas ............................................................... DIFERIDO ....................................................................................... Gastos de Organização e Expansão ................................................. Amortização Acumulada .................................................................. Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização

2.865.328 1.830.205 1.826.675 169 13.101 (9.740) 4.808 103 9.670 (4.965) 814.995 870.421 (55.426) 215.320 26 (1) 215.295

1.974.565 1.450.179 1.446.654 – 13.082 (9.557) 17.994 20.393 7.603 (10.002) 221.272 258.492 (37.220) 285.120 – – 285.120

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................. Capital: - De Domiciliados no País ............................................................... Reservas de Capital ......................................................................... Reservas de Lucros ......................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ..............................

924.210

464.183

476.735 7.330 441.550 (1.405)

112.576 7.311 347.352 (3.056)

TOTAL ............................................................................................

17.934.570

10.394.141

TO TAL ............................................................................................

17.934.570

10.394.141

2o Semestre

Exercícios findos em 31 de dezembro

2005

2005

2004

ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... LUCRO LÍQUIDO ......................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................. Depreciações e Amortizações ........................................ Amortização de Ágio ...................................................... Provisão para Perdas de Investimentos ......................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Superveniência de Depreciação ..................................... Outros ........................................................................... VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .................................................................. AJUSTE AOVALOR DE MERCADOTVM DERIVATIVOS AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ................................

4.315.473 151.542 (62.776) 85.844 34.913 182 (130.554) (53.162) 1

7.790.117 283.373 (110.265) 131.810 69.825 182 (234.206) (77.880) 4

5.558.209 342.252 21.793 47.269 68.419 669 (87.301) (7.263) –

(7.969) 583

7.424 –

15.056 318

(78)

RECURSOS DE ACIONISTAS ..................................... Aumento de Capital por subscrição ................................ DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............................ Depósitos .................................................................... Outras Obrigações ...................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................. Relações Interfinanceiras ............................................ Operações de Arrendamento Mercantil ........................ - Alienação de Bens e Investimentos .............................. Participações Societárias ............................................ Bens Não de Uso Próprio ............................................ Investimentos .............................................................. Imobilizado de Uso ...................................................... Imobilizado de Arrendamento ..................................... - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ...... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................. DIVIDENDOS PAGOS E /OU DECLARADOS ............. INVERSÕES EM ........................................................... Participações Societárias ............................................... Bens Não de Uso Próprio ............................................... Imobilizado de Uso ........................................................ Imobilizado de Arrendamento ......................................... Investimentos ................................................................. APLICAÇÕES NO DIFERIDO ...................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .......................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................. Relações Interfinanceiras ............................................... Operações de Crédito .................................................... Outros Créditos ............................................................. Outros Valores e Bens .................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............ Relações Interfinanceiras ............................................... Relações Interdependências ........................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ..................... Instrumentos Financeiros Derivativos ............................ AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES . Início do Período ....................... MODIFICAÇÕES Fim do Período ........................ NA POSIÇÃO Aumento/(Redução) das DispoFINANCEIRA nibilidades ..............................

162.285 162.285 –

242.285 242.285 –

2.576 2.576 2.139

4.000.225 3.919.776 80.449 6.866 –

7.241.305 7.084.558 156.747 4.405 –

4.820.561 4.576.467 244.094 34.333 30.475

801 1.438 4.627 33.225 – 2.262 – – 30.963 31.492 4.315.469 35.992 445.005 – 2.059 2.337 440.609 – 26 3.779.809 238.451

– – 4.405 65.972 – 3.266 214 – 62.492 55.696 7.790.206 67.301 900.363 200.168 3.117 3.907 693.171 – 26 6.654.189 244.133

– – 3.858 292.766 252.283 3.583 – 287 36.613 26.415 5.558.472 81.284 2.208.103 1.980.241 2.473 16.850 205.400 3.139 7.452 3.000.796 –

– – 3.370.279 25.413 145.666 54.637 – – 3.053 51.584 4 72 76

300 3.735 6.076.252 82.101 247.668 168.327 161 50 40.371 127.745 (89) 165 76

10.286 7.678 2.731.105 121.377 130.350 260.837 45 – 92.746 168.046 (263) 428 165

4

(89)

(263)

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

EVENTOS CAPITAL SOCIAL

AUMENTO DE CAPITAL

INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

RESERVAS DE LUCROS

OUTRAS

LEGAL

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS

ESTATUTÁRIA

PRÓPRIAS

COLIGADAS E CONTROLADAS

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

SALDOS EM 30.06.2005 ................................................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ................................................................................. INCENTIVOS FISCAIS ..................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS .......................................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................ - Dividendos Declarados .......................................................................................

314.450 – – – – – –

– 162.285 – – – – –

7.277 – – – – – –

34 – 19 – – – –

32.073 – – – – 7.577 –

293.927 – – – – 107.973 –

(343) – – 583 – – –

(3.545) – – 1.900 – – –

– – – – 151.542 (115.550) (35.992)

643.873 162.285 19 2.483 151.542 – (35.992)

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................. SALDOS EM 31.12.2003 ................................................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL .................................................................................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .................................................................................. INCENTIVOS FISCAIS ..................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS .......................................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................ - Dividendos Declarados .......................................................................................

314.450 110.000 2.576 – – – – – –

162.285 – – – – – – – –

7.277 5.138 – – 2.139 – – – –

53 10 – 24 – – – – –

39.650 8.369 – – – – – 17.112 –

401.900 78.015 – – – – – 243.856 –

240 – – – – 318 – – –

(1.645) – – – – (3.374) – – –

– – – – – – 342.252 (260.968) (81.284)

924.210 201.532 2.576 24 2.139 (3.056) 342.252 – (81.284)

SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ..................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .................................................................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS .......................................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................ - Dividendos Declarados ....................................................................................... SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................................................................................

112.576 80.000 121.874 – – – – – 314.450

– 162.285 – – – – – – 162.285

7.277 – – – – – – – 7.277

34 – – 19 – – – – 53

25.481 – – – – – 14.169 – 39.650

321.871 – (121.874) – – – 201.903 – 401.900

318 – – – (78) – – – 240

(3.374) – – – 1.729 – – – (1.645)

– – – – – 283.373 (216.072) (67.301) –

464.183 242.285 – 19 1.651 283.373 – (67.301) 924.210

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Finasa S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inerentes à carteira comercial, de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário e de arrendamento mercantil, inclusive câmbio. O Banco Finasa S.A. é parte integrante da Organização Bradesco S.A., sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de outubro de 2004, foi aprovada a incorporação do Patrimônio Líquido contábil do Banco Zogbi S.A. e da parcela cindida do Patrimônio Líquido da Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda., nos montantes de R$ 284.154 mil e R$ 66.770 mil respectivamente, pelo Banco Finasa S.A. A operação foi efetivada em 29 de outubro de 2004 com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de setembro de 2004. O processo foi homologado pelo BACEN em 7 de junho de 2005.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (“hedge”) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Os instrumentos financeiros derivativos são ajustados ao valor de mercado com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período.

e) Operações de crédito, de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando:(i)os parâmetros estabelecidos pelaResoluçãono 2.682 doCMN,que requer a suaclassificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2.682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ...................................................................... B • de 31 a 60 dias ...................................................................... C • de 61 a 90 dias ...................................................................... D • de 91 a 120 dias .................................................................... E • de 121 a 150 dias ................................................................... F • de 151 a 180 dias ................................................................... G • superior a 180 dias ................................................................ H A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140/84, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a Receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento das parcelas contratuais, de acordo com a Resolução no 2.682 do CMN. III - Imobilizado de Arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com o benefício de redução de 30% na vida útil normal do bem prevista na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes:Veículos e Afins, 20%; Móveis e Utensílios, 10%; Máquinas e Equipamentos, 10%; e Outros Bens, 10% e 20%. IV - Perdas em Arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o imobilizado de arrendamento (Nota 7h).

V - Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis das operações de arrendamento mercantil são mantidos conforme exigências legais, específicas para esse tipo de operação. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens II a IV acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor presente das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota 7h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, às alíquotas descritas acima, sendo que para a superveniência de depreciação são aplicáveis somente as alíquotas de imposto de renda. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. g) Investimentos Os investimentos em coligadas e controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e de Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditados, informados pelas respectivas bolsas, e seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. h) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações - 4% ao ano, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, sistemas de comunicação e segurança - 10% ao ano; e sistemas de transportes e processamento de dados - 20% ao ano. i) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição dos investimentos está sendo amortizado, com base na expectativa de rentabilidade futura, de 20% ao ano. j) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. As provisões para contingências são reavaliadas periodicamente pela Administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação, a opinião de seus consultores jurídicos e as garantias contratuais decorrentes da troca de controle acionário, e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas. A Organização Bradesco têm como política não reconhecer contabilmente as contingências ativas, enquanto não estiver efetivamente assegurada a sua obtenção em decisão final para a qual não caibam mais quaisquer recursos.

CONTINUA


sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Empresas Finanças Nacional Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 A America On Line encerra oficialmente hoje suas operações no Brasil, desativando o portal.

CONSUMIDOR ESTÁ ENDIVIDADO

Fotos: Emiliano Capozoli/LUZ

Lojistas desanimados com vendas de março As consultas ao SCPC aumentaram apenas 1,8% na primeira quinzena do mês

A

Consumidores, ainda endividados com compras do final do ano, observam as vitrines mas não compram

Frigoríficos paulistas cobram créditos de ICMS

P

roprietários de frigoríficos e trabalhadores da cadeia produtiva de carne bovina em São Paulo dizem estar "a caminho do matadouro". Insatisfeitos com o não-recebimento de créditos do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerados nas operações interestaduais, empresários do setor decidiram, ontem, durante uma reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), marcar um encontro com o governador Geraldo Alckmin para cobrar uma solução para o problema. O Sindicato da Indústria do Frio (Sindifrio) vai enviar um ofício explicando a situação do setor ao governador e aos secretários de Estado de Ciência e Tecnologia, João Carlos Meirelles, e da Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira. Com o Decreto nº 50.456, de dezembro de 2005, os frigoríficos deixaram de receber o crédito de 7% de ICMS quando

trazem a carne de outros estados. "Sem o repasse, o fluxo de caixa é afetado e podemos ficar em breve sem recursos para o pagamento de tributos federais", alertou o produtor José Roberto Morganti. Antes de apelar a Alckmin, o setor já havia procurado a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz). De acordo com o presidente do Sindifrio, Edivar Vilela de Queiroz, o fisco sugere que os frigoríficos façam um espécie de seguro para rever os créditos, o que é inviável. "O processo é demorado e há um custo para isso", disse. A situação atual do setor pode comprometer 70 mil postos de trabalho. Empresários e trabalhadores ameaçam parar caso o repasse dos créditos não seja restabelecido. "Aí não vamos trazer gado de outros estados do País e existe risco de desabastecimento e aumento dos produtos em até 15%", afirmou Queiroz, ao lembrar que no próximo mês de junho começa a entressafra.

IPC-S O preço do álcool hidratado subiu 10,68% e fez o índice de inflação ter alta de 0,27%.

INDÚSTRIA

A

atividade industrial deve voltar a crescer no segundo trimestre, sustentada pelo aumento da demanda interna. Em janeiro, as vendas cresceram 4,4% sobre dezembro e 4,9% ante janeiro de 2005, segundo a Conferação Nacional da Indústria (CNI). (AE)

EMPREGO

O

nível de emprego regional apurado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) teve alta de 0,14% em fevereiro em relação a janeiro, com a criação de 2,8 mil postos de trabalho na indústria paulista. O índice ficou aquém do apresentado em igual mês do ano passado, quando 8,14 mil vagas foram criadas. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a expansão foi de 0,27%, em relação à mesma base de comparação de 2005. (AE) A TÉ LOGO

Ó RBITA

Isenção – O fisco paulista também ameaça isentar a carne bovina numa das etapas da cadeia produtiva dentro do Estado de São Paulo. Mas o setor não aprova a medida. "Se isso ocorrer, em vez de comprar da gente, os supermercados vão adquirir carne de frigoríficos de outros estados. Também não vai valer a pena comprar bezerro, pois não vamos conseguir transferir os 12% de crédito", disse Queiroz, proprietário do Frigorífico Minerva. Para atender a demanda de São Paulo, quase 4 mil cabeças de gado são trazidas anualmente de outros estados. A Sefaz informou, por meio de nota, que as autorizações para a transferência de crédito acumulado do ICMS para contribuintes de todos os setores econômicos ficaram suspensas por conta da ausência dos repasses do governo federal para o ressarcimento do imposto, que é desonerado nas exportações (Lei Kandir). Adriana David

ÁLCOOL O consumo do produto hidratado caiu 58 milhões de litros em janeiro, ou11,4% no mês.

OMC: BRASIL QUESTIONA BARREIRAS

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Brasil vai questionar na Organização Mundial do Comércio (OMC) as barreiras às importações impostas pelos Estados Unidos não apenas ao setor agrícola nacional, mas também ao setor industrial e de serviços na economia americana.

A política comercial de Washington será avaliada pela OMC no início da semana que vem e o Brasil aproveitará para deixar claro que não está de acordo com várias práticas adotadas pelos americanos. A avaliação sobre os países ocorre periodicamente na OMC. (AE)

BRASILEIROS INVESTEM NA ARGENTINA

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s empresas brasileiras devem investir fortemente na Argentina, seguindo uma tendência iniciada em 2002, em pleno ano da crise da desvalorização do peso e do calote da dívida.

Segundo a consultoria Abeceb.com, os setores que se mostram mais atraentes são o têxtil, de autopeças, de maquinaria em geral e maquinaria agrícola, plástico, de papel e químico. (AE)

PIRATARIA: APREENSÕES DE R$ 1,5 BI

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elatório de atividades do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNPC) revelou que o total de apreensões de

mercadorias falsificadas saltou de R$ 870 milhões em 2004 para R$ 1,5 bilhão em 2005, levando em conta o trabalho de Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Faturamento de eletroeletrônicos cresceu 14% no ano passado

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Desaceleram as vendas de telefones celulares, mostra Anatel

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Campanha de auto-suficiência custa R$ 37 milhões à Petrobras

s vendas do comércio varejista entraram em compasso de espera. De acordo com os dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que reflete as vendas a prazo, apresentou tímido crescimento de 1,8% na primeira quinzena de março sobre o mesmo período do ano passado. Já os acessos ao Usecheque, que apontam as compras à vista, foram um pouco maiores: 4,5% no mesmo período, embora menores que em fevereiro e janeiro, q u a n d o re g i s t r a r a m 5 % e 6,7%, respectivamente. Para o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, a venda no varejo permanece fraca, apesar do forte apelo promocional por parte dos lojistas. "O alto nível de endividamento do consumidor e o crescimento insuficiente da renda explicam esse desempenho", disse. A mesma opinião tem o gerente da loja de roupas Ledo Ledo, João Batista da Silva. "Desde janeiro as vendas estão praticamente zeradas. A expectativa é a de que após o dia 20 de março as coisas tomem melhor ritmo", disse Silva. O gerente revelou ainda que há 3 mil peças da coleção outono-inverno do ano passado encalhadas em seu estoque,

Silva, da Ledo Ledo: expectativa

prontas para ganharem o espaço da loja. Isso explica, em parte, o movimento do varejo. "Quando o cliente se retrai nas compras, faz com que também não invistamos", corroborou a funcionária Janete Teixeira, da loja MHM Confecções. Ela disse que as vendas estão piores que em março de 2004. "Tem muita gente olhando as mercadorias, mas comprando que é bom, nada de nada", disse. A previsão de melhora é para o final de abril e mais fortemente em maio, quando se comemora o Dia das Mães. A mesma esperança tem o gerente da Mundial Calçados, Valdir José. "O consumidor está controlando bastante seus gastos, mas em abril o cenário deve melhorar, e em maio as

vendas devem decolar", afirmou o responsável pela loja. Para o gerente da loja de calçados 8 Oitenta, Amarildo Elias Almeida, o problema está na falta de dinheiro no mercado. "Os salários estão achatados. Some-se a isso as compras a prazo de final de ano que ainda repercutem no orçamento familiar, as despesas com o início das aulas escolares e o Carnaval. Por isso as vendas estão estagnadas", afirmou. Resultado esperado – S egundo o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Emílio Alfieri, os números apenas confirmam o que era esperado. "O consumidor encontra-se completamente endividado e tenta administrar o orçamento antes de se comprometer com novas dívidas. Daí o volume muito baixo de consultas ao SCPC." Alfieri ainda alertou para um outro problema, velho conhecido dos lojistas: a inadimplência, que registrou nova alta. "Os registros recebidos tiveram alta de 10% na primeira quinzena de março sobre igual período de 2005, contra 6% dos cancelados", afirmou Alfieri. Para Afif Domingos, embora os dados da quinzena não sejam definitivos, o aumento da inadimplência já serve de alerta tanto para o comércio como para o consumidor. Ana Laura Diniz


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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Tema do desfile da grife Lilica Ripilica foi a lembrança da vovó.

A GRIFE LILICA RIPILICA DESTACOU O ROSA

Divulgação

Rafaela Romolo, a sósia mirim de Ana Paula Arósio

Não faltaram cachecóis, luvas e tons de rosa

Roberto Donasc/Futura Press

PRÊT-À-PORTER O crochê, os pompons e o ponto cruz estão de volta Lilica Ripilica aposta no mundo das fábulas e a VR, nos tons do Pólo Norte

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ecididamente, moda infantil é coisa para gente grande e que sabe o que faz. E, a exemplo do desfile da Green (na quarta-feira), a Lilica Ripilica voltou a encantar, ontem, o público que vem acompanhando a quinta edição do Prêt-à-Porter Brasil, aberto dia 13 no Jockey Club de São Paulo. Inspirada nas lembranças da vovó, a grife levou à passarela uma das mais famosas intérpretes de TV, Nicete Bruno, por várias temporadas a dona Benta do seriado Sítio do Picapau Amarelo. Com uma representante de personagem tão emblemática como protagonista – além da sósia mirim de Ana Paula Arósio, a modelo Rafaela Romolo, o que se viu em quase meia hora foi um conto de fadas ao vivo, narrado pela atriz e ilustrado por um colorido figurino para o próximo inverno. A partir do tema "Doces memórias", todas as criações remetiam a esse universo, a casa da vovó. Com móveis de antiquário e até uma cadeira de balanço,

bastou mexer no baú para as lembranças ganharem corpo e forma em modelos compostos com boinas, vestidos, saias rodadas e luvas. Rosa, uva e violeta em peças clássicas e de temática folk fizeram de cada look uma brincadeira diferente. Ponto cruz, crochê e pompons passearam pela passarela em microcasacos, meias grossas e gorros. Também não faltaram suéteres e cachecóis em tricô e tecidos como tweed e jacquard. De tons suaves às cores mais fortes, predominou o clima de sonho e diversão, na medida certa de sofisticação para a temporada mais charmosa do calendário. Aurora Boreal – Segundo e último desfile da mostra fashion, a VR Menswear embarcou em uma viagem ao Pólo Norte, onde foi buscar as cores para o outono-inverno tropical. A coleção privilegiou as tonalidades da Aurora Boreal (fenômeno atmosférico só visto no Pólo Norte), como os verdes, bordôs e amarelos, e as colorações do Círculo Polar Ártico, como marinho, grafite, cin-

A coleção de inverno da Lilica Ripilica deu destaque para os pompons dos mais variados tamanhos

za-claro e azul-acinzentado. O mix de cores frias e quentes realçou pespontos dos jeans e os contrastes em golas e estampas de um conjunto ao mesmo tempo clássico e casual. Exemplo disso, o tradicional costume surgiu com modelagem mais justa ao corpo e apenas dois botões. Entretanto, como o dress code masculino não se restringe ao social, a marca também exibiu, para quem não precisa usar costume e gravata, criativas composições de jeans com paletós desestruturados, jaquetas e camisetas, além de uma completa linha de acessórios que incluiu desde o clássico Ray-Ban ao underwear. O Prêt-à-Porter Brasil, que antecipou para o consumidor os lançamentos da estação chegou ao fim ontem à noite após cumprir uma agenda de nove desfiles. O evento segue para Belo Horizonte e Rio de Janeiro, de onde retorna a São Paulo, no início do segundo semestre, para apresentar os hits do próximo verão. João Jacques

Cada peça sugeriu uma brincadeira diferente

Ítens clássicos e temáticos fazem parte da coleção

A atriz Nicete Bruno desfilou ao lado da modelo Rafaela Romolo


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5 Termina hoje o 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores, que reúne representantes de 60 países.

NO TOCANTINS, O CAPIM QUE VIRA OURO

DURANTE O 10º CONGRESSO DE JOVENS EMPREENDEDORES, EXECUTIVOS CONTAM SUAS HISTÓRIAS

VISÃO DE NEGÓCIOS É CAMINHO DO SUCESSO Fotos: Luiz Prado/LUZ

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urante o segundo minar barreiras do comércio, dia do 10º Congres- facilitando a cooperação entre so Mundial de Jo- as nações. Só que esse conceito vens Empreende- de ajuda mútua, segundo ele, quase não saiu dores, o diretor do papel. da Faculdade de "Acredito que, Economia da para essa idéia F u n d a ç ã o A rcomeçar a funmando Álvares cionar, nossos joPenteado (Faap), vens empreenRubens Ricupededores devem ro, falou da Cooviajar mais e faperação Sul-Sul. zer estágios no Segundo ele, o exterior para coobjetivo desse tinhecer as polítipo de acordo é cas de outros paíque os países em ses que estão na desenvolvimenmesma situação to colaborem endo nosso", afirtre si para que mou Ricupero. possam crescer Ricupero: saber é ser livre "E eles devem em conjunto. "Esse conceito de cooperação contar com o apoio do governo nasceu há 40 anos, quando a e de organizações privadas paOrganização das Nações Uni- ra isso." Para ele, sem informadas (ONU) estava sendo cria- ção não se chega a lugar algum da", disse Ricupero. "Agora, a e é por isso que o intercâmbio é ajuda mútua faz parte de mais tão precioso para a conscientização dos jovens empreendeuma fase da globalização." Para Ricupero, o processo de dores. "Ser informado signifiglobalização tem como princí- ca ser livre", finalizou. pio unificar os mercados e eliSonaira San Pedro

No segundo dia do Congresso, palestrantes apresentaram alguns caminhos para que os os jovens sejam bem-sucedidos em seus negócios

Saúde interessa e vira negócio Marcos Fernandes/LUZ

profissão de Fernando Cunha, 36 anos, empresário do ramo de distribuição e representação de equipamentos e materiais hospitalares, fez com que convivesse com portadores de diabetes. Daí surgiu a idéia de criar a Esquina Natural, loja especializada em produtos preventivos e corretivos, alimentos naturais, diet e light e equipamentos para diabéticos, em Aracajú (Sergipe), que será inagurada em abril. Para fidelizar clientes, ele vai oferecer consultas gratuitas com psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e farmacêutico, além de palestras sobre os mais variados temas. "Fiz uma pesquisa junto aos órgãos ligados à saúde e percebi que há muita coisa a se fazer para orientar o diabético e prevenir a evolução da doença. Por isso resolvi oferecer produtos e também orientação", disse.

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A indiana Silken: história de superação Sharada Ramanathan usou o cinema para mostrar que a independência é o caminho ex-atleta canadense do sucesso Silken Laumann,

Medalha de prata na Olimpíada, e ouro em empreendedorismo

Da Índia para o Brasil: sucesso além da tecnologia

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cidade de Bollywood, faceta mais conhecida do cinema indiano na atualidade, produz o dobro de filmes que Hollywood: quase mil longas-metragens por ano. Aproveitando esse boom da produção cinematográfica, Sharada Ramanathan, diretora da produtora de filmes Golden Square, produziu seu próprio filme: "Dance of love". O longa conta a história de uma mulher que nasceu para a

arte e busca a independência para realizar esse sonho. "Em um país como a Índia, em que as mulheres muitas vezes são colocadas em segundo plano, gravar uma história dessas é uma grande conquista", disse. "Quero mostrar para as pessoas que a arte é uma extensão natural do corpo", afirmou Sharada. Ela apresentará o filme na próxima edição do Festival de Cannes, que será realizado no mês de maio. (SSP)

Para a ex-atleta, gerenciar a própria vida é como dirigir uma empresa

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medalha de prata na prova de remo da Olimpíada de Barcelona, em 1992, costuma dizer que não gerencia uma empresa, mas a si mesma. Ela conquistou o prêmio quando ainda se recuperava de uma grave lesão no pé. "Se o cérebro fosse um músculo, ele seria o mais importante do corpo", disse. "Somos a própria percepção de nossa realidade: se somos otimistas é exatamente assim que o mundo vai olhar para nós." A atleta carrega mais do que uma história de treinos e competições esportivas. Silken foi uma das primeiras mulheres a treinar e participar de competições de remo. "Quando eu ia treinar, ainda não havia vestiário feminino, então eu me trocava em um depósito onde guardavam produtos de limpeza", contou. "Havia um cartaz colado atrás da porta com a foto de um esportista e a frase 'Você também consegue'. E foi nisso que eu acreditei." Silken se aposentou do remo aos 32 anos de idade e fundou uma organização, a Silken Laumann Active Kid’s Movement – para promover os benefícios da prática de esportes. A intenção, segundo ela, é inspirar as crianças canadenses a aumentarem os níveis de atividades físicas. "Quando deixei o remo, procurava uma atividade que me trouxesse, ao acordar, a mesma alegria que eu tive ao conquistar uma medalha olímpica", disse. "Também queria fazer o bem para as pessoas e deixar um legado para a humanidade." (SSP)

Cunha, empresário do setor de saúde, aproveita nova oportunidade

Cunha espera recuperar o investimento inicial, de R$ 250 mil, nos próximos três anos. O que, na opinião dele, não será difícil, justamente por sua experiência no setor desde os 18 anos. "Sempre fui atrás de oportunidades de negócios. Desde criança procurei ganhar meu dinheiro sozinho. Fosse consertando prancha de su r f

dos meus amigos ou vendendo roupas confeccionadas pelas mães dos meus amigos. Nasci para empreender." Cunha ainda mantém a empresa de distribuição e representação de equipamentos hospitalares e começa o novo negócio já com planos de expansão para uma rede. Márcia Rodrigues

Lojas em formato de vagões Patrícia Cruz/LUZ

criação da Estação Natural é apenas mais um dos empreendimentos de José Geraldo Jacob, de 40 anos. Desde 1989, quando comprou sua primeira empresa, ligada à construção civil, que produz placas de policarbonato, não parou mais. A primeira ainda é administrada por ele. Mas várias outras foram criadas e "passadas adiante", como ele mesmo definiu, para que outros empresários iniciassem o próprio negócio a partir do seu. "O empreendedor gosta de arriscar, ir atrás de oportunidades. Por isso deixa o trabalho de gerenciar nas mãos de outras pessoas", afirmou Jacob. A Estação Natural é uma rede de lojas, em formato de va-

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Jacob: o bom é criar sempre

gão de trem, que Jacob implantou nas estações de metrô do Rio de Janeiro para a comercialização de produtos naturais. Duas lojas já foram inauguradas. Cada uma exigiu investimento inicial de R$ 80 mil. A previsão do empreendedor é abrir mais oito unidades até o

final de 2007, todas na capital fluminense. Mas, segundo Jacob, o negócio deve se estender na seqüência para outros estados. "Também pretendo fazer um projeto piloto de franquia da rede no início do próximo ano", comentou. Caminho – Para desenvolver o projeto, Jacob fez pesquisa de campo, leu e conversou com especialistas para conhecer os riscos do negócio, o que ele considera essencial antes de se arriscar em uma área. Foi por meio dessas consultorias que soube que o comércio de produtos naturais cresce 25% ao ano. "Acredito que essa expansão será ainda maior porque o brasileiro está começando a cultura da alimentação saudável e natural." (MR)

Do campo para as joalherias amigo da região capim para virar sócio. d o u r aFoi agora, dudo, planrante o Congresta exclusiva do inso de Jovens Emterior de Tocanpre endedo res, tins, inspirou que a Cia. Capim Maíra Moraes a Dourado fez suas iniciar a produprimeiras parceção de bijuterias e Maíra: idéias da terra rias internaciopeças de decoração com o material. Inspirada nais, com a Itália e o Hawai. Hoje, apenas quatro meses por uma mandala feita com a planta quando viajou ao inte- depois de constituir a emprerior do Estado, convidou um sa, os dois já conseguiram pa-

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gar o investimento inicial, de R$ 15 mil, só com o resultado de uma pequena exposição para os amigos e a criação de um site para comercializar os produtos pela internet. (MR)


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Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 14/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.234.223,99 Lastro Performance LP ......... 710.295,99 Múltiplo LP .............................. 1.614.161,91 Esher LP .................................. 2.452.903,57 Master Recebíveis LP ........... 138.473,36

Valor da Cota Subordinada 1.003,488474 996,143903 1.000,554251 998,939335 969,467200

% rent.-mês 1,4675 - 0,3856 1,0669 - 0,0927 - 3,0533

% ano 2,7143 - 0,3856 0,0554 - 0,1061 - 3,0533

por cento foi a taxa mensal ontem para o Certificado de Depósito Bancário (CDB) para o prazo de 30 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas

Valor da Cota Sênior 0 1.005,683390 1.011,091417 0 0

% rent. - mês 0,5683 0,6892 -

% ano 0,5683 1,1091 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

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COPOM SUGERE QUEDA EM LONGO PRAZO

bilhões de dólares é o total captado no mercado externo pelo Tesouro Nacional neste ano

POSSIBILIDADE DE O JURO CONTINUAR ALTO E NOVA OPERAÇÃO DO TESOURO NO EXTERIOR INFLUÍRAM NO CÂMBIO

DÓLAR NO MENOR NÍVEL EM CINCO ANOS Emiliano Capozoli/LUZ

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epois de recuar até romper a barreira de R$ 2,10 no início da tarde de ontem, o dólar comercial desacelerou a queda no fim dos negócios e fechou com desvalorização de 0,57%, a R$ 2,110 na ponta de venda — a cotação mais baixa desde março de 2001. Foi a sexta sessão consecutiva de queda do dólar. Entre os principais motivos que determinaram a baixa esteve a redução das apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) continuará elevando os juros norteamericanos por muito tempo. A emissão de US$ 500 milhões na reabertura do bônus global 2037 pelo Tesouro Nacional também aumentou o otimismo no mercado (leia mais sobre a emissão nesta página). A operação pode motivar empresas privadas a captar recursos no exterior, aumentando o fluxo de dólares no mercado de câmb i o b r a s i l e i ro . C o m f l u x o maior, a moeda norte-americana tende a continuar caindo. "Também contribuiu para a queda do dólar o fato de a taxa de inflação ao consumidor americano ter recuado", afirmou o economista da corretora Liquidez Marcelo Voss. O leilão de compra de dólares, em que o Banco Central (BC) aceitou 17 propostas, também enxugou parte da liquidez do mercado de câmbio perto do fechamento. Não houve leilão de swap cambial reverso pela sétima sessão seguida.

Copom — Os investidores também acompanharam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O documento praticamente descartou a possibilidade de um corte de 1 ponto percentual no juro básico na próxima reunião. Assim, o patamar elevado do juro brasileiro permaneceria atrativo ao investidor estrangeiro — mais um motivo para o dólar recuar. O responsável por câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhelyi, destacou que o mercado está dividido entre cortes de 0,50 ou de 0,75 ponto percentual na reunião de abril. Ainda no campo interno, o operador de câmbio de um banco nacional relatou um certo desconforto do mercado em relação às denúncias envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O mercado continua atento às declarações do caseiro Francenildo Santos Costa, que foi convocado a falar na CPI dos Bingos sobre o que acontecia em uma casa alugada por ex-assessores de Palocci em Brasília. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou praticamente estável, influenciada pelo exercício de opções sobre ações, marcado para segundafeira. O Ibovespa, principal indicador do mercado acionário, recuou 0,23%, para 38.180 pontos, depois de ter subido quase 4% nos dois pregões anteriores. O volume financeiro somou R$ 2,1 bilhões. (Reuters)

Juro deve cair em ritmo lento ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, sugere a continuidade de um processo de mais longo prazo para a queda dos juros e desmonta as análises de que a Selic (taxa básica da economia) poderia cair 1 ponto percentual em abril. "A ata sinalizou que a redução na próxima reunião será mesmo de 0,75 ponto", afirmou o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles. As apostas de mercado de que a taxa poderia sofrer uma queda mais acentuada no próximo mês foram estimuladas pelos votos de três integrantes do Copom em favor de um corte de 1 ponto já na reunião passada. O texto da ata explicita os argumentos do Copom que, por decisão de maioria do colegiado, reduziu de 17,25% para 16,5% a taxa Selic. Esses três diretores avaliaram que essa queda proporcionaria sinalização mais condizente com a melhora da avaliação de riscos observados nas duas reuniões deste ano. Eles entenderam que houve recuperação equilibrada da economia e destacaram as perspectivas de ampliação dos investimentos e alta de importações. Para esses diretores, também era possível perceber um arrefecimento do processo de aceleração da inflação. No entanto, foi feita a ressalva de que, apesar desse posicionamento, os diretores concordavam que os próximos passos do BC obedeceriam à lógica de condicionar suas decisões à evolução dos indicadores de inflação e às suas projeções. Tiro no pé — O economista do grupo de análise da conjuntura econômica da UFRJ Carlos Thadeu Filho disse que a percepção de que a taxa teria

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corte de 1 ponto percentual provocou uma queda forte dos juros de longo prazo. "Isso anulou o benefício que o Banco Central teria com a queda de 0,75 ponto percentual em seu esforço de fazer a inflação convergir para as metas." O problema foi contornado, segundo ele, pela inclusão na ata desse posicionamento dos diretores em relação à necessidade de acompanhar a evolução dos indicadores. A disposição para o gradualismo foi acentuada, na avaliação de Teles, da Concórdia, pelo fato de o texto ter ressaltado que ainda persistem incertezas quanto ao impacto na inflação da queda de 2,5 pontos percentuais na taxa Selic desde setembro do ano passado. Combustíveis — A ata reconhece o impacto do aumento dos preços dos combustíveis motivado pela alteração na composição da gasolina, com a redução de 25% para 20% da quantidade de álcool anidro na mistura. Mas considera que a correção dos preços poderá se reverter no longo prazo. A economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada, destacou o fato de o documento do Copom ter sinalizado que a distância entre a taxa de juros atual e a de equilíbrio estar menor atualmente. "Esse é um sinal de que o espaço para quedas maiores dos juros está reduzido", afirmou. A taxa de equilíbrio que seria capaz de fazer a economia crescer sem gerar pressões inflacionárias é calculada pelo mercado em torno dos 9% em termos reais, ou seja, descontada a inflação. "Com esse dado, ficou claro que a taxa de juros não cairá abaixo dos 14% neste ano, como algumas instituições chegaram a projetar", comentou a economista. (AE)

De acordo com Magliano, presidente da Bovespa, participação de pessoas físicas no mercado de ações saltou de 17% para 30% em quatro anos

Bolsa aborda 21 mil pessoas na praia casal de aposentados Tânia Salete e Paulo José De Conto teve grata surpresa ao ir à praia de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, como sempre faz aos domingos, no último dia 12 de fevereiro. Naquele dia, uma unidade móvel da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estava no local para dar informações aos banhistas sobre o mercado de capitais brasileiro. Curioso, o casal foi até o posto, ficou sabendo mais sobre os negócios com ações no mercado e, de quebra, ganhou em um sorteio passagens para visitar a sede da Bovespa, na capital paulista.

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Investidor de bolsa desde 1974, De Conto disse que saiu do mercado acionário em 2000, quando precisou se desfazer de papéis de empresas como Banco do Brasil e Petrobras para comprar uma casa no litoral catarinense. Ontem, o aposentado pôde ver, pessoalmente, o funcionamento do mercado ao participar de uma visita monitorada à Bovespa. "Tenho intenção agora de vender um dos meus imóveis e voltar a comprar ações", afirmou. Assim como o casal catarinense, 21,6 mil pessoas passaram neste ano por uma das unidades móveis da Bovespa, que percorreram 12 praias dos

litorais paulista, catarinense e gaúcho, durante os meses de janeiro e fevereiro. O projeto "Bovespa vai à Praia" é um dos pilares do programa de popularização da bolsa de valores – o "Bovespa vai até você". Esse foi o quarto ano consecutivo do projeto, cujo objetivo é levar informações do mercado acionário aos banhistas. No ano passado, o número de pessoas atendidas pelas unidades móveis nas praias foi de 19.738. "Esse aumento do interesse das pessoas por informações está em linha com o crescimento da participação das pessoas físicas na bolsa de valores, que era de 17% há quatro anos e

atualmente já atinge cerca de 30% dos negócios", afirmou o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho. Neste ano, 31 pessoas foram sorteadas para passar um dia na Bovespa, cada uma com acompanhante. Ontem, durante a visita, foi sorteada uma passagem para o Amazonas, que ficou com a escrevente técnica Regiane Ribeiro Paulino. "Fiquei entusiasmada para investir na bolsa depois de visitar a unidade móvel da Bovespa no Guarujá", contou a escrevente, que, por enquanto, aplica suas economias em fundos de renda fixa e na poupança. Adriana Gavaça

Marco Antônio Teixeira/Agência O Globo

BÔNUS País capta US$ 500 mi Brasil levantou ontem US$ 500 milhões na re a b e r t u r a d e u m a emissão de bônus global com vencimento em 2037, completando quase 60% da meta de captação para o biênio 2006/2007. O papel, vendido ao preço de 103,747% do valor de face, tem taxa de retorno ao investidor de 6,831% ao ano. O spread sobre os Treasuries (títulos do tesouro norteamericano) foi de 204 pontosbásicos — o menor já obtido pelo governo brasileiro. "O Tesouro Nacional está comprando papéis de curto prazo e emitindo outros de longo prazo", comentou um profissional de tesouraria, referindo-se ao programa do governo de recomprar títulos da dívida externa de prazo mais curto e de exercer a opção de recompra antecipada dos bra-

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Governo chinês quer interferir no preço do minério de ferro

Skaf critica ação do governo chinês presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, respondeu de forma provocativa ao ser questionado sobre a interferência do governo chinês nas negociações de minério de ferro entre mineradoras internacionais e empresas siderúrgicas daquele País. "É uma boa pergunta para ser feita. Não estão dizendo que a China é uma economia de mercado? Tem que perguntar para quem está falando que ela é economia de mercado, não para mim. Tem que perguntar para o governo brasileiro. Como é que pode acontecer uma coisa dessas se é uma economia de mercado? Não posso acreditar que isso esteja acontecendo", ironizou Skaf, ao deixar o Ministério da Fazenda, na quarta-feira à noite, depois de ter participado de reu-

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nião com o secretário da receita Federal, Jorge Rachid. O reconhecimento da China como economia de mercado foi um dos pontos negociados com o Brasil durante a visita ao País do presidente chinês Ho Jintao em novembro de 2004. Mas o governo brasileiro não o internalizou, pois a China não cumpriu uma série de contrapartidas. O reconhecimento sempre teve a oposição da maioria do setor empresarial. Para Skaf, o Brasil deve manter relações comerciais com a China, mas precisa tomar "os devidos cuidados". "Estamos vendo entrar no Brasil pneus, máquinas, equipamentos, eletroeletrônicos, óculos, armações, têxteis e calçados da China a preços de banana. Tem óculos entrando a R$ 0,01. Isso existe? Agora, o que o governo brasileiro está esperando para tomar as medidas?" (AE)

di es (papéis da renegociação da dívida externa) que ainda estão no mercado. Com a operação anunciada ontem, sobe para US$ 5,4 bilhões o volume já captado pelo Brasil em 2006. A meta para este ano e o próximo é de US$ 9 bilhões. A emissão foi liderada pelos bancos HSBC e JP Morgan, com o apoio do Itaú. O Global 2037 foi vendido anteriormente em janeiro passado. Na ocasião, o Brasil captou US$ 1 bilhão com esses papéis, com spread de 295 pontosbásicos. A captação contribuiu para a queda do dólar frente ao real (leia mais sobre o comportamento do dólar em reportagem nesta página). Durante os negócios, a moeda norte-americana chegou a ser cotada abaixo de R$ 2,10 pela primeira vez em cinco anos, mas caiu menos no fechamento. (Reuters)

Cresce o PIB da Argentina Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu 2,1% no quarto trimestre de 2005 em comparação com o terceiro trimestre e registrou uma expansão de 9,1% sobre igual período de 2004, segundo dado preliminar divulgado pela Agência

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Nacional de Estatística. No ano passado, o PIB argentino registrou um crescimento de 9,2%, resultado ligeiramente superior à expansão de 9% em 2004. O resultado do quarto trimestre de 2005 ficou acima das expectativas. (AE)


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Nacional Tr i b u t o s Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Pilastras espelhadas impedem a visibilidade dos seguranças de um edifício comercial

OFERTA DE IMÓVEIS PODE CRESCER ATÉ 15%

Emiliano Capazoli/Luz

SEGURANÇA Sistema de proteção deve ser planejado com imóvel na planta Projeto precisa aliar beleza e tranqüilidade para moradores de edifícios

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uem se sente tranqüilo morando ou trabalhando em um imóvel monitorado por câmeras e alarmes nem imagina do que a criatividade dos criminosos é capaz – e o que a tecnologia pode fazer para combatê-la. Mas, de acordo com especialistas, não basta dinheiro para comprar equipamentos. É preciso inteligência e planejamento para não gastar além do necessário e conseguir bons resultados. O ideal, ressaltam os profissionais da área, é pensar no projeto de segurança quando o imóvel ainda está na planta. Nessas situações, arquitetos e peritos reúnem-se para chegar a um denominador comum, que inclua beleza e proteção. "Essa parceria é o primeiro passo para uma bem-sucedida combinação de design e tranqüilidade para quem vai freqüentar o imóvel", afirma Hugo Tisaka, presidente da NSA Brasil, empresa especializada em projetos de segurança. De acordo com ele, durante a execução da obra são determinadas as formas de controle de acesso de pessoas e veículos,

entre outras medidas que inibem assaltos e outros atos criminosos em geral. A NSA foi criada há quatro anos e tem como sócio Billy Kearny, chefe da segurança da Grã-Bretanha na cidade de Bazra, no Iraque. Prevenção – Tisaka afirma que é possível utilizar a iluminação e a infra-estrutura do imóvel para ajudar na prevenção de assaltos e de prejuízos ao patrimônio, e isso fica mais fácil quando o imóvel ainda está em projeto. "Jamais a guarita dos porteiros deve ficar na entrada. Se for colocada muito à vista, vira presa fácil para os assaltantes", afirma. Segundo o especialista, a maior parte dos ambientes deve ganhar farta iluminação. "Mas alguns têm que estar propositalmente no escuro, como a guarita, que deve ser construída em uma parte mais alta e recuada em relação à rua", diz. Ele lembra também que a eclusa da garagem (sistema em que um segundo portão só se abre quando o primeiro estiver fechado) não precisa de muita iluminação. Em relação aos portões, por sinal, Tisaka recomenda que

sempre tenham barras verticais, para impedir que ladrões os escalem para entrar no imóvel. "Ao longo dos muros, vale até a antiga solução dos cacos de vidro quebrados", observa. O especialista diz ainda que os seguranças de um imóvel nunca devem trabalhar armados. "Certamente o cliente não quer presenciar uma troca de tiros no lugar onde mora ou trabalha." Ele também condena aqueles selinhos de identificação de condomínios que muitos usam nos carros. "Se o dono do imóvel vai até a padaria, por exemplo, um ladrão pode ficar sabendo onde ele mora", destaca. Atenção – Segundo o especialista, os consumidores precisam estar atentos para não serem convencidos a comprar sistemas de proteção de que não precisam. "Não são raros os casos de pessoas e condomínios que gastam fortunas instalando ferramentas inadequadas. De acordo com ele, um projeto completo de segurança custa entre R$ 20 mil e R$ 400 mil, dependendo dos equipamentos utilizados.

Acima, Hugo Tisaka, especialista em segurança, visto por um espelho na entrada de um prédio. Abaixo, cercas elétricas e seguranças protegem os muros.

Neide Martingo

FIANÇA Garantida a penhora de bem único Divulgação

Falta de visibilidade é o maior erro na segurança do prédio fotografado acima. Ao lado, monitor mostra todas as áreas comuns de um edifício na região dos Jardins, em São Paulo.

PRÉDIOS CONVIVEM COM ERROS

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equipe de reportagem do Diário do Comércio percorreu algumas ruas do

elegante bairro dos Jardins, em São Paulo, com o especialista em segurança Hugo Tisaka. O desperdício de dinheiro estava em toda a parte. Um edifício comercial com várias colunas na frente foi o que mais chamou a atenção do especialista. "Qualquer pessoa poderia se esconder atrás das pilastras e planejar um ataque".

Outro erro comum são os seguranças sentados debaixo de guarda-sóis em frente aos prédios. Um deles estava lendo. "São testemunhas remuneradas, eles não podem fazer nada se houver perigo." Detalhe: nenhum dos funcionários dos imóveis visitados abordou o fotógrafo da reportagem em busca de explicações. (NM)

ma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode chacoalhar o mercado imobiliário. O plenário do Supremo decidiu recentemente que é constitucional a penhora de bem único de fiador em contrato de locação. Com isso, mesmo que o bem oferecido em garantia seja a residência do fiador, ela poderá ir a penhora em caso de não pagamento de aluguel pelo locatário. Para Roseli Hernandes, gerente da administradora de imóveis Lello, a decisão vai ampliar a oferta de imóveis de 10% a 15%. Já para o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a medida ampliará a possibilidade de pessoas poderem ser fiadoras. "O mercado deixará de exigir um fiador com vários bens", afirmou José Roberto Federighi, vicepresidente do Secovi-SP. Em abril de 2005, o ministro Carlos Velloso proferiu duas sentenças em favor de fiadores que teriam a residência penhorada. Ele entendeu que ao excluir o fiador da proteção contra a penhora de bem de família, o dispositivo da Lei n° 8.245/91, a Lei do In-

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Roseli, da Lello, acredita que haverá ampliação na oferta de imóveis

quilinato, feriu o princípio constitucional da isonomia. A decisão do ministro, hoje aposentado, alterou o entendimento vigente até então. "Foram essas decisões que levaram o mercado a não aceitar fiador com um único imóvel", disse Federighi. A advogada Thais Maria Mastriani Furini Cordero, do escritório Trevisioli Advogados Associados, concorda com o posicionamento de Velloso. "A Constituição garante o di-

reito à moradia como um direito social e ele prevalece ao direito à cobrança", alega. O advogado Caio Mário Fiorini Barbosa, do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados, diverge sobre o tema. "Concordo com a recente posição do Supremo porque a lei é taxativa ao prever as hipóteses em que o bem de família não está protegido, e o caso de fiança é uma dessas hipóteses", disse. Laura Ignacio


Ano 81 - Nº 22.088 São Paulo, sexta-feira a domingo, 17 a 19 de março de 2006

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60

Supremo Tribunal Federal, que na quarta-feira garantiu a mudez de Duda Mendonça, marqueteiro de Lula, impôs ontem novo silêncio à CPI dos Bingos. Depoimento do caseiro Nildo Santos Costa (foto) foi interrompido, quando este revelava detalhes das supostas visitas do ministro Palocci à mansão alugada em Brasília pelos amigos de Ribeirão Preto. Foi "o fechamento moral do Congresso", resumiu o senador Heráclito Fortes (PFL).

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

'Uma afronta que joga por terra o princípio de independência dos Poderes' Senador Artur Virgílio (PSDB) critica a decisão do Supremo e pede a demissão de Palocci. Páginas 3 e 4

Arte de céllus sobre fotos de Beto Barata/AE e Paulo Pampolin/Hype

LEÃO-BOCA-ABERTA ARRECADA R$ 27,568 BI Receita abocanhou em fevereiro 4,58% mais do que no mesmo mês de 2005. Campanha De Olho no Imposto já tem 320 mil adesões em São Paulo. Economia/1

Mozart para todos

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ

Luiz Prado/LUZ

Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

Na foto, Papageno (barítono Lício Bruno), caçador de pássaros gabola, e Pamina (soprano Rosana Lamosa), jovem por quem o príncipe egípcio Tamino se apaixona. Eles são personagens centrais da mais popular e cativante ópera de Mozart, A Flauta Mágica, que estréia no Municipal. Leia mais: Julia Lemmertz emociona com a peça Molly Sweeney. E futebol na Bienal. DCultura


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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

IPTU: descontos para quem estiver devendo

CIDADES & ENTIDADES - 11

Paulistas são os que mais viajam

Ônibus: secretário dá explicações a vereadores

Pesquisa sobre turismo interno mostra que os paulistas preferem o próprio estado como destino

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Arquivo DC

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esquisa sobre o turismo doméstico realizada pelo governo federal e divulgada ontem mostra que 73,3% dos paulistas com renda superior a um salário mínimo que viajam, escolhem o próprio estado como destino. Os viajantes que optam por destinos localizados fora de São Paulo (26 7%) sustentam economicamente grande parte do turismo nacional, de acordo com informações do diretor de Estudos e Pesquisas do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), José Francisco de Salles Lopes que coordenou o trabalho de pesquisa, realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O número de brasileiros que viajam pelo País aumentou 5 8% em relação ao último levantamento nacional, realizado em 2002. Foram visitados 36 mil domicílios em janeiro e fevereiro, mas os dados divulgados ontem, ainda em fase de conclusão, correspondem a cerca de 30 mil, o dobro da sondagem anterior. De cada 10 brasileiros, em média, pelo menos 4 realizam viagens domésticas. O principal motivo para não viajar – metade (50,7%) da população urbana com renda acima de um salário mínimo – é a falta de dinheiro. "Se nós compararmos, por exemplo, São Paulo, no Brasil, com a França, em relação à Europa, é mais ou menos isso: 81% dos franceses viajam dentro da França e todo mundo quer ir

Levantamento da Embratur em parceria com a Fipe constatou que houve um crescimento nas viagens aéreas

à França. Agora, muita gente vem a São Paulo não apenas para lazer. O motivo do deslocamento pode ser profissional, para uma viagem de tratamento de saúde, de estudo, de cultura. Dessa forma, São Paulo tem um peso por causa da população e da renda", disse o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia. "Mas todo mundo no Brasil tem o sonho de ir ao Rio de Janeiro, por causa das maravilhas que a cidade oferece." O Rio de Janeiro ficou em terceiro lugar no ranking dos principais destinos, depois de São Paulo e Minas Gerais. "O Rio está em terceiro porque sua população é a terceira do Brasil, e a imensa maioria dos brasileiros não tem renda para viajar para fora do seu Estado", afirmou o ministro. Segundo sua avaliação, "não é a violência

César Rodrigues/Folha Imagem

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artas de cobrança da Prefeitura de São Paulo começarão a chegar nas próximas semanas às casas de devedores do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Mas, junto com a má notícia, vem um incentivo para que paguem suas dívidas. Trata-se de descontos de 100% nos juros e de até 75% nas multas por atraso. Há algumas condições, é claro. Por exemplo: só terá direito ao incentivo integral quem pagar a dívida à vista. Para quem quiser parcelar, o desconto da multa cai para 50%. Além disso, só têm direito à negociação pessoas e empresas com dívidas anteriores a 31 de dezembro de 2004 que estejam com o IPTU de 2005 em dia. Se ganham os devedores, pode lucrar mais ainda o Tesouro municipal. O cálculo da Secretaria Municipal de Finanças é que, se as condições forem aceitas pelos devedores, haverá um aumento de até R$ 45 milhões nas receitas da Prefeitura para este ano. A Prefeitura diz que ainda não é possível fixar datas exatas para o envio das correspondências. Para que isso seja feito, é necessário primeiro homologar o sistema de cobranças, que ainda está sendo preparado pela Secretaria Municipal de Finanças. A Prefeitura informa que somente no final da semana que vem saberá se o sistema já permite o início do processo. A partir de então, será possível definir quando as cartas começam a ser enviadas. Mas, durante um encontro ocorrido na quartafeira à noite com sindicatos de empresas que prestam serviços de vigilância, limpeza de hospitais e escolas e restaurantes, para discutir questões tributárias dessas categorias, o secretário-adjunto de Finanças, George Tormin, disse aos ouvintes que as correspondências poderiam ser mandadas a partir da semana que vem. A iniciativa faz parte do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), projeto de lei aprovado em dezembro do ano passado pela Câmara Municipal. Caso o contribuinte deva impostos de 2002 e 2004, por exemplo, mas tiver pago o do ano passado, poderá negociar o débito conforme as novas regras. Mas no caso de não pagamento de qualquer crédito relativo a 2005, perderá o direito ao PPI e haverá incidência de juros sobre sua dívida. Tormin disse ainda que os devedores que aceitarem participar do programa receberão os valores cobrados de suas prestações pelo correio. No encontro com os sindicatos, ele disse que os pagamentos poderão ser feitos "100% pela internet". Para as empresas, as parcelas mínimas serão de R$ 500. Pessoas físicas poderão pagar parcelas mínimas de R$ 50. Haverá possibilidade de parcelar os pagamentos em até 120 vezes. (AE)

que impede as pessoas de virem ao Rio, é a renda". Internamente, em São Paulo, a relação população/visitantes se repete: depois dos próprios paulistas, vêm os mineiros (8,6%) e os fluminenses (4%). No Rio, lidera a população local (39,6%) seguida por paulistas (25,9%) e mineiros (17,8%). Mas São Paulo domina o turismo doméstico, liderando o ranking em Alagoas (30 5%), na Bahia (25,8%), no Piauí (31,1%), no Rio Grande do Norte (22,8%), no Mato Grosso (30,9%) e no Mato Grosso do Sul (52,7%). A pesquisa revela que o principal meio de transporte do turista interno é o automóvel, cujo índice subiu de 39% em 2002 para 48,5% neste ano. O uso de vôos domésticos também registrou crescimento, de 13% para 15,7%, e o de

ônibus de linha caiu, 29% para 21,7%. Em quatro anos, as viagens internacionais aumentaram 129% no País, saltando de 1,7%, em 2002, para 3,9%, em 2006. De acordo com o trabalho divulgado ontem, dois terços dos brasileiros que vão para o exterior gostariam igualmente de viajar pelo País, mas reclamam do preço. "O povo está dizendo que quer viajar, mas os preços do turismo interno ainda estão caros", afirmou o ministro. Segundo ele, o governo negocia com companhias aéreas e com o sistema hoteleiro o lançamento de um pacote de promoções, o 'Vai, Brasil'. "Os preços vão ser surpreendentes", declarou. Questionado sobre seus planos políticos, o ministro disse que não será candidato e que ficará até o fim do ano no governo. (AE)

CIDADE PARADA – Um temporal parou São Paulo ontem. Nas zonas norte, oeste e leste, as filas de carros e ônibus andavam a menos de 10 quilômetros por hora. Às 19h30 a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), registrou pico de congestionamento de 147 quilômetros. Na quinta-feira da semana passada, no mesmo horário foram registrados 74. Uma árvore caiu na avenida Braz Leme, em Santana (foto), atrapalhando o trânsito. A marginal Tietê e o Centro ficaram em estado de atenção às 16h10. O túnel do Anhangabaú foi fechado pela CET, no sentido aeroporto, às 18h30. Às 20h ainda não tinha sido reaberto. A Grande São Paulo também teve problemas. No Jardim Rochedale, em Osasco, as ruas ficaram inundadas. (AE)

CRAVINHOS

ESTAÇÃO

s irmãos Christian e Daniel Cravinhos, acusados de matar o casal Manfred e Marísia Von Richtofen, em outubro de 2002, vão continuar na cadeia. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, habeas-corpus, impetrado em favor de ambos com objetivo de revogar prisão preventiva decretada em janeiro, após entrevista à Rádio Jovem Pan. Os desembargadores entenderam que, na entrevista, além de demonstrarem grande frieza, os dois irmãos fizeram apologia ao crime. Para eles, é indispensável manter os dois assassinos confessos na cadeia para garantir a ordem pública e a segurança social. Os irmãos estiveram presos três anos. Em novembro foram libertados e, logo depois, novamente presos. Suzane Von Richtofen, filha das vítimas, continua livre.

entrega da estação USP Leste da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai atrasar mais uma vez. Prometida para abril e depois para novembro deste ano, ela só será inaugurada em março de 2007, prazo agora definitivo, segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Foram iniciadas ontem as obras na estação que vai atender cerca de 2 mil alunos do campus leste da Universidade de São Paulo. A nova parada faz parte do projeto para modernizar a Linha F da CPTM, que liga o Brás a Calmon Viana, orçado em R$ 250,6 milhões. O plano também prevê a construção das estações Jardim Romano e Jardim Helena, reforma das paradas Itaim Paulista e Comendador Ermelino, recuperação de 10 trens inoperantes e modernização de 49 composições. (AE)

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A Ó RBITA

MONTELLO uase 30 acadêmicos foram ontem à Academia Brasileira de Letras (ABL) para velar o escritor Josué Montello, morto quarta-feira. Sua morte adiou a eleição para a cadeira nº 28, ocupada até novembro pelo ex-ministro Oscar Dias Corrêa, e quebrou uma rotina. Como a eleição foi adiada para quintafeira, dia de sessão ordinária na ABL, a sessão da saudade que vai declarar vaga a cadeira nº 29, que era de Montello, será na tarde de terça-feira. Montello foi enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio. Ele era casado com Yvonne Montello, tinha duas filhas, cinco netos e três bisnetos. (AE)

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Secretário Municipal de Transportes, Frederico Bussinger, esteve ontem à tarde na Câmara Municipal para esclarecer aos vereadores sobre os problemas, surgidos nos últimos dias, entre as empresas de ônibus e a Prefeitura. As acusações de quebra de contrato com as empresas de ônibus por parte da Prefeitura foi o principal ponto discutido. Houve confusão, acusação e empurra-empurra entre os vereadores Dalton Silvano (PSDB) e Adilson Amadeu (PTB). Logo no início da sabatina parlamentar, o secretário foi acusado de crime de prevaricação. Ele teria conhecimento, segundo acusações, de que as empresas de ônibus não recolhem o INSS e não teria tomado nenhuma medida para remediar a situação. "Ele admitiu que sabia que as empresas não pagavam o INSS e não fez nada. Por conta disso, os vereadores vão entrar com uma representação no Ministério Público por crime de prevaricação", disse o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PL). Rodrigues ainda questionou o secretário sobre um contrato, firmado no ano passado, entre a empresa de ônibus Sambaíba e o Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente (Idelt), atualmente presidido pela mulher do secretário, Vera Bussinger. O secretário foi um dos fundadores do Idelt, mas está afastado da sua administração. "Pode ser legal, mas é imoral por parte do secretário. Afinal, como uma empresa fundada por ele pode ter negócios com a Viação Sambaíba, uma empresa que presta serviço a Prefeitura?", indagou o vereador Rodrigues. Bussinger disse que desconhece esse contrato, justamente por estar afastado do Idelt. "Além disso, não vou indagar a minha mulher sobre essas questões. Não misturo questões institucionais com questões caseiras", afirmou. Em contrapartida, um dos diretores da Viação Sambaíba, Carlos Alberto Fonseca, admitiu que a empresa realmente contratou os serviços da Idelt para a realização de uma análise sobre a possibilidade de o rio Tietê ser usado como meio de transporte público. Fonseca não revelou, no entanto, os valores do contrato firmado com o instituto. Ivan Ventura


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12 -.CIDADES & ENTIDADES

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Sergio Castro/AE - 06/10/2003

Leito do rio Jacareí, tributário do Sistema Cantareira, em São Paulo, durante seca ocorrida em 2003

A FONTE VAI SECAR Quarta-feira é o Dia Internacional da Água. Não haverá festa: os recursos hidrícos do planeta estão acabando.

AB ão aç

de pessoas em 368 municípios. Da captação às torneiras e chuveiros, a água percorre um longo caminho. O processo começa com a retirada da água bruta, ou seja, natural, de mananciais superficiais (rios, lagos ou represas) e profundos (poços). A água então é bombeada para as estações de tratamento e eliminação de impurezas. Caminhos – O DC visitou a Estação de Tratamento de Guaraú, a maior produtora do estado, com capacidade para 33 mil litros de água/segundo, equivalentes a 51,7% do total produzido na Região Metropolitana. Lá é tratada a água do Sistema Cantareira, que abastece 9 milhões de pessoas das zonas norte, central e parte da leste e oeste, além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Guarulhos (parte), Osasco, Carapicuíba, Barueri (parte), Taboão da Serra (parte), Santo André (parte) e São Caetano. A água de Guaraú vem das barragens dos rios Juqueri, Atibainha, Cachoeira, Jacareí e Jaguari. A chegada à estação é controlada por válvulas. Lá ela passa por um gradeamento que retém resíduos sólidos, como folhas, galhos e peixes, e segue para a bacia de tranquilização.

str

sivo do planeta. De acordo com a ONU, hoje 41% da superfície da Terra é formada por áreas secas, onde vivem 2 bilhões de pessoas. "Se as crianças e os jovens de hoje cuidarem do meio ambiente e tiverem consciência de como usar corretamente a água, sem esbanjar, poderemos ter menos transtornos. Mas, infelizmente, ainda há muito a ser feito. Há pessoas que utilizam o seguinte argumento: não economizam água porque pagam por ela. Na verdade, elas não pagam pela água e sim pela manutenção da água. Num futuro próximo, essas mesmas pessoas poderão até ter dinheiro, mas não água para beber. O erro é achar que a água é um bem infinito", afirmou Luzia. De acordo com dados da ONG Universidade da Água, 97,5% da água do mundo é salgada, 2,5% é doce, mas encontra-se em geleiras ou áreas subterrâneas de difícil acesso. Com isso, apenas 0,8% da água disponível no planeta é aproveitável para o consumo humano. Para citar um exemplo concreto e mais próximo dos brasileiros, basta dizer que o estado de São Paulo abriga 22% da população brasileira e possui apenas 1,65% da água doce existente no País. Mais: na Região Metropolitana de São Paulo, onde vive 47% da população paulista, a disponibilidade é de menos de 4%. Processo – Para a especialista da Sabesp, o ideal é que as pessoas conheçam o processo de manutenção da água retirada dos rios e outras fontes acessíveis e saber como ela chega às nossas torneiras. De acordo com a especialista, ao dispor dessa consciência, as pessoas perceberão a exata importância e – sobretudo – das reais condições de nosso recursos hídricos. "Crianças que aprendem essas noções na escola se tornam diferentes e cobram a economia dos pais", disse Luzia. Somente no estado de São Paulo, são produzidos 65 mil litros de água por segundo para abastecer 25 milhões

Ilu

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perspectiva não é nada boa. Nos próximos 20 anos, pelo menos 45 nações no mundo não deverão mais ter água potável. Mesmo parecendo um desastre distante, a escassez de água já atinge algumas regiões do Brasil e da Europa. No País, rios das regiões sul, sudeste e, principalmente, da Amazônia sofrem com a seca. No fim do ano passado o Brasil e o mundo viram cenas até então impensáveis: rios caudalosos como o Solimões, Negro e Amazonas com trechos de seus leitos à mostra. Na Europa, a reciclagem já é uma realidade. Em outras localidades, uma nova modalidade de crime: assassinatos motivados pela falta d'água. A análise da atual situação da água no planeta, baseada em estudos e pesquisas, é da assessora de educação ambiental da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Luzia Helena Almeida. Para a especialista, a próxima quarta-feira – quando se comemora o Dia Internacional da Água – não será um dia de festa. Consciência – "A água potável do mundo está acabando. O Brasil detém 13,7% da água doce do planeta, mas não sabemos até quando nossos lençóis aguentarão. Ao mesmo tempo, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem sem qualquer tipo de saneamento básico, com todas as consequências dessa carências, entre elas a morte. A conscientização sobre o uso racional dos recursos hídricos e a conscientização das novas gerações, especialmente nas escolas, poderão evitar uma guerra futura pela disputa da água. Todo o mundo está de olho onde está a fonte", disse Luzia. Segundo relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos, um quinto da população do planeta não tem acesso à água potável e 40% não dispõem de condições sanitárias básicas. Os três motivos básicos para essa situação: gestões equivocadas de governos, recursos limitados dos países mais afetados e mudanças climáticas, entre elas o efeito estufa, que gera o aquecimento lento, mas p ro g re s-

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Kelly Ferreira

Ricardo Oliveira/Correio Amazonense/AE - 12/10/2005

Abaixo, mais informações sobre os caminhos da água

Vista aérea da região de Anama, junto ao rio Amazonas, castigada pela estiagem registrada no fim de 2005. Vários rios amazônicos foram afetados.

Muito trabalho até chegar à torneira

Q

uando se abre a torneira ou o chuveiro, não se tem noção do trabalho que foi desenvolvido até que a água chegasse em casa limpa, cristalina e potável. Em qualquer uma das oito estações de tratamento existentes no Estado de São Paulo, a água passa por várias etapas antes de poder ser consumida. Na Estação de Guaraú, por exemplo, após passar pelo gradeamento, a primeira das etapas, que retém resíduos sólidos, a água vai para a Bacia de Tranqüilização, onde é adicionado o sulfato de alumínio e o cloro, para desinfecção. Esses produtos reduzem o gosto e o odor da água e controlam o crescimento de matérias orgânicas no filtro e nas paredes dos decantadores (onde acontece o processo de tratamento). O consumo diário de cloro é de 10 toneladas e o de sulfato, 50 metros cúbicos. "Nessa primeira etapa, a sujeira da água adere ao sulfato e vai direto para os floculadores – um tanque com hélices com baixa, média e alta pressão. Lá, os resíduos formam flocos e vão para o tanque de decantação, uma espécie de piscina com 47 metros de largura, 125 de comprimento e 5 de profundidade", disse Rosa Monaro, Relações Públicas da Sabesp. No decantador, cerca de 70% da sujeira mais leve é retirada da superfície com uma rede. Os outros

Alexandre Nóbrega/Digna Imagem - 24/11/2004

Processo de purificação da água passa por várias fases e limpa 33 mil litros/segundo

30% restantes, ainda submersos, vão para um novo estágio: a filtração. Nesse processo são retiradas as frações de partículas de impurezas e as sujeiras suspensas que não foram extraídas no decantador. A água recebe cloro e cal – produtos que equilibram o pH e a acidez – e é distribuída para 48 filtros com camadas de carvão antracito, areia e cascalho que seguram a sujeira. "Os filtros são lavados, em média, a cada 30 horas. A lavagem é feita com uma corrente de água no sentido oposto, cujo jato dura em torno de oito minutos", explicou Rosa. A água usada para limpeza – cerca de 1,1 milhão de litros – é reaproveitada e retorna ao início do processo de tratamento, na Tranqüilização.

Após ser filtrada, a água vai para um reservatório onde são adicionados, se necessário, cal e cloro, e também flúor. "O cloro garante uma água sem contaminação, o cal sem acidez e o flúor contribui para redução de cáries ", disse. Quando chega-se nesse ponto já pode-se dizer que a água está pronta para consumo. Ela pode ser distribuída para os 331 reservatórios atendidos pela Estação Guaraú. "O processo para limpar a água parece lento, mas se imaginarmos que são 33 mil litros de água por segundo, vamos perceber que não é tanto assim. É uma pena que as pessoas não conheçam o trabalho e a ainda esbanjem esse recurso que está em escassez", finalizou Rosa. (KF)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

PRISÃO Foi preso o funileiro José Carlos Marques, de 35 anos, acusado de sequestrar um dentista em Jundiaí, quinta-feira.

PIRATARIA

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Ministério da Justiça lançou ontem uma campanha nacional de combate à pirataria. Sob o slogan Pirata, Tô Fora, a campanha pretende conscientizar a população a não adquirir cópias ilegais de produtos, pois isto é crime. Pesquisa do ministério mostra que o grande público consumidor desse tipo de produto está na faixa dos 15 a 24 anos. Estiveram no lançamento os cantores Fagner e Luís Caldas. Durante o evento, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ressaltou que ações, principalmente policiais, estão aumentando o número de apreensões de produtos falsificados. Em 2005 as apreensões na fronteira com o Paraguai cresceram 130% e o comércio ilegal caiu 60%. (AE)

SUSPENSÃO

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão da comercialização e uso de lotes de dois anestésicos fabricados pelo laboratório Hipolabor, de Sabará, na grande Belo Horizonte. Os medicamentos podem ter causado convulsões em oito mulheres que passaram por cirurgias. Estão suspensos o Tradinol (Cloridrato de Bupivacaína), lote AR001/05, com validade até 05/2007, e o Lidol injetável (Cloridrato de Lidocaína), lote LL239/05, com validade até 12/2007. A medida é cautelar e tem validade até a conclusão da investigação sobre as reações. (AE)

Cabo confessa roubo de armas

CAPOTAMENTO Uma pessoa ficou ferida após um acidente entre três veículos, por volta das 9h, na rua Leopoldo Miguez, no Cambuci. Um carro capotou. Paulo Liebert/AE

Ó RBITA

CIDADES & ENTIDADES - 13

PARA COMBATER OS PERNILONGOS

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pesar de a Prefeitura continuar com o trabalho de limpeza nas margens do rio Pinheiros, para tentar acabar com a proliferação dos pernilongos, alguns trechos da marginal Pinheiros ainda estão com o mato alto. Ontem, funcionários trabalhavam entre as pontes do Morumbi e João Dias, na zona sul da cidade.

O zumbido de pernilongos se tornaram insuportáveis para os moradores de bairros próximos do rio. A quantidade de mosquitos aumentou muito neste verão, principalmente nos fins de tarde, quando eles invadem as casas. Segundo a Vigilância Sanitária, a Empresa Metropolitana de Águas e

FRANCESA

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oliciais federais prenderam em flagrante, na quartafeira, a francesa P.C.S., de 31 anos, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Nervosa, ela levava apenas uma caixa de papelão. Nela, os policiais encontraram um par de sapatos tipo plataforma com 51 cápsulas contendo aproximadamente dois quilos de cocaína. (AE)

Energia (Emae), responsável pela limpeza e corte da folhagem das margens, atrasou os trabalhos, que começaram só neste mês. Já a Emae diz que faz o corte diariamente e culpa uma suposta estiagem na região. Depois das reclamações e de os serviços serem intensificados, os moradores já notaram uma pequena melhora. (Da Redação)

DROGA EM FITAS VHS

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Polícia Federal prendeu, na noite de quarta-feira, dois peruanos com cocaína no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. P.E.C.G., de 28 anos, desembarcou de um vôo proveniente de Lima, no Peru, e foi ao encontro de R.G.M.L de 29 anos. Na bagagem, ele levava 32 fitas VHS. Dentro delas estava escondida a cocaína. Preso

em flagrante, um deles contou que, no aeroporto havia mais bagagens com drogas. Os prosseguiram com as buscas e localizaram mais 64 fitas VHS também com cocaína. No total, os policiais federais apreenderam sete quilos da droga. Os dois peruanos foram presos e responderão na Justiça por tráfico internacional de drogas. (AE)

O

ex-cabo do Exército Joelson Basílio da Silva, de 23 anos, confessou ter sido o mentor da invasão ao Estabelecimento Central de Transporte (ECT) e do roubo dos 10 fuzis e da pistola, no dia 3, no Rio. As armas foram recuperadas terça-feira. O Ministério Público Militar (MPM) considera ter material suficiente para sustentar a denúncia contra Silva e contra o ex-soldado Carlos Leandro de Souza, de 22 anos, delatado pelo ex-cabo. Os dois trabalharam no ECT. Silva, que era lotado no quartel até fevereiro, mora no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Em depoimento, na quarta-feira, ele disse que cinco civis, que também vivem no Alemão, participaram do assalto. O grupo entrou no quartel à procura do armamento e outros criminosos ficaram do lado de fora. Não está claro para os investigadores se Silva idealizou a ação sob encomenda de traficantes ou se ele pretendia vender as armas. De acordo com informações da Polícia Civil do Rio, um fuzil FAL calibre 762, como o roubado do ECT, se estiver em bom estado, chega a valer R$ 25 mil no mercado paralelo; uma pistola calibre 9 milímetros, R$ 1 mil. Souza mora na favela do Dique, na zona norte. Ele não confessou, mas há indícios de sua participação invasão. A situação de Silva, que já era investigado por conivência com traficantes, é a mais complicada: suas impressões digitais estavam no portão do ECT. Outra prova é o depoimento de uma sentinela do quartel,

que o reconheceu pela voz, compleição física e jeito de andar, já que os criminosos estavam com os rostos cobertos por toucas ninja. Ele também reprovado no teste com o detector de mentiras. Silva e Souza teriam pulado o muro com a ajuda de pelo menos mais quatro ex-militares. Eles espancaram as sentinelas. A prisão temporária deles, determinada pela Justiça Militar, expira segunda-feira, mas o pedido será renovado. Eles estão no quartel da Polícia do Exército, na zona norte. Denúncia - O promotor do MPM Antônio Carlos Facuri acredita que a denúncia, por roubo triplamente qualificado (efetuado por mais de dois agentes, com emprego de arma e contra pessoas que estavam de serviço), sairá na semana que vem. A pena varia entre 4 e 15 anos de prisão. O ex-cabo do Exército Leandro Saturnino, de 22 anos, detido na Rocinha terça-feira, também é suspeito, mas não há informações sobre sua participação direta. Saturnino, que serviu no 15º Regimento de Cavalaria Motorizada, foi capturado com armas, bombas e munição e poderá ser indiciado por associação para o tráfico. Versões - Ontem, o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste (CML), general Hélio Macedo, disse que uma equipe do setor de inteligência encontrou o armamento numa trilha em São Conrado. Na terça, ele havia declarado que um informante avisara militares de plantão na Rocinha sobre a localização. Já na quarta, declarou que denúncias foram determinantes. (AE)

Domingos Peixoto/Agência O Globo

Os dois ex-militares estão presos no quartel da Polícia do Exército, na zona norte do Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de participação no roubo de 10 fuzis e uma pistola de um quartel em São Cristóvão, no dia 3. As armas foram recuperadas na terça-feira.

Factoring

DC

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.LEGAIS

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 4)

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Para melhor comparabilidade das demonstrações financeiras, foram efetuadas reclassificações nos saldos de 31 de dezembro de 2004 Divulgação anterior

Demonstração do Resultado Outras receitas/despesas operacionais ................................................................ Outras despesas operacionais (1) ............................................................................ Resultado operacional .......................................................................................... Resultado não operacional (1) .............................................................................. Lucro Líquido ........................................................................................................ (1) Reclassificação de resultado não operacional para outras despesas operacionais. 5)

(3.328) (3.328) (3.328) 3.328 –

(501.727) (383.612) 415.239 (910) 342.252

Contratos de “swap”

Contratos de “swaps” Posição ativa: Mercado interfinanceiro ................................................................................... Posição passiva: Prefixados ........................................................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil Total 2005 2004

181 a 360 dias

1 a 30 dias 7.909 – 7.909 240.157 240.157 248.066 3.948

– – – 101 101 101 87

7.909 – 7.909 240.258 240.258 248.167

Títulos (1)

1 a 30 dias

Títulos para negociação ...... - Letras financeiras do tesouro - Cotas de fundos de investimento .................................. Títulos disponíveis para venda - Ações .................................. Instrumentos financeiros derivativos .............................. Total em 2005 ........................ Total em 2004 ........................

Ajuste a receber .................................................... Ajuste a pagar ....................................................... Total líquido ........................................................

Valor Global

Valor Líquido

410.279

410.279

1.499.146

1.499.146

438.862

438.862

1.655.314

1.655.314

2.686 (26.335) (23.649)

Valor de mercado

(68) (4.866) (4.934)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Ajuste a valor Valor de de mercado mercado

Custo atualizado

2.618 (31.201) (28.583)

429 (120.458) (120.029)

2.349 (38.488) (36.139)

1 a 90 dias

Valor de Valor de Valor de Acima de Marcação mercado custo Marcação custo 360 dias contábil (2) atualizado a mercado atualizado a mercado

91 a 180 dias

180 a 360 dias

Em 31 de dezembro - R$ mil Total 2005 2004

Acima de 360 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

3.708 –

– –

54 54

445 445

4.207 499

4.203 495

4 4

3.618 419

(3) (3)

3.708 5.802 5.802

– – –

– – –

– – –

3.708 5.802 5.802

3.708 5.421 5.421

– 381 381

3.199 5.453 5.453

– 481 481

356 9.866 9.236

1.404 1.404 680

839 893 1.282

19 464 1.129

2.618 12.627 12.327

2.686 12.310

(68) 317

429

2.349

Contratos de “swaps” ............................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................

9.500

2.827

Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação:

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, operações de arrendamento mercantil e outros créditos a) Modalidades e prazos; b) Modalidades e níveis de risco; c) Setor de atividade econômica;

2.778 (158.946) (156.168)

Os contratos de “swaps” possuem os seguintes vencimentos:

2004

Total em 2005 .......................................................

140.417 140.417

113.394 113.394

132.849 132.849

21.001 21.001

Total em 2004 .......................................................

357.459

297.972

433.277

407.660

407.661 407.661

1.496.368 1.496.368

Valores das receitas e despesas líquidas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005

(1) Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado. 7)

Valor Líquido

2005 Ajuste a valor de mercado

Custo atualizado

Em 31 de dezembro - R$ mil

2005

Valor Global

Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado:

3.948 3.948 – 87 87 4.035

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Títulos e valores mobiliários Classificação por categorias e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ

Aplicação no mercado aberto Posição bancada ................................................................................................... Letras financeiras do tesouro ................................................................................... Letras do tesouro nacional ..................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros .......................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................................ Total em 2005 ......................................................................................................... Total em 2004 ......................................................................................................... 6)

Saldo reclassificado

Reclassificações

(498.399) (380.284) 418.567 (4.238) 342.252

b) Instrumentos financeiros derivativos O Banco Finasa participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representados por “swaps”, registrados em contas patrimoniais e de compensação, em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. O valor nominal dos instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação, está assim resumido:

R$ mil

(3.749) (3.749)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 407.661 1.496.368 407.661 1.496.368

CETIP (balcão) ........................................................................................................................................ Total ........................................................................................................................................................

d) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa; e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; f) Concentração de crédito e risco de crédito;

(19.021) (19.021)

g) Conciliação da composição da carteira de arrendamento, a valor presente, com os saldos contábeis; e h) Imobilizado de arrendamento.

a) Modalidades e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil Total

Empréstimos e títulos descontados ....................................................................................................................... Financiamentos ..................................................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil .................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 ............................................................................................................ Total das operações de crédito em 2004 ............................................................................................................

Curso normal 61 a 90 91 a 180 dias dias

31 a 60 dias

1 a 30 dias 40.786 939.928 980.714 21.915 1.002.629 537.566

37.295 914.118 951.413 15.397 966.810 495.579

30.499 736.534 767.033 14.651 781.684 449.904

2005 181 a 360 dias

73.410 2.089.672 2.163.082 43.935 2.207.017 1.179.436

Acima de 360 dias

77.899 2.956.607 3.034.506 89.727 3.124.233 1.776.119

2004

(A)

50.338 4.418.049 4.468.387 321.866 4.790.253 2.759.336

(A)

%

310.227 12.054.908 12.365.135 507.491 12.872.626

2,4 93,7 96,1 3,9 100,0

%

91.478 6.969.463 7.060.941 136.999

1,3 96,8 98,1 1,9

7.197.940

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso anormal 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ....................................................................................................................................................... Financiamentos ..................................................................................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil .................................................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2005 ............................................................................................................................................ Total das operações de crédito em 2004 ...........................................................................................................................................

31 a 60 dias

11.480 116.358 127.838 1.983 129.821 60.129

Total

Parcelas vencidas 61 a 90 dias

10.749 66.568 77.317 1.320 78.637 37.940

2005 91 a 180 dias

8.794 25.885 34.679 375 35.054 17.117

181 a 360 dias

19.708 53.252 72.960 737 73.697 38.827

2004

(B)

18.308 50.691 68.999 580 69.579 45.814

(B)

%

69.039 312.754 381.793 4.995 386.788

17,8 80,9 98,7 1,3 100,0

%

22.068 174.737 196.805 3.022

11,0 87,5 98,5 1,5

199.827

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso anormal

Total

1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ............................................ Financiamentos .......................................................................... Subtotal .................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ....................................... Total das operações de crédito em 2005 ................................. Total das operações de crédito em 2004 ................................. b) Modalidades e níveis de risco

31 a 60 dias

9.916 111.401 121.317 1.699 123.016 57.443

61 a 90 dias

8.884 111.954 120.838 1.497 122.335 53.766

91 a 180 dias

6.904 92.516 99.420 1.119 100.539 46.964

181 a 360 dias

14.579 263.942 278.521 3.793 282.314 124.936

Acima de 360 dias

11.102 380.724 391.826 7.613 399.439 184.827

(C)

6.031 517.866 523.897 25.657 549.554 248.543

2004 %

57.416 1.478.403 1.535.819 41.378 1.577.197

2005

(C) 3,6 93,8 97,4 2,6 100,0

%

2004

(A+B+C)

10.517 698.034 708.551 7.928

1,5 97,4 98,9 1,1

716.479

100,0

%

436.681 13.846.066 14.282.747 553.864 14.836.611

A – 7.783 7.783 – 7.783 370

295.148 11.800.619 12.095.767 474.444 12.570.211 7.081.396

B

C

D

E

16.849 1.004.951 1.021.800 47.717 1.069.517 441.870

32.097 599.178 631.275 17.784 649.059 289.445

15.995 87.003 102.998 3.859 106.857 55.114

F 13.392 63.616 77.008 2.309 79.317 35.632

G 10.684 47.407 58.091 1.647 59.738 29.525

H

2005

43.770 196.816 240.586 4.619 245.205 155.209

436.681 13.846.066 14.282.747 553.864 14.836.611

8.746 38.693 47.439 1.485 48.924 25.685

%

e)

% mínimo de provisionamento requerido

g)

– 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

Curso anormal

7.783 12.570.211 273.406 15.243 12.866.643 1.257 355 330 184 3.857 5.983 12.872.626 7.197.940

– – 796.111 633.816 1.429.927 105.600 78.962 59.408 48.740 241.348 534.058 1.963.985 916.306

Total 7.783 12.570.211 1.069.517 649.059 14.296.570 106.857 79.317 59.738 48.924 245.205 540.041 14.836.611 8.114.246

Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Saldo inicial ............................................................................................................................................ 252.650 135.957 - Provisão específica (1) .......................................................................................................................... 214.293 104.559 - Provisão genérica (2) ............................................................................................................................. 38.357 25.097 - Provisão Excedente (3) .......................................................................................................................... – 6.301 Constituição .......................................................................................................................................... 468.708 191.108 Baixas ..................................................................................................................................................... (220.863) (74.415) Saldo final .............................................................................................................................................. 500.495 252.650 - Provisão específica (1) .......................................................................................................................... 366.396 214.293 - Provisão genérica (2) ............................................................................................................................. 70.388 38.357 - Provisão Excedente (3) .......................................................................................................................... 63.711 – - Recuperação de créditos baixados (4) .................................................................................................... 63.841 44.914 (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas a mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 7d); e (4) Classificados em receitas de operações de crédito. Concentração de crédito e risco de crédito A carteira de operações de crédito é composta por operações realizadas basicamente no varejo, sendo que os vinte maiores devedores em 31 de dezembro de 2005, representam 0,25% (31 de dezembro de 2004 - 0,25%) do total da carteira e aproximadamente 82,04% de financiamento de veículos novos e usados. Conciliação da composição da carteira de arrendamentos, a valor presente, com os saldos contábeis Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Arrendamentos financeiros a receber ....................................................................................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ................................................................ Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) .......................................................... (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: ............................................................... Depreciações Acumuladas .................................................................................................................. Superveniência de depreciação ............................................................................................................. (-) Valor residual garantido antecipado (Nota 13b) ..................................................................................... Total do valor presente .......................................................................................................................... h) Imobilizado de arrendamento

531.137 (526.465) 870.421 (55.426) (163.905) 108.479 (265.803) 553.864

2005

130.443 (129.014) 258.492 (37.220) (68.775) 31.555 (74.752) 147.949

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Veículos e afins ........................................................................................................................................ 864.425 250.187 Máquinas e equipamentos ........................................................................................................................ 228 943 Outros ...................................................................................................................................................... 1.702 1.709 Perdas em arrendamentos ....................................................................................................................... 4.066 5.653 Total de bens arrendados ...................................................................................................................... 870.421 258.492 Depreciação acumulada de bens arrendados ............................................................................................ (163.905) (68.775) Superveniência de depreciação ................................................................................................................ 108.479 31.555 Total da depreciação acumulada ........................................................................................................... (55.426) (37.220) Imobilizado de arrendamento ............................................................................................................... 814.995 221.272 A sociedade registrou no exercício, superveniência de depreciação no montante de R$ 76.924 mil (2004 - R$ 7.092 mil) registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 956 mil (2004 - R$ 171 mil) como realização de superveniência classificada em bens não de uso próprio, em decorrência da reintegração de posses de bens arrendados e de R$ 77.880 mil (2004 - R$ 7.263 mil) no resultado do exercício. 8)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2005 Créditos tributários (Nota 21c) ....................................................................................................................... Devedores diversos ........................................................................................................................................ Devedores por depósitos em garantia .............................................................................................................. Tributos antecipados ........................................................................................................................................ Outros ............................................................................................................................................................. Total ...............................................................................................................................................................

9)

8.114.246

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

286.290 36.360 5.757 7.290 1.861 337.558

267.080 27.985 6.551 3.080 4.116 308.812

OUTROS VALORES E BENS As despesas antecipadas correspondem substancialmente, a comissões pagas, principalmente, a revendedoras e concessionárias de veículos, pela colocação de operações de crédito, no montante de - R$ 520.619 mil (2004 - R$ 314.241 mil), que estão sendo apropriadas ao resultado, na rubrica “Outras despesas operacionais” pelo prazo das respectivas operações.

1,6 96,6 98,2 1,8

8.114.246

100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 %

%

13.522.303 540.260 488.881 267.340 918 16.909 14.836.611

%

124.063 7.842.234 7.966.297 147.949

91,1 3,6 3,3 1,8 – 0,2 100,0

7.343.655 314.150 291.659 155.021 516 9.245 8.114.246

90,5 3,9 3,6 1,9 – 0,1 100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil

Provisão mínima requerida Específica

Saldo da carteira Curso normal

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

f)

1,6 96,6 98,2 1,8

2004 3,0 93,3 96,3 3,7 100,0

2005 Pessoas físicas .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Serviços ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Comércio ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Indústria ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Intermediários financeiros .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Outros ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Total .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. d) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2005 .............................................. Total em 2004 ..............................................

%

124.063 7.842.234 7.966.297 147.949

Total

Níveis de risco AA

Nível de risco

(A+B+C) 2,9 93,4 96,3 3,7 100,0

Em 31 de dezembro - R$ mil

Operações de crédito Empréstimos e títulos descontados ................................................. Financiamentos ............................................................................... Subtotal ......................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................................ Total das operações de crédito em 2005 ...................................... Total das operações de crédito em 2004 ...................................... c) Setor de atividade econômica

Total Geral

2005

Parcelas vincendas

%

Vencidas – 84,8 7,2 4,4 96,4 0,7 0,5 0,4 0,3 1,7 3,6 100,0

Vincendas

– – 617 2.640 3.257 2.563 7.523 11.582 15.195 141.487 178.350 181.607 106.079

Genérica

– – 7.344 16.374 23.718 7.997 16.165 18.124 18.924 99.861 161.071 184.789 108.214

Provisão excedente

– 62.820 2.731 455 66.006 125 106 165 129 3.857 4.382 70.388 38.357

Total

– – – – – 21.318 15.823 11.918 14.652 – 63.711 63.711 –

Provisão existente

%

– 62.820 10.692 19.469 92.981 32.003 39.617 41.789 48.900 245.205 407.514 500.495 252.650

– 0,5 1,0 3,0 0,6 29,9 49,9 69,9 99,9 100,0 75,4 3,4 3,1

– 62.820 10.692 19.469 92.981 32.003 39.617 41.789 48.900 245.205 407.514 500.495 252.650

10) INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”. Em 31 de dezembro - R$ mil

Empresas Ramo financeiro Banco Zogbi S.A. (1) ...... Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (2) ............. Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (2) ... Banco Alvorada S.A. (2) .. Outras atividades Finasa Promotora de Vendas Ltda.(2)(4) ......... Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda. (3) .. Banco Bradesco Luxembourg S.A. (2) (5) Ganho/perda cambial das agências no exterior ...... Outras ............................. Total ...............................

Patrimônio líquido ajustado

Capital social

Quantidade de ações Participossuídas pação no (em milhares) capital O.N. COTAS social

Valor contábil

Lucro líquido ajustado

2005

Ajuste decorrente de avaliações (6)

2004

2005

2004

31.414

9.375

24.700

12.500

100,000%

2.716

24.700

23.213

2.716

1.497

170.600 3.537.457

218.500 4.220.794

127.700 28

– –

100,000% 34,957%

20.340 580.751

218.500 1.475.463

82.991 1.318.452

20.340 202.989

2.334 41.337

80.380

107.287

80.380

99,999%

8.123

107.287

21.093

8.123

9.303

1.397

159.987

318.776

0,053%

12.373

169

4

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– 725 1.826.844

– 905 1.446.654

(3) 37 234.206

– 19 87.301

(1) Empresa incorporada pelo Banco Finasa S.A. em 29 de outubro de 2004; (2) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005; (3) Empresa incorporada pela Finasa Promotora de Vendas Ltda. em 1o de novembro de 2004; (4) A Finasa Promotora de Vendas Ltda., atua de forma integrada com seu controlador e tem por objeto a prestação de serviços de assessoria e consultoria técnica financeira, intermediação de negócios, coleta, preenchimento e encaminhamento de documentos no mercado livre de veículos automotores e outros bens móveis, compreendendo a identificação e aferição dos potenciais dos vendedores e compradores, via elaboração, análise e comprovação de fichas cadastrais, aprovação de créditos, assistência mercadológica e seleção de riscos e angariação e agenciamento de seguros; (5) Empresa adquirida em 30 de junho de 2005; e (6) Considera os resultados apurados a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Outros investimentos 2005 Investimentos por incentivos fiscais .......................................................................................................... Títulos patrimoniais .................................................................................................................................. Outros investimentos ............................................................................................................................... Provisão para perdas ............................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 12.694 393 14 (9.740) 3.361

12.694 374 14 (9.557) 3.525

11) DIFERIDO I) Ágios na aquisição de investimentos, fundamentados em rentabilidade futura, referem-se aos ágios na aquisição do Banco Zogbi S.A., no montante de R$ 174.078 mil (2004 - R$ 230.536 mil) e na Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda. no montante de - R$ 41.217 mil (2004 - R$ 54.584 mil). II) No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, foram amortizados ágios no montante de R$ 69.825 mil (2004 R$ 68.033 mil), sendo a amortização extraordinária de R$ 3.714 mil, relativa aos ágios na aquisição de investimentos da Companhia Finasa Securitizadora de Créditos Financeiros, Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil e Promosec Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros (Nota 17). III) O ágio a amortizar, no montante de R$ 215.295 mil (2004 - R$ 285.120 mil) possui o seguinte fluxo de amortização:

2005 2005 ......................................................................................................................................................... 2006 ......................................................................................................................................................... 2007 ......................................................................................................................................................... 2008 ......................................................................................................................................................... 2009 ......................................................................................................................................................... Total dos ágios .......................................................................................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

– 69.826 69.826 69.826 5.817 215.295

69.826 69.826 69.826 70.938 4.704 285.120

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

LEGAIS - 9

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 12) OBRIGAÇÕES POR DEPÓSITOS

Em 31 de dezembro - R$ mil

Depósitos à vista ................................ Depósitos interfinanceiros .................. Depósitos a prazo .............................. Total em 2005 .................................... Total em 2004 ....................................

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

1a3 anos

Acima de 3 anos

11 4.092.094 233 4.092.338 296.714

– 1.467.586 – 1.467.586 789.512

– – – – 296.499

– 1.987.129 – 1.987.129 1.404.962

– 3.200.520 – 3.200.520 3.653.809

– 5.264.742 – 5.246.672 2.812.583

– 394.229 – 394.229 67.907

13) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

11 16.406.300 233 16.406.544 9.321.986

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Provisão para riscos fiscais ..................................................................................................................... Impostos e contribuições a recolher .......................................................................................................... Provisão para impostos e contribuições diferidos ...................................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ......................................................................................... Total ........................................................................................................................................................

Total

50.969 5.758 27.261 9.879 93.867

b) Diversas

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Credores por antecipação de valor residual .............................................................................................. Credores diversos ................................................................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ......................................................................................................... Provisão para passivos contingentes cíveis .............................................................................................. Valores a pagar a sociedades ligadas ........................................................................................................ Outras ...................................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................

24.587 10.477 8.052 1.561 44.677

265.803 71.272 13.970 6.038 1.628 350 359.061

74.752 56.139 8.849 5.875 10.448 518 156.581

14) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 1.818.668.332 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações Em 31 de dezembro de 2003 ................................................................................................. AGE de 30.1.2004 (1) .............................................................................................................. Em 31 de dezembro de 2004 ................................................................................................. AGE de 22.3.2005 (2) .............................................................................................................. AGE de 15.4.2005 (3) .............................................................................................................. AGE de 29.12.2005 (4) ............................................................................................................. Em 31 de dezembro de 2005 .................................................................................................

R$ mil

1.263.356.680 16.148.345 1.279.505.025 – 220.962.404 318.200.903 1.818.668.332

110.000 2.576 112.576 121.874 80.000 162.285 476.735

(1) Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de janeiro de 2004 foi aprovada, a cisão parcial do Banco Boavista Interatlântico S.A. deliberando, a incorporação da parcela cindida do patrimônio líquido do Banco Boavista no valor de R$ 2.576 mil, no Banco Finasa S.A. Com isso o Capital Social foi aumentado de R$ 110.000 mil para R$ 112.576 mil com a emissão de 16.148.345 ações ordinárias, nominativas-escriturais sem valor nominal, o processo foi homologado pelo BACEN em 26 de maio de 2004. (2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 22 de março de 2005 deliberou-se, aumentar o Capital Social em R$ 121.874 mil, elevando-o para R$ 234.450 mil, mediante a capitalização do saldo das contas “Reserva de Lucros - Estatutária”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6404/76. Referido processo foi homologado pelo BACEN em 29 de abril de 2005. (3) Em Assembléia Geral Extraordinária de 15 de abril de 2005 deliberou-se, aumentar o Capital Social em R$ 80.000 mil, elevando-o para R$ 314.450 mil, mediante a emissão de 220.962.404 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,362052541 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. Referido processo foi homologado pelo BACEN em 29 de abril de 2005. (4) Em Assembléia Geral Extraordinária de 29 de dezembro de 2005 deliberou-se, aumentar o Capital Social em R$ 162.285 mil, elevando-o para R$ 476.735 mil, mediante a emissão de 318.200.903 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,51000798 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. Esse processo encontra-se em fase de homologação junto ao BACEN. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 67.301 mil, que estão apresentados em outras obrigações sociais e estatutárias. O cálculo dos Juros sobre Capital Próprio e/ou dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil Lucro líquido do exercício ......................................................................................................................... Reserva legal ........................................................................................................................................... Base de cálculo ...................................................................................................................................... Dividendos provisionados (a pagar) do exercício de 2005 .................................................................. Dividendos (pagos) do exercício de 2004 .............................................................................................

%

283.373 14.169 269.204 67.301 81.284

d) Reservas de Capital e de Lucros 2005 Reservas de Capital ............................................................................................................................... Reservas de Lucros ............................................................................................................................... - Reserva Legal (1) .................................................................................................................................. - Reserva Estatutária (2) ..........................................................................................................................

25,00 25,00

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

7.330 441.550 39.650 401.900

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Serviços de terceiros (1) ................................................................................................................................. Propaganda e publicidade ................................................................................................................................ Processamentos de dados ............................................................................................................................... Comunicações ................................................................................................................................................ Indenizações cíveis ......................................................................................................................................... Emolumentos Judiciais ................................................................................................................................... Serviços do sistema financeiro ........................................................................................................................ Outras ............................................................................................................................................................. Total ...............................................................................................................................................................

475.292 48.678 9.353 15.284 6.664 3.731 4.740 4.862 568.604

(a) Operações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; e (c) Basicamente refere-se à Prospecção de negócios através de sua subsidiária. 20) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Finasa S.A. utiliza a infra-estrutura operacional e administrativa da controlada Finasa Promotora de Vendas Ltda., que mantém planos de previdência complementar para seus empregados e dirigentes, na modalidade de contribuição definida, administrados pela Bradesco Vida e Previdência S.A. Em 31 de dezembro de 2005, esses planos encontram-se integralmente cobertos pelo patrimônio FIFE - Fundo de Investimento Financeiro Exclusivo, onde estão aplicadas as reservas técnicas. As despesas com contribuição efetuadas no exercício montam a R$ 2.377 mil (2004 - R$ 1.502 mil). 21) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ....................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ......... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ................................................................................................ Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ........................................................................ Utilização de créditos não ativados ........................................................................................................... Outros valores ......................................................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..........................................................................

257.601 19.875 12.313 9.766 3.639 1.692 1.426 5.077 311.389

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Recuperação de encargos e despesas ........................................................................................................... Variação monetária ativa ................................................................................................................................ Comissão de permanência ............................................................................................................................ Outras ........................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................

43.828 6.404 1.595 6.548 58.375

20.909 4.756 1.012 3.181 29.858

Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias ........................................................... Ativação de créditos tributários de exercícios anteriores: Adições temporários ................................................................................................................................ Subtotal .................................................................................................................................................. Impostos correntes ............................................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social devidos ......................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ..........................................................................

Comissões sobre financiamentos .................................................................................................................. Amortização de ágio (1) ................................................................................................................................ Descontos concedidos ................................................................................................................................... Variação monetária ........................................................................................................................................ Outras ........................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................

449.943 69.825 19.886 2.767 44.672 587.093

264.335 68.033 11.586 1.876 37.782 383.612

(1) Refere-se a amortização de ágio das empresas Banco Zogbi no montante de R$ 56.458 mil (2004 - R$ 51.753 mil), Promovel Empreendimentos e Serviços no montante de R$ 13.367 mil (2004 - R$ 12.253 mil) e outras no montante (2004 - R$ 4.027 mil). 18) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Perdas em investimentos .............................................................................................................................. Lucro (prejuízo) na alienação de valores e bens ............................................................................................. Outras ........................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................

– 695 (122) 573

(1.604) (278) 972 (910)

Diretoria

79.629 (2.705) – 604 (28.514)

29.682 (2.924) 35.660 6.377 (72.077)

23.353

(11.726)

– 23.353

4.671 (7.055)

(51.867) (51.867) (28.514)

(65.022) (65.022) (72.077)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................. Provisão para contingências cíveis ................................................................... Provisão para contingências fiscais .................................................................. Provisão para desvalorização de bens não de uso ............................................. Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................................... Ágio amortizado .............................................................................................. Ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos ................. Outros .............................................................................................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ...................... Contribuição Social - Medida Provisória no 2158 - 35 de 24.8.2001 ................... Total dos créditos tributários (Nota 8) ......................................................... Obrigações fiscais diferidas (Nota 21 g) ....................................................... Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ...................

Saldo em 31.12.2004

Constituição

Realização

Saldo em 31.12.2005

155.907 1.997 5.050 175 1.354 19.236 12.396 5.455 201.570 65.510 267.080 8.052 259.028

164.309 – 6.811 138 – – 822 2.380 174.460 – 174.460 19.209 155.251

139.280 42 – 158 – 95 11.432 99 151.106 4.144 155.250 – 155.250

180.936 1.955 11.861 155 1.354 19.141 1.786 7.736 224.924 61.366 286.290 27.261 259.029

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e crédito tributário de contribuição social Medida Provisória no 2158-35

2006 .................................................................................................................. 2007 .................................................................................................................. 2008 .................................................................................................................. 2009 .................................................................................................................. 2010 .................................................................................................................. Total .................................................................................................................

Diferenças Temporárias Imposto Contribuição de renda social 102.564 37.372 34.532 12.747 24.868 8.454 3.095 1.019 270 3 165.329 59.595

Total 139.936 47.279 33.322 4.114 273 224.924

Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2006 2007 2008 Total

17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

414.329 (140.872)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

(1) Representados basicamente por serviços prestados pela sua promotora de vendas (vide nota 10a (4)). 16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

311.887 (106.042)

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

7.311 347.352 25.481 321.871

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. 15) DESPESAS ADMINISTRATIVAS

19) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, COLIGADAS E CONTROLADAS As transações com o controlador, coligadas e controladas, foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Aplicações em depósitos interfinanceiros (a) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... 240.258 1.464 – 723 Captações em depósitos interfinanceiros (a) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... (16.313.051) (2.111.115) (9.240.527) (999.777) Zogbi Leasing .......................................................................................................... (93.250) (14.996) (81.255) (3.112) Banco Mercantil de São Paulo S.A. .......................................................................... – (942) – – Instrumentos financeiros derivativos Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... (28.394) (3.831) (156.111) (16.466) Aplicações no mercado aberto (b) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... 7.909 9.869 3.948 3.950 Dividendos Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... (67.301) – (162.286) – Banco Alvorada S.A. ................................................................................................ 66.374 – 18.666 – Finasa Promotora de Vendas Ltda. ........................................................................... 8.760 – 6.830 – Zogbi Leasing .......................................................................................................... 4.831 – 1.755 – Zogbi DTVM ........................................................................................................... 641 – – – Serviços prestados (c) Finasa Promotora de Vendas Ltda. ........................................................................... – (351.632) – (190.316) Bradesco Capitalização S.A. ................................................................................... – 273 – – Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... – (3) – – Valores a receber Finasa Promotora de Vendas Ltda. ........................................................................... 1.223 – 4.431 – Zogbi Leasing .......................................................................................................... 66 – – – Valores a pagar Finasa Promotora de Vendas Ltda. ........................................................................... (1.628) – (10.448) – Títulos e valores mobiliários Banco Bradesco S.A. ............................................................................................... – – – 487

Valor ................................................................................................................ 18.226 27.921 15.219 61.366 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 265.296 mil (2004 - R$ 242.458 mil), sendo R$ 210.057 mil (2004 - R$ 184.625 mil) de diferenças temporárias e R$ 55.909 mil (2004 - R$ 57.833 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 612 mil, em suas controladas. g) Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 27.261 mil são relativas à superveniência de depreciação - R$ 27.120 mil e Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS sobre os ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários - R$ 141 mil. 22) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Obrigações por repasses do país, correspondem a operação de FINAME no montante de R$ 7.079 mil (2004 - R$ 13.061 mil) com vencimentos até 15 de outubro de 2008 e rendimentos pela TJLP mais juros; b) Obrigações por repasses no exterior, são representadas por recursos de repasses ao amparo da Resolução no 2.770 do Conselho Monetário Nacional (CMN), liquidado em junho de 2005, no montante de R$ 34.389 mil; c) Resultado de exercícios futuros referem-se a recebimento antecipado de juros de contratos de créditos direto ao consumidor, apropriados de acordo com a vigência dos contratos; e d) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil.

Parecer dos Auditores Independentes

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Aos Acionistas e Diretores do Banco Finasa S.A. Barueri - SP

Diretores Vice-Presidentes

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Finasa S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Diretor-Presidente

Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro

Diretores Paulo Eduardo D’Avila Isola Dirceu da Assumpção Variz Evanir Coutinho Ussier José Renato Simão Borges - eleito na AGE de 22.3.05, com mandato coincidente Wagner José Del Nery Wellington Ribeiro de Almeida

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. O Banco registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, que requerem os ajustes a valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para “superveniência ou insuficiência” de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado na Nota Explicativa nº 3e (v). Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas de ativo circulante e realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do exercício e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, exceto quanto à não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Finasa S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de fevereiro de 2006

Diretor Gerente Norberto Pinto Barbedo

T

ropas de choque usaram gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar estudantes que protestavam ontem, em frente à Universidade Sorbonne, em Paris, contra um novo tipo de contrato de trabalho – o Contrato do Primeiro Emprego (CPE) – apresentado pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin como forma de combater o desemprego juvenil. Milhares de estudantes da Sorbonne, famosa pelas manifestações estudantis de maio de 1968, atiraram pedras e garrafas nos policiais e quebraram a vidraça de um banco antes que os agentes reagissem. O grupo se dispersou diante da nuvem de gás que se formou na praça, mas muitos estudantes – alguns encapuzados e mascarados – se reagruparam

Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

INTERNACIONAL Charles Platiau/Reuters

Pedras e garrafas contra nova lei trabalhista francesa para retomar o ataque aos policiais que protegiam o prédio principal da mais tradicional universidade parisiense. Horas antes, uma multidão de universitários e secundaristas fez uma passeata pacífica

por Paris, que terminou em um bairro sofisticado, onde uma minoria violenta entrou em confronto com a polícia. Líderes estudantis estimam que 120 mil pessoas tenham participado da passeata. (Reuters)

Estudantes da Universidade de Sorbonne e policiais transformaram ontem Paris em um campo de batalha


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de março de 2006

Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A (Nova denominação do Banco de Tokyo-Mitsubishi Brasil S/A) CNPJ 60.468.557/0001-26 - Avenida Paulista, 1274 - Bela Vista - São Paulo RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e segundo semestre de 2005. São Paulo, 03 de fevereiro de 2006. A Administração. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31/12/2005 E DE 2004 - (Em milhares de Reais) Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados a Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interfinanceiras Depósitos no Banco Central Operações de Crédito Operações de Crédito: Setor Privado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Créditos Carteira de Câmbio Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vinculados a Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de Crédito Operações de Crédito: Setor Privado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Créditos Devedores por Depósitos em Garantia Diversos Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Permanente Investimentos Outros Investimentos Provisão para Perdas Imobilizado de Uso Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso Depreciações Acumuladas Diferido Gastos de Organização e Expansão Amortização Acumulada Total do Ativo

2005 693.432 7.880 165.741 153.133 12.608 218.792 169.506 44.927 4.359 503 503 174.023

2004 930.272 9.051 382.274 354.327 27.947 115.712 28.740 30.042 53.034 3.896 547 547 238.287

Passivo Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Outros Depósitos Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Carteira de Terceiros Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País 175.987 240.964 - Instituições Oficiais (1.964) (2.677) BNDES 125.946 183.939 Obrigações por Repasses do Exterior 125.996 179.663 Repasses do Exterior 304 559 Instrumentos Financeiros Derivativos 134 234 Instrumentos Financeiros Derivativos 33 3.850 Outras Obrigações (521) (367) Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 547 462 Carteira de Câmbio 348 191 Sociais e Estatutárias 199 271 Fiscais e Previdenciárias 65.290 120.032 Negociação e Intermediação de Valores 19.343 57.160 Diversas 17.168 42.422 Exigível a Longo Prazo 13.717 Depósitos 2.175 1.021 Depósitos a Prazo 22.478 42.928 Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 22.617 43.001 BNDES (139) (73) Obrigações por Repasses do Exterior 23.452 19.944 Repasses do Exterior 18.794 19.697 Instrumentos Financeiros Derivativos 4.658 247 Instrumentos Financeiros Derivativos 17 Outras Obrigações 17 Fiscais e Previdenciárias 5.851 6.386 Provisão para Passivos Contingentes Resultado de Exercícios Futuros 260 272 Patrimônio Líquido (260) (272) Capital Social 3.753 3.842 De Domiciliados no País 8.564 8.564 De Domiciliados no Exterior 5.304 5.135 Reservas de Capital (10.115) (9.857) Reservas de Lucros 2.098 2.544 Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos 8.502 8.119 Lucros Acumulados (6.404) (5.575) Ações em Tesouraria 764.573 1.056.690 Total do Passivo e Patrimônio Líquido As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

2005 403.323 91.822 18.752 3.002 70.067 1 51.477 51.477 17.702 17.702 127.614 127.614

2004 635.946 148.930 14.912 2.001 132.006 11 113.721 30.019 83.702 16.448 16.448 223.722 223.722

4.051 4.051 86.670 86.670 2.659 2.659 21.328 22 17.126 8 1.382 107 2.683 71.747 10.733 10.733

4.107 4.107 112.657 112.657 83 83 16.278 1 11.126 42 846 2.090 2.173 96.105 9.200 9.200

10.328 10.328 18.313 18.313 32.373 20.960 11.413 371 289.132 186.911 4.445 182.466 5.103 12.622 (7) 87.815 (3.312) 764.573

14.467 14.467 32.078 32.078 931 931 39.429 21.039 18.390 371 324.268 186.911 4.445 182.466 5.103 12.622 (109) 122.755 (3.014) 1.056.690

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31/12/2005 - (Em milhares de Reais) Reservas de Capital Reservas Ajuste ao Ágio por Outras de Lucro Valor de Capital Subscrição Reservas Mercado-TVM Lucros Ações em Social de Ações de Capital Legal e Derivativos Acumulados Tesouraria Total Saldos em 30 de junho de 2005 186.911 4.947 156 12.622 (822) 85.315 (3.154) 285.975 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores 3 3 Ajuste ao Valor de Mercado-TVM e Derivativos 815 815 Aquisição de Ações de Própria Emissão (158) (158) Lucro Líquido do Semestre 2.497 2.497 Saldos em 31 de dezembro de 2005 186.911 4.947 156 12.622 (7) 87.815 (3.312) 289.132 Mutações do Semestre 815 2.500 (158) 3.157 Saldos em 31 de dezembro de 2004 186.911 4.947 156 12.622 (109) 122.755 (3.014) 324.268 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores 24 24 Ajuste ao Valor de Mercado-TVM e Derivativos 102 102 Aquisição de Ações de Própria Emissão (298) (298) Prejuízo do Exercício (34.964) (34.964) Saldos em 31 de dezembro de 2005 186.911 4.947 156 12.622 (7) 87.815 (3.312) 289.132 Mutações do Exercício 102 (34.940) (298) (35.136) Saldos em 31 de Dezembro de 2003 186.911 4.947 156 12.622 740 134.816 (3.009) 337.183 Ajuste de Exercícios Anteriores-TVM e Derivativos 308 308 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores 33 33 Dividendos Intermediários (2.531) (2.531) Ajuste ao Valor de Mercado-TVM e Derivativos (849) (849) Aquisição de Ações de Própria Emissão (5) (5) Prejuízo do Exercício (9.871) (9.871) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 186.911 4.947 156 12.622 (109) 122.755 (3.014) 324.268 Mutações do Exercício (849) (12.061) (5) (12.915) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2005 E DE 2004 E PARA O SEMESTRE FINDO EM 31/12/2005 - (Em milhares de Reais) 2º Semestre Exercício Exercício 2005 2005 2004 Receitas da Intermediação Financeira 35.400 6.697 38.328 Operações de Crédito 9.242 393 2.292 Resultado de Operações c/Títulos e Valores Mobiliários 26.439 44.683 76.640 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (5.632) (38.379) (47.390) Resultado de Operações de Câmbio 5.351 6.786 Despesas da Intermediação Financeira 17.371 8.164 9.859 Operações de Captação no Mercado 14.056 32.289 57.852 Operações de Empréstimos e Repasses 4.414 (30.219) (3.792) Resultado de Operações de Câmbio 6.587 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (1.099) (493) (44.201) Resultado Bruto da Intermediação Financeira 18.029 (1.467) 28.469 Outras Receitas (Despesas) Operacionais (15.572) (33.355) (38.227) Receitas de Prestação de Serviços 1.868 3.975 4.297 Despesas de Pessoal (11.544) (21.501) (20.572) Outras Despesas Administrativas (8.340) (16.320) (17.796) Despesas Tributárias (2.150) (3.751) (5.001) Outras Receitas Operacionais 4.986 6.268 16.258 Outras Despesas Operacionais (392) (2.026) (15.413) Resultado Operacional 2.457 (34.822) (9.758) Resultado não Operacional 145 175 83 Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 2.602 (34.647) (9.675) Imposto de Renda e Contribuição Social 105 317 196 Provisão para Imposto de Renda 77 233 144 Provisão para Contribuição Social 28 84 52 Lucro Líquido do Semestre/Prejuízo dos Exercícios 2.497 (34.964) (9.871) Quantidade de Ações 1.585.396.643 1.585.396.643 1.585.396.643 Lucro/Prejuízo por Lote de Mil Ações R$ 1,58 R$ (22,05) R$ (6,23) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS P/ OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2005 E DE 2004 E P/ O SEMESTRE FINDO EM 31/12/2005 - (Em milhares de Reais) 2º Semestre Exercício Exercício 2005 2005 2004 Origens dos Recursos 133.445 359.115 878.370 Lucro Ajustado do Semestre 3.272 Lucro Ajustado do Semestre 2.497 Depreciações e Amortizações 775 Ajustes de Exerc. Anteriores - TVM e Instr. Financ. Derivat. 308 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores 3 24 33 Variação nos Resultado de Exercícios Futuros 32 (1) Recursos de Terceiros Originários de: 130.138 359.092 878.029 Aumento dos Subgrupos dos Passivos Circ. e Exig. a L. Prazo 546 2.899 38.434 Depósitos 38.434 Relações Interfinanceiras e Interdependências 1.254 Instrumentos Financeiros Derivativos 546 1.645 Outras Obrigações Diminuição dos Subgrupos dos Ativos Circulante 129.550 355.777 839.078 e Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 12.549 216.532 188.442 Títulos e Valores Mobiliários e Inst. Financeiros Derivativos 38.537 5.375 Relações Interfinanceiras e Interdependências 69 45 Operações de Crédito 21.139 84.715 394.751 Outros Créditos 57.256 54.485 249.632 Outros Valores e Bens 878 Alienação de Bens e Investimentos 42 416 517 Imobilizado de Uso 42 416 512 Investimento 5 Aplicações dos Recursos 130.484 360.286 871.449 Prejuízo do Exercício 33.426 8.198 Prejuízo do Exercício 34.964 9.871 Depreciações e Amortizações (1.538) (1.679) Reversão da Provisão para Perdas em Investimentos 6 Variação do Valor de Merc. dos Títulos Disponíveis p/Venda (815) (102) 849 Dividendos Pagos e Propostos 2.531 Aquisição de Ações de Própria Emissão 158 298 5 Inversão em: 508 948 1.000 Imobilizado de Uso 508 948 1.000 Aplicações do Diferido 360 473 814 Aumento dos Subgrupos dos Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo 98 65.365 386 Títulos e Valores Mobiliários 65.263 Relações Interfinanceiras e Interdependências 386 Outros Valores e Bens 98 102 Redução dos Subgrupos dos Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo 130.175 259.878 857.666 Depósitos 7.197 55.575 Captações no Mercado Aberto 31.246 62.243 88.823 Relações Interfinanceiras e Interdependências 2.164 5.027 Obrigações por Empréstimos e Repasses 55.045 140.055 669.609 Instrumentos Financeiros Derivativos 15.786 Outras Obrigações 34.523 2.005 78.421 Aumento/Diminuição das Disponibilidades 2.961 (1.171) 6.921 Modificações nas Disponibilidades Disponibilidades: Início do Semestre/Exercício 4.919 9.051 2.130 Fim do Semestre/Exercício 7.880 7.880 9.051 Aumento/Diminuição das Disponibilidades 2.961 (1.171) 6.921 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2005 E 2004 E PARA O SEMESTRE FINDO EM 31/12/2005 - (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Nova Denominação Social - Em decorrência da fusão havida em 1º de janeiro de 2006 entre o The Bank of Tokyo-Mitsubishi, Ltd. e o UFJ Bank Limited, e conseqüente constituição do The Bank of TokyoMitsubishi UFJ, Ltd., a denominação social desta instituição financeira foi alterada para Banco de TokyoMitsubishi UFJ Brasil S/A. 2. Contexto Operacional - O Banco desenvolve todas as atividades permitidas às instituições bancárias e opera como instituição financeira múltipla. 3. Elaboração e Apresentação das Demonstrações Financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. 4. Principais Práticas Contábeis - (a) Apuração de Resultado - O regime contábil de apuração do resultado é o de competência. (b) Ativos e Passivos, Circulantes e a Longo Prazo - São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou incorridos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustes para reduzir o custo de ativos ao seu valor de mercado ou de realização. As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e não vencidas) na experiência passada, expectativas futuras e riscos específicos das carteiras, e na política de avaliação de risco da Administração do Banco na constituição das provisões, exigidas pelas normas e instruções do BACEN. Os saldos realizáveis e exigíveis em até 12 meses são classificados no ativo e passivo circulantes, respectivamente. As carteiras de títulos e valores mobiliários e os instrumentos financeiros derivativos estão demonstrados pelos seguintes critérios de registro e avaliação contábeis: Títulos e Valores Mobiliários - a) Títulos para negociação; b) Títulos disponíveis para venda; e c) Títulos mantidos até o vencimento. Na categoria “títulos para negociação” estão registrados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; na categoria “títulos disponíveis para venda” estão registrados aqueles que não se enquadram nas categorias descritas nos itens a) e c) acima; e na categoria “títulos mantidos até o vencimento”, aqueles para os quais existe intenção de o Banco mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias a) e b) acima estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e, quando aplicável, calculados “pro rata” dia, e ajustados ao valor de mercado, computando-se a valorização decorrente de tal ajuste em contrapartida: (1) da adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos para negociação”; e (2) da conta destacada do patrimônio líquido, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para venda”. Os títulos e valores mobiliários classificados nessa categoria “mantidos até o vencimento” estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia, os quais estão registrados no resultado do período, sendo registradas provisões para perdas sempre que houver perda permanente no valor de realização de tais títulos e valores mobiliários. Instrumentos Financeiros Derivativos - Os instrumentos financeiros derivativos são registrados pelo seu correspondente valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização decorrente de tal ajuste ao valor de mercado em adequada conta de receita ou despesa, exceto os instrumentos derivativos designados como parte de uma estrutura de proteção contra riscos (hedge), que podem ser classificados como: I - “Hedge” de risco de mercado; II - “Hedge” de fluxo de caixa. Os instrumentos financeiros derivativos destinados a “hedge” e os respectivos objetos de “hedge” são ajustados ao valor de mercado, observado o seguinte: (1) Para aqueles classificados na categoria I, a valorização ou a desvalorização são registradas em contrapartida as adequadas conta de receita ou despesa, no resultado do período; (2) para aqueles classificados na categoria II, a valorização ou desvalorização são registradas em contrapartida a conta destacada do patrimônio líquido. (c) Ativo Permanente - Está demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinando com os seguintes aspectos: • A depreciação do imobilizado de uso é calculada pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais: imóveis de uso - edificações - 4%; máquinas e equipamentos e móveis e utensílios - 10%; e sistema de processamento de dados e veículos - 20%. • A amortização do diferido é calculada pelo método linear, no prazo de até dez anos ou segundo o prazo contratual, nos casos de benfeitorias em bens locados. (d) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social - A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro anual tributável excedente a R$ 240 (lucro semestral de R$ 120), e a provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% sobre o lucro ajustado antes do imposto de renda. (e) Provisões para passivos contingentes - As provisões para contingências de quaisquer naturezas, são reavaliadas periodicamente pela administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação e da opinião de seus consultores jurídicos e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas pela Instituição. 5. Títulos e Valores Mobiliários Até 3 De 3 a 12 Acima de ValoriCategorias meses meses 12 meses Total zação Títulos para Negociação 169.866 17.168 187.034 570 Títulos Disponíveis para Venda 42.612 1.955 44.567 (11) Total 42.612 171.821 17.168 231.601 559 2005 2004 Valor de Valor de Valorização Valor de Tipos de Títulos Custo Mercado (Desvalorização) Mercado Letras Financeiras de Tesouro 25.732 25.737 (5) 43.207 Letras do Tesouro Nacional 203.914 203.339 575 Notas de Tesouro Nacional-D 1.955 1.966 (11) 70.997 Notas do Banco Central 53.751 Total 231.601 231.042 559 167.955 O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado considerando o seu fluxo de caixa estimado, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. 6. Operações de Crédito - No segundo semestre de 2005 foram recuperados créditos anteriormente baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 86, e no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 no montante de R$ 173 (2004 - R$ 173). De acordo com a Resolução nº 2.682/99 do BACEN, apresentamos a seguir a composição da carteira de operações de crédito e de outros créditos (carteira de câmbio - adiantamento de contratos de câmbio) com os correspondentes níveis de risco: 2005 Total de Operações Nível de % Provisão Mínima Créditos de Créditos em Total das Total da % Efetivo Risco Requerida Curso Normal Atrasos Operações Provisão de Provisão AA 269.892 950 270.842 596 0,22 A 0,5 50 50 0,50 B 1,0 13.611 13.611 203 1,49 C 3,0 15.187 15.187 752 4,95 D 10,0 9.239 9.239 1.073 11,62 307.979 950 308.929 2.624 2004 Nível de Curso Provisão Risco % Normal Atraso Total Constituída AA 408.740 883 409.623 696 A 0,5 36 36 B 1,0 22.178 114 22.292 223 C 3,0 17.111 133 17.244 678 D 10,0 15.191 15.191 1.519 E 30,0 4 4 1 Total 463.260 1.130 464.390 3.117

Composição do total da carteira de crédito por setor de atividade: Operações de crédito: Indústria Comércio Financeiro Outros serviços Pessoa física Outros créditos - carteira de câmbio: Adiantamento sobre contratos de câmbioIndústria Comércio Outros serviços Total Composição da carteira de crédito por faixa de vencimento das operações: A vencer: De 1 a 180 dias De 181 a 360 dias Acima de 360 dias

2005 152.965 14.264 31.325 50 198.604

2004 188.080 31.371 13.514 50.964 36 283.965

73.890 35.955 480 110.325 308.929

121.920 26.660 31.845 180.425 464.390

2005 249.330 36.032 22.617 307.979

2004 341.193 79.062 43.001 463.256

Vencidas: De 01 a 15 dias De 16 a 30 dias De 31 a 60 dias Acima de 61 dias

950 883 190 57 4 950 1.134 Total 308.929 464.390 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a seguinte durante o semestre/ exercícios: 2º Semestre Exercícios 2005 2005 2004 Saldo Inicial 3.723 3.117 47.319 Reversão do Semestre/Exercícios (1.099) (493) (44.202) Saldo Final 2.624 2.624 3.117 7. Transações com Partes Relacionadas Exercícios findos em 31 de Dezembro 2005 2004 Ativo Receitas Ativo Receitas (Passivo) (Despesas) (Passivo) (Despesas) Disponibilidades 7.376 4.417 Aplicações interfinanceiras de liquidez 4.896 (265) 22.868 (6.803) Operações “Swap” (83) 784 Obrigações por empréstimos (197.407) (3.037) (284.212) 3.926 Outras Obrigações (48) (528) (696) (1.459) As transações com partes relacionadas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, levando-se em consideração a redução de risco. Obrigações por Empréstimos e Repasses - As obrigações por empréstimos e repasses referem-se substancialmente a: captações em moeda estrangeira com o The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd. para financiamento de operações de comércio exterior e para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770, com vencimentos até abril de 2008 no montante de R$ 197.407 e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread”, com o Japan Bank International Cooperation - JBIC para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770 do BACEN (as captações junto ao JBIC, no montante de R$ 34.866, não estão incluídas no saldo de transações com partes relacionadas) e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread”. Os saldos da conta Obrigações por Empréstimos registrados em Circulantes e Exigível a Longo Prazo do ano 2004 foram re-classificadas para Obrigações por Repasses do Exterior. 8. Carteira de Câmbio - a. Outros Créditos - Ativo - O saldo é composto, principalmente, por câmbio comprado a liquidar - exportação no valor de R$ 115.278 (2004 - R$ 170.210), direitos sobre vendas de câmbio no valor de R$ 12.441 (2004 - R$ 8.069), rendas a receber de adiantamentos concedidos no valor de R$ 1.453 (2004 - R$ 1.369). b. Outras Obrigações - Passivo - O saldo é composto, principalmente, por câmbio vendido a liquidar no valor de R$ 12.465 (2004 - R$ 7.898), obrigações por compras de câmbio no valor de R$ 113.514 (2004 - R$ 182.264), saldo devedor de adiantamentos sobre contratos de câmbio no valor de R$ 108.900 (2004 - R$ 179.067), valores em moeda estrangeira a pagar no valor de R$ 19 (2004 - R$ 20) e rendas a apropriar de adiantamentos concedidos no valor de R$ 28 (2004 - R$ 11). 9. Capital Social - O capital social é representado por 1.585.396.643 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo 16.845.067 de ações de acionistas residentes no país, 21.469.169 em tesouraria e 1.547.082.407 ações de residentes no exterior. O estatuto social prevê a distribuição de um dividendo mínimo semestral de 6% do lucro líquido. As reservas de capital são compostas pela reserva de ágio por subscrição de ações e a reserva de ágio na alienação de ações em tesouraria. A reserva de lucros corresponde à reserva legal e é constituída na forma prevista na legislação societária, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. 10. Instrumentos Financeiros Derivativos - O Banco possui como política a minimização de riscos de mercado resultantes de suas operações através da utilização de instrumentos derivativos. A administração dos riscos de mercado é efetuada por área independente, que se utiliza de práticas que incluem a medição, e o acompanhamento da utilização de limites previamente definidos em comitês internos, do valor em risco das carteiras, das sensibilidades a oscilações na taxa de juros, da exposição cambial, dos “gaps” de liquidez, dentre outras práticas que permitem o acompanhamento dos riscos de oscilações nos preços de ativos, nas taxas de juros e outros fatores que podem afetar as posições das carteiras da Instituição nos diversos mercados onde atua. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados como hedge possuem sempre risco de crédito igual ou inferior àquele do instrumento financeiro coberto. O valor de mercado dos “swaps” é apurado considerando o fluxo de caixa estimado de cada uma de suas pontas, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. As principais curvas de taxas de juros são extraídas dos futuros e “Swaps” negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sendo que ajustes a tais curvas são efetuados sempre que determinados pontos são considerados ilíquidos ou que, por motivos atípicos, não representem fielmente as condições de mercado. Em 31 de dezembro, as posições em instrumentos financeiros derivativos eram representadas como segue:

“Swap” Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI Taxa de juros pré-fixada - PRE - R$ Taxa de juros em dólares - PRE - US$ Indexados ao dólar - PTAX Total - valor de mercado Total - valor de “accrual” Ajuste - marcação a mercado Termo de Moeda - “NDF” Valor de mercado Valor de “accrual” Ajuste - marcação a mercado Abertura por contraparte: Clientes Instituições financeiras Abertura por vencimento: Até 3 meses De 3 a 12 meses Mais de 12 meses Abertura por mercado: BM&F CETIP (balcão)

Ativo 26.357 5.667 4.211 36.235

2005 Negociação Passivo Líquido 6.636 19.721 5.667 26.277 (22.066) 32.913 3.322 3.022 300

23.540 23.994 (454) Ativo 55.564 4.211 59.775 Ativo 19.281 31.776 8.718 59.775 Ativo 4.211 55.564 59.775

22.987 23.465 (478) Passivo 49.264 6.636 55.900 Passivo 18.998 30.359 6.543 55.900 Passivo 6.636 49.264 55.900

ATSUSHI YASUDA Diretor Vice-Presidente

GEN IDOGAWA Diretor

MASARU NAKAYASU Diretor

Líquido 10.506 34.908 (83) (41.559) 3.772 3.917 145

553 131 529 75 24 56 Líquido 6.300 (2.425) 3.875 Líquido 283 1.417 2.175 3.875 Líquido (2.425) 6.300 3.875 Valor referencial 2005 2004

Contratos de futuro: Cupom cambial (DDI) Posição ativa 36.204 236.903 Posição passiva 12.430 26.238 Taxa de juros (DI1 e DIA) Posição ativa 14.805 73.027 Posição passiva 195.005 27.361 Dólar Posição ativa 614 Posição passiva 28.677 14.236 Total 287.735 377.765 Abertura por vencimento: Até 3 meses 89.321 243.697 De 3 a 12 meses 172.680 132.371 Mais de 12 meses 25.734 1.697 Total 287.735 377.765 Posição de NDF Posição ativa 19.426 Posição passiva 5.310 Total 24.736 11. Imposto de Renda e Contribuição Social - Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (34.647) (9.675) Encargos (IR e contribuição social) às alíquota de 25% e 9% respectivamente 11.780 3.289 Acréscimos/decréscimos aos encargos de IR e contribuição social decorrentes de: (Adições) exclusões temporárias (1.488) (6.583) (Adições) exclusões permanentes 3.146 21.417 Ajuste (13.755) (18.319) Total das despesas com imposto de renda e contribuição social (317) (196) O Banco não constitui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre as despesas temporariamente indedutíveis, cujo montante do crédito, em 31 de dezembro de 2005, é de R$ 11.887 (2004, R$ 13.932), exceção efetuada aos ajustes decorrentes de marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e de instrumentos financeiros derivativos, onde, considerando os curtos prazos de realização, o Banco decidiu pelo registro dos correspondentes efeitos tributários, atendendo à circular do Bacen. 12. Ajuste de Marcação ao Mercado de Títulos de Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Conforme descrita na nota 4b, o Banco registra em conta especial de patrimônio líquido, o montante de R$ (12) - (R$ (7) líquido dos efeitos tributários) relativo às perdas temporárias, geradas durante o semestre findo em 31 de dezembro de 2005, em títulos e valores mobiliários classificados na categoria de disponíveis para venda. Adicionalmente, foi registrado no resultado do semestre findo em 31 de dezembro de 2005 perdas decorrentes da avaliação a valores de mercado de instrumentos derivativos no montante de R$ 895 (R$ 590 líquidos dos efeitos tributários). 13. Outras Informações - a. Avais e fianças prestados a clientes montam a R$ 104.904 (2004 - R$ 84.837). b. Os patrimônios líquidos dos fundos de investimento administrados pelo Banco montam a R$ 637.309 (2004 - R$ 686.806). c. Outras receitas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações passivas. d. Outras despesas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações ativas. e. O Banco é patrocinador do PREVIDA SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA, uma entidade fechada de previdência privada contribuindo mensalmente, com um percentual sobre a folha de pagamento dos participantes, com o objetivo de complementar os benefícios prestados pela previdência social, em um plano de benefício definido, sendo esta a única responsabilidade do Banco como Patrocinador. No semestre findo em 31 de dezembro de 2005, o montante dessa contribuição foi de R$ 116 (2004- R$ 212). Em 31 de dezembro de 2005 (data da avaliação atuarial mais recente), conforme cálculos atuariais a Previda apresenta obrigação atuarial a valor presente no montante de R$ 41.727 sendo que o valor justo dos ativos monta a R$ 51.972; conseqüentemente, conforme o disposto no artigo 49, alínea “g” da Deliberação CVM 371 de 13 de dezembro de 2000, nenhum passivo foi consignado nas demonstrações financeiras. Segundo tais avaliações, os juros sobre a obrigação atuarial e o rendimento esperado dos ativos do plano para o ano de 2005 eram de R$ 4.568 e R$ 5.727, respectivamente. A determinação do passivo atuarial considerou as seguintes principais premissas: Taxa de desconto 11,30% a.a. Taxa de retorno esperada dos investimentos 11,30% a.a. Índice de aumento salarial estimado 7,10% a.a. Índice de reajuste de benefícios estimado 5,00% a.a. CONTADOR

DIRETORIA AKIRA TAKEUCHI Diretor Presidente

2004

SHUICHI HAYASHI Diretor

SATOSHI OKI Diretor

TAKEHIKO KIMURA Diretor

ANTONIO A. HAGIHARA CRC - 1SP187521/O-5

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S.A. (Nova denominação do Banco de Tokyo-Mitsubishi Brasil S/A) Examinamos os balanços patrimoniais do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas e do semestre findo em 31 de dezembro de 2005, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais

requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do

Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas e do semestre findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 3 de fevereiro de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Ricardo Baldin Contador CRC 1SP110374/O-0


Ano 81 - Nº 22.088 São Paulo, sexta-feira a domingo, 17 a 19 de março de 2006 R$ 0,60

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Jornal do empreendedor

Supremo Tribunal Federal, que na quarta-feira garantiu a mudez de Duda Mendonça, marqueteiro de Lula, impôs ontem novo silêncio à CPI dos Bingos. Depoimento do caseiro Nildo Santos Costa (foto) foi interrompido, quando este revelava detalhes das supostas visitas do ministro Palocci à mansão alugada em Brasília pelos amigos de Ribeirão Preto. Foi "o fechamento moral do Congresso", resumiu o senador Heráclito Fortes (PFL).

Edição de Campinas concluída às 23h55

'Uma afronta que joga por terra o princípio de independência dos Poderes' Senador Artur Virgílio (PSDB) critica a decisão do Supremo e pede a demissão de Palocci. Páginas 3 e 4

Arte de céllus sobre fotos de Beto Barata/AE e Paulo Pampolin/Hype

LEÃO-BOCA-ABERTA ARRECADA R$ 27,568 BI Receita abocanhou em fevereiro 4,58% mais do que no mesmo mês de 2005. Campanha De Olho no Imposto já tem 320 mil adesões em São Paulo. Economia/1

Mozart para todos

TEMPO EM CAMPINAS

Luiz Prado/LUZ

Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

Na foto, Papageno (barítono Lício Bruno), caçador de pássaros gabola, e Pamina (soprano Rosana Lamosa), jovem por quem o príncipe egípcio Tamino se apaixona. Eles são personagens centrais da mais popular e cativante ópera de Mozart, A Flauta Mágica, que estréia no Municipal. Leia mais: Julia Lemmertz emociona com a peça Molly Sweeney. E futebol na Bienal. DCultura


segunda-feira, 20 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 Evento termina com participação de mais de 1,5 mil jovens empreendedores.

CONGRESSO DE EMPREENDEDORES É SUCESSO

Milton Mansilha/LUZ

Palco de bons negócios, até mesmo internacionais

MISSÃO CUMPRIDA NO 10º CONGRESSO O Depois de três dias de palestras e negócios, empreendedores de todo o mundo alcançam objetivo traçado pelos organizadores

N

egócios, troca de informações, parcerias e apoio à criação de uma Carta Universal dos Direitos do Empreendedor. "Missão cumprida. Nosso papel é livrar as novas gerações de empreendedores da burocracia que impede o desenvolvimento da humanidade", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ao encerrar, na noite de sexta-feira, o 10º Congresso Mundial de Jovens Empreendedores. Nos três dias de duração, o evento reuniu mais de 300 empreendedores internacionais, 700 vindos de todos os cantos do Brasil e outros 600 de vários municípios do Estado de São

Paulo. "Aqui está a resposta aos novos tempos, ao desejo de transformar o direito de empreender como algo inalienável", acrescentou Afif. Júlio Bueno, coordenador do Fórum de Jovens Empreendedores (FJE) da ACSP, lembrou que a participação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), representou um apoio importante à livre iniciativa. Destacou as várias parcerias firmadas durante o evento, entre elas uma com a Junior Chamber International (JCI) e outra com fóruns de empreendedores de 15 países, entre os quais o Canadá, Turquia, Camboja, Índia, Nepal, Malásia e Uruguai. Objetivos – Doreni Caramori Jr, presidente da Confe-

Estréia em frente às câmeras

A

maior experiência vi- gosto de desafios e admirei o venciada pelo publici- projeto quando o conheci." Ele também admitiu suas fatário Roberto Justus ao apresentar o programa O lhas no programa, mas garanAprendiz, na TV Record, foi a tiu que já passou por muitos de conhecer o limite das pes- outros desafios – e até sacrifísoas. "É surpreendente ver as cios pessoais – para atingir o reações em diferentes situa- sucesso profissional. "Meu primeiro casamento ç õ e s . N e n h u m Marcos Fernandes/LUZ acabou porque departamento de não chegava em recursos humacasa antes da nos tem tanto comeia-noite. Tamnhecimento sobém não vi meus bre quem vai confilhos crescerem tratar quanto nós porque nunca esconseguimos no t a v a p re s e n t e . programa. TestaMas eu precisava mos cada um dos me dedicar à procandidatos já fissão para conatuando na área, quistar tudo o o que enriqueceu que tinha planea escolha do venJustus: sacrifício compensa jado. Portanto, cedor", disse. precisei abdicar M a s n ã o f oram somente os candidatos da minha vida pessoal e não que se sentiram desafiados. me arrependo disso", falou. Na opinião do publicitário, Justus garantiu que ficou muito inseguro no começo do o maior desafio de um profisprojeto e até questionou se se- sional é se manter informado e ser audacioso, mas ao mesria um bom apresentador. "Ouvi muitas críticas da mo tempo humilde. "É difícil 'panelinha' que é o meio pu- atingir o equilíbrio dessas blicitário, que eu queria ape- três qualidades, mas quando nas aparecer e atrair mais a se consegue, o sucesso está atenção da mídia. Apenas garantido", afirmou. (MR)

deração Nacional dos Jovens Empreendedores (Conaj), garantiu que o 10º Congresso cumpriu seus três objetivos principais: gerar negócios e novos relacionamentos; troca de informações e tecnologias; e representatividade. "Tivemos aqui empreendedores de 17 estados brasileiros", relatou Caramori. O vicecoordenador do FJE da ACSP, André Gonçalves, acrescentou que "esta mobilização ajuda a vencer os novos desafios impostos pela globalização". Fernando Menezes, secretário-adjunto de Desenvolvimento, representando o governador Alckmin, elogiou a parceria entre governo e setor privado liderada "pelo presidente Afif". "Apoiamos essa

bandeira em defesa da liberdade de empreender, essencial para a realização dos valores humanos", disse Menezes. Líderes e palestrantes estrangeiros deram seus depoimentos sobre o papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico das nações. Para Abdel Hamid Mandou, diretor de Comércio em Serviços da Organização Mundial de Comércio (OMC), o 10º Congresso foi uma resposta para quem busca, na arte de empreender, encontrar novas oportunidades. Ao final do evento, foi entregue aos principais participantes internacionais e às entidades que colaboraram com o sucesso do Congresso, o troféu Empreendedor Parceiro. (SLR)

Empreendedores do futuro

A

Durante o passeio, eles visio c i rc u l a r p e l o 1 0 º Congresso Mundial taram estandes, conversaram de Jovens Empreen- com alguns empresários e asdedores, Danilo Pontes Aço- sistiram palestras. Uma delas, fra, de 15 anos, ficou maravi- que tinha como tema o turislhado com o que viu e ouviu mo, despertou interesse em pelos corredores. A maior em- outro aprendiz: Everton Campolgação foi saber que não há pos Souza, de 17 anos. Everton, que idade para come- Marcos Fernandes/LUZ faz o curso técniçar o seu próprio co de Adminisnegócio. t r a ç ã o d e E m"Sempre quis presas, disse que cursar Adminisvai investir em tração de Empreoutra especialisas na faculdade zação, desta vez e este evento só de Turismo, asme fez ter certeza sim que concluir disso, já que vi o colégio. "Assismuitos jovens ti a uma palestra por aqui. Claro q u e m o s t ro u o que ainda não tepotencial do senho condições para abrir o meu Danilo (à frente) e Everton tor nos próximos anos e não vou próprio negócio, mas posso começar a adminis- perder tempo", afirmou. O Congresso também serviu trar a empresa de outras pessoas para assim aprender co- para mostrar aos aprendizes a mo devo fazer com a minha", importância da capacitação profissional. "Aqui eu ouvi disse o adolescente. Danilo é um dos 40 aprendi- que não é preciso fazer faculzes, integrantes do Movimen- dade para ser capacitado. É to Degrau, que trabalham na possível atingir o aprimoraAssociação Comercial de São mento profissional com bons Paulo (ACSP) e foram visitar o cursos técnicos também", comentou Everton. (MR) Congresso no último dia.

10º Congresso Mundial para Jovens Empreendedores, realizado com o apoio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), foi também palco de realização de negócios. "Contatei possíveis parceiros de outros países para tratarmos de exportação e importação", disse o empresário Augustavo de Lacerda Barbosa, à frente da companhia capixaba Monte Sião Granitos. Ele procurava empreendedores interessados em importar o granito produzido pela empresa que representa. E, durante uma sessão chamada Let´s make a new deal, espécie de rodada de negócios, Barbosa encontrou alguns possíveis parceiros, entre eles o indiano Sam Mathew, que deve ajudálo a encontrar compradores na Índia e Estados Unidos. "Vim à conferência buscar produtores de granito e agrotóxicos, além de gente envolvida com processos de recicla-

gem", disse Mathew. Ele representa a companhia Obocon, que intermedeia negociações comerciais entre empresários de diferentes países. O vendedor da Worldtradebrasil, Michael Barbosa, uniu-se aos dois empresários durante a reunião e aproveitou para cotar os preços dos fretes oferecidos pela empresa, caso as negociações avancem. "Quem nunca exportou, acha que é um bicho de sete cabeças, principalmente em relação ao transporte que leva a mercadoria", disse Michael. "Quero mostrar aos empresários que não é assim." Ele também se reuniu com o diretor executivo da Byte International Group, Patrick Kaija. "Vim de Uganda em busca de parcerias com empresários interessados em implementar serviços de internet em meu país." Ele participou de reuniões com companhias canadenses, brasileiras e neozelandesas, que se interessaram pelo projeto. Sonaira San Pedro

Projeto de rede de hotéis

A

tuar na área de hotelaria era o sonho do avô de Diego da Costa que, de tanto ouvir falar, tomou gosto pelo projeto e resolveu construir o primeiro hotel, de uma rede que pretende constituir no País, e mergulhar de cabeça no negócio. Em 2002, depois de vencer vários obstáculos, o Hotel da Costa saiu do papel para as praias de Aracaju. As barreiras foram muitas: demorou cerca de seis anos para conseguir aprovação de créditos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e no Banco do Nordeste. Ele precisava de empréstimo de R$ 2 milhões. Com praticamente 40% do investimento recuperado, o hotel, que tem vista panorâmica para a Praia dos Artistas, já

hospedou gente famosa, como o cantor Leonardo. Costa se orgulha de ter recebido quatro vezes o "Selo de Qualidade do Sebrae", o que acredita ser um reconhecimento de seu trabalho. "Estou finalizando um acordo para adquirir uma bandeira internacional ainda neste ano. E isso me possibilitará chegar mais próximo do maior objetivo, que é montar uma rede de hotéis, que inclui também investimento em outros países", comentou. Para Costa, a grande dificuldade em começar um negócio no Brasil, além do acesso ao crédito e da burocracia, é a carga tributária. "É preciso mudar isso para que mais negócios sejam fomentados e mais empregos sejam gerados", disse. Márcia Rodrigues


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Indicadores Econômicos

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 16/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

segunda-feira, 20 de março de 2006

-1,45 17/3/2006

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.418.241,39 Lastro Performance LP ......... 710.320,72 Múltiplo LP .............................. 1.669.257,36 Esher LP .................................. 2.455.072,81 Master Recebíveis LP ........... 136.606,55

Valor da Cota Subordinada 1.005,802523 995,170840 1.003,808888 999,822753 956,397459

% rent.-mês 1,7015 - 0,4829 1,3956 - 0,0044 - 4,3603

% ano 2,9511 - 0,4829 0,3809 - 0,0177 - 4,3603

por cento é a queda acumulada pelo Ibovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), no mês de março.

Valor da Cota Sênior 0 1.006,913553 1.012,438417 0 0

% rent. - mês 0,6914 0,8233 -

% ano 0,6914 1,2438 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

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ECONOMIA/LEGAIS - 13

BALANÇOS

CONVOCAÇÕES San Raphael Hotéis S.A.

CNPJ 44.018.885/0001-21 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação o Balanço Patrimonial e demais peças e demonstrações financeiras do exercício findo em 31/12/2004. Balanço Patrimonial Demonstrativo de Resultados 2003 2003 2004 1. Receita Operacional Bruta Ativo 2003 2004 Passivo 3.508.315,64 1.070.903,62 957.830,05 Circulante 1.414.932,31 2.113.114,63 Circulante 3.508.315,64 1.1. Hospedagem 161.876,70 89.911,99 2. Deduções da Receita Disponível 7.087,34 87.199,14 Fornecedores 287.591,83 1.847,69 2.532,38 Caixa e Bancos 7.087,34 87.199,14 Obrigações Trabalhistas 2.1. Impostos Incidentes 287.591,83 3.682,70 3.700,69 3. Receita Operacional Líquida Direitos Realizáveis 1.407.844,97 2.025.915,49 Obrigações Previdenciárias 3.220.723,81 13.453,07 16.845,91 4. Custos dos Serviços Clientes 182.179,40 151.871,79 Obrigações Tributárias 2.686.746,93 861.297,20 820.989,32 5. Resultado Operacional Bruto Estoques 57.189,28 47.628,97 Obrigações Sociais 533.796,88 28.746,26 23.849,76 6. Despesas Operacionais Adiantamentos 14.204,99 485.580,55 Outras Obrigações 1.635.892,32 756.567,15 1.507.567,15 Impostos a Recuperar 130.329,41 160.333,44 Exigível a Longo Prazo 6.1. Depesas Administrativas 538.833,50 756.567,15 1.507.567,15 Outros Créditos 1.023.941,89 1.180.500,74 Outras Obrigações 6.2. Depesas da Sede 869.971,89 572.021,74 482.173,33 Realizável a Longo Prazo 296.999,52 360.917,11 Patrimônio Líquido 6.3. Depesas com Veículos 89.828,10 750.000,00 750.000,00 Depósitos Judiciais 296.999,52 360.917,11 Capital Social 6.4. Depesas Tributárias 49.580,35 (46.374,63) (46.374,63) Permanente 687.560,68 473.538,79 Correção IPC/BTNF 6.5. Depesas Financeiras 87.678,48 (131.603,63) (221.452,04) 7. Resultado Operacional Investimentos 246.541,68 5.341,11 Lucros Acumulados (1.101.915,44) 2.399.492,51 2.947.570,53 8. Outras Receitas Operacionais Imobilizado 1.794.157,25 1.821.335,93 Total do Passivo 949.344,20 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Depreciações (1.353.138,25) (1.353.138,25) 9. Resultado Líquido do Exercício (152.571,24) Capital Correção Lucros Total do Ativo 2.399.492,51 2.947.570,53 2003 Social IPC/BTNF Acumul. Total Dem. das Origens e Aplic. de Recursos Notas Explicativas: 1. Principais Práticas Contábeis: As demonstra1. Origens 245.024,99 ções financeiras estão elaboradas de acordo com os preceitos da Lei Saldo em 31.12.03 750.000,00 (46.374,63) (131.603,63) 572.021,74 1.1. Aumento do Exig. Longo Prazo 163.768,79 (29.848,41) (29.848,41) 6.404/76 e legislaççao vigente. 2. Estoques: Estão avaliados ao custo de Resultado do Exerc. 1.2. Venda de Ativos 81.256,20 (60.000,00) (60.000,00) aquisição, não superando os preços de mercado. 3 - Ativo Permanente: Está Lucros Distribuídos 326.847,73 demonstrado pelo custo de aquisição acrescido da correção monetária até Saldo em 31.12.04 750.000,00 (46.374,63) (221.452,04) 482.173,33 2. Aplicações 2.1. Imobolizações 69.108.57 Demonstração do Capital Circulante Líquido 31/12/95. As depreciações são calculadas pelo método linear, pelas taxas 2.2. Aumento do Real. Longo Prazo 45.167,92 2003 2004 Variação usuais permitidas. 4. Capital Social: Está representado por 750.000 ações Capital Circilante Líquido 2.3. Lucros Distribuídos 60.000,00 1.414.932,31 2.113.114,63 698.182,32 ordinárias nominativas, de R$ 1,00 cada uma, totalizando R$ 750.000,00. 1. Ativo Circulante 2.4. Prejuízo do Exercício 152.571,24 2. Passivo Circulante 1.070.903,62 957.830,05 113.073,57 Raphael Jafet Junior - Diretor Presidente 81.822,74 3. Aumento/Redução do CCL 344.028,69 1.155.284,58 811.225,89 3. Capital Circulante Líquido José Antonio F. Turuel - Tec. Cont. CRC 1SP 144.545/0-9

A Diretoria 2004 3.475.759,69 3.475.759,69 284.155,25 284.155,25 3.191.604,44 2.556.564,20 635.040,24 1.696.668,09 616.030,54 809.042,24 101.617,06 45.154,76 124.823,49 (1.061.627.85) 1.031.779,44 (29.848,41) 2004 992.200,57 751.000,00 241.200,57 180.944,68 27.178,68 63.917,59 60.000,00 29.848,41 811.255,89

CBDN- Confederação Brasileira de Desportos na Neve CNPJ. 67.148.288/0001-17 Notas explicativas ás demonstrações contábeis para os exercícios findos Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 1. Contexto operacional A CBDN - Confederação Brasileira de Desportos na Circulante: Circulante: 81.636 83.130 Contas a pagar Disponibilidades 4.487 9.219 Neve é uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede em São Paulo e com Créditos F.I.S. 81.623 124.229 Adiantamentos diversos 355 9.464 jurisdição em todo o território brasileiro, e que tem por finalidade representar o Brasil Créditos diversos 34.047 80.554 4.842 18.683 perante entidades nacionais e internacionais ligadas ao Ski e ao Snowboard, organizar, regulamentar e incentivar a prática do Ski na neve (seja alpino, biathlon 197.306 287.913 Patrimônio social: Permanente: 205.787 282.553 ou nórdico) e do Snowboard e demais esportes reconhecidos e dirigidos pela “FIS Superávit acumulado Investimento 1.000 1.000 Total do passivo 210.629 301.236 - International Ski Federation” e “IBU - International Biathlon Union” inclusive o Ski na grama e o biathlon de verão, conceder filiação a associados e clubes brasileiros, Imobilizado 12.323 12.323 Demonstrações do superávit (déficit) e do superávit acumulado para os promover competições, torneios e campeonatos regionais, nacionais e outros eventos 13.323 13.323 exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (em Reais) nos diferentes níveis e categorias oficiais. 2. Apresentação das demonstrações Total do ativo 210.629 301.236 2005 2004 e principais práticas contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas Demonstrações das origens e aplicações de recursos para os Receitas: em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e estão sendo exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 Subvenção F.I.S. 125.493 93.294 apresentadas comparativamente entre os exercícios. São as seguintes as principais 2005 2004 Inscrições 3.856 4.968 práticas adotadas para a elaboração destas demonstrações contábeis: 2.1. Origens de recursos Receitas com Campeonato Brasileiro 15.330 26.400 Disponibilidades São atualizados pelos juros transcorridos e atualização monetária Das operações Solidariedade Olímpica 32.661 - até a data do balanço, não ultrapassando o valor de mercado. 2.2. Créditos F.I.S. Superávit do exercício 125.016 Programa Lei Piva 524.589 343.679 Registra os créditos com a “International Ski Federation” a serem utilizados para Total das origens 125.016 Contribuições de atletas 556 - custear despesas ligadas aos desportos na neve, entre outros, com transportes, Aplicações de recursos Subvenção I.B.U. 11.915 - hospedagem e aquisição de equipamentos para o treinamento e competições. 2.3. Das operações Financeiras 989 1.343 Investimento É avaliado pelo custo de aquisição e representa a participação no Déficit do exercício 76.766 715.389 469.684 capital do Comitê Organizador dos Jogos Pan Americanos Rio 2007 S/C Ltda., Adicões do ativo imobilizado 5.097 Despesas: empresa criada em 12 de novembro de 2002, com a finalidade de difundir esportes Total das aplicações 76.766 5.097 Solidariedade Olímpica (32.661) - olímpicos. 2.4. Imobilizado É registrado pelo custo de aquisição. 2.5. Adiantamentos Aumento (redução) do capital circulante líquido (76.766) 119.919 Programa Lei Piva (554.999) (301.516) diversos Registra, basicamente, os adiantamentos de atletas e treinadores para 2005 2004 Administrativas (44.009) (18.580) custear eventos e competições. Variação do capital circulante líquido Operacionais (139.313) (8.211) 3. Imobilizado Ativo circulante Comunicação (349) (2.875) Descrição 2005 2004 287.913 149.311 No início do exercício Tributárias (4.311) (1.772) Móveis e utensílios 445 445 No final do exercício 197.306 287.913 Financeiras (16.513) (11.714) Equipamentos de informática 3.924 3.924 (90.607) 138.602 (344.668) Marcas e patentes (792.155) 7.954 7.954 Passivo circulante Superávit (Déficit) do exercício (76.766) 125.016 Total 12.323 12.323 No início do exercício 18.683 Superávit (Déficit) do exercício (76.766) 125.016 As depreciações acumuladas serão computadas no resultado do exercício de No final do exercício 4.842 18.683 Superávit anterior 282.553 157.537 acordo com a utilização e prazo de vida útil dos bens. 4.S u b v e n ç õ e s (13.841) 18.683 Superávit acumulado 205.787 282.553 governamentais e de outras entidades Os recursos da entidade são aplicados (76.766) 119.919 em suas finalidades institucionais, em conformidade com seu estatuto social. A Conselho Deliberativo entidade recebe subvenções do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro, Parecer do Conselho Fiscal Os infra assinados, membros do Conselho Domingos Giobbi, CPF/MF sob nº004.313.388-68 - Presidente da “International Ski Federation” e “International Biathlon Union”, e que são aplicadas Fiscal da CBDN - Confederação Brasileira de Desportos na Neve, tendo recebido Sylvio Monti Neto, CPF/MF sob nº 943.267.628-53 para a prática, difusão e aprimoramento técnico do Ski, do Snowboard e do Biatlo para exame e aprov. as Demonst. Financeiras do Exerc. de 2005, incluindo o parecer Laura Dias Dalcanale Pereira Alves, CPF/MF sob nº 743.119.649-00 no Brasil. 5.Impostos sobre o resultado Em virtude de ser uma entidade sem fins dos auditores independentes sem ressalvas, e após,obterem as informações e Olavo Fontoura Vieira, CPF/MF sob no. 011.790.488-06 lucrativos, goza do benefício de isenção do pagamento dos tributos federais incidentes esclarecimentos sobre os registros e da documentação correspondente, são de Francisco Giobbi, CPF/MF sob nº 667.249.708-06, Secretário sobre o resultado, de acordo com os artigos 167 a 174, do Regulamento de parecer que o mesmo deve ser aprovado pela Assembléia Geral. São Paulo, 15 /03/ Alfredo Ricardo Parodi Neto, CPF/MF sob nº 567.380.489-04. Imposto de Renda aprovado pelo Decreto nº 3.000 de 26/03/99 e artigo 195, da 2006. Luiz Eduardo Consiglio; Alberto Jorge Filho; Dario Dos Santos. Diretoria:Stefano Adolfo Prado Arnhold Constituição Federal. CPF/MF sob no. 950.276.538-91 - Presidente Conselho Fiscal pela administração da entidade e da apresentação das demonstrações contábeis Marcelo Aapovian, CPF/MF sob no. 273.040.418-03, Vice-Presidente Luiz Eduardo Consiglio, CPF/MF sob no. 029.126.078-09 tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima Christian Blanco, CPF/MF sob no. 166.995.938-46 Diretor Tesoureiro Alberto Jorge Filho, CPF/MF sob no. 472.082.288-68 referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição Unecont União Contábil S/C - C.R.C. 12.265 - Petterson de Souza Gomes Dario Dos Santos CPF/MF sob no. 163.687.288-33 patrimonial e financeira da CBDN - Confederação Brasileira de Desportos na Neve Tec. Contab - CRC 1SP187992/O-9 - CPF 260.379.728-00. Parecer dos auditores independentes: Aos diretores da CBDN - Confederação em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, os resultados de suas operações e as Brasileira de Desportos na Neve 1. Examinamos os balanços patrimoniais da CBDN demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas - Confederação Brasileira de Desportos na Neve em 31 de dezembro de 2005 e as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: o planejamento dos trabalhos, datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 10 de de 2004, e as respectivas demonstrações do superávit (déficit) do exercício e considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil março de 2006. acumulado e das origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos de controles internos da entidade, a constatação com base em testes das evidências Terco Grant Thornton Auditores exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, a Independentes - Sociedade Simples Marcos Roberto Evangelista administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre estas avaliação das práticas, das estimativas contábeis mais representativas adotadas CRC 2 SP 018.196/O-8 CRC 1 SP 218.803/O-5

DECLARAÇÃO À PRAÇA

AVISOS AOS ACIONISTAS

ATAS

C.N.P.J. nº 61.194.080/0001-58 - CIA. ABERTA

C.N.P.J. nº 61.194.080/0001-58 - CIA. ABERTA

Capital Autorizado: Até 100.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 325.000.000,00 dividido em 58.913.584 ações ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA DURATEX S.A., REALIZADA EM 22 DE FEVEREIRO DE 2006. Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro de dois mil e seis, às 10:00 horas, na sede social, na avenida Paulista nº 1938 - 5º andar, nesta Capital, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Duratex S.A., abaixo assinados. Assumiu a Presidência dos trabalhos Olavo Egydio Setubal. Havendo número legal o Sr. Presidente convidou para Secretário o Vice-Presidente Laerte Setubal Filho, dando início à reunião. O Sr. Presidente, informou aos presentes que compete a este Conselho deliberar sobre (i) a realização de oferta pública primária de ações ordinárias de emissão da Companhia, (ii) a contratação de instituições habilitadas para os serviços de coordenação, distribuição e colocação das ações ordinárias a serem emitidas no âmbito da oferta, (iii) autorização para a Diretoria da Companhia praticar todos os atos indispensáveis e a assinatura de todos os documentos necessários à execução da oferta, e (iv) proposta de distribuição de ações ordinárias e preferenciais de emissão da Companhia aos acionistas, a título de bonificação, mediante capitalização de reservas. Em seguida, o Sr. Presidente, submeteu as matérias à analise e discussão, resultando, unanimemente aprovadas: i) a realização de uma oferta pública primária de 4.500.000 ações ordinárias de emissão da Companhia, representativas de, aproximadamente, 7,6% do capital social da Companhia (“Ações Ordinárias”), a serem subscritas mediante aumento de capital, dentro do limite do capital autorizado. Os recursos provenientes dessa emissão serão incorporados ao capital de giro da Companhia e utilizados na expansão futura de suas atividades. Simultaneamente à oferta pública primária das ações ordinárias, será realizada uma oferta pública secundária de ações preferenciais de emissão da Companhia, representativas de até 16,2% do capital social, correspondente a até 25,8% das ações preferenciais da Companhia, atualmente em circulação, de titularidade dos acionistas Itaúsa - Investimentos Itaú S.A., Itaucorp S.A., Fundação Itaúsa Industrial e Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI, (“Ações Preferenciais” e, em conjunto com as Ações Ordinárias, as “Ações”). As Ações serão colocadas no Brasil, através de instituições financeiras lideradas pelo Banco Itaú BBA S.A. (“Coordenador Líder”) e por Credit Suisse (Brasil) S.A. e BB Banco de Investimentos S.A. (“CSB” e “BB BI”, e em conjunto com o Coordenador Líder, “Coordenadores da Oferta Pública”), em conformidade com os procedimentos estabelecidos na Instrução da CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003 (“Instrução CVM 400”), por meio de distribuição pública em mercado de balcão não organizado. Com relação às Ações Ordinárias, será concedido um período de prioridade de 3 (três) dias utéis, para que os atuais acionistas, a seu exclusivo critério, possam subscrever suas ações, e exclusivamente com relação às Ações Preferenciais, serão realizados esforços de venda nos Estados Unidos da América, para investidores institucionais qualificados (“Qualified Institutional Buyers”), conforme definidos na Regra 144A do Securities Act de 1933, conforme alterado (“Securities Act”) e nos demais países (exceto Estados Unidos da América e Brasil), com base no Regulamento S editado pela Securities and Exhange Commission (“SEC”), em operações isentas de registro. O preço de distribuição das ações ordinárias e preferenciais deverá ser o mesmo e será definido após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento (“Procedimento de Bookbuilding”), em consonância com o disposto no artigo 170, §1º, III, da Lei das Sociedades por Ações, e com o disposto no artigo 44, da Instrução CVM 400 e, no caso das ações ordinárias, será fixado por este Conselho de Administração, antes da concessão do registro da oferta pública pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários. ii) a contratação do Banco Itaú BBA S.A. (“Coordenador Líder”), e do Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Coordenador” e, em conjunto, com o Coordenador Líder, os “Coordenadores”), para a prestação de serviços de coordenação, distribuição e colocação das Ações Ordinárias. iii) autorização à Diretoria para praticar todos os atos indispensáveis e a assinatura de todos os documentos necessários à execução da Oferta Pública, nos termos acima, incluindo, mas não se limitando, aos instrumentos contratuais relacionados à Oferta Pública, cartas de restrição à negociação de ações de emissão da Companhia e de pedido de registro da Oferta Pública junto à CVM - Comissão de Valores Mobiliários. iv) proposta para aumento do capital social, mediante a capitalização de parte de reservas de lucros e de capital, existentes no balanço encerrado em 31.12.2005, no montante aproximado de R$ 383 milhões, sendo atribuído aos acionistas 1 ação nova para cada ação possuída. Tão logo esteja concluído o processo de colocação da “Oferta Pública”, acima mencionado, este Conselho, convocará uma Assembléia Geral Extraordinária para aprovar o aumento de capital e definir as regras que serão aplicadas na distribuição da bonificação. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, da qual foi lavrada esta ata, que é por todos assinada. São Paulo, 22 de fevereiro de 2006. (aa) Olavo Egydio Setubal - Presidente, Laerte Setubal Filho - Secretário, José Carlos Moraes Abreu, Jairo Cupertino, Olavo Egydio Setubal Junior. Certifico que a presente é cópia fiel do original lavrado em livro próprio. LAERTE SETUBAL FILHO - Secretário. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 64.643/06-2 em 03/03/2006. Cristiane da Silva Freitas Corrêa - Secretária Geral.

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA DURATEX S.A., REALIZADA EM 14 DE FEVEREIRO DE 2006. Aos quatorze dias do mês de fevereiro de dois mil e seis, às 17:00 horas, na sede social, na avenida Paulista nº 1938 - 5º andar, nesta Capital, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Duratex S.A., abaixo assinados. Assumiu a Presidência dos trabalhos Olavo Egydio Setubal. Havendo número legal o Sr. Presidente convidou para Secretário o Vice-Presidente Paulo Setubal - Neto, dando início à reunião. Convocada que foi esta com o objetivo de dar cumprimento ao que dispõe o artigo 15 do Estatuto, propõe o Sr. Presidente, seja efetuado, “ad referendum” da Assembléia Geral, o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor total de R$ 21.444.527,10 (vinte e um milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil, quinhentos e vinte e sete reais, dez centavos), aos titulares de ações escriturais em 14.02.2006, a razão de R$ 0,3640 por ação. O pagamento será efetuado a partir do dia 23.02.2006, pelo valor líquido de R$ 0,3094 por ação, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15% (quinze por cento), exceto para acionistas pessoas jurídicas que comprovarem, até a data do início do pagamento, a sua condição de imune ou que estejam desobrigadas da retenção por disposição legal. A importância correspondente ao pagamento dos juros acima, será imputada no cálculo do dividendo obrigatório do exercício de 2005, em conformidade com a Lei nº 9249/95. Propõe ainda, sejam efetivadas no mês de fevereiro as seguintes distribuições: A - a quantia de R$ 3.410.751,30 (três milhões, quatrocentos e dez mil, setecentos e cinqüenta e um reais, trinta centavos) como participação das partes beneficiárias (art. 17), a ser paga aos respectivos titulares; e B - a quantia de R$ 4.790.145,88 (quatro milhões, setecentos e noventa mil, cento e quarenta e cinco reais, oitenta e oito centavos), como participação dos administradores (§ 3º do art. 9º). Prosseguindo, o Sr. Presidente submeteu o assunto à consideração do Conselho de Administração, tendo este deliberado aprová-lo pela unanimidade dos seus membros presentes. Como nada mais houvesse a tratar, o Sr. Presidente declarou encerrada a reunião da qual foi lavrada esta ata, que é por todos assinada. São Paulo, 14 de fevereiro de 2006. (aa) Olavo Egydio Setubal - Presidente, Paulo Setubal - Neto - Secretário, José Carlos Moraes Abreu, Jairo Cupertino, Olavo Egydio Setubal Junior. Certifico que a presente é cópia fiel do original lavrado em livro próprio. PAULO SETUBAL - NETO - Secretário. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 64.642/06-9 em 03/03/2006. Cristiane da Silva Freitas Corrêa - Secretária Geral.

EDITAL

AVISO DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO/SP

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO OBJETO: Contratação de empresa para fornecimento de Carne Bovina. MODALIDADE: Tomada de Preço nº 007/2006. PROCESSO: Nº 546/2006. ENCERRAMENTO: dia 05 de abril de 2006, às 11:00 horas. ABERTURA: às 14:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP. Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs.: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. São Pedro, 17 de março de 2006. Eduardo Esperanza Modesto - Prefeito Municipal.

COMUNICADO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: PREGÃO PRESENCIAL Nº 15/0850/05/05

OBJETO: CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE, GUARDA, EMBALAGEM E A FORMAÇÃO DE KITS PARA DISTRIBUIÇÃO DE DIVERSOS MATERIAIS PEDAGÓGICOS E OUTROS DOCUMENTOS. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para contratação de serviços de transporte, guarda, embalagem e a formação de kits para distribuição de diversos materiais pedagógicos e outros documentos a ser encaminhados para a Rede Estadual de Ensino de São Paulo através das Diretorias de Ensino. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 20/03/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 30/03/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Quer falar com 26.000

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empresários de uma só vez?

Publicidade Legal - 3244-3799

Requerente: Soedral Sociedade Elétrica Hidráulica Ltda. - Requerido: MPC Engenharia Ltda. - Av. Jandira, 257 - 11º andar - 01ª Vara de Falências Requerente: Cícero Nunes - Requerido: Solubras Empreiteira de Mão-de-Obra Ltda. Rua Mossamedes, 330 - 01ª Vara de Falências Requerente: Alta Serviços Comerciais Ltda. - Requerido: Romappa Com. e Representações de Madeiras Ltda. - Av. Corifeu de Azevedo Marques, 360 - 02ª Vara de Falências Requerente: Ingram Micro Brasil Ltda. - Requerido: PHR

Networking Ltda. - Rua Padre Garcia Velho, 73 - conj. 23 - 2º andar - 01ª Vara de Falências Requerente: Muriaço Ferro e Aço Ltda. - Requerido: JRTV Comércio de Lixeiras Ltda. - Rua Baquiá, 395/405 - 02ª Vara de Falências Requerente: Lotusmetal Ltda. - Requerido: Metaluan Metais e Ligas Ltda. - Rua Arabuta, 03 - 02ª Vara de Falências Requerente: Nobra Planejamento Consultoria Editorial S/C Ltda. Requerido: Alexandre Colnaghi Rodrigues Esportes - ME - Alameda dos Maracatins, 1313 - 01ª Vara de Falências

EDITAL


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Nacional Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

BRASIL EXPORTOU US$ 462 MI PARA A AUSTRÁLIA EM 2005

150

tipos de visto são oferecidos para estrangeiros pelas autoridades australianas

Fotos: Divulgação

Um dos modelos de trator da Massey Ferguson

N gócios Novas oportunidades

Visão do Sidney Opera House, um dos maiores pontos turísticos da Austrália. O governo brasileiro está tentando estreitar relações com o país.

&

oportunidades

de negócios do SP Chamber assina acordo com entidade de Taiwan outro lado do planeta A

Juan Quirós, da Apex-Brasil, visita a Austrália para abreviar contatos entre empresários das duas nações

P

ouco populosa, com enormes trechos de deserto e estradas cercadas por grandiosos pastos, a Austrália é o sexto maior país do mundo, com 2,97 milhões de metros quadrados. De lá, bons fluídos chegam ao Brasil, por meio de uma relação comercial ainda pequena, que pode gerar resultados significativos. Em busca de novas oportun i d a d e s , o p re s i d e n t e d a Agência de Promoção às Exportações (Apex-Brasil), Juan Quirós, viajou na semana passada para a Austrália. Na viagem, além de reuniões com a Austrade (homóloga da ApexBrasil), Quirós encontrou representantes de bancos e entidades de classe. Segundo ele, uma empresa de consultoria deve ser contratada em breve para que se faça um grande levantamento de informações sobre o mercado australiano. "O objetivo é indicar quais as principais oportunidades de negócios na Austrália para produtos brasileiros. Eles (os australianos) têm um apego muito grande pelas marcas internacionais, o que nos ajuda muito", diz. Parceria – O ano passado marcou o 60º aniversário das relações diplomáticas bilaterais. Mas as ligações históricas entre as nações datam de 1787, quando uma frota de navios britânicos fez escala no Rio de Janeiro. De lá para cá, o Brasil foi se

A

Na ocasião da assinatura, a SP Chamber recebe uma delegação de 12 empresários da IEAT, liderada pelo diretor executivo, Fan Jen Fei. O encontro será realizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, 51 – 9º andar, às 10h, e é aberto aos empresários brasileiros que quiserem participar.

Feira de alimentos em Porto Rico

O

Linha de produção da Massey Ferguson, empresa que exportou 200 tratores para Austrália em 2005

transformando no maior parceiro sul-americano da Austrália. Só em 2005, o País exportou para lá US$ 462 milhões, o que representou um aumento de 25,54% em relação a 2004. Os principais produtos vendidos foram soja, automóveis, ferro, café, sucos de laranjas e acessórios para tratores. No entanto, as vendas para o mercado australiano representam apenas 0,4% do total comercializado pelo País com o exterior. "A distância prejudica muito. Enviar produtos para lá é muito caro", explica o vice-presidente da Câmara Oficial Brasil Austrália, João Rosal. A câmara foi criada há 12 anos. "Temos um grupo de 30

empresas associadas, que já se relacionam comercialmente com a Austrália." Rosal explica que essas relações se fortaleceram a partir das Olimpíadas de 2000, em Sidney. "O evento esportivo mais famoso do mundo contribuiu e, sem dúvida nenhuma, o comércio exterior só tende a melhorar de agora em diante, até pela semelhança entre Brasil e Austrália." Como semelhanças, ele cita a abundância de recursos naturais e a excelência na produção agrícola. Exemplo – A marca Massey Ferguson, fabricada no País pela AGCO do Brasil, é a prova viva de que a Austrália oferece bons negócios para empresas

brasileiras. De acordo com o gerente de exportações Francisco Delamare, o país da Oceania comprou 200 unidades de tratores no ano passado. "Para se ter idéia do crescimento desse negócio, em 2000, quando iniciamos as exportações para a Austrália, o número de tratores que saíam daqui para lá era 20", diz. Em comparação a 2004, as vendas para a Austrália cresceram 20%. "Trata-se de um mercado muito promissor para nós", afirma Delamare. Segundo ele, porém, as expectativas para 2006 não são boas, em decorrência da queda do dólar em relação ao real. Vanessa Rosal

Austrália "importa" pessoas densidade demográfica da Austrália é uma das menores do planeta, com um total de 20 milhões de habitantes, o equivalente à população da Grande São Paulo. Por isso, é preciso "importar" mão-de-obra. E o Brasil é um dos maiores exportadores de pessoas para lá. Em 2004, mais de 8,6 mil brasileiros foram à Austrália. No ano passado, o número subiu para 9,4 mil brasileiros, mas a maior parte (6 mil) era composta por estudantes. O arquiteto brasileiro Marcelo Blois, de 28 anos, é um dos

São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), assina hoje acordo de cooperação com a The Importers and Exporters Association of Taipei (IEAT). A intenção é facilitar a troca de informações e auxiliar os negócios entre o Brasil e Taiwan.

que arriscou mudar para o outro lado do mundo, em 2002, após perder um emprego no Brasil. "Fui para estudar Inglês e arrumar trabalho. Não tinha perspectiva nenhuma, arrisquei tudo", relembra. Ele diz que os australianos são bem receptivos com os estrangeiros e que não sentiu dificuldades para se adaptar. "A cultura é bem diferente. Mas tem tanta gente do Brasil, que você acaba formando grupos de amigos." Durante o tempo em que esteve por lá, Blois trabalhou como garçom, lavou pratos e en-

tregou pizza. E, com o tempo, conseguiu um bom emprego em um supermercado. "Foi uma experiência maravilhosa, e eu pretendo regularizar novamente meu visto aqui no Brasil para voltar", afirma. Segundo a consultora de imigração da Visacorp Austrália Erica Carneiro, a economia australiana é forte e os mercados não param de crescer. "O país realizou vários estudos de projeção da população e descobriu-se que é preciso 'importar' pessoas de outros países para dar seqüência ao desenvolvimento", afirma.

De acordo com Erica, as profissões mais procuradas flutuam de época em época, de acordo com as necessidades do mercado. "O requerimento básico é que se tenha um bom nível da língua inglesa." Na semana passada, Erika, que vive na Austrália, veio ao Brasil ministrar palestra para esclarecer as principais dúvidas de quem pretende morar no exterior. Segundo ela, existem 150 tipos diferentes de vistos. Os principais são para quem deseja estudar, passear ou trabalhar por pouco tempo. (VR)

Brasil, por meio da Agência de Promoção de Exportações (Apex), participará da X Exposição Internacional de Alimentos de Porto Rico – Expo Alimentos, que será realizada nos dias 1 e 2 de abril, em Porto Rico. A Expo Alimentos tem se revelado como o evento mais importante para a indústria de alimentos do Caribe e como ferramenta para abertura de portas nos mercado porto-riquenho, dos Estados Unidos e das Ilhas Caribenhas. A feira abrange os segmentos de alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal e

itens de limpeza. Na edição de 2005, o evento recebeu expositores dos Estados Unidos, Canadá, México, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Porto Rico, Panamá, Trinidad-Tobago, Peru, Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Itália, Holanda e Espanha, entre outros, registrando um total de 7.536 visitantes. Mais informações com a Conceito Congressos e Eventos, pelo telefone: (11) 38314700, com Sabrina (stressoldi@conceitobrazil.com.br) ou Tatiana (trodrigues@conceitocongressos.com.br).

Seminário sobre CDs

A

Agência de Promoção de Exportações (Apex) realiza amanhã, dia 21, em São Paulo, seminário sobre "Centros de Distribuição de Produtos Brasileiros no Exterior". Serão apresentados os projetos dos três centros com instalação programada para o 1º semestre deste ano: CD-Alemanha, CD-

Portugal e CD-Polônia. O evento discutirá custos de participação, assuntos legais e os trâmites operacionais. Será realizado no Hotel Caesar Business Paulista, na Avenida Paulista, 2181, das 9h30 às 12h30. Confirmação de partic i p a ç ã o p e l o e - m a i l : d i ogo@apexbrasil.com.br.

PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL TURQUIA 43 - Café JAPÃO 44 - Moldura de madeira para quadros e fotografias 45 - Pìmenta ("piper"), pimentões e pimentas gêneros "capsicum" secos ou triturados ou em pó 46 - Algodão, não cardado, nem penteado

ÁUSTRIA 47 - Óleo de dendê em bruto BÉLGICA 48 - Sucos de frutas ou de produtos hortícolas CHILE 49 - Açúcar refinado CHINA 50 - Tecidos de malha-urdidura, inclusive os fabricados em teares para galões

PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL PAQUISTÃO 51 - Instrumentos de pedicure e manicure; instrumentos cirúrgicos e odontológicos; tesouras de qualquer tipo ESPANHA 52 - Azeite de oliva, virgem, extra; vinagre de Jerez

ISRAEL 53 - Sucata de todos os tipos de metal: ferro e cobre ÍNDIA 54 - Confecções de alta qualidade 55 - Corantes e aditivos alimentícios e fragrâncias

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


Ano 81 - Nº 22.089

Perigos de um crime

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Jornal do empreendedor

O ex-governador Garotinho venceu a consulta informal do PMDB, mas se será o seu candidato a presidente é outra questão. Terá que derrotar a poderosa ala a favor do bis ao Lula lá. E terá que disputar com o governador Rigotto a validade da contagem de votos, já contestada. Pág. 3

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R$ 0,60

Até petistas criticam a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo (foto), calado pelo STF enquanto depunha à CPI sobre o ministro Palocci. O deputado Roberto Freire, do PPS, que quer investigar quem violou a privacidade do caseiro, diz que "se ficarmos quietos, viramos francenildos". Para o presidente do STF, Nelson Jobim, "é um fato gravissimo, um crime". Pág. 3

Garotinho desafia PMDB do PT

São Paulo, segunda-feira 20 de março de 2006

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

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Emiliano Capozoli/LUZ

Edição de Campinas concluída às 23h55

112 ANOS DA 25 DE MARÇO O mais disputado centro popular de compras do País comemora o aniversário vestido para a Copa. Lojas como a da foto já pensam nos gols da Seleção. Na página 8, o mapa de surpresas da 25 de Março.

Paulo Pampolim/Hype

Eduardo Nicolau/AE

A cidade é a escola Na praça da Sé, o monitor conta às crianças, atentas, um pouco da história de São Paulo (foto). Projeto ousado faz da cidade uma fascinante sala de aula. Página 7 TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 19º C.

Na hora da virada O Palmeiras perdia de 2 a 0 da Ponte. Virou para 4 a 2. Depois do 3º gol, a alegria da vitória não poderia ser mais explícita (foto). A apenas dois pontos do líder Santos, os palmeirenses acreditam na possibilidade de chegar ao título. Mas São Paulo (empate com o Noroeste no Morumbi) e Corinthians (derrota contra o América de Rio Preto) também não desanimam. DC Esporte


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 3

Av. Brigadeiro Faria Lima nº 2277 - 7º andar - CEP 01452-000 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 2202-8100 RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo e do Dresdner Bank Lateinamerika AG Filial São Paulo, acompanhadas das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes, elaboradas de acordo com a Legislação Societária Brasileira e normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. Agradecemos aos nossos clientes pela confiança e apoio bem como a dedicação e comprometimento de nossos funcionários e colaboradores. Diretoria Executiva

I - Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo

www.drkw.com

C.N.P.J. 29.030.467/0001-66 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Ativo 2005 2004 Passivo Circulante .............................................................................. Circulante .............................................................................. 803.705 557.819 Depósitos ............................................................................ Disponibilidades .................................................................. 1.455 929 Depósitos à vista .............................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ 21.009 80.381 Depósitos interfinanceiros ................................................ Aplicações no mercado aberto .......................................... 2.000 – Depósitos a prazo.............................................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros.......................... 19.010 80.381 Captações no mercado aberto.............................................. Provisões para perdas ...................................................... (1) – Carteira própria ................................................................ Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros Recursos de aceites e emissão de títulos.............................. Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior...... derivativos ........................................................................ 531.405 39.994 Relações interdependências................................................ Carteira própria ................................................................ 155.470 13.274 Recursos em trânsito de terceiros...................................... Vinculados a operações compromissadas ........................ 50.068 – Obrigações por repasses .................................................... Vinculados ao Banco Central ............................................ 77.855 – Repasses do exterior ........................................................ Vinculados à prestação de garantias ................................ 96.215 14.707 Instrumentos financeiros derivativos .................................... Instrumentos financeiros derivativos ................................ 151.797 12.013 Instrumentos financeiros derivativos ................................ Relações interfinanceiras .................................................... 30 53.432 Outras obrigações................................................................ Carteira de câmbio ............................................................ Créditos vinculados: Sociais e estatutárias ........................................................ Depósitos no Banco Central .......................................... 16 – Fiscais e previdenciárias .................................................. Repasses interfinanceiros ................................................ – 53.432 Negociação e intermediação de valores ............................ Correspondentes .............................................................. 14 – Diversas............................................................................ Operações de crédito .......................................................... – 161.109 Exigível a longo prazo .......................................................... Operações de crédito Instrumentos financeiros derivativos .................................... Setor privado .................................................................. – 161.376 Instrumentos financeiros derivativos ................................ Outras obrigações................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. – (267) Sociais e estatutárias ........................................................ Outros créditos .................................................................... 249.785 221.974 Fiscais e previdenciárias .................................................. Créditos por avais e fianças honrados .............................. – 1.690 Diversas............................................................................ Carteira de câmbio ............................................................ 236.439 221.405 Resultados de exercícios futuros ........................................ Rendas a receber .............................................................. 26 – Resultados de exercícios futuros.......................................... Negociação e intermediação de valores ............................ 10.844 5 Patrimônio líquido ................................................................ Diversos............................................................................ 2.476 564 Capital: De domiciliados no exterior................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. – (1.690) Reservas de capital .............................................................. Outros valores e bens .......................................................... 21 – Reserva de reavaliação........................................................ Despesas antecipadas...................................................... 21 – Reserva de lucros ................................................................ Realizável a longo prazo ...................................................... 59.300 10.128 Lucros (prejuízos) acumulados ............................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ – 9.556 Aplicações em depósitos interfinanceiros.......................... – 9.556 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................................................................ 16.138 – Instrumentos financeiros derivativos ................................ 16.138 – Operações de crédito .......................................................... 27.107 – Operações de crédito Setor privado .................................................................. 27.107 – Outros créditos .................................................................... 16.055 572 Créditos por avais e fianças honrados .............................. – 6.674 Diversos............................................................................ 16.055 572 Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. – (6.674) Permanente .......................................................................... 12.483 3.011 Investimentos ...................................................................... 4.163 409 Outros investimentos ........................................................ 4.163 409 Imobilizado de uso................................................................ 7.318 1.887 Imóveis de uso .................................................................. – 1.418 Reavaliação de imóveis de uso.......................................... – 923 Outras imobilizações de uso.............................................. 7.586 2 Depreciações acumuladas................................................ (268) (456) Diferido ................................................................................ 1.002 715 Gastos de organização e expansão .................................. 1.504 1.750 Amortizações acumuladas ................................................ (502) (1.035) Total do ativo ........................................................................ 875.488 570.958 Total do passivo ....................................................................

2005 695.679 100.428 75 37.332 63.021 49.823 49.823 70.464 70.464 6.328 6.328 117.550 117.550 92.269 92.269 258.817 234.500 – 546 17.323 6.448 27.005 887 887 26.118 14 25.270 834 2 2 152.802

2004 432.359 75 75 – – – – 86.561 86.561 29 29 133.302 133.302 4.788 4.788 207.604 205.831 340 12 1.124 297 9.526 – – 9.526 – 9.160 366 – – 129.073

174.741 994 – 3.605 (26.538)

97.980 179 569 3.605 26.740

875.488

570.958

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LíQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) Reservas de Capital Reserva Lucros Capital Subvenções para Reserva de de Lucros (Prejuízos) Social Investimentos Outras Reavaliação Legal Acumulados Saldos em 1º de janeiro de 2004 .................................... 97.980 13 166 578 3.605 32.908 Realização da reserva de reavaliação .............................. – – – (14) – 14 Reversão de encargos sobre reserva de reavaliação ........ – – – 5 – – Prejuízo do exercício ........................................................ – – – – – (6.182) Saldos em 31 de dezembro de 2004 .............................. 97.980 13 166 569 3.605 26.740 Saldos em 1º de janeiro de 2005 .................................... 97.980 13 166 569 3.605 26.740 Aumento de capital .......................................................... 76.761 – – – – – Realização da reserva de reavaliação .............................. – – – (569) – 569 Atualização de título patrimonial........................................ – – 815 – – – Prejuízo do exercício ........................................................ – – – – – (53.847) Saldos em 31 de dezembro de 2005 .............................. 174.741 13 981 – 3.605 (26.538) Saldos em 1º de julho de 2005 ........................................ 97.980 13 684 565 3.605 (18.945) Aumento de capital .......................................................... 76.761 – – – – – Realização da reserva de reavaliação .............................. – – – (565) – 565 Atualização de título patrimonial........................................ – – 297 – – – Prejuízo do semestre ........................................................ – – – – – (8.158) Saldos em 31 de dezembro de 2005 .............................. 174.741 13 981 – 3.605 (26.538)

Total 135.250 – 5 (6.182) 129.073 129.073 76.761 – 815 (53.847) 152.802 83.902 76.761 – 297 (8.158) 152.802

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais, exceto prejuízo por lote de mil ações) 2º Semestre Exercícios 2005 2005 2004 Receitas da intermediação financeira .................. 31.478 (16.226) (12.640) Operações de crédito ............................................ 76 (21.162) (8.237) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários .......................................................... 30.013 40.132 24.175 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 1.389 (35.196) (38.055) Resultado de operações de câmbio ...................... – – 9.477 Despesas da intermediação financeira ................ (25.267) (14.895) 8.118 Operações de captação no mercado .................... (20.125) (19.394) 213 Operações de empréstimos, cessões e repasses .. (2.812) 9.388 6.433 Resultado de operações de câmbio ...................... (2.567) (13.520) – Provisão para créditos de liquidação duvidosa ...... 237 8.631 1.472 Resultado bruto da intermediação financeira ...... 6.211 (31.121) (4.522) Outras receitas (despesas) operacionais ............ (14.000) (22.342) (3.217) Receitas de prestação de serviços ........................ 4.415 5.090 1.722 Despesas de pessoal ............................................ (9.765) (12.673) (423) Outras despesas administrativas .......................... (7.711) (11.605) (3.721) Despesas tributárias.............................................. (1.398) (3.542) (2.607) Resultado de participações em controlada ............ – – 385 Outras receitas operacionais ................................ 1.121 1.361 2.369 Outras despesas operacionais .............................. (662) (973) (942) Resultado operacional .......................................... (7.789) (53.463) (7.739) Resultado não operacional.................................... (8) (26) (40) Resultado antes da tributação e participações no resultado ........................................................ (7.797) (53.489) (7.779) Imposto de renda e contribuição social ................ 165 168 1.657 Provisão para imposto de renda ............................ 122 124 1.218 Provisão para contribuição social .......................... 43 44 439 Participações no resultado.................................... (526) (526) (60) Prejuízo do semestre/exercício ............................ (8.158) (53.847) (6.182) Prejuízo por lote de 1.000 ações - R$ .................... (5,67) (37,40) (8,82) DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) 2º Semestre Exercícios 2005 2005 2004 Origens dos recursos .......................................... 514.782 648.199 270.900 Variação nos resultados de exercícios futuros .. (2) 2 – Recursos de acionistas: Aumento de capital .............................................. 76.761 76.761 – Reversão de encargos tributários sobre reserva de reavaliação ...................................... – – 5 Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo .................. 35.825 312.648 194.344 Depósitos .......................................................... – 100.353 75 Captações no mercado aberto ............................ 29.543 49.823 – Relações interfinanceiras e interdependências .. 6.282 6.299 27 Instrumentos financeiros derivativos .................. – 88.368 3.846 Outras obrigações .............................................. – 67.805 190.396 Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo .................................. 400.256 256.332 72.070 Aplicações interfinanceiras de liquidez ................ 94.114 68.928 21.410 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .................................... – – 36.913 Relações interfinanceiras .................................... 7.145 53.402 – Operações de crédito .......................................... 115.604 134.002 13.747 Outros créditos .................................................... 183.320 – – Outros valores e bens .......................................... 73 – – Alienação/baixa de bens e investimentos .......... 1.942 2.456 4.481 Investimentos...................................................... – – 4.379 Imobilizado de uso .............................................. 1.942 1.943 50 Diferido................................................................ – 513 52 Aplicações dos recursos .................................... 514.959 647.673 270.716 Prejuízo do semestre/exercício .......................... 7.681 53.144 6.166 Prejuízo do semestre/exercício .......................... 8.158 53.847 6.182 Depreciações e amortizações ............................ (477) (703) (401) Resultado de participações em controladas ........ – – 385 Inversões em ........................................................ 6.080 10.613 – Investimentos...................................................... – 2.939 – Imobilizado de uso .............................................. 6.080 7.674 – Aplicações no diferido ........................................ 130 1.203 – Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo .................................. 248.134 550.864 246.013 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .................................... 248.134 507.549 – Relações interfinanceiras .................................... – – 53.412 Outros créditos .................................................... – 43.294 192.601 Outros valores e bens .......................................... – 21 – Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo .................................... 252.934 31.849 18.537 Depósitos .......................................................... 61.537 – – Recursos de aceites e emissão de títulos ............ 8.950 16.097 6.968 Obrigações por empréstimos e repasses ............ 584 15.752 11.569 Instrumentos financeiros derivativos .................. 9.283 – – Outras obrigações .............................................. 172.580 – – Aumento (redução) das disponibilidades .......... (177) 526 184 Modificações na posição financeira No início do semestre/exercício .......................... 1.632 929 745 No final do semestre/exercício ............................ 1.455 1.455 929 Aumento (redução) das disponibilidades .......... (177) 526 184

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo está autorizado a operar com a carteira comercial, inclusive câmbio e de investimento. Em virtude do processo de reestruturação envolvendo os acionistas, em 02 de maio de 2005, ocorreu a alienação das ações do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo, com os antigos acionistas Dresdner Bank Lateinamerika Aktiengesellschaft e Cotinco Beratungsgesellschaft mit Beschränkter Haftung vendendo e transferindo as ações para o Dresdner Bank Aktiengesellschaft e Süddeutsche Industrie-Beteiligungs-GmbH, respectivamente, ambas com sede em Frankfurt - República Federal da Alemanha. 2. Principais Práticas Contábeis As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). As demonstrações financeiras incluem estimativas e premissas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de certos instrumentos financeiros, provisões para contingências, outras provisões e sobre a determinação da vida útil de certos ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime contábil de competência. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de custo, incluindo os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos, e ajustado por provisão a valor de mercado, quando aplicável. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração para concluir quanto ao valor adequado para absorver prováveis perdas na sua realização e leva em conta a conjuntura econômica e os riscos específicos e globais da carteira, bem como as normas do BACEN. c) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular nº 3.068 de 08 de novembro de 2001 e regulamentação complementar, em 30 de junho de 2002, os títulos e valores mobiliários passaram a ser classificados de acordo com a intenção de negociação pela administração em três categorias específicas, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2002, atendendo aos seguintes critérios de contabilização: i) Títulos para negociação - Incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com o objetivo de serem ativa e freqüentemente negociados, sendo contabilizados pelo valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização, em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período. ii) Títulos disponíveis para venda - Esses títulos são contabilizados pelo valor de mercado, sendo os seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado e os ganhos e as perdas decorrentes das variações do valor de mercado ainda não realizados reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários, quando aplicável, sob o título de “Ajuste a Valor de Mercado - Títulos Disponíveis para Venda”. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos mediante a identificação específica na data de negociação na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários. iii) Títulos mantidos até o vencimento - Nesta categoria são registrados os títulos e valores mobiliários para os quais haja intenção e capacidade financeira da administração da instituição, de mantê-los em carteira até o vencimento, devendo ser avaliados pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos, os quais devem impactar o resultado do período. A capacidade financeira é caracterizada pela disponibilidade de recursos de terceiros, referenciados na mesma moeda e com prazo igual ou superior ao dos títulos registrados nesta rubrica.

Os declínios no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e mantidos até o vencimento, abaixo dos seus respectivos custos, relacionados a razões consideradas não temporárias, são refletidos no resultado como perdas realizadas. d) Instrumentos financeiros derivativos Da mesma forma, de acordo com a Circular nº 3.082 de 30 de janeiro de 2002 e regulamentações posteriores, em 30 de junho de 2002, os instrumentos financeiros derivativos passaram a ser classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (hedge), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2002. As operações que utilizam instrumentos financeiros efetuadas por solicitação de clientes, por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como hedge de acordo com sua natureza: i) Hedge de risco de mercado - Os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. ii) Hedge de fluxo de caixa - A parcela efetiva de hedge dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do hedge é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. e) Permanente Demonstrado ao custo, combinado com os seguintes aspectos: • O título patrimonial de membro de compensação, da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), é atualizado pelo valor patrimonial divulgado pela própria instituição; • Depreciação calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo 2% para edificações, 10% para móveis, equipamentos, sistema de segurança e instalações, 20% para veículos e sistema de processamento de dados; • Amortização do diferido, pelo método linear, em até 5 anos. f) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias (em base pró-rata) e cambiais incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o resultado tributável. 3. Títulos e Valores Mobiliários Títulos para negociação O custo atualizado (acrescidos dos rendimentos auferidos) e o valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação em 31 de dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes:

2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado Carteira própria Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... 92.147 92.508 13.344 13.273 Notas do Tesouro Nacional - NTNB .... 39.108 39.179 – – Notas do Tesouro Nacional - NTND.... 820 815 – – Notas do Banco Central - NBCE ........ 12.818 12.637 – – Debêntures ...................................... 5.956 5.956 – – Cotas de Fundos de Investimento...... 2 2 1 1 Aplicações em “commodities” ............ 3.877 4.373 – – Ativo circulante .................................. 154.728 155.470 13.345 13.274 Vinculados oper. compromissadas Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... 44.728 44.881 – – Notas do Tesouro Nacional - NTNB .... 5.184 5.187 – – Ativo circulante .................................. 49.912 50.068 – – Vinculados ao Banco Central Notas do Banco Central - NBCE ........ 78.967 77.855 – – Ativo circulante .................................. 78.967 77.855 – – Vinculados à prestação de garantias Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... 17.924 18.121 14.760 14.707 Notas do Tesouro Nacional - NTNB .... 13.731 13.775 – – Notas do Banco Central - NBCE ........ 65.339 64.319 – – Ativo circulante .................................. 96.994 96.215 14.760 14.707 O custo atualizado e o valor de mercado dos títulos para negociação por vencimento, estavam distribuídos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 da seguinte forma: 2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado A vencer em até 1 ano ........................ 294.069 292.654 28.104 27.980 A vencer entre 1 e 5 anos .................. 86.530 86.952 – – Vencimento indeterminado ................ 2 2 1 1 Total.................................................. 380.601 379.608 28.105 27.981 Os títulos privados encontram-se custodiados junto à Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP e os títulos públicos junto ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia SELIC. 4. Operações de Crédito Conforme disposto na Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do BACEN, foram introduzidos, a partir de 1º de março de 2000, os seguintes critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa: (a) a classificação das operações de créditos em níveis de risco, que variam de AA a H, em ordem crescente de risco; (b) a provisão para créditos de liquidação duvidosa passou a ser efetuada de acordo com a classificação da operação no nível de risco correspondente, levando-se em consideração, entre outras, as informações cadastrais do devedor e seus garantidores, características das garantias e análise periódica das operações e a sua revisão em função de atrasos verificados. a) Composição da carteira por tipo de operação 2005 2004 Setor privado Capital de giro ................................................................ 27.107 18 Empréstimos Resolução nº 2.770 .................................. – 161.358 Créditos por avais e fianças honrados ............................ – 8.364 Total .............................................................................. 27.107 169.740 Ativo circulante .............................................................. – (163.066) Realizável a longo prazo ................................................ 27.107 6.674 continua


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 20 de março de 2006

continuação

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) b) Diversificação da carteira de crédito por atividade Setor privado Indústria .................................................................... Fertilizantes.............................................................. Automóveis e autopeças .......................................... Alimentícias e bebidas .............................................. Outros serviços ........................................................ Comunicações ........................................................ Pessoa física ................................................................ Total .............................................................................. c) Diversificação da carteira de crédito por prazo A vencer: ...................................................................... Entre 31 e 60 dias .......................................................... Entre 91 e 180 dias ........................................................ Entre 181 e 360 dias ...................................................... Acima de 360 dias .......................................................... d) Concentração do risco de crédito Principal devedor............................................................ Percentual sobre o total da carteira de crédito ................ 20 maiores devedores .................................................... Percentual sobre o total da carteira de crédito ................ e) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

2005

2004

27.107 27.107 – – – – – 27.107

61.762 – 53.398 8.364 107.961 107.961 17 169.740

2005 27.107 – – – 27.107

2004 169.740 1.756 1.315 159.995 6.674

2005 27.107 100,0% 27.107 100,0%

2004 53.439 31,5% 169.740 100,0%

Provisão para Créditos Nível de Total da Carteira de Liquidação Duvidosa Risco Provisionamento 2005 2004 2005 2004 AA ........ 0,0% 27.107 107.937 – – A .......... 0,5% – 53.439 – (267) H .......... 100,0% – 8.364 – (8.364) Total 27.107 169.740 – (8.631) f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa 2005 2004 Saldos no início do exercício ...................................... (8.631) (10.103) Constituição de provisão ................................................ – (44) Reversão de provisão .................................................... 8.631 1.516 Saldos no final do exercício ........................................ – (8.631) Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, não houve recuperações e renegociações de créditos. A reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, ocorreu em virtude da cessão das operações de crédito, sem coobrigação, ao Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo. 5. Carteira de Câmbio 2005 2004 Câmbio comprado a liquidar .......................................... 60.574 114.047 Direitos sobre venda de câmbio ...................................... 175.866 107.358 Adiantamentos em moeda nacional recebidos .............. (1) – Ativo circulante .............................................................. 236.439 221.405 2005 2004 Câmbio vendido a liquidar .............................................. 179.752 103.780 Obrigações por compra de câmbio ................................ 56.386 115.341 Adiantamentos em moeda estrangeira concedidos ........ (1.638) – Adiantamentos sobre contrato de câmbio ...................... – (13.290) Passivo circulante .......................................................... 234.500 205.831 6. Outros Créditos - Diversos 2005 2004 Adiantamentos e antecipações salariais ........................ 215 – Depósitos judiciais.......................................................... 567 572 Antecipação de imposto de renda e contribuição social .. – 527 Impostos e contribuições a compensar .......................... 577 30 Valores a receber de sociedades ligadas (nota 15 h) ...... 17.156 – Outros ............................................................................ 16 7 Total .............................................................................. 18.531 1.136 Ativo circulante .............................................................. (2.476) (564) Realizável a longo prazo ................................................ 16.055 572 7. Obrigações por Repasses a) Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Referem-se à captação de recursos obtidos no exterior, através de emissões de “Fixed Rate Notes”, para aplicação em atividades econômicas, sujeito à taxa de juros de 4,42% ao ano (2004 - 7,05% ao ano) e variação cambial, com vencimento em março de 2006. O contrato possui cláusula de opção de antecipação de vencimento do principal pelo credor ou devedor, no final do terceiro ou quinto ano. b) Obrigações por repasses do exterior Referem-se à captação de recursos obtidos no exterior, para aplicação em atividades econômicas, sujeito à taxa de juros de 4,40% ao ano (2004 - 4,10% ao ano) acima da taxa interbancária de Londres (LIBOR) e variação cambial, com vencimento em março de 2006. 8. Outras Obrigações - Diversas 2005 2004 Salários, gratificações e encargos sociais ...................... 5.550 96 Contas a pagar - despesas administrativas .................... 1.177 201 Provisão para contingências trabalhistas ...................... 428 366 Valores a pagar de sociedades ligadas .......................... 57 – Provisão de Fundo Garantidor de Crédito ...................... 55 – Outras ............................................................................ 15 – Total .............................................................................. 7.282 663 Passivo circulante .......................................................... (6.448) (297) Exigível a longo prazo .................................................... 834 366 9. Patrimônio Líquido O capital social, totalmente integralizado, está representado por 1.439.579.162 (2004 701.157.043) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O estatuto social não prevê a distribuição de dividendos mínimos. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 23 de dezembro de 2005, foi aprovado aumento de capital em dinheiro no montante de R$ 76.761, mediante a emissão de 738.422.119 ações ordinárias nominativas. O referido aumento de capital foi homologado pelo BACEN em 30 de dezembro de 2005. A reserva de reavaliação referia-se à reavaliação de imóvel de uso próprio, registrada pelo valor líquido dos encargos tributários, a qual foi realizada em dezembro de 2005, conforme mencionada na nota 15 e. 10. Imposto de Renda e Contribuição Social a) Cálculo dos encargos com Imposto de Renda e Contribuição Social incidentes sobre as operações nos exercícios 2005 2004 ContriContriImposto buição Imposto buição de Renda Social de Renda Social Resultado antes da tributação e após participações nos resultados ................ (54.015) (54.015) (7.839) (7.839) Adições temporárias Provisão para contingências fiscais ........ 16.274 16.274 2.473 2.473 Provisão para contingências trabalhistas 186 186 193 193 Provisões indedutíveis............................ 4.030 4.030 156 156 Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................. – – 44 44 Provisão para ajustes patrimoniais ........ 64 64 – – Ajuste ao valor de mercado - TVM 3.522 3.522 6.677 6.677 e derivativos ........................................ Resultado de operações de mercado de liquidação futura liquidadas no período ............................................ 27.320 27.320 – – Adições permanentes Despesas não dedutíveis ...................... 90 90 14 14 Prejuízos não dedutíveis ........................ 8.673 8.673 – – Outras adições ...................................... 738 738 – – Exclusões permanentes Reversão de provisão para contingências fiscais ............................ – – (1.829) (1.829) Reversão de provisão para contingências trabalhistas .................... (125) (125) (466) (466) Reversão de provisões indedutíveis ...... (148) (148) (65) (65) Reversão de provisão para créditos de liquidação duvidosa.............................. (8.631) (8.631) (1.516) (1.516) Reversão de provisão para ajustes patrimoniais.......................................... (63) (63) – – Exclusões temporárias Resultado de operações de mercado de liquidação futura não liquidadas no período ............................................ (23.387) (23.387) – – Valor base para tributação .................. (25.472) (25.472) (2.158) (2.158) Alíquotas ................................................ 15% e10% 9% 15% e10% 9% Total do IRPJ e CSLL devidos no exercício corrente .............................. – – – –

b) Demonstrativo da conta de resultado de Imposto de Renda e Contribuição Social 2004 2005 ContriContriImposto buição Imposto buição de Renda Social de Renda Social Realização de IRPJ e CSLL diferidos ...... 124 44 1.218 439 Total ...................................................... 124 44 1.218 439 11. Créditos Tributários O Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo decidiu pela não constituição de crédito tributário sobre o prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias nos exercícios. Caso o crédito tributário fosse constituído, teríamos um impacto no ativo em contrapartida a uma conta de resultado no montante total de R$ 30.274 (2004 R$ 15.139). 12. Transações com Partes Relacionadas Ativo (Passivo) 2004 2005 334 377 5.382 74.548 134.116 221.405 (37.332) – (70.464) (86.561) – (29) (117.550) (133.302) (115.222) (205.831)

Receitas (Despesas) 2005 2004 – – – – – – – – – – – – – – – –

Disponibilidades ........................................ Aplicações em depósitos interfinanceiros .. Outros créditos .......................................... Depósitos interfinanceiros.......................... Obrigações por títulos e valores mobiliários Relações Interdependências .................... Obrigações por repasses do exterior .......... Outras obrigações...................................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários .................................. – – 21.153 12.583 Receitas de prestação de serviços ............ – – 5.053 1.564 Resultado de participações em controladas – – – 385 Despesas de operações de captação no mercado.............................................. – – 5.187 402 Despesas de operações de empréstimos, cessões e repasses ................................ – – 9.388 6.433 Outras despesas administrativas .............. – – (3.052) (2.184) As operações com partes relacionadas foram contratadas às taxas compatíveis às praticadas com terceiros, levando-se em conta a ausência de riscos. 13. Instrumentos Financeiros Derivativos O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos registrados em contas patrimoniais ou de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Essas operações têm por finalidade reduzir as exposições de riscos de mercado, que estão associados a perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices. A política de atuação, o controle, o estabelecimento de estratégias de operações, bem como o limite dessas posições, seguem diretrizes da administração do Banco. Esses instrumentos financeiros incluem derivativos que representam, geralmente, compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificadas nos contratos, ou ainda, compromissos para trocar pagamentos futuros de juros. As operações de futuros e “swap” são registradas em contas patrimoniais e de compensação pelo valor do contrato ou valor referencial e estão registradas na Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&F ou na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP, conforme determinação do BACEN. Os quadros a seguir resumem o valor referencial e as respectivas exposições líquidas atualizadas ao valor de mercado no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2005 e 2004, para os instrumentos financeiros derivativos para negociação: Valores Exposição Líquida no Referenciais Balanço Patrimonial 2004 2005 2004 2005 Contratos futuros Posição comprada................ 5.019.240 220.171 (12.596) (1.050) Mercado interfinanceiro ........ 2.776.740 81.770 255 5 Moeda estrangeira ................ 2.242.500 138.401 (12.851) (1.055) Posição vendida .................. 1.622.406 55.808 9.622 (33) Mercado interfinanceiro ........ 39.090 55.808 (23) (33) Moeda estrangeira ................ 1.583.316 – 9.645 – Contratos swap cambial com ajuste periódico Posição comprada................ 89.678 – 666 – Moeda estrangeira ................ 89.678 – 666 – Posição vendida .................. – 4.520 – (36) Moeda estrangeira................ – 4.520 – (36) Total da exposição líquida.... (2.308) (1.119) Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.............................. (4.171) – Total líquido de “Negociação (6.479) (1.119) e intermediação de valores” O montante apresentado em “Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar” refere-se a operações e comissões e corretagens a liquidar junto a Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&F em 31 de dezembro de 2005. Exposição Líquida no Balanço Patrimonial Valores Custo Valor de Referenciais Atualizado Mercado 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Contratos de swap Posição ativa ...................... 533.452 61.074 133.624 11.890 137.913 12.013 Mercado interfinanceiro...... 533.452 61.074 133.624 11.890 137.913 12.013 Posição passiva ................ 417.062 15.758 91.654 4.891 91.956 4.788 Mercado interfinanceiro...... 96.222 – 3.948 – 3.172 – Moeda estrangeira ............ 320.840 15.758 87.706 4.891 88.784 4.788 Contratos a termo NDF Posição ativa ...................... 7.248 – 1.150 – 1.183 – Prefixados ........................ 7.248 – 1.150 – 1.183 – Posição passiva ................ 11.819 – 714 – 1.069 – Moeda estrangeira ............ 11.819 – 714 – 1.069 – Contratos de opções de compra Posição comprada ............ 602.075 – 19.592 – 10.728 – Moeda estrangeira ............ 602.075 – 19.592 – 10.728 – Posição vendida ................ 37.500 – 315 – 131 – Moeda estrangeira ............ 37.500 – 315 – 131 – Contratos de opções de venda Posição comprada ............ 236.500 – 15.523 – 18.111 – Moeda estrangeira ............ 236.500 – 15.523 – 18.111 – O risco de mercado e de crédito associado a esses produtos, bem como os riscos operacionais, são similares aos relacionados a outros tipos de instrumentos financeiros. Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, em função do tipo de produto, do volume de operações, do prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. Risco de crédito é a exposição a perdas no caso de inadimplência de uma contraparte. A exposição ao risco de crédito nos contratos futuros é minimizada devido à liquidação diária. Os contratos de “swaps” proporcionam risco de crédito no caso da contraparte não ter a capacidade ou disposição para cumprir suas obrigações contratuais. Os quadros a seguir resumem a classificação por prazo do valor referencial para os instrumentos financeiros derivativos para negociação em 31 de dezembro de 2005 e 2004:

Até 30 Dias

Contratos futuros Posição comprada .............. 1.327.618 2.977.991 Mercado interfinanceiro...... 817.429 1.470.887 Moeda estrangeira ............ 510.189 1.507.104 Posição vendida.................. 377.087 904.036 Mercado interfinanceiro...... – – Moeda estrangeira ............ 377.087 904.036 Contratos swap cambial com ajuste periódico Posição comprada .............. – – Moeda estrangeira ............ – – Contratos de swap Posição ativa ...................... 2.610 84.426 Mercado interfinanceiro...... 2.610 84.426 Posição passiva .................. – 11.095 Mercado interfinanceiro...... – 4.304 Moeda estrangeira ............ – 6.791 Contratos a termo NDF Posição ativa ...................... 4.282 2.966 Prefixados.......................... 4.282 2.966 Posição passiva .................. – – Moeda estrangeira ............ – – Contratos de opções de compra Posição comprada .............. 188.750 387.325 Moeda estrangeira ............ 188.750 387.325 Posição vendida.................. 23.500 14.000 Moeda estrangeira ............ 23.500 14.000 Contratos de opções de venda............................ Posição comprada .............. 55.500 158.000 Moeda estrangeira ............ 55.500 158.000 Até 30 Dias

Total

175.682 129.045 46.637 154.000 11.136 142.864

537.949 5.019.240 359.379 2.776.740 178.570 2.242.500 187.283 1.622.406 27.954 39.090 159.329 1.583.316

67.488 67.488

22.190 22.190

89.678 89.678

398.098 398.098 318.204 4.155 314.049

48.318 48.318 87.763 87.763 –

533.452 533.452 417.062 96.222 320.840

– – 11.819 11.819

– – – –

7.248 7.248 11.819 11.819

26.000 26.000 – –

– – – –

602.075 602.075 37.500 37.500

23.000 23.000

– –

236.500 236.500

2004 De 31 a De 181 a Acima de 180 Dias 360 Dias 360 Dias

Total Contratos futuros................ Posição comprada .............. 161.204 42.011 13.093 3.863 220.171 Mercado interfinanceiro...... 42.445 39.325 – – 81.770 Moeda estrangeira ............ 118.759 2.686 13.093 3.863 138.401 Posição vendida.................. – – 27.392 28.416 55.808 Mercado interfinanceiro...... – – 27.392 28.416 55.808 Contratos swap cambial com ajuste periódico Posição vendida.................. – 244 4.276 – 4.520 Moeda estrangeira ............ – 244 4.276 – 4.520 Contratos de swap Posição ativa ...................... 51.974 – 9.100 – 61.074 Mercado interfinanceiro...... 51.974 – 9.100 – 61.074 Posição passiva .................. – 15.758 – – 15.758 Moeda estrangeira ............ – 15.758 – – 15.758 No Dresdner Bank Brasil, uma área independente das áreas operacionais é responsável pela construção diária das curvas de mercado para uma avaliação dos ativos e passivos existentes no Banco, estando assim enquadrado nas Circulares nºs 3.068 e 3.082 que estabelecem novos critérios de avaliação e classificação contábil de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Essas curvas são geradas baseadas em informações coletadas de provedores independentes que apresentam um relevante nível de liquidez e, utilizando-se de métodos matemáticos de interpolação e extrapolação, consegue-se obter taxas para todos os prazos de operações existentes nas carteiras. Os cálculos dos valores a mercado são efetuados através do método de descapitalização de fluxos de pagamentos futuros por fatores de desconto correspondentes a taxas obtidas das curvas de mercado. 14. Participações em Coligadas e Controladas 2004 Patrimônio ParticiLíquido da pação InvestiInvestida em % mentos Receitas Dresdner Brasil, Participações e Serviços Overseas Lda. - Ilha da Madeira ............ – – – 385 Total ........................................................ – 385 Conforme Ata da Reunião de Diretoria do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo realizada em 14 de junho de 2004, foi aprovado o encerramento das atividades em 17 de junho de 2004, da subsidiária integral “Dresdner Brasil, Participações e Serviços Overseas Lda.”. 15. Outras Informações a) As garantias prestadas a terceiros compreendendo avais, fianças,responsabilidades por créditos de exportação e para importação totalizavam R$ 2.853 em 31 de dezembro de 2005 (2004 - R$ 854). b) Em 31 de dezembro de 2005, outras receitas operacionais referem-se, substancialmente, à reversão de provisões operacionais e recuperação de imposto de renda cobrado indevidamente pela União e, em 31 de dezembro de 2004, à reversão de provisão para riscos fiscais e de provisão para contingências trabalhistas. c) Em 31 de dezembro de 2005, outras despesas operacionais referem-se, substancialmente, às despesas com variação cambial e com dívida ativa cobrada pela União e, em 31 de dezembro de 2004, às despesas com provisões para riscos fiscais. d) Investimentos - O acréscimo no saldo da conta “Outros Investimentos” refere-se a aquisição em 29 de abril de 2005, do título patrimonial da BM&F do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo. e) Imobilizado de uso - Em dezembro de 2005, ocorreu a alienação do imóvel próprio para o Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo. Por este motivo, de acordo com as normas consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF), o Banco efetuou a realização dos saldos das contas abaixo relacionadas: Grupo Conta Ativo Permanente Imobilizado de uso - reavaliação de imóveis de uso Passivo Outras obrigações - fiscais e previdenciárias Patrimônio Líquido Reserva de reavaliação Patrimônio Líquido Encargos (IR e CS) sobre reserva de reavaliação f) Despesas de pessoal - O acréscimo na conta “Despesas de Pessoal” no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, refere-se basicamente à absorção de parte dos funcionários do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo, como parte integrante do processo de reestruturação. g) Outras Despesas Administrativas - O acréscimo na conta “Outras Despesas Administrativas” no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, refere-se basicamente a despesa de aluguéis de imóveis, despesa de processamento de dados, despesa de taxas e emolumentos pagos à BM&F e despesa por serviços administrativos prestados pelo Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo. h) Outros Créditos - Diversos - Valores a receber de sociedades ligadas - Referem-se, substancialmente, ao contrato de assunção de responsabilidade pelo cumprimento de obrigação fiscal, que está sendo exigida do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo, no qual o Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo assume integralmente o pagamento da referida obrigação fiscal, quando a mesma for exigida e os recursos cabíveis para o questionamento da obrigação fiscal tenham sido esgotados. i) Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias - Referem-se, substancialmente, a provisão para risco fiscal mencionada na “nota 15 h” e ao questionamento da constitucionalidade das leis que instituíram o Programa de Integração Social - PIS mencionada na “nota 15 k”. j) Limites Operacionais - Acordo da Basiléia - A Resolução nº 2.099/94, do Banco Central do Brasil, definiu que as instituições financeiras devem manter um patrimônio líquido compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos, ponderados por fatores que variam de 0 a 300%. O Banco optou, na forma da Resolução nº 2.283 de 05 de junho de 1996, pela apuração consolidada do referido limite, abrangendo as instituições financeiras do grupo. O limite mínimo exigido na data do balanço é de 11% e o índice consolidado de adequação do patrimônio aos ativos de risco do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo encontra-se enquadrado neste limite. k) O Banco está questionando a constitucionalidade das leis que instituíram o Programa de Integração Social - PIS, e baseado na opinião de seus assessores jurídicos, não existem expectativas de perdas. O Banco possui outros processos em discussão, fiscais, cíveis e trabalhistas, os quais baseados principalmente na opinião de advogados, mantêm registradas provisões para esses passivos contingentes, em montantes considerados suficientes para fazer face a eventuais perdas. Os valores provisionados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 encontram-se registrados na rubrica “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, no exigível a longo prazo. l) Participação nos lucros - O Banco utiliza o programa de participação dos empregados nos lucros e resultados, conforme disposto na Lei nº 10.101 de 19 de dezembro de 2000, devidamente acordado com os funcionários, sendo o valor correspondente registrado em “Outras obrigações”.

DIRETORIA EXECUTIVA André Buril Weber Diretor Executivo

2005 De 31 a De 181 a Acima de 180 Dias 360 Dias 360 Dias

CONTADOR Martin Duisberg Diretor Executivo

Renato H. Watanabe CRC 1SP 119.899/O-8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira

do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 15 de fevereiro de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

José Gilberto Montes Munhoz Contador CRC 1SP145676/O-5 continua


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 5

continuação

anteriormente Deutsch-Südamerikanische Bank AG www.dbla.com

II - Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo Matriz Hamburgo - República Federal da Alemanha C.N.P.J. 60.044.112/0001-76 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Passivo Ativo 2005 2004 Circulante .............................................................................. 282.678 1.034.671 Circulante .............................................................................. Disponibilidades .................................................................. 1.565 4.483 Depósitos ............................................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ 46.197 39.055 Depósitos à vista .............................................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros.......................... 46.205 39.112 Depósitos interfinanceiros ................................................ Provisões para perdas ...................................................... (8) (57) Depósitos a prazo.............................................................. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros Captações no mercado aberto.............................................. derivativos ........................................................................ 60.916 424.309 Carteira própria ................................................................ Carteira própria ................................................................ 54.442 165.600 Relações interdependências................................................ Vinculados a operações compromissadas ........................ – 201.359 Recursos em trânsito de terceiros...................................... Vinculados à prestação de garantias ................................ 6.474 31.206 Obrigações por empréstimos .............................................. Instrumentos financeiros derivativos ................................ – 26.144 Empréstimos no exterior.................................................... Relações interfinanceiras .................................................... 13 27.288 Obrigações por repasses no País - instituições oficiais ........ Créditos vinculados: BNDES ............................................................................ Depósitos no Banco Central .......................................... 13 336 FINAME ............................................................................ Repasses interfinanceiros ................................................ – 26.952 Obrigações por repasses .................................................... Operações de crédito .......................................................... 12.461 74.372 Repasses do exterior ........................................................ Operações de crédito Instrumentos financeiros derivativos .................................... Setor privado .................................................................. 12.638 94.497 Instrumentos financeiros derivativos ................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. (177) (20.125) Outras obrigações................................................................ Outros créditos .................................................................... 151.773 465.048 Carteira de câmbio ............................................................ Carteira de câmbio ............................................................ 149.999 456.954 Fiscais e previdenciárias .................................................. Rendas a receber .............................................................. 76 310 Negociação e intermediação de valores ............................ Negociação e intermediação de valores ............................ 753 20.741 Diversas............................................................................ Diversos............................................................................ 945 1.889 Exigível a longo prazo .......................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. – (14.846) Obrigações por empréstimos .............................................. Outros valores e bens .......................................................... 9.753 116 Empréstimos no exterior.................................................... Outros valores e bens........................................................ 9.746 – Obrigações por repasses no País – instituições oficiais ........ Despesas antecipadas...................................................... 7 116 FINAME ............................................................................ Realizável a longo prazo ...................................................... 35.711 95.157 Instrumentos financeiros derivativos .................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................ – 9.429 Instrumentos financeiros derivativos ................................ Aplicações em depósitos interfinanceiros.......................... – 9.429 Outras obrigações................................................................ Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros Fiscais e previdenciárias .................................................. derivativos ........................................................................ 24.831 48.355 Diversas............................................................................ Carteira própria ................................................................ 24.831 39.244 Resultados de exercícios futuros ........................................ Instrumentos financeiros derivativos ................................ – 9.111 Resultados de exercícios futuros.......................................... Operações de crédito .......................................................... – 29.588 Patrimônio líquido ................................................................ Operações de crédito Capital: Setor privado .................................................................. 1.632 35.041 De domiciliados no exterior................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................. (1.632) (5.453) Reservas de capital .............................................................. Outros créditos .................................................................... 10.880 7.785 Reserva de reavaliação........................................................ Diversos............................................................................ 10.880 7.785 Reserva de lucros ................................................................ Permanente .......................................................................... – 25.122 Prejuízos acumulados.......................................................... Investimentos ...................................................................... – 3.278 Outros investimentos ........................................................ – 3.278 Imobilizado de uso................................................................ – 18.453 Imóveis de uso .................................................................. – 10.213 Reavaliação de imóveis de uso.......................................... – 10.404 Outras imobilizações de uso.............................................. – 7.699 Depreciações acumuladas................................................ – (9.863) Diferido ................................................................................ – 3.391 Gastos de organização e expansão .................................. – 6.880 Amortizações acumuladas ................................................ – (3.489) Total do ativo ........................................................................ 318.389 1.154.950 Total do passivo ....................................................................

2005 172.027 – – – – – – – – 642 642 11.943 11.943 – – – – – 159.442 151.417 3.282 1.320 3.423 39.278 – – – – – – 39.278 21.008 18.270 217 217 106.867

2004 994.863 155.841 1.083 124.581 30.177 197.474 197.474 3.828 3.828 160.916 160.916 1.203 – 1.203 45.721 45.721 6.472 6.472 423.408 383.628 647 20.326 18.807 22.213 1.067 1.067 1.886 1.886 1.890 1.890 17.370 14.080 3.290 348 348 137.526

133.858 2.844 – 8.779 (38.614)

133.858 2.632 6.576 8.779 (14.319)

318.389 1.154.950

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais)

Saldos em 1º de janeiro de 2004 .................................... Realização da reserva de reavaliação .............................. Reversão de encargos sobre reserva de reavaliação ........ Atualização de título patrimonial........................................ Prejuízo do exercício ........................................................ Destinações: Dividendos .................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2004 .............................. Saldos em 1º de janeiro de 2005 .................................... Realização da reserva de reavaliação .............................. Reversão da reserva de reavaliação (nota 15 d) ................ Atualização de título patrimonial........................................ Prejuízo do exercício ........................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2005 .............................. Saldos em 1º de julho de 2005 ........................................ Realização da reserva de reavaliação .............................. Reversão da reserva de reavaliação (nota 15 d) ................ Prejuízo do semestre ........................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2005 ..............................

Capital Social 133.858 – – – –

Reservas de Capital Subvenções para Investimentos Outras 1.246 988 – – – – – 398 – –

– 133.858 133.858 – – – – 133.858 133.858 – – – 133.858

– 1.246 1.246 – – – – 1.246 1.246 – – – 1.246

– 1.386 1.386 – – 212 – 1.598 1.598 – – – 1.598

Reserva de Reavaliação 6.670 (143) 49 – –

Reserva de Lucros Legal 8.779 – – – –

Lucros (Prejuízos) Acumulados 15.187 143 – – (28.369)

Total 166.728 – 49 398 (28.369)

– 6.576 6.576 (94) (6.482) – – – 6.529 (47) (6.482) – –

– 8.779 8.779 – – – – 8.779 8.779 – – – 8.779

(1.280) (14.319) (14.319) 94 – – (24.389) (38.614) (26.654) 47 – (12.007) (38.614)

(1.280) 137.526 137.526 – (6.482) 212 (24.389) 106.867 125.356 – (6.482) (12.007) 106.867

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) 2º Semestre 2005 Receitas da intermediação financeira .................. 26.003 Operações de crédito .............................................. 17.226 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários ............................................................ 4.200 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 4.577 Resultado de operações de câmbio........................ – Despesas da intermediação financeira ................ (1.302) Operações de captação no mercado ...................... (11.668) Operações de empréstimos, cessões e repasses .. 1.984 Resultado de operações de câmbio........................ (3.628) Provisão para créditos de liquidação duvidosa ...... 12.010 Resultado bruto da intermediação financeira ...... 24.701 Outras receitas (despesas) operacionais ............ (35.419) Receitas de prestação de serviços ........................ 3.099 Despesas de pessoal .............................................. (6.564) Outras despesas administrativas ............................ (6.252) Despesas tributárias ................................................ (4.129) Outras receitas operacionais .................................. 2.647 Outras despesas operacionais ................................ (24.220) Resultado operacional ............................................ (10.718) Resultado não operacional .................................... (1.066) Resultado antes da tributação e participações no resultado .......................................................... (11.784) Imposto de renda e contribuição social .............. 24 Provisão para imposto de renda ............................ 18 Provisão para contribuição social............................ 6 Participações no resultado .................................... (247) Prejuízo do semestre/exercício.............................. (12.007)

Exercícios 2005 2004 43.612 67.218 13.813 23.075 (744) 17.431 30.543 2.646 – 24.066 (14.095) (41.606) (31.591) (20.336) 18.313 (7.392) (21.036) – 20.219 (13.878) 29.517 25.612 (50.225) (49.059) 11.712 15.709 (19.547) (35.271) (17.722) (26.237) (5.917) (6.677) 5.997 4.163 (24.748) (746) (20.708) (23.447) (3.482) (134) (24.190) (23.581) 48 832 35 612 13 220 (247) (5.620) (24.389) (28.369)

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) 2º Semestre Exercícios 2005 2005 2004 Origens dos recursos .............................................. 875.470 836.511 433.110 Variação nos resultados de exercícios futuros ...... (37) (131) 244 Reversão de encargos tributários sobre reserva de reavaliação ........................................................ 1.659 1.659 49 Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo ........................ – – 296.012 Depósitos ................................................................ – – 50.629 Captações no mercado aberto.................................. – – 103.117 Outras obrigações .................................................... – – 142.266 Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ...................................... 863.992 818.158 136.346 Aplicações interfinanceiras de liquidez .................... – 2.287 26.888 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .......................................... 193.710 386.917 – Relações interfinanceiras ........................................ 24.548 27.275 – Operações de crédito .............................................. 68.257 91.499 109.363 Outros créditos ........................................................ 577.477 310.180 – Outros valores e bens .............................................. – – 95 Alienação/baixa de bens e investimentos .............. 1.960 8.929 459 Investimentos .......................................................... 163 3.490 7 Imobilizado de uso.................................................... 1.124 1.908 290 Diferido .................................................................... 673 3.531 162 Transferência de bens ............................................ 7.896 7.896 – Imobilizado de uso (nota 7 a) .................................... 7.896 7.896 – Aplicações dos recursos ........................................ 877.785 839.429 431.752 Prejuízo do semestre/exercício .............................. 11.965 23.464 25.568 Prejuízo do semestre/exercício ................................ 12.007 24.389 28.369 Depreciações e amortizações .................................. (289) (1.177) (2.805) Reversão de provisão para perdas com imobilizado de uso .......................................... 247 252 4 Dividendos distribuídos .......................................... – – 1.280 Inversões em ............................................................ – 1 163 Investimentos .......................................................... – – 3 Imobilizado de uso.................................................... – 1 160 Aplicações no diferido ............................................ – 556 116 Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ...................................... 16.544 9.637 214.634 Aplicações interfinanceiras de liquidez .................... 7.010 – – Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .......................................... – – 102.329 Relações interfinanceiras ........................................ – – 27.288 Outros créditos ........................................................ – – 85.017 Outros valores e bens .............................................. 9.534 9.637 – Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo .......................................... 849.276 805.771 189.991 Depósitos ................................................................ 111.726 155.841 – Captações no mercado aberto.................................. 9.000 197.474 – Recursos de aceites e emissão de títulos.................. – – 88.605 Relações interdependências .................................... 1.337 3.828 570 Obrigações por empréstimos e repasses.................. 128.090 198.208 96.945 Instrumentos financeiros derivativos ........................ 75.884 8.362 3.871 Outras obrigações .................................................... 523.239 242.058 – Aumento (redução) das disponibilidades .............. (2.315) (2.918) 1.358 Modificações na posição financeira No início do semestre/exercício ................................ 3.880 4.483 3.125 No final do semestre/exercício.................................. 1.565 1.565 4.483 Aumento (redução) das disponibilidades .............. (2.315) (2.918) 1.358

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo está organizado sob a forma de Banco Comercial, autorizado a operar com a carteira comercial, inclusive câmbio. O Banco é uma filial do Dresdner Bank Lateinamerika Aktiengesellschaft com sede em Hamburgo - República Federal da Alemanha. O processo de reestruturação que está sendo conduzido em nossa matriz em Hamburgo afetou diretamente o Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo, pois a decisão tomada foi que no futuro, o Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo será o único veículo legal do Grupo Dresdner Bank no Brasil. Em virtude dessa decisão, está em andamento um plano de ação que será encerrado preferencialmente até o final de 2006, que contempla, entre outros, os itens abaixo relacionados, dentre os quais alguns se encontram finalizados: • Alienação de determinados ativos e passivos para o Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo; • Programa de demissão voluntária; • Absorção de parte dos funcionários pelo Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo; • Análise e verificação dos impactos pertinentes ao encerramento da Filial no Brasil, junto aos órgãos reguladores e fiscais; • Definição da data de encerramento das atividades da Filial no Brasil. Para fazer frente a futuras despesas associadas ao processo de encerramento e reestruturação, a Administração efetuou provisões em 31 de dezembro de 2004 no montante de R$ 7.009 sendo que o saldo de R$ 2.278 em 31 de dezembro de 2005, contempla realização de R$ 4.731 no exercício. 2. Principais Práticas Contábeis As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). As demonstrações financeiras incluem estimativas e premissas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de certos instrumentos financeiros, provisões para contingências, outras provisões e sobre a determinação da vida útil de certos ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime contábil de competência. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de custo, incluindo os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos, ajustado por provisão a valor de mercado, quando aplicável. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração para concluir quanto ao valor adequado para absorver prováveis perdas na sua realização e leva em conta a conjuntura econômica e os riscos específicos e globais da carteira, bem como as normas do BACEN. c) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular nº 3.068 de 08 de novembro de 2001 e regulamentação complementar, em 30 de junho de 2002, os títulos e valores mobiliários passaram a ser classificados de acordo com a intenção de negociação pela administração em três categorias específicas, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2002, atendendo aos seguintes critérios de contabilização: i) Títulos para negociação - Incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com o objetivo de serem ativa e freqüentemente negociados, sendo contabilizados pelo valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização, em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período. ii) Títulos disponíveis para venda - Esses títulos são contabilizados pelo valor de mercado, sendo os seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado e os ganhos e as perdas decorrentes das variações do valor de mercado ainda não realizados reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários, quando aplicável, sob o título de “Ajuste a Valor de Mercado - Títulos Disponíveis para Venda”. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos mediante a identificação específica na data de negociação na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários. iii) Títulos mantidos até o vencimento - Nesta categoria são registrados os títulos e

valores mobiliários para os quais haja intenção e capacidade financeira da administração da instituição, de mantê-los em carteira até o vencimento, devendo ser avaliados pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos, os quais devem impactar o resultado do período. A capacidade financeira é caracterizada pela disponibilidade de recursos de terceiros, referenciados na mesma moeda e com prazo igual ou superior ao dos títulos registrados nesta rubrica. Os declínios no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e mantidos até o vencimento, abaixo dos seus respectivos custos, relacionados a razões consideradas não temporárias, são refletidos no resultado como perdas realizadas. d) Instrumentos financeiros derivativos Da mesma forma, de acordo com a Circular nº 3.082 de 30 de janeiro de 2002 e regulamentações posteriores, em 30 de junho de 2002, os instrumentos financeiros derivativos passaram a ser classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (hedge), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2002. As operações que utilizam instrumentos financeiros efetuadas por solicitação de clientes, por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como hedge de acordo com sua natureza: i) Hedge de risco de mercado - Os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. ii) Hedge de fluxo de caixa - A parcela efetiva de hedge dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do hedge é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. e) Permanente Em 31 de dezembro de 2004, demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Reavaliação de imóvel de uso próprio; • Depreciação calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo 2% para edificações, 10% para móveis, equipamentos, sistema de segurança e instalações, 20% para veículos e sistema de processamento de dados; • Amortização do diferido, pelo método linear, em até 5 anos. f) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias (em base pró-rata) e cambiais incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o resultado tributável. 3. Títulos e Valores Mobiliários a) Títulos para negociação O custo atualizado (acrescido dos rendimentos auferidos) e o valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação em 31 de dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes:

2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado Carteira própria Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... 44.472 44.510 440 441 Notas do Tesouro Nacional - NTND.... – – 6.946 6.964 Notas do Banco Central - NBCE ........ – – 147.138 146.982 Ativo circulante .................................. 44.472 44.510 154.524 154.387 Vinculados a operações compromissadas Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... – – 67.275 67.218 Notas do Tesouro Nacional - NTND.... – – 71.880 72.098 Notas do Banco Central - NBCE ........ – – 62.287 62.043 Ativo circulante .................................. – – 201.442 201.359 Vinculados à prestação de garantias Letras do Tesouro Nacional - LTN ...... 6.456 6.474 3.319 3.309 Notas do Tesouro Nacional - NTND.... – – 21.008 21.065 Notas do Banco Central - NBCE ........ – – 6.859 6.832 Ativo circulante .................................. 6.456 6.474 31.186 31.206 O custo atualizado e o valor de mercado dos títulos para negociação por vencimento, estavam distribuídos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 da seguinte forma: 2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado A vencer em até 1 ano ........................ 50.928 50.984 209.929 210.322 A vencer entre 1 e 5 anos .................. – – 177.223 176.630 Total.................................................. 50.928 50.984 387.152 386.952 b) Títulos mantidos até o vencimento O custo atualizado (acrescido dos rendimentos auferidos) e o valor de mercado para fins de divulgação dos títulos e valores mobiliários classificados como mantidos até o vencimento em 31 de dezembro de 2005 e 2004 eram os seguintes: 2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado Carteira própria Notas do Tesouro Nacional - NTNM .. 34.763 34.763 50.457 50.457 Total.................................................. 34.763 34.763 50.457 50.457 Ativo circulante .................................. (9.932) (9.932) (11.213) (11.213) Realizável a longo prazo .................... 24.831 24.831 39.244 39.244 O custo atualizado e o valor de mercado dos títulos mantidos até o vencimento por vencimento, estavam distribuídos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 da seguinte forma: 2005 2004 Custo Valor de Custo Valor de Atualizado Mercado Atualizado Mercado A vencer em até 1 ano ........................ 9.932 9.932 11.213 11.213 A vencer entre 1 e 5 anos .................. 24.831 24.831 39.244 39.244 Total.................................................. 34.763 34.763 50.457 50.457 Atendendo ao disposto no artigo 8º da Circular nº 3.068 de 08 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil, o Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. Conforme mencionado na nota 1, estes títulos também serão objeto de análise para a verificação dos impactos e posterior tomada de decisão quanto à alienação, pela Matriz em Hamburgo. Os títulos públicos encontram-se custodiados junto ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC. 4. Operações de Crédito Conforme disposto na Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do BACEN, foram introduzidos, a partir de 1º de março de 2000, os seguintes critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa: (a) a classificação das operações de créditos em níveis de risco, que variam de AA a H, em ordem crescente de risco; (b) a provisão para créditos de liquidação duvidosa passou a ser efetuada de acordo com a classificação da operação no nível de risco correspondente, levando-se em consideração, entre outras, continua


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 20 de março de 2006

continuação

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) as informações cadastrais do devedor e seus garantidores, características das garantias e análise periódica das operações e a sua revisão em função de atrasos verificados. a) Composição da carteira por tipo de operação 2005 2004 Setor privado Conta garantida.............................................................. – 6.561 Capital de giro ................................................................ 1.685 33.279 Empréstimos Resolução nº 2.770 .................................. – 18.343 FINAME ........................................................................ – 3.091 Financiamentos para exportação .................................. 11.943 – Financiamentos para importação .................................. 642 68.264 Rendas a receber de ACC .............................................. – 1.777 Rendas a receber de ACE .............................................. – 24 Adiantamentos sobre contratos de câmbio exportação letras a entregar .......................................................... – 107.559 Adiantamentos sobre contratos de câmbio exportação letras entregues .......................................................... – 2.356 Total .............................................................................. 14.270 241.254 Ativo circulante .............................................................. (12.638) (206.213) Realizável a longo prazo ................................................ 1.632 35.041 b) Diversificação da carteira de crédito por atividade 2005 2004 Setor privado 12.585 212.276 Indústria .................................................................... Fertilizantes.............................................................. 642 60.154 Máquinas e equipamentos........................................ 11.943 34.831 Siderurgia e metalurgia ............................................ – 52.036 Alimentícias e bebidas .............................................. – 10.784 Automóveis e auto peças .......................................... – 5.964 Química.................................................................... – 3.091 Eletrônicos .............................................................. – 13.718 Gráficas e editoras.................................................... – 18.344 Mineração ................................................................ – 13.354 Comércio .................................................................. 1.685 28.978 Alimentos ................................................................ – 26.013 Bens duráveis e não duráveis .................................. 1.685 2.965 Total .............................................................................. 14.270 241.254 c) Diversificação da carteira de crédito por prazo 2004 2005 Vencidas: ...................................................................... 642 6.619 Até 15 dias .................................................................. – 5.387 Acima de 15 dias ........................................................ 642 1.232 A vencer: ...................................................................... 13.628 234.635 Até 30 dias .................................................................. 248 15.835 Entre 31 e 60 dias ........................................................ 4 40.196 Entre 61 e 90 dias ........................................................ 4 50.046 Entre 91 e 180 dias ...................................................... 14 38.391 Entre 181 e 360 dias .................................................... 11.726 55.126 Acima de 360 dias ...................................................... 1.632 35.041 d) Concentração do risco de crédito 2005 2004 Principal devedor............................................................ 11.943 27.998 Percentual sobre o total da carteira de crédito ................ 83,7% 11,6% 20 maiores devedores .................................................... 14.270 241.254 Percentual sobre o total da carteira de crédito ................ 100,0% 100,0% e) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para Créditos Nível de Total da Carteira de Liquidação Duvidosa Risco Provisionamento 2005 2004 2005 2004 AA ........ 0,0% – 98.176 – – A .......... 0,5% 11.943 80.459 (60) (402) C .......... 3,0% – 3.091 – (93) D .......... 10,0% 642 – (64) – E .......... 30,0% – 27.999 – (8.400) H .......... 100,0% 1.685 31.529 (1.685) (31.529) Total .... 14.270 241.254 (1.809) (40.424) f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa 2005 2004 Saldos no início do exercício ...................................... (40.424) (26.546) Constituição de provisão ................................................ – (14.820) Reversão de provisão .................................................... 20.219 942 Créditos baixados para prejuízo .................................... 18.396 – Saldos no final do exercício ........................................ (1.809) (40.424) Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, houve recuperações de créditos no montante de R$ 13.355 e R$ 11.371 respectivamente e não houve renegociações de créditos. 5. Carteira de Câmbio 2005 2004 Câmbio comprado a liquidar .......................................... 78.559 283.554 Adiantamentos em moeda estrangeira recebidos .......... (1.638) – Cambiais e documentos a prazo - moeda estrangeira .... – 703 Direitos sobre venda de câmbio ...................................... 73.078 202.792 Adiantamentos em moeda nacional recebidos .............. – (31.896) Rendas a receber de adiantamentos concedidos .......... – 1.801 Ativo circulante .............................................................. 149.999 456.954

Câmbio vendido a liquidar .............................................. Obrigações por compra de câmbio ................................ Adiantamentos sobre contratos de câmbio .................... Passivo circulante .......................................................... 6. Outros Créditos - Diversos

2005 78.339 73.078 – 151.417

2004 199.792 293.751 (109.915) 383.628

2005 2004 Adiantamentos e antecipações salariais ........................ 104 481 Depósitos judiciais.......................................................... 8.030 2.676 Antecipação de imposto de renda e contribuição social .. – 2.258 Impostos a compensar .................................................. 730 – PIS e FINSOCIAL a ressarcir .......................................... 2.844 2.844 Valores a receber de sociedades ligadas ........................ 85 1.376 Outros ............................................................................ 32 39 Total .............................................................................. 11.825 9.674 Ativo circulante .............................................................. (945) (1.889) Realizável a longo prazo ................................................ 10.880 7.785 7. Outros Valores e Bens a) Bens não de uso próprio Em 30 de dezembro de 2005, o Banco efetuou a transferência do saldo da conta de “Imobilizado de Uso - Imóveis” para a conta “Outros Valores e Bens - Bens não de uso próprio” (nota 15 d). b) Despesas antecipadas Referem-se a aplicações de recursos, cujos benefícios ou prestação de serviços decorrentes, ocorrerão em períodos seguintes. 8. Obrigações por Empréstimos e Repasses a) Obrigações por empréstimos no exterior Referem-se a linhas de financiamento a importação e exportação obtidas junto ao Dresdner Bank Lateinamerika AG - Hamburgo com juros de 0,375% ao ano (2004 0,20% a 1,25% ao ano) acima da taxa interbancária de Londres (LIBOR) e variação cambial. 2005 2004 Financiamento a importação .......................................... 642 68.264 Financiamento a exportação .......................................... – 93.706 Outras obrigações em moeda estrangeira ...................... – 13 Total .............................................................................. 642 161.983 Passivo circulante .......................................................... (642) (160.916) Exigível a longo prazo .................................................... – 1.067 b) Obrigações por repasses no País As obrigações por repasses no País - instituições oficiais estão assim representadas: Total Taxa de Juros a.a. Vencimento 2005 2004 Recursos do BNDES...... 8,50% 15.07.2006 11.943 – Recursos do FINAME .... – – – 3.089 Total .............................. 11.943 3.089 Passivo circulante .......... (11.943) (1.203) Exigível a longo prazo .... – 1.886 c) Obrigações por repasses do exterior Em 31 de dezembro de 2004, referiam-se à captação de recursos obtidos no exterior, para aplicação em atividades econômicas, sujeitos à taxa de juros de 2,54% a 3,62% ao ano acima da taxa interbancária de Londres (LIBOR) e variação cambial, com vencimento até dezembro de 2005.

Valores Referenciais 2005 2004

9. Outras Obrigações - Diversas 2005 2004 Salários, gratificações e encargos sociais (*) .................. 2.560 17.371 Contas a pagar - despesas administrativas .................... 213 1.025 Provisão para contingência fiscal - FINSOCIAL .............. 1.445 1.445 Provisão para contingências trabalhistas ...................... 1.338 703 Valores a pagar a sociedades ligadas (nota 15 i) ............ 16.097 1.541 Outras ............................................................................ 40 12 Total .............................................................................. 21.693 22.097 Passivo circulante .......................................................... (3.423) (18.807) Exigível a longo prazo .................................................... 18.270 3.290 (*) Em 31 de dezembro de 2005, está contemplada provisão para demissão voluntária no montante de R$ 2.278 (2004 - R$ 7.009) (vide nota 1). 10. Patrimônio Líquido O capital social, totalmente integralizado, corresponde ao investimento da matriz, em moeda corrente nacional, acrescido das reservas capitalizadas. O estatuto social não prevê a distribuição de dividendos mínimos. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram pagos dividendos no montante de R$ 1.280. A reserva de reavaliação referia-se à reavaliação de imóvel de uso próprio, registrada pelo valor líquido dos encargos tributários, a qual foi revertida em dezembro de 2005, conforme mencionada na nota 15 d. 11. Imposto de Renda e Contribuição Social a) Cálculo dos encargos com Imposto de Renda e Contribuição Social incidentes sobre as operações nos exercícios 2004 2005 ContriContriImposto buição Imposto buição de Renda Social de Renda Social Resultado antes da tributação e após participações nos resultados ................ (24.437) (24.437) (29.201) (29.201) Adições temporárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................. 3.650 3.650 14.820 14.820 Provisão para programa demissão voluntária ............................................ 908 908 7.009 7.009 Provisão para contingências fiscais ........ 8.587 8.587 2.412 2.412 Provisão para ajustes patrimoniais ........ 90 90 2.574 2.574 Provisão para contingências trabalhistas .......................................... 745 745 658 658 Provisões indedutíveis............................ 15.922 15.922 11.572 11.572 Ajuste ao valor de mercado TVM e derivativos ................................ 3.313 3.313 730 730 Resultado de operações de mercado de liquidação futura liquidadas no período 19.657 19.657 – – Adições permanentes Despesas não dedutíveis........................ 3.285 1.628 350 350 Prejuízos não dedutíveis ........................ – – 1.446 1.446 Outras adições ...................................... 1.363 1.363 107 107 Exclusões permanentes Reversão de provisões indedutíveis ...... (9.810) (9.810) (3.446) (3.103) Reversão de provisão para contingências fiscais .................................................. – – (422) (422) Reversão de provisão para programa de demissão voluntária ........................ (5.886) (5.886) – – Reversão de provisão para contingências trabalhistas .......................................... (110) (110) (641) (641) Reversão de provisões ajustes patrimoniais.......................................... (138) (138) (19.697) (19.697) Reversão de provisão créditos de liquidação duvidosa ........................ (23.869) (23.869) (942) (942) Recuperação de créditos baixados para prejuízo ........................................ (13.355) (13.355) (11.371) (11.371) Reversão de provisões não operacionais (252) (252) – – Exclusões temporárias Resultado de operações de mercado de liquidação futura não liquidadas no período ............................................ (21.961) (21.961) – – Valor base para tributação .................. (42.298) (43.955) (24.042) (23.699) Alíquotas ................................................ 15% e 10% 9% 15% e 10% 9% Total IRPJ e CSLL devidos no exercício corrente .............................. – – – – b) Demonstrativo da conta de resultado de Imposto de Renda e Contribuição Social 2005 2004 ContriContriImposto buição Imposto buição de Renda Social de Renda Social Realização de IRPJ e CSLL diferidos ...... 35 13 612 220 Total ...................................................... 35 13 612 220 12. Créditos Tributários Em virtude da decisão pela nossa Matriz em Hamburgo, de uma reestruturação em seus negócios que afetarão diretamente as operações da Filial, a Administração decidiu pela não constituição de crédito tributário sobre o prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias nos exercícios (nota 1). Caso o crédito tributário fosse constituído, teríamos um impacto no ativo em contrapartida a uma conta de resultado no montante total de R$ 38.014 (2004 R$ 34.091). 13. Transações com Partes Relacionadas Ativo (Passivo) 2005 2004

Receitas (Despesas) 2005 2004

Disponibilidades ........................................ 224 2.085 – – Aplicações em depósitos interfinanceiros .. 37.323 – – – Outros créditos .......................................... 150.087 6.683 – – Depósitos interfinanceiros.......................... – (74.548) – – Relações interdependências...................... – (2.750) – – Obrigações por empréstimos no exterior .... (642) (161.983) – – Obrigações por repasses do exterior .......... – (45.721) – – Outras obrigações...................................... (167.514) (20.117) – – Resultado de títulos e valores mobiliários .. – – 332 11 Receitas de prestação de serviços ............ – – 10.492 14.416 Outras receitas operacionais...................... – – 853 – Despesas de operações de captação no mercado.............................................. – – (21.153) (13.486) Despesas de operações de empréstimos, cessões e repasses ................................ – – 17.454 259 Outras despesas administrativas .............. – – (6.257) (7.858) Outras despesas operacionais .................. – – (271) – Resultado não operacional ........................ – – 411 – As operações com partes relacionadas foram contratadas às taxas compatíveis às praticadas com terceiros, levando-se em conta a ausência de riscos. 14. Instrumentos Financeiros Derivativos O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos registrados em contas patrimoniais ou de compensação que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Essas operações têm por finalidade reduzir as exposições de riscos de mercado, que estão associados a perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices. A política de atuação, o controle, o estabelecimento de estratégias de operações, bem como o limite dessas posições, seguem diretrizes da administração do Banco. Esses instrumentos financeiros incluem derivativos que representam, geralmente, compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificadas nos contratos, ou ainda, compromissos para trocar pagamentos futuros de juros. As operações de futuros e “swap” são registradas em contas patrimoniais e de compensação pelo valor do contrato ou valor referencial e estão registradas na Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&F ou na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP, conforme determinação do BACEN. Os quadros a seguir resumem o valor referencial e as respectivas exposições líquidas atualizadas ao valor de mercado no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2005 e 2004, para os instrumentos financeiros derivativos para negociação:

Contratos futuros Posição comprada................ Mercado interfinanceiro ........ Moeda estrangeira .............. Posição vendida .................. Mercado interfinanceiro ........ Moeda estrangeira................ Contratos swap cambial com ajuste periódico Posição vendida .................. Moeda estrangeira................ Total da exposição líquida....

887.572 – 887.572 745.706 – 745.706

3.843.160 1.642.273 2.200.887 2.783.310 215.884 2.567.426

(1.320) – (1.320) 753 – 753

(16.350) 437 (16.787) 20.203 (60) 20.263

– –

438.673 438.673

– – (567)

(3.438) (3.438) 415

Exposição Líquida no Balanço Patrimonial Custo Valor de Mercado Atualizado 2005 2004 2005 2004

Valores Referenciais 2005 2004

Contratos de swap Posição ativa .......................... – 252.530 – 27.183 – 27.935 Mercado interfinanceiro .......... – 252.530 – 27.183 – 27.935 Posição passiva ...................... – 84.445 – 8.957 – 8.362 Moeda estrangeira.................. – 84.445 – 8.957 – 8.362 Contratos a termo NDF Posição ativa .......................... – 23.447 – 5.156 – 7.320 Prefixados .............................. – 16.000 – 6.252 – 6.143 Moeda estrangeira.................. – 7.447 – (1.096) – 1.177 Contratos de opções de venda Posição comprada .................. – 7.000 – 57 – – Moeda estrangeira.................. – 7.000 – 57 – – O risco de mercado e de crédito associado a esses produtos, bem como os riscos operacionais, são similares aos relacionados a outros tipos de instrumentos financeiros. Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, em função do tipo de produto, do volume de operações, do prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. Risco de crédito é a exposição a perdas no caso de inadimplência de uma contraparte. A exposição ao risco de crédito nos contratos futuros é minimizada devido à liquidação diária. Os contratos de “swaps” proporcionam risco de crédito no caso da contraparte não ter a capacidade ou disposição para cumprir suas obrigações contratuais. Os quadros a seguir resumem a classificação por prazo do valor referencial para os instrumentos financeiros derivativos para negociação em 31 de dezembro de 2005 e 2004: 2005 Até 30 De 31 a De 181 a Acima de Dias 180 Dias 360 Dias 360 Dias Total Contratos futuros Posição comprada............ 817.138 70.434 – – 887.572 Moeda estrangeira .......... 817.138 70.434 – – 887.572 Posição vendida .............. 745.706 – – – 745.706 Moeda estrangeira .......... 745.706 – – – 745.706 2004 Até 30 De 31 a De 181 a Acima de Dias 180 Dias 360 Dias 360 Dias Total Contratos futuros Posição comprada............ 610.466 2.376.648 428.982 427.064 3.843.160 Mercado interfinanceiro .. 60.921 1.127.496 135.695 318.161 1.642.273 Moeda estrangeira .......... 549.545 1.249.152 293.287 108.903 2.200.887 Posição vendida .............. 515.617 1.506.179 420.352 341.162 2.783.310 Mercado interfinanceiro .. – – 215.152 732 215.884 Moeda estrangeira .......... 515.617 1.506.179 205.200 340.430 2.567.426 Contratos swap cambial com ajuste periódico Posição vendida .............. 410.670 14.910 13.093 – 438.673 Moeda estrangeira .......... 410.670 14.910 13.093 – 438.673 Contratos de swap Posição ativa .................... 6.311 11.642 95.411 139.166 252.530 Mercado interfinanceiro .. 6.311 11.642 95.411 139.166 252.530 Posição passiva................ – – 29.429 55.016 84.445 Moeda estrangeira .......... – – 29.429 55.016 84.445 Contratos a termo NDF Posição ativa .................... 2.000 3.447 18.000 – 23.447 Prefixados ...................... 2.000 1.000 13.000 – 16.000 Moeda estrangeira .......... – 2.447 5.000 – 7.447 Contratos de opções de venda Posição comprada............ 7.000 – – – 7.000 Moeda estrangeira .......... 7.000 – – – 7000 No Dresdner Bank Brasil, uma área independente das áreas operacionais é responsável pela construção diária das curvas de mercado para uma avaliação dos ativos e passivos existentes no Banco, estando assim enquadrado nas Circulares nºs 3.068 e 3.082 que estabelecem novos critérios de avaliação e classificação contábil de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Essas curvas são geradas baseadas em informações coletadas de provedores independentes que apresentam um relevante nível de liquidez e, utilizando-se de métodos matemáticos de interpolação e extrapolação, consegue-se obter taxas para todos os prazos de operações existentes nas carteiras. Os cálculos dos valores a mercado são efetuados através do método de descapitalização de fluxos de pagamentos futuros por fatores de desconto correspondentes a taxas obtidas das curvas de mercado. 15. Outras Informações a) As garantias prestadas a terceiros compreendendo avais, fianças, responsabilidades por créditos de exportação e para importação totalizavam R$ 37.938 em 31 de dezembro de 2005 (2004 - R$ 101.868). b) A administração do Banco revisa as contingências, avalia as possibilidades de eventuais perdas com as mesmas, ajustando a provisão para contingências trabalhistas, fiscais e cíveis, baseada principalmente na opinião de seus advogados em montantes considerados suficientes para fazer face a eventuais perdas. Os montantes provisionados estão registrados na rubrica “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, no Exigível a Longo Prazo. Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, as principais contingências provisionadas estão relacionadas com o questionamento da constitucionalidade das leis que instituíram a Contribuição Social, o Programa de Integração Social - PIS e os efeitos tributários da correção monetária complementar do período-base de 1990 (Lei nº 8200/91). c) Investimentos - A diminuição no saldo da conta “Outros Investimentos” refere-se basicamente à alienação do título patrimonial da BM&F e da Câmara Interbancária de Pagamentos para o Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo (nota 1). d) Imobilizado de uso - Em 30 de dezembro de 2005, o Banco efetuou a transferência do saldo da conta de “Imobilizado de Uso - Imóveis” para a conta “Outros Valores e Bens - Bens não de uso próprio” (nota 7 a). Para tanto, de acordo com as normas consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) efetuou a reversão das contas abaixo relacionadas: Grupo Conta Ativo Permanente Imobilizado de uso - reavaliação de imóveis de uso Passivo Outras obrigações - fiscais e previdenciárias Patrimônio Líquido Reserva de reavaliação Patrimônio Líquido Encargos (IR e CS) sobre reserva de reavaliação e) Diferido - A diminuição no saldo da conta “Gastos de Organização e Expansão” refere-se, basicamente a alienação de softwares para o Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo bem como baixa por obsolescência de softwares em linha com o plano de ação atualmente em desenvolvimento (nota 1). f) Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, outras receitas operacionais referem-se, substancialmente, a reversão de provisões operacionais. g) Em 31 de dezembro de 2005, outras despesas operacionais referem-se, substancialmente, a provisões para riscos fiscais. h) Em 31 de dezembro de 2005, resultado não operacional refere-se, substancialmente, ao resultado na alienação de investimentos e de valores e bens. i) Outras obrigações - Diversas - Valores a pagar a sociedades ligadas - Refere-se, substancialmente, ao contrato de assunção de responsabilidade pelo cumprimento de obrigação fiscal, que está sendo exigida do Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo, no qual o Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo assume integralmente o pagamento da referida obrigação fiscal, quando a mesma for exigida e os recursos cabíveis para o questionamento da obrigação fiscal tenham sido esgotados. j) Participação nos lucros - O Banco utiliza o programa de participação dos empregados nos lucros e resultados, conforme disposto na Lei nº 10.101 de 19 de dezembro de 2000, devidamente acordado com os funcionários, sendo o valor correspondente registrado em “Outras obrigações”. k) Limites Operacionais - Acordo da Basiléia - O Conglomerado Dresdner Bank Brasil, com base na Resolução nº 2.283 de 05 de junho de 1996 efetua a apuração de forma consolidada através da instituição líder Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo. O limite mínimo exigido é de 11% de patrimônio em relação aos ativos ponderados e o Conglomerado Dresdner Bank Brasil encontra-se enquadrado neste limite.

DIRETORIA EXECUTIVA André Buril Weber Diretor Executivo

Exposição Líquida no Balanço Patrimonial 2005 2004

CONTADOR Martin Duisberg Diretor Executivo

Renato H. Watanabe CRC 1SP 119.899/O-8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do

Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 1, a matriz do Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo (Filial), anunciou em dezembro de 2004, uma

reestruturação em seus negócios, que tem afetado diretamente as operações da Filial, inclusive a definição do encerramento de suas atividades no prazo a ser definido pela mesma, depois de atendidas as exigências regulamentares. Durante 2005, a Administração implementou o plano de reestruturação que se encontra em fase de finalização, conforme mencionado na mesma nota explicativa, registrando as provisões necessárias e conhecidas até o momento. 15 de fevereiro de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

José Gilberto Montes Munhoz Contador CRC 1SP145676/O-5 continua


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 7

continuação

anteriormente Deutsch-Südamerikanische Bank AG

III - CONGLOMERADO FINANCEIRO DRESDNER BANK BRASIL • Dresdner Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo • Dresdner Bank Lateinamerika AG - Filial São Paulo BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Ativo Circulante e realizável a longo prazo ..............................

2005 1.123.221

2004 1.599.344

Disponibilidades ..............................................................

3.020

5.412

Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................

29.882

63.873 512.659

Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ....................................................................

633.290

Relações interfinanceiras ................................................

43

80.720

Operações de crédito ......................................................

39.568

265.069

Outros créditos ................................................................

407.644

671.496

Outros valores e bens ......................................................

9.774

115

Permanente ......................................................................

12.483

28.132

Investimentos ..................................................................

4.163

3.687

Imobilizado de uso ..........................................................

7.318

20.340

Diferido ............................................................................

1.002

4.105

Total do ativo ....................................................................

1.135.704

1.627.476

Passivo Circulante e exigível a longo prazo .................................. Depósitos ........................................................................ Captações no mercado aberto ........................................ Recursos de aceites e emissão de títulos ........................ Relações interdependências .......................................... Obrigações por empréstimos .......................................... Obrigações por repasses no País - instituições oficiais .... Obrigações por repasses do exterior................................ Instrumentos financeiros derivativos................................ Outras obrigações .......................................................... Resultados de exercícios futuros .................................... Patrimônio líquido ............................................................ Capital: De domiciliados no exterior .............................................. Reservas de capital.......................................................... Reserva de reavaliação .................................................. Reserva de lucros ............................................................ Lucros (prejuízos) acumulados ........................................ Total do passivo ................................................................

2005 875.808 63.096 49.823 70.464 6.328 642 11.943 117.550 93.156 462.806 219 259.677

2004 1.360.529 81.368 197.474 86.561 3.856 161.983 3.089 179.023 13.150 634.025 348 266.599

308.599 3.838 – 12.384 (65.144) 1.135.704

231.838 2.811 7.145 12.384 12.421 1.627.476

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Receitas da intermediação financeira ............................ Operações de crédito ...................................................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Resultado com instrumentos financeiros derivativos........ Resultado de operações de câmbio ................................ Despesas da intermediação financeira .......................... Operações de captação no mercado................................ Operações de empréstimos, cessões e repasses ............ Resultado de operações de câmbio ................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................ Resultado bruto da intermediação financeira ................ Outras receitas (despesas) operacionais ...................... Resultado operacional .................................................... Resultado não operacional .............................................. Resultado antes da tributação sobre o lucro .................. Imposto de renda e contribuição social .......................... Participações no resultado .............................................. Prejuízo do exercício ........................................................

2005 5.901 (7.349) 17.903 (4.653) – (7.498) (29.492) 27.700 (34.556) 28.850 (1.597) (72.156) (73.753) (3.918) (77.671) 216 (773) (78.228)

2004 41.984 14.838 29.012 (35.409) 33.543 (20.894) (7.529) (959) – (12.406) 21.090 (52.275) (31.185) (174) (31.359) 2.488 (5.680) (34.551)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Diversificação da Carteira de Crédito por Prazo 2005 Vencidas: .......................................................................... 642 Até 15 dias ...................................................................... – Acima de 15 dias .............................................................. 642 A vencer: .......................................................................... 40.735 Até 30 dias ...................................................................... 248 Entre 31 e 60 dias ............................................................ 4 Entre 61 e 90 dias ............................................................ 4 Entre 91 e 180 dias .......................................................... 14 Entre 181 e 360 dias ........................................................ 11.726 Acima de 360 dias ............................................................ 28.739

segunda-feira, 20 de março de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 2004 6.619 5.387 1.232 404.375 15.835 41.952 50.046 39.706 215.121 41.715

Nível de Risco AA ................................ A.................................. C ................................ D.................................. E.................................. H.................................. Total............................

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 2005 2004 – – (60) (669) – (93) (64) – – (8.400) (1.685) (39.893) (1.809) (49.055)

Total da Carteira Provisionamento 0,0% 0,5% 3,0% 10,0% 30,0% 100,0%

2005 27.107 11.943 – 642 – 1.685 41.377

2004 206.113 133.898 3.091 – 27.999 39.893 410.994

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CAI NÚMERO DE AÇÕES TRABALHISTAS NO CAESP

Governo estadual deve exigir inscrição estadual própria dos postos de gasolina instalados em supermercados.

PROCESSOS DAS ÁREAS CIVIL E COMERCIAL ESTÃO SENDO MAIS DIRECIONADOS PARA A JUSTIÇA PRIVADA

DESCOBRINDO A ARBITRAGEM

À

s vésperas de completar dez anos, a Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96) vem sendo utilizada com maior ênfase nas áreas do Direito Civil e Comercial. Até então, esse método alternativo de solução de conflitos era mais procurado para resolver pendências trabalhistas. Segundo o presidente do Conselho Arbitral do Estado de São Paulo (Caesp), o advogado Cássio Telles Ferreira Netto, o número de questões na área comercial supervisionadas pela entidade registrou um aumento de 12,8% no ano passado na comparação com 2004. Na cível, o avanço foi de 44,79%. Segundo o presidente do Caesp, os convênios firmados com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), há cerca de dois anos, contribuíram para o avanço da arbitragem nessas áreas. A ABF tem

Paulo Pampolin/Digna Imagem

Netto: Justiça do Trabalho estagnada

600 associados, entre franqueadores, franqueados e fornecedores. Já a Ocesp tem cerca de mil cooperativas e 2,7 milhões de cooperados. Segundo a superintendente da Ocesp, a advogada Fernanda de Castro Juvêncio, os problemas questionados geralmente se referem à contratação de serviços, aquisição de produtos ou

contratos não cumpridos. Franquias – A ABF também tem usado a arbitragem na área comercial com mais ênfase. Tanto que o número de processos encaminhados dobrou em 2005. "Aos poucos, vamos quebrando a barreira da falta de cultura no seu uso", afirma a coordenadora da comissão de ética da ABF, Melitha Prado, ao estimar que entre 20% e 30% das redes de franquia têm contratos comerciais com cláusulas arbitrais. "O maior entrave para a expansão é colocado pelos advogados dos franqueadores que, muitas vezes, desconhecem ou não crêem na celeridade e economia obtidas com a arbitragem." Para fugir da lentidão do Judiciário, as multinacionais que atuam no Brasil também estão, aos poucos, inserindo em seus contratos comerciais cláusulas prevendo a arbitragem em caso de conflitos. O mesmo caminho deve ser seguido pelas empresas que firmarem parce-

Abertura de postos terá novas regras

U

ma vantagem tributária dos supermercados que vendem combustível pode estar com os dias contados. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) deve regulamentar em breve a obrigatoriedade de estes postos terem inscrição estadual própria. Essa exigência está prevista na Lei nº 11.929/2005. Atualmente, esses estabelecimentos levam vantagem sobre os postos autônomos porque podem abater créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o combustível com as mercadorias vendidas nas lojas. Com isso, podem vender o combustível por um preço bem mais baixo, incomodando os autônomos, que alegam trabalhar com margem de lucro muito apertada. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, o setor quer apenas igualdade tributária. "Não podemos aceitar o fato de esses estabelecimentos receberem um tratamento diferenciado", reclama. Pelos cálcu-

Luiz Ferreira/AE

Supermercados levam vantagem

los de Gouveia, um supermercado que vende 1,3 milhão de litros de gasolina por mês consegue compensar R$ 78 mil de crédito de ICMS. "Estão tirando do Estado que sempre está com o caixa furado", critica. Números – Atualmente, em todo o estado, 73 supermercados vendem combustível. Somente no ano passado, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) recebeu 102 pedidos de redes supermercadistas para a liberação do comércio de combustível. O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Sussumu Honda, reconhece que a mudança na legis-

lação visa defender os postos autônomos que são prejudicados com a possibilidade de as redes se aproveitarem das brechas na legislação. "O que falta, na verdade, é uma reforma tributária eficiente", defende. Outra vantagem que contribui para aumentar a margem de lucro na venda do combustível está no campo trabalhista. Isso porque os postos contratam frentistas para pagar salário equivalente ao de um comerciário, que é cerca de 30% menor. Isso, somado à possibilidade de obter créditos ICMS, faz diferença na hora de definir o preço na bomba e incomoda os estabelecimentos autônomos. "A situação está difícil. Temos de abrir mão da margem para sobreviver. É uma luta diária", reclama Maria dos Anjos, sócia do Auto Posto Julieta, instalado há 30 anos em Guarulhos, que vende o litro da gasolina a R$ 2,439. Em frente a seu estabelecimento, ela enfrenta a concorrência do Extra, que comercializa o produto a R$ 2,349. Desde que foi inaugurado, há dois anos, cinco postos fecharam suas bombas por causa da "concorrência desleal", segundo Maria. Adriana David

rias com o setor público e as que ingressarem no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Além do Caesp, outras câmaras de arbitragem apresentaram expansão no número de processos em 2005. O Centro de Arbitragem da Câmara Americana de Comércio (Amcham), que atua desde 2002, já

intermediou cerca de 20 conflitos. Apenas no ano passado foram iniciados sete procedimentos, quase o dobro de 2004. Segundo o advogado Roberto Pasqualin, em 2006 a câmara já recebeu duas consultas de empresas interessadas em utilizar o método. Trabalhista - A expansão dos procedimentos arbitrais, no en-

Mais de 2,7 milhões em dia com o Fisco federal

DC esclarece dúvidas dos contribuintes sobre o IR

D

e acordo com o último balanço da Receita Federal, divulgado na sexta-feira à tarde, 2,7 milhões de contribuintes entregaram a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006, o que corresponde a um aumento de 8% na comparação com o mesmo período de 2005. Do total, 2,57 milhões de documentos foram transmitidos pelo programa Receitanet e 129 mil por meio do formulário simplificado online. O prazo de entrega começou no dia 1º de março e termina em 28 de abril. A multa para quem deixar de declarar varia de R$ 165,74 até 20% do imposto devido. Espera-se que 22 milhões de contribuintes prestem contas ao Leão.

Como devo lançar o plano de aposentadoria especial da empresa? (Aparecido Donizete Chenfer) É preciso verificar se o valor do plano de aposentadoria especial foi descontado de seu salário. Em caso positivo, deve-se lançar na ficha de Pagamentos e Doações com o código 14 FAPI ( Fundo de Aposentadoria Programada Individual). Caso contrário, você não deve declarar em nenhum lugar, pois se trata apenas de informação complementar. Um de nossos clientes recebeu, em 2005, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a importância de R$ 20.676,23 como juros moratórios numa ação de execução contra a Fazenda Pública e recolheu no ato, ou seja, o banco descontou o imposto de renda de R$ 5.220,61 com o código 5204. Onde declarar no modelo simplificado o valor recolhido do IR? (Yukio Hirata) No modelo simplificado você deve lançar o valor recebido do DER como Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica, descrevendo a razão social do De-

tanto, não foi suficiente para aumentar os números de conflitos solucionados pelo Caesp. Ao contrário, eles foram reduzidos de 3,6 mil, em 2004, para 3,06 mil, no ano passado. A queda é atribuída à diminuição de 69% no número de processos na área trabalhista, que passaram de 2,7 mil, em 2004, para 1,8 mil, no ano passado. Netto aponta dois motivos principais para a diminuição da procura na resolução de questões trabalhistas. O primeiro é o recuo das demissões por conta da estabilidade econômica das empresas que têm convênio com o conselho. O segundo é o "falso" entendimento de que, com a Emenda Constitucional nº 45 (Reforma do Judiciário), a Justiça Trabalhista passou a ser mais atraente. "Apesar da ampliação de sua competência, não houve aumento de recursos para manter ou ampliar o atendimento", conclui Netto. Adriana David

partamento e o CNPJ. Nessa mesma ficha, é preciso lançar o imposto de renda retido como compensável na declaração. Segundo instrução normativa da Receita Federal, a dedução por dependente é de R$ 1.516,32, mas quando declarei minha esposa como tal, foi calculado na declaração o valor de R$ 1.404,00. Por que os valores são diferentes? (Antonio Rangel) Não é que os valores sejam difere n t e s . É q u e q u e o v a l o r d e R$ 1.516,32 será para o exercício 2007, ano-calendário 2006. E o valor de R$ 1.404,00 refere-se à a dedução para o exercício 2006, ano-calendário 2005. Assim, o valor dedutível da declaração deste ano é de R$ 1.404,00, como foi calculado.

TIRA-DÚVIDAS

A

s perguntas sobre o preenchimento da declaração do IR são respondidas por técnicos da Confirp Consultoria. As questões devem ser encaminhadas para o e-mail www.irpf@dcomercio.com.br.


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Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

Adoro a 25 de Março, o lugar de São Paulo mais famoso em Belo Horizonte. Lucimara Souza

RUA RECEBE 400 MIL PESSOAS POR DIA

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Nº 106 Fantasia s Brilhos Chapéu verde e amarelo de crochê

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Os segredos da Rua

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Fotos: Emiliano Capozoli

Vestida para a Copa, rua faz 112 anos

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Em qualquer época do ano, cenário da 25 de Março é sempre este: espaço para os carros na rua tomado pelos consumidores

A analista de sistemas mineira Lucimara diz adorar as compras na rua

Vanessa comprou artigos para o aniversário do filho

O advogado Dênis procurava um som para o carro

e tempos em tempos, a Rua 25 de Março, famosa por ser o mais disputado centro popular de compras do País, muda de roupa. No período do Natal, usa prata e dourado; perto do Dia dos Namorados, impera o vermelho-paixão; em época de Copa do Mundo, o verde e o amarelo tomam conta da paisagem. Nesta semana, quando a 25 completa 112 anos, a maioria das 350 lojas de rua (são 3 mil, se forem levadas em conta as de shoppings, galerias e as que funcionam em salas comerciais) rendeu-se à festa do futebol. Tudo tem as cores da bandeira brasileira. Nas prateleiras, os itens da Copa do Mundo dividem espaço com coelhinhos de pelúcia e ovos de Páscoa. Mas ainda é possível encontrar produtos de Carnaval. A festa é diária, não importa a época do ano. É difícil andar, respirar, conversar, escolher e pagar. Mas ninguém abre mão de comprar na região da 25 de Março. São 400 mil pessoas em épocas normais — número que pode chegar a 1 milhão no Natal. O clima de afobação, de pressa, está sempre no ar. Muita gente disputando as mesmas ofertas e os mesmos espaços, já que não faltam carrinhos dos sacoleiros que vêm de vários lugares do Brasil e do mundo. Tem de tudo — Nas 14 ruas que fazem parte da região da 25 de Março, é possível encontrar a conta que faz o colar, que deixa a blusa mais bonita, usada nas festas preparadas, animadas e decoradas com artigos também comprados na região. A administradora de empresas Vanessa Santos afirmou que a 25 de Março esteve sempre presente nos momentos mais importantes de sua vida. "As comemorações, o casamento, tudo teve produtos daqui. Desta vez, vim à procura de itens de decoração para a festa de meu filho, que vai fazer um ano", contou a administradora, com as mãos cheias de sacolas. Na loja La Mode o consumidor encontra um tecido especial, bordado com renda francesa, preta e dourada. O metro do produto custa espantosos R$ 1.280. Um pedaço de 1,30 metro foi o que restou de duas peças de oito metros cada uma, que já foram vendidas ao longo de sete anos na loja.

Na Casa Shiva, logo na porta, está à venda um gramofone indiano, em promoção. O preço, de R$ 550, caiu para R$ 330. Outro produto que chama a atenção são os casais de noivos (os que vão em cima de bolos) em situações inusitadas, na Marcelly Noivas: a noiva dentista que arranca o dente do noivo, o baterista, o casal dançando. Na Katmandu, há uma marionete de tamanho natural importada da Birmânia. E quem quer inovar seguindo o milenar costume oriental pode ter na mesa de centro um Buda — à venda na Mabrux. Os que não se importam de ser politicamente incorretos encontram bolsas de pêlo de coelho, por R$ 80, na Diva. Os donos das mansões também são atendidos: a Sheila Import vende portas de madeira maciça da Indonésia. O preço é, em média, de R$ 22 mil. As vendedoras da região, algumas atenciosas, são disputadas pelos consumidores, e não o contrário. Problemas — Quem freqüenta a 25 de Março faz coro: o preço é ótimo, os produtos são variados e têm qualidade. Mas a queixa também é a mesma: os camelôs. "Visito a Rua 25 de Março há dez anos. Só lamento a presença de tantos camelôs, que tornam o lugar barulhento", disse o advogado Dênis Nunes, que esteve na última sexta-feira na 25 de Março e comprou um som para o automóvel. A analista de sistemas Lucimara Souza veio de Belo Horizonte visitar a família e fazer compras. Levou relógios e roupas. Ela disse que sua casa foi toda decorada com os produtos da 25 de Março. "Adoro o local, o mais famoso de São Paulo em Belo Horizonte. Consigo coisas aqui que não acho em lugar nenhum", afirmou. "Mas ela precisa de organização", acrescentou a analista, que gastou R$ 200 nas compras. Segundo o diretor de Marketing da União dos Lojistas da 25 de Março, Miguel Giorgi Júnior, deveria haver apenas 300 camelôs na região, mas eles somam cerca de 3 mil, se levados em conta também os vendedores circulantes. Ele disse que há planos de reunir os camelôs regulamentados em um só lugar na região. Além disso, quando completar 113 anos, a Rua 25 de Março estará mais arborizada. Neide Martingo


Ano 81 - Nº 22.089

Perigos de um crime

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Jornal do empreendedor

O ex-governador Garotinho venceu a consulta informal do PMDB, mas se será o seu candidato a presidente é outra questão. Terá que derrotar a poderosa ala a favor do bis ao Lula lá. E terá que disputar com o governador Rigotto a validade da contagem de votos, já contestada. Pág. 3

R$ 0,60

Até petistas criticam a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo (foto), calado pelo STF enquanto depunha à CPI sobre o ministro Palocci. O deputado Roberto Freire, do PPS, que quer investigar quem violou a privacidade do caseiro, diz que "se ficarmos quietos, viramos francenildos". Para o presidente do STF, Nelson Jobim, "é um fato gravissimo, um crime". Pág. 3

Garotinho desafia PMDB do PT

São Paulo, segunda-feira 20 de março de 2006

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Emiliano Capozoli/LUZ

Edição concluída às 23h50

112 ANOS DA 25 DE MARÇO O mais disputado centro popular de compras do País comemora o aniversário vestido para a Copa. Lojas como a da foto já pensam nos gols da Seleção. Na página 8, o mapa de surpresas da 25 de Março.

Paulo Pampolim/Hype

Eduardo Nicolau/AE

A cidade é a escola Na praça da Sé, o monitor conta às crianças, atentas, um pouco da história de São Paulo (foto). Projeto ousado faz da cidade uma fascinante sala de aula. Página 7 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 19º C.

Na hora da virada O Palmeiras perdia de 2 a 0 da Ponte. Virou para 4 a 2. Depois do 3º gol, a alegria da vitória não poderia ser mais explícita (foto). A apenas dois pontos do líder Santos, os palmeirenses acreditam na possibilidade de chegar ao título. Mas São Paulo (empate com o Noroeste no Morumbi) e Corinthians (derrota contra o América de Rio Preto) também não desanimam. DC Esporte


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segunda-feira, 20 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Monitor fala a um grupo de alunos da quinta série da escola municipal Duque de Caxias. A "sala de aula" é a praça da Sé

QUERIDA PROFESSORA Rejane Tamoto

P

raça da Sé, 9h. Em meio ao burburinho rotineiro da multidão, 17 alunos da quinta série da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias contemplam, quietinhos, a Catedral e escutam com atenção a história da cidade, contada pelo monitor Felipe dos Reis Vieira Olher, da Caminhar Saídas Culturais e Lazer. Uma delas interrompe seu discurso e pergunta: "Mas qual o significado do Marco Zero?" A resposta de Felipe se transforma em uma aula sobre a construção de São Paulo. O que essas crianças não imaginam é que esse passeio está diretamente conectado com suas aulas de história, de artes e de português. Sala de aula – De tão maravilhadas, as crianças até parecem turistas. Mas, longe disso. Estão estudando. Vêm de um bairro vizinho ao Centro, o Glicério, e participaram de uma trilha educativa que inclui a Sé, o Solar da Marquesa, o Pátio do Colégio e a Torre do Banespa. Trata-se do projeto "O Centro pode ser uma Sala de Aula", desenvolvido pela Subprefeitura da Sé e pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a ONG Cidade Escola Aprendiz, Banco Santander e Comgás. O objetivo é ousado: seus idealizadores sustentam que vivenciar a cidade torna mais fácil o aprendizado das disciplinas do currículo escolar. Segundo Sueli Soares dos Santos, da Subprefeitura da Sé e uma das professoras do projeto, cerca de 18 escolas próximas ao Centro já fizeram as trilhas.

No mapa do Marco Zero, na praça da Sé, alunos estudam um pouco da geografia da cidade

Quem concilia os passeios com o currículo da EMEF Duque de Caxias é o educador comunitário Anderson Batista. "Indico aos professores as trilhas que podem ser feitas na cidade. Depois de percorrê-las, sugiro o desenvolvimento de seus conteúdos na sala de aula. O aluno pode, por exemplo, abordar o que vivenciou na cidade na aula de português, em redação de textos e poesias ou em educação artística, a partir de desenhos", disse. Gestores – O trabalho de Batista na EMEF pode se multiplicar pela rede municipal ainda este ano. Essa é a proposta da Secretaria Municipal de Educação para as mil escolas de ensino infantil e fundamental de São Paulo. Desde o dia 4, cerca de

Clodoaldo, de 12 anos: "Gostei de tudo, principalmente da Catedral"

1.200 professores, distribuídos em cinco regiões da cidade, participam do curso de extensão Educador Comunitário, ministrado pela Cidade Escola Aprendiz e pela Universidade de São Paulo/Campus Leste (USP Leste). A idéia é que um professor, indicado por cada escola do município, faça o curso. Neste ano, um dos locais de aulas é o Pátio do Colégio, como mostrou o DC, no início do mês. "Estamos disponibilizando para cada escola da rede de R$ 6 mil a R$ 12 mil para que desenvolvam projetos de educação comunitária. Com essa verba, é possível contratar oficineiros e estudantes universitários que, depois de treinados pelos professores, poderão trabalhar na monitoria do projeto", anunciou o Secretário de Educação do Município, José Aristodemo Pinotti. No ano passado, 360 professores da rede municipal fizeram o curso Educador Comunitário. Um deles é Anderson Batista, da EMEF Duque de Caxias, que acompanhou a trilha no Centro com os alunos de quinta série. Surpresas – Clodoaldo Assumpção Júnior, de 12 anos, mora no bairro da Liberdade e, mesmo sendo vizinho do Centro, ficou surpreso com o que viu na trilha que fez pela região. "De tudo o que vi, gostei mais da história da Catedral", disse. Depois da Sé, a turma da escola visitou o Solar da Marquesa, que sedia o Museu da Cidade. A trilha continuou no Pátio do Colégio, onde houve uma disputa entre as crianças para bater o sino do Marco da Paz, instituído pela Associação Comercial de São Paulo. Mas a emoção tomou conta da garotada mesmo, quando chegaram no topo da torre do Banespa e puderam apreciar todos

os pontos históricos da cidade. Um dos alunos ficou impressionado quando viu o edifício São Vito (conhecido como Treme-Treme). "Ele treme mesmo?" Outro garoto, que chamou a atenção de todos com um binóculo, foi Leonardo dos Santos Pacheco, de 13 anos. De cima da torre, ele mirou a rua 25 de Março e terminais de ônibus. "Não sabia que tinha tanta coisa aqui. Sou de Vitória da Conquista e estou aqui há três meses", disse, encantado. Curso –Segundo Ulisses Araújo, professor-doutor da Escola de Artes e Ciências Humanas da USP Leste, um dos coordenadores do curso Educador Comunitário, os professores aprenderão a trabalhar de maneira transversal os con-

O Solar da Marquesa é outro ponto de parada dos estudantes

São Paulo já recebeu muitos títulos: terra da garoa e cidade que mais cresce no mundo. Agora, recebe mais um: o de professora. Suas ruas, prédios, praças e até seus problemas ajudam no aprendizado dos alunos das escolas municipais. teúdos da atualidade que existem no entorno da escola. Isto é: temas como drogas, meio ambiente e cidadania perpassam as disciplinas tradicionais do currículo. "Em vez de pedir ao aluno para produzir um texto sobre 'vovô viu a uva', o educador pode solicitar uma redação sobre um córrego poluído que existe na porta da escola", informou. O coordenador explica que os educadores também aprenderão a mapear o entorno da escola, identificando espaços de aprendizagem. "A equipe da Cidade Escola Aprendiz leva os professores a campo e coloca as trilhas em prática", disse. Depois de percorrer os espaços ao redor da escola, é formado um fórum escolar de educação comunitária, no qual o profissional será o gestor do projeto. "Esse fórum deve se reunir quinzenalmente com professores, diretores e alunos para planejarem as ações. Do grupo devem participar também os comerciantes, a família e os moradores do bairro", afirmou. Araújo ressaltou que o projeto consiste em um movi-

mento com duas direções: levar o professor e o aluno para a comunidade e, depois, trazêlos para dentro da escola. Cidadania – O curso ainda aborda, segundo Araújo, os temas ética e cidadania no currículo escolar. "Nas trilhas, o aluno pode identificar situações de discriminação. Nas aulas, o professor de matemática pode trabalhar a questão do salário e do porcentual de mulheres desempregadas na região, por exemplo. Esse mesmo tema pode ser abordado nas aulas de português, ciências, geografia, educação física e artística. As disciplinas serão ferramentas para a compreensão da realidade", explicou. O princípio do projeto do curso Educador Comunitário é a cidade educadora, na qual todos os espaços urbanos são objetos de educação. "Trabalhamos a idéia de que é possível aprender da cidade, na cidade e com a cidade. É um movimento internacional que surgiu primeiro na Itália e, depois, na Espanha", afirmou. Na página 8, mais sobre o papel da cidade como educadora


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8 -.CIDADES & ENTIDADES

segunda-feira, 20 de março de 2006

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Métodos de ensino terceirizados ganham espaço na rede pública Empresas como Objetivo, Anglo e Positivo levam seus sistemas de aprendizagem para as escolas municipais Arquivo/PMSP

Divulgação

Fátima Lourenço

Com binóculo, aluno observa a cidade desde o mirante do Banespa

Educador terá de se integrar a programas da secretaria

O

secretário municipal de Educação, José Aristodemo Pinotti, apóia o projeto Educador Comunitário, mas afirma que os professores a ele ligados terão de se integrar às propostas já existentes, entre eles o São Paulo é uma Escola, que consiste na promoção de atividades culturais, esportivas, de lazer e recreação antes e depois das aulas. "A idéia é que a educação ocupe todo o dia das crianças. Cada escola montará o seu projeto, de acordo com suas especificidades. Em 2005, cerca de 190 mil crianças participaram do programa", afirmou. O secretário quer que os alunos fiquem mais tempo com os professores. "Geralmente, eles ficam 4 horas na escola e 20 horas no bairro e na rua. Acabam assimilando como paradigma os valores distorcidos do traficante e do ladrão. É difícil passar bons valores durante aulas de matemática e português e isso se torna mais fácil quando há uma convivência entre o professor e um grupo pequeno de crianças", disse. Contraponto – Porém, o coordenador do curso Educador Comunitário, Ulisses Araújo, da USP Leste, faz uma objeção: a maior permanência dos alunos na escola deve ser uma conseqüência e não um princípio da educação comunitária. "O objetivo é incorporar os espaços da cidade (ruas, postos de saúde, supermercados, bi-

bliotecas, mato, lixo e córrego) à aprendizagem. É evidente que isso amplia o trabalho com os alunos e faz com que eles fiquem mais tempo na escola", afirmou. Ao retomar seu ponto de vista, Pinotti afirma que a família deve decidir se a criança pode ou não ficar mais tempo na escola. "Queremos que a comunidade entre na escola, reclame, participe e, com isso, exerça mais controle social", disse o secretário. De acordo com Pinotti, apenas um em cada 200 alunos da escola pública usufrui de atividades pedagógicas fora da sala de aula. Ele defende que a educação comunitária desperte nas crianças o sentimento de que a cidade lhe pertence. Para Pinotti, o projeto educativo também tem uma face empreendedora. "A partir de acordos com o comércio local, os alunos podem fazer estágios e aprender novos saberes. Acredito que há muitas empresas que aceitam estudantes para estagiarem no pós escola", sugeriu. Araújo concorda com essa visão. Segundo ele, educar com temas que estejam no contexto de vida do aluno permite um interesse maior pelos conteúdos tradicionais da escola. "Assim, a criança passa a ver sentido em aprender. O problema é que a escola sempre atuou de uma maneira muito científica, ignorando a realidade cotidiana", disse. (RT)

O Marco da Paz, no Pátio do Colégio: interesse das crianças pela história e tradições da cidade de São Paulo

A

exemplo do que já aconteceu com escolas da rede particular, o ensino público oferecido por prefeituras já está adotando métodos de aprendizagem terceirizados, abrindo espaço para a expansão dos negócios de instituições como Objetivo, Anglo e Positivo. A idéia, em linhas gerais, é comprar o sistema de ensino criado por empresas já consagradas e estruturadas que, além de fornecer o material didático, treinam os educadores para aplicá-lo. Estima-se que haja 50 fornecedores do ramo. "Há 25 anos fazemos convênios para a utilização de nosso material didático. Com escolas públicas, há seis anos", disse José Augusto Nasr, diretor-geral do Objetivo. O método oferecido inclui treinamento e material de apoio aos professores. O aumento na procura pelas prefeituras, na opinião de Nasr, deve-se ao fato de a sistemática contribuir para a organização da escola e para a melhoria do rendimento de professores e estudantes. Bandeira – "O sistema funciona como uma bandeira de um bom trabalho que, no caso do Objetivo, evoluiu de 25 prefeituras atendidas em 2005 para 33 neste ano", disse. Para essa clientela foi criado o Sistema Objetivo Municipal de Ensino (Some), que hoje representa 5% do faturamento da marca com material didático. "É um mercado para especialistas", afirmou Guilherme Faiquenboim, diretor do Sistema Anglo. Ele vende à rede pública municipal o mesmo sistema de ensino utilizado pelas escolas particulares conveniadas, que hoje somam 500. Com a rede privada, a experiência já dura 20 anos. Na rede pública, tem pouco mais de cinco anos. "Nos últimos dois anos nos dedicamos a conhecer melhor esse mercado", disse. Há mais de 10 anos o Sistema Anglo também "empresta" o seu método para escolas militares e religiosas. Piloto - No Grupo Positivo, que tem sede no Paraná, a experiência de utilização do método na rede pública também é recente, mas já resultou em um produto específico: o Sistema Aprende Brasil de Ensino (Sabe). "É um projeto piloto", explicou Rubem Formighieri, diretor da Divisão de Sistema de Ensino da Editora Positivo. Em 2005, o grupo paranaense desenvolveu o trabalho com poucas prefeituras. A expectativa para este ano é firmar, até o fim deste mês, 20 contratos para a utilização do Sabe por escolas da rede pública municipal. Além do Paraná, o sistema está sendo muito bem aceito

Escola municipal de Santana do Parnaíba adotou o método Objetivo

no Mato Grosso, como explicou Formighieri. Portal – Ao adotar o Sabe, a escola ganha o direito de usar o Portal Aprende Brasil, também do grupo, criado em 2001 especialmente para a rede pública. Samuel Ferrari Lago, diretor da divisão de tecnologia educacional do Positivo, disse que o portal também pode ser comercializado em separado. O produto contém ferramentas que auxiliam a comunicação da escola com outras esferas da rede pública de educação, recursos para professores e 800 mil páginas de conteúdo.

Guilherme Faiquenboim, diretor do Sistema Anglo: é um mercado para especialistas

Cidade padroniza ensino

A

cidade de Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana de São Paulo, tem 100% de suas escolas municipalizadas e optou por adotar um método terceirizado para padronizar o ensino na rede pública. "Adotamos o sistema de ensino do Objetivo em 2003. Hoje todos os alunos, dos ensinos fundamental e

médio, usam o Sistema Objetivo Municipal de Ensino. É um universo de 20 mil estudantes", explicou Eliana Maria da Cruz Silva, secretária de Educação de Santana de Parnaíba. Os resultados, segundo ela, são bons e significam economia para pais e estudantes na hora de comprar livros. (FL)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

GIr Agendas da Associação e das distritais

Hoje

eM DIa com As DisTrItAIs

I Pirataria – O vice-presidente

da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Roberto Mateus Ordine participa da solenidade alusiva ao combate à pirataria, contrabando e sonegação fiscal promovida pela Polícia Federal. Às 9h45, no depósito da rua do Bucolismo, 77, Brás. I Santo Amaro – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 10h. I Taiwan – O vice-presidente da ACSP e coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, Alfredo Cotait Neto, recepciona a missão empresarial da The Importers and Exporters Association of Taipei de Taiwan, onde será assinado acordo de cooperação. Às 10h, na sede da ACSP, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Museu – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos, participa da cerimônia de inauguração do Museu da Língua Portuguesa promovida pela Fundação Roberto Marinho e pelo Governo do Estado. Às 11h, na estação da Luz, praça da Luz 1. I Ipiranga – A distrital realiza o curso Aprender a Empreender em parceria com o Sebrae. Às 13h30. I Distritais - Reunião do conselho das sedes distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) coordenada pelo vice-presidente Valmir Madázio. Às 17h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, na sala Tadashi Sakurai. I Museu II – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos, participa da cerimônia de inauguração do Museu da Língua Portuguesa promovida pela Fundação Roberto Marinho e pelo Governo do Estado. Às 19h30, na estação da Luz, praça da Luz 1.

Terça I Urbanização – O conselheiro

da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Antonio Carlos Pela participa do 1º Seminário Internacional sobre Urbanização Dispersa e Mudanças no Tecido Urbano promovido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP) . Às 14h, na universidade, rua do Lago, 876. I Pirituba – A distrital realiza reunião ordinária. Às 19h.

CIDADES & ENTIDADES - 9

Milton Mansilha/Luz

Notícias dos postos avançados da ACSP

Pirituba entra na luta para ajudar hospital

F

alta de materiais, equipamentos, médicos, remédios e respostas para seus pedidos refletem a atual situação do Hospital Municipal José Soares Hungria, em Pirituba, zona oeste. Com atendimento de quase 20 mil pessoas por mês, a unidade é alvo de reclamações de moradores, pacientes e comerciantes, representados pela Distrital Pirituba da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Os casos relatados vão desde os mais corriqueiros no diaa-dia do serviço público municipal – porém não menos importantes – como a falta de remédios, até ocorrências graves, como o falecimento de uma senhora cuja grade da cama quebrou. Ela caiu e o resultado foi um traumatismo craniano. Outro caso é o de uma criança que foi levada para outro hospital, por causa da falta de pediatras no Soares Hungria, mas não resistiu. O conselho gestor do hospital, formado por moradores do bairro e usuários do sistema de saúde público, está mobilizado para que esta situação mude e

tem buscado apoios externos, como o da distrital da ACSP, além de exigir uma atitude da Secretaria Municipal de Saúde. Em 22 de fevereiro, integrantes do conselho estiveram no hospital e redigiram um relatório sobre o estava errado. Falta – Entre os problemas relatados estão a falta de ventilação no ambulatório e nos consultórios, falta de poltronas para acompanhantes na internação, cadeiras de rodas sem condições de uso, pisos quebrados em vários pontos e falta total de ventilação e de câmara frigorífica no necrotério – recém construído, ele deixou de ser um galpão de madeira e passou a ser um quarto de alvenaria ainda incompleto. O documento foi entregue à Secretaria de Saúde no último dia 9. "Queremos que chegue às mãos da secretária Maria Cristina Cury para que ela tome providências", explicou a vice-presidente do conselho, Maria de Lourdes Batista. Segundo o chefe de gabinete da secretaria, Paulo Krohn, o documento está sendo analisado para que sejam decididas

Moradores que fazem parte do conselho gestor do hospital (acima) pedem providências da Secretaria de Saúde. No Hospital Municipal José Soares Hungria faltam médicos, higiene e materiais.

quais as prioridades. "Alguns problemas são mais urgentes e precisamos resolver antes, tudo faz parte de um planejamento. Acredito que em um mês já teremos uma resposta", disse, ressaltando que a reforma completa do PS do hospital deve acontecer ainda este ano. Lucila Paris Francisco, repre-

sentante do conselho na autarquia central da região, afirmou que a comunidade vai aguardar as ações da secretaria ainda um pouco, mas, se nada for feito vai recorrer ao Ministério Público. "Já houve outras promessas não cumpridas, inclusive pela secretária. Não podemos ficar parados esperando. Não

há pediatras para atender as crianças e nem condições higiênicas para os pacientes". Lucila e Lourdes contam que um médico confidenciou que os profissionais abandonam os cargos desmotivados pela falta de estrutura e pelos baixos salários. Até um taxista do ponto em frente ao hospital falou à reportagem, na quintafeira, sobre as péssimas condições do hospital e perda de clientes no ponto, resultante da diminuição de pacientes. Distrital – Convidado a participar da mobilização, o superintendente da Distrital Pirituba, José Roberto Pompeu, disse que a instituição pretende dar o apoio necessário à comunidade, inclusive pressionando os órgãos públicos. "Prevaricar a saúde deveria ser considerado crime hediondo. Faremos o que for possível para ajudar", afirmou. Um dos problemas do Soares Hungria, a falta de profissionais, pelo menos por hora poderia ser resolvido. Desde o começo do mês estão abertas contratações de emergências – com um ano de validade – para o hospital. Mas, por enquanto, ninguém se habilitou. Clarice Chiquetto


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

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VITÓRIAS: É O LÍDER SANTOS

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Esporte

Foi a minha melhor atuação com a camisa do Santos. Só faltou o gol." Rodrigo Tabata, que perdeu um pênalti nos 2 a 0 sobre o Ituano

Marcelo Ferrelli/AE

ALMANAQUE BONS TEMPOS DO CLÁSSICO DOS MILHÕES UH/Arquivo do Estado de São Paulo

VIRADA ANIMAL O

Flamengo e Vasco enfrentaram-se ontem, no Maracanã, na triste condição de ameaçados pela eliminação. Mas a história deste jogo, que ficou conhecido como OClássico dos Milhões por arrastar multidões e proporcionar grandes arrecadações, nem sempre foi essa. Acima, os rivais se enfrentam nas Laranjeiras, pelo Campeonato Carioca, em 30 de junho de 1940. O Vasco derrotou o Flamengo do zagueiro Domingos da Guia (que aparece em primeiro plano) por 3 a 2, mas o campeão foi o Flu.

MAIS VITÓRIAS RUBRO-NEGRAS Com o resultado de ontem, o Vasco passou a ter 119 vitórias contra 128 do Flamengo e 88 empates em 335 jogos. São 462 gols rubro-negros contra 450 vascaínos. Maior goleada do Vasco (que é também a maior da história do clássico): 7 a 0, pelo Campeonato Carioca, em 26 de abril de 1931, com quatro gols do atacante Russinho. Maior goleada rubro-negra: 6 a 2, também pelo Carioca, em 3 de outubro de 1943, com dois gols de Perácio, dois de Pirillo, um de Vevé e outro de Zizinho.

cenário não era nada animador para um time que, como o Palmeiras, precisava vencer para continuar com chances de título neste Paulista. Em menos de meia hora, já perdia para a Ponte Preta por 2 a 0, no jogo disputado ontem, no Parque Antarctica — dois gols de Almir, logo no primeiro e aos 27 minutos. Aí o técnico Leão resolveu entrar em ação. Reconhecendo o erro na escalação inicial (com três atacantes, Edmundo, Washington e Enílton, em um 4-3-3 de última hora que mostrou-se ineficiente), ele resolveu substituir Enílton pelo meia Cristian. Modificação que trouxe melhora substancial, principalmente por permitir que Edmundo jogasse mais próximo da área. Dois minutos depois da mudança, Marcinho recebeu cruzamento de Corrêa, dominou na área e definiu no canto direito de Jean, diminuindo para 1 a 2. Aos 44, Edmundo apareceu pela primeira vez. Em cobrança de escanteio, completou de barriga, para empatar a partida. Um minuto depois, em outro escanteio, dessa vez pelo lado oposto, Washington marcou e virou o placar: 3 a 2.

No segundo tempo, Edmundo daria novamente o ar de sua graça, aos 44, ao cobrar a falta que originou o gol de cabeça de Marcinho Guerreiro. Final: Palmeiras 4 a 2 na Ponte, dois pontos à frente do São Paulo e apenas dois atrás do Santos na classificação. “Perdemos dois clássicos (para São Paulo e Santos), e isso criou uma desconfiança”, analisou no vestiário o “Animal”. “Se pudermos contar sempre com o torcedor do nosso lado para ajudar será ótimo. Isso fortalece a equipe.” Artilheiro do time no campeonato, com 6 gols, Edmundo fala em “paciência para que o grupo alcance todos os seus objetivos”. Além de Edmundo e Leão, outros dois jogadores muito criticados pela torcida deram a volta por cima no jogo de ontem. Washington usou a cabeça para fazer o terceiro do Palmeiras. Corrêa não fez gol, mas teve participação direta em três. “Não me incomodo com as críticas”, disse Washington. “A torcida reclama quando perdemos, mas ela tem de reconhecer que fizemos um jogo de garra contra a Ponte, incluindo os atletas que ela pichou partidas atrás”, cobrou Corrêa, satisfeito.

Edmundo marca um gol, cruza para Marcinho fazer outro e ajuda o Palmeiras a transformar um 0 a 2 em 4 a 2

César Rodrigues/Folha Imagem

Derrota dos reservas

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FLAMENGO GANHOU TAMBÉM MAIS DECISÕES

Nas decisões diretas entre os dois clubes (uma constante ao longo dos anos no Rio de Janeiro), o Flamengo também leva vantagem sobre seu tradicional adversário. Diante do Vasco, o rubro-negro foi campeão estadual nove vezes, em 1944 (aliás, tricampeão), 1974, 1978, 1981, 1986, 1996, 1999, 2000 e 2001 (tricampeão vencendo três decisões seguidas no clássico). Em cima do Fla, o Vasco faturou cinco títulos estaduais, em 1958 (supercampeão), 1977 (nos pênaltis), 1982, 1987 e 1988. Artilheiro do líder Santos no Paulistão, Luís Alberto garante que não se importa com isso: "O que eu quero é ser campeão."

"Nos meus 21 anos de carreira, 20 com a camisa do Vasco, sempre vivi um Flamengo x Vasco com gosto de surpresa." (Roberto Dinamite, ídolo vascaíno entre 1971 e 1993, no prefácio do livro Flamengo x Vasco, o Clássico dos Milhões, de Roberto Assaf e Clóvis Martins.) Com a surpreendente desclassificação do Atlético diante da Adap nas quartas-de-final do Campeonato Paranaense e a presença do Coritiba na Série B do Brasileiro a partir de 2006, não será realizado neste ano o tradicional clássico Atletiba, entre os dois maiores clubes do Paraná. Este fato nunca ocorreu em 82 anos de rivalidade, nos quais disputaram-se 329 jogos, com 126 vitórias do Coritiba, 105 do Atlético e 98 empates, 500 gols coxas-brancas e 455 rubronegros. Amanhã, Lothar Matthaeus completa 45 anos. Campeão mundial como jogador pela Alemanha em 1990, melhor jogador do mundo segundo a Fifa naquele ano, Matthaeus demitiu-se do cargo de técnico do Atlético-PR.

Celso Unzelte

Sonho de zagueiro

O

zagueiro Luís Alberto foi o santista que mais festejou a vitória sobre o Ituano por 2 a 0, ontem à noite, na Vila Belmiro. Um pouco antes, o Palmeiras tinha alcançado provisoriamente a liderança do Campeonato Paulista ao bater a Ponte Preta por 4 a 2 e chegar a 32 pontos, mas bastaram três minutos de jogo para Luís Alberto abrir o caminho da vitória sobre o Ituano e reconfirmar o Santos como líder, com 34 pontos ganhos. Além de marcar o gol de ca-

beça, o zagueiro foi o mais seguro da defesa e apareceu outras vezes como elemento surpresa no ataque santista. "Estou empatado com Jonas (que se recupera de uma cirurgia no joelho esquerdo) e com o Léo Lima, com quatro gols, mas o meu objetivo não é ser artilheiro. Quero ser campeão", disse Luís Alberto, explicando que o seu gol foi resultado de uma jogada ensaiada durante a semana. "Léo cobrou a falta com perfeição, me antecipei aos zagueiros e acertei a cabeçada."

Novo trunfo de Luxemburgo, Léo Lima marcou o segundo gol, cobrando falta quase da linha de fundo: "Vi o goleiro adiantado e meti direto", garantiu. Mesmo sem brilhar, o Santos poderia ter feito 3 a 0 em pênalti cobrado por Rodrigo Tabata e defendido pelo goleiro André Luís. "Não fico triste porque ganhamos o jogo", justificou Tabata. A quatro rodadas do final do campeonato, o líder depende só de si para chegar ao título que conquistou pela última vez em 1984.

Lusa: mais perto da Segundona

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enúltima colocada entre os vinte participantes de um campeonato onde os quatro últimos caem para a segunda divisão (a Série A-2), à frente apenas do Mogi Mirim. Um dos times que mais perderam — dez vezes em 15 jogos, sendo seis seguidos. Há oito rodadas sem conhecer vitória. Esta é, atualmente, a situação da

tradicional Portuguesa, que além de jogar na Série B nacional se vê ameaçada pelo rebaixamento no estadual. Para não cair, a Lusa terá que torcer muito por resultados negativos de seus adversários diretos, além, é claro, de somar o máximo de pontos possível contra seus próximos adversários. Eles são, pela ordem: Paulista, em ca-

sa; Marília, fora; Ituano, em casa; e Santos, fora. Detalhe: neste jogo, pela última rodada, o Santos pode estar precisando do resultado para chegar ao título. “Vamos continuar tentando motivar o grupo e lutar enquanto houver chances reais da gente se safar desta situação complicada”, promete o técnico Edinho.

Corinthians assumiu a prioridade total dada para a Libertadores e escalou um time praticamente reserva diante do América, em São José do Rio Preto. Perdeu por 2 a 1, de virada, e caiu uma posição - é agora o sexto, atrás dos rivais Santos, Palmeiras e São Paulo e de Noroeste e São Caetano. O goleiro Marcelo, que tomou a posição de Johnny Herrera, foi o único titular que deve sair jogando também na quarta-feira, contra o Tigres. Marcelo Mattos também jogou, mas não enfrenta os mexicanos porque está suspenso. Rafael Mouraé opção para o caso de Tevez não estar plenamente recuperado da contusão no joelho. De resto, o técnico interino Ademar Braga mandou a campo vários joga-

dores desconhecidos, como o volante Carlão, o meia William e os atacantes Akai e Ji-Paraná. O pequeno Elton, xodó da torcida, também entrou e comandou a armação de jogadas. Mas o gol saiu com Marcelo Mattos, que aproveitou falta batida por Rubens Júnior para marcar de cabeça. O empate do América veio ainda no primeiro tempo, com um gol contra do estreante Carlão. Na etapa final, o time de Rio Preto conseguiu a virada com William, em cobrança de falta. Após o jogo,os dirigentes mantiveram o silêncio sobre um possível acerto com o Kashima Antlers para obter a liberação de Paulo Autuori. A idéia é trazer o técnico campeão mundial com o São Paulo para estrear domingo, no clássico contra o Palmeiras.

Sérgio Menezes/AE

Com Marcelo de volta ao time, Corinthians perdeu para o América


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PROCURA-SE

segunda-feira, 20 de março de 2006

Não quero mais trabalhar longe da Europa.” Lothar Matthaeus, ex-técnico do Atlético-PR

ROMÁRIO SUMIU DO VASCO DESDE QUARTA

IGUALDADE FATAL paSse livre S Ernesto Rodrigues/AE

e o São Paulo vier a perder este Campeonato Paulista por uma diferença de até dois pontos em relação ao adversário, seu torcedor poderá, com toda a razão, atribuir o fracasso ao resultado do jogo de sábado, com o Noroeste, no Morumbi. Atuando em casa, o Tricolor — que àquela altura dependia apenas de si para chegar ao título — tinha tudo para vencer e, depois, torcer contra Palmeiras e Santos, que entraram em campo no domingo. No entanto, não foi além do empate por 1 a 1. Resultado: além de perder dois pontos preciosos, o São Paulo ainda teve que assistir, no dia seguinte, às vitórias do Santos e do Palmeiras, que, agora, ficaram respectivamente quatro e dois pontos à frente do Tricolor. No jogo de sábado, o São Paulo abusou do direito de perder gols. Alex Dias, sozinho, desperdiçou quatro, sempre cara a cara com o goleiro Mauro, aos três minutos, aos cinco, aos sete e aos 20 do primeiro tempo. No intervalo, Muricy tirou Alex Dias da partida e apostou em Lima. Mas ele entrou quase tão mal quanto o titular. Único atacante lúcido do São Paulo na partida, Thiago fez sua obrigação marcando um gol de oportunismo, aos 9 minutos. Rogério Ceni lançou para a frente, Danilo desviou a bola nas costas e ela sobrou para Thiago, que tocou na saída de Mauro: 1 a 0. Mas a equipe de Bauru não se intimidou. Desfalcada de Lugano, André Dias e Mineiro (suspensos) e Júnior (machucado), a defesa do São Paulo dava espaço demais para o ataque do Noroeste e pagou por isso aos 16 minutos. Lenílson deu excelente lançamento para o veloz Leandrinho — que, no primeiro tempo, já havia acertado a trave esquerda de Rogério Ceni em um contra-ataque. Ele chegou na frente de Alex e chutou,

Roberto Benevides

Trégua no Parque

O 1 a 1 em casa contra o Noroeste, no sábado, e as vitórias de Palmeiras e Santos, no domingo, afastam o São Paulo da ponta

Rogério Ceni conseguiu defender parcialmente, mas a bola voltou para Leandrinho. Aí não houve escapatória: 1 a 1. Para desespero dos mais de 25 mil são-paulinos que foram ao estádio, o resultado permaneceria até o fim, complicando a vida do time no campeonato. “Erramos na hora de finalizar, sobretudo no primeiro tempo. Sabíamos que esse jogo seria mais difícil que a partida com o Corinthians”, disse o improvisado lateral Richarlyson. O técnico Muricy Ramalho também entendeu que seu ataque não funcionou nos primeiros 45 minutos: “Criamos várias e várias chances no primeiro tempo, mas não fizemos os gols. E quando fizemos, não conseguimos segurar o resultado”. O lateral-direito Souza foi outro a se lamentar: “Poderíamos ter matado o jogo no começo da disputa, com quatro chances claras. Não podemos dar mole”. Ninguém citou nomes, mas nem precisava: Alex Dias, vaiado pela torcida, fez mesmo uma péssima partida, e deverá ser poupado até que se recupere. Sua vaga no time ficará com Lima, Leandro, Rodrigo Fabri ou Aloísio.

Eliminação e muita confusão Marcos D'Paula

F

lamengo, Vasco e Fluminense estão eliminados da Taça Rio, e, por extensão, do próprio Campeonato Carioca de 2006. Com os resultados da última rodada, neste fim de semana, Cabofriense e Americano, pelo Grupo A, e América e Madureira, pelo B, enfrentam-se nas semifinais do segundo turno, pelo direito de decidir o estadual com o Botafogo, campeão do primeiro turno (Taça Guanabara). Ontem, a vitória do Vasco sobre o Flamengo, por 2 a 1, no clássico do Maracanã, acabou eliminando ambas as equipes. Ygor, aos 43 minutos do primeiro tempo, e Morais, aos 6 do segundo, fizeram os gols da vitória vascaína. Diego Souza, que chegou a empatar, aos 46 do primeiro, marcou o gol rubro-negro. No fim do jogo, uma briga envolveu jogadores e policiais militares. Outro que ganhou seu jogo (2 a 1 no Volta Redonda) mas acabou eliminado foi o Fluminense, que precisava fazer

De nada adiantaram os 2 a 1 do Vasco no Flamengo nem esta briga entre os jogadores: a Taça Rio será decidida entre Cabofriense, Americano, América e Madureira

PARANÁ Quartas-de-final - jogos de volta Atlético-PR 1 x 2 ADAP Paraná 1 x 1 Iraty Rio Branco 2 x 1 Londrina Coritiba 4 x 1 J. Malucelli

SEM SAL Ao bater, em casa, o Ituano por 2 a 0, o Santos manteve a liderança do Paulistão, dois pontos à frente do Palmeiras. É agora a única equipe que depende só de si para conquistar o caneco com que sonham os santistas há 21 anos. Para dissabor de sua exigente torcida, porém, foi mais uma vitória sem muito sal desse Santos tão esforçado quanto burocrático.

ÚNICO Dos quatro grandes do Rio, só continua na briga pelo título estadual o Botafogo, campeão pela última vez em 1997. De lá para cá, o caneco ficou com o Flamengo, quatro vezes, o Fluminense e o Vasco, duas cada. Campeão da Taça Guanabara, o Bota espera o campeão da Taça Rio (América, Americano, Cabofriense ou Madureira) para decidir o título carioca de 2006.

É O FIM ALusa está desmilingüindo e já depende de um milagre para escapar ao rebaixamento no Campeonato Paulista.

PROBLEMAS Os problemas musculares que vão tirar Edmílson de campo durante duas ou três semanas não afligem apenas o Barcelona, que não contará com o brasileiro contra o Benfica, pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões, o Getafe, o Málaga e o Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol. Obrigado a fechar a lista dos convocados em 15 de maio, Parreira pode desistir de levá-lo à Alemanha.

É ELE OU ELE Numa coisa finalmente Corinthians e MSI parecem de acordo: Paulo Autuori é o homem para comandar o time na Libertadores. Falta combinar com ele. MELHOR NO PIOR São surpreendentes os caminhos da bola: o atacante Alex Dias, destaque do último Campeonato Brasileiro no medíocre time do Vasco, ainda não decolou com a camisa do São Paulo, campeão do mundo.

QUESTÃO DE GOSTO A torcida do Real resolveu pegar de vez no pé do nosso Ronaldo, que foi vaiado ao sair do banco de reservas para substituir Raul no 0 a 0 de ontem com o Betis. Estranha preferência.

*Com Agência Estado e Reuters

COPA DO BRASIL

Santos e Guarani em campo mais um gol para superar o Americano no saldo. Cadu abriu o placar para o Volta Redonda, aos 10 do primeiro tempo, mas Roger, aos 34, e Petkovic, aos 37 do segundo, viraram para o Fluminense. Em Minas, Atlético e Cruzei-

ro empataram (2 a 2) no primeiro jogo das semifinais. Francismar fez Cruzeiro 1 a 0 aos 7 minutos, Rodrigo Dias empatou aos 23 mas Gil voltou a colocar o Cruzeiro na frente, aos 39 minutos. No segundo tempo, logo aos 40 segundos,

Ramón voltou a empatar. No Paraná, o Atlético foi surpreendentemente desclassificado pela Adap, no sábado. No Rio Grande do Sul, o Grêmio empatou com o Santa Cruz (1 a 1) e ainda não está garantido na final contra o Internacional.

RIO DE JANEIRO

MINAS GERAIS Semifinais - jogos de ida Atlético 2 x 2 Cruzeiro América 2 x 3 Ipatinga

Alguma coisa deve mudar no relacionamento entre a torcida e o time depois desses 4 a 2, de virada, do Palmeiras sobre a Ponte Preta. Não que vencer a Ponte, a esta altura do Paulistão, seja algo que um candidato ao título possa festejar. Importante, no jogo de ontem, foi a capacidade de virar o placar que, aos 27 minutos, já apontava 2 a 0 para a Ponte. Em casa, com a torcida fazendo beicinho, o Palmeiras corria o risco de perder até o rumo. O time não chegou, porém, a se abalar, embora motivos não faltassem à imensa maioria dos jogadores para se deixar levar pelo desânimo dos torcedores que, antes mesmo de a bola rolar, já haviam publicamente implicado com quase todo o time. Ali pelas bandas das tais torcidas organizadas, só um nome era pronunciado com respeito: o do atacante Edmundo, xodó que ainda está devendo neste retorno ao Parque Antártica. O craque palmeirense começou sobrecarregado pela decisão do técnico de escalar três atacantes. Depois que a Ponte fez seus gols, Leão substituiu Enílton pelo meia Cristian e adiantou Edmundo, devolvendo-lhe a liberdade em campo. Em menos de 15 minutos, o Palmeiras virou o jogo. "A gente estava com a marcação errada, mas o Leão enxergou, mudou e a equipe melhorou", elogiou Edmundo, em fase zen, não se sabe até quando. A vitória em casa sobre o 12º colocado no Paulistão certamente não promoverá a completa reconciliação entre o time e a torcida, mas deve desanuviar minimamente o ambiente verde, que andou um tanto carregado depois de dois resultados frustrantes dentro de casa: a derrota por 4 a 1 para o América, pelo Paulistão, e o empate por 0 a 0 com o Rosario Central, pela Libertadores. Tanto mudaram os sentimentos da arquibancada que a frieza de antes do jogo e as vaias em seguida aos gols ponte-pretanos viraram aplausos quando o Palmeiras chegou a 3 a 2. Edmundo aproveitou a ocasião para pedir: "Se pudermos contar sempre com o torcedor do nosso lado, vamos ficar mais fortes nas duas competições." É verdade que o time ainda não entusiasmou a torcida nesta temporada, mas está na briga, tanto no Paulistão como na Libertadores, e precisa de apoio. Depois da virada de ontem, talvez ganhe pelo menos uma trégua. Já é alguma coisa.

2º turno - 6ª rodada Portuguesa 0 x 2 Botafogo Flamengo 1 x 2 Vasco Cabofriense 0 x 0 Madureira Friburguense 1 x 0 Americano Volta Redonda 1 x 2 Fluminense Nova Iguaçu 0 x 2 América

Grupo A

P

V

S

GP

Grupo B

P

V

S

GP

1 Cabofriense

9

2

3

10

1 América

11

3

4

10

2 Americano

8

2

0

9

2 Madureira

11

3

3

9

3 Fluminense

8

2

-1

10

3 Friburguense

10

3

-1

14

4 Flamengo

6

1

-1

11

4 Vasco

9

2

1

12

5 Portuguesa

5

1

-6

5

5 Volta Redonda

7

2

0

8

6 Nova Iguaçu

4

1

-3

10

6 Botafogo

7

1

1

10

RIO GRANDE DO SUL 2ª fase - 5ª rodada Internacional 1 x 0 Novo Hamburgo Veranópolis 1 x 1 Juventude Caxias 3 x 2 São José-POA Santa Cruz 1 x 1 Grêmio

Grupo 4

P

V

S

GP

Grupo 5

P

V

S

GP

1 Internacional

15

5

9

12

1 Grêmio

11

3

5

11

2 Caxias

7

2

-2

8

2 Juventude

8

2

2

7

3 São José-POA

4

1

-4

5

3 Veranópolis

5

1

2

8

4 Novo Hamburgo

3

1

-3

4

4 Santa Cruz

2

0

-9

1

O

s três times paulistas classificados para a segunda fase da Copa do Brasil estarão em campo nesta quarta-feira. O Guarani vai a Mossoró (RN) enfrentar o Potiguar. Também na quarta, o Santos vai a Patos de Minas (MG), onde jogará com a URT. Asegunda fase da Copa do Brasil começou para os paulistas na quarta-feira passada, com a participação de apenas um dos três classificados. No ABC, o São Caetano goleou o Criciúma por 4 a 1, com três gols do lateral Ânderson Lima e um de Leandro Lima. Dejair fez o gol de honra catarinense. Com o resultado, o São Caetano voltará a campo pela competição, também depois de amanhã, poden-

do perder por até dois gols de diferença. OUTROS RESULTADOS: 15/3 Brasiliense-DF 3 x 1 Remo-PA; Mineiros-GO 3 x 2 Atlético-MG; Ceilândia-DF 1 x 1 Fortaleza-CE; Ipatinga-MG 3 x 0 Botafogo-RJ; Náutico-PE 2 x 0 Coritiba-PR; 15 de Novembro-RS 1 x 0 Grêmio-RS; Santa Cruz-PE 2 x 2 Vitória-BA. PRÓXIMOS JOGOS: 22/3 - Iraty-PR x Vasco-RJ; Vila Nova-GO x Paysandu-PA; Atlético-MG x Mineiros-GO; Coritiba-PR x NáuticoPE; Remo-PA x Brasiliense-DF; ABCRN x Flamengo-RJ; V. Redonda-RJ x Atlético-PR; Cene-MS x FluminenseRJ; CRB-AL x Cruzeiro-MG; CriciúmaSC x São Caetano-SP; Potiguar-RN x Guarani-SP; URT-MG x Santos-SP; Vitória-BA x Santa Cruz-PE. 23/3 Botafogo-RJ x Ipatinga-MG; GrêmioRS x 15 de Novembro-RS.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

26

3 A Alemanha não contará com o meia Deisler na Copa. Ele vai sofrer uma cirurgia no joelho direito.

ANOS O FULHAM HAVIA FICADO SEM VENCER O CHELSEA

Sebastião Moreira/AE

Calvário sem fim Javier Soriano/AFP

Depois de esquentar o banco de reservas, Ronaldo é recebido com vaias pela torcida do Real ao substituir Raul no 0 a 0 com o Betis Dentro de campo, Ricardinho e Roger comandam Corinthians em duelo contra o Tigres pela Libertadores

S

e alguém ainda acreditava que o Real Madrid pudesse alcançar o Barcelona no Campeonato Espanhol, perdeu as esperanças após o 0 a 0 com o Betis, no Estádio Santiago Bernabéu. Ajudado também pelo Valencia, que perdeu por 2 a 1 para o Racing Santander, o Barça disparou na liderança: como visitante, venceu a Real Sociedad por 2 a 0 no sábado e, com 64 pontos, está 11 à frente do vice-líder Real. Além de se despedir do último título a que ainda poderia aspirar na temporada, depois

de ser eliminado da Copa do Rei e da Liga dos Campeões da Europa, o Real tem a lamentar o fim da era dos galácticos. No 0 a 0 com o Betis, o técnico Juan Ramón López Caro barrou os super-astros Ronaldo e Beckham. No segundo tempo, diante da inoperância de Raul, trocou-o por Ronaldo. Vaiado mais uma vez pela torcida ao entrar em campo, o craque brasileiro, teve uma única chance de gol ao finalizar de cabeça um cruzamento de Cicinho, mas parou na defesa do goleiro Contreras.

Está sendo um ano muito duro para Ronaldo, que até agora só marcou dois gols pelo Real, um no Campeonato Espanhol e outro na Copa do Rei. Esquecida de que ele já marcou 78 vezes em 113 partidas desde que chegou ao clube depois da Copa do Mundo de 2002, a torcida não o perdoa. Talvez logo se arrependa. Afinal, a Internazionale o quer de volta, o Milan sonha com ele e o próprio Ronaldo, segundo especulações da imprensa espanhola neste fim de semana, sonha em voltar ao Barcelona.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

30ª rodada Treviso 1 x 2 Cagliari Livorno 1 x 3 Juventus Chievo 4 x 1 Siena Fiorentina 3 x 1 Ascoli Internazionale 3 x 1 Lazio Lecce 1 x 2 Parma Reggina 0 x 2 Empoli Sampdoria 0 x 2 Palermo Udinese 0 x 4 Milan Roma 2 x 1 Messina

28ª rodada Getafe 1 x 2 La Coruña Real Sociedad 0 x 2 Barcelona Villarreal 1 x 1 Atletico Madrid Cádiz 0 x 0 Alavés Espanyol 2 x 4 Osasuna Racing Santander 2 x 1 Valencia Sevilla 1 x 1 Mallorca Málaga 0 x 1 Zaragoza Real Madrid 0 x 0 Betis Celta 0 x 1 Athletic Bilbao

30ª rodada Everton 4 x 1 Aston Villa Arsenal 3 x 0 Charlton Blackburn 3 x 2 Middlesbrough Bolton 2 x 0 Sunderland Manchester City 0 x 1 Wigan West Bromwich 1 x 2 Manchester U. West Ham 2 x 4 Portsmouth Birmingham 0 x 2 Tottenham Newcastle 1 x 3 Liverpool Fulham 1 x 0 Chelsea

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

1 Juventus

77

24

41

60

1 Barcelona

64

20

41

66

1 Chelsea

75

24

39

58

2 Milan

67

21

43

67

2 Real Madrid

53

16

24

50

2 Manchester United

63

19

29

58

3 Internazionale

65

20

33

56

3 Valencia

52

14

15

38

3 Liverpool

61

18

21

42

4 Fiorentina

59

18

20

51

4 Osasuna

52

16

7

39

4 Tottenham

52

14

15

43

5 Roma

58

17

26

56

5 Sevilla

45

13

6

36

5 Arsenal

50

15

25

48

6 Chievo

44

11

7

42

6 Celta

45

14

2

29

6 Blackburn

49

15

5

41

7 Livorno

44

11

-1

31

7 Villarreal

44

11

11

38

7 Bolton

48

13

11

39

8 Lazio

42

10

0

39

8 La Coruña

43

12

6

38

8 Wigan

46

14

-1

35

9 Palermo

40

10

-2

40

9 Atletico Madrid

42

11

12

39

9 Everton

43

13

-10

28

10 Sampdoria

37

10

2

42

10 Zaragoza

39

9

1

38

10 West Ham

42

12

0

44

11 Ascoli

36

8

-5

32

11 Getafe

37

10

1

37

11 Manchester City

40

12

4

39

12 Siena

35

9

-12

35

12 Racing Santander

32

7

-6

26

12 Newcastle

39

11

-5

30 34

GP

13 Parma

35

9

-14

35

13 Espanyol

30

8

-16

29

13 Charlton

39

11

-7

14 Reggina

31

8

-20

29

14 Athletic Bilbao

29

7

-8

29

14 Fulham

35

10

-11

40

15 Cagliari

30

7

-11

32

15 Mallorca

28

6

-15

28

15 Aston Villa

34

8

-7

34

16 Empoli

29

8

-19

32

16 Real Sociedad

28

8

-18

35

16 Middlesbrough

34

9

-10

39

17 Udinese

28

7

-20

28

17 Alavés

27

6

-15

30

17 West Bromwich

27

7

-18

27

18 Messina

27

5

-14

28

18 Betis

27

6

-15

24

18 Birmingham

24

6

-18

23

19 Lecce

18

4

-27

21

19 Cádiz

26

6

-16

20

19 Portsmouth

24

6

-27

24

20 Treviso

15

2

-27

17

20 Málaga

22

5

-17

29

20 Sunderland

10

2

-35

19

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

31ª rodada Le Mans 0 x 0 Nantes Ajaccio 1 x 0 Monaco Metz 0 x 1 Rennes Nice 1 x 0 Nancy Sochaux 0 x 4 Lyon Toulouse 1 x 1 Lens Troyes 1 x 1 Bordeaux Lille 0 x 0 Olympique Saint-Etienne 0 x 2 Strasbourg PSG 4 x 1 Auxerre

26ª rodada Bayer Leverkusen 1 x 2 Mainz B. Dortmund 2 x 1 Kaiserslautern Eintracht Frankfurt 5 x 2 Duisburg Hannover 1 x 0 Colônia B. Monchengladbach 1 x 1 Stuttgart Nurnberg 3 x 1 Werder Bremen Wolfsburg 0 x 1 Hamburgo Bayern 3 x 0 Schalke Hertha 1 x 0 Arminia Bielefeld

27ª rodada Naval 3 x 1 Nacional Boavista 0 x 2 Belenenses Porto 3 x 0 Paços Ferreira Amadora 1 x 0 Vitória Setubal Braga 2 x 0 Marítimo Penafiel 1 x 1 Gil Vicente Vitória Guimarães 1 x 1 Acadêmica Rio Ave 0 x 1 Benfica União Leiria 0 x 1 Sporting

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

62

19

32

51

1 Porto

60

18

29

43

1 Lyon

68

20

33

55

2 Hamburgo

56

17

23

41

2 Sporting

58

18

20

42

2 Bordeaux

57

15

16

32

3 Schalke 04

51

14

16

37

3 Benfica

53

16

19

41

3 Lille

52

14

22

42

4 Werder Bremen

50

15

24

56

4 Braga

51

15

16

31 34

4 Auxerre

50

15

7

39

5 Stuttgart

36

7

5

28

5 Boavista

45

12

11

5 Olympique

48

13

1

29

6 Hertha

36

9

3

33

6 Nacional

43

12

6

32

6 Rennes

47

15

-4

39

7 Hannover

34

7

4

35

7 Vitória de Setúbal

39

12

-4

21

7 Lens

46

10

10

37

8 Borussia Dortmund

34

8

1

31

8 União Leiria

35

10

-2

34

8 PSG

46

12

8

36

9 Borussia Moenchen.

34

8

-2

31

9 Belenenses

34

10

3

35

9 Le Mans

46

13

4

29

10 Bayer Leverkusen

32

8

1

42

10 Acadêmica

33

9

-9

27

10 Nancy

41

11

5

29

11 Nuremberg

30

8

-8

33

11 Estrela Amadora

33

9

-4

23

11 Monaco

40

11

4

31

12 Arminia Bielefeld

30

8

-8

27

12 Naval

31

9

-7

29

12 Nice

40

10

-2

22

13 Eintracht Frankfurt

29

8

-7

36

13 Marítimo

31

7

-3

28

13 Saint-Etienne

40

10

-6

25

14 Mainz

27

7

-2

38

14 Rio Ave

30

7

-10

27

14 Nantes

37

9

-1

30

15 Wolfsburg

27

6

-16

25

15 Vitória de Guimarães

29

7

-10

22

15 Toulouse

36

9

-8

28

16 Kaiserslautern

24

6

-21

33

16 Gil Vicente

28

8

-7

28

16 Sochaux

33

8

-12

24

17 Duisburg

21

4

-23

25

17 Paços Ferreira

28

7

-15

26

17 Troyes

29

6

-13

25

18 Colônia

18

4

-22

35

18 Penafiel

13

2

-33

19

18 Strasbourg

26

5

-14

26

19 Ajaccio

24

5

-22

18

20 Metz

23

4

-28

21

HORA DA REVANCHE

C

orinthians e Palmeiras, que se enfrentam no domingo no Campeonato Paulista, jogam durante a semana pela Libertadores com a necessidade de devolver resultados ruins para manter as chances de classificação para as oitavas-de-final. O Corinthians, derrotado pelo Tigres por 2 a 0 fora de casa, recebe os mexicanos na quarta-feira, às 21h45, no Pacaembu, com o time na ponta dos cascos, depois de poupar os titulares ontem, contra o América. O técnico interino Ademar Braga voltará a c ontar com Roger, Ricardinho e Mascherano no meio-campo, e pode ter inclusive a volta de Carlitos Tevez, que está se recuperando de contusão. Já o Palmeiras chegará embalado pela virada contra a Ponte Preta para enfrentar o Rosario Central, depois do sonolento empate entre ambos, sem gols, na semana passada. O jogo será na quinta, às 21h15, e o elenco viaja amanhã para a

Argentina. O goleiro Marcos e o meia Juninho seguem fora. Em situação mais tranqüila, o São Paulo pega amanhã o Chivas, às 23h30 (de Brasília), e precisa do empate para manter a liderança do Grupo 1. Mas o jogo tem outro motivo para entrar na história tricolor: será a 100ª partida do clube no principal torneio sul-americano. O Goiás também tem uma revanche pela frente, mas é ele quem defende o bom resultado: depois de bater o Newell's Old Boys por 3 a 0 em Goiânia, pega o rival em Rosário, e praticamente assegura sua classificação se vencer o quarto jogo seguido. O Internacional recebe o Pumas e também pode ficar perto da vaga se vencer. RESULTADOS - Grupo 1: Cienciano 2 x 1 Caracas. Grupo 2: Bolivar 1 x 2 Sporting Cristal. Grupo 3: Goiás 3 x 0 Newell's Old Boys. Grupo 5: Vélez Sarsfield 4 x 3 Universitario; LDU 5 x 0 Rocha. Grupo 6: Maracaibo 2 x 3 Nacional. Grupo 7: Cerro Porteño 1 x 5 Atlético Nacional; Palmeiras 0 x 0 Rosario Central.

Grupo 8: River Plate 4 x 1 Paulista. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Chivas x São Paulo. Grupo 2: Estudiantes x Independiente Santa Fe. Grupo 3: Newell's Old Boys x Goiás. Grupo 4: Universidad Católica x Deportivo Cali; Corinthians x Tigres. Grupo 6: Internacional x Pumas. Grupo 7: Rosario Central x Palmeiras; Atlético Nacional x Cerro Porteño. Grupo 8: Libertad x El Nacional. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. São Paulo, 6; 2. Chivas, 4; 3. Cienciano, 3; 4. Caracas, 1. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe, 7; 2. Sporting Cristal, 6; 3. Bolivar, 4; 4. Estudiantes, 3. Grupo 3: 1. Goiás, 9; 2. Newell's Old Boys, The Strongest e Unión Española, 3. Grupo 4: 1. Tigres, 6; 2. Universidad Católica e Corinthians, 4; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez, 12; 2. LDU, 6; 3. Rocha, 4; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional e Nacional,7; 3. Maracaibo, 5; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Atletico Nacional, 6; 2. Palmeiras, 5; 3. Cerro Porteño, 4; 4. Rosario Central, 1. Grupo 8:1. River Plate, 6; 2. Libertad, 4; 3. Paulista, 2; 4. El Nacional, 1.

"Tenho condições de ser convocado"

R

oque Júnior não disputa uma partida oficial desde 17 de dezembro. Por causa de uma persistente inflamação no tendão do tornozelo direito, o máximo que conseguiu foi participar de 45 minutos de um jogo-treino do Bayer Leverkusen em fevereiro. Agora, acredita que daqui a duas ou três semanas estará pronto para voltar a jogar. A lesão o deixou fora do amistoso contra a Rússia, o único da Seleção antes de Carlos Alberto Parreira fechar a lista de 23 convocados para a Copa do Mundo, mas a longa inatividade não abala a confiança de Roque em disputar o hexa na Alemanha.. Que contusão é esta que tanto o tem atrapalhado? Roque Júnior - No último jogo do Bayer no ano passado, eu estava com o tendão do tornozelo direito muito inflamado. Consegui autorização do clube para me tratar no Brasil e fiquei um mês fazendo fisioterapia com o Rosan (fisioterapeuta da Seleção) no São Paulo. Voltei bem para a Alemanha, trabalhei fisicamente duas semanas e, quando ia voltar a jogar, tive uma contratura na panturrilha. Tratei, me recuperei, fui relacionado para dois jogos do

Divulgação/CBF

Roque Junior espera a jogar em duas ou três semanas e, assim, garantir uma vaga na Copa

Campeonato Alemão, mas senti o tendão e voltei a me tratar. Estou fazendo tudo com calma, sem querer acelerar a volta. Se tudo correr bem, em duas ou três semanas poderei jogar. Você teme ficar de fora da Copa do Mundo? Faltam dois meses para o fim da temporada e tenho certeza de que logo vou voltar a jogar. Vou continuar a fisioterapia por um tempo, mesmo depois de voltar, e acho que não vou ter mais problemas.

Se Parreira levar só três zagueiros, você corre perigo? Sou um cara muito positivo e estou me preparando para ir à Copa. E acho que o trabalho que fiz nos últimos anos me dá condições de pensar assim. Fui titular na Copa de 2002, joguei 14 das 18 partidas das Eliminatórias e fui titular na conquista d a C o p a d a s C o n f e d e r ações. O Parreira manteve uma base desde o começo do trabalho e eu sempre estive nessa base. Acho que é um bom sinal. Luís Augusto Mônaco/AE


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4

BRONZE

segunda-feira, 20 de março de 2006

A BRASILEIRA NATÁLIA FALAVIGNA, CAMPEÃ MUNDIAL DE TAWKWONDO, FICOU EM 3º LUGAR NO ABERTO DA HOLANDA

FÓRMULA RENAULT

Se tivesse largado na frente, poderia ter batalhado pelo pódio." Felipe Massa

Danny Moloshok

Jewel Samad/AFP

G

iancarlo Fisichella e Fernando Alonso levaram a Renault à excelência ontem na Malásia. O italiano, que havia largado na pole, venceu de ponta a ponta, com quatro segundos e meio de vantagem para o espanhol, que já disparou na disputa pelo bicampeonato mundial. De quebra, asseguraram a primeira dobradinha da equipe em 24 anos - em 1982, René Arnoux venceu o GP da França, em Le Castellet, seguido por Alain Prost. "Foi uma corrida dura, física e mentalmente, mas o equilíbrio do carro estava fantástico", disse Fisichella. "É um início perfeito para o campeonato. Dezoito pontos em duas corridas é o que eu sonhei antes da corrida em Bahrein", completou o espanhol, que já faz planos para a próxima prova, na Austrália. "O que posso esperar é vencer lá e dominar a primeira parte do campeonato", afirmou. O pódio foi completado pela BAR de Jenson Button, que lamentou não ter conseguido acompanhar o carro da Renault. "Eu estava no limite, não houve um momento em que

normal pela posição com a qual soube lidar", disse. Kimi Raikkonen teve mais uma amostra da falta de sorte que o perseguiu no ano passado: ainda na primeira volta, foi abalroado por trás pelo austríaco Christian Klien, e deu adeus à prova. Mas não quis assumir a pecha de azarado. "Essas coisas acontecem", disse. Outro azarado foi Nico Rosberg, que teve o motor de sua Williams estourado quando lutava pela quinta posição. "Começou como um conto de fadas, mas não pude fazer nada", lamentou.

Fisichella venceu e Alonso, líder do Mundial, foi o segundo, na primeira dobradinha da equipe desde 1982

pudesse ter ido mais rápido", afirmou o companheiro de Rubens Barrichello, que terminou em décimo, depois de largar em último e ainda receber uma punição por excesso de velocidade nos boxes e disse ter encerrado a "fase de aprendizado" na nova equipe. En-

quanto isso, o companheiro disputa o título: é vice-líder, ao lado de Michael Schumacher. Felipe Massa se deu melhor que o compatriota e marcou seus primeiros pontos na Ferrari com o quinto lugar, mesmo largando em penúltimo. "Foi uma corrida ótima, me di-

verti muito e esperei o momento certo de partir para cima dos outros pilotos", disse. Massa ficou atrás de Juan Pablo Montoya e à frente de Michael Schumacher. Garante que não houve nenhuma recomendação para deixar o alemão passar. "Foi uma batalha

MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 18; 2. M. Schumacher (ALE/Ferrari) e Button (ING/Honda), 11; 4. Fisichella (ITA/ Renault), 10; 5. Montoya (COL/ McLaren), 9; 6. Raikkonen (FIN/ McLaren), 6; 7. Massa (BRA/Ferrari), 4; 8. Webber (AUS/Williams), 3; 9. Rosberg (ALE/Williams) e Villeneuve (CAN/BMW), 2; 11. Klien (AUT/Red Bull) e R. Schumacher (ALE/Toyota), 1. MUNDIAL DE CONSTRUTORES: 1. Renault, 28; 2. Ferrari e McLaren, 15; 4. Honda, 11; 5. Williams, 5; 6. BMW, 2; 7. Red Bull e Toyota, 1.

Equipe forte e entrosada

Federer vence em Indian Wells

R

oger Federer foi implacável contra James Blake: depois de um primeiro set equilibrado, ele mostrou sua superioridade contra o norte-americano e marcou 3 a 0 (7/5, 6/3 e 6/0), conquistando o tricampeonato do Masters Series de Indian Wells, primeiro torneio da temporada na segunda série mais importante do tênis. Foi o terceiro titulo do suíço no ano (já havia vencido em Doha e no Aberto da Austrália), com 22 vitórias e somente uma derrota - para Rafael Nadal, na final do Torneio de Dubai. Em Indian Wells, Nadal caiu nas semifinais, diante de Blake. Em Masters Series, Federer já soma nove conquistas - o recorde é de Andre Agassi, com 18 títulos. Robert Laberge/AFP

Frederico Haikal/AE

O

dos mais empolgados com a vitória, obtida por yuko contra o ex-campeão mundial Frédéric Demontfaucon. "Comecei um pouco nervoso por ser minha primeira participação na seleção em casa, mas a vitória me deu confiança", disse o atleta, que bateu o veterano Carlos Honorato na seletiva nacional e ganhou elogios do medalhista olímpico Flávio Canto. "Ele foi fantástico e mostrou que tem estrela", afirmou Canto, responsável pela única vitória brasileira por ippon na final, contra Alain Schimitt. Para Canto, o Brasil tem chance de fazer boa campanha no Mundial. "Mostramos nossa força como equipe", afirmou. Além do teste para o Mundial, o evento serviu para testar a popularidade do judô, na opinião do ex-campeão olímpico Aurélio Miguel. "O vôlei fez isso na década de 90 e provou que funciona", afirmou o atual vereador de São Paulo.

Brasil conquistou ontem o título do Desafio Internacional de judô por equipes, disputado em Belo Horizonte, com vitória por 3 a 1 sobre a forte seleção da França na decisão. "Foi uma prévia do que o Brasil pode fazer no Mundial por equipes. Tentei a vitória por ippon, mas a luta foi mais equilibrada do que eu esperava", disse João Derly, campeão mundial da categoria até 66 kg, que marcou o ponto decisivo da vitória brasileira ao bater por koka o francês Christophe Besnard. As outras vitórias brasileiras foram de Hugo Pessanha (até 90 kg) e Flávio Canto (até 81 kg). O Mundial por equipes está marcado para setembro, em Paris. Pessanha, 19 anos, era um João Derly colaborou para a vitória do Brasil no desafio de judô por equipes Sílvio Ávila/CBV

Diego em dose dupla D

iego Hypólito conquistou duas medalhas para o Brasil na primeira etapa do ano da Copa do Mundo de Ginástica, em Lyon (França): foi prata no solo e bronze no salto sobre o cavalo. Foi a primeira competição internacional do brasileiro desde o título mundial do solo, conquistado no ano passado. Diego vinha de cinco medalhas de ouro seguidas na Copa. Mas, em sua primeira prova sob o novo sistema de pontuação, que dividiu a avaliação em "dificuldade" e "execução", ele cometeu alguns erros de aterrissagem que lhe custaram a medalha de ouro. Fez 15.525 pontos, contra 15.725 do vencedor, o romeno Marian Dragulescu, que venceu também o salto, com 16.587 pontos, seguido pelo ucraniano Andriy Isayev (16.312). Diego levou o bronze com 16.125 pontos. No feminino, Laís Souza ficou com a sexta posição no salto sobre o cavalo. Ela, Diego e Luiz Augusto dos Anjos disputam na próxima semana a etapa de Cottbus (Alemanha). Daiane dos Santos e Daniele Hypólito ficaram no Brasil para se recuperar de lesões.

Martin Bureau/AFP

Ricardo e Emanuel venceram a terceira etapa do Circuito Brasileiro

Campeões de novo

R

Brasileiro ganhou duas medalhas na etapa de Lyon da Copa do Mundo

icardo e Emanuel levar a m a m e l h o r s o b re Márcio e Fábio Luiz, e ficaram com o título da etapa de Guarulhos, a terceira do Circuito Brasileiro. Os campeões olímpicos não vencia um torneio no país desde outubro de 2004, em João Pessoa. Ontem, marcaram 2 a 0 na equilibrada final (19/17 e 18/16). "Merecemos pela semana aguerrida que tivemos. Treinamos muito forte e, quando fazemos coisas diferentes, a resposta aparece", afirmou Emanuel, que rompeu durante a semana a marca de 1.600 partidas de vôlei de praia. Ao todo, ele soma um ouro olímpico, sete títulos do Circuito Mundial e cinco do Brasi-

leiro. "Isso me deixa ainda mais motivado. Chega um momento em que o jogador começa a viver do passado, eu não quero isso. Meu objetivo é continuar buscando mais recordes", assegurou. Ricardo, por sua vez, brincou com o longo jejum caseiro. "Já estava todo mundo estranhando." No feminino, o título ficou com Juliana e Larissa, que bateram Talita e Renata por 2 a 0 (18/14 e 18/9). Na decisão da medalha de bronze, Maria Clara a Carolina, filhas da ex-jogadora Isabel, venceram por 2 a 1 (18/15, 17/19 e 20/18) as veteranas Adriana Behar e Shelda, que haviam rompido durante a semana a marca de 1.000 vitórias na carreira.

Sharapova leva duelo russo

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aria Sharapova demoliu a conterrânea Elena Dementieva na decisão do torneio feminino de Indian Wells. Terceira cabeça de chave, ela conquistou o primeiro título do ano com a vitória por 2 a 0 (6/1 e 6/2). "É uma sensação ótima. Trabalhei muito duro nos últimos meses para superar lesões e recuperar minha confiança", afirmou, lembrando dos problemas no ombro e no quadril que a deixaram fora de combate no segundo semestre do ano passado. "Em momentos como esse é que você se lembra de todo o trabalho duro", afirmou a russa, que não conquistava um título desde Birmingham, em junho de 2005.

Osasco vai às semifinais

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Osasco assegurou ontem a classificação para as semifinais da Superliga feminina ao derrotar o Minas por 3 a 0, no terceiro e decisivo jogo da série. O time paulista enfrenta nas semifinais o Macaé, que bateu o Brasil Telecom por 3 a 1, também no terceiro jogo. A outra semifinal terá Rexona e São Caetano, que eliminaram em dois jogos, respectivamente, Flamengo e Pinheiros. No masculino, os dois melhores times da primeira fase também só se classificaram na negra, e com vitórias por 3 sets a 2: o Minas bateu o Ulbra/São Paulo, em Belo Horizonte, e o Banespa derrotou o On Line, em São Bernardo. Os outros semifinalistas são catarinenses: o Unisul e o Cimed/Florianópolis.


segunda-feira, 20 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

COSMÉTICOS A gigante L'Oreal vai comprar a britânica Body Shop por US$1,1 bilhão.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DESEMBOLSOS DO BNDES DEVEM CHEGAR A R$ 55 BILHÕES

Ó RBITA

A Organização Mundial de Saúde (OMS) quer comprovar a eficiência do Tamiflu contra o vírus da gripe aviária.

Mais recursos do BNDES neste ano

FREE SHOP A Brasif vendeu a rede de lojas duty free em aeroportos para a suíça Dufry por US$ 250 mi. Marcos Peron/Virtual Photo

Milton Mansilha /LUZ/8/9/2005

PARCELADO NO CARTÃO PREOCUPA

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cartão de crédito parcelado, que já responde por 40% das transações feitas por meio de plásticos, começa a tirar o sono dos varejistas de eletroeletrônicos e móveis, embora seja a forma utilizada por boa parte dos brasileiros para realizar o sonho de consumo. Segundo os comerciantes, essa forma de pagamento não leva o consumidor de volta ao ponto-de-venda para pagar a fatura na loja e fazer uma nova compra, como ocorre com o carnê. Eles alegam ainda que o cartão parcelado engole o

CRÉDITO

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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lança amanhã a Casa de Crédito, um serviço de financiamento para as micros, pequenas e médias empresas. O serviço é resultado de parceria com os bancos Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF), Banco Nossa Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (AE)

AGRONEGÓCIO

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ela primeira vez desde 2001, o saldo da balança comercial do agronegócio inverterá a tendência de crescimento expressivo e deve recuar em 2006. O chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Donizeti Beraldo, estimou que o superávit da balança comercial do agronegócio será de US$ 37 bilhões neste ano, valor 3,65% inferior ao resultado de US$ 38,4 bilhões de 2005. (AE)

ACOMODAÇÃO

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mercado de trabalho industrial iniciou o ano em acomodação. A ocupação ficou estável em janeiro ante dezembro, após três meses consecutivos de queda nessa base de comparação. A trajetória de queda ante igual mês do ano passado, entretanto, manteve-se inalterada, com redução de 1,3% na ocupação ante janeiro de 2005, a quinta taxa negativa consecutiva. Segundo Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como o emprego responde com defasagem aos movimentos da produção, é possível que a estabilidade registrada na ocupação da indústria em janeiro tenha respondido à melhoria no nível de atividade do setor no quarto trimestre de 2005. A previsão é de que a indústria só volte a contratar no segundo trimestre deste ano. (AE) A TÉ LOGO

ganho do lojista, que é obrigado a pagar uma comissão que varia de 2% a 7% sobre o valor da compra para a operadora do cartão. Na maioria das vezes, a comissão cobrada é superior

ao risco de inadimplência que existiria se o financiamento da transação fosse feito por conta própria, por meio de cheque ou carnê emitido pelo sistema da loja. (AE)

AÉREAS APOSTAM EM CRESCIMENTO

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s quatro maiores companhias aéreas do País apostam que o ano de 2006 terá um aumento de 19,2% no faturamento bruto, índice que teria sido traduzido em mais oferta se não fossem o aumento da concorrência e dos custos operacionais e a precariedade da infraestrutura aeroportuária. Foi o que apontaram os executivos das principais transportadoras entrevistados pela Pesquisa Anual de Conjuntura

Econômica do Turismo, realizada pelo Ministério do Turismo e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento, feito com as 80 maiores empresas de turismo, indicou que as principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Varig e BRA) responderam em 2005 por aproximadamente 45% dos R$ 25,5 bilhões faturados. Com faturamento maior, as companhias aéreas elevaram em 16,4% o nível de emprego. (AG)

ESTOCAGEM DE MILHO GARANTIDA

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queda do preço do frango nos mercados doméstico e internacional, que levou o setor a reduzir em 25% sua produção neste mês, fez o governo anunciar na última sexta-feira uma linha de crédito do Banco do Brasil no valor de R$ 300 milhões para financiar a estocagem de milho. Trata-se de um benefício indireto que, segundo o Ministério da Agricultura, também atenderá produtores de suínos. "Indiretamente, o mecanismo vai permitir a

estocagem de cerca de 300 mil toneladas de carnes de aves e suínos", disse o secretário de Política Agrícola, Ivan Wedekin. Ele explicou que o milho dado como garantia no financiamento poderá ser substituído, numa segunda etapa, pela carne estocada. E acrescentou que os principais beneficiados serão produtores, cooperativas e indústrias de carnes. "Se houver demanda, os recursos podem chegar a R$ 500 milhões", afirmou. (AG)

VENCEDORES DA RODADA DOHA

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studo encomendado pelo governo dos Estados Unidos aponta que a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) proporcionaria, com a abertura do setor industrial, ganhos dez vezes maiores para a China que para o Brasil. Mas o País estaria entre os maiores beneficiados com a queda das barreiras agrícolas. Em

termos de aumento de renda, o impacto da liberalização agrícola seria maior para a Argentina que para o Brasil. O levantamento foi feito pela entidade Carnegie Endowment for International Peace e está sendo usado por Washington para tentar provar aos países emergentes que devem abrir seus mercados aos produtos industriais. (AE)

CORTE NAS COMPRAS NO PARAGUAI

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governo brasileiro advertiu as autoridades paraguaias que poderá reduzir dos atuais US$ 300 para US$ 150 a cota de importação de mercadorias daquele país a que têm direito os turistas brasileiros em represália aos sucessivos bloqueios da Ponte da Amizade por comerciantes de Ciudad del Leste. Indiferentes à advertência, os comerciantes devem

bloquear novamente a ponte a partir das 6 horas de hoje. A cota de US$ 300 foi restabelecida em abril do ano passado. A advertência sobre a possível redução da cota foi feita sexta-feira pelo cônsul brasileiro em Foz do Iguaçu, Antonio Cruz de Mello, em telefonema ao prefeito de Ciudad del Leste, Javier Zacarías Irún, e reiterada no final do dia ao embaixador paraguaio no Brasil, Angel González Arias. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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União Européia avisa ao Mercosul que prioridade agora é a OMC

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Mesmo com protestos, governo francês mantém lei trabalhista

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Bienal do Livro chega ao fim no Anhembi com 800 mil visitas

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presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, disse, na última sexta-feira, que a queda dos desembolsos no primeiro bimestre deste ano (32% sobre igual período de 2005) reflete a desaceleração da economia e, conseqüentemente, dos pedidos dos empresários por financiamento no segundo semestre de 2005. Segundo ele, o desembolso é resultado de projetos aprovados cerca de seis meses atrás. "Dessa forma, o volume do começo deste ano mostra o nível de atividade econômica de 2005", explicou. Para este ano, as expectativas são positivas. Mantega afirmou que o aumento de 42% no valor das cartas-consulta enviadas ao BNDES nos dois primeiros meses de 2006 demonstra o otimismo dos empresários para o ano. Ele destacou que essa percepção positiva está em sintonia com o cenário econômico, que é de retomada. O presidente lembrou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou alta de 7,5% na produção industrial em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2005. De acordo com Mantega, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer de 4% a 5% em 2006, e a produção da indústria deve evoluir entre 5% e

Guido Mantega: cenário econômico é de retomada

6%. Ele lembrou que, no primeiro semestre de 2005, os empresários acreditavam em um crescimento de 4% a 4,5% para o PIB, o que não ocorreu. O aumento foi de 2 3%. Projeção – Segundo o presidente do BNDES, os desembolsos devem totalizar entre R$ 53 bilhões e R$ 55 bilhões neste ano, abaixo do orçamento de R$ 60 bilhões para o período. "Essa é uma projeção mais realista para 2006 do que o orçamento, que foi enviado ao governo em agosto de 2005." As liberações do ano passado atingiram o montante de R$ 47 bilhões.

O executivo destacou que as grandes companhias têm hoje outras fontes de financiamento, como emissões no mercado de capitais, o que reduz a busca por empréstimos bancários. Ele acredita, porém, que a economia está em tendência de crescimento e que esse movimento deve estimular as empresas a realizar investimentos, o que se refletiria também no aumento na demanda por recursos do BNDES. Para Mantega, o atual momento econômico é "bastante favorável", pois há aquecimento tanto no mercado externo como no interno. (AE)


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MAIS PESSOAS NAVEGAM NA INTERNET

por cento de economia em custos operacionais é o que pode trazer uma boa integração eletrônica com fornecedores.

MEIOS ELETRÔNICOS DE COMUNICAÇÃO ENTRE LOJISTA E FORNECEDOR EVITAM ERROS E AGILIZAM ENTREGAS

CRESCE A INTEGRAÇÃO ELETRÔNICA Divulgação/ebusiness Brasil

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ax, contato pessoal ou por telefone são os canais de comunicação mais tradicionais utilizados pelos varejistas brasileiros na hora de fazer pedidos aos fornecedores. O uso do ema il , porém, conquista mais espaço a cada dia. É o que mostra pesquisa da Associação Brasileira de e-business (ebusiness Brasil), realizada com o objetivo de sondar o nível de integração eletrônica do comércio entre as empresas. Apesar de os canais mais utilizados não serem os que proporcionam integração eletrônica entre varejistas e fornecedores, a pesquisa aponta que 43,9% dos pedidos já são feitos por meios eletrônicos. "Sabíamos que o varejo era o maior usuário do comércio eletrônico. Mas não que esse percentual de utilização fosse tão alto", comenta Lowenthal. De uma maneira geral, todos os grandes varejistas trabalham integrados eletronicamente com seus fornecedores. E o fazem utilizando, por exemplo, a troca eletrônica de arquivos ou a agilidade oferecida pelo uso de portais corporativos implementados tanto pelo varejista como pelos fornecedores. O desafio é estimular as empresas de pequeno e médio portes a usar esses mesmos recursos para agilizar o encaminhamento de pedidos. Para isso, a entidade pretende promover um fórum para esses empreendedores, com o obje-

tivo de estimular o uso dos mecanismos eletrônicos. Economia – Richard Lowenthal, presidente da ebusiness Brasil, afirma que uma boa integração entre varejo e fornecedores gera economia de 15% a 20% nos custos operacionais de uma empresa. A integração eletrônica, detalha, proporciona economia de tempo (o pedido entra automaticamente no sistema e agiliza a entrega), evita erros (telefone e fax, que não são integrados, demandam digitação) e permite que áreas estratégicas das empresas, como logística, finanças e crédito, compartilhem informações sobre o andamento das compras. Planejamento – A pesquisa também identificou o grau de compartilhamento de informações das empresas com seus fornecedores. "A maior surpresa foi o compartilhamento de metas: 52,3% das empresas tro-

cam, com boa freqüência, informações com o fornecedor sobre planejamento de compras", comenta Lowenthal. "Precisamos convencer os 28,6% que ainda não adotam esse procedimento a fazê-lo." A resistência das empresas está em fornecer informações sobre quanto vendeu: 42,1% delas o fazem com freqüência considerada boa. Mas 47,3% resistem a abrir esses dados. "Se todos fizessem isso, o preço do produto poderia ser menor." Para Lowenthal, essas informações ajudam o fornecedor a se programar. Para o varejo, pode significar menor capital de giro para manter estoque. O Ponto Frio, exemplifica, tem projeto de estoque-zero na loja. "Fornecedores de algumas marcas controlam o estoque e fazem a reposição para a rede quando necessário." Fátima Lourenço

Richard Lowenthal diz que desafio é fazer pequenos varejistas adotarem meios eletrônicos

13,2 milhões conectados na web

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esquisa Ibope/NetRatings apontou que o número de usuários residenciais que utilizaram a internet atingiu 13,2 milhões em fevereiro, crescimento de 10% sobre os 12 milhões de janeiro. Segundo o estudo, o aumento é decorrência do crescimento do número de pessoas que moram em domicílios que possuem computadores com acesso à rede, que passou de 19,9 milhões para 21,2 milhões, refletindo a atualização dos dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) 2004, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Global Internet Trends, levantamento trimestral do Ibope/NetRatings. O tempo de navegação foi de 17 horas e 33 minutos no mês passado, contra 18 horas em janeiro, refletindo o menor número de dias do mês e os feria-

dos de carnaval. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, em fevereiro o número de domínios .br chegou a 880.782, contra 866.969 em janeiro. Destaques – As categorias que mais cresceram foram: Educação e Carreira (14,3%) e F a m í l i a e E s t i l o d e Vi d a (11,1%). Os destaques dessas categorias ficaram com o Google Scholar, que passou de alguns visitantes em janeiro para mais de 1,1 milhão no último mês; e o site da Universidade de São Paulo (USP), que também recebeu cerca de 1,1 milhão de visitantes, 400 mil a mais que no mês de janeiro. Na categoria Família e Estilo de Vida, os endereços mais procurados foram os relativos à saúde dos internautas, sites para crianças, esoterismo e religião. "São duas categorias que apresentam crescimento consistente", comentou Alexandre

Sanches Magalhães, coordenador de análise do Ibope Inteligência. "Os sites de educação sofrem muita influência sazonal, como o início do período letivo; já os endereços da categoria Família e Estilo de Vida mostram crescimento consistente há algum tempo." Na comparação anual, fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, as categorias que mais cresceram em número de usuários únicos foram: Casa e Moda (89,6%), Viagens (73%), F a m í l i a e E s t i l o d e Vi d a (54,2%), Automóveis (48,4%) e Educação e Carreira (45,9%). "Esses crescimentos confirmam a tendência apontada pelo nosso relatório 'Web Brasil', que mostra uma diversificação dos interesses do usuário da web em função do avanço da banda larga e da maior oferta de conteúdo e serviços", explicou Magalhães. (AE)

Setor químico sente efeitos do fraco desempenho da economia Luciano Coca/Chromafotos/Pagos

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consumidor brasileiro não foi o único a sentir os efeitos da alta no preço internacional do petróleo ao longo de 2005. O cenário registrado no ano passado fez a indústria química brasileira encerrar 2005 com faturamento de R$ 171,2 bilhões, uma queda de 2,7% na comparação com 2004. A valorização do real frente ao dólar e o baixo crescimento da economia nacional completam alguns dos principais motivos para o mau desempenho do setor. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), José de Freitas Mascarenhas, os resultados ficaram bem abaixo das expectativas do mercado: o índice de produção recuou 1,04% sobre o ano anterior. "Os juros altos e a pouca infra-estrutura das empresas brasileiras também contribuíram para o enfraquecimento do setor", disse. Já o índice de vendas internas dos produtos químicos de uso industrial teve baixa de 3,85% em dezembro de 2005 na comparação com novembro. "As reduções podem ser explicadas pela sazonalidade e pela recomposição dos níveis de estoque na cadeia", afirmou Mascarenhas. Na comparação com o mesmo mês de 2004, as vendas foram 2,57% inferiores. Exportações – No caminho inverso, as exportações geraram US$ 7,38 bilhões para o Brasil em 2005. O crescimento registrado pela Abiquim foi de 24,6% em relação a 2004. "É claro que a taxa de câmbio

Monsanto, em São José dos Campos, ajudou na expansão de emprego

prejudica as exportações, mas mesmo assim as empresas venderam mais para fora devido à fraqueza do mercado interno", explicou Mascarenhas. Mas este início de ano não repetiu o mesmo desempenho. Em janeiro, as exportações de produtos químicos somaram US$ 571,6 milhões e as importações ficaram próximas a US$ 1,3 bilhão. Em comparação com janeiro de 2005, as exportações recuaram 7,1% e as importações cresceram 6,7%. Em relação a dezembro, houve queda de 15,6% nas vendas externas e de 3,8% nas compras. Em volume, foram exportadas 660,2 mil toneladas de produtos químicos no primeiro mês do ano, uma redução de 23,4% na comparação com o mesmo mês de 2005. As importações, ligeiramente superiores a 1,4 milhão de toneladas, caíram 11,5% em relação a janeiro do ano passado. Exceção – Na contra-mão do que ocorreu com o mercado químico em 2005, o faturamento da Rhodia foi de US$ 935 mi-

lhões, representando uma elevação de 26% em relação ao resultado de 2004. As exportações feitas pela empresa somaram US$ 233 milhões, com um crescimento de 45% sobre os US$ 161 milhões apurados no ano anterior. Segundo o presidente da Rhodia América Latina, Marcos De Marchi, a empresa prevê expansão em torno de 5% em 2006, com investimentos de US$ 30 milhões. "Entre os principais projetos da empresa para este ano estão a instalação de outra unidade industrial para redução de gases de efeito estufa na unidade de ácido adípico em Paulínia (SP), e a ampliação da capacidade de produção de fios industriais, aqueles que entram na produção de pneus", explicou. Mão-de-obra – E m p re s a s como Monsanto, Copebrás e A j i n o m o t o a p re s e n t a r a m acréscimos importantes no número de empregados, contribuindo para a expansão de 3,18% nos empregos gerados. Vanessa Rosal


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

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LENTE DE

AUMENTO

O CUSTO DOS JUROS ALTOS

Precisamos de uma agressiva redução das taxas de juros para recuperar o ritmo de crescimento e manter o equilíbrio da balança ano. Com inflação anual de 4%, os juros reais girarão em torno dos 8% ao ano, valor ainda superior ao dos demais países em desenvolvimento. Somente com taxas reais de juros próximas a de seus principais concorrentes o Brasil poderá reunir condições para ingressar num ciclo de crescimento sustentado. As altas taxas de juros também prejudicaram os resultados fiscais do setor público. O custo dos juros da dívida pública representou 8,35% do PIB em 2005. Mesmo com superávit primário de 4,37% do PIB, o setor público produziu um déficit nominal de 3,98% do PIB. O déficit nominal cresceu continuamente ao longo do segundo semestre do ano passado. Outra preocupação dos principais analistas é a taxa de câmbio. Com o Real excessivamente valorizado, muitos exportadores terão dificuldade de competir no

CANDIDATO

A racionalidade abaixo do Equador ROBERTO FENDT

B

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE ECONOMIA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

E xportadores têm dificuldades em competir

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

ALCKMIN

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

mercado internacional. O aumento do preço em dólares das principais commodities agrícolas e minerais tem sustentado a balança comercial brasileira nos últimos meses. Mesmo que as exportações continuem vigorosas, a tendência de crescimento das importações pode comprometer o saldo da balança comercial nos próximos anos. O câmbio valorizado também pode prejudicar a balança de transações correntes, uma vez que, nessas condições, a remessa de lucros e dividendos tende a aumentar. Em janeiro de 2005 a balança registrou um superávit de US$ 802 milhões. Em janeiro de 2006, o resultado foi um déficit de US$ 452 milhões. O principal item responsável pela inversão foi o resultado da conta de rendas. As rendas com investimentos diretos registraram um déficit de mais de US$ 3 bilhões em janeiro de 2006, contra cerca de US$ 1,4 bilhões no mesmo mês do ano passado. Uma diferença de US$ 1,8 bilhão devida ao aumento das remessas de lucros. A valorização do Real ocorre, em boa parte, em virtude da atratividade proporcionada pelas altas taxas internas de juros. O País precisa de uma redução das taxas de juros mais agressiva, a fim de recuperar o ritmo de crescimento econômico e manter o equilíbrio da balança de transações correntes.

Arquivo DC

pesar do contínuo recuo da taxa Selic determinado pelas últimas reuniões do Copom, os juros reais ainda não retornaram à média registrada em 2004, quando a taxa real foi de 8,8%. Atualmente, se descontarmos a inflação dos próximos 12 meses (que deverá atingir a casa dos 4,5%), chegaremos a uma taxa real de juros de 12,2%. O crescimento do PIB em 2004 foi de 4,9%, em 2005 com juro real médio de 13,3% - o crescimento do PIB foi de 2,3%. Para 2006, se o Copom mantiver o ritmo de queda da Selic de 0,75 pontos percentuais a cada reunião, a taxa básica de juros atingirá a casa dos 12% no final do

rasil e Argentina continuam a se imitar em tudo que é errado. Vejam dois exemplos recentes. No início do mês o governo argentino suspendeu por seis meses as exportações de carne. O motivo foi o de sempre: evitar o "desabastecimento" do mercado interno "promovido" pelas exportações. O consumidor, em um primeiro momento, ficou feliz porque o preço da carne caiu no açougue e seu lomo de chorizo ficou mais em conta. O dono da boiada ficou frustrado: afinal, o Banco Central da Argentina mantém o peso desvalorizado e, em conseqüência, a aumenta a rentabilidade da exportação de carne. E o pecuarista talvez estivesse exportando mais que gostaria por receio de um congelamento de preços no mercado interno argentino, o que manteria o preço da carne abaixo do custo de produção. Exemplos na região não faltam, incluindo a caça ao boi no pasto pelo nosso exército para "evitar o desabastecimento" no malfadado Plano Cruzado. Os jornais agora noticiam que, na surdina, o governo brasileiro vem adotando desde fevereiro procedimentos burocráticos para desestimular a exportação de álcool. "Para evitar o desabastecimento", o Ministério do Desenvolvimento estaria demorando a liberar o desembaraço do álcool na exportação. Com isso, estaria "aumentado a oferta" no mercado interno e evitando que no final de abril viesse a ocorrer um "desabastecimento de álcool" para os consumidores brasileiros. Não deixa de ser curioso que, em decorrência da redução de 25% para 20% do álcool misturado à gasolina e, principalmente,

pelo forte aumento no preço do álcool no mercado interno, a retração do consumo possa gerar uma redução de até 150 milhões de litros no consumo mensal de álcool nos próximos dois meses, críticos por antecederem a nova safra. Talvez seja possível extrair alguma lição desses episódios: da próxima vez, vamos respeitar a teoria econômica. Ela nos dá dois preciosos ensinamentos, aplicáveis aos dois casos descritos. Primeiro, o Estado deve abster-se de intervir no livre funcionamento do mercado para não tumultuá-lo com tabelamentos e outros artifícios que tornam perditiva qualquer atividade econômica. Segundo, o aumento dos preços não é o problema, mas a solução. Os preços sobem porque a carne (álcool) tornou-se mais escassa aos preços atuais. Portanto, será necessário racionar a carne (álcool) entre os consumidores, ávidos de comprar mais a esses preços.

H

á duas formas de racionar: pela intervenção do governo ou pelo preço. A primeira é ineficiente e gera escassez no futuro. A segunda, ao contrário, é três vezes salutar: entrega a carne (álcool) a quem dá mais valor ao produto, os que estão dispostos a pagar mais por ele; não discrimina, é impessoal; e incentiva o aumento da oferta, já que aos preços mais altos, maior produção entrará no mercado. Se alguma coisa surpreende, é a falta de fé no mercado e a recaída recorrente de nossas autoridades nos controles, que geram sempre ineficiência e corrupção.

O AUMENTO DOS PREÇOS NÃO É O PROBLEMA, MAS A SOLUÇÃO

Construção civil e os obstáculos de 2006 LUIZ AUGUSTO MILANO

O

mercado da construção civil passou por uma série de mudanças no Brasil. Isto compreende desde a forma da comercialização do metro cúbico de cimento até como as construtoras se relacionam com seus clientes, fornecedores e funcionários, passando pelo modo de filtrar informações que tornaram-se rentáveis ao longo do processo de negociação com a utilização de tecnologia ou de uma simples consulta à previsão do tempo, por exemplo. Hoje, uma empresa do setor da construção deve estar preparada para enfrentar o mercado, pois este deixou de ser agressivo e tornou-se qualitativo e exigente. Além disso, adotou uma postura sólida, que transmite uma imagem de credibilidade e de resultados e contribui para a construção de negócios duradouros direto com o cliente. Devemos focar a relação com o cliente. De que adianta ter uma grande obra ou um projeto espetacular se existe um relacionamento insatisfatório. As grandes empresas de engenharia sabem que o seu produto não é apenas o imóvel, mas é muito mais do que isso. Na verdade, é entender a necessidade do cliente, saber qual tipo de operação irá preencher suas expectativas. Com atenção especial no cliente, não se cria somente fidelidade, vai muito além, você consegue de entregar um pacote completo de soluções que satisfaçam o seu cliente. Mas, como devemos fazer isto? A forma mais eficaz que encontramos foi operar em cima de dados, gerando um material concreto e preciso. Não consigo imaginar uma empresa do setor da construção fazendo gestões ou crescendo com ameaças de tantos riscos por proble-

mas de informações. Ao utilizar tecnologias como softwares de gestão pró-ativa, CRM, Business Inteligence, entre outros, os profissionais podem tomar decisões com segurança, com a certeza de que nenhum prego será adquirido se não estiver dentro do budget da obra. É assim que uma grande construtora se comporta, com integração completa, desde a gerência de qualidade até a área de suprimentos. Mas nem tudo é TI. Você que possui uma empresa sabe que além de atender todas as necessidades do seu cliente, outro fator relevante para uma grande companhia é o seu capital humano. Treinar e oferecer o que há de melhor para seus funcionários é o grande trunfo de uma empresa. Os profissionais da engenharia devem ter conhecimento sobre marketing, possuir uma visão de marca, além de entender as formas de relacionamento desde fornecedores até o consumidor final. Entretanto, a grande pergunta é: será que todas as empresas do setor estão preparadas? Será que todos enxergam esse processo? Será que todas as empresas enxergam longe? Apesar do mercado da construção civil apontar otimismo para 2006, uma empresa de engenharia deve estar mais do que preparada para enfrentar todos os obstáculos do setor. Além disso, precisar saber lidar com o cenário político-econômico que, neste ano, poderá ser mais turbulento por causa das eleições presidenciais. Então, esteja preparado, lute pelo melhor, confie em seus funcionários, confie em sua empresa, confie em você. LUIZ AUGUSTO MILANO É PRESIDENTE DA MATEC ENGENHARIA

O MERCADO DEIXOU DE SER AGRESSIVO E TORNOU-SE QUALITATIVO

sorte está lançada para a Presidência da República. O PSDB, sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso, optou por Geraldo Alckmin, desprezando, portanto, o prefeito José Serra, que nas pesquisas de opinião chegou a ultrapassar o presidente Lula. O partido demorou para escolher o seu candidato, mas se escolheu Alckmin é porque o considera um nome suscetível de vencer o pleito. Não se nega que o candidato escolhido pelo partido do ex-presidente corresponda à média das aspirações da opinião pública. Não hesito em afirmar que o povo brasileiro, ou a sua parte bem informada, considera insuportável os escândalos que estouraram nos últimos tempos envolvendo os três poderes, pois também o STF foi alvo de críticas.

A

O presidente que não avalia sua enorme responsabilidade malogra no cargo, como malogrou o notável Jânio presidencialismo, para quem estuda os regimes políticos, entrou há muito numa fase crítica, inclusive nos EUA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o candidato Geraldo Alckmin e o candidato Anthony Garotinho, sabe muito bem a tremenda responsabilidade que pesa sobre os ombros do presidente, chefe de Governo, chefe das Forças Armadas, chefe da Administração, chefe da política econômicofinanceira, chefe da educação, chefe da diplomacia e outras chefias que me dispenso arrolar. É um cargo múltiplo exercido por uma única pessoa que tem, portanto, de se desdobrar para cumprir o dever assumido com o juramento da Constituição e a imposição da faixa presidencial. O presidente que não avalia a enorme soma dessas responsabilidades malogra no cargo como, desde logo, malogrou o notável político populista que foi Jânio Quadros. Confiemos no que temos de democracia no Brasil e esperemos que Geraldo Alckmin, como também o presidente Lula e Garotinho, vejam no regime presidencial um desafio que não raro tem ultrapassado de muitos as forças do candidato eleito, vindo daí as crises que têm assolado numerosas nações.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

POLÍTICA - 3

Dados bancários do caseiro que desmente o ministro da Fazenda Antonio Palocci – que deveriam ser protegidos por lei e estão nas mãos da Caixa Econômica Federal e do Coaf – foram publicados neste fim de semana por uma revista. O caso abre a suspeita de abuso de poder. "Rasgaram as leis, desprezaram a democracia, usaram o Estado para cometer crime em prol de um ministro, de um partido", denuncia Roberto Freire (PPS). No PMDB, o uso político da Justiça deixa a legenda sem saber se as prévias foram ou não para valer.

PPS PEDE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

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PPS entrará hoje c o m u m a re p resentação criminal na Procuradoria da República no Rio contra a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, divulgado neste fim de semana pela revista Época. De acordo com a reportagem, Nildo teria recebido R$ 38.860 em uma conta poupança na Caixa Econômica Federal entre janeiro e março deste ano. Após uma discussão entre os seus dirigentes, o PPS concluiu que o vazamento dos dados bancários do caseiro é até “mais grave do que as denúncias feitas por ele contra o ministro da Fazenda Antonio Palocci". Há meses a CPI dos Bingos tenta quebrar o sigilo do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, mas não obtém autorização judicial. "Hoje é o direito do caseiro a ser violado, amanhã pode ser o de qualquer outro cidadão. Basta ser inimigo do governo para se tornar alvo de um Estado cujas instituições estão sendo usadas para perseguir, como ocorre em regimes ditatoriais", afirma o presidente nacional do PPS e deputado Roberto Freire (PE). O deputado acredita que as informações da conta-poupança foram vazadas pela Caixa Econômica Federal (administradora da conta) ou pelo

Beto Barata/AE

Dida Sampaio/AE/Arquivo DC

Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que estão subordinadas ao Ministério da Fazenda. O PPS quer a instauração de inquérito policial para identificar os autores do crime. Gravidade– "A intenção óbvia é desqualificar um homem que desmentiu o ministro Palocci. Para isso se ultrapassaram todos os limites do respeito aos direitos individuais, rasgaram as leis, desprezaram a democracia; usaram o Estado para cometer crime em prol de um ministro, de um partido" , diz Roberto Freire. Em entrevista ao blog do Moreno, no globo.com, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, disse ontem que a violação da conta bancária do caseiro "é um fato gravíssimo que choca toda a opinião publica que passa a se sentir insegura quanto à sua privacidade, além de representar também uma agressão ao poder Judiciário, a quem cabe autorizar ou não a quebra dos sigilos bancários, telefônicos e fiscais das pessoas sob investigação" – o que não é o caso de Francenildo. "Quem garante que amanhã eu, como cidadão, não possa ter o meu sigilo violado?", perguntou Jobim. A revista Época revelou que Nildo movimentou R$ 38.860 numa caderneta de poupança

aberta na CEF nos primeiros três meses do ano. O caseiro alega ter recebido R$ 24.990. O dinheiro viria do empresário piauiense Eurípedes Soares da Silva, que seria seu pai – apesar da paternidade não ser reconhecida oficialmente. O empresário confirmou ser o autor dos depósitos mas não divulgou valores. A mãe de Nildo, Benta Maria dos Santos Costa, de 41 anos, disse que o filho usou a informação de que trabalhava em uma casa freqüentada pelo ministro da Fazenda e seus assessores para forçar o pai a pagar R$ 30 mil, caso contrário ele iria à Justiça exigir a paternidade. Reação– Parlamentares petistas criticaram a violação dos extratos, obtidos sem autorização legal. O autor do pedido de liminar ao STF para impedir a CPI dos Bingos de ouvir o caseiro, o vice presidente do Senado, Tião Viana (AC), condenou o procedimento. "Nada do que for feito à revelia da legalidade eu vou aprovar". "Se violou, eu acho que ninguém tinha o direito de abrir o sigilo bancário deste rapaz", i n s i s t i u Ti ã o . O s e n a d o r Eduardo Suplicy (SP) classificou de "sério" o vazamento. "É sério e precisa ser desvendado em respeito à pessoa do Francenildo. Nós do PT sempre fomos a favor da transparência", lembrou o senador. (Agências)

Freire: usaram o Estado para cometer um crime

Caseiro diz que dinheiro veio do pai

Patrícia Santos/AE

Garotinho discursa para militantes peemedebistas na Cinelândia, no Rio, após término da votação interna Lumi Zúnica/Futura Press

GAROTINHO VENCE RIGOTTO, MAS NÃO SABE SE É CANDIDATO

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ex-governador do Rio Anthony Garotinho foi o vencedor da consulta feita pelo PMDB para apontar o candidato à Presidência da República. Às 21h de ontem, com 98% dos votos apurados, Garotinho vencia com 49,4% dos votos, contra 38,2% do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. O PMDB, no entanto, ainda não sabe se vai poder considerar os resultados como uma decisão oficial do partido. A legenda enfrenta uma guerra de liminares na Justiça. A governadora do Rio, Rosinha Garotinho, em um comício que reuniu 25 mil pessoas na Cinelândia, no Rio, cantou uma música em referência ao que chama de " interferência do governo federal na batalha jurídica contra o PMDB": "Se vocês acham que a ditadura acabou, não acabou. Com o Lula, ela voltou", cantou. Suspeita– Três decisões do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, proibiram a realização das prévias, o que obrigou o partido a transformá-las em uma consulta informal. Vidigal já tinha concedido à ala governista do partido, não quer

a candidatura própria e sim a vice-presidência da chapa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, duas liminares impedindo as prévias. A segunda delas foi concedida depois das 22h de sábado, quando Vidigal voltou às pressas do Maranhão para derrubar a liminar que mantinha as prévias, dada pelo ministro Hamilton Carvalhido na noite de sexta-feira. Ontem, Vidigal derrubou ainda outro pedido do partido, de reconsideração da decisão. No entanto, o mesmo pedido deve ser julgado durante esta semana por uma das turmas do STJ. O PMDB ainda espera também a decisão de uma ação impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF). Vidigal foi assessor de imprensa de José Sarney quando esse era governador do Maranhão no final dos anos 60. Deve a Sarney, que faz parte da ala governista do PMDB, a indicação para o STJ. Na última sexta, Vidigal se lançou candidato ao governo do Maranhão em entrevista à TV Difusora. A guerra de liminares criou situações inusitadas. Em Alagoas, o presidente estadual do partido, o senador Renan Ca-

lheiros – também presidente do Senado e que é da ala governista – impediu a abertura do diretório para realização da consulta. Na Paraíba, a consulta acabou sendo feita por aclamação, sem cédulas, e o resultado acabou impugnado. Resultado– Garotinho venceu a consulta em uma estranha combinação e não quis fazer comentários. Em número de votos, Rigotto venceu por uma diferença de 2.664. Foram 7.574 votos para o governador gaúcho e 4.910 para Garotinho. Entrou em ação, no entanto, uma média ponderada dos votos que deu mais peso político para alguns estados do que para outros. Antes da consulta, o partido estabeleceu que o valor do voto seria proporcional ao número de votos que o estado deu ao partido na última eleição. Nessa conta, o Rio Grande do Sul, onde Rigotto venceu por 2.600 a 60, valia 4% dos votos. Já o Rio de Janeiro, onde Garotinho venceu por 926 a 36 votos, representou 14% dos votos válidos. As regras, criadas pelo deputado federal Eliseu Padilha (RS), haviam sido plenamente aceitas por ambos os candidatos. (Agências)

O governador Alckmin almoçou ontem com o senador Jorge Bornhausen no Palácio dos Bandeirantes

PFL só decide aliança em abril

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epois de mais de uma hora e meia de conversa no Palácio dos Bandeirantes com o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, ontem, o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse em entrevista coletiva que a decisão do partido de se coligar com os tucanos na chapa que vai concorrer à presidência só será definida em abril. Bornhausen indicou, entretanto, ser natural a coligação entre as duas legendas. "Não existe nenhum obstáculo para a coligação PFL-PSDB sob o ponto de vista político e perante a sociedade porque é

auto-explicável. Os dois partidos tiveram coerência de combater esse governo do PT", afirmou o senador. A decisão pefelista dependerá, segundo Bornhausen, do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), que pensa em se lançar candidato à Presidência, e, ao mesmo tempo, do resultado das consultas que a direção do partido fará com os governadores, senadores e deputados da legenda. Bornhausen adiantou, porém, que Ce-

sar Maia não colocou nenhuma barreira contra o nome de Alckmin, mas pediu para pensar se a melhor forma de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições deste ano será a de coligação no primeiro turno ou o lançamento de duas candidaturas. "Vamos examinar as duas hipóteses. Se definirmos pela coligação, apresentaremos os pontos básicos de um programa de governo", informou Bornhausen.(Agências)

NOVA DISPUTA NO PMDB De acordo com as pesquisas de intenção de voto, a candidatura própria do PMDB com o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, poderá levar a disputa para o segundo turno. Se o candidato do partido fosse o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, Lula poderia vencer já no primeiro turno. Além de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra as prévias, o grupo governista pretende enterrar de vez a candidatura própria na convenção do partido, em 8 de abril. No entanto, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), da ala oposicionista, já avisou que a convenção não deverá anular as prévias, mas apenas homologar o resultado. (Agências)

CONVOCAÇÃO

Factoring

DC

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epois de resolver a pendência judicial sobre a validade das prévias do PMDB, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fim ou não da verticalização levará a mais uma disputa entre os grupos governista e de oposição dentro do partido sobre uma candidatura própria à Presidência da República. A tendência do Supremo será manter, em votação nesta semana, a verticalização, que proíbe aos partidos políticos fazerem coligações nos estados se estiverem em lados opostos na disputa presidencial. A pressão contra a candidatura própria é exercida pelos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), os quais avaliam que um candidato do PMDB dificultará as eleições regionais em 19 estados.

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

Ficam convocados os senhores associados da Associação Comercial de São Paulo para a Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se, em primeira convocação, respeitando o quórum legal, no dia 22 de março, às 16h30, e em segunda convocação, com qualquer número de associados, no dia 27 de março, às 16h30, na sede social da entidade, na Rua Boa Vista, 51, 9º andar, São Paulo - SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia I - Exame e votação do balanço patrimonial e demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2005, cujas peças acham-se à disposição dos senhores associados na Secretaria Geral da Entidade São Paulo, 17 de março de 2006. Guilherme Afif Domingos Presidente


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.GERAL

segunda-feira, 20 de março de 2006

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

5000 BEBÊS

Arrastão em prédio termina em tiroteio na Vila Mariana Uma mulher e dois bandidos foram atingidos, um foi morto e dois presos, durante ação policial

Reprodução in vitro é hoje uma realidade na vida do brasileiro

Roberto Assunção/Folha Imagem

Um dos maiores especialistas no tratamento de infertilidade no Brasil, o médico Roger Abdelmassih, atingiu a marca de cinco mil bebês em 15 anos

O médico Roger Abdelmassih, proprietário da clínica de reprodução humana, em festa, no fim de semana, com artistas como o cantor Roberto Carlos, o humorista Tom Cavalcanti, a atriz Luiza Thomé e vários casais anônimos que aderiram à fertilização in vitro para terem um filho. O evento marcou o nascimento do bebê de número 5 mil

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o começo dos anos guia ver um recém-nascido na oitenta, quando o rua, que começava a chorar. tratamento contra Por um período da minha via infertilidade co- da, priorizei a minha profismeçava a ser discutido, havia são e deixei o sonho de ser mãe muito preconceito e desconhe- para mais tarde. Não imaginacimento em relação ao assun- va que seria tão difícil engrato. Passaram-se quase trinta vidar depois dos trinta anos anos – e o cenário está bastante de idade", revela. "Sugiro aos diferente. Prova disso foi a fes- casais que estão tentando ter ta organizada no sábado pas- um bebê que não desanimem. sado na clínica Roger Abdel- Só consegue alcançar os objemassih, especializada em re- tivos quem não cansa de tenprodução humana, na avenida tar", diz Lucchesi. Para o ginecologista e secreBrasil, zona sul de São Paulo, tário municipal que comemorada Educação de va o nascimento São Paulo, José do bebê número Aristodemo Picinco mil. notti, a mediciApesar de ser na reprodutiva final de semaa j u d o u a d e sna, o trânsito fivendar grandes cou difícil. A mistérios. "ConCompanhia de s e g u i m o s e nEngenharia de tender melhor Tráfego (CET) os segredos da tentava colocar concepção e do o rd e m , m a s o d e s e n v o l v imovimento só mento fetal na crescia. Havia fase inicial, por gente famosa – exemplo. A gios comediantes necologia muTom Cavalcanti dou para muito e Moacir Frane para melhor co, as atrizes nos últimos Luiza Thomé e A reprodução humana no trinta anos", K r i s d h e l Brasil só avança opina. Byancco, o Tom Cavalcanti Rei e balões – a p re s e n t a d o r A festa contou César Filho. Pessoas que se misturavam com a revoada de cinco mil baaos anônimos para comemo- lões – rosa para as meninas, rar. Todos tinham o mesmo azul para os meninos, e laranja motivo: conseguiram realizar para homenagear os pais. Mas o sonho de serem pais e mães o ponto alto aconteceu com a chegada do cantor Roberto em razão dos tratamentos. Segundo Tom Cavalcanti, a Carlos, que deu um exemplo festa teve um grande significa- de simpatia. Ele tirou dezenas do para o País. "O tratamento de fotos com bebês, atendenpara a reprodução humana no do os pedidos dos pais e canBrasil só avança. Os estudos tou duas músicas sem ensaio. permitiram que eu, minha mu- "Sou amigo do dr. Roger há lher Patrícia e nossa filha Ma- mais de vinte anos. Quis fazer ria Antônia pudéssemos parti- uma homenagem a ele", descipar da comemoração". O ca- tacou o cantor. Segundo Abdelmassih, sal Reinado Lucchesi e a Kátia Rys Lucchesi, também pacien- existem agora outros desafios te do dr. Roger Abdelmassih, para que a realização do sonho também foi ao evento. Reinal- de pais e mães seja perfeito. "É do diz que há seis anos decidi- necessário que os pais possam ter gêmeos apenas se quiserem ram ter um filho. Em 2002 resolveram procu- – um embrião colocado no úterar um médico. Sete tentativas ro deve oferecer o mesmo índidepois (com médicos diferen- ce de resultado do que dois ou tes) e um gasto de R$ 70 mil, fi- três, como acontece hoje. Além nalmente Kátia engravidou e disso, queremos desenvolver deu à luz a Paulo, hoje com um as pesquisas até criar óvulos e ano e dois meses. "Tudo valeu espermatozóides através das a pena. Depois de tantas tenta- células-tronco". tivas frustradas, não conseNeide Martingo

Inseminação artificial cresce no mundo

E

m reportagem intitulada "Procurase alguns poucos e bons doadores de esperma", no último domingo, o The New York Times conta a história de mulheres com mais de 30 anos de idade que não encontraram o homem ideal para constituir família e recorrem aos bancos de esperma para realizar o sonho de ser mãe. De 1999 a 2003 houve um crescimento de quase 17%

no número de mães solteiras, por opção, ou seja aquelas que fizeram inseminação artificial com o esperma de um doador conhecido apenas por foto e perfil de comportamento disponível em páginas de bancos de esperma na internet. A nova geração "de bebês de pais desconhecidos" tem mães na faixa dos 30 aos 44 anos com boa situação

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financeira. O fenômeno vem crescendo não apenas nos Estados Unidos, como também na Austrália, Suíça e Israel.

PF destrói hoje estoque de Chong

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Polícia Federal vai destruir toneladas de produtos apreendidos do empresário Law Kin Chong, dono do Shopping 25 de Março, localizado no centro da capital, nesta segundafeira, no depósito identificado como abrigo do maior estoque de mercadorias contrabandeadas e pirateadas do esquema. Serão destruídas 90 toneladas de relógios falsificados, 18,5 milhões de CDs e DVDs piratas, 141 mil caixas de produtos de beleza, cujos prazos de validade haviam sido adulterados, e 1,335 milhão de pares de óculos.O material foi apreendido em várias operações de combate à pirataria, contrabando e sonegação fiscal. No total, são avaliadas em R$ 112 milhões. O galpão fica na Rua do Bucolismo, no Brás, na zona leste da capital. Desde junho de 2004, quando a Polícia Federal iniciou a investida contra os

U

m arrastão num prédio no bairro de Moema terminou em tiroteio na Vila Mariana, zona sul da capital, na manhã de ontem. Os bandidos invadiram um prédio residencial na Alameda Jurupis durante a troca de turno dos porteiros. Quando o bando deixava o local, já com pertences da vítima, uma viatura da Polícia Militar iniciou a perseguição. Os bandidos seguiram em direção à Vila Mariana e foram alcançados na Rua Major Maragliano. Houve intenso tiroteio entre assaltantes e policiais. Uma mulher foi atingida no cotovelo de raspão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ela passa bem. Um bandido foi morto no local, dois baleados e outros dois presos. No total, 13 moradores do prédio foram assaltados. O bando havia roubado computadores, máquinas fotográficas, relógios e celulares. Este é o segundo tiroteio entre policiais e bandidos em ruas da zona sul em apenas três dias. Na sexta-feira, Gerson Mendonça Filho foi vítima de seqüestro-relâmpago na Avenida Vereador José Diniz. Avisada por uma testemunha, a polícia iniciou perseguição aos bandidos. Durante o tiroteio ele foi atingido nas costas e morreu. As armas estão na perícia. O laudo deve sair em 30 dias. (AG)

Joedson Alves/AE

GUINESS Abelha gigante, troféu de Itu

A Law King Chong é levado por policiais federais após apreensão de mercadorias contrabandeadas

negócios do empresário chinês, considerado o maior contrabandista do País, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão em shoppings, empresas e depósitos da família de Chong. Law e a mulher, Miriam, cujo nome verdadeiro é Hwu Su Chiu Law, estão presos. Além

das prisões, foram seqüestrados os galpões da Rua do Bucolismo, o prédio do Shopping 25 de Março e um edifício na Rua do Pari, também na zona leste. O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, participa da operação, ao lado do diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. (AG)

cidade de Itu, a 98 km de São Paulo, ganhou mais um motivo para justificar a fama de ter coisas exageradas. Acaba de ser construída num apiário local a "maior abelha do mundo", com 12,5 metros de comprimento. Trata-se da reprodução de uma abelha operária italiana. Em fibra de vidro, com estrutura de madeira e ferro, a abelhona permite acesso ao seu interior, onde é possível ver seus órgãos e ouvir o zumbido, gravado em CD. O proprietário da escultura, Mário Biseo, entrou com pedido no Guiness Book para obter citação de maior do mundo no livro dos recordes. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

segunda-feira, 20 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

PERIGO

Cargas tóxicas ameaçam meio ambiente

ÓRBITA

COMÉRCIO

A

Estudo mapeou as áreas de risco de contaminação dos rios ao longo das estradas da RMC e será debatido amanhã

O

Não existia mapeamento das áreas de risco de contaminação nas captações da RMC. Na foto, a Estação do Rio Atibaia da Sanasa.

s dois grandes acidentes com cargas perigosas ocorridos em Campinas, no final de 2004, e que obrigaram a Sanasa a interromper a captação e o fornecimento por várias horas, estão longe de ser casos isolados e podem se repetir a qualquer momento, segundo estudo elaborado por três engenheiros da Câmara de Monitoramento Hidrológico do Comitê das Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que será discutido amanhã, durante reunião da Comissão Estadual de Transportes – Regional Campinas. Mais grave ainda, segundo o estudo, é que o mesmo risco rond a t a mbém as fontes de ca pt aç ão de outros 31 municípios da região, e aind a a R ep re s a d o A t i b a inha, em Bom Jesus d o s P e rdões, um dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo. O estudo foi realizado pela consultora técnica da Sanasa, Adriana Isenburg, e pelos engenheiros da Cetesb, Jorge Rocco e Marcos Zanaga Trapé, ao longo de 2005, depois que os acidentes com caminhões transportando cargas tóxicas interromperam o abastecimento de Campinas. “ Qu an d o os ac id e nt es ocorreram, descobrimos perplexos a nossa fragilidade para enfrentar ocorrências desta natureza”, diz Adriana. Assim que iniciou as primeiras buscas de informações, Adriana descobriu que não existia nenhum mapeamento das áreas críticas de risco de contaminação nas captações da RMC . “Ou seja, no que diz respeito ao risco de contaminação dos recursos hídricos ao longo das estra-

das, estávamos totalmente desarmados”, diz Rocco. Para realizar o estudo, os engenheiros trabalharam com as estatísticas de acidentes nas estradas da região realizadas pelo DER , entre 1995 e 2004, e com os relatórios de atendimentos a acidentes com cargas tóxicas feitos pela Cetesb durante o período. “A partir daí, localizamos os pontos críticos de acidentes com cargas desta natureza nas estradas e os projetamos sobre o mapa das estações de captação da região, fornecido pelo Daee ”, diz Rocco. Vazamentos - O levantamento mostra que nas dez principais rodovias da região (veja quadro) ocorreram, durante o período pesquisado, 221 acidentes com caminhões com cargas tóxicas. Em 187 deles os produtos vazaram para o meio ambiente e, em 34 casos, os corpos de água foram atingidos, obrigando a interO estudo dedicou uma Transportes, amanhã (21), rupção do fornecimento. especial atenção à Dom Pe- na sede da Autoban, em No primeiro grande aci- dro I, não só porque foi ali Jundiaí. dente ocorrido em Campi- que aconteceram os acidenO estudo e as proposições nas, em 2004, um caminhão tes, mas porque ao longo de já foram apresentados e estransportando metanol, in- quase todo o seu trajeto ela tão sendo discutidos na Seterrompeu o abastecimen- corre ao lado do rio Atibaia. cretaria Estadual de Transto por 24 horas. “É um tem- Nos poucos mais de 100 portes e na ANTT (Agência po muito longo para qual- quilômetros, entre Campi- Nacional de Transportes quer companhia de abaste- nas e Bom Jesus dos Per- Terrestres). “O objetivo: sercimento”, avalia Trapé. Um dões, foram detectados cin- vir de instrumento para pomês depois, uma carga de co pontos de alto risco, in- líticas do setor. Sugerimos óleo diesel queimado pro- cluindo a represa do Atibai- que as medidas sejam invocou nova interrupção. nha, do sistema Cantareira. cluídas nos novos contratos “Percebemos então que Propostas - O trabalho de licenciamento das rodosequer tínhamos mecanis- dos engenheiros, que suge- vias, o que deve ocorrer em mos eficientes de comuni- re uma série de medidas de breve com a Dom Pedro I, e cação. No segundo caso, só prevenção e controle de ris- que as ações de contenção ficamos sabendo do aciden- cos para acidentes desta na- de risco se transformem em te porque repórteres nos tureza, deu origem a delibe- rotina obrigatória em todos perguntaram se a captação ração do Comitê PCJ, intitu- os trechos próximos de capseria interrompida”, diz lada “Proposição de medi- tações”, afirma Rocco. Adriana. Rocco antecipa que a das para minimizar os Rocco revela que, ainda riscos de acidentes com pro- equipe pretende realizar hoje, a falha de comunica- dutos perigosos nas capta- agora o mesmo levantação é freqüente. “Quando ções de abastecimento pú- mento com as vias férreas acontece um acidente com blico das bacias PCJ”. Al- da região, por onde tamcarga tóxica, tanto o moto- guns pontos desta proposi- bém passam grandes carrista como os policiais rodo- ção serão discutidos na gas de produtos tóxicos. viários que atendem a ocor- reunião da Comissão de Paulo San Martin rência devem comunicar imediaSINAL VERMELHO tamente a Cetesb. Rodovias onde foram encontrados Mas muitas vezes, pontos de risco para captações municipais por força de prioridades no atendiSP 065 – D. Pedro I - Nazaré BR 381 – Fernão Dias - Atibaia, mento, isso não Paulista, Atibaia, Jundiaí, Itatiba, Bragança Paulista, Campo Limpo ocorre e acabamos Valinhos e Campinas e Vargem Paulista sabendo do aciSP 348 – Bandeirantes SP 133 – Cosmópolis/ dente por outras Campinas, Capivari, Itupeva, Anhanguera - Limeira fontes”, relata ele.

CONVOCAÇÃO CÂMARA DOS DIRIGENTES LOJISTAS DE CAMPINAS EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os associados da CDL - Campinas quites com a tesouraria para a Assembléia Geral Extraordinária, que fará realizar em 27 de março de 2006, às 8:30 horas em primeira chamada com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados, ou às 09:30 horas em segunda chamada com qualquer número de presentes para, em sua sede à rua General Osório, 490 - Centro - Campinas/SP, deliberarem, nos termos do vigente Estatuto Social, sobre a seguinte ordem do dia: a) exame, discussão e votação da proposta da Diretoria executiva para alterações no Estatuto no que diz respeito à redução do período do mandato da nova diretoria; b) Incorporação da CDL Barão Geraldo como distrital da CDL Campinas, com as adequações estatutárias necessárias e; c) Assuntos Diversos. Campinas, 16 de março de 2006. Edvaldo de Souza Pinto - Presidente

Sumaré e Santa Bárbara d`Oeste

SP 147 – Deputado Laércio SP 330 – Anhanguera - Americana Corte - Piracicaba e Vinhedo SP 095 – Bragança/Amparo SP 332 – General Milton T.Souza Bragança Paulista Cosmópolis, Artur Nogueira, SP 352 – Comendador Virgulino Paulínia, Monte Mor, Hortolândia, Oliveira - Amparo Sumaré, Nova Odessa e Limeira SP 101 – Franco A. Proença Monte Mor

s vendas no comércio de Campinas na primeira quinzena deste mês foram fracas. As consultas ao SCPC caíram 5,5%, em comparação com as quinzenas de fevereiro de 2006 e de março de 2005. Já a inadimplência aumentou 95,8% nos primeiros 15 dias de março, em relação a fevereiro deste ano e 3,4% se comparada com a primeira quinzena de março de 2005. Segundo o economista Laerte Martins, todo primeiro trimestre a inadimplência aumenta e se estabiliza a partir de abril.

SP 008 – Pedro A. Marigliani Pinhalzinho

Em 34 acidentes, em dez estradas da RMC, os produtos tóxicos vazaram e atingiram rios e represas, interrompendo o fornecimento de água

OBRAS Mata ciliar para evitar contaminação engenheiro agrônomo Marcos O Zanaga Trapé afirma que sequer os serviços de saúde dos hospitais da região estão preparados para atender casos mais complexos de eventuais contaminações em massa por produtos tóxicos lançados nas águas. “Muitos produtos são desconhecidos e, se tratados como intoxicações comuns, podem agravar ainda mais o quadro dos pacientes”, alerta ele. Por isso, entre os problemas levantados e as medidas que devem ser tomadas, o estudo propõe a criação de uma verdadeira rede de comunicação que integre as áreas de Meio Ambiente, Saúde, Saneamento e Transporte dos municípios, das concessionárias e do governo estadual. Além disso, os autores do trabalho sugerem a implantação do Serviço de Atendimento Emergencial, com especialistas capazes de fazer identificação imediata dos produtos na água das captações, em casos de acidente. “Nestes pontos críticos mapeados por nós, é indispensável que sejam construídas barreiras de contenção e recuperadas as matas ciliares”, relata. A destruição da mata ciliar, segundo Trapé, faz com que os produtos atinjam rapidamente as águas, em casos de acidentes. “Em alguns pontos, a recomposição da mata ciliar, nos moldes determinados pela lei, seria suficiente para impedir a contaminação da água pelos agentes tóxicos”, observa.

Dersa interdita, hoje e amanhã, o viaduto da PUC-Campinas do km 136 da D. Pedro I no sentido universidade/Santa Cândida. Serão realizadas obras de recuperação da cabeceira do viaduto e implantação de caixa de captação de águas pluviais e drenagem do pavimento. A interdição acontece das 8h de hoje às 17h de amanhã. O tráfego será desviado para a pista norte da rodovia D. Pedro I (sentido Jacareí/Campinas), com retorno pelo trevo do Shopping D. Pedro (km 137).

A

DOAÇÃO Colégio Integral de Campinas doou 350 apostilas com conteúdos dos ensinos fundamental e médio para a Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac). O material será encaminhado para as entidades associadas. A iniciativa vai beneficiar estudantes que não têm acesso a livros didáticos atualizados. As apostilas, segundo a escola, contêm os principais conceitos exigidos nos vestibulares brasileiros.

O

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

TRÊS DIAS DEPOIS DA DEFINIÇÃO TUCANA, ALCKMIN CRESCE 6 PONTOS

segunda-feira, 20 de março de 2006

poLítica Eymar Mascaro

Começa o jogo

G

ALCKMIN COMEMORA PESQUISA DATAFOLHA

O

governador de São tenções de voto) porque em muiPaulo e candidato à tas regiões do Brasil eu sou pouPresidência pelo co conhecido... mas tem de ter PSDB, Geraldo Al- humildade," disse Alckmin ckmin, comemorou neste do- após evento de inauguração da mingo o seu crescimento de seis nova calha do Rio Tietê, uma pontos percentuais na mais re- das vitrines da sua administracente pesquisa de intenção de ção, em São Paulo. Ele foi acomvoto feita pelo Datafolha –reali- panhado pelo prefeito de São zada três dias depois do partido Paulo, José Serra, que até terçaanunciar a escolha de seu nome. feira passada travava uma disputa interna Alckmin, no dentro do entanto, recoPSDB pela inmendou "pé dicação para as no chão" e eleições presi"sandálias da denciais. humildade" ao Pesquisa– analisar seu Divulgada d es e mp e nh o é o percentual neste fim de se(índice de rejeim an a, a pe sção ) frente ao de rejeição de quisa Datafopresidente Lula, quase lha mostra Luiz Inácio um terço dos uma melhora Lula da Silva da candidatura nas eleições de eleitores Alckmin no 1º outubro. turno diante de Enquanto Lula – 23% con33% dos eleitores dizem que não votariam em tra 17% na sondagem anterior – Lula de jeito nenhum (contra no cenário em que o candidato 30% em fevereiro), apenas 16% do PMDB é o ex-governador do dizem o mesmo sobre o gover- Rio, Anthony Garotinho. Com 6% aparece a senadora nador (eram 15% antes). Esse um terço de eleitorado contrário a Heloisa Helena (PSOL), seguiLula pode sinalizar que, nos ín- da pelo deputado Roberto Freidices atuais, ele está no topo de re (PPS), com 3%, e pelo senador sua votação potencial, ou bem Cristovam Buarque (PDT), com 1%. A posição dos quatro candipróximo dele. "É difícil explicar isso, mas eu datos permaneceu praticamenfico contente. Eu sempre colo- te inalterada em relação à pesquei que tinha um piso (nas in- quisa anterior. Os votos brancos

33%

e nulos somaram 8%, enquanto mês, enquanto a aprovação ao 5 % dos eleitores disseram não governo ficou estável no período, saber em quem votar. O prefeito segundo o Datafolha. Avaliação pessoal– O núdo Rio, César Maia (PFL), não mero de pessoas que considefoi incluído na pesquisa. Lula oscilou dentro da mar- ram o desempenho pessoal gem de erro no 1º turno neste de Lula ótimo e bom caiu de mesmo cenário, passando de 53% em fevereiro para 44% 43% para 42 %, e sua vantagem em março. Na outra ponta, o sobre Alckmin no 2º turno caiu. total dos que consideram o A pesquisa, realizada entre desempenho pessoal do presidente Lula quinta e sextacomo ruim ou feiras, dá vitóp é s s i m o s uria ao presibiu de 12% padente com ra 17%. Já a 50% das intenavaliação reções de voto gular passou contra 38% de de 31% para Alckmin, ante é o percentual de 35%. vantagem de De acordo 53% a 35% derejeição de Geraldo com o levantatectada na sonAlckmin, indica mento, na médagem antepotencial de dia, os dados rior. p o r m u n i c íÉ razoável crescimento pios mostram supor que que a taxa de uma parte do ótimo e bom cre scime nto do governador paulista já tra- na administração do governo duza uma migração de votos do PT registrou uma variação que eram do prefeito José Serra. positiva de 38% para 40% no Como o intervalo de tempo en- interior, enquanto houve um tre a definição do candidato tu- recuo de 37% para 33% nas recano (anunciado no dia 13) e a rea- giões metropolitanas do País. O Datafolha ouviu 3.801 lização da pesquisa (dias 16 e 17) foi muito curto, ficou difícil pessoas em 180 cidades brasileiras, entre os dias entre os quantificar essa transferência. A avaliação do desempenho dias 16 e 17 de março. A marpessoal do presidente Lula teve gem de erro da pesquisa é de 2 forte queda de nove pontos per- pontos percentuais para cima centuais em pouco menos de um ou para baixo. (Reuters)

16%

Sebastião Moreira/AE

eraldo Alckmin (PSDB-SP) não se abalou com a divulgação da última pesquisa do Ibope para a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em que o presidente Lula aparece como franco favorito à reeleição. O governador de São Paulo e candidato oficial dos tucanos à presidência admite que o jogo ainda não começou e que tirará a diferença em favor de Lula durante a campanha eleitoral. Assim que transferir o governo para o vice, Cláudio Lembo (PFL), Alckmin começa a viajar pelos estados brasileiros. Espera fazer uma pregação política. O tucano vai trabalhar os eleitores com as pesquisas na mão. Alckmin sabe, por exemplo, que Lula leva ampla vantagem em regiões como a Nordeste. É por isso que o PFL fala em indicar um candidato a vice proveniente da região para compor a possível chapa PSDB-PFL. Alckmin tem conversado por telefone com lideranças do PFL, como o presidente Jorge Bornhausen (SC). Diz que gostaria de ter um vice do PFL. O PFL é o primeiro partido a ser consultado pelo tucano para uma aliança. A exemplo dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 19992002), o PFL deve formar a chapa com o PSDB, indicando o nome do vice-presidente.

NOMES O nome mais citado no PFL para vice de Alckmin é o do senador José Agripino, do Rio Grande do Norte. Fala-se também de outro senador, José Jorge, de Pernambuco. Ou seja, são dois nomes da região Nordeste.

REPROVAÇÃO Um terceiro nome surgiu no PFL para composição na chapa tucana – outro senador: Jorge Bornhausen. Mas o nome de Bornhausen foi reprovado por ACM (PFLBA), por ser de um estado do Sul do País (Santa Catarina). A cúpula do PFL insiste que o vice tem de ser do Nordeste.

COLIGAÇÃO Fala-se também no PSDB que o partido poderia oferecer o posto de vice a um peemedebista. Afinal, os tucanos estão atrás do apoio do PMDB. Mas Alckmin acha que o PMDB tem de ser respeitado na sua vontade de ter candidato próprio.

SERRA: VOCÊS AINDA PRECISAM DE MIM?

N

aquela que foi sua primeira aparição pública ao lado de Geraldo Alckmin após a definição da candidatura do PSDB à Presidência, o aniversariante e prefeito de São Paulo José Serra, 64 anos, foi chamado de "brotíssimo" pelo governador, mas evitou responder sobre uma possível candidatura ao Palácio dos Bandeirantes e saiu sem falar com os jornalistas. Durante seu discurso na festa de inauguração da nova calha do Rio Tietê, antes da qual foram distribuídos pastéis e jabuticabas em homenagem ao ex-governador Mário Covas, o prefeito evocou uma música dos Beatles: When I'm Sixty Four (Quando Eu Tiver Sessenta e Quatro anos), para definir o seu estado de espírito. "Hoje eu chego a essa idade e pergunto à

cidade: Will you still need m e / Wi l l y o u s t i l l f e e d me/When I'm sixty four? (Você ainda precisará de mim/você ainda me alimentará/quando eu tiver sessenta e quatro anos?)" . O prefeito e o governador participaram na tarde de ontem da festa de finalização do rebaixamento do Tietê, obra que promete pôr fim às inundações nas margens do rio. Na ocasião, Alckmin também assinou um convênio com quatro empresas estatais – Sabesp, Nossa Caixa, Cetesb e Cesp – para a manutenção dos 50 quilômetros de jardins ao longo do Tietê. Ele também autorizou a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos a iniciar os estudos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para dar prosseguimento à obra. (Agências)

FRACOS Os pré-candidatos a governador do PSDB ainda não empolgaram o eleitorado. Segundo as pesquisas, todos têm baixa intenção de voto. São eles o ex-ministro Paulo Renato; o secretário municipal de Governo, Aloysio Nunes Ferreira; o deputado Alberto Goldman e o vereador José Aníbal.

MEIO A MEIO Serra é o melhor candidato que o PSDB dispõe para concorrer ao governo de São Paulo. Cerca de 50% dos eleitores concordam que o prefeito deixe o cargo para se candidatar; outros 50% são contra. Detalhe: Serra tem de decidir até o dia 31.

BRIGA Também o PT corre atrás do PMDB. E a legenda do presidente Lula está mais adiantada do que o PSDB nessa disputa: até já ofereceu a vice a um peemedebista. O PMDB, contudo, acha difícil que a convenção de junho deixe de lançar candidatura própria para se coligar com outro partido.

CONVENÇÃO

Alckmin cumprimenta o possível candidato a governador José Serra

governo do Estado. Portanto, Serra ainda pode ser candidato.

PT e PSDB vão continuar atuando para melar a indicação de candidatura própria no PMDB. Por isso, petistas e tucanos devem interferir na convenção peemedebista de junho. Mas, a cúpula do PMDB diz que um eventual apoio ao candidato de um ou de outro partido pode ocorrer só no segundo turno.

MAIS APOIO Além de PFL e PMDB, Alckmin vai atrás de outros partidos em busca de novas alianças. Caso do PDT. Mas, a exemplo dos peemedebistas, os pedetistas só fazem acordo no segundo turno, porque também querem ter candidato próprio. O partido vai escolher seu nome à presidência por meio de prévias.

CHAPA Não vingando a chapa com o PMDB, o PT pode ter um vice do PSB. O nome mais citado entre os socialistas continua sendo o do ministro Ciro Gomes. Detalhe: Ciro também representa o Nordeste. Ele é do Ceará.

SONDAGEM José Serra andou consultando institutos de pesquisas para saber qual seria a reação dos eleitores em São Paulo se ele renunciasse à Prefeitura para disputar o

DEVAGAR A eventual candidatura de Orestes Quércia (PMDB) a governador entra na fase de banho-maria. O peemedebista está bem situado nas pesquisas, mas fala-se também que Quércia poderia optar pelo Senado, caso sejam fechados acordos com outros partidos.

COM O PT Está de pé uma proposta que teria sido feita pelo PSDB: os tucanos não lançariam candidato ao Senado por São Paulo. Apoiariam a indicação de Quércia, mas, em contrapartida, teriam o apoio do PMDB à candidatura de Alckmin.

CRUZADA A palavra de ordem na oposição é derrubar Palocci. Nem os tucanos como o senador Arthur Virgílio apóiam mais o ministro. Os petistas reclamam que – por coincidência – a oposição voltou a colocar Palocci na alça de mira assim que as últimas pesquisas registraram crescimento de Lula.

NÃO TIRA Até prova em contrário, Lula decidiu enfrentar a oposição e não admite entregar o pescoço de Palocci aos adversários. O presidente é a última blindagem do ministro e quer evitar as costumeiras críticas de setores do próprio PT a Palocci. A campanha eleitoral começa, portanto, com a cabeça do ministro a prêmio.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Sejam os protagonistas da verdade e os promotores da paz. Andreas Solaro/AFP

Do papa Bento XVI, dirigindo-se aos meios de comunicação e aos formadores de opinião. Ele pede que a mídia valorize a paz e a verdade, e não estes o enriquecimento pessoal e as ideologias que não beneficiam a sociedade.

segunda-feira, 20 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

20

MARÇO Recolhimento de ICMS, IPI , Previdência Social (INSS) e Simples

M EIO AMBIENTE S AÚDE

Dr. Atkins, dieta perigosa A popular Dieta do Dr. Atkins poderia estar ligada a uma complicação desenvolvida por uma mulher que alegou estar seguindo o programa alimentar, de acordo com os médicos que publicaram um boletim do caso na revista Lancet. A dieta é baseada na restrição de carboidratos para a perda de peso adicionando-os gradualmente de volta à alimentação após o resultado ter sido atingido. Porém, muitas pessoas que dizem estar seguindo o programa na verdade consomem grandes quantidades de proteína e gordura. Médicos da Universidade de Nova York descreveram que uma mulher de

40 anos desenvolveu um perigoso crescimento de ácidos chamados de cetonas - chamado cetoacidose - no sangue que pode levar os pacientes ao coma. A paciente, que não foi identificada, deu entrada na UTI quatro dias depois de começar a ter falta de ar. Antes de ser hospitalizada, ela havia perdido o apetite, se sentido nauseada e estava vomitando de quatro a seis vezes por dia. Os testes confirmaram a cetoacidose. As cetonas são produzidas no fígado quando os níveis de insulina caem devido à inanição ou diabetes. O caso é considerado raro e seu risco será estudado.

C OPA 2006 Koen van Weel/Reuters

Preservação em debate Conferência vai reunir representantes de 120 países, em Curitiba, durante doze dias

C

erca de seis mil representantes de mais de 190 países, , entre integrantes de delegações estrangeiras, cientistas e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), discutem, a partir de hoje, a proteção e conservação da biodiversidade do planeta em um encontro internacional, em Curitiba (PR). O evento será aberto pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Promovida pela ONU e o governo brasileiro, a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8) vai discutir, entre outros temas, a criação e implementação de áreas protegidas, o acesso a recursos genéticos, a proteção de conhecimentos tradicionais da sociobiopirataria e o compartilhamento com comunidades locais dos benefícios advindos desse uso. Os temas foram selecionados pelos quatro grupos permanentes de trabalho criados na última conferência, a COP-7, ocorrida há dois anos, na Malásia. E são eles que deverão nortear as duas semanas do deba-

te. "Os grupos trouxeram algumas sugestões de como tratar no âmbito internacional desses temas. É durante a conferência que os países signatários avaliam e decidem pela adoção ou não dessas propostas e também daquelas apresentadas pelo secretariado da convenção", explicou a diplomata brasileira Adriana Tescari. Durante todos os dias da conferência os trabalhos serão iniciados com uma plenária e depois prosseguirão em dois grupos simultâneos (com temas diferentes). "Amanhã [hoje] a plenária vai decidir detalhes da organização dos trabalhos. Ela será presidida pela ministra Marina Silva", afirmou Tescari. "Em geral, porém, a plenária tem o papel de ser o lugar dos informes e relatórios. As decisões costumam acontecer nos dois subgrupos (ou grupos de trabalho)". A proposta só passa se houver consenso entre todos os países. A diplomata explicou que os países signatários da convenção se aglutinam em grupos regionais (como o dos países da América Latina e Ca-

ribe, liderado pela Venezuela, do qual o Brasil também faz parte) ou por afinidade (como o dos países megadiversos, liderado pelo Brasil). "Esses grupos costumam apresentar posições iniciais em bloco. Mas, no decorrer da discussão, seus integrantes divergem. O que vale mesmo, para a convenção, é o posicionamento de cada país". Se o debate sobre alguma proposta se mostrar muito específico ou polêmico, a coordenação da conferência pode optar pela criação de grupos de contato ou de amigos do presidente. Os grupos de contato servem para debater um ponto específico e liberar o andamento do grupo de trabalho. A participação neles é aberta a todos os países interessados, mas só para os membros das delegações. Já o segundo é composto pelos países indicados pelo presidente da conferência. Ele tem a mesma função, mas é menor, mais fechado que o grupo de contato. A COP é o órgão deliberativo da Convenção da Diversidade Biológica (CDB). (ABr)

Ronen Zvulun/Reuters

L

Réplicas de capacetes nazistas para torcedores de futebol fizeram tanto sucesso entre os holandeses que a empresa produtora lançou versões para todos os países de olho em lucros durante a Copa. O modelo, entretanto, foi proibida no país, por ser considerado ofensivo.

I NTERNET

O bebê como garantia

Segredos indiscretos levam Oscar da web

Um hospital de Jerusalém reteve uma recém-nascida durante três semanas como "garantia" de que os pais - uma árabe-israelense e um palestino residentes no território da Cisjordânia - teriam possibilidades financeiras de pagar os gastos médicos. Os pais da bebê só conseguiram ter sua filha de volta depois da intervenção do governo de Israel. O caso foi revelado pelo jornal israelense Haaretz. A mãe deu à luz trigêmeos uma menina e dois meninos. As crianças, prematuras, precisaram de tratamentos especiais. Na hora de deixar o hospital, a mãe só foi autorizada a levar os meninos.

O blog PostSecret, que publica cartões postais anônimos criados pelos internautas com imagens e confissões, ganhou cinco categorias do prêmio Bloggies 2006, incluindo Melhor Blog. O concurso contempla os melhores blogs na internet e deu destaque ao PostSecret porque, ao contrário de outros blogs, é uma criação coletiva. Na categoria Melhor Blog Latinoamericano não havia nenhum indicado brasileiro. O Blogger, ferramenta de publicação de blogs do Google, ganhou o prêmio na categoria serviços.

Existem vários gravadores de voz no mercado, mas a IBM deu um passo adiante com o "Magic Book", que permite a busca do conteúdo gravado, como um "google" de sons. A busca é por palavra-chave, duração do registro e até pela voz de uma pessoa, graças à tecnologia de reconhecimento de voz. Ainda sem previsão de lançamento.

Se o desafio é saber quanto mede ou pesa alguma coisa, uma página na internet tem todas as tabelas necessárias para as conversões. Unidades de massa, superfície, volume, área podem ser convertidas de padrões internacionais para o brasileiro - e vice-versa - a partir das indicações do Portal Brasil, que tem ainda informações sobre velocidade, pressão, freqüência, energia, potência. O melhor do site é que traz também medidas raras, não usadas no sistema internacional. www.por talbrasil.net/ pesos_e_medidas.htm

A

minifig/sets/

B RAZIL COM Z

Europa descobre o Brasil. De novo. O site francês especializado em turismo, L´Echo Touristique, o número de turistas estrangeiros que visitam o Brasil aumentou 16% em 2005. No ano passado, o País teve o número recorde de visitantes de fora: 5,5 milhões de pessoas, segundo dados da Embratur. Mas, para os europeus, a grande notícia é que, pela primeira vez, o número de europeus superou o de latino-americanos nos desembarques no País. A redescoberta do Brasil pelos europeus se deve, segundo o site, ao aumento na oferta de vôos ligando cidades européias a cidades brasileiras. Outro fator relevante é que o Brasil tem se destacado no turismo de negócios.

Profissão reconhecida

www.bluebus.com.br/ show.php?p=2&id=67808

A TÉ LOGO

Michael Jackson fechou seu rancho de Neverland Valley e demitiu os funcionários. Mas a decisão é temporária. Em 9 de março, 9 de março Jackson foi multado em US$ 69 milporque ele deixara de renovar o seguro de seus empregados. Ale´m disso, ele recebeu outra multa, de US$ 100 mil por estar devendo quatro meses de salário aos empregados do rancho. Depois de colocar os salários em dia, Jackson demitiu a equipe e decidiu fechar o rancho por manter residência permanente no Bahrein, país do Oriente Médio. Seus acessores informaram, entretanto, que ele pode reabrir a casa se decidir voltar aos EUA. A USTRÁLIA

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

O Pequeno Príncipe agora em capa de cadernos, agendas, mochilas e jóias no Brasil Manifestações em vários países do mundo marcaram o terceiro ano da invasão do Iraque

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Tudo na medida certa

Gioconda de Leonardo Da Vinci é famosa por seu misterioso sorriso, que muitos tentaram desvendar. Na década de 50, depois que o modernista Marcel Duchamp pintou bigodes na Monalisa, para demonstrar seu desprezo à arte tradicional, a musa de Da Vinci nunca mais foi a mesma. A arte digital, entretanto, criou uma moda: representar a Monalisa em situações que Leonardo Da Vinci não testemunhou.

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Gravador com 'google' de sons

O que Leonardo não viu

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F AVORITOS

www.ibm.com/us/

GRIPE AVIÁRIA – Meio milhão de aves foram sacrificadas ontem em Israel após confirmação de gripe aviária. Ao descobrirem a entrada de aves na Cisjordânia, por meio de contrabando, os palestinos também enterraram centenas de frangos vivos. A RTE

G @DGET DU JOUR

www.flickr.com/photos/

Michael Jackson fecha Neverland

http://postsecret.blogspot.com

Cia. 2 do Balé da Cidade (foto) apresenta Fragmentos Mozarteanos. Teatro Municipal (vários locais). Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Telefone: 3222-8698. 19h30. Grátis.

O Lego, até bem pouco tempo considerado coisa de criança, ganhou novas aplicações na vida cotidiana. Há quem faça móveis de Lego ou quadros usando os bloquinhos coloridos. Mas um usuário inglês de codinome Minifig criou um álbum virtual para mostrar suas criações para lá de inovadoras. Há personalidades, bandas e fatos representados com o brinquedo de montar. A capa do álbum Let it be, dos Beatles, ganhou a versão Lego it Be. Papai Noel, Haloween, Britney Spears, o premiê inglês Tony Blair e o vice-presidente norteamericano Dick Cheney também têm seus Legos.

C ELEBRIDADE

C A R T A Z

DANÇA

E M

Lego na versão humana

www.lechotouristique.com

L

I SRAEL

B RINQUEDOS

Singer escolhe primeiro brasileiro para presidir sua filial no País desde a criação da fábrica

Os strippers australianos ganharam o direito a uma pausa depois de tirarem suas roupas. A Comissão de Relações Industriais do país aprovou novas regras trabalhistas para membros da união de strippers, conhecida como Striptease Artist Australia. Feriados pagos, jornada máxima de 10 horas, horário de almoço, períodos de descanso e licença maternidade são algumas das conquistas da categoria. O número de afiliados da união é incerto, mas o perfil profissional indica que os strippers trabalham principalmente em bares.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

POLÍTICA - 5

NA AGENDA, RELATÓRIO FINAL DA CPMI DOS CORREIOS, FUTURO DA CPI DOS BINGOS E VOTAÇÕES DE PROCESSOS.

CPIs NO CENTRO DAS ATENÇÕES DA SEMANA Folha Imagem/Arquivo/30-01-2006

AE/Arquivo/09-02-2006

O

DIRCEU, EM SÃO PAULO, EVITA FALAR DA 'CRISE' PALOCCI.

D

Deputado Osmar Serraglio, responsável pelo relatório final da CPMI.

O plenário da Câmara deve votar o processo contra petista João Magno

CPMI dos Correios vai pedir indiciamento de Dirceu e Gushiken Relatório que pede a cassação do ex-presidente da Câmara é aprovado pelo Conselho de Ética

Delúbio

Jefferson

Valério

Duda

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou na CPMI do Mensalão que os empréstimos feitos para o partido somaram R$ 55,9 milhões, mas insistiu que só autorizava os repasses do dinheiro do valerioduto.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ) depôs por quatro horas na Polícia Federal, em Brasília, e confirmou ter recebido R$ 75 mil do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002.

Marcos Valério depôs de novo à Polícia Federal e negou que tenha sido um dos financiadores do caixa 2 de Furnas, que teria dado dinheiro às campanhas de 156 políticos de diversos partidos, em 2002.

O publicitário Duda Mendonça foi reconvocado pela CPMI dos Correios para depor. Mas, amparado por uma liminar do STF, o ex-marqueteiro de Lula não respondeu a nenhuma pergunta feita pelos parlamentares.

Waldomiro

Buratti

Poletto

Ademirson

Ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, Waldomiro Diniz teria indicado Rogério Buratti para negociar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa. Waldomiro é uma das 34 pessoas que a CPI dos Bingos pede o indiciamento.

Ex-assessor de Palocci quando o ministro era prefeito de Ribeirão Preto, Rogério Buratti teria pedido propina de R$ 6 milhões para intermediar o contrato entre a Gtech e a Caixa. A CPI dos Bingos sugere o indiciamento do advogado.

Outro ex-assessor de Palocci em Ribeirão, Vladimir Poletto contou que o PT teria recebido US$ 3 milhões de Cuba de forma ilegal em 2002. Poletto admitiu (e depois negou) ter transportado num avião o dinheiro escondido em caixas de bebida.

A CPI dos Bingos descobriu que entre o secretário particular de Palocci Ademirson Ariovaldo da Silva e Poletto foram feitas mais de 1400 ligações telefônicas. É mais uma pessoa ligada ao ministro que a comissão quer ver indiciada.

Karina

Jefferson

Valério

Buratti

AE/Arquivo/13-06-2005

AE/Arquivo/25-08-2005

AE/Arquivo/06-07-2005

Poletto

AG/Arquivo/29-11-2005

Galeria de personagens AS/Arquivo/10-11-2005

A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio depôs na CPMI e contestou as versões de seu ex-patrão para os grandes saques bancários. De acordo com ela, Valério teria o hábito de sacar altas somas de dinheiro antes de encontros com políticos. Karina se filiou ao PMDB e pode sair candidata à deputada federal em 2006.

Sérgio Dutti/AE

clima de tensão política continua nesta semana, com oposicionistas e governistas se enfrentando em torno do relatório final da CPMI dos Correios e os novos caminhos da CPI dos Bingos, que pode ter sua investigação ampliada através de requerimento. O Conselho de Ética deve votar o relatório do processo do deputado José Mentor (PT-SP) e o plenário da Câmara marcou a votação de mais dois casos de envolvidos no mensalão – dos deputados João Magno (PT-MG) e Wanderval Santos (PL-SP). As atenções estarão voltadas principalmente para a CPMI dos Correios, que entra na reta final após dez meses de funcionamento. O relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), promete o documento final para amanhã e sua votação deve esquentar ainda mais o clima do Congresso. Já a CPI dos Bingos terá de decidir os próximas passos depois que o Supremo Tribunal Federal impediu que fosse ouvido o caseiro Francenildo Santos Costa sobre o que viu na mansão da chamada 'República de Ribeirão Preto'. A CPI deverá recorrer ao próprio STF contra a liminar do ministro Cezar Peluso. MPs – O plenário do Senado tentará votar nos próximos dias oito medidas provisórias (MPs) que vêm trancando sua pauta. Os partidos de oposição aceitam votar as MPs e culpam a própria base do governo pelo atraso nas votações. Com a pauta liberada, o plenário da Câmara poderá votar, entre outras propostas, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Projeto de Lei 123/04 e outros), que cria o Supersimples. Outro foco de tensão estará na Comissão Mista do Orçamento, onde ficou pronto para votação o relatório final do deputado Carlito Merss (PT-SC). Apesar de assinado um acordo partidário para garantir repasse de R$ 5,2 bilhões aos estados exportadores, as oposições querem mais garantias de que as verbas realmente serão liberadas ao longo do ano. Na corrida eleitoral, o PSDB vai negociar com o PFL em busca de uma aliança que apóie o governador Geraldo Alckmin. Leia os principais fatos da semana: G Hoje – O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, começa visita de cinco dias à China. O governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência, inaugura o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. G Amanhã – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita a Bahia. E está programada a apresentação do relatório final da CPMI dos Correios pelo deputado Osmar Serraglio. G Quarta-feira – Votação pelo plenário da Câmara do pedido de cassação do mandato dos deputados Wanderval Santos e João Magno. G Quinta-feira – O Conselho de Ética vota relatório que pede a absolvição do deputado José Mentor (PT-SP). (Agências)

Ademirson

Janene

Dourado

Costa Neto

Janene

Genoino

Ex-chefe de gabinete de Palocci, Juscelino Dourado é suspeito de fazer tráfico de influência no Ministério da Fazenda. Admitiu ter recebido Buratti pelo menos nove vezes no prédio do ministério desde o início do governo Lula, em 2003.

O presidente do PL e ex-deputado Valdemar Costa Neto reafirmou na acareação da CPMI do Mensalão que pagou despesas assumidas durante o 2º turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas de Marcos Valério.

O presidente da Câmara reconheceu o direito de José Janene (PP-PR) se aposentar por invalidez, mas ainda não chegou a uma decisão sobre o pedido do parlamentar, processado por envolvimento no mensalão. O deputado está de licença médica.

O ex-presidente do PT José Genoino afirmou à Polícia Federal que os empréstimos dos quais foi avalista foram tomados com base em "decisão conjunta do diretório nacional" e voltou a culpar o extesoureiro Delúbio Soares.

Gushiken

Severino

Toninho da Barcelona

Marinho

Luiz Gushiken, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Acusado de usar influência sobre os fundos de pensões de estatais, Gushiken depôs na CPMI dos Correios e negou as acusações.

O ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos confirmou que os R$ 100 mil recebidos do diretório do PT do Rio, em 2003, seriam de caixa 2. Ele era coordenador da campanha de Benedita da Silva.

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt negou que tenha prestado serviços ao PT ou a outros partidos, Mas, no mês passado, disse que operava para o PT durante a campanha de 2002, trocando dólares por reais.

Maurício Marinho, ex-chefe de Contratação e Administração dos Correios. Flagrado recebendo propina de R$ 3 mil, Marinho depôs de novo na CPMI dos Correios e apresentou dossiê com irregularidades na estatal.

Pereira

Genu

Simone

Lamas

Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT. Assumiu ter negociado cargos; saiu do PT, depois da descoberta de que ganhou um Land Rover da GDK . Declarou que todos os membros da executiva do PT sabiam da existência do caixa 2.

João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, reconheceu ter recebido da diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, R$ 700 mil. Ela afirma, entretanto, que entregou diretamente a Genu ou a pessoas indicadas por ele, R$ 1,6 milhão.

A diretora-executiva da SMP&B Simone Vasconcelos disse na acareação da CPMI do Mensalão que João Cláudio Genu, Jacinto Lamas, Roberto Costa Pinho e José Luiz Alves foram no mesmo dia a um hotel retirar dinheiro.

A Polícia Federal indiciou o extesoureiro do PL Jacinto Lamas por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Lamas figura na lista de sacadores de recursos das empresas de Marcos Valério , considerado o operador do mensalão.

PASSO-A-PASSO DAS INVESTIGAÇÕES

CPMI dos Correios

Conselho de Ética

CPI dos Bingos

A CPMI entrou em crise na reta final dos seus trabalhos. O deputado ACM Neto não entregou ao relator da comissão, deputado Osmar Serraglio, documento que aponta irregularidades nos fundos de pensão. Serraglio se reuniu com representantes dos fundos investigados, o que gerou o mal-estar entre os deputados.

O deputado Edmar Moreira (PFL-MG), relator do processo do deputado José Mentor (PT-SP), recomendou a absolvição do petista. Mentor teria recebido, por meio de seu escritório de advocacia, R$ 120 mil de Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério. Moreira disse que não encontrou provas contra o petista.

O caseiro Francenildo Santos Costa falou na CPI por quase uma hora antes de uma decisão do Supremo Tribunal Federal suspender o depoimento. Ele reafirmou que o ministro Palocci, freqüentava a casa usada pela 'República de Ribeirão Preto', em Brasília. Lá, segundo ele, aconteciam festas com garotas de programa.

epois de meses afastado dos holofotes e microfones da imprensa, o ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu (PT) reapareceu pela primeira vez em público. Dirceu prestigiou a sessão solene da Câmara Municipal de São Paulo que fez a entrega do título de cidadã paulistana a Inês Fontana Tatto, mãe do também petista vereador Arselino Tatto. Mas ele evitou os assuntos mais polêmicos, como o possível afastamento do ministro da Fazenda Antonio Palocci. Conservando ainda o mesmo corte de cabelo do ano passado e trajando blazer preto e camisa polo, o ex-ministro aparentava muita descontração. Sempre sorridente, Dirceu fez um breve discurso em homenagem a Inês Tatto. Ele citou a participação dela na história do PT, principalmente na década de 80 e alertou sobre a necessidade de uma união de todos os militantes do partido para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o fim da sessão, Dirceu recebeu vários cumprimentos e até tirou fotos com munícipes que alegavam ser seus fãs. Dirceu ouviu até conselhos do tipo "levante a cabeça e siga em frente" ou "você não deveria ter saído de lá". E como repetia um velho chavão político: "Continuamos na luta, companheiro!". O ex-ministro não perdeu a oportunidade de criticar a escolha do governador Geraldo Alckmin como candidato tucano à presidência, dizendo que foi a vitória da direita do PSDB. "Perdeu a social-democracia" (em referência ao prefeito José Serra)". Dirceu confirmou que vai apoiar a candidatura de Marta Suplicy ao governo do Estado. "Todos sabem que vou apoiar a Marta. Mas se o partido decidir pelo Mercadante vou apoiá-lo do mesmo jeito." Ivan Ventura


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

Vitória do voto vencido liminar concedida pelo STF visando evitar o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa, suas razões e fundamentos, no meu entender é claro, é a coisa mais absurda que tive oportunidade de ler nos últimos tempos. Sua existência por si só exorbita a digna, mas limitada, função jurisdicional. Primeiro porque a decisão parte da perspectiva desarrazoada de que a um senador, membro de um colegiado, pode ser conferida a prerrogativa de obstar os trabalhos de investigação de crimes contra a sociedade brasileira. A liminar deu força a um voto vencido, atribuindolhe liquidez e certeza como se fosse um direito previsto em lei. Aliás, saliente-se, a decisão é omissa quanto indicação da previsão legal, ou

A

constitucional, do direito que pretendeu proteger. Em segundo lugar, porque o que devem ser apurados, obviamente, são supostos ilícitos e não um fato notório, ou previamente já provado e demonstrado. À uma investigação não é imprescindível a existência de uma prova prévia, mas vaise em busca da prova. Em terceiro lugar, porque uma CPI tem a função de investigar todos os fatos que tenham conexão com aqueles que determinaram a sua criação. Para tanto, basta inferir-se um mínimo de conexão entre fatos, pois no correr dos trabalhos é que esta será, ou não, demonstrada. Na ótica do Ministro Cezar Peluso, parece, na investigação de um latrocínio, a polícia deveria investigar o roubo ou a

morte do roubado, nunca ambos e ao mesmo tempo. A suspeita da existência de um delito justifica a instauração da investigação parlamentar. Assim, outro poder não tem competência para delimitar como deve ser feita a investigação e também se estão sendo exorbitados, ou não, os poderes de investigação a ela inerentes. Se há a suspeita da prática de um delito, à saciedade esse delito deve ser investigado, inclusive, também, para que se evite o cometimento de erros irrecuperáveis e irreversíveis. E, também, a fim de não dar lugar a futuros lamentos por desídia no desempenho das funções investigatórias. Investiga-se o que deve ser investigado por quem tem essa atribuição, de forma

Beto Barata/AE

Nildo (acima)não pôde terminar seu depoimento à CPI dos Bingos, mas ela deve investigar todos os fatos que tenham conexão com aqueles que determinaram a sua criação.

que a outro poder não compete dizer se a atividade da CPI está, ou não, exorbitando a suas atribuições. Trata-se das prerrogativas inerentes ao Estado de Direito em respeito à dignidade do cidadão, as quais visam a profilaxia das doenças infecciosas e parasitárias tão comum nas regiões tropicais, o que, aliás, ironicamente, é a especialidade profissional do senador impetrante do mandado de segurança. Espera-se, enfim, que o Poder Judiciário e, inclusive, o Ministro Cezar Peluso, se valham da mesma rapidez como concedida a liminar para submeter o caso ao julgamento final dos demais ministros do STF. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO, ADVOGADO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

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O rolo compressor A verdadeira face do homem de Pindamonhangaba

ANTONIO DELFIM NETTO

AS ATAS SECRETAS DO COPOM s votos dos membros do Conselho de Política Monetária não deveriam permanecer secretos. Eles devem ser registrados individualmente e depois de algum tempo tornados públicos, para conhecimento da sociedade brasileira das razões de cada um dos conselheiros. Uma iniciativa desta natureza pode ser ordenada pelo Congresso, onde a questão desperta

O

Os membros do Copom devem não apenas votar, mas também justificar os seus votos publicamente interesse, principalmente após a reunião de 7 de março, quando três dos nove conselheiros votaram pela redução de um ponto percentual da taxa Selic e foram voto vencido. Os outros seis conselheiros aprovaram a redução de apenas 0.75% e a Selic ficou em 16.5% ao ano, mantendo a folgada liderança do Brasil no torneio mundial de juros altos. Seria interessante conhecer os argumentos que produziram o resultado atual e os anteriores. fato é que a política monetária que nos foi imposta em 2005 produziu resultados devastadores no crescimento da economia brasileira. No terceiro trimestre de 2004 estávamos crescendo à taxa anualizada de 5%, o setor externo estava calmo e não existiam no horizonte indicações de retomada da inflação. Em setembro de 2004 o BC "descobriu" sérias tensões inflacionárias (até hoje não reveladas, apesar do benefício do tempo) e iniciou uma escalada de aumentos da taxa básica de juros que esfriou o nível da atividade e reduziu o crescimento da economia, que era de 5% em setembro de 2004, para 2,3% ao final de 2005. A tabela a seguir mostra a queda das taxas de crescimento do PIB acumulado no ano, trimestre a trimestre (referidos ao período do ano anterior) :

LC Leite/Divulgação

O

om a definição do PSDB em indicar o governador Geraldo Alckmin como candidato à Presidência, São Paulo se livra de um problema. Mas o Brasil ganha um outro bem maior. A insana disputa interna com o prefeito de São Paulo José Serra para conquistar o direito de concorrer ao cargo máximo do país revelou como o homem de Pindamonhangaba não economiza esforços em chegar onde quer. Age como um verdadeiro rolo compressor, que não tem quaisquer limites quando seus interesses estão em jogo. A pose de bonzinho esconde um sujeito inescrupuloso, ligado a setores radicais da Igreja católica, que governou São Paulo nos últimos seis anos como um grande ditador. Neste tempo todo, passou sobre o parlamento como bem entendeu. Fez da

C

Assembléia Legislativa uma casa servil, pronta para aprovar ou rejeitar tudo do jeito que ele queria. Quando algo lhe escapava ao controle e algum projeto que não lhe agradasse foi aprovado, ele sempre utilizou a caneta para vetar. Foram poucos os parlamentares que, como eu, disseram não à tucanada e deram a cara para bater mostrando, neste tempo todo, as mazelas do poder. Co inci dent emen te, uma das únicas derrotas de Alckmin ocorreu há exato um ano. Em 15 de março de 2004 ele perdeu o comando da Assembléia Legislativa, quando o deputado Rodrigo Garcia (PFL) venceu a disputa pela presidência da Casa contra o candidato tucano. E isso só ocorreu devido à ganância do governador, que acredita estar acima de tudo ou de todos. Além de dar as cartas

no Estado, Alckmin – já há alguns meses - percorre o Brasil como candidato. Desta forma, propaga por aí afora o que julga ser seus méritos, ignorando as mazelas que vem proporcionando a São Paulo. Esquece-se de que foi e continua sendo uma nulidade quando se trata de segurança pública. Apresenta números irreais sobre a violência. Tenta passar a imagem de um Juscelino Kubistcheck melhorado, o que – nem de longe –se traduz em verdade. A saída oficial de Alckmin do Palácio dos Bandeirantes acaba sendo positiva para São Paulo, que terá os últimos oito meses desta gestão nas mãos de outro partido, algo que não ocorre há quase 12 anos. O vice-governador Cláudio Lembo (PFL) logicamente vai herdar a máquina tucana. Longe de ser um ad-

versário do homem de Pindamonhangaba, foi neste tempo um fiel vice. Mesmo assim, terá condições de reverter alguns erros, que se propagam com o império do PSDB em São Paulo. Sem a máquina estadual totalmente em suas mãos, os tucanos – com certeza – terão grandes dificuldades de mais uma vez garantirem um nome para a sucessão no Estado. Salvo algum coelho que tenham na cartola, crescem as chances de partidos como o PMDB, PT e PFL ficarem com o Governo do Estado. Isso se dá, principalmente, pela forma centralizadora e totalitária de Alckmin administrar. No poder, não se preocupou em formar algum quadro para sua sucessão. Apenas trilhou um caminho para que possa tentar se habilitar ao lugar do presidente Luiz Iná-

cio Lula da Silva. O próprio prefeito José Serra, que aparece melhor nas pesquisas e é um excelente jogador, foi massacrado pelo governador. Perdeu espaço no partido e – mesmo sem querer – seguirá prefeito de São Paulo até 2008, se Alckmin assim desejar. Os próximos dias mostrarão. Agora cabe a São Paulo mostrar ao Brasil a verdadeira face do homem de Pindamonhangaba, de forma que ele seja apenas um figurante na corrida presidencial sem chances de chegar ao Palácio do Planalto. Caso ele consiga iludir o eleitorado, o País passará maus bocados nos próximos quatro anos, estando a mercê de um verdadeiro ditador. A campanha mal começou. Cabe às pessoas de bem, revelarem quem é este Geraldo Alckmin. ROMEU TUMA É DEPUTADO ESTADUAL (PMDB)

balanço final dessa política monetária foi duplamente trágico: 1) Desperdiçou 2,7% de crescimento do PIB, obtendo, "como troco", menos de 1% de redução da taxa de inflação; e 2) Sustentou uma supervalorização do Real, permitida pela arbitragem das taxas de juros interna e externa que transformou nossa moeda na mercadoria mais cobiçada dos especuladores internacionais. Ao longo de 2005 o Banco Central manteve ferozmente a política monetária, não obstante se tornarem evidentes os sinais da tragédia anunciada. A sociedade está pagando o preço desse baixo crescimento da produção e do pífio crescimento dos níveis de emprego e da renda do trabalhador. Ela merece saber as razões de cada um dos conselheiros: os membros do Copom devem não apenas votar mas também justificar os seus votos, em termos da teoria ou das suas crenças, de seus desejos ou de sua forma de ver o mundo. Seria fundamental poder conhecer o raciocínio que o conselheiro utilizou no momento em que proferiu o seu voto, mesmo que tenhamos que esperar dez ou doze meses, como acontece em outros países. Mas isso é de extrema importância, em nome da transparência.

O

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

A sociedade paga o preço do baixo crescimento da produção, do emprego e da renda. Ela merece saber as razões.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

MuNDOreAL

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

O estupro das soberanias nacionais ONU está firmemente decidida a tornar o abortismo obrigatório em todas as nações do mundo, sob pena de sanções econômicas. É a mais vasta e brutal interferência uniformizante que um poder transnacional já ousou fazer em países nominalmente soberanos. A intromissão vai furar a casca jurídica e administrativa e ir direto aos fundamentos de cada sociedade. Será a extirpação completa das raízes morais e religiosas milenares de culturas inteiras – e não é preciso dizer que junto com esses fundamentos irão embora as respectivas identidades nacionais. Governo mundial - Nomeada e paga por Estados independentes, a burocracia internacional da ONU e da CE se empenha ativamente em destruí-los e em erguer-se acima deles como governo mundial. A decisão explícita nesse sentido já está tomada desde 1994: "Os problemas da humanidade já não podem ser resolvidos pelos governos nacionais. O que é preciso é um Governo Mundial. A melhor maneira de realizá-lo é fortalecendo as Nações Unidas" (Relatório sobre o Desenvolvimento Humano). Até o momento, a imposição desse novo poder era camuflada e sutil. Decisões da alçada dos

A

governos e parlamentos iam sendo, pouco a pouco, transferidas para comissões técnicas transnacionais, inteiramente protegidas de qualquer fiscalização pelos eleitorados. A soberania política, jurídica, econômica e militar das nações ia sendo cortada fatia por fatia, lentamente, sem que os povos afetados recebessem informação em tempo de organizar-se para reagir. Uma autêntica "operação salame" em escala global. Foi assim que a burocracia internacional conseguiu impor programas uniformes em matéria de educação, saúde, economia, etc., até mesmo às nações mais fortes e orgulhosas (a total devastação do ensino público americano foi obra da ONU, implantada com a cumplicidade de Jimmy Carter e George Bush pai). A obra-prima do maquiavelismo anestésico veio quando a Inglaterra, tradicionalmente refratária à promiscuidade internacional, consentiu em ceder ao escritório da Comunidade Européia, em Bruxelas, os poderes de decisão do governo de Londres quanto a orçamento, comércio, transportes, defesa nacional, relações internacionais, imigração, justiça e direitos humanos, reduzindo o Parlamento à condição de assembléia local subordi-

nada (v. http://www.olavodecarval h o . o r g / s e m a n a / 0 3 0 5 2 4 g l obo.htm). Uma pesquisa do jornal The Sun mostrou que 84% dos ingleses ignoravam tudo a respeito. A decisão quanto ao aborto assinala o que Mao Tsé-tung chamaria ''salto qualitativo": uma lenta acumulação quantitativa de fatores homogêneos muda, de repente, a natureza do processo. Décadas de manipulação sorrateira tornaram as nações suficientemente passivas para curvar-se, sem o mais mínimo questionamento, à imposição ostensiva de uma nova lei moral, contrária a tudo em que acreditaram durante séculos ou milênios. Se há uma situação em que faz sentido falar de "genocídio cultural", é essa. E não é preciso dizer que novas medidas do mesmo teor virão nos próximos anos, varrendo do mapa símbolos, valores, costumes e tradições que desagradem ao autonomeado governo do mundo. A profundidade e abrangência da mutação planejada vão além de tudo o que a imaginação banal dos politólogos acadêmicos e dos analistas econômicos da mídia pode hoje conceber. De um lado, a substância ideológica dessa revolução é extraída

diretamente do materialismo revolucionário do século XVIII: trata-se de criar uma sociedade global totalmente administrada e controlada por uma elite de intelectuais iluminados, porta-vozes da razão científica contra o obscurantismo das religiões e culturas tradicionais. Mas todo esse racionalismo é somente uma casca brilhante construída para engodo das multidões (nisto incluído o "proletariado intelectual" das universidades). Por dentro, o iluminismo inteiro foi um amálgama tenebroso de ocultismo, magia, gnosticismo, sociedades secretas, rituais entre cômicos e macabros. Não há um só historiador sério que ignore isso. Do mesmo modo, o laicismo "esclarecido" da nova ordem global é puro teatro. Suas fontes são as mesmas do ocultismo da "Nova Era". Seus gurus são Helena Petrovna Blavatsky, Alice Bailey, Aleister Crowley e outros saídos do mesmo esgoto espiritual. Se duvidam, informem-se sobre um movimento denominado United Religions Initiative. Já mencionei aqui o livro de Lee Penn, False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism and the Quest for a One-World Religion, Hillsdale, NY, Sophia Perennis,

2004. Está tudo lá. Apelo ao leitor para que estude essa obra enquanto é tempo. São centenas de páginas de documentos de fonte primária, que não deixam a menor margem a dúvidas. O governo mundial que se forma diante dos nossos olhos tem um programa "religioso" bem definido: criar uma nova "espiritualidade global" biônica que domestique as religiões tradicionais e as nivele a qualquer seita ocultista, mágica, ufológica ou satanista, e na qual o objetivo essencial da atividade religiosa não seja o culto a Deus, mas a "reforma social"– na linha, é claro, escolhida pela burocracia. A intelectualidade brasileira está radicalmente desqualificada para discutir essas mutações e suas conseqüências para o país. O destino nacional está sendo decidido por forças que ninguém, no Congresso, na mídia, nas universidades ou nas Forças Armadas, entende nem mesmo por alto. Nunca os cérebros foram tão pequenos para desafios tão grandes. As discussões a respeito são meros concursos de literatice provinciana, enquanto em volta tudo é arrastado na voragem de uma revolução que não é compreendida nem pelos seus próprios agentes locais.

Wilton Junior/AE

Notícias do mundo real a assessoria da senadora, que antes havia concordado com a entrevista, reagiu com quatro pedras na mão, fazendo pose de dignidade ofendida e espalhando no ar toda sorte de insinuações perversas para fugir de dar uma resposta. O jornal então avisou que iria publicar as perguntas sem as respostas , e a senadora, agora em pessoa, não perdeu a ocasião de se fazer de vítima, uma das técnicas de desconversa mais usuais nos meios esquerdistas: "Ameaça? Acha V.Sa. que eu tenho medo de alguma coisa? Passei a vida como sobrevivente tendo que engolir meus próprios medos, entendeu?" Performance comovente, senadora. Mas, encerrado o espetáculo, cadê a explicação? Nada. Silêncio total. O blog então publicou as provas da participação de Lollo no PSOL, acompanhadas de um documento aterrorizante: a foto de uma das vítimas do incêndio, queimada mas ainda viva, tentando em vão escapar pela janela da casa em chamas. O que achei mais bonito na reação da assessoria foi a pergunta insolente enviada a Gabriel Castro: "O seu público sabe quem é Olavo de Carvalho? Assim fica difícil agente (sic) fazer alguma coisa." Que é que seus ajudantes querem dizer com isso, senadora? Que a senhora me conhece, que sabe a meu respeito algo de terrivelmente comprometedor que o editor do blog ignora? Pois então diga logo, madame. Na verdade, você não vai dizer é nada, nem contra mim nem a seu favor. Não vai dizer, porque não tem nada a

Derrota completa s soldados do Exército voltando aos quartéis, sob uma chuva de cusparadas da mídia, após uma frustrada incursão nos morros cariocas, são a imagem da derrocada aparentemente irremediável das nossas Forças Armadas. Desde o tempo em que optaram por responder às sucessivas ondas de calúnias com tímidas notinhas oficiais em vez dos processos judiciais devidos e moralmente obrigatórios, os comandantes das três armas mostraram sua disposição de sacrificar a dignidade das suas corporações no altar de uma simulação gramscian a d e d e m ocracia e ordem. Depois passaram da omissão ao masoquismo explícito, condecorando os detratores das Forças Armadas, mostrando reverência indevida a um governo cúmplice das Farc e submetendo-se alegremente à ordem de transformar soldados em cavouqueiros a serviço do MST. Negando contra toda evidência o alcance militar e estratégico do narcotráfico no continente, deixaram crescer impunemente o inimigo, enquanto se vangloriavam de não se rebaixar a "funções policiais". Fugindo à luta maior, à luta para salvar o país da trama continental urdida pela aliança macabra de comunistas e traficantes, agora só lhes resta tentar mostrar serviço saindo à cata de bandidinhos avulsos e provando que já não estão capacitadas nem para isso.

O

Geraldo Magela/ Agência Senado

uem quiser saber o que se passa no país e no mundo, que pare de ler os jornalões e comece a vasculhar a internet. Três exemplos: Primeiro. Leio no site w ww. a le r ta b r as i l. b l og s po t . co m que, segundo Leonardo Attuch, autor do livro "A CPI que Abalou o Brasil", Mino Carta recebeu R$ 2,5 milhões do Mensalão para sua revista Carta Capital, cujo petismo fiel e intransigente fica assim explicado. O dinheiro saiu por ordem direta de Luiz Gushiken. Attuch informa que uma lista extensiva de jornalistas "amiguinhos do governo" está para vazar a qualquer momento. Que acontecerá a esses mensaleiros da mídia? O mesmo que aconteceu a seus oitocentos colegas subsidiados pela CUT em 1993. Nada. Continuarão posando de fiscais impolutos da moralidade alheia. Segundo. No site w w w. v c r isis.com, você encontra tudo sobre a Venezuela – desde listas de presos, mortos e desaparecidos até acordos secretos de colaboração atômica entre Hugo Chávez e o governo da Coréia do Norte. Em represália contra essa mania de jornalismo, seu editor, Alexander Boyd, cidadão venezuelano autoexilado na Inglaterra, é acusado pelos agentes chavistas de representar uma "conexão anglo-venezuelana" subsidiada pelo governo americano. Ameaçam até pedir sua extradição ao governo britânico, sob alegações que até o momento não consigo imaginar. Boyd é meu amigo, passou uns dias aqui em casa e asseguro que ele não tem onde cair morto. Se o governo americano o subsidia, o raio do cheque deve estar atrasado há anos. Terc eiro. Partindo de uma informação divulgada por mim tempos atrás, o blog www.cacom.blogspot.com cobrou da senadora Heloísa Helena uma explicação das relações perigosas entre seu partido e o terrorista italiano Achille Lollo, condenado pela justiça de seu país pelo assassinato dos dois filhos de seu inimigo político Mario Mattei, um deles de oito anos de idade, ambos queimados vivos num incêndio proposital. Com uma sentença de dezoito anos de prisão a cumprir na Itália, o terrorista vive no Brasil, sob proteção do governo ao qual a sra. Heloísa Helena finge fazer oposição ao mesmo tempo que continua a colaborar com ele no Foro de São Paulo. Lollo é co-fundador do PSOL e publica artigos de teoria marxista no jornal do partido da senadora. Gabriel Castro, editor do blog, achou com razão que uma candidata à Presidência da República não poderia andar de mãos dadas com um parceiro tão sujo sem dar ao menos alguma satisfação à opinião pública. Ante a pergunta,

Q

segunda-feira, 20 de março de 2006

Cobra-se da senadora Heloísa Helena uma explicação das relações entre o PSOL e o terrorista italiano Achille Lollo dizer. Já está suja pela parceria com esse assassino monstruoso, sujou-se mais ainda por fugir da pergunta e, ao defender-se por trás de alusões difamatórias a um terceiro, completou a porcaria. O valente Gabriel Castro encerra o relato do episódio com uma conclusão incontornável: "Quando um entrevistado foge e não responde a uma pergunta, sem querer ele diz muito mais do que se houvesse respondido."

Mas, se nossas tropas têm capacidade para sufocar a bandidagem no Haiti, por que mostram um desempenho tão chinfrim no Rio de Janeiro? É simples: no Haiti não havia mídia hostil, não havia ONGs e políticos maliciando tudo, não havia a pressão de uma elite cheia de ódio e despeito à classe militar. Tiros e bombas não assustam o soldado brasileiro. O que o amedronta é o olhar perverso do beautiful people, a malícia difusa dos falsos moralistas, a língua pérfida dos maiores fofoqueiros do universo. É a esses que as nossas Forças Armadas, tão valorosas sob outros aspectos, foram cedendo tudo. Caluniadas, aviltadas, achincalhadas, sabotadas por todos os meios imagináveis, não souberam reagir com eficácia enquanto era tempo, e agora têm de inventar às pressas algum pretexto edificante para justificar sua transformação em tropa auxiliar do Foro de São Paulo. Quanto falta para isso? Depois que nossos soldados foram submetidos à tarefa humilhante de montar estandes para o Fórum Social Mundial, falta realmente muito pouco. Nada disso teria acontecido se ao menos uma parte da alta oficialidade não se tivesse deixado induzir por pseudo-intelectuais fardados e civis a acreditar que, com a queda da URSS, a luta ideológica era coisa do passado e daí por diante o conflito Leste-Oeste tinha cedido lugar à concorrência Norte-Sul, ou países ricos contra países pobres. Engolindo essa estupidez infame, não percebiam – ou fingiam não perceber – que se tornavam intrumentos ao menos passivos da estratégia comunista

internacional no instante mesmo em que proclamavam a morte do comunismo. Bem sei que a maioria absoluta dos militares não quer nada disso. Já escrevi, e repito, que só na classe dos homens de armas encontrei no Brasil um genuíno patriotismo, um sentimento profundo da continuidade histórica do país como um legado de heroísmo e de sacrifícios. Sei que eles continuam fiéis ao seu primeiro amor. Mas o que pode haver de mais perturbador que o conflito de lealdades? Ser um militar brasileiro, hoje, é ter o coração dilacerado entre a obediência formal a um regulamento e o apego aos valores que o originaram. Normalmente, as leis são a expressão dos valores. Mas, quando estes são subvertidos por baixo da carapaça legal enquanto esta permanece intacta, aí se instaura a luta entre a forma e o conteúdo. Criar e explorar esse antagonismo, levando o país à confusão, ao cansaço, ao desespero e por fim à rendição, eis a obra da "revolução cultural" gramsciana. Ela não tem preferência pela farda do soldado, pela toga do magistrado, pelo terno do executivo ou pelo macacão do operário: ela divide e enfraquece todas as almas. Por sobre a derrota de todos, só o Partido se forlalece. E quando digo "partido", não me refiro ao PT, mas ao complexo de partidos de esquerda bem articulados, por trás de suas divergências de superfície, na estratégia continental da subversão e do roubo. Se o sr. Luiz Inácio da Silva, para assumir a presidência do país, abandonou a do Foro de São Paulo, isso é apenas uma formalidade administrativa sem alcance político nenhum. Depois que esse indivíduo con-

Se nossas tropas têm capacidade para sufocar a bandidagem no Haiti, por que mostram desempenho tão chinfrim no Rio? fessou tomar decisões estratégicas em encontros secretos com ditadores estrangeiros, sem dar ciência delas ao Congresso ou à população, só mentalidades covardes demais para admitir a realidade podem continuar negando que o Brasil é governado desde o Foro de São Paulo, que Hugo Chávez e Fidel Castro mandam aqui dentro mais que qualquer ministro de Estado ou comandante militar. O país sabe que está de quatro, mas continua fazendo de conta que sua humilhação é motivo de orgulho. Decididamente, está havendo alguma confusão entre orgulho nacional e orgulho gay. Ainda há tempo para salvar a dignidade das Forças Armadas? Há, mas encurta velozmente. Se querem uma fórmula, a lição 1 é simples: que os militares parem de acariciar os inimigos que os bajulam com doces palavras e aprendam a ouvir os amigos que os desagradam com verdades duras. A verdade é boa em si. Não tem por que tentar ser agradável. Quem prefere antes agrado do que sinceridade, é porque já está fraco demais para admitir a gravidade da sua própria situação. Homens de valor não pedem afagos. Pedem o conhecimento necessário para tomar decisões viris. Se é isso o que querem, contem comigo. Se querem agradinho, que vão pedir aos seus falsos amigos interesseiros.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de março de 2006

1 Cerca de 80% das vendas de pacotes da Student Travel Bureau (STB) são feitas em dólar.

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

DÓLAR EM QUEDA ESTIMULA VENDAS DE PACOTES DE VIAGEM Agências de turismo chegam a registrar até 35% de alta na procura

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rês anos de sonho, juntando cada centavo do salário e, finalmente, o turismólogo Thiago Rodrigues fechou, em fevereiro, um pacote de estudos de um mês nos Estados Unidos. Em junho, ele voltará a estudar inglês em Boston, onde esteve em 2003, após temporada de três meses de trabalho em parques da Disney. Quando começou a poupar para regressar ao país, a moeda norte-americana estava cotada em torno de R$ 3. Agora, com o valor oscilando em torno de R$ 2,20, Rodrigues poderá prolongar sua permanência por lá e viajar mais pelos EUA. "Vou aproveitar para visitar cidades próximas, como Nova York", afirma empolgado. Com a desvalorização do dólar, há o estímulo da viagem ao exterior. Alguns brasileiros que já pensavam em conhecer outros países antecipam a compra de passagens e pacotes turísticos. Outros optam por destinos na América do Sul para aproveitar a baixa da moeda norte-americana. "Queria conhecer Buenos Aires, então aproveitei a valorização do real. Saiu mais barato do que se eu fosse para o Nordeste", diz a funcionária pública Eliana Murakami. Decisão antecipada – "Não há um forte aumento, mas a antecipação da decisão", acredita o diretor regional de vendas da CVC, José Vitório Jerônimo. As viagens internacionais não são o forte da empresa; 80% do faturamento é proveniente do mercado na-

cional. O que, segundo Jerônimo, é positivo, já que as agências que dependem desse mercado, precisam vender um número muito maior de pacotes turísticos para manter a mesma rentabilidade . É que, com a queda do dólar, a margem real de ganho ficou menor. Co nfia nça – O diretor da operadora especializada em América Latina, a Natural Mar, Antônio Sérgio de Castro, afirma que em 2005 a empresa vendeu 15% a mais do que em 2004, mas, como o dólar recuou em torno de 15%, eles não conseguiram obter o mesmo ganho do ano anterior. "Não houve crescimento real de faturamento. Teríamos que ter vendido muito mais. Para quem vende, o dólar baixo não é um bom negócio", diz. Mas, para este ano, Castro está mais confiante. Espera levar para fora do País 3,4 mil turistas, 400 a mais do que em 2005. Segundo o diretor da Natural Mar, o cenário econômico favorável deve ajudar a manter as decisões de viajar para o exterior. "Até as eleições, o governo vai tentar manter a estabilidade. As pessoas vão comprar os pacotes turísticos sabendo que não correm o risco de o dólar disparar", prevê. Com 80% das vendas em dólar, a operadora de turismo Student Travel Bureau (STB), que Rodrigues escolheu para voltar aos Estados Unidos, tem registrado um aumento na procura por pacotes de estudos, viagens e passagens ao exterior desde o ano passado. A gerente nacional de Marke-

ting, Cristina Martins, afirma que, de novembro de 2005 a fevereiro deste ano, houve um aumento de 35% no volume de vendas em relação ao período anterior, e a expectativa é ter um crescimento de, no mínimo, 40% em 2006. Diferentemente da Natural Mar, ao menos a STB conseguiu manter o equilíbrio financeiro. Segundo Cristina, a saída é cortar custos permanentemente, como renegociar aluguéis, investimentos em mídia e até controlar gastos da conta de telefone. Tudo para não mexer na mão-de-obra, que é altamente qualificada. "Gente que consegue passar as próprias experiências de estudo ou viagem para os clientes", explica. Prejuízo – Para o diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav), Leonel Rossi, o turista pode ser prejudicado com a desvalorização do dólar. Os vôos ficam lotados, as passagens aumentam e os passageiros não conseguem lugar nos dias que querem. Na classe econômica há de dez a 12 tarifas. Em uma mesma classe, o valor pode variar de US$ 750 a US$ 2,3 mil. "Podem não fazer a viagem ideal", diz. Outra desvantagem do dólar baixo é o déficit no setor. Sai mais moeda do que entra. Em 2005, a diferença entre o ingresso de dólares por meio de gastos de turistas estrangeiros no Brasil e o gasto de turistas brasileiros no exterior atingiu US$ 859 milhões, segundo o Banco Central. Adriana David

Pedidos de visto para os Estados Unidos não param de chegar ao consulado norte-americano Divulgação

José Vitório Jerônimo, da CVC: consumidor está antecipando a decisão de viajar

Paulo Pampolin/Hype

Thiago Rodrigues vai passar uma temporada de estudos de um mês nos Estados Unidos

Preços devem aumentar 9,9%

O

setor de turismo, incluindo companhias aéreas, hotéis, locadoras de automóveis e agências de viagens, entre outros, planeja fazer um reajuste médio de preços de 9,9% neste ano. A estimativa foi divulgada na última sexta-feira pelo ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, e faz parte da Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, elaborada pela Escola Brasileira de Administração Pública e Empresas (Ebape), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento, feito com as 80 maiores empresas do se-

tor, indica que o ritmo de crescimento das contratações deverá recuar dos 14,7% de 2005 para 13,6% neste ano. Já os custos das companhias deverão subir 6,2% e o faturamento, 14,7%. As empresas que participaram da pesquisa tiveram faturamento de R$ 25,5 bilhões em 2005, o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e empregavam 67,1 mil pessoas em dezembro. "Em janeiro, foram criados 66 mil empregos formais. Desses, 40 mil foram do setor de serviços e 21 mil vagas foram criadas pelo turismo", disse Mares Guia. Segundo ele, es-

tão em curso negociações para aumentar o número de vôos internacionais no País. Além da integração com os países da América Latina, o objetivo é expandir a freqüência de vôos vindos da Europa. A meta é trazer 7 milhões de turistas estrangeiros ao Brasil em 2006. Para alcançar esse objetivo, serão aplicados US$ 60 milhões em promoções de destinos turísticos brasileiros lá fora. "Se o crescimento dos vôos internacionais não ocorrer, a meta de trazer 7 milhões de turistas pode ser reduzida em até 500 mil pessoas", afirmou Mares Guia. (AE)


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Nacional Empresas Comércio Exterior Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PARCERIAS FAVORECEM EXPORTAÇÕES

DOLAR O

segunda-feira, 20 de março de 2006

0,76

por cento foi a alta do dólar comercial na sexta-feira

ALIANÇAS QUE RENDEM FRUTOS

Secretário paulista de Ciência e Tecnologia recebe homenagem por facilitar comércio exterior do estado

Tendência de queda

O

dólar comercial fechou em alta na última sexta-feira, interrompendo uma seqüência de seis sessões em baixa — desvalorização que fez a moeda norteamericana operar abaixo de R$ 2,10 na quinta-feira. A valorização do último dia de negócios da semana foi de 0,76%, o que levou o dólar comercial às cotações de R$ 2,124 na ponta de compra e R$ 2,126 na de venda. Apesar da alta, os valores da moeda ainda são os mais baixos em cinco anos. De acordo com operadores, houve um ajuste técnico das cotações, natural depois de a moeda norte-americana ter operado perto do piso psicológico de R$ 2,10. Os analistas dizem que o cenário ainda é favorável à tendência de queda. De fato, há vários fatores que puxam a moeda para baixo. O primeiro deles está relacionado ao aumento do fluxo de dólares para o mercado de câm-

bio brasileiro. Acompanhando a emissão a custo mais baixo que o governo brasileiro fez no exterior na semana passada, várias empresas nacionais devem conseguir recursos fora do País, trocando os dólares obtidos por reais e ajudando a derrubar as cotações. Há, ainda, a expectativa de que a queda dos juros no Brasil seja gradual, o que mantém a atratividade dos ativos brasileiros para os estrangeiros. Em resumo: mais dólares devem continuar chegando ao mercado. Na outra ponta, poderiam causar algum nervosismo, elevando as cotações, as denúncias contra o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Até sexta-feira, o noticiário ainda não havia influenciado o mercado, mas, se houver informações mais graves, os investidores podem se movimentar. Na sexta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve baixa de 0,28%. (DC/AG)

Paulo Pampolin/Hype

sucesso das alianças estabelecidas pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, com o setor privado foi comemorado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na última semana, em forma de homenagem a Meirelles, que vai deixar o cargo no próximo dia 31 de março para colaborar com a campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, disse que a parceria feita com a São Paulo Chamber of Commerce (SP Chamber) pode servir de exemplo para todos os estados brasileiros que buscam novos rumos para o desenvolvimento econômico sustentado. "Por isso, precisamos mais do que nunca consolidar esse tipo de aliança", afirmou. Afif destacou o papel ativo do secretário para criar um ambiente favorável ao empreendedorismo no Estado de São Paulo, "que não combina com burocracia".

Meirelles (à esq.) deixará o cargo para ajudar campanha de Alckmin

Meirelles enfatizou que os países em desenvolvimento dependem do comércio exterior para criar renda e emprego. "E se São Paulo cresceu 7% em 2005, isso se deve ao trabalho do setor privado", afirmou para cônsules, presidentes de câmaras de comércio e empresários exportadores reunidos pelo Conselho Internacional d e C â m a r a s d e C o m é rc i o (CICC), da ACSP. "A SP Chamber da Associação Comercial é um instrumento poderoso e notável de

mudança na cultura exportadora que está sendo levada para todo o Estado de São Paulo, e que pode ser usado para criar propostas de ações conjuntas práticas entre setor público e privado, visando aumentar os negócios", afirmou o secretário. Alfredo Cotait Neto, coordenador da SP Chamber, fez um balanço dessa parceria, que resultou em numerosas missões comerciais ao exterior. "O Exporta São Paulo é um exemplo de sucesso na área de comércio exterior", disse.

Promoção do estado — Nesse sentido, Cotait Neto elogiou o empenho do governador paulista Geraldo Alckmin e do próprio secretário Meirelles "em promover São Paulo lá fora". "Por isso, nós da SP Chamber somos os soldados dessa parceria que frutificou sob sua orientação", destacou. Cotait informou que depois de Miami, nos Estados Unidos, São Paulo vai ter um novo espaço para o exportador mostrar seus produtos aos potenciais compradores também na Baviera. "É um projeto piloto, que poderá ser expandido para outros países", afirmou. Na avaliação do coordenador da CICC, Hélio Nicoletti, o sucesso da política paulista de exportação deixou "nosso estado mais rico e também pode ajudar a tornar mais próspero o Brasil". O coordenador da Comissão de Comércio Exterior, Renato Abucham, afirmou que uma política de comércio exterior bem estruturada vai ajudar o País "a obter vantagens no processo irreversível da globalização". Sergio Leopoldo Rodrigues

AGENDA TRIBUTÁRIA

Março/4ª semana ICMS/SP - OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM COMBUSTÍVEIS ERIVADOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE O contribuinte deverá entregar as informações relativas às operações interestaduais que promover com combustíveis derivados de petróleo em que o imposto tenha sido retido anteriormente ou com álcool etílico anidro carburante cuja operação tenha ocorrido com diferimento do lançamento do imposto com observância de programa de transmissão eletrônica de dados. O contribuinte obrigado a prestar essas informações por meio de transmissão eletrônica de dados deverá observar os seguintes prazos para o cumprimento dessa obrigação (Convênio ICMS no 3/1999, Cláusula décima sexta, na redação dada pelo Convênio ICMS no 33/ 2005, Cláusula primeira): a) TRR: nos dias 01.03.2006; b) contribuinte que tiver recebido o combustível de outro contribuinte substituído, exceto TRR: nos dias 02 e 03.03.2006; c) contribuinte que tiver recebido o combustível exclusivamente do sujeito passivo por substituição: dia 06.03.2006; d) importador: nos dias 01, 02, 03 e 06.03.2006; e) refinaria de petróleo ou suas bases: e.1) até o dia 13.03.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases; e.2) até o dia 23.03.2006, em relação às operações cujo imposto tenha sido anteriormente retido por outros contribuintes. (Arts. 423-A e 424-A (na redação dada pelo Decreto no 49.910/ 2005) do RICMS/SP, art. 20 da DDTT e Ato Cotepe no 42/2005 e Comunicado CAT no 52/2005) DIA 20 ICMS/SP – CNAE´S - 15431, 41009; 50300 a 50423, 52116 a 52795; 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007- último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de fevereiro2006. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 1o decêndio de março/2006 incidente sobre produtos das posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e das posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (trato-

res, veículos automóveis e motocicletas), todos da TIPI. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 1o decêndio de março/2006 incidente sobre produtos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis). Previdência Social (INSS) Paes - Pagamento da parcela mensal, acrescida de juros pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), pelos contribuintes que optaram pelo Parcelamento Especial de Débitos (Paes) perante a Previdência Social (INSS), de acordo com a Lei no 10.684/2003. • Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. Código GPS: 4103 (utilização de identificador no CNPJ) e 2208 (identificador no CEI). Simples - Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples), do valor devido sobre a receita bruta do mês de fevereiro/2006. DIA 21 ICMS/SP – Devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Paulista na forma da Lei no 10.086/1998, regulamentada pelo anexo XX do RICMS/SP, relativo ao mês de fevereiro/2006. DIA 22 ICMS/SP – CNAE´S – 28223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696. - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de fevereiro/2006. DIA 23 IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 11 a 20.03.2006, incidente sobre rendimentos de: a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 2o decêndio de março/2006 incidente sobre os produtos classi-

ficados no Capítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres). IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 2o decêndio de março/ 2006 incidente sobre os produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigarros que contêm fumo). DIA 24 DCide - Combustíveis - Entrega da Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e/ou Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PISPasep e a Cofins (DCide-Combustíveis) referente à dedução efetuada no mês de março/2006. DIA 27 ICMS/SP –CNAE´S - 15113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206 e 60232 a 60259. - último dia para recolhimento do ICMS apurado no mês de fevereiro/2006 DIA 31 ISS - ENTREGA DA DECLARAÇÃO ELETRÔNICA DE SERVIÇOS (DES) - Entrega, pela Internet, da Declaração Eletrônica de Serviços (DES), versão 1.2, relativa ao mês de janeiro/2006. A Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico coloca à disposição dos interessados o endereço a seguir para transmissão do arquivo gravado em disquete com a declaração gerada pelo programa da Declaração Eletrônica de Serviços (DES): Rua Brigadeiro Tobias, 691, térreo - RM 22 (guichê 46) (Portaria SF no 12/2004). Cofins/CSL/ PIS-Pasep - Retenção na Fonte - Recolhimento da Cofins, da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei no 10.833/ 2003, arts. 30, 33 e 34), no período de 1o a 15.03.2006. IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido, no mês de fevereiro/2006, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa. IRPJ - Apuração trimestral Pagamento da 3a quota do Imposto de Renda devido, no 4o trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral, com base

no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida de juros pela taxa Selic de fevereiro/2006 mais 1%. IRPJ - Lucro Real anual - Saldo de 2005 - Pagamento do saldo do imposto devido no ano-calendário de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração anual do lucro real (optantes pelo pagamento mensal do imposto por estimativa). Nota: O saldo deverá ser acrescido de juros pela taxa Selic de fevereiro/2006 mais 1%. IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de fevereiro/2006 por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa. IRPJ/Simples - Lucro na alienação de Ativos - Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de fevereiro/2006. IRPF - Carnê-leão - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de fevereiro/2006. IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamentos, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de fevereiro/2006 provenientes de: a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional. b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira. IRPF - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de fevereiro/2006. CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de fevereiro/2006, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa. CSL - Apuração trimestral Pagamento da 3a quota da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no 4o trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ (com base no lucro real, presumido ou arbitrado), acrescida de juros pela taxa

Selic de fevereiro/2006 mais 1%. CSL - Lucro Real anual - Saldo de 2005 – Pagamentos do saldo da Contribuição Social Sobre o Lucro devida no ano-calendário de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração anual do lucro real (optantes pelo pagamento mensal do imposto por estimativa). Nota: O saldo deverá ser acrescido de juros pela taxa Selic de fevereiro/2006 mais 1%. Finor – Finam – Funres - Recolhimento do valor da opção com base no IRPJ devido, no mês de fevereiro/2006, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa - art. 9o da Lei no 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9017; Finam: 9032; Funres: 9058 Finor – Finam – Funres - Recolhimento da 3a parcela do valor da opção com base no IRPJ devido, no 4o trimestre de 2005, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do lucro real - art. 9o da Lei no 8.167/1991 (aplicação em projetos próprios). Finor: 9004; Finam: 9020; Funres: 9045 Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) - Entrega à Receita Federal, pelos Cartórios de Ofício de Notas, de Registro de Imóveis e de Registro de Títulos e Documentos, da Declaração de Operações Imobiliárias relativa às operações de aquisição ou alienação de imóveis realizadas, durante o mês de fevereiro/2006, por pessoas físicas ou jurídicas. Refis/Paes/Simples (Lei no 10.925/2004) - Pagamento: a) pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de Recuperação Fiscal (Refis): I - da parcela mensal devida com base na receita bruta do mês de fevereiro/2006; II - da prestação do parcelamento alternativo em até 60 prestações (acrescida de juros pela TJLP); b) pelas pessoas físicas e jurídicas optantes pelo Parcelamento Especial (Paes) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP; c) pelas pessoas jurídicas enquadradas no Simples, optantes pelo parcelamento em até 60 prestações (Lei no 10.925/2004). Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica Inativa - Entrega da Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica Inativa, relativa ao ano-calendário de 2005. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) – Pagamento do IPI apurado no 2o decêndio de março/2006 incidente sobre produtos classificados nas posições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas e aparelhos) e nas posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e

87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas), todos da TIPI. IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apurado no 2o decêndio de março/2006 incidente sobre produtos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis). IPI devido por ME ou EPP não optantes pelo Simples - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2006 pelo contribuinte enquadrado como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), conforme definidas no art. 2o da Lei no 9.841/1999 e não optantes pelo Simples (art. 202, inciso V, do RIPI/2002). Código Darf: 0668, 1020 e 1097 (todos os produtos, com exceção de bebidas do Capítulo 22 e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) IPI (DIF-Cigarros) – Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais (DIF-Cigarros), com informações do mês de fevereiro/ 2006, relativas às obrigações tributárias do IPI, do PIS-Pasep e da Cofins, pelas empresas fabricantes de cigarros. IPI (DIF-Bebidas) - Entrega da Declaração Especial de Informações Fiscais relativas à tributação de bebidas (DIF-Bebidas), com informações do mês de fevereiro/2006, pelo estabelecimento matriz, independentemente de ter havido ou não apuração do IPI, movimentação de insumos, selos de controle ou produtos acabados, no mês de referência, conforme IN no 325/2003. IPI – DNF - Apresentação do Demonstrativo de Notas Fiscais (DNF) - Programa versão 2.0, pelos fabricantes, importadores e distribuidores atacadistas dos produtos relacionados nos Anexos I e II da IN no 445/2004 e pelos produtores e importadores de biodiesel (IN 516/ 2005), com informações relativas ao mês de referência fevereiro/2006. IPI Fabricante de produtos do Capítulo 33 da TIPI - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da TIPI (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a R$ 100 milhões, constantes do Anexo Único da IN SRF n o 47/2000, referente ao bimestre janeiro/fevereiro/ 2006 à Unidade da Receita Federal com jurisdição sobre o domicílio da matriz.

Fonte


terça-feira, 21 de março de 2006

Nacional Agronegócio Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Bancos cobram tarifas abusivas na Taxa de Abertura de Crédito para empréstimo consignado.

FEIRA DE PRESENTES TEM 730 EXPOSITORES

Milton Mansilha/LUZ

Setor de presentes à espera do Dia das Mães

E

Segundo os organizadores, Gift Fair deve movimentar mais de US$ 1 bilhão em vendas

IPC Inflação na cidade de São Paulo foi de 0,26% na segunda quadrissemana de março.

Ó RBITA

TELEFONIA Citigroup e fundos de pensão assumiram o controle da Telemig e da Tele Norte.

Gustavo Miranda/AG

ANAC JÁ TEM DIRETORIA

P

unir abusos no overbooking será uma das prioridades da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão comandado por civis que substituirá o Departamento de Aviação Civil (DAC), conduzido por militares, na coordenação das companhias aéreas em operação no País. A primeira diretoria da nova agência foi empossada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele aproveitou a cerimônia para responder às críticas ao fato de que os novos dirigentes seriam "pilotos sem brevê" e teriam as origens profissionais mais variadas. Segundo Lula, "a história da diferença entre vocês (dirigentes da Anac) é importante". Usando o exemplo do futebol para fazer comparações, o

Presidente Lula empossou ontem a primeira diretoria da Agência

presidente afirmou: "não sei se vocês lembram as diferenças entre Garrincha, Didi e Pelé. Todos jogavam diferente, mas todos com um único objetivo, de derrotar os adversários e marcar o gol para o time em que eles jogavam". O primeiro a falar na posse de quatro dos cinco diretores da Anac foi o novo presidente, Milton Zuanazzi, que assegurou que a transferência do DAC

SADIA NA RÚSSIA

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Sadia S.A, maior frigorífico do País, fechou parceria com o grupo empresarial russo Miratorg para construir uma fábrica na Rússia, a primeira da empresa fora do Brasil. O Miratorg é distribuidor de carne e cliente comercial tradicional da Sadia. O investimento total será de US$ 70 milhões, segundo comunicado enviado pela empresa ontem à Bovespa. (Reuters)

PETRÓLEO DA VENEZUELA

O

s EUA podem sobreviver sem o petróleo venezuelano, mas o governo norte-americano não pretende ferir seus laços comerciais mesmo que as relações diplomáticas entre os dois países azedem, disse o embaixador dos EUA em Caracas em uma entrevista publicada ontem. A Venezuela fornece 15% das importações de energia norte-americanas, mas os

FERROVIAS

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epois de afastar o risco de falência e na expectativa do leilão previsto para quartafeira, a Novoeste-Brasil Ferrovias transferiu de Campinas para Sorocaba sua sede e promete investir na ampliação do parque ferroviário. A Novoeste assumiu as linhas de bitola estreita da Brasil Ferrovias que, na região sudoeste, eram administradas pela Ferroban. Durante encontro com o prefeito de Sorocaba, Vítor Lippi (PSDB), o diretor-presidente Elias Nigri manifestou a intenção de investir na reativação e ampliação do parque ferroviário na cidade. (AE) A TÉ LOGO

"não será de maneira precipitada". Zuanazzi fez elogios ao trabalho da Aeronáutica, que deixa de ter ascendência sobre a aviação civil. Já Lula acabou se atrapalhando ao lembrar da experiência da Aeronáutica à frente do DAC e disse que o País adquiriu anos e anos de experiência, "mesmo com os militares administrando a aviação civil brasileira". (AE)

EUA e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, estão em constante atrito por causa da aliança dele com Cuba e da sua oposição às políticas norte-americanas. Chávez acusa o governo dos Estados Unidos de tentar derrubá-lo do poder e ameaça cortar o fornecimento de petróleo para o mercado de lá se Washington "passar dos limites". (Reuters)

NOVO PARQUE TECNOLÓGICO

S

ão José dos Campos, no Vale do Paraíba, oficializou ontem a parceria com o governo do Estado de São Paulo para receber um parque tecnológico que vai realizar novas pesquisas nas áreas aeronáutica, petroquímica e automobilística. O convênio

entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado e a Prefeitura de São José dos Campos foi assinado ontem na antiga fábrica Solectron, local onde será implantado o parque. O local é o primeiro do Sistema de Parques Tecnológicos do Estado. (AE)

TECNOLOGIA GERA EMPREGOS

C

onsiderada a vilã do mercado de trabalho, a inovação tecnológica pode contribuir muito para melhorar a qualidade dos empregos, defende uma publicação inédita do Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento. De acordo com o documento, as empresas mais inovadoras tiveram uma alta de empregos formais de 29% de 2000 a 2004, ante a média de 19% em todo o País. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Mc Donald’s faz acordo para vender brinquedo separado do lanche

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Mercado publicitário deve investir 17% mais que o ano passado

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Festa de 20 anos do Tesouro Nacional termina em críticas ao governo

legância, qualidade, praticidade, design e preço acessível. Essas são as principais características que movimentam os negócios da 32ª Gift Fair, a feira de maior referência do setor de bens de consumo doméstico, que acontece até o dia 23 de março no Expo Center Norte, em São Paulo. Segundo o proprietário da Alumminium Line, Alexandre Klas, o lojista que deseja ampliar as vendas no Dia das Mães deve ficar atento desde já às tendências e inovações que estão sendo apresentadas na feira. "Há cerca de 730 expositores negociando e trocando informações. O que se percebe, nesse primeiro dia, é que o consumidor está cada vez mais exigente na hora de escolher um produto. Ele quer preço bom mas, principalmente, personalidade naquilo que compra", disse Klas. Com uma linha extensa de vasos de alumínio assinados pelo designer Rafael Alonso, o proprietário da Alumminium Line espera vender até 50% a mais do que o de costume com a proximidade do Dia das Mães, considerado o "segundo Natal" do varejo. Inverno – A Forma Inox preparou cerca de 15 lançamentos para a ocasião. "Nessa época, o volume de vendas aumenta 60% já que, no mês de maio, a comercialização de aparelhos de fondue também cresce por conta da proximidade do inverno", disse o diretor da empresa, José Antônio Webber. Entre as novidades para as mães estão o Grill Pedra Elétrico, que tem como principal vantagem dispensar o uso de óleo no preparo dos alimentos. "A resistência é embutida em uma pedra de granito. Não faz fumaça nem acumula resíduos", afirmou Webber. Jogos de porta-condimento e bandeja para o quarto também deve-

O Grill Pedra Elétrico é uma das novidades da Forma Inox, segundo José Antonio Webber (alto)

rão ser líderes nas vendas em maio. "A demanda por bandejas está cada vez mais alta", acrescentou o diretor. Atenta a isso, a Martiplast, uma das empresas pioneiras no Brasil na industrialização de utilidades domésticas em plástico, também está lançando uma série de bandejas coloridas. "Resolvemos investir num produto que tivesse apelo emocional. Afinal, que mulher não gosta de ser surpreendida com um café da manhã romântico ao acordar?", indagou o diretor da empresa, Juarez Martini. O diretor da Martiplast afirmou que cada vez mais o mercado tem a necessidade de buscar maior valor agregado em tudo que oferece ao consumidor. "A Gift Fair é prova desse movimento. Em todos os segmentos, os fabricantes procuram um diferencial. O nosso, além do preço e design, é a qualidade", disse. No total, a empresa investe cerca de R$ 450

mil por ano em lançamentos. Produtos como sabonetes, hidratantes para as mãos e velas aromáticas também prometem alavancar as vendas em maio. "Desenvolvemos uma linha especial de tulipas e rosas para presentear as mães", disse Cristiane Bonin, proprietária da La Bonni, empresa paranaense que comercializa velas para todo o Brasil. Caixas organizadoras, bijuterias com fios de cobre, almofadas e pufes em crochê, cristais e abajures são outros produtos que têm destaque na Gift Fair. Segundo Mauro Jordão, diretor da Laço, empresa promotora, a feira deve movimentar mais de US$ 1 bilhão em vendas. Também participam do evento a Oxford, Invicta, Akzo Nobel, Tramontina, Cisper, Plasútil, Termolar, Plasvale, Santa Marina, além de lojas como a White House, Cecília Dale, 6F Decorações e China Shopping. Ana Laura Diniz

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407


terça-feira, 21 de março de 2006

Informática DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Os impostos pagos para ter o Windows são muito altos Carlos Diniz, Amazon PC

Fotos: Divulgação

A onda "Windowsless" Grandes fabricantes aumentam produção de computadores que saem da fábrica com sistemas operacionais de código aberto Por Rachel Bonino

Financiamentos batem a casa dos 35 milhões

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esde o início do projeto Computador para Todos, em novembro de 2005, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) já distribuiu R$ 35 milhões em créditos para financiamento às empresas de comércio varejista interessadas na compra de computadores dos 27 fabricantes credenciados no banco para o programa. Segundo a entidade, já receberam créditos até o momento: Magazine Luiza (R$ 30 milhões); Grupo Pão de Açúcar (R$ 2,4 milhões); Americanas.com (R$ 1,7 milhões); e TV Sky e Shoptime.com (R$ 434 mil). O Ponto Frio está em vias de ter o crédito aprovado. São duas as linhas de financiamento para empresas interessadas em comercializar os computadores formatados pelo programa: o Finem, para operações diretas, com valor igual ou superior a R$ 3 milhões; e o Finame, para transações executadas por meio de instituições financeiras credenciadas (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), com valor abaixo de R$ 10 milhões. A meta do governo é bater a marca de 1 milhão de computadores vendidos completado um ano do programa Computador para Todos, em dezembro de 2006. Apesar de não ter os números de vendas efetuadas até o momento, as chances de superar a meta estabelecida são altas, segundo Luiz Claudio Mesquita, assessor da diretoria do Serviço de Processamento de Dados (Serpro) do governo federal. "A rede Magazine Luiza previa vender o primeiro pacote de 30 mil computadores do projeto em três meses, e comercializou tudo em apenas 15 dias, no mês de dezembro passado", afirma. Em 1º de fevereiro deste ano, o presidente Lula assinou decreto (nº 5.588) que flexibiliza a concessão de crédito também para empresas de gestão estrangeira com acionista majoritário residente fora do país. (RB)

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ntes restrito a um grupo pequeno de técnicos e especialistas, os sistemas operacionais de código aberto são acessados hoje por outro tipo de usuários: os leigos em informática, e que acabaram de comprar seu primeiro computador. Com custo baixo para o consumidor final, as máquinas com sistemas como o Linux, software livre mais usado, tiveram sua produção ampliada pelos grandes fabricantes de computadores. "Até outubro de 2005, a produção de computadores com Linux representava 3%. Em dezembro, pulou para 20%", afirma João Marcelo Alves, diretor de marketing da Positivo Informática, maior fabricante de c om pu ta do re s do país. A popularização do uso de sistemas que não sejam Microsoft, líder mundial na produção de software proprietário, foi impulsionada pelo lançamento, em novembro de 2005, do programa federal Computador para Todos (chamado inicialmente de PC Conectado), que estimulou o financiamento da compra de computadores para usuários de baixa renda. Uma das determinações do projeto é que todas as máquinas comercializadas têm instalados o sistema operacional Linux. Apesar de terem ganhado notoriedade com o projeto federal, os sistemas de código aberto já eram apostas de fabricantes antes do Computador para Todos. A Amazon PC lançou seu primeiro desktop com Linux em setembro de 2004. "Quisemos baratear o custo para o consumidor final. Os impostos pagos para ter o Windows são muito altos", diz Carlos Diniz, diretor presidente da fabricante. Atualmente, 80% da produção da Amazon é composta por máquinas com Linux. "Sistemas como estes são bem aceitos em países cujo poder aquisitivo da população é menor", diz. Em abril próximo, a fabricante fará nova aposta: coloca no mercado seu primeiro laptop com sistema de código aberto. Com 18% da produção total focada nas máquinas com Linux para o varejo, a já citada Positivo Informática começou a investir no segmento no começo do ano passado. "O preço é muito bom, por isso, pouco importa ao consumidor o sistema operacional adquirido", afirma João Marcelo Alves. "O leigo compra o computador com preço que cabe no bolso. Às vezes nem sabe qual sistema ou aplicativo levou", concorda Carlos Diniz, da Amazon PC. Na contramão dos consumidores com poucos conhecimentos em informática, a Dell decidiu investir em máquinas sem sistema operacional, ou seja, nem Windows, nem Linux, apenas com FreeDos, para atrair o comprador "educado para tecnologia", como define Sidnei Shibata, gerente sênior de marketing da empresa. A linha nSeries, que permite ao consumidor adquirir apenas o hardware, instalando, posteriormente, em sua máquina sistema e softwares de sua preferência, foi lançada no início de 2005. "Existe uma parcela de clientes que também quer ter opção de sistema operacional assim como tem para outros equipamentos como tipo de hardware", explica Shimata. A Dell não descarta a possibilidade de, no futuro, comercializar máquinas com sistema aberto. Mas, por hora, não existe o interesse de se alinhar a alguma empresa que ofereça o sistema. "Os de código aberto ainda possuem muitas atualizações e é preciso montar uma estrutura grande de suporte técnico ao cliente", explica o gerente. Mais qualidade – Antes da abertura do mercado, os sistemas de código aberto, aos olhos de técnicos e fabricantes, ainda careciam de aprimoramento tecnológico e maior estabilidade.

Hoje, essa realidade dá sinais de mudanças. ta de sistema operacional. "Os grandes fabri"Difícil dizer se o Windows é melhor que o Li- cantes de computadores perceberam que ponux, ou vice-e-versa. Cada um tem as suas vir- dem oferecer Linux sem susto e que funciona", tudes", explica Flávio Philbert, gerente-executi- afirma. O relacionamento com os grandes fabrivo administrativo de análise comercial da Itau- cantes teve início antes do Computador para tec, fabricante que tem como público forte o do Todos, há cerca de quatro anos, estima Rosenzvaig. "As empresas foram os drivers, aqueles corporativo privado. que determinaram como De todas as máquinas os softwares de código fabricadas pela Semp aberto poderiam trabaToshiba, 30% têm Linux. lhar de forma mais inte"É uma resposta às requisigrada", explica o diretor ções do mercado", afirma da Mandriva, empresa Ernesto Watanabe, diretor que já desenvolveu projede vendas da empresa, tos para HP, Leader Tech que comercializa o sistee Positivo Informática. ma aberto desde 2004. O O desafio agora fica volume atende uma decom as empresas desenmanda maior do varejo, volvedoras em plataforimpulsionada pelo proma de sistemas de código grama federal. Já o mercaO Linux é o mais usado nas aberto, incumbidas de do corporativo privado, máquinas da Positivo (acima), da promoverem a evolução na análise do diretor, é Amazon (no alto) e da Dell dos aplicativos para a mais resistente. Mesmo plataforma livre, como a assim, na hora de oferecer o sistema para cliente, não há diferenciação na própria Mandriva Conectiva, e outras como apresentação: "As soluções Windows e Linux são Red Hat e Kurumin Linux: "Aumentou a concorrência entre as desenvolvedoras de pacotes colocadas à disposição da mesma forma". Para Jaques Rosenzvaig, presidente da Man- de soluções para esse tipo de sistema operaciodriva Conectiva no Brasil, desenvolvedora e nal", afirma Rosenzvaig. Depois de conversar distribuidora do Linux, houve uma maturida- com as grandes, a Mandriva dará início, em de do sistema, em termos de tecnologia, e tam- abril, a um novo modelo de negócio para atrair bém do mercado para aceitar uma nova propos- fabricantes de pequeno porte.


Ano 81 - Nº 22.090

São Paulo, terça-feira 21 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

Gregory Hierro/Corbis

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Crise institucional, crise moral, vale-tudo eleitoral, descrédito ao estado de direito? As opiniões estão nas págs. 3 e 13

Hélvio Romero/AE

BrAmex: parceria de US$ 490 mi

Micros sem janelas

O cartão American Express e o Bradesco assinam um acordo de parceria por dez anos. Economia/5

Grandes fabricantes de computadores investem no Linux, software livre da vez. DC Informática Fernando Donasci/Folha Imagem

IMPÉRIO DE CHONG DESTROÇADO PF destrói mercadorias (foto) apreendidas em depósito de Chong, considerado o maior contrabandista do País, que já está preso. Página 11

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.

O príncipe da paz "Nós só torcemos para que o vencedor da eleição em Israel continue o processo de paz entre israelenses e palestinos", disse o príncipe El Hassan bin Tal (foto), da Jordânia, ontem na FMU, em SP. Otimista, afirmou que é hora de reconstruir o Iraque, ao lembrar o 3º aniversário de ocupação daquele país por forças lideradas pelos EUA. Pág. 14.

O impasse: Super-Receita, Miniconfiança. O governo continua isolado: a fusão dos fiscos traz insegurança jurídica. Economia/4


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

GREVE DE PROCURADORES COMPLETA 36 DIAS

Receita Federal vai controlar produção de refrigerantes a partir do dia 30 de setembro.

GOVERNO ENFRENTA RESISTÊNCIA PARA UNIFICAR FISCOS. SEMINÁRIO SOBRE O ASSUNTO TERMINA HOJE EM SP.

SUPER-RECEITA AINDA NÃO CONVENCE Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

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governo continua isolado quando se trata da fusão das Secretarias da Receita e Previdência, a chamada Super-Receita. Para várias entidades, entre elas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical), a fusão traz insegurança jurídica. O projeto de lei que trata da criação da superestrutura está na pauta do plenário do Senado Federal. Para discutir as conseqüências reais dessa fusão, auditores fiscais, advogados, políticos e empresários se reuniram ontem no 1º Seminário Internacional de Administração Tributária e Previdência Social, que termina hoje, em São Paulo. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, continua garantindo que a Super-Receita só trará benefícios, como racionalização de recursos, ações conjuntas, maior controle sobre a arrecadação, elisão e sonegação. Mas o maior medo dos opositores é a transferência dos recursos da Previdência para o Tesouro Nacional. "Vai aumentar o déficit previdenciário e tanto os atuais como os futuros aposentados serão lesados", disse o presidente do Unafisco Sindical, Carlos André Nogueira. Tributos invisíveis – N ogueira afirmou que, antes do processo de fusão dos fiscos, o ideal seria implementar mudanças no sistema tributá-

Seminário reúne políticos, empresários, entidades e governo

rio para tornar viável um financiamento adequado da Previdência. Para ele, a tributação invisível que existe no Brasil possibilita o aumento exorbitante da arrecadação tributária. "O povo paga sem saber", afirmou o auditor, que apóia a campanha De Olho no Imposto, idealizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e que pretende levar ao Congresso Nacional projeto para discriminar os impostos incidentes sobre mercadorias e serviços na nota ou cupom fiscal. Para o juiz federal Erik Frederico Gramstrup, a união dos dois órgãos mostra como o País é imaturo. "Podemos notar isso na maneira como o processo está sendo conduzido. É desnecessário, por exemplo, a transformação de cargos", afirmou. Para Gramstrup, já que insistem tanto na fusão, é preciso que o

processo seja mais transparente. "Existem maneiras mais fáceis de unificar. Agora, se podemos escolher o mais fácil, porque escolher o mais arriscado?", indagou. Misabel Derzi, professora de Direito Tributário e Financeiro da Universidade Federal de Minas Gerais, respondeu a questão dizendo que a complexidade se dá porque o fisco federal quer dinheiro. Segundo o advogado Paulo Pastore, da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), com a unificação, não só a arrecadação federal vai aumentar como também a carga tributária. O secretário Jorge Rachid divulgou que a arrecadação da Receita aumentou 12,89% entre agosto e outubro do ano passado, período em que os fiscos foram unificados pela MP 258, que perdeu a validade. Adriana David e Vivian Costa

Rachid: fusão trará benefícios para todos os lados

Modelo precisa de ajustes sistema tributário brasileiro não é considerado eficiente no ranking dos melhores modelos porque foi baseado num sistema ruim. A opinião é do professor de Direito Tributário da Universidade de São Paulo, Gerd Willi Rothmann, que ontem participou do 1º Seminário Internacional de Administração Tributária e Previdência Social. "Em pesquisa divulgada em agosto do ano passado, a Alemanha aparece em último lugar e o Brasil, em penúltimo. Nosso sistema não têm princípios básicos, especialmente, transparência", criticou Rothmann. Para o especialista alemão, é justamente a falta de transparência que leva os empresários a migrarem para a eco-

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nomia informal. "A resistência à legalidade é cada vez maior. Isso porque as pessoas não sabem quanto estão pagando de impostos e para onde vão esses recursos", observou. Segundo ele, a população alemã tem a mesma resistência verificada no Brasil. Falta contrapartida – Para o professor, como as pessoas desconhecem que incidem impostos sobre tudo que se compra ou consome, muitas vezes não cobram uma contrapartida. Para reverter essa situação, Rothmann defende a necessidade de simplificar o sistema para que os contribuintes possam identificar o peso da tributação. Na Alemanha, exemplificou o especialista, já foram

adotadas algumas medidas para mudar esse quadro. Entre elas, o professor destacou a redução de alíquotas do Imposto de Renda das pessoas físicas e jurídicas. Reformulação – A professora da Universidade Federal de Minas Gerais e procuradora-geral do município de Belo Horizonte Misabel Derzi também defendeu, durante o seminário, que o sistema tributário brasileiro precisa ser passado a limpo, ou seja, necessita de uma rápida reformulação. Para Misabel, o modelo adotado atualmente no Brasil já mostrou que os recordes de arrecadação não estão sendo capazes de resolver o problema da redistribuição de renda e do desemprego. (VC)

CDN: atraso nos tribunais Divulgação

s contribuintes paulistas já estão começando a ingressar com ações judiciais para garantir a análise de seus pedidos de Certidão Negativa de Débito (CND) pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Com a greve dos procuradores, que completa hoje 36 dias, muitas empresas estão tendo dificuldades para obter o documento. Ontem, o Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj) conseguiu uma liminar que obriga a Procuradoria a analisar todos os pedidos de certidões de seus associados em, no máximo, 30 dias. Em São Paulo, a Confirp Consultoria Contábil promete ingressar com ação para que um de seus clientes consiga corrigir um erro no recolhimento de um imposto. "O pior é que a empresa não está em débito com o fisco, pelo contrário. O recolhimento foi feito a mais e, mesmo assim, ela está inscrita na dívida ativa", comentou Flávio de Oliveira, diretor da Confirp. A O rg a n i z a ç ã o K i n g d e Contabilidade também deve recorrer ao Judiciário. Segundo a contadora Elvira Carvalho, existe muito documento

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Flávio de Oliveira: cliente pagou a mais e foi parar na dívida ativa

parado no escritório aguardando o fim da greve para ser despachado. "Teremos de ingressar com ações judiciais para conseguir trabalhar da mesma forma que fizemos durante a greve dos fiscais e auditores, no ano passado. Vários clientes estão sendo prejudicados porque não conseguem a certidão", disse Elvira. A paralisação deve continuar até que seja atendido o pedido de equiparação salarial dos procuradores da Fazenda com os da República. Esta é a principal reivindicação da categoria, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), João Carlos Souto. Atualmen-

te, o salário inicial dos procuradores da Fazenda é de R$ 7,8 mil. Já os procuradores da República recebem R$ 20 mil. "Não existe motivo para a diferenciação. Até porque realizamos o trabalho que, até 1988, era a função dos procuradores da República", afirmou. A categoria também briga pelo aumento no número de cargos. Atualmente, o órgão tem 1,1 mil procuradores. "Este número é insuficiente para sermos mais eficazes, principalmente na cobrança de inadimplentes. O que vem contribuindo para o aumento da dívida ativa, que atualmente atinge a assombrosa cifra de R$ 340 bilhões", calculou. Márcia Rodrigues

Controle gota a gota de refrigerante O s fabricantes de refrigerantes têm até o dia 30 de setembro deste ano para instalar os medidores de vazão, que servem para monitorar a produção de bebida em tempo real. O equipamento, já instalado nas fábricas de cerveja, foi desenvolvido para combater a sonegação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),

Imposto de Renda (IR) e o principal tributo arrecadado pelos estados, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo a medida, publicada ontem no Diário Oficial, a data vale para as empresas que produzem mais de 200 milhões de litros. As fábricas com produção entre 30 milhões de litros e 200 milhões

de litros de refrigerantes terão até 31 de maio de 2007 para cumprir a determinação do fisco. Os demais fabricantes precisam instalar os equipamentos até 31 de dezembro de 2007. Apenas as empresas que fabricam menos de 5 milhões de litros de refrigerantes ou que tiveram receita bruta de até R$ 2 milhões em 2004 estão liberadas da exigência. (AE)


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Automação Segurança Lançamentos Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS NA MIRA DOS FABRICANTES

A queda do dólar tem uma participação importante na composição do preço Flávio Haddad, Lenovo

Fotos: Divulgação

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oa notícia para micro, pequenos e médios empresários. A HP Brasil e a fabricante de processadores AMD estão colocando no m e rc a d o l i n h a s especiais de desktops e de notebooks exclusivas para o mercado corporativo, a preços bem convidativos p a r a q u e m p r etende renovar os equipamentos fixos e colocar a empresa na era da mobilidade. O segmento de pequenos e médios negócios no Brasil engloba hoje 5,3 milhões de empresas, responsáveis por 38% de investimentos em Tecnologia da Informação (TI), segundo dados do IDC apresentados por Daniel Ribas, gerente de Produtos Portáteis da HP. O aumento de 47% nas vendas de notebooks no país em 2005 é, segundo o executivo, um reflexo dos desejos e necessidades dos clientes corporativos, que buscam mobilidade, acesso a informações a qualquer hora e em qualquer lugar. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Meta Group, o uso de laptops aumenta a produção semanal em 13%; por sua vez, 70% dos usuários de notebooks consideram a flexibilidade de trabalhar em qualquer lugar e a qualquer hora como um fator extremamente favorável de produtividade, e 50% dos usuários de desktops consideram que sua satisfação no ambiente de trabalho melhoraria se fosse adotada uma solução móvel. Portátil e barato – D i an t e desse cenário, a HP e a AMD criaram a linha HP Compaq nx6105, já disponível através

nologia de 64 bits tem vida útil garantida pelo menos até 2008. A tecnologia dos processadores AMD funciona como um "protetor de investimento", segundo Augusto Rosa, gerente de Produto PSG (Personal S y s t e m G ro u p ) da HP Brasil. Os desktops dx5150 têm ainda o u t ro s d i f e re nciais muito úteis para as empresas, como a tecnologia Enhanced Virus Protection, que, usada com o Microsoft XP SP2, impede que certos vírus sejam executados, proporcionando mais segurança no envio de emails, navegação na internet, proteção de rede e memória. Outra vantagem é o suporte padrão para dois monitores de vídeo, através de uma porta VGA e uma porta DVID. A avançada placa de Rede Broadcom Gigabit (10/100/1000) faz parte do sistema de "proteção de investimento". A versão SFF do dx5150 tem processador AMD Sempron 3000+,(32/64 bits), disco rígido de 80 GB, 256 de memória RAM, placa de vídeo ATI Radeon Xpress 200 com recursos gráficos integrados de duas saídas (uma VGA e uma DVI-D), drive óptico combo CD-ROM, 8 portas USB 2.0, sistema operacional Windows XP Pro e garantia no local de 3 anos. O preço sugerido pelo fabricante é de R$ 1.549 (apenas a CPU). A versão Dual Core vem com processador Athlon 64 X2 3800+, HD de 80 GB, 512 MB de memória e drive óptico combo CD-RW/DVD. Sai por R$ 2.799 (só a CPU).

HP e AMD lançam desktops e notebooks para mercado corporativo Para atender ao mercado de pequenas e médias empresas, linhas especiais de computadores

das 300 revendas e 9 distribuidores da HP espalhados pelo país, que oferecem suporte, i n f r a - e s t r u t u r a d e re d e e atuam como consultoria de TI para os clientes. O modelo mais simples da linha, o HP Compaq nx6105, tem processador AMD Sempron 3000+ 1.8 GHz, disco rígido de 40 GB, 256 MB de memória RAM, sistema operacional FreeDos (aceita Windows XP Pro e Linux), tela TFT de 15 polegadas XGA, placa de rede Ethernet 10/100 e drive óptico combo DVD-ROM/CD-RW. Ideal para as pequenas e as médias empresas que têm a n e c e s s i d a d e d e p ro c e s s amento das aplicações do diaa-dia com excelente produtividade tanto no escritório como fora dele, a um baixo custo, a versão básica do nx6105 sai por R$ 2.599 e tem um ano de garantia. Já o HP nx6105, com tecnologia móvel AMD Turion 64 ML 32 (1.8 GHz), foi desenvolvido para o processamento de aplicações mais avançadas. O produto, que tem como foco as médias empresas, permite executar tarefas que exigem mais capacidade e velocidade de processamento do

Por Rachel Melamet

No alto, o primeiro desktop dual core da HP com processador AMD tem conexão para dois monitores; acima, o HP Compaq nx6105

Divulgação

equipamento, como administração de bancos de dados, aplicações gráficas e conectividade Wireless LAN integrada, entre outras. O HP Compaq Business Notebook nx6105 tem disco rígido de 40 GB (com opção de 60 GB), 512 MB de memória RAM, drive óptico combo DVD-ROM/CD-RW, tela de 15 polegadas XGA, WLAN 802.11b/g e placa de rede Ethernet 10/100. Vem com sistema operacional Microsoft Windows XP Pro e custa R$ 3.499 à vista. É possível optar por um HD de 60 GB e gravador de DVD, ao preço de R$ 3.999. Todos os modelos da linha nx6105 vêm preparados para wireless. PC "longa vida" – Em duas versões –a tradicional torre e a compacta horizontal– a nova linha HP dx5150 Business PC Desktop é a primeira do mercado a contar com os processadores AMD Athlon 64 X2 de núcleo duplo (dual core) com a tecnologia "Cool & Quiet", que promete economizar até 60% de energia do processador e produzir ruído mínimo. Segundo estudos realizados pelo Gartner Group, um PC adquirido hoje com a tecDivulgação

Nova câmera de vigilância cabe na palma da mão

Lenovo traz equipamentos para pequenas empresas É o primeiro anúncio após a compra da divisão de PCs da IBM, com destaque para os notebooks de baixo custo Por Carlos Ossamu

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Lenovo (www.lenovo. com/br/pt), que no ano passado comprou a divisão de PCs da IBM, apresentou recentemente novos modelos de notebooks e desktops, que passam a levar a marca Lenovo 3000 e são voltados para pequenas empresas. Esses modelos vão reviver a marca Think, criada pela IBM (ThinkPad para notebooks e ThinkCentre para desktops). O destaque é o notebook Lenovo 3000 C100, que chega ao

A Spectra Mini, da Pelco, foi projetada para ser usada em ambientes fechados

O Lenovo 3000 C100 chega ao mercado com o preço sugerido pelo fabricante de R$ 2.799

mercado com o preço sugestão de R$ 2.799. "A queda do dólar tem uma participação importante na composição do preço, mas não é o único. Pesa também o processo de fabricação", comentou Flávio Haddad, presidente da Lenovo Brasil. O equipamento passa a ser o modelo de entrada. Há um ano, o modelo mais barato da empresa custava R$ 3.999. O portátil é baseado no processador Intel Celeron M370 de 1,5 GHz, tem display de 15 po-

legadas, 256 MB de memória, HD de 40 GB, rede Ethernet, gravador de CD-RW/DVDROM, bateria para até 5 horas, Windows XP Home e pesa apenas 2,8 kg. Uma versão mais sofisticada sai por R$ 3.899 e vem com processador Pentium M740 de 1,73 GHz, 512 MB de memória, disco de 80 GB, placa de rede Ethernet, CDRW/DVD-ROM e Windows XP Professional. "Os notebooks Lenovo C100 foram projetados para usuários que necessitam de mobilidade e performance. Para isso, eles oferecem uma arquitetura robusta, com ferramentas embutidas e funções multimídia que proporcionam maior desempenho, além de conexão wireless. Com design moderno e funcional, combinado a um sofisticado acabamento prateado, o Lenovo C100 representa uma nova fase para a companhia, que se destaca pe-

Mais informações: http://www.hp.com.br.

la criatividade e inovação de seus produtos", comentou Haddad. Já os desktops Lenovo 3000 J 1 0 0 t r a z e m p re ç o s e n t re R$ 1.439 e R$ 1.899, sem monitor. O modelo mais barato vem com chip AMD Sempron 2800, 256 MB de memória, HD de 80 GB, placa de rede Ethernet, CD-ROM 48x e sistema operacional Windows XP Professional. A versão mais cara vem com uma configuração semelhante, mas com processador Intel Pentium 4 de 2,93 MHz. Para Flávio Haddad, "a companhia reforça sua estratégia para o mercado empresarial ampliando seu portfólio de produtos, especialmente voltados para pequenas e médias empresas. O objetivo foi aliar tecnologia a preços compatíveis para o segmento SMB, que busca máquinas confiáveis e de fácil operação", disse.

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deal para ambientes que precisam ser discretamente vigiados, chega ao mercado brasileiro a nova câmera Spectra Mini, da Pelco. O lançamento, que cabe na palma da mão, possui todos os recursos encontrados nos modelos tradicionais da linha Spectra III, oferece o mesmo nível de qualidade e funcionamento com a vantagem de passar praticamente despercebida. A Pelco Spectra Mini tem sistema de posicionamento de 360 graus, zoom de 80x (10X óptico, 8X digital), alta resolução com auto foco, aplicações para montagem em superfície ou embutida no teto, rotação do dome tipo auto flip (ajuste automático da lente de 180 graus), branqueamento de janela para situações de privacidade, câmera colorida e velocidades de zoom programáveis. "A nova câmera fornece uma solução de posicionamento poderosa para o uso interno em qualquer tipo de aplicação, como varejo, bancos, edifícios corporativos, instituições médicas, colégios, faculdades e universidades", diz Junior Carrara, gerente de produtos da WDC Networks, distribuidora da Pelco. Com um menu de fácil compreensão e programação na tela do sistema de segurança ao qual for acoplada, a Spectra Mini tem multicabo para rápida conexão de alimentação, vídeo, dados e terminações UTP na placa. O dome pode ser na cor fumê ou transparente. Projetada para uso interno, a Pelco Spectra Mini pode ser combinada com sistemas Spectra maiores para uso externo e utilizada em conjunto com sistemas dome fixos. Onde encontrar – A Pelco Spectra Mini já está disponível para integradores e revendedores na WDC Networks. Fone: (11) 3035-3777 e www.wedcnet.com.br (RM)


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concorrência entre as empresas que oferecem serviços de voz pela internet (VoIP) está cada vez mais acirrada para satisfação dos usuários domésticos e corporativos que precisam da comunicação com outras cidades e países a custos mais baixos do que as tarifas das operadoras de telefonia fixa. Uma das mais novas é a Tribo que, desde fevereiro, oferece chamadas de longa distância nacionais e internacionais a preços reduzidos e até presenteia seus clientes com créditos em minutos para ligações dentro do Brasil. A Tribo tem o softphone para o mercado doméstico, que pode ser baixado do portal (www. etribo.com.br), e também um serviço para as pequenas e médias empresas dispostas a economizar nas ligações interurbanas, com o plano pós pago Tribo Empresas. Neste caso, a solução inclui o softphone (proprietário da Tribo) e ainda gateways conectados às centrais de PABX (nas portas de troncos analógicos disponíveis), permitindo que os funcionários usem o VoIP nos ramais internos. O diretor da Tribo, Angelo Fedele Neto, explica que o gateway para 2 ou 16 portas garante qualidade da voz com o duplo codec (de Codificador e DECodificador de pacotes de dados e sinais que trafegam na internet). A Tribo tem licença de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e, segundo Fedele, "está fazendo testes do serviço de VoIP com cerca de 40 empresas, de vários portes, desde o fim do ano passado". A meta até o fim de 2006 é participar com 3% do mercado de banda larga no Brasil (estimado em 4 milhões

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A ASSINATURA DA LINHA DO PICTURE VOIP CUSTA R$ 53 MENSAIS

de acessos) e chegar ao faturamento de R$ 25 milhões, graças aos diversos planos para o consumidor final e corporativo. No portal, os clientes da Tribo podem optar por dois planos. O Tribo Fala com ligações de voz via software (somente entre usuários do mesmo programa e que estejam conectados no PC), ou chamadas para um telefone fixo ou celular dentro e fora do Brasil, com tarifas que variam de R$ 0,10 o minuto (para telefones fixos) a R$ 0,67 para celulares fora de São Paulo e Rio. Os créditos começam em R$ 30 e podem chegar a R$ 500. Outro serviço é o Tribo Atende, permitindo ao assinante dispor de números para receber chamadas como se fossem locais, mesmo que o usuário esteja em outra cidade. Por enquanto, estão disponíveis números locais para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Até o fim do ano Fedele informa que serão lançados em mais 15 capitais, e também nos Estados Unidos, Argentina e Chile. Os preços dos números locais variam de R$ 30 (para três meses) a R$ 70 (para um ano), mas se o assinante viaja muito para duas ou mais cidades a trabalho e quiser manter o mesmo número para todas elas, poderá adquirir um plano especial. Se o assinante doméstico quiser ter uma boa comunicação com seus familiares e amigos, sem aqueles ecos ou paradinhas que uma chamada VoIP costuma ter, também pode adquirir um gateway VoIP no mercado.

O gateway conecta o modem ADSL e o telefone convencional da residência. De olho naqueles clientes que adoram promoções e não se importam em ouvir pequenos anúncios no portal para receber alguns créditos a m a i s , a Tr i b o t e m uma novidade. Ao optar por ser um assinante Tribo Patrocinado, o usuário ouvirá uma mensagem antes de fazer uma chamada e será beneficiado com minutos de ligação gratuita para telefones fixos dentro do Brasil. "Somos a única empresa a oferecer esse bônus aos clientes", diz Fedele. Já são 10 as empresas que patrocinam o link. Pacotes para empresas – A Picture VoIP, dedicada a soluções de internet, também está integrando um pacote completo para as empresas ou escritórios que gastem entre R$ 500 a R$ 20 mil mensais com telefonia. César Bonadio, diretor de Tecnologia da Picture, explica que além do programa de comunicação iVoz, (da BestCom), as empresas terão também o ATA (um adaptador que converte os sinais telefônicos em digitais) integrado à central telefônica (PABX) e à conexão de rede da empresa, e a garantia de que a comunicação de funcionários e de filiais terá qualidade. A empresa pode destinar pelo menos duas linhas só para voz e outra para dados, por exemplo. "Basta o usuário digitar um número (0, ou 9, ou outro) no aparelho telefônico para fazer as ligações via VoIP para outros Estados como se fosse uma liga-

Novas opções em VoIP para clientes domésticos e empresas Na Tribo, o usuário ganha até minutos grátis; já a Picture garante firewall Por Barbara Oliveira

Tela do programa VoIP da Tribo, que presenteia seus clientes com créditos em minutos para ligações dentro do Brasil

Divulgação

Uma solução VoIP sem planejamento pode expor toda uma rede à internet César Bonadio, Picture

ção local", explica Bonadio. Outra preocupação é com a segurança da comunicação via VoIP. "Uma solução sem planejamento pode expor toda uma rede à internet ou prejudicar sua performance, o que afeta a qualidade e a confiabilidade do serviço", alerta Bonadio, lembrando que a Picture oferece firewall entre a conexão da internet e a rede interna. A assinatura da linha do Picture VoIP custa R$ 53 mensais e, a partir daí, a empresa compra créditos e pode controlar sua conta pelo site www.picture. com.br/voip, inclusive os minutos que restam e os telefonemas dados, podendo até gerar um relatório, o que no mercado corporativo é sempre necessário. Serviços como voicemail (e-mail de voz), identificador de chamadas, ligações em espera e redirecionamento de chamadas estão incluídos nessa assinatura. No site ainda está disponível uma tabela para acompanhar as tarifas interurbanas. Para qualquer cidade do Brasil o valor é de R$ 0,19 por minuto (telefones fixos) e de R$ 0,69 para celulares. É claro que se for feita a comunicação pelo computador não haverá custo nenhum. O preço médio do pacote cobrado pela Picture VoIP é de R$ 1 mil para uma solução integrando o VoIP no PABX, com firewall e o suporte ao cliente, mas não inclui o valor do ATA (adaptador), cujo preço de mercado para a marca UTStarcom (com quem a Picture pretende fazer uma parceria) está em torno de R$ 400. Segundo Bonadio, se a empresa gastar até R$ 20 mil mensais com telefonia poderá, em poucos meses, amortizar esse investimento feito em VoIP.


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SYMANTEC: QUEDA NO SPAM FOI DE 4% NO ÚLTIMO SEMESTRE

Crime organizado invade a internet Pesquisa da Symantec revela que 80% dos ataques tem como objetivo roubar o usuário Divulgação

Douglas Wallace é diretor de Engenharia da Symantec para a América Latina

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cada seis meses, a empresa de segurança Symantec (www. symantec.com.br) divulga um estudo sobre os perigos da rede, chamado "Internet Security Threat", ou em português "Relatório de Ameaças e Tendências da Internet. Na semana passa, a empresa comentou sobre os resultados da 9ª edição, que compreendeu o período de 1º de julho a 31 de dezembro do ano passado. Segundo a fabricante, observou-se um grande aumento no número de tentativas de phishing, o número de spam apresentou uma leve queda e os hackers agora estão usando códigos maliciosos modulares, infectando as máquinas aos poucos. A era romântica dos hackers, que invadiam sistemas para mostrar suas habilidades, acabou. Agora, quase todos são bandidos aplicando golpes. Segundo Douglas Wallace, diretor de Engenharia da Symantec para a América Latina, os códigos maliciosos modulares já representam 88% das 50 pragas mais reportadas. "Um primeiro componente chega por e-mail ou é baixado para o computador ao acessar uma página na internet, e inicialmente é de baixo risco. Mas após se instalar, ele realiza o download de outros componentes, aumentando consideravelmente o perigo", explicou. De acordo com o estudo, a média de phishing circulando na rede foi de 7,92 milhões por dia, com pico de 17 milhões. Em geral, o usuário recebe um e-mail –dizendo ser da Receita Federal, do banco, do Detran, do Serasa ou um cartão virtual–, pedindo para clicar em um link ou informar a senha do internet banking. No caso de clicar em um link, um programa será instalado na máquina, permitindo que um invasor assuma o controle do micro ou gravando os dados digitados, que posteriormente serão enviados pela internet. Os sistemas da Symantec bloquearam, no período, 1,45 bilhão tentativas de phishing, um aumento de 44% em relação ao primeiro semestre de 2005. Houve uma pequena queda no

Novos dispositivos para proteção de e-mail BluePex e CipherTrust lançam appliances (hardware e software no mesmo dispositivo) para controle das comunicações via web

Por Vanderlei Campos

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BluePex, de Limeira, e a norte-americana CipherTrust lançam produtos de prevenção às novas ameaças embutidas em mensagens eletrônicas, inclusive nas comunicações por IM ou VoIP. Conforme levantamentos de vários institutos especializados em segurança na internet, o Brasil está entre os 10 principais centros de pragas eletrônicas. Ninguém consegue trabalhar sem e-mail, mas a quantidade de lixo e conteúdo pernicioso prejudica a produtividade de qualquer usuário, quando não causa estragos mais graves. Na semana passada, duas empresas anunciaram novos appliances (hardware e software embutidos no mesmo dispositivo) para controle das comunicações via internet. A BluePex, sediada em Limeira (SP) e com fábricas no Brasil e nos EUA, lançou duas novas versões da linha Security Mail (SM) –os modelos SM 3100 e

spam (e-mails não solicitados, geralmente propaganda) e nos computadores infectados por bots –que são programas que permitem aos hackers assumirem a máquina remotamente. A média foi de 927 tentativas de infecção de bots por dia, contra 1.402 nos primeiros seis meses do ano passado. A queda no spam foi de 4% –de todo os e-mails que circulam na rede, 50% eram spam, antes esse percentual era de 54%. Estes dois fatos provavelmente estão ligados, já que é sabido que muitos spammers usam a tática de seqüestrar os computadores com conexão banda larga para que estes distribuam suas propagandas. Os hackers também costumam tomar posse virtualmente de outras máquinas para realizarem ataques, seja para derrubar um servidor (ataque de DoS ou negação de serviço) ou para praticarem fraudes. Fraudes online – Segundo Wallace, enquanto os ataques anteriores eram projetados para destruir dados, as ameaças atuais estão cada vez mais focadas em roubar informações visando o lucro, sem infligir danos perceptíveis, que alertariam um usuário de sua presença. "Na oitava edição do relatório, a Symantec alertou que os códigos maliciosos projetados com objetivos financeiros estavam crescendo e essa tendência permaneceu durante o segundo semestre de 2005. As vulnerabilidades de códigos maliciosos, que poderiam expor informações confidenciais, tiveram um aumento no último período de 74% para 80% sobre as 50 amostras de códigos maliciosos", observou. O executivo explica que os invasores estão evitando os ataques em massa de múltiplos propósitos contra dispositivos de segurança tradicionais, tais como firewalls e roteadores. Em vez disso, eles estão concentrando seus esforços em alvos regionais, desktops e aplicativos web, que podem permitir que um agressor roube informações corporativas, pessoais, financeiras ou confidenciais; essa informação pode então ser utilizada para atividades crimi-

Os fabricantes de softwares estão mais ágeis em oferecer soluções para estas falhas Douglas Wallace, Symantec

nosas adicionais. Vulnerabilidades – No relatório anterior, a Symantec previu que os ataques dirigidos às aplicações web continuariam em alta. Durante o período do relatório atual, 69% das vulnerabilidades reportadas à Symantec afetavam tecnologias de aplicações web, um aumento de 15% em relação ao período anterior. Como as tecnologias das aplicações web dependem de um navegador para a sua interface com o usuário, elas representam um alvo mais fácil para os agressores, devido à sua disponibilidade por meio de protocolos geralmente permitidos, como o HTTP. De acordo com Wallace, o estudo documentou 1.895 novas vulnerabilidades de software, o maior número de vulnerabilidades registradas desde 1998. Dessas, 97% eram consideradas como moderadas ou extremamente graves, e 79% classificadas como fáceis de explorar. "Por outro lado, os fabricantes de softwares estão mais ágeis em oferecer soluções para estas falhas. Da descoberta da vulnerabilidade até a instalação dos patches nos usuários, o tempo médio caiu de 64 para 49 dias", afirma. O interessante é que, a partir da descoberta do bug, em média os hackers levam sete dias para criarem códigos para explorarem a nova vulnerabilidade. O que se conclui que os usuários ficam 42 dias completamente desprotegidos. Para destacar a importância de aplicar rapidamente os patches do sistema operacional e aplicativos, a Symantec avaliou o tempo que leva para que os agressores comprometam sistemas operacionais que acabaram de ser instalados, em implementações-padrão, tais como servidores da web e desktops. Quanto aos servidores, o Windows 2000 Server sem patches foi invadido em apenas 41 segundos (a média foi de 1h21), enquanto o Windows 2003 Web Edition e o RedHat Enterprise Linux 3, ambos com todos os patches aplicados, não foram comprometidos durante o período de testes. Carlos Ossamu

Divulgação

SM 3200. A CipherTrust, da Geórgia (EUA), inaugurou sua subsidiária no Brasil, para intensificar as vendas no país. Os preços desses dispositivos variam entre R$ 10 mil e R$ 40 mil e destinam-se a empresas com altos volumes de mensagens. Segundo Paul Judge, pesquisador da Cipher Trust que esteve no Brasil para o lançamento da subsidiária, pelo menos 80% das mensagens recebidas por email contêm conteúdo indesejado ou malicioso. Ele estima também que 10% do tráfego de Instant Messengers (MSN, AIM e aplicativos de Voz sobre IP) já são de spams. "Com a evolução dos tipos de ataques, as técnicas de defesa têm que ser constantemente reforçadas e articuladas. A preocupação com mensagens de tempo real aumentaram em 2005 e os tradicionais filtros de conteúdo deixaram de ser suficientes para proteger os usuários. Neste caso, temos que aplicar outras técnicas, como

verificar a reputação do remetente", exemplifica. Atualmente, o Brasil representa 2,3% das vendas mundiais da CipherTrust. Com a subsidiária e o estabelecimento de parcerias com cerca de 20 revendas, a meta da empresa é compor uma carteira de pelo menos 50 novos clientes ainda neste ano. "Nossa tecnologia contempla novas preocupações de segurança, como controle de saída de mensagens, IMs e VoIP. Hoje, os usuários alternam entre várias aplicações de comunicação, o que abre também novas brechas para ataques. Com nossa equipe de pesquisadores analisando informações captadas em mais de 4 mil pontos da internet, em 40 países, temos condições de responder imediatamente às novas ameaças", argumenta Marcus Pinheiro, diretor-geral da subsidiária brasileira. Além de lançar os novos produtos, a BluePex anunciou que vai investir, neste ano,

mais US$ 300 mil (acrescidos aos US$ 200 mil já investidos em 2005), para expandir sua atuação no mercado dos EUA, onde projeta a produção de 2,4 mil unidades ainda em 2006. "O retorno do investimento deve ocorrer em três anos", informa Jefferson Penteado, presidente do conselho da BluePex. A fabricante também divulgou um acordo com a distribuidora RED Networks, que deve responder por 10% do faturamento da BluePex em 2006. A previsão da fabricante é obter um crescimento de 85% neste ano, sobre os R$ 4 milhões realizados em 2005. O SM 3100 é recomendado para redes com volumes a partir de 150 mil mensagens por dia e custa aproximadamente R$ 10 mil. O SM 3200, e R$ 13 mil, suporta até 200 mil mensagens/dia. Na linha da CipherTrust, os modelos começam com configuração de aproximadamente US$ 10 mil.

Equipamento da linha Security Mail (SM), da BluePex


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Keiny Andrade/Folha Imagem

Se a história for bem contada, ninguém vai dormir Em São Paulo, curso ensina que contar histórias é um jogo no qual entram sedução, talento e descontração Fernando Vieira O museu fica no prédio existente sobre a plataforma de trens da Luz

Aberto o Museu da Língua Portuguesa

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ma viagem pelo nosso idioma, com direito a filmes, audição de leituras e módulos interativos. Isso é o que oferece o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado ontem pelo governador Geraldo Alckmin. Esta é a primeira instituição totalmente dedicada ao idioma natal de um país. Instalado no prédio existente sobre a plataforma de trens da estação da Luz, no Centro de São Paulo, o museu conta com um vasto conteúdo sobre a história da Língua Portuguesa, os idiomas que ajudaram a formá-la, as formas que a linguagem assume no cotidiano e a criação da língua na literatura brasileira, entre outros temas. Tudo em diversas mídias para garantir interatividade ao visitante. A estação da Luz continua funcionando no subterrâneo. Por ela passam

300 mil pessoas por dia. A centenária estação recebeu agora uma nova destinação. O museu da Língua Portuguesa também vai receber alunos do ensino básico e será usado para a capacitação de professores. O novo espaço trata a língua como patrimônio dinâmico e em constante transformação. O museu vai receber escritores, acadêmicos e pessoas que, por local de nascimento ou irreverência, adotam sotaques e gírias e dão novo sentido às palavras. Vale lembrar que a língua portuguesa é falada em oito países situados em quatro continentes. É a sexta língua mais falada no mundo. O Museu da Língua Portuguesa fica na estação da Luz, praça da Luz, s/nº, região central da cidade. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h e a entrada custa R$ 4,00. Estudantes pagam R$ 2,00. (Agências)

GIr Agendas da Associação e das distritais

Amanhã

I Penha – A distrital realiza palestra sobre planejamento da

abertura da sua empresa coordenada pelo conselheiro do Núcleo de Jovens Empreendedores, Genys Alves Júnior. Às 10h. I Jucesp – O vice-presidente da ACSP Valmir Madázio participa da apresentação do projeto de modernização e informatização da Jucesp, promovida pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e pela Jucesp. Às 10h, no espaço da cidadania André Franco Montoro, Pátio do Colégio, 184, Centro. I Santana – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de artesanato do Projeto Empreender coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 18h. I Santo Amaro – A distrital realiza 19ª reunião Ordinária. Às 19h. I Penha – A distrital realiza reunião do Fórum Urbanístico coordenada por Ivan Lorena Vitale, às 19h, e reunião da Associação Viva a Penha, às 19h30. I Vila Maria – A distrital promove reunião com palestra do subprefeito da Vila Maria / Vila Guilherme, Antonio de Pádua Perosa, sobre as atividades no período de 2005/2006, na oportunidade serão premiados os ganhadores do Natal Iluminado 2005. Às 19h30.

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espertar o interesse. Atrair a atenção. A cada palavra, instigar a curiosidade pelo desfecho. Para conseguir tudo isso, não basta uma boa história. Ao contrário. Às vezes, até mesmo uma história pequena pode se tornar grandiosa na boca de bom contador, capaz de criar um jogo de sedução com a platéia ouvinte, que pode ser de uma ou centenas de pessoas. A arte de contar histórias é um talento. Seja em um ambiente de descontração ou em um compromisso profissional, o bom contador consegue monopolizar a atenção e, até mesmo, ser uma atração a parte. Mas essa não é uma característica exclusiva deste ou daquele grupo. Para o arte-educador Giuliano Tierno, que desenvolveu um curso de contador de histórias, qualquer pessoa é capaz de manter uma narrativa, já que a vida é uma seqüência delas. “Uma simples observação sobre uma experiência é uma narração, um ato de contar um fato ou uma opinião. Por exemplo: Que lugar legal!”. Além disso, a habilidade pode, sim, ser desenvolvida de modo a melhorar a maneira de contar uma história. No curso, ele ensina técnicas de espontaneidade, expressão corporal, modulação de voz e utilização das memórias auditiva e visual. “O mais importante é o quanto a pessoa se integra e se envolve com o que se propõe a contar. E, sem dúvida, os melhores contadores são aqueles que também sabem ouvir”. O principal elemento deve ser a provocação do estranhamento, que pode ser a presença de um componente inusitado ou de identificação pessoal do ouvinte. A partir daí, o contador passa a utilizar sua experiência de vida aliada a figuras poéticas. "Há um caminho, mas não uma fórmula fechada. As técnicas ensinam como sons e objetos podem ser utilizados para enriquecer o contar". No campo, por exemplo, onde é tradicional a "contação" de histórias, procura-se inserir nos "causos" a descrição dos sons da natureza. Já no meio urbano, as histórias podem ser enriquecidas

ARMAS

CONFRONTO

Ministério Público Militar deverá oferecer, até o fim desta semana, denúncia contra Joelson Basílio e Carlos Leandro de Souza, os dois exmilitares já presos sob suspeita de participação no roubo de dez fuzis automáticos FAL e uma pistola calibre 9mm do Estabelecimento Central de Transportes do Exército, no bairro de São Gonçalo, Rio de Janeiro. O promotor Antônio Carlos Facuri também disse ontem, que irá pedir a prisão preventiva dos dois até quinta-feira, quando expira o prazo da prisão temporária. Segundo o promotor, já há provas suficientes para denunciá-los, mesmo que o inquérito policial-militar que apura o crime não tenha sido finalizado. Cinco civis, que seriam ligados ao tráfico de drogas e foram arregimentados pelos exmilitares para a operação no quartel, também poderão ser incluídos na denúncia. Eles teriam conhecido a dupla no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, pouco antes do crime. Tropas do Exército passaram 12 dias à procura do armamento, tendo invadido vários morros do Rio, entre eles a Mangueira e a Rocinha. (AE)

inda não foram identificados os oito mortos durante tentativa de invasão de traficantes, no fim da noite de domingo, à Favela Santa Lúcia, em Imbariê, distrito de Duque de Caxias (RJ). A polícia interferiu e houve tiroteio ao longo da madrugada. Traficantes da favela Mariante, ligados ao Comando Vermelho, tentaram tomar pontos-de-venda de drogas da Santa Lúcia, controlados pela facção Terceiro Comando Puro. No choque entre os traficantes, três morreram. A Polícia Militar foi chamada por volta da meianoite. Houve novos tiroteios. Outros quatro morreram em confronto com policiais do 15.º Batalhão da PM (Duque de Caxias) e um homem morreu na avenida Rodrigues Alves, em frente à favela, após trocar tiros com o Grupamento Especial Tático Móvel, informou o coronel Paulo Cézar Lopes, comandante do 15.º BPM. "Todos eram criminosos", afirmou Lopes. Ele negou informações de que os policiais tenham ficado encurralados no morro. "Tínhamos efetivo suficiente para enfrentar a situação e não foi necessário pedir reforços ao Batalhão de Operações Especiais", disse.

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A Ó RBITA

ARSENAL que era uma operação de rotina se transformou em uma das maiores apreensões de armas em Pernambuco Depois de perseguirem dois jovens, policiais civis e militares do município de Gravatá, no Agreste pernambucano, chegaram a uma chácara onde havia um arsenal. No local apreenderam uma submetralhadora Uzi (de uso exclusivo das Forças Armadas), dois fuzis 762 (uso privativo das Forças Armadas e da PM), cinco revólveres 38, duas espingardas calibre 12, uma pistola 9 milímetros, munição, equipamento GPS, máscaras, capuzes e munição antiaérea. A operação começou na madrugada de ontem, quando policiais militares prenderam Leonardo de Lira Souza, de 26 anos, e uma adolescente de 17 anos. A dupla foi denunciada por moradores da região depois de disparar vários tiros para cima durante uma festa. (AE)

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Pablo de Sousa/Luz

Giuliano Tierno: ator e professor, ministra cursos sobre a arte de contar histórias. Seus alunos são educadores, pais e avós, além de profissionais de comunicação. "Há quem nos procure para desenvolver a oratória".

por meio dos livros. E quanto mais variada a leitura, maior o repertório de histórias e condições de mesclas entre elas. A procura pelo aperfeiçoamento das técnicas de contar histórias tem sido cada vez mais eclética. Giuliano conta que já recebeu alunos de teatro, profissionais das áreas de comunicação e até de outras áreas, como a de biológicas e de exatas. “O interesse principal é de educadores, pais, avós e voluntários de entidades filantrópicas, mas há também quem nos procure para

desenvolver a oratória e, assim, melhorar suas relações interpessoais”, explica. Na área empresarial, é também crescente o interesse pelo desenvolvimento dessa habilidade. “Por meio das histórias é possível aproximar as pessoas e conseguir melhorar a comunicação graças às metáforas". SERVIÇO Espaço Orbital Rua Arapiraca, 360, Vila Madalena tel: 3814-5676

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10 -.CIDADES & ENTIDADES

OSASCO

ARRAIA

GREVE

FEBEM

Justiça de Osasco rejeitou ação civil pública por danos morais e materiais contra duas empresas em favor de famílias de 42 mortos e 472 feridos na explosão do Osasco Plaza Shopping, em junho de 1996. A ação foi proposta contra a Ultragaz e a BRR Gerenciamento e Planejamento. A Justiça entendeu que não ficou provada a responsabilidade das empresas no caso.

esquisadores da Uerj, USP e Unesp descobriram uma nova espécie de arraia, que vive a cerca de mil metros de profundidade. Ela é do gênero Malacoraja, encontrado até hoje nas águas da Irlanda, da África do Sul e dos EUA. Com manchas esbranquiçadas na região superior do corpo e uma fileira irregular de espinhos na cauda, ela foi batizada de Malacoraja obscura. (AE)

cúpula da Segurança Pública do Rio reagiu ontem à greve de 48 horas dos policiais civis do estado com ameaças de punição. Na 5ª DP, que fica ao lado da Chefia de Polícia, o delegado Claide Ribeiro foi acusado de "prender" servidores que usavam coletes com a inscrição "em greve". Ele negou a prisão, mas admitiu que fechou a porta do DP "porque estavam tumultuando o trabalho." (AE)

Febem foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a duas ex-funcionárias que passaram por humilhação e situações constrangedoras no trabalho. Magda Prestes e Ana Paula de Brito ficaram foram demitidas sem justa causa em 2003, mas conseguiram ser reintegradas por força de uma liminar. Quando voltaram passaram três dias em uma sala sem acesso a banheiro e água na unidade de Bauru. (AE)

A Ó RBITA

MARISA MONTINI orreu ontem, aos 58 anos, de insuficiência hepática, Marina Montini (foto abaixo), conhecida como a "mulata de Di Cavalcanti", por ter sido musa inspiradora de várias obras do pintor. A morte ocorreu às 6h30 no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro, o velório foi realizado no cemitério São João Batista,

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onde o corpo foi enterrado. A modelo foi descoberta pelo pintor Di Cavalcanti numa reportagem da extinta revista Manchete, no fim dos anos 60. Seu encanto foi imediato, tanto que o pintor não sossegou enquanto não convenceu a modelo a trabalhar para ele. Marisa Montini posava para o pintor quase diariamente entre 1969 e 1976. (Agências)

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Monique Cabral/Agência O Globo

CELULAR PEGA FOGO estudante Carina Zanqueta, de 14 anos, teve queimaduras na coxa direita provocadas pela explosão de um telefone telefone celular, na madrugada de sábado, em Araras, a 170 quilômetros de São Paulo. Ela estava em um clube da cidade quando começou a sentir que o celular, que estava no bolso da calça, começou a aquecer e a pegar fogo. A garota jogou água no bolso e tirou apenas o fone, a bateria ficou grudada.

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O incidente foi registrado no plantão policial como lesão corporal. O delegado de plantão, Marcelo Roston, disse que o caso será investigado e a polícia deverá abrir inquérito. O aparelho celular, marca Motorola, e a calça jeans que ela usava (com o bolso frontal queimado e parcialmente rasgado) foram recolhidos e serão examinados pelo Instituto de Criminalística. A estudante e testemunhas serão ouvidas em depoimento. (AE)

OUTONO AINDA QUENTE outono começou ontem, mas as condições devem permanecer similares às do verão ao menos até o fim da semana, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para o restante da estação, a previsão é de temperaturas acima da média histórica, embora baixas. As temperaturas costumam variar de 27,1 graus a 18 graus em março; de

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25,2 a 16,1 em abril; e de 23 a 13,6, em maio. Mas neste ano devem ser mais altas. Para os próximos dias, a previsão é de temperaturas altas e chuva, principalmente no final da tarde. Regiões oeste e sul do estado já podem começar a registrar temperaturas mais baixas. O frio só chega à capital e ao litoral no sábado, quando uma frente fria afasta a massa de ar quente. (Redação)

Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente

Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente

Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente

Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente

Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente

Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente

Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente

Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino

Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente

Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente

Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente

Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente

Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

LEGAIS - 7

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 - Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - São Paulo - SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

Senhores Acionistas, Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. A BRAM, empresa especializada na gestão de recursos de terceiros, atende aos segmentos do mercado, tais como Bradesco Prime, Bradesco Empresas, Corporate, Private, Varejo e Investidores Institucionais. Em 31 de dezembro, 3.392 mil eram os investidores em 516 Fundos e 110 Carteiras Administradas, representando R$ 121,182 bilhões. No exercício, registrou Lucro Líquido de R$ 18,442 milhões, correspondente a R$ 1,98 por lote de mil ações e Patrimônio Liquido de R$ 103,600 milhões. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 30 de janeiro de 2006. Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

CIRCULANTE ...................................................................................... DISPONIBILIDADES ............................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................. Carteira Própria ..................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ...................................................... OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Rendas a Receber ................................................................................. Diversos ................................................................................................

79.165 4.378

45.378 4.042

66.599 66.059 540 8.188 742 7.446

36.728 36.275 453 4.608 148 4.460

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ........................................................................... Diversos ................................................................................................

6.835 6.835 6.835

13.500 13.500 13.500

PERMANENTE .................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................. Participações em Coligadas e Controladas - No País ............................. Outros Investimentos ............................................................................. Provisões para Perdas ........................................................................... IMOBILIZADO DE USO ......................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................. Depreciações Acumuladas ..................................................................... DIFERIDO ............................................................................................. Gastos de Organização e Expansão ....................................................... Amortização Acumulada ........................................................................

30.141 8.611 8.289 534 (212) 1.387 3.552 (2.165) 20.143 39.659 (19.516)

34.627 9.774 9.470 516 (212) 1.306 2.613 (1.307) 23.547 40.385 (16.838)

T O T A L ..............................................................................................

116.141

93.505

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE ...................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Sociais e Estatutárias ............................................................................. Fiscais e Previdenciárias ....................................................................... Diversas ................................................................................................

11.141 11.141 2.554 4.655 3.932

2.238 2.238 – 1.623 615

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................... Fiscais e Previdenciárias ....................................................................... Diversas ................................................................................................

1.400 1.400 1.198 202

3.574 3.574 2.015 1.559

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ..................................................................... Reservas de Capital ............................................................................... Reservas de Lucros ............................................................................... Prejuízos Acumulados ...........................................................................

103.600

87.693

97.150 43 6.407 –

97.150 24 – (9.481)

T O T A L ..............................................................................................

116.141

93.505

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

SALDOS EM 30.6.2005 ....................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................... - Dividendos .............................................................................................................

CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL SOCIAL

OUTRAS

LEGAL

PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAIS

ESTATUTÁRIA

97.150 – – – –

24 19 – – –

– – – 448 –

– – – 5.959 –

(1.778) – 10.739 (6.407) (2.554)

95.396 19 10.739 – (2.554)

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................................................................

97.150

43

448

5.959

103.600

SALDOS EM 31.12.2003 ...................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................... AUMENTO DO CAPITAL POR INCORPORAÇÃO ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................

35.824 – 61.326 –

– 24 – –

– – – –

– – – –

(19.171) – – 9.690

16.653 24 61.326 9.690

SALDOS EM 31.12.2004 .....................................................................................................................

97.150

24

(9.481)

87.693

SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................... - Dividendos .............................................................................................................

97.150 – – – –

24 19 – – –

– – – 448 –

– – – 5.959 –

(9.481) – 18.442 (6.407) (2.554)

87.693 19 18.442 – (2.554)

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................................................................

97.150

43

448

5.959

103.600

2º Semestre 2005 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................................................................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS .... Receitas de Prestação de Serviços ................................ Despesas de Pessoal ..................................................... Outras Despesas Administrativas .................................. Despesas Tributárias ..................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas Outras Receitas Operacionais ........................................ Outras Despesas Operacionais ...................................... RESULTADO OPERACIONAL .................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ........................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .................................................................. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .. LUCRO LÍQUIDO ......................................................... Número de ações ........................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ................................

5.214 5.214

9.093 9.093

3.161 3.161

5.214 10.248 26.723 (10.935) (3.318) (2.386) 1.544 235 (1.615) 15.462 248

9.093 17.700 51.289 (22.541) (6.180) (4.464) 2.392 515 (3.311) 26.793 481

3.161 9.343 24.181 (9.666) (4.651) (2.126) 3.587 261 (2.243) 12.504 600

15.710 (4.971) 10.739

27.274 (8.832) 18.442

13.104 (3.414) 9.690

9.322.059 1,15

9.322.059 1,98

9.322.059 1,04

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005 ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... LUCRO LÍQUIDO ......................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................. Depreciações e Amortizações ........................................ Amortização de Ágio ...................................................... Variação nas Provisões de Investimentos ....................... Resultado da Equivalência Patrimonial ........................... RECURSOS DE ACIONISTAS ..................................... Aumento de Capital por Incorporação ............................. RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............................. Outras Obrigações ....................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ......................... Outros Créditos ............................................................ - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ...... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................. DIVIDENDOS PAGOS E/OU DECLARADOS .............. INVERSÕES EM ........................................................... Imobilizado de Uso ........................................................ INVERSÕES EM ........................................................... Imobilizado de Uso ........................................................ Participações Societárias ............................................... Investimentos ................................................................. APLICAÇÕES NO DIFERIDO ...................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................. Outros Créditos ............................................................. REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............ Relações Interdependências ........................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ........................

21.267 10.739 226 241 1.529 – (1.544) – –

32.974 18.442 1.144 477 3.059 – (2.392) – –

74.056 9.690 (1.799) 259 1.982 (453) (3.587) 61.326 61.326

4.275 4.275 5.459 – 5.459 568 17.273 2.554 55 55 – – – – – 14.598

6.728 6.728 3.086 – 3.086 3.574 32.638 2.554 147 147 – – – – 66 29.871

3.225 3.225 1.614 1.614 – – 70.015 – – – 7.494 1.490 5.883 121 25.149 37.372

14.598 – 66 66 3.994

29.871 – – – 336

31.073 6.299 – – 4.041

MODIFICAÇÕES Início do período ............................. NA POSIÇÃO Fim do período ............................... FINANCEIRA Aumento das disponibilidades .........

384 4.378 3.994

4.042 4.378 336

1 4.042 4.041

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

4)

CONTEXTO OPERACIONAL A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, tem como objetivo praticar operações e atividades pertinentes às disposições legais e regulamentares aplicáveis às sociedades da espécie, inclusive a administração de carteira de Valores Mobiliários por intermédio de carteiras de fundos, clubes de investimentos e outros assemelhados, além da execução de outros serviços ou atividades correlacionados à administração de recursos, podendo, para tal fim, celebrar convênios, bem como comprar e vender participações societárias e participar como sócia ou acionista de outra Sociedade. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizandose de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e

Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. d) Investimentos O investimento relevante em controlada, foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. e) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano; e sistema de comunicação e segurança - 10% ao ano. f) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano. O ágio na aquisição de investimentos, com base em expectativa de rentabilidade futura, possui amortização de 10% ao ano. g) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos Em 31 de dezembro - R$ mil

Títulos (1) Títulos para negociação: Letras financeiras do tesouro ........ Certificados de depósito bancário Letras do tesouro nacional ............ Total em 2005 .............................. % ................................................. Total em 2004 .............................. % .................................................

1 a 30 dias

31 a 180 dias – 1.268 – 1.268 1,9 3.776 10,3

18.622 – 8.060 26.682 40,0 9.728 26,5

Valor de mercado/ contábil (2)

Acima de 360 dias

181 a 360 dias 55 927 – 982 1,5 9.766 26,6

28.271 5.447 3.949 37.667 56,6 13.458 36,6

46.948 7.642 12.009 66.599 100,0

2005 Valor de custo atualizado 46.923 7.642 12.010 66.575

2004 Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado 24 – – 24

Marcação a mercado

22.446 7.148 7.134

– – –

36.728 100,0

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez .......................................................................................................................................................................... – Títulos de renda fixa ....................................................................................................................................................................................................................... 9.069 Ajuste a valor de mercado .............................................................................................................................................................................................................. 24 Total .............................................................................................................................................................................................................................................. 9.093 c) A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e 2004. 5)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2005

6)

75 3.086 – 3.161

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Créditos tributários (Nota 18c) ............................................................................................................................................................................................................ 10.138 12.621 Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................................................................................................................ 3.762 4.692 Depósitos em garantia de recursos fiscais .......................................................................................................................................................................................... 175 175 Adiantamentos e antecipações salariais ............................................................................................................................................................................................... 146 – Aluguéis a receber .............................................................................................................................................................................................................................. 41 310 Outros ................................................................................................................................................................................................................................................. 19 160 Total ................................................................................................................................................................................................................................................... 14.281 17.958 INVESTIMENTOS a) O ajuste decorrente da avaliação pelo método de equivalência patrimonial do investimento foi registrado em conta de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em controlada”: Em 31 de dezembro - R$ mil Ajuste decorrente Patrimônio Quantidade de Participação Lucro Valor contábil Capital de avaliação (1) líquido cotas possuída no capital líquido Empresa Social ajustado (em milhares) social ajustado 2005 2004 2005 2004 I - CONTROLADA Bradesco Templetom Asset Management Ltda. ..........................

618

16.544

310

50,100%

4.774

8.289

9.470

2.392

3.587

(1) Considera o resultado apurado a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais da investida não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. 9) OUTRAS OBRIGAÇÕES b) Outros investimentos Em 31 de dezembro - R$ mil a) Fiscais e previdenciárias Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 2005 2004 Investimentos por incentivos fiscais ...................................... 218 218

7)

Títulos patrimoniais .............................................................. Certificados de investimentos ............................................... Outros investimentos ............................................................ Subtotal .............................................................................. Provisão para perdas em Outros investimentos ..................... Total ..................................................................................... IMOBILIZADO DE USO Taxa

8)

200 100 16 534 (212) 322

182 100 16 516 (212) 304

Em 31 de dezembro - R$ mil Depreciação Valor Custo residual

Imóveis de uso: - Móveis e equipamentos de uso ................. 10% 694 (314) 380 - Sistema de segurança e comunicação ....... 10% 319 (151) 168 - Sistema de processamento de dados ........ 20 a 50% 2.539 (1.700) 839 Total em 2005 ............................................. 3.552 (2.165) 1.387 Total em 2004 ............................................. 2.613 (1.307) 1.306 DIFERIDO O diferido é composto basicamente pelo ágio na aquisição de investimentos, fundamentado em rentabilidade futura, na Deutsche Bank Investimentos DTVM S.A., no montante de R$ 20.136 mil (2004 - R$ 23.195 mil), líquido de amortização. Foram amortizados ágios de R$ 3.059 mil (2004 R$ 3.059 mil). O ágio diferido possui o seguinte fluxo de amortização: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 2005 ........................................................................................... 2006 ........................................................................................... 2007 ........................................................................................... 2008 ........................................................................................... 2009 ........................................................................................... 2010 ........................................................................................... 2011 ........................................................................................... 2012 ........................................................................................... Total dos Ágios ........................................................................

– 3.059 3.059 3.059 3.059 3.059 3.059 1.782 20.136

3.059 3.059 3.059 3.059 3.059 3.059 3.059 1.782 23.195

Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ...................... Provisão para riscos fiscais .................................................. Impostos e contribuições a recolher ...................................... Impostos e contribuições diferido .......................................... Total ..................................................................................... b) Diversas

Provisão para pagamentos a efetuar ...................................... Provisão para passivos contingentes - trabalhistas ................ Total .....................................................................................

3.276 2.015 554 8 5.853

1.227 2.015 396 – 3.638

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 3.792 1.832 342 342 4.134 2.174

10) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.322.059 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações Ações ordinárias

c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 2.554 mil, apresentados em Outras Obrigações - Sociais e Estatutárias. O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil 18.442 9.481 448

Base de cálculo ...................................................................

8.513

Dividendos a pagar .............................................................

2.554

5 30

11) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Referem-se a receitas pela gestão de recursos de terceiros, calculado com base em percentual definido em contrato de intermediação de negócios. 12) DESPESAS DE PESSOAL Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Proventos ................................................................................... Encargos sociais ........................................................................ Benefícios .................................................................................. Treinamento ............................................................................... Total ..........................................................................................

15.837 5.400 988 316 22.541

6.598 2.434 477 157 9.666

13) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Propaganda e publicidade ........................................................... Comunicação ............................................................................. Serviços técnicos especializados ............................................... Aluguéis ..................................................................................... Serviços de terceiros ................................................................. Depreciação e amortização ........................................................ Despesas de viagens ................................................................. Processamento de dados ........................................................... Despesas de material ................................................................ Transportes ................................................................................ Manutenção e conservação de bens ........................................... Outras ........................................................................................ Total ..........................................................................................

1.354 1.051 822 624 568 477 445 247 162 140 70 220 6.180

980 155 1.073 399 836 259 230 – 168 – 133 418 4.651

14) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Contribuição ao COFINS ........................................................... Impostos sobre serviços - ISS .................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ........................................................ Impostos e taxas ........................................................................ Total ..........................................................................................

2.454 1.410 399 201 4.464

1.261 511 222 132 2.126

15) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Amortizações de ágio ................................................................. Atualização monetária ................................................................ Despesas diversas .................................................................... Total ..........................................................................................

3.059 21 231 3.311

1.982 – 261 2.243

16) RESULTADO NÃO OPERACIONAL Em 2005 refere-se à rendas de aluguéis, no montante de R$ 481 mil (2004 - R$ 310 mil). 17) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações: Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Receitas Receitas Ativos Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) 2005

Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ................................. Dividendos: Banco Bradesco S.A. ................................. BradescoTempleton Asset Management Ltda. Aluguél: Banco Bradesco S.A. ................................. BradescoTempleton Asset Management Ltda. Títulos e valores mobiliários: Banco Bradesco S.A. ................................. Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. .................................

4.378

4.042

60

(2.554) 568

– –

– –

– –

– 41

(587) 481

– 310

(366) 310

10

(4)

(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro. 18) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .... 27.274 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .......................... (9.273) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participação em controlada ................................................... 813 Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ..... (385) Outros valores ...................................................................... 13 Imposto de renda e contribuição social do exercício ....... (8.832) b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

13.104 (4.455) 1.219 (179) 1 (3.414)

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil 2004

R$ mil

Quantidade em 31 de dezembro de 2003 ........................... 1.961.858 35.824 Incorporação - AGE 30.7.2004 (1) ......................................... 7.360.201 61.326 Quantidade em 31 de dezembro de 2004 ........................... 9.322.059 97.150 Quantidade em 31 de dezembro de 2005 ........................... 9.322.059 97.150 (1) A Assembléia Geral Extraordinária de 30 de julho de 2004, deliberou a incorporação do patrimônio líquido contábil da BRAM - Bradesco Asset Management Ltda. pela BES - Boavista Espírito Santo Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.no montante de R$ 61.326 mil, conforme Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação firmado em 29 de julho de 2004. A operação se efetivou em 30 de julho de 2004 com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de junho de 2004. Na mesma Assembléia foi aprovada também, a alteração da denominação social para BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Esta operação foi homologada pelo BACEN em 17 de dezembro de 2004.

%

Lucro líquido do exercício ...................................................... (-) Prejuízo acumulado ......................................................... (-) Reserva legal ..................................................................

2005 Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições/exclusões temporárias ................................................................ Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ..................................... Prejuízo fiscal ....................................................................... Subtotal .............................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..................... Imposto de renda e contribuição social do exercício .......

306

(124)

(711) (2.078) (2.483)

(334) (677) (1.135)

(6.349) (8.832)

(2.279) (3.414)

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.LEGAIS

terça-feira, 21 de março de 2006

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 - Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - São Paulo - SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social Saldo em 31.12.2004 Provisão para contingências fiscais ........ Provisão para contingências trabalhistas Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ....................................... Ágio amortizado ..................................... Provisão para pagamento de PLR .......... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ....................... Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............................................. Total dos créditos tributários (Nota 5)

Constitui- Realização ção

R$ mil Saldo em 31.12.2005

54 116

– –

– –

54 116

70 2.061 –

– – 633

– 327 –

70 1.734 633

2.301

633

327

2.607

10.320 12.621

– 633

2.789 3.116

7.531 10.138

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

Diferenças Temporárias Imposto Contribuição de renda social 2006 ................................ 2007 ................................ 2008 ................................ 2009 ................................ Total ...............................

786 498 321 321 1.926

Diretoria

749 1.103 169 – 2.021

3.895 4.840 970 433 10.138

19) OUTRAS INFORMAÇÕES A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários administra fundos de investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, cujos patrimônios líquidos em 31 de dezembro de 2005, montam R$ 121.182.430 mil (2004 - R$ 99.640.172 mil), cuja receita de taxa de administração desses fundos no exercício foi de R$ 51.289 mil (2004 - R$ 24.181 mil), registrado em receita de prestação de serviços.

Aos Acionistas e Diretores da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários São Paulo - SP

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretor Vice-Presidente

Examinamos os balanços patrimoniais da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

José Luiz Acar Pedro

Diretor Gerente Sérgio de Oliveira

Robert John van Dijk

2.080 3.062 368 – 5.510

Parecer dos Auditores Independentes

Diretor-Presidente

Diretor Superintendente

280 177 112 112 681

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Prejuízo fiscal e base negativa Imposto Contribuição Total de renda social

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 9.328 mil (2004 - R$ 11.312 mil), sendo R$ 2.362 mil (2004 - R$ 1.980 mil) de diferenças temporárias e R$ 6.966 mil (2004 - R$ 9.332 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social.

Adelmo Agnelli Neto Contador - TC-CRC 1SP090360/O-1

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Distribuidora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Distribuidora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

Geral

PAÍSES NÃO CUMPREM OS OBJETIVOS DETERMINADOS PELA CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA Jonathan Campos/AE

Orlando Kissner/AE

Jonathan Campos/AE

Indígenas de várias etnias e participantes com roupas típicas chamaram a atenção de quem passou pela abertura da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8)

Recursos naturais ainda desprotegidos

A

8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8) foi aberta ontem, em Curitiba, com perspectivas pouco animadoras do cumprimento de suas metas até 2010. A segunda edição do relatório Panorama da Biodiversidade Global mostra que os países ainda estão longe de cumprir os objetivos determinados pela convenção. Entre eles, a proteção dos recursos naturais, a preservação da biodiversidade, a alocação de recursos para conservação e a redução de fatores de risco, como a poluição e o crescimento populacional. O tom foi dado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em seu discurso inaugural da conferência, da qual participam 188 países. "Nos últimos anos, não só não houve sinais relevantes de redução da perda da biodiversidade, como,

também, os indicadores disponíveis revelam um quadro de crescente degradação da biodiversidade global", disse Marina, pouco antes de ser empossada presidente da COP pelos próximos dois anos. "Embora muitos países tenham tomado ações enérgicas nesse sentido, sem as quais o quadro seria ainda pior, agora, quando faltam apenas quatro anos para o final do prazo acertado, há muito ainda a fazer." 21 metas - A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) foi criada em 1992, dentro da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – a famosa Rio-92. Ela estabelece como objetivo principal "alcançar até 2010 uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade nos níveis global, regional e nacional". Para tanto, foi elaborada uma lista de 21 metas, que vão des-

de a criação de unidades de extintas hoje é até mil vezes conservação até a proteção dos maior do que em qualquer peconhecimentos tradicionais e ríodo já registrado na história o aumento dos investimentos do planeta. "Aquelas que não estavam ameaçadas estão cada em conservação ambiental. vez mais ameaO segundo Paçadas, e aquelas norama de Bioque já estavam diversidade Gloameaçadas esbal, divulgado tão cada vez ontem, dá uma mais próximas idéia do caminho Estamos colocando que falta ser per- cada vez mais pressão d a e x t i n ç ã o " , disse o vice-precorrido para sobre os nossos sidente de Ciênatingir esses obcia da organizajetivos. "Esforços recursos naturais, e ção Conservaadicionais sem não vemos nenhuma ção Internacioprecedentes se- tendência de declínio. nal (CI), José rão necessários José Maria Silva, da Maria Cardoso para que se obteConservação da Silva. nha, até 2010, Internacional Uma avaliauma redução sigção de três mil nificativa da perda de biodiversidade em todos espécies terrestres e marinhas indica que 30% delas estão em os níveis", diz o relatório. Ameaças - Segundo o secre- processo de declínio populatário-executivo da convenção, cional. Segundo o relatório, Ahmed Djoghlaf, a velocidade entre 12% e 52% das espécies com que espécies estão sendo de grupos bem estudados, co-

mo aves e mamíferos, estão ameaçadas de extinção. A incerteza do número deve-se, ainda, a um grande vazio de informações científicas s o b re b i o d i v e r s i d a d e – a maior parte da qual está localizada em países em desenvolvimento, como o Brasil, que não têm os recursos ou a infra-estrutura necessária para pesquisá-la na escala necessária. Conseqüentemente, muitas espécies podem estar desaparecendo antes mesmo de serem descobertas. Fronteira agrícola - O relatório indica que a perda de habitat, uma das principais ameaças à biodiversidade, continua a crescer de maneira "alarmante". A estimativa é que 30 milhões de hectares de floresta foram destruídos nos últimos cinco anos, principalmente pela conversão de áreas para a agricultura. No Caribe, a cobertura média

dos recifes de coral foi reduzida de 50% para 10%. E quem vai sofrer as conseqüências é o homem. Pela avaliação da CDB, dos 24 serviços ambientais prestados pela biodiversidade, pelo menos 15 estão em declínio. Eles incluem o fornecimento de água limpa, recursos pesqueiros, polinização, regulação climática e a capacidade da atmosfera de processar e eliminar poluentes. A demanda da população humana por recursos naturais, segundo o relatório, já é 20% maior do que a capacidade do planeta de renovar esses recursos. "Estamos colocando cada vez mais pressão sobre os nossos recursos naturais, e não vemos nenhuma tendência de declínio", avalia Silva, da CI. A COP é o maior encontro sobre biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU). A conferência vai até o dia 31. (AE)


terça-feira, 21 de março de 2006

Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

PAÍS É CONHECIDO PELA ALTA TECNOLOGIA

As relações comerciais entre Brasil e Taiwan ainda são insignificantes, apesar do desenvolvimento econômico Emiliano Capozoli/LUZ

mento dos negócios bilaterais. "Queremos que os negócios aconteçam de uma forma mais fácil", disse o vice-presidente da ACSP e coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, Alfredo Cotait Neto. A Associação Comercial cadastrou todos os visitantes taiuaneses para cruzar os dados com os de empresários brasileiros e indicar-lhes os contatos mais interessantes para negócios. "Se juntarmos as riquezas naturais do Brasil com a alta tecnologia de Taiwan, cresceremos juntos e ajudaremos os empreendedores de ambos os países", afirmou o representante da Câmara de Comércio

ACSP recebe missão comercial de Taiwan

O

empresário taiuanês Fang-Nan Teng veio ao Brasil com a intenção de fechar negócios para a empresa de perfumes e essências que dirige naquele país oriental. "Queremos fazer acordos com empreendedores brasileiros, que têm muito a nos oferecer, e o contrário também é verdade", disse Teng durante evento

realizado ontem na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Com ele, uma comitiva de empresários da Associação de Importadores e Exportadores de Taipei (IEAT, sigla para The Importers and Exporters Association of Taipei), capital de Taiwan. Durante o evento, a entidade e a ACSP assinaram um acordo de cooperação comercial para o cresci-

e Indústria Brasil-Taiwan, Fan Jen Fei. "Desde o ano 2000, nossa economia se desenvolveu de forma significativa e recebemos muitos investimentos externos, mas ainda não estabelecemos uma relação profunda com o Brasil, e esse é nosso objetivo." Interesses – Os empresários da delegação oriental procuram negócios nas áreas farmacêutica, eletrônica, de produtos naturais e construção civil. "Taiwan é o primeiro produtor de câmeras digitais, notebooks e DVDs do mundo", disse o presidente da Arvamex Comércio Exterior, Márcio Arroyo. Ele já importa motores

BALANÇO

Da dir. para esq.: Fan Jen Fei, Alfredo Cotait e empresários taiuaneses

do Oriente e quer vender cosméticos para os exportadores taiuaneses. "Esse acordo vai

abrir muitas portas para os empresários brasileiros." Sonaira San Pedro

FATO RELEVANTE

PRELUDE MODAS S/A - CNPJ Nº 61.084.745/0001-70 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas. Em cumprimento às disposições legais e estatutárias submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativas ao período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos à inteira disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos que julguem necessários. São Paulo, 02 de março de 2.006.

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 ATIVO 31.12.2005 31.12.2004 CIRCULANTE 10.444.019,39 10.759.048,70 Caixa e Bancos 112.945,72 155.653,42 Crediaristas e Dupl. a Receber 4.526.619,15 5.025.463,95 Imóveis a Receber 62.500,00 300.000,00 Contas a receber 158.661,32 -0Estoques 5.346.924,93 5.189.149,94 Impostos a Compensar 16.550,63 32.514,80 Prêmios de Seguros a Vencer 14.011,36 10.425,53 Depósitos Judiciais 25.000,00 -0Despesas a Amortizar 151.253,00 21.741,00 Adiantamento de Férias 20.605,96 20.500,06 Títulos de Capitalização 8.947,32 3.600,00 DIFERIDO 6.771,48 18.502,88 Encargos Financeiros Leasing 6.771,48 -0Benfeitoria Imóveis Terceiros -018.502,88 IMOBILIZADO 748.520,23 904.139,92 Imóveis 196.251,02 283.613,52 Edificações -0255.727,74 Marcas e Patentes 15.160,87 15.160,87 Maquinários 412.815,43 412.815,43 Móveis e Utensílios 548.390,48 542.604,48 Instalações 745.853,64 745.853,64 Veículos 307.342,09 279.342,09 Veículos Arrendamento Mercantil 55.490,00 -0Direitos de Informática 44.069,31 44.069,31 (-)Depreciações Acumuladas 1.576.852,61 1.675.047,16 TOTAL DO ATIVO 11.199.311,10 11.681.691,50

PASSIVO 31.12.2005 CIRCULANTE 4.011.341,99 Fornecedores 2.088.961,14 Encargos e Impostos a Recolher 209.859,69 Despesas a Pagar 137.131,95 Compromissos a Pagar 4.455,00 Empréstimos Bancários 1.507.273,66 Contratos Bancários c/Cartão 13.517,41 Provisão p/Imposto de Renda 34.222,90 Provisão p/Contribuição Social 15.920,24 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.335.464,71 Refis a recolher INSS 1.397.664,71 Empréstimos Moeda Estrangeira 357.800,00 Contratos Bancários c/Cartão 580.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.852.504,40 Capital 3.533.619,00 Adiantamento p/Futuro Aumento de Capital -0Fundo de Reserva Legal 85.408,43 Lucros Suspensos 1.233.476,97

TOTAL DO PASSIVO

31.12.2004 3.450.720,02 2.216.690,91 176.738,33 118.872,61 15.147,00 809.254,95 70.418,65 30.468,80 13.128,77 2.048.006,70 1.690.206,70 357.800,00 -06.182.964,78 3.533.619,00 1.581.918,68 72.835,53 994.591,57

11.199.311,10 11.681.691,50

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE

Ativo Circulante Passivo Circulante Capital Circulante Líquido

31.12.2005 10.450.790,87 6.346.806,70 4.103.984,17

31.12.2004 10.759.048,70 5.498.726,72 5.260.321,98

31.12.2003 10.296.081,32 5.161.653,34 5.134.427,98

VARIAÇÕES 31.12.2005 31.12.2004 308.257,83 462.967,38 848.079,98 337.073,38 1.156.337,81 125.894,00

NOTAS EXPLICATIVAS DA DIRETORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PERÍODO DE 01 DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2005. NOTA 1 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: a) É adotado o regime de competência para registrar as mutações patrimoniais ocorridas no exercício; b) As demonstrações financeiras estão elaboradas e apresentadas de conformidade com os dispositivos da Lei nº 6404/76; c) Os estoques são demonstrados ao custo médio de aquisição que não excede o valor de mercado, quando adquirido de terceiros, quando de produção própria pelo custo de fabricação; d) As depreciações são calculadas pelo método linear, sobre o custo de aquisição, com base em taxas determinadas em função do prazo de vida útil estimado dos bens, nunca ultrapassando seu valor original; e) A Provisão do Imposto de Renda e Provisão da Contribuição Social, foram calculadas de acordo com a legislação vigente. NOTA 2 - CAPITAL SOCIAL: O Capital Social está subscrito e integralizado, sendo constituído de 3.533.619 ações ordinárias nominativas no valor de R$ 1,00 cada uma, perfazendo um total de R$ 3.533.619,00.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 RECEITAS OPERACIONAIS 31.12.2005 31.12.2004 Vendas Brutas 11.829.438,54 11.231.629,76 (-)Devoluções de Clientes 844.794,13 627.044,83 (-)Impostos Incidentes s/Vendas 1.633.073,98 1.511.043,49 Vendas Líquidas 9.351.570,43 9.093.541,44 CUSTO DAS MERC. VENDIDAS 4.787.283,30 4.296.966,36 LUCRO BRUTO 4.564.287,13 4.796.575,08 DESPESAS COMERCIAIS Pessoal 1.954.467,04 1.912.543,22 Aluguéis 664.726,64 563.722,14 Outras Despesas 1.089.944,76 902.257,18 3.709.138,44 3.378.522,54 DESPESAS GERAIS Despesas Administrativas 1.391,516,29 1.109.446,60 Despesas Financeiras (-) Receitas 869.275,94 737.182,40 Despesas Tributárias 144.672,89 54.361,65 2.405.465,12 1.900.990,65 LUCRO OPERACIONAL (1.550.316,43) (482.938,11) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Ganhos de Capital 1.608.250,92 342.522,68 Impostos Compensados 250.398,69 168.059,02 Outras Receitas 6.322,82 58.751,66 1.864.972,43 569.333,36 LUCRO ANTES DAS PROVISÕES 314.656,00 86.395,25 Provisão p/Contribuição Social 20.482,11 15.709,87 Provisão p/Imposto de Renda 42.715,59 34.770,63 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 251.458,30 35.914,75 DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO Fundo de Reserva Legal 12.572,90 1.795,74 Saldo a Disposição da A.G.O. 238.885,40 34.119,01 TOTAL 251.458,30 35.914,75 BASE DE DIVIDENDOS P/AÇÃO 6,76% 0,96% DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 31.12.2005 ORIGENS E RECURSOS Lucro Líquido 238.885,40 Fundo de Reserva Legal 12.572,90 Depreciações 100.975,74 Amortização Benf. Imóveis Terceiros 18.502,88 Alienação de Bens Ativo Fixo 180.323,95 TOTAL 551.260,87 APLICAÇÕES DE RECURSOS Aquisições de Bens p/Ativo Fixo 125.680,00 Benf. em Imóveis de Terceiros -0Adiantamento p/Futuro Aumento de Capital 1.581.918,68 TOTAL 1.707.598,68 AUMENTO CAP. CIRC. LÍQUIDO (1.156.337,81)

31.12.2004 34.119,01 1.795,74 72.404,69 24.077,71 95.848,39 228.245,54 78.100,28 24.251,26 -0102.351,54 125.894,00

CONVOCAÇÕES

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS ACUMULADOS 31.12.2005 31.12.2004 Saldo de Exercícios Anteriores 994.591,57 960.472,56 DIRETORIA Fundo de Reserva Legal (12.572,90) (1.795,74) a)ARTUR ANIBAL HERMAN - Diretor Lucro Líquido do Exercício 251.458,30 35.914,75 a)LUCIANO LEVINZON - Diretor Saldo Final do Exercício 1.233.476,97 994.591,57 a)JOSÉ ANGELO FAVERO - TC(CRC-SP) nº 1SP049965-03

a) RACHMIEL LEVINZON - Diretor Presidente a) SERGIO LEVINZON - Diretor Comercial a) MARCELO LUIZ LEVINZON - Diretor Industrial

DECLARAÇÃO

ATAS

DECLARAÇÃO À PRAÇA A empresa Servalit Ved. Manut. Indl. Ltda, inscrita no CNPJ. sob nº 63.953.889/0001-41, com sede à Rua: José Pinheiro, 181, declara para os devidos fins que foi extraviada a NF Nº 018894 na data 15/03/2006.

AVISO AOS ACIONISTAS

COMUNICADO COMUNICADO - Ramos-Medeiros S/A, Rua Senador Vergueiro, 849 - Santo Amaro - CEP 04739-060, São Paulo/SP, inscrito no CNPJ: 60.831.435/0001-00, registrado JUCESP sob o NIRE nº 35300003985, em 06/08/1979, comunica a perda/deterioração dos livros de REGISTRO DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 e do REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 (21, 22 e 23/03/06).

EDITAIS FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

REGISTRO DE PREÇO Nº 07/2006-FAMESP PREGÃO Nº 10/2006- FAMESP PROCESSO Nº 38/2006 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 21 de março de 2006 até o dia 05 de abril de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14) 38821885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 10/2006- FAMESP, PROCESSO Nº 38/2006 - FAMESP, que tem como objetivo a Contratação de empresa especializada para o fornecimento mensal de reagentes para realização de hemogramas por um período de 12 meses, sendo que deverá ser mantido em Comodato um Contador automático de Células, para execução dos testes, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 6 de abril de 2006, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS

PREGÃO Nº 009/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 043/2006 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 006/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 21 de março de 2006 a 03 de abril de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada no Campus Universitário da UNESP (Faculdade de Medicina), Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS - PREGÃO Nº 009/ 2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 043/2006 - FAMESP/HEB - REGISTRO DE PREÇOS Nº 003/ 2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a contratação de empresa para execução de serviços de locação e manutenção de cilindros e tanque criogênico, com fornecimento de gases medicinais, sob regime de empreitada por preço unitário, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II - Projeto Básico. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 04 de abril de 2006, com inicio às 09:00 horas, no Hospital Estadual Bauru, no endereço abaixo. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 12 de abril de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 20 de março de 2006 - Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

Banco Finasa S.A. CNPJ no 57.561.615/0001-04 - NIRE 35.300.115.686 Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29.12.2005 Data, Hora e Local: Aos 29 dias do mês de dezembro de 2005, às 13h30, na sede social, na Avenida Alphaville, 1.500, Piso 2, Alphaville, Barueri, SP. Presenças: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: José Luiz Acar Pedro; Secretário: Norberto Pinto Barbedo. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: aprovada a proposta da Diretoria, a fim de deliberar sobre aumento de Capital Social no valor de R$162.285.000,00, elevando-o de R$314.450.000,00 para R$476.735.000,00, mediante a emissão de 318.200.903 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,51000798 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. Em face da aprovação da proposta para aumento do Capital Social, disse o senhor Presidente que a Diretoria estava autorizada a dar andamento normal ao processo, na forma exposta, abrindo a subscrição de ações, tendo os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade, assinado o respectivo Boletim de Subscrição. Em seguida, o senhor Presidente comunicou aos presentes o seguinte: a) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital no valor de R$162.285.000,00, consistente de 318.200.903 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, mediante a utilização de crédito de titularidade do Banco Bradesco S.A. junto à Sociedade, relativos à pagamento de dividendos; e b) que as ações subscritas e integralizadas no referido aumento terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados, a partir desta data, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações, a partir daquela data. Em conseqüência, alterar o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$476.735.000,00 (quatrocentos e setenta e seis milhões, setecentos e trinta e cinco mil reais), dividido em 1.818.668.332 (um bilhão, oitocentos e dezoito milhões, seiscentos e sessenta e oito mil, trezentas e trinta e duas) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos representantes do acionista. aa) Presidente: José Luiz Acar Pedro; Secretário: Norberto Pinto Barbedo; Acionista: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Domingos Figueiredo de Abreu. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Finasa S.A. aa) Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro. Certidão - Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 74.462/06-4, em 10.3.2005. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

ATA

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FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 20 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: ICEPRIDI Distr. de Embalagens p/ Cestas Básicas Ltda.-Autofalência - Requerido: ICEPRIDI Distr. de Embalagens p/ Cestas Básicas Ltda. - Autofalência - Rua Antonio Gomes de Oliveira, 364 - 1ª Vara de Falências Requerente: Cliomar Comercial Im-

portadora e Serviços Ltda. - Requerido: Bruno de Souza Castro Equipamentos - EPP - Rua Taubaté, 366 - 1ª Vara de Falências Requerente: Maturity Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Jotexport Comércio Industria Exportação Ltda. - Rua Dr. Franco da Rocha,

137 - sala 61 - 2ª Vara de Falências Requerente: Risa Comercial Ltda. Requerido: AGH Assessoria e Construções Ltda. - Rua Pequetita, 145 - 8º andar - conj. 81 1ª Vara de Falências Requerente: Moveis D’Milar Indústria e Comércio Ltda. - Requerido:

Construtora Lindenbach Ltda. Rua Martim de Sá, 65 - 2ª Vara de Falências Requerente: Têxtil Suíça Ltda. - Requerido: LUBICHI - Confecções Ltda. - Rua Maria Marcolina, 328 - 2ª Vara de Falências Requerente: Benedetti Entreposto de Carnes e Derivados Ltda. - EPP -

Requerido: Central Carnes Limão Ltda. - Rua Agenor Alves Meira, 350 - 2ª Vara de Falências Requerente: Comércio de Tecidos Silva Santos Ltda. - Requerente:Têxtil Silva Santos Ltda. - Requerido: Confecções Don e Dons Ltda. Praça Julio Prestes, 29/137 - loja 07 - 1ª Vara de Falências

Requerente: Componam Componentes para Calçados Ltda. - Requerido: Lumac Equipamentos de Proteção Indústria Ltda. - Rua Itiuba, 207 - 2ª Vara de Falências Requerente: Comércio de Tecidos Silva Santos Ltda. - Requerido: Neurose Confecções Ltda. - Rua Chilon, 289 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 11

Moacyr Lopes Junior /Folha Imagem

Policiais invadem presídio e libertam reféns em Iperó Pelos menos 22 pessoas, entre presos e agentes, ficaram feridas após a invasão da polícia. Motim teve início por volta das 11h e terminou no final da tarde.

O

s 22 reféns, 20 agentes penitenciários e 2 diretores de área – que estavam em poder dos presos amotinados na Penitenciária Odon Ramos Maranhão, em Iperó São Paulo – foram libertados ontem, no início da noite, após a invasão do presídio pela Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo. A operação deixou um saldo de pelo menos 22 feridos – 15 presos e agentes. Pelo menos 6 agentes estavam com ferimentos produzidos por agressões a balas de borracha e foram atendidos num pronto-socorro da cidade. Outro agente, com fratura exposta nas pernas, ficou internado no Hospital Regional de Sorocaba. Os presos também foram atendidos nesse hospital. Bombas – Muitos funcionários saíram da penitenciária em estado de choque, em razão das ameaças e do risco da operação. Eles acabaram sendo vítimas das bombas de efeito moral lançadas contra os amotinados e dos disparos com balas de borracha. A PM usou um helicóptero na ação. Um agente reclamou por ter sido confundido com preso e atingido com golpes de cassetete. No início da noite, a PM continuava ocupando o presídio, que estava parcialmente destruído. Tivera início o trabalho de recolhimento dos presos nas celas e de revista dos rebelados. Não havia informações sobre presos feridos. O agente que fraturou as pernas saltou um muro para escapar dos presos que queriam mais reféns. A advogada Clara Maria Martins, mulher de um preso,

disse que muitos detentos tinham sido agredidos pelos policiais durante a invasão. "Eles entraram jogando bombas e batendo." Segundo ela, a operação foi de alto risco. "Muitos podiam ter morrido." Agitação – Antes da entrada da PM, um preso deu entrevista por meio de um celular, protestando contra os maus tratos de funcionários a detentos e contra as revistas, consideradas humilhantes. A rebelião agitou o bairro do Horto Florestal, onde se localiza o presídio. O prédio foi construído no meio de um assentamento de sem-terra. É lá que a assentada Nair do Espírito Santo, de 65 anos, vive com a família a 100 metros da muralha. "Vivo em agonia, pedindo a Deus que me dê condições para sair daqui." Enquanto Nair concedia a entrevista, seus netos divertiam-se com os rasantes do helicóptero da Polícia Militar e a movimentação dos amotinados sobre as caixas d´água e o telhado da penitenciária. "Olha o meu time lá", dizia Rodrigo, apontando uma bandeira do Corinthians, dependurada ao lado de outra do São Paulo. Os presos também abriram uma faixa, onde se lia "paz". A Secretaria de Administração Penitenciária informou que as causas da rebelião serão apuradas. E o prédio vai passar por vistoria técnica hoje. A assessoria de imprensa não soube informar quem ordenou a invasão, mas a operação foi considerada bem sucedida, pois os reféns foram libertados ilesos. (AE)

Epitácio Pessoa/AE

Helicóptero da PM participou da ação que terminou com a rebelião em Iperó. Presídio foi construído no meio de um assentamento de sem-terra, no bairro Horto Florestal.

Chuva forte alaga ruas e derruba árvores

O

Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou ontem à noite doze pontos de alagamento na cidade. Além da chuva forte, houve rajadas de vento e raios. Uma árvore caiu sobre uma casa na rua Professor Andreoli, na altura do número 273, no Parque São Luís. De acordo com a Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 19h e ninguém se feriu. Uma outra árvore caiu sobre um carro na Rua Des Vale, na altura do número 461, em Perdizes, zona oeste de São Paulo, por volta das 19h30. Ninguém ficou ferido. (AE)

Rolo compressor destrói mercadorias apreendidas nas operações Shogun, Capela, Netuno e Crepúsculo, em depósito que era de Chong, no Brás

PF destrói produtos de Chong avaliados em R$ 112 milhões Entre os produtos apreendidos estavam 90 toneladas de relógios falsificados e 18,5 milhões de CDs e DVDs Ed Ferreira/AE/18/03/2004

A

Polícia F e d e r a l destruiu, na manhã de ontem, em São Paulo, parte das mercadorias aprendidas nas operações Shogun, Capela, Netuno e Crepúsculo, realizadas nos depósitos de Law Kin Chong e de sua esposa Miriam Law. As mercadorias, avaliadas em R$ 112 milhões, são resultado de contrabando, falsificação e descaminho realizadas pelo empresário chinês e seus familiares. Chong, que está preso, é considerado o maior contrabandista do País. Entre os produtos apreendidos estavam 90 toneladas de relógios falsificados, 18,5 milhões de CDs e DVDs, 141 mil caixas de produtos de beleza e maquiagem com prazo de validade adulterados e mais de um milhão de pares de óculos. Imóveis – As investigações da Polícia Federal começaram em junho de 2004. Além dos mandados de prisão contra Law Kin Chong, seus familiares e outros envolvidos, e dos mandados de busca e apreensão em shoppings, depósitos de produtos contrabandeados e falsificados, a Justiça Federal determinou o seqüestro de três imóveis usados pela organização: um conjunto de galpões no Brás, o prédio onde está instalado o Shopping Mundo Oriental, na rua 25 de Março, e um edifício na rua do Pari. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que participou da solenidade de destruição dos produtos, afirmou que uma ação como essa realizada pela Polícia Federal é muito importante dentro de um conjunto de ações. "O que nós estamos fazendo é trabalhar no sentido de criar uma cultura de que 'é pirata, tô fora’. O produto pirata tem muita aparência de sedução por ser mais barato, mais gostoso e

Law Kin Chong é considerado o maior contrabandista do País e hoje está preso pela Polícia Federal

gerar empregos". Segundo o ministro, o Conselho Nacional Contra a Pirataria foi criado para isso e está investindo em campanhas educativas para conscientizar a população sobre as desvantagens de consumir produtos falsificados ou contrabandeados. Ações – De acordo com o ministro Thomaz Bastos, a Polícia Federal aumentou em 30 vezes o número de ações contra a pirataria. "Esse é um trabalho grande, mas que de criar uma cultura de que não dá para comprar produto pirata, porque ele é ruim prejudica seriamente o Brasil, e você está alimentando o crime organizado". Mesmo com as críticas aos produtos falsificados, o ministro admitiu que é difícil conscientizar a população diante de preços tão abaixo dos praticados no mercado formal. "É barato porque é falso, porque não dura, porque rasga, porque dá dor de cabeça. Produto pirata não tem nenhuma van-

tagem a não ser a ilusão". O ministro reforçou a existência de um trabalho do Conselho Nacional contra a pirataria para dar estímulos fiscais para as indústrias que começarem a fabricar linhas mais baratas de produtos para combater a mercadoria falsificada. "A pirataria causa um mal tão grande para o Brasil que é

preciso ser combatida com o rigor com o qual se combate o tráfico de drogas, de armas, o crime organizado. É tudo a mesma coisa. Ninguém faz só pirataria". O ministro da Justiça enfatizou a possibilidade da cobrança de menos impostos e reconheceu que os produtos verdadeiros são mais caros. (Agências)


terça-feira, 21 de março de 2006

Nacional Agronegócio Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 A estimativa do Credit Suisse é de que o a cotação do dólar termine o ano de 2006 em R$ 2,15.

ACORDO FOI DE R$ 1,04 BILHÃO

BANCO ENTRA NO SEGMENTO CORPORATIVO E DE ALTA RENDA. ACORDO FOI FIRMADO POR US$ 490 MILHÕES.

BRADESCO ASSUME CARTÕES DA AMEX Clodoir Oliveira/Divulgação

O

Bradesco, maior banco privado do País, anunciou ontem parceria com a American Express e assumirá as operações com cartões de crédito emitidos pela empresa no Brasil. O negócio custará US$ 490 milhões, o equivalente a R$ 1,04 bilhão, e deve ser finalizado até o final do primeiro semestre deste ano. Com isso, o Bradesco dará mais um importante passo na direção do mercado de alta renda, já que assumirá o ranking de maior emissor de plásticos para esse segmento no País. "Esperamos ainda, com a parceria, acrescentar uma gama de produtos e serviços de qualidade para os nossos clientes com maior capacidade de consumo, do segmento corporativo e de altíssima renda",

disse o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano. Os clientes da American Express já gastam hoje mais do que clientes de cartões de crédito de outras bandeiras. Enquanto em 2005 os 8,7 milhões de cartões do Bradesco responderam por um faturamento de R$ 13,8 bilhões, os gastos realizados com os 1,2 milhão de cartões American Express somaram R$ 8,9 bilhões no mesmo período. Contrato – Com a parceria firmada com a American Express, o Bradesco passa a ter exclusividade sobre a emissão dos cartões de crédito da linha Centurion (Green, Gold e Platinum), voltados para pessoas físicas e empresas, pelo prazo de 10 anos. Também faz parte do acordo a administração da área de corretagem de seguros,

serviços de viagem, câmbio e operações de Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Fica de fora do negócio a administração de cartões da bandeira American Express emitidos por outros bancos. "Esses (cartões) continuarão sob responsabilidade de cada banco emissor", disse o presidente da American Express no Brasil, Hélio Magalhães. Disputa – De acordo com o executivo da operadora de cartões, a parceria com o Bradesco seguirá os mesmos moldes de acordos firmados pela American Express com bancos locais em países como Portugal, Rússia e China. Em todas essas economias, a empresa decidiu atuar apenas como bandeira, deixando de lado a emissão dos plásticos. Adriana Gavaça

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Os executivos da American Express e do Bradesco assinaram ontem o acordo de parceria

CAMBIO O

JP MORGAN: FIM DO ENTUSIASMO

Credit Suisse aponta dólar a R$ 2,15

O

Credit Suisse revisou sua previsão para a cotação do dólar diante do real no final deste ano de R$ 2,30 para R$ 2,15. Entre os motivos para essa mudança, os estrategistas do banco listam "a isenção do imposto de renda para os investidores que negociarem títulos no mercado doméstico; a previsão de que as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) e ofertas secundárias vão continuar elevadas ao longo de 2006; a exposição próxima do zero da dívida pública ao dólar; e a dinâmica mais favorável do balanço de pagamentos para os próximos quatro anos por causa do programa de recompra da dívida externa do País. A instituição aponta ainda a expectativa de crescimento

global acelerado neste ano e o menor risco político da eleição presidencial de outubro. Apesar de apostar num real forte, o Credit Suisse manteve sua previsão de que o superávit comercial será de US$ 39 bilhões neste ano em razão do crescimento da economia mundial. O banco, no entanto, reduziu sua estimativa de superávit em conta corrente em 2006 para US$ 7,9 bilhões, pois acredita que haverá uma elevação nas remessas ao exterior de lucros e dividendos. "Fluxos menores via conta corrente deverão ser mais do que compensados por fluxos maiores via conta de capital", afirmaram os estrategistas do Credit Suisse. "As surpresas positivas virão principalmente do portfólio de investimento

estrangeiro. De acordo com nossos cálculos, a situação favorável no balanço de pagamentos em 2006 vai permitir ao Banco Central comprar o equivalente a US$ 23 bilhões no mercado spot de câmbio sem pressionar significativamente a taxa cambial." A previsão anterior do Credit Suisse para as compras de dólares do BC em 2006 era de US$ 16 bilhões. O banco também revisou de US$ 73,3 bilhões para US$ 62,5 bilhões sua previsão para o nível das reservas internacionais do País no final de 2006. "A expectativa é de que o BC vai usar parte dos dólares comprados no mercado spot para financiar o programa do governo de recompra da dívida soberana", disseram os estrategistas. (AE)

Argentina faz oferta de títulos

A

Argentina ofertará até quarta-feira US$ 500 milhões em novos títulos denominados em dólar, anunciou o Ministério da Economia ontem, marcando o retorno do país ao mercado de títulos de dívida após um período de seis meses. Os papéis terão vencimento em 2011 e cupom de 7%. Será a primeira venda desse tipo desde que o governo cancelou um leilão em setembro, alegando que as taxas de juros no mercado internacional de crédito es-

tavam altas demais. O governo informou em seu boletim oficial que, no total, planeja leiloar até US$ 1,5 bilhão em novos bônus. "Estamos reabrindo um processo importante para financiamento e para reinserir a Argentina nesse campo", disse a jornalistas o secretário argentino de Política Econômica, Oscar Tangelson. Desde setembro passado, a Argentina tem recorrido a vendas diretas de títulos à Venezuela e para agências estatais. As vendas para a Venezuela

totalizam cerca de US$ 2,8 bilhões, tornando o presidente Hugo Chávez um dos principais compradores de títulos argentinos desde a reestruturação da dívida do país no ano passado, que atingiu valor de US$ 100 bilhões. Vencimento – Os novos títulos com vencimento em 2011, chamados de "Bonar V", serão emitidos sob legislação local, mas fontes do mercado dizem que os investidores estrangeiros estarão livres para comprá-los. (Reuters)

Morre presidente honorário da Acrefi Divulgação

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aleceu, no último sábado, dia 18, o presidente honorário da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento do Estado de São Paulo (Fenacrefi), João Uchôa Borges. Advogado e empresário da área financeira, Borges é reconhecido por seu trabalho à frente de renomadas instituições financeiras, como Fininvest, Finasa, Santa Maria Crédito, Financiamento e Investimento e Banco de Crédito Comercial. Foi ainda o fundador e

João Uchôa Borges

presidente por quatro mandatos do Sindicato das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos do Estado de São Paulo. O executivo também era diretor-

conselheiro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Sob seu comando também estiveram o Automóvel Clube de São Paulo e o Projeto Marco Múltipla Ação Regional Comunitária. Além disso, participou da diretoria de importantes agremiações, como o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e o Jockey Club de São Paulo. Borges, que tinha 78 anos, deixa esposa e três filhos. A missa de sétimo dia será realizada na próxima sextafeira, dia 24, às 11 horas, na Igreja Nossa Senhora do Brasil, que fica na Praça Nossa Senhora do Brasil, número 1, no Jardim América, em São Paulo.

estrategista de mercados globais do JP Morgan Asset and Wealth Management, Stuart Schweitzer, acredita que o entusiasmo dos investidores em relação aos mercados emergentes não é sustentável. Para ele, os preços dos ativos desses mercados estariam altos, o que pode fazer com que esse "entusiasmo não seja sustentável". O executivo prevê que possa ocorrer desapontamentos no curto prazo, embora as perspectivas para o médio e longo prazos continuem positivas. No Brasil para uma visita de quatro dias, Schweitzer disse

que o fluxo de fundos mútuos de ações norte-americanos para os mercados emergentes é intenso. "É muito bom para ser verdade", afirmou, em entrevista ontem. O estrategista do JP Morgan disse que o aperto monetário nos países desenvolvidos é "muito favorável" para os Estados Unidos e para a economia global, inclusive para os emergentes, à medida que desacelera a economia sem provocar uma recessão. "O mais importante é manter a economia em expansão por um período longo. Devemos evitar o superaquecimento da economia e a infla-

Mais imóveis financiados

A

Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou ontem que o volume das contratações de financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança alcançou, em fevereiro, R$ 478, 2 milhões, uma alta de 99,5% na comparação com o mesmo mês de 2005. Conforme a entidade, no acumulado do ano, o volume de operações contratadas no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) totalizou R$ 948,6 milhões, equivalente a crescimento de 84% sobre o total apurado nos dois primeiros meses de 2005. A entidade informou que, nos 12 meses encerrados em fevereiro, o volume de operações supera R$ 5,2 bilhões, "mantendo a tendência de

crescimento registrada desde 2003". Conforme a Abecip, o número de unidades financiadas em fevereiro cresceu 74% na comparação com o mesmo mês de 2005, atingindo 5.949 imóveis. No bimestre, a alta em relação a igual intervalo do ano passado foi de 68%, para 11.902 unidades. (AE)

ção. Assim, um desaquecimento temporário é positivo", disse Schweitzer, apostando que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados U n i d o s , p ro m o v e r á m a i s duas rodadas de alta da taxa dos juros, que subiriam para 5% ao ano. "Não acredito que os juros subam para níveis perigosos", disse o estrategista. Valores das ações – Ao contrário do que ocorreu um ano atrás, quando os preços das ações brasileiras estavam baixos, Schweitzer disse que hoje são "razoáveis". "O Brasil não é mais atraente como foi", disse o estrategista. (AE)


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Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

REAJUSTE DE ATÉ 15% NO MINÉRIO DE FERRO

terça-feira, 21 de março de 2006

-0,10

por cento foi a deflação registrada pelo IGP-M na segunda prévia do mês de março.

Antonio Gaudério/Folha Imagem

CHINA VOLTA ATRÁS SOBRE PREÇOS DE MINÉRIO DE FERRO Governo diz que preços serão estipulados pelo mercado e partes envolvidas

A

China não vai interferir nas negociações sobre o reajuste dos preços do minério de ferro entre as siderúrgicas nacionais e os principais fornecedores mundiais da commodity. O aparente abrandamento das medidas adotadas pelo governo chinês para controlar as importações do produto foi anunciada por Ma Kai, titular da poderosa Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR, na sigla em inglês). "Os preços serão estipulados pelo mercado e pelas partes envolvidas nas negociações", afirmou a Agência de Notícias Xinhua. Na avaliação de Kai, o mercado estaria vivendo dias conturbados em razão de sua desorganização. A ansiedade por importações, justificou o ministro, gerou um grande estoque nos portos chineses. "Isso prejudicou tanto as negociações entre as siderúrgicas nacionais e as principais fornecedoras mundiais quanto o sadio desenvolvimento do setor siderúrgico nacional", disse. As declarações não foram bem recebidas por segmentos afins na China. Zou Jian, presidente da Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas, criticou a suposta prática de monopólio pelas gigantes mundiais do setor – a brasileira Companhia Vale do Rio Doce

Vidal Cavalcante/AE

Furlan: reajuste na UE de até 15%

(CRVD) e as australianas Rio Tinto e BHP Billiton. "O lucro gerado em toda a cadeia siderúrgica nacional é muito limitado", afirmou. "É absolutamente injusto que as mineradoras internacionais levem tudo." Estratégico – Apesar do aparente recuo, as autoridades chinesas confirmaram uma nova redução no número de alvarás concedidos para a importação desta commodity em 2006. Conforme a imprensa local, o governo deve autorizar a atuação de 99 empresas no segmento, contra as 118 licenciadas no ano passado e as 523 registradas em 2004. A China importou 51,47 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro bimestre, aumento de 31,9% frente ao mesmo período de 2005.

Citando o analista Feng Zhang, do banco JP Morgan, a imprensa local também afirmou que, se as negociações não avançarem ou se houver uma ampliação dos conflitos entre as siderúrgicas chinesas e seus principais fornecedores, o segmento "enfrentará uma forte escassez de minério de ferro, capaz de ditar a queda do ritmo de crescimento da produção e o aumento dos preços internos dos produtos de aço e seus derivados". Outros analistas também apontaram que as medidas adotadas para controlar as importações poderiam afetar as relações da China com a Austrália e o Brasil. "O tema pode ofuscar a visita que o primeiroministro, Wen Jiabao, realizará à Austrália no início de abril." Brasil – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que algumas siderúrgicas européias já aceitam um ajuste do minério de ferro em uma faixa entre 12% e 15%, segundo conversas recentes que teve com empresas da região. Furlan ressaltou também que a Companhia Vale do Rio Doce não será prejudicada por restrições chinesas ao preço da commodity. "Há um pouco de jogo de cena (do governo chinês) nessa história", avaliou o ministro. (Agências)

IMÓVEIS Caem as vendas de usados s vendas de imóveis usados no Estado de São Paulo caíram 2,67% em janeiro na comparação com o mês anterior, para 867 casas e apartamentos negociados, segundo pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP). Conforme o levantamento, o índice de vendas estadual recuou de 0,7460 em dezembro para 0,7261 no mês seguinte. No primeiro mês de 2006, os negociados foram aqueles com preço final de venda de até R$ 100 mil. Essas unidades representaram 76% do total comercializado no litoral; 66,3% no interior; 66% na região do ABCD, Guarulhos e Osasco; e 57,85% na capital paulista. Em

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janeiro, conforme o Creci-SP, o litoral foi a única região, entre as quatro em que é dividido o mercado paulista para efeito do levantamento, com registro de crescimento nas vendas de imóveis residenciais usados. Segundo a pesquisa, o número de unidades comercializadas naquela região cresceu 2,86% na comparação com dezembro. Na capital, a queda em janeiro foi de 7 4%. Nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco, a redução foi de 4,26%; e no interior, de 1,93%. Em nota, o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, explicou que a queda nas vendas apurada em janeiro foi sazonal. "Milhares de fa-

mílias costumam tirar o mês de férias, e, dentre as que viajam ao litoral, sempre há as que aproveitam para pesquisar preços e eventualmente comprar sua casa de praia, ampliando o movimento nas imobiliárias de cidades praianas e esvaziando a procura na capital e outras regiões", afirmou. A pesquisa, realizada junto a 1.194 imobiliárias de 37 cidades do Estado, aponta ainda crescimento de 1,06% no número de casas e apartamentos alugados em janeiro na comparação com o mês anterior. Com 2.652 contratações, o índice estadual de locação foi elevado de 2,1811 em dezembro para 2,2211. Os imóveis mais procurados para locação foram os de até R$ 600. (AE)

Soja e gripe aviária ajudam deflação

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safra da soja e a gripe aviária foram os principais fatores responsáveis pela deflação de -0,10% registrada pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) na CONVOCAÇÃO

segunda prévia de março. Em igual período de fevereiro, a variação havia sido de 0,01%. Nem mesmo a alta nos preços dos combustíveis conseguiu evitar a queda na taxa.

O Índice de Preços do Atacado (IPA-M), principal componente do IGP-M, ampliou a queda para -0,21% na segunda prévia deste mês, ante -0,08% em fevereiro, sob impacto da queda nos preços das commodities agrícolas. Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas, disse que o recuo dos preços do atacado refletiu especialmente a redução nos preços da soja, que registrou queda de 5,19% no atacado. (AE)

O Brasil é o principal produtor de aço América do Sul, com 4,708 milhões de toneladas este ano

Produção de aço mundial chega a 88 mi de toneladas

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produção mundial de aço bruto totalizou 88,951 milhões de toneladas métricas em fevereiro, superando em 4,9% o volume produzido no mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Internacional de Ferro e Aço (IISI, na sigla em inglês), que acompanha a produção siderúrgica em 61 países, entre eles o Brasil. No acumulado do ano, a produção mundial de aço bruto cresceu 4,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 183,212 milhões de toneladas. A China continua sendo o grande pilar do crescimento mundial do setor. Em fevereiro, o país registrou aumento de 17% na produção siderúrgica, totalizando 29,462 milhões de toneladas métricas de aço bruto. No acumulado de janeiro e fevereiro, as siderúrgicas chinesas produziram 59,629 milhões de toneladas, com crescimento de 16,8% sobre 2005. Segundo dados do IISI, a região da Ásia aumentou sua produção em 12,1% em fevereiro, em comparação ao mesmo mês de 2005, totalizando 46,651 milhões de toneladas métricas. No acumulado dos primeiros dois meses do ano, a produção asiática de aço somou 95,295 milhões de toneladas, com alta de 10,9% sobre o mesmo período de 2005. O Japão fechou fevereiro com uma produção de 8,881 milhões de toneladas e crescimento de 2,6%. No bimestre, o país produziu 18,333 milhões de toneladas, com aumento de 0,9%. A Coréia do Sul elevou

sua produção em 4,5% em fevereiro, totalizando 3,7 milhões de toneladas, enquanto a Índia cresceu 15,4%, com 3,2 milhões de toneladas produzidas. No acumulado do ano, a produção da Coréia do Sul caiu 0,9%, totalizando 7,6 milhões de toneladas. No mesmo período, a Índia elevou sua produção em 16,6%, para 6,8 milhões de toneladas. A produção de aço bruto dos

21,31 milhões de toneladas foi a produção de aço brasileira no mês de fevereiro. Uma queda de 17,7% sobre o mesmo período de 2005. 25 países da União Européia (UE) subiu 0,4% em fevereiro, totalizando 15,382 milhões de toneladas métricas. No acumulado do primeiro bimestre do ano, a produção da região somou 31,182 milhões de toneladas, com queda de 2,8%. A Alemanha, principal fabricante da UE, produziu 3,698 milhões de toneladas de aço bruto em fevereiro, com crescimento de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o país produziu 7,135 milhões de toneladas, volume 6,7% menor que em igual período de 2005. A Itália aparece como a segunda maior produtora do in-

sumo na região com 2,560 milhões de toneladas em fevereiro, volume 3,4% maior que o registrado no mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros dois meses do ano, as siderúrgicas italianas produziram 5,011 milhões de toneladas, com crescimento de 1,4%. A França, terceiro maior produtor local, registrou aumento de 2 5% na produção em fevereiro, totalizando 1,651 milhão de toneladas. Em janeiro e fevereiro, o país produziu 3,4 milhões de toneladas, volume 1,3% menor que o registrado no ano passado. América do Sul – A produção de aço bruto caiu 12,3% na América do Sul em fevereiro em comparação com mesmo mês do ano passado, totalizando 3,217 milhões de toneladas. No acumulado dos primeiros dois meses do ano, a produção regional somou 6,916 milhões de toneladas, com queda de 5,3% sobre o mesmo período de 2005. A produção brasileira de aço bruto somou 2,131 milhões de toneladas no segundo mês do ano, o que representa uma queda de 17,7% sobre o mesmo mês de 2005. No acumulado do ano, a produção brasileira atingiu 4,708 milhões de toneladas, com queda de 9,1%. O País é o maior produtor de aço da região. A Argentina, segunda maior produtora de aço na América do Sul, produziu 446 mil toneladas em fevereiro, com crescimento de 6,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No bimestre, a produção siderúrgica do país somou 858 mil toneladas. (AE)

Após 18 meses, Mercosul e União Européia retomam negociações

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epois de 18 meses de estagnação, Mercosul e União Européia (UE) retomaram ontem, em Bruxelas, as negociações sobre o acordo de livre comércio, como um sinal de que não abandonaram de vez esse projeto. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, concordou com a posição dos negociadores europeus e enfatizou que o foco do bloco sulamericano também está na conclusão do acordo da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Indicou, porém, que o Mercosul estaria pronto a apresentar uma nova oferta sobre serviços financeiros se a UE se prontificar a ampliar sua proposta sobre o acesso de produtos agropecuários a seu mercado. "Nosso foco central é a negociação da OMC, da mesma forma que é para a União Européia e para os Estados Unidos,

Carlos Barria/Reuters - 06/06/05

O embaixador Celso Amorim

porque ela está em uma fase decisiva e seu resultado balizará os futuros acordos de livre comércio", afirmou Amorim, no Itamaraty. "Não há como fechar o acordo entre os blocos neste momento. Mas não estou cético. Essa reunião terá um valor simbólico", completou. A mesma cautela foi clara-

mente expressa pelo porta-voz da Comissão Agrícola da UE, Michael Mann. A reunião de Bruxelas também foi uma tentativa de desanuviar o clima entre os dois blocos antes de dois eventos relevantes. No próximo dia 29, o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, desembarca no Brasil para uma visita de três dias que estará centrada na OMC, mas que resvalará também para o acordo birregional. No dia 1º de abril, no Rio de Janeiro, Mandelson vai se encontrar com Amorim. Em maio, Viena sediará a Cimeira UE-América Latina, encontro que tende a ser esvaziado justamente pela ausência de acerto entre os blocos e para o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou sua presença. "Tudo depende de haver massa crítica de tema e de líderes", ponderou Amorim. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO Ronaldo será o melhor jogador do Mundial.

terça-feira, 21 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

Do jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho sobre seu companheiro de seleção e atacante do Real Madrid, Ronaldo, cuja atuação é freqüentemente criticada.

MARÇO

2 -.LOGO

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Recolhimento de ICMS Dia Universal do Teatro

C ULTURA C IÊNCIA

A arte pela arte

Conservadores desde o berço O jornal canadense Toronto Star antecipou ontem o conteúdo de um artigo científico preparado por pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos EUA, e que mostra que o conservadorismo de um adulto pode ser detectado na infância. O estudo, a ser publicado no Journal of Research Into Personality foi realizado com o acompanhamento de 95 pessoas, do nascimento ao 20 anos de vida, concluiu que crianças que reclamam muito e são inseguras

tendem a se tornar adultos rígidos e tradicionais. Já as crianças confiantes, resilientes e indepentes tendem a ser mais liberais, progressistas, não conformistas. Os cientistas dizem que a razão para isso é que as crianças inseguras buscam a tradição e autoridade para se reafirmarem, e encontram isso na política conservadora. Já as crianças mais confiantes tendem a explorar as possibilidades e a questionar o poder instituído.

L UXO

Fila para o vestido de 9 mil cristais O vestido de noiva bordado com nove mil cristais é um sonho de consumo que já tem até fila de espera para alugar. Apesar das centenas de lojas paulistanas dedicadas ao segmento de casamentos, como as da rua São Caetano e as butiques de maisons européias de alta-costura, muitos pretendentes ao altar optam pela locação de um modelo que materialize o ideal da grande data. Feito em jacquard de seda pura, tule francês bordado e acabamento em cetim italiano, este modelo, da coleção da Black Tie, é alugado por R$ 15 mil. O vestido pode ser comprado por R$ 30 mil. (JJ)

Artistas doam obras para leilão que levantará recursos para o Museu Afro Brasil

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F RANÇA

T URISMO

País pára contra primeiro emprego

Passeio pela 'cortina de ferro'

As centrais sindicais francesas e as associações estudantis convocaram nova greve nacional para a próxima terça-feira, dia 28, em protesto contra o chamado Contrato de Primeiro Emprego (CPE), lei que reduz os direitos trabalhistas para incentivar a contratação de jovens. A população está toda mobilizada contra a lei e prepara para hoje e quinta-feira, de novas manifestações pelas ruas das principais cidades do país. A lei foi aprovada recentemente pela bancada governista que controla o Parlamento francês.

A fronteira entre Áustria e Hungria vai se transformar em rota turística. A "cortina de ferro" que separou os países excomunista do Ocidente por 40 anos - tinha 6.800 quilômetros de fronteira. Na Hungria, a extensão era de 500 quilômetros e a "cortina" era marcada por rochas, que serão o principal atrativo turístico do passeio. O projeto de transformar a fronteira e a paisagem dos dois países em rota turística é do Parlamento Europeu, que pretende aprofundar a "consciência européia"

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Acrílica sobre tela, 2004, de Tomie Ohtake

B RAZIL COM Z

Aldemir Martins

Leilão Arte Pró-Museu: Museu Afro-Brasil, Pavilhão Pe. Manoel da Nóbrega, Pq. do Ibirapuera. (11) 5574-8542 www.museuafrobrasil.prodam.sp.gov.br

Emanuel Araújo

Siron Franco

AP/AE

Médiuns querem falar com Lennon

A liderança de Áries ries (do latim, carneiro), é a primeira constelação do zodíaco, pois há 4500 anos vem marcando o ponto vernal – o equinócio primaveril no hemisfério norte, e outonal no sul. É quando o dia e a noite têm a mesma duração, e o sol, em sua trajetória anual aparente, corta o equador celeste. Ou seja, hoje, 21 de março, o primeiro dia da regência desse signo no calendário astrológico. Como os astrônomos babilônicos utilizavam as constelações para orientá-los no desempenho de suas atividades, era esse o momento, passado o inverno, que procediam a tosa dos carneiros. Iniciavam

Á Tudo sobre o mercado financeiro

A Speck Products criou um protetor para iPod feito em borracha que permite acesso a todos os controles do tocador de MP3 e ainda dá ao aparelho uma aparência divertida. O iGuy custa US$ 29,82 no site da WalMart nos Estados Unidos.

A Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) mantém em seu site na internet um conjunto útil de informações técnicas atualizadas. Há dados sobre a taxa Selic, debêntures, títulos públicos, além de trazer indicadores e notícias do dia sobre o mercado financeiro. Há ainda um espaço para conferir as dúvidas mais freqüentes sobre o mercado aberto e uma série de guias sobre tributos, investimentos no exterior, recolhimento de impostos e até feriados bancários.

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www.andima.com.br

A TÉ LOGO

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Um companheiro para seu iPod

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F AVORITOS

www.walmar t.com

BRASILEIRO NO ESPAÇO - A cápsula Soyuz, russa, com a bandeira brasileira, vista no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A Soyuz transportará em missão espacial que leva o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, à estação espacial internacional. A STRONOMIA

G @DGET DU JOUR

"Minas Gerais, a região brasileira da qual você nunca ouviu falar, é o tópico de uma exposição no IDB Cultural Center", anunciou ontem The New York Times. Sobre o estado brasileiro, o jornal diz que "não é distante do Rio e de São Paulo" e é "circundado por montanhas que ajudaram a desenvolver traços do barroco português". Mas apesar da falta de familiaridade quase ofensiva com o Brasil, o jornal faz um belo destaque dos altares das igrejas do século 18 e cita a importância desse estilo artístico entre os artistas contemporâneos. T ELEVISÃO

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Elisa Fukuda (foto) sola o Concerto para violino de Mendelssohn com a Bachiana Filarmônica, sob a regência de João Carlos Martins. Teatro Cultura Artística. Rua Nestor Pestana, 196. Telefone: 3258-3616. 21h. R$ 40 a R$ 90.

O barroco mineiro invade Nova York

www.iadb.org/cultural

C A R T A Z

CONCERTO

Proteção ajuda a reduzir pobreza Proteger a natureza e as espécies ameaçadas de extinção reduz a pobreza e melhora as condições de vida das comunidades rurais. Essa é a conclusão de um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) divulgado ontem. A proteção dos animais ajuda a erradicar a fome e a promover o desenvolvimento sustentável e a conservação e a gestão sustentada das espécies e de seu habitat permite proteger as florestas, a água dos mananciais e as áreas marinhas, garantindo fonte de renda e acesso a bens e serviços.

Museu Afro/Divulgação

inturas, gravuras, esculturas, desenhos, objetos e fotografias num total de quase 200 obras de arte de mais de uma centena de artistas vão a leilão hoje no Museu Afro Brasil. As peças foram doadas por artistas brasileiros e estrangeiros, e também por colecionadores e galeristas, com um objetivo: levantar recursos para que o Museu Afro Brasil garanta sua manutenção nos próximos meses. A iniciativa de artistas e amantes da arte abre espaço para a consolidação do museu que, no evento, fará uma homenagem ao artista-plástico Aldemir Martins, recentemente falecido, e que também terá obras leiloadas. Segundo o curador e diretor do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo, a idéia do leilão é garantir que o museu possa seguir sua trajetória e se consolidar como "um espaço cultural e político democrático para discutir nossas raízes em profundidade".

M EIO AMBIENTE

Arte: O. Sequetin

o fabrico da lã, para enfrentar o frio do ano seguinte. Também associavam os nomes à mitologia, para facilitar a transmissão oral do conhecimento estelar. Assim, usaram a lenda de Frixo e Hele, filhos

de Atamas, o rei da Tessália. Passando por uma crise de desolação, seca e fome, Ino, a madrasta, exigiu que os irmãos fossem sacrificados, para aplacar a ira dos deuses. Mas foram salvos por Mercúrio (o Hermes grego, deus da sabedoria), que enviou à Terra um carneiro milagroso (mitologicamente, o velocino de ouro), para conduzir sua fuga até a Cólquida. A Tessália é a região central da Grécia, enquanto a Cólquida ficava além do estreito do Bósforo, para os lados do Mar Negro, na Turquia. Na astrologia, Áries é relacionado às características da liderança, flexibilidade, iniciativa, competitividade. (ASN)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Facções criminosas do Rio e de São Paulo recebem armas do Suriname, diz a Polícia Federal Laboratório tenta controlar notícias sobre efeitos 'milagrosos' de remédio para emagrecer Febem convida Ongs paulistas para ajudar a administrar 41 unidades, mas nenhuma aceita

Em 24 de abril, uma equipe de médiuns vai tentar entrar em contato com o ex-Beatle John Lennon em um programa de TV que será transmitido em "pay-per-view" nos Estados Unidos. O programa custará cerca de US$ 10 aos assinantes e será realizado pela Starcast, a mesma produtora que já tentou, em 2003, uma entrevista com espírito de Lady Diana. No programa "O Espírito de Diana", que atraiu uma audiência de mais de meio milhão de espectadores. A princesa não apareceu. Mas os produtores garantem que Lennon, que foi uma pessoa muito espiritual, não faltará. S AÚDE

Barriga: risco para o coração Um estudo de larga escala sobre obesidade, realizado em 63 países, que substituiu a balança pela fita métrica, confirmou que uma circunferência abdominal avantajada aumenta os fatores de risco que predispõem às doenças cardiovasculares, independentemente de origem, idade e massa corporal. De acordo com critério adotado pela Federação Internacional de Diabetes, na América Latina devem ser tratados como obesos os homens e as mulheres com mais de 90 centímetros e 80 centímetros de diâmetro abdominal, respectivamente. L OTERIAS Concurso 130 da LOTOFÁCIL 02

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Nacional Agronegócio Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

R$ 2,9 BILHÕES DESTINADOS À INDÚSTRIA NAVAL

17,48

por cento foi o crescimento do patrimônio da Funcef no ano passado

BANCO ANUNCIOU ONTEM INVESTIMENTOS DE R$ 11,8 BILHÕES PARA OS PRÓXIMOS TRÊS ANOS

BNDES LIBERA VERBA PARA PETRÓLEO E GÁS Marcos D´Paula/AE

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Banco Nacional de D e s en v o l v i me n t o Econômico e Social (BNDES) prepara investimentos de R$ 11,8 bilhões para o setor de petróleo e gás para os próximos três anos. A informação foi dada pelo superintendente de Infra-Estrutura, João Carlos Cavalcanti. A maior parte desse volume, ou R$ 3,6 bilhões, será destinada às plataformas de exploração e produção de óleo e a projetos de gás natural. Outros R$ 2,8 bilhões irão para os gasodutos de transporte e R$ 810 milhões para gasodutos de distribuidoras. Segundo Cavalcanti, está incluído o Gasene (Gasoduto Sudeste-Nordeste) e o Gasoduto Coari-Manaus. O executivo afirmou que o banco reservou ainda R$ 1,7 bilhão para investimentos em re-

finarias e, desse total, cerca de R$ 900 milhões irão para a unidade de refino que será instalada no Rio de Janeiro. O superintendente confirmou que o BNDES estuda a possibilidade de ser um dos sócios nesse empreendimento, mas que ainda não existe um percentual de participação definido. Indústria naval – Completando o desembolso total previsto pelo banco para os próximos três anos para o setor de petróleo e gás, estão R$ 2,9 bilhões que serão destinados à renovação da frota da Transpetro. Cavalcanti explicou que nessa área de indústria naval houve atraso na liberação de recursos no ano passado, em razão da regulamentação da nova legislação do setor, aprovada em julho de 2004. O atraso fez que fossem desembolsa-

dos em 2005 menos de R$ 300 milhões, ante R$ 650 milhões no ano anterior. A previsão, segundo o superintendente, que participou ontem do 2º Seminário Petróleo e Gás no Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é de que o volume para a indústria naval volte a atingir R$ 650 milhões ainda este ano. Projeto – Representantes da Associação Brasileira de Empresas de Gás Canalizado (Abegás) irão definir na sextafeira as propostas que serão levadas ao Ministério de Minas e Energia para serem adicionadas ao projeto de lei de gás apresentado pelo governo. As distribuidoras projetam investimentos de R$ 1,2 bilhão por ano na atividade de distribuição de gás até 2010 para atender a demanda. (AE)

Inflação deve acelerar em março s projeções do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março subiram de 0,34% para 0,40% em pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC). O aumento, dizem analistas, foi provocado pela elevação do preço dos combustíveis no início do mês. As altas têm sido impulsionadas, em sua maior parte, pela forte variação dos preços do álcool combustível. Com isso, as estimativas de IPCA para

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este ano pararam de cair, como ocorreu nas semanas anteriores, e ficaram estáveis em 4,55%, após terem recuado por quatro semanas seguidas. A tendência para as próximas semanas, na visão de alguns analistas, é de que as projeções de inflação para março continuem a subir. A indicação de que esta possibilidade não é descabida está no fato de que as previsões de inflação para março das cinco instituições com maior grau de acerto em suas projeções ("top 5") já esta-

vam em 0,55% na pesquisa divulgada ontem pelo BC. Juros – A piora das previsões de curto prazo para a inflação não mudou a expectativa do mercado de que a taxa de juros voltará ser reduzida em 0,75 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril. Neste cenário, a taxa recuaria de 16,5% para 15,75%, percentual inferior aos 16% de setembro de 2004, quando o Copom iniciou o processo de elevação gradual dos juros. (AE)

Plataformas de exploração e produção de óleo e projetos de gás natural receberão R$ 3,6 bilhões

Funcef: R$ 21,67 bi em 2005 Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), registrou no ano passado crescimento de 17,48% em seu patrimônio, totalizando R$ 21,67 bilhões, ante R$ 18,44 bilhões no ano anterior. O patrimônio do fundo cresceu porque os investimentos no mercado financeiro, especialmente em ações, tiveram elevada rentabilidade. Entretanto, ao contrário dos demais fundos de pensão, como a Previ, do Banco do Brasil, que obteve em 2005 superávit de R$ 9,1 bilhões, a Funcef optou por jogar todo o "lucro" de R$ 515 milhões no fundo criado em 2003 para cobrir os custos

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de um novo plano de benefícios para seus 76 mil participantes. É o terceiro ano consecutivo de acumulação de superávits que são desviados para o fundo para evitar que as despesas com a cobertura dos direitos de participantes sejam rateadas entre a patrocinadora e os próprios funcionários. Diferenças – No novo plano, chamado de contribuição variável, o participante terá reconhecido o seu direito pelo sistema antigo (benefício definido) até a data de adesão, quando então se fará a migração para o novo modelo. Por exemplo, alguém que já tenha contribuído pelo plano atual por metade do tempo necessário para se aposentar re-

cebendo o valor definido na adesão, se quiser fazer a migração, vai garantir 50% do benefício definido. A partir daí, o valor restante da aposentadoria do participante será conforme as contribuições e o rendimento. O fundo para cobrir os custos da migração fechou 2005 com R$ 6,45 bilhões. O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, comemorou o resultado de 2005. Ele destacou o fato de, pelo terceiro ano consecutivo, a rentabilidade dos investimentos, que somaram R$ 20,9 bilhões – ante R$ 17,9 bilhões em 2004 –, ter superado a meta atuarial, que é a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 6% ao ano. (AE)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.OPINIÃO

terça-feira, 21 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

A CHÁCARA QUE ERA DO CÉU

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Basta! Chega de omissão! GUILHERME AFIF DOMINGOS

A Marco Antonio Teixeira/Ag. O Globo

Chega a ser milagroso o fato de que os museus brasileiros ainda não tenham sido completamente esvaziados. o que nela é mais importante. O conjunto de dezenas de aquarelas de Debret é conhecido de todo brasileiro que tenha ao menos feito a escola primária. Muitas delas ilustram os livros de História brasileira. A coleção de arte oriental é considerada a melhor do Brasil. Além disso, Castro Maya foi um grande bibliófilo. Ele editou importantes obras da literatura brasileira ilustradas por renomados artistas. O acervo deixado por Castro Maya, fundador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foi distribuído entre suas duas residências, que se tornaram o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, e o Museu do Açude, no Alto da Boa Vista. A Chácara do Céu pertenceu à família Castro Maya desde o começo do século XX e se localiza no topo de um dos morros do bairro. Dela se tem uma das

JOÃO DE SCANTIMBURGO

mais belas vistas do Rio de Janeiro. Descortina-se desde o centro da cidade, passando pela ponte Rio – Niterói, a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. A casa-museu foi erguida em estilo modernista no começo da década de 50, em substituição ao antigo casarão. Provavelmente, seu proprietário já pensava em transformá-la futuramente em museu. A casa fica no meio de um magnífico parque. Poucos lugares no mundo possuem um nome tão apropriado quanto a Chácara do Céu. Ela é um verdadeiro oásis no meio da degradação urbana do Rio de Janeiro. Nas últimas décadas, a quietude do lugar só foi quebrada pelo bulício das

Céllus

oucas cidades do mundo podem se orgulhar do seu patrimônio artístico como o Rio de Janeiro. Com um detalhe importante, verdadeiramente incomum no Brasil: há importantes coleções legadas por particulares. Basta mencionar os acervos deixados por Castro Maya, Paulo Geyer e Eva Klabin. Todos eles magnificamente organizados e expostos nas residências onde eles viveram. Raimundo Otonni de Castro Maya foi um importante empresário e mecenas carioca, falecido na década de 60. Ao longo de sua vida, ele formou uma invejável coleção de obras de arte. É difícil determinar

vernissages ou pela inauguração de exposições. Até que nas vésperas do Carnaval de 2006 a violência bateu nos seus portões: em plena luz do dia a Chácara do Céu foi assaltada e os ladrões levaram telas de Picasso, Matisse e Dalí, avaliadas em cinqüenta milhões de dólares. O assalto à Chácara do Céu não deveria surpreender. Se até quartéis vêm sendo assaltados, não seria um museu relativamente desprotegido que ficaria a salvo da sanha dos ladrões. Aliás, chega a ser milagroso o fato de que os museus brasileiros ainda não tenham sido completamente esvaziados. A escandalosa omissão do Estado quanto à segurança pública está arruinando tudo que há de mais valioso na sociedade brasileira. Até a Chácara que era do Céu. EDITORIAL DE CÂNDIDO PRUNES PUBLICADO NO SITE DO

INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

A omissão do Estado destrói o que tem valor

Nação assistiu, estarrecida e revoltada, às cenas de vandalismo e selvageria da destruição das mudas de eucaliptos por parte de um grupo de mulheres da organização Via Campesina, entidade estrangeira ligada ao MST, em um espetáculo de violência gratuita que precisa ser não apenas devidamente repudiado pela sociedade, como, exemplarmente punido para demonstrar que o país ainda vive em um Estado de Direito . O que se viu foi um verdadeiro ato terrorista, em que se buscou destruir a capacidade do País de competir no mercado mundial, no qual goza de inegáveis vantagens comparativas, mas investe em pesquisa e tecnologia para manter sua liderança. Quando se constata que as mulheres que participaram daquela ação pareciam demonstrar satisfação naquele ato de destruição, como se tivessem sido submetidas a uma "lavagem cerebral", é preciso se preocupar com o que pode acontecer com as crianças e jovens que vêm sendo doutrinados nos acampamentos do MST. Tudo indica que se está formando uma geração de "fundamentalistas agrários", educados no ódio ao capitalismo, simbolizado na propriedade agrícola, que poderá vir a representar sério problema no futuro. A omissão do governo em relação às invasões de propriedades, anunciadas pelo MST com antecedência, sem que nenhuma providência tenha sido tomada para impedi-las ou para punir aqueles que publicamente defendiam e incitavam as ações ilegais, vem estimulando a ousadia desse movimento, que já se sente suficientemente forte para ações desse tipo, que extrapolam o discurso falso com que se apresentava no início de suas atividades. Esses atos revelam aquilo que muitos já sabiam, mas alguns preferiam ignorar, de que as verdadeiras intenções dessa organização nada têm a ver com a reforma agrária, mas apenas se vale da miséria de milhares de pessoas, que vêm servindo de massa de manobra para esse grupo.

F

icou claro que o objetivo da Via Campesina e do MST é o de impor à Nação, pela força, sua visão ideológica contrária à democracia e à economia de mercado. A participação da Via Campesina, uma entidade estrangeira que defende o protecionismo agrícola francês contra os interesses de países exportadores como o Brasil, e o financiamento ostensivo do MST por organizações externas, permitem indagar até que ponto não existem outros objetivos no ataque à agroindústria, o setor que mais vem contribuindo para a expansão da economia brasileira e conquistando mercados mundiais. Seguramente, essa ação não atende aos interesses do Brasil e do povo brasileiro. É lamentável constatar que a posição do gover-

no em relação à esses grupos tem ido da simpatia e do estímulo do presidente Lula, que recebeu em palácio seus líderes e colocou o boné do movimento, à completa omissão e, até, parcialidade, dos órgãos federais de segurança, que se preocuparam em conter a "violência legítima" daqueles que procuram defender sua propriedade desarmando-os, sem tomar qualquer providência com relação à violência das invasões. A única ação da Polícia Federal no tocante à área agrícola foi a de desarmar as empresas de segurança que defendiam as propriedades. Nenhuma investigação, até agora, quanto à origem dos recursos desses movimentos e com relação às inúmeras denúncias sobre a participação de estrangeiros em muitas de suas ações.

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ão pode mais prevalecer a desculpa, sem qualquer fundamento mas sob a qual vem se escudando o governo, de que não se deve "criminalizar os movimentos sociais ". Os atos de destruição na Aracruz e a invasão do centro de pesquisa da multinacional Sygenta não são ações de "movimentos sociais" , sendo, na verdade, ações criminosas que visam impor pela força a vontade de um grupo que revela não aceitar a estrutura legal vigente e a não respeitar a autoridade constituída. Agem como se fossem "um Estado dentro do Estado", a exemplo do que ocorre com o narcotráfico no Rio de Janeiro, que impõe sua lei aos cidadãos. A diferença é que os traficantes atuam em " seu território", no qual o Estado não entra, e esses movimentos estão agindo em todo o território nacional, como se estivessem acima da lei e imunes às sanções legais que deveriam resultar de seus atos criminosos. O governo tem sido omisso no tocante à grave crise que vem sendo enfrentada pelo agronegócio em decorrência da seca, da taxa cambial, da febre aftosa, da gripe viária e dos custos elevados provocados pelas deficiências da infra-estrutura. Isto revela o descaso com que trata o setor que mais vem contribuindo para a solução do secular problema das contas externas. Permitir, no entanto, as agressões de que vêm sendo vítimas a propriedade e a atividade agrícola significa colocar em risco as instituições, o que afugenta investimentos, inclusive em outras áreas, e coloca em cheque o próprio regime democrático, que não sobrevive sem o respeito à lei e às normas de convivência social. O governo precisa agir para mostrar que o País ainda vive em um Estado de Direito. O presidente da República deve uma satisfação à sociedade sobre sua posição em relação a esses atos criminosos, não apenas com manifestações retóricas, mas com base nas ações que as responsabilidades de seu cargo exigem. Basta! Chega de omissão!

A OMISSÃO DO GOVERNO ESTIMULA A OUSADIA DO MST Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

O caseiro infiel ARTHUR CHAGAS DINIZ

O

depoimento do caseiro Francenildo Costa à CPI dos Bingos contradiz o que Palocci disse à referida comissão em janeiro. Ao mesmo tempo em que se processava a sessão, o ministro do STF, Cezar Peluso, proveu mandado de segurança impetrado pelo Senador Tião Viana (PT-AC) concedendo liminar que interrompeu a fala de Francenildo, mas ele já dera informações que comprometem definitivamente o ministro. Mesmo levando-se em conta que a mentira tem sido o tom dominante do PT em todo o período Lulla, o episódio Palocci me parece o mais sério. O ministro da Fazenda, que tem uma gestão comprovadamente cautelosa – alguns acham que até demais -, é, na verdade, mais uma vítima do PT. Palocci cercou-se de

profissionais cujo perfil é muito mais o da “escola” de Chicago do que os economistas heterodoxos do PT, que pertencem à “escola” desenvolvimentista.

P

or que Palocci teria mentido? Não é razoável que a turma de Ribeirão Preto tivesse alugado uma mansão para encontros particulares do grupo? Por que negar? Palocci, como, aliás, a totalidade dos políticos brasileiros, tem medo do julgamento caseiro. Uma coisa é prejudicar milhões de brasileiros; outra, é ter que dar explicações à patroa. Todos, sem exceção, aceitam o risco do julgamento público. Nenhum do privado. Por isso, a importância do depoimento do caseiro infiel. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

C OMO TODO POLÍTICO, PALOCCI TEM MEDO DO JULGAMENTO CASEIRO

ESSE OKAMOTTO

sabido que os orientais são dotados de paciência invencível e que atrás de cada sorriso pode sempre ter uma recusa inabalável. Sempre os tive como pacientes sem medida, isto para homens e mulheres. São mestres da paciência e com ela enfrentam o mundo. Um dos melhores exemplos japoneses está na educação e no desenvolvimento econômico, com sua ofensiva pelo mercado dos automóveis nos EUA. Vêm essas considerações a propósito deste misterioso, para mim, Paulo Okamoto, que figura nos desdobramentos da CPI que apura a arquitetura dos escândalos que estão maculando há tempos a política brasileira. Esse Okamoto, lendo reportagens, é o protótipo dos japoneses que se dedicam ao próximo de sua estima. Pagou despesas de políticos de nome, como as do presidente Lula, pagou em diversas ocasiões e ninguém sabe com certeza a razão de seu gesto.

É

Que benefícios Paulo Okamoto tiraria de seus favores? Tudo pode ser claro e tudo pode ser obscuro. udo pode ser claro e tudo pode ser obscuro. Com isso, Paulo Okamoto erigiu-se em mistério oriental, que, ou muito me engane, não poderá ser decifrado. Okamoto continuará a ser como a literatura e o cinema já mostraram sobre japoneses, chineses e outras etnias. Não são de fácil conhecimento em sua psicologia, tradicional há milênios. Daí a questão: por que a ajuda perfeitamente pública de Okamoto aos políticos dos diversos partidos focalizados pelo inquérito? Que benefício tiraria ele de seus favores sem serem pedidos pela parte interessada? Não seria do Sebrae, que é uma instituição de apoio à pequena e média empresa; outro mistério, portanto. Não pretendo ser um investigador policial da galeria de Conan Doyle ou P. G. James. De resto, não penso em decifrar nada, pois admiro seres humanos de psicologia complexa, como parece ser esse Okamoto. Estas são as considerações que entendi fazer sobre personagem tão falado, ou como se dizia antigamente "na berlinda", esse Okamoto.

T

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Ano 81 - Nº 22.090

São Paulo, terça-feira 21 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h15

Gregory Hierro/Corbis

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

A D A L O VI

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Crise institucional, crise moral, vale-tudo eleitoral, descrédito ao estado de direito? As opiniões estão nas págs. 3 e 13

Hélvio Romero/AE

BrAmex: parceria de US$ 490 mi

Micros sem janelas

O cartão American Express e o Bradesco assinam um acordo de parceria por dez anos. Economia/5

Grandes fabricantes de computadores investem no Linux, software livre da vez. DC Informática Fernando Donasci/Folha Imagem

IMPÉRIO DE CHONG DESTROÇADO PF destrói mercadorias (foto) apreendidas em depósito de Chong, considerado o maior contrabandista do País, que já está preso. Página 11

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 20º C.

O príncipe da paz "Nós só torcemos para que o vencedor da eleição em Israel continue o processo de paz entre israelenses e palestinos", disse o príncipe El Hassan bin Tal (foto), da Jordânia, ontem na FMU, em SP. Otimista, afirmou que é hora de reconstruir o Iraque, ao lembrar o 3º aniversário de ocupação daquele país por forças lideradas pelos EUA. Pág. 14.

O impasse: Super-Receita, Miniconfiança. O governo continua isolado: a fusão dos fiscos traz insegurança jurídica. Economia/4


terça-feira, 21 de março de 2006

Segurança Te l e f o n i a Inter net Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A WEB 2.0 VAI GARANTIR MAIS SERVIÇOS AO INTERNAUTA

A web do futuro já está no ar Softwares e serviços de todos os gêneros, que podem ser gerenciados pelos internautas, estão disponíveis na web 2.0, o admirável mundo novo da tecnologia online. Por João Magalhães

A

web está passando por um upgrade. Não, não se trata de uma nova rede de computadores. É a mesma web do físico Tim BernersLee, só que com um punhado de recursos que podem ser desfrutados, de imediato, sem nenhuma complicação. E o que é melhor: de graça. Softwares e serviços de todos os gêneros estão disponíveis nesse admirável mundo novo da tecnologia, batizado de web 2.0, por Dale Dougherty, da O'Reilly Media. O termo define a rede como uma plataforma, ou seja, uma espécie de sistema operacional que roda no espaço virtual. O Google foi o pioneiro da novidade. A partir da estréia do Gmail deu para perceber que era possível ter aplicações desktop de todos os tipos disponíveis online, com o usuário participando diretamente do gerenciamento delas. Este to-

que colaborativo é visível também no Google Maps (http:// maps.google.com/), no trocafotos Flickr (http://www. flickr.com/) e no gerenciador de favoritos Delicious.us (http://del.icio.us/). Para ter melhor idéia do que estamos falando, basta bater à porta do site Netvibes (http:// www.netvibes.com/). Tudo o que você vê lá, pode ser personalizado. Trocando em miúdos, você faz do Netvibes sua página pessoal e modifica-a a gosto, mesmo sem saber uma linha sequer de programação. Outro bom exemplo da web 2.0 é o Writely (http://www. writely.com/), processador de textos à la Word. Com vantagens que o programa da Microsoft não tem. Ele possibilita a edição de documentos, a qualquer hora, de qualquer lugar onde você estiver. Se quiser, você compartilhá-los com seus amigos ou enviá-los para seu blog. Em tempo real.

Há ainda o Goowy (http:// www2.goowy.com/), aplicativo que reúne e-mail (2 GB gratuitos), calendário, gerenciador de contatos, leitor de RSS, busca e até games online. Desenvolvido principalmente em Flash, o serviço tem um visual que mais parece um pequeno windows rodando no navegador. A web 2.0 incorpora também um novo sistema de endereçamento, mais esperto, que lida com os recursos lingüísticos mais à maneira dos humanos. Atualmente, quando você faz uma pesquisa em um buscador, ele procura por uma série de letras em várias páginas, mas não tem nenhuma idéia do que essas letras realmente representam ou como elas se relacionam entre si. Desse modo, quando você digita, por exemplo, a palavra "carro", não será levado diretamente para páginas de carros,

mas para todas as que contêm "carro" em seus conteúdos. O sistema de buscas não sabe que "carro" significa também automóvel ou autos. Berners-Lee e sua equipe da World Wide Web Consortium (W3C), organização que ele criou para padronizar a web, estão projetando uma técnica que possa entender direitinho o que você procura. O segredo para isso está numa linguagem de programação chamada Extensible Markup Language (XML) que é mais avançada do que a atual HTML, sigla para Hypertext Markup Language. Eric Miller executivo da W3C disse que não há prazo marcado para a inauguração da novidade. "Não será uma questão de deixar de lado a atual web. Ao contrário, a web semântica chegará devagar, empurrando e expandindo suas funcionalidades", prevê Miller.

O Gmail mostrou que era possível ter aplicações desktop de todos os tipos disponíveis online


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

DOISPONTOS -13 13

S

Beto Barata/AE

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protegido de todas as formas possíveis. Para um humilde caseiro que ousou desmentir o Precioso Ministro da Fazenda, rito sumaríssimo sem a necessidade de avaliação judicial. A devassa do sigilo bancário do caseiro, culminada com a exposição involuntária, e extremamente cruel, da vida privada do mesmo, é a evidência definitiva de quão longe uma pessoa ou grupo pode ir, mesmo que isso seja equivalente ao fim da vida íntima de uma pessoa. O principal suspeito de tal

Márcia Gouthier/Agência Sebrae.

Sigilos e sigilos omo é costume nas melhores repúblicas das bananas, os direitos individuais são condicionados aos desígnos do Grande Líder, geralmente concedendo direitos absolutos a si e seus partidários e lacaios de toda sorte. E para os outros, a maioria absoluta da população, o dever absoluto de ser leal e submisso ao Grande Líder. Para o amigo do Grande Líder, que confessou ter pago uma dívida do Grande Líder com o Partido, o sigilo das suas contas bancárias está

Nildo e Okamoto: aos amigos do Grande Líder, o sigilo. Aos inimigos, a devassa.

violação de privacidade é um delegado que estaria a mando do ministro da Justiça, que anteriormente tinha se manifestado contrário a ida do caseiro a CPI dos Bingos. O Brasil nunca levou a sério a privacidade, e nem o está fazendo neste momento, já que essa gritaria é nada menos do que um joguete político. Contudo, um governo notório pelo seu desrespeito e erosão aos direitos individuais está provando do seu próprio veneno. RODRIGO VELEDA NAOSOUUMNUMERO@YAHOO.COM

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Máquina azeitada Os prestadores de serviço vendem um tipo especial de trabalho. Mas não são robôs. esquisa realizada pela empresa de c o n s u l t o r i a M ackenzie por encomenda da Abrasse (Ação Brasileira de Apoio ao Setor de Serviços) apontou que entre o ano de 1998 e 2002, o setor de serviços, notadamente no segmento da área de informática, cresceu 102,6%. O paradoxo é que embora estejamos vivendo na era da informação, somos inegavelmente frutos de uma sociedade industrial e pensamos em termos de produto. Hoje, no geral - e em particular na indústria brasileira -, os produtos resultam de um processo tecnológico e de produção dominados, de custos extremamente controlados e de qualidade auferida. É com relação a essa qualidade que frequentemente são comparados os serviços. Se o nível de produção industrial varia, a notícia vai para a primeira página dos jornais, o assunto se torna recorrente, todos têm uma impressão a respeito. Embora o setor de serviços seja responsável por mais de 50% do PIB, contra 33% da indústria, e responda por mais de 55% dos empregos, enquanto a indústria responde por menos que 30% (dados do IBGE), só ficamos aliviados quando a indústria contrata. Ao contrário da indústria, onde o cliente não vê e não sente, no setor de serviços o cliente vê, sente e opina. Por exemplo, se na indústria a linha telefônica ou a conexão da internet for interrompida, isso não afeta sua percepção do produto industrial. Mas, se isso acontecer no setor de serviços, afeta diretamente o cliente que precisa ou quer falar com você. No setor de serviços, o ‘pro-

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DEU

O deputado Fernando Gabeira descreve em seu blog os sinais inequívocos de que o governo Lula enveredou pelo tortuoso caminho dos golpes baixos. O motivo, segundo ele, está na percepção do presidente de que pode atravessar denúncias com mão-de-ferro.

HTTP://WWW.GABEIRA. COM.BR/BLOG/

CARLOS DARIANI É DIRETOR DO ESCRITÓRIO MESQUITA BARROS ADVOGADOS

Sangue frio, que o governo está quente

NO

BLOG

duto’ ou a prestação de serviços é exposta em toda sua cadeia de eventos, e todos acompanham a maior parte de sua produção. É aí, na verdade, que reside o maior desafio do setor. Todo o processo é tão transparente e envolve tantos ‘atores’ que é muito fácil perder o controle de qualidade. Além disso, outros fatores externos, sobre os quais não há nenhum controle, afetam diretamente a prestação de serviços. Em uma reunião com os advogados, até a apresentação das pastas faz a diferença, sem contar o conhecimento do processo. A emissão correta das faturas, no valor, prazo e forma acerG Ao contrário da tados, a confirmação de que o fax foi recebido e o indústria, no setor português usado nas correspondências são oude serviços o tros fatores preponderantes, logicamente sem cliente vê, sente esquecer do mais importante, que é ganhar a causa em questão. e opina. Nesse caso, o desafio é buscar a qualidade neste número sem fim de interfaces, com os mais difeG A padronização rentes agentes. Isso exige uma padronização de pode garantir a ações, que ao mesmo tempo não podem reduzir a qualidade, mas não prestação do serviço a uma relação robótica. Da pode reduzir a mesma forma, não pode ser tão mínima a ponto prestação do de o cliente ter a sensação de que está diante de serviço a um um improviso. Os vários atores devem ser treinatrabalho de robôs. dos, mas não podem ser autômatos. Tem que ter capacidade e sensibilidade de identificarem situações adversas. Esse é o segredo e ao mesmo tempo o desafio que está colocado para o setor de serviços, independentemente de ser ou não um escritório de advocacia. Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

omeçou uma nova temporada de golpes abaixo da cintura. O mais escandaloso foi a quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, testemunha da presença de Palocci na casa do Lago Sul. A interrupção do depoimento na CPI cumpriu todos os requisitos da lei. Foi um tremendo erro político pois multiplicou a

C

repercussão do testemunho do caseiro, sem omitir nenhum dos dados essenciais do caso. Foi um tremendo erro, dentro das regras do jogo. Mas a quebra do sigilo bancário pela Caixa Econômica e a divulgação pela imprensa é algo com características de um Watergate. Como foi possível ao governo, no

momento em que tenta impedir a quebra de sigilos, descaradamente quebrar o sigilo de uma testemunha que, afinal, não dizia nada de muito importante? A sucessão de golpes baixos, como a liminar concedida por Edson Vidigal para impedir as prévias do PMDB, indica o início de uma temporada perigosa. O que

ob outro aspecto, uma das razões principais da lentidão das decisões judiciais é o congestionamento provocado pelo número de lides que sobrecarregam os juízes com centenas ou milhares de julgamentos. Ora, parece que o Estado e seus agentes originam, sozinhos, a maioria dessas lides. E que a maioria delas são apenas chicanas destinadas a transferir responsabilidade por encargos e direitos líquidos e certos, como é o caso dos precatórios. Mas há ainda algo mais geral e grave, que é a pletora e anarquia de um oceano legal confuso e contraditório, no qual não há uma lei suficientemente clara e impositiva que não seja contrariada por outras leis igualmente vagas e mal redigidas. O que faz com que muitos despachos de juízes em lugar de sentenças certas e líquidas se convertam em meros enunciados de opiniões contenciosas. São moléstias constitucionais

determina essa audácia? No meu entender, a sensação de onipotência de Lula, quando descobriu que a identificação popular permite que passe incólume pelas denúncias. Até que ponto os leitores de jornais e blogs podem deter a marcha para um segundo mandato, se no frigir dos ovos, são tão minoritários numa sociedade

pronta para esquecer a complexidade do jogo político? De um modo geral não é um governo vingativo, nem persegue seus adversários mais que os outros. Apenas se defende. Joga duro e feio. Será preciso sangue frio. A calma para deserendar as tramas do governo e reconduzir o País de novo ao respeito pelas regras do jogo.

BENEDICTO FERRI DE BARROS REFORMAS DO JUDICIÁRIO os anos recentes, uma série de medidas têm sido tomadas no sentido de reformar o Judiciário, para melhorar sua estrutura e desempenho. Sendo ele um poder neutro, o Judiciário representa a suprema e última instância de um Estado de Direito contra os arbítrios do poder e a garantia dos direitos individuais e coletivos. Esse é o paradigma estipulado pela teoria política e pela experiência histórica, epitomizado pela magistral sentença de um juiz britânico, quando, numa causa em que o Estado se via envolvido e invocava suas razões, declarou que "razões de Estado não têm lugar numa corte de justiça".

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o caso brasileiro, um abismo separa a prática da boa teoria. A começar pelo fato magno que a autonomia e neutralidade do Poder Judiciário depende, antes de tudo, de que nos escalões de suas cortes mais altas seus membros sejam nomeados independentemente de interferência dos demais poderes. Na atualidade, não há um só juiz da nossa corte suprema que não tenha sido indicado pelo Executivo. E se em sua maioria a origem de sua investidura não afeta sua independência e isenção, não são poucos os casos em que é perceptível ranço político em suas decisões. A despeito da inegável importância das reformas que adotadas, elas nos parecem, entretanto, tópicas e inócuas para eliminar as principais dificuldades que tornam nossa Justiça tarda e confusa. Porque esses defeitos não são intrinsecamente decorrentes da estrutura judiciária, mas de causas que se originam do mau funcionamento dos demais poderes do Estado, o Legislativo e o Executivo. Em comparação com o que ocorre nesses poderes, os defeitos estruturais do Judiciário são muito menores. Fez-se recentemente grande estardalhaço com relação ao nepotismo nesse poder. Mas ele é insignificante quando comparado ao meiomilhão de "cargos de confiança" que existem nos poderes Legislativo e Executivo.

N

A tradição e memória dos grandes juristas brasileiros continua viva no nosso Judiciário do Direito brasileiro que, a partir da ilegítima Constituição dos Miseráveis – ela própria resultante de uma infração de direitos constitucionais – se tornou a mais grave endemia do nosso Judiciário. e qualquer forma, a recente criação do CNJ – Conselho Nacional de Justiça, em 2004, com seus amplos e elevados poderes, tem condições de, ao menos no que se refere aos problemas estruturais, desenvolver notável atuação com vistas à melhoria da eficiência do Judiciário, à manutenção de sua autonomia e a preservação do respeito e dignidade inerentes à natureza e funções desse poder. E vem se desincumbindo dessa tarefa com a lisura e desassombro característicos da melhor tradição legal, como se evidencia por sua recente resolução contra nepotismo e pela observância dos limites de ganhos constitucionalmente fixados. A tradição e memória dos grandes juristas brasileiros continua viva no nosso Judiciário. E esta é a garantia maior que se pode ter da manutenção de um Estado de Direito no turbulento clima de anomia e desordem política que vivemos.

D

BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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terça-feira, 21 de março de 2006

1,13

por cento foi a alta do dólar comercial ontem. A moeda norte-americana fechou em R$ 2,149.

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 17/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.419.881,85 Lastro Performance LP ......... 710.467,40 Múltiplo LP .............................. 1.670.761,03 Esher LP .................................. 2.456.158,68 Master Recebíveis LP ........... 136.644,33

Valor da Cota Subordinada 1.006,965921 995,033029 1.004,725156 1.000,264971 956,661961

% rent.-mês 1,8191 - 0,4967 1,4882 - 0,0399 - 4,3338

% ano 3,0702 - 0,4967 0,4725 0,0265 - 4,3338

Valor da Cota Sênior 0 1.007,528634 1.013,112041 0 0

% rent. - mês 0,7529 0,8904 -

% ano 0,7529 1,3112 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

20/3/2006


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

Marcos D

'Paula/A

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Beto Bar a

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Paulo Carvalho

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Francenildo dos Santos Costa

Anthony Garotinho

Nelson Jobim

Moacyr Lopes Jr/Folha Imagem

JOBIM AGE RÁPIDO E CALA O CASEIRO PELA SEGUNDA VEZ

CRISE SE AGRAVA COM DECISÕES DA JUSTIÇA

N

as últimas sema- quanto a crise cresce", diz. Já a cientista política Maria nas, o País conviveu com uma es- Vitória Benevides avalia que a calada de atitu- crise institucional na verdade des que infringem a lei, a ética vem se arrastando na demoou, no mínimo, atentam con- cracia brasileira e só ganhou tra o bom senso – fatos que visibilidade agora, por causa preocupam entidades como a do ano eleitoral, que, segundo Ordem dos Advogados do ela, começou sangrento e anteBrasil (OAB) e a Associação cipadamente, dentro de um dos Magistrados Brasileiros modelo que leva a uma mal(AMB), além da Comissão de versação da democracia. "No Ética Pública da Presidência nosso presidencialismo, as da República e da Comissão propostas se esgotam quando de Constituição e Justiça da muda um governo. O anterior sempre vira terra arrasada. Câmara. Para o presidente do Conse- Precisamos de um poder que lho Federal da OAB, Roberto pense a política de Estado à Busato, o País atravessa uma longo prazo", diz. Vale-tudo eleitoral – O socrise de valores éticos e morais cuja origem está no escândalo ciólogo Francisco de Oliveira do mensalão e na reação tardia também avalia que as instituido governo Lula ao primeiro ções brasileiras estão ficando caso de corrupção envolvendo comprometidas. Mas, segunum membro do Palácio do Pla- do ele, trata-se de um “vale-tunalto: as denúncias contra o ex- do eleitoral”, levado a cabo bachefe de Assuntos Parlamen- sicamente por dois partidos tares da Casa Civil Waldomiro políticos: PT e PSDB. O tucanos, por sua vez, pagam hoje o Diniz, em 2004. "O País viveu a mais grave preço das práticas que iniciou crise ético-política de sua His- no governo Fernando Henritória e agora está enfrentando que Cardoso. "O PT é o aprendiz do feitiseu efeito colateral, que é o descrédito em relação ao estado de ceiro que foi o PSDB. Mas estão direito", disse Busatto. Para o exagerando na dose. E há ainda uma verdadeira presidente da AMB, Alan Marques/Folha Imagem politização da JusRodrigo Collaço, "o tiça, o que é muito momento é de degrave. Não se espegeneração da prátirava isso de dois ca política", uma partidos assim, vez que "conceitos surgidos após uma mínimos de atuaditadura militar. ção na esfera públiCreio que o valeca têm sido despretudo se agravará zados". nesta campanha, o Busatto e Collaque é perigoso ", ço criticam o presidisse Oliveira. dente do Superior O juristas Dalmo Tribunal de Justiça de Abreu Dallari (STJ), ministro Ed- "O País está avalia que não há son Vidigal, que é enfrentando o crise institucional candidato declara- descrédito em no País, mas sim d o a g o v e r n a d o r relação ao uma antecipação da do Maranhão e, estado de campanha eleitoral mesmo assim, con. Para ele, os fatos recedeu liminar para direito. suspender as préRoberto Busatto, centes demonstram vias do PMDB. A presidente do apenas a necessidaação era de interesConselho Federal de de uma reforma se direto do senada OAB política. "Não existe nenhuma crise insdor José Sarney titucional no Brasil, (PMDB-AP) que quer uma aliança do partido os três poderes estão funcionando independentemente e com o PT. " A função político-partidá- não houve nenhuma quebra da ria é incompatível com a fun- Constituição. Nossa democração judicial. Mais do que da li- cia está muito bem consolidaminar, que tecnicamente pode da. O que há hoje é um começo estar correta, sou crítico de sua antecipado da eleição." Quanto aquiescência à candidatura às decisões do STF, Dallari diz enquanto ministro. Se é assim, que elas não foram políticas, que tivesse abandonado o car- mas formais. O jurista Célio Borja vê uma go", disse Collaço. Os representantes da OAB e a AMB crise “ moral”. "Os partidos se também se dizem estarrecidos unem ou se combatem em racom a greve dos desembarga- zão de vantagens financeiras, dores de Minas Gerais, contra quando não diretas, que se exa proibição de contratar paren- primem em cargos, em poder de contratar, de pagar, de putes e ao teto de R$ 24.500 . Crise de identidade– Para nir. Isso enfraquece a idéia de o jurista Hélio Bicudo, um pe- que o Estado existe para servir tista desiludido, há uma crise o cidadão, transforma os serviinstitucional no País. " As dores do Estado em meros careleições podem resolver ou reiristas", afirma. O diretor da Transparência mesmo aprofundar ainda mais essa crise. Se não houver Brasil, entidade voltada para o uma reação clara das entida- combate à corrupção, Cláudio des civis, viveremos um tipo Weber Abramo, discorda da de chavismo (referência à Hu- tese de crise institucional. Para go Chávez, presidente da Vene- ele, o que está ocorrendo é uma zuela) . Na minha opinião, ha- erosão do arcabouço constituverá um acordão, de modo cional do ponto de vista da creque os ataques se tornem su- dibilidade. "Os poderes não perficiais, um candidato aca- têm feito juz à confiança popubará justificando o outro, en- lar depositada neles". (AG)

no Maranhão e concede liminar interferindo em decisão de um partido político (PMDB), que claramente prejudica os pré-candidatos Anthony Garotinho e Germano Rigotto. Os fatos recentes que têm recheado o noticiário abrem a discussão sobre o limite dos poderes e uma eventual crise de identidade institucional, agravada com a proximidade das eleições de outubro.

O Thomaz Bastos promete rigor na apuração de violação de sigilo José Cruz/Agência Senado

Para o senador Álvaro Dias, episódio foi uma afronta à Cosntituição.

PSDB QUER QUEBRAR SIGILO DO FILHO DE LULA

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quebra ilegal do sigilo senador Antero Paes de Barbancário do caseiro ros (PSDB-MS), que vai apreFrancenildo Santos sentar hoje na CPI dos Bingos Costa, que contradisse o minis- um requerimento de convocatro Antonio Palocci, deixou on- ção do presidente da Caixa, tem o Congresso em pé de guer- Jorge Mattoso para que ele dê ra. No plenário do Senado, aos explicações sobre o fato. "Ele berros, oposição e governo tro- poderá e é o responsável imecaram acusações e juras de vin- diato por essa violação". O gança. O dia terminou com uma PFL também anunciou que batalha de requerimentos. O PT entraria com o mesmo pedido. sur-preendeu ao anunciar um O senador Álvaro Dias (PSDBpedido de quebra de sigilo ban- PR) afirmou que o vazamento cário do caseiro, violado sem do sigilo é um "acontecimento autorização judicial. O PSDB deplorável", uma "afronta à respondeu solicitando a quebra Constituição Federal" a expodo sigilo do filho do presidente sição da vida privada de "traLuiz Inácio Lula da Silva Fábio balhador simples". O Ministro da Justiça, MárLuis Lula da Silva, cuja empresa cio Thomaz Bastos, recebeu aporte de R$ disse que a quebra 5 milhões da operade sigilo é séria e dora Telemar. que o vazamento O líder do PSDB de informações é no Senado, Arthur "uma praga no BraV i r g í l i o ( A M ) , Ninguém está sil". "Ninguém está anunciou que pedi- fora da legará ao Ministério Pú- lidade, ninguém fora da legalidade, blico Federal que in- está acima da lei. ninguém está acima da lei. Isso vai vestigue a quebra Isso vai ser ser investigado e, de sigilo do caseiro. depois de apuraSuspeita-se que o investigado. extrato, publicado Márcio Thomaz do, temos certeza na revista Época, foi Bastos, ministro de que os responsáveis vão ser puretirado no momennidos", acrescento em que Nildo, como é conhecido, estava no pré- tou o ministro à Radiobrás. Em nota, a CEF informou dio da Polícia Federal para entrar no programa de proteção a que já instaurou um inquérito testemunhas. Mas o advogado para "apurar as eventuais resdo caseiro, que alimentava a ponsabilidades na divulgação suspeita, negou ontem essa hi- da informação". Procedimento pótese. Disse que a violação semelhante foi anunciado pelo ocorreu um dia depois do de- coordenador de Defesa Instipoimento de seu cliente à CPI tucional da Polícia Federal, dos Bingos e entrou com uma Wilson Damásio. "Podem ter ação contra a Caixa Econômica certeza, quem tirou esse extraFederal na Procuradoria da to vai ser punido", afirmou. Para o presidente do TribuRepública do Distrito Federal, pedindo informações sobre nal Superior Eleitoral, minisquem teve acesso aos extratos, tro Gilmar Mendes, é necessário que haja uma cabal investionde e quem os acessou. Repercussão– "Vida priva- gação do caso, sob risco de o da no Brasil não existe mais. O País viver uma selvageria políPT vasculha tudo! ", acusou o tica. (Agências)

EMPRESÁRIO PAGOU NILDO

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empresário Eurípedes Soares, de 72 anos, confirmou que enviou R$ 25 mil ao caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo. O dinheiro serviria para que Nildo desistisse de alegar na Justiça ser filho bastardo do empresário. "Ele disse que falaria para minha família. Mandei o dinheiro para evitar um escândalo", disse Soares.

O caseiro ganhou as manchetes na semana passada na CPI dos Bingos. Ele afirmou que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, participava de distribuição de dinheiro ilícito numa casa em Brasília. Suspeitava-se que Nildo teria recebido os R$ 25 mil para atacar o ministro. Apesar do acordo, o empresário nega que seja pai do caseiro. (Agências)

advo gado -ger al gurança", instrumento que no do Senado, Alber- entender do presidente do Suto Cascais, apre- premo não é adequado para o sentou ontem ao caso – uma vez que a suspenSupremo Tribunal Federal são de segurança é uma "medi(STF) um pedido de suspensão da excepcional de contra cauda liminar que interrompeu o tela" destinada a "salvaguardepoimento do caseiro Fran- dar grave risco de lesão a intecenildo dos Santos Costa na úl- resses públicos privilegiados", tima quinta-feira na CPI dos e "este não é o caso". No entender do senador HeBingos. Não havia prazo para o julgamento da petição, mas o ráclito Fortes (PFL-PI), Francepresidente do STF, Nelson Jo- nildo, conhecido por Nildo, já bim, imediatamente apreciou disse o que tinha de dizer à CPI o pedido e manteve a decisão dos Bingos, mas mesmo assim do ministro Cezar Peluso em ele não concorda com a decisão de Jobim. "Foi lamentável, emfavor do silêncio do rapaz. A liminar foi concedida por bora o Francenildo não tenha Peluso quando o caseiro já ha- mais nada o que contar", devia falado por 55 minutos à CPI fendeu. Heráclito disse que, e reafirmado as declarações agora, quem tem de se manifestar são as pesdadas à imprensoas citadas por sa: a de que o miNildo, inclusive nistro da FazenNão havia prazo o ministro da Fada, Antonio Pazenda, Antonio locci, freqüentapara o julgamento Palocci. va, embora da petição, mas o Para o líder do negasse, uma PSDB, senador mansão de Brapresidente do STF, Arthur Virgílio sília em que as(AM), o fato sessores dele (da Nelson Jobim, mostra a necesépoca em que foi imediatamente sidade de o preprefeito de Ribeirão Preto) se reuapreciou o pedido sidente do Senado, Renan Can i a m , p ro m oviam partilha de e manteve o silêncio lheiros (PMDBAL), conversar dinheiro suspeido rapaz. com o presidento e realizavam te do Supremo festas com a presobre o relaciosença de garotas namento dos dois poderes. de programa. O pedido de liminar aprecia- "Continuo achando que o predo por Peluso e mantido por sidente Renan deve procurar o Jobim foi apresentado pelo se- presidente do STF para acertanador Tião Viana (PT-AC). Pe- rem os ponteiros de uma vez luso ainda vai julgar o mérito por todas", defendeu. A decisão de Jobim não foi da ação, que tenta restringir a atuação da CPI dos Bingos ao surpresa para o senador Ro"fato determinado" para a qual meu Tuma (PFL-SP). "Não esfoi criada: investigar jogos de perava que ele voltasse atrás da decisão do ministro César azar e lavagem de dinheiro. Jus tifi cati va– O ministro Peluso", afirmou. Tuma defenNelson Jobim se valeu de argu- deu que a decisão não deve inimentos técnicos para justificar bir a vontade dos parlamentaa decisão. Segundo a assesso- res de investigarem as denúnria do STF, o ministro conside- cias citadas pelo caseiro. "Porrou descabido o recurso apre- que a sociedade não quer ficar sentado pelo Senado contra a na ignorância, quer saber a decisão de Peluso. O Senado verdade", justificou o senador. pediu uma "suspensão de se- (Agências)

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Factoring

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m caseiro que acusa o principal ministro do governo (Antonio Palocci) é calado duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal e tem o sigilo bancário quebrado sem ordem judicial. O mesmo STF dá habeas-corpus ao marqueteiro de Lula (Duda Mendonça) e silencia a CPMI dos Correios. O presidente de um tribunal superior (Edson Vidigal, do STJ) é candidato a governador

POLÍTICA - 3

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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Automação Te l e f o n i a Convergência Lançamentos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

O Brasil é líder, do México para baixo, em criação e disseminação de códigos maliciosos via web

INOCENTES VIRAM "POMBOS-CORREIO" A SERVIÇO DO CRIME

Usuários inocentes "ajudam" crime organizado na web Sem ter a menor noção do que está acontecendo, internautas são usados por hackers para aplicar golpes Por Guido Orlando Júnior

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Symantec anunciou na semana passada o resultado de sua pesquisa semestral que é realizada em todo o mundo. Intitulada "Relatório de ameaça à segurança na internet", apresentou dados de praticamente todos os continentes, inclusive a América Latina e Brasil. Por aqui, nada de novo do que já se sabia, ou seja, somos os líderes dentre todos os países do México para baixo, tanto em infecção como em criação e disseminação de códigos maliciosos via web. O que mais chamou a atenção no relatório foi o crescimento, mundialmente, dos ataques dos códigos denominados "bots", ou seja, aqueles que se instalam nas máquinas dos usuários e as transformam em "replicadoras" de códigos maliciosos, sem que seus donos percebam ou mesmo desconfiem. E é justamente com esses códigos que o cri-

me organizado, quadrilhas e máfias vêm agindo e transformando usuários inocentes em verdadeiros "pombos-correio" a serviço do crime, sem que saibam. "O crime organizado descobriu que é muito mais fácil, lucrativo e seguro aplicar golpes via internet do que se expor fisicamente em ações à mão armada", diz Douglas Wallace, Diretor de engenharia de sistemas da Symantec América Latina. O mais inusitado, contudo, é a sofisticação tecnológica das quadrilhas. Elas agem da seguinte forma: um usuário, ao navegar pela internet ou mesmo clicar em um e-mail que contém um código malicioso, baixa para sua máquina, sem saber, um programa que começa a agir assim que é instalado. Porém, ele não vai danificar ou fazer qualquer estrago na máquina desse usuário. Ele vai começar a agir a partir dessa máquina

em outro micros remotos, enviando informações como número de conta de banco e cartão de crédito, senhas e outras informações valiosas para o hacker que plantou o arquivo espião na máquina do primeiro usuário. Para que toda essa engenharia? Simples: no caso da Polícia Federal aqui no Brasil ou o FBI nos EUA rastrearem de onde partiu o ataque ao usuário lesado, chegarão inevitavelmente àquele primeiro usuário que foi infectado e nunca ao hacker que plantou o arquivo infectado, pois esse não deixa rastro. Esse usuário inocente de onde partiram os ataques pode se ver de repente às voltas com a justiça, sem mesmo saber o motivo. "...qualquer dia desses o FBI ou a Polícia Federal podem bater à sua porta, acusando-o de ter cometido algum crime cibernético", diz Wallace. Arquivos modulares – O último avanço tecnológico que os hackers desenvolveram são os chamados "arquivos de código modulares". Eles funcionam da seguinte maneira: um programa com código malicioso é baixado para a máquina de um usuário em várias etapas e de locais diferentes durante certo período de tempo e pode demorar dias até que seja completado e fique pronto para funcionar. Isso garante duas coisas aos hackers: primeiro, ele cria uma nuvem de fumaça sobre a origem do arquivo, pois depois de montado fica praticamente impossível saber de onde ele veio; segundo, que dessa maneira o arquivo pode burlar sistemas de segurança que estão desatualizados ou não são eficientes. O relatório, em sua análise, apontou também as melhores práticas para os usuários se precaverem desse tipo de invasão. Vou transcrevê-las aqui, pois são eficientes. Fazendo isso você praticamente

INTERNET O IPT participa de projeto para alavancar os endereços eletrônicos à casa dos sextilhões

elimina a possibilidade de ter sua máquina invadida. São elas: 1 - Utilize uma solução de segurança na internet que combine antivírus, firewall, detecção de intrusão e gerenciamento de vulnerabilidades para obter o máximo de proteção contra códigos maliciosos e outras ameaças. 2 - Certifique-se de que os patches (atualizações do Windows ou Office) de segurança estejam atualizados e que eles tenham sido empregados em todos os aplicativos vulneráveis dentro de um período mínimo de tempo. 3 - Certifique-se de que as senhas sejam uma combinação de letras e números. Não utilizar palavras de dicionário. Mudar as senhas com freqüência. 4 - Nunca visualizar, abrir ou executar qualquer anexo de e-mail, a menos que o anexo e o seu propósito sejam conhecidos. 5 - Manter as definições de vírus atualizadas com regularidade. Ao implementar as últimas definições de vírus, os consumidores podem proteger seus computadores contra os vírus conhecidos mais recentes que estão à solta. 6 - Todos os usuários de computadores precisam saber como reconhecer um hoax (vírus falso) e as fraudes de phishing. Os hoax normalmente incluem um e-mail falso avisando para "enviá-lo para todos que você conhece" e/ou jargões técnicos impróprios para assustar ou iludir os usuários. As fraudes de phishing são muito mais sofisticadas. Freqüentemente recebidas por email, as fraudes de phishing aparentam vir de uma empresa legítima e tentam atrair os usuários para que revelem o número do cartão de crédito ou outras informações confidenciais em formulários em websites que imitam os sites das organizações reais.

@ Ó RBITA

Os consumidores domésticos também precisam considerar quem está enviando a informação e determinar se é uma fonte confiável. O melhor curso de ação é simplesmente apagar todos esses tipos de e-mails. 7 - Conheça as diferenças entre spyware e adware. Adware costuma ser usado para coletar dados com intenções de marketing e, geralmente, tem um propósito válido e benigno. Spyware, por outro lado, pode ser utilizado com propósitos maliciosos, tais como o roubo de identidade. 8 - Tanto o spyware quanto o adware podem ser instalados automaticamente em um computador juntamente com programas de compartilhamento de arquivos, downloads gratuitos e versões freeware e shareware de softwares, ou clicando em links ou anexos em mensagens de email ou através de clientes de mensagens instantâneas. Portanto, os usuários devem estar informados e seletivos em relação ao que eles instalam em seus computadores. 9 - Não clique simplesmente nos botões "Sim, aceito" das licenças de uso (EULAs). Algumas aplicações spyware e adware podem ser instaladas após o usuário final aceitar a EULA, ou como uma conseqüência dessa aceitação. Leia as EULAs com atenção, examinando o que elas implicam em termos de privacidade. A licença deve explicar claramente o que o produto está fazendo e deve fornecer um desinstalador. 10 - Cuidado com os programas que colocam anúncios na interface de usuário. Muitos programas spyware rastreiam como o usuário responde a esses anúncios e a presença deles é um sinal vermelho. Quando os usuários vêem anúncios na interface do usuário de um programa, podem estar vendo um tipo de spyware. gojunior@videopress.com.br

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MOUSE ÓTICO SEM PILHAS omposto por duas partes, o Mouse Ótico sem fio e o Mouse Pad RFID (Radio Frequence Identification), o novo Mouse Ótico Battery Free da Goldship, marca do Leadership Group, possui como principal diferencial o fato de dispensar a utilização de pilhas para seu funcionamento. Mais econômico e prático que os convencionais, o acessório recarrega sua energia através do próprio mouse pad. Este, que conta com um cabo USB retrátil, extendido ou retraído de acordo com a utilização, quando ligado ao micro, faz a transferência de energia automaticamente. Com três botões, o mouse conta com deslizamento através do sensor ótico, 800 dpi de resolução e funciona a até 3 metros de distância da base receptora. Por R$ 99 em lojas especializadas ou no site www.leadershop.com.br.

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Divulgação

Novo mouse da Goldship dispensa o uso de pilha

DESIGN PREMIADO Pantech Co –segunda maior fabricante de aparelhos telefônicos da Coréia do Sul– acaba de receber, pelo segundo ano consecutivo, o prestigiado iF (International Forum)

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Design Awards pela excelência e inovação no design de seus telefones celulares. Três produtos da empresa foram agraciados: o celular PG-6200, hoje G6200, e os modelos conceito Wide Cube e Transformer.


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14 -.INTERNACIONAL

terça-feira, 21 de março de 2006

MILHARES DE SOLDADOS E POLICIAIS VIGIARAM PEREGRINOS XIITAS NA TENTATIVA DE EVITAR CARNIFICINAS Mushtaq Mohammed/Reuters

TRÊS ANOS DE GUERRA E MEDO

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Fronteira – A Jordânia ferês anos depois de ver seu país invadi- chou sua fronteira com o Iraque do por uma coalizão para impedir a entrada de painternacional lidera- lestinos em fuga da violência da pelos Estados Unidos, o sectária. Segundo elas, as autopovo iraquiano, apesar de li- ridades jordanianas, preocupavre de Saddam Hussein, con- das com o afluxo de refugiados tinua sofrendo com a violên- palestinos, fecharam a fronteira cia dos atentados que se repe- no domingo, após a chegada de tem diariamente. Ontem, ao um ônibus cheio de palestinos. menos quatro policiais morre- Estima-se que haja cerca de 34 ram e outros três ficaram feri- mil refugiados palestinos vidos na explosão de uma bom- vendo no Iraque. Os refugiados estão num ba no centro de Bagdá. A violência de hoje seguiu-se à de acampamento entre a Jordânia e domingo, que deixou pelo o Iraque, no mesmo local onde centenas de curdos iranianos e menos 35 mortos. Ao mesmo tempo, a invasão palestinos moraram por mais americana permitiu que os de dois anos depois da invasão muçulmanos xiitas celebras- do Iraque, em 2003. A maioria sem sua fé sem medo do ex-di- dos curdos foi transferida, no tador. Mas o alto grau de vio- ano passado, para uma área lência nas ruas do país os obri- mais segura no norte do Iraque. gou a retomar os cultos, agora Cerca de 150 palestinos foram levados depois para o acamparealizados a portas fechadas. Centenas de milhares de xii- mento de Ruweished, 60 quilôtas participaram de um grande metros no interior da Jordânia, e ritual sagrado na cidade de Ker- não podem deixar o enclave. Alguns palestinos com famibala (sul), ritual esse proibido durante o longo regime de Sad- liares na Jordânia estão pedindo para atravesdam Hussein. sar a fronteira, Em meio a um mas o governo forte aparato de jordaniano disse segurança, muique o país não tos chegaram ao No ano passado, tem condições de local para partiabsorver mais cipar do Arbain cozinhamos na rua. palestinos. (40º dia), festival Neste ano, Uma represendurante o qual cozinhamos numa tante da Acnur, agitam bandei- panela pequena agência da ONU ras negras e vere enviamos vários para os refugiades a fim de vedos, disse que a lar aqueles que pratos para os entidade enviou m o r re r a m e m vizinhos. Posso funcionários pauma batalha do receber um tiro e até ra a região a fim século VII que ser morto se fizer isso de resolver a selou o cisma questão. A entientre os xiitas e a céu aberto. sunitas. Maki Salih dade está avaliando no local a Mas alguns situação de 89 paxiitas preferiram realizar cerimônias mais lestinos, incluindo 42 crianças, discretas, permanecendo em que estão isolados. Jornalistas – As Forças Arcasa, em Bagdá, a fim de evitar a violência que transformou madas dos Estados Unidos eseventos semelhantes no passa- tão oferecendo novas garantias do em verdadeiras carnifici- a jornalistas presentes no Iranas. Atentados a bomba em que para evitar que profissioKerbala e em Bagdá mataram nais da área fiquem detidos por grandes períodos de tempo, co171 pessoas em 2004. Panela – "No ano passado, mo aconteceu no ano passado cozinhamos na rua. Neste ano, repetidas vezes. Respondendo a pressões de apenas cozinhamos numa panela pequena e enviamos vá- meios de comunicação internarios pratos para os vizinhos. cionais, o general Jack Gardner Posso receber um tiro e até ser disse que os militares nortemorto se fizer isso a céu aber- americanos fariam revisões suto", disse Maki Salih, de 29 márias dos casos. Segundo anos, ao preparar pratos de ar- Gardner, as empresas de comuroz e cozido servidos geral- nicação poderiam dar garantias sobre qualquer repórter suspeimente aos pobres nessa data. Quase 10 mil soldados e poli- to de algum ato hostil. "Obviaciais vigiaram centenas de mi- mente, não queremos encorajar lhares de peregrinos xiitas. O te- os meios de comunicação a sair mor de mais violência e o fracas- do Iraque", disse Gardner. Pesquisa do grupo Repórteso dos líderes xiitas, curdos e sunitas em formar um governo de res sem Fronteiras divulgada união nacional ressaltam a ins- ontem mostra que já morreram tabilidade no Iraque três anos na guerra 84 profissionais da depois da queda de Hussein. Os imprensa, número recorde nos políticos ainda lutam para che- conflitos do pós 2ª Guerra. No gar a um acordo, mais de três Vietnã, morreram em oito anos 63 jornalistas.(Agências) meses depois da eleição. David Scull/EFE/AE

Ontem, nos arredores do Pentágono, protestos contra a guerra

Soldado iraquiano vigia multidão de xiitas em Kerbala, durante o Arbain, celebração da batalha que selou o cisma entre xiitas e sunitas

'É PRECISO RECONSTRUIR O IRAQUE', DIZ PRÍNCIPE DA JORDÂNIA EM SP El Hassan bin Talal falou a centenas de universitários sobre o Irã e o impasse entre israelenses e palestinos na palestra "Principais problemas de uma agenda global". Kety Shapazian

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situação no Iraque, que ontem 'comemorou' o terceiro aniversário de invasão por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, foi um dos assuntos da palestra do príncipe El Hassan bin Talal, da Jordânia, ontem, na Liberdade. Convidado pela UniFMU para falar sobre os "principais problemas de uma agenda global", o príncipe se mostrou preocupado com a reconstrução do Iraque e com o povo iraquiano, "marginalizado e humilhado". "É preciso reconstruir o país", disse o príncipe. Para descontrair a platéia, ele lembrou um encontro que teve com o primeiro-ministro inglês, Tony Blair. "Blair me disse que não há guerra civil (entre sunitas e xiitas) no Iraque. Eu perguntei, então, qual o nome daquela porcaria", contou o príncipe. A platéia, lógico, riu. A palestra foi aberta num bom português: "Caríssimos irmãos, gostaria de dizer que estou no meio de minha família". Foi o suficiente para cativar as centenas de universitários que lotavam o auditório da universidade, inclusive os corredores. O príncipe, irmão do falecido rei Hussein, falou por mais de 45 minutos sobre diversos temas. Da "balcanização" do Oriente Médio ao etanol brasileiro e a reforma das Nações Unidas, bin Talal (que quer dizer filho de Talal) se mostrou preocupado com o impasse entre judeus e palestinos e o futuro incerto do Irã, que insiste em ter um programa nuclear. Vigiado por diversos seguranças o tempo todo, o príncipe mostrou-se simpático – mesmo quando sua mulher, Sarvath, recebeu um elogio (considerado por diversos jovens à volta como rude) de um dos ocupantes da mesa. Ligeiramente envergonhada, a princesa foi diplomática, dizendo que os olhos de quem a elogiara é que eram "bondosos". Quando o secretário de Estado do Meio Ambiente José Goldenberg perguntou se será possível um dia a existência de uma área livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio, mesmo com o fato de Israel já possuir armas nucleares, bin Talal saiu pela tangente. "Qual-

quer coisa que atinja Israel matará milhões como eu", respondeu, diplomático como Sarvath, sobre o direito de Israel se defender. O príncipe é o atual presidente do Clube de Roma, uma organização não-governamental que reúne personalidades da ciência, da educação, chefes de estado e outras lideranças para analisar diversos problemas da humanidade.

tos desde Marrakesh a Bangladesh. E extremistas muçulmanos estão se aproveitando desta balcanização do Oriente Médio." AL-QAEDA "Sem querer ser mal-interpretado, apesar de isso acontecer a toda hora, quero dizer que a Al-Qaeda é uma das organizações mundiais de maior sucesso hoje. Por que

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

HAMAS "A vitória do Hamas nas eleições palestinas pode ser creditada à falência dos governos de Yasser Arafat e Mahmoud Abbas. O Hamas sempre pregou a destruição de Israel. Por outro lado, há judeus que defendem a criação de uma Grande Israel. Vimos melhoras na direita israelense com a retirada das colônias de Gaza, porém, foi infelizmente um passo unilateral. É preciso dois para dançar o tango. Egito e Jordânia devem continuar com seus importantes papéis no processo de paz." ISRAEL "Não nos metemos numa questão interna de Israel como as eleições. Então não posso responder se a Jordânia apóia o Kadima, o Likud ou os Trabalhistas. Nós só torcemos para que o vencedor da eleição dê continuação ao processo de paz entre israelenses e palestinos."

Universitários escutam atentamente El Hassan bin Talal, da Jordânia. Em sua primeira visita ao Brasil, o príncipe se mostrou simpático e arriscou algumas palavras em português. Foi aplaudido.

FRONTEIRA "Gostaríamos de fazer fronteira com um estado palestino. Nesse dia haverá três estados intradependentes: Jordânia, Palestina e Israel." AMIGOS E INIMIGOS "Recentemente o (ministro israelense) Shimon Peres me disse que estamos cercados por inimigos. Eu disse que então ele tinha um problema porque eu estou cercado de amigos. Temos que continuar otimistas. Só assim vamos estabilizar a região." REI HUSSEIN "Acredito que o maior legado deixado pelo meu irmão (morto em 1999) foram a tolerância e a moderação."

IRAQUE "Estava conversando outro dia com (o primeiro-ministro inglês) Tony Blair e ele disse que não há guerra civil no Iraque. Eu perguntei "se aquilo não é guerra civil, então qual o nome daquela porcaria?" IRÃ "Uma guerra no Irã está cada dia mais perto. Um ataque àquele país teria consequências inimagináveis. Tornaria a região inteira um rio de sangue, com confrontos violen-

não podemos criar organizações globais de sucesso, porém, formadas de gente voltada para o bem?" TERRORISMO "Dei uma palestra outro dia na Irlanda do Norte e ficavam me perguntando sobre o terrorismo muçulmano. Então perguntei: E o terrorismo cristão aqui? Terror i s m o é t e r ro r i s m o , n ã o importa o lugar onde ele aconteça. Para o terror, não existe esse tipo de divisão."

ONU "Precisamos de uma ONU nova, reformulada, e de um novo sistema de supervisão de armas nucleares administrado por ela. É preciso revitalizar as relações internacionais." BRASIL "O Brasil é a ponte entre (o fórum econômico de) Davos e (o fórum social de) Porto Alegre." BLOCOS "Chegou a hora do Sul (parcerias entre África do Sul, China e Índia) e do Bric (bloco entre países considerados do futuro: Brasil, Rússia, Índia e China)."


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Nacional Tr i b u t o s Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de março de 2006

UMA LATA DE 14 QUILOS DE FRUTA VALE ATÉ R$ 10

Polpa de fruta gera riqueza para pequeno produtor

Acerola é uma das frutas misturadas à polpa de açaí. Ela também é vendida separadamente.

Hélcio Nagamine/Folha Imagem

Industrialização dobrou a renda dos agricultores

A

produção de pol- plica Frasão. Estima-se que pas de frutas está cerca de 4,5 mil pessoas são mudando a reali- beneficiadas direta ou indiredade de pequenos tamente pela cooperativa agricultores brasileiros, prin- de Igarapé-Mirim. Capacidade e mercado – A cipalmente da região Norte do País. Os produtores estão dei- fábrica da Coopfruit tem capaxando de vender aos atraves- cidade para processar 12 tonesadores e às grandes empresas ladas de fruta por dia, 600 tonee passando a industrializar as ladas por ano. Para 2006, no enfrutas, ora junto com outros tanto, a meta é dobrar a produagricultores, ora sozinhos, em ç ã o , p r i n c i p a l m e n t e p a r a suas propriedades. Segundo o atender os pedidos do mercaquímico Raimundo Nonato do externo, que começaram a F r a s ã o , d a C o o p e r a t i v a chegar em 2005. No ano passado, a cooperaAgroindustrial de Trabalhadores e Produtores Rurais (Co- tiva exportou para a Austrália opfruit), de Igarapé-Mirim, no e para a França. Ao todo, foram Pará, o resultado tem gerado 22 toneladas de polpa de açaí. um aumento considerável na "Os australianos já fizeram um segundo pedido neste ano; renda das famílias. O município paraense é um compraram 5 toneladas de dos principais produtores polpa de açaí com mel", afirma mundiais de açaí. No entanto, Frasão. A mistura faz parte da os pequenos agricultores da ci- segunda linha de produtos da dade tinham dificuldade em empresa, os prontos para secomercializar a produção, rem consumidos. "Desenvolvemos o açaí com principalmente por causa dos preços baixos pagos pelos banana, com acerola e com "marreteiros", antigos com- guaraná. Este último é um supradores da fruta, e pelas in- cesso no Brasil", diz Frasão. As dústrias. "A cidade está distan- misturas, assim com o açaí pute das fábricas – Igarapé fica a ro da Coopfruit, são vendidas 150 quilômetros de Belém –, a em embalagens plásticas de 1 fruta chegava ruim ao destino quilo ou 250 gramas. Outras frutas – O sucesso e as empresas argumentavam que, por isso, tinham de pagar com o açaí despertou o interesse dos produpouco. A situatores em investir ção estava desano cultivo de ounimando os protras frutas na redutores e empogião. "Estamos b r e c e n d o a r e- Os atravessadores trabalhando gião", explica Frasão. No auge faziam a fruta chegar também com cupuaçu, maracujá da crise, o agri- ruim ao destino e as e abacaxi. A c u l t o r r e c e b i a empresas idéia é ter proR$ 0,50 por uma argumentavam que, dutos para que a lata de 14 quilos por isso, tinham de fábrica funcione de açaí. durante o ano inEm 2000, o gru- pagar pouco po decidiu muRaimundo Frasão teiro, sem interrupções, inclusidar o cenário da região. Com o apoio do pro- ve no período de entressafra grama Poema – Pobreza e do açaí – que ocorre nos priMeio Ambiente na Amazônia, meiros meses do ano", explica vinculado à Universidade Fe- Frasão. A cooperativa está tesderal do Pará, os agricultores tando ainda o buriti. Índios – Os índios timbira desenvolveram o projeto para a construção de uma fábrica de também encontraram na proprocessamento de frutas no dução de polpa de frutas uma município de Igarapé. Bate- fonte de sustento para contiram na porta de instituições fi- nuarem vivendo da floresta. nanceiras e conseguiram o Uma fábrica de processamenapoio da prefeitura local e o fi- to foi erguida no município de nanciamento do Banco da Carolina, no Maranhão, com o Amazônia e do Banco do Brasil apoio de organizações não gopara a construção da unidade vernamentais (ONGs) e do industrial, e dinheiro do Banco Projeto Frutos do Cerrado em do Estado do Pará para o capi- 1996. Porém, a indústria só começou a operar em 2001. tal de giro inicial. Os timbira criaram a marca Segurança – A chegada da Coopfruit deu segurança aos Fruta-sã e produzem várias pequenos agricultores. "A coo- polpas de fruta o ano inteiro: perativa resolveu os proble- acerola, araçá, bacaba, buriti, mas do produtor. É um com- cajá, caju, cupuaçu, goiaba, prador certeiro, não deixa nin- maracujá e tamarindo. Eles guém na mão, ninguém tem fornecem para supermercados que jogar a produção fora. nos estados do Maranhão e ToTambém paga um preço justo cantins e em Brasília. Outra empresária que está pela fruta", afirma Frasão. O valor a ser pago, aliás, é apostando nas polpas é Susi decidido em assembléia, pelos Skaf. Proprietária de uma área próprios associados, cerca de de 35 hectares no município de 280 pequenos produtores de Santo Antonio do Pinhal, no Igarapé e redondezas. Este interior de São Paulo, ela está ano, eles receberam entre R$ 8 e transformando o antigo haras R$ 10 a lata de 14 quilos, quase da família em um pólo de proo dobro do que receberiam se dução de frutas européias. Ela começou plantando casfornecessem para terceiros. A instalação da fábrica tam- tanha, nozes, azeitona e amobém contribuiu para o aumen- ra. A pedido dos seus clientes, to da renda dos pequenos pro- decidiu plantar também framdutores, já que muitos dos em- boesa. Começou com 1,5 mil pregados são familiares dos pés, no ano passado. Mas precooperados. "Evitamos con- tende triplicar a produção nos tratar pessoas que não estão li- próximos anos justamente pagadas à cadeia produtiva do ra trabalhar com a polpa conaçaí, por exemplo. Então, os gelada. Para Susi, o mercado funcionários são os próprios de polpas é promissor. agricultores, seus filhos", exCláudia Marques

A Coopfruit tem capacidade para processar 12 toneladas de fruta por dia, 600 toneladas por ano. E a meta é dobrar a produção em 2006. Marcos Vicentti/Folha Imagem

Marcos Vicentti/Folha Imagem

Jorge Araújo/Folha Imagem

A colheita do açaí é feita por produtores e seus familiares. Depois, as frutas são processadas sozinhas ou com as de outros e fornecedores e vendidas diretamente aos comerciantes. Desde o ano passado, a cooperativa também comercializa açaí com a Austrália e a França.

Conab reduz estimativa de safra

A

o lado do câmbio desfavorável às exportações e dos altos custos de produção, o clima continua sendo a pedra no sapato dos agricultores brasileiros. Uma nova estimativa divulgada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou colheita de 122,6 milhões de toneladas de grãos e algodão na safra atual, 2005/06. O volume representa queda de 1,5%, ou 1,8 milhão de toneladas, na comparação com estimativa anterior, divulgada em fevereiro, que indicava colheita de 124,403 milhões de toneladas no atual ano agrícola. Com o corte na estimativa, foi abandonada a expectativa de uma safra recorde neste

ano. A produção, admite o governo, ficará abaixo dos 123,2 milhões de toneladas da safra 2002/03, o maior volume registrado até agora. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, explicou que as adversidades climáticas ocorridas nos dois primeiros meses deste ano determinaram a queda na colheita na comparação com a expectativa de fevereiro. Segundo ele, o clima seco afetou as lavouras de algumas regiões, mas não foi o único fator negativo para o desenvolvimento da produção no atual ano safra. Outros fatores foram diagnosticados pelos técnicos da estatal, que saíram a campo entre os dias 5 e 11 de março para avaliar as condições das lavouras.

"O decréscimo não é resultado apenas das chuvas, mas também da redução do uso de tecnologia", explicou. Mesmo com a quebra, a safra será superior à de 2005, quando foram colhidas 113,892 milhões de toneladas de grãos. Milho – Ferreira disse que ficou "surpreso" com a queda na produção de milho em Minas Gerais. As chuvas fora de época reduziram a safra do estado. Em fevereiro, a previsão era de colheita de 6,128 milhões de toneladas, estimativa que caiu para 5,462 milhões de toneladas. Ele também lembrou a queda na produção de milho no Paraná, ainda reflexo da seca do ano passado. De acordo com a Conab, a produção de soja na safra

2005/06 será de 57,2 milhões de toneladas, contra 58,18 milhões de toneladas da estimativa do terceiro levantamento, divulgado em fevereiro. A queda é de 1,7%. Mesmo com a redução, os produtores de soja vão colher neste ano mais do que no ano passado (51,45 milhões de toneladas). Ferreira descartou risco de desabastecimento de grãos. "Não haverá risco de desabastecimento por causa dos estoques de passagem", disse. Só os estoques de trigo somam 883 mil toneladas. A produção do grão, estimou a Conab, será de 4,873 milhões de toneladas, uma queda de 16,6% em comparação com o total colhido na safra passada, que foi de 5,845 milhões de toneladas. (AE)


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4 -.POLÍTICA

terça-feira, 21 de março de 2006

DATAFOLHA REVELA: SERRA VENCERIA GOVERNO DE SP NO 1º TURNO.

PESQUISA INDICA VITÓRIA. poLítica SERRA DESCONVERSA. Jogo bruto Eymar Mascaro

O

prefeito de São Paulo, José Serra, considerou previsível o resultado da pesquisa Datafolha que apontou sua vitória no governo paulista já no 1º turno, se as eleições de outubro ocorressem hoje. "É previsível, em função de meu nome ter permanecido na mídia por algum tempo. Mas isso não significa que esse assunto (candidatura para o governo de São Paulo) está sendo colocado por mim", disse Serra a jornalistas. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, por outro lado, considerou a pesquisa espetacular. "Agora é uma questão a ser discutida com o próprio prefeito e com o partido, mas é um belo resultado", disse Alckmin, evitando tecer comentários sobre o benefício que um palanque como esse traria à sua candidatura presidencial. Pesquisa – Por causa da indefinição no PT em torno do senador Aloizio Mercadante e da ex-prefeita Marta Suplicy, a pesquisa foi realizada com os dois pré-candidatos. No cenário em que o candidato do PT é Mercadante, Serra tem 58% das intenções de voto (65% dos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos), contra 12% do petista e 11% do ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Já quando o nome do PT é Marta, Serra aparece com 50% (57% dos válidos), seguido por Quércia, com 15% e pela ex-prefeita, com 14%. Serra travou uma disputa interna com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser escolhido o candidato nas eleições presidenciais deste ano. Com a definição em favor de Alckmin na semana passada, cresceram as

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PFL, possível aliado do PSDB, quer que Geraldo Alckmin bata mais duro no presidente Lula. O partido é contra uma linha que considera suave adotada por Alckmin quando discursa e faz referência ao presidente. É preciso endurecer o jogo com o petista. Os pefelistas não gostaram, por exemplo, de Alckmin dizer que não é o anti-Lula. Para derrubar o PT, os pefelistas admitem que é necessário, sim, dar umas pancadas em Lula. Argumentos não faltam. É só buscá-los nas CPIs que funcionam no Congresso. O PFL entende que o governo de Lula está atolado até o pescoço com atos de corrupção revelados pelas comissões de inquérito. Caso específico de ex-colaboradores do ministro Antonio Palocci, que chegaram a alugar uma casa de luxo em Brasília para acomodar os lobistas. Os pefelistas não admite perder a eleição para o candidato do PT, mas acha que será mais difícil vencer Lula se a oposição não endurecer o discurso.

especulações de que ele poderia deixar a prefeitura para tentar o governo do Estado, uma vez que os demais candidatos do PSDB – José Aníbal, Paulo Renato e Alberto Goldman – ainda não despontaram nas pesquisas. Quércia ganha sem Serra– Se o candidato tucano não for Serra, quem lidera a disputa é Orestes Quércia. Tendo o vereador José Aníbal pelo PSDB e Mercadante pelo PT como concorrentes, Quércia aparece com 27%, seguido pelo petista, com 21%, por Carlos Apolinário (PDT), com 10% e pelo tucano, com 7%. Caso o nome do PT seja Marta, Quércia tem 28%, a ex-pre-

feita, 20%, Apolinário, 9% e Aníbal, 6%. Já se o candidato tucano for o ex-ministro Paulo Renato e o petista for Mercadante, Quércia aparece com 29%, seguido pelo senador do PT (23%), Apolinário (10%). O nome do PSDB tem apenas 3%, empatado com Guilherme Afif Domingos (PFL) e Cunha Lima (PSDC). Com Marta, Paulo Renato repete os 3%, ficando atrás de Afif (5%), Apolinário (10%), a ex-prefeita (20%) e Quércia (29%). Potencial – A maior taxa de rejeição, no entanto, é de Marta, com 41%, índice que inviabiliza seu crescimento político, seguida pelo peemedebista Quércia (28%) e Mercadante (20%). Serra tem 15% de rejeição, um ponto a menos que os outros dois nomes tucanos que aparecem no levantamento. Afif tem o menor índice de rejeição da pesquisa: 14%. O Datafolha ouviu 1.706 pessoas, em 45 cidades, entre os dias 16 e 17 de março, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. (Agências)

CORRUPÇÃO Agora é uma questão a ser discutida com o próprio prefeito e com o partido, mas é um belo resultado. Geraldo Alckmin, governador de SP

DENÚNCIAS A campanha da oposição será feita na base das denúncias contra o PT, como revelam os programas de TV do PFL. Nessas inserções, os pefelistas batem duro em Lula, acusando seu governo de corrupto. Esta é a linha que o PFL quer que Alckmin adote.

ALIANÇA

ALCKMIN: 69% DE APROVAÇÃO. avaliação da administração Geraldo Alckmin à frente do governo do Estado de São Paulo obteve o melhor resultado desde 2001, início do mandato. Mais de dois terços dos entrevistados pelo Datafolha (69%) consideram o governo tucano ótimo e bom. Na outra ponta, apenas 6% avaliam a administração como ruim ou péssima e 23% como regular. O índice é ainda o melhor desde o governo Franco Montoro (1983-1987), quando o instituto fez o primeiro levantamento do gênero. Ontem, ao chegar para a cerimônia de inauguração do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, por volta das 11 horas, Alckmin decidiu quebrar o protocolo e atender ao chamado de um grupo de cerca de 50 eleitores que gritava atrás do alambrado na rua principal de acesso à cerimônia: "Presidente, presidente, presidente". O governador recebeu abraços, cumprimentou os eleitores e afirmou que em democracia não tem eleição fácil. Mesmo assim ele está

A oposição quer que Alckmin denuncie o envolvimento do PT com a corrupção. A começar pelo mensalão que o PT pagava a deputados para que o governo tivesse maioria no Congresso. Foi por isso que a oposição prorrogou em dois meses a CPI dos Bingos.

A

O PFL está às vésperas de apoiar a coligação com o PSDB. É quase certo que o partido indique o vice de Alckmin. O partido aguarda apenas uma resposta de Cesar Maia, prefeito do Rio, que fez campanha para ser o candidato pefelista à sucessão de Lula. A expectativa, segundo o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, é que Maia se decida até o fim de semana.

candidatura própria, que será indicada nas prévias entre os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

APELO Pode fazer água a propalada candidatura da senadora Heloísa Helena à presidência pelo PSOL. A senadora está recebendo um apelo para se candidatar ao governo de Alagoas. Heloísa está na ponta das pesquisas no seu estado para governadora.

ENÉAS Mesmo internado num hospital, no Rio, recuperandose de uma cirurgia no intestino, Enéas Carneiro (Prona) avisa que manterá sua candidatura presidencial. Enéas não deseja ser outra vez candidato a deputado, apesar de ter sido eleito com 1 milhão 500 mil votos.

NORDESTE Prevalece no PFL a tese de que o vice de Alckmin deve ser do Nordeste, região onde o candidato tucano é menos conhecido, como revelam as pesquisas. Surgem como prováveis candidatos a vice os senadores José Agripino (Rio Grande do Norte) e José Jorge (Pernambuco).

DESCARTADOS

confiante na mudança. E destacou "a felicidade" que está sentindo com o resultado da pesquisa Datafolha sobre seu governo em São Paulo. Felicidade – "Entrar (numa gestão) sob aplauso é mais fácil; agora, sair dela (não é tão fácil). Isso nos estimula, na vida pública, a suar a camisa e a colocar nosso trabalho e talento a serviço do Brasil", emendou. O desempenho pessoal do governador, avaliado na

pesquisa, foi considerado ótimo e bom por 68% dos entrevistados, regular por 22% e ruim ou péssimo por 6%. Seu governo é mais bem avaliado no interior paulista onde 72% consideram a gestão dele ótima e boa. Na capital esse índice vai para 65%. A administração de Serra à frente da cidade, segundo o Datafolha, também atingiu seus melhores números desde o início de seu mandato. Para 44% dos entrevistados, PARENTESCO Gleisi Hoffmann, mulher do ministro Paulo Bernardo, será a candidata do PT-PR ao Senado.

sua gestão é considerada ótima e boa, contra 20% que a vêem como ruim e péssima e 35% como regular. Na pesquisa estadual, o Datafolha ouviu 1.706 pessoas, em 45 cidades, entre os dias 16 e 17 de março, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. Na sondagem municipal, foram entrevistadas 1.090 pessoas, no mesmo período, com uma margem de erro de 3 pontos. (Reuters/AE)

Ó RBITA

CIRO GOMES Ministro da Integração Nacional sai até o dia 31. Deve tentar uma vaga na Câmara Federal.

CHARUTO GIGANTE PARA LULA epois de lançar, em 2004, a linha de charutos Dom Lula, o empresário André Dias, dono da fábrica Julian Bahia, quer entregar ao presidente um charuto de 2 metros de altura e 30 centímetros de diâmetro. O presente é uma tentativa de marketing para alavancar as vendas. Graças à Lula, a empresa vende 30 mil charutos por mês da marca.

D

Estão afastadas as hipóteses das indicações de Cesar Maia e de Bornhausen para a vice de Alckmin: Maia, porque é da mesma região de Alckmin, o Sudeste, e Bornhausen porque vem do Sul do País, Santa Catarina.

PRESSÃO O PSDB pensa em promover uma concentração de tucanos em sinal de apoio à candidatura de José Serra ao governo de São Paulo. Seria uma convocação para o prefeito ter condições de renunciar ao mandato no dia 31. Serra continua de bico fechado.

PREOCUPAÇÃO

Os tucanos estão com medo COLIGAÇÕES de perder o controle político de Os tucanos esperam pelo São Paulo, depois de 12 anos apoio do PMDB no segundo no Poder. Serra é o melhor turno. Não acreditam que o candidato do PSDB. Outros candidato do PMDB, Anthony pretendentes à legenda ainda Garotinho, se confirmado, não conseguiram empolgar o passe para o segundo turno. O eleitorado, como atestam as mesmo interesse no apoio pesquisas, como o Datafolha peemedebista tem o PT. Os de ontem. dois partidos, PT e PSDB, vão correr atrás do PMDB até a CONFIRMAÇÃO data de sua convenção. A pesquisa Datafolha indica que Serra se reelegeria VERTICALIZAÇÃO já no primeiro turno, se a Se prevalecer a verticalização eleição fosse hoje. O prefeito no sistema de coligações venceria todos os partidárias, será difícil o PMDB candidatos. O tucano teria manter a candidatura própria. um mínimo de 50% dos O partido fica sem a liberdade votos. Serra tem mais dez de se coligar nos estados com dias para decidir se renuncia diferentes legendas. Detalhe: a a Prefeitura no dia 31. manutenção da verticalização será decidida pelo Supremo até ADIAMENTO o próximo dia 23, prometeu o A leitura do relatório final da ministro Nelson Jobim. CPMI dos Correios, que estava prevista para hoje, foi adiada. SEM ACORDO O PT joga contra uma possível O PDT continua rechaçando citação do presidente Lula, a idéia de apoiar qualquer dos conforme foi sugerido pelo candidatos, seja tucano, seja relator Osmar Serraglio. O petista. O partido está firme relatório pode ser divulgado na proposta de lançar apenas na semana que vem.


terça-feira, 21 de março de 2006

Automação Lançamentos Varejo Hi-tech Te l e f o n i a

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A ADOÇÃO DE RFIDS PODE SOFRER UMA DESACELERAÇÃO

Mais de 90% da nossa base de clientes é de empresas com menos de 20 funcionários Pedro Fontes, Corel Brasil

Fotos: Divulgação

Tecnologia dos RFIDs pode estar ameaçada por vírus Pesquisadores provam a ameaça; a rede de etiquetas inteligentes deve ter sua segurança reforçada, fechando os "furos" que permitiriam ataques Por Sergio Kulpas

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rês pesquisadores da universidade Vrije, em Amsterdam (Holanda), demonstraram no começo do mês que as etiquetas com radiotransmissores (RFIDs) podem ser infectadas com um vírus, que se propagaria pelas estações-base e outros pontos da cadeia de suprimentos. Em um estudo apresentado durante a conferência IEEE International Conference on Pervasive Computing, os pesquisadores demonstraram a possibilidade de contaminar uma rede completa de RFIDs. A pesquisadora que conduziu o estudo, Melanie Rieback, disse que o teste mostra que os desen volvedores e usuários de RFIDs têm motivos para temer um ataque malicioso por malwares ou worms que se es pal hari am pela rede de etiquetas. É óbvio que a intenção dos pesquisadores era justamente prevenir as empresas e usuários sobre a possibilidade, o que deve levar a uma revisão dos softwares usados com RFIDs. Como qualquer sistema de computação, a rede de etiquetas inteligentes deve ter sua segurança reforçada, fechando os "furos" que permitiriam ataques por criminosos. O trabalho apresentado pelos pesquisadores tinha o título "Seu gato está infectado por um vírus de computador?", e apre-

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Vírus podem contaminar a estação-base dos RFIDs e levar a perda de dados dos produtos

RFIDs. No começo da era dos PCs, antes da internet, os vírus em disquetes eram muito comuns e se propagavam através de contato social: as pessoas emprestavam os disquetes para colegas e a contaminação ocorria pessoa a pessoa. De modo similar, os vírus de telefone celular que se espalham por conexão Bluetooth também precisam estar próximos para se espalhar. Como o alcance do transmissor de rádio do RFID é muito limitado, seria necessário um contato próximo para a contaminação –o que não quer dizer quer seria menos prejudicial para uma empresa ou supermercado. A firma de pesquisas Datamonitor estimou em 2005 que a

tecnologia RFID, incluindo hardware, software e serviços, poderia movimentar US$ 6,1 bilhões no mundo até 2010. Desse volume, 43% estariam na América do Norte, 33% na Europa, Oriente Médio e África, 21% na região da Ásia-Pacífico e apenas 3% na América Latina. A pesquisa indica que o custo das etiquetas ainda é o maior inibidor de seu crescimento. Agora, com a hipótese demonstrada de uma contaminação eletrônica, a adoção da tecnologia de etiquetas inteligentes pode sofrer uma desaceleração mundial, diante da possibilidade da perda de dados importantes e prejuízos com equipamentos. E-mail: sergiokulpas@gmail.com Fotos: Divulgação

Pedro Fontes e Denise MacDonell, da Corel: foco nos pequenos e médios empresários

COREL LANÇA NOVA SUÍTE GRÁFICA E FECHA PARCERIA COM A LENOVO

uem estava aguardando a nova suite de aplicativos gráficos CorelDraw vai se surpreender com o nome do produto. A décima-terceira versão foi batizada pela Corel Corporation como X3, quebrando a tradicional nomenclatura numérica em ordem crescente. O motivo é no mínimo curioso: superstição. Mercados importantes como o norte-americano e o inglês têm verdadeira ojeriza ao número 13, considerado símbolo de azar. Nos dois países, milhares de edifícios comerciais e residenciais não possuem o 13º andar e os hotéis não têm quartos com esse número. Para evitar uma possível rejeição ao produto, a empresa canadense trocou o número 1 por um X. Disponível no mercado brasileiro desde a semana passada, a versão X3 em português da suíte de aplicativos gráficos apresenta mais de 40 recursos novos e aprimorados que visam agilizar o trabalho e aumentar a produtividade, tanto de profissionais da área de desenho bem como de proprietários de peque-

senta um cenário hipotético onde a coleira do gato doméstico (que tem um RFID implantado) é contaminada por um vírus durante a visita ao veterinário, e as conseqüências que decorrem dessa contaminação. Melanie Rieback e seus colegas Bruno Crispo e Andrew Tanenbaum descobriram que era possível injetar um vírus capaz de danificar um banco de dados Oracle e um servidor Apache usando os 127 caracteres de dados registrados no modelo mais simples e barato de etiqueta com RFID. A técnica de contaminação, chamada "SQL injection", é bastante conhecida no mundo web. No cenário criado por Rieback e seus colegas, o vírus usa a "SQL injection" para se reproduzir em um banco de dados, contaminando mais RFIDs cada vez que uma etiqueta passar por um scanner. No mundo real, esses scanners estão em todos os lugares, desde os galpões de estoque até os caixas nas lojas. Segundo ela, essa técnica relativamente simples de contaminação poderia causar grandes prejuízos, corrompendo os dados comerciais e a segurança de toda a rede da empresa comercial. Melanie Rieback descreve ainda outros tipos de ataque que poderiam ser feitos através de etiquetas com RFIDs. Apesar da capacidade de dados do RFID ser muito limitada, é possível criar um ataque de "buffer overflow", que trava o sistema todo através da repetição infinita de uma mesma instrução. A pesquisa pode estimular um estudo mais profundo sobre a distribuição de vírus através de agentes físicos como os

nas empresas, que criam o seu próprio material de marketing. A suíte simplifica o processo de desenho para projetos de qualquer escala, inclusive a criação de logotipos, folhetos profissionais, anúncios e letreiros. Novos recursos – Entre as novidades do CorelDraw X3, um dos destaques é o Corel PowerTrace, que permite converter bitmaps em gráficos vetoriais editáveis. Já o novo laboratório de ajuste de imagem –acessível tanto no Corel Photo-Paint como no CorelDraw– simplifica o processo de trabalhar com imagens cujo equilíbrio de cores e contraste seja pobre, mediante o fornecimento de controles manuais e automáticos para correções de cores e tonalidades. A nova janela Dicas oferece informações sobre a ferramenta em uso, facilitando a aprendizagem e o uso dos aplicativos A interface interativa de ajuste de texto a um caminho foi aperfeiçoada e permite selecionar o texto, mover o ponteiro do cursor ao longo do caminho, escolher uma distância de deslocamento e depois clicar para colocar o texto na posição desejada.

CorelDraw X3 tem mais de 40 novos recursos e facilidades; de olho no mercado de pequenas e médias empresas, a fabricante canadense fecha parceria com a chinesa Lenovo, que vai fabricar desktops e notebooks com softwares da Corel embarcados A seleção, edição e formatação de texto ganhou controles para alinhamento, capitular descida, tabulação, bullets e colunas; o tamanho do texto pode ser mostrado em polegadas e pode-se criar hiperlinks para caracteres específicos. Apoiado na avançada tecnologia do Corel KnockOut, o laboratório de recortes da versão X3 possui controles para simplificar o processo de recortar áreas específicas de uma imagem e melhorar a precisão. Entre os melhoramentos destacam-se os novos pincéis Adicionar e Remover Detalhe, que facilitam o refinamento da área de recorte, e os botões Desfazer e Refazer para corrigir erros com rapidez. O X3 ainda permite aos usuários definir opções de segurança para proteger a saída de impressão de arquivos no formato PDF, especificando os níveis de acesso, edição e reprodução permitidos. Foco nos pequenos – De acordo com Pedro Fontes, gerente de Canais da Corel Brasil, um dos grandes focos na nova versão do CorelDraw é o mer-

cado SMB, de pequenas e médias empresas. "Hoje, mais de 90% da nossa base de clientes é de empresas com menos de 20 funcionários. Para o CorelDraw X3 estamos focados em ajudar o usuário a utilizar o nosso produto com ferramentas de aprendizado que atendem desde o usuário profissional até o mercado SMB", afirmou o executivo. Segundo Denise MacDonell, diretora de Produto da Corel Corporation, "a América Latina é um mercado estratégico para o crescimento da companhia em 2006, e o Brasil representa 60% do volume de vendas na região. O mercado gráfico cresce 10 % a 15 % ao ano no mundo, e essa é nossa expectativa de crescimento em 2006". Lenovo: parceria – A Corel anunciou também que fechou parceria para o fornecimento de software com a Lenovo, fabricante chinesa de PCs e acessórios que no ano passado adquiriu a divisão de computação pessoal da IBM. A partir de maio, a Lenovo passa a produzir e distribuir seus produtos

no país, utilizando as instalações industriais da Solectrom no interior paulista. Em sua estréia no Brasil, a Lenovo lança os modelos de notebook Lenovo 3000, com processadores Intel Celeron e Intel Pentium, e o desktop Lenovo 3000, com processadores AMD. A estratégia da empresa é comercializar a marca própria para pequenas e médias empresas. A nova linha de computadores trará o Corel Small Business Center –uma suíte de aplicativos avançados que contém quatro das soluções dos principais softwares Corel para produtividade de escritório, gerenciamento e edição digital de imagens, gráficos e ilustrações. O Corel Small Business Center permite a pequenas empresas e consumidores lidar com tarefas importantes de maneira eficiente, desde a criação de materiais de marketing de aparência profissional até análises financeiras detalhadas e documentos complexos, com custos bastante reduzidos. Rachel Melamet

SERVIÇO O CorelDraw X3 tem preço sugerido ao consumidor de R$ 1.199 para a versão full (completo); a versão de atualização/upgrade sai por R$ 599 e a edição para estudantes e professores pode ser adquirida por R$ 329. Para mais informações e para fazer o download da versão de avaliação gratuita, acesse o site www.corel.com.br.


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1,4

bilhão de dólares foi o superávit registrado pelo Brasil na balança comercial com a China.

NA MÉDIA DIÁRIA, COMPRAS BRASILEIRAS DE OUTROS PAÍSES AUMENTARAM 25,3% SOBRE MARÇO DE 2005

DÓLAR BAIXO INCENTIVA IMPORTAÇÃO

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s importações brasileiras continuam em pleno crescimento em março, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A média de compras no exterior por dia útil subiu 25,3% em relação a março de 2005. No mesmo período de comparação, as exportações por dia útil aumentaram em ritmo menor: 19,4%. A balança comercial brasileira registrou, na terceira semana de março, exportações de US$ 2,663 bilhões. Já as importações somaram US$ 1,756 bilhão, resultando em superávit de US$ 907 milhões. No acumulado deste mês, as vendas foram de US$ 6,528 bilhões e as compras externas, de US$ 4,376 bilhões, com superávit de US$ 2,152 bilhões. A média diária das importações em março está na casa dos US$ 336,6 milhões, enquanto em igual mês de 2005 era de US$ 268,5 milhões. As importações na última semana registraram o segundo melhor resultado semanal em valores absolutos, e o terceiro maior pela média diária, que atingiu os US$ 351,2 milhões. Na comparação com março do ano passado, aumentaram os gastos com equipamentos elétricos e eletrônicos, siderúrgicos, borracha e obras, instrumentos ópticos e de precisão,

plásticos e obras, automóveis e equipamentos mecânicos. Do lado das exportações, a média diária na terceira semana de março foi de US$ 532,6 milhões, o segundo maior valor semanal no ano. O crescimento das vendas externas é sustentado pelo aumento dos embarques nas três categorias de produtos, mas principalmente de básicos. O Ministério do Desenvolvimento informou que as exportações desses produtos superam em 39,5% as de março de 2005, puxadas por petróleo, minério de ferro, algodão em bruto, soja em grão e carne bovina. Já as vendas de semimanufaturados cresceram 12,8%, sobretudo por conta de catodos de cobre, ligas de alumínio em brutos, alumínio em bruto, açúcar e celulose. Os manufaturados subiram 11,7%, puxados principalmente pelas exportações de gasolina, óleos combustíveis, motores para veículos, autopeças e automóveis. Ano – No acumulado do ano, as vendas externas totalizam US$ 24,549 bilhões e as importações, US$ 16,731 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 7,818 bilhões. As importações estão 20,1% maiores que o registrado no primeiro trimestre de 2005, enquanto as exportações superam em 16,8% os valores verificados no ano passado. (AE)

Clayton de Souza/AE - 27/07/05

Moeda norteamericana em queda fez a importação de alguns setores, como de automóveis, aumentar Fotos: Milton Mansilha/LUZ

BOM PARA O R$ 1,99

S

e os exportadores brasileiros reclamam da valorização do real frente ao dólar, isso não ocorre com os empresários que importam produtos populares – aqueles conhecidos nas ruas como mercadorias de R$ 1,99. Se a moeda norte-americana mantiver a tendência de queda, o setor espera expansão de 30%. A expectativa é da Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (ABIPP). Se mantida essa tendência, a entidade projeta para o mercado de produtos populares um salto para R$ 11 bilhões. Atualmente o movimento é de R$ 9 bilhões ao ano. "Além de oferecer mais capacidade de compra aos importadores, a queda do valor do dólar permite levar ao varejo de produtos populares mercadorias de maior valor agregado", afirma Gustavo Dedivitis, presidente da associação. A p e s a r d e ro t u l a d o s d e R$ 1,99, os produtos tidos como populares têm preços que variam de R$ 1 a R$ 20. Dentro desse ticket médio, segundo a ABIPP, há mais de 6 mil tipos

de mercadorias comercializadas. São porta-retratos, brinquedos, agendas e enfeites, por exemplo, que vêm do exterior. Afinal, nesse mercado, de acordo com Dedivitis, cerca de 70% do que é vendido é importado. O que também traz conseqüências negativas, já que o setor é freqüentemente associado ao contrabando. "É normal associar produtos populares com ilegais. Mas a realidade é que nosso maior concorrente hoje são os camelôs", comenta Dedivitis. Selo de autenticidade – Agora, a associação tenta reverter essa realidade com a elaboração de um selo de qualidade que será emitido pela entidade. A certificação pretende comprovar a procedência e a qualidade dos produtos populares vendidos no Brasil. Atualmente, a ABIPP, que tem apenas 10 meses, tem 30 importadores associados. Esses empresários trazem de outras países as mercadorias vendidas pelos cerca de 50 mil estabelecimentos que trabalham com os produtos a partir de R$ 1,99. Renato Carbonari Ibelli

Feira de produtos de R$ 1,99 ocorre em momento propício...

...dólar desvalorizado atrai comerciantes e incentiva importadores

Alencar: negócios à vista na China vice-presidente José Alencar iniciou ontem em Xangai sua visita oficial de cinco dias à China, apostando em um crescimento do comércio bilateral. Sua agenda inclui encontros com o presidente chinês, Hu Jintao, com o presidente da Assembléia Popular Nacional (APN), Wu Bangguo, e com a poderosa vice-primeira-ministra Wu Yi, com a qual co-presidirá a primeira reunião da Comissão Sino-Brasileira de Coordenação e Cooperação (Cosban).

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Trata-se de um fórum de acompanhamento de alto nível encarregado de acelerar o cumprimento das decisões, acordos e projetos de cooperação bilaterais, segundo os diplomatas brasileiros. O comércio entre os dois países subiu de US$ 9,1 bilhões, em 2004, para US$ 12,1 bilhões no ano passado. O superávit do Brasil foi de US$ 1,4 bilhão. Convite – Alencar abriu sua agenda oficial de compromissos durante a visita que realizou à Xangai Zhhiyi, uma das

gigantes nacionais do setor moveleiro e de decorações. Impressionado com a qualidade dos produtos da empresa líder do segmento nas exportações para os Estados Unidos, o vicepresidente acabou convidando seus diretores a instalarem uma filial no Brasil. "Ele expôs algumas de nossas vantagens naturais, como a abundância de matéria-prima e a melhor localização geográfica", justificou sua assessoria. O vice-presidente também manteve um encontro de duas

horas com a equipe de planejamento econômico daquela cidade. De olho na concretização de possíveis investimentos nacionais em Xangai, Alencar manifestou forte interesse em conhecer as políticas de incentivo locais voltadas à atração de investimento direto estrangeiro (IED). Logo depois, foi recebido por Han Zheng, prefeito de Xangai. Durante o encontro, o prefeito manifestou sua admiração pelo Brasil, pela pujança de São Paulo e pelo futebol brasileiro. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

terça-feira, 21 de março de 2006

PARA LIDERANÇAS PEFELISTAS FALTAM APENAS ALGUNS AJUSTES COM CANDIDATURAS ESTADUAIS.

COLIGAÇÃO PSDB-PFL: 90% CONSOLIDADA.

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Lumi Zúnica/Futura Press

reedição da aliança nacional entre PSDB e PFL tem 90% de chances de acontecer pela quarta vez consecutiva. A avaliação é do cacique pefelista senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), também se mostrou otimista. Segundo ele, o prefeito do Rio e pré-candidato, Cesar Maia, deixou de ser um entrave e deve anunciar uma decisão até o final da semana e, em no máximo três semanas, o PFL poderá selar o apoio ao tucano Geraldo Alckmin. Até lá, o PFL vai ouvir suas lideranças e espera solucionar os impasses com o PSDB em relação às candidaturas a governador nos estados. "A consulta ao prefeito César Maia já foi feita e ele dará uma resposta, acredito esta semana. Isso não impede que os outros sejam consultados. Acredito que em três semanas eu tenha condição de conversar com cada senador, cada governador e cada deputado federal e poderemos progredir em relação à coligação", afirmou Bornhausen. O presidente nacional do PFL indicou ser natural a aliança entre as duas legendas. "Não existe nenhum obstáculo para a coligação PFL-PSDB sob o ponto de vista político e perante a sociedade porque é auto explicável. Os dois partidos tiveram coerência de combater esse governo do PT." Estados – Segundo ele, Alckmin já foi informado da situação nos estados em almoço no domingo. PFL e PSDB têm divergências em cerca de dez estados. "Temos cerca de 12 candidatos a governador. Evidentemente se nossos candidatos tiverem mais condições de vitória vamos querer o apoio aos nossos candidatos. Sem um bom ajuste nos estados o prejudicado é o candidato a presidente", disse. O governador de São Paulo não quis se aprofundar no assunto. "Onde nós pudermos estar juntos também na eleição estadual será melhor. Tudo o que eu puder fazer para estarmos juntos também nos estados deve ser feito", disse Alckmin, que apareceu de surpresa no seminário sobre educação promovido pelo PFL, em um

ALCKMIN VAI SE EMPENHAR PARA OBTER ALIANÇA

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Alckmin ao lado de Bornhausen, durante evento do PFL: visita tucana inesperada, mas muito aplaudida. Ed Ferreira/AE

hotel de São Paulo, e a julgar pela recepção, pode ficar otimista em relação à coligação. Aceitação – Alckmin foi aplaudido entusiasticamente duas vezes pelos pefelistas. "Nós consideramos e respeitamos o governador e candidato Geraldo Alckmin e sabemos que ele tem qualidades para ser candidato e presidente da república", saudou Bornhausen, provocando aplausos. Para ACM, a aliança está praticamente certa e só depende de detalhes. "Está praticamente certo. Só precisa de um mínimo de tempo para acertos em algumas localidades", disse o senador baiano. "É evidente que nós vamos com o PSDB e com Alckmin. Temos uma aliança com os mesmos propósitos, sobretudo agora, mais do que nunca, de moralizar a política brasileira." Ele usou o termo localidades em vez de estados para incluir a candidatura de José Serra ao governo paulista entre os interesses do PFL. " A candidatura de Serra é boa para o PFL e o que é bom para o PFL é bom para o Brasil, para São Paulo e para a Bahia." Além de dar um

Eu diria que a coligação já está 90% consolidada. Só precisa de um mínimo de tempo para acertos em algumas localidades. Senador Antonio Carlos Magalhães palanque forte para Alckmin no principal colégio eleitoral, a candidatura de Serra garantiria ao pefelista Gilberto Kassab, vice-prefeito de São Paulo, o comando da prefeitura. Divergências – Mas há divergências dentro do partido. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ) – , filho do prefeito carioca, político mais resistente dentro do PFL à coligação com Alckmin – , disse que uma aliança com o PSDB só será possível se seu partido não for colocado como uma "sublegenda" dos tucanos.

De acordo com ele, é necessário que o conteúdo programático de ambas as legendas sejam contemplados no programa à presidência de Alckmin. "Não podemos fazer uma aliança onde parte do partido não tenha a motivação necessária para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A questão mais relevante é que o PFL não seja, como foi no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, na minha avaliação, uma sublegenda do PSDB, e assumindo principalmente os temas mais

desgastantes", disse Maia. Críticas – Inco nform ado com as críticas feitas pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati, ao deputado Pauderney Avelino (PFL-AM), Maia chamou o senador cearense de sem educação. "Espero que o senador Tasso volte do exterior com mais serenidade para conduzir o processo político entre PFL e PSDB. As últimas declarações dele são infelizes, são sem educação. Mais um erro daqueles será difícil para o governador Alckmin decolar", reclamou. (Agências)

governador de São Paulo e candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, reiterou ontem o seu interesse pela formação de uma aliança com o PFL e elogiou, a proposta do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), de que se forme uma coligação, nos moldes da "Concertação" (coalizão chilena de centroesquerda que, desde os anos 90, reúne socialistas e democratas-cristãos). No seminário promovido pelo PFL, Alckmin, que apareceu de surpresa, deu mostras de que se empenhará pessoalmente pela coligação. "A aliança depende dos dois lados. No que depender de nós, estaremos juntos para servir o Brasil. Agora, aliança se faz em termos de programa de governo projeto de desenvolvimento e compromissos a serem cumpridos em benefício da nossa população." Ele disse também que está disposto a fazer acertos regionais para que a aliança tenha sucesso no plano nacional. Gafe – No encontro, Alckmin voltou a atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas acabou cometendo um ato falho, ao dar como certo o segundo mandato do petista. "O Brasil teve um governo frouxo do ponto de vista ético, ineficiente sob o ponto de vista de gestão e com crescimento econômico pífio. Isso não pode continuar e nós poderemos ter um pesadelo no segundo mandato." (Agências)

PMDB CONSEGUE O IMPOSSÍVEL: AGRADAR A TODOS. Governistas e oposicionistas cantam vitória depois das prévias de domingo

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Pinga Fogo Você faz a Plenária Temário 1 - Conjuntura Política (sucessão, ações do MST, etc.) 2 - Conjuntura Econômica (desempenho, impostos, juros)

Dia: 27 de março de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

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que parecia impossível aconteceu: o PMDB saiu satisfeito das polêmicas prévias realizadas no domingo. A guerra de liminares e a disputa interna entre as alas governista e oposicionista para realização da consulta do partido – que ocorreu, mas não teve valor jurídico – não produziram um racha maior dentro do partido, como era previsto. Ao contrário, mesmo questionado, o resultado das prévias produziu um efeito inesperado na legenda: agradou a todos. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho afirma que ganhou a consulta e que, portanto, é o candidato. Já o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, diz que obteve o maior número de votos e uma grande vitória política, mas reconheceu a supremacia de Garotinho. E os governistas, por sua vez, julgam-se vencedores porque conseguiram barrar as prévias na Justiça – o Supremo Tribunal Federal decidiu que a consulta não teve valor legal. Como o que ocorreu foi uma simples consulta, os governistas poderão derrubar a candidatura própria na convenção nacional, em junho, por maioria simples dos votos. Se o candidato saísse de uma eleição prévia, seriam necessários dois terços dos con-

Gustavo Miranda/Agência O Globo

Temer: botando panos quentes.

vencionais para derrubá-lo. O fator Temer – Partidário da candidatura própria, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), também encontrou um caminho para sair-se bem do episódio. Na linha do magistrado que trabalha para unir todas as corrente do partido, ele retomou o diálogo com a ala governista, propondo que os aliados do governo e os que rejeitam a candidatura própria desistam de realizar uma convenção nacional no dia 8 de abril. "Como o objeto desta convenção era desqualificar as prévias, que afinal não ocorreram, estou propondo que desistam de realizá-la", disse, ao lembrar que a consulta não passa de um indicativo político, ainda que forte, em favor da candidatura própria do PMDB na corrida presidencial. "A definição só vai sair na convenção de junho. Até lá o partido pode decidir não ter candida-

tura própria", afirmou Temer. Ele reconhece que a consulta de domingo não tem nenhum valor jurídico e que, portanto, Garotinho terá que disputar e vencer a convenção de junho para se consolidar como candidato ao Planalto. Governistas – Os governistas pediram nova convenção porque não tiveram maioria para adiar as prévias de domingo na executiva nacional. Agora, eles aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a verticalização das coligações. A aposta geral é de que o STF manterá a regra da verticalização, que proíbe alianças nos Estados entre partidos que são adversários na disputa presidencial. Como o PMDB deverá disputar o governo de 18 Estados, e esta regra prejudica o projeto de poder da maioria dos candidatos, a aposta geral é de que a candidatura de Garotinho não se sustentará. Apesar das dúvidas jurídicas que cercam a consulta do PMDB , Anthony Garotinho aposta que será o único peemedebista que vai se apresentar à convenção, em junho para ser sagrado postulante do partido ao cargo. O ex-governador fluminense considerou "pouco provável" que a convenção não sacramente a sua candidatura. (Agências)


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terça-feira, 21 de março de 2006

POLÍTICA - 5

PRESIDENTE GANHA APOIO NA BATALHA ELEITORAL. CPMI SÓ TERÁ RELATÓRIO FINAL NA SEMANA QUE VEM.

ALIANÇAS: PARECER FAVORECE LULA. Celso Junior/AE

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advogado-geral da União, Álvaro Ribeiro Costa, ficou do lado do presidente Lula e declarou-se contra a ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pede no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade da emenda que acaba com a verticalização nas eleições deste ano. A emenda foi promulgada pelo Congresso Nacional no dia 9, provocando a ação da OAB junto ao STF – o Tribunal poderá se pronunciar amanhã sobre o tema. O PT, partido de Lula, é a favor da verticalização, como é conhecida a norma que obriga os partidos a repetir nos Estados a aliança feita para a disputa presidencial. Lula, por outro lado, quer liberdade de ação para os partidos, de olho em uma possível coligação com o PMDB na eleição presidencial. Assim, seu partido ficaria livre para compor outras alianças nos Estados. PFL, PCdoB, PSB e PPS são radicalmente contrários à verticalização. Detalhes legais – Na ação proposta, a OAB argumentou que o Congresso não poderia alterar a Constituição restando menos de um ano para a elei-

De olho na reeleição, Lula quer vice do PMDB e PT livre para alianças.

ção, já que a própria Carta diz que deve ser obedecido esse prazo. O advogado-geral da União, por sua vez, sustentou

que a exigência é relativa a leis, e não se refere a emendas constitucionais. "É lícito concluir que uma emenda constitucio-

nal que disciplina a conformação das coligações partidárias não se confunde com lei que altera o processo eleitoral", disse Álvaro Ribeiro Costa. No STF, a relatora do processo que irá resolver de vez a questão é a ministra Helen Gracie, presidente eleita do Supremo. Ela costuma acompanhar o voto do ainda presidente do Tribunal, Nelson Jobim. Informações de bastidores dizem que Jobim seria favorável à verticalização para as eleições de outubro, respeitando o prazo de um ano. O que diz a emenda – Pela emenda aprovada pelo Congresso (parágrafo primeiro do artigo 17 da Constituição), fica assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. Também compete somente às legendas a adoção dos critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Agora, falta ouvir o que o STF acha disso. (Agências)

CPMI DOS CORREIOS ADIA PARECER FINAL

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icou para a próxima semana a apresentação do relatório final da CPMI dos Correios marcada originalmente para hoje. O texto vai propor o indiciamento de mais de cem pessoas envolvidas no escândalo do mensalão – entre elas, ex-líderes do PT, como o ex-ministro José Dirceu, José Genoino e o extesoureiro Delúbio Soares. Segundo o presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), o relatório final não foi concluído porque os cinco subrelatórios ainda não estão prontos. O texto final vai apontar que uma conta do publicitário Marcos Valério no Banco Rural, chamada de "conta pulmão", movimentou R$ 30 milhões e serviu para alimentar o esquema de pagamento de parlamentares em troca de apoio ao governo. "Essa

conta pulmão foi usada para alimentar outra conta, chamada de mãe, que servia para o mensalão", afirmou o relator da CPI , deputado Osmar Serraglio (PMDBPR). "Essa conta era a que abastecia a conta dos sacadores", explicou o subrelator de movimentação financeira, Gustavo Fruet (PSDB-PR). Segundo ele, na "conta pulmão" aparecem recursos de empresas públicas e privadas. Crime – Serraglio passou o dia de ontem tentando tipificar os crimes cometidos pelos futuros indiciados. Já está decidido que os 19 parlamentares envolvidos no mensalão que tiveram seus nomes enviados para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, em agosto do ano passado, serão indiciados por crime eleitoral e corrupção passiva. (Agências)

GIL: ORIXÁS PARA DECIDIR CANDIDATURA.

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ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse ontem que não está disposto a lançar seu nome na eleição deste ano ao governo do estado do Rio de Janeiro pelo PV. Depois de participar da cerimônia de inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Gil disse, no entanto, que deverá anunciar ao partido se concorrerá ou não apenas daqui a dois ou três dias. "As conversas estão prosperando no partido e estou avaliando internamente minha disposição. Nos próximos dois ou três dias direi se vou me juntar a eles para esse processo de viabilização da candidatura ou não." O convite a Gil foi feito pela vereadora do Rio Aspásia Camargo (PV). Durante um jantar na casa do ministro, há cerca de duas semanas, Aspásia tentou convencer Gil de que ele poderia se candidatar e ser, entre outras coisas, um interlocutor no governo da questão do meio ambiente. Na ocasião, o ministro disse que ia consultar seus orixás e que daria a resposta ao partido depois que voltasse de uma viagem ao Chile. Mas o ministro não parece disposto a aceitar. Vontade – "É uma coisa que não está posta. Nunca tive vontade, não fui eu quem postulei e ainda não tenho disposição definida dentro de mim. Ao contrário, tenho muita disposição, mas é no sentido de não aceitar", afirmou o ministro da cultura. O ministro ressalvou, porém, que deve considerar todas as questões levantadas pelo partido, inclusive o arco de alianças que deve ser feito. Alfredo Sirkis, presidente estadual do PV e secretário municipal de Urbanismo, chegou a dizer que o convite a Gil seria um factóide que poderia ou não virar um fato concreto. Sirkis se mostrou surpreso com a divulgação do convite pela imprensa. Para a vereadora, que escreveu um artigo na semana passada defendendo a candidatura, Gil no governo seria um representante das manifestações culturais, o que ela disse considerar uma das maiores virtudes do Rio. Aspásia reconheceu que Gil não tem experiência em questões administrativas, mas disse que o PV contribuiria com seus quadros para assessorar o ministro. (AG)

Comunicado Conjunto Bradesco firma Parceria com a American Express e assume suas operações no Brasil O Banco Bradesco S.A. (Bradesco) comunica aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral que firmou parceria com a American Express Company, para assumir suas operações de cartões de crédito e atividades correlatas no Brasil. Entre outros documentos, foram assinados “Contrato de Compra e Venda de Ações” e “Acordo de Operador Independente”, que regerão o relacionamento entre as partes. A parceria compreende: 1 - A transferência para o Bradesco das subsidiárias da American Express no Brasil que atuam no ramo de cartões de crédito, corretagem de seguros, serviços de viagens, de câmbio no varejo e operações de Crédito Direto ao Consumidor - CDC; 2 - O direito de exclusividade do Bradesco para a emissão de cartões de crédito da linha Centurion no Brasil. A linha Centurion inclui os tradicionais cartões Green, Gold e Platinum que apresentam a logomarca American Express Centurion. O direito de exclusividade será pelo prazo mínimo de 10 anos e permite ao Bradesco emitir cartões de crédito American Express para clientes pessoas físicas e jurídicas, oferecer o Programa Membership Rewards relativo a esses cartões, e administrar a rede de estabelecimentos para a aceitação dos cartões American Express no Brasil. Principais dados das operações de cartões de crédito do Bradesco e da American Express no Brasil, em 31.12.2005: Bradesco Faturamento Acumulado no Ano R$ 13,8 bilhões Market-Share – faturamento (*) 10,7% Base de Cartões 8,7 milhões *Fonte: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços - ABECS.

American Express (Operações Proprietárias) R$ 8,9 bilhões 6,9% 1,2 milhão

O Bradesco pagará pelas subsidiárias da American Express, por ocasião do fechamento da Operação, o valor de US$ 490 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,04 bilhão, em 17.3.2006. A American Express tem profundo conhecimento do mercado de cartões de crédito e é considerada uma das marcas mais valiosas do mundo, com grande prestígio internacional. Possui excelente plataforma operacional no Brasil e conta com uma equipe de profissionais altamente qualificados. A American Express vem aumentando sua participação no mercado mundial de cartões, e ocupa posição de liderança no segmento de alta renda e nas operações de cartões corporativos no Brasil. A Parceria representa um importante passo estratégico para o Bradesco e permite a expansão da sua base de clientes num segmento de grande concorrência, além de complementar seu posicionamento no mercado de cartões e proporcionar maior conveniência aos seus clientes. Adicionalmente possibilitará importantes ganhos de escala e expansão da rede de estabelecimentos comerciais, agregando valor a ambas as Instituições. Os portadores de cartões American Express no Brasil continuarão desfrutando dos mesmos serviços e benefícios, incluindo assistência a viagens em mais de 2.200 Pontos de Atendimento e mais de 550.000 ATMs no mundo. Os mais de 23.000 ATMs do Bradesco também serão disponibilizados em breve para os portadores de cartões. Em linha com as recentes e bem-sucedidas parcerias firmadas pela American Express mundialmente (aproximadamente 100), por meio de sua divisão Global Network Services, o Bradesco está comprometido a manter os altos padrões de qualidade, segurança e confiança da marca American Express. A concretização da Operação está subordinada à aprovação das autoridades competentes e o fechamento deverá ocorrer no final do 1º- semestre de 2006. Não estão incluídos na negociação o escritório de representação American Express Bank Ltd. em São Paulo, o negócio local de Travelers Cheques e os acordos de licenciamento de cartões existentes com outros bancos locais, os quais não incluem os da linha Centurion. A American Express foi assessorada na operação pela Goldman Sachs e o Bradesco pelo seu Departamento de Mercado de Capitais - BBI. Banco Bradesco S.A. Márcio Artur Laurelli Cypriano Diretor-Presidente

American Express Company Edward P. Gilligan Presidente do Grupo American Express International and Global Corporate Services


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Te l e f o n i a Lançamentos Diversão Automação

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terça-feira, 21 de março de 2006

PREÇOS COMPETITIVOS PARA CONQUISTAR O CONSUMIDOR

Fotos: Divulgação

Star Wars - Empire at War: escolha o lado Negro ou o dos Rebeldes e vá a luta

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A Canon está lançando nove modelos novos de câmeras, além de impressoras e scanners

á existe uma certa freqüência na elaboração de games em torno da saga Star Wars, alguns deles apenas jogos regulares, outros verdadeiros sucessos de vendas, mas o que se percebe é que essa melhoria vem sendo feita gradativamente, das últimas versões para cá. Pode ser até uma observação normal de se entender, já que o avanço tecnológico traz novos recursos, mas nem sempre só a tecnologia garante diversão. É preciso de um conjunto de boas qualidades, como enredo, gráficos, som e recursos que levam a imersão do jogador na história. Se somarmos a isso o fato de ser um game de estratégia em tempo real, adiciona-se aí uma grande parcela de realismo e inteligência artificial –nada mais frustrante de se jogar um game que tem inimigos que executam as mesmas reações ou que podemos premeditar suas atitudes. Para provar que ainda há fôlego nessa história de combates entre os Rebeldes e as Forças do Império, a LucasArts desenvolveu Star Wars - Empire at War, jogo de estratégia no qual o gamer poderá optar em estar do lado Negro ou resistir à opressão do Império, ao lado dos Rebeldes. O novo combate estelar se passa poucos anos antes dos eventos do Episódio IV: Uma Nova Esperança. O novo jogo para computador permite realizar batalhas em terra ou no espaço, em planetas memoráveis tais como Yavin IV, Tatooine e Dagobah, assim como os cenários nunca vistos antes, trazidos diretamente dos filmes e das séries Star Wars. Na verdade, o jogador terá em suas mãos a oportunidade de lutar pelo controle da galáxia, assumindo o comando de tropas e máquinas de combate para garantir que suas forças conquistem cada planeta controlado pelo inimigo. Seu objetivo principal na Guerra Civil Galáctica é construir e organizar forças táticas para avançar sobre o inimigo em tempo real O novo jogo para 3D. Para tanto, o jogador contará com os memoráveis heróis da sé- computador permite rie, como R2-D2 e C-3PO, Han Solo, Boba Fett, Obi-Wan e, como não realizar batalhas em poderia faltar, lorde Darth Vader. Esses personagens podem ser tra- terra ou no espaço zidos à ação para ajudar a mudar o percurso da batalha enquanto o jogador constrói, gerencia e atualiza o espaço dos heróis e as unidades de terra, veículos, tropas e estruturas base. Existem três modos para se jogar Empire at War: Campanha (Campaign), Conquista da Galáxia (Galactic Conquest) e Confrontos (Skirmish Battles). No primeiro, o jogador contará com um pequeno exército que avançará à medida que o usuário conquista novos planetas, independentemente do lado que escolher lutar, em uma série de missões épicas baseadas nas histórias. Na modalidade Conquista da Galáxia, o jogador tem a oportunidade de escolher entre diferentes cenários iniciais, galáxias de distintos tamanhos, níveis de tecnologias e créditos iniciais, o que dá uma experiência aberta, mas que inclui todos os elementos da campanha histórica –pode ser jogado contra o PC ou um amigo. No modo Confrontos, os combates são mais curtos, tanto no solo como no espaço, sempre com duas equipes. Todas as coletas de recursos e construção acontecem no campo de batalha, já que não há um Mapa Galáctico para explorar materiais de outros planetas –este modo permite que até oito jogadores participem da batalha. A ação em Empire at War é persistente, isto significa que a estratégia e os elementos táticos de eventos anteriores terão um efeito permanente sobre a galáxia. STAR WARS - EMPIRE AT WAR Distribuição: Electronic Arts O gamer contará com um poder bélico de Telefone: (11) 5506-0232 primeira, de veículos térreos a espaciais, como Requerimentos de mínimo os gigantes Star Destroyers até e X-wings. Mas do sistema: Microsoft será preciso analisar com cuidado antes de orWindows 2000 ou XP, Pentium denar o ataque: estudar qual unidade deve III de 1.0 GHz ou AMD Athlon avançar pode determinar a vitória em combaequivalente, 256 MB de te, já que alguns inimigos são bem difíceis de memória RAM, unidade de CDROM com velocidade 8x, 2 GB serem destruídos. Por isso, construir estrutude espaço livre em disco rígido, ras térreas ou espaciais, incluindo estações esplaca de vídeo de 32 MB com paciais, fábricas e canhões de Íons é importancapacidade de transformações te, uma chance de possuir armamentos capae Iluminação por hardware zes de derrotá-los. (T&L) e placa de som de 16 bit, A qualidade gráfica tridimensional é muito ambas compatíveis com DirectX 9.0c. boa. Com cenários ricos em detalhes e efeitos Idioma: Manual em português de sombra e luzes que variam conforme o ame software em inglês biente, são mais de 40 locais conhecidos da saFaixa etária: 14 anos ga Star Wars. Essa melhoria se deu, principalPreço sugerido: R$ 99,90 mente, graças ao novo motor gráfico, criado Mais informações: pela desenvolvedora de LasVegas, a Petrohttp://brasil.ea.com/ lygh, composta de veteranos responsáveis por grandes títulos RTS clássicos. O game Star Wars - Empire at War deve agradar até aqueles que não conhecem a série –algo raro de acontecer. Isso porque a sensação que se tem é que o jogador segue a sua versão pessoal do filme Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança, o primeiro lançado pelo cineasta George Lucas, em 1977.

O jogador pode lutar pelo controle da galáxia para garantir que suas forças conquistem cada planeta controlado pelo inimigo Por Fábio Pelegrini

Fotos: Divulgação

Objetivo da empresa é se posicionar como líder na preferência nacional

Canon disputa o mercado nacional com novos produtos Novos modelos de câmeras, impressoras e projetores foram apresentados na semana passada

Por Ana Maria Guariglia

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rometendo disputar o mercado brasileiro com marcas como Sony, Nikon e Kodak, utilizando ainda uma política de preços competitivos para alcançar os consumidores, a japonesa Canon divulgou na semana passada a nova linha de câmeras, impressoras, projetores e scanners, que deverão garantir sua posição de empresa essencialmente fotográfica há mais de 70 anos. Akihiko Matsumaru, presidente da Canon para a América Latina, disse que aposta no Brasil para consolidar a marca como líder na preferência nacional. "Oferecemos soluções completas e fáceis de usar. Dessa forma, ultrapassamos a Sony como a número um em equipamentos digitais e nossas vendas subiram 40%." Em termos de câmeras, a empresa está lançando nove modelos para todos os gostos e com preços para todos os bolsos, entre R$ 800 e R$ 2.700. Da série S, a S3IS, da série Elph, a SD700is, SD630 e SD600; e da série A, A700, A540, A530, A430 e A420. A Canon está convencionando 6 Megapixels como melhor padrão de resolução para as suas digitais. Com 6 MP, é possível produzir boas cópias de 34 x 50 cm. Outra decisão é o uso do sensor CMOS e não CCD. Sérgio Velásquez, especialista de produtos, explicou que o CMOS proporciona melhor qualidade de imagem e maior rapidez para tirar fotos, além da focalização rápida e do baixo consumo de energia, graças também a tecnologia DIGIC criada pela própria Canon. No bojo da Powershot SD630 está o exemplo dessas tecnologias. Tem design ultrafino, monitor de 3 pol e disparos rápidos, e filma, usando sistema de estabilização de

imagens. O zoom óptico é de três vezes, possuindo 17 modos de exposição automática e uma nova função que permite escolher as cores na revisão das fotos. O preço sugerido é de R$ 1.999. Entre as impressoras, que custarão entre R$ 180 e R$ 600, estão a Pixma iP1200, 1600 e 6220D. Contam com o sistema Chromalife 100 e as fotos copiadas duram cem anos, conforme informou Milena dos Santos, da área de marketing. Envolvem também o processo Fine Cartridges –cartuchos Fine, Full photo lithography inkjet nozzle engineering–, com injetores de tinta integrados em uma só peça para garantir alinhamento perfeito e de alta precisão. Pudemos observar que as impressões são rápidas e de excelente qualidade. O destaque é a Pixma 150 Photo All-in-One, que imprime e escaneia fotos e documentos. Tem resolução de 4.800 x 1.200 dpi (pontos por polegada), velocidade em torno de 55 seg, sistema PictureBridge, funcionamento com plataforma Windows e Mac e interface USB. O preço está em torno de R$ 599. Entre os scanners, estão o Lide 60, que pode escanear dez imagens simultaneamente, e o CS4200F, que escaneia filmes convencionais 35 mm e tem resolução selecionável. Em relação aos projetores, o destaque é o 7565. Vem com resolução horizontal de 800 linhas, é compatível com VGA, HDTV etc. Tem zoom de 1,3 vezes e controle remoto. A Canon é uma das principais detentoras de patentes e líder da indústria no setor de sistemas de imagens e soluções profissionais. Para saber mais: www.canonlatinamerica.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 21 de março de 2006

CONVOCAÇÕES

AVISOS AOS ACIONISTAS NOVA GASÔMETRO S/A CNPJ: 45.356.466/0001-62 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Senhores Acionistas da NOVA GASÔMETRO S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada na sede social, na Rua Chico Pontes nº 1500, Vila Guilherme, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com 1ª Convocação às 17:00h e 2ª convocação às 17:30h do dia 29 de março de 2006, a fim de discutirem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Exame, discussão e votação das Demonstrações Financeiras e do Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2) Outros assuntos de interesse da Sociedade. AVISO. Comunicamos que se encontram à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976. São Paulo, 13 de março de 2006. Nicolau Cury - Presidente do Conselho da Administração. 17, 21 e 22

ATA Átila Holdings Ltda. CNPJ no 07.305.671/0001-00 - NIRE 35.219.789.052 Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social – 2a Alteração - 16.1.2006 Pelo presente Instrumento Particular, Antares Holdings Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 07.341.926/0001-90, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob NIRE 35.219.770.777, em 1o.2.2005, neste ato representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.8550/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; e José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; e Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.3398/SSP-SP, CPF 063.906.928/20, representado por sua procuradoraAntares Holdings Ltda., esta por seus Diretores senhores Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro, todos já qualificados, Sócios-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Átila Holdings Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 07.305.671/0001-00, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob NIRE 35.219.789.052, em 11.2.2005, deliberam, por unanimidade, o seguinte: 1. o Sócio-Cotista Márcio Artur Laurelli Cypriano, já qualificado, retira-se da Sociedade, por ter cedido e transferido, neste ato, 1 (uma) cota de sua propriedade a Sócia-Cotista Antares Holdings Ltda., já qualificada; 2. transformar o tipo societário de sociedade limitada em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Átila Holdings S.A., informando que a operação de transformação se concretizará observadas as seguintes condições: I) as atuais 1.000 (mil) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, representativas do Capital Social de R$1.000,00 (mil reais), serão transformadas em 1.000 (mil) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, e atribuídas à Antares Holdings Ltda.; II) a Sociedade manterá a mesma escrituração comercial e fiscal, e os negócios sociais não sofrerão qualquer solução de continuidade; 3. aprovar e transcrever, na íntegra, o Estatuto Social pelo qual a Sociedade passa a reger-se: “Átila Holdings S.A. - Estatuto Social - Título I - Denominação, Duração, Sede e Objeto - Art. 1o) A Átila Holdings S.A. é uma sociedade por ações, regida pelo disposto no presente Estatuto Social e pelas demais disposições legais aplicáveis. Art. 2o) A Sociedade possui prazo de duração indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sua sede social e foro na Cidade de Deus, Vila Yara, no Município de Osasco, Estado de São Paulo. Parágrafo Único – Mediante deliberação da Assembléia Geral, a Sociedade poderá abrir ou fechar filiais, agências, escritórios e representações e quaisquer outros estabelecimentos para a realização das atividades da Sociedade em qualquer parte do território nacional ou no Exterior. Art. 4o) A Sociedade tem por objeto social o seguinte: a) administração, locação, compra e venda de bens próprios; b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista. Título II - Capital Social e Ações - Art. 5o) O capital social subscrito e integralizado é de R$1.000,00 (mil reais), dividido em 1.000 (mil) ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo – Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, no Banco Bradesco S.A., em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título III - Da Administração - Art. 6o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 5 (cinco) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 4 (quatro) Diretores sem designação especial. Art. 7o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo, ainda, transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - A aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente, inclusive participações societárias, observados quanto a estas os preceitos legais, e a concessão de garantias reais ou pessoais a obrigações de terceiros, serão deliberadas em reunião da Diretoria, observando, porém, a presença e os votos favoráveis de todos os Diretores em exercício, sendo obrigatória a presença de quem estiver no exercício do cargo de Diretor-Presidente. Parágrafo Segundo - A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - ASociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo, salvo se judicial o mandato, hipótese em que o procurador poderá assinar isoladamente e a procuração ter prazo indeterminado e ser substabelecida. O instrumento de mandato deverá ainda indicar se o mandatário exercerá os poderes em conjunto com outro procurador ou Diretor da Sociedade. Art. 8o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar, “ad referendum” da Assembléia Geral, a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade; k) deliberar sobre associações, envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordos de acionistas. Art. 9o) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dos seus membros; b) aos Diretores sem designação especial, coordenar e dirigir as atividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art.

10) A Diretoria fará reuniões ordinárias semestralmente, e extraordinárias sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos seus membros em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente, ou seu substituto. As reuniões extraordinárias serão realizadas sempre que convocadas pelo Presidente da Diretoria ou, ainda, por 3 (três) Diretores. Parágrafo Primeiro - A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao seu Presidente voto de qualidade no caso de empate. Parágrafo Segundo - Em caso de ausências ou impedimentos temporários de qualquer Diretor, inclusive o Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 6o deste Estatuto. Art. 11) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Art. 12) Para exercer o cargo de Diretor é necessário, ainda, que o candidato, à data da posse, tenha menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade. Título IV - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título V - Das Assembléias Gerais - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas pelo Presidente da Diretoria ou, na sua ausência, por seu substituto estatutário, que convidará um dos presentes para Secretário. Título VI - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art.15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços ao fim de cada semestre, nos dias 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço semestral ou anual terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição da Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro desteArtigo, que tenham sido declarados, assegure aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 25% (vinte e cinco porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros Existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro – Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (25%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do Capital Social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do Exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”; 4. tendo em vista a transformação em sociedade anônima, com transferência do controle, considera-se vencido o mandato dos atuais Administradores, senhores Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano; Diretores: Décio Tenerello, Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo; 5. eleger, para compor a Diretoria da Sociedade, Diretor-Presidente: João Moisés de Oliveira, brasileiro, casado, economista, RG 3.776.190-0/SSP-SP, CPF 090.620.258/20; Diretores: Luiz Maurício Leuzinger, brasileiro, casado, engenheiro, RG 1.606.512-IFP/RJ, CPF 009.623.687/68; Renato da Cruz Gomes, brasileiro, separado judicialmente, engenheiro, RG 2.659.814/IFP-RJ, CPF 426.961.277/00; e Rômulo de Mello Dias, brasileiro, casado, economista, RG 05.350.467-6-IFP/RJ, CPF 604.722.787/20, todos com domicílio naAvenida Paulista, 1.450, 9o andar, Cerqueira César, São Paulo, SP, e com mandato até aAssembléia Geral Ordinária de 2006, sendo que permanecerão em suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária que eleger a Diretoria em 2006 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores eleitos declararam, sob as penas da lei, não estar impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 6. fixar o montante global anual para remuneração dos Administradores no montante de até R$18.200,00, conforme determina a letra “g” do Artigo 8o do Estatuto Social, a ser distribuída em reunião da Diretoria, aos membros da própria Diretoria; 7. escolher, de conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 289, da Lei no 6.404/76, os jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” para a Sociedade efetuar as publicações ordenadas pela referida Lei. E, por estarem assim justos e contratados, os Sócios-Cotistas e a Acionista, por si e por seus representantes legais, assinam o presente Instrumento Particular, impresso em 3 (três) vias de igual forma e teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas, autorizando, desde já, o seu arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo, para os fins e efeitos de direito. Cidade de Deus, Osasco, SP, 16 de janeiro de 2006. Sócios-Cotistas: Antares Holdings Ltda., representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro; Márcio Artur Laurelli Cypriano, representado pela empresa Antares Holdings Ltda., esta por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro; Acionista: Antares Holdings Ltda., representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro; Advogado: Romulo Nagib Lasmar, OAB-SP 76.690, RG 12.623.179/SSP-SP, CPF 010.923.241/00; Testemunhas: Ariovaldo Pereira, RG 5.878.122/ SSP-SP, CPF 437.244.508-34; Ismael Ferraz, RG 8.941.370/SSP-SP, CPF 006.404.048-80. Certidão - Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 73.103/06-8, em 8.3.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

BALANÇO LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO - CENTRO DE REABILITAÇÃO CNPJ/MF 61.937.975/0001-35 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 (Em Reais) 31.12.04 ATIVO 31.12.04 31.12.03 PASSIVO Circulante Circulante Disponibilidades 39.471 17.004 Fornecedores 246.892 Contas a Receber 757.533 757.327 Empréstimos e Financiamentos 569.304 Estoques 86.198 64.396 Salários a Pagar 598.062 Despesas do Exercício Seguinte 17.570 16.047 Contribuições Sociais e Impostos a Recolher 1..625.055 Total do Circulante 900.772 854.774 Provisão de Férias 232.482 Permanente Imobilizado 3.761.487 4.037.088 Total do Circulante 3.271.795 Total do Permanente. 3.761.487 4.037.088 Exigível a Longo Prazo Contribuições Sociais e Impostos a Recolher 145.124 Provisão para Contingências 276.647 Total do Exigível a Longo Prazo Patrimônio Social Patrimônio Social Reserva de Reavaliação Déficit Acumulado Total do Patrimônio Social 4.662.259 4.891.862 Total do Passivo e Patrimônio Social As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

421.771

31.12.03 276.594 580.163 287.177 1.026.254 184.484 2.354.672 227.464 112.421 339.885

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 (Em Reais) 31.12.04 31.12.03 Receitas Operacionais Terapias Diversas 225.972 187.258 Convênios Públicos 2.505.127 2.527.762 Bazar de Doações 1.479.681 1.450.767 Donativos e Eventos Diversos 711.671 646.981 Oficina Ortopédica 684.068 546.123 5.606.519 5.358.891 Despesas Operacionais Custos dos Produtos e Serviços (2.816.519) (1.843.542) Pessoal (2.011.400) (2.098.454) Gerais e Administrativas (1.390.024) (1.528.015) Depreciações (279.895) (280.259) (6.497.838) (5.750.270) Déficit Operacional (891.319) (391.379) Subvenções - Governo do Estado de São Paulo 3.585 141.355 Despesas Financeiras (340.878) (438.762) Déficit do Exercício (1.228.612) (688.786) As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

19.460 2.554.756 (376.911) 2.197.305 4.891.862 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA Total do Ativo OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002 (Em Reais) 31.12.04 31.12.03 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 (Em Reais) 19.460 2.456.091 (1.506.858) 968.693 4.662.259

Patrimônio Reserva de Superávit/Défict Eventos Social Reavaliação Acumulado Saldos em 31 de Dezembro de 2002 203 2.653.592 213.039 Aumento de Patrimônio Social - Doações 19.257 Realização da Reserva de Reavaliação (98.836) 98.836 Déficit do Exercício (688.786) Saldos em 31 de Dezembro de 2003 19.460 2.554.756 (376.911) Realização da Reserva de Reavaliação (98.665) 98.665 Déficit do Exercício (1.228.612) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 19.460 2.456.091 (1.506.858) Mutação do Exercício (98.665) (1.129.947) As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

Total 2.866.834 19.257 (688.786) 2.197.305 (1.228.612) 968.693 1.228.612

Origens de Recursos Das Operações: Aumento do Exigível a Longo Prazo Doações de Bens Patrimoniais1 Total das Origens Aplicações de Recursos Nas Atividades: Déficit do Exercício Itens que não Representam Variações no Capital Circulante: Depreciações Baixas do Ativo Imobilizado

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 (Em Reais) 1. Contexto Operacional: O Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação (“Entidade”) é uma entidade filantrópica dedicada à reabilitação de pessoas carentes portadoras de deficiência física. A Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, através do artigo 12, trouxe alterações para a legislação tributária federal das entidades filantrópicas, entre as quais destacamos:• Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável. • Para gozo de imunidade, as entidades filantrópicas estão obrigadas a atender aos seguintes principais requisitos: a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos sociais; e c) apresentar anualmente a declaração de rendimentos. A Entidade tem atendido substancialmente aos procedimentos requeridos para suportar suas atividades filantrópicas. Também a administração da Entidade, visando o seu sanemento financeiro, envidará esforços nas sua reestruturação, com redução dos custos e acréscimos das receitas com atendimentos ( con vênios) . 2. As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as disposições contidas na Resolução do - CFC n° 966/03, de 16/05/03 ,e CFC nº 926/01 de 19/12/2001, e CFC nº 877/00, de 18/04/2000, que aprovou a NBC T 10, e NBC T 10.19. ref. a ENTIDADES SEM FINS DE LUCROS. 3. Resumo Principais Práticas Contábeis - a. Receitas e Despesas - São contabilizadas pelo regime de competência. b. Aplicações Financeiras - São registradas ao valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços. c. Contas a Receber - São contabilizadas pelo regime de competência. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é considerada suficiente para cobrir eventuais perdas na realização de referidos créditos. d. Outros Ativos e Passivos Circulantes - Correspondem a valores a receber e/ou a pagar, registrados pelo valor de realização e/ou exigibilidade nas datas dos balanços e acrescidos, quando aplicável, de encargos contratuais e juros incorridos até as mesmas datas. e. Imobilizado - Registrado ao custo de aquisição e, no caso dos imóveis, acrescido de reavaliação espontânea. As depreciações são calculadas pelo método linear, às taxas descritas na nota explicativa nº 6, considerando a vida útil-econômica dos bens. f. Empréstimos-Os empréstimos obtidos com os colaboradores e entidade ligada não incidem encargos financeiros. g. Clélia Salgado Teixeira Presidente Dr. Ulysses Fagundes Neto 1º Vice Presidente

Maria Lucia Alckmin 2º Vice-Presidente Prof. Dr. Vilnei Mattioli Leite Diretor Clínico

O Conselho Fiscal, de conformidade com as disposições legais e estatutárias, analisou o Balanço e as Demonstrações de Contas e Resulta do Lar Escola São Francisco, relativas ao exercício terminado em 31 de dezembro de 2004. Considerou, com base nos documentos examinados e análises (anexo 1), nos esclarecimentos recebidos da administração e parecer dos Ilmos. Srs. Diretores e Conselheiros da Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação 1. Examinamos o Balanço Patrimonial do Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação, levantado em 31 de dezembro de 2004 e 2003, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema

Provisão de Férias - A provisão de férias foi constituída levando-se em consideração as férias vencidas e proporcionais até a data do balanço, calculadas sobre a remuneração percebida pelos empregados, incluindo os encargos sociais incidentes. 4. Disponibilidades - São representadas por: R$ 31.12.04 31.12.03 Caixa e Bancos 19.835 15.847 Aplicações Financeiras: Aplicações em Fundos de Investimento 19.636 1.157 39.471 17.004 5. Contas a Receber - São compostas por: R$ R$ 31.12.04 31.12.03

Duplicatas a Receber Cartões a Receber

Adições ao Ativo Imobilizado Total das Aplicações Variação do Capital Circulante Líquido Ativo Circulante No Final do Exercício No Início do Exercício

81.886 81.886

93.433 19.257 112.690

1.228..612

688.786

(279.895) (1.155) 947.562 5.449 953.011 (871.125)

(280.259) 408.527 75.574 484.101 (371.411)

900..772 854.774 45.998

854.774 1.816.337 (961.563)

Passivo Circulante *No Final do Exercício No Início do Exercício

3.271.795 2.354.672 2.354.672 2.944.824 917.123 (590.152) Variação do Capital Circulante Líquido (871.125) (371.411) As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis. com base no laudo de peritos independentes. Em 2002, a Entidade efetuou nova reavaliação do imóvel situado na Rua França Pinto, o que resultou em um complemento de R$ 326.711 na reserva de reavaliação. O saldo da reserva de reavaliação em 31 de dezembro de 2004 é de R$ 2.456.091. 7. Provisão para Contingências - A Entidade possui processos de natureza trabalhista e outras, para os quais está constituída provisão para contingências em 31 de dezembro de 2004 e 2003, considerando o atual estágio dos referidos processos e a opinião dos seus assessores jurídicos. 8. Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos - Com datas de 04 de dezembro de 2000 e 25 de agosto de 2003, a Administração da Entidade entrou com pedido no Ministério do Bem-estar Social de renovação do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos a partir de 1º de janeiro de 2001, ainda não aprovado. Porém, o Conselho Nacional de Assistência Social emitiu uma Declaração com a data: 10 de setembro de 2004, sobre a renovação do referido certificado, cuja validade se estenderá até que o CNAS julgue os pedidos objeto de processos nº 4.400.6.003853/2000-10 e 71010.000676/2003-83, respectivamente, por seis meses a partir da data da emissão desta declaração. 9. Isenções Usufruídas - Em 2004 a Entidade, conforme registros contábeis, usufruiu da isenção da Cota Patronal do INSS, SAT e de Terceiros no montante de R$ 931,424. 10. Cobertura de seguros- A Entidade mantém cobertura contra sinistro, assim distribuída: - Incêndio, Raio e Explosão, Outros Ramos.

649.291 663.689 69..682 101.609 718.973 765.298 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (45.575) (45.575) 673.398 719.723 6. Imobilizado - E composto por: R$ R$ Taxa Anual de Depreciação - % 31.12.04 31.12.03 Edifícios Próprios 4 1.060.236 1.113.000 Terrenos Próprios - 1.932.764 1.880.000 Edificação - Terreno em Comodato - PMSP 4 1.392.544 1.392.544 Máquinas e Equipamentos 10 106.814 103.252 Móveis e Utensílios 10 6.223 6.222 Veículos 20 214.327 214.327 Equipamentos de Informática 20 134.189 133.458 Direito de Uso de Software 13.910 13.910 4.861.007 4.856.713 Depreciações Acumuladas (1.099.520) (819.625) 3.761.487 4.037.088 O terreno em comodato possui contrato renovável periodicamente. Em 1998, dentro dos preceitos requeridos pela legislação vigente, a Entidade efetuou a reavaliação dos imóveis, resultando no registro de reserva de R$ 2.619.518, DIRETORIA Dr. Akira Ishida Prof. Dr. José Laredo Filho 1º Tesoureiro 1º Secretário Luiz Carlos Torres da Costa Dr. João Vernieri Sobrinho Dr. Eduardo Barros Puertas Contador - CRC - 1SP 155.537/O-5 2º Tesoureiro 2º Secretário PARECER DO CONSELHO FISCAL auditores independentes, que as referidas demonstrações estão em São Paulo, 30 de setembro de 2005. José Maria de Melo Freire, condições de ser apreciadas pela Assembléia Geral. Luiz Arthur de Godoy, Marcus Vinicius dos Santos Andrade. Observa, entretanto, que persiste, dos exercícios anteriores, a dívida de corrente da falta de contribuições previdenciárias devidas ao Instituto Nacional de Seguridade Social, falha que pode, pelo menos em tese , con figurar infração de natureza grave. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES contábil e de controles internos da Entidade; b) a constatação, com base práticas contábeis adotadas no Brasil. em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima citadas, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Lar Escola São Francisco Centro de Reabilitação, em 31 de dezembro de 2004 e 2003, o resultado de suas atividades, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações PADRÃO AUDITORIA S/S - CRC-2SP 016.650/O-7 YUKIO FUNADA - Contador CRC-1SP 043.351/O-8 de recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

terça-feira, 21 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

RESTAURANTES

Alta gastronomia dá os primeiros passos

ÓRBITA

LEILÃO

O

O mercado ainda adormecido tem potencial. Sofre com a falta de investidores e hábito do consumidor Bellini Ristorante, segundo melhor da cidade em 2005, segundo revista de circulação nacional

R

estaurantes que trabalham com a a l t a g a s t r o n omia, em Campinas, podem ser contados nos dedos de uma mão. Quatro ou cinco casas com cozinha perfeita na delicadeza da preparação e o charme na apresentação, com a extração do máximo dos ingredientes da melhor qualidade em ambientes sofisticados e com atendimento primoroso. O número de restaurantes que surpreendem o cliente pelas mãos de seus chefes pode ser considerado pequeno em Campinas onde "adormece" um mercado que se tivesse o investimento que merece certamente só teria a crescer. As análises são do jornalista, apresentador de programa culinário na repetidora da TV Globo regional e especialista em gastronomia, Fernando Kassab. De acordo com o jornalista, que trabalha com gastronomia há 26 anos, em Campinas, há pelo menos três fatores que impedem o desenvolvimento da alta gastronomia na cidade. O primeiro é a completa escassez de mão-deobra para a manutenção do negócio. Além disso, faltam investidores que realmente conheçam o negócio restaurante. “Não adianta colocar todo o dinheiro que a pessoa arrecadou durante a vida de profissional para abrir um restaurante. Tem que ter conhecimento da área ou não vai dar certo”, estabelece o e s p e c i alista. O terceiro fator aponta para um Campinas conhecida como a cidade da pesquisa e desenvolvimento da alta tecnologia, mas os moradores com a fama de sofisticados, senão pernósticos. Tanto que o marketing acredita que em Campinas, assim como em Curitiba, se em um teste um produto não for bem recebido não vai ser aceito pelo mercado nacional. “Para investir em Campinas é preciso conhecer esse mercado. Há alguns anos Gian Carlo Bolla abriu um res-

ATENDIMENTO

Robalo Capo D'Orso, preparado pela chef Cristina Róseo

taurante na cidade, sofisticado, caro e com 13% de taxa de serviços. Não durou um ano”, disse Fernando Kassab. Segundo analisa o especialista, Campinas é uma cidade que cresceu, enriqueceu primeiro com o café e agora com a tecnologia de ponta mas, no quesito comida de alta gastronomia, não seguiu os passos de outros grandes centro como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre ou Curitiba. Para Kassab, o movimento financeiro de uma cidade como Campinas que tem, por exemplo um veículo para cada dois dos um milhão de habitantes, c om po rt a m a i s i nvestimentos em restaurantes voltados para a alta gastronomia. Expectativas - Há cinco anos no mercado de entretenimento e gastronomia, o empresário Ricardo Cappucci - proprietário dos dois bares Seo Rosa (unidades Cambuí e Gramado), do restaurante italiano Bellini Ristorante, do Hotel Vitória e de uma empresa de eventos - aposta na alta gastronomia. “É um mercado promissor que tem espaço para crescer, mas não muito. Não temos tanta gente assim na cidade para "acontecer" co-

A

propostas de soluções. O encontro acontece na Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). De acordo com o presidente da Comissão, o comerciante e segundo vice-presidente da Associação, Carlos Francisco Simões Correia,

O maître Bob na adega do Bellini Ristorante

mo em São Paulo, onde os 40 melhores restaurantes das mais diversas modalidades permanecem cheios de segunda a segunda-feira”, observou o empresário. Segundo Cappucci, a alta gastronomia ainda é um mercado novo em Campinas e o público ainda está começando a aprender a freqüentar esses Para abrir um restaurante é preciso conhecer a área, diz Kassab restaurantes. “É um cultura que deve ser Hotel - O restaurante cultivada. Até alguns anos atrás as pessoas não toma- Bellini, para o Hotel Vitóvam vinho em uma refei- ria, é um excelente negóção como acontece com fre- cio. Segundo o gerente qüência hoje. Mas princi- operacional de alimentos e palmente não temos públi- bebida do hotel, Alexanc o d e s e g u n d a - f e i r a a dre Vaz, o restaurante segunda-feira em Campi- atende aproximadamente nas. O movimento aqui vai 3,5 mil pessoas por mês, o de quinta a domingo e isso que é considerado pela dié algo que impede investi- reção do estabelecimento como um número excelenmentos”, disse. Outro freio no investi- te. “As pessoas que aparemento, segundo Cappucci, cem para almoçar ou jantar está na proximidade de geralmente acabam volCampinas com São Paulo. tando. Isso fez com que o Há em Campinas um antiga Bellini, nos três anos que hábito de comprar em São está em funcionamento, Paulo serviços e produtos cultivasse um clientela de alto padrão como restau- fiel”, observou o gerente. rantes, carros e roupas, O restaurante é comandaalém de cultura como peças do hoje pela chef Cristina de teatro. “É o lado ruim de Róseo, que assumiu a geestar perto demais de São rência do restaurante e a Paulo. As pessoas aqui po- chefia da cozinha. Além do restaurante dem decidir se querem ir a São Paulo jantar ou almoçar Bellini, também são recoe voltar como qualquer mo- nhecidamente produtores de comida de alta gastrorador da Capital”.

nomia, o francês Le Troquet, instalado há mais de 20 anos em Campinas, hoje no distrito de Sousas e o Restaurante Baracat, do Cambuí. Além disso, também entram na lista o restaurante La Pallete, instalado no complexo hoteleiro The Royal Palm Hotel e os restaurantes Matisse e Ciró, ambos localizados no Cambuí. Ranking – A segunda edição anual da revista Veja Campinas – O Melhor da Cidade, publicada pela revista Veja, no ano passado, elegeu os dez melhores restaurantes de Campinas com a participação de moradores de Campinas no júri. Em primeiro lugar nesse ranking aparece o Le Troquet, que estava em terceiro lugar em 2004. Segue a lista com o Bellini Ristorante que estava em quarto lugar há dois anos e o Baracat, que caiu da primeira posição em 2004 para a terceira em 2005. O restaurante Matisse aparece em quarto lugar, depois de figurar em segundo em 2004, seguido do Ciro que passou de sexto para quinto colocado. O La Pallete ficou em sexto no ano passado, sem classificação no ano anterior. Depois aparecem a churrascaria Cenário, Chef Théo, La Campagna Ristorante e L´Alouette.

reparados que vão de coqueiros mortos e falta de limpeza adequada na rua e nas lixeiras a problemas no calçamento. De acordo com o presidente, é urgente a priorização das soluções de limpeza no espelho de água da praça Rui Barbosa, a iluminação precária e os buracos que estão aparecendo no calçadão. Promoção – A reunião também deve servir para que seja criado um calendário de eventos para a rua 13 de Maio. A sugestão da Acic é que os

comerciantes realizem todos os meses uma campanha promocional com atividades de entretenimento nos sábados posteriores aos dias de pagamento. Para o mês de novembro, lembrando o sucesso da Campanha 13 com 13, que reinaugurou a 13 em 26 de novembro do ano passado, os lojistas podem promover, no dia 25 do mesmo mês deste ano, uma nova campanha semelhante com descontos e horários especiais de compra.

Criação de condomínio deve ser discutida hoje uma das saídas que deve ser discutida será a criação de um condomínio entre os comerciantes da rua que financie os reparos que devem ser realizados. A Acic fez um levantamento na rua onde apontou pelo menos 28 pontos que devem ser

Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), com sede em Campinas, informou que ampliou o horário de atendimento aos consumidores. Segundo a empresa, a central de atendimento telefônico, o atendimento via chat e email operam agora 24 horas, todos os dias da semana. Em janeiro de 2005, a CPFL recebeu 142 mil solicitações pelo site www.cpfl.com.br. Em 2006, o número passou para 245 mil. O chat realiza 200 atendimentos por dia. A empresa recebe 7,3 mil emails por mês com solicitações diversas.

A

Capucci: “O mercado de alta gastronomia é promissor"

13 DE MAI0

Comissão de Manutenção da rua 13 de Maio realiza, hoje, a partir das 8h30, a segunda reunião para discutir os principais problemas enfrentados pelos comerciantes e freqüentadores da principal rua do comércio central da cidade e as

Parque D. Pedro e o Antiquário Mercado de Arte de Campinas promovem, no próximo dia 30, a partir das 20h30, o 11° Leilão de Arte e Antiguidade do shopping com o leiloeiro oficial Amaury de Lemos Rossato. Serão colocados à venda 280 objetos. Em destaque um quadro de 1894, do pintor brasileiro Felix Bernardelli e um vaso em pasta de vidro St. Louis Nancy. As peças, que terão lance mínimo e livre, estarão em exposição a partir do próximo dia 24, das 10h às 22h, na loja 293/294, ala das Flores.

Mário Tonocchi

(MT)

DOAÇÃO Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) seccional Campinas doou, no último domingo, R$ 1,5 mil para a compra de material escolar para 50 crianças carentes atendidas pela Conferência Vicentina São Domingos (Vicentinos). Com o dinheiro, a Conferência vai adquirir kits compostos de cadernos, pastas, papel sulfite, caixas de lápis de cor e pretos, borrachas, tesouras, canetas e estojos de canetas hidrocor. A entrega do dinheiro foi feita em frente à Capela do Convento das Irmãs Dominicanas no Largo Santa Cruz, no bairro Cambuí.

O

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

quarta-feira, 22 de março de 2006

Logo Logo 22

O movimento de protesto contra as caricaturas dinamarquesas mostra o perigo de não se escutar ou respeitar o que é precioso e sagrado entre os outros.

MARÇO

www.dcomercio.com.br/logo/

Do príncipe Charles que, em visita ao Egito, condenou as violências cometidas em nome das religiões.

Dia Mundial da Água

G AMES E M

C A R T A Z

O poderoso jogador

PINTURA

Reuters

O

C OPA 2006

Torcida com marca brasileira Em ano de Copa do Mundo, a Nike decidiu dar uma força aos torcedores com o lançamento de dois relógios que têm como tema a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, lógico, o esporte mais popular do País. Um dos modelos é bem patriota, com pulseira amarela em forma de "S" e caixa verde, nos mesmos tons da camisa da Seleção Brasileira. O outro, com fundo de mostrador azul, vem com pulseira preta e caixa de aço. Ambos têm, basicamente, as mesmas especificações técnicas e o mesmo preço sugerido: R$ 610. (JJ)

www.worldwaterforum.org

B RAZIL COM Z

Aniversariante na mídia O aniversário do jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho, que completou 26 anos ontem, foi destaque da imprensa espanhola ontem. Ronaldinho foi manchete nos jornais Mundo Deportivo e R26, que trouxe uma matéria com As 26 razões pelas quais ele é o número 1. O jornal acrescenta também que o brasileiro ia "comemorar seus 26 anos em grande estilo", lembrando o jogo ontem entre Barcelona e Getafe. A rádio espanhola Super K 800 fez um especial sobre Ronaldinho Gaúcho, detalhando toda a história do craque.

www.ea.com

Divulgação

Márcio Ferreira/AOG

Cadeia para os 'bagunceiros'

A Copa não deixará de ser disputada por causa da gripe aviária, mas a Fifa já determinou que, nos estádios, não serão servidas refeições com frango. A decisão já levantou polêmica. "É totalmente absurdo. Não há relação alguma com a gripe aviária e o vírus não está nos produtos", disse Thomas Janning, porta-voz da Federação da Indústria Avícola. A Aramark, detentora dos direitos de venda de refeições prontas durante a Copa, aceitou assinar um acordo com a Fifa para fornecer apenas carne de bezerro e de porco.

A cidade de Hamburgo, na Alemanha, receberá cinco partidas da Copa do Mundo e terá uma prisão especial para torcedores "baderneiros" com capacidade para 150 pessoas. Dos 8,8 milhões de euros investidos em segurança na cidade, 3,8 milhões foram destinados para a construção da prisão. Quem for detido poderá permanecer preso até duas semanas, no máximo. "Queremos uma Copa do Mundo pacífica e esperamos que estas instalações não precisem ser usadas", disse o porta-voz da Polícia Marco Haase.

C ELEBRIDADES

Camilla Bowles, a 'esposa do ano'

L

Frango, só para os goleiros

Agricultura ameaça reservas A agricultura é a maior ameaça às reservas de água doce do planeta, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado ontem. O documento afirma que cerca de dois terços da água doce proveniente de aqüíferos e outros rios são consumidos por fazendas. As plantações estão usando mais água à medida em que a população mundial aumenta e mais pessoas passam a adotar “a dieta dos países ocidentais”, afirma um dos cientistas responsáveis pelo relatório.

videogame do clássico filme O poderoso chefão s erá lançado hoje nos Estados Unidos. O ponto forte do jogo é trazer os mesmos atores e contar com a voz inconfundível do falecido Marlon Brando. Os viciados em games poderão assim se transportar para o universo mafioso da Nova York da década de 40 e manipular todos os atores desta lendária saga dos estúdios Paramount, dirigida por Francis Ford Coppola e baseada no romance de Mario Puzo. Na versão game, os personagens da história revivem os momentos mais marcantes da trama, mas não se trata de uma recriação do filme. O jogo, da Electronic Arts, será lançado no mundo inteiro e inclui diálogos especialmente gravados por Brando, protagonista da saga, antes de sua morte aos 80 anos, em julho de 2004.

Criações pop do Artista Nunca (foto). Galeria Fortes Vilaça. Rua Fradique Coutinho, 1500. Telefone: 30327066. Das 10h às 19h. Entrada Franca.

Á GUA

CRIME AMBIENTAL - O Ibama e a Marinha apreenderam ontem dez barcos com 40 toneladas de peixes da ilha do Machadinho (PA), região considerada berçário de centenas de espécies de peixes amazônicos. Foi a maior apreensão de barcos da história do Ibama. H ISTÓRIA

A RTE DE RUA Emmanuel fradin/Reuters

Reproduções

Freud no divã

A mulher do príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, disse ontem estar "sem palavras" por ter sido nomeada a "Esposa do Ano" por uma revista satírica. Camilla Parker Bowles afirmou que sentia muito não poder atender à cerimônia de entrega do prêmio, organizada pela revista The Oldie, pois estava cumprindo "obrigações de esposa" em "algum local distante do globo". O discurso de Camilla foi lido por uma amiga. O casal real britânico está em uma viagem pelo Oriente Médio. F UTEBOL

Orkut de torcedores

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O francês Daniel Girondeaud, acrobata urbano que passa os dias praticando parcour, uma modalidade que mistura dança e esporte, popular nas grandes cidades.

Depois de um dia tenso no trabalho

Para estudar em casa

Um aparelho anti-tensão por US$ 160. Não é barato, mas promete maravilhas. O "equipamento" detecta os pontos de tensão na nuca, cabeça e pescoço e emite sons relaxantes proporcionais ao nível de tensão.

Dúvidas sobre assuntos que você aprendeu nos tempos da escola. A difícil hora de ajudar os filhos a fazerem a lição de casa. O Portal da Educação pode ajudar nesses momentos e também em pesquisas rápidas sobre assuntos variados. Artes, Dança, Teatro Xadrez, Biologia, Orientação Vocacional, Geografia, Constituições dos Países, História e Matemática são apenas alguns dos temas abordados no site. Além de conteúdo próprio, há links para outros sites e questões para estudar algum tópico mais complicado em casa. O mecanismo de busca do site ajuda a localizar o tema de interesse com facilidade.

www.biosiginstruments.com/ antense.htm

U

rapia pela fala de Freud, que culminou na criação de uma nova forma de conhecimento da psicologia humana, a psicanálise. O divã, na teoria freudiana, é um importante instrumento terapêutico, espaço para a livre associação de idéias. É também o espaço do "pensamento em repouso", como idealizou Freud. A mostra fica até 5 de novembro no museu Freud de Viena - na casa em que, por anos, ele atendeu seus pa-

cientes. Depois, começa a rodar o mundo com o objetivo de refletir sobre o papel da psicanálise na arte, na literatura e na ciência além de enfocar a variedade e a presença dessa peça do mobiliário em diferentes épocas, sua importância na vida cotidiana. Se, para Freud, às vezes um charuto é apenas um charuto, pode-se dizer que, para a psicanálise, um sofá nunca é apenas um sofá.

www.joga.com

L OTERIAS Concurso 1577 da QUINA 10

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www.freud-museum.at/e/index.html

Concurso 439 da DUPLA SENA

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Primeiro Sorteio 04

Via Láctea está repleta de planetas semelhantes, e maiores, do que a Terra, dizem cientistas Bacia de Guarapiranga é primeira área de manancial com legislação específica de proteção

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www.por taldaeducacao.com.br/por tal

ma mostra itinerante de divãs, o móvel que, no século 20, se tornou quase sinônimo de psicanálise, começa a rodar o mundo a partir de 5 de maio. A mostra é uma homenagem aos 150 anos do nascimento do pai da disciplina, Sigmund Freud (1856-1939). Considerado o móvel que "cria uma comunicação entre os sonhos e a consciência", o divã entrou para a história a partir das experiências de te-

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

O Google vai repetir a fórmula do Orkut, a rede de relacionamentos que tem mais de 60% de usuários brasileiros, agora com o tema futebol. E corre o risco te ter maioria de brasileiros, de novo, no serviço. O Joga.com também funcionará na base de convites, mas quem quiser pode se candidatar, desde já, a ser um dos privilegiados que serão convidados pelo próprio site. O site se destina a divulgar notícias de times, fotos e informações de jogadores.

Índios tupinambás ocupam fazendas na Bahia para impedir o corte de madeira de lei

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Segundo Sorteio 05

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PINGA-

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

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FOGO O deputado Romeu Tuma e a candidatura Alckmin

É de se estranhar o artigo do deputado Romeu Tuma no Dois:Pontos de ontem, vociferrando contra o governador Alckmin, chamando-o de ditador. Será que se enganou de direção e em vez de atirar contra São Paulo queria dirigir a sua automática contra Brasília, onde moram o Grande Ditador e seus asseclas? Será que o senador Mercadante e a dona Marta seriam melhores para SP? Se acha de que a segurança de SP e a Febem não andam bem, por que não leva alguns dos internos pra casa e tenta educá-los? Minha mulher e eu fizemos isso uma vez e só faltou ficarmos escravos do "anjinho" com asas de morcego.

DOISPONTOS -11 11

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Li na seção Dois:Pontos uma carta do deputado estadual Romeu Tuma, filho do senador, criticando Alckmin. Percebi que ele estava trabalhando para os vermelhos. Para tirar dúvida, escrevi uma carta de provocação. Logo veio a confirmação. O deputado Romeu Tuma é vermelho lunático. O chefe de gabinete dele me disse que o Lula é melhor do que o Alckmin, que vivemos numa democracia e o Brasil cresceu mais nos últimos anos do que no regime militar. Disse que a roubalheira que existe em Brasília também existe em São Paulo. Não resta dúvida de que o PMDB do Tuma vai trabalhar para o Lula. E que o policial chefe de gabinete dele é provavelmente de esquerda.

ENG.F.HABL JR.

FRANCISCO ANÉAS

ZOCOR@IG.COM.BR

FRANCISCO.ANEAS@TERRA.COM.BR

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Joedson Alves/AE

Os homens do Homem

ansei de ser otimista. Nem tenho a obrigação de ser. Não sou pastor nem padre nem candidato a nada. Nunca tive grandes ilusões com o povo. Menos ainda comigo. Não quero fazer amigos, menos ainda influenciar quem quer que seja. Que cada um siga o seu rumo – e me deixe em paz. Só quero trabalhar, ganhar a vida com dignidade. O que esperar de um contingente absurdo de famélicos e sem instrução? Como se deixar iludir por uma classe média iletrada, rumo à bancarrota, que, diante dos impostos absurdos, nada mais faz que balir e só balir? Num mundo desses, apenas num mundo desses, Lula da Silva é possível. Claro, a Polônia existe. E Walesa deu no que deu. É péssimo negócio investir na ignorância. Se o presidente – que é analfabeto, por vocação e opção definitivas – pode, por que eu não poderia, por assim dizer, "expressar" o que penso? Ninguém que seja sério vai além das chinelas. Lula da Silva não é sério. Nunca foi. E prova disso são os homens que ele escolheu para lhe "assessorar". É gente do quilate de um José Dirceu, o ex-comandante-em chefe da camarilha. Do quilate de um Toninho "Ribeirão Preto" Palocci. Da turma do ja-

C

DEU

BLOG

OGLOBO.GLOBO.COM/ ONLINE/BLOGS/MORENO/

seja sério vai além das chinelas. Lula da Silva não é sério. Nunca foi. E prova disso são os homens que ele escolheu para lhe "assessorar". G A turma chegada

a orgias com o dinheiro público tem um plano nada secreto: invadir sua privacidade.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

pa zen, do Berzô, do Silvinho, do igualmente analfabeto (e espertíssimo) Delúbio e tantos outros. Essa lista desconhece ponto final. Os homens de Lula da Silva, a exemplo do chefe, dispensam apresentações. A folha corrida de cada um deles fala por si. É auto-explicativa. Tomaram o Estado de assalto. Enfiaram os seus em todos os cargos. O critério? Pagar o dízimo ao partido é a gorjeta. Estão todos lá – ou quase todos – para fazer muito mais, como se sabe. Se não bastassem as inúmeras ações contra o bolso de cada um de nós – ou alguém imagina que o dinheiro do "Valerioduto" caiu do céu? –, a turma analfabeta e chegada a orgias com o dinheiro público tem um plano nada secreto: invadir sua privacidade, lhe privar do direito de ser livre. O caseiro da mansão dos negócios é apenas a vítima mais recente – e notória. O povo ignaro e a classe média de moral frouxa continuam balindo. Achando Lula da Silva um bom sujeito. Vão morrer sem as cordas vocais. Sem poder protestar contra o Homem e seus homens. A desgraça é que podem levar junto com eles quem pensa justamente o contrário. ORLANDO SILVEIRA, SÃO PAULO, SP.

Antônio Palocci *01-01-2003 21-03-2006

NO

médico Antônio Palocci não é mais ministro da

O

Sergio Lima/Folha Imagem

Colunista do jornal O Globo, o jornalista Jorge Moreno escreveu em seu blog o necrológico do ministro Palocci. Causa mortis: misturou o público com o privado. Era o último sobrevivente do chamado núcleo duro de Lula.

G Ninguém que

Fazenda do presidente Lula. É uma alma penada que

assombra o governo. Não há ninguém na praça dos Três Poderes que não esteja lamentando o triste fim do último sobrevivente daquele chamado “núcleo duro “ inicial do governo. Até o fim da tarde, o presidente Lula insistia na

permanência de Palocci. Já não é nem mais gesto político, é teimosia mesmo. O PT, oficialmente, mantém a defesa do ministro. Mas em off ninguém aposta mais um centavo nele. O PT em off é muito melhor do que on the record. O ministro Palocci misturou

o público com o privado. Anteontem foi o motorista, ontem foi o caseiro, amanhã será o jardineiro e, depois, o piscineiro. A credibilidade o ministro já a perdeu. O respeito é conseqüência. Mantê-lo é municiar a oposição.

Palocci já não tem mais sangue pra sangrar. Mas agora à tarde no Palácio do Planalto chegou-se à conclusão de que tudo não passa de uma disputa eleitoral entre governo e oposição. E como tal deve ser tratado.

explosão de "direitos" trabalhistas não deu maior segurança aos trabalhadores nem maior poder aos sindicatos. Com o emprego em queda, caiu também o poder de barganha dos sindicatos. A "militância" sindical está hoje restrita ao setor público, incluindo apenas os trabalhadores do sistema de transporte público, os burocratas estatais e os professores. É ao governo que os trabalhadores dirigem duas demandas, não mais aos sindicatos. Diante de tudo isso os resultados não poderiam ser outros. Onde é difícil (custoso) demitir, é desaconselhável contratar. Não deve surpreender que desde a Grande Depressão se contrate tão pouco na França. E, pior, que a sociedade tenha se habituado a esses altos níveis de desemprego. Paralelamente, uma parcela expressiva das pequenas e médias empresas vem celebrando contratos de trabalho fora das diretrizes oficiais. Esses contratos envolvem

A

ROBERTO FENDT ME ENGANA QUE EU GOSTO racionalidade humana será novamente colocada em cheque no próximo dia 28. Dentre todos os lugares possíveis, na França. É que os sindicatos e entidades estudantis convocaram uma greve geral para o dia 28 contra o "Contrato Primeiro Emprego" – uma flexibilização das leis trabalhistas que exime o contratante dos encargos sociais e permite a demissão durante um período de experiência de até dois anos, sem pagamento de verbas rescisórias, de trabalhadores com até 26 anos de idade. Se não fosse uma tragédia, seria até pitoresco. Na França, o Estado Assistencial (tradução cabocla para welfare state) expandiu-se de forma assombrosa nos últimos 30 anos. Seu crescimento na França deveu-se – como em quase todos os países do Ocidente – a uma combinação deletéria de dois preconceitos. Primeiro, o de que o trabalho e o capital estão sempre em permanente e necessário conflito, cuja solução requer observar que "importante é o ser humano, não o mercado". É esse preconceito que serve de base à tutela do mercado de trabalho pelo Estado. Segundo, as noções de que a "justiça distributiva" e o dever moral requerem uma melhor distribuição da renda gerada. É esse preconceito que justifica a intervenção do Estado para aumentar continuamente os impostos e os gastos sociais discricionários.

A

ara custear a vertiginosa expansão do Estado Assistencial francês, a carga tributária local conseguiu a proeza se tornar maior que a nossa. Ano passado, alcançou quase 54% do PIB. Pifiamente, o governo promete reduzi-la a 51% em 2010. A intervenção do Estado Assistencial não se resume a aumentos de impostos e gastos. Aumentou também com o tempo a regulamentação do mercado de trabalho. A "Consolidação das Leis do Trabalho" local comporta hoje milhares de páginas (nossa CLT é mais modesta, já que tem somente um milhar de artigos, não de páginas).

P

A explosão de "direitos" trabalhistas não deu segurança aos trabalhadores, nem maior poder aos sindicatos jornadas de trabalho mais longas, maior flexibilidade nas condições de trabalho e o congelamento ou reajuste de salários abaixo das diretrizes para as indústrias envolvidas. O desemprego francês já é um dos mais altos da Europa. O desemprego "jovem" está por volta de 23% da força de trabalho dessa faixa etária e corresponde ao dobro da taxa de desemprego total. O que argumentam os sindicatos? Que o "Contrato Primeiro Emprego" criará "uma geração de trabalhadores descartáveis, sem segurança trabalhista". A pergunta óbvia é: segurança trabalhista para quem? Só para os funcionários públicos? Só durante a Grande Depressão se observaram taxas de desemprego de 23%. A legislação francesa assegura hoje a todos os jovens que o desemprego permanecerá estável. É essa estabilidade que a greve e as manifestações de 28 de março pretendem assegurar. quem os sindicatos, professores e estudantes pretendem enganar? A julgar pelas manifestações já em curso, à sociedade como um todo. Já vimos esse filme muitas vezes por aqui: me engana que eu gosto.

A

ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR Nº 112

Divulgação

São Paulo, 22 de março de 2006

Golf GTi. Mesmo com design antigo, é um carro que proporciona grande prazer de dirigir. Leia nas páginas 14 e 15.

TOYOTA RAV4

NOVA CARA. NOVO MOTOR. Páginas 8 e 9


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

Coitado de quem passa pelas ruas da "Mada"

É

ÍNDICE NOVIDADES - 3 Volkswagen e GM investem em versões esportivas para atrair jovens.

PRODUTO - 5 Veja porque o Mille ainda está entre os mais vendidos no País.

MERCADO - 7 Vectra se mantém valorizado no mercado de usados.

CAPA - 8 Toyota começa a vender o novo RAV 4x4 no final desta semana.

ACESSÓRIO - 16 A polêmica sobre projeto que visa proibir o uso de engate fixo.

muito difícil entender as autoridades de trânsito desta cidade. Melhor chamá-las de "autoridades de multas da cidade" visto que este parece ser o único objetivo delas. Bem, voltemos ao tema inicial deste "desentendimento". Olhando-se bairros infestados por bares e casas noturnas - e para não nos estendermos ficaremos apenas com as duas vilas mais famosas neste item, a Madalena e a Olímpia vemos que as autoridades nada fazem para amenizar os problemas vividos pelos moradores destas regiões e pelos desavisados que, nas noites de sexta e sábado, principalmente, se encontram no "olho do furação" da Olímpia ou da "Mada", para os íntimos. Testemunhamos, em recente noitada, no cruzamento das ruas Fidalga e Aspicuelta, na Vila Madalena, cenas incríveis: carros eram largados no meio da rua pelos seus proprietários e manobristas dos bares que tomam conta da esquina. Coitados dos motoristas dos ônibus que, subindo a Aspicuelta, têm que dobrar à esquerda na Fidalga. Coitados dos passageiros que, demonstrando o cansaço de horas de trabalho, têm que

ter paciência para esperar que os carros sejam retirados das filas duplas. Coitados, também, dos funcionários da CET que passam na sua imponente picape amarela olhando e olhando, mas sem nada enxergar. Parece até que estávamos em lugares diferentes do deles, que passaram por lá pelo menos quatro vezes, sem nada fazer para acabar com o drama de quem nada tem com a desorganização orquestrada por freqüentadores dos bares e seus manobristas. Num determinado momento, o trânsito ficou totalmente parado por 20 minutos. Isto mesmo, 20 minutos. Aí, o pessoal da CET não apareceu mais. Devem ter resolvido ir dormir porque ninguém é de ferro, né? Nos penitenciamos por não haver anotado o número de identificação da picape amarela da CET. Agora, uma pergunta final: por que não se fazer um estudo para instalar mão única em ruas como Fidalga, Aspicuelta, Wisard e outras, que hoje têm mão dupla visivelmente sem condições? Pelo menos na Vila Olímpia as ruas sobem ou descem. Vamos pôr os neurônios para funcionar? Afinal, os senhores do Trânsito são pagos para isso. Ou é só para multar?

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

chicolelis

AGENDA 30 e 31 de março

A Ford Motor Company Brasil promove evento, no Rio Grande do Sul, para apresentar a nova F-250 4x4, que chega para concorrer no disputado mercado de picapes com tração nas quatro rodas.

10 e 12 de abril

A General Motors também escolheu o Sul do País para realizar seu próximo lançamento. A empresa, no entanto, faz mistério sobre o novo produto e o local exato do evento.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


Ano 81 - Nº 22.091

São Paulo, quarta-feira 22 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Um ótimo janeiro para o comércio

Edição de Campinas concluída às 00h45

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Economia/1

Dida Sampaio/AE

Sete dias de silêncio e sombra O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tornou-se uma sombra fugaz. Veja-o ao lado saindo de sua casa ontem cedo. É a sua única imagem desde que isolou-se, acossado pelas revelações do caseiro Francenildo. Depois de uma aparição virtual, em teleconferência, dia 14, Palocci passou a despachar no Palácio do Planalto, onde pode entrar sem ser interceptado. Já Francenildo está não só muito visível como virou o assunto "Palocci está firme" nacional. Calado Lula respondendo a repórter em Cruz das Almas (Bahia) durante depoimento, teve sua vida privada exposta só por ser testemunha. E ontem ofereceu a quebra de todos os seus sigilos. Páginas 3 e 4; Opinião 10 e 11 Fernando Vivas/A Tarde/AE

Geraldo Magela/Agência Senado

Paulo Pampolim/Hype

Domingos, presidente da ACSP, no Senado, com Transparência Afif Renan: pressão para barrar a MP 275. Eco/11

Serge Colin, do Sindicato dos Impostos da Transparence Defendeu França, em seminário ontem em São Paulo. Eco/11

Divulgação

Paulo Pampolim/Hype

A SP de Jaime Lerner respira O urbanista da Curitiba-modelo dá dicas para SP. Pág. 8 Homens, como o executivo Placeres (foto), invadem a cozinha. Eco/12

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.

Um samurai todo novo Chega o RAV4, última geração do compacto utilitário-esportivo da Toyota. Mais charme, potência e valentia para conquistar espaço no mercado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

POLÍTICA - 3

APESAR DO 'SUMIÇO', NOS BLOGS DE POLÍTICA NÃO FALTA ASSUNTO SOBRE PALOCCI. CPI QUER NOVO DEPOIMENTO. Dida Sampaio/AE

O PILOTO SUMIU Enquanto o comandante da economia, segundo blogueiros, segue na fritura, caseiro ganha fãs no Orkut. Kety Shapazian

"O Antonio Palocci a caminho do Palácio do Planalto. Última aparição oficial do ministro da Fazenda foi em Londres, no dia 9 deste mês.

O QUE MUDOU NA ATITUDE DE PALOCCI?

A

lguma coisa mudou no ministro da Fazenda. Em agosto do ano passado, no mesmo dia em que a revista Veja chegou às bancas com uma entrevista em que o advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto e companheiro nas partidas de tênis na casa de Brasília,

contava sobre os dólares que teriam sido trazidos de Cuba em caixas de bebida, o ministro convocou uma coletiva de imprensa para se explicar. Menos de 24 horas depois, ele falou aos jornalistas. A mídia saudou a fala de Palocci e sobraram elogios à sua iniciativa. Foram duas horas e dez minutos de entrevista televisionada ao vivo em pleno domingo. A última aparição de Palocci foi no dia 14, em uma teleconferência. São sete dias quieto. A última foto oficial

de Palocci foi feita em Londres, no dia 9 deste mês, quando o ministro acompanhava Lula na visita ao Reino Unido. Nota – Quem negou as acusações de Nildo foi a assessoria do Ministério da Fazenda. "O caseiro não fala a verdade', dizia um trecho de uma curta nota divulgada semana passada. Até para depor na CPI dos Bingos, o ministro – apesar da arrastada novela da convocação – apareceu. Ok, ele foi como convidado e não como convocado e

apareceu no dia em que quis (a comissão queria ouvi-lo no fim do ano passado, o ministro foi em janeiro), mas que foi, foi. Agora a CPI do Fim do Mundo, como o presidente Lula gosta de chamá-la, ameaça ouvir Palocci de novo. Para isso, é preciso que algum integrante da comissão apresente um requerimento e que esse seja aprovado pelos senadores (tarefa fácil – a CPI tem na sua maioria parlamentares da oposição). Desta vez, como convocado. (KS)

PT DESCARTA CANDIDATURA om a evolução da crise política envolvendo Antonio Palocci, foi por água abaixo uma possível candidatura do ministro da Fazenda ao governo de São Paulo pelo PT– possibilidade que já era admitida pelo partido. Ao mesmo tempo em que o grupo de coordenação do governo anunciava que Palocci permanece no cargo, representantes petistas riscaram seu nome da lista de pré-candidatos da legenda ao governo estadual. "Isso é extremamente difícil", disse o secretário-geral da sigla, deputado estadual Raul Pont (RS), destacando que não houve nenhuma conversa dentro da

C

agremiação sobre o assunto e que o fato de terem vencido os prazos internos para o registros de candidatura dificulta ainda mais um cenário como esse. A possibilidade de Palocci disputar a vaga de deputado também foi descartada pela legenda. Disputa – Para o grupo de coordenação do governo, reunido ontem no Palácio do Planalto, os ataques da oposição são movidos pela disputa eleitoral para tentar derrubar o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Há um movimento, claramente da oposição, para gerar um clima de desestabilidade (sic) no País", afirmou o líder do PT, Henrique Fontana

(RS), depois de participar da reunião. Ele disse que a reação a isso será expor, "transparentemente", essa intenção dos partidos da oposição. Fontana avaliou que, como os oposicionistas ficaram frustrados porque o denuncismo não retirou o favoritismo de Lula na reeleição, como apontam as pesquisas, partiram para o ataque contra Palocci, que, segundo ele, "está fazendo um trabalho vitorioso". Consenso – O líder do PT afirmou ainda que foi consenso na reunião a indignação com a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Para ele, isso não pode ocorrer e

o governo não concorda com essa conduta. "Seria uma tática burra porque só traz prejuízos para o próprio governo. Seria estranho, depois de quase um ano de deflagrada a crise, usar a máquina contra o caseiro." Dentro do partido, tanto dirigentes petistas quanto apoiadores dos pré-candidatos a governador de São Paulo Marta Suplicy e Aloizio Mercadante insistiram que não haveria tempo hábil para uma decisão a favor da candidatura de Palocci. "Não se trata apenas de os prazos terem vencido, mas também de a Marta e o Mercadante já estarem em campanha", afirmou Pont. (Agências)

ministro está ca de uma saída honrosa", ele em reuniões conta que "o governo tentou no Palácio do convencer jornalistas e donos P l a n a l t o . de veículos de comunicação de Amanhã, só Deus Sabe." Foi que o ministro se valera da aleassim, lacônica, que uma das gre mansão alugada em Brasília assessoras de Antonio Palocci pela turma apenas para escaparespondeu à pergunta sobre o delas de caráter íntimo". Triste fim – No blog de Jorge paradeiro do homem que comanda a economia do País. Bastos Moreno, Palocci, que, Depois que estourou o escân- segundo o colunista, "nasceu" dalo da quebra de sigilo do ca- no primeiro dia de 2003, "morseiro Francenildo dos Santos reu" ontem. "O médico Antônio Costa (que só fez aumentar ou- Palocci não é mais ministro da tro escândalo, o da confirma- Fazenda do presidente Lula. É ção de que o ministro frequen- uma alma penada que assomtava a famosa mansão do Lago bra o governo. Palocci não se sustenta mais porque, segundo Sul), Palocci sumiu. O ministro não tem despa- Moreno, "anteontem foi o mochado do próprio gabinete pa- torista, ontem foi o caseiro, ra não se expor. O jeito foi pro- amanhã será o jardineiro e, decurá-lo na internet. Na blogos- pois, o piscineiro." O PT, no seu site, fera, as notícias sobre convoca os compao "chefe", como o canheiros a reagirem seiro diz que Palocci contra o "processo deera chamado, giranuncista articulado ram em torno da temPalocci não é pela oposição na tenperatura da fervura. tativa de enfraquecer Batata – Segundo o mais ministro blog do jornalista Fer- de Lula. É uma as possibilidades de reeleição do presidennando Rodrigues, "a alma penada batata do ministro es- que assombra te". No site oficial dos tucanos, a avaliação tá assando forte". E o o governo. do líder do PSDB na fogo está no alto: a noJorge Moreno, Câmara, deputado Jutícia de que representantes do PT descarcolunista. tahy Junior (BA) é de que "o silêncio do mitaram o nome de Palocci para disputar o governo nistro da Fazenda e de Lula é a do Estado só adicionou óleo à maior demonstração de que o Planalto está envolvido nisso fervura. (leia mais nesta página) O blog de Jorge Serrão diz que (na quebra de sigilo)". Para o consultor de markeo presidente Luiz Inácio Lula da Silva já procura uma saída "à ting político Marco Iten, a profrancesa" para Palocci. Lula, se- cura por notícias na internet gundo Serrão, teme que a CPI mostra como as outras mídias dos Bingos insista na quebra atraem menos a cada dia. "Hodos sigilos de Fábio Luiz da Sil- je, a net já substitui o rádio na va, filho do presidente. Seria a busca da informação imediata. É essencial para acompanhar o vingança oposicionista. O blog do Noblat mandava o que acontece no País. E o fenôministro da Fazenda se prepa- meno do blog acentua isso. rar. "A CPI dos Bingos começa a Além de ser atualizado mais dar sinais de que dará um prazo rapidamente, ele faz uso de para que ele apareça e dê expli- ferramentas cada vez mais cocações. Caso contrário, o minis- muns, como fotos tiradas por tro terá que brigar para evitar celulares e palmtops." Em tempo: Francenildo já uma convocação", postou Ricardo Noblat. Na nota "Em bus- tem seis comunidades a seu favor no Orkut.

CPI ACONSELHA PETISTA A DEPOR DE NOVO

presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Efraim Morais (PFLPB), aconselhou ontem o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a fazer um novo depoimento à CPI. Em entrevista, Efraim disse ser necessário que Palocci, "aproveitando a boa vontade da CPI", esclareça de uma vez por todas as denúncias que contradizem o seu depoimento, prestado em janeiro último à comissão. Naquela oportunidade, Palocci negou, categoricamente, ter freqüentado uma casa no Lago Sul - bairro nobre de Brasília usada, segundo denúncias, para operações de lobby e tráfico de influência feitos por seus ex-assessores na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). Entre as denúncias, lembrou Efraim, estão as do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo – que testemunhou ter visto Palocci na casa – e as do motorista Francisco das Chagas, que disse também ter visto Palocci na mansão, "por duas ou três vezes". O senador observou que os fatos foram agravados ainda mais diante de uma nova denúncia, desta vez formulada pelo corretor de imóveis Carlos Magalhães que, em entre-

O

vista ao jornal Folha de S. Paulo, assegurou que Palocci chegou a visitar, na companhia de exassessores, uma outra casa para ser alugada no Lago Sul, antes de ser fechado o aluguel com a mansão de número 25, na QI 15, e que gerou toda a atual polêmica. Demissões – O senador Almeida Lima (PMDB-SE) foi mais longe e pediu as demissões dos ministros Antônio Palocci e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Este último, para Almeida Lima, tem prejudicado todas as investigações movidas pelo o Congresso. O pronunciamento do senador foi feito durante o debate ocorrido em Plenário sobre a quebra de sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa e sobre o requerimento da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para que fossem disponibilizadas as fitas do circuito interno de TV do Senado, para verificar onde o caseiro havia transitado na Casa nos últimos 15 dias. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu a apresentação de requerimento, pela CPI dos Bingos, para que a Polícia Federal investigue o suposto tráfico de influência de pessoas ligadas a Palocci, no atual governo, conforme denúncias apresentadas por Nildo. (AS )

Factoring

DC

Roosevelt Pinheiro/Agência Senado

O que é Factoring?

Almeida Lima: demissão já de Palocci e Bastos.

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

Fora de Série Arte Técnica Coml. Ltda foradeserie@foradeserie.com Linha de Suspensão: Braços de Suspensão, Mangas de Eixo, Terminais de Direção e Axial Linha de Compositos: placas em Fibra de Carbono, Kevlar, Fiberglas Rua do Orfanato 1200 - Vila Prudente São Paulo - SP - Brasil - 03131-010 Fone:(11) 6128-8579 - 6121-3691


São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

DCARRO

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Divulgação

NOVIDADES

Para conquistar o público jovem Volkswagen e GM investem em itens de personalização para dar maior esportividade aos veículos

A Saveiro SuperSurf (ao lado) custa R$ 35,7 mil. A linha Chevrolet SS ganha a cor preto Liszt.

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uas montadoras estão colocando no mercado novas opções de acabamento de produtos que visam conquistar, prioritariamente, o público jovem. A Volkswagen reedita a Saveiro SuperSurf na 4ª Geração e a General Motors amplia a linha esportiva SS, que abrange os modelos Corsa, Meriva e Astra, com a oferta da cor preto Liszt. A Volkswagen programa produzir 4 mil unidades da série especial da Saveiro, que tem preço sugerido de R$ 35.730. Desde 2002 a montadora patrocina o Campeonato Brasileiro de Surf, tendo comercializado, no período, 18.740 unidades SuperSurf. Equipada com motor 1.6 Total Flex, a Saveiro produz 97 cv de potência quando abastecida a gasolina e 99 cv com álcool. O modelo tem, como itens de série,

dois lados. "A série especial garante o rejuvenescimento da marca e contribui para ampliar participação", diz o diretor de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil, Paulo Kakinoff.

capota marítima, rodas de liga-leve 15", pneus 195/55, bancos em couro Native e os faróis de neblina, que enaltecem as novas linhas da versão. Vem com barra de proteção "Santoantônio", espelhos retrovisores e pára-choques na cor do veículo, vidros verdes, soleiras pintadas

em preto, antena no teto e suspensão elevada. Interiormente, possui detalhes em cinza Satim, comando interno dos espelhos laterais, conta-giros no painel de instrumentos, direção hidráulica com volante de quatro raios e pára-sol biarticulado com espelho iluminado nos

Visual exclusivo - Lançada inicialmente na cor Vermelho Lyra, a linha SS da GM passa a ser comercializada também na cor preto Liszt. A linha SS recebeu uma nova grade frontal, com design exclusivo, assim como faróis com acabamento diferenciado. Acompanhando as laterais do pára-brisa e por todo o teto seguem duas faixas na cor prata, mesma cor utilizada nas coberturas dos espelhos retrovisores e nas maçanetas externas.

FUTEBOL Divulgação

Em clima de Copa

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á em clima da Copa do Mundo, a Citroën do Brasil está lançando uma série especial de sua minivan Xsara Picasso, intitulada Seleção e limitada a 4 mil unidades. O modelo traz detalhes exclusivos e uma ampla lista de equipamentos de série, entre os quais rodas em liga-leve, rádio CD Player com comando

no volante, bancos com revestimento em couro, DVD de teto com entradas auxiliares para áudio e vídeo e a identificação "Seleção" nas laterais. Todos os compradores da nova série vão ganhar uma bola de futebol profissional exclusiva, produzida em couro e com peso e dimensões oficiais. A bola, que traz a marca Citroën acompanhada do logo duplo "chevron" em pontos alternados, será utilizada em toda a campanha publicitária que a montadora está desenvolvendo para divulgação do produto. Série Seleção: 4 mil unidades


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

HONDA

Pequeno? Só por fora.

NOTAS DCARRO

AUTO SHOPPING COM NOVAS LOJAS

Divulgação

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Zest, novo minicarro grande por dentro

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S&S

OUTRIM

CERTIFICADO DE GARANTIA

A

regulagens para usos diversos. O novo Zest tem motores da família i-DSI, como o do Honda Fit LX brasileiro, com duas velas por cilindro. Sua versão Sport terá o propulsor i-DSI turbo. Nos dois casos, transmissão automática de 4 velocidades controlada eletronicamente. As emissões ficam em níveis 75% inferiores ao estabelecido pela legislação japonesa. O novo Honda, na versão esportiva, tem tração integral e air bags laterais para os ocupantes dos assentos dianteiros e traseiros, que são características inéditas em um minicarro.

* Sistemas de Freios * Direção Hidráulica * Embreagens

zadas, que oferece ao consumidor 12 diferentes marcas, mais de 5 mil veículos seminovos, além de peças e serviços. O Auto Shopping ocupa área de 363 mil metros quadrados, reunindo ainda seguradoras, financeiras, auto-escolas, despachantes e agências bancárias. Ele também permite ao consumidor experimentar o veículo a ser comprado na pista de test-drive.

CAIXA DO LIMPADOR, VW TAUBATÉ: 20% AGORA COM FOTO MENOS EM ENERGIA

DC

om capacidade para transportar até 739 litros de bagagem, o Zest é o novo minicarro da Honda que chega ao mercado japonês neste mês. Ágil, com características tipicamente urbanas, o carro possui plataforma de piso baixo e permite configurações no interior para abrigar a família, mais bagagem. Ele é mais alto que o Honda Fit e, com seu piso baixo, permite a abertura da tampa do porta-malas a apenas 53 cm do chão. Sua cabine é a mais larga da categoria. Seus bancos possibilitam grande variedade de

arte integrante do Centro Comercial Leste Aricanduva – que engloba também o Shopping Leste Aricanduva e o Interlar –, o Auto Shopping São Paulo, inaugurou quatro novas lojas: Sundown Motos, Suzuki Motos, Hiper Automotiva e Turbo Anhanguera. Ele é o primeiro shopping center automotivo da América do Sul e único com concessionárias autori-

Caixa de Direção - Bomba Hidráulica Compressores, Cuicas, Embreagens e Válvulas

Nossos produtos são garantidos por um período de 120 dias a partir da data de emissão da Nota Fiscal. A garantia fica condicionada à análise da peça pela Assistência Técnica, a qual poderá E-mail: Sscout@terra.com.br repará-la ou substituí-la. Pabx: (11) 6954-4421

linha de palhetas Exclusivitè da Dyna, à venda só na Rede de Hipermercados Extra tem como diferencial a foto, na embalagem que mostra o carro e seu modelo impressos em destaque. Ao procurar o limpador de párabrisa na seção de veículos do hipermercado, o proprietário de carro identificará seu carro pela foto e ficará sabendo que aquele limpador atende a exigência do fabricante. Em breve a novidade estará em todo o mercado de reposição

I

nstalada em Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, a fábrica da Volkswagen - que produz o Gol e a Parati - reduziu seu consumo de energia elétrica em 20% nos últimos 6 anos, apesar de manter equivalente a produção. Entre 2000 e 2005, o consumo médio mensal de energia da fábrica caiu de 8.319 MWh (megawatt hora) para 6.589 MWh, economia suficiente para atender ao consumo residencial de quase 7 mil domicílios habitados por 30 mil pessoas.

TABOÃO: EXPOSIÇÃO GM VENDE MAIS DE SOBRE “DUAS RODAS” 300 MIL VEÍCULOS FLEX

B

icicletas, motocicletas, réplicas em miniaturas e fatos sobre a história e a evolução destes veículos fazem parte da Exposição "Duas Rodas", que o Shopping Taboão apresentará até o próximo dia 29. Entre as relíquias, destaque para o modelo de madeira, fabricado em 1945, com acabamento impecável e funcionando perfeitamente. Ele foi projetada e produzida artesanalmente a partir de rodas francesa (dianteira) e inglesa (traseira).

A

s vendas dos modelos bicombustíveis da marca Chevrolet já representam 95% do total, somando mais de 300 mil veículos vendidos desde o primeiro, o Corsa 1.8, em 2003. A fábrica da GM é a que oferece a maior gama de veículos usando álcool ou gasolina. Do total de 53.111 veículos vendidos em janeiro e fevereiro deste ano, 50.708 saíram das linhas de montagem da General Motors do Brasil equipados com o sistema bicombustível.

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A

proveitando a mania brasileira pelo celular "faz tudo" - hoje somos 88 milhões de usuários -, a Matel, empresa promotora de ações e eventos promocionais do mercado automotivo, criou a comercialização de automóveis via celular através do Autorpedo, classificado via SMS. Utilizando tecnologia desenvolvida em parceria com a JCN Sistemas, o

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

quarta-feira, 22 de março de 2006

PFL E PSDB TENTAM IMPLICAR PALOCCI NA QUEBRA DE SIGILO Alan Marques/Folha Imagem

A

oposição está jogando todas as fichas, embasadas em uma série de procedimentos legais, para enfraquecer o ministro da Fazenda Antonio Palocci após a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Ontem o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), protocolou na Procuradoria-Geral da República uma representação contra o ministro e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, pela violação e vazamento das informações bancárias do caseiro. Já a Executiva Nacional do PSDB entrou com uma representação no Ministério Público pedindo a apuração detalhada dos responsáveis. A iniciativa do PFL parte do princípio de que, se foram funcionários do Ministério da Fazenda ou da CEF que vazaram as informações, o ministro pode ter incorrido em crime de responsabilidade. Isso implicaria, pela legislação, em um eventual afastamento de Palocci do cargo e a inabilitação para o exercício de funções públicas. No entender do PFL, Palocci poderia ser ainda acusado de crime de improbidade administrativa, o que também implicaria na perda do cargo. "Esta foi a quebra mais explícita dos princípios democráticos brasileiros desde o final da ditadura", reforça o presidenteinterino do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP). O governo reagiu com um fato inesperado. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), subordinado ao Ministério da Fazenda, enviou um ofício à Polícia Federal p e d i n d o a i nvestigação da Foi a queorigem do dibra mais nheiro registraexplícita do na conta do dos princaseiro – procecípios dedimento que o mocráticos órgão não fez brasileiros nem para os envolvidos no esdesde o cândalo do final da mensalão. ditadura. CEF – Ontem o presidente da Alberto Caixa, Jorge Goldman Mattoso, rece(PSDB) beu a visita de três senadores da CPI dos Bingos – Álvaro Dias (PSDB-PR), Welington Salgado (PMDB-MG) e Flávio Arns (PT-SC) – que lhe pediram explicações sobre o caso. Segundo Dias, Mattoso admitiu a possibilidade de o extrato ter saído de dentro da própria Caixa ao ver uma cópia obtida pela CPI dos Bingos. Mattoso disse que com aquele formato o documento não poderia ter sido emitido nos caixas de auto-atendimento do banco e nem pela internet. O prazo máximo para a conclusão dessa investigação é de 15 dias. A Procuradoria-Geral da República designou os procuradores Gustavo Peçanha e Lívia Tinoco para a investigação que o Ministério Público Federal fará sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro. O trabalho pode ser concluído entre 20 e 30 dias. Caberá a eles analisar os documentos encaminhados por Francenildo Costa e as três representações protocoladas pelo PSDB, PFL e PPS. Caso – Na sexta-feira, o site da revista Época divulgou matéria dando conta de movimentações da ordem de R$ 38 mil na conta de Francenildo. No mesmo dia ele explicou que o dinheiro vinha de um acordo com o empresário do Piauí , Euripedes Soares da Silva, dono de uma empresa de ônibus em Teresina, para evitar uma ação de reconhecimento de paternidade. O empresário, segundo o caseiro, é seu pai biológico. Soares nega ser o pai, mas confirma que fez os depósitos, apesar de não confirmar valores. Uma investigação da PF foi instaurada por determinação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. (Agências)

poLítica Eymar Mascaro

Perseguição

T Ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner nega o envolvimento do Planalto e ministérios.

OPOSIÇÃO APERTA CERCO A PALOCCI Alaor Filho/AE

Alan Marques/Folha Imagem

Valter Comparato/ABr

ucanos com trânsito no Palácio dos Bandeirantes calculam que até setembro o governador Geraldo Alckmin encostará em Lula nas pesquisas. Esperam uma eleição que será decidida em cima da hora. A linha de Alckmin nas pesquisas, segundo o Datafolha, é de crescimento, enquanto a de Lula teria se estabilizado. Pela análise que os técnicos fazem das pesquisas, admite-se que vencerá a eleição o candidato que errar menos na campanha. O PT e o PSDB estão alertados para este detalhe. Por isso, os dois partidos se esmeram na escolha de suas equipes de comunicação e marketing. Detalhe: Lula perdeu o marqueteiro Duda Mendonça. A pesquisa Datafolha fez bem a Geraldo Alckmin, que ainda analisava o levantamento que o Ibope fez para a CNI. Os índices do Ibope foram amargos e de difícil digestão para o tucano. O PT promete reagir a recuperar os pontinhos perdidos no Datafolha.

CAMPANHA O PT de São Paulo está reunindo os pontos fracos do governo Alckmin para Lula explorar nas entrevistas e discursos, como, por exemplo, a política de segurança que deixa a desejar e as revoltas que ocorrem nas unidades da Febem.

PRIVATIZAÇÃO

Jorge Bornhausen (PFL-SC)

Efraim Moraes (PFL-PB)

Alberto Goldman (PSDB-SP) Roosewelt Pinheiro/ABr

CASEIRO PÕE SIGILOS À DISPOSIÇÃO

E

m meio ao tiroteio político provocado por suas declarações contra o ministro Palocci, o próprio caseiro pôs à disposição da CPI dos Bingos seus dados bancários, fiscais e telefônicos, o que motivou alguns senadores a desafiarem o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o filho de Lula, Fábio Luiz Lula da Silva , a repetirem o gesto. Foi a primeira vez em que se viram unidos o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). O advogado Wlício Chaveiro do Nascimento, que defende Francenildo Costa, foi ao Senado entregar ao presidente da comissão, senador Efraim Moraes (PFLPB), um documento com a autorização da quebra dos

sigilos de seu cliente. A iniciativa foi uma reação antecipada ao vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), que anunciou na noite de segunda-feira que iria apresentar um pedido para quebrar o sigilo bancário de Nildo. Aplausos– "Como brasileiro quero parabenizar o Francenildo, que dá o exemplo de ser um homem sério e trabalhador humilde que quer falar a verdade", disse o senaFrancenildo oferece dor Efraim Moraes seus dados bancários à CPI em Plenário. A senadora Heloísa Helena desafiou o presidente do Sebrae ( acusado de um requerimento de quebra pagar um empréstimo do presi- de sigilos apresentado pelo dente Luiz Inácio Lula da Silva) senador Antero Paes de Bare o filho do presidente, Fábio ros (PSDB-MT). – cuja empresa recebeu aporA senadora Ideli Salvatti te de R$ 5 milhões da Tele- (SC), solicitou uma cópia das mar – a fazerem o mesmo. fitas do circuito interno de ACM também foi a tribuna e segurança do Senado para reforçou o coro. saber com que parlamentaOkamotto conseguiu, no res de oposição o caseiro esSupremo Tribunal Federal tivera nos últimos 15 dias. O (STF), uma liminar que im- clima esquentou no Senado e pede a CPI dos Bingos de ela foi acusada de tentar inanalisar seus dados sigilo- vadir a privacidade de seus sos. Já Fábio Lula é alvo de colegas. (Agências)

GOVERNO NEGA ENVOLVIMENTO ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner, garantiu que, mesmo sem o resultado das investigações, "em hipótese nenhuma" alguém do Palácio do Planalto ou de ministérios se envolveu na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, o Nildo. "Vamos esperar a investigação porque o resto é ilação", afirmou em entrevista no município de Cachoeira, a 119 quilômetros de Salvador, quando acompanhava o presidente em visita a obras do campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

Wagner, candidato ao governo da Bahia pelo PT, se desincompatibiliza dia 31. Ele voltou a afirmar que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, nega ter estado na casa da República de Ribeirão Preto, em Brasília, onde o caseiro disse tê-lo visto várias vezes. "Estão errados todos os vazamentos feitos pela CPI, toda quebra de sigilo, toda escuta ilegal telefônica é altamente condenável". "Vamos apurar e punir", disse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu na Bahia "punição exemplar" para os culpados. A ordem dele é demitir o responsável pela abertura dos

dados, seja ele quem for. No Palácio do Planalto e no Ministério da Justiça, o gesto de quem agiu na tentativa de defender Palocci foi considerado "um tiro no pé". A orientação de Lula é mesmo a de manter Palocci, o penúltimo sobrevivente do antigo núcleo duro do governo, no cargo o quanto for possível. "Eu não vou fazer o que a oposição quer", tem dito o presidente a assessores. Com a crise política, todos os antigos companheiros de Lula caíram: além de Palocci, só restou o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci. (Agências)

'PAI' DE NILDO QUER INDENIZAÇÃO DA UNIÃO

revelação em todo o País de um assunto privado, como o questionamento de paternidade , desconhecida de sua família e da comunidade onde vive no Piauí, causou danos à sua vida. O advogado do empresário, Francisco Dias, disse está só aguardando os desdobramentos do caso da

quebra do sigilo bancário de Nildo. "Nesse conflito para prejudicar ou beneficiar (o ministro da Fazenda) Antonio Palocci, houve a invasão de privacidade no questionamento dos depósitos bancários. Na guerra de pedras, as garrafas se quebraram", afirmou o advogado. (AG)

O

empresário Eurípedes Soares da Silva, suposto pai biológico do caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, estuda processar a União. Ele alega que a

O

Além da política de segurança e da Febem, o PT vai explorar a política de privatizações no Estado, sobretudo da venda das empresas energéticas, como a Eletropaulo e a CPFL. O PT lembra que quem conduziu a coordenação das privatizações foi o então vice-governador Geraldo Alckmin.

MEDO A reação do PT foi motivada pelo crescimento do governador paulista na pesquisa Datafolha. O resultado da pesquisa assustou Lula e os condutores de sua campanha. Por isso, o PT quer ver se consegue estancar a subida do tucano.

ALIANÇA O senador Antonio Carlos Magalhães acha que é uma questão de tempo a coligação do PFL com o PSDB. O PFL não só deve fazer aliança com os tucanos como vai indicar o vice na chapa de Alckmin. Os dois partidos já trabalham nessa direção.

PMDB, como os senadores José Sarney e Renan Calheiros.

NA CONVENÇÃO Os governistas do PMDB devem encaminhar requerimento na convenção de junho sugerindo que o partido apóie a reeleição de Lula. Caberá, portanto, aos convencionais a decisão. Mas, o presidente Michel Temer não enxerga qualquer possibilidade de o partido deixar de ter candidato próprio.

AJUDA A eventual candidatura de José Serra a governador ajudaria a campanha de Alckmin em São Paulo. Por isso, o PSDB espera convencer o prefeito a disputar a sucessão estadual. Serra, no entanto, faz mistério e evita comentar o assunto.

RENÚNCIA Serra só vai decidir se renuncia a Prefeitura para ser candidato a governador na véspera do dia 31, data-limite para a desincompatibilização. O partido vai pressionar Serra para entrar na disputa, apesar do risco que toda eleição representa.

CONHECIMENTO Baseado nas pesquisas, o PFL deve escolher um vice para Alckmin do Nordeste. É na região nordestina que o governador paulista é menos conhecido. Dois senadores são apontados para a vice do tucano: José Agripino, do RN, e José Jorge, de PE.

QUEIMADOS Outros nomes que afloraram no PFL como possíveis vices de Alckmin foram os do prefeito do Rio, Cesar Maia, e do senador Jorge Bornhausen. Maia – que ainda não desistiu formalmente de sua candidatura ao Palácio do Planalto – é do Sudeste, mesma região de Alckmin. Portanto, não somaria votos para o candidato. E Bornhausen é de Santa Catarina.

MAIS APOIO Convencidos de que o PDT terá realmente candidato próprio, PT e PSDB esperam pelo apoio dos pedetistas no segundo turno. O PDT realizará prévia para a escolha do candidato. Dois senadores querem disputar a sucessão de Lula pelo partido: Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

ESPERANÇA Apesar do PMDB ter escolhido em prévia informal que seu candidato a presidente será Anthony Garotinho, o PT ainda não perdeu a esperança de ter o apoio peemedebista no primeiro turno. O PT confia na ação dos governistas do

ESCOLHA Se Serra não aceitar a indicação, o candidato do PSDB a governador será escolhido por meio de prévia, promete Alckmin. O governador não aceita uma indicação pessoal de Serra. Em tempo: o PSDB tem quatro pré-candidatos: o ex-ministro Paulo Renato, o secretário municipal de Governo Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Alberto Goldman e o vereador José Aníbal.

CARA A CARA A oposição pensa em apresentar requerimento propondo a acareação na CPI dos Bingos do ministro Antonio Palocci e o caseiro Francenildo Costa. A oposição quer radicalizar a campanha para chegar à conclusão de que o ministro estaria mentindo quando diz que não freqüentava a casa dos lobistas, em Brasília.

PERDA Antonio Palocci perdeu o que restava do apoio de setores do PSDB e do PFL. O ministro está sem qualquer proteção na CPI dos Bingos, a não ser dos integrantes petistas. Palocci vinha sendo prestigiado por tucanos e pefelistas, como os senadores Arthur Virgílio e José Agripino.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 7

TEKNO S.A. CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO CNPJ nº 33.467.572/0001-34 – Companhia Aberta Relatório da Administração Senhores acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. e ao público em geral, as demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes referentes ao exercício de 2005 e o Relatório da Administração contendo os principais destaques do exercício. 1. Ramo de Negócio - A TEKNO atua em 2 mercados diversificados: a. No mercado industrial, com a linha KROMA de aço pré-pintado e serviços de pré-pintura em bobinas metálicas para uso em diversos setores industriais como o de eletrodomésticos, eletro-eletrônico, automobilístico, refrigeração, alimentação, construção civil, entre outros; e b. No mercado de tintas industriais com o fornecimento de tintas, vernizes, solventes e congêneres para uso industrial com a marca TINTAS KROMA. 2. Conjuntura Econômica - No ano de 2005 o mercado da construção civil permaneceu retraído e o mercado industrial apresentou um crescimento muito baixo. 3. Destaques do Exercício Controlador Consolidado Indicadores financeiros 2005 2004 Variação 2005 2004 Variação em milhares de Reais R$ R$ (%) R$ R$ (%) (Exceto lucro por ação) Receita operacional líquida 116.139 115.300 0,73 131.358 124.076 5,87 Juros sobre capital próprio 10.150 8.932 13,64 10.150 8.932 13,64 Lucro operacional 25.890 30.341 (14,67) 26.226 30.640 (14,41) Lucro líquido 20.454 22.855 (10,51) 20.454 22.855 (10,51) Lucro por lote de mil ações - R$ 100,76 112,59 (10,51) 100,76 112,59 (10,51) EBITDA 20.713 26.651 (22,28) 20.724 26.949 (23,10) Receita operacional líquida: Apresentou um aumento de 0,73% na Tekno e de 5,87%, no consolidado, reflexo da conjuntura atual do mercado. Juros sobre capital próprio: Em reunião realizada em 17/11/2005, o Conselho de Administração aprovou o crédito em 30/12/2005, de R$ 10.150 por conta dos lucros do exercí-

Ativo Circulante Disponibilidades Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Créditos tributários diferidos Outros créditos Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Contas a receber de clientes Imóveis destinados a venda Cauções e depósitos Impostos a recuperar Créditos tributários diferidos Permanente Investimentos Empresas controladas Incentivos fiscais e outros Imobilizado Diferido

cio de 2005, a título de Juros sobre o Capital Próprio, conforme previsto no art. 9º da Lei nº 9249/95. Lucro operacional e líquido: O lucro operacional apresentou uma redução de 14,67% e o Lucro Líquido uma redução de 10,51% em 2005, que refletiu no lucro por ação. 4. Investimentos - A Companhia continuou investindo na modernização de seu parque industrial e no aperfeiçoamento de sistemas e processos. Os investimentos do ano totalizaram R$ 3.058, com destaque os para aumento da velocidade da linha de pintura nº 2, o que proporcionou a partir de agosto de 2005 um aumento de produção em cerca de 40%, passando de 2.200 ton. para 3.100 ton. de serviços de pré-pintura em alumínio/mês. 5. Política da qualidade - A Companhia está certificada pela NBR-ISO 9001:2000 na DIVISAO KROMA (produção de chapas de aço pré-pintado e serviços de pré-pintura em bobinas metálicas), e na DIVISÃO TINTAS KROMA (produção e comercialização de tintas, vernizes e resinas), e mantém a sua política de investir continuamente na melhoria da qualidade de seus produtos, através de melhoria de processos, dos equipamentos e no treinamento e aperfeiçoamento contínuo da mão-de-obra. 6. Política de Recursos Humanos - A Companhia ofereceu a todos os seus colaboradores, vários benefícios sociais, dentre os quais destacamos: plano de aposentadoria complementar, seguro de vida em grupo, programa de alimentação, transporte coletivo, assistência médica extensiva aos dependentes, área de lazer e recreação. No ano de 2005 foi pago aos funcionários R$ 818 a título de participação nos resultados. Mantém, também, um programa de treinamento profissional orientado, no sentido de possibilitar o desenvolvimento profissional de todos os seus colaboradores. 7. Impostos e contribuições - Em 2005, as atividades da Companhia geraram impostos e contribuições, pagos aos setores públicos federais, estaduais e municipais, no montante de R$ 41.407, e R$ 48.953 no consolidado, correspondentes respectivamente a 28,14% e 28,40%da Receita Operacional Bruta. 8. Controladas e empresas equiparadas a controladas Lucro líquido Controladas 2005 2004 Tekrom Transportes, Representação e Montagens Ltda. 269 290 Profinish Indústria. e Comércio Produtos Químicos Ltda. 387 278

Balanços patrimoniais - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Controladora Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 2005 2004 P a s s i v o Circulante Fornecedores 2.311.768 4.400.960 55.186.791 41.078.383 59.038.114 44.743.525 Financiamentos – – 19.385.878 23.809.857 21.459.154 24.921.205 IRRF sobre JCP 1.469.602 1.319.602 25.838.570 28.942.086 30.769.906 33.019.589 Encargos sociais e trabalhistas 2.274.838 2.354.829 2.407.578 865.356 2.731.815 1.277.718 Impostos a recolher 747.694 1.409.622 701.215 718.959 701.215 718.959 Adiantamentos de clientes – 59.083 185.144 253.109 196.511 248.312 Juros sobre capital próprio 8.680.398 7.612.398 44.175 218.821 63.494 235.839 Participações estatutárias 387.930 396.250 103.749.351 95.886.571 114.960.209 105.165.147 Provisão para contingências 437.633 436.717 Outras exigibilidades 271.265 655.564 1.382 7.324 1.382 7.324 16.581.128 18.645.025 630.450 320.790 630.450 320.790 159.623 200.000 161.915 200.000 Exigível a longo prazo 744.658 564.127 797.795 616.946 Obrigações a pagar 249.307 156.923 761.934 934.775 761.934 934.775 Provisão para contingências 437.633 436.718 2.298.047 2.027.016 2.353.476 2.079.835 686.940 593.641

Consolidado 2005 2004 3.872.894 1.970.954 1.469.602 2.503.203 890.655 108.469 8.680.398 387.930 437.633 271.443 20.593.181

5.931.047 673.056 1.319.602 2.612.655 1.536.082 279.191 7.612.398 396.250 436.717 550.183 21.347.183

249.307 437.633 686.940

156.923 436.718 593.641

Participações de minoritários – – 73 59 11.674.622 11.243.657 – – Patrimônio líquido 32.715 32.715 32.957 32.957 Capital social 80.000.000 66.000.000 80.000.000 66.000.000 11.707.337 11.276.372 32.957 32.957 Reserva de capital 1.740.177 1.740.177 1.740.177 1.740.177 14.280.762 14.328.815 18.700.981 18.943.052 Reservas de lucros 33.841.862 37.537.413 33.841.862 37.537.413 814.610 997.482 814.610 997.482 115.582.039 105.277.590 115.582.039 105.277.590 26.802.709 26.602.669 19.548.548 19.973.491 132.850.107 124.516.256 136.862.233 127.218.473 132.850.107 124.516.256 136.862.233 127.218.473 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Reservas de capital Reservas de lucros Capital social Incentivos fiscais Reserva legal Retenção de lucros Lucros acumulados 30.500.000 1.740.177 4.926.750 38.544.195 – Saldos em 1º de janeiro de 2003 Aumento de capital em 29/04/2003 25.500.000 – – (25.500.000) – Lucro líquido do exercício – – – – 24.311.545 Destinações: Apropriação da reserva legal – – 1.215.577 – (1.215.577) Juros sobre o capital próprio – – – – (8.668.100) Lucros retidos – – – 14.427.868 (14.427.868) Saldos em 31 de dezembro de 2003 56.000.000 1.740.177 6.142.327 27.472.063 – Aumento de capital em 27/04/2004 10.000.000 – – (10.000.000) – Lucro líquido do exercício – – – – 22.855.023 Destinações: Apropriação da reserva legal – – 1.142.751 – (1.142.751) Juros sobre o capital próprio – – – – (8.932.000) Lucros retidos – – – 12.780.272 (12.780.272) Saldos em 31 de dezembro de 2004 66.000.000 1.740.177 7.285.078 30.252.335 – As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Total 75.711.122 – 24.311.545 – (8.668.100) – 91.354.567 – 22.855.023 – (8.932.000) – 105.277.590

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) 1. Contexto operacional - A Companhia tem por objeto social a industrialização e comercialização de pintura de bobinas metálicas; a fabricação e comercialização de tintas, vernizes, solventes e congêneres, como também a participação societária em outras Companhias. As empresas consolidadas possuem os seguintes objetos sociais: • MSC/Tekno Laminates and Composites Ltda.: industrialização e a comercialização de produtos laminados destinados à indústria automobilística. • Profinish Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda.: fabricação de produtos químicos para tratamento superficial de metais e plásticos e congêneres, para comercialização nos mercados interno e externo, bem como a participação societária em outras empresas. • Tekrom Transportes, Representações e Montagens Ltda.: prestação de serviços de transportes de cargas, basicamente, para sua controladora. • Perfilor S.A. Construções, Indústria e Comércio: industrialização e comercialização de telhas de aço, utilizadas na cobertura e fechamento de imóveis, principalmente industriais e comerciais. 2. Apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária e normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Resumo das principais práticas contábeis - a. Apuração do resultado: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador. A receita de serviços prestados é reconhecida no resultado em função de sua realização. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização; b. Estimativas contábeis: A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para devedores duvidosos, estoques, créditos tributários diferidos ativo e provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos trimestralmente; c. Moeda estrangeira: Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio da data de fechamento do balanço e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas no resultado do exercício; d. Ativos circulante e realizável a longo prazo: • Aplicações financeiras - As aplicações financeiras estão avaliadas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. • Provisão para devedores duvidosos - A provisão para devedores duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela administração para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos. • Estoques - Avaliados ao custo médio de aquisição ou de produção, que não excede o valor de mercado. O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos estoques. No caso de estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade normal de operação. • Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo - São apresentados pelo valor líquido de realização; e. Permanente: • Investimentos - Os investimentos em empresas controladas e coligadas estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos permanentes são avaliados ao custo de aquisição deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. • Imobilizado - Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear e leva em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. • Diferido - Representado pelos gastos com implantação do sistema SAP está registrado ao custo de formação, deduzido da amortização, a qual é calculada pelo método linear às taxas que levam em consideração a vida útil dos ativos intangíveis O ativo diferido é registrado quando há um aumento dos benefícios econômicos relacionados a esse ativo; f. Passivos circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços; g. Provisões: Uma provisão é reconhecida no balanço quando a companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido; h. Imposto de renda e contribuição social: O imposto de renda e a contribuição social, do exercício corrente e diferido, são calculados com base nas alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 mil para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido. Os créditos tributários diferidos são decorrentes de diferenças temporárias e foram constituídos em conformidade com a Instrução CVM nº 371 de 27 de junho de 2003 levando em consideração o histórico de rentabilidade e a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros. 3. Demonstrações financeiras consolidadas - As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior. As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações da Tekno S.A. Construções, Indústria e Comércio, suas controladas e equiparadas a controladas a seguir relacionadas: Controladas: Tekrom Transportes, Representações e Montagens Ltda. 99,99% Profinish Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda. 99,99% Equiparadas a controladas: MSC/Tekno Laminates and Composites Ltda. 49,00% Perfilor S.A. Construções, Indústria e Comércio 49,00% Descrição dos principais procedimentos de consolidação - a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; b. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas e equiparadas a controladas; c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas; d. Eliminação dos encargos de tributos sobre a parcela de lucro não realizado e apresentados como tributos diferidos no balanço patrimonial consolidado; e e. Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários das empresas controladas nas demonstrações financeiras consolidadas. As empresas equiparadas a controladas com controle compartilhado foram consolidadas proporcionalmente em função do percentual de participação. Cada rubrica das demonstrações financeiras foi, portanto, consolidada após a aplicação do percentual de participação; conseqüentemente, não há destaque para participações de minoritários. 4. Disponibilidades Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Caixa e bancos 496.913 97.563 719.162 991.303 Aplicações financeiras 54.689.878 40.980.820 58.318.952 43.752.222 55.186.791 41.078.383 59.038.114 44.743.525 As aplicações financeiras referem-se substancialmente a certificados de depósitos bancários e fundos de renda fixa, remuneradas a taxas que variam entre 99,9% e 100,5% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. 5. Contas a receber de clientes Controladora Consolidado Circulante: 2005 2004 2005 2004 No País 17.247.040 19.934.943 19.827.671 21.525.939 No exterior 1.824.868 3.368.469 1.744.209 3.368.469 Controladas e equiparadas a controladas 313.970 661.734 177.281 345.785 Serviços a faturar – – 21.028 11.928 19.385.878 23.965.146 21.770.189 25.252.121 Menos: Provisão p/ devedores duvidosos – – (311.035) (175.627) Cambiais descontadas – (155.289) – (155.289) 19.385.878 23.809.857 21.459.154 24.921.205

Controladora 2005 2004 Longo prazo: No País No exterior Menos: Provisão p/ devedores duvidosos

Consolidado 2005 2004

2.467.799 231.843 2.699.642

2.764.427 968.597 3.733.024

2.467.799 231.843 2.699.642

2.764.427 968.597 3.733.024

(2.698.260) 1.382

(3.725.700) 7.324

(2.698.260) (3.725.700) 1.382 7.324

6. Estoques

Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Produtos acabados 8.605.083 4.855.410 9.578.013 5.280.225 Produtos em elaboração 965.203 – 965.744 492.475 Matérias-primas 16.068.061 21.928.000 20.849.216 24.533.109 Material de consumo e outros 1.618.408 2.718.676 1.069.968 3.327.683 Provisão para perdas na realização (1.418.185) (560.000) (1.693.035) (613.903) 25.838.570 28.942.086 30.769.906 33.019.589 7. Investimentos em controladas e equiparadas a controladas a. Principais dados relativos aos investimentos em controladas Tekrom Transportes Profinish Indústria e Representação e Comércio de Produtos Montagens Ltda. Químicos Ltda. 2005 2004 2005 2004 Capital social 400.000 400.000 2.488.000 2.488.000 Patrimônio líquido 1.727.556 1.458.090 1.506.049 1.118.662 Lucro líquido do exercício 269.466 290.412 387.387 277.775 Lucro não realizado nos estoques – – 16.571 (24.411) Lucro líquido do exercício ajustado 269.466 290.412 403.960 253.364 Percentual de participação 99,99% 99,99% 99,99% 99,99% b. Principais dados relativos aos investimentos em empresas equiparadas a controladas MSC/Tekno Perfilor S.A. Laminates and Construções, Composites Ltda. Indústria e Comércio 2005 2004 2005 2004 Capital social 4.757.964 4.747.964 11.341.000 11.341.000 Patrimônio líquido 7.231.065 6.267.264 10.028.273 11.486.821 Lucro líquido (prejuízo) do exercício 963.801 898.327 (1.458.548) (720.371) Percentual de participação 49,00% 49,00% 49,00% 49,00% c. Movimentação dos investimentos Tekrom Profinish MSC/Tekno Perfilor S.A. Total Saldos em 01/01/2004 1.167.644 832.490 2.630.780 5.981.821 10.612.735 Resultado da equival. patrimonial em 2004 290.402 253.339 440.180 (352.999) 630.922 Saldos em 31/12/2004 1.458.046 1.085.829 3.070.960 5.628.822 11.243.657 Resultado da equival. patrimonial em 2005 269.466 403.960 472.262 (714.723) 430.965 Saldos em 31/12/2005 1.727.512 1.489.789 3.543.222 4.914.099 11.674.622 8. Transações com partes relacionadas - Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2005, bem como as transações que influenciaram o resultado do exercício, relativas a operações com partes relacionadas, decorrem de transações com a Companhia e suas controladas e empresas equiparadas a controladas, as quais foram realizadas em condições usuais de mercado para os respectivos tipos de operações, considerando-se também a ausência de riscos nessas operações. a. Saldos e transações com controladas Tekrom Transportes Representação e Montagens Ltda. 2005 2004 Contas a receber de clientes 8.170 503 Fornecedores 18.200 114.525 Vendas – – Custos – – Compras 1.168.785 1.414.417

Profinish Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda. 2005 2004 743 273 55.153 43.448 195 177 127 113 802.121 1.026.382

9. Relacionamento com Auditores Independentes - A empresa adota uma política de não contratação com Auditores Independentes, de serviços que possam gerar conflito de interesses com os serviços de auditoria. Em atendimento a Instrução CVM nº 381, de 14/01/2003, informamos que na empresa e nas controladas e coligadas, não há nenhum contrato com os nossos auditores independentes ou por partes relacionadas com o auditor independente, de qualquer serviço que não seja de auditoria externa. 10. Distribuição de resultados - Do lucro líquido de R$ 20.454, propõe a Administração que sejam destinados R$ 1.022, para reserva legal; R$ 10.150, para juros sobre o capital próprio a razão de R$ 50,00 por lote de mil ações; e R$ 9.282 para reserva de lucros. A proposta da Administração à AGO será no sentido de imputar os juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 8.680, ao dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido, conforme previsto no parágrafo 5º, artigo 33, do Estatuto Social. É política da Companhia a re-inversão de lucros conservando sua estrutura financeira baseada principalmente em recursos próprios, propiciando manter um crescimento auto-sustentado. 11. Expectativas para 2006 - É esperado um crescimento maior da economia em 2006 que deverá refletir no crescimento do mercado em que a Compamhia atua. A expectativa é que haverá uma concorrência mais intensa, principalmente no mercado de vendas e serviços do aço pré-pintado. 12. Considerações finais - O desempenho conseguido no ano de 2005 é conseqüência direta do esforço, dedicação e comprometimento de todos os funcionários da Companhia, e da colaboração de todos os nossos clientes e fornecedores. São Paulo, 28 de fevereiro de 2006. Conselho de Administração e Diretoria

Demonstrações de Resultado - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Controladora Consolidado Receita operacional bruta 2005 2004 2005 2004 Venda de produtos 85.198.931 87.622.569 106.451.238 99.931.016 Prestação de servicos de industrialização 57.154.782 54.903.015 57.154.782 54.903.015 Prestação de outros serviços 8.250.495 6.368.579 8.250.495 6.368.579 150.604.208 148.894.163 171.856.515 161.202.610 Deduções Impostos s/ vendas e serviços (30.999.381) (31.946.241) (36.332.994) (35.232.057) Devoluções e abatimentos (3.465.947) (1.647.449) (4.165.544) (1.894.555) (34.465.328) (33.593.690) (40.498.538) (37.126.612) Receita operacional líquida 116.138.880 115.300.473 131.357.977 124.075.998 Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (82.464.620) (74.789.095) (94.226.542) (80.074.058) Lucro bruto 33.674.260 40.511.378 37.131.435 44.001.940 Outras receitas (despesas) operacionais Vendas (5.145.084) (6.572.543) (7.156.524) (8.392.810) Gerais e administrativas (9.867.745) (9.572.345) (10.815.718) (10.641.274) Remuneração dos administradores (1.341.874) (1.251.700) (1.348.754) (1.258.300) Despesas financeiras (99.274) (738.186) (425.761) (924.259) Receitas financeiras 7.999.384 6.874.678 8.588.615 7.436.050 Outras receitas operacionais 239.549 458.683 252.678 418.607 Resultado de equivalência patrimonial 430.965 630.922 – – (7.784.079) (10.170.491) (10.905.464) (13.361.986) Lucro operacional 25.890.181 30.340.887 26.225.971 30.639.954 Receitas (despesas) não operacionais, líquidas 67.723 (7.351) 73.345 17.698 Lucro antes do imp. renda, contribuição social e participações estatutárias 25.957.904 30.333.536 26.299.316 30.657.652 Imposto de renda e contribuição social - correntes (4.924.940) (7.380.914) (5.266.339) (7.660.458) Imposto de renda e contrib. social - diferidos (190.585) 298.651 (190.585) 254.091 Participações estatutárias (387.930) (396.250) (387.930) (396.250) Lucro antes das participações de minoritários 20.454.449 22.855.023 20.454.462 22.855.035 – – (13) (12) Participações de minoritários Lucro líquido do exercício 20.454.449 22.855.023 20.454.449 22.855.023 Lucro líquido por lote de mil ações 100,76 112,59 100,76 112,59 Quantidade de ações 203.000.000 203.000.000 203.000.000 203.000.000 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Controladora Consolidado Origens de recursos 2005 2004 2005 2004 Lucro líquido do exercício 20.454.449 22.855.023 20.454.449 22.855.023 Itens que não afetam o capital circulante líquido Depreciação e amortização 3.277.205 2.924.145 3.718.306 3.342.392 Variação monetária do realizável a longo prazo (100.705) (13.555) (100.705) (13.555) Custo residual dos ativos permanentes baixados 12.611 98.875 28.168 98.875 Constituição de provisão do realizável a longo prazo 91.933 782.611 91.933 782.611 Constituição (reversão) de provisão para contingências 915 (896.789) 915 (896.789) Variação monetária do exigível a longo prazo – 24.670 – 24.670 Resultado da equival. patrimonial (430.965) (630.922) – – Participações minoritárias – – 13 12 Recursos originados das operações 23.305.443 25.144.058 24.193.079 26.193.239 De terceiros: Diminuição do realizável a longo prazo 227.932 601.112 227.934 604.162 Aumento do exig. a longo prazo 126.876 164.139 126.874 164.139 354.808 765.251 354.808 768.301 23.660.251 25.909.309 24.547.887 26.961.540 Aplicações de recursos Aquisições de imobilizado 3.058.890 6.685.010 3.321.531 6.871.745 Adições no ativo diferido – 997.482 – 997.482 Aumento do realiz. a longo prazo 490.192 2.012.145 492.800 2.012.145 Transferência do exigível a longo prazo para o curto prazo 34.492 409.677 34.492 409.677 Juros sobre o capital próprio Lein° 9.249/95 10.150.000 8.932.000 10.150.000 8.932.000 13.733.574 19.036.314 13.998.823 19.223.049 Aumento do capital circulante líquido 9.926.677 6.872.995 10.549.064 7.738.491 Demonstração das variações no capital circulante líquido Ativo circulante No fim do exercício 103.749.351 95.886.571 114.960.209 105.165.147 No início do exercício 95.886.571 86.381.334 105.165.147 94.854.249 7.862.780 9.505.237 9.795.062 10.310.898 Passivo circulante No fim do exercício 16.581.128 18.645.025 20.593.181 21.347.183 No início do exercício 18.645.025 16.012.783 21.347.183 18.774.776 (2.063.897) 2.632.242 (754.002) 2.572.407 9.926.677 6.872.995 10.549.064 7.738.491 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. b. Saldos e transações com empresas equiparadas a controladas MSC/Tekno Perfilor S.A. Laminates and Construções, Composites Ltda. Indústria e Comércio 2005 2004 2005 2004 Contas a receber de clientes 69.494 204.041 245.246 527.717 Fornecedores 17.655 1.622 – 80.110 Vendas 720.277 869.079 4.363.297 9.433.912 Custos 459.925 313.841 3.055.206 5.078.887 Compras 20.357 53.812 – 55.672 c. Total das transações com partes relacionadas Total 2005 2004 Contas a receber de clientes 323.653 732.534 Fornecedores 91.008 239.705 Vendas 5.083.769 10.303.168 Custos 3.515.258 5.392.841 Compras 1.991.263 2.550.283

9. Imobilizado

Terrenos Edificações Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Computadores e periféricos Veículos

Taxa de depreciação % a.a. – 4 10 10 10 20 20

Intangível Marcas e patentes Direito de uso - Software Software - SAP

10 20 20

Custo 282.201 5.757.279 955.255 29.274.282 773.546 1.809.580 358.627 39.210.770

Depreciação – 3.460.005 790.606 19.659.336 545.306 1.044.812 229.840 25.729.905

2005 Residual 282.201 2.297.274 164.649 9.614.946 228.240 764.768 128.787 13.480.865

29.973 900.677 506.247 1.436.897 40.647.667

28.546 515.642 92.812 637.000 26.366.905

1.427 385.035 413.435 799.897 14.280.762

Controladora 2004 Líquido 282.201 2.485.298 210.719 9.309.816 323.972 1.008.265 82.596 13.702.867

Custo 322.149 7.907.292 978.917 32.512.194 807.201 1.853.348 551.824 44.932.925

2.453 117.248 506.247 625.948 14.328.815

31.613 970.549 506.247 1.508.409 46.441.334

10. Obrigações a pagar Controladora 2005 2004 Condomínio Tamboré 6 - Villágio 122.432 156.923 Prov. imp. e taxas a pagar contestados 126.875 – 249.307

156.923

Consolidado 2005 2004 122.432 156.923 126.875 – 249.307

156.923

11. Provisão para contingências - A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas estimadas com as ações em curso, como se segue: Provisões trabalhistas Circulante Exigível a longo prazo

Controladora 2005 2004 437.633 436.717 437.633 436.718 875.266 873.435

2005 437.633 437.633 875.266

Consolidado 2005 436.717 436.718 873.435

12. Imposto de renda e contribuição social - a. Diferidos: O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil. O valor contábil do ativo fiscal diferido é revisado anualmente pela Companhia e os ajustes decorrentes não têm sido significativos em relação à previsão preliminar da administração. O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem:

Lucro líquido 2005 2004 964 898 (1.459) (720)

Empresas equiparadas a controladas MSC/Tekno Laminates and Composites Ltda. Perfilor S.A. Construções, Indústria e Comércio

Ativo circulante Provisão sobre estoques Provisão para impostos a recuperar Provisões trabalhistas Provisões para comissões Provisões tributárias

Depreciação – 3.660.060 797.479 20.588.683 557.816 1.071.607 402.132 27.077.777

2005 Residual 322.149 4.247.232 181.438 11.923.511 249.385 781.741 149.692 17.855.148

Consolidado 2004 Líquido 322.149 4.520.491 229.875 11.679.971 343.401 1.038.028 132.157 18.266.072

29.892 539.872 92.812 662.576 27.740.353

1.721 430.677 413.435 845.833 18.700.981

2.791 167.942 506.247 676.980 18.943.052

Controladora 2005 2004 482.183 190.400 – 288.022 482.183 478.422 148.795 148.484 27.100 65.951 43.137 26.102 219.032 240.537 701.215 718.959

2005 482.183 – 482.183 148.795 27.100 43.137 219.032 701.215

Consolidado 2004 190.400 288.022 478.422 148.484 65.951 26.102 240.537 718.959

49.172 242.245 468.772 760.189

53.584 269.091 247.327 570.002

49.172 242.245 468.772 760.189

26.102 148.484 174.586

43.137 148.795 191.932

26.102 148.484 174.586

934.775

761.934

934.775

1.653.734

1.463.149

1.653.734

Créditos tribut. diferidos - Circulante Realizável a longo prazo Prov. p/ perdas s/ aplic. compulsórias 53.584 Provisões p/ perdas s/ créd. eletrobrás 269.091 Provisões p/ devedores duvidosos 247.327 570.002 Exigível a longo prazo Provisões tributárias 43.137 Provisões trabalhistas 148.795 191.932 Créditos tributários diferidos realizável a longo prazo 761.934 Total dos créditos tributários diferidos 1.463.149

continua . . .


4

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006 Divulgação

ANDERSON CAVALCANTE

SERVIÇO

A Manutenção "pré-paga" Novo programa da Mercedes-Benz visa facilitar a vida dos frotistas

O Contrato de Manutenção de Fábrica está sendo oferecido, nesta primeira fase, apenas para os clientes que adquirem um caminhão zero-quilômetro

Mercedes-Benz passa a oferecer, a partir deste mês, contrato de manutenção "direto da fábrica" para os frotistas que adquirem caminhões novos da marca. Para muitos, o assunto pode não parecer novidade, já que este tipo de serviço é disponibilizado pela rede de concessionárias desde 1982. Mas a inovação está no fato de, ao efetuar o contrato diretamente com a fábrica, o empresário passar a contar com os serviços em qualquer concessionária da rede, em qualquer região do País. "O Contrato de Manutenção de Fábrica é uma modalidade de serviço dirigida especialmente a frotistas que querem abrir mão de oficina própria, mas manter controle rigoroso da frota, principalmente os que trabalham no segmento rodoviário de longa distância. O cliente que possui sua equipe de manutenção, por exemplo, aqui em São Paulo, tem uma grande dificuldade quando seu caminhão apresenta problemas no Nordeste", explica o diretor de PósAri Carvalho, do Venda da Pós-Venda DaimlerChrysler, Ari Carvalho. Entre as vantagens do contrato destacam-se o atendimento 24 horas, redução das paradas e dos custos, melhor rendimento, maior previsibilidade dos gastos com manutenção e uma consequente melhora no valor de revenda do veículo. Segundo Ari, divulgar o preço médio de um contrato é impossível, já que os pacotes-padrão são muito flexíveis e são adequados às necessidades e expectativas de cada cliente. Além disso, os valores são diferenciados para cada modelo, para cada tipo de operação onde o veículo será empregado, rotas que serão efetuadas e outros critérios técnicos. A cobertura da novidade está dividida em três tipos de serviço: o básico (Star Basic) oferece apenas a manutenção preventiva; o intermediário (Star Silver) também cobre a mão-de-obra corretiva e o completo (Star Full) dá direito a manutenção preventiva e corretiva, incluindo reposição de peças genuínas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

LEGAIS - 5

Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.533.787/0001-93 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005

Senhores Acionistas, Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. No exercício, registrou Lucro Líquido acumulado de R$ 20,340 milhões, correspondente a R$ 159,28, por lote de mil ações. Osasco, SP, 10 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

CIRCULANTE ......................................................................................... DISPONIBILIDADES ................................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................... Carteira Própria ........................................................................................ OUTROS CRÉDITOS .............................................................................. Diversos ................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS ................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Provisões para Desvalorizações ...............................................................

136.729 6 133.739 133.739

5.714 – – –

1.203 1.203 1.766 1.766 15 159 (144)

1.614 1.614 4.100 4.100 – – –

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ................................................. OUTROS CRÉDITOS .............................................................................. Diversos ................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS ................................................................... Outros Valores e Bens ...............................................................................

93.675 93.250 93.250 425 425 – –

81.562 81.255 81.255 285 285 22 261

Provisões para Desvalorizações ............................................................... PERMANENTE ....................................................................................... INVESTIMENTOS .................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ Provisões para Perdas ..............................................................................

– – – 82 (82)

(239) – – 82 (82)

T O T A L .................................................................................................

230.404

87.276

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE .........................................................................................

11.676

4.120

OUTRAS OBRIGAÇÕES .........................................................................

11.676

4.120

Sociais e Estatutárias ................................................................................

4.831

1.755

Fiscais e Previdenciárias ..........................................................................

6.719

2.365

Diversas ...................................................................................................

126

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ..................................................................

228

165

OUTRAS OBRIGAÇÕES .........................................................................

228

165

Fiscais e Previdenciárias ..........................................................................

183

165

Diversas ...................................................................................................

45

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...........................................................................

218.500

82.991

170.600

50.600

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........... Operações de Crédito ......................................................... Operações de Arrendamento Mercanti ................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .

19.629 69 – 19.560

33.663 117 – 33.546

12.180 55 440 11.685

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .......... Operações de Empréstimos e Repasses ............................. Operações de Arrendamento Mercantil ............................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa .........................................................

– – –

– – –

380 12 383

(15)

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ........ Despesas de Pessoal .......................................................... Outras Despesas Administrativas ....................................... Despesas Tributárias .......................................................... Outras Receitas Operacionais ............................................. Outras Despesas Operacionais ...........................................

19.629 (1.167) (17) (171) (932) 6 (53)

33.663 (3.020) (17) (388) (2.515) 11 (111)

11.800 (958) – (365) (588) 12 (17)

RESULTADO OPERACIONAL ......................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ................................ RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ....... LUCRO LÍQUIDO ..............................................................

18.462 – 18.462 (6.180) 12.282

30.643 83 30.726 (10.386) 20.340

10.842 (175) 10.667 (3.281) 7.386

Número de ações ................................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ ......................................

127.699.786 96,18

127.699.786 159,28

52.451.798 140,82

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

Capital: - De Domiciliados no País ........................................................................ Reservas de Capital ..................................................................................

1.270

1.270

Reservas de Lucros ..................................................................................

46.630

28.776

Lucros Acumulados ..................................................................................

2.345

T O T A L .................................................................................................

230.404

87.276

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

CAPITAL SOCIAL

INCENTIVOSFISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

EVENTOS

SALDOS EM 30.6.2005 ..................................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................. - Dividendos Declarados ........................................................................................ SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................................................................... SALDOS EM 31.12.2003 ................................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................. - Dividendos Declarados ........................................................................................ SALDOS EM 31.12.2004 ................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .................................................................................. LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................. - Dividendos Declarados ........................................................................................ SALDOS EM 31.12.2005 ...................................................................................................................

170.600 – – – 170.600 50.600 – – – 50.600 120.000 – – – 170.600

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

1.270 – – – 1.270 1.270 – – – 1.270 – – – – 1.270

ESTATUTÁRIA

3.983 – 614 – 4.597 3.211 – 369 – 3.580 – – 1.017 – 4.597

LUCROS ACUMULADOS

33.282 – 8.751 – 42.033 11.087 – 14.109 – 25.196 – – 16.837 – 42.033

– 12.282 (9.365) (2.917) – 11.192 7.386 (14.478) (1.755) 2.345 – 20.340 (17.854) (4.831) –

TOTAIS

209.135 12.282 – (2.917) 218.500 77.360 7.386 – (1.755) 82.991 120.000 20.340 – (4.831) 218.500

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

2º Semestre 2005 ORIGEM DOS RECURSOS .............................................. LUCRO LÍQUIDO .............................................................. AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ...................................... Depreciações e Amortizações ............................................. RECURSOS DE ACIONISTAS .......................................... Aumento de Capital por Subscrição ..................................... RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .................................. Outras Obrigações ............................................................ - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...................................................................... Outros Créditos ................................................................. - Alienação de Bens ............................................................ Bens Não de Uso Próprio .................................................. Investimentos .................................................................... Imobilizado de Uso ............................................................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ....................................... DIVIDENDOS DECLARADOS .......................................... INVERSÕES EM ................................................................ Bens Não de Uso Próprio .................................................... Imobilizado de Arrendamento .............................................. AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ...................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ....................................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ............................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ................. Relações Interfinanceiras .................................................... Outras Obrigações .............................................................. AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ...... MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

18.756 12.282 – – – –

150.571 20.340 – – 120.000 120.000

8.879 7.386 59 59 – –

5.253 5.253 1.221

7.619 7.619 2.605

– – 503

– 1.221 – – – – 18.754 2.917 – – – 15.837 15.472

411 2.194 7 7 – – 150.565 4.831 – – – 145.734 145.734

– 503 931 160 30 741 9.072 1.755 2 (56) 58 3.511 1.889

365 – – – – 2

– – – – – 6

1.614 8 3.804 87 3.717 (193)

4 6 2

– 6 6

193 – (193)

Início do Período .................................. Fim do Período ................................... Aumento/(Redução) das Disponibilidades

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, exclusivamente a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

5)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do

adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários são registrados na rubrica“Outros créditos - diversos”e, sobreadições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos e, sobre prejuízos fiscais serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. e) Investimentos Os investimentos em incentivos fiscais foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. f)

4)

Outros ativos e passivos São demonstrados pelos valores de realização incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos encargos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. As provisões para contingências são reavaliadas periodicamente pela Administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação, a opinião de seus consultores jurídicos e as garantias contratuais decorrentes da mudança de controle acionário, e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas.

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Classificação por prazos Em 31 de dezembro - R$ mil

Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................ Total em 2005 ........................ Total em 2004 ........................

Acima de 360 dias

2004 Total

133.739 133.739 –

93.250 93.250 81.255

226.989 226.989 –

– – 81.255

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Valor de custo atualizado

2004 Valor de mercado/ contábil (2)

Títulos para negociação • Letras do tesouro nacional ................................................................................................................. – 147 – 72 219 219 314 • Letras financeiras do tesouro ............................................................................................................. – 329 1 515 845 845 982 • Certificados de depósito bancário ...................................................................................................... 23 – 17 99 139 139 318 • Total ................................................................................................................................................. 23 476 18 686 1.203 1.203 1.614 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. 6)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

9) 2005

Créditos tributários (Nota 14c) ... ............................. Devedores por depósitos em garantia ...................... Opções por incentivos fiscais .................................. Devedores diversos ................................................ Total ....................................................................... 7)

OUTRAS OBRIGAÇÕES Fiscais e Previdenciárias 2005 Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar ........ Provisão para riscos fiscais ..................................... Impostos e contribuições a recolher ......................... Outras ..................................................................... Total .......................................................................

8)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 2.029 4.308 129 51 26 26 7 – 2.191 4.385

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 6.563 182 154 3 6.902

2.309 165 56 – 2.530

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 127.699.786 ações ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade Saldo em 31de dezembro de 2004 .................. Aumento de capital (1) ....................................... Saldo em 31 de dezembro de 2005 .................

52.451.798 75.247.988 127.699.786

DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2005 Publicações ............................................................. Acordos e indenizações ........................................... Serviços técnicos especializados ............................ Despesas com processamento de dados ................. Contribuição sindical patronal .................................. Taxas e emolumentos .............................................. Outras ..................................................................... Total .......................................................................

(1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 4 de março de 2005, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 120.000 mil, com a emissão de 75.247.988 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. A operação foi homologada pelo BACEN em 5 de abril de 2005. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre capital próprio, que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 4.831 mil (2004 - R$ 1.755 mil), registrados em “Outras obrigações - sociais e estatutárias”.

103 54 67 44 30 24 43 365

10) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 2005 COFINS .................................................................. CPMF ..................................................................... PIS .......................................................................... Outras ..................................................................... Total .......................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 1.343 954 218 – 2.515

470 41 76 1 588

11) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 2005

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Variações monetárias .............................................. Ações cíveis ............................................................ Descontos concedidos .............................................

67 44 –

14 – 3

Total .......................................................................

111

17

12) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 2005 Resultado na alienação de valores e bens ................ Provisão para desvalorização de outros valores e bens Total .......................................................................

16.664 14.996 –

– 81.255 –

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 83 – 83

42 (217) (175)

– 3.112 8.392

(4.831)

(1.755)

(12)

– –

– (3)

– –

(4) –

(66)

Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro.

14) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ....................................................... Crédito tributário/imposto diferido ...................... Efeito do adicional do imposto de renda .............. Benefício fiscal .................................................. Outros valores .................................................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

30.726

10.667

(10.447)

(3.627)

(9) 21 24 25 –

(1) 246 24 – 77

(10.386)

(3.281)

b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições/exclusões temporárias ........................ Constituição/(utilização) de saldos iniciais de: Prejuízo fiscal ................................................... Adições temporárias ......................................... Subtotal ........................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .. Subtotal ........................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................

2004

29

67

(2.308) – (2.279)

(819) 246 (506)

(8.107) (8.107)

(2.775) (2.775)

(10.386)

(3.281)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em 31.12.2004 Provisões para perda de investimentos ............................... 246 Provisões para bens não de uso 127 Provisão para contingências cíveis .................................... – Provisão para contingências fiscais e trabalhistas ............... – Outros valores ........................ – Total dos créditos tributários sobrediferenças temporárias 373 Prejuízo fiscal ........................ 3.935 Total dos créditos tributários (Nota 6) 4.308

Constituição

Realização

R$ mil Saldo em 31.12.2005

– –

– 78

246 49

9

9

68 30

– –

68 30

107 – 107

78 2.308 2.386

402 1.627 2.029

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e prejuízo fiscal Em 31 de dezembro - R$ mil Diferenças temporárias Prejuízo fiscal Imposto Contribuição Total Imposto social de renda de renda 2006 ....................................... 2007 ....................................... 2008 ....................................... 2009 ....................................... 2010 ....................................... Total em 2005 ........................ Total em 2004 ........................

106 80 94 4 4 288 274

40 31 36 4 3 114 99

1.627 – – – – 1.627 3.935

1.773 111 130 8 7 2.029 4.308

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 1.937 mil (2004 - R$ 4.115 mil), sendo R$ 364 mil (2004 - R$ 321 mil) de diferenças temporárias, e R$ 1.573 mil (2004 - R$ 3.794 mil) de prejuízos fiscais.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretoria Aos Acionistas e Diretores da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Osasco - SP

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano CONTINUAÇÃO Diretores Vice-Presidentes Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 218 – 82 – 30 23 35 388

R$ mil 50.600 120.000 170.600

133.739 93.250 –

2005

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

1 a 30 dias

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................... Banco Finasa S.A. ........................ Banco Zogbi S.A. .......................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Finasa S.A. ........................ Repasses interfinanceiros: Banco Zogbi S.A. .......................... Outras despesas administrativas: Promovel Empreendimentos e Serviços Ltda. ............................. Banco Bradesco S.A. .................... Valores a pagar: Banco Finasa S.A. ........................

2004 Receitas Ativos (passivos) (despesas)

Total

b) As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 31.660 mil (2004 - R$ 11.543 mil) foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

Títulos (1)

2005 Ativos Receitas (passivos) (despesas)

(a)

2005 1 a 30 dias

13) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil

Diretor Gerente Paulo Eduardo D’Avila Isola

Diretores Dirceu da Assumpção Variz Evanir Coutinho Ussier José Renato Simão Borges Wagner José Del Nery Wellington Ribeiro de Almeida Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

Examinamos os balanços patrimoniais da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de fevereiro de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

D C A R R O 13

COPA TROLLER

"Off-road" verde-e-amarelo Divulgação

A marca brasileira Troller espalha expectativa por todo o País com suas competições fora de estrada ANDERSON CAVALCANTE

A

penas em sua quarta temporada, a Copa Troller - exclusiva para veículos da marca - já é um dos eventos mais esperados no circuito offroad do País. Desde sua estréia em 2003, o campeonato de Rally de Regularidade atrai centenas de competidores de todas as regiões do Brasil, todos à procura de mostrar suas habilidades, se divertir e fazer novas amizades em meio a belas paisagens. "A idéia é essa, fazer da Copa Troller um evento para reunir os amantes da marca e também proporcionar aos donos de jipes Troller a possibilidade de explorar os recursos do carro em condições adversas", explica a coordenadora nacional de eventos e competições da Troller, Jaqueline Araripe. As provas, homologadas e supervisionadas pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), consistem em realizar um percurso pré-determinado no tempo estipulado, passando pelos postos de controle (PC) nos momentos corretos. Os campeonatos (Sudeste e Nordeste), atualmente, são compostos por duas ca-

No sábado, a primeira etapa da Copa Sudeste movimentou a região de Campinas

tegorias: Graduados e Turismo. Uma terceira categoria, a Expedition (para iniciantes no esporte), marcava pontos como campeonato até o ano passado, mas por determinação da CBA passou a não mais acumular pontos. A Copa Sudeste e Nordeste são disputadas e premiadas separadamente. A Sudeste terá cinco provas neste ano, sendo que a primeira foi realizada sábado na região de Campinas (SP). As próximas serão em Serra Negra (SP), Goiânia (GO), São João Del Rey (MG) e Florianópolis (SC). Primeira etapa - A prova realizada entre Campinas e Jagariúna teve 170 equipes competindo em um percurso total de 120 quilômetros em meio a canaviais e fazendas, onde pilotos e navegadores tiveram que ter muita atenção com as pegadinhas preparadas pela organização da competição e com grandes dificuldades para "se localizar" em um percurso cheio de encruzilhadas e paisagens de plantações em que tudo parecia "igual". Para este ano, outra novidade da marca será a Copa Troller Velocidade, que terá todas as provas realizadas no Estado de São Paulo, passando por Ribeirão Pires em 20 de maio e seguindo depois para Ribeirão Preto, São Pedro e novamente em Ribeirão Preto, na última etapa.

Inscrições - Outro diferencial da competição é a forma que a organização encontrou para auxiliar instituições de caridade das regiões envolvidas com o evento, dando a opção aos participantes de se inscrever pagando o valor de R$ 70, por carro, ou doando 30 quilos de alimentos não perecíveis (exceto sal)

mais dez latas (400 gramas cada) de leite em pó. Em todas as cidades por onde a Copa Troller passa a mobilização é geral e o evento é motivo de festa. Próprio de um encontro brasileiro, promovido por uma empresa brasileira para ser disputado por carros brasileiros!


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 22 de março de 2006

TEKNO S.A. CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

. . . continuação

CNPJ nº 33.467.572/0001-34 – Companhia Aberta b. Conciliação com o resultado do exercício: A conciliação da despesa calculada pela aplicação das alíquotas fiscais combinadas e da despesa de imposto de renda e contribuição social debitada em resultado é demonstrada como segue: Controladora Consolidado Lucro contábil antes do imp. renda 2005 2004 2005 2004 e da contribuição social 25.957.904 30.333.536 26.299.316 30.657.652 Alíquota fiscal combinada 34,00% 34,00% 34,00% 34,00% IRPJ e CSLL pela alíquota fiscal combinada 8.825.687 10.313.402 8.941.768 10.423.602 Adições: Permanentes 94.765 172.638 94.765 172.638 Temporárias (846.629) 903.711 (846.629) 903.711 Exclusões: Permanentes (10.580.964) (9.563.158) (10.580.964) (9.563.158) Base de cálculo efetiva dos impostos 14.625.075 21.846.727 14.966.488 22.170.843 IRPJ e CSLL no resultado do exercício 4.924.940 7.380.914 5.266.339 7.660.458 Alíquota efetiva 33,67% 33,78% 35,18% 34,55% 13. Patrimônio líquido - a. Capital social: O capital social integralizado da controladora está representado por 203.000.000 de ações, sem valor nominal, sendo 109.295.200 ações ordinárias e 93.704.800 preferenciais. As ações preferenciais têm participação nos dividendos em igualdade de condições, com as ações ordinárias, sendo garantida a prioridade na percepção de um dividendo anual, não cumulativo, de 3% sobre o valor do patrimônio líquido da ação e direito de serem incluídas em oferta pública de alienação de controle, nas condições previstas no artigo 254-A da Lei nº 6.404/76; b. Reserva legal: É constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício, até o montante correspondente a 20% do capital social, em conformidade com o artigo 193 da Lei nº 6.404/76; c. Juros sobre o capital próprio - Lei nº 9.249/95/Dividendos: c.1 - A Companhia registrou ao final do exercício, a título de remuneração do capital próprio, o valor de R$ 10.150.000 O imposto de renda de 15%

incidente sobre esses juros, representou R$ 1.469.602. O imposto de renda e a contribuição social do exercício foram reduzidos em R$ 3.451.000 (R$ 3.036.880 em 2004), aproximadamente, em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital próprio creditados aos acionistas. A Administração da Companhia irá propor à Assembléia Geral dos acionistas que a parcela líquida desses juros do capital próprio, na importância de R$ 8.680.398, seja distribuída aos acionistas, atribuindo esse valor aos dividendos mínimos obrigatórios, de acordo também com o previsto no parágrafo 7, art. 9º da Lei nº 9.249/95; c.2 - Dividendos: O estatuto da companhia prevê a distribuição de um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício ajustado, calculado de acordo com a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76). 2005 2004 Lucro líquido do exercício 20.454.449 22.855.023 Reserva legal (5,00%) (1.022.722) (1.142.751) Base de cálculo para os dividendos mínimos obrigatórios 19.431.727 21.712.272 Dividendos mínimos obrigatórios (25,00%) 4.857.931 5.428.068 Remuneração do capital próprio creditado 10.150.000 8.932.000 IRRF sobre juros sobre capital próprio efetivo (1.469.602) (1.319.602) Juros sobre o capital próprio, líquidos 8.680.398 7.612.398

d. Retenção de lucros: A parcela de R$ 9.281.726 remanescente do lucro líquido do exercício de 2005, esta à disposição da Assembléia Geral dos Acionistas para ser destinada, conforme previsto no orçamento estratégico da Companhia, a suprir recursos para as necessidades de capital de giro, investimentos futuros em máquinas e equipamentos e desenvolvimento de sistemas computadorizados, dentro de sua política financeira de operar, preferencialmente, com recursos próprios. 14. Instrumentos financeiros - As características operacionais e estrutura patrimonial colocam a Companhia em um ambiente onde o risco de mercado é pequeno. Em função desta condição a administração não se utiliza de forma expressiva dos diversos instrumentos financeiros, entre eles os denominados derivativos, para proteção dos riscos de mercado. As aplicações em 31 de dezembro de 2005 referem-se a fundos de renda fixa e Certificados de

Depósitos Interbancários – CDI, consideradas como valor de mercado e não apresentam diferenças em relação aos valores contábeis atualizados até a data do balanço. Com relação aos demais instrumentos financeiros, os valores representam de forma adequada os seus correspondentes valores de mercado. 15. Cobertura de seguros (não auditado) - A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a Companhia possuía as seguintes coberturas de seguros: Risco coberto 2005 2004 Prédios e conteúdos (Próprios e Incêndio, danos de terceiros), inclusive estoques elétricos, furto 44.731.362 39.499.916 Veículos Colisão, Incêndio, roubo 621.078 483.587 Responsabilidade civil Taxa de 0,022% Taxa de 0,022% s/mercadorias s/mercadorias transportadas transportadas Transportes de materiais Roubo e furto qualificado Taxa de 0,066% Taxa de 0,066% 16. Plano de previdência privada - Contribuição definida - A Companhia possui desde o mês de agosto de 2001, um plano de previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), oferecido com exclusividade aos seus diretores e funcionários, administrado pela Brasilprev Previdência Privada S.A. A natureza do plano permite à Companhia, a qualquer momento, a suspensão de suas contribuições, descontinuidade ou transferência para outra administradora. Essas remunerações são reajustadas de acordo com a variação geral dos salários aplicados pela Companhia. As contribuições da Companhia lançadas ao resultado em 2005 foram de R$ 244.372 (R$ 314.766 em 2004) e R$ 251.156 (R$ 478.933 em 2004) no consolidado.

Diretoria José Lyra David de Madeira - Diretor Presidente: Guilherme Luiz do Val - Diretor Vice-Presidente: João Alberto de Almeida Borges - Diretor Superintendente

Valter Takeo Sassaki

- Diretor Administrativo/Financeiro e de Relações com Investidores Airton Carrasco Rodrigues - Diretor - Divisão Tintas

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Tekno S.A. Construções, Indústria e Comércio - São Paulo-SP Examinamos os balanços patrimoniais da Tekno S.A. Construções, Indústria e Comércio e os balanços patrimoniais consolidados dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil

Estilo Nacional Finanças Empresas

Parecer dos Auditores Independentes e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Tekno S.A.

CONTA CORRENTE POSITIVA NO ANO

Edson da Silva Lopes Gerente de Controladoria CRC 1SP116.560/O-8 Construções, Indústria e Comércio e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 15 de fevereiro de 2006 Adelino Dias Pinho Contador CRC 1SP0778869/O-6 Auditores Independentes Anselmo Neves Macedo CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP160482/O-6

2,11

por cento foi a queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no pregão de ontem

EXPECTATIVA DE ALTA DO JURO AMERICANO E DENÚNCIAS CONTRA MINISTRO PALOCCI AFETAM NEGÓCIOS

CENÁRIO PIORA E DÓLAR SOBE 1,12%

O

dólar comercial fechou em alta ontem, pela terceira sessão seguida, refletindo o cenário externo desf a v o r á v e l p a r a m e rc a d o s emergentes, a cautela com o cenário político e uma expectativa dos investidores em relação às atuações do Banco Central (BC) no câmbio. A moeda norte-americana terminou a terça-feira com alta de 1,12%, a R$ 2,174 para venda, a cotação máxima da sessão. O mercado acompanhou o avanço do dólar em relação a outras moedas, diante da perspectiva de continuidade do aperto monetário nos Estados Unidos depois da alta no núcleo do índice de preços ao produtor no país. O rendimento dos Treasuries (títulos da dívida do governo americano) de 10 anos, referência do mercado internacional, subiu na tarde para cerca de 4,72%. "A alta dos juros dos Treasuries ajuda a explicar essa alta do dólar", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper. Palocci — O profissional citou ainda o cenário político como um fator de cautela, especialmente com as denúncias envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e uma mansão em Brasília — onde supostamente ocorriam encontros com garotas de programa e distribuição de dinheiro obtido de forma ilícita. Palocci negou ter freqüentado a casa, mas, em depoimento, o caseiro Francenildo dos Santos Costa contradisse o ministro. "Neste momento o dólar é considerado o ativo mais barato e, a qualquer sinal de estresse, é nestes ativos que os investidores vão responder", acrescentou Knauer. Mas o gerente ponderou que os fundamentos econômicos do País ainda são positivos e favorecem a valorização do real. Um exemplo são as contas externas, que tiveram superávit de US$ 725 milhões em transações correntes em fevereiro (leia mais em reportagem nesta página).

Fluxo — O fluxo cambial também continuou positivo em março, até o último dia 17, em US$ 4,147 bilhões. O BC informou, porém, que os bancos aumentaram sua posição comprada em dólar (apostas na alta da moeda), para US$ 2,517 bilhões. Para Paulo Fujisaki, analista da corretora Socopa, o aumento das posições compradas sinaliza expectativa dos bancos de mudanças na regulamentação cambial. "Está mantida a política conservadora na taxa de juro; então o único instrumento que o governo tem é a legislação com relação ao ingresso de capital, principalmente o capital especulativo", comentou Fujisaki. Há quase duas semanas o BC interrompeu as ofertas de swap cambial reverso, operação que equivale a uma compra futura de dólares. O BC mantém os leilões de compra de dólar no mercado à vista, mas, na tarde de ontem, aceitou apenas três propostas. Knauer, do Prosper, disse, no entanto, que o aumento das posições compradas no mercado à vista não significa que os bancos estão efetivamente preferindo comprar a moeda norte-americana. Bovespa — A piora do cenário também prejudicou o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou ontem com forte baixa. "A perspectiva de elevação dos juros nos Estados Unidos é o que determina a desvalorização da Bovespa", disse Roberto Lombardi, diretor da corretora Interfloat. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 2,11%, para 37.398 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 2,2 bilhões, giro próximo à média do ano. Dos 57 papéis que fazem parte da carteira do Ibovespa, apenas quatro fecharam com variações positivas no pregão de ontem. Companhia Siderúrgica Nacional ON e Gerdau PN foram destaques de baixa, com 5,14% e 3,68% de perdas, respectivamente. (Reuters)

JP Morgan recompra ações

O

banco JPMorgan Chase & Co., terceira maior instituição financeira dos Estados Unidos, informou ontem que seu conselho de diretores autorizou a recompra de ações no valor total de até US$ 8 bilhões. O banco comunicou também que a autorização substi-

tui o programa anterior de recompra de papéis, e entra em vigor imediatamente. O JP Morgan informou ainda que a forte posição de caixa e os lucros crescentes permitem à instituição financeira expandir o programa de recompra de ações que estão em circulação no mercado. (Reuters)

Milton Michida/AE

Aumenta investimento brasileiro no exterior

Superávit da conta corrente do balanço de pagamentos do País somou US$ 725 milhões no mês passado

Conta externa: o melhor fevereiro

D

epois do susto de j a ne iro , o B ra si l atingiu em fevereiro saldo positivo na conta de transações correntes do balanço de pagamentos — que registra todas as operações de exportação, importação, serviços e rendas do País com o exterior. O superávit foi de US$ 725 milhões. O resultado, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), foi o melhor da série histórica do indicador, iniciada em 1947, para meses de fevereiro. Em janeiro, a conta corrente havia registrado saldo negativo de US$ 452 milhões, rompendo uma seqüência de 13 meses seguidos de superávits e causando apreensão sobre a possibilidade de uma mudança de tendência. Em fevereiro de 2005, a conta corrente teve superávit de US$ 130 milhões. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as transações correntes apresentam saldo positivo de US$ 273 milhões, o correspondente a 0,21% do Produto Interno Bruto (PIB) do período. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o

superávit atingiu US$ 13,540 bilhões, ou 1,69% do PIB. Remessas — O resultado positivo do mês passado ficou acima do projetado pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, que esperava saldo próximo de zero. Segundo ele, isso não ocorreu porque, enquanto o comportamento da balança comercial se manteve dentro do previsto (com superávit de US$ 2,822 bilhões), o total de remessas de lucros e dividendos para o exterior foi menor do que o esperado, ficando em US$ 829 milhões, significativamente abaixo dos US$ 1,348 bilhão de fevereiro de 2005 e do US$ 1,5 bilhão de janeiro deste ano. "As remessas dão sinais de acomodação, mas ainda é preciso esperar para confirmar se essa é realmente uma tendência", afirmou Lopes. O estrategista do banco BNP Paribas, Alexandre Lins, considerou o menor volume de remessas para o exterior um dado positivo. "Essa acomodação das remessas é uma notícia boa", disse. Além disso, ele avaliou que o superávit na

conta corrente em fevereiro eliminou uma ansiedade do mercado, depois do déficit verificado em janeiro. "Se no mês passado tivéssemos tido outro resultado negativo na conta corrente, o mercado começaria a alterar seus cenários para o setor externo", analisou. Investimentos — Já nos investimentos estrangeiros diretos (IED) ainda não houve uma mudança de tendência, embora o BC acredite em uma aceleração. Os ingressos de dólares por essa conta somaram no mês passado US$ 859 milhões, valor praticamente estável em relação ao de igual mês de 2005. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o fluxo de investimento direto no País foi de US$ 15,468 bilhões (1,93% do PIB). No ano, o total é de US$ 2,362 bilhões, ou 1,81% do PIB apurado no período. Para atingir os US$ 18 bilhões projetados pelo BC para este ano, os IED deverão, a partir deste mês, ter um fluxo mensal de US$ 1,5 bilhão. Mesmo esperando para março entradas de US$ 1,2 bilhão, Lopes está confiante na meta. (AE)

Empresas devem renovar dívidas

O

Banco Central (BC) elevou ontem a estimativa de rolagem dos empréstimos externos das empresas privadas neste ano, de 70% para 100%. "Isso significa que as empresas conseguirão efetuar, em 2006, a troca integral de todo o endividamento fora do País", explicou o economista da Tendências Consultoria Guilherme Loureiro. O movimento é visto como conseqüência da melhora do

risco de crédito do País. "A queda do risco-Brasil tem criado condições para que as empresas consigam trocar sua dívida velha por outra mais barata e com prazos mais longos", disse Loureiro. Em fevereiro, a taxa de rolagem ficou em 614% — 687% no setor privado. Ou seja, os novos recursos foram captados em volume mais de seis vezes superior ao das dívidas antigas. Na avaliação do chefe do

Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, essa foi a melhor surpresa dos dados do mês passado referentes ao setor externo. A contrapartida da troca de dívidas foi o aumento do endividamento externo privado neste ano, de US$ 63,107 bilhões no fim de 2005 para US$ 66,948 bilhões no primeiro bimestre. Segundo o economista da consultoria, a tendência é de queda do endividamento. (AE)

O

s investimentos de empresas brasileiras no exterior atingiram no mês de fevereiro a marca de US$ 1,778 bilhão, o maior valor desde agosto de 2004, quando o total chegou a US$ 6,916 bilhões. Mas, naquela ocasião, a cifra refletiu a operação de troca de ações entre a cervejaria brasileira Ambev e a belga Interbrew. Se desconsiderada essa operação, o dado de fevereiro é o maior pelo menos desde janeiro de 1995, de acordo com a série histórica do Banco Central (BC). No acumulado de 2006, os investimentos brasileiros no exterior já s o m a m U S $ 2 , 9 6 9 b ilhões, valor superior aos realizados por empresas brasileiras fora do País em todo o ano passado. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, de fato tem sido observado "um crescimento continuado" nesses investimentos. Esse movimento, segundo ele, decorre do processo de maior internacionalização das empresas brasileiras, que querem estar cada vez mais perto de seus clientes no exterior. Além disso, Lopes reconhece o efeito do real apreciado nas decisões de investimentos no exterior, uma vez que, com a moeda valorizada, fica mais barato investir lá fora. O estrategista do banco BNP Paribas, Alexandre Lins, considerou o câmbio como o principal elemento para o aumento dos investimentos no exterior. "A partir do momento que se tem um dólar barato, as empresas que têm interesse em ir para fora aproveitam a oportunidade", disse. O destaque do mês de fevereiro foi o setor extrativo mineral. (AE)


São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

DCARRO

5

TESTE

FIAT "UNO" MILLE FIRE Divulgação

Aos 20 anos de idade, ele é o melhor custo/benefício do mercado nacional. E ganhou kit fora de estrada. ANTONIO FRAGA

P

O preço do "Kit Way", lançado pela Fiat para "transformar" o Mille em off-road (foto ao lado), é de R$ 700. O carro fica 44 milímetros mais alto.

Bom de andar - Por ser um carro tão espartano, o Mille continua surpreendendo ao rodar. Tanto na cidade como na estrada, é confortável (levando-se em conta a sua proposta), estável e tem um desempenho bem honesto. Mesmo com a economia de materiais fonoacústicos, o carro consegue ser silencioso. O motor Fire, de 1.0 litro, gera 65 cv de potência a 6.000 rotações por minuto. O mesmo do Palio. Durante os testes de velocidade, o Mille Fire atingiu 153 km/h com gasolina e 155 km/h com álcool e acelerou de 0 a 100 km em 14,7 segundos e 14,3, respectivamente. Números que superam alguns dos seus concorrentes do segmento, mesmo mais potentes. Mas a nota mais relevante vai para a economia: na cidade consome 14,1 km/litro (gasolina) e 10 km/l (álcool) e, na estrada, a 100 km/h, 19,1 km/l e 13,9 km/, respectivamente. A verdade é que pelo andar da carruagem, ou melhor, do Mille Fire, ele ainda vai continuar muitos anos no mercado, com consumidores fiéis, conquistando novos fãs e dividindo paixões.

que invadiu as montadoras no Brasil e no mundo e, assim, a Fiat lançou o "Kit Way", que levanta o carro em bons 44 milímetros e abrange também pneus mais altos, medidas 175/70 R13. Ele inclui, além desses itens, detalhes

estéticos que lhe dão aquele ar de "fora de estrada": moldura preta nos pára-lamas, revestimento em preto das colunas centrais, soleiras das portas e vão das rodas pintados em preto e novas calotas com o logo "Way". O preço do kit, R$ 700.

Agora "lameiro" - O Mille Fire Flex não poderia ficar de fora da "onda" off-road, DC

or uma infinidade de vezes já foi anunciado o seu fim, mas ele continua firme e forte entre os carros mais vendidos do Brasil. Depois de 20 anos, ainda ganhou uma polêmica renovada no seu design. Porém uma coisa é certa: o Uno Mille continua agradando e sendo uma das melhores opções de compra entre os carros mais baratos. Aliás, é o mais barato. Um dado curioso do mercado brasileiro é que, apesar das novidades que surgem a cada ano, modelos com mais de 20 anos se mantêm entre os mais vendidos, como o Gol, Santana e o próprio Mille. E, para coroar essa estatística, temos a cinqüentona Kombi. Quando foi lançado no Brasil em 1984, o Uno com motor 1.3 litro foi apelidado de bota ortopédica pela sua frente em forma de cunha e a traseira com corte reto. Em muito pouco tempo, se tornou um dos preferidos do País. Ainda hoje, surpreende pelo espaço interno, economia e manutenção fácil. O "novo" Mille Fire - que já não usa o Uno, em seu nome oficial - teve alterações no design que ainda dividem as opiniões, mas que já estão sendo bem assimiladas pelos consumidores. A maior polêmica fica com a frente, onde uma enorme grade, bem ao estilo Doblò, invade o párachoques e toma conta da maior parte da dianteira. Os faróis numa peça única, pisca e farol, são retos e mais bonitos. Na traseira, as mudanças foram mais sutis. Ficou inclusive mais bonito e moderno do que antes. A placa desceu para o párachoques e a tampa ficou mais limpa. Por dentro, o bom espaço interno permanece e quase nada foi alterado. Mas foi eliminado todo e qualquer item que pudesse elevar seu custo, até o revestimento da tampa do porta-malas. Para compensar, finalmente o modelo ganhou a tão desejada direção hidráulica, que juntamente com o ar-condicionado, vidros e travas elétricas, fazem parte do pacote de opcionais.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.TERCEIRO SETOR

quarta-feira, 22 de março de 2006

BOTICÁRIO, PHILIPS, UNILEVER E FABER-CASTELL APONTAM RUMOS PARA A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA

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EMPRESAS APOSTAM NA GESTÃO AMBIENTAL

consciência de preservação da natureza está aumentando no meio corporativo. Grandes empresas estão implementando estratégias de educação e preservação ambiental, aprimorando políticas de atuação e investindo pesado em processos de alta tecnologia. Paulo Pampolin / Hype Tudo isso para obter uma produção mais limpa, com menos resíduos, e produtos "eco-conscientes", com aproveitamento de matéria-prima, que contribuem para reduzir custos e minimizar o impacto sobre o m e i o a mAjudar a recuperar o biente. Bo ti cá ri o, que foi Philips, Uniperdido e lever e Faberpreservar o Castell são alg u n s e x e mque ainda plos de entiexiste dades que Miguel Milano procuram incrementar a cada ano a eficiência da gestão ambiental, lançando novos projetos e aprimorando os existentes. De acordo com o diretor da Fundação O Boticário –organização criada com objetivo de promover e realizar ações de conservação da natureza–, Miguel Milano, anualmente, cerca de US$ 500 mil são destinados ao financiamento de projetos ambientais em todo o Brasil. "Nossa idéia é ajudar a recuperar o que foi perdido e Jairo Cantarelli, da Faber-Castell, empresa que se preocupa com a reciclagem de seus produtos e conservação do meio ambiente preservar o que ainda existe na Divulgação Divulgação natureza", diz. Segundo ele, o Programa de Incentivo à Conservação da Natureza recebe entre 250 e 300 propostas de projetos a cada ano, e cerca de 10% são selecionados. "Em 15 anos de existência, o programa investiu US$ 6 milhões em 1.018 projetos de mais de 270 instituições diferentes", observa o diretor. A Fundação O Boticário criou a Reserva Natural Salto Morato, de 2.340 hectares, localizada no município de Guaraqueçaba, litoral Norte do Paraná, em 1993 Estabelecer e proteger áreas Paulo Pampolin / Hype naturais de relevância ecológica é outra iniciativa da instituição. A Reserva Natural Salto Morato, de 2.340 hectares, localizada no município de Guaraqueçaba, litoral Norte ão são todos que têm o costume de separar plástico, do Paraná, criada em 1993, papel, vidro e metal do lixo comum. Para estimular constitui importante centro essa atividade, a Unilever, fornecedora de produtos de de referência em capacitação alimentos, higiene e limpeza, em parceria com a rede Pão de profissional e conservação da Açúcar, disponibiliza 101 Estações de Reciclagem, para a coleta biodiversidade. "Investimos desse material, em 17 municípios de seis estados brasileiros. até hoje cerca de US$ 10 miResultado: a coleta de 10.000 toneladas de resíduos recicláveis lhões em compra, planejaentre abril de 2001, quando o programa começou a ser mento e infraestrutura do loimplementado, e dezembro de 2005. cal", conta Milano. Segundo De acordo com a gerente da área de Meio Ambiente da ele, outro centro de preservaUnilever, Juliana Nunes, "em termos sociais, isso significa ção e pesquisa será formalizamais de 350 postos de trabalho gerados direta e do nos próximos meses. Desta indiretamente, sem falar da preservação ambiental". vez, a reserva "Queremos sensibilizar as pessoas, mostrando que é uma será no cerraprática simples, que exige pouco esforço e gera grande do brasileiro, benefício ambiental e social", diz. Segundo ela, o trabalho de na Serra do educação ambiental é feito nas escolas, que levam seus alunos To m b a d o r, até os locais de coleta e explicam o funcionamento do sistema. O objetivo em Goiás. "O "As crianças incorporam facilmente a questão e divulgam a do nosso objetivo do informação em casa", conta. projeto é nosso projeto Novo visual– Juliana revela a mudança estratégica para reduzir custos e o impacto de seus produtos no meio manter uma de expansão é manter uma ambiente. As embalagens de produtos de diferentes reserva em reserva em categorias foram alteradas, reduzidas, para utilizar menos cada bioma cada bioma matérias-primas, gerar menos resíduos durante o processo de brasileiro b r a s i l e i ro " , produção e garantir seu reaproveitamento. "A embalagem do Omo é um exemplo. Com a redução do tamanho da caixa, Miguel Milano ressalta Fora essas tivemos economia de material e de tudo que está relacionado iniciativas, a a sua produção, como água e energia, por exemplo. O novo Fundação O Boticário estabeformato facilita também no transporte e no descarte final", lece ações para informar e senJuliana Nunes, gerente da área de Meio Ambiente da Unilever aponta a gerente da Unilever. (MO) sibilizar a sociedade sobre a importância da preservação da natureza. Conhecimento, to até o que vai ser dele no fu- 2004. Atualvalores e atitudes conservacioturo", explica. "É uma visão mente, 160 nistas são disseminados por c o m p l e x a , d e 3 6 0 g r a u s " , produtos da meio de eventos técnico-cienlinha estão acrescenta Flávia. tíficos, publicações, cursos de Segundo a executiva, esses d is po n ív ei s capacitação, congressos e exreocupada com o im- definiu o programa EcoVi- parâmetros são estabelecidos n o m u n d o posições. Exemplo disso é a Espacto de seus produtos sion, que aborda o conceito de a cada cinco anos, e o objetivo inteiro. tação Natureza, exposição inUm deles é no meio ambiente, a design feito com consciência é procurar atingir números terativa permanente repleta de Philips –empresa que atua ambiental (EcoDesign) e tam- considerados ideais. "A pro- o Desfibrilacores, cheiros e sons que valo- nos segmentos de ilumina- bém a criação de produtos dução tem que fazer sentido. d o r H e a r t Srizam a biodiversidade da fau- ção, equipamentos eletrôni- q u e s e g u e m e s s e c r i t é r i o Um produto não pode ser lan- tart FR2, com na e flora brasileira. Até agora, cos e médico-hospitalares, te- (Green Flagship). çado apenas por ter um de- apenas 2,2 kg, Curitiba e Corumbá (no Mato lecomunicações e informáti"Ele tem visão muito além sign bonito", complementa a que instrui o Grosso do Sul) contam com ca– estabeleceu importantes da produção e segue cinco cri- gerente. usuário como agir passo-atais exposições. "Também que- estratégias. De acordo com a térios: peso, uso de substânInovação – De acordo com passo por meio de comandos remos expandir as estações pa- gerente-geral de Responsabi- c i a s t ó x i c a s , c o n s u m o d e relatório de sustentabilidade de voz. "É um aparelho intelira as demais regiões brasilei- lidade Social da Philips para a energia, reciclagem e descar- da Philips, 50 produtos Green gente, leve e muito fácil de ras", acrescenta Milano. América Latina, Flávia Mo- te e embalagem. Ou seja, trata Flagships foram lançados no manusear", resume Flávia. Maristela Orlowski raes, há 12 anos, a empresa desde a concepção do produ- mercado em 2005, ante 21 em (MO)

Unilever: reciclagem de lixo e embalagens "ecológicas"

N

Philips: uma visão de futuro dos produtos

Faber-Castell: compromisso com a natureza

O

respeito à natureza é parte fundamental em todas as etapas de negócios da Faber-Castell. Esse cuidado se reflete desde o plantio de árvores –matéria-prima para produção de seus lápis–, até o processo industrial ambientalmente responsável, passando pela educação ambiental. O Projeto Arboris, por exemplo, além de incrementar áreas ocupadas por mata nativa, cultiva árvores da espécie Pinus caribaea (um tipo de pinheiro cuja madeira macia é ideal para a produção de lápis) em áreas antes improdutivas. De acordo com o gerente de produtos florestais da FaberCastell do Brasil, Jairo Cantarelli, a unidade brasileira da empresa alemã mantém programas de reflorestamento desde 1986. "A Faber-Castell é a única do segmento que planta sua própria madeira, usada em 90% dos casos na fabricação de lápis." A produção de lápis anual da empresa chega a 1,5 bilhão de unidades e a matéria-prima provém de mais de 10 mil hectares de florestas, com mais de 15 milhões de árvores. "Tudo é aproveitado." Segundo ele, os galhos e as ponteiras das árvores que caem no chão servem como adubo, a madeira fina é vendida para indústrias que produzem chapas de aglomerados, os demais resíduos sólidos são utilizados para a geração de energia e produção de humus, enquanto que a serragem é comercializada para granjas. (MO)

Divulgação

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Desfibrilador HeartStart FR2, da linha Green Flagship, da Philips


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

TESTE Pablo de Sousa

Golf GTi. O pé direito nunca esquece. Ele pode estar desatualizado em relação ao carro vendido na Europa e EUA, mas, sem dúvida, é um dos melhores do momento. E suas qualidades são reforçadas quando leva em sua traseira três letrinhas: GTi. ANTONIO FRAGA

A

inda que desatualizado em relação ao modelo vendido no resto do mundo, o Volkswagen Golf é um excelente carro. Esta "atualidade" tupiniquim do Golf aparece mais ainda diante da estagnação da nossa indústria automobilística que optou pela "modernização" doméstica dos modelos brasileiros em relação aos irmãos do resto do mundo, principalmente o europeu. É o exemplo do Chevrolet Astra, Corsa e Zafira, do Ford Focus, do Renault Clio e Scenic etc. O Golf deveria ser atualizado.

Afinal, mercado para um carro tão conceituado existe. Mas se o Golf já causa frisson assim, com linhas antigas e na versão comum, imagina quando recebe aquelas três letrinhas na traseira: GTi. Para quem é apaixonado pela velocidade e por um comportamento mais esportivo, o Volkswagen Golf GTi faz brilhar os olhos e acelerar os batimentos cardíacos. E foi essa a versão avaliada pelo DCarro. 1.8 turbo - O motor de 1.8 litro, turbo alimentado, desenvolve 180 cavalos de potência máxima a 5.500 rotações por

O desenho é igual há anos. Mas mesmo assim chama atenção.

minuto. O torque é de 24 kgfm a 1.950 rpm. E tudo isso resulta em uma aceleração de 0 a 100 km/hora de 8,4 segundos e na máxima de 205 km/h. Isso com câmbio automático de cinco velocidades, com Tiptronic (que possibilita a troca manual). Aliás, diga-se de passagem, a transmissão automática é muito mais agradável e inteligente. Porém, como em outros modelos da marca e de outras, o Tiptronic é quase uma enganação. Porquê? Porque quando na função manual

(Tiptronic), ao atingir a rotação limite, a transmissão troca pela marcha seguinte, não respeitando a vontade do condutor. Isso é perigoso, pois pode ocorrer numa curva mais veloz, assustar o motorista ou fazer o carro desgarrar e até causar um acidente. O correto é, por exemplo, como tem o atual Chevrolet Omega, que quando chega o limite máximo de giros, o motor se mantém naquela rotação e não solta nenhuma marcha, respeitando o desejo de quem está dirigindo. Mas independente disso, o câmbio do Golf GTi tem bom escalonamento, não dá "trancos" e reduz as marchas rapidamente ao sentir a decisão do motorista em diminuir a ­

Na traseira, o sinal maior da diferença desta para as demais versões do Golf: a marca GTi


Ano 81 - Nº 22.091

São Paulo, quarta-feira 22 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Um ótimo janeiro para o comércio

Edição concluída às 23h40

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Economia/1

Dida Sampaio/AE

Sete dias de silêncio e sombra O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tornou-se uma sombra fugaz. Veja-o ao lado saindo de sua casa ontem cedo. É a sua única imagem desde que isolou-se, acossado pelas revelações do caseiro Francenildo. Depois de uma aparição virtual, em teleconferência, dia 14, Palocci passou a despachar no Palácio do Planalto, onde pode entrar sem ser interceptado. Já Francenildo está não só muito visível como virou o assunto "Palocci está firme" nacional. Calado Lula respondendo a repórter em Cruz das Almas (Bahia) durante depoimento, teve sua vida privada exposta só por ser testemunha. E ontem ofereceu a quebra de todos os seus sigilos. Páginas 3 e 4; Opinião 10 e 11 Fernando Vivas/A Tarde/AE

Geraldo Magela/Agência Senado

Paulo Pampolim/Hype

Domingos, presidente da ACSP, no Senado, com Transparência Afif Renan: pressão para barrar a MP 275. Eco/11

Serge Colin, do Sindicato dos Impostos da Transparence Defendeu França, em seminário ontem em São Paulo. Eco/11

Divulgação

Paulo Pampolim/Hype

A SP de Jaime Lerner respira O urbanista da Curitiba-modelo dá dicas para SP. Pág. 8 Homens, como o executivo Placeres (foto), invadem a cozinha. Eco/12

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 19º C.

Um samurai todo novo Chega o RAV4, última geração do compacto utilitário-esportivo da Toyota. Mais charme, potência e valentia para conquistar espaço no mercado.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

AUTOINFORME

Novos produtos agitam o mercado No bimestre já são 36 lançamentos, enquanto 34 versões deixaram de ser produzidas ou importadas

C

ontando todas as versões de motor e acabamento, as montadoras e importadores apresentaram, em fevereiro, 21 novidades em seus catálogos de ofertas. No acumulado do primeiro bimestre do ano já são 36 lançamentos. E 34 carros deixaram de ser produzidos ou importados. A japonesa Nissan colocou no mercado três novas versões da Frontier, uma delas equipada apenas com tração 4x2, a XE. As outras são a XSE com tração 4x2 e 4x4. A novidade que a Volkswagen começou a vender no mês passado foi o Gol Copa. A montadora colocou no mercado duas versões da quarta geração da série Copa, uma com motor 1.0 e outra com motorização 1.8, ambos flex. On-line - A francesa Peugeot passou a vender pela internet o modelo 206 com motor 1.4 flex-fuel e iniciou a comercialização de novas opções da linha 307 vindas do exterior. Chegaram ao mercado brasileiro as versões com câmbio mecânico da perua 307 e também do cupê-cabriolet (CC) da mesma linha. Outro produto que também foi apresentado ao público em fevereiro foi o Doblò com motor bicombustível. A Fiat Automóveis lançou três versões de

seu veículo multiuso: Adventure 1.8, ELX 1.8 e Cargo 1.8. A coreana Kia apresentou o sedã Cerato. A marca pretende vender poucas unidades no mercado brasileiro, já que o segmento é dominado por carros produzidos localmente e que já têm tradição de venda, entre os quais se destacam o Chevrolet Vectra (veja matéria na próxima página), o Toyota Corolla e o Honda Civic, além do Astra, também da GM. A alemã BMW lançou três novidades no mês passado: a perua 325i, o 530 Sport e o 650 Ci nas versões cabriolet com câmbio manual e o cupê com câmbio automático. A Mercedes trouxe o C200 Kompressor e a Land Rover passou a vender o Defender 110 CSW, agora importado. Finalmente a Mitsubishi colocou no mercado a Pajero Full 3.2 diesel HPE de três portas. Fim de linha - Ao mesmo tempo em que houve uma série de lançamentos, muitos modelos deixaram de ser vendidos (22, no total). As "baixas" ficaram por conta da linha Doblò a gasolina, as versões também a gasolina do Peugeot 206 1.4, além da série Holiday. Também saíram o BMW 645, os Land Rover Defender fabricados no Brasil e as versões Sport da Pajero.


quarta-feira, 22 de março de 2006

Nacional Estilo Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CAPTAÇÃO EM JANEIRO FOI DE R$ 1,734 BILHÃO

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por cento é a participação dos planos VGBL no total de recursos depositados no setor.

SEGMENTO ALCANÇA NÍVEIS MAIORES DE DEPÓSITOS E, JANEIRO DESTE ANO EM RELAÇÃO A 2005

PREVIDÊNCIA PRIVADA ESTÁ EM ALTA

Patrícia Cruz/LUZ

Pablo de Sousa/LUZ

A

Troster destacou desempenho das exportações

Osvaldo do Nascimento: setor volta a crescer

Pesquisa da Febraban aponta otimismo em relação à economia

A

pesquisa de março da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com participação de 54 instituições financeiras de todo o País, mostra que o mercado está mais otimista em relação ao crescimento da economia brasileira e às quedas da taxa básica de juro, a Selic, e do riscoBrasil, em comparação ao que foi apurado no estudo realizado no mês de fevereiro. O mercado elevou de 3,5% para 3,54% a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Para 2007, a projeção também foi alterada, de 3,63% para 3,66%. A pesquisa feita pela Febraban revela ainda que o mercado reduziu a projeção da taxa Selic para o final do ano, de 14,85% para 14,43%.

A projeção para o risco-Brasil caiu de 271 pontos-base para 234 pontos neste mês. Para o próximo ano, o mercado também fez revisão do desempenho do risco-País. A expectativa é de que o nivel do risco fique em torno de 212 pontosbase e não nos 244 pontos previstos anteriormente. Pontos favoráveis – Ao apresentar a pesquisa, o economista-chefe da Febraban Roberto Luis Troster, disse que três fatores contribuíram para o aumento do otimismo do mercado financeiro: o desempenho das exportações, o comportamento da inflação e a dinâmica fiscal. O mercado também reviu as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que caíram de 4,58% para 4,53%, o

que deve ter contribuído para a redução das projeções de juros, segundo Troster. "Entretanto, a expectativa de um superávit primário neste mês de 4,31%, inferior aos 4,33% do mês anterior, é o fator principal para que a queda nas projeções dos juros não tenha sido maior", disse Troster, sobre as projeções do mercado. Houve também revisão da estimativa do câmbio no final de 2006, que caiu de R$ 2,34 em fevereiro para R$ 2,24 neste mês. Para 2007, a projeção caiu de R$ 2,47 para R$ 2,38. O mercado alterou as expectativas para as contas externas. O saldo de conta corrente subiu de US$ 8,33 bilhões para US$ 8,39 bilhões. Já a projeção para o investimento estrangeiro direto passou de US$ 14,79 bilhões para US$ 14,88 bilhões. (AE)

Net entra no setor de telefonia

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Net Serviços, maior operadora de TV por assinatura e de internet via cabo em operação no País, lançou ontem o "Net Fone via Embratel", um serviço de telefonia fixa destinado a usuários residenciais. O "Net Fone" funcionará com base na rede da cabos bidirecionais da Net, mas utilizará tecnologia de telecomunicações da Embratel, que também cuidará da sua operação. "Estamos trazendo ao mercado um serviço que faz tudo o que um telefone faz, mas com mais recursos e mais econômico", ressaltou o diretor de produtos e serviços da Net, Márcio Carvalho. O novo serviço da Net começou a ser oferecido ontem aos moradores do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Ale-

gre, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília, Santos e Campinas. Para concorrer com as operadoras de telefonia fixa e com os novos serviços de voz sobre IP (telefonia via internet), a Net oferece um pacote de vantagens, como uma franquia de 300 minutos por R$ 24,90 (sem impostos, como ICMS), e tarifas diferenciadas, que serão cobradas por minuto, e não por pulso. As ligações de um "Net Fone" para outro da mesma cidade terão tarifa zero e, até dezembro de 2007, os usuários do serviço ainda terão gratuitamente serviços como identificador de chamadas, transferência de chamada do fixo para o celular, conferência a três e serviço de espera. O "Net Fone" estará disponível também para os não-

clientes que têm pacotes de TV por assinatura ou internet banda larga da operadora. Ao adquirir um Net Fone, o usuário receberá um número de telefone da Embratel e poderá realizar chamadas, mesmo que não tenha internet. Os clientes Net, entretanto, terão vantagens, como a isenção da taxa de instalação, que custa a partir de R$ 214,05 (sem impostos locais), e seis meses sem a taxa de franquia ou da assinatura mensal. Quem é assinante do serviço de internet banda larga Virtua, por exemplo, apenas terá de trocar o aparelho de cable mode m por outro equipamento, que lhe será cedido em regime de comodato. As ligações entre cidades de um usuário do "Net Fone" para outro terão tarifas de ligações locais. (AG)

Conta de telefone poderá ser menor

A

variação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), que será usado para reajustar as tarifas de telefonia fixa e celular, além dos chamados serviços de linha dedicada (banda larga contratada entre as empresas), foi de 0,004% em fevereiro. O resultado do índice foi divulgado ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a alta do IST está em 0,584%. Ele vai substituir o Índice Geral de

Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, que era usado no setor desde a privatização da Telebrás, em julho de 1998. Segundo a Anatel, o Índice de Serviços de Telecomunicações teve variação menor no mês de fevereiro do que a do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 0,41%. Porém, o resultado ficou acima do IGP-DI, que variou -0,057%. A deflação ocorrida no Índice de Preços por Atacado

– Oferta Global - Subgrupo Máquinas e Equipamentos Industriais (IPAOG/Máquinas), um dos componentes do IST – teve um impacto de 35% na variação do índice no mês de fevereiro. Neste ano, as tarifas de telefonia serão reajustadas em julho, época do aumento anual, conforme previsto nos contratos, parte pelo IST e outra parte pelo IGP-DI. Isso vai ocorrer porque o novo índice começou a valer apenas a partir de janeiro de 2006. (AG)

captação de planos de previdência somou R$ 1,734 bilhão em janeiro, com crescimento de 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o ingresso de recursos no sistema foi de R$ 1,511 bilhão. Os dados são da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp). Os números mostram uma recuperação dos níveis de depósitos em relação a 2005, ano em que o setor registrou forte queda na captação. Mesmo na comparação com 2004, houve melhora. Em janeiro daquele ano, o mercado registrou depósitos de R$ 1,704 bilhão. "No primeiro semestre de 2005, as indefinições quanto às novas regras de tributação dos planos prejudicou o mercado e os valores arrecadados ficaram abaixo da média dos anos anteriores. Porém, houve recuperação no segundo semestre, e tudo indica que retornamos a um ciclo de crescimento", analisa Osvaldo do Nascimento, presidente da Anapp e diretor da Itaú Vida e Previdência. O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) teve captação de R$ 1,112 bilhão em janeiro, uma alta de 68% em relação ao mesmo período de 2005. A popularização do VGBL deve-se ao fato de que é o produto indicado para o investidor que declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado. Queda – O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) – para quem declara IR pelo modelo completo – teve captação de R$ 339,2 milhões, com queda de 7%. Os planos tradicionais captaram R$ 280 milhões em janeiro, ante R$ 480,3 milhões em 2005 (queda de 41,7%). Os Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapis) tiveram captação de R$ 2,3 milhões, com recuo de 34%. Em relação à participação no volume de contribuições por tipo de plano, o VGBL lidera o ranking, com 64% do total, seguido pelo PGBL, com 20%. Na seqüência, aparecem os planos tradicionais, com 16% do total de novos depósitos.

De acordo com os dados da Anapp, a Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking, com 40% do total, seguida por Itaú (15%), Brasilprev (10%), Unibanco (8%), Caixa Econômica Federal (7%), ABN Amro Real (6%), HSBC, (4%), Santander (3%), Icatu Hartford (2%) e Capemi (1%). As demais empresas somaram 4% do total. Em relação a todos os produtos de previdência complementar, o nível de reservas – saldo dos recursos dos planos – atingiu R$ 78,4 bilhões em janeiro de 2006, uma expansão de 25,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando era de R$ 62,5 bilhões. Segundo o balanço da Anapp, o VGBL passou a compor 37% do total de recursos depositados em previdência complementar aberta no País. O PGBL passou a representar 28% do total e os planos tradi-

cionais, 34% do total acumulado desde o inicio da série. O Fapi manteve-se estável, na comparação com o ano passado, respondendo por 1% do total. Em relação à carteira de investimentos, que inclui as reservas técnicas, as reservas livres, o capital de seguradoras e outros valores, o mercado de previdência complementar cresceu 24,2% em janeiro. A carteira do setor está com um saldo de R$ 82,8 bilhões, ante R$ 66,7 bilhões no mesmo mês de 2005. A carteira de investimentos em previdência ficou dividida na seguinte forma: planos tradicionais, com 37% do total; VGBL, com 36%; e PGBL, com 26%. O Fapi soma 1%. O mercado de previdência complementar fechou janeiro com 148.150 planos corporativos, número 21,4% superior aos 122.030 registrados no mesmo período de 2005. (AE)


São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

D C A R R O 15

TESTE

­ velocidade. Para quem prefere mais velocidade e rapidez, a versão com câmbio manual atinge 227 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos. Porém, apesar de ser grande a vantagem do câmbio manual em relação ao automático no quesito desempenho, não compensa abrir mão do conforto e da modernidade, por conta de alguns quilômetros por hora a mais, que poucas vezes podem ser usufruídas. Uma pena foi não haver a possibilidade de poder fazer a comparação dos dois de maneira que permitiria uma conclusão concreta.

O motor 1.8 turbo gera 180 cv. O acabamento interno, inclusive do porta-malas, é um dos seus pontos fortes.

Ponto Chic

Tudo muda e a cada dia mais rápido. Assim foi com o Golf, em 2003, quando ganhou novo design na Europa. Lançado em 1974, o primeiro modelo do Golf ficou quase uma década sem alterações. Em 1983, com a ajuda do estilista Giugiaro, a segunda geração, no mercado até 1991, quando veio a terceira para continuar e ampliar o sucesso dos modelos anteriores. As maiores alterações chegaram com a geração IV, a nossa atual, em 1997. Mas a rigor, todas as gerações, in-

DC

Por dentro - O acabamento interno é muito bom, assim como o couro utilizado para forrar os bancos, laterais das portas e o volante. Isso é um detalhe que sempre acompanhou o Golf desde suas primeiras aparições no mercado nacional, no início dos anos 90. O acabamento é digno de carros mais caros e importados. O espaço interno, para qualquer dos cinco ocupantes, é generoso e permite viagens tranqüilas, mesmo as mais distantes. Entre os equipamentos de série, arcondicionado, travamento central e alarme ultra-som com controle remoto, rádio com CD Player, rodas de liga-leve de 16" calçadas com pneus 205/55 R 16, vidros escurecidos, antena no teto, ajuste elétricos dos bancos dianteiros, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, vidros e retrovisores com acionamento elétrico, air bag e ABS. A estabilidade é excelente não só pelos pneus e pelo controle de tração, mas pelo bom acerto de suspensão. E para parar tanta "alegria" em espaços curtos e sem desvios, como foi constatado no modelo testado, o Golf GTi vem com freios a disco nas quatro rodas, sendo que os dianteiros são ventilados. A conclusão é simples: é um carro esportivo, com bom acabamento, ainda com design atraente e com a possibilidade de dividir o prazer com toda a família.

GOLF MANTÉM "ALMA" DE 27 ANOS

10 anos no Ramo

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clusive a atual, que roda fora do Brasil, tem a marca registrada da linha surgida há 27 anos. Tanto que o novo VW Golf tem design mais dinâmico, aspecto mais esportivo, mas sem perder o toque familiar. Uma das preocupações dos responsáveis pelo projeto Golf V foi unificar componentes do novo modelo com os siameses Seat, Audi e Skoda. A plataforma de todos é a do novo Passat. Assim, com o uso de componentes semelhantes, a montadora vai economizar, num futuro próximo,

até 20% na produção final de seus automóveis. Esse é um dos segredos para continuar a ser competitivo. Divulgação

Desde 1974, a mesma "alma"


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por cento é quanto os supermercados esperam vender mais na Páscoa deste ano.

Patrícia Cruz/LUZ

CRÉDITO E RENDA LEVARAM A VENDAS RECORDES NO VAREJO EM JANEIRO Crescimento de 6,54% nos negócios fizeram do mês o melhor janeiro desde 2001

O

crédito farto garantiu um início de ano aquecido para o comércio. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um aumento de 2,35% nas vendas do varejo em janeiro ante dezembro, no quarto crescimento consecutivo na comparação com o mês anterior. Na comparação com igual mês de 2005, a expansão foi de 6,54%, a maior para janeiro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2001. Reinaldo Pereira, da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, avalia que o setor iniciou o ano de 2006 com tendência de recuperação e aceleração nas vendas. O diretor-executivo da Fecomércio-SP, Antonio Carlos Borges, também vê um quadro positivo. O executivo avalia que 2006 será um ano bom para o varejo, que se beneficiará da tranqüilidade no quadro da sucessão presidencial, do bom desempenho das exportações – que aumenta o nível de atividade econômica – e da maior demanda no mercado interno, com continuidade do estímulo do crédito. Ele cita ainda a Copa do Mundo como outro fator que vai incentivar o consumo. "Este vai ser um bom ano", diz

Borges. Para ele, a expectativa é de que a confiança do consumidor permaneça em alta pelos próximos meses. Crédito – O coordenador do IBGE observa que o crédito permanece como o principal estímulo para o aumento das vendas do comércio, ainda que sejam visíveis também efeitos do aumento da massa salarial e do emprego sobre o setor. Como principal exemplo, ele cita o crescimento nas vendas do grupo de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo em janeiro (5,97% sobre dezembro e 2,97% ante o mesmo mês do ano passado), que é atribuído a "uma nova tendência de mercado". Ele explica que o desempenho das vendas desse setor, antes estritamente vinculado ao rendimento dos trabalhadores, agora também está ligado ao crédito. Isso ocorre por causa do uso, para pagamentos das compras, de cartões das próprias redes de supermercados, além de cartões de crédito tradicionais e cheque especial. Outro motivo apontado por Pereira para o bom desempenho do setor é a recuperação da renda e do nível de emprego. O grupo de supermercados é o de maior peso na pesquisa de comércio.

Aprigio Rello, diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), considera preocupante a recuperação concentrada nos alimentos e bebidas, ainda que veja em janeiro sinais de "evolução" do comércio, ante estagnação no segundo semestre do ano passado. "É uma melhoria, mas discreta", avalia Rello. Dólar ajuda – Além do crédito, o dólar desvalorizado frente ao real também contribuiu para o bom desempenho de alguns segmentos do varejo. É o caso do grupo de equipamentos e material para escritório e informática, cujas vendas cresceram 112,77% em janeiro deste ano ante igual mês do ano passado e já acumulam expansão de 63,77% em 12 meses. Para esse setor, não há dado comparativo a mês anterior. Quedas – Na contramão da trajetória de crescimento do varejo, as vendas de combustíveis e lubrificantes continuaram despencando em janeiro em todas as bases de comparação: -2,33% ante dezembro; -8,62% ante janeiro de 2005 e -7,97% em 12 meses. Pereira atribui as quedas aos aumentos de preços, especialmente do álcool combustível, que influenciam também os reajustes na gasolina. (AE)

PÁSCOA Setor de supermercados está otimista

O

s donos de supermercados esperam que a Páscoa de 2006 seja infinitamente mais doce que a do ano passado. De acordo com pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), tanto em volume quanto em faturamento, o segmento de supermercados deve crescer de 10% a 15% em relação a 2005. A maior aposta está na comercialização de ovos de chocolate pequenos, além de produtos importados, como o bacalhau e o vinho, que ganham impulso nas vendas devido à contínua queda do dólar frente ao real. O levantamento foi feito em em todo o País e reuniu cerca de 50 empresas supermercadistas, que respondem por metade das vendas totais do setor. "Como a Páscoa é a segunda data mais importante para o segmento, atrás apenas do Natal, a expectativa é de que o setor saia do negativo com as vendas de chocolate, seja em barra, bombom ou em forma de ovo", disse o presidente da Abras, João Carlos de Oliveira. Isso porque, em fevereiro, as vendas, em valores reais, caíram 4,31% em relação a janeiro, e tiveram retração de 1,5% em comparação ao mesmo período de 2005. "A queda foi decorrente do efeito calendário", acrescentou Oliveira. Ou seja, pelo fato de no Carnaval as pessoas consumirem

mais alimentos fora do lar. Estimativas – Segundo dados da Abras, em média, 63% dos entrevistados comprarão 14% a mais de ovos de Páscoa em relação ao ano passado. Outros 28% não aumentarão seus níveis de compras, e 9% deverão comprar menos que em 2005. "Essa parcela corresponde às compras de ovos acima de 500 gramas, uma vez que 6% dos entrevistados afirmaram que irão comprar, em média, 17% menos dessa categoria de ovos", explicou o presidente da Abras. Na mira do consumidor, ressaltou Oliveira, está o ovo de 150 gramas. Muito mais barato,

o produto está na mira de 59% dos entrevistados, que comprarão 19% mais que em 2005. Já os ovos entre 150 e 500 gramas terão aumento de 12% para 62% dos entrevistados, sendo que 53% também aumentarão suas compras em 17% de caixas de bombons. "Os chocolates em tablete ou barra terão alta de 14%, em média, em relação à Páscoa passada", disse Oliveira. O que surpreende, enfatiza o presidente da Abras, é a queda na encomenda de colomba pascal: 31% dos entrevistados comprarão 25% menos se comparado ao ano passado. Ana Laura Diniz

Em janeiro, lojas de rua e corredores dos shoppings, como o Center Norte, atraíram mais consumidores Marcos Peron/Virtual Foto

Funcionários de supermercados preparam lojas para a venda de Páscoa, segunda melhor data para o setor

Conhecer o cliente facilita venda

A

s empresas investem cada vez mais em publicidade para vender. Mas nem sempre acertam no canal de distribuição. De acordo com sondagem realizada em 2005 pela empresa de pesquisa Ipsos Brasil, com 48 mil pessoas, em nove dos principais centros urbanos brasileiros, 49% compram por influência da mídia direta do varejo; 28% por folhetos promocionais; 24% por folhetos de ponto de vendas e apenas 13% compram devido aos encartes em jornais. Por isso, especialistas acreditam que é preciso inovar nas ferramentas para atingir melhor os consumidores. Na opinião de Sônia Bittar, diretora de Shopper Understanding da Ipsos Brasil, um dos caminhos é identificar o perfil do consumidor para oferecer produtos diferenciados. Cruzar informações colhidas na hora de oferecer o cartão de fidelidade e outras pesquisas feitas pelas empresa é um exemplo. Distância – Mas o País ainda está longe dessa realidade. "As lojas brasileiras não sabem trabalhar bem os canais de distribuição para consoli-

dar sua marca", observa Sônia, ao contrário do que ocorre em países desenvolvidos. De acordo com Trevor Alderson, diretor de Costumers in Focus, da Ipsos no Reino Unido, naquele país esses cruzamentos já existem. "Com as informações colhidas no ato de compra com o cartão de fidelidade e uma pesquisa por amostragem, a loja identifica o perfil do cliente e envia uma mala direta direcionada." Por aqui, uma das práticas das redes é enviar mala direta no mês de aniversário do cliente, como é o caso da Camisaria Colombo. Mas, segundo seu diretor, Nelson Kheirallah, a

Importados favorecidos

A

o contrário do que ocorre nos outros setores da economia, a desvalorização do dólar frente ao real tem favorecido o setor supermercadista no que diz respeito à venda de produtos importados. "O bacalhau, que tem seu auge de demanda no Natal e na Páscoa, está entre 15% e 20% mais barato em função da queda da moeda norte-

americana", disse o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Para ele, esse é o principal motivo para ter havido um aumento de 14% em volume de bacalhau em relação a 2005. "Isso também ocorre com vinhos estrangeiros. Muitos estão mais baratos que os nacionais, e deverão ter alta de 16% também no volume adquirido." (ALD)

empresa cerca o consumidor também de outra maneira. "Nossos clientes têm cartão de crédito da loja – que pode ser usado em qualquer estabelecimento que receba a bandeira Aura –, e quanto mais ele usa, mais correspondências com ofertas recebe", frisa. A rede já emitiu 120 mil cartões e quer chegar a 200 mil. Por mês, a Colombo envia cerca de 50 mil malas diretas, o que resulta em um retorno de 10% de clientes à loja para consumir. "Temos um mailling com 500 mil clientes e a previsão é de aumentar essa lista em 30% até o final do ano", diz Kheirallah. Vivian Costa


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CIDADES & ENTIDADES - 7

Avanhandava vira bulevar até junho Idealizado pela Associação de Restaurantes da rua, o projeto tem parceria com a Subprefeitura da Sé e trará de volta o charme a esse ponto gastronômico da cidade Reprodução

Kelly Ferreira

U

m dos principais e tradicionais pólos gastronômicos da capital paulista, a rua Avanhandava é mais uma das áreas da região central que passa por reformas: vai se transformar em um bulevar. As mudanças, que incluem reforma das calçadas, nova iluminação e reestruturação do paisagismo, já dão os primeiros sinais no trecho entre as ruas Martins Fontes e Martinho Prado. A obra deve estar totalmente concluída no primeiro semestre, provavelmente em junho. A expectativa dos comerciantes é de que o número dos freqüentadores dos tradicionais restaurantes da rua aumente 30%. Hoje, 60 mil pessoas passam todos os meses pelos pontos gastronômicos da Avanhandava. Presente – "As modificações que estão em andamento deixarão a rua mais bonita e charmosa. Será um presente para a cidade", disse Walter Mancini, proprietário do restaurante Famiglia Mancini, na rua há mais de 20 anos, e presidente da Associação de Restaurantes da Avanhandava, instituição idealizadora do projeto. No portal de entrada do bulevar Avanhandava haverá um quiosque de informações e um posto policial. As calçadas serão alargadas em pelo menos 2,5 metros de cada lado – o que favorecerá a passagem de pedestres – e não terão mais postes. O piso de tijolos e concreto, nas cores vermelho e branco, terá desenhos diferentes e deverá atender às exigências de acessibilidade para pessoas com deficiência física. No lugar do asfalto será aplicado um piso cinza, que permitirá maior permeabilidade. O projeto, assinado pelo arquiteto Edson Antunes, prevê também alterações na

Fotos de Milton Mansilha/Luz

Projeto mostra como será o portal do bulevar Avanhandava (primeira foto). Acima, a rua como é hoje e, na foto maior ao lado, funcionários já trabalhando na reforma. À esq., Walter Mancini, um dos idealizadores do projeto.

Cinco mil se rebelam em cinco cadeias Até a noite de ontem, detentos continuavam amotinados em Mogi das Cruzes. Tumultos podem ter sido organizados pelo PCC.

U

ma onda de rebeliões atingiu ontem presídios de São Paulo. Em 24 horas, 5.055 presos se amotinaram em duas penitenciárias e três Centros de Detenção Provisória (CDPs), fazendo 55 reféns. A mobilização foi uma resposta à decisão do governo de usar, na segunda-feira, a Tropa de Choque da Polícia Militar para ocupar a Penitenciária de Iperó e controlar a revolta que destruiu parte da prisão. O governo suspeita que a ação foi organizada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), assim como aconteceu em fevereiro de 2001, quando ocorreram levantes simultâneos em 29 prisões. Na segunda-feira a facção divulgou um manifesto, criticando maus-tratos e desrespeito aos direitos de presos. Às 20h de ontem, só o CDP Mogi das Cruzes continuava tomado pelos presos, que

mantinham reféns 10 funcionários. Não houve registro de mortos. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou que dois presos ficaram feridos no CDP de Caiuá, a 650 quilômetros de São Paulo. Em Mauá, na Grande São Paulo, foi achada uma pistola calibre 40. Solidariedade – Segundo a secretaria, foi depois que o governo recuperou o controle da Penitenciária de Iperó, libertando 22 reféns, que os detentos da Penitenciária 3 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo amotinaram-se, em solidariedade "aos irmãos". Eles fizeram 16 agentes reféns na primeira das revoltas em cascata por causa do Choque. Em Iperó, a confusão começara porque os agentes impediram uma fuga de presos. Ontem pela manhã foi a vez dos CDPs de Mogi da Cruzes, Caiuá e de Mauá. Detentos ten-

taram uma ação semelhante no CDP de São José do Rio Preto, mas o levante fracassou. Por volta do meio-dia, havia no estado 3.843 presos amotinados em quatro prisões cercadas pela PM. Eles mantinham 33 reféns e não apresentaram nenhuma reivindicação, exceto no caso de Mogi das Cruzes, onde pediam transferências e a análise de benefícios como pena em regime semi-aberto, a que alguns teriam direito. Às 13h30, após 18 horas de motim, o movimento em Franco da Rocha acabou com a libertação dos reféns. Pouco depois, os presos de Mogi das Cruzes, soltaram 1 dos 11 reféns. Às 16h, a polícia entrou no CDP de Caiuá. Trinta policiais puseram fim à rebelião de cinco horas depois que os amotinados simularam a morte de dois colegas, que estavam na ala 5 - eles haviam sido feridos a facadas.

Paulo Liebert

Presos rendidos no CDP de Franco da Rocha. Rebelião terminou às 13h30 com a incursão da tropa de choque.

"Autorizamos a entrada da PM depois que vimos os dois ensangüentados. Achamos que os dois estivessem mortos", disse o coordenador dos Presídios do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, que acompanhou a rebelião. Os presos em Caiuá ameaçavam botar fogo em colchões onde estavam amarrados quatro detentos, entre eles os dois feridos. Com a entrada da PM, os quatro foram salvos, e o

agente penitenciário mantido refém foi libertado. Às 18h45, os detentos de Mauá libertaram os cinco reféns e terminaram a rebelião, que deixou as celas destruídas. As prisões rebeladas estavam com superlotação. Ainda ontem, engenheiros da secretaria vistoriaram a unidade de Iperó e constataram que metade dela foi destruída. Ao todo, 308 dos 1.212 presos da unidade foram transferidos ontem. (AE)

fiação aérea: os cabos serão subterrâneos. A Zona Azul será extinta. Galeria – "Quando o projeto estiver concluído, a rua terá iluminação mais clara. Também não haverá mais Zona Azul nem carros estacionados nesse trecho da rua. Haverá apenas espaço para embarque e desembarque dos visitantes. Além disso, teremos um ponto de apoio de táxi, que funcionará via rádio", afirmou Mancini. No projeto ainda estão previstas a construção de uma galeria de arte – para exposição de obras feitas em papel – algumas lojas e a instalação do bar Gravata Borboleta, que terá música ao vivo. A Prefeitura ficou encarregada de construir galerias de águas pluviais, uma vez que a rua não possui sistema de drenagem, apenas bueiros nas extremidades. A transformação da Avanhandava é resultado de um convênio entre a Subprefeitura da Sé e a Associação de Restaurantes da Rua Avanhandava. De acordo com Mancini, o investimento de R$ 500 mil é patrocinado pelos cartão Visa. O convênio com a Prefeitura será assinado hoje, na subprefeitura, e prevê os serviços de mão-de-obra. Iniciativa – Para o presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida, a iniciativa é viável. Para levála a outras localidades da cidade, no entanto, seria preciso estudar caso a caso as questões que serão envolvidas no projeto. "O resultado do bulevar ficará muito bom. Mas para aplicar o modelo em outras ruas e avenidas é preciso levar em consideração alguns itens, como a fluidez do trânsito. O importante quando há esse tipo de iniciativa são as parcerias. Elas são um dos caminhos para melhorar a cidade. É a chave do sucesso", disse.


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DCARRO

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PRODUTO Divulgação

O novo modelo chegou no final de 2005

Cai o mito da desvalorização do carro usado quando há mudanças na linha em sempre o lançamento do modelo novo significa a desvalorização do seu similar usado. O mito assombra os proprietários de carros quando a montadora anuncia sua reestilização, mas ao contrário do que muita gente pensa, o lançamento do veículo reformulado pode revitalizar as versões antigas. Um bom exemplo é o Vectra. No final do ano passado a General Motors lançou o modelo 2006, totalmente reformulado, com motorizações flex e mais caro. O carro fez sucesso e conquistou a liderança de vendas no segmento. O dono do modelo antigo, ao invés de perder com essa situação, acabou levando vantagem. Um exemplo claro, de acordo com levantamento feito pela Molicar, é o da versão Expression 2.0 ano 2005, que custava R$ 46 mil em março do ano passado e hoje é encontrada no varejo brasileiro por R$ 47 mil. Já o Vectra Elegance 2.0 mantém o preço (R$ 52 mil) que tinha há um ano. Até os Vectra mais antigos valorizaram com a chegada do modelo novo. A versão GL com motor 2.2 ano/modelo 2000 é cotada hoje a R$ 23,8 mil, preço maior do que o registrado em março de 2005: R$ 23,3 mil. A versão

N

Vectra novo valoriza o "velho" Algumas versões "antigas" foram valorizadas

GLS 2.2 ano 1999 custava R$ 22 mil e hoje está sendo ofertada internamente por R$ 22,9 mil. O gerente de Avaliação da Molicar, Victor Meizikas Filho, diz que essa situação ocorre quando o carro tem boa aceitação no mercado. "Depois que o Vectra novo chegou reestilizado, com motor flex e estourou nas vendas, os Vectra antigos pegaram carona e foram valorizados. Mas nem sempre isso acontece. Quando o modelo novo não faz sucesso o anterior pode sofrer desvalorização", disse. De uma forma geral, no entanto, o mito de que a chegada do reestilizado desvaloriza o velho não é confirmada nas pesquisas feitas pela AutoInforme. Além do Vectra, o Gol teve o mesmo comportamento com o lançamento da Geração 4. O modelo anterior, Geração 3, não desvalorizou com o lançamento da Volkswagen. Confira: o Gol 1.0 Plus 16V ano 2005 era cotado a R$ 21,4 mil em março do ano passado. Hoje, vale R$ R$ 21,8 mil. O Gol Power 1.6 flex ano 2005 custa atualmente R$ 27,5 mil e há 12 meses estava cotado a R$ 26,4 mil. Convém lembrar que o mercado de usados teve um comportamento de estabilidade em 2005 e até registrou ligeira queda nos preços, na média de 0,75%, conforme mostra pesquisa AutoInforme/Molicar.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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-3,14

foi a queda do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem.

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 20/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.571.469,71 Lastro Performance LP ......... 735.528,06 Múltiplo LP .............................. 1.821.700,87 Esher LP .................................. 2.457.245,42 Master Recebíveis LP ........... 136.682,90

Valor da Cota Subordinada 1.008,092016 994,671522 1.005,285067 1.000,707544 956,931993

% rent.-mês 1,9330 - 0,5328 1,5448 0,0841 - 4,3068

% ano 3,1855 - 0,5328 0,5285 0,0708 - 4,3068

Valor da Cota Sênior 0 1.008,144147 1.013,786292 0 0

% rent. - mês 0,8144 0,9575 -

% ano 0,8144 1,3786 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

21/3/2006


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

ACESSÓRIO

Engate virou "inflamável" Muito se discute sobre o engate fixo colocado em veículos. Para muitos, ele só serve para proteger o carro. Fotos: Emiliano Capozoli

WLADIMIR MIRANDA

E

A AEA defende a substituição do engate fixo pelo removível. Um dos argumentos é que o equipamento pode machucar pedestres.

Manifestação de metalúrgicos em frente à Anfavea: a favor do equipamento fixo

Folha Imagem

ngate. Por causa dele, a Avenida Paulista teve paralisação na semana passada. A frente da Anfavea, entidade que representa as montadoras, virou acampamento, com direito a sardinha na brasa e palavras inflamadas de ordem ditadas do carro de som do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Os trabalhadores alegam defender 20 mil empregos diretos e indiretos e lembram que, no ano passado, foram vendidos cerca de 500 mil engates no País, representando quase um equipamento desses para cada três do total de 1,6 milhão produzido pela indústria. "O uso do engate virou uma farra do boi", afirma Marcus Vinícius Aguiar, engenheiro da Fiat e coordenador da Comissão de Segurança de veículos da AEA - Associação de Engenharia Automotiva. O uso dos engates fixos em veículos é polêmico. Há fábricas que se manifestam contra nos manuais de proprietário, outras não se referem ao equipamento. A Câmara Temática de Assuntos Veiculares deverá enviar até o final deste ano documentação para que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) coloque em votação relatório referente a regulamentação do uso do engate. Caso o relatório da AEA seja aprovado, o engate removível vai substituir o fixo. Com a medida, os envolvidos no ramo terão prazo de dois anos para ajustar-se à lei.

nutenção do emprego da categoria. Segundo o Simefre, já foram vendidos 2 milhões de engates no Brasil. A moda começou com os taxistas. A idéia inicial era colocar o equipamento no pára-choque traseiro para evitar danos maiores nas colisões. "O fato é que a instalação do equipamento gerou empregos, agregou valor para o consumidor e movimentou o setor. Dizer que o pedestre pode machucar pernas e joelhos no choque com o engate é no mínimo um exagero. Não há estaÉ só o começo - A tísticas que justifibatalha está só coquem a proibição", Alexandre Marques: "Não meçando. O Sindiavalia Michel. tenho dúvida que machuca" cato Interestadual Já Marcus Vinída Indústria de Materiais e Equipamentos cius diz que "o engate fixo pode machucar Ferroviários e Rodoviários (Simefre) - pernas e joelhos, sim" e cita outro arassim como o dos Metalúrgicos de São gumento para fortalecer a sua tese da Paulo, que promoveu a manifestação de- necessidade de haver regulamentação: fronte da Anfavea - é contra a proibição "Engana-se o consumidor que pensa que do uso do equipamento. "Isso pode trazer ao colocá-lo está protegendo seu carro. Ao consequências para o mercado de tra- sofrer a batida, o veículo com engate fixo balho", afirma Michel Ebel, diretor do pode ter o monobloco danificado. É a lei Simefre, que levanta a bandeira da ma- da física. Algum lugar absorve a pancada",

"O engate é um produto nacional que tem de ser preservado. Temos fábricas do equipamento em todo o Brasil. A venda do equipamento cresceu muito desde o início de seu uso, há cinco anos. A troca do fixo pelo removível vai encarecer muito o produto", rebate Michel.

diz Marcus. Segundo ele, a Honda proíbe que o engate fixo seja colocado em seus veículos e esta providência já foi tomada também pela Ford. Marcus Vinícius faz outra advertência: "Se o uso do engate não for regulamentado, em breve as seguradoras vão tomar mais cuidados com relação ao assunto. Como o equipamento não protege e ainda provoca mais estragos, elas vão fazer exigências ao fecharem contratos com os clientes que têm o equipamento em seus veículos", avisa.

Polêmico até entre os taxistas - Há opiniões divergentes sobre o engate até entre os taxistas, os primeiros a utilizá-los. "A intenção de quem o coloca é danificar o carro dos outros. Eu não uso e vou achar muito bom que ele seja proibido. Já presenciei brigas no ponto por causa de engate", conta um taxista do ponto da rua Líbero Badaró, no centro de São Paulo, que pediu para não ser identificado. Ele conta que já viu muitos pedestres machucarem a perna por causa do engate. "Isto acontece todos os dias. A pessoa passa entre um carro e o outro e machuca a canela". Antonio Marco, que trabalha na rua Boa Vista, também no centro, é favorável ao equipamento. "Eu uso o engate como proteção. E posso dizer que ele protege mesmo. Mas se tiver de tirá-lo, tudo bem, o que posso fazer?". Alexandre Bezerra Marques, dono de uma Meriva, tem engate em seu carro, mas admite que o trambolho pode machucar. "Eu não o utilizo só para proteger o meu carro, mas também como reboque, para minha moto. Mas que ele machuca, não tenho dúvidas. Se a pessoa não prestar a atenção, pode ferir a perna", afirma.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 22 de março de 2006

COMUNICADO

CONVOCAÇÕES

COMUNICADO - Ramos-Medeiros S/A, Rua Senador Vergueiro, 849 - Santo Amaro - CEP 04739-060, São Paulo/SP, inscrito no CNPJ: 60.831.435/0001-00, registrado JUCESP sob o NIRE nº 35300003985, em 06/08/1979, comunica a perda/deterioração dos livros de REGISTRO DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 e do REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 (21, 22 e 23/03/06).

DEMONSTRATIVO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES, IMPORTADORES E COMERCIANTES DE AZEITE DE OLIVEIRA - OLIVA

Srs. Associados: em cumprimento aos preceitos legais e às normas estatutárias, vimos com satisfação submeter à consideração de V.Sas. as demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 31 de dezembro de 2005, o qual foi aprovado em assembléia. Agradecemos a colaboração e continuamos ao inteiro dispor de V.Sas., em nossa sede social, para quaisquer esclarecimentos relativos às contas prestadas. Aproveitamos a oportunidade para abrirmos prazo de 5 (cinco) dias para apresentação de impugnar os cálculos apresentados e aprovados em ata de assembléia. Anexo I DEMONSTRATIVO DE INGRESSOS E DISPÊNDIOS EXERCÍCIO 2004 COOPERATIVA HABITACIONAL NACIONAL - COOP CNPJ. 06.963.357/0001-51 Sede: Rua Pedro Américo, nº 810 - Belas Artes Itanhaém - SP INGRESSOS Capital Social R$ 4.000,00 Fundo Poupança R$ 104.661,86 R$ 108.661,86 DISPÊNDIOS CPMF R$ 96,95 Despesas Bancárias

CNPJ nº 04.667.615/0001-27 EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA Data: 04 de abril de 2006. Horário: 9:30 horas (em primeira convocação) 10:30 horas (em segunda convocação com qualquer número de presença). Ficam convocadas as empresas associadas a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária a ser realizada na sede da Entidade, localizada na Av.Senador Queiroz, 605- conjs.903/904 - Centro - cidade de São Paulo - Estado de São Paulo, conforme disposto no art.18 dos Estatutos Sociais, para deliberação da seguinte ORDEM DO DIA: a) Leitura e aprovação da Ata anterior; b) Apreciação do relatório da Diretoria, balanço e contas de receitas e despesas, relativos ao exercício encerrado em 2005; c) Arrecadação de mensalidade extra a partir de 01/05/06 em valor a ser definido para reforço do programa de monitoramento da qualidade dos azeites; d) Assuntos gerais. São Paulo, 10 de março de 2004. Armando Soares dos Reis Filho - Presidente

NOVA GASÔMETRO S/A

CNPJ: 45.356.466/0001-62 EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convocados os Senhores Acionistas da NOVA GASÔMETRO S/A, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada na sede social, na Rua Chico Pontes nº 1500, Vila Guilherme, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com 1ª Convocação às 17:00h e 2ª convocação às 17:30h do dia 29 de março de 2006, a fim de discutirem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Exame, discussão e votação das Demonstrações Financeiras e do Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2) Outros assuntos de interesse da Sociedade. AVISO. Comunicamos que se encontram à disposição dos Senhores Acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o artigo 133 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976. São Paulo, 13 de março de 2006. Nicolau Cury - Presidente do Conselho da Administração. 17, 21 e 22

BALANÇOS

Cooperativa Habitacional Nacional -Coop

SOCIEDADE DE ESTUDOS ESPÍRITAS 3 DE OUTUBRO - CNPJ 60.921.327/0001-28 Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005 Ativo/Circulante Caixa e Bancos 9.755,83 Aplicações Financeiras 127.236,57 Contas a Receber 16.732,37 153.724,77 Permanente Terrenos e Edificações 1.959.005,91 Aparelhos Inst. Equipamentos 108.949,80 Móveis e Utensílios 25.999,97 Veículos 39.432,87 Computadores/Perif/Aplicativos 102.929,50 Equips. Médicos Odontolog. 12.402,71 2.248.720,76 Contas de Compensação IPTU Campos do Jordão 140.501,53 Total 2.542.947,06 Passivo/Circulante Fornecedores Obrigações Sociais Outras Contas a Pagar Provisões Patrimônio Social Patrimônio Líquido Variação do Patrimônio Contas de Compensação IPTU Campos do Jordão Total

10.510,95 1.448,02 907,26 52.423,42

65.289,65

2.263.175,70 73.980,18

2.337.155,88 140.501,53 2.542.947,06

Demonstração da Conta de Resultado do Exercício em 31 de dezembro de 2005 Despesas Despesas Pessoal, Despesas Gerais, Desp. Tributárias, Bancárias, Seguros, Despesas Manutenção de Ativos, Despesas Mats. Consumo, Desps. Mats. p/Assistência, Despesas c/Promoção de Rendas e Desps. Financeiras 380.027,19 Variação Patrimonial 73.980,18 454.007,37 Receitas Livraria, Mensalidades, Bazar Beneficente, Clube do Livro, Aluguel, Cantina, Campanhas e Festas, Donativos Diversos, Rendas de Aplicações, Juros Ativos e Venda de terrenos. 454.007,37 454.007,37 Neide Schneider - Presidente Antonio Celestino Ferreira - Tesoureiro Geral

Edital de convocação de assembléia geral O diretor presidente da Cooperativa Habitacional Nacional - Coop, no uso de suas atribuições que lhe confere o artigo 35 inciso 1, e em conformidade, com capítulo quarto do artigo 7º, normas e critérios A e B do estatuto, convoca seus cooperados em dias com suas contribuições estatárias para uma assembléia geral, a realizar-se no dia 26/03/06 (domingo) na rua: João Mariano Ferreira, 229- centroItanhaém- SP, em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos sócios no mínimo, em segunda convocação com metade mais um dos sócios, e em terceira convocação com 10 (dez) sócios no mínimo. §1- Serão excluídos da contagem do quorum estipulado, os componentes da diretoria e os membros do conselho fiscal.§2- Será observado o intervalo de 1 hora entre a realização por uma e outra convocação para tratar da seguinte ordem do dia-1-cronograma da 4º lista de antecipação, 2- sorteio de unidades habitacionais. Itanhaém- São Paulo. Diretor- presidente. Narcizo dos Santos Miranda. Itanhaém, 20 de março de 2006. COOPERALFA - COOPERATIVA DE TRABALHO DOS CONDUTORES AUTÔNOMOS

CNPJ 04.700.125/0001-85 Edital de Convocação da Assembléia Geral Ordinária Nos termos do artigo 29 do Estatuto Social, ficam convocados os cooperados para se reunirem na ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA que realizar-se-á no dia 31 de março de 2006, às 8:00 horas em 1ª convocação, com no mínimo 2/3 dos cooperados na sede da Cooperativa situada na Av. Pirajussara, 4.122 - Jardim Peri Peri - São Paulo/SP, a fim de tratar da seguinte Ordem do dia: 1) Prestação de contas dos órgãos de administração, quais sejam; 1.1) Relatório da Gestão; 1.2) Balanço Geral; 1.3) Demonstração das sobras apuradas, ou das perdas e parecer do Conselho Fiscal. 2) Destinação das sobras apuradas ou o rateio das perdas do exercício de 2005. 3) Plano de atividade da cooperativa para o exercício de 2006. 4) Fixação dos honorários, gratificações e da cédula de presença para os componentes do Conselho de Administração e Conselho Fiscal e demais assuntos de interesse da cooperativa. Na falta de número legal a Assembléia se realizará às 9:00 horas com metade mais um dos cooperados em terceira e última convocação às 10:00 horas, com a quantidade de cooperados presentes. Para efeito de cálculo de quorum, o número de cooperados matriculados na data da expedição deste edital é de 160 (cento e sessenta). São Paulo, 21 de março de 2006. Willamys da Silva Bezerra - Presidente

EXTRAVIO Extraviou-se os Livros Fiscais Modelos 51 e 57 da PMSP da Empresa CHAIM PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA., CCM nº 2.560.345-0 e CNPJ Nº 01.722.066/0001-58.

Leonel Roberto Honora - CRC 1SP088856/0-9

As contas do Presente Balanço e da Demonstração da conta de Resultado do Exercício foram examinadas e conferidas pela Comissão Fiscal e aprovadas pelo Conselho de Cooperação. José Maurício W. Perez - Comissão Fiscal Maria Madalena M. B. Santos - Comissão Fiscal Marcos Moreira dos Santos - Pres. do Conselho Ricardo João Gallucci - Comissão Fiscal

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R$ 145,84 Despesas Diversas R$ 456,00 Devolução de Cooperado R$ 421,98 Divulgação e Marketing R$ 57.774,74 Juros Passivos R$ 4,00 Locação R$ 480,00 Mão-de-obra R$ 3.890,00 Material de Construção R$ 31.003,23 Prestação de Serviços R$ 7.654,67 Publicidade R$ 750,00 Taxas Diversas R$ 328,30 Telefone R$ 404,83 R$ (103.408,54) SALDO FINAL EXERCÍCIO 2004 R$ 5.253,32 São Paulo, 10 de janeiro de 2005 Narcizo dos Santos Miranda - Presidente Rafael Araújo da Silva - Vice-Presidente Vitor Tadeu Nogueira de Souza - Secretário Miguel Forte - TC CRC 1SP201632/O-0 Anexo I DEMONSTRATIVO DE INGRESSOS E DISPÊNDIOS EXERCÍCIO 2005 COOPERATIVA HABITACIONAL NACIONAL - COOP CNPJ. 06.963.357/0001-51 Sede: Rua Pedro Américo, nº 810 - Belas Artes Itanhaém - SP INGRESSOS Saldo Inicial do Exercício R$ 1.253,32 Capital Social R$ 23.440,00 Fundo Poupança R$ 954.775,24 R$ 979.468,56 DISPÊNDIOS Água e Esgoto R$ 230,24 Cartório R$ 315,90 Combustível R$ 15,00 Condomínio R$ 5.823,85 Correios R$ 609,55 CPMF R$ 2.083,99 Despesas Bancárias R$ 3.070,39 Despesas Diversas R$ 729,00 Devolução de Cooperado R$ 21.103,88 Divulgação e Marketing R$ 540.935,27 Energia Elétrica R$ 472,57 Equipamentos R$ 600,00 Internet R$ 91,29 IOF R$ 0,56 IPTU R$ 1.009,26 Juros Passivos R$ 67,74 Locação R$ 8.440,00 Mão-de-obra R$ 40.878,74 Material de Construção R$ 153.832,74 Material de Escritório R$ 869,05 Prestação de Serviços R$ 39.223,92 Publicações R$ 390,00 Publicidade R$ 51.916,16 Supervisão de Obras R$ 14.200,00 Taxas Diversas R$ 146,66 Telefone R$ 23.084,51 Terreno R$58.415,73 R$ (968.556,00) SALDO FINAL EXERCÍCIO 2005 R$ 10.912,56 São Paulo, 10 de janeiro de 2006 Narcizo dos Santos Miranda - Presidente Rafael Araújo da Silva - Vice-Presidente Vitor Tadeu Nogueira de Souza - Secretário Miguel Forte - TC CRC 1SP201632/O-0

AVISOS AOS ACIONISTAS OMI-ZILLO-LORENZETTI S.A. INDÚSTRIATÊXTIL C.N.P.J. nº 51.422.970/0001-16 Relatório da Diretoria Srs. Acionistas: Dando cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas., as contas relativas ao exercício findo em 31/12/2005. Como de costume, esta Diretoria permanece ao inteiro dispor dos srs. acionistas para quaisquer informações que se fizerem necessárias ao perfeito esclarecimento das contas ora apresentadas. São Paulo, 13 de março de 2006 ADiretoria Demonstração do Resultado do Exercício 31/12/2005 31/12/2004 Demonstrações das Orig. e Aplics. de Recs. 31/12/2005 31/12/2004 Balanço Patrimonial Encerrado em 31/12/2005 31/12/2005 31/12/2004 Rec. Operac. Bruta: Vendas de Produtos Ativo/Circulante 31/12/2005 31/12/2004 Passivo/Circulante 70.390.819 93.479.343 Origens e Rec.: Lucro ou Prej. Líq. do Exerc. (1.222.853) (3.015.362) 2.308.639 2.779.321 (–) Impostos s/Vendas Disponível 1.255.271 1.511.946 Fornecedores (12.457.464) (16.071.807) Depreciação e Amortização 7.949.349 8.391.573 1.374.829 1.829.033 (–) Vendas Canceladas Duplicatas a Receber 12.235.176 12.833.210 Contas Acumuladas a Pagar (279.298) (184.821) Aumento Exigível Longo Prazo (2.149.149) (511.971) 15.467.489 21.270.000 Receita Operacional Líquida Outros Créditos 2.444.794 3.053.121 Financiamentos a Pagar 57.654.057 77.222.715 Resultado Exercícios Futuros (107.825) 111.496 19.150.957 25.878.354 (–) Custos Produtos Vendidos Estoques 2.330.702 2.814.513 Passivo Circulante (48.514.440) (65.785.346) Baixas de Incentivos Fiscais (4.221) (232.984) 3.638.647 5.787.796 Lucro Operacional Bruto Matéria-Prima e Almoxarifado 3.378.314 4.150.127 Exig. a L.P.: Financiamentos do Exterior 9.139.617 11.437.369 4.465.301 4.742.752 3.638.647 5.787.796 (–) Despesas Administrativas Despesas a Amortizar 38.170 38.760 Exigível a Longo Prazo (2.762.612) (3.487.594) Aplicações e Recursos: Aum. do Valor Imob. 1.795.790 (502.811) 3.671 111.496 (–) Despesas Tributárias Ativo Circulante 21.682.427 24.401.677 Result. do Exerc. Futuro: Receitas Diferidas (732.490) (927.010) Aumento do Valor Diferido – (685.194) 3.671 111.496 (–) Despesas Comerciais Realiz. a Longo Prazo: Dep. de Cap. 5.000 5.000 Resultado do Exerc. Futuro (2.688.647) (3.589.073) Aumento do Valor Realiz. A L.Prazo (1.338.636) 70.857 1.769.496 1.769.496 (–) Outras Despesas Empréstimo Compulsório – 1.331.667 Patrimônio líquido: Capital Nacional (413.666) (379.992) 457.154 (1.117.148) 24.578.208 24.578.208 Receitas ou Despesas Financ. Líquida Depósitos Judiciais 20.836 27.806 Capital Estrangeiro (3.333.823) (5.300.849) Aumento do Capital Circulante 4.008.147 5.859.900 591.373 595.594 Outras Receitas Operacionais Realizável a Longo Prazo 25.836 1.364.473 Reserva de Capital 355.168 124.785 Variação do Capital Circulante 10.826.852 15.309.296 Lucro ou Prej. Operacional Permanente: Investimento 1.366.387 90.669 Reserva de Reavalição (436.453) (2.122.364) 31/12/2005 Início Fim Variação (13.677.797) (16.937.388) Receitas não Operacionais Imobilizado: Terrenos, Edif. e Benfeitorias 15.437.358 15.230.296 (–) Prejuízos Acumulados 57.052 82.964 Ativo Circulante 24.401.677 21.682.427 2.719.250 24.088.132 25.315.206 (–) Despesas não Operacionais Máquinas, Acessórios e Equipamentos 68.546.882 68.349.657 Patrimônio Líquido (8.473) (535.767) Passivo Circulante 25.878.354 19.150.957 6.727.397 46.881.407 57.092.852 Result. antes do IR e Contrib. Social Outras Imobilizações 1.472.110 1.356.324 Total do Passivo e Patrimônio Líquido (387.874) (2.575.167) Capital Circulante 1.476.677 (2.531.470) 4.008.147 (–) Depreciação (61.649.593) (53.700.244) Contribuição Social e IRPJ (834.979) (440.195) Notas Explicativas 31/12/2004 Início Fim Variação Permanente 25.173.144 31.326.702 (1.222.853) (3.015.362) 1 - A sociedade tem como atividade principal a fabricação de fio de algodão. Resultado após Contrib. e IRPJ Ativo Circulante 24.869.970 24.401.677 468.293 Total do Ativo 46.881.407 57.092.852 Lucro ou Prejuízo por 1.000 Ações (0,679872) (1,676458) 2- Resumo das principais práticas contábeis: a) As demonstrações Passivo Circulante 32.206.547 25.878.354 6.328.193 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido financeiras foram elaboradas com observância das disposições contidas d) As depreciações são calculadas pelo método Linear de acordo com as Capital Circulante 7.336.577 1.476.677 5.859.900 na Lei da Sociedade por Ações. b) Para fins de registro de suas transações, taxas usuais admitidas pela legislação vigente. e) Os saldos de débito e Res. Res. de Lucros aquisição ou produção. g) As reservas de reavaliação realizadas em 2005, Capital Legal Reaval. Acum. Total a Sociedade adota o Regime de Competência. c) O Ativo Permanente Sd. 31/12/03 26.347.704 828.578 19.683.327 (18.296.057) 28.563.552 e o Patrimônio Líquido, foram acrescidos de correção monetária, crédito em moeda estrangeira acham-se atualizados à taxa cambial vigente foram contabilizadas diretamente na conta de Prejuízos Acumulados, Res. Reav. 2004 – – (4.374.031) 4.374.031 – calculada até a data do balanço de 31 de Dezembro de 1995. em 31/12/2005. f) Os estoques estão demonstrados ao preço médio de no montante de R$ 4.482.444,24. Bx. Inc. F. 2004 – (232.984) – – (232.984) Shoichiro Homma - Diretor Presidente Kenichi Ogawa - Diretor Superintendente Toshihiko Tsuruta - Diretor Industrial Yoshitoshi Hoshika - Contador - CRC/SPISP097414/O-6 Lucro Ex. 2004 – – – (3.015.362) (3.015.362) Parecer do Auditor Aos Diretores e Acionistas: Examinei o Balanço reconhecidos de auditoria, geralmente aceitos e, conseqüentemente, inclui Financeira da empresa em 31 de Dezembro de 2004 e 2005 e o resultado de Sd. 31/12/04 26.347.704 595.594 15.309.296 (16.937.388) 25.315.206 Res. Reav. 2005 – – (4.482.444) 4.482.444 – Patrimonial da Omi-Zillo-Lorenzetti S.A. Indústria Têxtil, levantado em provas nos livros de escrituração e outros processos técnicos de suas operações correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de Bx. Inc. F. 2005 – (4.221) – – (4.221) 31 de Dezembro de 2004 e 2005, as respectivas demonstrações de comprovação na extensão que julguei necessárias nas circunstâncias. Em acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos e aplicados Lucro Ex. 2005 – – – (1.222.853) (1.222.853) resultado dos lucros acumulados e origens e aplicações de recursos dos minha opinião as demonstrações financeiras lidas em conjunto com as notas com uniformidade em relação ao exercício anterior. São Paulo, 13 de março Sd. 31/12/05 26.347.704 591.373 10.826.852 (13.677.797) 24.088.132 exercícios findos naquela data. Efetuei o exame consoante padrões explicativas, representam adequadamente a posição Patrimonial e de 2006. Mauro de Martino Junior - Contador - CRC/SP1SP076241/O-0.

INSTITUTO IRMÃS MISSIONÁRIAS DE NOSSA SENHORA CONSOLADORA - CNPJ 60.790.631/0001-83 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - EM REAIS DEMONSTRAÇÃO DOS DÉFICITS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - EM REAIS ATIVO 2005 2004 CIRCULANTE RECEITAS OPERACIONAIS 2005 2004 Disponível 85.335 149.427 Mensalidades 9.030.092 8.337.954 Aplicações financeiras 9.556.362 9.629.785 Bolsas de estudos 74.406 66.580 Mensalidade a receber 524.662 610.709 Rendimentos sobre aplicações financeiras 1.471.540 1.281.428 Outras contas a receber 235.022 218.344 Prestação de serviços - Religiosas Associadas 527.541 690.773 10.401.381 10.608.265 Outras 361.651 262.979 PERMANENTE 11.465.230 10.639.714 Imobilizado 51.983.807 52.533.140 DESPESAS OPERACIONAIS 51.983.807 52.533.140 Assistência social e educacional TOTAL DO ATIVO 62.385.188 63.141.405 Ordenados e encargos (4.673.301) (4.399.365) Gratuidades (Bolsa de estudos) (1.664.769) (1.420.800) PASSIVO 2005 2004 Convênios sociais (260.193) (267.121) CIRCULANTE Serviços gratuitos para a comunidade (927.600) (1.059.034) Receitas antecipadas 674.260 656.547 Depreciação (424.580) (412.431) Outras obrigações 99.957 566.225 Outras (1.101.760) (880.648) 774.217 1.222.772 (9.052.203) (8.439.399) PATRIMÔNIO SOCIAL Despesas Administrativas Superávit acumulados 24.006.707 23.680.339 Conservação e manutenção (802.096) (667.046) Reserva de reavaliação 37.912.621 38.637.772 Ocupação (141.825) (326.356) Déficit dos exercícios (308.357) (399.478) Depreciação (300.570) (268.653) 61.610.971 61.918.633 Serviços prestados por terceiros (377.213) (294.980) TOTAL DO PASSIVO 62.385.188 63.141.405 Material de consumo (71.225) (87.590) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL - Em Reais Outras (1.021.744) (948.751) (2.714.673) (2.593.376) Superávit (Déficit) Reserva de RESULTADO OPERACIONAL (301.646) (393.061) Acumulados do Exercício Reavaliação Total DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (6.711) (6.416) EM 1º DE JANEIRO DE 2004 13.795.920 722.990 9.161.429 23.680.339 DÉFICITS DOS EXERCÍCIOS (308.357) (399.477) Transferência 9.884.419 (722.990) (9.161.429) Constituição da reserva de reavaliação 38.637.771 38.637.771 Déficit do exercício (399.477) (399.477) bancário), fundo de investimento e caderneta de poupança, remuneradas de acordo com as taxas de mercado praticadas e permitidas por lei. EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 23.680.339 (399.477) 38.637.771 61.918.633 5. IMOBILIZADO 2005 2004 Ajuste de exercício anterior 695 695 Bens Custo e Transferência (399.477) 399.477 Reavaliação Depreciação Líquido Líquido Realização da reserva de reavaliação 725.150 (725.150) 39.500.117 39.500.117 39.481.269 Déficit do exercício (308.357) (308.357) Terrenos Imóveis 11.876.884 (921.924) 10.954.960 11.396.755 EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 24.006.707 (308.357) 37.912.621 61.610.971 Instalações 103.419 (41.368) 62.051 72.393 162.299 (30.682) 131.617 129.384 NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEM- Máquinas e Equipamentos 295.437 (100.216) 195.221 203.015 BRO DE 2005 E DE 2004 CIFRAS APRESENTADAS EM REAIS - 1. CONTEXTO OPERACIONAL - O Equipamentos de Informática 715.682 (136.671) 579.011 630.328 instituto é uma associação civil, de caráter educacional, cultural, beneficente, assistencial, Móveis e utensílios 306.979 (113.757) 193.222 230.684 filantrópico e sem fins lucrativos e seu escopo é a evangelização através de obras missionárias, Veículos 444.081 (76.473) 367.608 389.312 de atividades educacionais, culturais, pastorais, beneficentes, assistenciais e filantrópicas pelo Outras Imobilizações 53.404.898 1.421.091 51.983.807 52.533.140 que empenhar-se-á na formação de suas associadas a fim de que possa atingir seus objetivos Em janeiro de 2004, baseado em laudos de avaliação emitidos por peritos independentes foi institucionais, não fazendo, no exercício de suas atividades, discriminação de raça, sexo, procedida a reavaliação de todos os bens constantes do ativo imobilizado da entidade, sendo a nacionalidade, idade, cor, credo religioso, político e condição social, observadas as normas legais.2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As demonstrações financei- mais valia líquida registrada no montante de R$ 38.637.771, composta como segue: 39.481.269 ras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis Terrenos (943.070) emanadas da Lei n º 6.404/76 e demais disposições complementares. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS Imóveis 35.596 CONTÁBEIS - a) Apuração do resultado do exercício - As receitas e despesas são reconhe- Máquinas e equipamentos 73.529 cidas em regime de competência de exercícios. - b) Ativos e passivos circulantes - Os ativos Equipamentos de informática Móveis e utensílios (40.546) circulantes são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os 76.966 rendimentos auferidos. Os passivos circulantes são demonstrados por valores conhecidos ou Veículos (45.973) calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos encargos incorridos. c) Ativo Permanente - Ao Outras imobilizações 38.637.771 valor do custo de aquisição, acrescido de correção monetária até o exercício de 1995, As taxas anuais de depreciação utilizadas foram de 4% para edificações, 20% para equipamenreavaliações espontâneas contabilizadas em 1997, 1998 e 2004. As depreciações dos bens são calculadas pelo método linear, às taxas mencionadas na Nota Explicativa nº 5 que levam em tos de informática e veículos e 10% para os demais bens. - 6. RECEITAS ANTECIPADAS - As consideração a vida útil-econômica dos bens. d) Patrimônio Social - Composto pelos resultados receitas antecipadas correspondem aos valores recebidos nos exercícios de 2005 e de 2004, obtidos ao longo do período de existência da entidade e não tem capital social. 4. APLICAÇÕES decorrentes da primeira parcela da mensalidade dos exercícios seguintes. 7. OUTRAS OBRIGAÇÕES - Em 31 de dezembro de 2004, o saldo de outras obrigações considera o montante de R$ FINANCEIRAS - Compostas por aplicações de curto prazo em CDB (certificado de depósito PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES - São Paulo, 14 de março de 2006 - Às Adminis- exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstradoras. Instituto Irmãs Missionárias de Nossa Senhora Consoladora - 1. Examinamos os trações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames balanços patrimoniais do Instituto Irmãs Missionárias de Nossa Senhora Consoladora, em compreenderam entre outros procedimentos: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as correspondentes demonstrações do déficit do exercício, relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade valores e as informações contábeis divulgados; c) a avaliação das práticas e estimativas é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apreconduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os sentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Somos de parecer que as

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Aviso aos Acionistas Comunicamos que se acham à disposição dos Srs. Acionistas desta Companhia, na Av. Miguel Estéfano, 3.900, Capital, os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404 de 15/12/76, exercício social encerrado em 31.12.2005. São Paulo, 21 de março de 2006. José Bernardo Ortiz - Presidente do Conselho de Administração. (22,23 e 24/03/06)

DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - EM REAIS APLICAÇÕES DE RECURSOS 2005 Nas operações sociais Déficit do exercício 308.357 (Despesas) que não afetam o capital circulante líquido Ajuste de exercício anterior (695) Depreciação (725.150) Imobilizado 175.817 Total das aplicações (241.671) AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE 241.671 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE Ativo circulante No final do exercício 10.401.381 No início do exercício 10.608.265 (206.884) Passivo circulante No final do exercício 774.217 No início do exercício 1.222.772 (448.555) AUMENTO (REDUCÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE 241.671

2004 399.477 (681.084) 1.133.645 852.038 (852.038) 10.608.265 10.850.949 (242.683) 1.222.772 613.418 609.355 (852.038)

550.000, referentes às parcelas remanescentes da dívida contraída no total de R$ 700.000, para aquisição de um imóvel em São Paulo. - 8. INSS COTA PATRONAL - De conformidade com a Lei nº 9.732 de 11 de dezembro de 1998, regulamentada pelo Decreto Lei nº 3.048 de 18.06.1999, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, passaram a ser obrigadas a recolher mensalmente a cota patronal do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social ), calculada com base na isenção a ser usufruída, correspondente entre a relação existente do valor efetivo das vagas integrais e parciais cedidas gratuitamente, bem como dos projetos de assistência social e a receita bruta total apurada mensalmente. A entidade não se obriga ao recolhimento da quota patronal por força da ADIN 2.028-5 em Medida Liminar concedida à Confederação Nacional de Saúde pelo Supremo Tribunal Federal com força “ergo omnes”, e por Ação própria em Mandato de Segurança – Processo nº 1999.61.00.026591-0 junto à 21ª Vara Civil Federal de São Paulo. 9. GRATUIDADES E ISENÇÕES USUFRUÍDAS - O inciso VI do art. 3º do Decreto n º 2.536 de 6 de abril de 1998, estabelece critérios para determinação da base de cálculo para aplicação das gratuidades, como demonstrado a seguir: 2005 2004 Receitas operacionais 11.465.230 10.639.714 Receitas gerais e assistenciais (527.541) (690.773) Total da receita base de cálculo 10.937.689 9.948.941 Assistências sociais e educacionais Bolsas de estudos a alunos 1.664.769 1.420.800 Assistência social 224.033 158.358 Convênio filantrópico 260.193 267.121 Projetos sociais de inclusão 411.312 624.324 Outros custos sociais e doações 292.255 274.764 Total de assistências sociais e educacionais 2.852.562 2.745.367 Percentual de Aplicação 26,08% 27,59% O benefício usufruído pela entidade em função do gozo de sua imunidade constitucional, que corresponde exclusivamente à cota patronal do INSS, cujos montantes em 31 de dezembro de 2005 eram de R$ 1.019.039 (2004 R$ 938.934). Esse benefício representa 35,72% (2004 – 34,20%) do total aplicado pela entidade em assistências sociais e educacionais. 10. COBERTURA DE SEGUROS - Para atender medidas preventivas, a entidade efetua contratação de seguros para cobertura de seus ativos. Hilda Maria Motter Carbonera CRC 1SP 221.551 /P-2 Edite Cobalchini CRA 75.621-SP - CPF 199.496.936-04 Sergio Roberto Monello Contador - CRC 1SP 049.457/O-4 - CPF 023.625.978-49 referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto Irmãs Missionárias de Nossa Senhora Consoladora, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado das operações, as mutações do patrimônio social e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. CRC 2SP018.611/O-8

Mauricio Diácoli CRC 1SP129.562/O-5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.CIDADES & ENTIDADES

quarta-feira, 22 de março de 2006

entrevista: JAIME LERNER

Urbanista aponta caminho para tirar São Paulo do sufoco

São Paulo está engessada. A opção pelo automóvel como modelo de desenvolvimento relegou o transporte coletivo a um plano inferior. Nesta entrevista do Diário do Comércio, o urbanista que recriou Curitiba revela que fez, a pedido, três propostas ao prefeito José Serra: recuperar a região da Cracolândia com a criação de "ruas portáteis", facilitar o acesso ao Mercadão e criar corredores de ônibus, comendo espaço das vias atuais. Lerner só aguarda o sinal verde de Serra para pôr a mão na massa.

Luiz Carlos Santos/AOG

Lerner: propostas a José Serra para melhorar o trânsito na cidade

Davi Franzon

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DC - O que seria feito? Lerner - No caso da Cracolândia, a proposta prevê a implantação de ruas "portáteis" que devolveriam a vida à região, com o retorno do comércio e de moradores. Esse conceito utiliza contêineres para abrigar lojas de

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ja até 20 q u i lô m etros para ir de casa ao trabalho. Uma redução nessa viagem teria impacto imediato nos megacongestionamentos. A baixa velocidade média dos carros nas avenidas e dos ônibus nas faixas exclusivas contribuem para esse processo. DC - Esse "engessamento" é uma falha das administrações municipais? Lerner - Houve falta de continuidade nas ações. Um projeto era tocado por uma admi-

DC - Que outros fatores levaram ao atual quadro do trânsito? Lerner Até o final da década de 60, São Paulo tinha cerca de 5 milhões de habitantes e um sistema de transporte público estruturado nos trens e nos bondes. No entanto, os governos passaram a valorizar o automóvel como meio transporte ideal, o que levou ao abandono do sistema coletivo. As intervenções seguintes levaram a uma redução no número de praças, calçadas foram estreitadas e os canteiros centrais praticamente sumiram. O transporte coletivo foi abandonado. Quando se acordou para o problema, a situação já era grave. Foi uma escolha de modelo de desenvolvimento: incentivar a indústria automobilística. As grandes cidades foram as mais prejudicadas com os megacongestionamentos. DC - Existe um consenso de que o metrô é a melhor solução. Mas é caro. Há opções de superfície como trem, bondes e corredores especiais ... Lerner - O metrô seria a solução mais viá-

vel, mas é caro, principalmente porque não há uma continuidade de obras. As estações são feitas de tempos em tempos e faltam linhas de financiamento. Um sistema de bondes em uma área como o Centro seria uma boa saída e teria impacto positivo na circulação local. O trem é mais barato e São Paulo já possui uma rede considerável. Basta melhorar o serviço e diminuir o tempo entre as composições. DC - O corredor é uma alternativa? Lerner - Sim. Corredorespara ônibus biarticulados (ou triarticulados) cortando os principais eixos de ligação bairro-centro e os pontos de maior concentração populacional é uma alternativa. Eles estreitariam as vias atuais e o número de carros em circulação seria menor. A velocidade média dos ônibus seria elevada, o que incentivaria sua utilização.

Arquivo DC

nistração e abandonado pela outra. Isso ficou claro no caso do Fura-Fila, que agora será colocado em prática como deveria ter sido desde o início – uma canela exclusiva para ônibus biarticulados –, uma solução mais barata e eficiente.

Novos corredores de ônibus , como os de Curitiba (abaixo), seriam mais úteis

Carolina Frederico/Folha Imagem

lanejamento urbano e transporte coletivo eficiente são os dois pontos fundamentais para o desenvolvimento de uma metrópole, segundo o urbanista e arquiteto paranaense Jaime Lerner, responsável por grande parte das intervenções que transformaram Curitiba em um exemplo de cidade viável no Brasil e na América do Sul. Ex-governador do Paraná e duas vezes prefeito de Curitiba, Lerner recebeu o Diário do C o m é rc i o em seu escritório, em Curitiba, e falou sobre São Paulo. Para ele, a cidade padece de um grande mal: falta de continuidade administrativa que ora se expressa na mudança de rumos de determinadas obras e/ou nos projetos de mobilidade. Exemplos como o música, livrarias e outras opcorredor Expresso Tiradentes ções de comércio, até mesmo (antigo Fura-Fila e Paulistão) e salas de cinema. Essa estrutura a demora na modernização do seria montada na noite de sexsistema de corredores são colo- ta-feira e retirada na madrugacados por Lerner como um in- da do sábado, deixando o escentivo à escolha do modelo paço aberto para o pedestre, individual de transporte (car- formando um conjunto com a ros) pelo paulistano. Pinacoteca e a Sala São Paulo. O urbanista destaca a falta Outra ação seria facilitar o de mobilidade na cidade, que acesso ao Mercadão e à Zona obriga os coletivos a rodarem Cerealista. Colocamos um eixo com velocidade média abaixo interligando o Mercado aos dedos 20 km/h m a i s e q u i p ae afasta os usuám e n t o s d a rerios do sistema. gião, até o CeasiConvidado nha, no Pari. E pelo prefeito Jo- Houve falta de criaríamos três sé Serra a opinar grandes bazares. continuidade. Um sobre a cidade, Um no antigo Lerner destacou projeto era tocado por M o i n h o M a t a três pontos pas- uma administração e razzo. Outro na síveis de inter- abandonado por rua Oriente, ligavenções: 1) a re- outra. Isso ficou claro do à indústria da gião da Cramoda. O terceiro colândia, 2) o en- no caso do Fura-Fila, seria o bazar cetorno do Merca- que agora será tocado realista. do Municipal e como deveria ter sido Já no corredor da Zona Cerea- desde o início. Celso Garcia, a lista e 3) os correproposta é imJaime Lerner plantar o mesmo dores de transporte, principalmodelo biarticumente o da avenida Celso Gar- lado, ligando os bairros até a recia, na zona leste. Depois da gião do Parque Dom Pedro II. O conversa com Serra, Lerner e trajeto seria por meio de canalesua equipe aguardam uma res- tas exclusivas, aumentando a posta do prefeito para entrar velocidade média dos veículos. em ação. Ao mesmo tempo, o Instituto Jaime Lerner traba- DC - Fala-se muito de um lha na recuperação urbanística "engessamento" do trânsito de de Cuiabá (MT). São Paulo. Qual o motivo? L er ne r - O trânsito de São Diário do Comércio - Quais foram Paulo tem como um dos seus suas propostas ao prefeito José principais geradores a distância Serra? entre os principais centros coJaime Lerner - Apresentei merciais e industriais com os três modelos para a reurbani- bairros de grande concentração zação do Centro Expandido, populacional. O paulistano viaregião de grande capacidade econômica e imobiliária. Coloquei como prioridade a região da antiga Cracolândia, do Mercado Municipal e Zona Cerealista e o Corredor Celso Garcia.

Como prefeito, recriou Curitiba J aime Lerner nasceu em Curitiba em 1937. Arquiteto e urbanista, formado pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal do Paraná, no final de 1964, Lerner foi um dos integrantes do grupo que idealizou o Plano Diretor de Curitiba, entre 1966 e 1969. Nesse mesmo período participou da fundação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), que completa 40 anos. Lerner foi prefeito de Curitiba três vezes (1971-75; 1979-83; 1989-92). Nos dois primeiros mandatos, sua gestão foi marcada pela revolução urbana, elogiada em todo o País e também por institutos de urbanismo europeus e latinoamericanos. Mas também foi criticado por sua proximidade com os governos militares.

O urbanista foi duas vezes governador do Paraná (1995 até 2002). Seu principal desafio, na sua própria avaliação, foi implementar uma política de industrialização e modernização da infraestrutura sem prejudicar o meio-ambiente do estado, principalmente da capital, conhecida por seus 25 parques e mais de mil bosques, entre particulares e públicos. Andando por Curitiba fica muito evidente o legado de Lerner para a cidade. A população demonstra admiração pelo trabalho do urbanista. Principalmente pelo sistema de transporte, pelos parques e pela conservação do centro da capital paranaense. A cidade é formada por descendentes de poloneses, croatas, italianos, alemães e, num período mais próximo, japoneses e chineses, dando

ao curitibano um olhar de "colônia" sobre a cidade, uma espécie de fiscal do equipamento público, que não pode deixar de funcionar. Não há como comparar o tamanho das cidades. A Região Metropolitana de Curitiba tem 2 milhões de habitantes. Só a cidade de São Paulo tem cerca de 10 milhões. Mas a capital do Paraná ainda é um exemplo de planejamento urbanístico e viário. Ruas e avenidas planejadas facilitam a mobilidade e o incentivo ao transporte público é perceptível em grande parte de seus moradores. O desafio do atual prefeito, Beto Richa, e de seus sucessores, é manter a ordem até agora alcançada, preparar Curitiba para ser uma metrópole, desde que sem as mazelas das megacidades. (DF)


DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006 Divulgação

LANÇAMENTO

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Agora o interior tem mais espaço, oferecendo conforto também para os passageiros na traseira. Os comandos facilitam a ação do motorista. Sistema de som ganhou MP3 e os párachoques conferem um ar de maior agressividade ao veículo.

Modificado, RAV4 chega custando R$ 134.710

RAV4, o samurai de alma nova Última geração do compacto utilitário-esportivo da Toyota chega mais charmosa e potente ao nosso mercado ANDERSON CAVALCANTE

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hega neste final de semana, às concessionárias Toyota, a terceira geração do utilitário-esportivo RAV4. O modelo lançado mundialmente em 1994 chegou ao Brasil em 1998, passou por uma modernização em 2000 e já "pedia" um novo trabalho de adequação às novas tecnologias utilizadas pela indústria automotiva. A empresa japonesa foi a pioneira ao apresentar este veículo, sendo a primeira a desenvolver um utilitário-esportivo (SUV) sobre uma plataforma de automóvel de passeio. Com isso ela praticamente "inventou" o veículo urbano com tração nas quatro rodas, para uso no asfalto e também na terra.

Mas como nada, ou quase nada, é eterno, a Toyota teve que reformular alguns conceitos do RAV4 e a nova geração do carro foi mostrada no último Salão de Frankfurt e chega agora ao Brasil com boas novidades, inclusive no visual que ficou muito mais moderno, elegante e esportivo. Luxo - Um jipe com "cara" de carro luxuoso de passeio é a forma mais adequada para designar o estilo do RAV4, ficando por conta dos párachoques fartos e salientes, das generosas rodas (aro 17) e do estepe localizado junto à porta traseira a imagem de veículo robusto, fazendo lembrar sua vocação para 4x4. Por dentro, o RAV4 2006 também ficou mais Câmbio automático de 4 marchas com controle eletrônico inteligente que usa marcha mais adequada de acordo com a inclinação do terreno, aceleração, curvas e aderência.

DCARRO

elegante, o acabamento interno traz uma impressão de "leveza" que não se sentia no modelo anterior. A lista de equipamentos de conforto do veículo inclui banco traseiro rebatível e reclinável, vidros e retrovisores elétricos, CD Player com MP3, ar-condicionado independente para motorista e passageiro, duplo air bag, coluna de direção regulável em altura e profundidade, e também teto solar. Este último item não era oferecido anteriormente, mas segundo a montadora, foi muito solicitado pelos clientes. Mais espaço - O veículo, na nova versão, ficou ainda mais espaçoso com o aumento do com-

primento e da largura de sua plataforma e, além disso, ganhou 140 litros a mais para bagagens em seu porta-malas, que antes era para 400 e agora comporta até 540, mais um espaço no fundo do compartimento com capacidade para 90 litros. Potência – Outra novidade no modelo é a motorização. A versão trazida do Japão que será vendida no Brasil tem motor VVTi 2.4 16V DOHC de 4 cilindros, potência de 170 cv a 6.000 rpm e torque de 22,8 kgfm a 4.000 rpm. O modelo anterior chegava com um motor de 150 cv. O novo sistema de tração 4X4 inteligente utilizado permite a distribuição do torque somente para as rodas de acordo com a necessidade de cada uma, melhorando as arrancadas e a estabilidade em curvas, deixando as acelerações mais estáveis e auxiliando na economia de combustível. A harmonia na condução do veículo também é garantida pela transmissão automática de quatro velocidades com controle eletrônico inteligente. Nesta versão o modelo veio com maior potência em seu motor 2.4 16V. Ele faz de 0 a 100 km/h em 10,2s e tem máxima de 185 km/h. No RAV 4 anterior, a motorização somava 150 cv.

Este sistema utiliza a marcha mais adequada, dependendo da inclinação do terreno, aceleração, curvas e aderência. Segurança – Neste item o RAV também trouxe novidades, a maior delas, o sistema de assistência a frenagens de emergência (BA – Brake Assist), que não havia no modelo antigo. Além disso, o veículo vem equipado com Anti-Lock Brake System (ABS), distribuição eletrônica de força de frenagem (EBD – Electronic Brake-force Distribution) e outros itens de segurança, como barras de proteção lateral nas quatro portas, cintos de segurança com pré-tensionador e limitador de força e, ainda, ajuste especial para cadeira de bebês. Segundo a Toyota, o veículo alcança os 100km/h em 10,2 segundos e atinge a velocidade máxima de 185 km/h. O consumo estimado na cidade é de 9,7 km/l e nas estradas chega a 11,9 km/l. O preço anunciado pela montadora, que inclui frete e pintura metálica é de R$ 134.710.

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quarta-feira, 22 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Estilo Nacional Finanças

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1,3 MILHÃO DE VAGAS FORAM CRIADAS EM UM ANO

Cinco pessoas morreram no Azerbaijão por causa da gripe aviária. Já são 103 no mundo.

Marcos Negrini/AE

Nível de emprego tem alta recorde neste ano Foram gerados 263.248 novos postos de trabalho em janeiro e fevereiro

N Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina abriram mais vagas na agricultura

CASA PRÓPRIA Bancos devem ampliar o crédito para habitação em até 50% neste ano, segundo a Abecip.

Ó RBITA

SCHINCARIOL Justiça aceita denúncia do Ministério Público contra 78 pessoas ligadas à empresa.

Marcos Adandia/AFP PHOTO

ARGENTINA REESTATIZA ÁGUA

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governo do presidente Néstor Kirchner (foto) ordenou ontem a rescisão do contrato da empresa Aguas Argentinas, controlada pelo grupo francês Suez. O anúncio foi realizado pelo ministro do Planejamento Federal, Julio De Vido – homem-forte da administração Kirchner – acompanhado dos prefeitos dos municípios da Grande Buenos Aires, além do prefeito da capital do país. Segundo De Vido, o controle da nova empresa Aguas y Saneamientos Argentinos (Aysa), ficará nas mãos do Estado argentino. A empresa francesa era

GRAVADORAS

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s gravadoras multinacionais descobriram o mundo virtual. Depois de anos tentando evitar que se vendesse e comprasse música pela internet, os fatos falaram mais alto e a recuperação do mercado, tímida e firme em 2005, se deu graças às vendas de discos online. Em 2005, vendeu-se US$ 1,1 bilhão nesses sistemas (R$ 2,2 bilhões), 6% do total do mercado. A previsão é de que os lucros apareçam em 2007. (AE) A TÉ LOGO

responsável pelo abastecimento de água do maior aglomerado urbano do país, a cidade de Buenos

Aires e os municípios da Grande Buenos Aires. Nessa área residem mais de 12 milhões de pessoas. (AE)

ACORDOS PARA BRASIL E ÍNDIA

O

Comissário Comercial da União Européia, Peter Mandelson, insistiu ontem que os países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, têm de fazer concessões para destravar as

negociações globais de comércio. O prazo expira em abril. Várias datas de rodadas já foram perdidas. Mas os negociadores dizem que há risco de colapso caso um acordo não seja fechado em breve. (Reuters)

GURU SUL-COREANO

G

uru do Itamaraty na administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o economista sul-coreano HaJoon Chang dedicou duas horas da tarde de ontem

para convencer jovens diplomatas que o Brasil deve afrouxar a política de controle da inflação e não reduzir seu atual nível de proteção à indústria nacional. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Confiança do consumidor cresce com alta de empregos e queda da inflação

L

Títulos do agronegócio serão beneficiados com diminuição de IR

L

Funcionários da BRA denunciam redução de salários de pilotos e comissários

os dois primeiros meses deste ano foram gerados 2 6 3 . 2 4 8 e m p regos. O número é recorde desde o início da divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), em 1992. O recorde anterior para o primeiro bimestre de um ano havia sido em 2004, com 239.180 postos de trabalho. Além do bom resultado na geração de empregos no primeiro bimestre, o Ministério comemorou o número de vagas geradas em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês em outros anos desde o início da série histórica. Em fevereiro foram criados 176.632 postos de trabalho formais, aqueles com carteira assinada. O índice é 0,68% superior ao do mês de janeiro. Os dados foram divulgados ontem pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Ele afirmou que não considera o índice uma tendência para o resto do ano. Para Marinho, os bons resultados dependem de análise dos números referentes ao mês de março também. "É um número bastante razoável e importante, considerando que iniciamos o ano em uma trajetória de redução dos juros", explicou o ministro. Na opinião dele, o aumento da geração de empregos em fevereiro se deve à recuperação

0,68 por cento foi a alta no índice medido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho industrial, à expansão do comércio e aos fatores sazonais, como a agricultura. "É o melhor fevereiro da série Caged, talvez influenciado pela antecipação da colheita da cana na região Sul-Sudeste. Não dá para dizer que é uma tendência, mas indica que 2006 será um ano bastante positivo do ponto de vista econômico. Em especial, na nossa referência, do ponto de vista da geração de empregos", disse o ministro. Destaques – Os setores de serviços, agropecuária, indústria, comércio e construção civil foram responsáveis pelo número recorde de geração de empregos em fevereiro deste ano. Nos 38 meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva foram gerados mais de 3,6 milhões de postos de trabalho formais. Nos últimos 12 meses, houve a abertura de 1,3 milhão de vagas no País.

Os dados do Caged mostram que o início do ano letivo nas escolas influenciou o aumento do número de empregos no setor de serviços. Houve oferta de 26.226 postos na área de ensino e também o aquecimento das atividades turísticas, o que gerou 26.221 vagas nas áreas de alojamento e alimentação. "É o efeito Carnaval", disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. A construção civil bateu recorde de geração de empregos em relação a fevereiro dos outros anos: foram 14.993 postos de trabalho. O comércio apresentou mais do que o dobro de vagas de emprego em relação ao mesmo mês do ano passado: 19.258 postos contra 8.647 em 2005. A indústria teve o segundo melhor desempenho em fevereiro deste ano, com geração de 23.558 vagas. O índice é inferior apenas ao mesmo mês em 2004, quando 38.086 postos de trabalho foram gerados. "É o efeito Selic (taxa básica de juros da economia) que já começa. Em 2005, a taxa influenciou negativamente e esperamos que em 2006 faça o contrário. Nesse caso, o índice já é uma tendência", explicou Marinho. Na agricultura, a antecipação da colheita da cana na região Sul-Sudeste incentivou a criação de empregos no setor em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (ABr)


quarta-feira, 22 de março de 2006

Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 A MP 275 não pode ser aprovada de jeito algum da forma como está. Guilherme Afif Domingos

PAÍSES QUE UNIRAM FISCOS REPROVAM FUSÃO

PRESIDENTE DA ACSP VAI AO SENADO PARA IMPEDIR AUMENTO DE ALÍQUOTAS NO SIMPLES

NOVA PRESSÃO PARA BARRAR MP 275

O

presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, se reuniu ontem, em Brasília, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para alertar mais uma vez que a MP 275 "não pode ser aprovada de jeito algum da forma como está, pois isso significará mais um aumento de impostos". De acordo com Afif, a edição da medida provisória – que reajusta as faixas de faturamento das micros e pequenas empresas – "distorceu" o acordo firmado anteriormente, de que as mudanças nas alíquotas seriam feitas apenas no Projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em tramitação no Congresso Nacional, e aproveitou para elevar de 8,6% para 12,6% a alíquota do Simples para as empresas com faturamento superior a R$ 1,2 milhão por ano. O reajuste nos valores para o enquadramento no sistema, contido na MP do Bem, lembrou o presidente da ACSP, serviria exclusivamente para repor as perdas inflacionárias acumuladas no passado. "Nada ia além disso", enfatizou. Aprovada no mês de março deste ano, a MP 275 amplia os limites de faturamento das microempresas, de R$ 120 mil por ano para R$ 240 mil anuais, e das pequenas empresas, de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões. O presidente da Associação Comercial acrescentou que o próprio senador Renan Calheiros foi testemunha desse entendimento e garantiu que não haveria aumento da carga tributária no Simples. Ontem mesmo, Calheiros manteve encontro com líderes políticos para tratar do assunto. Ainda não se sabe quando a MP 275 entrará em plenário para votação, pois outras seis MPs estão travando a pauta do Senado Federal. Além disso, a 275 já havia encontrado dificuldades na Câmara dos Deputados, onde a oposição não aprovou a iniciativa do governo de alterar a tabela do Simples. "Por isso, neste momento, vamos aguardar um pouco o desenrolar dos fatos", concluiu Afif.

José Cruz/ABr

Receita descobre esquema de roubo de senha

A

Afif durante encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros

A

discriminação dos impostos na nota ou cupom fiscal de mercadorias e serviços foi defendida, ontem, pelo francês Serge Colin, secretário-geral do Sindicato Nacional Unificado dos Impostos da França, durante o 1º Seminário Internacional de Administração Tributária e Previdenciária, realizado em São Paulo. Em entrevista ao Diário do Comércio, Colin elogiou o movimento De Olho no Imposto, que pretende regulamentar artigo da Constituição Federal para que a po-

Paulo Pampolin/Hype

Colin: cidadão é desinformado

pulação tenha conhecimento sobre os tributos que incidem s o b re b e n s e s e r v i ç o s . " A transparência é importante

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 21 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: Infinity Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Pro Card Comércio e Livraria Ltda. - Rua Itapicuru, 369 – sala 1107 - 01 V. Falências Reqte: Infinity Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Cardsmania Com. de Jogos e Vídeo Game Ltda. Av. Roque Petroni Junior, 1089 – loja 118 S - 01ª V. Falências Reqte: Infinity Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Gamesmania Com. de Jogos e Vídeo Game Ltda. - Av. Brig. Faria Lima, 2232 – conj. 10 - 01ª V. Falências Reqte: Comercial Londrinense de Explosivos e Mineração Ltda. - Reqdo: Construtora Triunfo S/A - Rua das Olimpíadas, 205 – 14ºandar – conj. 1403 - 02ª V. Falências

EDITAL

Mais de 3 milhões em dia com o Leão

A

Salvador envolvendo fraudes na Previdência Social, um dos participantes da quadrilha revelou o esquema de baixa de débitos tributários com senhas roubadas de funcionários honestos da Receita. Agora, na operação de São Paulo, quatro agenciadores de funcionários do Serpro (empresa de processamento de dados do governo federal) foram presos. (AE)

De Olho no Imposto ganha apoio

Sergio Leopoldo Rodrigues

Receita Federal já recebeu 3,4 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006. Esse volume representa um crescimento de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o fisco, ontem foi o dia de maior movimento. Foram enviadas 229 mil declarações de contribuintes. Entre 9h e 10h , 21,7 mil contribuintes haviam acertado as contas com o Leão. Nos horários de pico, o fisco tem recebido, em média, seis documentos por segundo. O prazo para as pessoas físicas entregarem a declaração do IR começou no dia 1º de março e vai até 28 de abril. O documento pode ser transmitido pela internet (www.receita.fazenda.gov.br) ou gravado em disquete para entrega nas agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Outra opção é usar o formulário em papel, disponível nas unidades da Receita. (AG)

área de inteligência da Receita Federal trabalhou intensamente nas investigações que resultaram na prisão de integrantes de uma quadrilha que roubava senhas do órgão para dar baixa no pagamento de impostos e contribuições devidas por empresas de São Paulo. As investigações começaram em 2001, quando, numa operação em

ATA

Reqte: Piratuba Participações e Serviços Financeiros Ltda. - Reqdo: Kayman Distribuidora Importadora e Exportadora Ltda. - Rua Dr. Silva Leme, 125/129 - 01ª V. Falências Reqte: MTM Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Comércio, transportes e Locação Bia Ltda. - Rua Teodoro Sampaio, 1441 – 4º andar, conj. 41 - 02ª V. Falências Reqte: Novalata Beneficiamento e Comércio de Embalagens Ltda. - Reqdo: Química Industrial Paulista S/A - Praça General Craveiro Lopes, 19 sob 2-2/ SL 01 - 02ª V. Falências Reqte: Casablanca Indústria e Com. de Embalagens Ltda. - Reqdo: Sebe Indústria e Logística de Embalagens Ltda. - Rua Acaiaca, 603 - 01ª V. Falências

porque o cidadão não sabe quanto paga de tributos. Se soubesse, poderia cobrar seus direitos", disse. O evento foi promovido para discutir a fusão da Secretaria da Receita Federal com a Previdência Social. Após a apresentação de experiências de fusão dos fiscos pelo mundo, os participantes concluíram que ela é desnecessária para se conseguir a eficiência na arrecadação de impostos. Na França, por exemplo, os fiscos são independentes, mas trocam informações por meio de convênios. Esse modelo, na

opinião de Colin, seria o melhor para o Brasil. O francês criticou a falta de transparência do processo de fusão brasileiro. "Não deixem essa decisão importante nas mãos dos tecnocratas", sugeriu. Pelos exemplos apresentados durante o evento, os fiscos que se uniram não tiveram bons resultados em termos de aumento de arrecadação. É o caso da Espanha, que conseguiu elevar o recolhimento de impostos somente após a separação dos fiscos, em 1988. Durante os quatro anos de trabalho conjunto, a prioridade era

a arrecadação de tributos em detrimento das contribuições para a seguridade social. "Falhas como falta de especialização dos recursos humanos custaram caro para o Estado e trabalhadores", disse o diretor de Programas Especiais da Tesouraria Geral da Seguridade Social da Espanha, Mariano Ribagorda. Depois da separação das estruturas, a receita fiscal espanhola aumentou de 861 milhões de euros, em 1988, para 1,06 bilhão de euros, em 2004. "Ao mesmo tempo, houve uma diminuição da dívida pública", lembrou Ribagorda. Adriana David


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 9

ARTE SACRA oliciais do 41º Distrito Policial (Vila Rica) localizaram, no início da tarde de ontem, em um antiquário da rua Tereza Cristina, no bairro do Ipiranga, zona sul da capital, peças sacras que foram roubadas dia 5 de fevereiro de uma comerciante que trabalha na da Feira de Antigüidades no vão livre do do MASP, na avenida Paulista. Outra parte dos objetos foi achada com um morador de rua, no mesmo bairro. Segundo o delegado Manoel Camassa, a comerciante foi assaltada na rua Ministro Rocha Azevedo. A perua que ela dirigia foi fechada por um outro veículo e houve a colisão. Em seguida apareceu um rapaz que quebrou um dos vidros e, com os cacos, ameaçou a vítima. Ela foi obrigada a entregar o carro. O dono do antiquário e a mulher do morador de rua foram levados para o distrito e deverão ser indiciados em inquérito, segundo informações do delegado. Entre os objetos recuperados pelos policiais estão imagens de Santa Luzia, Nossa Senhora da Conceição, um anjo barroco, coroa de resplendores e oratórios, entre outras peças. As obras de arte estão avaliadas em R$ 150 mil. (Agências)

P

Ó RBITA Emilio Capozoli/Luz

KIT TURISTA PARA TAXISTAS erá lançado hoje, às 11h, no Palácio das Convenções do Anhembi, o programa São Paulo Meu Destino. Conhecido também como Kit Turista, o programa prevê a distribuição de dois CDs aos taxistas, com informações que auxiliam no atendimento aos turistas. O primeiro CD tem saudações de boas-vindas em oito idiomas – português, japonês, chinês, italiano, alemão, francês, espanhol e inglês. O segundo contém 31

S

DETRAN Detran de São Paulo divulgou, sábado, no Diário Oficial, uma lista com o número de 23.104 carteiras de habilitação que podem ser suspensas no estado. Do total, 6 mil estão na capital. Os motoristas que podem perder a carteira atingiram 20 pontos ou mais em 12 meses ou cometeram infrações que levam à suspensão, como disputa de racha, dirigir embriagado, ou motoqueiros sem capacete. Os infratores devem receber uma notificação via correio e têm 30 dias para recorrer da decisão. Os que tiverem o recurso negado deverão passar por um curso de readaptação. (Agências)

faixas com informações sobre roteiros culturais e atividades de lazer na cidade, para que o taxista possa indicar pontos de interesse ao passageiro. A iniciativa é da São Paulo Turismo com o apoio da Adetax (Associação das Empresas de Táxi de Frota) e do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, que farão a distribuição dos CDs. "O taxista é a primeira pessoa com quem o turista tem contato" , disse Ricardo Auriemma, presidente da Adetax.

Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros

O

Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 03.572.412/0001-94 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 10 de março de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO CIRCULANTE ................................................................ Disponibilidades ............................................................ Bancos ............................................................................. Aplicações Financeiras .................................................... Outros Créditos ............................................................. Impostos e Contribuições a Compensar ........................... Créditos Tributários ......................................................... Valores a Receber ............................................................

2005 38.053 29.951 223 29.728 8.102 746 5.553 1.803

2004 30.542 25.393 5 25.388 5.149 451 2.857 1.841

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................. Outros Créditos ............................................................. Impostos e Contribuições a Compensar ........................... Créditos Tributários ......................................................... Outros Valores e Bens ...................................................... Créditos Securitizados .....................................................

599 599 – – 596 3

3.874 3.874 765 2.858 123 128

TOTAL ............................................................................

38.652

34.416

Quinta

I Conjuntura - Reunião do

Comitê de Avaliação da Conjuntura da ACSP. Às 12h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). I Lapa – A distrital realiza curso de artesanato gratuito promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora (CME). Às 14h. I Pirituba – A distrital realiza comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, promovida pelo Conselho da Mulher Empreendedora da ACSP (CME). Às 15h. I Grécia - O vice-presidente da ACSP Alfredo Cotait Neto participa da recepção por ocasião da Data Nacional da Grécia, promovida pelo Consulado da Grécia de São Paulo. Às 19h30, rua Cristóvão Diniz, 82/4º andar, Jardim Paulista. I Penha – A distrital realiza reunião ordinária. Às 19h30. I Santana – A distrital promove a palestra Uma carreira de Sucesso, . ministrada pela diretora da Holding Center Norte Glorinha Baungart. Às 20h.

Sexta I Aeronáutica – O vice-

presidente da ACSP Carlos R. P. Monteiro participa da cerimônia alusiva ao 64º Aniversário do Comando da Aeronáutica - Quarto Comando Regional". Às 16h, no Quarto Comando Aéreo Regional, avenida Dom Pedro I, 100, Cambuci.

2005

PASSIVO

2004

CIRCULANTE ................................................................ Obrigações Fiscais e Previdenciárias .............................. Outras .............................................................................

1.949 1.948 1

3.139 3.138 1

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................. Capital: - De Domiciliados no País ............................................... Reservas de Lucros ......................................................... Prejuízos Acumulados .....................................................

36.703

31.277

37.706 – (1.003)

37.706 429 (6.858)

TOTAL ............................................................................

38.652

34.416

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 8.993 3.826 5.143 24 817 379 39 345 – 54 8.176 37

14.951 11.808 3.143 – 23.982 705 1 522 20.109 2.645 (9.031) (37)

8.213 2.787 5.426

(9.068) 2.210 (6.858)

Número de ações/cotas .................................................... Lucro(Prejuízo) por lote de mil ações em R$ ....................

37.083.738 146,32

37.083.738 (184,93)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

RESERVAS DE LUCROS CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

ESTATUTÁRIA PARA AUMENTO DE CAPITAL

LEGAL

2004

RECEITAS OPERACIONAIS .......................................... Rendas de Créditos Securitizados .................................... Receitas Financeiras ....................................................... Outras Receitas Operacionais .......................................... DESPESAS OPERACIONAIS ........................................ Despesas Tributárias ....................................................... Despesas Financeiras ..................................................... Despesas Gerais e Administrativas ................................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............... Outras Despesas Operacionais ........................................ RESULTADO OPERACIONAL ...................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL ............................. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ........................................................................ IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .... LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO ...........................

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

GIr Agendas da Associação e das distritais

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

LUCROS/ (PREJUÍZOS ACUMULADOS)

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 ...........................................................

37.706

46

383

38.135

Destinação para Reservas conforme Assembléia Geral Extraordinária de 29/04/2004 ................................................................... Prejuízo do Exercício .................................................................

– –

– –

383 –

(383) (6.858)

– (6.858)

SALDOS EM 31.12.2004 ...........................................................

37.706

46

383

(6.858)

31.277

Absorção do Prejuízo conforme Assembléia Geral Extraordinária de 27/05/2005 .................................................................. Lucro do Exercício .....................................................................

– –

(46) –

(383) –

429 5.426

– 5.426

SALDOS EM 31.12.2005 ...........................................................

37.706

(1.003)

36.703

ORIGEM DOS RECURSOS ........................................... RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES ....... LUCRO DO EXERCÍCIO ................................................ RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: ........ Redução do Realizável a Longo Prazo .............................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................... PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ........................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ......

8.701 5.426 5.426 3.275 3.275 – – 8.701

17.702 – – 17.702 17.702 6.858 6.858 10.844

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE .................................................... No Início do Exercício ...................................................... No Fim do Exercício ........................................................ PASSIVO CIRCULANTE ................................................ No Início do Exercício ...................................................... No Fim do Exercício ........................................................ AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ......

7.511 30.542 38.053 (1.190) 3.139 1.949 8.701

13.933 16.609 30.542 3.089 50 3.139 10.844

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros é uma empresa que tem por objetivo exclusivo a aquisição de créditos oriundos de operações de empréstimos, de financiamentos e de arrendamento mercantil contratadas por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimentos, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de arrendamento mercantil e companhias hipotecárias. A Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. As rendas de créditos securitizados são apropriadas ao resultado de acordo com o fluxo do efetivo recebimento das operações. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas, utilizando a cota da data do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários são calculados sobre as diferenças temporárias às alíquotas demonstradas acima e serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídas.

4)

5)

Disponibilidades (a) ........................................................................................ Certificado de depósito bancário - CDB (a) ...................................................... Receitas Financeiras (a) ................................................................................. (a) Transações com o Banco Bradesco S.A. 8)

20.467 (20.109) 3.260 (3.490) – 128 45.063 (44.935)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e 2004, é representado por 37.083.738 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária, que não estão sendo provisionados em virtude dos prejuízos acumulados. A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 27 de abril de 2005, deliberou absorver parte do prejuízo do exercício com a utilização do saldo das contas “Reserva de Lucros - Reserva Legal” - R$ 46 mil e “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária”R$ 383 mil.

Diretoria

5 25 444

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ......................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................................. Líquido das Despesas/Receitas não dedutíveis ........................................... Outros valores: Créditos tributários constituídos no exercício .............................................. Adicional de Imposto de Renda ................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................ b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social

8.213

(9.068)

(2.792) (19)

3.083 (902)

– 24 2.787

29 – 2.210

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Impostos diferidos: Constituição sobre Adições temporárias .................................................... Subtotal .................................................................................................... Impostos correntes: Imposto de renda e contribuição social devidos ........................................... Subtotal .................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................ c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos 2005 Créditos Tributários sobre diferenças temporais: Provisão para créditos de liquidação duvidosa ....................................... Total ..................................................................................................... 9)

162 162

5.715 5.715

2.625 2.625 2.787

(3.505) (3.505) 2.210

Em 31 de dezembro - R$ mil Realização 2004 5.715 5.715

162 162

5.553 5.553

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outras despesas operacionais referem-se, basicamente, a perdas em créditos securitizados no montante de R$ 54 mil (2004 - R$ 2.645 mil). b) O resultado não operacional decorre do ganho na alienação de valores e bens no montante de R$ 37 mil (2004 - (R$ 37) mil). c) Obrigações Fiscais e Previdenciárias, referem-se a Imposto de Renda a Recolher no montante de R$ 1.689 mil (2004 - R$ 2.183 mil), Contribuição Social de R$ 221 mil (2004 - R$ 670 mil) e R$ 38 mil de PIS e COFINS (2004 - R$ 285 mil). d) Despesas Gerais e Administrativas referem-se , basicamente, a despesas de custas judiciais no montante de R$ 136 mil (2004 - R$ 134 mil), despesas com serviços prestados de R$ 107 mil ( 2004 - R$ 213 mil) e despesas de manutenção de veículos de R$ 45 mil (2004 - R$ 107 mil). e) Despesas tributárias, referem-se basicamente, a despesas de PIS R$ 53 mil (2004 - R$ 98 mil), COFINS R$ 326 mil (2004 - R$ 605 mil).

Relatório dos auditores independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Osasco - SP

Cidade de Deus, Osasco, SP, 10 de março de 2006

Diretoria Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha

223 – 4

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

CRÉDITOS SECURITIZADOS Representam valores securitizados de operações de créditos oriundas de Instituições Financeiras, efetuadas de acordo com a Resolução no 2686 de 26 de janeiro de 2000, do Banco Central do Brasil - BACEN. Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 128 – – (1.025) 900 3 44.038 (44.035)

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim apresentadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 por cotas de Fundos de Investimento no montante de R$ 29.728 mil (2004 - R$ 25.363 mil em Cotas de Fundos de Investimento e R$ 25 mil em Certificado de Depósito Bancário - CDB).

Saldo Inicial ................................................................................................... Constituição de Provisão ................................................................................. Entradas .......................................................................................................... Baixas por Recebimento .................................................................................. Reversão de Provisões ................................................................................... Saldo Final ..................................................................................................... - Créditos Securitizados ................................................................................. - Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ........................................... 6)

7)

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Josimar Rodrigues de Siqueira Contador - CRC 1SP222731/O-0

Efetuamos revisões limitadas dos balanços patrimoniais da Alvorada Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, das respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossas revisões limitadas foram efetuadas de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram, principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira.

Considerando que estas revisões não representaram exames de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras. Baseados em nossas revisões limitadas, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

10 de março de 2006 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


10

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

APRESENTAÇÃO

Jeep: luxo e muita força Sem se afastar da tradição de fabricar veículos fortes, a marca aposta com vigor também no conforto e luxo de sua linha Cherokee

Divulgação

No lado liso ou nas pedras, o veículo responde com eficiência

ANDERSON CAVALCANTE

A

DaimlerChrysler montou uma pista de off-road para promover test-drive com os modelos Cherokee Sport e Grand Cherokee na Casa das Caldeiras, na Água Branca. O fora de estrada urbano, apesar de não permitir a verificação de desempenho em ruas e estradas, foi preparado de maneira a não deixar dúvidas sobre as possibilidades dos veículos Jeep utilizando a tração 4x4 normal ou reduzida.

O evento Jeep Experience deixou claro uma coisa: a marca não quer viver apenas de sua forte tradição em robustez - adquirida em seus 65 anos de vida - em veículos "radicalmente" off-road, os modelos testados (Cherokee Sport e Grand Cherokee nas versões Hemi e Limited) mostraram que, seguindo a tendência mundial dos utilitários-esportivos, luxo, conforto e design moderno também são itens essenciais nos dias de hoje. A Grand Cherokee deixou de lado o excesso de linhas retas e agora apresenta-

se suavemente arredondada. Por dentro, o luxo está impregnado em seus equipamentos, comandos e acessórios. Já a Cherokee Sport, menos luxuosa por dentro, possui aparência externa um pouco mais moderna com linhas ainda mais arredondadas que sua parceira, a Grand. Grand Cherokee - A versão Limited está disponível no mercado brasileiro com

Barro também não é grande problema para o Jeep


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quarta-feira, 22 de março de 2006

LENTE DE

AUMENTO CRISE NÃO ELEVA PERCEPÇÃO DE RISCO

Sem impeachment ou guinada na política econômica, os efeitos da turbulência se restringem aos discursos políticos Ao contrário do cenário de alguns meses, a possibilidade de mudança no comando do Ministério da Fazenda não tem despertado maiores preocupações no setor produtivo ou nos mercados financeiros. Parece ter se generalizado definitivamente a convicção de que um eventual substituto de Palocci não alteraria a condução da política econômica no restante do mandato do presidente Lula. De um ponto de vista mais estrutural, o prolongamento da crise política continua não parecendo capaz de elevar a percepção de risco dos agentes econômicos. Sem perspectivas reais de haver um impeachment presidencial ou uma guinada populista na política econômica, os efeitos práticos da turbulência devem se restringir aos discursos de campanha do governo e da oposição.

IMBROGLIO

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

as pegadas de Antonio Palocci está sendo jogado agora um caseiro, personagem nova nesse romance policial digno de Sherlock Holmes ou o inteligente, simpático e sagaz Padre Brown. Já escrevi aqui dois ou três artigos sobre Palocci, a quem tenho simpatia embora não o conheça nem de vista. Se nos lembrarmos, a título de suposição, de que Palocci entrou para o círculo dos políticos, que não é pacífico nem avesso a intrigas, nos daremos conta dos seus embaraços e perigos, ainda que o presidente Lula o queira salvar. É megera sem medida a política. Este é o lugar comum que gosto de repetir, mas não levo muito a sério, embora seja verdadeiro.

N

Está só começando PAULO SAAB

A

TRECHOS DA ANÁLISE DE ROGÉRIO SCHMITT E FERNANDA MACHIAVELI PUBLICADA NO BOLETIM TENDÊNCIAS WWW.TENDENCIAS.COM.BR

A SAÍDA DE PALOCCI NÃO PREOCUPA O MERCADO

Auditado pela

MALEDETO

Céllus

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Os partidos políticos também aguardam para os próximos dias a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a manutenção ou queda da verticalização. Se a verticalização for de fato mantida - como é esperado entre os juristas - os arranjos políticos para as eleições presidenciais deverão ser ajustados aos interesses eleitorais dos partidos nos Estados. O primeiro efeito esperado seria a diminuição dos candidatos à Presidência da República. Com um número menor de partidos competindo nacionalmente, o principal beneficiado tende a ser o PSDB, que concentraria grande parte dos votos dos insatisfeitos com o governo Lula. Nesse caso, as chances eleitorais de Alckmin podem crescer. O partido precisará negociar seus interesses estaduais com o PFL, mas o número de pontos conflitantes é bastante reduzido. Lula sairia perdendo com a manutenção da regra, já que tentava atrair o PMDB para suas fileiras logo no primeiro turno, oferecendo a vice-presidência, mas o partido ficaria impedido de se aliar ao PSDB e outros contra o PT. Lula também terá dificuldade em atrair partidos de centro-direita como o PP, o PL e o PTB, que nas esferas estaduais têm interesses conflitantes. Por outro lado, o PT sairia bastante satisfeito, já que não precisaria dividir com postulantes de outros partidos ao governo dos estados o apoio carismático de Lula.

Beto Barata/AE

sta semana pode ser decisiva no que diz respeito ao desenvolvimento da crise política. Até o momento as novas denúncias contra o ministro Antonio Palocci não afetaram substancialmente sua blindagem junto ao Executivo. Por outro lado, o ministro parece ter perdido parte do apoio que lhe era dado pelos partidos de oposição. No entanto, o real interesse estratégico de PSDB e PFL talvez seja apenas enfraquecer Palocci, visando minar as chances de reeleição do presidente Lula. Apesar das recentes denúncias, o cenário básico segue sendo a permanência do ministro da Fazenda na equipe do governo.

luta sucessória para o cargo de presidente da República e tudo que vem junto, governadores de Estado, senadores, deputados federais, estaduais, num pleito quase geral, está apenas começando. A sordidez dos fatos, a poeira que se levanta e o clima que começa a se acirrar revelam, uma vez mais, o quanto o poder público no País é objeto de desejo. Seria ótimo se esse desejo não fosse o do poder pelo poder e o da busca de solução para problemas dos candidatos, seus grupos políticos e de sustentação. Há exceções, claro. O episódio sobre o chamado Valerioduto, seus desdobramentos e sub-produtos, revelaram ao País o que de mais sórdido, escabroso e negativo há na relação entre os interesses pessoais de quem orbita em torno do governo, seja dentro dele, nos partidos políticos e no interesse privado. Um conluio desavergonhado que sangra os parcos recursos da nação brasileira. Vivemos um momento onde os três poderes da República estão em desarmonia. Os interesses eleitorais e políticos restritos tomam conta da maioria dos atores do teatro da vida política nacional. Leva o leigo a acreditar que, de fato, é um grande bom negócio estar à testa, dentro ou nos escaninhos do poder público. A campanha eleitoral promete ser sórdida, ainda que o recém-indicado candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, diga - e acredito, por

seu estilo - que não fará campanha anti-Lula, nem atacará, mas haverá quem o faça. O governo Lula é um pugilista meio grogue num corner, onde a equipe técnica, os beneficiários de sua vitória e ele mesmo, embriagado de orgulho pelo cinturão de ouro, não querem ser derrotados. Ao contrário, gostaram tanto das vantagens desse poder que não pretendem abrir mão do melado que os lambuza. As pesquisas de agora não dizem absolutamente nada. Roseana Sarney e Ciro Gomes estiveram à frente de Lula antes do início da campanha anterior.

R

esumo da ópera : exige-se do eleitor uma concentração, um discernimento, uma capacidade de escolha, em todos os níveis, sem precedentes na história democrática do País. Tão incipiente, tão novinha e tão viciada. O eleitor deve prestar uma atenção extraordinária no quadro de candidatos aos cargos de senador, deputado federal e estadual. Certamente o fará para os cargos de presidente e governador. O Legislativo pede, em nome do País, uma renovação profunda e para melhor. O Executivo precisa de um projeto nacional de governo para o País e não para um partido e seus apaniguados e amigos. O Judiciário... pena que ninguém veja o que se passa lá dentro. Esse pede tudo.

V IVEMOS UM MOMENTO ONDE OS TRÊS PODERES ESTÃO EM DESARMONIA

O inferno é aqui MILTON FLÁVIO

S

em ter conhecido as delícias do paraíso, a classe média brasileira experimenta as agruras do inferno – em vida! São muitos os indicadores que apontam, há tempos, o empobrecimento célere das camadas médias da sociedade. Estudos do sociólogo Álvaro Comin, da USP e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) – divulgados no ano passado – revelam que, em apenas nove anos (1995/2004), a renda média dos trabalhadores, independentemente de seu nível de escolaridade, caiu vertiginosamente: de (-)19,0% a (-) 35,8%. Entre os que mais sentiram na pele o efeito do baixo crescimento econômico estão os que têm apenas o diploma do nível médio (-) 35,8% e os que concluíram, sim, o curso superior (-) 28,8%, mas não deram prosseguimento aos estudos. Explica-se: por um lado cresceu – e muito – o número de pessoas que passaram a concluir no nível médio; por outro, em função do excesso de demanda por empregos, as empresas passaram a fazer uma quantidade maior de exigências, para diminuir o número de candidatos/vaga e baratear o custo da seleção. Um grupo de economistas acaba de lançar um livro (Classe Média – Desenvolvimento e Crise) que traz novas e relevantes informações sobre o assunto. A partir de dados dos censos do IBGE, eles concluíram que, em vinte anos, de 1980 a 2000, 7 milhões de cidadãos deixaram de pertencer à classe média. A maioria perdeu o emprego e não conseguiu mais recuperar o padrão de vida anterior. Houve, ainda, de acordo com os analistas, uma migração den-

tro da própria classe média. Nada menos que 70% dos que se encontravam nessa faixa tiveram uma sensível redução no valor de seus vencimentos, contra 30%, que ascenderam. Hoje, eles estimam que, mantida a tendência de queda de renda verificada nos últimos anos, a classe média deve ter uma participação de 22,1% na economia brasileira, contra os 31,7% que tinha na década de 80.

H

á uma série de fatores a explicar estes números. O principal deles, sem qualquer dúvida, é o baixo crescimento da economia brasileira. O que, de pronto, expõe ao ridículo o argumento brandido pelo presidente da República, segundo o qual o seu governo não tem pressa em promover o crescimento acelerado do PIB nacional. Ora, é líquido e certo que o crescimento econômico per si não irá resolver nossas mazelas num toque de mágica: eliminar a pobreza e o desemprego, além de distribuir renda. Mas é igualmente verdadeiro que, sem crescimento econômico vigoroso, não chegaremos a nenhum lugar. Não será distribuindo esmolas que redimiremos a Nação. Daí a necessidade, imperiosa, de os eleitores cobrarem dos candidatos mais que um compromisso vago com o crescimento econômico e a geração de empregos, trabalho e renda: é preciso que eles, os candidatos, nos digam de quê forma pretendem nos aproximar do futuro historicamente anunciado. MILTON FLÁVIO É VICE-LÍDER DO GOVERNO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO MILTONFLAVIO@AL.SP.GOV.BR

N ÃO SERÁ DISTRIBUINDO ESMOLAS QUE REDIMIREMOS A NAÇÃO

Palocci tem se fingido de morto, mas essa postura dura pouco. A meu ver o operoso ministro está metido no imbroglio curioso no caso Palocci, e neste maledeto imbroglio em que está metido, é que até mesmo dentro do governo ele tem inimigos, como a charmante guerrilheira Dilma Rousseff, que cultiva a energia aprendida na guerrilha, que ela exaltou mais de uma vez. Palocci tem se fingido de morto, mas essa é uma postura que dura pouco. A meu ver esse operoso ministro, a quem Lula diz tanto dever, está metido no imbroglio sem ver a porta de saída, e ao mesmo tempo tem de se ocupar de suas obrigações pesadíssimas do Ministério da Fazenda, com ameaça de inflação, de juros altos, moeda estável e tendência de capoeira praticada para pegá-lo. De minha parte, como observador, continuo vendo o dedicado ministro, amigo de Lula, o caipira de Ribeirão Preto, o médico conquistado pela bruxa política, metido no maledeto imbroglio, de cuja porta foi perdida a chave. Palocci pode até ficar na história como o ministro sacrificado, mas ele tem cumprido o seu dever e já recebeu elogios de grandes economistas brasileiros, um dos quais é Delfim Netto. É esse o maledeto imbroglio.

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

Estar na moda sem gastar muito é possível nos "lojões", que oferecem todo tipo de confecção.

DE XAMPU A FERRAMENTA: TUDO POR R$ 1,99

OS LOJÕES REÚNEM ROUPAS PARA ADULTOS E CRIANÇAS, MASCULINAS E FEMININAS E ATÉ DECORAÇÃO

TODOS OS ESTILOS E FORMAS EM UM SÓ LUGAR Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

C

omo nominar um estabelecimento que vende roupa para h o m e m , m u l h e r, criança, recém-nascido, além de artigos para cama, mesa e banho? Não são shoppings, nem lojas de departamentos. Se arriscou os lojões, acertou. Como o próprio nome já diz, são lojas imensas que oferecem conforto, preço baixo e moda em um só lugar. As mais "famosas" ficam no bairro do Brás, na região central de São Paulo. O Lojão do Brás, com 4 mil metros quadrados de área de vendas, é considerado um "programão" para toda a família. Além de encontrar as mais variadas peças, o consumidor dispõe de lanchonete e a performance animada de cantoras como Ivete Sangalo nos vários aparelhos de televisão espalhados pela loja. O dono da idéia – e do Lojão – é Valdemar Bessa, cearense de Alto Santo. No dia 10 de abril vai comemorar 30 anos de São Paulo. "Sempre fui comerciante. Resolvi apostar nos meus clientes; por isso reuni vários produtos e serviços em um só local. Eles compram tudo do que precisam", orgulha-se. Além da unidade no Largo da Concórdia, ele tem outra loja na Rua Ministro Firmino Whitaker, também na região do Brás. E planeja crescer. "Quero mais um ou dois pontos. Para escolher, levo em conta o local, a concorrência e o tamanho do imóvel", detalha. Por exemplo, para Bessa, um imó-

A fachada do Lojão do Brás

vel com menos de 750 metros quadrados não vale a pena. Fábrica de emprego – O empresário emprega cerca de 300 funcionários. Uma das vendedoras, que prefere não se identificar, afirma que compensa apostar no "mercado popular". "Trabalho no comércio do Brás há mais de 12 anos. Em meses de pouco movimento, ganho R$ 900 só de comissão." Mas Bessa afirma que o faturamento do negócio caiu 5% entre 2004 e 2005. "O inverno do ano passado foi muito ruim para o comércio. Mas este ano deve melhorar." Em janeiro e fevereiro deste ano, já registrou aumento de 4% nas vendas. A inadimplência também passa longe do Lojão do Brás. As formas de pagamento são à vista, com cartões de crédito ou débito. Diferencial – Outra que segue a linha "roupa para todos" é

a Têxtil Abril, com 13 lojas no Brasil. O diferencial do negócio na capital paulista é o transporte. Microônibus saem de vários pontos de São Paulo – quase todos de estações do Metrô. Segundo o gerente geral, Paulo Valderci Zanardi, o faturamento em 2005 cresceu entre 5% e 7% em relação a 2004. Ele afirma que o tíquete médio dos clientes é de R$ 200. "Janeiro e fevereiro foram meses positivos. Em março, as vendas devem cair um pouco porque os consumidores vêm das férias com dívidas. Mas não temos problemas com os maus pagadores; o índice de inadimplência está abaixo de 2%." Igual ao shopping – Já na Chik's Center, o consumidor tem a impressão que está entrando em um shopping. Proposta que não está apenas na forma. "Pessoas de baixa renda podem e devem andar na moda. Temos peças simples e sofisticadas", afirma a gerentegeral da loja, Valdirene Queiroz. Ela detalha, entretanto, que o valor de um mesmo produto é muito diferente nos estabelecimentos. "Já aconteceu de eu ver uma blusa em uma loja de grife por R$ 100; e, aqui na Chiks, uma similar custar R$ 29,99", diz Valdirene. Acesso livre – Para a consultora de varejo Celina Kochen, os lojões permitem que pessoas de poder aquisitivo menor tenham acesso também à moda, pois oferecem mais facilidade para comprar.

A ida à loja se transforma em um programa de família, que compra roupa para todos, se distrai com shows na TV e ainda se alimenta

Neide Martingo

Produtos de R$ 1,99 vão muito além das bugigangas

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em só de lembrancinhas vive o mercado de R$ 1,99. Cosméticos, ferramentas e uma gama variada de produtos nacionais e importados já ocupam as prateleiras das lojas que trabalham com mercadorias desse segmento. A marca Vital Life, por exemplo, vende, ao atacado, xampus por R$ 1,48. O gel de cabelo da mesma marca é adquirido pelos revendedores por R$ 0,85, sendo que ambos os produtos, garante Wagner Mioto, gerente da empresa, chegam ao consumidor final com o sugestivo preço de R$ 1,99. As novidades do segmento podem ser conferidas até amanhã, na 12ª Feira 1,99 Brasil, no pavilhão amarelo do Expo Center Norte. Para Eduardo Todres, idealizador do evento, "o câmbio favorável às impor-

tações e a criatividade da indústria brasileira são os responsáveis por agregar mais valor às prateleiras populares". Ferramentas – Outra marca que traz produtos diferentes com preços baixos é a Black Bull, voltada ao segmento de ferramentas. Dentro das linhas populares da empresa, o consumidor pode encontrar alicates com preços que variam de R$ 1,99 a R$ 15. Um jogo de chaves de fenda da marca é oferecida por varejistas por R$ 5. "Em média, tenho que vender quatro produtos de linha popular para ter um lucro igual ao das nossas linhas convencionais. Mas não é d i f í c i l p o rq u e a s l o j a s d e R$ 1,99 hoje funcionam como shoppings; elas encomendam de tudo", diz James Lerner, proprietário da Black Bull. Sua empresa entrou no segmento

popular com a desova de produtos encalhados. Hoje, mais da metade da produção se concentra nesse segmento. Além do R$ 1,99 – O conceito de produtos populares abrange mercadorias de até R$ 20, e inclui os sapatos vendidos por Roseli Dias Vital, da PRV5 Comercial, que imitam couro e vêm da China. A mercadoria é obtida em leilões da Receita Federal, e é revendida, com nota fiscal, por R$ 22. "Ainda há preconceito em relação a esse mercado. Ou por considerarem o segmento repleto de pirataria ou por acharem que são de qualidade duvidosa. Nós, que vendemos cosméticos a R$ 1,99, sentimos isso. A solução é agregar valor ao produto e tentar manter o preço baixo", afirma Mioto, gerente da Vital Life. Renato Carbonari Ibelli

Patrícia Cruz/LUZ

A venda de produtos populares já movimenta um mercado que abrange itens de higiene pessoal a ferramentas

Vale e Usiminas: projeto de US$ 3 bi

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rupos de trabalho da Companhia Vale do Rio Doce e da Usiminas estudam a criação de um projeto siderúrgico de US$ 3 bilhões no Brasil,

informou ontem o diretor da área de Participações Siderúrgicas da Vale, José James Mendes Pessoa. Segundo o assessor da presidência da Usiminas,

Heitor Lins Peixoto, os estudos são para uma usina com capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, para exportação. (Reuters)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Estilo Finanças

quarta-feira, 22 de março de 2006

HOMENS ADORAM RECEBER AMIGOS E COZINHAR

Panela da marca francesa Le Creuset, concebida para a realização de pratos específicos

Fotos: Paulo Pampolim/Hype

Homens, agora pilotos de fogão! Eles invadiram a cozinha e as lojas especializadas

E

duardo Mazza fala português, inglês, alemão e se vira bem em espanhol e italiano. Ele tem curso de engenharia, fez especialização em marketing financeiro e MBA em controladoria. Executivo do mercado financeiro há 13 anos, na última semana ele começou a desempacotar, na casa nova, os apetrechos de cozinha adquiridos nos últimos três anos, desde que começou a se dedicar de forma intensa à sua paixão: cozinhar. Ao longo desse período, Mazza gastou R$ 100 mil na cozinha, incluindo geladeira, freezer e fogão novos, mais os armários, com portas dotadas de sistema de amortecimento e desenhados para deixar os acessórios à mão. Além das panelas da marca francesa Le Creuset, concebidas para funções e pratos específicos, há uma batedeira profissional e um liquidificador de aço inox. Vaidade? Exotismo? Pode até ser. Mas Mazza representa o perfil de um consumidor cada vez mais presente nas lojas do ramo: o dos homens apaixonados por cozinhar. São os gourmets, que adoram receber amigos e fazer pratos especiais para eles, buscam novidades para melhorar a performance, criam receitas, se incumbem da compra dos ingredientes e não deixam terceiros mexerem nos seus espaços sagrados. Além do luxo O comportamento é comum aos que montam cozinhas milionárias, como a de Eduardo Mazza, e entre apaixonados por culinária, como o jornalista Pena Placeres, dono de uma cozinha de R$ 10 mil, montada ao longo de dez anos. A paixão pela arte de cozinhar ensinou o jornalista a pesquisar e a substituir. "Tenho facas caras (de R$ 98 ou R$ 150), mas a maioria é barata, comprada em supermercados e feiras", diz. Nesses lugares, ele também encontra panelas de alumínio grosso, por cerca de R$ 30, para substituir preciosidades de R$ 250 de ferro e alumínio fundido. "É claro que todo gourmet gostaria de usar uma frigideira de R$ 350. Mas, se não é possível, pode-se encontrar bons substitutos por R$ 78", recomenda Placeres.

Tute Generali, dona da Suxxar, especializada em produtos para cozinha, faz coro à opinião de outros empresários do ramo ao considerar que o interesse masculino pela cozinha é uma tendência consolidada. Nas três lojas da rede, eles representam de 15% a 20% do faturamento. E se diferenciam das mulheres pela compra de produtos especializados, com tíquete médio mais elevado. Paixão antiga São homens, aliás, os maiores freqüentadores da "Cozinha dos Amigos" que a Suxxar mantém em duas de suas lojas para receber esses clientes. Mazza é um assíduo freqüentador desse espaço. Hoje, segundo Tute, os homens também representam 50% dos alunos do curso gratuito de culinária básica, oferecido aos que escolhem a loja para fazer sua lista de casamento. Francisco Guglielme, da F. Guglielme Consultoria, especializada em novos negócios, analisa que essa paixão dos homens, e o consumo a ela associado, não é uma variável da tendência de embelezamento da casa. "É um comportamento associado, inconscientemente, ao papel do homem como provedor. No Brasil, ainda é recente a presença deles na cozinha, mas em países como Itália e França, já é antiga." Cultura "Esse homem também é alguém acostumado a viagens, leitura, gosta de vinho e tem bom gosto", complementa Jean Paulo Rebetez, gerente de operações da Spicy, rede de 19 lojas, presente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. É um consumidor que busca a linha de cutelaria, produtos associados ao vinho e aos grelhados, além de panelas, "que eles adoram", de acordo com Rebetez. Os homens representam 35% dos clientes da Spicy. Na Raul´s, outra das pioneiras no ramo, metade do público consumidor é homem, conta o proprietário Raul Souza Sulzbacher. A diferença básica em relação às mulheres é que eles compram as coisas mais caras. A Raul´s trabalha com 5,6 mil itens. De olho nos gourmets, também vende todos os bons azeites do mundo. Fátima Lourenço

Acima, Pena Placeres cozinhando em seu espaço de R$ 10 mil. No alto, detalhes dos talheres de Placeres. Ao lado, Eduardo Mazza mostra a coleção de panelas da marca francesa Le Creuset. Leonardo Rodrigues/Hype

LeonardoRodrigues/Hype

Tute Generali, dona da Suxxar, na cozinha dentro da loja

Fogão Magestic, vendido por R$ 17,6 mil na Suxxar de Pinheiros


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

ho: Garotin HC e aF s elogio in, m a Alck e d r a apes cias. n ê g r dive

Z Cruz/LU

Apesar de insistir em que não usará ataques ao atual governo, o pré-candidato tucano Geraldo Alckmin começa a intensificar a ofensiva a Lula em seus discursos. Ele chegou até a fazer referência às denúncias contra o ministro Antonio Palocci: "São Paulo não tem ladrões". Anthony Garotinho, que ganhou consulta no PMDB sobre candidatura à presidência, acena aproximação com os tucanos. E a pré-candidata petista, Marta Suplicy, não convence senadores sobre inocência no caso de descumprimento da Lei Responsabilidade Fiscal.

Patrícia

6 -.POLÍTICA

Nilton Fukuda/AE

PMDB

ALCKMIN AGORA NA OFENSIVA

m dia após elogiar o expresidente Fernando Henrique Cardoso no programa Roda Viva, da TV Cultura o ex-governador fluminense Anthony Garotinho (PMDB), vencedor da consulta que os peemedebistas promoveram sobre a candidatura da legenda à Presidência da República, voltou ontem a fazer acenos para o PSDB. Ele contou ter conversado na véspera, por telefone, com outro précandidato já lançado, o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, e fez questão de demonstrar que o ambiente entre os dois é amistoso, embora dissesse que Alckmin não lhe pediu apoio e que tem divergências ideológicas com o PSDB. "Quando ele foi escolhido, eu, dentro do espírito republicano de conversar com todos, liguei e dei os parabéns", contou. "Ele ontem, num gesto de educação política, retribuiu. Não podemos levar a política para o campo pessoal. Tenho boa relação com ele, apesar de toda divergência ideológica que tenho com o PSDB." Diálogo – Depois de chamar de "Judas" o senador José Sarney (PMDB-AP), integrante do grupo governista do partido, no domingo, Garotinho afirmou ontem que quer conversar com todos os peemedebistas, inclusive Sarney e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), também da ala governista. "Vou procurar todo mundo", adiantou. Sobre a divulgação das contas de sua pré-campanha, que seria ontem, Garotinho admitiu que deixará para a próxima semana. Ele afirmou que vai pôr na internet todos os gastos e doadores. (Agências)

Em resposta a protesto, Alckmin usa a diplomacia: 'A democracia é assim e eu não tenho medo de cara feia'. Robson Fernandes

GOVERNO FAZ COBRANÇA DURA AO CONGRESSO

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ntem foi dia de cobrança por parte do governo, que saiu a campo exigindo que o Congresso Nacional colocasse seus "débitos" em dia. Primeiro, foi o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que cobrou a aprovação do projeto de lei que reajusta o salário mínimo de R$ 300 para R$ 350. Marinho fez ainda uma advertência: caso a matéria não seja aprovada até 1º de abril, o governo irá encaminhar uma medida provisória para fazer o reajuste valer. A pressão levou a Câmara a aprovar ontem à noite a urgência para a votação do projeto. "Quero aproveitar para mandar uma mensagem ao parlamento brasileiro: nosso tempo está terminando em relação ao calendário necessário para aprovação do projeto de lei do salário mínimo", alertou. "Se o Congresso não aprovar no dia 29, no mais tardar no dia

Lula, na Bahia: crítica à "inveja" e ao atraso nas votação do Congresso.

30, nós teremos de dar entrada na medida provisória." Marinho garantiu que, indesejada pelo governo, a solução via MP é última alternativa: "É evidente que isso é um constrangimento porque o Congresso garantiu que teria tempo para aprovar e que nós ficássemos tranqüilos em encaminhar o projeto de lei. Cumprimos nossa parte." Inveja – Mais tarde, foi a vez do presidente Lula cobrar o Congresso. Em evento na Bahia, ele acusou a oposição de inveja e fez um apelo para que o Congresso

vote o Orçamento. "Sem o Orçamento, a gente não pode fazer todos os investimentos que precisa", disse. "Nós estamos trabalhando para ver se os deputados e senadores votam o Orçamento porque, lamentavelmente, a maior desgraça do ser humano é a inveja, ou seja, eles não conseguiram fazer e eles não querem permitir que a gente faça", acrescentou. Em resposta, o presidente da Comissão de Orçamento, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), culpou a base governista pelo atraso no Orçamento. (Agências)

INELEGÍVEL José Auricchio Junior, prefeito de São Caetano do Sul, é proibido de se candidatar.

VERTICALIZAÇÃO procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, declarou-se ontem contrário à validade nas eleições de outubro da emenda que acaba com a verticalização – regra pela qual os partidos têm que manter nos Estados a aliança feita para as disputas em nível federal. A posição do procurador bate de frente com a da Advocacia-Geral da União (AGU), que na segunda mostrou-se a favor da validade imediata da emenda – e, conseqüentemente, contra a verticalização. Os pareceres da Procuradoria e da AGU serão analisados pela ministra Ellen Gracie, relatora do caso no Supremo Tribunal Federal. O STF deverá dar a última palavra no assunto ainda esta semana. A manifestação do procurador-geral é uma resposta à ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que questiona a validade da emenda para as eleições deste ano. Para a OAB, o artigo 16 da Constituição determina que as leis que regem as eleições não podem ser alteradas a menos de 12 meses do pleito. Segundo a assessoria do procurador, ele argumentou que o artigo 16 foi criado para impedir "casuísmos" eleitorais.

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INOCENTE Comissão do governo inocenta general por tratamento privilegiado da TAM

Ó RBITA Antonio Cruz/ABr

mentar a suposta participação de Palocci num esquema de arrecadação de propina que aconteceria numa mansão em Brasília, o governador foi enfático. "O presidente Lula é responsável pelos seus ministros e qualidade do governo é a qualidade das pessoas que o compõem", declarou. Alegando surpresa com o seu desempenho nas pesquisas de intenção de votos, Alckmin disse que mantém as negociações com o PFL em torno de uma composição. O governador estará sexta-feira no Rio de Janeiro para um encontro com o prefeito Cesar Maia. Planos – O pré-candidato a presidente afirmou que está começando a projetar um programa de governo nos moldes do Plano de Metas, que Juscelino Kubitschek apresentou ao Brasil em 1955. As "metas" serão objetivos na harmonização dos desenvolvimentos regionais; o programa não sairá das pranchetas dos economistas paulistas, mas das sugestões de especialistas de todo o País, ouvidos em seminários regionais feitos pelo Instituto Teotônio Villela, centro de estudos do PSDB. A partir do dia 31 de março, quando renunciará ao mandato, Alckmin vai viajar pelo Brasil inteiro para "comer barro", expressão que adora usar, e conhecer as economias locais. "A idéia é andar pelos interiores para identificar os potenciais de harmonização do desenvolvimento", diz o secretário João Carlos Meireles, que será o coordenador-executivo da campanha. A coordenação-geral ficará com o senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, que cuidará das tarefas políticas, como as alianças partidárias. (Agências)

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ABr/Arquivo/15-08-2005

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o mesmo dia em que responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela conduta dos seus ministros, numa referência às denúncias que pesam contra Antonio Palocci (Fazenda), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, abandonou ontem o tom protocolar de seu discurso e afirmou que "em São Paulo não tem ladrão". Sem citar nomes, Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que o seu partido não tem do que se envergonhar. "A gente vê por aí, em outros governos, dinheiro sendo roubado, dinheiro sendo desperdiçado. Aqui vocês podem ficar tranquilos, porque aqui em São Paulo não tem ladrão. Em nosso partido, podemos olhar nos olhos de vocês", disse, após ser vaiado na inauguração de um Poupatempo. Enquanto discursava, Alckmin reagiu com ironia à provocação de um grupo de manifestantes que reclamavam de sua gestão, principalmente com críticas às áreas da educação e cultura. "Podemos desculpar até os amigos da oposição que vieram alegrar a nossa festa. Se a oposição não estivesse presente, seria chato. A democracia é assim e eu não tenho medo de cara feia", disse Alckmin, visivelmente incomodado com a reação do grupo. Elites – O governador adotou um discurso populista e minimizou a estratégia do PT de ligá-lo às elites durante a campanha. "Meu compromisso é com o desenvolvimento". Mais cedo, ele transferiu ao presidente Lula a responsabilidade sobre as atitudes tomadas por seus ministros. Ao co-

O 'NAMORO' ENTRE GAROTINHO E OS TUCANOS

AZEREDO

MARTA

Conselho de Ética do Senado arquivou a representação para que fosse investigada a denúncia de caixa 2 contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar. O tucano foi acusado de prestação de contas irregular na sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998. Ele confirmou à CPMI dos Correios que recebeu recursos do empresário Marcos Valério, suposto operador do mensalão, para as eleições de 1998. A representação foi arquivada pelo presidente, senador João Alberto (PMDB-MA), sob o argumento de que o episódio ocorreu antes de Azeredo assumir o Senado.

ex-prefeita Marta Suplicy esteve ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, para explicar o aditivo contratual à operação de empréstimo feita no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente, considerado irregular pelo Ministério da Fazenda, mas não apresentou nenhuma informação nova. "As informações que ela prestou são as mesmas que tinha encaminhado anteriormente, por escrito, ao Senado", disse o presidente da CAE, Luiz Otavio, que também é o relator do processo da petista. Ele não quis dizer se vai manter o seu parecer original, que considerou o aditivo irregular.

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São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

D C A R R O 11

APRESENTAÇÃO

Tudo começou na 2ª Guerra

Subidas e inundações são vencidas tranqüilamente

transmissão automática de cinco velocidades, motor V-8 de 4,7 litros a gasolina oferece 231 cv de potência. Enquanto isso, a versão Hemi, também com transmissão automática de cinco velocidades está equipada com o novo motor V-8 HEMI de 5,7 litros que alcança a potência líder em sua classe com 326 cv. Para registrar os 65 anos da marca e por ser o "carro-chefe" da empresa, o modelo ganhou uma edição comemorativa com preço promocional de R$ 175 mil, na versão Limited. Com motor V6 de 3.7 litros e 211

cavalos de potência, o veículo passou por reformulações em seus sistemas de segurança. Na linha atual, o modelo passa a contar com controle eletrônico de estabilidade (ESP), controle de tração (ETC) e sistema de auxílio de frenagem de emergência (BAS). Segundo dados do Renavam, o Jeep Cherokee Sport teve 205 unidades emplacadas em 2005. A versão 2006 está disponível no mercado com preço de R$ 115 mil. O Cherokee Sport, o mais popular veículo da marca, com seu desenho mais

Jeeps dos tempos da 2ª Guerra fizeram espetáculo à parte no programa

esportivo e moderno, chegou ao mercado em 1974, quando a Willys-Overland passou a ser chamada Kayser Jeep Corporation. Depois de 16 anos, em 1990, o modelo vence os preconceitos europeus com relação a este tipo de veículo e tornase sucesso também no velho mundo. No Brasil ele desembarcou em 1997, na versão Grand Cherokee. O Sport chegou em seguida.

Não é de hoje que o Jeep batalha no mercado. Na verdade, ele chegou nesta luta na 2ª Guerra Mundial, em 1941, quando a Willys-Overland, em Ohio, nos EUA (ela já teve fábrica no Brasil, nos anos 50/60, depois foi comprada pela Ford, que produziu o veículo até os anos 70) produziu um veículo que "chega a qualquer lugar" e "faz qualquer coisa", conforme se propagava na época. Sob encomenda - A idéia do Jeep surgiu de um projeto da empresa norte-americana Bantan, em 1940, atendendo a uma solicitação do exército americano, de um veículo 4x4 de reconhecimento de campo. Terminada a guerra, em 1945, ele começou a ser produzido para civis, sendo usado por famílias e na agricultura. Hoje ele confirma a previsão dos dirigentes da Willys-Overland: ele estará em constante evolução à medida que sejam encontradas novas funções para ele.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 5

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Apresentamos o balanço patrimonial, bem como as demonstrações do resultado, das origens e aplicações de recursos, as mutações do patrimônio líquido e as notas explicativas relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhados do parecer dos auditores independentes. São Paulo, 17 de março de 2006 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Valores em R$ mil) ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 Circulante ............................................................................................ 99.610 97.596 Circulante ............................................................................................ 55.634 54.779 Disponibilidades ............................................................................... 1.569 2.752 Depósitos ........................................................................................... 36.200 45.343 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................ 25.271 28.460 Depósitos à Vista .............................................................................. 9.572 6.563 Aplicações no Mercado Aberto ......................................................... 20.710 25.009 Depósitos Interfinanceiros ................................................................. 3.588 1.951 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................ 4.561 3.451 Depósitos à Prazo ............................................................................. 23.040 36.829 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Captações no Mercado Aberto ........................................................ 5.004 303 Financeiros Derivativos ................................................................... 11.331 6.433 Carteira Própria ................................................................................. 5.004 Carteira Própria ................................................................................. 6.333 6.433 Carteira de Terceiros ......................................................................... 303 Vinculados a Operações Compromissadas ...................................... 4.998 Relações Interdependências ........................................................... 399 983 Relações Interfinanceiras ................................................................ 327 347 Recursos em Trânsito de Terceiros ................................................... 399 983 Depósitos no Banco Central ............................................................. 137 105 Obrigações por Repasses do País ................................................. 11.109 3.633 Correspondentes ............................................................................... 190 242 FINAME ............................................................................................. 11.109 3.633 Operações de Crédito ...................................................................... 51.594 52.301 Outras Obrigações ............................................................................ 2.922 4.517 Operações de Crédito ....................................................................... 56.246 61.699 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados .................... 19 32 Setor Privado .................................................................................... 56.246 61.699 Sociais e Estatutárias ....................................................................... 29 363 Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa ......... (4.652) (9.398) Fiscais e Previdenciárias .................................................................. 654 2.318 Outros Créditos ................................................................................. 9.506 7.291 Diversas ............................................................................................ 2.220 1.804 Diversos ............................................................................................ 10.244 8.096 Exigível a Longo Prazo ...................................................................... 111.461 102.404 Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................... (738) (805) Depósitos ........................................................................................... 100.287 86.778 Outros Valores e Bens ...................................................................... 12 12 Depósitos a Prazo ............................................................................. 100.287 86.778 Despesas Antecipadas ..................................................................... 12 12 Obrigações por Repasses do País ................................................. 9.833 14.238 Realizável a Longo Prazo .................................................................. 97.303 89.151 FINAME ............................................................................................. 9.833 14.238 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Outras Obrigações ............................................................................ 1.341 1.388 Financeiros Derivativos ................................................................... 19.704 22.549 Fiscais e Previdenciárias .................................................................. 28 33 Carteira Própria ................................................................................. 19.704 22.549 Diversas ............................................................................................ 1.313 1.355 Operações de Crédito ...................................................................... 43.464 40.454 Patrimônio Líquido ............................................................................. 38.166 37.818 Operações de Crédito ....................................................................... 43.464 40.454 Capital Social - Domiciliados no País ................................................. 37.240 35.811 Setor Privado .................................................................................... 43.464 40.454 Reserva de Capital ............................................................................. 406 341 Outros Créditos ................................................................................. 33.507 25.520 Reserva de Reavaliação ..................................................................... 115 137 Diversos ............................................................................................ 33.507 25.520 Ajuste ao Valor de Merc.-TVM e Instr.Financeiro ................................ 125 Outros Valores e Bens ...................................................................... 628 628 Reserva de Lucros .............................................................................. 298 292 Outros Valores e Bens ...................................................................... 628 628 Lucros Acumulados ............................................................................ 107 1.112 Permanente ......................................................................................... 8.348 8.254 Investimentos ...................................................................................... 276 206 Imobilizado de Uso ............................................................................. 7.948 7.802 Diferido ................................................................................................ 124 246 Total do Ativo ...................................................................................... 205.261 195.001 Total do Passivo .................................................................................. 205.261 195.001 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2005 E NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Valores em R$ mil) Ajuste Valor Reserva Capital Reserva de Reserva de Mercado TVM de Lucros Lucros Eventos Realizado Capital Reavaliação Ins. Fin. Deriv. Reserva Legal Acumulados Totais Saldos em 31 de Dezembro de 2003 ..................................................... 28.517 320 159 216 973 30.185 Aumento de Capital Com subscrição de novas ações ........................................................... 6.000 6.000 Com utilização de reservas e lucros ...................................................... 1.294 (320) (974) Dividendos do exercício de 2003 para futuro aumento de capital ........... 317 317 Reserva de Atualização de Títulos Patrimoniais ..................................... 24 24 Realização da reserva de reavaliação ..................................................... (22) 22 Ajuste ao valor de merc-Cotas de fundo de invest.direitos creditórios .... 125 125 Lucro líquido do exercício ........................................................................ 1.530 1.530 Destinações - Reserva legal ......................................................................................... 76 (76) - Dividendos ............................................................................................. (363) (363) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 ..................................................... 35.811 341 137 125 292 1.112 37.818 Aumento de Capital Com utilização de reservas e lucros ...................................................... 1.429 (317) (1.112) Dividendos do exercício de 2004 para futuro aumento de capital ........... 363 363 Reserva de Atualização de Títulos Patrimoniais ..................................... 19 19 Realização da reserva de reavaliação ..................................................... (22) 22 Ajuste ao valor de merc-Cotas de fundo de invest.direitos creditórios .... (125) (125) Lucro líquido do exercício ........................................................................ 120 120 Destinações - Reserva legal ......................................................................................... 6 (6) - Dividendos ............................................................................................. (29) (29) Saldos em 31 de Dezembro de 2005 ..................................................... 37.240 406 115 298 107 38.166 Saldos em 30 de Junho de 2005 ............................................................ 37.240 406 126 292 44 38.108 Realização da reserva de reavaliação ..................................................... (11) 11 Lucro do semestre ................................................................................... 87 87 Destinações - Reserva legal ......................................................................................... 6 (6) - Dividendos ............................................................................................. (29) (29) Saldos em 31 de Dezembro de 2005 ..................................................... 37.240 406 115 298 107 38.166

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2005 E DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Valores em R$ mil) 2º Semestre Exercícios 2005 31/12/2005 31/12/2004 Receitas da Intermediação Financeira ................................ 21.218 43.238 53.569 Operações de Crédito ............................................................ 15.358 31.914 48.130 Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .. 5.860 11.324 5.439 Despesas da Intermediação Financeira .............................. (13.145) (25.260) (31.264) Captação no Mercado ............................................................ (12.424) (23.552) (20.632) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ................... (721) (1.708) (10.632) Resultado Bruto da Intermediação Financeira ................... 8.073 17.978 22.305 Outras Receitas (Despesas) Operacionais ......................... (7.169) (16.755) (20.066) Receitas de Prestação de Serviços ....................................... 392 794 820 Despesas de Pessoal ............................................................ (3.942) (8.123) (8.043) Outras Despesas Administrativas .......................................... (5.304) (9.780) (9.686) Despesas Tributárias .............................................................. (615) (1.208) (1.706) Outras Receitas (Despesas) Operacionais ............................ 2.300 1.562 (1.451) Resultado Operacional ......................................................... 904 1.223 2.239 Resultado não Operacional .................................................. 33 35 174 Resultado antes da Tributação s/o Lucro ............................ 937 1.258 2.413 Imposto de Renda e Contribuição Social ............................ (850) (1.138) (883) Provisão para o Imposto de Renda ........................................ (1.240) Provisão para a Contribuição Social ...................................... (466) Ativo Fiscal Diferido ............................................................... (850) (1.138) 823 Lucro Líquido do Semestre/Exercício ................................. 87 120 1.530 Lucro Líquido por Ação (Em R$ 1,00) ................................. 0,08 0,10 1,33 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2005 E NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Valores em R$ mil) 2º Semestre Exercícios 2005 31/12/2005 31/12/2004 Origem dos Recursos ........................................................... 16.427 16.526 51.058 Lucro Líquido Ajustado ....................................................... 425 816 2.240 Lucro Líquido do Semestre/Exercício .................................. 87 120 1.530 Depreciações e Amortizações ............................................. 338 696 710 Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Inst.Financeiros .... 125 Recursos de Acionistas ....................................................... 363 6.317 Dividendos de Acionistas ..................................................... 363 317 Subscrição de Novas Ações ................................................ 6.000 Recursos de Terceiros: ........................................................ 16.002 15.347 42.376 Aumento dos Subgrupos do Passivo Circulante e Exig. a Longo Prazo ...................................... 7.336 12.138 12.202 Depósitos ............................................................................. 5.080 4.366 10.726 Captações no Mercado Aberto ............................................ 4.701 61 Obrigações por Empréstimos e Repasses ........................... 1.303 3.071 Outras Obrigações ............................................................... 953 1.415 Diminuição dos Subgrupos do Ativo Circ. e Real. a Longo Prazo ................................................ 8.666 3.209 30.174 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................... 2.820 3.189 Títulos e Valores Mobiliários ................................................ 3.295 Relações Interfinanceiras e Interdependências ................... 906 20 14 Operações de Créditos ........................................................ 1.645 29.079 Outros Valores e Bens .......................................................... 1.081 Aplicação dos Recursos ....................................................... 16.937 17.709 49.438 Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Inst.Financeiros .... 125 Dividendos Propostos ......................................................... 29 29 363 Variação nos Resultados de Exercícios Futuros ............... 8 Inversões em: ....................................................................... 505 768 4.217 Imobilizado de Uso .............................................................. 454 717 4.217 Investimentos ....................................................................... 51 51 Aplicações no Diferido ......................................................... 3 3 31 Aumento dos Subgrupos do Ativo Circ. e Real. a Longo Prazo ................................................ 9.761 14.558 37.159 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................... 12.416 Títulos e Valores Mobiliários ................................................ 2.053 11.339 Operações de Crédito .......................................................... 2.303 Outros Créditos .................................................................... 9.757 10.202 13.404 Outros Valores e Bens .......................................................... 4 Diminuição dos Subgrupos do Passivo Circulante e Exig. a Longo Prazo ...................................... 6.639 2.226 7.660 Captações no Mercado Aberto ............................................ 5.944 Relações Interfinanceiras e Interdependências ................... 695 584 552 Obrigações por Repasses do País ....................................... 7.108 Outras Obrigações ............................................................... 1.642 (Redução) Aumento das Disponibilidades .......................... (510) (1.183) 1.620 Modificações na Posição Financeira Disponibilidades Início do Período .................................................................. 2.079 2.752 1.132 Final do Período ................................................................... 1.569 1.569 2.752 (Redução) Aumento das Disponibilidades .......................... (510) (1.183) 1.620

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Valores em R$ mil) 1. Contexto Operacional - O Banco tem como objetivo a prática de operações inerentes às respectivas carteiras autorizadas (Comercial e de Crédito, Financiamento e Investimento). 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras - As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira e Normas e Instruções do Banco Central do Brasil. 3. Principais Práticas Contábeis - a) As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. b) As aplicações interfinanceiras de liquidez e as operações de crédito são demonstradas ao valor futuro, ajustado por rendas a apropriar, para apropriação “pro-rata-die”, no decorrer dos prazos contratuais das operações. c) Os títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, estão classificados de acordo com as normas previstas na CIrcular nº 3068 de 08 de novembro de 2001, do Banco Central do Brasil. Os títulos classificados na categoria, mantidos até o vencimento, estão avaliados pelos respectivos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. d) A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos ativos correspondentes, observadas as disposições contidas na Resolução nº 2.682/99, do Banco Central do Brasil. e) Os investimentos são demonstrados ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995. f) O ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e reavaliação, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas compatíveis com o tempo estimado de vida útil econômica dos bens. g) O ativo diferido é representado por: (a) benfeitorias em imóveis de terceiros, amortizadas pelo prazo de locação; (b) gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais, amortizados com base no método linear, às taxas compatíveis com o tempo estimado da vida útil dos sistemas. h) As captações de recursos, representadas por Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI) são demonstradas pelo valor futuro, ajustado por despesas a apropriar. As operações pós-fixadas são registradas pelo valor do principal, acrescido dos encargos incorridos até a data do balanço. i) A provisão para férias é constituída com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do Balanço, acrescidas dos encargos sociais correspondentes. j) As obrigações por repasses do país são registradas pelo valor do principal acrescido dos encargos incorridos até a data do Balanço. k) A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida de adicional de 10% previsto na legislação em vigor. l) A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% calculada sobre o resultado ajustado nos termos da legislação em vigor. 4. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto - Posição Bancada LFT ...................................................................................................... LTN ...................................................................................................... - Posição Financiada LFT ...................................................................................................... Subtotal ................................................................................................ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - CDI de Instituições Não Ligadas ...................................................... - CDI Vinculados ao Crédito Rural ...................................................... Subtotal .............................................................................................. Total ....................................................................................................

31/12/2005

31/12/2004

10.004 10.706

13.701 11.003

20.710

305 25.009

1.033 3.528 4.561 25.271

1.565 1.886 3.451 28.460

5. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 31/12/2005 Curto Prazo Carteira Própria LFT ...................................................................................................... 4.626 T.D.A. ................................................................................................... 205 CDB .................................................................................................... 1.502 6.333 Vinculados a Operações Compromissadas LFT ...................................................................................................... 4.998 Total Curto Prazo ................................................................................ 11.331 Longo Prazo Carteira Própria LFT ...................................................................................................... 4.924 T.D.A .................................................................................................... 2.181 Cotas de Fundos de Investimentos ..................................................... 12.562 CDB .................................................................................................... 37 19.704 Total Longo Prazo ............................................................................... 19.704

31/12/2004 4.709 207 1.517 6.433 6.433 12.184 2.404 7.924 37 22.549 22.549

a) Em atendimento às determinações contidas nas Circulares do BACEN nºs. 3068 e 3082 de 08 de novembro de 2001 e 30 de janeiro de 2002, respectivamente, o Banco adotou novos critérios para o registro contábil e avaliação dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. Os novos critérios introduzem o conceito de valor de mercado e a intenção da administração em operar com determinado título e instrumento financeiro derivativo. b)Classificação da Carteira de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: Descrição 31/12/2005 31/12/2004 Mantidos até o Vencimento ................................................................ 31.035 21.058 Certificado de Depósito Bancário - CDB .............................................. 1.539 1.554 Letras Financeiras do Tesouro - LFT ..................................................... 14.548 16.893 Títulos da Dívida Agrária - TDA ............................................................ 2.386 2.611 Cotas de Fundos de Investimentos ...................................................... 12.562 Títulos Disponíveis para Venda ....................................................... 7.924 Cotas de Fundos de Investimentos .................................................... 7.924 Total ...................................................................................................... 31.035 28.982 6. Operações de Crédito - a) Os créditos são concedidos a pessoas físicas e jurídicas, e têm o seguinte direcionamento: 31/12/2005 31/12/2004 Empréstimos em Conta Corrente ......................................................... 31.562 31.953 Empréstimos em Modalidades Ativas .................................................. 30.103 31.661 Desconto de Títulos .............................................................................. 1.470 1.277 Crédito Direto ao Consumidor (CDC) .................................................... 15.632 19.391 Repasses do BNDES - FINAME ........................................................... 20.943 17.871 Total ...................................................................................................... 99.710 102.153 b) As operações de crédito estão classificadas de acordo com os níveis de risco e segregadas entre curso normal (atraso inferior a 15 dias) e vencidas (com atraso igual ou superior a 15 dias), conforme a seguir: Vencidos há Saldo da Carteira Curso Normal mais de 15 dias em 31/12/2005 Nível AA ............................................ 1.793 1.793 Nível A .............................................. 37.799 37.799 Nível B .............................................. 7.067 7.343 14.410 Nível C .............................................. 20.812 6.757 27.569 Nível D .............................................. 11.521 3.292 14.813 Nível E .............................................. 5 1.677 1.682 Nível F ............................................... 130 130 Nível G .............................................. 1 242 243 Nível H .............................................. 14 1.257 1.271 Total .................................................. 79.012 20.698 99.710

11. Depósitos a Prazo

c) Distribuição das parcelas por faixa de vencimento: Vencimento das Parcelas Carteira a vencer até 3 meses ............................................... Carteira a vencer até 12 meses ............................................. Carteira a vencer até 3 anos .................................................. Carteira a vencer até 5 anos .................................................. Carteira vencida a partir de 15 dias ....................................... Total .......................................................................................

Valor 23.152 33.094 21.119 1.647 20.698 99.710

7. Provisão para Operações de Crédito e Outros Créditos de Liquidação Duvidosa Movimentação de Contas 2º Sem/2005 31/12/2005 Saldo no início do Semestre/Exercício ................... (8.147) (10.203) Valor debitado ao Resultado ....................................... (721) (1.708) Transferência para Contas de Compensação (a) ........ 3.478 6.521 Saldo no final do Semestre/Exercício ..................... (5.390) (5.390)

31/12/2004 (6.531) (10.632) 6.960 (10.203)

(a) Conforme o artigo 7º da Resolução BACEN nº 2.682/99, as operações classificadas como de risco nível H devem ser transferidas para conta de compensação após decorridos 180 dias da sua classificação nesse nível de risco, com o correspondente débito em provisão não sendo admitido o registro em período inferior. Durante o exercício de 2005 foram recuperados créditos em liquidação baixados em períodos anteriores, no montante de R$ 946 mil (R$ 931 mil em 2004). 8. Outros Créditos (Diversos) Curto Prazo Adiantamentos e Antecipações Salariais ............................................. Adiantamentos para Pagamentos de Nossa Conta .............................. Imposto de Renda e Contribuição Social a Compensar ....................... Títulos e Créditos a Receber (b) ........................................................... Devedores Diversos - Exterior .............................................................. Devedores Diversos - País .................................................................... Total Curto Prazo ................................................................................ Longo Prazo Créditos Tributários de Impostos e Contribuições (a) ........................... Títulos e Créditos a Receber (b) ........................................................... Devedores por Depósitos em Garantia (c) ............................................ Devedores Diversos - País .................................................................... Total Longo Prazo ...............................................................................

31/12/2005

31/12/2004

77 25 38 7.062 1.256 1.786 10.244

60 55 954 3.706 605 2.716 8.096

1.566 28.276 3.140 525 33.507

2.703 19.479 2.793 545 25.520

(a) Constituídos sobre: (I) valor da Provisão sobre Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa adicionado quando da apuração desses tributos, e cuja dedutibilidade ocorrerá em períodos futuros, e (II) outras provisões indedutíveis temporariamente. Critérios de constituição: Os créditos tributários foram registrados contabilmente de acordo com os critérios estabelecidos na Resolução nº 3.059 de 20/12/2002 e Circular nº 3.171 de 30/12/2002 do Banco Central do Brasil, constituídos à alíquota de 15% , mais adicional de 10% para Imposto de Renda e 9% para a contribuição Social. Natureza e origem: As diferenças temporárias são decorrentes da indedutibilidade, para efeitos fiscais, das despesas de provisão para devedores duvidosos constituídas de acordo com a Resolução nº 2.682/ 99 do Banco Central do Brasil. (b) Referem-se a operações de crédito renegociadas através de cessões de crédito, negociações em juízo e confissões de dívidas, garantidos por caução de contratos de aluguel de veículos, caução de contratos de serviços, penhor de máquinas, imóveis e duplicatas. (c) Refere-se a depósitos judiciais relativos a interposições para recursos fiscais e trabalhistas. O Banco possui ação judicial que gerou crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social. Constituição dos créditos tributários Imposto de Renda Contribuição Social Diferenças Ações Diferenças Ações Total dos Movimentação do Exercício Temporárias Judiciais Temporárias Judiciais Créditos Saldo 31/12/2004 ......................... 1.927 54 702 20 2.703 (+) Constituição ............................. (-) Exclusões ................................. (836) (301) (1.137) (=) Saldo 31/12/2005 .................... 1.091 54 401 20 1.566 Diferenças temporárias: estão demonstrados pelo valor presente dos créditos, sendo prevista sua realização pelos mesmos valores, conforme demonstrado a seguir: Imposto de Renda Contribuição Social Total Valor Valor Valor Valor Valor Valor Prazo de Realização Previsto Presente Previsto Presente Previsto Presente Ano 2005 ........................... 1.091 1.091 401 401 1.492 1.492 1.091 1.091 401 401 1.492 1.492 Ação judicial: Origem do Crédito Ação Judicial .....................

Prazo de Realização Ano 2007

Imposto de Renda 54 54

Contribuição Social 20 20

Total 74 74

Demonstração da base de cálculo e apuração dos tributos diferidos no exercício de 2005: Imposto Contribuição de Renda Social Efeito do Crédito Tributário 31/12/2005 31/12/2005 (=) Resultado Contábil ................................................ 1.258 1.258 (+) Adições: Permanentes ........................................................... 1.418 1.418 Temporárias ............................................................. 4.455 4.455 (-) Exclusões Permanentes ........................................................... (1.059) (1.059) Temporárias ............................................................. (7.800) (7.800) (=) Resultado Tributável .............................................. (1.728) (1.728) (x) Alíquota ................................................................... 15% e 10% 9% (-) C.Tributário s/ Diferenças Temporárias ..................... (836) (301) (=) Valor das Despesas c/ Tributos ............................. (836) (301) 9. Despesas Antecipadas - Referem-se a pagamentos de prêmios de seguros contratados e anuidade de associação de classe. São apropriadas “pro-rata-temporis” de acordo com os prazos de vigência dos seguros contratados. 10. Imobilizado de Uso Itens Edificações .................................................. Terreno ......................................................... Instalações ................................................... Móveis, Equipamentos de Uso .................... Sistema de Comunicação - Equipamentos . Sistema de Comunicação - Direitos de Uso Sistema de Processamento de Dados ........ Sistema de Segurança ................................ Depreciações Acumuladas .......................... Total .............................................................

Taxa de Depreciação 4% 10% 10% 10% 20% 10% -

31/12/2005 8.753 679 494 705 184 234 1.329 24 (4.454) 7.948

31/12/2004 8.753 679 240 410 158 234 1.197 16 (3.885) 7.802

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A DIRETORIA

Aos Acionistas e Diretores do Banco Luso Brasileiro S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Luso Brasileiro S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao segundo semestre de 2005 e aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil

e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Luso Brasileiro S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio

Depósitos a Prazo Prazos de Vencimento 31/12/2005 31/12/2004 Curto Prazo Até 90 dias ................................. 3.290 4.423 De 90 a 360 dias ........................ 20.166 32.771 Subtotal ..................................... 23.456 37.194 Despesas a apropriar ................. (416) (365) Total Curto Prazo ..................... 23.040 36.829 Longo Prazo Mais de 360 dias ........................ 100.287 86.778 Total Longo Prazo .................... 100.287 86.778 Não há captação com prazo inferior a 30 dias.

Depósitos Interfinanceiros 31/12/2005 31/12/2004 1.381 2.207 3.588 3.588

1.951 1.951 1.951

-

-

31/12/2005

31/12/2004

2 554

3 502

443 104 1.117 2.220

551 95 653 1.804

12. Outras Obrigações (Diversas) Curto Prazo Cheques Administrativos ...................................................................... Provisão para Pagamentos a Efetuar ................................................... Credores Diversos - País: Pagamentos a Processar ...................................................................... INSS/2003 (a) ..................................................................................... Outros ................................................................................................. Total do Curto Prazo ........................................................................... Longo Prazo Provisão para Passivos Contingentes (b) ............................................. Credores Diversos - País: INSS/2003 (a) ....................................................................................... Total do Longo Prazo ..........................................................................

639

639

674 1.313

716 1.355

(a) O Banco optou pelo Programa de Parcelamento Especial - PAES, conforme facultado pela Lei nº 10.684/03 para parcelamento de dívida junto ao INSS decorrente de Autos de Infração. A composição do saldo do PAES é a seguinte: INSS Parcelado Principal Multa e Juros Total Vale Transporte ............................................................... 74 84 158 Responsabilidade Solidária - Prest. Serviços ................. 109 137 246 Prestação de Serviços - Diretores .................................. 222 156 378 Despesas Sócios Glosadas ............................................ 22 35 57 Total do Parcelamento .................................................... 839 (+) Atualizações até 31/12/2005 ..................................... 174 (-) Pagamentos até 31/12/2005 ...................................... (235) (=) Saldo Contábil ........................................................... 778 Curto Prazo ..................................................................... 104 Longo Prazo .................................................................... 674 O pagamento será realizado em 90 parcelas mensais e sucessivas de R$ 8,63 mil. O INSS definiu o índice de atualização das parcelas em URTJLP. A primeira parcela foi paga em 05 de agosto de 2003. (b) Refere-se a provisão para INSS s/pró-labore e autônomos e outras contingências trabalhistas. 13. Outras Obrigações-Fiscais e Previdenciárias Curto Prazo Provisão para Impostos e Contribuições s/ Lucro Provisão para Imposto de Renda ........................................................ Provisão para Contribuição Social ...................................................... Provisão – PIS Repique ...................................................................... Impostos e Contribuições a Recolher ................................................... Total do Curto Prazo ........................................................................... Longo Prazo Provisão para Imposto de Renda Diferido Imposto de Renda s/Reserva de Reavaliação .................................... Contribuição Social s/Reserva de Reavaliação .................................... Total do Longo Prazo ..........................................................................

31/12/2005

31/12/2004

654 654

1.240 466 63 549 2.318

17 11 28

21 12 33

14. Capital Social - O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 1.152.216 ações nominativas, sendo 727.227 ordinárias e 424.989 preferenciais, sem valor nominal. As ações preferenciais não têm direito a voto, e fazem jus a dividendos de 10% acima do que seria pago às ordinárias. Aos acionistas são assegurados 25% como dividendos mínimos obrigatórios, calculados sobre o lucro líquido apurado, de acordo com a legislação societária. 15. Compromissos e Coobrigações - O Banco possui coobrigações e riscos em garantias prestadas de R$ 9.605 mil (R$ 5.984 mil em 2004) compreendendo: a) Coobrigações em Cessões de Crédito de R$ 5.285 mil (R$ 800 mil em 2004). Essas coobrigações são provenientes de crédto direto ao consumidor (CDC). b) Cartas de Fiança de R$ 4.320 mil (R$ 5.184 mil em 2004). 16. Responsabilidades Diversas - As responsabilidades por valores em custódia representam R$ 124.030 mil (R$ 124.127 mil em 2004). Os valores em cobrança representam R$ 16.097 mil (R$ 10.905 mil em 2004) 17. Derivativos - Visando proteger-se das flutuações a que estão sujeitos os ativos e passivos próprios e de seus clientes, o Banco realiza operações com derivativos. Compete à Administração do Banco a fixação das políticas de atuação, bem como o estabelecimento de limites para essas operações, os quais são periodicamente atualizados. Os riscos são monitorados através de instrumentos de controle julgados apropriados de forma a assegurar o cumprimento das políticas estabelecidas. O Banco possui operação de SWAP no valor de R$ 6.345 mil (R$ 5.428 em 2004 ). 18. Transações com Partes Relacionadas Obrigações Despesas 31/12/2005 31/12/2004 31/12/2005 31/12/2004 Depósitos a Prazo .............. 6.311 6.766 539 1.281 Aluguéis .............................. 85 102 Totais .................................. 6.311 6.766 624 1.383 Referem-se a operações realizadas com empresas não financeiras do grupo e acionistas. 19. Outras Informações - No início do segundo semestre de 2004 o Banco participou do processo de estruturação e constituição do Banco Luso Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - Empréstimo com Consignação em Folha. O fundo foi constituído em forma de condomínio fechado com prazo de duração de 36 meses e com patrimônio líquido de até R$ 100.000.000,00, registrado na CVM - Comissão de Valores Mobiliários em 07 de dezembro de 2004. Na estruturação e gestão do Fundo estão envolvidas as seguintes entidades: • Coordenador => BES Investimento do Brasil; • Administrador/Gestor; => Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A.; • Custodiante => Deutsche Bank S.A. O Fundo tem por objetivo a captação de recursos para aquisição de direitos creditórios oriundos de empréstimos concedidos pelo Banco Luso Brasileiro S.A. a pensionistas, servidores públicos, civis ou militares, e empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista, cujo pagamento é efetuado por meio de consignação em folha. O Fundo adquirirá em caráter continuado, direitos creditórios do Banco Luso Brasileiro S.A. utilizando-se dos recursos provenientes da integralização de cotas e da liquidação dos ativos de sua titularidade pelas contrapartes. A participação do Banco Luso Brasileiro S.A. no Fundo, está restrita à cessão de direitos creditórios. A transação inicial entre o Banco e o Fundo foi de R$ 35.000 mil.De acordo com as regras do Fundo, o Banco Luso Brasileiro S.A. deve manter um mínimo de 22% do patrimônio do Fundo em cotas subordinadas para garantir a liquidação e rentabilidade dos investidores. Entretanto, do valor inicial transacionado com o Fundo, o Banco subscreveu 27% do valor, equivalente a R$ 9.450 mil, em cotas subordinadas, em 31 de dezembro de 2005 esse valor estava em R$ 12.562 mil. As cotas subordinadas subscritas pelo Banco estão contabilizadas na rubrica de títulos e valores mobiliários e classificadas na modalidade de Títulos Mantidos até o Vencimento (Nota 5).

Waldir Trepichio CRC 1SP 119.363/O-8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES líquido e as origens e aplicações de seus recursos no segundo semestre de 2005 e nos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de março de 2006.

BOUCINHAS & CAMPOS + SOTECONTI Auditores Independentes S/S CRC - 2SP 5.528/O-2

João Paulo Antonio Pompeo Conti Contador CRC-1-SP 057611/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quarta-feira, 22 de março de 2006

em Campinas

Outra solução : a formação de uma Parceria PúblicoPrivada, diz Gagliardi, da Associação

13 DE MAIO

Um síndico para o centro ÓRBITA

Comércio da cidade estuda viabilidade jurídica do condomínio. A Acic propõe: as empresas financiariam os reparos e a manutenção da 13 e teriam desconto no IPTU

IMPOSTOS

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

A

s entidades rep re s e n t a t i v a s do comércio campineiro Acic, CDL e Sindilojas vão definir, em conjunto, quais devem ser os termos jurídicos para a implantação de um condomínio entre os comerciantes da rua 13 de Maio para a manutenção da revitalização do calçadão. A busca de uma solução para os problemas estruturais e de manutenção da principal via de comércio do centro da cidade foi debatida ontem em reunião na Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). A Associação, de acordo com o diretor superintendente, Paulo Roberto Gagliardi, tem duas propostas iniciais para que os comerciantes também assumam a responsabilidade pela manutenção da rua que inaugurou a revitalização em 26 de outubro do ano passado. “Podemos formar um condomínio que financie os reparos e a manutenção. Essa conta pode ser repassada para a administração municipal na forma de descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano”, observou o superintendente. Outra proposta pode ser a formação de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre os comerciantes e a Prefeitura permitindo, da mesma forma, a utilização de recursos para os trabalhos de recuperação da 13. Assim como na primeira hipótese, os comerciantes, de acordo com Gagliardi, também teriam benefícios de redução de impostos como compensação pelos investimentos na manutenção da revitalização. Essas alternativas, entretanto, para o diretor do Sindicato dos Lojistas de Campinas (Sindilojas), Fernando Piffer, podem esbarrar em problemas legais na administração municipal. “No ano passado solicitamos para a Prefeitura alguns benefícios fiscais para os comerciantes do centro da cidade, principalmente da rua 13 de

O espelho d'água da Rui Barbosa está verde. O DPJ vai limpar, mas não tem recursos para o cloro

O vandalismo, como a palmeira serrada na base, também preocupa

O comércio continua recuperando as fachadas Enquanto o paisagismo está descuidado e as árvores mortas.

Maio, que sofreram muito com as obras de restauração, que interferiram demais no faturamento. O problema é que isso acaba criando diferenças entre os comerciantes, o que é ilegal”, disse Piffer. Todos os comerciantes, pelo menos da rua 13 de Maio, foram convocados para a reunião que aconteceu ontem na Associação Comercial e Industrial. Do lado dos comerciantes só compareceram os representantes das entidades. Além da formação de um condomínio, também foram discutidas as soluções emergenciais para pelo menos três problemas fundamentais para a rua: a iluminação precária, a falta de limpeza do

ADMINISTRAÇÃO

Fórum de Fiscalização está inativo

O

Fórum Permanente de Fiscalização, criado pela administração municipal em setembro do ano passado, já está inativo. O último ato do Fórum, criado para fiscalizar o comércio formal e informal de Campinas, aconteceu entre os dias 6 e 7 de dezembro de 2005 no

Mercado Campineiras, da rua Barão de Jaguara. A falta de atividade foi informada, ontem, pelo representante da Zeladoria do Centro, José Írio Silva, na reunião que discutiu as soluções para a manutenção da rua 13 de Maio. De acordo com o representante da Zeladoria, depois da

espelho de água na praça Rui Barbosa e a falta de cuidado com as plantas utilizadas no paisagismo. Orçamento – Para todas as questões colocadas na reunião pelos representantes dos comerciantes a respostas, de uma forma ou de outra, foi sempre a mesma: a falta de dinheiro da administração municipal para atender à demanda da rua. No quesito iluminação, de acordo com o assessor departamental do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), Valter Cominatto, não há dinheiro para a troca dos soquetes de ligação das lâmpadas. Para a iluminação ornamental foram instalados pequenos postes ao longo da 13 de Maio já que os an-

tigos postes da CPFL foram retirados como parte do plano de revitalização. Esses postes ornamentais utilizam lâmpadas especiais que custam, hoje, R$ 176. Levantamento preliminar do Departamento constatou que pelo menos 30 dos aproximadamente 100 postes ornamentais estão com problemas e devem receber lâmpadas novas imediatamente, apesar da vida útil das lâmpadas atuais ser de 10 mil horas. A idéia da Prefeitura é ir trocando os soquetes e as lâmpadas que custam cerca de R$ 60 à medida que forem queimando. Mesmo assim, a Prefeitura não tem dinheiro para fazer as trocas urgentes

fiscalização no Mercado Campineiro, aconteceu uma reunião entre os membros do Fórum já em janeiro deste ano, mas os trabalhos acabaram nessa reunião. Para o diretor do Sindicato dos Lojistas de Campinas (Sindilojas), Fernando Piffer, é uma péssima notícia o encerramento das atividades do Fórum, principalmente pelo trabalho que a fiscalização estava começando a fazer junto ao comércio ilegal e ao contrabando. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas informou,

às 17h30 de ontem, que não conseguiu encontrar nenhuma resposta em nenhum setor da administração municipal a respeito dos motivos do cancelamento dos trabalhos do Fórum. O Fórum Permanente de Fiscalização é integrado por 13 órgãos municipais, entre eles a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos, os departamentos de Meio Ambiente, Receitas Mobiliárias, Receitas Imobiliárias (Secretaria de Finanças), Uso e Ocupação do Solo (Secretaria de Urbanismo), Proteção ao

de uma única vez. Nesse caso, a CPFL não entra na manutenção já que a iluminação não faz parte de seu padrão de poste. Mesmo assim as associações e a Prefeitura vão tentar conseguir a manutenção junto à companhia de energia elétrica. Espelho - Ontem, o Departamento de Parques e Jardins começou a analisar como vai poder realizar a limpeza do espelho de água da Rui Barbosa. O espelho nunca foi limpo desde a inauguração da praça junto com a rua, em outubro do ano passado. A obra sempre foi alvo de críticas do comércio justamente pela falta de manutenção que poderia ter por parte da administração municipal. O Departamento já encontrou problemas no trabalho já que o encanamento de retirada da água está entupido por concreto. As pastilhas que recobrem o fundo e a lateral do espelho estão soltando, provavelmente porque o local recebeu a água assim que as pastilhas foram assentadas na noite anterior à inauguração. Cominatto não quis comentar os problemas estruturais do espelho. Seu maior problema, hoje á conseguir o cloro para a limpeza do local. “Vamos tentar conseguir o cloro junto à Secretaria de Cultura”, disse. Plantas - A sujeira na calçada e nas lixeiras, além da falta de cuidados com as palmeiras plantadas ao longo da 13 de maio, também foram debatidas ontem na reunião. O centro ainda enfrenta o vandalismo. Uma palmeira já foi serrada na base em um ato de simples maldade com a planta. Quanto à sujeira, o membro da comissão de manutenção da 13, Ricardo Leite, arquiteto responsável pela revitalização da Catedral, vai montar um cartilha educativa para comerciantes e usuários da rua. O Sindilojas se comprometeu a mandar imprimir o maior número possível de cópias da cartilha para educar as pessoas que trabalham ou utilizam a 13 de Maio. A Zeladoria do Centro também já tem pronta uma cartilha de orientação para tentar minimizar a sujeira da região central da cidade. Também surgiram propostas de aumento da segurança na rua, o que poderia ser feito se houvesse um maior efetivo da Guarda Municipal na cidade. Mário Tonocchi

Consumidor, Secretaria de Assuntos Jurídicos e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S/A (Emdec). Acompanharam também as fiscalizações a Guarda Municipal, a Ouvidoria Geral do Município, a Sanasa, a Setec, a Vigilância Sanitária e a Zeladoria do Centro. Quando criado, o Fórum centralizou vistorias no comércio de alimentos, além da poluição sonora e visual na área central da cidade. A intenção é ampliar a fiscalização para todo o comércio e serviço local. (MT)

Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) recolheu 2.110 assinaturas no último final de semana para a campanha De Olho no Imposto, que exige transparência tributária. Nos dias 18 e 19 a coleta aconteceu no Bosque dos Jequitibás e na Paróquia São José. Com as assinaturas do final de semana, o número total arrecadado já chega a 12.942. A meta de recolhimento de assinaturas de Campinas é de 32.568. O prazo final para a coleta é 27 de abril. A Associação pretende promover outros eventos de arrecadação na cidade.

A

ANIMAIS O Bosque dos Jequitibás recebeu, ontem, uma anta fêmea para tentar realizar a reprodução em cativeiro da espécie. O macho está sozinho desde 2003, quando a antiga fêmea morreu engasgada com um saco plástico. A direção do bosque acredita que o animal engoliu o plástico atirado por algum visitante. A fêmea foi transferida do zoológico de Bauru, também interior de São Paulo. O bosque também recebeu um casal de lobos-guarás, doados pelo criadouro International Paper, de Mogi Guaçu.

FESTA 11ª edição da Festa do “Boi Falô”, do Distrito de Barão Geraldo, acontece este ano na Sexta-feira da Paixão, no dia 14 de abril, das 9h às 16h, na rua Jerônimo Pátaro, ao lado da Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende, no centro do distrito. A festa é uma promoção conjunta do Clube de Dirigentes Lojistas (CDL) e dos comerciantes de Barão Geraldo, com ajuda da Prefeitura. O morador Virgínio Alves Barbutti, que há três anos controla o preparo da macarronada servida gratuitamente à população, participa este ano novamente do evento.

A

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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Nacional Tr i b u t o s Finanças Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de março de 2006

Em apenas um ano, o número de bilionários no Brasil dobrou, de oito em 2005 para 16 neste ano

BANCO OFERECE ATÉ "CHÁ DAS CINCO"

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SE DESDOBRAM PARA CRIAR PRODUTOS E SERVIÇOS ESPECIAIS PARA OS RICOS

BANCOS SAEM À CAÇA DOS MILIONÁRIOS

Q

Expansão — A expectativa ue os bancos sempre disputaram os do banco, naquela época, era clientes de mais al- de um crescimento dessa base ta renda no Brasil da ordem de 8% ao ano, em tonão é novidade. Afinal, que do o mundo, nos próximos cininstituição financeira não gos- co anos, avanço puxado justataria de ter na carteira um mente por economias em decliente com muito dinheiro no senvolvimento, como é o caso bolso, pronto para investir? Só do Brasil. "No Brasil, esse cresque agora a briga tem tudo pa- cimento deve ter se mantido na ra se acirrar ainda mais. Uma casa dos 15% ao ano, entre 2004 mostra disso ocorreu na últi- e 2005, favorecido pela venda ma segunda-feira. O Brades- de empresas familiares. É esse co, maior banco privado do elevado percentual de cresciPaís, anunciou parceria com a mento que anima os bancos a American Express, que lhe dá se voltar para esse mercado", o direito de administrar os diz o superintendente-execucartões de crédito da marca — tivo da área de private (ambienreferências quando o assunto te dedicado exclusivamente ao é cliente abastado. O Bradesco atendimento a clientes detenficou com os ativos, mas antes tores de grandes fortunas) do precisou travar, segundo fon- BankBoston, Dilson Oliveira. O fato de hates do mercado, ver mais miliouma verdadeira nários já fez com queda de braço que os bancos com o Unibanco que atuam no e o Itaú. E a disBrasil redefinisputa não deve No Brasil, se mantém sem o valor iniparar por aí. o crescimento cial para um A abertura cono número de cliente ser consimercial dos últiderado p r i va t e mos anos, que milionários, sob acabou por inje- influência da venda de (veja nesta página os diferenciais do t a r c a p i t a l e s- empresas familiares. atendimento dest r a n g e i r o n a s É essa expansão que se tipo de cliente). tradicionais emanima os bancos a se No BankBospresas brasileiras, muitas per- voltar para o mercado. ton, por exemtencentes a diDilson Oliveira plo, esse piso subiu de US$ 1 miversas gerações lhão para US$ 2 de uma mesma família — como foi o caso do milhões. "Foi uma adequação Grupo Pão de Açúcar, que ven- ao que ocorreu no resto do deu parte dos negócios ao gru- mundo, onde esse piso tampo francês Casino —, aliada a bém subiu", afirma Oliveira. uma expectativa de cresci- Atualmente, a área administra mento da economia de 4% para cerca de R$ 4 bilhões, volume os próximos anos, tem tudo que o banco espera dobrar nos para aumentar o número de próximos três anos. Apesar de algumas instituimilionários e bilionários no Brasil. Por conseqüência, cres- ções financeiras, especialce bastante o interesse dos ban- mente as de capital nacional, ainda definirem em reais o cos por esse mercado. Tendência — Pesquisa di- que é um cliente private e aceivulgada pela revista Forbes na tarem como piso o valor de R$ última semana já serve de indí- 1 milhão, como é o caso do Bracio para os bancos de como o desco, na prática esse ajuste volume de fortunas deve cres- também já ocorre. "Nossos cer. No intervalo de apenas um clientes têm, na média, R$ 4 ano, o número de bilionários milhões aplicados no banco", no Brasil dobrou, passando de diz a superintendente-execuoito em 2005, para 16 neste iní- tiva do Bradesco Private, Macio de 2006. As estatísticas só ria Aparecida Rocha. A execureforçam uma tendência apon- tiva é outra que aposta no crestada por um estudo elaborado cimento forte da base de clienpelo banco de investimentos tes de altíssima renda para os Merril Lynch, em parceria com próximos anos no País. "Um crescimento natural para esse a consultoria Capgemini. O estudo foi divulgado em mercado como um todo no 2004, mas não deixou de ser Brasil seria o de 10%, mas poreferência quando o assunto é de ficar acima disso", estima. No Itaú, o piso para o privaacúmulo de riqueza. De acordo com dados do relatório, te também é fixado em reais, em todo o mundo havia 7 mi- mas já deixou para trás o volhões de pessoas, no final de lume de R$ 1 milhão e é hoje 2003, com mais de US$ 1 mi- de R$ 3 milhões por cliente. lhão, 80 apenas no Brasil. Adriana Gavaça

Serviços especiais dos bancos incluem assessorias jurídica e tributária

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Fachada de uma agência Prime do Bradesco, na Avenida Paulista: para cliente com mais de R$ 1 mi

Sala de espera da agência especial: mimo para clientes diferenciados

Preocupação com conforto é essencial

Parceria com a Amex reforçou interesse do Bradesco pela alta renda

Disputa também pela renda intermediária redefinição do segmento private já serviu para tirar das carteiras dos bancos um grande número de clientes. Mas nem por isso essas pessoas deixaram de desfrutar de serviços exclusivos e de mordomias no atendimento. Atualmente, praticamente todos os grandes bancos do varejo decidiram criar uma área específica para atender quem não é detentor de uma grande fortuna, mas que também não se encaixa no perfil de um cliente comum. O que diferencia essa área das demais em um banco é justamente a forma como o serviço chega até o cliente. E aí o que não tem faltado é imaginação, até na escolha do nome. Enquanto para a altíssima renda a segmentação é de fácil identificação em qualquer um dos bancos, já que eles utilizam

A

por definição o termo private, no segmento intermediário a escolha do nome está intimamente ligada à imagem de valorização do cliente que o banco quer passar. No ABN Amro Real, por exemplo, a área leva o nome do renomado pintor Vincent Van Gogh. Além de serviços exclusivos, os clientes atendidos por esse segmento têm as inconfundíveis paisagens do pintor holandês impressas em talões de cheques, cartões de crédito e de débito. "Depois da disputa com os bancos de atacado pela administração de grandes fortunas, no início dos anos 90, as instituições financeiras do chamado 'varejão' se voltaram nos últimos quatro anos para a criação de áreas específicas justamente para conquistar um novo cliente que surgia no mercado: o de renda acima de R$ 4 mil, ou potencial de inves-

timento superior a R$ 50 mil", diz a diretora responsável pelo segmento Prime do Bradesco, que atende esse perfil de cliente, Maria Eliza Sganserla. O banco estima que 2% da população, o equivalente a 2 milhões de pessoas, ganhem acima de R$ 4 mil por mês. Segmentação — O processo de diferenciação de clientes no Bradesco teve início justamente nos anos 90, com a incorporação de bancos de atacado, como o Boa Vista, que gerou a necessidade da criação de uma área específica para o gerenciamento de grandes fortunas, levando a instituição, que até então era totalmente voltada ao varejo, a segmentar os clientes pessoa física em dois pilares. "Mais tarde, há cerca de quatro anos, com a compra do Mercantil, o banco decidiu que era hora de criar uma área para esse cliente intermediário, que

nem é o de renda comum, nem está no topo da pirâmide, como o private", afirma Maria Eliza. A executiva acredita que esse tipo de cliente tem potencial de crescimento até acima do private, já que está em plena ascensão profissional. Pelo mesmo processo de segmentação passou o Itaú com a compra do Banco Francês e Brasileiro (BFB) em 1995. Este banco gerenciava a marca Personnalitè, criada em 1987 para diferenciar clientes a partir da renda, acompanhando uma tendência mundial de viabilizar ganhos a partir da seletividade. O Unibanco criou o conceito Uniclass. Os estrangeiros HSBC e ABN Amro Real trouxeram de fora a experiência de lidar com essas pessoas e hoje atendem a esse perfil de renda pelos canais Premier, no caso do HSBC, e Van Gogh (Real). (AG)

Novidades para garantir fidelidade do cliente magine ter advogados de alto nível e consultores financeiros renomados o tempo todo à disposição. Salas de reunião prontas para serem usadas a qualquer hora do dia. Profissionais à mão para esclarecer dúvidas sobre o tamanho da mordida do leão ou para assumir aquela dor de cabeça que só um inventário dá. Gente competente olhando o dia inteiro o desempenho de uma ação na bolsa, pronta para vender, comprar mais ou, quem sabe, até alugar o papel parado na carteira para um investidor menos sortudo. Se até pouco tempo atrás essas situações não passavam de sonho de consumo para muitos, hoje já são realidade para um grupo cada vez maior de clientes de bancos. Mais que isso: as instituições financeiras têm se lançado em uma verdadeira disputa por esses clientes, com a criação de serviços que incorporam pacotes de isenção de tarifas, juros reduzidos nas operações de crédito e taxas de administração bem inferiores à média cobrada no mercado bancário.

I

Gestor pessoal — Para a "Temos um programa de fidelidade em que cada produto área private, por exemplo, os ou serviço solicitado pelo bancos colocam à disposição cliente é pontuado, para de- uma espécie de administrador pois ser revertido em benefí- pessoal do patrimônio do cios, como a isenção completa cliente. É ele o responsável por de tarifas bancárias", afirma a distribuir todos os recursos em diretora responsável pelo seg- diferentes tipos de aplicação, deve estar mento Prime atento a qualdo Bradesco, quer mudanMaria Eliza ça de cenário Sganserla. e , m a i s i mTodos esses portante, ao benefícios e perfil de risco atenção até e à expectatihá pouco mil reais é a renda va do cliente. tempo só mínima que um cliente Para auxieram dispendeve ter para desfrutar liá-lo, a área sados a client e m u m e xtes com mais de alguns dos mimos periente d e R $ 1 m ique os bancos criaram consultor filhão disponínanceiro e v e i s . A t u a lpara os milionários advogados mente, com que monitorenda a partir de R$ 4 mil um cliente já pode ram o custo dos impostos desfrutar de parte desses mi- embutidos nas aplicações. A mos. "Mas o tratamento dis- análise é feita até mesmo com pensado a um cliente private é base na comparação com a diferente, por fazer movimen- carteira de investimento de tações altíssimas em dinhei- outros bancos, uma vez que é ro", afirma o superintendente- permitida para esse cliente a executivo da área de private do compra de fundos de outras BankBoston, Dilson Oliveira. instituições financeiras.

4

"Como os produtos são muito parecidos, o que diferencia as áreas private dos bancos é justamente a forma como esse produto será oferecido", observa a superintendente-executiva do Bradesco Private, Maria Aparecida Rocha. Fidelidade — Na avaliação de especialistas, estar o mais próximo possível do cliente é a chave para ganhar sua confiança e fidelidade ao longo do tempo. É por isso que os bancos têm investido na criação de ambientes exclusivos dentro das agências convencionais para o atendimento ao chamado cliente intermediário. "Hoje, com a internet, com o telefone e outros canais de atendimento, o cliente não vai muito à agência. Mas criamos um ambiente agradável, com todo conforto para atrair essas pessoas para dentro das agências", diz Eliza, do Bradesco. No HSBC, a atenção aos clientes não se limita a produtos e serviços. Entre um negócio e outro é possível desfrutar de um chá verdadeiramente inglês, servido, é claro, pontualmente às 17 horas. (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 23 de março de 2006

BALANÇO

ATA

ORIENT RELÓGIOS DO BRASIL S.A. C.N.P.J. 60.401.205/0001-00 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em obediência aos dispositivos legais e estatutários, temos o prazer de submeter à apreciação de V.Sas., os balanços patrimoniais e demais contas referentes às atividades de nossa empresa durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2004 e 31 de dezembro de 2005. Permanecemos à inteira disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 20 de março de 2006. Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) DEMONSTRATIVO DE RESULTADO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) PASSIVO ATIVO 2005 2004 2005 2004 Ativo Circulante 2005 2004 Passivo Circulante (439) (594) Fornecedores 2 1 Despesas Administrativas Disponível Obrig. Tributárias/Previdenciárias 31 26 Despesas Tributárias (56) (54) Bcos. c/Mov. e Val. Mobiliários 6 6 Total 33 27 Total Outras Contas 80 150 (495) (648) - Despesas Financeiras Total 86 156 Exigível a Longo Prazo (2) (2) Patrimônio Líquido Ativo Realizável a Longo Prazo Receita de Aluguel 831 824 Capital Social C/C Empresa Controlada 1.151 782 14.082 5.945 Residentes 14.750 14.750 Receita de Equivalência Patrimonial Ativo Permanente 10 77 Não Residentes 2.884 2.884 Variação Monetária Ativa Investimentos 59.025 45.475 14.426 6.196 Subtotal 17.634 17.634 Lucro Operacional Imobilizado 952 982 Reservas Receitas Não Operacionais Total do Ativo Permanente 59.977 46.457 Reserva Legal 4.047 3.329 Outras Receitas 16 79 Total do Ativo 61.214 47.395 Lucros Acumulados 39.465 26.370 Total Receitas Não Operacionais 16 79 Reserva Incentivos Fiscais 35 35 DEMONSTRATIVO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE Lucro Antes dos Impostos 14.442 6.275 Subtotal 43.547 29.734 (Em milhares de reais) Provisão p/ Impostos (82) (159) Total do Patrimônio Líquido 61.181 47.368 2005 2004 14.360 6.116 Total do Passivo 61.214 47.395 Lucro Líquido do Exercício Capital Circulante Inicial Ativo Circulante (-) Passivo Circulante Subtotal Capital Circulante Final Ativo Circulante (-) Passivo Circulante Subtotal Decréscimo/Aumento do Capital Circulante

156 (27) 129

156 (22) 134

DEMONSTRATIVO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Em milhares de reais) 2005 2004 Lucro Líquido do Exercício 14.360 6.116 Depreciações 152 146 (-) Baixa prov. IR diferido (46) (14.082) (5.945) (-) Rec. Equival. Patrimonial Total 430 271 Aplicações C/C. Empresa Controlada a Longo Prazo 369 269 Aumento Ativo Imobilizado 122 7 Ajuste de Exercício Anterior 15 Total 506 276 Decréscimo/Aumento do Capital Circulante (76) (5)

DEMONSTRATIVO DE LUCROS ACUMULADOS - (Em milhares de reais) 2005 2004 Saldo no Início do Exercício 26.370 20.560 (-) Distribuição Dividendos (532) 86 156 (-) Ajuste de Exercício Anterior (15) (33) (27) Lucro do Exercício 14.360 6.116 53 129 (-) Transferência p/Reserva (718) (306) (76) (5) Saldo do Exercício 39.465 26.370 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31/DEZEMBRO/2005 Nota 1 - Sumário das principais práticas contábeis - As principais práticas e - O imobilizado está registrado ao custo corrigido até 31 de dezembro de contábeis adotadas pela empresa p/elaboração das demonstrações finan- 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil dos bens. ceiras são as seguintes: a - As demonstrações financeiras estão elaboradas e apresentadas em Nota 2 - Investimentos 2005 2004 conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil previstos na Empresa Controlada 58.873 45.323 Legislação Societária. Aplicação p/Incentivos Fiscais 78 78 b - Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis em prazos inferiores a 360 Outros Investimentos 74 74 dias estão classificados como circulantes. 59.025 45.475 c - A provisão do Imposto de Renda foi constituída com base no lucro presumido. Foi constituída provisão para Contribuição Social. Nota 3 - Capital Social - O capital social subscrito e integralizado é d - O investimento decorrente de participação societária em controlada, representado por 76.568.816 ações, sem valor nominal, e constituído por está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investi- 83,65% de residentes no país e de 16,35% de residentes no exterior. mentos estão registrados ao custo corrigido. São Paulo, 31 de dezembro de 2005.

COMUNICADOS

COMUNICADO - Ramos-Medeiros S/A, Rua Senador Vergueiro, 849 - Santo Amaro - CEP 04739-060, São Paulo/SP, inscrito no CNPJ: 60.831.435/0001-00, registrado JUCESP sob o NIRE nº 35300003985, em 06/08/1979, comunica a perda/deterioração dos livros de REGISTRO DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 e do REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA DE AÇÕES NOMINATIVAS Nº 01 (21, 22 e 23/03/06).

DIRETORIA NABOR RONY ANZANELLO Diretor Presidente EDUARDO YOSHIOKA Téc. Cont. CRC.SP.1SP034339/O-4

CONVOCAÇÕES CONDOMÍNIO GARAGEM AUTOMÁTICA DA SÉ ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Prezados Senhores: Convocamos os Senhores Condôminos do Condomínio Garagem Automática da Sé a participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a se realizar em 31 de março de 2006, em 1ª convocação às 17:00 horas, com 50% (cinqüenta por cento) dos votos e 17:30 horas em 2ª convocação com qualquer número de presentes, na Rua Roberto Simonsen, 62 - 10º andar - sala 101 - Centro - São Paulo/SP, a fim de deliberarem a matéria da Ordem do Dia, a saber: a) Aprovação das contas do período de 01/10/2005 a 28/02/2006. b) Eleição do Síndico. c) Assuntos Gerais. Somente terão direito a voto os condôminos que estiverem quites com as obrigações condominiais. Condomínio Garagem Automática da Sé. Nelson Caneloi - Síndico.

EDITAIS

ABRALSHOP - Associação Brasileira de Lojistas de Shopping

CNPJ 01.692.172/0001-36 Edital de Convocação São convocados os Senhores Associados da ABRALSHOP - Associação Brasileira de Lojistas de Shopping a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a se realizar no dia 03 de abril de 2006, às 8 horas em primeira convocação ou às 9 horas em segunda convocação, no endereço em que deverá ser instalada a nova sede da Associação, à Av. Ibirapuera, nº 730, na cidade de São Paulo, bairro de Indianópolis, para tratar da seguinte Ordem do Dia: 1. Reforma parcial dos Estatutos Sociais; 2. Eleição da nova Diretoria e dos membros do Conselho Fiscal; 3. Mudança da sede da Associação da Rua Teixeira da Silva, nº 660 - 4º andar - conjuntos 41/44, bairro do Paraíso, na cidade de São Paulo, para a Av. Ibirapuera, nº 730, sala 4, bairro de Indianópolis, na cidade de São Paulo; 4. Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 23 de março de 2006. Nabil Sahyoun - Presidente.

EDITAL

ERRATA

Errata Referente à publicação da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira - Oliva - Assembléia Geral Ordinária, onde se lê: São Paulo, 10 de março de 2004, leia-se: São Paulo, 10 de março de 2006.

BALANÇO

FALÊNCIAS &

CONCORDATAS +0&Ò564+# ' %1/d4%+1 /'6#.Ò4)+%# #6.#5 5 # % 0 2 , 0

Conforme informação da

4'.#6Î4+1 &# &+4'614+# Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições Legais e Estatutárias, estamos submetendo à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Contábeis da Companhia relativos ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005. $#.#0c1 2#64+/10+#. '/ &' &'<'/$41 'O OKNJCTGU FG 4GCKU #6+81 %+4%7.#06'

54

Disponibilidades

Duplicatas a Receber Estoques Impostos a Recuperar

88.664

8.921

5.482

12.570

22.235

2.555

4.308

Contas a Receber

763

675

Adiantamentos

323

1.694

Créditos por Despesas Antecipadas 4'#.+<È8'. # .10)1 24#<1

135

128

98

146

1.759

1.506

803

756

2'4/#0'06'

Imobilizado

16.360

16.722

Impostos a Recuperar Depósitos Judiciais Bens Destinados a Venda Investimentos

104

616#. &1 #6+81

Fornecedores

4.384

Impostos a Recolher

7.286

3.548

Impostos

501

567

42.006

44.403

31.000

11.771

1.687

1.565

-

128

Provisões S/Férias/Encargos Sociais

Outras Contas a Pagar ':+)Ë8'. # .10)1 24#<1

Provisões para Contingências

279

139

4.324

Capital Social

38.612

38.612

8

8

Lucros

4.735

3.087

Acumulados

298

29.796

de

Reservas Lucros

4GEGKVC .sSWKFC FCU 8GPFCU G 5GTXKnQU Custo dos Prudutos e Serviços Vendidos

'O FG FG\GODTQ FG

%CRKVCN 5QEKCN

4GUGTXCU FG %CRKVCN

4GUGTXCU FG NWETQU

.WETQU #EWOWNCFQU

-

-

-

12.859

Dividendo - AGO de 30/04/2004

12.859

-

-

1.568

1.568

-

'O FG FG\GODTQ FG

29.795

29.795

Ajuste de Exercício Anterior

-

-

-

58

58

Lucro Líquido do Exercício

-

-

-

32.887

32.887

Legal

Dividendo - AGO de 25/04/2005

Reserva

-

-

-

Legal

-

1.648

-

1.648

-

-

31.000

31.000

016#5 ':2.+%#6+8#5 ¬5 &'/10564#c®'5 (+0#0%'+4#5 '/ &' &'<'/$41 &' ' %QPVGZVQ 1RGTCEKQPCN A

Metalúrgica

Atlas

é

uma empresa integrante do

Grupo Votorantim, tendo como objetivo a fabricação de equipamentos especiais,

produzidos sob encomenda, com atuação nos segmentos de mineração,

metalurgia, geração de energia, cimento, entre outros. A empresa possui áreas

Produtos em Elaboração

5.179

Matéria Prima

6.109

8.795

Almoxarifado

tem capacidade para

+OQDKNK\CFQ

de

grandes peças. $CUG FG 2TGRCTCnlQ G

#RTGUGPVCnlQ FCU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU As demonstrações financeiras

Anônimas, associada com a Legislação Tributária em vigor, disposições

complementares e Normas Contábeis. 5WOhTKQ FC 2TKPEKRCKU 2ThVKECU %QPVhDGKU

As principais práticas contábeis adotadas na elaboração e

apresentação das demonstrações financeiras são resumidas como segue:

C

#RWTCnlQ FQ TGUWNVCFQ As receitas e despesas estão demonstradas obedecendo ao regime de competência.

D #RNKECn|GU HKPCPEGKTCU Estão registradas ao

custo acrescido do rendimento auferido até a data do encerramento do exercício.

E 'UVQSWGU São demonstrados pelo custo médio de compras ou produção,

inferior ao valor de realização ou ao custo de reposição.

F 1WVTQU CVKXQU

EKTEWNCPVGU G TGCNK\hXGN i NQPIQ RTC\Q Estão apresentados ao valor de custo,

acrescido dos rendimentos e das variações monetárias auferidos e deduzidos

das provisões necessárias, quando aplicável, para refletir o valor de realização. G +PXGUVKOGPVQU

Estão

avaliados

ao

custo

monetariamente até 31 de dezembro de 1.995.

de

aquisição

corrigidos

H +OQDKNK\CFQ Está avaliado

pelo custo de aquisição ou construção corrigido monetariamente até 31/12/95, deduzido de depreciação calculada pelo método linear, com base em taxas

determinadas em função do prazo de vida útil estimado dos bens, conforme demonstrado na Nota nº6.

(

)

(

I 2CUUsXQ EKTEWNCPVG G GZKIsXGN C NQPIQ RTC\Q São

demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando

aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos.

$GPU

1.282

1.276

&GRTGEKCnlQ -

Terrenos Edifícios e Benfeitorias Máquinas e Equipamentos

286

276

4%

7.539

7.537

10%

10.385

10.097

Instalações e Acessórios

10%

2.416

2.464

Móveis e Utensílios

10%

573

790

Veículos

20%

221

207

de 10% a 20%

1.459

1.343

Sistema de Computação

613

476

6QVCN FQ +OQDKNK\CFQ 1RGTCEKQPCN

Imobilizado

7.749

7.749

Outros Bens 5WD 6QVCN

14.881

Depreciações Acumuladas não

operacional

6QVCN FQ +OQDKNK\CFQ

436 ) 3.772 )

1.051

)

(

1.844 )

14.278

13.335

3.355

941

)

9.127

(

5.901 )

&'/10564#c®'5 &#5 14+)'05 ' #2.+%#c®'5 &' 4'%74515 &15 ':'4%Ë%+15 (+0&15 '/ &' &'<'/$41

'O OKNJCTGU FG 4GCKU

1TKIGO FQU 4GEWTUQU

Das operações sociais Lucro Líquido do Exercício

32.887)

31.364)

58)

-)

1.277 )

1.639 )

Ajustes Exercícios Anteriores Valores que não afetam o Capital Circulante Depreciação e amortizações

Valor residual do ativo permanente baixado

354)

105)

-)

(4.500)

(741)

1.716 )

(343)

-)

516)

44.787)

Atualizações monetárias e juros do realizável a longo prazo

contingências

Transferência do Permanente para o

12.164

6CZC #PWCN FG

(

.WETQ RQT NQVG FG OKN Cn|GU 4

62.285 )

8.128

722 (

Financeiras

Provisões/Reversão

616#.

foram elaboradas de acordo com as disposicões contidas na lei das Sociedades

'O OKNJCTGU FG 4GCKU

'UVQSWGU

de Calderaria Pesada e Super Pesada, bem como Usinagem Média, Pesada e

Super Pesada, com destaque para o torno vertical Shibaura, equipamento que usinagem

-

Dividendo Proposto 'O FG FG\GODTQ FG

)

Imposto de Renda / Contribuição Social

31.364

Reserva

600

Financeiras

18.346 )

4.614

.WETQ .sSWKFQ FQ 'ZGTEsEKQ

31.364

Exercício

(

(

Resultados Não Operacionais

-

do

)

1.544 )

76.425

(

Despesas

-

Líquido

(

Despesas com Vendas

.WETQ 1RGTCEKQPCN

-

Lucro

)

Despesas Gerais e Administrativas

Receitas

2CVTKOzPKQ .sSWKFQ

(

27.413

Reversão de Provisão para Contigência

)

.WETQ CPVGU FC 6TKDWVCnlQ 616#. &1 2#55+81 ' 2#64+/Ð0+1 .Ë37+&1

2.491

(

.WETQ $TWVQ

Realizável a Longo Prazo De terceiros Redução do realizável a longo prazo 6QVCN FCU 1TKIGPU

#RNKECn|GU FG 4GEWTUQU Dividendos

Propostos

60.795)

12.859)

No realizável a longo prazo Aumento do Realizável a Longo Prazo

668)

235)

941)

3.018 )

No ativo permanente Imobilizado No Exigível a Longo Prazo -)

Redução do Exigível a Longo Prazo 6QVCN FCU #RNKECn|GU

4GFWnlQ #WOGPVQ FQ %CRKVCN %KTEWNCPVG NsSWKFQ

12.553)

&GOQPUVTCnlQ FC 4GFWnlQ #WOGPVQ PQ %CRKVCN %KTEWNCPVG .sSWKFQ 8CTKCnlQ FQ %CRKVCN %KTEWNCPVG .sSWKFQ

14.216

No final do Exercício

28.853)

57.249)

No início do Exercício

57.249)

10.804)

4GFWnlQ #WOGPVQ PQ %CRKVCN %KTEWNCPVG .sSWKFQ

2TQXKUlQ RCTC %QPVKPIqPEKCU Baseada na opinião de seus advogados, a

25/04/2005, foi aprovada a seguinte destinação do lucro líquido do exercício R$29.795. A Companhia efetuou em dezembro de 2005 a destinação de

para cobrir eventuais perdas

que possam advir do desfecho de processos fiscais, trabalhistas e cível em

andamento. Na classificação de risco de perda possível temos em nossos controles o valor de R$18.837.

%KTEWNCPVG

de 2004, que totalizou R$31.364: Reserva Legal R$1.568 e Dividendos de R$31.000 a título de dividendos do exercício de 2005, a ser referendado pela Assembléia Geral Ordinária - AGO. Atendidas as disposições estatutárias, o saldo em lucros acumulados em 31/dezembro/2005, no valor de R$298,

Estão classificados como de longo prazo as contas cuja liquidação se espera

%QORQUKnlQ

ocorrer após 12 meses da data do fechamento.

Fiscal

0

.QPIQ 2TC\Q

1.582

Trabalhista

0

permanece a disposição da Assembléia Geral Ordinária - AGO. O Capital

%KTEWNCPVG

.QPIQ 2TC\Q

0

1.352

1.553

128

2.520

#RNKECn|GU (KPCPEGKTCU

Fundo de Investimentos Financeiros

26.488

25.996

Cível

0

657

0

501

Certificados de Depósito Bancário

64.187

62.668

Outras

0

532

0

692

6QVCN

6QVCN

Social totalmente subscrito é de R$ 38.612 dividido em 396.840.539 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, pertencentes a pessoas jurídicas e físicas no País. O ajuste de exercício anterior decorre da retificação do

cálculo do IRPJ e CSLL do exercício de 2004. 4GUWNVCFQU PlQ QRGTCEKQPCKU

Em 2.005 a Companhia deu sequência ao processo iniciado em 1.996 na venda de seus ativos imobilizados que não mais seriam

utilizados nas

operações normais. O resultado dessas transações foram classificadas em resultados não operacionais.

#PVQPKQ

'TOsTKQ

& K TGV Q T

FG

/QTCGU

2 TGU K F GP V G

2CWNQ

4QDGTVQ &KTGVQT

2KUCWTQ

,QUo

'FWCTFQ

(GNIWGKTCU

&KTGVQT

0KEQNCW

1NCKT

Requerente: Decisão Cobranças Ltda. - Requerido: Computer Warehouse Ltda. (plug use) - Rodovia Raposo Tavares, Km 14,5 lojas 123/125 - 1ª Vara de Falências Requerentte: Interest Factoring Ltda. - Requerido: Fábrica de Engrenagens Blazek Ltda. Rua Dr. Rodrigo de Barros, 269 - 2ª Vara de Falências Requerente: Roque Ferreira Silva - Requerido: Badra S/A Rua Guadalupe, 328 - 1ª Vara de Falências Requerente: Dalcrédito Cobranças Mercantis e Asses. Documental Ltda. - Requerido: Decisão Planejamentos Empresariais / Diógenes Vistóca Filho - ME - Rua Tabajara, 355 - 1ª Vara de Falências Requerente: Banco Rural S/A Requerido: Casa Álvaro Com. Imp. Exp. e Representação Ltda. - Avenida Senador Queiros, 605 - 2ª Vara de Falências Requerente: Art & Lasergraff Cópias e Fotolitos Ltda. - Requerido: Laboratório Clímax S/A Rua Joaquim Távora, 780/822 - 2ª Vara de Falências

2CVTKOzPKQ .sSWKFQ Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de

provável nos montantes considerados necessários

Companhia constituiu provisão para contingência com classificação de risco

2006, na Comarca da Capital, os

103.087

(

Deduções das Receitas

&'/10564#c­1 &#5 /76#c®'5 &1 2#64+/Ð0+1 .Ë37+&1 ':'4%Ë%+15 (+0&15 '/ &' &'<'/$41 'O OKNJCTGU FG 4GCKU *KUVxTKEQ

(

Faturados

Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 26 de março de

seguintes pedidos de falências:

136.254

4GEGKVC $TWVC FCU 8GPFCU G 5GTXKnQU

5.065

2#64+/Ð0+1 .Ë37+&1 Reservas de Capital

6.671

Recebimento Antecipado Clientes

Provisões para Contingências

89

&' &'<'/$41 'O OKNJCTGU FG 4GCKU

Faturamento Bruto

Dividendos a Pagar

Salários e Encargos Sociais a Pagar

100

-

Contas a Receber

2#55+81 %+4%7.#06'

2.855

90.675

Aplicações Financeiras

&'/10564#c­1 &1 4'57.6#&1 &15 ':'4%Ë%+15 (+0&15 '/

Distribuição Cível do Tribunal de

#FCNDGTVQ &KTGVQT

/CTVKPU

.KPQ FQ 0CUEKOGPVQ FQ 4 5KNXC %QPVCFQT %4% 52 1

RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Agro Oeste Paulista – Comércio Importação e Exportação Ltda. - Requerido: Agro Oeste Paulista - Comércio Importação e Exportação Ltda. - Rua Benedito Campos de Moraes, 248 - 2ª Vara de Falências


quinta-feira, 23 de março de 2006

Tr i b u t o s Empreendedores Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

NA AUSTRÁLIA, ABRIR UM NEGÓCIO DEMORA DOIS DIAS

152

dias é o tempo necessário para abrir uma empresa no Brasil.

PROJETO DE LEI ENVIADO PELO EXECUTIVO AO CONGRESSO NACIONAL PODE DIMINUIR BUROCRACIA

ABRIR EMPRESA PODE LEVAR 15 DIAS Beto Barata/AE

S

implificar o processo de abertura de empresas no país. Esse é o objetivo de um projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional. Atualmente, o tempo gasto para abrir uma empresa no Brasil é de cerca de 152 dias, segundo dados do Banco Mundial. Pela proposta do governo, o prazo cairia para 15 dias. "A aprovação desse projeto de lei é urgente e vital", afirmou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, um dos convidados a debater o projeto com os parlamentares na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. Furlan destacou que, com a aprovação do projeto, haveria uma "melhoria sistêmica da competitividade das empresas brasileiras". Segundo o ministro, o projeto incentiva a formalização das empresas e a geração de empregos. A proposta é unificar os órgãos de registro em uma rede nacional para que eles operem de forma integrada. Atualmente, os órgãos atuam com focos isolados e impõem um alto índice de exigências, como destacou Furlan na Comissão. Ele disse que, pelo projeto, os documentos exigidos iriam se limitar ao "indispensável" e as diversas certidões negativas cobradas iriam se restringir a "situações relevantes". O ministro ressaltou, du-

rante apresentação na Comissão, que hoje os interessados em abrir uma empresa têm de fornecer os mesmos dados para vários órgãos, já que os sistemas informatizados são isolados. Pela proposta, os sistemas seriam integrados e, com isso, os documentos só precisariam ser apresentados em um único momento. Além disso, atualmente, há um prazo longo para concessão de alvará definitivo às empresas. O projeto define que empreendimentos possam entrar em funcionamento de imediato com a concessão do alvará provisório, "exceto em atividades de alto risco". O representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no debate, Renato da Fonseca, afirmou que o projeto "é muito importante". No entanto, destacou que alguns pontos podem ser difíceis para serem colocados em prática. Ele citou, como exemplo, a definição de quais atividades são consideradas de alto risco para definir se a empresa poderá ou não ter o alvará provisório. "Não é um trabalho fácil", afirmou Fonseca. Enquanto, no Brasil, o tempo para abrir uma empresa é de 152 dias, na Austrália o prazo se reduz para dois dias. Nos Estados Unidos, o tempo é de quatro dias; no Chile, 28 dias; no México, 51 dias; e na Argentina, 68 dias. Os dados são do Banco Mundial e foram apresentados pelo ministro Furlan na Comissão. (AE)

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, durante reunião na Câmara dos Deputados

Projeto de lei prevê certidão negativa ma das principais barreiras para a formalização de empresas no Brasil – a exigência de certidões negativas de débitos tributários – não vai ser removida da legislação se o Congresso aprovar o texto original do Projeto de Lei 6529/06, de autoria do Poder Executivo. A conseqüência será o incentivo à informalidade no País. Essa foi a principal conclusão de deputados, empresários, contabilistas e representantes de juntas comerciais que participaram ontem de audiência pública na Co-

U

Pirelli amplia capacidade de produção no Sul

A

Pirelli inaugurou ontem uma nova linha de produção de pneus em seu parque industrial de Gravataí, que fica na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Com a ampliação, a unidade gaúcha da empresa passará a fabricar diariamente mil pneus Gigante Radial, destinados a caminhões e ônibus, que se somam à produção local de pneus das linhas motocicleta, scooter e bicicleta. A capacidade de produção da nova linha de produção da Pirelli, que era de 64 mil toneladas por ano, passa a ser de 76 mil toneladas anuais. O investimento de R$ 116 milhões também ampliou o quadro de trabalhadores, de 1,5 mil para 1,75 mil empregados. O presidente da Pirelli Brasil, Giorgio Della Seta, lembrou que a empresa já produz aproximadamente 3,7 mil pneus para ônibus e caminhões por dia em Santo André, mas disse que as possíveis expansões futuras serão feitas no complexo industrial de Gravataí, que pode passar da capacidade inicial para 1,3 mil pneus por dia em um curto prazo de tempo. Confiante, afirmou que há demanda para absorver aumentos de oferta. A nova unidade vai destinar por volta de 80% de sua produção para o mercado interno e 20% para a exportação. Também deve aumentar em 8% o faturamento do grupo no Brasil, que, no ano passado, atingiu R$ 3 bilhões. A Pirelli tem 130 anos e está no Brasil desde 1929. A empresa, com sede na Itália, tem unidades industriais em dez países e operações comerciais em 120 países, empregando cerca de 18 mil pessoas, das quais 6 mil no Brasil. O faturamento global de 2005 foi de 3,6 bilhões de euros, com lucro líquido de 198 milhões de euros. (AE)

0800 77 72833 / 0800 77 SAUDE

missão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. A dispensa de certidão negativa constava da versão preliminar do projeto, mas foi retirada antes de o texto ser enviado à Câmara. Para pedir a abertura ou o encerramento de uma empresa, os sócios precisam apresentar à junta comercial de seu estado certidões que comprovem a inexistência de dé-

bitos fiscais e previdenciários. Como é comum a empresas que fecham as portas terem dívidas dessa natureza, os empresários preferem nunca dar baixa. Com esses débitos, ficam impedidos de registrar outra firma, pois seus CPFs ficam com restrições. Essa é uma das razões do crescimento da informalidade. O ministro Luiz Fernando Furlan admitiu que, para encerrar uma empresa, o brasileiro leva, em média, dez anos. Na Irlanda, o processo dura cerca de três meses. Jorge Rachid informou que

até setembro deste ano deverá ser concluído o processo de integração da Receita Federal com oito secretarias de Fazenda de capitais e oito estaduais, o que vai permitir a instituição de um "cadastro sincronizado" (ver mais na página 9) para acelerar o acesso a dados fiscais para abrir uma empresa. Segundo ele, a segunda fase desse processo, testada no Maranhão, envolve a integração de outras instituições, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Corpo de Bombeiros e entidades de controle ambiental. (AC)


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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

Com a melhora da renda, os clientes consomem mais e ficam mais tempo nos estabelecimentos.

PETROBRAS REVÊ PLANO ESTRATÉGICO

SUBIU TANTO O NÚMERO DE VAGAS QUANTO A RENDA MÉDIA DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS MENORES

MAIS EMPREGO PARA PEQUENAS

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máxima popular que afirma que "a maré está para peixe" é a que melhor retrata a expansão de 3% no rendimento médio real dos empregados diretos nas micros e pequenas empresas (MPEs) no Estado de São Paulo em janeiro deste ano em relação ao mesmo período de 2005. O valor médio somou R$ 668, e o número de vagas aumentou 1,8%. Os dados são dos Indicadores Sebrae-SP/Rendimentos e Ocupações, estudo inédito do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que se baseou em uma amostra de 2,7 mil empresas, de um cadastro total de 1,326 milhão (informação de março de 2005). Para o superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, os números mostram que o Brasil passa por um processo de recuperação econômica. "O aumento das exportações, a melhoria da distribuição de renda e do crescimento da demanda do mercado interno refletem diretamente no bom desempenho das micros e pequenas empresas nos últimos dois anos." Os dados comprovam. Em janeiro de 2005, por exemplo, o rendimento médio real dos empregados diretos foi de R$ 649. "No entanto, embora o cenário seja de recuperação, nos meses de janeiro de 2005 e de 2006, o valor médio ficou abaixo do registrado em janei-

Fotos: Luludi/LUZ

ro de 2001, melhor mês de janeiro do estudo, iniciado em 1998, quando atingiu R$ 729", acrescentou Ricca. Locomotiva – Vale também ressaltar que o maior rendimento médio é da indústria (R$ 755), mas o comércio é que apresenta o maior aumento de rendimento. Com incremento de 3,8%, saltou de R$ 598 em janeiro de 2005 para R$ 621 no mesmo mês deste ano. "O comércio foi a principal alavanca para criação de novas vagas, seguido pelos segmentos de serviços e indústria", disse Ricca (veja quadro ao lado). Entre as regiões do Estado, o maior rendimento médio, que inclui salários fixos, honorários, comissões, ajuda de custo, 13º salário e abono de férias, foi na capital paulista e somou R$ 750. O Grande ABC alcançou R$ 746, a Região Metropolitana atingiu R$ 734 e o interior chegou a R$ 611. O número de pessoas ocupadas nas MPEs também cresceu. "Em janeiro do ano passado, o Estado somou 5,731 milhões de pessoas ocupadas nessas empresas, enquanto em janeiro deste ano saltou para 5,832 milhões", ressaltou o gerente de Pesquisas Econômicas do Sebrae-SP, Marco Aurélio Bedê. Na opinião dele, cada vez que o poder aquisitivo do brasileiro sobe, as micros e pequenas empresas sentem o impacto positivamente. Por isso, acrescentou, a expectativa para os próximos anos é de crescimento moderado do número

de vagas. "A contínua queda na taxa de juros, a expansão do crédito atrelado aos efeitos sazonais – que se traduz em maior atividade econômica decorrente da Copa do Mundo e das eleições – devem melhorar ainda mais o desempenho dessas empresas", disse Bedê. Quem quer pão – O sócioproprietário da Casa de Pães do Souza, Alberto de Souza Henriques, tem a mesma opinião. "Há 12 anos no mercado, é visível que toda vez que o consumidor tem mais dinheiro no bolso, ele gasta em alimentação", afirmou. Souza atende diariamente em sua panificadora cerca de 1,2 mil clientes. "Não houve aumento na clientela, mas se antes compravam apenas pão francês e leite, esses mesmos consumidores passaram a levar também frios, outras variedades de pães e doces", contou. O aumento das vendas exigiu mais agilidade por parte de sua equipe de funcionários, que passou a gastar mais tempo no atendimento da clientela. "Esse foi o principal motivo que me levou a ampliar o quadro de funcionários. Do contrário, as filas no atendimento fariam com que meus clientes desistissem das compras", acrescentou o comerciante. Em 2005, Souza tinha 50 funcionários. Agora, esse número aumentou para 53, com projeção de mais contratações em junho, quando os jogos da Copa do Mundo começarão.

Para atender os clientes, que passaram a comprar mais por conta da melhora da renda, a Casa de Pães do Souza contratou três novos funcionários e saltou para 53

ARGENTINA Governo do país quer processar grupo Suez por oferecer água de má qualidade.

Ana Laura Diniz

Ó RBITA

PETRÓLEO Estoques de petróleo nos EUA recuaram 1,3 milhão de barris na última semana.

Wilton Junior/AE

PETROBRAS: PLANO DE US$ 56 BI

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diretoria da Petrobras se reunirá hoje em uma casa isolada em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, para discutir a revisão do planejamento estratégico da estatal para os próximos cinco anos. Além de detalhar os objetivos para a Bacia de Santos, cujos projetos devem contar com a parceria da Repsol, a Petrobras pode incluir planos para a construção de uma planta de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Nordeste.

O atual planejamento estratégico da companhia compreende investimentos de US$ 56 bilhões até 2010. O setor de gás natural deve merecer destaque no plano. O objetivo da nova planta

DÉFICIT DOS EUA

SETOR EXTRATIVO SUPERA INDÚSTRIA

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crônico déficit comercial dos Estados Unidos não precisa incentivar uma "precipitada" queda do dólar, mas, se o fizer, a economia dos EUA poderá aguentar. Quem garantiu foi o chairman do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke, na terça-feira. (Reuters)

MICROSOFT

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Microsoft anunciou ontem que está tomando medidas para cumprir as sanções impostas pela Comissão Européia para evitar ser multada em 2 milhões de euros. A Comissão considerou há dois anos que a empresa prejudicou produtores rivais de software de redes. (Reuters) A TÉ LOGO

produção do setor extrativo cresceu a um ritmo quatro vezes superior ao da indústria de transformação nos últimos quatro anos. De 2002 a 2005, a extração avançou 43,1% e a transformação, 11,9%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O

de regaseificação, com investimento em torno de US$ 200 milhões, é o de suprir o mercado nacional com combustível importado, no caso de crise de abastecimento gás. (AE)

desempenho do segmento extrativo reflete o avanço das exportações de minério de ferro e da exploração de petróleo. Para o diretor do Instituto para Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), Júlio Sérgio Gomes de Almeida, os dados mostram que "sofrem mais os setores ligados ao vaivém da economia". (AE)

INTERURBANOS MAIS CAROS

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s interurbanos feitos de um telefone fixo para um celular ficarão 7,99% mais caros. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou ontem o reajuste, que deverá entrar em vigor neste fim de semana. Antes, porém, as empresas deverão publicar o anúncio das

novas tarifas, por dois dias consecutivos, em jornais de grande circulação. Para dar o reajuste, a Anatel levou em consideração uma variação do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 12,13%, correspondente ao período de dezembro de 2003 a dezembro de 2004. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Comércio do interior faz promoções para driblar crise do agronegócio

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Bancos investem em novas campanhas de marketing

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Emissoras de televisão defendem padrão japonês para TV digital


quinta-feira, 23 de março de 2006

Nacional Empreendedores Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CUSTO DO PACOTE PODERÁ SER DE R$ 6 BILHÕES

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milhões de aves deixarão de ser comercializadas em razão da queda de 20% na produção.

CERCA DE 90% DO VALOR DOS BENEFÍCIOS AO SETOR AGRÍCOLA CORRESPONDEM A RENÚNCIA FISCAL

MP DO BEM CHEGA À AGRICULTURA

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valor dos incentivos fiscais que serão incluídos no pacote de medidas para apoiar os produtores rurais é o principal ponto de discussão entre o Ministério da Agricultura e a área econômica. Segundo uma fonte oficial, o conjunto de medidas sugerido pelo Ministério teria um custo de R$ 6 bilhões por ano aos cofres públicos, valor que inclui renúncia fiscal e aporte de recursos. Mas, diante da resistência da área econômica em assumir esse gasto, o valor final poderá ser reduzido. Os benefícios aos produtores serão reunidos na chamada "Medida Provisória do Bem" para a agricultura. Cerca de 90% do valor das "bondades", segundo a fonte, correspondem a medidas de renúncia fiscal. Uma das medidas negociadas para beneficiar o setor agrícola é a redução da cobrança de PIS e Cofins incidente sobre os produtos agrícolas. Após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, não confirmou, no entanto, o valor de R$ 6 bilhões. "A questão tributária é a mais difícil", limitouse a dizer. Ele afirmou ainda que na próxima semana terá uma reunião com os ministros da área econômica e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para discutir os termos do pacote. Rodrigues não citou datas para a edição da MP, mas en-

Ernesto Rodrigues/AE

Joedson Alves/AE

O ministro Roberto Rodrigues

fatizou que o governo sabe que a crise que afeta o setor é grave. "Não estabelecemos prazos. O fato é que o governo tem clara consciência de que a crise agrícola é realmente aguda. Está todo mundo convencido e informado com riqueza de detalhes", comentou, ao voltar ao ministério, depois da reunião com Lula. Demora – O ministro disse ter enfatizado ao presidente a urgência das medidas. "No ano passado, nós tivemos uma demora muito grande para a tomada de decisões. E quando os recursos foram liberados, já não tinham muita eficácia", avaliou. Ele relatou ainda que apresentou ao presidente informações mostrando que os preços de venda dos produtos agrícolas estão abaixo do mínimo de garantia. "O céu caiu na minha cabeça", reafirmou o ministro, referindo-se aos fatores que têm

prejudicado a atividade agrícola, como a baixa taxa de câmbio, a seca, a gripe aviária, os juros e o excedente de grãos. "Estamos trabalhando para botar o céu no lugar dele e o próximo ministro que vier depois de mim vai estar no céu", disse. "Vivo, porém", brincou. Diante da observação de que, ao falar do "próximo ministro", estaria alimentando os rumores de que está disposto a deixar o cargo, Rodrigues procurou demonstrar que não tem intenção de sair do governo, pelo menos nos próximos meses. "Ele estará no céu a partir de meados do ano que vem", disse, referindo-se ao seu sucessor. Rodrigues já declarou que não permaneceria na Agricultura num eventual segundo mandato do presidente Lula. Ele disse ainda que não tratou desse assunto no encontro de ontem com o presidente. O ministro adiantou que a MP atacará dois pontos centrais: a necessidade de recursos para apoiar a comercialização da safra e um programa amplo de revisão das dívidas. Rodrigues lembrou que, no ano passado, a renda dos agricultores "despencou", o que inibe a adimplência dos produtores e a própria manutenção da atividade agrícola. "As contas não fecham", disse. Também devem estar no pacote agrícola medidas para facilitar as importações de insumos e a inclusão da soja produzida no Centro-Oeste para a produção de biodiesel. (AE)

Preço do quilo do frango é de R$ 0,70, mas produtores reclamam que custo de produção chega a R$ 1,25

Para a CUT, granjas fazem locaute

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rodutores de frango de corte estão suspendendo a engorda de pintinhos para reduzir estoques. A queda das exportações por causa do vírus da gripe aviária, que está se espalhando rapidamente em vários países, aumentou a oferta do produto no mercado interno e os preços despencaram. Segundo a Associação Paulista de Avicultura (Apa), as granjas pagam hoje R$ 0,70 o quilo do frango, enquanto o custo de produção é de R$ 1,25. "Nessas condições, não compensa a criação", diz o consultor da entidade, José Carlos Teixeira. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores das In-

dústrias de Alimentação (Contac), ligada à Central Ú n i c a d o s Tr a b a l h a d o re s (CUT), a decisão dos produtores deve causar demissões em massa em todo o setor. O presidente da entidade, Siderley Silva de Oliveira, considera a suspensão da engorda de aves um locaute. "Em meados de abril, vai faltar frango para corte", diz . Segundo ele, a decisão dos produtores tem como objetivo forçar a alta de preços no mercado. Os produtores informam que a redução equivale a cerca de 20% da produção – estimada em 400 milhões de pintos ao mês. De acordo com Teixeira, os estoques atuais para o mer-

cado interno equivalem a 30 dias de produção, enquanto os estoques para exportação são de 45 a 60 dias. Ele lembra ainda que algumas empresas estão dando férias coletivas ao trabalhadores e já houve demissões em algumas granjas. A Contac teme ainda a falta de preparo do Brasil caso o vírus da gripe aviária chegue ao País. "Os trabalhadores não estão sendo preparados para enfrentar um surto da doença. Também não há roupas adequadas nem medicamentos", reclama Oliveira. A Apa informa que o Ministério da Agricultura está tomando providências para enfrentar a gripe, caso seja necessário. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.CIDADES & ENTIDADES

O caos na rua Santa Ifigênia, na área central de São Paulo, pode estar com seus dias contados. Em seis meses, o mar de camelôs e toda a sorte de comércio ilegal praticado nessa tradicional rua paulistana, referência para compra de artigos eletroeletrônicos será coibido por ações conjuntas da Prefeitura e da polícia. A Santa Ifigênia, hoje praticamente intransitável por conta da invasão dos ambulantes e suas barracas e carros lotados de produtos, deve se transformar numa rua revitalizada, estritamente comercial, a exemplo do que já aconteceu na rua João Cachoeira. O mesmo tratamento será estendido à avenida Cásper Líbero, hoje com boa parte de seu comércio fechado, e à rua do Gasômetro. A ação insere-se no esforço de recuperar a região da Luz e da Cracolândia - e devolver essas áreas deterioradas ao comércio.

quinta-feira, 23 de março de 2006

O CENTRO É DO COMÉRCIO LEGAL

Promessa: vida nova na Santa Ifigênia Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Rejane Tamoto

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achadas degradadas e a sujeira das ruas comerciais Santa Ifigênia e Cásper Líbero, ambas na região da Luz, estão com os meses contados. Uma reformulação completa – com alargamento e acessibilidade de calçadas para portadores de deficiências, enterramento de fiação elétrica e melhoria na iluminação – está sendo projetada pela Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), a pedido da Subprefeitura da Sé. O objetivo: estimular o comércio. A requalificação da região da Luz também se estenderá à rua do Gasômetro e as obras devem começar em setembro, com previsão de término em seis meses. O investimento, segundo a Emurb, será de R$ 10 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo a Subprefeitura da Sé, o comércio terá participação no projeto: construção de calçadas e melhoria de fachadas. "O comércio deverá arcar com muito pouco, pois temos a verba do BID. Na verdade, a calçada é obrigação do comerciante. A Prefeitura já terá um custo maior, pois aproveitará essa revitalização para executar obras de infra-estrutura, como a desobstrução de antigas galerias de drenagem. Além disso, os comerciantes deverão deixar a fachada de cara nova, combinando com a revitalização", disse o engenheiro da Subprefeitura da Sé, Antônio Zagatto. Maiores detalhes sobre a parceria com os comerciantes, no entanto, ainda não foram divulgados. O subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, foi procurado pela reportagem do DC desde a última sexta-feira, e até o fechamento desta edição não havia respondido sobre a importância dessa iniciativa para a região da Luz.

Para retirar os camelôs da rua Santa Ifigênia (esq.) a Prefeitura terá de promover operações conjuntas com a polícia. Muitos ambulantes vendem seus produtos com seus carros. Para isso pagam a Zona Azul. Do ponto de vista da Prefeitura, eles não estão cometendo infração. Assim, a fiscalização dos produtos caberá à polícia. Acima, a Cásper Líbero em trecho bastante deteriorado.

Ruas comerciais - O principal problema da rua Santa Ifigênia, conhecido ponto de venda de eletroeletrônicos e produtos de informática, é andar por suas calçadas, que medem de 1,60m a 1,85m. Caminhar é um desafio por causa dos ambulantes. A proposta, segundo a Emurb, é aumentar as calçadas, entre 2m e 2,40m. Além disso, um novo sistema de iluminação será instalado na rua, que terá canaletas para as redes de telecomunicações, obras de drenagem e ordenamento do equipamento e mobiliário urbano. Na rua do Gasômetro, as calçadas também serão aumentadas e as faixas de trânsito diminuídas. Segundo Zagatto, será possível colocar árvores e bancos. A exemplo do que foi feito na rua João Cachoeira, no Itaim Bibi, que virou um shopping a céu aberto, a expectativa dos comerciantes da Santa

Ifigênia é aumentar o número de clientes. Um deles, Jorge da Costa Braz, que tem uma empresa de manutenção de alto-falantes há 32 anos, acredita que a região já melhorou, mas o movimento não. "Aumentou muito o número de lojas, mas o de clientes caiu", disse. Camelôs – Ao caminhar pela Santa Ifigênia, pode-se observar ambulantes que vendem pilhas, controle remotos e softwares piratas. Para a revitalização, o maior problema da subprefeitura será a retirada do comércio ilegal. Segundo Zagatto, não há um só camelô da rua Santa Ifigênia que esteja cadastrado na Prefeitura. "Naquela rua, os camelôs vendem muita pirataria dentro de veículos próprios e pagam Zona Azul o dia inteiro. A CET não pode guinchá-los. Por isso, não estão na categoria de ambulantes, já que não ocu-

pam o espaço público. Para combatêlos, vamos proibir o estacionamento na rua e faremos operações conjuntas com a polícia, que irá coibir o contrabando", explicou. Deserto - Rumo à estação da Luz, um cenário triste: na avenida Cásper Líbero, também um tradicional ponto de comércio, o aspecto é de deserto, com parte das lojas fechadas devido às obras do Metrô. Segundo a Emurb, a revitalização da via incluirá baias de embarque e desembarque nos hotéis, canaletas para as redes de telecomunicações, luminárias, enterramento de fiação aérea, ordenamento do equipamento e mobiliário urbano e melhoria paisagística no espaço da antiga "feira do rolo". Hoje, poucas são as pessoas que param em alguma loja da avenida para comprar. Segundo Zagatto, o problema será resolvido após a conclusão das obras, que interligarão a estação da Luz com a avenida Paulista. "O movimento será devolvido àquela região", disse. Em uma das lojas mais tradicionais da região, a Modas Tonia, na esquina da Cásper Líbero com a Mauá há 30 anos, o clima é de apatia. "Lembro que, em 1998, eu vendia bem e hoje o movimento de vendas é 100% menor", lamentou o comerciante Elias Achkar. "A rua está muito deserta, o que afasta ainda mais os clientes, que têm medo de serem assaltados. Ainda vejo os caras fumando crack na frente de todo mundo, a qualquer hora do dia", queixou-se. Zagatto afirmou que, para resolver o problema de tráfico de drogas na região, conhecida como Cracolândia, as operações conjuntas da subprefeitura devem continuar. "A assistência social está cuidando dessas pessoas. E há operações em estabelecimentos irregulares. Com a revitalização, não haverá espaço para os traficantes", disse. Mais sobre Cracolândia na página 7


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Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

ALUGUEL DE AÇÕES TEM ALTO RISCO

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por cento é a parcela do capital que a BRA pretende colocar no mercado acionário

INVESTIDORES QUE NÃO TÊM DINHEIRO PARA COMPRAR GANHAM COM PAPÉIS ALUGADOS NA CBLC

ALUGUEL DE AÇÕES CRESCE 128% Dólar interrompe S seqüência de altas e fecha a R$ 2,154

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dólar comercial retomou ontem a trajetória de queda, depois de subir por três sessões, com o mercado aproveitando a calmaria externa para corrigir exageros e vender a moeda norte-americana a preço mais favorável. O dólar encerrou o dia com baixa de 0,92%, a R$ 2,154 para venda. Nas três sessões anteriores, a moeda acumulou ganho de 3,03%, enquanto as tesourarias aumentaram suas posições compradas em dólar (apostas na alta da moeda). "A tendência é de queda do dólar. Há alguns momentos de estresse, mas a estrutura é de queda", destacou o gerente de câmbio da corretora Souza Barros, Marcos Forgione. "Para cada três sessões de alta, há umas 20 de queda", completou o gerente, lembrando que a taxa de juro elevada no País é que mantém a tendência de queda do dólar. Entre os fatores de nervosismo dos últimos dias, o gerente

destacou a preocupação em torno de uma possível saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, depois das recentes acusações. Forgione acredita, porém, que mesmo que isso venha a acontecer, não haveria grandes mudanças na política econômica do governo. A corretora NGO citou, em relatório, que a perspectiva de elevação da taxa de juro norteamericana depois das últimas declarações do chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) Ben Bernanke, contribuiu para a alta nos últimos dias. Na tarde de ontem, porém, o rendimento pago pelos Treasuries (títulos do governo americano) com prazo de 10 anos recuava para cerca de 4,70%. A corretora também citou a expectativa nos últimos dias entre os bancos de que o Banco Central (BC) poderia tomar alguma medida para sustentar o preço do dólar em alta, o que explicaria o aumento de posições compradas dos bancos.

O BC voltou a comprar dólares no mercado à vista e aceitou nove propostas, com corte a R$ 2,1545. Há duas semanas, porém, o BC não faz leilões de swap cambial reverso. Bolsa sobe —A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de mais de 1%, recuperando-se da queda acentuada na véspera. O mercado, porém, continua cauteloso, na expectativa da decisão do Fed sobre o juro norte-americano na terça-feira. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou o pregão de ontem em alta de 1,21%, em 37.850 pontos. O volume financeiro da bolsa totalizou R$ 2,3 bilhões de reais, em linha com a média do ano. Entre os destaques de alta ficaram as ações PNB da Eletrobrás, que dispararam 4,15% horas antes de a empresa divulgar o balanço do trimestre. Já o destaque de baixa foi Petrobras PN, que recuou 1,64%. Segundo analistas, trata-se de ajuste de carteiras. (Reuters)

em dinheiro para comprar ações? Alugue. Em expansão no Brasil, o mercado de aluguel de ações cresceu 128% entre 2004 e 2005, atingindo a marca de R$ 58,9 bilhões em negócios fechados pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), ambiente em que são feitas as operações. Para se ter uma idéia, há dez anos, os negócios giraram apenas R$ 354,5 milhões. As corretoras de valores são os intermediários das operações. Formado basicamente por investidores capacitados (fundos de pensão, estrangeiros e grandes empresas), aos poucos o mercado de aluguel de ações tem atraído pessoas físicas. Em 2005, 14,5% do total de negócios já vieram de investidores individuais. O interesse não é sem motivo: os ganhos somaram, em média, 5% no ano. Mas houve quem conseguisse ter ganho ainda maior. Foi o caso do pianista Júlio Machado, de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que ganhou cerca de 30% no ano passado alugando ações de outras pessoas. Ele diz que a locação no lugar da compra foi uma estratégia que traçou, em conjunto com sua esposa, para conseguir um lucro maior com investimentos em bolsa sem ter que se desfazer de nenhum papel ou gastar dinheiro. Para minimizar os riscos de perda, já que no fim do contrato de aluguel é necessário devolver o mesmo número de ações emprestadas no início, o casal segue algumas regras básicas: só aluga papéis com tendência de queda, os vende no mesmo dia e, com o dinheiro obtido, compra ações de empresas sólidas na bolsa. "Mesmo que a ação alugada se valorize durante o prazo de contratação, as ações compradas em seu lugar tendem a dar um retorno maior. E é aí que ganhamos, mesmo pagando um percentual pelo aluguel", afirma o pianista.

Foi essa estratégia que o casal usou no final de 2005, com a entrada da Cosan na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Sem dinheiro para comprar o papel, o casal decidiu tomar emprestadas ações de empresas menos cotadas disponíveis na CBLC. "Vendemos esses papéis e compramos tudo em ações da Cosan", conta Machado. Do dia em que entraram na bolsa até a última terça-feira, as ações da Cosan subiram 166,87%. "Mesmo que os papéis das empresas que alugamos se valorizem 10%, 15%, ainda assim teremos um bom resultado com a estratégia", diz o pianista-investidor. Riscos — Apesar de ter lucrado no ano passado com o aluguel de ações, o casal sabe dos riscos que corre. "É claro que, se o preço de uma ação alugada disparar, teremos que arcar com o prejuízo. Mas achamos que esse é um mercado menos custoso do que o de crédito nos bancos. Também é preciso lembrar que é possível ganhar dinheiro sem investir um único real", destaca. Já para quem aluga uma ação disponível em sua carteira a terceiros, os riscos tendem a ser menores. Como esse é um mercado indicado para quem não pretende se desfazer de uma ação a curto e médio prazos, a locação pode ser mais uma maneira de lucrar com o mercado acionário.

"Temos casos de investidores que não vendem papéis de suas carteiras há anos. Para essas pessoas, o aluguel pode significar um lucro a mais", diz o consultor da Corretora Souza Barros, Clodoir Gabriel Vieira. Justamente por isso, papéis de empresas como Petrobras, Vale do Rio Doce e de bancos são encontrados com mais facilidade para locação, por se tratar de empresas de que os investidores dificilmente querem se desfazer. Sem desespero — O risco, nesse caso, é apenas de a ação despencar e nunca mais o investidor conseguir recuperar o valor por ocasião do aluguel. "Mas, se o investidor tiver visão de médio e longo prazos, é possível que reverta as perdas. O que não pode fazer é se desesperar no fim do contrato de locação e vender o papel em momento de baixa", diz Vieira. O preço do aluguel é fixado pelo proprietário da ação, de acordo com o perfil da empresa e expectativa de performance dela nos meses seguintes. O prazo de vigência do contrato de locação é de, no mínimo, um dia, sendo o limite máximo também fixado pelo proprietário. As corretoras cobram, em média, 0,5% para executar a operação de empréstimo na CBLC. Os ganhos com o negócio ainda são tributados pelo Imposto de Renda (IR). Adriana Gavaça

Saraiva faz oferta pública na bolsa

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Saraiva Livreiros Editores vai fazer oferta pública de ações no mês de abril, operação estimada em cerca de R$ 188 milhões, considerando a cotação do papel ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A empresa atua nos negócios de edição de livros e comercialização de conteúdo, por meio da editora, e de comercialização no varejo de livros e outros artigos, por meio da livraria. Em 2005, 48% da receita líquida vieram das atividades da editora e 52%, da livraria. No prospecto preliminar da operação, divulgado ontem ao mercado financeiro, a empresa admite a possibilidade de usar os recursos obtidos para aquisição de outras editoras ou ca-

tálogos editoriais, empresas atuantes no mercado varejista de livros ou linhas de produtos relacionados aos da livraria. A oferta da empresa compreende a venda de 7.999.965 ações preferenciais. Sendo que 3 milhões serão emitidas pela própria companhia e 4.999.965 ações são de titularidade dos acionistas vendedores. O acion i s t a c o n t ro l a d o r é J o rg e Eduardo Saraiva, que possui atualmente 19,8% do capital social da companhia. Mais por vir – A quantidade total das ações inicialmente apresentada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 1.199.994 ações, representando acréscimo de 15% no total inicialmente oferecido. A oferta poderá ainda ser

aumentada em até 1.599.993 ações, representando 20% dos papéis inicialmente apresentados na oferta global. Levando-se em conta mais esses dois lotes, a oferta pode levantar cerca de R$ 254 milhões. O período de reserva das ações vai de 29 de março a 7 de abril. A fixação do preço ocorre no dia 11 de abril, com publicação de início no dia seguinte. Os coordenadores da oferta dos papéis são os bancos Pactual e Santander. O papel preferencial fechou ontem com queda de 1,15% na Bovespa, cotado a R$ 23,11. No exercício encerrado em 2005, o lucro líquido da Saraiva foi de R$ 40 milhões, 119,8% superior aos R$ 18,2 milhões registrados no ano anterior. (Reuters)

BRA pretende abrir o capital

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companhia aérea BRA, quarta maior do Brasil e que recentemente passou a operar vôos regulares, pretende lançar ações em bolsa de valores em prazo de dois a três anos, quando espera ter frota de 50 aeronaves. "Pretendemos abrir o capital da empresa", disse o presidente da BRA, Huberto Folegatti, acrescentando que a idéia é ter 40% do capital no mercado. Os comentários foram feitos pouco depois de um avião da BRA ter derrapado

na pista do aeroporto de Congonhas, na capital paulista (leia mais sobre esse incidente na página 9 do primeiro caderno desta edição). Charter — Por muitos anos a BRA foi operadora de vôos charter. Hoje chega a cerca de 30 destinos, a maioria na região Nordeste. A companhia se prepara para iniciar vôos para Portugal e Espanha, países para os quais já tem autorização para realizar sete e dez freqüências semanais, respectivamente. A BRA tem frota de 10 aeronaves Boeing

e espera ter de 15 a 17 até o final do ano. De acordo com o presidente da BRA, a empresa avalia jatos da Embraer e da Boeing em seus planos de crescimento. "Estamos olhando também os aviões menores da Embraer, com 70, 80 lugares, porque existem muitas rotas no Brasil que precisam de aeronaves menores", comentou. Ele disse que o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) independe do aumento da frota da BRA. (Agências)


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quinta-feira, 23 de março de 2006

LEGAIS - 11

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco o

CNPJ n 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. A Organização Bradesco, visando a alcançar melhores níveis de competitividade, produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, vem concentrando as operações de arrendamento mercantil na Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil. O bom desempenho da Empresa está sedimentado na forma de atuação, plenamente integrada à Rede de Agências do Banco Bradesco S.A., mantendo estratégias de diversificação dos negócios nos vários segmentos do mercado, bem como implementando acordos operacionais com grandes fabricantes, principalmente nos setores de veículos pesados e de máquinas e equipamentos. No período, apresentou Lucro Líquido de R$ 217,789 milhões. A rentabilidade anualizada foi de 9,99% sobre o Patrimônio Líquido de R$ 2,181 bilhões. Em 31 de dezembro, o Total de Ativos era de R$ 19,139 bilhões, destacando-se R$ 15,083 bilhões direcionados para Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e R$ 1,964 bilhão para Operações de Arrendamento Mercantil, a valor presente, além de R$ 6,716 milhões de Leasing Operacional a Receber. O saldo do Valor Residual Parcelado ou Antecipado era de R$ 731,251 milhões. No Total de Captações, R$ 14,798 bilhões era o saldo das Debêntures e R$ 626,940 milhões representados por Dívidas Subordinadas. Em atendimento à Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, registre-se que a Bradesco Leasing, no exercício, não contratou e nem teve serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o Auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. Barueri, SP, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2004

PASSIVO

883.949 7.873

966.148 308

758.572 667.892 90.680 (10.739)

619.624 572.718 46.906 56.233

1.020.449 13.217 (997.951) (46.454) 115.374 5.164 110.258 (48) 12.869 39.783 (26.914) 15.518.861 15.083.186 15.083.186 (31.713)

907.881 – (802.639) (49.009) 277.483 4.499 272.999 (15) 12.500 41.005 (28.505) 2.736.110 2.466.878 2.466.878 (32.878)

CIRCULANTE .................................................................................. RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS ......................................... Recursos de Debêntures .................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS .............................................. Empréstimos no País - Outras Instituições ......................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS FINAME ............................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Sociais e Estatutárias ......................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ............................................. Dividas Subordinadas ........................................................................ Diversas ............................................................................................

782.991 85.576 85.576 – – 83.032 83.032 1.132 613.251 51.953 207.303 19 26.940 327.036

531.144 – – 11.756 11.756 79.149 79.149 7.302 432.937 19.223 67.497 19 24.845 321.353

883.104 53.020 (920.180) (47.657) 467.388 467.504 (116) 2.735.712 29.194 19.293 34.895 (24.994) 19.238 39.565 169 (20.496) 2.653.277 3.655.527 (1.002.250) 34.003 45.979 (11.976)

662.067 – (645.038) (49.907) 302.110 302.163 (53) 2.108.677 11.313 976 36.823 (26.486) 20.659 39.565 169 (19.075) 2.034.325 2.974.182 (939.857) 42.380 46.007 (3.627)

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS ......................................... Recursos de Debêntures .................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS FINAME ............................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................ OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Dívidas Subordinadas ........................................................................ Diversas ............................................................................................

16.174.540 14.712.089 14.712.089 101.837 101.837 – 1.360.614 331.966 600.000 428.648

3.283.892 1.907.149 1.907.149 100.108 100.108 1.051 1.275.584 351.697 600.000 323.887

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................

2.180.991

1.995.899

Capital: - De Domiciliados no País ................................................................. Reservas de Capital ........................................................................... Reservas de Lucros ........................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ................................

1.962.761 179 217.803 248

1.943.997 160 51.742 –

19.138.522

5.810.935

2005

CIRCULANTE .................................................................................. DISPONIBILIDADES ......................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................... Carteira Própria ................................................................................. Vinculados à Prestação de Garantias .................................................. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Privado ................................................................................... - Setor Público ................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Rendas a Receber ............................................................................. Diversos ............................................................................................ Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ...................... OUTROS VALORES E BENS ............................................................ Outros Valores e Bens ........................................................................ Provisões para Desvalorizações ........................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ......................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................................. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Privado ................................................................................... - Setor Público ................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Diversos ............................................................................................ Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ...................... PERMANENTE ................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................. Participação em Coligada - no País .................................................... Outros Investimentos ......................................................................... Provisões para Perdas ....................................................................... IMOBILIZADO DE USO ..................................................................... Imóveis de Uso .................................................................................. Outras Imobilizações de Uso ............................................................. Depreciações Acumuladas ................................................................. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ............................................. Bens Arrendados ................................................................................ Depreciações Acumuladas ................................................................. DIFERIDO ......................................................................................... Gastos de Organização e Expansão ................................................... Amortização Acumulada .................................................................... T O T A L ..........................................................................................

2005

2004

2005

2005

2004

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de Crédito ............................................. Operações de Arrendamento Mercantil ................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ............................................................ Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de Captações no Mercado ..................... Operações de Empréstimos e Repasses ................. Operações de Arrendamento Mercantil ................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa ......................................... RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................................... OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de Pessoal .............................................. Outras Despesas Administrativas ........................... Despesas Tributárias .............................................. Resultado de Participação em Coligada .................. Outras Receitas Operacionais ................................. Outras Despesas Operacionais ............................... RESULTADO OPERACIONAL ............................. RESULTADO NÃO OPERACIONAL .................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ............................................................ IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO ..................................................

1.833.659 24.883 638.898

2.817.210 42.019 1.179.856

681.116 1.463 435.796

1.170.084 (206) 1.577.609 1.119.563 12.105 432.779

1.595.831 (496) 2.348.377 1.502.677 26.544 821.559

244.729 (872) 487.157 160.718 10.139 321.690

13.162

(2.403)

(5.390)

256.050 (61.781) – (7.406) (37.999) 2.164 27.342 (45.882) 194.269 (3.080)

468.833 (124.958) – (12.422) (79.861) 2.692 31.290 (66.657) 343.875 (1.794)

193.959 (14.379) (474) (9.306) (16.322) 20.901 2.773 (11.951) 179.580 (8.169)

191.189 (75.333) 115.856

342.081 (124.292) 217.789

171.411 (50.965) 120.446

Número de ações .................................................... Lucro por ação em R$ .............................................

9.015 12.851,47

9.015 24.158,51

8.938 13.475,72

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

T O T A L ..........................................................................................

19.138.522

5.810.935

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

RESERVAS

EVENTOS CAPITAL SOCIAL

Exercícios findos em 31 de dezembro

2o Semestre

AUMENTO DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

DE CAPITAL LEGAL

AJUSTE AO VALOR DE LUCROS/ MERCADO-TVM E DERIVATIVOS (PREJUÍZOS) COLIGADAS E ACUMULADOS

TOTAL

ESTATUTÁRIAS CONTROLADAS

Exercícios findos em 31 de dezembro

2o Semestre 2005

2005

2004

ORIGEM DOS RECURSOS ..................................

6.180.543

14.515.928

6.112.418

LUCRO LÍQUIDO ..................................................

115.856

217.789

120.446

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .......................... Depreciações e Amortizações ................................. Amortização de Ágio ............................................... Resultado de Participação em Coligada .................. Provisão para Perdas de Investimentos ................... Superviniência de Depreciação ...............................

356.244 433.414 3.600 (2.164) 1 (78.607)

736.957 821.170 7.201 (2.693) (1.492) (87.229)

272.865 290.188 3.600 (20.901) (22) –

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ...............................

248

248

RECURSOS DE ACIONISTAS .............................. Aumento de Capital por Subscrição ......................... Aumento de Capital por Incorporação ......................

18.761 18.761 –

18.761 18.761 –

1.146.192 – 1.146.192

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............. Recursos de Emissão de Títulos .......................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ............ Instrumentos Financeiros Derivativos .................. Outras Obrigações ............................................... - Diminuição do Subgrupo do Ativo .................. Operações de Arrendamento Mercantil ................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ..... Bens não de Uso Próprio ...................................... Imobilizado de Uso ............................................... Imobilizado de Arrendamento ............................... Investimentos ....................................................... - Dividendos Recebidos de Coligadas .................

5.514.740 5.332.850 8.091 – 173.799 23.814 23.814 150.146 3.360 – 146.786 – 734

13.155.860 12.890.516 – – 265.344 65.807 65.807 319.506 5.217 – 312.340 1.949 1.000

3.785.140 1.907.149 191.013 8.353 1.678.625 – – 787.775 7.971 245 392.051 387.508 –

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...........................

6.172.808

14.508.363

6.112.120

DIVIDENDOS DECLARADOS ..............................

27.516

51.725

16.117

885.697 3.855 – 881.593 249

1.684.850 4.278 – 1.663.945 16.627

3.135.673 20.471 21.496 2.715.968 377.738

SALDOS EM 30.6.2005 ................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .............................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ........................ LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................... - Dividendos Declarados ....................................................

1.944.000 – – – – – –

– 18.761 – – – – –

160 – 19 – – – –

8.490 – – – – 5.792 –

120.973 – – – – 82.548 –

– – – 248 – (88.340) –

– – – – 115.856 – (27.516)

2.073.623 18.761 19 248 115.856 (27.516)

INVERSÕES EM .................................................... Bens não de Uso Próprio ......................................... Imobilizado de Uso ................................................. Imobilizado de Arrendamento .................................. Investimentos ..........................................................

SALDOS EM 31.12.2005 ...............................................................................

1.944.000

18.761

179

14.282

203.521

248

2.180.991

APLICAÇÕES NO DIFERIDO ...............................

45.984

SALDOS EM 31.12.2003 ............................................................................... INCORPORAÇÃO DA ASTRON HOLDINGS LTDA. ..................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................. LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................... - Dividendos Declarados ....................................................

797.805 1.146.192 – – – –

– – – – – –

– – 160 – – –

– – – – 3.393 –

– – – – 48.349 –

– – – – – –

(52.587) – – 120.446 (51.742) (16.117)

745.218 1.146.192 160 120.446 – (16.117)

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .......... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................. Operações de Arrendamento Mercantil ................... Outros Créditos ......................................................

5.256.879 5.159.289

12.758.424 12.616.308

2.914.198 2.418.875

91.694 – 5.896

138.947 – 3.169

79.024 23.355 392.944

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ..... Depósitos ............................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses .............. Instrumentos Financeiros Derivativos .....................

2.716 – – 2.716

13.364 – 6.144 7.220

148 148 – –

AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES .................

7.735

7.565

298

138 7.873 7.735

308 7.873 7.565

10 308 298

SALDOS EM 31.12.2004 ...............................................................................

1.943.997

160

3.393

48.349

1.995.899

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .............................................. AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO- TVM E DERIVATIVOS ......................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................... - Dividendos Declarados ....................................................

– 3 – – – – –

18.761 – – – – – –

– – 19 – – – –

– – – – – 10.889 –

– (3) – – – 155.175 –

– – – 248 – – –

– – – – 217.789 (166.064) (51.725)

18.761 – 19 248 217.789 – (51.725)

SALDOS EM 31.12.2005 ...............................................................................

1.944.000

18.761

179

14.282

203.521

248

2.180.991

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Início do Período ....................... Fim do Período ........................ Aumento das Disponibilidades ..

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, exclusivamente a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no exercício (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (“hedge”) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. e) Operações de arrendamento mercantil A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou pré-fixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer pelo recebimento das parcelas contratuais de acordo com a Resolução no 2682 do CMN. III - Imobilizado de arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem, previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: veículos e afins, 20%; móveis e utensílios, 10%; máquinas e equipamentos, 10%; outros bens, 10% e 20%. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento (Nota 6-h). V - Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis da Sociedade são mantidos conforme exigências legais, específicas para sociedades de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” a “IV” acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota 6-h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. VI - Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa A provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta a conjuntura econômica, a experiência passada, os riscos específicos e globais da carteira e as normas e instruções do BACEN. As operações de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes, da seguinte forma:

Período de atraso

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ...................................................................................... • de 31 a 60 dias ...................................................................................... • de 61 a 90 dias ...................................................................................... • de 91 a 120 dias .................................................................................... • de 121 a 150 dias .................................................................................. • de 151 a 180 dias .................................................................................. • superior a 180 dias ...............................................................................

B C D E F G H

g) Permanente Demonstrado ao custo, deduzido de provisão para perdas, combinado com os seguintes aspectos: Os investimentos relevantes em coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial; Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditados, informado pelas respectivas bolsas, seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável; Depreciação do imobilizado de uso, calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo: imóveis de uso/edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios, máquinas e equipamentos - 10% ao ano; e amortização do diferido, calculada pelo método linear - 20% ao ano. h) Ativos circulante e realizável a longo prazo São demonstrados pelos valores de realização incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos. i) Passivos circulante e exigível a longo prazo Os valores demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos encargos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos. As provisões para contingências são reavaliadas periodicamente pela Administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação, a opinião de seus consultores jurídicos e as garantias contratuais decorrentes da mudança de controle acionário, e é considerada suficiente para cobrir prováveis perdas que podem ser incorridas. A Organização Bradesco têm como política não reconhecer contabilmente as contingências ativas, enquanto não estiver efetivamente assegurada a sua obtenção em decisão final para a qual não caibam mais quaisquer recursos.

A atualização (“accrual”) das operações de arrendamento mercantil vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de arrendamento mercantil, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não figurando mais no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. f)

Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

4)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Acima de 360 dias Total Total

O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, às alíquotas descritas acima, sendo que para a superveniência de depreciação são aplicáveis somente as alíquotas de imposto de renda.

Aplicações em depósitos interfinanceiros: Aplicações em depósitos interfinanceiros .................... Total em 2005 ............................................................ Total em 2004 ............................................................

Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. 5)

15.083.186 15.083.186 2.466.878

15.083.186 15.083.186

2.466.878 2.466.878

b) As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 1.481.388 mil (2004 - R$ 153.513 mil) foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Títulos e valores mobiliários Classificação por categorias e prazos 2005 1 a 30 dias

TÍTULOS (1) Títulos para negociação • Letras financeiras do tesouro ................................................................................... • Certificados de depósito bancário .......................................................................... • Debêntures ........................................................................................................... • Notas do tesouro nacional ..................................................................................... • Letras do tesouro nacional ..................................................................................... • Outros ................................................................................................................... Total em 2005 ......................................................................................................... Total em 2004 .........................................................................................................

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

57.925 – 57.584 – 236.298 – 351.807 25.550

260.053 368 – – – – 260.421 8.101

39.589 104.682 – – 1.569 – 145.840 512.240

– 504 – – – – 504 73.733

Valor de Valor de mercado/ custo contábil (2) atualizado 357.567 105.554 57.584 – 237.867 – 758.572

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 Valor de Marcação Marcação mercado/ a a mercado contábil (2) mercado

357.352 105.554 57.584 – 237.867 – 758.357

215 – – – – – 215

300.665 151.557 114.971 29.703 11.103 11.625

29 – – – – –

619.624

29

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimentos, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Instrumentos financeiros derivativos A Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil opera em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, na administração e gerenciamento dos riscos, contratando com os mesmos, operações de derivativos, representadas por “swap”, para proteção de seus ativos e passivos. O valor nominal dos instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação, está assim resumido: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Valor Valor Valor Valor global líquido global líquido

Contratos de “swaps” Posição ativa Mercado interfinanceiro ................ Posição passiva Prefixados .....................................

5.632 6.764

5.632 6.764

39.863 48.216

Os contratos de “swaps” possuem os seguintes vencimentos:

Total em 2005 .................. Total em 2004 ..................

Até 90 dias

91 a 180 dias

3.132 14.380

2.071 9.666

Em 31 de dezembro - R$ mil Acima de 181 a 360 dias 360 dias Total

48.216

Contratos de “swaps” ........................................................

(496)

(872)

Total .................................................................................

(496)

(872)

Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

“Instrumentos financeiros derivativos” no passivo e totalizam R$ 1.132 mil. Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrados pelo valor de custo atualizado e valor de mercado:

1.022 1.022 6.448

110 110 1.905

1.132 1.132 8.353

5.632 39.863

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

O valor do diferencial a pagar dos contratos de “swaps” encontram-se registrados na conta

Derivativos - ajuste a pagar ........................................ Total em 2005 ............................................................ Total em 2004 ............................................................

– 5.632

Valores das receitas e das despesas líquidas:

39.863

Em 31 de dezembro - R$ mil Ajuste a valor de Valor de Custo atualizado mercado mercado

429 10.185

6)

CETIP (balcão) .................................................................

5.632

39.863

Total .................................................................................

5.632

39.863

ARRENDAMENTO MERCANTIL a) Os contratos de arrendamento mercantil possuem atualização pré ou pós-fixada e podem ter as seguintes características: • Arrendamento financeiro, com cláusula de não-cancelamento e opção de compra; e • Arrendamento operacional, com cláusula que possibilita o cancelamento e asseguram ao arrendatário a opção pela aquisição do bem a qualquer momento, pelo valor de mercado.

CONTINUA


quinta-feira, 23 de março de 2006

Empresas Nacional Finanças Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

13 Número de cadernetas cresceu 10% entre 2004 e 2005, levando o estoque de contas a 74,7 milhões

POUPANÇA TEM FUNDO GARANTIDOR

Apesar de render menos do que outras aplicações financeiras disponíveis no mercado, caderneta atrai cada vez mais brasileiros.

De acordo com especialistas, o fato de ser um investimento simples, isento de impostos, explica a preferência.

POUPANÇA AINDA É A PREFERIDA Paulo Pampolin/Hype

E

mbora quase sempre tenha o menor rendimento entre as principais aplicações financeiras disponíveis no mercado, a poupança ainda reina absoluta na preferência do brasileiro. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em 2005 o número de cadernetas de poupança cresceu 10,01% na comparação com o ano anterior, elevando o estoque de contas a 74,7 milhões. Em termos de rentabilidade, a poupança ficou bem atrás de um de seus principais concorrentes — os fundos de renda fixa, que encerram o ano com ganhos 63% superiores, de acordo com cálculos do matemático José Dutra Vieira Sobrinho. "Para se ter uma idéia, um investidor que tenha aplicado R$ 1 mil na poupança em janeiro de 2005 chegou a dezembro com saldo de R$ 1.091,80. Se tivesse optado pelo fundo de renda fixa, terminaria o ano com R$ 1.149,70", calcula Dutra. Em 2005, o rendimento líquido acumulado dos fundos de renda fixa foi de 18,71%, enquanto a poupança rendeu bem menos, 9,18%. Na avaliação de especialistas do mercado financeiro, a poupança bate os outros inves-

timentos na preferência dos brasileiros mesmo com retorno mais baixo principalmente por um motivo: a simplicidade. Ao contrário de outras aplicações, a poupança não tem limite mínimo para aplicação, não exige que o poupador abra uma conta corrente no banco, não tem um administrador responsável pelo dinheiro (como acontece no caso dos fundos), permite que o aplicador faça saques quando precisar e não tem cobrança de tributos como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda. Segurança — O consultor especializado em Finanças Pessoais Cláudio Boriola lembra de outro fator importante

que ajuda a explicar o sucesso da caderneta. "A poupança é um investimento mais seguro do que as outras opções do mercado e o brasileiro parece gostar dessa sensação de segurança", afirma o consultor. A baixa rentabilidade da caderneta, por sinal, tem a ver exatamente com uma regra básica do mercado financeiro: quanto mais arriscado um ativo, maior tende a ser seu retorno para o investidor. É por isso que os fundos, cujos gestores tentam manobrar no mercado para obter maiores rendimentos, oferecem mais risco de perdas para o investidor. Além disso, as aplicações em poupança no valor de até R$ 20 mil por titular são garan-

Pelos cálculos do matemático Dutra, em 2005 os fundos de renda fixa renderam 63% mais que a caderneta

tidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) do governo caso o banco quebre. Nos fundos, o risco da possibilidade de derrocada do banco fica só por conta do aplicador: se a insti-

tuição financeira quebrar, ele perde tudo o que investiu. A caderneta tem seu espaço cativo no mercado brasileiro, mas poderia crescer bem mais, de acordo com o superinten-

dente geral da Abecip, Carlos Eduardo Duarte Fleury. "A poupança tem ainda um potencial grande de expansão, só precisa de propaganda", diz. Eduardo A. de Castro


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LEGAIS

quinta-feira, 23 de março de 2006

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco o

CNPJ n 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO b) Conciliação da composição da carteira de arrendamento financeiro, a valor presente, com os saldos contábeis:

2005 Arrendamentos financeiros a receber ...................................................................................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ................................................................. Bens arrendados financeiros + Perdas em arrendamentos (líquido) ......................................................... (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: .............................................................. Depreciações acumuladas .................................................................................................................. Superveniência de depreciação ........................................................................................................... (-) Valor residual garantido antecipado (Nota 11b) .................................................................................... Total do valor presente .........................................................................................................................

(1) (2) (3) (4)

Investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial, em função da Organização Bradesco ter controle compartilhado desta instituição; Dados relativos a 30 de novembro de 2005; Empresa adquirida em abril de 2005; Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. (5) Empresa incorporada pela Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em setembro de 2004; (6) Investimento vendido ao Banco Finasa em outubro de 2004; e (7) Dados relativo a 31 de dezembro de 2005.

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

1.963.074 (1.911.415) 3.632.498 (988.412) (1.410.056) 421.644 (731.251) 1.964.494

1.549.549 (1.427.279) 2.915.892 (900.345) (1.236.068) 335.723 (625.230) 1.512.587

b) Outros investimentos:

c) Carteiras e prazos

Aplicações por incentivos fiscais ............................................................................................................. Títulos patrimoniais ................................................................................................................................. Outros investimentos ............................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................. Provisão para: Perdas em aplicações por incentivos fiscais ............................................................................................ Perdas em títulos patrimoniais ................................................................................................................ Perdas em outros investimentos .............................................................................................................. Subtotal ................................................................................................................................................. Total .......................................................................................................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso normal 1 a 30 dias Operações de arrendamento mercantil ................................. Outros créditos (1) .................... Total em 2005 ........................... Total em 2004 ...........................

123.385 58 123.443 170.632

31 a 60 dias

61 a 90 dias

117.315 50 117.365 94.815

91 a 180 dias

97.087 50 97.137 66.994

181 a 360 dias

274.545 165 274.710 208.979

Acima de 360 dias

450.305 285 450.590 330.797

857.310 1.375 858.685 586.851

Total em 2005 (A)

Total em 2004 (A)

1.919.947 1.983 1.921.930

1.458.449 619 1.459.068

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso anormal Parcelas vencidas 1 a 30 dias Operações de arrendamento mercantil ................................. Outros créditos (1) .................... Total em 2005 ........................... Total em 2004 ...........................

2.525 – 2.525 3.052

31 a 60 dias

61 a 90 dias

1.631 – 1.631 2.173

91 a 180 dias

648 – 648 1.439

1.351 – 1.351 3.901

Acima de 360 dias

1.353 – 1.353 4.331

Total em 2005 (B)

620 – 620 1.750

8.128 – 8.128

Total em 2004 (B) 16.607 39 16.646

Em 31 de dezembro - R$ mil Curso anormal Parcelas vincendas

Operações de arrendamento mercantil Outros créditos (1) ........................... Total em 2005 .................................. Total em 2004 ..................................

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

2.395 – 2.395 2.558

4.116 – 4.116 2.817

1.741 – 1.741 1.956

Total em Total em 2005 2004 91 a 180 181 a 360 Acima de Total em Total em dias dias 360 dias 2005 (C) 2004 (C) (A+B+C) (A+B+C) 5.614 – 5.614 5.840

8.662 – 8.662 9.430

13.891 – 13.891 16.547

36.419 – 36.419

37.531 1.964.494 1.512.587 1.617 1.983 2.275 1.966.477 39.148 1.514.862

(1) A rubrica “Outros créditos” compreende devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber. d) Concentração de operações de arrendamento mercantil e outros créditos

2005

%

66.237 285.004

3,37 14,49

2005 Setor Público ................................................................................................ Intermediários Financeiros .......................................................................... Setor Privado Indústria ....................................................................................................... Siderúrgica, metalúrgica e mecânica .............................................................. Artigos de borracha e plásticos ....................................................................... Alimentícia e bebidas ...................................................................................... Química ......................................................................................................... Edição, impressão e reprodução ..................................................................... Papel e celulose ............................................................................................. Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................................. Materiais não metálicos ................................................................................. Móveis e produtos de madeira ........................................................................ Têxtil e confecções ......................................................................................... Eletroeletrônica .............................................................................................. Autopeças e acessórios .................................................................................. Refino de petróleo e produção de álcool .......................................................... Artefatos de couro ........................................................................................... Veículos leves e pesados ................................................................................ Demais indústrias .......................................................................................... Comércio ...................................................................................................... Produtos em lojas especializadas ................................................................... Produtos alimentícios, bebidas e fumo ............................................................ Atacadista de mercadorias em geral ............................................................... Varejistas não especializados ......................................................................... Artigos de uso pessoal e doméstico ................................................................ Combustíveis ................................................................................................. Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ............................. Resíduos e sucatas ........................................................................................ Intermediário do comércio .............................................................................. Vestuário e calçados ....................................................................................... Veículos automotores ...................................................................................... Produtos agropecuários .................................................................................. Demais comércios ......................................................................................... Intermediários Financeiros .......................................................................... Serviços ........................................................................................................ Transportes e armazenagens .......................................................................... Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas ............... Construção civil ............................................................................................. Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social ....................... Atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial ................................ Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ........................... Telecomunicações .......................................................................................... Serviços da intermediação financeira ............................................................. Alojamento e alimentação ............................................................................... Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ......................................... Demais serviços ............................................................................................ Agricultura, Pecuária, Pesca, Silvicultura e Exploração Florestal .............. Pessoa Física ................................................................................................ Total ..............................................................................................................

46.635 179.987

3,08 11,88

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 %

%

66.237 66.237

3,37 3,37

– –

– –

439.198 86.054 53.239 56.025 44.282 35.106 15.568 20.289 19.179 17.589 16.864 18.297 10.559 10.129 12.947 5.593 17.478 394.996 101.352 48.350 42.866 40.202 34.622 26.364 19.500 20.583 15.006 16.627 12.096 1.541 15.887 55.870 938.703 420.687 187.104 91.956 84.022 17.457 32.328 20.961 18.916 14.443 1.926 48.903 16.008 55.465 1.966.477

22,33 4,38 2,71 2,85 2,25 1,78 0,79 1,03 0,97 0,89 0,86 0,93 0,54 0,52 0,66 0,28 0,89 20,09 5,15 2,46 2,18 2,04 1,76 1,34 0,99 1,05 0,76 0,85 0,62 0,08 0,81 2,84 47,74 21,39 9,51 4,68 4,28 0,89 1,64 1,07 0,96 0,73 0,10 2,49 0,81 2,82 100,00

330.486 62.826 33.539 39.648 41.098 33.457 22.333 12.165 14.293 13.113 12.587 13.431 9.489 – 7.138 4.686 10.683 304.370 76.636 35.893 39.342 9.937 24.266 5.853 15.360 17.776 10.578 20.692 32.476 – 15.561 54.200 773.032 344.882 147.537 68.227 65.474 38.225 – 15.583 12.811 13.866 1.410 65.017 9.209 43.565 1.514.862

21,82 4,15 2,21 2,62 2,71 2,21 1,47 0,80 0,94 0,87 0,83 0,89 0,63 – 0,47 0,31 0,71 20,09 5,06 2,37 2,60 0,65 1,60 0,39 1,01 1,17 0,70 1,37 2,14 – 1,03 3,58 51,02 22,77 9,74 4,50 4,32 2,52 – 1,03 0,85 0,91 0,09 4,29 0,61 2,88 100,00

Composição da carteira e da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco Em 31 de dezembro - R$ mil

Específica (1) Total (3)

%

Vencidas

Vincendas

Genérica (2)

Total

%

AA ..................... 137.432 – 137.432 6,99 – – – – – A ..................... 158.877 – 158.877 8,08 – – 794 794 0,5 B ..................... 395.920 686 396.606 20,17 1 6 3.959 3.966 1,0 C ..................... 1.155.751 16.686 1.172.437 59,62 48 453 34.673 35.174 3,0 Subtotal ............. 1.847.980 17.372 1.865.352 94,86 49 459 39.426 39.934 D ..................... 28.686 6.699 35.385 1,80 82 588 2.869 3.539 10,0 E ..................... 3.217 2.211 5.428 0,28 131 532 965 1.628 30,0 F ..................... 18.672 1.757 20.429 1,04 168 710 9.336 10.214 50,0 G ..................... 1.811 1.264 3.075 0,15 280 604 1.268 2.152 70,0 H ..................... 21.564 15.244 36.808 1,87 4.472 10.773 21.563 36.808 100,0 Subtotal ............. 73.950 27.175 101.125 5,14 5.133 13.207 36.001 54.341 Total em 2005 ..... 1.921.930 44.547 1.966.477 100,0 5.182 13.666 75.427 94.275 Total em 2004 ..... 1.459.068 55.794 1.514.862 100,0 13.464 18.263 67.257 98.984 (1) Para as operações que apresentam parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Inclui o valor dos resíduos das contraprestações, e dos residuais parcelados e final, dos contratos de arrendamento mercantil com cláusula de variação cambial, cujo arrendatário optou pelo pagamento pela cotação do dólar norte-americano de R$ 1,21, incluindo os valores que estão sendo questionados judicialmente.

Valor da operação

Vencimento

2005 Saldo inicial ........................................................................................................................................... - Provisão específica (1) .......................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ............................................................................................................................ Incorporação da Bradesco BCN Leasing .................................................................................................. Reversão ................................................................................................................................................ Baixas .................................................................................................................................................... Saldo final .............................................................................................................................................. - Provisão específica (1) .......................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ............................................................................................................................ - Recuperação de créditos baixados (3) ................................................................................................... (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas a mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) Registrado em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 98.984 31.727 67.257 – (2.403) (2.306) 94.275 18.848 75.427 42.019

– – – 107.379 (5.390) (3.005) 98.984 31.727 67.257 1.493

h) O imobilizado de arrendamento é composto como segue: 2005

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

Veículos e afins ........................................................................................................................................ 2.053.536 1.714.945 Máquinas e equipamentos ....................................................................................................................... 1.342.071 1.073.440 Outros ..................................................................................................................................................... 165.458 106.387 Perdas em arrendamentos a amortizar (líquido) ...................................................................................... 94.462 79.410 Total de bens arrendados ..................................................................................................................... 3.655.527 2.974.182 Depreciação acumulada de bens arrendados ........................................................................................... (1.423.894) (1.275.580) Superveniência de depreciação (Nota 3e - V) ........................................................................................... 421.644 335.723 Total da depreciação acumulada .......................................................................................................... (1.002.250) (939.857) Imobilizado de arrendamento .............................................................................................................. 2.653.277 2.034.325 A sociedade apurou no exercício superveniência de depreciação no montante de R$ 85.921 mil registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 1.308 mil classificada em bens não de uso próprio, em decorrência de reintegração de posse de bens arrendados e R$ 87.229 mil em resultado do exercício. OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2005 Créditos tributários (Nota 21c) ...................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia ............................................................................................................ Impostos e contribuições a compensar .......................................................................................................... Pagamentos a ressarcir ................................................................................................................................ Devedores diversos - País ............................................................................................................................ Outros ........................................................................................................................................................... Total ............................................................................................................................................................. 8)

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 350.935 152.160 44.444 27.574 398 2.251 577.762

375.063 124.427 43.693 26.640 2.797 2.542 575.162

INVESTIMENTOS a) Ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos, registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligada”: Em 31 de dezembro - R$ mil Ajuste decorrente Quantidadedeações/ ParticipaValor Lucro Patrimônio cotas possuídas de avaliação Capital ção no contábil líquido Empresas líquido (4) (em milhares) capital ajustado social ajustado social O.N. P.N. 2005 2004 2005 2004 Bradesco BCN Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (5) ................... Banco Alvorada S.A. (6) .................. Serasa S.A. (1) (2) ......................... Aquarius Holdings S.A. (3) (7) ........ Total ..............................................

– – 134.000 24.605

– – 185.622 389.347

– – 22 575

(24.827) (20) (1.639) (26.486) 10.337

Valor contábil

Remuneração

Junho/2002 (1) ...................................................................................................... 1.200.000 2012 100% CDI 2.269.482 Fevereiro/2005 (2) ................................................................................................ 4.000.000 2025 100% CDI 4.691.979 Fevereiro/2005 (4) ................................................................................................ 4.500.000 2025 100% CDI 4.750.628 Maio/2005 (3) ....................................................................................................... 3.000.000 2011 102% CDI 3.085.576 Total em 31 de dezembro de 2005 ...................................................................... 12.700.000 14.797.665 o o o (1) Sob n CVM/SRE/DEB/2002/036, nominativas, 1.200.000 (9 emissão), com valor unitário de R$ 1.000,00 com data de emissão em 1 de junho de 2002, perfazendo o valor total da emissão de R$ 1.200.000 com prazo de 10 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. Sob no CVM/SRE/PRO/2005/004, em 15 de abril de 2005, foi arquivado na CVM o Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures, com prazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10.000.000 do qual foram realizadas, até 30 de setembro de 2005, as seguintes emissões: (2) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/017, simples, 40.000.000 (1o emissão), com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4.000.000 com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. (3) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/029, simples, 30.000 (2o emissão), com valor unitário de R$ 100.000,00, com data de emissão em 1o de maio de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 3.000.000, e com prazo de 6 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios semestralmente. (4) Sob nº CVM/SRE/DEB/2005/045, simples, 30.000.000 (3º emissão), com a utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4.050.000, com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures. O valor de colocação na data 04.10.2005 foi no montante de R$ 4.500.000.

a) Obrigações por empréstimos - no País • Outras instituições ...................................... % .................................................................. b) Obrigações por repasses - do País • FINAME ..................................................... % ..................................................................

91 a 180 181 a 360 dias dias

– – – –

– – 0,590% 4,674%

– – 815.584 384.728

– – 1.095 18.198 19.293

– – 976 – 976

Em 31 de dezembro - R$ mil Acima de Total em Total em 3 anos 2005 2004

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

11.756 100,0

13.765 7,45

2.494 1,35

6.667 3,61

20.643 11,17

39.463 21,34

89.201 48,25

12.636 6,83

184.869 100,0

179.257 100,0

1a3 anos

11) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Provisão para riscos fiscais ..................................................................................................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social diferido .................................................................. Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro .............................................................................. Impostos e contribuições a recolher ......................................................................................................... Total .......................................................................................................................................................

415.524 116.587 4.884 2.274 539.269

– – 481 2.211 2.692

12.160 8.574 167 – 20.901

320.629 87.559 9.002 2.004 419.194

b) Diversas Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Credores por antecipação de valor residual ............................................................................................. Provisão para passivos contingentes ....................................................................................................... Credores diversos - País ......................................................................................................................... Outras ..................................................................................................................................................... Total .......................................................................................................................................................

731.251 15.109 8.055 1.269 755.684

625.230 5.754 13.116 1.140 645.240

12) DÍVIDAS SUBORDINADAS De acordo com as definições da Resolução no 2837 do CMN, a Bradesco Leasing emitiu debêntures subordinadas com as seguintes características: R$ mil Valor contábil 318.177 308.763 626.940 624.845

Valor da Emissão operação Vencimento Remuneração Setembro/2001 ..................................................................................................... 300.000 2008 CDI+ 0,75%a.a. Novembro/2001 .................................................................................................... 300.000 2008 CDI+ 0,75%a.a. Total em 31 de dezembro de 2005 ...................................................................... 600.000 Total em 31 de dezembro de 2004 ...................................................................... 600.000 Os juros vencem semestralmente e os próximos vencimentos ocorrerão em 1o de março de 2006 e 2 de maio de 2006, respectivamente.

13) CONTINGÊNCIAS PASSIVAS A Bradesco Leasing é parte em processos judiciais, de natureza cível e tributária, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento dos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da sociedade entende que a provisão constituída é suficiente para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. A Bradesco Leasing vem discutindo judicialmente a legalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. Provisões constituídas, segregadas por natureza, são: Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005 Processos cíveis ........................................................................................................................................... Processos trabalhistas .................................................................................................................................. Subtotal (1) ................................................................................................................................................. Processos fiscais (2) ..................................................................................................................................... Total ............................................................................................................................................................. (1) Nota 11; e (2) Classificados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”.

14.973 136 15.109 415.524 430.633

5.456 298 5.754 320.629 326.383

14) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.015 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social R$ mil

Total em 31 de dezembro de 2004 ......................................................................................................... 8.938 1.943.997 Aumento de capital (1) ............................................................................................................................. – 3 Aumento de capital (2) ............................................................................................................................. 77 18.761 Total em 31 de dezembro de 2005 ......................................................................................................... 9.015 1.962.761 (1) Aumento de capital social sem emissão de ações A.G.O./E. de 29.4.2005, homologado em 17.6.2005; (2) Aumento de capital com emissão de 77 ações ordinárias, com utilização de parte dos dividendos do exercício de 2004, conforme deliberado em AGE de 29.12.2005, aguardando homologação do BACEN. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Foram provisionados dividendos relativos ao exercício, no montante de R$ 51.725 mil (2004 - R$ 16.117 mil). O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil Lucro líquido do exercício ........................................................................................................................ Reserva legal .......................................................................................................................................... Base de cálculo ..................................................................................................................................... Dividendos provisionados (a pagar) do exercício de 2005 ................................................................. Dividendos provisionados (a pagar) do exercício de 2004 .................................................................

%

217.789 10.889 206.900 51.725 16.117

25,00 25,00

d) Reservas de capital e de lucros

g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

7)

(23.333) (21) (1.640) (24.994) 9.901

Ações ordinárias

Provisão mínima requerida Nível de risco

34.344 270 2.209 36.823

RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS - DEBÊNTURES A sociedade mantém registros na CVM de emissão para distribuição pública de debêntures escriturais, de séries únicas, não conversíveis em ações, da espécie subordinada aos demais credores, remuneradas pela variação dos “Certificados de depósitos interfinanceiros”, conforme abaixo: R$ mil

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 %

e) Setor de atividade econômica

Saldo da carteira Curso Curso normal anormal

32.398 291 2.206 34.895

10) OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES

Maior devedor ................................................................................................ Vinte maiores devedores ................................................................................

f)

9)

Emissão

181 a 360 dias

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004

2005

2005 Reservas de Capital ............................................................................................................................... Reservas de Lucros ............................................................................................................................... - Reserva Legal (1) ................................................................................................................................. - Reserva Estatutária (2) .........................................................................................................................

Em 31 de dezembro - R$ mil 2004 179 160 217.803 51.742 14.282 3.393 203.521 48.349

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. 15) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Serviços de terceiros ..................................................................................................................................... Jurídicas processuais .................................................................................................................................... Contribuições filantrópicas ............................................................................................................................ Depreciações e amortizações ....................................................................................................................... Apreensão de bens ........................................................................................................................................ Publicações ................................................................................................................................................... Outras ...........................................................................................................................................................

4.055 2.856 1.795 1.421 1.161 323 811

– 2.327 4.075 592 1.354 208 750

Total .............................................................................................................................................................

12.422

9.306

16) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 CPMF ........................................................................................................................................................... COFINS ........................................................................................................................................................ PIS ................................................................................................................................................................ ISS ................................................................................................................................................................ Outras ...........................................................................................................................................................

54.148 19.387 3.154 2.631 541

6.381 7.637 1.242 989 73

Total .............................................................................................................................................................

79.861

16.322

17) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Variações monetárias ativas .......................................................................................................................... Aditivos contratuais ....................................................................................................................................... Reversão de outras provisões operacionais ................................................................................................... Recuperação de encargos e despesas/rendas eventuais ................................................................................ Outras ...........................................................................................................................................................

21.588 4.776 3.938 231 757

889 748 793 343

Total .............................................................................................................................................................

31.290

2.773

18) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Variações monetárias passivas ...................................................................................................................... Outras provisões operacionais ...................................................................................................................... Amortização de ágio - ações coligadas .......................................................................................................... Descontos concedidos ................................................................................................................................... Provisões para contingências ........................................................................................................................ Outras ...........................................................................................................................................................

43.034 10.182 7.201 3.301 1.584 1.355

Total .............................................................................................................................................................

66.657

8.244 – 3.600 – – 107 11.951

CONTINUA


14

Empreendedores Tr i b u t o s Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

REUNIÃO DO CMN FOI ADIADA PARA O DIA 30

quinta-feira, 23 de março de 2006

100

mil reais é o valor máximo de um imóvel para que seja financiado com uso de recursos do FGTS

SEGUNDO GUIDO MANTEGA, TAXA QUE CORRIGE FINANCIAMENTOS DO BANCO PODERIA SER DE 7% AO ANO

PRESIDENTE DO BNDES DEFENDE QUEDA DA TJLP

O

presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, defendeu ontem novos cortes na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). "Podemos caminhar em direção a 7%, que estamos bem", comentou. Atualmente, a taxa está em 9% ao ano. "Todos sabemos que a mola mestra do crescimento é o investimento", disse Mantega, ao participar do seminário "Agenda Nacional de Desenvolvimento", promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Um dos aspectos fundamentais para que o investimento cresça, insistiu ele, é a queda no custo do financiamento. Isso seria possível com a continuidade nos cortes da TJLP, a taxa que remunera os empréstimos concedidos pelo BNDES ao setor produtivo. Mantega lembrou que o banco já contribuiu para baratear suas linhas de crédito ao reduzir o spread (diferença entre o custo de captação do banco e o que cobra do cliente). O novo nível da TJLP é o principal item da pauta da próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Originalmente marcada para hoje, a reunião foi adiada para o dia 30. De acordo com o Banco Central, a mudança foi decidida por motivos técnicos. O nível da TJLP já provocou embates entre Mantega e o secretário do Tesouro Nacional,

Adriano Machado/Folha Imagem

9 por cento ao ano é hoje o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Ela é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Joaquim Levy. O presidente do BNDES quer a taxa mais baixa para baratear os empréstimos para o setor privado investir no aumento da produção. O secretário do Tesouro acha que o nível da TJLP no curto prazo não influencia o nível de investimento, pois o empresário toma essas decisões olhando para as perspectivas da economia no longo prazo. Levy provocou forte reação de Mantega meses atrás, quando defendeu que a TJLP deveria oscilar junto com a taxa básica Selic (hoje em 16,5% ao ano). Analistas de mercado financeiro concordam com a avaliação de Mantega de que a TJLP poderia cair dos atuais 9% para 7% ao ano. "Com o risco-Brasil em torno dos 230 pontos e a projeção de inflação em cerca de 4,5%, haveria espaço para a taxa recuar para a casa dos 7%", disse um analista Por outro lado, o mercado dá razão ao secretário Levy quando questiona o subsídio dado

aos empresários nas operações de empréstimos do BNDES. "O Tesouro Nacional vem conseguindo tomar emprestado do mercado pagando uma taxa de 9% ao ano, mais a variação do IPCA em operações de 5 anos (prazo semelhante aos das operações do BNDES)", disse outro analista de banco. Se a TJLP cair muito, haverá um diferencial de taxas (entre o BNDES e o Tesouro) que tornará atraentes as operações de arbitragem. "O cliente do BNDES pode pegar o dinheiro emprestado a uma taxa baixa e aplicar os recursos em títulos do Tesouro Nacional, que têm u m a re n t a b i l i d a d e m u i t o maior que o custo da operação com o banco oficial", comentou o profissional. Abertura de capital — O caminho mais correto, na visão de outro analista, seria o governo criar estímulos para que as empresas abrissem capital e se tornassem mais transparentes. "Desta forma, as empresas poderiam até tomar empréstimo no mercado internacional", disse esse analista. Nas operações de empréstimo externo, as taxas de juros são mais baixas do que as cobradas no mercado financeiro brasileiro. A abertura de capital e a ampliação da transparência também serviriam de incentivo ao mercado de capitais interno. "Poderíamos ter uma situação em que as empresas conseguiriam se financiar no próprio mercado interno", disse um analista. (AE)

Da esq. para a dir.: ministro Jacques Wagner; o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli; e Mantega

IMÓVEIS Construtoras têm recursos da CEF Caixa Econômica Federal (CEF) assinou ontem seis cartas de garantia de concessão de crédito imobiliário, no valor total de R$ 107 milhões, para clientes de construtoras que atuam na cidade de São Paulo. Os contratos, firmados por meio da linha Alocação de Recursos, destinada a empresas da construção civil e lançada em outubro do ano passado, garantem que a CEF irá financiar a aquisição dos empreendimentos previstos no acordo, caso seja esse o interesse do comprador. "Essa linha garante que o comprador poderá financiar o imóvel pela Caixa com recursos próprios, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança", explicou o superintendente de Negócios da CEF, Henrique Carlos Parra. "O acordo é firmado com a cons-

A

trutora, mas o financiamento é contratado pelo comprador do imóvel", acrescentou. Montantes – A Caixa já colocou cerca de R$ 140 milhões em cartas de garantia da modalidade Alocação de Recursos, incluindo os contratos assinad o s o n t e m . Te m o u t r o s R$ 390 milhões em propostas em andamento, também referentes a empreendimentos na capital paulista. Os contratos em análise representam a possibilidade de financiamento de 3,2 mil unidades. "Trata-se de uma modalidade que foi muito bem aceita pelo mercado porque garantimos a concessão de crédito imobiliário ao comprador do imóvel com os prazos e condições da CEF", explicou Parra. Para se enquadrar nessa modalidade, o imóvel deve ter mais de 50% das obras concluídas ou participação de investidores que represente

50% do empreendimento. Prazos – Para o comprador dos imóveis incluídos no contrato firmado pela CEF com a construtora, valem prazos, limites e taxas das linhas de financiamento imobiliário em vigor em todas as linhas ofertadas pela instituição financeira. As modalidades que operam com recursos do FGTS têm limite de financiamento de 100% do valor do imóvel e taxa de juros a partir de 6% ao ano. Com recursos da caderneta, o limite de financiamento é de 80% do valor de venda e taxa a partir de 9,57% ao ano. Com recursos próprios da CEF, é possível financiar até 90% do valor do imóvel, com juros de 12% ao ano. Os limites para valor do imóvel a ser financiado são de até R$ 100 mil (FGTS) e R$ 350 mil (poupança). Não há limite nas linhas que operam com recursos da Caixa. (AE)

FMI elogia economia brasileira economia brasileira está "indo muito bem" e deverá ter " u m c re s c i m e n t o forte" neste ano. É o que previu ontem o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Charles Collyns, que está no País para levantar números sobre a situação econômica. A missão é de rotina e se realiza todos os anos. "Os números da economia são muito bons", disse Collins, ao deixar o Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. "Estamos no Brasil há alguns dias e ficamos muito impressionados com os números encorajadores que vimos das vendas do comércio", afirmou.

A

Collyns disse também que a confiança dos mercados no Brasil não foi abalada com a crise política e as denúncias surgidas nos últimos dias envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Nós vemos muita confiança dos mercados na forma como as políticas estão sendo conduzidas no País e a confiança está sendo refletida no forte desempenho econômico. O importante é a continuação da disciplina fiscal e isso certamente está acontecendo", destacou. Relatório — A missão do FMI chegou ao Brasil na segunda-feira. Os dados coletados vão servir para a elaboração do relatório anual sobre o País, providência que é adotada em relação a todos os mem-

bros do organismo, conforme determinado pelo Artigo 4º do Estatuto do Fundo. Neste ano, o Brasil antecipou todos os pagamentos de dívida com o Fundo. O último acordo com a instituição terminou em 2005. A missão já esteve reunida com representantes do Banco Central e dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Desenvolvimento Social. Está prevista para hoje reunião com o ministro Palocci — que terá o primeiro compromisso na sede do Ministério da Fazenda em mais de uma semana. Palocci tem evitado ir ao ministério para não ter contato com a imprensa desde a divulgação das denúncias. (AE)

Morgan Stanley lucra US$ 1,64 bi banco Morgan Stanley anunciou lucro líquido de US$ 1,64 bilhão (US$ 1,54 por ação) no primeiro trimestre fiscal, encerrado em 28 de fevereiro. O resultado representa alta de

O

17% na comparação com o período correspondente em 2005, de US$ 1,47 bilhão. A receita no trimestre foi recorde, crescendo 24% na mesma base de comparação, de US$ 6,8 bilhões para US$ 8,5

bilhões. Analistas previam, em média, lucro de US$ 1,21 por ação e receita próxima de US$ 7,55 bilhões para o Morgan Stanley no período, com as projeções oscilando entre ganho de US$ 1,07 e US$ 1,41 por ação. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

LEGAIS - 13

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ n 47.509.120/0001-82 - Sede: Avenida Alphaville, 1500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP o

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

19) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Provisão para desvalorização de outros valores e bens .................................................................................. Aluguéis ........................................................................................................................................................ Resultado na alienação de outros valores e bens ............................................................................................ Reversão de provisão para perdas em incentivos fiscais ............................................................................... Outros ........................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................

(8.398) 3.414 1.668 1.494 28 (1.794)

(7.401) 1.637 (2.425) – 20 (8.169)

20) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Ativos (passivos) Disponibilidades Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Aplicações em depósitos interfinanceiros (a) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Captações em depósitos interfinanceiros (a) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Debêntures (b) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Banco Alvorada S.A. ............................................................................................. Instrumentos financeiros derivativos Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Aplicações no mercado aberto (c) Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Dividendos e juros sobre o capital próprio Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Banco Alvorada S.A. ............................................................................................. Aquarius Holdings Ltda. ........................................................................................ Serasa S.A. .......................................................................................................... Títulos e valores mobiliários Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Serviços prestados Banco Bradesco S.A. ............................................................................................ Aluguel Banco Bradesco S.A. ............................................................................................

2004 Receitas (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

7.873

63

15.083.186

1.481.342

2.466.878

153.513

(13)

(12.172.766) –

(1.121.807) (174)

(1.905.213) (1.936)

(118.438) (120)

(1.132)

(496)

(8.353)

(872)

12

(51.725) 4.369 638 158

– – – –

(18.995) 4.369 – 125

– – – –

28

(13)

(2)

1.743

1.050

R$ mil Saldo em 31.12.2004 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................ Provisão para contingências cíveis ................................................................. Provisão para contingências fiscais e trabalhistas ........................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................................. Ágio amortizado ............................................................................................. Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................... Ajuste ao valor de mercado dos títulos para negociação .................................. Outros valores ................................................................................................ Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias .................... Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social .................................. Subtotal ........................................................................................................ Contribuição social MP no 2158 - 35 de 24.8.2001 .......................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) ....................................................... Obrigações fiscais diferidas (Nota 21 g) ...................................................... Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas .................

Constituição

55.588 1.918 45.815 7.312 1.224 9.222 648 1.143 122.870 168.479 291.349 83.714 375.063 87.559 287.504

4.442 3.703 31.754 380 – 2.816 – 194 43.289 – 43.289 – 43.289 29.341 13.948

Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ....................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ........ Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Crédito tributário / imposto diferido .......................................................................................................... Juros s/ capital próprio recebido .............................................................................................................. Participações em coligada ....................................................................................................................... Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ..................................................................... Benefício fiscal ........................................................................................................................................ Crédito tributário não constituído .............................................................................................................. Outros valores ......................................................................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ......................................................................... b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social

342.081 (116.307)

171.411 (58.280)

(444) (28) 916 (1.058) 1.609 (9.954) 974 (124.292)

– – 7.107 (309) – – 517 (50.965)

Exercício findo em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

Impostos diferidos Constituição/(realização) no exercício, sobre adições/exclusões temporárias .......................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ........................................................................................................ Prejuízo fiscal ......................................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ........................................................................................ Imposto de renda e contribuição social do exercício .........................................................................

18.136

549

(10.924) (23.857) (16.645)

(3.485) (11.528) (14.464)

(107.647) (124.292)

(36.501) (50.965)

Presidente Lázaro de Mello Brandão

Vice-Presidente Antônio Bornia

Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretoria

8.724 530 9.975 503 1.224 3.398 610 189 25.153 34.781 59.934 7.483 67.417 313 67.104

51.306 5.091 67.594 7.189 – 8.640 38 1.148 141.006 133.698 274.704 76.231 350.935 116.587 234.348

Em 31 de dezembro - R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social 2006 .................................................................. 2007 .................................................................. 2008 .................................................................. 2009 .................................................................. 2010 .................................................................. Total em 2005 ................................................... Total em 2004 ...................................................

27.753 31.752 47.569 – – 107.074 93.772

Prejuízo fiscal e base negativa Imposto Contribuição de renda social

8.613 10.298 15.021 – – 33.932 29.098

13.930 10.191 34.158 33.828 29.712 121.819 145.676

Total

7.764 4.115 – – – 11.879 22.803

58.060 56.356 96.748 33.828 29.712 274.704 291.349

Em 31 de dezembro - R$ mil 2006 Valor em 2005 ........................ Valor em 2004 ........................

5.435 5.700

Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2007 2008 2009 2010 2011 a 2012 7.917 3.830

9.920 4.742

17.073 8.650

17.034 9.477

18.852 51.315

Total 76.231 83.714

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 301.801 mil (2004 - R$ 316.743 mil), sendo R$ 126.719 mil (2004 - R$ 111.217 mil) de diferenças temporárias, R$ 113.428 mil (2004 - R$ 143.297 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e R$ 61.654 mil (2004 - R$ 62.229 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 9.954 mil. g) Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 116.587 mil (2004 - R$ 87.559 mil), são relativas à superveniência de depreciação R$ 105.411 mil (2004 - R$ 83.931 mil), atualização monetária sobre depósitos judiciais R$ 7.861 mil e reserva de reavaliação R$ 3.315 mil (2004 - R$ 3.628 mil). 22) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Conforme previsto no Ofício Circular CVM no 01, a sociedade está dispensada de apurar o valor de mercado das operações de arrendamento mercantil, os quais encontram-se registrados, a valor presente, de acordo com a Lei no 6099, substancialmente, como imobilizado de arrendamento. O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 eqüivale, aproximadamente, ao valor de realização desses instrumentos. b) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil. Os bens de uso da sociedade estão segurados por montantes suficientes para cobrir eventuais sinistros contra incêndio, responsabilidade civil e riscos diversos. c) Encontra-se em fase de análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Segundo Programa de Distribuição de Debêntures da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, aprovado conforme deliberação da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de dezembro de 2005, a ser composto unicamente por debêntures não conversíveis em ações no montante de R$ 10 bilhões com prazo máximo de 2 (dois) anos.

Parecer dos Auditores Independentes

Conselho de Administração e Diretoria Conselho de Administração

Realização

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.

(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; (b) Negociação de debêntures emitidas; e (c) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”. 21) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Saldo em 31.12.2005

Ao Conselho de Administração da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Barueri - SP

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Paulo Eduardo D'Avila Isola

Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 3e (v), a Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil

e pela Comissão de Valores Mobiliários, as quais requerem a adaptação ao regime de competência nos registros das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil por meio do ajuste a valor presente da carteira de arredamento mercantil, que é apresentado como provisão para “superveniência ou insuficiência” de depreciação, classificada no ativo permanente em contrapartida a receita ou despesa de arrendamento mercantil. Entretanto essas diretrizes não requererem a reclassificação das operações para as rubricas de ativo circulante e realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do período e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em nossa opinião, exceto quanto à não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

21 de fevereiro de 2006

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

INTERNACIONAL AFP Photo 09-02-2003

O ETA ACENA A BANDEIRA BRANCA

A

organização separatista basca ETA – Euskadi ta Askatasuma (Pátria Basca e Liberdade) – declarou ontem um cessar-fogo permanente a partir de amanhã, pondo fim ao que tudo indica a 40 anos de sangrenta luta pela independência do País Basco. No documento, o grupo, considerado terrorista pela Espanha, União Européia e Estados Unidos, afirma o que classifica de seu "compromisso de continuar dando passos para a paz". E chama o governos da Espanha a reconhecer os resultados de seus esforços "sem nenhum tipo de limitação". O texto, lido por três dirigentes da organização com o rosto coberto por capuz conclui afirmando que a "superação do conflito é aqui e agora possível". O primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero foi informado por agentes do Centro Nacional de Inteligência. Ele comunicou-se imediatamente por telefone com o governador do País Basco, Juan José Ibarretxe, e com o lí-

der do oposicionista Partido Popular, Mariano Rajoy. Por sua vez, a vice-primeiraministra María Teresa Fernández de la Vega classificou a notícia de "boa para todos os espanhóis", porém, com uma ressalva: "Precisamos ser mais prudentes do que nunca." A decisão tem dois aspectos imediatos. Os espanhóis podem respirar mais aliviados. Estariam livres dos temores de atentados dos separatistas bascos que em quatro décadas deixaram 851 mortos. No plano político, o socialista Zapatero certamente usufruirá de grandes dividendos, incluindo o fato de ter pacificado o país ao mesmo tempo enterrado os movimentos separatistas em solo espanhol. Sentindo já os efeitos de um desfecho dessa natureza, Rajoy, o líder conservador, advertiu o colega socialista para que não pague nenhum preço político num eventual acordo com a ETA que, indiretamente, acabou com a hegemonia de poder do Partido Popular. Rajoy perdeu as eleições de março de

Espanhóis realizaram várias manifestações pedindo o fim do grupo separatista ETA Reuters

A ETA está oferecendo uma oportunidade de proporções históricas para resolver o conflito no País Basco. Gerry Adams, líder do Sin Fein, o braço político do IRA Texto do cessar-fogo foi lido por três dirigentes da organização

2003, porque o então primeiroministro conservador José María Asnar tentou implicar os separatistas bascos nos atentados de 11 de março em Madri que deixaram 191 mortos quando, na verdade, a autoria era de islâmicos da Al-Qaeda. Uma experiência semelhante foi vivida em meados da década de 90 pelo então primeiro-ministro socialista Felipe González, que viu sua posição enfraquecida por envolvimento de ministros seus com o GAL – um esquadrão antiterrorista ilegal, acusado de assassinar 28 dirigentes e militantes da ETA. Esse foi um dos fatores responsáveis pela vitória do Partido Popular nas eleições gerais de 1996. A decisão dos dirigentes da ETA foi aplaudida por Gerry Adams, líder do Sin Fein, o braço político do Exército Republicano Irlandês (IRA). O IRA abandonou a luta armada em 1998, dando início a um processo de paz entre católicos e protestantes da Irlanda do Norte. "A ETA está oferecendo uma oportunidade de proporções históricas para resolver o conflito no País Basco", disse Adams. Faz mais de dois anos que a ETA cometeu seu último atentado mortal. Mas nos últimos meses desencadeou uma intensa campanha de intimidação e extorsão de empresários bascos, para arrecadar o que definia como "imposto de guerra". Mas na verdade, assinalam analistas espanhóis, o grupo vinha perdendo sua capacidade operativa em razão da intensa pressão policial na Espanha e na França e do cerco judicial a seu esquema financeiro O último grande golpe na ETA foi a prisão em 3 de outubro de 2004 de Mikel Albisu, seu líder máximo. (AE)


Ano 81 - Nº 22.092 São Paulo, quinta-feira 23 de março de 2006

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60 Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h45

Gustavo Miranda/ Agência OGlobo

A maldição do cocar Dida Sampaio/AE

Verticalização enfraquece Lula Lula desafiou a maldição do cocar e deixou-se coroar pelos índios rikbaktsa com o Myhara, ou Paz e Amor (foto). Desprezou a lembrança temível em Brasília de que Ulysses Guimarães e Tancredo Neves morreram depois de coroados. A maldição se realizou ontem mesmo, para atentos observadores políticos: a verticalização mantida pelo STF, para tédio de seu presidente Jobim(ao lado), é uma derrota que enfraquece Lula para a reeleição. Pág. 3 Denise Adams/AFG

O BELO ADORMECIDO O Hilton, símbolo de glamour erguido na Avenida Ipiranga, foi desativado em 2004 e transferido para a Nações Unidas. Mas o prédio adormecido conserva ainda a estrutura que o serviu por 33 anos (até o velho piano Fritz Dobbert da foto), à espera de um príncipe-empreendedor que o acorde para novas glórias. Página 16

420 MIL ESTÃO DE OLHO NO IMPOSTO A campanha pela transparência tributária já conquistou a adesão de 420 mil pessoas. Eco/9 Cris Berger

Milagre em Santa Ifigênia!

João Wainer/Folha Imagem

Derrapa, quase cai da pista. É a chuva. Avião da BRA, ontem em Congonhas. Pág. 9

Página 10 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 31º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 31º C.

De perder o fôlego, fora d'água Estamos em Noronha. Prenda a respiração, e mergulhe no Boa Viagem.


quinta-feira, 23 de março de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

IPIRANGA E JABAQUARA NA ROTA DA CAMPANHA

União dos fiscos vai permitir maior intercâmbio de dados para coibir sonegação.

Patrícia Cruz/LUZ

CADASTRO ÚNICO JÁ ATENDEU MAIS DE 15 MIL EMPRESÁRIOS O cadastro sincronizado da Receita e Sefaz entrou em operação na última segunda-feira

M

ais de 15 mil contribuintes paul i s t a s u t i l i z aram, até o final da tarde de ontem, o cadastro sincronizado da Receita Federal e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SefazSP) para abrir empresa ou alterar dados cadastrais. Lançado na última segunda-feira, o sistema foi criado para desburocratizar a obtenção do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), da inscrição estadual e também aumentar o controle da sonegação tributária pelos dois fiscos. Nos dois primeiros dias de operação, o Programa Gerador de Documentos (PGD), disponível na página da Receita Fed e r a l ( w w w. re c e i t a . f a z e nda.gov.br) recebeu elogios e críticas. Para os contadores, a simplificação e o fim do preenchimento de dados repetidos para a Receita e a Sefaz-SP são os principais pontos positivos do novo sistema. "Antes era preciso enviar as mesmas informações duas vezes para solicitar um cadastro ou fazer qualquer alteração. O novo sistema acabou com essa redundância", disse Fernando Robles Oliva Mendes, coordenador da área

societária da Confirp Consultoria Contábil. No primeiro dia de funcionamento do cadastro sincronizado, segundo Mendes, houve uma demora de até quatro horas para gerar o documento a partir da página da Receita Federal. "Mas é questão de ajuste", explicou. Segundo o coordenador-adjunto da Administração Tributária da Sefaz (CAT), Adriano Pereira Queiroga, o balanço inicial do número de operações foi positivo. "Tivemos alguns problemas, mas tudo dentro do controle, como imaginávamos", comentou. Além disso, de acordo com Queiroga, o fato de o sistema de cadastro estadual ter ficado inoperante na semana passada por causa da migração para o novo programa, também contribuiu para o aumento do fluxo de dados. "Nossa previsão é de que sejam registrados ou alterados cerca de 2 mil cadastros por dia e não 5 mil, como aconteceu", disse. Ajustes – Para a contadora da Organização King de Contabilidade, Elvira Carvalho, o sistema é muito bom, mas precisa passar por algumas adaptações. Ela cita como exemplo o campo no qual o contribuinte

precisa digitar a licença da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). "O sistema deveria reconhecer os números que não precisam dessa licença, como é o caso do varejo, que é classifi cado nesses cadastros como 50. Ao digitarmos este número, ele deveria automaticamente dispensar a continuação do preenchimento", disse. Outra falha no sistema está no campo da vigilância sanitária. Elvira informou que não conseguiu registrar o protocolo de uma empresa varejista nesse campo, o que a impede de começar a operar. "É cobrada informação demais do varejo, por um lado, e de menos quando realmente é preciso prestar esclarecimentos", criticou. A advogada Viviane Ferraz, do escritório Peixoto e Cury, também criticou o fato de o sistema não emitir um protocolo comprovando a alteração do cadastro. "Fizemos uma alteração no primeiro dia de operação e não obtivemos nenhuma resposta. Apenas que deveríamos aguardar retorno da Receita para efetivar o pedido", contou. Márcia Rodrigues

Patrícia Cruz/LUZ

Antonio Marangon (esq.), da Jucesp, ao lado do vicegovernador, Cláudio Lembo

Jucesp adere ao sistema s reflexos do cadastro sincronizado, que começou a funcionar na última segunda-feira, deverão ser melhor sentidos nos próximos três meses, quando a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) passar a fazer parte do sistema. O vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, apresentou ontem o projeto de reforma das instalações da sede e modernização do sistema da Jucesp, que deverá custar ao estado cerca de R$ 10 milhões. "São Paulo não pode ser fim de linha da América Latina, mas cabeça", disse Lembo, referin-

O

do-se à burocracia para abrir um negócio no estado. Entre os objetivos da modernização estão a disponibilização de serviços eletrônicos para facilitar o acesso ao registro público de empresas, constituição e emissão de certidões e a atualização do banco de dados que, hoje, tem 4 milhões de registros. Segundo o presidente da Jucesp, Antonio Marangon, o empreendedor vai poder entregar os documentos exigidos para o registro do contrato social pelo correio. E a tramitação dos documentos será eletrônica, reduzindo o uso de papel. Com isso, segundo Marangon,

o custo para formalizar uma empresa será 60% menor. Para o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Hédio Silva Júnior, o próximo passo da Jucesp será a expansão dos postos de atendimento. Atualmente, são 54 postos e 21 escritórios regionais. "Queremos dobrar esse número para atender melhor o empreendedor", disse o secretário. O vice-governador paulista aproveitou a ocasião para anunciar a diretora-executiva da Fundação Procon-SP, Eunice Prudente, como nova secretária da Justiça. Adriana David

Inadimplência cresce 12,7% inadimplência dos consumidores brasileiros aumentou 12,7% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2005, segundo levantamento divulgado ontem pela Serasa. Em relação a janeiro, entretanto, houve queda de 6,8%. No primeiro bimestre deste ano, houve uma elevação de 13% ante os dois primeiros meses de 2005.

A

Segundo os técnicos da Serasa, apesar do aumento na comparação anual, a inadimplência manteve o mesmo nível do mês anterior, quando cresceu 13,3% sobre janeiro de 2005, e continuou bem abaixo do crédito concedido aos consumidores – em torno de 37% no confronto de janeiro deste ano com o mesmo mês de 2005. Quanto à queda verificada

na comparação mensal, a Serasa destacou que, além da continuidade no crescimento do volume de crédito, a redução da inadimplência foi motivada pela melhoria no mercado de trabalho. A expansão do emprego formal e da renda têm facilitado o pagamento das dívidas assumidas no final de 2005, bem como as despesas com IPTU, IPVA e matrículas escolares. (AE)

Fernando Robles, da Confirp, diz que o novo sistema simplificou o trabalho para os contadores

DE OLHO NO IMPOSTO Campanha já arrecadou quase 420 mil assinaturas movimento De Olho no Imposto atingiu a marca de 419,67 mil assinaturas no Estado de São Paulo. Das 17 regionais da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) que participam da campanha, sete estão quase atingindo a meta de assinaturas. As demais, na opinião do superintendente da Facesp, Natanael Miranda dos Anjos, "estão dentro do esperado e o u t r a s p re c i s a m d e a ç õ e s mais centradas." O De Olho no Imposto pretende arrecadar 1,5 milhão de assinaturas para apoiar um projeto de lei que torne obrigatório informar ao consumi-

O

dor quanto ele paga de impostos quando adquire produtos e serviços. Para o superintendente, o grande avanço nas assinaturas ocorrerá a partir do engajamento da capital, que está apenas iniciando. "A participação de estados vizinhos, como Paraná e Mato Grosso do Sul, também é aguardada com muita expectativa", afirmou o superintendente, que não descartou a hipótese de estimular outros estados a se unirem nessa luta. Universidade – A campanha ganhou um reforço importante nesta semana com a participação da Universidade São Marcos. Os universitários das unidades do Ipiranga aprovaram a idéia e engrossaram o número

de adesões. Até sexta-feira, a coleta de assinaturas estará no campus da unidade Central do Ipiranga, das 18h às 20h. A partir de hoje até sábado, o Feirão do Imposto e postos para coleta de assinaturas estarão instalados em quatro pontos da cidade. No bairro da Lapa, zona oeste, na Praça Miguel Del Lerba (em frente ao Terminal de Ônibus Lapa); em Pirituba, na Avenida Benedito de Andrade (em frente ao Bradesco); na Penha, Praça Oito de Setembro; e no centro, na Praça Ramos de Azevedo. Até o início de abril, a campanha vai percorrer os bairros de Jabaquara, São Miguel, Butantã, Ipiranga e Vila Maria. Eduardo A. de Castro


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quinta-feira, 23 de março de 2006

CIDADES & ENTIDADES - 7

Fotos de Emiliano Capozoli/Luz

Cracolândia: mais uma blitz da Prefeitura Em outra operação conjunta na região da Luz, traficantes e usuários foram presos e estabelecimentos irregulares foram lacrados

F

iscais da Subprefeitura da Sé realizaram, na manhã de ontem, mais uma mega-operação na região da Nova Luz, conhecida como Cracolândia, na área central da cidade. A fiscalização envolveu mais de 200 pessoas, que fizeram vistoria em 50 locais, e tinha como objetivo combater o tráfico de drogas e o consumo nas ru a s d o s b a i r ro s d a L u z e Campos Elíseos. Esta região da cidade passa por um processo de recuperação. Na segunda-feira à noite, inclusive, foi inaugurado o Museu da Língua Portuguesa na estação da Luz. Dos 50 locais vistoriados ontem, 15 já haviam regularizado os problemas que ficaram pendentes na vistoria anterior; 16 permaneciam fechados; três não regularizaram a situação e reabriram sem autorização, sendo lacrados novamente; sete foram fechados (cinco com concreto e dois com lacre de papel); e nove foram intimados (seis deles têm 10 dias de

prazo para regularizar ou encerrar as atividades e outros três têm um mês). No balanço policial, 128 pessoas foram levadas para averiguação; duas traficantes terminaram presas em flagrante; uma pessoa procurada por assalto acabou detida e 32 veículos foram vistoriados. Não houve apreensão de automóveis. Muitos usuários consumiam drogas à luz do dia. Nova Luz – A fiscalização, chamada Operação Nova Luz 2006, atingiu o perímetro formado pela avenida Duque de Caxias, ruas Mauá, General Couto de Magalhães, avenidas Cásper Líbero, Ipiranga e Rio Branco. A base da operação foi montada na unidade móvel da Polícia Militar na rua General Couto de Magalhães. Participaram da operação, além da subprefeitura, polícias Militar e Civil, Guarda Civil Metropolitana, Contru/Secretaria de Habitação, Covisa/Secretaria de Saúde, Secretaria de A s s i s t ê n c i a S o c i a l e L i mpurb/Secretaria de Serviços.

Odival Reis/Diario de S.Paulo/Agência O Globo

Fiscais usam blocos e concreto para lacrar ponto comercial ilegal na Cracolândia, na região central da cidade. Bairro da Luz passa por processo de recuperação.

Aproximadamente 120 motoboys saíram em caravana pelas ruas do Centro, chegaram à sede da Prefeitura, mas não falaram com o prefeito

Motoboys protestam contra fiscalização Os funcionários das empresas de motofrete alegam que o preço para adequação às novas normas é inviável Davi Franzon

P

ara denunciar o que chamaram de perseguição do Departamento de Transporte Público (DTP), aproximadamente 120 motoboys deixaram a rua Boa Vista, no Centro, ontem à tarde, e seguiram até a sede da Prefeitura, no Anhangabaú. O objetivo era cobrar uma solução do prefeito José Serra. Segundo os motoboys, os fiscais do DTP estão exigindo que as empresas de motofrete cumpram a nova regulamentação. Eles também fizeram acusações de corrupção dentro do órgão público. Seguindo em caravana, os motociclistas pararam o trânsito da Boa Vista até o final da rua Libero Badaró. Ernesto Pastore, diretor da Associação dos Motoqueiros de Motofrete de São Paulo (AMMSP), afirmou que a categoria foi traída pelo prefeito, já que não consegue dialogar com a Prefeitura e passou a ser perseguida pela fiscalização e pela Policia Militar. "Não somos bandidos e não entendo o motivo de a PM os motoboy todos os dias", disse.

Motoboys protestaram contra a fiscalização, considerada exagerada

Pastore afirmou que, no governo Marta Suplicy, um motoqueiro gastava R$ 350 para se adequar às exigências – colete, capacete, mata-cachorro e baú identificado. Durante a campanha, Serra garantiu, segundo ele, que o custo seria reduzido até pela metade. "A adequação hoje não sai por menos de R$ 930", disse. Ernesto garantiu que o valor é inviável para qualquer motoboy, que recebe, em média, R$ 6 por hora de trabalho. "Não dá para trocar a frota toda e ainda gastar esse valor para cumprir

as exigências. As empresas não aceitam repassar esse custo para o frete e nem aumentar o salário dos motoboys, o que torna inviável essa mudança exigida", argumenta. Acusação – O motoboy também acusou o DTP de beneficiar empresas que fabricam os coletes, criando uma arrecadação ilegal dentro do órgão público. Pastore afirmou que a portaria que prevê as mudanças é dirigida para beneficiar duas empresas que atuam no setor de fabricação de coletes e capacetes.

"Uma uma dessas empresas, a Egypt, tinha uma funcionária dentro do DTP. Ela indicava qual o colete deveria ser comprado e nós denunciamos isso à Prefeitura. A menina nunca mais foi vista por lá", contou o diretor da associação. Ernesto também acusou o DTP de tomar conta da burocracia para o credenciamento de empresas e profissionais de motofrete. Ele afirma que essa decisão tem como objetivo arrecadar com as taxas, pagas tantos pelas pessoas jurídicas como pelas físicas. "Quando o cadastro era feito em uma rede particular de auto-escolas, o valor era de R$ 14. Com o DTP o valor passou para R$ 20. Além disso, o prazo agora corre conforme a boa vontade deles ou quanto você pode pagar para agilizar seu processo", disse o motoboy. Procurada pela reportagem, a Egypt não comentou as denúncias. O DTP, no início da noite, divulgou nota informando que as normas terão de ser cumpridas. Já os motoboys ficaram por 40 minutos à frente Prefeitura e depois seguiram para a Câmara.

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

quinta-feira, 23 de março de 2006

INSS PAGOU R$ 11,75 BILHÕES EM BENEFÍCIOS

9,31

bilhões de reais foi o valor gerado com as receitas previdenciárias em fevereiro.

NOS DOIS PRIMEIROS MESES DE 2006, O ROMBO ACUMULADO NAS CONTAS DO INSS SOMA R$ 7,2 BILHÕES

DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA CAI PELA METADE

C

om arrecadação recorde, a Previdência Social fechou o mês de fevereiro com um déficit de R$ 2,44 bilhões, 50% inferior ao resultado de janeiro. Em relação a fevereiro de 2005, o rombo nas contas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) recuou 38,6%. Em janeiro, o tamanho do déficit – R$ 4,84 bilhões – assustou pelo crescimento de 88,5% em comparação ao mesmo

mês do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Previdência Social. Enquanto a arrecadação das receitas previdenciárias somou R$ 9,31 bilhões, as despesas com o pagamento de benefícios chegaram a R$ 11,75 bilhões. No bimestre, o déficit acumulado soma R$ 7,2 bilhões, 11,4% acima do registrado no mesmo período do ano passado. "Foi um resultado muito po-

sitivo. Eu digo isso porque no mês passado as manchetes dos jornais eram de que o déficit explodira. Agora, podem colocar na primeira página que o déficit caiu pela metade", disse Helmut Schwarzer, secretário de Previdência Social. Segundo ele, a diminuição do déficit refletiu o aumento de 20,8% da arrecadação das contribuições previdenciárias em comparação com fevereiro de 2005, e de 13,3% sobre janeiro

deste ano. O valor da arrecadação de fevereiro é recorde histórico, sem levar em consideração os resultados de dezembro, que sazonalmente são elevados por conta do pagamento das contribuições sobre o 13º salário. O secretário ponderou que, em janeiro, o resultado ruim foi provocado pela antecipação do pagamento de precatórios (dívidas por sentenças judiciais) e o aumento das transferências de recursos a outros órgãos, co-

mo o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senac) e o Fundo Nacional de Educação, fatores que não se repetiram em fevereiro. Também houve, no mês passado, uma melhora na recuperação de créditos devidos, que somou R$ 800,8 milhões, ante R$ 498,8 milhões em janeiro. Para o secretário, o crescimento da arrecadação ainda refletiu a melhoria da gestão na cobrança das contribuições e o aumento do emprego.

Schwarzer também tem a expectativa, já manifestada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de que as mudanças que estão sendo implementadas na gestão das contas da Previdência poderão, em pouco tempo, ter um impacto do tamanho de uma reforma. Na avaliação do secretário, há espaço para a melhoria das contas da Previdência, sem que seja necessária uma emenda constitucional. (AE)

BALANÇO

BV TRADING S.A. C.N.P.J. 00.014.385/0001-46 - AV. ROQUE PETRONI JUNIOR, 999 - 16º ANDAR - CEP: 04707-910 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, bem como o parecer dos auditores independentes. São Paulo, 17 de março de 2006. A DIRETORIA BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) ATIVO Circulante Disponibilidades Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Outros créditos Direitos de mercadorias para exportação Créditos a receber de empresas ligadas Impostos a compensar Outros valores e bens Garantias realizadas Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Outros créditos Direitos de mercadorias para exportação Impostos a compensar Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos Imobilizado Móveis e Equipamentos Sistema de processamento de dados Depreciação acumulada

2005 51.505 435

2004 127.465 9.136

1.690 49.252 17.555 29.932 1.765 128 11 117 72.925

21.062 96.513 71.336 25.136 41 754 11 743 104.615

34.818 38.107 34.525 3.582 29 21 8 9 (1)

51.870 52.628 14.931 33.781 3.916 117 117 31 21 10 9 17 (16)

Total do ativo

124.459

232.111

PASSIVO Circulante Obrigações por empréstimos Obrigações por mercadorias adquiridas para exportação Fiscais e previdenciárias Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações

2005 22.456 17.751

2004 112.945 98.529

1.781 2.924

8.859 3 4.550 1.004

Exigível a longo prazo Obrigações por empréstimos

46.831 46.831

68.166 68.166

Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reserva de lucros

55.172 48.166 57 6.949

51.000 48.166 57 2.777

Total do passivo

124.459

232.111

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Reserva de Lucros

Saldos em 31 de dezembro de 2003 Aumento de capital

Capital social

Reserva de capital

Legal

Para expansão

Lucros acumulados

Total

2.350

57

352

5.053

556

8.368

45.816

-

-

-

-

45.816

Prejuízo do exercício

-

-

-

-

(3.184)

(3.184)

Realização de reservas

-

-

-

(2.628)

2.628

-

48.166

57

352

2.425

-

51.000

-

-

-

-

4.172

4.172

Reserva legal

-

-

208

-

(208)

-

Reserva para expansão

-

-

-

3.964

(3.964)

48.166

57

560

6.389

-

Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Destinação do lucro líquido:

Saldos em 31 de dezembro de 2005

1

2

3

55.172

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Receitas operacionais 28.373 39.195 Receitas financeiras 28.330 39.118 Outras receitas operacionais 43 77 Despesas operacionais (22.088) (44.103) Despesas financeiras (19.742) (40.832) Despesas administrativas (108) (130) Despesas tributárias (505) (1.431) Provisão para perdas (1.287) (934) Outras despesas operacionais (446) (776) Resultado operacional 6.285 (4.908) Receitas não operacionias 3 Despesas não operacionais (8) Resultado não operacional (5) Resultado antes da tributação 6.285 (4.913) Imposto de renda e contribuição social - Corrente (1.778) 1.271 Imposto de renda e contribuição social - Diferido (335) 458 Lucro líquido (prejuízo) do exercício 4.172 (3.184) Lucro líquido (prejuízo) por ação - R$ 0,26 (0,20) DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Origem dos recursos Das operações sociais 4.174 Lucro do exercício 4.172 Amortização/depreciação 2 Recursos de acionistas 45.816 Integralização de capital 45.816 Recursos originários de terceiros 31.690 41.959 Diminuição do realizável a longo prazo 31.690 41.959 Total das origens 35.864 87.775 Aplicação dos recursos Das operações sociais 3.181 Prejuízo do exercício 3.184 Amortização/depreciação (3) Diminuição do exigível a longo prazo 21.335 72.577 Inversões em imobilizado 9 Total das aplicações 21.335 75.767 Aumento do capital circulante líquido 14.529 12.008 Variações no capital circulante líquido Ativo circulante No início do exercício 127.465 119.435 No fim do exercício 51.505 127.465 (75.960) 8.030 Passivo circulante No início do exercício 112.945 116.923 No fim do exercício 22.456 112.945 90.489 3.978 Aumento do capital circulante líquido 14.529 12.008

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) pela variação cambial, acrescido de juros de 11,45% ao ano, com 9 Transações com partes relacionadas Contexto operacional vencimento em 15 de setembro de 2013. A Sociedade tem por objetivo a intermediação e prestação de serviços Os saldos de ativos e passivos, bem como as transações que ou representação em geral; a prática de operações no ramo de comércio 4 Instrumentos financeiros derivativos influenciaram o resultado do exercício, relativas a operações com A Sociedade realiza operações com derivativos, obedecendo aos exterior, em especial a exportação de manufaturados, mediante a partes relacionadas, decorrem de transações com a Empresa e critérios definidos pela gestão de risco de mercado do Grupo. compra e venda de qualquer outra forma de aquisição e/ou alienação de suas ligadas, as quais foram realizadas em condições usuais de Os valores a receber das operações de “swap” montam a R$ 63 (2004 outros produtos; a cessão e aquisição de créditos em geral e a mercado para os respectivos tipos de operações. – R$ 63). participação acionária em outras sociedades, comerciais ou civis, 2005 2004 O prêmio pago em contrato de opção de venda monta a R$ 603 (2004 nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou quotista. Ativos (passivos): – R$ 684). As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituiDisponibilidades - Banco Votorantim S.A. 147 144 ções e empresas do Grupo Financeiro Votorantim e certas operações Títulos e valores mobiliários 2005 2004 têm a co-participação ou a intermediação de empresas associadas. Os Banco Votorantim S.A. 1.627 3.282 Valor Valor na Valor Valor na benefícios dos serviços prestados entre essas empresas e os custos da Outros créditos - Créditos a receber original curva original curva estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a pratide empresas ligadas 29.932 25.136 Swap cabilidade e razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou Despesas antecipadas 73 519 Posição ativa: individualmente. Outras obrigações (2.920) (1.000) US$ 16.225 17.660 284.745 266.659 Principais práticas contábeis Instrumentos financeiros derivativos 63 (4.487) Posição passiva: As principais práticas contábeis adotadas para a contabilização das Resultado: DI 14.035 18.777 operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emaReceitas financeiras 5.459 8.743 US$ 16.225 17.597 270.710 252.369 nam das disposições da Lei das Sociedades por Ações. Despesas financeiras (721) (7.913) Total 16.225 17.597 284.745 271.146 As seguintes práticas contábeis foram adotadas pela sociedade: Outras despesas operacionais (446) (776) Opções a. Apuração do resultado 10 Outras informações Posição ativa: O resultado é apurado pelo regime contábil de competência. a. Despesas administrativas são compostas, principalmente, por PRÉ 67.880 603 92.904 684 b. Ativos circulante e realizável a longo prazo despesas com aluguéis de imóveis no montante de R$ 31 (2004 5 Outros créditos - Direitos de mercadorias para exportação Registrados ao custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos R$ 39), com publicações diversas no montante de R$ 42 (2004 Representados por operações de compromisso de compra de mercaauferidos em base “pro rata” dia e, quando aplicável, ajustados por R$ 37), com honorários advocatícios e despachantes no montante dorias para exportação com entrega futura, atualizadas com base na provisão considerando os valores de mercado. de R$ 19 (2004 - R$ 19) e com consultorias no montante de R$ 10 variação cambial e com vencimentos até março de 2006. O valor c. Passivos circulante e exigível a longo prazo (2004 - R$ 19). correspondente em moeda estrangeira é de US$ 7,500 (2004 – US$ Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, b. Receitas financeiras correspondem às receitas com: 32,500). quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações cam2005 2004 6 Outras obrigações biais incorridos, em base “pro rata” dia, até a data do balanço. Títulos e valores mobiliários e instrumentos Representadas, basicamente, por Adiantamento para futuro aumento d. Imposto de renda e contribuição social financeiros derivativos 6.535 8.318 de capital efetuado pela Votorantim Finanças S.A. As provisões para imposto de renda e contribuição social correntes Mútuos ativos 4.795 4.713 foram calculadas de acordo com a legislação vigente. Foram cons- 7 Obrigações por empréstimos Atualização monetária dos impostos Representadas por operações de pré-pagamento de exportação e tituídos créditos tributários às mesmas alíquotas do imposto corrente a compensar 2.820 2.922 recursos tomados pela Resolução nº 2770, contratadas junto a instituisobre a provisão para desvalorização de títulos e prejuízos fiscais, Variação cambial positiva de passivos 14.180 23.165 ções financeiras no exterior, com vencimentos até 31 de dezembro de no montante de R$ 3.264 (2004- R$ 3.599), classificados em Outros Total 28.330 39.118 2007, incidindo encargos financeiros baseados na Libor mais juros de créditos - Diversos, no ativo realizável a longo prazo. c. Despesas financeiras referem-se a: até 4% ao ano, contando com garantias prestadas por empresas Títulos e valores mobiliários 2005 2004 2005 2004 ligadas. O valor correspondente em moeda estrangeira é de US$ Títulos privados emitidos no exterior * 1.627 20.998 Derivativos 205 5.590 27,500 (2004 – US$ 62,500). Títulos públicos emitidos no exterior ** 34.215 51.186 Juros de operações passivas 6.642 13.329 8 Patrimônio líquido Debêntures - Feniciapar 7.722 6.435 Variação cambial negativa 12.895 21.913 a. Capital social (-) Provisão para desvalorização de títulos (7.722) (6.435) Total 19.742 40.832 O capital social da Sociedade é representado por 15.919.230 ações Total 35.842 72.184 ordinárias sem valor nominal. * Representados por papéis atualizados com base na variação d. Despesas tributárias são compostas principalmente por despesas b. Dividendos cambial, acrescidos de juros de 4,00% a 4,45% ao ano, com de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente vencimentos até 14 de junho de 2006. no montante de R$ 126 (2004 - R$ 736) e imposto de renda sobre a 25% do lucro de cada exercício deduzido da reserva legal. ** Representados por título emitido pelo governo brasileiro, atualizado operação de câmbio no montante de R$ 350 (2004 – Não houve). DIRETORIA Wilson Masao Kuzuhara - Diretor Marcus Olyntho de Camargo Arruda - Diretor Milton Egon Eggers - Diretor Milton Roberto Pereira - Diretor

Nelson Jorge de Freitas Contador - CRC 1SP103971/O-1

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administradores e Acionistas da BV Trading S.A.- São Paulo - SP administração da Empresa, bem como da apresentação das demonstraExaminamos os balanços patrimoniais da BV Trading S.A. levantados em ções financeiras tomadas em conjunto. 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações de Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas represenresultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações tam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elabo- e financeira da BV Trading S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os rados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, Brasil. considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os 17 de março de 2006 sistemas contábil e de controles internos da Empresa; (b) a constatação, Giuseppe Masi com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os Contador CRC 1SP176273/O-7 valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das


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quinta-feira, 23 de março de 2006

Siphiwe Sibeko/Reuters

Dia da Água: escassez vai aumentar Estudo do Programa Ambiental das Nações Unidas, feito a partir de dados de 1500 especialistas, mostra que o acesso à água potável ficará mais restrito em 15 anos. O Brasil possui 12% da reserva de água potável. água potável do mundo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem que o plano representava um dos principais motivos de comemoração no Dia Mundial da Água. Ela esteve na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), em Curitiba, e disse que o Brasil é o primeiro país da América Latina a cumprir o objetivo do milênio estabelecido pela ONU. Marina Silva lembrou que o acesso à água de boa qualidade e à água potável é um dos grandes desafios dos países em desenvolvimento. "Estamos conscientes, neste Dia Mundial da Água, do grande desafio de recuperar várias bacias hidrográficas". afirmou, lembrando que a experiência do Brasil, de gestão integrada dos recursos hídricos e de gestão descentralizada, está sendo apresentada no IV Fórum Mundial da Água, na Cidade do México. Durante visita à exposição itinerante Água para vida, água para todos, promovida pela ANA, a organização nãogovernamental WWF e o banco HSBC, Marina Silva deixou uma mensagem: "Que a água da vida nos permita ter vida em abundância , como falou aquele que se intitula como água viva". A exposição percorrerá 11 cidades nas cinco regiões brasileiras. A proposta é informar os brasileiros sobre as questões relacionadas ao uso da água. Sabesp – Alguns bairros da zona leste da cidade ficarão sem água hoje para a realização de obras da Sabesp, O trabalho acontece das 9h às 20h. Entre os bairros estão Artur Alvim, Cidade Líder, Cidade Patriarca, Jardim Coimbra, Jardim Eliane, Jardim Nossa Senhora do Carmo, Jardim Santa Marcelina, Parque do Carmo, Vila Matilde, Vila Nhocuné, Vila Ré e Vila Santa Terezinha. (Agências)

JACARÉ m jacaré-de-papoamarelo foi resgatado ontem pela manhã por bombeiros (à dir.), depois de ser atacado a pauladas no meio de uma rua de Guadalupe, na zona norte do Rio. O animal, de dois metros de comprimento, chegou a perder um dente ao morder um pedaço de madeira usado pelos agressores, moradores do bairro. Ele foi apelidado de Bocão e levado para o Zoológico de Niterói, para onde já havia sido levado outro jacaré achado na terçafeira. Os bombeiros acreditam que os dois jacarés que apareceram em Guadalupe estavam em algum valão e saíram quando o nível da água baixou. Os dois jacarés serão soltos em áreas de preservação fluminenses, assim como outros seis resgatados anteriormente. (AE)

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Marcos D´Paula/AE

ARMAS: SARGENTO É PRESO Um sargento do Exército de nome Freire foi preso ontem quando chegava para trabalhar no Estabelecimento Central de Transporte (ECT). Ele é suspeito de ter facilitado o roubo de dez fuzis e uma pistola, no dia 3. Durante a investida dos bandidos, uma coronhada teria sido dada no sargento para afastar as suspeitas de seu envolvimento.

Criança sul-africana pega água em torneira comunitária: relatório responsabiliza países em desenvolvimento pela poluição de suas fontes potávei

ASSALTO A BINGO Um grupo formado por pelo menos 15 homens assaltou, por volta das 3h30 da madrugada de ontem, o Bingo Praça da Árvore, localizado na altura do nº 184 da avenida Bosque da Saúde, na zona sul da capital paulista. A ação rendeu ao bando cerca de R$ 1 milhão, segundo a polícia. Um assaltante foi preso.

TARTARUGA uas tartarugas marinhas que encalharam, terçafeira, na praia de Ramos, zona norte do Rio, estão em tratamento no Zoológico de Niterói. Uma delas, do tipo cabeçuda (à dir.), que tem 1,40 metro de comprimento e cerca de 150 quilos, está com um ferimento grave no casco, possivelmente provocado pela hélice de barco. O orifício, de três centímetros, será fechado com resina usada por dentistas. O bicho está com conjuntivite e quando estiver recuperada será solta perto das Ilhas Cagarras. A outra, uma tartaruga-de-pente (à direita), passa bem. As duas estão num tanque junto com os pingüins. A maior delas, chamada de Penélope Charmosa, se aproximou do pingüim Romário, que surfa em seu casco. (AE)

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DESABAMENTO FERE DOIS Duas pessoas ficaram feridas ontem, por volta das 14h, no desabamento de uma estrutura de ferro e madeira do Instituto Botânico, na avenida Miguel Estéfano, bairro da Saúde, na zona sul de São Paulo. Dois homens, com idade entre 26 e 32 anos, ficaram feridos: um com fratura no fêmur e outro, na coluna. Marcos D´Paula/AE

A

falta de água potável, que hoje afeta 1 bilhão de pessoas no mundo, deverá aumentar nos próximos 15 anos. A agricultura e os poluentes industriais são as maiores ameaças aos recursos hídricos do planeta, segundo relatório divulgado ontem, Dia Mundial da Água, pelo Programa Ambiental das Nações Unidas. Chamado Desafios para Águas Internacionais: Avaliação Regional em uma Perspectiva Global, o estudo foi feito a partir das análises de 1.500 especialistas. Segundo eles, o cenário futuro será formado por queda no nível dos rios, aumento da salinidade nos estuários e desaparecimento de plantas e peixes, muitos usados para alimentação. Isso elevará as perdas na produção agrícola e na pesca, além de favorecer a falta de alimentos, provocando índices mais altos de desnutrição e doenças. O relatório também responsabiliza os países em desenvolvimento, que estariam explorando e poluindo suas fontes de água potável. Os especialistas pedem o aumento do preço cobrado pela água e a imposição de limites aos subsídios para pesticidas e pescas com explosivos em áreas de corais. Ferramentas – Para o presidente da Agência Nacional das Águas (ANA), José Machado, existem ferramentas para uma boa gestão da água, mas ainda falta muita infra-estrutura. Machado faz referência à legislação brasileira e ao Plano Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, lançado no início deste mês. O plano estabelece metas, como a redução de disparidades entre o abastecimento das regiões do País e o melhor uso do potencial hídrico do Brasil, que segundo a agência, possui 12% da reserva de


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quinta-feira, 23 de março de 2006 José Patrício/AE

9 -.CIDADES & ENTID

Chuva: vento raios e avião fora da pista

O céu ficou escuro ontem à tarde e a tempestade atingiu a capital provocou, mais uma vez, pontos alagamentos, queda de árvores, congestionamen e deixou pessoas ilhadas. Em Congonhas, um av da BRA derrapou e chegou a sair da pista.

A Em Congonhas, avião derrapou na pista molhada, saiu do asfalto e atravessou o gramado. Passageiros desceram pela saída de emergência.

gramado. Os passageiros deixaram o avião pela saí de emergência. Não houv feridos, mas os pousos e decolagens foram interrompidos. A Defesa colocou em estado de aten as subprefeituras da Sé, Pinheiros e Vila Mariana p causa da possibilidade de enchentes, além das marginais Pinheiros e Tie Trânsito – Como já é de costume, a chuva ajudou complicar ainda mais o trânsito nas principais via cidade. Às 16h, a CET (Companhia de Engenha de Tráfego) registrou 56 quilômetros de congestionamento. A mé para o horário é de 48 quilômetros. Na margina Pinheiros, a pista express em direção à rodovia Cas Branco, registrou 4,5 quilômetros de lentidão. marginal Tietê, no sentido Lapa-Penha, a pista expre registrou 4 quilômetros d trânsito lento. Previsão – A previsão p hoje é de mais chuva à tar Segundo o meteorologist André Madeira, do Climatempo, a tempestad resultado do choque de u frente fria que chegou ao litoral com o clima quente úmido da capital. Desde o início do mês até as 9h de ontem foram registrados 480,1 milímetros de chuv recorde é de 481,4 milíme em janeiro de 1947.

Kelly Ferreira/com agê

João Wainer/Folha Imagem

Nuvens escuras cobriram o céu da capital ontem à tarde ACIDENTE NA RAPOSO A rodovia Raposo Tavares ficou totalmente interditada na altura do km 39, região de Vargem Grande, interior de São Paulo, devido a um acidente que ocorreu na manhã de ontem. A carga de postes de iluminação que um caminhão transportava caiu na pista, por volta das 7h, bloqueando a rodovia.

ESTUDANTES prédio da Secretaria Estadual de Educação, na praça da República, Centro, foi alvo ontem de estudantes que protestavam pelo direito à gratuidade no transporte público, durante Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. Houve manifestações em 40 cidades do País. Cercados por policiais militares, os manifestantes jogaram potes de tinta, que usariam para pintar os rostos, no portão da secretaria. Um boneco representando o governador Geraldo Alckmin foi queimado (foto à dir.) Um estudante da Escola Estadual Haroldo de Azevedo, identificado apenas como Diego, foi detido. A manifestação, organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), começou às 9h no vão livre do Masp.

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ASSASSINATOS NO MORUMBI Em um espaço de 4 horas, duas pessoas foram assassinadas na região da avenida Giovanni Groncchi, no Morumbi. Eram 22h30 de terçafeira quando ECDS, de 15 anos, ex-interno da Febem, foi morto a tiros. Quatro horas depois, ao lado de um dos acessos à favela Paraisópolis, Carlos Gonçalves dos Santos, de 28 anos, foi encontrado morto a tiros. Tiago Queiroz/AE

BITA

tempestade que atingiu a cidade ontem à tarde provocou queda de árvores, deixou pessoas ilhadas e complicou ainda mais o trânsito. As nuvens escuras encobriram o céu por volta das 15h, provocando uma chuva rápida, com vento forte e raios. Na zona sul, uma árvore caiu na avenida Giovanni Gronchi, na região do estádio do Morumbi. No Butantã, zona oeste, outra árvore caiu sobre um carro na rua José Viriato de Castro. Ainda na região oeste, nas ruas Poetisa Colombina e Augusto Perrone, os bombeiros foram acionados para socorrer pessoas ilhadas. Pontos – De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, a cidade registrou 11 pontos de alagamentos, sendo dois deles intransitáveis. O primeiro na marginal Pinheiros, entre a avenida Escola Politécnica e a ponte Cidade Universitária, no sentido Interlagos. O outro, na avenida Brasil, na altura da avenida Rebouças, sentido Sumaré. Avião – O tempo chuvoso também provocou a derrapagem de um avião da companhia aérea BRA, por volta das 17h, no Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul. Por causa da pista molhada, a aeronave saiu do asfalto e atravessou o

ASSALTARAM POLICIAL E SE DERAM MAL Um assaltante foi baleado e outros dois presos após roubarem veículo de um policial civil e trocarem tiros com policias militares marginal Pinheiros. Por volta da 1h de ontem, o policial foi rendid seu Vectra na avenida Marquês de São Vicente. Policiais milita cruzaram com os ladrões e iniciaram a perseguição.

BILHETE ÚNICO

SPTrans resolveu transferir o banco d dados de estudante usuários de vale-transporte para os que terão direito a integração gratuita com pagamento na catraca. Com isso, 350 mil pessoa que a princípio não precisavam se cadastrar e, anteontem, descobriram qu precisariam, serão poupada de entregar uma a uma seu dados. Todas, no entanto, tê de fazer pelo menos uma recarga, a partir de sábado, para que o sistema reconhe o cartão cadastrado. Estudantes que pretende usar o bilhete além da cota créditos com preço promocional da passagem, inserida apenas uma vez po mês, têm de avisar que a recarga é extra, como passageiro comum. Caso contrário, não conseguirão fazer as integrações.

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-1,63

por cento foi a queda das ações da Petrobras PN no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 21/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.580.643,97 Lastro Performance LP ......... 735.395,55 Múltiplo LP .............................. 1.890.483,87 Esher LP .................................. 2.458.333,36 Master Recebíveis LP ........... 136.720,00

Valor da Cota Subordinada 997,939862 993,861066 1.004,551113 1.001,150605 957,191734

% rent.-mês 0,9064 - 0,6139 1,4706 0,1284 - 4,2808

% ano 2,1463 - 0,6139 0,4551 0,1151 - 4,2808

Valor da Cota Sênior 0 1.008,760028 1.014,460668 0 0

% rent. - mês 0,8760 1,0247 -

% ano 0,8760 1,4461 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

22/3/2006


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Nacional Tr i b u t o s Empreendedores Finanças

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Quinta-feira, 23 de março de 2006

Lírios e orquídeas vindos da Tailândia enchem os olhos dos clientes que visitam o local.

RESTAURANTE OFERECE COZINHA REAL TAILANDESA

Thai Gardens reúne o melhor da cozinha tailandesa, com requinte e sofisticação. Os detalhes estão em toda a parte, como nas orquídeas e outras flores importadas da Tailândia direto para o restaurante.

Interior do Thai Gardens, com estátuas tailandesas

Todos os sentidos aguçados em um só lugar LETREIRO

A

logomarca do restaurante Thai Gardens é uma flor-de-lotus. Considerada sagrada em toda a Ásia, e sobretudo na Tailândia, tem significados especiais. Como pureza, pois brota entre águas turvas e lodosas, e também elegância, pela beleza de suas formas.

SEGREDO

U

m dos ingredientes para a fórmula de sucesso do restaurante é a autenticidade. "Somos 100% tailandeses e esse é o diferencial. Quando um cliente chega, sabe que está adentrando a Tailândia com todos os sentidos", afirma Bernard Roca, sócio do Thai Gardens.

C

PEDRA om base em modelos tributários espanhóis, marroquinos e mexicanos, lidar com a burocracia brasileira tem sido um problema para os controladores da rede Thai Gardens. "Nesse aspecto, o Brasil não é um país fácil. Mas somos realistas e esperamos nos acostumar, ou que ocorram mudanças, tornando o sistema atual menos pesado para os empreendedores", diz Bernard Roca, sócio do Thai Gardens.

U

ma viagem sensorial pela Tailândia sem sair de São Paulo. Cruzar os portões do Thai Gardens é o passaporte para essa experiência que tem como portão de embarque esse restaurante localizado em plena Avenida Nove de Julho, em uma área conhecida por abrigar outras boas referências gastronômicas da cidade. Esse tour de sensações começa pelo cenário, ao mesmo tempo sofisticado e aconchegante, no qual se sobressaem grandes arranjos florais e delicadas orquídeas em cada mesa. O raio de visão se estende a outros cantos da casa, como os nichos que abrigam réplicas de um Buda jovem, sorridente e magro (diferentemente da imagem sentada e rechonchuda cultuada em outros países asiáticos). A incursão sensorial também passa pelo olfato, em que a atmosfera suavemente impregnada de essências transporta aos templos do distante e antigo reino do Sião, e inclui, ainda, uma requintada degustação de sabores repletos de finas especiarias, à altura de Sua Majestade, o rei Bhumibol Adulyadej. Não por acaso, o Thai é o primeiro restaurante da capital paulista a oferecer o verdadeiro menu da culinária imperial tailandesa. Responsável pela cozinha, a chef e uma das proprietárias, Tasanai Phian-o-Pas, trabalhou durante muito tempo para a família real de seu país, quando aprendeu (na Real Escola de Gastronomia, que existe há dois séculos) toda a técnica de preparo da verdadeira cozinha real, que é diferente da popular. A começar

Fotos: Paulo Pampolim/Hype

Pétalas de flores e velas enfeitam todas as mesas do restaurante

pela seleção dos ingredientes, pelo uso de finos condimentos e, sobretudo, pela apresentação dos pratos. Se em Bangcoc a chef i ntegrava a equipe que servia ao rei, à rainha e aos príncipes, em São Paulo ela é responsável pela manutenção dos nobres padrões dessa requintada culinária. Para isso, passou cerca de dois meses na capital, treinando a equipe de cozinha (seis chefs tailandeses, auxiliados por brasileiros). Com residência fixa em Madri, ela passa o ano todo viajando por outras cidades que acolhem as filiais do restaurante, como Cidade do México, no México; Casablanca, no Marrocos; e Barcelona, na Espanha. No roteiro, a constante preocupação de manter a qualidade e a excelência do selo real de gastronomia. Especiarias Como em toda a Ásia, na Tailândia comer constitui um verdadeiro rito. Daí a decoração dos alimentos ser realizada c o m r i g o r. Ta m b é m n ã o são utilizados "pauzinhos" (h a sh i s ) e, sim, talheres, um

dos poucos costumes ocidentais implantados no país pelo rei. Conhecida por sua riqueza, sofisticação e elegância, a cozinha real tailandesa conserva as mais puras tradições e suas receitas são transmitidas de geração a geração. A culinária é especial e condimentada. À base de pimentas vermelhas e verdes, há também grande variedade de sabores suaves e delicados. A característica mais marcante é o uso de especiarias, sejam secas ou frescas, sozinhas ou misturadas. Muitos dos ingredientes necessários para o preparo dos pratos, incluindo flores, são encontrados somente na Tailândia. Entre os produtos que apuram o sabor das receitas à base de frango, porco, carne de vaca, camarões e peixes, destacam-se ervas aromáticas, e esp e c i a r i a s c o m o g e n g i b re , coentro, menta, cardamomo e curry (verde, vermelho e amarelo). Além disso, qualquer refeição tailandesa inclui arroz branco. Não existem produtos lácteos e o leite-decoco é muito utilizado.

Mas, entre tantos sabores, o curry representa o refinamento culinário por excelência, com o qual os tailandeses têm conseguido conquistar os paladares mais exigentes. Sua origem é indiana, porém na Tailândia leva menos especiarias e ervas na sua elaboração, o que lhe confere um sabor mais suave. Brasil Os clientes brasileiros, assim como os espanhóis e marroquinos, aprovam esse sabor. E o restaurante paulistano, inaugurado em meados de janeiro, já é um sucesso. O Thai Gardens no Brasil tem mais um sócio, Bernard Roca, e investimentos estimados em 1,5 milhão de euros. "Iríamos abrir aqui ou em Roma. Mas tudo fluiu melhor na direção do Brasil. Desde os primeiros contatos até as parcerias necessárias com fornecedores e arquitetos", diz Roca. O grupo Thai Gardens cresce em ritmo acelerado e apresenta uma Tailândia de última geração em que se equilibram passado, presente e futuro. Em Madri, a filial do Thai Gardens foi aberta em 1995 por Emilio Carcur e Tasanai-Phian-o-Pas. Foi o primeiro restaurante tailandês aberto na Espanha. Três anos depois, mudou-se para Barcelona. Desde 2002, a cadeia está presente na Cidade do México e, em 2003, chegou a Casablanca.

Tasanai Phian-o-Pas, chef e sócia

Tasanai controla a qualidade

Detalhe da decoração

João Jacques

SERVIÇO Thai Gardens: Av. Nove de Julho, 5871, tel.: 3073-1507. Almoço, das 12h às 15h; jantar, entre 19h e meia-noite; e sextas e sábados, das 19h à 1h.

Réplicas do Buda jovem e magro


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.OPINIÃO

quinta-feira, 23 de março de 2006

RESENHA

INTERNACIONAL

GUERRA CIVIL NO IRAQUE?

Uma guerra civil no Iraque seria uma tragédia do ponto de vista humanitário, mas não do ponto de vista estratégico imputada à coalizão, nem constitui uma ameaça particular para o Ocidente. Quando Washington e aliados derrubaram o execrável regime de Saddam Hussein, que colocara o mundo em perigo ao iniciar duas guerras expansionistas, ao reunir um arsenal de armas de destruição em massa e ao ambicionar o controle do comércio de petróleo e gás, prestaram um serviço histórico aos iraquianos, um povo brutalmente oprimido pelo ditador stalinista. Porém, chegou a hora de reconhecer que a coalizão deve limitar sua vitória à supressão da tirania, antes que passe a contribuir para seu restabelecimento. Os benefícios da derrubada de Saddam não devem ser obscurecidos pela frustração de não criar um país genuinamente livre. Reconstruir o Iraque não é responsabilidade da coalizão, tampouco seu encargo. Levará muitos anos

Conflitos no gás ROBERTO FENDT

S

eguindo as diretrizes do novo modelo de energia elétrica, o governo vai realizar no dia 12 de junho leilão de energia nova. No leilão serão ofertadas licenças para a exploração de potenciais hidrelétricos e contratos de fornecimento de energia a partir de 1º de janeiro de 2009. É claro que em menos de três anos não será possível concluir a construção de qualquer hidrelétrica nova, cuja licença de exploração venha a ser adquirida em 12 de junho. Portanto, os contratos de fornecimento de energia nova terão por origem energia elétrica gerada em usinas a gás. Esses contratos serão por disponibilidade, com prazo de 15 anos de duração. Aqui começam os problemas. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso Nacional um novo projeto regulando a movimentação e a exploração de gás natural. Digo novo porque está em discussão desde 1995, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, projeto de lei (PLS nº 226) do senador Rodolpho Tourinho, com a mesma finalidade. O mercado de gás natural cresceu de forma acentuada no Brasil nos últimos cinco anos. Contribuíram para esse crescimento dois fatores: a privatização, a partir de 1977, das distribuidoras de gás, anteriormente pertencentes aos estados, e a entrada em operação do gasoduto Brasil-Bolívia, em 1999. Essas empresas privatizadas investiram na ampliação das redes de distribuição, que atingem hoje 13 mil quilômetros. A despeito desses desenvolvimentos, a concorrência no mercado está longe de ser perfeita, acarretando um desestímulo à ampliação dos investimentos. Como na geração de energia hidrelétrica, persiste forte presença estatal. No caso do gás, a Petrobrás detém 96% da produção interna e controla 90% da importação. Além disso, participa de 20 das 26 distribuidoras de gás dos estados. Em vista disso, fica ao inteiro critério da empre-

TRECHOS DO ARTIGO DE DANIEL PIPES PUBLICADO PELO NEW YORK SUN. TAMBÉM DISPONÍVEL EM MIDIASEMMASCARA.ORG

S unitas e xiitas: problema para iraquianos

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

DIREITA E Céllus

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO

para reparar os males causados por Saddam Hussein. Os americanos, os britânicos e os outros aliados não podem tomar a incumbência de dirimir os conflitos entre sunitas e xiitas, um problema de longa data que só os próprios iraquianos estão em condições de resolver. A irrupção de uma guerra civil no Iraque teria muitas conseqüências para o Ocidente, estas em especial: - Atrairia a presença da Síria e do Irã, exacerbando as tensões já evidentes. - Diminuiria o entusiasmo pela realização de eleições. Entretanto, isso terá o efeito de impedir que os islamitas sejam legitimados pelo voto popular como o Hamas o foi há poucas semanas. - Reduziria as baixas da coalizão no Iraque. Como bem notou o Philadelphia Inquirer, “em vez de matar soldados americanos, os insurgentes locais e os combatentes estrangeiros estão mais interessados em gerar uma luta civil que consiga desestabilizar o processo político iraquiano e possa levar a uma guerra total, étnica e religiosa”. - Reduziria as baixas ocidentais fora do Iraque. Quando os terroristas sunitas atacam os xiitas e vice-versa, os nãomuçulmanos correm menos risco de ser atingidos. Em resumo, uma guerra civil no Iraque seria uma tragédia do ponto de vista humanitário, mas não do ponto de vista estratégico.

Ahmad Al-Rubaye/AFP

atentado a bomba de 22 fevereiro contra o santuário de Askari em Samarra, no Iraque, foi uma tragédia, mas não uma tragédia para os americanos ou para a coalizão. A destruição da Mesquita Dourada, erigida em 1905 e um dos locais sagrados do xiismo, representa uma escalada da agressão sunita, uma afronta deliberada para provocar nos xiitas um impacto emocional. O presidente do Iraque, Jalal Talabani, acertou ao advertir que “o fogo da sedição, quando irrompe, pode queimar tudo pelo caminho, sem poupar ninguém”. É assustador pensar na carnificina que pode ocorrer. Assim, a difícil situação do Iraque nem deve ser

sa – por razões que têm a ver exclusivamente com a sua estratégia comercial e de produção – a oferta de gás natural às distribuidoras e, através delas, aos consumidores. Tornar competitivo o mercado requer a entrada de novos atores, tanto na exploração, como no transporte e na distribuição – a exemplo do mercado de petróleo. Mas a entrada desses novos atores e de seus investimentos somente ocorrerá se houver estabilidade do marco jurídico e se esse marco incentivar os necessários investimentos.

É

nisso que colidem o projeto de lei do Senado (PLS 226) e o novo projeto de lei enviado pelo governo. O primeiro propõe mudar, de autorização para concessão, o regime jurídico da atividade de transporte do gás. Essa mudança acarreta duas conseqüências. Primeiro, assegura o livre acesso a terceiros aos gasodutos existentes. Segundo, remunera os investimentos da Petrobrás, e de outros eventuais investidores, assegurando o equilíbrio econômico-financeiro dos empreendimentos. A garantia desse equilíbrio é dada pela fixação de tarifas competitivas pela Agência Nacional do Petróleo, a exemplo das linhas de transmissão de energia elétrica, construídas com investimentos privados sob o mesmo princípio. O projeto de lei do governo mantém o monopólio da exploração do gás natural pela Petrobrás. O curioso de tudo isso é que talvez nem seja interessante para a Petrobrás a manutenção do status quo. A entrada de novas empresas no mercado de petróleo, muitas vezes em associação com a Petrobrás, não a impediu de atingir a auto-suficiência nem reduziu sua rentabilidade. Enquanto a pendência não se resolve, fica difícil entender de onde virá o gás para abastecer as usinas térmicas cuja energia futura será leiloada em 12 de junho.

D e onde virá o gás que vai abastecer as usinas de energia térmica?

O novo papel da auditoria JOSÉ SANTIAGO DA LUZ

C

om a crescente competitividade do mercado, a mera garantia de credibilidade das informações financeiras já não é o bastante para as empresas brasileiras. É nessa conjuntura que entra em cena o novo conceito de auditoria de desempenho. Mas como ficam as companhias de menor porte que, apesar de grandes geradoras de renda e empregos, ajudam a compor a triste estatística de mortalidade empresarial no Brasil por falta de planejamento? Para as empresas não obrigadas a ter um auditor, a auditoria de desempenho garante plena credibilidade aos negócios, na medida em que identifica os mais variados problemas relacionados a controles internos, fiscais e trabalhistas, bem como fluxo de caixa, orçamento e precificação. Trata-se de uma verdadeira radiografia da empresa. No entanto, por envolver empresas de menor porte – mais carentes de um atendimento individualizado –, a programação dos trabalhos de auditoria deve ser direcionada às necessidades específicas da companhia. É importante salientar que esse trabalho só caminha bem se houver alto grau de comprometimento do auditor e do cliente. Outro ponto determinante é uma mudança de comportamentos e posturas muitas vezes já arraigados no dia-a-dia da empresa. O passo inicial é a verificação do cumprimento dos objetivos do negócio. O que foi traçado como meta para a empresa está sendo seguido? As prioridades da companhia revertem em vantagens competitivas? O plano de trabalho obedece a um calendário anual? São esses os questionamentos que permeiam a primeira etapa do trabalho. Parte-se então para a avaliação do grau de segurança das ferramentas utilizadas para gestão do negócio, cujo objetivo é verificar se as mesmas enfocam aspectos como a análise da parti-

cipação de cada produto por cliente, a avaliação do desempenho da equipe de vendas, e a revisão e formação dos preços. Este último item apresenta especial importância, pois muitas vezes esbarra na visão amadora de que preços reduzidos seduzem mais compradores. Os empreendedores com esse pensamento, entretanto, ignoram o grande perigo de adotar preços inferiores aos custos e, com isso, comprometer a lucratividade. A compreensão do que é margem de contribuição passa ainda pelo controle e redução de custos. O auditor é responsável por promover uma avaliação da estrutura de custos da empresa, visando à sua redução ou à melhor distribuição. O foco do seu trabalho são as áreas econômica, tributária, trabalhista e previdenciária.

A

empresa está em ordem, mas as feras estão soltas. Mercado e concorrentes também devem ser observados, por meio da aferição e controle dos riscos existentes no setor. O controle dos riscos, para se tornar realidade, deve objetivar a verificação da existência de ferramentas adequadas ao acompanhamento dos riscos – e que possibilitem sua gradual redução. É fundamental averiguar o nível de informações disponível sobre o setor de atuação e a adequação da empresa ao seu nicho de mercado. Um bom planejamento e o monitoramento freqüente são garantias de sucesso. Sendo validada nesses moldes, a empresa agrega valor aos seus negócios e ratifica, perante o mercado, a alta qualidade de sua gestão. É hora, portanto, de deixar de simplesmente ouvir conselhos para colocá-los no papel. Para a empresa, é uma questão de sobrevivência. JOSÉ SANTIAGO DA LUZ É SÓCIO-DIRETOR DA RCS AUDITORIA E CONSULTORIA

A auditoria de desempenho garante plena credibilidade aos negócios

ESQUERDA sabido que existem na França duas correntes históricas, a dos Anais e da Action Française. Para primeira, a Revolução Francesa já encerrou seu ciclo; para a segunda, ainda não encerrou. Admirador que fui de Charles Mauras e Leon Daudet, concordei com suas teses, que me pareciam e que ainda parecem vivas, não obstante o pensamento em contrário de letrados eruditos na história da França. Mas se considerarmos os conceitos de esquerda e direita, daremos razão aos paladinos e polemistas da doutrina, que teve notórios e importantes adeptos até a Segunda Grande Guerra. Como respondeu ao repórter das páginas amarelas de Veja o historiador Tony Judt, são cada vez mais sentidos quando se discutem políticas.

É

Direita e esquerda são conceitos superados no Brasil, por inanição. Ninguém daria o peito às balas para defendê-los. or essa resposta constata-se que os movimentos políticos com bandeira de direita e esquerda estão atrasados, pois para eles a Revolução Francesa ainda não acabou, por ter vindo de lá a divisão direita e esquerda, que causou tantos mártires, tantas mortes, tantos equívocos, tantas prisões, tantas perseguições, tantas inimizades, tantos erros, tantas negações, que nos assoberbam pela repercussão nos dias atormentados que estamos vivendo. O que observamos num mundo político é exatamente este atraso, muito embora na realidade a esquerda e a direita na esfera política freqüentemente se confundem e posições a serem tomadas poderiam ser assinadas pela direita e vice-versa. Felizmente, no Brasil direita e esquerda são conceitos superados por inanição e ninguém daria o peito às balas para defendê-los. É o que eu tenho a dizer sobre estas posições, que tanto mal causaram à humanidade até recentemente. Com isso, esse prolongamento da Revolução Francesa se encerra.

P

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

POLÍTICA - 3

POR 9X1, SUPREMO DECIDE VALIDAR A VERTICALIZAÇÃO PARA ELEIÇÕES DE OUTUBRO.

STF MANTÉM REGRA DE COLIGAÇÕES. LULA PERDE. tro Ciro Gomes, tenderão a ficar sem candidato à Presidência. Os pequenos e médios partidos anseiam por liberdade nas composições estaduais. Afinal, eles têm de cumprir a cláusula de barreira, a ser aplicada pela primeira vez em outubro, sem o que perderão direito ao fundo partidário. Neste caso, o instinto de sobrevivência falará mais alto do que as pretensões de eleger um presidente ou de aliar-se a um partido que o eleja. O A B – A manutenção da verticalização foi uma vitória particular da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Afinal, foi a entidade quem contestou no STF a validade da emenda constitucional 52, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade. A entidade argumentou que, em respeito ao artigo 16 da Constituição Federal, quaisquer alterações no processo eleitoral não podem ser feitas a menos de um ano do pleito – ou seja, deveriam ter sido realizadas até outubro de 2005. O presidente da OAB, Roberto Busato, esteve presente no STF ontem e defendeu pessoalmente no plenário do Tribunal a ação direta de inconstitucionalidade. "O clima de insegurança jurídica se instalou ao momento que o Tribunal Superior Eleitoral definiu, numa resposta a uma consulta, a permanência do instituto da verticalização e que, logo em seguida, não respeitando a disposição constitucional em seu lapso temporal, o Congresso Nacional promulgou a Emenda nº 52/06", disse Busato. Ele defendeu que, além de desrespeitar a Constituição, a emenda 52 ofenderia mais três aspectos: a segurança jurídica do cidadão, que não tem ciência das normas que prevalecem no processo; a segurança jurídica do interessado em se candidatar, que não sabe a que normas deve se submeter; e, principalmente, a certeza dos órgãos judiciários que cuidam especificamente da legislação eleitoral. Ainda na sustentação oral, Busato fez questão de destacar que a OAB defendeu a confirmação da inconstitucionalidade da imediata aplicação da emenda 52 sem qualquer tipo de compromisso político-partidário. (Agências)

RENAN ADMITE FIM DE CANDIDATURA

O

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), não ficou surpreso com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a regra da verticalização para as eleições de outubro. Mas ele admitiu que isso deverá reforçar a tendência da legenda em não lançar candidato próprio ao Planalto, privilegiando as candidaturas a governador e se fortalecendo nos estados. "Quem acredita em duende e Papai Noel também pode crer em candidatura do PMDB com verticalização", ironizou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDBBA), após a decisão do STF. PSDB – O governador de São Paulo e candidato a pre-

sidente da República, Geraldo Alckmin, reagiu com tranqüilidade à decisão do Supremo, que já era esperada pelo partido. De acordo com o governador, a verticalização pode limitar algumas coligações estaduais, mas deve fortalecer os partidos em nível nacional. Mas Alckmin se mostrou cauteloso em relação à possibilidade de trazer o apoio do PMDB para sua candidatura. Ele repetiu o discurso de que é preciso respeitar os demais partidos e esperar a decisão dos peemedebistas sobre a candidatura própria. Para o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), "o quadro das candidaturas vai ficar bem reduzido". (Agências)

COCAR DA PAZ, AMOR E MALDIÇÃO.

P

Índio da etnia rikbaktsa coloca cocar no presidente Lula. Políticos evitam o adereço por superstição. Folha Imagem/Arquivo/16-10-1991

Folha Imagem/Arquivo/18-03-1988

Papa João Paulo 2º, no Brasil.

Ulysses Guimarães se deixa fotografar com cocar indígena

AG/Arquivo/10-05-2004

Lula põe cocar. Um ano depois, estoura a crise.

Folha Imagem/Arquivo/21-09-1994

Em 94, Lula era candidato à presidência e perdeu.

POLÊMICA NASCEU EM 2002

A

palavra "verticalização" entrou para o vocabulário político em 2002. Naquela data, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu parecer estabelecendo que o princípio de organização dos partidos impedia que alianças feitas nos estados contrariassem coligações nacionais. O TSE ainda atenuou a medida, permitindo que partidos que não lançassem ou apoiassem candidatos à presidência ficassem livres para coligações diferentes em cada estado. Seis partidos recorreram da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de ações diretas de inconstitucionalidade. Uma ação reuniu

PCdoB, PT, PL, PSB e PPS. A outra foi assinada pelo PFL. O PT acusou a decisão de favorecer o PSDB. O STF, porém, decidiu que não analisaria o assunto, justificando que a resolução do TSE constituía uma interpretação de legislação em vigor, e não uma norma nova. Assim, a verticalização entrou no cenário eleitoral em 2002. Consultado novamente este ano, o TSE decidiu manter a regra. Mas, no dia 8 de março, o Congresso promulgou a emenda constitucional 52, que determinaria o fim da verticalização. A decisão de ontem do STF encerra a polêmica. (Agências)

Factoring

DC

O

projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da S i l v a s o f re u u m duro revés, ontem, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir a validade da verticalização nas eleições de outubro. Nove dos onze ministros do STF votaram a favor da manutenção da regra, incluindo a relatora do processo, Ellen Gracie. Só os ministros Marco Aurélio Mello e Sepúlveda Pertence optaram pelo fim da verticalização. O presidente do Supremo, Nelson Jobim, só precisaria votar em caso de empate. A aplicação da verticalização nas eleições reduzirá o número de candidatos à presidência da República, o que deverá promover, já no primeiro turno, a polarização entre a candidatura Lula e a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lançado pelo PSDB. A tendência é que a maioria dos partidos fique livre para compor coligações estaduais diferentes em cada Estado, o que não será possível para as legendas que lançarem candidato presidencial próprio ou aderirem ao de outra. PT mais fraco – O restabelecimento da verticalização, que havia sido derrubada pela emenda constitucional 52, promulgada pelo Congresso no início deste mês, deixará poucas opções de alianças partidárias para a reeleição do presidente Lula. Em conseqüência, ele será obrigado a vincular sua imagem à do PT, o partido mais afetado pelo escândalo político, e a administrar palanques múltiplos e informais nos estados. Sem alianças, Lula perderá tempo no horário gratuito no rádio e na TV. Garotinho – A manutenção da verticalização também representou um duro golpe às pretensões do pré-candidato do PMDB, Anthony Garotinho. Mas Garotinho afirmou que não vai alterar seus planos. Segundo ele, está mantida a sua disposição de submeter seu nome à convenção nacional do partido, em junho. Mas a tendência entre os caciques do PMDB é sacrificar Garotinho em nome dos projetos regionais (veja matéria abaixo). Em relação a Lula, o cenário é parecido. Seus aliados tradicionais, como o PSB do minis-

Gustavo Miranda/AG

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

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ara os políticos de Brasília, só existe uma coisa pior do que colocar cocar de índio na cabeça (sem ser índio): usar boné de comandante sem ser homem do mar. Ao pôr na cabeça um cocar do povo rikbaktsa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignorou ontem uma tradicional superstição: a de que políticos não devem usar cocar porque traz má sorte. Seria a "maldição do cocar". O cocar, chamado de myhara, significa paz e amor. A primeira vez que Lula contrariou a superstição foi em 1994. Lula foi presenteado com um cocar e perdeu feio a eleição para presidente. Em maio de 2004, Lula recebeu no Palácio do Planalto uma comitiva representando 25 etnias e colocou na cabeça um cocar azul. Um ano depois, estourou o escândalo da propina nos Correios, que deu origem à CPMI dos Correios. O resto o leitor sabe. Tancredo Neves e Ulysses Guimarães deixaram-se fotografar com cocares pouco antes de morrerem. Em 1995, a então primeira-dama Ruth Cardoso foi agraciada com o adereço e, dias depois, escorregou e quebrou o braço. Já o senador José Sarney (PMDBAP) evita que um cocar chegue perto dele. Lula também já usou boné de comandante. Foi em Niterói, ao anunciar investimentos na indústria naval. Dizem que no lançamento do Titanic ao mar, o empresário dono da empresa, e do navio, colocou um boné de comandante. E deu no que deu...


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

CRESCE A PRESSÃO PARA QUE SERRA ACEITE CANDIDATURA ESTADUAL Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem

Hélvio Romero/AE

quinta-feira, 23 de março de 2006

poLítica Eymar Mascaro

Susto em Lula

L

O prefeito José Serra: ser ou não ser candidato ao governo do Estado?

O dia de ontem foi quente para o prefeito José Serra, e a pressão para que ele seja o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo aumentou. À tarde, ele recebeu a visita de mais de cem prefeitos, a maioria do próprio partido – mas havia

Alckmin, em plena campanha ao Planalto: união com o PFL está perto.

também gente do PSB e PFL. Eles foram pedir que Serra entre na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Na corrida presidencial, a aliança entre tucanos e pefelistas está fechada, segundo o prefeito do Rio, Cesar Maia.

CARAVANA DE PREFEITOS "ELEGE" SERRA CANDIDATO

U

ma caravana de 128 prefeitos de cidades paulistas comandadas pelo PSDB foi até a sede da Prefeitura de São Paulo, na tarde de ontem, pedir ao prefeito José Serra (PSDB) que concorra ao governo do Estado nas eleições de outubro. Com um abaixo-assinado em mãos, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, que organizou o ato de apoio, afirmou que há um consenso entre os prefeitos sobre o nome de Serra. "Questões como transporte, enchentes, escoamento da produção e crescimento industrial só serão resolvidas com um bom administrador à frente do nosso Estado. O Serra é o nome certo para esse trabalho", disse Mourão. Ele garantiu que o prefeito se mostrou sensibilizado pelo ato, mas não informou se aceitará ou não a candidatura. Pela manhã, durante encontro com os jornalistas, Serra brincou com o assunto. Ao ser indagado se seria mais provável ele aceitar a candidatura ao governo ou o Palmeiras, seu clube de futebol, vencer o Campeonato Paulista, ele disse: "É mais fácil o Palmeiras ganhar". Em seguida, porém, o prefeito garantiu que tudo não passava de brincadeira. Alc kmin – Outro tucano, porém, está em plena campanha. O governador e candidato à presidência Geraldo Alckmin está de malas prontas para viajar ao Rio, onde, na sexta,

Alckmin não deve viajar à tem encontro marcado com o prefeito da cidade, Cesar Maia toa ao Rio. Em entrevista con(PFL). Além da aliança PSDB- cedida anteontem, Maia gaPFL, estará na pauta de discus- rantiu que a decisão sobre a são uma eventual candidatura aliança PSDB-PFL "caberá exdo prefeito ao governo do Rio. clusivamente" ao tucano. E AlAlckmin ainda tem evitado ckmin quer. Ontem mesmo ele tocar no assunto, mas o projeto reiterou seu desejo de formar a é de seu interesse. Seu objetivo chapa com o PFL. "Se ele ( A l c ké claro: garantir Arquivo AE/10-02-05 min) entender um palanque que para a candiforte em um dos datura dele e da Estados mais imoposição é meportantes da felhor o PFL somar deração. "Seria n a v i c e - p r e s iuma ótima soludência, nós fareção, mas isso mos isso. Agora, passa pela vono que o PFL quer t a d e d e l e t a mé que ele tenha o bém. César Maia peso e a dimenfez uma ótima são da decisão", gestão, foi prefeidisse o prefeito. to do Rio três ve"Se o governazes, tem todas as dor disser que o condições de ser melhor é dar a um grande govaga de vice pavernador mas isAlckmin pode ter ra ir junto (com o so passa por uma P FL ) já no pridecisão pessoal certeza de que vou meiro turno, ele dele e também ajudá-lo nessa estará assumindo PFL", disse campanha. Serei um do a responsabiAlckmin soldado dessa lidade para ele V i c e – O a scandidatura. dessa decisão," s u n t o , p o ré m , Cesar Maia, reiterou. envolve a polêprefeito do Rio A s d e c l a r amica sobre a posções de Maia sibilidade de o vice-prefeito, Otávio Leite acalmaram tucanos e pefelis(PSDB), assumir. Maia tem di- tas. Afinal, o prefeito do Rio to a interlocutores que não dei- ainda é pré-candidato do PFL à xará a prefeitura devido à opo- presidência e poderia ser um sição de Leite à sua gestão. empecilho à Alckmin. Porém, Uma opção seria o vice renun- Maia desfez a dúvida: "Alckciar e deixar a prefeitura para o min pode ter certeza de que presidente da Câmara, o pefe- vou ajudá-lo nessa campanha (presidencial) e ninguém será lista Paulo Cerri.

mais militante da sua candidatura do que eu. Serei um soldado dessa candidatura." Água fria – Maia, porém, tem surpreendido interlocutores, desanimando as apirações de um velho aliado: o prefeito José Serra. Apesar de acreditar que a eventual candidatura de Serra ao governo de São Paulo pudesse ajudar o PFL, o prefeito avalia que essa solução pode comprometer Alckmin. Os cálculos de Maia são os seguintes: embora Alckmin tenha sido escolhido pelo PSDB para disputar o Planalto, a homologação da candidatura só ocorrerá em junho, quando os partidos realizam suas convenções nacionais. Se renunciar ao mandato de prefeito, Serra ficará legalmente liberado para concorrer a qualquer cargo – inclusive a presidente. Para Maia, a desincompatibilização de Serra, conjugada a um eventual desempenho ruim de Alckmin nas pesquisas eleitorais, levaria a outra disputa no PSDB. Novamente os tucanos se debateriam sobre qual o melhor concorrente ao presidente Lula. Isso, avalia Maia, traria desgaste à candidatura da oposição. "O Serra se desincompatibiliza e é candidato a governador de São Paulo. A candidatura de Geraldo Alckmin começa a não ter aquela dinâmica esperada, aí começa um movimento paralelo dizendo: 'não há problema, nós temos o Serra como candidato.'", argumenta Maia. (Agências)

CAMPANHA: CÂMARA REDUZ CUSTOS.

A

Câmara concluiu ontem a votação do projeto que reduz custos de campanha sem aprovar os pontos considerados mais moralizadores. A fixação de um teto de gastos vai depender da disposição dos próprios parlamentares, já que foi retirada a prerrogativa da Justiça Eleitoral de fazê-la no caso de omissão do Congresso; a transparência na campanha ficou relativa, com a

Milton Mansilha/LUZ

obrigatoriedade de publicar na internet a cada mês apenas o relatório de gastos, mas sem o nome dos doadores; e manteve a permissão para a contratação de cabos eleitorais. O projeto, que já tinha sido aprovado pelo Senado, volta para aquela Casa, porque foi alterado pelos deputados. Depois de concluída toda a tramitação, há ainda a polêmica se ele valerá ou não para as eleições deste ano. Apesar das críticas, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse estar "bastante satisfeito". "Demonstramos maturidade e conhecimento da

ula está preocupado com a vantagem de Geraldo Alckmin entre os eleitores no estado de São Paulo, como constatou a pesquisa Datafolha. Se a eleição fosse hoje, o tucano teria 48% dos votos contra 32% do petista. A diferença maior em favor do governador ocorre no interior: 50% dos votos para Alckmin e 27% para Lula. O PT acha que Alckmin pode perder pontos no Estado depois de deixar o cargo. Além disso, o PT admite que o governador foi impulsionado pela propaganda do PSDB na televisão. O estado de São Paulo concentra mais de 25 milhões de votos, sendo que 2/3 desse total se localizam no interior. Alckmin tem interesse na candidatura de José Serra a governador. Se o prefeito for candidato, sua campanha no Estado será acoplada a de presidente. Serra lidera as pesquisas e pode, inclusive, vencer a eleição já no primeiro turno.

FUNDAMENTAL

PRÉVIAS

É importante para os candidatos ser bom votado em São Paulo, principal colégio eleitoral do País. Difìcilmente o candidato se elege se for mal votado no Estado. Por enquanto, a vantagem de Alckmin assusta o PT.

Por enquanto, estão mantidas as prévias no PDT para a escolha do candidato a presidente. O partido não quer apoiar no primeiro turno nem o candidato tucano nem o petista. Os candidatos do PDT nas prévias são os senadores Cristovam Buarque e Jefferson Peres.

QUANTOS SÃO O Brasil tem mais de 125 milhões de eleitores. Desse total, cerca de 25 milhões se encontram em São Paulo. Portanto, de cada cinco eleitores no País, um é paulista. Daí a importância de ser bem votado no Estado.

NA FRENTE A vantagem de Lula sobre Alckmin ocorre em outras regiões, como, por exemplo, o Nordeste. É por isso que o PFL, futuro aliado do PSDB, defende a tese de que o vice de Alckmin tem de sair daquela região.

CHAPA Alckmin está convencido de duas coisas: 1- seu vice vai sair do PFL; e, 2- o vice deve ser mesmo do Nordeste. Prevalece no PFL o favoritismo de dois senadores que podem ser vice na chapa tucana: José Agripino (RN) e José Jorge (PE).

matéria. Isso não significa que não haverá teto." Mudanças – Ficaram mantidos no texto do relator, deputado Moreira Franco (PMDB-RJ), os pontos aprovados em 9 de fevereiro, quando o texto básico foi votado na Câmara. Assim, ficou proibida a publicidade eleitoral de candidatos e legendas nos jornais e a distribuição gratuita de bens ou benefícios por parte da administração pública, como cestas básicas. Outras probições foram aprovadas, como a divulgação de pesquisas eleitorais nos 15 dias anteriores à eleição; doações feitas pelo candidato a pessoas físicas ou jurídi-

cas entre o registro da candidatura e a eleição; distribuição de camisetas, bonés, canetas, chaveiros e outros brindes; uso de outdoors para propagandas eleitorais e a realização de showmícios. Por outro lado, foram liberados o uso de adesivos de propaganda em bens particulares, além de faixas e cartazes. Foi estipulado que a divulgação, pela internet, de documento calunioso ou difamante sobre candidato ou coligação será caracterizada como crime, sujeito a pena de detenção de um ou dois anos e multa de R$ 5 mil a R$ 10 mil. (Agências)

ARGUMENTOS PFL e PSDB tem argumentos suficientes para justificar a renúncia de Serra: como governador, Serra poderia servir a cidade de São Paulo. Cairia por terra, portanto, a promessa que fez de permanecer os quatro anos na prefeitura.

ADESÃO Além do PFL, Alckmin está conversando também com peemedebistas. O governador considera fundamental ter o apoio do PMDB no segundo turno. Os tucanos estão convencidos de que os peemedebistas terão candidato próprio ao Planalto.

NAMORO Também o PT cerca o PMDB. Os petistas ainda acham que podem ter o apoio do PMDB no primeiro turno. Os governistas do PMDB vão tentar melar o lançamento de candidatura própria na convenção de junho.

INTERESSE

Canecas com símbolos dos partidos: proibidas, assim como outros brindes.

FICHAS NA MESA A aposta no PSDB é que José Serra cederá às pressões e sairá candidato a governador. Se o prefeito paulistano for o candidato, o PFL provavelmente não lançará candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Se não for, o PFL pode lançar o empresário Guilherme Afif Domingos.

O PSDB torce para o PMDB ter candidato próprio, que seria o ex-governador Anthony Garotinho. As pesquisas indicam que Garotinho tira votos de Lula. O governador Alckmin até cumprimentou Garotinho por ter vencido a prévia informal no partido.

JULGAMENTO Os partidos, sobretudo o PMDB, estão interessados em conhecer o julgamento no STF da verticalização. Os partidos querem ter a liberdade de escolher suas coligações nos estados. Mas, a obrigatoriedade da verticalização impede essa liberdade. O assunto desperta tanto interesse que a Assembléia Legislativa do Rio e outros quatro partidos foram admitidos como partes interessadas pelo STF.

INCÓGNITA Se Serra for o candidato do PSDB, é possível que também Orestes Quércia não saia candidato. Mas, se o prefeito não atender à indicação, Quércia se lança na disputa. O ex-governador do PMDB afasta, por enquanto, a hipótese de se candidatar ao Senado.

APELO A bancada de deputados estaduais do PSDB de São Paulo deve ir hoje ao encontro de José Serra: vai fazer um apelo para que o prefeito aceite a candidatura a governador. A bancada vai pedir ao prefeito paulistano que anuncie sua candidatura ao governo do Estado no início da semana que vem.

ENROLADO Quem está em maus lençóis é o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. A CPI dos Bingos recebeu a informação de que a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa teria partido do gabinete da presidência da CEF. Mattoso pode ser convocado para depor na CPI. Dois requerimentos pedindo sua convocação já foram enviados à mesa dos trabalhos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

POLÍTICA - 5

QUÓRUM BAIXO LIVRA WANDERVAL SANTOS E JOÃO MAGNO DA CASSAÇÃO. JÁ SÃO SETE OS ABSOLVIDOS. J. Batista/Ag. Câmara

MAIS DOIS ESCAPAM DA CASSAÇÃO

O

Deputado Wanderval Santos, durante sua defesa no plenário: relator fez "acusação delirante".

O DESTINO DOS MENSALEIROS

S

ão 19 os deputados federais estão envolvidos no escândalo do mensalão. E, desde que estouraram as primeiras denúncias sobre o esquema do empresário Marcos Valério, em junho do ano passado – divulgadas pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) – já foram realizadas 10 votações a favor ou contra a cassação de mandatos. Falta decidir o destino de cinco parlamentares, quatro deles ainda com processos no Conselho de Ética. Hoje, o conselho deve votar o processo do deputado José Mentor (PTSP). Na semana passada o relator Edmar Moreira (PFL-MG), surpreendeu o órgão pedindo a absolvição do deputado. Ele alegou que não foram encontradas provas que ligassem o

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem/13-06-05

Absolvidos: Sandro Mabel (PL-GO) Romeu Queiroz (PTB-MG) Roberto Brant (PFL-MG) Professor Luizinho (PT-SP) Pedro Henry (PP-MT) Wanderval Santos (PL-SP) João Magno (PT-MG) Aguarda julgamento pelo plenário da Câmara: João Paulo Cunha (PT-SP)

João Paulo: próxima votação.

petista ao escândalos do mensalão. Veja abaixo a situação dos deputados acusados, segundo informações da Câmara. Cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ) José Dirceu (PT-SP) Pedro Corrêa (PP-PE)

Processos em andamento no Conselho de Ética: José Janene (PP-PR) José Mentor (PT-SP) Josias Gomes (PT-BA) Vadão Gomes (PP-SP) Renunciaram ao mandato: Bispo Rodrigues (PL-RJ) José Borba (PMDB-PR) Paulo Rocha (PT-PA) Valdemar Costa Neto (PL-SP) (Agências)

s deputados Wanderval Santos (PLSP) e João Magno (PT-MG) foram salvo da cassação pelo baixo quórum na Câmara dos Deputados. Pela sexta vez, a decisão contrariou os pareceres do Conselho de Ética – no caso de Wanderval faltaram apenas 15 votos válidos. Explica-se: foram 242 votos a favor do relatório do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que recomendava a cassação. Houve 179 votos contrários à perda de mandato, três em branco e 20 abstenções. Mas, apesar do pedido de cassação ter tido a maioria dos votos dos 444 deputados que participaram do julgamento, não atingiu a maioria absoluta do plenário (257 parlamentares). Com isso, o processo contra Wanderval foi arquivado. Na segunda votação, João Magno –acusado pelo Conselho de Ética por ter recebido R$ 426 mil do esquema do mensalão – também escapou da cassação, com 207 votos a favor de sua absolvição, 201 contra, 5 em branco, 3 nulos e 10 abstenções. Sem interesse – Como nas votações anteriores de cassação de parlamentares, o interesse dos deputados nos processos de perda de mandato continua a cair. Os dois julgamentos de ontem tiveram início com a presença de poucos parlamentares – cerca de 10 no caso de Wanderval e menos de 100 na votação de Magno, que quase foi adiada por baixo quórum. Dos presentes, boa parte permaneceu de costas ou conversando enquanto os relatores liam os re-

Ed Ferreira/AE

Magno, antes dos votos: tensão.

latórios pedindo a cassação. Alívio – Ao saber do placar, Wanderval respirou aliviado. Ele – que era acusado de quebra de decoro porque seu motorista sacou R$ 150 mil de uma conta de Marcos Valério – é o sexto deputado, da lista dos envolvidos no esquema do mensalão, a ser absolvido pelo plenário. Wanderval nunca negou o fato, mas alegou em sua defesa que seu assessor estava a serviço da Igreja Universal do Reino de Deus, cumprindo ordens do então deputado Carlos Rodrigues, mais conhecido como Bispo Rodrigues – que renunciou para escapar da cassação. Wanderval afirmou não ter tomado conhecimento do saque nem se beneficiado do dinheiro. O relator do processo – que concluiu que Wanderval deveria ser cassado por "terceirização do mandato" em favor de Carlos Rodrigues e da Igreja Universal – ficou surpreso com o resultado. "Wanderval não fez um grande trabalho de defesa. Meu relatório foi muito elogiado", disse Alencar, suge-

rindo que o espírito corporativo tem prevalecido da Câmara. "Não há um acordo formal, com papel selado, mas há uma troca de idéias, uma cumplicidade corporativista." Alencar concluiu que o deputado paulista deveria responder pelo desvio, já que cedeu indevidamente seu assessor para realizar atividades estranhas ao exercício do mandato. "Se Wanderval não se beneficiou do saque, terceiros o fizeram", explicou Alencar durante a leitura de seu relatório. Defesa – Em seu discurso de defesa, Wanderval chorou, disse ser honesto e trabalhador e classificou a argumentação do relator para recomendar a cassação de seu mandato como "acusação delirante". Ele atribuiu toda a culpa pelo aparecimento do nome na lista dos recebedores de dinheiro do valerioduto ao Bispo Rodrigues, a quem chamou de "covarde". Magno – No processo de Magno, o relator, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), recomendou a perda de mandato, lembrando que o petista admitiu o recebimento de R$ 426 mil para despesas de campanha. O relator afirmou que os valores não foram declarados à Justiça Eleitoral como manda a lei. Ele acrescentou que os depósitos vieram de fontes particulares e foram depositados em contas diversas, inclusive em uma conta particular de João Magno. Em sua defesa, o deputado afirmou que recebeu os recursos de caixa 2 do PT em boa-fé, por orientação da direção nacional do partido. (Agências)


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16 -.GERAL

quinta-feira, 23 de março de 2006

Fotos: Denise Adams/AFG

HOTEL SEM E HÓSPEDES, LOTADO DE MEMÓRIAS O Hilton, que trouxe glamour à cidade nos anos 70, adormeceu em 2004. E aguarda a chegada de um príncipeempreendedor. Por Tim Teixeira

sta data o mecânico de manutenção Waldemar Agosti não esquece: 18 de dezembro de 2004. Assim que o último hóspede saiu, ele recebeu ordens para apagar as luzes. Percorreu os 34 andares, desceu à casa de máquinas e, quando desligou o último interruptor, sentiu como se o próprio coração tivesse parado. No restaurante dos funcionários, no 4º andar, os últimos empregados se deram as mãos em círculo, rezaram um Pai Nosso e foram embora. Alguns choravam. Waldemar ainda permaneceu por certo tempo, ocupado com as derradeiras providências. Depois, apanhou seu casaco e saiu. Desceu a Avenida Ipiranga em direção à estação do Metrô da Praça da República sem coragem de olhar para trás. Em casa, dispensou o jantar que estava sobre a mesa e foi dormir. Naquele momento, o gigante de 34 andares – que por cerca de três décadas fora o símbolo de refinamento em matéria de hotelaria em São Paulo – também mergulhava num sono do qual ainda não despertou. A desativação do Hotel Hilton Internacional, erguido no número 165 da Avenida Ipiranga, deixou o

A piscina cristalina e as toalhas bem passadas: tudo pronto para recomeçar

Croissants voadores

E

mbora o convite para a solenidade de inauguração registre a data de 18 de outubro de 1971, o hotel abriu suas portas desde o dia 1º. Uma festa para 1,4 mil convidados ocupou dois andares, com show de Roberto Carlos e um menu que incluía de camarão empanado a paella valenciana, passando por filé mignon, recheado com bacon. Para cuidar da cozinha, o hotel havia trazido um chef suíço, Armin Jung, que estava no Hilton de Porto Rico, depois de passagens por Nova York, Panamá e Fotos: Folha Imagem/1985

Glamour no serviço e na cozinha

Caribe. Ele veio a contragosto, com a promessa de que ficaria apenas três meses. Nunca mais voltou, casou-se com uma brasileira e ainda hoje mora a poucos metros do hotel. Sob o seu comando estava um batalhão de 60 cozinheiros, além dos mais de cem garçons e até um confeiteiro que também veio da Suíça e que foi um dos responsáveis pela operação "Flying Croissants". Contratado para oferecer um brunch na fazenda de um usineiro nas proximidades de Jaú, o hotel se deu ao luxo de enviar os croissants (produzidos na sua própria padaria) de avião, para que chegassem fresquinhos ao seu destino. Tamanho esmero era possível encontrar em tudo que o hotel se propunha a fazer, como as fes-

tas de fim de ano, cujos convites eram arduamente disputados. A festa de réveillon, então, era capaz de atrair gente até de outros Estados. E mesmo quem morava em São Paulo. Como era o caso do jornalista Hélio Cabral, que, por 23 anos ininterruptos, fez sua reserva para desfrutar do glamour do hotel ao lado da esposa. "A gente chegava na véspera, participava da ceia e saía no dia seguinte, depois de um glorioso café da manhã", lembra. A rotina só foi interrompida em 2004. Quando ligou para fazer sua reserva, ficou sabendo que o hotel havia fechado. Até hoje não se conforma. BARBA E BIGODE - O mesmo espírito presidia também as coisas mais simples. Como o trabalho da barbearia no 10º andar. A ponto do ministro Shigeaki Ueki deslocar-se de Brasília apenas para ser atendido pelo barbeiro Vicente, o mesmo que pintava os cabelos do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Mas os anos foram pesando e Hilton começou a enfrentar a concorrência de novos cinco estrelas que se abriam na região da Paulista e em outras áreas da cidade. No final dos anos 90, os nomes de visitantes ilustres eram apenas registros de sua história. Como os de Yuri Gagarin, Nelson Rockfeller, Helmut Schmidt, Pierre Trudeau, Marechal Tito, Kurt Waldhein, Gene Kelly, Rachel Welch, Virna Lisi, Franco Zefirelli, Roman Polanski, Peter Frampton, George Harrison, Charles Aznavour, Werner Von Braun, Eugène Ionesco ou da Rainha Elizabeth. JAZZ & JUSCELINO - Em busca de novos hóspedes, a bandeira Hilton mudou-se para o luxuoso prédio da Avenida das Nações Unidas, cercado de modernidades. Mas todos que tiveram o privilégio de se hospedar na Avenida Ipiranga, ou simplesmente utilizar seus serviços, não se esquecem. Como esquecer o charme do restaurante Páteo (aberto 24 horas), com seu primoroso café da manhã. Ou a espetacular feijoada das quartas e sábados no London Tavern, bar em estilo pub inglês, construído no subsolo? Aliás, foi ali numa das suas 25 mesas que Juscelino Kubitschek passou a noite ouvindo jazz, ao lado do amigo Adolpho Bloch, 36 horas antes de encontrar a morte numa curva do km 165 da Via Dutra. Hoje, um ano e três meses depois de perder seu emprego, o mecânico Waldemar Agosti está de volta ao hotel. Ele é um dos terceirizados empenhados na manutenção do velho Hilton. Carrega as lembranças dos tempos de ouro e uma dissimulada – e quase inútil – esperança: "Será que o hotel não vai reabrir?"

Waldemar: luzes apagadas

Equipe de manutenção cuida dos quartos e suítes e mantém teclado do piano como uma jóia

Um bisturi para Liza

A

té 1970, São Paulo era uma cidade quase provinciana em matéria de hotelaria. Havia apenas 48 hotéis na cidade, com uma oferta de 3.837 apartamentos. Também por isso, o Hilton assombrou pelo esmero. Quem poderia imaginar um hotel com piscina – e, além do mais, aquecida? Um hotel com arcondicionado, onde os bellboys falavam inglês e onde as "guest-relations" vestiam modelitos desenhados por Hugo Castellana ? Ou um hotel que se daria ao luxo de criar sua própria lavanderia, além de montar uma pequena gráfica, sua padaria e até uma marcenaria? Um hotel que oferecia um teatro com 430 lugares e até um pequeno shopping, onde era possível comprar jóias ou perfumes não encontrados em nenhum outro lugar da cidade? Exagero? Nada para o Hilton parecia exagero quando se tratava de criar comodidades para os hóspedes. Foi por isso que se montou inclusive um pequeno centro cirúrgico dentro do hotel. Foi ali que Liza Minelli, acidentada durante um ensaio, recebeu quatro pontos na mão direita. Satisfeita com o atendimento, aproveitou o fato de o médico ser um cirurgião plástico e fez uma pequena plástica no rosto, retirando um cisto, que parecia prejudicar seu visual do lado direito. Mais satisfeita ainda com o resultado da cirurgia, deu ao médico um reT.)verso lógio de ouro, em cujo

se lia: "From Liza, with love". Havia luxo, sim. E pagava-se caro por isso. Por um apartamento para solteiro (o mais barato), pagava-se Cr$ 137,00, enquanto a suíte presidencial saía por Cr$ 962,00 – mais do que custava uma TV Empire 23 polegadas, a coqueluche da época. Mas o diferencial do Hilton não estava no luxo. Seguindo a premissa de que "o freguês sempre tem razão", os funcionários eram intensamente treinados para oferecer um atendimento cortês e caloroso. Assim, a partir do momento em que preenchia sua ficha de entrada, o hóspede passava a ser chamado pelo nome. E, se voltava uma segunda vez, havia sempre alguém que o recebia com a frase: "Que bom ver o senhor de novo". Mais que isso: a gerência e um batalhão de "guest-relations" se esmeravam em oferecer alguma surpresa (como uma inesperada garrafa de champanhe ou uma delicada caixa de chocolates no apartamento), fosse o hóspede uma figura proeminente ou uma pessoa comum. PRIMEIRA ACADEMIA - Havia também inovações. Como o fitness center, construído no 10º andar, e que pode ser considerado a primeira academia da cidade, antecipando uma moda que só iria explodir quase três décadas depois. Vinte e dois andares acima, o Roof reservava visões esplendorosas de final de tarde, para se transformar num trepidante night club quando a madrugada se

aproximava. Havia gente que o visitava só para experimentar essas visões da cidade. Erguido numa época em que o Brasil acreditava num futuro grandioso (quando os adesivos "Brasil, ame-o ou deixe-o" passeavam pelos párabrisas dos carros de norte a sul), os construtores optaram por usar apenas produtos nacionais – e a maior extravagância veio dos mármores brancos trazidos do Paraná. Convidado para a festa de inauguração, o presidente Garrastazu Médici mandou para representá-lo o ministro Pratini de Morais, da Indústria e Comércio. Só quase dois anos depois, ele estaria no hotel, hospedando-se na suíte presidencial no 31o andar, voltada para a Avenida Ipiranga, de frente para o edifício Copan. Cercou-se de um monumental esquema de segurança que exigiu até a colocação de vidros blindados nas janelas do apartamento, com receio de que algum terrorista pudesse tentar alvejá-lo de algum prédio vizinho. No momento em que o presidente estava no hotel, uma explosão estremeceu a casa de máquinas, no 1 o andar. Não era nenhum ato terrorista: apenas uma caldeira havia pegado fogo, rapidamente controlado pela equipe de manutenção. Médici sequer chegou a tomar conhecimento do ocorrido. (T.

centro de São Paulo órfão de um dos seus pontos mais tradicionais. Primeiro hotel cinco estrelas do Brasil, foi o pioneiro em criar andares executivos e em criar andar exclusivo para não-fumantes. Com quatro bares, três restaurantes e três cozinhas, que serviam seus 399 apartamentos, o Hilton era um toque de glamour, erguido no triângulo formado pela Avenida Ipiranga e Ruas Epitácio Pessoa e Teodoro Baima. Tendo por vizinhos os edifícios Itália e Copan, além da Igreja da Consolação e o Teatro de Arena, nos últimos tempos ainda reinava com a majestade do seu formato cilíndrico, tornando-se foco de resistência num pedaço que o progresso teimava em deteriorar a cada dia. 2,5 MIL LENÇÓIS - Projetado pelo arquiteto italiano Mário Bardelli com 33.380 metros quadrados de área construída, dez elevadores, quatro escadas rolantes e estacionamento para 240 veículos, o edifício consumiu 75 mil sacos de cimento, 1 milhão de tijolos, 1,6 mil toneladas de ferro e 80 toneladas de esquadrias metálicas. Nos tempos áureos, o hotel chegou a ter 650 funcionários, consumindo 10 mil metros cúbicos de água por mês e pagando uma conta de energia elétrica da ordem de R$ 100 mil. Nas suítes tipo Royale, que ocupavam os três últimos andares, recebeu presidentes, príncipes, rainhas, ministros e outros altos dignatários. Por seus corredores também circularam artistas de cinema, atletas, astros da música, políticos famosos e outros personagens. Ali, Lula instalou o comitê que iria levá-lo à presidência da República. Foi, talvez, o último grande momento vivido pelo velho hotel. Desativado, o Hilton transferiu-se para as luxuosas instalações da Avenida Nações Unidas, na região da Berrini, levando apenas o nome. Deixou toda a estrutura que o serviu durante 33 anos, das camas aos telefones, das cadeiras aos objetos de decoração – e até um acervo que inclui cerca de 2,5 mil lençóis, quase outro tanto de cobertores, perto de 30 mil pratos e 40 mil copos, muitos deles de cristal. Ficou inclusive o velho piano de cauda Fritz Dobbert, que recebia os hóspedes no lobby do hotel. O consórcio que construiu o edifício e o administra até hoje espera uma nova bandeira e, com ela, reviver os tempos dourados das três últimas décadas. Para isso, mantém uma equipe de 25 pessoas (quase todos trabalhadores terceirizados) ocupada com os serviços de manutenção. (T.T.)


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quinta-feira, 23 de março de 2006

1 Há ações importantes para que o País deixe de ser uma eterna esperança. Claudio Vaz, presidente do Ciesp

Alaor Filho/AE

BRASIL PRECISA MUDAR RUMO PARA CRESCER Setor produtivo apresenta metas para que o País se desenvolva em quatro anos

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Brasil precisa acelerar o ritmo de crescimento para atingir metas como expansão do Produto Interno Bruto (PIB), aumento da produtividade industrial e diminuição da desigualdade social. Itens que, no ano passado, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ainda estavam muito distantes da média mundial e mesmo de outros emergentes. Outros, que estavam próximos das metas almejadas pelo setor produtivo, estão novamente se distanciando, como é o caso da taxa real de juro. Em 2005, chegou a 12,6% ao ano, muito longe dos 6% almejados para 2010. Mas o grande vilão do País é sua alta carga tributária, que só tem piorado. De acordo com o estudo da CNI, no ano passado ela chegou a 37,3% do PIB, acima até dos 35,9% de 2004. E também muito longe da meta de 33% para o para o ano que vem, e mais ainda dos 30% para 2010. Segundo Flávio Castelo Branco, coordenador de política econômica da CNI, o Brasil está muito distante dos parâmetros dos países da América

Latina, que têm uma carga tributária menor que 25%. "A carga tributária brasileira é equiparada à de países europeus, mas sem a mesma contrapartida", observou. Como exemplo citou que o País gasta mal em segurança, transporte e educação. "É preciso fazer uma revisão de tudo isso", criticou. Mapa da mina – Foi justamente para discutir formas de alavancar o crescimento econômico do País, que os integrantes do Fórum Nacional da Indústria da CNI, que agrega representantes de diversos segmentos do setor produtivo, se reuniram ontem. Eles traçaram o Mapa Estratégico da Indústria, com dez metas consideradas ideais, de um total de 18, a serem perseguidas de 2007 a 2015. A pretensão é que esses dez indicadores sejam incluídos nas agendas políticas dos principais candidatos à presidência da República. Para o presidente da CNI, Armando Monteiro, o País precisa crescer melhor para também distribuir melhor os benefícios dessa expansão. No alvo – Por incrível que possa parecer, entre os indicadores que já atingiram a meta

Muito atrás de outros emergentes

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Brasil está perdendo importância na economia mundial. Esta é a constatação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo nota econômica da entidade, nos últimos dez anos o País cresceu em média 2,2% ao ano, enquanto o restante do mundo teve uma expansão de 3,8%. Com isso, entre 1996 e 2005, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 22,4%, bem menos que a média mundial de 45,6%. Segundo o documento, o baixo desempenho da economia brasileira é resultado da falta de investimentos. De 1995 a 2004, o volume de investimentos no Brasil representou 19,3% do PIB, taxa inferior aos 32,6% registrados nas economias emergentes da Ásia. Na avaliação dos técnicos

da CNI, além de aumentar os investimentos, o Brasil precisa enfrentar outros desafios para retomar o crescimento, solucionando problemas como o excesso de burocracia, os altos custos de produção e a falta de acesso ao crédito. A nota da CNI alerta que o fraco desempenho da economia afetou a população. Na última década, o PIB per capita do Brasil aumentou 0,7% ao ano, ante a média mundial de 2,6%. Segundo o estudo, se o Brasil mantiver o atual ritmo de crescimento, levará um século para conseguir dobrar a renda per capita e chegar próximo à atual renda da Coréia do Sul ou de Portugal. Para o economista da CNI, Paulo Mol, se as condições de crescimento da última década forem mantidas, "o futuro do Brasil será ruim." (AE)

almejada está a taxa de desemprego. Em 2003 ela era de 9,7% da população economicamente ativa, e em 2004 diminuiu para 8,9%. A meta do setor industrial era que alcançasse 9% apenas em 2007, para então descer para 7% em 2010. Outra meta atingida foi o Gini (que mede o grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita), que em 2003 foi de 0,545 e, em 2004, de 0,535. A meta era atingir 0,54 no próximo ano. Mas não basta. Na opinião de Synésio Batista da Costa, presidente da Fundação Abrinq, é preciso que as metas dos indicadores (veja tabela ao lado) sejam alcançadas para acelerar o crescimento econômico. "Se não mudar o ritmo atual, o Brasil vai levar 100 anos para se reciclar, e não vamos ter geração capaz para isso", observou. Para o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Claudio Vaz, o Brasil tem vários obstáculos que não o deixam crescer. "Mas há ações importantes para que o País deixe de ser uma eterna esperança", disse Vaz. Vivian Costa

Mesmo conquistando competitividade, produtividade das indústrias ainda está distante da média da AL


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6 -.POLÍTICA

quinta-feira, 23 de março de 2006

GOVERNO RESISTE, MAS DIZ QUE ECONOMIA ESTÁ BLINDADA. CPI DOS BINGOS CONVOCA DIRETORA DA CEF. Adriano Machado/Folha Imagem

GOVERNO FAZ DE TUDO PARA MANTER PALOCCI A manutenção do ministro da Fazenda virou uma questão de honra para o governo. Mas a situação de Palocci se mantém em um nível bastante crítico.

"A menos que no curso das investigações se revele alguma coisa que seja impeditiva, Palocci fica no cargo", garante o Ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner. Ed Ferreira/AE

CPI DOS BINGOS QUER OUVIR DIRETORA DA CEF Senadores tentam um acordo para que vicepresidente de Tecnologia preste depoimento hoje

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CPI dos Bingos aprovou ontem a convocação da vice-presidente de Tecnologia da Caixa Econômica Federal (CEF), Clarice Copetti, para saber mais sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que contradiz o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Segundo o senador Álvaro

Dias (PSDB-PR) há suspeitas de que os dados bancários do caseiro tenham sido divulgados dentro do edifício-sede da Caixa em Brasília, por uma gerente de setor subordinada à vice-presidente de Tecnologia. "Há indícios de que os dados tenham sido vazados por uma subordinada dela", afirmou. Os senadores vão tentar fazer um acordo para que Clarice

preste depoimento ainda hoje. No entanto, se os prazos formais forem respeitados, ela poderá se apresentar à CPI apenas na semana que vem. Registro – Segundo especialistas na área de tecnologia bancária, a Caixa não precisa do extrato para chegar ao nome do funcionário que fez o acesso. Seu nome e matrícula ficam registrados no sistema tecnológico. "Se o funcionário fez o login, ele está registrado, independentemente se foi retirada uma cópia do extrato em alguma impressora ou não", explicou a fonte. O sistema tecnológico da Caixa é gigantesco e, como a investigação envolve a apuração disciplinar por falha cometida por funcionário, é natural que leve algum tempo. A instituição precisa se cercar de cuidados para evitar futura contestação judicial. Pelo sistema da CEF transitam diariamente 200 milhões de operações, in-

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Pinga Fogo Você faz a Plenária Temário 1 - Conjuntura Política (sucessão, ações do MST, etc.) 2 - Conjuntura Econômica (desempenho, impostos, juros)

Dia: 27 de março de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Efraim Morais (PFL-PB) e Álvaro Dias (PSDB-PR) cobram a Caixa

cluindo sistemas corporativos e empresariais. Ontem a comissão instituída pela Caixa para apurar o caso recebeu da revista Época o extrato que foi divulgado na edição do último fim de semana. Apesar de a CPI dos Bingos ter entregue ao banco uma cópia, o documento não era legível e faltava a matrícula do servidor. A expectativa é que o documento enviado pela revista contenha essa informação. Novo depoimento – A Polícia Federal ouve hoje, às 10 horas, Francenildo dos Santos Costa. O caseiro esteve pela primeira vez na PF na quintafeira passada, quando se inscreveu no Programa de Proteção a Testemunhas, depois de ter declarado que o ministro

Antonio Palocci esteve várias vezes na mansão de Brasília em que se reuniam suspeitos de prática de negócios ilícitos. A PF pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do caseiro para averiguar a origem dos recursos encontrados na conta dele. Pediu também autorização judicial para realizar buscas e apreensão na CEF a fim de checar a autoria da quebra do sigilo de Francenildo. A Justiça ainda não se pronunciou sobre os dois pedidos. A Advocacia-Geral do Senado entrou com uma nova ação de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a liminar do ministro Cezar Peluso, que suspendeu o depoimento do caseiro à CPI . (Agências)

Fracassa tentativa de esvaziar relatório de CPMI

F

racassou a tentativa do governo de esvaziar o relatório final da CPMI dos Correios. O presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), propôs que o texto final fosse fatiado e votado em partes. Isso abriria brechas para que o governo derrubasse capítulos como os que tratam da existência do mensalão e da suspeita de desvio de recursos de fundos de pensão através de corretoras para pagar parlamentares. Mas a estratégia dos governistas de limitar a aprovação a itens diretamente correlacionados a irregularidades nos Correios, como o superfaturamento de contratos da estatal, esbarrou na reação da oposição. "Não aceitamos dividir o relatório em hipótese alguma", afirmou o sub-relator de fundos de pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). "Não aceito, não admito e não há hipótese de fatiar o relatório", emendou o relator-adjunto da CPMI, deputa-

do Eduardo Paes (PSDB-RJ). "Desistimos de fazer uma votação fatiada. Me convenceram que não seria a melhor solução", disse Delcidio. Depois de quase uma semana longe de Brasília, o petista passou o dia de ontem com o relator, Osmar Serraglio (PMDB-PR), para se informar sobre os detalhes do relatório final. Ficou acertado que o texto será apresentado na terça próxima terça-feira. A idéia é começar a votar o relatório na semana seguinte, a partir do dia 4 de abril. A ausência de Delcidio deixou os oposicionistas irritados. Para eles, o petista está atrasando o andamento dos processos para alcançar o dia 10 de abril, prazo previsto para o término dos trabalhos da CPMI. Tanto a oposição quanto o governo avaliam que as investigações correm o risco de terminar sem qualquer resultado prático – a exemplo da CPMI do Banestado que, depois de meses de investigação e brigas políticas, não aprovou nenhum relatório. (Agências)

O

governo desencadeou uma operação de guerra para tentar segurar no cargo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. A orientação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, é para que a Polícia Federal apresse a investigação que apura os responsáveis pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, a principal testemunha contra Palocci. "Se a Polícia Federal puder apressar (o inquérito) até achamos bom porque, com um resultado consistente, a ilação pára e vamos no ponto", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner. No intervalo de um seminário sobre desenvolvimento, Wagner disse que Lula está disposto a punir com rigor os responsáveis pela abertura dos dados de Francenildo porque "não vai conviver com a quebra da regra democrática". Dia nervoso – O dia de ontem foi muito nervoso no Palácio do Planalto, com sucessivas reuniões entre Lula e ministros que compõem a coordenação política do governo. Thomaz Bastos conversou com o presidente várias vezes e prometeu agilidade na conclusão do inquérito da PF. A violação do sigilo do caseiro partiu da Caixa e o governo acha que somente entregando "uma cabeça" – e mostrando que Palocci não foi o responsável pela arbitrariedade – poderá salvar o tit u l a r d a Fazenda e evitar mais desgaste. " O p r e s id e n t e L u l a A economia sustenta a po- está blinsição de Padada contra locci", insistiu Wagner. turbulências Questionado políticas. se o ministro Nunca p e r m an e c e- esteve tão ria à frente do vacinada comando da economia até em ano d e z e m b r o , eleitoral. ele foi cauteGuido loso. "A meMantega, nos que no presidente do curso das inBNDES v es t i ga ç õe s se revele alguma coisa que seja impeditiva, Palocci fica no cargo", ressalvou Wagner, que sai no dia 31 para se candidatar ao governo da Bahia. No Planalto, amigos de Palocci mostraram muita preocupação. "Estamos trabalhando para ele ficar" comentou um auxiliar de Lula ao lembrar que a situação está 'dificílima' porque a oposição não dá trégua. Em conversas reservadas com petistas, Palocci prometeu falar sobre o assunto sextafeira, quando comparecerá ao almoço de posse do Conselho de Administração da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em São Paulo. Aos amigos, o ministro afirmou que não está acuado. Disse, porém, que não pode ficar se explicando a cada denúncia. Ministros– O presidente do BNDES, Guido Mantega, defendeu a permanência do ministro Palocci no cargo. " Até agora não se comprovou nada, portanto não vejo nenhuma razão para qualquer mudança". Num movimento de antecipação, porém, ele acrescentou que a economia brasileira está "blindada e vacinada" contra turbulências políticas. "Nunca a economia esteve tão vacinada em ano eleitoral". O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, seguiu a mesma linha, mostrando que amplia no governo a opinião já generalizada no mercado financeiro de que a crise política, e até uma eventual troca de comando na Fazenda, não deve contaminar a economia. "O Brasil, a produção e a geração de empregos independem do ambiente eleitoral e político". (Agências)


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2 -.CAMPINAS

quinta-feira, 23 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

CHOCOLATE

Ovos exclusivos para consumidores especiais

ÓRBITA

EXPORTAÇÃO indústria Café Canecão, instalada em Campinas, padronizou a embalagem de seu produto extra forte para o mercado internacional. Agora, o café tem embalagem em português e inglês, além do modo de preparo impresso em português, espanhol, árabe, japonês e francês. A padronização é mais um passo da empresa para ampliar a atuação no mercado externo. A Canecão já está presente na Arábia Saudita, Síria, Japão, África do Sul e Inglaterra. Fundada em 1962, a empresa tem sede em Campinas e filial em Lins, com 82 funcionários.

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O mercado de ovos e chocolates artesanais cresce ano a ano, já que caiu no gosto da população campineira

O

mercado que chocolates envolve as comemorações da Páscoa vai além da compra de ovos nas grandes redes de supermercados ou magazines que oferecem produtos industrializados, e por isso mesmo, com preços mais acessíveis aos consumidores. Para as pessoas que desejam produtos diferenciados ou mesmo exclusivos já estão

CULTURA

Livro mostra alternativas para a inclusão social jornalista Gilberto Dimenstein lança, em Campinas, na quarta-feira, o livro “O mistério das bolas de gude: histórias de humanos quase invisíveis”. Além de autografar o texto, o autor participa de uma conversa informal com leitores, na praça central do Shopping Iguatemi, a partir das 19h. A obra, segundo o autor, registra a violência de duas grandes cidades, São Paulo e Nova Iorque, com personagens que trabalham para criar alternativas para a própria sobrevivência e inclusão social. De acordo com o jornalista, nos últimos 16 anos, foram coletadas histórias sobre viciados em crack, alcoólatras, traficantes, soropositivos, mães precoces, adolescentes esquecidos na prisão, chefes de gangues e suas vítimas, garotas escravizadas para serviços sexuais, prostitutas e meninos de rua. O livro também relata episódios de personalidades conhecidas como Arnaldo Jabor, Serginho Groisman, Glória Kalil e Drauzio Varella.

O

A população da cidade busca produtos personalizados. Escolhe o tipo de chocolate, a embalagem e a cesta onde vai ser colocado o ovo. Cláudia Nania (foto), da Casa da Velha Bruxa, diz que o cliente quer chocolate de qualidade e apresentação sofisticada. A loja investe então em coelhos, ovos e cestas (fotos) totalmente exclusivos, ampliando o movimento de vendas

à venda opções com preços na maioria das vezes mais altos, mas produzidos artesanalmente. Esses produtos, afirmam os produtores, estão caindo cada vez mais no gosto dos consumidores campineiros. O consumo desses chocolates de produção artesanal aquece, em primeiro lugar, as vendas de atacadistas que trabalham com doces, chocolates e formas para a confecção de ovos de Páscoa. É o caso da empresa Doces Netinho, antiga fábrica de Campinas, que transferiu seu parque industrial para o Paraná mas mantém, no mesmo local onde funcionava, na avenida governador Pedro de Toledo, a loja de revenda. De acordo com a vendedora da loja Netinho, Dalva Alonso Malettu, o movimento para a busca de chocolates e formas para a produção de ovos nessa época do ano é sempre alto. Sem arriscar nenhuma porcentagem, Dalva afirma que a cada ano o número de clientes que proc u r a m a re v e n d a p a r a produzir ovos aumenta ainda mais. “As pessoas que começam a fabricar ovos em casa, seja para oferecer aos parentes e amigos, seja para vender, quando entram nesse processo, não saem mais”, disse a vendedora que, ela mesma, consome ou dá de presente sempre o v o s a r t e s a n a i s . “ Te m quem venha na loja para levar dois quilos de chocolates e comprar sete ou oito formas e tem quem com-

pra mais de 500 quilos de chocolate para colocar na produção artesanal”, disse a vendedora. Cliente da Netinho, a dona de casa aposentada Maria Aparecida Bispo dos Santos, trabalha em casa com ovos de chocolate há 12 anos na cozinha de casa, no bairro Taquaral. “As pessoas preferem porque é um produto mais natural, sem conservantes químicos e feito com carinho, um a um”, disse a aposentada que entrega, a cada ano, de 80 a cem ovos nos dias que antecedem a comemoração. Nesse caso, sem conservantes o ovo deve ser feito o mais próximo possível da data. De acordo com a aposentada, a venda de ovos nessa época não dá muito d i n h e i ro , m a s a j u d a a manter a clientela para os doces, bombons e pirulitos que faz durante o ano para completar a aposentadoria. Cliente da aposentada, a recepcionista Auxiliadora Aparecida de Novaes compra ovos industrializados para oferecer como presente para parentes e amigos, mas quando o gosto é próprio vai de artesanal certamente. “É uma coisa de gosto mesmo. Não deixo de comer os ovos industrializados, mas prefiro sempre os feitos em casa. São mais saborosos”, disse a recepcionista. Perso nalizado – Além do processo artesanal de manufatura do ovo de Páscoa, também chama cada vez mais a atenção dos consumidores a compra de

(MT) Os pequenos produtores compram papel, formas e chocolates na revenda da Doces Netinho

DISTRITO ma das 31 empresas instaladas no Distrito Industrial de Campinas, a Coppersteel, apelou para a Justiça para conseguir o direito à propriedade do terreno que comprou da Prefeitura há 27 anos. A empresa entrou com uma ação de usucapião para obter a escritura definitiva do terreno. Assim como a Coppersteel, as demais indústrias não conseguem o documento por falta de recursos da Prefeitura para regularizar a desapropriação da área, que fez em 1974 para implantar o Distrito. Sem a escritura, as empresas deixam de investir.

U produtos personalizados, que não podem ser encontrados nas gôndolas dos hiper e supermercados. São produtos mais sofisticados e caros que podem ser até montados pelos clientes, como acontece com os consumidores da loja de doces Casa da Velha Bruxa, no Cambuí. De acordo com a proprietária do comércio, Cláudia Lucon Rezende Nania, o cliente pode escolher o tipo de chocolate. O que vai embrulhar o ovo, o que vai dentro e a cesta onde vai ser colocado o produto. “Pode-se escolher entre chocolate branco ou escuro e o tipo de recheio, mas o que mais chama atenção, hoje, além da qualidade do chocolate, é o embrulho. As pessoas estão cada vez mais querendo um ovo de Páscoa exclusivo para elas”, disse a proprietária. Segundo Cláudia, o diferencial nos ovos de Páscoa estão cada vez mais chamando a atenção dos clientes da loja. “A cada ano o número de pessoas que procuram produtos diferentes aumenta. São fregueses que conhecem os ovos exclusivos e acabam se tornando clientes fixos da loja”, observou a comerciante. Fábrica – Uma das poucas pequenas fábricas de ovos de Páscoa da região de Campinas, localizada em Indaiatuba, na Região Metropolitana de Campinas, espera, este ano, vender pelo menos 20% a mais que as 20 mil unidades que colocou no mercado na comemoração do ano passado. Segundo a Chocolates Hackman, o número de funcionários dobrou este ano para atender aos pedidos que foram produzidos no final do ano passado e já estão sendo colocados no mercado. Como a indústria já não trabalha mais com o processo artesanal, até mesmo pelo número de ovos que coloca no mercado, a saída, segundo a diretora Sandra Hackman, foi terceirizar a produção. Com isso, a empresa conseguiu baratear o preço final do produto deixando de repassar para o consumidor o aumento de pelo menos 10% no custo do chocolate este ano. É nessa manutenção de preço que a indústria aposta no crescimento das vendas, este ano. Mário Tonocchi

MULHERES Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e a prefeitura da cidade promovem, hoje, a partir das 8h, um reunião do Projeto Liberal. O projeto é o resultado da cooperação da Comissão Européia de Intercâmbio para Cidades da União Européia e da América Latina que defende o poder para as mulheres na política, sindicatos, empresas, ONGs e administração pública. As interessadas em participar devem confirmar presença por e-mail gerencia@acicnet.org.br ou pelo telefone 2104-9204.

A

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO Manter a democracia ou ir a uma ditadura, isso é o que está em jogo nessas eleições e, por isso, faço um apelo à lucidez e à maioria dos peruanos. Do escritor peruano Mario Vargas Llosa, pedindo que o eleitorado do Peru rechace a candidatura de Ollanta Humala, afirmando que, se o candidato nacionalista vencer, se instauraria no país um governo ditatorial.

quinta-feira, 23 de março de 2006

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MARÇO

2 -.LOGO

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Recolhimento de IRRF e IPI Nascimento de Frédéric Chopin (1810-1849)

C IÊNCIA M ÍDIA

Quanto custa o Estado à economia? A recente edição da revista Justiça & Cidadania destaca com profundidade a questão da ineficiência do Estado e os custos desse mau desempenho para a sociedade e a economia. A entrevista do número 67 é com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Dr. Celso Limongi, em que o desembargador afirma que o maior beneficiária das falhas da da morosidade da justiça brasileira é o Estado. Limongi afirma com

todas as letras: "Lamentavelmente, o poder público não quer cumprir com suas obrigações". No editorial intitulado Burocracia Esclerosada, o jurista Ives Gandra da Silva Martins analisa o peso da ineficiência governamental para a economia do País. Mais do que a crise política, os gastos públicos podem ser os maiores vilões do governo Lula, na reflexão de Gandra. www.revistajc.com.br. Telefone para assinaturas: (21) 2240-0429

F UTEBOL

'Feliz enigma' revelado Estudo explica por que gripe aviária contamina poucos humanos

C

ientistas afirmaram ontem que podem ter descoberto por que o vírus H5N1, da gripe aviária, é tão letal para as aves mas não conseguiu se espalhar com facilidade entre os seres humanos. Segundo eles, isso se deve ao fato de o vírus se ligar a receptores celulares em regiões distintas do sistema respiratório em relação aos vírus da influenza humana. Os receptores funcionam como portas de entrada para o vírus na célula. Quando ele entra, multiplica-se e infecta outras células. Os seres humanos possuem receptores para os vírus de gripes aviárias, entre eles o H5N1, mas eles ficam em regiões profundas do pulmão. As células das vias aéreas superiores dos seres humanos não têm o receptor que é utili-

zado pelos vírus das gripes aviárias, o que dificulta sua transmissão de pessoa para pessoa. "Para que os vírus possam ser transmitidos com eficiência, eles têm de se multiplicar na área superior do sistema respiratório, para que possam ser transmitidos pela tosse ou pelos espirros", diz Yoshihiro Kawaoka, virologista da Universidade de Wisconsin-Madison, que liderou a equipe de pesquisa. O vírus H5N1 matou 103 pessoas e infectou 184 desde o fim de 2003. As pessoas infectadas tiveram contato próximo com aves contaminadas. Os cientistas temem que o vírus sofra mutações que lhe permitam ser altamente contagioso entre seres humanos, o que causaria uma pandemia com o potencial de matar milhões de pessoas.

"Nossas conclusões oferecem uma explicação racional para o fato de os vírus H5N1 raramente se espalharem de pessoa para pessoa, embora eles consigam se replicar com eficiência nos pulmões", afirmaram Kawaoka e sua equipe na revista Nature. O professor John Oxford, virologista britânico, explicou que a pesquisa propõe uma explicação razoável para o número reduzido de casos humanos. "Isso esclarece um pouco o grande enigma atual, o feliz enigma de por que esse vírus não passa de pessoa para pessoa", disse ele numa entrevista. "Aparentemente é um estudo científico profundo sobre o assunto, e precisamos de mais estudos como esse." (Reuters) www.nature.com

Korea Pool/Newsis/Reuters

L

Criticado pela torcida espanhola, o atacante Ronaldo foi peça chave do jogo de ontem entre Real Madrid e Zaragoza. Nos últimos minutos da partida, ele evitou a derrota do Real. Placar 1 X 1. O Real Madrid não marcava há três jogos.

R ELIGIÃO

Yahoo Messenger, agora com voz

Educar o Ocidente sobre Maomé

A Yahoo lançou ontem uma nova versão beta do serviço de mensagens instantâneas Yahoo Messenger. A nova versão do software permite fazer ligações telefônicas pelo computador. Com o Yahoo Messenger with Voice, a Yahoo pretende concorrer com o Skype, que popularizou as chamadas telefônicas internacionais de computador a computador, reduzindo o custo da ligação em até 30%.

Cerca de 300 acadêmicos e clérigos islâmicos se reuniram ontem no Barein para encontrar formas de explicar ao Ocidente como os muçulmanos vêem o profeta Maomé. O encontro foi motivado pelos protestos no mundo provocados por caricaturas publicadas na Dinamarca. "Deveria haver grande pressão na ONU para criar regras rígidas que criminalizem a difamação de religiões", disse o xeque xeques Youssef Al Qaradawi, do Catar.

http://messenger.yahoo.com

E M

CERIMÔNIA DO ADEUS - Sul-coreanos choram e acenam para seus parentes nortecoreanos. A reunião aconteceu na Coréia do Norte, durou três dias, e reuniu famílias separadas há mais de 50 anos pela rigidez do regime político norte-coreano. M EMÓRIA

A evolução do rádio-relógio

As lições da arte contemporânea

O especialista em design Pascal Bardel criou este rádio-relógio em forma de cápsula. Basta girar para mudar volume e estação. Em cores vibrantes, com tela de cristal líquido e função despertador. Sem preço definido.

Quer saber quem foi Livio Abramo, conhecer obras de artistas jovens, entender o que dizem e o que pensam os artistas contemporâneos ou, apenas, ver imagens de obras de arte de criadores talentosos? A solução pode ser uma visita ao site Canal Contemporâneo. Há uma agenda cultural com os destaques da programação da cidade de São Paulo, além de artigos sobre arte. O site é também uma comunidade virtual, para quem quer discutir e aprender mais sobre o assunto.

A TÉ LOGO

www.greenpeace.org.br

B RAZIL COM Z

O presidente de sete vidas O norte-americano Christian Science Monitor destaca as altas taxas de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a apenas sete meses das eleições. Ainda que a crise política tenha abalado as bases de seu governo e os movimentos populares - em especial o MST - estejam descontentes com as ações governamentais, Lula mantém "sua popularidade pessoal amplamente intacta". Além disso, Lula tem a seu favor a economia, que vai bem. Mas, diz o jornal, "ele falhou em realizar suas próprias metas, como as reformas prometidas".

Uma pequena companhia na Itália criou uma linha de jeans voltada para os muçulmanos ficarem confortáveis enquanto fazem suas orações. A Al Quds desenhou calças mais largas, para evitar a pressão durante os movimentos repetidos da reza islâmica. Além disso, os modelos possuem vários bolsos, para guardar os acessórios durante a reza. As costuras são em verde, cor sagrada do Islã. A Al Quds produziu um lote inicial de 9.500 calças. O preço para o consumidor será de 25 euros. C IÊNCIA

Bisturi autolimpante A empresa Science Solution, que nasceu nos laboratórios da Unesp, em Araraquara, criou um forte aliado para o combate às infecções hospitalares: um bisturi autolimpante. Segundo a Revista Pesquisa Fapesp, a característica é conferida ao instrumento graças a uma fina camada de revestimento cerâmico à base de óxido de titânio que agrega propriedades bactericidas e antimicrobianas a bisturis, pinças e brocas. O material auto-esterilizante foi batizado de Nanox Bactericida. L OTERIAS Concurso 604 da LOTOMANIA 02

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Ritmo de destruição pode fazer Amazônia perderá mais de 45% da floresta até 2050 O Brasil quer iniciar negociações de um regime internacional de acesso à biodiversidade

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www.canalcontemporaneo.ar t.br

Edições do Pasquim dos anos 60 e 70 e capa do livro: histórias de quem enfrentou a censura

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F AVORITOS

"O Pasquimpôs a redação de bermudas. Deu certo porque nós tivemos a sorte de produzir o jornal que as pessoas queriam ler naquele momento. E não tínhamos nada a perder, por isso arriscávamos

muito", diz Jaguar, que permaneceu à frente da publicação nos 22 anos em que ele circulou e depois fez uma tentativa, junto com Ziraldo, de trazê-lo de volta nesta década. Junto com Sérgio Augusto, que foi diretor de redação, colaborador e faz tudo em épocas alternadas, Jaguar selecionou o material que entraria no livro. Painel de uma época, a antologia traz Millôr Fernandes desejando sucesso, mas duvidando da longevidade de um jornal independente ("se durar três meses não é independente", escreveu ele), passa pelas lendárias entrevistas de Leila Diniz e Di Cavalcanti e traz ainda textos de Vinícius de Moraes, Caetano Veloso e Chico Buarque. (AE)

L

G @DGET DU JOUR

www.pascalbardel.com

jornal O Pasquim, criado pelo cartunista Jaguar e pelos jornalistas Sérgio Cabral, Tarso de Castro e Carlos Prósperi era um oásis na imprensa censurada e mudou o jornalismo brasileiro, ignorando os manuais de redação (mais rígidos que os atuais) e abordando assuntos que não entravam nos diários ditos sérios, com abordagens também pouco usuais. A aventura durou 22 anos, de junho de 1969 a novembro de 1991, com mais de mil edições. Os anos iniciais, contidos em 150 números, viraram o livro O Pasquim - Antologia - 1969/1971 (Editora Desiderata, R$ 69), o primeiro volume de uma série que pode chegar a quatro.

O

Versão compacta da Flauta Mágica de Mozart, com o Quarteto de Cordas da Cidade, liderado pelo violista Marcelo Jaffé (foto). Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Telefone: 3222-8698. 21h. R$ 5 a R$ 10.

O Greenpeace elaborou um mapeamento das florestas intactas do planeta. Usando imagens de satélite obtidas em 2001 e 2002, o mapeamento indica que, entre 142 países que possuem florestas, 82 já acabaram com todas as áreas intactas. Hoje, menos de 10% da superfície terrestre é coberta por florestas preservadas e a Amazônia brasileira, embora apareça nas imagens como uma área uniformemente verde, tem inúmeros pontos de destruição.

Jeans para a prática religiosa

C A R T A Z

CORDAS

O mapa das florestas intactas

M ODA

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I NTERNET

M EIO AMBIENTE

Em um mês, MST promoveu invasão de 78 propriedades rurais e ocupação de dois edifícios

Concurso 748 da MEGA-SENA 01

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

DOISPONTOS -15 15

O

Tudo pelo deboche través de um amigo comum recebo os artigos do Neil Ferreira. Eu também deploro tudo o que está acontecendo, como deploro profundamente a foto de Alckmin sorrindo, cumprimentando Lula e dizendo que não fará campanha contra o PT. Em política acho que é melhor ser malhumorado, como o Serra. Deploro o agachamento dos tribunais. Deploro a existência de um Nelson Jobim. Estamos vendo, dia-enoite, laços sem qualquer sentido

A

valerem muito mais que a Constituição. Pois o Renan e o Rebello não mudaram a Constituição em um segundo? Assisti a uma pequena parte do interrogatório do Duda Mendonça. Em qualquer outro país ele sairia algemado pelo deboche. Mas aqui, até os que o inquiriam usavam luvas, justificavam suas perguntas, eram extremamente gentis, como se Duda não fosse o marginal que é. Quando eu advogava (desisti) havia algo que se chamava "obstrução da Justiça" e que dava cadeia. Havia algo

como " industriar a testemunha" que dava cadeia também. Você acredita que o voto do analfabeto foi mesmo um ato prócidadania? Não acredito. A resistência ao voto facultativo é o quê? A resistência ao voto distrital é o quê? Há muita gente comprometida com tudo isso, com o narcotráfico e com a bandidagem. É por isso que estamos assim, é por isso que elegemos da forma que elegemos, e é por tudo isso que eu fico extremamente desanimada em ser brasileira. Afinal, cidadania

Filipe Araújo/AE

Em política é melhor ser mal-humorado, como o Serra.

seria me respeitarem, respeitarem meus direitos e meus deveres, para que eu me sentisse uma cidadã em meu país. E isso não acontece, Sr. Neil Ferreira. Nem comigo, nem com ninguém. Desculpe meu desabafo. Não se trata de vergonha na cara apenas, mas também de comprometimento com o deboche e com a corrupção, a ignorância profunda e o analfabetismo. Em que país o MST faria o que faz e tudo ficaria por isso mesmo? ANA LUIZA ANALUIZA2001@YAHOO.COM

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Tsunami eleitoral descontentamento do brasileiro com a classe política será medido pelas surpresas que serão geradas nos resultados eleitorais já no primeiro turno da campanha, em 1º de outubro. Uma grande alteração na representação legislativa não será nenhuma surpresa: deputados estaduais, distritais e federais, assim como senadores em campanha re-eleitoral serão dragados pelo desinteresse, pela crescente rejeição e pelo sentimento de desconfiança que a classe política se esforça em aumentar a cada semana, a cada novo projeto de lei, a cada postura corporativa desonrosa no cidadão comum. Além desses procedimentos cotidianos, as práticas eleitorais que estão enraizadas na classe política - e que serviram de instrumento para a eleição da grande maioria dos atuais parlamentares - estão em franco processo de questionamento e de fadiga moral, para se dizer o mínimo: o apadrinhamento de lideranças sociais; a cooptação de igrejas e seus padres e pastores, sob a forma pecuniária ou de tijolos e sacos de cimento; a produção, sempre de baixa qualidade, de jornais informativos, boletins que exaltam as "qualidades" do político ou informativos de periodicidade "única"..., a ressaltar os "intensos trabalhos do deputado em benefício da comunidade fulana ou beltrana...". Veremos, nos últimos 45 a 30 dias do pleito de 1º de outubro, o processo eleitoral questionar as práticas viciadas da classe política e a sociedade civil, por sua vez, questionar as formas tradicionais de campanhas. O Brasil, que já registra mais de 250.000 organizações não-governamentais (ONGs) e mais de 1,5 milhão de brasileiros atuando no trabalho voluntário, tem exemplos de sobra para motivar a sociedade civil para as boas práticas da organização e da atuação na busca de soluções necessárias aos nossos problemas seculares, sem necessitar contar com a classe política - principalmente depois que o mito ideológico foi desmoralizado pelo "mensalão" e suas práticas mais danosas. A sociedade foge da classe política. Organiza-se de forma voluntária. Busca a força de sua própria gente. Repudia o convívio com o político. Desconfia

O

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HTTP://CESARMAIA. BLOGSPOT.COM/

foge da classe política. Desconfia das promessas. Já não tem apego ideológico. Está cansada de discursos.

onda eleitoral fará desaguar os votos dos descontentes, numa alternativa que garanta ao eleitor e à sociedade a solução rápida, já no primeiro turno, contra o presidente Lula.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

das promessas. Já não tem apego ideológico. Está cansada de discursos. Irrita-se com a propaganda eleitoral. Sabe que a propaganda é custeada com recursos que deveriam ser destinados às ações sociais. Prevejo, portanto, dias difíceis àqueles políticos que praticam e se sustentam nessas atitudes "naturais"... Veremos um movimento nada desprezível de ruptura e de rejeição explícita às práticas políticas atuais e a busca do novo, do técnico, do executivo. E o sentimento de mudança estará tão claro e tão necessário que uma "onda" eleitoral, um processo de desagüe eleitoral, que o marketing político define como "manada", fará desaguar os votos dos descontentes, dos esperançosos e dos desesperançados numa alternativa que garanta ao eleitor e à sociedade a solução rápida, já no primeiro turno, contra o presidente Lula e as práticas políticas viciadas. Confirmaremos essa sensação em menos de 200 dias. MARCO ITEN É CONSULTOR POLÍTICO WWW.MARCOITEN.COM

Pesquisa desalinhada

BLOG D

e maio de 2005 a março de 2006 o Data-Folha fez nove pesquisas de intenção de voto para presidente da República. Nas cinco primeiras apareciam os précandidatos do PSDB, PMDB e PFL. Nas quatro últimas só os préLCMurauskas/Folha Imagem

Cesar Maia, pré-pré candidato do PFL à Presidência (decide hoje se verticaliza com o PSDB) é elogiado pelas análises de pesquisa eleitoral. Duvida que Alckmin cresceu 6%.

G A sociedade

G Uma

candidatos do PSDB e PMDB. Para se analisar a flutuação das intenções de voto dos três partidos que têm referências políticas assemelhadas é necessário somar os três précandidatos. Fazendo isso temos: 36%, 34%, 33%, 35%, 33%, 36%, 33%, 28% e 35%. Olhando esta série se vê que fevereiro saiu

da linha com 28% e a prudência manda retirá-lo da série. Agora vamos somar apenas PSDB e PFL. A série fica assim: 23%, 22%, 21%, 22%, 20%, 22%, 20%, 17% e 23%. Outra vez fevereiro está fora de linha. Isso ocorre com as pesquisas em função do ponto/momento em que são feitas. Sempre se

desenrolar da “crise dos lençóis” deu lugar, agora sim, a um ato da máxima gravidade, que – ao que se noticia – foi gerado nos altos escalões brasilienses. Trata-se da violação da conta de Francenildo na Caixa Econômica Federal e divulgação dos dados na tentativa de desautorizar suas declarações. Se a conta de um correntista é violada dessa forma por funcionários responsáveis por sua guarda, levanta-se a suspeita perfeitamente fundamentada de que outras violações foram cometidas. Quem viola uma conta, viola mil. Por falar nisso, dado que o envolvimento de altos dirigentes da Caixa Econômica Federal é no mínimo alvo de fortes suspeitas, senão certeza, e dada a função regulatória do Banco Central sobre matéria bancária, quais são as providências que o BC para punir a instituição e seus dirigentes? Isso não seria motivo de intervenção?

deve analisar as pesquisas em série, especialmente os cortes de renda, instrução, idade, e região, pois a margem de erro nestes casos é muito grande e os números segmentados nada valem se não forem lidos numa série. Portanto, uma análise criteriosa desta série nos informa que na pesquisa de

intenção de voto -abandonando fevereiro rigorosamente nada aconteceu desde maio de 2005 para cá. As manchetes falando de um crescimento de 6% para Alckmin na verdade comparam março com um ponto fora de linha. Informaram mal a seus leitores.

CLAUDIO WEBER ABRAMO

INTERVENÇÃO NA CEF episódio envolvendo as declarações do caseiro Francenildo Costa sobre a freqüência do ministro Antonio Palocci a uma casa mantida por integrantes da chamada “República de Ribeirão Preto” está servindo para lançar um pouco de luz sobre duas esferas interdependentes: o processo político brasileiro e a forma como o Estado é gerido. Um grupo de auxiliares e ex-auxiliares do ministro Palocci, todos eles egressos da administração do ministro quando prefeito da cidade paulista de Ribeirão Preto, operava influências no governo. Suspeitas de falcatruas sistemáticas cometidas na administração da cidade, envolvendo a notória empreiteira Leão & Leão, estão sob investigação da polícia e do Ministério Público. Tal república fede à distância. A acusação de Francenildo teria relevância política caso as visitas de Palocci coincidissem com a presença dos demais. Contudo, o próprio caseiro informa que, quando o ministro comparecia (se de fato comparecia), os demais “republicanos” se escafediam. A saber, a casa seria usada pelo ministro apenas para encontros de alcova, circunstância que justificaria suas negativas em admitir que jamais a freqüentou.

O

e é assim, então desse episódio pode-se, no máximo, inculpar o ministro por indiscrição. Não se trata de suspeita de delito de natureza políticoadministrativa. Portanto, agiu certo o senador Tião Viana (PT-AC) ao solicitar a interrupção do depoimento na CPI dos Bingos, e agiu certo o ministro César Pelluzzo, do STF, ao atender à solicitação. Sob esse ângulo, decerto a exploração das indiscrições ministeriais pela oposição ao governo foi e é indevida. Talvez não fosse indevida num país puritano como os Estados Unidos. Mas não estamos nos EUA, estamos no Brasil. No Brasil, esse tipo de coisa, embora decerto não elogiável, passa como deslize e não é da conta de ninguém mais senão das pessoas diretamente envolvidas ou afetadas.

S

A crise do mensalão mostra que os meliantes da Caixa provavelmente serão condecorados o que tudo indica, diretores da Caixa Econômica cometeram crime para satisfazer a interesses políticos de seus superiores, não importando se tais interesses foram explicitados ou apenas intuídos por aqueles que dirigem esse banco oficial. Se o fato tivesse ocorrido num banco privado, quais seriam as punições aplicáveis, tanto ao banco quanto a cada um dos dirigentes implicados? Um diretor de banco que viola o sigilo de um seu cliente e divulga as informações resultantes pode continuar a operar no mercado financeiro? Quem confiaria num gerente ou diretor que faz isso? O que se receia é que o clima de escamoteamento da realidade que impera em Brasília impeça que tais perguntas sejam formuladas com a devida agudeza e respondidas com algum semblante de razoabilidade. Se a crise políticoadministrativa do mensalão e escândalos associados mostra alguma coisa, é que não está havendo aprendizado, e que há muito pouca gente de fato interessada em mudar seja o que for – de forma que os meliantes da CEF que fizeram o que fizeram provavelmente serão condecorados.

A

CLAUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA

TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

NORONHA

quinta-feira, 23 de março de 2006

N este arquipélago

composto por 21 ilhas, a uma hora de vôo da costa de Pernambuco, o viajante encontra um destino dos sonhos – formado por praias de areia branquinha, um mar incrivelmente cristalino e formações rochosas cobertas de verde. Págs. 2 e 3

TURISMO - 1

ROTEIRO DOIS EM UM

Divulgação

Como o mês de abril terá dois feriados prolongados em semanas seguidas, o DC Boa Viagem separou 20 sugestões de uma só vez: para a Páscoa e Tiradentes. Pág. 4

O paraíso é aqui Fotos: Cris Berger

EXUBERÂNCIA DENTRO E FORA D'ÁGUA: pôr-do-sol a partir do Forte de São Pedro do Boldró, com os Dois Irmãos como pano de fundo (no topo), é tão inesquecível quanto o mundo submarino. Noronha fez fama como um dos melhores pontos de mergulho (à esq.) do Brasil. Para adeptos de snorkelling, a prática é comum perto da costa (abaixo). Vila dos Remédios (igreja, na foto acima) é ponto de encontro dos turistas. Na lista de pousadas simples e confortáveis, destaque para a do Zé Maria (abaixo, à esq.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

quinta-feira, 23 de março de 2006

Patrimônio Natural da Humanidade: eis Fernando de Noronha Assim declarado pela Unesco, o arquipélago é um rico santuário de golfinhos, tartarugas e outras espécies marinhas. Das 21 ilhas, apenas a principal, chamada Noronha, é habitada Por Cris Berger Fotos: Cris Berger

L

indo de tirar o fôlego. Assim é Fernando de Noronha, localizado a uma hora de avião da costa de Pernambuco. Declarado pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural este arquipélago verde-amarelo é um verdadeiro paraíso tropical com razões de sobra para ser considerado um dos lugares mais belos do Brasil. Praias com areia branquinha e macia, mar de um azul que se permite passar do tom mais escuro ao quase transparente e formações rochosas cobertas de verde que deixam os olhos quase incrédulos. Isso tudo embalado pelo ritmo do forró em animadas noites no já consagrado Bar do Cachorro com a típica alegria brasileira. Não é à toa que Noronha – como todos o chamam com um pouco mais de intimidade – é o destino mais desejado do Bra-

sil e promete dias inesquecíveis de sol e natureza. Para conhecê-lo não são necessários muitos dias, mas vale ficar mais tempo para desfrutá-lo com calma e tranqüilidade, afinal, este é o espírito do arquipélago: sombra e água fresca. O aluguel de um bugue, única forma de transporte terrestre por lá, é uma boa maneira de ganhar autonomia para percorrer praia por praia, baía por baía, sem pressa. Organizar as férias no paraíso pode ser uma sábia decisão. Ao chegar à ilha principal, procure uma agência de turismo e monte sua agenda. Há um número considerável de trilhas para percorrer e a vantagem de ter a companhia de um guia é saber mais sobre os história, cultura e geográfia dali. Há três formas de se conhecer Noronha: por terra, em deliciosas caminhadas e passeios

de bugue; de barco, para vê-lo do oceano e com um pouco de sorte encontrar golfinhos pelo caminho; e debaixo d’água: o arquipélago, considerado um dos melhores lugares do mundo para mergulhar, oferece uma visibilidade que pode atingir 50 metros em um ecossistema riquíssimo. Noronha tem praias desertas e também badaladas. Águas calmas e excelentes formações de ondas para a prática do surfe entre os meses de novembro a abril. Fora toda a sua estonteante beleza natural oferece um bom leque de pousadas e restaurantes que contempla todos os orçamentos. Durante o dia vale equipar a mochila com água e sanduíches, pois em muitas praias nada há para vender. Depois é só desfrutar de sua descontraída atmosfera, fauna e flora deslumbrantes e muita paz.

Paisagens de tirar o fôlego acompanham turistas durante sua estada em Fernando de Noronha, seja no mar ou num dos trechos abençoados de areia. À dir., Praia do Leão

Uma história de mais de 500 anos

A

história de Fernando de Noronha começou há 500 anos e de lá para cá coleciona episódios de prisões, invasões e disputas. Elementos que o fazem ser um patrimônio histórico além de natural. Foi lá uma das primeiras terras a ser descoberta no ano de 1503 pelo navegador Américo Vespúcio. Quando viu o arquipélago pela primeira vez no dia 10 de agosto Vespúcio falou: "O paraíso é aqui". Frase facilmente pronunciada por todos os visitantes até os dias de hoje. A descoberta do arquipélago ocorreu logo após o naufrágio de um dos seis barcos que compunham a expedição de Vespúcio ao Novo Mundo. Em uma carta à coroa portuguesa o navegador chama Noronha de ilha de São Lourenço e a descreve como um tranqüilo porto com abundância de pássaros, árvores e água. No ano seguin-

te o arquipélago foi doado por Portugal a Fernão de Noronha, por ter financiado a expedição que resultou na sua descoberta. Assim, o lugar se tornou a primeira Capitania Hereditária do Brasil apesar de nunca ser ocupado por seu donatário. Durante mais de 200 anos Fernando de Noronha foi esquecido. No século 17 foi ocupado por holandeses, no 18 por franceses. Portugal percebeu então sua fragilidade a invasões e resolveu ocupá-lo definitivamente. Em 1737 o decretou Capitania de Pernambuco. Nesta época um sistema defensivo com dez fortificações foi construído. Depois Noronha transformou-se em Presídio Comum para presos condenados a longas penas. Destes dias se guardam lembranças cruéis dos presos vivendo em condições mínimas de sobrevivência, evidenciadas em solitárias minúsculas

e leitos de pedras. É justamente destes presos a mão-de-obra que construiu o patrimônio histórico da ilha. No fim de década de 80, já no século 20, Noronha foi reintegrado ao Estado de Pernambucano e hoje é um distrito estadual. Em 1988 foram criados o Parque Nacional Marinho e a Área de Proteção Ambiental Estadual da ilha. No século 18 a Vila dos Remédios era o principal núcleo urbano do arquipélago. Em volta dela estavam o hospital, a administração, os prédios públicos, os alojamentos carcerários, oficinas para presidiários e a escola. Hoje ela também exerce um importante papel na vida comercial de Noronha. Distinto do passado tem a ser redor o banco, a igreja, as escolas de mergulho, agências de turismo, pizzaria e o Bar do Cachorro – ponto oficial de encontro das noites de forró. (C.B.)

RAIO X Mergulho com cilindro é programa imperdível. A visibilidade pode atingir incríveis 50 metros

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

COMO CHEGAR A TAM (tel. 0800/ 5705700) tem vôos saindo de São Paulo para o Recife a partir de R$ 1.002 ida-evolta. Na Gol (tel. 0300/7892121), sai a partir de R$ 1.380. A TRIP (tel. 0300/7898747) opera o trecho entre o Recife e Fernando de Noronha a partir de R$ 956. E a Varig (tel. 4003-7000) oferece a viagem completa a partir de R$ 1.924. Preços válidos para julho. ONDE DORMIR Pousada da Colina: Vila do Trinta, tel. (81) 3619-1257, www.pousadacolinadosventos. com.br. Diárias para casal a partir de R$ 300. Pousada do Vale: Vila dos Remédios, tel. (81) 3619-1293, www.pousadadovale.com. Por casal, R$ 594. Pousada Teju Açu: na base do Morro do Pico, tel. (81) 36191 2 7 7 , w w w. p o u s a d a te j u acu.com.br. Por casal, R$ 800. Pousada do Zé Maria: perto da Praia da Conceição, tel. (81) 3619-1258, www.pousadazemaria.com.br. Por casal, a partir de R$ 488. ONDE COMER Restaurante Teju Açu: Estrada

peixe típico na folha de bananeira com acompanhamento.

da Alamoa, entre a Conceição e o Boldró, tel. (81) 3619-1277. No menu variado, pato ao vinho é um dos destaques. Bistrot Cacimba: Vila dos Remédios, em frente ao Palácio São Miguel, tel. (81) 3619-1200. Cozinha mediterrânea, com massas. Palhoça do Tinho: tel. (81) 3619 1473. Local descontraído. Peça o

FAÇA AS MALAS Quem leva: as principais operadoras de turismo do País, entre elas a Venturas & Aventuras (tel. 11/3872-0362, site www.venturas.com.br) e a Cia Nacional de Ecoturismo (tel. 11/5571-2525, site www.ciaecoturismo.com.br). Taxa: todo visitante que chega a Noronha deve pagar uma taxa de preservação ambiental que é cobrada de acordo com os dias de permanência na ilha. O valor da taxa por dia é R$ 32,12. Ela pode ser paga no desembarque na ilha ou junto da compra da passagem da aérea.

Massagem faz parte do cardápio de serviços na Pousada do Zé Maria


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quinta-feira, 23 de março de 2006

TURISMO - 3

Fotos:

Desbravando a ilha principal . Há três formas de conhecer Noronha: por terra, em passeios a pé e de bugue; de barco, para ver as ilhas do mar e encontrar golfinhos; e debaixo d’água

A

geografia do arquipélago é fantástica. N o ro n h a , a i l h a principal, única habitada, tem dois lados. No de dentro, virado para o Brasil, estão as praias mais famosas – Sancho, Cacimba do Padre e mais oito lindas enseadas. Além de duas baías – dos Golfinhos e dos Porcos. É justamente na Baía dos Porcos que está um dos cartões-postais de Noronha: os Dois Irmãos – duas formações rochosas dentro do mar que lembram o formato dos seios de uma mulher. Este lado da ilha está protegido do vento e na maior parte do ano tem as águas calmas, perfeitas para o mergulho com snorkel. No lado de fora – apontado para a África – está o mar mais agitado. Lá encontra-se a Praia do Leão, onde ocorre a desova das simpáticas tartarugas marinhas. Na Praia do Atalaia está o melhor mergulho com snorkel de Noronha. Pedras negras lembram a origem vulcânica da ilha, arrecifes e o Morro do Frade, no meio do mar, compõem o belo cenário. Entretanto, a grande atração está mesmo debaixo d’água, quando a maré desce e forma uma piscina natural de 80 centímetros de profundidade. Os turistas, então têm uma experiência única: mergulhar em uma espécie de aquário. Sim, essa é a sensação. Em nenhum outro mergulho se vêem tantos peixes reunidos. O acesso à Atalaia é controlado. Grupos de no máximo 30 pessoas, por vez, podem entrar na piscina natural. Protetor solar é proibido. Há dois acessos à praia: de bugue ou por trilha. Definitivamente a segunda opção é a melhor,

O bugue é a pedida para se locomover na ilha. De barco chega-se às praias de difícil acesso, como a bela Praia do Sancho. Outro cartão-postal local, na Baía dos Porcos, são as rochas Dois Irmãos

pois conta com mais exclusividade e você terá a chance de estar no aquário com um número reduzido de pessoas. As trilhas devem ser feitas na companhia de guias e pelas agências locais. Visual – Entre o mar de dentro e o mar de fora, na ponta da ilha, está uma das melhores vistas do arquipélago: a Ponta da Air France. Foi neste pedaço que os franceses se estabeleceram. O local não é para banhar-se e sim para contempla-

ção. Para as tardes em que a idéia é assistir ao pôr-do-sol o melhor lugar da ilha é o Forte de São Pedro do Boldró. De lá a Baía dos Porcos e os Dois Irmãos tratam de deixar o entardecer ainda mais deslumbrante. Quando o sol reflete seus últimos raios ouve-se Bolero de Ravel. Ao lado, um bar simples, mas com honestos petiscos, prolonga a estada e reverencia a chegada das estrelas. Da Baía e Porto de Santo Antônio saem os barcos de Noro-

nha. A vista é estimulante: são embarcações coloridas à espera dos animados grupos de mergulhadores – profissionais e amadores – que sabem que a vida subaquática ali é tão estimulante quanto as belas praias. No horizonte, o Pico do Morro, outro cartão-postal local, emoldura a paisagem – não menos sugestiva que a Baía dos Dois Irmãos, pois o Pico representa o sexo masculino. Há 500 metros da costa, no fundo do mar, está o navio grego Eleani Sthatathos. Por ali também tem o Museu do Tubarão, alguns bares, restaurantes e lojinhas de aluguel de pés-de-pato, máscaras e snorkel, aparatos que não podem faltar em sua mochila. Mergulho – Em qualquer praia de Noronha fazer mergulho com snorkel é uma excelente idéia. No mais simples mergulho você vai descobrir uma intensa vida submarina. Mesmo assim não deixe de programar um mergulho com cilindro. Não requer prática nem habilidade porque lá mesmo na ilha você pode fazer um batismo com toda segurança. A dez metros abaixo de profundidade, arraias, tubarões, tartarugas e diversas espécies de peixes compõem um cenário mágico e inesquecível. A Praia da Conceição tem a honra de estar aos pés do Pico do Morro. Nas noites de lua cheia, animados luaus tomam conta da diversão e invadem a areia. Nos meses propícios à prática do surfe – de novembro a abril –, a praia é tomada por surfistas e simpatizantes. De lá também se pode apreciar um belo pôr-do-sol. Seu acesso é fácil e um bar localizado a poucos metros da praia oferece bebidas e petiscos aos visitantes.

Trilhas levam a pequenos paraísos, como a Praia do Atalaia

Noronha coleciona algumas reverências. Tem o prestígio de ter duas das mais lindas praias brasileiras: a Praia do Sancho e a Baía dos Porcos. A primeira, eleita a número um por diversos guias e revistas especializados, está abaixo de uma falésia de 30 metros. Seu acesso ocorre por uma estrada ultravertical pelo meio das rochas. Pode parecer uma atividade que demande uma certa performance física, mas na verdade com um pouco de atenção se dribla este engenhoso acesso. De barco – Outra forma de chegar a suas areias deslumbrantes é de barco. Depois é só desfrutar de suas águas quentes e transparentes, da sombra das árvores, do canto dos pás-

saros e mergulhar sem parar, porque ali a natureza parece ter caprichado ainda mais. A segunda colocada não deixa nada a desejar e é vizinha do Sancho. Na Baía dos Porcos estão as duas formações de rochas idênticas chamadas Dois Irmãos. Sua extensão de areia é pequena, formada por pedras e perfeita para a prática de snorkelling. Seu acesso: pela Praia Cacimba do Padre, igualmente majestosa e caracterizada por uma extensa área de areia. Uma trilha liga a Baía dos Golfinhos à Baía dos Porcos passando pela Praia do Sancho. Como a trilha está 30 metros acima do mar a paisagem é generosa aos olhos e rende excelentes tomadas fotográficas. (C.B.)

Ilustres habitantes marinhos ernando de Noronha é um arquipélago formado por 21 ilhas que estão espalhadas dentro de 26 quilômetros no Oceano Atlântico. Apenas a principal é habitada. As demais fazem parte do Parque Nacional Marinho, em uma área de preservação ambiental fiscalizada pelo IBAMA. Por todo o lado o mar é deslumbrante. Se isso não bastasse, há piscinas naturais incontáveis, nas quais nadar a poucos centímetros dos mais coloridos peixes é uma atividade corriqueira. Personagem ilustre e facilmente avistado por aqueles la-

F

dos é o golfinho rotador, conhecido por saltar em forma de parafuso. Ele costuma medir dois metros de comprimento e pesar até 90 quilos, possuí o dorso cinza-escuro e o ventre branco. No mirante da Baía dos Golfinhos, pode ser observado em seu ambiente natural. O melhor horário para avistá-lo é nas primeiras horas do dia após o sol nascer, quando ele se desloca para as águas tranqüilas e protegidas da baía e lá se reproduz e descansa. No mirante, uma funcionária do Ibama conversa com os visitantes e conta curiosidades sobre os hábitos destes simpáticos mo-

radores de Noronha. A Baía dos Golfinhos é um lugar especial, pois em todo o Atlântico apenas ali existe uma concentração expressiva de cetáceos. Em 1986 foi proibida a circulação de embarcações e mergulho nesta área como medida de proteção. Graças a lei federal n° 7643, golfinhos, botos e baleias não podem ser caçados em águas brasileiras. Em Noronha não brilham apenas peixes e golfinhos, mas também as tartarugas marinhas. Seu hábitat é a Praia do Leão e a do Sancho. A partir de novembro a tartaruga macho corteja a fêmea e eles se repro-

duzem; de dezembro a maio ocorre a desova e depois de 50 dias é chegada a hora do grande espetáculo: os ovos se quebram e as pequenas tartaruguinhas rumam felizes ao mar. Nestes dias existe um verdadeiro alvoroço na ilha. Os visitantes logo ficam sabendo da desova e correm para assistir ao milagre da natureza. Um cordão de isolamento é estrategicamente colocado pela equipe do Ibama para garantir a segurança dos novos seres. Assim, à medida que o sol se põe as tartaruguinhas dão início a sua missão: nadar pelas profundezas do mar e um dia vol-

Guia explica no mapa sobre os 'moradores' da Baía dos Golfinhos

tar àquele mesmo local para também fazer a desova. A preservação das tartarugas, assim como dos golfinhos, é levada a sério por isso desde de

1984 o Centro Nacional de Conservação e Manejo das Tartarugas Marinhas cuida das fêmeas, ovos e do ambiente de reprodução do arquipélago. (C.B.)


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4 -.TURISMO

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LAZER

Seguidinha de feriados O DC Boa Viagem selecionou 10 pacotes para cada feriado prolongado de abril que, este ano, caem em duas sextas-feiras seguidas: dia 14 começa a Páscoa e no 21 é Tiradentes Fotos: Divulgação

PÁSCOA

Lygia Rebello

Amparo (SP): com estilo eco-místico, o elegante Canto da Floresta Othon Resort, a 130 quilômetros de São Paulo, tem pacotes de três diárias (13 a 16/4) a partir de R$ 1.590 por apartamento duplo, com pen-

são completa. Crianças de até 3 a n o s n ã o p a g a m . Te l s . 0800/011 8990 e (11) 3291-5001, site www.othon.com.br. Aspen (EUA): para a famosa estação do Estado do Colorado, o programa de uma sema-

na da Interpoint custa a partir de US$ 1.500 por pessoa em quarto duplo. Já inclui passagem aérea, taxas locais e cartão de assistência. Tels. (11) 30879400 e 0800/771-9400, site www.interpoint.com.br. Buenos Aires (Argentina): pela Fenix, o roteiro de quatro dias para a capital Argentina inclui passagem aérea, três noites de hospedagem com café da manhã, traslados, passeio panorâmico, guias e cartão de assistência. A partir de US$ 640 por pessoa em quarto duplo. Tel. (11) 3255-4666, site www.fenixtur.com.br.

TIRADENTES

Águas de Lindóia (SP): essa dica é para passar o feriado no interior. A 180 quilômetros da capital paulista, o Hotel Fazenda Saint Nicolas, tem pacotes de 20 a 23/4 a partir de R$ 780 por casal, com pensão completa. Tels. (19) 3824-2259 e 38242339, site www.saintnicolas.com.br. Angra dos Reis (RJ): o exclusivo resort Pestana Angra Beach Bungalows, na Costa Verde, é o lugar para namorar e praticar esportes aquáticos. O pacote de três diárias custa a partir de R$ 995 por pessoa em bangalô superior duplo, incluindo café da manhã e um almoço. Te l . ( 2 4 ) 3 3 6 4 - 2 0 0 5 , s i t e www.pestana.com. Maceió (AL): com saída no dia 20/4, o roteiro de quatro dias da CVC pela bela capital de Alagoas sai por R$ 1.488 por pessoa em quarto duplo. Inclui passagens aéreas, traslados, city tour e passeio ao litoral sul. Te l . ( 11 ) 2 1 4 6 - 7 0 11 , s i t e www.cvc.com.br. Mairiporã (SP): no exclusivo Unique Garden, a apenas 53 quilômetros de São Paulo, o pacote de 20 a 23/4 sai a partir de R$ 3.445 por casal, com meia pensão e atividades, como ioga e hidroginástica, incluídos. Te l . ( 11 ) 4 4 8 6 - 8 7 0 0 , s i t e www.uniquegarden.com.br. Ouro Preto (MG): integrante do Roteiros de Charme, a Pousada do Mondego fica instalada num antigo casarão no coração de uma das cidades históricas mineiras mais charmosas. O pacote de 20 a 23/4 custa a partir de R$ 660 por casal, com café da manhã. Tel. (31) 3551-2040. Rio de Janeiro (RJ): na cidade maravilhosa, o Hotel Marina Palace possui bela vista das praias do Leblon e Ipanema. Diárias por casal a partir de R$ 380 (mínimo de duas noites), incluindo café da manhã e feijoada no sábado. Uma criança até 10 anos no mesmo quarto dos pais não paga. Tel. 21) 2172-1001, site www.marinapalace.com.br Santo Antônio do Pinhal (SP): a charmosa Pousada do Cedro, com seus lofts moder-

Fotos: Divulgação

Campos do Jordão (SP): cluída. Tel. (19) 3899-1692, site pensão completa, nove pasunindo conforto e boa gastro- w w w. p o u s a d a d a c a c h o e i- seios, como safári noturno, pesnomia, o Grande Hotel Senac, ra.tur.br. caria de piranha e caminhadas a 176 quilômetros de São PauNatal (RN): o pacote de três ecológicas. Tel. (11) 2146-7011, lo, tem pacote de quatro diá- noites (de 13 a 16/4) pela PNX site www.cvc.com.br. rias (12 a 16/4) por R$ 3.960 o Tr a v e l , c u s t a a p a r t i r d e Paraty (RJ): na Semana casal, com pensão completa e R$ 1.067 por pessoa, incluindo Santa há várias manifestacortesia para uma criança de passagem aérea, hospedagem ções religiosas pela charmosa até cinco anos no mesmo quar- com café da manhã, traslados e cidade. Na Pousada Porto Imto dos pais. Tel. 0800/7700790, city tour pela capital potiguar. perial, localizada no coração s i t e w w w . s p . s edo centro histórico, o nac.br/hoteis. pacote de três noites Mangaratiba (RJ): sai a partir de R$ 720 na bela Costa Verde, à para o casal, com café beira-mar e com opda manhã. Tel. (24) ções de passeios no 3371-2323, site campo, o Hotel Portow w w . p o r t obello Resort & Safári tel.com.br. tem pacotes de quatro Sorocaba (SP): noites, com café da prometendo muitas manhã e jantar, a paratividades para tir de R$ 2.240, o aparadultos e crianças tamento duplo. Tels. durante o feriado, o Ainda com neve, Aspen é a opção na Interpoint (21) 2789-8000 e Hotel Fazenda & Re0800/7010-868, site sort Pitangueiras www.portotel.com.br. Te l . ( 11 ) 4 0 0 2 - 1 0 11 , s i t e tem pacote de 13 a 16/4 cusMonte Alegre do Sul (SP): www.pnxtravel.com.br. tando a partir de R$ 1.500 por com apenas 25 chalés, a PousaPantanal (MS): com saída casal, com pensão completa. da da Cachoeira, que fica na dia 13/4, o roteiro de 4 dias da Uma criança de até cinco anos pacata cidade a duas horas de CVC custa a partir de R$ 2.438 no mesmo apartamento dos São Paulo, possui um pacote por pessoa em quarto duplo. O pais tem cortesia. Tel. (15) de três dias a partir de R$ 900 o pacote inclui parte aérea, três 3229-4300, site www.hotelpicasal, com pensão completa in- noites de hospedagem com tangueiras.com.br.

Divulgação/Panrotas

Três noites em Buenos Aires (à esq.) custam US$ 640 pela Fenix. Para o Pantanal, com a CVC, quatro dias saem a R$ 2.438. E o Portobello Resort, no Rio, tem pacotes por R$ 2.240

Espanha já é terceiro destino em congressos

D

Fábio Vendrame/AE/21-08-02

nos, tem pacotes de três diárias para casal a partir de R$ 1.790 com café da manhã. Tel. (12) 3666-1873, site www.pousadadocedro.com.br. Serras Gaúchas (RS): o pacote de três noites (de 20 a 23/4) pela PNX Travel, custa a partir de R$ 1.027 por pessoa, incluindo passagem aérea, hospedagem com café da manhã, três refeições e traslados de Porto Alegre para a região serrana, Spa além de pascompleto seio por Grano Unique mado e CaneGarden, l a . Te l . ( 11 ) a apenas 4002-1011, site 53 km www.pnxtrade São vel.com.br. Paulo Ubatuba (SP): no Uba-

No Hotel Fazenda Saint Nicolas o feriado sai a R$ 780 por casal. Na CVC, o roteiro para Maceió custa R$ 1.488 por pessoa. E em Ouro Preto, a dica é a Pousada do Mondego

tuba Palace Hotel, no litoral norte de SP, o pacote de 20 a 23/4 sai a partir de R$ 660 o casal, com meia pensão. Uma criança de até 5 anos no mesmo quarto dos pais não paga. Tel. (12) 3832-4500, site www.ubatubapalace.com.br. Visconde de Mauá (RJ): na Pousada Mauá Brasil, cujo forte é a bela vista para a Serra da Mantiqueira, o clima romântico paira no ar. O pacote de 20 a 23/4 sai por R$ 1.800 por casal, com café da manhã. Tel. (24) 3387-2077, site www.mauabrasil.com.br.

estino número um de sol e praia na Europa – e segundo no mundo em número de visitantes estrangeiros –, a Espanha já é o terceiro país mais procurado na hora de escolher onde realizar um congresso. Segundo a International Congress & Convention Association (Icca), somente os Estados Unidos e a Alemanha receberam mais congressos internacionais do que a Espanha, que vê no segmento a possibilidade de combater a temporalidade de seu turismo e aumentar os gastos dos visitantes. Ainda sem os números de 2005, o Spain Convention Bureau, que desde o ano 2000 elabora as estatísticas sobre o turismo de congressos e eventos na Espanha, registrou 11.859 reuniões em 2004 no país, em um total de mais de 2,4 milhões de participantes. Embora a Espanha se mantenha como terceiro destino internacional no segmento, os números de 2004 mostram um recrudescimento do setor em relação ao ano anterior, inclusive na relação de participantes por congressos, que em 2003 foi de 361,93 e em 2004 ficou em 339,55. A duração dos eventos também registrou uma pequena redução média em 2004, caindo para 2,45 dias em lugar dos 2,52 dias de 2003. Os gastos médios diários dos participantes de eventos ficaram em 297,46 euros, alçados principalmente pelo gasto médio dos eventos realizados nas cidades espanholas com mais de um milhão de habitantes. Os centros de convenções, segundo o bureau espanhol, receberam a maioria dos eventos em 2004, com share de 39,8%. Depois aparecem os espaços em hotéis, com 31%, seguidos pelas áreas para reuniões e congressos em universidades, com 12,1%. Centros de convenções – Enquanto nas cidades com até 500 mil habitantes a utilização dos centros de convenções é muito superior à dos hotéis (43% contra 26%), este cenário se inverte nas grandes capitais espanholas, onde os hotéis realizam quase 45% dos eventos, enquanto os centros de convenções recebem apenas 19% deles. Há de tudo para a realização de eventos na Espanha. Dos tradicionais espaços em hotéis ou

Centro de Convenções da Ifema, em Madri

resorts – em cidades como Madri e Barcelona, nos arquipélagos espanhóis ou nos destinos do Mediterrâneo – até espaços em castelos medievais, museus ou estádios de futebol. E que estádios, já que estamos falando de endereços como o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, ou o Camp Nou, do Barcelona, ambos equipados para receber de sofisticados jantares a reuniões profissionais. Na lista de centros de convenções, entre os mais movimentados da Espanha estão o Municipal de Madrid, o da Fira de Barcelona, o de Congressos da Catalunya (também em Barcelona), o Centro de Convenções da Ifema (Madri) e o de Euskalduna Bilbao, na capital do País Basco. Em número de eventos, o Palácio Municipal de Madrid recebeu mais de 320 em 2004, e faturou cerca de 22 milhões de euros. O Centro de Convenções da Catalunya, por sua vez, teve faturamento de 12 milhões de euros, também em 2004, quando recebeu mais de 160 eventos. Hotéis – Na hotelaria, uma das novidades é o Don Carlos Beach & Golf Resort, em Marbelha, no Mediterrâneo espanhol. O resort tem 241 apartamentos e 11 salas para eventos que podem reunir até 1,3 mil pessoas, além de atrativos como instalações esportivas completas e campo de golfe. Em Madri, o Meliá Castilla é um dos clássicos na realização de eventos, com suas 23 salas de reuniões modulares e um novo centro de convenções. A capital espanhola e seus arredores contam também com empreendimentos como o Auditorium Madrid Hotel, o Meliá Avenida de América e os hotéis Tryp Guadalajara e Trip Leganés que, somados, oferecem mais de 25 mil metros quadrados de espaços para eventos e mais de 1,5 mil apartamentos. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

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EMPRESAS SONEGARAM MAIS DE R$ 10 MILHÕES

milhões de dólares foi quanto a quadrilha movimentou somente no ano passado.

Winton Junior/AE

PF PRENDE LÍDER DA MAIOR QUADRILHA DE CONTRABANDO DE INFORMÁTICA Organização utilizava o serviço dos Correios para a entrega de mercadorias

N

uma fusão de duas grandes operações, a Urutau e a Predador, a Polícia Federal prendeu ontem, em Foz do Iguaçu, o líder da maior quadrilha especializada em contrabando de equipamentos de informática do ATA

País. O empresário Osni Muccellin Arruda chefiava uma organização criminosa que movimentou US$ 50 milhões só no ano passado, segundo estimativa da PF. Suas empresas mantinham sites na internet para vendas online de computadores, lap-

tops, câmeras e outros equipamentos contrabandeados do Paraguai. A organização utilizava o serviço de Sedex dos Correios para a entrega das mercadorias vendidas em todo o Brasil. A Receita apurou que as empresas sonegaram R$ 10 milhões de impostos desde 2001, quando o esquema teria começado. Foram presas outras nove pessoas que participavam do esquema, entre elas a mulher de Arruda, Ledi Rosani Hack Arruda. A PF mobilizou cerca de 100 agentes na operação, apoiada por 30 peritos da Receita Federal. Foram apreendidas caixas com placas-mãe de computadores, maços de dólares e reais, motos, carros, armas e farta documentação comprovando as fraudes. De acordo com o delegado Roberto Mello Milanesi, que chefiou a operação, as empresas de Osni, Flytec Computers e Excell Informática, mantêm lojas e depósitos em Ciudad Del Leste no Paraguai. Elas recebiam pedidos de equipamentos eletrônicos e de informática por e-mail ou programas de diálogo eletrônico, e passavam o material para um depósito da América Micro Importação e Exportação, situado na Vila Portes, em Foz. "Para reduzir o risco, era repassado apenas o que estava vendido", disse Milanesi. Foragida – O funcionário Eudes Cardoso Pereira, que foi preso, cuidava do transporte pela Ponte da Amizade, que liga os dois países, e des-

Arlindo de Jesus Leme da Silva, gerente da Pacific Invest, foi preso em Foz do Iguaçu

Participaram da operação mais de 100 policiais e 30 peritos da Receita Federal

de segunda-feira está fechad a e m p ro t e s t o d o s p a r aguaios contra o combate ao contrabando no Brasil. Uma auxiliar de Pereira, Maria Goretti de Souza, teve a prisão temporária decretada, mas está foragida. O u t ro s f u n c i o n á r i o s d a América, comandados por Alexandre César Barbagallo, também preso, retiravam as mercadorias do depósito, embalavam e enviavam para a matriz da empresa, em Joaçaba (SC). A PF apurou que as transportadoras Expresso São Miguel, Reunidas e Bauer usavam notas fiscais de transferência ou retorno para enganar a fiscalização nas rodovias.

BALANÇO

Foram presos também Jadrei Siloi Vettori, Ana Paula Rafagnin, Mari Diane Hack e Giovana Terezinha Luiz. Na cidade catarinense, onde foi presa Janete de Souza e há mandados expedidos contra Daniele Cristina Cunha e Mariane Zambiazzi Brandino, os equipamentos eram despachados pelos Correios. "Isso não era feito em Foz porque o correio local é fiscalizado", disse o delegado. Lavagem – Grandes empresas e companhias também compravam os equipamentos, por causa do preço atrativo. L a pt o p s eram ofertados por preços a partir de US$ 700. Os pagamentos

eram feitos à Pacific Invest, onde o dinheiro era "lavado" ou remetido para contas no exterior. O gerente da empresa, Arlindo de Jesus Leme da Silva, foi preso ontem em Foz do Iguaçu. A PF investigava a fraude havia 11 meses. "Fizemos uso da ação controlada, através da qual a Justiça nos permite retardar as apreensões e prisões para aprofundar a investigação", disse o delegado. A blitz contra o contrabando começou às 5 horas da manhã, quando o delegado Fernando Francischini, chefe do Setor de Combate a Crimes de Fronteira, reuniu os policiais para fechar os últimos detalhes da operação. (AE)

AVISOS AOS ACIONISTAS PADO S.A. INDUSTRIAL, COMERCIAL E IMPORTADORA

CNPJ M.F. 61.144.150/0001-63 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, vimos submeter à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2005, ficando esta Diretoria ao inteiro dispor de V.Sas., para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 18 de janeiro de 2006. A DIRETORIA BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 PASSIVO 2005 2004 Passivo Circulante 2005 2004 704.994,18 156.881,19 Fornecedores 7.018.316,55 6.942.302,46 12.982.266,00 16.128.761,06 Instituições Financeiras 6.948.611,54 5.418.495,29 (5.931.025,18) (10.443.763,76) Impostos a recolher 740.854,81 711.047,45 452.323,01 490.461,44 Salários, Honorários e Encargos Sociais 3.068.654,48 2.438.948,20 16.038.005,06 19.009.635,28 Provisão de Férias e Encargos Sociais 1.328.327,19 1.391.677,25 3.250.007,48 4.023.041,62 Outras contas a pagar 776.046,34 766.249,15 601.362,48 308.202,19 Total do Passivo Circulante 19.880.810,91 17.668.719,80 28.097.933,03 29.673.219,02 Passivo Exigível a Longo Prazo Incentivos Fiscais ICMS PR 22.456.826,71 19.981.348,50 267.585,63 439.898,44 Fundo Desenv. Econômico 23.677.787,40 16.053.729,96 652.803,37 517.830,92 Acionista Control. e Coligadas - 13.630.180,00 314.031,92 333.324,18 Outras contas a pagar 5.130.702,15 5.490.295,74 4.758.895,26 Total do Passivo Exig. Longo Prazo 51.265.316,26 49.665.258,46 1.242.813,73 1.409.375,30 - 13.630.180,00 Patrimônio Líquido 7.967.530,39 21.089.504,10 Capital Social 13.630.183,00 13.630.183,00 Reservas de Capital 34,52 34,52 39.883.668,69 38.955.520,54 Reservas de Reavaliação 14.248.792,92 14.981.294,00 413.286,43 1.044.098,07 Reservas de Lucros 652.100,86 652.100,86 35.948,22 5.757,98 Lucro ou Prejuízos Acumulados (25.505.021,06) (6.478.837,99) (12.002.047,45) (10.630.243,55) 9.775.898,10 9.980.896,49 Total do Patrimônio Líquido 3.026.090,24 22.784.774,39 38.106.753,99 39.356.029,53 74.172.217,41 90.118.752,65 Total Geral do Passivo 74.172.217,41 90.118.752,65

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Em Reais 2005 2004 1.- Receita Operacional Bruta Mercado Interno 88.531.813,40 92.245.212,77 Mercado Externo 439.805,90 434.016,87 88.971.619,30 92.679.229,64 2.- Deduções e Abatimentos • Impostos e/ou Contribuições (20.392.901,42) (22.133.070,41) • Vendas Canceladas (12.720.761,10) (9.544.384,67) 3.- Receita Operacional Líquida 55.857.956,78 61.001.774,56 4.- Custos Operacionais • Custo das Mercs. Vend. e Serv. (45.731.579,65) (42.232.251,73) 5.- Lucro Operacional Bruto 10.126.377,13 18.769.522,83 6.- Despesas Operacionais • Gerais de Comercialização (9.421.179,75) (9.862.691,53) • Gerais Administrativas (8.886.125,05) (7.969.048,61) • Despesas Financeiras (11.194.082,46) (10.332.221,49) (29.501.387,28) (28.163.961,63) 7.- Outras Receitas Operacionais 5.204.213,09 10.678.227,98 8.- Lucro (Prejuízo) Operacional (14.170.797.04) 1.283.789,18 9.- Rec. (Desp.) Não-Operacionais 6.563,59 (113.602,07) 10. Res. do Ex. Antes I.R. e C.S.L.L. (14.164.233,45) 1.170.187,11 Provisão para Imposto de Renda (467.009,50) Provisão para Contribuição Social (173.607,22) 11. Resultado Líquido do Exercício (14.164.233,45) 529.570,39 12. Res. Líq. por lote de 1.000 ações (151,00) 5,65

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Descrição Capital Reservas de Reserva Reservas de Lucros (Prejuízos) Social Incentivo Fiscal Legal Reavaliação Acumulados Total Saldo em 31/12/2003 13.630.182,92 34,52 652.100,86 15.740.933,13 (7.768.047,51) 22.255.203,92 Adequação Capital Social 0,08 0,08 Realização Reserva de Reavaliação (759.639,13) 759.639,13 Resultado do Exercício 529.570,39 529.570,39 Saldo em 31/12/2004 13.630.183,00 34,52 652.100,86 14.981.294,00 (6.478.837,99) 22.784.774,39 Realização Reserva de Reavaliação (732.501,08) 732.501,08 Ajuste de Exercício Anterior (5.594.450,70) (5.594.450,70) Resultado do Exercício (14.164.233,45) (14.164.233,45) Saldo em 31/12/2005 13.630.183,00 34,52 652.100,86 14.248.792,92 (25.505.021,06) 3.026.090,24

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÃO DE RECURSOS P/ OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Origens de Recursos 2005 2004 Das Operações: Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício (14.164.233,45) 529.570,39 Mais (Menos) itens que não afetam o Capital Circulante Líquido Depreciações 1.382.775,48 1.424.229,61 Amortização 1.831.463,56 1.704.217,20 Resultado na Baixa de Imobilizado (6.563,59) 113.602,07 Ajuste Exercícios Anteriores (5.594.450,70) Total das Operações: (16.551.008,70) 3.771.619,27 De Terceiros: Venda dos Bens do Imobilizado 11.000,00 203.800,00 Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 1.600.057,80 16.105.226,83 Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 13.121.973,71 Total de Terceiros: 14.733.031,51 16.309.026,83 Total das Origens: (1.817.977,19) 20.080.646,10 Aplicações de Recursos Aquisições de Bens ou Direitos do Ativo Permanente 1.969.399,91 5.524.862,12 Aumento do Ativo Real. a L. Prazo - 9.052.411,48 Total das Aplicações: 1.969.399,91 14.577.273,60 Aumento ou Diminuição no Capital Circulante Líquido: (3.787.377,10) 5.503.372,50

ATIVO Ativo Circulante Disponibilidades Duplicatas a Receber (-) Duplicatas Descontadas Impostos a Recuperar Estoques Outros Créditos a Receber Despesas Antecipadas Total do Ativo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Aplicações Financeiras Depósitos Judiciais/Outros valores Créditos Tributários diversos Títulos da Dívida Pública Títulos a Receber Créditos de Acion. Controladores Total do Realiz. a L. Prazo Ativo Permanente Ativo Imobilizado Obras em Andamento Participação em Consórcio (-) Depreciações e Amort. Acum. Ativo Diferido Total do Ativo Permanente Total Geral do Ativo

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 01. Contexto Operacional - A Pado S.A. Industrial, Comercial e Importa- 05. Imobilizado 2005 2004 dora, iniciou suas atividades em 1936, com sede na cidade de São PauloTerrenos e edifícios 15.302.271,62 15.302.271,62 Capital, e possui uma unidade fabril na cidade de Cambé-Paraná desde Máquinas e equipamentos 11.198.132,54 10.847.769,26 1998, e tem por objetivo a fabricação de cadeados, fechaduras, dobradiVeículos 811.098,74 739.856,60 ças e travas que são comercializados no mercado nacional e internacioFerramentas e Moldes 9.324.310,02 8.931.624,43 nal. 02. Diretrizes Contábeis - As demonstrações contábeis que estão Móveis e Utensílios 1.872.795,74 1.847.498,72 sendo apresentadas, foram elaboradas em conformidade com a Lei das Equipamentos de Informática 800.756,54 712.196,42 Sociedades por Ações, e as práticas contábeis emanadas da legislação Marcas e Patentes 269.174,11 269.174,11 societária, dos princípios contábeis geralmente aceitos, e alterações introduzidas pelas Leis 9.249/95 e 10.303/01, que não prevêem o recoInstalações 305.129,38 305.129,38 nhecimento dos efeitos inflacionários nas demonstrações financeiras Participações em consórcios 35.948,22 5.757,98 desde 01 de janeiro de 1996. 03. Sumário das Práticas Contábeis - a) Imobilizações em andamentos 413.286,43 1.044.098,07 Provisão para devedores duvidosos - Não foi constituída provisão para (-) Depreciações (12.002.047,45)(10.630.243,55) créditos de liquidação duvidosa, tendo em vista o rigoroso critério na 28.330.855,89 29.375.133,04 concessão de crédito. b) - Os estoques estão avaliados pelo custo médio 2005 2004 de aquisição ou produção, inferiores aos valores de comercialização. c) - 06. Diferido Gastos com transferência da fábrica 8.259.470,55 8.259.470,55 O imobilizado operacional está avaliado pelo custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente até 31/12/1995. As depreciações Gastos com adequação do imóvel 8.560.117,94 7.074.659,13 são calculadas pelo método linear, utilizando-se taxas anuais compatíGastos com implantação de softwares 2.700.345,56 2.559.339,20 veis com a vida útil econômica dos bens e aceito pela legislação vigente. Gastos c/certificação ISO 9001 404.055,11 404.055,11 d) O diferido representa os investimentos efetuados para a adequação da Gastos c/desenvolv. novos produtos 153.757,06 153.167,36 unidade fabril em Cambé - Paraná, que começou a ser amortizado em (-) Amortizações (10.301.848,12) (8.470.384,56) 1999, gastos com implantação de Software de gestão, e gastos com 9.775.898,10 9.980.306,79 certificação ISO 9001. 07. Patrimônio Líquido 04. Estoques 2005 2004 a) - O Capital Social é de R$ 13.630.183,00, representado por Produtos acabados 4.218.549,59 7.646.119,26 93.805.671 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. b) - As Matérias-Primas 1.547.762,35 884.805,73 Reservas de Reavaliação refletem as reavaliações efetuadas no Ativo Embalagens 190.355,89 375.228,83 Permanente pela empresa, e vêm sendo realizadas na proporção em Materiais Auxiliares 584.140,51 891.061,41 que os bens reavaliados são depreciados ou baixados. c) - Ajustes de Materiais de Manutenção 270.451,56 288.171,97 Materiais de Uso e Consumo 10.052,98 51.904,98 exercícios anteriores - Referem-se a despesas de Juros e Encargos referentes aos Contratos de Financiamento do F.D.E. de exercícios Mercadorias de revenda 50.010.49 29.621,55 anteriores. Produtos em elaboração 9.326.181,43 8.974.681,85 (-) Beneficiamento (14.402,58) 08. Outras Receitas Operacionais (-) Mat. de Terceiros em Consignação (159.499,74) (117.557,72) O valor desta rubrica refere-se a compensações de tributos com base judicial. Total 16.038.005,08 19.009.635,28

DEMONSTRAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo Circulante 2005 2004 Início do exercício 29.673.219,02 26.176.849,17 Fim do exercício (28.097.933,03) (29.673.219,02) Variações 1.575.285,99 (3.496.369,85) Passivo Circulante Início do exercício 17.668.719,80 19.675.722,45 Fim do exercício (19.880.810,91) (17.668.719,80) Variações (2.212.091,11) 2.007.002,65 Capital Circulante Líquido 3.787.377,10 (5.503.372,50) Reconhecemos a exatidão da presente demonstração São Paulo - Capital, 31 de dezembro 2005 Paulo Sérgio Mecchi Presidente Renato Foltran Junior - Contador - CRC: 1PR018177/O-7 S SP

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Aviso aos Acionistas Comunicamos que se acham à disposição dos Srs. Acionistas desta Companhia, na Av. Miguel Estéfano, 3.900, Capital, os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404 de 15/12/76, exercício social encerrado em 31.12.2005. São Paulo, 21 de março de 2006. José Bernardo Ortiz - Presidente do Conselho de Administração. (22,23 e 24/03/06) COMUNICADO

AVISO

EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br Modalidade: Pregão Presencial nº 28/2006 Objeto: Aquisição de arquivos de aço, mesas, cadeiras e outros para equipar os prédios onde são desenvolvidos os projetos da Sec. Assistência Social. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 05 de abril de 2006, às 08:30 horas Modalidade: Pregão Presencial nº 29/2006 Objeto: Aquisição de amiodarona, cefalexina, tiamina e outros p/ UBS. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 06 de abril de 2006, às 08:30 horas


quinta-feira, 23 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 5

Votorantim Finanças S.A. C.N.P.J. 01.386.256/0001-41 Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 - Cj. 104 - 10º andar - São Paulo - SP RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Desempenho Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. A Votorantim Finanças é uma sociedade constituída com a finalidade estratégica de conas demonstrações financeiras referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de centrar as participações societárias do segmento financeiro do Grupo Votorantim, sendo que o Banco Votorantim e suas controladas respondem pela quase totalidade dos inves2005, bem como o parecer dos auditores independentes. timentos e resultados da companhia. Cenário Econômico Novamente a Administração Federal reforçou a abordagem econômica responsável que Desta forma, em decorrência do desempenho de suas investidas e da absorção dos custos tem pautado as políticas monetária e fiscal do Brasil há mais de uma década. O fato de tal de captação dos recursos, principalmente através da emissão de debêntures, a Votorantim postura ter atravessado diferentes governos reforça a confiança dos investidores no po- Finanças S.A. encerrou o exercício social de 2005 com um lucro líquido de R$ 697,4 mitencial do País. Em 2005, o cenário internacional favorável, combinado com este quadro lhões, correspondente a R$ 1,18 por ação, e um patrimônio líquido de R$ 4,2 bilhões. interno mais previsível, permitiu a valorização dos ativos brasileiros, mesmo em um ano Em 29 de agosto de 2005, a sociedade recebeu aporte de capital no valor de R$ 500,0 de crises políticas e elevação dos juros por parte do Banco Central. Com o objetivo de milhões e em 01 de dezembro de 2005 recebeu aporte de capital no montante de R$ trazer a inflação e as expectativas futuras para dentro da trajetória de queda das metas 239,8 milhões. Em fevereiro de 2006 ocorreu novo aumento de capital social no valor de do BC, os juros nominais chegaram a 19,75% em maio e somente começaram a recuar R$ 500,0 milhões. na reunião do COPOM de setembro. O IPCA, que havia registrado uma elevação dos Durante o exercício a Votorantim Finanças efetuou aportes de capital no Banco Votorantim preços acumulados em 12 meses de 8,1% em abril, recuou e terminou o ano em apenas no montante de R$ 500,0 milhões. 5,7%. As expectativas do mercado financeiro, para a inflação oficial, que ameaçavam Em dezembro de 2005 ocorreu uma distribuição de dividendos da ordem de R$ 99,0 decolar, também recuaram e terminaram muito próximas à meta de 4,5% para 2006, isto milhões. Em atendimento à Instrução CVM nº 381/03 informamos que o Auditor Independente ou em um ano que haverá eleições gerais. Registre-se que houve, em contrapartida, um crescimento aquém do previsto. O incre- qualquer parte a ele relacionada não foram contratados para nenhum outro serviço que mento do PIB em 2005 deve ter ficado próximo de 2,5%. A combinação de um crescimen- não o de auditoria externa. to econômico modesto a uma inflação sob controle permitiu melhorar marginalmente o Desempenho do Banco Votorantim e controladas mercado de trabalho. O desemprego caiu para 8,3%, em dezembro, e o rendimento mé- A estratégia adotada pelo Banco Votorantim, de diversificação das fontes de resultado, vem se consolidando ao longo dos últimos exercícios. Em 2005, apoiado dio subiu 2%, o que fez a massa salarial avançar 5% em termos reais. O saldo da balança comercial superou todas as previsões e atingiu US$ 45 bilhões em pelo aumento das carteiras de crédito “corporate” e do crédito direto ao consumi2005, com exportações de US$ 118 bilhões. Isto deu prosseguimento à melhora de um dor, o Banco Votorantim novamente registrou um resultado compatível com o seu dos mais importantes indicadores da saúde econômica de um país, que é a relação entre desempenho em exercícios anteriores, tendo encerrado o período com Lucro Lío total da dívida externa e suas receitas no fluxo de transações correntes, cujo principal quido de R$ 805,8 milhões, obtendo assim retorno sobre seu Patrimônio de 20,0% item são as exportações. No passado esta relação era de 3 vezes, tendo caído para 1,3 (retorno sobre o Patrimônio médio de 23,0%) e Patrimônio Líquido de R$ 4,0 bilhões, possibilitando um capital ratio de 15,9%, calculado de acordo com a legisno fechamento do período. As contas públicas fecharam o ano com superávit primário recorde e bastante acima da lação e o Comitê da Basiléia. meta estabelecida. Isto ajudou a conter a relação entre a dívida do Governo e o PIB, em A carteira de crédito do segmento de Varejo, preponderantemente financiamento 51,6%. Houve também uma significativa melhoria em sua composição, que registrou pra- de veículos pela BV Financeira, continuou em ritmo de expansão, apoiada pelo crescimento de operações de Crédito Pessoal, com destaque para o Crédito Conticamente a eliminação da vulnerabilidade cambial do País. Portanto, 2005 foi um ano de melhoria dos fundamentos da economia brasileira que signado, tendo encerrado o exercício com um saldo de R$ 7,5 bilhões, ou seja, um redundará em maior confiança dos agentes e crescimento sustentado nos próximos exer- aumento de 63,8% no período. Essa atuação, combinada com uma adequada gestão de risco de crédito, possibilitou à BV Financeira a obtenção de Lucro Líquido cícios. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) Controladora Consolidado Controladora Consolidado Ativo 2005 2004 2005 2004 Passivo 2005 2004 2005 2004 Circulante 343.311 89.056 37.245.848 31.006.882 Circulante 325.254 579.527 27.615.695 25.869.519 Disponibilidades 372 399 27.845 29.427 Depósitos - 10.541.282 7.455.458 Aplicações interfinanceiras de liquidez - 11.964.575 12.693.676 Captações no mercado aberto - 10.551.338 12.186.668 Títulos e valores mob. e instrumentos Rec. de aceites e emissão de títulos 4.044 1.304.620 financeiros derivativos 240.982 - 15.286.382 12.247.876 Recursos de debêntures 137.742 395.772 137.742 395.772 Relações interfinanceiras - 1.095.348 722.334 Relações interdependências 4.819 8.870 Operações de crédito - 6.515.639 3.875.938 Obrigações por emprést. e repasses - 1.424.926 1.071.167 Provisão para créditos de liquidação Instrumentos financeiros derivativos - 2.599.353 1.478.662 duvidosa (147.091) (102.459) Outras obrigações 187.512 183.755 2.352.191 1.968.302 Operações de arrend. mercantil 19.690 19.152 Exigível a longo prazo 1.432.640 169.235 14.874.575 8.651.350 Provisão para créd. de arrendamento Depósitos - 9.879.762 5.756.982 (10.171) (10.612) Captações no mercado aberto 65.385 1.054.530 em liquidação duvidosa Outros créditos 101.906 88.328 2.277.352 1.393.670 Rec. de aceites e emissão de títulos 234.070 Provisão para outros créditos de Recursos de debêntures 1.432.151 135.850 1.432.151 135.850 (4.085) (879) Obrigações por emprést. e repasses 489 489 2.721.096 783.176 liquidação duvidosa Outros valores e bens 51 329 220.364 138.759 Instrumentos financeiros derivativos 387.700 577.061 Realizável a longo prazo 1.334.828 100.720 9.402.895 6.335.898 Outras obrigações 32.896 154.411 343.751 Aplicações interfinanc. de liquidez 786.531 110.162 Resultados de exercícios futuros 18.324 2.429 Títulos e valores mob. e instrumentos Partic. dos acionistas minoritários no financeiros derivativos 1.172.740 5.867 2.516.575 2.643.382 patrimônio líquido das controladas 4.630 3.070 Operações de crédito - 5.372.608 3.172.338 Patrimônio líquido 4.212.525 2.874.340 4.212.525 2.874.340 Provisão para créditos de liquidação Capital social de domiciliados no País 2.507.809 1.768.042 2.507.809 1.768.042 duvidosa (56.659) (32.055) Reservas de lucros 1.704.716 1.106.298 1.704.716 1.106.298 Operações de arrend. mercantil 13.772 7.813 Provisão para créd. de arrendamento em liquidação duvidosa (190) (139) Outros créditos 162.088 94.797 658.937 378.022 Outros valores e bens 56 111.321 56.375 Permanente 4.292.280 3.433.326 77.006 57.928 Investimentos 4.292.280 3.433.326 26.680 20.337 Participações em control. no País 4.098.693 3.144.231 Participações em controladas no exterior 193.587 289.095 Outros investimentos 26.680 20.337 Imobilizado 32.969 27.352 Imobilizado de uso 65.992 53.065 Depreciação acumulada (33.023) (25.713) Diferido 17.357 10.239 Gastos de organização e expansão 34.582 23.163 Amortização acumulada (17.225) (12.924) 5.970.419 3.623.102 46.725.749 37.400.708 Total do Ativo 5.970.419 3.623.102 46.725.749 37.400.708 Total do Passivo DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) Reservas de lucros Capital realizado Legal Para expansão Lucros acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2003 1.142.708 48.338 583.407 1.774.453 Aumento de capital 625.334 625.334 Lucro líquido do exercício 604.553 604.553 Destinação do lucro: Constituição de reservas 30.228 444.325 (474.553) Juros sobre o capital próprio (130.000) (130.000) Saldos em 31 de dezembro de 2004 1.768.042 78.566 1.027.732 2.874.340 Aumento de capital 739.767 739.767 Lucro líquido do exercício 697.403 697.403 Destinação do lucro: Constituição de reservas 34.870 563.548 (598.418) Distribuição de dividendos (98.985) (98.985) Saldos em 31 de dezembro de 2005 2.507.809 113.436 1.591.280 4.212.525

1

2

3

4

de R$ 388,3 milhões no exercício, atingindo Patrimônio Líquido de R$ 892,4 milhões. A BV Leasing encerrou o exercício com uma carteira de R$ 33,5 milhões, Lucro Líquido de R$ 97,0 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 636,6 milhões. Em termos consolidados, as operações de crédito atingiram um montante de R$ 12,2 bilhões, com acréscimo de 71,1% no exercício. A captação de recursos por Depósitos a Prazo continuou registrando evolução, atingindo o saldo de R$ 16,4 bilhões ao final do exercício, o que significou um crescimento de 50,3% no período. No segmento de administração de recursos, a Votorantim Asset Management encerrou o exercício com Lucro Líquido de R$ 16,3 milhões, Patrimônio Líquido de R$ 59,2 milhões e um volume de recursos administrados da ordem de R$ 12,6 bilhões. A Votorantim Corretora apurou Lucro Líquido de R$ 36,6 milhões no exercício, encerrando o período com Patrimônio Líquido de R$ 123,7 milhões. No segmento internacional, o Banco Votorantim atuou através da agência de Nassau, com o apoio do escritório de representação de Londres. A agência de Nassau encerrou o exercício com Lucro Líquido de US$ 192,9 mil, Ativos de US$ 3,4 bilhões e Patrimônio Líquido de US$ 372,9 milhões. As carteiras do Banco Votorantim e das controladas são compostas por títulos para negociação e, portanto, marcadas a mercado. A agência de Nassau possui títulos na categoria “Mantidos até o Vencimento”, o que reflete a intenção e capacidade financeira da instituição de mantê-los até o resgate final. Desempenho das Participações no Exterior As investidas Votorantim Bank Limited e Votorantim International Business Limited, compreendem as participações da sociedade no exterior e atuam nos mercados financeiros internacionais complementando as atividades bancárias no país ou apoiando as atividades do Grupo Votorantim nas atividades não bancárias. A investida Votorantim Bank Limited. encerrou o exercício com um lucro líquido de US$ 2,9 milhões, ativos de US$ 71,6 milhões e Patrimônio Líquido de US$ 50,5 milhões, enquanto a investida Votorantim International Business Limited apurou um lucro líquido de US$ 648,8 mil, encerrando o exercício com um Patrimônio Líquido de US$ 36,9 milhões. Externamos nossos agradecimentos aos clientes, parceiros e colaboradores pela confiança e dedicação que possibilitaram estes resultados. São Paulo, 17 de março de 2006 A Diretoria DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) Controladora Receitas operacionais

Consolidado

2005

2004

2005

2004

964.812

748.888

7.142.199

5.517.364

-

-

2.666.664

1.863.847

3.305.887

Operações de crédito e arrendamento mercantil Resultado de títulos e valores mobiliários e instrumentos 156.541

2.708

4.223.673

Receitas de prestação de serviços

financeiros derivativos

-

-

74.017

84.912

Resultado de câmbio

-

-

-

107.221 99.559

Resultado das aplicações compulsórias

-

-

153.767

Resultado de participações societárias

794.657

736.103

-

-

Outras receitas operacionais

13.614

10.077

24.078

55.938

Despesas operacionais

(272.849) (149.755) (5.953.789) (4.524.177)

Captação no mercado

(240.694) (121.209) (4.535.629) (3.501.300)

Empréstimos, cessões e repasses

-

(7.997)

(210.932)

Resultado de câmbio

-

-

(147.543)

-

Despesas de pessoal

-

-

(185.100)

(150.897)

Outras despesas administrativas

(1.332)

(1.728)

(268.508)

(220.073)

Despesas tributárias

(20.577) (18.213)

(67.426)

(145.332)

Outras despesas operacionais

(10.246)

(608)

(538.651)

(450.701)

691.963

599.133

1.188.410

993.187

154

87

(718)

(3.388)

692.117

599.220

1.187.692

989.799

5.286

5.333

(375.479)

(295.274)

(20.570)

(101)

(571.449)

(306.952)

25.856

5.434

195.970

11.678

-

-

(114.147)

(89.247)

697.403

604.553

698.066

605.278

Resultado operacional Resultado não operacional

(55.874)

Resultado antes da tributação e participações no lucro Imposto de renda e contribuição social Provisão para imposto de renda e contribuição social Ativo fiscal diferido Participações no lucro Lucro líquido antes da participação de acionistas minoritários Participações de acionistas -

-

(663)

(725)

Lucro líquido do exercício

minoritários

697.403

604.553

697.403

604.553

Lucro líquido por ação - R$

1,18

1,26

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) Controladora

Consolidado

2005

2004

2005

2004

2.341.775

745.930

7.690.311

2.155.789

Lucro líquido do exercício

697.403

604.553

697.403

604.553

Ajustes ao lucro líquido

(794.657) (736.103)

12.244

11.346

Origem dos recursos

Depreciação e amortização 12.244 11.346 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em milhares de reais) Resultado de participações em Contexto operacional e. Imposto de renda e contribuição social A Sociedade foi constituída sob a denominação de VTR - Votorantim EmpreendimenAs provisões para imposto de renda e contribuição social correntes foram controladas (794.657) (736.103) tos e Participações Ltda., sendo sua denominação alterada para Votorantim Finanças constituídas às alíquotas de 15%, acrescidas de adicional de 10% sobre o lucro Variação de participações de Ltda. em 30 de abril de 1999. Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE, realizada tributável excedente a R$ 240, e 9%, respectivamente, de acordo com a legislação acionistas minoritários 1.560 em 24 de agosto de 2000, foi deliberada a transformação da Sociedade por quotas de vigente. No Consolidado, o imposto de renda e a contribuição social diferidos responsabilidade limitada em Sociedade anônima, passando a operar sob a denomiforam calculados sobre o ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários Recursos de acionistas 739.767 625.334 739.767 625.334 nação de Votorantim Finanças S.A. e instrumentos financeiros derivativos, da carteira de financiamentos e do resultado Integralização de capital 739.767 625.334 739.767 625.334 A Sociedade tem por objetivo principal a participação acionária em outras sociedanão realizado na valorização de instrumentos financeiros derivativos às mesmas des, financeiras, comerciais ou civis, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionisalíquotas do imposto corrente, e estão registrados na rubrica “Outras obrigações”, Recebimento de dividendos 290.100 ta ou quotista, e a prestação de serviços de gestão comercial, planejamento e no passivo circulante e exigível a longo prazo. Foi também reconhecido, no Recebimento de juros sobre o consultoria de empresas. Consolidado, imposto de renda diferido, calculado à alíquota de 25%, sobre o capital próprio 145.757 227.559 Apresentação das demonstrações financeiras ajuste da superveniência de depreciação da Carteira de Arrendamento Mercantil. As demonstrações financeiras da Votorantim Finanças S.A. estão sendo apresenta- 5 Aplicações interfinanceiras de liquidez Variação nos resultados de das em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas da Votorantim FiA carteira é composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas pós-fixadas exercícios futuros 15.895 1.108 nanças S.A. e empresas controladas, sendo elaboradas de acordo com as práticas e pré-fixadas, com vencimento até setembro de 2010, no montante de R$ 2.078.897 Recursos de terceirosoriginários de 1.263.405 24.587 6.223.442 913.448 contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas expedidas pela (2004 - R$ 1.283.182), por aplicações no mercado aberto, lastreadas em títulos públicos, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central do Brasil (BACEN). totalizando R$ 10.627.372 (2004 - R$ 11.247.478) e por aplicações em moedas Aumento do exigível a longo prazo 1.263.405 - 6.223.225 912.756 Demonstrações financeiras consolidadas estrangeiras no montante de R$ 44.837 (2004 - R$ 273.178), no Consolidado. Alienação de bens e investimentos 24.587 217 692 As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações da Votorantim 6 Títulos e valores mobiliários Finanças S.A. e suas controladas diretas e indireta, a seguir relacionadas: Controladora Consolidado Aplicação dos recursos 1.764.681 995.792 3.197.521 3.238.446 Porcentual de participação Títulos para negociação 2005 2004 2005 2004 Inversões em itens do ativo 2005 2004 LFT 9.131 132.180 permanente 500.154 432.188 31.539 21.361 Controladas diretas no País LTN 4.024.932 2.350.013 Banco Votorantim S.A. 99,92 99,91 NTN 3.237.470 3.197.866 Aumento do realizável a longo prazo 1.165.542 4.960 3.066.997 3.087.057 BV Sistemas Ltda. 99,94 99,94 NBC 28.706 35.772 Diminuição do exigível a longo prazo - 428.644 BV Trading S.A. 99,99 99,99 Certificado de depósito bancário 2.900 5.867 897.781 Juros sobre o capital próprio - 130.000 130.000 CP Promotora de Vendas Ltda. 99,40 99,40 “Eurobonds” 3.090.514 2.550.416 Votorantim Seguros e Previdência S.A. 99,99 99,99 “C Bonds” e “BR Exit” 61.889 801.316 Variação de participações de Controlada direta no exterior Debêntures 1.122.568 970.582 acionistas minoritários 28 Votorantim International Business Limited 100,00 100,00 Certificados de depósito no exterior 17.716 Controlada indireta no exterior Títulos da dívida agrária 20.138 Distribuição de dividendos 98.985 98.985 Votorantim Bank Limited 95,84 95,84 Letra hipotecária 11.841 12.043 Aumento (diminuição) do Descrição dos principais procedimentos de consolidação Cotas de fundos de investimento 49 953.568 644.179 capital circulante 577.094 (249.862) 4.492.790 (1.082.657) a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas Títulos de renda variável 97.375 406.348 consolidadas; Total 2.949 5.867 13.555.913 11.118.431 Modificação no capital circulante b. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das Controladora Consolidado No início do exercício (490.471) (240.609) 5.137.363 6.220.020 empresas controladas; Títulos mantidos até o vencimento 2005 2004 2005 2004 Ativo circulante 89.056 268.865 31.006.882 22.424.300 c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre as “Eurobonds” 1.006.522 1.295.242 empresas; Total 1.006.522 1.295.242 Passivo circulante 579.527 509.474 25.869.519 16.204.280 d. Os saldos contábeis das empresas controladas no exterior, que são preparados 7 Operações de crédito e de arrendamento mercantil No fim do exercício 86.623 (490.471) 9.630.153 5.137.363 de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), foram a. Composição das operações de crédito convertidos para reais, utilizando-se a cotação do dólar norte-americano na data Consolidado Ativo circulante 411.877 89.056 37.245.848 31.006.882 do encerramento do exercício. Para fins de cálculo de equivalência, esses saldos 2005 2004 Passivo circulante 325.254 579.527 27.615.695 25.869.519 foram ajustados às práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. Empréstimos - Setor público 168.752 54.488 Descrição das principais práticas contábeis Empréstimos - Setor privado 2.108.386 1.090.889 Aumento (diminuição) do a. Apuração do resultado Financiamentos - Setor privado 9.507.791 5.554.625 capital circulante 577.094 (249.862) 4.492.790 (1.082.657) O resultado é apurado pelo regime de competência. Financiamentos - Títulos e valores mobiliários 103.318 348.274 b. Ativos circulante e realizável a longo prazo Arrendamento mercantil 33.462 26.965 – R$ 86.617). No mesmo período apresentou saldo de R$ 457.272 (2004 – Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados Carteira de câmbio - Adiantamentos sobre contratos R$ 218.889) em operações renegociadas. A provisão para crédito de liquidação em base “pro rata” dia e as variações monetárias e cambiais auferidas e, quando de câmbio e rendas a receber duvidosa foi complementada pelos valores dos diferenciais não liquidados dos aplicável, ajustados por provisão considerando os valores de realização. A provisão (classificados em Outros créditos e em contratos de arrendamento mercantil, indexados ao dólar, que se encontram para créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações Outras obrigações). 247.021 45.617 em discussão judicial, no montante de R$ 9.729 (2004 - R$ 10.529). de crédito em aberto, efetuada pela administração para determinar o valor Total 12.168.730 7.120.858 8 Outros créditos necessário, e leva em consideração a conjuntura econômica, a experiência b. Composição da carteira por tipo de cliente Controladora Consolidado passada e os riscos específicos e globais da carteira, bem como as normas do Consolidado 2005 2004 2005 2004 BACEN. 2005 2004 Carteira de câmbio 1.049.598 922.819 c. Ativo permanente Indústria 2.124.761 1.052.773 Negociação e intermediação de valores 447.388 129.042 Demonstrado ao custo (corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995), Comércio 911.345 467.706 Créditos com empresas ligadas 10 10 30.044 25.146 combinado com os seguintes aspectos: Rural 145.820 98.072 Mercadorias a receber para exportação 17.555 86.267 i. Avaliação dos investimentos em sociedades controladas no país e no exterior, Outros serviços 1.670.786 1.096.520 pelo método da equivalência patrimonial. Instituições financeiras 6.512 82.125 Rendas a receber 5.915 5.581 ii. Depreciação do imobilizado, pelo método linear, com base em taxas anuais Pessoas físicas 7.309.506 4.323.662 Créditos tributários 68.568 42.712 325.656 129.687 que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo o imobilizado de uso Total 12.168.730 7.120.858 Impostos a compensar/recuperar 93.284 75.155 228.690 203.482 - móveis e utensílios e sistema de comunicação - 10% e equipamentos de c. A provisão para devedores duvidosos apresentou a seguinte movimentação processamento de dados e veículos - 20%. no exercício Valores a receber por venda de iii. Outros investimentos são representados, substancialmente, por títulos Consolidado títulos no exterior 234.120 patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA e Bolsa Mercantil 2005 2004 Títulos e créditos a receber 575.151 251.131 e de Futuros - BM&F, CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos e Central Saldo inicial 146.144 174.230 Adiantamento para futuro de Compensação Agente “A”, demonstrados pelo valor nominal, atualizados Constituições (reversões) no exercício 190.100 103.164 com base nas informações recebidas das próprias bolsas e câmaras. Baixas contra provisão (117.886) (130.754) aumento de capital 2.920 1.000 iv. Amortização do diferido pelos prazos em que os correspondentes benefícios Variação cambial (162) (496) Juros sobre o capital próprio a receber 50.580 63.790 são gerados. Saldo final 218.196 146.144 Dividendos a receber 48.405 d. Passivos circulante e exigível a longo prazo No consolidado os créditos recuperados durante o exercício, que foram Outros 227 458 22.172 18.537 Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, contabilizados como recuperação de créditos baixados como prejuízo, os encargos apurados em base “pro rata” dia e as variações monetárias ou cambiais consoante determinado no COSIF, montam a R$ 69.276 (2004 – R$ 25.927). Total 263.994 183.125 2.936.289 1.771.692 incorridos. O montante de bens recuperados durante o exercício monta a R$ 83.022 (2004

(Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 23 de março de 2006

(Continuação)

Votorantim Finanças S.A. C.N.P.J. 01.386.256/0001-41 Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 - Cj. 104 - 10º andar - São Paulo - SP 9

Investimentos

Controladas diretas e indireta

Controladora Quantidade de quotas/ações possuídas

Espécie

Participação Patrimônio % líquido

Lucro líquido do exercício

Resultado de participações 2004 2005 813.001 741.368 (14.323) 6.530

Valor contábil dos investimentos 2005 2004 4.031.813 3.083.375 112.082 197.545

seados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: Controladora Atendimento às condições da Instrução CVM nº 371 de 27 de junho de 2002. Crédito tributário sobre prejuízo fiscal - constituído sobre prejuízo fiscal cuja amortização deverá ocorrer nos próximos dois exercícios sociais, em vista da projeção de lucro tributável através do rendimento gerado pelo recebimento dos juros sobre capital próprio das investidas, conforme estudo a ser aprovado pelos órgãos de administração. Crédito tributário sobre provisão para contingência - constituído sobre a provisão efetuada sobre possíveis perdas em discussões judiciais sobre determinados tributos e contribuições sociais, cuja perda implicaria a dedução do lucro tributável à época, com a conseqüente realização. A realização depende de uma solução judicial definitiva, a qual não se pode estimar o prazo, portanto estamos apresentando a sua realização no ano de 2010. Consolidado Atendimento às condições da Resolução nº 3.059 do BACEN de 20 de dezembro de 2002 e da Instrução CVM nº 371 de 27 de junho de 2002. Crédito tributário sobre prejuízo fiscal - constituído sobre prejuízo fiscal cuja amortização deverá ocorrer nos próximos dois exercícios sociais, em vista da projeção de lucro tributável suficiente, conforme estudo aprovado pelos órgãos de administração. Crédito tributário sobre provisão para contingência - constituído sobre a provisão efetuada sobre possíveis perdas em discussões judiciais sobre determinados tributos e contribuições sociais, cuja perda implicaria a dedução do lucro tributável à época, com a conseqüente realização. A realização depende de uma solução judicial definitiva, a qual não se pode estimar o prazo, portanto estamos apresentando a sua realização no ano de 2010. Crédito tributário sobre diferenças temporais - constituído sobre provisão para créditos de liquidação duvidosa, cuja realização se condiciona aos prazos legais para dedutibilidade conforme Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implicam na redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. Estimativa de realização: no máximo de 1 a 2 anos. Crédito tributário constituído sobre prejuízo fiscal decorre, principalmente, dos efeitos dos instrumentos financeiros derivativos, pelo advento da Lei nº 11.051 (art. 32), de 29 de dezembro de 2004, cuja amortização deverá ocorrer até junho de 2006, oriundo da projeção de resultado e da realização de tais derivativos. 15 Partes relacionadas As transações entre partes relacionadas foram realizadas a valores e prazos usuais de mercado, considerando a ausência de risco, sendo que os valores relativos às operações envolvendo as empresas inclusas no processo de consolidação já se encontram eliminados nas demonstrações financeiras consolidadas. As operações com partes relacionadas estão assim representadas: Controladora 2005 2004 Ativos Disponibilidades 370 399 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 1.413.673 5.867 Outros créditos 101.911 64.800

Banco Votorantim S.A. * 59.736.968.719 Ações ordinárias 99,92 4.034.887 805.760 Votorantim Bank Limited ** 23.753.844 Ações preferenciais 95,84 116.950 5.181 Votorantim International Business Limited * 30.000.000 Ações ordinárias 100,00 81.505 774 (10.045) (11.186) 81.505 91.551 BV Sistemas Ltda. * 499.700 Quotas 99,94 3.220 695 695 1.282 3.218 2.524 BV Serviços Ltda * - 476 BV Promotora de Vendas Ltda. * - 134 BV Trading S.A. * 15.919.080 Ações ordinárias 99,99 55.172 4.172 4.172 (3.184) 55.172 50.999 CP Promotora de Vendas Ltda. * 49.700 Quotas 99,40 565 375 373 139 562 188 Votorantim Seguros e Previdência S.A. * 6.599.998 Ações ordinárias 99,99 7.928 784 784 544 7.928 7.144 Total 794.657 736.103 4.292.280 3.433.326 * Controlada ** Controlada indireta a. As participações foram avaliadas com base nas demonstrações financeiras de 31 Extraordinária, o aumento de capital em espécie no montante de R$ 239.767, de dezembro de cada ano. mediante a emissão de 34.154.862 novas ações ordinárias. b. As diferenças entre os resultados das empresas e a equivalência patrimonial b. Dividendos reconhecida são decorrentes: Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do i. Votorantim Bank Limited e Votorantim International Business Limited: O resullucro líquido de cada exercício deduzido da reserva legal. As demonstrações tado de equivalência patrimonial se refere às participações da controladora financeiras refletem a proposta da Administração para destinação do lucro do nos resultados das investidas, adicionados dos efeitos da variação cambial exercício que será objeto de deliberação pela Assembléia Geral Ordinária. Em 29 de dezembro de 2005 foi aprovada pelos acionistas, em Assembléia Geral sobre os investimentos efetuados em moeda estrangeira. ii. Banco Votorantim S.A.: O resultado de equivalência patrimonial refere-se, subsExtraordinária - AGE, a distribuição de dividendos, no valor de R$ 98.985. tancialmente, ao reconhecimento do lucro líquido da investida e de ajustes 14 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações do exercício efetuados diretamente no Patrimônio Líquido. c. Em 29 de agosto de 2005 a Votorantim Finanças aumentou o investimento em Controladora Consolidado sua controlada Banco Votorantim S.A., através da integralização de recursos nos 2005 2004 2005 2004 montantes de R$ 500.000, correspondentes a 8.064.516.129 novas ações. O Lucro antes do imposto de renda e Banco Votorantim S.A. detém participação no capital social da BV Financeira S.A. da contribuição social 692.117 599.220 1.187.692 989.799 - Crédito, Financiamento e Investimento de 99,99%, Votorantim Corretora de TítuEncargos (imposto de renda e los e Valores Mobiliários Ltda. de 99,98%, Votorantim Asset Management D.T.V.M. contribuição social) Ltda. de 99,99%, BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. de 99,99% e à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (235.320) (203.735) (403.815) (336.532) Votorantim Bank Limited de 4,03%. Em 15 de fevereiro de 2006 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Exclusões/(adições) permanentes 228.369 207.831 (98.231) 89.372 Extraordinária - AGE, aumento do capital social no montante de R$ 500.000, Juros sobre o capital próprio (49.557) 44.200 44 121.638 Participações no lucro 38.550 30.273 passando o capital social a ser representado por 66.983.345.530 ações ordinárias sem valor nominal, no Banco Votorantim S.A. Prejuízo fiscal e base negativa de Durante o exercício de 2005 a controlada Banco Votorantim S.A. efetuou o pagacontribuição social 7.743 (1.120) (143.294) 3.082 mento de R$ 145.757 a título de juros sobre o capital próprio e R$ 170.555 a título Equivalência patrimonial 267.467 172.905 de dividendos. Em 29 de dezembro de 2005 foi aprovada pelos acionistas, em Resultado de controladas no exterior 2.716 (7.950) 2.962 (74.378) Assembléia Geral Extraordinária - AGE, a distribuição de dividendos, no valor de Despesas não dedutíveis (204) (2.799) (2.637) R$ 48.405. Juros NTN-A 6.306 11.394 Durante o exercício de 2005 a controlada Votorantim Bank Limited efetuou o paExclusões/(adições) temporárias (10.903) (4.197) 406.198 (41.675) gamento de R$ 71.140 a título de dividendos. Provisão para créditos de liquidação d. A Votorantim Finanças prestou garantias em operações de Pré-pagamento de duvidosa (4.682) (8.412) exportação e de Repasse de recursos externos à sua controlada BV Trading S.A. Reversão/provisão para desvalorização no montante de R$ 102.991 (2004 - R$ 116.794). 112 (438) (205) de títulos e. Não há participações recíprocas. Ajuste a valor de mercado - Circular nº 3.068 - 111.197 19.235 Passivos 10 Captações no mercado aberto Provisões para contingências fiscais Recursos de debêntures 2.162 e trabalhistas (11.105) (4.314) (14.242) (6.848) Compostas por operações com compromisso de recompra, contratadas junto às insObrigações por empréstimos e repasses 489 489 tituições financeiras, possuindo como lastro papéis públicos e privados, no montante Derivativos - Lei nº 11.051 - 369.807 Outras obrigações 98.985 110.500 de R$ 10.616.723 (2004 - R$ 13.241.198), no Consolidado. Superveniência / insuficiência Resultado de depreciação 241 (1.118) 11 Recursos de aceites e emissão de títulos e obrigações por empréstimos e reResultado com títulos e valores mobiliários e Outros 202 5 (55.685) (44.327) passes instrumentos financeiros derivativos 159.042 1.826 As obrigações por recursos de aceites e emissão de títulos representam recursos em Imposto de renda e contribuição Captações no mercado - Debêntures (3.578) moeda estrangeira e nacional, captados via emissão de títulos no mercado internacicorrentes (17.854) (101) (95.848) (288.835) Despesas de empréstimos e repasses (1.214) onal e com bancos no exterior para repasses a clientes no País, com vencimentos até Imposto de renda e contribuição Juros sobre o capital próprio 227.559 janeiro de 2007, incidindo encargos financeiros de até 5,25% ao ano, acrescidos de social exercícios anteriores 19.414 - 16 Instrumentos financeiros variação cambial. Imposto de renda e contribuição Em atendimento à Instrução CVM nº 235/95, os saldos contábeis e os valores de a. Recursos de debêntures diferidos (2.716) - (495.015) (18.117) mercado dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 31 de deSegunda emissão (1ª emissão pública devidamente registrada na CVM) Imposto de renda e contribuição zembro de 2005 estão identificados a seguir: Em 31 de dezembro de 2004 a segunda emissão era representada por 20.750 total (20.570) (101) (571.449) (306.952) Consolidado debêntures de emissão pública, não conversíveis em ações, emitidas em 15 de Saldo Valor de maio de 2001, correspondente à segunda série, representada por 20.710 debênb. Imposto de renda e a contribuição social diferidos com efeito sobre o Descrição contábil mercado tures no mercado, no montante de R$ 57.036 e por 40 debêntures em carteira, no resultado foram calculados como segue Ativos montante de R$ 110. O vencimento final das debêntures da 1a série ocorreu em Imposto de renda e a contribuição social diferidos Títulos e valores mobiliários 14.562.435 14.607.116 Controladora Consolidado 15 de maio de 2004, e o vencimento final das debêntures da 2a série ocorreu em Operações de crédito 12.135.268 12.805.306 2005 2004 2005 2004 17 de maio de 2005, incidindo, em ambas as séries, encargos financeiros Operações de arrendamento mercantil 33.462 33.898 Adições/(exclusões) referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, calculada e divulgada Derivativos (líquido) 4.790.107 4.790.107 Ajuste a mercado - Circulares pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados - CETIP. Passivos nºs 3.068 e 3.082 - (111.186) (19.235) As 19.000 debêntures, correspondentes à colocação da 1ª série, foram totalmenDepósitos 20.421.044 20.397.659 Superveniência / insuficiência de te resgatadas em 17 de maio de 2004, por ocasião de seu vencimento, no monRecursos de aceites e emissão de títulos 238.114 238.898 depreciação (241) 1.118 tante de R$ 57.313. As 20.750 debêntures correspondentes à colocação da 2ª Recursos de debêntures 1.569.893 1.569.893 Derivativos - Lei nº 11.051 - (380.626) série, foram totalmente resgatadas em 17 de maio de 2005, por ocasião do seu Obrigações por empréstimos e repasses 4.146.022 4.152.693 Resultado no exterior (2.716) (2.962) vencimento, no montante de R$ 60.915. Na Votorantim Finanças S.A., os valores pelos quais os instrumentos financeiros Imposto de renda e contribuição Os recursos obtidos através da colocação destas debêntures foram utilizados estão registrados no balanço aproximam-se dos seus respectivos corresponsocial diferidos no exercício (2.716) - (495.015) (18.177) para redefinir o perfil das demais exigibilidades da Emissora, o que possibilitou a dentes valores de mercado, não produzindo, portanto, diferenças significatiCrédito tributário liquidação da maior parte das obrigações decorrentes de operações de mútuo. vas na apresentação destas demonstrações financeiras e os seus efetivos vaAdições/(exclusões) Terceira emissão lores de mercado. Ajuste a mercado - Circular SUSEP Representadas por 65.000 debêntures não conversíveis em ações, de emissão Critérios, premissas e limitações utilizados no cálculo dos valores de mernº 314/2005 1 pública, emitidas em 20 de dezembro de 2001, em duas séries, incidindo encarcado no consolidado Provisão para créditos de liquidação gos financeiros referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, e que a. Títulos e valores mobiliários: Baseiam-se em cotação de preços de mercaduvidosa 4.682 8.412 foram colocadas no mercado em 26 de fevereiro de 2002, no montante de R$ do na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os Prejuízo fiscal e base negativa de 137.742 em 31 de dezembro de 2005 (2004 - R$ 474.585). valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos contribuição social 14.751 1.120 165.788 (3.082) As duas séries contêm cláusulas de repactuação. de definições de preços, modelos de cotações de preços para instrumenProvisões para contingências A primeira série, composta de 40.000 debêntures, com duas amortizações iguais, tos com características semelhantes. fiscais e trabalhistas 11.105 4.314 14.242 6.940 sendo que a primeira ocorreu em 01 de dezembro de 2004 e a segunda ocorreu b. Operações de crédito prefixadas e de Arrendamento mercantil: Foram deResultado não realizado em 01 de dezembro de 2005, gerou recursos que foram utilizados na integralização terminadas mediante desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando derivativos 10.819 de um aumento de capital no Banco Votorantim S.A. em 26 de fevereiro de 2002. taxas de juros que equivalem às nossas taxas de juros para novos contraReversão/provisão para Em 1 º de dezembro de 2004 foram pagos juros e amortização no montante de tos de características similares praticadas na data do balanço. desvalorização de títulos 438 318 R$ 266.249, e em 1º de dezembro de 2005 no montante de R$ 238.860. c. Depósitos a prazo, Recursos de aceites e emissão de títulos e Obrigações Outras provisões (910) A segunda série, composta de 25.000 debêntures, que vencerá em 20 de junho por empréstimos de repasses: Foram calculados mediante ao desconto da Imposto de renda e contribuição de 2006, com duas amortizações iguais, sendo que a primeira ocorreu em 20 de diferença entre os fluxos de caixa nas condições contratuais e as taxas social diferidos no exercício 25.856 5.434 195.970 11.678 junho de 2005 e a segunda ocorrerá em 20 de junho de 2006, gerou recursos de praticadas no mercado na data do balanço. forma a permitir o desenvolvimento de suas atividades e prover a Emissora de d. Derivativos: Baseiam-se nas cotações de mercado (BM&F) de acordo com c. Imposto de renda e contribuição social diferidos liquidez adicional, aguardando por oportunidades de uso. Em 31 de julho de 2002, as normas do Banco Central do Brasil. Ativo (Outros créditos) foram utilizados R$ 180.000 como parte do aumento do investimento na controlaLimitações Controladora Consolidado da Banco Votorantim S.A. Em 20 de junho de 2005 foram pagos juros e amortizaOs valores de mercado foram estimados em um momento específico, basea2005 2004 2005 2004 ção no montante de R$ 169.909. dos em informações relevantes de mercado. As mudanças nas premissas poSaldo inicial 42.712 37.278 129.687 118.010 Como garantia das emissões, foram prestadas, pela Votorantim Participações dem afetar significativamente as estimativas apresentadas. Ajuste a mercado - Circular S.A., fianças que vigerão até o integral cumprimento, pela Votorantim Finanças Derivativos SUSEP nº 314/2005 1 S.A., de todas as suas obrigações previstas nas Escrituras de Emissão. O Conglomerado Financeiro Votorantim efetua operações que envolvem insProvisão para créditos de Quarta emissão trumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de liquidação duvidosa 4.682 8.412 Representada por 125.000 debêntures não conversíveis em ações, com valor balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequaPrejuízo fiscal e base negativa de unitário de R$ 10, em série única, de emissão pública, emitidas em 01 de abril de da à política do Grupo. contribuição social 14.751 1.120 165.788 (3.082) 2005, com vencimento em 1º de abril de 2015, incidindo encargos financeiros O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por Provisões para contingências referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, sendo colocadas no área administrativa que mantém independência com relação à mesa de operafiscais e trabalhistas 11.105 4.314 14.242 6.940 mercado em 29 de abril de 2005 pelo montante de R$ 1.267.144. Em 31 de ções e pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria Reversão/provisão para dezembro de 2005 montam a R$ 1.432.151. A primeira repactuação ocorrerá em da Votorantim Finanças, que se reúne periodicamente para avaliação dos risdesvalorização de títulos 438 318 1º de abril de 2008. cos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como Resultado não realizado - derivativos 10.819 A Votorantim Finanças S.A., cujo objeto social é a participação em outras socieprocedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos Outras provisões (910) dades, tem suas receitas advindas preponderantemente dos resultados de suas aos limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridaOutros (1) controladas. Conseqüentemente, havendo nestas empresas oscilações de dede da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado Saldo final 68.568 42.712 325.657 129.687 sempenho, a Emissora também apresentará os mesmos efeitos em seus resultapela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhados, devendo-se levar em consideração os fatores de risco abaixo como sendo mento de resultado diário com testes de aderência da metodologia (“backPassivo (Outras obrigações) estendidos à Emissora: test”). Controladora Consolidado de Risco Macroeconômicos A política de gerenciamento de riscos de mercado considera ainda a utilização 2005 2004 2005 2004 - Impacto da Inflação Elevada e Política Monetária; de instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atenSaldo inicial - 167.871 149.754 - Efeitos da Política Cambial e da Dependência de Capitais Externos; der demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em moAjuste a valor de mercado - Efeitos das Flutuações das Taxas de Juros Local e Internacional; mentos de grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados - Circular nº 3.068 - 111.186 19.235 - Riscos Políticos, Institucionais e Legais; e pelo Comitê e impostos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e Derivativos - Lei nº 11.051 - 380.626 - Efeitos do Nível de Atividade Econômica. liquidez, quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e Superveniência / insuficiência de Fatores de Risco Setoriais crédito e as deliberações dos respectivos comitês. depreciação 241 (1.118) - Riscos Associados à Concorrência e ao Processo de Consolidação do Setor Os critérios de precificação de ativos e derivativos são definidos pela área de Resultado exterior 2.716 2.962 Financeiro; gerenciamento de risco, que consideram preços e taxas oficialmente divulgaSaldo final 2.716 - 662.886 167.871 - Risco Sistêmico e Risco Conjuntural; dos pela ANDIMA e BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros d. Estimativa de realização - Dependência do Mercado Interno e Externo; e riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. Todas as Controladora - Regulamentação do Setor Financeiro. etapas das operações estão sujeitas às verificações da auditoria interna, bem 2006 2007 2010 Total Fatores Relativos à Emissora e às Subsidiárias da Emissora como aos procedimentos de controles internos, definidos e acompanhados por Prejuízo fiscal e base negativa de - Riscos Associados ao Crédito; área específica e independente, adequados ao nível de transações e risco contribuição social 26.574 26.574 53.148 - Riscos Associados à Liquidez; envolvidos. Provisão para contingências fiscais 15.420 15.420 - Endividamento da Emissora e das Subsidiárias da Emissora; e No Consolidado os valores a receber e a pagar de “swap” montam, respectivaTotal 26.574 26.574 15.420 68.568 - Transações com Partes Relacionadas e Concentração de Risco. mente, a R$ 3.149.366 (2004-R$ 2.250.401) e a R$ 693.865 (2004 -R$ Consolidado Riscos Inerentes às Debêntures 1.197.004). 2006 2007 2008 2010 Total - Limitação na Execução sobre os Ativos da Emissora e Subordinação; No Consolidado os valores a receber por vendas de ações a termo montam a Ajuste a mercado - Circular - Riscos Relativos à Garantia Fidejussória; R$ 55.416 (2004-R$ 113.033). Os valores a pagar por venda de ações a termo SUSEP nº 314/2005 1 1 - Súmula 176 do Superior Tribunal de Justiça; e a entregar montam a R$ 60.420 (2004-R$ 118.076). Prejuízo fiscal e base negativa de - Liquidez. Os valores recebidos pelos contratos de box de opções de captação montam a contribuição social 179.988 26.574 - 206.562 b. Obrigações por empréstimos R$ 2.182.928 (2004-R$ 552.135) e estão registrados em Instrumentos finanProvisão para créditos de Representados, substancialmente no Consolidado, por recursos em moeda esceiros derivativos, no Consolidado. liquidação duvidosa 65.159 11.439 7.403 - 84.001 trangeira, captados em bancos no exterior e no País para empréstimos a clientes, Os prêmios pagos por contratos de opções adquiridos montam a R$ 35.738 Provisão para contingências com vencimentos até agosto de 2014, incidindo encargos de até 10,80% ao ano, (2004 - R$ 109.624) e os prêmios recebidos por contratos de opções lançadas fiscais e trabalhistas - 21.649 21.649 acrescidos de variação cambial ou monetária, se pós-fixado. montam a R$ 49.840 (2004 - R$ 121.605) e estão registrados em Instrumentos Reversão/provisão para c. Obrigações por repasses financeiros derivativos no Consolidado. desvalorização de Títulos - 2.625 2.625 Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Os ajustes diários das operações no mercado futuro montam a R$ 188.363 Resultado não realizado Econômico e Social - BNDES, através da sua Agência Especial de Financiamen(2004 - R$ 78.123) no ativo e R$ 22.583 (2004 - R$ 105.617) no passivo e derivativos 4.953 5.687 179 - 10.819 to Industrial - FINAME, com vencimentos até agosto de 2016, incidindo atualizaestão registrados em “Outros créditos, Outras obrigações e Instrumentos fiTotal 250.101 46.325 7.582 21.649 325.657 ção monetária (Taxa de Juros a Longo Prazo - TJLP e Cesta de moedas) e encarnanceiros derivativos”, no Consolidado. Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, bagos financeiros de até 13,95% ao ano. Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: 12 Outras obrigações Controladora Consolidado Consolidado 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Carteira de câmbio 815.433 891.307 Valores/ Valores/ Valores/ Sociais e estatutárias 179.764 57.578 prêmios a: prêmios a: prêmios a: Fiscais e previdenciárias 70.687 48.640 1.080.993 799.201 Valor receber(idos) receber(idos) Valor receber(idos) Negociação e intermediação de valores 125.416 322.738 original do pagar(os) pagar(os) original do pagar(os) Mercadorias adquiridas para exportação 8.859 Tipo contrato contratual mercado contrato mercado Assunção de dívida 17.808 57.444 17.808 57.444 Swap Dividendos a pagar 98.985 Dólar (4.443.475) (4.606.268) (4.472.892) (6.878.951) (7.309.527) Juros sobre o capital próprio a pagar - 110.500 110.500 Valores a pagar por compra de títulos Euro 2.876 2.953 no exterior 230.783 Iene (12.990) (12.083) (12.083) Outras 32 67 56.405 64.426 DI 3.143.595 5.694.165 5.577.752 7.505.231 9.055.151 Total 187.512 216.651 2.506.602 2.312.053 IGPM (537.803) (673.993) (657.477) (1.480.769) (1.625.761) 13 Patrimônio líquido a. Capital social IPCA (210.000) (176.218) (176.039) 255.000 304.601 O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 588.932.963 (2004 TJLP (3.293) (3.645) (3.641) - 479.249.400) ações ordinárias, sem valor nominal. TRM (15.000) (15.760) (16.314) Em 29 de agosto de 2005 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Pré 2.078.966 2.187.580 2.216.231 596.613 625.980 Extraordinária, o aumento de capital em espécie no montante de R$ 500.000, mediante a emissão de 75.528.701 novas ações ordinárias. Total 2.393.778 2.455.501 1.053.397 Em 1º de dezembro de 2005 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral

(Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de março de 2006

(Continuação)

ECONOMIA/LEGAIS - 7

Votorantim Finanças S.A. C.N.P.J. 01.386.256/0001-41 Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 - Cj. 104 - 10º andar - São Paulo - SP Consolidado

Tipo Futuros DDI Dólar IND DI Euro Libra Pré Total Tipo Opções Ações Br exit IND DI Flexíveis PRÉ DOL Total Tipo Outros instrumentos financeiros derivativos Box opções Total

Valor original do contrato

2005 Valores/ prêmios a: receber(idos) pagar(os) contratual

Valores/ prêmios a: receber(idos) pagar(os) mercado

Valor original do contrato

Valores/ prêmios a: receber(idos) pagar(os) mercado

423.484 1.805.966 234.226 (16.154.302) (4.706) 496.951 (13.198.381)

(14.879) 2.731 839 (1.211) (119) 178.419 165.780

(14.879) 2.731 839 (1.211) (119) 178.419 165.780

3.190.333 2.075.863 (246.262) (13.944.756) 224.161 2.722 (212.697) (8.910.636)

(25.559) (15.023) 221 (2.429) (36.823) 245 51.874 (27.494)

(38.520) (81.925) (815.650) (334.052) 469.880 (800.267)

(2.422) (603) (1.247) 811 (5.666) (9.127)

(2.365) (603) (2.151) 811 (9.794) (14.102)

(10.723) (26.550) 427.980 23.741 132.720 663.075 1.210.243

(6.707) (1.105) 3.292 479 86 (8.026) (11.981)

2.182.928 2.182.928

2.182.928 2.182.928

-

-

17 Outras informações a. A Votorantim Asset Management D.T.V.M. Ltda. administra diversos fundos de renda fixa e de renda variável, cujos patrimônios líquidos montam a R$ 17.586.224 (2004 - R$ 13.532.611). O rendimento por essa administração de R$ 37.138 (2004 - R$ 40.664) está registrado em “Receitas de prestação de serviços’’. b. Outros valores e bens nos ativos circulante e realizável a longo prazo, no consolidado, representam principalmente comissões por intermediação de operações de financiamento e arrendamento mercantil no montante de R$ 297.754 (2004 R$ 166.309). c. Avais e fianças prestados montam a R$ 2.814.368 (2004 - R$ 642.176) e estão registrados em contas de compensação no consolidado. d. Outras receitas operacionais referem-se, principalmente, à atualização monetária de Ativos no montante de R$ 4.209 (2004 - R$ 2.624), no Consolidado. e. Outras despesas operacionais referem-se, principalmente, à comissões pagas a lojistas, no montante de R$ 285.355 (2004 - R$ 182.318), variação cambial sobre

2004

investimentos em controladas no exterior no montante de R$ 143.830 (2004 - R$ 160.563) e atualização monetária de provisão para riscos fiscais no montante de R$ 34.081 (2004 - R$ 23.780) no Consolidado. f. Despesas tributárias referem-se, substancialmente, à contribuição ao Programa de Integração Social - PIS, calculada à alíquota de 0,65% e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 3% (a partir de setembro de 2004, 4% para as empresas financeiras). g. Os contratos de arrendamento mercantil têm cláusulas de não-cancelamento, de opção de compra e de taxas de juros prefixadas, variação cambial ou de repactuação periódica das taxas de juros. O seguro do imobilizado de arrendamento é efetuado com cláusula de benefício em favor da sociedade. h. A Votorantim Finanças S.A. e as empresas controladas vêm questionando judicialmente o recolhimento de determinados tributos. A decisão quanto ao seu provisionamento considera as possibilidades de êxito, sendo amparada na opinião de advogados externos. As provisões constituídas estão registradas em COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA

“Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias” no passivo circulante, e montam a R$ 50.116 (2004 - R$ 13.748) na Votorantim Finanças S.A e R$ 63.081 (2004 - R$ 23.817), no Consolidado. i. Seguindo orientação de consultores jurídicos e de acordo com a avaliação da Administração, o resultado obtido pelas investidas no exterior foi adicionado à base de cálculo do imposto de renda e contribuição social. j. As empresas controladas não concedem plano de pensão e de benefícios pósemprego a seus funcionários. k. Em 31 de dezembro de 2005, as empresas controladas possuíam cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas, segundo opinião de seus assessores de seguros. l. O Banco Central do Brasil instituiu, através das Circulares nºs 3.068 e 3.082, critérios para o registro de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, para as instituições do sistema financeiro nacional, com efeito a partir de 30 de junho de 2002. Os efeitos decorrentes da aplicação destes critérios, embutidos nos efeitos de equivalência patrimonial da investida Banco Votorantim S.A. e suas controladas, podem ser assim resumidos: Financiamentos ao consumidor O ajuste a valor de mercado, registrado contra o resultado, foi positivo em R$ 213.853, líquido do efeito tributário. Títulos e valores mobiliários A perda não realizada em 31 de dezembro de 2005, em decorrência da adoção dos critérios de marcação a mercado mencionados no item (l) acima, foi registrada no resultado do exercício no montante de R$ 44.132, líquido do efeito tributário. Instrumentos financeiros derivativos O ajuste a valor de mercado, registrado contra o resultado do exercício, foi positivo no montante de R$ 46.464, líquido da constituição de créditos tributários. Contratos de assunção de dívidas A parcela do ajuste a valor de mercado, registrada contra o resultado no exercício, foi negativa em R$ 334, líquida dos efeitos tributários. Os ajustes decorrentes do valor de mercado foram reconhecidos integralmente no resultado da Votorantim Finanças, e representaram um aumento total de R$ 215.665 no valor do investimento e no resultado líquido do exercício. m. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio das deliberações nºs 488/05 e 496/06, estabeleceu a obrigatoriedade de uma nova base de apresentação das demonstrações contábeis referentes aos exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2006. A Administração da Votorantim Finanças S.A. está avaliando os eventuais impactos gerados por essas deliberações e implementará, no decorrer do exercício, as novas normas. 18 Evento subseqüente Em 15 de fevereiro de 2006 foi aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral Extraordinária, o aumento do capital em espécie no montante de R$ 500.000, mediante a emissão de 69.444.444 novas ações ordinárias.

Conselho de Administração Presidente José Ermírio de Moraes Neto

Conselheiros Wilson Masao Kuzuhara Marcus Olyntho de Camargo Arruda

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Votorantim Finanças S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Finanças S.A. e os balanços patrimoniais consolidados da Votorantim Finanças S.A. e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nacional Empreendedores Empresas Finanças

Diretores Marcus Olyntho de Camargo Arruda

Milton Roberto Pereira

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Votorantim Finanças S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada da Votorantim

Milton Egon Eggers

Nelson Jorge de Freitas Contador - CRC 1SP103971/O-1

Finanças S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 17 de março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7

O volume de negócios gerados por gravadoras nacionais na feira francesa Midem foi da ordem de US$ 1,8 milhão.

O DESCONTO DO ICMS SERÁ EXTINTO EM 2009

AÇÕES DE PROMOÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA NO EXTERIOR IMPULSIONAM SELOS INDEPENDENTES

A REVOLUÇÃO DAS GRAVADORAS

E

stá em curso uma verdadeira revolução na MPB, mas que passa pouco pelo palcos: seu ambiente é o dos escritórios das gravadoras nacionais, que se preparam para um crescimento único na história. Os indícios dessa transformação são muitos, mas, sobretudo, o vertiginoso crescimento do mercado independente de selos durante os últimos anos. A prova cabal da mudança de tempos, entretanto, veio no desempenho das empresas brasileiras no Midem 2006, a maior feira do mercado fonográfico mundial, realizada anualmente na França. Lá, foram fechados contratos de vendas, serviços, licenças e distribuição de produtos no valor de US$ 234,5 mil e prospectados negócios de R$ 1,85 milhão. E sem contar os números ainda não contabilizados de duas das maiores gravadoras ali presentes, a ST 2 e a Trama. Para se ter uma idéia do que essas cifras representam, basta mencionar que o volume de negócios gerados nessa feira em 2005 foi da ordem de US$ 1,3 milhão. Bastidores – Por trás desse crescimento está o projeto Música do Brasil, resultante de um convênio estabelecido por representantes de associações setoriais com órgãos governamentais, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por intermédio do Ministério da Cultura. Funciona assim: o governo capacita as empresas para a exportação e patrocina a fundo perdido iniciativas de promoção internacional, como a construção e operação de estandes brasileiros em grandes feiras. O empresariado, por sua vez, investe na qualidade de seus produtos, a fim de satisfazer aos exigentes padrões internacionais – essa parte não

Leonardo Rodrigues/Hype

é tão difícil, já que nossa música é, reconhecidamente, uma das mais ricas do mundo. O sucesso do projeto foi tal, que as estimativas para o próximo evento de peso, a feira Popkomm, realizada em Berlim, Alemanha, no mês de setembro, são as melhores possíveis. O Brasil será o país-tema da feira européia e terá um estande de 150 metros quadrados, reunindo cerca de 20 empresas e promovendo conferências para imprensa, workshops e apresentações multissensoriais, com sons, cheiros, gostos e cores do País. Fora isso, estão preparados, pelo menos, 15 shows de alta qualidade. "Todo esse esforço para a

Todo o esforço para a captação de divisas no exterior é dificultado pela ausência de incentivos às ações de promoção internacional Regina Silvério, da Apex captação de divisas no estrangeiro, porém, é dificultado pela ausência de incentivos legais às ações de promoção internacional de serviços brasileiros", ressalta a gerente de projetos da Apex, Regina Silvério. Ainda assim, as perspectivas de exportação de música brasileira são muito promissoras, pois o mercado estrangeiro dá sinais de estar muito longe de se saturar de telecoteco e ziriguidum. Aliás, uma pesquisa encomendada pelo Sebrae a Domenico de Masi, em 2002, acabou revelando que a música brasileira é nosso produto de melhor aceitação no estrangeiro, e, portanto, o melhor cartão de visitas para a apresentação de outros produtos brasileiros, à

frente, inclusive, do futebol. É curioso notar que somente as médias ou pequenas gravadoras nacionais – as chamadas "independentes" – participam desse projeto. As majors (BMGSony, EMI, Warner e Universal) fazem seus negócios diretamente com suas sucursais de outros países, sem passar por eventos desse tipo, e, ainda assim, não costumam investir muito na difusão de música brasileira fora do País. Isso se deve a uma distorção do mercado brasileiro que, por muitas décadas, tornou-o muito mais interessante para a importação do que para a exportação na atividade dessas empresas. Acontece que foi decretada uma lei nos anos 40 que permitia o desconto de todo o ICM (o atual Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS) devido pelas gravadoras no pagamento de quaisquer direitos artísticos de produtos brasileiros. Como a lei não especificava a fonte do imposto, as multinacionais podiam usar o ICM gerado pelos seus numerosos produtos internacionais para custear sua produção nacional (comparativamente pequena). Isso bastava para que conseguissem ótimos balanços e se desobrigassem de procurar estratégias para que a música brasileira se justificasse como um negócio viável em si mesmo. Novo cenário – Mas tudo começou a mudar nos anos 90, quando o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) passou a rever a porcentagem de ICMS passível de ser descontada, fazendo-a cair, primeiro, para 70%, depois para 40%, em 2004, e prevendo sua extinção no final de 2009. Nessas novas condições, as multinacionais passaram a ter bem menos interesse na produção de música brasileira e retraíram-se, abrindo espaço para a invasão dos independentes. André Domingues

Para Wilson Souto, é preciso investir de forma responsável em artistas com qualidade testada no Brasil e no exterior

Nada de mecenato. Negócios, sim.

W

ilson Souto começou a lidar com música nos anos 80, quando comandava o teatro Lira Paulistana, principal palco dos artistas da famosa "Vanguarda Paulistana" – Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e sua turma –, e de novos talentos da geração subseqüente, a dos Titãs e do Ultraje a Rigor. Mais tarde, envolveu-se profundamente com o campo de produção musical, dirigindo a extinta Continental, a multinacional Warner e fundando a Atração Fonográfica. Tanta experiência embasa a contundência de suas opiniões sobre os novos rumos da MPB.

Diário do Comércio – Que análise você faz dos atuais rumos do mercado de música brasileiro? Wilson Souto – Estamos num momento bastante complexo, com o surgimento das novas mídias digitais, da pirataria, e com os selos e gravadoras independentes crescendo no espaço deixado pelas multinacionais, que se preparam para virar, fundamentalmente,

distribuidoras de música estrangeira. Esses dois megashows do início do ano, Rolling Stones e U2, fazem parte dessa estratégia, assim como os do Santana e de astros internacionais que vêm este ano para cá. Eles estão abandonando a música brasileira, mas não querem perder nosso mercado. Uma nova forma de incentivo pode restabelecer a igualdade de condições no mercado? Acho que, se o governo criasse para o disco nacional uma situação como a do livro, que tem isenção total de imposto por ser produto cultural, daria bastante fôlego para a empresa brasileira. É claro que isso ajudaria também as multinacionais, mas pouco. Duvido que por opção empresarial elas investissem para valer em MPB. Acontece que aquele desconto de ICMS não saía do bolso, saía do que elas já iam pagar por seus produtos majoritariamente estrangeiros. Agora, precisando gastar dinheiro, elas ficam divididas

entre 200 outras opções, e, dadas as suas prioridades internacionais, acho que elas prefeririam canalizar a verba para promover produtos que já têm larga aceitação nos mercados do mundo todo. E sem incentivo, como fica? Do jeito que está, temos crescido, desde 2002, algo em torno de 60% ao ano, mas quero estagnar a gravadora num faturamento anual de R$ 30 milhões a 40 milhões – ainda estou nos R$ 20 milhões, com quase 700 discos em catálogo. É que esse crescimento fica muito doloroso, se feito assim, sem capital de giro. Os capitalistas do Brasil não têm a idéia de que a música seja um negócio tão interessante quanto tem potencial para ser. O exemplo que eles têm ainda é o das grandes empresas nacionais que fecharam no tempo da renúncia fiscal: RGE, Chantecler, Top Tape, Tape Car, Copacabana, Continental... É importante que o capital saudável entre na música e que vejam que nós não estamos aqui para mecenato, e, sim, para negócios. (AD)


Ano 81 - Nº 22.092 São Paulo, quinta-feira 23 de março de 2006 R$ 0,60

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h50

Gustavo Miranda/ Agência OGlobo

A maldição do cocar Dida Sampaio/AE

Verticalização enfraquece Lula Lula desafiou a maldição do cocar e deixou-se coroar pelos índios rikbaktsa com o Myhara, ou Paz e Amor (foto). Desprezou a lembrança temível em Brasília de que Ulysses Guimarães e Tancredo Neves morreram depois de coroados. A maldição se realizou ontem mesmo, para atentos observadores políticos: a verticalização mantida pelo STF, para tédio de seu presidente Jobim(ao lado), é uma derrota que enfraquece Lula para a reeleição. Pág. 3 Denise Adams/AFG

O BELO ADORMECIDO O Hilton, símbolo de glamour erguido na Avenida Ipiranga, foi desativado em 2004 e transferido para a Nações Unidas. Mas o prédio adormecido conserva ainda a estrutura que o serviu por 33 anos (até o velho piano Fritz Dobbert da foto), à espera de um príncipe-empreendedor que o acorde para novas glórias. Página 16

420 MIL ESTÃO DE OLHO NO IMPOSTO A campanha pela transparência tributária já conquistou a adesão de 420 mil pessoas. Eco/9 Cris Berger

Milagre em Santa Ifigênia!

João Wainer/Folha Imagem

Derrapa, quase cai da pista. É a chuva. Avião da BRA, ontem em Congonhas. Pág. 9

Página 10

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

De perder o fôlego, fora d'água Estamos em Noronha. Prenda a respiração, e mergulhe no Boa Viagem.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 4º andar (parte) 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

Referenciados em: a) Cupom cambial (DDI) Posição ativa .............................................................................................. Posição passiva ......................................................................................... b) Taxa de juros (DI1) Posição ativa .............................................................................................. Posição passiva ......................................................................................... c) Dólar Posição ativa .............................................................................................. Posição passiva ......................................................................................... d) Índices Posição ativa .............................................................................................. Posição passiva ......................................................................................... e) Títulos Posição ativa .............................................................................................. Posição passiva .........................................................................................

ii) Contrapartes: a) BM&F ............................................................................................................ b) Instituições financeiras ................................................................................ iii) Vencimentos: a) Até 3 meses .................................................................................................. b) De 3 a 6 meses ............................................................................................. c) De 6 a 12 meses ............................................................................................ d) Acima de 12 meses ...................................................................................... iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ....................................................................................................... b) No Balcão .....................................................................................................

Valor de custo

Valor de mercado

Líquido

4.048.667 (3.199.616)

4.064.763 (3.212.163)

16.096 (12.547)

15.162.892 (6.675.570)

15.172.989 (6.679.934)

10.097 (4.364)

2.799.882 (1.553.361)

2.799.912 (1.553.512)

30 (151)

9.830.957 (1.174.400)

9.830.957 (1.174.399)

1

118.310 (2.081.593) 17.276.168

118.302 (2.081.601) 17.285.314

(8) (8) 9.146

10.685.680 6.590.488 17.276.168

10.694.826 6.590.488 17.285.314

9.146 9.146

160.962 13.262.581 2.486.747 1.365.878 17.276.168

153.339 13.270.852 2.488.578 1.372.545 17.285.314

(7.623) 8.271 1.831 6.667 9.146

10.685.680 6.590.488 17.276.168

10.694.826 6.590.488 17.285.314

9.146 9.146

Referenciados em: a) Dólar Posição ativa ............................................................................................................. Posição passiva ........................................................................................................ b) Euro Posição ativa ............................................................................................................. Posição passiva ........................................................................................................ c) Iene Posição ativa ............................................................................................................. Posição passiva ........................................................................................................ d) Real Posição ativa ............................................................................................................. e) Outros Posição ativa ............................................................................................................. Posição passiva ........................................................................................................

ii) Contrapartes: a) Empresas ..................................................................................................................... b) Instituições financeiras ............................................................................................... c) Partes relacionadas ..................................................................................................... iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ................................................................................................................. b) De 3 a 6 meses ............................................................................................................ c) De 6 a 12 meses ........................................................................................................... d) Acima de 12 meses .....................................................................................................

129.211 7.524 571 2.275 4.010.452 2.213.368 2.373.585 6.256.331 14.993.317

e) Provisão para riscos de crédito Carteira de crédito Níveis de risco Saldo AA 7.263.832 A 5.800.442 B 1.629.074 C 126.610 D 21.439 E 13.345 F 119.991 G 15 H 18.569 14.993.317

Percentual de Provisão (*) 0,5% 1,0% 3,0% 10,0% 30,0% 50,0% 70,0% 100,0%

Provisão para riscos de crédito, com base nos percentuais exigidos 29.002 16.291 3.798 2.144 4.003 59.996 11 18.569 133.814

Provisão para riscos de crédito contabilizada 5.737 57.425 48.709 12.648 6.430 6.671 83.982 15 18.569 240.186

(*) Percentual de provisionamento mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 por nível de risco. 2º semestre 212.993 41.046 (125 ) (13.728 ) 240.186

Exercício 210.039 45.716 (477) (15.092 ) 240.186

140.570 117.043

239.954 160.068

191.621 (255.734 )

193.726 (261.460 )

230.053 (80.586 )

236.959 (80.430 )

Recuperação de créditos anteriormente baixados contra provisão ................................. Créditos renegociados ..........................................................................................................

172.162 (107.195 )

173.803 (106.917 )

5.098

5.133

533.281 (636.042 ) 52.658

533.301 (636.077 ) 58.038

53.079 (1.358 ) 937 52.658

55.592 741 1.705 58.038

g) Operações de créditos vinculadas a captações As operações de créditos vinculadas a captações ao amparo da Resolução nº 2.921, de 17 de janeiro de 2002, do BACEN, podem ser assim resumidas: Receitas / (Despesas) Ativo Passivo 2º semestre Exercício Empréstimos ................................................................................ 197.471 5.043 5.043 Financiamentos ............................................................................ 248.158 9.005 48.272 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ......... 248.158 (8.747) (47.743) Empréstimos no exterior ............................................................. 197.274 (4.953) (4.953) Total .............................................................................................. 445.629 445.432 348 619

20.736 24.813 20.827 (13.718 ) 52.658

21.124 27.392 21.329 (11.807 ) 58.038

Volume de risco de crédito recebido ...................................................................................................................... R$ 87.500 Característica das operações de crédito transferidas ........................................................................................... Swap de moedas Efeito no cálculo do patrimônio líquido exigido (PLE) ......................................................................................... R$ 9.625 Observações: • As garantias dadas nas operações de instrumentos financeiros derivativos montavam a R$ 858.717, representadas por títulos e valores mobiliários. 6. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E OUTROS CRÉDITOS E PROVISÃO PARA RISCOS DE CRÉDITO O Banco Itaú BBA S.A. é um banco de atacado e, assim sendo, concentra seus negócios principalmente com clientes brasileiros e internacionais de grande porte; conseqüentemente, os créditos, individualmente, têm valor elevado (média de R$ 19 milhões por cliente, aproximadamente). As recomendações de limites de créditos são submetidas a um rigoroso processo de aprovação formal, através de Comitê de Crédito, onde participam entre outros o Presidente, os Vice-Presidentes Comerciais, dois Conselheiros, o Diretor de Crédito e Diretores Comerciais, sendo que as decisões deste Comitê de Crédito, são comunicadas ao Comitê Executivo, do qual participam a Presidência e alguns Diretores do banco. Os limites de crédito cujos valores superem determinados montantes (correlacionados ao risk rating do grupo econômico), são discutidos e avaliados pela Comissão Superior de Crédito (CSC) do Itaú. A CSC é a instância máxima responsável pelas políticas e decisões de crédito para o Conglomerado. As aprovações são válidas por períodos que variam de três meses a um ano, dependendo da classificação de risco atribuída a cada empresa e/ou grupo econômico. Em conformidade à Resolução no 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do BACEN, o Banco procedeu à classificação das operações de crédito considerando o risco envolvido em cada devedor e/ou operação individualmente. A classificação considerou a qualidade do devedor e da operação, incluindo aspectos tais como: fluxo de caixa, situação econômico-financeira do devedor e setor, grau de endividamento, administração, histórico do devedor, garantias, eventuais atrasos, entre outros. A referida Resolução requer que seja constituída provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa em valor no mínimo equivalente ao somatório decorrente da aplicação de percentuais específicos, como apresentado no item “e” desta nota. A administração do Banco, dentro de sua postura prudente, tem, consistentemente, constituído provisão para riscos de crédito em montante superior ao mínimo exigido pela Resolução acima citada, tendo como objetivo a cobertura de riscos gerais de crédito, e fundamenta-se principalmente em: (i) características intrínsecas às operações do Itaú BBA, sobretudo em relação ao valor médio unitário dos riscos de crédito; (ii) recente tendência de alongamento nos prazos das operações, principalmente aquelas conjugadas com repasse de linhas de organismos multilaterais de desenvolvimento, o que representa elemento novo no ambiente de crédito; (iii) certo grau de incerteza quanto ao nível de atividade econômica mundial e de liquidez dos mercados, em função de possíveis eventos de caráter macro-econômico e sócio-político, tanto em países em desenvolvimento quanto nas economias desenvolvidas. a) Composição da carteira de crédito por tipo de operação Operações de crédito: Empréstimos e títulos descontados .................................................................................................................... Financiamentos ..................................................................................................................................................... Financiamentos em moedas estrangeiras .......................................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................................................................................. Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ....................................................................................................... Outras operações (2) .................................................................................................................................................

(2)

d) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento i) Parcelas vencidas até 14 dias .............................................................................................................................. ii) Parcelas vencidas de 15 a 60 dias ...................................................................................................................... iii) Parcelas vencidas acima de 60 dias .................................................................................................................. iv) Parcelas vincendas de operações em atraso .................................................................................................... v) Parcelas a vencer até 90 dias .............................................................................................................................. vi) Parcelas a vencer de 91 a 180 dias .................................................................................................................... vii) Parcelas a vencer de 181 dias a 1 ano .............................................................................................................. viii) Parcelas a vencer após 1 ano ...........................................................................................................................

517.350 3,45% 5.169.641 34,48%

Saldo no início do semestre/exercício ................................................................................ Constituição ........................................................................................................................... Variação cambial sobre a provisão da agência no exterior .............................................. Créditos baixados para prejuízo .......................................................................................... Saldo no final do semestre/exercício ..................................................................................

Valor de custo Valor de mercado

f) Derivativos de crédito No amparo da Resolução nº 2.933, de 28 de fevereiro de 2002, do BACEN, o banco realizou operações de swap de risco de crédito, (recebendo o risco de crédito) objetivando garantir a contraparte do swap o risco de crédito de empresas do segmento de atuação do banco, as quais podem ser assim resumidas:

(1)

c) Concentração do risco de crédito Principal devedor ..................................................................................................................................................... Percentual sobre o total da carteira de crédito ...................................................................................................... 20 maiores devedores ............................................................................................................................................. Percentual sobre o total da carteira de crédito ......................................................................................................

f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

e) Outros instrumentos financeiros derivativos - Balcão i)

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

d) Contratos de futuros i)

ECONOMIA/LEGAIS - 7

6.049.496 5.976.567 354.906 1.820.240 761.387 30.721 14.993.317

Adiantamentos sobre contratos de câmbio reclassificados de Outras obrigações - carteira de câmbio. Compostas por Rendas a receber de adiantamentos concedidos, Devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber reclassificados de Outros créditos.

b) Diversificação da carteira de crédito por ramo de atividade Setor público ............................................................................................................................................................ Química e petroquímica ................................................................................................................................. Geração e distribuição de energia ................................................................................................................. Outros ...............................................................................................................................................................

1.257.525 206.128 968.773 82.624

Setor privado ............................................................................................................................................................ Pessoa jurídica ...................................................................................................................................................... Indústria .............................................................................................................................................................. Alimentícia e bebidas ...................................................................................................................................... Siderurgia e metalurgia .................................................................................................................................. Química e petroquímica ................................................................................................................................. Eletroeletrônica ............................................................................................................................................... Papel e celulose ............................................................................................................................................... Veículos leves e pesados ................................................................................................................................ Vestuário .......................................................................................................................................................... Mecânica .......................................................................................................................................................... Fumo ................................................................................................................................................................ Fertilizantes, adubos, inseticidas e defensivos ............................................................................................. Autopeças e acessórios .................................................................................................................................. Material de construção ................................................................................................................................... Farmacêutica ................................................................................................................................................... Madeira e móveis ............................................................................................................................................ Tratores e máquinas agrícolas ....................................................................................................................... Indústria - outros ............................................................................................................................................. Comércio ............................................................................................................................................................. Varejista ........................................................................................................................................................... Atacadista ........................................................................................................................................................ Comércio - outros ............................................................................................................................................ Serviços ............................................................................................................................................................... Telecomunicações ........................................................................................................................................... Geração e distribuição de energia ................................................................................................................. Financeiro ........................................................................................................................................................ Prestadoras de serviço .................................................................................................................................... Empreiteiras e imobiliárias ............................................................................................................................. Concessionárias de serviços públicos ........................................................................................................... Transportes ...................................................................................................................................................... Comunicação ....... ........... ............................................................................................................................... Serviços - outros ............................................................................................................................................. Primário ............................................................................................................................................................... Mineração ........................................................................................................................................................ Agropecuária ................................................................................................................................................... Primário - outros ............................................................................................................................................. Outros .................................................................................................................................................................

13.735.792 13.735.792 6.107.785 1.083.500 622.552 883.209 305.084 211.507 558.022 167.606 198.826 285.069 573.152 182.805 346.673 198.524 284.520 49.515 157.221 889.257 517.220 103.543 268.494 4.641.022 1.014.316 1.813.894 288.256 230.115 416.098 347.741 73.176 73.083 384.343 1.950.520 158.119 1.779.057 13.344 147.208 14.993.317

7. CARTEIRA DE CÂMBIO A carteira de câmbio é representada basicamente por: (a) Câmbio comprado a liquidar deduzido dos adiantamentos sobre contratos de câmbio, no montante de R$ 181.905 e direitos sobre vendas de câmbio, no montante de R$ 1.155.695 deduzidos dos adiantamentos recebidos apresentados no ativo; (b) Câmbio vendido a liquidar, no montante de R$ 1.243.231 e obrigações por compras de câmbio, no montante de R$ 170.210 deduzidas dos adiantamentos sobre contratos de câmbio, apresentados no passivo. 8. NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Estão representadas por: Valores a liquidar por venda e compra de ativos ............................................................... Mútuo de títulos .................................................................................................................... Depósitos de margem ..........................................................................................................

Ativo 190.696 222.926 413.622

Passivo 315.400 21.263 336.663

2º semestre

Exercício

45.666

106.549 52.285

9. INVESTIMENTOS As principais informações dos investimentos podem ser assim demonstradas:

Capital - quantidade de ações possuídas .......... Percentual de participação ................................. Lucro no ano ........................................................ Patrimônio líquido .............................................. Valor contábil dos investimentos ...................... Resultado de equivalência ................................. (i)

(ii)

Itaú BBA Trading S.A.(i) 3.078.040.844 100,00% 7.523 26.017 26.017 7.523

Puerto Cia Securitizadora de Créditos Financeiros 364.012.478 99,99% 44.762 57.601 80.532(ii) 44.762

As controladas indiretas do Banco Itaú BBA S.A., são: Nevada Woods S.A., IF Participações Ltda., Karen International Ltd., através da Itaú BBA Trading S.A., cujo resultado é gerado substancialmente por equivalência patrimonial. Capital subscrito a integralizar no montante de R$ 22.931, registrado em contrapartida do passivo “Outras obrigações”.

10. DEPENDÊNCIAS NO EXTERIOR O Banco Itaú BBA S.A. realiza operações através de suas agências em Nassau, Bahamas e Montevidéu, Uruguai. Os saldos das contas patrimoniais e de resultado das operações destas dependências, consolidados com as contas do Banco, após eliminações dos saldos dos ativos, passivos, receitas e despesas das transações entre o Banco e as agências, são os seguintes: (i) ativos circulante e realizável a longo prazo de R$ 7.442.188; (ii) ativo permanente de R$ 113; (iii) passivos circulante e exigível a longo prazo de R$ 10.233.958; (iv) resultados de exercícios futuros de R$ 2.817 e (v) resultado no 2º semestre de R$ 10.140 e no exercício R$ (77.629). As demonstrações financeiras das agências nas Bahamas e no Uruguai do Banco Itaú BBA S.A., originalmente preparadas em moeda local de acordo com os princípios internacionais de contabilidade, não apresentam diferenças as práticas contábeis adotadas no Brasil. As referidas demonstrações financeiras foram convertidas para reais à taxa de câmbio vigente na data do encerramento do balanço. Os ganhos/perdas em reais na conversão destas demonstrações financeiras no montante de: 2º semestre R$ (5.629) e no exercício R$ (192.933) foram alocados, nas rubricas abaixo indicadas: Rubricas 2º semestre Exercício Operações de crédito ............................................................................................................ (10.207 ) (205.348 ) Resultado de títulos e valores mobiliários .......................................................................... (17.207 ) (513.314 ) Resultado com instrumentos financeiros derivativos ....................................................... (455 ) 4.271 Captação no mercado ........................................................................................................... (26.460 ) 216.364 Empréstimos, cessões e repasses ....................................................................................... 54.304 303.837 Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................................. (12 ) 3.191 Receitas de prestação de serviços ....................................................................................... 20 (182) Despesas de pessoal ............................................................................................................. (1 ) 2 Outras despesas administrativas ......................................................................................... (2 ) 29 Outras despesas operacionais ............................................................................................. (5.609 ) (1.783) (5.629 ) (192.933 ) 11. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Está representado, principalmente, por: (a) depósitos interfinanceiros, depósitos a prazo e captações no mercado aberto com remuneração preponderante em taxa pós-fixada; (b) repasses de recursos de instituições oficiais no país (principalmente BNDES e Finame); e (c) obrigações por títulos emitidos e empréstimos, no exterior, com taxas que variam, substancialmente, de 3,21% a 8,00% ao ano mais imposto de renda, quando aplicável. As parcelas de longo prazo podem ser resumidas nos seguintes vencimentos: Captações Repasses Obrigações por Depósitos Depósitos no mercado de recursos de títulos emitidos e Vencimentos até interfinanceiros a prazo aberto instituições oficiais empréstimos, no exterior 31/12/2007 ............ 653.640 524.205 2.300.113 810.978 834.538 2008 ..................... 630.815 273.584 88.687 413.572 352.052 2009 ..................... 1.197.333 170.425 1.188 318.607 281.012 2010 ..................... 905.668 313.031 20.750 247.580 75.361 2011 a 2012 .......... 61.135 162.549 291.629 14.212 Acima 2012 .......... 326.702 160.917 3.775.293 1.443.794 2.410.738 2.243.283 1.557.175 12. DÍVIDAS SUBORDINADAS ELEGÍVEIS A CAPITAL De acordo com as definições da Resolução nº 2.837, de 30 de maio de 2001, do BACEN, foi emitida, em 26 de junho de 2002, dívida subordinada no montante de US$ 50.000 mil, cujo saldo montava a R$ 116.902, com vencimento em 28 de junho de 2012, sendo remunerada até 28 de junho de 2007 à taxa de 10,375% a.a. e, após esta data até o vencimento, à taxa de 13,625% a.a., com pagamento de juros semestrais e o principal no vencimento. 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social do Banco Itaú BBA S.A. é representado por 10.315.908 ações nominativas, sem valor nominal, das espécies ordinária e preferencial, em igual número, e pertencentes a domiciliados no país. b) Dividendos e Juros sobre o capital próprio O estatuto social prevê a distribuição mínima obrigatória de 25% do lucro líquido do exercício através de dividendos ou de juros sobre o capital próprio, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. As ações preferenciais não têm direito a voto, possuem prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da sociedade e igualdade de direitos com as ações ordinárias nos demais aspectos. 14. OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Estão representadas por: Outras receitas operacionais: Variação cambial - câmbio futuro ..................................................................................... Atualização monetária de impostos a compensar .......................................................... Atualização de depósitos judiciais .................................................................................... Reversão de provisão ........................................................................................................ Imposto de renda a recuperar das agências no exterior ................................................ Recuperação de encargos e despesas ............................................................................. Receitas oriundas de operações das agências no exterior ............................................ Outras .................................................................................................................................. Outras despesas operacionais: Variação cambial - agências no exterior .......................................................................... Provisão para volatilidade ................................................................................................. Despesas de comissão e intermediação .......................................................................... Provisão para pagamentos de passivos .......................................................................... Despesas com operações de exportação, importação e outros relacionados a comércio exterior ......................................................................................................... Outras ..................................................................................................................................

2º semestre

Exercício

11.235 401 8.909 12 30.938 1.484 3.711 2.059 58.749

26.368 2.207 9.470 3.607 30.938 3.483 5.336 7.260 88.669

(5.609 ) (9.539 ) (2.940 )

(1.783) (26.297 ) (11.320 ) (5.586)

(2.439 ) (1.058 ) (21.585 )

(4.779) (1.544) (51.309 )


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 4º andar (parte) 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações no lucro ............................ Imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... Efeitos das adições ou (exclusões) permanentes no cálculo dos tributos: (i) Variação cambial de investimentos no exterior .......................................................... (ii) Equivalência patrimonial de empresas controladas .................................................. (iii) Juros sobre o capital próprio ..................................................................................... (iv) Outras adições e (exclusões) ......................................................................................

2º semestre 1.022.593 347.682

Exercício 1.914.469 650.920

1.914 (15.527 ) (76.536 ) (33.496 )

65.597 (17.777 ) (121.040 ) (79.113 )

224.037

498.587

Imposto de renda e contribuição social no resultado ....................................................... b) Origem e movimentação dos créditos tributários e obrigações fiscais diferidas

Constituição ou (realização) Dez/2004 líquida 129.212 (36.668) 49.900 27.470 111.705 (32.325) 69.024 (69.024) 359.841 (110.547) (55.096) (112.411) 304.745 (222.958)

Provisão para perdas com créditos ...................................................................... Outras provisões não dedutíveis temporariamente ........................................... Contribuição social a compensar (MP 2.158-35) ................................................. Prejuízo Fiscal ......................................................................................................... Total dos créditos tributários ............................................................................... Obrigações fiscais diferidas .................................................................................. Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas ................................

Dez/2005 92.544 77.370 79.380 249.294 (167.507) 81.787

Os créditos tributários registrados são constituídos às alíquotas vigentes na data do balanço. As obrigações fiscais diferidas relativas a imposto de renda e contribuição social referem-se aos ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. c) Expectativa de realização dos créditos tributários A estimativa de realização e o valor presente dos créditos tributários e da contribuição social a compensar, decorrente da Medida Provisória nº 2.158-35, existentes em 31 de dezembro de 2005, de acordo com a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, com base em estudo técnico são: Créditos tributários Contribuição social a Ano de realização Diferenças temporárias compensar (MP 2.158-35) Total geral 2006 ............................................ 134.218 18.591 152.809 2007 ............................................ 20.937 18.591 39.528 2008 ............................................ 1.747 18.591 20.338 2009 ............................................ 18.591 18.591 2010 ............................................ 13.012 5.016 18.028 Total ........................................... 169.914 79.380 249.294 Valor Presente (*) ..........................

149.421

63.402

212.823

(*) O valor presente dos créditos tributários foi calculado com base nas curvas de juros pré-fixados em reais, considerando as realizações no decorrer de cada período, com os respectivos efeitos tributários aplicáveis. As projeções de lucros tributáveis futuros incluem estimativas referente a variáveis macroeconômicas, taxas de câmbio, taxas de juros, entre outros que podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais. O lucro líquido contábil não tem relação direta com o lucro tributável para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social, em função das diferenças existentes entre os critérios contábeis e a legislação fiscal pertinente, além de aspectos societários. Portanto, recomendamos que a evolução da realização dos créditos tributários decorrentes das diferenças temporárias não sejam tomadas como indicativo de lucros líquidos futuros. 16. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS As garantias prestadas a terceiros montavam a R$ 3.776.548 representadas, principalmente, por avais, fianças e outras coobrigações. 17. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outros créditos - Diversos: Créditos tributários de imposto de renda e contribuição social .................................................................... Depósitos judiciais ............................................................................................................................................. Impostos e contribuições a compensar ........................................................................................................... Títulos e créditos a receber sem característica de concessão de crédito - câmbio futuro .......................... Valores a receber de sociedades ligadas ......................................................................................................... Outros .................................................................................................................................................................. b) Outras obrigações - Diversas: Assunção de dívidas .......................................................................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ................................................................................................................ Provisão para passivos contingentes ............................................................................................................... Provisão para volatilidade, constituída em decorrência das oscilações apresentadas nos mercados de câmbio e juros ................................................................................................................... Obrigações por aquisição de bens e direitos - câmbio futuro ....................................................................... Subscrição de capital a integralizar .................................................................................................................. Outros ..................................................................................................................................................................

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

ECONOMIA/LEGAIS - 8

249.294 259.646 891 261.194 65.324 1.236 837.585

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

c) O resultado não operacional refere-se, basicamente, a provisão para perdas em bens não de uso próprio. d) Os ativos dados em garantia montavam a R$ 1.240.217, dos quais R$ 1.218.227 correspondem a títulos e valores mobiliários e aplicações no mercado aberto para garantir principalmente operações junto a BM&F. e) Em atendimento à Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do Conselho Monetário Nacional, o Banco Itaú BBA S.A. aderiu ao Comitê de Auditoria único instituído pelo Conglomerado Financeiro Itaú, por intermédio da instituição líder Banco Itaú Holding Financeira S.A.. O resumo do relatório do referido comitê será divulgado em conjunto com as demonstrações contábeis da instituição líder em 21 de fevereiro de 2006. f) Acordos para compensação e liquidação de obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional Foram firmados alguns acordos para compensação e liquidação de obrigações ao amparo da Resolução nº 3.263, de 24 de fevereiro de 2005, do Banco Central do Brasil, por meio de instrumentos públicos cujo objetivo é permitir a compensação de créditos e débitos mantidos com uma mesma contraparte, onde os vencimentos dos direitos e obrigações podem ser antecipados para a data em que ocorrer o evento de inadimplência por uma das partes ou em caso de falência do devedor. 18. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O Banco Itaú BBA S.A. mantém transações com seus acionistas, empresas ligadas e entre si, efetuadas em condições normais de mercado, e podem ser assim resumidas: Ativos/ Receitas/(despesas) (passivos) 2º semestre Exercício Aplicações no mercado aberto ............................................................................. 3.775.891 305.683 615.176 Aplicações em depósitos interfinanceiros ........................................................... 4.714.035 547.866 928.722 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............... 1.019.395 1.098.143 1.744.658 Relações interfinanceiras ...................................................................................... 64.210 Outros créditos: Carteira de câmbio .............................................................................................. 247.203 (357) 19.997 Rendas a receber ................................................................................................. 33 Diversos ............................................................................................................... 65.324 (2.792) 5.156 Despesas antecipadas ........................................................................................ 217 Depósitos ................................................................................................................ (15.706.203) (1.245.897) (2.268.111) Captações no mercado aberto .............................................................................. (11.062) (10.115) (31.003) Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ................................... (9.880) (67) (1.412) Instrumentos financeiros derivativos ................................................................... (850.457) (1.271.309) (2.296.180) Outras obrigações: Carteira de câmbio .............................................................................................. (245.964) 871 (18.413) Sociais e estatutárias .......................................................................................... (194.385) Dívidas subordinadas ......................................................................................... (70.470) (3.628) (7.285) Diversas ............................................................................................................... (23.141) (21.173) (35.542)

A DIRETORIA

Mario Luiz Amabile Contador CRC 1SP129089/O-1

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco Itaú BBA S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Itaú BBA S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício e do semestre findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Itaú BBA S.A. em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício e do semestre findos nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme mencionado na Nota 2, as demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa com as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2004 em decorrência da reestruturação societária, conforme previsto no inciso I do artigo 9 da Circular 3.017, de 6 de dezembro de 2000, do Banco Central do Brasil. O referido processo de reestruturação societária foi homologado pelo Banco Central do Brasil no curso do ano de 2005.

4.953 55.907 8.493

São Paulo, 14 de fevereiro de 2006

77.343 251.677 22.931 5.619 426.923

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Ricardo Baldin Contador CRC 1SP110374/O-0

AUTOPEÇAS CRIA 1,8 MIL VAGAS NO BIMESTRE

Apesar do aumento da taxa de desocupados, continua a recuperação da renda do trabalhador.

DE JANEIRO PARA FEVEREIRO, ELEVAÇÃO DO ÍNDICE MEDIDO PELO IBGE FICOU ACIMA DE ANOS ANTERIORES

DESEMPREGO AUMENTA ALÉM DO ESPERADO

A

taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País subiu mais do que o esperado em fevereiro e chegou a 10,1%, ante 9,2% em janeiro. A demissão dos trabalhadores temporários contratados no fim do ano passado e o aumento da procura por uma vaga pressionaram a taxa, mas não evitaram a continuidade do processo de recuperação do rendimento dos ocupados. Em fevereiro, o rendimento médio real nas seis regiões subiu para R$ 999,80, com acréscimo de 1% ante janeiro e 2,5% ante fevereiro de 2005. Para Cimar Azeredo, gerente da pesquisa do IBGE, a elevação do desemprego já era esperada, mas em magnitude inferior à ocorrida. Segundo ele, o primeiro trimestre tradicionalmente é de aumento do desemprego. Os analistas de mercado esperavam uma taxa ainda abaixo de 10%. Marcelo de Ávila, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), também considerou a alta acima do esperado, mas avaliou que "tudo indica que a elevação deve ser sazonal". Segundo ele, "um aumento na taxa de desemprego nunca é uma notícia boa, mas no segundo trimestre deveremos voltar a

Renato Stockler/Folha Imagem

um patamar menor". O analista da Consultoria Tendências, Guilherme Maia, observou que os dados do mercado de trabalho em fevereiro confirmaram as expectativas de recuperação da renda e ritmo lento de aumento da ocupação. Segundo ele, a taxa surpreendeu por causa do forte crescimento do número de pessoas procurando trabalho. Preocupação – Para o técnico do IBGE, o dado "preocupante, o sinal de alerta" de fevereiro é que a taxa do mês subiu mais do que ocorre historicamente em relação a janeiro. Ainda que seja a menor taxa para um mês de fevereiro – em igual mês do ano passado foi de 10,6% – desde o início da nova série da pesquisa, em março de 2002 o índice de fevereiro apresentou uma elevação de 0,9 ponto percentual em relação a janeiro, recorde de aumento na série da pesquisa para o período (janeiro para fevereiro). Além disso, foi a maior taxa desde maio do ano passado. Azeredo afirmou que fevereiro foi "praticamente morto" na criação de vagas, já que houve queda de 0,4% no número de ocupados ante o mês anterior, índice que o instituto considera estável. O total de ocupados nas seis regiões pesquisadas ficou em 19,92 milhões, com aumento de 2,5% ante igual mês de 2005. O número de desocupados,

por outro lado, cresceu muito mais e elevou a população de desempregados nas seis regiões para 2,23 milhões em fevereiro, com aumento de 9,5% ante janeiro. Isso ocorreu porque mais pessoas procuraram trabalho no mês. O indicador manteve, entretanto, a tendência de queda (-3,6%) ante igual mês do ano anterior. Azeredo disse que, "desde o segundo semestre do ano passado, não se assiste a criação significativa de postos no mercado de trabalho". Para ele, os dados de fevereiro são "um momento de alerta, como sempre ocorre no primeiro trimestre do ano" para o trabalho. São Paulo – Na região metropolitana de São Paulo não foi diferente. A pesquisa mostrou que a taxa de desemprego subiu para 10,5% em fevereiro, ante 9,2% em janeiro. Segundo Azeredo, o desempenho do mercado de trabalho paulista foi responsável pela elevação da taxa de desemprego na média das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Mas também garantiu a elevação, na média da pesquisa, do rendimento real dos trabalhadores no mês passado. Em São Paulo, a renda média cresceu 3,3% em fevereiro ante janeiro, percentual bem acima da média das seis regiões (1,1%), e chegou a R$ 1.155,50 em fevereiro, ante R$ 999,80 na média da pesquisa. (AE)

Mais pessoas passaram a procurar emprego em fevereiro, pressionando a taxa de desemprego para cima

Na contramão, autopeças criam vagas

A

o contrário do que apontou o índice de desemprego medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro, com aumento da taxa, as indústrias de autopeças criaram cerca de 1,8 mil empregos no primeiro bimestre do ano em relação ao mesmo período de 2005. O setor aumentou o faturamento acumulado em 3,5% na mesma comparação. Os resultados preliminares constam de uma pesquisa do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Auto-

motores (Sindipeças). Foram analisadas 54 empresas, que respondem por 34% do faturamento do segmento. Segundo o levantamento, cerca de 198,3 mil pessoas estavam empregadas até fevereiro na indústria de autopeças, contra 196,5 mil em dezembro. Para 2006, a expectativa do Sindipeças é de produção de 2,5 milhões de veículos, mesmo volume do ano passado. Estímulos – O sindicato afirma que o setor brasileiro ainda precisa de estímulo à demanda do mercado interno. Para alavancar as vendas locais, a enti-

dade defende que os automóveis fiquem mais baratos por meio da redução tributária. Atualmente, no preço final da compra, o consumidor paga 30% só em impostos, um dos maiores percentuais dos países produtores. A exportação da indústria nacional de autopeças para mais de 160 países no ano passado rendeu faturamento de US$ 7,5 bilhões. Como perspectiva, o Sindipeças acredita que o País precisa investir mais em acordos comerciais com outros países e manter os volumes de exportações. (ABr)


Sérgio Lima/Folha Imagem

Gustavo Moreno/ Agência O Globo

EXTRATO DE UM PAÍS FAZ-DE-CONTA

Jornal do empreendedor

O culpado é o caseiro, que vai passar por devassa fiscal, bancária e até telefônica. E ele quebrou um

DANÇANDO COM OS CORRUPTOS Sem pudores, a deputada petista Ângela Guadagnin (foto) festeja a absolvição do colega João Magno, deputado que confessou ter recebido R$ 425,9 mil do valerioduto. "Rainha dos pedidos de vista", sua missão é atrapalhar apurações contra petistas. Dirceu, que quer voltar, é eternamente grato. Pág. 6

Ano 81 - Nº 22.093

São Paulo, sexta-feira a domingo, 24 a 26 de março de 2006

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60

sigilo inesperado para a imprensa: votou em Lula. "Olha o troco que estou recebendo. Ele (Lula) está escondendo o chefe", desabafou, referindo-se a Palocci. Ao sair como suspeito da PF, onde foi depor como testemunha, o caseiro Francenildo não resistiu ao bombardeio de perguntas da imprensa, entrou no carro de seu advogado, e chorou. Páginas 3 e 4

Edição concluída às 23h45 Beto Barata/AE

Rua do Brasil, 112 anos

Alex Ribeiro/DC

Google Earth

O Brasil compra na 25 de Março: seu aniversário é uma festa nacional. (Aqui, a 25 vista de perto e do satélite; nas págs. 7, 8 e 12, do passado ao despertar) HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 20º C.

É TUDO VERDADE. DIVIRTA-SE Divulgação

Maratona de 111 produções, de 81 países, agita a cidade. É a 11ª edição do Festival Internacional de Documentários, chamada por Amir Labaki, seu criador, de É Tudo Verdade. Na foto, China Blue, flagrante sobre duras verdades vividas atualmente pelos jovens chineses. Leia mais: estréia Um Homem É um Homem, de Brecht, e concerto da Sinfônica da BBC escocesa. DCultura


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

CIDADES & ENTIDADES - 7

Reproduções do livro "25 de Março, Memória da Rua dos Árabes", de Rose Koraicho

A rua 25 de Março (ao fundo e à esquerda), em 1876. Dois anos antes, o rio Tamanduateí foi desviado para a sua construção. Na imagem acima, em primeiro plano, a Ilha dos Amores, lavadeiras e varais.

25 de Março, 112 anos de resistência A maior rua de comércio popular da América Latina faz 112 anos amanhã. Enchentes, carros, ônibus, camelôs legais e ilegais, confrontos e tiroteios não conseguiram apagar sua mística. Síntese do Brasil, a 25 de Março resiste ao tempo. E se supera. Davi Franzon

À

Em suas malas de 50 ou 60 quilos havia canivetes, óculos, perfumes, roupas. Os mascates deram vida à 25.

s vésperas de completar 112 anos de vida, a rua 25 de Março, a maior via de comércio popular da América Latina, ainda aguarda a conclusão de sua prometida revitalização. E tem esperança de ver organizado seu espaço dedicado a comerciantes legalmente estabelecidos, ambulantes legalizados e camelôs ilegais. Maltratada por enchentes, tiroteios, caos de gente e de carros, confrontos e apreensões de mercadoria pirata, a 25 de Março resiste como pólo que atrai compradores de todo o País e do Exterior. Não raro, reúne mais de um milhão de pessoas em suas calçadas e lojas. Abandono – Durante os anos 90, a falta de um projeto urbanístico e de políticas públicas

efetivas resultaram no seu abandono pelo poder público. Somente em 2001, a 25 de Março voltou a receber atenção por parte da administração municipal. No seu período

de abandono, grande parte das ações de conservação da via foi realizada pelos comerciantes. Unidos por meio de associações como, por exemplo, a União dos Lojistas da 25 de Março (Univin-

co). Aos lojistas cabe a maior parcela de resistência e manutenção da mística da rua como centro de compras. Hoje, a aposta dos comerciantes para os próximos anos está ligada à conclusão do projeto de revitalização da rua, que permitirá uma concorrência direta com os shoppings e demais centros comerciais. Há também uma grande expectativa em relação a uma solução viável para a disputa de espaço com os ambulantes ilegais, que passaram a ocupar praticamente todo o calçamento da rua. Essa ocupação gera conflitos e choques entre comerciantes, policiais e ambulantes há mais de uma década. Seja como for, a 25 resistirá. Nas páginas 8 e 12, mais informações sobre a 25 de Março

AGENDA Hoje Uni vinco – O vice-presidente da ACSP Roberto Mateus Ordine participa de comemoração ao 112º aniversário da rua 25 de Março, promovida Univinco. Às

19h, no Jockey Club , rua Boa Vista, 280/9º andar. Qualidade – O superintendente da Distrital Lapa, Douglas Formaglio, participa da solenidade de certificação das primeiras empre-

sas que aderiram ao Programa de Qualidade de Empresas Contábeis (PQEC), promovida pelo Sescon-SP. Às 19h, na Casa de Shows Olympia, rua Clélia, 1517, na Lapa.


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8 -.CIDADES & ENTIDADES

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Uma rua à espera de revitalização Por muitos anos, a rua 25 de Março ficou abandonada. A sua recuperação começou pelo recapeamento e pelas novas calçadas. Mas ainda há muito a ser feito.

D

epois de mais de uma década de abandono, a 25 de Março começou a despertar o interesse do poder público na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (2000-2004). O projeto da época previa o alargamento das calçadas, reforma do pavimento, troca de iluminação, cestos de lixo e padronização e rebaixamento das guias para facilitar o acesso aos deficientes físicos. Passados cinco anos e muita demora, a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) realizou duas licitações para dar início às obras, duas partes do projeto foram executadas: a reforma do calçamento e o cabeamento subterrâneo. Ambas concluídas no segundo semestre do ano passado. As duas intervenções deram uma cara nova para a 25 de Março. Sem os postes, a poluição visual foi sensivelmente reduzida, o que deixa toda sua extensão com aparência mais limpa. No caso do calçamento, uma reivindicação de mais de 15 anos tanto de lojistas como de compradores, o alargamento permitiu maior mobilidade aos clientes, principalmente durante os períodos de maior concentração. Calçadas – A entrega das calçadas também encerrou um período de abandono. No final da gestão petista, a reforma do piso foi esquecida, ficando uma grande quantidade de entulho espalhada pela 25 de março. O estado das calçadas ficou ainda pior. Com o término do calçamento e a retirada dos postes, resta à Prefeitura a troca do equipamento público, que estava previsto no edital de licitação. Assim, cestos de lixo, bancos e espaço para flores deveriam ser colocados em toda a extensão da rua. No quesito segurança, um projeto idealizado junto à Subprefeitura da Sé, comandada por Andrea Matarazzo, com a participação dos lojistas, prevê a instalação de câmeras de segurança na 25 de Março. A iniciativa tem como foco coibir assaltos, controlar o comércio ambulante e impedir novos atentados; como o que aconteceu no fim de dezembro passado, quando a explosão de uma bomba em um cesto de lixo deixou um saldo de 15 feridos, dois deles em estado grave. Ainda na área da segurança, uma outra parceria, agora com o Governo do Estado, é a implantação de um posto avançado da Policia Militar. Os lojistas esperam a instalação das câmeras até o final do mês de maio. Já o posto da PM tem previsão para o fim do semestre.

Tânia Rego/Luz - 14/11/2005

Patrícia Cruz/Luz - 15/11/2005

Milton Mansilha/Luz - 09/11/2005

A 25 de Março tem de tudo: milhares de pessoas na véspera do feriado de 15 de novembro de 2005 (acima), bate-boca entre guardamunicipal e camelô (à direita) e Papai Noel para atrair mais clientes em época de Natal (ao lado)

Patrícia Cruz/Luz - 05/01/2006

Cl ient es – Mesmo com os confrontos, atentados e toda a confusão, os consumidores esporádicos e os freqüentadores assíduos da rua 25 de Março garantem que o local é o melhor para fazer compras em todo o País. Afinal são 350 lojas de rua – chegam a 3 mil se forem contadas as dos shoppings. Vindos de todos os cantos da cidade, de outros m un ic í pi os , estados e até países, os clientes acreditam que a 25 será cuidada pelos poder público, já que é responsável pela geração de milhares de empregos. Mario Plínio Camargo, de 57 anos, vem à 25 de Março duas vezes por mês para repor o estoque de seu armarinho, em Araçatuba, no interior . "A falta de segurança preocupa. Mas isso não tira a importância e a

vantagem de vir até aqui. Com o que eu compro no atacado aqui, mantenho minha loja e três funcionários", contou. Para os lojistas, a rua precisa de mais atenção principalmente na questão dos ambulantes ilegais, um problema antigo que parece sem solução. Para eles, enquanto houver a possibilidade de novos confrontos, a 25 perderá clientes. O secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, disse que o comércio ambulante será completamente controlado ainda neste ano. Segundo ele, a Subprefeitura da Sé e a Guarda Civil Metropolitana trabalham em conjunto no combate aos vendedores que oferecem produtos piratas e aos ambulantes irregulares. Mesmo com todos os problemas acumulados por mais de um século, a rua 25 de Março fará 112 anos amanhã, um sábado, justamente um de seus dias de maior movimento. Como sempre estará lotada, na expectativa de melhorias para seus freqüentadores. Mas resistindo. (DF)

Constituição inspirou o nome

A

té a canalização do trecho do rio Ta m a n d u a t e í que cortava a região, a 25 de Março levava o nome de rua da Várzea do Glicério. Depois virou rua das Sete Voltas. No final do século 19, rua de Baixo ou Baixo de São Bento. Neste período, o comércio de São Paulo estava concentrado na Florêncio de Abreu. Mas a canalização e aluguéis altos levaram comerciantes e os novos imigrantes, a maioria de origem árabe, para mais junto ao rio. O nome 25 de Março data do início do século 20, em homenagem à promulgação da primeira Constituição Brasileira, em 25 de Março de 1824, por de D. Pedro I. (DV) Lojistas e clientes acreditam que a rua terá atenção do poder público


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CIDADES & ENTIDADES - 9

Odival Reis/Diário de S.Paulo/Agência O Globo

Julgamento de Pimenta Neves é suspenso O

Parentes de presos se ajoelham e rezam em frente à cadeia pública de Jundiaí: a rebelião contra a superlotação durou mais de 20 horas

Presos colocam fogo em colchões e morrem asfixiados Rebelião na cadeia de Jundiaí terminou depois de mais de 20 horas. Presos também se rebelaram em Mauá.

F

oi preciso chamar a Tropa de Choque da Polícia Militar para que os presos da Cadeia Pública de Jundiaí, no interior do estado, (SP) soltassem os reféns e entregassem as armas. Terminava assim o motim que durou mais de 20 horas, destruiu o prédio e deixou sete presos mortos e cinco pessoas feridas – dois reféns e três detentos. Policiais saídos de São Paulo chegaram às 10h em frente à cadeia. Mães e mulheres dos prisioneiros avisaram por telefone os detentos que os policiais se preparavam para a invasão. Algumas se desesperaram e outras se ajoelharam diante dos PMs. Em minutos, os reféns foram soltos. "Quando o diálogo falha é preciso a força para se restabelecer a autoridade", disse o delegado Joaquim Dias Alves, da Seccional de Jundiaí. Foram 21 horas de revolta, iniciada às 14h30 de quartafeira. Segundo a polícia, os presos morreram asfixiados pela

fumaça produzida pela queima dos colchões. "Os sete estavam no seguro e, provavelmente, ficaram com medo de sair da cela e serem mortos", contou o delegado Sidney Juarez Alonso. A cela do seguro tem cerca de 16 metros quadrados e uma saída para a galeria que circunda a cadeia. Nela havia 29 homens. Armados – A rebelião começou quando os presos dominaram um carcereiro. Estavam armados com duas pistolas calibre 6,35 mm. Depois, apanharam mais dois carcereiros e duas investigadoras. O objetivo era fugir pela porta da frente, mas houve tiroteio com policiais. Os presos voltaram às celas, atearam fogo em colchões, quebraram grades da cadeia e todas as paredes que dividiam as celas. Dos cinco reféns, só os homens – dois carcereiros – ficaram até o último minuto com os presos. As três mulheres foram soltas durante as negociações. Os amotinados cavaram um túnel e só não fugiram por-

que a saída do buraco dava no pátio de uma delegacia nos fundos da cadeia. Pelo telefone, um detento identificado como João disse que o motivo do motim era a superlotação. "O que a gente quer é que os presos condenados não fiquem aqui." A cadeia, de 120 vagas, tinha 484 presos, dos quais 202 já condenados. A Secretaria da Segurança mandou transferir cem desses detentos. Reforma – Metade do prédio foi interditada para reforma. "A situação é caótica", disse o deputado Ítalo Cardoso (PT), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativo. Adolescentes estão misturados a adultos, pois a cela separada em que ficavam 19 jovens foi destruída. A Febem aguarda uma ordem judicial para receber os adolescentes detidos em Jundiaí. A Secretaria da Segurança afirmou que vai investigar em inquérito as mortes e como as armas entraram na prisão. Para fechar a cadeia, o governo

MENSAGEM

EXÉRCITO

ma mensagem via computador salvou de um assalto uma família de Capela do Alto, a 132 quilômetros de São Paulo. Mãe e a filha de 13 anos estavam em casa, no bairro de Nova Capela, quando foram rendidas, na noite de terçafeira. A comerciante Maria Regina Crivelari, foi abordada por três homens aos chegar em casa. A filha, Ísis, estava no computador conversando com a amiga Jéssica Vieira e percebeu uma movimentação na casa. Ela ouviu o anúncio do assalto e escreveu pedindo socorro. A amiga avisou a Polícia Militar, mas resolveu ir até lá. Chamou por Ísis e também foi rendida. Os assaltantes perceberam que a casa estava sendo cercada e tentaram sair pelo fundos, mas desistiram depois de descobrir que o muro tinha cerca elétrica. Fizeram mãe e filha reféns e saíram pela frente. A amiga foi deixada na casa. Os três pediram para que a PM ficasse distante e fugiram com o carro da família. As duas foram libertadas em Porto, bairro distante do centro. A comerciante disse que ainda está assustada, mas a vida voltou ao normal. Segundo ela, os homens estavam querendo jóias e dinheiro e ameaçavam o tempo todo. A família tem um supermercado na cidade. (AE)

sargento do Exército Humberto Freire, preso quarta-feira suspeito de conivência com o grupo que roubou dez fuzis e uma pistola do Estabelecimento Central de Transporte (ECT), teve um papel fundamental na ação. O militar teria deixado abertos o portão da frente da unidade e a porta do local onde estavam as armas. Também teria vendido aos criminosos um mapa do interior do ECT. Ontem de manhã foi pedida a prisão preventiva do sargento e também do ex-cabo Joelson Basílio da Silva e do exsoldado Carlos Leandro de Souza. Os dois ex-militares estão presos desde a semana passada. Ao ser interrogado, Silva contou detalhes do envolvimento do sargento, que está noivo e de casamento marcado para sábado . Cinco civis que teriam participado do assalto são procurados pela polícia. O ex-cabo disse que Freire não estaria de serviço na madrugada do dia 3. O sargento pediu para ser incluído naquele plantão justamente para ajudar os bandidos a entrarem e levarem as armas. Ficou combinado, então, que o militar levaria uma coronhada, para que não houvesse suspeita de seu envolvimento. Ele fingiu estar desacordado durante o tempo da ação dos bandidos. (AE)

U

O Ó RBITA

OPERAÇÃO NOVA LUZ o segundo dia da Operação Nova Luz, ontem, a Subprefeitura da Sé interditou nove estabelecimentos irregulares (bares e hotéis), entre 73 vistoriados. Foi encontrado um estacionamento que servia de depósito de comida vendida na rua pelos ambulantes. Mais de quatro caminhões foram carregados com alimentos perecíveis, muitos deles estragados (salsichas, pães e tempero para hot dog), geladeiras, carrinhos de comida e de hot dog, bebidas alcoólicas. A Operação Nova Luz começou na quarta-feira com a vistoria de hotéis, bares, guardavolumes e lojas. A ação d a Subprefeitura da Sé conta com a participação da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Contru/Secretaria de Habitação, Covisa/Secretaria de Saúde, Assistência Social, Limpurb/Secretaria de Serviços, reunindo aproximadamente 150 pessoas. (Da Redação)

N

está construindo um Centro de Detenção Provisória, mas a obra foi embargada pela Justiça por razões ambientais. Mauá – Os presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá, na Grande São Paulo, voltaram a se amotinar ontem, às 5h30. Desta vez, eles exigiam a transferência de parte dos detentos. Ninguém saiu ferido e não houve reféns. Por volta das 15h, a confusão terminou com a promessa da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de transferir parte dos presos da unidade - o número e o destino não foram informados. Essa foi a segunda vez que os presos de Mauá se rebelaram nesta semana. Na terça-feira, eles haviam feito reféns e quebraram parte da prisão em protesto contra o uso da Tropa de Choque para a retomada do controle da penitenciária de Iperó, no interior, onde os presos se amotinaram na segunda-feira. Com o levante de ontem, os detentos aumentaram os danos no CDP. (AE)

jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves conseguiu suspender, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o júri sobre o assassinato de sua ex-namorada, a jornalista Sandra Gomide, em 20 de agosto de 2000, num haras em Ibiúna, no interior do estado. Ele é assassino confesso de Sandra, morta com dois tiros. O julgamento aconteceria em 3 de maio. A decisão favorável a Pimenta Neves foi tomada pelo ministro Hélio Quaglia Barbosa. Não há previsão de quando ocorrerá o júri. Mas ele não deverá ser feito antes de ser decidido definitivamente um recurso no qual o jornalista questiona o fato de ser acusado de matado por motivo torpe. O próprio ministro Quaglia Barbosa rejeitou o recurso de Pimenta Neves por motivos técnicos. O jornalista queria afastar a acusação de motivação torpe do crime, o que é uma condição de agravamento da pena. Mas o ministro concluiu que o recurso não poderia ser admitido. No entanto, segundo informou o STJ, contra essa decisão podem ser protocolados novos recursos. Em seu despacho, o ministro observou que no Código de Processo Penal há um dispositivo que determina a suspen-

são do julgamento em caso de recurso que questiona a sentença de pronúncia (decisão que indica sobre quais crimes o réu será julgado). O STJ informou que, como o recurso não admitido ataca exatamente a pronúncia e diante da proximidade do julgamento, o ministro concedeu uma liminar para suspender o júri. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado. Sem defesa – O advogado Luiz Fernando Pacheco, que representa a família de Sandra, disse recentemente que a acusação pretende provar que o crime foi cometido por motivo torpe - "vingança, já que ele não aceitava o rompimento do relacionamento" - e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, "porque ele atirou pelas costas". Após o crime, o jornalista chegou a ficar preso por alguns meses, mas obteve liminar no Supremo Tribunal Federal (STF). Sandra foi assassinada com um tiro na cabeça e outro nas costas. O crime foi presenciado por várias pessoas no haras, que afirmaram que ele atirou e saiu andando calmamente em direção ao seu carro. Antes de ser assassinada, Sandra já havia prestado queixa de agressão contra o jornalista e ex-namorado. (Agências)

Caio Guatelli/Folha Imagem

Pimenta Neves: assassino confesso da ex-namorada Sandra Gomide

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

IMPASSES

PARTIDÁRIOS

A definição do PMDB é o fator que regulará a possibilidade da eleição presidencial se definir no primeiro ou no segundo turno positiva para o candidato tucano, pois é demonstrativa de seu potencial de crescimento. O potencial de crescimento de Alckmin deverá ser um fator de chancela do anúncio da aliança entre PSDB e PFL. A pesquisa do Datafolha, no entanto, apresenta uma significativa discrepância em relação à pesquisa do Ibope, divulgada na semana passada, em torno de um ponto. Segundo o Datafolha, a aprovação pessoal do presidente Lula caiu de 53% (fevereiro) para 44% em março. Já a pesquisa do Ibope indicava que a confiança em Lula subiu de 43% (dezembro) para 53% em março. Para o Ibope a aprovação da maneira como Lula governa subiu de 42% para 53%. Nenhum fato significativo ocorreu no percurso dos dois campos das pesquisas para que justificasse tal discrepância. Mas têm em comum a avaliação do

IDIOMA

Mercadologia eleitoral BENEDICTO FERRI DE BARROS

A

eleição de Lula marca a instauração no País de um novo regime no sistema e processo eleitoral, do qual a maioria dos próceres políticos e seus assessores não se deram conta. Capitaneada por um marquetólogo, os votos se transformaram em uma mercadoria como outra qualquer que se vende com propaganda e se compra com dinheiro. De acordo com algumas das mais lúcidas observações de Marx, para quem a Ética era uma superfetação da realidade capitalista, tudo tendia a ser mercadoria e os próprios burgueses capitalistas, vivendo sob esse regime, forneceriam a corda com que seriam enforcados. A corda do Caixa2 foi utilizada por Lula para se eleger, como confessou em Paris, e para comprar uma governabilidade que o mofino quorum eleitoral do PT no Congresso não lhe garantia, como as investigações das CPIs, do Ministério Público e da polícia vêm evidenciado. Mas tudo isso é inócuo do ponto de vista eleitoral. Não pela preferência declarada por Lula que as pesquisas prematuras e cretinas vêm demonstrando, mas porque, como começamos por dizer, o processo eleitoral se converteu ao regime de mercado, onde prevalece a compra e venda promovida pela propaganda e financiada pelo dinheiro do cidadão-eleitor-contribuinte. Em matéria de propaganda, há algumas leis criadas para defender os direitos do consumidor contra falsidades – nenhuma para assegurar iguais direitos ao eleitor. No que se refere ao financiamento, o Caixa2 cedeu lugar a algo muito

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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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esde há muitas eleições (Jânio e Collor como exemplos mais recentes e expressivos), o eleitorado tem votado "contra tudo o que está aí" – governos, partidos e políticos. Mas a nova metodologia tirou isso do foco eleitoral. Onde se acha uma oposição contra o Estado, o governo, os partidos e os políticos, se elas próprias estão submetidas e coniventes com "tudo que aí está"? Onde há 30 partidos, não há nenhuma oposição porque não só os maiores, como todos os partidecos, mesmo sabendo que não têm chance nenhuma de eleger presidente, querem lançar candidato próprio para se beneficiar da propaganda e das verbas que os contribuintes pagam para se promoverem. Diz-se que a verdade mora no fundo de um poço. Hoje seu guardião é quem o companheiro de jornada, Roberto Freire, qualificou de "bobalhão ou ladrão bonzinho", sem contestação nem processo pelo PT. De bobalhão ele não tem nada. E o que poderá fazer a pobrezinha Verdade para escapar a sua tutela, sair do poço e ganhar as eleições?

Saudade de Josué Montello

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

mais eficaz: a compra populista "politicamente correta", baratíssima, feita por atacado com as bolsas assistencialistas e a compra muito mais onerosa de caciques políticos, feita com dinheiros públicos, pelo desbunde de verbas abertas este ano para obras. Tudo com o dinheiro do próprio cidadão-contribuinte-eleitor. Compra-se a democracia com o dinheiro dos democratas.

O processo eleitoral aderiu ao regime de mercado. Voto é mercadoria

POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN

A aprovação de Lula cai e sobe nas pesquisas

Auditado pela

MUSEU DO Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

governo. Em ambas, 38% de ótimo e bom, com viés de alta. Outra pesquisa que tem movimentado o meio político é a do Datafolha sobre a disputa para o governo do Estado de São Paulo. O prefeito José Serra aparece com larga vantagem sobre os demais candidatos. Em todos os cenários ele se elegeria no primeiro turno. No PT, os dois pretendentes a disputar o governo do Estado – Marta Suplicy e Aloísio Mercadante – apresentam um desempenho quase igual. Embora a estrutura do cenário sucessório esteja definida com o lançamento da candidatura Alckmin, a confusão política do PMDB interpõe ainda um significativo grau de incerteza ao quadro das candidaturas e das tendências eleitorais. Em grande medida, a definição do PMDB é o fator que regulará o grau de possibilidade de a eleição presidencial se definir no primeiro ou no segundo turno. Se o PMDB não lançar candidato, existe uma chance maior de a eleição se definir no primeiro turno. Se o PMDB lançar candidato, dificilmente não haverá segundo turno. Até a data da convenção que homologará ou rejeitará o nome de Garotinho, o PMDB deverá ser sacudido por muitas batalhas internas. Sem candidatura presidencial, o PMDB se sentiria livre nos Estados para construir coligações amplas e variadas em torno de seus candidatos aos governos estaduais.

Sérgio Castro/AE

pesquisa Datafolha divulgada no último domingo sinaliza a provável tendência do comportamento do eleitorado até o início da campanha: a estabilização de Lula nas intenções de voto e o crescimento de Alckmin. Numa disputa polarizada entre o petista e o tucano é natural que haja uma aproximação entre ambos em termos de intenção de voto. Neste contexto, o crescimento de Alckmin deve ser considerado natural. Alguns analistas chegam a dizer que ele poderia ter crescido mais, ocupando o espaço deixado por Serra. De qualquer forma, a pesquisa foi

ARNALDO NISKIER

C

omo um dos mais antigos membros da ABL, sou logo chamado pelo presidente Marcos Vilaça a falar sobre o escritor e professor Josué Montello, na sessão de saudade. O que dizer de original sobre o autor de Os tambores de São Luís, falecido aos 88 anos de idade, depois de longa enfermidade? Todos têm uma palavra de carinho e respeito, contrariando uma preocupação de Josué: "Veja lá, seu Arnaldo. Considero você como filho. Quando eu partir desta vida, não deixe ninguém me criticar indevidamente." Tivemos cerca de 50 anos de convívio, incluindo os tempos de Manchete. É curiosa essa determinação. Genuíno homem de Letras, autor de 27 consagrados romances, Josué teve também uma intensa vida pública. Dirigiu a Biblioteca Nacional, foi embaixador do Brasil na Unesco, presidiu durante dois anos a Academia Brasileira de Letras. Determinado, em suas convicções, dono de prodigiosa memória, é claro que enfrentou espinhos pela trajetória, mas não deixou que eles ferissem a sua alma. Tinha uma forma peculiar de desforra: os seus "Diários" (Manhã, Tarde, Noite e Entardecer). Se alguém o feria, dava a resposta com um verbete crítico num dos livros de memória. "Assim me garanto na eternidade". A sua grande paixão humana foi a companheira Yvonne, que costumava datilografar os seus originais. Amava igualmente as filhas e netos. Anualmente, passava um mês em São Luís, cuidando da Casa que leva o seu nome, onde há uma biblioteca com todas as suas obras (mais de 120), em versões de diversas línguas. Quando se brincava com a sua fecundidade, Josué atribuía ao pouco sono com que foi brindado pela natureza: "Durmo somente duas ou três horas por noite e isso é suficiente." Acorda-

va diariamente antes das 4h, esquentava o café que lhe era deixado de véspera pela bem-amada, e começava a trabalhar, com um pormenor: o fato de estar elaborando um novo romance não evitava que cultivasse, religiosamente, o hábito de responder às suas centenas de fãs. A todas dedicava uma palavra de carinho. Devia ter o maior fã clube literário do país. Vaidoso, sentiu uma sensação de plenitude quando recebeu a notícia que o seu clássico Os Tambores de São Luís foi considerado pela Unesco como um dos patrimônios culturais da humanidade. Ganhou o Prêmio de Literatura do Ministério da Cultura, no ano de 1998. Embolsou R$ 25 mil, com o meio sorriso que lhe enfeitava os lábios.

N

uma visita à Universidade de Estocolmo, senti natural curiosidade. Queria saber quais eram os autores brasileiros mais lidos pelos estudantes suecos. Entre os poucos preferidos, Josué Montello figurava com brilho, em virtude do seu consagrado Tambores, romance que retrata uma dinastia de negros, todos com o nome de Damião, ao longo de três séculos da movimentada história maranhense. Josué nasceu em São Luís, no dia 21 de agosto de 1917, mas viveu no Rio desde 1936. Escreveu com o sabor natural dos locais e dos sons da sua infância e juventude, daí o interesse universal das suas obras. Lembro o inesquecível Adonias Filho. Um dia, na Academia Brasileira de Letras, me disse que, quando escrevia, sentia-se como se estivesse vivendo o transe de um médium. Assim também era com Josué Montello, com quem tive o privilégio de conviver muitos anos na redação de Manchete e na ABL. ARNALDO NISKIER, MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, É SECRETÁRIO DA CULTURA DO RIO

E screveu com o sabor natural dos locais e dos sons da sua infância

oi inaugurado segunda-feira última, na reformada Estação da Luz, marco de nosso desenvolvimento em parceria com a Inglaterra, o Museu da Língua Portuguesa, obra louvabilíssima do operoso governador Geraldo Alckmin. O Museu é um florão que se acrescenta à língua, vigoroso sistema de comunicação que os portugueses, descobridores e civilizadores do Brasil, nos deram, juntamente com outras instituições como o Direito, as Ordenações, a Santa Casa, a representação popular nas Câmaras, a segurança com as Forças Armadas e a soberania, primeiro com a Casa de Aviz e depois com as sucessoras, até à Independência.

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A Língua Portuguesa é suficientemente rica para expressar as nuances do pensamento lavo Bilac, grande poeta parnasiano, criou inadvertidamente uma certa mágoa no Brasil de seu tempo, quando publicou o formoso soneto Última flor do Lácio, inculta e bela, insistindo na hermética língua com que fomos contemplados para comunicar a grandiosa obra de criação de um império voltado para a realeza de Cristo, como cantou Camões. A Língua Portuguesa, segundo a última edição do Aurélio, tem 435.000 vocábulos e é menos rica do que o espanhol, o francês, sobretudo o inglês, e outras línguas faladas no mundo. Mas é suficientemente rica para expressar as nuances do pensamento, inclusive do pensamento filosófico, o mais complexo, que nunca foi o nosso forte intelectual. A Língua Portuguesa é dotada de certa versatilidade, que permite aos estudiosos das altas especulações dizer tudo o que pensam e ser compreendidos perfeitamente bem, como nos demais idiomas. É interessante notar que as variações regionais estão apenas no sotaque. Há, evidentemente, variações vocabulares, mas todos se entendem muito bem, como acentuou o grande Gilberto Freyre.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

BALANÇOS

CHEMIN CONSTRUTORA S/A - CNPJ. 43.109.891/0001-21

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ACUMULADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: De acordo com as disposições legais e estatutárias, vimos submeter à análise de V.Sas. as Demonstrações Contábeis e Parecer dos Auditores, referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004. São Paulo, 22 de março de 2006 A Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Ativo Circulante Caixa e Bancos Clientes Outros Créditos Estoque de Imóveis Desp.exercício Seguinte Total do Circulante: Realizável a Longo Prazo Clientes Outros Créditos Total Realizável a Longo Prazo: Permanente Imobilizado/Diferido (-) Depreciação/Amortização Total do Permanente: Total do Ativo:

31/12/2005

31/12/2004

318.007,80 144.200,05 798.583,62 10.970.508,18 0,00 12.231.299,65

117.484,45 293.214,60 813.666,07 11.173.914,05 1.093,27 12.399.372,44

614.747,63 384.401,53 999.149,16

1.250.020,13 352.044,03 1.602.064,16

270.523,85 (261.680,28) 8.843,57 13.239.292,38

317.776,67 (306.623,64) 11.153,03 14.012.589,63

Passivo Circulante Fornecedores Obrig.trab.tributárias Contas a Pagar Total do Circulante: Exigível a Longo Prazo Contas a Pagar Total Exigível a Longo Prazo: Resultado Exerc. Futuros Rec. diferida Liq. venda Imóveis Total Result.exerc. Futuros: Patrimônio Líquido Capital Prejuízo Acumulado Reserva de Capital Total Patrimônio Líquido: Total do Passivo:

31/12/2005

31/12/2004

3.211,96 172.193,34 49.213,77 224.619,07

114,00 170.546,46 242.944,96 413.605,42

6.687.587,54 6.687.587,54

6.764.149,00 6.764.149,00

164.272,01 164.272,01

505.985,25 505.985,25

8.597.648,07 (2.566.540,15) 131.705,84 6.162.813,76 13.239.292,38

8.597.648,07 (2.400.503,95) 131.705,84 6.328.849,96 14.012.589,63

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Discriminação Saldo em 31 de dezembro de 2003. Prejuízo do Exercício Saldo em 31 de dezembro de 2004. Prejuízo do Exercício Saldo em 31 de dezembro de 2005.

Capital Realizado 8.597.648,07

Reserva de Capital 131.705,84

8.597.648,07

131.705,84

8.597.648,07

131.705,84

Lucro/Prejuízo Acumulados (2.387.046,07) (13.457,88) (2.400.503,95) (166.036,20) (2.566.540,15)

Patrimônio Líquido Total 6.342.307,84 (13.457,88) 6.328.849,96 (166.036,20) 6.162.813,76

NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Nota - 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras: - Elaboradas em conformidade com as normas estabelecidas pela Lei 6.404/76 das Sociedades por Ações e demais legislações complementares. Nota- 2 - Principais Práticas Contábeis:- a) Férias:- Apropriadas com os respectivos encargos sociais até a data do Balanço. Nota - 3 - Estoques:- Unidades concluídas, apartamentos, ao custo da construção: Discriminação C.P. 31/12/2005 C.P.31/12/2004 Imóveis a Comercializar 10.970.508,18 11.173.914,05 Total: 10.970.508,18 11.173.914,05 Nota - 4 – Outros Créditos: C.P. 31/12/2005 C.P.31/12/2004 Discriminação Créditos Diversos 798.583,62 813.666,07 Total: 798.583,62 813.666,07 Discriminação L.P. 31/12/2005 L.P.31/12/2004 Investimentos Temporários 384.401,53 352.044,03 Total: 384.401,53 352.044,03 Nota - 5 - Capital Social:- Capital Social de R$8.597.648,07, integralizado, composto de 74.051.100

ações nominativas, sendo 7.405.110 preferenciais e 66.645.990 ordinárias, ambas sem valor nominal. Nota - 6 - Contas a Pagar:- Contas Correntes entre Empresas Ligadas. Nota - 7 Imobilizado:- Está registrado ao custo de aquisição, retificado pela depreciação acumulada que, por sua vez, foi calculada pelo método linear às taxas permitidas pela legislação fiscal e contemplam a vida útil dos bens. Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 TxDepr Instalações 72.541,79 72.541,79 10,00% Máquinas e Equipamentos 5.736,76 5.736,76 10,00% Móveis e Utensílios 172.793,64 173.362,64 10,00% Equipamentos Proc. de Dados 13.177,02 13.177,02 20,00% Marcas e Patentes 5.267,64 5.267,64 Veículos 46.683,82 Total: 269.516,85 316.769,67 Depreciação Acumulada (-) (260.824,24) (305.968,96) Total: (Líquido): 8.692,61 10.800,71 Nota - 8 - Resultado de Exercícios Futuros:- Refere-se às receitas líquidas de competência de exercícios seguintes. Brigitte Caradec Chemin - Superintendente Sérgio Duarte - Diretor Industrial

Arnaldo Giácomo Chemin - Presidente Luiz Nicodemo Chemin - Dir. Vice-Presidente À DD. DIRETORIA DA CHEMIN CONSTRUTORA S.A. - SÃO PAULO - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da CHEMIN CONSTRUTORA S.A, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos; o volume de transações, o sistema contábil e de controles internos da construtora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas, adotadas pela administração da CHEMIN CONSTRUTORA S.A., bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, quando lidas em conjunto com as Notas Explicativas que as acompanham, representam adequadamente, em seus aspectos relevantes, a

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: De acordo com as disposições legais e estatutárias, vimos submeter à análise de V.Sas. as Demonstrações Contábeis e Parecer dos Auditores referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004. São Paulo, 22 de março de 2006. A Diretoria BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 Circulante Circulante Caixa e Bancos 801.396,10 457.801,56 Fornecedores 834.875,80 1.572.394,10 Contas a Receber 28.805,01 59.301,77 Obrig. Trab. Tributárias 847.438,89 516.657,00 Aplicações Financeiras 1.019.184,10 3.316.802,69 Outros Débitos 1.968.459,07 450.622,60 Apl. Finan. Ren. Variável 112.997,00 112.997,00 Financiamentos 682,03 245.263,30 Clientes 5.158.878,83 7.147.811,53 Adiantamento de Clientes 13.859.274,19 3.489.406,89 Estoques 40.141.402,40 17.037.104,27 Total do Circulante: 17.510.729,98 6.274.343,89 Créditos Diversos 5.773.950,77 1.121.976,96 Desp. Exercício Seguinte 143.984,73 53.157,26 Exigível a Longo Prazo Total do Circulante: 53.180.598,94 29.306.953,04 Obrig. Tributárias 0,00 246.787,00 Realizável a L. Prazo Adiantamento de Clientes 540.186,99 1.997.635,52 Contas a Receber 205.382,05 422.876,20 Total Exigível Longo Prazo 540.186,99 2.244.422,52 Clientes 21.488.222,57 29.772.702,58 Res. Exercícios Futuros Estoques 2.081.938,31 10.850.352,59 Rec.Dif. Liq. Ven. Imóveis 10.873.824,37 15.345.582,61 Créditos Diversos 6.881.503,83 10.019.752,47 Total Res. Exer. Futuros: 10.873.824,37 15.345.582,61 Total Real. Longo Prazo 30.657.046,76 51.065.683,84 Permanente Patrimônio Líquido Investimentos 158,95 158,95 Capital Social 55.845.449,19 55.845.449,19 Imobilizado 4.268.207,20 3.760.305,61 Reserva de Reavaliação 1.985.295,47 1.985.295,47 (-)Depreciação (1.071.750,52) (934.122,96) Reserva de Capital 43.863,21 43.863,21 Diferido 117.270,68 69.101,59 Reserva de Lucros 172.817,16 166.642,45 (-) Amortização (62.046,03) (41.255.40) Lucros Acumulados 117.319,61 1.321.225,33 Total do Permanente: 3.251.840,28 2.854.187,79 Total Patrimônio Líquido: 58.164.744,64 59.362.475,65 Total do Ativo: 87.089.485,98 83.226.824,67 Total do Passivo: 87.089.485,98 83.226.824,67 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2005

Saldo em 31 de dezembro de 2003 Distribuição de Lucro Reserva Legal Resultado do Exercício Saldo em 31 de dezembro de 2004 Distribuição de Lucro Reserva Legal Resultado do Exercício Saldo em 31 de dezembro de 2005

Capital Realizado 55.845.449,19

Reserva de Reavaliação 1.985.295,47

Reserva de Capital 43.863,21

Reserva de Lucro 97.104,28

55.845.449,19

1.985.295,47

43.863,21

166.642,45

55.845.449,19

1.985.295,47

43.863,21

172.817,16

69.538,17

6.174,71

Lucros Acumulados 50.934,27 (50.934,27) (69.538,17) 1.390.763,50 1.321.225,33 (1.321.225,33) (6.174,71) 123.494,32 117.319,61

Patr. Líquido Total 58.022.646,42 (50.934,27) 1.390.763,50 59.362.475,65 (1.321.225,33) 123.494,32 58.164.744,64

NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004. Nota - 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras: - Elaboradas em conformidade com as líquidas de competência de exercícios seguintes. Nota - 6 - Financiamentos: • Representados por normas estabelecidas pela Lei 6.404/76 das sociedades por ações e demais legislações complementares. financiamentos do SFH aplicados à construção de imóveis com atualização monetária idêntica à utilizada Nota - 2 - Principais Práticas Contábeis:- a) Aplicações Financeiras:- São registradas ao custo nos depósitos de poupança e juros: acrescido dos rendimentos auferidos até a data do Balanço. b) Imobilizado:- Está registrado ao custo de Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 Taxas aquisição e as depreciações foram calculadas pelo método linear às taxas permitidas: Anuais Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 Txa Depr Banco Bradesco S/A 0,00 245.263,30 12,28% Imóveis 3.012.117,15 2.283.915,92 4,00% Total: 0,00 245.263,30 Terrenos 80.000,00 80.000,00 Veículos 571.796,44 443.196,44 20,00% Nota - 7 - Estoques: Terrenos, unidades concluídas e em construção: apartamentos e casas, ao custo Móveis e Utensílios 254.532,24 68.786,90 10,00% da construção: Instalações 257.069,04 39.984,82 10,00% Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 Marcas e Patentes 3.041,84 3.041,84 Imóveis a Comercializar Máquinas e Equipamentos 12.222,00 12.222,00 10,00% Apartamentos 2.151.578,65 2.023.803,04 Construções em Andamento 0,00 761.366,10 Terrenos 4.796.414,24 3.227.498,35 Equipamentos Proc. de Dados 77.428,49 67.791,59 20,00% Casas 37.548,35 1.164.385,20 Total: 4.268.207,20 3.760.305,61 Total Imóv. Comercializar: 6.985.541,24 6.415.686,59 Depreciação Acumulada (-) (1.071.750,52) (934.122,96) Imóveis em Construção Total (Líquido): 3.196.456,68 2.826.182,65 Obra - Apartamentos 34.725.247,49 20.979.556,24 Nota - 3 - Capital Social:- • Capital Social de R$ 55.845.449,19, integralizado, composto de Obra - Casas 512.551,98 492.214,03 367.906.858 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Nota - 4 - Créditos Diversos:- Contas Total Imóv. em Construção 35.237.799,47 21.471.770,27 Correntes entre Empresas Ligadas. Nota - 5 - Resultado de Exercícios Futuros: • Refere-se às receitas Total Geral: 42.223.340,71 27.887.456,86 DIRETORIA Arnaldo Giácomo Chemin Presidente Luiz Nicodemo Chemin Dir.Vice-Presidente

Brigitte Caradec Chemin Superintendente Sérgio Duarte Dir. Industrial

Ricardo Calderini Neto Diretor Comercial Afonso Celso Sergenti Dir. Adm. Financeiro

Luiz Antonio Gallucci Contador CRC 153.823/O-7 – SP

31/12/2005 983.901,65 983.901,65 (52.207,23) (52.207,23) 931.694,42 (602.230,66) (602.230,66) 329.463,76 (671.212,69) (51,16) (671.161,53)

31/12/2004 999.635,01 999.635,01 (42.646,87) (42.646,87) 956.988,14 (595.754,43) (595.754,43) 361.233,71 (726.547,09) 0,00 (726.547,09)

141.348,43 149.292,99 (7.944,56)

323.085,92 344.349,03 (21.263,11)

24.545,05 (175.855,45) 10.500,00 (680,75) (166.036,20) 0,00 0,00 (166.036,20) (0,002242)

94.666,90 52.439,44 3.205,00 (59.253,20) (3.608,76) (3.693,42) (6.155,70) (13.457,88) (0,000182)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Discriminação Origens de Recursos Depreciações Baixa do Permanente Redução do Realizável a L. Prazo Aumento do Passivo Exigível a L. Prazo Total das Origens: Aplicações de Recursos Prejuízo do Exercício Diminuição do Passivo Exig. a L. Prazo Resultado de Exerc. Futuros - Variação Aumento do Realizável a Longo Prazo Total das Aplicações: Variação do Capital Circ. Líquido: Discriminação Ativo Circ. 31/12/2005 Passivo Circ. 31/12/2005 Cap.Circ. Líq. 31/12/2005 Ativo Circ. 31/12/2004 Passivo Circ. 31/12/2004 Cap.Circ. Líq. 31/12/2004

Ricardo Calderini Neto - Diretor Comercial Afonso Celso Sergenti - Dir. Adm. Financeiro

CHEMIN INCORPORADORA S/A - CNPJ. 61.849.386/0001-03

Discriminação

Discriminação Receita Operacional Bruta Imóveis Vendidos Dedução da Receita Bruta Dos Imóveis Vendidos Receita Líquida Custos Dos Imóveis Vendidos Lucro Bruto Despesas Operacionais Vendas Administrativas e Gerais Receitas/Encargos Financeiros Líquidos Receitas Financeiras Despesas Financeiras Outras Despesas/Receitas Operacionais Líquidas Resultado Operacional Receitas não Operacionais Despesas não Operacionais Resultado antes das Prov. de IRPJ e CSLL Provisão para CSLL Provisão para IRPJ Prejuízo Líquido do Exercício Prejuízo Líquido por Ação

31/12/2005

31/12/2004

2.051,86 257,60 602.915,00 0,00 605.224,46

2.580,01 66.041,61 607.341,93 61.419,70 737.383,25

166.036,20 76.561,46 341.713,24 0,00 584.310,90 20.913,56

13.457,88 0,00 356.122,35 26.211,07 395.791,30 341.591,95

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Final Inicial 12.231.299,65 12.399.372,44 224.619,07 413.605,42 12.006.680,58 11.985.767,02 12.399.372,44 12.479.580,28 413.605,42 835.405,21 11.985.767,02 11.644.175,07

Variação (168.072,79) (188.986,35) 20.913,56 (80.207,84) (421.799,79) 341.591,95

Luiz Antonio Gallucci Contador - CRC 153.823/O-7 - SP.

posição patrimonial e financeira da CHEMIN CONSTRUTORA S.A., em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20 de março de 2006. MOREIRA & ASSOCIADOS - AUDITORES - CRC 2 RS 3717-S-SP HERALDO S.S. DE BARCELLOS - Contador CRC 1 RS 11609-S-SP Sócio - Responsável Técnico

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ACUMULADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 Receita Operacional Bruta 11.181.800,85 14.654.025,04 Rec. de Locações e Imóv. Vendidos 11.181.800,85 14.654.025,04 Dedução da Receita Bruta (617.080,56) (802.257,41) Ded. Rec. de Loc./Imóveis Vendidos (617.080,56) (802.257,41) Receita Operacional Líquida 10.564.720,29 13.851.767,63 Custo dos Imóveis Vendidos (7.518.187,33) (9.307.429,44) Custo dos Imóveis Vendidos (7.518.187,33) (9.307.429,44) Lucro Bruto 3.046.532,96 4.544.338,19 Despesas e Receitas Operacionais (2.807.940,57) (2.774.897,91) Gerais e Administrativas (6.689.328,01) (7.721.586,34) Receitas/Encargos Financeiros Líq. 3.881.387,44 4.946.688,43 Outras Desp. Operacionais Líquidas (130.957,33) (203.914,32) Despesas com Locações (75.913,51) (78.034,62) Outras Despesas Operacionais (254.434,76) (200.171,76) Recuperação de Desp./Outras Receitas 199.390,04 74.292,06 Desp.e Receitas não Operacionais 92.076,55 0,00 Despesas não Operacionais (1.879,56) 0,00 Receitas não Operacionais 93.956,11 0,00 Resultado antes da CSLL e IRPJ 199.711,61 1.565.525,96 Provisão para CSLL (26.528,10) (52.613,59) Provisão para IRPJ (49.689,19) (122.148,87) Lucro Líquido 123.494,32 1.390.763,50 Lucro Líquido por Ação 0,00034 0,00378 DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 e 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Discriminação 31/12/2005 31/12/2004 Origens de Recursos Lucro do Exercício 123.494,32 1.390.763,50 Baixa Ativo Permanente 176.194,01 49.487,72 Depreciações 290.779,31 169.574,43 Aumento Exigível a Longo Prazo 0,00 844.243,69 Diminuição Realizável a Longo Prazo 20.408.637,08 1.705.096,32 Total das Origens: 20.999.104,72 4.159.165,66 Aplicações de Recursos Variação do Patrimônio Líquido 1.321.225,33 50.934,27 Res. de Exercícios Futuros - Variação 4.471.758,24 1.402.652,83 Aumento do Ativo Permanente 864.625,81 476.747,58 Diminuição no Exigível a Longo Prazo 1.704.235,53 0,00 Total das Aplicações: 8.361.844,91 1.930.334,68 Variação do Capital Circulante Líq.: 12.637.259,81 2.228.830,98 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO - 31/12/05 e 31/12/04 Discriminação Final Inicial Variação Ativo Circ. - 31/12/05 53.180.598,94 29.306.953,04 23.873.645,90 Pas. Circ. - 31/12/05 17.510.729,98 6.274.343,89 11.236.386,09 Cap. Circ. Líq. 31/12/05: 35.669.868,96 23.032.609,15 12.637.259,81 Ativo Circ. - 31/12/04 29.306.953,04 25.611.455,88 3.695.497,16 Pas. Circ. - 31/12/04 6.274.343,89 4.807.677,71 1.466.666,18 Cap. Circ. Líq. 31/12/04: 23.032.609,15 20.803.778,17 2.228.830,98 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À DD. Diretoria da Chemin Incorporadora S/A - São Paulo - SP - 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Chemin Incorporadora S.A, levantados em 31/12/2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborado sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos; o volume de transações, o sistema contábil e de controles internos da incorporadora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas, adotadas pela administração da Chemin Incorporadora S.A., bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, quando lidas em conjunto com as Notas Explicativas que as acompanham, representam adequadamente, em seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Chemin Incorporadora S.A., em 31/12/05 e 2004, o resultado de suas operações, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de seus recursos, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20/03/2006. Moreira & Associados - Auditores - CRC 2 RS 3717-S-SP Heraldo S.S. de Barcellos - Contador CRC 1 RS 11609-S-SP - Responsável Técnico

SÍTIO DO ENGENHO ADMINISTRAÇÃO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS S/A CNPJ Nº 00.710.579/0001-86 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, vimos submeter à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras referentes ao período findo em 31 de dezembro de 2005, ficando esta Diretoria ao inteiro dispor de V.Sas., para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo - Capital, 10 de janeiro de 2006. A DIRETORIA Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 (Em Reais) Demonstração das Orig. e Aplic. de Rec. em 31/12/2005 (Em Reais) PASSIVO 2005 2004 ATIVO 2005 2004 Origens de Recursos 2005 2004 Passivo Circulante Ativo Circulante Das Operações: Obrigações c/ Fornecedores 1.266,67 51.706,39 Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício Disponibilidades 258.255,94 66.621,95 22.400,18 (202.378,91) Financiamentos/Empréstimos 3.043.247,30 2.982.247,30 Créditos 1.863.228,27 2.025.603,25 +/- Ajustes de Exercícios anteriores que Impostos a Recolher 128.066,30 92.735,04 Estoques 2.814.346,18 3.025.431,05 afetam o Capital Circulante Líquido (1.902,05) 11.425.718,82 Obrigações c/ Pessoal – – Despesas Antecipadas – 45,50 +/- itens que não afetam o Cap. Circ. Líq. Custos Contratados 584.986,00 584.986,00 Total do Ativo Circulante 4.935.830,39 5.117.701,75 Depreciações – 17.012,91 Total do Passivo Circulante 3.757.566,27 3.711.674,73 Aum.(Red.) no grupo Res. de Exerc. Futur. (175.901,51) 113.185,49 Resultado Exerc. Futuros Ativo Realizável a Longo Prazo Total das Operações: (155.403,38) 11.353.538,31 Receita Exercícios Futuros 1.616.321,78 1.792.223,29 Outros Créditos - JC Torres 611,52 12.130.860,00 Próprias: Custos Diferidos Exercícios Futuros (59.265,07) (59.265,07) Total do Realiz. Longo Prazo 611,52 12.130.860,00 Total de Terceiros: – – Total do Result. Exerc. Futuro 1.557.056,71 1.732.958,22 De Terceiros: Patrimônio Líquido Ativo Permanente Diminuição do realizável a Longo Prazo Capital Social 900.000,00 900.000,00 Investimentos 12.139.260,00 8.400,00 contas a receber 12.130.860,00 685.000,00 Reservas de Capital 273.083,03 273.083,03 Ativo Imobilizado 474.591,26 402.843,26 Total de Terceiros: 12.130.860,00 685.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 11.036.485,36 11.015.987,23 (-) Amortização (26.101,80) (26.101,80) Total das Origens: 11.975.456,62 12.038.538,31 Total do Patrimônio Líquido 12.209.568,39 12.189.070,26 Total do Ativo Permanente 12.587.749,46 385.141,46 Aplicações de Recursos Aquisições de Bens ou Direitos Total Geral do Passivo 17.524.191,37 17.633.703,21 Total Geral do Ativo 17.524.191,37 17.633.703,21 do Ativo Permanente 71.748,00 349.372,10 Aum. do Ativo Permanente - Invest. 12.130.860,00 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2005 - (Em Reais) Aum. do Ativo Realizável a Longo Prazo 611,52 12.130.860,00 Capital Realizado Autorizado Reservas de Lucro Distr. de Lucros e Dividendos no período – Capital Reserva de Reserva Lucros Total das Aplicações: 12.203.219,52 12.480.232,10 Descrição Social Capital Legal (Prej.) Acumulados Total Aumento ou Diminuição no Capital Saldo em 31 de dezembro de 2003 900.000,00 273.083,03 (207.352,68) 965.730,35 Circulante Líquido (227.762,90) (441.693,79) Resultado do Exercício (202.378,91) (202.378,91) Demonstração do Cap. Circulante Líquido Ajustes Exercícios Anteriores 11.425.718,82 11.425.718,82 Ativo circulante 2005 2004 Distribuição de Lucros Início do exercício 5.117.701,75 5.240.635,26 Saldo em 31 de dezembro de 2004 900.000,00 273.083,03 11.015.987,23 12.189.070,26 Fim do Exercício (4.935.830,39) (5.117.701,75) Resultado do Exercício 22.400,18 22.400,18 Variações 181.871,36 122.933,51 Ajustes Exercícios Anteriores (1.902,05) (1.902,05) Distribuição de Lucros Passivo circulante Saldo em 31 de dezembro de 2005 900.000,00 273.083,03 11.036.485,36 12.209.568,39 Início do exercício 3.711.674,73 3.392.914,45 Fim do Exercício (3.757.566,27) (3.711.674,73) Demonstração dos Lucros ou Prej. Acumulados em 31/12/2004 e 2005 avaliados pelo custo de aquisição ou produção de: imóveis e custos direVariações (45.891,54) (318.760,28) tos de produção. Sendo os valores inferiores ao de comercialização. b) - O Histórico 2005 2004 Capital Circulante Líquido (227.762,90) (441.693,79) imobilizado operacional está avaliado pelo custo de aquisição ou construSaldo no Início do Exercício 11.015.987,23 (207.352,68) ção. As depreciações são calculadas pelo método linear utilizando-se ta• Ajuste Exercícios Anteriores (1.902,05) 11.425.718,82 Demonstração do Resultado para os Exercícios findos xas anuais compatíveis com a vida útil dos bens e aceitas pela legislação • Soma 11.014.085,18 11.218.366,14 em 31 de dezembro de 2005 (Em Reais) vigente. c) - Os investimentos correspondem a imóveis para receita, Lucro (Prejuízo) do Exercício 22.400,18 (202.378,91) 2005 2004 contabilizados pelo custo de aquisição. d) - O Realizável a longo prazo Receita Operacional Bruta • Reversão de Reservas Venda de Unidades Imobiliárias 571.753,41 596.764,11 contempla Contas a Receber, contabilizada pelo valor contratado. • Soma 22.400,18 (202.378,91) 571.753,41 596.764,11 04. Estoques 2005 2004 Destinações do Exercício Deduções e Abatimentos Unidades Imobiliárias 2.814.346,18 3.025.431,05 • Distribuição de Lucros • Impostos e/ou Contribuições (20.605,31) (21.781,99) Total 2.814.346,18 3.025.431,05 • Soma Receita Operacional Líquida 551.148,10 574.982,12 05. Ativo Permanente 2005 2004 Saldo no Fim do Exercício (1+2+3) 11.036.485,36 11.015.987,23 Custos Operacionais 05.1 Investimentos Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31/12/2005 • Custo das Unidades Vendidas (230.524,01) (336.425,16) Imóvel para receitas - terrenos 8.400,00 8.400,00 01. Contexto Operacional - O Sítio do Engenho Administração, EmpreenLucro Operacional Bruto 320.624,09 238.556,96 Ações 12.130.860,00 dimentos e Participações S.A, constituído em 22/06/1995, registrado na Despesas Operacionais 12.139.260,00 8.400,00 Junta Comercial de São Paulo sob o NIRE 35.216.138.387, com sede Av. Soma • Despesas c/ Pessoal (75.663,35) (47.701,55) Alcântara Machado, n.º 906/910, Mooca CEP 03101-001 - São Paulo - 05.2 Imobilizado • Gerais Administrativas (176.684,19) (333.399,69) Máquinas e Equipamentos 7.545,00 7.545,00 Capital, e dedica-se à “Participação com Capital próprio ou de terceiros, • Despesas com vendas (21.161,54) (50,00) Móveis & Utensílios 12.829,85 9.081,85 em empreendimentos de qualquer natureza, participação em outras em• Despesas Tributárias (5.574,87) (30.473,03) Ferramentas 3.818,00 3.818,00 presas como quotistas ou acionistas, administração e locação a terceiros • Resultado Desp./Rec. Financeiras (10.059,83) (17.179.02) Veículos 260.941,31 192.941,31 de bens imóveis pertecentes à sociedade, compra e venda de imóveis, (289.143,78) (428.803,29) Terrenos 189.457,10 189.457,10 loteamentos e incorporações”. 02. Diretrizes Contábeis - a) - As demons– – (-) Depreciações (26.101,80) (26.101,80) Outras Receitas Operacionais trações contábeis que estão sendo apresentadas, foram elaboradas em Lucro (Prejuízo) Operacional 31.480,31 (190.246,33) Soma 448.489,46 376.741,46 conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, e as práticas contábeis Rec. (Desp.) Não-Operacionais 3.828,00 – Total 12.587.749,46 385.141,46 emanadas da legislação societária, e dos princípios contábeis geralmente Res. do Exerc. Antes I.R. e C.S.L.L. 35.308,31 (190.246,33) aceitos. b) - O Capital Social subscrito é de R$ 900.000,00 (novecentos mil Provisão para Imposto de Renda (6.793,76) (6.445,07) Stephan Erich Karl F. J. Gardemann - Presidente reais), representado por 900.000 ações ordinárias nominativas de R$ 1,00 Provisão para Contribuição Social (6.114,37) (5.687,51) Cristiano Camilo da Fonseca Resultado Líquido do Exercício 22.400,18 (202.378,91) (um real) cada uma, sendo que já foi totalmente integralizado. 03. Sumário Resultado Líquido por lote de 1.000 ações 24,89 (224,87) das Práticas Contábeis - a) - Os estoques de unidades imobilárias estão Contador - CRC-SP 1PR035659/O-0

Instituto Social Paulista de Assistência e Educação Rua Topázio, 253 - São Paulo - SP. Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica nº 57.039.695/0001-32 Balanço Patrimonial (Em Reais) 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 58.918,74 43.260,65 Circulante 1.601.889,37 554.904,07 Circulante Permanente 1.424.825,21 3.184.324,69 Patrim. Social Líq. 3.695.968,11 3.627.572,92 (728.172,27) 68.395,19 Total do Ativo 3.026.714,58 3.739.228,76 Superávit/Déficit Total do Passivo 3.026.714,58 3.739.228,76 Compensado Assistência Social 140.786,98 133.852,00 Compensado Assistência Social 140.786,98 133.852,00 3.167.501,56 3.873.080,76 Total 3.167.501,56 3.873.080,76 Total Demonstrativo de Resultado (Em Reais) 2005 2004 Receitas 2005 2004 Despesas Desps. Administrativas 191.974,76 108.185,16 Subvenções e Auxílios 191.043,45 205.832,87 Desps. c/Móv. e Imóv. 73.579,63 14.541,47 Desps. c/ o Pessoal 216.869,08 208.636,07 Rendas Diversas 570.632,08 430.973,84 Despesas Gerais 41.374,10 36.338,10 Despesas Tributárias 23.467,87 21.431,51 Receitas Financeiras 187.251,91 75.081,60 Despesas Financeiras 936,94 509,93 Desps. c/ a Comunid. 218.969,96 294.154,98 Receitas de Serviços 97.998,00 87.217,85 Desp.ref.receit. Servs. 47.233,09 46.913,75 Prej. s/Venda de Bens 960.692,28 Soma das Despesas 1.775.097,71 730.710,97 Superávit/Déficit (728.172,27) 68.395,19 Total das Receitas 1.046.925,44 799.106,16 Total das Despesas 1.046.925,44 799.106,16 São Paulo, 31 de Dezembro de 2005. Nair Donzellini Jenny Scanavaca Presidente - CPF 473.452.768-72 Tesoureira - CPF 583.090.478-00 Pedro Luiz Zanini de Camargo Téc.Contabilidade – CRC 1SP 084.908/O-9CPF 539.273.388-34

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Consórcio Nacional Autorede Ltda.- Autofalência - Requerido: Consórcio Nacional Autorede Ltda.- Autofalência - Av. Conselheiro Carrão, 2.790 - sala 03 - 1ª Vara de Falências Requerente: Day Hospital de Ermelino Matarazzo S/C Ltda. - Requerido: Sistema de Saúde Vila Matilde S/C Ltda. - Av. Marcondes de Brito, 1.321 - 2ª Vara de Falências Requerente: Ladal Plásticos e Embalagens Ltda. - Requerido: Laticínios Letícia Ltda. - Rua Manoel Silvino Bandeira de Melo, 135 complemento 145 - 2ª Vara de Falências Requerente: Atra Prestadora de Serviços em Geral Ltda. - Requerido: Setal Engenharia Construções e Perfurações S/A - Rua Paul Valery, 255 - 1ª Vara de Falências Requerente: Yeh Deng Chiu Mei - Requerido: Hakka Bar Restaurante Ltda. - EPP - Rua Gomes de Carvalho, 1.146 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.POLÍTICA

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

CONSELHO CONTRARIA TEXTO QUE ABSOLVE PETISTA. DIRCEU E CORRÊA QUEREM MANDATOS DE VOLTA.

RELATÓRIO PRÓ-MENTOR É REJEITADO Beto Barata/AE

DANÇA DA PIZZA

N

otabilizada pela defesa intransigente dos parlamentares acusados de envolvimento com o esquema do mensalão – notadamente dos petistas –, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) dançou no início da madrugada de ontem no plenário da Câmara para comemorar a absolvição de um colega de partido, o deputado João Magno (MG), que confessou ter recebido R$ 425,9 mil das contas do empresário Marcos Valério. Não havia música, apenas o cansado silêncio do fim das sessões noturnas. João Magno conversava ao telefone celular, aparentemente recebendo cumprimentos por ter se livrado da cassação do mandato quando Ângela se aproximou, já dançando. Magno se levantou e foi para o meio do plenário continuar a conversa. A deputada manteve o ritmo dançante, mesmo apertada entre a cadeiras do lado esquerdo e também foi para o meio do plenário. Lá, na frente de João Magno, ela continuou a sambar. Defensora – Ângela tem por costume lutar para livrar no Conselho de Ética todos os colegas acusados de envolvimento com o mensalão. Invariavelmente ela pede vistas dos processos que pedem a cassação de petistas. Foi importantíssima parceira do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) na luta que ele travou para manter o mandato. Na próxima quarta-feira ela promete submeter os parlamentares a um grande sacrifício: vai gastar quatro

Ângela Guadagnin comemora absolvição do companheiro Magno

horas da sessão para ler seu relatório alternativo que propõe a absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). O relator oficial, Cezar Schirmer (PMDB-RS), propõe a cassação do expresidente da Câmara. Indagada se sua dança não foi uma manifestação pela impunidade e um

desrespeito aos cidadãos que assistiam à sessão pela TV Câmara – pois os deputados João Magno e Wanderval Santos (PL-SP) acabavam de ser absolvidos –, ela disse que não. "Foi a pura manifestação do sentimento humano pela salvação

de um amigo. Foi espontâneo. Não entendo que tenha sido um desrespeito ao cidadão comum nem uma defesa da impunidade. Quase não havia mais nenhum parlamentar no plenário". Ângela disse que no Conselho de Ética tentou estabelecer uma pena alternativa para João Magno, mas os deputados preferiram a cassação. Histórico – Ângela Guadagnin é médica pediatra. Ela foi prefeita de São José dos Campos de 1993 a 1996. Foi durante seu mandato que o PT inaugurou os contratos de consultoria, que foram considerados suspeitos e logo denunciados como fonte de corrupção por Paulo de Tarso Venceslau, ex-guerrilheiro da Aliança Libertadora Nacional (ALN), que acabou expulso do PT por ter sido considerado "traidor". Quando não está no Conselho de Ética defendendo a absolvição dos amigos, Ângela Guadagnin costuma atuar em defesa da saúde da mulher e das crianças. Tem um projeto polêmico, que proíbe o uso de fotografias e filmes de moças de biquíni em propaganda de cerveja. (AE)

NEPOTISMO Governador Roberto Requião (PR) enviou à Assembléia uma PEC contra o nepotismo cruzado.

P

or 8 votos contra 6, o empresário Rogério Tolentino, Conselho de Ética e sócio de Marcos Valério. O início da sessão foi marcaDecoro Parlamentar da Câmara rejeitou o do por protestos contra a absolparecer do deputado Edmar vição, na noite de quarta-feira, Moreira (PFL-MG), que pedia de dois deputados acusados de o arquivamento do processo receber dinheiro do valerioducontra o deputado José Mentor to: João Magno (PT-MG) e Wan(PT-SP), acusado de participa- derval Santos (PL-SP). Governo – Depois dessas abção no esquema do "mensalão". O deputado Júlio Delga- solvições, parlamentares admido (PSB-MG) apresentou um tem que mais ninguém deve ser voto em separado defendendo cassado. "O governo mobiliza a cassação e foi vitorioso, der- sua máquina para absolver seus aliados e o clima de investigarotando Moreira. Com a rejeição do pedido, o ção do mensalão esfriou", disse presidente do Conselho, Ri- Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Izar, também se mostrou fruscardo Izar (PTB-SP), nomeou o d e p u t a d o N é l s o n Tr a d trado e culpou o baixo quórum. (PMDB-MS) como o novo rela- Segundo presidente do Consetor do caso. Em duas sessões lho, o que vai acontecer nos próele deverá apresentar um rela- ximos no julgamentos é uma intório com o voto vencedor, pe- cógnita. "Gostaria que o plenário da Câmara la cassação, que Ed Ferreira/AE mantivesse a traserá votado no dição de acomConselho e levapanhar as votado ao plenário. ções feitas pelo Mentor não esConselho. Mas condeu a surpreisso não está sa com a decisão acontecendo. do Conselho. Então, não sei o "Eu não esperaque poderá va esse resultaacontecer nos do. Esperava gapróximos casos." nhar. Perdemos PPS – Apenas aqui mas vamos um partido, o ao plenário para PPS, se manifesganhar. É lamentou contra as abtável que posisolvições. "Foi ções politicoum acinte que partidárias teEsperava desmereceu a innham ficado aciganhar. dignação da soma das provas", Perdemos aqui ciedade brasileireagiu Mentor. ra com a pizza Provas – Antes mas vamos ao que vem sendo da votação, o adplenário para servida a cada vogado do depuganhar. nova sessão de tado do PT de São Deputado José julgamento dos Paulo, Antônio Mentor (PT-SP) processos de casCláudio Mariz, sação no plenádisse que um mandato não pode ser cassado rio da Câmara. Este espaço, por hipótese e que não há pro- aliás, tornou-se, na noite desta vas de que ele tenha praticado quarta-feira, um salão de baile, qualquer ato de falta de decoro. onde, literalmente, dançavam Mentor é acusado de envolvi- aqueles que se regozijaram com mento no "mensalão" porque o a impunidade", diz a nota. Indignado, o deputado Chico escritório dele recebeu R$ 120 mil de uma conta da em- Alencar (PSOL-RJ) – relator do presa de Marcos Valério, apon- texto que pedia a cassação de tado como principal fornecedor Wanderval – partiu para a irode dinheiro para o "mensalão". nia, dizendo que no dia 1º de Em sua defesa, o deputado abril, Dia da Mentira, apresenpetista insistiu em que o escri- tará um projeto pedindo a extintório de advocacia prestou ser- ção do órgão e a criação do viço, recebeu por ele e pagou o "Conselho de estética e falta de imposto devido. Mentor afir- coragem parlamentar". "Só nos mou que o dinheiro se refere a resta partir para a chacota", disum serviço encomendado pelo se Alencar. (Agências)

Ó RBITA

AUSENTES PP, PFL, PMDB E PT foram os campeões de ausências nas cassações da Câmara na quarta.

Alex Silva/AE/20-03-06

DIRCEU m dia depois da absolvição de mais dois parlamentares que receberam dinheiro do valerioduto, o ex-deputado José Dirceu (PT-SP) entrou ontem com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando reaver seu mandato, cassado pelo plenário da Câmara em novembro do ano passado. Dirceu foi cassado por quebra de decoro parlamentar sob acusação de chefiar o suposto esquema do mensalão, que seria pago pelo PT a parlamentares da base aliada. Em sua defesa, além de negar as denúncias, ele alegou que não poderia ser cassado por quebra de decoro parlamentar porque estava licenciado do mandato, já que desde o início do governo Lula era ministro da Casa Civil. No dia em que foi cassado, Dirceu disse que não iria recorrer ao Supremo, mas no início deste mês deixou claro que as absolvições de parlamentares envolvidos no esquema justificava um recurso ao STF. "Vou entrar com o mandado no STF. Tenho cada dia mais razões para acreditar que minha cassação

U

Ex-ministro José Dirceu: recurso no STF para reaver mandato cassado.

foi política. Portanto, é um ato nulo. As absolvições reforçam o que estou dizendo. Meus direitos de defesa não foram respeitados", disse Dirceu no dia 10 de março. O prazo para recurso contra a perda de mandato é de 120 dias após a condenação, ocorrida no dia 30 de novembro do ano passado, por um placar de 293 votos a favor e 192 contra. Dirceu foi o primeiro deputado petista cassado na história do partido e ficou inelegível por oito anos, ou seja, até 2015. O recurso de Dirceu obrigará o STF a se posicionar de novo sobre o episódio. Mas há, agora, há mais ingredientes. Às vésperas da votação da

cassação do ex-ministro, o Supremo tinha uma composição. De lá para cá, o presidente Lula indicou um novo ministro para o tribunal, Enrique Lewandowski, e deve nomear outro para o lugar de Nelson Jobim. Mais um – Seguindo o exemplo de Dirceu, o presidente do PP, Pedro Corrêa, também entrou com um mandado de segurança no STF ontem, pedindo que sejam suspensos os efeitos da votação pelo plenário, que resultou na perda de se mandato. Para ele, a Câmara teria desrespeitado o segredo das votações, pois alguns deputados não se dirigiram à cabine fechada para votar. (Agências)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Imóveis Finanças

Mais de 20% dos imóveis novos, sejam casas ou apartamentos, já são negociados pela internet

SANTANDER FINANCIA 70% DO VALOR DO IMÓVEL

Internet oferece pesquisa virtual para quem quer comprar um imóvel real Sites ajudam o consumidor a procurar o lugar adequado para morar ou trabalhar Paulo Pampolim/Digna Imagem

N

ão é de hoje que a internet desponta como um importante canal de negócios para todos os segmentos do mercado. E tem sido a principal ferramenta de busca para os que querem comprar ou alugar um imóvel. Segundo dados das incorporadoras, oito em cada dez interessados consultam a w eb antes de procurar as imobiliárias ou os plantões de vendas. E 20% dos imóveis novos já são negociados pela rede. "A televisão e a mídia impressa estão perdendo espaço de publicidade e divulgação para os sites", diz o diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luís Paulo Pompéia. "Há três ou quatro anos as incorporadoras exploram as vantagens da web para atingir consumidores selecionados." Dos sites especializados em negócios imobiliários, o Planeta Imóvel é o mais visitado: recebe cerca de 600 mil internautas por mês. "As páginas mudam de acordo com o histórico de navegação do usuário, facilitando ainda mais o encontro de uma oferta adequada", afirma o diretor-presidente do site, Roberto Nascimento. O endereço eletrônico oferece aos usuários fotos de satélite do Google, o que facilita a pesquisa no País inteiro, além de vídeos dos imóveis anunciados. "No mês de dezembro, re-

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Planeta Imóvel recebe 600 mil visitas por mês

Embraesp: empresas aprendem a explorar a web

Santander Banespa inova no crédito imobiliário

S Pompéia, da Embraesp, diz que mídia tradicional perde espaço

gistramos um crescimento de 105% no número de campanhas de lançamentos imobiliários em relação à mesma época de 2005", diz Nascimento. Construtoras – A construtora Lopes também lança mão da internet para divulgar suas novidades. No site da empresa, é possível conhecer todos os imóveis à venda e ainda contatar corretores online, em um bate-papo virtual. "Esclarecemos todas as dúvidas dos clientes pela web e marcamos uma visita no estande de vendas", diz o corretor Robson Soares de Carvalho. "A internet é o ponto de partida para quem procura a casa própria." Carvalho trabalha nesse setor da empresa há quatro anos, quando apenas dois computadores eram suficientes para suprir a demanda dos clientes onl in e . "Na época, atendíamos

150 interessados por semana. Hoje, esse número é dez vezes maior", conta. "Fechamos 30% dos negócios que começam a ser tratados pela we b, mas a proporção ainda é pequena se comparada às formas tradicionais de abordagem." Entre pesquisa, análise e a compra efetiva do imóvel, o interessado costuma levar seis meses, segundo os profissionais da área. "Há muitas possibilidades de compra e venda oferecidas no mercado", diz o diretor de marketing da construtora Itaplan, Fábio Rossi Filho. Segundo ele, mais da metade dos clientes que procuram a construtora encontraram algum apartamento de interesse no site. "É o meio mais plural para quem está pesquisando oportunidades de negócio", afirma. Sonaira San Pedro

Reprodução

No site da Lopes, clientes conhecem todos os imóveis

Itaplan: clientes vêem antes a internet

e você estiver interessado em comprar um imóvel, residencial ou comercial, espere o mês chegar ao fim. É que a partir do dia 27 de março, o Santander Banespa oferecerá ao mercado brasileiro novos financiamentos imobiliários. O carro-chefe será o plano SuperCasa 20, que permitirá ao cliente quitar imóveis a partir de R$ 40 mil em 20 anos. "As parcelas são totalmente fixas e o saldo devedor não é reajustado no período de duração do contrato. Assim, o consumidor não leva mais susto, pois sabe exatamente quanto vai pagar de prestação durante os 240 meses", diz o vice-presidente executivo de marketing e negócios do Santander Banespa, José Paiva Ferreira. O financiamento será de, no máximo, 70% do valor do imóvel. Na opinião de Ferreira, esse produto colocará mais uma vez a instituição à frente da concorrência. "Inovamos no ano passado com o SuperCasa 10, quando oferecemos dez anos para pagar o imóvel com parcelas fixas, e, mais uma vez, aprimoramos os produtos com o que há de melhor no crédito imobiliário", acrescenta. Assim como no SuperCasa 10, o banco também oferecerá na nova modalidade uma carência de até quatro meses para que o consumidor comece a pagar as parcelas do financiamento. Além disso, o cliente poderá escolher um mês por ano para não pagar uma parcela, e usufruir dos serviços de courrier e de uma assessoria de especialistas sem qualquer custo adicional. Alterações – O banco também pretende alterar o plano SuperCasa Própria. O valor mínimo do financiamento baixará de R$ 60 mil para R$ 40 mil, e o prazo de financiamento, de 15 para 20 anos. Com taxa de juros anual de 7,95% + TR nos

primeiros 36 meses e 12% + TR após o 37º mês, o valor máximo de financiamento nessa modalidade não poderá ultrapassar R$ 120 mil. Já a taxa de juros anual para imóveis de R$ 120 mil a R$ 350 mil ficará em 10,95% + TR, do primeiro ao décimo ano, e em 8,95% + TR a partir do 11º ano. Comercial – Para atender os empresários, o Santander Banespa lançará o Su pe r Of fi ce . Nesse plano, o cliente poderá financiar salas comerciais entre R$ 60 mil e R$ 400 mil, com taxa de juros anual de 19,45%, no período de oito anos. "Financiamos até 50% do valor do empreendimento", explica o vice-presidente. Com tantos lançamentos,

uma coisa é certa: o Santander Banespa planeja expandir seus negócios o mais rápido que puder no Brasil, e encontrou no crédito imobiliário uma boa saída. Basta observar o quanto o banco investiu no segmento nos últimos anos. Em 2004, a instituição liberou R$ 520 milhões para crédito imobiliário. No ano passado, saltou para cerca de R$ 600 milhões. Em 2006, a previsão era de R$ 1 bilhão, mas em poucos meses esse número já dobrou. "Resolvemos liberar R$ 2 bilhões para o crédito imobiliário, que sem dúvida nenhuma será uma das alças para nos expandirmos no mercado nacional", finaliza Ferreira. Ana Laura Diniz


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

em Campinas

Quase 10% dos roubos registrados no Estado em 2005 aconteceram nas rodovias dos 18 municípios da região

SEGURANÇA

Informação na luta contra o roubo de carga

ÓRBITA

MÚSICA

Começa a operar na segunda-feira uma central de informação e inteligência para reduzir o roubo de carga na região de Campinas

A

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

U

ma central de informações e inteligência, c o m p ro j e t o s ambiciosos de combate às quadrilhas de ladrões de carga que atuam na região de Campinas, entra em operação nesta segundafeira, já estruturada para servir também como base de ligação entre transportadoras ou caminhoneiros que acabam de ser assaltados ou estão prestes a sofrer uma ação dos piratas do asfalto e os organismos policiais de repressão. “Ainda não temos a expectativa de zerar as ocorrências de roubos de carga na região, como praticamente aconteceu na Baixada Santista, depois que uma central semelhante entrou em funcionamento há seis meses. Mas com certeza vamos reduzir drasticamente a ação das quadrilhas”, antecipa o coronel da reserva Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo) e um dos idealizadores da central. A central vai funcionar como um serviço de inteligência diretamente articulada com o Gecarga (Grupo Especial de Investigações e Repressão ao Roubo de Carga), da Polícia Civil em Campinas, e com as policias Militar e Rodoviária, a partir de um sistema de comunicação que permite a troca de informações até em tempo real, quando ne-

A central de informações pretende reduzir fortemente as ações das quadrilhas nas estradas

Um 0800, que receberá ligações a cobrar, será o anjo-da-guarda dos motoristas

cessário. Com esta mobilidade, a central terá condições inclusive de disparar ações imediatas de perseguição aos piratas do asfalto, no momento em que eles estiverem atuando. A partir de um número do 0800, que só será divulgado nesta segunda-feira, a central pretende estruturar uma rede permanente de contatos com os caminhoneiros que estão na estrada, com as transportadoras e outros grupos de profissionais que atuam na área. A linha terá características bem particulares, pois ao contrário dos outros 0800 poderá receber ligações a cobrar, mesmo de celulares, e terá capacidade para atender várias chamadas simultaneamente. Assim que a central entrar em operação, o número do 0800 será divulgado amplamente nas estradas da região e entre caminhoneiros e transportadoras.

“Estaremos prontos para atender desde caminhoneiros ou responsáveis por galpões de carga que estão sendo perseguidos e abordados, ou que acabaram de ser assaltados, até denúncias de suspeitas eventualmente transmitidas por frentistas de postos, chapas e outros profissionais que atuam nas estradas”, afirma Domingos Sávio Barbosa, assessor da presidência do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região). Quando a informação cair na central, será disparado imediatamente o sistema de comunicação com as polícias. “Nós não temos função policial, por isso pedimos sempre que o telefone de emergência da PM, o 190, seja acionado antes do nosso. Mas, em situações de dificuldade ou mesmo para confirmar para a polícia que não se trata de um trote, por

Prejuízo cai com recuperação de cargas

A

s ações desfechadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e pelos sindicatos do setor de transportes, a partir de 2005, para conter o roubo de cargas em Campinas já mostraram os primeiros resultados. Em 2005, foram registrados 264 roubos de cargas na região (10,19% do total do Estado), contra 237 (9,32% do total do Estado) em 2004, mas os prejuízos causados para as transportadoras caíram. Em 2004, o

prejuízo acumulado atingiu R$ 198 milhões e, em 2005, apesar do maior número de ocorrências, eles ficaram em R$ 197 milhões. “Isso ocorreu porque a polícia conseguiu bloquear ou resgatar um número bem maior de cargas roubadas”, avalia o presidente do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região), Carlos Panzam. O assessor da presidência do Sindicamp, Domingos Sávio Barbosa, atribui

este resultado positivo ao estreitamento do contato dos representantes do setor com os órgãos de segurança e, principalmente, à criação do Gecarga (Grupo Especial de Investigações e Repressão ao Roubo de Carga), da Polícia Civil de Campinas, que começou a operar no segundo semestre do ano passado, por iniciativa da Secretaria Estadual de Segurança Pública. No ano passado, o secretário de Estado de Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, assinou um

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas abre amanhã a temporada de concertos populares na cidade com apresentação, às 18h, na praça de esportes João Carlos de Oliveira, na Vila Padre Anchieta. Para o evento a orquestra vai mesclar músicas eruditas e populares com regência do maestro Carlos Fiorini. Estão na lista a Valsa das Flores, de Richard Strauss, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes e uma seleção de clássicos populares nacionais de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Luiz Gonzaga. A entrada é franca. Este ano devem acontecer oito apresentações populares.

exemplo, nós poderemos fazer o contato. A partir daí, estaremos prontos para apoiar as operações das polícias, transmitindo informações que podem ser úteis mesmo no momento das operações”, afirma ele. Em casos de motoristas assaltados, a central também funcionará como uma base de apoio, orientando-o sobre procedimentos imediatos e estabelecendo contato com a transportadora para a qual ele trabalha. Piratas - A entrada em operação, em agosto de 2005, de uma central semelhante em Santos, zerou os prejuízos com os roubos de carga na Baixada Santista, em apenas quatro meses, e hoje as ocorrências são insignificantes. O coronel Souza, que também trabalhou na implantação da central de Santos, lembra que entre agosto e novembro de 2005, todos os 11 veículos roubados pelos protocolo de intenções com o Fetcesp, permitindo o intercâmbio entre as entidades. “Esta parceria levou à criação do Gecarga e culmina agora com a implantação da central de inteligência e prevenção ao roubo de cargas no Sindicamp”, afirma Sávio. A decisão de realizar estas ações em conjunto tem fortes razões. A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) estima que o roubo de cargas provoque prejuízos de cerca de R$ 1 trilhão por ano no País e 80% dos roubos estão concentrados na região Sudeste, principalmente no Estado de São Paulo. Estatísticas tabuladas pelo Sindicamp mostram

piratas do asfalto foram imediatamente bloqueados na estrada e recuperados. Com isso, acuadas, as quadrilhas reduziram drasticamente suas operações na região. “Como a central recebe e processa imediatamente as informações, a polícia também pode entrar em operação com rapidez. Afinal, o que a polícia precisa para agir é exatamente disso: informação”, relata ele. O coronel lembra que a Baixada Santista tem características particulares, pois as rotas de fuga em direção aos grandes receptadores – normalmente estabelecidos em São Paulo – só podem ser feitas por duas rodovias. “Então é muito mais fácil fazer operações de bloqueio policial lá. A região de Campinas é cortada por muitas rodovias, com inúmeras rotas de fuga, por isso a situação é um pouco mais difícil”, avalia o coronel. E é exatamente aí que o trabalho de inteligência da central pode ter também um papel decisivo. “Como estamos em contato direto com o pessoal da estrada, muitas vezes temos informações privilegiadas, às quais os organismos policiais nem sempre têm acesso. Além disso, vamos atualizar permanentemente nosso banco de dados, para disponibilizar mapas sobre áreas de risco, principais rotas de fuga utilizadas pelas quadrilhas – já que elas mudam com freqüência seus métodos de atuação – e assim por diante”, afirma Sávio. Estas informações, segundo ele, podem ser vitais para a polícia em alguns momentos. O presidente do Sindicamp, Carlos Panzam, informou que a central terá um custo de manutenção anual de R$ 120 mil, sem contar gastos com pessoal. O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Segurança Pública, vai bancar uma parte dos investimentos, cujo montante ainda não foi revelado. “A central é mais uma etapa do protocolo de parceria firmado entre a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o Fetcesp, no ano passado”, diz Panzam.

POLÍTICA Parlamento Metropolitano da Região Metropolitana de Campinas realiza, hoje, às 10h, no Plenário da Câmara Municipal de Campinas mais uma reunião para debater problemas relativos à região. Na pauta estão inscritas discussões sobre a agenda de reuniões que devem acontecer em abril e a análise de um projeto que propõe a instituição do Índice de Desenvolvimento Ambiental na RMC. O Parlamento é formado por vereadores das 19 cidades da Região Metropolitana. O presidente é o vereador de Campinas Dário Saadi (PSDB).

O

FESTIVAL Festival Latino Americano de Software Livre (Flisol) realiza amanhã, na sede do Núcleo de Tecnologia Educacional, da prefeitura de Campinas, um ciclo de palestras, workshops e demonstrações de uso de softwares livres. Os participantes podem levar a própria CPU do computador e instalar gratuitamente os softwares. A atividade, com entrada franca, acontece na sede do Núcleo, na Lagoa do Taquaral, ao lado da base da Guarda Municipal, das 10h às 17h. Informações 3243-6098.

O

EXPEDIENTE

Paulo San Martin

que quase 10% do total de roubos registrados em todo o Estado, em 2005, ocorreram nas estradas dos 18 municípios da região que integram a base territorial do sindicato, causando prejuízos mensais de mais de R$ 1,5 milhão. “Se excluirmos São Paulo e a Grande São Paulo, a região de Campinas é responsável por 57% dos registros de roubo de cargas que acontecem no interior do Estado”, lembra o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo).

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


Sérgio Lima/Folha Imagem

Gustavo Moreno/ Agência O Globo

EXTRATO DE UM PAÍS FAZ-DE-CONTA

Jornal do empreendedor

O culpado é o caseiro, que vai passar por devassa fiscal, bancária e até sigilo inesperado para a imprensa: votou em Lula. "Olha o troco que estou recebendo. Ele (Lula) está escondendo o chefe", desabafou, referindo-se a Palocci. Ao sair como suspeito da PF, onde foi depor como testemunha, o caseiro Francenildo não resistiu ao bombardeio de perguntas da imprensa, entrou no carro de seu advogado, e chorou. Páginas 3 e 4

DANÇANDO COM OS CORRUPTOS

Ano 81 - Nº 22.093

São Paulo, sexta-feira a domingo, 24 a 26 de março de 2006

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

R$ 0,60

telefônica. E ele quebrou um

Sem pudores, a deputada petista Ângela Guadagnin (foto) festeja a absolvição do colega João Magno, deputado que confessou ter recebido R$ 425,9 mil do valerioduto. "Rainha dos pedidos de vista", sua missão é atrapalhar apurações contra petistas. Dirceu, que quer voltar, é eternamente grato. Pág. 6

Edição de Campinas concluída às 23h55 Beto Barata/AE

Alex Ribeiro/DC

Rua do Brasil, 112 anos

Google Earth

O Brasil compra na 25 de Março: seu aniversário é uma festa nacional. (Aqui, a 25 vista de perto e do satélite; nas págs. 7, 8 e 12, do passado ao despertar)

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

É TUDO VERDADE. DIVIRTA-SE Divulgação

Maratona de 111 produções, de 81 países, agita a cidade. É a 11ª edição do Festival Internacional de Documentários, chamada por Amir Labaki, seu criador, de É Tudo Verdade. Na foto, China Blue, flagrante sobre duras verdades vividas atualmente pelos jovens chineses. Leia mais: estréia Um Homem É um Homem, de Brecht, e concerto da Sinfônica da BBC escocesa. DCultura


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Logo Logo

Fiquei embasbacado ao vê-la dançando no plenário da Câmara. O que a senhora comemorava? O fim da moralidade da Câmara dos Deputados? A impunidade de um mensaleiro do seu partido? Talvez o descaso pela gravidade da situação política atual.

www.dcomercio.com.br/logo/

De um leitor no blog do jornalista Ricardo Noblat, sobre a dança da deputada Angela Guadagnin (foto), ontem ao comemorar absolvição do deputado petista João Magno. Leia mais na página 6

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MARÇO Entrega da declaração de dedução da Cide Dia da Tuberculose

M EIO AMBIENTE E M

C A R T A Z

O espetáculo Milágrimas, criado e dirigido por Ivaldo Bertazzo, em final de temporada. Teatro Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Telefone: 3095-9400. De quinta a sábado, 21h. Domingo, 18h. R$ 20. Só até 2 de abril.

DANÇA

Ação contra invasores Brasil adere à iniciativa global contra espécies que ameaçam a biodiversidade

O

Brasil assinou ontem sua ficha de inscrição para uma iniciativa internacional de combate a espécies invasoras, consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade do planeta depois da destruição de hábitats. O esforço é comandado pelo Programa Global de Espécies Invasoras (GISP), que divulgou ontem o primeiro relatório consolidado sobre o problema na América do Sul. As espécies invasoras são animais, plantas, insetos e outras pragas introduzidas em ecossistemas ao qual não pertencem mas nos quais conseguem se desenvolver à custa das espécies nativas. Sem predadores naturais, elas se espalham pelo am-

biente atacando espécies locais e competindo com elas por água, alimento e luz. Apenas no Brasil são mais de 500 espécies invasoras, que podem acarretar prejuízos anuais de US$ 50 bilhões, segundo as estimativas mais recentes do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Segundo Sílvia Ziller, coordenadora do Programa de Espécies Invasoras da organização The Nature Conservancy para a América do Sul, não é possível calcular um número total de espécies invasoras para a região, por causa de falta de conhecimento e monitoramento. A única certeza, segundo ela, é que são muitas, e que o impacto sobre o meio ambiente é significativo.

Exemplos no Brasil incluem plantas e animais conhecidos, como tilápia, carpa, bagre, pinus, camarão da malásia, caramujo africano e o mexilhão dourado, além de vários tipos exóticos de capim. "Mais de 75% das espécies invasoras no Brasil foram introduzidas intencionalmente para atividades econômicas", diz Sílvia. O tema é uma das prioridades do MMA, segundo o coordenador do Programa de Recursos Genéticos do ministério, Lídio Coradin. Os prejuízos bilionários, segundo ele, referem-se tanto aos custos de combate às espécies invasoras quanto os danos causados por elas ao meio ambiente, à saúde e à cadeia produtiva. (AE)

M ODA

BELAS NO AR Uma aeromoça da KLM foi além do sonho de infância e criou um museu virtual da moda no ar, com uniformes de mais de cem companhias aéreas dos anos 70 até hoje.

ROYAL BRUNEI

Benoit Tessier/Reuters

AIR FRANCE

B RAZIL COM Z

Protesto virtual contra a polícia

Espíritos, do Brasil para Wall Street

Manifestantes filipinos levaram a desobediência civil ao espaço cibernético ontem, iniciando um protesto virtual contra a polícia. O protesto visa sobrecarregar a página da polícia na internet. O protesto é contra abusos dos direitos humanos, inclusive a tortura de 11 adolescentes confundidos com guerrilheiros comunistas pelas autoridades filipinas. Intitulado "Brigada Eletrônica", o grupo abriu uma página que redireciona os usuários para o site da polícia. Os ativistas alegam que o "hacktivismo" é legal porque, tecnicamente, envolve apenas a visita a uma página na internet.

"Todas as segundas-feiras, um grupo de 16 espíritas num prédio usado para dança e ensaios de teatro em Wall Street. Eles conversam com espíritos atormentados e os ajudam, num trabalho que auto-denominam de caridade". É assim que a agência de notícias Reuters apresenta, em uma reportagem divulgada para todo o mundo, a expansão do espiritismo, importado do Brasil, nos Estados Unidos. A reportagem acompanhou uma sessão do grupo, e a experiência de um dos participantes, que recebeu o nome fictício de João. Ele não quis ser identificado com receio de ser alvo de preconceito na meca financeira de Wall Street.

CYPRUS AIRWAYS (CHIPRE)

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F ILIPINAS

REVOLTA FRANCESA - Os protestos contra o Contrato Primeiro Emprego (CPE), ontem, na França, foram violentos. Em Paris, três mil policiais não conseguiram controlar os 50 mil estudantes. O saldo da revolta: 420 detidos e 60 feridos, um deles, gravemente. SAHARA

T EATRO

AIRLINES (ÍNDIA)

Vertigem no Tietê Arquivo DC

G @DGET DU JOUR

Fotos de celular com efeitos especiais Seis diferentes lentes para câmeras de telefones celulares, que transformam qualquer foto em efeito especial. O pacote de lentes Gummi cria os efeitos close, caleidoscópio, distorcido (dá para ficar mais magrinho na foto), grande angular, foco ampliado, e desfigurado. Custa cerca de US$ 27. www.boysstuff.co.uk/product.asp? id=12705&random=&cid=&src=Search

Legislação e justiça em fontes oficiais

Uma visita à base naval dos EUA em Guantánamo (Cuba) ou ao campo de treinos islâmico do Sudão. Esse tipo de "turismo" pode ser feito de graça num site criado por dois jovens suíços, Christophe Watcher e Mathias Jud. O site traz planos, fotos e informações dos lugares considerados os mais protegidos - e menos agradáveis do planeta. Verdadeiro big brother, o site é resultado, dizem os criadores, de uma ambição artística.

Para conferir todas as resoluções que são publicadas no Diário Oficial da União e no Diário da Justiça diariamente, basta acessar o site da Imprensa Nacional. Além das pesquisas nos jornais oficiais do dia, é possível também encontrar textos publicados nas edições anteriores das duas publicações e fazer download das edições especiais. Alguns serviços dependem de assinatura, que pode ser online. Quem preferir pode assinar as versões impressas. O site traz ainda um link para o museu da imprensa brasileira.

www.zone-interdite.net

L OTERIAS Concurso 1578 da QUINA 01

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www.in.gov.br/ imprensa/jsp/publi.jsp

VASP (BRASIL)

BRITISH AIRWAYS

BRITISH

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Justiça cassa liminar que mandava reintegrar professores demitidos da PUC São Paulo Ministro pede mais dinheiro para a educação. Objetivo: atrair jovens para o ensino médio

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Um passeio onde ninguém quer estar

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I NTERNET

partir de hoje à noite, o rio Tietê se transforma no maior espaço teatral ao ar livre da cidade. Depois de dois anos de pesquisas e estréias s uc e ss i v am e nt e adiadas, finalmente entra em cartaz o mais novo e infinitamente mais ousado projeto do Teatro da Vertigem, a peça BR-3, apre- Imagem dos ensaios da peça, às margens do Tietê, agora também espaço teatral sentada em um barco ao longo de vários quiO espetáculo, de duas ho- vegabilidade do rio e as chulômetros do rio. A peça faz ras e meia de duração, será vas podem provocar o canum mergulho na história re- apresentado de quinta a do- celamento do espetáculo, os cente do Brasil ao enfocar, mingo. Para vê-lo, o público organizadores pedem para entre outros assuntos, a deve se encontrar, às 20h, em que o público se informe peconstrução de Brasília e o frente ao portão 8 do Memo- lo telefone, com no mínimo c r e s c i m e n t o d a s s e i t a s rial da América Latina (Ave- três horas de antecedência, evangélicas no País. O espe- nida Auro Soares de Moura para saber se haverá sessão táculo BR-3 utiliza como ce- Andrade, na Barra Funda). no dia. (Sergio Roveri) nário um barco principal, Os carros podem ser deixaBR-3. Teatro da Vertigem. De quinta a onde o público se acomoda, dos no Maxi Park, em frente domingo, às 21h. Ingressos - R$ 40 e R$ dois barcos menores e as ao Memorial, que cobra R$ 8 20 para estudantes - à venda nas lojas margens do rio, na região pelo período da peça. FNAC de Pinheiros e da Avenida Paulista. do Cebolão. Como as condições de naTelefone: (11) 3115-0345.

Carioca Domício Proença Filho, autor de Estilos de Época na Literatura, é eleito para a ABL

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

O

Um brado retumbante! reio que jamais o País viveu crise tão profunda, como a atual. Não se trata de uma crise setorial, mas sim de uma crise absoluta, que corrói a nação de forma intestina. Não se trata de apenas uma quadrilha que tomou de assalto o poder, mas de uma organização terrorista que disseminou um vírus mortal nas instituições como um todo. Um vírus que causa a desfaçatez, o deboche público, a aniquilação moral e ética, a apatia cívica que leva à anarquia e ao totalitarismo. Em passado recente, um motorista e um Fiat Elba, derrubaram o presidente; coitado, ele teve sobras de campanha, os atuais muito mais humildes tinham dívidas de campanha. E está aberto o precedente:

C

pode-se roubar, fazer Caixa 2 e 3, até matar, desde que não apareçam sobras. Afinal os "socialistas" gostam de repartir tudo sem desperdício! Motoristas, caseiros, secretárias, entre outros, lançaram lama sobre o poder. Descumprimento da Constituição por altos funcionários é tratado como questão irrelevante, onde o fato sequer é qualificado, restando a preocupação de sempre: desqualificar os denunciantes. Onde está o Estado, na figura de seu primeiro mandatário? Nada viu, nada sabe, nada soube, e continua fazendo de conta que o assunto não é relevante, sequer o circunda, Talvez não seja mesmo, aos olhos de quem jamais soube de nada além de reles politicagem, que

sempre viveu sem saber de onde vinham os recursos para pagar suas contas. Onde está o Legislativo? Onde se escondeu o Judiciário, cujo representante mais importante está preocupado em fazer sua própria campanha política? Onde estão as Forças Armadas, guardiãs do Estado, que só aparecem nos aeroportos para dar mau exemplo? Onde está o MMDC, dos heróis constitucionalistas, vendo escarrada nossa Constituição? Não prego uma revolução até porque por oportuno o governo promoveu o desarmamento civil; perdeu de forma acachapante no voto, mas ganha no tapetão, no tacão da bota, como sempre sói acontecer com os "socialistas democráticos".

Dida Sampaio/AE

Onde está o Estado, o primeiro mandatário? Nada viu, nada sabe, nada soube.

Onde estão as entidades de classe, com as honrosas exceções de sempre, que outrora se manifestavam pela legalidade, ética e decência? Onde está o povo desta terra, que ora nos parece desértica, assombrada, amorfa e apática. Onde estão os caras-pintadas? Será que acabaram as tintas ou será que desbotaram? Chega! Quero escutar um brado retumbante!, tal qual o que ecoou das margens do Ipiranga, a fazer tremer, chacoalhar esta terra, a ponto de fazer esta horda pinchar-se das prateleiras do poder, restabelecendo a decência e colocando as coisas em seu devido lugar. MARCO AURÉLIO SPROVIERI RODRIGUES É PRESIDENTE DO SINCOELETRICO

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G Ver acontecer,

Viu demais! Ao ver o homem-forte do governo no lugar errado, Francenildo viu o que os brasileiros não podiam ver

botar a cara para apanhar e se prontificar a confirmar o que viu, como fez o Francenildo de Brasília, há muito poucos. G Ao quebrarem

seu sigilo bancário, ao ser obrigado a depor na Polícia Federal, ao ter exposto o seu segredo de família, Francenildo foi descaradamente coagido, conforme reza o artigo 344 do Código Penal. G O caseiro foi

Lula Marques/Folha Imagem

apontado pelo telejornal de uma emissora de TV como sendo um "acusador".

á muitos Francenildos. Se levarmos em conta que diariamente muitos brasileiros são testemunhas de atos de corrupção, de roubo e latrocínios cometidos por todo tipo de pessoa, e que muitas destas pessoas não se preocupam com o fato de estarem cometendo seus delitos na presença de testemunha, por considerarem as mesmas sem inteligência suficiente para sacar o que está acontecendo ou por pensarem que elas não teriam coragem de denunciar ou se apresentarem para testemunhar que viram acontecer de fato, há muitos Francenildos.

H

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Agora, ver acontecer e botar a cara para apanhar como fez o Francenildo de Brasilia, ao se prontificar a confirmar o que viu, aí são muito poucos. Principalmente quando quem ele viu é blindado por um presidente que depende da imagem positiva do seu homem para se manter no poder. Ao dizer a verdade, o caseiro Francenildo, teve até seus segredos de família violados pelos mesmos homens que deveriam proteger o direito que o caseiro tem de mantê-los em segredo. Ao testemunhar que viu um dos homensfortes do governo no lugar errado e em atitu-

de suspeita, Francenildo, viu o que todos os demais brasileiros não podiam ver. Se fosse coisa boa, não teria atingindo tão violentamente a reputação do tal homem. Aí, o simples cidadão, o humilde caseiro, o Francenildo, foi calado por uma ordem judicial e ainda chamado a depor perante a Polícia Federal (comandada pela mesma figura que prometeu investigar os fatos que atentaram contra os direitos do Francenildo). O caseiro foi apontado pelo jornal de uma emissora de TV como sendo um "acusador". Disseram: " O caseiro Francenildo, acusa o

fulano de tal de estar na mansão onde não poderia jamais estar". Enquanto depunha, sua conta bancária na Caixa Econômica Federal (comandada pela mesma pessoa que está sendo investigada) foi devassada ilegalmente. Ao quebrar seu sigilo bancário, ao ser obrigado a depor na Polícia Federal, ao ter exposto o seu segredo de família, Francenildo foi descaradamente coagido no curso do processo, conforme o art. 344 do Código Penal. Pior ainda, estão usando as instituições que deveriam dar sustentação aos direitos do homem para pratica-

caseiro Nildo contou para todo mundo numa entrevista e depois no começo de um depoimento à CPI dos Bingos que tinha visto o ministro Palocci "umas dez ou vinte vezes" no palácio-sede da República de Ribeirão Preto, em Brasilia. Se havia ou não recepcionistas de Mary Jean Corner nessas reuniões de negócios é problema da sra. Palocci, não meu nem seu, mas o que se segue é porque é de uma violência, abuso de poder e senvergonhice a toda prova. Imediatamente o vicepresidente do Senado Tião Viana, do PT, depois de uma reunião com Lulla, conseguiu uma liminar do STF que calou Nildo. E logo em seguida, no momento em que buscava proteção na Polícia Federal, sua conta de poupança era invadida, seu extrato foi mandado por fax até o Ministério da Fazenda. De lá para a redação da revista Época foi um pulo e em segundos estava na internet. A versão era que

rem arbitrariedades e tentar manter as sujeiras do membros do governo debaixo do tapete da autoridade. Nós, brasileiros, temos que ser solidários com os Francenildos e nesse momento buscar a verdade, que está por trás de notas positivistas e comentários feitos a favor do governo pelos meios de comunicação que o apóiam e por seus assessores, que em uníssono defendem as atitudes do atual presidente e eterno candidato a qualquer custo, mesmo que tirem o direito do cidadão de se manifestar livremente em favor da verdade. J.PATRICIO JBPATRIC@UNISYS.COM.BR

NEIL FERREIRA

"ESSE PAÍS" REVIRA O MEU ESTÔMAGO u nunca poderia imaginar que aos sessenta e tantos anos de idade iria dizer coisa semelhante, mas o que estou vendo hoje é de dar nojo e embrulha os estômagos mais bem treinados. E eu tenho décadas de convívio com o que há de pior em matéria de decência, de dignidade. Passei pelo Adhemar e sua caixinha, pelo Jânio e sua vassoura, por toda a ditadura militar, pelo Sarney e seus "fiscais" que iam pegar boi no pasto, pelo Collor e o seu PC Farias, não tinha condição nem de sonhar que o governo Lulla iria colocar tudo isso no bolsinho do colete. Eu sei que todo mundo tem o seu limite, não sei o seu, descobri o meu agora. Eu estava agüentando o mensalão, o mensalão era uma coisa "deles", dos deputados da "base aliada", PL, PTB, mas eles são deputados, ficam lá em Brasília, não são iguais a mim, usam aquelas roupas, aquelas gravatas, aquele gel no cabelo, aquele sotaque e aquela sintaxe, nós, eu e eles, não éramos nem somos farinha do mesmo saco, eu sou diferente deles. Também conseguia manter uma certa distância do Caixa 2 do PT e dos dólares na cueca, porque também era assunto dele, do PT, e como nunca esperei nada desse partido não me decepcionava com os escândalos que iam aparecendo quase todos os dias, um escândalo novo por dia. É claro que cada vez que tomava consciência de que estavam metendo a mão em dinheiro público, eu espumava. Mas passava. Era um problema da consciência "deles", Delúbios, Genoinos, Silvinhos, Mercadantes, Martas, Suplicys. O que eu via na TV, Ideli, Sibá, "Professor" Luizinho, Mentor, Greenhalgh, eu fazia de conta que não via, pensava comigo que "esse país" ainda aprenderia a votar e o exercício do voto iria educando, mantendo a esperança de que em algum futuro não muito distante nós poderíamos ter uma classe política à altura das nossas expectativas e necessidades. Mas acontece que agora caiu a última gota e o copo transbordou.

E

Como nunca esperei nada do PT, não me decepcionava. Mas agora caiu a última gota e o copo transbordou. Nildo não poderia ter na sua conta os vinte e cinco mil reais que nela apareciam, portanto havia recebido dinheiro para comprometer o Palocci. O "vazamento", agora é "vazamento" e não invasão da conta, "vazamento" vai fazer companhia a "recursos não contabilizados", era uma manobra para desqualificar o testemundo de Nildo. Nildo explicou imediatamente que o dinheiro havia sido depositado por seu pai biológico num acordo para evitar uma ação judicial de reconhecimento de paternidade. Em minutos, a conta de poupança de Nildo estava internet e no dia seguinte na imprensa, com o seu drama pessoal sendo discutido até em mesasredondas de emissoras de rádio e os mais poderosos figurantes do governo dando entrevistas desqualificando um trabalhador humilde, um homem do povo, que votou no Lulla e hoje está com a vida de cabeça para baixo. Então nós vemos nesse ringue de box uma luta desigual, num corner ministros poderosos, Polícia Federal, Caixa Econômica Federal, senadores e deputados federais, no outro Nildo, o caseiro. Num corner o governo Lulla, no outro o povo. Não há estômago que agüente. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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POLÍTICA - 3

DECEPCIONADO, FRANCENILDO COSTA ABRE O VOTO. LULA PRESSIONA PRESIDENTE DA CAIXA. Lula Marques/Folha Imagem

CASEIRO QUEBRA OUTRO SIGILO: 'VOTEI NO PT'.

GOVERNO 'PERDEU A COMPOSTURA', DIZ FHC.

O

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lamenta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenha sugerido um "diálogo nacional" após ter assumido a Presidência da República. Em breve entre-vista distribuída pela Editora Record, que lançou nesta semana o livro "A Arte da Política - A História que Vivi", com as revelações dos bastidores dos dois mandatos dele, FHC afirmou que ao aliar-se, "não pelos métodos mais decentes", a novos integrantes da base de apoio, o governo Lula "perdeu compostura e eficiência". Segundo ele, o governo poderia ter se unido "a quem se oferecia como aliado", disse referindo-se ao PSDB. O ex-presidente citou as crises financeiras enfrentadas pelo País entre as maiores angústias enquanto esteve na administração federal. "Quando se necessita tomar decisões cujas conseqüências podem afetar, negativamente, a população, mas que são inevitáveis, a angústia é grande".

Em relação aos momentos de dificuldades durante seus oito anos de gestão, ele comentou a importância do "bom relacionamento" que teve com chefes de Estado. Segundo FHC, sem a ajuda de Bill Clinton, teria sido muito mais difícil obter apoio para superar a crise interna gerada pela crise da Rússia, em 1998. "O FMI queria que desvalorizássemos a moeda como pré -condição para um empréstimo. Expliquei ao presidente Clinton que não poderia fazer um estelionato eleitoral. Ele compreendeu e ajudou para que o empréstimo fosse concedido sem aquela cláusula", disse. "Infelizmente, no ano seguinte, por erro de operação, não conseguimos manter a política monetária e cambial e o mercado nos forçou a uma desvalorização abrupta". Quanto a expectativas futuras para o Brasil, FHC defendeu "uma coalizão baseada num programa que crie condições para o crescimento da economia e o controle dos gastos públicos. (AE)

Sérgio Lima/Folha Imagem Rodrigo Paiva/Arquivo DC

Se houver alguma coisa (a demissão do presidente da CEF) vocês serão informados . Presidente Lula

O caseiro Francenildo dos Santos Costa, minutos antes de prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília

LULA CHAMA PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA AO PLANALTO Senadores desconfiam que sigilo fiscal de Nildo tenha sido violado antes do bancário

A

demissão do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, foi negada ontem, a priori, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não faz sentido, até porque sou eu quem tomo a decisão", disse Lula no Palácio do Planalto, ao responder sobre os rumores da saída dele por conta da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Lula negou também que o presidente da Caixa tenha apresentado um pedido de demissão: "Não. Se houver alguma coisa vocês serão informados", disse depois de fazer um discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Integrantes da CPI dos Bingos suspeitam que o sigilo fiscal do caseiro tenha sido quebrado anteriormente à quebra do sigilo bancário. Jorge Mattoso e o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos foram chamados ao Palácio do Planalto ontem de manhã. Segundo uma fonte do governo, eles estão analisando os resultados preliminares das investigações do banco sobre a violação do extrato. O depoimento do presidente da Caixa na Polícia Federal, em Brasília, marcado para a tarde de ontem, acabou cancelado. A sindicância interna do banco já teria identificado os funcionários responsáveis pela quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro e entregue o relatório prelimiar das investigações à Polícia Federal. A PF divulgou nota à imprensa informando que já "foi identificada a máquina utilizada para o acesso à conta e impressão do extrato". Sem nominar os usuários, disse que os mesmos "foram convocados a prestar depoimentos". Márcio Thomaz Bastos recebeu do presidente Lula na quarta-feira "sinal verde" para concluir o inquérito da PF no prazo mais rápido possível.

Marcos d´Paula/AE

Lula poderia ter se unido a quem se oferecia como aliado (PSDB). Fernando Henrique

Dida Sampaio/AE

ção com o objetivo de prejudicar o governo. O delegado encarregado do caso, Rodrigo Gomes Carneiro, solicitou à Justiça Federal a quebra do sigilo telefônico e bancário de Francenildo Costa. "A PF já enviou o pedido à Justiça. O delegado está esperando a designação de um juiz para despachar as solicitações", disse o senador Romeu Tuma (PFL-SP), acompanhado dos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Wellington Salgado (PMDB-MG). A PF também aguarda autorização da Justiça para apreender a máquina que teria sido utilizada para acessar os dados de Francenildo. Ontem pela manhã a Caixa Econômica Federal, onde caseiro mantém uma conta poupança, divulgou nota oficial na qual afirmou ter o equipamento utilizado para acessar e imprimir o extrato entregue à imprensa e o nome de dois servidores suspeitos pelo vazamento. Defesa – A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) foi à tribuna do Senado denunciar o que chama de "orquestração criminosa" para amedrontar e desmoralizar a testemunha que se propôs a depor contra o ministro Antonio Palocci. "Isso é coisa de um governo de bandidos", disse. "E hoje, quando era ouvido como testemunha da Polícia Federal, descobriu que estava sendo investigado por lavagem de dinheiro. Logo ele, um filho de lavadeira que quis lavar a podridão do País". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lembrou que nada parecido aconteceu com o motorista Eriberto França, que denunciou o então presidente Fernando Collor. Segundo ele, o governo está tentando mudar o debate "para figuras menos importantes, como o presidente da Caixa, enquanto o presidente Lula mantém Palocci escondido no Palácio do Planalto ". (Agências)

Queria que eles investigassem o meu sigilo eleitoral. Francenildo Costa, o caseiro

Presidente da CEF, Jorge Mattoso, envia investigação parcial à PF

Receita Federal – Técnicos da CPI vêm recebendo informações de que a movimentação financeira do caseiro nos últimos meses foi levantada na Receita Federal, com a análise da CPMF. A descoberta de que Nildo teve movimentação incompatível com a renda teria precedido a invasão de sua conta bancária. O caseiro recebeu depósitos de R$ 25 mil, que ele alega terem sido depositados por seu pai biológico. A informação levou parlamentares governistas a tentar desqualificar seu depoimento, no qual acusou Palocci de freqüentar a mansão alugada por ex-assessores acusados de corrupção. O s e n a d o r Á l v a ro D i a s (PSDB-PR) vai apresentar requerimento pedindo à Receita nomes e cargos dos funcionários que acessaram os dados de Nildo, através dos sistemas Dossiê Integrado da Pessoa Física e Declaração de Renda da Pessoa Física. Requerimento semelhante foi protocolado ontem na Mesa da Câmara por Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). O sistema de segurança da Receita deixa registrado os acessos aos dados da CPMF.

Forte suspeita – Para Álvaro Dias, o comportamento dos petistas na última quinta-feira é o principal indício de que a movimentação financeira do caseiro fora descoberta antes da retirada de seu extrato na Caixa. Na manhã daquele dia, o senador Tião Viana (PT-AC) deu entrevistas prometendo revelações contra Francenildo. A conta do caseiro foi violada por volta das 21h. A Receita informou que não comentaria a suspeita da CPI por se tratar de sigilo protegido por lei. " Esse anúncio antecipado do que aconteceria é um indício fortíssimo. Todos estranhamos", disse. (Agências)

Vai ver que sobrou dinheiro no bolso da calça e ela (a mãe do caseiro) lavou. Wlício Chaveiro

Factoring

DC

T

ratado como celebridade por alguns jornalistas, o caseiro Francenildo dos Santos Costa deu uma entrevista coletiva ontem após o interrogatório na Polícia Federal – que decidiu investigar não apenas a quebra do sigilo bancário do rapaz como também a origem do dinheiro que estava na conta violada. "Queria que eles investigassem o meu sigilo eleitoral para ver em quem um simples caseiro votou, se foi num simples operário que está em cima", ironizou Nildo. Os jornalistas então perguntaram ao caseiro se ele tinha algum recado para dar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A resposta veio com um antigo bordão político: "Agora é o tostão contra o milhão!, disse. Sobre se votaria novamente nele, Nildo respondeu que não e explicou: "Olha o troco que estou recebendo. Ele (Lula) está escondendo o chefe", disse referindo-se ao ministro da Fazenda Antonio Palocci. O advogado de Nildo, Wlício Chaveiro, também explicitou com ironia sua indignação contra o 'patrulhamento' sob seu cliente. "O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pediu uma investigação sobre a movimentação dele que evidencia prática de lavagem de dinheiro ou ato ilícito. Pode ser porque a mãe dele é lavadeira, vai ver que sobrou dinheiro no bolso da calça e ela lavou", disse. Silêncio – Ambos se aborreceram quando questionados sobre o dinheiro depositado na conta e, logo depois das primeiras perguntas sobre o assunto, encerraram a entrevista. Nildo limitou-se a dizer que o dinheiro veio de seu suposto pai biológico e disse que, por enquanto, está satisfeito, mas espera receber mais. A Polícia Federal vai investigar se o caseiro recebeu algum tipo de orientação de parlamentares de partidos da oposi-

Roosewelt Pinheiro/ABr

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.POLÍTICA

MINISTRO DIZ QUE SE SENTE 'UM PRISIONEIRO'. PSDB PEDE IMPEACHMENT.

E

m respeito a uma estratégia definida pelo Palácio do Planalto, três integrantes da cúpula do governo voltaram a afirmar ontem que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não deixará o governo. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, afirmou que a situação do ministro na equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "sólida" e sua substituição não está em cogitação. O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, declarou que Palocci é um "agente da confiança" do presidente Lula e que seu colega de ministério está sendo "agredido, caluniado". O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse que "não há hipótese" de Palocci deixar o governo para disputar as eleições. "Passei hoje o dia inteiro com o presidente Lula e com o ministro Palocci e não vi nenhuma possibilidade de sua saída do governo. Não há motivos", declarou Mantega. "Se me pedisse um palpite, eu diria que ele (Palocci) tem de ficar porque está sendo agredido, caluniado e não há nenhuma acusação que leve a uma conclusão", insistiu Ciro. "É uma decisão do presidente Lula que já conversou com o ministro, e eu entendo que o quadro que está colocado até o momento o ministro fica", completou Wagner. Prisioneiro – Há 11 dias sem aparecer no Ministério da Fazenda, Palocci disse a amigos que as denúncias feitas pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa, conhecido como Nildo, causaram um terremoto na sua vida. "Me sinto um prisioneiro dentro de casa", disse, segundo relato de petistas que têm conversado com ele. O ministro avisou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que poderá ser obrigado a deixar o governo não só por causa do agravamento da crise, mas para preservar a integridade da família. E disse estar emocionalmente abalado. Lula ainda acredita que é possível manter o ministro e pediu a ele que tenha calma. O primeiro compromisso público de Palocci, depois das

Roberto Stuckert Filho/AG

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poLítica Eymar Mascaro

Reta final

J

Ministro da Fazenda Antonio Palocci, na saída de sua casa: tensão. Família tem medo de sair à rua.

OS TRÊS ESCUDEIROS DE PALOCCI Seguindo a estratégia do Palácio do Planalto, Mantega, Ciro e Wagner defendem o companheiro de ministério e criticam denúncias. denúncias do caseiro, deve ocorrer hoje. Na agenda, está previsto um almoço com empresários e autoridades, em São Paulo, na posse do Conselho de Administração da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham). Aos amigos, ele afirmou que falará nesse fórum. Entrevista não – Companheiros de partido lhe perguntaram por que não convocava uma entrevista para responder às acusações de que freqüentava uma mansão no Lago Sul, alugada por lobistas da "República de Ribeirão", para fazer negócios e promover festas com garotas. "Não posso ficar dando entre-

vista a cada acusação", respondeu. Mesmo aos mais íntimos, ele nega as denúncias. Nas conversas privadas, Palocci tem dito que não agüenta mais essa situação, que sua filha não tem ido nem mesmo à escola e que ele não tem coragem de sair à rua. Despacha num gabinete próximo ao de Lula para evitar o assédio. Antes de sair de casa, diz olhar várias vezes ao redor para verificar se não há ninguém à espreita. No Planalto, entra e sai por uma garagem reservada. Crise – Na tentativa de estancar a crise – considerada gravíssima pelo Planalto –, Lula continua pedindo pressa na apura-

ção dos responsáveis pela divulgação da conta do caseiro, na Caixa Econômica Federal. Enquanto isso, os ministros continuam argumentando a favor de Palocci contra as denúncias do caseiro. Para Mantega, o "caseiro estava muito bem preparado", levantando a suspeita de que fora orientado pela oposição. Em seguida, corrigiu-se: "Não estava tão bem preparado porque caiu em contradição". Segundo Wagner, Palocci só sairia para concorrer ao governo de São Paulo. Mas essa hipótese não existe. "Portanto, o único caminho que eu vejo para o ministro Palocci é continuar no governo." (Agências)

osé Serra analisa uma pesquisa que foi feita para apurar o nível de reação da população com sua renúncia para disputar o governo do Estado. O prefeito está disposto a ser o candidato do PSDB. Mas, antes, quer conhecer o pensamento do eleitor, porque, durante a campanha prometeu exercer os quatro anos de mandato. Mas, as circunstâncias atuais são outras. Serra foi pressionado pelo PSDB. Pelas pesquisas, o prefeito é franco favorito para ganhar a eleição, existindo até a possibilidade de ser eleito ainda no primeiro turno, segundo o Datafolha. Serra recebeu o apoio, nas últimas horas, de prefeitos do PSDB e das bancadas de deputados estaduais e federais. O prefeito tem poucas horas para renunciar ao cargo. O prazo de desincompatibilização vence no dia 31. Com a renúncia de Serra, assume a prefeitura o vice Gilberto Kassab, do PFL.

COSTURA

APOIO

José Serra já costura alianças com outros partidos. O prefeito quer ser candidato apoiado por uma malha de partidos. O PSDB já tem acertado, por exemplo, o apoio do PTB e PPS. Serristas já conversam também com lideranças do PMDB.

Além do apoio (e possivelmente também da coligação) do PFL, o PSDB espera contar com a ajuda do PMDB, PTB e PPS. O PTB é um velho aliado do governador Geraldo Alckmin. Portanto, é fácil convencer os petebistas a apoiar José Serra. O PTB participa da administração estadual.

IMPORTÂNCIA Serra (sendo candidato) e Alckmin devem fazer campanha acoplados. É importante para Alckmin ter em São Paulo um palanque de campanha contando com o peso eleitoral de Serra. O estado de São Paulo é o principal colégio eleitoral do País.

ELEITORES Dos 125 milhões de eleitores, 25 milhões se concentram em São Paulo, sendo 2/3 no interior e 1/3 na Capital. As últimas pesquisas deram amplo favoritismo ao prefeito: Serra bateria todos os candidatos no primeiro turno.

Roberto Stuckert Filho/AG

ADVERSÁRIOS

A

Goldman para Rebelo: 'Espero que não seja partidário. E que aja como presidente da Câmara'.

PSDB PEDE O IMPEACHMENT DO MINISTRO DA FAZENDA

O

PSDB quer o impeachment do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O presidente em exercício do partido, deputado Alberto Goldman (SP), apresentou ontem a denúncia por crime de responsabilidade contra o ministro, encaminhada à presidência da Câmara. A alegação é de que o ministro cometeu pelo menos três crimes de responsabilidade: mentiu à CPI dos Bingos sobre suas idas à casa dos ex-assessores de Ribeirão Preto; teria sido omisso na ação de subordinados na quebra ilegal do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa e não tomou providências para apurar. Agora, depende de o presidente da Câmara, Aldo Rebelo

(PCdoB-SP), acatar o recebimento da denúncia ou não. Após a reunião com Goldman, Aldo afirmou que vai aguardar parecer da consultoria jurídica antes de se posicionar sobre o requerimento do PSDB. Pressão – "Espero que o presidente Aldo não seja partidário. Espero que aja como presidente da Câmara", disse Goldman, quando Aldo estava por perto. "É isso que ele deve esperar. Que eu aja como presidente da Câmara", respondeu Aldo. A denúncia do PSDB é mais um movimento de pressão da oposição para que o presidente Lula demita Palocci. Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), o ministro deveria deixar o cargo e o presidente da Caixa Econômica

Federal, Jorge Mattoso deveria ser demitido. "A melhor coisa que o ministro poderia fazer é se licenciar." Tramitação – Se Aldo não acatar a denúncia, o PSDB poderá recorrer ao plenário. Mas se aceitar, daria início à tramitação nos moldes dos processos de impeachment contra presidentes. Uma comissão especial da Câmara analisaria a denúncia e, se a considerasse procedente, a levaria para votação em plenário. Se aprovada, Palocci seria afastado das funções e submetido a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. A Câmara já recebeu várias denúncias de responsabilidade contra presidentes da República – como FHC e Lula – e nenhuma foi acatada. (Agências)

CHAPA O PFL deve indicar o candidato a vice na chapa de Alckmin, que deve sair do Nordeste, região onde o governador paulista é menos conhecido. O favorito à vaga é o senador José Agripino (RN), mas outro senador corre por fora: José Jorge (PE).

MINEIRO

PALOCCI NÃO DURA, DIZ THE ECONOMIST. revista The Economist, em sua edição que chega hoje às bancas, afirma que a pressão sobre o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, está crescendo. "Sua confiança no ministro das Finanças, Antônio Palocci, é inabalável, insistiu nesse mês o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", diz a revista britânica. "Isso significa, é claro, que ele poderá não durar muito." A Economist lembra que Palocci vem há meses espantando denúncias de corrupção. "Algumas das acusações parecem mais críveis e as negativas de Palocci têm ficado mais frágeis", disse a revista. "Ele tem sido, dentro do governo, o defensor mais destacado da estabilidade econômica. Agora seu futuro parece incerto – apenas seis meses antes de uma eleição na qual Lula quase certamente buscará um segundo mandato." De acordo com a revista, a oposição, "que sempre tratou Palocci com gentileza, agora quer sua cabeça, na esperança de que isso poderá prejudicar" Lula. "A fé de Lula em seu ministro é sem dúvida estimulada pelo cálculo que sua demissão, que poderá expô-lo a prisão, seria mais custosa do que mantê-lo no governo." (AE)

ENCONTRO Alckmin vai se reunir hoje, no Rio de Janeiro, com o prefeito Cesar Maia. Os dois vão discutir a aliança PSDB/PFL. Se depender de Cesar Maia, a coligação está formalizada. Maia abre mão de sua pré-candidatura a presidente. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), deu sinal verde ontem, após se encontrar com Maia.

Os principais adversários de Serra, segundo as pesquisas, seriam os petistas Marta Suplicy e Aloizio Mercadante e o peemedebista Orestes Quércia. Mas Quércia não seria candidato se Serra entrar na disputa. Quércia pode ser candidato ao Senado.

ALIANÇA O esquema seria o seguinte: o PMDB apoiaria Serra mas teria em troca o apoio do PSDB à candidatura de Quércia ao Senado. Portanto, os tucanos não lançariam candidato ao Senado. Mas, por enquanto, o peemedebista mantém sua candidatura a governador.

CASO PFL O PFL está à espera de uma decisão do PSDB. Se o candidato tucano for Serra, os pefelistas não lançariam candidato ao Palácio dos Bandeirantes: apoiariam o prefeito. Mas, se Serra não sair, o PFL deve lançar a candidatura do empresário Guilherme Afif Domingos.

ABERTURA Três pré-candidaturas do PSDB –o ex-ministro Paulo Renato, o saecretário municipal Aloysio Nunes Ferreira e o deputado federal Alberto Goldman – abriram mão de disputar as prévias em favor de Serra. Resta o vereador José Aníbal, que estaria disposto a sustentar sua participação na convenção de junho.

Na impossibilidade de ter um vice do PMDB, o presidente Lula pode disputar a reeleição tendo como companheiro de chapa novamente o empresário José Alencar (atual ministro de Defesa). Outra possibilidade é Lula ter um vice indicado pelo PSB. O mais cotado é o ministro Ciro Gomes que ontem anunciou que, entretanto, pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. É ver para crer.

AGRESSÃO Alckmin já conversou por telefone, nos últimos dias, duas vezes com Anthony Garotinho, virtual candidato do PMDB ao Palácio do Planalto. Alckmin e Garotinho firmaram um pacto de não agressão. Mas, os dois candidatos podem estar disputando uma vaga no segundo turno, partindo da premissa de que Lula será o ocupante da outra vaga.

ENGESSADO A manutenção da verticalização imposta pelo STF dificulta o lançamento da candidatura de Anthony Garotinho pelo PMDB. O partido queria ficar livre para fazer coligações diferentes nos estados.

OBRIGATORIEDADE A verticalização obriga os partidos a seguir nos estados a mesma coligação feita na eleição de presidente. A verticalização foi adicionda à legislação eleitoral em 2002, mas o Congresso tentou derrubar essa obrigatoriedade e não conseguiu.


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POLÍTICA - 5

NÃO HÁ DÚVIDA: ALIANÇA PSDB-PFL ESTÁ SELADA. GAROTINHO LUTA PARA ENTRAR NA BRIGA. Alaor Filho/AE

O PAPEL DO PFL NAS MÃOS DE ALCKMIN

D O presidente do PFL, Jorge Bornhausen: sinal verde de seu partido para a aliança nacional com os tucanos. Cristina Horta/Estado de Minas/AE

O ex-presidente Itamar, que apóia Aécio Neves em Minas, é mais um empecilho à candidatura Garotinho.

GAROTINHO TEIMA, MAS PMDB DEIXA CANDIDATURA DE LADO.

O

pré-candidato do PMDB à presidência da República, Anthony Garotinho, disse ontem que é vítima de "perseguição" e voltou a afirmar que a regra da verticalização fortalece sua candidatura. "Se alguém achou que a verticalização ia ser contra nós, ela acabou por fortalecer a candidatura própria do PMDB. Parecia uma jogada inteligente da ala governista para prejudicar a minha candidatura, mas concluiu-se que não há outra alternativa, tem que ter candidato", disse. Garotinho pode ter sido o maior prejudicado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, anunciada esta semana, de manter a regra da verticalização, que limita as coligações partidárias. Devido à validade da norma, a tendência entre grande parte das lideranças do PMDB é não lançar candidatura própria em favor das alianças nas disputas estaduais. Até mesmo antigos defensores da tese do candidato próprio começaram a sepultá-la, de olho nos palanques estaduais. Contra a candidatura Garotinho está a ala do PMDB que

apóia o governo Lula. Seus principais líderes são os senadores Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e José Sarney (AP). Os governistas vem defendendo abertamente uma alinhamento com o PT para a reeleição de Lula. Por isso, trabalhou duro para evitar a realização das prévias do partido no último domingo – que ocorreram, mas não tiveram validade jurídica. Agora, o partido deverá bater o martelo sobre a questão na convenção nacional. A reunião está marcada para junho, mas os governistas tentam realizá-la já no mês que vem. Convenção – Segundo Garotinho, a tentativa de antecipação da convenção para abril faz parte do "esforço do governo para impedir" sua candidatura. "Por que será que o governo tem tanto medo da candidatura de Garotinho? Certamente eles têm motivos para isso, sabem que é uma candidatura competitiva, uma opção ao modelo neoliberal", disse o pré-candidato. Ele afirmou ainda que há ao menos seis Estados onde qualquer entendimento com o PT é

impossível. Segundo ele, há receio por parte de vários congressistas da legenda de que, não havendo candidatura própria, as bancadas do partido encolham ao menos 30%. "Nunca nada foi fácil para mim. Vou até a convenção, vou disputar e ganhar a eleição." Em tom irônico, Garotinho comentou ainda a negativa do do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), em concorrer ao governo do Estado. "(Maia) Não pode desistir de uma candidatura que nunca existiu", disse. Garotinho é marido da atual governadora, Rosinha Matheus, que deverá concorrer ao segundo mandato. Itamar – Ainda que Garotinho não queira enxergar, os obstáculos à sua candidatura já começam a pipocar pelo País. Ontem, o ex-presidente Itamar Franco (PMDB-MG) disse que está aguardando uma decisão do governador de Minas, Aécio Neves (PSDBMG), sobre sua candidatura à reeleição. Segundo Itamar, Aécio já manifestou interesse em ter o PMDB como aliado, o que parece ser a vontade do ex-presidente também. (Agências)

PEQUENOS JÁ ESTUDAM ALIANÇA

N

ão são apenas os grandes partidos políticos que estão refazendo as contas para estimar a viabilidade de suas candidaturas à presidência, depois da manutenção da regra da verticalização nas eleições deste ano – decidida pelo Supremo Tribunal Federal na quarta. Legendas como PPS, PDT e PSOL já pensam em uma aliança. O PPS foi o primeiro a se manifestar e confirmar a précandidatura do deputado Roberto Freire (PPS-PE). Freire divulgou nota, ontem, em que afirma desmentir parte da imprensa que deu sua candidatura como morta depois da decisão do STF de manter a verticalização. "Se a elite financeira pensa que o resultado das eleições já está definido, ou seja, que ela já ganhou o pleito, engana-se.

Vamos para a disputa, a exemplo do que fizemos durante nossos 84 anos de história", afirmou o précandidato. Freire voltou a colocar-se como alternativa à esquerda no leque político brasileiro. "Queremos, ao contrário das forças do capital financeiro – PSDB, PFL, PT e aliados –, a ruptura com a política econômica que atolou o país em índices de crescimento medíocres." PDT e PSOL – Nos bastidores, Freire quer construir um entendimento com os parceiros habituais, como PDT, e novos colaboradores, como o PSOL. Da parte do PDT, a resposta foi positiva. "Se não houver uma coligação mínima que seja entre pequenas legendas como o PDT, o PPS e o PSOL, a candidatura a presidente

fica inviabilizada", avaliou o senador Jefferson Peres (PDTAM). Na condição de presidenciável do partido, Peres propôs aos précandidatos Roberto Freire (PPS) e Heloisa Helena (PSOL-AL) uma aliança entre "as legendas de esquerda que não se desmoralizaram pelas denúncias de corrupção" – uma clara referência ao PT do presidente Lula. A aliança seria necessária não só para expandir o breve tempo de que as pequenas legendas dispõem na publicidade eleitoral gratuita no rádio e na TV. As siglas também dependem de parcerias para eleger mais deputados e atingir o coeficiente eleitoral. Será preciso vencer a barreira dos 5% dos votos em pelo menos nove estados para assegurar a sobrevivência. (Agências)

epois de um breve n a m o ro , P S D B e PFL vão mesmo sacramentar a união para as próximas eleições, com um objetivo comum: impedir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Só resta agora, segundo o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), definir os detalhes da aliança – o que deve acontecer hoje pela manhã, no Rio, em reunião entre o candidato tucano ao Planalto, o governador paulista Geraldo Alckmin, e o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL). "O prefeito vai receber o governador e fazer uma consulta sobre o que ele prefere: que o PFL lance candidato à presidência, que ajude a formar o segundo turno, ou se o governador prefere que haja já no primeiro turno a coligação", disse Bornhausen. "Amanhã caberá ao governador dar a última palavra." Dois turnos – Segundo Bornhausen, a preferência do PFL é pela coligação com os tucanos já no primeiro turno. Mas a idéia de lançar um candidato próprio com a única intenção de impedir a vitória de Lula no primeiro turno ganhou força nos últimos dias, devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relativa às alianças partidárias. Na quarta-feira, o STF decidiu manter nas eleições deste ano a verticalização. Pela regra, os partidos têm que repetir nos estados as mesmas alianças feitas em nível federal. Isso desestimula o lançamento de candidatos à presidência, porque limita as coligações dos candidatos a governador. Um dos atingidos deverá ser o pré-candidato do

Ayrton Vignola/Folha Imagem

Alckmin: confiante como nunca.

PMDB, Anthony Garotinho (RJ), que poderá ter a candidatura derrotada na convenção do partido, em junho. Isso deixaria Alckmin praticamente sozinho contra Lula. E como o presidente já tem mais de 40% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais, poderia vencer sem necessidade de segundo turno. Sacrifício – "Até o sacrifício estamos oferecendo de ter um candidato que dificilmente poderia chegar ao segundo turno. Faremos o que for melhor para nos vermos livres do segundo mandato (de Lula), que vai ser uma desgraça nacional", disse Bornhausen. O senador salientou ainda que o eventual candidato pefelista não seria Maia. "O prefeito me deu uma correspondência, dizendo que ia permanecer na prefeitura, que não seria candidato a nenhum

O Serra é hoje uma unanimidade e uma inevitabilidade. A candidatura dele é a melhor opção. Alberto Goldman, deputado federal

s integrantes do PSDB estão jogando duro para convencer o prefeito José Serra a se candidatar ao governo. Ontem, a bancada estadual do partido, com 22 deputados, foi à prefeitura pedir que Serra concorra. Anteontem, foi a vez de uma centena de prefeitos fazer o mesmo. Hoje, chega a bancada federal tucana. Para o deputado Alberto

posto nesta eleição", disse. Já no caso de coligação no primeiro turno, o PFL vai reivindicar a escolha do candidato a vice na chapa de Alckmin, garantiu Bornhausen. Bornhausen adiantou que já conversou com todos os senadores do partido sobre a questão da aliança. "A grande maioria acha melhor que se faça a coligação", afirmou. Agora, a conversa será estendida a governadores, prefeitos de capital e deputados pefelistas. A expectativa é que, até 10 de abril, a coligação esteja completamente concluída. Otimismo – Com a aliança definida, o candidato tucano está mesmo otimista. Ao chegar ontem à noite ao Rio, ele foi recebido por Maria Estela Kubitschek, filha do presidente Juscelino Kubitschek, e pelo vice-prefeito, Otávio Leite (PSDB). E afirmou confiante: "O fato de a verticalização ter sido mantida para as eleições pode reduzir o número de candidatos. Se isso acontecer, teremos uma eleição mais plebiscitária e vamos ganhar no primeiro turno." O comando do PSDB já definiu que o quartel-general dos tucanos ficará em Brasília. A escolha visa a descolar de Alckmin a imagem de político conhecido apenas em São Paulo. A decisão começa a se concretizar na próxima semana, quando Alckmin deixará o governo de São Paulo. Além de colocar o candidato mais perto do centro do poder nacional, o comando tucano quer fugir do "paulistês, do paulistério", afirmaram caciques da legenda que tratam do processo. Outros comitês serão montados pelo País. (Agências)

Goldman, "Serra é hoje uma unanimidade e uma inevitabilidade" na disputa. O prefeito se disse "animado" com as manifestações, mas ainda não se decidiu sobre a candidatura. (Agências)


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12 -.CIDADES & ENTIDADES

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ANATOMIA DE UM FORMIGUEIRO Deus ajuda quem cedo madruga. O dito popular nunca foi tão verdadeiro para o repórter fotográfico Alex Ribeiro, do Diário do Comércio. Sua missão: retratar como a maior e mais famosa rua de comércio popular da cidade, a 25 de Março, desperta e se comporta até por volta do meio-dia. Bem cedinho, pelas cinco da manhã, ele se dirigiu para seu posto de observação e, nas nove fotos abaixo, mostrou, com felicidade, que em menos de 6 horas a rua vira um "formigueiro humano". Fotos de Alex Ribeiro/DC

As primeiras luzes do outono demoram a iluminar a cidade. Nada (ou muito pouco) mostra que esta é a maior rua de comércio popular da América Latina.

De longe, desconfiados, cautelosos, os primeiros camelôs dão as caras. Ilegalmente. Têm olhos puxados. A língua é arrevesada. São chineses.

O frio da manhã-madrugada encontra trabalhadores que saem dos ônibus. Oportunistas, os camelôs (bem poucos) oferecem luvas de lã.

Já amanheceu e os chineses, agora, dividem o meiofio com brasileiros nordestinos, mineiros, poucos paulistanos. Ocupar as calçadas, nem pensar.

As primeiras barracas de toldo azul são montadas nas calçadas. São os camelôs legalizados. As calçadas são deles. Chegam os primeiros fiscais.

Uma hora depois e a 25 começa a trepidar. Sonoridades diversas vêm dos carros, da ladainha dos ambulantes, do estalar das caixas. Gente.

A multidão toma corpo. Clientes da cidade, do interior, de outros estados, de outros países. Sotaques lusitanos de Angola e Moçambique.

A 25 se agiganta, ganha corpo, volume. Barracas, carros, compradores, transeuntes, fiscais e policiais formam uma massa amorfa, barulhenta.

A 25 de Março, totalmente desperta, explode em vendas. Legais e ilegais. Se homens fossem formigas, a 25 seria seu maior formigueiro.


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pontos percentuais foi a queda do juro de pessoa física desde setembro. Já a Selic caiu 3,25 ponto.

EMPRESAS PAGARAM MAIS POR CRÉDITO EM FEVEREIRO Apesar da tendência de queda da taxa básica de juros da economia brasileira, pesquisa do Banco Central mostrou que o custo médio do dinheiro para as pessoas jurídicas subiu de 31,3% ao ano em janeiro para 31,6% no mês passado.

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taxa básica de juros da economia (Selic) está em processo de queda, mas, em fevereiro, as empresas pagaram mais pelos empréstimos nos bancos. A conclusão é da pesquisa mensal de juros e crédito do Banco Central (BC), divulgada ontem. Para as empresas, a taxa média anual subiu 0,3 ponto percentual entre janeiro e fevereiro, passando de 31,3% para 31,6%. "O aumento é reflexo do crescimento da demanda por crédito pelas empresas de pequeno porte", disse o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes. Sem cadastro conhecido nos bancos, os pequenos empresários tiveram de arcar com taxas mais salgadas. "Os juros mais altos são uma proteção dos bancos contra o risco de inadimplência nas operações com clientes ainda pouco conhecidos", explicou Lopes. O aumento dos juros para as empresas foi encarado pelo economista Guilherme Maia, da consultoria Tendências, como pontual. "Não acreditamos que esse aumento seja algo duradouro", disse. O próprio chefe do Depec disse esperar que o custo dessas operações venha a ficar mais em conta já em março. "Nos primeiros 13 dias deste mês já registramos uma pequena queda dos juros nessas operações com empresas."

Jefferson Coppola/Folha Imagem

A expectativa de queda, de acordo com Lopes, se baseia no fato de que o custo pago pelos bancos na captação de recursos vem apresentando queda expressiva nos últimos meses. "Essa redução terá que ser repassada ao tomador de crédito em algum momento", afirmou o chefe do Depec. Pessoa física – Ao contrário das empresas, as pessoas físicas encontraram no mês passado juros ligeiramente menores nos bancos. De acordo com a pesquisa divulgada ontem pelo BC, a taxa média nas operações de empréstimos para consumidores foi de 59,2% ao ano, com diminuição de 0,5 ponto percentual na comparação com o mês de janeiro, quando os juros eram de 59,7%. Lopes informou que o percentual registrado em fevereiro foi o menor desde o início da série histórica do BC, em 1995. "Houve um claro repasse da queda da taxa básica de juros da economia iniciada em setembro do ano passado para o custo dessas operações para os consumidores", destacou o chefe de departamento. Os bancos, no entanto, não repassaram toda a redução da Selic para os clientes. Entre setembro de 2005 e fevereiro, a taxa média dos empréstimos ao consumidor recuou 2,9 pontos, enquanto os juros básicos caíram 3,25 pontos.

Mesmo tendo atingido o piso em fevereiro, a taxa de juros dos empréstimos bancários ao consumidor também tem espaço para novas reduções. "Entre setembro e fevereiro, o spread (diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas dos empréstimos) teve redução de apenas 0,4 ponto", comentou. Em fevereiro, o sp re ad ficou estável em 43,7 pontos percentuais. Esse valor é 0,9 ponto maior do que os 42,8 pontos do final de 2005. Volume — O volume de crédito no País em fevereiro somou R$ 615,6 bilhões, 1,1% a mais do que em janeiro e com crescimento de 20% em um período de 12 meses. A relação desse volume com o Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas as riquezas do País) ficou em 31,3%, ou seja, 0,2 ponto percentual a mais que no mês anterior. Em março, adiantou Lopes, até o dia 13, o volume de crédito total já havia crescido 1,6%, sendo 1,8% para pessoa física e 1,4% para jurídica. Para o economista da consultoria Tendências, os empréstimos bancários deverão apresentar neste ano um aumento real (descontada a inflação apurada no período) da ordem de 18,5%. "O aumento será menor que os 29,6% registrados no ano passado, mas ainda assim um patamar forte", disse Maia. (Agências)

Valorização do real preocupa dirigentes reunidos na ACSP

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situação geral da economia brasileira nos dois primeiros meses deste ano não mudou muito na comparação com 2005. Contudo, alguns indicadores preocupam, tais como o aumento da inadimplência no setor agrícola, um incremento nos gastos públicos e o avanço das importações do País, provocado pelo real valorizado. Além disso, surge um dilema ainda sem explicação para quem atua no setor produtivo brasileiro: dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção industrial caiu em janeiro, enquanto as vendas cresceram 6,5% no mês em relação a igual período no ano passado. Essas informações levam a duas versões: ou o comércio está desovando estoques ou os importados estão aparecendo nesse quadro.

Essas conclusões foram elaboradas ontem durante a reunião de avaliação de conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O setores varejista, têxtil, agrícola e a indústria de alumínio enfatizaram a preocupação com a valorização do real. "Ela não apenas prejudica a formação de preços, como exige cuidados maiores na formação de estoques", ponderou um representante do grande varejo. Câmbio – Ele explicou que o câmbio está forçando as empresas a vender "muito mais" para apenas manter o faturamento. "Sobretudo porque a queda de preços lá fora está favorecendo ainda mais os importados", salientou. E concluiu que janeiro passado foi "bom", fevereiro "péssimo" e março promete, no máximo, ser "razoável" para o varejo. O setor de alumínio, espe-

cialmente o de embalagens, está sofrendo com as importações, que registraram nos dois primeiros meses deste ano um aumento superior a 26%, em relação a igual período de 2005. A chegada de folhas de alumínio ao País, com destaque para as da Ásia, afeta a produção da linha branca (geladeiras, fogões, etc), panelas, veículos e ar-condicionado. Entretanto, informou um dirigente desse setor, as expectativas para 2006 ainda indicam algum crescimento no setor de chapas de alumínio com o crescimento das exportações de ônibus, da construção civil e de cabos de transmissão – este puxado pelo programa federal "Luz para todos". O setor têxtil aponta queda geral no faturamento, devido à concorrência dos produtos chineses, e na produção de embalagens. Sergio Leopoldo Rodrigues

Pressão por agenda positiva nacional

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sociedade brasileira precisa urgentemente pressionar o governo para adotar uma agenda positiva, a fim de assegurar a retomada do setor produtivo, sob o risco de perder a batalha pelo desenvolvimento, alertou ontem o economista Carlos A. J. Da Costa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e dono da P&L Educação Executiva, durante palestra na reunião de

conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para ele, o Brasil avançou muito pouco nas reformas que dariam competitividade nos mercados local e mundial, entre elas, a trabalhista, a previdenciária, a de gestão do Estado e a tributária, além de não ter avançado muito na área de comércio exterior e na redução dos juros. Também fica devendo eficiência nas áreas so-

cial e de controle da criminalidade, sem esquecer a morosidade do Poder Judiciário. O economista não acredita que o Brasil elevará seus níveis de poupança interna sem uma reforma previdenciária que tenha um novo regime de capitalização. Além disso, para o setor produtivo se desenvolver, será preciso desburocratizar o País e promover um novo pacto federativo. (SLR)

Josué Gomes da Silva, presidente do Iedi: perigo de a economia ser abatida a tiros se começar a crescer

Industriais criticam "teto" para o crescimento do País

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epresentantes da indústria criticaram ontem a amarra imposta ao crescimento brasileiro por conta do chamado Produto Interno Bruto (PIB) potencial – uma estimativa de quanto seria possível o País crescer sem provocar inflação. A avaliação do setor é de que se trata de uma "profecia auto-realizável", fazendo com que as autoridades monetárias freiem a economia sempre que a expansão se aproxima de 3% ou 3,5%. "Toda vez que começamos a crescer perto desse patamar, a economia é abatida a tiros. Com isso, a equipe econômica sempre vai provar que esse é mesmo o limite para o crescimento", afirmou o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Josué Gomes da Silva. "Essa ferramenta do produto potencial tem suas virtudes, mas tem numerosos defeitos se for mal utilizada. E está constrangendo o crescimento", acrescentou, frisando que a idéia do setor produtivo não é relaxar o controle da inflação. Gomes da Silva, que preside o con-

glomerado Coteminas, é filho do vice-presidente da República, José Alencar. Estudo elaborado pela entidade destaca que, ao calcular o produto potencial com base em uma média do passado, o Brasil fica com projeções muito conservadoras. "O Banco Central pode acabar 'produzindo' o hiato do produto que justifica sua política monetária", acrescentou Julio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Iedi. O gargalo entre oferta e demanda agregada é um dos pontos mais observados pelo Banco Central ao definir a taxa básica de juros. Outra crítica levantada pelo Iedi é a de que o produto potencial não leva em conta mudanças estruturais na economia, que a colocaram em um patamar mais forte. Para Almeida, as empresas têm uma certa flexibilidade para ampliar a produção num cenário de demanda maior, mesmo que não elevem muito o investimento, o que brecaria as pressões inflacionárias indesejadas. Espaço – Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), elaborada em 2005, sustenta

que é possível aumentar a produção em até 57% sem aumento de preços e com investimentos pontuais. "Existem setores com menor flexibilidade, mas nesses casos o governo poderia adotar políticas mais específicas", defendeu o diretor de pesquisas econômicas da Fiesp, Paulo Francini, criticando a distância que o governo mantém dos setores produtivos da economia. "Se me perguntarem quantas vezes o Banco Central falou com a Fiesp querendo saber sobre as condições do setor real, respondo: nenhuma." O empresário Eugênio Staub, da Gradiente, disse que é uma falácia o argumento de que o País não pode crescer mais. "Essa é uma profecia que se auto-confirma até pelos empresários. Se o governo acredita em um teto para o crescimento, os empresários também não investem porque não apostam numa expansão maior", disse. "Outra faceta dessa falácia é que a economia não pode crescer mais porque a taxa de investimento não é maior e a taxa de investimento não é maior porque o País não cresce mais", disse. (Reuters)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 1

Maratona de 111 documentários de 81 países: É Tudo Verdade

Fotos: Divulgação

Briga de Rua: astro no Oscar. Um trabalho corajoso do cinema americano

Longa revela os bastidores da campanha eleitoral de 2002 para a prefeitura de Newark, Nova Jersey

COTIDIANO SEM MAOUIAGEM

OUTRAS ESTRÉIAS

A

Guantánamo que mostra os horrores da prisão de Cuba para acusados de terrorismo. A intimidade da violeira Helena Meirelles, em Dona Helena. Duas cenas de A Margem do Concreto, de Evaldo Mocarzel . E Deus e o Diabo em Cima da Muralha: espectros do Carandiru

Do Afeganistão a Guantánamo: tudo documentado. Sérgio Roveri

D

a destruição das famosas estátuas dos budas gigantes no Afeganistão aos horrores de Guantánamo, a prisão para acusados de terrorismo que o governo americano mantém em território cubano. Das jovens chinesas que trabalham em regime de semi-escravidão nas fábricas de jeans para exportação à luta que as mulheres da República dos Camarões travam nos tribunais contra as posições radicais de seus maridos. A 11ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, que teve início ontem e prossegue até o próximo dia dois de abril, vai ocupar seis salas de exibição da cidade com a faceta do cinema voltada para o jornalismo, a denúncia e o retrato sem maquiagem de um cotidiano em que, a julgar pela programação deste ano, a poesia vem cedendo lugar ao terror. Exemplo disso é a programação de uma das mostras do festival, O Estado das Coisas: criada há oito anos, esta seção agora tornouse temática e vai exibir 14 produções internacionais que abordam a disseminação do terror ao redor do planeta – uma situação que os organizadores chamam de A Era do Medo. "A Era do Medo é o espelho de uma circunstância especial: o crescimento da produção de documentários históricos e jornalísticos, principalmente a partir dos ataques de 11 de Setembro", diz Amir Labaki, criador e fundador do festival. "São obras dedicadas a radiografar situações específicas de violação em massa dos direitos huma-

nos nos cinco continentes. Com esta gam carregados de prêmios e de ótiprogramação, O Estado das Coisas mas críticas da imprensa estrangeira. apresenta, desta vez, uma temperatu- O mais famoso deles é Briga de Rua (Street Fight), que revela os bastidores ra política mais elevada". Durante onze dias, o festival irá exi- da campanha eleitoral para a prefeitubir 111 produções pinçadas entre um ra da cidade americana de Newark, no número recorde de inscritos: 956 estado de Nova Jersey, em 2002. Reaobras provenientes de 81 países. So- lizada no ano passado por Marshall Curry, a obra concormente o Brasil aprereu ao Oscar de mesentou 388 títulos lhor documentário – no processo de seleperdeu para A Marção. Dezessete docha dos Pingüins. El cumentários estão Perro Negro – Históem disputa na Comrias da Guerra Civil petição InternacioE spanhola, melhor nal, enquanto que a documentário do Competição BrasiTribeca Film Festival, leira traz 19 títulos, de 2005, chega para entre longas, médias exibir, por meio de e curtas-metragens. uma colagem que U m d o s d e s t a- O Brasil é um País tão mistura filmes caseiques do festival é a grande, com tantos retrospectiva dedi- temas pouco explorados, ros a profissionais, diversas visões do cada à produção do- que é salutar que nossos conflito que mergucumental do cineas- cineastas privilegiem lhou a Espanha nuta alemão Werner mergulhos nesta ma duradoura ditaHerzog. São dez dodura e provocou 70 cumentários produ- realidade zidos nos últimos 35 Amir Labaki mil mor tes entre 1936 e 1939. Outro anos pelo diretor de Fitzcarraldo, entre eles seu trabalho documentário premiado, KZ – Campo mais recente, O Urso, do ano passado. de Concentração, vencedor do grande "Para Herzog, parece interessar mais o prêmio do júri no Sundance Festival processo do que o filme pronto", diz deste ano, mostra como os turistas, Labaki. "Seus documentários não re- guias e moradores da região enxergistram uma realidade dada, eles fun- gam hoje o campo de concentração de Mauthausen, na Áustria. No Buraco, dam sempre uma nova". A Competição Internacional aque- melhor documentário internacional ce esta edição do É Tudo Verdade com do Sundance 2006, flagra a rotina de pelo menos quatro títulos que che- centenas de trabalhadores que cons-

troem um viaduto gigantesco na capital mexicana. Se os documentaristas internacionais estão abrindo as lentes para questões mundiais, a programação do É Tudo Verdade revela que seus parceiros brasileiros ainda estão confinados às fronteiras do País. Labaki não vê nenhuma limitação nisso. "O Brasil é um País tão grande, com tantos temas pouco explorados, que é salutar que nossos cineastas privilegiem mergulhos nesta realidade", diz. "Mas uma ousadia maior no exame das grandes questões mundiais, sobretudo as que afetam diretamente o Brasil, seria oportuna e acredito que virá com o tempo". Dos títulos nacionais em competição, há desde o olhar de Evaldo Mocarzel sobre as ocupações promovidas pelos sem-teto no centro de São Paulo, no documentário À Margem do Concreto, passando pela chacina de 19 moradores da Baixada Fluminense, resgatada por Kiko Goifman em Atos dos Homens, até mergulhos na intimidade de artistas como a violeira Helena Meirelles (Dona Helena, de Dainara Toffoli) e Herbert Viana (Herbert de Perto, de Roberto Berliner e Pedro Bronz). 11° É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, até dois de abril no CineSesc, Centro Cultural Banco do Brasil, Itaú Cultural, Museu da Imagem e do Som, Galeria Olido e Cinusp. Veja a programação completa no site www.itsalltrue.com.br

Divulgação

Diamantes, A helicópteros e perigo em noites com o rei

s aventuras vividas por Roberto Carlos para as telas do cinema estão de volta, em sessão nostálgica do HSBC Belas Artes. A parceria entre o rei e o diretor Roberto Farias (o nome do ciclo é Roberto & Roberto) resultou em três longas-metragens produzidos na época da jovem guarda. Em Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1967) o rei vive cenas de ação e perigo. Em uma delas, o trânsito de Copa-

cabana chegou a parar durante as filmagens com um helicóptero. Namoradinha de um Amigo Meu é um dos hits do longa. Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1969) foi rodado em Israel, Japão, Portugal e Brasil. Nele o trio Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléia se arriscam por um diamante cor-de-rosa. A música Não Vou Ficar, faz parte da trilha. Considerado o melhor filme de sua carreira, A 300 km por

Hora mostra o cantor interpretando um piloto de automobilismo. Roncos de motor, fumaça saindo dos pneus e romance estão nessa produção que traz a canção De Tanto Amor co m o destaque. Os filmes serão exibidos de sexta-feira (24) até o dia 30, sempre às 19h. No dia 28, o público ainda pode participar de um bate-papo com o diretor Roberto Farias, depois da exibição de A 300 km por Hora.

Roberto Carlos em Ritmo de Aventura

M á q u i n a ( B ra s i l , 2006, 90 minutos). Adaptado do livro homônimo de Adriana Falcão, o filme A Máquina mostra as ousadias que uma pessoa é capaz de fazer em nome de um grande amor. Os jovens Karina (Mariana Ximenes) e Antonio vivem em Nordestina, sertão do Brasil. O rapaz não vê problema nisso. Já Karina, a garota da rua de baixo, sonha alto. Conhecer o mundo e visitar lugares onde as coisas acontecem estão entre as suas vontades. Nordestina não faz parte dos seus planos futuros. A ameaça de perder Karina, por quem Antonio é apaixonado, desperta no rapaz o desejo de tomar uma atitude. Para levar o mundo que Karina deseja até ela, Antonio invade uma emissora de TV e declara que tem o poder de ir para o futuro. Como garantia do feito, o apaixonado oferece a própria vida no programa exibido ao vivo. No dia marcado, a pequena cidade do sertão faz festa para ver a realização do grandioso ato. Repórteres estrangeiros e brasileiros, câmeras e curiosos estão direcionados para Nordestina. Todos atentos para a máquina do tempo criada por Antonio.

E

spíritos - A Morte está ao seu lado (Shutter, Tailândia, 2004, 97 minutos). O atropelamento de uma misteriosa pedestre muda a rotina do fotógrafo Thun (Ananda Everingham) e de sua namorada Jane (Natthaweeranuch Thongmee). Após o acidente, eles fogem da cena do crime e voltam à rotina em Bangkok. A tranqüilidade não dura muito. Pesadelos começam a apavorar a vida de Jane enquanto Thun percebe estranhas figuras espectrais aparecerem em suas fotos. Durante a investigação do fenômeno, os melhores amigos de Thun começam a morrer. Além disso, outras fotografias com imagens sobrenaturais aparecem. Os namorados voltam ao local do crime e nenhum vestígio da moça atropelada é encontrado. Resolver o mistério é essencial para os dois, já que o risco de morte ronda o casal. O longa foi a maior bilheteria da Tailândia em 2004.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

CONVOCAÇÕES

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

AVISOS AOS ACIONISTAS

AVISO

BALANÇOS

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP

MONTEBEL EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.

C.N.P.J. 43.216.357/0001-14 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO De acordo com as disposições estatutárias, estamos apresentando aos Senhores Acionistas as demonstrações financeiras relativas aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2.005 e de 2.004. Rio Claro, 24 de março de 2.006. A ADMINISTRAÇÃO Balanços Patrimoniais Levantados em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante: Disponível 1 7 Circulante Juros sobre o capital próprio a receber 4.495 Imposto de renda retido na fonte sobre Impostos a recuperar e outros 619 901 juros sobre capital próprio 573 391 Total do circulante 620 5.403 Obrigações fiscais e outros Juros sobre o capital próprio a pagar 3.247 Realizável a Longo Prazo: Contas a receber partes relacionadas 225 - Total do circulante 4.211 Total do realizável a longo prazo 225 - Patrimônio Líquido 66.367 66.367 Permanente:Investimentos 127.888 106.039 Capital social Deságio de empresas relacionadas (16.166) (16.166) Reserva legal 6.878 5.730 39.485 19.090 Imobilizado, líquido 163 122 Lucros acumulados 112.730 91.187 Total do permanente 111.885 89.995 Total do patrimônio líquido Total 112.730 95.398 Total 112.730 95.398

Demonstrações do Resultado para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto lucro líquido por lote de mil ações) Receita Operacional 2005 2004 Participação no resultado de controlada 23.004 20.068 Receitas (Despesas) Operacionais Gerais e administrativas (80) (75) Resultado financeiro, líquido 47 (4.132) Lucro Antes da Reversão dos Juros Sobre Capital Próprio 22.971 15.861 Reversão dos Juros Sobre o Capital Próprio 3.820 Lucro Líquido do Exercício 22.971 19.681 Lucro Líquido Por Lote de Mil Ações - R$ 224,55 192,39

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido p/os Exercícios Findos em 31/12/2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais-R$) Origens de Recursos 2005 2004 Capital social Reserva legal Lucros acumulados Total Das operações: Lucro líquido do exercício 22.971 19.681 Saldos em 31 de Dezembro de 2003 66.367 4.746 5.014 76.127 Itens que não afetam o capital circulante: Lucro líquido do exercício 19.681 19.681 Participação no resultado de controlada (23.004) (20.068) Juros sobre o capital próprio (3.928) (3.928) (33) (387) Imposto de renda retido na fonte de juros sobre o capital próprio (693) (693) De acionistas: Juros sobre o capital próprio recebidos 5.001 Reserva legal 984 (984) Dividendos recebidos 1.155 2.858 Saldos em 31 de Dezembro de 2004 66.367 5.730 19.090 91.187 1.155 7.859 Lucro líquido do exercício 22.971 22.971 Total das origens 1.122 7.472 Reserva legal 1.148 (1.148) Aplicações de Recursos Dividendos propostos (1.428) (1.428) No ativo permanente: Adições ao imobilizado 41 72 Saldos em 31 de Dezembro de 2005 66.367 6.878 39.485 112.730 Juros sobre o capital próprio distribuídos 3.928 Imposto de renda retido na fonte de Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para os Exercícios Findos em 31/12/2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais-R$) juros sobre o capital próprio 693 1.428 1. Contexto Operacional: A Montebel Empreendimentos e Participações As informações relevantes sobre o investimento na controlada Agroceres Dividendos propostos 225 S.A. (a “Sociedade”) dedica-se à promoção e participação em Nutrição Animal Ltda., para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, Aumento do realizável a longo prazo 1.694 4.693 % Capital Patrimônio Lucro Total das aplicações empreendimentos agropecuários, comerciais e industriais. 2. Apresentação são como segue: Aumento (Diminuição) do Capital Circ. Líquido (572) 2.779 Participação social líquido líquido das Demonstrações Financeiras e Principais Práticas Contábeis: As Variações no Capital Circulante demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas Agroceres Nutrição 620 5.403 100% 63.976 127.888 23.004 Ativo circulante: Final contábeis adotadas no Brasil. As principais práticas contábeis adotadas Animal Ltda. Inicial 5.403 3.367 pela Sociedade na elaboração das demonstrações financeiras foram as O deságio sobre investimento em controlada, no montante de R$ 16.166 (4.783) 2.036 seguintes: a) Investimentos: Em controlada, é avaliado pelo método da em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, refere-se à aquisição de 4.211 equivalência patrimonial. O deságio sobre investimento está baseado em participações societárias, em 1997 e 1999, em empresas posteriormente Passsivo circulante: Final Inicial 4.211 4.954 outras razões econômicas e, dessa forma, será amortizado somente quando incorporadas pela controlada Agroceres Nutrição Animal Ltda.. Referido (4.211) (743) da alienação do investimento. b) Impostos a recuperar: Referem-se, deságio está baseado em outras razões econômicas e, dessa forma, será (572) 2.779 principalmente, a antecipações de imposto de renda pessoa jurídica e amortizado somente quando da alienação do investimento. 4. Transações Aumento (Diminuição) do Capital Circ. Líquido contribuição social, as quais estão sendo utilizadas na compensação de com partes Relacionadas: As contas a receber de partes relacionadas R$ 1.428, se referem a lucros de 2004. Muito embora a Sociedade tenha débitos de tributos federais incidentes sobre as operações da Sociedade. c) em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 225, referem-se a operação apresentado lucro líquido no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a Atualização monetária de direitos e obrigações: Os direitos e as obrigações, de mútuo com a controlada Agroceres Nutrição Animal Ltda. 5. Capital Administração ainda não definiu a destinação destes lucros. Dessa forma, legal ou contratualmente sujeitos a reajustes pelos efeitos da inflação ou Social e Destinação dos Resultados: O capital autorizado em 31 de a proposta de destinação dos lucros ocorrerá em Assembléia Geral câmbio, foram atualizados até a data do balanço. As contrapartidas dessas dezembro de 2005 e de 2004 é representado por 102.296.420 ações sem Ordinária. 6. Instrumentos Financeiros: Os instrumentos financeiros da atualizações foram reconhecidas no resultado do exercício. 3. valor nominal, sendo 49.071.885 ordinárias e 53.224.535 preferenciais. Por Sociedade encontram-se registrados em contas patrimoniais e estão Investimentos: A composição dos investimentos em 31 de dezembro de definição do Estatuto Social da Sociedade, aos titulares de ações de relacionados principalmente, às transações com partes relacionadas 2005 e de 2004, bem como o resultado da equivalência patrimonial registrado qualquer espécie é atribuído, em cada exercício, um dividendo mínimo, divulgadas na nota explicativa nº 4. A Sociedade não mantém transações não inferior a 25% do lucro líquido, calculado nos termos da lei societária. A nos exercícios findos naquelas datas, são como segue: com instrumentos financeiros derivativos. seguir é demonstrado o cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios, 2005 2004 Urbano Campos Ribeiral - Diretor Presidente Equivalência Equivalência referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005: Luiz Antonio Napolitano Sallada - Diretor Vice Presidente 22.971 Investimentos patrimonial Investimentos patrimonial Lucro líquido do exercício Diretoria Guilherme Vanetti de Araujo - Diretor Constituição da reserva legal (1.148) Agroceres Marcelo Araujo Ribeiral - Diretor Lucro líquido ajustado 21.823 Nutrição Erika Meissner - Contadora - CRC 1SP192872/O-1. 25% Animal Ltda. 127.888 23.004 106.039 20.068 Urbano Campos Ribeiral - Presidente Dividendo mínimo obrigatório 5.456 Deságio sobre Conselho de Neyde Bittencourt de Araujo - Conselheira investimento (16.166) (16.166) Conforme determina a legislação vigente, os juros sobre o capital próprio Total dos Administração Nice Araujo Ribeiral - Conselheira em 2004 foram pagos aos acionistas, já deduzidos do imposto de renda na Jose Alberto de Mattos - Conselheiro investimentos 111.722 23.004 89.873 20.068 fonte, à alíquota de 15%. Os dividendos pagos em 2005, no montante de Vitor Vanetti de Araujo - Conselheiro. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a Participações S.A., em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de Aos Acionistas e Administradores da Montebel Empreendimentos e Participações S.A. Rio Claro - SP. relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Montebel Empreendimentos e controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos Participações S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas Campinas, 10 de março de 2006 líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, DELOITTE TOUCHE TOHMATSU exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em Auditores Independentes sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no CRC nº 2 SP 011609/O-8 sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, Walbert Antonio dos Santos conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e a posição patrimonial e financeira da Montebel Empreendimentos e Contador - CRC nº 1 SP 185597/O-4

CNPJ nº 61.585.220/0001-19 Aviso aos Acionistas Comunicamos que se acham à disposição dos Srs. Acionistas desta Companhia, na Av. Miguel Estéfano, 3.900, Capital, os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404 de 15/12/76, exercício social encerrado em 31.12.2005. São Paulo, 21 de março de 2006. José Bernardo Ortiz - Presidente do Conselho de Administração. (22,23 e 24/03/06)

ATA

BANCO DE LA NACIÓN ARGENTINA (FILIAL BRASIL) - CNPJ 33.042.151/0001-61 Demonstrações de Resultados (Em MR$) Balanços Patrimoniais em 31/12/2005 e 2004 (Em MR$) 2º Sem/2005 Ex. 2005 Ex. 2004 Ativo 2005 2004 Passivo e Patrimônio Líquido 2005 2004 2.902 3.528 2.136 Ativo Circulante .......................................................... 65.041 37.215 Passivo Circulante ..................................................... 37.989 20.901 Rec. da Intermediação Financeira ..... Operações de crédito ......................... 884 1.701 1.587 Disponibilidades ......................................................... 3.521 5.143 Depósitos ................................................................... 2.413 1.211 Resultado de operações de câmbio ... 527 650 470 Aplicações interfinanceiras de liquidez ...................... 3.356 151 Depósitos à vista ...................................................... 1.387 721 Res. de opers. com tít. e vals. mobils .. 667 972 79 Aplicações em operações compromissadas ............ 1.000 Depósitos à prazo .................................................... 1.026 490 Resultado de câmbio .......................... 824 205 Aplicações em depósitos interfinanceiros ................ 250 151 Obrigações com operações compromissadas ........... 1.201 (674) (1.350) (1.784) Aplicações em moeda estrangeira ........................... 2.106 Carteira própria .......................................................... 1.201 - Despesas da Intermed. Financeira .... Opers. de captações no mercado ....... (97) (163) (74) Título e valores mobiliários ......................................... 13.664 3.078 Relações interdependências ...................................... 607 572 Opers. de empréstimos e repasses .... (544) (930) (182) Títulos de renda fixa ................................................ 12.462 3.078 Recursos em trânsito de terceiros ........................... 607 572 Provisão p/ créditos de liq. duvidosa ... (257) (1.089) Vinculadas a operaçõs compromissadas ................. 1.202 Obrigações por empréstimos e repasses ................... 31.568 16.952 Resultado de câmbio .......................... (33) (439) Relações interfinanceiras ........................................... 315 5.520 Empréstimo e repasses no exterior .......................... 31.568 16.952 2.228 2.178 352 Créditos vinculados .................................................. 13 Outras obrigações ...................................................... 2.200 2.166 Res. Bruto da Interm. Financeira ....... (2.445) (4.476) (4.669) Pagamentos e recebimentos a liquidar .................... 236 4 Carteira de câmbio .................................................. 77 15 Outras Rec./Desp. Operacionais ....... Receitas de prestação de serviços ..... 29 56 125 Devedores por repasses recursos externos ............. 5.478 Sociais e estatutárias ............................................... 1.726 Despesas de pessoal ......................... (1.622) (3.000) (2.970) Relações com correspondentes ............................... 79 25 Fiscais e previdenciárias .......................................... 1.665 Outras despesas administrativas ........ (976) (1.945) (1.781) Operações de crédito ................................................. 30.265 13.192 Diversas ................................................................... 458 425 Despesas tributárias ........................... (156) (267) (238) Operações de crédito - setor privado ....................... 30.798 14.105 Resultados de Exercícios Futuros ............................ 1 1 Outras receitas operacionais .............. 359 781 274 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) ...... (533) (913) Resultados de exercícios futuros ............................... 1 1 Outras despesas operacionais ........... (79) (101) (79) Outros créditos ........................................................... 13.913 10.128 Patrimônio Líquido ..................................................... 45.147 34.676 (217) (2.298) (4.317) Carteira de câmbio .................................................. 13.385 9.642 Capital: De domiciliados no exterior ........................... 36.858 24.213 Resultado Operacional ...................... Resultado não operacional ................. 87 52 177 Diversos ................................................................... 528 486 Reserva de reavaliação ................................. 14.243 14.312 (130) (2.246) (4.140) Outros valores e bens ................................................ 7 3 Reserva para contingências .......................... 523 523 Res. antes da trib. sobre o lucro ....... (130) (2.246) (4.140) Despesas antecipadas ............................................. 7 3 Prejuízos acumulados ................................... (6.477) (4.372) Prejuízo (Lucro) do Período ............... Ativo Permanente ....................................................... 18.096 18.363 Total ............................................................................. 83.137 55.578 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (Em MR$) Investimentos ............................................................. 115 115 Operações de Crédito Até 360 dias Acima de 360 dias Total R$ mil 2º Sem/2005 Ex. 2005 Ex. 2004 Outros investimentos ............................................... 115 115 Empr. e tít. descontados 5.626 1.579 7.205 Origem dos Recursos ........................ 27.695 34.937 43.966 Imobilizado de uso ..................................................... 17.975 18.206 Fin. em moeda estrang. . 3.573 20.020 23.593 Var. nos Res. de Exercícios Futuros . 1 (6) Imóveis de uso ......................................................... 8.479 24.478 Prov. p/opers de créditos (2) (531) (533) Rec. de Terceiros Originários de ....... 14.783 17.087 18.275 Outras imobilizações de uso .................................... 1.511 1.444 Adiant.s/contr. de câmbio (1) 12.306 12.306 Aum. dos Subgrupos do Passivo ...... 14.783 17.087 18.275 (Depreciações acumuladas) .................................... (8.014) (7.716) Prov. p/outros créditos ... Depósitos ........................................... 875 1.202 70 Imóveis de uso - reavaliações .................................. 15.999 - Rendas a receber .......... (2) 210 210 Obrigações compromissadas ............. 1.201 1.201 Diferido ....................................................................... 6 42 Subtotal ........................ 21.713 21.068 42.781 Obrig. por empréstimos e repasses .... 12.707 14.615 16.615 Gastos de organização e expansão ......................... 6 42 Avais e Fianças ............. 3.671 59 3.730 Relações interf. e interdependências .. 36 122 Total ............................................................................. 83.137 55.578 Total em 31/12/2005 ..... 25.384 21.127 46.511 Outras obrigações .............................. 33 1.468 Total em 31/12/2004 ..... 22.868 2.337 25.205 Dim. dos Subgrupos do Ativo ........... Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em MR$) 266 5.205 11.385 (1) Os adiants s/contrato de câmbio estão classificados como redução de Aplic. interfinanceiras de liquidez ........ Cap. Res. Res. Res. esp. 10.574 outras obrigações. (2) Referente a rendas a receber de adiantamento concedi- Outros créditos ................................... Social de para Lei nº Prej. 258 5.205 804 Realiz. Realiz. Cont. 8.200 Acum. Total do e títulos e créds. a receber. b. Classificação das opers nos níveis de risco Relações interf. e interdependências .. 7 Total das Opers R$ mil Prov. p/ Créd. de liq. Duvid. Saldos 30.06.2005 .. 24.213 14.265 523 - (6.418) 32.583 Nível de Risco Outros valores e bens ......................... 8 41.675 Aumento de capital .. 12.645 - 12.645 AA Reservas de Reavaliação ................... 14.312 330 2 Realiz. de res. esp. .. (22) 72 50 A Reaval. de imóvel de uso próprio ........ 14.312 Prej. líq. do exerc. .... (131) (131) B Capital ................................................. 12.645 12.645 150 4 Saldos 31.12.2005 .. 36.858 14.243 523 - (6.477) 45.147 C Capital integralizado ........................... 12.645 12.645 Variação no Exerc. . (12.645) (22) (59) 12.564 D Aplicação de Recursos ...................... 25.610 36.559 41.785 263 78 Saldos 31.12.2004 .. 24.213 14.312 523 - (4.372) 34.676 E Aj. de Exerc. Anter. Prejuízo líquido .... 130 2.246 4.139 896 449 Aumento de capital .. 12.645 - 12.645 F Ajustes de exercício anteriores ......... (49) (73) 4.473 G Res.reav.de imóveis Depreciação ..................................... (155) (335) (247) Prejuízo líquido ajustado ................... (74) 1.838 8.365 de uso .................... (69) 142 73 H 43.314 533 Realização de reserva ........................ 751 Lucro líq. do exerc. .. - (2.247) (2.247) Total Inversões em ...................................... 30 68 16.014 Saldos 31.12.2005 .. 36.858 14.243 523 - (6.477) 45.147 c. Distribuição das operações por atividade econômica Total das Operações Investimento: Imobilizado de uso ........ 30 68 16.014 Var. no Exercício .... 12.645 (69) - (2.105) 10.471 Atividade Econômica 24.540 Aum. dos Subgrupos do Ativos Saldos 31.12.2003 .. 24.213 523 752 4.240 29.728 Indústria Comércio 18.424 Circ. e Real. a L. Prazo ...................... 25.455 34.653 16.555 Res. reav. de imóveis Outros Serviços 95 Aplic. interfinanceiras de liquidez ........ 2.903 3.205 de uso .................... - 14.312 - 14.312 Pessoas Físicas 255 Títulos e valores mobiliários ............... 10.311 10.586 Realiz. de res. esp. .. (752) 752 Total 43.314 Relações interf. e interdependências .. 32 3.078 Prej. líq. do semestre- (4.139) (4.139) 5. Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa: A provisão p/créditos de Operações de crédito ......................... 12.209 17.073 5.389 Prej. líq. do semestre- (5.225) (5.225) liquidação duvidosa é fundamentada na classificação das operações em aberto Outros créditos ................................... 3.785 8.088 Saldos 31.12.2004 .. 24.213 14.312 523 - (4.372) 34.676 e constituída em montantes considerados necessários para cobrir prováveis Outros valores e bens ......................... 4 Var. no Exercício .... - 14.312 (752) (8.612) 4.948 perdas na realização dos créditos, segundo as normas estabelecidas pelo Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31/12/2005 e 2004 BACEN (Res. nº 2.682/99 e 2.974/00). 6. Obrigações em Moeda Estran- Redução dos Subgrupos do Passivo Circ. e Exigível a L. Prazo .... 199 100 (Em MR$) - 1. Contexto Operacional: O Banco é uma filial do Banco de La geira: Representam recursos captados juntos a Bancos do Exterior acresci- Obrigações compromissadas ............. 100 Nación Argentina, Instituição Oficial da República Argentina, autorizada a fun- dos dos respectivos encargos financeiros contratuais, incorridos até 31/12/05 Relações interf. e interdependências .. 60 cionar no Brasil, de acordo com o Decr. nº 46.186, de 11/06/1959. 2. Apre- e da atualização monetária em decorrência da variação da taxa cambial. Outras obrigações .............................. 139 sentação das Demonstrações Contábeis: As demonstrações foram elabo- Saldos das operações no período: Aum. (Red.) das Disponibilidades ..... 2.085 (1.622) 2.181 radas em observância aos princípios contábeis e de acordo com as normas Data R$ mil US$ mil Modificações na Posição Financ. ...... estabelecidas pelo BACEN, apresentadas conforme nomenclatura e classifi- 31/12/2005 31.568 13.491 Disponibilidades: Início do período ..... 1.436 5.143 2.962 cação prevista no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Na- 31/12/2004 16.952 6.398 Fim do período .................................. 3.521 3.521 5.143 cional-COSIF. 3. Principais Critérios Contábeis: a. Apuração do resultado 7. Capital Social: As instituições financeiras estrangeiras devem registrar o Redução das Disponibilidades .......... 2.085 (1.622) 2.181 - As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência men- capital estrangeiro investido e os lucros capitalizados no BACEN, para que 2005 2004 sal. Os valores sujeitos à variação monetária ou cambial são atualizados até possam remeter dividendos sobre esse capital ao exterior, bem como para Descrição 941 129 a última variação ocorrida no período. b. Aplicações interfinanceiras de repatriação de capital. O Banco tem investimentos registrados em capital es- Responsabilidade por créditos abertos p/ importação 2.023 337 liquidez e títulos e valores mobiliários - As aplicações em moeda estran- trangeiro no valor de US$ 20.714 mil. Neste ano houve um aporte no valor de Respons. por créditos abertos p/ export. confirmados 11. Limites Operacionais: De acordo com Res. nº 2.099/94 do BACEN é geira são atualizados na data do balanço. Títulos e valores imobiliários que US$ 5.500 mil. O capital social do Banco de La Nación Argentina no Brasil são mantidos até o vencimento, estão registrados ao custo de aquisição acres- passou de R$ 24.213 mil para R$ 36.858 mil, correspondendo a um aumento exigida a manutenção de patrimônio Líquido mínimo, correspondente a 11% cido dos rendimentos financeiros incorridos até a data do balanço (circ. 3068/ de R$ 12.645 mil. 8. Reavaliação de Imóveis: O Banco procedeu à reavaliação do montante das operações ativas ponderadas por graus de risco, que vari01-BACEN). c. Ativo imobilizado - O ativo imobilizado está registrado a custo de imóveis de uso no exercício de 2004, com base em laudo emitido por am de 0% a 300%. O Banco em 31/12/2005, atingiu o índice de 56,35% devide aquisição, acrescido de correção monetária até 31/12/95. A depreciação peritos avaliadores credenciados, aprovados pela Diretoria. A reavaliação foi do o aumento de capital que houve no ano. 13. Contingências Fiscais: As do custo corrigido monetariamente é calculada pelo método linear, pelas ta- registrada na forma requerida pela Circular BACEN nº 2824/98. 9. Garantias ações e processos judiciais ou administrativos movidos contra o Banco de La xas anuais de: Imóveis - 4%; Veículos e Equipamentos de Processamento de Prestadas: As garantias por fianças e avais prestados montam em R$ 3.730 Nación Argentina (filial Brasil), informados pela Assessoria Legal da InstituiDados - 20% e Sistemas de Comunicação e Móveis e Utensílios - 10%. mil, em 31/12/05 (em 31/12/04 foram R$ 1.524 mil). 10. Contas de Compensa- ção, pendentes de solução e existentes em 31/12/05, estão estimados no 4. Composição da Carteira de Operações de Crédito: a. Distribuição das ção: O Banco manteve em sua contabilidade, dentre outras, as contas de total de R$ 96 mil, a saber: a. Ações, reclamações trabalhistas: R$ 69 mil. operações por faixa de vencimento compensação relativas à carteira de câmbio, cujos saldos são os seguintes: b. Ações, processos judiciais, administrativos e fiscais: R$ 27 mil. Jorge Luiz do Espírito Santo - Contador-CRC nº1RJ 06.7982T-9 Eduardo Casado - Diretor internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dem. contábeis relativas ao exercício encerrado em 31/12/04 apresentadas Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores do Banco de La Nación Argentina (Sucursal Brasil) - dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulga- para fins de comparação, foram por nós auditadas, com parecer emitido em SP/SP - 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco de La Nación Argen- dos; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas 30/01/05, sem ressalvas. 5. Em meados de 2000, o Banco de La Nación tina (Sucursal Brasil) em 31/12/05 e as respectivas demonstrações do re- adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das de- Argentina (Sucursal Brasil), iniciou uma reestruturação com a implantação sultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de monstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demons- de um sistema de informatização cujo objetivo é a melhoria dos controles recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a trações contábeis referidas no parágrafo 1 representam, adequadamente, em internos de suas áreas operacionais. A administração do Banco vem obtendo responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de ex- todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco sucesso e avanços significativos na implantação destes controles, permitindo 01/02/06. pressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exa- de La Nación Argentina (Sucursal Brasil), em 31/12/05, o resultado de suas mais confiabilidade sobre os saldos e informações contábeis. Horwath Tufani, Reis & Soares Auditores Independentes mes foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações CRC 2SP015165/O-8 Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando rele- de seus recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo Jairo da Rocha Soares - Contador - CRC 1SP120458/O-6 vância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles com as práticas contábeis emanadas da Legislação Societária Brasileira. 4. As

EDITAIS


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

´ MUSICA Encontro marcado com um prodígio da batuta O maestro israelense Illan Volkov (fotos), de apenas 30 anos, e carisma eletrizante, dirige a Sinfônica da BCC escocesa, uma das melhores orquestras da Europa, dois solistas e obras de seis compositores. Começa a temporada da Sociedade de Cultura Artística, com a promessa de dois concertos espetaculares.

Os seis mestres do programa. Do balé à tensão, só emoções. A música extrovertida de Stravinsky, no primeiro dia.

Igor Stravinsky (18821971). Russo. Autor de obras emblemáticas do século 20, entre elas, O Pássaro de Fogo, A Sagração da Primavera e o balé Pretushka. Na terça (28), a BBC interpreta outro balé: Le Baiser de la Fee (O Beijo da Fada).

Luis S. Krausz

Fotos: Divulgação/SCA

Voz e clarineta: solistas. A BBC, versão da Escócia: exuberância, precisão e repertório extenso.

A soprano canadense participa da interpretação da Sinfonia nº 4 de Mahler.

O clarinetista inglês Michael Collins, outro dos convidados da orquestra, toca um virtuosístico e "dançante" concerto de Mozart

A

ssistir a jovens solistas prodigiosos que se apresentam ao lado de orquestras consagradas é um acontecimento e um prazer não tão incomum para os freqüentadores de concertos. Mas assistir a uma das melhores orquestras da Europa que tem como titular um maestro de apenas 30 anos, e que é regente titular desta mesma orquestra desde os 27, certamente é um acontecimento. É o que aguarda quem for assistir à estréia da temporada de 2006 da Sociedade de Cultura Artística, na

Sala São Paulo, nos próximos dias 28 e 29, quando se apresenta a Orquestra Sinfônica da BBC escocesa, regida pelo israelense Ilan Volkov. Volkov é um destes prodígios musicais que faz pensar na precocidade e na espontaneidade dos grandes compositores e músicos de outra era – como Mozart e Mendelssohn, por exemplo. Embora hoje em dia regente titular tenha se tornado quase que sinônimo de cabelos grisalhos e rostos vetustos, Volkov começou a reger na adolescência. Formado pela célebre Academia Rubin de Tel Aviv e pela Royal Academy of Music de Londres, ele foi escolhido, aos 21 anos, para ser o regente principal da Filarmônica Jovem de Londres. Foi também assistente de Seiji Ozawa à frente da Sinfônica de Boston antes de assumir seu posto atual, mas tem um currículo de convites impressionantes, dentre os quais se pode destacar as filarmônicas de Nova York, Israel e Londres, e as sinfônicas da NDR (Hamburgo) e Nacional da Rússia. Já atuou ao lado de solistas do calibre de Mstislav Rostropovich, Emmanuel Ax e do

também jovem prodígio Lang Lang. Nada mau para quem nasceu em 1976. Dedicando-se a um vasto repertório, que vai de Mozart a contemporâneos como Ligeti, ele é um eclético, cujo temperamento eletrizante contagia orquestra e público e logo faz esquecer sua pouca idade. Os programas escolhidos para esta turnê sulamericana são densos: na terça-feira (28), toca, de Stravinsky, Divertimento do balé Le Baiser de la Fee; de Mozart, o Concerto para Clarineta e Orquestra, uma das peças favoritas do compositor de Salzburgo, cujo 250º aniversário se comemora este ano, e a Sinfonia nº 5 de Tchaikovsky. No programa da apresentação de quarta-feira (29) estão, de Berlioz, a Abertura da ópera Beatriz e Benedito; Les Illuminations, de Britten, e a Sinfonia nº 4, de Mahler. Ou seja, programas para pesos-pesados, que não fazem qualquer tipo de concessão à juventude. A Sinfônica da BBC escocesa foi fundada em 1935, cinco anos depois da orquestra da BBC londrina, mas hoje é considerada superior a esta. A ousadia de sua programação e uma versatilidade que vai desde formações de câmara até o gigantismo necessário para dar conta, por exemplo, de uma sinfonia de Mahler, têm arrebatado a crítica européia, e levaram a uma intensa

Gustav Mahler (1869-1911), austríaco. Ficou célebre pela competência como regente. Sua música, cheia de contrastes e muito colorida, tem sido apresentada com insistência, pelo menos nas últimas quatro décadas. Compôs dez sinfonias (a última, completada por Deryck Cooke); um ciclo de canções com orquestra e dezenas de canções para voz e piano. A BBC interpreta a formidável 4ª Sinfonia.

produção discográfica pelo selo britânico Hyperion. Os solistas serão a soprano canadense Bárbara Hannigan, na Sinfonia nº 4 de Mahler e, no concerto de Mozart, o clarinetista britânico Michael Collins. Certamente um começo de temporada incomum, e um tributo, em mais de um sentido, à genialidade e à naturalidade mozartianas, que são, afinal, o tema principal deste ano musical, em São Paulo e no mundo inteiro. ORQUESTRA DA BBC ESCOCESA Regente – Ilan Volkov Soprano - Barbara Hannigan / Clarineta - Michael Collins 3a. e 4a. feira, 28 e 29 de março, na Sala São Paulo Praça Júlio Prestes, s/n Preços: Setor I – R$ 240,00 // Setor II – R$ 190,00 // Setor III – R$ 150,00 // Setor IV – R$ 120,00 Estudantes até 30 anos – R$ 10,00 – meia hora antes dos concertos Ingressos à venda na bilheteria do Teatro Cultura Artística. Rua Nestor Pestana, 196, das 12 às 19 horas. Informações e televendas: 11. 3258.3344 de 2ª a Sábado das 12 às 19 horas. Domingos das 12 às 17 horas. Aceita-se todos os cartões.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), austríaco. Em 2006, comemora-se o 250º aniversário de seu nascimento. A BBC traz a São Paulo o Concerto para Orquestra e Clarineta, amado pelo compositor.

Pyotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893), russo. Compôs balés, suítes, fantasias e seis sinfônias. As mais lembradas são a 4ª, a 5ª e a 6ª (conhecida como Patética). A BBC interpreta a 5ª, colorida, grandiosa e densa.

Hector Berlioz (18031869), francês. Inquieto, polêmico, grandioso, compôs três óperas, três sinfonias, corais e um Requiem, entre outras obras. No programa da BBC, a Abertura da ópera Beatriz e Benedito.

Benjamin Britten (19131976), inglês. Escreveu 15 óperas; um balé; cinco ciclos de canções com acompanhamento de orquestra e a famosa Sinfonia de Requiem. A BBC interpreta Les Illuminations, obra pouco ouvida. (MMJ)


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Nacional Imóveis Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Governo vai fazer consulta pública para utilizar R$ 7 milhões de recursos do Fust.

MAIS UMA OFERTA PELA SCHERING

COMUNIDADE INTERNACIONAL EXIGE ESTIMATIVA DE CUSTO PARA USINA DESATIVAR MATERIAL RADIOATIVO

DESATIVAÇÃO DE USINAS VAI CUSTAR R$ 1 BI

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

A

Previsão é de que central nuclear Angra 2 continue em operação até o ano de 2030

INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,24% na última semana.

Ó RBITA

PROPOSTA Bayer faz oferta de 16,3 bilhões de euros para comprar a fabricante de remédios Schering.

Marcos Fernandes/LUZ

QUEDA DE PREÇOS, SÓ EM MAIO.

A

União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) estimou ontem que os preços do álcool deverão cair a partir de maio, quando começa oficialmente a safra de canade-açúcar 2006/07. O diretor técnico da entidade, Antonio de Pádua Rodrigues, acredita que a menor demanda – gerada pelo forte aumento dos preços desde o fim do ano passado – e dificuldades nas vendas do produto para o mercado externo devem também pressionar os preços do combustível. "O mercado só terá produção em 100% (das usinas) em maio. Com isso,

AGRICULTURA

P

rodutores agrícolas dos Estados Unidos pedem que o governo passe a tratar o Brasil como um país desenvolvido no setor agrícola. Negociadores dentro do governo brasileiro admitem que existe a possibilidade de se aceitar tal condição. Já agricultores da Europa alertam que o potencial agrícola brasileiro poderia "desestabilizar" a agricultura mundial. (AE)

O abastecimento de álcool deve voltar ao normal apenas em maio

o preço vai cair, mas quanto vai cair é uma questão de futurologia", disse Rodrigues em evento da Volkswagen para lançamento de novo modelo equipado com motor flexível. Rodrigues informou que

ÁLCOOL ANIDRO PARA MOTOR FLEX

A

produção exclusiva do álcool anidro, tanto para a mistura à gasolina como para o abastecimento dos carros flex fuel, e o fim do uso do hidratado, foi defendida ontem pelo gerente de Álcool e Oxigenados da Petrobras, Silas Oliva Filho, e por usineiros que participam do seminário Cenários da Safra Canavieira 2006/2007, em Ribeirão Preto (SP).

A

CAFÉ

A

ação que o Brasil pretende abrir na Organização Mundial do Café (OMC) contra a União Européia (UE) envolvendo tarifas sobre o café solúvel receberá recursos de R$ 500 mil. (AE) A TÉ LOGO

O assunto surgiu por acaso, mas centralizou as discussões do painel sobre a competitividade do combustível na matriz energética brasileira. Para Oliva Filho, a produção exclusiva de anidro no Brasil padronizaria a estrutura logística para o etanol, facilitaria as negociações do combustível no exterior e ampliaria os negócios feitos na Bolsa de Valores (Bovespa). (AE)

PETROBRAS VENCE TCU

CARNE exportação de carne suína apresentou queda, em volume, de 12,68% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2005. Foram embarcadas 37.591 toneladas, ante 43. 052 toneladas em fevereiro do ano passado. (AE)

somente o Estado de São Paulo tem álcool no momento. "Nenhum outro estado do país, tirando São Paulo, tem álcool atualmente. São Paulo, Paraná e Goiás começam a produzir só agora", afirmou. (AE)

A

Petrobras obteve ontem liminar contra decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de compras realizadas sem licitação pela estatal. Na terça-feira, a empresa entrou com questionamento no Supremo Tribunal

Federal (STF), alegando que foi dispensada de seguir a Lei 8.666 (a Lei das Licitações) pelo decreto presidencial 2.745, de 1998, que regulamenta o Procedimento Licitatório Simplificado, mais ágil do que o procedimento padrão de licitações. (AE)

PF INVESTIGA CREDIT SUISSE

A

Polícia Federal investiga o envolvimento de políticos na evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio do escritório de representação do banco suíço Credit Suisse

em São Paulo. Eles são suspeitos de terem usado os serviços para efetuar remessas de grande valor. O gerente Internacional de Negócios para o Brasil do banco, Peter Schaffner, foi preso na quarta-feira. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Ajuda para o setor agrícola tem de ocorrer agora, diz Roberto Rodrigues

L

Caixa Ecônomica Federal suspende Construcard em cinco cidades

L

A empresa coreana LG vai produzir notebooks no Brasil a partir de junho

desativação das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 custará cerca de R$ 1,024 bilhão (US$ 437,816 milhões), segundo cálculos da Eletrobrás, holding estatal de energia elétrica que controla a Eletronuclear, operadora das duas centrais nucleares. É a primeira vez que a Eletrobrás divulga os dados referentes aos custos do "descomissionamento" das duas únicas centrais nucleares brasileiras. Essa é uma determinação da comunidade internacional, que exige que as operadoras de centrais nucleares estimem o custo de desativação do material radioativo, após o prazo de vida útil dessas usinas. Para estimar o custo do des-

comissionamento das duas usinas, a Eletronuclear tomou como referência estudos específicos para um conjunto de 17 usinas americanas e 10 européias, canadenses e japonesas, que se encontram em diversos estágios de descomissionamento. De acordo com os cálculos da Eletrobrás, a desativação de Angra 1 custará US$ 197,8 milhões, dos quais US$ 105,915 milhões são passivos reconhecidos, com reservas constituídas. Além disso, a empresa precisará constituir reservas de US$ 91,9 milhões para atingir o nível recomendado pela comunidade internacional. Em Angra 2, os custos foram estimados em US$ 240 milhões, dos quais apenas US$ 42,667 milhões foram

constituídos, restando uma provisão de mais US$ 197,333 milhões. Pelas projeções da Eletronuclear, a vida útil de Angra 1 deverá se estender até 2014. A usina, porém, passou por reformas, o que deverá alongar a sua vida útil por mais alguns anos. No caso de Angra 2, a previsão é que a usina continuará operando até 2030. As duas usinas têm operado a pleno vapor, injetando cerca de 1,5 mil a 2 mil megawatts (MW) médios no Sistema Interligado Nacional (SIN). Os resíduos do combustível nuclear têm sido depositados nas dependências das próprias usinas, no litoral fluminense, já que o governo ainda não definiu uma política para o armazenamento. (AE)

Gás boliviano não preocupa ma fonte do governo disse que nem a Petrobras nem o próprio governo federal estão preocupados com o anúncio do presidente boliviano, Evo Morales, de que vai nacionalizar as reservas de gás natural daquele país. "Eles (bolivianos) terão de cumprir os contratos com a Petrobras e com outras empresas internacionais que atuam na Bolívia", disse essa fonte. A Petrobras já investiu mais de US$ 1,5 bilhão na Bolívia nos últimos dez anos. O gás que a estatal traz da Bolívia

U

abastece aproximadamente 50% do consumo brasileiro do combustível. Na última terçafeira, porém, Evo Morales disse que, até o dia 12 de julho, baixará decreto nacionalizando os recursos naturais do país (incluindo o gás natural). Mas, segundo a fonte do governo, as negociações com os bolivianos prosseguem. Uma das alternativas estudadas seria propor parcerias com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB) em refinarias que a Petrobras possui no país vizinho. As duas empresas pode-

riam, por exemplo, dividir o controle de uma refinaria e os bolivianos poderiam pagar sua parte no negócio com o fornecimento de gás natural para as refinarias. "Seria um pagamento em moléculas de gás natural", disse o funcionário. De qualquer modo, o governo trabalha com a perspectiva de que o consumo de gás natural no País só deverá crescer a partir de 2009, quando, calculase, a Petrobras já estará extraindo gás dos campos da Bacia de Santos, o que amenizaria eventuais problemas com o suprimento do combustível. (AE)


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LAZER - 3

BORBULHAS & GUERRA

BI BL IO TE CA

Arquivo DC/Reproduções

Para ler de taça na mão

Prazer e drama, numa grande história. Renato Pompeu

B

orbulhante, deliciosa e refrescante como seu tema, a leitura do livro Champanhe – Como o mais sofisticado dos vinhos venceu a guerra e os tempos difíceis, do casal Don e Petie Kladstrup, famosos autores de Vinho e Guerra, ambos lançados por Jorge Zahar Editor, deve ser feita acompanhada de pequenos goles da famosa bebida, com todo o cerimonial necessário para um grande evento na vida do leitor ou leitora. Conta-se a história linda e dramática, tensa e terna, violenta e erótica da bebida mais charmosa do mundo e da região em que é produzida, a Champagne, no Norte da França ("champagne", em francês, é marca de origem; o nome só pode ser usado para os vinhos espumantes produzidos nessa antiga província francesa; por exemplo, os equivalentes italianos ao champanhe são chamados "spumanti" e os alemães, "Sekt"; a forma portuguesa champanhe, porém, não é patenteada). O casal de autores demonstra como a história do champanhe está ligada estreitamente à história cultural, política, econômica e militar não só da Champagne e da França como de toda a Europa e, de fato do mundo inteiro. Começa com a chegada das uvas à região, levadas pelos romanos no tempo do Império; inicialmente, e até o século 17, se produzia um vinho

tinto comum, que disputava as preferências internacionais com o renomado vinho da Borgonha (infelizmente, o nome dessa também antiga província francesa aparece na edição brasileira na forma inglesa do original, Burgundy, por uma falha de tradução e de revisão). Os autores chamam a atenção para o fato de que a Champagne talvez tenha sido, ao longo dos séculos, a região do mundo em que ocorreram as mais sanguinárias batalhas de sucessivas guerras. A região foi devastada por Átila, rei dos hunos; situada na fronteira européia entre latinos e germanos, assistiu a sucessivas invasões dos bárbaros; foi palco de infinitas batalhas entre os pequenos feudos em que esteve dividida; nela foram

O maior barril do mundo, feito por Eugène Mercier (1889); Rua Royale, Reims (1918), destroçada; e Dom Périgon (pai do champanhe)

nho. Nisso teve papel importante a famosa cortesã Madame Pompadour, que cunhou o nome "champagne" para o novo vinho espumante, em contraposição à denominação "vinho de Champagne". Começava a era atual, em que o champanhe é o vinho associado às festividades e ao mais refinado requinte, o "espírito do mundo", como já foi chamado. O triunfo do champanhe não ocorreu sem percalços. Não podia ser transportado em barris, só em garrafas, porque a madeira absorvia as bolhas, tornando choca a bebida. Além disso, a maior parte da produção se

perdia, porque nove de cada dez garrafas tendiam a explodir, por causa da expansão do gás carbônico – isso explica por que o champanhe foi um vinho muito caro desde o seu início. As garrafas de champanhe foram as primeiras a receber rolha de cortiça, ao invés de tampas de madeira, como se usava até então para todos os vinhos. Outro problema é que boa parte do champanhe que se salvava das explosões das garrafas não podia ser consumido, pois o excesso de mosto o tornava turvo e, principalmente, afetava o gosto. Esse problema só foi resolvido no século 19, na firma da famosa viúva

Clicquot, pela inclinação das garrafas, levando o mosto a ser absorvido pela rolha. Isso apenas para prelibar a leitura agradável e esfuziante de um livro que não conta só a história do champanhe, mas, através dela, a história do desenvolvimento da sociedade contemporânea, em meio a guerras e a avanços tecnológicos. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória (Ediouro) e do romance internético O Poder Virtual (www.carosamigos.com.br)

AVENTURA

Para ler no topo da montanha Rita Alves

Arquivo DC/Reproduções

A

decisão de inventar com os amigos, por antecipação, a modalidade desportiva mountain bike, na década de 50, era um dos sinais de que o espírito aventureiro estava apenas começando a despontar no adolescente Claudio de Moura Castro. O autor, conhecido também por artigos publicados em revistas e jornais, reuniu em Meio século no limiar do perigo – Memórias de um aventureiro amador (Editora Record, 384 páginas, R$ 49,90) uma coleção de aventuras que revelam, além do perigo e encanto de cada história, curiosidades e costumes de outros povos. Apesar da experiência com bicicletas nas montanhas do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, Claudio conta que foi contagiado pelo vírus de aventureiro desde a primeira vez em que pilotou uma motocicleta, em meados dos anos 50, época em que ainda não podia tirar a carteira. Depois dos dezoito anos, percorrer de lambreta treze horas de estrada até o Rio de Janeiro, mais as paradas, era uma demonstração de que o jovem Claudio já estava

organizadas as primeiras Cruzadas; sofreu nas guerras entre a França e a Alemanha, nas guerras napoleônicas, na Primeira Guerra Mundial (mais do que na Segunda). A história da ligação do vinho de Champagne (como era chamado antes de se tornar espumante e passar a ser designado apenas por "champagne") com os setores mais privilegiados da sociedade começa ainda na Baixa Idade Média, quando os primeiros reis franceses, como quase todos ao longo dos séculos, passaram a ser coroados na catedral de Reims, a capital da província, em cerimônias regadas a vinho local. O vinho de Champagne disputou com o vinho da Borgonha o título de vinho oficioso da Corte francesa, e tendeu a ser predominante, até triunfar definitivamente quando se tornou espumante. A lenda conta que essa transformação foi obra do monge Dom Pérignon, já no Renascimento, mas na verdade ele, em seus esforços para melhorar o cultivo das uvas e a produção do vinho, lutou quanto pôde para impedir a formação de bolhas, causadas pela ação dos fungos em tempo quente, com a liberação de gás carbônico a partir do açúcar das uvas. Dom Pérignon considerava as bolhas um defeito do vinho e tentou eliminá-las. Na geração seguinte à do monge, no entanto, produtores e consumidores passaram a se dar conta de que as bolhas davam um sabor especial ao vi-

Sabor de aventura, num livro que instiga a ação e pede, também, a contemplação.

tomado pelo vício das duas rodas. Além da paixão pelas motos, o livro também traz relatos de peripécias feitas a pé. Como morador das montanhas de Minas Gerais era inevitável que o autor começasse as andanças e escaladas pelos picos da região. Logo vieram os grandes passeios a pé e os acampamentos, na época guiados pelo indispensável Manual do escoteiro. Mal podia desconfiar que as experiências vividas em Minas Gerais eram apenas o começo de tantas outras expedições, muitas

delas realizadas fora do Brasil. Viagens que, algumas vezes, não tinham como objetivo desbravar novos horizontes terminavam transformadas em mais uma oportunidade de se aventurar. Foi assim quando Claudio organizou um seminário sobre formação profissional no Usbequistão, Ásia Central. Além de conhecer as montanhas da região, o autor conta como encarou, literalmente, em um banquete, a cabeça de um carneiro de olhos abertos preparado especialmente para ele. A terra, o ar e a água são palco de histórias fascinantes, narradas com o sentimento de quem vivenciou de perto todos os riscos, alegrias e descobertas típicas de cada aventura. Até mesmo naquelas onde o perigo era um companheiro constante, o autor relata ao final de uma delas sobre "uma indescritível sensação de bem-estar físico, de distância do escritório e de volta a uma vida mais próxima da natureza". É bem possível que o leitor a cada capítulo, queira mergulhar de cabeça na próxima história, independente do seu destino e final.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006 Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

ADEGA

Arquivo DC/ Reproduções

A animação dos frequentadores do Catherine Na região de Champanhe: uva Pinot noir...

HAPPY HOUR

... e uva Pinot vert doré: requinte

Gentil bistrô Nostalgia francesa nos Jardins Armando Serra Negra

GLORIOSO CHAMPANHE U Um vinho de alma humana Sérgio de Paula Santos

O

vinho pode ser considerado como uma bebida natural, como o leite, como a água, não podendo, sob esse aspecto, ser criticado nem mesmo pelos "naturebas". Por outro lado sabemos que nem tudo que é natural é saudável. A nicotina, a heroína, a cocaína, o veneno de cobra, etc, são naturais nem por isso fazem bem à saúde. Nem todo vinho entretanto é natural. Como que para confirmar a regra existem exceções. Dois dos mais emblemáticos dos vinhos são necessariamente manipulados pelo homem em sua produção, o Vinho do Porto e o Champanhe. No caso do Vinho do Porto, o vinhateiro interrompe a fermentação com a adição de aguardente vínica, resultando assim um vinho de alto teor alcoólico e sacárico, pois que o açúcar do mosto não chega a ser desdobrado. O champanhe (da região de Champanhe) e os vinhos espumantes, também são obra do homem, ou seja, em que este interfere e modifica o processo natural da fermentação. Se não vejamos: Finda a colheita, as uvas vindimadas são encaminhadas à cantina onde sofrem o esmagamento e desengaço, ou seja remoção da parte lenhosa dos cachos. A massa resultante é encaminhada para as cubas de fermentação, após o acréscimo de dióxido de enxofre (SO2), a chamada sulfitação. A massa vínica sofre uma concentração, iniciando-se então a fermentação alcoólica, em que os açúcares da uva, por ação das leveduras transformam-se em álcool etílico e gás carbônico, com vários subprodutos, entre os quais glicerina, ácidos, aldeídos, ésteres e taninos. O produto resultante é estabilizado, cortado com outros vinhos e amadurecido. Segue-se a clarificação, com colagens e filtrações. No caso dos champanhes e espumantes esse vinho, que é elaborado como os demais terá o nome de vinho base, a partir do qual se farão os espumantes. Esse procedimento é realizado, em princípio, por dois processos - pelo método champenoise, ou champanhês ou ainda original ou pelo método Charmat, relativamente menos oneroso e mais rentável. Método champenoise No caso de champanhe, são três os vinhos básicos, de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, que serão cortados (assemblage) entre si em proporções variáveis, logo após a vinificação. Segue-se um primeiro engarrafamento, acrescentando-se à mistura o liqueur de tirage (licor de tiragem), uma solução de açúcar de cana e fermentos dissolvidos em vinho velho, com 20 a 26 gramas de açúcar por litro de vinho a ser fermentado. Essa refermentação gera mais aproximadamente 1,5% de álcool etílico e uma pressão de 5 a 6 atmosferas de gás carbônico. A segunda fermentação é muito lenta, devido a baixa temperatura

em que é realizada (10 a 12°C) nas caves subterrâneas da região. Dura apenas 2 a 3 meses, mas o período de amadurecimento dos vinhos com a borras, nessas caves pode durar anos. Em princípio o vinho deve ficar pelo menos 9 meses em contacto com as borras, após o que as garrafas são encaminhadas para a remuage. São colocadas inclinadas para baixo, nas pupitres, móveis com orifícios que as mantém, e são manualmente giradas todos os dias, de um oitavo de círculo pelo remueur. Um bom remueur gira 30.000 garrafas por dia! A etapa seguinte é o degorgement, em que se retiram da garrafa os sedimentos da segunda fermentação. Os gargalos das garrafas são então mergulhados em uma solução salina de 20° C negativos, que congela os sedimentos. As garrafas colocas agora em pé, são desarolhadas e a pressão interna expele o sedimento congelado, com pequena perda de líquido. Segue-se então a reposição do vinho, com o liqueur d’expedition (licor de expedição) que é uma mistura de vinho e açúcar de cana. Dependendo da quantidade de açúcar usada, temos os diferentes tipos de champanhe - extra brut, brut, extra sec, sec, demi-sec e doux. Termina-se o ritual com a colocação da rolha definitiva, o bouchage, o museletage, (colocação do filamento de arame ou gaiola que prende a rolha) e a habillage ou etiquetagem . Posteriormente o vinho vai "repousar" nas caves por tempo variável segundo o produtor, até ser comercializado em garrafas de diferentes tamanhos, de 375 ml. (demi-bouteilles) até 15 l., as Nabucodonosor, sendo entretanto a grande maioria de 750 ml. No processo dito charmat ou cuve close, a segunda fermentação não ocorre na garrafa, mas em tanques de aço inoxidável e o rendimento é maior. Vimos assim, por alto, o processo de champanhização do vinho base, do qual resulta o maravilhoso vinho da Champagne bem como os melhores espumantes de outras regiões. É portanto o homem que intervém nos processos naturais e espontâneos da fermentação, para fazer esse vinho único, glória da vinicultura e da sabedoria da condição humana. Possivelmente melhor que um champanhe, só dois ou mais champanhes. Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

GASTRONOMIA Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

H

m tête-à-tête très chic et agréable. A região dos Jardins, que na década de 70 concentrou o crème de la crème da noite paulistana, começa a retomar posição. Prova disso é a chegada do Catherine, um genuíno bistrô francês, à prova do melhor connaisseur. "Trouxemos da França a idéia dessas mesinhas, juntinhas umas às outras", diz a anfitriã Malú Facchini. A estratégia tem duas virtudes: é excelente para um primeiro encontro, papinho sutil e casual, ou, eventualmente, aproximação discreta com quem estiver ao seu lado. Malú é de uma tradicional família ligada ao ramo de hotelaria (Hotel Tamoyo, em Águas de Lindóia), proprietária da famosa água Lindoya (sic), que de tão boa foi escolhida para a Nasa abastecer os astronautas da Apolo 11, o primeiro a pisar em nosso satélite, em 1969. Duvida? Dê uma chegadinha na prefeitura da cidade e cheque o certificado pendurado no gabinete do prefeito... É o Brasil na lua! "Quando morava no hotel vivia xeretando a cozinha, e aprendi uns segredinhos", confidencia. Por exemplo: deliciosas porções de mini lula, polvo no vapor (R$ 28,90), crostini de roquefort no brioche (R$ 27,90), brochete de filé mignon (R$ 29,90). Além da experiência, trouxe do hotel os lustres de cristal, o belo samovar do balcão, a mesa antiga do lounge, o lugar mais disputado pelos comensais. Outro charme – além da vitrine que dá para o antiquário vizinho, um toque insuspeito na decoração – é o ambiente totalmente iluminado à luz de velas. Malú começou a carreira de restauratrice no antigo Napoleone, na Vila Nova Conceição. Montou o Josephine, preferido das dasluzetes quando a mega boutique ainda era discreta, conferindo mais glamour ao charmoso bairro. Agora surge o Catherine: "Napoleão era corso, e por isso optamos, na época, pelo seu nome em italiano; Josephine foi sua esposa, Catherine A proprietária Malu Facchini a cunhada, e Caroline (o outro bistrô da família) a irmã do imperador auto-coroado. A ilha da Córsega foi motivo de disputa entre franceses e italianos, passando de uns para os outros durante a história: daí o menu franco-italiano da casa. Ambiente Wi Fi, excelente escritório: "Nosso sistema é fechado e acessado por senha (gratuita), que evita a dispersão do sinal, e garante velocidade constante de conexão", explica. São três ambientes: ao fundo o restaurante, mais formal, no centro o lounge, na entrada a varanda refrescante, de frente para o movimento da rua. Taça de prosecco italiano (R$ 11,90), long neck (R$ 5,50), refri (R$ 3). Clube do uísque: Red Label (R$ 79,90) e Black Label (R$ 149). Enfin, un lieu cinque étoiles avec le prix de trois... Uh-lá-lá! Catherine Rua Haddock Lobo 1416 Jardins Tel: (11) 3083-7381 Caroline Rua Oscar Freire 145 Jardins Tel: (11) 3068-0601

Touros e caballeros Loja de artesanato que funciona na antiga senzala

Vista do jardim da Casa da Fazenda

Natureza, arte e história reunidas

istória, arte e gastronomia, árvores e um belo jardim. Com 8 mil metros quadrados de área, o lugar que reúne tudo isso é a Casa da Fazenda do Morumbi. Construída em 1813 pelo então regente do império padre Antônio Feijó, foi habitada até os anos 70 por famílias paulistanas. Passou mais de 20 anos abandonada. Até que, na década de 90, Roberto Oropallo, presidente da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (Abach) coordenou uma restauração total, transformando-a no espaço diversificado que hoje funciona ali. O estilo inglês original foi mantido. Foram preservados a estrutura, afrescos, detalhes. O lustre que adorna o teto do salão principal, em forma de gamela – com pinturas originais restauradas – é uma réplica fabricada com base em fotos da época. As madeiras de portas, janelas e chão (jacarandá, ipê, maçaranduba e jatobá) foram compradas em marcenarias que tinham exatamente o mesmo tipo usado na época colonial. Tamanho cuidado garantiu-lhe o tombamento como

Lúcia Helena de Camargo patrimônio histórico. No salão principal, foi montado o restaurante. Com 300 lugares, lota nos almoços de domingo e na feijoada do sábado (R$ 52 para adultos, metade do valor para crianças de cinco a dez anos, e grátis até cinco anos). Preparada desde quinta-feira pelo cozinheiro Antônio (ex-The Place), pode-se dizer sem medo de errar que é a melhor feijoada da cidade. Servida das 12h às 17h, agrada baianos, gregos e paulistanos, que retornam toda semana. De terça a sexta, o interessante do cardápio é o menu executivo (R$ 34), que inclui entrada, prato principal e sobremesas. Entre os pratos à la carte, destaque para a carne seca à moda da vovó (R$ 40), servida às quartas, acompanhada de arroz, purê de feijão, purê de abóbora, couve e ovo estrelado. Caprichada também é a rabada desossada à moda da casa (R$ 38) das quintas, que vem com polenta mole e salada de agrião; e o bacalhau do Velho Rudge (R$ 68), das sextas, com ovos, batata e arroz. O menu traz ainda quatro tipos de sopas e cremes, seis modalidades de

massas, risotos, peixes e frutos do mar, além de aves e cinco pratos com carnes, incluindo alguns pouco tradicionais, como carré de cordeiro em crosta de ervas e risoto de morango (R$ 82). A mesa de sobremesas é farta em doces caseiros, frutas e bolos. O pudim de leite é definitivo. Um batalhão de garçons atentos repõem na mesa com rapidez recorde o pão-de-queijo quentinho do couvert e não erram seu pedido de bebidas. O bar, cujo balcão pertenceu ao Copacabana Palace, fica junto ao espelho d’água com vista para o jardim. Do lado de fora, mangueiras, abacateiros e jabuticabeiras centenárias encarregamse de fazer sombra. Ipês, resedas, magnólias e jacarandás perfumam o ar. Bancos de madeira entre as árvores completam o cenário que convida a um passeio depois do almoço ou do jantar. O projeto do jardim é do paisagista Cláudio Perissinoto e da arquiteta Mariana Cecchini, que procuraram reproduzir um típico jardim de casa de fazenda no século 19. No salão superior e na galeria anexa, são expostos quadros e outros tra-

balhos de artistas brasileiros. Há um espaço para eventos e fica ali também a sede da Abach. Na antiga senzala, cujas paredes conservam o revestimento original, funciona a loja que vende artesanato. Oropallo não esconde que servir refeições não é sua principal paixão na vida. "Precisamos da receita gerada pelo restaurante para manter a galeria", afirma. "Nossa filosofia é promover a arte brasileira, com exposições, concursos e venda de trabalhos, principalmente de artistas iniciantes." No início, a casa montou mostras de Cícero Dias e Aldemir Martins. Atualmente apenas obras de novatos são expostas. "Escolhemos os melhores, para que possam vender e divulgar suas obras." O administrador sugere que toda galeria tenha um bar, restaurante ou cafeteria de qualidade. "Pouquíssima gente freqüenta esses lugares pela arte, então, os pegamos pelo estômago." Casa da Fazenda Morumbi Av. Morumbi, 5594, Morumbi, tel.: (11) 3742-2810.

José Guilherme Ferreira

D

uas silhuetas há tempo ultrapassaram os limites das peças publicitárias que lhe deram origem. Uma é a do caballero da capa preta, da Casa Sandeman, de 1928, uma das primeiras marcas comerciais registradas. Sempre associado ao vinho do Porto e ao Jerez, o elegante caballero é personagem em Vila Nova de Gaia e outras cidades de Portugal. Um mestre de equilíbrio em outdoors. Outro recorte negro desenha um touro na paisagem das estradas da Espanha. O último censo indica que há uns 90 deles espalhados pelo país. Estão também estampados nos vinhos da casa de bebidas Osborne. Nem sempre, entretanto, o touro foi simples contorno. Criado pelo artista Manolo Pietro para anunciar o brandy Veterano, o touro de 1956 ganhou vida num painel de madeira de 4 m de altura, tinha chifres http://www.osborne.es/ http://www.sandeman.com/

brancos e chamadas para a bebida. Nos anos 60, o touro Osborne saltou para placas de metal de 14 m. Mais tarde, foi protagonista de um caloroso debate que tomou conta da Espanha, quando nova lei passou a normatizar a propaganda nas "carreteras". Os touros foram proibidos; as placas recortadas permaneceram. Em 1994, adeus também painéis. E foi um grito só: artistas e intelectuais uniram-se em campanha por um indulto ao touro. Afinal, já não era propaganda, mas um dos ícones da Espanha. Em 1997, a Justiça deu setença a favor da silhueta do bicho, por seu valor "estético e cultural". Os touros hoje "pastam" nas estradas e nos blogs. P.S.: A palavra cenho foi aqui grafada incorretamente em 17/03.


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Nacional Imóveis Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Vigilância eletrônica de mercadorias e circuitos fechados de TV reduzem os furtos em até 50%.

PERDAS NA INDÚSTRIA PODEM CAIR ATÉ 95%

ESTUDO MOSTRA QUE OS FURTOS REPRESENTARAM CERCA DE 55% DO PREJUÍZO DO VAREJO ENTRE 2005 E 2006

LOJAS APELAM PARA TECNOLOGIA ANTIFURTO Fotos: Luciano Coca/Chromafotos

O

s supermercados e shopping centers do País tiveram prejuízo de R$ 257 milhões no ano passado, de acordo com o Relatório Anual de Perdas 2005/2006, da empresa de consultoria Preventis Consulting – Loss Prevention. Mais da metade desse valor, cerca de 55%, foi provocado por furtos internos (funcionários) e externos (clientes). Mas o estudo mostra também que empresas que adotaram medidas antifurto, como a vigilância eletrônica de mercadorias (antenas, etiqueta adesiva ou rígida, extensor e desacoplador) ou circuito fechado de TV (CFTC), conseguiram reduzir em até 50% as perdas por furto. Esses dados foram apresentados ontem no wo rk sh op "Prevenção de Perdas – Varejo 2006", promovido pela Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos (ACI), no interior paulista. O evento foi organizado pela Plastrom Sensormatic, empresa de segurança eletrônica, com apoio da ACI. Segundo o gerente nacional de varejo da Plastrom Sensormatic, Hailton Santos, o objetivo do evento foi popularizar o uso dos sistemas de antifurto para as pequenas e médias empresas do varejo. "O empecilho maior era o preço do equipamento, mas há cerca de um ano e meio o valor vem caindo. Para Meire Soares, gerente de Projetos da Plastrom, o produto na loja precisa ficar

exposto, o que não ocorre quando não existe um sistema eficiente de segurança. "O produto de alto risco de furto fica confinado num espaço, escondido do cliente. Dessa forma, a venda pode ser perdida", afirmou Meire. Em contrapartida, Santos foi categórico ao afirmar que o uso de um sistema antifurto, por exemplo as antenas (duas barras paralelas, fixas no chão) ou as câmeras fixas ou móveis,

é capaz não só de inibir o furto, mas também de promover outros benefícios. "Há uma redução das despesas operacionais, pois diminui o número de seguranças, aumenta a lucratividade e dá maior confiança aos funcionários", explicou Hailton Santos. A proprietária da Rivoli P e r f u m a r i a , H e l o i s a S a nches, concorda com Santos. Segundo ela, conforme sua loja foi crescendo, os proble-

mas com os produtos também aumentaram. "O índice de furto cresceu, afinal é um material fácil de esconder em uma bolsa. A solução foi instalar as antenas na loja, só assim eu pude controlar melhor a circulação dos produtos." Aprovado – A fim de combater esse "rombo", muitos empresários estão seguindo o exemplo de Márcia Yamada, proprietária de uma rede de lojas de vestuário da marca M. Officer, em São José dos Campos. "Há três anos utilizo um sistema antifurto que ajudou na redução de minhas perdas", disse. A empresária investiu nos sistemas de segurança antifurto em todas as três lojas que possui na cidade de São José dos Campos. Ela esclareceu que, no início, não dava muita importância para o sumiço de pequenas peças, como as malhas e blusinhas. Depois foi a vez das calças jeans, também sem muito alarde da empresária. "Mas, quando começaram a furtar jaquetas de couro, com custo estimado em R$ 1,5 mil, a situação mudou. Fui obrigada a tomar uma atitude, aluguei antenas e as instalei em todas as lojas", afirmou Márcia. A empresária disse que, apesar de ser um mal necessário, o sistema está trazendo muitos benefícios e hoje já não fica sem ele. "Mais importante do que evitar o furto, é poder trabalhar com mais tranqüilidade e atender melhor o cliente", concluiu a empresária. Eduardo A. de Castro

Márcia Yamada, da M. Officer, instalou sistemas de segurança em três lojas, para reduzir furtos (acima). Heloisa Sanches, da Rivoli Perfumaria, instalou antenas nas portas.

As chamadas antenas, que ficam nas portas das lojas, são o dispositivo mais usado no varejo

Nova fábrica dá à Itambé o segundo lugar no setor leiteiro Divulgação

A

Itambé inaugurou o n t e m , o f i c i a lmente, em Goiânia, sua sexta industria de processamento de leite, dedicada exclusivamente à fabricação de leite condensado e creme de leite. Em operação desde o início do ano, a fábrica coloca a empresa como a segunda maior produtora de leite industrializado do País, com volume de 4,5 milhões de litros diários, segundo seu presidente, José Pereira Campos Filho. A nova unidade é a segunda instalada em Goiás, onde a empresa mineira está presente desde 1982, produzindo leite em pó, pasteurizado e manteiga. Minas Gerais também ganhou uma nova fábrica no início deste ano, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para produção de leite em pó. Os benefícios fiscais do estado goiano, aliados às facilidades logísticas para o segmento foram apontados como os principais fatores na definição da localização da fábrica inaugurada ontem. '"Goiás foi o estado que mais cresceu na produção de leite nos últimos anos", disse Jacques Gontijo, vice-presidente comercial da fabricante de leite. Segundo ele, naquele estado o custo da produção é menor, porque há oferta mais barata de grãos para o produtor alimentar o gado. Hoje, segundo ele, a empresa também se abastece no estado, com exceção do açúcar, e encontra lá a localização estratégica para a logística de distribuição, principalmente, por meio de ferrovias. Incentivo estadual- A Itambé investiu R$ 105 milhões na nova unidade, com 30% de recursos próprios, outros 30% captados junto a instituições bancárias (Unibanco, Bradesco e BankBoston), e o restante junto ao Fundo do Centro-Oeste, por meio do Banco do Brasil. O in-

Jacques Gontijo (esq.), da Itambé, e o governador Marconi Perillo

centivo estadual chega por meio do Produzir, programa que permite à empresa beneficiar-se de 70% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com o recolhimento do tributo (ao longo de 15 anos) em forma de financiamento, com prazo de três anos para pagamento e taxa anual de 2,5%. "Teremos o benefício a partir deste mês", contou Gontijo. O Produzir foi criado no ano 2000 e, segundo o governador de Goiás , Marconi Ferreira Perillo Junior, presente à solenidade de inauguração da fábrica, já fomentou mais de 900 empreendimentos. Desde a semana passada, a Itambé passa a beneficiar-se de programa semelhante, em Minas Gerais. Segundo o vicepresidente da empresa, a versão mineira do benefício reverte 38% do ICMS recolhido pela companhia para financiá-la, com juros de 8% ao ano. Câmbio – O "senão" nos planos da empresa fica por conta do câmbio. O "encolhimento" do mercado externo, segundo Gontijo, adia o funcionamento das fábricas a plena capacidade. No caso de Goiás, quando o projeto foi idealizado, imagi-

nava-se que 30% da produção de leite condensado (a empresa também fabrica o produto em pó) seria destinado à exportação. Agora, o executivo estima que esse percentual deva chegar a cerca de 10%. Para o grupo Itambé, as vendas externas devem representar 5% do faturamento em 2006, ante a expectativa de 8%. A empresa prevê receita total de R$ 1,6 bilhão para este ano e planeja compensar a queda das exportações com intenso esforço para incrementar o consumo de leite condensado. Preço, segundo Gontijo, também é uma vantagem, "porque construímos uma fábrica moderna, podemos produzir com custos mais baixos que a concorrência". Inclusive porque a nova unidade de Goiânia também produz as embalagens. Ainda assim, deverá levar cerca de cinco anos para chegar à capacidade total, de processar 600 mil litros de leite por dia (estimada inicialmente para ocorrer em três anos). Na sua opinião, no entanto, a taxa de câmbio praticada hoje é irreal e esse cenário poderá ser revertido. Fátima Lourenço, de Goiânia

Volkswagen prevê alta de 7% nas vendas Preço do leite pode subir neste ano

O

diretor de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff, afirmou ontem que a montadora estima um crescimento de 7% nas vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil em 2006, em relação a 2005. Ele acredita que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) deverá revisar para cima em breve sua expectativa de crescimento de 5% no ano.

Kakinoff afirmou que, no acumulado de 2006, as vendas de automóveis da Volks subiram 10% em relação ao mesmo período do ano passado. O executivo afirmou que a empresa ainda não foi notificada sobre novos aumentos no preço do aço. Mas, se ocorrerem, esses reajustes deverão ser repassados ao preço dos veículos. Segundo Kakinoff, a montadora terá uma queda nas exportações neste ano por causa da valorização do real

frente ao dólar. A variação cambial também está fazendo com que a Volkswagen procure expandir suas importações de componentes e peças. Ontem a montadora também anunciou o lançamento do Golf bicombustível 1.6, o 12º modelo da empresa a receber a tecnologia que permite o uso do álcool ou gasolina. Atualmente, por volta de 80% da produção da empresa para o mercado interno é de veículos flex . (AE)

O

ano de 2006 reserva boas perspectivas para os produtores de leite, segundo expectativas da associação que reúne o setor, a Leite Brasil. O preço do litro deve oscilar entre R$ 0,60 e R$ 0,65, e estima-se crescimento de 5% sobre a produção do ano passado, de 24,5 bilhões de litros, estima Jorge Rubez, presidente da entidade. Ele argumenta que o Brasil é o único país do mundo com condições de até triplicar a

produção de leite, "sem derrubar uma árvore da Floresta Amazônica, e sem matar um animal". Basta, segundo ele, investir em tecnologia. Hoje, conforme Rubez, o que realmente atrapalha é que o elo mais fraco da cadeia é o produtor, que se ressente muito da grande oscilação de preço pelo litro de leite produzido. Quando melhora o preço, argumenta, o produtor enriquece a alimentação do gado e aumenta a produção. "Se

ele diminui a ração, pode causar danos ao rebanho." O câmbio, diz, fez o pagamento do litro de leite produzido cair para até R$ 0,45. "Mas a tendência de melhora é forte", ressalva. Hoje, segundo a Leite Brasil, há 1,5 milhão de produtores de leite no País, 90% dos quais de pequeno porte, responsáveis por 32% da produção nacional. Há muito espaço para crescimento do setor, no mercado interno e externo. (FL)


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Fotos: Guto Muniz/Divulgação

LEITURA

Ziraldo, o biógrafo dos meninos Um Homem É Um Homem, de Brecht, em novo trabalho do grupo mineiro Galpão. Saga de quatro recrutas, em forma de parábola, sobre a insanidade das guerras.

Autor mergulha em mundo sem limites

TEATRO

COMÉDIA DA GUERRA A volta (oportuna) de um clássico de Brecht Sérgio Roveri

Aquiles Rique Reis

N

ão seria inadequado se o espetáculo Um Homem é Um Homem, que estréia hoje no teatro do Sesc Anchieta, viesse acompanhado da seguinte advertência: qualquer semelhança com fatos reais não terá sido mera coincidência. Este novo trabalho do grupo mineiro Galpão, que repete a parceria com o diretor Paulo José iniciada em O Inspetor Geral, de 2004, inspira-se em um dos mais famosos textos do dramaturgo alemão Bertolt Brecht para compor um retrato, de impressionante atualidade, das crises políticas internacionais que, não raro, deságuam em invasões, guerras e atrocidades. Mas nas mãos dos atores do Galpão, que ao longo de 25 anos tornaram-se peritos em técnica circense e nos traquejos dos espetáculos de rua, esta guerra não só fere – mas provoca risos e reflexões no ritmo de uma artilharia alucinada. No texto original escrito por Brecht em 1926, a história de Um Homem é um Homem, que o dramaturgo apontava como sendo sua primeira comédia, tinha como cenário a Índia do início do século, dominada pelo exército inglês. O diretor Paulo José transportou a ação para um país fictício, o Urbequistão, cuja capital Dagbá (troque-se o "d" pelo "b" e se terá aí a mais forte referência à invasão americana ao Iraque) está sitiada por milhares de soldados ocidentais. Quatro destes recrutas participam de um assalto a um templo, mas um deles cai prisioneiro em uma armadilha. Os três restantes, para escapar à punição que os aguarda na caserna, convencem um cidadão comum, o estivador Galy Gay, escolhido a esmo na rua a caminho de uma peixaria, a se passar por Jeraiah Jip, o soldado perdido. Depois de alguns dias e uma sucessão de equívocos, Gay é enviado ao campo de batalha, onde aflora sua vocação para o assassinato. "O espetáculo revela a anulação do indivíduo diante dos interesses coletivos", diz o diretor. Um Homem é um Homem chega à cidade depois de duas bem-sucedidas apresentações no Festival de Teatro de Curitiba, no início da semana. "A encenação mantém o registro de fábula para ressaltar o aspecto crítico do texto de Brecht", diz o ator Eduardo Moreira, que interpreta o soldado Uriah Shelley. "Embora todas as referências estejam no palco, não se faz uma menção direta ao governo Bush e sua chamada guerra preventiva para derrubar o ditador Saddam Hussein no Iraque. A peça transcende a questão da guerra ao mostrar o absurdo que cerca um homem que não consegue dizer não e que, por causa disso, vê sua identidade ser anulada". Na opinião de Moreira, o diretor optou por sediar a ação de Um Homem é um Homem na oriental Dagbá por acaso. "Estamos vendo na Europa pequenas amostras do

L "O espetáculo revela a anulação do indivíduo diante dos interesses coletivos", diz Paulo José, o diretor. A peça se inspira em Brecht para compor um retrato vivo do mundo atual, de crises, guerras e atrocidades.

belicismo que costumávamos enxergar apenas no Oriente", diz o ator. "É só acompanhar os noticiários: o ambiente da guerra está se espalhando pelo Ocidente também. O texto, que está completando 80 anos, se encaixa perfeitamente ao nosso cotidiano". As referências colhidas no mundo do circo e dos cabarés ajudam a tornar mais palatável o discurso politizado da montagem – surgem em cena vários personagens que se equilibram sobre pernas de pau, há projeções em telão e os músicos da companhia executam, ao vivo, a trilha da peça. "Se o próprio Brecht dizia que este texto era uma comédia, não seríamos nós os responsáveis por transformá-lo em tragédia. É um espetáculo envolvente por reunir tantas referências da cultura popular". Um Homem é um Homem, estréia hoje no Teatro Sesc Anchieta, Rua Doutor Vila Nova, 245, tel.: 3234-3000. Quinta a sábado às 21h, domingo às 19h. Ingressos a R$ 30.

BRECHT Brecht, em "pose" clássica: pensador e agitador cultural.

B

ertold Brecht (1898-1956) nasceu antes da virada do século, no dia 10 de fevereiro. Viveu tempos negros: viu a 1ª Grande Guerra e, nos anos de 1920, foi testemunha da ascensão de Hitler. Em 1933, fugiu da Alemanha e se estabeleceu nos Estados Unidos. Escreveu de tudo: poesia, teatro, ensaios, roteiros de cinema. Terminada a 2ª Grande Guerra, voltou para a Alemanha e lá produziu a famosa Ópera dos Três Vinténs, que tem merecido numerosas

encenações. Assumido como um intelectual que deveria lutar pelos mais fracos, focou quase todos os seus textos em discursos políticosociais. Esse propósito desenvolveu com mais clareza e ímpeto a partir da formação do grupo chamado Berliner Ensemble, encarregado de difundir as idéias do escritor. É peça de resistência desse grupo a obra O Inspetor Geral, sempre lembrada como a marca mais profunda do pensamento brechtniano.

ançado pela Editora Melhoramentos, O menino da lua, o novo livro de Ziraldo, é literalmente uma viagem de pura ficção científica. Depois de tanto tempo dedicado à literatura infantil, Ziraldo chega de volta pelo futuro. Ou, como ele inventou, chega ao "Pretérito Imperfeito do Futuro do Indicativo". Autor ficcionista, quanto mais penetra nos meandros das "mentiras" pueris, mais se aproxima das "verdades" que habitam o mundo infantil real de hoje. Argonauta cada vez mais íntimo de seu público, Ziraldo rompeu a poita e voou. Como se perdesse os pudores que mantém os escritores fiéis a alguns parâmetros de correção, ele dá de ombros às fórmulas e mergulha profundo no mundo onde não há limites, onde não há horizontes delineando encontros de linhas descritos pelos cientistas, mas nunca realmente sentidos nem tocados por ninguém. Ziraldo não escreve para crianças, escreve sobre elas. Elas são os seus personagens. Não fosse isso uma heresia, eu diria que Ziraldo escreveu esse livro para os pais das crianças; melhor dizendo: escreveu para as crianças que ainda insistem em sobreviver dentro dos pais das crianças a quem ele busca conquistar. Mesmo sendo um exímio criador de personagens, suas crias cada vez mais se revelam cópias escritas e escarradas daquelas crianças que temos em casa. Suas histórias são não-intervencionistas, não buscam situações que sirvam de exemplo aos meninos nem às meninas; elas tão somente revelam suas personalidades. Recurso de quem cada vez mais sabe fingir para revelar; de quem usa a palavra e o pincel, o verbo e o lápis para retratar e decifrar um mundo misterioso que fascina enquanto estimula teses para tentar melhor compreendê-lo, para melhor amá-lo. O menino da lua vive no século 3000. Segundo informa o autor, quem lhe contou a história foi "um menino que vive no futuro", e continua dizendo que "para gravála, viajei na minha máquina do tempo particular", até concluir: "O passado desta história está também no futuro. Como nossa história já está contada mas ainda vai acontecer, me ocorreu que, para recontá-la, eu deveria usar um tempo de verbo que os gramáticos se esqueceram de criar." O menino da lua é Zélen. Junto com mais nove amigos, cada um com as características dos nove planetas existentes – ou ao menos os que conseguimos saber que existem –, ele se diverte com brincadeiras inimagináveis para as crianças de classe média de hoje; elas que se encontram e se divertem no playground dos condomínios e nos shoppings. Lá no século 3000 há "blocos de planetas". Nesses "blocos", Zélen e seus amigos Plut, Tuna, Martin, Théo, Nan, Ju, Vevé, Saturnino e Irmin brincam de "Pula-planeta". "Planepatinam no vácuo", "surfam na rocketprancha em auroras boreais", "pegam tubo em tornados", "jetsaltitam estrelas", "perdem-se em buracos negros ou galácticas cavernas" e brincam de "zuenir espaço a fora". São felizes os meninos da lua, apesar de ainda mais solitários e isolados pelos mega-espaços siderais. Tudo com a cara de Ziraldo, um escritor que inventa verbos e futuros, que vai lá longe para falar daqui de pertinho. Tudo bem Ziraldo, desenhista que se vale de lápis, penas, durex, faquinhas e pincéis para criar formas no papel e as levar ao computador de onde saem luminosas, belas e, acima de tudo, vivas. A vida de menino, que pode ser Maluquinho, Da Lua ou de qualquer lugar, é o que interessa ao artista que a conta. Cada vez mais mestre na arte de fotografar a alma dos meninos-moços, Ziraldo se faz mais do que escritor/desenhista, o que já seria (e é), muito. Faz-se ele de retratista de uma geração tão misteriosa quanto incompreensível é o passar do tempo; geração tão fértil quanto o é a imaginação que voa em busca do momento que revela o presente que pode estar lá no passado do futuro do menino que vira homem sem perder seu menino jeito. Ou que está aqui mesmo, só que não podemos (ou não queremos) ver. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, ed. A Girafa.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 4º andar (parte) 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

ECONOMIA/LEGAIS - 5 Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Apresentamos as demonstrações financeiras do Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA”) relativas ao exercício de 2005. Em 31 de dezembro de 2005 os ativos totalizavam R$ 40,4 bilhões, o patrimônio líquido foi R$ 4,5 bilhões e o lucro líquido do exercício representou R$ 1,3 bilhão. O Banco Itaú BBA atua no segmento de grandes empresas, oferecendo a mais completa gama de produtos e serviços financeiros. Com uma equipe comercial altamente qualificada e suportada por uma sólida estrutura operacional, atende cerca de 1.100 grupos econômicos por meio de um estreito relacionamento, possibilitando assim o desenvolvimento de produtos e serviços de acordo com as necessidades específicas destes clientes. O ano de 2005 foi marcado por uma série de ações voltadas à consolidação do Itaú BBA como o maior banco de atacado do País, por meio do aprimoramento contínuo do relacionamento com os clientes. Entre as principais, destacam-se o fortalecimento das atividades de investment banking, o crescimento de operações estruturadas e de derivativos, o aumento da oferta de serviços bancários e a intensificação das atividades no exterior. O Itaú BBA definiu como uma de suas prioridades o crescimento de sua atuação no mercado de investment banking, com o objetivo definido de num horizonte de 3 a 5 anos se tornar o primeiro banco brasileiro de investimentos. Sua atuação será principalmente focada nos mercados de renda fixa, em que tradicionalmente já tem ocupado posição de destaque, de renda variável e de fusões e aquisições. Em linha com este objetivo, importantes contratações foram feitas no início de 2005 na área de investment banking do Itaú BBA. Em 2005, o Itaú BBA coordenou operações de renda fixa que somaram R$ 16,9 bilhões, sendo R$ 13,2 bilhões em debêntures, R$ 3,1 bilhões em FIDCs, R$ 570 milhões em Notas Promissórias e R$ 30,5 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), obtendo assim o primeiro lugar nos rankings de originação e distribuição de renda fixa da Anbid, excluídas as operações entre instituições financeiras, com participação de 21,0% e 20,9%, respectivamente. Em renda variável, o ano de 2005 foi caracterizado por grandes operações com participação relevante do Itaú BBA. Destacamse a oferta pública inicial de ações da EDP – Energias do Brasil S.A., no montante de R$ 1.184 milhões, a nova oferta de PIBB Papéis de Índice Brasil Bovespa, que se constituiu na maior oferta realizada no Brasil nos últimos dois anos, com um volume total de R$ 2.285 milhões e a oferta pública secundária de ações da Tractebel Energia no montante de R$ 1.051 milhões, nas quais o Itaú BBA atuou como coordenador e bookrunner. De acordo com o ranking da Anbid, o Itaú BBA ocupa a segunda e terceira colocação, respectivamente, na originação e distribuição de ações com participação de 15,2% e 10,3%. Ao longo do ano de 2005, o Itaú BBA realizou importantes trabalhos de assessoria financeira em processos de fusões, aquisições e reestruturação societárias, com destaque para a assessoria à Cia. Brasileira de Distribuição na aquisição da rede de supermercados Coopercitrus; à Copersucar, na venda da Açúcar União para a Nova América; ao Grupo Carlos Lyra, na venda da Profertil S.A. para o Grupo Francês Roullier; ao controlador da Panex, no processo de venda para a SEB; à Suzano Petroquímica

S.A., na aquisição da participação detida pela Basell International Holdings BV na Polibrasil S.A, uma das maiores transações do ano no valor de US$ 315 milhões. No mercado de empréstimos locais, houve aumento na demanda ao longo de 2005, o que resultou no aumento do saldo na carteira de ativos de crédito locais. Tal aumento explica-se pela migração dos empréstimos em moeda estrangeira — como adiantamento de câmbio e financiamento à importação para empréstimos em reais - e pela maior demanda por recursos de prazos mais longos. Em relação aos derivativos, observou-se, em 2005, incremento no número de operações estruturadas voltadas para as necessidades de cada cliente, assim como aumento no número de clientes que se utilizaram desses instrumentos mais sofisticados. Apesar dessa importante evolução e diversificação da carteira do Itaú BBA, houve queda no volume de negócios com derivativos em geral, devido à menor demanda por hedge dos clientes. Na área internacional, o foco do banco foi dirigido às seguintes ações: financiamento a subsidiárias de empresas brasileiras estabelecidas no exterior em operações contratadas em mais de 20 paises em diversas moedas, operações de câmbio pronto com volumes anuais superiores a US$ 13 bilhões e abertura de novos mercados para as exportações de seus clientes, com operações contratadas para vários países na África, Leste Europeu e Oriente Médio. O Itaú BBA continuou a se beneficiar de grande oferta de linhas de crédito para comércio exterior, mantendo os custos de captação nos níveis mais baixos de sua história. Antevendo o aumento da importância da China para seus clientes, o Itaú BBA concluiu em março o processo formal de obtenção de autorização para a abertura de seu escritório de representação em Xangai. O Itaú BBA é atualmente o único banco privado brasileiro a contar com um escritório de representação na China, estando, portanto, em posição privilegiada para apoiar seus clientes que queiram iniciar ou desenvolver negócios com aquele país. Finalmente, o Banco Itaú BBA obteve destaque no repasse de recursos provenientes do BNDES para o financiamento de grandes projetos voltados para o fortalecimento da infra-estrutura nacional e o incremento da capacidade produtiva de diversos setores industriais. O repasse de recursos para grandes projetos obedece às normas estabelecidas pelos Princípios do Equador, conjunto de políticas sócioambientais ao qual o Banco Itaú BBA aderiu formalmente em 2004. As demonstrações ora apresentadas encontram-se em linha com as normas do Banco Central que regulamentam a marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos. Os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento” refletem a intenção da instituição e sua capacidade financeira em mantê-los até o vencimento. Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e à comunidade financeira o indispensável apoio e a confiança depositada, assim como aos nossos colaboradores que tornaram possível tal desempenho. (Aprovado pelo Conselho de Administração)

BALANÇO PATRIMONIAL Em 31 de dezembro de 2005 Em milhares de reais

ATIVO CIRCULANTE ............................................................................................................................................................ Disponibilidades .................................................................................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................................................... Aplicações no mercado aberto ......................................................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ....................................................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .............................................................. Carteira própria .................................................................................................................................................. Vinculados a compromissos de recompra ....................................................................................................... Vinculados ao Banco Central ............................................................................................................................ Vinculados a prestação de garantias ................................................................................................................ Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................................... Relações interfinanceiras ..................................................................................................................................... Créditos vinculados - depósitos no Banco Central .......................................................................................... Correspondentes ................................................................................................................................................ Operações de crédito e outros créditos .............................................................................................................. Operações com características de concessão de crédito ............................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................................................... Outros créditos ...................................................................................................................................................... Carteira de câmbio ............................................................................................................................................. Rendas a receber ................................................................................................................................................ Negociação e intermediação de valores .......................................................................................................... Diversos .............................................................................................................................................................. Outros valores e bens ........................................................................................................................................... Outros valores e bens ........................................................................................................................................ Despesas antecipadas ........................................................................................................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .............................................................................................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................................................... Aplicações no mercado aberto ......................................................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ....................................................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .............................................................. Carteira própria .................................................................................................................................................. Vinculados a compromissos de recompra ....................................................................................................... Vinculados ao Banco Central ............................................................................................................................ Vinculados a prestação de garantias ................................................................................................................ Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................................... Relações interfinanceiras - repasses interfinanceiros ........................................................................................ Operações de crédito e outros créditos com características de concessão de crédito ................................... Outros créditos ...................................................................................................................................................... Rendas a receber ................................................................................................................................................ Diversos .............................................................................................................................................................. Outros valores e bens - despesas antecipadas .................................................................................................. PERMANENTE .......................................................................................................................................................... Investimentos ........................................................................................................................................................ Participações em controladas - no país ............................................................................................................ Outros investimentos ......................................................................................................................................... Provisão para perdas ......................................................................................................................................... Imobilizado de uso ................................................................................................................................................ Imóveis de uso ................................................................................................................................................... Outras imobilizações de uso ............................................................................................................................. Depreciações acumuladas ................................................................................................................................. Diferido .................................................................................................................................................................. Gastos de organização e expansão .................................................................................................................. Amortizações acumuladas ................................................................................................................................

25.910.002 116.505 8.921.439 1.594.456 7.326.983 6.115.340 2.443.852 1.081.442 24.173 386.247 2.179.626 73.647 9.437 64.210 8.495.063 8.735.249 (240.186) 2.179.352 1.339.531 8.239 413.622 417.960 8.656 3.314 5.342 14.360.413 4.427.320 3.234.272 1.193.048 3.245.638 1.668.482 692.805 88.972 147.955 647.424 1.546 6.258.068 420.699 1.074 419.625 7.142 157.698 125.785 106.549 19.597 (361) 27.359 10.713 50.418 (33.772) 4.554 6.059 (1.505)

TOTAL DO ATIVO .....................................................................................................................................................

40.428.113

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

PASSIVO CIRCULANTE ............................................................................................................................................................ Depósitos ............................................................................................................................................................... Depósitos à vista ................................................................................................................................................ Depósitos interfinanceiros ................................................................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................................................... Outros depósitos ................................................................................................................................................ Captações no mercado aberto ............................................................................................................................. Carteira própria .................................................................................................................................................. Carteira de terceiros ........................................................................................................................................... Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ........... Relações interdependências - recursos em trânsito de terceiros ..................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ........................................................................................................... Empréstimos no país - outras instituições ....................................................................................................... Empréstimos no exterior ................................................................................................................................... Repasses do país - instituições oficiais - BNDES ............................................................................................. Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................................................... Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............................................... Instrumentos financeiros derivativos .................................................................................................................. Outras obrigações ................................................................................................................................................. Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados .................................................................................... Carteira de câmbio ............................................................................................................................................. Sociais e estatutárias ......................................................................................................................................... Fiscais e previdenciárias .................................................................................................................................... Negociação e intermediação de valores .......................................................................................................... Dívidas subordinadas elegíveis a capital ......................................................................................................... Diversas ............................................................................................................................................................... EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................................................................................... Depósitos ............................................................................................................................................................... Depósitos interfinanceiros ................................................................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................................................... Captações no mercado aberto ............................................................................................................................. Carteira própria .................................................................................................................................................. Carteira de terceiros ........................................................................................................................................... Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ........... Obrigações por empréstimos e repasses ........................................................................................................... Empréstimos no exterior ................................................................................................................................... Repasses do país - instituições oficiais - BNDES ............................................................................................. Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................................................... Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............................................... Instrumentos financeiros derivativos .................................................................................................................. Outras obrigações ................................................................................................................................................. Fiscais e previdenciárias .................................................................................................................................... Dívidas subordinadas elegíveis a capital ......................................................................................................... Diversas ............................................................................................................................................................... RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ............................................................................................................ PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................................................ Capital - de domiciliados no país ......................................................................................................................... Reservas de capital ............................................................................................................................................... Reservas de lucros ................................................................................................................................................ Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........... Lucros acumulados ...............................................................................................................................................

23.433.923 13.341.872 78.807 9.720.803 3.540.792 1.470 1.618.029 988.759 629.270 49.574 261.156 3.358.480 1.457 2.440.423 600.374 269.975 46.251 2.053.898 2.750.914 642 1.414.047 230.593 345.331 336.663 67 423.571 12.441.766 5.219.087 3.775.293 1.443.794 2.410.738 554.259 1.856.479 388.204 3.412.254 1.168.971 1.570.835 654.831 17.617 505.937 505.546 385.359 116.835 3.352 12.275 4.540.149 2.755.795 97.348 1.414.248 27.479 245.279

TOTAL DO PASSIVO ................................................................................................................................................

40.428.113

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Em milhares de reais

Em milhares de reais

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. Operações de crédito ...................................................................................................... Resultado de títulos e valores mobiliários .................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos .................................................. Resultado de aplicações compulsórias .........................................................................

2º semestre 2005 3.106.909 1.032.469 1.635.587 438.853 -

Exercício findo em 31 dezembro de 2005 5.041.233 1.383.052 2.552.334 1.104.730 1.117

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................. Captação no mercado ..................................................................................................... Empréstimos, cessões e repasses ................................................................................. Resultado de câmbio ...................................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................................

(2.036.366 ) (1.700.256 ) (266.078 ) (28.986 ) (41.046 )

(2.910.164) (2.675.224) (164.831 ) (24.393 ) (45.716 )

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................

1.070.543

2.131.069

OUTRAS RECEITAS/ (DESPESAS) OPERACIONAIS .......................................................... Receitas de prestação de serviços ................................................................................. Despesas de pessoal ....................................................................................................... Outras despesas administrativas ................................................................................... Despesas tributárias ........................................................................................................ Resultado de participações em controladas ................................................................. Outras receitas operacionais .......................................................................................... Outras despesas operacionais .......................................................................................

(48.782 ) 92.678 (74.338 ) (93.007 ) (56.945 ) 45.666 58.749 (21.585 )

(210.956 ) 159.348 (155.072 ) (173.379 ) (131.498 ) 52.285 88.669 (51.309 )

RESULTADO OPERACIONAL ...............................................................................................

1.021.761

1.920.113

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ......................................................................................

832

(5.644)

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ............................................................................

1.022.593

1.914.469

IMPOSTO DE RENDA ............................................................................................................

(97.894 )

(295.685 )

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ......................................................................................................

(37.186 )

(124.680 )

ATIVO FISCAL DIFERIDO ......................................................................................................

(88.957 )

(78.222 )

PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ................................................................................................

(63.563 )

(129.440 )

LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................

734.993

1.286.442

LUCRO POR AÇÃO EM R$ ....................................................................................................

71,25

124,70

ORIGENS DOS RECURSOS .................................................................................................. Lucro líquido ajustado ....................................................................................................... Lucro líquido .................................................................................................................... Amortização e depreciação ............................................................................................ Resultado de participações em controladas ................................................................. Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ..................................................... Atualização de títulos patrimoniais e outras .................................................................... Variação nos resultados de exercícios futuros ................................................................ Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .............. Depósitos ...................................................................................................................... Captações no mercado aberto .................................................................................... Relações interdependências ........................................................................................ Obrigações por empréstimos e repasses ................................................................... Instrumentos financeiros derivativos ......................................................................... Outras obrigações ........................................................................................................ Redução dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................. Relações interfinanceiras ............................................................................................. Alienação de investimentos ........................................................................................... Alienação de imobilizado de uso ................................................................................... APLICAÇÕES DOS RECURSOS ............................................................................................ Juros sobre o capital próprio/Dividendos destacados/distribuídos .............................. Inversões em: Participações societárias ................................................................................................ Outros investimentos ...................................................................................................... Imobilizado de uso .......................................................................................................... Aplicações no diferido ....................................................................................................... Aumento dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................ Relações interfinanceiras ................................................................................................ Operações de crédito e outros créditos ........................................................................ Outros créditos e outros valores e bens ....................................................................... Redução dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .................. Recursos de aceites e emissão de títulos ...................................................................... Relações interfinanceiras ................................................................................................ Relações interdependências ........................................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ...................................................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES .................................................................................. DISPONIBILIDADES No início do semestre/exercício ........................................................................................ No final do semestre/exercício ......................................................................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ..................................................................................

Exercício findo 2º semestre em 31 dezembro 2005 de 2005 5.081.897 10.551.345 701.461 1.272.649 734.993 1.286.442 12.134 38.492 (45.666 ) (52.285 ) 14.166 1.352 3.612

(13.293 ) 4.071 1.707

4.361.097 1.228.012 1.022.711 69.183 1.016.148 1.025.043 90 119 5.020.296 282.555

9.231.255 5.611.132 1.519.187 56.292 1.409.839 634.805 53.963 53.963 90 903 10.549.196 469.345

33.120 1.959 1.425 9 4.473.506 294.796 1.639.340 38.013 1.237.569 1.263.788 227.722 182.921 186 44.615 61.601

33.120 4.834 4.040 6.220 8.286.632 4.417.370 1.939.441 733.258 1.196.563 1.745.005 415.412 1.329.593 2.149

54.904 116.505 61.601

114.356 116.505 2.149


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Divulgação

TELEVISÃO Lima Duarte, Marcos Caruso e Irene Ravache na pele de personagens ligados pelo amor e pela amizade

Ilusionismo e confidências de Hebe Regina Ricca Divulgação

CINEMA

JOGO DO AMOR O ilusionista Criss Angel em ação

Depois Daquele Baile, competição amorosa entre amigos

Sexta, 24

Rita Alves

U

m é extrovertido e debochado. O outro é tímido e inseguro. Em comum, os amigos Freitas (Lima Duarte) e Otávio (Marcos Caruso) têm apenas um sentimento: o amor pela viúva Dóris (Irene Ravache), requintada cozinheira que oferece um serviço de pensão em uma vila de Belo Horizonte. A disputa amorosa dos dois personagens pode ser vista em Depois Daquele Baile, primeiro longa-metragem do ator Roberto Bomtempo que estréia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros. O professor aposentado Freitas é conquistador, bon-vivant e faz questão de enfatizar que o importante é viver o presente. Seguindo esse lema, não economiza nas cantadas e elo-

gios dispensados à sua pretendente Dóris. O também apaixonado Otávio, protético em fim de carreira, vive sonhando em ganhar o coração da exuberante viúva, mas, ao contrário do professor, usa artifícios mais sutis na busca do seu objetivo. Seu jeito metódico e ponderado de levar a vida causa espanto em Freitas que, em um dos jantares na casa de Dóris, vê o hipocondríaco Otávio tomar um antiácido antes de saborear um licor. Inconformado com a atitude, Freitas não hesita em classificar o gesto como um crime inafiançável. Apesar das aparentes desavenças, a amizade entre os dois é forte. Tanto que a preocupação em preservá-la caminha junto com a vontade de conseguir o amor da dona de pensão.

Na casa de Dóris o ambiente é sempre acolhedor. Lá, ela é auxiliada por Bete (Ingrid Guimarães), sobrinha que veio do interior para estudar enfermagem. O seleto grupo de clientes procura desfrutar as pequenas alegrias e surpresas do cotidiano. O bom batepapo em torno da comida e o ritual da dança às sextas-feiras já fazem parte do cardápio da pensão. A presença de Freitas e Otávio também. Os dois clientes mais assíduos da pensão também encontram diversão fora dali. Independente do lugar, a presença de Dóris no passeio é essencial. Um piquenique no alto da montanha ou algumas voltas no carrossel de um parque são como uma festa para o trio. Mas a alegria quase infantil desses encontros não desfaz

V

ocê já ouviu falar de Criss Angel, o ilusionista com pinta de metaleiro? Pois ele é a nova sensação nos EUA. Vem lotando teatros, fazendo vários espetáculos ao ar livre e aumentando a audiência de qualquer programa de TV no qual apareça. Em 2001, 2004 e 2005, Criss, novaiorquino de 37 anos, faturou o título de O Mágico do Ano da Academia de Arte de Mágicos, um feito que só fez sua popularidade aumentar na terra de Bush. Quem quiser saber mais sobre as magias do rapaz deve sintonizar o canal A&E a partir de hoje, às 21h, para conferir a série Criss Angel – o Ilusionista, programa que mostra os preparativos das apresentações de Criss e registra alguns de seus ousados números. Na primeira parte do show, Criss Angel levita, em plena Sunset Park, em Las Vegas, e depois escolhe aleatoriamente uma vítima na platéia para fazer o mesmo no meio da multidão. Depois ele pratica skydiving em um ambiente fechado e transforma o desenho de uma borboleta, feito por um espectador, em uma espécime de verdade. Para terminar, ele será suspenso de um helicóptero numa posição suicida, com quatro anzóis presos nas costas – e terá de suportar um doloroso vôo sobre o Vale do Fogo.

o clima de competição entre o professor e o protético. Disposto a desafiar o amigo e a colocar um fim na ferrenha competição, Freitas faz uma aposta com Otávio. Aquele que ganhar, terá um mês para conquistar Dóris e, se não conseguir, deixará o caminho livre para o rival. Com o desafio lançado, correr contra o tempo e contar com a sorte são essenciais. Quem conseguirá conquistar o amor de Dóris? Quais dos dois ganhará o jogo? Façam suas apostas! Depois Daquele Baile (Brasil, 2005, 108 minutos). Direção de Roberto Bomtempo. Com Lima Duarte, Marcos Caruso, Irene Ravache, Ingrid Guimarães, Chico Pelúcio, Regina Sampaio.

Quarta, 29

H A dupla de rivais em clima de descontração

Eu amo fazer teatro, mas tenho uma paixão muito grande pelo cinema. Estou louco para fazer um novo filme como ator. Roberto Bomtempo

PAIXÃO PELO CINEMA

U

m filme sobre a amizade e sobre a possibilidade de novas conquistas amorosas na terceira idade. Esse foi o tema escolhido pelo ator Roberto Bomtempo, 41 anos, para a sua estréia na direção de longa-metragem: Depois Daquele Baile, que estréia nesta semana. "É a história de uma mulher de 58 anos, viúva há cinco, que transforma a própria casa numa pensão para aumentar a renda mensal e também para fugir da solidão", conta Bomtempo. O filme é baseado em peça homônima de Rogério Falabella, pai da atriz Débora Falabella, que trabalhou com Roberto Bomtempo em Dois Perdidos numa Noite Suja, de José Joffily. Durante as filmagens, o ator conheceu o pai da atriz e pouco tempo depois recebeu pelo correio algumas peças do publicitário e dramaturgo mineiro, "já beirando os 70 anos". Me apaixonei por essa peça, lembra. Rogério Falabella fez o argumento e o roteiro foi desenvolvido pela jornalista, crítica e grande amiga do cinema brasileiro Susana Schild. Além de trabalhar no Grupo Novo de Cinema, ajudando a carreira de filmes brasileiros no exterior, Susana está enveredando pela ficção e tem também

Evaldo Mocarzel um roteiro escrito em parceria com o diretor de fotografia Lauro Escorel. Depois Daquele Baile é ambientado em Belo Horizonte e acompanha os passos de vários personagens solitários que transitam pela pensão de Dona Dóris, a viúva, vivida pela atriz Irene Ravache. Ela é disputada por dois admiradores apaixonados: Freitas, ex-professor aposentado interpretado por Lima Duarte, "que morre de tesão por ela", nas palavras de Roberto Bomtempo, e Otávio, protético também aposentado protagonizado por Marcos Caruso. Roberto Bomtempo é carioca da gema, mas tem uma relação muito forte com Minas Gerais, pois seus pais são mineiros e ele sempre passou férias em Belo Horizonte. "Sou um carioca de alma mineira", diz. Pela pensão de Dóris, circulam outros personagens solitários, como Judith, de 70 anos, interpretada por Regina Sampaio, mãe do ator e que, além de atriz, é também produtora de teatro. Judith é uma mulher cujo marido saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Ainda no elenco, Ingrid Guimarães, encarnando uma estudante de enfermagem, prima da personagem de Irene Ravache, e o garçom Cosme, talvez o mais solitário de todos, in-

terpretado pelo ator Chico Pelúcio. Depois Daquele Baile é um projeto que ganhou R$ 600 mil no edital de Baixo Orçamento, o famoso B. O., do Ministério da Cultura. Com pouco dinheiro, Roberto Bomtempo acabou transformando a sua casa na Barra da Tijuca, no Rio, no meio de uma ilha logo no início do bairro, numa pensão belorizontina. É curioso comentar que, para chegar na casa do ator, é preciso pegar um pequeno barco. Mas tudo é possível no mundo do cinema, sobretudo quando se tem uma paixão incontrolável de fazer filmes. Embora estreando na direção de longas, Roberto Bomtempo tem bastante experiência nos bastidores. Foi assistente de direção de Walter Lima Júnior em duas minisséries: Capitães de Areia, na Bandeirantes, e Meu Marido, na Globo. Também dirigiu dois documentários em longa-metragem para o Channel Four: um sobre menores de rua e outro sobre famílias que sobrevivem nas calçadas do Rio. Ele também foi assistente de direção do longa Manobra Radical, de Elisa Tolomeli, e do curta O Vendedor, de Alberto Salvá. "Sempre fui muito ligado na parte técnica", diz. "Acho que tenho mais ami-

gos diretores e fotógrafos do que atores. Dirigir um longa foi e está sendo para mim uma felicidade imensa. Eu sabia aonde estava chegando." Depois Daquele Baile consumiu cinco semanas de filmagens. Os exteriores logicamente foram rodados em Belo Horizonte. No Festival de Gramado o ator foi premiado duas vezes: no longa A Maldição de Sampaku, de José Joffily, e no curta O Vendedor, de Alberto Salvá. Com 25 longas no currículo como ator, Roberto Bomtempo também é encenador e dirigiu montagens como Capitães de Areia, que ficou três anos em cartaz. E fez uma longa excursão pelo Brasil com a peça Raul Fora da Lei, sobre a vida do saudoso e genial Raul Seixas, um sucesso de público que já dura cinco anos. A direção é de José Joffily, em sua estréia como encenador. No ano passado, esteve também em cartaz em São Paulo com O Santo Parto, de Lauro César Muniz, com direção de Luiz Arthur Nunes. Há 18 anos, o ator dá aula de teatro no Espaço Bomtempo, na Lapa, no centro do Rio. "Eu amo fazer teatro, mas tenho uma paixão muito grande pelo cinema. Estou louco para fazer um novo filme como ator."

ebe Camargo pode ser vista na quarta, 29, às 22h45, sentada no sofá de sua casa, no bairro do Morumbi, onde foi entrevistada por Alex Lerner para o programa Por Trás da Fama, do canal Multishow. A esfuziante e veterana apresentadora abriu as portas de sua mansão para Lerner e com ele trocou várias confidências. Contou, por exemplo, que chegou a ser rejeitada várias vezes em seus primeiros testes para o vídeo. "Acho que por causa dos cabelos muito escuros e das sobrancelhas grossas. "Ficava tudo borrado, parecia um bicho", disse, gargalhando. Aos 76 anos, Hebe admitiu que gostaria de ter um namorado, "mas não voltaria a casar" e revelou-se, politicamente, como uma mulher de centro-direita. "Não sou esquerdista. Odeio Fidel Castro"). Em um dos momentos mais emocionantes da entrevista, Hebe chorou ao falar do único filho, Marcelo. "Mas são lágrimas de alegria", garantiu Hebe. Plásticas? Ela afirmou que já fez duas lipoaspirações e duas cirurgias nos seios e um lifting no pescoço. "Adoro dormir em hospital. Quando tenho uma cirurgia vou na véspera para dormir lá."

Adoro dormir em hospital. Quando tenho uma cirurgia vou na véspera para dormir lá. Hebe Camargo

Hebe e Alex Lerner, dessa vez no sofá da casa da apresentadora


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 228 7º andar ala A 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3025 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 4º andar (parte) 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 4378 8421 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais

Estatutárias 473.610 -

Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 40.772 -

Lucros acumulados 245.279 -

Total 3.732.274 4.071

Capital 2.715.795 40.000 -

Aumento de capital 40.000 (40.000 ) -

Reservas de capital Incentivos fiscais e outras 93.277 4.071

-

-

-

64.323

(55.896) -

(13.293) -

1.286.442 (57.449) (64.323)

(13.293 ) 1.286.442 (113.345 ) -

2.755.795 40.000

(40.000 )

97.348 4.071

187.864 64.323

808.670 1.226.384 752.774

27.479 (13.293)

(356.000) (808.670) 245.279 -

(356.000 ) 4.540.149 807.875

Saldos em 30 de junho de 2005 .............................................................. Atualização de títulos patrimoniais e outras ......................................... Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................ Lucro líquido do semestre ....................................................................... Dividendos destacados (R$ 5,569 por ação) .......................................... Apropriação à reserva legal .................................................................... Juros sobre o capital próprio destacados/distribuídos (R$ 21,821 por ação) ........................................................................... Constituição de reservas estatutárias ....................................................

2.755.795 -

-

95.996 1.352

151.114 -

417.714 -

13.313 -

638.261 -

4.072.193 1.352

-

-

-

36.750

-

14.166 -

734.993 (57.449) (36.750)

14.166 734.993 (57.449 ) -

-

-

-

-

808.670

-

(225.106) (808.670)

(225.106 ) -

Saldos em 31 de dezembro de 2005 ...................................................... Mutações no período ...............................................................................

2.755.795 -

-

97.348 1.352

187.864 36.750

1.226.384 808.670

27.479 14.166

245.279 (392.982)

4.540.149 467.956

Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................... Homologação de capital .......................................................................... Atualização de títulos patrimoniais e outras ......................................... Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................ Lucro líquido do exercício ....................................................................... Dividendos destacados/distribuídos (R$ 10,987 por ação) ................... Apropriação à reserva legal .................................................................... Juros sobre o capital próprio destacados/distribuídos (R$ 34,510 por ação) ........................................................................... Constituição de reservas estatutárias .................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2005 ...................................................... Mutações no período ...............................................................................

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2005 Em milhares de reais

1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Itaú BBA S.A. desenvolve seus negócios dentro de diretriz de banco de atacado, vocacionado para o atendimento a clientes. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Itaú BBA S.A. foram elaboradas em consonância com os princípios da Lei das Sociedades por Ações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN. Conforme o disposto na Circular nº 2.804, de 11 de fevereiro de 1998, as demonstrações financeiras das agências no exterior estão sendo apresentadas consolidadas no Banco Itaú BBA S.A., traduzidas para reais às taxas de câmbio vigentes na data dos balanços. Em decorrência da reorganização societária ocorrida durante o exercício de 2004, cujos processos foram homologados pelo Banco Central do Brasil no curso do ano de 2005, e de acordo com a Circular nº 3.017, em seu artigo 9º inciso I, de 06 de dezembro de 2000, do Banco Central do Brasil, as demonstrações financeiras do Banco Itaú BBA S.A. não estão sendo apresentadas comparativamente com os saldos de 31 de dezembro de 2004. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular nº 3.068, de 08 de novembro de 2001, do BACEN, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados em três categorias específicas, de acordo com a intenção da instituição de negociálos. Desta forma, os títulos e valores mobiliários estão demonstrados pelos seguintes critérios de registros e avaliações contábeis, nas seguintes categorias: i - Títulos para negociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; ii - Títulos disponíveis para venda - títulos e valores mobiliários que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido “Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos”; e iii - Títulos mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários, exceto ações não resgatáveis, para os quais haja intenção ou obrigatoriedade e capacidade financeira da instituição para sua manutenção em carteira até o vencimento, registrados ao custo de aquisição atualizado, não sendo ajustados pelo valor de mercado. Os ganhos e perdas de títulos disponíveis para venda, quando realizados, serão reconhecidos na data de negociação na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido “Ajustes ao valor de mercado títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos”. c) Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da instituição para fins ou não de proteção (“hedge”), conforme a Circular no 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do BACEN. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de proteção, principalmente os utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os instrumentos financeiros derivativos que atendam aos critérios de proteção, classificados como: i - “Hedge de risco de mercado”, bem como os objetos de proteção (ativo ou passivo) são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado; ii - “Hedge de fluxo de caixa”, a parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. Entretanto, se o objeto da proteção for título e valor mobiliário classificado na categoria títulos mantidos até o vencimento, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo serão contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo avaliados pelo valor de mercado. d) Outros ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço. Quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de mercado. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração, para concluir quanto ao valor adequado, e leva em conta a conjuntura econômica e os riscos específicos e globais da carteira, bem como as normas do BACEN. e) Ativo permanente Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: i - Depreciação do imobilizado de uso, calculada pelo método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo que, as instalações e equipamentos de uso com valores residuais até R$ 3 são integralmente depreciados. As depreciações são calculadas às seguintes taxas anuais: imóveis de uso - 4%; sistemas de comunicações, instalações, móveis e utensílios - 10%; e veículos e equipamentos de processamento de dados - 20%. ii - Avaliação dos investimentos em sociedades controladas, diretas ou indiretas, pelo método de equivalência patrimonial. iii - Os gastos diferidos de organização e expansão correspondem basicamente a benfeitorias em imóveis de terceiros e aquisição de softwares, amortizados linearmente com base nos prazos dos contratos, limitados a dez e cinco anos respectivamente. f) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridas até a data do balanço. g) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda federal, constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida do adicional de 10% acima de determinados limites, inclui incentivos fiscais cuja opção é formalizada na declaração de rendimentos. A provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. O Banco reconhece os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre a indedutibilidade temporária de provisões, prejuízos fiscais, base negativa e ajuste a valor de mercado das posições de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos próprios.

4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Custo de aquisição (a)

Títulos para negociação: Títulos públicos federais do Brasil ......................... Títulos públicos federais de outros países ............ Ações ................................... Certificado de depósito bancário ......................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Certificado de termo de energia ...................... Eurobonds ........................... Fundos .................................

Títulos disponíveis para venda: Títulos públicos federais do Brasil ......................... Debêntures .......................... Ações ................................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Notas ................................... Eurobonds ........................... Fundos .................................

Títulos mantidos até o vencimento: Títulos públicos federais do Brasil ......................... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures .......................... Eurobonds ...........................

Total

(a) (b)

(c) (d)

(e)

....................................

Custo menos Mercado Valor de Valor Valor mercado (b) bruto líquido

Até 3 meses

De 3 a 6 meses

Vencimentos De 6 a Acima de 12 meses 12 meses

- 1.019.304

Reservas de lucros Legal 123.541 -

5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do BACEN, e regulamentações posteriores, entende-se por instrumentos financeiros derivativos aqueles cujo valor varia em decorrência de mudanças em ativos subjacentes que podem ser taxa de juros, preço de título ou valor mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura. A globalização dos mercados nos últimos anos proporcionou um alto nível de sofisticação nos produtos financeiros utilizados. Como conseqüência deste processo, houve uma crescente demanda por instrumentos financeiros derivativos para administrar riscos de mercado resultantes basicamente de flutuações em taxas de juros, câmbio e preços de ativos. Desta forma o Banco Itaú BBA S.A. vem operando nos mercados derivativos, tanto no atendimento às crescentes necessidades de seus clientes, como na execução de sua política de gestão de riscos. Tal política baseia-se na utilização dos instrumentos derivativos como forma de minimização dos riscos resultantes das operações comerciais e financeiras. Os derivativos negociados pelo banco são adquiridos para duas funções básicas: • Hedge - para realização de hedge de portfólio estrutural, oriundo das operações de banco comercial; • Trading - servindo de instrumentos para o banco assumir posições proprietárias e de gestão de riscos dos derivativos negociados com grandes clientes. A maior parte dos contratos de derivativos negociados pela instituição com clientes, no Brasil, é de operações de swap e futuros, todas registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) ou na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). Os contratos futuros de DI e Dólar da BM&F são utilizados principalmente como instrumentos para trava de taxas de financiamentos oferecidos a clientes por prazos ou moedas descasados com os dos recursos utilizados para fundeálos. No exterior, o Banco Itaú BBA S.A. realiza operações com contratos derivativos de futuros, termo, opções e swaps com registro principalmente nas Bolsas de Chicago, Nova York e Londres. Os principais fatores de risco dos derivativos assumidos pelo Banco Itaú BBA S.A. em 31 de dezembro de 2005 eram relacionados à taxa de câmbio, taxa de juros, cupom de dólar e de TR, Libor e renda variável. O gerenciamento destes e de outros fatores de risco de mercado está apoiado em infra-estrutura de modelos determinísticos e estatísticos sofisticados. Com base neste modelo de gestão, a instituição tem conseguido, com a utilização de operações envolvendo derivativos, maximizar as relações risco e retorno, mesmo em situações de grande volatilidade. O Banco Itaú BBA S.A. possui uma área de gerenciamento de risco independente, que monitora as variações de preço de mercado destes instrumentos de forma específica e dentro de padrões pré-definidos de assunção de risco. Os modelos empregados nos controles de risco são avaliados diariamente através de estudos de back test - comparação entre os riscos previstos e os resultados efetivados em função do real comportamento do mercado. Estas constantes avaliações ratificam a boa qualidade dos controles utilizados. A adequação das posições aos limites pré-estabelecidos é monitorada diariamente e comunicada através de relatórios apropriados, destinados a diversos níveis de administradores. Os modelos de mensuração de riscos e apreçamento utilizados pelo banco são proprietários, desenvolvidos internamente e adequados aos padrões prudenciais difundidos internacionalmente. O apreçamento dos derivativos e a apuração dos preços de referência e das estruturas a termo de taxas de juros por moeda são atividades de responsabilidade da área de gerenciamento de riscos, e independentes das áreas de negócios que realizam as operações. Os modelos de apreçamento utilizados são compatíveis com a complexidade das operações e adequados aos instrumentos financeiros negociados. As técnicas utilizadas se baseiam nos modelos de avaliação de direitos contingentes para as opções (família de modelos Black & Scholes) e modelos de não arbitragem para os contratos de futuros e swaps. A avaliação a valor de mercado dos instrumentos derivativos é feita utilizando-se todas as informações de mercado disponíveis, tais como as de corretoras, provedores externos de informações de mercado e mesmo comparação com taxas e preços de outros bancos, construindo assim uma consistente avaliação dos reais valores de mercado dos instrumentos apreçados. Os administradores seniors do Banco são responsáveis e diretamente envolvidos pela promoção e difusão da cultura de gestão do risco por toda a organização. As atividades de controle são parte integral do processo de gestão da instituição e das atividades diárias dos administradores seniors e demais níveis da administração. Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: a) SWAP e arbitragens Valores pelas taxas e indexadores contratados Posição Passivo líquida

Valor de mercado Posição líquida

16.527.964 7.894.188 954.902 4.041.832 10.381.516 1.643.553 138.109 41.582.064

15.801.847 7.848.631 952.292 4.182.719 10.928.689 1.785.614 134.726 41.634.518

726.117 45.557 2.610 (140.887) (547.173) (142.061) 3.383 (52.454)

848.957 155.307 19.365 (162.362) (555.379) (151.417) 1.348 155.819

9.802.056 8.592.156 4.777.192 18.410.660 41.582.064

9.482.586 8.578.018 4.774.286 18.799.628 41.634.518

319.470 14.138 2.906 (388.968) (52.454)

443.553 35.007 15.397 (338.138) 155.819

14.817.672 5.942.536 9.271.842 11.550.014 41.582.064

14.887.774 5.894.435 9.327.847 11.524.462 41.634.518

(70.102) 48.101 (56.005) 25.552 (52.454)

(45.282) 76.479 (28.672) 153.294 155.819

10.380.118 31.201.946 41.582.064

10.353.969 31.280.549 41.634.518

26.149 (78.603) (52.454)

39.524 116.295 155.819

Ativo i)

Referenciados em: a) Certificado de depósito Interfinanceiro - CDI ................... b) Taxa de juros pré-fixada PRÉ - R$ .................................... c) Taxa de juros em dólar PRÉ - USD ................................... d) IGPM ................................................................................... e) Dólar - PTAX ....................................................................... f) Outras moedas .................................................................... g) Outros indexadores ...........................................................

ii) Contrapartes: a) Empresas ............................................................................ b) BM&F .................................................................................. c) Instituições financeiras ...................................................... d) Partes relacionadas ............................................................ iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ........................................................................ b) De 3 a 6 meses ................................................................... c) De 6 a 12 meses .................................................................. d) Acima de 12 meses ............................................................ iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ............................................................................. b) No Balcão ...........................................................................

b) Opções 1.014.322

1.051.765

37.443

31.940

521

59.178 1.674

63.122 1.251

3.944 (423)

585 1.251

-

-

62.537 -

146.868

146.868

-

90.385

56.483

-

-

98.005

96.860

(1.145)

-

-

15.436

81.424

27.678 61.197 273.161 1.682.083

29.002 64.262 273.161 1.726.291

1.324 3.065 44.208(c)

273.161 397.322

1.633 852 59.489

9.742 17.627 63.410 25.178 1.244.302

543.159 1.511.056 658.732

549.483 1.511.617 669.092

6.324 561 10.360

4.124 353 6.466

42.998 43.461 669.092

49.691 14.198 -

213.162 243.632 68.003 1.385.955 -

60.314 892.480 747.782 152.149 4.565.672

58.036 922.985 744.552 152.149 4.607.914

(2.278) 30.505 (3.230) 42.242

(1.434) 215 20.134 3.893 (2.164) 577.150 152.149 (d) 27.479 1.488.958

8.173 31.248 100.505 203.815

409 49.239 179.262 708.582 6.892 60.005 467.728 2.447.413

155.650

208.251

16.102

1.739

16.518

121.291

22.201 10.158 11.714 199.723

24.145 10.155 11.878 254.429(e)

635 585 17.322

563 11.714 14.016

1.066 17.584

21.566 7.944 150.801

6.447.478

6.588.634

1.903.602

277.320

510.490 3.842.516

Custo de aquisição acrescido de rendimentos até a data do balanço. O valor de mercado é apurado considerado o fluxo de caixa descontado a valor presente pelas taxas de juros ou preços considerados como representativos das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço, aplicáveis a cada tipo de título. Reconhecido diretamente no resultado. Ganhos e perdas não realizados são reconhecidos em conta especial do patrimônio líquido pelos seus valores líquidos de impostos e encargos. Os títulos mantidos até o vencimento não são avaliados a valor de mercado para fins contábeis, assim os valores ora apresentados são apenas informativos.

Prêmios pagos ou (recebidos) Valor de custo Valor de mercado i)

Direitos sobre: a) Dólar ............................................................................................................................. b) Reais ............................................................................................................................. c) Títulos (principalmente da dívida brasileira) ............................................................ d) Índices .......................................................................................................................... e) Outras moedas ............................................................................................................ f) Outros ...........................................................................................................................

55.914 4.575 17.075 32.001 9.096 5.170 123.831

102.804 202 7.997 76.856 15.136 85.111 288.106

(39.748 ) (50.790 ) (12.505 ) (27.757 ) (10.419 ) (669 ) (141.888 )

(46.082 ) (177.542 ) (5.352) (2.707) (10.351 ) (839) (242.873 )

(18.057 )

45.233

4.597 22.417 (45.071 ) (18.057 )

73.388 133.752 (161.907 ) 45.233

(25.363 ) 7.336 (30 ) (18.057 )

(44.507 ) 97.055 (7.315) 45.233

22.417 (40.474 ) (18.057 )

133.752 (88.519 ) 45.233

i) Compras a receber - CDI .................................................................................................................................... ii) Obrigações a pagar - CDI ................................................................................................................................... iii) Vencimento até 3 meses ....................................................................................................................................

Valor contábil 40.000 (40.000) 40.000

ii) Obrigações sobre: a) Dólar ............................................................................................................................. b) Reais ............................................................................................................................. c) Títulos (principalmente da dívida brasileira) ............................................................ d) Índices .......................................................................................................................... e) Outras moedas ............................................................................................................ f) Outros ...........................................................................................................................

Total ....................................................................................................................................... iii) Contrapartes: a) Empresas ..................................................................................................................... b) BM&F/BOVESPA ......................................................................................................... c) Instituições financeiras ............................................................................................... iv) Vencimentos: a) Até 3 meses ................................................................................................................. b) De 3 a 6 meses ............................................................................................................ c) De 6 a 12 meses ........................................................................................................... v) Operações realizadas: a) Na BM&F/BOVESPA .................................................................................................... b) No Balcão ....................................................................................................................

c) Operações a termo realizadas com instituições financeiras no balcão


sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Tr i b u t o s Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

CONTINUA INDECISÃO SOBRE O PADRÃO DE TV DIGITAL

400

milhões de dólares é a estimativa de custo para a construção de uma fábrica de semicondutores

Lindomar Cruz/ABr

BRASIL E EUROPA DISCUTEM DESENVOLVIMENTO Seminário em Brasília, que termina hoje, incentiva a troca de experiências e informações para que os países possam alcançar o equilíbrio regional. Para o chefe da Comissão Européia, João Pacheco, as nações só avançam e diminuem as desigualdades quando conseguem coesão.

Autoridades brasileiras e européias discutem os caminhos possíveis para equilibrar as diferenças regionais Renato Stockler/Folha Imagem

N

o momentoemque estímulo às iniciativas locais, não tem como levar isso ao conrepresentantes do com destaque para a política sumidor", afirmou Mantega. Capacitação – Levar energia M e r c o s u l e d a tecnológica e de inovação e União Européia planejamento de infra-estru- e capacitação é outro caminho tentam avançar nas discussões tura, especialmente transpor- para equilibrar o desenvolvisobre o comércio bilateral, o te, visando à integração conti- mento regional no País, disse o Brasil é palco do seminário Po- nental. Caminho que o Brasil ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes. Ele exemplilíticas de Desenvolvimento Re- também deveria seguir. Opinião semelhante tem o ficou com a Política Nacional gional: Desafios e Perspectivas à Luz das Experiências da presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Regional de Desenvolvimento Econô- (PNDR), que faz o diagnóstico União Européia e do Brasil. Ontem, durante o evento, mico e Social (BNDES), Guido de regiões que precisam de o chefe da delegação da Co- Mantega. Ele afirmou que uma atenção especial. De acordo missão Européia no Brasil, das maneiras de equilibrar o com o ministro, o Vale do Jeembaixador João Pacheco, desenvolvimento regional é quitinhonha é um caso concreafirmou que um dos pilares dar ênfase a projetos estrutu- to em que o desenvolvimento da construção da Europa é a r a n t e s p a r a o P a í s . C o m o regional foi impulsionado. Gomes afirmou que a região política de coesão de desen- exemplos, Mantega citou a duplicação da BR-101 e a constru- recebeu financiamento para a volvimento regional. instalação de laSegundo ele, é Gustavo Miranda/AE boratórios, caessa política que p a c i t a ç ã o g epermite que paírencial e concesses como a Irlansão de crédito da, que, à época para o comércio da formação da exterior. A reUnião Européia gião passou, entinham um nível tão, a exportar de desenvolvisua cachaça, até mento abaixo do então impedida dos demais paípor não possuir ses do bloco, tecertificação finham chegado tossanitária. atualmente a "Montamos o um patamar próximo da mé- Jacques Wagner e o presidente Lula conversam durante o seminário laboratório, que t e m u m c a r ro dia européia. que visita todos os alambiques Por esse motivo, o embaixa- ção da Ferrovia Norte-Sul. Desigualdades – O presi- da região colhendo as amosdor ressaltou que a Europa e o Brasil têm em comum a grande dente do BNDES destacou que tras e faz a certificação. Além diferença de desenvolvimen- é grande a diversidade regio- disso, foi possível padronizar to, seja entre países – no caso do nal no Brasil, assim como a de- o rótulo, que sai certificado. Brasil, comparado aos outros sigualdade de renda. "Temos Agora, eles estão capacitados a da América do Sul – seja entre regiões que se parecem com ir para o mercado exterior", países da União Européia e ou- disse o ministro. estados de um mesmo país. Aproximação – Promovido O diretor da Faculdade de tras que se parecem com as pelo Ministério da Integração Ciências da Universidade Fe- áreas mais pobres da África." Daí a importância de proje- Regional, o seminário Desenderal de Minas Gerais, Clélio Campolina, que também par- tos que garantam às regiões volvimento Regional: Desaticipou do encontro, explicou menos desenvolvidas infra-es- fios e Perspectivas à Luz das que desde 1975 a União Euro- trutura, logística e transporte, Experiências da União Européia vem construindo e imple- para que possam produzir e co- péia e do Brasil termina hoje, mentando políticas de desen- mercializar suas mercadorias. em Brasília. O objetivo do en"Essas regiões têm que ter capa- contro é a troca de informavolvimento regional. Campolina disse que a es- cidade de aumentar a produ- ções e experiências que postrutura dessas políticas pode ção. Mas não adianta produzir sam auxiliar no equilíbrio das ser resumida nas diretrizes de mais trigo, mais algodão, se diferenças regionais. (ABr)

TV DIGITAL Viagem ao Japão e fábrica no futuro

O

ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou ontem que uma comitiva de ministros brasileiros, incluindo ele, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, fará uma viagem ao Japão e à Coréia para negociar a instalação no Brasil de fábricas de semicondutores e de televisores com tela de cristal líquido (LCD). A viagem deverá ocorrer na próxima semana ou na primeira de abril. Os encontros serão com representantes dos governos e de indústrias. No Japão, haverá conversas com executivos da Toshiba, Sony, Panasonic e NEC. Na Coréia, com dirigentes da Samsung. Antes da viagem, na terça-feira, o ministro se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do assunto, que vem sendo discutido no processo de escolha do padrão de TV digital a ser adotado no País. Segundo Costa,

essa decisão depende exclusivamente do presidente e pode ser tomada nas "próximas horas" ou nos "próximos dias". Desvinculação – Apesar de continuar negociando a instalação de uma indústria de semicondutores no Brasil, Costa deu a entender que a escolha do padrão de TV digital poderia estar desvinculada dessa negociação. "Não estamos mais fazendo um condicionamento de que podemos esperar a implantação de uma fábrica, que leva dois ou três anos, para decidirmos sobre a TV digital", afirmou. Ele fez uma nova estimativa de custo para a construção de uma fábrica dessas. Segundo Costa, seriam necessários investimentos de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões, e não os US$ 2,5 bilhões previstos anteriormente. Já o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que a instalação de

uma fábrica de semicondutores no Brasil, que o governo vem exigindo nas negociações para a escolha do padrão de TV digital a ser adotado, é um dos pilares da política industrial e tecnológica brasileira. "As plantas de semicondutores não são necessariamente para a montagem de aparelhos de TV digital. São componentes que podem ser usados em diversos segmentos da atividade produtiva, como a fabricação de celulares, aparelhos de som e de televisão analógica", disse o ministro. Segundo ele, já esteja em andamento o processo para a construção de uma fábrica de semicondutores em Minas Gerais, uma parceria entre o governo do Estado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e investidores estrangeiros. Furlan disse que a fábrica de Minas Gerais "poderá ou não" fazer parte do processo de negociação da TV digital. (Agências)

Investimentos da indústria farmacêutica devem alcançar R$ 2,25 bilhões em 2006. Desse total, 43% serão destinados à publicidade.

Laboratórios: reforço de marketing

A

s indústrias farmacêuticas investirão neste ano R$ 2,25 bilhões, dos quais 43% em publicidade e marketing e 32% em modernização e ampliação da produção. O setor está com 40% de capacidade ociosa. Os investimentos em produção dos laboratórios nacionais representarão 50,2% do total e serão, pela primeira vez, maiores do que os previstos pelas firmas de origem estrangeira (49,8%). Isso reflete o avanço das empresas brasileiras no setor. Os dados foram divulgados ontem pela Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). "A indústria está investindo mais. Apesar de toda turbulência política, não diminuiu a vontade de investir do setor", disse Ciro Mortella, presidente da Febrafarma. O executivo explicou que os valores destinados ao marketing serão maiores porque o mercado encolheu 2,32% em volume e as empresas partirão de maneira mais agressiva para a disputa de mercado. A Febrafarma explicou que não é possível comparar o re-

sultado da pesquisa de investimentos deste ano com a de 2005 porque mais empresas (53) participaram do levantamento, comparado ao ano passado (44). Mas, levando em conta um grupo de 26 companhias que participaram dos dois estudos, a alta dos investimentos é de 50%. Um dos destaques do resultado é o interesse nos investimentos das empresas nacionais. A fatia de mercado dos laboratórios brasileiros está avançando nos últimos anos, ajudado pelas vendas no segmento de genéricos e com a presença regional. Entre 2001 e 2005, o peso das empresas brasileiras saltou de 34% para 43% em volume de unidades de 2001 a 2005, com base nos dados da Associação dos Laboratórios Nacionais (Alanac). Um grupo de empresas, dentre elas a Medley, Eurofarma, Biosintética e EMS, domina o segmento. O presidente da Alanac, Josimar Henrique da Silva, acredita que a participação de mercado poderá chegar a 50% nos próximos anos. A fatia de mercado do Grupo EMS, por

exemplo, subiu de 5,1% para 6,7% entre 2004 e 2005. A diretora de Relações Externas do grupo, Telma Salles, disse que o faturamento cresceu 37,5% em 2005 para R$ 983 milhões, e que a empresa planeja inaugurar neste ano novo parque industrial em Hortolândia (SP). A Libbs Farmacêutica, cujas vendas cresceram 10% e somaram R$ 340 milhões ano passado, também prevê concluir nova unidade neste ano em Embu (SP). "Este avanço é impressionante. Daqui a pouco as multinacionais vão perceber e fazer o contra-ataque", disse o chefe do Departamento de Químicos e Farmacêutico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Pedro Palmeira. Ele citou que é preciso ainda fortalecer a cadeia de produção e reduzir o déficit comercial do setor. O diretor de marketing da Libbs, Alcebíades Athayde Junior, disse que o projeto é de crescimento, com novos produtos ou até novas aquisições. Para ele, o avanço em genéricos representa uma "opção de sobrevivência para o setor". (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Imóveis Empresas Finanças Tr i b u t o s

CHILE: MAIOR EXPANSÃO EM OITO ANOS

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

6,6

bilhões de dólares é o que deve movimentar a retirada dos bradies brasileiros do mercado internacional

INVESTIDORES REFORÇARAM EXPECTATIVA DE ELEVAÇÃO DOS JUROS NOS ESTADOS UNIDOS. BOVESPA CAIU 1%.

CENÁRIO EXTERNO FAZ DÓLAR SUBIR A R$ 2,162

D

sil — que no encerramento dos negócios no mercado nacional ontem estava em 229 pontosbase, com estabilidade. Imóveis — Ainda no cenário internacional, o dólar ganhou terreno em relação a outras moedas depois que números mais fortes que os esperados sobre o setor imobiliário dos Estados Unidos alimentaram a expectativa de que o Federal

epois de um dia de desvalorização, o d ó l a r c o m e rc i a l voltou a fechar em alta ontem, cotado a R$ 2,162 na ponta de venda, acompanhando o aumento do rendimento pago pelos Treasuries (títulos do governo dos Estados Unidos) e o desempenho negativo de outros mercados no Brasil e também no exterior. De manhã, a moeda norteamericana chegou a cair 0,74%, para R$ 2,138, enquanto o mercado vendia dólares com uma trégua no cenário externo. Mas a inversão do humor após a divulgação de dados da economia dos Estados Unidos fez o dólar mudar de rumo frente ao real, encerrando o dia com alta de 0,37%. "O mercado não está bom, as bolsas de valores estão caindo em toda parte. Quem vendeu dólares de manhã aproveitando a calmaria dos negócios depois entrou comprando por causa dos Treasuries", comentou o operador de câmbio de um banco nacional, referindose aos títulos que são referência mundial de ativo seguro. O rendimento dos Treasuries de 10 anos estava em 4,74% no fim da tarde. O operador ressaltou, no entanto, que os papéis norte-americanos não chegaram a afetar o risco-Bra-

"Embora o mercado já esteja considerando a possibilidade de saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, do cargo, rumores de novas denúncias causam desconforto", afirmou um operador. Na avaliação do diretor de Câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, não está descartada a possibilidade de pressão sobre o dólar comercial se houver troca no comando da Fazenda. Bolsa — A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em baixa, prejudicada pelo mau desempenho das bolsas norte-americanas e pela posição defensiva dos investidores em relação às incertezas no cenário político. O Ibovespa, índice que é a principal referência do mercado acionário brasileiro, teve desvalorização de 1%, para 37.473 pontos. O volume financeiro do pregão somou aproximadamente R$ 2 bilhões, giro um pouco inferior à média deste ano. Entre os destaques de baixa ficaram as ações PNB da Eletrobrás, que cederam 2,86%. Os papéis da empresa, que anunciou o balanço do último trimestre de 2005 na noite da quarta-feira, tinham subido muito na expectativa do resultado, mas ontem tiveram um ajuste de preços. (DC/Reuters)

37.473 pontos foi o patamar do Ibovespa, principal indicador do mercado de ações brasileiro, no fechamento dos negócios ontem Reserve (Fed, o banco central do país) poderá elevar mais os juros para conter a economia. Para o economista Marcelo Voss, da corretora Liquidez, a mudança de humor no mercado internacional foi fator decisivo para a alta do dólar sobre o real na sessão de ontem, mas houve também certa apreensão com o quadro político.

BC chinês quer yuan mais flexível

O

Há uma proposta de lei para ser votada no Congresso, de autoria do senador Charles Schumer (que está na comitiva em visita a Pequim), para imposição de tarifa de 27,5% sobre as importações chinesas pelos Estados Unidos caso o governo chinês não tome medidas para flexibilizar o câmbio. O BC chinês anunciou ainda que pretende desenvolver medidas para incentivar o consumo doméstico e manter um nível adequado de investimento direto no país. (Reuters)

equilíbrio do balanço de pagamentos. A China tem um grande superávit comercial com os Estados Unidos, levando vários políticos norte-americanos a pedir a flexibilização do yuan, assim como das medidas de proteção ao comércio. Missão dos EUA — Es ta semana, três senadores norte-americanos estão em Pequim para discutir a situação do câmbio e determinar se irão adiante com iniciativas de pressão contra a le gislação comercial da China.

banco central da China anunciou que "melhorará os mecanismos para determinação da taxa de câmbio do yuan, expandirá o mercado de câmbio e tornará mais flexível a taxa de flutuação da moeda". Em nota, a instituição reafirmou que o governo manterá a estabilidade básica do câmbio do yuan. O BC chinês não esclareceu quando pretende tornar a taxa de flutuação da moeda mais flexível. A instituição disse também que promoverá o

Chile cresceu 6,3% em 2005

A

economia do Chile cresceu 6,3% em 2005, a maior taxa em oito anos, impulsionada pelo bom desempenho do setor de construção, pelo aumento da demanda dos

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Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

O

s mais de 20 milhões de clientes do Banco do Brasil já podem consultar saldos e extratos de suas contas correntes, fazer transferências e até empréstimos do teclado do celular. Depois de quase três anos em teste, o sistema de mobile banking (autoatendimento pelo celular) é a grande aposta do Banco do Brasil (BB) quando o assunto é diversificação no atendimento a correntistas. "O cliente pode, a partir de agora, levar o banco literalmente no bolso", disse ontem o presidente do banco, Rossano Maranhão. O mobile banking vem sendo testado pelo BB desde 2003, quando foi feita parceria com a operadora de telefonia celular Oi. Desde então, o banco firmou alianças parecidas com as principais operadoras do País. Nesse período, o BB testou o sistema de auto-atendimento pelo celular com um universo de 170 mil clientes, que juntos realizavam cerca de 500 mil operações ao mês. "Esse número de operações praticamente dobrou no último domingo, quando foi ao ar o primeiro comercial que apresenta o sistema", afirmou. Concorrência — O movimento de procura pelo atendimento por meio do celular logo após o anúncio na televisão ficou em linha com as expectativas do BB. Diferentemente do banco por telefone, como dará acesso direto aos serviços

Rossano Maranhão, presidente do BB: "Banco literalmente no bolso"

e produtos oferecidos pela instituição financeira, o mo bi le banking deverá concorrer com outros canais eletrônicos à disposição dos correntistas. Segundo o vice-presidente de Varejo e Distribuição do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, em um ano, pelo menos metade dos 6 milhões de clientes do internet banking devem usar a novidade. As apostas também são de substituição dos terminais de auto-atendimento pela ferramenta.

O acesso ao mobile banking poderá ser feito por qualquer cliente, de celular pré ou póspago. No momento da transação será solicitada as senhas do cartão de débito e a de acesso ao internet banking. Os clientes que ainda não forem cadastrados na internet devem ir a uma agência criar uma senha para o uso do serviço pelo celular. Assim que efetuar uma transação, o usuário receberá uma mensagem de confirmação. Adriana Gavaça

EMERGENTES Países da AL recompram dívidas

as previsões de analistas, de expansão de 6,1%. O banco central chileno estima para este ano um crescimento econômico do país entre 5,25% e 6,25%. (Reuters)

dívida externa de países emergentes vai contar a partir de abril com um fator adicional de liquidez que poderá ter um efeito positivo sobre seus preços. Além de uma intensa agenda de pagamentos de amortizações e cupons de seus bônus externos, os governos da América Latina, capitaneados pelo Brasil, deverão efetuar a recompra de volumosos lotes de sua dívida externa. O total de pagamentos de amortizações e recompras de títulos da dívida externa dos emergentes em abril será de US$ 12,8 bilhões, dos quais 57% deverão vir do Brasil e 14,5% da Venezuela. Com mais dinheiro no bolso, mas diante de número limitado de emissões de novos papéis, os investidores poderão impulsionar a demanda pelos títulos negociados no mercado, pressionando para baixo os spreads desses papéis. Em algum momento, esse dinheiro adicional nos mercados financeiros vai ser colocado para trabalhar e os níveis de liquidez entre os investidores já estão bem acima de suas médias de longo prazo, de acordo com análise feita pelos estrategistas do banco HSBC Regis Chatellier e Vital Meschoulam. Eles afirmam que abril é tradicionalmente um período pesado de pagamentos de amortização entre os emergentes. Mas, neste ano, o volume de-

A

DC

consumidores e pelos preços recordes de seu principal produto de exportação, o cobre. O resultado, divulgado ontem pelo banco central do país, superou ligeiramente

BB cria auto-atendimento pelo telefone celular

verá ser extremamente alto devido à quitação dos bônus brady (títulos referentes a renegociação de dívida externa). Brasil — O governo brasileiro já anunciou sua intenção de retirar do mercado todos seus bradies até meados do próximo mês, uma operação que envolverá US$ 6,6 bilhões. Esse valor representa 13% de todo o estoque remanescente de bônus soberanos brasileiros de-

12,8 bilhões de dólares é o total de recompras de papéis de dívida de países da América Latina previsto para o mês de abril nominados em dólares e em euros. Além disso, o governo da Venezuela vai também quitar cerca de US$ 1,3 bilhões de seus títulos em abril. Nos próximos meses, o total de pagamentos da dívida emergente poderá ser ainda mais alto, levando-se em consideração os possíveis anúncios de recompras dos papéis. Espera-se, por exemplo, que a Venezuela anuncie em maio a quitação de seus papéis que

ainda estão em circulação no mercado. Equador e Brasil são outros países que poderão reduzir ainda mais o estoque de sua dívida externa. Desde o início deste ano, a demanda líquida de dívida (pagamentos de amortização e cupom menos novas emissões) já atingiu US$ 5 bilhões, ou US$ 1,75 bilhão a mais do que em igual período do ano passado. Com os países emergentes dando continuidade a suas estratégias de gerenciamento de dívida, a dinâmica da demanda deverá continuar o f e re c e n d o c o n s i d e r á v e l apoio ao mercado, avaliam os estrategistas do HSBC. No caso do Brasil, o plano de emissões soberanas para 2006 e 2007 do governo é de US$ 9 bilhões. Até agora, o governo emitiu US$ 1,9 bilhão em 2006 e pré-financiou US$ 2,5 bilhões ainda em 2005. Ou seja, praticamente a metade do plano de financiamento externo do País já foi cumprida. Além dessa liquidez gerada pela estratégia dos países emergentes, os analistas do HSBC observam que existem várias outras fontes que estimulam demanda por títulos no mercado. "O fato de os fluxos para os fundos emergentes terem desacelerado nas duas últimas semanas não enfraquece a previsão de forte demanda por bônus soberanos emergentes neste ano", afirmaChatellier. (AE)


sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

Nacional Finanças Tr i b u t o s Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 Justiça Estadual decreta prisão temporária de sete acusados de adulterar combustível.

RECEITA FISCALIZA GASTOS NO CARTÃO

PREFEITURA DE SÃO PAULO VAI INAUGURAR CADASTRO DE DEVEDORES DE IMPOSTOS E TAXAS

CADIN MUNICIPAL ENTRA EM OPERAÇÃO Divulgação

Justiça libera carga importada em portos e aeroportos

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iminar obtida na última quarta-feira pela Associação Brasileira dos Revendedores e Importadores de Insumos Farmacêuticos (Abrifar) liberou a entrada, no País, de mercadorias usadas pelo segmento que estavam retidas em portos e aeroportos devido à greve dos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A liminar, válida para todo o País, foi concedida pela 4° Vara de Justiça Federal de São Paulo. O advogado da Abrifar, Itamar de Carvalho, usou como argumento o fato de os insumos farmacêuticos retidos serem sensíveis e não terem similares no mercado nacional. "Desde fevereiro, há insumos necessários para fabricação do coquetel para controle do HIV presos nos portos. Alegamos urgência na liberação dos produtos", diz. A autorização concedida pela 4° Vara determina que os fiscais da Anvisa "não atrapalhem o andamento das liberações recusando a vistoriar as mercadorias". Com a ampliação da lista de países sob suspeita de terem gripe aviária, aumentou também o número de navios ancorados nos portos que devem ser vistoriados. Por dia, apenas o Porto de Santos recebe entre 20 e 30 navios. No entanto, pelas regras de segurança fitossanitárias, apenas os navios que chegam de áreas livres de contaminações têm conseguido autorização da Anvisa para entrar no porto. Os funcionários responsáveis pela fiscalização sanitária dos navios estão de braços cruzados desde o dia 14 de fevereiro. Renato Carbonari Ibelli

Receita intima 2 mil titulares de cartões de crédito para explicar gasto

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Receita Federal vai intimar, a partir de hoje, 2 mil contribuintes para dar explicações sobre gastos não declarados com cartões de crédito. O valor total envolvido chega a R$ 330 milhões. Os sonegadores – profissionais liberais e empresários, em sua maioria – foram identificados por meio do cruzamento de informações fornecidas nas declarações de crédito com os dados encaminhados pelas operadoras de cartões. Desde julho de 2003, elas são obrigadas a comunicar à Receita gastos com cartões de crédito que superem R$ 5 mil por mês. Um técnico da Receita informou que um contribuinte que tenha sonegado gastos no cartão de R$ 10 mil, por exemplo, terá de recolher a "renda omitida" de R$ 2.750 referente ao Imposto de Renda de 27,5%, mais multa de 75%. Além disso, o valor devido será corrigido com juros da taxa Selic desde a data da compra. Os contribuintes intimados gastaram R$ 400 milhões com cartões, mas só declararam um total de R$ 70 milhões. Técnicos da Receita dizem que o propósito da intimação é o de "dar um susto" nos que têm gastos incompatíveis com a renda declarada. Mas a própria Receita admite que, se as compras forem divididas em vários cartões, os sonegadores podem escapar da fiscalização. (AE)

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Adulteração de combustível na mira da Polícia Operação conjunta desmonta quadrilha que atuava no mercado de combustível. Sete já tiveram a prisão preventiva decretada.

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pós dois anos de investigações, 36 equipes de policiais federais deflagraram ontem a operação Dissolve, com o objetivo de desmantelar um organizado esquema de adulteração de combustíveis, que operava nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. A operação teve o apoio do Ministério Público Federal e do Estadual. No balanço preliminar da operação, sete acusados por crimes de formação de quadrilha, sonegação de impostos e adulteração de combustível ti-

veram a prisão temporária decretada pela Justiça Estadual. De acordo com a PF, as empresas de fachada adquiriam do fabricante solventes químicos que somente poderiam ser utilizados na preparação de tintas e afins. Os solventes iam para a empresa de um dos envolvidos, que os utilizava para adulterar gasolina. Posteriormente, o combustível era distribuído a diversos postos pertencentes à mesma empresa ou a terceiros. Na ação, dez postos em Campinas tiveram amostras coletadas para análise no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). (Agências)

epois de esgotar todos os recursos administrativos para recuperar débitos em aberto, a Prefeitura de São Paulo já pode incluir o nome de pessoas físicas e jurídicas no Cadastro Informativo Municipal (Cadin). A Lei nº 47.096, que prevê a criação do banco de dados de inadimplentes, foi publicada no Diário Oficial na última quarta-feira. Para o coordenador do Tesouro e da Contadoria da Prefeitura de São Paulo, Walter Fasterra, o cadastro vai facilitar a vida do contribuinte, já que ele poderá saber se tem dívidas junto ao município pelo site da prefeitura. O sistema já está quase pronto. "Estamos esperando algumas regularizações para que ele entre no ar. Mas ainda não há previsão", afirma Fasterra. O banco de dados vai registrar dívidas relacionadas ao Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e até multas de trânsito que pessoas físicas e empresas tenham com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta. São consideradas pendências pas-

Moreira Jr.: dois pontos positivos

síveis de inclusão no cadastro as obrigações vencidas e não pagas e a ausência de prestação de contas, exigível em razão de alguma disposição legal ou cláusula de convênio. Portanto, afirma Fasterra, quem estiver devendo à Prefeitura não poderá fechar qualquer tipo de convênio. Por outro lado, quem, eventualmente for inscrito no cadastro durante uma parceria com o poder público municipal, terá o pagamento suspenso até a regularização do débito. Para o tributarista Gilberto de Castro Moreira Jr, do escritório Albino Associados Advogados,

o Cadin tem dois pontos positivos. "O primeiro é que, antes de ser inscrito, o contribuinte será notificado de sua dívida tendo a possibilidade de pagá-la ou negociá-la em 30 dias. O segundo ponto é que se o empresário tiver uma ação judicial que suspenda o pagamento de determinado tributo, também não poderá ter seu nome incluído no cadastro", explica. Já o tributarista Fábio Garuti Marques, do escritório Peixoto e Cury Advogados, vê somente pontos negativos. "Vejo o Cadin como uma forma indireta de cobrança por parte das Fazendas. A Prefeitura poderia usar a execução fiscal. Mas como é um processo demorado, eles arrumaram uma maneira indireta de fazer cobrança. No meu entendimento, o cadastro é abusivo e uma burocracia desnecessária", frisa. Para Marques, com o Cadin, os maiores prejudicados serão as pessoas físicas. "Temos um grande problema de educação e cultura na população. Por isso, muitas só saberão que estão no cadastro quando tentarem, por exemplo, um financiamento", conclui. Vivian Costa

ATA Itaú BBA Securitizadora S.A. NIRE. 35300329627 (em organização) EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006 Em 22.2.2006, às 11:00 horas, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3400, 4º andar, em São Paulo (SP), reuniram-se os DIRETORIA - A Diretoria terá de 1 (um) a 4 (quatro) membros, acionistas ou não, residentes no País e eleitos pelo fundadores da ITAÚ BBA SECURITIZADORA S.A., em organização, a saber: BANCO ITAÚ BBA S.A; ALBERTO Conselho de Administração. Não poderá ser eleito Diretor quem já tiver completado 62 (sessenta e dois) anos de FERNANDES; ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA; CANDIDO BOTELHO BRACHER; EDUARDO idade na data da eleição. 6.1. Composição: A Diretoria será composta de 1 (um) Diretor Presidente e de 1 (um) a MAZZILLI DE VASSIMON; JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA ETLIN; e SÉRGIO AILTON SAURIN. 3 (três) Diretores sem designação específica, podendo integrá-la até um terço dos membros do Conselho de Assumiu a presidência dos trabalhos, por aclamação dos presentes, o Dr. Cândido Botelho Bracher, que convidou Administração. 6.2. Poderes - À Diretoria compete administrar e representar a sociedade, com poderes para para Secretário o Dr. Eduardo Mazzilli de Vassimon, ambos representantes legais da fundadora Banco Itaú BBA contrair obrigações, transigir, ceder e renunciar direitos, onerar e alienar bens sociais, inclusive os integrantes do S.A., ficando assim constituída a Mesa. Iniciados os trabalhos, o Presidente informou aos presentes que a reunião ativo permanente, independentemente de autorização do Conselho de Administração. 6.3. Atribuições - Além das tinha por finalidade deliberar sobre a constituição de sociedade anônima de capital aberto, a se denominar ITAÚ atribuições normais conferidas pela lei e por este estatuto, compete, especificamente, a cada membro da Diretoria: BBA SECURITIZADORA S.A., com capital inicial de R$ 2.000.000,00, representado por 2.000.000 de ações ao Diretor Presidente, presidir as Assembléias Gerais; convocar e presidir as reuniões da Diretoria, nas quais tem ordinárias nominativas, sem valor nominal, e que terá por objetivos sociais a prática de operações de: (i) aquisição voto de qualidade; estruturar e dirigir todos os serviços da sociedade; aos Diretores sem designação específica, e securitização de créditos hipotecários e de créditos oriundos de operações e financiamentos imobiliários em colaborar com o Diretor Presidente na gestão dos serviços e negócios da sociedade. 6.4. Substituições - Em caso geral; (ii) a prestação de serviços referentes a operações no mercado secundário de hipotecas e de créditos de ausência ou impedimento de qualquer Diretor, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus oriundos de operações e financiamento imobiliários em geral; (iii) emissão e colocação, no mercado financeiro, de membros. Em caso de vaga, caberá ao Conselho decidir sobre o provimento ou não do cargo. 6.5. Representação Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e de outros títulos de crédito e/ou valores mobiliários; (iv) realização - A representação da sociedade far-se-á por dois Diretores em conjunto, por um Diretor e um procurador ou por de operações de hedge em mercados derivativos, visando a cobertura de riscos na sua carteira de créditos dois procuradores. Fora da sede social, a representação poderá ser feita isoladamente por um procurador, com hipotecários e imobiliários; e (v) realizar negócios e prestar serviços compatíveis com seu objeto social, incluindo, poderes específicos. Na constituição de procuradores, a sociedade será representada por dois Diretores. Os mas não se limitando, a intermediação de negócios relacionados com a seara imobiliária e prestação de serviços mandatos, exceto os judiciais, terão obrigatoriamente prazo de validade não superior a um ano. Art. 7º - CONSELHO de consultoria. Na seqüência, o Presidente esclareceu que o capital inicial fora totalmente subscrito e integralizado FISCAL - A sociedade terá um Conselho Fiscal de funcionamento não permanente, composto de três a cinco nesta data. Solicitou, então, ao Secretário que procedesse à leitura do boletim de subscrição, do seguinte teor: membros efetivos e igual número de suplentes. A eleição, instalação e funcionamento do Conselho Fiscal atenderá “BOLETIM DE SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL INICIAL DA ITAÚ BBA SECURITIZADORA S.A., cuja sede social se aos preceitos dos artigos 161 a 165 da Lei nº 6.404/76. Art. 8º - ASSEMBLÉIA GERAL - Os trabalhos de qualquer localizará em São Paulo (SP), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 8º andar (Parte), Itaim Bibi. Capital Subscrito: Assembléia Geral serão presididos pelo Diretor Presidente, ou seu substituto, e secretariados por um acionista R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), referente a 2.000.000 (dois milhões) de ações ordinárias nominativas, por ele designado. Art. 9º - EXERCÍCIO SOCIAL - O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano, sem valor nominal, pelo preço unitário de R$ 1,00 (um real). Valor realizado neste ato: R$ 2.000.000,00 (dois devendo ser levantados balanços semestrais e, facultativamente, balanços intermediários em qualquer data. Art. milhões de reais), em dinheiro: 1) BANCO ITAÚ BBA S.A., inscrito no CNPJ sob o nº 17.298.092/0001-30, com 10 - DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO - Juntamente com as demonstrações financeiras, o Conselho de sede na Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar (Parte) - Itaim Bibi - São Paulo - SP, representado por seus Administração apresentará à Assembléia Geral Ordinária proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, Diretores infra assinados: 1.999.994 ações ON, R$ 1.999.994,00; 2) ALBERTO FERNANDES, brasileiro, casado, observados os preceitos dos artigos 186 e 191 a 199 da Lei nº 6.404/76 e as disposições seguintes: 10.1. antes engenheiro, RG-SSP/SP 13.030.798, CPF 053.207.088-74, domiciliado em São Paulo (SP), na Avenida Brigadeiro de qualquer outra destinação, serão aplicados 5% (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; 3) ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, brasileiro, excederá de 20% (vinte por cento) do capital social; 10.2. será especificada a importância destinada a dividendos casado, engenheiro, RG-SSP/SP 4.518.457, CPF 528.154.718-68, domiciliado em São Paulo (SP), na Avenida aos acionistas, atendendo ao disposto no artigo 11; 10.3. o saldo terá o destino que for proposto pelo Conselho de Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; 4) CANDIDO BOTELHO BRACHER, brasileiro, Administração, inclusive para a formação da reserva de que trata o artigo 12, “ad referendum” da Assembléia casado, administrador, RG-SSP/SP 10.266.958, CPF 039.690.188-38, domiciliado em São Paulo (SP), na Avenida Geral. Art. 11 - DIVIDENDO OBRIGATÓRIO - Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; 5) EDUARDO MAZZILLI DE VASSIMON, brasileiro, em cada exercício, importância não inferior a 1% (um por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, casado, administrador, RG-SSP/SP 9.539.448, CPF 033.540.748-09, domiciliado em São Paulo (SP), na Avenida ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras “a” e “b” do inciso I do artigo 202 da Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; 6) JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. 11.1. A parte do dividendo obrigatório ETLIN, brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/SP 5.569.852, CPF 051.036.138-24, domiciliado em São Paulo que tiver sido paga antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da “Reserva para Equalização (SP), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; 7) SÉRGIO AILTON SAURIN, de Dividendos” será creditada à mesma reserva. 11.2. Por deliberação do Conselho de Administração poderão brasileiro, casado, administrador, RG-SSP/MG M-4.016.995, CPF 041.153.648-66, domiciliado em São Paulo ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo (SP), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.400 - 4º andar: 1 ação ON, R$ 1,00; Total: 2.000.000 de ações ON, R$ obrigatório, com base no artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/95. Art. 12 - RESERVAS ESTATUTÁRIAS - Por proposta 2.000.000,00. São Paulo–SP, 22 de fevereiro de 2006. (aa) Banco Itaú BBA S.A. (aa) Candido Botelho Bracher e do Conselho de Administração, a Assembléia Geral poderá deliberar a formação das seguintes reservas: I Eduardo Mazzilli de Vassimon - Diretor Presidente e Diretor Vice-Presidente Executivo, respectivamente; Alberto Reserva para Equalização de Dividendos; II - Reserva para Reforço do Capital de Giro; III - Reserva para Aumento Fernandes; Antonio Carlos Barbosa de Oliveira; Candido Botelho Bracher; Eduardo Mazzilli de Vassimon; Jean- de Capital de Empresas Participadas. 12.1. A Reserva para Equalização de Dividendos será limitada a 40% do Marc Robert Nogueira Baptista Etlin; e Sérgio Ailton Saurin.” Lido o boletim de subscrição e confirmado o depósito valor do capital social e terá por finalidade garantir recursos para pagamento de dividendos, inclusive na forma de para constituição da companhia, efetuado nesta data junto ao Banco Itaú BBA S.A., no valor de R$ 2.000.000,00, juros sobre o capital próprio (item 11.2), ou suas antecipações, visando manter o fluxo de remuneração aos o Presidente propôs que a Assembléia passasse ao exame da norma que regerá as atividades sociais, solicitando acionistas, sendo formada com recursos: a) equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na ao Secretário que procedesse à leitura do seguinte projeto de estatuto social: “PROJETO DE ESTATUTO SOCIAL forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76; b) equivalentes a até 100% da parcela realizada de Reservas de Reavaliação, Art. 1º - DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE - A sociedade anônima aberta regida por este estatuto denomina-se lançada a lucros acumulados; c) equivalentes a até 100% do montante de ajustes de exercícios anteriores, lançado ITAÚ BBA SECURITIZADORA S.A., tem prazo indeterminado de duração e sede e foro na Cidade de São Paulo, a lucros acumulados; d) decorrentes do crédito correspondente às antecipações de dividendos (11.1). 12.2. A Estado de São Paulo, podendo, por deliberação da Diretoria, instalar dependências em qualquer parte do território Reserva para Reforço do Capital de Giro será limitada a 30% do valor do capital social e terá por finalidade nacional ou no exterior. Art. 2º - OBJETO - A sociedade tem por objeto a prática de operações de: (i) aquisição e garantir meios financeiros para a operação da sociedade, sendo formada com recursos equivalentes a até 20% securitização de créditos hipotecários e de créditos oriundos de operações e financiamentos imobiliários em do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 12.3. A Reserva para Aumento geral; (ii) a prestação de serviços referentes a operações no mercado secundário de hipotecas e de créditos de Capital de Empresas Participadas será limitada a 30% do valor do capital social e terá por finalidade garantir o oriundos de operações e financiamento imobiliários em geral; (iii) emissão e colocação, no mercado financeiro, de exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas, sendo formada Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e de outros títulos de crédito e/ou valores mobiliários; (iv) realização com recursos equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº de operações de hedge em mercados derivativos, visando a cobertura de riscos na sua carteira de créditos 6.404/76. 12.4. Por proposta do Conselho de Administração serão periodicamente capitalizadas parcelas dessas hipotecários e imobiliários; e (v) realizar negócios e prestar serviços compatíveis com seu objeto social, incluindo, reservas para que o respectivo montante não exceda o limite de 95% (noventa e cinco por cento) do capital social. mas não se limitando, a intermediação de negócios relacionados com a seara imobiliária e prestação de serviços O saldo dessas reservas, somado ao da Reserva Legal, não poderá ultrapassar o capital social. 12.5. As reservas de consultoria. Art. 3º - CAPITAL E AÇÕES - O capital social integralizado é de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de discriminarão em subcontas distintas, segundo os exercícios de formação, os lucros destinados às suas reais), representado por 2.000.000 (dois milhões) de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. 3.1. constituições e o Conselho de Administração especificará os lucros utilizados na distribuição de dividendos Certificados de Ações - A sociedade poderá emitir certificados múltiplos de ações e substituí-los ou desdobrá-los, intermediários, que poderão ser debitados em diferentes subcontas, em função da natureza dos acionistas.” a pedido de acionista, a preço de custo. 3.2. Aquisição das Próprias Ações - A sociedade poderá adquirir as Terminada a leitura, discutido e votado, verificou-se ter sido integral e unanimemente aprovado o estatuto próprias ações, a fim de cancelá-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação, mediante autorização social, declarando constituída a ITAÚ BBA SECURITIZADORA S.A., com o capital social de R$ 2.000.000,00 do Conselho de Administração. Art. 4º - ADMINISTRAÇÃO - A sociedade será administrada por um Conselho de (dois milhões de reais), cuja norma de regência passará a viger tão logo concluídas as formalidades legais. Administração e por uma Diretoria. O Conselho de Administração terá, na forma prevista em lei e neste estatuto, Em prosseguimento, o Presidente esclareceu aos presentes que cabia à Assembléia proceder à eleição dos atribuições orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, as quais não abrangem funções operacionais ou executivas. membros do Conselho de Administração para o mandato anual que vigorará, excepcionalmente, até a posse Estas funções serão de competência privativa da Diretoria. 4.1. Investidura - Os Conselheiros e Diretores serão dos eleitos pela Assembléia Geral Ordinária de 2007 e fixar a verba global destinada à remuneração dos investidos em seus cargos mediante assinatura de termos de posse nos livros de atas do Conselho de Administração administradores. Colhidos os votos e observadas as disposições da Instrução nº 367 da Comissão de Valores e da Diretoria, conforme o caso. 4.2. Proventos dos Administradores - A Assembléia Geral fixará o montante Mobiliários, verificou-se: a) terem sido eleitos os acionistas a seguir qualificados, que atendem às condições global da remuneração anual dos administradores, cabendo ao Conselho de Administração regulamentar a utilização prévias de elegibilidade previstas nos artigos 146 e 147 da Lei nº 6.404/76, para mandato anual que vigorará, dessa verba. 4.3. Mandato - Os Conselheiros e Diretores exercerão os mandatos pelo prazo de um ano, podendo excepcionalmente, até a posse dos eleitos pela Assembléia Geral Ordinária de 2007: Presidente: CANDIDO ser reeleitos, e permanecerão nos cargos até a posse dos substitutos. Art. 5º - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO BOTELHO BRACHER, RG-SSP/SP 10.266.958, CPF 039.690.188-38; Conselheiros: ALBERTO - O Conselho de Administração será composto por acionistas, eleitos pela Assembléia Geral, e terá 1 (um) FERNANDES, RG-SSP/SP 13.030.798, CPF 053.207.088-74; ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, Presidente e de 1 (um) a 7 (sete) Conselheiros. 5.1. O Conselho de Administração terá, no mínimo três e, no RG-SSP/SP 4.518.457, CPF 528.154.718-68; EDUARDO MAZZILLI DE VASSIMON, RG-SSP/SP 9.539.448, máximo, oito membros. Dentro desses limites, caberá à Assembléia Geral que processar a eleição do Conselho CPF 033.540.748-09; JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA ETLIN, RG-SSP/SP 5.569.852, CPF de Administração fixar, preliminarmente, o número de Conselheiros que comporão esse colegiado durante cada 051.036.138-24; e SÉRGIO AILTON SAURIN, RG-SSP/MG M-4.016.995, CPF 041.153.648-66; b) ter sido mandato. 5.2. O Presidente, em caso de vaga, ausência ou impedimento, será substituído por um dos Conselheiros, fixada a remuneração global e anual dos administradores da sociedade em até R$ 100.000,00 (cem mil designado pelo Conselho de Administração. 5.3. Ocorrendo vaga no Conselho de Administração, os Conselheiros reais). Finalizando os trabalhos, a Assembléia deliberou, por unanimidade: a) que a sede social localizar-seremanescentes poderão nomear acionista para completar o mandato do substituído. 5.4. O Conselho de á em São Paulo (SP), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 8º andar (Parte), Itaim Bibi; b) que as Administração, convocado pelo Presidente, reunir-se-á sempre que necessário, deliberando validamente com a publicações da sociedade, ordenadas pela Lei nº 6.404/76, serão efetuadas nos jornais “Diário Oficial do presença, no mínimo, da maioria absoluta de seus membros em exercício. 5.5. Compete ao Conselho de Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”; c) autorizar os administradores a requererem o registro da Administração: I. fixar a orientação geral dos negócios da sociedade; II. eleger e destituir os Diretores da sociedade sociedade como COMPANHIA ABERTA, junto à Comissão de Valores Mobiliários. Nada mais havendo a e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispõe este estatuto; III. fiscalizar a gestão dos Diretores, tratar e ninguém desejando manifestar-se, o Presidente agradeceu a presença de todos e deu por encerrados examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi por todos assinada. São Paulo (SP), 22 de fevereiro em via de celebração, e quaisquer outros atos; IV. convocar a Assembléia Geral; V. manifestar-se sobre o relatório de 2006. (aa) BANCO ITAÚ BBA S.A. (aa) Candido Botelho Bracher e Eduardo Mazzilli de Vassimon - Diretor da administração e as contas da Diretoria; VI. escolher e destituir os auditores independentes; VII. deliberar sobre Presidente e Diretor Vice-Presidente Executivo, respectivamente; Candido Botelho Bracher; Alberto Fernandes; a distribuição de dividendos intermediários, inclusive à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros Antonio Carlos Barbosa de Oliveira; Eduardo Mazzilli de Vassimon; Jean-Marc Robert Nogueira Baptista existentes no último balanço anual ou semestral; VIII. deliberar sobre a aquisição das próprias ações; IX. deliberar Etlin; Sérgio Ailton Saurin. Formalidades legais: ata registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo sobre o pagamento de juros sobre o capital próprio; X. deliberar sobre a emissão de debêntures simples. Art. 6º - sob o NIRE 35300329627, em 14.3.2006. EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006 Em 22.2.2006, às 14:00 horas, na sede social, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da 13.653.058, CPF 104.870.868-30; Diretores: JOSÉ IRINEU NUNES BRAGA, RG-SSP/MG M-559.350, CPF ITAÚ BBA SECURITIZADORA S.A., eleitos pela Assembléia Geral de Constituição desta data e empossados 087.958.356-87; EZEQUIEL GRIN, RG-SSP/SP 4.565.440, CPF 938.859.548-34; e MARIO LUIZ AMABILE, nos cargos, com a finalidade de eleger os integrantes da Diretoria, para o primeiro mandato que vigorará até RG-SSP/SP 11.460.083, CPF 843.210.248-20. Na seqüência, os Conselheiros deliberaram que, para os fins a posse dos eleitos na primeira reunião do Conselho de Administração que suceder a Assembléia Geral previstos nos artigos 5º e 6º da Instrução nº 202, com a redação dada pela Instrução nº 309, ambas da Ordinária de 2007. Iniciados os trabalhos pela análise do item 6.1 do estatuto social, os Conselheiros Comissão de Valores Mobiliários, a representação da sociedade na área de atuação específica de “Relações estabeleceram, por unanimidade, que deveriam ser providos 4 (quatro) cargos na Diretoria. Passando-se à com Investidores” será efetuada pelo Diretor Presidente FERNANDO ALCÂNTARA DE FIGUEREDO BEDA. eleição e verificado o atendimento das condições prévias de elegibilidade dos artigos 146 e 147 da Lei nº Nada mais havendo a tratar, lavrou-se esta ata que, lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. São Paulo 6.404/76 e da Instrução nº 367 da Comissão de Valores Mobiliários, os Conselheiros deliberaram, por (SP), 22 de fevereiro de 2006. (aa) Candido Botelho Bracher - Presidente; Alberto Fernandes, Antonio Carlos unanimidade, eleger as pessoas a seguir qualificadas, todas domiciliadas em São Paulo (SP), na Avenida Barbosa de Oliveira, Eduardo Mazzilli de Vassimon, Jean-Marc Nogueira Baptista Etlin e Sérgio Ailton Saurin Brigadeiro Faria Lima nº 3.400, 4º andar, para comporem a Diretoria da sociedade no mandato que vigorará - Conselheiros. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio, assinada e arquivada no registro de empresas até a posse dos eleitos na primeira reunião do Conselho de Administração que suceder a Assembléia Geral conforme seguinte CERTIDÃO: “Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de Ordinária de 2007: Diretor Presidente: FERNANDO ALCÂNTARA DE FIGUEREDO BEDA, RG-SSP/SP São Paulo. Certifico o registro sob o número 76.079/06-5, em 14.3.2006.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de março de 2006

8,30

bilhões de reais foram repassados pelo Banco Central às instituições financeiras para ajustar as reservas bancárias.

23/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 22/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 1.910.450,60 Lastro Performance LP ......... 785.137,91 Múltiplo LP .............................. 1.983.059,10 Esher LP .................................. 2.459.421,38 Master Recebíveis LP ........... 136.760,07

Valor da Cota Subordinada 1.010,444782 992,745320 1.003,175002 1.001,593698 957,472269

% rent.-mês 2,1709 - 0,7255 1,3316 0,1728 - 4,2528

% ano 3,4263 - 0,7255 0,3175 0,1594 - 4,2528

Valor da Cota Sênior 0 1.009,376311 1.015,135670 0 0

% rent. - mês 0,9376 1,0919 -

% ano 0,9376 1,5136 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


Política DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Eymar Mascaro

3 O PFL não vai aceitar que qualquer tipo de pressão prejudique a contundência que deve ser a marca do relatório final Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).

PRESIDENTE NÃO QUER VER O GOVERNO SANGRANDO EM PRAÇA PÚBLICA Celso Junior/AE

O

s tucanos esperam manter com José Serra o controle político no estado de São Paulo. Por isso, o partido pressiona o prefeito para ser o candidato a governador. Serra é, segundo as pesquisas, franco favorito para vencer as eleições, existindo até a possibilidade de ser eleito ainda no primeiro turno. O PSDB chegou ao poder em São Paulo em 1994 com Mário Covas, que se reelegeu em 1998, tendo como vice, nas duas ocasiões, Geraldo Alckmin. As pesquisas indicam que o PSDB deve continuar a governar São Paulo se o candidato for Serra. Mas o partido corre risco de perder a eleição se optar por outro nome para concorrer à sucessão de Alckmin. Serra está sendo pressionado por prefeitos e pelas bancadas do PSDB na Assembléia do Estado e no Congresso Nacional. O prefeito, contudo, tem até o dia 31 para decidir se renuncia ao mandato. Ele está analisando uma pesquisa que mede a reação da população no caso de renúncia ao cargo.

COMO ESTÁ Dos 4 pré-candidatos do PSDB ao governo, três já anunciaram desistência em favor de Serra. São eles: Paulo Renato, Aloysio Nunes Ferreira e Alberto Goldman. Apenas um, o vereador José Aníbal, admite bater chapa na convenção com Serra.

VANTAGEM A última pesquisa Datafolha indicou que Serra se elegeria já no primeiro turno, com cerca de 50% dos votos. Em compensação, os demais pré-candidatos do PSDB estão com baixo índice de aceitação. É por isso que os tucanos insistem tanto na candidatura Serra.

ÍNDICE O estado de São Paulo concentra mais de 25 milhões de eleitores – dois terços deles no interior. Estima-se que o próximo governador será eleito com cerca de dez milhões de votos.

já que o partido provavelmente não terá candidato próprio à presidência. De olho nisso, porém, a ala governista da legenda que anunciar apoio a Lula.

DÚVIDA O PDT também pode abrir mão da candidatura própria. Por isso, o partido é cortejado por PSDB e PT. Mas os pedetistas já recusaram essas alianças.

SIGILO O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), é contra um novo depoimento do ministro Antonio Palocci na CPI dos Bingos, como quer a oposição. Renan acha que o ministro já deu todas as informações nas duas vezes em que prestou depoimento.

CHAPA Com Serra na cabeça, seu companheiro de chapa sairia do PFL, PMDB, PTB ou PSB. No caso do vice sair do PMDB, tucanos, pefelistas e peemedebistas apoiariam um candidato do PFL ao Senado.

CANDIDATURA Como PFL e PSDB já fecharam aliança – confirmada na sexta pelo candidato tucano, Geraldo Alckmin, e pelo prefeito do Rio, Cesar Maia –, há grande possibilidade de o candidato ao governo vir do PFL, caso Serra não deixe a prefeitura. Aí, o favorito é o empresário Guilherme Afif Domingos, como já declarou o presidente pefelista, Jorge Bornhausen (SC). Afif tem potencial de crescimento e é considerado um bom nome ainda para a vice de Serra ou mesmo ao Senado.

SOPA NO MEL Alckmin gostaria de contar com três importantes palanques de campanha: em São Paulo, o de José Serra; no Rio, o de Cesar Maia; em Minas, o de Aécio Neves. Mas o prefeito fluminense já descartou sua candidatura a governador. Prefere ser o prefeito dos Jogos Panamericanos de 2007.

IMPORTÂNCIA São Paulo, Rio e Minas somam mais de 35 milhões de votos, fundamentais à eleição do presidente. Por isso, Alckmin cuida do assunto com esmero.

ALIANÇAS Alckmin vai estreitar conversações com o PMDB,

REAÇÃO Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil estão irritadas com a decisão de setores do governo de investigar o caseiro Francenildo Costa, que confirmou na CPI dos Bingos que Palocci freqüentava a casa dos lobistas de Brasília.

DEPÓSITOS Segundo assessores ligados ao Ministério da Fazenda, Francenildo ganha R$ 700 ao mês, mas movimentou R$ 25 mil na conta bancária. O caseiro já justificou a movimentação, informando que o dinheiro foi depositado por seu pai biológico, um empresário do Piauí.

OMISSÃO A Caixa Econômica Federal ainda não revelou os nomes dos dois funcionários que teriam retirado o extrato de Francenildo do banco ilegalmente. A Caixa prefere manter os nomes em sigilo enquanto investiga a violação.

IMPEACHMENT Aldo Rebelo (PCdoB-SP) encaminhou para a Procuradoria da Câmara ofício do deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) que pede abertura de processo contra Palocci por crime de responsabilidade. Goldman quer enquadrar o ministro no mesmo crime que desembocou no impeachment de Fernando Collor.

LULA PODE ANUNCIAR HOJE SAÍDA DE PALOCCI

O

ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, devem deixar o governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ontem uma longa conversa reservada com Palocci, e a avaliação foi de que o governo não pode continuar "sangrando em praça pública" por causa da crise provocada com a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, que teve sua vida devassada depois de desmentir Palocci. O ministro reiterou a Lula que não tem condições de permanecer enfraquecido no governo. Além disso, está emocionalmente abalado com o escândalo e quer preservar a família. A única chance de Palocci sobreviver e continuar no cargo será se conseguir desvincular o Ministério da Fazenda da ordem dada a um funcionário da Caixa para quebrar o sigilo do caseiro. Essa possibilidade é considerada muito difícil, já que o jornalista Marcelo Netto, assessor especial do ministro, é apontado como suspeito pelo vazamento dos extratos de Nildo. Netto nega a acusação. Desmoralização – Lula está inconformado com o desgaste sofrido com o episódio. Na conversa com Palocci, que durou duas horas, na Granja do Torto, o presidente disse que a solução para o caso não pode passar de hoje, sob pena de o governo ficar completamente desmorali-

zado pela convicção geral de que está acobertando os mandantes da quebra de sigilo. A imagem que "colou" na opinião pública, conforme admitiu um interlocutor de Lula, é a de que o governo do PT persegue um caseiro. Na avaliação do Planalto, essa imagem seria "fatal" na campanha à reeleição. Mercadante – O presidente convocou para hoje, às 15 horas, uma reunião com a coordenação política do governo para avaliar a crise e bater o martelo sobre o destino de Palocci e Mattoso. Às 19 horas a conversa de Lula será com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), um dos cotados para substituir Palocci. Mercadante é pré-candidato ao governo de São Paulo, ao lado da ex-prefeita Marta Suplicy. O senador disse ontem, em Campinas, estar pronto para o cargo. "Continuo líder do partido e pré-candidato ao governo de São Paulo, mas coloquei o meu mandato à disposição e, se o presidente Lula precisar, estou à disposição", disse. Outros citados para o posto são o secretário-executivo da Fazenda, Murilo Portugal, e o vice-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) João Sayad. "Acho muito difícil Palocci ficar, dada a repercussão negativa do episódio", disse um ministro. A situação de Palocci começou a ficar insustentável depois que o sigilo bancário do caseiro Nildo foi violado, no dia 16. (Agências)

O ministro chega à sua casa, após longa conversa com o presidente na Granja do Torto.

FT: SAÍDA INEVITÁVEL.

O

jornal Financial Times afirma que "parece ser inevitável que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, renuncie até o dia 31 de março", datalimite para os ocupantes de cargos públicos deixarem o governo se pretendem se candidatar nas eleições. "Esse pretexto é conveniente: a posição de Palocci se tornou insustentável desde que ficou claro ao longo das últimas duas semanas que ele

mentiu para uma comissão parlamentar de inquérito que investiga atos de corrupção em Brasília durante o atual governo e em Ribeirão Preto, durante o período que Palocci era prefeito", disse o jornal britânico em sua edição online. Segundo o FT, aparentemente os mercados não reagirão se Palocci sair. Mas o jornal alerta para a "complacência" nos mercados diante da possibilidade de renúncia do ministro.

PF OUVE PRESIDENTE DA CAIXA

A

Polícia Federal já interrogou um dos dois gerentes da Caixa Econômica Federal suspeitos de terem violado a conta do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, e está muito perto de chegar aos superiores que deram a ordem, dentro e fora da instituição. E pretende tomar, hoje à tarde , o depoimento do presidente da Caixa, Jorge Mattoso,

que é considerado decisivo. "Muito em breve, talvez até amanhã (hoje), toda a cadeia de comando será desvendada e seus autores levados à Justiça para que possam ser punidos exemplarmente", declarou o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. Ele negou as insinuações de que a PF esteja envolvida com algum tipo de operação-abafa. (AE)

PLANALTO PRESSIONA PARA LIVRAR ESTRELAS

N

as quase três mil pági- aceitar que qualquer tipo de nas do relatório final pressão prejudique a contund a C P M I d o s C o r- dência que deve ser a marca do reios, que será apresentado relatório final", avisa o sub-reamanhã, não vão aparecer no- lator de fundos de pensão da vos nomes de parlamentares CPI deputado Antonio Carlos envolvidos com o mensalão. Magalhães Neto (PFL-BA). A estratégia dos governistas Às vésperas da apresentação das conclusões de dez meses é salvar do pedido de indiciade investigações, as pressões mento de pessoas sobre as do Palácio do Planalto, para quais não haja provas contunatenuar o teor do relatório final dentes de participação direta no escândalo envolvendo o se intensificaram. O presidente da comissão, empresário Marcos Valério e a compra de apoio senador Delcidio Arquivo/Folha Imagem/21-07-05 no Congresso. Amaral (PT-MS), "Vamos sugerir o tenta convencer o indiciamento relator Osmar apenas das pesSerraglio (PMDBsoas que têm culPR) a elaborar um pabilidade comtexto enxuto e provada", diz o sem adjetivos forv i c e - p res i d e n t e tes. A ordem do da CPMI, deputaPlanalto é "desido Asdrúbal Bendratar" ao máxites (PMDB-PA). mo o relatório re- Luiz Gushiken: livre? A oposição está tirando a context u a l i z a ç ã o d o m e n s a l ã o e preocupada com as pressões poupando do pedido de indi- que Serraglio vem sofrendo ciamento estrelas do PT como para atenuar o relatório. Os oposicionistas afirmam que o Luiz Gushiken e José Dirceu. Isenção – "Precisamos apre- relator estava "muito radical", sentar um relatório isento, jus- mas agora Serraglio estaria to, equilibrado, fático, técnico, suscetível a fazer um texto sem adjetivação e encaminhá- brando. "O que resta saber é se lo a quem de direito, ao Minis- vão ficar na dança-solo da detério Público, à Polícia Federal putada Ângela Guadagnin ou e, eventualmente, às mesas da se vão querer fazer um corpo Câmara e do Senado", argu- de baile", observa o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), que menta Delcidio Amaral. A reação contrária foi ime- é relator-adjunto da CPMI dos diata imediata. "O PFL não vai Correios. (Agências)

Factoring

DC

De olho no Poder

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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Congresso Planalto Brasília Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Vamos acertar por R$ 10 milhões. O Alencar falou "peça tudo por dentro". Valdemar Costa Neto

PROPINA DE R$ 3 MIL ORIGINA ROTEIRO

CIRCUITO DA CORRUPÇÃO Se neste roteiro faltam lugares históricos de Brasília, por outro lado, sobram histórias de mamata e maracutaia da crise política que o País enfrenta há um ano. AE/Arquivo/10-03-2006

DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS

Kety Shapazian

E

ASCENSÃO E QUEDA

9 Casa da Dinda – Residência oficial de Fernando Collor (foto), presidente entre 1990 e 1992. Por causa das denúncias de corrupção feitas pelo seu irmão, Pedro, Collor renunciou, em dezembro de 92, enquanto o seu processo de impeachment corria no Senado. O esquema da maracutaia descoberto pela comissão parlamentar de inquérito instaurada na época revelou que as contas do presidente eram pagas por seu tesoureiro, Paulo César (PC) Farias, por meio de uma conta bancária fraudulenta. Fantasma – Sua titular era Maria Gomes, na verdade 'fantasma' de Ana Acioli, secretária de Collor. O dinheiro retirado da conta era entregue por ela ao motorista Eriberto França, para pagar os funcionários da Casa da

Dinda, além de contas de luz, telefone e despesas eventuais. A partir do relato do motorista, o esquema foi sendo revelado. Um dos automóveis do presidente fora comprado com cheque de um 'laranja' de PC, assim como a reforma da casa, no valor de US$ 2,5 milhões. Atitude – O ex-presidente imprimiu uma série de atitudes características de sua personalidade, que ficou conhecida como o "jeito Collor de governar". Era comum assistir a exibições de Collor fazendo cooper, praticando esportes, dirigindo jato supersônico, subindo a rampa do Palácio do Planalto, comportamentos que exaltavam suposta jovialidade e modernidade. Todos expressos em sua notória frase "Tenho aquilo roxo". O esquema de corrupção e tráfico de influência veio à tona em seu terceiro ano de mandato. O irmão Pedro morreu de câncer. E PC teria sido assassinado.

Francenildo, em frente à casa alugada pela "República de Ribeirão Preto": 'Palocci freqüentava, sim.' AE/Arquivo/30-06-2005

ÓPERA, OLHO ROXO E $$$. 5 Apartamento do exdeputado Roberto Jefferson – 'Pai' da crise, Jefferson (abaixo) acusou congressistas aliados de receber um mensalão de R$ 30 mil. Ele admitiu ter recebido R$ 4 milhões do PT, dinheiro entregue em seu apartamento funcional, na Asa Norte, região central. O líder do PTB na Câmara, José Múcio Monteiro (PE), revelou ao Conselho de Ética que viu Jefferson cobrar do ex-presidente do PT José Genoino o pagamento de mais R$ 4 milhões do total de R$ 20 milhões que tinha sido prometido durante a campanha eleitoral de 2004. O pedido foi feito durante um jantar no apartamento de Jefferson, do qual também participaram o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o exdeputado petista José Dirceu e o presidente Lula. Cheque em branco – Na saída, Lula disse a jornalistas (e depois negou): "Eu sou capaz de dar ao Roberto Jefferson um cheque em branco e dormir tranqüilo". Foi do apartamento, por telefone, que Jefferson deu sua bombástica segunda entrevista. Depois de ter prometido que ficaria quieto e só falaria na sindicância da Câmara e na CPI, o exdeputado rompeu o silêncio. De acordo com o expresidente do PTB, os recursos para alimentar o esquema vinham de estatais e de empresas privadas. Malas – Dinheiro que, segundo ele, chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada por Delúbio, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o deputado José Janene (PP-PR). Após perder o mandato de deputado, Jefferson voltou a exercer sua outra profissão, a de advogado criminalista. O apartamento foi devolvido dentro do prazo (um mês) e atualmente está vazio.

Agência do banco Rural de onde saia dinheiro para o mensalão

10 Sala do 3º andar do Palácio do Planalto – Segundo Roberto Jefferson, as reuniões sobre a distribuição dos cargos aconteciam em uma sala reservada ao então secretário-geral do PT Silvio Pereira no Palácio do Planalto, ao lado do exgabinete de José Dirceu, na época, chefe da Casa Civil. Pereira e Dirceu juntariamse a Delúbio Soares, ao expresidente do PT José Genoino e ao ex-secretário de Comunicação Marcelo Sereno. "Noventa por cento das conversas eram no palácio, numa salinha reservada ao Silvio Pereira. De vez em quando o Delúbio metia a mão na porta, entrava, sentava, conversava e saía. O Zé Dirceu também. O Genoino também", afirmou Jefferson. Reforma – O Palácio do Planalto pretende fazer uma 'pequena' reforma em suas cozinhas. O governo, mesmo em crise, encontrou em algum caixa R$ 199 mil para as obras. Só com o novo piso serão gastos R$ 105 mil. Visitação do Palácio do Planalto – Todos os domingos, das 9h30 às 13h30. Telefone: (61) 3411-1221.

DINHEIRO EM MALAS 007

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ALIANÇA DE R$ 10 MI, DO PT COM O PL.

AE/Arquivo/08-03-2006

m Brasília, há dois roteiros que o turista pode fazer. No primeiro, o cívico, está a praça dos Três Poderes, com os prédios do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, sede do Executivo. Tudo muito bonito e limpo. Já o nosso roteiro é para quem foi atraído pelas denúncias de corrupção, de caixa 2, malas de dinheiro circulando pelo Plano Piloto, festas com garotas de programa e pagamentos de mensalão. Nesse circuito, ficaram de fora a Catedral de Brasília e sua acústica que faz a alegria das crianças. Ou o Palácio do Itamaraty, com sua arquitetura que se mantém moderna. Mas se no nosso circuito falta charme, sobra história – de corrupção, negociatas e maracutaias. E curiosidades do mundo político na capital do País. Garotas – Como a crise não termina, a cada dia aparece um endereço novo para o circuito. O mais recente é a QI 01, casa 25, Lago Sul, a famosa mansão 1 da 'República de Ribeirão Preto', onde as garotas de Jeane Mary Corner entretiam os rapazes de Ribeirão Preto e os interesses de alguns eram defendidos, segundo denúncia do agora famoso caseiro. Tem a sede dos Correios 2 , palco de recebimento de uma propina de R$ 3 mil que gerou a CPMI dos Correios. Mais investigações descobriram outros esquemas por lá. O Aeroporto Internacional de Brasília 3 , onde o ex-assessor do ministro Antonio Palocci, Vladimir Poletto, chegou com caixas de bebida que na verdade continham milhões de dólares. Agora, se der fome, aproveite para conhecer o restaurante Fiorella 4 , na Câmara dos Deputados, palco do escândalo do mensalinho, protagonizado pelo ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti. Quem tiver pouco tempo deve começar o dia pelo apartamento funcional 5 do ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson. Lá chegaram, como o próprio titular afirmou, malas de dinheiro, usado no valerioduto. Lupicínio – Quando depôs pela segunda vez na CPMI dos Correios, Jefferson apareceu com o olho esquerdo roxo, hematomas e pontos cirúrgicos. A culpa teria sido de uma caixa de CDs de Lupicínio Rodrigues – compositor de Vingança, entre outras canções. Ao tentar alcançar os CDs, uma enorme estante de sucupira desabou sobre ele e só não esmagou suas pernas porque uma escadinha aparou o móvel. Curiosidade: durante o seu processo de cassação, Jefferson brindava a imprensa, que dava plantão dia e noite do lado de fora do prédio de 24 apartamentos, com canções que entoava durante suas aulas de canto. Jefferson era o único morador. Mutreta – Outro apartamento 6 onde muita mutreta política aconteceu foi o do ex-deputado petista Paulo Rocha. Rocha, depois de renunciar ao mandato – e escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar – devolveu o apartamento. Atualmente, quem ocupa o lugar, na Asa Sul, é o outro deputado petista, Devanir Ribeiro (SP). Tem também a agência do banco Rural, dentro do Brasília Shopping 7 , que ficou famosa em todo o País por ser o lugar onde os mensaleiros sacavam dinheiro. Mesmo sem entrar na agência, é possível refazer parte da rota dos milhões que saía das empresas do publicitário Marcos Valério direto para o bolso de políticos e assessores. Às vezes, o dinheiro sacado lá era levado para quartos de hotéis para ser distribuído a parlamentares da base aliada. Diárias – Um destes hotéis, segundo as denúncias, é o Grand Bittar 8 , no Setor Hoteleiro Sul (SHS, para os íntimos). Para os interessados, as diárias variam de R$ 220 a R$ 3 mil, de segunda a quinta-feira, e de R$ 160 a R$ 2 mil nos fins de semana. Siga para o Lago Norte. Afinal, não poderíamos deixar de fora um ícone do passado recente da corrupção: a Casa da Dinda 9 , onde Fernando Collor, o mais jovem presidente brasileiro, morou. Dizem que, para se eleger, Collor recorreu a forças sobrenaturais, através de uma vidente, que praticava vodu no porão da casa. Hoje, um ou outro carro passa pela rua. O caseiro Antônio, que há 38 anos cuida das propriedades da família, diz que Collor às vezes aparece por lá. Depois de tantas 'atrações', aproveite a paisagem às margens do belo Lago Paranoá e descanse. Você merece. P.S. O Palácio do Planalto 10 entra em ambos os roteiros. Faça o circuito cívico para ver se consegue passar pela salinha do terceiro andar, onde cargos eram distribuídos.

6 Apartamento do exdeputado petista Paulo Rocha – Segundo o exdeputado e ex-presidente do PL Valdemar Costa Neto, foi lá, em junho de 2002, que aconteceu uma reunião com o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva e o colega de chapa José Alencar para acertar um acordo em que José Dirceu e Delúbio Soares, também presentes, prometeram R$ 10 milhões em troca do apoio do PL nas eleições presidenciais. "O Lula e o Alencar ficaram na sala e fomos para o quarto eu, o Delúbio e o Dirceu. Eu comecei pedindo R$ 20 milhões para levar uns R$ 15 milhões. Daí, ficou aquela discussão. Uma hora, o Zé Alencar entrou e falou: 'E aí, já resolveram?'", contou, em detalhes, Valdemar. Por dentro – "O Zé Alencar veio junto. Falei: "Vamos acertar por R$ 10 milhões". Voltamos para a sala e avisamos: "Está fechado". O Zé Alencar falou "peça tudo por dentro". Delúbio, então, apresentou Valdemar a Marcos Valério. Valdemar diz, no entanto, que "só" recebeu R$ 6,5 milhões. "Recebi dinheiro, sim, mas não os R$ 10,8 milhões que diz o Marcos Valério. Foram R$ 6,5 milhões do caixa 2 da campanha de Lula." Os dois deputados renunciaram aos seus mandatos.

LOBBY E FESTINHAS 1 Mansão da 'República de Ribeirão Preto' – Foi lá que ex-assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, faziam lobby, distribuía-se dinheiro e festinhas pra lá de animadas aconteciam. De acordo com o caseiro Francenildo dos Santos Costa, Palocci era freqüentador assíduo. Alugada por Vladimir Poletto, a mansão era freqüentada por outro exassessor, Rogério Buratti. Segundo o caseiro pelo menos uma vez seu salário foi pago pela Leão Leão, empresa envolvida em denúncias em Ribeirão Preto, quando Palocci foi prefeito. Nildo – como gosta de ser chamado o caseiro –, por causa da denúncia, teve seu sigilo bancário quebrado. Como se fosse pouco, de testemunha virou investigado pela Polícia Federal e pelo Coaf, o órgão que apura movimentações bancárias suspeitas. Já se sabe que a ordem para a quebra de sigilo veio de dentro da Caixa Econômica Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda. Jogo politiqueiro – Após 11dias recluso e despachando numa sala do Palácio do Planalto, ao invés do seu gabinete no ministério, Palocci apareceu na última sexta-feira para dizer que não vai responder a "acusações baixas do jogo politiqueiro".

ede da SMP&B Comunicação, agência de publicidade de Marcos Valério – A ex-secretária de Valério Fernanda Karina Somaggio confirmou à CPMI dos Correios que o patrão usava motoboys (identificados como Rapidinho, Marquinhos e Orlando), pelo menos uma vez por semana, para fazer grandes saques em bancos. Segundo ela, o dinheiro retirado pelos motoboys era entregue às funcionárias Simone Vasconcelos e Geisa dos Santos, que contavam e distribuíam as notas em maletas "tipo 007". Motoboys – Karina contou que, algumas vezes, os motoboys encarregados de fazer os saques chegavam com uma mala grande, que era deixada no departamento financeiro da SMP&B. A secretária revelou ainda que os motoboys faziam os saques no início da manhã, antes da abertura das agências bancárias. Depois de passar pela SMP&B, o dinheiro era levado a hotéis usados por Valério e Simone em Brasília para distribuir o mensalão. Agenda – Karina trabalhou como secretária de Valério de abril de 2003 a janeiro de 2004. Ela disse que anotou em sua agenda todos os encontros entre o empresário e integrantes do PT, entre eles, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Inclusive, o nome de Delúbio aparece em sua agenda várias vezes, segundo a ex-secretária. Valério move um processo na Justiça de Minas Gerais contra Karina, acusando-a de chantagem. Além disso, o empresário cobra uma dívida de R$ 100 milhões do PT na Justiça, referentes aos empréstimos à legenda. O PT mantém a posição já anunciada de não reconhecer as dívidas que Valério alega ter contraído para o PT a partir de acordos não públicos com Delúbio.


segunda-feira, 27 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Congresso Planalto Brasília Eleições

5 Fiquei cansada de tanto contar dinheiro no quarto do hotel Simone Vasconcelos

CORREIOS: 525 IRREGULARIDADES GRAVES

NOVO TOUR AE/Arquivo/05-09-2005

AE/Arquivo/12-09-03

Casa da Dinda: ícone da corrupção de um passado recente.

Fiorella: escândalo do mensalinho derrubou o presidente da Câmara Severino Cavalcanti.

Mansão da 'República de Ribeirão Preto': Palocci, caseiro, festas animadas e muito lobby.

Ailton de Freitas/AG

No escuro: decisões do Supremo interferem no Legislativo e impedem quebras de sigilos e depoimentos.

Hotel Grand Bittar: Marcos Valério reservava suítes para repassar o mensalão a deputados e assessores.

AE/Arquivo/01-08-2002

De seu apartamento, Roberto Jefferson deu a primeira entrevista que abalou Brasília.

Gustavo Miranda/AG

Ailton de Freitas/AG

Apartamento de Paulo Rocha: em 2002, o PT conseguiu a coligação com o PL em troca de R$ 10 milhões.

Sônia Baiocchi/Agência Câmara

Caixas de bebida do caso Cuba saíram do aeroporto com destino a São Paulo.

RURAL: SAQUES E 'FAMA'.

7 Agência do banco Rural – Os saques para pagamento do mensalão foram efetuados na única agência do banco na capital federal, localizada no 9º andar do Brasília Shopping. O uso da agência seria uma alternativa ao pagamento feito por meio de malas de dinheiro, que, segundo Roberto Jefferson, seria mais difícil de operar. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, foi beneficiado em R$ 50 mil. Já o deputado baiano Josias Gomes (PT) sacou R$ 100 mil e ainda apresentou a sua carteira de parlamentar para se identificar. João Paulo – cujo processo de cassação deve ir a plenário para votação em breve – chegou a dizer que sua mulher teria ido à agência para pagar uma conta da TVA. "Eu recebi a informação que, depois da denúncia do mensalão, assessores de parlamentares têm ido lá pegar

R$ 30 mil, R$ 40 mil, desde que as malas pararam de chegar", denunciou Jefferson, em julho do ano passado. Um desses assessores foi João Cláudio Genu, chefe de gabinete do deputado José Janene (PP-PR). Nos documentos do Rural, há quatro pagamentos da SMP&B para pessoas próximas ao deputado João Magno (PTMG), ele inclusive. Um assessor recebeu R$ 10 mil, um irmão do deputado obteve outros R$ 25,915 mil, e o próprio deputado recebeu outros dois pagamentos que totalizam R$ 41 mil. Absolvido – Apesar de admitir que o dinheiro não contabilizado foi usado para pagar dívidas de sua campanha à prefeitura de Ipatinga, Magno conseguiu escapar da cassação na Câmara. A deputada petista Ângela Guadagnin sambou a dança da pizza para comemorar.

PROPINA DE R$ 3 MIL NA FITA 2 Correios – O ex-chefe de departamento dos Correios Maurício Marinho foi pego recebendo propina de um empresário. A gravação foi exibida nos principais telejornais brasileiros. Marinho foi indicado para o cargo na cota do PTB, de Roberto Jefferson, que, segundo o ex-chefe, "comandava com mão-deferro" o esquema de arrecadação de dinheiro nos Correios para o partido. O episódio deu origem à CPMI dos Correios. A Presidência da República recebeu um relatório oficial com os resultados apurados em 40 departamentos dos

Correios por equipes da auditoria interna da estatal, Secretaria Federal de Controle Interno, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União. Foram constatados 525 tipos de irregularidades graves, a maior parte delas "de alto risco" para os cofres públicos. Outra investigação da CPMI dos Correios descobriu irregularidades no serviço de correio aéreo noturno que também causaram prejuízos aos cofres públicos. Marinho foi despedido da estatal por justa causa.

MENSALINHO MENSALÃO NO CARDÁPIO EM HOTEL 4 Restaurante Fiorella – Sebastião Buani, concessionário do restaurante localizado no 10º andar da Câmara dos Deputados, pagou mensalinho ao então presidente da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE). A propina mensal, de R$ 10 mil, foi em troca de um documento, assinado por Severino, em abril de 2002, prorrogando a concessão de Buani até 2005. O deputado, apesar de negar a denúncia, renunciou ao mandato e à presidência da Câmara. O contrato de concessão venceu. Mais tarde, Buani se disse admirador de Roberto Jefferson. "Dou muito valor ao Roberto Jefferson porque sei o que passei." A propina só pôde ser provada porque Buani conseguiu cópia de um dos cheques com o banco.

8 Hotel Grand Bittar – Em setembro e outubro de 2003, Marcos Valério reservou suítes no mesmo dia ou na véspera de fazer saques em dinheiro vivo, no total de R$ 1,135 milhão, na conta da SMP&B no banco Rural. A reserva de suítes aparece anotada na agenda da exsecretária Fernanda Karina, entregue à Polícia Federal. Na agenda consta a anotação "Suíte VIP – 15º andar no Gran (sic) Bittar", no dia 30 de setembro de 2003. Um dia antes foram realizados dois saques no total de R$ 550 mil na conta da SMP&B, no banco Rural. Marcos Valério era acompanhado no hotel pela sua ex-gerente-financeira Simone Vasconcelos. Karina contou que Simone reclamou uma vez de cansaço de tanto "contar dinheiro" no quarto.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

eio no site do meu caro Políbio Braga (http://www.polibiobraga.com.br), um dos melhores comentaristas políticos do Rio Grande, o seguinte: "Se você tem conta na Caixa Econômica Federal, muita atenção: a Caixa viola o sigilo bancário dos seus clientes. Saia da Caixa Federal enquanto é tempo e fuja de repartições públicas ocupadas por trotsquistas ou ex- trotsquistas enquistados no PT, porque eles são capazes de tudo e não têm compromisso algum com a chamada 'ordem burguesa'. Ficou comprovado que a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa partiu da própria Caixa Econômica Federal. O formulário de extração de dados da movimentação bancária de Francenildo é exclusivo do sistema interno da estatal, ao qual nem clientes têm acesso. As duas pessoas, em última instância, responsáveis pelo sigilo dos dados dos clientes são gaúchas. São o próprio presidente, Jorge Mattoso, conhecido trotsquista de Porto Alegre, amigo de Luís Favre, o marido de Marta Suplicy, também ele um trotsquista histórico, além de Clarisse Copetti, a guardiã da área de segurança da informação da Caixa, que antes de ir para Brasília ocupou uma das Diretorias da Procempa, à época presidida pelo trotsquista Jorge Mazzoni. São todos enfezados militantes do PT. Clarice Copetti é mulher de César Alvarez, do PT gaúcho, homem que despacha ao lado do gabinete do Presidente Lula, no Palácio do Planalto." Não sejamos injustos com a Caixa Econômica Federal. Ela não é uma ilha de espionagem comunista num mar de confiabilidade e decência. Todas as estatais, todos os órgãos da administração federal, estadual e municipal, todos os sindicatos, todos os bancos, todas as grandes empresas privadas, todas as escolas privadas e públicas de qualquer grau, todas as instituições de cultura, todos os jornais, revistas e canais de TV, todos os partidos políticos sem exceção têm hoje um, dois, vinte, trinta agentes infiltrados a serviço da máquina esquerdista de informação e contra-informação. Essa "ocupação de espaços" começou quarenta anos atrás e prosseguiu discretamente, imperturbavelmente, sem encontrar a menor resistência, ao longo de duas gerações de brasileiros. Ela nasceu da mutação estratégica sucedida nos partidos de esquerda a partir da publicação das obras de Antonio Gramsci pela Editora Civilização Brasileira, na década de 60. Vou resumir brevemente essa mutação e em seguida analisar criticamente o seu estado atual. Quem depois disso não entenda o que está acontecendo e ainda se iluda quanto à possibilidade de reverter o estado de coisas pela via eleitoral normal, sem uma contra-estratégia de conjunto e um combate anticomunista explícito, será um caso de ingenuidade política irreversível e fatal. No entender de Gramsci, o "poder" não se constitui apenas do aparelho estatal, mas de uma complexa trama de organizações espalhadas pela sociedade civil, por meio das quais a "ideologia" dominante se perpetua através das gerações, criando uma barreira de proteção invisível contra a ação revolucionária. Portanto, o principal objetivo do Partido revolucionário não deve ser a tomada do poder político, mas a conquista do controle - "hegemonia" - sobre essa rede informal de organizações que produzem a "cultura", isto é, a ideologia dominante. (O Partido não precisa ser formalmente um só, reconhecido como tal nos registros eleitorais "burgueses", mas pode ser um amálgama de organizações diversas e sem estratégia nominal unificada, algumas até sem existência legal, como acontece com o MST.) A hegemonia não é apenas um meio de obter suporte social para a conquista do poder político. Isso seria reduzi-la a um apêndice da velha estratégia leninista. Ao contrário, ela é, desde já, a transição revolucionária para o socialismo, operada por meios tão difusos e onipresentes que se torna difícil combatê-los ou mesmo reconhecê-los. Daí o nome "revolução passiva". É a revolução que acontece sem que ninguém possa ser apontado como seu autor e mesmo sem que as vítimas do processo tomem consciência clara do que está acontecendo.

MuNDOreAL

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por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

Honra ao mérito

Beto Barata/AE/10/3/2006

Não sejamos injustos com a Caixa. Ela não é uma ilha de espionagem comunista num mar de confiabilidade e decência.

Todas as estatais [...] têm hoje um, dois, vinte, trinta agentes infiltrados a serviço da máquina esquerdista.

No esquema leninista, a transição para o regime comunista se faria por meio de uma etapa intermediária socialista. O Estado, nessa perspectiva, seria fortalecido e ampliado até apropriar-se de todos os meios de ação social existentes. Quando nada mais restasse fora da esfera do Estado, este desapareceria como tal: onde tudo é Estado, nada é Estado. Pelo menos a dialética hegeliana ensina a raciocinar assim. Marx, Lenin etutti quantitomavam como dissolução real do poder de Estado essa pura transmutação semântica do tudo em nada. Foi por meio dessa grotesca mágica verbal que o totalitarismo perfeito pôde ser aceito como a perfeita democracia. O esquema de Gramsci é bem diferente. Nada tem de um engodo dialético. É uma transformação material, efetiva, da estrutura de poder. A conquista da hegemonia, conforme ele a encarava, já viria a constituir, em si e imediatamente, a dissolução da ordem estatal, substituída pela obediência espontânea das massas aos estímulos acionados pelos comandos culturais espalhados por todo o corpo da sociedade. A burocracia estatal é uma expressão da cultura dominante e nada pode contra ela. Ainda que continuasse formalmente vigente, a ordem estatal, inerme ante a força onipresente e invisível da "cultura", se tornaria um adorno inócuo e se dissolveria por si mesma. Seria o comunismo não de-

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clarado, implantado sem a etapa intermediária socialista. Nesse processo, a submissão coercitiva à autoridade estatal seria substituída pela obediência inconsciente e irreversível à "cultura", isto é, ao conjunto de estímulos, slogans e cacoetes mentais injetados sutilmente na sociedade pelos "intelectuais", a vanguarda partidária espalhada informalmente nos milhares de organizações da sociedade civil. A profundidade e abrangência dessa penetração pode ser medida pelo fato de que a rede de organizações a ser conquistada abrangia até escolas maternais, igrejas e confessionários, consultórios de psicologia clínica e aconselhamento matrimonial: nada na atividade psíquica da sociedade poderia escapar à influência do Partido, que adquiriria assim, segundo as palavras do próprio Gramsci, "a autoridade onipresente e invisível de um imperativo categórico, de um mandamento divino". No esquema gramsciano, a identificação do perfeito controle totalitário com a perfeita liberdade democrática, que em Lenin era apenas um giro semântico demagógico, se torna um processo psicológico real vivenciado pelas multidões, que, não percebendo nenhuma autoridade estatal a coagi-las ou atemorizá-las por meios visíveis, acreditam piamente estar vivendo na mais libertária das democracias, no instante mesmo em que se curvam à mais completa obediência, incapazes até mesmo de conceber algum tipo de ação que escape à conduta que o Partido espera delas. A subversão ativa por meio dos mecanismos tradicionais de ação comunista greves, invasões de terras, protestos de toda ordem - não seria abandonada, mas articulada à conquista da hegemonia pela elite "intelectual", formando o "bloco histórico", isto é, a perfeita convergência da "pressão de cima" com a "pressão de baixo". Operando sobre um fundo psicológico preparado pela hegemonia, a subversão já não encontraria resistência e nem mesmo

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seria nominalmente reconhecida como tal, pois corresponderia à simples realização de expectativas "normais" já prefiguradas e legitimadas na "cultura". Nenhum ser humano com QI superior a 12 pode deixar de perceber que a transformação revolucionária gramsciana não é um risco que se abre diante de nós, mas a situação em que o país já vive desde há muitos anos, um processo tão geral, profundo e avassalador que ninguém mais pensa em lhe oferecer resistência de conjunto: mesmo os descontentes com o estado de coisas só reagem a pontos de detalhe. Suas ações se dissolvem espontaneamente no oceano da hegemonia cultural e com a maior facilidade são reaproveitadas para o fortalecimento do contole partidário monopolístico. Alguns exemplos especialmente deprimentes: Aqueles que se revoltam contra a prepotência do MST já não têm sequer a força interior de lutar contra os objetivos do movimento e se limitam a protestar contra um ou outro meio de ação isolado. Contra a subversão agrária, o máximo que conseguem propor é a "reforma agrária dentro da lei", isto é, a reforma agrária conduzida pelos agentes do mesmo movimento que só se diferenciam dos invasores de terras porque ocupam cargos na burocracia estatal. O ponto que ainda resta em disputa é apenas uma diferença quanto aos meios de fortalecer o MST: deixando-o invadir e queimar fazendas ou entregandolhe oficialmente tudo o que ele exige e mais alguma coisa. . É mais que evidente que os organismos policiais e de inteligência não foram deixados de lado na conquista da hegemonia. Eles estão hoje sob o controle completo da organização partidária que, ao mesmo tempo, fomenta o banditismo através de legislações propositadamente liberalizantes e sobretudo da intensa colaboração entre as quadrilhas de traficantes e as organizações subversivas estrangeiras associadas ao partido governante através do Foro de São Paulo. É a perfeita articulação da "pressão de baixo"

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com a "pressão de cima". Espremida entre esses polos, a sociedade não tem alternativa: ou se conforma com a violência criminosa descontrolada, ou fortalece o partido governante confiando-se à sua proteção, sem ousar confessar a si mesmo que assim só está se entregando oficialmente aos próprios bandidos. Durante anos, a elite partidária articulou violentas campanhas de combate à corrupção com a construção discreta e abrangente de uma máquina de corrupção incomparavelmente maior e mais destrutiva do que todas aquelas que ia desmantelando pelo caminho. Pressão de cima e pressão de baixo. Durante esse período, os feitos mais espetaculares do moralismo acusador deviam-se exclusivamente ao progressivo controle que os partidos de esquerda iam adquirindo sobre

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Aqueles que se revoltam contra a prepotência do MST já não têm a força interior de lutar contra os objetivos do movimento.

os meios de informação e contrainformação através de uma infinidade de "arapongas" infiltrados em toda parte. Na época, a sociedade já estava tão estupidificada e submissa que fechava os olhos a essa monstruosa destruição da ordem legal desde dentro e só se enfezava contra os corruptos avulsos que a máquina de subversão esquerdista apontava à execração popular. A situação descrita por Políbio Braga no parágrafo citado acima não é nova. O esquema esquerdista tem toda a máquina de informações na mão, podendo usá-la à vontade tanto para enriquecer ilicitamente como para intimidar, assassinar moralmente ou mesmo mandar para a cadeia quem quer que ouse denunciar o que está fazendo. A esta altura, qualquer político anti-esquerdista que ache possível vencer esse esquema por meio de acusações isoladas de corrupção, apegando-se a

segunda-feira, 27 de março de 2006

esse ponto para fugir a um confronto com a estratégia geral gramsciana, é evidentemente um bocó inofensivo que só merece, de seus inimigos esquerdistas, um riso de desprezo. No Brasil atual, a autodemolição do Estado e sua substituição pela onipotência do Partido já são fatos consumados e, nesse sentido, a profecia gramsciana se revelou perfeitamente veraz. O problema com Gramsci não é a falta de realismo. Gramsci nunca foi vítima de utopismo revolucionário. Ele sempre foi atento aos fatos e sensível à hierarquia das forças objetivas que movem a sociedade. O problema com ele não está nos fatos, mas nos valores. Tal como seu guru Maquiavel, ele tinha uma consciência moral doente, disforme, incapaz de sentir o mal mesmo nas suas expressões mais óbvias e escandalosas. Por exemplo, ele via a dissolução do Estado como o advento de uma era de liberdade jamais sonhada. Mas o Estado é uma ordem explícita sobre a qual sempre se pode exercer um controle crítico. Já a rede de operadores da hegemonia é oculta, inacessível ao público. É uma elite onipotente como uma casta de deuses, controlando o processo desde alturas inatingíveis. Só uma mente perversa pode conceber isso como um reino da liberdade. Ao mesmo tempo, é óbvio que a elite esquerdista pode dissolver o Estado por meio do fomento ao banditismo, mas com isso entrega a população à sanha de traficantes e assassinos, sem lhe deixar esperança de refúgio exceto por meio de um retorno ao Estado forte, dominado, é claro, pela mesma elite que criou, protegeu e alimentou o império do crime. Gramsci sabia como funcionava a estrutura de poder. Só não sabia diferenciar o bem do mal. Era um gênio da engenharia social com a consciência moral de um rato de esgoto. Se o Brasil é hoje a nação recordista mundial de homicídios no mundo e ao mesmo tempo o único país em que a estratégia gramsciana foi aplicada de maneira integral e bem sucedida, só tipos patéticos nos quais a impotência e a cretinice tenham chegado à síntese perfeita da estupidez superior podem achar que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ora, praticamente toda a política "de oposição", no momento, consiste precisamente em agir como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra. Quando observo esse estado de coisas e me lembro de que, ao longo das décadas, todas as minhas tentativas de denunciar o processo antes que ele chegasse às suas últimas conseqüências foram recebidas com bocejos de indiferença ou com aquela franca hostilidade que os preguiçosos e comodistas reservam para os portadores de notícias desagradáveis, não posso escapar à conclusão de que as vítimas da opressão esquerdista receberam exatamente aquilo que fizeram por merecer. No fundo do caos, da violência, do cinismo triunfante e da mais formidável degradação moral que qualquer nação do mundo já vivenciou, reina, no fim das contas, uma certa justiça. Todos estão sendo recompensados pelos méritos da sua covardia moral e da sua indolência intelectual. Parabéns. *** Nota - Na análise dos fatos, Gramsci só falhou num ponto decisivo. Ele não entendia absolutamente nada de economia, e por isso imaginou que a aplicação bem sucedida da sua estratégia produziria automaticamente a transfiguração mágica do sistema econômico. Ao contrário, a evolução posterior dos acontecimentos mostrou que a implantação de um sistema de poder comunista gramsciano é inteiramente compatível com a subsistência do capitalismo monopolístico. Na verdade, ela até exige isso, porque, a economia comunista sendo inviável em si (a demonstração cabal disto já foi feita desde 1928 por Ludwig von Mises), o esquema gramsciano precisa de uma certa quota de capitalismo para manter-se de pé, exatamente como acontece na economia nazista ou fascista. Daí a parceria infernal do partido governante com os bancos. Mantendo satisfeita uma parcela da burguesia, esse esquema pode durar indefinidamente. E, se alguém acha ruim, o protesto mesmo pode ser canalizado em favor da propaganda esquerdista, lançando-se as culpas do mal sobre o "sistema", como se o sistema não fosse o próprio gramscismo realizado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

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A sociedade precisa cobrar seus direitos. Ana Cláudia Elias

PÁSC A TRIBUTÁRIA CHOCOLATE COM SABOR DE IMPOSTOS

A dona da Cacau Show, Edna Campos, diz que em vez de tributar tanto, governo deveria incentivar o comércio

Marcelo Min/AFG

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omer um delicioso bons, sendo R$ 2 de impostos. bacalhau acompa- "É injusto pagar tanto para não nhado de vinho e, ter um retorno adequado de depois, lambuzar- serviços públicos. Pagar tudo se de chocolate na Páscoa per- bem, mas não tão alto", disse, dem a graça quando se cons- ao informar que recorre a hostata que sobre o preço desses pitais particulares pois consiitens incidem percentuais de dera ruim o atendimento na reimpostos de até 54,74%. Ao de pública. A dona da loja, Edna Camcomprar um ovo de chocolate, o brasileiro recebe um pro- pos, também ficou indignada. duto recheado de tributos: "É muito imposto para o pouco 39,2%. Num prato de baca- que fazem", criticou. Para Edlhau à Gomes Sá, incluindo o na, em vez de tributar tanto, o azeite, batata, cebola, alho, governo deveria incentivar o ovos, salsa e azeitona, estão comércio. "Muitos empresáescondidos 29,17% de impos- rios trabalham somente para tos. Na Colomba Pascal, são pagar as contas. Não consem a i s 3 8 , 6 8 % e , n o v i n h o , guem reformar a loja, o que po54,74% do preço final vai dire- deria incrementar as vendas, gerar empreto para os cogos para refres públicos Fotos: Emiliano Capozoli/LUZ duzir a vioem forma de lência e a mitributos. séria", disse. O Instituto No último Brasileiro de sábado, Planejamento q u e m c o mTr i b u t á r i o p r o u b a c a(IBPT) calculhau, azeite e lou para o Diávinho para a rio do Comércio Semana Sano peso dos imta no Empópostos sobre rio Chiappeto s p ro d u t o s ta, do Mercam a i s c o n s ud o M u n i c imidos na Páspal, também coa. Com a lisse revoltou ta desses procom o mau dutos em uso da arremãos, a reporcadação tritagem foi a butária. Para p o n t o s - d e - Bacalhau: um quilo de impostos a paisagista venda verificar o conhecimento e a reação Ana Cláudia Elias, entretanto, da população sobre o assunto. o brasileiro reclama muito, "É um abuso", disse o enge- mas não faz nada. Lembrou nheiro Giuseppe Petrella, ao que poucos acionam o DPVAT descobrir que dos R$ 17,90 pa- (seguro-obrigatório). "A sociegos por um ovo em uma loja da dade precisa cobrar seus direiCacau Show, R$ 7 são impos- tos", defendeu. Ana criticou a dificuldade tos. Inconformado, Petrella disse que, embora a carga de de a maior parte da população impostos seja alta, nem ele entender a questão tributária. nem os cinco netos podiam fi- "A colocação técnica impede a car sem chocolate. "Que remé- participação do povo, que acadio! Tenho que agradar as ba não se interessando pelo ascrianças." Na sua opinião, o sunto e fica sem saber o quanto problema é que os tributos são paga de imposto", disse. O casal Hélio e Denise Ribeimal empregados. "Acredito que os impostos estaduais são ro, ao descobrir que do valor bem aplicados, mas os federais pago por três quilos de bacanão. É só ler os jornais. De onde lhau, o correspondente a um sai o dinheiro do mensalão?", quilo vai para o Fisco, disse indagou o engenheiro. Apre- que o povo deveria se organiciador da Colomba Pascal, ele zar para ter um retorno eficienverificou o valor (R$ 25,90) e te. "Só que as pessoas com cacalculou que R$ 10 eram im- pacidade de liderança pensam em si mesmas, não na sociedapostos. "Não vou levar." A auxiliar de crédito Cleide de", criticou Hélio. do Vale comprou R$ 5 em bomAdriana David

No mercado municipal de São Paulo, consumidores ficaram surpresos com a representatividade dos tributos sobre o bacalhau


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇO

segunda-feira, 27 de março de 2006

AVISOS PIA SOCIEDADE DE SÃO PAULO

CNPJ 61.287.546/0001-60 Balanços Patrimoniais Consolidados dos Exercícios Encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante 43.330.952,40 43.873.733,38 Circulante 25.647.870,30 22.902.509,24 Disponível 2.247.341,12 2.453.780,24 Fornecedores 4.280.922,91 5.655.546,38 Caixa e bancos 1.267.690,82 874.819,07 579.260,11 221.704,99 Aplicações financeiras de liquidez imediata 979.650,30 1.578.961,17 Impostos a recolher Provisão de Férias e Encargos sociais a recolher 565.770,02 905.988,77 Realizável a Curto Prazo/Créditos 41.083.611,28 41.419.953,14 740.450,12 47.847,24 Contas a receber 5.412.380,20 5.946.162,05 Adiantamento de clientes Provisão Créditos Liquidação Duvidosa (348.406,61) (1.570.486,13) Outras contas a pagar 302.785,86 199.070,39 Aplicações financeiras 8.077.202,11 12.732.139,39 Adiantamento de clientes - periódicos 18.276.805,10 15.485.430,47 Outros créditos 1.656.517,75 937.500,88 Provisão para pagamento de direitos autorais 276.876,18 386.921,00 Estoques 25.913.046,65 23.230.720,38 Empréstimos 625.000,00 Despesas antecipadas 372.871,18 143.916,57 4.741.666,01 200.000,00 Realizável a Longo Prazo 2.994.588,44 2.983.377,10 Exigível a Longo Prazo 200.000,00 200.000,00 Depósitos judiciais 2.990.638,44 2.979.427,10 Provisões para contingências 4.541.666,01 Outros créditos 3.950,00 3.950,00 Empréstimos Permanente 71.962.130,90 63.488.114,79 Patrimônio Social 87.898.135,43 87.242.716,03 Investimentos 11.813,70 12.540,77 Patrimônio social 65.453.610,40 59.918.654,11 Bens Imóveis 59.650.509,10 43.371.720,42 Reservas de reavaliação 22.045.197,82 22.045.197,82 Bens Móveis 29.904.330,72 33.489.315,86 605.093,26 Depreciação (17.604.522,62) (13.385.462,26) Superávit acumulado Superávit do exercício 399.327,21 4.673.770,84 Total do Ativo 118.287.671,74 110.345.225,27 Total do Passivo 118.287.671,74 110.345.225,27 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Contas Extra Patrimoniais Compensação Contas Extra Patrimoniais Compensação 16.035.490.21 Programas e Projetos de Educação e Assistência Social 16.035.490.21 Programas e Projetos de Educação e Assistência Social 3.901.905,43 Isenção (Imunidade) Usufruída Cota Patronal INSS 3.901.905,43 Isenção (Imunidade) Usufruída Cota Patronal INSS 19.937.395,64 19.937.395,64 Demonstração das Mutações do Patrimônio Social para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) Patrimônio Social Reserva de Reavaliação Superávit/Déficit Acumulado Total Saldos em 31 de dezembro de 2004 59.918.654,11 22.045.197,82 5.278.864,10 87.242.716,03 Ajustes de exercícios anteriores 256.092,19 256.092,19 Destinação do superávit 5.278.864,10 (5.278.864,10) Realização de reservas de reavaliação (989.959,34) 989.959,34 Superávit do exercício 399.327,21 399.327,21 Saldos em 31 de dezembro de 2005 65.453.610,40 21.055.238,48 1.389.286,55 87.898.135,43 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Valores expressos em reais) 1. Contexto Operacional - A Pia Sociedade de São Paulo, fundada em 20 de para cobrir eventuais perdas com valores a receber. 3.4 Os estoques de produtos agosto de 1931, é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, de acabados são avaliados conforme critérios estipulados pela Administração da natureza beneficente, filantrópica, assistencial, social, educativa, cultural e religiosa. Entidade, conforme o tipo dos produtos. Os estoques de matéria-prima e materiais A Entidade tem por finalidade principal a promoção humana assistencial e social, auxiliares são valorizados pelo custo médio histórico. Para os estoques a promoção do ensino em seus vários graus e a promoção cultural da população. considerados obsoletos ou de baixa movimentação, há uma provisão para ajuste Tais finalidades são efetivadas por meio da manutenção de escola gratuita de ao provável valor de realização. 2005 2004 ensino médio, custeamento de bolsas de estudos e doação de cestas básicas 3.4.1 Estoques 21.886.459,82 19.368.567,83 para pessoas carentes, assistência social a pessoas carentes, doação de produtos Produtos acabados próprios da marca Paulus para prisões, hospitais, escolas e creches e diversas Matérias-primas 4.057.714,83 3.893.280,55 (31.128,00) (31.128,00) atividades culturais gratuitas. Essas atividades filantrópicas são subsidiadas através Provisão sobre itens obsoletos 25.913.046,65 23.230.720,38 da produção e comercialização de livros, impressos, informativos e produtos 3.5 O imobilizado está registrado ao custo histórico, reavaliado na data-base de fonográficos e audiovisuais. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis 31 de outubro de 2000. As depreciações são calculadas pelo método linear levando foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis emanadas da lei das em consideração a vida útil estimada dos ativos em uso. 3.5.1 No exercício de sociedades por ações (6.404/76) e alterações posteriores. Foram atendidas as 2005 a Entidade incorporou a sua realização da reserva de reavaliação de normas brasileiras de Contabilidade em especial o disposto na resolução 877 do exercícios anteriores ao Patrimônio Social a ser objeto de aprovação pela Diretoria Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que aprovou a NBC – T 10.19, que visa para posterior ratificação da Assembléia Geral dos associados. 3.5.2 A Entidade orientar o atendimento às exigências legais sobre procedimentos contábeis a alienou o imóvel localizado na Rodovia Raposo Tavares, Km 18,5 para a Pan serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de American Estádios Ltda., por meio de escritura pública de venda e compra, lavrada lucros, especialmente Entidades Beneficentes de Assistência Social (LOAS). em 16/07/02, em cumprimento ao “Instrumento Particular de Compromisso de 3. Sumário das Principais Práticas Contábeis e suas Respectivas Compra e Venda de Imóvel” firmado em 31/08/00 com a Corinthians Demonstrações - As principais práticas contábeis adotadas são: 3.1 É obedecido Licenciamentos Ltda. Também em 16/07/02 foi firmado pelo prazo de 99 anos o o regime de competência dos exercícios para reconhecimento das Receitas, Custos “Instrumento Particular de Comodato e Outras Avenças”, por meio do qual a e Despesas do período. 3.2 As aplicações financeiras são registradas ao custo, Entidade permanece gratuitamente na posse de parte do imóvel onde mantém acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. 3.3 A provisão para uma casa de formação religiosa, convento com capela, gráfica e o departamento crédito de liquidações duvidosa foi constituída em montante considerado suficiente central de vendas. 3.5.3 Imobilizado Tx. anual de Depreciação 2005 2004 Depreciação Custo Acumulada Líquido Líquido Terrenos - 16.468.497,24 - 16.468.497,24 16.433.497,24 Edificações 4% 42.395.276,42 5.982.083,52 36.413.192,90 23.171.815,36 Equipamentos industriais 10% 18.605.533,59 6.827.881,01 11.777.652,58 13.293.088,18 Instalações 10% 786.735,44 314.694,18 472.041,26 420.465,51 Móveis e utensílios 10% 2.940.543,74 1.027.069,17 1.913.474,57 1.528.918,09 Equipamentos de Informática 20% 2.741.051,70 1.699.660,71 1.041.390,99 987.843,96 Veículos 20% 877.496,40 675.608,80 201.887,60 502.582,67 Equipamentos de radiodifusão, áudio e vídeo e matrizes para disco laser 20% 1.903.094,20 445.084,61 1.458.009,59 341.212,35 Licença de uso de software 20% 934.373,33 620.600,62 313.772,71 196.122,87 Obras em Andamento 1.799.767,80 1.799.767,80 6.489.177,09 Outros 98.669,96 11.840.00 86.829,96 110.850,70 Total do Imobilizado 89.551.039,82 17.604.522,62 71.946.517,20 63.475.574,02

Demonstração do Superávit/Déficit Consolidados dos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) 2005 2004 Receita Bruta de Vendas/Serviços 66.193.101,48 63.352.035,35 Receitas de vendas 57.245.254,95 53.622.315,31 Receitas de serviços 8.947.846,53 9.729.720,04 (-) Impostos e Devoluções (2.697.076,78) (2.258.595,67) Receita Líquida de Vendas / Serviços 63.496.024,70 61.093.439,68 (9.875.189,08) (8.719.935,64) (-) Custo da Mercadoria Vendida Resultado Bruto 53.620.835,62 52.373.504,04 (52.942.324,71) (47.341.149,65) (-) Despesas Operacionais Salários e encargos (2.810.817,79) (7.210.910,41) Impostos e taxas (162.962,29) (382.513,78) Despesas com vendas (15.272.370,40) (10.684.127,71) Despesas financeiras (589.986,97) (649.947,26) Receitas financeiras 1.070.434,79 2.654.047,96 Receitas diversas 296.191,15 567.110,84 Despesas gerais (12.172.306,79) (9.422.204,83) Despesa depreciação (4.356.533,87) (3.637.175,55) Manutenção de dependências (2.908.482,33) (3.596.330,03) Progr. e Projs Educ. e Ass. Social - 2005 (16.035.490,21) (14.979.098,88) Resultado Operacional 678.510,91 5.032.354,39 (358.583,55) (+/-) Receitas/Despesas não Operacionais (279.183,70) Superávit do Exercício 399.327,21 4.673.770,84 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios Findos em 2005 e 2004 - (Em Reais) Origens de Recursos 2005 2004 Das operações 5.064.143,55 8.789.975,94 Superávit do exercício 399.327,21 4.673.770,84 Itens que não afetam o capital circulante líquido Resultado obtido da alienação de imobilizado 44.227,68 77.001,27 Reforço/reversão de prov. para contingências Reversão de variação cambial ativa - 2004 256.092,19 Depreciação 4.356.533,87 3.847.083,57 Custo residual dos bens do imobilizado baixado 7.962,60 192.120,26 De terceiros 288.967,08 312.022,51 Redução do realizável a longo prazo Transferência do realizável para o curto prazo Valor de venda de imobilizado 288.967,08 312.022,51 Total das origens 5.353.110,63 9.101.998,45 Aplicação de Recursos Aumento do ativo imobilizado 13.185.387,02 11.629.753,09 Aumento Obras em Andamento Aumento do realizável a longo prazo 11.211,34 8.000,00 Total das aplicações 13.196.598,36 11.637.753,09 Aumento/Redução do Cap. Circ. Líquido (7.843.487,73) (2.535.754,64) Representado por: Capital circulante final 13.141.416,09 20.984.903,82 Ativo circulante 43.330.952,40 43.873.733,38 Passivo circulante 30.189.536,31 22.902.509,24 Capital circulante inicial 20.984.903,82 23.520.658,46 Aumento/Redução do Cap. Circ. Líquido (7.843.487,73) (2.535.754,64) As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Administração – R$ 173.170,04. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a Entidade praticou gratuidades em montantes superiores à cota patronal de INSS. O percentual dessas gratuidades sobre a receita bruta, conforme bases descritas anteriormente, foi de 23,92% em 31 de dezembro de 2005. Demonstrativo de Filantropia 2005 Receita Bruta 67.684.472,23 Receitas de vendas e serviços 66.193.101,48 Receitas financeiras 1.070.434,79 Outras receitas 420.935,96 (-) devolução de venda (651.501,53) Receita base de acordo DL 2536/98 67.032.970,70 Gratuidade mínima a conceder (20%) 13.406.594,14 Gratuidades concedidas 16.035.490,21 Percentual concedido 23,92% Educacional 13.184.147,86 Sociais 2.678.172,31 Administração Filantropia 173.170,04 Isenção (imunidade) cota patronal INSS 3.901.905,43 A Entidade utiliza-se do grupo compensado, constante do Balanço Patrimonial para o registro e controle de suas gratuidades concedidas, do custo da isenção (imunidade) da cota patronal INSS e para outros controles de interesse da instituição. Os valores alocados neste grupo não compõem os ativos e passivos da Entidade. As gratuidades também estão alocadas em contas de resultado. 11. Isenção - O custo de isenção (imunidade) da cota patronal usufruída – INSS, pela entidade no ano de 2005 foi de R$ 3.901.905,43. 12. Seguros - A Entidade mantém cobertura de seguros sobre seus ativos, sendo considerada pela Administração suficiente para cobrir eventuais perdas em caso de sinistro. 13. Contingência Tributária - Em vista das alterações constantes da Lei 9732/ 98 em vigor desde abril de 1999, foram introduzidas mudanças que visam limitar a isenção (imunidade) das contribuições da seguridade social – INSS. A Entidade se beneficia de medida liminar obtida na ação direta de inconstitucionalidade n.º2028-5 que lhe assegura a situação aplicável à Lei anterior. Entretanto, por ser instituição beneficente de assistência social e de educação, é imune da cota patronal da previdência social, e ainda, protegida pela referida liminar. A entidade calcula suas contribuições sociais usufruídas com base na Lei 8212/91. Após análise detida pela administração, o entendimento firmado é de que a possibilidade de perda é remota, posto que a exigência é inconstitucional e indevida. Portanto, embora esses valores sejam calculáveis, decidiu-se não constituir provisão para esse fim. 14. Superávit do Exercício - É destinado para a manutenção das atividades, para atender aos dispositivos legais vigentes e dar continuidade às atividades da entidade. Será incorporado à conta “Patrimônio Social” após a aprovação da Diretoria da Entidade com a posterior ratificação pela Assembléia Geral dos associados. 15. Ajustes de Exercícios Anteriores - A Entidade efetuou ajustes em exercícios anteriores no montante de R$ 256.092,19, tendo em vista o não reconhecimento da variação cambial sobre importação de 01 impressora Off Set.

AVISOS AOS ACIONISTAS

3.6 Os adiantamentos de clientes são reconhecidos no resultado com base 7. Adiantamento de Clientes - Referem-se a valores recebidos das no fornecimento dos produtos relacionados levando em conta o período de assinaturas anuais de periódicos que são apropriados ao resultado quando da entrega dos exemplares ao longo do período de vigência. competência. 8. Contingências - A Entidade é parte em processos cíveis, tributários e 4. Contas a Receber 2005 2004 trabalhistas, em diversas esferas de discussão. A Administração da Entidade Clientes nacionais 5.412.380,20 4.978.906,15 revisa periodicamente a posição das contingências e procede ao registro de Clientes exterior 0,00 50.255,33 provisões para contingências levando em consideração a opinião de seus Cartões de crédito 747.883,37 583.134,95 técnicos, decisões judiciais sobre assuntos da mesma natureza e demais Outros Créditos 402.351,81 333.865,62 evidências disponíveis quando do encerramento das demonstrações Provisão Créd. Liq. Duvidosa (348.406,61) (1.570.486,13) financeiras. Os valores estimados e provisórios podem diferir dos montantes 6.214.208,77 4.375.675,92 desembolsados quando da conclusão desses processos. 5. Depósitos Judiciais - Em cumprimento ao pactuado no “Instrumento 9. Doações - A Entidade recebeu doações de pessoas jurídicas no exercício Particular de Compromisso de Compra e Venda de Imóvel” e devido à de 2005, no valor de R$ 10.305,79 imunidade tributária da Entidade, foram efetuados depósitos judiciais em 10. Programa e Projetos de Educação e Assistência Social – Gratuidades março e abril de 2002 para a garantia dos juízos das ações que discutem Concedidas - Os recursos da Entidade foram aplicados em suas finalidades com a Prefeitura do Município de São Paulo a legalidade da cobrança do institucionais, em conformidade com seu estatuto social demonstrados pelos Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU incidente no imóvel localizado na custos e despesas em programas e projetos de educação e assistência social. Rodovia Raposo Tavares, Km 18.5, referente ao período anterior à alienação As gratuidades concedidas pela Entidade no exercício de 2005 através de ocorrida em 2002. seus programas e projetos totalizam o montante de R$ 16.035.490,21. No 6. Fornecedores 2005 2004 atendimento ao disposto no inciso VI do artigo 3 do decreto federal 2536/98, Curto Prazo: a Entidade no ano de 2005 concedeu, através de seus programas e projetos Fornecedores nacionais 4.280.922,91 5.655.546,38 de educação e assistência social, as seguintes gratuidades: Educacional – R$ 4.280.922,91 5.655.546,38 13.184.147,86 - Assistência Social – R$ 2.678.172,31 - Gastos com Diretoria Carlos Roberto do Prado - Contador - CRCSP 1SP216288/O-0 Abramo Florencio Parmeggiani - Presidente Mario Alberto Nahuelpan López - Tesoureiro Parecer do Conselho Fiscal O conselho fiscal no uso de suas atribuições examinou o Balanço Patrimonial, respectivas Notas Explicativas relativas ao exercício social findo em 31 de luz dos Estatutos Sociais em vigor encontram-se em condições de serem a Demonstração do Superávit/Déficit do Exercício, a Demonstração das Origens dezembro de 2005 e tomando como base o parecer dos auditores aprovadas pela Assembléia Geral Ordinária da associação. São Paulo, 10 de e Aplicações de Recursos, a Demonstração das Mutações Patrimoniais e as independentes, expressa que as demonstrações mencionadas, examinadas à março de 2006. O Conselho. Parecer dos Auditores Independentes 1) Examinamos o Balanço Patrimonial Consolidado da Pia Sociedade de São Paulo , levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas Demonstrações do Superávit, das Mutações do Patrimônio Social, das Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes a este exercício, elaborado sob a responsabilidade da administração dessa Entidade. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. a) A Pia Sociedade de São Paulo, tem registro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) do atual Ministério da Assistência e Promoção Social concedido pelo processo nº 11.192/66. A Entidade possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social –CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos), emitido pelo CNAS e com pedido de renovação protocolado em 04 de dezembro de 2003. É declarada de Utilidade Pública Federal em 15 de junho de 1967 publicado no Diário Oficial da União de 19 de junho de 1967. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as Normas de Auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem

como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3) As Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, também foram por nós auditadas e o parecer emitimos com ressalva em 11/03/2005 em função da ausência de uniformidade entre os procedimentos para cálculo do custo médio histórico e o adotado pela Entidade, cujos efeitos no resultado não são conhecidos devido à falta de quantificação do mesmo e também quanto à não contabilização da Provisão para Contingência Tributária. 4) A administração da Entidade em sua “Nota Explicativa 13” informou que não constituiu Provisão para “Contingência Tributária”. Com isso, os possíveis reflexos do resultado final dessas ações, nas Demonstrações Contábeis, dependerão de futuras decisões judiciais, cujos efeitos não são conhecidos em virtude da falta de mensuração da mesma. 5) Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos que poderiam decorrer de possíveis ajustes pelos descritos nos parágrafos 3 e 4 as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PIA SOCIEDADE DE SÃO PAULO em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações do patrimônio social e as origens e aplicações de recursos, referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 6) Conforme

demonstrado no item “ 10” das “Notas Explicativas” às Demonstrações Contábeis e em conjunto com seu Balanço Patrimonial, nos grupos “Ativo e Passivo Compensados” (Grupo Extra-Patrimonial), e na Demonstração do Superávit do Exercício, a Entidade demonstra ter aplicado em Gratuidades durante o ano de 2005, valor superior a 20% (vinte por cento) de sua receita base em atendimento ao Decreto Federal nº 2.536, de 06 de abril de 1998, que dispõe sobre a concessão e manutenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos ). As Gratuidades Concedidas e constantes desses documentos contábeis expressam valor superior à Isenção Usufruída da Quota Patronal de Contribuição para a Seguridade Social. São Paulo - SP, 08 de março de 2006. AUDITUS CONSULTORES E AUDITORES INDEPENDENTES S/C LTDA. CRC.: 2 SP 0021171/0-0 Carmo Antônio Marino Alexandre Moreira de Sousa CPF.: 001.124.618-91 CPF.: 001.452.118-00 CRC.: 1SP 053925/0-4 CRC.: 1 SP. 002200/0-4 CVM.: Ato Declaratório N.º 50

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

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Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 019/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de dois veículos novos. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 04/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 07/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 11:00 horas às 13:00 horas do dia 07/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

Aviso de Abertura de Licitação Processo:Tomada de Preços nº 002/06 Objeto: Execução de projeto e construção de passarela sobre a via férrea no Município de Guaratinguetá. Edital disponível para retirada: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá/SP. Horário para retirada do edital: das 12:00 horas às 15:30 horas. Local da sessão pública: praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro- Guaratinguetá. Data da sessão: 19.04.06, às 14:00 horas. Valor do edital: R$ 30,00.

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Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 020/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de diversos materiais para confecção de barracas. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 05/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 10/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 12:00 horas às 14:00 horas do dia 10/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 018/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de uma extrusora para fabricação de sarjetas. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 04/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 07/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 10:00 horas às 12:00 horas do dia 07/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 021/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de uniformes, roupa de chuva, boné, bota, fiel retrátil, cinturão e porta-talão. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 07/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 12/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 15:00 horas às 16:00 horas do dia 12/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

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Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 022/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de cones para sinalização viária. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 12/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 18/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 11:00 horas às 13:00 horas do dia 18/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

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Aviso de Abertura de Licitação Processo: Tomada de Preços nº 003/06 Objeto: Execução de cobertura e forros no prédio da Estação Ferroviária no Município de Guaratinguetá. Edital disponível para retirada: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá/SP. Horário para retirada do edital: das 12:00 horas às 15:30 horas. Local da sessão pública: praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 20.04.06, às 14:00 horas. Valor do edital: R$ 30,00. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Presencial nº 010/06 Objeto: Aquisição de microcomputadores. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local da sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá.. Data da sessão: 12.04.06, às 13:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 5,00. PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Presencial nº 009/06 Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de reparos e manutenção de caminhões da frota. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 11.04.06, às 09:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 5,00.

CONVOCAÇÃO EDITAIS


segunda-feira, 27 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

GUARDA-VOLUME EVITA CONSTRANGIMENTO AO CLIENTE

A segunda maior operadora de TV a cabo do País, Vivax, teve lucro líquido de R$ 38,8 milhões em 2005.

Valéria Gonçalves/AE

INFLAÇÃO 1 Alta de combustível não impediu IPCA15 de fechar março em 0,37%, ante 0,52% de fevereiro.

INFLAÇÃO 2 Os preços na capital subiram 0,27% no Índice de Preços ao Consumidor – Semanal.

Ó RBITA Patrícia Cruz/LUZ

Impostômetro beira os R$ 200 bilhões

O

impostômetro deverá alcançar a a marca de R$ 200 bilhões por volta das 3 horas da madrugada de amanhã, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Instalada na fachada do prédio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a ferramenta foi desenvolvida no ano passado para informar, em tempo real, o total de tributos (impostos, taxas e contribuições), incluindo multas, juros e correção monetária, recolhidos desde

A multa para os bancos que não respeitarem a lei municipal é de R$ 1 mil por dia

o início de cada ano aos cofres dos governos federal, estadual e municipal. Na versão virtual do Impostômetro, disponível no site www.impostômetro.org.br,

PEÇAS EM ALTA

O

Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) informou que o faturamento do setor em 2005 somou US$ 24,5 bilhões, alta de 30,8% sobre os US$ 18,5 bilhões de 2004. As exportações foram de US$ 7,5 bilhões, elevação de 24% sobre o ano anterior e os investimentos atingiram US$ 1,4 bilhão, 66% a mais que em 2004. (AE)

PREJUÍZO

A

Companhia Energética de São Paulo (Cesp), segunda maior geradora do País, teve prejuízo de R$ 195,76 milhões em 2005, depois do lucro de R$ 34 milhões em 2004 e apesar dos benefícios obtidos pela valorização do real na dívida da companhia. A receita líquida também caiu, de R$ 1,92 bilhão para R$ 1,84 bilhão. (Reuters)

FUSÃO

A

fornecedora francesa de equipamentos de telecomunicações Alcatel está negociando uma fusão com sua rival norte-americana Lucent Technologies, com vendas de 21 bilhões de euros. Após o fracasso das negociações no ano de 2001, as companhias resolveram discutir uma possível "fusão de iguais". (Reuters)

também é possível verificar a arrecadação tributária por Estado. No mesmo site, há um link para a Calculadora do Imposto, que informa a tributação sobre a renda, o patrimônio e o consumo.

TV DIGITAL: NOVO IMPASSE

E

m carta encaminhada na última sexta-feira ao governo brasileiro, a União Européia (UE) não assume um compromisso de instalar no Brasil uma fábrica de semicondutores. A implantação dessa indústria, para a produção de chips usados em televisores digitais e de tela de cristal líquido, estaria condicionada à conclusão favorável de estudos de viabilidade que levariam

um ano para serem concluídos. Esses estudos seriam uma de quatro etapas propostas no documento para a definição do investimento. O desenvolvimento de uma indústria de semicondutores é uma das contrapartidas esperadas pelo governo brasileiro para decidir qual padrão de TV digital será adotado no País: o europeu, o japonês ou o norte-americano. (AE)

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA

O

Brasil perde terreno no ambiente para investimentos em tecnologia, quando comparado com seus vizinhos da América Latina, de acordo com o Índice da Sociedade da Informação (ISI), medido pela consultoria espanhola DMR Consulting e pelo Centro para a Empresa LatinoAmericana da Universidade de Navarra. O País fechou o

quarto trimestre com 4, 44 pontos no índice, 0,8% a menos que no mesmo período do ano anterior, abaixo do Chile, México, Argentina e da média latino-americana. No índice de tecnologias da informação e da comunicação, por outro lado, a pontuação do Brasil aumentou 8,4%, chegando a 4,12 pontos, acima da média regional de 3,84 pontos. (AE)

GUERRA DO FRANGO NO VAREJO

A

gripe aviária provocou uma verdadeira guerra do frango no varejo. O quilo do produto congelado é vendido a R$ 0,99 nos supermercados. O preço é cerca de 30% inferior à média do mercado e fica abaixo da cotação da ave no início do Plano Real, em julho de 1994, quando um quilo de frango custava cerca de R$ 1.

No último final de semana, o Grupo Pão de Açúcar, dono das redes Extra, CompreBem e Pão de Açúcar, colocou à venda nas 354 lojas espalhadas pelo Estado de São Paulo 2,250 toneladas de frango congelado por R$ 0,99. A expectativa é faturar R$ 2 milhões. Na semana passada a rede vendeu 2 mil toneladas de frango por esse preço nas lojas do Rio de Janeiro (AE)

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Furlan prevê que exportações baterão recorde este mês.

L

Para economistas de Wall Street, presidente Lula mantém controle político.

L

Para Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Brasil tem margem para mudar juro.

0800 77 72833 / 0800 77 SAUDE

Guarda-volume nos bancos começa hoje

C

omeça a valer hoje a lei municipal que obriga as agências bancárias a instalar guarda-volumes para os clientes. A instituição que não cumprir a legislação receberá multa diária de R$ 1 mil até a situação ser resolvida. Com essa medida, chega ao fim o desconforto causado por portas giratórias ao cliente, que se via obrigado, em muitas situações, a esvaziar o bolso ou a bolsa para poder entrar nas dependências das agências bancárias. De acordo com o decreto que regulamenta a lei, os guardavolumes devem ficar antes da porta dotada de detector de metais, e devem corresponder ao número proporcional de clientes da agência. As chaves são individuais e ficam com o cliente até sair do local.

A reportagem do Diário do Comércio procurou seis instituições bancárias – Itaú, HSBC, Santander Banespa, Banco Real, Banco do Brasil e Bradesco – para verificar se já estavam adaptadas à lei. Apenas o Real confirmou que estará com as unidades de guardavolumes disponíveis hoje. O HSBC informou que o banco "está tomando todas as providências para cumprir a lei municipal sobre guarda-volumes". Já o Santander Banespa foi lacônico ao declarar que "não se pronunciará sobre o assunto". No entanto, na agência Augusta (Jardins) o sistema não estava instalado até sexta-feira, o que causou constrangimento a vários clientes. Os demais bancos não retornaram o contato. As outras instituições que se manifestaram declararam, por meio das assessorias de imprensa, que seguirão

as recomendações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A posição da entidade acerca da lei é contraditória. De um lado, segundo informações da assessoria de imprensa, a entidade "está verificando em sua rede de agências a demanda de clientes que poderá utilizar os guardavolumes". Por outro lado, elencou, em comunicado da entidade à imprensa, uma série de entraves para a adoção da lei, como "redução da visibilidade dos seguranças, anteparo e proteção para ações delituosas ou dificuldades para adequar agências". Competência – Somados a esses fatores, a Febraban justificou que a competência para legislar sobre o sistema bancário é do Banco Central, e, para as questões de segurança, o Ministério da Justiça. Eduardo A. de Castro


4

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Finanças Tr i b u t o s Nacional

segunda-feira, 27 de março de 2006

Fundos de emergentes elevaram peso de ativos da Argentina nas carteiras em fevereiro

IMPOSTOS TÊM PARCELA MAIOR NO PIB

QUEDA DE JUROS E IMPOSTOS E CRESCIMENTO DA ECONOMIA VÃO CONTRIBUIR PARA ELEVAR INVESTIMENTOS

INVESTIMENTOS DEVEM AUMENTAR EM 2006

N

este ano, a despeito das dificuldad e s , o s i n v e s t imentos deverão ser maiores do que em 2005, avalia o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Isso será provocado por um conjunto de fatores: crescimento maior da economia, continuação do processo de queda na taxa dos juros e as medidas já anunciadas de corte nos impostos sobre máquinas e equipamentos. "Mas, de fato, existem limitações macroeconômicas para que os investimentos continuem crescendo", disse, referindo-se aos constantes aumentos da carga tributária e dos gastos do governo. "É importante atacá-los para que os investimentos possam crescer ainda mais." O economista Fernando Montero, da corretora Con-

venção, também acha que haverá um pouco mais de investimento em 2006. Em sua avaliação, isso deverá ocorrer porque o setor externo está perdendo fôlego. O câmbio desfavorável às vendas ao exterior fará com que as exportações cresçam em um ritmo menor do que nos anos anteriores. Isso fará com que uma parcela maior da produção seja absorvida pelo mercado interno. Juros – Castelo Branco está confiante que o custo financeiro dos investimentos vai cair este ano. Ele disse ter "certeza" de que a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) será reduzida na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcada para o dia 30. A TJLP é a taxa que corrige os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a produção. (AE)

Real está próximo do Brasil perde espaço entre os emergentes equilíbrio, diz Deustsche

U

m levantamento feito pelo banco HSBC mostra que, entre os fundos de renda fixa dedicados a países emergentes, sua exposição ao Brasil era, na última quintafeira, de 1,8%, contra 2% registrados há um mês. No caso da Argentina, essa média de exposição cresceu de 3,5% para 4,3% no período. Os fundos também reduziram sua exposição ao México, à Rússia, à Ucrânia e ao Uruguai e a elevaram no caso de Peru, Filipinas e Turquia. A proporção dos fundos que mantinham na semana passada uma posição overweight (acima da média de mercado) no Brasil era de 32%, ante os 52%

que registravam uma posição underweight (abaixo da média). No caso da Argentina, 84% dos fundos estavam overweight e apenas 3% underweight. Segundo o levantamento, os fatores técnicos continuam favoráveis para a dívida emergente devido aos níveis ainda elevados de dinheiro nas mãos dos investidores, aos patamares moderados de exposição e ao fato de o mercado estar entrando num período de pagamentos de amortizações e cupons de bônus. Para os analistas do banco britânico, "sólidos fatores técnicos" devem sustentar os ativos dos países emergentes. (AE)

J. SAFRA CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO LTDA.

P

rojeções até 2016 para os balanços de pagamentos dos principais países latino-americanos, feitas pelo Deutsche Bank, mostram um quadro favorável para as contas externas do Brasil. Além da redução da vulnerabilidade externa do País, a simulação realizada pelo banco alemão contraria aqueles que defendem uma intervenção mais aguda no câmbio, mostrando que o real está próximo de seu ponto de equilíbrio. Segundo o estudo, a atual cotação da moeda brasileira ainda permite a manutenção ou até maior redução dos atuais níveis de endividamento externo. "Esperamos que a conta corrente gradualmente se torne

Av. Paulista, 2150 - São Paulo - SP

CNPJ nº 07.256.659/0001-52 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores quotistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., relativas ao exercício e semestre findos em 31 de dezembro de 2005, elaboradas de acordo com a legislação em vigor e acompanhadas do relatório dos auditores independentes. A J. Safra Corretora iniciou suas atividades em março de 2005 e os resultados apresentados encontram-se dentro das expectativas originalmente estabelecidas em seu plano de negócios. A Diretoria - São Paulo, 22 de fevereiro de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Vinculados a prestação de garantias Outros créditos Negociação e intermediação de valores Diversos PERMANENTE Investimentos Outros investimentos TOTAL DO ATIVO

2005 64.502 165 47.662 47.662 7.686 7.686 8.989 8.620 369 17.036 17.036 17.036 81.538

PASSIVO CIRCULANTE Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas

2005 50.731 50.731 2.148 5.941 42.642

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social: De domiciliados no País Reserva de capital Reserva de lucros Lucros acumulados

30.807 24.000 24.000 2.731 204 3.872

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

81.538

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais) Capital Social Capital a Capital integralizar Constituição da Corretora em 7 de dezembro de 2004 Subscrição e integralização do capital inicial

Reserva de capital

Reserva de lucros

Lucros acumulados

Total

10.000

(780)

-

-

-

9.220

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Aumento de capital Integralização de capital Outros eventos: Atualização de títulos patrimoniais Lucro líquido do exercício Destinações: Reserva legal SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

10.000 14.000 -

(780) (14.000) 14.780

-

-

-

9.220 14.780

-

-

2.731 -

-

4.076

2.731 4.076

24.000

-

2.731

204 204

(204) 3.872

30.807

SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 Outros eventos: Atualização de títulos patrimoniais Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

24.000

-

-

68

1.295

25.363

-

-

2.731 -

-

2.713

2.731 2.713

24.000

-

2.731

136 204

(136) 3.872

30.807

NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DEZEMBRO 2005 (Valores expressos em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL - A J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. foi constituída em 7 de dezembro de 2004 e autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN em 2 de março de 2005. Suas operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integralmente no mercado financeiro, utilizando-se da estrutura administrativa e operacional do Banco J. Safra S.A., cujas demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto. O benefício dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa é absorvido, em conjunto ou individualmente, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídas. Os rendimentos auferidos até 31 de dezembro de 2004, pelos títulos depositados no Banco Central do Brasil - BACEN referentes ao processo de autorização do funcionamento da instituição, no montante de R$ 84, estão apresentados na rubrica “Resultado com títulos e valores mobiliários” no resultado do exercício. A partir do 2º trimestre de 2005, a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. passou a operar junto à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e práticas contábeis estabelecidas pelo BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, que inclui práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) A apuração do resultado é efetuada pelo regime de competência. b) Ativo circulante, exceto títulos e valores mobiliários, são demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço e quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de realização. c) Títulos e Valores Mobiliários De acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados nas seguintes categorias: • Títulos para negociação: apresentados no ativo circulante, independente dos prazos de vencimento dos títulos, contabilizados pelo valor de mercado e o registro da valorização ou da desvalorização é efetuado diretamente no resultado; • Títulos disponíveis para venda: registrados pelo valor de mercado, sendo seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado, e o registro da valorização ou da desvalorização a mercado é efetuado em conta destacada do patrimônio líquido denominada “Ajustes ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros derivativos”, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos na demonstração de resultado, em DIRETORIA ALBERTO JOSEPH SAFRA

contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários; • Títulos mantidos até o vencimento: contabilizados pelos respectivos custos de aquisição acrescidos dos rendimentos auferidos, os quais são registrados diretamente no resultado. d) Ativo Permanente Os investimentos em títulos patrimoniais de bolsas de valores e de mercadorias estão demonstrados ao valor de custo e são ajustados pelos valores informados pelas respectivas bolsas, tendo como contrapartida, reserva de capital específica no patrimônio líquido. e) A metodologia para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, é baseada nos modelos de precificação desenvolvidos pela administração, que inclui, a captura de preços médios praticados no mercado, dados divulgados pelas diversas associações de classe, bolsas de valores e bolsas de mercadorias e de futuros, aplicáveis para a data base das demonstrações financeiras. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a serem diferentes dos estimados. f) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre determinados limites. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. 4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - Em 31 de dezembro, a carteira de títulos e valores mobiliários era composta por: Valor de mercado por prazos de vencimento Valor de Ajuste ao custo Até 360 valor de atualizado dias Total mercado Títulos para negociação Letras Financeiras do Tesouro - LFT 7.684 7.686 7.686 2 7.684 7.686 7.686 2 5. CAPITAL SOCIAL - A instituição foi constituída com capital inicial de R$ 10.000, representado por 10.000 quotas com valor nominal de R$ 1.000,00 cada, sendo que foi integralizado no ato o montante em dinheiro de R$ 9.220 e R$ 780 com a conferência de título patrimonial da BOVESPA em 2 de março de 2005. Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreu aumento de capital no montante de R$ 14.000, com a emissão de 14.000 novas quotas com valor nominal de R$ 1.000,00 cada, sendo integralizado no ato o montante de R$ 485 e o restante no montante de R$ 13.515 em 1º de abril de 2005. O referido aumento foi homologado pelo Banco Central do Brasil BACEN em 12 de abril de 2005.

BENEDITO IVO LODO FILHO

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Quotistas J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. 1. Examinamos o balanço patrimonial da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício e semestre findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria

JOÃO BATISTA VIDEIRA MARTINS

aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Corretora, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais)

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Resultado de operações com títulos e valores mobiliários RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras despesas operacionais RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE/ EXERCÍCIO Quantidade de quotas: 24.000 Lucro líquido por quota

Segundo Semestre

Exercício findo em 31 de dezembro

5.052

7.430

5.052

7.430

5.052

7.430

(961) 174 (287) (593) (253) (2) 4.091

(1.292) 183 (477) (630) (365) (3) 6.138

4.091

6.138

(1.378)

(2.062)

2.713

4.076

R$ 113,04

R$ 169,83

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em milhares de reais)

ORIGENS DE RECURSOS Lucro líquido ajustado Lucro líquido do semestre/exercício Recursos de acionistas Aporte de capital social Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo: Outras obrigações Diminuição dos subgrupos do ativo: Aplicações interfinanceiras de liquidez APLICAÇÕES DE RECURSOS Inversões líquidas em: Investimentos Aumento dos subgrupos do ativo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Outros créditos Redução dos subgrupos do passivo Outras obrigações AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades: No início do semestre/exercício No fim do semestre/exercício AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES

Segundo Exercício findo em Semestre 31 de dezembro 8.845 78.807 2.713 4.076 2.713 4.076 24.000 24.000 6.132 6.132 8.682 3.858 -

50.731 50.731 78.642 14.305 14.305 64.337 47.662

659 3.199 4.824 4.824 163

7.686 8.989 165

2 165 163

165 165

6. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - A conciliação dos encargos de imposto de renda e contribuição social no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, pode ser assim demonstrada: I.R.P.J. C.S. Resultado antes da tributação 6.138 6.138 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes 1.534 552 Outros (24) Total da despesa 1.510 552 7. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS: As transações com partes relacionadas estão a seguir demonstradas: Ativo Receita (Passivo) Exercício Disponibilidades 56 Aplicações em depósitos interfinanceiros 47.662 4.393 Negociação e intermediação de valores Banco J. Safra S.A. (1.330) 8. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em 31 de dezembro de 2005 a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. não possui instrumentos financeiros derivativos próprios. 9. OUTRAS INFORMAÇÕES a) A rubrica outros créditos - Negociação e intermediação de valores, em dezembro de 2005, referem-se ao resultado do pregão de 29 de dezembro de 2005 das operações dos investidores no mercado futuro (BM&F), com liquidação financeira em 2 de janeiro de 2006. O saldo de títulos e valores mobiliários na data do balanço está também vinculado às operações desses investidores. b) A rubrica de outras obrigações diversas refere-se, em 31 de dezembro de 2005, substancialmente, a recursos recebidos de investidores estrangeiros, no montante de R$ 42.484, cuja posição de contratos negociada no mercado futuro, totaliza R$ 6.181.467 em 31 de dezembro de 2005. CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA - TC CRC - 1SP105795/O-1 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício e semestre findos nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 10 de fevereiro de 2006.

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João Manoel dos Santos Contador CRC 1RJ054092/O-0 “S” SP

negativa, mas a forte performance nas contas externas verificada recentemente, aliada à significativa redução nas obrigações externas nos faz crer que a posição do Brasil vai permanecer sólida na próxima década", afirmaram os estrategistas do Deutsche. O cenário mais provável prevê que a conta corrente atingirá um déficit superior a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos, mas implicará uma posição líquida externa de 36% do PIB. "Por essa razão, além do fato de que a política monetária deverá manter as taxas de juros do Brasil relativamente elevadas nos próximos anos, prevemos uma estabilidade para a taxa do real", disseram. (AE)

Carga tributária trava investimento do setor privado, mostra estudo

N

os últimos sete anos, a capacidade de investimento do setor privado foi sufocada pelo crescimento da carga tributária, pelo aumento nos gastos do governo e pelo ajuste nas contas externas do País. É o que mostra levantamento feito pelo economista Fernando Montero, da corretora Convenção. Ele foi secretário-adjunto de Política Econômica no governo Fernando Henrique Cardoso. O economista calcula que, de 1998 a 2005, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 17,1%. Dessa riqueza adicional, pouco menos de metade (7,2 pontos percentuais) foi absorvida pelo setor público por meio de impostos. Os restantes 9,9 pontos foram enviados ao exterior, sob a forma de exportações. "Não sobrou nada para o setor privado", observa. "O maior prejudicado é justamente o principal responsável pelo crescimento econômico." O levantamento mostra que, a cada ano, a parcela do PIB absorvida pelo setor público por meio de impostos aumentou. Também as exportações, após a adoção do câmbio flutuante, tiveram trajetória de crescimento. Nesse cenário, os investimentos do setor privado foram gradualmente espremidos. Pizza – "Imagine um grupo de amigos que toda semana divide uma pizza. A cada encontro é comprada uma pizza um pouco maior. Apesar disso, um deles fica com uma fatia cada vez mais fina. E esse é quem paga a pizza. É isso o que está acontecendo com o setor privado brasileiro", compara. As conclusões de Montero não surpreendem o economista e consultor Raul Velloso, que há anos vem pregando a necessidade de contenção do gasto público no Brasil. "Nos últimos anos, temos observado que o investimento privado e o investimento do governo são os grandes perdedores", comenta. "Esse é um processo insustentável", avalia. Velloso acha que a falta de investimentos criará limites na produção das empresas e na infra-estrutura e isso será um impedimento para que os juros continuem caindo. "O Banco Central vai ficar de olho, preocupado com o crescimento da capacidade instalada do setor produtivo da economia brasileira", afirma. "Uma hora isso vai bater num gargalo e pressionar a inflação." (AE)


segunda-feira, 27 de março de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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NOIVOS GANHAM BÔNUS DE 3% SOBRE O TOTAL DAS COMPRAS

LISTAS DE PRESENTES Estratégia eleva as vendas e atrai novos clientes

Tendência chegou ao varejo virtual e atrai o público que vai presentear os amigos aniversariantes.

Patrícia Cruz/LUZ

Os recém-casados Sérgio e Jacqueline Maron aprovaram a lista porque evitaram a repetição de presentes

Só a rede Camicado chega a organizar os presentes de 250 mil noivos ao ano

A

lguns segmentos do varejo conseguem fidelizar seus clientes com cartões de marca própria ou promoções especiais. Mas fazer isso em segmentos de compras pontuais é muito complicado. Diante disso, as lojas de utilidades domésticas, freqüentadas principalmente por noivos e pessoas que estão montando suas casas, há poucos anos passaram a oferecer as famosas listas de casamento. O sucesso do serviço foi tão grande que, além de ser seguido por dez entre dez empresas do setor de utilidades domésticas, se expandiu para outras lojas de compra pontual, como as de bebê. Mais recentemente, porém, as listas invadiram todos os setores do varejo, com lojas de presentes, esportes e roupas, oferecendo comodidade para os aniversariantes. E, claro, a empreitada também chegou à internet. Até mesmo o mais famoso site de relacionamento do País, o Google, oferece a possibilidade de o internauta manter uma lista de presentes e as lojas onde adquiri-los em sua página. O fim de varejistas tradicionais de produtos para o lar como o Mappin e a Mesbla também ajudou a consolidar esse tipo de serviço. "O Mappin sempre ofereceu listas de casamento. Com o fim dessas empresas, ficou um buraco no mercado; não havia um lugar onde os convidados pudessem encontrar tudo o que agradaria aos noivos. Mas logo alguém teve a visão de que aí existia uma maneira de fidelizar o cliente e aumentar as vendas ", explica o consultor de varejo, José Carlos Rêgo. A Camicado foi uma das empresas que aproveitou rapidamente a era pós-Mappin e se estabeleceu no mercado paulista como sinônimo de loja com listas de presentes de casamento. "Desde que a primeira loja foi inaugurada, em 1987, decidiu-se que o serviço era essencial nesse ramo, e nos-

sa imagem acabou vinculada a isso", admite a coordenadora de marketing da Camicado, Luciana Comenale. Que digam os recém-casados Jacqueline e Sérgio Maron. "Na hora de fazer uma lista de presentes, optei por uma empresa conhecida pela maioria dos meus amigos e que tivesse loja em vários shoppings para facilitar", explica Jacqueline. A Camicado tem 15 unidades no País, das quais 13 ficam em São Paulo. As vantagens para os noivos são muitas. Além de escolherem os presentes que querem ganhar, eles recebem um bônus de 3% do gasto total de sua lista, para aquisição de qualquer produto na loja. "Foi prático para os convidados que já sabiam o que eu tinha ganhado e mais prático ainda para mim, porque pude trocar alguns itens repetidos", diz Jacqueline. Segundo ela, apenas três de seus convidados não deram presentes estabelecidos na lista da Camicado. Faturamento – No entanto, o sucesso com o uso das listas não garante um aumento considerável no faturamento dos lojistas. Trata-se apenas de

uma estratégia de marketing. "A noiva faz propaganda da loja, volta para comprar o que não ganhou, os convidados passam a conhecer a Camicado e ajudam na divulgação também", afirma Luciana. De acordo com ela, entre 150 mil e 250 mil listas de casamento são organizadas na rede por ano. Independentemente do resultado no faturamento, os concorrentes da Camicado já descobriram que essa estratégia de marketing é necessária. A gerente de marketing da Magazine Luiza, fundada há 48 anos, declara que o crescente número de casamentos no País exige serviços relacionados a esse público. E ela tem razão. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2001 para cá, há um crescimento médio de 7% no número de uniões legais no Brasil por ano. Fernanda Pressinott

O casal também pôde aproveitar o bônus oferecido pela loja para comprar produtos que não foram dados

Da loja física para a virtual

A

i n t e r n e t v i ro u u m grande aliado desse serviço até mesmo para empresas que não vendem produtos para o lar. O site Submarino, por exemplo, criou a ferramenta de listas de presentes para que o internauta possa reservar os produtos em que está interessado, mas cuja compra ainda não foi decidida. Nesse meio tempo, se o aniversário chegar, todos os amigos já sabem o que a pessoa

quer ganhar. O Google mantém um instrumento semelhante, com a diferença que o usuário mantém em sua página pessoal um grupo de links de lojas virtuais, nos quais as pessoas podem encontrar o que o aniversariante deseja. A Tok&Stok, por exemplo, permite que o cliente vá até sua loja física, escolha os produtos que deseja ganhar e monte sua lista em casa pela web, ou na loja com a ajuda do

vendedor. Se o cliente preferir, também pode usar apenas o site da empresa para escolher os produtos e fazer a lista. "Queremos ser conhecidos por oferecer o melhor serviço aos noivos", diz o dono da rede de móveis e acessórios para casa, Régis Dubrule. Segundo ele, no Rio de Janeiro, o uso das listas nas lojas é 300% maior. "Aqui, algumas outras empresas dominam o mercado, mas vamos mudar isso", acredita. (FP)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

segunda-feira, 27 de março de 2006

em Campinas Fotos de Ricardo Lima/Virtual Photo

EMPREENDEDORISMO

Sonho torna-se realidade, mas com projeto viável

ÓRBITA

IMPOSTO

A

Isso é o que dezenas de microempresários buscam diariamente nos balcões do Sebrae da região Em janeiro, 580 pessoas da região ou empresas procuraram orientação no Sebrae

I

naugurado em Campinas em 1991, o Serv i ç o B r a s i l e i ro d e Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está batendo recordes de atendimentos nos últimos anos com o crescimento constante no número de pessoas que procuram o Serviço. No último levantamento, de janeiro deste ano, 580 pessoas ou empresas procuraram o Sebrae em busca de orientação e novas idéias para implantar, redirecionar ou diversificar os negócios. Dos atendimentos de janeiro, 300 são de pessoas da própria Campinas e as demais 280 de cidades da região. De acordo com o gerente regional do Sebrae em Campinas, Valnir Sartori, são dois os motivos principais para o aumento na procura no decorrer dos últimos anos: o primeiro é a própria conjuntura brasileira muitas vezes leva um ex-empregado que passou por um plano de demissão voluntária a buscar um negócio e um movimento que o Sebrae está realizando hoje com a criação de Postos de Atendimento ao Empreendedor. A regional Campinas, composta por 26 cidades

Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) realiza, de hoje a sexta-feira, um mutirão especial de coleta de assinaturas para o movimento De Olho no Imposto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os coletores vão permanecer em pontos estratégicos da universidade das 9h às 21h. Na Unicamp circulam aproximadamente 30 mil pessoas por dia. De acordo com levantamentos de 2005, estão matriculados na Unicamp cerca de 16 mil alunos que são atendidos por dois mil professores e oito mil servidores estaduais.

PEDALINHO Clube de Pesca da Lagoa vai patrocinar a reforma completa ou a troca de todos os 30 pedalinhos do Parque Portugal, a Lagoa do Taquaral, uma das principais áreas de lazer da cidade. O Clube quer arrecadar dinheiro com um concurso de pesca de tucunarés na lagoa, que será realizado no dia 6 de maio. A reforma completa dos pedalinhos – da recuperação da engrenagem passando pelo casco e pintura – deve custar aproximadamente R$ 21 mil. Para os casos de trocas já estão sendo feitas cotações no mercado.

O Mais trabalhadores estão abrindo o primeiro negócio

tem, hoje, além da sede em Campinas, outros cinco postos de atendimento. É a regional com o maior número de postos no estado de São Paulo. Por isso mesmo, uma das regiões com o maior número de atendimento, levando-se em conta também o potencial econômico regional. “Estamos trabalhando muito para criarmos novas parcerias com instituições sem fins lucrativos ou com prefeituras para abrirmos

O comerciante João Gilberto buscou ajuda na hora de diversificar os negócios. À loja de material de construção foi adicionado serviços de reforma predial

o maior número de postos possível para ampliar nossa rede de atendimento”, disse o gerente. No Estado de São Paulo a meta este ano é chegar a 130 postos. Não há limites para o número de implantações. As novas unidades vão sendo criadas na medida das possibilidades do Serviço e dos parceiros. Segundo Sartori, quem busca ajuda para abrir um negócio recebe primeiro uma palestra de orientação e definição do que é possível fazer dentro do empreendedorismo. “As pessoas chegam com um sonho e temos que adaptar esse sonho à realidade”, observou o gerente. Estabelecida a viabilidade do negócio o Sebrae oferece tudo o que é necessário para abrir e manter o empreendimento. Além de pessoas novas na área do empreender, também procuram o serviço quem já está no mercado com seus pró-

prios negócios. São empreendedores buscando soluções para problemas das empresas ou querendo diversificar o trabalho. E m pr e e nd e d or e s - Diversificar os negócios, passando a oferecer para os clientes de sua loja de matérias de construção também os serviços de reforma predial foi o que motivou o comerciante José Gilberto Correia a procurar o Sebrae Campinas. “É o princípio de tudo. Sem o apoio do Sebrae não estaria conseguindo diversificar os negócios. Procurei o Serviço para que seja feito um plano de negócios que não saberia fazer já que sou leigo nesse assunto”, disse o comerciante e agora empreiteiro. Para melhorar o gerenciamento de um segundo negócio que abriu há dois anos, a empresária de Campinas Juliana Oliveira também vai lançar mão do Sebrae para redirecionar os empreendimentos. Há dez anos na área de serviços, a empresária arriscou a diversificação com uma loja na cidade. “São ramos diferentes e encontrei algumas dificuldades no comércio

que tem um cotidiano diferente do setor de serviços. Espero que com a ajuda do Sebrae consiga readequar os dois empreendimentos”, disse a empresária. O Sebrae oferece aos empreendedores o apoio para a busca de financiamento ou capitalização e microcrédito, cursos, feiras e exposições, rodadas de negócio e palestras, missões empresariais, consultoria para transferência de tecnologia e aconselhamento empresarial com orientações sobre avaliação de oportunidades e planejamento do empreendimento. História - O Sebrae faz parte de um sistema criado em 1972, o Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Cebrae) vinculado na época ao governo federal. O Centro foi criado para servir de apoio ao já extinto Programa Nacional de Desestatização, que iniciou o processo de privatização no sistema público brasileiro. Em 1990, O Centro deixou o setor público transformando-se em serviço social autônomo denominado Sebrae. Mário Tonocchi

MULHERES ez mulheres participaram, na semana passada, do primeiro encontro do Projeto Liberal para mulheres ligadas a classe empresarial de Campinas, realizado na Associação Comercial e Industrial. A partir de agora, todas as terceiras terças-feiras dos próximos meses o grupo se reunirá para discutir vários temas e conscientizar lideranças femininas da situação da mulher brasileira. O próximo encontro será dia 18 de abril, às 8h, no Salão de Mármore, no 4º andar da Prefeitura. Também serão realizadas oficinas e levantamentos sobre a situação da mulher na cidade.

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NEGÓCIOS EXPEDIENTE

Flores São Paulo será lançado no Enflor Marcos Peron/Virtual Photo

15º Encontro Nacional de Floristas, Produtores, Atacadistas e Empresas de Acessórios (Enflor) termina amanhã

O

Divulgação

Cerca de 4 mil comerciantes e decoradores devem visitar a feira

com a expectativa de receber pelo menos quatro mil pessoas, este ano, entre comerciantes expositores e profissionais de decoração com flores e plantas ornamentais . O evento, que começou ontem, no Pavilhão de Exposições de Holambra, abre das 9h às 19h e está voltado agora para os negócios especialmente para o Dia das Mães e Dia dos Namorados. Pensando justamente nos negócios, a feira, que é exclusiva para convidados dos fornecedores de flores, plantas e acessórios do Brasil, lança o Projeto Flores São Paulo, com o apoio do Sebrae. Esse programa pretende aumentar o volume de vendas de flores e arranjos florais no País. Para isso, aposta na

capacitação e cooperação de gestão para todas unidades da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais. O trabalho voltado para aquecer os negócios, durante a feira, está, inclusive, no tema do evento. Com a idéia “Inovando a arte de um bom negócio”, de acordo com a organização, o Enflor 2006 quer mostrar as novidades em flores, plantas e acessórios em geral, que devem ditar a tendência da decoração floral este ano. Chama a atenção nesse sentido, segundo a organização, a variedade de flores e plantas em exposição. Participam da feira as mais importantes empresas especializadas do ramo do País. Durante o Enflor deste ano acontece ainda o Congresso de

O Flores São Paulo quer ampliar a venda de flores e arranjos

Capacitação e Atualização que também vai servir como rodada de negócios tanto para os expositores quanto para os profissionais visitantes com foco na troca de experiências, negócios, resultados e oportunidades. Também acontecem, segundo a

organização, palestras com proprietários de floriculturas bemsucedidas no mercado, mostrando as idéias e iniciativas que favorecem o sucesso do empreendimento no segmento de flores e plantas ornamentais. (MT)

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Mais uma facilidade em São Paulo: alugar um filme e no mesmo lugar escolher a pizza.

MÚLTIPLOS SERVIÇOS DIVIDINDO ESPAÇO

CRESCE NO BRASIL O CONCEITO DE LOJA DENTRO DE LOJA, COM SERVIÇOS QUE SE COMPLEMENTAM

DIFERENTES, MAS NO MESMO LUGAR Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

C

Ambiente do Arte Café Design, em Pinheiros: diferentes proprietários com negócios que se complementam

Cliente leva filme e pizza

Fachada do Cine Pizza, que oferece diversão e comida no mesmo lugar

omum nos Estados Unidos e na Europa, o modelo de gestão "loja dentro de loja", que permite a duas empresas dividir o mesmo ponto, vem se consolidando no Brasil como opção cada vez mais vislumbrada por pequenos empreendedores. Esse tipo de associativismo dilui alguns encargos, como aluguel, conta de água ou Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). E quando a parceria é bem formada, com empresas que vendem produtos ou serviços que se complementam, a conseqüência natural é o aumento no fluxo de clientes, que também ganham. Afinal, conseguem sanar mais de uma necessidade com uma única parada. Entre as grandes redes de varejo esse conceito de parceria já é praxe, e, em alguns casos, o faturamento chega a ser 50% superior à média da marca, caso da franquia automotiva Oficina Brasil, que possui lojas dentro do Carrefour. Há quatro anos, o microempresário Sérgio Augusto Tudda cuidava de uma sorveteria em Maresias, no litoral norte de São Paulo. No prédio vizinho funcionava uma pequena loja de decoração que, inevitavelmente, acabava compartilhando seus clientes. Um dia, Tudda pensou em adotar uma solução prática: derrubar a parede que os separava. A idéia deu certo, mas, na prática, não houve paredes ao chão. Os empresários resolveram mudar para São Paulo, onde alugaram, juntos, um ponto mais amplo, chamado Arte, Café e Design. "O grande inimigo do empresário hoje são os impostos, e, com essa sociedade, é possível dividir os

Espaço Arte, Café e Design

gastos. Rachamos o IPTU, aluguel, publicidade e outras contas pela metade", diz Tudda, dono da sorveteria e cafeteria que funciona junto da loja de design em Pinheiros. "Nesses casos, é preciso um bom relacionamento entre as partes. Eu poderia fritar comida aqui, mas sei que fritura prejudicaria o negócio do parceiro", comenta Tudda. Hospedeiro Entretanto, os exemplos mais comuns da "loja dentro de loja" aparecem quando a parceria é feita com grandes redes de supermercado. Segundo Wlamir Bello, consultor de marketing do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SebraeSP), nesse tipo de parceria o pequeno empreendedor, além de tirar vantagem da clientela já consolidada da loja âncora, também alivia o esforço de divulgação que teria de fazer para tornar-se conhecido. Embora a propaganda ainda seja um tabu entre as micros e pequenas empresas, ter um ponto dentro de um supermercado não é barato. Os gastos chegam a triplicar, uma vez que se soma ao valor do aluguel do ponto os gastos com segurança, limpeza e outros

serviços que são proporcionalmente rateados entre supermercados e lojas parceiras. "Mesmo assim, prefiro estar dentro do supermercado. Os encargos aumentam, mas meu faturamento acompanha. Aqui, fico aberto até às 22 horas e tenho segurança. A confiança do cliente também aumenta, já que ele relaciona minha loja com a rede que me abriga", diz Elielton Pereira da Silva, proprietário de uma pequena loja

Tudda: divisão de cliente e custos

de acessórios no Carrefour. Sem concorrência O consultor de marketing do Sebrae-SP lembra que a parceria só é produtiva quando os produtos à venda pelos diferentes empreendimentos não são concorrentes. Melhor ainda quando essas mercadorias se complementam. Nessa linha, uma cafeteria dentro de uma livraria faz sentido. Uma loja de roupas esportivas dentro de uma academia é interessante. Uma livraria dentro de um açougue, nem tanto. Nesse caso, as idéias não casam, "mas em negócio nem tudo é tão óbvio", comenta Bello, do Sebrae-SP. A combinação diferente deu certo em Brasília, quando o p ro p r i e t á r i o d o A ç o u g u e T-Bone resolveu levar aos clientes sua paixão pelos livros. Só com doações, o açougueiro Luiz Amorim conseguiu montar em seu estabelecimento uma coleção de mais de 15 mil livros de uso gratuito. "Tirando as exceções, é preciso que, ao entrar no conceito "loja dentro de loja", o pequeno empresário saiba que passa a ter um cliente que é o parceiro. Se o negócio do parceiro vai mal, ele também perde", explica Bello. Grandes Exemplo bem-sucedido desse tipo de parceria é a realizada entre o Carrefour e a Oficina Brasil, que trabalha com troca de pneus, alinhamento e balanceamento, entre outros serviços. Há oito anos os franqueados da rede alugam pontos no supermercado. Hoje, das 34 unidades da Oficina Brasil, 29 ficam dentro do Carrefour. Segundo o departamento de Marketing da oficina, o faturamento de algumas dessas lojas chega a ser o dobro do obtido nos estabelecimentos de rua. "O Carrefour já vende os pneus e nós fazemos a montagem. Seria difícil conseguirmos contrato com todas as marcas de pneus. Essa é a principal vantagem de estar aqui dentro", diz Gabriel Vagner Coimbra, jovem empresário de 22 anos, dono da franquia da Oficina Brasil no Carrefour do Shopping Interlagos. Essa interação que as lojas dentro de lojas possibilitam é apoiada pelos clientes. "Traz mais comodidade. Eu deixei o carro para arrumar na oficina enquanto fui ao mercado fazer compras. Nesse tempo meu marido tirou dinheiro no caixa aqui de dentro. E sei que tem segurança no local; não vou ter o carro roubado", diz a aposentada Josefa Maria da Silva.

Pão quentinho Outro exemplo de sucesso que tem explorado esse conceito é a Casa do Pão de Queijo. A marca prevê abrir mais 55 unidade neste ano, das quais 10 serão dentro de outros estabelecimentos. A prática é tão comum entre os franqueados que a empresa considera que suas unidades estão dentro de outros estabelecimentos quando estes são hospitais, empresas, livrarias e universidades, segundo Renata Rouchou, gerente de expansão da marca. Nesses segmentos, a Casa do Pão de Queijo possui hoje 33 unidades. "Em cada caso há uma vantagem. Dentro de uma empresa, por exemplo, conseguimos abater o aluguel oferecendo como contrapartida um preço menor em nossos produtos para os funcionários da companhia", comenta Renata. Parada única Os supermercados são os grandes receptores de outros negócios, e não é à toa que compartilham seus espaços. Eles lucram. Para João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), a principal vantagem é conseguir mais clientes. "Um consumidor pode usar a lavanderia que aluga uma área de um supermercado e, quando está lá, lembra que precisa comprar algo. O conceito de one stop, ou parada única, facilita a vida do consumidor, o que acaba em aumento da freqüência dele no local", diz Oliveira. Para ele, não há vantagem para o dono de supermercado administrar negócios diferentes. "Mesmo que existam supermercados que possuam redes de farmácia, é mais interessante fazer parceria com empresas distintas." Franquia Mas nem sempre a integração de negócios envolve dois empreendedores. A empresária Adriana Aguiar resolveu oferecer no mesmo ponto dois serviços distintos. Ela montou o Cine Pizza, que funciona em Perdizes: o cliente aluga o filme e não precisa ir a outro local para encontrar o que saborear durante a exibição. Ambos os serviços também funcionam com serviço de entrega em casa. A idéia, conta Adriana, nasceu depois da chegada das grandes redes locadoras de vídeo ao Brasil. "Eu tinha uma pequena locadora, que começou a parar de crescer; então resolvi diferenciar, montando um forno de pizza dentro", diz a empresária, que hoje tem em

Adriana Aguiar, do Cine Pizza

sua carteira 5 mil clientes. Ela pretende expandir a idéia, comercializando franquias do Cine Pizza a partir de julho. "Hoje estamos definindo o padrão visual das lojas", diz. Renato Carbonari Ibelli

SERVIÇO Oficina Brasil – (11) 2136-8050 Arte, Café e Design – (11) 3082-3931 Cine Pizza – (11) 3872-1331


DIÁRIO DO COMÉRCIO Um choque no capitalismo. Eficiência de ponta a ponta.

segunda-feira, 27 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

Do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na revista Época, anunciando que promete dar um "susto" na economia se for eleito presidente. www.epoca.com.br

MARÇO

2 -.LOGO

27

Dia do Circo (ao lado, Clown Branco, palhaço desenhado por Federico Fellini, um apaixonado pelo universo circense)

I NVASÃO E SCÓCIA

País proíbe fumar em público Entrou em vigor ontem, na Escócia, a proibição ao fumo em locais públicos fechados, embora pesquisa de opinião revele que um quinto dos fumantes escoceses planejam ignorar a lei. No sábado, milhares de fumantes acenderam seus últimos cigarros em clubes noturnos, pubs e restaurantes em toda a Escócia. Aconteceram "vigília" pelo fumo, "Última Ceia" de fumantes e uma "festa fumante" de caridade em bares e restaurantes. A Escócia se tornou o primeiro local na Grã-Bretanha a proibir o fumo em locais públicos. A Irlanda

do Norte e a Inglaterra vão adotar proibições semelhantes em 2007. O País de Gales deverá segui-las. As empresas que não adotarem as medidas para evitar o fumo em suas instalações poderão receber multas de 200 libras , enquanto os próprios fumantes poderão ser multadas em 50 libras . Alguns locais de trabalho, incluindo casas de abrigo de adultos, asilos, instalações em plataforma marítima e submarinos, estão livres da proibição. Será permitido em casas de detenção, salas de entrevista e quartos de hotéis designados. (AE)

C ANADÁ Paul Darrow/Reuters

Iniciada temporada de caça às focas Caçadores e ativistas se enfrentaram neste fim de semana, na caça anual de focas arpa, que começou ontem no Golfo de St. Lawrence, no leste do Canadá. A caça controvertida, que é alvo de protestos todos os anos, vai matar a pauladas 335 mil focas em 2006. Brigitte Bardot, defensora dos direitos dos animais, estará no local. Em 1977, em sua primeira visita à região, Bardot conseguiu fazer com que fosse proibida a caça de filhotes pequenos. G RÃ-BRETANHA

'Gigante' de 2,36m procura namorada

E-mail já é 50% da correspondência

Bao Xishun, um chinês que é considerado o homem mais alto do mundo, com 2,36 m, procura uma companheira para compartilhar sua vida, anunciou o jornal China Daily. Ele nunca se casou nem teve namorada devido aos problemas causados por sua estatura. Aos 55 anos, ele tem a oferecer à companheira uma disposição muito grande de fazer o casamento dar certo - ele se diz muito solitário e a fama: a estatura de Bao foi certificada pelo Livro Guinness dos Recordes. Ele pesa 165 quilos e suas pernas medem 1,5 m.

Metade da comunicação escrita na Grã-Bretanha é feita atualmente por e-mail, indica um estudo encomendado por grupos de mídia britânicos. Além do email, as mensagens por celular também tomam o lugar da correspondência tradicional, representando 29% da comunicação escrita. Apenas 13% dessa comunicação é feita por meio de caneta e papel. Mas a pesquisa indicou que a maioria dos britânicos ainda passa mais tempo assistindo à televisão ou escutando o rádio.

Cerca de 180 militantes invadiram fazenda considerada produtiva

O

Movimento dos Trabalhadores Rur a i s S e m - Te r r a (MST) voltou a agir no Pontal do Paranapanema, extremo oeste de São Paulo, e invadiu a Fazenda Água Nova, na cidade de Teodoro Sampaio, na madrugada de sábado. Cerca de 180 militantes cortaram as cercas e acamparam na propriedade, de 1,5 mil hectares, considerada produtiva. O dono das terras, Edson Leite Moraes, deve entrar hoje com ação de reintegração de posse no Fórum do município. O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, anunciou a criação de uma patrulha rural na região para coibir novas invasões. Foi a sétima fazenda invadida pelo MST no Pontal este

mês. Na última ação, dia 18, os sem-terra invadiram a Fazenda São Domingos, queimaram uma lavoura e destruíram cinco quilômetros de cercas. Os mourões também foram queimados. Na ocasião, o coordenador regional, Cido Maia, disse que se tratava de um ataque contra o agronegócio, principalmente ao da cana-deaçúcar. Ele declarou que o MST não iria permitir o avanço das usinas nas terras pretendidas pelo movimento. Nabhan Garcia reuniu-se ontem com o secretário estadual de Justiça, Hédio da Silva Júnior, para cobrar uma solução para a questão fundiária do Pontal. O Estado move ações contra dezenas de fazendeiros, alegando que as terras são devolutas e teriam sido griladas. Segundo Nabhan, a

maioria das ações foi julgada a favor dos proprietários, mas houve recursos. O presidente da UDR acredita que esses processos estimulam as ações do MST. "Agora, eles ameaçam o agronegócio que sustenta a economia da região", disse. Segundo Nabhan, duas usinas, a Alcídia e a Decasa, tiveram canaviais incendiados nos últimos dias. De acordo com o ele, se o governo alegasse falta de condições para formar a patrulha, fazendeiros e usineiros iriam se cotizar para contratar empresas especializadas. Segundo Nabhan, a vigilância nas rodovias e estradas será feita sem armas. As viaturas terão rádio e avisarão a polícia se houver algo suspeito. "Dentro das fazendas, a patrulha estará armada e poderá evitar as invasões." (AE)

Brasileiro no espaço O astronauta brasileiro Marcos Pontes participa de teste da nave espacial russa Soyuz, que será lançada na quarta-feira, da Estação Espacial Internacional da Base de Baikonur, no Cazaquistão. Ele vai ao espaço na companhia do russo Pavel Vinogradov e do norte-americano Jeffrey Williams.

C A R T A Z

MUSICA

Recital para Radamés Gnattali (foto). Rosária Gatti, piano, Milton Mori, cavaquinho, Zé Barbeiro, violão de sete cordas, e Marcelo Gallani, pandeiro. No programa, músicas de Radamés e Pixinguinha. Sesc Paulista. Av . Paulista, 119. Telefone: 3179-3700. 18h30. Grátis. G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Caixa de som Banco Mundial moderna com ar retrô ao alcance de todos O sistema de amplificador e alto-falantes Evergreen Music Baby chama a atenção pela simplicidade. Basta colocar uma cartão de memória USB com as músicas na entrada e deixar tocar. O Music Baby tem 7 watts de capacidade e boa qualidade de som. Custa US$ 70 no Canadá. www.anitec.ca/?mode=product_detail &pid=3613&mcid=8

O

A TÉ LOGO

Soldado israelense votou ontem na base Rosh Hanikra, na região nordeste do país

cias destrutivas da pobreza para muitos israelenses" com a criação de empregos, reforma do sistema de saúde e apoio a pequenas empresas. O Partido Trabalhista, em segundo lugar nas pesquisas, propõe um "Mapa Ético" com ênfase na justiça e na inclusão social. O líder do partido, Amir Peretz, quer aumentar o salário mínimo de US$ 700 para US$ 1 mil. "A idéia é aumentar o poder de compra dos israelenses, gerando crescimento econômico e prosperidade para todas as camadas da população", explicou Peretz. O terceiro maior partido, o Likud, é o que menos tem en-

fatizado a questão sócio-econômica. Há um motivo: o líder do partido, Benjamin Netanyahu, é visto por muitos como o vilão da atual situação econômica. À frente do Ministério da Economia de fevereiro de 2003 a agosto de 2005, ele tomou medidas impopulares ao fazer cortes nas pensões a idosos, famílias numerosas e outros necessitados. A política econômica de Netanyahu foi criticado até mesmo pelo FMI. Outras legendas aproveitam o discurso antipobreza para ganhar votos. Partidos religiosos voltaram suas campanhas para a caridade e a ajuda aos pobres. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Atriz Ariclê Perez morre em São Paulo, após cair da janela de seu apartamento.

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Revival dos anos 80 no mercado de brinquedos deve agradar também os papais.

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www.obancomundial.org

Menahem Kahana/AFP Photo

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O site do Banco Mundial (Bird), que tem também uma versão em português, traz uma série de informações financeiras úteis e seguras. Disponíveis online estão relatórios, por exemplo, sobre a desigualdade brasileira e a exclusão no mercado financeiro. É possível ainda ter contato com estatísticas elaboradas pela organização, atualizadas com freqüência, e fazer download de publicações. O Bird é considerado um dos maiores produtores de informações sobre economia no mundo.

Sonho: pôr fim à pobreza principal tema na campanha eleitoral israelense continua sendo o da segurança. Mas pela primeira vez, há promessas de atacar o aumento da pobreza no país. O tema sócio-econômico chegou a ultrapassar o da segurança nacional em alguns momentos da campanha. Para ativistas sociais, a maior ameaça contra Israel é a desigualdade econômica. A economia do país se cresceu 5,7% em 2005 e o desemprego caiu para 8,7% em janeiro último. Mesmo assim, segundo dados de 2005 do Instituto Nacional de Seguridade, um quinto das famílias israelenses vive abaixo da linha da pobreza. Por esse motivo, os ativistas festejaram quando o ex-sindicalista Amir Peretz assumiu a liderança do Partido Trabalhista com agenda política baseada em questões como o aumento do salário mínimo. O partido que lidera as pesquisas eleitorais, o Kadima, de Ehud Olmert, pretende acabar com "as conseqüên-

Um homem que sofria uma infecção hepática incurável pode ter sido curado por intervenção do papa João Paulo II, morto em 2 de abril do ano passado, anunciou ontem o responsável pelo processo de beatificação do papa, Slawomir Oder. O "milagre ainda não comprovado" veio dos Estados Unidos através de um padre ligado ao paciente e só poderá ser considerado como tal "ao final" de um processo de confirmação, adiantou Oder. Paralelamente, a cura de uma religiosa francesa que sofria do mal de Parkinson, fato também atribuído à ajuda de João Paulo II – após sua morte – está sendo verificada. (AE) B RAZIL COM Z

A crise envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a iminência de uma reforma ministerial deixam os organizadores da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que começa amanhã, em Belo Horizonte (MG), de cabelos em pé. A saída dos ministros que concorrerão a algum cargo eletivo ocorrerá até sexta-feira, em em meio aos debates. A reunião na capital mineira será comandada pelo principal representante do Brasil no BID, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele está entre os que podem deixar o cargo para concorrer a uma vaga como deputado federal pelo Paraná. (AE)

I SRAEL E M

Possível milagre de João Paulo II

Reunião do BID em Minas: alerta

Denis Sinyakov/AFP Photo

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C HINA

MST de novo em Pontal

R ELIGIÃO

Nova tentativa de acordo entre EUA, UE e Brasil para evitar fracasso de Doha.

S AÚDE

Tuberculose, cada vez mais forte A infecção da tuberculose é cada vez mais resistente aos remédios criados para combatê-la, segundo o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. O órgão aponta que entre 2003 e 2004 os casos de tuberculose no país subiram 13% e calcula que, a cada ano, no mundo, nove milhões de pessoas sofram da infecção bacteriana que afeta principalmente os pulmões. Dois milhões morrem como resultado da doença. A crescente resistência da doença a medicamentos impõe um obstáculo aos esforços da ciência em combater o mal no mundo todo. M EIO AMBIENTE

Mecenas da biodiversidade Johan Eliasch, de 43 anos, um executivo milionário sueco que vive na Grã-Bretanha, comprou um grande pedaço de terra na floresta Amazônica para prevenir o desmatamento da área. Vicetesoureiro do Partido Conservador britânico, ele teria pago pelo "sítio" de 1.618 quilômetros quadrados, localizado ao norte do rio Madeira, cerca de R$ 17 milhões, segundo o jornal britânico The Sunday Times."Como eu gosto de árvores, fiz parar todo o desmatamento e quando me perguntam o que vou fazer com a terra a resposta é simples: nada", disse ele à BBC.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 7 Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 03.017.677/0001-20 Senhores acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas as Demonstrações Financeiras do Banco J. Safra S.A. relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e ao semestre findo em 31 de dezembro de 2005, bem como as demonstrações consolidadas, elaboradas de acordo com a legislação em vigor e acompanhadas do relatório dos auditores independentes. O Banco J. Safra S.A. como banco múltiplo obteve em junho de 2004 autorização para a criação da carteira comercial, colocando em prática sua vocação para a captação, administração de recursos de terceiros e concessão de créditos. Operando com uma estrutura eficiente busca atender com agilidade as demandas e necessidades de seus clientes, oferecendo além das operações tradicionais de banco comercial, operações de financiamento de veículos através de sua carteira de crédito financiamento e investimentos e de arrendamento mercantil. Dando continuidade a estratégia de crescimento do grupo, em 2005 teve início as

RELATÓRIO DA DIRETORIA atividades da J. Safra Corretora de Valores e Câmbio com o objetivo de oferecer novas opções de investimentos aos clientes. Contando com 356 funcionários, o Banco mantém uma política centrada no desenvolvimento e valorização do quadro, de modo a abrir novas oportunidades para os funcionários. Os funcionários e seus dependentes contam, com opções de atendimento médicohospitalar completo fornecido por empresas conveniadas de reconhecida qualidade. Desempenho das atividades O Banco J. Safra S.A. encerrou o exercício com um total de ativos de R$ 7.202,7 milhões. Deste montante, R$ 5.169,0 milhões são representados por ativos de tesouraria (disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e valores mobiliários) e R$ 1.868,3 milhões por operações de créditos. O processo de concessão de crédito, através de critérios seletivos, porém ágeis possibilitou ao Banco J. Safra S.A., a classificação de 83% de sua carteira de crédito nos níveis de risco AA e A.

BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. Consolidado ATIVO 2005 2004 2005 CIRCULANTE 6.849.106 869.712 6.865.890 Disponibilidades 1.880 825 1.989 Aplicações interfinanceira de liquidez 92.889 25.535 92.889 Aplicações no mercado aberto 8.502 25.014 8.502 Aplicações em depósitos interfinanceiros 84.387 521 84.387 Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos 5.058.623 200.119 5.066.309 Carteira própria 531.343 134.617 531.343 Vinculados a operações compromissadas 4.482.325 4.482.325 Instrumentos financeiros derivativos 38.431 3.913 38.431 Vinculados a prestação de garantias 6.524 61.589 14.210 Relações interfinanceiras 41.911 443 41.911 Pagamentos e recebimentos a liquidar 556 556 Créditos vinculados 41.337 64 41.337 Depósitos no Banco Central 41.337 64 41.337 Correspondentes 18 379 18 Operações de crédito 1.639.199 635.901 1.639.199 Setor privado 1.653.275 641.812 1.653.275 Empréstimos e títulos descontados 1.495.711 567.998 1.495.711 Financiamentos 157.564 73.814 157.564 (Provisão para operações de crédito) (14.076) (5.911) (14.076) Operações de Arrendamento Mercantil (45) (45) Arrendamentos e subarrendamentos a receber Setor privado 6.406 6.406 (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (6.390) (6.390) (Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa) (61) (61) Outros créditos 12.394 5.283 21.383 Carteira de câmbio 1.246 2.015 1.246 Imposto de renda e contribuição social a compensar 8.267 3.084 8.267 Negociação e intermediação de valores 626 5 9.246 Diversos 2.255 179 2.624 Outros valores e bens 2.255 1.606 2.255 Outros valores e bens 666 Despesas antecipadas 2.255 940 2.255 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 266.866 146.219 266.866 Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos 15.629 26.404 15.629 Carteira própria 16.925 Instrumentos financeiros derivativos 15.629 9.479 15.629 Operações de crédito 229.115 118.529 229.115 Setor privado 230.078 119.050 230.078 Empréstimos e títulos descontados 184.516 98.340 184.516 Financiamentos 45.562 20.710 45.562 (Provisão para operações de crédito) (963) (521) (963) Operações de Arrendamento Mercantil (69) (69) Arrendamentos e subarrendamentos a receber Setor privado 8.777 8.777 (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (8.777) (8.777) (Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa) (69) (69) Outros créditos 19.246 9 19.246 Diversos 19.246 9 19.246 Outros valores e bens 2.945 1.277 2.945 Despesas antecipadas 2.945 1.277 2.945 PERMANENTE 86.766 16.437 73.304 Investimentos 30.538 11.390 17.076 Participação em coligadas e controladas No País 30.498 Outros investimentos 40 11.390 17.076 Imobilizado de uso 24.331 2.871 24.331 Imóveis de uso 14.405 14.405 Outras imobilizações de uso 11.872 3.387 11.872 (Depreciações acumuladas) (1.946) (516) (1.946) Imobilizado de arrendamento 23.471 23.471 Bens arrendados 23.471 23.471 Diferido 8.426 2.176 8.426 Gastos de organização e expansão 9.997 2.595 9.997 (Amortização acumulada) (1.571) (419) (1.571) TOTAL DO ATIVO

7.202.738

1.032.368

7.206.060

Banco J. Safra S.A. 2005 2004 5.720.513 382.636 862.878 365.452 95.544 68.484 166.263 600.984 296.968 87 4.477.136 4.477.136 400 1.454

PASSIVO CIRCULANTE Depósitos Depósitos à vista Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Outros depósitos Captações no mercado aberto Carteira própria Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Relações Interfinanceiras Recebimentos e pagamentos a liquidar Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Cobrança e Arrecadação de tributos e assemelhados Carteira de câmbio Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Depósitos Depósitos a prazo Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos

400 280 280 314.772 314.772 65.047

1.454 59 59 15.671

400 280 280 314.772 314.772 115.779

343 1.250 15.275 32.606 1.956 13.617

200 2.015 1.393 7.680 2.026 2.357

343 1.250 15.275 34.755 7.897 56.259

1.193.503 456.448 456.448 450.011

399.138 133.698 133.698 265.440

1.193.503 456.448 456.448 450.011

450.011 287.044 287.044

265.440 -

450.011 287.044 287.044

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Resultados de exercícios futuros

1.896 1.896

ACIONISTAS MINORITÁRIOS

565 565

1.896 1.896

-

-

308

286.826 260.000 260.000 1.130 4.901 20.795

250.029 241.001 251.000 (9.999) 1.130 2.860 (277) 5.315

286.826 260.000 260.000 3.862 4.901 18.063

7.202.738

1.032.368

7.206.060

Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos -

Lucros acumulados 20.262

Total 75.101

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social: De domiciliados no País Capital a integralizar (-) Reserva de capital Reserva de lucros Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucros acumulados

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Consolidado 2005 5.723.527 815.160 95.488 118.601 600.984 87 4.477.136 4.477.136 400

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 Dividendos e juros sobre capital próprio propostos e pagos a acionistas Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Aumento de capital Integralização de capital Lucro líquido do exercício Destinações: Reserva legal Dividendos propostos SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

Capital Social Capital Capital a integralizado integralizar 51.000 -

Reserva de capital 1.130

Reserva de lucros 2.709

200.000 251.000

(200.000) 190.001 -

-

-

(277) -

(17.800) 3.034

(17.800) (277) 190.001 3.034

(9.999)

1.130

151 2.860

(277)

(151) (30) 5.315

(30) 250.029 277

Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Aumento de capital Integralização de capital Lucro líquido do execício Destinações: Reserva legal Dividendos e juros sobre capital próprio propostos e pagos a acionistas SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

9.000 -

(9.000) 18.999 -

-

-

277 -

40.821

18.999 40.821

-

-

2.041

-

(2.041)

-

260.000

-

1.130

4.901

-

(23.300) 20.795

(23.300) 286.826

SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2005

260.000

-

1.130

3.049

2.143

4.908

271.230

-

-

-

-

(2.143) -

37.039

(2.143) 37.039

-

-

1.852

-

(1.852)

-

-

-

-

-

-

(19.300)

(19.300)

260.000

-

1.130

4.901

-

20.795

286.826

Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal Dividendos e juros sobre capital próprio propostos e pagos a acionistas SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de Reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL - O Banco J. Safra S.A. tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas e acessórias, inerentes às respectivas carteiras autorizadas (comercial, de investimentos, de crédito, financiamento e investimento e de arrendamento mercantil), inclusive câmbio, de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. Até março de 2004, o Banco vinha operando substancialmente na gestão dos recursos próprios. Em 18 de junho de 2004, o Banco obteve autorização do Banco Central do Brasil - BACEN para a criação da carteira comercial, cuja implementação ocorreu em 27 de agosto de 2004 e a partir de então, com a reorientação estratégica e contando com aportes de recursos realizados pelos acionistas, foi desenvolvida uma nova estrutura tecnológica, comercial e administrativa do Banco, que propiciou a sua efetiva inserção nas operações bancárias, notadamente em captações e operações de crédito. Dando continuidade a esta estratégia de crescimento, o Banco passou a oferecer, em fins de junho de 2005, operações de arrendamento mercantil. Em complemento à estratégia definida pela administração, foi constituída, em 7 de dezembro de 2004, a J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., controlada pelo Banco, cujo início de suas atividades, deu-se em 2 de março de 2005. Buscando oferecer maior opção de investimentos aos clientes, o Banco encaminhou, no decorrer do 1º semestre de 2005, pleito à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, solicitando seu credenciamento como administrador de recursos de terceiros, e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, o seu credenciamento como agente financeiro daquele órgão, cujos processos estão em análise por aquelas autarquias. O Banco, embora tenha sua estrutura segregada, integra, por determinação do Banco Central do Brasil - BACEN, o Conglomerado Econômico-Financeiro Safra. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As demonstrações financeiras do Banco J. Safra S.A., foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, que inclui práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. As demonstrações financeiras consolidadas, foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil e normas do BACEN. Os saldos das contas patrimoniais e os resultados entre controladora e a sociedade controlada foram eliminados nas demonstrações financeiras consolidadas. A participação dos acionistas minoritários foi excluída do patrimônio líquido e do lucro líquido, e destacada no balanço patrimonial consolidado e na demonstração consolidada do resultado. As demonstrações financeiras consolidadas do Banco abrangem as demonstrações financeiras da controlada J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. que passou a operar em março de 2005. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) A apuração do resultado é efetuada pelo regime de competência, e ainda, segundo a Portaria MF nº 140/94, que considera as receitas de arrendamento mercantil, calculadas e

apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período e o ajuste a valor presente dessas operações. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo, exceto títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, são demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço e quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de realização. c) Títulos e Valores Mobiliários - De acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados nas seguintes categorias: • Títulos para negociação: apresentados no ativo circulante, independente dos prazos de vencimento dos títulos, contabilizados pelo valor de mercado e o registro da valorização ou da desvalorização é efetuado diretamente no resultado; • Títulos disponíveis para venda: registrados pelo valor de mercado, sendo seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado, e o registro da valorização ou da desvalorização a mercado é efetuado em conta destacada do patrimônio líquido denominada “Ajustes ao valor de mercado - TVM e instrumentos financeiros derivativos”, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos na demonstração de resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários; • Títulos mantidos até o vencimento: contabilizados pelos respectivos custos de aquisição acrescidos dos rendimentos auferidos, os quais são registrados diretamente no resultado. d) Mensuração do valor de mercado - A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos é baseada no cenário econômico e nos modelos de precificação desenvolvidos pelo Banco, que inclui a captura de preços médios praticados no mercado, dados divulgados pelas diversas associações de classe, bolsas de valores de mercadorias e de futuros, aplicáveis para a data-base das informações financeiras. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a serem diferentes dos estimados. e) Operações de arrendamento mercantil - A carteira de arrendamento mercantil, formada ao final de junho de 2005, é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria nº 140/84, do Ministério da Fazenda, contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a receber - Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil - Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber e são atualizadas na forma dos arrendamentos a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. III - Imobilizado de arrendamento - É registrado pelo custo de aquisição, deduzidos das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para essa redução, são as seguintes: (i) veículos e afins - 20% ao ano a 28,57% ao ano; e (ii) máquinas e

A vocação para a captação de recursos de terceiros pode ser verificada nos valores dos recursos captados junto ao público que atingiu R$ 6.914,0 milhões. Estes recursos estavam distribuídos em R$ 1.319,3 milhões incluindo depósitos à vista, interfinanceiro, e depósitos a prazo, R$ 4.477,1 em captações no mercado aberto, R$ 450,4 milhões em títulos e valores mobiliários emitidos no exterior e R$ 601,8 milhões em instrumentos financeiros derivativos. O Banco J. Safra S.A. registrou Lucro Líquido no exercício de R$ 40,8 milhões, dos quais R$ 37,0 milhões obtidos no 2º semestre. Os resultados apresentados encontram-se dentro das expectativas originalmente estabelecidas em seu plano de negócios. Agradecimentos Agradecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais pela confiança e apoio e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, 22 de fevereiro de 2006. BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. Consolidado Segundo Exercícios findos Exercício findo em semestre em 31 de dezembro 31 de dezembro 2005 2005 2004 2005 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 342.193 433.580 78.521 Operações de crédito 170.344 238.628 50.691 Operações de arrendamento mercantil 2.663 2.663 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 169.159 192.289 27.830 Resultado de operações de câmbio 27 DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (267.066) (325.418) (36.446) Operações de captação no mercado (261.732) (314.712) (18.477) Operações de arrendamento mercantil (1.511) (1.511) Operações de empréstimos, cessões e repasses - (10.414) Resultado de operações de câmbio (217) (1.123) Provisão para operações de crédito (3.823) (8.978) (6.432) RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 75.127 108.162 42.075 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (32.078) (57.585) (34.867) Receitas de prestação de serviços 3.707 5.210 491 Despesas de pessoal (24.455) (41.517) (20.870) Outras despesas administrativas (13.036) (22.079) (10.637) Despesas tributárias (3.505) (5.836) (3.020) Resultado de participação em coligadas e controladas 5.389 6.738 Outras receitas operacionais 68 243 162 Outras despesas operacionais (246) (344) (993) RESULTADO OPERACIONAL 43.049 50.577 7.208 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 270 (26) RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO 43.319 50.551 7.208 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (6.280) (9.730) (4.174) PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE/ EXERCÍCIO 37.039 40.821 3.034 CONCILIAÇÃO DO RESULTADO Acréscimo de reserva de capital em controlada constituída (nota 7) LUCRO LÍQUIDO DO CONTROLADOR Quantidade de ações: 194.304.774 (187.616.702 em 2004) Lucro líquido por ação R$ 0,19 R$ 0,21 R$ 0,02

435.168 238.628 2.663

193.877 (319.576) (308.870) (1.511) (217) (8.978) 115.592 (65.616) 5.393 (41.995) (22.709) (6.202) 243 (346) 49.976 (26) 49.950 (11.792) (41) 38.117

2.704 40.821

R$ 0,21

BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) - DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Banco J. Safra S.A. Consolidado Segundo Exercícios findos Exercício findo em semestre em 31 de dezembro 31 de dezembro 2005 2005 2004 2005 ORIGENS DE RECURSOS 2.992.655 6.192.111 1.178.938 6.247.503 Lucro líquido ajustado 33.382 36.918 3.684 40.952 Lucro líquido do semestre/ exercício 37.039 40.821 3.034 38.117 Depreciações e amortizações 2.989 4.092 650 4.092 Resultado de equivalência patrimonial em coligadas e controladas (5.389) (6.738) Superveniência de depreciação (1.257) (1.257) (1.257) Ajuste ao valor de mercado TVM e derivativos (2.143) 277 (277) 277 Variação nos resultados de exercícios futuros 1.183 1.331 565 1.331 Recursos de acionistas 18.999 190.001 19.139 Aporte de capital social 18.999 190.001 19.139 Reserva de atualização de títulos patrimoniais 2.731 Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo: 2.960.143 6.132.241 771.913 6.182.917 Depósitos 381.640 820.177 499.150 820.121 Obrigações por operações compromissadas 2.222.188 4.477.136 4.477.136 Relações interfinanceiras e interdependências 279 279 Instrumentos financeiros derivativos 103.824 601.757 59 601.757 Recursos de aceites cambiais 223.641 183.517 266.894 183.517 Outras obrigações 28.850 49.375 5.810 100.107 Diminuição dos subgrupos do ativo: 90 115 212.850 115 Aplicações interfinanceiras de liquidez - 211.912 Operações de arrendamento mercantil 90 115 115 Outros créditos 938 Alienação de bens e investimentos 2.230 202 Bens não de uso próprio 180 Investimentos 2.230 22 Acionistas Minoritários 41 APLICAÇÕES DE RECURSOS 2.991.095 6.191.056 1.178.588 6.246.339 Dividendos e juros sobre capital próprio pagos 19.300 23.300 17.830 23.300 Inversões líquidas em: 24.190 61.255 14.996 61.421 Participações societárias 14.640 9.120 Bens não de uso próprio 846 Investimentos 2.230 14.806 Imobilizado de uso 2.808 22.891 2.800 22.891 Imobilizado de arrendamento 21.382 23.724 23.724 Aplicações no diferido 5.972 7.402 2.100 7.402 Aumento dos subgrupos do ativo: 2.941.333 6.099.099 901.692 6.154.216 Aplicações interfinanceiras de liquidez 60.323 67.354 115.016 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 2.231.786 4.847.730 144.607 4.846.197 Relações interfinanceiras e interdependências 10.272 41.468 443 41.468 Operações de crédito 617.823 1.113.884 754.430 1.113.884 Outros créditos 17.631 26.346 35.334 Outros valores e bens 3.498 2.317 2.212 2.317 Diminuição dos subgrupos do passivo: 300 - 241.970 Obrigações por empréstimos e repasses - 241.970 Relações interfinanceiras e interdependências 300 AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES 1.560 1.055 350 1.164 MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades: No início do semestre/exercício 320 825 475 825 No fim do semestre/exercício 1.880 1.880 825 1.989 AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES 1.560 1.055 350 1.164 equipamentos e outros bens - 10% ao ano a 20% ao ano. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados, quando efetuados aos próprios arrendatários, serão diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento. V Superveniência (insuficiência) de depreciação - Os registros contábeis da instituição são mantidos conforme exigências legais, específicas para operações de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” e “IV” acima diferem das práticas contábeis adotadas no Brasil, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN nº 1.429/89, é calculado a valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se, quando aplicável, em receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no imobilizado de arrendamento, com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. f) Provisão para operações de crédito e de arrendamento mercantil - É fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração para concluir quanto ao valor adequado, e leva em conta a conjuntura econômica, as garantias obtidas e os riscos globais e específicos da carteira, bem como os percentuais de provisionamento em cada faixa de “rating” conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional, através da Resolução nº 2.682, de 22 de dezembro de 1999.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Volvo Ocean Race IRL BRASIL GANHA MAIS DUAS MEDALHAS DE BRONZE Ginástica Tênis

Mario Behnke/Efe/AE

REI DO SOLO D

Diego Hypólito, atual campeão mundial, ganhou sábado, na Alemanha, seu sexto ouro em Copas do Mundo

iego Hypólito conquistou neste sábado a sexta medalha de ouro de sua carreira na prova do solo em Copas do Mundo, na etapa de Cottbus, Alemanha, e retomou a supremacia, perdida na semana passada com o segundo lugar em Lyon - campeão mundial no ano passado, ele havia ficado um ano sem perder. O Brasil levou ontem mais duas medalhas de bronze, com Laís Souza: no solo e na trave. Diego foi o quarto ginasta a mostrar a sua série no solo e entrou pressionado pela boa nota do canadense Brendan O’Neal (15,425), vice-campeão mundial. Mas, com modificações nos seus exercícios em relação à apresentação de Lyon, Diego tirou a nota . O’Neal ficou com a prata, e o ucraniano Ievgenii Bogonosiuk (15,325) com o bronze. A coleção de medalhas poderia ser maior se Diego não tivesse ficado sem meses sem atuar, no ano passado, por causa de uma fratura na tíbia. Recuperou-se a tempo de conquistar o título mundial em Melbourne, na Austrália, e agora também luta para se adaptar ao novo sistema de pontuação da ginástica artística, que aboliu a nota 10. "As mudanças que fiz foram importantes para que eu conquistasse a medalha de ouro. De agora em diante a tendência é melhorar cada vez mais. Vou trabalhar de forma gradativa para encontrar o equilíbrio entre a dificuldade alta e uma boa execução", explicou.

Ontem, Diego disputou também a final do salto sobre o cavalo, e ficou com a quarta posição. Um erro no segundo salto lhe com a nota 15,987. Foi superado pelo canadense Brandon O’Neill (16,362), que ganhou o ouro, seguido pelo alemão Fabian Hambüchen (16,312) e pelo cazaque Yernar Yerimbetov (16,137). "Resolvi arriscar, mas infelizmente subi pouco e a aterrissagem foi forçada", disse Diego. Laís Souza disputou três finais, e esperava ganhar medalha no salto sobre o cavalo, disputada no sábado. Mas cometeu erros nos dois saltos e ficou apenas em sexto, com 13,962 pontos - o ouro foi da norte-americana Jane Bieger, com 14,625 pontos. Ontem, no entanto, as medalhas de bronze na trave e no solo, provas em não costuma se destacar, mostraram sua evolução. "Foi um fim de semana de surpresas. Como eu já havia dito, ganhar medalha sem ser no salto seria lucro. Acho que consegui lucrar bastante", brincou Laís. "Tanto na trave quanto no solo, percebi que foram premiadas as que menos erraram." Laís teve nota 14,850 na trave - a medalha de ouro ficou com a russa Irina Isayeva (14,950). No solo, ao som de "Aquarela do Brasil", Laís cometeu falhas na terceira série de acrobacias do solo e recebeu nota 13,700. "Se não tivesse errado, poderia até ter ficado com o ouro", lamentou. A vencedora foi a russa Irina Isayeva, com nota 14,675.

segunda-feira, 27 de março de 2006

Para Torben Grael, Brasil 1 ainda pode ser vice: "Tudo está embolado, muita coisa ainda pode acontecer", diz.

Fernando Soutello/Divulgação/09-12-2005

Guga: infiltrações por Roland Garros

G

ustavo Kuerten (foto) está fazendo tratamento à base de infiltrações no quadril para tentar ter condições de jogar o torneio de Roland Garros, a partir de 21 de maio. As injeções serviriam para acabar com as dores na região, em que Guga já sofreu duas cirurgias. Seu técnico, o argentino Hernan Gumy, quer evitar novas voltas precoces ao circuito, como no Brasil Open, quando Guga perdeu logo na estréia. No Masters Series de Miami, Roger Federer venceu Arnaud Clement por 2 a 1 (2/6, 7/6 e 6/0), e viu Rafael Nadal cair na segunda rodada, diante de outro espanhol, Carlos Moyá. No feminino, a belga Kim Clijsters foi eliminada pela norte-americana Jill Craybas. Caetano Barreira/Divulgação

Quarto lugar em casa Sergio Moraes/Reuters

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ma manobra ousada d e m a i s , e a c o n s eqüente punição, deixaram o Brasil na quarta posição da etapa local da Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo, disputada no sábado, na Baía de Guanabara. A vitoria ficou com o holandês ABN Amro 1, líder da prova. Após contornar a primeira bóia em segundo lugar, o veleiro foi punido com um volta de 360 graus (uma volta em torno de si mesmo) por bloquear a passagem do barco espanhol Movistar. A tripulação de Torben Grael, que aprendeu a navegar naquelas águas, perdeu terreno e passou boa parte da prova em último. O Brasil 1 só voltou a velejar com velocidade na última per-

na da regata. Ultrapassou o ABN 2 e o norte-americano Piratas do Caribe e cruzou a linha de chegada poucos metros na frente dos rivais. Segundo a Capitania dos Portos, cerca de 1.100 embarcações, e 70 mil pessoas, acompanharam de perto a regata. Muito aplaudido pelo público que esperava pelo Brasil 1 no píer da Marina da Glória, Torben Grael lamentou o contratempo, mas se mostrou otimista com o restante da regata. "Poderíamos ter ido melhor, mas não foi nada que comprometa nosso desempenho futuro", afirmou. A quinta etapa começa no próximo sábado, no Rio até Baltimore, nos Estados Unidos, num percurso de mais de 9.200 km pelo Atlântico.

Brasil 1 chegou a ser vice-líder da regata local da Volvo Ocean Race na Baía da Guanabara, mas foi punido e acabou em quarto

CLASSIFICAÇÃO: 1. ABN 1, 52,5 pontos; 2. ABN 2, 36,5; 3. Piratas do Caribe, 31,5; 4. Movistar, 31; 5. Brasil 1, 28,5); 6. Ericsson, 23,5; 7. Brunel, 11,5.

IRL tem morte na pista Terry Renna/AP

Reuters

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piloto norte-americano Paul Dana, de 30 anos, morreu ontem em conseqüencias do acidente sofrida no warm-up, o treino final de preparação para o GP de Homestead, em Miami, prova de abertura da temporada. Dani se feriu depois que seu carro voou e, já destruído, bateu no muro após atingir o Dallara de Ed Carpenter, que havia batido e estava atravessado na pista. Machucados, os dois pilotos foram levados para o hospital, e Dana morreu cerca de duas horas depois do acidente, antes do início da prova - que mesmo assim foi realizada. Paul Dana era um jornalista especializado em automobilismo que decidiu dedicar-se à carreira de piloto. Disputou a F-Dodge americana, a F-Ford e a Infinity Pro-Series, categorias de acesso à IRL. Em Homestead, fazia a primeira prova depois de se recuperar-se de

Paul Dana sofreu acidente no warm up do GP de Homestead, e morreu horas antes da primeira prova da temporada

grave acidente sofrido nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, em maio. Em 2005, disputou três corridas e seu melhor resultado foi o décimo lugar, justamente em Homestead. No sábado à tarde, se mostrava feliz e aliviado por retornar às pistas. "O acidente do ano passado ficou para trás. Estou feliz em voltar e

por estar andando normalmente", afirmou. O acidente ocorreu logo com dois minutos do warm-up. Carpenter bateu no muro, rodou várias vezes e voltou para o meio da pista. Dana vinha a cerca de 300 km/h, não conseguiu desviar e o atingiu na parte traseira. O carro de Dana voou cerca de 2 metros e bateu vá-

rias vezes chão antes de tocar no muro e finalmente parar, completamente destruído. Médicos e comissários levaram cerca de 15 minutos para tirar o piloto do carro. Dana foi levado de helicóptero para o hospital, mas não resistiu. Carpenter teve apenas ferimentos leves e está consciente. Apesar da tragédia, os orga-

nizadores decidiram que a corrida ocorreria, mas o ex-piloto Bobby Rahal, um dos sócios da equipe de Dana, a Rahal-Letterman, decidiu tirar da prova seus dois outros pilotos, Buddy Rice e Danica Patrick. Na pista, a vitória ficou com o atual campeão da IRL, o inglês Dan Wheldon, que superou Hélio Castroneves por um bico. Felipe Giaffone foi o oitavo colocado. Tony Kanaan e Vitor Meira, os outros brasileiro, não completaram a prova. CLASSIFICAÇÃO: 1. Wheldon (ING), 50; 2. Castroneves (BRA), 40; 3. Hornish Jr. (EUA), 38; 4. Franchitti (ESC), 32; 5. Dixon (NZL), 30; 6. Matsuura (JAP), 28; 7. Sharp (EUA), 26; 8. Giaffone (BRA) 24; 9. Scheckter (AFS), 22; 10. Cheever Jr. (EUA), 20; 11. Kanaan (BRA), 19; 12. Cheeson (EUA), 18; 13. Herta (EUA), 17; 14. Lazier (EUA), 16; 15. Andretti (EUA), 15; 16. Meira (BRA), 14; 17. Patrick (EUA), 13; 18. Rice (EUA) e Carpenter (EUA), 12.

Osasco e Rexona, a uma vitória da final

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sasco e Rexona estão a uma vitória cada de disputar a decisão da Superliga feminina. Seria uma repetição da final de 2005, vencida pelo time da Grande São Paulo, que ontem obteve, fora de casa, a segunda vitória sobre o Macaé, por 3 a 1 (25/17, 13/25, 25/17 e 25/16). A atacante Mari (foto) foi eleita o destaque do jogo. O Rexona obteve a segunda vitória sobre o São Caetano na sexta, no Rio, por 3 a 0. Os dois confrontos se repetem na quinta, em Osasco e no Rio. No masculino, a Cimed tem 2 a 0 nas semifinais contra o Banespa - o terceiro jogo é quarta, em Florianópolis. No outra série, Minas e Unisul empatam em 1 a 1. O terceiro confronto também será quarta-feira.

Rossi cai e Capirossi vence na MotoGP

P

ela primeira vez desde 1999 a MotoGP não começou com Valentino Rossi no alto do pódio. O italiano, pentacampeão da categoria, cotado para dirigir a Ferrari na Fórmula 1 em 2007, caiu na primeira volta e ficou em 14º lugar no GP da Espanha, em Jerez. A torcida, que sonhava com o duelo entre Rossi e o local Dani Pedrosa, atual campeão das 250 cc e estreante na elite da motovelocidade, viu a vitória de outro italiano, Loris Capirossi, quatro segundos à frente de Pedrosa. CLASSIFICAÇÃO: 1. Capirossi (ITA), 25; 2. Pedrosa (ESP), 20; 3. Hayden (EUA), 16; 4. Elias (ESP), 13; 5. Melandri (ITA), 11; 6. Stones (AUS), 10; 7. Nakano (JAP), 9; 8. Roberts (EUA) 8; 9. Hopkins (EUA), 7; 10. Tamada (JAP), 6; 11. Edwards (EUA), 5; 12. Vermeulen (AUS), 4; 13. Checa (ESP), 3; 14. Rossi (ITA), 2; 15. Hoffman (ALE), 1.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

DOISPONTOS -11 11

Beto Barata/AE

Nojo

Ave, Ângela! ula da Silva está morto. Seu ministro da Fazenda já apodrece – e fede – em praça pública. É inexorável: cedo ou tarde, até a massa ignara vai lhes pedir a cabeça. Espero que seja já. Antes de outubro. Escrevo na sexta, 24. Não sei se o que aqui está escrito será publicado. Isto não me importa. Não ganho um centavo por estas linhas, de publicação improvável. Todo brasileiro tem o dever cívico de dar uns caraminguás para que se erga na Praça da Sé – e em todo o País – uma estátua à doutora Ângela, aquela petista, das canalhas ilusões. Ela enterrou o PT. Ela salvou o Brasil! Ave, Ângela!

L

Quem diria? Do lixo brotou a salvação. Ângela já! Meu voto está dado: Ângela agora, para o inferno! Ela é amiga de Zé Dirceu. Do "professor" Luizinho. Do chefe de todos: de Lula. Dizer mais é preciso? Ângela é uma espécie de "professora" Luizinha. Se me entendem... Antes de pôr para dançar suas arrobas, Ângela inaugurou em São José dos Campos o jeito petista de governar. As oposições só perdem a eleição, se forem muito incompetentes. Lula morreu. O ministro da Fazenda fede. Já imaginaram a delícia de se repetir, por longos dois meses, na tevê, a imagem da velhusca gorda e de péssimo

peças de fabricantes asiáticos, da China, por exemplo, pois a diferença de preços é tal que "compensa" os riscos da perda de qualidade. O consumidor provavelmente só vai sentir o drama mais adiante, se o carro pifar...

gosto – aquele bata amarela, aqueles passinhos cínicos e circenses – trocando os pés inchados e sujos, como as mãos, com a ligeireza, de Miss Córner? Eu – se fosse ela – encontraria um jeito de pedir proteção à vida. O PT não poupa os que o traem, os que mudam de rumo. Ainda que involuntariamente. É carcará! Os irmãos de Celso Daniel sabem de quê falo. A viúva de Toninho também. Mas, a quem a obesa senhora do Vale poderia pedir proteção? Ao ministro da Justiça é que não dá para ser. O homem está preocupado com outras coisas. Em salvar o chefe.

o ver a bufona Ângela Guadagnin dançar feita uma palhaça na distribuição da pizza que livrou da cassação mais um cara-de-pau, me dá nojo e revolta saber que os destinos e leis que nos governarão no futuro estão nas mãos de pessoas com tamanha falta de ética e moral. Essa mesma bufona, quando era prefeita de São José dos Campos, foi acusada por um membro do próprio PT de manipular concorrências. Uma semana após sua denúncia, numa reunião da Executiva do PT, o Sr. Não sei de nada mandou demitir o denunciante. Quero distância desse partidozinho.

A

Doutora Ângela enterrou o PT. Ela salvou o Brasil! Mas corre risco de vida!

EDSON ARAÚJO EDSON.ARAUJO@

ORLANDO SILVEIRA, SÃO PAULO, SP

BES.ADV.BR

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Partido-veneno

ANTONIO DELFIM NETTO

TRISTE ESCALADA esde que recomeçou a escalada dos juros a partir do terceiro trimestre de 2004, tentamos mostrar que a política monetária do Banco Central estava nos levando novamente a uma situação de excessiva valorização do Real, que iria reduzir desnecessariamente o crescimento da economia e derrubar os investimentos no setor exportador. Após quinze meses e uma dezena de reuniões do Copom, o país conheceu os

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Como sempre, os erros estúpidos desabam sobre as pequenas empresas e os trabalhadores demitidos

A farmácia alucinógena que o PT está usando para embaralhar a cabeça do eleitor epois de pelear durante mais de um quartel de século, um grupinho de pessoas, no ano de 2003, assumiu o poder deste nosso país. E o conseguiram porque empunharam o estandarte da premência das reformas com supedâneo na ética da atuação política. Para tanto promessas inúmeras foram feitas, promessas que buscavam injetar no cidadão os fluídos de uma nova visão de como encarar e solucionar os problemas sociais brasileiros. Por isso inocularam no eleitor, paulatinamente, idéias, embora não muito novas, sobre os medicamentos necessários para o conseguimento da implantação das reformas societárias. Estimulados por idéias psicoativas, o grupo arvorou a titularidade dos remédios habilitados para realizar as mudanças: diziam ser os únicos portadores das boas intenções que permitiriam concretizar o ufanismo redentor. Tomado o poder, os petistas recomeçaram a repetir as mesmas mensagens de que esforços não seriam poupados para implantar as modificações, com ética, dizia-se. Porém, antes de findar os três anos já transcorridos da prática de um dito novo estilo de governo, paulatinamente pôde-se aquilatar a que vieram e o que buscavam. Conforme realce dado por um de seus membros em vias de cassação: apenas pretendiam tomar o poder. Quanto ao mais... nada. No momento inicial, o petismo inoculou no povo suas idéias da inebriante euforia comum a toda e qualquer mudança; porém, sempre indissoluvelmente atada à peculiar governabilidade, avidez pelo exercício do poder, que se iniciava. Mediante uma atividade cerebrina, mas não intelectual, as antigas idéias, sobretudo as econômicas nada econômicas, foram mantidas pelos novos dirigentes. Ou seja, sob a cortina da obnubilação eufórica, tudo iria continuar como dantes, que é o que todos aqueles que não se deixaram envolver pelos elementos estimulantes vêm assistindo e sentindo na pele. Evidentemente a aceleração do funcionamento do cerebelo lotado em Brasília não podia ser eterna. Afinal, vive-se e sobrevive-se num Estado Democrático de Direito. Assim, para não se afastar do exercício do poder valeram-se de novos métodos. Intensificou-se, então, a depressão. Agora, como está se avizinhando o momento do balanço político, insuflam, com a mesma técnica pavloviana, idéias que procuram alterar a percepção do eleitor para que, confundindo-o, ele tenha uma visão

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G O PT procura

alterar a percepção do eleitor para que ele tenha uma visão embaçada e desordenada da realidade, inclusive e sobretudo da sua própria condição social. Duas modalidades medicinais estão sendo usadas: a depressora e a alucinógena.

embaçada e desordenada da realidade, inclusive e sobretudo da sua própria condição social.

s remédios com este objetivo alucinógeno estão sendo expostos para os eleitores menos avisados para neles infundir ser possível a existência de uma realidade utópica. E, para manter a coerência e a unidade do objetivo petista, essa metodologia é aplicada entre e pelos titulares dos Poderes, bem como entre e pelos que dispõem de apenas alguma parcela de poder. No momento, já passada a fase dos estimulantes, duas modalidades medicinais estão sendo usadas: a depressora e a alucinógena. Embora possam aparentar que se trata da utilização de remédios antagônicos, ambos têm em comum os efeitos que é o de diminuir e desviar a percepção da realidade vivenciada G Urge valer-se do antídoto para esses pelo cidadão. Portanto, a governabilidade petista, antes e demales: o voto. O pois da tomada do poder, vem abusando de revoto consciente, médios para implantar reformas no estilo mudar calcado na para que tudo continue como está e bom para eles esperança de dias próprios, tudo o que não passa de uma droga. melhores. E esse abuso, sem nada oferecer em substituição, acarreta profundas distorções e danos inevitáveis de difícil reparação (espera-se que não sejam irreversíveis) na sociedade: (a) danos físicos, desestruturando-a mediante a deterioração dos valores comuns e respeito recíproco; (b) danos psíquicos, estimulando a ociosidade com projetos assistenciais e a insegurança mediante o desenvolvimento de conflitos familiares; (c) danos familiares, pelo desfazimento dos vínculos que lhe são inerentes pelo desenvolvimento de conflitos de interesses em face de uma droga de vida; (d) sociais pela inexistência de objetivos comuns em face da incrementação do espírito de concorrência fundado num individualismo exacerbado; e (e) espiritual, com o mais profundo desprezo pela inteligência e pela sensibilidade do ser humano. Urge valer-se do antídoto para esses males: o voto. O voto consciente calcado na esperança de dias melhores. Expurgá-los não lhes dando os votos de que precisam; depois não perdendo t e m p o c o m re t a l i a ç õ e s e queixas e comparações. Os petistas, como faziam os gregos da antiguidade, devem ser penalizados com o ostracismo e esquecidos de vez. Os romanos, aperfeiçoando a idéia, criaram o decreto da morte civil e política: embora vivos, não passariam de párias privados de todo e qualquer direito.

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PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

resultados: a economia desperdiçou pelo menos 2% de crescimento do PIB e a taxa de expansão de nossas exportações caiu para a metade. Como se deve esperar quando repetimos erros estúpidos, as conseqüências desabam sobre os mesmos de sempre, as empresas pequenas e médias que investiram na conquista de mercados externos, e os trabalhadores demitidos naqueles setores de maior absorção de empregos, as indústrias têxteis, de calçados, de móveis, de brinquedos e já chegando às pequenas metalúrgicas, para citar apenas alguns exemplos. Nesse curto período, mais de mil mini e pequenas empresas viram descer pelo ralo do dólar "barato" todo o investimento que vinham fazendo para enfrentar a acirrada competição do comércio exterior. Na contramão deste esforço, constata-se o surgimento de mais de oitocentas novas organizações dedicadas aos negócios de importação nos últimos seis meses. s efeitos perversos que a política cambial está produzindo na indústria brasileira crescem à cada semana. Desde o início do ano, o fornecimento de autopeças vem sendo transferido da indústria nacional para a produção estrangeira. Para a indústria automotiva é mais negócio importar

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desagradável constatar que o nosso presidente Lula, o metalúrgico, esteja distante do problema do desemprego do seu companheiro peão de fábrica. É uma injustiça dos diabos – como ele costuma dizer - mas está acontecendo graças ao estímulo às importações beneficiadas de um lado pela burrice da sobrevalorização do Real e de outro pela escandalosa (e esperta) política cambial mantida pela China, onde os preços são políticos e as taxas de juro mantidas absolutamente competitivas pelo governo. É uma concorrência devastadora, desleal, que vai destruindo nossas linhas de produção e não é porque a China seja o "império do mal" mas porque nós temos as políticas monetária e cambial erradas. Só depois de um ano e meio é que o nosso Banco Central veio a entender a tolice que é manter o enorme diferencial que permitiu a supervalorização do Real. Sofremos a especulação na arbitragem das taxas de juro, onde na realidade não entram recursos, mas é a especulação entre as taxas de juros interna e externa que valoriza o câmbio futuro e transmite a valorização para o câmbio presente.

É

nquanto continuarmos financiando a Dívida Pública com mecanismos absolutamente inadequados, através de papéis "selicados" como vimos fazendo desde

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Não é que a China seja o "Império do Mal". Nós é que temos as políticas monetária e cambial erradas. 1998, vamos continuar a conviver com essa coisa teratológica que é ter uma taxa de juro de curto prazo maior do que a de longo prazo. O que nos levará mais uma vez a destruir, inexoravelmente, uma parte do setor industrial brasileiro. DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 27 de março de 2006

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BANCO J. SAFRA S.A. E BANCO J. SAFRA S.A. E EMPRESA CONTROLADA (“CONSOLIDADO”) NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de Reais) g) Ativo permanente - Demonstrado pelo custo de aquisição, combinado com os seguintes 7. INVESTIMENTOS - A posição de investimentos em controladas em 31 de dezembro é a seguinte: aspectos: (i) avaliação dos investimentos em sociedade controlada pelo método de Lucro Líquido Resultado de equivalência equivalência patrimonial (nota 7); (ii) depreciação do imobilizado de uso, calculado pelo Controlada Participação P.L. 2º Semestre Exercício Valor de Investimento 2º Semestre Exercício método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens sendo: J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. 99% 30.806 2.713 4.075 30.498 5.389 6.738 (*) imóveis de uso - 4% ao ano; sistemas de comunicação e segurança, instalações, móveis e (*) O resultado de equivalência patrimonial inclui R$ 2.704, referente à atualização de títulos patrimoniais da controlada. utensílios - 10% ao ano; veículos e sistemas de processamento de dados - 20% ao ano; e (iii) amortização do diferido, pelo método linear, à taxa de 20% ao ano para gastos com 8. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO - O Imobilizado de arrendamento é composto 13. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (BANCO) - A conciliação do encargo de imposto de renda e contribuição social nos exercícios findos em 31 de dezembro, aquisição e desenvolvimento de sistemas, 10% ao ano para instalações e adaptações de como segue: podem ser assim demonstrada: dependências, e com base no prazo estabelecido no contrato de locação, para benfeitorias Bens arrendados Veículos e afins 21.906 2005 2004 em imóveis de terceiros. Máquinas e equipamentos 1.818 Os investimentos em títulos patrimoniais de bolsas de valores e de mercadorias estão I.R.P.J. C.S. I.R.P.J. C.S. 23.724 demonstrados ao valor de custo e são ajustados pelos valores informados pelas respectivas Resultado antes da tributação 50.551 50.551 7.208 7.208 Depreciação acumulada de bens arrendados bolsas, tendo como contrapartida, reserva de capital específica no patrimônio líquido. Imposto de renda e contribuição social às Depreciação acumulada de bens arrendados (1.511) h) Passivos circulante e exigível a longo prazo - Os valores demonstrados incluem, quando alíquotas vigentes 12.638 4.550 1.802 649 Superveniência de depreciação 1.257 aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) e cambiais Remuneração do capital próprio (5.825) (2.097) (575) (207) (254) Efeitos tributários advindos dos ajustes incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro 23.470 tributável, acrescida de adicional de 10% sobre determinados limites. A provisão para Imobilizado de arrendamento decorrentes do artigo 32 da Lei 11.051/04 14.065 5.063 contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. A Instituição registrou em 31 de dezembro, superveniência de depreciação, no montante de Superveniência de depreciação - Leasing (314) Em atendimento às práticas contábeis vigentes, de acordo com as avaliações de risco R$ 1.257 no semestre/exercício. Diferenças permanentes (1.647) (593) 3.365 1.211 efetuadas pelos advogados em conjunto com a administração, levando em consideração o 9. RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS - Os recursos captados em 2004 Outras diferenças temporárias (1.206) (435) (126) (54) mérito das causas e o estágio processual, as contingências são classificadas como através da colocação de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, (23) (81) (21) possibilidade de perda provável, possível ou remota. As prováveis são objeto de vencem até outubro de 2007, e sobre os quais incide, variação cambial e encargos Outros 17.688 6.488 4.385 1.578 provisionamento em rubrica própria do passivo e as classificadas como de possibilidade de equivalentes a LIBOR BRITÂNICA mais “spread” de 0,35% ao ano. Em 20 de abril de 2005, Total - Ajustes a mercado de instrumentos financeiros perda possível ou remota não são objeto de provisionamento contábil. foi realizada uma alteração contratual, passando a incidir encargos equivalentes a LIBOR derivativos (418) (159) (1.316) (473) i) Resultado de exercícios futuros - Representa o valor das parcelas de receitas contratuais JAPONESA acrescida de “spread” 0,35% ao ano, mantendo-se inalterados os demais Constituição de imposto de renda diferido recebidas antecipadamente que serão apropriadas ao resultado de acordo com os prazos termos contratuais. superveniência de depreciação - leasing 314 dos contratos de financiamentos aos quais se referem. Em 7 de dezembro de 2005, foram captados novos recursos no montante de R$ 218.225, j) Instrumentos financeiros derivativos - O Banco Central do Brasil - BACEN, através da através da colocação de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, com Constituição de imposto de renda e contribuição Circular nº 3.082 de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, estabeleceu a vencimento até dezembro de 2008, e, sobre os quais, incide variação cambial e encargos social diferidos - M.T.M. sobre T.V.M. 3.636 1.309 adoção de novos critérios de registro e avaliação contábil de instrumentos financeiros pré fixados de 1,10% ao ano. - Constituição de créditos tributário sobre ajustes derivativos, que são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da 10. CAPITAL SOCIAL - O capital social está representado por 194.304.774 (187.616.702 decorrentes da Lei nº 11.051/04 (14.065) (5.063) administração para fins ou não de proteção (“hedge”). As operações com instrumentos em 2004) de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Total registrado no resultado 7.155 2.575 3.069 1.105 financeiros derivativos destinados a “hedge” devem ser classificadas em uma das categorias Em A.G.E. de 30 de maio de 2005, homologada pelo BACEN em 06 de junho de 2005, os a seguir: • “Hedge” de risco de mercado - Devem ser classificados os instrumentos acionistas aprovaram aumento de capital no montante de R$ 9.000, com a subscrição de A movimentação das rubricas de imposto de renda e contribuição social diferidos está a financeiros que se destinem a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no 6.688.072 novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ seguir discriminada: valor de mercado do item objeto do “hedge”. Os ativos e passivos financeiros, bem como os 1,3456792929 por ação, passando o capital de R$ 251.000 para R$ 260.000, sendo que 2005 2004 respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado, Ativo Passivo Ativo Passivo deste montante, 50% foi integralizado no ato. com os ganhos e as perdas realizados e não realizados reconhecidos diretamente na Tributário Tributário Tributário Tributário Em 10 de junho de 2005, os acionistas do Banco integralizaram os recursos no montante de demonstração do resultado. • “Hedge” de fluxo de caixa - Devem ser classificados os 143 577 2.546 R$ 14.499, referentes às ações subscritas por ocasião dos aumentos de capital aprovados Saldo no início do Exercício instrumentos financeiros que se destinem a compensar variação no fluxo de caixa futuro nas A.G.E.s de 15 de abril de 2004 e de 30 de maio de 2005, através da conferência de quotas Constituição de crédito tributário de estimado da instituição. A parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem títulos destinados a venda 143 representativas do capital social da empresa CASABRANCA Representações e Participações como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor Ltda., proprietária do imóvel sede do Banco, posteriormente aprovado pelos acionistas do Reversão de crédito tributário de títulos de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos, quando destinados a venda (143) Banco sua incorporação em 30 de junho de 2005, cujo processo encontra-se em análise pelo aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio Banco Central. Reversão de passivo tributário s/ajuste líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do O estatuto social prevê a destinação dos lucros em 31 de dezembro de cada ano, após as a valor de mercado de derivativos (577) (1.789) resultado. deduções e provisões legais, para o fundo de reserva legal em 5% (cinco por cento), Constituição de imposto de renda As operações que utilizam instrumentos financeiros que não atendam o critério de proteção deixando tal destinação de ser obrigatória assim que esse fundo atingir 20% (vinte por cento) diferido - superveniência de (“hedge”) são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados do capital social realizado. depreciação - leasing 314 ou não realizados reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Aos acionistas é atribuído um dividendo mínimo obrigatório equivalente a 1% do lucro líquido Constituição de imposto de renda e 4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ - Em 31 de dezembro, a posição de do exercício. contribuição social - M.T.M. sobre T.V.M. 4.945 aplicações interfinanceiras de liquidez é a seguinte: Nos termos do parágrafo 7º do artigo 9º da Lei nº 9.249/95, os juros sobre o capital próprio Realização sobre outras diferenças Banco Consolidado creditados durante o exercício de 2005 foram imputados ao valor dos dividendos mínimos temporárias (180) 2005 2004 2005 obrigatórios, tornando-se desnecessário o destaque de parcela adicional do lucro líquido - Constituição de créditos tributário Aplicações no mercado aberto 8.502 25.014 8.502 auferido no exercício social a título de dividendos mínimos. sobre ajustes decorrentes da Posição Bancada (Over) 8.502 25.014 8.502 11. RESERVA DE CAPITAL - Refere-se a ágio pago pelos acionistas na subscrição e Lei nº 11.051/04 19.128 - Letras Financeiras do Tesouro - LFT 8.502 8.502 integralização de ações do capital social do Banco. Saldo no fim do exercício 19.128 5.259 143 577 - Letras do Tesouro Nacional - LTN 25.014 12. REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS - Os juros creditados aos Aplicações em depósitos interfinanceiros 84.387 521 84.387 acionistas, no valor de R$ 19.300 no segundo semestre e R$ 23.300 (R$ 2.300 em 2004) Em 31 de dezembro estão registrados créditos tributários provenientes de diferenças Aplicações em moedas estrangeiras no exercício, referem-se à remuneração do capital próprio, e constam como destinação temporárias decorrentes da aplicação do artigo 32 da Lei nº 11.051/04, no montante de Total 92.889 25.535 92.889 do resultado, diretamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido, na forma R$ 19.128, originadas de posições detidas em instrumentos financeiros derivativos, cuja 5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS da Circular nº 2.739, de 19 de fevereiro de 1997, do BACEN, e reduziram a despesa de realização está diretamente relacionada com o vencimento destes instrumentos ou DERIVATIVOS - Em 31 de dezembro, a carteira de títulos e valores mobiliários (classificada imposto de renda e contribuição social em, aproximadamente, R$ 6.562 no segundo quando for o caso, sua liquidação financeira antecipada em condições de mercado. O Banco apresenta diferenças temporárias, substancialmente de provisão para créditos de como “títulos para negociação”) e instrumentos financeiros derivativos, era composta por: semestre e R$ 7.922 (R$ 782 em 2004) no exercício. 2005 Durante o exercício de 2004, foram destinados aos acionistas, dividendos de forma liquidação duvidosa, cujos créditos tributários montam a aproximadamente, R$ 4.891 Valor de mercado por proporcional ao número de ações representativas do capital social, no montante de (R$ 2.469 em 2004), que não estão sendo reconhecidos contabilmente, considerando-se as Valor de prazos de vencimento Ajuste ao R$ 15.530 referente a lucros acumulados e lucro líquido do exercício. análises atuais da administração. custo Até Acima de valor de 14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS - O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros destinados à administração diária dos riscos assumidos atualizado 360 dias 360 dias Total mercado em suas operações, bem como para atender as necessidades de seus clientes. Títulos para negociação (*) O gerenciamento dos riscos envolvidos nessas operações é realizado através do estabelecimento de políticas operacionais, determinação de limites pelo comitê financeiro do Banco Letras do Tesouro e do monitoramento constante das posições assumidas por meio de técnicas específicas. Nacional - LTN 4.970.897 4.405.083 580.271 4.985.354 14.457 Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros são: risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez, abaixo definidos. • Risco de crédito é o risco decorrente da Notas do Tesouro possibilidade de perda devido ao não recebimento de contrapartes ou de credores de valores contratados. • Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas Nacional - NTN-B 26.743 26.827 26.827 84 de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, e em função do tipo de produto, do volume de operações, prazo e condições Letras Financeiras do contrato e da volatilidade subjacente. • Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes de operações com do Tesouro - LFT 8.008 8.010 8.010 2 instrumentos financeiros derivativos que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus 5.005.648 4.413.093 607.098 5.020.191 14.543 direitos e obrigações. A composição da carteira de instrumentos financeiros derivativos (operações próprias) em 31 de dezembro de 2005, está composta como segue: Instrumentos Financeiros Valor de mercado por prazos de vencimento Derivativos Valor Até 90 De 91 a Acima de Ajuste diário a (pagar)/ Swap - diferencial a receber 57.689 38.431 15.630 54.061 (3.628) referencial dias 360 dias 360 dias Total receber líquido 57.689 38.431 15.630 54.061 (3.628) Futuros Total Banco 5.063.337 4.451.524 622.728 5.074.252 10.915 DDI Compra 226.748 2.271 224.477 226.748 (1.665) Títulos para negociação 226.748 2.271 224.477 226.748 (1.665) (b) Letras Financeiras do Compra 15.215 15.215 15.215 (15) Tesouro - LFT 7.684 7.686 7.686 2 DOL 15.215 15.215 15.215 (15) (b) 7.684 7.686 7.686 2 Total Consolidado 5.071.021 4.459.210 622.728 5.081.938 10.917 DDI Venda 57.534 17.737 35.451 4.346 57.534 346 57.534 17.737 35.451 4.346 57.534 346 (a) (*) Estão apresentados pelo prazo máximo esperado para a realização dos títulos. 2004 DI1 Venda 5.438.877 1.581.154 3.247.501 610.222 5.438.877 (233) Valor de mercado por 5.438.877 1.581.154 3.247.501 610.222 5.438.877 (233) (b) Valor de prazos de vencimento Ajuste ao DOL Venda 29.347 29.347 29.347 237 custo Até Acima de valor de 29.347 29.347 29.347 237 (a) atualizado 360 dias 360 dias Total mercado OPÇ Venda 169.136 53.985 41.204 73.947 169.136 Títulos disponíveis para 169.136 53.985 41.204 73.947 169.136 venda Letras do Tesouro 5.936.857 1.697.438 3.326.427 912.992 5.936.857 (1.330) Nacional - LTN 213.551 196.206 16.925 213.131 (420) Valor de mercado por prazos de vencimento 213.551 196.206 16.925 213.131 (420) Valor Valor de custo Até 90 De 91 a Acima de Ajuste a valor de Diferencial a (pagar)/ Derivativos referencial atualizado dias 360 dias 360 dias Total mercado líquido receber líquido Swap - diferencial a receber 11.625 3.913 7.712 11.625 - SWAP Swap - a termo 1.767 1.767 1.767 SWAP 1.524.153 1.525.179 442.829 285.909 796.441 1.525.179 1.026 (d) 22.148 (c) 11.625 3.913 9.479 13.392 1.767 1.524.153 1.525.179 442.829 285.909 796.441 1.525.179 1.026 22.148 225.176 200.119 26.404 226.523 1.347 Valor de mercado por prazos de vencimento Em 31 de dezembro, a administração do Banco J. Safra S.A. reavaliou a classificação da Valor Valor de Até De 91 a Acima de carteira de Títulos e Valores Mobiliários, de acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de referencial custo atualizado 90 dias 360 dias 360 dias Total novembro de 2001, determinando a reclassificação integral da carteira de “Títulos Disponíveis BOX para Venda” para “Títulos para Negociação”, com a conseqüente transferência dos ganhos BOX - CETIP 545.930 570.930 122.059 188.761 260.110 570.930 não realizados da carteira decorrentes da atualização a mercado, anteriormente registrado 545.930 570.930 122.059 188.761 260.110 570.930 em conta específica do patrimônio líquido, no montante de R$ 14.543, para a correspondente a. Registrado em outros créditos - negociação e intermediação de valores. b. Registrado em outras obrigações - negociação e intermediação de valores. c. Os diferenciais a receber e rubrica de resultado. a pagar totalizam R$ 57.689 e (R$ 35.540), respectivamente. d. Os resultados de MTM sobre operações de swap totalizam R$ 3.628 e (R$ 4.654) no ativo e passivo, respectivamente. 6. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL A composição da carteira de instrumentos financeiros derivativos (operações próprias) em 31 de dezembro de 2004, está composta como segue: Distribuição da carteira de crédito e de arrendamento mercantil Valor de mercado por prazos de vencimento As operações distribuem-se segundo as seguintes modalidades: Valor Até 90 De 91 a Acima de Ajuste diário 2005 2004 Referencial dias 360 dias 360 dias Total a pagar/(receber) Empréstimos 1.666.515 666.338 Títulos descontados 13.712 - Futuros Financiamentos 203.126 94.524 DI1 Venda 348.015 82.699 253.223 12.093 348.015 107 Arrendamento mercantil 22.381 348.015 82.699 253.223 12.093 348.015 107 (b) Total 1.905.734 760.862 DOL Venda 671 671 671 (5) Distribuição da carteira por ramo de atividade 671 671 671 (5) (a) As operações distribuem-se segundo os seguintes segmentos econômicos: Compra 263.604 1.325 7.852 254.427 263.604 1.919 2005 2004 DDI Setor Privado 263.604 1.325 7.852 254.427 263.604 1.919 (b) Rural 33.929 Valor de mercado por prazos de vencimento Indústria 793.118 366.995 Valor Valor de custo Até 90 De 91 a Acima de Ajuste a valor Diferencial Comércio 272.178 124.717 referencial atualizado dias 360 dias 360 dias Total de mercado a receber Serviços 551.843 203.824 Pessoas Físicas 70.684 30.264 SWAP 303.360 1.767 1.767 1.767 Intermediários Financeiros 183.982 35.062 SWAP - Termo 151.878 155.499 19.131 50.635 85.733 155.499 11.566 Total 1.905.734 760.862 SWAP 455.238 155.499 19.131 50.635 87.500 157.266 1.767 11.566 2005 2004 Distribuição da carteira por prazo de vencimento Vencidos Até 14 dias 4.888 1.694 Os valores dados em garantia para operações em bolsas em 31 de dezembro de 2005, 17. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outras Obrigações diversas, referem-se, substancialmente, a antecipações valor De 15 a 90 dias 1.107 41 estavam compostos da seguinte forma: 2005 2004 residual no montante de R$ 1.105, obrigações p/aquisição de bens e direitos no montante De 91 a 180 dias 2.744 6.524 61.589 de R$ 4.856, provisões para pagamentos a efetuar no montante de R$ 6.377 (R$ 2.357 De 181 a 360 dias 1.300 - Letras do Tesouro Nacional - LTN 6.524 61.589 em 2004 no banco) e R$ 6.535 no consolidado e credores diversos no montante de R$ Acima de 360 dias 4 10.043 1.735 15. LIMITES OPERACIONAIS - De acordo com as normas do Banco Central do Brasil, o 1.275 e R$ 44.123 no consolidado, que inclui substancialmente, recursos, no montante A Vencer patrimônio líquido do Banco deve ser compatível com o grau de risco da estrutura dos ativos, de R$ 42.484, recebidos de investidores estrangeiros, os quais o Banco J. Safra S.A. é o representante no país, cuja posição de contratos negociada nos mercados a termo, Até 90 dias 1.099.182 460.474 risco de crédito de swap, risco cambial e risco de variação de taxas de juros. De 91 a 180 dias 311.544 129.962 Os limites operacionais são apurados de forma consolidada, em observância ao item futuro, opções e ações, totalizam R$ 6.181.467 no consolidado. b) Outras despesas De 181 a 360 dias 243.242 49.641 2.15.1.8 do Manual de Normas e Instruções - MNI do BACEN, através do consolidado administrativas - referem-se substancialmente a despesas de aluguel no montante de R$ 1.432 no semestre (R$ 2.714 no exercício), comunicação no montante de R$ 915 no Acima de 360 dias 241.723 119.050 econômico-financeiro do Banco Safra S.A., no qual o Banco J. Safra S.A. está incluído. 1.895.691 759.127 16. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS - As transações com partes semestre (R$ 1.389 no exercício), processamento de dados no montante de R$ 554 no semestre (R$ 786 no exercício), serviços de terceiros no montante de R$ 1.834 no Total 1.905.734 760.862 relacionadas estão a seguir demonstradas: semestre (R$ 3.427 no exercício), serviços técnicos especializados no montante de Banco Consolidado Provisão para operações de crédito e de arrendamento mercantil R$ 1.291 no semestre (R$ 2.607 no exercício), despesas de manutenção no montante de 2005 2004 2005 A classificação das operações de crédito e de arrendamento mercantil, segundo seus níveis R$ 580 no semestre (R$ 800 no exercício), despesas de relações públicas no montante de risco e valores de aprovisionamento, conforme os critérios estabelecidos na Resolução Ativo/ Receita/ Ativo/ Receita/ Ativo/ Receita/ de R$ 1.118 no semestre (R$ 1.497 no exercício), despesas de publicações no montante CMN nº 2.682/99, em 31 de dezembro era a seguinte: (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) de R$ 99 no semestre (R$ 182 no exercício), despesas de serviços do sistema financeiro 2005 2004 Disponibilidades 1.786 77 520 1.730 77 no montante de R$ 1.467 no semestre (R$ 2.499 no exercício), despesas de depreciação/ Nível de risco Carteira Provisão Carteira Provisão Aplicações em Depósitos amortização no montante de R$ 1.478 no semestre (R$ 2.582 no exercício). c) Despesas AA 553.617 1.384 147.065 368 Interfinanceiros 777 21 777 antecipadas referem-se substancialmente a despesas de comissão na obtenção de A 1.036.881 5.184 375.564 1.878 Operações de câmbio (4) (79) 2.015 (15) (4) (79) financiamento de veículos e gastos com a colocação de títulos e valores mobiliários no B 261.375 2.614 158.381 1.584 Depósitos à vista (56) - (27.996) (56) - exterior, que são amortizadas linearmente em função dos períodos contratuais. d) Outros C 47.312 1.419 78.412 2.352 Depósitos investimentos no consolidado refere-se substancialmente a títulos patrimoniais da Bolsa D 2.019 202 982 98 interfinanceiros (47.662) (5.460) (5.460) de Mercadorias e Futuros (BM&F) no montante de R$ 8.116 e da Bolsa de Valores de São E 21 6 413 124 Negociação e Paulo (BOVESPA) no montante de R$ 8.910. e) A responsabilidade por avais, fianças e F 294 147 34 17 intermediação de valores (1.330) outras garantias prestadas montava, em 31 de dezembro de 2005, a R$ 11.324 (R$ G 8 6 - Empréstimos no exterior (10.414) - 19.426 em 2004), não havendo expectativas de perdas com essas operações. f) O seguro H 4.207 4.207 11 11 Instrumentos financeiros dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento Total 1.905.734 15.169 760.862 6.432 derivativos 10.904 - mercantil. DIRETORIA: ALBERTO JOSEPH SAFRA

BENEDITO IVO LODO FILHO

JOÃO BATISTA VIDEIRA MARTINS

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores acionistas Banco J. Safra S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco J. Safra S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o balanço patrimonial consolidado do Banco J. Safra S.A. e sua controlada em 31 de dezembro de 2005, e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do Banco J.Safra S.A. dos exercícios findos nessas datas e do segundo semestre de 2005, bem como as demonstrações consolidadas de resultado e das origens e aplicações de recursos do exercício findo em 31 de dezembro de 2005, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

MARCELO BALAN

MARCELO CURTI

CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e empresa controlada, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco J. Safra S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e do Banco J. Safra S.A. e

CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA TC CRC - 1SP 105795/O-1

empresa controlada em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do Banco J.Safra S.A. dos exercícios findos nessas datas e do segundo semestre de 2005, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidados do exercício findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme descrito na nota 10, em junho de 2005 ocorreu a integralização de capital social do Banco J. Safra S.A. com a conferência de quotas do capital de sociedade detentora do imóvel sede do Banco, sendo esta em seguida incorporada ao Banco, cujo processo encontra-se em análise no Banco Central do Brasil. São Paulo, 10 de fevereiro de 2006 João Manoel dos Santos Auditores Independentes Contador CRC 2SP000160/O-5 CRC 1RJ054092/O-0 “S” SP


Palocci: fim! O ministro Palocci saiu ontem do Torto (foto) praticamente ex-ministro. Lula lhe disse que o governo não pode continuar "sangrando em praça pública". E o senador Mercadante, à disposição do governo, tem conversa marcada com o presidente, hoje à noite. Deverá cair também o presidente da CEF, Jorge Mattoso. Página 3 Celso Junior/AE

Ano 81 - Nº 22.094

São Paulo, segunda-feira 27 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h00

www.dcomercio.com.br/c ampinas/ José Paulo Lacerda/Pixel

Guia turístico pelos escândalos da era Lula Mansão de Ribeirão Preto, agência do Banco Rural, o apartamento de Jefferson, os Correios... Revisamos a Brasília da era Collor. Páginas 4 e 5 Emiliano Capozoli/LUZ

Gosto amargo na doce Páscoa: os impostos No ovo de chocolate, 39,20% do recheio são tributos. No bacalhau, 29,17%. No vinho, 54,74%. Amarga páscoa, Economia/1. Remédios? 35,07%. Eco/9 Eduardo Nicolau/AE

Com um fio de esperança

ANOMIA

Palmeiras empata com o Corinthians (foto), que já está fora. E São Paulo ganha do Rio Branco. O Paulistão ainda é possível para os dois. Mas o Santos continua folgado na liderança. DC Esporte

Significa invalidade das normas sociais, descontrole do Estado. O sociólogo alemão Dahrendorf sintetiza, com uma só palavra: impunidade! Página 10

TEMPO EM CAMPINAS Nublado Máxima 26º C. Mínima 17º C.

é a palavra do momento

Antonio Gramsci A concepção de poder do filósofo (foto) é a chave para entender o PT. Pág. 12


segunda-feira, 27 de março de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

3,4

IR: MAIS DE 4 MILHÕES EM DIA COM O FISCO

bilhões de reais foi o quanto o setor farmacêutico recolheu de ICMS em 2004.

Milton Mansilha/LUZ

ESTUDO MOSTRA QUE CARGA MÉDIA SOBRE MEDICAMENTOS É DE 35,07%

MAIS DE 20 TRIBUTOS ENCARECEM OS REMÉDIOS Patrícia Cruz/LUZ

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o ponto de vista tributário, no Brasil sai mais em conta comprar medicamentos de uso veterinário do que remédio comum, embora isso não seja recomendável sob o aspecto da medicina humana. Enquanto os impostos oneram em 14,31% o preço final dos primeiros, os remédios para uso humano vendidos nas farmácias embutem 35,07% de tributos. Os dados estão em estudo inédito feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) para a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). Entre os mais de 20 tributos suportados pelo setor, o maior vilão é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), responsável por quase a metade da tributação dos medicamentos. Em São Paulo, Paraná e Minas Gerais, ele representa 18% do valor final dos produtos. No Rio de Janeiro, a alíquota passou para 19% em janeiro, com a criação do Fundo para Combate à Pobreza. Nos outros estados, o ICMS é de 17%. Reforma – Com o estudo em mãos, a Febrafarma pretende participar das discussões que tratam da reforma tributária. Um dos pontos mais visados pelo setor é a unificação das alíquotas do ICMS. Atualmente com 27 legislações e 44 alíquotas, a reforma prevê que o imposto passará a ter uma só legislação e apenas cinco alíquotas. Medicamentos, produtos que compõem a cesta básica e insumos agrícolas entrariam na menor faixa de valor.

A

Gilberto Luiz do Amaral, do IBPT: Brasil é o País que mais tributa remédios

De acordo com o IBPT, em 2004, dos R$ 119 bilhões recolhidos com o ICMS, R$ 3,4 bilhões vieram do setor farmacêutico. "É preciso adotar logo a alíquota única e reduzir a carga do ICMS. Diminuir o tributo dos medicamentos é baixar o preço final. Isso é necessário, pois um terço da população não tem condição de adquirir remédio", diz Ciro Mortella, presidente da Febrafarma. O levantamento do IBPT também mostra que, no orçamento das famílias brasileiras, o item que, isoladamente, tem mais peso é o medicamento (2,17%). Entre as famílias que sobrevivem com um salário mínimo, 3,09% da renda é comprometida com remédios. No outro extremo, as famílias com renda superior a R$ 6 mil usam 1,33% dos ganhos para essa finalidade. "O Brasil é o país que mais cobra tributos no mundo sobre os produtos direcionados à proteção da vida e manutenção da saúde, ainda que a Constituição Federal pregue a preservação da vida e saúde do cidadão", comenta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias também está na luta pela redução da carga tributária. Campanha lançada em agosto do ano passado pela entidade coleta assinaturas de apoio para redução do ICMS que incide sobre os remédios. Mais de 3,6 milhões de assinaturas já foram recolhidas e serão encaminhadas ao Congresso Nacional. Renato Carbonari Ibelli

Acerto com o Leão Receita Federal havia recebido 4,1 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005) até a última sexta-feira. Esse volume representa aumento de 10,8%

sobre o entregue em igual período do ano passado. De acordo com o fisco, 3,92 milhões de contribuintes optaram pelo programa disponível na internet e 175 mil pelo formulário online.

DC e Confirp esclarecem dúvidas sobre o IR

Marilucia Leão (de branco): auxílio para ela e para os estudantes

Ajuda dos universitários na declaração de IR

F

alta pouco mais de um mês para terminar o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006, obrigatória para quem teve, no ano passado, rendimentos tributáveis superiores a R$ 13.968,00. Por isso, universidades de São Paulo têm orientado os contribuintes com rendimento anual de até R$ 30 mil, possuidores de bens de até R$ 200 mil e que não sejam sócios de empresas sobre como prestar contas ao Leão. A Receita Federal espera receber 22 milhões de declarações. De acordo com a coordenadora dos cursos de Gestão Financeira e Ciências Contábeis da Faculdade Radial, Flávia Santos, o serviço ajuda o contribuinte a entender o que ele paga realmente de imposto e o que ele pode deduzir. "Prestamos consultoria desde 2001 e, no ano passado, atendemos mais de 200 pessoas. Acredito que esse ano auxiliaremos cerca de 400 contribuintes." Ângela de Almeida Silva sempre fez a sua declaração de IR sozinha, mas como vendeu um apartamento no ano passado não sabia como declará-lo. "Procurei a ajuda dos alunos para não errar", afirma. Ela aproveitou e levou a mãe Iraci Rodrigues de Almeida para fazer também sua declaração. A auxiliar de secretaria da Faculdade Radial, Marilucia Machado Santos Leão, fez a declaração do IR com os alunos por acreditar que isso ajuda no aprendizado deles. Já Maria Neide Ribeiro economizou R$ 30. "Sempre paguei para fazerem a minha declaração, mas esse ano uma amiga me indicou a faculdade e não tive dúvida. Agora posso sair daqui e gastar esse dinheiro em outra coisa", comenta. Luiz Rodrigues Diniz, operador de máquina, procurou a

ajuda porque o amigo que sempre fez sua declaração não se sentiu seguro. "Ele sempre fez no modelo simplificado, mas como esse ano optei pelo completo, resolvi procurar a ajuda de pessoas que conhecem o assunto", afirma. Diniz ficou surpreso quando soube que a empresa em que trabalha não identificou quanto que ele paga de seu convênio médico. Por isso vai procurar o departamento pessoal para verificar se tem ou não direito à restituição. Segurança – De acordo com a assessoria de imprensa do Centro Universitário Nove de Julho (Uninove), os próprios funcionários se sentem mais seguros com o auxilio. É o caso de Cidinha Finimundi, que atua no departamento de comunicação. Desde 1990, quando começou a trabalhar na faculdade, ela faz sua declaração com a ajuda dos alunos. "Me sinto mais segura porque a chance de erro é menor", diz. Já a auxiliar administrativa Renata Silva de Queiroz, de 24 anos, teve de fazer pela primeira fez a declaração. "Nunca tinha feito e quando vi o anúncio do serviço da universidade não tive dúvida. Agendei", comenta. Ela diz que no próximo ano procurará novamente o serviço. "Mas com o tempo farei sozinha", observa. Para o usar o serviço é importante não esquecer documentos de identificação pessoal, notas fiscais de despesas dedutíveis (se optar pelo modelo completo), informe de rendimentos do ano-calendário e a declaração de 2005. Vivian Costa

SERVIÇO Universidade Cidade de São Paulo (2178-1331); Faculdade Radial (5541-5533); Trevisan Escola de Negócios (31385200); Uninove (3665-9784); Metodista (4366-5637)

Tenho 22 anos e figuro como dependente na declaração de IR do meu pai. Ocorre que já tenho emprego próprio, e a partir do ano que vem devo começar a declarar minha renda; todavia, não sei por onde começar. Onde posso encontrar legislação pertinente para que eu possa me informar, pois o site da Receita não é muito explicativo para quem vai fazer a declaração pela primeira vez. (Fernanda Batista) Você pode continuar figurando como dependente do seu pai, desde que também declare os seus rendimentos na declaração dele. Assim ficará dispensada da apresentação da sua declaração. Por outro lado, também poderá fazer a sua declaração em separado. Nesse caso, deverá deixar de figurar como dependente do seu pai. Sobre legislação, veja Instrução Normativa SRF nº 15/2001 e também informações (item "Ajuda") dentro do próprio programa da declaração, disponível para download no site da Receita Federal. Durante o ano de 2005, fiz diversos pagamentos à minha faculdade, porém algumas prestações atrasaram e acabei pagando apenas em janeiro de 2006. Desta forma, estes pagamentos que fiz em janeiro de 2006, mas que se referem ao ano de 2005, podem ser utilizados como dedução na declaração de IRPF/2006, ou devo utilizar apenas na declaração de IRPF/2007? (Luís Fernando Barreiros Monteiro) Os valores pagos em 2006, referentes ao ano de 2005, devem ser computados para dedução apenas na declaração do IR de 2007 (ano-base 2006), pois somente podem ser computados os valores efetivamente pagos ou recebidos dentro do ano-base da decla-

ração de ajuste (2005). Comprei um carro no ano passado e paguei metade à vista. A outra metade fiz na forma de leasing, em 24 parcelas (que vão até 2007). Devido ao leasing, o carro está em nome do banco. Como devo declarar? Em que campo na declaração devo informar o valor já desembolsado e o restante que devo pagar? (Luíza Helena) Deve informar a compra do veículo no campo Bens, descrevendo o valor total do bem e o valor financiado. No campo para preenchimento dos valores, deverá informar o que foi efetivamente pago em 2005. À medida que forem sendo pagas as prestações, deverá informá-las na sua declaração correspondente ao ano em que houve o efetivo pagamento. Assim, na declaração de 2007 o valor do bem irá aumentar, em face dos pagamentos no ano de 2006. Como devo declarar um plano de previdência privada, o VGBL, adquirido na metade do ano passado? Nunca fiz saques. (Beatriz Lourenço) Nesse caso você deve informar os valores no campo Bens, Código 49 (outras a p l i c a ç õ e s / i n v e s t i m e ntos), lançando o saldo do VGBL que consta no seu informe de rendimentos que você recebeu do banco.

TIRA-DÚVIDAS

A

s questões dos contribuintes sobre o preenchimento da declaração do IR devem ser encaminhadas para o e-mail www.irpf@dcomercio.com.br

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: King Nordeste Ltda. - Autofalência - Reqdo: King Nordeste Ltda. - Autofalência - Rua Prof. Giuliani, 262 - 02 V. Falências Reqte: Adisseo Brasil S.A. - Reqdo: Granja Saito S.A. - Rua Bretano, 537 - 01ª V. Falências Reqte: Flytour Agência de Viagens e Turismo Ltda. - Reqdo: Perigeu Viagens e Turismo Ltda. Rua Luis Delfino, 127 - 02ª V. Falências Reqte: Petrosul Distribuidora, Transportadora e Com. de Combustíveis Ltda. - Reqdo: Auto Posto Megasel Ltda. - Av. Dr. Cardoso de

ATA

Melo, 925 - 01ª V. Falências Reqte: Maria de Fátima Gonzaga Barcelos - Reqdo: NUR Confecções Indústria e Comércio Ltda. - Rua Terezinha Di Spagna Lobo, 131 02ª V. Falências Reqte: Indalécio Besson - Reqdo: Indústrias Matarazzo de Papéis S.A. - Rua Joli, 223 01ª V. Falências Reqte: Lord Ind. e Com. de Embalagens Plásticas Ltda. - Reqdo: Sammy Ind. e Com. de Produtos Higiênicos Ltda. - Rua Forte do Triunfo, 45 - 01ª V. Falências


Palocci: fim! O ministro Palocci saiu ontem do Torto (foto) praticamente ex-ministro. Lula lhe disse que o governo não pode continuar "sangrando em praça pública". E o senador Mercadante, à disposição do governo, tem conversa marcada com o presidente, hoje à noite. Deverá cair também o presidente da CEF, Jorge Mattoso. Página 3 Celso Junior/AE

Ano 81 - Nº 22.094

São Paulo, segunda-feira 27 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r José Paulo Lacerda/Pixel

Guia turístico pelos escândalos da era Lula Mansão de Ribeirão Preto, agência do Banco Rural, o apartamento de Jefferson, os Correios... Revisamos a Brasília da era Collor. Páginas 4 e 5 Emiliano Capozoli/LUZ

Gosto amargo na doce Páscoa: os impostos No ovo de chocolate, 39,20% do recheio são tributos. No bacalhau, 29,17%. No vinho, 54,74%. Amarga páscoa, Economia/1. Remédios? 35,07%. Eco/9 Eduardo Nicolau/AE

Com um fio de esperança

ANOMIA

Palmeiras empata com o Corinthians (foto), que já está fora. E São Paulo ganha do Rio Branco. O Paulistão ainda é possível para os dois. Mas o Santos continua folgado na liderança. DC Esporte

Significa invalidade das normas sociais, descontrole do Estado. O sociólogo alemão Dahrendorf sintetiza, com uma só palavra: impunidade! Página 10

HOJE Nublado Máxima 25º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 16º C.

é a palavra do momento

Antonio Gramsci A concepção de poder do filósofo (foto) é a chave para entender o PT. Pág. 12


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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segunda-feira, 27 de março de 2006

2,28

reais foi a cotação de fechamento do dólar paralelo para venda na última sexta-feira

24/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 23/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.078.066,83 Lastro Performance LP ......... 785.255,08 Múltiplo LP .............................. 1.989.795,03 Esher LP .................................. 2.460.440,64 Master Recebíveis LP ........... 136.730,91

Valor da Cota Subordinada 1.011,828517 992,564713 1.006,699355 1.002,008790 957,268117

% rent.-mês 2,3108 - 0,7435 1,6876 0,2143 - 4,2732

% ano 3,5679 - 0,7435 0,6699 0,2009 - 4,2732

Valor da Cota Sênior 0 1.009,993270 1.015,811422 0 0

% rent. - mês 0,9993 1,1592 -

% ano 0,9993 1,5811 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

7

Cidades FEIRAS DO ROLO: SOLUÇÃO BEM ALÉM DE UM PROJETO DE LEI

Fernandinho BeiraMar foi transferido de Maceió para a sede da PF, em Brasília.

Para a polícia elas são o "local certo para o comércio de produtos ilícitos". Para o subprefeito de São Mateus, sem agentes e a polícia, a fiscalização é ineficaz. Mesmo assim, o vereador Jooji Hato crê que um projeto de lei resolverá o problema.

Ivan Ventura

A

s 13 feiras do rolo espalhadas pela cidade há tempos deixaram de ser pontos de troca de mercadorias usadas. Hoje, a preocupação dos marreteiros é vender seus produtos e reforçar seu orçamento mensal. Mas o que para uns pode ser apenas um "bico", para outros, os motivos podem ser bem diferentes: uma desculpa para que criminosos usem os espaços das feiras para comercializar mercadorias roubadas, furtadas, contrabandeadas ou pirateadas. Por esse motivo, mas principalmente atendendo a um pedido da polícia, a Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de São Paulo criou, no fim do ano passado, projeto de lei (PL) que propõe regularizar as feiras do rolo. Caso o projeto seja aprovado, o autor da proposta, o vereador e presidente da comissão Jooji Hato (PMDB), espera que a Prefeitura assuma o papel de fiscal das feiras do rolo. Entretanto, o subprefeito de São Mateus, Clóvis Luiz Chaves, alerta para a inviabilidade de uma fiscalização no local. Em razão da dimensão das feiras, ela fiz que "qualquer ação fiscalizatória torna-se ineficaz. Esse tipo de operação necessita de muitos agentes e também de apoio da polícia", disse. Jooji Hato afirma que sua intenção é isolar os maus ambulantes e diminuir a criminalidade nesses locais. Entre a realidade das feiras do rolo e a proposta do vereador há, contudo, um abismo enorme, escavado pela desinformação do parlamentar. A realidade – As feiras do rolo revelam problemas cujas soluções vão bem além de uma simples proposta do Legislativo. Com o objetivo de traçar o perfil dessa atividade, a reportagem do DC visitou a feira do rolo de São Mateus (conhecida como Feira da Vitória), no extremo leste da cidade. Realizada aos domingos, ela está localizada na avenida Forte do Leme e ruas adjacentes (a 300 metros do 49º DP), compreendendo uma área total de cerca de 3 km². O movimento alcança impressionantes 1.200 ambulantes que, por sua vez, atraem 15 mil visitantes por domingo. Do total de marreteiros, 738 estão cadastrados na Associação dos Vendedores Ambulantes de São Mateus (Avasma), órgão que organiza a feira há 8 anos. Segundo a Avasma, os "rolos" (trocas) começam a partir das 8h. Por volta do meio-dia o número de compradores atinge o auge e as irregularidades ficam aparentes. Espalhados pela feira, a maioria dos ambulantes vende peças usadas de carros, som ou outro tipo de eletrônico, artesanato, DVDs e CDs. São cadastrados na Avasma, mesmo os que vendem CDs piratas. Mas é nas esquinas da avenida Forte do Leme com a rua Forte do Rio Negro que acontecem os negócios ilícitos. Nesse ponto há uma grande concentração de ambulantes oferecendo celulares e frentes de som automotivo de vários modelos, todos aparentemente de origem duvidosa – muitos deles sem notas fiscais ou embalagens lacradas. Na mesma esquina dos celulares e som automotivos, também são comercializadas motocicletas. Comenta-se entre os freqüentadores que a maior parte das motos é roubada ou

Objetivo inicial das feiras do rolo era trocar mercadorias

furtada. Há quem diga ser possível adquirir documentação "fria" de veículos. Um desses mercadores de motos foi abordado, mas recusou-se a falar. Um olhar mais atento e o consumidor pode se deparar ainda com vendedores de "chumbinho". Esse produto é um conhecido defensivo agrícola denominado Temik 150, usado para erradicar pragas agrícolas. A venda para qualquer outra finalidade é proibida. Além disso, é um veneno letal para seres humanos. Ocorre que o "chumbinho" também é usado como raticida e essa prática também não é permitida por lei. Outra característica de ilegalidade da feira são os jogos de azar. Considerado crime federal, a jogatina ilegal de maior sucesso na feira é a roleta: o apostador escolhe um número e investe uma determinada quantia em dinheiro. "Eles também pediram para serem cadastrados na associação, mas tivemos de recusar o pedido", disse o presidente da Avasma, Marcos Valé-

rio Cardoso dos Santos. Ele acredita que os camelôs não-cadastrados são justamente aqueles que comercializam os produtos proibidos por lei. "Eles sempre perguntam da possibilidade de ingressarem na associação. Quando revelam os produtos comercializados, negamos o cadastramento. Mesmo sabendo das irregularidades não interfiro no comércio deles". Existem várias histórias de delitos cometidos na feira do rolo de São Mateus. Um dos crimes ocorreu no início do ano. "Certa vez um homem estava interessado em comprar uma moto e veio até a feira. Escolhida a mercadoria, o comprador pediu ao dono para testar a moto em uma rua distante da feira. Chegando ao local, o vendedor sacou um revólver, anunciou o assalto e obrigou o cliente a entregar seu dinheiro. A vítima foi embora sem a moto e sem o dinheiro" , revelou um ambulante que preferiu não se identificar com medo de represálias.

Cristina Yamada: carro clonado e usado em assalto

Um clone, um susto

A

assessora parlamentar Cristina Yamada, 45 anos, defensora do projeto de lei que pretende disciplinar a feira do rolo, foi uma vítima indireta (mas com consequências bastante diretas) de marreteiros desses locais. No ano passado, seu carro foi clonado e usado em um assalto. "Um dia, uma amiga chamou a minha atenção para um assalto que estava sendo transmitido ao vivo na televisão. No dia seguinte, a surpresa: um policial ligou para minha casa e perguntou se meu carro havia sido roubado. Respondi que não e pensei que era trote". Mas não era. O policial disse que o carro havia sido clonado e pediu que Cristina que o levasse à

delegacia. "Fui ao 45º Distrito Policial, na Vila Maria e tive uma segunda surpresa: o carro clonado estava com o assaltante que vi na televisão". Terceira surpresa: "Chegando na delegacia, vi que o veículo clonado era exatamente igual ao meu. O mais estranho é que a documentação era a mesma: havia meu endereço, meu nome e até a mesma capa que protege a documentação do veículo". Preso o assaltante João Paulo Moreira Serpa, 23 anos, admitiu ter comprado o veículo na feira do rolo da avenida General Edgard Facó, na Freguesia do Ó. Pelo veículo, Serpa pagou R$ 5 mil. "E me pergunto: como descobriram tudo a meu respeito, já que nunca tive meus documentos ou os do carro roubados?", questionou Cristina. (IV)

Na feira do rolo de São Mateus, na zona leste, um pouco de tudo: rádios, motos e telefones celulares

"Furtos, roubos e receptação"

A

necessidade de regulamentação das feiras do rolo partiu de policiais da 8ª Seccional Leste (São Mateus). Em 2003, os investigadores elaboraram um relatório sobre os delitos cometidos no local e o entregaram à Câmara Municipal. No dossiê, eles definiram a feira do rolo de São Mateus como "local certo para o comércio de produtos ilícitos (furto, roubo, receptação) ocorridos na região". Além disso, o documento cita a alta incidência de furtos de automóveis, com a média de sete veículos por domingo nas ruas próximas da feira. O relatório da polícia menciona ainda frequentes ações de "pseudos policiais" ou fiscais que extorquem ambulantes. Um desses casos aconteceu em abril de 2003, quando um policial militar e um professor foram flagrados exigindo dinheiro de marreteiros. Os que não pagavam, tinham as mercadorias apreendidas. Sobre os furtos ou roubos de veículos, a polícia acredita que esses tipos de delitos acontecem na avenida Ragueb Chohfi, a poucos metros da feira, on-

Rádios e celulares: produtos comuns na feira do rolo de São Mateus

de, segundo os policiais, muitos frequentadores estacionam seus veículos. Aves – Atualmente, o projeto percorre as comissões parlamentares e precisa ser submetido a duas votações em plenário. Até lá, o texto deverá passar por alterações. A atual redação da propositura proíbe o comércio de automóveis e armas de fogo, mas não aborda os produtos mais vendidos nesses locais: celulares, equipamentos de som (frente de aparelho de som automotivo ou alto falante), CDs e DVDs pirateados e até aves silvestres ameaçadas de extinção, cuja comercialização é crime am-

biental, inafiançável. Ainda de acordo com a proposta, a permissão para trabalhar nesses locais só ocorrerá após a emissão de um alvará de autorização da subprefeitura mais próxima do local da realização da feira. Jooji Hato disse ainda que os ambulantes deverão entregar o atestado de antecedentes criminais. "O marreteiro com passagem pela polícia não poderá trabalhar nesses locais. Somente as pessoas de bem", comentou o vereador. Quem desobedecer a nova legislação estará sujeito a uma multa de R$ 5 mil e poderá ter a mercadoria apreendida. (IV)


segunda-feira, 27 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

11

0,28

PALOCCI EVITA CONTATO COM IMPRENSA

por cento foi a alta na sexta-feira do Ibovespa, principal indicador do mercado acionário

Fernando Donasci/Folha Imagem

Credit Suisse: PF apreende passaportes

PALOCCI REAPARECE Depois de um período de reclusão, o ministro participou na sexta-feira de evento com empresários em São Paulo. E pediu desculpas pelo sumiço.

A

Trocando o discurso pronto pelo improviso, ministro da Fazenda disse a empresários em São Paulo que já está acostumado a "apagar incêndios"

O

viu no alvo de denúncias. Há sete meses, após acusações feitas publicamente por seu ex-assessor Rogério Buratti, Palocci convocou a imprensa em um domingo para prestar esclarecimentos. Dispôs-se a responder até a última pergunta dos jornalistas e afirmou que não deixaria o cargo. Desta vez, preferiu São Paulo, um palco não-oficial, rodeado pelo empresariado que apóia sua condução da economia. Evitou o contato com os jornalistas, colocados em uma área reservada do auditório, a pedido do Ministério. Pelos fundos — Palocci passou seu recado e partiu como chegou, pelos fundos do pré-

ministro da Fazenda, Antonio Palocci, valeu-se mais uma vez, na última sexta-feira de uma aptidão da qual se orgulha, a de apagar incêndios. "Eu estou sempre do lado dos bombeiros", afirmou o ministro a uma platéia de cerca de 700 empresários presentes a um evento promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham). Exceto por adversários políticos, os ouvintes se mostraram tranqüilizados pelas palavras de Palocci. A técnica de combate ao incêndio, no entanto, foi bem diferente da adotada em outra ocasião em que o ministro da Fazenda se

dio da Amcham. No início de sua fala, após arrancar algumas risadas da platéia com piadas improvisadas, anunciou que ia deixar de lado o discurso "longo e chato" e os "gráficos chatésimos" que havia preparado e "deixar menos a razão falar e mais o coração". Usou um tom franco, mas mediu bem as palavras e consultou anotações todo o tempo. Fez uma explanação das conquistas econômicas, que fez questão de não atribuir somente a si próprio. Quase no fim, quando a platéia já tinha ouvido o que gosta, ele voltou à política e chegou a pedir desculpas pelo sumiço de uma semana.

"Vou fazer isso sempre que a discussão resvalar para um plano que desrespeita as instituições e as pessoas", afirmou. Palocci prometeu se dedicar para assegurar a manutenção da estabilidade econômica "em seu trabalho o ano todo". "Por mais que pessoalmente eu enfrente um período maior de turbulências pessoais, vou buscar a serenidade necessária para enfrentar essa turbulência, não vou misturar isso com o meu trabalho." E, também em nome dessa estabilidade econômica brasileira, o ministro fez um apelo político: "Nós não podemos nos perder em conflitos intermináveis". (Reuters)

Remessas — Segundo a PF, as investigações criminais da Operação Suíça começaram em dezembro e já foram obtidos fortes indícios de que os suspeitos efetivamente estavam atuando de modo ilegal, proporcionando a remessa ao exterior de grandes somas de valores de origem suspeita, pertencentes a brasileiros e estrangeiros residentes no País, fato que, em tese, pode configurar crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Irritados, os porta-vozes do Credit Suisse adotaram a política de se recusar a dar qualquer tipo de informação sobre o escândalo e a respeito de eventuais envolvidos. O banco se recusou até mesmo a informar se também estaria sendo investigado na Suíça pelos acontecimentos no Brasil. "Não vou dar esse tipo de informação", afirmou na sexta-feira David Walker, representante do Credit Suisse em Nova York. (AE)

Polícia Federal apreendeu, como parte da Operação Suíça, o passaporte de seis gerentes do banco suíço Credit Suisse em São Paulo. Os executivos estão impedidos de deixar o País sem consentimento da Justiça. Os seis gerentes que ficaram sem os passaportes foram identificados como R.C.H. (cidadão suíço de 40 anos, gerente-regional), C.M.S.M. (cidadão luso-suíço de 37 anos, gerente-geral), J.S. (cidadão suíç o d e 3 4 a n o s , g e re n t e d e contas), D.A.L. (cidadão suíço de 35 anos, gerente de contas), S L.A. (brasileira de 46 anos, gerente de contas) e M.C.A.M. (brasileira de 41 anos, gerente de contas do banco). Na última quarta-feira, a PF prendeu o gerente internacional para negócios do Brasil do Crédit Suisse, Peter Schaffner, no momento em que ele tentava embarcar para o exterior no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.

AGENDA TRIBUTÁRIA

Março/Última semana IRPJ - Apuração trimestral -

IRPF - Lucro na alienação de

Nota: O saldo deverá ser acres-

ICMS/SP –CNAE´S - 15113 a

Pagamento da 3 quota do Imposto

bens ou direitos - Pagamentos, por

cido de juros pela taxa Selic de feve-

15229, 15318 a 15423, 15512 a

de Renda devido, no 4 trimestre de

pessoa

reiro/2006 mais 1%.

15890,

a

2005, pelas pessoas jurídicas sub-

domiciliada no Brasil, do Imposto

19291, 20109 a 20290, 22144 a

metidas à apuração trimestral, com

22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a

DIA 27

a

pecial (Paes) da parcela mensal,

informações do mês de fevereiro/

acrescida de juros pela TJLP;

2006, relativas às obrigações tribu-

c) pelas pessoas jurídicas en-

tárias do IPI, do PIS-Pasep e da

Finor – Finam – Funres - Re-

quadradas no Simples, optantes

Cofins, pelas empresas fabricantes

de Renda devido sobre ganhos de

colhimento do valor da opção com

pelo parcelamento em até 60 pres-

de cigarros.

base no lucro real, presumido ou

capital (lucros) percebidos no mês

base no IRPJ devido, no mês de

tações (Lei n

26999,

arbitrado, acrescida de juros pela

de fevereiro/2006 provenientes de:

fevereiro/2006, pelas pessoas jurí-

27421, 31429, 31526, 31607, 34312

taxa Selic de fevereiro/2006 mais

a) alienação de bens ou direitos

a

1%.

17116,

26190,

34495,

17191,

26301,

35220,

19100

26492,

35920,

35998,

o

física

residente

ou

adquiridos em moeda nacional.

o

IPI (DIF-Bebidas) - Entrega da

10.925/2004).

Declaração Simplificada de

Declaração Especial de Informa-

dicas que optaram pelo pagamen-

Pessoa Jurídica Inativa - Entrega

ções Fiscais relativas à tributação de

to mensal do IRPJ por estimativa -

da Declaração Simplificada de Pes-

bebidas (DIF-Bebidas), com infor-

36110 a 36919, 37109, 37206 e

IRPJ - Lucro Real anual - Saldo

b) alienação de bens ou direitos

art. 9 da Lei n 8.167/1991 (aplica-

soa Jurídica Inativa, relativa ao

mações do mês de fevereiro/2006,

60232 a 60259. - último dia para

de 2005 - Pagamento do saldo do

ou liquidação ou resgate de aplica-

ção em projetos próprios). Finor:

ano-calendário de 2005.

pelo estabelecimento matriz, inde-

recolhimento do ICMS apurado no

imposto devido no ano-calendário

ções financeiras, adquiridos em

9017; Finam: 9032; Funres: 9058

mês de fevereiro/2006

de 2005, pelas pessoas jurídicas

moeda estrangeira.

o

o

Finor – Finam – Funres - Re-

IPI (exceto o devido por ME

pendentemente de ter havido ou

ou EPP) – Pagamento do IPI apu-

não apuração do IPI, movimenta-

rado no 2

ção de insumos, selos de controle

submetidas à apuração anual do

IRPF - Renda variável - Paga-

DIA 31

lucro real (optantes pelo pagamen-

mento do Imposto de Renda devi-

da opção com base no IRPJ devido,

2006

ISS - ENTREGA DA DECLA-

to mensal do imposto por estimati-

do por pessoas físicas sobre ganhos

no 4

trimestre de 2005, pelas pes-

classificados nas posições 84.29,

referência, conforme IN n

va).

líquidos auferidos em operações

soas jurídicas submetidas à apura-

84.32 e 84.33 (máquinas e apare-

2003.

RAÇÃO ELETRÔNICA DE SER-

colhimento da 3

a

o

parcela do valor

o

decêndio de março/

incidente

sobre

produtos

ou produtos acabados, no mês de o

325/

pela

Nota: O saldo deverá ser acres-

realizadas em bolsas de valores, de

ção trimestral do lucro real - art. 9

lhos) e nas posições 87.01, 87.02,

IPI – DNF - Apresentação do

Internet, da Declaração Eletrônica

cido de juros pela taxa Selic de feve-

mercadorias, de futuros e asseme-

da Lei n

8.167/1991 (aplicação em

87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veí-

Demonstrativo de Notas Fiscais

de Serviços (DES), versão 1.2, rela-

reiro/2006 mais 1%.

lhados, bem como em alienação de

projetos próprios). Finor: 9004; Fi-

culos automóveis e motocicletas),

(DNF) - Programa versão 2.0, pelos

ouro, ativo financeiro, fora de bol-

nam: 9020; Funres: 9045

todos da TIPI.

fabricantes, importadores e distri-

VIÇOS (DES) - Entrega,

tiva ao mês de janeiro/2006. A Se-

IRPJ - Renda variável - Paga-

cretaria de Finanças e Desenvolvi-

mento do Imposto de Renda de-

mento Econômico coloca à dispo-

vido

líquidos

sição dos interessados o endereço a

o

o

Operações

IPI (exceto o devido por ME

buidores atacadistas dos produtos

CSL - Apuração mensal - Paga-

Imobiliárias (DOI) - Entrega à Re-

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

relacionados nos Anexos I e II da IN

auferidos no mês de fevereiro/

mento da Contribuição Social so-

ceita Federal, pelos Cartórios de

do no 2

n

seguir para transmissão do arquivo

2006 por pessoas jurídicas, inclu-

bre o Lucro devida, no mês de feve-

Ofício de Notas, de Registro de

incidente sobre produtos das posi-

importadores de biodiesel (IN 516/

gravado em disquete com a decla-

sive as isentas, em operações rea-

reiro/2006, pelas pessoas jurídicas

Imóveis e de Registro de Títulos e

ções 87.03 e 87.06 da TIPI (auto-

2005), com informações relativas

ração gerada pelo programa da De-

lizadas em bolsas de valores, de

que

Documentos, da Declaração de

móveis e chassis).

ao mês de referência fevereiro/

claração Eletrônica de Serviços

mercadorias, de futuros e asse-

mensal do IRPJ por estimativa.

(DES): Rua Brigadeiro Tobias, 691,

melhadas, bem como em aliena-

térreo - RM 22 (guichê 46) (Portaria SF n

o

12/2004).

Cofins/CSL/ PIS-Pasep -

Re-

sobre

ganhos

sa, no mês de fevereiro/2006.

optaram

pelo

pagamento

Declaração

de

o

decêndio de março/2006

o

445/2004 e pelos produtores e

Operações Imobiliárias relativa às

IPI devido por ME ou EPP

CSL - Apuração trimestral -

operações de aquisição ou aliena-

não optantes pelo Simples - Pa-

IPI Fabricante de produtos do

ções de ouro, ativo financeiro, e

Pagamento da 3 quota da Contri-

ção de imóveis realizadas, durante

gamento do IPI apurado no mês

Capítulo 33 da TIPI - Prestação de

de participações societárias, fora

buição Social sobre o Lucro devida,

o mês de fevereiro/2006, por pesso-

de fevereiro/2006 pelo contribu-

informações pelos fabricantes de

de bolsa.

no 4

as físicas ou jurídicas.

inte

como

produtos do Capítulo 33 da TIPI

microempresa (ME) ou empresa

(produtos de higiene pessoal, cos-

de pequeno porte (EPP), confor-

méticos e perfumes) com receita

me definidas no art. 2

bruta no ano-calendário anterior

a

o

trimestre de 2005, pelas pes-

Refis/Paes/Simples (Lei n

enquadrado

2006.

tenção na Fonte - Recolhimento da

IRPJ/Simples - Lucro na alie-

soas jurídicas submetidas à apura-

Cofins, da CSL e do PIS-Pasep reti-

nação de Ativos - Pagamento do

ção trimestral do IRPJ (com base

dos na fonte sobre remunerações

Imposto de Renda devido pelas

no lucro real, presumido ou arbi-

pagas por pessoas jurídicas a outras

empresas optantes pelo Simples

trado), acrescida de juros pela taxa

optantes pelo Programa de Recu-

9.841/1999 e não optantes pelo

igual ou superior a R$ 100 milhões,

pessoas jurídicas (Lei n

10.833/

incidente sobre ganhos de capital

Selic de fevereiro/2006 mais 1%.

peração Fiscal (Refis):

Simples (art. 202, inciso V, do

constantes do Anexo Único da IN

2003, arts. 30, 33 e 34), no período

(lucros) obtidos na alienação de

CSL - Lucro Real anual - Saldo

devida

RIPI/2002). Código Darf: 0668,

SRF

de 1

ativos no mês de fevereiro/2006.

de 2005 – Pagamentos do saldo da

com base na receita bruta do mês de

1020 e 1097 (todos os produtos,

bimestre janeiro/fevereiro/2006 à

fevereiro/2006;

com exceção de bebidas do Capí-

Unidade da Receita Federal com

tulo 22 e cigarros dos códigos

jurisdição sobre o domicílio da

2402.20.00 e 2402.90.00)

matriz.

o

o

a 15.03.2006.

o

10.925/2004) - Pagamento: a)

pelas

I-da

pessoas

parcela

jurídicas

mensal

o

da Lei n

o

IRPJ - Apuração mensal - Pa-

IRPF - Carnê-leão - Pagamen-

Contribuição Social Sobre o Lucro

gamento do Imposto de Renda de-

to do Imposto de Renda devido por

devida no ano-calendário de 2005,

II - da prestação do parcela-

vido, no mês de fevereiro/2006, pe-

pessoas físicas sobre rendimentos

pelas pessoas jurídicas submetidas

mento alternativo em até 60 presta-

las pessoas jurídicas que optaram

recebidos de outras pessoas físicas

à apuração anual do lucro real

ções (acrescida de juros pela TJLP);

IPI (DIF-Cigarros) – Entrega

pelo pagamento mensal do impos-

ou de fontes do exterior no mês de

(optantes pelo pagamento mensal

b) pelas pessoas físicas e jurídi-

da Declaração Especial de Informa-

to por estimativa.

fevereiro/2006.

do imposto por estimativa).

cas optantes pelo Parcelamento Es-

ções Fiscais (DIF-Cigarros), com

n

o

Fonte

47/2000,

referente

ao


8

Urbanismo Memória Compor tamento Transpor tes

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Réplica da caravela Nina (da frota de Colombo) navegou pela Baía de Todos os Santos (BA).

VESTIDOS COLORIDOS E DENTES DE OURO

Fotos de Emiliano Capozoli/Luz

Boca reluzente: as ciganas que antecipam o futuro vivem em acampamento em Itaquaquecetuba. Na praça da Sé, andam em grupos de mais ou menos 20 pessoas. Metal nas mãos, na orelha, nos dentes e um "agradinho".

O FUTURO ESTÁ NO CENTRO Reunidas na praça da Sé, na 15 de Novembro e no viaduto do Chá, ciganas agregam um elemento ao Centro: a previsão do futuro Kelly Ferreira

P

raça da Sé, centro de São Paulo, sexta-feira, 14h. Em meio a milhares de pessoas que passam diariamente pelo Marco Zero da cidade, elas aparecem com seus vestidos rodados, de cores alegres e vibrantes, chinelos nos pés, cabelos longos soltos ou com tranças. Exibem grande variedade de jóias – como pulseiras e brincos – e muito ouro. Nos braços, nas mãos. E, sobretudo, nos dentes. As ciganas, supostamente nascidas com o dom da premonição, da adivinhação e de desvendar o que se passa além do tempo presente, caçam pessoas tentadas a conhecer seu futuro. São cíclicas. De quando em quando voltam ao Centro e se espalham pela Sé, pela rua 15 de Novembro e pelo viaduto do Chá, onde convivem e concorrem com toda sorte de "videntes" como pais-de-santo de suas roupas brancas, turbantes e colares no pescoço. "Agradinho" – As ciganas andam sempre em grupos. Mais ou menos 20 mulheres, que vêm de várias regiões da cidade. A comunidade que lê o futuro na praça da Sé, por exemplo, mora em um acampamento no município de Itaquaquecetuba, na região leste da Grande São Paulo, e atende seus clientes de segunda a sábado, geralmente na parte da manhã. Ao passar por elas, a abordagem é sempre a mesma. Preferencialmente, escolhem mulheres. Insistentes, tentam segurá-las pelo braço. Algumas resistem, xingam, ignoram e até passam pelo lado oposto da concentração. Ou-

Menina cigana abre um sorriso dourado na praça da Sé: exotismos

Vestidos longos, coloridos e chinelos nos pés identificam o grupo

tras, mais ousadas, decidem saber de fato as previsões para o futuro de suas vidas. Quando isso acontece, a cliente é encaminhada a uma outra cigana. Talvez por uma questão hierárquica, talvez por deter algum insondável e privilegiado conhecimento. Sempre segurando a mão direita da cliente, a cigana pergunta se existe a possibilidade de receber um "agradinho" – leia-se algum pagamento em dinheiro ou, até, em valerefeição. Caso a resposta seja

afirmativa, dispara uma segunda e previsível pergunta: "Quanto?". Combinado o valor – em média R$ 5 – começa a leitura das mãos. Mantra – Em uma linguagem quase indecifrável, a cigana recita algumas palavras muito rapidamente. Mesmo com atenção, o que se entende são expressões soltas: vida, coração... Dá a impressão de que aquela forma de falar, quase como um canto, um mantra, serve para visualizar melhor o que está escrito nas mãos.

A primeira análise feita é a da linha da vida, que fica no alto da mão e termina próximo ao dedo indicador. É ela que, segundo a cigana, indica se a pessoa terá vida longa ou não. Vencida essa etapa, é a vez da linha do coração, um pouco abaixo da linha da vida. O discurso, agora, gira em torno da vida amorosa e pessoal da cliente. O futuro profissional, a saúde e as questões familiares também são abordados. Uma pausa, e novamente ela fala de um jeito estranho. Avisa que alguém fez algum tipo de maldade e diz que para abrir os seus caminhos precisa de mais um "agradinho". Agora a consulta sobe para R$ 10. "Esse dinheiro é para desfazer o mal que foi feito e melhorar a vida da pessoa. Mas se não tiver mais dinheiro não tem problema. Quando pas-

sar aqui novamente, você vai me ver e dizer que está feliz. Aí, poderá me dar um "agrado"", disse a cigana Marta, de Itaquaquecetuba. Genética – Segundo ela, o dom da adivinhação vem do ventre das mães de seus antepassados. "Nascemos com essa característica, esse dom. Toda a minha família tem ascendentes ciganos, tanto do lado de meu pai, quanto de minha mãe. Leio mãos há mais de 30 anos. Aprendemos a fazer isso ainda crianças. O 'agradinho' que pedimos é algo simbólico. Não fazemos isso para nos alimentar. Os homens da comunidade mantêm a "casa" – eles não têm uma casa fixa – e fazem outros tipos de trabalhos, como a venda de carros e jóias. Gostamos sempre de fazer o bem às pessoas. Cabe a elas acreditarem ou não no que falamos", disse.

Perseguições e preconceito

O

povo Rom e os Sintos são vulgarmente chamados de ciganos. Nômades e originários do norte da Índia, vivem hoje espalhados pelo mundo, especialmente na Europa. Difícil calcular o número exato deles. Em 1975, sem contar a Índia e o Sudeste Asiático, os ciganos somavam de sete a oito milhões de pessoas. Perseguidos na Idade Média, muitos morreram em fogueiras. Ao mesmo tempo, sua música encantava o povo e a aristocracia, o que, de certa forma, lhes abriu espaços na Europa, por volta do século XIV. Mesmo assim, sua forma de vida levava ao preconceito e a suas conseqüências. Primeiro, veio a exclusão. A Igreja católica não sepultava ciganos em campos consagrados nem batizava seus filhos. A Inquisição os perseguiu com ferro em brasa, forca, degola, suplício da roda, deportação em massa. Entre 1933 e 1945, nas mãos dos nazistas, os ciganos tiveram a mesma sorte dos judeus, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau. Teriam chegado ao Brasil em 1574, quando o cigano João Torres, sua mulher e filhos foram degredados de Portugal para a nova colônia. (KF)


segunda-feira, 27 de março de 2006

Hoje

I Jabaquara – A distrital

realiza a 1º Feira da Saúde em comemoração dos 42 anos de emancipação do bairro. Às 8h , no Centro Educacional Esportivo Riyozo Ogawa, rua Lussanvira, 178. I Executiva - Reunião da diretoria executiva da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Às 15h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Abilio Borin. I Convênio – O vicepresidente da ACSP Roberto Mateus Ordine participa do evento de assinatura do convênio do Programa de Incentivo e Desenvolvimento de Ruas Comerciais. Às 15h30,

Memória Compor tamento Distritais Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

EMPREENDEDORISMO NA ZONA NORTE É TEMA DE ENCONTRO

GIr Agendas da Associação e das distritais

I Sudeste e Ipiranga – As distritais promovem entrega do troféu Marco da Paz aos premiados do concurso Natal Iluminado. Às 20h, no Museu Paulista (Museu do Ipiranga), parque da Independência, s/nº.

Terça na Prefeitura, viaduto do Chá, 15/5º andar. I Plenária - Reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Às 17h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/9º andar. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreende , coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h.

A mulher tem de atuar na construção de uma sociedade mais digna Glorinha Baumgart

Empreendedora faz palestra em Santana Leonardo Rodrigues/Hype

I São Miguel – A distrital

realiza reunião do núcleo setorial de Bufês e Eventos do Projeto Empreender , coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I Penha – O Fórum dos Jovens Empreendedores da distrital em parceria com o Sebrae promove o curso Vendas Externas, é visitando que se aprende, coordenado por Rafael Franco. Às 18h30.

Glorinha Baumgart, a diretora de marketing do Center, contou sua experiência de trabalho para dezenas de pessoas na distrital

A

diretora de marketing do Shopping Center Norte, Glorinha Baumgart, esteve, na quintafeira, na Distrital Santana da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), para ministrar a palestra Uma Carreira de Sucesso. O evento, que contou com a participação de representantes de entidades da zona norte de São Paulo, foi promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da distrital. No encontro, Glorinha lembrou a trajetória de sucesso do Shopping Center Norte. O empreendimento, inaugurado em 1984, impulsionou o desenvolvimento da região, até então desvalorizada comercialmente. "Meu marido foi de certa forma visionário. Mesmo com o

terreno em uma área alagada, onde foi necessário aterrar lagoas por 20 anos, conseguimos construir um shopping", afirma. Três anos após a inauguração do Center Norte surgiu o Lar Center. Seis anos depois, o Expo Center Norte. Atualmente, junta-se a esses empreendimentos o Novo Hotel Center Norte. Os quatro juntos geram 400 empregos diretos e mais de cinco mil

indiretos. "A mulher tem de atuar na construção de uma sociedade mais digna. Ela não deve rivalizar com o homem, e sim tê-lo como parceiro", diz Glorinha. O próximo plano da empresária é a construção de uma arena ao lado do Shopping Center Norte. O espaço terá capacidade para oito mil pessoas e será voltado para atividades culturais, esportivas, entre outras. Para o superintendente da Distrital Santana da ACSP, João de Fávari, a palestra de Glorinha foi uma das mais importantes já realizadas na distrital. "Trata-se de uma das maiores empreendedoras brasileiras", concluiu. André Alves


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Nacional Tr i b u t o s Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

EXPORTA, SÃO PAULO REÚNE CADEIA PRODUTIVA

Empresários brasileiros e lituanos conversaram sobre suas opções de negócios.

Fotos: Luludi/LUZ

Empresários paulistas de olho nas oportunidades com o país da União Européia

N gócios

&

oportunidades

Cônsul da Lituânia, Jonas Valavícius

Rolandas Rauduve, líder da missão, falou aos brasileiros sobre oportunidades de negócios

"Exportar para Crescer" será realizado em Sorocaba

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Pedro Julião, da Senso Comissária Aduaneira: oferta de serviços

Abucham, da Euroban e da ACSP: interesse em conhecer o outro lado

Lituânia mais perto do Brasil

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São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) está aproximando empresários do Brasil e Lituânia. No início do mês, 12 executivos do país, localizado

no centro geográfico da Europa, se reuniram com empresários brasileiros na sede da ACSP. Foi o primeiro encontro oficial entre empresários dos dois países na capital paulista. Segundo Sidney Docal, gerente do Departamento de Co-

mércio Exterior da Associação Comercial, "há muito interesse da Lituânia em investir aqui no Brasil", afirmou. Ele explicou que o objetivo dos estrangeiros é importar flores naturais, artesanato, aparelhos de ventilação e artigos

para encanamento. E exportar aparelhos eletrônicos, tubos para aparelhos televisores e alimentos típicos. No ano passado, o país europeu exportou um total de US$ 9,28 bilhões e importou US$ 12,5 bilhões. O cônsul-geral da Lituânia em São Paulo, Jonas Valavícius, agradeceu a iniciativa da ACSP em promover o estreitamento comercial entre os dois países. "O Brasil oferece inúmeras oportunidades. Tenho certeza de que grandes negócios serão realizados", afirmou. Prestação de Serviços – O diretor da Senso Comissária Aduaneira, Pedro Julião, presente ao encontro, explicou que sua empresa é especializada em assessorar exportadores e importadores. "Meu interesse na reunião é prestar serviços para todos esses executivos." Julião, que também faz parte do conselho diretor da Distrital Pinheiros da ACSP, disse que os países do Leste Europeu estão se desenvolvendo na área de comércio exterior. "Na época em que a Lituânia fazia parte da União Soviética, a relação comercial com outros países era praticamente nula. Isso tem mudado", afirmou. Ele se referia ao regime socialista praticado no país até meados de 1991, quando a Lituânia concentrava a maior parte de seu comércio com a Rússia. "Depois de entrar para a União Européia em 2004, tudo ficou mais fácil", disse. Naquele ano, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Lituânia foi de 6,6%. Área financeira – A Euroban Brasil, empresa financeira de fusões e aquisições, assessoria empresarial, planejamento estratégico e financiamentos internacionais também quer fechar negócios com os empresários da Lituânia. "Nosso País é muito grande e oferece todo tipo de oportunidade. Vim ao encontro para conhecer o outro lado: o que a Lituânia tem a oferecer", explicou o diretor da Euroban, Renato Abucham, que também é diretor do Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial. Participaram ainda do evento o diretor da ACSP Farid Murad, o conselheiro da Distrital Sudeste da ACSP Jun Takahashi e o líder da missão comercial entre Brasil e Lituânia, Rolandas Rauduve. Vanessa Rosal

esta quarta-feira, a cidade de Sorocaba será palco do evento Exportar para Crescer: Novos Caminhos para o Mercado Externo, composto de seminário, encontro de negócios e despachos executivos com dirigentes de entidades e empresas que atuam no comércio internacional. A iniciativa integra o conjunto de ações do Projeto Exporta, São Paulo, fruto do acordo de cooperação entre o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), braço de promoção de negócios internacionais das 418 associações comerciais paulistas. Os trabalhos visam a fomentar as exportações do estado, com o incremento da base de exportadores, notadamente os produtores de pequeno porte, envolvendo pessoas jurídicas e físicas. O evento é promovido pela vice-presidência da Regional Administrativa 9 (RA-9) da Facesp, com sede em Sorocaba, composta por 19 associações comerciais, cujas exportações, em 2005, alcançaram US$ 1,3 bilhão, com aumento de cerca de 55% em relação aos valores observados no ano anterior. As cidades que integram a

região com taxas mais expressivas de crescimento de vendas externas foram Conchas (204%), Ibiúna (2.924%), Mairinque (202%), São Roque (57%) e Sorocaba (66%). Esses dados revelam que a área abrangida pela RA-9, por já ter uma razoável cultura exportadora, deverá responder positivamente aos estímulos do Projeto Exporta, São Paulo. Programação do evento: G Das 9h às 13h: Seminário; G Das 14h30 às 17h: Encontro de negócios com traders, empresas comerciais exportadoras e prestadores de serviços de exportação e importação; G Das 10h às 17h: Despachos executivos com dirigentes e representantes de entidades e empresas que atuam no segmento, entre eles o Banco Nossa Caixa, Correios, IPT/Progex, e o Sebrae-SP. SERVIÇO Participam da abertura dos trabalhos, no Sorocaba Park Hotel, o secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado, João Carlos de Souza Meirelles; o vicepresidente da RA-9 da Facesp, Braz Cassiolato e o coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, Alfredo Cotait Neto. Informações e inscrições na Associação Comercial de Sorocaba, telefone: (15) 3331-1003; fax (15) 3232-8054 e e-mail: expediente@acso.com.br.

Feira de negócios no Vietnã

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ntre os dias 5 e 9 de abril será realizada em Hanói, capital do Vietnã, a The 16thVietnam International Trade Fair Vietam Expo 2006, sob o tema Vietnã-Integração e Desenvolvimento. Promovido pelo Ministério do Comércio, é uma oportunidade para contatos entre vietnamitas e empresários de todo o mundo, visando ao comércio, investimentos, transferência de tecnologia e cooperação econômica. No último evento, partici-

param como expositores 659 companhias internacionais, representando oito países, que geraram negócios da ordem de US$ 286 milhões. Os principais setores da feira são: agricultura e indústria alimentícia; eletroeletrônicos e TI; têxteis e confecções; artigos para o lar e artesanato; máquinas e equipamentos; construção e materiais de construção. Mais informações podem ser obtidas no site do evento: www.vietnamexpo.com.vn.

PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL MALÁSIA 56 - Açúcar 57 - Café solúvel CHINA 58 - Chapas e filmes planos, fotográficos, sensibilizados, não impressionados, de matérias diferentes do papel (classificação fiscal 3701) ESLOVÁQUIA 59 - Óleo de colza ou mostarda ESTADOS UNIDOS 60 - Outros açúcares, incluídas a lacto-

se, maltose, glicose e frutose, quimicamente puras, no estado sólido xaropes de açúcares, sem adição de aromatizantes ou corantes; sucedâneos do mel, mesmo misturados com mel natural; açúcares e melaços caramelizados (classificação fiscal 1702) JAPÃO 61 - Sucos de frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar (classificação fiscal 2009)

PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL ISRAEL 62 - Consultoria para produtores de flores e vegetais 63 - Guarda-chuvas ESPANHA 64 - Linha completa de ferramentas de

cor te (a diamante), para cor te, desbaste e perfuração em pedra e cimento 65 - Máquinas plastificadoras de papel e contracoladoras para papel ondulado

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


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Congresso Planalto Eleições Pesquisas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

A Câmara deu uma importância maior para as pesquisas do que elas realmente têm.

BLOGS FICAM À MARGEM DE NOVA REGRA

Fotos: Paulo Pampolim/Hype

O indeciso tem o direito de fazer valer o seu voto útil. Mauro Paulino, diretor do Datafolha

Não quero crer que vamos voltar a uma norma da ditadura. Marcus Figueiredo, professor IUPERJ

A resolução do Tribunal Superior Eleitoral (sobre rádio e TV) recuou. Márcia Cavallari, diretora do Ibope

PESQUISAS: RESTRIÇÃO DA CÂMARA É RETROCESSO. Especialistas criticam decisão da Câmara, de querer reduzir o tempo de divulgação das pesquisas eleitorais. E afirmam que a medida fere o direito à informação.

Paulo Pampolim/Digna Imagem/Arquivo DC

Tsuli Narimatsu

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Segundo Paulo Figueiredo, do Instituto GPP, é pequena a influência das pesquisas nos votos dos indecisos, às vésperas da eleição.

PROJETO PROÍBE BOCA DE URNA E SHOWMÍCIOS

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lém da restrição à divulgação das pesquisas, a Câmara aprovou outras mudanças para baratear as campanhas eleitorais, como uma emenda que proíbe as emissoras de transmitirem programa apresentado ou comentado por candidato, depois do resultado da convenção que o escolheu. A mais polêmica das emendas retira da Justiça Eleitoral a fixação dos limites de gastos com campanhas, caso uma lei não o faça até o dia 10 de junho de cada ano eleitoral. Os partidos poderão fixar seus próprios limites, se não houver lei no prazo previsto. A boca de urna e a propaganda no dia das eleições é proibida, seja com broches, bonés ou camisas, e passam a ser consideradas como crimes. O projeto também proíbe os showmícios. Outras mudanças: a propaganda na imprensa escrita não será permitida durante toda a campanha e os partidos, coligações e candidatos serão obrigados a divulgar os gastos pela internet. A divulgação pela internet de documento injurioso, cal u n i o s o o u d i f a m a n te s e r á caracterizada como crime. A Câmara proibiu outdoors, pichações e a fixação de placas em bens públicos, inclusive postes, viadutos, passarelas e pontes. O projeto proíbe as doações, troféus e prêmios, feitas pelo candidato, entre o registro da candidatura e a eleição.

o aprovar a restrição à divulgação de pesquisas eleitorais nos últimos 15 dias anteriores à eleição, a Câmara dos Deputados ressuscitou uma regra em vigor no período da ditadura militar. A norma vigorou nas eleições municipais de 1985 e no pleito estadual do ano seguinte. Só em 1988 é que foi derrubada pelos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de que a proibição era contrária ao direito constitucional da informação. Para que a proibição entre em vigor, o projeto ainda precisa passar por uma última votação no Senado – que já sinalizou ser favorável à mudança. Especialistas em pesquisas de opinião pública defendem o direito irrestrito do eleitor à informação, não apenas como reserva de mercado, mas principalmente para evitar que interesses econômicos e políticos se façam valer no vácuo da ausência de dados. Indecisos – O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, reconhece que as pesquisas influenciam a definição de candidaturas e de votos, como alega a maioria dos parlamentares, mas defende que o eleitor deva fazer sua escolha tendo em mãos as estatísticas mais atualizadas. "O indeciso tem o direito de fazer valer o seu voto útil". Segundo o diretor do Instituto GPP, Paulo Figueredo, a pesquisa eleitoral tem muito mais valor para a estratégia de campanha dos candidatos do que propriamente um poder de influência direto no eleitor. "A Câmara deu uma importância maior para as pesquisas eleitorais do que elas realmente têm", afirma. Figueredo explica que a média histórica de indecisos na véspera da eleição gira em torno dos 10%. Desse porcentual, segundo levantamentos já realizados, apenas 20% chegam a definir o voto na última hora, motivados pelo desempenho

dos candidatos em pesquisas ou no confronto de propostas que se dá no último debate na televisão (o que geralmente acontece na sexta-feira que antecede a eleição do domingo). "Isso significa uma diferença de no máximo dois pontos porcentuais no resultado final". O cientista político Marcus Figueiredo, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), ainda tem a esperança de que a restrição não seja aprovada pelo Senado. "Não quero crer que vamos voltar a uma norma dos tempos da ditadura só porque alguns parlamentares temem uma mudança drástica no jogo político". Segundo ele, não há democracia em editar uma regra para privilegiar uma minoria em detrimento da maioria, se considerado que na véspera da eleição grande parte dos brasileiros já definiu sua escolha. Brechas na lei – Uma outra mudança nas regras, relativa ao uso de pesquisas de opinião no horário eleitoral gratuito de rádio e TV, editada no último dia 10 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), preocupa a diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari. "A resolução do TSE recuou". Nos anos anteriores, segundo ela, sempre que um candidato citava seu desempenho no horário político era obrigatório informar o resultado dos concorrentes, para não deixar o expectador à mercê de uma meia-verdade. "Agora não é preciso mais citar os adversários, ficou facultativo", diz. O diretor da Transparência Internacional, Claudio Weber Abramo, expressa ainda outra preocupação. Ele teme que nos 15 dias antes da eleição os resultados de pesquisas eleitorais não-registradas oficialmente no TSE – portanto suspeitas quanto à sua veracidade – sejam publicadas em blogs ou em sites de Internet abrigados no exterior, para driblar a legislação brasileira.

REGRA PODE LEVAR A BATALHA JURÍDICA

A

lém das ações judiciais em defesa da liberdade de informação que devem ocupar os tribunais, há no horizonte uma nova batalha, semelhante à que está sendo travada com relação à quebra da verticalização nas coligações partidárias. Mesmo que a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais 15 dias antes da votação seja aprovada pelo Senado, a 'nova' regra pode não valer para as eleições de outubro deste ano. Há uma exigência para que todas as mudanças no jogo pré-eleitoral sejam aprovadas com um ano

de antecedência até entrarem em vigor, o que é chamado de princípio da anualidade e também é usado quando o governo muda regras relativas à coleta de impostos. Segundo a resolução do Tribunal Superior Eleitoral, publicada no último dia 10 de março, as pesquisas eleitorais das eleições de 2006 serão válidas desde o início do ano e poderão ser divulgadas até o dia da votação (boca de urna). Outra mudança determina que a propaganda gratuita no rádio e na televisão (de 15/08/06 a 28 /09/06) inclua a Linguagem Brasileira de Sinais. (TN)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

O Edmundo está velho, ele tinha que parar de jogar.” Tevez, após discutir em campo com Edmundo

almanaque Celso Unzelte

DERBYS PARA UM LADO SÓ Arquivo Celso Unzelte

Aguardado com ansiedade pelos torcedores durante todo o campeonato, o clássico entre Corinthians e Palmeiras (batizado de Derby) muitas vezes teve interesse para apenas um dos lados. Foi o que aconteceu ontem: o Alviverde ainda brigava pelo título e o Alvinegro já não aspirava a mais nada. Acima, o corintiano Cláudio Adão marca, de calcanhar, o gol da vitória por 1 a 0 pelo Brasileiro de 1989. Naquele dia (10 de dezembro), o Palmeiras precisava vencer para ir à final com o São Paulo. O Corinthians estava fora.

O TOMA-LÁ-DÁ-CÁ DOS ANOS 1940 No dia 12 de outubro de 1941, o Corinthians, campeão paulista daquele ano por antecipação, entrou em campo para enfrentar o então Palestra Itália. Invicto havia 22 jogos, precisava pelo menos de um empate para coroar sua conquista com a Taça dos Invictos, oferecida pelo jornal A Gazeta Esportiva. Mas deu Palestra (2 a 0). No ano seguinte, a vingança: campeão paulista de 1942 sem nenhuma derrota até ali, o recém-rebatizado Palmeiras também perdeu na última rodada para o Corinthians, por 3 a 1.

CAMPEÃO COM VITÓRIA, CAMPEÃO COM DERROTA Na penúltima rodada do Paulista de 1966, a Academia do Palmeiras entrou em campo já campeã para enfrentar o Corinthians, no dia 11 de dezembro. A vitória alvinegra por 1 a 0, gol de Flávio, ajudou a garantir pelo menos o vice-campeonato ao Alvinegro. Dez anos depois, na última rodada do Paulista de 1976, o Corinthians tentou carimbar novamente as faixas do adversário. Mas, aí, não deu: no dia 22 de agosto daquele ano, o Palmeiras ratificou seu título de campeão estadual com uma vitória sobre o rival por 2 a 1.

"É um clássico de grande rivalidade, sempre com jogos importates. Ganhar do Corinthians tinha um sabor especial, algo para curtir durante muitos dias." (Ademir da Guia, ídolo palmeirense nas décadas de 1960 e 1970, em depoimento ao livro Corinthians x Palmeiras, uma História de Rivalidade, de Antonio Carlos Napoleão.)

Com o resultado de ontem, no Morumbi, os jogos entre Corinthians e Palmeiras passam a ser 321 desde o primeiro confronto, em 1917, válido pelo Campeonato Paulista (vitória do Palestra Itália por 3 a 0). De lá para cá, aconteceram 114 vitórias palmeirenses, 111 vitórias corintianas e 96 empates, 474 gols alviverdes e 439 alvinegros.

Morreu na última terça-feira, dia 21, em São Paulo, aos 86 anos, o documentarista Primo Carbonari. Pai do cinejornal no Brasil, ele possuía um vasto arquivo de imagens de jogos de futebol realizados entre as décadas de 1950 e 1990.

Há exatos 43 anos, no dia 27 de março de 1963, o Santos vencia o Flamengo por 3 a 0 no Maracanã e conquistava pela segunda vez o título do Torneio Rio-São Paulo. O Corinthians foi o vice-campeão do RioSão Paulo naquele ano.

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Esporte

Eu moro aqui e ele não, hem? Tem que tomar mais cuidado.” Edmundo, sobre o argentino Mascherano

PIOR PARA O PALMEIRAS O

grande vencedor no empate de 1 a 1 entre Palmeiras e Corinthians, ontem, no Morumbi, foi o Santos. Afinal, com o resultado, os corintianos, que já alimentavam chances apenas matemáticas de chegar ao título, agora nem com isso poderão contar: mesmo que vença suas três últimas partidas, o Corinthians fará 35 pontos, insuficientes para alcançar os 37 do líder. Se, a despeito da igualdade no placar, tivéssemos que apontar um perdedor, este seria o Palmeiras. Principalmente porque tinha mais a perder: ao não conseguir passar por seu maior rival, deixou que a desvantagem em relação aos santistas subisse de dois para quatro pontos. Faltando apenas três rodadas para o final da competição, o Alviverde, agora, terá não só que ganhar todos os seus compromissos, como torcer muito contra o Santos, e também contra o São Paulo. É que ontem, ao derrotar o Rio Branco em Americana, o Tricolor alcançou o Palmeiras no número de pontos e o supera no saldo de gols. Logo aos oito minutos, Nilmar (artilheiro do Paulista, agora com 18 gols) abriu o placar para o time do Parque São Jorge. O empate veio aos 24, com Washington. A partida de ontem foi marcada, ainda, pela anulação de um gol do corintiano Tevez, aos 30 minutos do primeiro tempo. O argentino disputou com o zagueiro Leonardo Silva, driblou o adversá-

Eduardo Nicolau/AE

O 1 a 1 no clássico de ontem deixou o Alviverde ainda mais longe do líder Santos, além de acabar de vez com as poucas chances do Corinthians

rio e bateu cruzado, sem defesa para Sérgio. O juiz Cleber Wellington Abade, depois de consultar a auxiliar Ana Paula de Oliveira, anulou o gol. Depois do intervalo, Abade disse que fora avisado pelo ponto eletrônico por Evandro Silveira, o outro auxiliar, de que Tevez havia feito falta em Leonardo.

“Tínhamos que ganhar do Corinthians e infelizmente isso não aconteceu. Mas no futebol pode acontecer de tudo. Vamos procurar fazer a nossa parte e torcer para que o Santos tropece”, disse o goleiro Sérgio. Já Edmundo disse que “o campeonato está direcionado para quem está na frente”.

No Corinthians, Kia Joorabchian, presidente da MSI, confirmou a permanência de Ademar Braga como técnico, pelo menos até o jogo de quinta, contra o Guarani. “Nunca existiu nada do Paulo César Gusmão ser técnico do Corinthians”, garantiu também o diretor Paulo Angioni.

Agora, é vencer e torcer C

ontinua vivo, embora cada vez mais difícil, o sonho do São Paulo de chegar ao bicampeonato paulista. Ontem, em Americana, o time de Muricy Ramalho não jogou bem, mas venceu o Rio Branco por 4 a 2. O jogo poderia ter sido mais fácil se não fossem as trapalhadas do setor defensivo, prejudicado até por um erro clamoroso de Rogério Ceni. O resultado, em combinação com o 1 a 1 entre Palmeiras e Corinthians, deixou o São Paulo na vice-liderança, a quatro pontos do líder Santos , restando três rodadas para o término da competição. Embora precisasse dos três pontos, o São Paulo entrou no jogo sem muita objetividade. Com exceção do garoto Thiago, que sempre levava perigo ao gol do Rio Branco, os sãopaulinos abusaram do toque de bola e das viradas de jogo sem conseguir passar pela marcação do time da casa. Mesmo assim, aos 22 minutos, na cobrança de uma falta, o zagueiro Fabão fez 1 a 0. Menos de dez minutos depois, no entanto, Rogério Ceni permitiu o empate. Ao tentar sair jogando, errou um passe para Fabão e a bola sobrou para Fabiano Gadelha fazer 1 a 1. Aos 42 minutos, de pênalti, Nunes fez 2 a 1 para o Rio Bran-

Rubens Chiri/AE

Rogério Ceni, em dia de erros, ganha o apoio dos companheiros nos 4 a 2 sobre o Rio Branco que recolocam o São Paulo na vice-liderança

co. "Nós estamos bem, tivemos apenas um desequilíbrio normal, coisa do jogo", justificou Leandro, improvisado na ala direita, ao fim do primeiro tempo. "Vamos voltar melhor", prometeu. O São Paulo realmente voltou melhor. Muricy Ramalho aproveitou o fato de estar com

A briga é nas duas pontas

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e no lado de cima da tabela a briga pelo título envolve Santos, São Paulo e Palmeiras — além de Noroeste e São Caetano, que ainda têm chances matemáticas —, embaixo são sete as equipes mais ameaçadas pelo rebaixamento. Último colocado com 9 pontos, o Mogi Mirim, a essa altura, só se salva por um milagre. Outro em situação difícil é o Marília, penúltimo colocado com 13 pontos após a derrota

para o Bragantino. A Portuguesa, com a vitória sobre o Paulista, melhorou um pouco sua posição, mas ainda está na zona de rebaixamento, três pontos atrás de Guarani e Portuguesa Santista. Esta, aliás, está à frente do Bugre apenas por ter uma vitória a mais. Acima, encontram-se Santo André e São Bento. Entre esses times devem estar os quatro rebaixados à Série A-2 paulista do ano que vem.

um jogador a mais, pois Júnior Paulista foi expulso no fim do primeiro tempo, e colocou o atacante Alex Dias no lugar de Fabão. Logo aos sete minutos, Leandro empatou a partida, concluindo um cruzamento de Thiago. Dois minutos depois, o próprio Thiago marcou o gol da virada tricolor.

O São Paulo ainda perdeu várias chances de chegar aos 4 a 2, o que só conseguiu aos 48 minutos, em pênalti sofrido por Mineiro e mal cobrado por Rogério Ceni. Agora, precisa derrotar o Santos no domingo e torcer por mais um tropeço santista - contra Bragantino ou Portuguesa.


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Passe Livre Copa do Brasil Paulista Outros Estaduais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Colocamos o Atlético em seu devido lugar.” Edu Dracena, do Cruzeiro, após eliminar o rival

SANTOS SERÁ CAMPEÃO COM DUAS VITÓRIAS

A 6 PONTOS DA TAÇA paSse livre

Tom Dib/Futura Press

Roberto Benevides

Dever de casa Santos supera o temporal, o Juventus e vence por 2 a 1, com gol salvador de Reinaldo. Agora, está próximo do título que não vê há 21 anos

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eis pontos em nove possíveis, tendo dois jogos em casa, contra Bragantino e Portuguesa. A essa altura, o Santos está em uma situação cômoda: pode até perder o clássico para o São Paulo (ao lado do Palmeiras, um dos únicos times que ainda o ameaçam diretamente), que mesmo assim pode ser campeão paulista. Um título que não consegue desde 1984. Até chegar a essa condição, no entanto, o time de Vanderlei Luxemburgo sofreu demais. Jogando sábado, no Pacaembu, debaixo de muita chuva, saiu perdendo por 1 a 0 para o Juventus, gol de Manu aos 12 minutos. Ainda na primeira etapa, Cléber Santana empatou cobrando uma falta, aos 17. Mas o gol do desafogo só viria, mesmo, a dez minutos do final do jogo, com Reinaldo, de ca-

beça. Àquela altura, o adversário jogava com três homens a menos (Naves, Paulo Isidoro e Manu haviam sido todos expulsos, por jogadas violentas, entre os 32 e os 37 minutos do segundo tempo). O pior, no entanto, já havia passado: no dia seguinte, o empate do Palmeiras, no clássico contra o Corinthians, deixou o Santos ainda mais perto da taça. “Estamos no caminho certo. Precisamos continuar assim”, disse o volante Wendel. “Mais uma vez, fizemos a nossa parte. Deixa os outros times secarem”, ironizou o meia Léo Lima, logo após a vitória. Foi o nono triunfo santista no Paulistão pela vantagem de apenas um gol. “A gente sabia que, de bola parada, chutando forte, ou ela entrava ou dava rebote. Felizmente, ela entrou”, disse Cléber Santana, autor do primeiro gol santista, de falta. O zagueiro Luís Alberto, que vacilou no lance do gol do Juventus, lamentou o estado do gramado. “Fui chutar para a lateral, mas a bola parou na água. É complicado jogar assim”, disse. “O estado do campo atrapalhou um time de toque de bola como o nosso, mas time que quer ser campeão tem que superar isso aí.”

EXAGERO

HOMEM DE SORTE

Animado com a boa campanha do Santos, Rei Pelé andou exagerando, numa entrevista ao jornal "A Tribuna", ao proclamar que "Luxemburgo é o Pelé dos técnicos".

Rogério Ceni errou uma saída de bola e deu ao Rio Branco a chance de chegar ao 1 a 1 com o São Paulo e, logo depois, virar o jogo. Mas Leandro empatou e Thiago recolocou o São Paulo em vantagem. Sorte do goleirão, que ainda marcou o quarto gol em pênalti mal cobrado que por muito pouco Marcelo não defendeu.

PREOCUPAÇÃO O contrato do artilheiro Nilmar, emprestado ao Corinthians pelo Lyon, encerra-se em junho e já preocupa a MSI, que tenta um difícil acerto com o tetra, quase pentacampeão francês.

RIO DE JANEIRO

PC DIZ QUE FICA

Zebras fazem a festa na Taça Rio Wilton Júnior/AE

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ntre Americano e Madureira está o adversário do Botafogo na decisão do Campeonato Carioca de 2006. Os dois times farão a final da Taça Rio, equivalente ao segundo turno, na quarta-feira, e lutam pelo direito de encarar o campeão da primeira fase (Taça Guanabara) no domingo. Após a eliminação de Flamengo, Fluminense e Vasco, a decisão dos finalistas da Taça Rio aconteceu ontem, em uma rodada dupla no Maracanã, envolvendo quatro clubes de pequena torcida, que atraíram apenas 5 973 torcedores. Na preliminar, o América, clube que havia somado o maior número de pontos na

América cai diante do Americano e Madureira elimina Cabofriense

competição até ali, caiu diante do Americano, de Campos, por 3 a 1. Com quatro minutos de jogo, Flavinho entrou livre

na área e foi derrubado pelo goleiro Fábio Noronha. Marcelo Uberaba bateu bem o pênalti e abriu o placar.

Logo aos 13 segundos do segundo tempo o Americano marcou novamente, com Butti. Santiago, de pênalti, descontou para o América aos 32, mas Faioli, quatro minutos depois, ampliou para o Americano, garantindo seu time na decisão da Taça Rio. O outro finalista é o Madureira, que ontem, no jogo de fundo, venceu a Cabofriense nos pênaltis por 4 a 3, depois do empate no tempo normal em 1 a 1. Os dois gols saíram no segundo tempo, marcados por Maicon, para o Madureira, aos 26 segundos, e Sorato, para a Cabofriense, aos 17 minutos. Na decisão por pênaltis, o mesmo Sorato errou uma das cobranças de sua equipe.

MINAS GERAIS

RIO GRANDE DO SUL

PARANÁ

Ipatinga tentará o bi contra o Cruzeiro

Grêmio e Inter fazem a final

Times da capital perto da decisão

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O

Santos chegou a passar a impressão de que não estava suficientemente preparado para defender a dianteira nessas últimas rodadas do Paulistão, mas a derrota para o Guarani, logo depois de haver vencido o Palmeiras, parece ter sido bobeada passageira. A rodada deste fim de semana recolocou o Santos em condições excepcionais para conquistar novamente o título que foi para a Vila Belmiro, pela última vez, em 1984. Ainda em fase de construção, a equipe de Vanderlei Luxemburgo tem apenas três jogos entre o sonho e o título. Dois serão na Vila: contra o Bragantino, depois de amanhã, e contra a Portuguesa, daqui a 14 dias. Para ser campeão depois de tão longo jejum, basta que o Santos vença os dois. Ou seja: se fizer o dever de casa, será campeão. Pode até perder o clássico do próximo domingo, no Morumbi, contra o São Paulo. Depois de garantir os 2 a 1, de virada, sobre o Juventus a apenas 10 minutos do final do jogo de sábado, o Santos foi ajudado pelo 1 a 1 de ontem entre Palmeiras e Corinthians. O Corinthians já não está na briga há algumas rodadas e o Palmeiras perdeu no saldo de gols a segunda posição para o São Paulo, que venceu o Rio Branco por 4 a 2. Ficaram ambos a quatro pontos do líder. São-paulinos e palmeirenses precisam vencer seus jogos e torcer por Bragantino e Lusa contra o Santos. Haja fé para justificar a esperança em dois times tão fracos. Cuidadoso como sempre, Vanderlei Luxemburgo trabalha a cabeça de seus jogadores para três jogos decisivos. Aliás, se vencer o Bragantino na quarta, o Santos já pode ser campeão no domingo. Independentemente de outros resultados dos adversários, bastará vencer também o São Paulo. Este Santos que ainda não conseguiu encantar a torcida está perto de fazer história. Por mais que os campeonatos estaduais tenham perdido charme e importância, o título paulista tem sabor especial para os santistas. É o fim de um jejum que nem a geração de Robinho e Diego conseguiu encerrar.

omo no ano passado, Cruzeiro e Ipatinga decidirão o Campeonato Mineiro em 2006. A equipe do interior, campeã em 2005, tenta o bi. O Cruzeiro garantiu o direito de disputar a final ontem, ao derrotar o rival Atlético por 2 a 0, no Mineirão, na segunda partida das semifinais. Wagner e Francismar fizeram os gols. No interior, o Ipatinga, que só precisava empatar, fez 3 a 1 no América, com gol de Willian, Léo Silva e Camanducaia.

D

epois de sete anos, Grêmio e Internacional voltarão a decidir entre si o título gaúcho. Na última vez em que isso aconteceu, em 1999, o Tricolor de Ronaldinho Gaúcho foi campeão em cima do Colorado de Dunga. Ontem, o Inter, classificado antecipadamente, goleou o São José por 6 a 2 jogando com os reservas. O Grêmio garantiu presença na final fazendo 2 a 0 no Veranópolis, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

2ª fase - 6ª rodada Novo Hamburgo 1 x 1 Caxias São José-POA 2 x 6 Internacional Juventude 1 x 1 Santa Cruz Grêmio 2 x 0 Veranópolis

N

Grupo 4

P

V

S

GP

1 Internacional

18

6

9

13

2 Caxias

8

2

-2

-2

3 Novo Hamburgo

4

1

-4

-3

4 São José-POA

4

1

-3

-8

Grupo 5

P

V

S

GP

1 Grêmio

14

4

7

13

2 Juventude

9

2

2

8

3 Veranópolis

5

1

0

8

4 Santa Cruz

3

0

-9

2

os jogos de ida das semifinais do Campeonato Paranaense, realizados ontem, os times da capital saíram na frente dos do interior. Em Curitiba, o Coritiba derrotou a Adap por 1 a 0, gol de Vinicius. Em Paranaguá, o Paraná ganhou do até então invicto Rio Branco, 2 a 1, com dois gols de Maicossuel. Ratinho fez o gol do Rio Branco. Na quarta, Coritiba e Paraná jogam contra os mesmos adversários pelo empate para fazer a final.

A torcida do Cruzeiro saudou os 2 a 0 sobre o Atlético e a classificação para a final do Campeonato Mineiro, de novo contra o Ipatinga, gritando o nome do técnico Paulo César Gusmão. Se o Corinthians o queria, como chegou a ser noticiado, ficou difícil: "Só saio do Cruzeiro demitido", respondeu PC aos cruzeirenses.

COISAS DO RIO O Campeonato do Rio pode ter, pela primeira vez em cem anos, um campeão de fora da capital: o Americano fará a final com o Botafogo se, antes, vencer o Madureira na decisão da Taça Rio.

OLHO NELES Convém prestar atenção na Seleção Argentina, que ganhou dois formidáveis reforços no último ano: o atacante Tevez e o meia Messi. Agora, tem o retorno de Mascherano, que já mostra novamente serviço no Corinthians. O Brasil não tem um volante tão completo quanto ele.

*Com Agência Estado e Reuters

COPA DO BRASIL

Dois dentro e um fora

A

rodada da segunda fase da Copa do Brasil disputada no meio da semana passada terminou com a classificação antecipada de duas equipes paulistas (Guarani e Santos) e a surpreendente desclassificação de outra (São Caetano). Na quarta-feira, em Criciúma (SC), o time do ABC levava uma vantagem de três gols, pois havia goleado por 4 a 1 no jogo de ida. Mesmo assim, acabou sendo desclassificado, pois perdeu por 4 a 0. No mesmo dia, Santos e Guarani também jogaram fora de casa. Ambos venceram pela diferença de pelo menos dois gols, evitando, assim, a realização do jogo de volta e classificando-se antecipadamente para as oitavas-de-final.

Em Mossoró (RN), o Guarani goleou o Potiguar por 4 a 0, gols de Edmílson, três, e Mariano. Em Patos de Minas, o Santos fez 3 a 1 na URT. Reinaldo fez Santos 1 a 0, Ditinho chegou a empatar para o time da casa mas Leo Lima e Reinaldo marcaram os gols da classificação. OUTROS RESULTADOS (classificados em negrito): 22/3 Iraty-PR 2 x 2 Vasco-RJ; Vila Nova-GO 3 x 1 Paysandu-PA; Atlético-MG 4 x 1 Mineiros-GO; Coritiba-PR 0 x 0 Náutico-PE; Remo-PA 0 x 1 Brasiliense-DF; ABC-RN 0 x 1 Flamengo-RJ; V. Redonda-RJ 2 x 1 Atlético-PR; Cene-MS 3 x 5 Fluminense-RJ; CRB-AL 0 x 2 Cruzeiro-MG; Vitória-BA 3 x 2 Santa Cruz-PE. 23/3 - Botafogo-RJ 1 x 3 Ipatinga-MG; Grêmio-RS 1 (5) x 0 (6) 15 de Novembro-RS.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de março de 2006

Espanhol Liga dos Campeões PAULISTAS ESTÃO EM SITUAÇÃO CONFORTÁVEL Liber tadores Copa do Mundo

3 "Não estou gordo. Quando faço gols, volto a ficar magro e bonito." Ronaldo

Rubens Chiri/AE

É a cara do Brasil Paul Hanna/Reuters

O

técnico Ramón López Caro finalmente rendeu-se ao óbvio e devolveu as feições brasileiras ao Real Madrid. Com Cicinho, Roberto Carlos, Júlio Batista, Robinho e Ronaldo em campo, o Real goleou, ontem, o Deportivo La Coruña por 4 a 0, reassumiu a vice-liderança do Campeonato Espanhol e encurtou de 13 para 11 pontos a distância que o separa do arqui-rival Barcelona. A goleada (com um gol de Ronaldo e um de Júlio Baptista) mudou o humor da torcida do Real, que aplaudiu Ronaldo quando ele foi substituído por Cassano nos últimos minutos e ovacionou o time no fim do jogo. A rodada foi toda de boas notícias para o Real. Sem Ronaldinho Gaúcho e com muitos reservas, o líder apenas em-

Robinho, Júlio Baptista e Beckham comemoram gol de Ronaldo

patou com o lanterna Málaga por 0 a 0, no sábado. Ontem, o Osasuna, que tinha chegado ao segundo lugar na penúltima rodada, foi derrotado pelo Athletic Bilbao por 1 a 0. Faltam oito rodadas para o

fim do campeonato e, no próximo domingo, como visitante, o Real vai enfrentar o Barcelona. Vencer o líder é a última chance de diminuir a distância entre os dois e continuar na briga pelo título espanhol.

Cada time tem pelo menos um brasileiro

Tevez marcou o gol que deixou Corinthians em primeiro lugar no Grupo 4, ao lado da Universidad Católica

BEM NA AMÉRICA STR/AFP

E

D

ois jogos amanhã e dois na quarta, como mostra a tabela, abrem as quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa com atrações brasileiras em todas as equipes. Algumas são predominantemente brasileiras, como Barcelona, Lyon e Benfica. Milan e Internazionale têm muitos craques do Brasil. E Arsenal, Juventus e Villarreal também têm, cada um, o seu brasileiro.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

31ª rodada Parma 1 x 0 Internazionale Milan 3 x 1 Fiorentina Juventus 1 x 1 Roma Ascoli 2 x 2 Chievo Cagliari 0 x 2 Reggina Empoli 2 x 1 Livorno Lazio 2 x 0 Sampdoria Messina 1 x 1 Udinese Palermo 1 x 0 Treviso Siena 1 x 2 Lecce

30ª rodada Villarreal 1 x 2 Betis Málaga 0 x 0 Barcelona Athletic Bilbao 1 x 0 Osasuna Celta 2 x 0 Mallorca Espanyol 0 x 0 Alavés Getafe 2 x 1 Real Sociedad Racing Santander 0 x 0 Zaragoza Sevilla 1 x 0 Valencia Real Madrid 4 x 0 La Coruña Cádiz 1 x 1 Atletico Madrid

31ª rodada Liverpool 3 x 1 Everton Aston Villa 0 x 0 Fulham Chelsea 2 x 0 Manchester City Sunderland 0 x 1 Blackburn Wigan 1 x 2 West Ham Middlesbrough 4 x 3 Bolton Charlton 3 x 1 Newcastle Manchester U. 3 x 0 Birmingham Portsmouth x Arsenal (adiado) Tottenham x West Bromwich (hoje)

m semana de folga na Libertadores, os brasileiros se dedicarão a torcer contra os adversários e a saborear a posição relativamente confortável em que se encontram após a última rodada. O Corinthians, por exemplo, venceu o Tigres por 1 a 0, no Pacaembu, e divide com a Universidad Católica a liderança do Grupo 4 - está atrás apenas no saldo de gols. O São Paulo, apesar da derrota diante do Chivas, e o Palmeiras, que empatou com o Rosario Central, também dependem apenas de seus próprios resultados para ficar entre os dois primeiros e chegar à fase de mata-mata. O Internacional pode garantir a vaga já nesta semana, sem jogar, se o Maracaibo não vencer o Pumas na quinta-feira. O Goiás precisa de mais um ponto, nos dois jogos restantes. O Paulista é o que tem mais problemas: com apenas dois

Palmeiras perdeu chance de derrotar o Rosario na Argentina, mas ainda depende apenas de si

pontos, precisa vencer os três jogos que restam e torcer por tropeços de River ou Libertad.

x 2 Palmeiras; Atlético Nacional 2 x 2 Cerro Porteño. Grupo 8: Libertad 4 x 1 El Nacional.

RESULTADOS - Grupo 1: Chivas 2 x 1 São Paulo. Grupo 2: Estudiantes 1 x 0 Independiente Santa Fe. Grupo 3: Newell's Old Boys 0 x 0 Goiás. Grupo 4: Universidad Católica 2 x 1 Deportivo Cali; Corinthians 1 x 0 Tigres. Grupo 6: Internacional 3 x 2 Pumas. Grupo 7: Rosario Central 2

JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Caracas x Cienciano. Grupo 2: Bolivar x Independiente Santa Fe. Grupo 3: The Strongest x Unión Española. Grupo 4: Deportivo Cali x Universidad Católica. Grupo 6: Maracaibo x Pumas. Grupo 8: El Nacional x Libertad.

Apesar da derrota para o Chivas, São Paulo está em segundo no Grupo 1

CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. Chivas, 7; 2. São Paulo, 6; 3. Cienciano, 3; 4. Caracas, 1. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe, 7; 2. Sporting Cristal e Estudiantes, 6; 4. Bolivar, 4. Grupo 3: 1. Goiás, 10; 2. Newell's Old Boys, 4; 3. The Strongest e Unión Española, 3. Grupo 4: 1. Universidad Católica e Corinthians, 7; 3. Tigres, 6; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez, 12; 2. LDU, 6; 3. Rocha, 4; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional, 10; 2. Nacional, 7; 3. Maracaibo, 5; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Atletico Nacional, 7; 2. Palmeiras, 6; 3. Cerro Porteño, 5; 4. Rosario Central, 2. Grupo 8:1. Libertad, 7; 2. River Plate, 6; 3. Paulista, 2; 4. El Nacional, 1.

David de la Paz/AP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Juventus

78

24

41

61

1 Barcelona

68

21

43

69

1 Chelsea

78

25

41

60

2 Milan

70

22

45

70

2 Real Madrid

57

17

28

55

2 Manchester United

66

20

32

61

3 Internazionale

65

20

32

56

3 Osasuna

55

17

8

41

3 Liverpool

64

19

23

45

4 Fiorentina

60

18

18

52

4 Valencia

53

14

14

39

4 Tottenham

52

14

15

43

5 Roma

59

17

26

57

5 Sevilla

51

15

8

38

5 Blackburn

52

16

6

42

6 Chievo

45

11

7

44

6 Celta

48

15

2

31

6 Arsenal

50

15

25

48

7 Lazio

45

11

2

41

7 La Coruña

46

13

3

40

7 Bolton

48

13

10

42

8 Livorno

44

11

-2

32

8 Villarreal

45

11

10

40

8 Wigan

46

14

-2

36

9 Palermo

43

11

-1

41

9 Atletico Madrid

43

11

11

40

9 West Ham

45

13

1

46

10 Parma

38

10

-13

36

10 Zaragoza

41

9

1

39

10 Everton

43

13

-12

29

11 Sampdoria

37

10

0

42

11 Getafe

40

11

0

40

11 Charlton

42

12

-5

37

12 Ascoli

37

8

-5

34

12 Athletic Bilbao

33

8

-6

32

12 Manchester City

40

12

2

39

13 Siena

35

9

-13

36

13 Racing Santander

33

7

-7

26

13 Newcastle

39

11

-7

31

14 Reggina

34

9

-18

31

14 Betis

33

8

-13

27

14 Middlesbrough

37

10

-9

43

15 Empoli

32

9

-18

34

15 Espanyol

32

8

-16

30

15 Fulham

36

10

-11

40

16 Cagliari

31

7

-13

32

16 Alavés

31

7

-14

31

16 Aston Villa

35

8

-7

34

17 Udinese

29

7

-20

29

17 Mallorca

31

7

-16

29

17 West Bromwich

27

7

-18

27

18 Messina

28

5

-14

29

18 Real Sociedad

28

8

-21

36

18 Birmingham

24

6

-21

23

19 Lecce

21

5

-26

23

19 Cádiz

27

6

-17

21

19 Portsmouth

24

6

-27

24

20 Treviso

15

2

-28

17

20 Málaga

23

5

-18

30

20 Sunderland

10

2

-36

19

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

32ª rodada Lyon 1 x 1 Toulouse Ajaccio 0 x 1 Metz Auxerre 0 x 0 Saint-Etienne Lens 2 x 1 Sochaux Olympique 1 x 1 Le Mans Nancy 0 x 0 Nantes Rennes 2 x 0 Troyes Strasbourg 2 x 2 Lille Bordeaux 1 x 0 Nice Monaco 1 x 1 PSG

27ª rodada Colônia 1 x 1 Eintracht Frankfurt Duisburg 1 x 3 Bayern Hamburgo 2 x 4 B. Dortmund Mainz 2 x 2 Hertha Schalke 2 x 2 Wolfsburg Stuttgart 0 x 2 Bayer Leverkusen Werder Bremen 5 x 0 Hannover Arminia Bielefeld 0 x 0 Nuremberg Kaiserslautern 3 x 0 B. Mönchen.

28ª rodada Nacional 1 x 1 Rio Ave Benfica 1 x 0 Braga Marítimo 1 x 0 Belenenses Gil Vicente 1 x 1 Vitória Guimarães Pacos Ferreira 2 x 1 Amadora Vitória Setubal 4 x 1 Naval Acadêmica 0 x 1 Porto Sporting 2 x 0 Penafiel União Leiria x Boavista (hoje)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

65

20

34

54

1 Porto

63

19

30

44

1 Lyon

69

20

33

56

2 Hamburgo

56

17

21

43

2 Sporting

61

19

23

45

2 Bordeaux

60

16

17

33

3 Werder Bremen

53

16

29

61

3 Benfica

56

17

20

42

3 Lille

53

14

22

44

4 Schalke 04

52

14

16

39

4 Braga

51

15

15

31

4 Auxerre

51

15

7

39

5 Hertha

37

9

3

40

5 Boavista

45

12

11

34

5 Rennes

50

16

-2

41

6 Borussia Dortmund

37

9

3

35

6 Nacional

44

12

6

33

6 Lens

49

11

11

39

7 Stuttgart

36

7

3

28

7 Vitória de Setúbal

42

13

-1

15

7 Olympique

49

13

1

30

8 Bayer Leverkusen

35

9

3

44

8 União Leiria

35

10

-3

34

8 PSG

47

12

8

37

9 Hannover

34

7

-1

35

9 Marítimo

34

8

-2

29

9 Le Mans

47

13

4

30

10 Borussia Mönchen.

34

8

-5

31

10 Belenenses

34

10

2

35

10 Nice

43

11

-2

23

11 Nuremberg

31

8

-8

23

11 Acadêmica

33

9

-10

27

11 Nancy

42

11

4

29

12 Arminia Bielefeld

31

8

-8

27

12 Estrela Amadora

33

9

-5

24

12 Monaco

41

11

4

32

13 Eintracht Frankfurt

30

8

-7

37

13 Naval

31

9

-10

30

13 Saint-Etienne

41

10

-6

25

14 Mainz

28

7

-2

40

14 Paços Ferreira

31

8

-14

28

14 Nantes

38

9

-1

30

15 Wolfsburg

28

6

-16

27

15 Rio Ave

31

7

-10

28

15 Toulouse

37

9

-8

29

16 Kaiserslautern

27

7

-18

38

16 Vitória de Guimarães

30

7

-10

23

16 Sochaux

33

8

-13

25

17 Duisburg

21

4

-25

26

17 Gil Vicente

29

8

-7

29

17 Troyes

29

6

-15

25

18 Colônia

19

4

-22

36

18 Penafiel

13

2

-35

19

18 Strasbourg

27

5

-14

28

19 Metz

26

5

-27

22

20 Ajaccio

24

5

-23

18

Japão pode perder atacante

O

Japão, adversário da Seleção Brasileira na primeira fase da Copa do Mundo, pode ter um desfalque sério na Alemanha: o atacante Atsushi Yanagisawa, do Kashima Antlers, um dos principais destaques da equipe, que fraturou um osso do pé direito e precisará de pelo menos dois meses para se recuperar. Yanagisawa havia sido convocado pelo técnico Zico para o amistoso de quartafeira, contra o Equador. Um

dos ídolos da torcida, ele se machucou durante o jogo em que o Kashima venceu o JEF United Chiba por 1 a 0, fora de casa, com gol do brasileiro Alex Mineiro. O time está em quarto na J-League, com 10 pontos, três a menos que o líder, o Urawa Reds. "Há dúvidas sobre se ele vai estar pronto para a Copa do Mundo", disse o chefe do corpo médico do clube, Jun Seki. Yanagisawa defendia o Messina, da Itália, e retornou a seu país há um mês. Em cin-

co jogos pelo Kashima, não marcou nenhum gol. A Federação Japonesa de Futebol disse que Zico não convocará outro jogador para a partida contra Equador, e desejou ao jogador uma "rápida recuperação". Para esse amistoso, Zico também não pode contar com jogadores que atuam na Europa, como o meia Nakata. O Japão estréia na Copa no dia 12 de junho, contra a Austrália, em Kaiserslautern, e pega o Brasil em Dortmund, no dia 23.

Owen sofre nova cirurgia M

ichael Owen, meiaatacante do Newcastle e da seleção inglesa, sofreu nova cirurgia no pé, para solucionar um pequeno problema surgido após a operação sofrida em janeiro, e ficou mais longe da Copa. Sua volta, prevista para o começo de abril, deve ficar

apenas para o fim do mês. Segundo o jogador, foi preciso, por recomendação médica, "apertar um parafuso" para acelerar a recuperação. O técnico da Inglaterra, Sven-Goran Eriksson, já disse que a recuperação dos jogadores contundidos é uma de suas maiores preocupa-

ções. Com Owen, Eriksson sonha em montar sua própria versão do "quadrado mágico", ao lado de Rooney, Lampard e Beckham. A Inglaterra faz amistosos contra Hungria, em 30 de maio, e Jamaica, em 3 de junho. A lista de convocados sai no dia 8 de maio.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 27 de março de 2006

LENTE DE

AUMENTO

OS RESULTADOS DO VAREJO

As vendas do varejo não foram negativas, como acreditava a maioria dos analistas, embora pudessem ter sido bem melhores meses acumulados, em relação a igual período anterior. O crescimento das vendas nesse setor é resultado da queda do desemprego e do aumento do rendimento médio real das famílias, ocorridos durante o ano passado. O setor de móveis e eletrodomésticos foi o segundo grupo em importância na composição do índice, com crescimento de 12,6% em relação a janeiro passado e de 15,49% nos doze meses acumulados. O alto crescimento das vendas desse setor ocorreu devido à expansão do volume de crédito ao consumidor. Outro setor altamente sensível ao crédito que apresentou forte crescimento de suas vendas foi o de lojas de departamento, brinquedos, artigos esportivos e afins, que cresceu 26,02% em relação a janeiro de 2005 e 15,91% nos últimos doze meses acumulados.

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Individualmente, o setor que mais cresceu foi o de papelaria, produtos de informática e comunicação. O crescimento foi de 112,77% em relação a janeiro de 2005 e de 63,77% nos últimos doze meses acumulados. E a maior surpresa veio das vendas do setor de combustíveis e lubrificantes, que recuaram 8,62% em relação a janeiro de 2005 e 7,97% nos últimos doze meses acumulados, por causa dos contínuos aumentos dos preços. Em janeiro, o volume de vendas do setor de veículos e afins cresceu apenas 0,09% em relação a janeiro de 2005 e 0,7% nos últimos doze meses acumulados. O baixo desempenho foi resultado dos aumentos de preço ao longo do ano passado. Como indica a pesquisa, as vendas do setor varejista não foram negativas como acreditava a maioria dos analistas econômicos – embora pudessem ter sido bem melhores se a economia como um todo tivesse tido melhor desempenho. O crescimento de 6,54% no período de janeiro de 2006, em relação ao mesmo mês do ano passado, foi superior ao crescimento do PIB no período. Para 2006, o aumento real do salário mínimo e a queda da inflação podem impulsionar ainda mais as vendas do setor varejista. No entanto, o esgotamento da capacidade de endividamento de boa parcela das classes populares pode anular alguns desses efeitos positivos.

MARCEL SOLIMEO

O

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE ECONOMIA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR

M ais renda e mais emprego: carrinho cheio.

sociólogo alemão Ralf Dahrendorf, um dos mais importantes pensadores liberais, em seu livro A lei e a ord em , define anomia como " uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Uma garantia dessa validade consiste na força presente e clara de sanções. Onde prevalece a impunidade, a eficácia das normas está em perigo". Resume Dahrendorf: "Nesse sentido, a anomia descreve um estado de coisas em que as violações das normas não são punidas". Lembra o sociológo alemão que nos estágios iniciais do terrorismo na Alemanha Ocidental pós-1968 debatia-se muito a fronteira entre a "violência contra as coisas" e a "violência contra as pessoas ", sendo que, inicialmente, a primeira era considerada aceitável, mas não a segunda. Dahrendorf chama a atenção do erro que se cometia nesse debate porque, em ambos os casos, se cometia uma "violência contra as instituições", as quais refletem não apenas as normas que regem a "proteção do Estado" como as regras de convivência da sociedade. Afirma ele que é na questão da "impunidade que se decide a validade normativa de uma ordem social." Acentua que "a impunidade, ou a desistência sistemática de punições, liga o crime ao exercício da autoridade. Ela nos informa sobre a legitimidade de uma ordem ". Essa considerações de Ralf Dahrendorf vêm muito a propósito do que está acontecendo no Brasil na atualidade, quando grupos organizados se arvoram no direito de invadir propriedades, destruir patrimônio alheio, zombar das autoridades e das instituições, fazendo ameaças e declarações favoráveis às ações violentas. Não se constata qualquer reação das autoridades, a não ser aguardar que o Judiciário se limite a determinar a desocupação das áreas invadidas sem que, no entanto, os prejudicados sejam indenizados e, sobretudo, os mandantes e os autores desses atos criminosos sejam punidos. O MST e a Via Campesina, que se valem de recursos públicos e do exterior estão empenhados em impedir o progresso do agronegócio brasileiro, sob os mais retrógrados pretextos, mas seguramente beneficiando com suas ações os concorrentes do Brasil no exterior. Caiu a máscara dessas entidades, que enganavam a alguns que não queriam enxergar. São organizações que nada têm a ver com social, usando os "sem-terra" como massa de manobra para impor, pela violência, suas posições. Pior do que as cenas de selvageria na destrui-

ção das mudas, mostradas pela televisão, é a falta de reação, não apenas das autoridades, mas de toda a sociedade, que, no geral, ficou passiva como se isso fosse inevitável. De outro lado, assiste-se à escalada do crime organizado, cuja ousadia já atingiu um limite perigoso, como se constatou no episódio do roubo de armas do Exército e nas provocações que se seguiram. Curiosamente, a mídia tem dado muito mais destaque ao conturbado vôo do general na TAM do que procurado analisar as implicações do que vem ocorrendo no Rio de Janeiro. Vale ressaltar a possibilidade de que esse roubo tenha sido realizado muito mais para demonstrar a força das organizações criminosas do que pela importância do armamento roubado. Os bandidos possuem e tem fácil acesso a armamentos muito mais sofisticados do que as Forças Armadas, que têm sido sucateadas e desmoralizadas pelo governo. O País se encontra em um estado de anomia, onde a impunidade impera em todos os setores e o crime organizado está mostrando que o Estado não apenas perdeu o monopólio do uso da força, que lhe é assegurado pela Constituição, como não controla muitas regiões, onde os traficantes determinam quem pode entrar e sair, e punem os que lhes desobedecem. Ao mesmo tempo, os grupos organizados dos auto-denominados "Sem-Terra" atacam a propriedade de forma violenta e ilegal sem temer qualquer punição.

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ada se pode esperar do presidente da República em relação a esses problemas, pois, no tocante aos "SemTerra" sua ação irresponsável ao recebê-los no Planalto e vestindo o boné do movimento, representou um estímulo e um aval a todas suas ações. Quanto à violência, esta parece não existir no mundo "cor-de-rosa" de sua deslavada campanha eleitoral, mas tenho certeza de que, se perguntado, o presidente afirmará que "nunca neste país nenhum governo investiu mais na segurança" do que eu". Cabe lembrar, que o maior investimento do governo na área da segurança foi a campanha do desarmamento, comprando armas velhas da população (e muitas ainda não foram pagas ) e o gasto de mais de 300 milhões de reais com o referendo, quando a população deu a resposta do que pensa a respeito da atuação do governo nessa área. A lei e a ordem defendidas por Ralf Dahrendorf como base da convivência social não parece fazer parte das preocupações dos governos, enquanto a sociedade parece estar anestesiada, ou conformada, e não vem reagindo.

A impunidade impera em todos os setores e o crime controla regiões

A dança do elefantinho

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ARTHUR CHAGAS DINIZ Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

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deputada Ângela Guadagnin (PTSP), comemorando a absolvição pelo plenário da Câmara de seu colega de partido, o deputado João Magno (PT-MG), lembrou-me muito a dança do elefantinho que, de vez em quando, era exibida na televisão. Absolvido mais um mensaleiro, a robusta deputada não conteve sua alegria e balançou-se em ritmo caribenho. Em um país em que o Poder Legislativo se recusa a punir deputados pegos em flagrante delito recebendo recursos do Valerioduto - alimentado por toda sorte de crimes contra o erário público -, talvez a única chance de punir a falta de decoro parlamentar seja condenar Ângela Guadagnin por falta de compostura. Pelo menos, is-

A ERA DA COMUNICAÇÃO uando Ronald Reagan foi lançado candidato à Presidência dos EUA a imprensa ironizou, lembrando que ele fôra cowboy de filmes B, portanto, considerado um ator de segunda. Começando a propaganda de sua candidatura Reagan mostrou desde logo que era um grande comunicador. A mídia reconheceu, imediatamente, que estava diante de um fato novo, um comunicador de valiosa postura e passou a dar-lhe cobertura, que ao cabo de toda a campanha o levou a Casa Branca. E Reagan, em grande presidência, culminou em parceria com Mrs. Margareth Thatcher por abalar o colosso comunista e levá-lo ao fim. Estava inaugurada a Era da Comunicação, que a exposição internacional do Japão também anunciara. É por isso que o nosso Chacrinha, com sua buzina e sua irreverência, dizia: "Quem não se comunica, se trumbica".

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Estado de anomia

Patrícia Cruz/LUZ

última Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada esta semana pelo IBGE, aponta que, em janeiro, em comparação com o mês anterior, houve um crescimento de 2,35% no volume de vendas. Comparado a janeiro de 2005, o crescimento foi de 6,54%. No período acumulado de 12 meses, em relação a igual período anterior, as vendas cresceram 4,87%. Dos grupos, o que trouxe maior impacto positivo para o crescimento do comércio varejista, dado seu peso no índice agregado, foi o de supermercados, cujas vendas cresceram 4,85% em relação a janeiro de 2005 e 2,97% nos últimos doze

so nos daria uma idéia do que os deputados pensam da falta de decoro parlamentar.

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o mesmo dia a Câmara aprovou reajuste de 15% a seus servidores e aumentou em 25% o número de funcionários por gabinete. São mais de 2.500 novas vagas. E um custo adicional de R$ 400 milhões/ano. É assim, com espetáculos burlescos como o de Ângela Guadagnin e corporativismo, que se mina a confiança dos cidadãos em um porvir melhor e mais decente. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

 ngela comemorava ao ritmo caribenho e a Câmara reajustava os gastos

A Era da Comunicação se impôs decisivamente. Só será eleito o candidato que aproveitar bem seus recursos. para essa Era que devem se voltar e enfrentá-la, com recursos perfeitamente compostos para atender à sua natureza, os candidatos a Presidência e ao Governo do Estado. Perguntei ao secretário da Educação do Estado, Gabriel Chalita, qual era a disposição do governador Geraldo Alckmin sobre a campanha que iniciará daqui a alguns dias, e ele me respondeu que Alckmin deverá explorar ao máximo os recursos da televisão. Vê-se que a Era da Comunicação se impôs decisivamente e só será eleito o candidato que aproveitar perfeitamente bem seus recursos. Para isso há técnicos competentes e outros que são simuladores de talento. Se tiver que aproveitar um desses profissionais, que o façam escolhendo um portador de currículo convincente e de passado conhecido, para alcançar o que se deseja de uma campanha para um posto tão importante que é governar a República ou um Estado da importância de São Paulo.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Cidades Ruas serão revitalizadas em DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Não existe governo ruim quando há uma sociedade organizada. Guilherme Afif Domingos

Ó RBITA

troca da reforma do calçamento

Filipe Araújo/AE

Proposta da Prefeitura já foi aceita por dez ruas comerciais da capital paulista. O projeto piloto, na Oscar Freire, será entregue até junho. Davi Franzon

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ntem, no primeiro dia de interdição parcial de duas faixas do trecho próximo à ponte Cidade Jardim, na marginal Pinheiros, sentido Interlagos, o congestionamento (foto acima) chegou a 89 km, às 10h30. A média para o horário é de 83 km. Às 18h, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 3,7 km de lentidão na pista expressa da marginal Pinheiros, no sentido Interlagos. (Agências)

Nélio Rodrigues/AE

TELÊ SANTANA

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elê Santana, de 74 anos (foto acima), permanece internado em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, vítima de uma infecção abdominal. O boletim médico divulgado ontem informou que o ex-treinador apresenta um "quadro grave, porém estável". Apesar disso, o médico José Olinto está confiante na sua recuperação. (AE)

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evitalização de ruas em troca da reforma e conservação das calçadas e fachadas das lojas, com instalação de lixeiras e bancos. Essa é a proposta da Prefeitura para comerciantes e lojistas dos principais pontos comerciais da capital paulista. As ruas Teodoro Sampaio (em Pinheiros), da Mooca, Augusta (trecho entre a avenida Paulista e rua Estados Unidos), Normandia (em Moema), Oriente (no Brás), 12 de Outubro (na Lapa), Milton Rocha (na Vila Maria), Silva Bueno (no Ipiranga) e as avenidas Santa Catarina (no Jabaquara) e Mateo Bei (em São Mateus), já fecharam acordo. O comerciante Felipe Naufel, coordenador do projeto, explicou que o programa, na verdade, é uma troca. "O comércio faz a reforma das calçadas e fachadas, e a Prefeitura as obras de aterramento da fiação, reforma do sistema de drenagem, troca das bocas de lobo e guias, melhoria do sistema de sinalização e recuperação do asfalto", disse Naufel. Para o secretário das Subprefeituras, Walter Feldman, a recuperação das ruas de São Paulo não é papel apenas do poder público, mas de todos os interessados na melhoria das vias públicas. Segundo ele, uma rua comercial revitalizada permite uma concorrência direta com os shoppings espa-

Assinatura do convênio para a revitalização de ruas comerciais. Participaram o prefeito José Serra e o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos.

lhados pela cidade. "Existe um público enorme que não freqüenta o comércio de rua de São Paulo. Essa é a hora de atraí-los para uma nova opção de compras", disse. A reforma das calçadas também foi destacada pela secretária municipal da Acessibilidade, Mara Gabrilli. Segundo ela, a cidade de São Paulo possui cerca de três milhões de pessoas com algum tipo de deficiência física e de locomoção. "Dentro da reforma das calçadas será preciso ter conscientização da acessibilidade. Faremos uma campanha para que elas tenham fácil acesso para os cadeirantes da cidade". Participação – Guilherme Afif Domingos, presidente da

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O rio Tietê terá mais 48 quilômetros navegáveis.

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Água deve voltar hoje à Baixada

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Brasil prepara-se para ir ao espaço.

chados. A CPTM, por sua vez, colabora com a poluição visual permitindo a utilização de suas áreas sem a menor fiscalização", disparou o prefeito. Nem a Universidade de São Paulo (USP) escapou das críticas de José Serra. Ele lembrou que os muros da universidade servem apenas para pichação e utilização de empresas de propaganda. "A principal universidade do País não se preocupa com isso. Arrecada uma quantidade pequena e polui violentamente a cidade. Falar com o reitor não adianta, nada muda por ali. Professor da USP gosta de chamar pichador de artista. Só eles vêm arte nessa sujeira", enfatizou o prefeito José Serra.

Matarazzo rumo às Subprefeituras

A TÉ LOGO

Astronauta do

to está sendo reformado pelos comerciantes. A nova Oscar Freire deverá ser entregue até o final deste semestre. As associações comerciais das ruas terão 60 dias para apresentar seus projetos. Críticas – Destacando a importância da parceria, o prefeito José Serra (PSDB) não poupou críticas a órgãos públicos que não realizam a manutenção e conservação das suas áreas, o que resulta, segundo ele, na degradação desses espaços. Serra lembrou a poluição visual causada pela falta de fiscalização da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô em suas áreas. "O Metrô não limpa seus muros que estão todos pi-

Luludi/Luz - 07/06/2005

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Santista.

Associação Comercial de São Paulo (ACSP), garantiu que a entidade participará do projeto porque confia na atual administração municipal. Para Afif, cada comerciante deve olhar para a sua calçada como se fosse a fachada da sua casa. "Não existe governo ruim quando há uma sociedade organizada. Temos de cumprir nossa parte e o poder público a dele. O comércio é peça fundamental no desenvolvimento de São Paulo e fará sua parte dentro dessa parceria municipal", disse o presidente da ACSP. O projeto municipal teve seu primeiro teste na rua Oscar Freire, nos Jardins. A rua passa por uma reforma completa e, em contrapartida, o calçamen-

Andrea Matarazzo: cotado para assumir o lugar de Walter Feldman

om a proximidade das eleições, a troca de cadeiras também vai atingir a Prefeitura de São Paulo. No staff de José Serra, a primeira mudança de peso ocorrerá na Secretaria das Subprefeituras, uma das mais importantes da atual gestão. O secretário Walter Feldman deixará o cargo para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Andréa Matarazzo, hoje secretário de Obras e Serviços e Subprefeito da Sé, é o nome indicado para substituí-lo. A troca de Matarazzo por Feldman está sendo bem vista por todos na atual administração municipal. Aluísio Nunes Ferreira, hoje na Secretaria de Governo, deverá assumir a dupla função de Andrea Matarazzo. (DF)

Factoring

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TRÂNSITO

Vilma Gonçalves/Secom

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Ano 81 - Nº 22.095

São Paulo, terça-feira 28 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h05

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Só Lula lá Lula está só: partiram Palocci, Zé Dirceu e Duda, o seu núcleo duro, e partirão mais sete ministros. "Ficou menor", diz o governador Aécio Neves. "Está perdendo o partido e o respeito", preocupa-se FHC. "A economia não vai mudar", avisa o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Palocci sai de cena sem mais costas quentes: deverá ser indiciado, como o presidente da CEF, ambos derrubados pelo caseiro Francenildo, para quem "o lado mais fraco é o da mentira".

Cr ise

ESPECIAL

Maurício Lima/AFP

Patrícia Cruz/LUZ

Paulo Liebert/AE

Laptop para as crianças

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 18º C.

Bender (foto), do MIT, em Brasília: missão nobre. DC Informática

Em Israel, pensando no Brasil E no mundo. Yerushalmi (foto), carioca: pesquisa para as micros. Eco/8

Bombeiros pedem socorro Pode ser o fim dos voluntários de Itapetininga. Pág. 8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.GERAL

U

m dos maiores orgulhos de Itapetininga, cidade de 130 mil habitantes, a 170 quilômetros de São Paulo, pode estar com os dias contados. Seu time de bombeiros voluntários, com 130 colaboradores, criado há 27 anos, pode perder espaço – ou até ser extinto – por causa de uma parceria fechada entre a prefeitura e o governo do Estado para levar bombeiros militares ao município. Por isso, há pouco mais de uma semana, a população tem se mobilizado para impedir que uma de suas mais fortes referências seja extinta. No último dia 20, 400 pessoas se reuniram na Câmara Municipal para protestar contra o convênio. O maior medo dos moradores e, principalmente, dos voluntários, é que os militares venham para tomar o lugar dos colaboradores. "Não queremos ser subordinados a eles e ficarmos afastados das funções que exercemos há quase trinta anos, ficando responsáveis apenas por ações como limpeza", afirma Márcio Lopes, presidente dos voluntários. Atualmente, os colaboradores são responsáveis por tudo: de ocorrências graves à faxina do posto. A prefeitura, por meio de seu procurador-geral, José Alves Jr., garantiu que os militares serão parceiros dos voluntários. Ele afirmou que Itapetininga serviu de intermediária entre seis municípios que rodeiam a cidade e o governo estadual, já que a solicitação para que os militares atuem na região teria partido de Guareí, Alambari, São Miguel Arcanjo, Sarapuí, Angatuba e Campina de Monte Alegre. As prefeituras de quatro das seis cidades, entretanto, negaram a informação. O diretor administrativo da prefeitura de Sarapuí, Francisco Prestes, elogiou os voluntários. "Sempre tivemos um retorno rápido e positivo", declarou. A reportagem do DC não conseguiu contato com São Miguel Arcanjo e Angatuba. Em Itapetininga, o assunto está em bares, praças e na mídia. Uma rede de televisão local entrevistou 103 moradores: 101 se declararam contrários à medida, um disse ser favorável e outro não se pronunciou. Não é à toa. Os voluntários atendem a 700 ocorrências por mês, que vão de cavalos atolados a incêndios florestais e acidentes de trânsito. Realizam também ações sociais, como um trabalho com 200 bombeiros mirins (menores de 15 anos), que têm desde aulas de primeiros socorros a sociologia. Origem – A idéia da criação de um corpo de voluntários surgiu depois que um incêndio destruiu uma serraria da cidade. Na ocasião, os militares mais próximos, de Sorocaba, não chegaram a tempo. Graças à ação de moradores, alguma coisa foi salva. Um empresário proprietário de um caminhão pipa resolveu colocá-lo para funcionar e contou com a ajuda de dezenas de pessoas. Os mais antigos lembram do tempo em que os voluntários não existiam e defendem sua atuação. "A cidade vai perder o que é dela e foi criado com tanta dedicação", diz o vendedor de algodão-doce Jorge Proença, de 70 anos. Mesma posição tem o aposentado João Rodrigues de Camargo: "Para que mexer no que é tão bem feito?". Camargo, 74 anos, diz que se os militares contribuírem para somar esforços, serão úteis e bem recebidos. Mas, se vierem para tomar o lugar dos voluntários, não terão tratamento fácil. "Todas as vezes que precisei dos colaboradores, inclusive em um grave acidente de carro, eles vieram prontamente e fui atendido muito bem", conta. Segundo dados dos próprios bombeiros, seu tempo médio de resposta é de quatro minutos. Uma das dúvidas dos moradores é quanto à escolha da cidade para receber militares. Afinal, ela já possui um corpo de voluntários, enquanto outras cidades não têm qualquer auxílio. "Carapicuíba, com 400 mil habitantes, e Hortolândia, um pólo petroquímico, não

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Bombeiros voluntários de Itapetininga pedem socorro Criado em 1979, o corpo de voluntários de Itapetininga, no interior de São Paulo, corre o risco de ser extinto e substituído por bombeiros da Polícia Militar. Com apoio da população, atendem a cerca de 700 ocorrências por mês. Além disso, desenvolvem projetos sociais com as crianças da cidade. Nota do governo garante que os militares vão trabalhar em conjunto com os voluntários.

Sou favorável se os bombeiros militares vierem somar esforços João Rodrigues de Camargo, morador

Clarice Chiquetto Fotos de Luiz Prado/Luz

O bombeiro Wellington Fernandes, há 17 anos na corporação: exemplo para as crianças

Metalúrgicos, enfermeiros e contadores fazem parte do time de bombeiros

Humberto de Castro/Virtual Photo

Uma experiência consagrada no Exterior

S Nós não queremos ficar subordinados a eles e sermos afastados de nossas funções Márcio Lopes, presidente da corporação

Por que aqui, se Carapicuíba, com 400 mil habitantes, não tem bombeiros? Wilson Batista Jr., vereador em Itapetininga

Os bombeiros de Itapetininga são um exemplo do supra-sumo da democracia Rogério Amato, vice-presidente da ACSP

Jorge Ferreira Proença é contra: "A cidade vai perder o que é dela"

têm bombeiros. Porque instalá-los aqui?", questiona o vereador Wilson Batista Jr. A opinião é compartilhada por Rogério Amato, vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que esteve na cidade acompanhando o trabalho dos colaboradores e elogiou seu desempenho. "Para que ir para Itapetininga se mais de 500, dos 640 municípios do estado, não têm corpo de bombeiros?", indaga. Amato acredita que os militares deviam – em vez de ir para uma cidade onde os voluntários já estão – incentivar, treinar e serem mentores da instalação de corpos colaboradores em todo o País, como acontece

em dezenas de outros países. "Os bombeiros de Itapetininga são um exemplo do supra-sumo da democracia. A sociedade se mobilizou e se organizou em busca de um bem comum", diz. "E estão servindo de exemplo para cidades vizinhas, que querem implantar o modelo", completa. A Secretaria de Segurança Pública se manifestou por meio de uma nota e garantiu que os militares vão trabalhar em conjunto com os voluntários. Os colaboradores aguardam uma cópia do convênio para poder analisá-lo e, em seguida, marcar uma reunião com a prefeitura para discutir a continuidade de seus serviços.

e no Brasil quase não existem bombeiros voluntários, outros países não sabem o que é viver sem eles. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram os colaboradores que socorreram as primeiras vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, no World Trade Center – os militares chegaram vários minutos depois.

O presidente da Associação de Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul, estado pioneiro no trabalho com voluntários (desde 1895), Frederico Guilherme Zorzan, diz que países mais ricos, como Alemanha e Dinamarca, têm voluntários desde o século 18 e eles correspondem hoje a 90% do total de bombeiros. "O Japão tem seis milhões de voluntários e apenas 122 militares", conta. E não é preciso ir muito longe. Enquanto no Brasil apenas quatro Estados têm voluntários – RS, SP, Santa

Catarina e Minas Gerais –, em menos de 80 cidades, nossos vizinhos Chile, Argentina e Paraguai mantêm, respectivamente, 41 mil, 18 mil e 8 mil voluntários. "No Brasil, há leis federais que incentivam a criação desses corpos. Até a Constituição faz menção a isso. Precisamos dar força a Itapetininga", diz Zorzan. Ele ressalta que o custo de um militar é muito maior para o Estado. Em Santa Catarina, por exemplo, um militar custa R$ 23,00 por pessoa por ano. O voluntário, apenas R$ 1,00. (CC)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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bilhões de reais foi o superávit primário do governo federal no primeiro bimestre do ano.

Pablo Valadares/AE - 22/12/05

FÔLEGO

CURTO RECEITA NÃO ACOMPANHA DESPESAS E SUPERÁVIT CAI

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Líquido – Pesou para o resuperávit primário do governo federal sultado no mês a redução de está perdendo o fô- R$ 5,816 bilhões na receita lílego. Dados divul- quida. Ainda na comparação gados ontem pela Secretaria com janeiro, as despesas caído Tesouro Nacional mostram ram R$ 5,326 bilhões. Esse efeique, no primeiro bimestre, o to é explicado mais pelo alto níresultado primário (economia vel dos gastos em janeiro do de recursos para pagamento que por uma maior austeridada dívida) ficou em R$ 7,446 bi- de em fevereiro. No primeiro lhões, ante R$ 10,482 bilhões mês do ano houve, por exemno primeiro bimestre de 2005. plo, capitalização de R$ 2,7 biIsso ocorreu devido ao cres- lhões na Emgea, empresa ligacimento das despesas. No pe- da ao governo federal que adríodo, os gastos totais foram de ministra ativos habitacionais. R $ 6 0 , 9 9 0 b i l h õ e s , c o n t r a E, ainda, pagamentos elevaR$ 52,108 bilhões em janeiro e dos de despesas judiciais. Investimentos – As despefevereiro de 2005, um aumento sas de custeio de 17%. As ree capital, na ceitas, por sua qual estão invez, aumenseridos os intaram 9,7% no ve st ime nt os período, de do governo, forma que passaram de não conseguiR$ 14,266 biram acompalhões no prinhar a acelemilhões de reais foram ração dos gasos gastos com o Projeto meiro bimestre do ano tos. Passaram de R$ 76,686 Piloto de Investimentos, passado para R$ 17,816 bibilhões em voltado especialmente lhões no iní2005 para R$ 84,145 bi- para estradas, ante nada cio de 2006. no ano passado Os gastos lhões neste com o Projeto ano. Os dados Piloto de Inreferem-se às receitas brutas. As líquidas, vestimentos (PPI) foram de usadas para calcular o resulta- R$ 175 milhões no período. Em do primário, passaram de 2005, nenhum centavo foi deR$ 62,591 bilhões no primeiro sembolsado no programa, que b i m e s t r e d e 2 0 0 5 p a r a contempla principalmente inR$ 68,437 bilhões em janeiro e vestimentos em estradas. Segundo técnicos do goverfevereiro de 2006, um crescino, a tendência é que as contas mento de 9,3%. Em fevereiro, as contas do apresentem resultado mais governo central tiveram supe- fraco neste início de ano devirávit de R$ 3,478 bilhões, 12,3% do à transferência do pagamenor do que o de janeiro. O mento de gastos do final de Tesouro Nacional teve superá- 2005. Porém, o objetivo é cumvit de R$ 5,879 bilhões, resulta- prir a meta fiscal de 4,25% do do parcialmente anulado pelo Produto Interno Bruto (PIB). déficit de R$ 2,44 bilhões nas Isso será facilitado pelo fato de contas da Previdência. O Ban- a legislação eleitoral impedir o co Central fechou suas contas início de novas obras a partir do segundo semestre. (AE) em R$ 21,9 milhões positivos.

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Segundo Levy, embora não seja fator definitivo, o baixo crescimento do PIB pode retardar as chances de o Brasil obter o tão esperado grau de investimento

PIB IMPEDE GRAU DE INVESTIMENTO ma baixa taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode acabar retardando as chances de o Brasil obter o tão esperado grau de investimento das agências de classificação de risco internacionais, disse ontem o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, durante evento em São Paulo. Ele ressaltou, no entanto, que tal desempenho "não é impedimento definitivo para um up-

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grade do Brasil (elevação da classificação do País)". "O não crescimento (da economia nacional) é uma preocupação. Acho que a gente teria sempre que estar em 4%, na velocidade de cruzeiro. Não tem razão para ser menos", disse o secretário do Tesouro em seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IbefSP) em conjunto com a agência de classificação de riscos Standard & Poor's (S&P) e a Câma-

ra Americana de Comércio. Em sua apresentação, Joaquim Levy listou diversos avanços obtidos pelo País nos últimos anos, como a redução da dívida externa e o pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para justificar sua avaliação de que hoje o grau de investimento é algo que de fato pode ser vislumbrado. "Com isso, já é possível discutir medidas que acelerem essa parte da corrida", afirmou o secretário.

"Para que o investment grade seja possível em 2007 ou 2008, e não apenas em 2009 e 2010, há algumas sugestões", disse. Levy citou como medidas importantes a conclusão do trabalho de saneamento da Previdência Social, a melhora da qualidade d o in ve st i men to pú bl i co , um esforço para dar condições de aumento de investimentos privados e a continuidade do trabalho de redução dos juros da dívida pública (le ia mais na página 11). (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

AVISOS

terça-feira, 28 de março de 2006

ATAS Titan Holdings S.A. CNPJ no 07.134.529/0001-47 - NIRE 35.300.321.421 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 2.2.2006

AVISOS AOS ACIONISTAS

Banco Alvorada S.A. CNPJ no 33.870.163/0001-84 - NIRE 29.300.022.870 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30.12.2004

ARFRIO S/A – ARMAZÉNS GERAIS FRIGORÍFICOS CNPJ 61.024.295/0001-20 Aviso aos Acionistas Encontram-se à disposição dos Srs. acionistas na Sede Social na Av. Jussara, 1001 - Barueri - SP., os doctºs a que se refere o Art. 133 da Lei nº 6404 de 15/12/1976, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2005. São Paulo, 23/03/2006. A Diretoria.28/29/30-Março-2006)

Data, Hora, Local: realizada aos 30 dias do mês de dezembro de 2004, às 11h, na sede social, na Avenida da França, 409, 3o andar, parte, Comércio, Salvador, BA. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os acionistas da Sociedade representando a totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: Domingos Figueiredo de Abreu. Verificou-se também a presença dos senhores Cláudio Rogélio Sertório, CRC no SP212059/O-0-”S”BA, e Orlando Octávio de Freitas Júnior, CRC no 1SP178871/O-4-”S”-BA representantes, respectivamente da KPMG Auditores Independentes e Trevisan Auditores Independentes. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: examinar propostas da Diretoria para: 1) absorção de parcela cindida do Patrimônio Líquido do Banco Baneb S.A. pela Sociedade, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225, 227 e 229 da Lei no 6.404/76, mediante: a) ratificação da indicação dos peritos responsáveis pela Avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades; b) exame e aprovação do Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Total com Versão de Parcelas do Patrimônio em Sociedades Existentes e seus anexos; 2) alteração do endereço da sede da Sociedade da Avenida da França, 409, 3o andar, parte, Comércio, Salvador, BA, para Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, com a conseqüente alteração do Artigo 3o do Estatuto Social. Leitura de Documentos: as Propostas da Diretoria e o Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Total com Versão de Parcelas do Patrimônio em Sociedades Existentes e seus anexos foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas da Sociedade. Deliberações: a) aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria, registradas na Reunião daquele Órgão, de 20.12.2004, a seguir transcritas: “1) Visando promover a reorganização societária, com a racionalização de ativos e passivos transferidos por cisão para o Alvorada, conseqüentemente eliminando os custos operacionais, administrativos e legais advindos da manutenção desses ativos e passivos no Baneb, vimos propor a absorção de parcela cindida do Patrimônio do Baneb, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225, 227 e 229 da Lei no 6.404/76. A operação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: I. ratificará a nomeação das empresas responsáveis pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, em 30.11.2004, conforme segue: a) a valor contábil, KPMGAuditores Independentes - CRC no 2SP014428/O-6; b) a valor de mercado, Trevisan Auditores Independentes - CRC no 2SP013439/O-5; II. a operação de cisão levará em consideração a aquisição pelo Alvorada, em 15.12.2004, da participação de 99,713050% do Capital Social do Baneb, detida pelo Banco Bradesco S.A., com base no valor contábil do investimento em 30.11.2004; III. se efetivará em 30.12.2004, utilizando como base Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades levantados em 30.11.2004, tendo sido apurados, a valor contábil, os seguintes Patrimônios Líquidos: Baneb - R$2.203.352.445,85 e Alvorada - R$3.754.017.439,28; IV. as variações patrimoniais verificadas no Baneb, entre a data-base de 30.11.2004 e a da efetivação da cisão (30.12.2004), integrarão os seus movimentos contábeis e, na data do evento, serão transferidas proporcionalmente ao Alvorada; V. tendo em vista o valor patrimonial contábil por ação em 30.11.2004 do Baneb - R$0,0141246518 e do Alvorada - R$46.210,6852700124, a relação de troca será na proporção de 0,0000003057 fração de ação do Alvorada para cada ação do Baneb; VI. em decorrência da relação de troca mencionada na Cláusula anterior, serão canceladas 155.992.020.635 (cento e cinqüenta e cinco bilhões, novecentos e noventa e dois milhões, vinte mil, seiscentas e trinta e cinco) ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão do Baneb, proporcionalmente às classes existentes e ao Patrimônio Líquido cindido a ser vertido para o Alvorada; VII. aprovada a operação, haverá em decorrência da versão da parcela do Patrimônio Líquido do Baneb para o Alvorada, tendo em vista a participação do Alvorada em 99,713050% do Capital Social do Baneb, aumento do Patrimônio Líquido do Alvorada, exclusivamente da parcela pertencente aos minoritários do Baneb, que resultará em aumento do Capital Social do Alvorada no montante de R$6.359.000,00 (seis milhões, trezentos e cinqüenta e nove mil reais), e o valor de R$110,47 (cento e dez reais e quarenta e sete centavos), levado à conta de “Lucros/Prejuízos Acumulados”, mediante a emissão de 136 (cento e trinta e seis) novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, a serem atribuídas aos acionistas minoritários do Baneb; VIII. as ações detidas pelos acionistas do Baneb que pela aplicação da relação de troca prevista na Cláusula V, não assegurarem o direito ao recebimento de uma ação do Alvorada, serão reembolsadas pelo seu valor patrimonial contábil, também constante da referida Cláusula V; IX. para os fins previstos no Artigo 264 da Lei no 6.404/76, informa-se que, caso a relação de troca das ações dos acionistas minoritários do Baneb tivesse sido fixada com base nos valores dos Patrimônios Líquidos a preços de mercado das Sociedades envolvidas em 30.11.2004, a relação de troca seria na proporção de 0,0000003064 fração de ação do Alvorada para cada ação do Baneb; X. aos acionistas do Baneb fica reservado, nos termos dos Artigos 137 e 230 da Lei no 6.404/76, o direito de retirada, mediante o reembolso do valor patrimonial contábil por ação de R$0,0141246518; XI. as ações do Alvorada a serem atribuídas aos acionistas do Baneb farão jus integralmente a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data da Assembléia Geral do Baneb que aprovar a operação, cujo pagamento deverá ser efetuado após a homologação do respectivo processo pelo Banco Central do Brasil. Farão jus, também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações; XII. o Alvorada assumirá, solidariamente, todas e quaisquer obrigações do Baneb, ou que a ele vierem a ser impostas, conhecidas ou não, independentemente de qualquer outra reorganização societária nele já ocorrida, inclusive e principalmente as obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas, cíveis e previdenciárias, correspondentes a fatos geradores até 30.12.2004, data da cisão, bem como todos e quaisquer direitos conhecidos ou que vierem a sê-lo, nos termos do “caput” do Artigo 233 da Lei 6.404/76; XIII. a operação será submetida à aprovação do Banco Central do Brasil; 2) alterar o endereço da sede da Sociedade da Avenida da França, 409, 3o andar, parte, Comércio, Salvador, BA, para Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, com a conseqüente alteração do Artigo 3o do Estatuto Social, que passará a vigorar com a seguinte redação, após a homologação do processo pelo Banco Central do Brasil: “Art. 3o) A Sociedade tem sede e foro no município e comarca de Osasco, Estado de São Paulo.”; b) ratificada a nomeação da KPMG Auditores Independentes e da Trevisan Auditores Independentes, como responsáveis pelas avaliações dos Patrimônios Líquidos das Sociedades, a valor contábil e de mercado, respectivamente; c) aprovado o Instrumento de Protocolo e Justificação de Cisão Total com Versão de Parcelas do Patrimônio em Sociedades Existentes, firmado pelas Sociedades em 20.12.2004, sem qualquer alteração ou ressalva em seu texto, pelo qual se concretizará a operação, bem como os Laudos de Avaliação, anexos do referido Instrumento, tanto na forma como no teor em que foram redigidos, especialmente quanto aos números neles contidos, cuja transcrição foi dispensada, o qual, rubricado pelos componentes da Mesa e numerado como Anexo I, ficará arquivado na Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Na seqüência dos trabalhos, esclareceu o senhor Presidente que: a) considerando a aprovação da proposta de Cisão Parcial, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$3.537.457.000,00 (três bilhões, quinhentos e trinta e sete milhões, quatrocentos e cinqüenta e sete mil reais), dividido em 81.373 (oitenta e uma mil, trezentas e setenta e três) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; b) a Diretoria desta Sociedade fica expressamente autorizada a praticar todos os atos necessários, tomar todas as providências complementares da operação da referida cisão aprovada e a proceder, perante todas as repartições e Órgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, ao cancelamento dos registros em nome da Sociedade Incorporada, podendo, para tanto, assinar todos e quaisquer papéis, formulários, requerimentos e demais documentos necessários nesse sentido. Quorum das Deliberações: unanimidade de votos dos acionistas presentes. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado e que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de homologada pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário, pelos representantes dos acionistas e das Empresas Avaliadoras. aa) Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionistas: Banco Bradesco S.A. e Banco Finasa S.A., representados por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas; Empresas Avaliadoras: KPMG Auditores Independentes, representada pelo senhor Cláudio Rogélio Sertório e Trevisan Auditores Independentes, representada pelo senhor Orlando Octávio de Freitas Júnior. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Alvorada S.A. a) Décio Tenerello e José Luiz Acar Pedro. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob NIRE 35.300.329.619, em 14.3.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

AVISOS DE LICITAÇÃO EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS - EMPRO AVISO DE LICITAÇÃO A Empresa Municipal de Processamento de Dados – EMPRO torna pública a abertura do Pregão Presencial n° 002/2006 – Objeto: contratação de empresa que preste serviços de cartões eletrônicos, magnéticos ou outros de tecnologia adequada para aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais, destinados até 60 (sessenta) empregados da EMPRO, àrazão de um documento por empregado com benefício unitário de R$ 100,00 (cem reais) mensais. Abertura: 11/04/2006 às 09:00 (nove horas), na Av. Alberto Andaló, 3030, 6° andar – São José do Rio Preto. Edital completo na sede da EMPRO ou pela Internet www.empro.com.br. São José do Rio Preto/SP, 27 de março de 2006. Cássio Domingos Dosualdo Moreira - Pregoeiro.

CONVOCAÇÃO ASSOCIAÇÃO DOS PROTÉTICOS DENTÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária Pelo presente edital de Convocação, em conformidade com o que dispõe o artigo 69 do Estatuto Social, o Presidente da APDESP, Sr. Seiei Quiyan, convoca os Associados a participarem da Assembléia Geral Ordinária, que se realizará no dia 11 de abril de 2006 do corrente ano, com a 1ª chamada para as 20:00 (vinte horas) e a 2ª chamada para as 20:30 (vinte horas e trinta minutos) com a seguinte ordem do dia: a) prestação de contas, balanço de 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 28 de março de 2006. a) Seiei Quiyan - Presidente.

EDITAL

AVISOS AOS ACIONISTAS

CONVOCAÇÃO

Data, Hora, Local: realizada aos 2 dias do mês de fevereiro de 2006, às 16h, na sede social, Cidade de Deus, VilaYara, Osasco, SP. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença acionistas representando a totalidade do capital social. Constituição da Mesa: Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: Samuel Monteiro dos Santos Júnior. Convocação: Dispensada a publicação do Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: incorporação da Sociedade pela Embaúba Holdings S.A., mediante: a) exame e aprovação do Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação e seus anexos; b) concessão de autorização à Diretoria para praticar todos os atos necessários à concretização da incorporação. Deliberações: 1) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 1o.2.2006, a seguir transcrita: “Visando a promover a reorganização societária e de investimentos, maximizando operações e recursos disponíveis e, conseqüentemente, eliminando os custos administrativos, operacionais e legais advindos da manutenção da Sociedade, doravante denominada Titan, vimos propor a sua incorporação pela Embaúba Holdings S.A., doravante denominada Embaúba, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 227 da Lei no 6.404/76. A operação de incorporação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: I. se efetivará em 2.2.2006, utilizando como base Balanços Patrimoniais específicos levantados em 31.1.2006, pelas Sociedades; II. ratificará a nomeação da Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., CRC 2SP018437/ O-3, como responsável pelas avaliações dos Patrimônios Líquidos das Sociedades a valores contábil e de mercado em 31.1.2006, em observância ao disposto no Artigo 21 da Lei no 9.249, de 26.12.1995; III. de acordo com os Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades, levantados em 31.1.2006, foram apurados os seguintes patrimônios líquidos: a valores contábeis - Embaúba - R$783.235.917,07 e Titan - R$793.102.426,57; e a valores de mercado - Embaúba - R$798.653.848,86 e Titan - R$984.737.894,64; IV. as variações patrimoniais ocorridas na Titan, após a data-base de 31.1.2006 e até 2.2.2006, integrarão os seus movimentos contábeis e, em 2.2.2006, data do evento, serão transferidas à Embaúba; V. as 37.801.327 (trinta e sete milhões, oitocentas e uma mil, trezentas e vinte e sete) ações ordinárias, Classe A, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Titan serão extintas; VI. tendo em vista que a Embaúba participa com 80,90% no capital social da Titan, haverá aumento do capital social da Embaúba, exclusivamente da parcela de 19,10% do Patrimônio Líquido a valor contábil da Titan, pertencentes à sua acionista Bradesco Segprev Investimentos Ltda.; VII. exclusivamente para fins de emissão de ações, tendo em vista que o valor de mercado, em 31.1.2006, da Titan, por ação, é de R$26,050352535 e o da Embaúba, por ação, é de R$1,034489694, a relação de troca será na proporção de 25,181838624 ações da Embaúba para cada ação da Titan, sendo atribuídas à Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., 181.832.743 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Embaúba, na proporção de sua participação de 19,10%, e em substituição às suas 7.220.789 ações extintas; VIII. aprovada a operação de incorporação da Titan, haverá aumento do Patrimônio Líquido da Embaúba no montante de R$151.498.425,53 (cento e cinqüenta e um milhões, quatrocentos e noventa e oito mil, quatrocentos e vinte e cinco reais e cinqüenta e três centavos), sendo R$151.498.400,00 (cento e cinqüenta e um milhões, quatrocentos e noventa e oito mil e quatrocentos reais) contabilizados como aumento do Capital Social, e R$25,53 (vinte e cinco reais e cinqüenta e três centavos) levados à conta de Lucros/Prejuízos Acumulados, visando arredondamento. Desta forma, o capital da Embaúba passará de R$772.026.878,00 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentos e setenta e oito reais) para R$923.525.278,00 (novecentos e vinte e três milhões, quinhentos e vinte e cinco mil, duzentos e setenta e oito reais), com a emissão de 181.832.743 (cento e oitenta e um milhões, oitocentas e trinta e duas mil, setecentas e quarenta e três) novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, a serem atribuídas a Bradesco Segprev Investimentos Ltda., na proporção estabelecida na Cláusula VII, alterandose em conseqüência o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social da Embaúba, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$923.525.278,00 (novecentos e vinte e três milhões, quinhentos e vinte e cinco mil, duzentos e setenta e oito reais), dividido em 953.859.621 (novecentos e cinqüenta e três milhões, oitocentas e cinqüenta e nove mil, seiscentas e vinte e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; IX. as ações representativas do Capital Social da Embaúba, a serem atribuídas à Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., farão jus integralmente aos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data da Assembléia Geral Extraordinária da Embaúba que aprovar a operação (2.2.2006), cujo pagamento deverá ser efetuado após a formalização do processo. Farão jus, também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir do mês em que se atender todas exigências legais citadas; X. uma vez confirmados os valores referidos nesta proposta e aprovados os laudos respectivos, a operação de incorporação se concretizará, com a extinção da Titan, sucedendo-lhe a Embaúba; XI. a Embaúba assumirá todas as obrigações da Titan, ou que a ela vierem a ser impostas, bem como quaisquer direitos conhecidos ou que vierem a sê-lo”. Em seguida, deliberou-se também: a) aprovar o Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação e seus anexos, firmado pelas Sociedades, em 1o.2.2006, sem qualquer alteração ou ressalva em seu texto, pelo qual se concretizará a operação, cuja transcrição foi dispensada, o qual, rubricado pelos componentes da Mesa, ficará arquivado na Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/ 76; b) autorizar a Diretoria a praticar todos os atos necessários à concretização da incorporação ora aprovada e ratificados todos os atos praticados pela Diretoria da Sociedade até esta data. Na seqüência dos trabalhos, esclareceu o senhor Presidente que: 1) a incorporação desta Sociedade pela Embaúba Holdings S.A., nas condições constantes do Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação, fica na dependência de sua aprovação pelos Acionistas daquela Sociedade, em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada nesta data, às 17h, após o que estará concretizada a incorporação e, em conseqüência, será declarada a extinção desta Sociedade, para todos os efeitos legais; 2) concretizada a incorporação e declarada extinta esta Sociedade, extingue-se também o mandato dos atuais Membros da Diretoria, senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Diretores: Samuel Monteiro dos Santos Júnior, Marcos Suryan Neto, Ivan Luiz Gontijo Júnior e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos representantes dos acionistas presentes. aa) Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: Samuel Monteiro dos Santos Júnior; Acionistas: Embaúba Holdings S.A., representada por seus Diretores senhores Milton Almicar Silva Vargas e José Luiz Acar Pedro; Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., representada por seus Diretores, senhores Samuel Monteiro dos Santos Júnior e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Titan Holdings S.A. – a) Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob o no 74.420/06-9, em 10.3.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

Embaúba Holdings S.A. CNPJ no 07.436.414/0001-07 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 2.2.2006 Data, Hora, Local: realizada aos 2 dias do mês de fevereiro de 2006, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença acionistas da Sociedade representando a totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Verificou-se também, a presença do senhor Sidney Pires de Oliveira, representante da Probus Assessoria Contábil e Fiscal. Convocação: Dispensada a publicação do Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do dia: examinar propostas da Diretoria para: 1) incorporar a Titan Holdings S.A., mediante: a) ratificação da indicação da empresa avaliadora dos patrimônios das Sociedades; b) exame e aprovação do Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação e dos Laudos de Avaliação das Sociedades; 2) aumentar o Capital Social no valor de R$53.122,00 mediante a emissão de 51.350 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1,034489694 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social. Leitura de Documentos: as Propostas da Diretoria e o Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação e seus anexos foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas presentes. Deliberações: aprovadas sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria, registradas na Reunião daquele Órgão, de 1o.2.2006, a seguir transcritas: “1) Visando a promover a reorganização societária e de investimentos, maximizando operações e recursos disponíveis e, conseqüentemente, eliminando os custos administrativos, operacionais e legais, vimos propor a incorporação da Titan Holdings S.A., doravante designada simplesmente Titan, por esta Sociedade, doravante designada simplesmente Embaúba, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 227 da Lei no 6.404/76. A operação de incorporação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: I. se efetivará em 2.2.2006, utilizando como base Balanços Patrimoniais específicos levantados em 31.1.2006, pelas Sociedades; II. ratificará a nomeação da Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., CRC 2SP018437/O-3, como responsável pelas avaliações dos Patrimônios Líquidos das Sociedades a valores contábil e de mercado em 31.1.2006, em observância ao disposto no Artigo 21 da Lei no 9.249, de 26.12.1995; III. de acordo com os Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades, levantados em 31.1.2006, foram apurados os seguintes patrimônios líquidos: a valores contábeis - Embaúba - R$783.235.917,07 e Titan - R$793.102.426,57; e a valores de mercado - Embaúba - R$798.653.848,86 e Titan - R$984.737.894,64; IV. as variações patrimoniais ocorridas na Titan, após a data-base de 31.1.2006 e até 2.2.2006, integrarão os seus movimentos contábeis e, em 2.2.2006, data do evento, serão transferidas à Embaúba; V. as 37.801.327 (trinta e sete milhões, oitocentas e uma mil, trezentas e vinte e sete) ações ordinárias, Classe A, nominativasescriturais, sem valor nominal, de emissão da Titan serão extintas; VI. tendo em vista que a Embaúba participa com 80,90% no capital social da Titan, haverá aumento do capital social da Embaúba, exclusivamente da parcela de 19,10% do Patrimônio Líquido a valor contábil da Titan, pertencentes à sua acionista Bradesco Segprev Investimentos Ltda.; VII. exclusivamente para fins de emissão de ações, tendo em vista que o valor de mercado, em 31.1.2006, da Titan, por ação, é de R$26,050352535 e o da Embaúba, por ação, é de R$1,034489694, a relação de troca será na proporção de 25,181838624 ações da Embaúba para cada ação da Titan, sendo atribuídas à Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., 181.832.743 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, de emissão da Embaúba, na proporção de sua participação de 19,10%, e em substituição às suas 7.220.789 ações extintas; VIII. aprovada a operação de incorporação da Titan, haverá aumento do Patrimônio Líquido da Embaúba no montante de R$151.498.425,53 (cento e cinqüenta e um milhões, quatrocentos e noventa e oito mil, quatrocentos e vinte e cinco reais e cinqüenta e três centavos), sendo R$151.498.400,00 (cento e cinqüenta e um milhões, quatrocentos e noventa e oito mil e quatrocentos reais) contabilizados como aumento do Capital Social, e R$25,53 (vinte e cinco reais e cinqüenta e três centavos) levados à conta de Lucros/Prejuízos Acumulados, visando arredondamento. Desta forma, o capital da Embaúba passará de R$772.026.878,00 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentos e setenta e oito reais) para R$923.525.278,00 (novecentos e vinte e três milhões, quinhentos e vinte e cinco mil, duzentos e setenta e oito reais), com a emissão de 181.832.743 (cento e oitenta e um milhões, oitocentas e trinta e duas mil, setecentas e quarenta e três) novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, a serem atribuídas a Bradesco Segprev Investimentos Ltda., na proporção estabelecida na Cláusula VII, alterando-se em conseqüência o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social da Embaúba, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$923.525.278,00 (novecentos e vinte e três milhões, quinhentos e vinte e cinco mil, duzentos e setenta e oito reais), dividido em 953.859.621 (novecentos e cinqüenta e três milhões, oitocentas e cinqüenta e nove mil, seiscentas e vinte e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; IX. as ações representativas do Capital Social da Embaúba, a serem atribuídas à Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., farão jus integralmente aos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data da Assembléia Geral Extraordinária da Embaúba que aprovar a operação (2.2.2006), cujo pagamento deverá ser efetuado após a formalização do processo. Farão jus, também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir do mês em que se atender todas exigências legais citadas; X. uma vez confirmados os valores referidos nesta proposta e aprovados os laudos respectivos, a operação de incorporação se concretizará, com a extinção da Titan, sucedendo-lhe a Embaúba; XI. a Embaúba assumirá todas as obrigações da Titan, ou que a ela vierem a ser impostas, bem como quaisquer direitos conhecidos ou que vierem a sê-lo; 2) Com o objetivo de prover recursos para incrementar as atividades e resultados da Sociedade, vimos propor aumento do Capital Social, já considerando a operação de Incorporação da Titan Holdings S.A., no valor de R$53.122,00, elevandoo de R$923.525.278,00 para R$923.578.400,00, mediante a emissão de 51.350 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1,034489694 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preço de emissão teve como base o valor do Patrimônio Líquido por ação da Sociedade em 31.1.2006, a valor de mercado, de conformidade com o disposto no Inciso II do Parágrafo Primeiro do Artigo 170 da Lei no 6.404/76. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de integralização do referido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações, a partir da data da deliberação (2.2.2006). Em conseqüência, a redação do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social será alterada após completado todo o processo do aumento do capital.”. Na seqüência dos trabalhos, deliberouse também: a) ratificar a nomeação da Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., CRC 2SP018437/O-3, representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira, CRC 1SP108883/O-0, como responsável pela avaliação dos Patrimônios Líquidos das Sociedades a valores contábil e de mercado em 31.1.2006; b) aprovar o Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação, firmado pelas Sociedades, em 1o.2.2006, sem qualquer alteração ou ressalva em seu texto, pelo qual se concretizará a operação, bem como os Laudos de Avaliação, anexos do referido Instrumento, tanto na forma como nos teores em que foram redigidos, especialmente quanto aos números neles contidos, cujas transcrições foram dispensadas, os quais, rubricados pelos componentes da Mesa ficarão arquivados na Sociedade, nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76. Em seguida, esclareceu o senhor Presidente que: 1) de acordo com o que preceitua o Parágrafo Terceiro do Artigo 227 da Lei no 6.404/76, e tendo sido aprovados o Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação e os Laudos de Avaliação, declara-se extinta a Titan Holdings S.A., incorporada por esta Sociedade, que lhe sucede para todos os fins e efeitos de direito e que, na qualidade de Sociedade Incorporadora, assume todos os ativos, passivos, direitos, obrigações e responsabilidades da Sociedade Incorporada; 2) a Diretoria desta Sociedade fica expressamente autorizada a praticar todos os atos necessários, tomar todas as providências complementares da operação da referida incorporação e a proceder, perante todas as repartições e Órgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, ao cancelamento dos registros em nome da Sociedade Incorporada, podendo, para tanto, assinar todos e quaisquer papéis, formulários, requerimentos e demais documentos necessários nesse sentido. Relativamente à proposta de aumento de capital, disse o senhor Presidente que a Diretoria estava autorizada a dar andamento ao processo de aumento de capital, na forma exposta, abrindo a subscrição de ações, ocasião em que os representantes do Banco Boavista Interatlântico S.A. e Banco Alvorada S.A. abriram mão do direito à subscrição das ações ora emitidas em favor do Banco Bradesco S.A., que por seus representantes legais assinou o respectivo Boletim de Subscrição. Em seguida, o senhor Presidente comunicou aos presentes o seguinte: I) ter sido totalmente subscrito e integralizado, pelo acionista Banco Bradesco S.A., com a concordância dos demais acionistas que abriram mão se seu direito de subscrição, o aumento de capital no valor de R$53.122,00, consistente de 51.350 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal; II) que as ações subscritas e integralizadas no referido aumento terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir desta data (2.2.2006), fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações, a partir da citada data; III) que, verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$923.578.400,00 (novecentos e vinte e três milhões, quinhentos e setenta e oito mil e quatrocentos reais), dividido em 953.910.971 (novecentos e cinqüenta e três milhões, novecentas e dez mil, novecentas e setenta e uma) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário e pelos representantes do acionista e da empresa avaliadora. aa) Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro; Acionistas: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e Domingos Figueiredo de Abreu; Banco Boavista Interatlântico S.A. e Banco Alvorada S.A., representados por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e José Luiz Acar Pedro; EmpresaAvaliadora: Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Embaúba Holdings S.A. aa) Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob o no 74.419/06-7, em 10.3.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretaria Geral.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO Estou feliz e gostando do tratamento aqui na clínica. Estou fazendo uma série de exercícios, fisioterapia e usando também o ácido ialurônico, sempre com o objetivo de fortalecer e estabilizar a cápsula do meu quadril. Do tenista brasileiro Gustavo Kuerten. Ele está em tratamento nos EUA e se afastou das competições por causa de um problema no quadril.

terça-feira, 28 de março de 2006

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MARÇO

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Aniversário da morte da escritora britânica Virginia Woolf (1882 - 1941)

I SRAEL I RAQUE

Eleições sob tensão

Nova bomba, 40 mortos Um atentado à bomba matou 40 pessoas em uma base perto da cidade de Mosul (norte), ontem, em um ataque contra um centro de recrutamento. O ataque suicida aconteceu um dia depois do assassinato de 20 xiitas em uma mesquita de Bagdá. Segundo comunicado do Ministério da Defesa outras 30 pessoas ficaram feridas no ataque contra uma multidão de recrutas que aguardava para tentar integrar o Exército iraquiano. Militares dos EUA disseram que um carrobomba explodiu em um centro de recrutamento de policiais em Kisak, a oeste de Mosul. Também

ontem, homens armados seqüestraram 16 funcionários da companhia iraquiana de importação e exportação Saeed. A empresa funciona em Mansour, um bairro de alto padrão em Bagdá. Eles pilharam papéis e computadores nos escritórios antes de levar consigo os empregados. Ainda não se sabe o motivo do seqüestro. Ainda nesta segunda-feira, cinco homens armados arrastaram o presidente de uma universidade iraquiana, Abdul Hadi Rajab al-Hitawi, para fora de sua casa, localizada na cidade de Ramadi e o colocaram à força em um carro preto.

C ELEBRIDADES John Schults/Reuters

A mais sexy do mundo A atriz Scarlett Johansson foi eleita a mulher mais sexy do mundo em uma pesquisa feita pela revista FHM, que faz um ranking com 100 mulheres. "Saber que é sexy é uma das melhores coisas que uma mulher pode ouvir", disse a estrela de Match Point . O segundo lugar ficou para Angelina Jolie e a lista segue com Jessica Alba, Jessica Simpson, Keira Knightley, Halle Berry, Jenny McCarthy, Maria Sharapova, Carmen Electra e Teri Hatcher.

Partido de Ariel Sharon é favorito, mas pode ter problemas para governar Pedro Ugarte/AFP

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cerebral), ganharia erca de 5 efetivamente a vaga. milhões de Mas Ehud Olmert pessoas poderá ter probledevem vomas para estabelecer tar hoje em 8.000 posuma coalizão de gotos em Israel e em ouverno que dê apoio a tros 92 pontos de em seus planos de retioutros países para esrada de parte da Ciscolher os ocupantes jordânia e de definidas 120 cadeiras do ção das fronteiras isKnesset (Parlamento). Os três principais Sharon, hospitalizado, é garoto-propaganda do Kadima raelenses até 2010. Em meio aos últicandidatos às eleições israelenses - Ehud Olmert De acordo com pesquisas, o mos conflitos entre árabes e is(do partido Kadima), Amir Pe- Kadima, partido de centro fun- raelenses, as eleições são um retz (Partido Trabalhista) e dado por Ariel Sharon, deve fi- motivo a mais para reforçar a Benjamin Netanyahu (do Li- car com cerca de 35 cadeiras; o segurança em Israel. Pelo mekud) - temem agora uma alta Partido Trabalhista, entre 17 e nos 22 mil policiais e voluntários da guarda civil estarão nas abstenção do eleitorado. Outra 21 e o Likud, 13 ou 14 . preocupação é com possíveis Com a vitória do Kadima, ruas hoje, sendo que ao menos fraudes eleitorais, já que, pela Ehud Olmert, que assumiu 5 mil, apenas em Jerusalém. primeira vez, os israelenses interinamente o cargo de pre- Locais considerados alvos em poderão votar com a carteira miê após Ariel Sharon sofrer potencial de ataques também de motorista e o passaporte. um AVC (acidente vascular terão acesso restrito.

Graceland, 'Antologia' de patrimônio dos EUA Lennon: US$ 175 mil

DOCUMENTÁRIO

MISSÃO EXAUSTIVA - Após as eleições pacíficas no domingo, a Ucrânia iniciou a contagem dos votos. Apesar das cédulas imensas, a comissão de apuração realizou 50% do trabalho. O Partido de Regiões, de Viktor Yanukovich vence com 27,4% dos votos. U RBANISMO

Viagens em 2025 Reproduções

omo será o hotel de 2 0 2 5 ? A p e rg u n t a a p re s e n t a d a a u m grupo de mais de 15 empresas de hotelaria, design, arquitetura e mobiliário resultou no projeto The Hotel of Tomorrow. Em dois dias, os especialistas finalizaram um projeto completo de "hotel voador". Luxo e conforto em céu de brigadeiro, destinos tão diferentes quanto Rio, São Francisco e a estratosfera. A estrutura toda transparente privilegia as paisagens.

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Uma biblioteca virtual de saúde

A Angstrom Power lançou uma lanterna que com LED de alta luminosidade e célula de hidrogênio como bateria. A fabricante diz que a "A2 Fuel Cell Flashlight" tem capacidade de iluminação 10 vezes maior do que uma lâmpada comum de 1 watt. A célula de hidrogênio permite que a lanterna seja usada por 24h sem necessidade de recarregar. Ainda sem preço definido.

O site Bireme traz uma série de informações científicas sobre medicina, meio ambiente, ciência e saúde. O melhor serviço do portal é o "localizador de informação em saúde". Além da opção de buscar a informação desejada, esse serviço traz ainda uma série de destaques sobre vacinação, saúde da família, saúde pública, envenenamento, doenças comuns e desenvolvimento humano. A gripe aviária é um dos assuntos bem explicados a partir de link na página do localizador.

www.angstrompower.com/ products_a2.html

E NQUETE

Stairway to heaven, melhor solo Leitores da revista especializada britânica Total Guitar elegeram o solo de guitarra da canção Stairway to Heaven o melhor de todos os tempos. Segundo a BBC, quase 2 mil assinantes da revista - que tem entre seus leitores professores de música e guitarristas profissionais votaram no hino do rock, gravado pelo britânico Led Zepellin em 1971. Apesar de nunca ter sido lançada em formato single, a canção é uma das mais tocadas do mundo, seja por estudantes de música, ou por artistas. Crossroads da banda britância Cream, ficou entre as dez mais votadas.

Concurso 131 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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www.bireme.br

O blog Baghdad Burning (Bagdá em Chamas), de uma jovem iraquiana anônima, que descreve o impacto da guerra na vida cotidiana da população, foi selecionado como finalista de um importante prêmio literário concedido pela BBC. Esta é a primeira vez que um blog figura como candidato a um prêmio literário. "Sou mulher, iraquiana e tenho 24 anos. Sobrevivi à guerra. Isso é tudo o que devem saber. É a única coisa que importa hoje em dia", escreveu Riverbend ao lançar o seu blog. O diário online competirá com obras de autores renomados.

L OTERIAS

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Lanterna movida a hidrogênio

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F AVORITOS

Pizza de capuaçu na anti-Roma

www.riverbendblog.blogspot.com

www.watg.com

G @DGET DU JOUR

B RAZIL COM Z

'Bagdá em chamas' concorre a prêmio

C A R T A Z

Jean-Claude Bernardet (foto), crítico, roteirista, diretor e professor de cinema, é tema de debate no ciclo Documentário: Modo de Pensar, que integra o Festival É Tudo Verdade. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149. Telefone: 2168-1776. 14h30. Grátis

Um casal de muçulmanos da Índia foi obrigado a se separar depois que o marido falou três vezes a palavra divórcio com a mulher enquanto dormia. A mulher contou o fato às amigas e, quando os líderes islâmicos locais souberam, decidiram que as palavras do marido constituíam divórcio. Casados há 11 anos e com três filhos, eles foram obrigados a se separar e só podem voltar a viver juntos depois de cem dias e se a mulher passar uma noite com outro homem e se divorciar novamente. O casal se negou a obedecer a ordem e o assunto foi enviado à Justiça.

L ITERATURA

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E M

Uma coleção de objetos de John Lennon - entre eles um caderno escolar com desenhos, reflexões e poemas intitulado "Minha Antologia", do líder dos Beatles - será colocado em leilão no dia 19 de abril na galeria de arte londrina Cooper Owen. O caderno escolar, de quando Lennon tinha 12 anos, está avaliado em 100 mil libras (US$ 175 mil). O caderno havia sido conservado por Lancelot Burrows, a professora de Lennon na Quarry Banck School de Liverpool.

Sonho realizado à revelia

O jornal norte-americano The New York Times destacou no domingo a cidade de Manaus, um destino turístico para quem quer explorar a aventura do paladar. Manaus, define o jornal é uma antiRoma, com menu selvagem: pizza de tucumã ou capuaçu servida com sachês de maionese. Mas as maravilhas culinárias da capital do Amazonas são os peixes com nomes de "travalíngua", mas são frescos e gostosos como as frutas exóticas locais. Entre as refeições, o repórter sugere uma visita aos barulhentos mercados e ao por to.

Gleb Garanich/Reuters

M ÚSICA

O cantor Elvis Presley, o rei do rock, ampliou seu peso como um ícone da história norte-americana ontem, quando o governo dos EUA declarou como monumento nacional sua casa, Graceland, que fica em Memphis, Tennessee. "A cultura e a música mudaram de maneira irreversível por causa de Elvis e seria difícil contar a história do século XX" sem mencionar as inúmeras contribuições do lendário artista", destacou secretário americano do Interior, Gale Norton, em uma cerimônia no parque da mansão.

Í NDIA

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Amazonas cria mais cinco unidades de conservação em áreas de altíssima biodiversidade Comissão do Senado dos EUA retira ponto polêmico de projeto de lei de imigração Apesar das greves e da violência, governo francês manterá projeto do Primeiro Emprego

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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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AS VENDAS EXTERNAS JÁ SOMAM US$ 27 BILHÕES

Egito registra o segundo caso fatal de gripe aviária entre humanos.

SALDO COMERCIAL ATINGE OS US$ 8,68 BILHÕES. O MONTANTE É 8,73% SUPERIOR AO DO MESMO PERÍODO DE 2005.

RECORDE NA BALANÇA COMERCIAL Armando Favaro/AE

A

balança comercial brasileira tem mostrado forte desempenho em março e deve bater novos recordes. No entanto, o ritmo maior das importações em relação às exportações está fazendo com que o superávit comercial apresente menores taxas de crescimento neste ano, na comparação com o ano passado. O saldo comercial acumulado até agora é de US$ 8,682 bilhões, um valor 8,73% maior que o registrado em igual período de 2005. Embora positiva, é uma taxa de crescimento menor do que a observada entre o primeiro trimestre de 2005 e igual período de 2004, que foi de 35%. As vendas externas já totalizam US$ 27,112 bilhões neste ano, 17, 6% a mais que no mesmo período de 2005. As importações somam US$ 18,430 bilhões, 22,3% acima do valor registrado no mesmo período do ano passado. Todos os valores acumulados no ano são recordes para o período. Isso também ocorre na corrente de comércio (exportação mais importação), cujo valor histórico de US$ 45,542 bilhões é 19,5% maior que no mesmo período do ano passado. Faltando uma semana para fechar os núme-

A soja é um dos itens que respondem pelo maior volume de exportações do País neste ano

FINANCEIRA O banco francês Société Générale agora é sócio majoritário do Banco Pecúnia.

MST PREOCUPA EMPRESÁRIOS

Ó RBITA

REGISTROS A ANS ameaça cassar 174 registros de operadoras de planos de saúde.

LULUDI/LUZ

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agronegócio alertou que as ações do Movimento dos Sem Terra (MST) já causam muita apreensão e poderão ocasionar uma "convulsão" no Estado de São Paulo e no País. A denúncia foi feita ontem pelo presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), João Sampaio, ao falar na reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Sampaio enfatizou que o MST já deixou claro que "não quer terra, mas mudar o regime democrático no Brasil". Essa situação se agravou ainda mais, segundo ele, depois que o movimento decidiu focar seus ataques em São Paulo, "onde havia uma razoável tranqüilidade no campo". Acrescentou que essas ações, somadas à valorização do real frente ao dólar, vão inviabilizar o agronegócio no Brasil.

RODADA DOHA

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tações superam em 25,7% as de março de 2005. Os embarques de básicos subiram 37,9% por conta, sobretudo, de petróleo, minério de ferro, soja em grão, algodão em bruto, carne bovina, minério de alumínio e farelo de soja. As exportações de manufaturados cresceram 14,6%, principalmente em função de gasolina, óleos combustíveis, veículos de carga, laminados planos de ferro ou aço, aviões, máquinas e aparelhos para terraplenagem, açúcar refinado, motores para veículos, autopeças e automóveis. As vendas de semimanufaturados ampliaram-se 9,2%, puxadas pelos embarques de catodos de cobre, alumínio em bruto, ligas de alumínio, açúcar em bruto, couros e peles e celulose. (AE)

Cinco setores dominam exportações

C "Precisamos unir forças para combater esses movimentos que avançam sem qualquer coibição", pediu João Sampaio. "Temos que fazer um esforço para que isso não se propague ainda mais e assegurar o nosso Estado de Direito e o nosso direito de produzir", salientou. Para ele, a crise no campo em breve chegará aos centros urbanos e, se mantido o atual quadro, "em pouco tempo cairá muito a produção de alimentos". Contas – Antes da

reunião plenária, uma Assembléia Geral Ordinária aprovou por unanimidade as contas da Associação Comercial (ACSP) do ano de 2005. O presidente da entidade, Guilherme Afif Domingos, creditou o bom desempenho da ACSP à sua continuidade políticoadministrativa – "pois quando você sabe para onde vai, os resultados aparecem" – e ao trabalho da equipe de dirigentes da entidade. (SLR)

inco grupos de produtos – petróleo e derivados, minérios, material de transporte, soja e elétricos – respondem por 82% do crescimento das exportações neste ano até a semana passada, segundo levantamento da Rosemberg & Associados. O destaque é o petróleo, responsável isoladamente por 40% do crescimento. O peso da Petrobras na pauta exportadora mais do que duplicou: foi de 5,6% em janeiro de 2005 para 11,9% no mesmo mês deste ano. "Antigamente o petróleo era o grande vilão e agora está virando o mocinho da história", comentou a economista da Rosemberg, Thais Marzola Zara. O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, explicou que o volume de exportação de petróleo e de-

TRABALHO

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tento ao prazo exíguo para a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo brasileiro espera obter neste final de semana algum avanço da União Européia (UE) nas concessões para acesso a mercados agrícolas para destravar as discussões. Entre sexta-feira e domingo, os negociadores vão se reunir mais uma vez. (AE)

participação dos trabalhadores com carteira assinada no total de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu em fevereiro. O grupo representou 45,9% do total de ocupados no mês, percentual superior aos 45,6% de janeiro. Já a fatia dos sem-carteira prosseguiu em declínio (21,6% em fevereiro, ante 22,2% em janeiro). (AE)

CURSO

VALE DO RIO DOCE

Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP) está com inscrições abertas para o curso de especialização "São Paulo na História do Brasil". As aulas serão no Centro de Extensão Universitária e são destinadas a guias turísticos, professores de história ou geografia. Mais informações pelo telefone: (11) 3242-8064.

Companhia Vale do Rio Doce planeja investir R$ 75 milhões nos próximos dois anos no Terminal Multimodal (Tercam) que será inaugurado hoje em Camaçari (Bahia). Desse total, R$ 35 milhões já foram gastos pela mineradora para a construção de um armazém de 23 mil metros quadrados. (AE)

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ros e com 18 dias úteis, a balança comercial deste mês superou o resultado de fevereiro, que teve 18 dias úteis. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, na quarta semana de março, a balança comercial apresentou exportações de US$ 2,563 bilhões e compras de US$ 1,699 bilhão, resultando em superávit de US$ 864 milhões. No acumulado do mês, as vendas externas somam US$ 9,091 bilhões e as importações, US$ 6,075 bilhões, com saldo comercial de US$ 3,016 bilhões. Mercado externo em alta – As exportações já superam em 3,9% as vendas de fevereiro e as importações estão 2,5% acima do mês anterior. Na comparação com março do ano passado, as vendas externas já são 20,1% maiores e as impor-

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Apesar dos prejuízos, marcas continuam fortes

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Globo Comunicações tem lucro de R$ 1,97 bilhão

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Ativos da Gurgel vão a leilão pela sexta vez

0800 77 72833 / 0800 77 SAUDE

rivados avança e que as cotações estão elevadas. O último dado de exportações por empresas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) disponível é de janeiro. "O petróleo e o minério estão sendo importantes", afirmou Castro. O trabalho da Rosemberg mostrou que os minérios foram responsáveis por 16,7% do crescimento das exportações, seguidos de material de transporte (12,9%), soja (6,3%) e elétricos e eletrônicos (6,3%). Recorde – A estimativa da consultoria para a expansão das vendas do País neste ano é

de 8%, mas os bons resultados das exportações em março indicam que a taxa pode ser maior, mais perto dos 10%. Isso dependerá do aumento de vendas com a entrada em operação da plataforma de exploração da P 50 da Petrobras, que começa a funcionar em abril. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, comentou que as exportações deverão ultrapassar a faixa dos US$ 11 bilhões neste mês e podem superar o recorde anterior, que era de agosto do ano passado. (AE)

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

DEU

DOISPONTOS -77

Só sobrou o Lula pra contar história

NO

BLOG E

Celso Júnior/AE

Como três famosos blogs relataram ontem a queda do ministro Palocci e a renúncia do presidente da Caixa Econômica, Jorge Mattoso

atenção! Acabam de me contar que Palocci resolveu precipitar sua saída porque soube que Jorge Matttoso iria entregá-lo, em depoimento à Polícia Federal, como mandante do crime de violação das contas do caseiro. Gente, caiu todo mundo do primeiro governo de Lula.

Só sobrou o presidente. Só o presidente Lula pra contar a história do seu governo. Como isso vai refletir nas pesquisas não se sabe, até porque Geraldo Alckmin também começa a se embaralhar com denúncias contra o seu governo. JORGE MORENO, COLUNISTA D'O GLOBO HTTP://OGLOBO.GLOBO. COM/ONLINE/ BLOGS/MORENO/

nada menos que espantosa a confissão do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, de que foi responsável pela violação do sigilo bancário do sr. Francenildo Costa. É mais do que espantoso que o pessoal acreditasse que tramóia tão facilmente desvendável pudesse passar

É

despercebida e não seria recebida com a tempestade que se testemunhou. Palocci era tomado como gênio da economia, e Mattoso presidia uma instituição financeira monstruosamente poderosa. Bota incompetência nisso. CLÁUDIO W.ABRAMO, DA TRANSPARÊNCIA BRASIL HTTP://CRWA.ZIP.NET

cabo de cruzar com um assessor de Mantega no 3º andar do Planalto.Sorrindo soltou essa: "Acho que agora acabou a época dos tucanos na Fazenda". Ia perguntar se era uma piada quando o segurança me tirou dali.

A

ALON FEUERWERKER BLOGDOALON. BLOGSPOT.COM

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Nação impossível O grande desafio das próximas décadas é superar a tragédia da desagregação social. om o fim das utopias criadas no Século XIX, os partidos ficaram parecidos: a direita politicamente democrática, a esquerda socialmente conservadora. As duas se igualaram. Entretanto, há diferenças sutis, que afloram com a adjetivação. A direita é formada por dois grupos. Um que possui sentimento republicano, e além de ser politicamente democrático tem preocupação social, defende políticas públicas que combatam a tragédia da pobreza. Outro que esgota suas crenças na defesa do processo político democrático e, como a aristocracia do Império, despreza o problema social, considera desigualdade e pobreza como fatos naturais. O primeiro grupo é a direita contemporânea; o segundo, a direita imperial. A esquerda também tem dois grupos. Aqueles que não reconhecem a globalização nem a crise do socialismo, e dividem o mundo entre burguesia e proletariado, sem acreditar em exclusão social nem em políticas sociais. É uma esquerda corporativa. De outro, a esquerda contemporânea que entende a realidade global e a necessidade da responsabilidade fiscal, divide o

Paulo Pampolin/Digna Imagem

C

G Vinte anos

depois de ter sua democracia política implantada, o Brasil não deu qualquer passo significativo para superar a divisão social.

para derrubar a “cortina de ouro” que divide a sociedade. G Se isso for

impossível, é porque o Brasil é uma nação impossível. G O grande desafio político Os adversários serão os do Brasil é o movimento dos grupos organizados, blocos de direita e insensíveis à esquerda miséria e modernos, em arraigados a convergência seus privilégios. republicana,

mundo entre incluídos e excluídos, e tem como bandeira o fim da apartação, por meio de políticas públicas - especialmente educacionais - que igualem as oportunidades entre indivíduos. Para os que desejam a transformação social, ao lado da democracia política, da responsabilidade fiscal e da convivência com o mundo global, o grande desafio político do Brasil é um movimento dos dois blocos contemporâneos, em uma convergência republicana, para derrubar a “cortina de ouro” que divide a sociedade brasileira, abolir a apartação e a exclusão social. No final do século XIX, uma convergência desse tipo defendeu e realizou a Abolição. É hora de completála, o que não se fez durante o embate secular entre a direita imperial e a esquerda classista. Vinte anos depois de ter sua democracia política implantada, o Brasil não deu qualquer passo significativo para superar a divisão social da apartação. O grande desafio das próximas décadas é superar a tragédia da desagregação social, provocada pelo desenvolvimento excludente que caracteriza toda a história do Brasil, desde a escravidão.

arena do debate entre os dois grupos será a elaboração de um orçamento equilibrado, mas também justo e eficiente. Para garantir investimentos que assegurem, em poucos anos, o acesso de todos aos bens e serviços essenciais. Entre esses bens e serviços, a educação básica tem papel especial, porque é o principal vetor do aumento da produtividade e da conquista de igualdade de oportunidades. Os adversários serão os grupos organizados, insensíveis à miséria e arraigados a seus privilégios. Isso exige uma Lei Federal de Responsabilidade Educacional para todos governantes. Acima de tudo, exige um acordo nacional histórico, que vá além do horizonte de cada governo, e se transforme em compromisso da vida nacional: uma convergência republicana Se isso for impossível, como muitos acreditam, é porque o Brasil é uma nação impossível."

A

CRISTOVAM BUARQUE É SENADOR PELO PDT-DF

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

O PT ressuscitou o SNI Lula Marques/FolhaImagem

afronta ao Estado de Direito há muito vem sendo praticada por todos presidentes. O que jamais se esperava é que a continuidade deste crime viesse a ser praticada por um governo de pretensa esquerda como hora vivenciamos no caso do PT e de seu analfabeto presidente Luiz Inácio Lula da

A

possibilidade de termos nossas contas pagas gentilmente pela bondade de amigos ou até vermos órgãos de peso do governo federal investindo milhões em empresas de filho de presidente da República. Tudo absolutamente agora ao alcance do conhecimento de todo o país. Exemplo para o mundo.

Silva. O PT ressuscitou o SNI, agora na forma de um órgão chamado Coaf, assessorado prontamente por um banco oficial como a Caixa Econômica Federal e para nosso terror, a Polícia Federal. Poderíamos citar diversas formas de tripúdio ao Estado de Direito, como por exemplo: os atos do

STF em benefício ao poder econômico e ao Poder Executivo, demonstrando inequivocamente que a Lei e a Carta Maior podem ser torcidos e interpretados sempre a favor de quem dirige os rumos da Nação e de quem dirige quem dirige os rumos da Nação, o poder econômico, o Quarto Poder, aquele que realmente manda.

O peso da Polícia Federal e da Coaf contra Nildo: fim do Estado de Direito

O PT movimentou seu Leviatã contra um humilde, certo de que diante desta máquina de moer carne honesta não haveria resistência. Onde está a Lei ? Onde está o STF e o MPF? Onde encontraremos nossas instituições garantidoras do Estado de Direito? ROGÉRIO RIVA RAYMUNDO INDAIATUBA,SP RRRIVA@IG.COM.BR

PAULO SAAB DEVEMOS A LULA

É

presidente Lula tem um mérito inegável e devemos ser eternamente gratos a ele e a seu governo por esse grande benefício prestado ao País: escancarou os escaninhos, as portas da corrupção que assola o Estado brasileiro. Não se pode acusar o governo petista de Lula de ter criado as bases dessa corrupção deslavada. Pode-se admitir que tenha sido em seu governo que o melado lambuzou de forma assustadora o rosto de quem nunca antes nesse país havia comido doce. O mérito de Lula jamais será esquecido. O País deve isso a ele. Sem sua forma, digamos, leve de governar, de exercer o prestígio do cargo, de usufruir as benesses do poder, o primitivismo audaz dos hoje ex-companheiros não teria se revelado com tanta intensidade. E sem esse ímpeto, esse apego exagerado ao patrimônio público transferível, o País não tomaria conhecimento de como funcionam os esquemas que, usando Dudas e Valérios como capa de cobertura, desviam recursos destinados ao povo brasileiro para contas milionárias no exterior e para continhas que com qualquer cinqüenta mil reais ficaram felizes como nunca antes nesse país.

O

em a ação destemida dos companheiros e ex-companheiros o País não teria tido sua atenção chamada para como o Supremo Tribunal Federal, órgão máximo de defesa da Constituição, é politizado e até aparelhado para atender aos interesses do Executivo. Sem a forma audaz como corta os céus do País e os internacionais a bordo de sua aeronave de já 90 milhões de dólares, o presidente Lula não nos teria deixado perceber o quanto o Legislativo da União é apreciador de uma boa pizza de acomodação de interesses particulares. Não saberíamos como dirigentes do partido no poder se tornam peças influentes nas ações do governo. Não saberíamos como os parentes do presidente ou o próprio podem ter suas dívidas pagas com dinheiro de origem desconhecida. E muito menos saberíamos da

S

preciso reconhecer as contribuições que o presidente vem dando ao léxico, ao folclore, à criação de frases feitas, ao futebolmetáfora e ao improviso despeja-regra com que brinda a Nação diariamente. O País precisa admitir todo esse conjunto da obra presidencial, dos atuais e ex-companheiros, que fizeram da atividade diretiva e política do País uma cópia fiel dos métodos e meios de como se dirige um sindicato laboral. Hoje já temos uma idéia do que seria uma República Sindicalista. Mesmo que, a exemplo de República Bolivariana, tão a gosto de Lula, eu não

Devemos muito ao presidente Lula e a seu estilo. Hoje temos idéia do que seria uma República Sindicalista. tenho idéia do que isso tudo possa ser. Devemos muito ao presidente Lula e a seu estilo de usufruir o que o cargo propicia. Mesmo que viajar, curtir, desfrutar, não seja necessariamente o mesmo que se dedicar ao trabalho de governar um país. Mas ele acha que é e merece crédito. Merece tanto crédito que o Brasil pode desde já começar a agradecer por sua contribuição de revelar a sordidez do poder (ele não a inventou) e tudo que escancarou aos olhos da população. Tanta dedicação, tanto esforço, merecem ser compensados. Com a pensão que tem por ter sido perseguido no período de regime militar, com os proventos dos amigos que lhe pagam contas pessoais, com a pensão de expresidente da República, pode e deve receber o País uma homenagem especial: a aposentadoria com festas e brindes, nas urnas de outubro. PSAAB@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

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BRASÍLIA É SEDE DE ENCONTRO DA OCDE

em cada três empresas brasileiras vivem na informalidade.

Luiz Prado/LUZ

Seminário discute caminhos para pequenas empresas

O

financiamento dasmicros e pequenas empresas é um dos assuntos que começaram a ser debatidos

ontem durante a Conferência Internacional sobre Financiamento para o Empreendedorismo e o Crescimento de Peque-

nas e Médias Empresas, que continua até quinta-feira. A conferência é realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com a Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE). "A conferência tem por objetivo debater e apontar caminhos para superar as dificuldades das pequenas e mé-

dias empresas no acesso a financiamentos em contexto de progressiva internacionalização dos fluxos financeiros", afirmou a diretora do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Ministério, Cândida Maria Cervieri. Representantes de 63 países estão reunidos em Brasília para trocar informações de experiências sobre gestão. (ABr)

Dificuldade de acesso a créditos leva pequenos para a informalidade

BANCO SUMITOMO MITSUI BRASILEIRO S.A.

CNPJ 60.518.222/0001-22 Associado ao SUMITOMO MITSUI BANKING CORPORATION - Tokyo - Japão - Sede: Av. Paulista nº 37 - 11º e 12º andares - São Paulo - Fax nº 0xx11 - 3178-8194 - Tel: 0xx11 - 3178-8000 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias apresentamos a V. Sas., as Demonstrações Financeiras, relativos aos exercícios encerrado em 31 de dezembro de 2005 e 2004. Permanecemos à disposição de V. Sas., para quaisquer esclarecimentos que acharem necessários, informando ainda que todos os documentos contábeis se encontram na sede do estabelecimento. São Paulo, 01 de fevereiro de 2006. A Diretoria Demonstracões do Resultado - Semestre findo em Balanços Patrimoniais - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 31 de dezembro de 2005 e exerc. findos em 31/12/2005 e 2004 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo (Em milhares de reais, exceto prejuízo por lote de mil ações) 309.593 498.258 Circulante 479.135 623.262 Circulante 2005 2004 179.689 140.187 Disponibilidades 5.611 15.672 Depósitos 2º sem. Exerc. Exerc. Depósitos a vista 29.011 12.540 Aplicações interfinanceiras de liquidez 127.958 136.183 27.585 23.057 60.435 Depósitos em moeda estrangeira 443 1.393 Receitas da intermediação financeira Aplicações no mercado aberto 118.836 109.511 Operações de crédito 12.816 14.758 12.713 Depósitos a prazo 150.235 126.254 Aplicações em depósitos interfinanceiros 9.122 8.096 Resultado de oper. com títs. e valores mob. 11.066 (670) 31.222 29.775 47.109 Aplicações em moeda estrangeira 18.576 Captações no mercado aberto Resultado de operações de câmbio 3.703 8.969 16.500 Carteira de terceiros 29.775 47.109 Títs. e val. mob. e instrumentos financ. derivativos 130.766 123.537 (26.070) (43.006) (47.112) Relações interdependências 26.955 14.010 Despesas da intermediação financeira Carteira própria 130.756 107.511 Operações de captação no mercado (24.529) (44.767) (29.316) Recursos em trânsito de terceiros 26.955 14.010 Vinculados a prestação de garantias 8.940 Obrigações por empréstimos Oper. de empréstimo, cessões e repasses (2.531) 391 (7.263) 2.081 155.901 Instrumentos financeiros derivativos 10 7.086 Res. com instrumentos financ. derivativos 3 67 (2.570) Empréstimos no exterior 2.081 155.901 Relações interfinanceiras 5.942 53.350 Obrigações por repasses no País Provisão para créditos de liquid. duvidosa 987 1.303 (7.963) 4.051 4.107 Depósitos no Banco Central 716 1.127 1.515 (19.949) 13.323 FINAME 4.051 4.107 Res. bruto da intermediação financeira (10.665) (19.070) (20.469) Repasses interfinanceiros 5.036 52.192 Obrigações por repasses do exterior 44.515 115.699 Outras receitas (despesas) operacionais Receitas de prestação de serviços 1.546 1.882 3.117 Repasses do exterior 44.515 115.699 Correspondente no País 190 31 Despesas de pessoal (7.574) (13.380) (12.431) 4 6.642 Operações de crédito 150.178 142.104 Instrumentos financeiros derivativos Outras despesas administrativas (4.655) (8.826) (8.436) Instrumentos financeiros derivativos 4 6.642 Setor privado 150.233 142.806 Despesas tributárias (1.288) (2.208) (4.136) 22.523 14.603 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (55) (702) Outras obrigações Outras receitas operacionais 1.442 3.638 9.531 Cobrança e arrecadação de trib. e assemelhados 8 24 Outros créditos 58.492 152.201 Outras despesas operacionais (136) (176) (8.114) Carteira de câmbio 15.905 6.199 Carteira de câmbio 43.237 130.836 (9.150) (39.019) (7.146) Sociais e estatutárias 90 96 Resultado operacional Rendas a receber 16 4 53 279 336 Fiscais e previdenciárias 4.819 7.223 Resultado não operacional Diversos 15.383 22.092 (9.097) (38.740) (6.810) Diversas 1.701 1.061 Res. antes da tributação e das particip. Provisão para outros créd. de liquidação duvidosa (144) (731) Exigível a Longo Prazo (2.377) 125.690 120.345 Imposto de renda e contribuição social Outros valores e bens 188 215 Depósitos (19) (90) (174) 93.289 75.267 Participações estatutárias no lucro Despesas antecipadas 147 181 (9.116) (38.830) (9.361) Depósitos a prazo 93.289 75.267 Prejuízo líquido do semestre / exercício Material em estoque 41 34 Obrigações por repasses no País 10.329 14.467 Prejuízo por lote de mil ações (em Reais) (29.47) (125.52) (30,26) Realizável a Longo Prazo 219.439 297.681 FINAME 10.329 14.467 Demonstrações das Origens e Aplic. de Recursos - Semestre findo em 5.451 Títs. e val. mob. e instrumentos financ. derivativos 208.558 276.792 Obrigações por repasses do exterior 31/12/2005 e exerc. findos em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) Repasses do exterior 5.451 Carteira própria 185.842 266.784 22.072 25.160 2005 2004 Vinculados a prestação de garantias 22.716 10.008 Outras obrigações Diversas 22.072 25.160 2º sem. Exerc. Exerc. Relações interfinanceiras 5.479 286 281 Origens de Recursos 192.943 291.170 394.113 Relações interfinanceiras 5.479 Resultados de Exercícios Futuros 286 281 Variação nos result. de exercícios futuros (7) 5 69 Operações de crédito 10.872 15.392 Resultados de exercícios futuros Patrimônio Líquido 264.914 304.370 Recursos de terceiros originários de 192.950 291.165 394.044 Setor privado 10.875 15.464 Capital 309.356 309.356 Aumento dos subgrupos do passivo 26.695 75.301 132.389 (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (3) (72) De domiciliados no País 1 1 Depósitos 25.193 57.524 125.169 Outros valores e bens 9 18 De domiciliados no exterior 309.355 309.355 Captações no mercado aberto 4.900 Diversos 9 18 Reserva de capital 10.351 10.351 Relações interfin. e interdependências 1.498 12.945 2.320 Permanente 1.909 2.311 Ajuste ao valor de mercado – TVM e derivativos 63 689 Outras obrigações 4.832 Investimentos 20 20 Prejuízos acumulados (54.856) (16.026) Instrumentos financeiros derivativos 4 Outros investimentos 20 20 Total do passivo 700.483 923.254 Diminuição dos subgrupos do ativo 166.253 215.862 261.655 Imobilizado de uso 1.107 1.235 Aplicações interfinanceiras de liquidez 70.121 8.225 3. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Outras imobilizações de uso 3.650 3.521 Títs. e val. mob. e instr. financ. 61.005 93.969 2004 2005 Operações de crédito 4.044 153.556 Depreciações acumuladas (2.543) (2.286) Valor de Ajuste a Valor Valor Outros créditos 57.315 93.709 Diferido 782 1.056 curva merc. contábil contábil Outros valores e bens 4 36 Gastos de organização e expansão 5.007 4.972 Títulos disponíveis para venda Relações interfinanceiras 34.769 52.887 14.130 Amortizações acumuladas (4.225) (3.916) Letras do Tesouro Nacional – LTN 89.499 123 89.622 43.881 Alienação de bens e investimentos 2 2 Total do Ativo 700.483 923.254 Letras Financeiras do Tesouro 241.321 (12) 241.309 21.613 Imobilizado de uso 2 2 Notas do Banco Central – E 8.412 (29) 8.383 319.951 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - Semestre findo em 190.989 301.231 404.138 Notas do Tesouro Nacional – D 7.798 Aplicações de Recursos 31/12/05 e exerc. findos em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) Prejuízo líquido do semestre / exercício 9.116 38.830 9.361 339.232 82 339.314 393.243 Aj. ao resultado – deprec. e amortização (337) (722) (799) Aj. /Valor Instrumentos financ. derivativos Aj. ao val. de merc.-TVM e deriv.-circ. 3068 (1.249) 626 8.396 Res. de Merc. Ativo: Swaps Inversões em 134 286 184 Capital de TVM Prejuízos Diferencial a receber 10 10 6.825 Imobilizado de uso 134 286 184 Cap. e Deriv. Acum. Total realiz. Prêmios Opções 261 Aplicações no diferido 13 36 72 Slds. 31/12/2003 309.356 10.351 9.085 (6.665) 322.127 10 10 7.086 24.742 3.554 80.923 Total ativo circ. e longo prazo 339.232 92 339.324 400.329 Aumento dos subgrupos do ativo Aj. ao val. de merca. Aplicações interfinanceiras de liquidez 37.878 Instrumentos financ. derivativos TVM e deriv. – Títulos e valores mobiliários 24.742 Circs. 3068 e 3082 (8.396) (8.396) Passivo: Swaps Operações de crédito 3.554 4 4 6.361 Prejuízo do exercício (9.361) (9.361) Diferencial a pagar Outros créditos 43.036 281 Slds. 31/12/2004 309.356 10.351 689 (16.026) 304.370 Prêmios Opções Outros valores e bens 9 Total passivo circ. e longo prazo 4 4 6.642 Aj. ao val. de merca. Redução dos subgrupos do passivo 158.570 258.621 306.001 Em 2004, o Banco procedeu a reclassificação, com a concomitante alienação de Notas do Tesouro TVM e deriv. – Captações no mercado aberto 31.617 17.334 Circs. 3068 e 3082 (626) (626) Nacional (NTN-D), que haviam sido classificadas como “mantidos até o vencimento”. Todavia, em função Obrigações por empréstimos e repasses 77.373 234.649 287.168 6.638 1.580 Prejuízo do exercício (38.830) (38.830) de decisão judicial que determinou a substituição daquela garantia por depósito em espécie, foi Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações 49.580 17.253 Slds. 31/12/2005 309.356 10.351 63 (54.856) 264.914 necessária a alienação dos referidos títulos para que fosse cumprida a determinação da justiça. Esta alienação gerou ganho no montante de R$ 1.746 (líquido dos efeitos tributários). O valor de mercado 1.954 (10.061) (10.025) Slds. 30/06/2005 309.356 10.351 (1.186) (45.740) 272.781 compreende o valor divulgado pela Andima ou está representado pelo fluxo de caixa futuro trazido a valor Aumento (redução) das disponibilidades Modificações na posição financeira Aj. ao val. de merca. presente pelas taxas divulgadas pela BM&F ou agentes de mercado, quando necessário. IndependenteInício do semestre / exercício 3.657 15.672 25.697 TVM e deriv. – mente da segregação por categoria ou estratégia, segue abaixo a carteira ativa por vencimento: Final do semestre / exercício 5.611 5.611 15.672 De 3 De Circs. 3068 e 3082 1.249 1.249 Aumento (redução) das disponibilidades 1.954 (10.061) (10.025) Até 3 meses 1a3 Prej. líq. do semestre (9.116) (9.116) meses a 1 ano anos Total estão convertidas à taxa oficial de compra no final do exercício, são regidas pela Resolução nº. 2770 do BACEN Slds. 31/12/2005 309.356 10.351 63 (54.856) 264.914 Títulos Títulos e valores mobiliários e estão sujeitas às taxas normais de juros para essas operações. Os prazos de liquidação variam de 1 a 11 meses. 8.384 8.384 8. Outras Obrigações – Diversas – Exigível a Longo Prazo: O montante de R$ 22.072 (R$ 25.160 em 2004) Notas Explic. às Demons. Finan. 31/12/05 e 2004 (Em milhares de reais) Notas do Banco Central – E Letras Financeiras do Tesouro 67.161 174.147 241.308 no exigível a longo prazo é referente à provisão para contingências de naturezas trabalhista e cível, as quais estão 1. Contexto Operacional: A Instituição está constituída como banco múltiplo, operando as carteiras Letras do Tesouro Nac. – LTN 21.336 33.875 34.411 89.622 sendo discutidas judicialmente. A Administração, baseada na opinião de seus assessores legais, considera que comercial, inclusive câmbio e investimento nos termos da Resolução nº 1.524/88 do Banco Central Total por vencimento – 2005 21.336 109.420 208.558 339.314 esta provisão é suficiente para a cobertura de eventuais perdas que possam decorrer do desfecho desses do Brasil. O Banco é responsável pela administração de fundos de investimento cujos patrimônios 43.540 72.911 276.792 393.243 processos. 9. Patrimônio Liquido: a) Capital social: O capital social em 31 de dezembro de 2005 e 2004 estava líquidos, em 31 de dezembro de 2005, somavam R$ 148.936 (R$ 174.026 em 2004). 2. Apresen- Total por vencimento – 2004 representado por ações ordinárias, no valor de R$1,00 cada uma, assim distribuídas: Instrumentos financ. derivativos tação das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram preparadas em Quantid. de ações (mil) Diferencial de swap a receber 10 10 consonância com as diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e pela Lei das Total por vencimento – 2005 309.355 10 10 Sumitomo Mitsui Banking Corporation (Japão) Sociedades por Ações, e apresentadas em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Acionistas domiciliados no país 1 Total por vencimento – 2004 2.909 4.177 7.086 Sistema Financeiro Nacional - COSIF, adotando as seguintes práticas contábeis: a) Apuração do 309.356 Total da carteira por venc. 2005 21.346 109.420 208.558 339.324 resultado - As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas 46.449 77.088 276.792 400.329 b) Pagamento de dividendos - Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo de 25% do lucro e despesas correspondentes ao período futuro são registradas em conta redutora dos respectivos Total da carteira por venc. 2004 líquido do exercício, ajustado de acordo com a lei societária e o estatuto. 10. Despesas Tributárias ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são O Banco apresentava em aberto, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, operações de “swap”, registradas 2005 2004 na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) ou na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos atualizadas até a data do balanço. As demais receitas e despesas são registradas de acordo com 1.617 3.231 (CETIP) e operações com opções registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O valor de referência Despesas de contribuições à COFINS o regime de competência, observando-se o critério pro rata–dia para as de natureza financeira. As Despesas de contribuições ao PIS 262 525 dos contratos está contabilizado em contas de compensação, conforme abaixo:2005 2004 receitas e despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto “Swaps” ISS 151 220 CPMF 121 111 aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas com operações com o exterior, as quais são Cetip 447 25.514 57 49 calculadas com base no método linear. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez - São DI x Dólar 11.826 Outras 2.208 4.136 apresentadas pelo valor de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, Dólar x DI 13.688 deduzido de provisão para desvalorização quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários e 11. Imposto de Renda e Contribuição Social: Em 2005 o Banco apurou prejuízo fiscal e base negativa de Pré x Dólar 447 contribuição social. Em 2004 o Banco apurou imposto de renda e contribuição social, conforme demonstrado instrumentos financeiros derivativos - São classificados de acordo com a intenção da Adminis- BM&F 24.816 Dólar x DI 11.826 abaixo: tração, nas seguintes categorias: • títulos para negociação • títulos disponíveis para venda • títulos Imp. Renda Contrib. soc. DI x Dólar 12.990 mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda 2005 2004 2005 2004 são apresentados no ativo circulante e realizável a longo prazo e avaliados, na data do balanço, pelo Internacional Resultado antes da tributação e após Libor x Dólar 25.953 seu valor de mercado, enquanto que os classificados como títulos mantidos até o vencimento são as particip. estatutárias no lucro (38.830) (6.984) (38.830) (6.984) Total de contratos de “swap” 447 76.283 avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. (-) Reversão de provisões operac. (2.449) (1.156) (2.449) (1.156) Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados Opções (-) Dividendos (80) (80) Cetip em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no período. Os ajustes ao valor de (3.118) (968) (3.118) (968) Compra de opção de compra 4.820 (-) Exclusões LALUR mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida Venda de opção de compra 708 708 4.820 (+) Adições Lalur à conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o Total de contratos de opções (3.041) (2.989) 9.640 (-) Compens. de prej. fiscais ant. resultado do período quando da efetiva realização, por meio da venda definitiva dos respectivos 90 174 Para as operações de swap efetuadas junto à Bolsa de Mercadorias e Futuros-BM&F, foram requeridas (+) Particip. dos empreg. no lucro títulos e valores mobiliários.Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações de 355 17.946 355 17.946 margens de garantia, no valor de R$ 7.878 em 2004. 4. Operações de Crédito - a) Classificação da (+) Provisões temporárias “swap” e operações com opções, são contabilizados de acordo com os seguintes critérios: • carteira de crédito por setor, inclusive ACC e respectivas rendas no valor de R$39.393 em 31 de dezembro (+) Ajuste a valor de mercado instrumentos financeiros derivativos 38 885 38 885 Operações de swap - o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo, de 2005 (R$139.884 em 2004) e títulos e créditos a receber no valor de R$711 (R$1.568 em 2004). Por (+) Despesas não dedutíveis 376 239 376 239 respectivamente, e apropriado como receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço. • setor de atividade (42.910) 7.095 (43.000) 6.973 Operações com opções – os prêmios pagos ou recebidos são contabilizados no ativo ou passivo, Setor privado: 2005 2004 Lucro tributável 1.064 respectivamente, até o efetivo exercício da opção, e contabilizados com redução ou aumento do Indústria 128.655 282.718 Imposto de renda – 15% (nota 2.i) Adicional de I.R. – 10% (nota 2.i) 686 custo do bem ou direito, pelo efetivo exercício da opção, ou como receita ou despesa no caso de não Comércio 72.525 16.961 Contribuição social – 9% (nota 2.i) 627 Pessoas físicas 32 43 exercício. As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, 1.750 627 201.212 299.722 a valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue: - instrumentos financeiros derivativos não considerados como hedge – em conta de receita ou despesa, no b) Distribuição da carteira por faixas de vencimento 2005 2004 O Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos constituídos em 31 de dezembro de 2005 no valor de R$22 resultado do período; - instrumentos financeiros considerados como hedge são classificados como A vencer entre 0 e 30 dias 21.075 30.545 (R$333 em 2004), estão relacionados exclusivamente com o ajuste ao valor de mercado dos títulos e valores 18.584 22.279 mobiliários classificados como disponíveis para venda e dos derivativos, cujo valor presente é de R$21 (R$282 hedge de risco de mercado e hedge de fluxo de caixa. Os hedges de risco de mercado são destinados A vencer entre 31 e 60 dias 95.612 35.744 em 2004). Esse valor está registrado na rubrica outras obrigações fiscais e previdenciárias. Devido aos prejuízos a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de A vencer entre 61 e 90 dias 42.387 163.089 apresentados nos últimos exercícios, o Banco não constitui crédito tributário sobre prejuízo fiscal, base negativa hedge e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita A vencer entre 91 e 180 dias 12.679 32.673 de contribuição social e diferenças temporárias, sendo somente reconhecido quando efetivamente utilizado. ou despesa, no resultado do período. Os hedges de fluxo de caixa são destinados a compensar a A vencer entre 181 e 360 dias 10.875 15.392 Em 31 de dezembro de 2005, o crédito tributário totaliza aproximadamente R$40.053 (R$27.026 em 2004). variação no fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em A vencer acima de 360 dias 201.212 299.722 12. Garantias Prestadas e Responsabilidades por Créditos Abertos para Importação: Em 31 de dezembro, contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de hedge são as fianças prestadas pelo Banco registradas em conta de compensação totalizam: ajustados ao valor de mercado na data do balanço. d) Operações de crédito e provisão para c) Composição da carteira por nível de risco - A aplicação do critério de avaliação de risco da carteira 2005 2004 créditos de liquidação duvidosa - As operações de crédito são classificadas de acordo com o por cliente com operações em aberto em 31 de dezembro de 2005 e 2004 resultou na classificação a No País 40.941 36.764 No exterior 474 108 julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura seguir: Nível de risco 2005 2004 41.415 36.872 econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e AA 192.276 259.699 A responsabilidade por créditos abertos para importação registrada em conta de compensação somava R$ garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução n° 2682 do Banco Central do A 8.936 40.023 805 (R$ 1.254 em 2004). 13. Limite Operacional (Acordo da Basiléia): Em 31 de dezembro de 2005 e Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo AA (risco 201.212 299.722 2004, o Banco encontra-se enquadrado nos limites mínimos de capital e patrimônio compatível com o grau mínimo) e H (perda). As rendas das operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independende risco da estrutura dos ativos, conforme normas e instruções estabelecidas pela Resolução Nº 2.099/94 temente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita, quando efetivamente d) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é assim resumida: 2005 2004 e legislação complementar do Banco Central do Brasil. 14. Benefícios Pós-Emprego: O Banco Sumitomo recebidas. As operações classificadas como nível H permanecem nessa classificação por seis Saldos iniciais 1.505 22.746 é patrocinador do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro Sociedade de Previdência Privada, constituído em 20 meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em Constituição (reversão) de provisão no exercício (1.303) 7.963 de abril de 1992 e que tem como finalidade básica a concessão de benefícios de pecúlios e/ou rendas contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas Créditos compensados como prejuízo (29.204) suplementares aos funcionários e Diretores do patrocinador, através de um Plano de Aposentadoria do tipo são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de Saldos no final do exercício 202 1.505 “benefício definido”, no qual os participantes (empregados) têm o direito a um benefício na data do término operações de crédito que já haviam sido baixadas contra a provisão, e que estavam em contas de Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, não ocorreram renegociações de operações do vínculo empregatício, calculado de acordo com as disposições do regulamento e cujo valor dependerá compensação, são classificadas como nível H e os eventuais ganhos provenientes da renegociação ativas ou recuperações de créditos anteriormente baixados. 5. Carteira de Câmbio: As operações de do salário e tempo de serviço do participante na data do desligamento. O valor do reconhecimento dos ganhos somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos câmbio estão registradas em contas patrimoniais, conforme segue: 2005 2004 ou perdas atuariais correspondentes à parcela de ganho ou perda que exceda o maior valor entre 10% do valor presente da obrigação atuarial e 10% do valor justo dos ativos do plano, amortizado pelo serviço futuro de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela Administração, atende aos critérios estabele- Ativo cidos pelo Banco Central do Brasil. e) Ativo imobilizado - É registrado pelo custo de aquisição, Câmbio comprado a liquidar 41.611 126.970 médio dos participantes do plano, conforme item 53 da Normas e Práticas Contábeis – NPC nº 22. O exigível líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a Direitos sobre venda de câmbio 14.262 4.718 atuarial da entidade foi apurado de acordo com o modelo estabelecido no plano, a seguir demonstrado: R$ vida útil-econômica estimada dos bens. As principais taxas anuais de depreciação são: 20% para Adiantamentos em moeda nacional recebidos (13.089) (2.220) Descrição 15.364 Rendas a receber de adiantamentos concedidos 453 1.368 Valor presente das obrigações atuariais veículos e equipamentos de processamento de dados e 10% para outros bens. f) Ativo diferido Valor justo dos ativos do plano (14.832) 43.237 130.836 É registrado pelo custo de aquisição ou formação, sendo composto, basicamente, por “Benfeitorias Ganhos atuariais não reconhecidos (597) em imóveis de terceiros”, amortizadas pelo prazo contratual de locação, e “Gastos com aquisição Passivo 188 Câmbio vendido a liquidar 14.249 140.175 Custo do serviço passado reconhecido e desenvolvimento de softwares”, amortizados pelo prazo de cinco anos. g) Atualização monetária Movimentação do exercício Adiantamento sobre contratos de câmbio (38.940) (138.516) de direitos e obrigações - Os direitos e as obrigações, legal ou contratualmente sujeitos à variação 377 Obrigações por compra de câmbio 40.591 4.530 Custo do serviço passado reconhecido – saldo inicial cambial ou de índices, são atualizados até a data do balanço. As contrapartidas dessas atualizações 622 Valores a pagar em moeda estrangeira 5 10 Custo do serviço corrente são refletidas no resultado do exercício. h) Depósitos e captações no mercado aberto - São 1.421 15.905 6.199 Custo dos juros demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do 6. Outros Créditos - Diversos Rendimento dos ativos do fundo (2.241) 2005 2004 balanço, reconhecidos em base pro rata-dia. i) Imposto de renda e contribuição social - A Devedores por depósito em garantia 931 10.018 12.393 Ganhos atuariais (576) provisão para imposto de renda é calculada pela alíquota de 15%, com um adicional de 10%, sobre Impostos antecipados 2.492 4.087 Benefícios pagos Contribuições da patrocinadora 357 o lucro tributável que exceder R$240, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. PIS a compensar 840 2.621 (188) A contribuição social apurada sobre o lucro ajustado na forma da legislação em vigor é calculada Títulos e créditos a receber 711 1.568 Amortização do custo do serviço passado Outros (515) 1.251 1.373 à alíquota de 9%. No exercício findo em 31 de dezembro de 2005 foi apurado prejuízo fiscal e base Imposto de renda adicional estadual a compensar 188 71 50 Custo do serviço passado reconhecido – saldo final negativa de contribuição social. Os benefícios fiscais provenientes da compensação de prejuízos Outros 15.383 22.092 Premissas atuariais: fiscais e outras diferenças temporárias, somente são reconhecidos quando efetivamente utilizados. Taxa de desconto 10,25% a.a. Em 2004, o Banco procedeu ao reconhecimento de impostos a compensar em seu ativo referente a PIS recolhido Dessa forma, o valor apresentado na demonstração do resultado a título de despesa de imposto de 12,35% a.a. a maior em exercícios anteriores, já transitado em julgado, sendo favorável ao Banco, cuja contrapartida na rubrica Retorno dos investimentos renda e contribuição social, em 2004, foi afetada pela compensação de prejuízos fiscais e realização 8,15% a.a. outras receitas operacionais totalizou R$7.609. 7. Transações com Partes Relacionadas: As captações de Índice de crescimento salarial de diferenças temporárias sobre os quais não havia sido constituído crédito tributário. 5,00% a.a. recursos do exterior são basicamente realizadas mediante utilização de linhas de crédito concedidas pelo acionista Índice reajuste de benefícios 5,00% a.a. Sumitomo Mitsui Banking Corporation, como segue: a) Obrigações por empréstimos no exterior: O saldo em 31 Taxa estimada de inflação no longo prazo A Diretoria UP94 agravada em 1 ano de dezembro de 2005 é composto basicamente por financiamentos às exportações, vencíveis até 28 de abril de Mortalidade JOSÉ MARIA DA CRUZ 2006, sujeitas às taxas normais de juros para essas operações. b) Obrigações por repasses do exterior: Os repasses Em 31 de dezembro de 2005, a entidade tinha 80 participantes (81 em 2004) ativos no plano de benefício do exterior, em 31 de dezembro de 2005, correspondem a US$ 18.600 (US$ 36.165 em 2004). Tais obrigações definido e 16 participantes (16 em 2004) em gozo de benefícios (aposentadoria e pensão). Contador - CRC - TC1SP 144272/O-0 - CPF 041.300.778-21 Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a

relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas

operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 1 de fevereiro de 2006 Auditores Independentes S.S. CRC 2SP 015199/O-6

Luis Carlos Nannini Contador CRC 1SP171638/O-1

País tem 9,5 milhões de empresas atuando na informalidade

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m todo o Brasil, existem mais de 5 milhões de pequenas e médias empresas formalizadas. Mas o governo federal estima que cerca de 9,5 milhões atuem na informalidade, segundo a diretora do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Cândida Cervieri. Isso significa que a cada três micros e pequenas empresas, duas vivem na informalidade. Cândida diz que os dados são um sinal de que o País precisa flexibilizar as linhas de crédito para que mais empresas possam atuar legalmente. "Se conseguirmos passar essas empresas para a formalidade, teremos um aumento maior de desenvolvimento, de inclusão social e poderemos reverter algumas questões", afirma. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, no período de 1996 a 2003, a soma de novas ocupações nas micros e pequenas empresas avançou 3,2 vezes mais do que o constatado nos empreendimentos de maior porte. Por isso mesmo, diz Cândida, existe no Brasil um lapso de acesso ao financiamento por pequenas e médias empresas. Ou seja, uma distância entre o que o sistema financeiro pode oferecer e a procura dos pequenos e médios empresários. Mesmo assim, o País registra 470 mil novas empresas formais por ano. Desde ontem, o financiamento do setor de pequenas e médias empresas passou a ser tema da Conferência Internacional sobre Financiamento para o Empreendedorismo e o Crescimento de Pequenas e Médias Empresas, realizado pela Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dificuldade – "O principal problema é o acesso ao financiamento. Na realidade, há disponibilidade de linhas de crédito para o pequeno empresário; no entanto, para que ele acesse o financiamento, é necessário que apresente garantia que muitas vezes ele não dispõe", exemplifica Antônio Sérgio Martins, secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério. (ABr)

TAM e a peruana Taca firmam parcerias para vôos diários

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TAM e a Taca do Peru ampliaram a aliança comercial que lhes permitirá oferecer, a partir do próximo dia 31, vôos diários em c o d e - s h a re ( c o m p a r t i l h amento de assentos) interligando as cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Recife com a capital peruana, Lima. A conexão, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, será feita pela Taca e seguirá para o Aeroporto Internacional Jorge Chávez, no Peru. A TAM transportará os passageiros nos vôos domésticos. As duas companhias oferecem uma hospedagem grátis no Hotel Meliá Confort Guarulhos para os passageiros do vôo entre as cidades brasileiras e Lima. A promoção será válida até 31 de dezembro de 2006. (AE)


terça-feira, 28 de março de 2006

Informática DIÁRIO DO COMÉRCIO

le é quase um brasileiro honorário. O cientista e professor Walter Bender, co-fundador do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT) –referência mundial em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias– já desembarcou 30 vezes nos aeroportos do país nos últimos 15 anos. A mais recente foi na semana passada, empunhando a bandeira do projeto One Laptop per Child (Um Laptop por Criança), mais conhecido como "laptop de cem dólares". Casado, pai de dois filhos, fã de quebra-cabeças, beisebol e ciclismo, em ano de Copa do Mundo Bender quer marcar um gol de placa convencendo o governo brasileiro a adotar, o mais rápido possível, a proposta educacional contida no laptop de cem dólares. "Precisamos acelerar para atingir a geração atual", afirma o professor, que, seguindo o exemplo do amigo Nicholas Negroponte, outro fundador do Media Lab, licenciou-se do MIT para dedicarse em tempo integral à função de diretor de Software e Conteúdo da ONG One Laptop per Child, presidida por Negroponte.

TACADA DE MESTRE O professor Walter Bender, fundador do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology, percorre gabinetes na Esplanada dos Ministérios e no Palácio do Planalto repleto de argumentos para convencer os políticos brasileiros da importância do projeto educacional Um Laptop por Crianca; o presidente Lula defende a bola, mas o placar está nas mãos do Congresso, responsável pela aprovação do Orçamento da União para 2007 Por Rachel Melamet

Lourival Sant'Anna/AE - 2.jul.2004

Nos últimos 15 anos, Walter Bender, co-fundador do Media Lab do MIT, já esteve no Brasil 30 vezes

"Este é sem dúvida o projeto que terá o impacto mais positivo entre todos os que já trabalhei em minha carreira", diz Walter Bender, que chegou ao MIT em 1978 para fazer mestrado em Arquitetura de Máquinas e não saiu mais. Em 1992, Bender criou o consórcio "News in the Future" (A Notícia no Futuro) e especializou-se no estudo de novas tecnologias da informação. Boa parte de suas pesquisas foi dedicada ao desenvolvimento de novas mídias interativas associadas às tradicionais, expandidas até o ponto em que o computador entra em cena para interagir também. Walter Bender também integra os grupos de estudos e pesquisas Things That Think (Coisas que Pensam) e Digital Life (Vida Digital) e participou de muitas das pesquisas pioneiras no campo das publicações multimídia. Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva que Bender concedeu ao Diário do Comércio. DC - Do seu ponto de vista, quais são os principais benefícios de um programa como o laptop de cem dólares para um país em desenvolvimento como o Brasil? Qual é a proposta educacional inerente ao projeto? Walter Bender - Iqbar Quadir, fundador da Grameen Phone, da Índia, costuma dizer que "a tecnologia caminha ao encontro dos mais pobres". O projeto Um Laptop por Criança é uma tentativa de acelerar essa caminhada para alcançar as crianças da atual geração. Temos mais de 40 anos de experiência trabalhando com crianças e tecnologia, boa parte em solo brasileiro, em conjunto com colegas que seguem a doutrina do educador Paulo Freire –de que "aprendemos fazendo". A experiência nos mostra que a computação é uma poderosa ferramenta do "fazer" e do "aprender". Um computador é "uma coisa para se pensar junto". Ele dá às crianças não apenas acesso a todo o conhecimento do mundo, para que elas possam se apoiar nos ombros de quem veio antes delas, mas, e isso é ainda mais importante, dá a elas a habilidade de se expressar, compartilhar e avaliar criticamente essa expressão em conjunto. O fato de o instrumento do aprendizado ser um computador portátil, e não um desktop na escola, significa que o aprendizado segue a criança até em casa depois da escola, torna-se parte de sua vida e de suas famílias. É o aprendizado na prática, ao vivo. Como o sr. acredita que as crianças carentes do Brasil irão reagir diante da possibilidade de possuir seu próprio laptop, objeto de desejo até mesmo de crianças da classe alta? Em nosso trabalho com crianças carentes em várias partes do mundo, como Tailândia, Camboja e aqui mesmo no Brasil, a quem demos laptops, todas tomaram conta deles muito bem e tiveram apoio da família e da comunidade na tarefa. Além do Brasil, há outros seis países integrantes do grupo onde o projeto OLPC deve ser priorizado (Argentina, China, Egito, Índia, Nigéria e Tailândia). Como estão as negociações com o governo brasileiro para a aquisição do primeiro lote de um milhão de máquinas, que seriam distribuídas já a partir de 2007, de acordo com instrução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? O futuro de qualquer nação, seja do Primeiro ou do Terceiro Mundo, são suas crianças. O governo brasileiro está ciente disto e continua a trabalhar conosco para encontrar uma maneira não apenas de comprar laptops, mas de implementar o potencial de aprendizagem que eles representam para a infância do país. Como o sr. encara as críticas de Bill Gates ao projeto do laptop de cem dólares, que será equipado com softwares de código aberto? Bill Gates concorda conosco de que é preciso fazer alguma coisa urgentemente em prol da educação das crianças carentes. Discordamos apenas na forma de fazer isto, como chegar nelas, onde aplicar os recursos. Nós achamos que elas devem ter a oportunidade de crescer junto com o sistema operacional, aprimorando-o, e não serem submetidas a programas fechados. As Tecnologias da Informação e especialmente a internet mudaram completamente o modo de vida da sociedade mundial na última década. Quais as perspectivas para os próximos dez anos? A internet foi um movimento para conectar pessoas, mas, até agora, apenas as mais abastadas. A próxima década vai presenciar a expansão da web até que ela alcance a todos no planeta. Que mudanças as nossas crianças de hoje vão implementar é difícil prever, mas sem oportunidade de aprendizado nada vai acontecer. Gervase Markhan, da Fundação Mozilla, costuma dizer: "Quando cada criança tiver um laptop, o som de cem milhões de teclados vai ensurdecer o mundo". Leia mais sobre o MIT na página 2

1 O futuro de qualquer nação, do Primeiro ou do Terceiro Mundo, são suas crianças Walter Bender


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 5

BRASMOTOR S.A. CNPJ/MF nº 61.084.984/0001-20 - Companhia Aberta Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar - São Paulo, SP

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Brasmotor S.A., bem como as demonstrações contábeis consolidadas, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. CENÁRIO ECONÔMICO A política econômica à qual o governo deu continuidade em 2005 trouxe resultados positivos à estabilidade da moeda e à credibilidade do país no exterior, o que se traduz pela taxa de risco-país, que caiu para cerca de 300 pontos no final do ano. Entretanto, o aumento da arrecadação e a manutenção de taxas elevadas de juros, principais fundamentos econômicos utilizados por essa política, refletiram negativamente no crescimento da economia, gerando um resultado positivo modesto, da ordem de 2,5% em relação ao ano anterior. Além disso, os preços de insumos, como o aço e o cobre, bem como o do petróleo permaneceram em níveis elevados durante o ano, afetando os custos de produção de importantes segmentos da economia brasileira. Todavia, fatores positivos como a redução do nível de desemprego, a recuperação da renda do trabalhador e o aparecimento de novas linhas de crédito com prazos de pagamentos mais longos, foram fundamentais para alcançar os resultados positivos apresentados neste exercício. RESULTADOS O resultado líquido do exercício foi de R$52 milhões (R$19 milhões em 2004), equivalente a R$18,11 por lote de mil ações (R$6,71 em 2004). O resultado do exercício reflete o desempenho das principais empresas controladas: Multibrás S.A. Eletrodomésticos, Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO e Multibrás da Amazônia S.A., até a data de sua alienação. Como empresas de capital aberto, as referidas controladas têm suas demonstrações contábeis completas publicadas, acompanhadas dos comentários das respectivas administrações. Multibrás S.A. Eletrodomésticos Detentora das marcas Brastemp e Consul, a Multibrás S.A. Eletrodomésticos é líder no mercado de eletrodomésticos no Brasil e na Argentina, através de sua controlada Whirlpool Argentina S.A.. A Companhia possui unidades industriais em Joinville, São Paulo, Rio Claro e Manaus. A receita líquida de vendas consolidada nas operações de eletrodomésticos totalizou R$4.954 milhões em 2005 (R$5.161 milhões em 2004), representando uma queda de 4% em relação ao ano anterior. O lucro líquido do exercício foi de R$54 milhões (R$7 milhões em 2004). Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO A Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO é líder mundial no segmento de compressores para refrigeração doméstica e possui unidades industriais em Joinville e Itaiópolis, no Brasil, Riva Presso de Chieri, na Itália, Spisská Nová Ves, na Eslováquia, e Beijing, na China. A receita líquida de vendas Consolidada totalizou R$2.015 milhões em 2005 (R$2.122 milhões em 2004), representando uma queda de 5% em relação ao ano anterior. O lucro líquido foi de R$58 milhões (R$29 milhões em 2004). Dividendos Em janeiro de 2006, conforme disposição estatutária, o Conselho de Administração autorizou o pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2005, no montante de R$13 milhões, correspondente a 27,26% do lucro líquido do exercício após constituição da reserva legal. Os valores a serem distribuídos eqüivalem a R$4,40 por lote de mil ações ordinárias e R$4,84 por lote de mil ações preferenciais. AÇÃO CORPORATIVA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Responsabilidade Social Ser socialmente responsável significa definir estratégias de negócio que conduzam a empresa rumo à sustentabilidade econômica, social e ambiental, contemplando todos os públicos direta ou indiretamente impactados por sua operação. A Multibrás segue nessa direção. Em 2005, a empresa deu continuidade a todas as atividades de responsabilidade social já reportadas em 2004. Além disso, publicou seu primeiro Relatório Social, com o objetivo de comunicar a seus públicos estratégicos os resultados obtidos no ano anterior. Com destaque no Relatório Social está o Consulado da Mulher, principal investimento social da Multibrás e iniciativa da marca Consul que, em 2005, transformou-se em Instituto Consulado da Mulher (uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP). A partir dessa mudança, o Consulado está apto a captar recursos em organizações privadas, além da própria Multibrás, para ampliar seu atendimento à comunidade. Em 2005, o Instituto Consulado da Mulher atendeu 29.462 pessoas, com a colaboração de 372 voluntários. Criado em 2002, tem como objetivo gerar trabalho e renda para o público feminino de baixa renda e com pouca escolaridade, além de estimular o desenvolvimento da cidadania das suas participantes por meio do acesso à informação e da educação permanente. O resultado é a melhoria da qualidade de vida dessas mulheres e também uma mudança nas relações sociais de gênero. O Instituto desenvolve atividades em casas próximas às fábricas da Multibrás em Rio Claro (interior de São Paulo) e em Joinville (Santa Catarina). Nessas casas, as mulheres aprendem a transformar suas habilidades em atividades produtivas e recebem orientação para a criação de empreendimentos e cooperativas populares. O aprendizado se dá por meio de diversas oficinas oferecidas todos os meses, que estimulam novas maneiras de organização do trabalho. Desde sua criação o projeto já atendeu mais de 80 mil pessoas, com a ajuda de 1.200 voluntários, entre homens e mulheres - da comunidade e colaboradores da Multibrás. Na área ambiental, a Multibrás deu seqüência aos Projetos Gaia e Ozônio, que respondem, respectivamente, pela reciclagem de embalagens dos produtos entregues ao consumidor diretamente pela Multibrás e pela reciclagem de gases refrigerantes. A Multibrás, pelo Projeto Gaia e em parceria com uma organização não-governamental, dá às embalagens dos eletrodomésticos, entregues no sistema doorto-door, uma solução ecologicamente correta. Colabora com o consumidor ao retirar um grande volume de material de sua casa e, ao mesmo tempo, ajuda a conscientizá-lo sobre os impactos dessas embalagens no meio ambiente. As embalagens de poliestireno expandido (isopor) são reutilizadas por outra empresa na confecção de blocos para a construção civil. Papelões e plásticos são encaminhados à ONG Super Eco. Em 2005, foram recolhidas e recicladas 12,1 toneladas de embalagem, somando um total de 28,3 toneladas desde o início do projeto, em junho de 2003. Pelo Projeto Ozônio, a Multibrás educa e incentiva os técnicos da rede de Serviços Autorizados Brastemp e Consul a recolher e reciclar os gases refrigerantes contidos em refrigeradores, freezers e condicionadores de ar que, eventualmente, necessitem de reparos. Em 2005, foram recolhidas 1,3 toneladas de gases, somando um total de 8,8 toneladas desde o início do projeto, em 2001. No ano passado, a Multibrás também empenhou-se em reforçar os conceitos e a prática da Responsabilidade Social junto aos varejistas, revendedores de seus produtos. Patrocinou, pelo terceiro ano consecutivo, o Programa de Responsabilidade Social no Varejo da Fundação Getúlio Vargas (SP). A principal missão foi adaptar os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social à realidade das empresas varejistas, com participação direta de seus representantes.

O resultado foi o lançamento dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social nas Empresas Varejistas. A Multibrás também entrou para o grupo técnico de empresas que participam da construção da ISO 26000, de Responsabilidade Social. Sua participação é resultado da crença de que é seu papel agir e incentivar a adoção de uma postura ética e socialmente responsável junto a seus colaboradores, fornecedores, revendedores, consumidores e demais públicos. A EMBRACO investe em pesquisa e desenvolvimento também como formas de garantir a oferta de produtos fundamentados na eficiência energética e ambiental - tendo sido a pioneira no lançamento de compressores que não usassem CFC. Buscando fomentar o conhecimento, em 2005, a empresa aumentou sua parceria com o meio acadêmico, participando do investimento de R$3,5 milhões que viabilizou a construção de um centro de pesquisa no campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Inaugurado em março de 2006, o Pólo Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica conta com capacidade para abrigar cerca de 100 técnicos e pesquisadores trabalhando nas áreas de refrigeração, componentes, acústica e materiais. Parceiros em uma viagem de 37 dias à Geórgia do Sul, realizada para fotografar a fauna da região para futura catalogação científica, a EECON (Embraco Electronic Control) e o navegador Amyr Klink testaram juntos o comportamento do compressor VCC, recém-lançado no mercado de refrigeração comercial, em climáticas situações adversas e frente a grandes oscilações de temperatura. Na prática, o exercício mostrou as possibilidades de monitoramento à distância do funcionamento do compressor a partir de informações geradas pelo próprio equipamento, garantindo mais segurança para os clientes e consumidores finais de produtos equipados com o novo compressor. O ano foi marcado ainda pelo alinhamento da EMBRACO à diretiva RoHS - Restrição de Substâncias Nocivas (Restriction of Hazardous Substances), que irá proibir a comercialização, na Europa, de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos em cujos componentes existam substâncias como o chumbo, o cádmio e o mercúrio, entre outras. Um trabalho extensivo de levantamento de todos os processos de fabricação da empresa e de seus fornecedores identificou componentes que utilizavam alguma das substâncias que serão proibidas e trabalhou em sua substituição por componentes alternativos, adaptando totalmente a EMBRACO à norma que entra em vigor em julho de 2006. O ano foi marcado pela participação da EMBRACO no projeto “Abrindo portas para o emprego”. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a empresa de recursos humanos RH Brasil, e com participação de outras empresas de Joinville, permitiu a capacitação para o trabalho de 35 pessoas, até então sem qualificações. O Prêmio EMBRACO de Ecologia passou por sua 13ª edição, lembrando a importância da educação ambiental e motivando a reflexão sobre o tema nas escolas de Joinville e Itaiópolis. Em 2006, 14 anos depois de sua criação, a EMBRACO prepara uma reformulação do formato do Prêmio, atualizando-o e potencializando os resultados por ele gerados junto à comunidade. Fechando o ciclo de seu sistema de gestão, em 2005, a EMBRACO Brasil foi certificada pela OHSAS 18001, norma de qualidade em saúde e segurança no trabalho. Com isso, fechou o seu ciclo de gestão integrada - que já contava com a ISO 9001, de qualidade, e a ISO 14001, de meio ambiente - e mostrando sua preocupação constante com o público interno, proporcionando um ambiente de trabalho alinhado às boas práticas de saúde e segurança. Sempre voltada à possibilidade de avanço em seus processos também no que diz respeito ao meio ambiente, a EMBRACO desenvolveu, em 2005, projetos de melhoria de sua coleta seletiva de lixo e de redução no descarte de resíduos sólidos - ambos a serem implantados em 2006. Outros destaques de 2005 foram o início da construção, de forma participativa, dos Princípios Éticos da EMBRACO, buscando estabelecer padrões de posicionamento frente aos públicos com os quais a empresa se relaciona; e ainda a elaboração da Política de Diversidade, que colocou o assunto definitivamente na agenda da empresa, mostrando uma EMBRACO a cada dia mais motivada a perceber, valorizar e incorporar as diferenças, visíveis ou não, como forma de crescer e modernizar-se. Reconhecimentos obtidos em 2005: • A Revista Exame e o Instituto “Great Place to Work” premiaram, pela 9ª vez consecutiva, a Multibrás como uma das “Melhores Empresas para Você Trabalhar” no Brasil. Nos quatro primeiros anos da premiação, a Empresa participou com o nome Brasmotor S.A.. • As marcas Brastemp e Consul tiveram destaque na 15ª edição do “Top of Mind” do jornal Folha de São Paulo. Nestes 15 anos de história, as marcas da Multibrás S.A. Eletrodomésticos figuram como as mais lembradas pelos brasileiros. A Consul é líder na categoria geladeira pela 14ª vez consecutiva, desde que a categoria foi incluída na pesquisa. A Brastemp vem em 2º lugar, repetindo a mesma colocação de todas as edições do ranking até hoje. Na categoria “fogão”, a Brastemp foi a 2ª marca mais lembrada, seguida pela Consul. • “Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços”, conferido pela Revista Consumidor Moderno. A empresa recebeu pela 4ª vez, o troféu de destaque na categoria Eletroeletrônicos. • Os produtos das marcas Brastemp e Consul receberam certificação do Selo PROCEL de Eficiência Energética em mais de 140 modelos de refrigeradores, freezers e condicionadores de ar. A empresa se manteve na liderança do ranking das organizações que mais contribuem para a economia de energia elétrica do País, desde que a premiação foi implantada pelo INMETRO. RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES A auditoria das demonstrações contábeis é de responsabilidade da Directa Auditores. A auditoria dos processos e procedimentos internos é de responsabilidade da KPMG Risk Advisory Services Ltda.. Esta política visa preservar a independência e objetividade dos auditores. No exercício de 2005, a Brasmotor e empresas controladas não utilizaram outros serviços que não sejam de auditoria externa prestados pela Directa Auditores. PERSPECTIVAS PARA 2006 A estabilidade econômica, o aumento da credibilidade do país no exterior e a manutenção de significativo superávit comercial, têm permitido ao governo um “afrouxamento” nas taxas de juros e recuperação do nível de atividade. Matérias-primas como o aço, cobre e o petróleo, com grande peso na composição dos custos dos produtos fabricados pelas controladas, ainda estão em patamares elevados de preço, em função da forte demanda mundial. Diante desse cenário, as controladas estão executando uma série de ações que visam garantir a lucratividade esperada por seus acionistas. Entre essas, o lançamento de produtos e a intensificação de programas de redução de custos. Desta forma, consideram-se positivas as perspectivas para o setor de eletrodomésticos e compressores em 2006. AGRADECIMENTOS Agradecemos a nossos parceiros - acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores, instituições financeiras e outros - que por mais um ano colaboraram para o desempenho da Companhia, e que nos ajudaram a, cada vez mais, superar as dificuldades impostas pelo mercado. A Administração Março 2006

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 BALANÇOS PATRIMONIAIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Controladora 2005 ATIVO Circulante Disponibilidades Contas a receber Estoques Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Empresas relacionadas Juros sobre capital próprio a receber Demais contas a receber Total do ativo circulante Realizável a longo prazo Impostos a recuperar Depósitos para recursos e outros Imposto de renda e contribuição social diferidos Empresas relacionadas Bens destinados a venda Demais contas a receber

Permanente Investimentos Imobilizado Diferido

Controladora

143 3.584 1.589 242 5.558

290.282 661.283 797.268 327.748 16.248 15.281 147.834 2.255.944

118.092 813.047 1.170.990 347.799 11.641 50.836 155.375 2.667.780

19.683 12.482 57.274 6.022 95.461

19.735 12.363 23.886 14.680 287 70.951

123.503 95.680 259.750 7.242 14.360 10.602 511.137

76.381 102.604 267.337 6.501 31.129 1.161 485.113

743.241 743.241

871.297

33.007 1.184.716 9.154 1.226.877

819.750

3.993.958

41.214 1.386.707 11.286 1.439.207

4.592.100

Consolidado 2005

2005

2004

1.807 192 21.902 23.901

3.204 189 7.392 10.785

102.345 823.699 67.453 87.158 501.005 299.494 1.881.154

246.895 1.006.867 70.248 96.744 883.017 251.348 2.555.119

4.834 4.834

4.835 4.835

19 3.299 26.313 22.550 36.745 75.213 164.139

548 2.530 2.595 26.629 20.873 48.182 73.621 174.978

Resultado de exercícios futuros

-

-

14.464

14.464

Participação dos acionistas minoritários

-

-

1.091.639

1.043.409

577.400 265.162 842.562

577.400 226.730 804.130

577.400 265.162 842.562

577.400 226.730 804.130

Total do passivo e patrimônio líquido

871.297

819.750

3.993.958

4.592.100

Valor patrimonial por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$

294,15

280,73

2004

4.677 6.634 9.593 9.296 30.200

745.636 745.636

Total do ativo

Consolidado 2005

2004

PASSIVO Circulante Financiamentos Fornecedores Impostos a recolher Salários e encargos sociais Empresas relacionadas Provisões e demais contas a pagar Total do passivo circulante Exigível a longo prazo Financiamentos Empresas relacionadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Plano de previdência privada Plano de assistência médica Passivo trabalhista no exterior Provisão para contingências e outros

Patrimônio líquido Capital social Reservas de lucros

2004

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto informação por ação) Controladora 2005 -

Receita bruta de vendas e serviços Deduções

2004 -

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais)

Consolidado 2005 2004 6.398.374 6.599.740 (1.335.110) (1.303.415)

Receita líquida de vendas e serviços Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados

-

-

5.063.264 (4.080.369)

5.296.325 (4.151.913)

Lucro bruto (Despesas) Receitas operacionais: Com vendas Gerais e administrativas Honorários dos administradores Financeiras, líquidas Depreciação e amortização Participação em sociedades controladas e coligadas Ganho (Perda) cambial em investimentos no exterior Ganhos no aporte de tecnologia Outras, líquidas

-

-

982.895

1.144.412

Lucro operacional Receitas (Despesas) não operacionais, líquidas

(1.299) 7.602 40.754 189 47.246 47.246 11.353

(1.602) 8.481 (20) 13.759 (1.406) 19.212 19.212 (1.081)

(403.540) (214.681) (13.362) (121.424) (17.037) 1.930 (33.644) 11.690 (8.141) (798.209) 184.686 (8.252)

(618.911) (198.926) (13.692) (130.401) (20.462) 861 (12.503) (12.670) (1.006.704) 137.708 (6.928)

Lucro antes dos impostos e das participações Imposto de renda Contribuição social Participação estatutária

58.599 (4.952) (1.786) -

18.131 (14) 1.106 -

176.434 (57.299) (14.727) (10.924)

130.780 (91.841) (16.299) 105

Lucro antes da participação dos acionistas minoritários Participação dos acionistas minoritários

51.861 -

19.223 -

93.484 (60.437)

22.745 (15.401)

Lucro líquido do exercício

51.861

19.223

33.047

7.344

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$

18,11

6,71

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto informação por ação) Saldos em 31 de dezembro de 2003 Lucro líquido do exercício Apropriação do lucro: Reserva legal Retenção de lucros Dividendos a distribuir: Ações ordinárias (R$1,59 por lote de mil ações) Ações preferenciais (R$1,75 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Apropriação do lucro: Reserva legal Retenção de lucros Dividendos a distribuir: Ações ordinárias (R$ 4,40 por lote de mil ações) Ações preferenciais (R$ 4,84 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2005

Capital social 577.400 -

Reserva de lucros Reserva legal Retenção de lucros 28.799 183.563 961 -

13.407

Lucros acumulados 19.223

Total 789.762 19.223

(961) (13.407)

-

577.400 -

29.760 -

196.970 -

(1.568) (3.287) 51.861

(1.568) (3.287) 804.130 51.861

-

2.593 -

35.839

(2.593) (35.839)

-

577.400

32.353

232.809

(4.339) (9.090) -

(4.339) (9.090) 842.562

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício Despesas (Receitas) que não afetam o capital circulante: Participação em sociedades controladas e coligadas Perda (Ganho) cambial em investimentos no exterior Depreciação e amortização Valor residual de ativo permanente baixado Imposto de renda e contribuição social diferidos de longo prazo Participação dos acionistas minoritários Incentivos fiscais do imposto de renda de empresas controladas Encargos financeiros de longo prazo Recursos originados(aplicados) nas operações

Consolidado 2005

2005

2004

51.861

19.223

33.047

7.344

(40.754) (5.159) 5.948

(13.759) 20 484 (8.285) (2.317)

(1.930) 110.034 237.674 97.830 7.514 75.031 18.815 584 578.599

(861) (18.682) 270.603 15.656 45.483 15.401 17.829 (7.914) 344.859

Dos acionistas: Aumento na participação dos acionistas minoritários

2004

-

-

-

-

De terceiros: Redução do realizável a longo prazo Aumento do exigível a longo prazo Baixa diferido Baixa de investimento Juros sobre capital próprio e dividendos recebidos e a receber TOTAL DOS RECURSOS OBTIDOS

31.285 33.152 11.407 81.792

4.269 587 1.922 4.461

1.835 7.540 587.974

19.345 5.446 369.650

APLICAÇÕES DE RECURSOS No ativo permanente: Investimentos Imobilizado Diferido Redução do exigível a longo prazo Aumento do realizável a longo prazo Juros sobre o capital próprio e dividendos antecipados e propostos Redução na participação dos acionistas minoritários Juros sobre o capital próprio e dividendos referentes a acionistas minoritários TOTAL DOS RECURSOS APLICADOS

6.200 57 50.580 13.429 70.266

2.493 5.030 4.855 12.378

247.601 10.279 30.114 13.429 5.901 18.521 325.845

9.680 260.370 5.141 45.695 4.855 4.434 5.285 335.460

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE

11.526

(7.917)

262.129

34.190

30.200 5.558 24.642

5.558 14.239 (8.681)

2.255.944 2.667.780 (411.836)

2.667.780 2.122.307 545.473

PASSIVO CIRCULANTE No fim do exercício No início do exercício

23.901 10.785

10.785 11.549

1.881.154 2.555.119

2.555.119 2.043.836

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE

13.116 11.526

(764) (7.917)

(673.965) 262.129

511.283 34.190

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE No fim do exercício No início do exercício

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em milhares de reais) 1. Contexto Operacional A Companhia tem por objeto a participação, como sócia ou acionista, em outras empresas. As controladas têm por objeto social a industrialização, a comercialização, a importação, a exportação, a comissão, a consignação e a representação de produtos metalúrgicos, elétricos e eletrônicos, compressores herméticos para refrigeração, motores elétricos, artefatos de matéria plástica e, especialmente, máquinas e aparelhos de todos os tipos para uso doméstico e comercial tais como, mas não limitados a: refrigeradores, congeladores, refrigeradores-congeladores, aparelhos de ar condicionado, fabricadores de gelo, fogões, lavadoras de pratos, trituradores de lixo, compactadores de lixo, aspiradores de pó, lavadoras, secadoras de roupas e fornos de microondas e também, a prestação de serviços de manutenção, de instalação e assistência técnica, e de desenvolvimento de projetos relacionados aos produtos das companhias. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis são elaboradas em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas da Comissão de Valores Mobiliários. 3. Principais Práticas Contábeis As principais práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações contábeis são: a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas obedecendo ao regime de competência. b) Provisão para créditos de liquidação duvidosa É calculada com base nas perdas estimadas e seu montante é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização das contas a receber. c) Estoques Estão demonstrados ao custo médio das compras ou produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importações em andamento estão demonstradas ao custo acumulado de cada importação. d) Demais ativos circulantes e de longo prazo Estão demonstrados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações cambiais ou monetárias auferidos. e) Investimentos Os investimentos em controladas estão registrados pelo método de equivalência patrimonial. Outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, tendo sido constituída provisão para eventuais perdas na realização, quando aplicável. f) Imobilizado É demonstrado pelo custo de aquisição ou construção corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995 e deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear, utilizandose taxas que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens, conforme demonstrado na nota explicativa nº 11, também corrigida até aquela data.

g) Passivos circulante e exigível a longo prazo Estão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos em base “pro rata”-dia. 4. Demonstrações Contábeis Consolidadas As demonstrações contábeis consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 abrangem a Brasmotor S.A. e as seguintes sociedades controladas: Participação no capital social - % Direta Indireta Multibrás S.A. Eletrodomésticos 52,48 Multibrás da Amazônia S.A. 30,05 30,48 Brastemp da Amazônia S.A. 51,22 Brastemp Utilidades Domésticas Ltda. 1,00 51,95 Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos Ltda. 52,48 Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos da Amazônia S.C. Ltda. 52,48 Consórcio Nacional Brastemp Ltda. 52,47 Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO 1,06 27,91 Beijing Embraco Snowflake Compressor Company Limited 16,00 Ealing Companhia de Gestiones y Participaciones S.A. 28,97 Embraco North America, Inc. 28,97 Embraco Europe S.r.L. 28,97 Embraco Slovakia s.r.o. 28,96 Embraco México S. de R.S.L. de C.V. 28,39 Unibanco AIG Warranty S.A 15,74 Latin America Warranty S.A. 52,50 Whirlpool Argentina S.A. 52,50 Whirlpool Chile Ltda. 52,48 Whirlpool Puntana S.A. 52,50 Mlog Armazém Geral Ltda. 0,10 52,47 Na elaboração de suas demonstrações contábeis, as empresas controladas observam as mesmas práticas contábeis adotadas pela controladora, assim como têm por exercício fiscal dezembro de cada ano. Tais demonstrações contábeis são também submetidas ao exame de auditores independentes na extensão por eles considerada necessária. Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas foram adotados os seguintes procedimentos: a) Empresas no exterior controladas direta ou indiretamente As demonstrações contábeis das controladas localizadas no exterior foram elaboradas originalmente nas moedas correntes nos respectivos países, sendo que, para fins de avaliação da equivalência patrimonial e consolidação, estas foram traduzidas para reais pela cotação das respectivas moedas em 31 de dezembro de 2005 e ajustadas aos princípios contábeis brasileiros.

b) Eliminações Nas demonstrações contábeis consolidadas foram eliminadas as contas correntes, os mútuos e as receitas e despesas entre as empresas consolidadas e os resultados não realizados, bem como os investimentos em sociedades controladas. A participação dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado das empresas controladas está apresentada destacadamente. A conciliação entre o resultado do exercício e o patrimônio da controladora e do consolidado em 31 de dezembro de 2005 e 2004 é como segue: Resultado do exercício Patrimônio líquido 2005 2004 2005 2004 Controladora 51.861 19.223 842.562 804.130 Subvenções para investimentos e incentivos fiscais de controladas que não transitaram pelo resultado do exercício (10.768) (17.828) Resultados não realizados nas transações entre as controladas e suas subsidiárias 5.949 Perda Cambial no regaste de patrimônio líquido de controladas não transitada pelo resultado do exercício (8.046) Consolidado 33.047 7.344 842.562 804.130 5. Contas a Receber Controladora 2005 2004 Contas a receber: Clientes nacionais Clientes no exterior Empresas relacionadas Títulos descontados Saques cambiais de exportação Provisão para créditos de liquidação duvidosa

-

-

Consolidado 2005 2004 515.245 232.165 85.434 (34.073) (137.488) 661.283

496.137 294.189 234.594 (14.609) (50.490) (146.774) 813.047

Em 31 de dezembro de 2005, a controlada Multibrás S.A. Eletrodomésticos e sua subsidiária Brastemp da Amazônia S.A. possuíam operações de “vendor” nos montantes de R$490.245 e R$53.088 (R$449.906 e R$37.496 em 2004), respectivamente, sobre as quais são responsáveis pela liquidação dos títulos, caso os devedores originais não efetuem o pagamento destes no vencimento.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

RATING Elevação do Brasil depende de reforma

A

analista de risco da Standard & Poor's (S&P), Lisa Schineller, disse que é difícil saber quando o Brasil atingirá o grau de investimento (investment grade), mas afirmou que a mudança dependerá da manutenção da política atual e da rapidez com que o governo promova novas reformas na economia. Essas precondições também estão limitadas pelo cenário externo. Segundo ela, 17,7% dos países que são alçados à categoria de "BB" (nota atual do Brasil) levam três anos para serem promovidos à investment grade ("BBB"). Outros 22% dos países, demoram cinco anos para fazer esse salto. No caso da Rússia, a mudança ocorreu em três anos. O Brasil foi elevado à categoria "BB" há um mês. "Uma elevação (do País) para a categoria "BBB" é possível, só depende de manter e/ou reforçar a atual política", disse Lisa para uma platéia de analistas do mercado financeiro. Comparação – Ao comparar as condições brasileiras com a de países que também têm nota "BB" e os que já têm rating "BBB", a analista mostrou vantagens e desvantagens da economia nacional. Hoje, o crescimento do Brasil está abaixo das nações que se encontram nas duas categorias. Os investimentos em relação ao Produ-

to Interno Bruto (PIB) estão um pouco abaixo dos países "BBB" e, no caso da relação entre exportações/PIB, o Brasil está abaixo nas duas categorias. Ainda comparando o País a outras nações, a analista disse que o déficit nominal brasileiro em relação ao PIB está atingindo o nível dos governos que têm investment grade. Da mesma forma, o superávit primário acompanha o desses países. E a carga da dívida líquida do governo está acima daqueles países com nota máxima. "O crescimento é uma questão mais complexa, que exige tempo, mas melhorar a performance fiscal é mais tangível", disse, recomendando a continuidade das metas de superávit primário, além da continuidade de avanços do perfil da dívida doméstica. A Standard & Poor's destacou ainda o avanço das contas externas do País. Hoje, o fi nanciamento externo bruto brasileiro está alinhado com o dos países "BBB". A diretora da S&P, Regina Nunes, cobrou do Congresso Nacional a aprovação do Orçamento da União de 2006. Previsto por lei para ser votado até o fim de dezembro do ano anterior à vigência, o Orçamento ainda não foi aprovado. Segundo Regina, a Lei Orçamentária é avaliada pelas agências de risco, como a S&P. (AE)

HSBC indica ações do País

O

HSBC manteve ontem sua recomendação acima da média para o mercado acionário brasileiro. Segundo nota do banco, divulgada antes do afastamento do ministro Antônio Palocci, "há vários candidatos (a ministro) alternativos e no curto prazo isso poderia afetar os ativos brasileiros", disse. Porém, "no médio prazo, ainda achamos que o presidente Lula continua como o guardião da política econômica brasileira e duvidamos que a volatilidade de curto prazo continue". Ações – Em nota para clientes, os estrategistas do HSBC observaram que as ações brasileiras se comportaram muito bem diante da recente volatilidade nas bolsas de valores emergentes. Isso ocorreu, explicaram, porque outros ativos do País também tiveram um bom comportamento. Além

disso, "talvez porque a liquidez nos Estados Unidos é menos suscetível a saques do que os fluxos da Europa ou do Oriente Médio, pois parece que os investidores norteamericanos são mais confiantes na economia dos EUA do que os europeus". Segundo os analistas, isso pode explicar parcialmente o fato de o mercado acionário brasileiro ter tido uma performance superior ao da Turquia. O superávit em conta corrente do Brasil, registrado em fevereiro, também colaborou com os preços dos ativos do País. O HSBC observa que, no nível político, a seleção do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato à Presidência da República pelo PSDB foi "uma boa notícia, pois ele está muito mais preparado a implementar reformas microeconômicas do que José Serra". (AE)

ECONOMIA/LEGAIS - 11

BALANÇOS ULTRA S.A. PARTICIPAÇÕES C.N.PJ. Nº 54.041.439/0001-91 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações contábeis dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. Permanecemos a inteira disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários. A Diretoria DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - (Em milhares de R$)

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO - (Em milhares de R$) ATIVO CIRCULANTE Caixa e bancos ................................................... Aplicacões financeiras ........................................ Dividendos a receber ......................................... Impostos a recuperar ..........................................

PASSIVO 2005 5 49 40.237 164 40.455

2004 14 115 35.311 144 35.584

PERMANENTE Investimentos ......................................................

720.830

787.772

CIRCULANTE Fornecedores ..................................................... Dividendos a pagar e propostos ....................... ....................................................................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ..................................................... Reservas de reavaliação ................................... Reservas de lucros ............................................ Lucros acumulados ...........................................

TOTAL .................................................................

761.285

823.356

TOTAL ................................................................

2005 40.217 40.217

2004 3 35.311 35.314

294.600 12.017 27.421 387.030 721.068 761.285

249.377 13.155 164.761 360.749 788.042 823.356

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - (Em milhares de R$) Reserva de Lucros ............................................................................................... ...............................................................................................

Capital Reserva Social Reavaliação

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 ............................................ 204.537 Aumento de capital com reservas .......................................... 44.840 Realização da reserva de reavaliação .................................... Imposto de renda sobre a realização da reserva de reavaliação Lucro líquido do exercício ....................................................... Reserva legal .......................................................................... Dividendos intermediários (R$ 474,425000 por lote de mil ações ordinárias e R$ 521,868000 por lote de mil ações preferenciais) ........................................................... Dividendos propostos (R$ 369,656300 por lote de mil ações ordinárias e R$ 406,621930 por lote de mil ações preferenciais) ........................................................... EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 ............................................ 249.377 Aumento de capital com reservas .......................................... 45.223 Realização da reserva de reavaliação .................................... Imposto de renda sobre a realização da reserva de reavaliação Aquisição de ações para manutenção em tesouraria ........... Cancelamento de ações em tesouraria ................................ Lucro líquido do exercício ...................................................... Reserva legal ......................................................................... Dividendos sobre a reserva de lucros a realizar (R$ 1.161,183284 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais) ....................................................................... Dividendos intermediários (R$ 252,278000 por lote de mil ações ordinárias e R$ 277,506000 por lote de mil ações preferenciais) ........................................................... Dividendos propostos (R$ 441,560663 por lote de mil ações ordinárias e R$ 485,716730 por lote de mil ações preferenciais) ........................................................... EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 ............................................ 294.600

Lucros Ações em A Realizar Acumulados Tesouraria

Legal

14.293 6.132 - (6.132) (1.138) - 10.052

Total

154.709 -

288.083 (38.708) 1.138 (134) 201.051 (10.052)

-

667.754 (134) 201.051 -

-

-

(45.318)

-

(45.318)

13.155 10.052 - (10.052) (1.138) 6.509

154.709 -

(35.311) 360.749 (35.171) 1.138 (170) (30.980) 130.187 (6.509)

(30.980) 30.980 -

(35.311) 788.042 (170) (30.980) 130.187 -

-

-

-

(102.817)

-

- (102.187)

-

-

-

(22.977)

-

(22.977)

12.017

6.509

20.912

(40.217) 387.030

-

(40.217) 721.068

Marcia Aparecida de Lucca Calmon Contador - CRC 1SP143169/O-4

A DIRETORIA

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Equivalência patrimonial ...................................... Administrativas e gerais ...................................... Resultado financeiro líquido ................................ Outros resultados operacionais ........................... LUCRO OPERACIONAL ...................................... Resultado não operacional .................................. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ...................... LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO - R$ .....................

2005 2004 121.373 201.293 (82) (68) 31 (159) (1) (1) 121.321 201.065 8.866 (14) 130.187 201.051 1,47 2,17

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO-(Em milhares de R$) ORIGENS DOS RECURSOS 2005 2004 Lucro líquido do exercício ....................................... 130.187 201.051 Equivalência patrimonial ......................................... (121.373) (201.293) Valor residual do ativo permanente baixado .......... 129 Ganho na variação do percentual de participação . (8.866) Ações de controlada dadas em pagamento de dividendos .............................................................. 102.817 Ações de controlada dadas em pagamento na aquisição de ações para manutenção em tesouraria ............................................................. 30.980 Dividendos .............................................................. 63.214 80.788 Total das Origens ...................................................... 196.959 80.675 APLICAÇÕES DE RECURSOS Dividendos .............................................................. 63.194 80.629 Dividendos pagos com ações de controlada .......... 102.817 Aquisição de ações para manutenção em tesousaria .............................................................. 30.980 Total das Aplicações ................................................. 196.991 80.629 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE (32) 46 Variação do ativo circulante .................................... 4.871 16.797 4.903 16.751 Variação do passivo circulante ............................... AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE (32) 46 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (Em milhares de R$) 1. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) As práticas contábeis adotadas para o registro das operações, bem como na elaboração das demonstrações contábeis estão em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações. b) O resultado é apurado pelo princípio da competência de exercícios. c) A participação em controlada é avaliada pelo método de equivalência patrimonial. 2. INVESTIMENTO RELEVANTE EM SOCIEDADE CONTROLADA ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S/A 2005 2004 Capital Social ........................................... 946.034 663.952 Patrimônio Líquido ................................... 1.795.643 1.605.611 Lucro Líquido do Exercício ...................... 299.178 414.479 Participação Percentual ........................... 40,14% 49,06% 3. CAPITAL SOCIAL: O capital social, totalmente integralizado, está representado por 63.202.048 ações ordinárias e 25.342.886 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.

OXITENO S.A. - INDÚSTRIA E COMÉRCIO C.N.P.J. nº 62.545.686/0001-53 RELATÓRIODA DADIRETORIA DIRETORIA RELATÓRIO Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas as demonstrações contábeis dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. Permanecemos a inteira disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários. A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 - (Em milhares de reais - R$) ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 2005 2004 CIRCULANTE 2005 2004 Caixa e bancos ................................................... 4.684 8.058 Financiamentos ............................................... 32.111 23.988 Aplicações financeiras ........................................ 12.781 Fornecedores ................................................... 36.240 23.659 Contas a receber ................................................ 64.339 61.428 Salários e encargos sociais ............................ 17.813 32.084 Estoques ............................................................. 57.839 68.097 Obrigações tributárias ..................................... 375 751 Impostos a recuperar .......................................... 3.139 9.373 Dividendos propostos a pagar ........................ 64.605 8.849 Imposto de renda e contribuição social diferidos . 3.839 4.155 Imposto de renda e contribuição social diferidos 176 241 Dividendos propostos a receber ........................ 48.132 863 Demais contas a pagar .................................... 1.997 3.197 Demais contas a receber ................................... 748 514 153.317 92.769 Despesas do exercício seguinte ........................ 1.118 1.312 183.838 166.581 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos ............................................... 53.087 61.899 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 47.714 Imposto de renda e contribuição social diferidos . 8.212 4.651 Sociedades relacionadas ................................ Imposto de renda e contribuição social Impostos a recuperar .......................................... 24.696 14.231 diferidos ......................................................... 23.588 30.873 Depósitos judiciais .............................................. 658 652 13.912 12.801 Demais contas a receber ................................... 2.069 1.369 Outros impostos e contribuições ..................... 343 191 35.635 20.903 Demais contas a pagar .................................... 138.644 105.764 PERMANENTE Investimentos: PATRIMÔNIO LÍQUIDO Sociedades controladas e coligadas ............... 1.090.791 850.298 Capital social ................................................... 510.823 387.552 Outros ............................................................... 19.090 19.100 Reserva de reavaliação ................................... 2.414 3.193 Imobilizado .......................................................... 185.650 162.867 Reservas de lucros .......................................... 716.924 632.329 Diferido ............................................................... 7.118 1.858 1.230.161 1.023.074 1.302.649 1.034.123 TOTAL ................................................................. 1.522.122 1.221.607 TOTAL .............................................................. 1.522.122 1.221.607 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais - R$, exceto o valor dos dividendos por ação)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 ........................... Aumento de capital com reservas ........................................... Dividendos prescritos .............................................................. Realização da reserva de reavaliação: Ativo próprio e de controlada, líquido dos efeitos do imposto de renda .............................................................................. Lucro líquido do exercício ........................................................ Apropriações ao lucro líquido: Reserva legal ......................................................................... Dividendos intermediários (R$ 1,953816 por ação ordinária) Dividendos propostos (R$ 0,249184 por ação ordinária) ..... Reserva para retenção de lucros .......................................... SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 .......................... Aumento de capital com reservas ........................................... Realização da reserva de reavaliação: Ativo próprio e de controlada, líquido dos efeitos do imposto de renda .............................................................................. Lucro líquido do exercício ........................................................ Apropriações ao lucro líquido: Reserva legal ......................................................................... Dividendos propostos (R$ 1,837571 por ação ordinária) ..... Reserva para retenção de lucros .......................................... SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 ..........................

Reservas de lucros Reserva Retenção Legal de lucros 44.236 383.223 (44.236) -

Capital social 343.316 44.236 -

Reserva de reavaliação 4.024 -

Lucro acumulados 5

Total 774.799 5

-

(831) -

-

-

831 325.600

325.600

387.552 123.271

3.193 -

16.280 16.280 (16.280)

232.826 616.049 (106.991)

(16.280) (68.583) (8.747) (232.826) -

(68.583) (8.747) 1.023.074 -

-

(779) -

-

-

779 271.590

271.590

510.823

2.414

13.579 13.579

194.287 703.345

(13.579) (64.503) (194.287) -

(64.503) 1.230.161

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 - (Em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma mencionado) 1. SUMÁRIO DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS CONTÁBEIS ADOTADOS As principais práticas contábeis adotadas para registro das operações e para elaboração das demonstrações financeiras estão detalhadas a seguir: a) O resultado é apurado pelo princípio da competência de exercícios. b) As participações relevantes em controladas e coligadas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. Os demais investimentos são avaliados pelo método de custo, líquidos de provisões para perdas. c) Os demais ativos e passivos são demonstrados pelos valores realizáveis e exigíveis, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos ou encargos das variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço. 2. INVESTIMENTOS Controladas: Oxiteno Nordeste S.A. - Indústria e Comércio . Barrington S.L. .................................................. Oleoquímica Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda ................................................. Coligadas: Terminal Químico de Aratu S.A. - Tequimar ..... Oxicap - Indústria de Gases Ltda. .................... Outros investimentos permanentes ....................

2005

2004

929.483 129.844

718.925 109.717

8.815

-

21.231 1.418 19.090 1.109.881

20.322 1.334 19.100 869.398

3. IMOBILIZADO Custo reavaliado ....................................... Depreciação acumulada ........................... Líquido ......................................................

2005 2004 326.252 286.586 (140.602) (123.719) 185.650 162.867

4. FINANCIAMENTOS - Os financiamentos em moeda nacional estão sujeitos a juros de 1,5% até 6,5% a.a., além da TJLP e do IGP-M. Os financiamentos em moeda estrangeira estão sujeitos a taxas de 4,22% até 10,96% a.a., além da variação cambial. Os financiamentos são vencíveis até 2010 e estão garantidos por alienação fiduciária dos bens de imobilizado, ações da Petroquímica União S.A e avais concedidos pela controlada Oxiteno Nordeste S.A – Indústria e Comércio e respectivos acionistas. 5. SOCIEDADES RELACIONADAS - Referem-se a contratos de mútuos com a controlada Oxiteno Nordeste S.A. - Indústria e Comércio e com a controladora Ultrapar Participações S.A., ambos sem prazo de vencimento determinado, e não incidem encargos financeiros. 6. CAPITAL SOCIAL - O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 era representado por 35.102.127 ações ordinárias nominativas sem valor nominal.

As demonstrações financeiras na íntegra, auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, devidamente acompanhadas de Parecer sem ressalvas, encontram-se à disposição na sede da sociedade. - A DIRETORIA

Marcia Aparecida de Lucca Calmon Contador CRC 1SP143169/O-4

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido por ação) 2005 2004 .................................................................................. RECEITA BRUTA DAS VENDAS E DOS SERVIÇOS . 720.987 754.793 Impostos sobre as vendas e os serviços .................... (163.035) (172.470) Devoluções e abatimentos ........................................... (4.933) (4.232) RECEITA LÍQUIDA DAS VENDAS E DOS SERVIÇOS 553.019 578.091 Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (458.641) (451.348) LUCRO BRUTO ........................................................... 94.378 126.743 RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS Equivalência patrimonial ............................................. 283.115 335.614 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Com vendas e comerciais ........................................... (23.378) (24.148) Gerais e administrativas .............................................. (85.899) (91.621) Honorários da Administração ...................................... (1.105) (998) Depreciações e amortizações ..................................... (6.666) (6.235) Outras receitas operacionais, líquidas ........................ 2.080 508 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO .............................................................. 262.525 339.863 Resultado financeiro, líquido ....................................... 157 (9.676) CPMF/IOF/outros encargos sobre resultado financeiro (2.072) (3.113) (1.915) (12.789) (12.789) ..................................................................... LUCRO OPERACIONAL ............................................. 260.610 327.074 Receitas (despesas) não operacionais líquidas ........... 385 (1.775) LUCRO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E DO IMPOSTO DE RENDA .......................................... 260.995 325.299 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E IMPOSTO DE RENDA Corrente ....................................................................... (24) Diferido ......................................................................... 10.595 325 10.595 301 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO .............................. 271.590 325.600 LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO NO FIM DO EXERCÍCIO - R$ ..................................................... 7,74 9,28 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais - R$) 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício ........................................ 271.590 325.600 Mais (menos) itens que não afetam o capital circulante líquido: Depreciações e amortizações ............................... 18.047 16.320 Créditos de PIS e Cofins sobre depreciação ........ 228 769 Equivalência patrimonial ........................................ (283.115) (335.614) Juros e variações monetárias e cambiais de longo prazo, líquidos ....................................................... 1.506 2.064 Imposto de renda e contribuição social diferidos .... (10.846) 3.589 Outros impostos e contribuições de longo prazo .. 846 7.481 Valor residual do ativo permanente baixado ......... 723 2.526 Reversão de provisão para perdas prováveis no ativo permanente ................................................. (374) (1.395) 22.735 De terceiros: Aumento do exigível a longo prazo .......................... 47.360 34 Financiamentos de longo prazo ............................... 21.255 28.984 Dividendos a receber e recebidos ........................... 51.479 69.446 120.094 98.464 Total das origens ........................................................ 118.699 121.199 APLICAÇÕES DE RECURSOS No ativo permanente: Investimentos ........................................................... Imobilizado ............................................................... Diferido .....................................................................

8.857 40.940 5.717 55.514 64.503

150 41.563 760 42.473 77.325

30.802 11.171 41.973 Total das aplicações ................................................... 161.990

24.389 15.072 39.461 159.259

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE

(38.060)

Dividendos propostos e distribuídos .......................... Empréstimos e outros itens exigíveis a longo prazo transferidos para o circulante ..................................... Aumento do realizável a longo prazo .......................

(43.291)

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE Ativo circulante: No fim do exercício ................................................... 183.838 No início do exercício ............................................... 166.581 17.257 Passivo circulante: No fim do exercício ................................................... 153.317 No início do exercício ............................................... 92.769 60.548 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE

(43.291)

166.581 227.911 (61.330) 92.769 116.039 (23.270) (38.060)


2

Fotos: Divulgação

Walter Bender, fã de beisebal: "Inventamos muitas das tecnologias que possibilitaram a revolução digital no final dos anos 80 e início dos 90"

Lançamentos Te l e f o n i a Convergência Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

Construímos coisas e durante esse processo aprendemos, e o mundo aprende conosco Walter Bender, MIT

O MIT É UMA DAS MAIS RESPEITADAS INSTITUIÇÕES EM INOVAÇÃO

Novidades do Media Lab: copos conectados sem fio e próteses inteligentes Os pesquisadores desenvolvem de tudo no Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, Estados Unidos, que em mais de 20 anos de atividades criou as bases para quase tudo que envolve a era digital e agora quer criar produtos mais comercializáveis opos conectados sem fio, que brilham quando a pessoa que tem o par correspondente está bebendo alguma coisa, não importa qual seja a distância entre elas. Próteses ortopédicas inteligentes, capazes de permitir que um paciente amputado ou portador de esclerose múltipla ande com segurança e até arrisque uma corrida. Estes são apenas dois dos mais recentes projetos desenvolvidos pelas equipes de pesquisa espalhadas nos 37 laboratórios do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das mais respeitadas instituições do mundo quando o assunto é inovação tecnológica. Os primeiros passos para a criação do Media Laboratory foram dados em 1980, pelo pesquisador Nicholas Negroponte e pelo então presidente d o M I T, J e r o m e Wiesner, a partir do Architecture Machine Group integrado por Negroponte. Membros das mais diversas disciplinas da faculdade foram se integrando, da educação e cognição até música eletrônica e holografia. O Media Lab abriu suas portas no moderno Wiesner Building em 1985. Na primeira década de funcionamento, a maior parte das atividades da instituição concentrava-se em tentar abstrair o conteúdo eletrônico de suas formas físicas tradicionais de apresentação, ajudando a criar novas tecnologias hoje muito conhecidas, como vídeo digital, formatos multimídia, tocadores de MP3. "A coisa se resumia em tornarse digital", lembra o pesquisador e professor Walter Bender, um

Entre os atuais projetos em desenvolvimento no Media Lab estão as próteses ortopédicas inteligentes e as Lover´s Cup, que, apesar do nome romântico, podem ajudar no acompanhamento de doentes

dos fundadores do Media Lab, ao lado de Negroponte. "Nós inventamos muitas das tecnologias que possibilitaram a revolução digital no final dos anos 80 e início da década de 90. Também buscávamos focar as pesquisas na tecnologia aplicada à solução de problemas do dia-a-dia." Copos sensíveis – No quesito engenhocas curiosas, o cérebro criativo dos alunos e professores do Media Lab continua dando um show. Em 2005, o despertador que toca e sai correndo, fazendo muito barulho para que o dono seja obrigado a levantar-se para desligá-lo, colocou a instituição na mídia mundial por várias semanas. Agora é a vez das Lover's Cups (Taças dos Amantes), um conjunto de dois grandes copos equipados com tecnologia de comunicação sem fio, leds vermelhos e sensores, capazes de transmitir a cada uma das duas pessoas que

possuem o par a informação de que a outra está tocando o copo ou bebendo algo nele –os leds se iluminam intensamente, não importando a que distância as pessoas se encontrem uma da outra. Apesar do nome romântico, as Lover's Cups –criadas pelos estudantes Jackie Lee, Hyemin Chung, and Ted Selker– têm muita utilidade no campo da medicina, no acompanhamento de idosos e pacientes presos à cama, pois permitem a médicos, enfermeiros e familiares controlar se a pessoa está tomando líquido suficiente e na frequência indicada para não se desidratar, por exemplo. A novidade será apresentada mundialmente em abril, no Canadá, durante a Conferência sobre os Fatores Humanos nos Sistemas de Computação. Correndo sem pernas – Já as próteses "inteligentes" criadas pelo pesquisador Hugh Herr – e l e p ró p r i o a m p u t a d o d a s

duas pernas– no laboratório de biomecatrônica foram longe: estão sendo fabricadas e ajudam muitos deficientes em todo o mundo a andar e até a correr sem pernas, devido a seu mecanismo de joelho articulado capaz de dar suporte até a músculos totalmente deteriorados. A próxima invenção de Herr e sua equipe a sair da fase de protótipo e chegar ao mercado é a ortese de tornozelo e pé, uma espécie de motor de alta flexibilidade e estabilidade que pode ser adaptado a próteses comuns para melhorar seu desempenho. Os sete segredos – "Uma coisa que não mudou em todos esses anos foi a metodologia de pesquisa do Media Lab, que é o aprender fazendo", afirma o professor Bender. "Nunca estamos satisfeitos apenas falando sobre nossas idéias: nós construímos coisas e durante esse processo aprendemos, e o mundo aprende conos-

co", diz o pesquisador. Desde sua criação, o Media Lab tem sete "segredos", ou filosofias de trabalho que norteiam os projetos. Elas foram relacionadas aos cinco elementos da natureza que fundamentam as características da personalidade, segundo o horóscopo chinês (água, terra, fogo, madeira e metal) acrescidos do Sol e da Lua. "A visão do Media Laboratory de que a tecnologia deve habilitar pessoas e máquinas para o aprendizado e a expressão enfatiza as tecnologias que melhoram a qualidade de vida na era digital, e as que auxiliam as pessoas a construir suas próprias ferramentas de expressão", afirma Walter Bender. Fase comercial – Nesta fase atual, que o professor Bender batizou de "versão 2.0" o Media Lab –que inclui em sua lista de patrocinadores todas as grandes empresas de tecnologia do mundo, atraídas pelo lema "what is hot, what is not" (o que é quente e o que não é)– quer fazer mais produtos comercialmente viáveis, além de explorar novas fronteiras, como tecnologias sem fio e usáveis nas roupas (wearable), máquinas capazes de "raciocinar com bom-senso" em vez de apenas executar programas, novas formas de expressão artística e de aprendizado –que já resultou no projeto Um Laptop Por Criança. "Esses temas indicam um futuro onde os bits do mundo digital vão interagir com os átomos do nosso mundo físico, e onde as máquinas vão não apenas obedecer aos nossos comandos mas também compreender nossas emoções –um futuro onde a inovação digital se tornará domínio de todos", afirma Bender. O teclado sensível ao humor do toque do dono, apresentado na última CeBit, na Alemanha, é uma mostra que o futuro já chegou. Rachel Melamet

Divulgação

Guarde milhares de músicas e fotos no bolso

O Zen MicroPhoto é um aparelho multimídia que toca música e exibe fotos

A Creative lançou o Zen MicroPhoto; a Multilaser, o MP3 Player Série 3000 de 1 GB de memória Por Carlos Ossamu ara usuários que desejam sempre ter as últimas novidades tecnológicas e acham que só um MP3 player não é suficiente, a Creative Technology (www.br.creative.com) está trazendo para o Brasil o Zen MicroPhoto, uma aparelho multimídia capaz de armazenar até 4 mil músicas ou milhares de fotos digitais, graças à memória interna de 8 GB. Possui display de 1,5 polegada de alta resolução, capaz de reproduzir mais de 260 mil cores, rádio FM, vem com fone de ouvido, tem gravador de voz e importa dados do MS-Outlook, como agenda de contatos e tarefas. O produto custa cerca de R$ 1,5 mil. "Com o lançamento do Zen MicroPhoto, a Creative continua a atender o crescente mercado de áudio portátil na América Latina, oferecendo para todos os usuários uma variedade de tocadores de MP3 de qualidade e fáceis de usar", disse Ricardo Vidal, diretor da Creative Labs para América Latina. Com design moderno, de formas arredondadas para se encaixar confortavelmente no bolso, o aparelho está disponível em diversas cores, desde o rosa para as meninas, até preto, azul, verde etc. O seu painel de controle, batizado de TouchPad, permite acionar os comandos de forma interativa,

sem copiar o iPod, da Apple, como já chegaram a fazer alguns fabricantes. As músicas e fotos são baixadas do computador para o aparelho por meio da porta USB 2.0. Acompanha o produto o aplicativo MediaSource, que facilita a tarefa de extrair faixas de áudio e gravar CDs, organizar coleções inteiras de músicas digitais e transferir arquivos nos formatos MP3 e WMA. Com tudo organizado, fica mais fácil navegar por álbuns, artistas, gêneros, trilhas ou playlists específicos. Para não deixar o usuário na mão após ele gravar tantas músicas, o Zen MicroPhoto proporciona até 15 horas de execução de áudio com uma carga única da bateria, que é recarregável e removível. O rádio FM é uma comodidade a mais e o usuário pode configurar o aparelho com acesso rápido às estações preferidas. Um outro recurso é a possibilidade de gravar o som diretamente do rádio ou por meio do microfone embutido. Mais músicas – A Multilaser (www. multilaser.com.br) acaba de lançar o MP3 Player Série 3000 de 1 GB de memória, capacidade suficiente para gravar cerca de 240 músicas em formato digital, além de possuir rádio FM e gravador de voz. O equipamen-

to, que também pode ser usado como pen drive para armazenar qualquer outro tipo de arquivo, vem com uma braçadeira em tecido emborrachado neoprene, que garante conforto e durabilidade ao usar o aparelho durante atividades esportivas. O seu preço sugerido para o varejo é de R$ 629. Um display LCD com sete opções de cores facilita o seu manuseio, permitindo ao usuário escolher as funções desejadas. O tocador funciona com uma pilha AA e reproduz arquivos de músicas no formato MP3, WMA e WAV. As músicas são baixadas do computador via porta USB. A função rádio memoriza até 20 estações FM. O produto traz CD de instalação, cabo extensor USB e manual de instruções em português, sendo compatível com sistemas Windows, Mac OS e Linux. O MP3 player Multilaser Série 3000 também está disponível com memórias internas de 128 MB, 256 MB e 512 MB, com preços sugeridos de R$ 199, R$ 249 e R$ 369, respectivamente. Novos planos – Segundo Alexandre Ostrowiecki, sócio-diretor da empresa, o lançamento deste MP3 ocorre durante a nova

trajetória iniciada pela empresa, no segundo semestre de 2005, de firmar-se no mercado como um grande fornecedor de produtos e soluções para o usuário final. Para 2006, ainda estão previstas diversas novidades. Entre os primeiros a chegarem agora em maio estão um player multimídia e um toca MP3 de baixo custo, sem memória interna. O primeiro é o Multilaser Vídeo, que virá com um display colorido de 1,5 polegadas e alto-falante embutido. Já o player MP3 de baixo custo terá preço em torno de R$ 90 e aceitará cartão de memória do tipo SD. "O usuário poderá usar os cartões para organizar as músicas por gênero, ao invés de gravar tudo em uma única memória interna", justifica. O usuário não precisará de um leitor/gravador de cartões externo. Bastará inserir o cartão na máquina e conectá-la, via porta USB, ao computador para baixar as músicas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 28 de março de 2006

BRASMOTOR S.A. CNPJ/MF nº 61.084.984/0001-20 - Companhia Aberta Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar - São Paulo, SP

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em milhares de reais) 6. Estoques Controladora 2005 2004 -

Produtos acabados Matérias-primas e componentes Importações em andamento e outros Provisão para perdas

A conciliação dos tributos lançados ao resultado do exercício da controladora é como segue: 2005 2004 Imposto Contribuição Imposto Contribuição de Renda Social de Renda Social Resultado contábil antes dos impostos e da participação estatutária 58.599 58.599 18.131 18.131 Juros sobre capital próprio 11.407 11.407 5 5 Diferenças permanentes: Equivalência patrimonial (40.754) (40.754) (13.759) (13.759) Baixa do imposto de renda e da contribuição social diferidos registrados no LALUR (8.547) (8.547) Outras (899) (856) 1.575 901 Base de cálculo 19.806 19.849 5.952 5.278 Alíquotas 25% 9% 25% 9% Total (4.952) (1.786) (1.488) (475) Reversão de provisão contingência 1.474 1.581 Total (4.952) (1.786) (14) 1.106

Consolidado 2005 2004 484.107 692.684 234.744 396.168 91.938 95.618 (13.521) (13.480) 797.268 1.170.990

Em 31 de dezembro de 2005, a controlada Multibrás S.A. Eletrodomésticos possui estoques oferecidos como garantia de processos judiciais no montante de R$2.173 (R$127.423 em 2004). 7. Impostos a Recuperar e Antecipados Controladora 2005 1.833 678 5.030 18.776 26.317 6.634 19.683

IRPJ antecipado Contribuição social antecipada ICMS a compensar IPI a compensar COFINS a compensar PIS a compensar IRRF a compensar Imposto a recuperar de controladas Outros Ativo Circulante Realizável a longo Prazo

Consolidado

2004 304 129 19 5.030 17.837 23.319 3.584 19.735

2005 25.544 1.587 256.283 27.746 37.356 26.139 33.741 4.816 38.039 451.251 327.748 123.503

2004 22.055 194 246.404 13.459 33.427 26.412 33.676 17.026 31.527 424.180 347.799 76.381

A conciliação dos tributos lançados aos resultados não está sendo apresentada na forma consolidada em virtude de determinadas empresas controladas estarem sujeitas à diferentes alíquotas de imposto de renda vigentes nos respectivos países onde as empresas operam. 9. Empresas Relacionadas a) Operações comerciais As operações de compra e venda e mútuos realizados com empresas relacionadas são efetuadas a preços e condições normais de mercado. Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Contas a receber 85.434 234.594 Contas correntes ativas 15.281 50.836 Mútuos ativos 57.274 23.886 7.242 6.501 Contas correntes passivas 192 189 501.005 883.017 Vendas 705.297 857.126

O ICMS a compensar refere-se a saldo credor originado, basicamente, das operações de exportação de controladas, o qual esta sendo compensado mensalmente com ICMS devido sobre vendas no mercado interno. Tal crédito também está sendo, parcialmente, transferido para outros contribuintes, porém sujeito à aprovação prévia das autoridades fiscais, conforme Legislação do Estado de Santa Catarina.

b) Mútuos ativos e passivos Os mútuos entre empresas relacionadas foram firmados com a finalidade de financiar o capital de giro necessário à manutenção de suas operações, com a emissão de notas promissórias. Controladora Consolidado Empresas Relacionadas Encargos 2005 2004 2005 2004 Ativo Multibrás S.A. Eletrodomésticos 100% CDI 50.278 17.272 Brastemp da Amazônia S.A. 100% CDI 6.978 6.614 Whirlpool do Brasil Ltda. 100% CDI 18 18 545 Whirlpool Comercial Ltda. 100% CDI 126 Unibanco AIG Warranty S.A. 100% TR 7.098 5.956 57.274 23.886 7.242 6.501

8. Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos e passivos foram constituídos considerando as alíquotas vigentes e têm a seguinte composição: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Imposto de renda diferido ativo sobre: Prejuízos fiscais 140.687 149.188 Provisões temporariamente não dedutíveis 76.202 69.591 Outras diferenças temporárias 1.335 2.826 Plano de previdência privada e de assistência médica 12.216 11.751 Antecipação exercício corrente 18 230.458 233.356 Provisão para futura realização do ativo fiscal diferido (24.299) (24.660) 206.159 208.696 Contribuição social diferida ativa sobre: Bases negativas 49.352 52.533 Provisões temporariamente não dedutíveis 24.717 22.281 Plano de previdência privada e de assistência médica 4.398 4.230 Antecipação exercício corrente 10 78.477 79.044 Provisão para futura realização do ativo fiscal diferido (8.638) (8.762) 69.839 70.282

Ativo circulante Realizável a longo prazo Imposto de renda diferido passivo sobre diferença entre saldo contábil e fiscal do ativo imobilizado de controlada

-

-

275.998

278.978

-

-

(16.248) 259.750

(11.641) 267.337

-

-

3.299

2.595

10. Investimentos em Controladas Multibrás S.A. Eletrodomésticos Quantidade de ações possuídas: Ordinárias Preferenciais

452.620.558 206.335.631 658.956.189

Participação no capital - %: Total Votante Data das demonstrações contábeis Patrimônio líquido Lucro (Prejuízo) do exercício

No início do exercício Equivalência patrimonial Juros sobre capital próprio e dividendos recebidos e propostos Adições no investimento Baixas no investimento No fim do exercício

52,48% 52,48% 31.12.05 1.426.377 69.737

Multibrás S.A. Eletrodomésticos 710.952 36.598

Movimentação dos Investimentos Multibrás da 2005 Amazônia S.A. Outros Total 23.814 8.475 743.241 3.138 1.018 40.754

(11.193) 736.357

6.200 (33.152) -

(214) 9.279

(11.407) 6.200 (33.152) 745.636

2004 Total 731.992 13.759

(1.922) (588) 743.241

a) A Companhia mantém em 31 de dezembro de 2005 e 2004 saldo de deságio nos investimentos da Multibrás S.A. Eletrodomésticos e da Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO nos valores de R$12.205 e R$2.259, respectivamente, referentes à diferença entre o valor patrimonial e o valor de mercado pago na data de aquisição das ações das companhias. A amortização desse deságio segue as regras definidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. b) O investimento na controlada Multibrás S.A. Eletrodomésticos, que possui ações negociadas em bolsa de valores, tem valor contábil líquido de deságio em 31 de dezembro de 2005 de R$736.357 (R$710.952 em 2004). A avaliação desse investimento, tomando-se como base a quantidade de ações possuídas e a última cotação de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA naquela data, resulta em R$428.322 (R$537.482 em 2004). c) Em 30 de setembro de 2005, a Companhia registrou nas rubricas de resultado não operacional o valor de R$6.184 relativo ao ganho de capital na alienação de 1.092.476.660 ações nominativas, equivalente a 37,10% do capital social da Multibrás da Amazônia S.A. pelo valor de R$39.336, conforme aprovado em Reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de setembro de 2005. d) Em 12 de abril de 2005, a controlada indireta Embraco Europe S.r.L. teve aumento de capital no valor de Euros 11.000 mil (onze milhões de euros) correspondente a R$33.442. As integralizações de R$19.962 e R$13.480 foram efetuadas em 25 de abril e 24 de setembro de 2005, respectivamente. e) Em 29 de abril de 2005, a controlada indireta Beijing Embraco Snowflake Compressor Company Ltd. teve aumento de capital no valor de US$26.200 mil (vinte e seis milhões e duzentos mil dólares americanos) correspondente a R$59.003, sendo R$47.313 em recursos financeiros e R$11.690 pela contribuição de Tecnologia de Compressor EM, registrados em outras receitas operacionais.

A realização dos créditos tributários consolidados se dará por meio da geração de lucros tributáveis futuros, dentro do prazo máximo estabelecido pela Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, fundamentado em estudo técnico de viabilidade aprovado pela Administração. O prazo previsto para realização integral destes créditos é de até 8 anos, e os valores apresentados encontram-se líquido de provisão. Foram registrados no resultado do exercício os seguintes montantes de imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Variação no: Imposto de renda corrente (4.952) 342 (55.458) (57.434) Imposto de renda diferido (356) (1.841) (34.407) Imposto de renda (4.952) (14) (57.299) (91.841) Variação na: Contribuição social corrente (1.786) 1.234 (14.216) (4.065) Contribuição social diferida (128) (511) (12.234) Contribuição social (1.786) 1.106 (14.727) (16.299) 11. Imobilizado Controladora 2005 Depreciação acumulada Líquido (217) (217) -

Custo Terrenos e construções Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Imobilizado intangível Outros bens e marcas Imobilizado em andamento

217 217

2004 Líquido

Custo 407.880 2.518.053 285.394 14.760 62.578 118.746 81.180 3.488.591

-

Consolidado 2005 Depreciação acumulada Líquido (186.433) 221.447 (1.760.539) 757.514 (208.784) 76.610 (6.981) 7.779 (62.578) (78.560) 40.186 81.180 (2.303.875) 1.184.716

2004 Líquido 279.938 880.538 73.585 8.613 16.307 127.726 1.386.707

Taxas anuais de depreciação % 0e4 10 a 40 10 a 20 20 6 a 20 10 a 20

A depreciação consolidada reconhecida no exercício foi substancialmente apropriada ao custo dos produtos vendidos. 12. Financiamentos Controladora Moeda e Encargos 2005 2004 Moeda nacional: Variação monetária e juros de 18,99 % a 19,42% a.a. Moeda estrangeira: Variação cambial e juros de 2,5 % a 4,95% a.a. Total dos financiamentos Curto Prazo Longo Prazo -

Consolidado 2005 2004 11.592

168.365

90.772 102.364 102.345 19

79.078 247.443 246.895 548

Os financiamentos em moeda estrangeira foram contraídos por controladas com a finalidade de financiar o capital de giro necessário à manutenção de suas operações. 13.Provisões e Demais Contas a Pagar

Imposto de renda e contribuição social Juros sobre o capital próprio e dividendos propostos Provisão para garantia Provisão para reestruturação Programa de participação no resultado Outras contas a pagar

Controladora 2005 2004 6.739 13.840 1.323 21.902

5.328 2.064 7.392

Consolidado 2005 2004 7.661 12.023 31.987 19.026 611 44.884 195.325 299.494

13.009 19.507 159 5.728 200.922 251.348

14. Passivo Trabalhista no Exterior A controlada indireta Embraco Europe S.r.L., baseada na legislação italiana, mantém passivo no montante de R$36.745 (R$48.182 em 2004), correspondente ao valor de um salário por ano para cada um de seus funcionários, referente a custos de indenização no caso de demissão. 15. Compromissos e Contingências Baseada na opinião de seus advogados, a Companhia e suas controladas constituíram provisão para contingências, em montantes considerados necessários para cobrir eventuais perdas que possam advir do desfecho de processos fiscais, cíveis e trabalhistas em andamento. Adicionalmente, os seguintes assuntos relevantes vêm sendo discutidos pela Companhia na esfera judicial: a) Empréstimo bancário Em 1989, a controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO, iniciou Ação Declaratória de Inexigibilidade de Obrigação representada por contratos de empréstimo e nota promissória, por entender que tais títulos haviam sido assinados por quem não tinha poderes estatutários e o empréstimo que a instituição financeira alegava ter sido tomado pela Companhia não havia sido aprovado pelo seu Conselho de Administração. Em setembro de 2000, tornou-se definitiva decisão que julgou a Ação Declaratória improcedente, com fundamento na teoria da aparência de representação. Em agosto de 2001, a instituição financeira ajuizou Ação Ordinária de Cobrança, cuja contestação a controlada protocolou em outubro de 2001 sob os fundamentos, entre outros, de que a Controlada nunca recebeu ou usou o valor dos alegados empréstimos. A controlada também contestou e está discutindo os índices de atualização monetária, critérios de cálculos e taxas de juros e multa, eventualmente incidentes sobre o valor original dos alegados empréstimos que, em 14 de junho de 1989, era de NCz33.598 mil, equivalentes a US$25.414 mil. Simultaneamente à contestação, a controlada apresentou Reconvenção, pleiteando a devolução, pela instituição financeira, à conta corrente aberta por esta em nome da controlada, dos valores resultantes dos alegados empréstimos que, haviam sido depositados na referida conta corrente e foram dela retirados através de cheques administrativos de iniciativa e responsabilidade da própria instituição financeira. A ação de cobrança pela qual a instituição financeira procura cobrar créditos que alega ter contra a controlada, ainda está em fase instrutória, em Primeira Instância, com a realização de perícia técnica de natureza contábil. A Reconvenção foi julgada pelo Superior Tribunal de Justiça em dezembro de 2005, que não acolheu o Recurso Especial interposto pela controlada. O acórdão que refletirá o julgamento ainda não foi publicado. Após a publicação oficial, e, se for o caso, haverá a possibilidade de interposição de novo recurso pela controlada. Ainda no âmbito da Reconvenção, encontra-se pendente de apreciação recurso dirigido ao STF. A Administração, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, considerou não ser o caso de constituir provisão relacionada a este assunto. b) Crédito-Prêmio de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Crédito Prêmio de IPI A controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO, teve parte do crédito prêmio de IPI e determinados índices de correção monetária (no valor de R$35.038), referente às exportações contratadas até 31 de dezembro de 1989 e embarcadas subseqüentemente, integralmente realizados e apropriados ao resultado de 1995 em receita bruta de vendas, contestada pelas autoridades fiscais. O direito da controlada ao referido crédito foi reconhecido através de decisão transitada em julgado em março de 1995 relacionado às citadas exportações.

Em 2004, a controlada obteve decisão no Conselho de Contribuintes onde, por maioria, declarouse a nulidade do referido auto de infração. A União Federal recorreu dessa decisão à Câmara Superior de Recursos, sendo que, em outubro de 2005 a referida Câmara cancelou definitivamente a autuação. Crédito Prêmio de IPI - BEFIEX Em dezembro de 1996, as controladas Multibrás S.A. Eletrodomésticos e Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO, obtiveram decisão final favorável no processo judicial relativo ao direito ao crédito-prêmio de IPI vinculado às exportações, no âmbito do programa BEFIEX, relativas a todo o período em que o programa esteve em vigor, ou seja, de 14 de julho de 1988 até 13 de julho de 1998. A referida decisão está sendo objeto de liquidação, ocasião em que os valores apurados serão homologados. No momento, aguarda-se a análise, pelo Juízo, das informações solicitadas ao Banco Central, a Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior, as quais deverão subsidiar a aprovação do cálculo do crédito. As controladas EMBRACO e Multibrás apropriaram aos resultados até dezembro de 1998 o montante de R$121.377, em virtude do efeito imediato da decisão favorável proferida em 1996. Parte do crédito utilizado pela EMBRACO em 1997 (R$16.747) foi contestada pelas autoridades fiscais, sendo que R$3.506 foram cancelados pelo 1º Conselho de Contribuintes. Baseada na opinião dos consultores jurídicos, externos e internos, de que a contestação dos valores remanescentes também é improcedente e de que são remotas as possibilidades de que a exigência fiscal venha a prevalecer, a Administração considerou desnecessária a constituição de qualquer provisão. Em 2000, os consultores jurídicos e tributários internos e externos se manifestaram favoráveis à utilização dos valores apurados, na forma de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, o que foi efetuado, pela Multibrás, no período compreendido entre junho de 2000 e março de 2003. Em 2005, a Multibrás, após revisão dos valores utilizados no período acima, apurou um saldo de crédito prêmio de IPI, relativo à correção monetária no valor de R$51.310, que foi apropriado ao resultado como receita de vendas para o exterior. A União Federal ajuizou Ação Rescisória em dezembro de 1998, visando desconstituir a decisão que concedeu o direito ao crédito-prêmio de IPI no âmbito do programa BEFIEX. Em agosto de 2003, a Ação Rescisória foi julgada totalmente improcedente pelo Tribunal Regional Federal de Brasília. A União Federal recorreu da decisão ao Superior Tribunal de Justiça. Em agosto de 2005, o Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, acolheu as alegações da Companhia e julgou prejudicado o recurso da União. A referida decisão transitou em julgado em dezembro de 2005, restando definitivo o reconhecimento do direito ao crédito-prêmio de IPI no âmbito do Programa BEFIEX pelas Controladas. 16. Patrimônio Líquido a) Capital social O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 2.864.444.110 ações escriturais, todas sem valor nominal, sendo 986.060.042 ações ordinárias e 1.878.384.068 ações preferenciais. Do montante do capital social, R$112.184 são de acionistas residentes no exterior. b) Apropriações do lucro i) Reserva legal - constituída em montante equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital realizado atualizado. ii) Retenção de lucros - corresponde ao remanescente de lucro, visando, principalmente, atender ao plano de investimentos da Companhia e ao reforço do capital circulante. c) Juros sobre capital próprio e dividendos Aos titulares de ações são atribuídos, em cada exercício, dividendos ou juros sobre o capital próprio não inferiores a 25% do lucro líquido. A partir de 1997, são destinados às ações preferenciais dividendos ou juros sobre o capital próprio em valor 10% superior àqueles destinados às ações ordinárias. Em reunião do Conselho de Administração realizada em 16 de janeiro de 2006, foi autorizado o pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2005, no montante de R$13.429. O valor dos dividendos corresponde a 27,26% do lucro líquido após constituição da reserva legal. 17. Plano de Previdência Privada As controladas Multibrás S.A. Eletrodomésticos, Brastemp da Amazônia S.A. e Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO mantêm plano de complementação de benefícios de aposentadoria (a seguir denominado “Plano”), administrado junto à entidade aberta de previdência privada. O Plano pode ser segregado em dois grupos distintos de participantes que percebem benefícios diferenciados, a saber: a) Plano Não Fundadores Participam 14.016 empregados e dirigentes (16.567 em 2004) inscritos no plano a partir de 1º de agosto de 1994. Em dezembro de 2002, as controladas promoveram a alteração deste plano da modalidade de “benefício definido - BD” para “contribuição definida - CD”, resultando em um evento de liquidação antecipada do plano de benefício, cujos efeitos foram reconhecidos no resultado do exercício de 2002.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito - Presidente Ernesto Heinzelmann - Vice-Presidente Antônio Mendes

Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito - Diretor Presidente João Carlos Costa Brega - Diretor Relações com Investidores Ricardo Leon Toutin Acosta

Em maio de 2003, os direitos adquiridos pelos participantes do plano “BD” - relativos a serviços passados - foram mensurados com base em avaliação atuarial, resultando em valores individuais de reservas matemáticas, cuja correspondente quantia monetária foi apontada em contas individuais no plano “CD”. O excedente dos fundos patrimoniais do plano “BD” sobre o total de reservas individuais migradas para o plano “CD” resultou em um ativo atuarial de R$7.782 (R$11.545 no consolidado) registrado a crédito do resultado operacional do exercício das referidas controladas. Em conformidade com a Deliberação CVM 371/00, o saldo excedente foi registrado como despesa antecipada, na extensão em que irá reduzir futuras contribuições das controladas ao plano. O custo do plano “CD” é compartilhado entre os participantes e as controladas, podendo a parcela de contribuição das controladas variar entre 50% e 200% da contribuição do participante, conforme tabela progressiva em função da faixa etária do empregado. Em 2005, a contribuição das controladas no plano “CD”, reconhecida no resultado consolidado do exercício, foi de R$9.222 (R$9.392 em 2004). b) Plano Fundadores Participam 39 empregados e dirigentes (121 em 2004) inscritos no Plano antes de 1º de agosto de 1994. Neste Plano, em que a modalidade é a de benefício definido - “BD”, os seguintes benefícios são oferecidos: • Aposentadoria por tempo de serviço para os participantes contribuintes que se tornam elegíveis de acordo com os critérios do plano de benefícios - o benefício é equivalente a 85% do salário nominal indicado na proposta de inscrição menos o valor da pensão da aposentadoria pago pelo INSS; • Aposentadoria por invalidez total e permanente - definido como 70% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago de forma vitalícia; • Pensão aos cônjuges - definido como 50% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago de forma vitalícia; • Pensão aos filhos - definido como 30% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago até o filho mais jovem completar 21 anos de vida; e • Benefício mínimo - renda mensal vitalícia de 10% do salário. As controladas contribuem com 85% do custo total, acrescido da parcela do participante que exceder 8% do salário. Em função de recursos excedentes no FGB (Fundo Gerador de Benefícios), as controladas não efetuaram contribuições nos exercícios de 2005 e 2004 para formação das reservas do Plano. Os métodos atuariais adotados são aqueles geralmente aceitos pela comunidade internacional de atuária, pela legislação brasileira em geral e pela NPC 26, em particular, tendo sempre em vista o longo prazo previsto para a integralização dos compromissos. No estudo atuarial, efetuado por atuário independente na data-base de 31 de dezembro de 2005, foram adotados o método atuarial de Crédito Unitário Projetado e as seguintes hipóteses econômicas e biométricas: Hipóteses econômicas (taxas nominais): Taxa de desconto da obrigação atuarial 11,30% a.a. Taxa de retorno esperado dos investimentos 11,30% a.a. Crescimento salarial médio 7,10% a.a. Reajuste do benefício do Plano 5% a.a. Taxa estimada de inflação de longo prazo, incorporada nas demais taxas 5% a.a. Fator de capacidade salarial e de benefícios 0,98 Hipóteses biométricas: Tábua de mortalidade (ativos) AT49 Tábua de mortalidade (inválidos) IAPB-57 Tábua de entrada em invalidez Álvaro Vindas com 4 anos de agravamento Rotatividade Fundadores: 6% a.a. Não Fundadores: - [45% ÷ (TS +1)] se salário < 10 SM; - [30% ÷ (TS +1)] se salário >10 SM <20 SM; - [15% ÷ (TS +1)] se salário > 20 SM; onde TS - Tempo de Serviço SM - Salário Mínimo Outros fatores: Idade de aposentadoria 60 anos % de casados na data da aposentadoria 95% Diferença de idade entre os cônjuges Esposa 4 anos mais jovem que o esposo A conciliação dos ativos e passivos consolidados em 31 de dezembro é como segue: 2005 2004 Valor presente das obrigações atuariais com cobertura 34.319 33.148 Valor presente das obrigações atuariais a descoberto Valor presente das obrigações atuariais 34.319 33.148 Valor justo dos ativos do plano (5.594) (15.947) Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos do plano 28.725 17.201 Perdas atuariais não reconhecidas (2.412) 9.428 Custo do serviço passado não reconhecido Passivo atuarial líquido 26.313 26.629 A movimentação do passivo atuarial líquido no exercício é como segue: Passivo atuarial líquido no início do exercício Despesa reconhecida no resultado do exercício Efeito decorrente da liquidação antecipada no plano de benefício Passivo atuarial líquido no fim do exercício

2005 26.629 3.023 (3.339) 26.313

2004 20.711 5.918 26.629

A composição da despesa (receita) consolidada total reconhecida no resultado do exercício é como segue: 2005 2004 Custo do serviço corrente 2.934 5.822 Juros sobre as obrigações atuariais 2.799 3.488 Rendimento dos ativos do plano (1.044) (1.769) Amortização de ganhos e perdas atuariais (820) (866) Contribuição de empregado (846) (757) Efeito decorrente de liquidação antecipada no plano de benefício Despesa (Receita) total reconhecida no resultado 3.023 5.918 A previsão da despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício subsequente à data de encerramento das demonstrações contábeis é como segue: 2006 2005 Custo do serviço corrente 4.881 4.968 Juros sobre as obrigações atuariais 3.833 3.622 Rendimento dos ativos do plano (632) (1.718) Amortização de ganhos e perdas atuariais 224 (968) Contribuição de empregado (819) (826) Despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício seguinte 7.487 5.078 18. Plano de Assistência Médica Em dezembro de 2002, as controladas Multibrás S.A. Eletrodomésticos, Brastemp da Amazônia S.A., e Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO instituíram plano de assistência médica que garante a manutenção de cobertura vitalícia exclusivamente ao grupo de empregados aposentados até 31 de dezembro de 2002 e seus beneficiários. Este grupo conta com 706 participantes assistidos em gozo do benefício. As despesas decorrentes do benefício oferecido são suportadas integralmente pelas controladas. O passivo atuarial constituído em decorrência da instituição do novo plano de assistência médica foi de R$28.785. Em março de 2003, as controladas ofereceram aos participantes do plano, um programa opcional de pagamento de pecúlio, resultando em redução parcial das obrigações no valor total de R$6.577, reconhecido no resultado do exercício. Os métodos atuariais adotados são aqueles geralmente aceitos pela comunidade internacional de atuária, pela legislação brasileira em geral e pela NPC 26, em particular, tendo sempre em vista o longo prazo previsto para a integralização dos compromissos. No estudo atuarial, efetuado por atuário independente na data de 31 de dezembro de 2005, foram adotados o método atuarial de Crédito Unitário Projetado e as seguintes hipóteses econômicas e biométricas: Taxa nominal de desconto 11,30% a.a. Taxa de rendimento nominal esperada sobre ativos do Plano 11,30% a.a. Taxa de crescimento nominal dos custos médicos 8,15% a.a. Taxa de aumento na utilização da assistência médica 3% a.a. Taxa estimada de inflação de longo prazo, incorporada nas demais taxas nominais 5% a.a. Tábua biométrica de mortalidade geral UP-94 com 2 anos de agravamento A conciliação dos ativos e passivos consolidados em 31 de dezembro é como segue: 2005 Valor presente das obrigações atuariais com cobertura 33.240 Valor presente das obrigações atuariais a descoberto Valor presente das obrigações atuariais 33.240 Valor justo dos ativos do plano Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos do plano 33.240 Ganhos/perdas atuariais não reconhecidos (6.463) Custo do serviço passado não reconhecido (4.227) Passivo atuarial líquido 22.550 A movimentação do passivo atuarial líquido consolidado no exercício é como segue: 2005 2004 Passivo atuarial líquido no início do exercício 20.873 19.331 Despesa reconhecida na demonstração do Resultado do exercício 3.332 2.761 Contribuição da patrocinadora vertidas no exercício (1.655) (1.219) Efeito decorrente da liquidação antecipada no plano de Benefício (Plano Não Fundadores) Passivo atuarial líquido no fim do exercício 22.550 20.873 A despesa reconhecida no resultado de 2005 no montante de R$3.332 refere-se aos custos dos serviços, juros sobre as obrigações atuariais e perdas atuariais não reconhecidas. A composição da despesa total no resultado do exercício é como segue: 2005 2004 Juros sobre as obrigações atuariais 3.120 2.646 Amortização de ganhos e perdas atuariais 139 115 Custo do serviço passado não reconhecido 73 Despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício 3.332 2.761 A composição da despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício subsequente à data de encerramento das demonstrações contábeis é como segue: 2006 2005 Juros sobre as obrigações atuariais 3.649 2.925 Perdas atuariais não reconhecidos 142 139 Custo do serviço passado não reconhecido 219 Despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício seguinte 4.010 3.064 19. Seguros Contratados (Não auditada) Em 31 de dezembro de 2005, a cobertura de seguros contra incêndio, roubo, colisão e riscos diversos sobre bens do ativo imobilizado, produtos em estoques e lucros cessantes é considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais sinistros. 20. Instrumentos Financeiros As controladas da Companhia executam operações envolvendo instrumentos financeiros com o objetivo de reduzir os riscos relacionados às flutuações nas taxas de câmbio. Esses instrumentos financeiros estão basicamente representados por “swap” de moedas e por descontos e antecipações de cambiais de exportação, e estão registrados no balanço patrimonial ao seu valor de mercado. Em 2005, os ganhos de R$130.833 (R$43.016 em 2004) referentes às operações que se encerraram no período foram registrados ao Resultado do Exercício. O valor estimado de mercado dos empréstimos a longo prazo, considerando a taxa de juros atualmente praticada pelo mercado para operações de risco e prazo similares, não apresenta diferença significativa em relação aos saldos contábeis. Adicionalmente, o valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos demais ativos e passivos equivale aproximadamente ao seu valor de mercado. Todos os instrumentos financeiros mantidos pela Companhia e pelas suas controladas estão registrados contabilmente em 31 de dezembro de 2005. A administração dessas operações é efetuada por meio de definição de estratégias, estabelecimento de sistemas de controle, determinação de limites de posições e monitoramento dos riscos envolvidos.

Arlete Amoroso Contadora - CRC 1SP218671/O-4

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da BRASMOTOR S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais, individuais e consolidados, da BRASMOTOR S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações, individuais e consolidadas, do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da BRASMOTOR S.A., em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, individuais e consolidadas, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 25 de janeiro de 2006

Directa Auditores

CRC 2SP013002/O-3

Clóvis Ailton Madeira CT CRC Nº 1SP106895/S-8

Cesar de Alencar Leme de Almeida CT CRC Nº 1SP151681/O-0


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Nacional Agronegócio Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

O IPCA DEVE FECHAR O ANO EM 4,57%

0,75

ponto percentual é a projeção de queda da taxa básica de juro para o mês de abril.

APÓS QUATRO SEMANAS CONSECUTIVAS EM VIÉS DE BAIXA, MERCADO PROJETA INFLAÇÃO MAIOR EM 2006

INFLAÇÃO CONTINUARÁ EM ALTA mercado financeiro deixou para trás o viés de baixa na previsão de inflação para este ano e aumentou de 4,55% para 4,57% a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006, conforme mostra pesquisa semanal divulgada ontem pelo Banco Central (BC). A mudança de humor já havia sido detectada na semana passada, quando a estimativa de variação dos preços parou de cair e se estabilizou em 4,55%. Antes da estabilidade, a projeção para o IPCA, índice de inflação usado pelo governo na definição da meta perseguida pelo BC, tinha recuado por quatro semanas consecutivas. As sucessivas reduções levaram alguns analistas de mercado a apostar na possibilidade de a expectativa inflacionária do mercado ficar abaixo da

Marcos Peron/Virtual Photo/16/11/2005

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Alta nos preços dos combustíveis elevou a estimativa de inflação para este ano, segundo o Banco Central

meta central de 4,5%. A alteração de rota, segundo analistas, foi provocada pelo aumento dos preços dos combustíveis. "Com as elevações recentes, não há como achar

que os preços dos combustíveis não terão reajuste neste ano", disse uma fonte da mesa de operação de um banco. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária

(Copom), os diretores do BC disseram acreditar na reversão dos reajustes dos últimos meses. Com isso, o Copom manteve a estimativa de reajuste zero do preço da gasoli-

na neste ano. "É até possível uma reversão parcial dos aumentos. Mas é muito difícil que ocorra uma reversão total", afirmou a mesma fonte. Impactada pelos reajustes, a previsão de inflação do mercado para este mês continuou a subir e aumentou de 0,4% para 0,46%. Foi a quarta elevação seguida. Neste cenário, o mercado manteve a aposta de que a taxa básica de juros, a Selic, deve cair 0,75 ponto percentual em abril, hipótese em que ela passaria para 15,75% ao ano. No médio e longo prazos o mercado mantém expectativa otimista. A previsão para o IPCA dos próximos 12 meses caiu pela segunda semana consecutiva e passou de 4,37% para 4,32%. A estimativa para 2007 continuou ancorada nos 4,5% da meta central já fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). (AE)

Brasil é o 42º no ranking de melhores países para investir Brasil caiu da 42ª para a 45ª posição no ranking Ambiente para Negócios, elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU). O estudo mede a atratividade de 82 países para investimentos estrangeiros. Neste ano, a lista está sendo liderada pela Dinamarca, seguida pela Finlândia, Canadá, Cingapura e Holanda. Nas últimas posições, Líbia, Angola e Cuba oferecem as condições mais inóspitas para os investidores estrangeiros. Entre os países latino-americanos, o Chile é o melhor colocado, no 22º lugar, seguido pelo México, na 42ª posição. A EIU observa que, a exemplo do Brasil, a maioria dos países latino-americanos perdeu posições no ranking desde o ano passado. "O desencanto com reformas liberais não deverá se traduzir numa ofensiva total contra os investidores estrangeiros na região, mas o entusiasmo para o investimento poderá se tornar mais qualificado do que no passado", informou a consultoria. Competitividade – "A competitividade também é um crescente problema em muitos países latino-americanos, que também enfrentam condições políticas difíceis que não estimularão reformas." Para produzir o ranking, a consultoria Economist Intelligence Unit mede a qualidade do ambiente de negócios de cada país. Também são analisados fatores como o clima político e institucional, estabilidade macroeconômica, promoção das iniciativas, regime tributário e condições da infra-estrutura. (Agências)

O

CHINA País reduz projeção de crescimento do PIB Produto Interno Bruto (PIB) chinês deverá crescer 8,9% em 2006, com uma redução de 1% frente ao ano passado. Conforme o China Securities Journal, a economia nacional deverá crescer 9,2% neste primeiro trimestre e desacelerar progressivamente até o final do ano. A reportagem afirmou, citando as projeções divulgadas pelo Banco Popular da China, que o ritmo de expansão da economia poderá chegar a 9% no segundo trimestre e a 8,9% e 8,7% nos terceiro e quarto trimestres, respectivamente. As autoridades chinesas, no entanto, condicionaram o resultado a um crescimento de 4,3% da economia mundial e à manutenção da atual taxa básica de juros nacional. Estatais – As empresas estatais chinesas acumularam um prejuízo de US$ 12,7 bilhões em 2005, com um aumento de 56,7% frente ao ano anterior. Foi o segundo pior resultado desde a adoção da política de reforma e abertura econômica, classificou o Escritório Nacional de Estatísticas (ENE). O chefe do departamento de estatísticas da ENE, Jiang Yuan, atribuiu os prejuízos ao aumento dos custos de produção e à falta de tecnologia. (AE)

O


terça-feira, 28 de março de 2006

Automação Lançamentos Convergência Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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TV MÓVEL CRIA NOVO HORÁRIO NOBRE E PODE ATRAIR ANUNCIANTES

Tevê móvel começa a virar realidade

las e clipes musicais. Os mesmo conteúdos preferidos pelos franceses e espanhóis. Eles consideram que pagar taxas mensais entre 5 e 7 euros é "razoável". Já os finlandeses aceitam

foi um horário bem utilizado, cerca de 15 minutos em média. Outra novidade é que os usuários utilizavam seus celulares também em casa para ver tevê, já que pelo menos a meta-

Divulgação

Testes feitos em celulares, no padrão DVB-H, mostram novos jeitos de ver tevê e recebem aprovação do público Por Barbara Oliveira

nquanto o debate sobre o padrão da TV digital (terrestre) no Brasil se arrasta indicando a falta de consenso sobre o modelo mais vantajoso para o país, operadoras e fabricantes da Europa, Estados Unidos e Ásia se mobilizam em torno do padrão DVB-H (Digital Vídeo Broadcasting Hand-held), a transmissão digital de vídeos e programas de tevê em aparelhos móveis (celulares e PDAs). Para isso, os dispositivos precisam dispor de um receptor integrado. Analistas dos institutos de pesquisas Frost & Sullivan e IDC projetam um mercado para vídeos móveis em torno de U$ 1,5 bilhão em 2009. Países como Alemanha, Austrália, Cingapura, Espanha, Estados Unidos, França, Finlândia, Itália e Reino Unido estão realizando testes desde o ano passado com o padrão DVB-H que tem o apoio da Intel, Nokia, Motorola, Microsoft, Samsung, Texas e Philips. A Nokia, como uma das mais ardorosas defensoras do padrão, divulgou há poucos dias os resultados dos testes de transmissão de serviços de tevê móvel em DVB-H em quatro países (Espanha, Finlândia, França e Reino Unido) envolvendo radiodifusores, operadoras de telefonia celular e redes de transmissão. Os testes

O Nokia N92 é um dos aparelhos que já estão preparados para a recepção de tevê móvel

foram feitos (na França eles acabam só em junho) com o smartphone da Nokia 7710. Mas a fabricante já tem outros modelos específicos para a aplicação como o N92, apresentado no Fórum GSM realizado em janeiro. O resultado dos testes surpreendeu até mesmo os mais otimistas, revelando um grande interesse dos assinantes pela novidade. Em Oxford, na Inglaterra, 83% dos participantes disseram estar satisfeitos com a tevê móvel , e 73% deles contratariam os serviços no prazo máximo de um ano. Os ingleses preferem ver noticiários, nove-

pagar até 10 euros por mês. Ou seja, o modelo comercial da tevê móvel estaria garantido, segundo análise da Nokia, porque os assinantes dos países pesquisados se dispõem a pagar uma assinatura mensal pelo pacote de canais. Novos horários nobres que poderão ser explorados pelas empresas de radiodifusão e por anunciantes também foram resultados interessantes. As manhãs ou a hora do almoço foram utilizadas pelos ingleses e franceses para dar uma olhada na pequena tevê móvel, com uma média de 20 minutos por período. Na Espanha, entre 19h e 20h

de dos franceses e espanhóis entrevistados afirmaram isso. Comportamento inexplicável, uma vez que além de ser mais confortável assistir tevê pelo aparelho tradicional da residência, o usuário não paga por isso (pelo menos na programação aberta). Entre os 10 programas mais vistos nos testes feitos na Finlândia, estão os grandes prêmios de F-1 e o jogo entre Milan e Liverpool na Copa dos Campeões da Europa, no ano passado. Nos Estados Unidos, empresas de entretenimento e operadoras de telefonia móvel também formaram um grupo de-

Assinantes dos países pesquisados se dispõem a pagar assinatura mensal pelo pacote de canais

nominado Mobile DTV Alliance (www.mdtvalliance.org) com apoio da Intel, Modeo, Motorola, Nokia e Texas para promover o DVB-H em dispositivos móveis. IPTV – Outro serviço que está crescendo lá fora é o da transmissão de televisão pelo protocolo de internet. A Microsoft está fechando uma parceria com o grupo Deutsche Telekom para transmitir IPTV (televisão via IP) em 10 cidades da Alemanha a partir do segundo semestre deste ano. Segundo o acordo, um dos maiores do mundo para esse tipo de serviço, a empresa de Bill Gates entrará com o software (Microsoft TVIPTV Edition) e a operadora alemã com a rede VDSL (Very High Bit Rate Digital Subscriber Line), que além da programação normal permitirá a interatividade. Além das imagens standard, os telespectadores receberão alta definição em suas tevês e poderão gravar a programação. Segundo a Deutsche Telekom, até 2007 cerca de 40 cidades e um milhão de pessoas serão beneficiadas com a tecnologia. Na Inglaterra, a British Telecom também anunciou, na semana passada, o serviço IPTV –que vai se chamar BT Vision, e estará disponível no segundo semestre. A operadora inglesa fez uma parceria com a produtora de TV Endemol (a mesma que detém os direitos do Big Brother) para produzir conteúdos interativos exclusivos para os assinantes e também com a Cartoon Network, a BBC, Paramount, Warner Music e a National Geographic Channel.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS CNPJ/MF nº 59.105.999/0001-86 - NIRE nº 3530003501-1 - Companhia Aberta Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar - São Paulo, SP

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Multibrás S.A. Eletrodomésticos, bem como as demonstrações contábeis consolidadas, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. CENÁRIO ECONÔMICO A política econômica adotada pelo governo em 2005 trouxe resultados positivos no que se refere à estabilidade da moeda e à credibilidade do país no exterior, traduzidos pela taxa de risco-país, que caiu para cerca de 300 pontos no final do ano. Entretanto, o aumento da arrecadação e a manutenção de taxas de juros elevados, principais fundamentos econômicos utilizados pelo governo na condução da política econômica, trouxeram reflexos negativos para o crescimento da economia, gerando um crescimento modesto, da ordem de 2,5% em relação ao ano anterior. Além disso, os preços de insumos, como o aço e o petróleo, permaneceram em níveis elevados durante o ano, afetando negativamente os custos de produção de importantes segmentos da economia. Todavia, fatores positivos como a redução do nível de desemprego, a recuperação da renda do trabalhador e o aparecimento de novas linhas de crédito com prazos de pagamento mais longos, foram fundamentais para alcançar os resultados positivos apresentados neste exercício. MERCADOS Mercado Doméstico Com foco na força de suas marcas e na lealdade do consumidor, em 2005, a Multibrás manteve sua liderança de mercado. A companhia trouxe aos consumidores inovação, por meio de tecnologia, qualidade e design. No primeiro semestre, a Brastemp apresentou sua nova assinatura, “Brastemp. Seja Autêntico”. Entre os diversos lançamentos do período, podemos destacar a linha de refrigeradores Brastemp Colors, o minirrefrigerador Brastemp PLA (Personal Lyfestile Appliance) e a extensão da linha Sexto Sentido, que passou a ter lava-louças, coifa e o refrigerador Brastemp Inverse, com freezer na parte inferior do aparelho. Além disso, ampliou a área de atuação de seu serviço de purificação de água para três novos centros, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba e região. Anteriormente o serviço já podia ser contratado nas regiões de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Baixada Santista. O ano de 2005 também foi muito importante para a marca Consul. Mantendo o foco em seu público-alvo, lançou o Biplex 480, o primeiro refrigerador de duas portas Cycle Defrost, com sistema de água na porta, e o Biplex Frost Free Consul 300, o primeiro de duas portas, compacto, com tecnologia Frost Free, e três novos modelos de lavadoras de roupa automáticas. Ao atualizar sua linha de lavadoras, a marca trouxe benefícios exclusivos ao consumidor e agregou funções mais modernas a seus produtos. A Consul lançou, em setembro de 2005, os condicionadores de ar da Linha 7500 BTU/h. Os modelos Consul 7500, Consul 7500 Eletrônico e Consul 7500 Digital, oferecem o maior benefício esperado pelo consumidor e fator decisivo no momento da compra de um aparelho de ar condicionado: menor consumo de energia (Selo PROCEL). Com classificação “Classe A” pelo INMETRO, os produtos apresentam redução de consumo em até 40% se comparados aos modelos Classe G existentes no mercado. Exportações Em volume, as exportações consolidadas apresentaram redução significativa em relação ao volume alcançado no ano anterior. A valorização do real frente ao dólar foi fator determinante para redução da competitividade de nossos produtos. Todavia, a companhia permanece comprometida com sua estratégia e presença no mercado internacional ao exportar para mais de 100 países. Argentina e Chile A controlada Whirlpool Argentina ratificou sua posição de liderança ao alcançar crescimento de volume de vendas, em relação ao ano anterior, resultado da estratégia definida para a empresa naquele mercado. A controlada Whirlpool Chile manteve sua posição relevante naquele mercado, apresentando crescimento no volume de vendas sobre o ano anterior. RESULTADOS Resultado das Operações No ano 2005, a receita líquida de vendas da Controladora nas operações de eletrodomésticos no Brasil totalizou R$2.651 milhões (R$2.515 milhões em 2004), representando crescimento de 5,40% em relação ao ano anterior. O resultado do exercício após participação em sociedades controladas e coligadas foi de R$86 milhões (R$29 milhões em 2004) , equivalente a 3,24% da receita líquida de vendas (1,2% em 2004), representando um acréscimo de 197% em relação ao ano anterior. Os resultados do exercício de 2005 foram essencialmente impactados por esforços de redução de custos de produção. Lucro Líquido e Dividendos O lucro líquido do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 atingiu R$70 milhões (R$12 milhões em 2004), equivalente a R$55,55 por lote de mil ações (R$9,83 em 2004). Em janeiro de 2006, conforme disposição estatutária, o Conselho de Administração autorizou o pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao exercício de 2005, no montante de R$21 milhões, correspondente a 27,4 % do lucro líquido do exercício após constituição da reserva legal. Os valores a serem distribuídos eqüivalem a R$16,47 por lote de mil ações ordinárias e R$18,12 por lote de mil ações preferenciais. AÇÃO CORPORATIVA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Responsabilidade Social Ser socialmente responsável significa definir estratégias de negócio que conduzam a empresa rumo à sustentabilidade econômica, social e ambiental, contemplando todos os públicos direta ou indiretamente impactados por sua operação. A Multibrás segue nessa direção. Em 2005, a empresa deu continuidade a todas as atividades de responsabilidade social já reportadas em 2004. Além disso, publicou seu primeiro Relatório Social, com o objetivo de comunicar a seus públicos estratégicos os resultados obtidos no ano anterior. Com destaque no Relatório Social está o Consulado da Mulher, principal investimento social da Multibrás e iniciativa da marca Consul que, em 2005, transformou-se em Instituto Consulado da Mulher (uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP). A partir dessa mudança, o Consulado

está apto a captar recursos em organizações privadas, além da própria Multibrás, para ampliar seu atendimento à comunidade. Em 2005, o Instituto Consulado da Mulher atendeu 29.462 pessoas, com a colaboração de 372 voluntários. Criado em 2002, tem como objetivo gerar trabalho e renda para o público feminino de baixa renda e com pouca escolaridade, além de estimular o desenvolvimento da cidadania das suas participantes por meio do acesso à informação e da educação permanente. O resultado é a melhoria da qualidade de vida dessas mulheres e também uma mudança nas relações sociais de gênero. O Instituto desenvolve atividades em casas próximas às fábricas da Multibrás em Rio Claro (interior de São Paulo) e em Joinville (Santa Catarina). Nessas casas, as mulheres aprendem a transformar suas habilidades em atividades produtivas e recebem orientação para a criação de empreendimentos e cooperativas populares. O aprendizado se dá por meio de diversas oficinas oferecidas todos os meses, que estimulam novas maneiras de organização do trabalho. Desde sua criação o projeto já atendeu mais de 80 mil pessoas, com a ajuda de 1.200 voluntários, entre homens e mulheres - da comunidade e colaboradores da Multibrás. Na área ambiental, a Multibrás deu seqüência aos Projetos Gaia e Ozônio, que respondem, respectivamente, pela reciclagem de embalagens dos produtos entregues ao consumidor diretamente pela Multibrás e pela reciclagem de gases refrigerantes. A Multibrás, pelo Projeto Gaia e em parceria com uma organização não-governamental, dá às embalagens dos eletrodomésticos, entregues no sistema door-to-door, uma solução ecologicamente correta. Colabora com o consumidor ao retirar um grande volume de material de sua casa e, ao mesmo tempo, ajuda a conscientizá-lo sobre os impactos dessas embalagens no meio ambiente. As embalagens de poliestireno expandido (isopor) são reutilizadas por outra empresa na confecção de blocos para a construção civil. Papelões e plásticos são encaminhados à ONG Super Eco. Em 2005, foram recolhidas e recicladas 12,1 toneladas de embalagem, somando um total de 28,3 toneladas desde o início do projeto, em junho de 2003. Pelo Projeto Ozônio, a Multibrás educa e incentiva os técnicos da rede de Serviços Autorizados Brastemp e Consul a recolher e reciclar os gases refrigerantes contidos em refrigeradores, freezers e condicionadores de ar que, eventualmente, necessitem de reparos. Em 2005, foram recolhidas 1,3 toneladas de gases, somando um total de 8,8 toneladas desde o início do projeto, em 2001. No ano passado, a Multibrás também empenhou-se em reforçar os conceitos e a prática da Responsabilidade Social junto aos varejistas, revendedores de seus produtos. Patrocinou, pelo terceiro ano consecutivo, o Programa de Responsabilidade Social no Varejo da Fundação Getúlio Vargas (SP). A principal missão foi adaptar os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social à realidade das empresas varejistas, com participação direta de seus representantes. O resultado foi o lançamento dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social nas Empresas Varejistas. A Multibrás também entrou para o grupo técnico de empresas que participam da construção da ISO 26000, de Responsabilidade Social. Sua participação é resultado da crença de que é seu papel agir e incentivar a adoção de uma postura ética e socialmente responsável junto a seus colaboradores, fornecedores, revendedores, consumidores e demais públicos. Reconhecimentos obtidos em 2005: • A Revista Exame e o Instituto “Great Place to Work” premiaram, pela 9ª vez consecutiva, a Multibrás como uma das “Melhores Empresas para Você Trabalhar” no Brasil. Nos quatro primeiros anos da premiação, a Empresa participou com o nome Brasmotor S.A.. • As marcas Brastemp e Consul tiveram destaque na 15ª edição do “Top of Mind” do jornal Folha de São Paulo. Nestes 15 anos de história, as marcas da Multibrás S.A. Eletrodomésticos figuram como as mais lembradas pelos brasileiros. A Consul é líder na categoria geladeira pela 14ª vez consecutiva, desde que a categoria foi incluída na pesquisa. A Brastemp vem em 2º lugar, repetindo a mesma colocação de todas as edições do ranking até hoje. Na categoria “fogão”, a Brastemp foi a 2ª marca mais lembrada, seguida pela Consul. • “Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços”, conferido pela Revista Consumidor Moderno. A empresa recebeu pela 4ª vez, o troféu de destaque na categoria Eletroeletrônicos. • Os produtos das marcas Brastemp e Consul receberam certificação do Selo PROCEL de Eficiência Energética em mais de 140 modelos de refrigeradores, freezers e condicionadores de ar. A empresa se manteve na liderança do ranking das organizações que mais contribuem para a economia de energia elétrica do País, desde que a premiação foi implantada pelo INMETRO. RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES A auditoria das demonstrações contábeis é de responsabilidade da Directa Auditores. A auditoria dos processos e procedimentos internos é de responsabilidade da KPMG Risk Advisory Services Ltda. Esta política visa preservar a independência e objetividade dos auditores. No exercício de 2005, a Multibrás e empresas controladas não utilizaram outros serviços que não sejam de auditoria externa prestados pela Directa Auditores. PERSPECTIVAS PARA 2006 A estabilidade econômica, o aumento da credibilidade do país no exterior e a manutenção de importante superávit comercial, têm permitido ao governo um afrouxamento nas taxas de juros e recuperação do nível de atividade. O custo das matérias-primas, como o aço e o petróleo, que tem grande peso na composição dos custos dos produtos fabricados pela Multibrás, ainda está em patamares elevados, em função da forte demanda mundial. Diante desse cenário, a Multibrás está executando uma série de ações que visam garantir a lucratividade esperada por seus acionistas. Entre essas, o lançamento de produtos e a intensificação do programa de redução de custos. Desta forma, consideram-se positivas as perspectivas para o setor de eletrodomésticos em 2006. AGRADECIMENTOS Agradecemos a nossos parceiros - acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores, instituições financeiras e outros - que por mais um ano colaboraram para o desempenho da Companhia, e que nos ajudaram a, cada vez mais, superar as dificuldades impostas pelo mercado, em busca da lealdade de nossos consumidores. A Administração Março 2006

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS em 31 de dezembro de 2004 e 2005 BALANÇO PATRIMONIAL em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Controladora 2005 ATIVO Circulante Disponibilidades Contas a receber Estoques Impostos a recuperar e antecipados Imposto de renda e contribuição social diferidos Empresas relacionadas Dividendos a receber Demais contas a receber Total do Circulante Realizável a Longo Prazo Impostos a recuperar Depósitos para recursos e outros Imposto de renda e contribuição social diferidos Empresas relacionadas Bens destinados a venda Demais contas a receber Total do Realizável a Longo Prazo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do Permanente

Total do Ativo

Consolidado 2005

2004

Controladora 2004

197.611 351.017 205.970 101.448 43.917 6.078 97.554 1.003.595

69.259 336.883 325.681 107.237 68.379 1.459 77.161 986.059

285.605 661.283 797.268 321.114 16.248 15.473 138.538 2.235.529

113.252 789.577 1.150.400 337.080 11.641 52.128 148.722 2.602.800

7.096 24.265 234.941 31.374 14.297 4.632 316.605

7.287 16.357 234.941 10.174 16.412 2.127 287.298

103.820 83.198 259.750 7.224 14.360 4.579 472.931

54.223 84.168 267.337 6.501 16.449 875 429.553

796.368 374.841 1.171.209

826.455 394.021 1.220.476

30.511 1.184.716 9.154 1.224.381

88.558 1.352.265 11.286 1.452.109

2.491.409

2.493.833

3.932.841

4.484.462

PASSIVO Circulante Financiamentos Fornecedores Impostos a recolher Salários e encargos sociais Empresas relacionadas Provisões e demais contas a pagar Total do Circulante Exigível a Longo Prazo Financiamentos Empresas relacionadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Passivo trabalhista no exterior Plano de previdência privada Plano de assistência médica Provisão para contingências e outros Provisão sobre patrimônio líquido negativo de controlada Total do Exigível a Longo Prazo Participação dos Acionistas Minoritários Patrimônio Líquido Capital social Reserva de capital Reservas de lucros Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo e Patrimônio Líquido Valor patrimonial por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$

Consolidado 2005

2005

2004

2004

76.917 442.513 21.112 45.085 117.406 195.634 898.667

122.473 531.459 21.686 45.293 127.258 146.152 994.321

102.345 823.699 65.646 87.158 501.005 287.185 1.867.038

233.610 1.003.803 66.337 93.264 883.016 243.711 2.523.741

50.296 12.607 17.628 65.142 20.692 166.365 -

22.334 13.587 16.423 57.373 11.828 121.545 -

19 57.254 3.299 36.745 26.313 22.550 70.380 216.560 422.866

28.948 2.595 48.182 26.202 20.804 64.760 191.491 391.263

825.000 619 600.758 1.426.377 2.491.409

825.000 619 552.348 1.377.967 2.493.833

825.000 619 600.758 1.426.377 3.932.841

825.000 619 552.348 1.377.967 4.484.462

1.136,08

1.097,53

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto informação por ação) Controladora 2005 2004 3.618.010 3.417.523 (966.881) (902.074) 2.651.129 2.515.449 (2.134.244) (2.056.854) 516.885 458.595

Receita bruta de vendas e serviços Deduções Receita líquida de vendas e serviços Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados Lucro bruto (Despesas) Receitas operacionais: Com vendas Gerais e administrativas Honorários dos administradores Financeiras, líquidas Depreciação e amortização Participação em sociedades controladas e coligadas Ganho (Perda) cambial sobre investimentos no exterior Outras, líquidas Ganhos no aporte de tecnologia Lucro operacional (Despesas) Receitas não operacionais, líquidas Lucro antes dos impostos e das participações Imposto de renda Contribuição social Participação estatutária Lucro antes da participação dos acionistas minoritários Participação dos acionistas minoritários Lucro líquido do exercício

(245.852) (95.405) (7.338) (135.525) (8.147) 77.003 (11.596) (4.310) (431.170) 85.715 (3.535) 82.180 (3.149) (1.121) (8.173) 69.737 69.737

(234.739) (73.746) (7.762) (152.921) (12.467) 62.204 (7.679) (2.517) (429.627) 28.968 21.115 50.083 (27.755) (9.987) 12.341 12.341

55,55

9,83

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais)

Consolidado 2005 2004 6.281.503 6.453.725 (1.327.905) (1.292.639) 4.953.598 5.161.086 (3.988.584) (4.047.607) 965.014 1.113.479 (398.905) (211.741) (13.122) (127.467) (16.267) 7.982 (33.644) (10.009) 11.690 (791.483) 173.531 (18.255) 155.276 (50.263) (12.200) (10.924) 81.889 (28.048) 53.841

(612.436) (193.263) (13.270) (138.843) (20.442) 14.489 (12.503) (12.351) (988.619) 124.860 (5.963) 118.897 (87.741) (16.072) 516 15.600 (8.390) 7.210

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais)

Saldos em 31 de dezembro de 2003 Lucro líquido do exercício Apropriação do lucro: Reserva legal Retenção de lucros Dividendos a distribuir: Ações ordinárias (R$2,33 por lote de mil ações) Ações preferenciais (R$2,57 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Apropriação do lucro: Reserva legal Retenção de lucros Juros sobre capital próprio propostos: Ações ordinárias (R$16,47 por lote de mil ações) Ações preferenciais (R$18,12 por lote de mil ações) Saldos em 31 de dezembro de 2005

Capital social 825.000 -

Reserva de capital Incentivos fiscais 619 -

-

-

617 -

825.000 -

619 -

825.000

Reservas de lucros Retenção Legal de lucros 50.764 492.263 -

Lucros acumulados 12.341

Total 1.368.646 12.341

8.704

(617) (8.704)

-

51.381 -

500.967 -

(2.010) (1.010) 69.737

(2.010) (1.010) 1.377.967 69.737

-

3.487 -

44.923

(3.487) (44.923)

-

619

54.868

545.890

(14.204) (7.123) -

(14.204) (7.123) 1.426.377

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Controladora ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício Despesas (Receitas) que não afetam o capital circulante: Participação em sociedades controladas e coligadas Perda (Ganho) cambial em investimentos no exterior Provisão sobre patrimônio líquido negativo de controlada Depreciação e amortização Valor residual de ativo permanente baixado Imposto de renda e contribuição social diferidos de longo prazo Participação dos acionistas minoritários Incentivos fiscais do imposto de renda e outros Encargos financeiros de longo prazo Recursos originados das operações De terceiros: Aumento do exigível a longo prazo Baixa Diferido Baixa de investimentos Juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos TOTAL DOS RECURSOS OBTIDOS APLICAÇÕES DE RECURSOS No ativo permanente: Investimentos Imobilizado Diferido Aumento do realizável a longo prazo Redução do exigível a longo prazo Juros sobre o capital próprio propostos e dividendos Juros sobre o capital próprio e dividendos de acionistas minoritários Redução na participação dos acionistas minoritários TOTAL DOS RECURSOS APLICADOS AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: Ativo circulante No fim do exercício No início do exercício Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

Consolidado 2005 2004

2005

2004

69.737

12.341

53.841

7.210

(85.864) 11.596 97.182 1.794 8.826 103.271

(62.204) 7.679 (11.828) 106.429 1.173 37.742 2.051 93.383

(7.982) 110.034 232.235 51.386 7.514 42.645 15.896 6.140 511.709

(14.489) (18.682) 264.512 15.620 44.999 8.390 11.080 1.541 320.181

33.277 91.778 12.577 240.903

773 4.324 29.117 127.597

20.380 1.835 63.432 597.356

19.162 4.567 343.910

79.796 26.590 21.327 127.713 113.190

4.945 113.023 7.652 3.020 128.640 (1.043)

230.156 47.778 21.327 8.601 62 307.924 289.432

9.679 250.012 5.141 47.424 3.020 4.177 4.283 323.736 20.174

1.003.595 986.059 17.536

986.059 725.218 260.841

2.235.529 2.602.800 (367.271)

2.602.800 2.086.194 516.606

898.667 994.321 (95.654)

994.321 732.437 261.884

1.867.038 2.523.741 (656.703)

2.523.741 2.027.309 496.432

113.190

(1.043)

289.432

20.174

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Valores em milhares de reais) 1. Contexto Operacional A Companhia e suas controladas têm por objeto social: a) a industrialização, a comercialização, a importação, a exportação, a comissão, a consignação e a representação de: i) produtos metalúrgicos, químicos, elétricos e eletrônicos e, especialmente, máquinas e aparelhos de todos os tipos para uso doméstico e comercial, tais como, mas não limitados a: refrigeradores, congeladores, refrigeradores-congeladores, aparelhos de ar condicionado, fabricadores de gelo, fogões, lavadoras de pratos, trituradores de lixo, compactadores de lixo, aspiradores de pó, lavadoras, secadoras de roupas e fornos de microondas; e ii) máquinas, equipamentos, ferramentas, componentes, peças, matérias-primas e insumos necessários à fabricação e venda dos produtos das companhias. b) a prestação de serviços de manutenção, de instalação e assistência técnica, e de desenvolvimento de projetos relacionados aos produtos das companhias. c) a compra e venda no mercado nacional de produtos adquiridos de terceiros, inclusive com a finalidade de realizar exportação para qualquer país. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis são elaboradas em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas da Comissão de Valores Mobiliários. 3. Principais Práticas Contábeis As principais práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações contábeis são: a) Apuração do resultado - As receitas e despesas são apropriadas obedecendo ao regime de competência. b) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - É calculada com base nas perdas estimadas e seu montante é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização das contas a receber. c) Estoques - Estão demonstrados ao custo médio das compras ou produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importações em andamento estão demonstradas ao custo acumulado de cada importação. d) Demais ativos circulantes e de longo prazo - Estão demonstrados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações cambiais ou monetárias auferidos. e) Investimentos - Os investimentos em controladas e coligadas estão registrados pelo método de equivalência patrimonial. Outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição tendo sido constituída provisão para eventuais perdas na realização, quando aplicável. f) Imobilizado - É demonstrado pelo custo de aquisição ou construção corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995 e deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear, utilizando-se taxas que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens, conforme demonstrado na nota explicativa nº 11, também corrigida até aquela data. g) Passivo circulante e exigível a longo prazo - Estão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos em base “pro rata”-dia.

4. Demonstrações Contábeis Consolidadas As demonstrações contábeis consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 abrangem a Multibrás S.A. Eletrodomésticos e as seguintes sociedades controladas e coligadas: Participação no capital social - % Direta Indireta Brastemp da Amazônia S.A. 96,20 1,35 Brastemp Utilidades Domésticas Ltda. 99,00 Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos Ltda. 100,00 Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos da Amazônia Ltda. 100,00 Consórcio Nacional Brastemp Ltda. 100,00 Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO 53,18 Beijing Embraco Snowflake Compressor Co. Ltd. 29,37 Ealing Companhia de Gestiones y Participaciones S.A. 53,17 Embraco Europe S.r.L. 53,17 Embraco North America, Inc. 53,17 Embraco Slovakia s.r.o. 53,16 Embraco México S. de R.S.L. de C.V. 52,12 Unibanco AIG Warranty S.A. 30,00 Latin America Warranty S.A. 95,00 4,95 Whirlpool Argentina S.A. 95,00 4,95 Whirlpool Puntana S.A. 99,95 Whirlpool Chile Ltda. 100,00 Mlog Armazém Geral Ltda. 99,90 Na elaboração de suas demonstrações contábeis, as empresas controladas observam as mesmas práticas contábeis adotadas pela controladora, assim como têm por exercício fiscal dezembro de cada ano. Tais demonstrações contábeis são também submetidas ao exame de auditores independentes na extensão por eles considerada necessária. Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas foram adotados os seguintes procedimentos: a) Empresas no exterior controladas direta ou indiretamente - As demonstrações contábeis das controladas localizadas no exterior foram elaboradas originalmente nas moedas correntes nos respectivos países, sendo que, para fins de avaliação da equivalência patrimonial e consolidação, estas foram traduzidas para reais pela cotação das respectivas moedas em 31 de dezembro de 2005 e ajustadas aos princípios contábeis brasileiros. b) Eliminações - Nas demonstrações contábeis consolidadas foram eliminadas as contas correntes, os mútuos e as receitas e despesas entre as empresas consolidadas e os resultados não realizados, bem como os investimentos em sociedades controladas. A participação dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e nos resultados das empresas controladas está apresentada destacadamente.

A conciliação entre o resultado do exercício e o patrimônio da controladora e do consolidado em 31 de dezembro de 2005 e 2004 é como segue: Resultado do exercício Patrimônio líquido 2005 2004 2005 2004 Controladora 69.737 12.341 1.426.377 1.377.967 Subvenções para investimentos e incentivos fiscais de controladas que não transitaram pelo resultado do exercício (7.850) (11.080) Resultados não realizados nas transações entre as controladas e suas subsidiárias 5.949 Perda Cambial no regaste de patrimônio líquido de controladas não transitada pelo resultado do exercício (8.046) Consolidado 53.841 7.210 1.426.377 1.377.967 5. Contas a Receber Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Contas a receber: Clientes nacionais 359.660 327.711 515.245 470.641 Clientes no exterior 23.931 10.123 232.165 294.189 Empresas relacionadas 81.761 117.507 85.434 234.594 Títulos descontados (14.609) Saques cambiais de exportação (34.073) (50.491) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (114.335) (118.458) (137.488) (144.747) 351.017 336.883 661.283 789.577 Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a Companhia possui operações de “vendor” no montante de R$490.245 e R$449.906 (R$500.041 e R$487.402 no Consolidado), respectivamente, sobre as quais é responsável pela liquidação dos títulos, caso os devedores originais não efetuem o pagamento destes no vencimento. 6. Estoques Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Produtos acabados 105.038 163.574 484.107 689.252 Matérias-primas e componentes 73.691 139.095 234.744 379.535 Importações em andamento e outros 34.112 31.177 91.938 95.093 Provisão para perdas (6.871) (8.165) (13.521) (13.480) 205.970 325.681 797.268 1.150.400 Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia tem estoques oferecidos como garantia de processos (continua) judiciais no montante de R$2.173 (R$126.991 em 2004).


4

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Convergência Automação Net Reporter Te l e f o n i a

terça-feira, 28 de março de 2006

A parceria resulta em serviços mais eficientes de Triple Play e quem ganha com isso são os clientes Sérgio Wainer, da Net Serviços

O NET FONE VIA EMBRATEL NÃO TERÁ TAXA DE ASSINATURA

Captura de tela

As notícias do dia chegam em belas paisagens

O software Infocanvas garante ao internauta que já está cansado da poluição visual em seu monitor uma nova maneira de receber notícias e avisos em sua tela Por João Magalhães

ue tal ler as notícias de seu interesse inseridas em belas paisagens? Bem mais agradável, não? Pois os pesquisadores John Stasko e Todd Miller, da Georgia Institute of Technology, desenvolveram o Infocanvas, software capaz de realizar essa tarefa.

ar

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Tudo o que se passa no interior e ao redor do vulcão Augustine, no Alaska, pode ser acompanhado agora por internautas em todo o mundo. Trinta câmeras, colocadas pelo Observatório dos Vulcões do Alaska, monitoram os movimentos do Augustine. O vulcão fica numa ilha desabitada de 280 km, perto da localidade de Anchorage, e está ativo desde 11 de janeiro passado.

obra

Site relacionado: http://www.avo.alaska.edu/ activity/Augustine.php

rpora

co

n in o l y b a

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B

Artistas gráficos, designers e diretores de curta metragem de todo o mundo exibem suas obras na galeria de arte virtual Hype, em Londres. A idéia da mostra online foi desenvolvida pela Hewlett Packard (HP). As peças, que chegam por e-mail, foram impressas por meio de uma nova tecnologia da HP, no tamanho de 60 x 40 polegadas (4320 x 2880 pixels), montadas e levadas então para as paredes da galeria. Os filmes, com dois minutos de duração, estão nos formatos AVI, QuickTime, Mpeg2 ou Windows Media9. A Hype continua aceitando adesões. Os interessados devem enviar um e-mail para hypeteam@hypegallery.com respondendo às perguntas postadas na seção Hype Community.

Site relacionado: http://www.cc.gatech.edu/ gvu/ii/infoart/

dia

e-m s por

Gale

criar mais ambientes virtuais e definir quais os elementos que transmitirão as informações. O Infocanvas tem um pequeno senão: um aviãozinho, de vez em quando dá uma rasante, exibindo uma faixa com propaganda do Google.

um quadro de avisos. O visual, no caso, confirma o ditado de que uma imagem vale mais do que mil palavras", diz Stasko. Embora venha com muitos e belos cenários, como um deserto, um aquário, um castelo medieval e por aí afora, Stasko e Miller pretendem aperfeiçoar o software, dotando-lhe de som e de ferramentas que possam

ail

r onito

W

Invenção de dois engenheiros uruguaios promete revolucionar a busca de músicas na internet. Basta cantarolar algumas notas de uma canção que o "Tararira", software desenvolvido pela dupla Martin Rocamora e Ernesto López Y Gonzalo Sosa, ambos de 28 anos, vai procurá-la em um banco de dados online. Segundo explica Rocamora, o bom funcionamento do método depende muito da afinação do usuário, de diferenças de entonação e da extensão do trecho cantarolado –quanto maior ele for, mais chances de encontrar rapidamente a canção desejada. Por enquanto, o "Tararira" está programado para encontrar mais facilmente todo o repertório dos Beatles. Mas Rocamora diz que o software pode ir à cata de qualquer música, inclusive as armazenadas na extensão .midi.

vas informações estão à sua disposição. Segundo Stasko os internautas querem saber o que vai pelo mundo, mas não gostam muito de poluir seu computador com muito texto. "O Infocanvas traz as notícias como se elas fossem uma pintura. Se houver muito texto, nós o apresentamos como

o

ulcã am v

ach a r a p

Ba

É funcional e divertido. Você escolhe, digamos, uma praia. Caso uma toalha surja de repente na areia, é sinal de que chegou um e-mail para você. Um barco à vista, significa a hora certa. Uma gaivota no céu traz o movimento da Dow Jones, bolsa de valores de Nova York. O movimento gradual desses ícones indicam que no-

O tradutor instantâneo Babylon e a Wikipedia –uma das mais importantes fontes de informações na web– tornaram-se parceiros. Agora, a enciclopédia online gratuita, produzida por internautas do mundo inteiro, pode ser acessada com um único clique do mouse, no Babylon-Pro 5.0. Site relacionado: https://buy.babylon.com/ index.php?trid=NLWIKITRPT&WT. mc_id=NL_1145

dita

t de s a c d

eru sica

Po

A companhia britânica Hatstand Opera está lançando o primeiro podcast de música erudita. Podcast são programas de rádio personalizados que podem ser baixados da internet diretamente para um PC ou para um reprodutor de música digital. A Hatstand segue o exemplo da BBC que ofereceu composições de Beethoven em MP3 e obteve um estrondoso retorno: foram feitos mais de 1,4 milhão de downloads das obras do artista alemão executadas pela Phillarmonic Orchestra da cadeia de televisão inglesa. O serviço está disponível na loja virtual iTunes, da Apple e no site Podopera.

Site relacionado: http://www.hypegallery.com/

Site relacionado: http://www.podopera.co.uk/

Site relacionado: http://iie.fing.edu.uy/ investigacion/grupos/gmm/ proyectos/tararira/ingles.php3 Infos AE/AE

Embratel fornece telefone fixo pelo cabo da Net

Embora o Net Fone utilize a tecnologia de Voz sobre IP (VoIP), o serviço é bastante diferente das alternativas de telefonia sobre internet

Por Vanderlei Campos

Net Serviços e a Embratel lançaram o Net Fone Via Embratel, um serviço de telefonia fixa para o mercado residencial, que usa a infra-estrutura de cabos da Net. A linha telefônica pode ser adquirida separadamente, mas os assinantes de outros produtos (TV e internet banda larga) têm vantagens, como isenção da taxa de instalação (de R$ 214,05) e descontos nas mensalidades. O serviço não terá taxa de assinatura, mas é exigida uma consumação mínima de R$ 24,90 (com impostos inclusos, em São Paulo, vai para R$ 34,90). "A franquia pode ser utilizada em qualquer modalidade de ligação (fixo/fixo, fixo/móvel e longa distância). As chamadas de longa distância usando o 21 também podem ser descontadas na franquia", diz Alexandre Gomes, diretor da Embratel. "A Embratel é especialista em

telecomunicações e a Net é especialista em atendimento a clientes. A parceria resulta em serviços mais eficientes de Triple Play (vídeo, telefonia e internet) e quem ganha com isso são os clientes", afirma Sérgio Wainer, diretor comercial da Net Serviços. Ambas as companhias tem como principal acionista o grupo mexicano Telmex, que também controla a Claro. Quem tem o serviço de TV e o Virtua fica dispensados da franquia por seis meses e só pagam pelos minutos efetivamente usados. Para quem tem Virtua e TV digital, a isenção é de um ano. A assinatura dos três serviços também dá um desconto de R$ 20 no Virtua. "Quanto mais Net o cliente for, mais vantagens ele terá", diz Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net. "A cesta de produtos define o preço." O público inicial a receber a oferta do Net Fone serão os atuais assinantes de TV a cabo e/ou banda larga nas cidades de São Paulo, Campinas, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte e Brasília, que receberão a proposta junto a suas

próximas faturas. A Net tem hoje uma base de cerca de 1,5 milhões de assinantes de TV a cabo e 366 mil de banda larga. Os clientes receberão um equipamento, que combina as funções do cable modem e de ATA (que permite a conexão de telefones analógicos). "Para os atuais assinantes do Virtua, substituiremos o cable modem pelo novo equipamento", informa Carvalho. Comparação de tarifas – Para quem for contratar o telefone via cabo e mantiver o telefone fixo tradicional, vale a pena alternar, para obter o mínimo de custo. Quem quiser optar por um ou outro, terá que analisar seu perfil de gastos e ver a opção mais econômica. As chamadas locais entre assinantes do Net Fone são grátis. Em ligações para telefones de outras operadoras, em São Paulo, custa R$ 0,1251 por minuto para fixos e R$ 0,699 para celulares. Os interurbanos domésticos saem por R$ 0,2688 para fixos e R$ 1,2904 para celular, independente do horário ou distância. As chamadas para assinantes do Net Fone em outras cidades ficam em R$ 0,1251 por minuto.

Na longa distância, em contrapartida, o Net Fone, na data de fechamento desta matéria, fica interessante. Uma chamada entre São Paulo e Rio, às 15h, pela Embratel sai por R$ 0,61, se for para fixo, e R$ 1,52 para celular. Às 21h, a mesma chamada fica em R$ 0,26 pela Telefônica, para fixo, e por R$ 1,06, pela Embratel, para celular. Em um trecho mais longo, entre Curitiba e Recife, no horário comercial a chamada fica em R$ 0,50, pela GVT, para fixo e R$ 1,56, pela Embratel, para celular. Esses preços referem-se aos planos básicos, conforme tabela da Anatel. "Em alguns horários, ou com planos alternativos, é possível que seja mais vantajoso usar a Embratel", diz Gomes. Ele ressalta que mesmo com o Net Fone, o usuário continua a ter liberdade de escolher sua operadora de longa distância. "Na prática, fica mais fácil ter uma noção dos gastos com apenas quatro tipos de tarifas, sem de-

graus por horário ou distância", argumenta Wainer. Voz sobre IP x Voz sobre Internet – Embora o Net Fone utilize a tecnologia de Voz sobre IP (VoIP), o serviço é bastante diferente das alternativas de telefonia sobre internet. Em redes como a do Skype, a telefonia é transportada pela internet e disputa o tráfego com várias outras aplicações. No caso do Net Fone, quando a chamada de voz chega à central, passa a trafegar por uma rede IP reservada, o que assegura controle sobre a qualidade de áudio. "É uma rede 100% gerenciada, que não usa a internet pública", enfatiza Gomes, da Embratel. O fato de usar a tecnologia de telefonia IP possibilita algumas vantagens, como a futura oferta de número deslocado –por exemplo, pode-se assinar um telefone em São Paulo com DDD 41 para oferecer uma conveniência a clientes ou amigos em Curitiba.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 28 de março de 2006

MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS CNPJ/MF nº 59.105.999/0001-86 - NIRE nº 3530003501-1 - Companhia Aberta Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar - São Paulo, SP

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 7. Impostos a Recuperar e Antecipados

Controladora 2005 2004 66.999 89.203 26.309 7.317 2.371 2.839 818 11.834 8.959 563 5.856 108.544 114.524 101.448 107.237 7.096 7.287

IRPJ antecipado Contribuição social antecipada ICMS a compensar IPI a compensar COFINS a compensar PIS a compensar IRRF a compensar Imposto a recuperar de controladas Outros Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo

Consolidado 2005 2004 23.711 21.751 909 65 256.283 245.893 27.746 13.263 37.356 30.559 26.139 19.730 14.965 15.731 4.816 17.026 33.009 27.285 424.934 391.303 321.114 337.080 103.820 54.223

A conciliação dos tributos lançados ao resultado do exercício da controladora é como segue: 2005 2004 Imposto Contribuição Imposto Contribuição de Renda Social de Renda Social Resultado contábil antes dos impostos 82.180

82.180

50.083

Participação estatutária

e da participação estatutária

(8.173)

(8.173)

-

-

Juros sobre o capital próprio

(10.452)

(10.452)

7.889

7.889

Resultado Contábil antes do IRPJ e CSSL

63.555

63.555

57.972

57.972

Diferenças permanentes: Equivalência patrimonial

(65.407)

(65.407)

(54.525)

(54.525)

9.220

9.220

6.000

6.000

Ajuste preço de transferência

O ICMS a compensar refere-se a saldo credor originado, basicamente, das operações de exportação da Companhia, o qual está sendo compensado mensalmente com ICMS devido sobre vendas no mercado interno. Tal crédito também está sendo parcialmente transferido para outros contribuintes, porém, sujeito à aprovação prévia das autoridades fiscais, conforme Legislação do Estado de Santa Catarina. 8. Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos e passivos foram constituídos considerando as alíquotas vigentes e têm a seguinte composição: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Imposto de renda diferido ativo sobre: Prejuízos fiscais 136.719 149.140 140.687 149.188 Provisões temporariamente não dedutíveis 53.010 41.008 76.202 69.591 Outras diferenças temporárias 863 861 1.335 2.826 Plano de previdência privada e de assistência médica 7.558 7.502 12.216 11.751 Antecipação exercício corrente 18 Subtotal 198.150 198.511 230.458 233.356 Provisão para futura realização do ativo fiscal diferido (24.299) (24.660) (24.299) (24.660) 173.851 173.851 206.159 208.696 Contribuição social diferida ativa sobre: Bases negativas 47.924 52.388 49.352 52.533 Provisões temporariamente não dedutíveis 19.083 14.764 24.717 22.281 Previdência privada e de assistência médica 2.721 2.700 4.398 4.230 Antecipação exercício corrente 10 69.728 69.852 78.477 79.044 Provisão para futura realização do ativo fiscal diferido (8.638) (8.762) (8.638) (8.762) 61.090 61.090 69.839 70.282 234.941 234.941 275.998 278.978

Outras Base de cálculo

6.672

6.465

2.931

4.164

14.040

13.833

12.378

13.611

Alíquotas Realização do diferido

50.083

25%

9%

25%

9%

(3.510)

(1.245)

(3.095)

(1.225)

361

124

(24.660)

(8.762)

(3.149)

(1.121)

(27.755)

(9.987)

Reversão diferido

A conciliação dos tributos lançados aos resultados não está sendo apresentada na forma consolidada em virtude de determinadas empresas controladas estarem sujeitas a diferentes alíquotas de imposto de renda vigentes nos respectivos países onde as empresas operam. 9. Empresas Relacionadas a) Operações comerciais, operações de compra e venda e mútuos realizados com empresas relacionadas são efetuadas a preços e condições normais de mercado. Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Contas a receber 81.761 117.507 85.434 234.594 43.917 68.379 15.473 52.128 Contas correntes ativas Mútuos ativos 31.374 10.174 7.224 6.501 Fornecedores 8.239 10.743 6.727 12.121 117.406 127.258 501.005 883.016 Contas correntes passivas Mútuos passivos 50.296 22.334 57.254 28.948 Vendas 604.625 688.854 705.297 880.609 337.839 532.808 Compras b) Mútuos ativos e passivos - Os mútuos entre empresas relacionadas foram firmados com a finalidade de financiar o capital de giro necessário à manutenção de suas operações, com a emissão de notas promissórias. Empresas Relacionadas

Ativo circulante (16.248) (11.641) Realizável a longo prazo 234.941 234.941 259.750 267.337 Imposto de renda diferido passivo sobre diferença entre saldo contábil e fiscal do ativo imobilizado de controlada 3.299 2.595 A realização do crédito tributário se dará por meio da geração de lucros tributáveis futuros, dentro do prazo máximo estabelecido pela Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, fundamentado em estudo técnico de viabilidade aprovado pela Administração. O prazo previsto para realização integral destes créditos é de até 8 anos. Foram registrados no resultado do exercício os seguintes montantes de imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Variação no: Imposto de renda corrente (3.149) (48.422) (53.690) Imposto de renda diferido (27.755) (1.841) (34.051) Imposto de renda (3.149) (27.755) (50.263) (87.741) Variação na: Contribuição social corrente (1.121) (11.690) (3.966) Contribuição social diferida (9.987) (510) (12.106) Contribuição social (1.121) (9.987) (12.200) (16.072)

Ativo Whirlpool Comercial Ltda. Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO Brastemp da Amazônia S.A. Mlog Armazém Geral Ltda. Unibanco AIG Warranty S.A. Longo Prazo Passivo Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO Whirlpool do Brasil Ltda. Multibrás da Amazônia S.A. Brasmotor S.A. Total Curto Prazo Longo Prazo

Encargos

Controladora 2005 2004

Consolidado 2005 2004

100% CDI

126

545

126

545

100% SELIC 100% TR 100% TR 100% TR

20.254 140 3.756 7.098 31.374

3.673 5.956 10.174

7.098 7.224

5.956 6.501

100% SELIC 100% TR 100% CDI 100% CDI

50.296 50.296 50.296

24.116 2.530 2.532 17.272 46.450 24.116 22.334

57.254 57.254 57.254

2.530 2.532 23.886 28.948 28.948

10. Investimentos em Controladas e Coligadas Participação Quantidade de Ações/Quotas Ordinárias Preferenciais 1.728.743.036 7.644.395 1.980.000 3.334.977 580.969 309.345.747 44.141.962 240 468.063.805 1.079.040.629 5.190 548.900 999 -

Brastemp da Amazônia S.A. Brastemp Utilidades Domésticas Ltda. Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos Ltda. Consórcio Nacional Brastemp Ltda. Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO Unibanco AIG Warranty S.A. Multibrás da Amazônia S.A. Latin America Warranty S.A. Whirlpool Argentina S.A. Whirlpool Chile Ltda. Mlog - Armazém Geral Ltda.

Saldos em 31 de dezembro de 2004 213.636 15.470 14.402 1.964 416.210 6.000 41.622 1.050 87.488 12.808 15.805 826.455

Brastemp da Amazônia S.A. Brastemp Utilidades Domésticas Ltda. Brascabos Componentes Elétricos e Eletrônicos Ltda. Consórcio Nacional Brastemp Ltda. Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO Unibanco AIG Warranty S.A. Multibrás da Amazônia S.A. Latin America Warranty S.A. Whirlpool Argentina S.A. Whirlpool Chile Ltda. Outros

Aquisição/ integralização/ transferência -

No Capital (%) Total Votante 96,20 100,00 99,00 99,00 100,00 100,00 99,00 100,00 53,18 66,39 30,00 30,00 52,53 35,81 95,00 95,00 95,00 95,00 100,00 100,00 99,90 99,90

Baixas (47.107) (52) (37.872) (6.747) (91.778)

Equivalência patrimonial 14.856 13.392 (139) (450) 31.568 1.662 5.485 497 17.660 1.333 85.864

Informações da Controlada/Coligada Data das Patrimônio Lucro líquido demonstrações contábeis líquido (Prejuízo) do exercício 31.12.05 235.750 7.456 31.12.05 27.639 13.749 31.12.05 14.312 (330) 31.12.05 1.514 (450) 31.12.05 828.097 57.995 30.11.05 25.539 4.440 31.08.05 89.693 8.475 31.12.05 1.418 498 31.12.05 59.728 10.007 31.12.05 13.748 1.091 31.12.05 (20.692) (8.861) Ganho(Perda) cambial em investimentos no exterior (148) (10.905) (543) (11.596)

Juros s/capital próprio e dividendos recebidos ou propostos (1.702) (1.498) (9.377) (12.577)

Saldos em 31 de dezembro de 2005 226.790 27.364 14.263 1.514 438.401 7.662 1.347 56.371 13.598 9.058 796.368

a) Em 30 de setembro de 2005, a Companhia registrou nas rubricas de resultado não operacional o valor de R$14.215 relativo ao ganho de capital na alienação de 1.547.381.705 ações nominativas, equivalente a 52,53% do capital social total da Multibrás da Amazônia S.A. pelo valor de R$61.321, conforme aprovado em reunião do Conselho de Administração. b) A controlada MLOG - Armazém Geral Ltda. representa extensão das atividades operacionais da Multibrás S.A. Eletrodomésticos responsável pelas atividades de distribuição dos produtos vendidos. A controlada MLOG, a despeito de seu patrimônio líquido negativo tem sua continuidade garantida pela controladora Multibrás S.A. Eletrodomésticos. Por esta razão, a provisão para perda com investimento foi apurada até o limite do patrimônio líquido negativo e encontra-se registrada no exigível a longo prazo, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 é de R$20.692. A equivalência apurada no exercício foi negativa em R$8.861. c) O investimento na controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO, que possui ações negociadas em bolsa de valores, tem valor contábil em 31 de dezembro de 2005 de R$438.401 (R$416.210 em 2004). A avaliação desse investimento, tomando-se como base a quantidade de ações possuídas e a última cotação de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA naquela data, resulta em R$252.742 (R$463.307 em 2004). d) Em 12 de abril de 2005, a controlada indireta Embraco Europe S.r.L. teve aumento de capital no valor de Euros 11.000 mil (onze milhões de euros) correspondente a R$33.442. As integralizações de R$19.962 e R$13.480 foram efetuadas em 25 de abril e 24 de setembro de 2005, respectivamente. e) Em 29 de abril de 2005, a controlada indireta Beijing Embraco Snowflake Compressor Company Ltd. teve aumento de capital no valor de US$26.200 mil (vinte e seis milhões e duzentos mil dólares americanos) correspondente a R$59.003, sendo R$47.313 em recursos financeiros e R$11.690 pela contribuição de Tecnologia de Compressor EM, registrados em outras receitas operacionais. 11. Imobilizado

Terrenos e construções Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Imobilizado intangível Outros bens e marcas Imobilizado em andamento

Custo 128.904 662.380 183.660 5.093 9.221 38.722 1.027.980

Controladora 2005 Depreciação acumulada Líquido (63.729) 65.175 (454.155) 208.225 (130.014) 53.646 (2.255) 2.838 (2.986) 6.235 38.722 (653.139) 374.841

2004 Líquido 67.600 244.052 23.163 3.697 4.218 51.291 394.021

Custo 407.880 2.518.053 285.394 14.760 62.578 118.746 81.180 3.488.591

Consolidado 2005 Depreciação acumulada Líquido (186.433) 221.447 (1.760.539) 757.514 (208.784) 76.610 (6.981) 7.779 (62.578) (78.560) 40.186 81.180 (2.303.875) 1.184.716

2004 Líquido 273.322 883.565 43.952 8.481 16.307 126.638 1.352.265

Taxas anuais de depreciação % 0e4 10 a 40 10 a 20 20 6 a 20 10 a 20

A depreciação reconhecida no exercício foi substancialmente apropriada ao custo dos produtos vendidos. 12. Financiamentos Moeda e Encargos Moeda nacional: Variação monetária e juros de 18,99% a 19,42% a.a. Moeda estrangeira: Variação cambial e juros de 2,5% a 4,95% a.a. Total dos financiamentos Curto Prazo Longo Prazo

Controladora 2005 2004

Consolidado 2005 2004

925

122.473

11.592

158.476

75.992 76.917 76.917 -

122.473 122.473 -

90.772 102.364 102.345 19

75.134 233.610 233.610 -

Os financiamentos em moeda estrangeira foram contraídos com a finalidade de financiar o capital de giro necessário à manutenção de suas operações. Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Imposto de renda e contribuição social 922 12.023 Participação estatutária 6.546 6.546 Juros sobre o capital próprio e dividendos propostos 23.793 8.462 27.740 9.270 Provisão para garantia 15.523 14.060 19.026 19.507 Provisão para reestruturação 611 159 Programa de participação no resultado 25.863 44.884 5.608 Adiantamento de clientes 53.372 45.733 53.489 45.733 Outras contas a pagar 70.537 77.897 133.967 151.411 195.634 146.152 287.185 243.711 14. Passivo Trabalhista no Exterior A controlada indireta Embraco Europe S.r.L., baseada na legislação italiana, mantém passivo no montante de R$36.745 (R$48.182 em 2004), correspondente ao valor de um salário por ano para cada um de seus funcionários, referente a custos de indenização no caso de demissão. 15. Compromissos e Contingências Baseada na opinião de seus advogados, a Companhia e suas controladas constituíram provisão para contingências, em montantes considerados necessários para cobrir eventuais perdas que possam advir do desfecho de processos fiscais, cíveis e trabalhistas em andamento. Adicionalmente, os seguintes assuntos relevantes vêm sendo discutidos pela Companhia na esfera judicial: a) Empréstimo bancário - Em 1989, a controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. EMBRACO, iniciou Ação Declaratória de Inexigibilidade de Obrigação representada por contratos de empréstimo e nota promissória, por entender que tais títulos haviam sido assinados por quem não tinha poderes estatutários e o empréstimo que a instituição financeira alegava ter sido tomado pela Companhia não havia sido aprovado pelo seu Conselho de Administração. Em setembro de 2000, tornou-se definitiva decisão que julgou a Ação Declaratória improcedente, com fundamento na teoria da aparência de representação. Em agosto de 2001, a instituição financeira ajuizou Ação Ordinária de Cobrança, cuja contestação a controlada protocolou em outubro de 2001 sob os fundamentos, entre outros, de que a Controlada nunca recebeu ou usou o valor dos alegados empréstimos. A controlada também contestou e está discutindo, os índices de atualização monetária, critérios de cálculos e taxas de juros e multa, eventualmente incidentes sobre o valor original dos alegados empréstimos que, em 14 de junho de 1989, era de NCz 33.598 mil, equivalentes a US$25.414 mil. Simultaneamente à contestação, a controlada apresentou Reconvenção, pleiteando a devolução, pela instituição financeira, à conta corrente aberta por esta em nome da controlada, dos valores resultantes dos alegados empréstimos, que haviam sido depositados na referida conta corrente e foram dela retirados através de cheques administrativos de iniciativa e responsabilidade da própria instituição financeira. A ação de cobrança pela qual a instituição financeira procura cobrar créditos que alega ter contra a controlada, ainda está em fase instrutória, em Primeira Instância, com a realização de perícia técnica de natureza contábil. A Reconvenção foi julgada pelo Superior Tribunal de Justiça em dezembro de 2005, que não acolheu o Recurso Especial interposto pela controlada. O acórdão que refletirá o julgamento ainda não foi publicado. Após a publicação oficial, e, se for o caso, haverá a possibilidade de interposição de novo recurso pela controlada. Ainda no âmbito da Reconvenção, encontra-se pendente de apreciação recurso dirigido ao STF. A Administração, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, considerou não ser o caso de constituir provisão relacionada a este assunto. 13. Provisões e Demais Contas a Pagar

b) Crédito-Prêmio de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Crédito Prêmio de IPI - A controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO, teve parte do crédito prêmio de IPI e determinados índices de correção monetária (no valor de R$35.038), referente às exportações contratadas até 31 de dezembro de 1989 e embarcadas subseqüentemente, integralmente realizados e apropriados ao resultado de 1995 em receita bruta de vendas, contestada pelas autoridades fiscais. O direito da controlada ao referido crédito foi reconhecido através de decisão transitada em julgado em março de 1995 relacionado às citadas exportações. Em 2004, a controlada obteve decisão no Conselho de Contribuintes onde, por maioria, declarou-se a nulidade do referido auto de infração. A União Federal recorreu dessa decisão à Câmara Superior de Recursos, sendo que, em outubro de 2005 a referida Câmara cancelou definitivamente a autuação. Crédito Prêmio de IPI - BEFIEX - Em dezembro de 1996, a Companhia e sua controlada Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO obtiveram decisão final favorável no processo judicial relativo ao direito ao crédito-prêmio de IPI vinculado às exportações, no âmbito do programa BEFIEX, relativas a todo o período em que o programa esteve em vigor, ou seja, de 14 de julho de 1988 até 13 de julho de 1998. A referida decisão está sendo objeto de liquidação, ocasião em que os valores apurados serão homologados. No momento, aguarda-se a análise, pelo Juízo, das informações solicitadas ao Banco Central, a Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior, as quais deverão subsidiar a aprovação do cálculo do crédito. A Companhia e a sua controlada EMBRACO apropriaram aos resultados até dezembro de 1998 o montante de R$121.377, em virtude do efeito imediato da decisão favorável proferida em 1996. Parte do crédito utilizado pela Embraco em 1997 (R$16.747) foi contestada pelas autoridades fiscais, sendo que R$3.506 foram cancelados pelo 1º Conselho de Contribuintes. Baseada na opinião dos consultores jurídicos, externos e internos, de que a contestação dos valores remanescentes também é improcedente e de que são remotas as possibilidades de que a exigência fiscal venha a prevalecer, a Administração considerou desnecessária a constituição de qualquer provisão. Em 2000, os consultores jurídicos e tributários internos e externos se manifestaram favoráveis à utilização dos valores apurados, na forma de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, o que foi efetuado, pela Companhia, no período compreendido entre junho de 2000 e março de 2003. Em 2005, a Companhia, após revisão dos valores utilizados no período acima, apurou-se um saldo de crédito prêmio de IPI, relativa a correção monetária no valor de R$51.310, que foi apropriado ao resultado como receita de vendas para o exterior. A União Federal ajuizou Ação Rescisória em dezembro de 1998, visando desconstituir a decisão que concedeu o direito ao crédito-prêmio de IPI no âmbito do programa BEFIEX. Em agosto de 2003, a Ação Rescisória foi julgada totalmente improcedente pelo Tribunal Regional Federal de Brasília. A União Federal recorreu da decisão ao Superior Tribunal de Justiça. Em agosto de 2005, o Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, acolheu as alegações da Companhia e julgou prejudicado o recurso da União. A referida decisão transitou em julgado em dezembro de 2005, restando definitivo o reconhecimento do direito ao crédito-prêmio de IPI no âmbito do Programa BEFIEX pela Companhia. 16. Patrimônio Líquido a) Capital social - O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 1.255.520.259 ações escriturais, todas sem valor nominal, sendo 862.404.309 ações ordinárias e 393.115.950 ações preferenciais. b) Apropriações do lucro i) Reserva legal - constituída em montante equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital realizado atualizado. ii) Retenção de lucros - corresponde ao remanescente de lucro, visando, principalmente, atender ao plano de investimentos da Companhia e ao reforço do capital circulante. O plano de investimento da controladora e controladas para o ano de 2006, na ordem de US$82.600 mil, a ser aprovado em reunião do Conselho de Administração, destina-se basicamente aos programas de expansão, desenvolvimento tecnológico, redução de custos, qualidade, social, meio ambiente e edificações. c) Juros sobre capital próprio e dividendos - Aos titulares de ações são atribuídos, em cada exercício, dividendos ou juros sobre o capital próprio não inferiores a 25% do lucro líquido. São destinados às ações preferenciais dividendos ou juros sobre o capital próprio em valor 10% superior àqueles destinados às ações ordinárias.

Os juros sobre capital próprio são computados tendo por base o patrimônio líquido, limitados à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP vigente no período, podendo ser pagos ou creditados aos acionistas em montante limitado a 50% do lucro do exercício ou 50% das reservas de lucros relativas a exercícios anteriores. O total de juros é contabilizado e revertido em despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal e instruções da Comissão de Valores Mobiliários. Em reuniões do Conselho de Administração realizadas em 20 de dezembro de 2005 e 16 de janeiro de 2006, foi autorizado o pagamento de juros sobre capital próprio relativos ao exercício de 2005, no montante de R$21.327. O valor do juros creditados, líquido de imposto de renda na fonte, corresponde a 27,4% do lucro líquido após constituição da reserva legal. 17. Plano de Previdência Privada A Companhia, juntamente com outras empresas do grupo Brasmotor, mantêm plano de complementação de benefícios de aposentadoria (a seguir denominado “Plano”), administrado junto à entidade aberta de previdência privada. O Plano pode ser segregado em dois grupos distintos de participantes que percebem benefícios diferenciados, a saber: a) Plano Não Fundadores - Participam 14.016 empregados e dirigentes (9.768 em 2004) inscritos no Plano a partir de 1º de agosto de 1994. Em dezembro de 2002, a Companhia promoveu a alteração deste plano da modalidade de “benefício definido - BD” para “contribuição definida - CD”, resultando em um evento de liquidação antecipada do plano de benefício, cujos efeitos foram reconhecidos no resultado do exercício de 2002. Em maio de 2003, os direitos adquiridos pelos participantes do plano “BD” - relativos aos serviços passados - foram mensurados com base em avaliação atuarial, resultando em valores individuais de reservas matemáticas, cuja correspondente quantia monetária foi apontada em contas individuais no plano “CD”. O excedente dos fundos patrimoniais do plano “BD” sobre o total de reservas individuais migradas para o plano “CD” resultou em um ativo atuarial de R$7.782 (R$11.545 no consolidado) registrado a crédito do resultado operacional do exercício da Companhia. Em conformidade com a Deliberação CVM 371/00, o saldo excedente foi registrado como despesa antecipada, na extensão em que irá reduzir futuras contribuições das companhias ao plano. O custo do plano “CD” é compartilhado entre os participantes e as companhias, podendo a parcela de contribuição das companhias variar entre 50% e 200% da contribuição do participante, conforme tabela progressiva em função da faixa etária do empregado. Em 2005, a contribuição ao plano “CD” reconhecida no resultado do exercício da Companhia em 2005 e 2004 foi de R$4.952 e R$6.751 (R$9.222 e R$11.545 no consolidado), respectivamente. b) Plano Fundadores - Participam 39 empregados e dirigentes (52 em 2004) inscritos no Plano antes de 1º de agosto de 1994. Neste Plano, em que a modalidade é a de benefício definido - “BD”, os seguintes benefícios são oferecidos: • Aposentadoria por tempo de serviço para os participantes contribuintes que se tornam elegíveis de acordo com os critérios do plano de benefícios - o benefício é equivalente a 85% do salário nominal indicado na proposta de inscrição menos o valor da pensão da aposentadoria pago pelo INSS; • Aposentadoria por invalidez total e permanente - definido como 70% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago de forma vitalícia; • Pensão aos cônjuges - definido como 50% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago de forma vitalícia; • Pensão aos filhos - definido como 30% do valor do benefício de aposentadoria por tempo de serviço e pago até o filho mais jovem completar 21 anos de vida; e • Benefício mínimo - renda mensal vitalícia de 10% do salário. As companhias contribuem com 85% do custo total, acrescido da parcela do participante que exceder 8% do salário. Em função de recursos excedentes no FGB (Fundo Gerador de Benefícios), as companhias não efetuaram contribuições nos exercícios de 2005 e 2004 para formação das reservas do Plano. Os métodos atuariais adotados são aqueles geralmente aceitos pela comunidade internacional de atuária, pela legislação brasileira em geral e pela NPC 26, em particular, tendo sempre em vista o longo prazo previsto para a integralização dos compromissos. No estudo atuarial, efetuado por atuário independente na data-base de 31 de dezembro de 2005, foram adotados o método atuarial de Crédito Unitário Projetado e as seguintes hipóteses econômicas e biométricas: Hipóteses econômicas (taxas nominais): Taxa de desconto da obrigação atuarial 11,30% a.a. Taxa de retorno esperado dos investimentos 11,30% a.a. Crescimento salarial médio 7,10% a.a. Reajuste do benefício do Plano 5% a.a. Taxa estimada de inflação de longo prazo, incorporada nas demais taxas 5% a.a. Fator de capacidade salarial e de benefícios 0,98 Hipóteses biométricas: Tábua de mortalidade (ativos) AT49 Tábua de mortalidade (inválidos) IAPB-57 Tábua de entrada em invalidez Alvaro Vindas com 4 anos de agravamento Rotatividade Fundadores: 6% a.a. Não Fundadores: - [45% ÷ (TS +1)] se salário < 10 SM; - [30% ÷ (TS +1)] se salário >10 SM <20 SM; - [15% ÷ (TS +1)] se salário > 20 SM; onde TS - Tempo de Serviço SM - Salário Mínimo Outros fatores: Idade de aposentadoria 60 anos % de casados na data da aposentadoria 95% Diferença de idade entre os cônjuges Esposa 4 anos mais jovem que o esposo A conciliação dos ativos e passivos em 31 de dezembro é como segue: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Valor presente das obrigações atuariais com cobertura 12.469 14.197 34.319 32.054 Valor presente das obrigações atuariais a descoberto Valor presente das obrigações atuariais 12.469 14.197 34.319 32.054 Valor justo dos ativos do plano (3.560) (8.749) (5.594) (15.205) Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos do plano 8.909 5.448 28.725 16.849 Perdas atuariais não reconhecidas 3.698 8.139 (2.412) 9.353 Custo do serviço passado não reconhecido Passivo atuarial líquido 12.607 13.587 26.313 26.202 A movimentação do passivo atuarial líquido no exercício é como segue: Controladora 2005 2004 Passivo atuarial líquido no início do exercício 13.587 11.235 Despesa reconhecida no resultado do exercício 2.359 2.352 Efeito decorrente da liquidação antecipada no plano de benefício (3.339) Passivo atuarial líquido no final do exercício

12.607

13.587

Consolidado 2005 2004 26.202 20.329 3.450 5.873 (3.339)

-

26.313

26.202

A composição da despesa (receita) total reconhecida no resultado do exercício é como segue: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Custo do serviço corrente 2.591 3.101 3.361 5.624 Juros sobre as obrigações atuariais 1.027 1.466 2.799 3.403 Rendimento dos ativos do plano (277) (996) (1.044) (1.683) Amortização de ganhos e perdas atuariais (532) (789) (820) (754) Contribuição de empregado (450) (430) (846) (717) Despesa (Receita) total reconhecida no resultado

2.359

2.352

3.450

5.873

A previsão da despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício subsequente à data de encerramento das demonstrações contábeis é como segue: Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 Custo do serviço corrente 2.801 3.196 4.881 4.968 Juros sobre as obrigações atuariais 1.386 1.604 3.833 3.622 Rendimento dos ativos do plano (402) (988) (632) (1.718) Amortização de ganhos e perdas atuariais (358) (968) 224 (968) Contribuição de empregado (421) (454) (819) (826) Despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício seguinte 3.006 2.390 7.487 5.078 18. Plano de Assistência Médica Em dezembro de 2002, a Companhia, juntamente com outras empresas do grupo Brasmotor, instituiu plano de assistência médica que garante a manutenção de cobertura vitalícia exclusivamente ao grupo de empregados aposentados até 31 de dezembro de 2002 e seus beneficiários. Este grupo conta com 706 participantes assistidos em gozo do benefício. As despesas decorrentes do benefício oferecido são suportadas integralmente pela Companhia e demais empresas patrocinadoras. O passivo atuarial constituído em decorrência da instituição do novo plano de assistência médica foi de R$24.799 (R$28.785 no consolidado). Em março de 2003, a Companhia ofereceu aos participantes do plano, um programa opcional de pagamento de pecúlio, resultando em redução parcial das obrigações no valor de R$6.577, reconhecido no resultado do exercício. Os métodos atuariais adotados são aqueles geralmente aceitos pela comunidade internacional de atuária, pela legislação brasileira em geral e pela NPC 26, em particular, tendo sempre em vista o longo prazo previsto para a integralização dos compromissos. No estudo atuarial, efetuado por atuário independente na data de 31 de dezembro de 2005, foram adotados o método atuarial de Crédito Unitário Projetado e as seguintes hipóteses econômicas e biométricas: Taxa nominal de desconto 11,30% a.a. Retorno esperado dos investimentos N/A Taxa de crescimento nominal dos custos médicos 8,15% a.a. Taxa de aumento na utilização da assistência médica 3% a.a. Taxa estimada de inflação de longo prazo, incorporada nas demais taxas nominais 5% a.a. Tábua biométrica de mortalidade geral UP-94 com 2 anos de agravamento A conciliação dos ativos e passivos em 31 de dezembro de 2005 é como segue: Controladora Valor presente das obrigações atuariais com cobertura Valor presente das obrigações atuariais a descoberto Valor presente das obrigações atuariais Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos do plano Ganhos atuariais não reconhecidos Custo do serviço passado não reconhecido Passivo atuarial líquido A movimentação do passivo atuarial líquido no exercício é como segue: Controladora

Consolidado

26.053 26.053

33.240 33.240

26.053 (4.198) (4.227)

33.240 (6.463) (4.227)

17.628

22.550 Consolidado

2005

2004

2005

2004

Passivo atuarial líquido no início do exercício Despesa reconhecida no resultado do exercício Contribuição da patrocinadora vertidas no exercício

16.423 2.477 (1.272)

15.113 2.230 ( 920)

20.806 3.332 (1.588)

19.258 2.755 (1.209)

Passivo atuarial líquido no fim do exercício

17.628

16.423

22.550

20.804

A despesa reconhecida no resultado de 2005 da Companhia no montante de R$2.477 (R$3.332 no consolidado) refere-se aos custos dos serviços, juros sobre as obrigações atuariais e perdas atuariais não reconhecidas. A composição da despesa (receita) total reconhecida no resultado do exercício é como segue: Controladora Consolidado Juros sobre as obrigações atuariais Amortização de ganhos e perdas atuariais Custo do serviço passado não reconhecido Despesa total reconhecida no resultado do exercício

2005

2004

2005

2004

2.343 61 73 2.477

2.120 110 2.230

3.120 139 73 3.332

2.641 114 2.755 (continua)


terça-feira, 28 de março de 2006

Roaming da Tim está presente também na Ásia e em áreas de 3G; a Vivo vai lançar um telefone mundial para facilitar o acesso de seus assinantes

Lançamentos Convergência Te l e f o n i a Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

TIM PASSA A TER COBERTURA EM 151 PAÍSES PARA SERVIÇO DE VOZ

A Vivo e a Claro também estão ampliando suas coberturas de roaming internacional

Operadoras ampliam cobertura internacional para voz e dados iajar é uma das melhores coisas do mundo, principalmente de férias. Imagine-se numa ilha grega em frente ao azul do mar Egeu e, atrás, aquelas casinhas todas branquinhas. Dá uma vontade enorme de ligar para um amigo ou parente e contar sobre a inacreditável paisagem. Mas executivos também viajam muito a trabalho para o exterior e precisam se comunicar com suas empresas no Brasil. Por isso, as operadoras se movimentam para oferecer aos assinantes um serviço de roaming internacional cada vez mais amplo e facilitado. A Tim anunciou, na semana passada, a sua cobertura em 151 países para serviço de voz, graças a parcerias com 247 operadoras de GSM e UMTS (esta de terceira geração), e em 68 países para o tráfego de dados, como MMS, videomensagens, conexão com laptops e PDAs para acesso à internet. Segundo o gerente de roaming da Tim, Eduardo Resende, o assinante que for para a Ásia (China, Coréia, Filipinas, Hong

Kong, Indonésia, por exemplo) e ao Kwait terá o mesmo serviço de voz já disponível na América do Sul, Europa e Estados Unidos. É claro que em países onde só funciona a 3G (Japão, Coréia), o assinante, ao chegar, terá de trocar de aparelho (compatível com a tecnologia) junto à operadora local, mas mantém o seu Tim chip ou seja, seu número e informações contidas no celular brasileiro. Ao sair do país, o aparelho é devolvido. "Estamos negociando parcerias com operadoras de países onde predomina a rede CDMA para permitir mais mobilidade e conforto ao nosso cliente". Mas só para clientes de planos pós pago. Resende lembra que o assinante da Tim não precisa trocar o número do celular do Brasil, e que em regiões onde os executivos viajam muito a trabalho como Estados Unidos, Alemanha, Itália e França a cobertura GSM é completa, ou seja abrange todo o país. Outra novidade para o viajante é o Guia de Viagem, um serviço online (no

site) que dá dicas sobre os lugares de destino do assinante, curiosidades sobre a cultura local, clima, moeda, idioma, os vistos para entrar no país, códigos para ligações de longa distância internacional, fuso horário, telefones úteis de emergência e preços das chamadas. As tarifas dependem do país. Na França, por exemplo, serão cobrados em média R$ 3,58 (o minuto) para chamadas locais e R$ 8,46, chamadas para o Brasil. O envio de torpedos sai mais barato: entre R$ 0,83 e R$ 1,25. Na América do Sul, a Tim fez parcerias com as operadoras locais para que o assinante pague uma tarifa unificada em qualquer país que estiver e a preços 40% mais baixos, tanto para voz como para dados. Em expansão – A Vivo e Claro também estão ampliando suas coberturas de roaming internacional. A Claro está em cerca de 130 países e as tarifas também dependem dos países e das operadoras. Chamadas locais dentro da França estão cotadas

em dólares e saem por US$ 1,54 no horário de pico, enquanto que as chamadas para o Brasil mais baratas estão por US$ 2,54 fora do horário de maior tráfego. A Vivo está lançando um novo produto para ampliar sua cobertura em 170 países. Trata-se do aparelho da Motorola GlobalMoto, um telefone mundial multimídia para operar em roaming automático em qualquer continente, mesmo em países onde a rede CDMA não está disponível. Nesses países –especialmente Europa e alguns da América Latina, onde o GSM predomina– o usuário clica no ícone Vivo no Mundo localizado na tela do celular e escolhe o item Outras Localidades. Tanto a voz como SMS estão disponíveis. Se o usuário não quiser pagar por um novo aparelho (cerca de R$ 1.000), deve solicitar à Vivo, com dois dias de antecedência, o Kit Vivo no Mundo, que inclui outro aparelho para o roaming internacional. Barbara Oliveira


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 15

MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS CNPJ/MF nº 59.105.999/0001-86 - NIRE nº 3530003501-1 - Companhia Aberta Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar - São Paulo, SP

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) A composição da despesa total a ser reconhecida no resultado do exercício subsequente à data de encerramento das demonstrações contábeis é como segue: Controladora Consolidado 2006 2005 2006 2005 Juros sobre as obrigações atuariais 2.855 2.139 3.649 2.916 Perdas atuariais não reconhecidas 79 60 142 138 Custo do serviço passado não reconhecido 219 219 Despesa total reconhecida no resultado do exercício seguinte 3.153 2.199 4.010 3.054

19. Seguros Contratados (Não Auditada) Em 31 de dezembro de 2005, a cobertura de seguros contra incêndio, roubo, colisão e riscos diversos sobre bens do ativo imobilizado, produtos em estoques e lucros cessantes é considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais sinistros. 20. Instrumentos Financeiros A Companhia executa operações envolvendo instrumentos financeiros com o objetivo de reduzir os riscos relacionados às flutuações nas taxas de câmbio. Esses instrumentos financeiros estão basicamente representados por “swap” de moedas e por descontos e antecipações de cambiais de exportação e estão registrados no balanço patrimonial ao seu valor de mercado. Em 2005 e 2004 os

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito - Presidente Ernesto Heinzelmann - Vice-Presidente Antônio Mendes

Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito - Diretor Presidente João Carlos Costa Brega - Diretor Relações com Investidores

ganhos de R$53.246 e R$16.381 (R$130.833 e R$43.016 consolidado), respectivamente, referentes às operações que se encerraram no período foram registrados ao Resultado do Exercício. O valor estimado de mercado dos empréstimos a longo prazo, considerando a taxa de juros atualmente praticada pelo mercado para operações de risco e prazo similares, não apresenta diferença significativa em relação aos saldos contábeis. Adicionalmente, o valor contábil dos instrumentos financeiros referentes aos demais ativos e passivos equivale aproximadamente ao seu valor de mercado. Todos os instrumentos financeiros mantidos pela Companhia estão registrados contabilmente em 31 de dezembro de 2005. A administração dessas operações é efetuada por meio de definição de estratégias, estabelecimento de sistemas de controle, determinação de limites de posições e monitoramento dos riscos envolvidos.

José Aurélio Drummont Junior Emerson Maria do Valle

Ricardo Leon Toutin Acosta Gilberto Moacir de Oliveira Teixeira

Arlete Amoroso Contadora - CRC 1SP218671/O-4

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS 1. Examinamos os balanços patrimoniais, individuais e consolidados, da MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações, individuais e consolidadas, do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da

MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, individuais e consolidadas, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Directa Auditores CRC 2SP013002/O-3

São Paulo, 25 de janeiro de 2006. Clóvis Ailton Madeira CT CRC Nº 1SP106895/S-8

Cesar de Alencar Leme de Almeida CT CRC Nº 1SP151681/O-0

Divulgação

BALANÇOS NOVA GASÔMETRO S.A.

CNPJ 45.356.466/0001-62 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - (R$ 1) Srs. Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas, as demonstrações contábeis referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005. Permanecemos ao inteiro dispor dos Srs. acionistas para quaisquer esclarecimentos julgados necessários. São Paulo, 00/00/06. A Diretoria Período 01/Jan/2005 01/Jan/2004 a 31/Dez/2005 a 31/Dez/2004 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - (R$ 1) RECEITA BRUTA 5.727.227 6.775.434 ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 CIRCULANTE 2.845.740 2.416.854 Prestação de serviços 5.727.227 6.775.434 CIRCULANTE 1.475.544 1.221.066 DISPONIBILIDADES 24.677 107.526 Salários a pagar 27.190 28.399 DEDUÇÕES (1.324.062) (1.736.342) Caixa e bancos 24.677 107.526 Provisão para férias e encargos 153.999 144.546 Descontos e abatimentos (789.443) (1.236.172) DIREITOS REALIZÁVEIS 2.821.063 2.309.328 Imposto de renda e contribuição social 0 48.781 Impostos e contribuições (534.619) (500.170) Clientes 2.500.235 2.040.941 Impostos, taxas e contribuições diversas 251.649 294.056 RECEITA LÍQUIDA 4.403.165 5.039.092 Adiantamento a funcionários 0 102.900 Fornecedores 288.862 304.162 LUCRO BRUTO 4.403.165 5.039.092 Impostos a recuperar 28.540 78.513 Empréstimos e financiamentos 552.722 200.000 DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS (5.307.570) (6.361.724) Outros direitos realizáveis 292.288 86.974 Débitos com pessoas ligadas 201.122 201.122 Despesas gerais e administrativas (4.253.476) (4.534.868) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 195.596 188.489 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 62.860 80.461 Despesas comerciais (1.466.877) (1.075.193) DIREITOS REALIZÁVEIS 195.596 188.489 Imposto de Renda e Contribuição Social 62.860 80.461 Despesas financeiras (461.011) (1.323.825) Depósitos judiciais 188.489 188.489 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 17.272.818 18.097.460 Receitas financeiras 624.338 208.424 Outros direitos realizáveis 7.107 0 Capital realizado 19.515.640 19.515.640 Outras receitas operacionais 249.456 363.738 PERMANENTE 15.769.886 16.793.644 Subscrito 19.515.640 19.515.640 RESULTADO OPERACIONAL (904.405) (1.322.632) Investimentos 16.723 16.723 Reservas de capital 191.500 191.500 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 79.763 17.066 Participações diversas 16.723 16.723 Investimentos incentivados 59.328 59.328 RESULTADO ANTES DO IMP. DE RENDA (824.642) (1.305.566) Imobilizado 15.753.163 16.776.921 Legal 132.172 132.172 (824.642) (1.305.566) Imóveis 24.387.667 24.387.667 Resultados acumulados (2.434.322) (1.609.680) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - Por ação do capital social final (0,0029) (0,0046) Equipamentos e instalações 991.538 991.538 TOTAL 18.811.222 19.398.987 Equipamentos e instalações de escritório 393.910 393.910 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLIC. DE RECURSOS - (R$ 1) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Outras imobilizações 1.531.061 1.531.061 Período 01/Jan/2005 01/Jan/2004 PERÍODO DE 01/JANEIRO/2004 A 31/DEZEMBRO/2005 Depreciação acumulada (11.551.013) (10.527.255) Reservas de Capital a 31/Dez/2005 a 31/Dez/2004 TOTAL 18.811.222 19.398.987 Contas Cap. Invests. Resultado ORIGENS DE RECURSOS 434.404 458.786 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEM. CONTÁBEIS EM 31/12/2005 Especificações Social Incents. Legal Acums. Total DE OPERAÇÕES 434.404 323.633 Nota 1. Contexto Operacional - A Companhia atua no mercado brasileiro Sdos em 01/01/04 19.515.640 59.328 132.172 (831.767)18.875.373 Movimentação de recursos: no ramo de exploração de centro de exposições e locação de espaços e Aj. de exerc. anters 0 0 0 527.653 527.653 - Prejuízo líquido do exercício (589.354) (1.305.566) unidades imobiliárias, no Município de São Paulo, Estado de São Paulo. Prej. do exerc. 0 0 0 (1.305.566) (1.305.566) - Depreciação 1.023.758 1.101.546 Nota 2. Base de Elaboração e Apresentação das Demonstrações Sdos em 31/12/04 19.515.640 59.328 132.172 (1.609.680)18.097.460 - Ajuste de exercícios anteriores 0 527.653 Contábeis - As Demonstrações Contábeis são de responsabilidade da Juros s/cap. próprio 0 0 0 (235.288) (235.288) DOS ACIONISTAS E TERCEIROS 0 135.153 administração e foram elaboradas com observância das disposições Prej. do exercício 0 0 0 (589.354) (589.354) Baixa de bens do permanente 0 135.153 contidas na Lei das Sociedades por Ações e práticas contábeis adotadas Sdos em 31/12/05 19.515.640 59.328 132.172 (2.434.322)17.272.818 APLICAÇÃO DE RECURSOS 259.996 19.801 no Brasil. Nota 3. Sumário das Principais Práticas Contábeis. Dentre os empresa. Os valores não sofreram atualização monetária no exercício de COM ACIONISTAS E TERCEIROS 259.996 19.801 principais procedimentos adotados na elaboração das demonstrações 2005. Nota 5. Capital Social - O capital social da empresa, totalmente Redução do exigível a longo prazo 17.601 17.601 contábeis, ressaltamos: a) Apuração do Resultado - As receitas e integralizado no montante de R$ 19.515.640,48, pertence a acionistas Aplicações no imobilizado 0 2.200 despesas foram apropriadas de acordo com o regime de competência. b) domiciliados no país e está composto por 284.478.103 ações ordinárias Aumento no realizável a longo prazo 7.107 0 Contas a Receber de Clientes - Refere-se a valores a receber de clientes nominativas. A Companhia, conforme prevê a legislação fiscal, optou por Juros sobre o capital próprio 235.288 0 e estão reduzidas conforme o caso, mediante provisão aos seus valores destinar a título de remuneração a seus acionistas, crédito e pagamento VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 174.408 438.985 prováveis de realização. c) Provisão para Devedores Duvidosos - O saldo de juros sobre o capital próprio, apurados com base na variação da TJLP ATIVO CIRCULANTE 428.886 (358.513) total da conta provisão para perdas com créditos é de R$ 2.365.981,54, sobre o Patrimônio Líquido, cujo montante totalizou R$ 235.287,82, no No início do período 2.416.854 2.775.367 sendo que para o exercício de 2005, a companhia apropriou como despesa exercício de 2005. Os juros sobre o capital próprio, para fins fiscais, foram No fim do período 2.845.740 2.416.854 dedutível provisão para perdas no valor de R$ 466.500,56. d) Investimentos reconhecidos no resultado do exercício. Contudo, para fins de apresentação PASSIVO CIRCULANTE 254.478 (797.498) - Estão demonstrados pelo custo de aquisição, acrescido de correção das demonstrações contábeis, foram re-classificados para o patrimônio No início do período 1.221.066 2.018.564 monetária até 31 de dezembro de 1995, de acordo com a Lei n.º 9.249/95. líquido, na rubrica “Lucros Acumulados”. No fim do período 1.475.544 1.221.066 e) Imobilizado - O ativo imobilizado está registrado pelo custo de aquisição Domingos Paulo Orlando - Presidente; José Tizieira Géa Filho - Vice Presidente; Rigo D’etore - Diretor ou construção, acrescido de reavaliações realizadas em exercícios Direto Contabilidade Ltda. - 2 SP019566/O-5 - Silvinei Cordeiro Toffanin - TC CRC/SP 192.085/O-6 anteriores, deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES linear, utilizando-se taxas que levam em consideração a vida útil econômica bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em Ilmos. Srs. dos bens nas seguintes alíquotas anuais: conjunto. Edificações ............................................................................................. 4% DIRETORES E ACIONISTAS da 3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo Máquinas, equipamentos e instalações .............................................. 10% NOVA GASÔMETRO S/A “1”, representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a São Paulo, SP. Móveis e utensílios ............................................................................... 10% Veículos ................................................................................................ 20% 1) Examinamos o balanço patrimonial da NOVA GASÔMETRO S/A, le- posição patrimonial e financeira da NOVA GASÔMETRO S/A, em 31 de Software e equipamentos de informática ............................................ 20% vantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu f) Demais Ativos Circulantes - Esses ativos são apresentados ao valor resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, referente de custo, acrescido dos rendimentos e das variações monetárias auferidas, de recursos, correspondente ao exercício findo naquela data, elaborados aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as Práticas Contábeis quando aplicáveis. g) Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a adotadas no Brasil. 4) As demonstrações contábeis da empresa datadas de 31 de dezembro Lucro - O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. contabilizados pelo regime de competência conforme a legislação vigente. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de audito- de 2004, foram revisadas por outros Auditores Independentes, que emitih) Provisão para Férias - A provisão para férias e os respectivos encargos ria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a ram parecer sem ressalva, datado de 16 de março de 2005. sociais estão calculados com base nos períodos aquisitivos, apropriados relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de até 31 de dezembro de 2005. Nota 4. Realizável a Longo Prazo - Está controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, Cláudio Wagner composto da seguinte forma: a) Depósitos Judiciais - Refere-se a das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações Contador CRC/RS 48.422 “S” SP 2.431 CRC 2SP021.030/O-2 depósitos judiciais efetuados provenientes de ações movidas contra a contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas

BROOKLYN EMPREENDIMENTOS S/A CNPJ/MF nº 61.364.022/0001-25 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 31 de dezembro de 2004, apresentadas de forma comparativa, compreendendo o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, acompanhadas das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição dos senhores acionistas para quaisquer outros esclarecimentos adicionais. São Paulo, 15 de março de 2006 Balanço Patrimonial em 31 de dezembro (Em Reais) Ativo 2005 Circulante Disponível 703.745 Compromissários compradores de imóveis – Contas a receber 4.306.494 Aplicações financeiras 89.483.137 Títulos a receber 106.384.366 Demais valores a receber 63.720.026 Estoques 2.298.838 Despesas pagas antecipadamente 2.695 Total do circulante 266.899.301

2004 733.535 67.096 4.860.162 112.285.686 156.690.323 54.727.769 2.305.367 – 331.669.938

Realizável a longo prazo Depósitos judiciais Contas correntes com controlada Devedores diversos Total do realizável a longo prazo

20.961.904 464.464 59.751 21.486.119

20.182.147 464.464 40.338 20.686.949

Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do permanente Total do ativo

69.343.353 47.266.920 332.234 116.942.507 405.327.927

5.846.438 48.664.136 397.623 54.908.197 407.265.084

Passivo Circulante Contas a pagar Obrigações sociais e tributárias Provisão para I.R.P.J. Provisão para C.S.L.L. Provisão para pagtos.a efetuar Demais valores a pagar Total do circulante Exigível a longo prazo Contas correntes Provisão para pagtos.a efetuar Total do exigível a longo prazo Resultado de exercícios futuros Rendas antecipadas a apropriar Total do resultado de exercícios futuros Patrimônio líquido Capital social Reserva de reavaliação Reservas de lucros Lucros ou prejuízos acumulados Total do patrimônio líquido Total do passivo

2005

2004

13.837.465 18.205.594 18.701.380 8.291.171 283.226.590 1.969.798 344.231.998

14.216.153 19.459.140 18.701.380 8.217.113 262.566.805 2.404.065 325.564.656

– 17.578 17.578

120 17.578 17.698

4.193.335 4.193.335

4.193.335 4.193.335

24.515.589 24.346.329 3.301.243 4.721.855 56.885.016 405.327.927

24.506.574 24.865.405 3.301.243 24.816.173 77.489.395 407.265.084

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Em Reais) Capital social Reservas de Reservas Lucros ou prejuízos Patrimônio realizado lucros reavaliação acumulados líquido Saldos em 31/12/2003 24.520.008 3.301.243 25.384.481 47.347.895 100.553.627 Realização da reserva de reavaliação – – (519.076) 519.076 – Ações em tesouraria (13.434) – – – (13.434) Ajuste de exercícios anteriores – – – (1.219.591) (1.219.591) Prejuízo do exercício – – – (21.831.207) (21.831.207) Saldos em 31/12/2004 24.506.574 3.301.243 24.865.405 24.816.173 77.489.395 Realização da reserva de reavaliação – – (519.076) 519.076 – Ações em tesouraria 9.015 – – – 9.015 Ajuste de exercícios anteriores – – – 12.464 12.464 Dividendos a distribuir – – – (11.999.856) (11.999.856) Prejuízo do exercício – – – (8.626.002) (8.626.002) Saldos em 31/12/2005 24.515.589 3.301.243 24.346.329 4.721.855 56.885.016 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Pedra Preta S/A Agropecuária em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Controladas e coligadas 2005 2004 2.785.697.965 2.785.697.965 1) Contexto operacional - A empresa tem por objetivo social a atividade Quantidade de ações Participação no capital social (%) 93,26 93,26 preponderante de participação no capital de outras sociedades. 1 1 2) Principais diretrizes contábeis - 2.a) Apuração do resultado: O resul- Capital realizado atualizado 250.034 268.112 tado é apurado pelo regime de competência. As demonstrações financeiras Patrimônio líquido contábil (9) (6.041) em 31/12/2005, estão sendo apresentadas de acordo com os princípios Lucro contábil (8) (5.634) contábeis previstos na legislação societária. 2.b) Ativo Circulante e Reali- Resultado da particip. em colig. e controlada Solanis Corporation zável a Longo Prazo: Os ativos estão demonstrados pelos valores de rea2005 2004 lização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetá- Controladas e coligadas 27.000.000 N/A rias e cambiais auferidas. 2.c) Permanente: Os valores dos bens estão de- Quantidade de ações 100 N/A monstrados pelo custo de aquisição, combinados com os seguintes aspec- Participação no capital social (%) 63.198.900 N/A tos : 2.c.1) Participações societárias em controladas e coligadas: avali- Capital realizado atualizado 63.483.230 N/A adas pelo método de Equivalência Patrimonial; 2.c.2) Depreciação do ati- Patrimônio líquido contábil 284.330 N/A vo imobilizado: reconhecida pelo método linear, utilizando-se as taxas que Lucro contábil Resultado da particip. em colig. e controlada (3.329.770) N/A levam em consideração a vida útil econômica dos mesmos, conforme tabe2005 2004 la da nota 5. 2.d) Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo: São de351.927 338.241 monstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando apli- Investim. em coligs. / controladas - no País Investim. em coligs. / controladas - no exterior 63.483.230 – cável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. Outros investimentos 5.508.197 5.508.197 3) Aplicações financeiras 2005 2004 69.343.354 5.846.438 Fundos de investimento em renda fixa 82.217.187 110.543.839 5) Imobilizado 2005 Taxa Fundos de investimento em renda variável 1.304.887 2.598 Deprec. anual de Títulos de renda fixa 5.389.449 1.059.383 Custo acumulada Líquido deprec. Investimentos em ações - CP 566.608 679.866 Imóveis - terrenos 18.888.424 – 18.888.424 Liquidez imediata 5.006 – Edificações 60.112.679 34.425.345 25.687.334 4% 89.483.137 112.285.686 Instalações 2.606.355 1.972.580 633.775 10% 4) Investimentos SUPREV Serviços, Consultoria Máquinas e equiptºs 646.207 381.471 264.736 10% e Assessoria em Previdência Móveis e utensílios 962.229 923.350 38.879 10% Privada S/S Ltda. Equiptºs proc. de dados 1.650.572 1.092.800 557.772 20% Controladas e coligadas 2005 2004 Veículos 13.300 11.613 1.687 20% Quantidade de ações 1.500 1.500 Equipamentos telefonia 630.544 621.903 8.641 10% Participação no capital social (%) 33,33 33,33 Equipamentos segurança 59.046 53.261 5.785 10% Capital realizado atualizado 1.500 1.500 Direitos de uso telefones 11.846 – 11.846 Patrimônio líquido contábil 305.711 264.623 Obras em andamento 15.107 – 15.107 Lucro contábil 40.789 29.550 Marcas e patentes 2.934 – 2.934 Resultado da particip. em coligada e controlada 13.695 14.996 Imobilizações em curso 1.150.000 – 1.150.000

Auditores fiscais se mobilizam por reajuste de salário

O

s auditores fiscais da Receita Federal decidiram realizar uma mobilização de advertência em todo o País hoje e amanhã para reivindicar melhores salários. De acordo com os cálculos da vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal

Demonstração dos Resultados dos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em Reais) Receitas operacionais 2005 2004 Rendas financeiras 30.237.280 37.314.710 Rendas imobiliárias 10.085.869 8.792.521 Rendas patrimoniais 11.410.625 1.532.146 Receita bruta 51.733.774 47.639.377 Despesas operacionais Administrativas 15.529.773 14.168.296 Pessoal 1.542.023 2.426.281 Financeiras 33.798.747 44.738.218 Tributárias 3.019.233 3.320.461 Patrimoniais 3.083.533 2.391.423 Prejuízo operacional (5.239.535) (19.405.302) Receitas e despesas não operacionais Ganhos (ou perdas) de capital (70.383) 14.997 Variação patrimonial incorporação/colig – (2.455.440) Resultado da avaliação de investimentos (3.316.084) 14.538 Prejuízo não operacional (3.386.467) (2.425.905) Prejuízo do exercício (8.626.002) (21.831.207) Quantidade de ações do capital social 33.798 33.798 Prejuízo por ação (255,22) (645,93) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em Reais) Origens dos recursos 2005 2004 Das operações sociais Prejuizo do exercício (8.626.002) (21.831.207) Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante: Equivalência patrimonial 3.316.084 (14.997) Depreciações e amortizações 2.684.107 2.498.175 Ajustes de exercícios anteriores 12.464 (1.219.591) Prejuizo (lucro) na venda de imobilizado 70.383 (14.538) Perdas em investimentos – 37.181 Dos acionistas Aumento (redução) do exigível a longo prazo (120) 17.697 De terceiros Redução do realizável a longo prazo 344.946 96.277 Baixa de bem do imobilizado ( vr. de venda) 203.000 22.000 Total dos recursos obtidos (1.995.138) (20.409.003) Aplicações de recursos No realizável a longo prazo 1.144.115 349.590 Adições em investimentos 66.813.000 19.011 Adições no imobilizado 1.478.562 1.486.955 Aumento no diferido 16.322 355.784 Aquisição de ações próprias 8 4.412 Reclassificação contábil aquis ações próprias (9.022) 9.022 Distribuição de lucros 11.999.856 – Total das aplicações 81.442.841 2.224.774 Redução no capital circulante (83.437.979) (22.633.777) Variação do capital circulante Ativo circulante: No fim do exercício 266.899.301 No início do exercício 331.669.938 (64.770.637) Passivo circulante: No fim do exercício 344.231.998 No início do exercício 325.564.656 18.667.342 Redução no capital circulante (83.437.979)

331.669.938 319.501.157 12.168.781 325.564.656 290.762.098 34.802.558 (22.633.777)

6) Contas a pagar - Do saldo da conta, os principais valores são os que seguem: 6.a) Juros TJLP de acionistas no valor de R$ 2.404.460,47, referente ao período de 2003 e 2004; 6.b) Valores a pagar aos acionistas minoritários pelo resgate de ações preferenciais R$ 5.209.297,03; 6.c) Valores a pagar aos acionistas minoritários pela redução do Capital Social R$ 2.548.829,04; 6.d) Valores a pagar aos acionistas pela distribuição de dividendos AGOE de 29/04/05 R$ 3.649.856,08. 7) Obrigações sociais e tributárias - Do saldo apresentado na conta, R$ 17.311.026,64 referem-se a PIS e COFINS (Lei 9718/98), que estão sendo questionados judicialmente. A sociedade está amparada por liminar com suspensão de exigibilidade e dispensa de depósitos judiciais. As provisões para PIS referem-se às competências de abril/1999 a nov/2002. As provisões para COFINS referem-se às competências de maio/1999 a janeiro/2004. 8) Capital social - O capital social está representado por 33.798 ações ordinárias. Paulo Pompéia Gavião Gonzaga - Diretor Presidente José Roberto Martinez de Camargo - Diretor Kleber Henke Souza - Contador CRC 1SP181166/P-2

(Unafisco), Maria Lúcia Fattorelli, o salário dos profissionais de início de carreira sofreu uma defasagem de cerca de 70% desde 1995. A Receita Federal possui hoje 7,5 mil auditores fiscais em todo o Brasil. Nos protestos que serão realizados em todo o País, cada delegacia

sindical realizará um tipo de atividade de mobilização, como debate ou encontro com parlamentares e administradores do fisco. Em assembléia nacional realizada ontem, em Brasília, os auditores chegaram a um consenso quanto à data do início da greve: 2 de maio. (AE)

A advogada Fabiola Cassiano Keramidas aconselha clientes a se cadastrarem

ISS: 15 MIL EMPRESAS FIZERAM O CADASTRO

De acordo com a Secretaria de Finanças do Município de São Paulo, 12 mil empresas estão aguardando uma posição do fisco e 1,27 mil não puderam se cadastrar

C

erca de 15 mil prestadoras de serviços já tiveram seus cadastros deferidos pela Prefeitura de São Paulo. Outras 12 mil estão aguardando uma resposta do fisco e 1,27 mil tiveram o cadastro negado. O cadastramento é exigido, conforme a Lei nº 14.042/2005, de todas as empresas com sede fora da cidade de São Paulo, mas que prestam serviços na capital. Caso contrário, elas podem ter o imposto descontado direto na fonte pelo tomador. Desde que entrou em vigor, no início do ano, a exigência tem sido contestada na Justiça. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças, cerca de 133 liminares que livraram os contribuintes do cadastro foram cassadas. Outras 61 estão sendo analisadas nos tribunais. O escritório Trevisioli Advogados tem orientado seus clientes a obedecerem a lei para evitar problemas. Mas, quando a empresa tem dificuldade de se cadastrar, ou tem o pedido negado, o escritório recomenda que a empresa recolha o Imposto sobre Serviços (ISS) somente no município de São Paulo, afirma o advogado Charles Macnaughton. Na opinião da tributarista Fabiola Cassiano Keramidas, do escritório Barreto Ferreira, Kijawski, Brancher e Gonçalves Sociedade de Advogados, para evitar problemas com o

fisco paulista, o escritório tamb é m re c o m e n d a q u e s e u s clientes façam o cadastro, mesmo entendendo que a lei é inconstitucional. "A Prefeitura de São Paulo não tem o poder de fiscalizar empresas de outros municípios", observa. Para ela, a norma fere o princípio da territorialidade e compromete a isonomia tributária prevista na Constituição. De acordo com o advogado Juliano Zimmermann de Freitas, do escritório Martinelli Advocacia Empresarial, pela Lei Complementar nº 116/03, toda empresa de serviço, com exceção das que atuam nos setores de construção civil, limpeza, mão-de-obra temporária e de segurança, deve recolher o ISS na cidade em que está estabelecida sua sede, independente de prestar ou não serviços para outros municípios. Guerra – A nova legislação também enfrenta resistências dos municípios vizinhos. Recentemente, a Prefeitura de Poá entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). De acordo com secretário de Estratégia e Desenvolvimento de Poá, Pedro Campos Fernandes, a arrecadação do ISS corresponde a 25% ou 30% da receita tributária total. O município tem hoje 18 mil empresas cadastradas. Destas, 90% são micros e pequenas empresas. Vivian Costa


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O mercado de telecomunicações caminha para a concentração de poucas operadoras e o grande desafio será não deixar que isso se transforme em monopólio ou cartel Por Guido Orlando Júnior

Automação Lançamentos Convergência Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

AS SUPER CARRIERS IRÃO CONCENTRAR OS SERVIÇOS

Ainda vai demorar alguns anos para que uma operadora possa vir a se tornar uma super carrier

minham nesse sentido. Uma super Carrier será capaz de oferecer os seguintes serviços: Local – Transmissão de voz –telefonia fixa convencional– e serviços de vídeo, através de cabo. Como exemplo, pode ser citada a TV a cabo. Dados – Internet, Intranet, Extranet, VPN (Virtual Private Network, ou Rede Virtual Privada), ATM e Frame Relay. Infra-estrutura – Dutos para o transporte de cabos de fibra ótica e provedor de banda larga, além de gerenciamento. ISP (Internet Service Provider, ou Provedor de internet) – Acesso à internet via banda larga, além do fornecimento de conteúdo. Wireless (Conexão sem fio) – WLL (Wireless Local Loop, ou Acesso à telefonia local sem fio), PCS (Personal Communication System, ou Sistema de Comunicação Pessoal), LMDS (Acesso de Banda Larga sem Fio) e Wireless Data (Dados transmitidos em rede sem a necessidade de fios). Nesse item inclui-se também a telefonia móvel. Telefonia Longa distância – Tanto nacional como internacional, seja ela fixa ou móvel. E-Sourcing, ou Fornecimento de Serviços Eletrônicos – Web Hosting (hospedagem de sites na web), Transactions Compensation (Compensação de transações via comércio eletrônico), E-Banking (Transações bancárias via internet), desenvolvimento de sistemas de serviços de alto nível e aplicações de múltiplas funções. Dá para imaginar qual o tamanho de uma empresa que possua todas essas características. Sem muito esforço, podem ser identificadas no mercado brasileiro algumas empresas que caminham para tornarem-se Super Carrier. Mesmo fora do Brasil ainda não existem operadoras com tamanha abrangência, mas é apenas uma questão de tempo para que comecem a surgir corporações com esse perfil. Paralelamente, surgem várias perguntas: Apesar de tudo indicar que as operadoras caminham nesse sentido, o quanto elas estão preparadas para se tornarem Super Carriers? Qual será o poder de negociação que terão junto aos fornecedores? Qual será o impacto que as super carriers terão no cenário das telecomunicações quanto às questões política, econômica e social? Como fica a cadeia de valores nesse novo cenário? Haverá competitividade ou a tendência é a formação de cartel ou monopólio? Finalmente, como fica o usuário, seja ele corporativo ou não? Qual o poder de escolha ele terá ao ter que escolher um serviço de telecomunicações? As respostas para essas questões ainda não podem ser respondidas, apenas imaginadas.

stá surgindo um novo tipo de operadora de telecomunicação, que irá concentrar serviços tanto corporativos quanto residenciais. No exterior elas já são chamadas de super carriers e em português elas podem ser chamadas de Super Operadoras de Telecomunicações, mas duvido que venham a adotar essa nomenclatura aqui no Brasil. Somos bastante receptivos a expressões em inglês para definir um conceito. Elas surgem a partir da necessidade de empresas desse tipo terem que agregar cada vez mais serviço aos seus negócios, pois está mais do que provado que somente transmissão de voz não é capaz de sustentar financeiramente qualquer operadora. O problema dessas empresas é que, além de terem que captar recursos para sobreviverem no dia-a-dia, necessitam de altas somas tanto para manutenção do parque tecnológico que têm instalado, como para gerar investimentos e poderem oferecer cada vez mais serviços de alta qualidade a um público consumidor cada vez mais exigente. Apesar de ainda demorar alguns anos para que uma operadora possa vir a se tornar uma super carrier, já podem ser notadas no mercado movimentações nesse sentido. Um exemplo recente é a mexicana Telmex. Aqui no Brasil ela adquiriu em pouco tempo a Embratel, a antiga BCP, hoje Claro, e um percentual considerável da operadora a cabo Net. Para confirmar a tese das super carriers, a associação da Embratel com a Net lançou um serviço de telefonia residencial para concorrer diretamente com a Telefônica em São Paulo. Isso porque não bastará apenas fazer um bom planejamento e ter dinheiro em caixa para tornar-se uma super carrier. O jogo é mais complicado do que se imagina. Ele passa por questões políticas, acordos operacionais nacionais e internacionais, aquisições de empresas já estabelecidas e lucrativas, além de abertura de novas áreas de atuação, que atualmente não estão presentes no perfil de qualquer operadora. Esse tipo de empresa será capaz de fornecer qualquer serviço de telecomunicações, desde transmissão de voz –seja ela convencional ou por IP– até complexas conexões entre corporações. O número de super carriers que qualquer mercado pode comportar não passa de três e existem correntes que defendem que não existe espaço para mais do que duas. Isso remete instantaneamente ao temor de que não haverá competição e quem poderá perder será o consumidor, seja ele corporativo ou não, pois ficará à mercê dos preços cobrados pela prestadora de serviço. Esse, aliás, parece ser o maior desafio que as candidatas a super operadoras terão que enfrentar junto aos órgãos públicos reguladores e também aos segmentos organizados da sociedade. Para que o conceito de super carrier fique ainda mais claro, veja abaixo a abrangência de serviços que cada uma poderá oferecer. Tente identificar a movimentação estratégica que vêm ocorrendo no mercado hoje e veja quais operadoras ca-

Poucas operadoras podem concentrar comunicações

gojunior@videopress.com.br

GOOGLE O gigante colocou no ar o Google Finance, site de conteúdo financeiro.

@ Ó RBITA

LG A empresa apresentou a linha 2006, com o lançamento de mais de 80 produtos.

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A

Divulgação

O Nobreak UPS Soho 700 custa a partir de R$ 289

seis tomadas e acompanha saída inteligente, que possibilita a comunicação entre o nobreak e o computador através de um software, permitindo ao usuário efetuar o download

do software inteligente Power NT . O Nobreak UPS Soho 700 custa a partir de R$ 289 Informações pelo tel. (11) 6111-9555 ou no site www.tsshara.com.br

MÍDIA ONLINE BRASIL PERDE BRASIL GANHA PIC 2015 é um filme de oito minutos criado pelos jornalistas norteamericanos Matt Thompson, do periódico Star Tribune, de Minneapolis, e Robin Sloan, da emissora de TV por satélite Current. No curta metragem, o Google é visto como um império de informações tão influente que ameaça até acabar com a mídia tradicional, fazendo-a perder o sentido da própria existência. Confira mais informações no site http://epic. lightover.com/

E

Brasil perde terreno no ambiente para investimentos em tecnologia, quando comparado com seus vizinhos da América Latina, de acordo com o Índice da Sociedade da Informação (ISI), medido pela consultoria espanhola DMR Consulting e pelo Centro para a Empresa LatinoAmericana da Universidade de Navarra. O país fechou o quarto trimestre com 4 44 pontos no índice, 0,8% a menos que no mesmo período do ano anterior, abaixo do Chile , México, Argentina e da média latinoamericana. (AE)

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o índice de tecnologias da informação e da comunicação, de outro lado, a pontuação do Brasil aumentou 8,4%, chegando a 4,12 pontos, acima da média regional de 3,84 pontos. O item que mais contribui para a melhora foram os telefones móveis, que subiram 34,5%, chegando a 458 terminais por mil habitantes. O número de usuários de internet avançou 18,5% no ano, registrando o maior aumento entre os países analisados. No entanto, chegou a 144 usuários por mil habitantes, a menor proporção entre os países analisados. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

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Crise CAI MAIS UM PILAR DO GOVERNO.

Depois da queda de José Dirceu e Antonio Palocci, Lula fica cada vez mais isolado no Palácio do Planalto

MANTEGA É O SUBSTITUTO DE PALOCCI.

Dida Sampaio/AE

homem que conduziu a política econômica com mão-de-ferro caiu duas semanas depois de ser desmentido pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa, que detalhou à CPI dos Bingos o que ocorria em uma mansão alugada no Lago Sul em Brasília por ex-assessores da prefeitura de Ribeirão Preto. O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, envolvido na violação do extrato bancário do caseiro, não aceitou levar a culpa sozinho. E Antonio Palocci acabou pedindo demissão do Ministério da Fazenda. O substituto de Palocci será o presidente do BNDES, Guido Mantega, que ao saber da nomeação garantiu: a política econômica não muda. "Essa política econômica foi a de maior êxito dos últimos 15 anos", justificou. Para o lugar de Mantega na presidência do BNDES vai Demian Fiocca, vice-presidente da instituição. Na vaga de Mattoso, que pediu demissão (leia mais sobre o caso na página 3), entra Maria Fernanda Ramos Coelho, funcionária de carreira da Caixa há 23 anos. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, pediu sua exoneração do cargo em Não vou caráter irrecolocar vogável. P a l o c c i sujeira c a i u d e p o i s embaixo de se ver enre- do tapete dado numa (sobre a série de irreg u la r i d ad e s possibilipara desqua- dade de lificar o casei- preservar ro como teste- Palocci) . munha. Francenildo sus- Jorge tentou que o Mattoso, ministro fre- da Caixa qüentava a mansão. Palocci dissera que jamais esteve lá. No dia seguinte, o caseiro teve seu sigilo bancário violado. O escândalo chegou a seu ápice ontem, com o depoimento do presidente da Caixa à Polícia Federal . Jorge Mattoso fez chegar ao presidente Lula a informação de que iria revelar o papel do ministro no episódio, contando que Palocci recebeu pessoalmente o extrato. "Não vou colocar sujeira embaixo do tapete," disse Mattoso. Lula então concluiu que não seria possível manter o homem forte da economia no cargo. Ao saber da decisão, Palocci tentou dar um caráter amistoso à sua saída do governo. Divulgou uma nota curta e ambígua, onde dizia que decidira pedir "afastamento" do posto, o que lhe garantiria foro privilegiado. Irritado, Lula fez questão de anunciar que o ministro seria demitido. "Agora não dá mais," disse o presidente a um assessor. Palocci estava com o pescoço na guilhotina desde a tarde de domingo, quando se encontrou com Lula e não conseguiu convencê-lo de que seus auxiliares não tinham qualquer responsabilidade na operação criminosa que capturou o sigilo bancário do caseiro e o entregou à revista Época. Ele assegurou ao presidente que as denúncias de Francenildo e as suspeitas sobre seus assessores eram falsas. Mas, os próprios auxiliares de Palocci não resistiram à pressão. Confirmaram que o assessor de imprensa do ministro, Marcelo Netto, foi o responsável por entregar o extrato bancário do caseiro à revista. (Agências)

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Antonio Palocci deixa sua residência em direção ao Palácio do Planalto. Ele sabia que estava na corda-bamba, mas sua cabeça foi entregue pelo presidente da Caixa, Jorge Mattoso. Rose Brasil/ABr

30 INQUÉRITOS AGUARDAM EX-MINISTRO ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci agora é um cidadão comum. Não tem mais foro privilegiado, uma regalia que tinha até ontem e terá de responder pelos atos suspeitos, sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, durante sua segunda gestão como prefeito de Ribeirão Preto. Correm contra ele pelo menos 30 inquéritos civis e criminais. O delegado seccional da cidade, Benedito Antônio Valencise, avisou que indiciará Palocci pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção de agentes públicos, formação de quadrilha e superfaturamento. "Existem provas contra ele por fatos que ocorreram quando ele era prefeito", garante o delegado. O promotor Aroldo Costa Filho, do Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto, diz que a perda do cargo de ministro permite que Palocci seja chamado de imediato para depor tanto na Polícia quanto no Ministério Público. O delegado Benedito Valencise explica que pesam contra Palocci as denúncias feitas pelo advogado Rogério Tadeu Buratti, entre elas a suposta propina de R$ 50 mil mensais paga pela empresa de coleta de lixo Leão & Leão e que era repassada ao diretório nacional do PT durante as administrações de Antônio Palocci Filho (2001 a 2002) e Gilberto Maggioni (2002 a 2004). (Agências)

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Aliados saem. Lula fica isolado. C

om a demissão de Palocci, Lula fica praticamente isolado no Planalto. Perdeu o todo-poderoso ministro político da Casa Civil, José Dirceu, agora perde o homem forte da economia, seu grande trunfo hoje. Além de vários outros petistas que deixaram o Ministério para dar lugar a aliados, caso de Olívio Dutra (Cidades). Lula teve que rebaixar

também Luiz Gushiken, petista histórico que comandou com mão de ferro a Secretaria de Comunicação do Governo, após denúncias de tráfico de influência. A equipe ministerial que enfrentará a campanha à reeleição de Lula é totalmente diferente da que tomou posse em 2003, quando a maioria absoluta dos ministros, mais de 20 em 33 , era do PT, co-

mandados por Dirceu e Palocci. Até novembro passado ainda eram 18 os petistas que comandavam ministérios e secretarias com status de ministério. Hoje, esse grupo está restrito a 13 nomes e prestes a diminuir, por força do prazo de desincompatibilização que obriga os que vão disputar eleição a deixarem o Executivo até o dia 31 – caso de Ciro Gomes e Jaques Wagner.

Ex-assessor de Palocci em Ribeirão Preto, Rogério Buratti denuncia esquema de pagamento de propinas na cidade.

Envolvido em denúncias de corrupção quando era prefeito de Ribeirão Preto, Palocci convoca entrevista coletiva para rebater as acusações.

Ascensão e queda Palocci nomeou o deputado federal Henrique Meirelles, do PSDB, como presidente do Banco Central. Meirelles, ex-presidente mundial do

2003

BankBoston, teve a quebra de seu sigilo autorizada pelo STF, em razão das suspeitas de suposta remessa irregular de dinheiro para o exterior.

Ribeirão

2005

Sobrará como mais próximo apenas Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Segundo o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), o governo Lula "ficou menor". "A saída de Palocci fragiliza muito o governo federal, porque seus principais pilares caíram e todos caíram por denúncias, o que não é positivo para qualquer governo", afirma. (Agências)

Nildo, o caseiro que contradisse Palocci, tem sua vida devassada e passa de testemunha a acusado. Quebra do seu sigilo bancário, na Caixa, determina a queda 2006 de Palocci e Mattoso.


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Política Economia Crise Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MANTEGA DIZ QUE LULA É SEU FIADOR

terça-feira, 28 de março de 2006

Solução caseira: Demian Fiocca, vicepresidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assume o comando do banco de fomento estatal no lugar de Guido Mantega

O HOMEM DO JURO BAIXO DIZ QUE VAI MANTER POLÍTICA DE PALOCCI

onstante defensor de juros mais baixos na economia brasileira quando estava no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que as metas de superávit primário do País "são sagradas". Em outras palavras: demonstrou claramente que pretende manter os principais pilares da receita econômica do ex-ministro Antonio Palocci, que se notabilizou pela política de juros elevados. Mantega disse, no entanto, que o governo tem condições de manter a queda gradual da taxa básica. De acordo com Mantega, a atual política econômica não é do ex-ministro Palocci, mas do presidente Lula, que é o seu fiador. "A inflação está sob controle, as contas públicas estão equilibradas e a vulnerabilidade externa, reduzida." Ele lembrou que a situação é tão favorável que o governo brasileiro até pode programar o pagamento de dívidas. O novo ministro da Fazenda disse que o processo de crescimento econômico continua e que a geração de empregos está mantida. Afirmou que foram gerados 3,7 milhões de postos de trabalho e que este ano a tendência é que a taxa aumente. Previu crescimento econômico para 2006 entre 4% e 4,5% do Produto Interno Bru-

Ed Ferreira/AE

to (PIB). Estimou que o País manterá os investimentos na área social em 2,5% do PIB. Mantega não quis defender o ex-ministro Palocci, seu companheiro de partido. Disse que se cometeu desvios, ele é quem deve responder. O novo ministro afirmou que não vê nenhuma mancha difícil de ser apagada no Ministério da Fazenda por conta da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, que determinou a saída de Palocci do cargo. "Se houve violação do direito constitucional isso vai ser verificado. Não estou aqui para analisar a situação." Gastos extras – O novo ministro negou que, neste ano eleitoral, o governo fará gastos extras para garantir a reeleição do presidente Lula. "Gasto extra? Vamos rigorosamente cumprir aquilo que está no orçamento. O superávit primário será cumprido à risca", disse. "As metas de inflação também serão mantidas", completou. Ele acrescentou que os investimentos já estão crescendo desde 2005 sem prejuízos da meta fiscal do País. Mantega disse acreditar que Lula não deve estar contente com a necessidade de troca de ministro. Mas reclamou de pergunta sobre a saída do "último grande auxiliar do presidente". "Essa história de que o presidente está sozinho é fantasia", disse. "Eu também sou auxiliar do presidente." (AE)

Mantega disse que as metas de superávit primário do País, marcas da gestão de Palocci, "são sagradas"

BNDES opta por solução caseira para presidência

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m meio à turbulenta substituição no Ministério da Fazenda, a solução encontrada no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi a mais "caseira" possível.

Ganha a presidência Demian Fiocca, que foi o homemforte de Guido Mantega no Ministério do Planejamento, onde ocupou a chefia da Assessoria Econômica e era vice-presidente do banco. Ele compartilha da visão

desenvolvimentista do atual ministro da Fazenda. Fiocca assume a presidência do BNDES com o mesmo discurso de redução dos juros para incentivar o investimento no setor privado nacional. (AE)

A crise não acabou. Se nós da oposição tivermos juízo, é hora de apurar tudo até o fim, chegue ou não no presidente Lula. ACM Neto, deputado (PFL-BA)

Aos 40 minutos do segundo tempo só dá para substituir jogador, não dá mais para fazer nenhuma mudança no esquema tático do jogo. Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo e Facesp

A troca de Palocci por Mantega é para dar continuidade ao que já está aí. Antônio Marangon, presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo e do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis

Palocci é apenas a ponta do iceberg. Lula prestaria um grande serviço à Nação se desistisse da reeleição. José Carlos Aleluia, deputado (PFL-BA) Roosewelt Pinheiro/Agência Senado

Hoje, o mundo inteiro respeita o Brasil, que vem conseguindo investimentos externos por causa do Palocci. José Alencar, vice-presidente e ministro da Defesa

A entrada de qualquer um para substituí-lo não vai mudar grande coisa. O Brasil vai continuar sendo a república dos banqueiros. Roberto Freire, presidente nacional do PPS Antonio Palocci e Jorge Mattoso devem ser processados e condenados pela invasão do sigilo bancário do caseiro Francenildo. Que a Justiça seja feita! A pena é de um a quatro anos de prisão. Antero Paes de Barros, senador (PSDB-MT)

Roosewelt Pinheiro/Ag.Senado

Gostaria de tê-lo visto perder o cargo, já no início do governo Lula, por ter permitido o aprofundamento da política neoliberal. João Batista Motta, senador (PSDB-ES)

Se o presidente Lula tivesse respeito pelas instituições democráticas, já o teria demitido há muito tempo. César Borges, senador (PFL-BA)

O ministro, ao encaminhar seu pedido de demissão, demonstra espírito público e reconhecimento pelo erro que foi cometido. Aloizio Mercadante, senador (PT-SP)


terça-feira, 28 de março de 2006

Congresso Planalto Crise CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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NILDO E AS DENÚNCIAS: CONFIRMO ATÉ A MORTE

Veja o novo tour da corrupção de Brasília em www.dcomercio.com.br/ noticias_online/579254.htm

PF REVELA SALDO DO PRESIDENTE DA CAIXA: SERÁ INDICIADO. Ailton de Freitas/Agência O Globo

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orge Mattoso começou o dia de ontem como presidente da Caixa Econômica Federal, uma das mais importantes instituições financeiras do país, e, no início da noite, já estava fora do banco e indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de violação de sigilo bancário e funcional. A saída dele é mais um capítulo da crise iniciada pela divulgação ilegal, no dia 17, de dados bancários do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo. O caseiro acusa o exministro da Fazenda, Antonio Palocci, de participar de encontros de lobbistas em Brasília – Palocci nega. Em depoimento à Polícia Federal ontem à tarde, Mattoso admitiu ter pedido uma cópia do extrato bancário de Nildo a subordinados e ter repassado o documento a Palocci. Mas negou ter vazado as informações à imprensa. Ele disse que solicitou os dados após ser advertido por técnicos financeiros da Caixa sobre uma "atipicidade das movimentações bancárias" do caseiro. Além de entregar os dados a Palocci, teria notificado o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que investigariam suspeita de lavagem de dinheiro. Demissão – Da PF, Mattoso foi para o Palácio do Planalto, onde apresentou seu pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula

já indicou sua substituta: Maria Fernanda Ramos Coelho. Ela é superintendente nacional de desenvolvimento e estratégia da Caixa, onde trabalha há 22 anos. A oposição reagiu logo que tomou conhecimento do depoimento. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), cobrou a demissão do então presidente da Caixa, argumentando que ele infringira a Constituição ao permitir a violação do sigilo do caseiro. E foi mais longe: "Mattoso era para estar preso, estar algemado", disse. O líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), defendeu que Lula desistisse da reeleição e nomeasse um ministério de notáveis para fazer uma tutela até o fim de seu mandato. Trama – Entre o domingo e a tarde de ontem, o mistério envolvendo a revelação do sigilo bancário de Nildo foi se revelando como a trama de um filme ruim. A história começou a ser esclarecida a partir dos escalões mais baixos, até atingir a cúpula do banco e o próprio Mattoso. No domingo, em depoimento à Polícia Federal, o gerente da Caixa Jeter Ribeiro e a responsável pela gerência de integração de políticas de gestão, Sueli Aparecida Mascarenhas, afirmaram ter acessado a conta do caseiro Nildo a pedido de um consultor da presidência do banco. "Se alguém tornou

essas informações públicas, isso não é problema nosso", disseram os funcionários durante o depoimento, segundo a PF. O tal consultor é Ricardo Schumman. À PF, ontem pela manhã, ele confirmou a versão e disse que o extrato foi entregue diretamente a Mattoso. A violação dos dados bancários do caseiro se deu na noite do dia 16. No dia seguinte, o extrato foi divulgado pela revista "Época". No rastro do escândalo da Caixa, a CPI dos Bingos marcou para hoje depoimento da vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Clarice Coppetti. Serão cobrados dela detalhes sobre a violação dos dados bancários do caseiro, assim como a contratação, pela Caixa, de 25 mil terminais de computadores da empresa Diebold Procomp, suspeita de envolvimento nas negociações e tratativas durante a renovação do contrato entre a Caixa e a multinacional GTech. Mattoso – Economista de 57 anos, Mattoso estava à frente da Caixa desde a posse de Lula. Ele foi indicado para o cargo pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy. Além do caso da quebra de sigilo, ele terá outro problema pela frente. Ele foi incluído no rol de 34 suspeitos que tiveram o indiciamento pedido pela CPI dos Bingos por envolvimento no chamado caso Gtech. Seu nome consta do relatório parcial da CPI e

HERÓI INVESTIGADO, NILDO VOLTA AO SENADO. Beto Barata/Arquivo AE/15-03-2006

A

o ser informado da queda do ex-ministro Antonio Palocci, ontem, o caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, ficou supreso: "Ué, mas já?" E emendou: "Ele (P aloc ci) falou que quem tava mentido é (sic) eu! Então o homem tá devendo? Tá correndo com medo..." Provocado a enviar um recado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sentenciou: "Agora é o tostão contra o milhão". Hoje, Nildo volta a Brasília para prestar novos esclarecimentos. Ele foi convidado pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), a falar em uma sindicância interna da Casa. A investigação foi aberta para apurar se o caseiro foi orientado por algum senador antes de prestar depoimento, no dia 16, na CPI dos Bingos. O depoimento foi interrompido por liminar do Supremo Tribunal Federal. Um dia depois, a revista “Época” divulgou dados bancários do caseiro – liberados pela Caixa Econômica Federal, como agora se sabe. A revista revelou que Nildo recebera R$ 25 mil nos últimos três meses. O fato abriu guerra entre oposição e governo, que tentou desqualificar o depoimento de Nildo insinuando que ele recebera

Ao ser informado da queda de Palocci, o caseiro Nildo comentou: "Ele falou que quem tava mentido é (sic) eu! Então o homem tá devendo? Tá correndo com medo..."

dinheiro para atacar Palocci. A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), apresentou requerimento para ver as imagens do sistema de TV do Congresso. O senador Almeida Lima (PSDB-SE) pediu a sindicância para investigar o caso. Até a morte – Nildo foi convocado à CPI após ser envolvido com a chamada "República de Ribeirão Preto", grupo de possíveis lobbistas ligado a Palocci desde os tempos em que o ex-ministro foi prefeito de Ribeirão (SP). O caseiro foi citado pelo motorista Francisco das Chagas Costa como testemunha da ligação entre Palocci e o grupo. Em entrevista, Nildo

disse que Palocci, ao contrário do que afirmara, ia à casa, onde havia distribuição de dinheiro e festas com prostitutas. "Confirmo até a morte!", disse. Pelo Brasil – Reações à quebra de sigilo pipocam por todo o País. Na quinta, advogados, políticos e representantes de movimentos sociais farão ato público em solidariedade ao caseiro, em São Paulo. O próprio Nildo deverá comparecer. O evento é uma iniciativa dos movimentos Da Indignação à Ação e Pró-Congresso, coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr. Eles cobram atenção aos direitos civis. (Agências)

SUSPEITO TAMBÉM SAI ASSESSOR DE PALOCCI, ELE PODE TER PASSADO DADOS À IMPRENSA.

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eguindo os passos do ex-chefe – o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci –, o assessor de imprensa do Ministério da Fazenda, Marcelo Netto, pediu exoneração do cargo em caráter irrevogável. Ele está entre os principais suspeitos do vazamento para

a imprensa das informações sigilosas da conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, na Caixa Econômica Federal. Ontem à noite, depois da saída de Palocci, a assessoria de imprensa do ministério divulgou uma cópia da carta que Neto encaminhou ao ex-

ministro da Fazenda pedindo seu desligamento definitivo das funções. Na carta, Netto alegou que, com o afastamento de Palocci, não poderia permanecer no cargo, por se tratar de uma "assessoria especial, de caráter estritamente pessoal, de confiança". (Agências)

REVISTA PUBLICA EXTRATO E ANÚNCIO DA CAIXA

A

Mattoso na saída da PF: depoimento após dez dias de total silêncio.

será incluído no final. O relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), pediu o indiciamento de Mattoso pelos crimes de prevaricação, descumprimento da lei de licitações e improbidade. A comissão sustenta que a renovação do contrato entre a Caixa e a multinacional GTech para o processamento de dados das

loterias federais causou prejuízo de R$ 120,4 milhões aos cofres públicos entre 2003 e 2004, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). (Agências)

primeira notícia sobre a movimentação de R$ 25 mil na conta da Caixa Econômica Federal do titular Francenildo dos Santos Costa foi divulgada pela revista "Época", no dia 17. Passada uma semana, a edição da semanal que circula agora traz um encarte de 12 páginas da mesma Caixa. É sabido que uma operação de propaganda deste tipo é cara e programada com prazo superior a uma semana. Porém, o caso chama a atenção. Afinal, a revista teve acesso exclusivo aos dados bancários de Nildo. E o governo tinha interesse em desqualificar o caseiro. A Caixa é o terceiro anunciante federal. Entre 2001 e 2004, gastou mais de R$ 430 em publicidade. (Agências)


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

Mercado quer ver como será relação de Mantega com Henrique Meirelles (foto), do Banco Central

TEMOR DE INTERVENÇÃO NA ECONOMIA

Luiz Prado/LUZ

MERCADO TEME "RELAXAMENTO" Fato de o indicado para assumir o Ministério da Fazenda ter fama de desenvolvimentista e de defensor da queda do juro desagrada investidores

A

nomeação do expresidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o lugar de Antonio Palocci no Ministério da Fazenda não foi bem recebida no mercado financeiro em um primeiro momento. Mantega é visto pelos investidores como desenvolvimentista, favorável ao relaxamento monetário. Muitos o vêem muito mais próximo das idéias da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do vice-presidente, José Alencar, notórios opositores das posições de Palocci. Os analistas lembraram que não foram poucas as ocasiões em que Mantega defendeu publicamente juros menores. Na semana passada, por exemplo, ele disse que havia espaço para a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que corrige os financiamentos feitos pelo BNDES, de 9% para 7% anuais. A taxa é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de que agora, como titular da pasta da Fazenda, Mantega fará parte. Embora os investidores entendam que a escolha de Mantega possa significar a aceleração do ritmo de queda do juro básico da economia, por ora essa hipótese não será precifica-

da, ou seja, incorporada aos preços dos ativos. O mercado deve elevar o prêmio de risco brasileiro para, então, analisar qual será a postura adotada pelo novo ministro. "Uma hipótese é Mantega reduzir com mais força a TJLP, colocando em prática seu discurso, e manter a queda gradual da taxa básica de juros da economia", observou um operador. Fechamentos – Os mercados financeiros brasileiros operaram apreensivos ao longo do dia de ontem, e os resultados foram os esperados: os juros futuros projetaram alta no pregão eletrônico da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar comercial subiu 0,79%, para R$ 2,171 na ponta de venda, o paralelo avançou 1,15%, para R$ 2,293, e o risco-Brasil subiu 0,86%, para 234 pontos. As exceções foram o título da dívida do País A-Bond, que fechou estável, vendido com ágio de 9,70%, e o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), que avançou 0,17%, puxado por fortes compras de ações por parte de um fundo. Ou seja: a expectativa em torno do desenrolar da situação de Palocci deu o tom dos negócios – o anúncio do nome de Mantega só foi feito oficialmente depois dos fechamentos.

O mercado cambial teve forte volatilidade, não só por causa da expectativa em torno da saída de Palocci como pela alta dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano. Como as cotações subiam, o Banco Central (BC) não comprou dólares – o último ocorreu no dia 7. E hoje, pela 15ª vez seguida, o BC não fará leilão de s wa p cambial reverso. No mercado futuro, todos os vencimentos projetaram alta da moeda. Hoje, os negócios na Bovespa e nos demais mercados brasileiros deverão ser influenciados também pela reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre o juro básico americano. Espera-se um novo aumento de 0,25 ponto percentual. Rating – Apesar de a reação inicial dos investidores ao novo comando da Fazenda ter sido negativa, a agência de classificação de riscos Standard & Poor's informou que a saída de Palocci não afetará as notas da do País. "Os ratings soberanos refletem uma visão ampla do Brasil e de seu governo. As políticas do ministro Palocci incorporam prudência, mas essa é uma política de governo e não uma estratégia pessoal do ministro", disse a analista de ratings soberanos da S&P, Lisa Schineller. (Agências)

Projeções de dólar e juros negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam com alta ontem

Preocupação vai além do ano eleitoral

A

indicação de Guido Mantega para substituir o ministro da Fazenda Antonio Palocci era uma das decisões mais temidas pelo mercado financeiro. A preocupação, no entanto, não está no curto prazo, já que poucos acreditam em mudança brusca na política econômica num ano eleitoral, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva querendo se reeleger. O olhar de economistas, consultores e analistas vai além de 2006: está no próximo governo e numa possível permanência de Mantega na Fazenda se o PT ganhar as eleições. "A volatilidade deverá aumentar nos próximos dias. Mas a insegurança maior estará no futuro. Se Mantega continuar na Fazenda, as chances de a política econômica mudar são grandes", afirmou o economista da MCM Consultores Antônio Madeira. O temor do mercado é que Mantega assuma no ministério um viés intervencionista, com defesa de maiores quedas dos juros e aumento dos gastos públicos, avaliou a analista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro. Segundo ela, um dos testes de Mantega será a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), pois sempre foi crítico ferrenho da política de diminuição lenta da Selic.

Epitácio Pessoa/AE – 16/1/06

Levy, do Tesouro: alvo de Mantega

Na avaliação do economista e sócio da Costa Rego e Associados Luiz Carlos Costa Rego, Mantega terá de mudar a atitude para não estressar o mercado financeiro. Para ele, o discurso do recém-indicado ministro da Fazenda é antagônico aos atos de Palocci. Desconfiança – A nomeação de Mantega também era um dos cenários menos desejados pelos investidores e analistas de Wall Street, em Nova York, e da City londrina. Considerado no exterior um dos principais expoentes da ala desenvolvimentista do governo, uma das fontes mais graduadas do "fogo amigo" contra a política monetária e protagonista de várias trocas de farpas com diretores do Banco Cen-

tral (BC) e com o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, Mantega terá que dar provas aos investidores que manterá, no longo prazo, os atuais pilares da política macroeconômica. Equipe – Além disso, os investidores querem ver como o novo ministro se relacionará com os principais integrantes da equipe econômica, como o presidente do BC, Henrique Meirelles. "Até agora, os investidores e eu mesmo dormíamos tranqüilos com o Palocci", disse um diretor de um banco espanhol. "A partir de agora, temos uma dose de incerteza no comando da economia que pode atrapalhar nosso sono." O economista-sênior do Dresdner Kleinwort Wasserstein, Nuno Camara, previu que poderá ocorrer uma reação inicial negativa nos mercados hoje, mas disse acreditar que deve ser temporária, pois os fundamentos do País permanecem sólidos. "Não podemos pensar que o Mantega presidente do BNDES será o Mantega ministro." Alguns analistas criticaram a capacidade de Mantega de comandar a economia. "Quando ele esteve aqui em Londres em 2002, antes da eleição de Lula, a impressão foi muito ruim. Os investidores o consideraram muito fraco", disse um estrategista de investimentos da City. (AE)

FMI: Palocci deixa boa base Rodrigo Rato, diretor-gerente do fundo, elogiou políticas austeras do ex-ministro Celso Júnior/AE – 3/9/04

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ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci introduziu políticas que deixaram bases para mais progresso econômico no Brasil, afirmou o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, comentando a saída de Palocci e a chegada do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Guido Mantega ao comando da Fazenda. "Políticas macroeconômicas austeras, apoiadas por passos para fortalecer o arcabouço político e institucional, além de importantes reformas estruturais no campo fiscal, foram essenciais para conquistar uma bem-recebida condição de estabilidade macroeconômica", avaliou o diretor-gerente do Fundo em nota. "Sob essas bases, mais progresso foi feito para assegurar um padrão de vida melhor para todos os brasileiros", acrescentou Rato. Desde o início do governo Lula, Palocci cultivou um bom relacionamento com o FMI. O ex-ministro comandou a antecipação do pagamento da dívida do País com o organismo. (DC/Reuters)

Durante a gestão do ministro Antonio Palocci na Fazenda, mais progresso foi feito para assegurar um padrão de vida melhor para todos os brasileiros. Rodrigo de Rato (foto), diretor-gerente do FMI

Acredito que Mantega não fará nada muito diferente de Palocci. Mas uma questão que traz dúvidas é a continuidade de projetos em andamento, como a redução de alíquota para importados. Adauto Lima, economista do WestLB

Os mercados financeiros vão demorar um pouco mais para digerir a indicação de Mantega para o Ministério da Fazenda no lugar de Antonio Palocci e pode ter alguns dias com comportamentos bastante voláteis. José de Lima Gonçalves, da corretora Fator


terça-feira, 28 de março de 2006

Nacional Agronegócio Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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REDE VAI INVESTIR R$ 935 MILHÕES NESTE ANO

O Pão de Açúcar anuncia expansão

grupo Pão de Açúcar planeja investir neste ano R$ 935 milhões, um aumento de 11% na comparação com 2005, anunciou a companhia em comunicado ontem. O dinheiro será aplicado na abertura de novas lojas, postos de combustíveis e drogarias,

além de compra de terrenos e reformas de ativos. A empresa pretende abrir de 16 a 20 hipermercados e de 40 a 60 supermercados, o que vai gerar um aumento anual de sua área de vendas de 6% a 8% no biênio 2006-2007. Desde o ano passado, os concorrentes do Pão de Açúcar,

Wal-Mart e Carrefour, vêm mostrando estratégia agressiva de crescimento. O gigante norte-americano comprou no final do ano passado 140 lojas do grupo Sonae, quarto maior varejista do Brasil, por cerca de US$ 757 milhões. A aquisição fez o WalMart, maior varejista do mun-

hipermercados deverão ser abertos neste ano pelo Grupo Pão de Açúcar.

do, se aproximar do segundo colocado no ranking, o francês Carrefour, mas não chegou a ultrapassá-lo. O Wal-Mart abriu dez lojas em 2005, após as seis de 2004, quando comprou o Bompreço e pulou do sexto para o terceiro lugar. Já o Carrefour comprou 10 lojas do Sonae em 2005. (Reuters)

C.N.P.J. 49.799.943/0001-15 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em atenção às disposições estatutárias e à legislação vigente, estamos apresentando as demonstrações financeiras, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhadas das notas explicativas. São Paulo, fevereiro de 2006. A Administração

CIRCULANTE Disponível / Aplicações Clientes Estoques Valores a Receber Créditos Tributários REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Partes Relacionadas Depósitos Vinculados PERMANENTE Investimentos Imobilizado TOTAL DO ATIVO

DESCRIÇÃO Em 31 de Dezembro de 2003 Incentivos Fiscais Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal Dividendos Reservas de Lucros Em 31 de Dezembro de 2004 Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal Dividendos Reservas de Lucros Em 31 de Dezembro de 2005

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2005 - LEI 6.404/76 - (Valores em Milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL RESULTADO DO EXERCÍCIO ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 2005 2004 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 97.081 93.964 CIRCULANTE 82.441 77.600 Custo de Mercadorias Vendidas LUCRO BRUTO 11.752 15.805 Instituições Financeiras 73.869 57.045 Fornecedores 2.836 4.313 Receitas (despesas) Operacionais 35.458 72.959 Obrigações com Pessoal 278 1.189 528 Despesas com Vendas Contas a Pagar 5.227 12.166 46.729 3.140 Despesas Gerais e Administrativas Impostos e Contribuições 1 716 2.614 2.060 Outros Resultados Operacionais Dividendos 230 2.171 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO 30.026 29.304 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 36.809 35.372 FINANCEIRO E EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Resultado Financeiro 25.262 25.139 Provisões para Contingências 36.809 35.372 4.764 4.165 Equivalência Patrimonial LUCRO OPERACIONAL 58.329 55.163 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 66.186 65.459 Resultado Não Operacional 58.302 54.959 Capital Social 33.437 33.437 LUCRO ANTES DO I.R. 27 204 Reservas de Capital 3.873 3.873 Imposto de Renda e Contribuição Social Reservas de Lucros 28.876 28.149 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 185.436 178.431 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 185.436 178.431 Lucro Líquido por ação R$ ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 33.437 33.437 33.437

Reservas de Capital 3.847 26 3.873 3.873

Reservas de Lucros 24.926 456 2.767 28.149 48 679 28.876

Lucros Acumulados 9.124 (456) (5.901) (2.767) 953 (48) (226) (679) -

Total 62.210 26 9.124 (5.901) 65.459 953 (226) 66.186

2005 ORIGENS (660) Das Operações: (2.376) Lucro Líquido do Exercício 953 Valores que não afetam o Capital Circ. Líquido (3.329) Depreciação 110 Equivalência Patrimonial (3.507) Realização do Ativo Permanente 68 De Terceiros: 1.716 Redução do Realizável a Longo Prazo Dividendos Recebidos 279 Incentivos Fiscais Aumento do Exigível a Longo Prazo 1.437

NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL Com sede social em São Paulo - SP, a Duratex Comercial Exportadora S.A., companhia de capital fechado, controlada pela Duratex S.A., tem como atividade principal a comercialização, importação e exportação de painéis de madeira e seus derivados, louças e metais sanitários. NOTA 2 - APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Duratex Comercial Exportadora S.A. foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações, de forma consistente com aquelas utilizadas no exercício anterior. Na elaboração das demonstrações financeiras, foi utilizado, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e outras similares.

2005 149.998 (125.715) 24.283

2004 166.979 (140.644) 26.335

(21.377) (2.157) 288

(20.543) (4.666) 2.314

1.037 (3.968) 3.507 576 (68) 508 445 953 1,59

3.440 (2.681) 6.887 7.646 72 7.718 1.406 9.124 15,19

2005 1.064

2004 62.721

722 115 1 226

70 56.750 5.901

(1.724)

23.027

3.117

39.976

4.841

16.949

2004 85.748 APLICAÇÕES 2.833 Aumentos: 9.124 Realizável a Longo Prazo (6.291) Investimentos 97 Imobilizado (6.887) 499 Reduçao do Exigível a Longo Prazo 82.915 Dividendos 82.553 VARIAÇÃO DO CCL 336 Ativo Circulante 26 Passivo Circulante

NOTA 9 - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Os financiamentos sujeitos à variação cambial estão atualizados pela respectiva taxa de câmbio de venda vigente no último dia útil do exercício. Os demais estão atualizados monetariamente, quando aplicável, pelos correspondentes encargos contratuais. Os financiamentos apresentam as seguintes características:

2005 2004 Modalidade Encargos Amortização Garantias Curto Prazo Curto Prazo BNDES-EXIM TJLP + 4,0% a.a. Até maio 2005 Nota Promissória 28.537 BNDES-EXIM TJLP + 3,7% a.a. Até dez. 2006 Nota Promissória 51.380 NOTA 3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: BNDES-EXIM US$ + 11,5% a.a. Até dez. 2006 Nota Promissória 11.757 a) Apuração do Resultado A.C.C. US$ +2,8% a.a. Até abril 2005 28.508 As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. A.C.C. US$ +3,5% a.a. Até out. 2006 10.732 b) Ativos circulante e realizável a longo prazo 73.869 57.045 As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que não superam o valor de mercado. TOTAL Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras. Os demais ativos circulante e realizável a longo prazo estão demonstrados ao valor líquido de realização. Os depósitos vinculados estão relacionados a processos tributários de Imposto de Renda - IRPJ e Contribuição Social - CSLL, os quais NOTA 10 - CONTAS A PAGAR 2005 2004 estão atualizados até a data do balanço. 2.381 4.169 Os demais ativos são apresentados ao valor de custo de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e Frete de exportação Adiantamento de clientes - Duratex North America 1.328 as variações monetárias auferidas. Adiantamento de clientes - Duratex Europe 3.619 c) Permanente 2.240 2.751 Os investimentos em empresas controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. O imobilizado está registrado ao custo de Comissões a pagar - Parte relacionada Outras contas a pagar 606 299 aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, à taxas variáveis, de acordo com a expectativa de vida útil dos bens. TOTAL 5.227 12.166 d) Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos. NOTA 11 - PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS e) Imposto de Renda e Contribuição Social O imposto de renda, a contribuição social e os créditos tributários, bem como os demais tributos, estão calculados de acordo com a legislação vigente. A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais de natureza tributária, decorrentes do curso normal de seus negócios. f) Reclassificação contábil Durante o exercício de 2005 a Companhia revisou critérios de classificação inerentes à sua operação e processou os ajustes decorrentes desta revisão, As respectivas provisões para contingências foram constituídas considerando a avaliação da probabilidade de perda pelos assessores jurídicos e quando necessário, foram efetuados depósitos judiciais. cujos reflexos, em relação à apresentação de 2004, estão demonstrados abaixo: A Administração da Companhia, com base na opinião de seus assessores jurídicos, acredita que as provisões DESCRIÇÃO Anterior Reclassificação Atual para contingências constituídas são suficientes para cobrir as eventuais perdas com processos judiciais, Despesas com Vendas (20.505) (38) (20.543) conforme apresentado a seguir: Despesas Gerais e Administrativas (4.486) (180) (4.666) Outros Resultados Operacionais 2.096 218 2.314 2005 2004 SOMA (22.895) (22.895) Tributários 36.809 35.372 NOTA 5 - CLIENTES NOTA 4 - DISPONÍVEL / APLICAÇÕES 2005 2004 2005 2004 NOTA 12 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Clientes no Exterior 83.660 93.376 Numerários 406 1.128 a. As despesas de imposto de renda e contribuição social apropriadas ao resultado Saques Descontados (48.202) (20.417) Bancos Conta Movimento 47 3.471 do exercício, podem ser demonstradas como segue: TOTAL 35.458 72.959 Fundo de Renda Fixa 11.299 11.206 2005 2004 TOTAL 11.752 15.805 Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 508 7.718 O saldo de aplicações financeiras está representado basicamente por O saldo de saques descontados está representado por adiantamentos de IR e CS sobre o Resultado às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (173) (2.624) fundos de investimentos no país, remunerados com base na variação contratos de exportação. IR e C. Social sobre Adições e Exclusões ao Resultado: do CDI. Provisões/Realizações Indedutíveis (498) 1.510 NOTA 6 - VALORES A RECEBER Resultado de Investimentos no Exterior 1.192 2.342 2005 2004 Outras Adições e Exclusões (76) 178 Adiantamento à Controladora Duratex S.A. para fornecimento de Produtos para Exportação. 45.508 2.064 Imposto de Renda e Contribuição Social 445 1.406 Outros Valores a Receber 1.221 1.076 b. A Companhia adota a prática de reconhecer os créditos fiscais decorrentes de prejuízos fiscais e diferenças TOTAL 46.729 3.140 temporárias de curto prazo em função da perspectiva de realização desses créditos. O imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre as diferenças temporárias registradas contabilmente, NOTA 7 - PARTES RELACIONADAS são as seguintes: As transações entre partes relacionadas, substancialmente compras e vendas de produtos, foram realizadas a preços e condições usuais de mercado. 2005 2004 Os contratos de mútuo estão atualizados com base na variação da taxa SELIC. Créditos Fiscais Duratex Duratex Duratex Prejuízo Fiscal e base negativa de Contribuição Social 704 601 Duratex S.A. Duraflora S.A. Overseas Europe Deca Piazza North America Provisões Temporariamente Indedutíveis: 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Provisões de Encargos Trabalhistas Diversos 11 212 Ativo Clientes 6.033 13.941 468 2.471 43.842 40.767 NOTA 13 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO Dividendos a receber 117 133 77 118 a) Capital Social Adiantamento a fornecedor 45.508 2.064 O capital social, no valor de R$ 33.437, é representado por 600.816 ações nominativas, sem valor nominal, sendo Realizável a longo prazo 231.004 ordinárias e 369.812 preferenciais. Mútuo 25.255 25.134 7 5 b) Reservas do Patrimônio Líquido Passivo As reservas do patrimônio líquido estão compostas por: Fornecedores 2.634 4.264 2005 2004 Contas a Pagar 7 Reservas de Capital 3.873 3.873 Adiantamento de clientes 3.619 1.328 Ágio na Subscrição 3.240 3.240 Comissões a pagar 2.240 2.751 Incentivos Fiscais 561 561 Dividendos a pagar 226 2.166 Art. 297 - Lei 6.404 72 72 Resultado Reservas de Lucros 28.876 28.149 Vendas - 21.218 20.468 4.637 4.953 75.282 69.118 Legal 2.323 2.275 Comissões 8.619 9.834 Especial Estatutária (Art. 8 Estatuto) 26.553 25.874 Compras 121.928 133.156 O saldo destinado à reserva especial estatutária será utilizado para expansão dos negócios da Companhia, via Financeiro 4.318 6.185 1 1.134 24 154 (229) 231 aumento de capital nas investidas ou da própria companhia, ou para pagamento de dividendos aos acionistas. c) Dividendos NOTA 8 - INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS Aos acionistas é garantido estatutariamente um dividendo mínimo obrigatório correspondente a 25% do lucro North Duratex Duratex Conex líquido ajustado. Por proposta do Conselho de Administração, foi destinado à distribuição de dividendos o valor Deca Piazza America Overseas Europe Exp. Imp. TOTAL de R$ 226, que corresponde a R$ 0,38 por lote de mil ações. Ações / Quotas possuídas (Mil) Ordinárias 678 500 50 1 NOTA 14 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS Quotas 80 a) Riscos de crédito Participação (%) 6,49 100,00 99,99 10,00 80,00 A política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta Capital Social 8.054 1.170 117 268 100 a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus Patrimônio Líquido 6.048 11.549 45.425 7.372 100 clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas e limites individuais de Lucro Líquido do Exercício 2.542 (41) 8.450 2.352 posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização do “Contas a Movimentação dos Investimentos receber”. Em 31 de Dezembro de 2003 261 13.426 34.032 689 48.408 b) Riscos de taxas de câmbio Dividendos Recebidos (103) (133) (100) (336) Em função de nossa política de gerenciamento de riscos, as variações da taxa de câmbio não afetaram Equivalência Patrimonial 131 (46) 6.617 185 6.887 significativamente os resultados da Companhia uma vez que mantemos mecanismos de “hedge” que protegem Em 31 de Dezembro de 2004 392 13.277 40.516 774 54.959 parte substancial de nossa exposição nessa moeda. Aquisição de quotas 80 80 c) Instrumentos financeiros Redução de Capital (85) (85) Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Dividendos Recebidos (86) (117) (76) (279) Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na Equivalência Patrimonial 86 (1.642) 5.024 39 3.507 ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustado com base na taxa vigente de Em 31 de Dezembro de 2005 393 11.549 45.423 737 80 58.182 juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado. A Empresa adquiriu quotas do Capital Social da Conex - Concellos Exp. e Imp. LTDA tendo registrado um ágio de R$ 120.

PRESIDENTE Olavo Egydio Setubal VICE-PRESIDENTE Laerte Setubal Filho

ADMINISTRAÇÃO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONSELHEIROS PRESIDENTE Maria de Lourdes Egydio Villela Paulo Setúbal Airton Castro Guardia Olavo Egydio Setubal Jr. Alfredo Egydio A. Villela Fº Paulo Setúbal Jairo Cupertino José Carlos Moraes Abreu

VICE-PRESIDENTES Guilherme Archer de Castilho Plínio do Amaral Pinheiro Raul Penteado

DIRETORIA DIRETORES EXECUTIVOS Carlos A. Tenório Nobre Enrique Judas Manubens José Roberto R. Guidi Mário Colombelli Filho

DIRETORES Alexandre Coelho N. do Nascimento Antonio Joaquim de Oliveira Antonio Massinelli Flávio Dias Soares

Roberto Frederico Battaglioli Contador - CRC1SP109479/O-0


terça-feira, 28 de março de 2006

Nacional Agronegócio Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Febraban promete recorrer das multas aplicadas aos bancos que não instalaram o guarda-volumes.

ITAÚ E BRADESCO RECEBEM RECLAMAÇÕES

Fotos: Emiliano Capozoli/LUZ

BARRADOS NOS BANCOS

Subprefeitura aplica multas em 40 agências ntem, no primeiro dia da lei municipal que obriga as agências bancárias a instalarem guarda-volumes, foram aplicadas 40 multas, em 56 vistorias realizadas. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Subprefeituras, o resultado é parcial, já que nem todas as subprefeituras passaram as informações para a Secretaria. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, em comunicado à imprensa, que vai recorrer das multas. A lei atinge, principalmente, as agências que têm detectores de metais. O banco que desreipeitar a norma pode pagar multa diária R$ 1 mil, até ser regularizada a situação. A reportagem do Diário do Comércio percorreu agências bancárias das ruas XV de Novembro, Boa Vista, Álvares Penteado, São Bento e Viaduto do Chá, na região central da cidade, e constatou que a maioria dos bancos não se adaptou à lei, como o Sudameris, (agência XV

O

de Novembro), Caixa Econômica Federal (agência Boa Vista) e Itaú (agência São Bento). Já as agências dos bancos Safra (XV de Novembro) Banco do Brasil (Viaduto do Chá) e Real (agência Álvares Penteado) instalaram guarda-volumes para seus clientes. Repercussão – No primeiro dia de vigência da lei, o constrangimento dos clientes continuou. Foi o caso do auxiliar de escritório Rodrigo Matias, que pagou contas no Sudameris, que fica na Rua XV de Novembro. Barrado na porta, deixou celular e pasta com documentos no "depositário" para poder entrar. "Se tivesse um lugar para guardar nossos pertences, seria bem melhor." Além da falta de guarda-volumes nas agências, muitos clientes desconheciam a lei. O professor Nelson Servilha só ficou sabendo da nova legislação pela reportagem do DC. "Pensei que fosse uma medida de segurança do banco", disse. "Se o cidadão não exigir seus direitos, essas leis não empla-

cam nunca", complementou Servilha, que aprovou a lei mesmo tendo dificuldades em tirar seus pertences do guardavolumes do Banco do Brasil, do Viaduto do Chá. O autônomo Marco Alexandre Marcondes, que teve de deixar seus pertences no depositário da Caixa Econômica Federal (CEF) da agência da Rua Boa Vista, aprovou a lei, mas com uma ressalva: "O guardavolumes é pequeno". Num período de seis meses, essa é a segunda lei municipal envolvendo o sistema bancário. Assim como a primeira, que obrigava o banco a atender o cliente em 15 minutos, os usuários temem que a lei dos guarda-volumes não seja respeitada pelos bancos. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, foram aplicadas 652 multas nos primeiros seis meses de existência da lei de filas nos bancos, do total de 1,9 mil reclamações. Eduardo A. de Castro

Ações por danos morais devem diminuir

s guarda-volumes podem reduzir o número de ações por danos morais na cidade de São Paulo. Ser barrado pelos detectores de metal instalados em portas giratórias é bom motivo para clientes de bancos recorrerem ao Judiciário sob a alegação de que foram constrangidos. Para o advogado Marcelo Roitman, do escritório Pompeu, Longo, Kignel & Cipullo Advogados, o constrangimento deve diminuir, mas o guarda-volume pode gerar outros problemas, como o extravio de pertences. Alguém pode ainda não querer guardar seus objetos ou, se depositar a bolsa no local, pode ser barrado por causa de um metal em um cinto. "Não é fácil ir contra as portas, pois é a garantia de segurança dos bancos", diz Roitman, que entende que a indenização só é devida quando realmente configurar forte constrangimento. Outra medida que contribuiria para a redução dos processos de dano moral seria melhorar o tratamento dos seguranças. "O constrangimento não é pela porta, mas pelo material humano, que é mal orientado. Não pode haver excessos. A porta giratória é necessária para a segurança de toda a coletividade que está no banco", afirma o advogado Sérgio Tannuri. Segundo a diretora de fiscalização da Fundação Procon, Joung Won Kin, o guarda-volume também poderá requerer segurança no local. Há diversas situações que podem com-

O

prometer o bom funcionamento do equipamento. "Um deles é o risco de as pessoas que retiram do banco um grande montante de dinheiro serem assaltadas", diz a diretora. Segundo Joung, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tem julgado de forma favorável ao

cliente. Não se sabe quantas processos estão em julgamento, mas são muitos em todo o País, dizem os advogados. Joung entende que cliente pode se aborrecer com os procedimentos na entrada dos bancos, mas não deve ser humilhado.

Senhora é barrada no Nossa Caixa

Cliente fica "preso" no Sudameris

Marcondes: equipamento pequeno

Nova lei prevê multa diária de R$ 1 mil para agência que não instalar o guarda-volumes

Uso do CDC ainda em análise no STF ramita há cinco anos no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), ajuizada pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), para discutir a constitucionalidade da aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) na relação entre bancos e clientes. Até agora, são três votos favoráveis à aplicação do CDC quanto às relações bancárias não financeiras, como atendimento ao cliente. Enquanto o STF não resolve a questão, os clientes podem optar por usar os serviços oferecidos pelas instituições financeiras, o Procon ou a própria Justiça. O Banco Bradesco, por exemplo, oferece o serviço Alô Bradesco (0800-7048383). Segundo banco, em 2005, as 5, 6 mil contestações foram re-

T

solvidas através dos canais de comunicação abertos pela instituição. O banco Itaú também oferece uma linha de comunicação (0800 118944); um Fale Conosco por internet (www.itau.com.br) e Ouvidoria Corporativa. De janeiro a novembro do ano passado, foram registradas no Procon 941 reclamações

contra bancos. De acordo com o órgão, eles estão em 5º lugar em número de reclamações. Entre as críticas mais comuns estão: cobrança indevida (296), falha bancária em transações eletrônicas (170) e não cumprimento, alteração, transferência para outra pessoa ou rescisão de contrato (167). Laura Ignacio

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

terça-feira, 28 de março de 2006

Há 15 anos, quando foram criadas as primeiras incubadoras tecnológicas em Israel, o instituto Weizmann me convidou para gerir uma delas. Samuel Yerushalmi

EMPREENDEDOR BRASILEIRO VENCE EM ISRAEL

Patrícia Cruz/LUZ

Do Brasil para Israel: empreendedor troca as praias cariocas por pesquisa em tecnologia Hoje ele dá consultoria e atua com cooperação tecnológica em vários países

O

carioca Samuel Yerushalmi, 72 anos, é um empreendedor de sucesso. Há cinco décadas morando em Israel, ele se dedica em tempo integral à Yerushalmi Consultants, consultoria especializada em cooperação tecnológica entre pequenas e médias empresas. "O objetivo é juntar os interesses das companhias com a oferta de tecnologia e a demanda do mercado", diz. Ele estudou em Israel, no Weizmann Institute of Science, a maior instituição de pesquisa do país. Yerushalmi se formou doutor em física, especializou-

se em desenvolvimento de produtos tecnológicos para medicina e em incubação de empresas. "Há 15 anos, quando foram criadas as primeiras incubadoras tecnológicas em Israel, o instituto Weizmann me convidou para gerir uma delas." Ele lembra que incubadora de negócios é uma estrutura para possibilitar o desenvolvimento de iniciativas comerciais de empreendedores. E foi assim que Yerushalmi deu os primeiros passos na área de negócios. "Hoje, muitos pequenos empresários brasileiros estão entusiasmados com os métodos israelenses para o desen-

volvimento tecnológico", diz. Tecnologia como saída – O especialista explica que, pelo fato de Israel ser um país desprovido de recursos naturais e com mão-de-obra cara para concorrer com a dos países chamados Tigres Asiáticos, a alternativa encontrada foi investir em tecnologia de ponta. "Por isso Israel reúne a maior concentração de engenheiros tecnológicos no mundo. São 140 deles para cada 10 mil trabalhadores", afirma. No Brasil, Yerushalmi mantém contato com o Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da Universidade de São

De seu escritório em Israel, Samuel Yerushalmi auxilia pequenas e médias empresas com novas tecnologias

Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp), entre outras instituições clientes da Yerushalmi Consultants. Ele colabora com pesquisa e aprimoramento de soluções na área médica, além de compartilhar conhecimentos já desenvolvidos em Israel. Além disso, se envolve em projetos de pequenos e médios empreendedores que buscam intercâmbio comercial com entidades israelenses. "Ajudo como posso porque me sinto em dívida com o Brasil, que acolheu minha fa-

mília, toda vinda da Polônia", diz. "Meus valores éticos e morais eu aprendi aqui." Parcerias – Ele lembra que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin liderou uma missão empresarial brasileira a Israel em novembro do ano passado, quando foi assinado um protocolo de intenções com a Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria e a Câmara de Comércio e Indústria Israel-Brasil. "A intenção é fortalecer as parcerias comerciais, científicas, tecnológicas e culturais entre os dois países, e is-

COMPANHIA ABERTA Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 8º andar (parte) CEP 04538 132 São Paulo SP Tels.: (11) 3708 8216 / 3708 8214 Fax: (11) 3708 8151

MEHIR HOLDINGS S.A. CNPJ: 04.310.392/0001-46

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas, Apresentamos as Demonstrações Financeiras da Mehir Holdings S.A. referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas Notas Explicativas, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. A companhia permanece com o objetivo de investir seus recursos na participação do capital de outras sociedades. Destacamos que os serviços contratados junto a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes são exclusivamente para emissão de parecer sobre as demonstrações financeiras. São Paulo, 31 de janeiro de 2006 - Conselho de Administração

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. Aplicações financeiras .................... Impostos a recuperar ....................

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Impostos a recuperar ....................

TOTAL DO ATIVO ...............................

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

2004 PASSIVO CIRCULANTE Obrigações tributárias .................... Fornecedores .................................. Dividendos a pagar ........................

14 2.267 80 2.361

21 2.173 40 2.234

47 47

63 63

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Reserva Legal .................................

2.297

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................

2.408

2005

2004

3 43 232 278

1 16 162 179

2.109 21 2.130

2.109 9 2.118

2.408

2.297

2005

2004

417 (106) (6 ) 305

331 (97) (37) 197

305

197

(61 ) 244

(31) 166

0,00012

0,00008

2005

2004

244 244

166 166

TOTAL DAS ORIGENS ....................... APLICAÇÕES DE RECURSOS Aumento do realizável a longo prazo Dividendos propostos ........................ TOTAL DAS APLICAÇÕES .................

16 16 260

166

232 232

53 162 215

AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................

28

(49)

2.234 2.361 127

2.135 2.234 99

179 278 99

31 179 148

28

(49)

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas financeiras ........................ Despesas gerais e administrativas Despesas tributárias ...................... RESULTADO OPERACIONAL ............. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ............... LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ...... LUCRO POR AÇÃO .............................

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Em milhares de reais

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ...................................................... Lucro líquido do exercício ....................................................................... Reserva legal ............................................................................................ Dividendos propostos .............................................................................. Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................... Lucro líquido do exercício ....................................................................... Reserva legal ............................................................................................ Dividendos propostos .............................................................................. Saldos em 31 de dezembro de 2005 ......................................................

Capital realizado 2.109 2.109 2.109

Reserva de lucros Legal 9 9 12 21

Lucros acumulados 5 166 (9) (162) 244 (12) (232) -

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Total 2.114 166 (162) 2.118 244 (232) 2.130

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2005 (em milhares de reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL A Mehir Holdings S.A. foi constituída e iniciou suas atividades operacionais em 10 de janeiro de 2001, com prazo indeterminado de duração, tendo por objeto social a participação no capital de outras pessoas jurídicas. Em 8 de junho de 2001, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM deferiu o registro da companhia aberta Mehir Holdings S.A. bem como o registro das distribuições primárias de ações. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações, e instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, no que for aplicável. a) Apuração de resultado O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo Demonstrado pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos até a data do balanço. c) Passivo circulante Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos até a data do balanço. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável quando aplicável e acrescida de adicional específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação. A provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. 3. APLICAÇÕES FINANCEIRAS Referem-se a aplicações em certificados de depósitos bancários mantidos junto ao Banco Itaú BBA S.A., em condições normais de mercado. 4. IMPOSTOS A RECUPERAR Referem-se a imposto de renda retido na fonte para compensação com impostos futuros. 5. FORNECEDORES Referem-se a despesas pela contratação de serviços de escriturações de ações, despesas com as publicações legais. 6. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O capital social autorizado, deliberado em AGE de 19 de fevereiro de 2001, é de R$ 3 bilhões. O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 é representado por 2.109.000 (dois milhões, cento e nove mil) ações escriturais, sem valor nominal, das quais 703.000 (setecentos e três mil) são ordinárias e 1.406.000 (um milhão, quatrocentos e seis mil) preferenciais, sendo detidas integralmente por domiciliados no país. As ações preferenciais não têm direito a voto, embora possuam prioridade no reembolso de capital social, em caso de liquidação da sociedade, igualdade de condições na participação de aumentos de capital decorrentes de capitalização de lucros ou reservas, e prioridade no recebimento de dividendo mínimo anual, não cumulativo, de R$ 0,01 (um centavo de real) por ação. Conforme disposição estatutária, os acionistas terão assegurado dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, que somados correspondam a, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária brasileira. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, foi proposto pela

administração o pagamento de dividendos da totalidade de resultado do exercício após a dedução da reserva legal. 7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 8. DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS Referem-se, principalmente, a despesas relacionadas com as publicações legais, serviços de escrituração de ações, honorários advocatícios e serviços de auditoria externa. 9. RECEITAS FINANCEIRAS Referem-se principalmente a rendas com aplicações financeiras, com empresa ligada, as quais foram efetuadas em condições normais de mercado. 10. DESPESAS TRIBUTÁRIAS Referem-se, principalmente, em 2005 a recolhimento de PIS, COFINS, e em 2004 a recolhimento de PIS, COFINS, CPMF e taxas e emolumentos. 11. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social (valores em milhares): 2005 2004 Resultado antes da tributação sobre o lucro .................................. 305 197 Imposto de renda à alíquota de 25% para 2005 e 15% para 2004 (não houve adicional de 10%) e contribuição social à alíquota (104) (47) de 9% ............................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Outras exclusões/(adições) temporárias ..................................... (9 ) 3 permanentes .................................. 52 13 Imposto de renda e contribuição social no resultado do período ..... (61 ) (31) Os créditos tributários não constituídos de Imposto de Renda e Contribuição Social às respectivas alíquotas de 25% e 9% em 2005 totalizam R$ 14 mil (R$ 23 mil em 31 de dezembro de 2004, às alíquotas de 15% e 9%). 12. PARTES RELACIONADAS A Mehir Holdings S.A. manteve transações com partes relacionadas (Banco Itaú BBA S.A.) efetuadas em condições normais de mercado, que podem ser assim resumidas: Saldos em 31 de dezembro de 2005 de 2004 ATIVO Disponibilidades ............................. 14 21 Aplicações financeiras .................... 2.267 2.173 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 de 2004 RECEITAS Receitas financeiras ........................

A DIRETORIA

403

322

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP 1SP108789/O-8

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício ............. De Terceiros: Redução do realizável a longo prazo ................................

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ...................... Passivo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ...................... AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Mehir Holdings S.A.

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Mehir Holdings S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Mehir Holdings S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de fevereiro de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Ricardo Baldin Contador CRC 1SP110374/O-0

so já está acontecendo", diz. Oriente – Yerushalmi também tem visitado a China regularmente. "Nos próximos anos, os orientais devem dar muita atenção à propriedade intelectual e ao desenvolvimento da tecnologia", afirma. Segundo ele, o investimento inicial para alavancar esse setor chega a US$ 8,8 bilhões. "Eles sabem da importância de se construir a economia usando a tecnologia como mais um tijolo, e é isso que deveria acontecer no Brasil também." Sonaira San Pedro

Nova usina de biodiesel terá investimentos de R$ 41 milhões

A

empresa Rural Biodiesel S/A investirá R$ 41 milhões na construção de uma unidade industrial do combustível em Eldorado (MS), com capacidade de produzir 100 milhões de litros por ano. O combustível inicialmente será produzido a partir do óleo de soja, mas, em médio prazo, será incorporada uma esmagadora que processará outros tipos de oleaginosas para extração de óleos vegetais. Umas das opções, segundo a empresa, é o pinhãomanso, planta perene nativa das Américas, que produz grande quantidade de sementes, até 12 toneladas por hectare e alto índice de óleo, cerca de 38% de seu peso. A cultura do pinhão-manso já está sendo pesquisada pela empresa, que implantou 16 hectares de lavoura sob avaliação de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Centro-Oeste. O biodiesel produzido pela empresa será destinado ao consumo interno e para exportação. (AE)

Parmalat vende fábrica da Etti para a Assolan

A

Parmalat Alimentos, braço operacional da marca italiana no Brasil, informou ter concluído a venda da Etti, sua unidade de atomatados e vegetais, para a Assolan, empresa do grupo Monte Cristalina. O negócio incluiu todos os ativos da Etti, com sede em Araçatuba, no interior paulista, e suas marcas. Segundo a Parmalat, todos os funcionários daquela unidade serão incorporados pela empresa que passará a controlar as operações da fabricante de molho de tomate. Bom momento – "Esta transação ocorre em um bom momento para a Parmalat Alimentos, pois possibilita a readequação do capital de giro dos demais negócios que permanecem na Companhia", afirmou Renato Carvalho Franco, sócio da Íntegra Associados, empresa de consultoria responsável pelo processo de recuperação dos negócios da Parmalat no País. (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 28 de março de 2006

ATAS JMT Propriedade Imobiliária S.A. CNPJ no 07.735.781/0001-01 - NIRE 35.300.327.225 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 16.3.2006 Data, Hora e Local: Aos 16 dias do mês de março de 2006, às 17h, na sede social, Avenida Brasil, 78, Cerqueira César, São Paulo, SP. Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da União Participações Ltda, única acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada a publicação do Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, com a seguinte ordem do dia: a) reformular o Estatuto Social, adaptando-o ao das demais empresas da Organização Bradesco, destacando-se: I) a alteração do endereço da sede da Sociedade do município de São Paulo, SP para o de Osasco, SP, o qual passará a ser Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, parte, Vila Yara, Osasco, SP; II) a modificação na composição e competência da Diretoria; b) deliberar sobre alterações administrativas na Sociedade; c) fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, de acordo com o que dispõe o Estatuto Social. Deliberações: pela única acionista da Sociedade, foram tomadas as seguintes deliberações: a) considerando a aquisição da totalidade das ações que compõem o capital social, transformando-a em subsidiária integral da União Participações Ltda, os representantes daquela Sociedade procederam à reformulação do Estatuto Social, adaptando-o ao das demais empresas da Organização Bradesco, destacando-se: I) a alteração do endereço da sede da Sociedade para a Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, parte, Vila Yara, Osasco, SP; II) a modificação na composição e competência da Diretoria que terá de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) DiretorPresidente, de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial, eleitos pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano. Desta forma, o Estatuto consolidado passa a vigorar com a seguinte redação: “JMT Propriedade Imobiliária S.A. - Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A JMT Propriedade Imobiliária S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede e foro no município e comarca de Osasco, Estado do São Paulo. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Sucursais, Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5o) A Sociedade tem por objeto a compra e venda de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imóveis destinados à venda. Título III - Do Capital Social - Art. 6o) O capital social da sociedade, totalmente subscrito e integralizado, é de R$7.334.951,00 (sete milhões, trezentos e trinta e quatro mil, novecentos e cinqüenta e um reais), representado por 7.334.951 (sete milhões, trezentas e trinta e quatro mil, novecentas e cinqüenta e uma) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, no Banco Bradesco S.A., em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração - Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do controlador, direto ou indireto: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não-permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - ASociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo, salvo se judicial o mandato, hipótese em que o procurador poderá assinar isoladamente e a procuração ter prazo indeterminado e ser substabelecida. O instrumento de mandato deverá ainda indicar se o mandatário exercerá os poderes em conjunto com outro procurador ou Diretor da Sociedade. Parágrafo Quarto - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dos seus membros; b) aos Diretores sem designação especial, colaborar com o Diretor-Presidente no desempenho de suas funções e coordenar e dirigir as atividades das áreas que lhes ficarem afetas. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões

Embaúba Holdings Ltda. CNPJ no 07.436.414/0001-07 - NIRE 35.219.883.024 Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social - 3 a Alteração – 30.1.2006 Pelo presente Instrumento Particular, Banco Boavista Interatlântico S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.485.541/0001-06, NIRE 35.300.188.501; Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 60.746.948/0001-12, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob no 17.913, em 2.3.43, NIRE 35.300.027.795, de 23.9.80; Banco Alvorada S.A., sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.870.163/ 0001-84, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado da Bahia sob NIRE 29.300.022.870, em 15.5.1996, neste ato representados por seus Diretores, senhores Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72, e MiltonAlmicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; e Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/ 20, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Sócios-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Embaúba Holdings Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 07.436.414/0001-07, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob NIRE 35.219.883.024, em 14.5.2005, deliberam, por unanimidade, o seguinte: 1. atendendo às disposições do Inciso I do Artigo 1.071 do Código Civil Brasileiro, aprovar as contas da Administração, examinados, discutidos e aprovados, sem quaisquer ressalvas, os documentos de que trata o Inciso I do Artigo 1.078 do referido Código Civil, que compreendem as Demonstrações Financeiras da Sociedade, relativos ao exercício social findo em 31.12.2005; 2. registrar a cessão e transferência de 1 (uma) cota de propriedade do Sócio-cotista Márcio Artur Laurelli Cypriano, ao Sócio-Cotista Banco Boavista Interatlântico S.A., ambos já qualificados, retirando-se da Sociedade; 3. transformar o tipo societário de sociedade limitada em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Embaúba Holdings S.A., informando que a operação de transformação se concretizará observadas as seguintes condições: I) as atuais 772.026.878 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentas e setenta e oito) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, representativas do Capital Social de R$772.026.878,00 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentos e setenta e oito reais), serão transformadas em 772.026.878 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentas e setenta e oito) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo atribuídas 710.070.413 (setecentos e dez milhões, setenta mil, quatrocentas e treze) ações ao Banco Boavista Interatlântico S.A., 25.833.000 (vinte e cinco milhões, oitocentas e trinta e três mil) ações ao Banco Bradesco S.A. e 36.123.465 (trinta e seis milhões, cento e vinte e três mil, quatrocentas e sessenta e cinco) ações ao Banco Alvorada S.A.; II) a Sociedade manterá a mesma escrituração comercial e fiscal, e os negócios sociais não sofrerão qualquer solução de continuidade; 4. aprovar e transcrever, na íntegra, o Estatuto Social pelo qual a Sociedade passa a reger-se: “Estatuto Social - Embaúba Holdings S.A. - Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A Embaúba Holdings S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede e foro no município e comarca de Osasco, Estado de São Paulo. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5o) A Sociedade tem por objetivo: a) administração, locação, compra e venda de bens próprios; b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista. Título III Do Capital Social - Art. 6o) O Capital Social é de R$772.026.878,00 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentos e setenta e oito reais), dividido em 772.026.878 (setecentos e setenta e dois milhões, vinte e seis mil, oitocentas e setenta e oito) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração - Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de aprovação em reunião da Diretoria, com a presença e os votos favoráveis de todos os Diretores em exercício, sendo obrigatória a presença de quem estiver no exercício do cargo de Diretor-Presidente: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo, salvo se judicial o mandato, hipótese em que o procurador poderá assinar isoladamente e a procuração ter prazo indeterminado e ser substabelecida. O instrumento de mandato deverá ainda indicar se o mandatário exercerá os poderes em conjunto com outro procurador ou Diretor da Sociedade; Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente

serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Da Assembléia Geral - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço, e após as deduções das reservas e provisões técnicas e outras com a observância das prescrições legais, terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 25% (vinte e cinco porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (25%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do capital social integralizado. Parágrafo Único – Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”; b) registrados os pedidos de renúncia aos cargos de Diretores da Sociedade, formulados pelo senhor Carlos Eduardo Araújo Tibério e senhora Nilza Araújo Tibério, em cartas datadas de 23.12.2005, cujas transcrições foram dispensadas, consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante suas gestões. Na seqüência dos trabalhos, os representantes da União Participações Ltda., única acionista da Sociedade, deliberaram eleger para compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2007, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio naAvenida Paulista, 1.415, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/ 34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, os quais assinam a presente Ata que servirá como termo de posse, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária que eleger os novos membros em 2007 seja arquivada na Junta Comercial e publicada; c) fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$38.000,00 a ser distribuída em reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social. Em seguida, os Diretores eleitos, presentes à Assembléia, declararam: 1) sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 2) que abrem mão do direito ao recebimento de qualquer valor a título de remuneração, posto que já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e que as matérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e se tornarão efetivas depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário, pelos representantes legais da acionista e pelos Diretores eleitos. aa) Presidente: Milton Almicar Silva Vargas; Secretário: José Luiz Acar Pedro; Acionista: União Participações Ltda., representada por seus Diretores, senhores Milton Almicar Silva Vargas e José Luiz Acar Pedro; Diretores eleitos: Márcio Artur Laurelli Cypriano - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo - Diretores. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. JMT Propriedade Imobiliária S.A. aa) Sérgio Socha, Milton Almicar Silva Vargas. Certidão - Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 78.892/06-5, em 21.3.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação de seus membros; b) aos Diretores sem designação especial, coordenar e dirigir as atividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Das Assembléias Gerais - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos, propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo obrigatório, 30% (trinta porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo Parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo obrigatório do exercício (30%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do Capital Social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações”; 5. tendo em vista a transformação em sociedade anônima, considerar vencido o mandato dos atuais Administradores, senhores Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano; Diretores: Décio Tenerello, Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo; 6. eleger, para compor a Diretoria da Sociedade, os senhores DiretorPresidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Rua Barão de Itapagipe, 225, Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, e com mandato atéAGO de 2007, sendo que permanecerão em suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária de 2007 que eleger a Diretoria seja arquivada na Junta Comercial. Os Diretores eleitos declararam, sob as penas da lei, não estar impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 7. fixar o montante global anual para remuneração dos Administradores no montante de até R$40.000,00, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social, a ser distribuída em reunião da Diretoria, aos membros da própria Diretoria; 8. escolher, de conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 289, da Lei no 6.404/76, os jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” para a Sociedade efetuar as publicações ordenadas pela referida Lei. E por estarem assim justos e contratados, os SóciosCotistas, por seus representantes legais, assinam o presente Instrumento Particular, impresso em 3 (três) vias de igual forma e teor, com 2 (duas) testemunhas, autorizando, desde já, o seu arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo, para os fins e efeitos de direito. Cidade de Deus, Osasco, SP, 30 de janeiro de 2006. Sócios-Cotistas: Banco Boavista Interatlântico S.A., Banco Bradesco S.A. e Banco Alvorada S.A., neste ato representados por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas; e Márcio Artur Laurelli Cypriano. Testemunhas: Ariovaldo Pereira, RG 5.878.122/SSP-SP, CPF 437.244.508-34; e Ismael Ferraz, RG 8.941.370/SSP-SP, CPF 006.404.048-80. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob o número 63.152/06-0, em 24.2.2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

BALANÇO

EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 30/2006 OBJETO: Aquisição de órtese e prótese que serão distribuídas p/pacientes cadastrados no núcleo de reabilitação municipal - programa de órtese e prótese. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 10 de abril de 2006, às 08:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 31/2006 OBJETO: Aquisição de rodas e órtese e prótese que serão distribuídas a pacientes cadastrados no núcleo de reabilitação municipal para o programa de ortese e prótese. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 11 de abril de 2006, às 08:30 horas.

CONVOCAÇÃO COOPERATIVA DE CONSUMO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL NO ESTADO DE SÃO PAULO CNPJ/MF 60.741.642/0001-73 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA O Presidente da Cooperativa de Consumo dos Funcionários do Banco do Brasil no Estado de São Paulo (CNPJ/MF 60.741.642/0001-73), em consonância com o que dispõem os artigos 27, 30, 35 e 36 do Estatuto Social, convoca os Srs. Associados para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária a realizar-se no dia 28 (vinte e oito) de março de 2006, (terça-feira), na Sede da Cooperativa, na Rua Borges de Figueiredo nº 1.358, nesta capital; às 15:00 horas, em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados; às 16:00 horas, em segunda convocação, com a presença de metade mais um dos associados; ou às 17:00 horas, em terceira convocação, com a presença de no mínimo 10 (dez) associados, a fim de tratar sobre a seguinte ORDEM DO DIA: a) deliberar sobre o relatório, balanço e contas do Conselho de Administração, referentes ao exercício de 2005, bem como sobre o parecer do Conselho Fiscal; b) deliberar sobre a destinação do resultado do exercício; c) eleição de membros do Conselho Fiscal (eleição de 2/3 dos membros do Conselho Fiscal) com mandato até 31 de março de 2007; d) outros assuntos de interesse social, exceto os enumerados no artigo 38 do Estatuto. Nota: Para os efeitos legais e estatutários, declara-se que nesta data o número de associados é de 3.387. São Paulo (SP), 13 de março de 2006 Takegiro Teruya - Presidente

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 27 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

Publicidade Comercial 3244-3344 Publicidade Legal 3244-3799

Requerente: Casa de Couros Romeu Ltda. - Requerido: Meia Sola Ind. e Com. de Calçados Infantis Ltda. - Rua Frederico Abranches, 37 – 02ª Vara de Falências Requerente: Casa de Couros Romeu Ltda. - Requerido: Azure Complementos-EPP Rua Prof. Vahia de Abreu, 471 - 02ª Vara de Falências Requerente: Organização Ikesaki Móveis e Cosméticos Ltda. Requerido: John e Willian Cabeleireiros S/C Ltda. - Rua

Gabriele D’Annunzio, 1.300 01ª Vara de Falências Requerente: Nova Matre Factoring Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Cesi Comercial Ltda. - Rua Engenheiro Jorge Oliva, 41 - 01ª Vara de Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Requerente: Comercial de Produtos Alimentícios Grisan Ltda. Requerido: Comercial de Produtos Alimentícios Grisan Ltda. - Estrada de Taipas, 1.451 - 01ª Vara de Falências


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0,29

por cento foi o registro do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ontem

27/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 24/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.191.349,34 Lastro Performance LP ......... 825.272,73 Múltiplo LP .............................. 1.994.992,35 Esher LP .................................. 2.461.460,76 Master Recebíveis LP ........... 136.702,55

Valor da Cota Subordinada 1.013,426799 992,167287 1.009,412123 1.002,424231 957,069565

% rent.-mês 2,4724 - 0,7833 1,9616 0,2558 - 4,2930

% ano 3,7315 - 0,7833 0,9412 0,2424 - 4,2930

Valor da Cota Sênior 0 1.010,611338 1.016,488427 0 0

% rent. - mês 1,0611 1,2266 -

% ano 1,0611 1,6488 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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2 -.CAMPINAS

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em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

VAREJ0

Tesouros que ajudam a preservar um ofício

ÓRBITA

MOSCOU Prefeitura iniciou, ontem, um mutirão de limpeza com 100 trabalhadores, máquinas e equipamentos, para retirar o entulho do local onde permaneceu durante décadas a favela da rua Moscou. O trabalho vai servir para o combate ao mosquito da dengue e limpeza. A favela está sendo desmontada e a famílias transferidas para casas populares na periferia. Segundo a Prefeitura, com a remoção de todas as famílias começa a implantação de um parque linear com o plantio de pelo menos 12 mil mudas de árvores.

A

Relógios de corda, cucos e carrilhões, alguns com mais de 300 anos, ajudam na formação de relojoeiros apaixonados

U

Há muitos consumidores dispostos a investir na manutenção ou compra de um carrilhão

ma saleta de 40 metros quadrados na Rua General Osório, na região central de Campinas, guarda tesouros em forma de ponteiros, mostradores, pêndulos e correntes. Quase uma centena de relógios antigos, alguns com mais de 200 anos e valor de carro zero quilômetro, ocupa praticamente todos os espaços da Universal Jóias e Relógios, um dos raros estabelecimentos na cidade que vende e restaura relíquias que marcam as horas. Em época de chips eletrônicos, cristais de quartzo e mostradores digitais, os relógios mecânicos transformaram-se em bens históricos que pouquíssimos relojoeiros se atrevem a consertar. O privilégio é, geralmente, de profissionais h á p e l o m enos quatro décadas na atividade. Entretanto, a presença de técnicos mais jovens atrás dos balcões demonstra que a profissão, aparentemente em extinção, encanta novas gerações e resiste à implacável contagem do tempo. Aos 72 anos, Octávio Pagotto é um dos mais antigos relojoeiros em atividade em Campinas. O dono da Universal abriu seu negócio quando comprou, de uma única vez, 45 relógios de uma viúva que se desfez da coleção por um valor irrisório ao mudarse de um casarão para um apartamento. A maioria foi posteriormente vendida e de outros ele retirou peças para usar nas restaurações solicitadas pela clientela, já que os componentes não são mais fabricados. Mesmo assim, há casos em que Octávio precisa tornear a engrenagem com a paciência e a habilidade de um ourives em sua própria oficina, modelando a peça que falta para o relógio voltar a funcionar com a precisão que tinha quando foi produzido. “É por isso que só quatro ou cinco relojoeiros se dispõem a fazer esse tipo de conserto. A maioria não quer dor de cabeça com peças que nem existem mais no mercado e prefe-

rem cuidar do que é eletrônico. É mais fácil”, afirma. O raro talento tem um preço, é claro. O conserto mais simples, de um relógio cuco, não sai por menos de R$ 150,00. E não falta clientela disposta a investir na manutenção ou mesmo na compra de um dos modelos mais lustrosos de sua coleção, como um carrilhão – relógio que marca horas por percussões musicais que lembram os sons de um sino ou de instrumento musical – avaliado em R$ 20 mil, de procedência alemã. Desde a morte do irmão e ajudante Pedro, há quatro anos, Octávio trabalha sozinho. Recentemente a loja permaneceu fechada por um mês quando ele precisou submeter-se a uma cirurgia cardíaca. Os clientes até pensaram que havia largado o negócio, o que não está tão longe de acontecer. “Tenho aqui relógios de 300 anos e que vão durar mais 100. Mas eu, não”, resigna-se o relojoeiro, revelando a preocupação com o coração safenado. Ele acha que já está na hora de parar e cuidar melhor da saúde, mas confessa que só não se aposentou ainda porque não tem para quem deixar a atividade de quase quarenta anos, pelo menos na linha de sucessão familiar: a filha é fonoaudióloga e o filho cursa engenharia florestal. Office boy – Na família de José Missaglia também ninguém seguiu a profissão. Mas antes de se aposentar, o relojoeiro de 76 anos transformou em sucessor um adolescente de 14 anos que ingressara em sua loja como office boy. “Certo dia ele me chamou na bancada e pediu que eu desmontasse um despertador. Nunca mais parei de consertar relógios”, conta Isael Tezolin, 33 anos, 19 dos quais como relojoeiro da Missaglia Jóias e Relógios, aberta em 1949 também na General Osório e administrada por uma das filhas do fundador. Isael revela ter ficado encantado com a beleza dos mecanismos antigos, e muito mais ainda, com as histórias por trás de cada peça. Como a do produtor de café de Poços de Caldas que, há cerca de 10 anos, entrou na loja e comprou oito carrilhões de pedestal suíços, com 2,20 metros de altura, 90 quilos, caixa em madeira de lei e três melodias, cada um avaliado em

FEBEM

A Octávio Pagotto, 72 anos, é um dos mais antigos relojoeiros em atividade na cidade

UNICAMP

O

pedestal que se destaca na sala de visitas de seu amplo apartamento. O imponente relógio chama a atenção de quem entra não só pelo tamanho (2,12 metros de

Unicamp vai apresentar três trabalhos de pesquisas tecnológicas na conferência TechConnect Summit 2006, que acontece nos dias 8 e 9 de maio, em Boston, Estados Unidos. A Conferência reúne os maiores escritórios de transferência de tecnologia do mundo, investidores e empresas de diversos setores. Representa a universidade a Agência de Inovação da Unicamp (Inova) que inscreveu cinco trabalhos para a seleção. Segundo a Unicamp, a Inova é a primeira agência de inovação da América Latina a participar do evento.

A Tezolin ainda garoto descobriu a beleza dos mecanismos dos relógios e adotou a profissão

cerca de R$ 30 mil, para presentear as seis filhas e as duas netas. Ele conserta em média oito relógios mecânicos por mês e os reparos custam cerca de R$ 200,00. Com a chegada das épocas mais frias do ano a procura costuma aumentar, conta Isael. “O frio endurece o óleo lubrificante d a s e n g r e n agens, atrasando as horas e causando até o rompimento de cordas”, explica. Segundo ele, a eletrônica que hoje impera nos relógios modernos está acabando com o ofício de relojoeiro. “É tudo descartável. Para o cliente, compensa comprar um novo do que pagar para consertar”, argumenta. Mas por causa da longevidade dessas maravilhosas

x 55 cm de Carrilhão dos Gragnani: altura largura), mas pelo impecável estado de conservação da caixa, 40 anos sem atrasar dos mostradores, dos relógio é o coração da casa, diz o dentista aposentado Luiz Carlos Gragnani, 70 anos, quando define o carrilhão inglês de

presidente da Febem, Berenice Giannella, abriu, ontem, no auditório do Hotel Premium Norte, do bairro Nova Aparecida, em Campinas, o curso de capacitação dos monitores das duas novas unidades do Centro de Atendimento Socioeducativo aos Adolescentes da cidade. As aulas seguem até o dia 4 de abril, no hotel, quando devem acontecer as inaugurações das obras. Os dois abrigos para adolescentes infratores serão gerenciados pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (Ibrades).

pêndulos e da porta de vidro que dá acesso aos pesos e correntes para regulagem. Não é para menos. Descendente de uma família italiana

máquinas antigas, sempre terá que haver alguém com conhecimento e habilidade suficientes para mantê-las funcionando. Por isso, não será surpresa se Pedro, 3 anos, filho de Isael, seguir a atividade do pai. “É uma ótima profissão”, resume. Dádiva – Há quem tenha aprendido o ofício por curiosidade e descoberto uma fascinante e rentável profissão. Foi assim com Dildebi Alves, 34 anos, há sete dono da Relojoaria Bill’s, na Rua Regente Feijó, também no centro. Quando criança, ele conta, vivia deixando os pais de cabelo em pé com os e l e t ro d o m é s t i c o s q u e desmontava para descobrir o funcionamento. Mas gostava mesmo era de relógios. Após exercer outras atividades profis-

s i o n a i s , j u n t o u u m d inheiro e na hora de abrir o próprio negócio, falou mais alto aquilo que ele chama de dom natural. “Os eletrônicos qualquer um conserta. Mas é preciso talento nato para pôr a mão nessas máquinas”, observa sem falsa modéstia. Por sua bancada passam em média dez relógios por mês, entre modelos de corda, cucos e carrilhões. Os donos herdaram as máquinas de pais e avós. Uma revisão simples custa R$ 180,00. Mas para restaurar um carrilhão alemão de 1850 ele cobrou R$ 950,00 e o serviço durou cerca de 40 dias. Há casos em que, devido ao estado de conservação do equipamento, é necessário até reconstruir, com a ajuda de um carpinteiro, a caixa em madeira com os entalhes originais. “Quem tem esse tipo de relógio é apaixonado pelo aparelho. E quem conserta também tem que ter essa paixão”, afirma Dildebi, resumindo a essência do ofício que abraçou.

fundadora do tradicional hospital Casa de Saúde de Campinas, Luiz é o único a manuseá-lo (e com luvas) para dar corda ou lubrificar as engrenagens com óleo especial a cada 15 dias. Todos os componentes são originais, jamais atrasou e em 40 anos passou por uma única manutenção,

afirma com orgulho. Mas é o som afinado e limpo dos bordões musicais na contagem das horas que embevece o proprietário da raridade. “São músicas de catedrais que evocam inesquecíveis lembranças do passado”, confessa o sentimental aposentado.

Paulo César Nascimento

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


terça-feira, 28 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Agronegócio Tr i b u t o s Finanças

17 Arrecadação tributária de R$ 200 bilhões foi obtida este ano com 12 dias de antecedência.

IMPOSTÔMETRO RODA MAIS DEPRESSA

Fisco já abocanhou A R$ 200 bilhões até esta madrugada

madrugada passou e lá se foram R$ 200 bilhões para o governo... O montante é o total arrecadado de tributos pelas três esferas (municípios, estados e União) desde o primeiro dia de 2006 e foi alcançado com 12 dias de antecedência em relação a 2005. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento

Tributário (IBPT), no ano passado o Impostômetro atingiu R$ 200 bilhões no dia 9 de abril. A arrecadação pode ser vista pelo site www.impostometro.com.br e no painel instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Impostômetro está cada vez mais veloz. Arrecadação tributária nas três esferas só aumenta.

Adriana David

C.N.P.J. 43.059.559/0001-08 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em atenção às disposições estatutárias e à legislação vigente, estamos apresentando as demonstrações financeiras, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, acompanhadas das notas explicativas. São Paulo, fevereiro de 2006. A Administração

ATIVO CIRCULANTE Disponível Clientes Estoques Valores a Receber Créditos Tributários Despesas Pagas Antecipadamente REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Partes Relacionadas Depósitos Vinculados Valores a Receber Créditos Tributários

2005 20.892 5 5.520 5.405 8.644 1.282 36 9.191 28 2.013 5.782 1.368

PERMANENTE Investimentos Imobilizado Reservas Florestais

304.548 474 206.063 98.011

TOTAL DO ATIVO

334.631

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2005 - LEI 6.404/76 - (Valores em Milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL RESULTADO DO EXERCÍCIO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2004 2005 2004 RECEITA BRUTA DE VENDAS 14.660 CIRCULANTE 16.730 21.184 Impostos e Taxas de Vendas 598 Fornecedores 3.089 2.539 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 3.441 Obrigações com Pessoal 2.595 3.692 Custo dos Produtos Vendidos 5.087 Contas a Pagar 7.448 13.361 LUCRO BRUTO 3.766 Impostos e Contribuições 2.465 438 Receitas (despesas) Operacionais 1.717 Instituições Financeiras 1.040 1.022 Despesas Gerais e Administrativas 51 Dividendos 93 132 Outros Resultados Operacionais 4.719 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 30.496 45.767 23 Instituições Financeiras 2.458 3.217 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO 1.812 Provisões para Contingências 9.786 12.040 RESULTADO FINANCEIRO 1.666 Adiant. p/ Futuro Aumento de Capital - AFAC 11.000 24.500 Resultado Financeiro 1.218 Partes Relacionadas 3.816 5.736 RESULTADO OPERACIONAL 274 Contas a Pagar 3.436 Resultado Não Operacional 293.406 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 287.405 245.834 LUCRO ANTES DO I.R. 474 Capital Social 146.712 114.212 Imposto de Renda e Contribuição Social 204.163 Reservas de Capital 3.202 3.100 Plano de Particip. Resultado - Lei nº 10.101/00 88.769 Reservas de Reavaliação 72.405 73.079 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Reservas de Lucros 65.086 55.443 312.785 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 334.631 312.785 Lucro Líquido por ação R$

Capital Social 99.212 15.000 114.212 32.500 146.712

Em 31 de Dezembro de 2003 Aumento de Capital Realização de Reservas Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal Dividendos Reservas de Lucros Em 31 de Dezembro de 2004 Aumento de Capital Realização de Reservas Incentivos Fiscais Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal Dividendos Reservas de Lucros Em 31 de Dezembro de 2005

Reservas de Capital 3.100 3.100 102 3.202

Reservas de Reavaliação 73.542 (463) 73.079 (674) 72.405

2004 84.350 (24.646) 59.704 (51.026) 8.678

(2.334) (368)

(2.703) (1.096)

5.094 (1.915) 3.179 12.186 15.365 (5.015) (1.059) 9.291 70,61

4.879 (3.056) 1.823 17.515 19.338 (5.835) 13.503 102,62

ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DESCRIÇÃO

2005 97.343 (28.639) 68.704 (60.908) 7.796

Reservas de Lucros 41.766 675 13.002 55.443 465 9.178 65.086

Lucros Total Acumulados 217.620 15.000 305 (158) 13.503 13.503 (675) (131) (131) (13.002) 245.834 32.500 445 (229) 102 9.291 9.291 (465) (93) (93) (9.178) 287.405

2005

2004

53.810

68.087

2005

2004

ORIGENS

64.496

56.084

APLICAÇÕES

Das Operações:

31.894

40.694

Aumentos:

Lucro Líquido do Exercício

9.291

13.503

Realizável a Longo Prazo

4.472

-

Valores que não afetam o Cap. Circ. Líquido

22.603

27.191

Imobilizado

10.309

41.960

Depreciação, Amortização e Exaustão

20.817

19.085

Reservas Florestais

23.436

18.835

Realização do Ativo Permanente

1.786

8.106

Redução do Exigível a Longo Prazo

15.271

7.003

Dos Acionistas:

32.500

15.000

Dividendos

93

131

Aumento de Capital

32.500

15.000

I.R. s/ Realiz. da Reserva de Reavaliação 229

102

390

VARIAÇÃO DO CCL

-

390

Ativo Circulante

6.232

(64)

102

-

Passivo Circulante

(4.454)

11.939

De Terceiros: Redução do Realizável a Longo Prazo Incentivos Fiscais

10.686

158 (12.003)

NOTAS EXPLICATIVAS NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL Com sede social em São Paulo - SP, a Duraflora S.A. companhia de capital fechado, controlada pela Duratex S.A., tem como atividade principal a silvicultura, a agropecuária e a comercialização de produtos relacionados a essas atividades. NOTA 2 - APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Duraflora S.A. foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações, de forma consistente com aquelas utilizadas no exercício anterior. Na elaboração das demonstrações financeiras, foi utilizado, quando necessário, estimativas contábeis determinadas pela administração em função de fatores objetivos para a seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes e outras similares. NOTA 3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do Resultado As receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras, inferior aos custos de reposição ou a valores de realização. Os depósitos vinculados estão relacionados a processos tributários e trabalhistas, os quais estão atualizados até a data do balanço. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. c) Permanente O imobilizado está registrado ao custo de aquisição ou formação, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, acrescido de reavaliação espontânea efetuada com base em avaliação realizada por peritos independentes. As depreciações e as amortizações são calculadas pelo método linear, à taxas variáveis, de acordo com a expectativa de vida útil dos bens, conforme nota 6. As reservas florestais são exauridas em função do volume de madeira extraída no período. d) Passivos circulante e exigível a longo prazo São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos incorridos. e) Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda, a contribuição social, os créditos tributários, bem como os demais tributos, estão calculados de acordo com a legislação vigente. f) Reclassificação Contábil Durante o exercício de 2005 a Companhia revisou critérios de classificação das despesas inerentes à sua operação e processou os ajustes decorrentes desta revisão, cujos reflexos, em relação à apresentação de 2004, estão demonstrados abaixo: Descrição Custo dos produtos vendidos Outros resultados operacionais SOMA

Anterior (50.554) (1.568) (52.122)

Reclassificação (472) 472 -

Atual (51.026) (1.096) (52.122)

NOTA 4 - CLIENTES 2005 5.046 474 5.520

Duratex S.A. Outros clientes TOTAL

2004 2.949 492 3.441

NOTA 5 - VALORES A RECEBER Curto Prazo Descrição Venda de Imobilizado Outros valores a receber TOTAL

2005 8.250 394 8.644

2004 3.500 266 3.766

Longo Prazo 2005 2004 5.165 1.333 617 333 5.782 1.666

Curto Prazo

Longo Prazo 2005 2004

2005

2004

372

1.018

-

-

715 195 1.282

606 93 1.717

970 398 1.368

987 231 1.218

NOTA 7 - IMOBILIZADO 2005

Descrição das contas Terras e terrenos Construções e benfeitorias Máquinas, equipamentos e instalações Imobilizações em Andamento Móveis e Utensílios Equiptos. Informática/Software Veículos Outros Ativos SOMA Reservas florestais TOTAL

PRESIDENTE Olavo Egydio Setubal VICE-PRESIDENTE Laerte Setubal Filho

Taxas anuais de depreciação - % 4 5 a 10 10 20 20 e 25 10 a 20

Valor histórico 187.282 3.213 32.040 528 562 660 14.359 1.220 239.864 98.011 337.875

Depreciação (1.933) (20.641) (346) (468) (9.488) (925) (33.801) (33.801)

2004 Valor residual 187.282 1.280 11.399 528 216 192 4.871 295 206.063 98.011 304.074

Valor residual 185.534 1.338 12.276 304 202 181 3.363 965 204.163 88.769 292.932

ADMINISTRAÇÃO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONSELHEIROS PRESIDENTE Maria de Lourdes Egydio Villela Paulo Setúbal Alfredo Egydio A. Villela Fº Olavo Egydio Setubal Jr. Jairo Cupertino Paulo Setúbal José Carlos Moraes Abreu

NOTA 9 - CONTAS A PAGAR Descrição

Curto prazo 2005 2004 6.333 11.938 1.115 1.423 7.448 13.361

Aquisição de fazendas Demais contas a pagar TOTAL

Longo prazo 2005 2004 298 3.138 274 3.436 274

NOTA 10 - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Os financiamentos estão atualizados monetariamente pelos correspondentes encargos contratuais e apresentam as seguintes características: 2005 2004 Curto Longo Curto Longo Modalidade Encargos Amortização Garantias prazo prazo prazo prazo Finame TJLP + 4% a.a. Mensal e trimestral Alienação fiduciária e NP 1.040 2.458 1.022 3.217 Prazo de vencimento de longo prazo: Ano Moeda Nacional

2007 1.024

2008 1.024

2009 346

2010 64

Total 2.458

NOTA 11 - PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais de natureza trabalhista e tributária, decorrente do curso normal de seus negócios. As respectivas provisões para contingências foram constituídas considerando a avaliação da probabilidade de perda pelos assessores jurídicos e quando necessário, foram efetuados depósitos judiciais. A Administração da Companhia, com base na opinião de seus assessores jurídicos, acredita que as provisões para contingências constituídas são suficientes para cobrir as eventuais perdas com processos judiciais, conforme apresentado a seguir. Processo 2005 2004 Tributário 6.647 9.374 Trabalhista 3.139 2.666 TOTAL 9.786 12.040 NOTA 12 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, no valor de R$ 146.712 (2004 - R$ 114.212) é representado por 148.902 ações nominativas (2004 - 131.584), sem valor nominal, sendo 115.566 ordinárias (2004 - 102.126) e 33.336 preferenciais (2004 - 29.458). b) Reservas do patrimônio líquido As reservas do patrimônio líquido estão compostas por: 2005 2004 Reservas de capital 3.202 3.100 Correção monetária de recursos florestais 2.446 2.446 Incentivos fiscais 756 654 Reservas de reavaliação 72.405 73.079 Reservas de lucros 65.086 55.443 Legal 4.736 4.271 Especial estatutária (artigo 11 estatuto) 60.350 51.172 O saldo destinado à reserva especial estatutária será utilizado para expansão dos negócios da Companhia, via aumento de capital, ou para pagamento de dividendos aos acionistas.

NOTA 6 - CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS Descrição Antecipação de Imposto de Renda - IRPJ e Contribuição Social - CSLL Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS/ Lei Complementar 102 Outros TOTAL

NOTA 8 - PARTES RELACIONADAS As transações entre partes relacionadas, substancialmente compras e vendas de produtos, foram realizadas a preços e condições usuais de mercado. Os contratos de mútuo estão atualizados com base na variação da taxa SELIC. Duratex S.A. Duratex Comercial Duratex Exportadora S.A. Empreendimentos 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Ativo Clientes 5.046 2.949 Realizável a Longo Prazo Mútuo 28 23 Passivo Fornecedores 37 31 Dividendos a pagar 89 125 Exigível a longo prazo Adiantamento para Futuro Aumento de Capital - AFAC 11.000 24.500 Mútuo 3.809 5.731 7 5 Resultado Vendas 92.464 65.764 Compras 9 68 Financeiro (980) (1.159) (1) (1.134) -

NOTA 13 - RESULTADO NÃO OPERACIONAL O resultado não operacional, no montante de R$ 12.186 (R$ 17.515 em 2004), está representado pelo lucro apurado na realização de ativo imobilizado. NOTA 14 - SEGUROS Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado, por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas. NOTA 15 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Riscos de crédito O acompanhamento dos prazos de vendas e limites individuais,são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização do “Contas a receber”. b) Instrumentos financeiros Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado.

VICE-PRESIDENTES Guilherme Archer de Castilho Plínio do Amaral Pinheiro Raul Penteado

DIRETORIA DIRETORES EXECUTIVOS Carlos A. Tenório Nobre Enrique Judas Manubens José Roberto R. Guidi Mário Colombelli Filho

DIRETORES Alexandre Coelho N. do Nascimento Antonio Joaquim de Oliveira Antonio Massinelli Flávio Dias Soares

Roberto Frederico Battaglioli Contador - CRC1SP109479/O-0


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Lançamentos Te l e f o n i a Varejo Hi-tech Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

QUAL NOVA TECNOLOGIA VAI SE ESTABELECER COMO PADRÃO?

61%

dos norte-americanos já usaram algum sistema de check-out automático em lojas e supermercados

Fotos: Divulgação

Novas tecnologias definem próxima era do varejo Especialista diz que a maioria das tecnologias em uso está se tornando obsoleta e as empresas terão de absorver elevados custos de transição para se atualizarem

Por Sergio Kulpas

jornalista norte-americano especializado em consumo Phil Lampert analisa em seu b l o g ( h t t p : / / w w w. x r 2 3 . c o m / Page.cfm/1) as tecnologias que estão transformando o ambiente do varejo. Lampert acredita que os atuais modelos de comércio estão chegando ao fim de seus ciclos e que a mudança é inevitável. Segundo o jornalista, a maior preocupação para o setor nesse cenário de mudanças é o custo dessa transformação. Ele aponta que como a maioria das tecnologias em uso hoje está se tornando obsoleta, as empresas terão de absorver elevados custos de transição para se manterem atualizadas. Outra preocupação é descobrir quais novas tecnologias vão realmente se estabelecer como padrões para os próximos anos, e quais serão apenas uma moda passageira. Lampert aposta que as etiquetas com microtransmissores de rádio (RFIDs) têm grande chance de se firmarem como padrão mundial no comércio e indústria. Já a check-out de compras feito pelos próprios clientes não deve ter sucesso, por questões de adaptação. Os sistemas de identificação biométrica para pagamentos devem ter sucesso moderado nos próximos anos. Um grande problema, aponta Lampert, é que a maioria dos sistemas existentes de hardware e software não conversa entre si, e a infra-estrutura precisa ser totalmente reinventada. Já a nova geração de aplicativos tecnológicos tem protocolos padronizados, mas o desafio é o custo de adotar essas novas plataformas em larga escala. O especialista sugere que os varejistas se concentrem nas tarefas mais essenciais: tecnologias que ajudem o consumidor, que acrescentem valor à experiência de compra. Por exemplo, quiosques eletrônicos diante dos quais o consumidor pode segurar um produto e obter informações sobre preço, valor nutricional, receitas e outras infor-

mações personalizadas. Segundo David Pava, vice-presidente da MarCole Interative Systems, a tecnologia de comunicação sem fio (wireless) vai dar maior poder aos consumidores, mas também vai exercer pressão sobre os comerciantes. Usando computadores de mão, os consumidores terão acesso a mais informações sobre os produtos e fabricantes, avaliações, críticas, e preços competitivos –ao mesmo tempo em que visitam as lojas. Isso deve aumentar a pressão competitiva sobre os varejistas, forçando-os a buscar outras maneiras de se destacar. O executivo disse que as lojas e supermercados poderão aproveitar as novas tecnologias para conhecer melhor seus clientes, oferecendo vantagens e promoções em troca de informações e dados pessoais como preferências e gostos. Isso deverá permitir uma relação mais próxima com os consumidores e desenvolver laços de longo prazo com eles. Paca disse que as empresas devem priorizar objetivos e não mudar tudo de uma vez. As lojas devem estabelecer um orçamento específico para aperfeiçoar sua infra-estrutura e fazer investimentos ano após ano. Falhar nesse planejamento pode ser fatal. De acordo com a firma de pesquisas ACNielsen, 61% dos norte-americanos já usaram algum sistema de check-out automático em lojas e supermercados. Mas isso não quer dizer que o público mostra grande aceitação pelo sistema. Apenas 32% dos entrevistados acham a tecnologia de caixa automático uma coisa boa, enquanto 52% não a consideram algo positivo, e para 16% é simplesmente frustrante. Mesmo assim, pesquisas feitas nos EUA mostram que acelerar o processo de saída do cliente depois das compras é visto como algo positivo pelos consumidores. Muito melhor aceitas são as tecnologias que usam pequenos computadores

Acima e ao lado, os RFIDs serão uma tecnologia dominante no comércio; à esquerda, a identificação de clientes será mais fácil no futuro, usando a biometria

nos carrinhos de compras, para auxiliar o consumidor. Já testados em vários países, os assistentes digitais de compras têm leitores de códigos de barras e uma tela que exibe um grande volume de informações sobre os produtos. Esses aparelhos estão se tornando "conselheiros de compras", informando sobre descontos, promoções e itens que podem ser combinados com outros já colocados no carrinho pelo cliente. As tecnologias de identificação bio-

métrica também estão sendo testadas em escala cada vez maior. Sistemas que lêem impressões digitais, palmas e retinas oferecem identificações muito mais confiáveis sobre a identidade de um consumidor. Grandes empresas como a IBM e BioPay estão reduzindo o preço de implementação desses sistemas no comércio. Os aparelhos estão na faixa dos US$ 200, mais o custo da infra-estrutura. sergiokulpas@gmail.com

Divulgação

Pedidos eletrônicos crescem no varejo Por Zé Lúcio Cardim

Richard Lowenthal, presidente da E-Business Brasil

Estudo mostra que a média dos pedidos de compras realizados eletronicamente já chega a 44%

uase metade dos pedidos feitos por varejistas brasileiros aos seus fornecedores já é feita, no Brasil, por meios eletrônicos. É a principal conclusão da inédita pesquisa realizada pela Associação E-Businness Brasil junto a 22 grandes empresas e divulgada em março. "A pesquisa tem o objetivo de identificar o nível de uso das informações dos varejistas junto aos fornecedores", diz Richard Lowenthal, presidente da E-Business Brasil. "O setor varejista é o que mais troca informações junto aos fornecedores, por causa da imensa variedade de produtos." O estudo revela que a média ponderada dos pedidos eletrônicos chega a 43,9%, enquanto que apenas 21,2% das empresas declararam não utilizar-se

de ferramentas eletrônicas na comunicação com seus fornecedores. "Tradicionalmente, o setor varejista é grande impulsionador da troca de informações eletrônica, até pela vasta gama de produtos, que inviabiliza qualquer outra forma", diz Lowenthal. Por tratar-se de uma primeira pesquisa e, portanto, não existirem dados anteriores para comparação, não há como medir o ritmo do crescimento do e-business entre as empresas. Mesmo assim, a EBusiness Brasil já considera os meios eletrônicos como "indispensáveis", apesar de reconhecer que "ainda exista uma fatia de mercado a ser conquistada". Essa parcela a ser conquistada é mais evidente quando a pesquisa aponta para o canal mais utilizado para a realização de pedidos com os fornecedores: o e-mail, com 25,9% –que nem é considerado um meio eletrônico–, assim como o fax (15,5%), o telefone (11,8%) e os pedidos feitos pessoalmente (13,1%). Entre os eletrônicos, o EDI ficou em segundo lugar, com 23,7%, à frente dos portais próprios (5%) e do fornecedor (5%). Ferramentas mais modernas, como o SMI e o VMI também constam da pesquisa, mas não foram citadas, ainda que apontadas como importantes ferramentas para o aumento da produtividade das empresas e utilizadas por pelo menos duas das empresas entrevistadas: Ponto Frio e Lojas Colombo. A troca de informações de

estoque e de ordens de reposição ocorre há décadas entre compradores e fornecedores, e parte destes modelos sobrevive ainda hoje como padrão estabelecido. O EDI é um modelo de troca de mensagens através de caixas postais, em parte ainda trafegadas por redes de comunicação proprietárias, com padrões de estruturação rígidos. As partes usam o envio das mensagens para alimentar seus sistemas próprios, mas não é possível interpretar e responder uma mensagem na mesma conexão (trabalha no modelo assíncrono). Na prática, apenas 40% das empresas trocam informações entre si regularmente, sendo que uma parcela expressiva (31,3%) com atraso de dias, 18,8% com atraso de semanas, e 12,5% com atraso de meses, de acordo com resultados da pesquisa. Pela internet o modelo EDI é basicamente o mesmo, apenas a transmissão das mensagens é feita através de protocolo TCP/IP. "Mas a evolução da tecnologia e a possibilidade das trocas de informação mais rápidas e freqüentes provocam a substituição de padrões anteriores, incorporando novas possibilidades de interação entre as empresas", explica Carlos Alberto Santos, sóciodiretor da eCorp Tecnologia. O B2B, por exemplo, tem programado parte das regras comerciais estabelecidas e permite respostas mais rápidas na cadeia. O B2B é o modelo mais adotado para implantação de projetos

de VMI. Sua operacionalização ocorre por meio do desenvolvimento de web services ou servidores de aplicação aptos a processar mensagens xml. "Gradativamente, tais sistemas substituirão os portais corporativos (de venda ou de compra), caracterizados pelo apontamento manual das informações, o que ainda potencializa a existência de erros e aumenta os tempos de resposta na cadeia", diz Santos. Entre as soluções para implantação de sistemas baseados em xml, o Microsoft Biztalk Server possui estrutura de mapeamento, tratamento das informações e regras de negócio, bem como controle das comunicações necessário para este tipo de ambiente. O IBM WebSphere e o Tibco são outras opções. O VMI (Vendor Managed Inventory) é um conjunto de sistemas, metodologias e políticas contratuais aplicadas cujo objetivo é maximizar o controle sobre estoques, reposição e planejamento de vendas em uma cadeia de empresas. "Em ambientes de alta rotatividade de estoque, ou de alta competitividade junto ao consumidor final, caso da área de varejo, a reposição de produtos, o custo de gestão das reposições e acompanhamento de entregas, bem como a engenharia de níveis de estoque ficam facilitados com esse sistema", diz Carlos Alberto. Em qualquer projeto de VMI, outros fatores devem ser integrados para compor seu ambiente, incluindo estrutura de logística flexível, sistemas de recepção de mercadorias e acondicionamento com controle de

localização online. Outros aspectos de ordem interna, como apontamento das vendas, gestão de refugos, retornos, também são importantes para manter atualizado o mapa de estoques entre as partes. Uma inovação, ainda em fase experimental, mas que trará resultados práticos muito relevantes na movimentação de cargas, é o uso das etiquetas inteligentes, as quais são passíveis de localização, interpretação e rastreamento via radiofreqüência (RFID). A tecnologia encontra-se madura e disponível para absorver todos os modelos de interação possíveis em VMI. Um apoio consultivo de alguém que já viveu a prática de criar comunidades deste tipo também ajuda. "Deve-se ter em conta também que qualquer projeto neste sentido exige a participação de diversas unidades da empresa, seja pelo aspecto tecnológico, seja pelo aspecto funcional, e a venda interna da idéia é o ponto de partida para o sucesso do processo", finaliza Santos. A pesquisa da E-Business Brasil também revela que a principal barreira para o compartilhamento de informações é "a cultura interna na utilização de novas ferramentas". Para o presidente da entidade, "essa resistência é, tradicionalmente, das áreas comerciais, pouco acostumadas a compartilhar informações", conta Richard Lowenthal. "Mas depois de algum tempo, essas mesmas pessoas percebem que a tecnologia libera mais tempo para atividades estratégicas", diz ele.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.OPINIÃO

terça-feira, 28 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

OTIMISMO E

FATORES DE RISCO

Os problemas parecem estar dentro do País e não fora, onde o quadro de crescimento e liquidez continuará por um bom tempo Considere-se, de início, a situação do Japão. É verdade que há sinais de retomada do crescimento econômico e do fim do ciclo de deflação, que contribuiu para desestimular consumo e investimento, e jogar o país num quadro de estagnação, por mais de 10 anos. Neste contexto, o Banco do Japão sugeriu, recentemente, que o viés expansionista da política monetária poderia começar a ser retirado. O problema fundamental tem sido escassez de moeda e abundância de bens. Portanto, preços em queda. Neste caso, a taxa de juro nominal cai para seu valor mínimo, ou seja, zero, criando-se uma indeterminação. Na região do euro, perspectivas não muito alvissareiras de crescimento, lentidão no encaminhamento de reformas e ondas de populismo nacionalista. O núcleo da inflação oscilou abaixo de 1,5% ao ano,

Quem garante que é a vez da China? ROBERTO FENDT

S

eria no mínimo equivocado não reconhecer um papel crescente da China na economia mundial depois de 20 anos de crescimento a mais de 9% ao ano. Contudo, daí a concluir que em 2050 o PIB da China, junto com o nosso, com o da Rússia e com o da Índia, será equivalente ao dos EUA, é outra história. Há duas razões para por em dúvida essa previsão. A primeira razão é de ordem filosófica: o futuro não é uma repetição monótona de tendências observadas no passado. A idéia de que a história tem leis de formação que nos compete descobrir – o denominado historicismo – é um dos grandes e trágicos mitos da humanidade. O nazismo encarnou uma desses mitos. O "Reich de mil anos" durou de 1933 a 1945 – 12 anos no total. Vinte milhões de pessoas pereceram na tentativa de "construção" dessa falácia. O comunismo foi outro. Marx previu que a luta de classes no capitalismo levaria à sua destruição; e ela deveria ocorrer primeiro nos países onde fosse maior a concentração do capital – nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Fiasco dos fiascos, o capitalismo não ruiu; sequer começou a ruir onde se esperava; o socialismo, a etapa intermediária, irrompeu no país menos capitalista de todos, a Rússia tzarista. De fato, o que ruiu junto com o Muro de Berlim foi o socialismo real. A segunda razão é uma variante da primeira, só que apontando casos práticos. Lembram-se da profecia de Nikita Kruchov de que o PIB da

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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União Soviética ultrapassaria o dos Estados Unidos? Não ocorreu. Como não se materializou a previsão de que o "Japão, Inc." compraria os Estados Unidos. Duas décadas de recessão depois, só agora o Japão começa a retomar o crescimento. Recentemente, surgiram novas "previsões" da mesma natureza. A China hoje é a bola da vez. William Pesek Jr., em sua coluna de 15 de março para a Bloomberg News, encarregou-se de lembrar-nos que o que é, nem sempre é o que se vê, como dizia Bastiat.

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problema com a Ásia é que 60% da população (1,9 bilhão de pessoas) continua vivendo com menos de dois dólares por dia, no campo. Nas cidades vive hoje 40% da população. Prevê-se que 2015 essa proporção se inverta. O crescimento da população urbana será em pouco tempo tão acelerado como o crescimento da economia, hoje. O crescimento acelerado das cidades poderá ter lá o mesmo efeito que teve aqui. Em uma geração será necessário criar uma imensa infra-estrutura urbana, que não gera diretamente nem produtos nem serviços, mas que requer um investimento maciço. Não temos elementos para saber como os asiáticos resolverão esse problema. Se eu tivesse que apostar, preferiria apostar no Brasil, onde todos esses investimentos já foram pagos, em dinheiro e em problemas, como a inflação e o endividamento.

E m uma geração será necessário criar uma imensa infra-estrutura urbana

TRECHOS DO ARTIGO DE OPINIÃO DO SITE DA MCM CONSULTORES HTTP://WWW.MCM-MCM.COM.BR

J apão: estímulo ao consumo e risco baixo

Auditado pela

EMPRESAS DE Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

patamar relativamente confortável – embora a ênfase do Banco Europeu seja a inflação “cheia”. É verdade que a taxa de juro real na Europa encontra-se ainda abaixo da que deve ser a de equilíbrio e, cedo ou tarde, o viés será removido. Ainda assim, a evolução lenta da economia indica que não haverá grandes surpresas, ao menos em magnitude capaz de mudar o humor por aqui. Nos EUA, pode-se dizer que o quadro conjuntural é favorável, com as expectativas de inflação bem ancoradas e os indicadores econômicos sugerindo crescimento dentro do potencial, com núcleos da inflação gravitando dentro da faixa que permite dizer que há “estabilidade de preços”. Não nos parece razoável que tal movimento seja capaz de alterar, significativamente, o cenário econômico no Brasil. Em conclusão, é claro que o comportamento da economia brasileira está sujeita a riscos. A nosso ver, porém, são riscos que têm a ver, por exemplo, com eventual não-concretização de crescimento econômico em ritmo de 4,0% ao ano, ou mais. Não são riscos de estagnação, ou crise séria. De qualquer modo, os problemas parecem estar dentro do País, e não fora, onde o quadro de crescimento e liquidez provavelmente terá continuidade, ainda por um bom tempo.

As pontes que caem

Issei Kato/Reuters

estes dias marcados por grande entusiasmo, é difícil encontrar motivo para ficar preocupado com o Brasil. Na opinião da maioria, apontar riscos equivale a “procurar pelo em casca de ovo”. Cenários econômicos razoavelmente favoráveis viraram uma espécie de “piso” – em outras palavras, “é daí para melhor”. Na fase atual, a ordem do dia é faturar o que é bom, enquanto se espera a promoção do Brasil ao seleto clube dos países agraciados com grau de investimento. Neste contexto, dentre os diversos fatores capazes de estragar a festa, considerações acerca da liquidez internacional merecem destaque.

MOACYR SERVILHA DUARTE

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mês de janeiro colocou em destaque os problemas de duas pontes rodoviárias, uma no Brasil e outra na Venezuela, que estão criando sérios problemas para o tráfego de veículos em artérias da maior importância nos dois países. O caso venezuelano é ainda mais sério do que o brasileiro, uma vez que a ponte da rodovia Caracas-La Guaira, interditada desde o dia 05 de janeiro, liga a capital ao principal porto e ao principal aeroporto do país. E a alternativa existente é uma estrada antiga, com mais de 360 curvas em seus 35 km, que era a caminho usado até 1954, quando a rodovia moderna foi inaugurada, sendo à época considerada uma das maravilhas da engenharia mundial por seus túneis e viadutos. Seria como se o Sistema AnchietaImigrantes em São Paulo fosse interrompido e se tivesse de voltar a usar o Caminho do Mar, ou se para ir de Curitiba ao litoral só houvesse a estrada da Graciosa. No Brasil, em janeiro se comemorou o primeiro aniversário da queda da ponte sobre a represa Capivari, no trecho paranaense da BR 116 Régis Bittencourt, que liga a capital paulista aos estados do Sul, à Argentina, Uruguai e Chile. Pouco tempo depois foi interditada uma segunda ponte, no trecho paulista, entre Miracatu e Juquiá, que obrigou a um desvio de tráfego de caminhões pesados, que passaram durante um tempo a ter que fazer uma volta adicional de cerca de 200 km. Na Venezuela, os registros técnicos mostram que o problema foi identificado inicialmente em 1987, mas os sucessivos governos não se preocuparam em resolvê-lo. Para agravar a situação, a companhia que havia assumido a administração da rodovia em 1996, deixou o país alguns anos depois, quando o governo cancelou o contrato de concessão. No Brasil, a burocracia e a lentidão das decisões governamentais respondem pelo longo tempo em que a ponte da Régis permanece

sem condições de uso. Um pouco depois do problema no caminho entre Curitiba e São Paulo, uma parte da pista de uma rodovia administrada por uma concessionária no Rio de Janeiro, no caminho para Teresópolis, cedeu. Foi construído um desvio e, em dezembro, inaugurado o viaduto o que resolveu o problema.

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omo ainda subsiste em boa parte da população a idéia que a rodovia sem pedágio é gratuita, poucos reclamam, pois parecem considerar que a estrada é um beneficio oferecido pelos ocupantes do governo aos cidadãos. É preciso ter consciência de que não há serviço público gratuito, seja a manutenção de rodovias, o atendimento da saúde ou a educação. Tudo que o governo realiza é pago pelos cidadãos, por meio de tributos, e o Brasil é o país em desenvolvimento que mais sobrecarrega seus habitantes em impostos, contribuições ou taxas. Como a maior parte deles é indireta, a maioria das pessoas não percebe quanto custam esses tributos que incidem sobre o café, o pão, o cigarro, as bebidas e tudo o mais que se usa ou consome, o que leva os mais pobres a suportarem uma carga mais pesada proporcionalmente do que os mais ricos. Assim, embora não usem as rodovias “gratuitas”, os pobres pagam por elas. É muito positivo que as pessoas cobrem das concessionárias de rodovias a correta prevenção e manutenção, a boa sinalização e a prestação adequada dos serviços estabelecidos nos contatos de concessão. Afinal, nessas rodovias, quem usa, paga e tem o direito de cobrar. Mas é importante lembrar que nas rodovias sem pedágio todos estão pagando e, portanto, mesmo os que não usam deveriam cobrar. No Brasil como na Venezuela. MOACYR SERVILHA DUARTE É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

CONCESSIONÁRIAS DE RODOVIAS

E mbora não usem as rodovias “gratuitas”, os mais pobres pagam por elas

LEILÕES êm sido freqüentes em São Paulo e no Rio de Janeiro leilões de objetos de arte e louças de grande categoria. São organizações milionárias que realizam os leilões. O começo de cada leilão está na expedição de catálogos luxuosos, com a reprodução de todos os objetos detalhadamente definidos, para que os interessados ou em vias de fiquem impressionados com os objetos. As empresas têm seus comissionários entrando em contato com interessados na venda de objetos e no levantamento do histórico de cada um, afim de que não haja dúvida a respeito da procedência legítima e autêntica. Transportando-nos para o mundo, sabemos que funcionam em Nova York, em Londres, em Paris, em Milão, em Viena, em Madri, grandes leilões de organizações internacionais, de vultoso capital e concorridíssimos,

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As empresas de leilões prestam um grande serviço à difusão da arte e, sejamos francos, para a solução de problemas jurídico-familiares. onde são apregoadas obras de arte de alto custo, rigorosamente autenticadas, afim de que não pairem dúvidas nos adquirentes da procedência do que estão comprando. Em geral, as empresas são de rigorosa fidelidade, pois é sabido que o mundo das artes tem especialistas formidáveis mas inidôneos, que não raro se esmeram em fazer cópias de objetos de arte, principalmente pinturas, com as quais fazem bons negócios com os inexperientes compradores que conseguem comprar. o Brasil, os leilões podem servir mesmo para trabalhos sociológicos, pois pelas obras de artes se verifica de onde procedem, de que época histórica, podendo se ajuizar se se trata de partilha de herança ou de fim de época para famílias que, em geral, não se revelam para as empresas e para os seus clientes. Enfim, as empresas de leilões prestam um grande serviço à difusão da arte e, sejamos francos, para a solução de problemas econômicos e familiares, ou problemas jurídicofamiliares.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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Nacional Tr i b u t o s Agronegócio Finanças

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terça-feira, 28 de março de 2006

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MAIS DE 110 FAMÍLIAS PARTICIPAM DA COOPED

por cento do consumo no País é de palmito cultivado

Jorge Araújo/Folha Imagem

PALMITO Cresce o cultivo da espécie pupunha Institutos agrônomos incentivam a produção local consumo estimado de palmito no Brasil é de 100 mil toneladas por ano. E o palmito cultivado já representa aproximadamente 18% do mercado, o que garante a preservação anual de cerca de 100 milhões de palmeiras da floresta Amazônica e da Mata Atlântica. A principal espécie cultivada é a pupunha, cientificamente chamada de Bactris gasipaes kunth e originária da região tropical das Américas. Essa espécie era pouco explorada no Brasil devido à grande quantidade de espinhos no tronco, de onde se extrai o palmito. Contudo, no começo dos anos 80, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) descobriu uma população sem espinhos na Amazônia Peruana e repassou suas sementes a várias instituições de pesquisa. Entre elas, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que aprimorou a pupunha e distribuiu sementes para algumas regiões do País. Hoje, a maior parte da produção está concentrada no Vale do Ribeira, em São Paulo. Modelo – Uma das primeiras propriedades brasileiras a cultivar o palmito pupunha foi o Sítio Modelo, localizado em Itariri, na região entre o Vale do Ribeira e o litoral sul do Estado de São Paulo. De acordo com Ricardo Luiz de Oliveira, um dos proprietários do sítio, a implantação da cultura do palmito pupunha na propriedade começou em julho de 1995, incentivada por uma ação da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O órgão prestou assistência técnica aos produtores. As sementes, utilizadas para a produção de mudas, foram importadas do Peru. Selecionadas em campo de matrizes com baixos índices de espinhos, as mudas foram introduzidas em viveiros construídos no próprio sítio. Em pouco tempo, lembra Oliveira, a propriedade virou "Unidade Demonstrativa" da Secretaria de Agricultura, para dias de campo e recepção de excursões de produtores. Em 1997, parte da área do sítio também serviu para pesquisa científica coordenada pelo IAC com a implantação de ex-

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perimento sobre adubação e calagem, visando a uma maior produtividade de palmito pupunha, sob a orientação da pesquisadora científica Marilene Leão Alves Bovi. Selo – Oliveira criou a marca Selo Verde e terceiriza a industrialização de parte de sua produção para uma fábrica de conservas de palmito, localizada no Vale do Ribeira e com capacidade de produzir de 3 a 6 toneladas por dia. "Para se ter uma idéia do aumento da produção do palmito pupunha, em cinco anos a espécie passou de 12% para 48% da matériaprima utilizada pela indústria", afirma Oliveira. Ao natural – A principal novidade do Sítio Modelo é o esquema de venda da pupunha ao natural. Metade da produção não vai para o beneficiamento porque Oliveira começou a vender o palmito cru, diretamente para o consumidor. "A pupunha não escurece como outros palmitos comerciais, o que é atraente para o consumidor", diz Oliveira. Ele também vende essa espécie de palmito em pedaços. Na média, o sítio produz 500 quilos de pupunha por mês. Os principais compradores são restaurantes de Santos, a 100 quilômetros do sítio. "Um produtor comum, quando vende a cabeça de pupunha para uma indústria que vai produzir a conserva, recebe cerca de R$ 1 por cabeça. Nós, que temos um trabalho com valor agregado de transporte, embalagem e refrigeração, ganhamos mais ou menos R$ 7 bruto por cabeça." Oliveira calcula que o produtor comum, que vende para a indústria, não consegue lucro líquido maior superior a R$ 0,80 por cabeça. Já a pupunha vendida ao natural permite um lucro de R$ 4 por cabeça. Ou seja: a venda in natura multiplicou por cinco o rendimento líquido do negócio. Isso no caso de Oliveira. Afinal, como em toda a atividade, não basta produzir. É fundamental encontrar bons compradores. Além de lucrativo, o palmito cultivado ajuda a preservar as palmeiras da floresta e a pupunha in natura pode trazer ainda mais fôlego para a atividade. É uma nova fonte de renda para o agricultor e um novo produto na mesa dos brasileiros. Cláudia Marques

Produtor de palmito de açaí, às margens do rio Muaná, na Ilha do Marajó, no Pará, arruma o produto para distribuição Jorge Araújo/Folha Imagem

Palmitos são distribuídos por rios no Norte e Nordeste. No Sudeste, agricultores do interior levam o produto até Santos pelas estradas. Matuiti Mayezo/Folha Imagem

PROTESTO Agricultores queimam colhedeira

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Homens descascam palmito no interior de São Paulo

Ilha do Marajó se especializa em conserva

palmito também é uma opção de ocupação e renda para os trabalhadores rurais da Ilha do Marajó. Na primeira semana de abril, será reinaugurada na ilha, em Curralinho, a Agroindústria de Beneficiamento de Palmito da Cooperativa Mista de Curralinho (Cooped). A unidade ficou desativada

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por oito meses para reestruturação e agora reabre com capacidade para produzir cerca de 8 toneladas por mês de palmito em conserva. A matéria-prima da indústria vem de áreas de produção dos próprios cooperados e de dez entidades de Curralinho, ligadas à cooperativa. "O palmito é coletado de terrenos de

gricultores fizeram ontem um protesto na PR-323, que liga o norte do Paraná ao interior de São Paulo, por meio de Assis. Até uma colhedeira antiga acabou sendo queimada pelos agricultores. Eles reclamam que estão no terceiro ano consecutivo de prejuízos na lavoura, causados pela estiagem, altos custos de produção e instabilidade cambial. Os cerca de 500 agricultores de Sertanópolis, a 440 quilômetros de Curitiba, que plantam em 27 mil hectares, estariam com R$ 23 milhões de dívidas. "Eu estou muito preocupado", disse o presidente do Sindicato Rural de Sertanópolis, Antônio Osvaldo Terassi. O clima é de total desânimo na região. "Há cerca de 30 dias mandamos uma carta para a bancada federal, para o gabinete da Presidência da República, para a equipe econômica, para todas as autoridades e até agora

117 famílias de trabalhadores, todos da Cooped. São áreas de manejo que aprendemos a conservar depois de várias atividades de capacitação desenvolvidas pelo Poema (Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia, da Universidade Federal do Pará)", explica Geoval de Matos, conselheiro da Cooped.

Desafio – O produto será vendido em potes de vidro de 300 gramas, que atendem todas as exigências da Vigilância Sanitária. O grande desafio agora é encontrar mercado para o palmito produzido em Curralinho. "Estamos nos articulando para oferecer o produto para fora do estado e até do País", diz Matos. (CM)

ninguém respondeu nada", reclamou Terassi. "O produtor tem que optar entre pagar o banco ou atender sua família." Bloqueios – Os agricultores fizeram bloqueios alternados em cada um dos sentidos da rodovia. Aos motoristas, entregavam folhetos falando sobre os problemas. Para amanhã, dia 29, eles prometem uma manifestação maior. "Todos estão superexaltados e estou preocupado em como conter o ânimo", disse o presidente do sindicato. Segundo ele, o incêndio da colhedeira foi uma surpresa. "Não é brincadeira o que está acontecendo aos produtores", lamentou. Entre os vários itens da carta enviada às autoridades estão o pedido de alongamento da dívida, suspensão das execuções, seguro rural, recursos extras, redução da carga tributária e uma política agrícola mais clara. (AE)


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Automação Te l e f o n i a Lançamentos Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

A V570, DA KODAK, TIRA FOTOS PANORÂMICAS DE 180 GRAUS

Novidade bastante original da Kodak V570 é o conjunto de duas objetivas

Fotos: Divulgação

Crashday: pilote em alta velocidade

Jogo testa as habilidades do gamer não só como piloto, mas também como estrategista e exterminador Por Fábio Pelegrini

CRASHDAY Distribuição: Moving Imagem e Editora Telefone: (11) 3708-1300 Requisitos mínimos do sistema: Windows 2000 ou XP, Pentium 4 1.5 GHz ou AMD Athlon 1.5 GHz, 512MB memória RAM, disco rígido com 1,5 GB livres, leitor de CD-ROM de 4X, placa de vídeo aceleradora 3d com 64 MB, compatível com Hardware T&L e com o último driver oficial e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c Idioma: Software em inglês, manual em português Faixa etária: 14 anos Preço sugerido: R$ 79,90 Mais Informações: www.movingeditora.com.br

O game tem qualidade gráfica mediana, no entanto, os efeitos de explosão e batidas, com câmera lenta, dão mais emoção ao título

em gente que gosta de dirigir verdadeiras máquinas em alta velocidade, nas maiores pistas de corridas do mundo e construir uma carreira de campeão. Outros preferem estar no topo da lista negra e ter status nas ruas das grandes cidades como, simplesmente, o melhor, mesmo que para isso seja necessário ser um dos mais procurados pela polícia. Mas não podemos esquecer também, aqueles que se satisfazem apenas em fazer manobras insanas –algumas quase impossíveis– e acabar com a concorrência, usando fogo pesado. Para esses, a Atari trouxe ao Brasil o Crashday, que traz para o micro novas modalidades de desafios para os jogos de corrida e destruição, game que promete unir manobras radicais com poder de fogo. Em Crashday esqueça a frase "vamos ter companheirismo nas pistas". O jogador precisa encarar seus adversários como oponentes de guerra, já que a única coisa que vem à cabeça de seus inimigos é destruí-lo. Aliás, toda essa lutar para vencê-los é acrescida de muita adrenalina, já que a liberdade de movimentos permite ao jogador lançar o carro de seus concorrentes para fora da pista –esse é apenas o começo. Velocidade e colisões são alguns dos itens que podem ajudá-lo a escapar dos inimigos, mas na hora do quebrapau o negócio é usar o poder de fogo. Para isso, estarão disponíveis armas pesadas, como mísseis e minas, além de armamentos menores que auxiliam os pilotos nessa destruição. Esse arsenal pode ser instalado em 12 veí-

culos diferentes, que contam com opções de tunning para deixar as máquinas totalmente personalizadas. O jogador não precisa se preocupar com a duração do jogo. São sete modos de games: Stunt Show, Wrecking Match, Pass the Bomb, Race, Hold the Flag, Bomb Run e Test Drive. Em Stunt Show, o negócio é impressionar o público com saltos gigantes e batidas alucinantes. O modo Wrecking Match é para quem quer ser o último a ficar na pista, eliminando seus oponentes. No Pass the Bombo o jogador vai se sentir com uma verdadeira batata-quente nas mãos, só que explosiva: é preciso passar a bomba do seu carro para outro. Na tradicional Hold the Flag, o gamer deve pegar a bandeira e conservá-la consigo o maior tempo possível, passando nos pontos de salvamento para ganhar créditos. Se seu negócio é correr, o modo Race leva o jogador a três tipos de corridas. Para os mais calminhos, o Test Drive é a direção mais tranqüila. Só que, assim com algumas modalidades anteriores, será preciso destravar algumas pistas antes de poder experimentar esse modo. Se o que interessa é fazer carreira, não se preocupe: no modo Career o jogador poderá chegar ao topo. Só que para se juntar aos profissionais será preciso suar muito e provar que é esperto o suficiente para alcançar o título. O jogo conta com uma "garagem" que mostra todos os

carros comprados durante uma carreira, com especificação dos detalhes do veículo, além de personalizá-lo tanto na sua potência como no seu visual. Existe também uma loja nada convencional, onde estão à venda peças e equipamentos de combate, como armas e acessórios. Quanto mais dinheiro e respeito, melhor o que se pode comprar. Suas pistas são outro destaque. Uma série de circuitos cheios de barreiras, armadilhas, loopings e oponentes mal intencionados. Para incrementar, o jogo acompanha um editor de pistas que dá liberdade de arquitetar circuitos pirados. Os gamers podem também trocá-los através da comunidade do jogo na web. O jogo conta também com mini-games, onde há disputas de saltos, explosões e por pontos. Apesar das inúmeras possibilidades de jogos, o game tem qualidade gráfica mediana, se comparado a outros jogos de corrida no mercado. No entanto, os efeitos de explosão e batidas, com câmera lenta, dão mais emoção ao título. Como não poderia ser diferente, Rock pesado e efeitos de explosões fazem parte do som. Em resumo, esse é um título cheio de desafios e obstáculos, com um objetivo simples: sempre vencer as corridas, não necessariamente da forma mais honesta. Crashday testa as habilidades do gamer não só como piloto, mas também como estrategista e exterminador. Sem essa combinação perfeita nas pistas, o tempo é seu inimigo, pois a qualquer segundo você pode explodir.

Kodak garante panorâmicas

Fotos: Ana Maria Guariglia

Um dos destaques da V570 é sua capacidade de registrar fotos com o panorama de 180 graus Por Ana Maria Guariglia m algumas digitais a composição do formato da imagem panorâmica é feita por meio de programas apropriados, como o Photovista. As fotos são aplicadas na tela do programa que se encarrega de criar o panorama de 180 graus. Com a nova V570 (R$ 2.099), produzida pela Kodak, a própria câmera se incumbe de montá-las. Ao escolher o modo panorama, a tela se divide em três pontos, os quais você deve preencher com as imagens. Em seguida, a máquina junta esses pontos. Em segundos está criado o panorama. A modalidade é excelente para captar um ambiente gran-

Durante os testes, realizados em Orlando, na Flórida (EUA), a câmera V570 apresentou simplicidade ao registrar a foto panorâmica, além de harmonia nas cores e nos contrastes

de e que não dá para registrar tudo em fotos comuns. Outra novidade original é o conjunto de duas objetivas (dual lens) Schneider Kreuznach C-Variogon, uma para fotografar em grande angular de 23 mm, e outra funcionando como objetiva zoom digital de quatro vezes. Mas há a objetiva zoom óptica, que aumenta o campo de aproximação da imagem entre 39 e 117 mm, medida que aparece no monitor de cristal líquido de 2,5 pol. (6,35 cm). Ao usar o zoom digital, lembre de evitar não tremular a câmera, caso o contrário a imagem sairá fora de foco. O zoom digital rouba a resolução da foto. Fizemos este teste em Orlan-

do, na Flórida (EUA), usando as várias modalidades eletrônicas. A câmera apresentou harmonia nas cores e nos contrastes, incluindo a capacidade de registrar a luminosidade dos vários cenários fotografados. A V570 tem capacidade de resolução de 5 Megapixels (2.576 x 1.932 pixels), com opções para 4,4 MP (2.576 x 1.716 pixels), 4 MP (2.304 x 1.728), 3.1 MP (2.048 x 1.536), indicada para fotos panorâmicas, e 1,8 MP (1.552 x 1.164 pixels), para enviar fotos pela internet, blogs etc. Com imagens de 5 Megapixels, é possível fazer impressões do tipo pôster, de 50 x 76 cm. To d a s a s o p e r a ç õ e s s ã o acompanhadas na tela, com 22

exposições automáticas, entre elas, fotos para documentos, retratos noturnos, sob luz de vela ou em museus, e à contraluz entre outras. Com a modalidade close-up ou macro, para fotos de pequenos objetos, a aproximação é em torno de 4 a 6 cm e a câmera ajusta automaticamente o foco. Essa opção facilita registrar os detalhes de peças das coleções de borboletas, selos, moedas etc. O modelo possui muitos recursos. Além de fazer videoclipes com som, possui o programa SlideShow embutido para mostrar as fotos em seqüência e permite que as imagens do

vídeo possam ser impressas. Tem regulagem do flash e do número de imagens, equilíbrio de cores, entre outros. Também vem com o sistema PicBridge para impressão direta da câmera para a impressora e o historiograma, que avalia a distribuição da luz antes ou depois de fotografar por meio de um quadro com picos. A memória interna é de 32 Megapixels, podendo armazenar cerca de 17 imagens de 5 MP e até 43 em 1,8 MP. Utiliza cartões de memória SecurityCard (SD) ou MultimediaCard (MMC). A câmera estará disponível no mercado a partir deste mês.

Para saber mais: www.kodakonline.com.br


Política RELATÓRIO DA CPMI DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

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Quando chega perto do presidente se faz um biombo protetor e impeditivo de apuração da verdade. Jurista Miguel Reali Júnior

Alan Marques/Folha Imagem/14-12-2005

DOS CORREIOS É ADIADO DE NOVO. Governo e oposição travam disputa sobre alguns termos do texto de Osmar Serraglio, como indiciamentos e a citação do presidente Lula. Indecisão empurra leitura do parecer final para amanhã. E petistas já preparam relatório alternativo.

Delcidio Amaral, entre outros integrantes da CPMI, novos dados ainda podem ser incluídos no relatório.

O PODER DO JUDICIÁRIO

A

leitura e a aprovação do relatório final da CPMI dos Correios após as conclusões de dez meses de investigações não encerra a discussão política a respeito da crise que se abriu entre os poderes Legislativo e Judiciário com as diversas intervenções realizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Principalmente por causa das pressões, feitas pelo governo e pela oposição, para que figuras importantes dos mais variados partidos políticos não fossem incluídas no documento. O que se discute é que, apesar do STF estar agindo dentro da lei ao conceder uma série de liminares que estão interferindo diretamente no fluxo das investigações das CPIs, é consenso na sociedade que alguns "trâmites jurídicos" estão caracterizando um peso "político" nas investigações. Outro aspecto que vem sendo questionado é se seria interessante manter as re g r a s , a p o n t a d a s c o m o "brandas" por alguns juristas, impostas pela Constituição Federal durante as investigações de uma CPI. Discussão – "O STF está agindo corretamente mas resta saber se as normas que vem utilizando são apropriadas dentro do atual contexto jurídico e político. Podemos aproveitar esta discussão e verificar se é interessante manter como regra que uma pessoa possa mentir ou ficar calada e não ser responsabilizada. Quem mente nos EUA comete crime de perjúrio e é penalizado criminalmente. Por que não dar o direito da pessoa permanecer calada e deixar claro que ela pode sofrer conseqüências por isso?", afirma Wander Garcia, o professor e diretor acadêmico da Faculdade Professor Da-

Marcelo Soares/Hype

Jurista Wander Garcia: regras usadas pelo STF são apropriadas?

másio de Jesus. O fato de senadores e deputados utilizarem o Poder Judiciário, quando conveniente, também é preocupante, diz o jurista. A forma como foi impedida a quebra de sigilo bancário de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae e, em contrapartida, a rapidez como foi conduzida a do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que não tinha nenhuma implicação jurídica para ser requerida, é uma prova de que mesmo no cumprimento da lei o STF faz política. "Para permitir a quebra de sigilo deve haver uma determinação e uma especificação que a justifique. No caso do Paulo Okamotto, por exemplo, há fatos importantes que justificam. Afinal ele declarou, na própria CPI, que pagou contas do presidente e depois surgem provas de que pagou contas também do seu filho. Agora, um homem que exerce uma função pública e importante de dirigente do Sebrae, não abre as suas contas para a investigação? O caseiro abriu. Por que ele não faz a mesma coisa? Ou seja, quando chega perto do presidente se faz um biombo protetor e impeditivo de apuração da verdade", diz

o ex-ministro da Justiça (governo Fernando Henrique Cardoso) e jurista Miguel Reali Júnior. Novo perfil – Para Rogério Arantes, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mesmo tendo por princípio de suas decisões o aspecto jurídico, é inevitável que haja um peso político nas ações dos tribunais superiores. Ainda mais agora que, segundo ele, a troca de ministros, propiciada pelo grande número de aposentadorias no governo Lula, têm dado aos magistrados um novo perfil de atuação que vem politizando suas decisões. "Hoje os tribunais estão mais ativos, mais arrojados e os ministros não temem que suas decisões tenham uma repercussão política. Por isso as interferências na atuação do Legislativo, o que é natural num País democrático, estão cada vez mais freqüentes." Para ele, o fato do STF ter uma posição mais agressiva não é motivo para questionar sua legitimidade. "Só é preciso ponderar qual o seu limite e até quando ele pode interferir nos trabalhos que envolvam a atuação do Legislativo." Márcia Rodrigues

À

s vésperas do prazo final, governo e oposição ainda discutiam ontem alguns termos do relatório conclusivo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, que estava marcado para ser apresentado hoje, em reunião marcada para o meio-dia. E a disputa política acabou adiando para amanhã a apresentação do relatório. Esta é a segunda vez em uma semana que a cúpula da Comissão adia o texto final do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Integrantes da CPI dos Correios informaram que o presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PTMS), pretendia incluir dados obtidos, nas últimas horas, com os nomes de novas pessoas que teriam se beneficiado do esquema do mensalão. Para rebater o relatório final de Serraglio, o PT tem praticamente pronto um relatório alternativo, que estaria sendo elaborado por técnicos do partido sob o comando do deputado Maurício Rands (PT-PE). Os líderes governistas temem que Serraglio não ceda às pressões para fazer um relatório final brando e insista em pedir o indiciamento de estrelas do PT, como os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken. Indiciamentos – As especulações da imprensa, durante o final de semana, levaram o relator-adjunto da CPI, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), a afirmar ter "confiança" de que Serraglio vai ater-se a todos os "fatos e elementos de prova" e não atenuará os pedidos de indiciamento no documento. "Acho

que a CPI dispõe de elementos jurídicos para pedir o indiciamento de várias pessoas.." Paes condenou a possibilidade de a base aliada apresentar um relatório paralelo. "Isso mostra que já existe um julgamento pré-concebido da base aliada sem ter visto o relatório de Osmar Serraglio", opinou. Para fugir das pressões, o relator sumiu durante todo o dia. Mandou recados para a oposição afirmando que se mantinha firme na decisão de pedir o indiciamento de cerca de 130 acusados, incluindo ex-dirigentes pe-

Se estiver no texto que ele (Lula) foi informado por Roberto Jefferson e que mandou apurar, tudo bem. Agora, coisa diferente é insinuar que foi conivente. Maurício Rands (PT) tistas. "O relator Osmar Serraglio não vai sucumbir às pressões", afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sub-relator de Fundos de Pensão, que pediu o indiciamento de 49 suspeitos, entre donos de corretoras e exdirigentes de entidades previdência privada de estatais. Ao mesmo tempo, Serraglio sinalizou ao governo que poderá salvar do pedido de indiciamento Dirceu e Gushiken, além do ex-presidente nacional do PT José Genoino e do exsecretário-geral da legenda Sílvio Pereira. A proposta, a

princípio encampada pelo relator da CPI, prevê a criação de uma categoria intermediária, em que o nome do envolvido com o "mensalão" é encaminhado ao Ministério Público (MP) para eventual indiciamento por conduta delituosa. Nesse grupo, estão incluídos o ex-deputado do PT de São Paulo, Pereira e os 18 deputados apontados por envolvimento com o "mensalão". Presidente Lula – No parecer final, Serraglio anunciou que citará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base no depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ), que denunciou o "mensalão". Jefferson afirmou que avisou Lula sobre a existência de pagamento a parlamentares para votar a favor de proposta do governo. Segundo Rands, também relator-adjunto, os governistas apresentarão um texto complementar, para ser votado posteriormente, caso não conste do relatório de Serraglio que a prática de caixa 2 pela triangulação bancos/Marcos Valério/campanhas políticas de partidos é antigo. Os petistas alegam que o esquema começou em 1998, com o PSDB e o PFL, em Minas Gerais. "Não vamos aceitar que isso não esteja no relatório." O deputado petista também adiantou que não será admitida a insinuação de que Lula foi conivente com a prática do mensalão. "Se estiver no texto que ele foi informado por Roberto Jefferson e que mandou apurar, tudo bem. Agora, coisa diferente é tirar proveito disso por razões eleitoreiras e insinuar que ele foi conivente", disse. (Agências)

OKAMOTTO CONTRA VENCESLAU

A

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos agendou para hoje o depoimento da vice-presidente de Tecnologia da Caixa Econômica Federal, Clarice Coppetti. Após o depoimento de Clarice, deve ocorrer a acareação entre o presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamotto, e o ex-petista Paulo de Tarso Venceslau. Venceslau atuou como Secre-

tário de Finanças na Prefeitura de Campinas (SP), na gestão de Jacob Bittar (1989/92), e de São José dos Campos (SP), da então prefeita Ângela Guadagnin (1993/96). Ele já afirmou à imprensa que Okamotto praticou tráfico de influência em prefeituras petistas e montou um caixa 2 com empresas que detinham contratos com prefeituras administradas pelo PT. Já a vice-presidente de Tecno-

logia da Caixa, além de prestar esclarecimentos sobre a violação de dados bancários sigilosos do caseiro Francenildo dos Santos Costa, terá de explicar também a contratação, pela estatal, de 25 mil terminais de computadores da empresa Diebold Procomp, suspeita de envolvimento nas negociações e tratativas durante a renovação do contrato entre a Caixa e a multinacional GTech. (AS)

Beto Barata/AE/22-03-2006

DANÇA DA PIZZA: FORA DO TOM?

A

"dança da pizza", como ficou conhecida a seqüência de passos animados da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) no plenário da Câmara, poderá se transformar em um processo contra a parlamentar. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), pediu formalmente ao corregedor, deputado Ciro Nogueira (PPPI), que examine o comportamento da deputada. Ângela comemorou a absolvição do deputado João Magno (PT-MG) do processo de cassação na madrugada da última quinta-feira dançando no meio das cadeiras e no

Ângela: repercussão negativa.

corredor do plenário. No pedido, Aldo não fala em falta de decoro nem sugere punição, apenas pede ao corregedor que examine o fato. No pedido foram anexadas fotos da deputada dançando e reportagens publicadas na imprensa com a repercussão negativa do episódio. A dança da parlamentar pode ser entendida como um desrespeito à Câmara. A favor da deputada, no entanto, há o fato de ela ter pedido desculpas à população após a

repercussão de seu ato. Essa atitude deverá ser levada em conta na avaliação do corregedor, que pode entender que ela demonstrou que não pretendia ofender ninguém. A corregedoria é o órgão da Casa que examina o comportamento dos deputados. Cassação – A falta de quórum na sessão de ontem da Câmara adiou o julgamento do pedido de cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Como os prazos são contados por sessões ordinárias, sem a de ontem, João Paulo ainda terá até amanhã à tarde para entrar com um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), questionando a decisão do Conselho, que aprovou o pedido de perda de mandato dele. Mesmo que João Paulo não opte por recorrer, não haverá possibilidade de convocar para amanhã uma sessão extraordinária para votar o processo. (Agências)

Companhia Aberta CNPJ no 60.746.948/0001-12

Comunicado Majoração do valor dos Juros sobre o Capital Próprio Mensais O Conselho de Administração do Banco Bradesco S.A., em reunião de 24.3.2006, aprovou proposta da Diretoria para majorar em 15% (quinze porcento) o valor dos Juros sobre o Capital Próprio Mensais, pagos antecipadamente aos acionistas, de conformidade com a Sistemática da Remuneração Mensal, elevando-os de R$0,02850000 para R$0,03277500, relativos às ações ordinárias, e de R$0,03135000 para R$0,03605250 às ações preferenciais, a vigorar a partir dos Juros referentes ao mês de abril/2006, a serem pagos em 2.5.2006, beneficiando os acionistas que estiverem inscritos nos registros da Sociedade em 3.4.2006. O pagamento será feito pelo valor líquido de R$0,027858750 por ação ordinária e R$0,030644625 por ação preferencial, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% (quinze porcento), exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado.


4

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de março de 2006

O grande comandante de todo o esquema de corrupção articulado na máquina pública sem dúvida é o presidente da República. Senadora Heloísa Helena (PSOL-AL)

SERRA MAIS PRÓXIMO DOS BANDEIRANTES

GOVERNADOR REBATE ACUSAÇÕES E ADMITE INVESTIGAÇÕES

O

assessor especial de Comunicação de Geraldo Alckmin, Roger Ferreira, solicitou ontem sua exoneração do cargo, após ter seu nome envolvido em denúncias relacionadas à administração de verbas publicitárias do banco Nossa Caixa. O pedido, encaminhado meio de carta a Alckmin e aceito pelo governador, foi confirmado pela própria assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes. Na carta, Roger Ferreira se defendeu das acusações e disse não ter ferido "os ditames da ética e do espírito público" no exercício de suas funções. Além disso, disse querer evitar que as denúncias envolvendo seu nome prejudiquem a candidatura do governador tucano à Presidência da República. "Não vou permitir que minha presença no governo seja pretexto para provocar desgastes injustificáveis à candidatura de Vª. Exa. à Presidência da República", afirmou o assessor. No documento, Ferreira afirmou ainda que deixa o cargo com a "sensação do dever cumprido". Também por meio de carta, Alckmin aceitou a exoneração de Ferreira e se disse "sensibilizado" com o pedido de seu assessor. "Ele demonstra mais uma vez a sua lealdade e alto espírito público, que sempre estiveram presentes no seu trabalho nesta administração", afirmou o governador. Defesa – Ontem, Alckmin voltou a negar as denúncias. Disse, em coletiva, que há um "cavalo de batalha em cima de uma coisa que não tem o menor sentido", ao se referir às reportagens publicadas no fim de se-

ASSESSOR DE ALCKMIN PEDE DEMISSÃO Nilton Fukuda/AE

Alckmin: óculos especiais para assistir vídeo em Congresso de Educação.

mana, segundo as quais sua administração favoreceu veículos de comunicação ligados a deputados estaduais com anúncios publicitários da Nossa Caixa. "Se eu não fosse candidato, nem estaria (a história) no jornal", disse Alckmin. De acordo com o governador, as investigações que poderiam ser feitas no âmbito da

administração estadual já foram realizadas, e agora cabe ao Ministério Público aprofundar a avaliação sobre o caso. "Não vemos nenhum problema em mais investigações. Se tiver outras investigações, só colaboram", afirmou. Alckmin insistiu que seus assessores diretos não promoveram nenhum tipo de inge-

rência política na administração do banco estadual. Ao defender seu assessor de comunicação, Roger Ferreira, o governador afirmou que os e-mails que ele encaminhou a Jaime, conforme publicado ontem no jornal Folha de S Paulo, não há a constatação de ingerência política. "Se eu te citar, quer dizer que é verídico?", disse o governador, voltandose para os jornalistas. Erro – Alckmin admitiu que a Nossa Caixa errou ao prorrogar contratos com as agências de publicidade Full Jazz e Colucci, entre 2003 e 2005, mas insistiu que se tratou de "erro meramente formal", porque os contratos poderiam ser prorrogados por mais um ano, conforme os termos previamente estabelecidos. Por fim, Alckmin recusou a análise de que os contratos de publicidade pretendiam favorecer deputados aliados na Assembléia Legislativa. Ele alegou que a Nossa Caixa faz "publicidade pulverizada", e que foram contestados apenas os contratos firmados com cinco veículos de comunicação, de um conjunto de mais de 500 com o qual o banco se relaciona. (AE)

Ricardo Leoni/Agência O Globo

A

administração municipal de) São Paulo, a resistência dele pode estar minando." Apoio – Ainda em dúvida, Serra já avisou ao comando do PSDB que só concorrerá à sucessão de Alckmin se for aclamado e a direção do partido dá sinais de que Serra não terá problemas para lançar seu nome. Dos quatro précandidatos tucanos ao governo estadual, apenas o vereador José Aníbal mantém sua candidatura mesmo se Serra decidir se lançar. O deputado Alberto Goldman, o ex-ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, e o secretário municipal de governo, Aloysio Nunes Ferreira, já disseram que abririam mão em favor do prefeito. Na contra-mão do que já parece consumado, o viceprefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que deverá assumir o posto ocupado por José Serra, negou ontem que já estejam sendo realizados os preparativos dentro da Prefeitura para uma desincompatibilização de Serra na sexta-feira. Mas admitiu estar preparado para assumir. (Agências)

L

Otimismo

ula e Alckmin tem algo em comum: ambos acham que com a manutenção da verticalização podem ganhar a eleição já no primeiro turno. O tucano considera pequena a diferença em favor do petista nas pesquisas. Essa diferença pode ser eliminada durante a campanha. A verticalização, na visão dos dois candidatos, restringe a participação dos partidos na eleição presidencial. Com poucos candidatos disputando a eleição fica mais fácil um dos participantes vencer ainda no primeiro turno. Para se eleger no primeiro turno, o candidato precisa alcançar 50% dos votos mais 1. Não é fácil conseguir esse número de votos. O Brasil tem mais de 125 milhões de votos. Calcula-se que com a quebra (votos em branco e nulos) sobram 100 milhões de votos válidos. No momento, Lula leva vantagem sobre Alckmin nas pesquisas, mas a diferença pode ser diminuída em função do agravamento da crise com o caso de violação da conta bancária de Francelindo Costa. Os tucanos acreditam que até setembro Alckmin encosta em Lula.

AVANÇO

GOVERNADOR

Alckmin vai intensificar suas viagens pelos estados assim que transferir o governo para Cláudio Lembo. O tucano não quer perder tempo: é preciso eliminar a diferença que Lula sustenta nas pesquisas. Alckmin está de olho nos votos mineiros e nordestinos.

O PMDB tem 15 candidatos fortes aos governos estaduais. Portanto, as coligações serão diferentes nos estados. Por isso, torna-se cada vez mais problemático para o partido lançar candidato próprio a presidente. A candidatura Garotinho começa a fazer água.

CONSELHO

EXEMPLO

No encontro que sustentou com Cesar Maia, no Rio, o tucano analisou o quadro sucessório no País, concluindo que precisa crescer em Minas e no Nordeste. Principalmente nos estados nordestinos, região em que Lula leva vantagem nas pesquisas. O vice de Alckmin deve sair no Nordeste.

Em São Paulo, por exemplo, o partido poderia lançar o vice na chapa de Serra, que seria Michel Temer. Nesse caso, PSDB, PFL e PMDB apoiariam a candidatura do empresário Guilherme Afif Domingos ao Senado. Mas, se o vice de Serra for do PFL, o candidato ao Senado pode ser Orestes Quércia.

NOMES

O ministro Nelson Jobim deve deixar o STF esta semana para se refiliar ao PMDB e volta a fazer política partidária. Sua filiação ao PMDB ocorrerá no seu município, Santa Maria, RS.

José Agripino, senador do PFL pelo Rio Grande do Norte, continua sendo o favorito para a vice na chapa do PSDB. Mas, também o senador Jorge Bornhausen desponta para vice. O que pesa contra Bornhausen é que ele representa um estado do Sul, Santa Catarina.

CANDIDATURA DE SERRA SAI NA QUINTA pressão sobre o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), para que ele deixe o cargo e concorra ao governo do Estado na eleição deste ano tem sido muito grande dentro do partido e também entre legendas aliadas. Por isso, Serra deve deixar a função e anunciar sua candidatura quinta-feira, véspera da data-limite para a desincompatibilização. A análise, unanimidade entre os tucanos, foi feita em público pelo presidente nacional da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), após encontro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "O prefeito resiste a lançar candidatura pelos mesmos motivos que o fez não tentar a candidatura à Presidência da República", disse Jereissati, referindose aos compromissos firmados por Serra em 2004 de que, se eleito, não deixaria a Prefeitura para disputar a eleição. "Mas, como o prefeito não mudará de São Paulo (se eleito governador), continuará praticamente governando (a

Eymar Mascaro

Heloísa Helena, no Rio: Lula é o comandante do esquema de corrupção.

PSOL CRITICA VOTO SECRETO E ATACA LULA.

P

arlamentares de vários partidos fizeram uma manifestação ontem em frente ao Congresso Nacional contra o voto secreto nas votações de pedido de cassação de mandato. Segundo o presidente em exercício do PSOL, Ivan Valente, serão apresentadas cinco mil assinaturas feitas em lençóis brancos protestando contra o voto secreto e pedindo a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que institui o voto aberto em plenário nos processos de cassação. Até agora foram colhidas 197 assinaturas de deputados pedindo a criação também da Frente Parlamentar em defesa do voto aberto. A emenda constitucional com a mudança já está pronta para ser votada em plenário e depende de sua inclusão na pauta. Sobre a dança da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), na comemoração da absolvição do petista João Magno (PTMG), Valente disse que ela já está "cassada" pela sociedade. "O impacto foi muito grande na sociedade, para ela e para o PT. Quem ela defender agora está lascado. É a própria advogada do diabo", disse. Críticas – A pré-candidata do PSOL à Presidência da República, a senadora Heloísa Helena (AL) acusou ontem o

presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chefiar pessoalmente o suposto esquema de corrupção investigado pela CPMI dos Correios, que ela integra. Segundo a parlamentar, o presidente Lula, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o exministro da Fazenda, Antonio Palocci, montaram um "processo" no qual fraudavam licitações e fundos de pensão, usavam dinheiro sem origem especificada e trocavam-no por dólares, que eram mandados para paraísos fiscais. "O grande comandante de todo o esquema de corrupção articulado na máquina pública sem dúvida é o presidente da República", afirmou. "Sou muito rigorosa do ponto de vista ético e técnico. Tudo que eu tenho analisado na Comissão Parlamentar de Inquérito de que faço parte mostra claramente que o grande articulador do processo de corrupção para parasitar a máquina pública e silenciar de forma cúmplice o Congresso Nacional e setores do Judiciário é o presidente da República." No Rio, ela participou de uma caminhada e do do lançamento das pré-candidaturas do ex-deputado Milton Temer a governador do Rio e do vereador Eliomar Coelho a senador. (Agências)

SAÍDA

VAI FALAR Clarice Copetti deve comparecer à CPI dos Bingos, apesar do trabalho contrário do PT. A oposição está desconfiada de que a ordem para violar o sigilo de Francenildo teria partido da presidência da Caixa. O senador Álvaro Dias culpa diretamente a presidência pela violação da conta do caseiro.

RELATÓRIO

SOLDADO Alckmin ficou satisfeito em saber que Cesar Maia prometeu ser um soldado da sua campanha no Rio. Em tempo: o Rio tem dado sucessivas vitórias a Lula. Cesar Maia promete que este ano será diferente, apostando na vitória de Alckmin no seu estado.

CORRE-CORRE Assegurada a coligação com o PFL, o PSDB corre atrás do apoio do PMDB. Os tucanos não acreditam que com a verticalização o partido sustente a candidatura de Garotinho. O PSDB espera pelo apoio do PMDB, mesmo que seja no segundo turno.

TAMBÉM O PT O PSDB não é o único partido a paquerar o PMDB. Também o PT quer o apoio dos peemedebistas. Os petistas ainda sonham com o apoio do PMDB no primeiro turno. É difícil. Se não tiver candidato próprio, o PMDB fará coligações diferentes nos estados.

O presidente da CPMI dos Correios, senador Delcidio Amaral admitiu mudanças nos sub-relatórios dos fundos de pensão e em contratos dos Correios para facilitar a aprovação do relatório final da comissão a ser apresentado pelo deputado Osmar Serraglio. Delcidio tem medo de que a CPMI acaba sem relatório, como a CPMI do Banestado.

CASSAÇÃO Foi adiada a votação no plenário da Câmara dio processo que recomenda a cassação do mandato do expresidente da Câmara, João Paulo Cunha, acusado de receber R$ 50 mil do valerioduto. O pedido de demissão de Palocci – e também de Mattoso, presidente da Caixa –, tumultuou os trabalhos e não houve quórum.

EM VÃO A oposição na Assembléia Legislativa dá murro em ponta de faca: tenta criar uma CPI para investigar denúncia de uso irregular de verbas publicitárias por Alckmin. Detalhe: o governo tucano tem maioria na Casa e dificilmente deixará a oposição criar a comissão de inquérito.


Ano 81 - Nº 22.095

São Paulo, terça-feira 28 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h20

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

Só Lula lá Lula está só: partiram Palocci, Zé Dirceu e Duda, o seu núcleo duro, e partirão mais sete ministros. "Ficou menor", diz o governador Aécio Neves. "Está perdendo o partido e o respeito", preocupa-se FHC. "A economia não vai mudar", avisa o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Palocci sai de cena sem mais costas quentes: deverá ser indiciado, como o presidente da CEF, ambos derrubados pelo caseiro Francenildo, para quem "o lado mais fraco é o da mentira".

Cr ise

ESPECIAL

Maurício Lima/AFP

Patrícia Cruz/LUZ

Paulo Liebert/AE

Laptop para as crianças

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 31º C. Mínima 19º C.

Bender (foto), do MIT, em Brasília: missão nobre. DC Informática

Em Israel, pensando no Brasil E no mundo. Yerushalmi (foto), carioca: pesquisa para as micros. Eco/8

Bombeiros pedem socorro Pode ser o fim dos voluntários de Itapetininga. Pág. 8


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.OPINIÃO

quarta-feira, 29 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL

LULA NÃO DECIDIU. SE RENDEU.

Em três anos e três meses de governo, tudo que embaraçou Lula resultou de um trabalho genuíno de aliados incondicionais próprias lambanças, mas a minha bola de cristal garante que Lula ainda virá a público dizer que está sendo vítima de uma “campanha rasteira” da oposição. Em três anos e três meses de governo, tudo que embaraçou Lula resultou de um trabalho genuíno de aliados incondicionais. E fica a pergunta: quem acredita agora que Antonio Palocci não esteve na “República de Ribeirão Preto”, a casa do lobby, em Brasília, como diz o caseiro com total segurança? Palocci, em momento algum, desmente a informação dada por Jorge Mattoso à Polícia Federal, a de que ele foi levar à casa do ministro os extratos, que os recebeu em mãos. Mattoso disse mais: que deflagrou a operação da violação do sigilo da contapoupança do caseiro Nildo a partir de uma ordem dada por telefone à sua equipe. E onde ele estava? Em um jantar. Quem é que alcança o

DEMISSÃO DE PALOCCI

Nildo, por exemplo BENEDICTO FERRI DE BARROS

S

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE RUI NOGUEIRA, PUBLICADO NO SITE DA REVISTA

PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR

e amparado pela Verdade, que é um dos supremos valores humanos, um homem estiver determinado a ir até ao fim, nenhum poder terá força para derrotá-lo. O caso Nildo é um exemplo disso. Não é o primeiro. Em outubro de 2005, o bispo Dom Luís Flávio Cappio, da diocese da Barra da Bahia, após 11 dias de greve de fome, fez abortar o plano do governo de desviar as águas do Rio São Francisco. Após mais de 4 horas de conversa com Jacques Wagner, ministro das Relações Institucionais, quando o ministro declarou à imprensa "Você viu alguém falar em suspensão ou adiamento?", o bispo retrucou: "Se ele falou isso ele deu uma declaração mentirosa, porque foi disso que nós tratamos.". Mas a declaração do ministro levou o bispo a informar que se aparecesse um indício de retomada do projeto não apenas ele, mas muitos outros nordestinos entrariam em greve de fome. Não se falou mais nisso. O ministro foi derrotado pela verdade e a determinação do bispo. O bispo e Nildo fazem parte do povo brasileiro, na sua expressão mais singela e humilde. Eles não buscam notoriedade, não estão movidos por nenhuma ideologia, não são ativistas, não utilizam a violência. Mas não são alheios, nem passivos ou inertes. Sua postura contradiz a visão de alguns intelectuais da elite brasileira, que vêm o povo como ignorando e alheio e inane ao que se passa e chegam, por isso, a duvidar que ele exista como força e entidade cívica. É um erro de leitura e interpretação dos fatos.

De Jânio a Collor, chegando a Lula, o povo sempre se manifestou contra o establishiment político brasileiro, contra "isso que aí está" – que continua e alcança o paroxismo nos dias correntes. A saber, contra a classe dos auto-privilegiados, que se escudam na couraça da imunidade, da irresponsabilidade, da inimputabilidade e da impunidade, colocando-se contra o Estado de Direito democrático, sob o qual todos são iguais perante a lei. Eles não são heróis, são simplesmente "nossa gente", dotada, porém, da força suprema da determinação de ir até o fim no protesto contra o que aqui está e na manutenção da verdade.

A

despeito da baixeza dos casos em que contra sua iniciativa e vontade se viram envolvidos, evidenciaram uma integridade e firmeza que se filia aos exemplos mais altos de discernimento e de fidelidade a princípios evidenciado pelas grandes figuras humanas. E isto faz, por si só, um contraste salutar e alentador contra a baixeza reinante e o mar de lama e mentira em que estamos mergulhados. Se não é motivo para um novo ufanismo, é razão suficiente para crermos que nem tudo está perdido e podemos contar com nosso povo para crer em melhores dias para nosso país. Pois se há um consenso inexplícito entre o povo e a elite de nosso país é que estamos vivendo abaixo de nossas necessidades e potencialidades – e não por culpa do povo, mas de seus dirigentes.

N ão são heróis, são "nossa gente", determinados na manutenção da verdade

Faça o que digo, não o que faço

Q uem ligou para Mattoso durante o jantar?

ANTONIO MARANGON

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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Auditado pela

alvoroço que colocou diante de Antonio Palocci uma ciranda de verdades, meias-verdades e inverdades, provocou escândalos que acabou levando o operoso e simpático ministro ao inevitável pedido de demissão. Este episódio me faz lembrar uma antiga charge do temível semanário humorístico inglês Punch, que não sei se ainda existe. Antes da Segunda Guerra Mundial, especulava-se se ela viria ou não e se Hitler atacaria a Inglaterra ou não, e quando a guerra veio o Punch deu à sua charge um título cômico: "Felizmente, temos a guerra. Estamos tranqüilos." É o que podem os inimigos e amigos dizerem da demissão de Palocci. Finalmente a demissão. Podemos agora pensar em outra coisa...

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Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

presidente da CEF em um jantar e tem poderes para levá-lo a mandar pegar os dados bancários de uma conta tarde da noite de uma quinta-feira? Era só o que faltava! Nunca foi importante saber quem fez o trabalho técnico de emitir os extratos. O importante sempre foi saber quem decidiu que esse seria o caminho para calar Francenildo. Palocci acreditou nessa solução. Mattoso viabilizou-a. O caso PalocciFrancenildo só teve um desfecho nesta segundafeira porque no fim de semana, depois da pantomima montada pela Caixa, apareceu a cadeia de comando da violação, toda ela permeada de um grupo de militantes petistas que foram plantados na CEF. Plantados, esse é o termo. Mattoso rejeitou o papelão ao dizer à PF que foi entregar os extratos do caseiro Nildo a Palocci. Mattoso estava em um jantar, recebeu um pedido, cumpriu a ordem e foi levar o produto da ordem a... Palocci. À casa do ministro! Quem será que fez o pedido? Ou Mattoso, malvado que só, quintacoluna de um grupo clandestino que atua na República, levou os extratos a Palocci só para incriminálo? E Palocci deixou-se incriminar por longos 11 dias! Ficou quieto, no papel de um delúbio silencioso e à espera que o Planalto lhe arrumasse um delúbio salvador.

Arquivo DC

um caso em que todos os envolvidos eram praticamente réus confessos, o governo Lula cometeu a proeza de levar 11 dias para tomar uma decisão políticoadministrativa sobre a explícita violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Levou mais tempo para fazer o óbvio do que Deus para criar uma obra da complexidade do mundo e ainda plantar o bicho homem nele. A rigor, e aqui reside a tragédia deste governo, o presidente não tomou decisão nenhuma neste caso, como não tomou em nenhum outro. O ministro da Fazenda e o presidente da Caixa caíram por obra e graça das

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m recente viagem pelo reino de Elizabeth II, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pródigo e incansável em distribuir conselhos e fazer propaganda de sua, segundo ele próprio, gestão exemplar. Usando suas próprias palavras, a atual administração pode ser comparada à doméstica gestão de uma dona-de-casa que só gasta o que tem! Diante de tamanha incoerência, só nos resta acreditar que a equipe econômica do presidente Lula não o está informando devidamente sobre investimentos, resultado do PIB (Produto Interno Bruto) e o saldo das contas públicas. Embora o superávit fiscal do ano de 2005 seja de 4,84% do PIB, as contas do governo fecharam em déficit. Outro exemplo é o setor público, cujo déficit nominal é de 3,29% do PIB, resultado ruim superior ao de 2004, que foi de 2,67%. Se o governo federal agisse como as donas-de-casa que lhe servem de exemplo, não se envolveria em obras emergenciais altamente custosas, que não trazem resultados práticos e efetivos, como a operação Tapa-Buraco. Donas-de-casa, de modo geral, não abandonam seus filhos e nem os punem quando eles cumprem com os seus deveres; pelo contrário, premia-os, quanto menos com incentivo, para que continuem acertando. Ironicamente, não é

o que acontece com o nosso governo, que deliberadamente impõe pesado fardo tributário aos micro e pequenos empresários, verdadeiros heróis nacionais que lutam incansavelmente para manter seus pequenos estabelecimentos e garantir empregos.

S

e o presidente seguisse seus próprios conselhos, teríamos um País com mais justiça social e melhores condições gerais para os cidadãos. Teríamos estímulo ao empreendedorismo, com uma carga tributária suportável ao negócio – uma vez que não é segredo para ninguém que são os tributos a grande âncora que sustenta a geração de empregos e a distribuição de riquezas. O que vemos é o contrário: o governo mantendo gastos exorbitantes, inerte e passivo aos verdadeiros problemas que afetam o País. Além de tanto falar, é preciso governar com seriedade, mantendo o trem nos trilhos, para evitar que os caminhos não se tornem por demais tortuosos. Não adianta contar histórias para inglês ver, ainda que seja a rainha. É preciso reagir energicamente aos problemas sociais e econômicos que a sociedade brasileira enfrenta. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SESCON-SP.

É preciso governar com seriedade e não só contar histórias para inglês ver.

A demissão de Palocci chegou mas não contribuiu para amainar a tremenda crise que se abateu sobre a nação brasileira ogado ao fervedouro da crise, inclusive com a participação de um modesto caseiro que serviu para o que se queria contra Palocci, o que tivemos foi a queda do responsável pela execução da política econômicofinanceira. Publiquei dias atrás um artigo cujo título era Maledeto Imbroglio. Está aí o imbroglio, que não favorece o presidente Lula, cujas afirmações de permanência na pasta por Palocci não se confirmaram e também na execução de sua responsabilidade ministerial, que pode tomar rumos dos quais não se tem suspeita. É esse, portanto, um lamentável episódio, na trama de outros episódios que estão sacudindo as instituições políticas de maneira altamente perigosa para a vocação democrática do povo brasileiro e para o futuro imediato do País, com suas seqüelas na vida das gerações que vão se encontrar no plano da Nação, que necessita trabalho, operosidade e amor à terra, que é grande em nosso país. A demissão de Palocci, como se esperava, chegou mas não contribuiu para amainar a tremenda crise que se abateu sobre a nação brasileira.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


quarta-feira, 29 de março de 2006

Transpor te Saúde Distritais Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 Obras de rebaixamento voltam a causar lentidão na marginal Pinheiros. Reforma levará 40 dias.

EXÉRCITO: INQUÉRITO SOBRE ARMAS QUASE NO FIM

Almeida Rocha/Folha Imagem

REBELIÕES

A TÉ LOGO

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Exterior – O vice-presidente

Alfredo Cotait Neto e o gerente de Comércio Exterior da ACSP, Sidnei Docal, participam da III Comissão Mista Trilateral e do Encontro de Chanceleres do IBAS, promovido pelo Ministério de Relações Exteriores. Às 8h30, no Hotel Glória, rua do Russel, 632, Rio. I Exportação – O vicepresidente da ACSP e coordenador da São Paulo Chamber of Commerce, Alfredo Cotait Neto, abre o evento Exportar para Crescer, que integra o projeto Exporta São Paulo. Às 9h, no Sorocaba Park Hotel, rua Professor Joaquim Silva, 2005, Sorocaba. I Pirituba – A distrital realiza almoço empresarial . Às 12h, na Sociedade Holandesa de São Paulo, Casa de Nassau, avenida Raimundo Pereira de Magalhães , 4123.

Factoring O que é Factoring?

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

Tiros e morte: mais violência no Rio de Janeiro Sites continuam oferecendo Cytotec

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Rio. No relatório, será pedida a prisão preventiva de mais um suspeito do crime: um civil, cooptado pelo ex-cabo do Exército Joelson Basílio da Silva, que confessou ser o mentor da invasão. Além de Silva, está preso o ex-soldado Carlos Leandro de Souza, que também confessou. (AE)

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erminaram ontem à tarde os motins realizados por presos de três Centros de Detenção Provisória da região metropolitana de São Paulo (na foto à dir., Diadema) de uma

Exército deve concluir até sextafeira o Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o roubo de dez fuzis e uma pistola do Estabelecimento Central de Transporte (ECT), dia 3, no

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Ó RBITA

EXÉRCITO

cadeia do interior do Estado, desde a segunda-feira. Os reféns foram libertados e não houve feridos. Há suspeitas de que os motins nos CDPs de Pinheiros, Osasco e Diadema tenham sido orquestradas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Na cadeia pública de Tatuí, o tumulto começou depois de uma tentativa de fuga. Na semana passada, detentos de outros quatro presídios também promoveram rebeliões simultâneas e renderam 33 agentes. (Agências)

Tietê receberá turistas entre Salto e Porto Feliz

I FJE - Reunião do Fórum de

Jovens Empreendedores da ACSP. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Santana – A distrital realiza reunião do setor de Artesanato do Projeto Empreender , coordenada por Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 18h. I Penha – O Fórum dos Jovens Empreendedores da distrital, em parceria com o Sebrae, promove o curso Vendas Externas, é visitando que se aprende. Às 18h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do setor de Lojas de Móveis e Colchões do Projeto Empreender , coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h. I Empreendedorismo – O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, ministra a palestra Empreendedorismo na posse da diretoria executiva e do conselho deliberativo da Associação Comercial e Empresarial de Suzano (ACE) para o triênio 2006/2009. Às 20h, Suzano Futebol Clube, avenida Nove de

Julho, 722, Jardim Santa Helena, Suzano.

Quinta I Lapa – A distrital realiza curso

de artesanato gratuito promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora (CME). Às 14h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Escolas Particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Automecânicas do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I Penha – O Fórum dos Jovens Empreendedores da distrital em parceria com o Sebrae promove o curso sobre Vendas Externas, é visitando que se aprende, coordenado por Rafael Franco. Às 18h30.

Sexta I Penha – O Fórum dos Jovens

Empreendedores da distrital, em parceria com o Sebrae, promove o curso Vendas Externas, é visitando que se aprende, coordenado por Rafael Franco. Às 18h30.


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Ética Planalto CPMI Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

Que peçam votos e derrubem o relatório, mas que Serraglio não abra mão de sua consciência. Senador Pedro Simon (PMDB)

S. J. DOS CAMPOS REPUDIA DANÇA DA PIZZA

VALE TUDO PARA DEIXAR LULA, DIRCEU E GUSHIKEN DE FORA. SERRAGLIO E FAMÍLIA SOFREM AMEAÇAS

TROPA GOVERNISTA PRONTA PARA BARRAR RELATÓRIO

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erá um dia decisivo para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. Após a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, todas as atenções, de governo e oposição, se voltam hoje para a leitura do relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Para a reunião, marcada para o meio-dia, o PT prepara uma tropa de choque com o objetivo de, no mínimo, tumultuar a leitura das cerca de 6 mil páginas do documento. Ontem, até mesmo o presidente da CPMI, o senador Delcidio Amaral (PT-MS), falava na possibilidade de haver um texto paralelo, elaborado por parlamentares da base governista. A preocupação do governo é com os 130 pedidos de indiciamentos – que incluem homens fortes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles José Dirceu e Luiz Gushiken – e, principalmente, com a inclusão no texto do nome de Lula e de seu filho, Fábio Luiz Lula da Silva. "Se estiver no texto que ele (Lula) foi informado por Roberto Jefferson e que mandou apurar tudo bem. Agora, coisa diferente é tirar proveito disso por razões eleitoreiras", alertou o deputado Maurício Rands (PT-PE), que estaria comandando a produção do relatório paralelo, elaborado por técnicos do PT. Ameaças – Para acirrar ainda mais os ânimos da reunião de hoje, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou em plenário que Serraglio está sendo coagido, por meio de ameaças à sua vida e a de seus filhos, a não incluir os nomes dos ex-dirigentes petistas e de Lula. Ele fez um apelo para que o relator não ceda às pressões. "Que derrotem o parecer no plenário. Que peçam votos e derrubem o relatório, mas que Serraglio não abra mão de sua consciência", disse. O senador Romeu Tuma

(PFL-SP) engrossou o coro: "Peço que vocês denunciem a pressão que o relator da CPMI dos Correios vem sofrendo para alterar o relatório", disse aos jornalistas. Segundo ele, a leitura do relatório foi adiada "por pressões políticas". Adiamentos – Primeiro com a leitura adiada por uma semana e agora por mais um dia, o texto final da CPMI ainda não tem consenso para ser aprovado. Delcidio apenas disse que o atraso decorreu devido a um pedido do próprio relator. "O relatório é complexo e o Osmar está fazendo um trabalho rigoroso. Ele precisou de mais um dia para revisar pontos, olhar algumas questões e trocar informações com a assessoria técnica." O presidente da CPMI não quis pronunciar-se sobre o teor do documento, ou sobre se haverá citações – e como ela seriam feitas – a Lula e ao seu filho. Serraglio já afirmou, em uma entrevista à revista Veja, que Lula poderia ser citado por ser "conivente" com o mensalão. "Estamos procurando discutir para chegar a um consenso, mas se não tiver esse consenso, vai a voto", explicou. Outros 50 – Na véspera da leitura, a CPMI se deparou ainda com outro obstáculo: a dúvida sobre o que fazer com uma lista com nomes de aproximadamente 50 assessores parlamentares que estiveram no Banco Rural no mesmo dia em que foram feitos saques nas contas do empresário Marcos Valério ou que receberam dinheiro de corretoras investigadas pela CPI.

Até a noite de ontem, prevalecia a idéia de a CPMI não entrar neste assunto que poderia envolver outros parlamentares no valerioduto. O documento surgiu de um cruzamento entre o banco de dados da comissão, que tem as quebras de sigilo bancários dos investigados. O tema gerou mais polêmica em torno do relatório. "O pior é incluir só agora (no relatório) uma lista que há três meses paira no ar. Quem segurou foi de uma irresponsabilidade ou tinha a intenção de qualquer coisa que não era investigar", afirmou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Embora discordem sempre, o relator adjunto da CPI, Eduardo Paes (PSDB-RJ), concordou com a petista. "Não vou incriminar ninguém apenas porque ligou para o Marcos Valério ou porque foi no Banco Rural. 'In dubio pró réu' (na dúvida, o benefício é do réu)", afirmou. Aprovação – Pelas contas feitas na reunião de ontem, o relatório de Serraglio – mesmo sendo uma peça contundente de acusação contra o governo – seria aprovado. Segundo a senadora Ideli, os governistas pedirão vistas e vão apresentar um voto em separado para tentar suprimir trechos inteiros do relatório ou modificar o texto. Até a tarde de ontem, a peça principal do relatório final ainda não tinha sido concluída e nem enviada para a gráfica do Senado. Mas os dez anexos – com 100 cópias de cada – que somam 4.100 páginas já estavam prontos. A parte que faltava do relatório, que deve ter mais de 2 mil páginas, seria enviada para a gráfica no final da noite. Delcidio espera votar o relatório na semana que vem, já que os trabalhos da CPMI encerram-se dia 10. "Não podemos deixar repetir o que aconteceu nas outras CPIs que terminaram sem relatório. Isso não seria bom para o Congresso, que já está tão desgastado." (Agências)

Dida Sampaio/AE

Jobim usa gabinete e garçons do STF para comemoração particular regada a uísque e champagne.

Nelson Jobim deixa o Supremo Tribunal Federal em grande estilo

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presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, despediu-se ontem, antecipadamente e em grande estilo, do cargo e da principal Corte de Justiça do País. Amanhã, deverá sair publicado na imprensa oficial o decreto de sua aposentadoria e a renúncia da presidência do Supremo. Ele diz que vai advogar. Mas é esperada para até o final da semana a sua filiação ao PMDB de Santa Maria (RS), sua cidade natal, e uma provável candidatura na eleição deste ano. Para marcar a sua saída do STF e comemorar 60 anos que serão completados no dia 12, Jobim convidou cerca de cem pessoas para uma festa que ocorreu ontem à noite no gabinete da presidência do tribunal. A cúpula do

PMDB prestigiou o evento. Entre os presentes estavam o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do partido, Michel Temer (SP) e o senador José Sarney. Também passou por lá o vice-presidente José Alencar (PR). Funcionários – Além do espaço público, foram utilizados no evento funcionários que trabalham no tribunal, como garçons e seguranças. O trânsito, principalmente de automóveis oficiais, congestionou a rua que existe entre o prédio principal do STF e um dos a n e x o s . I n d a g a d a s o b re quem havia financiado a festa, onde foram servidos salgados e bebidas como uísque e champagne, a assessoria de comunicação do tribunal disse que parte das despesas

foi paga por amigos de Jobim e parte pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho. O uso do gabinete da presidência do Supremo para festas particulares não era uma prática. Para comemorar o final de gestões geralmente eram organizadas festas fora do STF onde os convidados rateavam os custos. Mas, na administração de Jobim, tudo mudou. No ano passado, o espaço foi transformado em um salão de festas para comemorar os 59 anos do presidente do STF. Na ocasião, garçons do Supremo serviram salgadinhos e bebidas. Mas a atração da festa foi o bolo sobre o qual havia a imagem de uma garrafa de uísque Johnnie Walker Red Label e um charuto, muito apreciados por Jobim.

Beto Barata/AE

CASSAÇÃO O Conselho de Ética adiou para o dia 4 a votação do pedido de cassação de Josias Gomes (PT)

Sem ginga: a deputada Ângela Guadagnin apresenta sua defesa para o plenário vazio da Câmara.

pedido de desculpas. De- morar a absolvição do petista REPÚDIO À seu pois de ser alvo de ação na Cor- João Magno (MG) no processo regedoria da Câmara, ela se de cassação. A deputada apreontem com uma mo- sentou defesa na reunião do DANÇARINA deparou ção de repúdio da Câmara de Conselho e fez discurso no pleSão José dos Campos – onde foi nário se dizendo vítima de DA PIZZA prefeita nos anos 90 – e a ira de "linchamento" e "preconceito".

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uase uma semana depois de protagonizar em plena Câmara dos Deputados a "dança da pizza", a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) enfrenta cada vez mais rejeição ao que ela chama de "ato espontâneo", apesar de

seus colegas do Conselho de Ética da Casa. O próprio presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), defendeu o afastamento da parlamentar depois que ela dançou, na quarta-feira passada, no plenário da Câmara para come-

Por fim, confirmou que não deixa o Conselho. "A mídia quis me vilipendiar, me mostrar como a dançarina da pizza ou a sacerdotisa da imoralidade", disse. "Vinte segundos da minha vida apagaram mais de 30 anos de vida política." (Agências)

Ó RBITA

CPI X OKAMOTTO

TCHAU, ROSINHA.

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ex-governador do Rio Anthony Garotinho comanda mais uma reviravolta nas eleições. Até sexta, Rosinha, sua mulher e atual governadora fluminense, deverá renunciar ao cargo. O ato é uma estratégia do casal para dar fôlego à carreira de Garotinho. Pela lei eleitoral, caso Rosinha permaneça no governo, ele só poderá se candidatar à presidência. Mas como o PMDB, legendas de ambos, não deverá ter candidato próprio, a saída é a renúncia. Então, Garotinho poderia concorrer ao Senado ou à Câmara Federal.

ela quarta vez, uma decisão judicial a favor de Paulo Okamotto, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), atrapalha as investigações da CPI dos Bingos. Okamotto foi liberado ontem de depoimento à CPI por liminar do ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal. A convocação ficou para a semana que vem. Grau argumentou que a CPI aprovou requerimento para realização de acareação entre Okamotto e o economista Paulo de Tarso Venceslau – que acusa o presidente do Sebrae de ter comandado esquema de caixa 2 nas prefeituras do PT. Porém, o ato da CPI que convocou Okamotto previa apenas um depoimento, não a acareação.

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VOTO ABERTO Deputados fizeram abaixo-assinado pedindo o fim do voto secreto em cassações.

ALCKMIN

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candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, entrou definitivamente em campanha. Ontem, ele afirmou que o governo federal pretendia atingir a oposição ao violar o sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo. "É óbvio que este era o objetivo pois não tinha outra razão", disse Alckmin. Para ele, a intenção era "desqualificar a oposição", sugerindo que o caseiro havia sido comprado. Sobre a estratégia da oposição de partir para o ataque aberto a Lula, o governador de São Paulo desconversou: "A oposição deve ir para cima dos fatos, que são graves." Alckmin deixa o governo paulista na sexta, para assumir a campanha ao Planalto.


Política DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

3 Ele (Palocci), como investigado, terá que estar à disposição da Justiça. Benedito Antonio Valencise, delegado seccional de Ribeirão Preto.

OPOSIÇÃO PREPARA ARTILHARIA CONTRA MÁRCIO THOMAZ BASTOS. DELEGADO QUER PALOCCI NO BRASIL. Dida Sampaio/AE

BASTOS GARANTE INVESTIGAÇÃO AUTÔNOMA

Ó RBITA

OAB presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D' Urso, divulgou ontem uma nota oficial criticando "as formas ilegais de investigação ou de acobertamento" de delitos. “O País quer saber, também se o exministro da Fazenda, Antonio Palocci, teve conduta incompatível com a moralidade pública, se delinqüiu no cargo, se mandou violar o sigilo de um cidadão, sem ordem judicial, num ato inaceitável dentro da Democracia”, afirmou. O caseiro Francenildo dos Santos Costa, que afirmou ter visto o ministro na chamada mansão do lobby, em Brasília, participa a amanhã, às 11 horas, de um ato público na entidade, na Praça da Sé, 385, 1° andar.

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Antonio Palocci sai de casa rumo à posse de seu substituto, Guido Mantega, no Ministério da Fazenda Givaldo Barbosa/Ag.O Globo

Marcos Fernandes/Luz

Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça, ao lado do diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda

NEPOTISMO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou ontem a demissão ou exoneração de 51 servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por eles terem parentesco com desembargadores. O Conselho tomou a decisão ao analisar a recente criação de um órgão central no TJ-RJ ao qual os servidores com cargo de confiança ficariam vinculados. A conclusão foi de que se tratava de uma manobra para burlar a Resolução nº 7, que proíbe o nepotismo no Judiciário. Dos 51, sete deverão ser demitidos, pois não eram concursados e ocupavam cargos de confiança em gabinetes de desembargadores dos quais são parentes.

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FILIAÇÃO presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, assina hoje, às 15 horas, a ficha de filiação ao PSB. Vidigal concorrerá ao governo do Maranhão, disputando com a pré-candidata Roseana Sarney (PFL). Ele tem o apoio do governador José Reinaldo Tavares (PSB). A informação é da assessoria do partido na Câmara. Para se filiar à legenda, ele terá de deixar o cargo de ministro. Vidigal teve papel importante na polêmica consulta do PMDB sobre o candidato à Presidência da República. Foi ele quem concedeu liminar suspendendo a realização das prévias no domingo 19.

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DELEGADO QUER IMPEDIR PALOCCI DE SAIR DO PAÍS

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delegado seccional de Ribeirão Preto (SP), Benedito Antonio Valencise, vai pedir "aos órgãos federais competentes" que impeçam uma eventual viagem do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao exterior. Uma eventual saída de Palocci do Brasil para um período de férias dificultaria o trabalho da polícia e o encerramento do inquérito que apura irregularidades envolvendo o ex-ministro nos contratos de serviço de limpeza urbana de Ribeirão Preto à época em que ele era prefeito local. "Vamos solicitar à Polícia Federal e ao Poder Judiciário de uma maneira formal, que ele (Palocci) não tenha, por exemplo o passaporte liberado para viagens, o que atrapalharia nosso trabalho", explicou o delegado. "Ele (Palocci), como investigado, terá que estar à disposição da Justiça", disse. Até ontem, Palocci tinha foro privilegiado por ser ministro e só poderia ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois que o processo fosse encerrado pela polícia. Ainda esta semana, Valencise espera intimar o ex-ministro para que ele preste depoimento no inquérito pelo qual, conforme o delegado já admitiu, será indiciado pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção de agentes públicos, formação de bando ou quadrilha e superfaturamento. Os crimes são investigados a partir do contrato do lixo firmado pela prefeitura de Ribeirão Preto com o Grupo Leão Leão durante o segundo mandato de Palocci (2001-2002) e o de seu sucessor, Gilberto Maggioni (2003-2004). Ainda de acordo com o delegado, Palocci poderá ser ouvido em Ribeirão Preto ou em Brasília (DF), onde mantêm residência atualmente. Em Bra-

sília ele poderá prestar depoimento se indiciado pela polícia local por meio de carta precatória, ou ainda pelo próprio delegado da cidade paulista, que iria à capital federal. "Esperamos agilizar isso logo para terminar o inquérito em, no máximo, um mês", concluiu. Sigilo do caseiro– Os procuradores da República,Gustavo Pessanha e Lívia Tinoco, que atuam em Brasília, decidirão nos próximos dias se Antonio Palocci será investigado e eventualmente processado por suposto envolvimento na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. A informação foi divulgada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que é o chefe do Ministério Público Federal. Até ontem, a competência para investigar ou não o ex-ministro era de Souza. Mas ele explicou que, com a saída de Palocci do Ministério, o caso será transferido para a 1ª. Instância. Recentemente, Souza recebeu uma representação na qual o PFL pedia que Palocci fosse investigado. Antes de decidir o que fazer, o procuradorgeral pediu informações a Pessanha e Tinoco, que já tinham iniciado uma apuração sobre a quebra do sigilo de Francenildo. Mas, antes de receber a resposta dos procuradores, Souza foi surpreendido com a demissão do ex-ministro. Em uma eventual investigação, os procuradores terão de concluir se ele teve participação no crime de quebra do sigilo bancário do caseiro. Em caráter reservado, ministros do STF disseram que, em tese, há suspeitas de violação de sigilo, prevaricação e condescendência criminal. A prevaricação é um crime cometido por funcionário público que consiste em retardar

Dida Sampaio/AE

Delegado Benedito Valencise

ou deixar de praticar ato de ofício ou em praticá-lo contra disposição legal expressa para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. E a condescendência criminal ocorre quando o servidor deixa de responsabilizar o subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, em caso de falta de competência, se não levar o fato ao conhecimento da autoridade responsável. (AE)

A

pós a queda de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda – que sucedeu o desmoronamento de outra emblemática figura do governo Lula, a do ex-ministro chefe da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu (PT-SP) – a oposição pode estar se movimentando em direção a um novo alvo. Segundo um senador integrante da CPI dos Bingos, nha com atenção os movimenque falou à agência de notícias tos dos oposicionistas lideraReuters sob a condição do ano- dos pelo PSDB e o PFL. Segunnimato, um dos próximos pos- do ela, esse tipo de prática desíveis alvos é o ministro da Jus- nota uma ação de quem tem muitas dúvidas a respeito da tiça, Márcio Thomaz Bastos. A estratégia oposicionista definição do processo eleitoral continua na linha de buscar aba- deste ano. "Eu não sei quem vai ser o lar assessores próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Sil- próximo foco. Vamos avaliar va. O isolamento, enfraqueceria nas próximas horas. Mas eles (a o governo já desgastado e facili- oposição) não vão sossegar", afirtaria o trabalho de um novo no- mou a senadora. "Eles vêm me à presidência da República. mantendo um posicionamento muito agressivo ao "Com as operações longo desses últipirotécnicas da Polímos dez meses. Por cia Federal (PF), que iriam arrefecer Thomaz Bastos gaagora?", questiona nhou notoriedade Com operações ela. como uma figura pirotécnicas da Sem medo dessa austera, o que desPF, Thomaz onda de denúncias, toa de parte do goBastos disse que as verno, que se envol- Bastos ganhou investigações em veu em escândalos. notoriedade É o último que falta como uma figura torno de Antonio Palocci vão conticair", disse o parla- austera, destoa nuar, com toda aumentar. de parte do gotonomia: "A Polícia Ontem pela maFederal é uma polínhã, Bastos respon- verno que se endeu com bom hu- volveu em escân- cia de Estado que não está aí para sermor aos jornalistas dalos. É o último vir governo. Não esque perguntaram que falta cair. tá nem para persesobre a possibilidaSenador de oposição guir e nem para prode de ele se tornar a teger e ter uma ação bola da vez da oposiimplacável nas suas investigação. "Eu saio da frente", disse o ministro pouco depois do fim ções. Tem de ser assim para da cerimônia de comemoração construir a democracia". O ministro da Justiça não sedo 62º aniversário da Polícia Ferá o único foco da artilharia da deral, em Brasília. Para Bastos, esses movimen- oposição. O bombardeio de tos de oposição não vão enfra- denúncias continuará contra o quecer a provável candidatura presidente do Sebrae, Paulo de Lula à reeleição. "O que vai Okamotto, amigo pessoal do enfraquecer um candidato é presidente, e contra seu filho ele não ter voto, não ter a con- Fábio Luiz da Silva. "O Okafiança da população", disse. motto e o Lulinha têm muito o "Nosso governo vai muito que explicar. Não vamos deibem". Segundo o ministro, xar isso cair no esquecimento", basta comparar os números disse o senador oposicionista. dos três anos do governo Lula Okamotto disse ter pago um com os oito anos de governo empréstimo do PT a Lula, sem Fernando Henrique Cardoso o conhecimento do presidente, em termos de geração de em- enquanto a empresa de Lulipregos, de risco Brasil e de nha tem contrato com a Telemar, que tem fundos de pensão crescimento econômico. A líder do PT no Senado, estatais em sua participação Ideli Salvati (PT-PR), acompa- acionária. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quarta-feira, 29 de março de 2006

em Campinas

Guilherme Campos, presidente da Acic, diz que o movimento toma impulso agora e a população se conscientiza

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

ÓRBITA

PÁSCOA rede de Supermercados Galassi, de Campinas, calcula que vai vender entre 10% e 12% a mais de bacalhau e vinhos diversos para a Páscoa deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o peixe tipo Porto está sendo vendido em média a R$ 34,90 o quilo. No ano passado, o preço variava entre R$ 40,00 e R$ 42,00. Em 2005, foram comercializados cerca de 7,5 toneladas de bacalhau de todos os tipos. A rede tem lojas no Jardim São Vicente, Ponte Preta, Jardim Bandeirantes e no distrito de Sousas.

A Até sexta-feira a campanha estará recolhendo assinaturas na Unicamp

Ontem a coleta foi realizada em frente ao HC da Unicamp

DE OLHO NO IMPOSTO

Já cumprida 50% da meta Foram coletadas na cidade 15.622 assinaturas em prol da transparência tributária com forte conscientização da população

F

altando pouco mais de 30 dias para o encerramento da campanha De Olho no Imposto, Campinas chegou à metade da meta de coleta de assinaturas que o movimento pela transparência nos impostos estabeleceu para a cidade. Pela última contagem realizada ontem os campineiros, que precisam arrecadar 32.568 assinaturas já contabilizavam 15.622. O movimento está crescendo na cidade com cada vez mais a participação de organizações não-governamentais, universidades, entidades de classe e meios de comunicação. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e vicepresidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Campos Júnior, a campanha está tomando impulso agora, em Campinas, porque as pessoas estão começando a entender a falta de t r a n s p arê n c i a n o r e c o l h imento e destinação dos impostos e a necessidade da participação popular nessa mudança. “As pessoas, principalmente as com poder aquisitivo mais baixo, ainda estão com receio de assinar o documento porque acabam confundindo todo esse problema político que passa o País com o movimento. Estamos mostrando, entretanto, que esse é um movimento da cidadania e que a participação de todos é fundamental”, disse Campos Júnior. Para o coordenador do movimento em Campinas, Paulo Martelli, a partir de agora o De Olho no Imposto está tomando novos ru-

mos que estão estabelecendo o aumento de coleta tanto em Campinas quanto na regional que engloba 41 cidades. Segundo o coordenador, somente as dez entidades certificadoras implantadas hoje em Campinas do Movimento Degrau levaram para suas sedes um bloco para a coleta de mil assinaturas. “Agora estamos realizando reuniões com a Secretaria de Assistência Social da prefeitura de Campinas e com a Federação das Entidades Assistências de Campinas, a Feac, para que as pelo menos 300 entidades filiadas também façam o trabalho de coleta das assinaturas. Se cada uma dessas entidades conseguir recolher pelo menos mil assinaturas, o que significa o preenchimento de apenas um bloco de captação, podemos alcançar a meta de toda a regional”, afirmou Martelli. Para as 41 cidades estão estabelecidas 128.221 assinaturas. Campos Júnior e Martelli observam que mais do que a coleta de assinaturas, o movimento De Olho no Imposto de Campinas está trabalhando para a conscientização do cidadão da necessidade da transparência do poder público junto à população na destinação dos recursos arrecadados em todos os movimentos financeiros de cada um dos cidadãos brasileiros inseridos na economia legal e formal. “Cada assinatura deve significar que um cidadão entendeu o que é o movimento e quais os benefícios ele pode trazer para o País”, completou o coordenador. Un ica mp – A mais recente ação desenvolvida pela Associação Comercial e Industrial de Campinas no movimento De Olho no Imposto acontece até a próximo sexta-feira na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para atingir a população universitária – a Unicamp tem 16 mil estudantes, dois mil professo-

Na segunda-feira, foram 1.250 adesões entre os estudantes

res e oito mil funcionários, o que estabelece praticamente a meta de Campinas no movimento -, a Acic deslocou equipes de recolhimento que percorre m t o d o o c a m p u s d e Campinas na busca da assinaturas. Somente na última segunda-feira, de a c o rd o c o m o s e t o r d e contagem de assinaturas da Associação, foram coletadas na universidade 1.250 assinaturas. Estudante de filosofia da Unicamp, Eduardo de Oliveira Menezes entrou, ontem, no movimento De Olho no Imposto. A explicação das jovens que estão colhendo as assinaturas o convenceu a fazer isso. “O mínimo que pode acontecer é a pessoa olhar pelo que pagou pelo produto e pelo que pagou pelo imposto e não dar bola. Mas

Moradores protestam durante inauguração de duas unidades

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mostraram cartazes e reclamaram da possível falta de segurança do local com as eventuais fugas e rebeliões. Berenice classificou a manifestação como “democrática”. Com 2.400 metros quadrados de área construída, cada unidade atenderá 40 adolescentes em regime de internação e 16 em internação

Mário Tonocchi

CAMPANHA Organização NãoGovernamental de São Paulo Turma do Bem está realizando um movimento entre os aproximadamente sete mil dentistas de Campinas para que o máximo possível de profissionais participe da campanha Dentista do Bem. Com isso, o dentista “adota” uma criança carente para realizar de graça procedimentos completos como implante de dentes que não são cobertos pela saúde pública. Hoje, na cidade, 25 dentistas participam da Organização. Mais informações pelo telefone (011) 3085-0190.

A

BROADWAY O Teatro TIM, instalado no shopping D. Pedro, em Campinas, recebe de 1 a 30 de abril o espetáculo “Broadway Delivery”, uma montagem que mescla bonecos e atores, representando musicais da Broadway. A peça homenageia obras como O Fantasma da Ópera, Chicago, Mudança de Hábito, Pequena Sereia e The Lord of the Dance. Horários aos sábados e domingos, às 16h. Com ingressos a R$ 15 tem duração de 45 minutos e é recomendado para crianças a partir de dois anos. Telefone da bilheteria: (19) 37569890/3756-9891. EXPEDIENTE

FEBEM

ob protesto dos moradores do bairro Matão, ontem pela manhã, a presidente da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem), Berenice Giannella, inaugurou duas unidades na cidade denominadas Centro de Apoio Socioeducativo ao Adolescente (Casa). Os moradores do entorno

quem quer ser um cidadão consciente tem que exigir melhoria pelo menos na saúde e educação pelo que recolhe para o governo com os impostos”, disse o estudante. Região - Na regional administrativa de Campinas, o número de assinaturas chegou a 41.270 para uma meta total de 128.221. A somatória, entretanto, ainda não leva em consideração 17 cidades que por motivos técnicos ainda não remeteram para a sede, em Campinas, a totalização das assinaturas. Na região a cidade que mais se destaca na coleta é a de Americana, que ontem já apresentava 13.440. A cidade tem como meta 6.134 assinaturas. “A cobrança de impostos deve ser bem esclarecida a todos os cidadãos. É um di-

reito que deve ser respeitado pelo governo brasileiro. Por isso o movimento ”De Olho no Imposto” é de extrema importância e em Americana estamos satisfeitos com as ações e também com o apoio e espaço que a imprensa local tem dado a este assunto”, disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Americana (Acia), José Antonio Camacho. Movimento - O De Olho no Imposto, é um movimento formado por mais de 100 entidades, entre elas, a Associação Comercial de São Paulo, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o Sindicato das Empresas de Contabilidade (Sescon), Ordem dos Advogados do Brasil Secção São Paulo (OAB/SP), Associação Médica Brasileira (AMB), Força Sindical e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O movimento já percorreu 17 cidades paulistas e oito capitais brasileiras para divulgar e promover a captação das assinaturas para regulamentar o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal que estabelece a discriminação, em notas e cupons fiscais do valor do produto e o imposto separadamente.

provisória. Os 40 lugares devem ser respeitados não havendo superlotações, diz a Fundação. A Febem já possui dois locais de internação de adolescentes infratores em Campinas, que abrigam 109 pessoas. A unidade Jequitibás, no Jardim São Vicente, tem 65 infratores que

promoveram duas rebeliões nos últimos dias. Outros 44 adolescentes estão na Unidade de Internação Provisória (UIP) do Jardim Amazonas. As duas “Casa” abertas ontem em Campinas são as primeiras inauguradas pelo Estado em um planejamento de 41 unidades, que estão sendo construídas no Estado. Até o final de abril devem ser abertas mais cinco, duas em Ferraz de Vasconcelos, uma em Piracicaba, uma em Rio Claro e a quinta em Mauá. O Estado garante que

as novas unidades são diferentes das antigas e que o novo modelo não deve propiciar tantas rebeliões como as registradas hoje. Mudaram, segundo a Febem, o modelo arquitetônico, a estrutura administrativa e a capacidade dos prédios que foi reduzida. As ONGs, de acordo com a Febem, ficarão responsáveis pelas atividades pedagógicas, culturais, esportivas e pelos cursos profissionalizantes. A Fundação ficará encarregada pela direção e a segurança. (MT)

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


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Senado Câmara Planalto CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

Ele (Palocci) não entende de economia. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, da base aliada do governo na Câmara.

'ELOGIO" DO VICE ALENCAR: CÂMBIO BURRO

FOGO-AMIGO FERIU E DERRUBOU EX-MINISTRO, DEFENDIDO PELO PSDB.

O

fato de o golpe de misericórdia contra o ex-ministro Antonio Palocci ter vindo da trincheira governista pode soar estranho, mas não deve assustar ninguém. Afinal, as baterias de fogo-amigo sempre estiveram a postos nos três anos e três meses da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No tiro desta semana, o expresidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, admitiu ter passado a Palocci os dados bancários do caseiro Francenildo Santos Costa, que acusava Palocci de estar onde o ex-ministro dizia jamais ter estado: numa casa de lobistas. Os dados vieram a público, o que é ilegal, e caíram os dois: Palocci e Mattoso, abraçados. Histórico – Antes de completar cem dias à frente do Ministério da Fazenda, em abril de 2003, Palocci já enfrentava o cerco da ala radical petista. A facção acusava o ministro de continuar a política neoliberal do governo Fernando Henrique Cardoso. Os radicais foram expulsos. No mesmo ano, já se formava uma guerrilha interna antiPalocci. Os ministros contrários ao arrocho dos investimentos e ao superávit fiscal eram Jaques Wagner (à época na pasta do Trabalho) e Dilma Rousseff (Minas e Energia). O vice-presidente, José Alencar, ligava a metralhadora diante do microfone contra juros altos. Outro que comandava emboscadas era o então presidente do BNDES, Carlos Lessa. Em março do ano seguinte, a ofensiva não veio do PT nem do governo, mas da base aliada. Valdemar Costa Neto, então presidente do PL, pediu a cabeça de Palocci: ele "não entende de economia", bradou. Parte do PT vibrou como se conquistasse uma posição inimiga. Quem saiu em defesa do ministro foi o PSDB: "Desestabilizar o ministro da Fazenda

Eymar Mascaro

Lula e a crise PALOCCI NUNCA E PRECISOU DE INIMIGOS

specialistas acreditam que as próximas pesquisas registrarão queda de Lula, em função da crise que enfrenta com o escândalo da violação do sigilo bancário de Francenildo Costa, que culminou com a demissão do ministro Palocci. Os especialistas sentem um desgaste do presidente que vai refletir na consulta popular dos institutos de pesquisas. A virtual queda de prestígio de Lula coincide com o início da campanha de Alckmin, que deve deixar o governo amanhã para o vice Cláudio Lembo. Alckmin está sendo aconselhado para aproveitar a crise e bater duro em Lula. O PSDB e, sobretudo o PFL, querem que o tucano insista na denúncia de envolvimento do governo na violação do sigilo de Francenildo. As últimas pesquisas indicaram vantagem de Lula sobre o adversário Geraldo Alckmin. Essa vantagem teria diminuído sensivelmente, embora o PT não acredite nessa queda. Além de enfrentar a crise do caseiro, Lula vem sendo duramente atacado nos programas de televisão do PFL, sendo acusado de conduzir um governo corrupto.

Abê, com o Amigo da Onça de Péricles

ATINGIDO O que o governo temia aconteceu: a crise da violação do sigilo de Francenildo atingiu o governo em cheio. Consultas internas que o governo recebe indicam que a crise pegou Lula por inteiro. A imagem do presidente foi arranhada.

NÃO PÁRA

neste momento é dar um tiro no pé", condenou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Esquizofrenia – Em junho do ano seguinte, foi a vez de José Dirceu, então na Casa Civil. Ele declarou que o País vivia uma situação “esquizofrênica” e que carecia urgentemente de taxas de juros menores. Dois meses depois, o chumbo grosso veio de um ex-assessor. Rogério Buratti, ex-secretário

municipal de Ribeirão Preto durante a administração Palocci (1993-1996), ligou a matraca: disse que Palocci recebera propina de empresários para abastecer o caixa do PT. Ferido – Às vésperas do Natal de 2005, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, avançou. Ela literalmente humilhou Palocci ao chamar de "rudimentar" uma proposta de ajuste fiscal do ministro.

Com Palocci já gravemente ferido, adivinhem quem reapareceu? José Alencar: " Ele (Palocci) acredita no que está falando. Eu até o admiro por isso. Acho que está errado, mas ele acredita", disse Alencar, que ainda chamou a política de juros de "despropositada" e o câmbio de "burro". Só se pode concluir uma coisa: com amigos assim... Bem, todos sabemos como termina o ditado.

A oposição não se satisfaz com a demissão de Palocci: quer chegar em Lula. Mas, antes quer atingir outro ministro, Márcio Thomaz Bastos. A oposição não sossega enquanto não ameaçar novamente Lula com o pedido de impeachment.

INDICIAMENTO Além de cair, Palocci deve responder pelo crime de violação de sigilo bancário. O ex-ministro recebeu o extrato da conta de Francenildo das mãos do expresidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. A partir daí, cópia do extrato foi parar na redação da revista Época.

EQUIPE Alckmin está participando de conversações com a cúpula do partido para a montagem da equipe que vai conduzir sua campanha. O tucano pode ter a centralização da campanha em Brasília. Alckmin está de olho nos eleitorados de Minas e Nordeste.

A ARTE DE PUXAR O TAPETE, SEGUNDO O 'AMIGO DA ONÇA'.

INTERESSE A candidatura de Serra interessa, e muito, a Alckmin, que teria um palanque forte em São Paulo. O Estado tem um colégio superior a 25 milhões de eleitores. Em tempo: Alckmin encara com seriedade a conquista do voto paulista porque Lula também é de São Paulo.

ACERTO O PSDB já amarrou a coligação com o PFL na eleição presidencial. O partido está preocupado em costurar novas alianças, com o PMDB e PDT. O PDT fala em ter candidato próprio, mas a verticalização pode inviabilizar o desejo pedetista.

ABERTURA Se Serra for o candidato, o PSDB deve acertar também a coligação com o PFL. Mas, os tucanos querem mais: desejam também o apoio do PMDB em São Paulo. O PSDB estaria disposto a apoiar a candidatura de Orestes Quércia ao Senado, mas existe resistência ao nome de Quércia entre tucanos.

CONHECIMENTO Um suvenir para o bichinho de estimação

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az tempo que se dá um nome especial aos "amigos" que derrubam amigos: são os "amigos da onça". O espírito foi encarnado por um personagem do cartunista Péricles de Andrade (19241961) publicado durante 19 anos na revista "O Cruzeiro" (veja as reproduções ao lado). Baixinho, trajando um petulante smoking e fumando de piteira, o Amigo da Onça tinha os cabelos lambidos por brilhantina e carregava no rosto expressões que iam da superioridade à indiferença. É de deixar qualquer mestre zen uma fera. Sua razão de ser era mostrar o lado ridículo das situações, maltratar os indefesos e até exibir certa crueldade desconcertante e provocadora – provocadora de risos, principalmente. Sempre, é claro, com aquela cara de amigo (da onça). O humor acompanhou o criador do personagem até a morte. Péricles se suicidou: trancou a porta e abriu o gás. Antes, porém, pendurou um bilhete na porta: "Não risquem fósforos". Pela última vez, ela era desconcertante.

Jereissati para tratar de sua renúncia, para se candidatar ao governo estadual. Serra tem prazo até sexta-feira para deixar o cargo para o vice Gilberto Kassab, PFL.

Mocinho mata bandido, e viceversa: subversão total.

Em Minas, Alckmin terá um forte palanque para fazer a campanha: Aécio Neves é candidato à reeleição. Em compensação, o tucano não conseguiu dobrar a resistência de Cesar Maia, que não aceitou ser o candidato do PFL ao governo do Rio.

REGIÃO

Tirando o guardachuva – e a pose.

Os trajes são alugados e a pompa, comprada.

Nada pessoal: só uma questão de afinidade.

Alckmin deve ter um candidato a vice do Nordeste, região em que é menos conhecido, segundo as pesquisas. O vice deve ser do PFL e o mais cotado é o senador do Rio Grande do Norte, José Agripino. Corre por fora outro senador, José Jorge, de Pernambuco.

CHAPA Também Lula está pensando na escolha do seu vice. O petista gostaria que seu companheiro de chapa fosse do PMDB, de preferência, Nelson Jobim, que vai deixar o STF ainda esta semana. Outra opção de Lula é José Alencar, seu vice atual.

ENCONTRO Amigo da Onça, mas pode chamar de espírito de porco.

Exercitando o secreto prazer de ver o outro se dar mal, muito mal.

O prefeito José Serra deve se encontrar outra vez com o presidente do PSDB, Tasso

DIFICULDADE O PSDB pode ter dificuldade de fazer coligação com o PTB para a eleição de governador em São Paulo. É que estão adiantadas as conversações do PT com petebistas para apoiar a neeleição de Lula. Com a verticalização, o PSDB fica impedido de fazer alianças diferentes nos estados.

DESISTÊNCIA Ganha foro de verdade a versão de que Aloizio Mercadante teria comentado com petistas que abriria mão de sua pré-candidatura ao governo paulista se tivesse de assumir a pasta da Fazenda. Em tempo: Mercadante chegou a ser cogitado para a vaga de Palocci e os rumores sobre a sua indicação eram fortes no último domingo. Depois, sua cotação refluiu.

INCERTO O governador Geraldo Alckmin foi encarregado de convencer o vereador tucano José Aníbal a desistir de sua pré-candidatura ao governo do Estado, se Serra aceitar a candidatura. Aníbal é o único que mostrou clara disposição em bater chapa com Serra na convenção de junho.


quarta-feira, 29 de março de 2006

Congresso Planalto CPI Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Fui iludido. Jorge Mattoso sabia de tudo. Senador Welligton Salgado (PMDB)

FUNCIONÁRIA DA CAIXA IRRITA SENADORES

PRESIDENTE DA CAIXA PODE SER INDICIADO JUNTO COM PALOCCI NO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO

CPI DOS BINGOS VOTA CONVOCAÇÃO DE MATTOSO

Lula Marques/Folha Imagem

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PI dos Bingos vai pedir, em seu relatório final, o indiciamento do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do expresidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Jorge Mattoso pelos crimes de violação de sigilo funcional e falso testemunho. A decisão, que já havia sido tomada, foi reforçada pelo depoimento prestado por Mattoso à Polícia Federal, em que ele confessou a participação na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa e revelou ter entregue uma cópia do extrato a Palocci. A convocação de Mattoso será votada hoje pela CPI. Mas embora ele ainda não tenha sido ouvido oficialmente pela comissão, para a oposição o crime de falso testemunho já está con-

figurado. No dia 21 deste mês, Mattoso recebeu uma subcomissão da CPI em seu gabinete. Disse aos parlamentares que a apuração da quebra de sigilo não era uma tarefa fácil e levaria até 15 dias. Cinco dias antes, porém, ele comandou a operação de violação da conta de Nildo. Falso testemunho –Já Palocci foi desmentido por duas testemunhas: além do caseiro Nildo,

Beto Barata/AE

Benta Costa, mãe do caseiro Francenildo, não quer filho na política.

O FIM DA AGONIA PARA A MÃE DE NILDO

A

dona de casa Benta do por político. Benta não quer Costa, mãe do casei- nem pensar em "Nildo" se enro Francenildo dos volver em política. Quanto à violação do sigilo Santos Costa, o "Nildo", de 24 anos, comemorou ontem o do caseiro feito pela Caixa "fim da agonia" do filho, de- Econômica Federal (CEF), a pois da queda do ex-ministro mãe de "Nildo" esclareceu da Fazenda Antonio Palocci. que se resolve na Justiça. "EsEla disse que somente a ver- te negócio da Caixa, o advodade prevalece. "Mentira tem gado tem razão." Benta revelou que vive da perna curta. Quem fala a verdade sempre vence", decla- pensão paga a um dos filhos, rou. Ela disse que o que mais que não chega a um salário míquer agora é que "Nildo" volte nimo. A mãe dela, Maria das para o Piauí. Benta refutou a Dores dos Santos, com quem possibilidade de ele virar polí- vive, é aposentada e ganha um salário mínimo. tico. "Deus me livre Mas tem de comdisso. Já tive sofriprar remédios. mento demais para Rotina – Sobre o uma mãe." assédio durante as A mãe de "Nilinvestigações, Bendo" disse que o fi- Mentira ta acredita que eslho não é nenhum tem perna pera poder retorherói ou ídolo. Dis- curta. nar à rotina e pense que ele apenas Quem fala sar no futuro dela e foi ensinado a didos filhos. "O que zer sempre a ver- a verdade eu mais quero agodade. Religiosa, ela sempre vence. afirmou que pasBenta Costa, ra é que 'Nildo' volsou o tempo rezanmãe de 'Nildo' te para casa A família dele toda está do e pedindo a pedindo isso." Deus que desse tuA oposição no Piauí aprodo certo para "Nildo". "Nós ainda estamos um pouco vou uma moção de aplauso ao nervosas, mas estamos mais caseiro na Assembléia Legistranqüilas que esta confusão lativa. O deputado estadual está acabando. Agora, quero Marcelo Coelho (PP), autor do que se resolva logo de uma requerimento, disse que encavez para o 'Nildo' voltar para minhará um ofício à família de cá. Eu peço a Deus que dê for- "Nildo". "A moção de aplauso ça e saúde para ele para resol- e apoio foi aprovada a Francever tudo isso e seguir a vida nildo pelo destemor porque sofreu pressões; teve a sua viem frente", declarou. Trabalho – Benta pediu a da invadida; teve o sigilo banDeus um "bom trabalho" para cário rompido, e ainda foi acu"Nildo". Mas a mãe do caseiro sado de lavagem de dinheiro", não quer um emprego ofereci- acha Coelho. (AE)

Clarice Copetti, em depoimento à CPI dos Bingos: violação de sigilo de Francenildo 'foi um fato isolado'.

o motorista Francisco das Chagas Costa. Eles contaram na comissão que viram diversas vezes o ex-ministro na casa alugada em Brasília por seus ex-assessores acusados de atuar como lobistas. Palocci negara a informação. Ontem, senadores da oposi-

ção defenderam que o ex-ministro seja convocado novamente. O relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) confirmou que incluirá Palocci na lista dos suspeitos cujo indiciamento será pedido em seu relatório final. "Estou compenetrado em fazer isso. Agora, sua si-

tuação complicou bastante." Depoimento – Na sessão de ontem da CPI dos Bingos, em que prestou depoimento a vice-presidente de tecnologia da Caixa, Clarice Coppetti, a oposição centrou fogo em Mattoso, acusando-o de ter montado uma farsa para tentar esconder

sua participação da quebra do sigilo do caseiro. "Aquela foi uma reunião surrealista, um teatrinho do senhor Jorge Mattoso, que disse aos senadores que ia investigar o que ele já sabia há muito tempo", atacou o senador José Jorge (PFL-PE). "Fui iludido. Jorge Mattoso sabia de tudo", afirmou Welligton Salgado (PMDB-MG). Ele acusou Mattoso de ter feito "de bobos" os três senadores que se encontraram com ele. O comportamento de Mattoso foi criticado até por petistas e aliados. "Foi o fim da picada", disse o petista Flávio Arns (PT-PR), que também esteve no encontro com Mattoso. Crimes – O indiciamento de Jorge Mattoso já foi pedido pela CPI, no relatório parcial do caso Gtech, divulgado em dezembro. O relator pediu seu indiciamento pelos crimes de prevaricação, descumprimento da lei de licitações e improbidade administrativa. O depoimento de Clarice pouco acrescentou às investigações. Ela negou participação na violação da conta de Nildo e disse não saber quem deu a ordem. E revelou que Mattoso não assumiu, a seus subordinados, a participação no episódio. Seu depoimento irritou os senadores da oposição ao minimizar os estragos que o fato causou à imagem da Caixa. Segundo ela, o que houve foi "um fato isolado" devidamente investigado pela Polícia Federal. (Agência)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do escritor peruano Mario Vargas Llosa, em Lima. Ontem foi seu aniversário de 70 anos que também a data do lançamento do filme baseado em seu livro "A Festa do Bode".

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

Daniel Silva/Reuters

Não sei se devo receber parabéns ou pêsames, mas tenho que ter espírito esportivo com relação à minha idade.

quarta-feira, 29 de março de 2006

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Fundação da cidade de Salvador, Bahia (1549). Na foto, o Pelourinho.

Milton Mansilha/Luz

I NTERNET

C IÊNCIA S AÚDE

Polícia autua jovem Células-tronco no por apologia no Orkut combate à paralisia Um adolescente de 16 anos foi autuado ontem por difundir o tráfico de drogas. Ele mantém uma comunidade no Orkut em homenagem ao traficante Gilson Ramos da Silva, 22, o Aritana, líder da facção Amigo dos Amigos (ADA). Aritana foi morto no Rio num confronto com policiais no último dia 17. Há cerca de duas semanas, o Serviço de Repressão a Entorpecentes do Rio criou um sistema de monitoramento do Orkut para prevenir a apologia ao narcotráfico e ao racismo.

Solidão aumenta pressão sangüínea

Cientistas reduziram a paralisia de ratos com fraturas na coluna implantando no local célulastronco do cérebro de outros ratos. O experimento, da Universidade de Toronto, no Canadá, foi publicado no Journal of Neuroscience. Quanto mais cedo os ratos receberam as células, maiores foram os avanços. Implantadas, as célulastronco deram origem a bainhas de mielina (invólucros dos neurônios), que haviam sido danificadas pelas fraturas. www.jneurosci.org

F RANÇA Jean Pierre Muller/AFP

L

Um milhão nas ruas contra lei trabalhista Cerca de um milhão de pessoas participaram ontem dos protestos contra um polêmico projeto de lei trabalhista, o Contrato do Primeiro Emprego (CPE), em toda a França. O número é estimado pela polícia francesa. Em Paris, manifestantes entraram em confronto com os policiais, que foram atacados com morteiros. Em Bordeaux, uma jovem foi ao protesto fantasiada de Marianne (foto), representação da República Francesa.

I SRAEL

Vitória da apatia

D

C A R T A Z

Música com instrumentos de época. Apresentação do grupo Harmoniemusik, especialista em compositores do século 18, entre eles, Salieri (foto) e Mozart. Grande São da Caixa Econômica Cultura. Praça da Sé, 111. Telefone: 3107-0498. Às 19h. Grátis.

e acordo com pesquisas de boca-deurna dos três maiores canais de televisão de Israel, o partido de centro Kadima, do primeiro-ministro interino Ehud Olmert, venceu as eleições israelenses, que foram marcadas pela apatia e pela maior abstenção desde a criação do Estado, em 1948. O comparecimento às urnas foi de 63,2%, menor do que os 67,8% das eleições anteriores, em 2003. O Kadima terá entre 29 e 32 cadeiras das 120 do Knesset (Parlamento), segundo as pesquisas dos canais 1, 2 e 10; muito aquém dos 35 lugares estimados. O Partido Trabalhista, de Amir Peretz, com 20 e 22 cadeiras. Já o partido conservador Likud perdeu postos e não terá mais do que 13 cadeiras. A enquete do Canal 1 aponta que

O ator irlandês Peter O'Toole foi escolhido como o melhor intérprete da história do cinema. O´Toole, que lidera a lista das 100 melhores interpretações nas telas, ganhou a honra por sua atuação no clássico Lawrence das Arábias (foto maior). A lista foi elaborada pela revista norte-americana Premiere, a mais popular de Hollywood. O último colocado da lista é Malcolm Mcdowell como o líder de uma gangue chamado Alex Delarge em Laranja Mecânica. Em penúltimo lugar vem Steve Martin por seu G @DGET DU JOUR

papel em O Panaca. A atuação de O´Toole em Lawrence das Arábias foi quase um acaso. O papel foi oferecido a Marlon Brando e a Albert Finney, que o recusaram. www.premiere.com

F AVORITOS

Na rede, para ler ver e ouvir, de graça

P

Como o baixo comparecimento às urnas – o Kadima até enviou mensagens via celular pedindo aos cidadãos que fossem votar – pode ser explicado? O comparecimento sempre foi muito alto, cerca de 80%. Nos últimos anos, caiu para 70%. O fato de existir um partido novo (Kadima) e do Hamas ter chegador ao poder pode ter gerado um pouco de confusão na mente do eleitor jovem, que já não participa muito. Apesar do grande número de partidos (31), houve um enfraquecimento da cena

TZIPORA RIMON

política. No passado, o Likud e os Trabalhistas eram o bastião da política israelense. Muita gente acha que medidas unilaterais, como a retirada dos assentamentos de Gaza e a demarcação das fronteiras finais de Israel sem negociar com os palestinos, não vão trazer paz à região. Queremos alcançar a paz pela negociação, mas, hoje, temos no poder uma organização (Hamas) que nega a existência de Israel. O Hamas

Ribeirão Preto igual a Santo André? A saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda suscitou análises de especialistas e extensas reportagens nas edições de ontem dos jornais The Wall Street Journal, The Washington Post, The New York Times, Miami Herald e Financial Times. Este último, entretanto, foi além e estabeleceu um paralelo entre o possível envolvimento da prefeitura de Ribeirão Preto, quando Palocci era prefeito, e o caso de corrupção envolvendo serviços públicos. Caso semelhante, diz o jornal, ao que aconteceu em Santo André quando Celso Daniel, assassinado, era prefeito.

não mudou de posição desde que foi eleito e continua ativo. Cerca de 500 cidadãos israelenses morreram em mais de 100 atentados praticados pela organização. Mas é lógico que nem todos os palestinos pensam como o Hamas. A idéia de sair dos assentamentos da Cisjordânia e manter os grandes blocos, como Ariel, não é nova. Hoje, a retirada é unilateral. Mas, em Gaza, no final da retirada, tivemos a cooperação de setores palestinos sob o comando de Mahmoud Abbas. Podemos ficar assim para sempre? Não. Israel tem outras agendas, como a demográfica. Em 20 anos, o povo judeu será minoria no país.

Maçãzinha da discórdia Duas companhias legendárias se enfrentam nos tribunais londrinos por causa de um dos logotipos mais famosos do mundo: uma maçã. A Apple Corps, a gravadora dos Beatles, denunciou a Apple Computer por violação de um acordo firmado em 1991, pelo qual uma empresa não entraria na área da outra. Segundo a gravadora, a Apple Computer quebrou o trato ao lançar o iTunes, sua loja virtual de música. O logotipo da Apple é uma maçã com um pedaço mordido; o da gravadora é uma maçã verde e perfeita.

CAMPEONATO PAULISTA

Ituano X Juventus São Paulo X América São Bento X Port. Santista Santo André X Rio Branco Marília X Portuguesa Mogi Mirim X Noroeste

Quanto o Irã preocupa Israel? A preocupação com o Irã é mundial, não só nossa. Israel pretende reabrir o consulado (fechado em 2003) em São Paulo? Há passos avançados para isso. Trabalhamos para acelerar o processo. Kety Shapazian

Santos X Bragantino Paulista X Palmeiras

L OTERIAS Concurso 1580 da QUINA 09

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Concurso 441 da DUPLA SENA

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Conselho de Segurança da ONU define acordo sobre programa nuclear do Irã esta semana Levantamento do Imazon mostra que apenas 53% da Amazônia permanecem intactos

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www.dominiopublico.gov.br

Se você transporta papéis importantes e valiosos, esta maleta da Euro Spyshop pode ser ideal. Os itens de segurança incluem um alarme ensurdecedor de 107 decibéis que pode ser acionado à distância. Se o ladrão insistir, um controle remoto pode disparar um choque de 80 mil volts. Nas cores marrom e preta, custa US$ 1082.

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Valise que espanta ladrão

apontado oficialmente pelo presidente Moshe Katsav, ele terá um mês para formar uma coalizão que reúna no mínimo 61 cadeiras do Knesset. A segurança das eleições foi feita por 22 mil policiais. (AE)

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www.eurospyshop.com/

O Ministério da Educação mantém um site na internet com obras que já estão em domínio público, para download e consulta. São textos, imagens, arquivos de som e vídeos que podem ser pesquisados por palavra-chave e categoria. Entre as obras do acervo digital, textos de Karl Marx, David Hume, Henry Thoreau e Jeremy Bentham; arquivos de blues, jazz e músicas nacionais; imagens das aeronaves de Santos Dumont e até um documentário sobre os testes atômicos na ilha de Bikini.

Abstenção superou 35%

Novidade afasta eleitor ara a embaixadora de Israel no Brasil Tzipora Rimon, o baixo comparecimento dos eleitores nas urnas durante a votação de ontem – segundo o jornal Haaretz, apenas 57% dos cinco milhões de pessoas esperadas compareceram – pode ser explicada pelas "novidades" no cenário político do país, como o surgimento do partido Kadima e a vitória do grupo Hamas nas eleições palestinas.

B RAZIL COM Z

E MPRESAS

B ATE-PRONTO

C INEMA

Peter O´Toole, o melhor. Por acaso.

o Likud perde até o terceiro lugar para o partido Israel Beteinu (Israel é o nosso lar), do imigrante russo Avigdor Lieberman. Uma humilhação para uma legenda que liderou o país nos últimos 30 anos. Outra surpresa foi o inesperado sucesso do nanico Partido dos Aposentados, liderado pelo veterano Rafi Eitan, um ex-integrante do Mossad, hoje com 79 anos. Com 6 a 8 cadeiras, de acordo com as pesquisas, o partido recebeu votos de protesto contra as legendas tradicionais. Os resultados oficiais finais só serão divulgados nos próximos dias. Mas os números indicam uma maioria de cadeiras para partidos de centro ou de esquerda, o que possibilita a Ehud Olmert levar adiante seu plano de retirada unilateral da Cisjordânia. Assim que for

Samuel Aranda/AFP

Poucos eleitores foram às urnas. Kadima fica na frente e Likud amarga derrota

CLÁSSICOS

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BATUQUE E TRADIÇÃO - O Pátio do Colégio foi ontem o ponto de partida do cortejo da Congada do grupo Santa Ifigênia pelo Centro de São Paulo. Na tradição da congada, com danças, cantos e batuques, os figurantes representam a coroação do rei do Congo.

A solidão entre pessoas com mais de 50 anos aumenta o risco de pressão alta, revela um novo estudo realizado na Universidade de Chicago. As pessoas sozinhas têm uma pressão sangüínea até três pontos mais alta do que os que têm a companhia constante de parentes e amigos. O estudo foi feito com 229 pessoas entre 50 e 68 anos e afirma ainda que a solidão pode ser tão ruim para o coração quanto o excesso de peso ou a falta de atividade. Estudos anteriores mostram que, entre pessoas mais jovens, a solidão também pode levar à pressão alta.

Estudo inédito mostra que ensino na área de saúde é desigual e privilegia classes altas

Primeiro Sorteio 13

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Nós não somos o Estado, não queremos substituí-lo, mas sim trabalhar em parceria Gonzalo Vecina Neto

Fotos: Milton Mansilha/Luz

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azer o bem sem olhar a quem. Esse é o pilar que sustenta as ações filantrópicas da Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês, criada em 1921 pela primeira geração de sírios e libaneses de São Paulo. Atualmente, a instituição –localizada na Bela Vista, região central da capital paulista– empreende uma série de ações de responsabilidade social em múltiplas áreas, visando ao desenvolvimento e bem-estar pleno da comunidade carente local. O Projeto Abrace Seu Bairro, criado em 2001, é um deles, e está modificando o cotidiano das pessoas que dele participam. De acordo com a diretora do projeto, Sylvia Suriani, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população do bairro, principalmente a de baixa renda, oferecendo alternativas de saúde, educação, esporte, cultura e lazer. "O que nos torna diferentes é que abraçamos o bairro e a família como um todo", diz. Segundo ela, o projeto engloba atividades que vão desde aulas de expressão corporal e artesanato até cursos de informática profissionalizante e de alfabetização de adultos. Há também ciclo de palestras sobre saúde preventiva, que aborda nutrição, higiene, sexualidade, planejamento familiar e economia doméstica, além de aulas de teatro, coral, pintura, danças etc. No ano passado, cerca de 1.300 pessoas participaram das atividades. A meta para 2006, conforme ressalta Sylvia, é dobrar o número de vagas e incluir novos cursos. "Já conseguimos. Neste semestre, temos 1.221 vagas preenchidas." As atividades no sábado também serão am-

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Sylvia Suriani

pliadas. "No ano passado, tínhamos uma aula ou outra. Neste ano, teremos esporte, informática e artesanato. O objetivo é envolver a família toda." Demanda –De acordo com as assistentes sociais Nilcéia Lino de Jesus Lourenço e Carolina de Cássia Lourentino, o Abrace engloba 21 programas. As atividades ligadas à informática, ao esporte e à economia familiar e geração de renda são as mais requisitadas. Conforme explica a coordenadora do projeto, Cássia Maria Gellerth, no início, a captação das pessoas era feita por meio do cadastro ambulatorial. "Agora já virou boca-a-boca. Recebemos, em média, 30 ligações por dia de gente querendo informações", acrescenta. As ações voltadas à educação –que contam com apoio do Colégio Dante Alighieri e do Senai– têm a finalidade de auxiliar crianças, jovens, adultos e até idosos a superar dificuldades com aprendizagem na escola, inclusão no mercado de trabalho e participação na sociedade. "Nossa primeira turma de informática, por exemplo, tem 30

alunos, e todos eles sairão daqui com certificado de técnico em informática", comenta Cássia. Mão na massa – Incentivar, ensinar e estimular a população a fazer produtos artesanais que possam ser comercializados, contribuindo assim para o aumento da renda familiar. Pensando nisso, a Sociedade Beneficente de Senhoras incluiu no Abrace programas que trabalham habilidades e potencialidades dos participantes, como panificação, corte e costura, confecção de velas etc. A cozinha do projeto, por exemplo, está sempre em atividade. Alunos querendo aprender novas receitas e ganhar um dinheirinho extra não faltam. A psicóloga clínica Elisabeth Calderari delega 20 horas semanais a seus 80 alunos do curso de culinária do Abrace. "Desde que me formei tento conciliar o trabalho clínico e o social." Segundo ela, os cursos são sazonais e seguem datas como Natal e Páscoa. "No momento, estamos com três cursos: panificação, culinária saudável e chocolate. Aos poucos, vamos bolando outros. O próximo será de pão-demel, que tem uma venda legal." A bióloga Maria Elisabeth de Castro, atualmente desempregada, viu no programa a possibilidade de conseguir dinheiro. "Está complicado achar emprego. Por isso estou aqui, para ter uma ocupação e fazer dinheiro no futuro", diz. A dona de casa Eloneide da Silva, também desempregada, conta que está fazendo todos os cursos para aprender coisas novas e vender para fora. "Tem muita coisa que dá para fazer", diz. Até a Páscoa, Eloneide e mais duas colegas farão centenas de ovos. Maristela Orlowski

Abraço solidário na Bela Vista Aos 85 anos de idade, a Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês se volta para o bairro

Atendimento médico é exemplar Crianças destacam as aulas de arte e esportes; mães elogiam atendimento médico

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criançada que participa do Abrace Seu Bairro prefere mexer com tinta, lápis de cor, papel e cola. Na oficina de artes, a imaginação corre solta. Segundo a professora Marisa Codarin, cada aula trata um tema específico de arte e aborda conceitos morais diferentes (como as diferenças entre as pessoas, por exemplo). "A idéia é trabalhar a criatividade e explorar os materiais disponíveis." Para Daiane Galdino de Oliveira, de 10 anos, participar das aulas de pintura e artes é muito melhor que ficar em casa assistindo TV. "Prefiro vir aqui. Com a televisão, a gente não aprende nada", diz a pequena. Daiane conta que chega no Abrace às 14h e sai somente às 17h. "Aqui, a gente aprende muito. Vou fazer tudo que eu posso." Assistência pediátrica – Quando se fala do Ambulatório de Pediatria Social, criado em 1998, pela Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês, as mães das crianças de 0 a 13 anos que moram na região da Bela Vista revelam somente elogios. O projeto promove assistência integral e gratuita e abrange consultas, exames laboratoriais e de imagem, vacinação, prevenção de cáries, noções de nutrição e higiene, orientação psicológica e, quando necessário, internações e cirurgias de grande porte. De acordo com a coordenadora do projeto de assistência pediátrica, Marina Emiko Ivamoto Petlik, cerca de cinco mil crianças estão cadastradas no ambulatório, mas a demanda ainda é crescente. "Temos cerca de 200 famílias querendo desfrutar do serviço, mas não conseguem, pois temos uma limitação de espaço para atender tanta gente." Segundo Marina, cerca de 1.000 atendimentos são realizados por mês, de segunda a sexta-feira. Mas o que diferencia, conforme revela Marina, é que não há espera. "A espera aqui é a mesma que se teria em um convênio de saúde." Quem confirma isso é a dona de casa Francisca Alves Segunda, que traz sua filha Ana Júlia, de 11 meses, ao ambulatório pediátrico desde que ela tinha 2 meses. "Aqui, o atendimento é dez. Melhor que muito plano de

Médico atende criança no Ambulatório de Pediatria Social

Aula de culinária do Projeto Abrace Seu Bairro

saúde. Minha filha vai fazer uma cirurgia de hérnia de intestino, fez todos os exames e acompanhamentos, tudo de graça", conta. Marilene Alves Monteiro também comenta a eficiência do sistema. "Trago minhas duas filhas, de 9 e 3 anos, desde pequenas. Eles fornecem todo medicamento, desde pomada contra assadura até antiinflamatório, sem cobrar." Saúde pública – O apoio ao setor público de saúde é outra medida que deverá ser ampliada em 2006 pela Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com o diretor de filantropia do hospital, Gonzalo Vecina Neto, a parceria estabelecida com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo permite a realização gratuita de exames de alta complexidade, como endoscopia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrasom, em pacientes encaminhados pela Central de Regularização da Secretaria. Além disso, o hospital também auxilia na manutenção da rede de informática e das instalações prediais de 12 Unida-

des Básicas de Saúde da subprefeitura da Sé, que engloba oito bairros, incluindo o Bela Vista. Neste ano, segundo Vecina Neto, serão investidos, no mínimo, R$ 16 milhões em manutenção e implantação de projetos de cunho social. Cerca de R$ 7,5 milhões serão destinados à reforma do Hospital Menino Jesus e mais R$ 2 milhões à recuperação física das UBS da Sé. O Sírio-Libanês pretende realizar cerca de 14 cirurgias cardíacas e quatro transplantes de fígado por mês em crianças atendidas no Menino Jesus. Na área de câncer de mama, o Núcleo de Mastologia do hospital oferecerá, mensalmente, tratamento especializado e cirurgias para cerca de 20 pacientes encaminhadas pela rede municipal. "Nós não somos o Estado, não queremos substituí-lo, mas sim trabalhar em parceria", ressaltou o diretor de filantropia. Para ele, a questão social se resolve com "profundo e articulado trabalho da sociedade junto ao Estado". "O objetivo é sinergizar a ação do Estado e proporcionar melhores condições de vida à população", finaliza. (MO)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

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Brilhante a análise de Marcel Solimeo no editorial Estado de anomia. É verdadeiramente o que presenciamos no cotidiano deste Brasil varonil. Para tudo encontra-se uma justificativa. Culpa-se a sociedade pela criminalidade, fazendo do criminoso, afinal, um benemérito que, tangido pela imposições da sociedade, refugia-se no crime como forma de sobrevivência. Há que se compreender o MST, que face ao estado de penúria em que se encontra deve buscar satisfazer o desejo de se agregar à produção nacional, respeitados, é claro, os ditames da proteção ambiental e da salubridade dos ecosistemas, que certamente justificam aniquilar as intenções daqueles que assim não agem: monocultores e demais detratores das verdades divinas por eles proclamadas. Há que se compreender, além de todos os demais "movimentos sociais", como os povos da floresta, que detentores de vastos territórios independentes dentro do território nacional, podem comercializar suas riquezas além

EM

PAUTA O estado de anomia no País: éo vale-tudo.

DOISPONTOS -13 13

de escudar organismos internacionais muito interessados em nossa proteção e bem-estar. Temos que entender que dinheiro nãocontabilizado é bom quando paga campanhas políticas, apoios e votos, como também para quitar nossas dividas particulares, desde que estejamos ungidos pelas divindades de plantão. Assim como não há mais fronteira entre o certo e o errado, entre o falso e o verdadeiro, entre o bem e o mal, impera a pasmaceira, pois os valores estão relativizados, a lei também foi relativizada. Basta verificar nos jornais de ontem a postura apática da polícia, como meros espectadores, enquanto integrantes do MST saqueavam caminhões em uma rodovia de Alagoas. Talvez venhamos a culpar Einstein pela Teoria da Relatividade, pois tudo ficou relativo, não há mais critério absoluto. Lei e Ordem, já não se sabe muito bem seus significados. A anomia é, por certo, absoluta. MARCO AURELIO SPROVIERI, PRESIDENTE DO SINCOLETRICO MSPROVIERI@SINCOELETRICO.COM.BR

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À sombra do presidente

Evaristo Sá/AFP

Três poderosas siglas (PF, CEF e STF) foram acionadas para enfrentar a denúncia de Francenildo Costa. Quem articulou o comando da operação no topo do poder?

oram, ao menos, de três ordens e originadas de duas frentes de comando no Poder Executivo e uma no Poder Judiciário, as agressões ao caseiro da mansão da Republiqueta de Ribeirão Preto, na tentativa de, por intimidação, salvar a cara do ex-ministro da Fazenda. No Executivo, identificam-se a frente bancária e a frente policial. A cadeia de comando da frente bancária, envolvendo a quebra de sigilo ocorrida na Caixa Econônica Federal, mostra-se evidente. Basta inverter o fluxo ascendente do extrato bancário violado e encontraremos o ex-ministro agora decapita-

F

do no topo aparente do comando. Na frente policial, onde se deu a tentativa de transformar em acusado o acusador, com a abertura em tempo-relâmpago da investigação, de onde teria vindo o comando? Salvo em seus últimos dias, o já não todo-podereso e agonizante ex-ministro da Fazenda detivesse poderes também sobre os policiais, é evidente a probabilidade de que a cadeia de comando na esfera da Polícia Federal tenha tido início no Ministério da Justiça, presidido por antigo defensor de direitos humanos. E no Judiciário, de onde se originou a primeira agressão, repre-

DEU

O cientista político Murillo Aragão enumerou em seu plog (Political Blog) os espaços vazios criados nos planos de Lula com a saída de Antonio Palocci .

G Seria possível pressupor uma cadeia de comando superior? Infelizmente, sim

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

sentada pela proibição do depoimento do caseiro no Legislativo, dada a forma independente do julgamento de liminares, a identidade e a posição do ínclito ministro do Supremo Tribunal Federal que desferiu o "cala a boca", seria possível pressupor articulação com cadeia de comando superior? Infelizmente parece que sim, pois as decisões desta corte quando se mostram desvinculadas do interesse do Executivo parecem não mais do que exceções necessárias para manter as aparências ao meio de um jogo de cart a s m a rc a d a s , o n d e predomina aviltante subordinação ao Exe-

cutivo e a interesses políticos explícitos ou inconfessados dos magistrados. Mas, se não há primeiro-ministro no País, nem mais um gerentão responsável pel a c o o rd e n a ç ã o d a s ações dos diversos min i s t é r i o s e p o d e re s amigos, quem exerceria o comando coordenado de ministérios diferentes e articulações interpoderes com este nível de orquestração, hoje neste governo? Um homem no topo de todos, uma mulher que mandaria em todos, ou um outro grupo de homens e mulheres de que ainda não tivemos notícia? LUIZ DE BARROS L.F.BARROS@TERRA.COM.BR

Um peso adicional para a campanha de Lula

NO

BLOG

G Um homem no topo de todos, uma mulher que mandaria em todos, ou um outro grupo de homens e mulheres de que ainda não tivemos notícia?

saída de Antonio Palocci do governo é um duro golpe para Lula. Mais um na seqüência de quedas dos seus

A

WWW.MURILLODEARAGAO. BLOGGER.COM.BR/

Joel Rodrigues/Futura Press

homens de confiança. Sem Palocci, Lula fica pessoalmente enfraquecido. E a saída de Palocci terá repercussões diretas na campanha eleitoral: 1-A opção por Guido Mantega não foi a ideal para o mercado financeiro e por isso poderá causar alguma turbulência. Exigirá um esforço

adicional para estabilizar as expectativas. 2-A segunda repercussão refere-se ao desempenho de Guido Mantega no ministério. Conseguirá ele manter a equipe econômica blindada? 3-Palocci poderia ter grande influência tanto no programa quanto na relação de Lula com o

empresariado. Sua saída pode significar, por exemplo, a morte de uma nova Carta aos Brasileiros, documento que ajudou a acalmar a economia do País. A soma das repercussões vai representar um peso adicional para a campanha, agravando o quadro de escassez de pessoas

centradas e ideologicamente equilibradas. Palocci foi o guardião da política fiscal. Tudo está sendo atentamente acompanhado e um mau passo significará a volta da desconfiança no quadro econômico do Brasil. Ainda que em doses homeopáticas.

os países economicamente mais livres, a participação do governo no total do consumo é relativamente pequena ou está caindo. Quanto maior ela for, maior o espaço para as decisões coletivas (do governo) e menor o espaço para as decisões individuais (de cada um de nós). Para os países citados, a média do período 1980-2003 pouco variou, passando de 20,3% para 19,6% do PIB. No nosso caso, no entanto, o percentual subiu de 11,6% para 26%: um aumento de 14 pontos percentuais! Conhecendo esse número não deve nos surpreender que justamente as décadas de 80 e 90 são as nossas "décadas perdidas"; e, se nada mudar, vamos continuar perdendo décadas. O percentual de transferências e subsídios também diz quem decide sobre os gastos: o governo ou os indivíduos. Para a média dos países citados (excluído o Brasil), o percentual se reduziu de 13,3% para 12,7% (queda pequena de 0,6%). No

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ROBERTO FENDT A FALTA QUE FAZ A LIBERDADE ECONÔMICA oncordo com todos os que apontam os altos juros como responsáveis pelo nosso medíocre desempenho econômico. Juros altos afetam negativamente as decisões de investimento e limitam as decisões de compra de bens duráveis pelos consumidores. Os juros básicos, que determinam toda a estrutura de juros da economia, são fixados pelo governo (Banco Central). Mas o governo não se limita a fixar juros; na verdade, o governo afeta também diversas outras áreas, ao sobrepor decisões coletivas (as dele) ao que deveriam ser decisões individuais no mercado (as nossas); ao tributar uns (nós) para subsidiar outros (os felizardos amigos do rei); e ao dirigir a produção (através de empresas estatais) e o investimento público, deslocando o investimento produtivo privado. O que falta é liberdade econômica, inclusive para fixar no mercado os juros. Inúmeros estudos mostram que há uma correlação estreita entre liberdade econômica e crescimento. No estudo do Fraser Institute, do Canadá, por exemplo, os países situados entre os 20% mais livres tiveram em 2003 uma renda per capita anual superior a US$ 25 mil; a renda per capita anual dos 20% menos livres foi inferior a US$ 2,5 mil. A renda per capita dos 10% mais pobres nos países mais livres foi de US$ 6.500 anuais, versus US$ 1.200 nos países menos livres.

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omei uma amostra de países do primeiro grupo – Estados Unidos, Nova Zelândia, Grã Bretanha e Irlanda – para comparar com Argentina, Chile e Brasil. Com a exceção dos Estados Unidos, que em 1980 eram, de acordo com o estudo o 4º país mais livre e em 2003 eram o 3º, os demais tiveram mudanças substanciais em suas posições. A Nova Zelândia subiu de 21º para 3º, junto com os EUA; a Grã Bretanha passou de 21º para 6º; a Irlanda, de 21º para 8º; e o Chile, de 55º para 20º. Brasil e Argentina pioraram: a Argentina passou de 86º para 94º e o Brasil de 82º para 88º.

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Há uma correlação estreita entre liberdade econômica e crescimento. Se nada mudar, vamos continuar perdendo décadas. Brasil, as transferências e subsídios subiram 2,9 pontos percentuais (de 12,4% para 15,3%). Finalmente, no tocante à participação do governo na produção (via empresas estatais) e no investimento, o Brasil fez bonito: o percentual caiu de 49,2% para 13,8% (queda de 35,4 pontos percentuais) – a maior queda entre os oito países na amostra. Contudo, esse resultado só é bom em parte: o governo parou de investir, concentrando-se em girar sua dívida. Com esse diagnóstico simples dá para aviar uma receita de retomada do crescimento: reduzir o tamanho do Estado e racionalizar os gastos, fazendo com que o governo se concentre naquilo que é sua missão – assegurar o Estado de Direito, garantir a segurança contra a agressão externa e manter a segurança interna. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

1 Eu não pretendo trocar toda a equipe da Fazenda. Guido Mantega

PRESIDENTE ELOGIA ANTONIO PALOCCI E LEMBRA QUE NÃO EXISTE MÁGICA EM ECONOMIA

MANTEGA ASSUME COM BENÇÃO DE LULA Gustavo Miranda/Ag. O Globo

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p re s i d e n t e L u i z acertada que já se fez no País". O novo ministro da Fazenda Inácio Lula da Silv a d i s s e o n t e m também observou que Brasil que, quando dei- nunca esteve tão sólido para xar o governo, entregará ao po- enfrentar turbulências e disse vo um Brasil "infinitamente não acreditar na ocorrência de melhor" do que aquele que re- uma crise externa. Perguntado sobre declaracebeu quando assumiu a Presidência da República. A decla- ção que havia dado quando ração foi feita depois de dar presidia o Banco Nacional de posse, no Palácio do Planalto, Desenvolvimento Econômico ao novo ministro da Fazenda, e Social (BNDES), afirmando Guido Mantega, nomeado pa- que o Banco Central "errou a mão nos juros", Mantega recora substituir Antonio Palocci. O presidente disse a Mante- nheceu que criticou a política ga que "não existe mágica em monetária. Contudo, admitiu economia" e lembrou que essa que "não é fácil acertar a dose frase foi a mesma que disse a dos juros". Além disso, afirmou que "isso (o Palocci no comejuro alto) já está ço de seu goversendo corrigino. "Eu não tedo" com as quenho dúvida nedas da Selic. nhuma de que O ministro você está, não só afirmou que o qualificado para ano eleitoral não fazer o que o Painfluirá no trabalocci fez, como lho do Ministéestá qualificado rio da Fazenda, com o aprendimas isso "não zado que todos impede que se nós tivemos com Eu não tenho dúvida dialogue e que se Palocci, de fazer nenhuma de que você troquem idéias mais e melhor", está qualificado com o sobre juros". afirmou Lula, ao Ele também destacar a esco- aprendizado que lha de Mantega todos nós tivemos com i n d i c o u q u e manterá, ao mepara a pasta da o Palocci, de fazer nos por enquanFazenda. mais e melhor. to, a equipe de Depois de elogiar o trabalho Luiz Inácio Lula da Silva seu antecessor. As únicas excede Palocci na condução da política econômi- ções serão o secretário-execuca do governo, Lula lembrou tivo, Murilo Portugal, que peao novo ministro que, se ele diu demissão em caráter irrecontinuar fazendo o que preci- vogável já na segunda-feira, e sa ser feito, "mostrando serie- o secretário do Tesouro Nadade, sem oferecer para socie- cional, Joaquim Levy, que codade nenhum milagre", o re- municou sua saída para assusultado poderá ser um cresci- mir a vice-presidência de Fim e n t o a c i m a d o q u e f o i nanças e Administração do conquistado até agora, ao lon- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). go de tantos anos. Mantega informou que o no"Eu quero te dizer, Guido, que na hora em que as coisas vo secretário-executivo do estiverem indo bem, você não Banco Central, que vai substiprecisa nem pedir audiência tuir Murilo Portugal, será escomigo. Na hora em que pre- colhido em 24 horas. Ele disse, ainda, que pediu cisar tomar alguma atitude que implique enfrentamentos aos demais secretários que perpolíticos, que implique posi- maneçam em seus cargos até ções que possam parecer du- poder conversar pessoalmente ras para alguns, você não te- com cada um. Mas escorregou nha dúvida de que nós toma- ao lembrar que, ao assumir o remos a posição sem vacilar", Planejamento, em 2003, mudou toda a equipe do ministéressaltou o presidente. Tudo igual – Já na condição rio e que também fez isso ao de ministro, Mantega afirmou sentar-se na cadeira de presique não há razão para nervo- dente do BNDES, no final de sismo no mercado financeiro. novembro de 2004. Ao dar-se Entre outros motivos, porque conta do ato falho, remendou: não haverá mudanças na polí- "Eu não pretendo trocar toda a tica econômica, que é "a mais equipe da Fazenda". (Agências)

Idéias do novo ministro preocupam mercado

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uido Mantega, substituto de Palocci no Ministério da Fazenda e antigo chefe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deixou muitos investidores apreensivos. A principal dúvida é se o novo ministro vai manter as atuais políticas monetária e fiscal, resistindo a pressões por medidas mais populistas em ano de eleição presidencial. Em razão do clima de incerteza, o banco JP Morgan reduziu ontem a recomendação sobre os títulos da dívida brasileira, da categoria overweight para a neutral, fato esse que acabou favorecendo os bônus da Rússia. O banco também aconselhou os investidores a venderem reais, para embolsar lucros aproveitando a alta da moeda brasileira para perto do maior nível em cinco anos. Já a agência de classificação de risco Fitch considerou importante que o novo ministro da Fazenda mantenha a meta de superávit primário do setor

público em 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), estipulada pelo antecessor, se desejar que a classificação de risco do País obtenha elevação. "Manter a meta de superávit primário do governo em 4,25% do PIB, apesar de o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ter deixado o cargo, será importante para assegurar que a contenção fiscal continue no Brasil, um dos alicerces das melhorias no crédito nos anos mais recentes", informou a Fitch em um comunicado. O superávit primário é visto como um medidor da capacidade do País de pagar suas dívidas. Ontem, o governo brasileiro informou superávit primário nos 12 meses até fevereiro de 4,38% do PIB, comparado aos 4,37% do período até janeiro. "A continuidade de políticas macroeconômicas sólidas é condição chave para a melhora da avaliação soberana de uma economia emergente como o Brasil", disse Roger Scher, diretor de ratings da agência para a América Latina. (Agências)

Lula fez elogios ao ministro que sai e disse acreditar plenamente na seriedade de Guido Mantega, que assume o Ministério da Fazenda

Governo faz operação "Segura Meirelles" Ueslei Marcelino/Folha Imagem

governo desencadeou ontem uma operação "Segura Meirelles", depois que o presidente do Banco Central (BC) manifestou descontentamento com declarações do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro disse que a permanência de Henrique Meirelles no governo era uma decisão a ser tomada pelo presidente Lula. Depois que os "bombeiros" entraram em ação para debelar o princípio de crise, ficou acertado que, daqui para a frente, Meirelles se reportará diretamente ao presidente Lula, da mesma forma como ocorre com os ministros de Estado. O presidente do Banco Central tinha uma ligação direta com o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Era com ele que tratava os assuntos da área econômica e da política monetária. Pode-se dizer que, pela primeira vez, a medida provisória que deu status de ministro ao presidente do Banco Central está sendo utilizada não para proteger seu dirigente de problemas judi-

O

Analistas estimam queda moderada da TJLP

A

retórica do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Guido Mantega em favor de uma queda rápida da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) não deverá ser posta em prática na primeira reunião de que participará como ministro da Fazenda, quinta-feira, no Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, ele tem de emitir vários sinais nos próximos dias para desfazer dúvidas sobre sua convicção de que a política monetária é autônoma e não há espaço para "generosidade com a TJLP". Na semana passada, o novo ministro da Fazenda havia dito que a TJLP poderia cair dos atuais 9% para 7%. Para Mailson, contudo, não deverá haver uma "queda substancial" da taxa, mas um ritmo de redução como já vinha ocorrend o . N a ú l t i m a re u n i ã o d o CMN, a TJLP foi reduzida de 9,75% para 9%. A taxa é usada como referência nos financiamentos do BNDES. (AE)

Henrique Meirelles deverá se reportar diretamente ao presidente Lula

ciais, mas para fixar a linha divisória na atuação do BC e do Ministério da Fazenda. Ontem, depois de ter conversado com o presidente Lula, Meirelles disse que não se coloca a questão sobre se ele ficará ou não na presidência do BC. "Essa questão não se coloca", repetiu várias vezes. "Estive com o presidente da República, que reafirmou mais uma vez a autonomia do Banco Central. O importante é que a inflação possa convergir para a

meta, de acordo com as determinações do Conselho Monetário Nacional (CMN)." Em entrevista no Planalto, Meirelles disse que deu os parabéns ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Manifestei a minha satisfação de ter agora a oportunidade de voltarmos a ser colegas e trabalharmos juntos. A experiência que tivemos foi produtiva", disse, referindo-se ao período em que Mantega foi ministro do Planejamento.

Um dos principais "bombeiros" foi o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). A ação de Mercadante foi ajudada pelo fato de ter sido ele quem convidou pessoalmente Meirelles, ainda em dezembro de 2002, para fazer parte do governo Lula. "A chance de Meirelles sair do governo é zero", garantiu Mercadante. "Tem gente mal-informada e mal-intencionada que está divulgando versões fantasiosas para especular no mercado", afirmou. "O presidente garantiu que Meirelles fica." Ninguém confirma ou desmente modificações na diretoria do BC. É fato, porém, que alguns diretores se sentem pouco à vontade para enfrentar a pressão por uma queda na Selic em velocidade maior do que a desejada pelo colegiado para garantir a meta de inflação de 4,5% para este ano. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 9

FATO RELEVANTE

MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, CEP 04578-000 - São Paulo - SP COMPANHIA ABERTA - CNPJ/MF nº 59.105.999/0001-86

EMPRESA BRASILEIRA DE COMPRESSORES S.A. - EMBRACO Rua Rui Barbosa, 1020 - Joinville, SC COMPANHIA ABERTA - CNPJ/MF nº 84.720.630/0001-20

FATO RELEVANTE Empresa Brasileira de Compressores S.A. - Embraco (“Embraco”) e Multibrás S.A. Eletrodomésticos (“Multibrás” e, em conjunto com a Embraco, as “Companhias”), na forma e para os fins das Instruções CVM nº 319/99 e 358/02, informam a seus acionistas e ao mercado em geral que, nesta data, foi aprovada pelos seus respectivos Conselhos de Administração uma proposta de reorganização societária (a “Reorganização”), a ser submetida à deliberação das assembléias gerais dos acionistas das Companhias, de acordo com os termos e condições descritos a seguir. 1. SUMÁRIO DA OPERAÇÃO 1.1. A Reorganização proposta compreende a integração das operações das Companhias em uma única pessoa jurídica, com o objetivo estratégico central de fortalecer as bases de sustentação de seus negócios, o crescimento de suas atividades, e a ampliação das suas capacidades de financiamento, com a manutenção da independência e das especificidades e peculiaridades de cada Unidade de Negócio (conforme item 1.2 abaixo). 1.2. Serão mantidas as competências específicas e modelos de gestão das Companhias com a criação de duas unidades de negócio independentes: (i) unidade de negócio de Compressores e Soluções de Refrigeração Embraco, que corresponderá às atividades atualmente desenvolvidas pela Embraco (a “Unidade Embraco”), e operará as marcas Embraco, Aspera e EECON, entre outras, e (ii) unidade de negócio de Eletrodomésticos Multibrás, que operará as marcas Brastemp e Consul, entre outras (a “Unidade Multibrás”) (a Unidade Embraco e a Unidade Multibrás, em conjunto, as “Unidades de Negócio” e, cada qual, a “Unidade de Negócio”). 1.3. Serão adotados procedimentos formais para a segregação de informações confidenciais e de atividades de cada Unidade de Negócio, a serem auditadas por entidade externa independente (pesquisa e desenvolvimento, política comercial, entre outras). 1.4. A Reorganização compreende a incorporação da Embraco pela Multibrás, com base nos artigos 224, 225, 227 e 264 da Lei nº 6.404/76, nos termos de Protocolo de Incorporação e Justificação (“Protocolo”), firmado nesta data pelas administrações da Embraco e da Multibrás, bem como a alteração da denominação da Multibrás para Whirlpool S.A. e a adaptação do estatuto para contemplar as duas Unidades de Negócio independentes (a Multibrás com essa nova configuração é também designada neste fato relevante como “Whirlpool S.A.”). 2. OBJETIVOS E JUSTIFICAÇÃO DA PROPOSTA 2.1. As administrações das Companhias aprovaram a proposta de Reorganização, nos termos do Protocolo, por entenderem que a operação resultará nos seguintes benefícios para as Companhias e seus respectivos acionistas: Para as Companhias: (a) aumento da eficiência nas operações, especialmente no âmbito financeiro e fiscal, com a centralização em uma única pessoa jurídica - a Whirlpool S.A. As Unidades de Negócio manterão as competências, estruturas específicas e modelos de gestão independentes adotadas atualmente por cada uma das Companhias que as originarem; (b) fortalecimento das bases de sustentação de seus negócios, através do crescimento de suas atividades e a maior capacidade de negócios e oportunidades, com a manutenção e valorização das suas marcas principais - Embraco, Aspera e EECON, na Unidade Embraco, e Brastemp e Consul, na Unidade Multibrás; (c) fortalecimento dos seus desempenhos financeiros e otimização do acesso a capitais, alcançando melhores níveis de competitividade e produtividade, tendo em vista a crescente globalização da atividade empresarial; (d) otimização dos custos administrativos com a concentração das atividades das empresas sob uma única companhia aberta, a Whirlpool S.A. (publicações legais, relatórios, entre outros); Para os acionistas: (e) alinhamento dos interesses dos acionistas de ambas as Companhias em uma única pessoa jurídica - a Whirlpool S.A.; (f) participação em companhia fortalecida, que propiciará maior acesso ao mercado financeiro e aprimoramento dos atuais padrões de governança corporativa; e (g) manutenção da mesma espécie de ações e dos direitos através de uma companhia com maior escala. 3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL APÓS A REORGANIZAÇÃO 3.1. A estrutura organizacional da Multibrás com a designação de Whirlpool S.A. refletirá as Unidades de Negócio, através de estruturas funcionais distintas e independentes que se reportarão ao Diretor Presidente. 3.2. A Whirlpool S.A. terá também um Conselho Consultivo, que auxiliará a Administração nas suas atividades, analisando, em separado, em reuniões específicas, os negócios da Unidade Embraco e da Unidade Multibrás. 3.3. O Conselho de Administração supervisionará as atividades de ambas Unidades de Negócio. 3.4. Serão adotados procedimentos e políticas formais de segregação das atividades das Unidades de Negócio na Whirlpool S.A., que deverão ser aprovados pelo Conselho Consultivo, de forma a assegurar a preservação de informações confidenciais de cada Unidade de Negócio pelos seus respectivos administradores, conforme mencionado no item 1.3. acima. 4. APROVAÇÕES SOCIETÁRIAS 4.1. Nesta data, o Conselho de Administração da Embraco aprovou a Reorganização, conforme proposta da Diretoria, e a celebração do Protocolo. Adicionalmente, nesta data, o Conselho Fiscal da Embraco, após análise da operação, pronunciou-se favoravelmente à Reorganização e aos documentos a ela relacionados, conforme proposta da Diretoria. Conseqüentemente, o Conselho de Administração da Embraco determinou a convocação de assembléia geral para deliberar sobre a Reorganização e os respectivos documentos. 4.2. Da mesma forma, o Conselho de Administração da Multibrás aprovou, nesta data, a Reorganização, conforme proposta de sua Diretoria, e a celebração do Protocolo. Dessa forma, o Conselho de Administração da Multibrás também decidiu submeter a Reorganização e os documentos relativos à operação à deliberação da Assembléia Geral de Acionistas da Multibrás, determinando a convocação de assembléia geral para tanto. 4.3. As assembléias gerais ordinárias, para deliberar sobre as demonstrações financeiras e apreciar os demais itens ordinários nos termos do artigo 132 da Lei 6.404/76, e extraordinárias, para apreciar a proposta da Reorganização, ocorrerão, respectivamente, nos dias 27 e 28 de abril, nas sedes da Embraco e da Multibrás, respectivamente, conforme editais de convocação a serem publicados em 29 de março de 2006. 5. CAPITAL SOCIAL DA EMBRACO E DA MULTIBRÁS 5.1. O capital social da Embraco, totalmente integralizado, é de R$ 400.000.000,00, dividido em 664.727.025 ações, sendo 465.924.500 ações ordinárias e 198.802.525 ações preferenciais, todas escriturais e sem valor nominal. 5.2. Por sua vez, o capital social da Multibrás, totalmente integralizado, é de R$ 825.000.000,00, dividido em 1.255.520.259 ações, sendo 862.404.309 ações ordinárias e 393.115.950 ações preferenciais, todas escriturais e sem valor nominal. 5.3. As ações da Embraco serão canceladas em decorrência da Reorganização. As ações da Embraco detidas pela Multibrás serão extintas e substituídas pelo acervo líquido proporcional da Embraco. As ações detidas pelos demais acionistas da Embraco serão substituídas por ações ordinárias ou preferenciais de emissão da Multibrás, mantida a mesma espécie de ação atualmente detida pelos acionistas da Embraco, nos termos da relação de substituição informada na Seção 6 deste Fato Relevante. 6. AVALIAÇÕES E RELAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO (i) Avaliação pelo Valor Patrimonial Contábil 6.1. O aumento de capital da Multibrás, a ser realizado em decorrência da Reorganização, nos termos da Seção 7 abaixo, será feito com base em Laudo de Avaliação Contábil da Embraco, datado de 24 de março de 2006 pela Directa Auditores, com sede na Rua Vergueiro, 2016 - 8º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11.245.719/0001-09 (“Directa”), especialmente contratada para tanto. A avaliação conduzida pela Directa foi efetuada pelo critério contábil de apuração do valor do patrimônio líquido da Embraco, tendo como base os elementos constantes do seu balanço patrimonial levantado em 28 de fevereiro de 2006, auditado pela Directa. De acordo com o laudo da avaliação contábil, o valor do patrimônio líquido da Embraco, em 28 de fevereiro de 2006, era de R$ 814.283.082,00. (ii) Avaliação pelo Valor Econômico-Financeiro 6.2. A fim de dar suporte ao processo de determinação da relação de substituição das ações da Embraco por ações da Multibrás, as administrações das Companhias contrataram o Banco Itaú BBA S.A., com sede na Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3.400, 4º andar (“Itaú BBA”), para elaborar análise econômico-financeira da Embraco e da Multibrás na data-base de 28 de fevereiro de 2006 (“Análise Financeira”), datada de 24 de março de 2006. 6.3. As administrações das Companhias entendem que, dentre os diversos critérios de avaliação disponíveis, o método de avaliação do valor econômico pelo fluxo de caixa descontado é o que melhor reflete o valor da Embraco e da Multibrás. Utilizando o ponto médio da faixa de valores apurada pelo Itaú BBA, encontra-se a relação de substituição de 1 ação ordinária da Embraco para 1,15081832 ações ordinárias da Multibrás, e 1 ação preferencial da Embraco para 1,15081832 ações preferenciais da Multibrás, mantida portanto a mesma espécie de ação detida pelos atuais acionistas da Embraco, conforme demonstrado no quadro abaixo: Embraco

Multibrás

Avaliação apurada pelo valor econômico-financeiro (em milhares de reais)

Relação de Substituição - Valor Econômico-Financeiro

R$ 1.664.825,00

R$ 2.732.387,00

Número de ações que compõem o capital social

664.727.025

1.255.520.259

Relação de substituição das ações ordinárias pelo valor econômico-financeiro

1 ação ordinária da Embraco para 1,15081832 ações ordinárias da Multibrás

Relação de substituição das ações preferenciais pelo valor econômico-financeiro

1 ação preferencial da Embraco para 1,15081832 ações preferenciais da Multibrás

6.4. No caso de, em virtude da relação de substituição, os acionistas da Embraco fazerem jus a uma fração de ação da Multibrás, será pago a tais acionistas, pro rata às suas respectivas frações, o valor líquido a preços de mercado das frações agrupadas, apurado em leilão (ou leilões, se for o caso), a ser(em) realizado(s) na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. Referido pagamento aos acionistas da Embraco será efetuado no prazo de até 5 (cinco) dias úteis a contar da data da realização do último leilão. (iii) Avaliação pelo Valor Patrimonial a Preços de Mercado 6.5. Em atendimento ao disposto no artigo 264 da Lei nº 6.404/76, as avaliações dos patrimônios líquidos a preços de mercado da Embraco e da Multibrás, para fins de comparação dos cálculos das relações de substituição das ações da Embraco por ações da Multibrás, foram realizadas pela MAP Auditores Independentes, com sede na Av. Paulista, nº 2.073 - Horsa 1 - 20º andar - cj. 2.011, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02.878.522/0001-16, conforme laudos datados de 24 de março de 2006. Referidas avaliações foram realizadas segundo os mesmos critérios e na mesma data-base (28 de fevereiro de 2006), tomando por base as demonstrações financeiras auditadas da Embraco e da Multibrás, e resultaram nos seguintes valores: Relação de Substituição - Patrimônio Líquido a Mercado Patrimônio Líquido a preços de mercado (em milhares de reais) Número de ações que compõem o capital social

Embraco

Multibrás

R$ 1.295.762,00

R$ 2.182.480,00

664.727.025

1.255.520.259

Relação de substituição das ações ordinárias pelo critério de PL a preços de mercado

1 ação ordinária da Embraco para 1,12138658 ações ordinárias da Multibrás

Relação de substituição das ações preferenciais pelo critério de PL a preços de mercado

1 ação preferencial da Embraco para 1,12138658 ações preferenciais da Multibrás

6.6. A indicação e a contratação dos avaliadores referidos nesta Seção 6 serão submetidos à aprovação e ratificação das Assembléias Gerais das Companhias a serem convocadas para, dentre outras matérias, deliberar acerca da Reorganização. (iv) Declarações dos Avaliadores 6.7. Os avaliadores referidos nesta Seção 6 declararam que não têm qualquer conflito ou comunhão de interesses, atual ou potencial, com o acionista controlador das Companhias, ou em face de seus acionistas minoritários, ou relativamente às próprias Companhias, seus respectivos sócios, ou no tocante à Reorganização. 7. INCORPORAÇÃO DA EMBRACO E AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL (“INCORPORAÇÃO”) 7.1. A Incorporação se dará por meio da transferência de todo o acervo líquido contábil da Embraco para o patrimônio da Multibrás, avaliado pela Directa com base nas demonstrações financeiras da Embraco de 28 de fevereiro de 2006. As variações patrimoniais ocorridas na Embraco entre a data-base do laudo de avaliação do seu valor contábil e a data das Assembléias Gerais de Acionistas que aprovarem a Incorporação, serão absorvidas pela Multibrás. 7.2. De acordo com o disposto no laudo de avaliação contábil elaborado pela Directa, o patrimônio líquido contábil da Embraco a ser incorporado ao acervo líquido da Multibrás, em 28 de fevereiro de 2006, é de R$ 814.283.082,00, correspondente ao total do patrimônio da Embraco. 7.3. Em decorrência da Incorporação, o capital social da Multibrás será aumentado em R$ 381.264.602,21 correspondente à parcela do patrimônio da Embraco que não é detida pela Multibrás, passando de R$ 825.000.000,00 para R$ 1.206.264.602,21. 7.4. Considerando a relação de substituição proposta no item 6.3 acima, serão emitidas 180.193.699 ações ordinárias e 177.986.210 ações preferenciais da Multibrás, que deverão ser entregues aos acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais da Embraco na proporção de suas respectivas participações. Após a Incorporação, o capital social da Multibrás passará a ser dividido em 1.613.700.168 ações, sendo 1.042.598.008 ações ordinárias e 571.102.160 ações preferenciais, todas escriturais e sem valor nominal. 7.5. A Incorporação é considerada eqüitativa para os acionistas da Embraco e da Multibrás uma vez que a relação de substituição entre as ações das duas empresas foi determinada dentro dos valores das respectivas empresas, com base na Análise Financeira preparada pelo Itaú BBA, uma instituição financeira independente de renome internacional com ampla experiência na elaboração de avaliações econômico-financeiras semelhantes à Análise Financeira. O Itaú BBA entendeu que, neste caso específico, não é relevante a diferenciação entre o valor das espécies das ações (ordinárias e preferenciais), pelo que o tratamento dado às ações ordinárias e preferenciais para fins da determinação da relação de substituição deverá ser equivalente. 7.6. As ações ordinárias ou preferenciais da Multibrás que serão atribuídas aos acionistas detentores de ações ordinárias ou preferenciais da Embraco terão direitos equivalentes aos garantidos atualmente pelas ações ordinárias ou preferenciais da Embraco, respectivamente. As ações ordinárias e preferenciais da Multibrás pertencentes a seu acionista controlador têm os mesmos direitos e características das ações ordinárias e preferenciais detidas pelos acionistas não controladores da Multibrás, e não sofrerão qualquer alteração em suas vantagens políticas ou direitos patrimoniais em decorrência da Incorporação, conforme evidenciado no quadro abaixo: Ações da Embraco antes da Incorporação

Ações a serem emitidas pela Multibrás em decorrência da Incorporação

Cada ação ordinária tem direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral

Cada ação ordinária terá direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral

Ações da Embraco antes da Incorporação

Ações a serem emitidas pela Multibrás em decorrência da Incorporação Nos termos do artigo 5º, §1º do Estatuto Social em vigor da Multibrás, as ações preferenciais, sem direito a voto, terão prioridade, em relação às ações ordinárias, no reembolso do capital em caso de liquidação da Companhia, e terão direito a dividendos no mínimo 10% maiores que os atribuídos às ações ordinárias, tanto no rateio do dividendo mínimo obrigatório de 25%, como na distribuição pela Companhia, a qualquer título, de novas ações bonificadas ou outros quaisquer títulos ou vantagens, inclusive em casos de capitalização de quaisquer reservas ou provisões, e capitalização de lucros remanescentes distribuídos.

Nos termos do artigo 5º, §2º do Estatuto Social da Embraco, as ações preferenciais, sem direito a voto, têm prioridade, em relação às ações ordinárias, no reembolso do capital em caso de liquidação da Companhia, e têm direito a dividendos no mínimo 10% maiores que os atribuídos às ações ordinárias, tanto no rateio do dividendo mínimo obrigatório de 25%, como na distribuição de bonificações remanescentes do lucro social.

7.7. Por força da Incorporação, a Multibrás passará à condição de sucessora a título universal da Embraco, no que tange a todos os seus bens, direitos e obrigações, sem qualquer solução de continuidade. 8. DIREITO DE RECESSO (i) Acionistas da Embraco 8.1. A Incorporação conferirá direito de recesso aos acionistas da Embraco que expressamente se manifestarem neste sentido, sendo que o pagamento do respectivo reembolso dependerá da efetiva consecução da operação, conforme previsto no artigo 230 da Lei nº 6.404/76. 8.2. O recesso será garantido aos acionistas titulares de ações de emissão da Embraco que manifestarem, tempestiva e formalmente, a sua dissensão quanto à proposta de Incorporação. Será considerada tempestiva a manifestação expressa recebida no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de publicação da ata da Assembléia Geral da Embraco que deliberar sobre a Incorporação. 8.3. Considerando que a relação de substituição proposta nos termos o item 6.3 acima é mais vantajosa para os acionistas nãocontroladores (e também para os controladores) do que a relação de substituição tendo por base o valor de patrimônio líquido a preço de mercado, o valor do direito de recesso disponível aos acionistas dissidentes da Embraco que o exercerem será o calculado pelo critério de valor patrimonial contábil, calculado nos termos do art. 45 da Lei nº 6.404/76, correspondente a R$ 1.245,77 por lote de 1.000 ações da Embraco, conforme balanço de 31 de dezembro de 2005 publicado no dia 28 de março de 2006, sujeito à aprovação da Assembléia Geral Ordinária da Embraco. 8.4. Tendo em vista que o valor patrimonial contábil da Embraco conforme balanço datado de 28 de fevereiro de 2006, utilizado na Reorganização, é inferior ao valor do patrimônio líquido contábil da Embraco conforme balanço datado de 31 de dezembro de 2005, será utilizado para fins do pagamento do reembolso aos acionistas dissidentes da Embraco o valor patrimonial contábil de 31 de dezembro de 2005, não cabendo o levantamento de balanço especial da Embraco, nos termos do disposto no § 2º do artigo 45 da Lei nº 6.404/76. 8.5. Nos termos do artigo 137, §1º da Lei nº 6.404/76, o direito de recesso dos acionistas da Embraco dissidentes da deliberação que aprovar a Incorporação estará limitado às ações de que tais acionistas eram titulares até o dia da comunicação deste Fato Relevante, e não poderá ser exercido em relação a ações adquiridas posteriormente. (ii) Acionistas da Multibrás 8.6 A Reorganização conferirá direito de recesso aos acionistas da Multibrás que expressamente manifestarem neste sentido, tempestiva e formalmente, a sua dissensão quanto à proposta de mudança do objeto da Multibrás (conforme item 10.1(b) abaixo). Será considerada tempestiva a manifestação expressa recebida no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de publicação da ata da Assembléia Geral da Multibrás que deliberar sobre a Incorporação. 8.7. O valor do direito de recesso disponível aos acionistas dissidentes da Multibrás que o exercerem será o calculado pelo critério de valor patrimonial contábil, calculado nos termos do art. 45 da Lei nº 6.404/76, correspondente a R$ 1.136,08 por lote de 1.000 ações da Multibrás, conforme balanço de 31 de dezembro de 2005 publicado no dia 28 de março de 2006, sujeito à aprovação da Assembléia Geral Ordinária da Multibrás. 8.8. Nos termos do artigo 137, §1º da Lei nº 6.404/76, o direito de recesso dos acionistas da Multibrás dissidentes da deliberação que aprovar a Incorporação estará limitado às ações de que tais acionistas eram titulares até o dia da comunicação deste Fato Relevante, e não poderá ser exercido em relação a ações adquiridas posteriormente. 9. ALTERAÇÃO DA DENOMINAÇÃO 9.1. Como parte da Reorganização, a Multibrás S.A. Eletrodomésticos deverá ter sua denominação alterada para Whirlpool S.A. 10. PROJETO DE ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS 10.1. A proposta de reforma do Estatuto Social, anexa ao Protocolo a ser submetido à Assembléia Geral da Multibrás que deliberará a implementação da Reorganização, contém, dentre outras propostas, as seguintes: (a) alteração da denominação da sociedade resultante para Whirlpool S.A; (b) mudança no objeto social da Multibrás, para compreender as atividades exercidas pela Embraco; (c) aumento do capital social da Multibrás em decorrência da Incorporação; (d) criação das Unidades de Negócio; (e) alteração na estrutura administrativa para criação dos cargos de Diretor Presidente da Unidade Embraco e Diretor Presidente da Unidade Multibrás, bem como dos Diretores a eles subordinados, nos termos da Seção 3 acima; e (f) instituição de um Conselho Consultivo, formado por membros independentes, para assessorar a Administração da Whirlpool S.A. em suas decisões estratégicas, nos termos do item 3.2 acima. 11. DISPOSIÇÕES GERAIS 11.1. Direito de Reconsideração. As Companhias se reservam o direito de reconsiderar a proposta de Reorganização aqui descrita, na hipótese de o pagamento do reembolso de ações decorrente de pedidos de recesso, formulados por acionistas da Embraco que tiverem tempestivamente manifestado sua dissidência, ponha em risco a estabilidade financeira da empresa, nos termos do § 3º do artigo 137 da Lei nº 6.404/76. 11.2. Dividendos. Os acionistas da Multibrás e da Embraco farão jus aos dividendos ou juros sobre capital próprio declarados pelas respectivas assembléias gerais ordinárias referentes ao exercício encerrado em 31.12.2005. Após a Incorporação, os acionistas da Embraco que receberem ações da Multibrás farão jus aos dividendos ou juros sobre capital próprio referentes ao exercício de 2006, bem como a quaisquer outros dividendos ou distribuições que venham a ser declarados pela Multibrás a partir da data da Incorporação, em igualdade de condições com os acionistas anteriores da Multibrás. 11.3. Arquivamentos e Registros. Aprovada a Reorganização pelos acionistas da Embraco e da Multibrás, competirá à administração da Multibrás promover o arquivamento e publicação de todos os atos atinentes à Reorganização, bem como promover todos os atos necessários à sua formalização. 11.4. Custos. Estima-se que os custos da Reorganização serão de aproximadamente R$ 5.000.000,00, incluídos os custos com avaliação, auditoria, assessoria jurídica, publicações e demais despesas. 11.5. Disponibilização de documentos. Os documentos relativos à Reorganização estarão disponíveis nos websites da CVM (www.cvm.gov.br) e da BOVESPA (www.bovespa.com.br), a partir desta data e nas sedes das Companhias. Os acionistas que desejarem consultar e examinar os documentos nas sedes das Companhias deverão agendar data e horário de visita com os respectivos departamentos de Relações com Investidores da Embraco (telefone (47) 3441-2069) e da Multibrás (telefone (11) 5586-6577).

São Paulo, 28 de março de 2006. MULTIBRÁS S.A. ELETRODOMÉSTICOS João Carlos Costa Brega Diretor de Relação com Investidores

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO OBJETO: Contratação de empresa para Pavimentação Asfáltica da Estrada Vicinal São Pedro - Brotas. MODALIDADE: Tomada de Preço nº 009/2006. PROCESSO: nº 600/2006. ENCERRAMENTO: dia 18 de abril de 2006, às 11:00 horas. ABERTURA: às 15:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP. Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs.: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Eduardo Speranza Modesto - Prefeito Municipal.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO OBJETO: Contratação de empresa para fornecimento parcelado de 1.117,50 m de tubos de concreto classe PA2 com diâmetro seccional de 1.500 mm. MODALIDADE: Tomada de Preço nº 008/2006. PROCESSO: nº 599/2006. ENCERRAMENTO: dia 18 de abril de 2006, às 11:00 horas. ABERTURA: às 14:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP. Outras informações pelo telefone 0xx19-3481-9208. Obs.: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Eduardo Speranza Modesto - Prefeito Municipal.

EMPRESA BRASILEIRA DE COMPRESSORES S.A. - EMBRACO Enrico Zito Diretor de Relação com Investidores

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 28 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: Andreotti e Filhos Ltda. - EPP Reqdo: Ângulo Comércio de Alimentos Ltda. - Rua Maracaí, 76 - 01ª V. Falências Reqte: Embreagex Auto Peças Ltda. - Reqda: Viação Vila Rica Ltda. - Av. Carlos Lacerda, 3007 - 02ª V. Falências Reqte: Semeg Saúde Ltda. - Reqdo: Pires Serviços de Segurança Ltda. - Rua Alfredo Pujol, 1102 - 01ª V. Falências Reqte: Semeg Saúde Ltda. - Reqte: Semeg – Serviços Médicos de Guanabara

Ltda. - Reqdo: Pires Serviços Gerais a Bancos e Empresas Ltda. - Rua Alfredo Pujol, 1102 - 02ª V. Falências Reqte: Fort Invest Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: R & R Comércio de Gêneros Alimentícios Ltda. - ME - Rua Heliópolis, 66 - 02ª V. Falências Reqte: Disbra Diesel – Comércio de Derivados de Petróleo Ltda. - Reqdo: S O S Ambulâncias do Brasil Ltda. Rua Comendador Gil Pinheiro, 512 02ª V. Falências


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Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

A expectativa dos organizadores é de que 12 mil pessoas participem do Teen Fashion.

SHOPPING METRÔ ITAQUERA TERÁ 220 LOJAS

CIDADE VAI GANHAR NO PRÓXIMO ANO MAIS DOIS CENTROS DE COMPRAS: ITAQUERA E TATUAPÉ 2

SHOPPING INVESTE EM METRÔ

o i s n o v o s s h o ppings de Metrô devem ser inaugurados na zona leste no próximo ano: na estação Itaquera, previsto para agosto, e um segundo empreendimento na estação Tatuapé, prometido para abril. Essas paradas recebem, em média, 70 mil pessoas por dia, em geral estudantes e trabalhadores que dependem do transporte público e que pertencem às classes B e C. Esse filão mais popular abraçado pelos empreendimentos no Metrô, junto dos chamados shoppings temáticos, são apostas que ainda encontram público para crescer na capital paulista, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). "Por uma questão de falta de espaço físico, as grandes redes do setor estão seguindo para o interior", diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop. Ontem, o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, iniciou oficialmente as obras do Shopping Metrô Itaquera. O empreendimento ocupará uma área de 120 mil metros quadrados e terá cerca de 220 lojas. Entre os estabelecimentos âncoras estão o hipermercado Extra, Casas Bahia, Marisa, C&A, Besni e nove salas de cinema do grupo espanhol Cinebox. Cerca de 70% do espaço para lojas já foi vendido. O valor do metro quadrado para locação é de R$ 95.

Patrícia Cruz/LUZ

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Cláudio Lembo anunciou construção do Shopping Metrô Itaquera

"Vamos trabalhar com um público potencial de mais de um milhão de pessoas de uma região que vai até Guaianases. Essa demanda pode gerar até R$ 500 milhões ao ano de faturamento", diz Paulo Emílio da Costa, diretor do consórcio que investe no Shopping Metrô Itaquera. Nesse tipo de parceria, o Metrô fica, em média, com 20% do faturamento dos shoppings. O contrato assinado para a exploração do terreno é uma concessão por um prazo de 40 anos. Vencido o período, toda a estrutura dos shoppings poderá ser explorada pelo Metrô. "Hoje, as receitas não-tarifárias já são responsáveis por 5% da arrecadação do Metrô, e devem subir para 6% com os novos shoppings", calcula Reynaldo Dinamarco, gerente de novos negócios da companhia.

Tatuapé – Do Shopping Metrô Tatuapé, o primeiro do gênero inaugurado há nove anos, o Metrô recebe pela concessão da área R$ 420 mil mensais. Com o empreendimento consolidado, e recebendo um público de até 100 mil pessoas nos finais de semana, o grupo que o administra viu espaço para construir o Shopping Metrô Tatuapé 2. "Nossa expectativa é atender a demanda que fica do outro lado da linha, na região da Celso Garcia e Marginal Tietê e, com isso, aumentar nosso fluxo de clientes em 40%", diz Cláudio Voso, gerente de marketing do shopping. Segundo ele, 70% dos visitantes do shopping são usuários do Metrô e dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e possuem idade entre 20 e 30 anos.

Shopping Metrô Tatuapé, o primeiro do gênero, recebe cerca de 100 mil pessoas nos finais de semana Fotos: Divulgação

Sara Khalili (ao lado) é a idealizadora do Teen Fashion. Evento receberá investimentos da ordem de R$ 1 milhão e terá a apresentação de oito grifes do segmento.

Renato Carbonari Ibelli

TEEN FASHION É a vez da moda para os adolescentes inverno ainda nem deu o ar da graça, mas a temporada de moda em São Paulo prossegue com a apresentação das coleções para a próxima estação. Desta vez, uma galera muito especial toma conta do Museu Brasileiro da Escultura (MuBe) a partir de hoje. Em busca de rock, diversão, arte e moda, cerca de 12 mil pessoas, jovens em sua maioria, devem passar, durante três dias, pelo MuBe, palco dos desfiles da terceira edição do Teen Fashion, evento voltado para esse segmento do varejo que movimenta, de acordo com os organizadores, cerca de R$ 10 bilhões ao ano. Criado pela empresária Sara Kalili, a mostra de tendências de vestuário para o público teen já se consolidou no calendário da moda paulista. Apenas na última temporada, em setembro de 2005, recebeu investimentos de R$ 1 milhão e oito marcas do segmento mostraram suas criações. A terceira edição, que tem "Moda e Atitude" como tema, segue até dia 31. Na passarela armada no museu para acolher as coleções de inverno estão confirmadas grifes badaladas, como Herchcovitch Jeans, Spezzato Teen, Puma, Mercearia e Billabong. Mas também tem a cearense Dona Florinda e as capixabas Miss Bella e Bill. Nos looks do outono-inverno 2006, muita sobreposição de jaquetas com camisas, tshirts de mangas longas sob coletes, além de blusões, bermudas e calças desestruturadas. Os jeans, justos ou largos, surgem com várias lavagens e aplicações. Acessórios como óculos, cintos e bonés reforçam o visual da galera. "Serão realizados nove des-

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Grade de desfiles será alinhada com arte, rock, DJs e ações sociais

files, com roupas que já estão no varejo e muitos lançamentos, apresentados a empresários e ao público jovem, que terá direito, ainda, a shows e workshops", adianta Sara. A organizadora também destaca que o evento é uma oportunidade para as empresas que trabalham com produtos para jovens entrarem em contato direto com o públicoalvo. "Ao mesmo tempo, lojistas podem fazer contato com novas marcas e grifes", diz. Pick-up – Toda a grade de desfiles do evento será alinhada com arte, rock e ações sociais. Além da apresentação das coleções, oficinas e lounges prometem conquistar os adolescentes com shows diários de bandas (como As Mercedes) e muito rock nas pick-ups dos DJs Tati e Valentim. Parcerias firmadas com entidades paulistanas, como a ONG Aprendiz, darão aos jovens atendidos a oportunidade de

mostrar o trabalho que fazem com grafite e discotecagem. "Como o Teen Fashion é moda e atitude, nada melhor do que trazer esses garotos para cá, a fim de dividir com outros o que aprenderam durante as oficinas. Os estudantes do projeto estarão ao lado dos DJs contratados, comandando a agitação nos lounges e nas oficinas de grafite, onde ensinarão a arte urbana para o público", afirma Sara. Já com a comunidade de Paraisópolis, a organização desenvolverá oficinas de capacitação para o mercado da moda, com cursos de corte e costura, criação e modelagem. Com patrocínio de O Boticário e SanDisk, o evento tem apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Istituto Europeo di Design e Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer – Coordenadoria da Juventude. João Jacques


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quarta-feira, 29 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

COMUNICADOS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

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FDE AVISA:

FDE AVISA:

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TOMADA DE PREÇOS

TOMADAS DE PREÇOS

TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0496/06/02 - EE Dr. Joaquim Guilherme Moreira Porto – Rua São Vicente de Paulo, 453 - Vila Cantizani - Pirajú/SP - 240 - R$ 41.198,00 – R$ 4.119,00 – 10:30 – 27/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 26/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0389/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - EE Domingos Theodoro de Oliveira Azevedo – Rua Prof. Francisco Antonio Martins, s/nº - Vila Loyola - São João da Boa Vista/SP - 210 - 16,12 - R$ 65.485,00 – R$ 6.548,00 – 09:30 – 20/04/2006. 05/0401/06/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Anne Frank – Rua Guira Acangatara, 27 - Cangaíba - São Paulo/SP - 120 - 273,49 - R$ 44.330,00 – R$ 4.433,00 – 15:00 – 20/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 19/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0393/06/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Dorival Teixeira – Av. 45, 674 - Celina - Barretos/SP - 120 R$ 18.754,00 – R$ 1.875,00 – 10:30 – 20/04/2006. 05/0399/06/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Brig. Gavião Peixoto – Rua Mogeiro, 710 - Perus - São Paulo/SP 120 - R$ 23.832,00 – R$ 2.383,00 – 14:00 – 20/04/2006. 05/0421/06/02 - Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Fabio Faria de Syllos - Av. Brg. Rafael Tobias de Aguiar, s/nº - Jardim Aurélia - Campinas/SP - 90 - R$ 19.328,00 – R$ 1.932,00 – 16:00 – 20/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 19/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: CONCORRÊNCIA N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA – CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0400/06/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - Terreno B. Faz Grande II - Rua 4 c/ Rua 11, s/nº - Fazenda Grande - Jundiaí/SP – 240 - 3.421,44 - R$ 342.874,00 – R$ 34.287,00 – 09:30 – 03/05/2006. 05/0407/06/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador, Construção de ambientes complementares e Reforma - Terreno Jardim Boa Esperança / Maria Peccioli - Rua Cataldo Parriella, s/nº - Jardim Angela - São Paulo/SP - 240 - 4.176,39 - EE Profª Maria Peccioli Giannasi - Rua Cataldo Parriella, 215 - Jardim Angela - São Paulo/SP - 180 (Adequação) / 180 (Reforma de Pequeno Porte) 685,20 - R$ 498.050,00 - R$ 49.805,00 – 10:30 – 03/05/2006. 05/0412/06/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto - Terreno Jardim das Rosas II – Rua Benedito Carlos dos Santos / Av. Deolinda Rosa, s/nº - Jardim das Rosas II - Serrana/SP - 240 - 2.839,09 - R$ 314.005,00 – R$ 31.400,00 – 14:00 – 03/05/2006. 05/0420/06/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - Terreno Jardim América III / Jardim Amércia V – Rua Cafezal / Rua Urai, s/nº - Jardim América II - Várzea Paulista/SP - 240 - 2.940,30 - R$ 329.387,00 – R$ 32.938,00 – 15:00 – 03/05/2006. 05/0442/06/01 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador, Construção de ambientes complementares e Reforma - Terreno Vila Conceição II Av. Dom Pedro, s/nº - Vila Conceição - Diadema/SP – 270 - 3.577,21 - EE Profª Antonieta Borges Alves - Av. Dom Pedro, 365 - Vila Conceição - Diadema/SP – 240 - 743,82 - R$ 532.658,00 – R$ 53.265,00– 16:00 – 03/05/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 02/05/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0277/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Francisco de Paula Vicente de Azevedo – Rua dos Jivaros, 72 - Parque Bologne - Capela do Socorro - São Paulo/SP - EE Prof. Flávio La Selva - Rua Carmello Calli, 240 - Jardim Angela - Capela do Socorro - São Paulo/SP - 90 - R$ 34.872,00– R$ 3.487,00 – 09:30 – 18/04/2006. 05/0278/06/02 - Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Mizuho Abundância – Estrada da Cooperativa, 575 - Alves Dias - São Bernardo do Campo/SP - EE Dr. Baeta Neves - Rua Campinas, 118 - Baeta Neves - São Bernardo do Campo/SP - 90 - R$ 31.219,00 – R$ 3.121,00 – 10:30 – 18/04/2006. 05/0279/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Teotonio Alves Pereira – Rua Arcipreste Ezequias, 734 - Ipiranga - São Paulo/SP - EE Profª Olga Benatti - Rua Ibitirama, 1412 - Vila Bela - Vila Prudente - São Paulo/SP - EE Jor David Nasser - Rua Severiano Cardoso, 280 - Jardim Macedonia - Campo Limpo - São Paulo / SP - 90 - R$ 50.618,00 – R$ 5.061,00 – 14:00 – 18/04/2006. 05/0287/06/02 - Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Dr. José Gonçalves de Andrade Figueira – Rua Fernando Pessoa, 192 - Batistini - São Bernado do Campo/SP - 90 - R$ 15.862,00– R$ 1.586,00 – 15:00 – 18/ 04/2006. 05/0324/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Brigadeiro Tobias – Rua Azevedo Figueiredo, 214 - Brigadeiro Tobias - Sorocaba/SP - EE Antonio Miguel Pereira Junior - Rua Erico Verissimo, 1050 Central Parque - Sorocaba/SP - 90 - R$ 31.632,00 – R$ 3.163,00 – 16:00 – 18/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0491/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - EE/Cel João Cruz / Centro de Linguas – Av. Pref. Paulo Araujo Novaes, 871 - Vila Ayres - Avaré/SP - 240 - 22,89 - R$ 49.931,00 – R$ 4.993,00 – 09:30 – 27/04/2006. 05/0498/06/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - EE Dr. Helio Motta – Rua Canori, 30 - Jardim Olinda - São Paulo/SP - 210 - 349,92 - R$ 94.898,00 – R$ 9.489,00 – 14:00 – 27/04/2006. 05/0505/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - EE Prof. Sebastião Villaca - Av. Pe Brunetti, 933 - Vila Rio Branco - Itapetininga/SP - 210 - 100,56 - R$ 29.579,00 – R$ 2.957,00 – 15:00 – 27/04/2006. 05/0506/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador - EE Dr. Rene de Oliveira Barbosa - Rua Melvin Jones, 52 - Centro - Arujá/SP - 270 - 38,87 - R$ 41.554,00 – R$ 4.155,00 – 16:00 – 27/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 26/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

BALANÇO D.F. VASCONCELLOS S/A ÓPTICA E MECÂNICA DE ALTA PRECISÃO C.N.P.J. nº 61.482.725/0001-58 Senhores Acionistas: A administração da DF Vasconcellos S.A. - OMAP submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da companhia, com o respectivo parecer dos auditores independentes, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005. As Demonstrações Financeiras estão elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas alterações, e com as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. MENSAGEM AOS ACIONISTAS A DF Vasconcellos S.A. - OMAP, em 2005, continuou com sua estratégia de buscar maior valor agregado aos seus produtos, melhorando os índices de satisfação e ampliação na base de seus clientes, tanto no mercado interno como externo.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO O ano de 2005 foi marcado pelo baixo crescimento econômico do País e, conseqüentemente, dos mercados em que a empresa atua. Convivendo com taxas de juros extremamente elevadas, e um real sobre valorizado, criou-se um ambiente interno que não favoreceu a expansão dos investimentos, assim como do consumo e, aumentando a competitividade de produtos importados, reduzindo deste modo os preços no mercado interno, refletindo fortemente no resultado da empresa. No entanto, a DFV apresentou um crescimento de 9,5 % em suas Receitas Líquidas de Vendas, atingindo R$ 18.115 mil, tendo aumentado o volume de mercadorias exportadas (receita em dólar), o que não se refletiu quando expresso em R$, mesmo assim, fazendo com que o Lucro Bruto consolidado subisse 8,4%, comparado ao ano anterior, passando para R$ 7.489 mil.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de Reais) AT IV O

P A S S IV O Controladora 2005 2004

Controladora 2005 2004

Consolidado 2005 2004

CIRCULANTE Disponibilidades 586 91 599 114 Aplicações financeiras 5 196 5 207 Contas a receber de clientes 4.512 4.721 4.974 4.892 Provisão p/ contas de realização duvidosa (626) (580) (703) (630) Estoques 3.735 3.727 3.735 3.727 Créditos de impostos a recuperar 36 58 135 189 Adiantamentos a Fornecedores 309 265 309 265 Outros valores a receber 337 498 395 516 Despesas antecipadas 9 20 9 20 8.903 8.996 9.458 9.300 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Depósitos Judiciais 218 208 229 253 Outros créditos 307 308 307 308 525 516 536 561 PERMANENTE Investimentos em controlada 1.363 1.295 – – Outros investimentos 253 253 253 253 1.616 1.548 253 253 Imobilizado 1.342 1.405 1.972 2.133 Diferido 76 108 76 108 3.034 3.061 2.301 2.494 TOTAL DO ATIVO 12.462 12.573 12.295 12.355

CIRCULANTE Fornecedores 452 Instituições financeiras 1.593 Obrigações fiscais e previdenciárias 3.642 Obrigações empregatícias 801 Provisão para contingências trabalhistas 150 Adiantamento de clientes 738 Outras contas a pagar 117 7.493 EXIGÍVELA LONGO PRAZO Parcelamentos de impostos Partes relacionadas Provisão para contingências fiscais Outras exigibilidades

2.590 303 169 644 3.706

Consolidado 2005 2004

672 1.600 3.333 629 88 517 97 6.936

452 1.784 3.699 826 150 738 117 7.766

672 1.855 3.350 644 88 520 99 7.228

3.108 692 157 643 4.600

2.590 (137) 169 644 3.266

3.108 (61) 157 886 4.090

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 21.911 21.911 21.911 21.911 Adiantamento p/fut.aumento de capital 5.574 1.822 5.574 1.822 Reserva de capital 242 242 242 242 Prejuízos acumulados (26.464) (22.938) (26.464) (22.938) 1.263 1.037 1.263 1.037 TOTAL DO PASSIVO 12.462 12.573 12.295 12.355

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de Reais) Capital Adiantamentos para futuro Reservas de capital social aumento de capital Incentivos fiscais Em 31 de dezembro de 2003 17.703 – 242 Aumento de capital com créditos em conta corrente 4.208 – – Adiantamentos para aumento de capital – 1.822 – Prejuízo líquido do exercício – – – Em 31 de dezembro de 2004 21.911 1.822 242 Adiantamentos para aumento de capital – 3.752 – Prejuízo líquido do exercício – – – Em 31 de dezembro de 2005 21.911 5.574 242

Prejuízos acumulados Total (19.661) (1.716) – 4.208 – 1.822 (3.277) (3.277) (22.938) 1.037 – 3.752 (3.526) (3.526) (26.464) 1.263

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto operacional A empresa tem por objeto social a industrialização e comercialização de instrumentos ópticos e mecânicos de alta precisão, podendo ainda prestar serviços, vender “Know-how” e participar no capital de outras empresas. 2. apresentação das demonstrações contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) e das normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações da D.F. Vasconcellos S/A Óptica e Mecânica de Alta Precisão e de sua controlada DFV Comercial e Industrial Ltda., (99,999% de participação). Para fins de consolidação foram eliminados: • O investimento contra a respectiva participação no patrimônio da controlada. • Os saldos de contas e as operações entre as empresas. 3. Principais práticas contábeis - • As aplicações financeiras são demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data de encerramento dos exercícios. • Os estoques de produtos acabados, em elaboração e os de matérias-primas foram avaliados, respectivamente pelos custos médios de produção e aquisição, os quais não superam os valores de mercado. • A provisão para contas de realização duvidosa foi constituída por montante suficiente para cobrir possíveis perdas na realização das contas a receber. • O investimento em sociedade controlada está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão avaliados pelo custo de aquisição deduzidos de uma provisão no valor de R$ 384 mil para ajustá-los ao preço de mercado. • O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, deduzido das depreciações acumuladas, que são computadas pelo método linear levando-se em consideração a vida útil provável dos bens, às taxas descritas na Nota 6. • O passivo circulante e exigível a longo prazo, são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. 4. Estoques 2005 2004 Produtos acabados 480 709 Produtos de revenda 796 623 Produtos em elaboração 1.560 1.494 Matérias-primas/outras 899 901 3.735 3.727 5. Investimentos Equivalência InvestiPatrimonial mentos ParticiEmpresas Quotas pação 2005 2004 2005 2004 DFV Comercial e Industrial Ltda. 2.386.648 99,9999% 67 (181) 1.363 1.295 Outros investimentos – – 637 637 Provisões p/ ajustes ao valor de mercado – – (384) (384) Total (67) (181) 1.616 1.548 6. Imobilizado Taxa anual de Depreciação depreciação Custo acumulada 2005 2004 Terrenos 119 119 119 Edificações 4% 1.965 (1.469) 496 517 Máquinas e equiptºs 10 - 20% 7.634 (7.062) 572 609 Outras 1.342 (1.187) 155 160 11.060 (9.718) 1.342 1.405

7. Obrigações fiscais e previdenciárias - circulante 2005 2004 Imposto sobre Circulação de Mercadoria – ICMS 1.402 1.211 Programa de Integração Social – PIS 46 43 Contrib. p/ Financiamento de Seguridade Social – COFINS 393 231 Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS 741 709 Parcelamento Especial, Lei 10.684 - PAES(*) 608 563 Outras obrigações fiscais e previdenciárias 452 576 3.642 3.333 (*) Em 30/07/2003, a companhia requereu a exclusão do Refis e a inclusão do seu saldo devedor além de outros impostos e contribuições no Parcelamento Especial, Lei 10.684 - PAES. Nos termos da legislação pertinente, a Sociedade tem a obrigação de permanecer adimplente com relação aos pagamentos dos impostos, contribuições e demais contribuições federais correntes, como condição essencial à manutenção do Parcelamento Especial, Lei 10.684 - PAES. O não cumprimento dessas obrigações acarretará as penalidades previstas em legislação específica. 8. Financiamentos - passivo circulante

Financiamentos bancários Adiantamentos contratos de câmbios

Controladora 2005 2004 – 509 1.593 1.091 1.593 1.600

9. Parcelamentos de impostos - exigível a longo prazo 2005 2004 188 284 – 24 125 – 2.277 2.800 2.590 3.108 (*) Observação mencionada em Obrigações Fiscais e Previdenciárias Circulante. Os saldos do PAES, especificamente relativos à Previdência Social e Receita Federal (R$ 1.751, R$ 349 em 2005), estão em fase de homologação pelos órgãos competentes, com previsão para liquidação até 31/05/ 2018, atualizados pela TJLP. Parcelamento do ICMS Parcelamento Administração Salário Educação Parcelamento Municipal - Refis Parcelamento Especial, Lei 10.684 - PAES (*)

10. Capital social - O capital social, em 31 de dezembro de 2005 está totalmente subscrito e integralizado, esta dividido em 7.171.544.429 ações, sendo 7.148.916.006 ações ordinárias e 22.628.423 ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal. As ações preferenciais não têm direito a voto, mas têm prioridade no reembolso do capital social em caso de dissolução da empresa. Aos acionistas é garantido o dividendo mínimo de 25% sobre o lucro líquido, determinado na forma da legislação em vigor. 11. Adiantamentos para futuro aumento de capital - Refere-se a adiantamentos recebidos de acionistas no montante de R$ 5.574 mil. Destina-se exclusivamente para aumento de capital social, conforme Termos de Compromissos assinados em 31/12/2005. No relatório das Demonstrações Financeiras Padronizadas – DFP foram registrados diretamente no Patrimônio Líquido no sub-título da conta Reservas de Capital em função da limitação do sistema (CVM-WIN). 12. Partes relacionadas - As transações entre as partes relacionadas, referem-se a operações de compras, vendas e de mútuo, com a controlada DFV Comercial e Industrial Ltda, sendo que com as demais, as operações de mútuos, observando as condições usuais de mercado e podem ser resumidas como segue:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Daniel Benasayag Birmann Antonio Marcos Moraes Barros

Frank de Luca Haroldo Zago

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos. Srs. Diretores e Acionistas da D.F. Vasconcellos S.A. Óptica e Mecânica de Alta Precisão São Paulo-S.P. 1) Examinamos os balanços patrimoniais e os balanços patrimoniais consolidados da D.F.Vasconcellos S.A. Óptica e Mecânica de Alta Precisão levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa res-

Consolidado 2005 2004 191 764 1.593 1.091 1.784 1.855

Dando continuidade no programa de redução de custos e ampliação de sua base de clientes, planeja-se para o ano de 2006, aliado a esperada recuperação das taxas cambiais e diminuição das taxas de juros, uma reversão significativa nos resultados da empresa. Com referência a Instrução CVM nº 381/03 de 14 de janeiro de 2003, informamos que nossos auditores independentes prestaram, no exercício de 2005, serviços exclusivamente relacionados com a auditoria independente das demonstrações contábeis. Não foram efetuados por eles serviços de consultoria ou de outra natureza. A Administração da empresa aproveita para agradecer aos clientes e fornecedores pelo apoio recebido e principalmente aos funcionários pela dedicação e comprometimento com os objetivos da empresa. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de Reais) Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Receita bruta de vendas Vendas no mercado interno 14.016 12.468 14.611 12.750 Exportações 7.685 7.020 7.685 7.020 Prestação de serviços 276 405 431 534 Devoluções e impostos sobre vendas (4.406) (3.675) (4.612) (3.762) Receita líquida das vendas 17.571 16.218 18.115 16.542 Custo dos produtos vendidos (10.626) (9.631)(10.626) (9.631) Lucro bruto 6.945 6.587 7.489 6.911 Receitas (despesas) operacionais Vendas (4.937) (4.565) (5.281) (4.820) Gerais e administrativas (3.463) (3.551) (3.577) (3.652) Outras (despesas) receitas operacionais (39) 526 (105) 457 Resultado da equivalência patrimonial 67 (181) – – (8.372) (7.771) (8.963) (8.015) Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro (1.427) (1.184) (1.474) (1.104) Despesas financeiras (1.951) (2.106) (1.891) (2.195) Receitas financeiras (148) (53) (146) (44) Prejuízo operacional (3.526) (3.343) (3.511) (3.343) Receitas (despesas) não operacionais – 66 – 66 Prejuízo do exercício antes do imposto de renda e da contribuicao social (3.526) (3.277) (3.511) (3.277) Imposto de renda e contribuicao social – – (15) – Prejuízo do Exercicio

(3.526) (3.277) (3.526) (3.277)

Lucro (prejuízo) por lote de mil ações do capital social, no fim do exercício

(0,49) (0,46) (0,49) (0,46)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de Reais) Controladora Consolidado ORIGENS 2005 2004 2005 2004 Nas operações sociais Prejuízo do exercício (3.526) (3.277) (3.526) (3.277) (Despesas) receitas que não afetam o capital circulante: Resultado da equivalência patrimonial (67) 181 – – Depreciações e amortizações 229 261 327 359 Variação monetária sobre o longo prazo 34 280 (20) 187 Depósitos/rescisões trabalhistas 2 – 2 – Perdas na venda de ativo imobilizado – 3 – 3 Provisão para perdas em passivos não circulantes 12 – 12 – Dos acionistas Integralização de capital – 4.208 – 4.208 Adiantº p/futuro aumento de capital 3.752 1.822 3.752 1.822 De terceiros Mútuos – 1.335 – 1.335 Parcelamentos de impostos 436 2.824 436 2.824 Redução do realizável a longo prazo – – 35 – TOTAL DAS ORIGENS 872 7.637 1.018 7.461 APLICAÇÕES No realizável a longo prazo Depósitos Judiciais 12 58 13 58 No ativo permanente Imobilizado e diferido 134 453 134 453 Redução ou transferência do exigível a longo prazo 1.376 6.071 1.251 5.779 TOTAL DAS APLICAÇÕES 1.522 6.582 1.398 6.290 AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE (650) 1.055 (380) 1.171 VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE Ativo circulante (93) 215 158 (50) Passivo circulante 557 (840) 538 (1.221) AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE (650) 1.055 (380) 1.171

13. Cobertura de seguros - A política da empresa é manter cobertura de seguros para os bens do imobilizado e estoques sujeitos a riscos, pelos montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da atividade e os próprios produtos. 14. Instrumentos financeiros - Os instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais equivalem aproximadamente ao valor de mercado, que foi estabelecido com base na cotação média praticada nos correspondentes mercados na data de encerramento do exercício. 15. Contingências - Questões diversas envolvendo reclamações trabalhistas e fiscais (principalmente indébitos) estão em litígio na esfera administrativa ou judicial, para as quais foram constituídas provisões para contingências no montante de R$ 319 mil, julgados adequados na opinião dos nossos advogados. Para as demais ações a administração e seus consultores jurídicos estimam como boas as possibilidades de ganho na solução final dos processos. 16. Prejuízos fiscais acumulados - Os prejuízos fiscais e a base negativa de contribuição social montavam, respectivamente: Controladora Controlada 2005 2004 2005 2004 Prejuízos Fiscais 11.423 8.279 1.245 1.273 Base Negativa de Contribuição Social 12.155 8.871 1.257 1.314

Gilberto Alves Barral - Diretor Industrial Carlos Augusto Sanches Ferreira - Diretor Administrativo

ponsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3) Em nossa opinião, as demonstrações contábeis

2004 (61) 753 692

(*) Atualizado pela variação da taxa de CDI. (**) Atualizado pela variação de 50% da taxa de CDI.

DIRETORIA Gabriel Liebesny - Diretor Presidente e de Relações com Investidores

2005 (136) 439 303

Boulder Participações Ltda. (*) DFV Comercial e Industrial Ltda. (**)

Rubens Soares Contador CRC-1SP 130.600/O-0

referidas no parágrafo “1”, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da D.F. Vasconcellos S.A. Óptica e Mecânica de Alta Precisão, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, referentes ao exercício findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de março de 2006. HLB Audilink & Cia. Auditores Rogério Wech Adriano - Contador CRC 2RS003688/O-2 “T” SP CRC 1RS045525/O-3 “T” SP

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares, de sala de aula e reforma de prédio escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – ÁREA – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0563/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Santo Dias da Silva – Rua Alfredo Cortes, 32 – Jardim Guanhembu– São Paulo/ SP – 27,75m² – 210 – R$ 26.836,00 – R$ 2.683,00 – 09:30 – 28/04/2006. 05/0580/06/02 – Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE José Piaulino – Rua Moscou, 13 – Jardim Mulford – Diadema/SP – 270 – R$ 35.564,00 – R$ 3.556,00 – 10:30 – 28/04/2006. 05/0581/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Otávio Ferrari – Rua Mário Prandini, 962 – Jardim Ferrari – Itapeva/SP – 52,37m² – 270 – R$ 62.732,00 – R$ 6.273,00 – 14:00 – 28/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 27/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

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e alguém criasse um museu de pérolas, para revelar a história da jóia, não teria muito o que mostrar em evolução. Há mais de mil anos elas continuam igualmente belas, usadas com o mesmo propósito, o de enfeitar as mulheres do mundo. O único "progresso" é que as voltas dos colares são cada vez mais cobiçadas. Elas conferem bom gosto ao visual em qualquer ambiente, seja em uma festa ou em um escritório. Vem do mar esse acessório que mais encanta as mulheres. São as ostras as produtoras das pérolas. Antigamente, de forma natural: um grão de areia entrava na concha que, para se proteger do corpo estranho, ia jogando nácar (uma substância resistente) nele durante anos, até formar a pérola. Hoje, é feita uma fertilização na ostra: o homem coloca o grão dentro do molusco propositalmente, para produzir a jóia. "A pérola não é um mineral que vem do solo, como as pedras. Ela nasce de um animal e tem uma simbiose com o corpo da mulher, que dá brilho ao colar. O óleo natural da pele deixa as pérolas ainda mais bonitas", diz o embaixador da H.Stern no mundo, Christian Hallot, que complementa: "É uma peça totalmente feminina; alguém já viu homem usar jóia de pérolas?" Segundo ele, o colar mais barato custa aproximadamente R$ 800. O valor do mais caro pode chegar a R$ 200 mil, formado por pérolas cinzas ou negras, maiores do que as tradicionais brancas. "É o sonho de consumo das mulheres. Quem tem, sabe que chegou ao topo. As pérolas nunca saem de moda", ressalta Hallot. Ele explica que todas as misturas de cores e formas são possíveis. "Uma tarefa que pode ser encarada como um desafio." Hallot destaca um colar premiado da H. Stern: o Maria Madalena, com sete fios de pérolas, que custa R$ 6,2 mil. Apesar do preço, há quem ache que as pérolas falsas não são "a mesma coisa". "Quem gosta do adorno, não fica feliz com imitações. O som das peças verdadeiras, no corpo da mulher quando se mexe, é perceptível", explica. No Brasil, não há produção

Nacional Tr i b u t o s Estilo Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

AS PÉROLAS ATUAIS SÃO OBTIDAS POR FERTILIZAÇÃO

Um brinco de pérola com ouro branco pode chegar a custar mais de R$ 500

Divulgação

Clássicas e belas, as pérolas continuam atuais Joalherias misturam essas jóias da natureza a metais e madeira e conquistam as mulheres modernas

teriais, inclusive pedras brasileiras. "É uma linha clássica, que não sai de moda. As mulheres as usam sem precisar de ocasiões especiais", diz. Segundo a especialista, as pérolas são rentáveis, já que são responsáveis por 20% do total do faturamento de sua empresa. Básico "O colarzinho básico está mais versátil há aproximadamente seis anos. Hoje encontramos pérolas coloridas, por exemplo, misturadas a brilhantes e ouro amarelo", diz a joalheira Rosane Magri Levy. "Mas o clássico, como conhecemos há tanto tempo, nunca vai perder espaço." Existem muitas formas de explicar o sucesso das pérolas. Mas o jeito da jornalista e escritora Danuza Leão é um das melhores. "Não há explicação. Adoro pérolas."

de pérolas – 90% delas vêm do Japão. Mas isso não é obstáculo para quem é apaixonada pelo acessório. A especialista em cafés Isabela Raposeiras tem um colar de pérolas quebrado (vai mandar para o conserto, ela promete) e outro que usa de dia, com jeans e camiseta básica, e à noite, com

Bel Pedrosa

A designer Júnia Machado usa pérolas com outros materiais

vestidos longos de festa. Além disso, tem dois brincos: um ganhou quando completou 15 anos; o outro, comprou em razão da combinação de pérola com ouro branco. "A pérola é peça curinga. Uma pena as pessoas limitarem seu uso. Meu sonho agora é ganhar ou comprar um anel

com pérolas de design moderno", afirma Isabela. Mistura fina A especialista em jóias Júnia Machado analisa que apesar de vir do mar, que lembra o verão, a pérola tem cara de inverno. "As peças são sóbrias, mas não há idade certa para usá-las; uma

recém-nascida pode ganhar o par de brincos, de presente da vovó, que não abre mão de usar também", diz Júnia. A especialista, que começou a carreira trabalhando com figurino de novelas, montou uma empresa de jóias e desenvolveu a linha Pérolas e Madeiras, que mistura vários ma-

Clássica e ousada Os colares são encontrados em vários estilos. O mais curto é chamado de gargantilha e costuma ter duas ou três voltas de pérolas, feito sob medida. Os designers recomendam que seja usado por mulheres altas, com pescoço comprido. Já o colar com tamanho entre 35 centímentros a 45 centímetros é bastante tradicional. As voltas – entre uma e três – devem ter o mesmo tamanho ou podem ser em degradè, com a maior volta no centro do colar. A peça chamada de matinè é um pouco maior, entre 50 centímentros e 66 centímetros e fica abaixo do colo da mulher. Segundo os figurinistas e estilistas, são necessários alguns cuidados no uso desse modelo: a sobreposição de itens é vetada – como o colar que "briga" com botões dourados, por exemplo. Uma das maneiras corretas é colocar a peça por dentro do blazer, de forma sóbria e clássica. O colar mais comprido – e considerado por muitos o mais sexy – é o ópera, que tem entre 70 e 80 centímetros, estilo anos 20 (logo abaixo da cintura). Pode ser exibido com uma saia mais curta, em um bar ou danceteria. Ou, para ficar mais descontraído, a mulher pode fazer um nó no meio dele. Mas tem que estar atenta. Na hora de dançar, não pode balançar muito, senão perde o charme. Neide Martingo

Leonardo Rodrigues/Hype

Um brinco antigo...

... da especialista em café Isabela Raposeira, que usa um colar de pérolas durante o dia e à noite

Bel Pedrosa

Modelo de colar com duas voltas, que contém ouro e pérolas

Brinco em pérolas e ouro

Modelo delicado


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

LEGAIS - 9

HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições estatutárias e legislação em vigor, submetemos à apreciação deV.Sas., o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos relativas aos exercícios findo em 31 de dezembro de 2005 e 2004, juntamente com o Parecer dos Auditores Independentes. Carteira de Arrendamentos e Mercado Arrendador O mercado arrendador registrou crescimento de 52,96% no volume de novos negócios, segundo informações da ABEL – Associação Brasileira das Empresas de Leasing, no exercício de 2005 atingindo um montante acumulado de R$ 19,487 bilhões quando comparado com o mesmo período do ano anterior que atingiu o montante de R$ 12,740 bilhões.

A carteira de arrendamento financeiro da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A., alcançou o montante de R$ 430.482 mil, composta por contratos vinculados à variação cambial, certificados de depósitos interfinanceiros e taxas prefixadas, na grande maioria com prazos entre 24 e 36 meses. Fontes de Recursos A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. faz suas captações de recursos diretamente do exterior, tendo como política manter o casamento de prazos e indexadores entre as operações ativas e passivas se utilizando de instrumentos financeiros derivativos. A empresa está estruturada e capitalizada, acreditando no crescimento da economia brasileira. Capital Social e Patrimônio Líquido O Capital Social, no montante de R$ 267.251 mil, composto de 264.508.606 ações

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) ATIVO

PASSIVO

Circulante Disponibilidades Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valores residuais a realizar Valores residuais a balancear Outros créditos Diversos Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Bens não de uso próprio Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valores residuais a realizar Valores residuais a balancear Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Diversos Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos – outros investimentos Imobilizado de arrendamento Bens arrendados Superveniência de depreciações Depreciações acumuladas Diferido Perdas em arrendamento a amortizar Amortizações acumuladas Total do Ativo

2005 28.491 773

2004 53.706 4.168

10.293 10.293 – 9.511 200.196 (190.685) 16.859 (16.859) 7.807 7.807 – 107 66 41 5.053

4.441 3.407 1.034 30.845 220.883 (190.038) 23.033 (23.033) 14.076 14.632 (556) 176 136 40 (1.271)

316 316 (6.500) 278.372 (278.372) 2.201 (2.201)

– – (9.650) 185.326 (185.326) 4.481 (4.481)

(6.500) 11.210 11.213 (3) 27 27 461.858 1 451.810 709.880 57.682 (315.752) 10.047 38.083 (28.036) 495.402

(9.650) 8.311 8.311 – 68 68 368.832 1 343.558 597.056 6.871 (260.369) 25.273 45.715 (20.442) 421.267

Circulante Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no país - outras instituições Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Sociais e estatutárias Dívidas subordinadas Diversas

2005 102.679 51.716 – 51.716 13.372 13.372 37.591 13.199 1.286 1.681 21.425

2004 95.789 57.208 14.418 42.790 4.408 4.408 34.173 14.247 2.257 1.444 16.225

Exigível a longo prazo Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Dívidas subordinadas Diversas

92.704 70.682 70.682 257 257 21.765 14.420 832 6.513

48.757 34.175 34.175 3.437 3.437 11.145 1.718 2.831 6.596

Patrimônio líquido Capital social – de domiciliados no exterior Reserva de lucros Lucros acumulados

300.019 267.251 3.096 29.672

276.721 267.251 1.979 7.491

Total do Passivo

495.402

421.267

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestre findo em 31 de dezembro de 2005 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais)

Saldos em 30 de junho de 2005 Lucro líquido do semestre Destinações: – Reserva legal – Dividendos propostos Saldos em 31 de dezembro de 2005

Capital social 267.251 –

Reserva de lucros Legal 11 –

Lucros (prejuízos) acumulados (27.662) 39.365

Total 239.600 39.365

– – 267.251 –

1.968 – 1.979 –

(1.968) (2.244) 7.491 22.327

– (2.244) 276.721 22.327

– – – 267.251

1.117 – – 3.096

(1.117) (1.273) 2.244 29.672

– (1.273) 2.244 300.019

267.251 –

2.778 –

23.991 6.361

294.020 6.361

– – 267.251

318 – 3.096

(318) (362) 29.672

– (362) 300.019

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O objetivo principal da Instituição é a prática de operações de arrendamento mercantil que são contratadas diretamente com os clientes corporativos da Hewlett Packard Brasil Ltda., por meio do fornecimento de máquinas e equipamentos de informática e soluções tecnológicas e com clientes usuários de microcomputadores e periféricos por meio do canal de distribuição dos produtos HP. Os contratos de arrendamento mercantil são efetuados a taxas prefixadas ou pós-fixadas. As operações com taxas prefixadas ou indexadas a variação dos certificados de depósitos interfinanceiros (CDI) são efetuadas com recursos próprios, e as operações vinculadas à variação cambial com recursos de empréstimos contraídos diretamente no exterior. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas do Banco Central do Brasil e apresentadas em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Rendas de arrendamento mercantil e apuração do resultado As rendas de arrendamento são registradas quando dos vencimentos das parcelas contratuais, conforme determinado pela Portaria MF-140/84, não observando o regime de competência. As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, sendo que as de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas, correspondentes ao período futuro, são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: - títulos para negociação; - títulos disponíveis para venda; - títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e os disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os títulos para negociação estão classificados no ativo circulante, independente do prazo de vencimento. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados para negociação são reconhecidos no resultado do período. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização, através da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações com opções, operações de futuro e operações de “swap” são contabilizados de acordo com os seguintes critérios: - Operações com opções – os prêmios pagos ou recebidos são contabilizados no ativo ou passivo, respectivamente, até o efetivo exercício da opção, e contabilizado como redução ou aumento do custo do direito, pelo efetivo exercício da opção, ou como receita ou despesa no caso de não-exercício; - Operações de futuro – o valor dos ajustes diários é contabilizado em conta de ativo ou passivo e apropriado diariamente como receita ou despesa; - Operações de swap – o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriado como receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço. As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, pelo valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue: - instrumentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” – Em conta de receita ou despesa, no resultado do período; - instrumentos financeiros derivativos considerados como “hedge”– São classificados como “hedge” de risco de mercado ou “hedge” de fluxo de caixa. Os “hedges” de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no resultado do período. Os “hedges” de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de “hedge” são ajustados pelo valor de mercado na data do balanço. c) Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa As operações dearrendamentomercantil sãoclassificadas deacordocomojulgamentoda administraçãoquantoaonívelde risco,levandoemconsideraçãoaconjunturaeconômica,

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Semestre findo em 31 de dezembro de 2005 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação Receitas da intermediação financeira Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações de títulos e valores mobiliários Despesas da intermediação financeira Operações de empréstimos e repasses Operações de arrendamento mercantil Resultado com instrumentos financeiros derivativos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas (despesas) operacionais Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Resultado operacional Resultado não operacional Resultado antes da tributação sobre o lucro Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda Contribuição social Ativo fiscal diferido Lucro líquido do semestre/exercício Lucro por ação – R$

2º Semestre 2005 151.733 151.188

2005 284.447 283.271

Exercícios 2004 317.050 314.869

545 (129.145) (8.780) (114.967)

1.176 (243.288) (11.220) (222.119)

2.181 (260.520) (14.798) (237.621)

(3.989) (1.409) 22.588 (7.136) (6.624) (2.224) 4.667 (2.955) 15.452 (42) 15.410 (9.049) (371) (3.379) (5.299) 6.361

(10.504) 555 41.159 (1.866) (8.059) (3.800) 13.057 (3.064) 39.293 (99) 39.194 (16.867) (1.789) (5.259) (9.819) 22.327

(7.469) (632) 56.530 2.208 (8.481) (3.884) 17.670 (3.097) 58.738 (494) 58.244 (18.879) (10.353) (2.467) (6.059) 39.365

0,02

0,08

0,15

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – Semestre findo em 31 de dezembro de 2005 e exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

Saldos em 31 de dezembro de 2003 Lucro líquido do exercício Destinações: – Reserva legal – Dividendos propostos Saldos em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Destinações: – Reserva legal – Dividendos propostos Reversão dos dividendos de 2004 Saldos em 31 de dezembro de 2005

ordinárias, nominativas, e 1.001 ações preferenciais classe A nominativas, sem valor nominal, está totalmente subscrito e integralizado, sendo seu acionista majoritário a HPFS Brazil Holdings B.V. O Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2005 foi de R$ 300.019 mil. e o lucro do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 foi de R$ 22.327 mil. Agradecimentos Agradecemos aos senhores acionistas e clientes, o apoio, preferência, confiança e suporte recebidos. Aos colaboradores, que corresponderam aos desafios com dedicação e entusiasmo, nosso reconhecimento especial pelo compromisso de juntos termos construído uma empresa que excedeu as expectativas de Clientes e Acionistas. Barueri-SP, 20 de fevereiro de 2006. A Administração

a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantias, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2682, do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis distintos, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo – perda). As rendas das operações vencidas há mais de 60 dias, independente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de arrendamento mercantil que já haviam sido baixadas contra a provisão, e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos. d) Imobilizado de arrendamento Substancialmente representado por equipamentos de informática. A depreciação é calculada pelo método linear, contabilizada mensalmente, com base nos respectivos prazos usuais de vida útil, prazos estes considerados com redução de 30% conforme previsto pela legislação fiscal. e) Imposto e contribuição sobre a renda A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240, e a contribuição social foi constituída à alíquota de 9%, ambos calculados com base no lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões de caráter permanente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos, calculados sobre as adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos – diversos” e a provisão para o imposto de renda diferido sobre a superveniência de depreciação é registrado na rubrica “Outras obrigações – fiscais e previdenciárias”, respectivamente no realizável e exigível a longo prazo. 4. Ajustes nas Operações de Arrendamento Mercantil Os registros contábeis da Instituição são mantidos conforme exigências legais. Os procedimentos adotados e sumariados na nota explicativa nº 3, principalmente os ítens “a)” e “d)”, diferem das práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, principalmente por não adotarem o regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. No sentido de considerar esses efeitos, de acordo com a Circular nº 1.429 do Banco Central do Brasil, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando um ajuste contábil no resultado e o conseqüente aumento ou redução no ativo permanente (superveniência ou insuficiência de depreciação). Este ajuste gerou um débito no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 de R$ 52.121 (superveniência) (R$ 27.042 de insuficiência em 2004). Em decorrência do registro contábil desse ajuste, o lucro líquido e o patrimônio líquido estão apresentados de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, porém as rubricas de ativo e resultado permanecem inadequadamente apresentadas. 5.Títulos e Valores Mobiliários Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a carteira de títulos e valores mobiliários estava classificada como para negociação, sendo composta por aplicações em cotas de fundos de investimento, administrados pelo Banco Itaú S.A. As cotas de fundos de investimento são ajustadas a mercado pelo gestor do fundo de acordo com a composição da carteira. 6.Operações de Arrendamento Mercantil As operações de arrendamento mercantil são contratadas de acordo com a opção feita pelo arrendatário, com cláusulas de atualização pós-fixada ou com taxa de juros prefixada, tendo o arrendatário a opção contratual de compra do bem, renovação do arrendamento ou devolução ao final do contrato. A garantia dos arrendamentos a receber está suportada pelos próprios bens arrendados. O valor dos contratos de arrendamento mercantil financeiros é representado pelo seu respectivo valor presente, apurado com base na taxa interna de cada contrato. Esse valor, em atendimento às normas do Banco Central do Brasil, é apresentado em diversas rubricas patrimoniais, as quais são resumidas a seguir: Adianta- Arrendamentos mento Arrendaa forneoperamento Balanço cedores cional financeiro Operações de arrendamentos a receber 478.568 6.620 25.163 446.785 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (469.057) (169) (24.762) (444.126) Imobilizado de arrendamento 709.880 – 33.215 676.665 Depreciações acumuladas (315.752) – (11.907) (303.845) Superveniência de depreciação 57.682 – – 57.682 Perdas em arrendamentos a amortizar 10.047 – – 10.047 Credores por antecipação do valor residual (Nota 12) (12.726) – – (12.726) Valor presente 458.642 6.451 21.709 430.482 Outros créditos 3 430.485

ORIGENS DOS RECURSOS Resultado ajustado: Lucro líquido do semestre/exercício Depreciações e amortizações Provisão para perdas do ativo permanente Insuficiência (superviniência) de depreciação Recursos de acionistas Reversão de dividendos Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Obrigações por empréstimos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Outros créditos Outros valores e bens Alienação de bens: Imobilizado de arrendamento APLICAÇÕES DE RECURSOS: Dividendos propostos Inversões em: Imobilizado de arrendamento Aplicações no diferido Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Outros créditos Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Obrigações por empréstimos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Redução das disponibilidades MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA: Disponibilidades Início do semestre/exercício Fim do semestre/exercício Redução das disponibilidades

2º Semestre 2005 187.506 84.029 6.361 113.578 1.037 (36.947) – – 103.477

Exercícios 2005 2004 291.546 361.641 190.914 263.239 22.327 39.365 219.671 196.832 1.037 – (52.121) 27.042 2.244 – 2.244 – 98.388 98.402

88.134 60.892 4.054 23.188

50.837 31.015 5.784 14.038

– – – –

101

21.664

18.242

– – – 101 15.242 15.242

– 18.184 3.370 110 25.887 25.887

2.116 – 15.538 588 80.160 80.160

187.876 362 163.794 163.794 10.540

294.941 1.273 269.398 269.398 18.102

362.959 2.244 169.517 169.517 35.394

13.180

6.168

60.737

4.768 1.120 7.292

6.168 – –

– 60.737 –

– – – – (370)

– – – – (3.395)

95.067 59.202 19.324 16.541 (1.318)

1.143 773 (370)

4.168 773 (3.395)

5.486 4.168 (1.318)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Abaixo encontram-se apresentadas algumas informações baseadas no valor presente dos contratos: a) Diversificação por vencimento 2005 2004 Vencidos Até 90 dias 2.240 1.213 De 91 a 180 dias 150 211 Acima de 180 dias 361 664 2.751 2.088 A vencer Até 90 dias 32.748 49.434 De 91 a 180 dias 47.198 48.147 De 181 até 360 dias 77.070 82.007 Acima de 360 dias 270.715 163.578 427.731 343.166 Total 430.482 345.254 b) Diversificação por segmento de mercado 2005 2004 R$ % sobre Total R$ % sobre Total Setor público Indústria – – 1.496 0,4 Setor privado Indústria 53.558 12,4 66.270 19,2 Comércio 34.330 8,0 56.072 16,2 Instituição financeira 237.662 55,2 126.691 36,7 Outros serviços 104.932 24,4 94.725 27,5 Total 430.482 100,0 345.254 100,0 7.Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa apresentou as seguintes movimentações e respectivos eventos: 2º Semestre Exercícios 2005 2005 2004 Saldo inicial 7.577 10.206 44.237 Complemento (reversão) da provisão 1.409 (555) 632 Baixas contra a provisão (2.483) (3.148) (34.663) Saldo final 6.503 6.503 10.206 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, com base no valor presente dos contratos, os níveis de risco da carteira estavam assim composto: 2005 2004 Nível Total Percentual Total de Curso da de Provida Provirisco normal Vencidas carteira provisão são carteira são AA 206.083 456 206.539 – – 161.008 – A 15.406 214 15.620 0,5% 78 38.300 191 B 182.637 842 183.479 1,0% 1.835 69.070 691 C 16.334 458 16.792 3,0% 504 50.827 1.525 D 2.820 192 3.012 10,0% 301 15.636 1.564 E 524 41 565 30,0% 169 2.737 821 F 922 16 938 50,0% 469 4.150 2.075 G 1.255 56 1.311 70,0% 918 624 437 H 1.750 476 2.226 100,0% 2.226 2.902 2.902 Total 427.731 2.751 430.482 6.500 345.254 10.206 8.Outros Créditos – Diversos Créditos tributários Imposto de renda a compensar Valores a receber de cliente Outros devedores Total Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo

2005 11.143 5.689 1.858 330 19.020

2004 8.311 12.637 977 1.018 22.943

7.807 14.632 11.213 8.311 continua na próxima página . . .


São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

D C A R R O 13

TESTE O motorista pode escolher a altura do Cayenne. São seis regulagens, com 11 cm entre a mais alta e a mais baixa. Interior luxuoso, com bancos em couro, e amplo porta-malas

os ocupantes dos bancos dianteiros como para os da fileira de trás. Andar nele é antes de mais nada um prazer, um privilégio para poucos. Apesar de silencioso, é possível ouvir o agradabilíssimo ronco tradicional da marca alemã. É exatamente aí que está o maior fascínio de um Porsche: a motorização, o desempenho e o conjunto perto da perfeição. O Porsche Cayenne Turbo testado pelo DCarro guarda debaixo do capô um motor V8 de 4.5 litros equipado com dois turbocompressores e resfriadores de ar (intercoolers), que geram 450 cavalos de potência. Segundo dados do fabricante, o modelo Turbo acelera de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e pode chegar a 266 km/h. A distribuição de força entre as rodas e a resposta ao acelerador podem ser sentidos em toda a faixa de operação do motor. O torque é impressionante: 63,2 mkgf entre 2.250 e 4.750 rpm. Atenção: estamos falando de um sport-utility, ou seja, um carro para a família.

Ponto Chic

com 11 centímetros entre a posição mais alta e a mais baixa. A estabilidade é excelente. deixando o motorista em apuros. E depois, porque não é rápida o bastante para deixar a condução mais ágil e esportiva. No caso do Cayenne, isso fica mais evidente, pois o sistema funciona de maneira perfeita. Inclusive nas rápidas e ágeis reduções, coisa rara em câmbios automáticos. Escolha - O terceiro espetáculo fica para a suspensão pneumática com autonivelamento e ajuste de altura. Além do sensor que adapta a suspensão conforme o tipo de piso por onde o carro está passando, uma alavanca de controle manual no console central possibilita ao motorista escolher a carga dos amortecedores de acordo com a condução que o motorista pretende imprimir. Assim, na posição "Normal" o sportutility da Porsche apresenta conforto na

DC

Do Japão - Para acompanhar essa verdadeira "usina" de força, o SUV da Porsche dispõe de uma caixa de câmbio japonesa da marca Aisin, automática, de seis velocidades com Tiptronic. A transmissão é, assim como o motor e a suspensão, um espetáculo à parte. Apesar de ser um bom apelo de marketing, o Tiptronic, ou seja a troca manual das marchas, é absolutamente dispensável. Isso, com poucas exceções, serve para todos os carros que possuem esse equipamento. Primeiro que o sistema continua "soltando" as marchas quando bem quer, muitas vezes no meio de uma curva,

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medida exata para o uso familiar. Na posição Comfort, o Cayenne fica supermacio, bem ao estilo dos motoristas norte-americanos, que adoram o modelo. E na última opção, a Sport, a que deixa claro que você está andando num verdadeiro Porsche. Fantástica. O motorista também pode escolher a altura do Cayenne. São seis regulagens,

Para poucos -No limite (e que limite!) o Cayenne tende a sair de frente, mas o controle de tração, que só é ativado em situações críticas, logo corrige. O modelo Turbo está calçado com pneus 255/55R18. Ufa, resumindo: Porsche é Porsche. Um verdadeiro sonho de consumo para muito poucos, pelo menos no Brasil.


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DCARRO

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PRODUTO

Amortecedor Light para os "velhinhos"

ara atender os "velhinhos", com mais de dez anos de uso, a Monroe desenvolveu a linha de amortecedores "Light", que custa entre 10% e 15% abaixo da média cobrada atualmente pelo equipamento convencional. O "light" se destina a vários modelos, muitos dos quais já saíram de linha como a Elba e o Prêmio, da Fiat; Belina, Corcel e Del Rey, da Ford; Brasília e Fusca, da Volkswagen, e Caravan, Chevette e Monza, da General Motors. Também atende modelos ainda em produção, como Uno e Kombi. Divulgaçã

o

P

“Esse produto foi desenvolvido para oferecer uma opção econômica aos proprietários de veículos mais antigos”, explica Ecaterina Grigulevitch, gerente Nacional de Marketing e Administração de Vendas da Monroe. A nova linha, que é produzida na planta da Monroe em Mogi Mirim (SP), está disponível em lojas de todo o País e tem prazo de garantia de um ano, independente da quilometragem do veículo. “Com este lançamento, pretendemos aumentar nossa participação no mercado de reposição em 5% a 8%”, afirma Ecaterina. Nova linha tem preço mais acessível

Promoção leva cliente à Copa uma Boa na Copa é o tema da Top Service nos Estados de São Paulo, N promoção que a DPaschoal está lan- Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, çando este mês, que vai sortear 12 viagens Santa Catarina, Rio Grande do Sul e de dez dias para a Alemanha. A cada R$ 300 em compras realizadas nas lojas da rede o consumidor recebe um cupom. Basta preenchê-lo com os seus dados pessoais, responder à pergunta “Qual a loja que leva você à Alemanha?” e depositá-lo nas urnas distribuídas nos próprios estabelecimentos. A promoção se estende até 8 de junho. A DPaschoal possui mais de 200 lojas próprias espalhadas pelo País e uma rede de aproximadamente 200 credenciados

Goiás. Elas oferecem pneus, baterias, escapamentos, amortecedores e acessórios para todos os tipos de veículos, desde automóveis de passeio e utilitários até frotas de caminhões e ônibus. Fundada em Campinas no ano de 1949, a DPaschoal também tem tradição em projetos ambientais, como o Sistema de Gestão de Resíduos, e em programas sociais, como a Fundação Educar DPaschoal. Em 2004, a empresa reciclou 6,5 mil toneladas de resíduos.

DCARRO POR AÍ

NOVO CONCEITO DE LOJA

A

Michelin inaugurou no dia 21 de março uma nova loja autorizada da marca, na Vila Olímpia, em São Paulo, que apresenta um conceito diferenciado de atendimento e de apresentação dos produtos. "O local escolhido é estratégico devido ao perfil do público que freqüenta a região. Nossa meta é vender 600 pneus por mês nesta loja”, ressalta Pedro Chaves, gerente regional de

Vendas da Michelin. Entre as mudanças implementadas no novo ponto-de-venda, destacase o arranjo físico, que torna o ambiente mais prático e funcional. No interior da loja, que fica na rua Funchal, 619, foram colocados adesivos no chão com imagens de diferentes tipos de solo, como lama e poças d’água, mostram o tipo de aplicação de cada pneu.

ZF INVESTE EM LOGÍSTICA

COBREQ AMPLIA EXPORTAÇÕES

U

ma das principais fornecedoras de transmissões para veículos de transporte pesados e componentes do setor agrícola, a ZF do Brasil está investindo em logística para aumentar a sua eficiência no processo de operação de trabalho. Para movimentação, armazenagem e transporte das peças, está substituindo as antigas estruturas de alumínio pelos contêineres aramados da Artok, especializada na área.

A

TMD Friction do Brasil, fabricante de lonas e pastilhas automotivas com a marca Cobreq, aumentou suas exportações em 15% no ano passado, através de negócios fechados com os Estados Unidos, Alemanha e México, entre outros. O incremento nas exportações é resultado da decisão do grupo de manter a unidade de Indaiatuba como uma das bases de produção para o mercado norte-americano.

CAMPEONATO DE MINI BAJA Divulgação

C

omeça amanhã, em Piracicaba (SP), a 12ª Competição SAE Brasil-Petrobras de Mini Baja. Serão mais de 600 estudantes de Engenharia de 13 Estados, além do Distrito Federal, participando do evento que se estende até 2 de abril. As duas escolas que alcançarem a maior pontuação na classificação geral das provas ganham o direito de representar o País na SAE Midwest Mini Baja, a ser promovida em maio deste ano pela SAE International, nos Estados Unidos, onde o Brasil é bicampeão (1998/2004).

A ALIANÇA RENAULT-NISSAN

C

oncebida como a primeira fábrica comum da Aliança Renault-Nissan, a unidade de veículos utilitários instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, no Estado do Paraná, registrou a marca de 50 mil unidades produzidas no mês passado. No local são fabricados o furgão Renault Master, a picape Nissan Frontier e o utilitárioesportivo Nissan Xterra.

NOVO SITE DA BRIDGESTONE

A

Bridgestone Motorsport acaba de lançar um site para seus consumidores: www.bridgestonemotorsport.com. O endereço traz todas as notícias sobre a participação da marca no mundo esportivo: Fórmula 1, série GP2, Moto GP, IRL, Fórmula Nippon e GT Super. Todos os resultados e as posições dos pilotos estarão disponíveis, assim como os dados da série Pro-Indy e Karting.


São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

D C A R R O 15 Divulgação

TUNING

"Veloz, furioso e pesado"

Na pintura, as cores mantêm identidade visual da marca, com aplicação de sombra para dar efeito "3D"

Apresentado oficialmente durante este mês, o "Goodyear Truck Tuning" chega com status de pioneiro ANDERSON CAVALCANTE

O

projeto levou pouco mais de um ano para se concretizar, mas agora está pronto para ser apresentado em todo Brasil. Só falta descobrir se a prioridade será mostrá-lo nos encontros da galera tuning ou nos eventos voltados a caminhoneiros. Segundo a Goodyear, o caminhão participará de todos os acontecimentos importantes onde a empresa estiver presente, no Brasil, principalmente nos eventos de caminhões. Mas a "galera tuning" não terá que ir até os "Truck Centers" da companhia para ver de perto o projeto. "Passamos o ano passado inteiro trabalhando na concepção do primeiro caminhão Tuning do Brasil e agora que ele virou realidade está preparado para participar de eventos Tuning, inclusive ao lado de carros de passeio", explica o gerente de Serviços a Frotas, Eventos e Propaganda da unidade de Negócios para Pneus de Caminhões e Ônibus da Goodyear, Guilherme Junqueira Franco.

"Carga pesada" - Além de pioneiro, o Goodyear Truck Tuning chega com uma "parafernália" de equipamentos para arrebentar em qualquer tipo de evento. O som fica por conta de dois amplificadores, seis alto-falantes, quatro tweeters e um subwoofer de 12 polegadas, atingindo 400 watts de potência. Há ainda, sistemas de DVD com duas telas, interior em couro, painel revestido em fibra de carbono, néon interno e externo, lâmpadas estroboscópicas nos faróis, pintura com efeito 3D, um motor com 405 cavalos de potência, e pneus radiais sem câmara

Goodyear 295/80R22,5. Motor - O International modelo 9.200, com cavalo mecânico 6X2 (1999), está equipado com motor Cummins ISM seis

cilindros, potência de 405 cv a 1.900 rpm e torque de 2.000 N.m a 1.200 rpm e possui, ainda, a última geração de sistemas de gerenciamento eletrônico. Mas a equipe de produção do Goodyear

Truck Tuning promete que as transformações não vão parar por aí: "Vamos colocar faróis diferentes e pneus dianteiros mais largos, entre outras novidades", adianta Guilherme.


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DCARRO

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SOM

MP3: dominando o asfalto! Reprodutores de MP3 rapidamente deixaram de ser novidade; a tecnologia já está em 61% dos CD Players

C

om o passar dos anos, as mudanças de tecnologias são introduzidas em nosso diaa-dia com muito mais rapidez. A substituição dos "toca-fitas" por CD Players, por exemplo, não foi algo que aconteceu com a mesma agilidade que a tecnologia MP3 vem sendo difundida nos equipamentos de som de nossos veículos. A marca japonesa Sony, além de oferecer em quase todos seus aparelhos a leitura de MP3 (apenas um não lê!), em quatro modelos de sua linha Xplod passa a oferecer a praticidade para conexão de aparelhos MP3 portáteis. A tecnologia não sai muito mais cara para o bolso do consumidor. Enquanto o CDXGT107X, que não reproduz MP3, tem preço sugerido pela empresa de R$ 339, o CDX-GT207X que faz a reprodução e tem conectividade com equipamentos portáteis custa R$ 419. De acordo com o gerente de Som Automotivo da Sony Brasil, Edgar Kato, o mercado brasileiro de CD Player para veículos vem crescendo gradativamente e movimentou, em 2005, R$ 1,7 milhão, sendo que 61% dos aparelhos vendidos possuem tecnologia para reproduzir MP3. LG - Toda linha de CD Players da coreana LG possui leitura de MP3. A linha conta com quatro aparelhos: LAC-M8402, LAC-M6500, LAC-M5000 e LAC-M2500. A empresa não informou preços sugeridos destes equipamentos. Pioneer - Os últimos lançamentos da marca, também japonesa, o DEH3880MP e o DEH-4880MP são compatíveis com WMA, MP3 e reproduzem arquivos WAV. A linha intermediária chega ao mercado com vários recursos,

como por exemplo, a possibilidade de conexão direta com os reprodutores iPod da Apple no 4880MP. Os lançamentos da Pioneer estão disponíveis no mercado com preços sugeridos de R$ 489, para o modelo DEH-3880MP e R$ 549, para o DEH-P4880MP.

Divulgação

ANDERSON CAVALCANTE

Sony: leitura de arquivos MP3 e conexão com aparelhos portáteis

Clarion - Mais uma japonesa lançando modelos com a tecnologia: o DXZ 855MP (R$ 2399) e o DXZ 655MP (R$ 1099) reproduzem arquivos MP3 e WMA e são compatíveis com iPod. Stetsom - A fabricante nacional de amplificadores,

Linha intermediária Pioneer com leitura de MP3. Preços entre R$ 489 e R$ 549.

Aparelho importado funciona como ponte entre Pen Drive e o CD Player

Stetsom Eletrônica está importando um aparelho que funciona como ponte entre arquivos MP3 armazenados em Pen Drive e o CD Player do carro. O equipamento se transforma em tocador de MP3 portátil permitindo que o usuário possa escutar músicas no formato sem precisar de um CD Player com leitor MP3. O ST 180 transfere músicas digitais em MP3 gravadas no Pen Drive para o CD Player por ondas de rádio para uma estação FM pré-configurada. O Pen Drive, que grava até 220 músicas, deve ser acoplado no aparelho da Stetsom, que também controla as músicas (avanço e pausa, entre outros dispositivos). O preço médio do produto é de R$ 180.

LG: marca oferece leitura de MP3 em todos aparelhos da linha

Clarion: reprodução de arquivos MP3 e compatibilidade com iPod


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 29 de março de 2006

BICOMBUSTÍVEL

A HORA E A VEZ DO CONSUMIDOR Páginas 8, 9 e 10

Nº 113

Cayenne, o Porsche que entrou na onda do sport- utility. Mas sem perder o coração esportivo da marca. Págs. 12 e 13.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

Mercosul: em defesa de um padrão único om a prorrogação da definição do acordo automotivo entre Brasil e Argentina para 30 de junho, a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) reforça que, além de discutir as questões políticas e econômicas, as regulamentações técnicas dos produtos automotivos devem ser analisadas durante este período. O ideal é que se procure um denominador comum para que as regulamentações sejam harmonizadas entre os dois países, contribuindo assim para a diminuição dos custos. A negociação visa a encontrar regras mais favoráveis para o acordo de livre comércio de veículos. Desta maneira, as discussões técnicas tornam-se tão relevantes quanto as políticas e econômicas, pois são fundamentais para a integração das cadeias de produção e para a melhor competitividade na exportação dos produtos dos dois países para outros mercados. O setor automotivo é o único a manter um acordo bilateral no Mercosul. Porém, até o estabelecimento de regras comuns que regerão o comércio entre os países, as discussões entre Brasil e Argentina vão se estendendo. Esta prorrogação nas definições

das normas é a oportunidade ideal para que todos os objetivos sejam finalizados de maneira favorável a ambos. As regulamentações técnicas já foram amplamente discutidas no Mercosul, mas nunca colocadas em prática. A AEA avalia que este é um momento importante para que as diferenças a respeito de adequação dos produtos automotivos sejam solucionadas. Fundada em 1984, a AEA é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover discussões técnicas ligadas ao setor automotivo, energético e de transporte em geral. Entre os membros associados estão: montadoras de veículos, fabricantes de motores e autopeças, produtores e distribuidores de combustíveis, representantes da área acadêmica, institutos de pesquisa públicos e privados e órgãos governamentais. Os trabalhos e avaliações realizadas na AEA se desenvolvem por meio de comissões técnicas. A AEA atua junto à sociedade como um todo, consolidando sua condição de entidade tecnicamente isenta e independente.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

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ÍNDICE SERVIÇO - 3 Amortecedores vencidos podem causar problemas à saúde.

ESTRADAS - 5 Os serviços oferecidos em nossas estradas.

MERCADO - 7 Carros da GM são os que menos desvalorizam no mercado brasileiro.

CAPA - 8, 9 e 10 Com o bicombustível, o poder está nas mãos do consumidor.

PRODUTO/TESTE - 12 e 13 Cayenne, um modelo família com desempenho de esportivo.

Marco Saltini, presidente da AEA

AGENDA 1º de abril

A cidade de Ribeirão Preto (SP) vai sediar a etapa de abertura da Mitsubishi Cup, um dos principais campeonatos nacionais. A largada será às 8h30 no km 286 da Rodovia Anhanguera.

9 a 12 de maio

Acontece, em São Paulo, a 7ª RECAUFAIR – Feira Internacional de Tecnologia e Equipamentos para Reforma de Pneus. O local é o Expo Center Norte e o horário, das 14h às 21h.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 29 de março de 2006

AVISOS AOS ACIONISTAS

CONVOCAÇÕES

COMUNICADO DE EXTRAVIO

ARFRIO S/A – ARMAZÉNS GERAIS FRIGORÍFICOS

CNPJ 61.024.295/0001-20 Aviso aos Acionistas Encontram-se à disposição dos Srs. acionistas na Sede Social na Av. Jussara, 1001 - Barueri - SP., os doctºs a que se refere o Art. 133 da Lei nº 6404 de 15/12/1976, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2005. São Paulo, 23/03/2006. A Diretoria.28/29/30-Março-2006)

COMUNICADO DE EXTRAVIO A Empresa Fibronix Fibras Opticas e Telecomunicações Ltda, situada na Av. Doutor Candido Motta Filho no n° 846, Cep: 05351-000, Vl. São Francisco - Distrito Butantã- SP com inscrição do CNPJ 68.880.988/0001-64, I.E. 113.632.400.112 e C.C.M. 2.116.791-5, declara que foram extraviados de sua Empresa os seguintes documentos: N.F. de Serviços do n° 449 ao n° 1374; N.F. de Vendas do n° 423 ao n° 2376; N.F. de Entrada de 01/2001 a 12/2005. (29, 30 e 31/03/2006)

EDITAL EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL

PREGÃO Nº 011/2006 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 057/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de março de 2006 a 17 de abril de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignholi s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14)38821885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 011/2006 - FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 057/2006FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de equipamentos de: Ar-condicionado tipo split horizontal, dutado com expansão direta através do refrigerante HCFC-22 e capacidade de refrigeração de 7,5 TR (tonelada de refrigeração) e alimentação 380 volts, com altura não superior a 50 centímetros e Ar-condicionado tipo splitão remoto com expansão direta através do refrigerante HCFC-22 e capacidade de refrigeração de 25 TR (tonelada de refrigeração), alimentação 380 volts e unidade ou unidades condensadoras com descarga vertical, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 18 de abril de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 29 de março de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

ATAS AVISOS

CONVOCAÇÃO Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez? Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3799

ATA Yakult S/A Indústria e Comércio CNPJ n° 60.723.061/0001-09 - NIRE n° 35.300.032.454 Ata da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Realizada em 07 de Março de 2006 - (Sumário nos termos do Art. 130° Parágrafo 1° da Lei 6404/76) Data, Local e Hora: 07 de março de 2006, na sede social situada à Alameda Yakult n° 600 - São Bernardo do Campo - São controlar as atividades comerciais, assessorar os demais setores da sociedade em relação ao consumo e ao mercado, Paulo, às 10:00 horas. Convocação: Dispensada nos termos do artigo 124 da Lei 6404/76. Presença: Acionistas representando estimular o fluxo dos produtos no mercado consumidor através de atividade em todo território nacional e no exterior, realizando a totalidade do Capital Social com direito a voto. Mesa Diretora: Presidente da Mesa: Sr. Masahiko Sadakata, Secretário: a supervisão e administração de todas as propagandas; admitir, demitir, promover, remover, transferir, nomear e suspender Sr. Ichiro Amano. Ordem do Dia: A) Análise, discussão e aprovação do Relatório dos Administradores e das Demonstrações empregados em geral do setor comercial, bem como fixar vencimentos, gratificações e outras vantagens e condições e Financeiras referentes ao Exercício Social encerrado em 31/12/05; B) Destinação do Resultado do Exercício; C) Aprovação formas de pagamentos dos mesmos; assinar, em conjunto com outro diretor, todos os documentos bancários e de créditos dos lançamentos de ajustes de exercícios anteriores e a reversão das Reservas de Lucros; D) Alteração dos Estatutos em geral; substituir o Diretor Vice-Presidente de Planejamento e Pesquisa em sua ausências e impedimentos temporários e Sociais com a extinção do cargo de Diretor Vice Presidente Comercial e a criação dos cargos de Diretor Superintendente ocasionais. Artigo 21°- Compete ao Diretor Comercial colaborar com os demais diretores nos encargos e estes atribuídos, Comercial, Diretor Comercial Regional II e Diretor Financeiro; E) Eleição dos membros do Conselho da Administração; F) assessorar o Diretor Superintendente Comercial; planejar, orientar e controlar as atividades comerciais no exterior, coordenando Aprovar o Investimento de capital na empresa a ser constituída para comercialização e distribuição dos produtos de cosméticos as aberturas de mercados internacionais para dinamizar as exportações; contratar fornecedores no exterior para importações no mercado brasileiro; G) Outros Assuntos de Interesse Social. Deliberações: A Assembléia tomou por unanimidade as de maquinários, matérias primas e mercadorias para revenda; contratar revendedores autônomos, fixando preços, condições deliberações a seguir relacionadas, abstendo-se de votar os legalmente impedidos, sempre que configurado o impedimento: de pagamentos, comissões, e percentual. Admitir, demitir, promover, remover, transferir, nomear e suspender empregados A) Aprovadas as Contas da Administração, o seu Relatório, o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras e em geral do setor comercial, bem como fixar vencimentos, gratificações e outras vantagens e condições e formas de suas Notas Explicativas, relativas ao exercício social encerrado em 31/12/05, publicadas no Diário Oficial do Estado de São pagamentos dos mesmos; supervisionar, orientar e controlar as atividades comerciais e as transações com os clientes bem Paulo no dia 04/03/06 e no jornal Diário do Comércio no dia 06/03/06, respectivamente nas páginas 93 (Caderno Empresarial) como o relacionamento da sociedade com os consumidores; promover treinamentos, cursos, seminários e conferências, e 02. Anúncios dispensados nos termos do Art.133, parágrafo 4° da Lei 6.404/76. B) Aprovada a incorporação do Prejuízo visando o aprimoramento técnico cientifico dos empregados do setor comercial; estimular o fluxo dos produtos no mercado Líquido do Exercício no valor de R$ 1.437.113,23 (um milhão, quatrocentos e trinta e sete mil, cento e treze reais e vinte e consumidor através de atividade em todo o território nacional e no exterior, realizando e administrando todas as propagandas; três centavos) ao Prejuízo Acumulado anterior de R$ 18.774.854,90 (dezoito milhões, setecentos e setenta e quatro mil, assinar, em conjunto com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em geral; substituir o Diretor oitocentos e cinqüenta e quatro reais e noventa centavos), que resulta no montante de Prejuízo Acumulado de R$ 20.211.968,13 Superintendente Comercial em suas ausências e impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 22°- Compete ao Diretor (vinte milhões, duzentos e onze mil, novecentos e sessenta e oito reais e treze centavos), e a sua absorção integral pelas Comercial Regional I - colaborar com os demais diretores, nos encargos e estes atribuídos, assessorar o Diretor Reservas de Lucros - subconta Reserva Expontânea. C) Aprovados os lançamentos de Ajustes de Exercícios Anteriores, Superintendente Comercial; contratar agentes, representantes comerciais e revendedores autônomos, fixando preços, realizados em 31/12/05 na conta Lucros Acumulados, bem como a reversão da Reserva de Lucros - subconta Reserva condições de pagamentos, comissões e percentual. Admitir, demitir, promover, remover, transferir, nomear e suspender Expontânea, em decorrência da mudança de diretrizes contábeis, sendo, a débito, R$ 14.559.225,07 (catorze milhões, empregados em geral do setor comercial, bem como fixar vencimentos, gratificações e outras vantagens e condições e quinhentos e cinqüenta e nove mil, duzentos e vinte e cinco reais e sete centavos), referentes a Provisão para Perdas na formas de pagamentos dos mesmos; supervisionar, orientar e controlar as atividades comerciais e as transações com os Realização de Investimentos, correspondentes a investimentos em empresas constituídas no exterior, mais precisamente, clientes bem como o relacionamento da sociedade com os consumidores; promover treinamentos, cursos, seminários e nas empresas Yakult Argentina S.A. e Yakult Uruguay S.A. Como conseqüência, não tendo saldo na conta Lucros Acumulados conferências, visando o aprimoramento técnico cientifico dos empregados do setor comercial, assessorar os demais setores para absorver os mencionados ajustes, foi aprovada a reversão da conta Reservas de Lucros - subconta Reserva Expontânea, da sociedade, em relação ao consumo, e ao mercado; estimular o fluxo dos produtos no mercado consumidor através de realizada no mesmo montante da provisão contabilizada. D) Aprovada a alteração parcial dos Estatutos Sociais, com a atividade em todo o território nacional e no exterior, realizando e administrando todas as propagandas; assinar, em conjunto extinção do cargo de Diretor Vice-Presidente Comercial e a criação dos cargos de Diretor Superintendente Comercial, com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em geral; substituir o Diretor Comercial em suas ausências Diretor Comercial Regional II e Diretor Financeiro e a nova redação do caput do artigo 9°, bem como a redação dos artigos e impedimento temporários e ocasionais. Art. 23°- Compete ao Diretor Comercial Regional II colaborar com os demais 15° e subseqüentes, referente a administração da sociedade, nos seguintes termos: Da Administração - Art. 9° A sociedade diretores, nos encargos e estes atribuídos, assessorar o Diretor Comercial, contratar, dispensar agentes, representantes será administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria, órgãos esses que têm as seguintes composições: 1 comerciais e revendedores autônomos, fixando preços, condições de pagamentos, comissões, e percentual, admitir, demitir, - O Conselho de Administração compõe-se de 3 a 5 membros, todos acionistas, entre os quais um Presidente e um Vice- promover, remover, transferir, nomear e suspender funcionários e empregados em geral do setor comercial, bem como fixar Presidente, 2) A Diretoria compõe-se de 13 (treze) membros com as seguintes denominações: a) Diretor Presidente; b) vencimentos, gratificações e outras vantagens e condições e formas de pagamentos dos mesmos; supervisionar, orientar e Diretor Vice-Presidente de Planejamento e Pesquisa; c) Diretor Superintendente Financeiro; d) Diretor Superintendente controlar as atividades comerciais e as transações com os clientes bem com relacionamento da sociedade com os Industrial; e) Diretor Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento; f) Diretor Superintendente Comercial; g) Diretor consumidores, promover treinamento, cursos, seminários e conferências, visando o aprimoramento técnico cientifico dos Comercial; h) Diretor Comercial Regional I; i) Diretor Comercial Regional II; j) Diretor Industrial; k) Diretor Industrial Regional empregados e funcionários do setor, assessorar os demais setores da sociedade, em relação ao consumo, e ao mercado, I; l) Diretor Industrial Regional II e m) Diretor Financeiro. Da Competência Individual - Artigo 15°- Compete ao Diretor estimular o fluxo dos produtos no mercado consumidor através de atividade em todo o território nacional e exterior, realizando Presidente, representar a sociedade, ativa e passivamente, em suas relações com as administrações públicas e privadas, e administrando todas as propagandas, assinar em conjunto com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em juízo ou fora dele, nas ações por ela e contra ela intentadas. Assinar todos os documentos e papéis referentes aos em geral, substituir o Diretor Comercial em suas ausências e impedimento temporários e ocasionais. Artigo 24°- Compete ao negócios sociais e promover o cumprimento do presente estatuto social, superintender a administração de todos os serviços Diretor Industrial, produzir, aprimorar e intensificar a produção industrial da sociedade; promover cursos, seminários e exercendo as atribuições legais e estatutárias, assegurando o regular funcionamento da empresa. Transigir, desistir, renunciar, treinamentos sobre as atividades industriais e os maquinários em uso no setor fabril de São Bernardo do Campo/SP, adquirir confessar dívidas, celebrar contratos de qualquer natureza; assinar contrato de compra e venda, adquirir, onerar, ceder, matérias primas e materiais de consumo em geral, necessários para o desenvolvimento da sociedade. Assinar, em conjunto transferir, alienar móveis e imóveis, firmar compromissos de qualquer natureza e fins, contrair obrigações, deliberando com com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em geral; administrar edifícios, maquinários, equipamentos, plenos e gerais poderes sobre os negócios sociais, recebendo, pagando, dando quitações. Constituir procuradores seja de veículos e todos os demais bens pertencentes ao setor fabril de São Bernardo do Campo/SP; substituir o Diretor caráter judicial, trabalhista ou administrativa. Admitir e demitir, promover, remover, nomear e suspender funcionários e Superintendente Industrial em suas ausências e impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 25°- Compete ao Diretor empregados em geral, fixando vencimentos, gratificações, comissões, e atribuir encargos para cada um. Realizar operações Industrial Regional, produzir, aprimorar e intensificar a produção industrial da sociedade; promover cursos, seminários e de qualquer natureza com estabelecimentos bancários e de créditos em geral, sejam eles de direito público ou privado, treinamentos sobre as atividades industriais e os maquinários em uso no setor fabril de Lages/SC; adquirir matérias primas assinando, com os mesmos todos os documentos e papéis necessários, para regular concretização de negócios sociais. e materiais de consumo geral, necessários para o desenvolvimento da sociedade. Assinar, em conjunto com outro Diretor, Assinar notas promissórias, cambiais, duplicatas, títulos mercantis, bem como endossar, assinar, em conjunto com outro todos os documentos bancários e de créditos em geral; administrar edifícios, maquinários, equipamentos, veículos e todos diretor, as ações ou títulos que representam a sociedade. Presidir as Assembléias Gerais de Acionistas e as Reuniões de os demais bens pertencentes ao setor fabril de Lages/SC, substituir o Diretor Industrial em suas ausências e impedimentos Diretoria. Artigo 16° - Compete ao Diretor Vice-Presidente de Planejamento e Pesquisa colaborar com os demais diretores temporários e ocasionais. Artigo 26° - Compete ao Diretor Industrial Regional II, produzir, aprimorar e intensificar a produção nos encargos e estes atribuídos, assessorar o Diretor Presidente, aprimorar, desenvolver, planejar, orientar e controlar as industrial da sociedade; promover cursos, seminários e treinamentos sobre as atividades industriais e os maquinários em atividades industriais da sociedade, com pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos de lançamentos de novos uso no setor fabril de Lorena/SP, adquirir matérias primas e materiais de consumo em geral, necessários para o produtos no mercado interno e controle de qualidade dos produtos da sociedade; planejar, orientar e controlar o comércio desenvolvimento da sociedade. Assinar, em conjunto com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em exterior, dinamizando-o nas exportações e importações de produtos de sua fabricação ou não, maquinários, matérias-primas, geral, administrar edifícios, maquinários, equipamentos, veículos e todos os demais bens pertencentes ao setor fabril de e mercadorias para revenda, efetuando contratos necessários com fornecedores e clientes do exterior; assinar, em conjunto Lorena/SP, substituir o Diretor Industrial em suas ausências e impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 27° - Compete com um outro diretor, todos os documentos bancários e de crédito em geral; substituir o Diretor Presidente, em sua ausências ao Diretor Financeiro controlar e efetuar recebimentos e pagamentos, dando e recebendo quitações em nome da sociedade, ou impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 17° - Compete ao Diretor Superintendente Financeiro, colaborar com os organizar balancetes mensais e balanços anuais, bem como efetuar levantamento das contas de lucros e perdas e demais demais Diretores nos encargos a estes atribuídos; assessorar o Diretor Presidente nas aquisições, alienações, onerações e demonstrações financeiras; administrar as finanças da empresa, elaborando relatórios, orçamentos e planejamentos outras transações atinentes aos móveis, imóveis e bens de consumos da empresa, representar a companhia ativa e econômicos e financeiros; orientar e controlar a contabilidade e a escrituração de livros contábeis e fiscais e o faturamento passivamente, em juízo ou fora dele, nas ações por ela e contra ela intentadas; criar, suprimir e alterar cargos de empregados de vendas mercantis ou não; realizar operações de qualquer natureza com estabelecimentos bancários e de créditos em em geral, praticar todos os demais atos necessários para o desenvolvimento normal da sociedade; representar a sociedade geral, sejam eles públicos ou privados, assinando em conjunto com outro diretor todos os documentos; praticar todos os em todas e quaisquer repartições públicas federais, estaduais e municipais e suas autarquias; controlar e efetuar recebimentos demais atos necessários para o desenvolvimento da empresa; substituir o Diretor Superintendente Financeiro, em suas e pagamentos, dando e recebendo quitações em nome da sociedade, elaborar balancetes mensais e balanços anuais, bem ausências e impedimentos temporários e ocasionais. Com a inclusão dos cargos de Diretor Superintendente Comercial, como efetuar levantamento das contas de lucros e perdas e demais demonstrações financeiras, administrar todos os serviços Diretor Comercial Regional II e Diretor Financeiro e a extinção do cargo de Diretor Vice-Presidente Comercial, foi aprovada atinentes às finanças da empresa, elaborando relatórios, orçamentos e planejamentos econômicos e financeiros, orientar e a renuneração do artigo 26° e subseqüentes dos Estatutos Sociais, ficando o artigo 26° renunerado como Artigo 28° e os controlar a contabilidade bem como a escrituração de livros contábeis e fiscais e o faturamento de vendas mercantis ou não; demais artigos renunerados sucessivamente, sem alteração na sua redação. E) Aprovada a eleição dos membros do Conselho realizar operações de qualquer natureza com estabelecimentos bancários e de créditos em geral, sejam eles públicos ou de Administração, com mandato até a data da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no primeiro quadrimestre de 2009, privados, assinando, em conjunto com outro diretor, todos os documentos; praticar todos os demais atos necessários para o ficando assim constituído o Conselho de Administração: Presidente do Conselho: Sr. Masahiko Sadakata, brasileiro, desenvolvimento da empresa; substituir o Diretor Vice-Presidente de Planejamento e Pesquisa em suas ausências e casado, empresário, portador da carteira de identidade RG n° 3.680.049-8-SSPRJ e do C.P.F. sob n° 037.799.128-72, impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 18°- Compete ao Diretor Superintendente Industrial, colaborar com os demais domiciliado à Alameda Santos n° 771 - 13° Andar - São Paulo - Capital; Vice Presidente do Conselho; Sr. Takashi Matsuzono, Diretores nos encargos a estes atribuídos, assessorar o Diretor Vice-Presidente de Planejamento e Pesquisa; administrar a japonês, casado, empresário, portador da carteira de identidade de estrangeiro RNE n° V- 434.186-6 e do C.P.F. sob n° produção industrial da sociedade, orientar a realização de treinamentos cursos, seminários e conferências sobre as atividades 231.901.188-92, domiciliado Alameda Santos n° 771 - 11° andar - São Paulo - Capital, e para Conselheira do Conselho: industriais, visando o aprimoramento técnico científico dos empregados do setor industrial, supervisionar e controlar aquisição Sra. Yoshino Mabe, brasileira, viúva, empresaria, portadora da carteira de identidade RG n° 2.833.549-SSPSP e do C.P.F. de maquinários, matérias primas e materiais de consumo necessários para o desenvolvimento da produção industrial. Assinar, sob n° 287.082.978-78, domiciliada à Rua Canjeranas n° 321 - São Paulo - Capital. F) Aprovado o Investimento de capital na em conjunto com um outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em geral; administrar edifícios, maquinários, nova empresa Lynx Comércio de Cosméticos Ltda., visando o desenvolvimento e consolidação da empresa no mercado equipamentos, instalações e veículos pertencentes ao setor; substituir o Diretor Superintendente Financeiro em suas ausências brasileiro de cosméticos, artigos de perfumaria, higiene pessoal e de equipamentos, acessórios e produtos para estética e e impedimentos temporários e ocasionais. Artigo 19°- Compete ao Diretor Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento beleza. G) Foram homologadas as aquisições de ações realizadas pela acionista K.K. Yakult Honsha, no anos 2005 e 2006, colaborar com os demais diretores nos encargos a estes atribuídos, assessorar o Diretor Superintendente Industrial, aprimorar dos seguintes acionistas: Yakult Material K.K., Shigeki Wakabayashi, Chikako Wakabayashi e Japão Bandeirantes K.K., e desenvolver a produção industrial da sociedade, com pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, lançamentos sendo esta última por incorporação. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a Ata, lida, aprovada e assinada de novos produtos no mercado interno, e controle de qualidade dos produtos da sociedade, ministrar treinamentos, cursos, pelos presentes. São Bernardo do Campo, 07 de março de 2006. Masahiko Sadakata - Presidente da Mesa. Ichiro Amano seminários e conferências sobre as atividades industriais, visando o aprimoramento técnico e científico dos empregados do - Secretário. K.K. Yakult Honsha - pp.Masahiko Sadakata. Matsusho K.K.-pp.Masahiko Sadakata. Naomi Matsuzono setor industrial; assinar, em conjunto com outro Diretor, todos os documentos bancários e de créditos em geral; substituir o - pp.Masahiko Sadakata. Takashi Matsuzono - pp.Masahiko Sadakata. Chikako Wakabayashi - pp.Masahiko Sadakata. Diretor Superintendente Industrial em suas ausências e impedimentos temporários e ocasionais. Art. 20° - Compete ao Yoshino Mabe - pp.Masahiko Sadakata. Izumi Yamagata - pp.Masahiko Sadakata. Masahiko Sadakata. Sadao Iizaki. Diretor Superintendente Comercial, colaborar com os demais diretores nos encargos e estes atribuídos, planejar, orientar, e Ichiro Amano. Masahiro Kawabata. Paulo Tomoyuki Aoki - OAB/SP 84413. Jucesp: n° 75.332/06-1 em 13.03.06. Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 07 de Março de 2006 (Sumário nos termos do Art. 130° Parágrafo 1° da Lei 6404/76) Data, Local e Hora: 07 de março de 2.006, às 12:00 horas, na sede social à Alameda Yakult n° 600 - São Bernardo do Ichiro Kono, japonês, casado, empresário, portador da cédula de identidade de estrangeiro RNE n° W-055997-J-SE/DPMAF/ Campo, Estado de São Paulo. Presença: Maioria dos membros do Conselho de Administração. Mesa Diretora: Presidente: DPF e do CPF/MF sob n° 491.973.398-49, residente e domiciliado à Rua Manoel da Nóbrega n° 318 - apto. 42 - São Paulo Sr. Masahiko Sadakata: Secretário: Sra. Yoshino Mabe. Ordem do Dia: A) Eleição dos membros da Diretoria;B) Outros - Capital; para Diretor Comercial Regional I o Sr. Shunichi Uekusa, japonês, casado, empresário, portador da cédula de assuntos de interesse social. Deliberações: A) Foram eleitos os membros da diretoria para o próximo biênio, com mandato identidade de estrangeiro RNE n° V-382.704-7 e do CPF sob n° 230.847.528-50, residente e domiciliado à Rua Alcino Braga até a data da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no primeiro quadrimestre de 2.008, com exceção ao cargo de n° 67 - apto. 103 - São Paulo - Capital; para Diretor Comercial Regional II o Sr. Fernando Cunioshi Hisano, brasileiro, Diretor Vice Presidente de Planejamento e Pesquisa com mandato até 30 de junho de 2.006 e ao cargo de Diretor Industrial casado, empresário, portador da cédula de identidade RG n° 5.039.418-SSPSP e do CPF sob n° 431.066.768-68, residente Regional II com mandato até 31 de março de 2.007. Foram reeleitos e eleitos: para Diretor Presidente, o Sr. Masahiko e domiciliado à Rua Lido n° 155 - São Paulo - Capital; para Diretor Industrial o Sr. Koichi Ogata, japonês, casado, empresário, Sadakata, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG n° 3.680.049-8-SSPRJ e do CPF/MF sob n° portador da cédula de identidade de estrangeiro RNE n° W-072475-F-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF sob n° 610.551.908-72, 037.799.128-72, residente e domiciliado à Alameda Santos n° 771 - 13° andar - São Paulo - Capital; para Diretor Vice- residente e domiciliado à Rua Domingos de Moraes n° 2.818 - apto. 81 - São Paulo - Capital; para Diretor Industrial Presidente de Planejamento e Pesquisa o Sr. Sadao Iizaki, japonês, casado, empresário, portador da cédula de identidade Regional I o Sr. Ryoju Misuno, japonês, casado, empresário, portador da cédula de identidade de estrangeiro RNE n° Wde estrangeiro RNE n° W-520549-H-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF sob n° 037.799.048-53, residente e domiciliado à Rua 055996-L-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF sob n° 029.593.838-26, residente e domiciliado à Rua Nilo Peçanha n° 581 - Lages Alcino Braga n° 67 - apto. 64 - São Paulo - Capital; para Diretor Superintendente Financeiro o Sr. Ichiro Amano, japonês, - Santa Catarina; para Diretor Industrial Regional II o Sr. Masato Kobori, japonês, casado, empresário, portador da cédula casado, empresário, portador da cédula de identidade de estrangeiro RNE n° W-153884-Z-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF de identidade de estrangeiro RNE n° V-210936-8-SE/DPMAF/DPF e do CPF sob n° 215.464.548-88, residente e domiciliado sob n° 006.102.208-02, residente e domiciliado à Rua Comandante Ismael Guilherme n° 796 - São Paulo - Capital; para à Rua da Quaresmeira n° 1680 - Pindamonhangaba - Estado de São Paulo, para Diretor Financeiro o Sr. Tooru Yamakami, Diretor Superintendente Industrial o Sr. Masahiro Kawabata, japonês, casado, empresário, portador da carteira de brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG n° 4.338.738-SSPSP e do CPF sob n° 656.243.198-00, identidade de estrangeiro RNE n° W-055974-V-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF sob n° 045.434.408-20, residente e domiciliado residente e domiciliado à Rua Correia de Lemos n° 501 - apto. 51 - São Paulo - Capital. Os diretores ora eleitos declaram que à Avenida Conselheiro Rodrigues Alves n° 127 - apto. 21-A, São Paulo - Capital; para Diretor Superintendente de Pesquisa não estão incursos em nenhum dos crimes previstos em Lei, que os impeçam do exercício de atividades mercantis. e Desenvolvimento o Sr. Hiroyuki Minakuchi, japonês, casado, empresário, portador da cédula de identidade de estrangeiro Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a Ata que, após lida e achada conforme, foi aprovada e assinada por RNE n° W-321443.5-SE/DPMAF/DPF e do CPF/MF sob n° 668.586.588-15. residente e domiciliado à Rua Mário Amaral n° todos os presentes. São Bernardo do Campo, 07 de Março de 2006. Masahiko Sadakata - Presidente da Mesa. Yoshino 81- apto. 171-E - São Paulo - Capital; para Diretor Superintendente Comercial o Sr. Eishin Shimada, japonês, casado, Mabe - Secretário da Mesa. Masahiko Sadakata. Sadao Iizaki. Ichiro Amano. Masahiro Kawabata. Hiroyuki Minakuchi. empresário, portador da cédula de identidade de estrangeiro RNE n° V-377584-9-DELEMAF/SP e do CPF sob n° 230.525.258- Eishin Shimada. Ichiro Kono. Koichi Ogata. Ryoju Misuno. Shunichi Uekusa. Masato Kobori. Fernando Cunioshi Hisano. 75, residente e domiciliado à Rua Sampaio Viana n° 225 - Apto. 131 - São Paulo - Capital; para Diretor Comercial o Sr. Tooru Yamakami. Paulo Tomoyuki Aoki - OAB/SP 84.413. Jucesp: sob n° 78.331/06-7 em 20.03.06.

RETIFICAÇÃO ITAUTEC S/A

C.N.P.J. 54.526.082/0001-31 RETIFICAÇÃO Em nosso balanço, publicado neste jornal em 14/02/2006, págs. 8, 9 e 10, na nota explicativa de nº 17 Capital Social e Dividendos o valor complementar para atingir o Dividendo Mínimo Obrigatório foi chamado de Dividendos Propostos em 31/12/2005 quando o correto seria Juros sobre o Capital Próprio. Dessa forma, o teor correto da nota é o abaixo publicado. NOTA 17 - CAPITAL SOCIAL E DIVIDENDOS O Capital Social autorizado da Itautec S.A. é de 900.000.000 de ações Escriturais, sendo 300.000.000 em ações Ordinárias e 600.000.000 em ações Preferenciais. Em 29 de julho de 2005, o Capital Social foi reduzido de R$ 226.468 para R$ 194.835 devido a cisão parcial da companhia conforme descrito na Nota 1. O capital subscrito integralizado, no valor de R$ 194.835 é representado por 174.296.078 ações Ordinárias escriturais sem valor nominal. O estatuto social determina a destinação de 5% do lucro líquido para a constituição da Reserva Legal e 25% para a distribuição do dividendo mínimo obrigatório, e que o saldo remanescente, seja transferido para Reservas Estatutárias até o limite de 80% do Capital Social. Reservas do Patrimônio Líquido e AFAC Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Adiantamento para Aumento de Capital 398 398 Incentivos Fiscais 955 126 955 126 Reserva Legal 9.515 8.395 9.515 8.395 Especial Estatutária 108.430 92.803 107.581 91.603 Reservas de Lucro 117.945 101.198 117.096 99.998 Dividendos - O Conselho de Administração decidiu pagar até 28 de abril de 2006 juros sobre o capital próprio a título de dividendo no valor de R$ 4.357 que adicionados à parcela já paga em agosto de 2005 totalizou o valor de R$ 8.715, equivalente a R$ 0,050 por ação. Em 31/12/05 foram provisionados mais R$ 4.357 mil de juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos mínimos do exercício. Cálculo do Dividendo Lucro Líquido do Exercício 46.151 (-) Reserva Legal (5%) (2.308) Base de cálculo dos dividendos 43.843 Dividendo Mínimo Obrigatório 10.961 Dividendos Declarados no Exercício Juros sobre o Capital Próprio 8.715 (-) Imposto de Renda (15%) (1.307) Juros sobre o Capital Próprio Líquido 7.408 Juros sobre o capital próprio propostos em 31/12/2005 4.357 (-) Imposto de Renda (15%) (654) Remuneração Líquida no ano 11.111 Atenciosamente, Ricardo Egydio Setúbal - Diretor de Relações com Investidores

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quarta-feira, 29 de março de 2006

Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

A UNILEVER DETÉM 62% DO MERCADO DE DESODORANTES

Presidente da Companhia Siderúrgica Nacional afasta rumores de que a empresa pode ser vendida.

Marcos Bezerra/Futura Press

Unilever acirra disputa do setor de desodorantes Companhia investe R$ 10 milhões em produto que não deixa manchas

A diretora de Marketing da Unilever, Andréia Rolim, apresentou o novo produto da empresa ontem

INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,24% na última quadrissemana.

Ó RBITA

INTEL Empresa apresenta laptop para a educação que deve concorrer com o portátil de US$ 100.

Antonio Cruz/ABr

PETROBRAS INJETA US$ 10 BI NO RIO

A

Petrobras encerrou, ontem, a novela sobre o local de seu megaempreendimento em refino de petróleo no Estado do Rio de Janeiro. Os municípios de Itaboraí e São Gonçalo, ambos localizados na região Metropolitana do Rio, foram escolhidos para serem a sede dos investimentos que podem chegar a até US$ 10 bilhões. A primeira etapa do negócio, que deve ficar com US$ 3,5 bilhões e estar concluída até 2012, vai contar com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento

CARTÕES

O

s bancos Bradesco e Real e a Fidelity National assinaram acordo para formar uma parceria com a finalidade de prestar serviços de processamento de cartões. A nova empresa atenderá os atuais clientes da Fidelity e dos novos parceiros, bem como outros emissores de cartões. Os serviços abrangem toda a cadeia do setor: do processamento às centrais de atendimento, além do gerenciamento de riscos. (DC)

DÍVIDA

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s ativos cambiais do setor público superaram as dívidas em dólar em pouco mais de R$ 5 bilhões em fevereiro, mostraram números divulgados ontem pelo Banco Central. A dívida líquida interna e externa indexada ao dólar somou em fevereiro R$ 32,7 bilhões, o que correspondeu a 3,2% da dívida total de R$ 1,021 trilhão. No mês, com os contratos de swap cambial reverso, o BC era credor do equivalente a R$ 37,711 bilhões em dólar. Somadas as duas posições, a posição ativa do setor público em câmbio era de R$ 5,015 bilhões no mês. (Reuters) A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Consórcio paga US$ 319 milhões pela Light

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Infraero impedirá vôos da Varig

O presidente Lula em reunião ontem com a direção da Petrobras

Econômico e Social (BNDES) e do grupo Ultra. A participação acionária de cada um será definida no final deste ano. O presidente do grupo Ultra, Paulo Cunha, disse que a idéia é dividir com a Petrobras a sociedade, a partir da definição da parte que ficará

com o BNDES. "Se o banco ficar com 10% ou 20%, dividimos a outra parte", explicou. No momento, estão descartados outros sócios, mas o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que a segunda geração da planta terá sim outros sócios. (AE)

FUTURO PREOCUPA CONSUMIDOR

O

consumidor ficou menos otimista em relação à economia. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor apurado em março pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que caiu 1% frente a fevereiro. Segundo o coordenador de Sondagens Conjunturais da FGV, Aloisio Campelo, o brasileiro está mais preocupado com o futuro do que com o presente. Enquanto o Índice da Situação Atual subiu 0,9%

em março, o índice de expectativas caiu 2,1% frente a fevereiro. Esse dois indicadores compõem a taxa final apurada pela FGV. Campelo destacou que a maior confiança na atual economia reflete a recuperação da situação financeira das famílias. Entre fevereiro e março, a parcela de consumidores que a consideraram boa aumentou de 18,7% para 19,5%, enquanto a dos que a julgaram ruim diminuiu de 17,5% para 16,2%. (AE)

DIFERENÇA DE 160% EM TARIFAS

P

esquisa da Fundação Procon-SP, realizada em fevereiro, sobre tarifas bancárias avulsas em dez instituições financeiras, mostra que a maior diferença na cobrança ocorreu no serviço de manutenção do cartão de débito. Enquanto a Nossa Caixa

cobra R$ 6,00 pela manutenção mensal do serviço, o preço no Santander é de R$ 2,30, uma diferença de 160,87%. A pesquisa se baseou em perfil hipotético de um cliente pessoa física, titular de conta corrente com cheque especial. (AE)

TAXA DE JURO AMERICANA VAI A 4,75%

O

Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) elevou a taxa de juros norte-americana pela 15ª vez seguida, ontem, e indicou que aumentar o aperto para manter a inflação sob controle. Como era esperado, o

banco central americano votou por unanimidade a elevação da taxa em 0,25 ponto percentual, para 4,75%, o maior patamar desde abril de 2001. A alta foi decidida durante a primeira reunião do Fed sob a chefia do novo chairman, Ben Bernanke. (Reuters)

Unilever (detentora de marcas como Dove, Rexona e Axe) aposta em um novo produto para garantir sua supremacia no mercado brasileiro de desodorantes. Com 62% de participação no segmento, que movimentou R$ 1,4 bilhão em 2005, a empresa apresentou ontem a linha Rexona Crystal roll-on e aerosol. De acordo com a diretora de Marketing da marca, Andréia Rolim, a fórmula do novo produto contém ativos que não mancham a roupa ou deixam resíduos da pele. Segundo a executiva, o lançamento do novo produto, que teve investimentos de R$ 10 milhões, é um dos meios da Rexona para manter o crescimento que vem obtendo nos últimos anos. Atualmente a marca detém 41,7% de participação

A

no mercado de desodorantes, conforme dados de fevereiro do Instituto ACNielsen. A Rexona fechou o ano passado com uma expansão de 16% no setor, resultado um pouco abaixo de todo o mercado, que cresceu 20,5% em

2005, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Concorrência – Já a concorrente Nivea tenta ganhar espaço com o Nivea Pure roll-on. A empresa acaba de lançar a versão aerosol. O produto responde por 5% das vendas da linha de desodorantes Nivea, que detém 9,7% de participação no mercado nacional. Em contrapartida, a marca Banho a Banho, da Johnson & Johnson, que não tem prod u t o s e m elhante, reduziu os preços para vender mais. E teve expansão de 264% de 2004 para 2005. Adriana David

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇOS

quarta-feira, 29 de março de 2006

AVISO AOS ACIONISTAS Paranoá Indústria de Borracha S.A

CNPJ 01.642.931/0001-56 Relatório da Diretoria Srs. Acionistas: De acordo com as disposições legais e estatutárias, apresentamos para vossa apreciação o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31/12/2005. Estamos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos necessários. A Diretoria. Demonstração do Resultado - Exercício findo em Balanço Patrimonial em 31 dezembro de 2005 (Em R$ mil) 31 de Dezembro de 2005 (Em R$ mil) 2005 2004 Ativo 2005 2004 P a s s i v o 2005 2004 19.621 18.627 Circulante 26.365 27.972 Circulante Receita Operacional Bruta 133.944 113.769 Empréstimos e Financiamentos 5.070 3.840 Disponível 973 725 Impostos sobre vendas e devoluções (32.960) (24.062) Fornecedores 4.637 7.359 Contas a Receber 13.465 13.508 100.984 89.707 Obrigações Sociais e Trabalhistas 3.198 2.624 Receita Operacional Líquida Estoques 9.511 11.788 (82.879) (72.217) Obrigações Fiscais e Tributárias 1.769 1.968 Custos dos produtos vendidos Impostos a Recuperar 1.519 1.041 18.105 17.490 Outras Contas a Pagar 2.513 1.179 Lucro Bruto Outros Créditos 726 721 Dividendos Propostos 2.434 1.497 (Despesas) Receitas Operacionais: Despesas Antecipadas 171 189 Despesas Administrativas (3.767) (3.384) Participação Estatutária – 160 Realizável a Longo Prazo 4.450 3.616 Despesas Comerciais (2.911) (2.397) Exigivel a Longo Prazo 10.953 7.183 Créditos Tributários 2.874 2.452 Despesas Financeiras, líquidas (3.893) (1.995) Empréstimos e Financiamentos 7.870 5.001 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido 412 687 Receitas (Despesas) Operacionais, líquidas (225) 23 Partes Relacionadas 3.083 2.182 Impostos a recuperar 1.063 454 Participação dos funcionários (801) (978) Patrimônio Líquido 23.660 20.201 Depósitos judiciais 101 23 Amortização do ágio (1.322) (996) Capital Social 10.864 10.864 5.186 7.763 Permanente 23.419 14.423 Reserva de Capital 4.186 4.397 Lucro Operacional 187 283 Imobilizado Líquido 23.285 14.225 Reservas de Lucros 6.344 4.331 Resultado não Operacional Lucro do Período s/ Participações 5.373 8.046 Diferido 134 198 Lucros/Prejuízos Acumulados 2.266 609 Imposto de renda e contribuição social-corrente (654) (1.599) Total do Ativo 54.234 46.011 Total do Passivo 54.234 46.011 Imposto de renda e contribuição social-diferido (273) (459) Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras em 31/12/2005 Demonstrações das mutações do Patrimônio Líquido (Em R$ mil) Lucro do Período 4.446 5.988 Capital Reservas de Lucros(Prej) 1. Objetivo Social - A sociedade tem por objetivo a fabricação, Lucro por ação (quota) do capital social final 2,44 1,81 comercialização, importação e exportação de mangueiras de baixa e alta Social Capital Lucros acumulados Total Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos pressão. Saldos em 31/12/2004 10.864 4.397 4.331 610 20.202 Exercício findo em 31 de Dezembro de 2005 (Em R$ mil) 2. Demonstrações Contábeis - Foram feitas de acordo com normas e pro- Acervo Liq. Incorp. Artix – 1.744 – – 1.744 2005 2004 cedimentos contábeis instituídos pela lei das sociedades por ações, lei 6404/ Aumento Capital 1.955 (1.955) – – – 25.334 16.610 76, paradigmas da CVM, tendo por objetivo apresentar a situação finan- Redução Capital (1.955) – – – (1.955) Origens Lucro Liquido do Exercício 4.446 5.988 ceira, bem como os resultados da empresa. Reversão divid. propostos – – – 1.497 1.497 Amortização do ágio 1.321 996 3. Ativo Imobilizado - É registrado pelo custo de aquisição, deduzido da Reversão partic. societária – – – 160 160 Baixa do Ativo Permanente 38 78 depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método line- Lucro Liquido do exercício – – – 4.446 4.446 Depreciações 2.033 1.563 ar, com base em taxas que levam em consideração a vida útil econômica Destinação do resultado: Imposto de renda e contribuição social diferidos 274 459 dos bens, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação tributária. Dividendos propostos – – – (2.434) (2.434) Encargos financeiros do exigivel a longo prazo 1 4 4. Capital Social - O Capital Social é de R$ 10.864.123,00 (dez milhões, Constit. reserva especial – – 1.790 (1.790) – Emprestimos e financiamentos de terceiros 15.321 5.422 oitocentos e sessenta e quatro mil, cento e vinte e três reais) dividido em Constit. de reserva legal – – 222 (222) – Mútuo financeiro dos acionistas 1.900 2.100 3.422.226 (três milhões, quatrocentos e vinte e dois mil, duzentos e vinte e Saldos em 31/12/2005 10.864 4.186 6.343 2.267 23.660 seis) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Demonstrativo do Imobilizado 31/12/2005 Aplicações 27.935 12.285 Máquinas e Equipamentos 23.900 Aumento (Redução) do Realizável a Longo Prazo 773 466 Demonstrativo de Estoque (Em milhares de Reais) 31/12/2005 Instalações 1.511 Transferencia do exig.Longo Prazo p/passivo circulante 13.451 1.923 Produtos Acabados 1.634 Móveis e Utensílios 893 Aumento do Ativo Permanente 11.066 8.239 Produtos em Elaboração 1.840 Equipamentos de Processamento de Dados 1.385 Redução de capital 211 – Matéria-Prima e Auxiliares 5.894 7.985 Dividendos propostos 2.434 1.497 (-) Provisão para perdas com estoques obsoletos (199) Outras Imobilizações (-) Depreciação Acumulada 12.389 Participação estatutária – 160 Almoxarifado 342 Total 23.285 Total 9.511 Aumento (Redução) Capital no capital circulante (2.601) 4.325 Ativo Circulante (1.607) 11.468 Diretoria Conselho de Administração No fim do exercício 26.365 27.972 Toma Kass Mwosa - Diretor Presidente Toma Kass Mwosa No início do exercício (27.972) (16.504) Victor Maria Arrizabalaga Elu Marcos Lourenço Ribeiro - Diretor Administrativo Financeiro Passivo Circulante 994 7.143 Amaniel Musa Toma Solange Macedo Sylvestre Roberto Cardoso Diretor Comercial No fim do exercício 19.621 18.626 Ivo Stangalin TC CRC 1SP133714/0-5 Luis Gustavo Kass Mwosa - Diretor Industrial No início do exercício (18.627) (11.483) Ibrahin João Elias CPF 008.820.588-60 Aumento (Redução) Capital no capital circulante (2.601) 4.325 Iñigo Eduardo Larcurain Pagaegui

MOINHO ÁGUA BRANCA S/A CNPJ.MF Nº 61.157.723/0001-93 RELATORIO DA DIRETORIA Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições Legais e Estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras correspondentes aos exercícios findos em 31/12/2005 e 2004, acompanhadas das Notas Explicativas. A Diretoria encontra-se ao inteiro dispor dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. São Paulo, 29 de março de 2006. A DIRETORIA. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em reais - centavos eliminados) DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCICIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 DE 2004 (em reais - centavos eliminados) ATIVO 2005 2004 PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO 2005 2004 2005 2004 CIRCULANTE CIRCULANTE RECEITA OPERACIONAL BRUTA 9.427.226 10.854.794 Caixa e Bancos 7.842 4.193 Fornecedores 702.495 30.173 IMPOSTOS INCIDENTES S/VENDAS (1.497.919) (1.937.831) Contas a Receber de Clientes 695.854 2.017.978 Financiamentos 37.301.831 54.131.500 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 7.929.307 8.916.963 Estoques 675.990 – Impostos e Recolher 4.828 83.853 Custo de Industrialização 5.044.891 6.486.215 Antecipação de Impostos 160.055 127.758 Salarios e Encargos 227.939 255.144 LUCRO BRUTO 2.884.416 2.430.748 Adiantamentos Diversos 1.042.202 21.012 Contas a Pagar 1.057.404 1.058.165 DESPESAS OPERACIONAIS Despesas do Exercicio Seguinte 1.188 713 39.294.497 55.558.835 Administrativas 2.193.104 2.738.393 2.583.131 2.171.654 Financ. (Deduzidas de R$ 140.948 em 2005 de REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMONIO LIQUIDO Desps. e R$ 260.008 em 2004 de Receitas) (73.409) 13.290.911 Empresas Interligadas 3.363.616 3.363.616 Capital Social 26.400.000 9.400.000 Comerciais 491.991 510.824 Outras Contas 500.710 493.664 Ágio na Subscr. Capital 14.500.000 14.500.000 Tributarias 440.505 445.570 Antecipação de impostos 3.556.695 3.381.055 Reservas de Reavaliação 33.704.071 34.994.233 Depreciação 1.389.048 3.024.783 Provisão p/ Contas de Cobrança Duvidosas (3.363.616) (3.363.616) Lucros(Prejuizos) Acumulados (72.636.030) (72.395.645) 4.441.239 20.010.481 4.057.405 3.874.719 1.968.041 (13.501.412) LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (1.556.823) (17.579.733) PERMANENTE RECEITAS (DESPS.) NÃO OPERACIONAIS 26.276 40.876 Investimentos 568.125 568.125 LUCRO (PREJ.) ANTES DO IMP. RENDA (1.530.547) (17.538.857) Provisão p/ Perdas (511.312) (511.312) Prov. P/Imp. de Renda Cont. Social – – 56.813 56.813 Lucro(Prejuizo) Liquido do Exercicio (1.530.547) (17.538.857) Imobilizado 75.465.574 75.472.094 LUCRO(PREJ.) P/ LOTE DE MIL AÇÕES (0,000) (3,508) ( – ) Depreciação (40.900.385) (39.517.857) 34.565.189 35.954.237 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 34.622.002 36.011.050 TOTAL DO PASSIVO E EXERCICIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 TOTAL DO ATIVO 41.262.538 42.057.423 PATRIMONIO LIQUIDO 41.262.538 42.057.423 ORIGENS DE RECURSOS 2005 2004 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (em reais centavos eliminados) Lucro(Prejuizo) Liquido do Exercicio (1.530.547) (17.538.857) Aumento de Capital 17.000.000 – Capital Reserva de Lucros (Prejuizos) Agio na Subscrição Depreciações 1.389.048 3.024.783 Social Reavaliação Acumulados de Capital Totais Redução no Realizavel a Longo Prazo – 441.157 Saldo em 31 de dezembro de 2003 9.400.000 36.284.396 (56.146.951) 14.500.000 4.037.445 Baixa Liquida do Imobilizado – 732 Realização da Reserva de Reavaliação – (1.290.163) 1.290.163 – – 16.858.501 (14.072.185) Lucro (Prejuizo) do exercicio – – (17.538.857) – (17.538.857) Total das Origens de Recursos Saldo em 31 de dezembro de 2004 9.400.000 34.994.233 (72.395.645) 14.500.000 (13.501.412) APLICAÇÕES DE RECURSOS Aumento de Capital conf. AGE de 27/04/05 17.000.000 – – – 17.000.000 Aumento no Realizavel a Longo Prazo 182.686 – Realização da Reserva de Reavaliação – (1.290.162) 1.290.162 – – TOTAL DAS APLICAÇÕES DE RECURSOS 182.686 – Lucro (Prejuizo) do exercicio – – (1.530.547) – (1.530.547) (REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL Saldo em 31 de dezembro de 2005 26.400.000 33.704.071 (72.636.030) 14.500.000 1.968.041 CIRCULANTE LÍQUIDO 16.675.815 (14.072.185) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 1. CONTEXTO OPERACIONAL - A Empresa tem como atividade prepon- mativa da utilidade dos bens. b) Investimentos - estão demonstrados VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE: derante a industrialização e comercialização de produtos e subprodutos pelo custo de aquisição, acrescidos de correção monetária até 31.12.95. Ativo Circulante 2.171.654 1.945.796 derivados do trigo. Foi constituida uma provisão para perdas da ordem de 90% de seu total. No inicio do Exercicio 2.583.131 2.171.654 c) Financiamentos - estão acrescidos dos correspondentes encargos e No Final do Exercicio 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As De411.477 225.858 variações monetárias incorridos. d) Capital social - Conforme AGE realimonstrações Financeiras foram elaboradas com base nos critérios estazada em 27/04/05, o Moinho Água Branca S.A. aumentou o Capital Social PASSIVO CIRCULANTE: belecidos pela Lei das Sociedades por Ações e Legislação Fiscal e, a inicio do Exercicio 55.558.835 41.260.792 da Sociedade em R$ 17.000.000,00 mediante a emissão de No partir de 1º de janeiro de 1996, estão sendo apresentadas em conformi39.294.497 55.558.835 23.545.706.371 novas ações ao preço de R$ 0,722 por lote de 1.000 ações, No Final do Exercicio dade com o art. 4º da lei nº 9249 de 26/12/95, que extinguiu a correção (16.264.338) 14.298.043 sendo 15.697.137.581 ações preferenciais e 7.848.568.790 ações ordimonetária de balanço para fins fiscais e societários. nárias, todas sem valor nominal. O Capital Social Subscrito e Integralizado (REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL 3. PRINCIPAIS PRATICAS CONTABEIS - a) Imobilizado - está demons- aumentou de R$ 9.400.000,00 para R$ 26.400.000,00 e de 5.000.000.000 CIRCULANTE LÍQUIDO 16.675.815 (14.072.185) trado ao custo de aquisição ou construção, acrescido de reavaliação, de ações para R$ 28.545.706.371 ações, sendo 9.515.235.458 ações orcorrigido monetáriamente até 31/12/95. As depreciações são calculadas dinárias nominativas e 19.030.470.913 ações preferenciais nominativas, ANTONIO CELSO BERMEJO CARLOS ALBERTO YANISHI através do método linear sendo, à taxas variaveis, de acordo com a esti- todas sem valor nominal. Diretor CT. CRC. 1SP166124/O-3

DASCAM CORRETORA DE CÂMBIO S.A. CNPJ: 65.645.137/0001-49 Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante 829 783 Circulante 224 316 Disponibilidades 91 129 Outras Obrigações 224 316 Títulos e Valores Mobiliários 462 306 Fiscais e Previdenciárias 60 114 Carteira Própria 462 306 Diversas 164 157 Outros Créditos 274 346 Dividendos e Bonificações a Pagar – 45 Rendas a Receber 260 345 Patrimônio Liquido 997 991 Diversos 17 46 Capital Social 702 702 (–) Prov. p/ Outros Cred. Liq. Duvidosa (3) (45) De Domiciliados no País 702 702 Outros Valores e Bens 2 2 Reservas de Lucros 48 34 Despesas Antecipadas 2 2 Reserva Legal 48 34 Permanente 392 524 Lucros ou Prej. Acumulados 247 255 Imobilizado de Uso 384 521 Total do Passivo 1.221 1.307 Outras Imobilizações de Uso 670 743 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (–) Depreciações Acumuladas (286) (222) para o 2º Semestre de 2005 Exercícios findos em 31 de Diferido 8 3 dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) Gastos c/ Aq. Desenv. Logiciais 57 51 Reservas Reservas Lucros ou (–) Amortizações Acumuladas (49) (48) Capital de de Prejuízos Total do Ativo 1.221 1.307 Eventos Realiz. Capital Lucros Acumuls. Total Notas Explicativas das Demonstrações Contábeis em Saldos em 01/07/2005 702 – 44 433 1.179 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) Reserva Legal – – 4 (4) 0 1. Contexto Operacional - De acordo com a 14ª Alteração Contratual realiza- Lucro Liq. (prej.) Periodo – – – 88 88 da no dia 11 de maio de 2.000, os sócios aprovaram a transformação do tipo Destinações: da sociedade por quotas de responsabilidade limitada para sociedade anôniLucros Distribuidos – – – (270) (270) ma, sob a denominação social de Dascam Corretora de Câmbio S/ Saldos em 31/12/2005 702 – 48 247 997 A.,devidamente homologada pelo Banco Central do Brasil em 18 de agosto Mutações do Período 0 – 4 (186) (182) de 2000. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstra- Saldos Em 01/01/2005 702 – 34 255 991 ções contábeis foram preparadas de acordo com as disposições contidas na Reserva Legal – – 14 (14) 0 Lei das S/A , com os critérios estabelecidos pelo Plano Contábil das Institui- Lucro Liq. (Prej.) Periodo – – – 308 308 ções do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, do Banco Central do Brasil e Destinações: elaboradas de acordo com os princípios de contabilidade emanados da “le- Lucros Distribuidos – – – (270) (270) gislação societária”. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis - a) TítuJuros s/ Capital Próprio – – – (48) (48) los e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: A Corretora Efeitos Trib. dos Juros adotou os critérios para registro e avaliação dos títulos e valores mobiliários e sobre Capital Próprio – – – 16 16 dos instrumentos financeiros derivativos, determinados pelas Circulares nºs Saldos em 31/12/2005 702 – 48 247 997 3068, de 08 de novembro de 2001 e 3082, de 30 de janeiro de 2002, respecti- Mutações do Período 0 – 14 (8) 6 vamente do Banco Central do Brasil. A Corretora não adota como estratégia Saldos em 01/01/2004 392 250 72 225 939 de atuação adquirir títulos e valores mobiliários com o propósito de serem Prêmios de Debêntures 250 (250) – – 0 negociados de forma ativa e freqüente. Os títulos de renda fixa estão Reserva Legal 60 – (38) (22) 0 custodiados no CETIP; b) Imobilizado de Uso/Diferido: O imobilizado de uso Lucro Liq. (Prej.) Periodo – – – 490 490 está contabilizado ao custo de aquisição, e a depreciação é calculada pelo Destinações: método linear, com base em taxas que levam em consideração a vida útil e Lucros Distribuidos – – – (375) (375) econômica dos bens e, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação Juros s/ Capital Próprio – – – (90) (90) tributária sendo: 10% a.a. p/ Moveis e Equipamentos de Uso, Instalações, SisEfeitos Trib. dos Juros temas Comunicação-Equipamentos e 20% a.a. para Sistemas de sobre Capital Próprio – – – 27 27 Processamento de Dados. O diferido é representado por Desenvolvimento de Saldos em 31/12/2004 702 0 34 255 991 Sistemas Informatizados, sendo amortizado a alíquota de 20% a.a.; c) Apura- Mutações do Período 310 (250) (38) 30 52 ção de Resultados: O regime de apuração do resultado é o de competência; d) 2º Sem. Exercícios Ativo e Passivo Circulante, Realizável e Exigível a Longo Prazo: São demons2005 2005 2004 trados pelos valores de realização e liquidação, respectivamente, e contem- g) Lucro Líquido Ajustado plam as variações monetárias, bem como os rendimentos e encargos auferidos Total 120 341 472 ou incorridos até a data do balanço, reconhecidos em base “pró rata” dia; e) Lucro Líquido do Período 88 308 490 Provisões para Imposto de Renda e Contribuição Social: O Imposto de Renda Depreciações/Amortizações 32 65 45 da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foram calcu- Juros s/ Capital Próprio – (48) (90) lados com base no lucro tributável, ajustados nos termos da legislação perti- Efeitos Tributários s/ Juros Cap. – 16 27 nente; f) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Com base na análise h) Outros Créditos - Diversos 31.12.2005 31.12.2004 das operações em aberto, dos riscos específicos e globais da carteira, bem Total 17 46 como as diretrizes do Banco Central do Brasil (Art. 6º da Resolução nº 2.682 Adiant.e Antec. Salários 2 6 de 21/12/1999), a provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituí- Adiant. p/c de Imobilizações 8 – da (R$ 3 mil) referente a clientes inadimplentes inscritos na rubrica Correta- Devedores Diversos - País – 40 gens de Câmbio à Receber. Imposto de Renda a Compensar 7 – i) Outras Obrigações - Diversas 31.12.2005 31.12.2004 Parecer dos Auditores Independentes Total 164 157 Ilmos. Senhores Diretores e Acionistas da Provisão p/ Pagtºs a Efetuar 70 73 Dascam Corretora de Câmbio S/A 86 81 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Dascam Corretora de Câmbio S/ Credores Diversos - País 8 3 A, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demons- Obrigações Aq. Bens e Direitos 4. Capital Social O capital social está representado por 701.613 (Setecentos trações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e e um mil, seiscentos e treze) ações ordinárias nominativas sem valor nominal o aplicações de recursos correspondentes ao 2 . semestre 2005 e exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administra- em 31/12/2005 e em 31/12/2004, totalmente subscritas e integralizadas na ção. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas de- ministração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações monstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, e compreenderam: (a) o planeja- contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspecmento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de tran- tos relevantes, a posição patrimonial e financeira da, Dascam Corretora de sações e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a Câmbio S/A em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operaconstatação, com base em testes, das evidências e dos registros que supor- ções, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de tam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das seus recursos correspondentes ao 2o semestre 2005 e exercícios findos napráticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela ad- quelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Con-

Demonstração do Resultado para o 2º Semestre de 2005 e Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) 2º Sem. Exercícios Discriminação 2005 2005 2004 Receitas da Intermediação Financeira 60 99 82 Resultado de Titls. e Vlrs. Mobiliários 60 99 82 Despesas de Intermediação Financeira – – (5) Provisão p/ Créditos em Liquid. Duvidosa/Reversão – – (5) Resultado Bruto da Intermediação Financeira 60 99 77 Outras Receitas/Despesas Operacionais 61 415 621 Receitas de Prestação de Serviços 1.507 3.266 3.502 Despesas de Pessoal (632) (1.293) (1.406) Outras Despesas Administrativas (665) (1.228) (1.114) Despesas Tributarias (156) (341) (364) Outras Despesas/Receitas Operacionais 7 11 3 Resultado Operacional 121 514 698 Resultado não Operacional – (81) – Resultado antes da Tributação s/ o Lucro e Partic. 121 433 698 Imposto de Renda e Contribuição Social. (33) (125) (208) Lucro Líquido 88 308 490 Quantidade de Ações 701.613 Lucro por Ações (Valor Inteiro) 0,13 0,44 0,70 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para o 2º Semestre de 2005 e Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) 2º Sem. Exercícios Discriminação 2005 2005 2004 A. Origem dos Recursos 358 494 821 Lucro Liquido Ajustado do Período 120 341 472 Baixa - Imobilizado de Uso 81 Recursos de Terceiros Originários de: Diminuição do Subgrupo do Ativo: 238 72 349 Outros Créditos – 72 – Títulos e Valores Mobiliários 238 349 B. Aplicação dos Recursos 432 532 781 Inversões em: 9 14 400 Imobilizado de Uso 3 8 397 Diferido 6 6 3 Lucros Distribuídos 270 270 375 Diminuição do Subgrupo do Passivo: 95 92 2 Outras Obrigações 95 92 2 Aumento dos Subgrupos do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 62 156 4 Títulos e Valores Mobiliários – 156 – Outros Créditos 58 – 4 Realizável a Longo Prazo Aumento/Redução das Disponibilidades (A - B) (74) (38) 40 Modificações na Posição Financeira Disponibilidades: Inicio do Período 165 129 89 Fim do Período 91 91 129 Aumento ou Redução (74) (38) 40 data do balanço, por acionistas domiciliados no país. 5. Contingências - As declarações de renda dos últimos cinco exercícios estão sujeitas à revisão e apuração pelas autoridades fiscais. Outros impostos e contribuições permanecem sujeitos a revisão e aprovação pelos órgãos competentes por períodos variáveis de tempo. Há contingências na esfera tributária federal, não provisionadas no balanço, por entender esta administração e seus assessores jurídicos, tratarem-se de matérias improcedentes, cujas contestações já impetradas em instância administrativa, serão favoráveis à Instituição. 6. Remuneração do Capital Próprio - No exercício foram pagos R$ 48 mil (R$ 90 mil em 31/12/2004), referente a juros sobre o capital próprio, conforme faculta o artigo 9 da Lei 9249/95, contabilizado como despesa operacional, reclassificada nas Demonstrações de Resultado e Mutações do Patrimônio Líquido em conformidade com a Circ. 2739/97 e com efeitos tributários de R$ 16 mil (R$ 27 mil em 31.12.2004) relativos à IRPJ/CSLL no período. Diretoria Sergio Luiz Bastos Brotto Antonio D’Amico Nilo Moreira da Silva Ismael Marchiolli - Téc. Contab. - CRC-SP 1SPO69.812/0-1 forme mencionado na Nota Explicativa nº. 05, às demonstrações contábeis, não foi constituída a provisão de contingências na esfera Tributária Federal. A Administração da Corretora e os Assessores Jurídicos entendem tratar-se de matéria improcedente, cuja contestação já foi impetrada em instância administrativa. São Paulo, 03 de março de 2006. Itikawa Auditores Independentes Alcindo Takachi Itikawa Sociedade Simples Contador CRC 2SP021239/O-9 CRC 1SP088652/O-9

COMUNICADOS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – ÁREA – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0427/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Vila Olinda II – Rua Rainha Elisabeth, 50 – Vila Regina – Embú/SP – 270 – R$ 106.707,00 – R$ 10.670,00 – 09:30 – 24/04/2006. 05/0429/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Profª. Zeyci Apparecida Nogueira Baptista – Rua José Domingues de Moraes, 18 – Jardim Oliveiras – Taboão da Serra/SP – 104,70m² – 210 – R$ 58.556,00 – R$ 5.855,00 – 10:30 – 24/04/2006. 05/0430/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Fernando Pessoa – Av. dos Ferroviários, 200 – Cidade Tiradentes – São Paulo/ SP – 84,00m² – 210 – R$ 32.864,00 – R$ 3.286,00 – 14:00 – 24/04/2006. 05/0431/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. Lúcio de Carvalho Marques – Rua Jacira Ferrari de Oliveira, 39 – Ermelino Matarazzo – São Paulo/SP – 180 – R$ 40.907,00 – R$ 4.090,00 – 15:00 – 24/04/2006. 05/0457/06/02 –Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Dr. Nelson Manzanares – Praça Presidente Castelo Branco, s/n – Serpa – Caieiras/SP – 120 – R$ 24.700,00 – R$ 2.470,00 – 16:00 – 24/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 20/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

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A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – ÁREA – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0484/06/02 – Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Tte. Joaquim Marques da Silva Sobrinho – Rua Américo de Campos, s/n – Polvilho – Cajamar/SP – 210 – R$ 42.178,00 – R$ 4.217,00 – 09:30 – 26/04/2006. 05/0485/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Pedro Brandão dos Reis – Rua Piratininga, 332 – São José – José Bonifácio/ SP – 17,21m² – 210 – R$ 22.314,00 – R$ 2.231,00 – 10:30 – 26/04/2006. 05/0486/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Profª. Genoveva Pinheiro Vieira de Vitta – Rua Rio Grande do Norte, 1697 – Bela Vista – São Joaquim da Barra/SP – 27,53m² – 240 – R$ 75.354,00 – R$ 7.535,00 – 14:00 – 26/04/2006. 05/0487/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Prof. Armando Rizzo – Rua Renato Araújo, 281 – Jardim Araújo – Votorantim/ SP – 18,90m² – 240 – R$ 26.174,00 – R$ 2.617,00 – 15:00 – 26/04/2006. 05/0490/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Gabriel Prestes – Rua Duque de Caxias, 189 – Centro – Lorena/SP – Adequação 30 / Construção/Reforma de Pequeno Porte 210 – R$ 50.426,00 – R$ 5.042,00 – 16:00 – 26/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 25/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

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A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – ÁREA – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0458/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Profª. Zenaide Vilalva de Araujo – Rua Belo Jardim, 674 – Pirituba – São Paulo/ SP – 16,10m² – 210 – R$ 31.005,00 – R$ 3.100,00 – 09:30 – 25/04/2006. 05/0473/06/02 –Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Profª. Antonia Baptista Calazans Luz – Rua 1º de Maio, 894 – Centro – Apiaí/SP – 120 – R$ 16.850,00 – R$ 1.685,00 – 10:30 – 25/04/2006. 05/0480/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Cel. Nhonho Braga – Rua Cel. Nhonho Braga, 60 – Centro – Pirajú /SP – 167,81m² – Reforma de Pequeno Porte 240 / Adequação 210 – R$ 78.276,00 – R$ 7.827,00 – 14:00 – 25/04/2006. 05/0481/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio Escolar com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador – EE Augusto Pereira de Moraes – Av. Olsen, 315 – Centro – Penápolis/SP – 80,66m² – 240 – R$ 54.525,00 – R$ 5.452,00 – 15:00 – 25/04/2006. 05/0482/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Mto. Justino Gomes de Castro – Rua Goias, 142 – Vila Lambari – Mococa/SP – 124,55m² – 150 – R$ 40.415,00 – R$ 4.041,00 – 16:00 – 25/ 04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 24/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

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A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0227/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Maria Leoni – Praça Carmem Miranda, s/n - Jardim Paraventi Guarulhos/SP – 90 – R$ 22.061,00 – R$ 2.206,00 – 09:30 – 17/04/2006. 05/0246/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Benedicto Loschi – Av. Santo Ceolim, s/n - Corrupira - Jundiaí/SP – 90 – R$ 18.012,00 – R$ 1.801,00 – 10:30 – 17/04/2006. 05/0248/06/02 - Reforma de Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. Jorge Calil Assad Sallum – Rua Alberto Novaes, 240 – Lot Res Furlan – Santa Bárbara D´Oeste/SP – Adequação 30 / Reforma de Pequeno Porte 120 – R$ 19.259,00 – R$ 1.925,00 – 14:00 – 17/04/2006. 05/0265/06/02 – Construção de ambientes complementares em Prédio(s) Escolar(es) - EE Profª Jordina Amaral Arruda – Rua Reinero Corradini, 55 – Jardim Marajoara – EE Mário Guilherme Notari – Rua Ida Caldini, s/n – Luciana Maria - Sorocaba/ SP – 90 – R$ 30.714,00 – R$ 3.071,00 – 15:00 – 17/04/2006. 05/0276/06/02 – Construção de ambientes complementares em Prédio(s) Escolar(es) - EE Profª. Rosa Mari de Souza Simielli – Av. Maj Novaes, 1905 – Sorocabano – EE Profª. Aurora Ferraz Vianna dos Santos – Rua João Volpi, s/n – Parque 1º de Maio - Jaboticabal/SP – 90 – R$ 31.546,00 – R$ 3.154,00 – 16:00 – 17/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 13/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO – PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - ÁREA – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0331/06/02 – Construção de ambientes complementares em Prédio(s) Escolar(es) – EE Amador Bueno da Veiga – Rua José Maria de Oliveira, 190 – Parque Sabará – Taubaté/SP – 90 – R$ 15.862,00 – R$ 1.586,00 – 09:30 – 19/04/2006. 05/0332/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE/EMEI Alberto Kenworthy – Rua Botelho, 210 – Vila Lourdes – Carapicuíba/SP – EE Batista Cepelos – Av. Nossa Senhora de Fátima, 206 – Mont Serrat – Cotia /SP – Adequação 90 / Reforma de Pequeno Porte 60 – R$ 38.082,00 – R$ 3.808,00 – 10:30 – 19/04/2006. 05/0372/06/02 – Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Profª. Luiza Maria Bernardes Nory – Av. Joaquim Buranello, 40 – Jardim Eldorado – Penápolis/SP –120 – R$ 16.309,00 – R$ 1.630,00 – 14:00 – 19/04/2006. 05/0375/06/02 – Construção de ambientes complementares em Prédio(s) Escolar(es) - EE Prof. Germano Negrini – Av. São Luis, 108 – Jardim Villaca – São Roque/SP – EE Prof. Dionysio Vieira – Av. Olinda Aires Paulete (Rua Sete, 51), s/n – Santa Marina II - Sorocaba/SP – 90 – R$ 31.197,00 – R$ 3.119,00 – 15:00 – 19/04/2006. 05/0388/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de Prédio(s) Escolar(es) – EE Cel Abílio Alves Marques – Av. Quito Stamato, 190 – Jardim São João – Bebedouro/SP – 168,34m² – 120 – R$ 33.566,00 – R$ 3.356,00 – 16:00 – 19/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 30/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 18/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo


quarta-feira, 29 de março de 2006

Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

CINCO MILHÕES DE EMPRESAS ESTÃO NA INFORMALIDADE

Essa visão da Receita de que o contribuinte deve pagar e não pode reclamar tem que acabar. Gilberto Luiz do Amaral

Jane de Araújo/Ag. Senado

Super-Receita deve servir ao governo e ao contribuinte Essa foi a posição defendida durante audiência pública realizada no Senado Federal Marcos Fernandes/Ag. Luz

O

projeto de lei que prevê a fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária, a chamada SuperReceita, deve contemplar medidas de proteção ao contribuinte e não apenas sistemas que garantam a redução dos gastos públicos e a otimização dos trabalhos de fiscalização e arrecadação de impostos. Esse foi o principal ponto defendido, ontem, durante a terceira audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal para discutir o projeto de autoria do governo. O projeto de lei complementar nº 20/06 está tramitando em substituição à MP 258, editada no ano passado e que criava a Super-Receita, mas que perdeu a validade em novembro do ano passado por não ter sido votada em prazo hábil. A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) defendeu que a unificação do dois órgãos deve garantir os seguintes benefícios aos contribuintes: horário mínimo para o atendimento, estabelecimento de prazo para

O projeto que cria a Super-Receita foi discutida na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Paulo Pampolin/Digna Imagem

Gilberto Luiz do Amaral: poderes devem ser equilibrados

que a Receita Federal decida as ações, fortalecimento dos conselhos da categoria e dispensa de cópias e autenticações desnecessárias, entre outros. Para o representante da OAB-SP, o tributarista Antônio Carlos Rodrigues do Amaral, atualmente, todas as medidas de proteção ao contribuinte são proteladas, causando medo e estresse nos cidadãos, principalmente nos mais pobres. "Quanto mais pobre o cidadão, mais ele sofre. Hoje a fiscalização começa e não acaba nunca", afirmou Amaral. Informalidade – A mesma

opinião é compartilhada pelo assessor jurídico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Orlando Spinetti, e pelo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo e do Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa, Lucas Isoton. Para eles, a criação da Super-Receita pode ser positiva, desde que haja compromisso com a redução dos gastos públicos e da burocracia e ainda com a regularização das empresas que atuam na informalidade hoje. "Não concordamos com o aumento dos gastos públicos

e queremos ainda que o contribuinte seja respeitado nesse processo. A proposta de unificação adotada também tem que prever a regularização das cerca de 5 milhões de empresas que funcionam totalmente na informalidade", explicou Lucas Isoton. Já o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o tributarista Gilberto Luiz do Amaral, defendeu a criação da Super-Receita somente se for possível estabelecer um equilíbrio entre os poderes do Estado, do fisco e do contribuinte. Tudo isso em benefício de quem paga os impostos. Segundo o tributarista, toda norma tributária, tradicionalmente, tem a finalidade de prejudicar o cidadão, seja na limitação dos seus direitos ou na ampliação da base de cálculo e das alíquotas dos impostos. "Essa visão da Receita de que o contribuinte deve pagar e não

Antônio Carlos: fiscalização sem fim

pode reclamar tem que acabar. É preciso aprovar o Código de Defesa do Contribuinte", defendeu o presidente do IBPT. Gestapo – Já o vice-presidente da Federação de Serviços do Estado de São Paulo (Fesesp), Luigi Nese, disse temer que a unificação das duas instituições possa conceder "super-poderes" à Receita Federal. Isso, na sua visão, poderia

resultar numa "Gestapo fiscal". "Com a unificação, a Receita poderá se tornar uma poderosa arma de cruzamento de informações, podendo até entrar na vida privada do cidadão a ponto de saber, por exemplo, o que ele compra, como e por quê. Isso é perigosíssimo", alertou Nese. Na opinião da presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos e Auxil i a re s d a R e c e i t a F e d e r a l (Sindsarf), Leonilda Terezinha de Araújo, é importante também que o projeto reestruture as carreiras dos servidores administrativos e auxiliares da Receita Federal. "Apoiamos o projeto do governo, porque vemos nele uma oportunidade de otimização do serviço à sociedade. Mas não aprovamos a criação de carreiras de forma generalizada, porque cada uma tem suas próprias peculiaridades e especificidades", afirmou. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

quarta-feira, 29 de março de 2006

. . . continuação da página anterior. . .

HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação: Saldo Consti- Reali- Saldo inicial tuição zação final Imposto de renda sobre P.D.D. 5.997 – (81) 5.916 Imposto de renda sobre BNDU 50 10 – 60 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional – 259 – 259 Imposto de renda sobre operações de liquidação futura – Swap – 2.276 – 2.276 Imposto de renda sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 57 – (283) (226) 6.104 2.545 (364) 8.285 Contribuição social sobre P.D.D. 2.159 – (29) 2.130 Contribuição social sobre BNDU 18 4 – 22 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional – 93 – 93 Imposto de renda sobre operações de liquidação futura – Swap – 736 – 736 Contribuição social sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 20 – (102) (82) 2.197 833 (131) 2.899 Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 10 – (51) (41) 10 – (51) (41) 8.311 3.378 (546) 11.143 Com base no atual nível de capitalização e operações da Instituição, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que os créditos tributários registrados em 31 de dezembro de 2005 tenham a sua realização futura da seguinte forma: Expectativa de realização 2006 2007 2008 2009 2010 Total Créditos tributários de imposto de renda Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.890 1.346 1.139 1.026 515 5.916 BNDU 35 25 – – – 60 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 13 95 151 – – 259 Operações de liquidação futura – Swap 2.276 – – – – 2.276 Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082 (119) (107) – – – (226) Valor presente

4.095

1.359

1.290

1.026

515

8.285

3.775

1.157

1.098

873

438

7.341

Expectativa de realização Créditos tributários de contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa BNDU Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional Operações de liquidação futura – Swap Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082

2006

2007

2008

2009

2010

Total

681 13

485 9

410 –

369 –

185 –

2.130 22

5

34

54

93

736

736

(43)

(39)

(82)

1.392

489

464

369

185

2.899

Valor presente 1.283 Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado “swap” – Circular 3.082 (22)

416

395

314

157

2.565

(19)

(41)

Valor presente

(16)

(36)

(20)

Para fins de determinação do valor presente da realização futura estimada de créditos tributários em cada ano, foi adotada a taxa média de 17,25% ao ano, referente ao custo médio de captação da Instituição. 9.Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias 2005 2004 Provisão para imposto de renda 1.789 10.028 Provisão para contribuição social 5.260 2.063 Imposto de renda retido na fonte a recolher 1.509 1.436 Imposto sobre serviços a recolher 4.641 720 Provisão para imposto de renda diferido 14.420 1.718 Total 27.619 15.965 Parcela de curto prazo 13.199 14.247 Parcela de longo prazo 14.420 1.718 No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a provisão para imposto de renda diferido apresentou a seguinte movimentação: Saldo ConstiSaldo inicial tuição final Imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação 1.718 12.702 14.420 As obrigações fiscais diferidas terão sua realização com base na fluência dos prazos da carteira de arrendamento mercantil. Com base no atual nível de capitalização e operações da Instituição, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que as obrigações fiscais diferidas, registradas em 31 de dezembro de 2005, tenham a sua realização futura da seguinte forma: 2005 2006 2007 2008 2009 Total Imposto de renda Superveniência de depreciação 1.894 1.800 1.656 5.324 3.746 14.420 Valor presente 1.746 1.532 1.409 4.529 3.188 12.404

10.Obrigações por empréstimos Juros

Indexador

Vencimento

2005

2004

0,8% a.a

CDI

Março de 2005

14.418

De 1,93% a 3,125% a.a. De 2,4% a 3,555% a.a. 2,54% a.a. LIBOR + 0,75% a.a. De 5,0905% a.a. De 96,5% do CDI a.a. a 98,6% do CDI a.a.

US$ US$ US$ US$ US$

Até abril de 2006 Até outubro de 2006 Até junho de 2005 Até junho de 2005 Novembro de 2008

2.351 27.919 – – 11.826

13.109 62.517 270 1.069 –

CDI

Até dezembro de 2010

Total

80.302 122.398 122.398

– 76.965 91.383

Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo

51.716 70.682

57.208 34.175

Empréstimos no País – Outras Instituições Banco Itaú BBA S.A Empréstimos no Exterior Hewlett-Packard Finance N.V. HP Isle of Man Hewlett-Packard Financial Services Company Hewlett-Packard Financial Services Company HPFS Funding BV Hewlett-Packard Financial Services Company

11.Outras Obrigações – Dívidas Subordinadas A dívida subordinada, no valor de R$ 2.513 (R$ 1.681 registrado no passivo circulante e R$ 832 no exigível a longo prazo), equivalente a US$ 1.600, é parte de operação de crédito firmada com a Inter American Investment Corporation em 20 de abril de 1999, no valor total de US$ 8.000, cujo prazo de vencimento é de oito anos. Esta dívida está sujeita a encargos financeiros de 15% ao ano, acrescida de variação cambial. 12.Outras Obrigações – Diversas Credores por antecipação de valor residual Obrigações por aquisição de bens e direitos Provisão para pagamento a efetuar Outros credores Total

2005 12.726 6.187 8.858 167 27.938

2004 15.388 2.557 4.429 447 22.821

Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo

21.425 6.513

16.225 6.596

13.Patrimônio Líquido a) Capital Social Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o capital social totalmente subscrito e integralizado, estava representado por 264.509.607 ações, sendo 264.508.606 ações ordinárias e 1.001 ações preferenciais, nominativas, sem valor nominal. b) Dividendos Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 6% do lucro líquido anual ajustado de acordo com a lei. 14. Outras Receitas (Despesas) Operacionais 2º Semestre 2005

Outras receitas operacionais Variação monetária sobre antecipação de impostos Multas e juros de mora sobre recebimentos em atraso Variação cambial de contratos de empréstimos no exterior Outras Outras despesas operacionais Multas e juros sobre impostos Diversos

Exercícios 2005 2004

186 314

247 320

505 492

4.137 30 4.667

12.460 30 13.057

16.157 516 17.670

(1.892) (1.063) (2.955)

(1.997) (1.067) (3.064)

(1.632) (1.465) (3.097)

15. Transações com Partes Relacionadas As transações com partes relacionadas foram efetuadas em condições normais de mercado, no que se refere a prazos de vencimento e taxas de remuneração pactuadas.

2005

Passivo Obrigações por empréstimos Hewlett-Packard Finance N.V. HP Isle of Man Hewlett-Packard Financial Services Company HPFS Funding BV Resultado Despesas com operações de empréstimos e repasses Hewlett-Packard Finance N.V. HP Isle of Man Hewlett-Packard Financial Services Company HPFS Funding BV 16.Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstrativo do imposto de renda e contribuição social Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa (Nota 8) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre P.D.D. (Nota 8) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre BNDU (Nota 8) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre provisão para perdas com bens de arrendamento operacional (Nota 8) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre operações de liquidação futura (Nota 8) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (Nota 8) Variação pela realização/constituição do imposto de renda e contribuição social diferidos passivos sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (Nota 9) Variação pela realização/constituição imposto de renda diferido passivo sobre superveniência de depreciação (Nota 9) Variação pela realização/constituição do crédito tributário diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa – exercícios anteriores (Nota 8) Apuração do imposto de renda – exercício anterior Apuração do imposto de renda – corrente Apuração da contribuição social – exercício anterior Apuração da contribuição social – corrente

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Irving Harold Rothman Presidente

Thomas G. Adams Membro

2004

(2.351) (13.109) (27.919) (62.517) (80.302) (1.339) (11.826) – 2.547 6.908 (123) (1.703)

(6.235) (6.238) 431 –

2005

2004

(3.418)

(110) (12.085) 14

68

352

3.012

(385)

(200)

(12.702)

13.989

– (4.413) (9.819) (6.059) (1.444) (325) (345) (10.028) (1.789) (10.353) (518) (404) (4.741) (2.063) (5.259) (2.467) (16.867) (18.879)

b) Demonstrativo da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social Imposto Contribuição de renda social Lucro do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 (antes do imposto de renda e da contribuição social) 39.194 39.194 Adições (Exclusões) Permanentes 4.320 4.320 Despesas/provisões dedutíveis e outras 4.320 4.320 Temporárias (42.036) 9.161 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (555) (555) Superveniência de depreciação (52.121) – Provisão para perdas em BNDU 41 41 Operações de liquidação futura 9.103 8.179 Ajustes a valor de mercado – Circular 3082 677 677 Outras adições/exclusões 819 819 Base de cálculo antes da compensação do prejuízo fiscal e base negativa 1.478 52.675 Base de cálculo após a compensação do prejuízo fiscal e base negativa 1.478 52.675 Encargos às alíquotas de 25% (imposto de renda) e 9% (contribuição social) – vide Nota 3 item “e” (345) (4.741) 17.Instrumentos Financeiros Derivativos As operações realizadas pela Instituição envolvendo derivativos visam à redução dos riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. A administração desses riscos é efetivada através de definição de estratégias de operação, estabelecimento de sistemas de controle e determinação de limites de posições. A Instituição realiza operações envolvendo instrumentos derivativos, os quais são registrados e atualizados em contas patrimoniais ou de compensação, que se destinam a atender às suas necessidades próprias. A administração desses riscos é efetuada por meio de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e diversas técnicas de acompanhamento das posições. Esses instrumentos financeiros representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, nos termos e datas especificados nos contratos, ou, ainda, compromissos para trocar pagamentos futuros de juros, tendo como finalidade reduzir a exposição a riscos nos respectivos mercados. Os contratos de “swap” são abaixo sumarizados: Valor Valor de Ajuste a Valor Inicial Contrato mercado Contábil Instrumentos Financeiros Derivativos Swap – Diferencial a receber: USD x PRE 10.246 683 (367) 316 Swap – Diferencial a pagar: USD x CDI 38.561 (13.093) (536) (13.629) 48.807 (12.410) (903) (13.313) Os valores de mercado dos diferenciais a receber/a pagar de “swap”, representa o fluxo de caixa trazido a valor presente pelas taxas divulgadas pela ANDIMA. Os contratos de derivativos envolvendo operações de“swaps”encontram-se registrados na Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), envolvendo taxas prefixadas, mercado interfinanceiro, variação cambial. Composição por prazo de vencimento: Instrumentos financeiros derivativos Swap – Diferencial Swap – Diferencial a receber a pagar Total Até 30 dias – – – De 31 a 60 dias – – – De 61 a 90 dias – (2.947) (2.947) De 91 a 120 dias – (4.796) (4.796) De 121 a 150 dias – – – De 151 a 180 dias – – – De 181 a 210 dias – – – De 211 a 240 dias – – – De 241 a 270 dias – (1.528) (1.528) De 271 a 300 dias – (1.473) (1.473) De 301 a 330 dias – (2.628) (2.628) De 331 a 360 dias – – – Acima de 360 dias 316 (257) 59 316 (13.629) (13.313) As perdas líquidas no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, em função da avaliação dos instrumentos financeiros derivativos (“swap”) pelo valor de mercado, conforme requerido pelas Circulares 3.082 do Banco Central do Brasil, estão assim representados: Resultado Ajuste a valor de mercado 677 Efeito tributário (230) Efeito líquido 447 18.Cobertura de Seguros O seguro dos bens arrendados está incluso no custo do imobilizado de arrendamento, com cláusula de benefício em favor da arrendadora. 19.Limites Operacionais (Acordo de Basiléia) De acordo com a Resolução nº 2.844/1998 do Banco Central do Brasil o limite individual de risco por cliente ou grupo econômico é de 25% do Patrimônio Líquido Ajustado. A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. realizou operações com um mesmo cliente cujo montante da dívida ultrapassou o limite permitido. No sentido de regularizar a situação, a sociedade vinculou parte do empréstimos que mantém junto à sua matriz no exterior, equivalente ao valor do excesso de limite apresentado, conforme previsto na Resolução 2.921/04 do Banco Central do Brasil, mantendo, dessa forma, seu enquadramento de acordo com os limites operacionais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. A sociedade está enquadrada nos demais limites de risco estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. 20.Informações Complementares Demonstração do valor adicionado Apuração do valor adicionaldo: Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas/despesas operacionais Resultado não operacional Valor adicionado a distribuir

2º semestre 2005

2005

22.588 (4.912) (42) 17.634

41.159 1.934 (99) 42.994

56.530 6.092 (494) 62.128

11.273 2.224 9.049 6.361 362 5.999 17.634

20.667 3.800 16.867 22.327 1.272 21.055 42.994

22.763 3.884 18.879 39.365 2.244 37.121 62.128

Distribuição do valor adicionado: Remuneração de governos Despesas tributárias Imposto de renda e contribuição social Remuneração dos acionistas Dividendos/juros sobre o capital próprio Lucros retidos Valor distribuído

DIRETORIA

George Daniel McCarthy Membro

Exercício 2004

CONTADOR

José Antonio Borges Diretor

Ismael Paes Gervásio Diretor

Jefferson Corredor CRC 1SP132677/O-5

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Acionistas da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que

suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A Instituição registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para insuficiência (ou superveniência) de depreciação, classificada no ativo permanente (Nota 4). Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a disposição da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante, realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na adequada apresentação do resultado e do patrimônio líquido

de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto quanto à não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20 de fevereiro de 2006 Adilson Birolli Gonzalez Auditores Independentes S.S. Contador CRC 2SP015199/O-6 CRC 1SP077599/O-1

.CIDADES & ENTIDADES

GREVE

PORTINARI

FRIO NO SUL

AMAZÔNIA

m assembléia realizada ontem, na rua Libero Badaró, no Centro, os professores da rede municipal de ensino decidiram manter a greve da categoria. Nova assembléia foi marcada para a sexta-feira em frente à sede da Prefeitura, no Anhangabaú. A adesão à greve, de acordo com o sindicato da categoria, foi de 60%. A Secretaria Municipal de Educação, no entanto, garantiu que não houve paralisação nas unidades e as aulas foram normais nas mais de mil escolas da capital. Além de aumento, a categoria pede redução no número de alunos por sala e a convocação de professores. (Agências)

orreu ontem, aos 94 anos, de insuficiência respiratória, Maria Portinari, viúva do pintor Cândido Portinari (1903-1962). Ela faleceu em casa, no Rio. Maria conheceu Portinari aos 18 anos, em Paris. Casaram-se no ano seguinte, em 1930. Ao longo de três décadas de vida em comum, Maria cuidou de todos os aspectos materiais para que Portinari pudesse dedicar-se à pintura. Ela reuniu material sobre o marido, arquivando recortes de jornais e revistas, cartas e fotos que compuseram o acervo do Projeto Portinari. Maria deixou um filho, três netos e uma bisneta.

epois de um onda intensa de caloR, os moradores dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul deverão conviver com frio intenso a partir de hoje e até a próxima sexta-feira. Nas regiões mais altas, a previsão meteorológica indica que a temperatura mínima poderá atingir entre 6 e 9 graus em Santa Catarina e entre 5 e 8 graus no Rio Grande do Sul. As outras áreas dos dois estados serão menos atingidas pela frente fria. As temperaturas poderão variar entre 12 graus e 16 graus em Santa Catarina e entre 11 graus e 15 graus no Rio Grande do Sul. (AE)

m dos mapas mais detalhados já produzidos sobre o estado da Amazônia mostra que 47% da floresta já foi desmatada, ocupada ou alterada pelo homem. O estudo, coordenado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), vai além das imagens de satélite, que mostram só a diferença entre áreas desmatadas (17%) e não desmatadas (83%). "O quadro real da Amazônia é mais complexo", disse o pesquisador Adalberto Veríssimo. "Além dos 17% desmatados, há 30% da floresta pressionada." Apenas 53% permanece intacta. (AE)

E

M

D

Ó RBITA

PCC E O BILHETE ÚNICO Primeiro Comando da Capital (PCC) é suspeito de chefiar o maior esquema de fraude ao bilhete único. Conhecido como "golpe coruja", o crime já desfalcou os cofres de cooperativas da zona sul em cerca de R$ 2,7 milhões e, agora, começa a se espalhar pela cidade. As investigações serão feitas pelo delegado

O

Ruy Ferraz Fontes, do Deic, que desde 2001 investiga a organização. O delegado já tinha notícias de que o PCC estava lavando dinheiro ilícito nas lotações. Até linhas de ônibus seriam extorquidas pela facção. A reportagem apurou que uma dessas empresas repassa ao PCC o faturamento integral de uma linha. (AE)

U


quarta-feira, 29 de março de 2006 FUNDAÇÃO OBRA DE PRESERVAÇÃO DOS FILHOS DE TUBERCULOSOS CNPJ/MF nº 62.300.082/0001-47 Balanço Patrimonial em 31/12/2005 - (Em Reais) Ativo Circulante Caixa 2.677,19 Bancos 17.442,46 Aplicações Financeiras 207.830,06 Depósitos Judiciais 399.283,84 Outras Contas 14.027,48 Total do Circulante 641.261,03 Permanente Investimento 15.023,03 Imobilizado 1.847.217,14 Total Permanente 1.862.240,17 Total do Ativo 2.503.501,20 Passivo Circulante Salários e Encargos 3.887,98 Contas a Pagar 2.670,00 Total Circulante 6.557,98 Patrimônio Líquido Patrimônio Social 2.496.943,22 Total Patrimônio Líquido 2.496.943,22 Total do Passivo 2.503.501,20 Demonstração do Resultado em 31/12/2005 - (Em Reais) Receitas Operacionais 577.272,31 Aluguéis Recebidos 510.960,27 Donativos 7.599,41 Juros s/ações 8.486,16 Diversos 9.110,78 Financeiras 21.115,69 Despesas Operacionais 584.086,38 Despesas Pessoal 85.672,25 Despesas Administrativas 445.356,77 Despesas Tributárias 51.707,05 Despesas Financeiras 1.350,31 Déficit Operacional -26.814,07 Resultado não Operacional -0Déficit do Período -26.814,07 DIRETORIA Maria Laura Cotrim Romano Siqueira Antonio Carlos Barbosa CPF 040.935.428-72 CRC 1SP140.169/O-0 - CPF 031.108.558-31 Diretora Presidente Contador

OBRAS SOCIAIS, UNIVERSITÁRIAS E CULTURAIS (O.S.U.C.) CNPJ 60.428.406/0001-00 BALANÇO GERAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 ATIVO 2005 2004 ATIVO CIRCULANTE Disponível 62.845,29 60.409,98 Realizável 5.073.298,76 4.466.086,90 5.136.144,05 4.526.496,88 ATIVO PERMANENTE Imobilizado 14.265.376,64 13.578.634,73 Investimentos 260.515,38 259.982,42 14.525.892,02 13.838.617,15 TOTAL DO ATIVO 19.662.036,07 18.365.114,03 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Tributos a Recolher 19.402,25 18.674,58 Contas a Pagar 4.061,09 4.811,61 Provisões 113.751,29 108.291,40 137.214,63 131.777,59 RESULTADOS DE EXERC. FUTUROS Donativos Próximo Exercício 53.779,00 66.932,46 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio 16.661.082,93 15.846.884,64 Fundo Centro Pedreira 2.809.959,51 2.319.519,34 19.471.042,44 18.166.403,98 TOTAL DO PASSIVO 19.662.036,07 18.365.114,03 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2005 E 2004 DÉBITO 2005 2004 - Serviços gratuitos de promoção de Atividades Educativas e de Assistência Social 2.367.196,80 2.001.576,80 - Despesas Gerais: - Administrativas 41.047,53 35.296,34 - Ordenados 227.469,28 245.725,69 - Prev. Social, FGTS e PIS 32.215,06 54.951,91 - Financeiras 76.059,46 34.817,30 - Tributos 1.902,99 364,81 - no Escritório 564.301,42 428.034,13 - Despesas da Herança 1.210,02 0,00 3.311.402,56 2.800.766,98 Distribuição da sobra apurada no Período: - Ao Patrimônio 814.198,29 1.311.334,90 - Ao Fundo Centro Pedreira 490.440,17 307.904,62 TOTAL DO DÉBITO 4.616.041,02 4.420.006,50 CRÉDITO - Donativos e Contribuições 3.229.760,09 3.107.853,71 - Receitas Patrimoniais 659.915,74 561.112,46 - Subvenções Sociais Privadas 234.715,00 443.135,71 - Receitas da Herança 491.650,19 307.904,62 TOTAL DO CRÉDITO 4.616.041,02 4.420.006,50 Frederico R.F. de Oliveira Oscar Garcia de Menezes Jorge Pimentel Cintra Diretor Tesoureiro Téc. Cont. CRC-SP nº 112571 Diretor Presidente PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Conselheiros e Diretores das Obras Sociais, Universitárias e Culturais - OSUC 1. Examinamos os balanços patrimoniais das Obras Sociais, Universitárias e Culturais - OSUC levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira das Obras Sociais, Universitárias e Culturais OSUC em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas atividades, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 23 de fevereiro de 2006. BOUCINHAS & CAMPOS + SOTECONTI - Auditores Independentes S/C - CRC 2SP005528/0-2. Elói de Siqueira - Contador CRC 1SP207586/O-3.

CONVOCAÇÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 13

BRAZIL REALTY - CIA. SECURITIZADORA DE CRÉDITOS IMOBILIÁRIOS C.N.P.J.: 07.119.838/0001-48 - Companhia Aberta Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3.400 - 10º andar - Jardim Paulistano - CEP 04538-132 - Telefone: (011) 4502.3153 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas e Investidores: Submetemos à V. Sas., as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Informamos que se encontram na sede da administração cópias das respectivas demonstrações. BALANÇOS PATRIMONIAIS ENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 14 DE SETEMBRO DE Circulante Passivo circulante 2004 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E PARA O ANO ENCERRADO Disponível 9.190 9.500 Transações com partes relacionadas 10.600 EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em Reais) 9.190 9.500 10.600 Capital social Total Permanente Patrimônio líquido Integralização de capital em 2004 10.000 10.000 Diferido 11.410 500 Capital social 10.000 10.000 Saldo em 31/12/2004 10.000 10.000 11.410 500 10.000 10.000 Saldo em 31/12/2005 10.000 10.000 Total do ativo 20.600 10.000 Total do passivo e patrimônio líquido 20.600 10.000 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Aos acionistas da empresa Brazil Realty - Companhia Securitizadora PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 14 DE SETEMBRO DE ENCERRADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) de Créditos Imobiliários 2004 E 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E O ANO ENCERRADO EM 31 1. Contexto operacional - As atividades da empresa consistem na aquisição 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Brazil Realty - Companhia DE DEZEMBRO DE 2005 (Em Reais) e securitização de créditos decorrentes de operações de financiamento Securitizadora de Créditos Imobiliários levantados em 31 de dezembro de 2005 2004 imobiliário e na emissão e colocação de Certificados de Recebíveis 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações das mutações do patrimônio Origem de recursos Imobiliários podendo emitir outros títulos de crédito, realizar negócios e líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao período Dos acionistas - 10.000 prestar serviços compatíveis com suas atividades. Sua constituição como compreendido entre 14 de setembro de 2004 e 31 de dezembro de 2004 e • Integralização de capital - 10.000 empresa deu-se no dia 14 de setembro de 2004, estando registrada na para o ano findo em 31 de dezembro de 2005, elaboradas sob a Aplicações de recursos: Comissão de Valores Mobiliários - CVM com número 01972-0. 2. responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de Ativo diferido 10.910 500 Apresentação das demonstrações contábeis - As demonstrações expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. • Despesas de organização e administração 10.910 500 contábeis foram elaboradas com observância das disposições na Lei das 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras Aumento (redução) do capital Sociedades por Ações e normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, de auditoria e compreenderam a revisão da documentação de constituição circulante líquido (10.910) 9.500 e estão sendo apresentados o balanço patrimonial e as demonstrações da da empresa e da movimentação contábil ocorrida no período, bem como mutação do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, de da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Aumento do capital circulante líquido acordo com a prática contábil adotada no Brasil. A demonstração do resultado 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo Ativo circulante não é aplicável uma vez que a sociedade está em fase pré-operacional (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição No início do período 9.500 patrimonial e financeira da Brazil Realty - Companhia Securitizadora de No final do período 9.190 9.500 tendo seus gastos iniciais sido reconhecidos como ativo diferido. 3. Créditos Imobiliários em 31 de dezembro de 2005 e 2004, as mutações do Variação (310) 9.500 Transações com partes relacionadas - Representam operações praticadas com a empresa ligada, Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos e patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes Passivo circulante ao período compreendido entre 14 de setembro de 2004 e 31 de dezembro Participações, tendo sido destinados ao pagamento das despesas préNo início do período de 2004 e para o ano findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as No final do período 10.600 - operacionais. Estas operações não possuem vencimento predeterminado práticas contábeis adotadas no Brasil. Variação 10.600 - e não estão sujeitas a encargos financeiros. 4. Capital social - O capital social da Sociedade é de R$ 10.000 e encontra-se totalmente integralizado São Paulo, 24 de março de 2006. Aumento (redução) do capital circulante líquido (10.910) 9.500 e é representado por 10.000 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Os dividendos deverão ser distribuídos à razão de 25% do lucro A Diretoria remanescente considerando os lucros do período reduzido dos prejuízos Auditores Independentes - SS José André Viola Ferreira Contador: Milton Gomes da Silva - CRC - 1SP 165492/O-5 CRC 2 SP 018.196/O-8 Contador CRC 1 SP 195.865/O-0 e das reservas estatutárias.

GEODEX COMMUNICATIONS DO BRASIL S.A CNPJ/MF nº 03.950.968/0001-77 – Companhia Fechada Relatório da Administração Prezados Acionistas, submetemos à vossa apreciação o Parecer dos Audi- § 4º do art. 202 da Lei 6404/64. Propõe, ainda, que do lucro líquido apurado tores Independentes e as Demonstrações Financeiras relativas ao exercí- no exercício encerrado, 5% sejam aplicados na constituição de reserva cio social encerrado em 31/12/2005. A Cia. obteve bons resultados em 2005. legal, conforme o art. 27 do Estatuto da Cia. e art. 200 da Lei das S.A. Entretanto, em razão da necessidade de realizar investimentos para manu- Assim, os lucros que deixarão de ser distribuídos serão registrados pela tenção e ampliação de sua rede bem como para a melhoria na prestação Cia. como reserva especial para todos os fins do disposto no § 5º do art. de seus serviços de telecomunicações, a Administração da Cia. propõe 202 da Lei 6.404/76 e o valor remanescente deverá ser registrado como que o dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido ajustado (previsto no § saldo das reservas de lucros, nos termos do art. 199 da Lei 6.404/76. A 5º, “b” do art. 27 do estatuto) não seja distribuído por força do que dispõe o Diretoria coloca-se à disposição para proceder aos lançamentos contábeis Balanço Patrimonial em 31 de dezembro (Em Reais Mil) ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 CIRCULANTE 20.524 19.700 CIRCULANTE 5.854 6.754 Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 13.626 11.833 Fornecedores 685 1.787 Contas a Receber de Clientes 3.384 989 Financiamentos 177 Impostos a Recuperar 2.218 4.862 Salários e Encargos Sociais a Recolher 152 196 Estoques 807 1.422 Impostos e Contribuições a Recolher 441 456 Outros Ativos 489 594 Provisão p/ IR e CSLL 214 187 Cessão de Direito Uso Fibra 2.595 2.595 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 114.870 112.326 Demais Provisões 1.590 1.533 Impostos a Recuperar 4.743 4.807 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 33.101 35.753 Bens Destinados à Venda 106.820 106.820 Sociedade Controladora (AFAC) 1.522 1.472 Mútuos com Terceiros 3.307 699 Cessão de Direito Uso Fibra 31.144 33.740 PERMANENTE 55.356 59.626 Outras Contas a Pagar 435 541 Investimentos 12.111 13.421 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 151.795 149.144 Imobilizado 26.296 27.188 Capital Social 150.626 150.626 Diferido 16.949 19.017 Lucros Acumulados 1.169 (1.482) TOTAL DO ATIVO 190.750 191.652 TOTAL DO PASSIVO 190.750 191.652 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em Reais Mil) 2004 2003 ORIGENS DOS RECURSOS 8.556 6.626 Resultado do Exercício 2.651 1.183 Despesas de depreciação e amortização 4.595 4.034 Valor Residual do Permanente Baixado 378 Resultado de Equivalência Patrimonial 1.310 1.031 APLICAÇÕES DOS RECURSOS 6.832 6.366 No Imobilizado 1.542 1.066 No Diferido 94 230 Redução do exigível a longo prazo 2.652 4.866 Aumento do realizável a longo prazo 2.544 204 Aumento (Redução) do Capital Circulante 1.724 261 NOTAS EXPLICATIVAS: 1- As demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com a Lei 6404/76. 2- O capital é constituído por 56.749.172 ações nominativas. 3- O resultado é apurado pelo regime de competência. 4- A depreciação do imobilizado é reconhecida pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens e a amortização do diferido está sendo registrada com base no desempenho esperado das operações. 5- Os impostos a recuperar se referem a ICMS sobre aquisição de

Variações no Capital Circulante (Em Reais Mil) 2004 2003 ATIVO CIRCULANTE 824 1.841 No Início do Exercício 19.700 17.859 No Fim do Exercício 20.524 19.700 PASSIVO CIRCULANTE (900) 1.580 No Início do Exercício 6.754 5.174 No Fim do Exercício 5.854 6.754 Aumento (Redução) do Capital Circulante 1.724 261 imobilizado. 6- As demais provisões se referem a PPR e eventuais perdas em contratos financeiros de Swap. 7- A permuta de fibra ótica refere-se ao contrato firmado em 04/05/2001 com a Impsat e teve como contrapartida o registro no imobilizado. 8- Em nov/2003 a Cia. constituiu uma subsidiária integral nas Ilhas Virgens Britânicas, denominada CLK Investments S.A a qual, na sua constituição, recebeu um aporte de US$ 4.999 mil (equivalentes a R$ 11.697 mil em 31/12/05). 9 - Em função de estar utilizando parte de sua infra-estrutura instalada (obras e pares de fibra ótica), a Cia., por ter a intenção de venda dos ativos operacionais não utilizados, contratou empresa especializada para determinar o valor de mercado atualizado dos referidos ativos. Em dez/2005 foi emitido laudo de avaliação estabelecendo o valor de mercado dos ativos não utilizados da Cia. em R$ 109.766 mil, os

necessários à efetivação da presente proposta da Administração, uma vez seja a mesma homologada pelos acionistas da Cia. na AGO que será convocada para o as 10h00 de 28/04/06, em sua sede social. Esclarecemos ainda que os auditores contratados para análise das demonstrações financeiras não prestaram à Cia., durante o exercício de 2005, qualquer serviço que não o de auditoria externa. Aproveitamos o ensejo para agradecer aos nossos investidores, parceiros, clientes e colaboradores, por todo seu o apoio e dedicação. São Paulo, março de 2006. A Administração Demonstração do Resultado Exercícios findos em 31 de dezembro (Em Reais Mil) 2005 2004 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 36.434 31.795 (-) Impostos sobre a Receita (8.999) (7.635) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 27.435 24.160 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS (10.409) (9.188) LUCRO BRUTO 17.026 14.972 DESPESAS OPERACIONAIS Depreciação e Amortização (4.644) (4.034) Com Pessoal (1.511) (3.412) Gerais e Administrativas (223) (253) Manutenção (658) (752) Aluguéis e Seguros (698) (760) Serviços de Terceiros (1.386) (2.315) Outros (160) (172) Total de Despesas Operacionais (9.280) (11.698) Resultado Financeiro Líquido (2.340) (194) Equivalência Patrimonial (1.310) (1.031) Resultado Operacional 4.096 2.049 RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IR E CSLL 4.096 2.049 Imposto de Renda (1.056) (632) Contribuição Social (389) (234) Resultado Líquido 2.651 1.183 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em Reais Mil) Capital Social Resultados Subscrito Acumulados Total Saldo em 31 de Dezembro 2004 150.626 (1.482) 149.144 Resultado do Período – 2.651 2.651 Saldo em 31 de Dezembro 2005 150.626 1.169 151.795 quais estavam registrados contabilmente pelo valor líquido de R$ 106.820 mil, portanto, por valores inferiores ao valor de mercado. Assim, esses ativos foram mantidos na rubrica “Realizável a longo prazo”, representando a intenção da administração em negociá-los. 10 - Em 08/05/2002 a Cia. e sua controladora, Geodex Communications S/A, realizaram operação de cisão parcial de acervo líquido da controladora, seguida de incorporação pela Cia. da parcela cindida. A operação foi detalhada no balanço da controladora. A Diretoria Cleber Paulino de Oliveira – Contador CRC 1SP 154.927/O-6

GEODEX COMMUNICATIONS S.A. CNPJ/MF nº 02.808.710/0001-78 NIRE 35.300.157.788 – Companhia Aberta Relatório da Administração Prezados Acionistas, A Administração submete à vossa apreciação o Pare- ceiras e foram adequadamente contabilizadas pela Cia, mas em razão dos cer dos Auditores Independentes e as Demonstrações Financeiras relativas motivos acima expostos, a Administração propõe que o dividendo corresao exercício de 2005. A Cia. tem por objeto social a participação em outras pondente à 25% do lucro líquido ajustado – previsto no § 5º, “b” do art. 27 do sociedades e obteve bons resultados de sua controlada Geodex Estatuto – não seja obrigatório para o exercício encerrado por força do que Communications do Brasil S.A (“Geodex Brasil”), a despeito das dificuldades dispõe o parágrafo 4º do artigo 202 da Lei 6404/64. Propõe ainda que do que atravessa o setor de telecomunicações. Em vista da necessidade de lucro líquido do exercício, 5% sejam aplicados na constituição de reserva realizar investimentos para manutenção de sua rede, a Geodex Brasil deci- legal, nos termos do que dispõe o art. 31 do Estatuto da Cia e o art. 200 da diu pela não distribuição de dividendos neste exercício, motivo pelo qual tam- Lei nº 6.404/76. Assim, os lucros que deixarão de ser distribuídos serão bém fica prejudicada a distribuição de dividendos desta Cia. Os resultados registrados como reserva especial conforme o §5º do art. 202 da Lei 6.404/ das suas empresas controladas estão refletidas nas Demonstrações Finan- 76 e o valor remanescente será registrado como saldo das reservas de luBalanços Patrimoniais levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 2005 2004 Contro- Conso- Contro- ConsoPASSIVO E Contro- Conso- Contro- ConsoATIVO ladora lidado ladora lidado PATRIMÔNIO LÍQUIDO ladora lidado ladora lidado Circulante – 32.686 408 33.579 Circulante – 5.854 – 6.754 Caixa e bancos – 114 – 122 Fornecedores – 685 – 1.787 Aplicações financeiras – 25.624 – 25.133 Permuta de fibra óptica a pagar – 2.595 – 2.595 Contas a receber – 3.434 – 1.039 Obrigações trabalhistas – 1.742 – 1.521 Impostos a recuperar – 2.218 408 5.270 Obrigações fiscais – 655 – 643 Estoques – 807 – 1.422 Provisão para perda em “swap” – 177 – 208 Outros créditos – 489 – 593 Exigível a Longo Prazo 257 31.837 219 34.501 Realizável a Longo Prazo 1.930 115.228 1.522 112.326 Obrigações fiscais 256 691 219 589 Impostos a recuperar 408 5.151 50 4.807 Permuta de fibra óptica a pagar – 31.145 – 33.740 Contas a receber 1.522 3.257 1.472 699 Outras contas a pagar 1 1 – 172 Bens destinados à venda – 106.820 – 106.820 Patrimônio Líquido 154.277 154.277 151.712 151.712 Permanente 152.604 44.054 150.001 47.062 Investimentos 151.795 – 149.145 – Capital social 156.560 156.560 156.560 156.560 Imobilizado 809 27.105 856 28.045 Prejuízos acumulados (2.283) (2.283) (4.848) (4.848) Diferido – 16.949 – 19.017 Total do Passivo e Total do Ativo 154.534 191.968 151.931 192.967 Patrimônio Líquido 154.534 191.968 151.931 192.967 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional: A Geodex Communications S.A. tem como obje- 6. Investimentos Patri- Partici- Lucro Result. Investimento no tivo social a participação em outras sociedades, comerciais e civis, empremônio pação líquido equiv. fim do exercício endimentos e consórcios, como sócias, acionistas ou cotistas, no Brasil ou Capital líquido – % exerc. patrim. 2005 2004 no exterior, que operem no ramo de prestação de serviços de telecomunica- Geodex ção ou serviços correlatos. As controladas da Sociedade e sua respectiva Commuparticipação são como segue: Participação – % nications (direta e indireta) do Brasil 2005 2004 S.A. 150.626 151.795 99,99 2.650 2.650 151.795 149.145 Geodex Communications do Brasil S.A. 99,99 99,99 Total dos Gavle Holdings S.A. 99,33 99,33 investi151.795 149.145 CLK Investments S.A. 100,00 100,00 mentos 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras e Principais Práticas A controlada direta Geodex Communications do Brasil S.A., em fase Contábeis: As demonstrações financeiras, controladora e consolidado, fo- operacional desde janeiro de 2002, foi adquirida em 03/01/2001, tendo por ram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As objeto social a prestação de serviços especializados de telecomunicações principais práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações no território nacional. Referida controlada recebeu um aporte de capital (atrafinanceiras são as seguintes: a) Aplicações financeiras – Registradas ao vés da conferência de bens e direitos) de sua controladora, em abril de 2003, custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento no montante de R$30.532, sendo R$20.396 em caixa e R$10.136 em dos exercícios. b) Ativo imobilizado – Demonstrado ao custo de aquisição, integralização de adiantamento para futuro aumento de capital. Em novemdeduzido das respectivas depreciações e amortizações. As depreciações bro de 2003, a controlada direta Geodex Communications do Brasil S.A. conssão calculadas pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa tituiu uma subsidiária integral nas Ilhas Virgens Britânicas, denominada CLK nº 8 e a amortização da faixa de domínio dar-se-á de acordo com o prazo de Investments S.A., que na sua constituição recebeu um aporte de capital de concessão do direito de passagem, contratado com a ALL – América Latina US$4.999 (equivalentes a R$11.697 em 31/12/2005). A controlada direta Logística do Brasil S.A. e a ALL – América Latina Logística S.A. c) Ativo Convexx Communications de Argentina S.A. (“Convexx Argentina”) foi fundiferido – Demonstrado ao custo de formação, deduzido das respectivas dada em 15/04/2001 com o objetivo social de prestar serviços de telecomuamortizações, calculadas com base no desempenho esperado das opera- nicação no território argentino. Tendo em vista a mudança dos planos estrações da Geodex Communications do Brasil S.A., até o limite de dez anos tégicos da Sociedade, decidiu-se posteriormente pelo fechamento da refericonforme mencionado na nota explicativa nº 9. d) Outros ativos e passivos da controlada, ocorrido durante 2004. A Convexx Argentina jamais chegou a – Os demais ativos e passivos são atualizados monetariamente quando su- ter atividades operacionais. A Sociedade continua sendo titular de direitos de jeitos à indexação ou variação cambial. e) Imposto de renda e contribui- passagem (faixa de domínio) para instalação de uma rede de fibras ópticas ção social – Calculados de acordo com a legislação em vigor nas datas dos na Argentina. Tais direitos permanecem íntegros e exigíveis e poderão ser balanços. O imposto de renda e a contribuição social são reconhecidos no exercidos pela Sociedade a qualquer momento, independentemente da resultado do exercício, considerando-se as diferenças temporárias para o descontinuidade da Convexx Argentina. A intenção da Sociedade é utilizar reconhecimento de despesas e receitas para fins contábeis e efeitos tributá- futuramente esses direitos em suas operações. Em fevereiro de 2004 foi adrios. f) Provisões para contingências – As provisões para contingências quirida a Gavle Holdings S.A. com capital social de R$150 (em reais), com são constituídas mediante avaliações de riscos em processos, cuja probabi- o objetivo de atuar como holding de empresas de telecomunicações. Até o lidade de êxito é considerada remota pela Administração e seus assessores presente momento a referida empresa não possui atividades operacionais. legais, e quantificadas com base em fundamentos econômicos e em parece- 7. Imobilizado Consolidado res jurídicos sobre os processos e outros fatos contingenciais conhecidos 2005 2004 na data do balanço. g) Apuração do resultado – As receitas e despesas Taxas anuais Deprec. são reconhecidas pelo regime de competência. h) Estimativas – A preparade deprec. e e amortiz. ção de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis amortiz. - % Custo acumul. Líquido Líquido adotadas no Brasil requer que a Administração das Sociedades se baseie Faixa de domínio em estimativas para o registro de certas transações que afetam seus ativos, brasileira 4 10.000 (1.594) 8.406 8.804 passivos, receitas e despesas. Os resultados finais dessas transações e Faixa de domínio informações, quando de sua efetiva realização em períodos subseqüentes, argentina 4 1.000 (191) 809 857 podem diferir dessas estimativas. i) Lucro por ação – É determinado consi- Móveis e utensílios 10 67 (23) 44 51 derando-se a quantidade de ações em circulação na data do balanço. As Máquinas e equipts. 10 14.216 (4.748) 9.468 9.427 demonstrações financeiras consolidadas incluem os saldos e as transações Equipts. de informática 20 1.767 (1.362) 405 737 da Sociedade e suas controladas. Para fins de consolidação, as seguintes “Backbone” – obras principais práticas foram adotadas: a) Eliminação dos saldos das contas de de infra-estrutura 4 5.680 (827) 4.853 4.919 ativos e passivos entre as controladas, de forma que as demonstrações fi- Equipamentos de nanceiras consolidadas representem efetivamente os saldos com terceiros. rede de fibra óptica 4 3.710 (590) 3.120 3.250 b) Eliminação das participações no capital social das controladas. c) Elimi27.105 28.045 nação do resultado da equivalência patrimonial. 3. Aplicações Financeiras: 8. Diferido Consolidado São representadas por aplicações da controlada direta Geodex 2005 2004 Communications do Brasil S.A. em Certificados de Depósito Bancário – CDBs, Gastos pré-operacionais 21.653 21.560 atrelados à variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro – CDI, e inAmortização acumulada (4.704) (2.543) vestimentos no exterior (“money market investment account”), através de 16.949 19.017 sua controlada indireta CLK Investments S.A. O saldo refere-se a gastos pré-operacionais, cuja amortização teve início em 4. Impostos a Recuperar 2005 2004 1º de janeiro de 2002 e está sendo calculada com base na proporção equivaContro- Conso- Contro- Conso- lente aos resultados esperados/obtidos até o pleno amadurecimento dos ladora lidado ladora lidado negócios da sua controlada direta Geodex Communications do Brasil S.A., e Imp. Renda Retido na Fonte – IRRF – 186 408 562 gastos incorridos a partir de 2003, com a execução do Novo Anel e com a Imp. s/ Circul. Mercad. Serv. – ICMS – 2.032 – 4.708 obtenção de Licença SCM. 9. Permuta de Fibra Óptica a Pagar: Refere-se Total curto prazo – 2.218 408 5.270 ao recebimento de 1.672 km de cabo de 24 pares de fibras ópticas, instalaImp. Renda Retido na Fonte – IRRF 408 – 50 – dos na rota existente entre as cidades de Uruguaiana e Porto Alegre e Porto Imp. s/ Circul. Mercad. Serv. – ICMS – 5.151 – 4.807 Alegre e Curitiba, conforme contrato firmado em 4 de maio de 2001 com a Total longo prazo 408 5.151 50 4.807 Impsat Comunicações Ltda. O valor original desse contrato é de R$44.121 e teve como contrapartida registro no ativo imobilizado. A realização dessa 5. Bens Destinados à Venda: No momento, a Administração da Sociedade obrigação dar-se-á pela prestação de serviços no prazo contratual de 17 analisa alternativas para viabilizar a realização de ativos imobilizados atualanos, a partir de 2002, não havendo incidência de juros sobre o saldo remamente fora de operação, seja através de parcerias com terceiros ou sua nescente. 10. Capital Social (Controladora): Em 31/12/2005 e de 2004, o alienação. Esses ativos compreendem, basicamente, obras de infra-estrutucapital social está representado pelo montante de R$156.560, distribuído em ra e pares de fibra óptica localizadas nos trechos de Uvaranas - Bley (80 56.995.662 ações nominativas e sem valor nominal, conforme segue: km), Curitiba - General Luz (772 km e 6 fibras ópticas) e Porto Alegre Ordinárias Preferenciais Uruguaiana (662 km e 12 fibras ópticas). Em janeiro de 2006 foi emitido lauCapital subscrito 2005 2004 2005 2004 do de avaliação por uma empresa especializada, na data-base 31/12/2005, Nacional 35.860 35.860 29.497.037 29.497.037 estabelecendo o valor de mercado desses ativos fora de operação em Estrangeiro – – 27.462.765 27.462.765 R$109.766, os quais estavam registrados pelo valor líquido de R$106.820. A 35.860 35.860 56.959.802 56.959.802 Administração da Sociedade estima que não incorrerá em perdas relevantes na realização desses ativos e, conseqüentemente, nenhuma provisão para O lucro apurado no exercício poderá ser distribuído após a dedução de quaiseventuais perdas com estes foi registrada nas demonstrações financeiras quer prejuízos acumulados e provisões para imposto de renda da seguinte forma: a) 5% na constituição da reserva legal, até o limite de 20% do capital em 31/12/2005 e de 2004. Parecer dos Auditores Independentes ções contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas Aos Acionistas e Administradores da Geodex Communications S.A. – São contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade Paulo-SP. 1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual e consolidado, e controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras da Geodex Communications S.A. e controladas, levantados em 31/12/2005 tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras e de 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspecpatrimônio líquido (controladora) e das origens e aplicações de recursos tos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a da Geodex Communications S.A. e controladas em 31/12/2005 e de 2004, responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de ex- o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (conpressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exa- troladora) e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercímes foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e cios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevân- no Brasil. 4. Em 31/12/2005 e de 2004, a controlada direta Geodex cia dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles Communications do Brasil S.A. mantém registrado no realizável a longo internos da Sociedade e controladas; (b) a constatação, com base em tes- prazo, na rubrica “Bens destinados à venda”, o montante de R$106.820 mil tes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informa- referente a ativos que não estão sendo utilizados em suas atividades

cros, nos termos do art. 199 da Lei nº 6.404/76. A Diretoria procederá aos lançamentos contábeis necessários à efetivação da presente proposta da Administração uma vez seja a mesma homologada pelos acionistas da Cia na Assembléia Geral Ordinária que será convocada para as 15h00 de 28/04/ 06, na sua sede social. Em cumprimento ao disposto na Instrução CVM 381/ 03, esclarecemos ainda que os auditores independentes contratados para análise das demonstrações financeiras não prestaram à Cia, durante o exercício de 2005, qualquer serviço que não o de auditoria externa. Agradecemos aos nossos investidores, parceiros, clientes e colaboradores, por todo o apoio e dedicação. São Paulo, março de 2006. A Administração Demonstrações do Resultado para os exercícios findos em 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais, exceto o lucro por ação) 2005 2004 Contro- Conso- Contro- Consoladora lidado ladora lidado Receita Bruta de Vendas – 36.433 – 31.795 Impostos e Devoluções – (8.999) – (7.635) Receita Líquida – 27.434 – 24.160 Custo dos Produtos Vendidos – (10.409) – (9.188) Lucro Bruto – 17.025 – 14.972 Receitas (Despesas) Operacionais Depreciação e amortização (47) (4.644) (49) (4.082) Com pessoal – (2.899) – (3.067) Gerais e administrativas – (3.994) (48) (4.313) Resultado financeiro líquido (38) (1.480) (123) (1.335) Outras despesas operac., líquidas – – – (345) Resultado da equival. patrimonial 2.650 – 1.184 – Lucro Operacional 2.565 4.008 964 1.830 Lucro antes do IR e da Contrib. Soc. 2.565 4.008 964 1.830 Imp. de Renda e Contrib. Social – (1.443) – (866) Lucro Líquido do Exercício 2.565 2.565 964 964 Lucro Por Ação – R$ 0,045 0,017 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais) Prejuízos Capital acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2003 156.560 (5.812) 150.748 Lucro líquido do exercício – 964 964 Saldos em 31 de dezembro de 2004 156.560 (4.848) 151.712 Lucro líquido do exercício – 2.565 2.565 Saldos em 31 de dezembro de 2005 156.560 (2.283) 154.277 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os exercícios findos em 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Contro- Conso- Contro- Consoladora lidado ladora lidado Origens de Recursos 38 7.209 58 5.422 Provenientes das operações – 7.209 – 5.422 Aumento do exigível a longo prazo 38 – 58 – Aplicações de Recursos 446 7.202 240 6.330 Nas operações 38 – 165 – Aumento do realizável a longo prazo 408 2.902 75 204 Redução do exigível a longo prazo – 2.664 – 4.830 Aumento do ativo permanente: Imobilizado – 1.542 – 1.066 Diferido – 94 – 230 Aum. (Red.) do Capital Circul. Líq. (408) 7 (182) (908) Aumento (Redução) do Capital Circul. Líquido representado por Ativo circul.: No fim do exercício – 32.686 408 33.579 No início do exercício 408 33.579 1.020 33.337 Aumento (redução) (408) (893) (612) 242 Passivo circul.: No fim do exercício – 5.854 – 6.754 No início do exercício – 6.754 430 5.604 Aumento (redução) – (900) (430) 1.150 Aum. (Red.) do Capital Circ. Líquido (408) 7 (182) (908) Demonstrat. dos Recursos Provenientes das (Consumidos nas) Ativ. Operacionais Lucro líquido do exercício 2.565 2.565 964 964 Itens que não representam movimentação do capital circulante: Valor residual do perman. baixado – – – 376 Resultado de equival. patrimonial (2.650) – (1.184) – Depreciações e amortizações 47 4.644 49 4.082 Baixa de investimentos – – 6 – Total proveniente das (consumido nas) operações (38) 7.209 (165) 5.422 social. b) 25% como dividendo obrigatório. 11. Provisão para Contingências: A Sociedade está exposta a certas contingências, que incluem processos tributários, trabalhistas e cíveis em discussão. Em sua análise dos processos, a Administração toma como base vários fatores, incluindo (mas não se limitando a) a opinião dos assessores jurídicos, a natureza dos processos e a experiência histórica. Na opinião da Administração, não existem processos com perspectivas de perdas e que devam ser provisionados em 31/12/2005. Em 31/12/2005 a Sociedade está envolvida em quatro ações cíveis em que figura como parte contrária à Schahin Engenharia Ltda. (“Schahin”), sendo em três delas na condição de ré e em uma como autora. Tais ações discutem os serviços prestados pela Schahin, os quais não foram considerados satisfatórios pela Sociedade. Os processos serão julgados em conjunto e aguardam, para sua continuidade, a finalização de perícia de engenharia. A Sociedade, bem como seu advogado externo, considera que, ao final dos processos, reaverá todos os gastos incorridos e prejuízos derivados da conduta da empreiteira. 12. Prejuízos Fiscais: Em 31/12/2005, o montante de prejuízos fiscais era de R$315, os quais poderão ser compensados com lucros a serem gerados no futuro, limitados à razão de 30% ao ano do lucro tributável, conforme legislação em vigor. A Administração optou por não registrar créditos tributários até a efetiva geração de lucros tributáveis futuros. 13. Seguros: A Sociedade possui seguros contratados em vigor em 31/12/2005, considerados suficientes pela Administração para a cobertura dos seus ativos e dos seus riscos operacionais. Em 31/12/2005 a cobertura para riscos nomeados e responsabilidade civil montava a R$26.675. 14. Instrumentos Financeiros: A Sociedade efetua, no curso de suas operações, transações com instrumentos financeiros registrados nas demonstrações financeiras ao custo, acrescido das receitas auferidas ou despesas incorridas até as datas dos balanços. A Sociedade não possuía, em 31/12/2005, instrumentos financeiros cujo valor contábil divergisse significativamente do seu valor de mercado. Por estratégia da Sociedade, foram efetuados com instituições financeiras contratos de “swap” de variação de CDI para dólares norte-americanos, os quais produziram na controlada direta Geodex Communications do Brasil S.A. perdas no montante de R$1.963 até novembro de 2005, momento em que a Sociedade encerrou sua operação de “swap”, registrada contabilmente na rubrica “Resultado financeiro líquido”. A Diretoria Cleber Paulino de Oliveira – Cont. CRC 1SP 154.927/O-6 operacionais. No momento, a Sociedade analisa alternativas para viabilizar a realização desses ativos, seja através de parcerias com terceiros ou sua alienação. Conforme mencionado na nota explicativa nº 5, a Sociedade contratou especialistas independentes para determinar o valor de mercado de referidos ativos, cujo resultado monta a R$109.766 mil. A Administração da Sociedade estima que não incorrerá em perdas relevantes na realização desses ativos e, conseqüentemente, nenhuma provisão para eventuais perdas com estes foi registrada nas demonstrações financeiras em 31/12/2005 e de 2004. São Paulo, 20 de janeiro de 2006. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Maurício Pires de Andrade Resende Contador CRC nº 1 MG 049699/O-2 “T’ SP


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Nacional Estilo Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

É preciso concluir as reformas tributária, previdenciária e trabalhista. Armando Monteiro Neto

CANCELADA INSCRIÇÃO DE MAIS QUATRO POSTOS

SETOR INDUSTRIAL LISTA NO CONGRESSO NOVE PROJETOS QUE CONSIDERA PRIORITÁRIOS NESTE ANO

LEI GERAL ENCABEÇA AGENDA DA CNI PARA 2006 Divulgação

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pesar do ano eleito- que ainda não foram concluíral e da crise políti- das", disse. Ele admitiu, no enca, o presidente da tanto, que, pela complexidade e Confederação Na- multiplicidade de atores que cional da Indústria (CNI), Ar- envolvem essas reformas, difimando Monteiro Neto, disse cilmente será possível enconontem acreditar que será pos- trar um consenso para a aprovasível construir uma ampla ção delas neste ano. Monteiro Neto, que é depuagenda de consenso no Congresso Nacional. A entidade tado federal pelo PTB de Perapresentou a cerca de 500 em- nambuco, entregou a agenda presários e políticos a Agenda aos presidentes da Câmara, AlLegislativa da Indústria para do Rebelo (PCdoB-SP), e do Se2006, que reúne os temas da n a d o , R e n a n C a l h e i r o s pauta do Congresso que mais (PMDB-AL). Calheiros comentou que a pauta interessam ao da indústria está setor industrial. "intimamente liEm discurso gada à própria durante a soleniagenda do presidade, Monteiro dente do Brasil", Neto listou os Pauta da indústria e que esta última n o v e p ro j e t o s está intimamente "tem sido vítima, que, segundo ligada à própria seguidas vezes, ele, são prioritáde muitas coisas, r i o s p a r a a i n- agenda do presidente mas, principaldústria: a Lei Ge- da República. ral para as Micro Renan Calheiros, mente, da crise e Pequenas Empresidente do Senado política." O presidente do Senapresas; o marco do defendeu a regulatório do redução da carg á s ; o p ro j e t o com novas regras das agências ga tributária e da taxa básica de reguladoras; os novos padrões juros, dois pontos que, segunde demonstrações financeiras do ele, não dependem de mue contábeis (para adequá-las às danças na legislação para seregras internacionais); a políti- rem solucionados. Participaram do evento preca de defesa da concorrência; o marco regulatório do sanea- sidentes de federações de inmento básico; o novo marco dústrias, parlamentares e diripara o licenciamento ambien- gentes de instituições. Pelo Setal; a terceirização do trabalho; brae, estiveram presentes o chee o aperfeiçoamento do siste- fe de gabinete da diretoria de Administração e Finanças, José ma político-eleitoral. "Além disso, merecem espe- de Moraes Falcão, e o gerente da cial atenção as reformas tributá- Unidade de Políticas Públicas, ria, previdenciária e trabalhista, Bruno Quick. (Agências)

De Olho na Bomba fecha mais quatro postos Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) cassou a inscrição estadual de mais quatro postos de combustível na capital. Os nomes dos estabelecimentos flagrados vendendo combustível adulterado durante a operação de fiscalização conhecida como "De Olho na Bomba", foram publicados na edição de ontem do Diário Oficial. Com os novos cancelamentos, segundo a Sefaz, o Estado de São Paulo já soma 95 estabelecimentos que perderam suas inscrições estaduais por terem adulterado o combustível. São 89 postos e seis distribuidoras e transportadoras. Todas as adulterações são baseadas em laudos elaborados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), após análise das amostras de combustível coletadas pela fiscalização em cada posto. (Agências)

A Presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, calcula que 20 mil jornalistas prestam serviços de comunicação

Fenaj quer jornalistas no Simples mpresas de jornalismo poderão ser incluídas no Simples Nacional, conhecido como Supersimples, o sistema de tributação voltado aos pequenos negócios previsto no projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. A inclusão da categoria, entretanto, ainda depende de acordo entre as lideranças dos partidos na Câmara dos Deputados, onde a proposta está sendo analisada. A inclusão das empresas de jornalismo no regime foi solicitada pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de An-

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drade, na semana passada, ao relator do projeto, deputado Luiz Carlos Hauly. "No Brasil há cerca de 60 mil jornalistas, dos quais um terço sobrevive de pequenas empresas ou como f re e - l a n c e r s , prestando serviços de comunicação. E a maioria não cresce em virtude dos altos impostos", disse Sérgio Murillo ao relator. Para o presidente da Fenaj, é injusto que esses profissionais sejam tratados da mesma forma que as grandes agências de comunicação. A avaliação do sindicalista é de que a inclusão dos jornalistas no regime do Simples está

"dentro do espírito da Lei Geral, que é de geração de emprego, desenvolvimento econômico e incentivo à formalização", além da ampliação da base de arrecadação tributária. Hauly disse que incluirá a categoria no Simples, mas lembrou que a manutenção da iniciativa ainda vai depender de negociações com os líderes dos partidos na Câmara. Até mesmo porque as alterações ao texto da Lei Geral deverão ser apresentadas em plenário por meio de uma emenda substitutiva aglutinativa, que deverá ser assinada por ele e pelos líderes partidários. (Ag. Sebrae)


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Empresas Estilo Nacional Finanças

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FALTAM VAGAS PARA 1,64 MILHÃO DE PESSOAS

O rendimento médio dos assalariados é de R$ 1.167, segundo o Dieese.

TOTAL DE DESEMPREGADOS NA GRANDE SÃO PAULO ATINGE 16,3% DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

RENDA ESTÁVEL E DESEMPREGO EM ALTA

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

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O Centro de Solidariedade ao Trabalhador, da Força Sindical, atende cerca de 2 mil pessoas por dia

O mapa das vagas no Estado de SP

H

á três anos desemp re g a d o , o g a rçom Jair Miguel dos Santos, de 45 anos, é um dos vários cidadãos que têm dificuldade de re c o l o c a ç ã o n o m e rc a d o . Com 30 anos de profissão, atualmente trabalha em uma cooperativa, mas apenas quando há festas. "No final do ano foi ótimo porque teve festas quase todos os dias, mas agora elas acabaram e o dinheiro também", afirmou. Cansado de ter dinheiro "pingado", já que só recebe R$ 50 por evento, ele resolveu encontrar um emprego que ofereça salário fixo. Para isso, procurou o Centro de Solidariedade ao Trabalhador, da Força Sindical. Empenhado em arrumar logo um emprego, todas as três vezes que esteve no posto saiu com uma carta de recomendação. "Sei que é difícil pela minha idade", disse. Atualmente, o Centro de Solidariedade ao Trabalhador, na Liberdade, tem 8.160 vagas para oferecer às cerca de 2 mil mil pessoas que passam diariamente pelo local. Mas nem todos conseguem sair da unidade com encaminhamento de emprego. Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, as pessoas limitam muito as opções, pois muitas não querem, por exemplo, trabalhar nos finais de semana, exigência para as 1.317 vagas oferecidas pelo comércio. A estudante do segundo ano do ensino médio Raquel de Souza, de 20 anos, é um exemplo. Ela está desempregada há quase um ano e dispensou duas vagas oferecidas no Centro de Solidariedade. "Consegui meu primeiro emprego por aqui e acredito que vou arrumar outro. Mas não quero trabalhar de novo com vendas externas", justificou. A maioria das vagas exige no mínimo seis meses de experiência e ensino médio completo. Mas há cerca de 200 vagas que não exigem nada, como as de promotor de vendas e de repositor. Para quem procura vagas mais específicas, a oferta é menor. Cerca de 68 postos exigem superior completo e outras 75 o incompleto. O Centro de Solidariedade também oferece cerca de 422 vagas para deficientes físicos. Fast food – A Força Sindical tem 206 vagas no setor de fast f oo d. Com a promessa de expansão de redes do segmento, o Estado de São Paulo vai ganhar 500 novas oportunidades de trabalho. Dentre as empresas do setor que vão ampliar lojas estão o Bob´s, Montana Grill Express e Giraffas. Essa última oferece oportunidades para admissão ime-

Raquel: vendas, não

diata para 200 atendentes e encarregados de loja. Desses, 150 são para a capital, preferencialmente, nas regiões leste, sul, norte e centro. Os outros 50 postos são para as regiões do ABC, Bauru, Mauá, Guarulhos, Osasco , Suzano e Presidente Prudente. Durante todo o ano de 2006 estão pre-

vistas dez novas lojas no Estado de São Paulo, o que deve gerar mais 250 vagas. O Bob´s prevê até julho mais 11 novas lojas distribuídas entre Guarulhos, Embu, Sertãozinho e Campos do Jordão, com a abertura de 130 novos postos de trabalho. A meta é chegar até o final do ano com 560 pontos-de-venda em todo o Brasil, dos quais 25 no mercado paulista. Com a expansão da rede, a empresa prevê aumentar em 20% o número de vagas, cerca de 2 mil novos postos. Já a Montana Grill Express abrirá 14 novas franquias até o final do ano, totalizando 65 no Brasil. A expectativa é de que o Estado de São Paulo receba cinco dessas novas unidades, cada uma com 18 funcionários para cozinha e atendimento ao cliente. A expansão criará 90 postos de emprego. Vivian Costa

taxa de desemprego nos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo subiu para 16,3% da População Economicamente Ativa (PEA) em fevereiro, ante os 15, 7% de janeiro, mas ficou abaixo dos 17,1% de fevereiro de 2005. O índice foi divulgado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que projetam o número de desempregados na região em 1,64 milhão. De acordo com as instituições, a taxa do mês passado foi a menor para um mês de fevereiro desde 1998. Já o rendimento médio real dos ocupados e o dos assalariados mantiveram-se estáveis em janeiro, equivalendo, respectivamente, a R$ 1.008 e R$ 1.167. A pesquisa de emprego e desemprego (PED) indica que 62

mil pessoas ficaram desempregadas em fevereiro, como resultado do corte de 51 mil ocupações e a entrada de 11 mil pessoas no mercado de trabalho. O recuo foi resultado de cortes de 16 mil postos no comércio, 15 mil no conjunto de outros setores (concentrado em serviços domésticos e construção civil), além de 10 mil vagas no segmento de serviços e 10 mil demissões na indústria. Dentro da expectativa – O crescimento da taxa de desemprego em fevereiro ficou dentro das expectativas dos técnicos da Fundação Seade e do Dieese, que levaram em consideração o comportamento histórico do mercado de trabalho para esse período do ano. A previsão dos técnicos das instituições é de que o desemprego caia ao longo do ano, mesmo que suba em março, mantendo o comportamento da série histórica. "Há perspectiva de crescimento econômi-

co, com redução do desemprego, mas ainda não sabemos em qual intensidade. Em 2004 e 2005, o desemprego caiu de forma mais acelerada do que a expansão da economia, mas ainda não é possível afirmar se foi uma mudança estrutural que se repetirá neste ano", disse o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Os técnicos observaram que tem sido importante para o mercado de trabalho a estabilidade deste início de ano no emprego industrial, após um período de alta nas contratações no setor no ano passado. A expectativa de melhora no mercado de trabalho feita pelas instituições está no fato de se manter a perspectiva de queda dos juros, da expansão dos investimentos em infra-estrutura, da continuidade do controle das contas públicas e da manutenção da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. (AE)

Mais cargos para executivas

E

mbora ainda muito longe dos homens, a participação feminina em cargos executivos praticamente dobrou nos últimos dez anos. Em 1996, apenas 10,39% das mulheres eram presidentes de companhias. Dez anos depois, já são 20,21%, segundo pesquisa do Grupo Catho, empresa especializada na recolocação de profissionais no mercado de trabalho, que envolveu 134.174 mil empresas brasileiras e 409 mil executivos. De acordo com o coordenador da pesquisa e presidente do grupo, Thomas A. Case, os efeitos dessa mobilidade poderão ser melhor avaliados no longo prazo, quando elas alcançarem postos mais elevados na estrutura da empresa. "As encarregadas e coordenadoras de hoje serão as presidentes daqui a 20 anos." Rendimento – Entretanto, a conquista desses postos não

significou aumento de renda. Segundo a pesquisa, a mulher executiva ganha em média 10,04% menos que o homem. O cargo de gerência é o que apresenta maior diferença: 11,78%. Case explica esse descompasso salarial de três formas. "A mulher trabalha por semana três horas a menos que os

homens, não gosta de correr riscos de remuneração variável e está pouco disposta a trocar de cidade", diz. Só nesse quesito, pondera Case, o percentual de homens que aceita trocar de cidade junto com a empresa é de 39%, enquanto o de mulheres é de apenas 11%. Eduardo A. de Castro


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-2,55

por cento foi a queda do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no pregão de ontem

28/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 27/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.234.641,80 Lastro Performance LP ......... 850.609,83 Múltiplo LP .............................. 2.335.522,19 Esher LP .................................. 2.462.481,72 Master Recebíveis LP ........... 231.601,58

Valor da Cota Subordinada 1.014,949547 992,439715 1.009,663070 1.002,840015 949,361553

% rent.-mês 2,6264 - 0,7560 1,9870 0,2974 - 5,0638

% ano 3,8874 - 0,7560 0,9663 0,2840 - 5,0638

Valor da Cota Sênior 0 1.011,229068 1.017,165055 0 0

% rent. - mês 1,1229 1,2940 -

% ano 1,1229 1,7165 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

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COMÉRCIO


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Nacional Estilo Finanças Tr i b u t o s

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A área econômica está separada da área política. Não vai mudar nada. Márcio Cypriano, presidente do Bradesco

CONDUÇÃO ECONÔMICA NÃO DEVE MUDAR

MANTEGA, MEIRELLES E BERNANKE, DO FED, FORAM OS TRÊS PERSONAGENS QUE MOVIMENTARAM O DIA

APREENSÃO NO MERCADO DERRUBA BOLSA Mauricio Lima/AFP

O

s mercados operaram ontem com as atenções voltadas a três personagens: Guido Mantega, novo ministro da Fazenda; Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC) brasileiro, e Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Rumores de que o presidente do BC deixaria o cargo levaram apreensão aos mercados, que já mostravam cautela em relação ao "desenvolvimentista" novo ministro da Fazenda. Meirelles negou que estivesse saindo do governo. E Mantega, durante seu discurso de posse, afirmou que manterá a política econômica conduzida até agora por Antonio Palocci. Já o presidente do Fed sinalizou que o aperto monetário continuará nos Estados Unidos. A perspectiva de juros ainda mais altos derrubou as bolsas em Wall Street, levando

a Bovespa a fechar próxima da mínima do dia. Pelo mesmo motivo, juros e dólar encerraram o dia com vigorosas altas. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em baixa de 2,55%, com 36.682 pontos. Com esse resultado, a Bovespa passou a acumular baixa de 4,99% em março e alta de 9,64% em 2006. O movimento ficou em R$ 2,786 bilhões. Calmaria – "O discurso do Mantega foi pró-mercado. O que derrubou a bolsa foi o Bernanke", comentou um operador de mercado. Ele referia-se ao personagem que acabou

sendo o mais contundente na formação de preços da bolsa. O primeiro comunicado de política monetária produzido sob o comando de Bernanke como presidente do Fed trouxe duas importantes mudanças na retórica do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc): uma visão mais positiva sobre o crescimento econômico dos EUA e preocupação com a alta dos preços de outras commodities, não apenas energia. Câmbio – O contrato de dólar abril fechou o pregão vivavoz projetando alta de 1,61%, a R$ 2,213. No mercado à vista, no entanto, o dólar pronto fechou na mínima do dia, de R$ 2,208, em alta de 1,70%. O risco-Brasil encerrou o dia com leve alta, a 241 pontos-base. Ontem, pelo segundo dia seguido, o BC não fez leilão de compra de dólar. E hoje, pelo 16º dia útil seguido, a autoridade monetária não fará oferta de swap cambial reverso. (AE)

Ontem, operadores da BM&F estavam apreensivos com a mudança de comando do Ministério da Fazenda

Aliados de Palocci deixam governo Jamil Bittar/Reuters

Sexo e Poder Não podemos continuar crescendo apenas 1% ou 2% ao ano. O empresário tem que acreditar mais e investir mais. Antonio Ermírio de Moraes, Votorantim

ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem um passado libertário. Em 1979, ele coordenou e fez a introdução da obra "Sexo e Poder", editada pela Brasiliense. Também é dele o artigo "Sexo e poder nas sociedades autoritárias: a face erótica da dominação". (AE)

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Não há estresse. O que está havendo é uma reação do mercado à mudança. Gabriel Jorge Ferreira, Conf. Nacional das Instituições Financeiras

iversos aliados do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, já deixaram a equipe econômica, entre eles, Murilo Portugal (secretárioexecutivo do Ministério da Fazenda), Joaquim Levy (secretário do Tesouro Nacional) e Marcos Lisboa (presidente do Instituto de Resseguros do Brasil). Além deles, o secretário-adjunto do Tesouro, José Antonio Gragnani, também confirmou ontem que está deixando o cargo. Levy pediu sua exoneração ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e aceitou o convite do presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Luís Alberto Moreno, para ocupar a vicepresidência de Finanças e Administração da instituição. Durante a tarde, o secretário-adjunto do Tesouro, José Antonio Gragnani, também informou que deixará seu posto. No entanto, ele declarou que permanecerá no Tesouro até que seja definido seu substituto. Gragnani disse também que não tem preocupação com a administração da dívida em títulos. "As coisas vão continuar da mesma forma. O Te-

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Joaquim Levy sai da Secretaria do Tesouro e assume cargo no BID

souro vai continuar com a transparência com que atuava até hoje", afirmou. Debandada – No Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), foi anunciada a saída do presidente, Marcos Lisboa. De acordo com a assessoria do IRB, Lisboa estava negociando deixar o cargo com Palocci, antes da demissão do ministro. Ainda não há um substituto. "Ele (Lisboa) havia concluído o seu trabalho de aperfeiçoamento da gestão da empresa e modernização das normas de resseguro, que incluiu a au-

torização para as seguradoras cotarem as operações de resseguro diretamente no exterior", comunicou a entidade. Os demais integrantes da diretoria do IRB colocaram seus cargos à disposição. Na Fazenda, o secretárioexecutivo, Murilo Portugal, pediu exoneração na própria segunda-feira, após o afastamento de Palocci. O economista negou que tenha pedido demissão por divergir da orientação econômica de Mantega, mais inclinado aos conceitos heterodoxos. (Agências)

OMC pede flexibilização nas negociações Organização Mundial do Comércio (OMC) espera que a orientação da economia brasileira defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci seja mantida. Ontem, em uma conferência, o diretor da OMC, Pascal Lamy, deixou claro que aposta que o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará com a mesma política defendida por Palocci. Lamy ainda reconheceu que, diante de eleições em vários países no segundo semestre, entre eles o Brasil, terá de acelerar o máximo possível as

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negociações da OMC até julho. "O que é importante é a política dos Estados. Se eu entendi bem o sentido dessa mudança e as declarações do novo ministro (Mantega), não tenho razão para pensar que haverá mudança na política agressiva e ativa do Brasil, que deverá assumir suas responsabilidades", disse Lamy, que embarca na quinta-feira para o Rio de Janeiro, para participar da reunião entre o Brasil, Estados Unidos e União Européia. Mas Lamy continua a rejeitar a idéia do governo brasileiro de realizar uma cúpula de

chefes-de-Estado para destravar a negociação. A "responsabilidade" citada por Lamy pode ser entendida como a necessidade de o Brasil também flexibilizar sua posição para permitir um acordo na OMC. O Ministério da Fazenda era o que mais apoiava a liberalização das tarifas de importação para bens industriais, um dos temas mais debatidos na OMC. Um documento que acabou vazando para a imprensa no ano passado mostrou que a Fazenda estava disposta a fazer cortes de até 75% nas tarifas nacionais. (AE)

Executivos acham que nada vai mudar empresário Antônio Ermírio de Moraes, diretor do Grupo Votorantim, acredita que a troca de Antonio Palocci por Guido Mantega no comando do Ministério da Fazenda não deverá provocar alterações bruscas na atual política econômica. Mas ele vê com esperança as promessas do novo ministro de um crescimento de 4,5% a 6% para a economia este ano, apesar de não ter certeza se Mantega tem experiência suficiente para ser um bom ministro. "Não podemos continuar crescendo apenas 1% ou 2% ao

O

ano. O empresário brasileiro tem que acreditar mais no País e investir mais", disse. Já o presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Gabriel Jorge Ferreira, disse que a reação do mercado à troca de ministro da Fazenda foi normal. "Acho que não há estresse. O que está havendo é uma reação do mercado à mudança, aconteceria com qualquer pessoa que assumisse o cargo", disse ele ao chegar para a posse do novo ministro, Guido Mantega. Também na posse, Márcio Cypriano, presidente do Bra-

desco, disse que "a área econômica está separada da área política. Não vai mudar nada com a entrada de Mantega." Para ele, a alta do dólar ontem ocorreu dentro da normalidade. "O Brasil hoje é o País do momento, o País das possibilidades, dos investimentos", afirmou Cypriano. Já os representantes do setor rural brasileiro manifestaram otimismo, esperando que a mudança no comando da economia brasileira possa levar a uma desvalorização do real e a uma melhor negociação das dívidas do setor. (Agências)


Jornal do empreendedor

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60 São Paulo, quarta-feira 29 de março de 2006 Ano 81 - Nº 22.096

Edição concluída às 23h50 Marcello Casal Jr/ABr

Abê, com Amigo da Onça de Péricles

AMIGOS DE LULA PRONTOS PARA NOVA BRIGA Governo e oposição travam nova batalha hoje. O relatório final da CPI dos Correios, que cita Lula e Lulinha, prova o mensalão e pede 130 indiciamentos, entre eles o de Zé Dirceu, deverá ser lido ao meio-dia. A tropa de choque da base aliada está mobilizada para impedi-lo. O relator, deputado Serraglio, recebeu ameaças e resiste às pressões. Perigo de fogo amigo contra Lula. Foram as trapalhadas de amigos-da-onça que derrubaram Palocci. Págs. 4 e 6 Sérgio Lima/Folha Imagem

Não é fácil acertar dose de juros, diz Mantega Novo ministro da Fazenda (foto) toma posse e governo já tem de apagar incêndio para segurar Meirelles no BC Mauricio Lima/AFP

Depois da manhã agitada (foto), mercado reage bem ao discurso de "continuidade" de Mantega. Eco 1 e 2 Marizilda Cruppe/Agência OGlobo

BRASIL VAI PARA O ESPAÇO Página 7 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 19º C.

Tentando domar o Superleão no Senado

Gasolina ou álcool? Você decide.

Tributaristas pedem alteração no projeto da Super-Receita. Eco/5

Com a simples conta que ensinamos, você tem o poder. DCarro


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

Denis Sinyakov/AFP

7 A qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo melhorou em 2005, segundo relatório da Cetesb

BRASIL SOBE HOJE AO ESPAÇO Às 23h29 de hoje, o astronauta Marcos César Pontes, a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, se tornará o primeiro brasileiro a realizar uma missão espacial. O lançamento será feito da base de Baikonur, no Casaquistão. Pontes e outros dois astronautas (um russo e um americano) irão à Estação Espacial Internacional. Rejane Tamoto

Foguete já posicionado na torre de lançamento da base de Baikonur aguarda a contagem regressiva para missão na Estação Espacial Internacional. Nos mastros as bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e da Rússia.

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ais de quatro décadas se passaram desde que o cosmonauta russo Yuri Gagarin entrou para a história como o primeiro homem a viajar para o espaço. Hoje, às 23h29, será a vez do primeiro astronauta brasileiro, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), Marcos César Pontes, de 43 anos, decolar na espaçonave russa Soyuz TMA-8, da base de Baikonur, no Casaquistão – da mesma plataforma de onde Gagarin partiu em 1961. O destino de Pontes, junto ao comandante russo Pavel Vinogradov e o engenheiro de bordo americano Jeffrey Williams, será a Estação Espacial Internacional (EEI), distante 400 km da Terra. Uma das funções do astronauta será conduzir à Estação oito experimentos brasileiros nas áreas de biotecnologia, engenharia mecânica, engenharia genética, m ic ro el et rônica, mecânica e biologia para serem ob ser vad os em ambiente de microgravidade. Marcos Pontes levará ao espaço os seguintes experimentos: 1) efeito da microgravidade na cinética das enzimas; 2) danos e reparos do DNA na microgravidade; 3) teste de evaporadores capilares em ambiente de microgravidade; 4) minitubos de calor; 5) germinação de sementes em microgravidade; 6) nuvens de interação protéica; 7) germinação de sementes de feijão e 8) cromatografia da clorofila. Os dois últimos testes serão acompanhados por escolas municipais de São José dos Campos (SP). Bagagem – Os dois astronautas que acompanham Pontes na viagem permanecerão na EEI por seis meses. O retorno do brasileiro será no dia 8 de abril. Mesmo na Estação, Pontes manterá contato com a Terra, nos dias 5, 6 e 7 de abril. Dentre os itens pessoais que o astronauta levará na bagagem (que não pode ultrapassar 1,5 kg) estão uma réplica do chapéu de Santos Dumont, uma camiseta da Seleção Brasileira, uma pequena bola verde e amarela, CDs, fotos de família, uma imagem

Divulgação

de Jesus Cristo e uma pequena bandeira do Brasil. O investimento do governo brasileiro na missão (esperada por Pontes desde 1998) foi de US$ 10 milhões. A Missão Centenário, como é chamada no Brasil, é uma homenagem aos cem anos do primeiro vôo do 14 Bis, em 23 de outubro de 1906, por Santos Dumont. Ciência – Embora haja unanimidade em relação à importância simbólica da missão, parte da comunidade científica não vê nos experimentos a serem levados ao espaço por Marcos Pontes um grande acontecimento para a ciência. Para o astronauta, a Missão Centenário é a "ponta de um iceberg". Em e-mail enviado ao DC ele disse que sua viagem tem significado importante para a ciência brasileira e um sentido simbólico sem precedentes do ponto de vista patriótico, científico e histórico. "A coincidência com o ano do centenário do vôo de Santos Dumont é um fato muito feliz. Multiplica seu efeito catalisad o r d e s e n t imentos de união nacional, competência e orgulho do p o v o b r a s i l e i ro " , afirmou Pontes. "Sem desmerecer a missão, acho que o inventor Santos Dumont não pode ser comparado ao astronauta Marcos Pontes. Nisso também há um pouco de marketing político para o programa da Agência Espacial", disse Fernando Rochinha, diretor acadêmico e professor do programa de engenharia mecânica da pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quem torce para que a missão não seja mero marketing é o primeiro cientista brasileiro a fazer experimentos espaciais, o professor-titular do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), Glaucius Oliva. "Minha expectativa é de que a viagem alavanque recursos para que os institutos brasileiros que estão enviando experimentos à EEI possam continuar seu trabalho. A missão terá de ser uma catalisadora para que o Programa Espacial continue. Será triste se após a viagem

Nasa

Os astronautas que partem amanhã rumo à Estação Espacial Internacional. O brasileiro Marcos Pontes (esq.), o russo Pavel Vinogradov e o americano Jeffrey Williams. Os dois últimos ficarão na Estação (foto à dir.). Marcos retornará à Terra dez dias depois do lançamento.

usarem isso politicamente e tudo acabar depois das eleições", disse. Nos anos de 1997 e 1998, um convênio entre a Nasa, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), USP São Carlos e Agência Espacial Brasileira possibilitou ao professor enviar aos ônibus espaciais da Nasa cinco experiências de cristalização de proteínas, que ficaram em microgravidade em períodos de nove e 16 dias. Os experimentos geraram a publicação de muitos trabalhos e teses de doutorado. Das experiências que viajarão com Marcos Pontes, o cientista destacou que as relacionados a organismos vivos são de interesse puramente observacional e, por isso, não terão grande impacto sobre nossa vida na Terra. No entanto, o professor considera a missão importante para consolidar a participação brasileira nas facilidades laboratoriais no espaço e para a divulgação da ciência entre a população. "Devido à falta de investimentos na construção da Estação, o governo brasileiro teve limitações na quantidade de tempo para usar os laboratórios no espaço. Em vez de custear os US$ 120 milhões em peças para a Estação, o governo preferiu pagar apenas os US$ 10 milhões para a viagem do astronauta, que já havia sido treinado pela Nasa", disse. De positivo, Oliva destaca que Pontes se tornará uma celebridade após o vôo e será ouvido por crianças, adolescentes e pela sociedade em geral.

O físico e professor José Goldemberg, doutor em Ciências Físicas pela USP e atual Secretário do Meio Ambiente do Estado, vê com bons olhos a missão. "O benefício é que o astronauta levará as experiências de cientistas de nossas universidades. Isso estimulará novos talentos", afirmou. Uniforme -Quem está vibrando com a viagem é a proprietária da confecção paulistana Flytex, Marília Fajardo Oliveira, que desenvolveu o

macacão que o astronauta usará na EEI. O uniforme azul royal, feito em tecido nacional Pollycotton, foi desenvolvido para Marcos Pontes, a pedido da Agência Espacial Brasileira e, segundo Marília, passou por rigorosos testes de resistência na Rússia. "O macacão pesa 1 kg e o tecido oferece proteção contra radiação ultravioleta. Não é resistente a fogo e nem é antirasgo, mas é confortável, tem cor sólida e pode ser lavado várias vezes", explicou.

Além do macacão, Marília conta que também foi a responsável pelos patchs (bordados) do traje espacial do astronauta. "Esse era o único item que podia ser personalizado no traje. Então bordei a bandeira do Brasil e os logotipos da agência, da missão e da expedição", disse. A réplica do macacão, segundo Marília, custa R$ 500, mas se for confeccionado em um tecido retardante ao fogo, pode chegar a R$ 1 mil. Colaborou Rachel Melamet


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Transpor te Saúde Urbanismo Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de março de 2006

O investimento nas obras dos quatro cinemas do Shopping Light será de cerca de R$ 6 milhões.

SHOPPING LIGHT RECEBE 45 MIL PESSOAS/DIA

Mais lazer para o Centro da cidade Projeto, que espera apenas o aval do poder público, pretende instalar novas salas de cinema e espaços culturais no Shopping Center Light, no Anhangabaú Fotos: Divulgação

Kelly Ferreira Mudanças - No primeiro piso haverá a ampliação de uma das lojas âncora do Shopping Light, a Renner, que hoje ocupa apenas o térreo. Os cinemas serão instalados no terceiro e quarto pisos, em formato semi-stadium. A programação das salas ficará por conta do programador de cinema Adhemar Oliveira. "A proposta é trazer a primeira opção de salas de exibição de qualidade no Centro da cidade. Queremos atrair jovens estudantes, intelectuais e pessoas com bom nível cultural", disse Oliveira. Já o sexto piso do shopping ganhará uma área de 1.380 metros quadrados para eventos especiais, entre eles desfiles de moda e feiras, e também um espaço cultural permanente com 400 metros quadrados para exposições, lançamentos de livros, mostras etc. Competitivo – "O Light é uma âncora importante na história da cidade de São Paulo. É um prédio antigo e tombado pelo Patrimônio Histórico. Essa reforma e ampliação do shopping irá torná-lo competitivo com os outros. Só faltava o detalhe do lazer. Quando foi inaugurado, ele não tinha nem garagem. A concepção do Light foi baseada nas pessoas que passam pelo Centro, geralmente a pé. Gostaríamos que as salas de cinema de rua também fossem revitalizadas. Mas, acredito, que a tendência é que elas sejam transformadas em teatros no futuro", disse o presidente da Associação Viva o Centro, Marco Antonio Ramos de Almeida. Instalado no edifício Alexandre Mackenzie, construído entre os anos 1925 e 1929, que abrigou no início do século a sede da companhia de energia Light, o shopping que aumentar o seu número de visitantes. "Precisamos de atrativos para aumentarmos o fluxo de pessoas em todos os nosso pisos. Além disso, com a reforma estaremos contribuindo, e muito, com a revitalização do próprio Centro de São Paulo", disse Francisco Melara. " Os visitantes terão opções de compra e diversão durante o dia, à noite, nos finais de semana e feriados. E o Centro ganhará mais movimento", disse o gerente Francisco Melara.

Instalado no que abrigou, no início do século, a companhia de energia Light, o shopping quer aumentar em 20% o seu número de visitantes

Nilton Fukuda/AE

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região central de São Paulo deverá ter, em breve, quatro novas salas de cinema, além de mais locais para lazer e entretenimento. Os espaços serão instalados no Shopping Center Light, quase em frente ao Teatro Municipal, no vale do Anhangabaú. A intenção é atrair cada vez mais público para o Centro da capital paulista, principalmente nos fins de semana e feriados, como já acontece em outros shoppings centers da cidade, mas sem descaracterizar o valor histórico do prédio. O único impasse para a instalação mais rápida do espaço de entretenimento é o poder público. O projeto de reforma do shopping, pronto há 10 meses, espera apenas o aval do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de São Paulo, do Departamento de Patrimônio Histórico (Conpresp/DPH) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). A previsão, segundo o gerente de operações do Shopping Light, Francisco Melara, é que o sinal verde para o desenvolvimento do projeto aconteça dentro de um mês. "O ideal seria entregar a obra no aniversário de 453 anos de São Paulo, em janeiro do próximo ano. Por isso queremos que a proposta seja logo avaliada, uma vez que as obras demorarão em torno de 8 meses para serem concluídas", disse Melara. Revitalização – A idéia da construção de uma área para lazer no shopping veio na esteira dos projetos de revitalização que estão sendo tocados do Centro da cidade. E também foi baseada no aumento de 12% no número de visitantes do shopping nos últimos 12 meses. O local recebe hoje 45 mil pessoas diariamente. Depois da implantação do projeto, espera-se aumentar em mais 20% o público atual. O investimento na obra será de aproximadamente R$ 6 milhões e prevê, além da instalação das quatro salas de cinema com 620 lugares cada uma, a ampliação de lojas âncoras, novos restaurantes, espaço cultural e uma área para eventos que será instalada no terraço.

O investimento na obra será de aproximadamente R$ 6 milhões

ESTAÇÃO IMIGRANTES– Operários trabalhavam ontem na finalização das obras da estação Imigrantes do metrô, localizada entre a avenida Ricardo Jafet e a rua Saioá, na região de Vila Mariana/Ipiranga, que será inaugurada amanhã. A nova estação faz parte da Linha 2 - Verde. A Imigrantes terá escadas inteligentes, que têm o objetivo de reduzir os custos de energia. Serão erguidas quatro salas de exibição com 620 lugares cada uma


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DCARRO

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ATENÇÃO

Saúde, a vítima do amortecedor velho Estes equipamentos vencidos podem causar problemas à sua saúde. Por isso, cuide bem deles na revisão do carro.

falta ou uso de amortecedores vencidos no veículo produzem vibrações nocivas às pessoas. Assim, além de abastecer, trocar o óleo e verificar pneus e freios, o veículo também deve passar por inspeções regulares para constatar o estado destes itens mais comuns e também a suspensão, incluindo os amortecedores, sempre esquecidos. Engenheiro de Segurança e Saúde no Trabalho, Antonio Carlos Vendrame é especialista em vibrações ocupacionais, realizando diversos trabalhos de avaliações de oscilações em veículos, máquinas e equipamentos, incluindo aviões. Segundo ele, estas trepidações produzidas por um carro, especialmente aquelas transmitidas pelo assento, afetam diretamente a coluna vertebral de seu ocupante. "As patologias da coluna vertebral podem aparecer em razão da intensidade da vibração produzida e do tempo de exposição aos efeitos do agente". O especialista menciona ainda outras consequências. "Não podemos nos esquecer das vibrações de corpo inteiro, que

afetam os trabalhadores que fazem da condução de veículos sua ocupação. Neste caso, as patologias podem incluir fadiga, insônia, dores de cabeça, náuseas, perda do equilíbrio, hérnia de disco e distúrbios gastrointestinais", completa o engenheiro. Como se sabe, o amortecedor é peça integrante da suspensão dos veículos, com finalidade de reduzir os efeitos das vibrações, prolongando o tempo de vida útil do automóvel (suspensão e pneus) e tornando o ato de dirigir mais confortável. Entretanto, muitos motoristas relaxam, e não substituem periodicamente o equipamento (o indicado, em média, é a cada 40 mil quilômetros), quando então o amortecedor passa a não ter qualquer efeito contra as vibrações. "Ele, então, torna-se um acessório nulo que não produz quaisquer resultados para os quais foi concebido", diz o engenheiro. Isto sem contar com os riscos

Divulgação

A

Serviços

automotivos

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DC

Poucos dão importância devida ao amortecedor. Quando ele falha, a segurança é ameaçada e a coluna também.

de acidentes causados pela ineficiência do amortecedor que, além de servir para amortecer as vibrações nocivas à saúde, é também o instrumento que mantém a estabilidade em curvas e freadas. O teste para confirmar a intensidade da vibração é realizado com equipamento importado dos Estados Unidos, que faz a avaliação das vibrações, segundo as nor-

mas exigidas pela ISO 2631 e 5349. Antonio Carlos Vendrame é engenheiro químico e de Segurança e Saúde do Trabalho. Foi o representante da América Latina na 10th International Conference on Hand-Arm Vibration - Las Vegas Nevada, 2004 e 3rd International Conference on Whole-Body Vibration Injuries - Nancy - France, em 2005.


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AUDI S6 Divulgação

A versão sedã acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos

O esportivo de luxo começa a ser vendido na Europa em abril, nas versões sedã e Avant (perua). Seu motor é um V10, de 5.2 litros e injeção direta.

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Audi promete para outubro o lançamento no mercado brasileiro do novo S6 com motor V10 (dez cilindros em V) de 5.2 litros e injeção direta, que começa a ser vendido na Europa no próximo mês. O esportivo de luxo chega nas versões sedã e Avant (perua). O motor da nova linha S6 desenvolve 435 cv de potência a 6.800 rpm com torque máximo de 540 nm entre 3.000 e 4.000 rpm. O sistema FSI de injeção direta tem papel importante na performance do novo modelo. O sedã é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos (na versão S6 Avant: 5,3 segundos), e a velocidade máxima, limitada eletronicamente, é de 250 km/hora. A tração, o câmbio e a suspensão foram modificados para reforçar seu potencial esportivo. A transmissão automática tiptronic de seis velocidades, oferecida como equipamento de série, torna mais rápidas as trocas de marchas e oferece ainda, na opção automática, o modo de transmissão S (Sport) para uma condução mais veloz. O cliente pode optar, também, pelo câmbio manual e trocar as marchas com os paddles (borboletas), de alumínio, instalados no volante. A suspensão foi configurada para garantir mais agilidade e respostas precisas, assim como a caixa de direção com servotronic. O sistema de tração permanente "quattro" oferece segurança e dirigibilidade em várias condições de pista e terreno. Com 25 anos de duros testes no centro de de-

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S&S OUTRIM

CERTIFICADO DE GARANTIA

senvolvimento de Ingolstadt, a quarta geração desta tração tem distribuição assimétrica e dinâmica do torque, adaptando o sistema às necessidades do condutor. O diferencial central, instalado longitudinalmente, distribui a força entre as rodas traseiras e dianteiras de acordo com a situação. Os principais componentes do chassi são feitos de alumínio, o que garante baixo peso ao conjunto. E as chapas de aço utilizadas oferecem a rigidez necessária quando requerida. Na lista de opcionais, destaque para o piloto automático controlado por radar que apresenta vantagens em relação ao equipamento tradicional: o sistema inteligente mede continuamente a distância do veículo da frente e ajusta a velocidade do carro manipulando acelerador e freio. Conforto - O interior do veículo prioriza o luxo e o conforto, com bancos esportivos de couro, encostos de cabeça embutidos e ar-condicionado automático com distribuição independente de temperatura para motorista e passageiro. Na dianteira, duas faixas de luzes diurnas, cada uma compreendendo cinco LEDS, marcam a nova tendência de segurança e uma inovação no design. Elas são integradas ao pára-choque e, quando acesas, servem como característica inconfundível do S6. Com o novo modelo, a expectativa da montadora alemã é superar a produção do antigo S6, que bateu a casa das 10 mil unidades produzidas entre 1999 e 2004.

* Sistemas de Freios * Direção Hidráulica * Embreagens

DC

No Brasil, em outubro

Também a perua Avant prioriza a esportividade em seu design

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SERVIÇO

Sua viagem monitorada

Divulgação

Nas estradas, além dos serviços de guincho e de atendimento mecânico, existe até controle de tráfego com GPS WLADIMIR MIRANDA

m amplo e confortável espaço, onde o usuário tem à sua disposição água, café, folhetos com orientações sobre como melhor usar as rodovias, telefones e banheiros químicos. Você, motorista, que costuma usar o sistema Anchieta/Imigrantes, sabia que pode desfrutar desse conforto durante a sua viagem de retorno do Litoral Sul? Este é apenas um dos benefícios que a Ecovias, que administra o Sistema Anchieta/Imigrantes e a Padre Manoel da Nóbrega há oito anos, oferece aos usuários. A concessionária opera com computadores e aparelhos GPS, implantados em 30 viaturas de inspeção de tráfego, seis ambulâncias e dez guinchos para reduzir o tempo de comunicação com o Centro de Controle Operacional. A empresa oferece ainda o Sem Parar, o Serviço de Ajuda ao Usuário (SAV) e tem dez estações meteorológicas para monitorar o tempo. A malha rodoviária paulista é administrada por 12 concessionárias. A privatização, ao contrário do que muitos imaginam, não dá a elas apenas o privilégio de poder cobrar tarifas caras. Os serviços são fiscalizados pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo). "Em casos de acidentes, o socorro tem de chegar no máximo em dez minutos. As normas estão no contrato de concessão", explica

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Autoban: socorro imediato

Centro de Controle Operacional da Ecovias controla todos os movimentos nas estradas

Elio Nogueira, coordenador de atendimento ao usuário da Ecovias. A empresa recebe em média 2 mil ligações/dia. Nos "feriadões", são 30 mil. Na pista nova da Imigrantes, há uma câmera a cada 100 quilômetros. A SPVias, que administra cinco rodovias, entre elas a Castelo Branco e a Raposo Tavares, também oferece ambulâncias, veículos de apreensão de animais, guinchos leves, médios e pesados, rebocador e o Cantinho do Usuário, com fraudário e área para descanso. Benefícios semelhantes são disponibi-

lizados pela Renovias, responsável por cinco rodovias que ligam Campinas ao Circuito das Águas e Sul de Minas. A AutoBan, do Sistema Anhanguera/Bandeirantes, comemora a significativa redução dos índices de acidentes e vítimas em sete anos de funcionamento. "Quando assumimos, quase 20 pessoas morriam todo mês. Hoje são 7 e estamos lutando para chegar a zero", avisa Fábio Abritta, gestor de tráfego da empresa. São 540 telefones de emergências instalados pelo Disque AutoBan. O serviço já atendeu a mais de 1,3 milhão de pessoas.

ANOTE OS 0800 DAS RODOVIAS AutoBan - 0800-0555550 AutoVias - 0800-7079000 Centrovias - 0800178998 Colinas - 08007035080 Ecovias - 0800197878 Intervias - 08007071414 Renovias - 0800559696 SPVias - 08007035030 Tebe - 0800551167 Triângulo do Sol - 08007011609 Vianorte - 08007013070 Viaoeste - 08007015555


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COMPRAS A PRAZO

Venda de consórcio continua crescendo O segmento de moto está mais aquecido que o de carro

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om 79% de participação no sistema de consórcios, o setor de veículos se mantém em expansão este ano. Segundo o último levantamento do Banco Central, referente a janeiro, as vendas de novas cotas cresceram 12,3% no mês, somando 107,4 mil, enquanto um ano antes acumulavam 95,6 mil. As contemplações apontaram alta de 1,9%, passando, na mesma comparação, de 57 mil para 58,5 mil. Os consorciados ativos mantiveram estabilidade, oscilando 0,7% positivamente (de 2,74 milhões para 2,76 milhões). As motocicletas foram os produtos mais procurados entre os automotores. As contemplações neste segmento evoluíram 5,1%, saltando de 37,4 mil para 39,3 mil. As vendas via consórcio respondem por 45,2% do mercado brasileiro de motos, segundo dados da Abraciclo, entidade que representa a indústria de duas rodas. Só em janeiro, foram comercializadas 83,4 mil novas cotas de motocicletas.

Pesados e carros - Nos veículos pesados, que incluem caminhões, ônibus, semi-reboques e tratores entre outros, houve alta de 4,7% no número de participantes ativos, que saltou de 127,5 mil para 133,5 mil no período de um ano. Houve ainda alta de 5,1% no acumulado de contemplações. Foram contabilizadas 39,3 mil contra 37,4 mil no mesmo comparativo. As vendas de novas cotas retraíram-se 11,5%, descendo de 2,6

mil para 2,3 mil. Entre os automóveis, utilitários e camionetas, foi registrada estabilidade no número de participantes com tendência de baixa. Em janeiro de 2005 havia 811 mil, enquanto um ano depois eram 804,1 mil. Uma ligeira retração de 0,9%. Também nas contemplações e nas vendas de novas cotas houve queda. Os contemplados somaram 15,5 mil no primeiro mês deste ano, 4,3% inferiores aos 16,2 mil de doze meses antes. A comercialização superou 19,2 mil novas cotas, o que representa queda de 6,8% em relação ao começo do ano passado. Considerando o sistema como um todo, que inclui também consórcio de imóveis e eletroeletrônicos, o setor apresenta excelente resultado em 2006. Só no primeiro mês do ano as contemplações beneficiaram 74 mil consorciados, o maior número entre todos os meses de janeiro desde 1999. Nos primeiros 30 dias do ano, os participantes ativos chegaram a 3,39 milhões, 6,6% a mais do registrado há um ano. O número de cotas vendidas somou 136,3 mil, com crescimento de 10,7%. “Os primeiros números deste ano comprovam que os consórcios continuam sendo cada vez mais procurados por consumidores que planejam de forma inteligente as suas compras, fugindo do pagamento das elevadas taxas de juros", avalia Rodolfo Montosa, presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).


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MERCADO/AUTOINFORME

GM: a marca que menos desvaloriza

É o que mostra levantamento sobre preços dos veículos após um ano de uso. Por modelo, Mille é o campeão.

O

s carros da GM são os menos desvalorizados após um ano de uso. Estudo da Agência AutoInforme revela que os carros da marca perdem, na média, 7,31% do valor inicial. No caso do Celta 1.4, a depreciação é de 4,5%. O Vectra, entre os carros Chevrolet, é o que mais desvaloriza (10,5% ao ano). Na classificação por modelo, o Mille é o menos depreciado, perdendo apenas 4,3% no primeiro ano. Na lista dos dez menos desvalorizados estão também o Siena 1.8, Palio 1.8, Fox 1.0, Fox 1.6, Siena 1.0 e o Corsa sedã 1.8, além do Celta (1.4 e 1.0). A

Volkswagen é a segunda na lista das marcas. Seus carros sofrem depreciação média de 7,65% em um ano. O Golf é o carro da marca com a maior desvalorização (9,5%). A Honda é a terceira menos depreciada, segundo o levantamento. O Fit tem boa aceitação e perde pouco (7,5%) com o uso, o que contribui para a boa média da marca, que, no conjunto, desvaloriza 8,01%. A Ford figura em sexto lugar, com depreciação média de 8,44%. O Focus hatch é o modelo que mais perde entre os seus automóveis e o Fiesta sedã é o que tem a menor depreciação. Entre as grandes, a Fiat é a que traz menos vantagem para o consumidor (8,9% de queda no valor em um ano). Dois modelos - Marea e Stilo – puxam o seu índice para baixo. O primeiro perde 14,8% e o Stilo, 13,9%. Mas o Palio está entre os menos depreciados. Peugeot (4ª colocada), Toyota (5ª), Renault (9ª.) e Citroën (10ª) também estão entre as dez menos desvalorizadas, com uma depreciação média abaixo dos 10% em 12 meses.

Na ponta de baixo está a MercedesBenz, com o Classe A, que já não é mais fabricado. Quem comprou este modelo em março do ano passado viu o seu bem desvalorizar em média 16,4% até agora. É o pior índice da pesquisa. Utilitários - A GM é a marca menos depreciada também nos utilitários (menos 10,7%). O estudo mostra que o segmento de picapes, vans, furgões tem

uma depreciação bem maior que a dos carros de passeio, provavelmente porque têm maior desgaste no uso para o trabalho. E os carros pequenos são os que menos perdem. A Agência AutoInforme pesquisou só veículos fabricados no Brasil e no Mercosul. Vale lembrar que a Nissan e a Mitsubishi fabricam exclusivamente modelos utilitários. O mesmo acontecia com a Land Rover, que parou de produzir no Brasil em dezembro passado.


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BICOMBUSTÍVEIS

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São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

Oconsumidor

TRÊS ANOS DE FLEX-FUEL O tecnologia flex-fuel está comemorando três anos este mês. O primeiro veículo bicombustível a chegar ao mercado brasileiro foi o Gol 1.6 Total Flex, da Volkswagen, apresentado no dia 24 de março de 2003. Na seqüência, naquele mesmo ano, surgiram modelos flex da General Motors e da Fiat. A oferta foi se ampliando gradativamente e a maioria dos lançamentos feitos a partir de então disponibiliza apenas este tipo de motor. Por conta disso, é expressivo o crescimento da participação dos veículos flex-fuel nas vendas da indústria nacional. No mês passado, por exemplo, responderam por 76,6% do mercado. Já foram comercializados no País 1,43 milhão de bicombustíveis. No momento, só as japonesas Honda e Toyota ainda não disponibilizam veículos com a nova tecnologia aos seus clientes. Ainda não há oferta de picape média ou grande com motor bicombustível e no segmento de utilitários só tem a Kombi e a Fiat Doblò.

Veja como fazer isso: divida o preço do álcool pelo preço da gasolina. Multiplique o resultado por 100. Se o resultado for maior que 70, não pense duas vezes, abasteça o carro com gasolina.

N

- diz que a reação dos motoristas tem sido destacada: no seu estabelecimento a venda de álcool caiu 30% desde janeiro. Ele, quando solicitado, recomenda que o consumidor abasteça com gasolina, tendo como base os cálculos para estabelecer qual o combustível que oferece maior vantagem. Sérgio Majori, proprietário de um Volkswagen Fox Total Flex, conta que tem o carro há pouco tempo e diz que só abasteceu o veículo com álcool uma única vez. "Fiquei impressionado - diz ele como o ponteiro do tanque baixava rápido. Vieram os aumentos do preço do álcool e me decidi, definitivamente, pela gasolina. Agora o álcool vai ter que compensar muito para que eu volte a usá-lo no meu carro", afirma o consumidor. Tanto faz? O mais barato - Afinal de contas ou melhor, das contas, você sabe quando é hora de abastecer com DC

a sexta-feira passada a BR Distribuidora baixou o preço do álcool. No posto da Rua Pataco Silva, ele custava R$ 1,999. Por conta da baixa, ele era vendido a R$ 1,859 no fim de semana. Fazendo-se as contas, com a gasolina a R$ 2,576, chegava-se a 72,082, assim, mesmo com o desconto, não valia a pena abastecer o carro bicombustível com o produto nacional 100% renovável. E esta situação era plenamente visível na escolha dos motoristas que ali pararam para abastecer. Todos faziam as contas e a escolha recaía sobre a gasolina. Este é o comportamento que deve orientar os mais de 1,5 milhão de donos de carros bicombustíveis em circulação no País. E esta reação mostra que o consumidor realmente está apostando no seu poder de enfrentar o preço do álcool. Roberto Bertolo, o dono do posto - que opera no local há 30 anos

CENTRO AUTOMOTIVO

Suspensão Alinhamento Balanceamento

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Av. Jacú Pêssego, nº 5.326 Itaquera - SP

Elétrica Manutenção preventiva

Sistema “leva e traz”

Fone: 6286-5069

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Fotos: Divulgação

tem que mostrar quem manda ANTONIO FRAGA/CHICOLELIS

DCARRO

gasolina ou álcool? A grande sacada do motor "flexível" é que ele não prende o motorista a nenhum combustível. Se o álcool faltar no posto ou seu preço subir muito, como está acontecendo desde janeiro, o tanque pode ser abastecido com gasolina e o motor funciona sem problemas com

qualquer mistura de ambos. O comportamento do automóvel é praticamente o mesmo, pois a diferença de potência (e torque) não chega a 5% entre a operação do motor com um ou outro combustível. A rigor, quando abastecido somente com álcool, o motor tem desempenho

ligeiramente superior. Em compensação como seu consumo é maior em relação ao consumo da gasolina, o motorista terá que abastecer com maior freqüência. A reportagem constatou que muitos motoristas até se "esquecem" que possuem esse poder e abastecem com qualquer um

dos dois combustíveis. E boa parte não sabe que a regrinha para saber se é hora ou não de abastecer com etanol ou gasolina é fácil demais. Outra fórmula - Contas para descobrir qual o combustível mais rentável é o que não falta. Além da

fórmula já mencionada existem outras, como estas: como a diferença de consumo entre os dois combustíveis é de cerca de 30%, então basta multiplicar o preço da gasolina por 0,70. Se o valor do álcool for inferior a este resultado, vale a pena abastecer com ele, caso contrário é preferível a gasolina. Considerando o último aumento dos combustíveis, na média dos postos, (embora exista quem venda o produto por até R$ 2,007): o litro da gasolina custa R$ 2,47. Então 2,47 x 0,70= 1,729. Logo, se o preço do

álcool for superior a R$1,729, não compensa usá-lo. Economistas e montadoras informam que é vantagem usar álcool quando seu preço está 70% mais barato que a gasolina. Isto porque o carro abastecido só com álcool consome mais, e isto pode anular a vantagem de um preço um pouco mais barato do álcool. Como exemplo, o Chevrolet Corsa Flexpower abastecido somente com álcool fez a média cidade/estrada de 8,5 km/l e só com gasolina, generosos 12,5 km/l, com consumo bem menor se usado­

Já foi o tempo em que compensava abastecer com álcool o carro bicombustível


DCARRO

BICOMBUSTÍVEIS

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­ mais em rodovias. doria e Serviços). Além do consumo, o carro quando é abastecido só com álcool fica mais Vários preços em SP -Esta variação potente. Só com gasolina o motor 1.8 de preços do álcool - e também da rende 105 cv de potência a 5.400 giros gasolina - não ocorre somente nos e 17,3 kgmf de torque a três mil giros. vários Estados. Mesmo aqui, na CaApenas com álcool, a potência pula pital, existem mudanças que, em para 109 cv e o torque chega a 18,2 muitos casos, compensam o uso do kgmf. Com os combustíveis mis- derivado da cana-de-açúcar. turados esses dados variam de acordo Quem testemunha isso é o mocom a proporção torista de táxi MáPablo de Sousa de cada um, bem rio Alves da Silva, como a autonodono de uma mia do carro. Chevrolet Meriva De um modo FlexPower. Morageral, quando o dor da Zona Lespreço do litro do te, ele conta que álcool situa-se ao abastecer "para abaixo de um paaqueles lados, eu tamar de 70% do ponho álcool, onvalor estipulado d e p a g u e i na bomba para a R$1,629 o litro. A gasolina, o veículo gasolina custava bicombustível R$ 2,349. Mas se passa a ser uma eu tenho que opção bastante abastecer pros laconveniente. dos do centro, jarEmbora os 70% dins e bairros virepresentem um zinhos, escolho a índice médio na gasolina". relação gasto/conMário acertou sumo, vale destaao escolher o álAgora, depois de fazer os car que cada usuácool, abastecendo cálculos, Mário aponta para rio deve saber o carro perto de o combustível mais em conta quanto gasta seu sua casa: multiplipróprio carro para cando-se o resulos dois tipos de combustível e, com tado da divisão do preço do álcool isso, constatar a vantagem real de ter pelo da gasolina por 100, chega-se a um veículo flex-fuel. 69,348. Ou seja, abaixo dos 70 esOutra dica para o consumidor é tabelecidos pelos estudiosos do asestar sempre atento aos preços do sunto. álcool que, no Brasil, variam de um Denise, proprietária de um Palio Estado para o outro, devido aos cus- Flex, diz que não faz os cálculos mas tos de transporte da matéria-prima e sabe que - "enquanto os preços se também das alíquotas do ICMS (Im- mantiverem neste patamar, devo conposto sobre Circulação de Merca- tinuar abastecendo com gasolina".

Fotos: Divulgação

ÁLCOOL SUBIU? GÁS NELE O carro é um Corsa Sedã, com motor bicombustível. No começo, Adelson, seu proprietário, só usava álcool no tanque do táxi filiado à Use Táxi para fazer suas corridas e ganhar a vida. Em janeiro, tudo mudou com os aumentos no preço do combustível. Adelson, por R$ 2.500, instalou um kit-gás no carro. "Foi em janeiro. Quando percebi que ia começar a perder dinheiro. Agora eu consigo faturar mais, mesmo

amortizando o investimento no sistema", diz ele. Consumidor: sorte Esta opção do taxista mostra que agora o consumidor deu sorte com o surgimento do carro bicombustível, que acabou tornandose "tricombustível". Isto porque tem triste memória o Proálcool, programa surgido no final dos anos 70 e que acabou em fracasso, pelos abusivos aumentos de preços do combustível, uma década depois.

Pablo de Sousa

Este é vacinado contra aumentos: álcool, gasolina ou gás. Custou a Adelson R$ 2.500 transformar.


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D C A R R O 11

LANÇAMENTO

Chega o Golf Flex. E o Santana pode acabar. Volks não sabe se tira o sedã de linha ou se investe em um motor bicombustível para atender taxistas e frotistas

Golf bicombustível já está na rede VW

ALZIRA RODRIGUES

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om a chegada do Golf Total Flex 1.6 L ao mercado brasileiro, os veículos bicombustíveis passam a responder por 99% da produção de automóveis e comerciais leves da Volkswagen do Brasil. Só a linha Santana não conta com a nova tecnologia, o que pode significar o fim da produção do modelo. O diretor de Vendas e Marketing da comemorava 50 montadora, Paulo Sérgio Kakinoff, in- anos no Brasil). Com a chegada forma que até o final do ano sai a decisão sobre o seu destino. Ou o Santana ganha do novo modelo, a motor bicombustível em versão destinada Volks passa a ter uma das mais completas a taxistas e frotistas ou a empresa passa a linhas flex-fuel do mercado brasileiro: Gol oferecer outra opção para estes segmentos (1.0, 1.6, 1.8), Parati e Saveiro (1.6, 1.8), dentro das suas versões sedãs, entre as Fox (1.0, 1.6), CrossFox (1.6), Polo e Polo Sedã (1.6) e Kombi (1.4). quais se inclui a do Polo. O novo motor 1.6 do Golf atinge "Temos também os sedãs Bora, Passat e potência máxima o Jetra, todos imDivulgação de 101 cv (gasoportados, que polina) e 103 cv (áldem interessar a cool) e tem toralguns nichos que de 14,3 kfgm destes segmentos (gasolina) e 14,5 de mercado", kfgm (álcool). O lembra Kakinoff. veículo chega à Atualmente, as velocidade máxivendas do Santama de 187 km/h na situam-se em quando abasteci4 0 0 u n i d ado só com gasodes/mês, sendo Motor 1.6 atinge potência máxima de lina e 188 km/h 70% para taxistas 101 cv (gasolina) e 103 cv (álcool) com álcool. O e o restante para modelo leva 11,6 frotistas. segundos para acelerar de 0 a 100 km/h Mais um - A Volkswagen está lançando com gasolina e 11,4 segundos com o o Golf Total Flex 1.6 no mesmo mês em combustível alternativo. O Golf Total Flex tem também a versão que comemora os três anos de venda do primeiro veículo nacional bicombustível especial Flash, que começou a ser co(o Gol Total Flex 1.6, apresentado em 24 mercializada em dezembro de 2005 e deve de março de 2003, quando a montadora durar até o final deste ano. A introdução

da tecnologia não causou alteração no preço final do veículo, que chega ao consumidor a partir de R$ 51.490. O Golf é o modelo da Volkswagen que

tem o público mais jovem, sendo que a média de idade dos seus compradores é de 38 anos. Segundo Kakinoff, o modelo tem mantido vendas mensais em torno de 1.000 a 1.500 unidades. Não haverá, ao menos por enquanto, opção bicombustível para as versões 2.0 e GTi. Meta - "Esse motor mais potente é importado do México e, por isso, ainda não decidimos se vamos investir na sua produção com a tecnologia flex-fuel", explica o diretor de Vendas e Marketing da montadora. Na verdade, o mix de venda do modelo a princípio não justifica tal investimento. Dos compradores do Golf, 93% escolhem a motorização 1.6. Entre 5% e 6% adquirem a versão 2.0 e só 1% a 2% têm acesso ao GTi, o top da linha. De todos os atuais modelos da Volkswagen, só as versões 2.0 do Golf e o Polo Sedã, além do Santana, não incorporam a nova tecnologia flex-fuel. "Até o final do ano, 100% da nossa produção será com motorização bicombustível", garante Kakinoff. Resta saber o que vai acontecer com o Santana, um dos modelos mais antigos em produção no Brasil. Ele foi lançado em 1984, mesma época em que surgiu o Uno, que também se mantém no mercado mas já ganhou motor flex, assim como a "velha" Kombi.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006 TESTE

Cayenne mantém o espírito Porsche É um modelo família com desempenho e estabilidade dignos de um esportivo ANTONIO FRAGA

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Com motor V8 de 4.5 l, o modelo destaca-se pelo seu desempenho e estabilidade

unca, em tempo algum, passou pela cabeça de um aficionado da Porsche a remota possibilidade de um dia vir a produzir um carro que não fosse um esportivo de tirar o fôlego. A empresa alemã fugiu à regra ao criar o sport-utility Cayenne, que mesmo desagradando os puristas manteve o espírito e o coração esportivo da marca. Foram três anos de desenvolvimento, desde o desenho até a produção final. Divulgação Em muita coisa, inclusive no projeto básico, o Cayenne foi desenvolvido em parceria com o seus "irmãozinhos", usando como base o mesmo projeto do Volkswagen Touareg e do Audi Q7. Mas, mais que os luxuosos e competentes irmãos, o Cayenne se destaca por ser um modelo família com um desempenho e uma estabilidade dignos de um esportivo e à altura de receber a tradição, a garantia de qualidade e de emoções fortes da marca Porsche. Mas, logicamente, isso tem um preço: ele é o mais caro de todos, com o modelo Turbo chegando a custar US$ 222 mil (a V6 sai por US$ 126 mil e a S, US$ 156 mil). Tendo como seu principal mercado os Estados Unidos, que consomem a maioria das 25 mil unidades produzidas anualmente, o Cayenne é uma revolução

dentro da tradição da marca alemã: é o primeiro carro da Porsche com mais de duas portas, com apelo familiar e com vocação para o fora de estrada. Primeira imagem - Logo de cara o Cayenne impressiona, porque mesmo sendo um SUV, mantém uma aparência forte e robusta. O interior, muito espaçoso, tem o requinte e a excelência dos materiais tradicionais dos carros da marca. O acabamento em couro é um verdadeiro show. As maçanetas são de titânio e os bancos envolventes são confortáveis, dispondo de regulagem elétrica, detalhe também presente no volante de três raios. Na frente do motorista, quatro belos instrumentos circulares de tamanhos diferentes e sobrepostos, com um mostrador multifuncional. Diferente do modelo 911, que tem um enorme contagiros no centro, no Cayenne esta peça foi para uma das laterais, o que é uma pena, pois com toda a certeza o painel iria ganhar mais esportividade. Guardar pequenos objetos não é problema, pois existem os populares "portatrecos" para todos os lados. A chave de ignição, como já é tradicional na marca, fica à esquerda do volante. O equipamento de série do modelo Turbo inclui, entre outros itens, alarme, computador de bordo, acionamento elétrico de vidros, ajuste elétrico dos bancos e revestimento interno completo em couro, bem como ar-condicionado e rádio com dois sintonizadores. Vamos ao que interessa - Ao rodar, o Cayenne é macio e confortável, tanto para


Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br/c ampinas/

R$ 0,60 São Paulo, quarta-feira 29 de março de 2006 Ano 81 - Nº 22.096 Edição de Campinas concluída às 00h05

Marcello Casal Jr/ABr

Abê, com Amigo da Onça de Péricles

AMIGOS DE LULA PRONTOS PARA NOVA BRIGA Governo e oposição travam nova batalha hoje. O relatório final da CPI dos Correios, que cita Lula e Lulinha, prova o mensalão e pede 130 indiciamentos, entre eles o de Zé Dirceu, deverá ser lido ao meio-dia. A tropa de choque da base aliada está mobilizada para impedi-lo. O relator, deputado Serraglio, recebeu ameaças e resiste às pressões. Perigo de fogo amigo contra Lula. Foram as trapalhadas de amigos-da-onça que derrubaram Palocci. Págs. 4 e 6 Sérgio Lima/Folha Imagem

Não é fácil acertar dose de juros, diz Mantega Novo ministro da Fazenda (foto) toma posse e governo já tem de apagar incêndio para segurar Meirelles no BC Mauricio Lima/AFP

Depois da manhã agitada (foto), mercado reage bem ao discurso de "continuidade" de Mantega. Eco 1 e 2 Marizilda Cruppe/Agência OGlobo

BRASIL VAI PARA O ESPAÇO Página 7

TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 20º C.

Tentando domar o Superleão no Senado

Gasolina ou álcool? Você decide.

Tributaristas pedem alteração no projeto da Super-Receita. Eco/5

Com a simples conta que ensinamos, você tem o poder. DCarro


quinta-feira, 30 de março de 2006

Congresso CPI Eleições Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 O tapete azul do Senado não é o tapete vermelho do Supremo. Nelson Jobim, ex-presidente do STF

PSDB DEFINE CANDIDATO AO GOVERNO

ANÚNCIO OFICIAL DA CANDIDATURA SERÁ AMANHÃ. MAS ALCKMIN JÁ ADIANTOU DECISÃO. Niels Andreas/AE

SERRA ENTREGA HOJE RENÚNCIA NA CÂMARA

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Prefeito José Serra conversa com seu vice Gilberto Kassab: entrega de cargo para o pefelista será na sexta.

ALCKMIN ENTREGA: ESCOLHA TUCANA POR SERRA 'É FATO'.

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governador Geraldo Alckmin adiantou ontem, durante ato de desativação de uma unidade da Febem em São Paulo, que o prefeito José Serra deverá ser candidato ao governo do Estado. "Tenho conversado com o prefeito Serra, que está animado, mas não vou fazer o anúncio. Vamos deixar que o prefeito transmita sua opinião no momento que considerar adequado", afirmou. Perguntado se haveria, então, um anúncio do prefeito sobre a candidatura e sua saída da prefeitura paulistana, o governador respondeu: "Não precisa ter festa, mas é claro que tem de ter (um anúncio), é um fato." U m d o s m a i s f e r re n h o s apoiadores de Alckmin em sua disputa com o prefeito para a candidatura à presidente, o exlíder do PSDB na Câmara e atualmente vereador José Aníbal pareceu constrangido. Aníbal é um dos pré-candidatos ao governo paulista. Apesar do claro apoio de Alckmin a Serra, Aníbal afirmou que manterá sua pré-candidatura. O governador de São Paulo defendeu a busca de "entendi-

mento" dentro do partido para a definição do candidato à sua sucessão no governo paulista. Sem disputa – Embora tenha demonstrado determinação na disputa com o prefeito José Serra na candidatura à Presidência, Alckmin não quer que tal disputa polêmica se repita na esfera estadual. "Nós vamos buscar uma candidatura só. Hoje você tem um sentimento partidário e um sentimento popular de entusiasmo com a candidatura do prefeito Serra e nós vamos trabalhar para ter um candidato." O interesse de Alckmin pela candidatura de Serra se explica pelas importantes alianças que o prefeito traria para o PSDB, além de significar uma maior atenção do partido à campanha presidencial, pois Serra entraria na campanha de São Paulo com larga vantagem sobre seus adversários. Protestos – O governador enfrentou protestos ao derrubar as paredes de uma das unidades da Febem no complexo do Tatuapé, considerado um dos maiores problemas de seu governo. Munidos de um carrode-som, funcionários se revezavam nas críticas a Alckmin.

"Essa unidade que ele está derrubando acabou de ser reformada. É dinheiro jogado fora. E onde estão os internos? Estão aqui no Complexo, superlotando as outras unidades", afirmou o presidente do sindicato dos funcionários da Febem, Antonio Gilberto da Silva. Os sindicalistas acusaram o governador de fazer "marketing" com a derrubada de uma das unidades, mas que o problema da superlotação e ineficiência da Febem Permanecem. Segundo Silva, os 75 meninos da unidade derrubada para dar lugar a um parque, são primários e agora estão detidos ao lado de garotos reincidentes. CPI –Deputados do PT, PFL e PC do B entraram ontem com mandado de segurança no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para tentar garantir a instalação da CPI da Nossa Caixa na Assembléia Legislativa. Os deputados também devem ser recebidos amanhã pelo procurador-geral do Estado Rodrigo Pinho. Querem informações sobre o andamento das investigações do caso Nossa Caixa e ampliar a denúncia. (Agências)

JOBIM SE DESPEDE E ALERTA CPIs.

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omo um político, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, despediu-se ontem do cargo no Senado Federal, avisou que não vai "morrer de pijama" e apelou aos congressistas que aprovem regras para o funcionamento das CPIs, deixando claro o que essas comissões podem e o que não podem fazer. Ele fez questão de dizer que, ao suspender atos de CPIs, o STF cumpre a Constituição e as leis do País. Na cerimônia – na qual foi homenageado e elogiados pelos senadores e foi condecorado com a grã cruz do Congresso (uma faixa parecida com a presidencial) – Jobim fez um discurso recheado de citações de políticos e de frases fortes relacionadas a um ponto delicado: os desentendimentos entre o STF e o Congresso, desencadeados por decisões do tribunal que suspenderam atos de CPIs. "Se o paradigma da solução do conflito político é o entendimento, a conveniência, o paradigma da solução dos conflitos judiciários é a legalidade. E se a solução da legalidade não convém a certas situações políticas não se cobre isso do STF." Ele disse que é necessário que o Congresso aprove regras para o funcionamento das CPIs. "Os senhores precisam

Sergio Lima/Folha Imagem

Jobim: homenagem no Senado.

disciplinar as regras das CPIs estabelecendo uma legislação que defina o que não pode e o que pode fazer e os limites do poder fazer", afirmou. "O tapete azul do Senado não é o tapete vermelho do Supremo", disse, concluindo seu discurso. Jobim será sucedido no STF pela ministra Ellen Gracie. Em entrevistas concedidas a jornalistas, Jobim disse que vai se filiar ao PMDB na sua cidade natal, Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Apesar de afirmar que é candidato a advogado, Jobim é assediado para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul. "Estou saindo do Supremo mas, como disse o velho Ulysses, não vou morrer de pijama", avisou Jobim. (AE)

lançamento da candidatura do prefeito de São Paulo, José Serra, ao governo de São Paulo deve, enfim, ser consumado hoje. Apesar do PSDB avisar que o anúncio oficial só será feito amanhã, o prefeito deve entregar a carta à presidência da Câmara de Vereadores renunciando ao cargo de prefeito o fim do dia. Serra cancelou seus compromissos externos durante o dia e no único evento público que participou, à noite, não quis comentar sobre sua saída da prefeitura. No final da inauguração da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) do Sacomã, porém, deu indícios de que anunciaria sua candidatura – cedendo ao apelo de deputados e vereadores tucanos. Na saída, ele brincou com a imprensa: "Vocês jornalistas estão loucos para que eu fique na prefeitura, não é? Vamos ver o que acontece." De acordo com o vereador do PSDB Dalton Silvano, Serra só não consumou antes sua candidatura porque está com a agenda cheia e ainda tem alguns eventos marcados para hoje, na parte da manhã. "Mas à tarde a carta deve ser entregue à Câmara e o anúncio deve ser publicado no Diário Oficial do Município", disse. Afastamento – Amanhã, último dia para a desincompatibilização, o prefeito deverá comunicar o seu afastamento, formal e publicamente, numa reunião do secretariado convocada especialmente para isso, em meio à qual transmitirá o cargo a Gilberto Kassab (PFL). Mas o que realmente tem retardado a decisão do prefeito é o embate com o vereador José Aníbal, ex-líder do governo FHC no Congresso, que garan-

te não desistir de sua pré-candidatura ao governo estadual em favor de Serra. Para o vereador, não há desgaste de "jeito nenhum" para o prefeito se ele tiver que se submeter a prévias – fator que determinou a desistência de Serra para disputar a candidatura à presidência da República com o governador Geraldo Alckmin. "Prévias não vão enfraquecêlo de jeito nenhum. Vocês estão sacralizando o personagem (José Serra), disse Aníbal, que mandou e-mail para todos os membros da Executiva Estadual do PSDB, afirmando que não desistirá da candidatura. Favoritismo – Em São Paulo, Serra é, disparado, o candidato com maior potencial de votos na disputa do governo e o único tucano que hoje venceria (aliás, com facilidade) os dois principais candidatos do PT no Estado. Pesquisa Datafolha divulgada no dia 20 de março mostrou que Serra venceria a exprefeita Marta Suplicy por 50% a 14%, alcançando 58% dos votos válidos; e ganharia do senador Aloísio Mercadante por 58% a 12%, conquistando 65% dos votos válidos. Na pesquisa, os outros pré-candidatos tucanos a governador não passaram dos 9%, num distante quarto lugar. Para o vereador Ricardo Montoro, a legenda não pode arriscar lançar um candidato

que tenha poucas chances de chegar até o segundo turno. "Segundo pesquisas, o Serra tem grandes chances de ganhar já no primeiro turno." Mas Aníbal se defende: "Está muito cedo para dizer que Serra tem essa preferência toda do eleitorado. Ele vem ocupando o espaço do partido no horário político para mostrar suas realizações e eu espero ocupar também para crescer nas pesquisas." Nos bastidores do ninho tucano, o vereador teria sido persuadido a desistir de sua candidatura e a sair como deputado federal. Ele esteve reunido com cúpula do partido em sua residência para discutir o assunto. Relutante no princípio, ele teria aceitado também outra possibilidade: a de sair como vice de Serra. Chapa pura –Há grande interesse dentro PSDB para que o partido saia com uma chapa pura nas eleições estaduais, descartando a possibilidade aliança com outros partidos, como o PFL, cujo nome mais cotado seria Guilherme Afif Domingos. Especula-se que Serra já tenha até montado sua equipe de campanha, encabeçada por seu secretário particular José Henrique Lobo, que já coordenou sua campanha de Serra à Presidência em 2002. Serra não deve perder nenhum dia depois de deixar a prefeitura e já no sábado ele começará sua campanha para o governo estadual. Resolvido mais esse impasse, a última incógnita dos tucanos para outubro é o candidato ao Senado, que vai disputar contra o atual senador Eduardo Suplicy (PT). Há negociações para fazer do ex-governador Orestes Quércia, com longa folha de contencioso com o PSDB, este candidato. (Iv an Ventura/Agências)

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Geral O TEATRO VOLTA DIÁRIO DO DO COMÉRCIO COMÉRCIO DIÁRIO

8 -.GERAL

quinta-feira, 30 de março de 2006

Se os jovens não vão ao teatro, então o teatro vai aos jovens. Guilherme Afif Domingos

Emiliano Capozoli/LUZ

AOS PALCOS DAS UNIVERSIDADES Monólogo de Antonio Abujamra abre a temporada 2006 do projeto desenvolvido pela ACSP

O

monólogo "A Voz do Provocador" , dirigido e interpretado pelo ator Antonio Abujamra, abriu a temporada 2006 do projeto Teatro nas Universidades, desenvolvido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Nicete Bruno Produções Artísticas. A peça estreou na última quarta-feira, levando ao teatro da Universidade Paulista (Unip), em São Paulo, cerca de 400 convidados, entre artistas, políticos, representantes de entidades de classe e alunos. Este ano, o projeto Teatro nas Universidades deve realizar 61 apresentações em 18 instituições de ensino superior. Além do monólogo de Abujamra, estão confirmadas para o primeiro semestre apresentações de "A Descoberta das Américas", do original de Dário Fo, monólogo que será interpretado por Julio Adrião, e de "O Cavalo na Montanha", fábula que une teatro e dança e que será interpretada por Paulo Goulart Filho e Vanessa Portugal. "Vamos tentar em 2006 superar a marca dos 35 mil espectadores que atingimos no ano passado", disse o coordenador do projeto, Tadeu Di Pietro,

lembrando que, em 2005, foram realizadas 100 apresentações em 36 universidades nos estados de São Paulo e Porto Alegre. "Queremos este ano ampliar fortemente nossa atuação pela Grande São Paulo." Na estréia da temporada 2006, o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, aproveitou para destacar a importância do projeto para aproximar as novas gerações, acostumadas com o isolamento da internet, "pelo contato humano direto que o teatro representa". Para Afif, o projeto Teatro nas Universidades representa também "uma nova forma de participação no processo político ao estimular ao debate de idéias". Afif lembrou que as universidades estão em todos os cantos da cidade de São Paulo, o que ajuda no processo de integração da cidade. "Se os jovens não vão ao teatro, então o teatro vai aos jovens", resumiu. Dois espetáculos foram responsáveis pelo bom desempenho do projeto no ano passado. Um deles é o texto "Liberdade, Liberdade!", de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, que foi encenado a primeira vez em 1935, no Rio de Janeiro, em protesto contra o governo militar, e re-

lançado no ano passado, no Teatro Cultura Artística. O outro é "Sossego e Turbulência no Coração de Hortência", escrito por José Antônio de Souza em protesto à elevada carga tributária brasileira. "Vamos agora levar as duas peças para as comunidades. Já começamos a fazer isso no Rio de Janeiro e o resultado é surpreendente", afirmou Paulo Goulart. Projeto – O Teatro nas Universidades foi idealizado pela ACSP e pelo casal Paulo Goulart e Nicete Bruno com o objetivo de estreitar a relação dos estudantes e professores com o teatro e contribuir com a formação cultural do público. A iniciativa tem fundamento. Uma pesquisa feita pelo projeto Juventude/Instituto da Cidadania, em parceria com o Sebrae e o Instituto de Hospitalidade, apontou que 62% dos estudantes brasileiros nunca assistiram a uma peça de teatro. Em 2003, foram ouvidas 3,5 mil pessoas com idades entre 15 e 24 anos, das mais diversas classes sociais. No ranking de opções de lazer, o teatro foi citado por apenas 5% dos entrevistados e apareceu em último lugar. Márcia Rodrigues e Sergio Leopoldo Rodrigues

Além do monólogo "A Voz do Provocador", outras duas peças devem estrear neste primeiro semestre

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem 11/08/2005

O presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, o coordenador do projeto, Tadeu Di Pietro, e o casal Paulo Goulart e Nicete Bruno prestigiaram a estréia do monólogo. Ao lado, cena da peça "Sossego e Turbulência no Coração de Hortência".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de março de 2006

-19,58

por cento foi queda das ações das Light S/A ON*, no pregão de ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)

29/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 28/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.238.131,86 Lastro Performance LP ......... 890.668,90 Múltiplo LP .............................. 2.439.345,03 Esher LP .................................. 2.463.503,54 Master Recebíveis LP ........... 231.811,71

Valor da Cota Subordinada 1.016,534694 992,170451 1.020,308899 1.003,256148 950,222902

% rent.-mês 2,7866 - 0,7830 3,0623 0,3390 - 4,9777

% ano 4,0496 - 0,7830 2,0309 0,3256 - 4,9777

Valor da Cota Sênior 0 1.011,847197 1.017,842310 0 0

% rent. - mês 1,1847 1,3615 -

% ano 1,1847 1,7842 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

Demonstrativo dos Superávit e Déficit dos Exercícios Exercício de 2005 2004 2003 RECEITAS OPERACIONAIS: Receitas de Ensino: Anuidades Escolares 14.635.723,18 13.362.690,18 11.994.207,70 (-) Deduções - Devoluções e Descontos (128.010,53) (111.297,57) (53.667,41) Receitas de Exercícios Anteriores 34.778,95 – – (-) Assistência Educacional Filantrópica (2.010.420,85) (1.711.165,96) (1.467.854,09) (-) Assistência Educacional Funcional/Convênio (824.384,00) (739.048,90) (656.811,82) Sub-total 11.707.686,75 10.801.177,75 9.815.874,38 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 11.707.686,75 10.801.177,75 9.815.874,38 PASSIVO 2005 2004 2003 (-) Despesas Administrativas (488.183,68) (597.869,03) (553.194,77) CIRCULANTE 1.457.995,25 1.378.782,22 1.200.476,06 (-) Despesas C/Conservação (477.451,20) (605.094,01) (401.395,77) EXIGIBILIDADE 1.457.995,25 1.378.782,22 654.896,95 (-) Despesas Com O Ensino/Formação (475.949,99) (309.329,24) (361.115,09) Titulos a Pagar: (-) Despesas Com O Pessoal (8.635.758,62) (8.310.837,01) (7.203.909,74) Contas Correntes 5.988,25 863,02 – (-) Despesas Gerais (1.181.208,66) (1.027.432,22) (912.888,38) Contas a Pagar 194.427,55 146.967,38 120.518,28 (-) Despesas Financeiras/Tributárias (78.026,72) (47.650,16) (45.965,93) Obrigações Sociais: (-) Serviços Sociais - Assistência Social (82.719,00) (612.203,50) (587.537,50) Salários a Pagar 314.149,64 373.214,06 337.609,75 (-) Assistência Social/Beneficiências-Projetos (906.791,64) – – INSS a Recolher 17.460,85 15.025,02 20.128,20 (-) Perdas e Danos (2.929,62) (212.179,63) (19.526,47) FGTS/PIS a Recolher 69.022,74 64.660,92 45.458,00 (-) Depreciações (1.205.929,79) (327.039,10) (285.352,59) IRRF/PIS/COFINS/CSLL a Recolher 27.059,89 23.204,94 21.676,66 (+) Custeio da Assistência Social 758.330,68 – – Contribuição Sindical a Recolher 183,95 199,80 345,14 SUPERAVIT/DÉFICIT (1.068.931,49) (1.248.456,15) (555.011,86) Impostos e Taxas a Recolher 1.195,41 1.268,57 – RECEITAS NÃO OPERACIONAIS: Povisão de Férias 136.592,69 114.872,05 58.764,57 (-) Depreciações-Reavaliação (394.186,92) – – INSS Lei 9.711/98 434,38 458,48 4.660,08 (-) Perdas e Danos (691.707,04) – – Empréstimos Func.Professores 4.233,26 – – Receitas do Pensionato 308.422,28 388.964,28 404.038,28 Cheques à Compensar 65.813,25 39.416,60 45.736,27 (-) Gratuidades Pensionistas (142.385,88) (159.777,98) (168.217,84) 1ª Parcela/Anuidade/Taxas 621.433,39 598.631,38 – Donativos Diversos 146.280,59 168.329,74 334.413,41 RESULT.DE EXERC. FUTUROS – – 545.579,11 Reembolso de Despesas 33.170,68 34.808,88 61.146,17 976,32 9.201,39 2.727,08 Receitas Antecipadas – – 545.579,11 Receitas Diversas Vendas de Bens do Imobilizado – 2.050,00 7.000,00 LONGO PRAZO 220.035,25 149.421,83 82.325,38 Receita da Casa de Retiros 258.787,75 257.774,75 190.813,00 Provisão P/Contigências Fiscais 220.035,25 149.421,83 82.325,38 (251.694,50) (90.339,25) (59.254,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 64.372.496,57 48.859.303,32 45.908.854,70 (-) Gratuidades Casa de Retiros 50.171,09 47.755,74 46.513,76 Patrimônio 48.859.303,32 45.908.854,70 42.627.664,68 Receitas de Cantinas Receitas Financeiras 3.187.831,71 2.746.648,46 2.330.779,03 Resultado do Exercício 2.075.677,18 2.950.448,62 3.281.190,02 Multas S/Anuidades 57.159,56 60.837,90 50.232,63 Reserva Reavaliação Bens Imóveis 13.437.516,07 – – Subvenções Municipais – 26.500,00 18.000,00 TOTAL DO PASSIVO 66.050.527,07 50.387.507,37 47.191.656,14 (-) Repasse S. Municipal – (27.200,00) (18.000,00) EXTRA PATRONIAL - COMPENSADO 1.429.529,16 1.214.278,51 1.193.070,13 Outras Receitas 265.084,53 118.841,31 19.965,43 Beneficiências Compromisso 3.314.326,87 3.009.714,19 2.748.530,37 (-) Gratuidades Hospedagem (3.034,00) (20.080,00) (11.915,00) Isenção Cota Patronal - INSS (1.884.797,71) (1.795.435,68) (1.555.460,24) Contribuições de Associadas 319.732,50 634.589,55 627.959,93 RESULTADO DO EXERCÍCIO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 2.075.677,18 2.950.448,62 3.281.190,02 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) DEMONSTRAÇÕES DE ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS Contas Patrimônio Mutações/ Patrimônio FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Especificações Social Superavit Líquido 2005 2004 2003 Saldo em 31 de dezembro de 2003 42.627.664,68 3.281.190,02 45.908.854,70 ORIGEM DOS RECURSOS: RESULTADO DO EXERCÍCIO – – 607.150,45 Transferido p/Patrimonio 3.281.190,02 (3.281.190,02) – PASSIVO LONGO PRAZO 70.613,42 67.096,45 58.097,62 Resultado do Exercício em 2004 – 2.950.448,62 2.950.448,62 RESERVA DE REAVALIAÇÃO 13.437.516,07 Saldo em 31 de dezembro de 2004 45.908.854,70 2.950.448,62 48.859.303,32 PATRIMONIO 2.950.448,62 3.281.190,02 2.674.039,57 Transferido p/Patrimonio 2.950.448,62 (2.950.448,62) – TOTAL DAS ORIGENS 16.458.578,11 3.348.286,47 3.339.287,64 Reserva de Reavaliação – 13.437.516,07 13.437.516,07 APLICAÇÃO DOS RECURSOS: Resultado do Exercício em 2005 – 2.075.677,18 2.075.677,18 IMOBILIZADO (11.502.639,56) (1.051.838,79) (2.141.097,98) Saldo em 31 de dezembro de 2005 48.859.303,32 15.513.193,25 64.372.496,57 REALIZÁVEL LONGO PRAZO – – (30.274,08) RESULTADO DO EXERCÍCIO (874.771,44) (330.741,40) – DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO PATRIMONIO CIRCULANTE LÍQUIDO TOTAL DAS APLICAÇÕES (12.377.411,00) (1.382.580,19) (2.171.372,06) DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) VARIAÇÃO NO PATRIMÔNIO CIRCULANTE 4.081.167,11 1.965.706,28 1.167.915,58 ANO 2004 2005 Variação DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2005 CONTAS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) ATIVO CIRCULANTE 18.053.646,44 22.214.026,58 4.160.380,14 Crédito PASSIVO CIRCULANTE (1.378.782,22) (1.457.995,25) (79.213,03) Débito Isenções Usufruida INSS (1.884.797,71) Isenções Usufruida - INSS (1.884.797,71) PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO 16.674.864,22 20.756.031,33 4.081.167,11 Concedida: Assistência a Aplicar 1.884.797,71 ANO 2003 2004 Variação 1.429.529,16 Gratuidades 3.314.326,87 Assistência Aplicada a Maior CONTAS Total 3.314.326,87 Total 3.314.326,87 ATIVO CIRCULANTE 15.909.634,00 18.053.646,44 2.144.012,44 DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2004 PASSIVO CIRCULANTE (1.200.476,06) (1.378.782,22) (178.306,16) FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO 14.709.157,94 16.674.864,22 1.965.706,28 Débito Crédito ANO 2002 2003 Variação Isenções Usufruida - INSS (1.795.435,68) Isenções Usufruida - INSS (1.795.435,68) CONTAS Concedida: Assistência a Aplicar 1.795.435,68 ATIVO CIRCULANTE 14.661.651,63 15.909.634,00 1.247.982,37 Gratuidades 3.009.714,19 Assistência Aplicada a Maior 1.214.278,51 PASSIVO CIRCULANTE (1.120.409,27) (1.200.476,06) (80.066,79) Total 3.009.714,19 Total 3.009.714,19 PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO 13.541.242,36 14.709.157,94 1.167.915,58 DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2003 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) DOS FINS FILANTRÓPICOS – A Instituição atende as exigências estabelecidas na legislação vigente, Crédito Débito na época de cada exercício social, estando adequada à legislação atual, conforme demonstrativo abai(1.555.460,24) Isenções Usufruida - INSS (1.555.460,24) Isenções Usufruida - INSS xo: Assistência a Aplicar 1.555.460,24 Concedida: Receita Base para filantropia: 1.193.070,13 2.748.530,37 Assistência Aplicada a Maior Descrição 2005 2004 2003 Gratuidades Total 2.748.530,37 Total 2.748.530,37 Anuidades 14.635.723,18 13.362.690,18 11.994.207,70 Receitas de Exercícios Anteriores 34.778,95 – – DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2005, 2004 e 2003 Receitas do Pensionato 308.422,28 388.964,28 404.038,28 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) (-) Gratuidades Pensionistas (142.385,88) (159.777,98) (168.217,84) Débito Crédito Donativos Diversos 146.280,59 168.329,74 334.413,41 Isenções Usufruida - INSS (5.235.693,63) (5.235.693,63) Isenções Usufruida - INSS Receitas Diversas 976,32 9.201,39 2.727,08 Concedida: Vendas de Bens do Imobilizado – 2.050,00 7.000,00 Gratuidades 5.235.693,63 9.072.571,43 Assistência a Aplicar Receita da Casa de Retiros 258.787,75 257.774,75 190.813,00 Assistência Social Assistência Aplicada a Maior 3.836.877,80 – (-) Gratuidades Casa de Retiros (251.694,50) (90.339,25) (59.254,00) Total 9.072.571,43 9.072.571,43 Total Receitas de Cantinas 50.171,09 47.755,74 46.513,76 2005 2004 2003 Receitas Financeiras 3.187.831,71 2.746.648,46 2.330.779,03 Ano 20.082.359,60 16.141.948,37 12.662.943,79 Multas S/Anuidades 57.159,56 60.837,90 50.232,63 Investimentos/Aplicações 236.702,87 236.780,04 1.383.503,02 Subvenções Municipais – 26.500,00 18.000,00 Cardeneta de Poupança 184.833,58 158.591,28 208.592,55 (-) Repasse Subvenção Municipal – (27.200,00) (18.000,00) Contas Correntes 1.204.346,75 942.401,93 971.509,92 Contribuições de Associadas 319.732,50 634.589,55 627.959,93 Contas a Receber 87.614,15 344.221,03 248.747,22 (-) Gratuidades Hospedagem (3.034,00) (20.080,00) (11.915,00) Adiantamentos Salariais 4.265,00 41.487,89 23.456,46 Outras Receitas 69.849,37 27.474,21 19.965,43 Adiantamento a Fornecedores 29.316,86 27.964,84 19.541,71 Reembolso de Despesas 33.170,68 34.808,88 61.146,17 Despesas Antecipadas 1.866,97 1.537,24 1.320,45 Compensação INSS 195.235,16 91.367,10 0,00 Outros Direitos 10,26 0,00 638,55 Receita Bruta 18.901.004,76 17.561.594,95 15.830.409,58 PIS/IRRF a Recuperar 21.831.316,04 17.894.932,62 15.520.253,67 (-) Gratuidades e Bolsas Filantropia (2.010.420,85) (1.711.165,96) (1.467.854,09) Total (-) Grat.e Bolsas Funcional/Convênio (824.384,00) (739.048,90) (656.811,82) NOTA 14 – RECEITAS ANTECIPADAS – Esta conta esta representada pelo seu valor nominal, original (-) Devolução e Descontos (128.010,53) (111.297,57) (53.667,41) e representa os valores de Parcelas de Encargos Educacionais: 2005, R$ 621.433,39; 2004, R$ 598.631,38 Sub-Total Receita 15.938.189,38 15.000.082,52 13.652.076,26 e 2003, R$ 545.579,11.(Em 2005 e 2004 passou de Resultado de Exercício Futuro para Passivo Circulante) NOTA 15 – COMPENSADO (EXTRA PATRIMONIAL) – Este grupo registra o controle das Gratuidades (-) Compensação INSS (195.235,16) (91.367,10) – (-)Venda de Bens Imobilizado – (2.050,00) (7.000,00) Concedidas e do Custo da Isenção da Previdência Social Usufruída. NOTA 16 – DA ASSISTÊNCIA (-) Reeembolso de Despesas (33.170,68) (34.808,88) (61.146,17) SOCIAL – A partir do exercício fiscal de 2001 os valores aplicados em Assistência Social, em todos os (-)Multas S/Anuidades (57.159,56) (60.837,90) (50.232,63) segmentos, passaram a ser contabilizadas nas contas de resultados, como custos efetivos e, não mais (-)Contribuições de Associadas (319.732,50) (634.589,55) (627.959,93) apenas representados na grupo do Compensado. NOTA 17 - SUBVENÇÕES – As Subvenções Munici(=)Receita Base para Filantropia 15.332.891,48 14.176.429,09 12.905.737,53 pais recebidas foram aplicadas aos fins destinados e representaram no ano de 2005, R$ 26.400,00; NOTA 10 – COBERTURA DE SEGUROS – Para atender medidas preventivas adotadas permanente- 2004, R$ 26.500,00 e em 2003, R$ 18.000,00 (Em 2005 a contabilização foi feita no passivo circulante mente, a Instituição efetua contratação de seguros em valor considerado suficiente para cobertura de conforme resolução nº 188 do CNAS de 20 de outubro de 2005 – DOU 27/10/2005). NOTA 18 – eventuais sinistros. NOTA 11 - ISENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS USUFRUÍDAS – Em atendimento ao CONTIGÊNCIA TRIBUTÁRIA – Em vista das alterações constantes da Lei 9.732/98, em vigor desde Parágrafo Único, Artigo 4º, do Decreto nº 2.536, são demonstrados à seguir, os valores relativos às abril de 1999, foram introduzidas mudanças que visam limitar a Isenção (Imunidade) das Contribuições à Seguridade Social – INSS. A Entidade entende que está imune da quota patronal de previdência isenções previdenciárias, como se devido fosse, gozadas durante o exercício de 2005, 2004 e 2003: 2005 2004 2003 social, e ainda, protegida pela liminar concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2028-5 de Total 1.884.797,71 1.795.435,68 1.555.460,24 14/07/1999. A Entidade vem calculando suas contribuições usufruídas com base na Lei 8212/91 em sua NOTA 12 - DAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS – As obrigações sociais foram cumpridas nas datas apraza- redação primitiva. Na análise da Administração e seus consultores jurídicos, o entendimento é que a das. NOTA 13 – DE DIREITO – A conta de Direito (Realizável a Curto Prazo), está representada pelo seu exigência é inconstitucional e indevida. Portanto, embora os valores sejam calculáveis, decidiu-se pela valor nominal, original e representa o saldo devedor referente ao faturamento e outros créditos, repre- não constituição de provisão para esse fim. São Paulo, 23 de março de 2006 sentando pelos valores a seguir relacionados:

ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ

CNPJ nº 61.038.436/0001-64 Rua Barão do Bananal, 771 – Sede / São Paulo (SP) Declarada Utilidade Pública - Decreto Federal 62.359 (07/03/1968), Estadual Decreto nº 38.897(06/07/1994) e Municipal Decreto nº 679 (04/05/1966) Entidade Filantrópica - Reg. no CNSS(CNAS) sob nº 17.115/41 (20/10/1941) Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos Proc. nº 225403/70 (15/06/1970) Relatório da Diretoria Srs. Associados: Submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Geral e as Demonstrações Financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 com os pareceres do Conselho fiscal e do Auditor Independente, demonstrando os fatos relevantes do período. A Diretoria permanece à sua disposição para quaisquer informações que julgarem necessárias. São Paulo, 23 de março de 2006 A Diretoria ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa Bancos Conta Movimento DIREITOS REALIZÁVEIS C. PRAZO Titulos a Receber: Investimentos/Aplicações Cardeneta de Poupança Contas Correntes Adiantamentos Salariais Adiantamentos a Fornecedores Adiantamentos Diversos Despesas Antecipadas Contas a Receber Mercadorias - Estoque PIS/IRRF a Recuperar REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Contas a Receber PERMANENTE IMOBILIZADO Imóveis Móveis e Utensílios Veiculos Telefone Mat. De Esportes e Brinquedos Instalações/Benfeitorias Máquinas e Equipamentos Imóveis em Construção Biblioteca/ProgrS.e Softwares Laboratório Marcas e Patentes e Jazigos Depreciações Acumuladas

2005 2004 2003 22.214.026,58 18.053.646,44 15.909.634,00 382.710,54 158.713,82 389.380,33 73.723,07 80.821,02 120.251,41 308.987,47 77.892,80 269.128,92 21.831.316,04 17.894.932,62 15.520.253,67 20.082.359,60 236.702,87 184.833,58 87.614,15 4.265,00 – 29.316,86 1.204.346,75 1.866,97 10,26 30.274,08 30.274,08 43.806.226,41 43.806.226,41 42.516.688,35 1.010.612,47 337.343,08 109.445,88 206.423,03 303.134,35 1.509.892,95 – 186.520,65 76.163,54 440,00 (2.450.437,89)

16.141.948,37 236.780,04 158.591,28 344.221,03 41.487,89 – 27.964,84 942.401,93 1.537,24 – 30.274,08 30.274,08 32.303.586,85 32.303.586,85 28.052.915,59 931.461,19 337.343,08 109.445,88 206.423,03 148.941,18 1.452.837,73 1.667.381,33 176.925,08 69.211,54 1.022,40 (850.321,18)

12.662.943,79 1.383.503,02 208.592,55 248.747,22 23.456,46 – 19.541,71 971.509,92 1.320,45 638,55 30.274,08 30.274,08 31.251.748,06 31.251.748,06 26.161.048,92 912.079,05 308.128,88 109.445,88 161.788,56 148.941,18 1.351.467,29 2.364.325,91 187.570,53 69.211,54 1.022,40 (523.282,08)

TOTAL DO ATIVO

66.050.527,07

50.387.507,37

47.191.656,14

EXTRA PATRONIAL - COMPENSADO Beneficiências Compromisso Isenção Cota Patronal - INSS

1.429.529,16 1.214.278,51 1.193.070,13 3.314.326,87 3.009.714,19 2.748.530,37 (1.884.797,71) (1.795.435,68) (1.555.460,24)

NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005, 2004 e 2003 NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL – A ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, filantrópica, de caráter beneficente, fundada na cidade de Jaboticabal, Estado de São Paulo, em 23 de dezembro de 1925, devidamente registrada, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, em 12 de fevereiro de 1926, que terá duração por tempo indeterminado, sede e foro na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Barão do Bananal, 771, bairro da Pompéia, Utilidade Pública Federal, conforme Decreto Federal nº 62.359 (07/03/1968), Estadual, conforme Decreto nº 38.897 (06/07/1994) e Municipal Decreto nº 679 (04/05/1966) registrada no CNAS (CNSS) conforme processo nº 17.115/41 (20/10/1941), portadora de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos conforme processo nº 225403/70 (15/06/1970) e CNPJ nº 61.038.436/0001-64, tem por finalidade precípua proporcionar a educação nos seus diversos aspectos, visando a formação da pessoa em toda a faixa etária, assim como o amparo à infância, à juventude, às famílias e às pessoas idosas, sem discriminação racial, política ou credo religioso, dedicando-se também às obras de promoção humana. NOTA 02 – DA PUBLICAÇÃO – A publicação está sendo efetivada em atendimento as exigências do CNAS, quanto a conceitos da Filantropia e sua adequação contábil. NOTA 03 - DA CONCESSÃO DOS RECURSOS EM GRATUIDADES – A aplicação dos recursos em Gratuidades atenderam o que preceitua a Constituição Federal no Art.. 195, III., § 7º, que concede a isenção da Contribuição Social (INSS) às entidades beneficentes de assistência social que atendem as exigências estabelecidas em lei. A Lei nº 8212 de 24/07/91 - Lei do Custeio da Previdência Social, em seu Art. 55 , o Decreto 2536 de 06/04/98 e o Decreto 3048 de 06.05.99. A Instituição no atendimento aos seus objetivos aplicou um percentual de seus recursos, maior do que o exigido em Lei, fixado pelo Artigo 3º, Inciso VI, do Decreto 2.536, conforme segue: Ano de 2005: Ano de 2004: Ano de 2003: Gratuidades 3.314.326,87 3.009.714,19 2.748.530,37 Total 3.314.326,87 3.009.714,19 2.748.530,37 NOTA 04 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis emanadas na Legislação vigente na data (Lei 6404/76 e alterações da Lei 9459/97). NOTA 05 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS – a) Apuração do Resultado: O resultado foi apurado segundo o Regime de Competência. Os rendimentos e encargos incidentes sobre os Ativos e Passivos e suas realizações estão reconhecidas no resultado. b) Imobilizado: Estão demonstrados aos custo de aquisição, não corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. Não foi realizada a correção monetária do ativo permanente e do patrimônio líquido em 2004, 2003, e 2002. Foi realizada a reavaliação dos imóveis em 2005, com um resultado positivo de R$ 13.437.516,07. c) Aplicações Financeiras: Estão demonstradas pelo valor da aplicação acrescidas dos rendimentos correspondentes, apropriados até a data do balanço, com base no regime de competência. d) Provisão de Férias e Encargos: Foram provisionadas com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do balanço, para cada exercício. e) Provisão para Devedores Duvidosos: A Entidade não manteve Provisão para Devedores Duvidosos, em decorrência de suas finalidades filantrópicas e assistênciais nos exercícios de 2005, 2004 e 2003. f) Depreciação: Foram calculados, a partir de 2002, com base nos dados históricos, pelo método linear, as taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil baseado por espécie de bens. g) As Despesas e as Receitas estão apropriadas obedecendo ao regime de caixa e de competência. NOTA 06 - PATRIMÔNIO SOCIAL – O patrimônio social é apresentado em valores atualizados e compreende o Patrimônio Social inicial, acrescido dos valores dos Superavits e diminuído dos déficits ocorridos, para atender dispositivos legais vigentes e o Princípio Contábil de Continuidade da Entidade. NOTA 07 – DOS RECURSOS – Os recursos da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas Despesas e Investimentos Patrimoniais. NOTA 08 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS – Acrescidas ao Patrimônio integra doações de pessoas físicas, jurídicas e superávit na alienação do imobilizado. NOTA 09 - DOS FINS FILANTRÓPICOS – A Instituição atende as exigências estabelecidas na legislação vigente na época de cada exercício social, estando adequada a legislação atual, conforme demonstrativo abaixo: Receita com e sem Gratuidades e Assistência Social: As receitas com e sem gratuidades, em acordo com a NBC 10.19.3, item 10.19.3.3, Letra “k”, consideradas pela administração da Associação, bem como os custos com assistência social, são a seguir apresentados: 2005 2004 2003 Receita com anuidade (com gratuidade) 14.635.723,18 13.362.690,18 11.994.207,70 Gratuidades concedidas (parciais e integrais) Bolsas de estudos a alunos carentes/Funcional (2.834.804,85) (2.450.214,86) (2.124.665,91) Devoluções e Descontos (128.010,53) (111.297,57) (53.667,41) Total Receita com anuidade (sem gratuidade) 11.672.907,80 10.801.177,75 9.815.874,38 Percentual sobre a receita com anuidades (sem gratuidade) 25,38% 23,72% 22,19% RECEITA BASE PARA FILANTROPIA: As aplicações dos recursos em Gratuidades atenderam o que preceitua a Constituição Federal no Art.195, III, § 7º, que concede a isenção da Contribuição Social (INSS) às entidades beneficentes de assistência social que atendem as exigências estabelecidas em lei. A Lei nº 8212 de 24/07/91 - Lei do Custeio da Previdência Social, em seu Art. 55, o Decreto 2536 de 06/04/98 e o Decreto 3048 de 06.05.99. A Instituição no atendimento aos seus objetivos aplicou um percentual de seus recursos, maior do que o exigido em Lei, fixado pelo Artigo 3º, Inciso VI, do Decreto 2.536, conforme segue: Receita Base Gratuidade Isenção da ANO Filantropia Concedida % Gratuidade Quota Patronal 2005 15.332.891,48 3.314.326,87 21,61 1.884.797,71 2004 14.176.429,09 3.009.714,19 21,23 1.795.435,68 2003 12.905.737,53 2.748.530,37 21,30 1.555.460,24 TOTAIS 42.415.058,10 9.072.571,43 21,39 5.235.693,63

Marilene Aparecida Fabris Presidente – CPF: 170.001.579-68

Pedro Luiz Zanini de Camargo Téc.Cont.CRC.SP 1SP084908-09 – CPF: 539.273.388-34

O Conselho Fiscal da ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, tendo procedido a avaliação do material contábil do ano de 2005 (meses de janeiro a dezembro), efetuando a análise da prestação de Contas da Diretoria, inerentes às atividades de natureza econômica, elaborou o presente Relatório, com a emissão do PARECER, a ser submetido à Assembléia Geral. RELATÓRIO: 1 - DA DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL – A documen-

PARECER DO CONSELHO FISCAL tação contábil foi apresentada em tempo hábil, composta dos documentos de despesas, bem como dos respectivos balancetes, diários e extratos bancários. Da análise dos documentos de despesas não encontramos nenhuma irregularidades posto que os documentos estão de conformidade com os documentos contábeis, não havendo nenhuma ressalva a ser feita. 2 - DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA MENSAL - 2005 – Os balancetes, analisados e conferidos, foram apresentados de forma cumulativa,

tendo este Conselho Fiscal feito a apuração dos lançamentos, mês a mês, estando todos em perfeita ordem. 3 - PARECER – O Balanço Geral referente ao exercício de 2005 deve, ser aprovado pela Assembléia Geral por representar de forma correta a efetiva situação da ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRE, no respectivo período. São Paulo, 23 de março de 2006

Aparecida Moreira – RG/SP 1.204.995 – CPF 448.089.698-00

Maria Margarida Matos Morais – RG/SP 09.189.130-20 – CPF 135.203.423-91

Rosemeire Aparecida Nunes – RG/SP 9.401.548 – CPF 036.279.568-18

PARECER DO AUDITOR INDEPENDENTE A DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ. 1. Examinamos os Balanços Patrimoniais da ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ, levantado em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 e as respectivas Demonstrações dos Resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames, para todos os anos, foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) planejamento dos trabalhos considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e

os sistemas contábeis e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como a apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Foram examinadas por Nilton Antonio Tiellet Borges, CRC/RS 015233/O-8, Contador – Auditor Independente, com Parecer sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2003 e 2002, cujos saldos são apresentados para fins comparativos, em atendimento à Lei das Sociedades Anônimas e, conseqüentemente, não emitimos opinião sobre elas. 4. Em nossa opinião, as de-

monstrações contábeis referidas no item 1, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira da ASSOCIAÇÃO LITERÁRIA E EDUCATIVA SANTO ANDRÉ em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação vigente. Porto Alegre, 23 de março de 2006 TSA AUDITORES ASSOCIADOS SS – CRC/RS 4.240 Ivan Roberto dos Santos Pinto Junior – Contador – CRC/RS 058252/O-1

VR - DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. CNPJ nº 64.835.226/0001-95 Alameda Rio Negro, 585 - 6º andar - Cep 06454-000 - Barueri/SP RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Quotistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações contábeis relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. A Administração DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais) SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2005 2004 ATIVO 2005 2004 PASSIVO (Valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por quota) 104 68 Circulante 2.907 2.611 Circulante 2º semestre Exercício Outras Obrigações 104 68 Disponibilidades 78 20 2005 2005 2004 Fiscais e previdenciárias 99 65 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 2.815 2.580 Receita da Intermediação Financeira 236 453 357 Diversas 5 3 Aplicações em depósitos interfinanceiros 2.815 2.580 Resultado de operações com títulos 2.907 2.648 Outros Créditos 14 11 Patrimônio Líquido e valores mobiliários 236 453 357 Capital de domiciliados no país 2.452 2.278 Diversos 14 11 Reserva de capital 49 49 Outras Receitas/Despesas Operacionais (45) (98) (99) Realizável a Longo Prazo 72 72 Reservas de lucros 173 147 Receitas de prestação de serviços – – 2 Outros Créditos 72 72 Lucros acumulados 233 174 Outras despesas administrativas (27) (62) (69) Diversos 72 72 Despesas tributárias (18) (36) (31) Permanente 32 33 Outras despesas operacionais – – (1) Investimentos 32 33 Resultado Operacional antes da Outros investimentos 32 33 Tributação sobre o Lucro 191 355 258 Total do Ativo 3.011 2.716 Total do Passivo 3.011 2.716 Imposto de Renda e Contribuição Social (53) (97) (64) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Lucro Líquido 138 258 194 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores expressos em milhares de reais) Lucro por Quota - em Reais 0,06 0,11 0,09 Reservas de lucros As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Capital Reserva Reserva Reserva Lucros DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS realizado de capital legal especial acumulados Total SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO Saldos em 1º de Janeiro de 2004 2.068 49 63 64 210 2.454 (Valores expressos em milhares de reais) Aumento de capital 210 – – – (210) – 2º Semestre Exercício Lucro líquido do exercício – – – – 194 194 2005 2005 2004 Destinação proposta: 193 295 196 • Reservas – – 10 10 (20) – Origem dos Recursos Lucro líquido ajustado 138 258 194 Saldos em 31 de Dezembro de 2004 2.278 49 73 74 174 2.648 • Lucro líquido 138 258 194 Saldos em 1º de Janeiro de 2005 2.278 49 73 74 174 2.648 Recursos de terceiros: 55 37 2 Aumento de capital 174 – – – (174) – Redução do subgrupo do ativo: 1 1 2 Lucro líquido do exercício – – – – 258 258 • Outros valores e bens 1 1 2 Destinação proposta: Aumento do subgrupo do passivo: 54 36 – • Reservas – – 13 12 (25) – • Outras obrigações 54 36 – Saldos em 31 de Dezembro de 2005 2.452 49 86 87 233 2.907 171 237 207 Saldos em 1º de Julho de 2005 2.452 49 79 80 109 2.769 Aplicação dos Recursos Aumento dos subgrupos do ativo: 171 237 185 Lucro líquido do semestre – – – – 138 138 • Aplicações interfinanceiras de liquidez 163 234 185 Destinação proposta: • Outros créditos 8 3 – • Reservas – – 7 7 (14) – Redução do subgrupo do passivo: – – 22 Saldos em 31 de Dezembro de 2005 2.452 49 86 87 233 2.907 • Outras obrigações – – 22 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 22 58 (11) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Valores expressos em milhares de reais) Aumento/(Diminuição) das Disponibilidades Modificação na Posição Financeira 1. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Contábeis: rendimentos auferidos ou atualização monetária até a data do balanço. c) Início do período 56 20 31 As demonstrações contábeis foram elaboradas com observância das dispo- Imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda Fim do período 78 78 20 sições contidas nas normas e instruções do Banco Central do Brasil. 2. Re- foi calculada à alíquota de 15% sobre o lucro tributável acumulado do exercíAumento/(Diminuição) das Disponibilidades 22 58 (11) sumo das Principais Práticas Contábeis: a) Apuração do resultado: As cio, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. A provisão As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência. As opera- para contribuição social foi calculada à alíquota de 9%. 3. Capital Social: O ções com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as recei- capital social está representado em 31 de dezembro de 2005 por 2.452.755 normais de mercado, tomando como parâmetro as taxas médias praticatas e despesas correspondentes a períodos futuros são registradas em con- (2.278.160 em 2004) quotas no valor nominal de R$ 1,00. 4. Transações en- das com terceiros. 5. Outras Informações: Em 31 de dezembro de 2005 ta redutora dos respectivos ativos e passivos. b) Avaliação dos ativos: As tre Partes Relacionadas: As aplicações em depósitos interfinanceiros e as não existiam contratos em aberto de operações com instrumentos aplicações interfinanceiras de liquidez são avaliadas ao custo, acrescido dos demais transações entre partes relacionadas são efetuadas pelas taxas financeiros derivativos. A DIRETORIA • ADEMAR RIPKE JÚNIOR - TC - CRC 1SP217934/O-2 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Quotistas aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, Mobiliários Ltda., em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de VR - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e 1. Examinamos os balanços patrimoniais da VR - Distribuidora de Títulos sistemas contábil e de controles internos da distribuidora; b) a constatação, aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos e Valores Mobiliários Ltda., em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os naquelas datas, e semestre findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio valores e as informações contábeis divulgados e; c) a avaliação das com as práticas contábeis adotadas no Brasil. líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela exercícios findos naquelas datas, e semestre findo em 31 de dezembro de administração da distribuidora, bem como da apresentação das São Paulo, 10 de fevereiro de 2006 2005, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 Orlando Octávio de Freitas Júnior representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição Auditores Independentes demonstrações contábeis. Sócio-contador 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria patrimonial e financeira da VR - Distribuidora de Títulos e Valores CRC 2SP013439/O-5 CRC 1SP178871/O-4


Ano 81 - Nº 22.097

São Paulo, quinta-feira 30 de março de 2006

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Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 01h05

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Shamil Zhumatov/Reuters

tenente-coronel da Aeronáutica Marcos César Pontes partiu ontem, às 23h30, rumo à Estação Espacial Internacional, onde ficará por oito dias. Primeiro astronauta brasileiro a subir ao espaço, Pontes divide a Soyuz TMA-8 com o americano Jeffrey Williams e o russo Pavel Vinogradov. Esta missão faz parte da 13ª expedição àquela estação espacial e celebra o pioneirismo de outro brasileiro, Santos Dumont, que há 100 anos, com o 14 Bis, fez o seu primeiro vôo na França. Pág. 14 TEMPO EM CAMPINAS Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 19º C.

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s 1.828 páginas do relatório final da CPI dos Correios "sintetizam a degradação de um escândalo imoral" e mostram que "o mensalão foi uma realidade". O relator Serraglio pede o indiciamento de Zé Dirceu, Gushiken, Genoino, Silvio Pereira, Delúbio, do senador Azeredo e de mais 18 deputados e uma centena de pessoas. Poupa Lula, mas recomenda investigar seu filho, Lulinha. É o governo e o PT afundando mais na lama movediça: páginas 3, 4, 5 e 6. Greater Miami Convention & Visitors Bureau

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.OPINIÃO

quinta-feira, 30 de março de 2006

RESENHA

NACIONAL LULA NO COMANDO

A

Mantega nada fará sem a autorização expressa de Lula. Sua afirmação de que a política econômica não mudará é crível. O que mais pesou a favor de Mantega foi precisamente isto: a confiança e o longo relacionamento que tem com o presidente. Mais desenvolvimentista que Palocci, Mantega não tem um nível de discordância insanável com as atuais diretrizes da política econômica a ponto de não poder dirigi-la ou de querer promover uma reviravolta de rumo. Ele deverá dar continuidade àquilo que já vem sendo feito, aprofundando algumas inflexões que estão em andamento no governo. Nada fará, porém, sem a autorização expressa de Lula. A afirmação de Mantega de que a política econômica não mudará é crível e merece crédito. A crise atual deverá provocar solavancos nas intenções de voto da candidatura Lula, sobretudo pelo efeito do confronto do governo com um

trabalhador pobre (o caseiro Fracenildo). Ao mesmo tempo, surgiram denúncias que atingem o governo Alckmin. De acordo com essas denúncias, o governo favoreceu aliados com verbas publicitárias do Estado de São Paulo. Com a queda de Palocci, a oposição deverá apertar o cerco ao presidente Lula. O objetivo é exaurir o capital eleitoral e político que o presidente, apesar das crises, ainda detém. A oposição, depois de ter passado os meses de janeiro e fevereiro desorientada, com a recuperação eleitoral de Lula e com os impasses internos do PSDB na escolha do candidato presidencial, retomou, com a crise que Jamil Bittar/Reuters

envolveu Palocci, a iniciativa política, encostando novamente o governo contra a parede. Se as pesquisas confirmarem queda nas intenções de voto no presidente Lula, sua candidatura perde poder de atratividade de aliados. Resta ver se a perspectiva de melhora da economia refreará os efeitos da crise política e de seu repique recente a ponto de manter Lula competitivo até a consumação do primeiro turno. No âmbito das CPIs, enquanto a dos Correios viveu a batalha interna entre governistas e oposição para ver os nomes que sairam ou que entram no relatório, a dos Bingos, liquidado Palocci, se prepara para definir novos focos de ataque. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

A oposição retomou a iniciativa política.

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

JOÃO DE SCANTIMBURGO

À PROCURA DO VICE Céllus

escolha de Guido Mantega para o comando da Fazenda indica que as principais decisões de política econômica serão acompanhadas pelo próprio presidente Lula. Desde o momento em que se configurou a possibilidade de saída de Palocci do Ministério da Fazenda, o presidente Lula se fixou em dois nomes: o de Murilo Portugal e o de Guido Mantega. A favor de Portugal pesava a avaliação de que o desembarque de Palocci seria suave junto aos mercados. Contra ele pesava o fato de que não tem nenhum relacionamento com Lula.

Pelo voto aberto PAULO SAAB

L

eitor que acompanha este espaço me pede que seja aberta uma campanha pública em favor da mudança de procedimento nas votações do Congresso Nacional. Inconforma-se o leitor com minha imediata adesão à situação vigente, onde, por exemplo, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados vota abertamente pedido de cassação (ou não) de parlamentar acusado de quebra do decoro parlamentar e, na seqüência, o plenário da Casa vota o relatório da mesma Comissão de Ética através de voto secreto. Há caso declarado de deputado que votou contra a cassação de colega considerado culpado e na votação secreta, acobertado pelo anonimato, votou pela não-cassação! É absolutamente pertinente a sugestão. Todas as votações de representantes populares, em todas as instâncias do Poder Legislativo, deveriam, devem, ser abertas. Os parlamentares são eleitos para representar a população e os estados brasileiros. Cada eleitor tem o direito de saber como estão votando aqueles que elegeu para falar em seu nome. A justificativa de que em algumas situações o voto é secreto para aliviar os parlamentares de pressão perde sentido quando indica que pode também favorecer negociações escusas, escabrosas, em cima do mandato que o eleitor outorgou a uma representante eleito. O que o Brasil precisa, com urgência, é a total transparência dos atos de quem atua na vida pública. O desvirtuamento das funções dos Três Poderes, alimentado numa escala incabível no governo Lula, coloca em xeque a credibilidade das instituições brasileiras e demanda mudanças significativas na forma de atuação de políticos e governantes, porque o Judiciário não tem seus membros eleitos pela população e se fecha em copas numa opacidade que pode levantar suspeição.

Houve um tempo em que se dizia jocosamente, "ou nos locupletamos todos ou instaure-se a moralidade na vida pública". Era puro romantismo. Hoje, a escalada da corrupção parece exigir que todos nós nos tornemos corruptos, porque assim haverá uma maior e melhor distribuição de renda, na locupletação de todos. Faço minha adesão pública à sugestão do leitor, certamente um eleitor, e conclamo a OAB, por exemplo, outrora tão atuante na defesa das instituições, os defensores dos direitos humanos, os padres engajados e os atuais parlamentares que não foram envolvidos pela teia da corrupção (sim, os há) para que iniciem imediatamente uma campanha pela mudança dos dispositivos que prevêem votação secreta em assuntos tratados no parlamento. Pelo voto aberto em todas as circunstâncias, já!

E

você, leitor, quer aderir? Que barulho pode (e deve) fazer em cima desse tema? Ou considera que a votação secreta deve prevalecer e acobertar negociatas e desvios de atuação por parte de quem foi eleito para (em tese) defender os interesses maiores do Brasil? O voto secreto possibilitou ao Brasil assistir, consternado, à patética exibição de euforia de uma deputada do PT que foi prefeita de São José dos Campos ,cuja população deveria pelas urnas bani-la da vida pública, por ter conseguido na sombra, no anonimato, em plenário, a absolvição de "colegas" ("companheiros"?), que a Comissão de Ética apontou como culpados de corrupção. O escárnio chegou a níveis inimagináveis. O "tour" do PT pelo poder maior do País tem sido um constrangimento permanente. Mais do que nunca cabe reperguntar: Quosque tande abutere, Catilina, patientiae nostra?

O eleitor tem o direito de saber como estão votando aqueles a quem elegeu

Uma pedra no sapato JORGE FÉLIX DONADELLI

N

o ano de 1980, a cidade de Franca vivia a plenitude de seu progresso. O setor calçadista, imponente por sua boa performance, se projetava para grandes investimentos. O comércio crescia, as escolas e universidades aumentavam e não davam conta da demanda de vagas, sobretudo para alunos interessados no curso de inglês, por conta dos negócios de exportações. No embalo daquele desenvolvimento, a cidade chegou a dobrar sua população em dez anos. Alguns aspirantes à prefeitura chegaram a calcular que o próximo mandatário, até o final de sua gestão, administraria a cidade com seiscentos mil habitantes. Hoje são 320.000! Enquanto as conjecturas, na cidade como um todo, eram das mais otimistas, os capitães das indústrias exibiam projeções e, entre elas, uma pesquisa da Unesco que previa o Brasil, em trinta anos, como o maior exportador de calçados finos do mundo. Franca, como a líder em calçados masculinos, da melhor qualidade, seria a legatária natural do parque fabril italiano. O estudo científico da Unesco antevia, próximo a 2010, que a economia mundial cresceria e os consumidores de calçados da classe média alta deveriam se aprovisionar dos produtos brasileiros. Assim, o Brasil exportaria calçados finos e importaria produtos populares de países do terceiro mundo. Talvez da Nigéria, Índia ou mesmo da China. As previsões eram animadoras, mas as políticas dos governos nada ajudaram desde então. O setor calçadista, notadamente de Franca, pertinaz, vencia seus obstáculos, como que fazendo a lição de casa, tudo fez para que as previsões da Unesco se cumprissem. Apesar dos planos de governo e do enfraquecimento do setor, a qualidade dos calçados de Franca melhorou a ponto de se

comparar com a dos melhores dos italianos. A estrutura do setor é, hoje, incomparável àquela do passado. Uma melhora na matéria-prima, nosso sapato estaria pronto para se equiparar aos melhores do mundo. Uma política cambial inteligente, nossos preços seriam competitivos e pela qualidade dos produtos, não teríamos dificuldades em vencer a concorrência. Como embasamento de nossa argumentação, poderíamos aludir o bom desempenho do setor no ano de 2004, quando as indústrias se expandiram e lançaram seus produtos em mais de cinqüenta países que, até então, só compravam da Europa. Era o sinal evidente da recuperação de nosso parque.

O

fiasco da política cambial praticamente anulou todo o esforço de anos perpetrado pelo setor exportador, o que mais emprega e distribui rendas em cidades como Franca, que não tem grandes riquezas mas não tem miséria, não tem favelas e quase não tem pedintes. Aos olhos desse setor, dissipam-se as esperanças que repousavam na profecia da Unesco e que se cumpririam até o ano de 2010 - o Brasil seria o maior exportador de calçados finos do mundo. Aparece uma pedra no caminho, uma pedra no sapato dos fabricantes. Pedra que se intitula política cambial ou política dos juros escorchantes. O presidente Lula bem poderia afastar essa pedra de nossa trajetória, pois -certamente - não pretende passar para a história como o presidente que inviabilizou a indústria de calçados e a exportação do País. JORGE FÉLIX DONADELLI É PRESIDENTE DO SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE

CALÇADOS DE FRANCA WWW.SINDIFRANCA.ORG.BR

A indústria calçadista tropeçou na política cambial e na de juros

conceituada revista Veja desta semana traz alguns nomes de candidatos a vice-governador. Se for Guilherme Afif Domingos, será uma excelente escolha, pois como vice ele pertencerá à equipe do governador. Se eleito, contribuirá com sua experiência empresarial, sua inteligência, seu tirocínio e com seus conhecimentos técnicos de Economia para a realização de um grande governo. O problema do vice não é tão secundário como se tem dito, contra os dispositivos constitucionais que instituiram o cargo. Lembremos que na Presidência, durante a República Velha, foram vices Floriano Peixoto, Nilo Peçanha e Delfim Moreira.

A

O vice não é figura decorativa, mas necessária. Se for Guilherme Afif Domingos, será uma excelente escolha. etúlio Vargas não teve vice no Estado Novo. Quando foi demitido pelas Forças Armadas, tomou posse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, presidente sob a Constituição de 46, Café Filho, um homem honrado, mas excepcionalmente provinciano, foi vice de Getúlio. A eleição de João Goulart para vice com Jânio Quadros foi um desastre. Já no governo dos militares, para suceder Costa e Silva tomou posse a tríplice formação de militares, do Exército, Marinha e Aeronáutica. E Itamar Franco foi vice de Fernando Collor de Mello. O vice não é figura decorativa, mas necessária, para ser evitado o vácuo do poder se a morte escolhe o presidente para levar. A política tem horror ao vácuo de poder, por isso é que se escolhe o vice. Nas monarquias a sucessão é muito mais fácil, o herdeiro legítimo está sempre presente ao lado do soberano. Temos o caso do sucessor de Dom Pedro I, Dom Pedro II, o qual proferiu a famosa frase, surpreendente para um menino de 14 anos: "Quero já!". Enfim, o vice é necessidade de um regime sujeito a surpresas, como estamos já habituados a registrar e como foi registrado na história passada.

G

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Política DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

3 Veja a íntegra do relatório final da CPMI dos Correios no site www.dcomercio.com.br

BRASIL GASTA R$ 5 MILHÕES NA CPMI DOS CORREIOS. RELATÓRIO DESAGRADA GOVERNO E OPOSIÇÃO.

Lula Marques/Folha Imagem

CPMI DOS CORREIOS TERMINA COM GOSTO AMARGO

O O relator da CMPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), distribui o relatório conclusivo: o mensalão existiu, mas não tem a ver com caixa 2

20,41

159

33,8

1.186

milhões de operações bancárias analisadas

reuniões realizadas pelos parlamentares que integram a CPMI

milhões de registros telefônicos analisados, após autorização judicial

requerimentos pedindo quebra de sigilo e a convocação de depoentes

Roberto Stuckert Filho/Ag.O Globo

124

4 kg

R$ 5

solicitações informais de indiciamento de pessoas ao Ministério Público

é o peso do documento final elaborado pelo relator Osmar Serraglio, com mais de 1800 páginas

milhões é a despesa total da CPMI dos Correios com essa investigação, pagos pelo povo brasileiro Presidente da CPMI Delcídio Amaral

Acompanhe os desdobramentos nas páginas 4, 5 e 6.

"INDICIADOS" PELO RELATÓRIO

Milton Mansilha/LUZ

ROBERTO JEFFERSON

O

deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) fez o que pode pode para que o relatório final da CPMI dos Correios, apresentado ontem, não acabasse em pizza, mas terminou produzindo um tijolo de quatro quilos com mais de 1.828 páginas difícil de engolir. Tanto o governo quanto a oposição sentiram um gosto amargo. O texto afirma que o mensalão existiu, conclui que o mentor do esquema foi o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, isenta de qualquer responsabilidade o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas reforça a suspeita sobre o negócio feito entre a Telemar e a empresa de jogos eletrônicos Gamecorp, de Fábio Luis, filho de Lula. Erra ao pedir o indiciamento do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por um crime eleitoral na campanha de 1998 – que já estaria prescrito – e deixa livre os 18 deputados acusados de participação no esquema. Em vez de pedir claramente o indiciamento dos parlamentares envolvidos , o texto apresentado sugere que o Ministério Público investigue se eles de fato cometeram irregularidades. Dos 18 deputados, denunciados pela própria CPMI ao Conselho de Ética da Câmara, três renunciaram ao mandato, três foram cassados, sete foram absolvidos e seis aguardam julgamento em plenário. Indiciamento claro foi pedido aos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken; aos exdirigentes do PT José Genoino, Sílvio Pereira e Delúbio Soares; ao senador Eduardo Azeredo (MG); e ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o mensalão. "Se for preciso, mudo o relatório e também peço que sejam indiciados", disse Serraglio, após forte pressão de todos os lados. Na prática, Serraglio fez tudo ao contrário do que Lula e o PT esperavam dele quando o deputado José Borba (PR), líder do PMDB, o indicou para relator da CPMI. Desprezou a desculpa oficial avalizada até por Lula de que só houve caixa 2 do PT. Apontou empresas públicas e privadas que financiaram o 'valerioduto' com fabulosas somas de dinheiro. E ainda enxergou graves irregularidades em 25 de 51 contratos no valor de R$ 5,7 bilhões assinados pelo governo anterior e pelo atual entre 2000 e 2005. O relatório aponta como fontes de recursos do 'valerioduto' a Visanet, a Brasil Telecom e a Usiminas (Cosipa). E ratifica que não existiram de fato os empréstimos do empresário Marcos Valério ao PT. Os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil) e Petros (Petrobras), os dois maiores em movimentação financeira, não tiveram diretores apontados por suposta prática de ilegalidades. Agora resta a revisão e a votação em plenário na próxima terça-feira.

delator da existência do esquema do "mensalão", ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, será indiciado por crimes contra a ordem tributária, corrupção passiva e crime eleitoral, a pedido do relatório final da CPMI dos Correios. Jefferson acabou cassado por falta de decoro parlamentar, pois admitiu ter recebido ilegalmente R$ 4 milhões do empresário Marcos Valério. O relatório enfatiza o fato de Jefferson ter sido citado como "co-responsável" no esquema de corrupção dos Correios, um dos escândalos que originou a comissão de investigação.

Dida Sampaio/AE

JOSÉ DIRCEU

O

ex-ministro e deputado José Dirceu (PT-SP) deve ser indiciado pela prática de corrupção ativa. Ele desponta como o idealizador do esquema de corrupção destinado a garantir uma base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, conforme revelou Jefferson. "O então ministro estava a par de todos os acontecimentos e coordenava as decisões, junto com a diretoria do PT. Isso fica evidente no depoimento da mulher de Marcos Valério, Renilda Santiago, que declarou à CPMI, em 25 de julho de 2005, que Valério lhe contara que Dirceu sabia dos empréstimos", disse o relator Osmar Serraglio.

Celso Junior/AE

MARCOS VALÉRIO

O

empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, proprietário da DNA Propaganda e da SMP&B, incorreu em nove crimes, segundo a CPMI dos Correios, naquilo que a deputada Denise Frossard (PPS-RJ) chamou de "metade do Código Penal atrás de si". São eles: falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, tráfico de influência corrupção ativa, supressão de documento, fraude processual, contra a ordem tributária, peculato e improbidade administrativa. Dos cerca de R$ 55 milhões movimentados por Valério, a CPMI identificou a origem de apenas R$ 31 milhões.

Dida Sampaio/AE/Arquivo DC

DELÚBIO SOARES

O

ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que se tornou parceiro de Marcos Valério nas irregularidades envolvendo os empréstimos ao partido, teve seu indiciamento pedido pela CPMI dos Correios por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, crime eleitoral e peculato. Recentemente ele entrou com uma ação de indenização por danos morais contra a Escola Superior de Administração Fazendária . Em uma prova de concurso público, a escola mencionou o nome "Delúbio" como autor de crime contra a administração pública.

Nilton Fukuda/AE/Arquivo DC

Joedson Alves/AE/Arquivo DC

JOSÉ GENOINO

O

ex-presidente nacional do PT, José Genoino, nega, mas foi avalista dos empréstimos que o partido tomou junto aos bancos Rural e BMG ao lado do empresário Marcos Valério e do tesoureiro Delúbio Soares. Deve ser indiciado por falsidade ideológica, corrupção ativa e crime eleitoral. O que determinou seu afastamento da vida pública, entretanto, foi a prisão do assessor parlamentar de seu irmão José Nobre Guimarães (PT), que tentava embarcar no aeroporto de Congonhas com R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca.

DUDA

O

publicitário responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, Duda Mendonça, deve ser indiciado por sonegação fiscal, crime contra o sistema financeiro, crime contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Sua sócia, Zilmar Fernandes, também foi citada no relatório final da CPMI dos Correios pelos mesmos crimes. Na investigação sigilosa dos dados enviados pelas autoridades americanas, a comissão confirmou que Duda tem outras contas no exterior além da Dusseldorf, sem contar com o fato de ser o beneficiário da empresa Stuttgart Company Ltd.

Dida Sampaio/AE/Arquivo DC

LUIZ GUSHIKEN

O

atual secretário do Núcleo Estratégico do governo, Luiz Gushiken, teve seu indiciamento pedido por envolvimento com o mensalão e com os fundos de pensão, pelo qual poderá responder por tráfico de influência e corrupção ativa. Seu exprotegido e hoje desafeto Henrique Pizolatto poderá ser indiciado por falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro. Ao saber do relatório, Gushiken divulgou uma nota e um texto de 51 páginas chamado "Fatos e Verdades", com anexos e desenhado sob a forma de um boletim. Na nota, diz que o relatório serve para "perseguir em vez de investigar".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de março de 2006

Senado Câmara Relatório da CPMI NÃO-INDICIAMENTO EXPLÍCITO DÁ CONFUSÃO Planalto

O que importa é o que o Ministério Público vai fazer a partir dos fatos relatados Deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR)

RELATÓRIO FINAL

Eymar Mascaro

Lula, o alvo

1 MENSALÃO EXISTIU E CAIXA 2 D

É FANTASIA, DIZ SERRAGLIO.

H

ouve mensalão, sim. Esta é uma das conclusões mais contundentes do relatório da CPMI dos Correios apresentado ontem e assinado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Em resumo, deputados teriam sido comprados para apoiar o governo no Congresso Nacional (veja abaixo os indiciados). "O esquema comprovado pela CPMI é um esquema de cooptação de apoio político ilícito", diz o relatório. "Os recursos foram levantados de forma ilegal e transferidos a partidos

Ed Ferreira/AE/24-11-05

da base aliada em troca de apoio político, obviamente, consubstanciado no apoio majoritário às proposições e postulações de interesse do governo em todas as fases de tramitação no Congresso", afirma. Caixa 2 – Confirmada a suspeita, Serraglio fez questão de derrubar a desculpa favorita dos mensaleiros para o recebimento de dinheiro das empresas de Marcos Valério: caixa 2 de campanha. Para Serraglio, o argumento é uma tentativa de "explicar o inexplicável". "Nove meses após a divulgação das primeiras denúncias, pou-

quíssimos foram os (parlamentares) que apresentaram comprovantes das dívidas (de camp an h a) supostamente honradas com o dinheiro repassado pelo empresário", diz Serraglio. Por isso, ele dedicou um capítulo inteiro ao assunto: "Mensalão não é caixa dois". Para Serraglio, os parlamentares simularam caixa 2 pois não podiam explicar o recebimento dos recursos. O objetivo: receber pena branda – crime eleitoral ao invés de corrupção. "A tese do caixa 2 só apareceu meses depois do início do escândalo, e já então de

forma orquestrada", diz. Indiciamento – O relatório será votado na próxima semana. Serraglio acredita que a menção feita a deputados terá força para indiciá-los, embora o texto não os acuse formalmente. "O que importa é o que o Ministério Público vai fazer a partir dos fatos relatados", disse. O presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PTMT), defendeu que os indiciamento sejam explicitados. O texto foi criticado ainda por acusar os mensaleiros de crime eleitoral e sonegação e não corrupção passiva. (Agências)

OS MENSALEIROS Joedson Alves/AE/23-08-05

Ed Ferreira/AE/06-12-05

Alan Marques/Folha/26-01-06

Joedson Alves/AE/09-02-06

Celso Junior/AE/29-06-05

QUEDA

ATRÁS DO PDT

Palocci foi o último homem do tripé que sustentava o governo: os dois primeiros foram José Dirceu e Luiz Gushiken. Lula, para a oposição, ficou sem escudo e passa a ser a bola da vez. As principais críticas ao governo partirão do Senado.

Outro partido na mira do PSDB e PT é o PDT. A verticalização dificulta o lançamento de candidato próprio pelos pedetistas, embora o partido mantenha a promessa de realizar prévias para a escolha do candidato. Detalhe: o PDT não quis voltar à base do governo.

ARRANHÃO

João Paulo

Valdemar

Josias Gomes

Prof. Luizinho

Pedro Henry

José Borba

x-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) terá seu futuro decidido na próxima semana, quando a Casa votará o relatório que pede sua cassação. Seu envolvimento com o mensalão começou quando descobriu-se que sua mulher sacou R$ 50 mil de uma conta de Marcos Valério.

E

residente do PL, partido da base aliada do governo, Valdemar da Costa Neto (SP) foi o primeiro deputado a renunciar depois do estouro do escândalo do mensalão. Antes, porém, confessou ter recebido R$ 6,5 milhões, além de ter negociada a aliança PL -PT para as eleições de 2002 por R$ 10 milhões.

P

uando foi sacar R$ 100 mil da conta de Marcos Valério do Banco Rural, o deputado Josias Gomes (PTBA) usou seu registro parlamentar para se identificar. Foi a principal prova contra ele. O relatório da Comissão de Ética já indicou sua cassação, que será avaliada agora pelo colegiado.

Q

um cusado julgamento pelo expolêmico deputado que levantou Roberto Jefferson suspeitas sobre (PTB-RJ) de ser um uma acordo entre dos operadores do PFL e PT, Professor mensalão, Pedro Luizinho (PT-SP) Henry (PP-MT) foi foi absolvido da absolvido em acusação de votação do mensalão. O plenário do Conselho de Ética, Congresso. Nem a porém, já o havia CPMI dos condenado. Correios, nem a devido a um saque CPI do Mensalão, de R$ 20 mil feito nem o Conselho de por um ex-assessor Ética conseguiram do deputado provar seu petista. envolvimento.

N

A

cusado de ter recebido mais de R$ 1 milhão, José Borba (PMDB-PR) renunciou ao mandato para escapar da cassação em outubro do ano passado. Em fevereiro, o exdeputado conseguiu o direito a receber mais R$ 5.500, a título de aposentadoria parlamentar.

Clayton de Souza/AE

Joedson Alves/AE

Valter Campanato/ABr

A

Roberto Stuckert Filho/Ag. O Globo

Paulo Rocha

Sandro Mabel

Rodrigues

O

Câmara arquivou por falta de provas o processo contra o líder do PL Sandro Mabel (GO). Ele foi acusado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de envolvimento no mensalão e também de ter oferecido R$ 1 milhão à deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) para que ela mudasse de partido e se filiasse ao PL.

A

"Bispo" Rodrigues ((PL-RJ) renunciou ao seu mandato após também ser identificado como um dos recebedores do mensalão. Rodrigues teria recebido R$ 400 mil das contas de Marcos Valério. Ele alegou que os recursos serviram para cobrir gastos de campanha do PL, no Rio de Janeiro.

deputado petista Paulo Rocha (PA), outro citado no relatório da CPMI dos Correios, também resolveu renunciar, para escapar de um processo de cassação em plenário. Uma assessora de Rocha, Anita Leocádia, sacou R$ 420 mil das contas do empresário Marcos Valério.

epois da queda do último homem forte do governo, Antonio Palocci, o presidente Lula passa a ser o alvo principal da oposição. O presidente está na alça de mira dos opositores e será duramente atacado principalmente pelos parlamentares que atuam nas CPIs. Para atingir o presidente, a oposição vai intensificar os ataques a Paulo Okamoto, presidente do Sebrae, que foi quem pagou uma dívida de Lula com o PT de R$ 29 mil. A oposição quer saber de onde saiu o dinheiro: desconfia que foi do valerioduto. Os ataques ao presidente não param por aí: voltarão as denúncias contra o filho de Lula, Fábio Luiz, que recebeu uma injeção de R$ 5 milhões da Telemar para irrigar as contas de sua empresa. Não faltará quem, na oposição, defenda a ida do filho de Lula à CPI dos Bingos, para explicar as negociações de sua empresa com a Telemar, operadora de serviços públicos. A ordem na oposição é bater duro em Lula, sobretudo agora que Alckmin inicia a campanha depois de transferir o governo para Cláudio Lembo. Os opositores querem que o candidato tire a diferença que Lula ainda mantém sobre Alckmin nas pesquisas.

O

Senadores ativos: Ideli (PT-SC) articula com Virgílio (PSDB-AM)

GOVERNO E OPOSIÇÃO EM GUERRA PERMANENTE

O

relatório final da CPMI dos Correios vai ser alvo de uma batalha. Governistas e oposicionistas estão certos de que o relatório não tem chance de ser aprovado sem modificações. "Não há como ser aprovado do jeito que está", disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvati. O presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), começou as negociações para tentar aprovar um documento e evitar que a comissão acabe em pizza. "Não podemos considerar esse texto como definitivo. Temos de conversar e chegar a um consenso. E sinto que há boa vontade dos partidos da base e de oposição", afirmou. Delcídio trabalha

ainda para evitar que o PT apresente um relatório paralelo e derrube o documento integralmente. A estratégia da cúpula da CPMI é tentar alterar algumas partes. O relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) é acusado de cometer erros, como o que propõe o indiciamento do senador Eduardo Azeredo (PSDBMG) por crime eleitoral e sonegação fiscal. Esses dois delitos estariam prescritos. A oposição vai pleiteiar que o texto seja radical em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é réu confesso por assumir a existência de caixa 2 no PT. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) defende o indiciamento dele. (AE)

DIVISÃO A violação do sigilo bancário Situação estranha vivida do caseiro Francenildo Costa já pelo PTB: no âmbito nacional reflete negativamente no prosperam os entendimentos governo: pesquisas internas indicam que a imagem do para o apoio petebista a Lula presidente foi abalada, mas, em São Paulo, o partido havendo queda na sua fecha com a candidatura de popularidade. É provável que Alckmin. Tudo indica que o as próximas pesquisas PTB marchará dividido nas retratem a nova onda de perda eleições de outubro. de prestígio do presidente. CANDIDATURA

INDICIAMENTO

José Serra decidiu ser Além de responder pelo candidato a governador e vai crime de violação de sigilo renunciar ao mandato de bancário, que prevê até 6 anos prefeito amanhã. Assumirá a de prisão, Palocci corre o risco prefeitura Gilberto Kassab, de ser indiciado pelas que está perfeitamente promotoria e polícia de entrosado com o andamento Ribeirão Preto, que investigam das obras no município. A denúncia de corrupção no pedra no sapato de Serra, período em que Palocci foi ontem, continuava sendo o prefeito. vereador José Aníbal, que insiste em ser candidato.

DEPOIMENTOS

COLIGAÇÃO O PSDB deve fechar a coligação com o PFL também em São Paulo. Os pefelistas podem lançar o vice de Serra. Também em São Paulo o PSDB quer o apoio do PMDB. Os tucanos estariam dispostos a apoiar a candidatura de Orestes Quércia ao Senado, mas uma ala do PSDB faz restrições ao ex-governador do PMDB.

O inferno astral de Palocci continua: o ex-ministro será ouvido pela Polícia Federal sobre a quebra de sigilo A VOLTA bancário de Francenildo Antonio Palocci deve ser Costa. Palocci prestará depoimento também à polícia candidato a deputado federal nas eleições de outubro, de Ribeirão Preto sobre apesar do risco que corre de corrupção na prefeitura. ser indiciado em Ribeirão Preto. Em tempo: Palocci foi COLIGAÇÕES Tasso Jereissati movimenta vereador, prefeito duas vezes, deputado estadual, o PSDB para se coligar com coordenador da campanha de outros partidos em apoio à candidatura de Alckmin. Os Lula em 2002 e é deputado tucanos já acertaram a aliança federal. com o PFL e partem agora PRÉVIAS para a etapa mais complicada, Se depender de Marta que é obter o apoio do PMDB. Suplicy, o PT pode antecipar as prévias para a escolha do DIFICULDADE Jereissati sabe, contudo, que candidato a governador, de 7 de maio para 23 de abril. O com a obrigatoriedade da partido acha que o candidato verticalização será difícil o PMDB sustentar a candidatura precisa iniciar logo a campanha para enfrentar o de Anthony Garotinho. O favoritismo de Serra. PMDB tem 15 fortes candidatos a governador e RESPOSTA precisa de liberdade para Aloizio Mercadante, no amarrar alianças diferentes nos entanto, ainda não respondeu estados. se aceita antecipar a data das prévias. O senador prefere DISPUTA O PT também não dá trégua consultar as lideranças que o apóiam. Mercadante cobrou ao PMDB. Ainda sonha em ter o apoio peemedebista no de Lula um apoio mais explícito à sua candidatura, primeiro turno. A ala por entender que está sendo governista do PMDB, dos prejudicado por responder senadores José Sarney e pela liderança do governo no Renan Calheiros, continua Senado, sem tempo de fazer trabalhando para jogar o campanha em São Paulo. partido no colo de Lula.


quinta-feira, 30 de março de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OS MENSALEIROS

Valter Campanato/ABr

Ed Ferreira/AE

Valter Campanato/ABr/21-11-05

Celso Junior/AE/13-06-05

O nome do filho do presidente foi simplesmente retirado sem o meu consentimento. ACM Neto (PFL-BA), subrelator da CPMI dos Correios

2 RELATÓRIO ALIVIA

PARA LULA E LULINHA Marcelo Ximenez/AE/08-12-2002

Vanderval

Romeu Queiroz

Roberto Brant

José Janene

anderval Santos (PLSP) já foi absolvido pelo Congresso. Porém, a quebra de sigilo bancário de Marcos Valério revelou que o parlamentar foi beneficiário de depósitos no valor de R$ 150 mil.

V

omeu Queiroz (PTB-MG) foi outro favorecido pelos gordos depósitos da agência SMP&B, uma das empresas de Marcos Valério: ele recebeu R$ 452 mil. Parecer do Conselho de Ética pede sua cassação.

R

pesar de também ter recebido R$ 102 mil da SMP&B de Marcos Valério, Roberto Brant (PFLMG) foi absolvido pelo plenário do Congresso Nacional, depois da condenação no Conselho de Ética.

A

o processo que corre no Conselho de Ética, José Janene (PPPR) é acusado de envolvimento no mensalão. Porém, ele já entrou com pedido de aposentadoria por invalidez, alegando graves problemas cardíacos.

Ed Ferreira/AE/22-03-06

Wildon Dias/ABr/14-12-05

Celso Junior/AE/22-03-05

Celso Junior/AE/02-02-06

João Magno

Vadão Gomes

Pedro Corrêa

José Mentor

J

V

C

J

oão Magno (PTMG) confessou ter recebido R$ 425 mil das contas de Marcos Valério. Porém, o deputado foi absolvido pelo plenário da Câmara, graças ao baixo quórum para a votação do processo.

5

Senado Câmara Relatório da CPMI TEXTO PEDE INVESTIGAÇÃO DA GAMECORP Planalto

adão Gomes (PP-SP) é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em espécie pelo esquema de corrupção operado por Marcos Valério. Seu processo está em andamento no Conselho de Ética.

assado no último dia 15, Pedro Corrêa (PP-PE) foi acusado de ter recebido R$ 4,1 milhões do extesoureiro petista Delúbio Soares. Corrêa admitiu que seu partido recebeu R$ 700 mil.

N

osé Mentor (PTSP) é acusado de ter recebido R$ 120 mil, em duas parcelas iguais de R$ 60 mil, de Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério. Seu processo está em andamento no Conselho de Ética.

A

citação do nome do p re s i d e n t e L u i z Inácio Lula da Silva no relatório final da CPMI dos Correios foi branda e surpreendeu até os governistas que esperaram mais contundência por parte do relator Osmar Serraglio (PMDBPR) – que já havia deixado indícios de que poderia citar o presidente como conivente do esquema do mensalão. No texto final, Serraglio também decidiu retirar o nome de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente Lula, que vendeu por R$ 5 milhões ações da Gamecorp para a Telemar. "Tirei o nome do filho do presidente não por pressões e sim porque foi assunto que nunca foi investigado pela CPMI", afirmou Serraglio. Em seu relatório com quase duas mil páginas, ele dedicou apenas duas páginas para relatar se Lula sabia ou não do esquema do mensalão. Com linguagem rebuscada e, aparentemente, sem chegar a uma conclusão sobre o conhecimento ou não de Lula, o relator isenta o presidente de "responsabilidade objetiva" no conjunto de ações que se convencionou chamar de "mensalão". Sem evidências – Para Serraglio, assim como não há evidências de que Lula se omitiu no caso, igualmente não poderia ser responsabilizado simplesmente por ocupar a chefia do Poder Executivo,

Fábio Luiz, filho de Lula, tem nome cortado do texto na última hora.

independentemente de saber dos fatos. O relator, no entanto, observa que do presidente poderia ser cobrada "responsabilidade subjetiva", uma vez que ele não teria dificuldades em perceber que havia "anormalidade" no processo de formação da maioria parlamentar. Embora Serraglio tenha poupado o presidente e seu filho, os governistas não engoliram o relatório, que não aliviou para os ex-ministros e parlamentares de Lula. Mesmo considerando frouxo o relatório em relação a Lula, a oposição admitiu negociar para flexibilizar o parecer e garantir aprovação, já que os governistas são maioria na CPMI. Na versão original do subrelatório de fundos de pensão,

o nome de Fábio Luiz aparecia como um dos proprietários da Gamecorp, empresa produtora de material de informática. Reclamação – O sub-relator Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) foi avisado terça à noite pelo próprio Serraglio que o nome de Fábio seria retirado. Uma nova redação foi feita às pressas: o episódio da compra pela Telemar, da qual a Petros (fundo de pensão da Petrobras) é sócia, da Gamecorp foi mantido. Mas sem dizer que a empresa pertencia ao filho de Lula. "Até concordaria em tirar o nome do Fábio se tivesse ocorrido uma negociação. Mas não houve e o nome do filho do presidente foi simplesmente retirado sem o meu consentimento", reclamou ACM Neto. (Agências)


O NOSSO ASTRONAUTA JÁ ESTÁ NO ESPAÇO 14

quinta-feira, 30 de março de 2006

O tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) Marcos César Pontes, de 43 anos, partiu ontem, às 23h30, rumo à Estação Espacial Internacional (EEI), onde ficará por oito dias. O primeiro astronauta brasileiro que chega ao espaço divide a espaçonave Soyuz TMA-8 com um americano e um russo, que permanecerão na EEI por seis meses.

À

s 23h30 de ontem, a nave Soyuz TMA8 partiu rumo ao espaço. No seu interior, o tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) Marcos César Pontes, que integra a 13ª expedição à Estação Espacial Internacional (EEI). Pontes passou suas últimas horas na Terra, antes de embarcar para a viagem, como manda a tradição dos cosmonautas russos: dormindo. O descanso foi merecido, já que somente ontem a Comissão Estatal de Vôos Espaciais da Rússia, última instância da missão, autorizou oficialmente Pontes a ocupar o terceiro assento na nave. Depois da autorização, começou a fase de prélançamento. Enquanto os técnicos terminavam os preparativos para o lançamento da Soyuz TMA-8, acoplada ao foguete Soyuz FG, os cosmonautas falaram à imprensa pela última vez antes da missão. Pontes se mostrou calmo e reforçou o orgulho de ser o primeiro brasileiro a viajar ao espaço. "Quando aquela bandeira do Brasil, que está pintada no foguete, estiver decolando, gostaria que as pessoas vissem não só uma bandeira subindo, mas também o orgulho de ser brasileiro, toda aquela coisa que temos dentro de nós e que temos de colocar para fora de vez em quando", disse. Quarentena – A entrevista aconteceu no Hotel dos Cosmonautas de Baikonur, no Casaquistão, onde o americano Jeffrey Williams, o russo Pavel Vinogradov e Pontes – que ficará oito dias a bordo da estação espacial – permaneceram em quarentena. Protegidos por um vidro para evitar uma possível contaminação, os tripulantes da nave falaram coma imprensa por aproximadamente 40 minutos. Pontes foi o mais requisitado pelos jornalistas de todo o mundo. "Bom dia. Gostaria de agradecer a todos que nos ajudaram em nossa preparação para este vôo. Este é um dia especial para mim e, acredito, para o País inteiro", declarou. Pontes fez agradecimentos em inglês, português e russo. "Estamos incrivelmente calmos. É algo que não podemos explicar, a não ser pelo fato de estarmos prontos. Pavel, Marcos e eu nos tornamos um só como tripulação. Estamos muito bem um com o outro, confiamos um no outro e tam-

Tuca Vieira/Folha Imagem

Astronauta brasileiro já com seu traje de vôo, pouco antes do lançamento

bém nossas famílias estão preparadas. Queremos agradecêlas pelo apoio e também pelo apoio de nossos amigos", disse Williams, que junto com Vinogradov passará seis meses a bordo da estação. Descartando pensamentos supersticiosos, Pontes disse não estar preocupado com o fato de viajar com a 13ª expedição da EEI nem com o eclipse solar de cerca de um minuto que ocorreu ontem (veja na página 2). "Eu acho que é uma coincidência bastante interessante. Muita gente pergunta também a respeito do número 13, juntando isso com o eclips e , o a l i n h amento dos astros. Acho que tudo está se alinhando para a gente ter uma missão muito boa e penso que é um momento muito especial – um presente que a gente ganhou do universo", declarou. Satisfação – Sobre a sensação de ir ao espaço Ponte foi categórico. "A sensação pode ser resumida em uma palavra: satisfação. Satisfação de poder cumprir uma missão, de poder levar a bandeira do País, de representar o País, de olhar para trás e dizer, 'fiz a minha parte'". "Gostaria de lembrar o seguinte: há 100 anos havia um outro brasileiro decolando, também fora do País, na França, para uma missão muito importante", lembrou, em alusão ao centenário do primeiro vôo de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. Pontes deixou uma mensagem de persistência aos jovens

brasileiros. "Temos capacidade para fazer as coisas e, quando alguém te entrega uma missão, você vai até o fim, cumpre a missão. É isso que eu gostaria de deixar para eles", frisou. Após a entrevista, Pontes se reuniu com a esposa e os filhos para então voltar ao isolamento. De lá, só saiu algumas horas antes do lançamento para os preparativos finais e o embarque na nave Soyuz, que aconteceu às 20h29. Comitiva – O governo brasileiro enviou 15 pessoas para acompanhar o lançamento. Além de familiares de Pontes, estão na comitiva o presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, seu chefe de gabinete, um diretor, dois técnicos, uma assessora de imprensa e um tradutor. Também foram para o Casaquistão o comandante do CTA, brigadeiro Carlos Augusto Velloso, o representante do Ministério da Defesa, José Américo dos Santos, e o diretor do Instituto de Aeronáutica Espacial, Walter Almodovar Golfetto. Parlamentares também acompanharam o lançamento: o senador Roberto Saturnino Braga, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Aroldo Cedraz, e Francisco Rodrigues. Foram também ao lançamento o embaixador Carlos Augusto Rego e o representante da Fiesp, Fernando Arruda Botelho. (Agências)

Divulgação

Divulgação

O cosmonauta Yuri Gagarin

O astronauta Marcos Pontes

afirma que Pontes também impressionou os russos por seu excelente desempenho nos testes e treinamentos tem enfrentado desde que chegou à Cidade das Estrelas, em Moscou, e depois ao Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Pioneiros – O astronauta russo Fyodor Yurichikihin, treinado para ser o substituto de Pontes no caso de o

brasileiro não poder embarcar (mas a participação de Pontes foi confirmada ontem), também comparou o brasileiro a Gagarin, do ponto de vista do pioneirismo. "Marcos Pontes é o primeiro cosmonauta do Brasil. Por isso, acho que é Gagarin para a Rússia, John Glenn para os Estados Unidos e Marcos Pontes para o Brasil", disse Yurichikihin.

Com sorriso de Gagarin, Pontes conquista os russos

Shamil Zhumakov/Reuters

O

Às 23h30 (horário de Brasília) de ontem a espaçonave russa Soyuz TMA-8 decolou do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, rumo à Estação Espacial Internacional (EEI). A bordo, o tenente-coronel Marcos César Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. Ele permanecerá oito dias na EEI.

astronauta brasileiro, tenentecoronel da Aeronáutica Marcos Pontes, está sendo comparado pelos russos ao pioneiro da exploração espacial, Yuri Gagarin, por sua simpatia, de acordo com o médico da Aeronáutica responsável pelo acompanhamento do astronauta, tenente-coronel Luiz Cláudio Lutiis. "O pessoal está dizendo que ele tem o sorriso de Gagarin", afirmou Lutiis à BBC, na terça-feira, no Centro Espacial de Baikonur, no Cazaquistão. "Ele é muito alegre, o tempo todo está sorrindo e é muito comunicativo. O Gagarin era assim também." Além do carisma, o médico


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

1 O Ministério é profissional; ele está trabalhando e cumprindo suas funções. Guido Mantega, ministro da Fazenda

PRESIDENTE TENTOU TRANQÜILIZAR EMPRESÁRIOS E DISSE QUE A ECONOMIA NÃO SOFRERÁ ABALOS

LULA: GOVERNO NÃO FARÁ MÁGICA

N

o primeiro com- quantos US$ 500 mil ganhapromisso público ríamos por conta do evento. Insistindo que o Brasil está após substituir Antonio Palocci preparado em vários ramos da por Guido Mantega no Minis- atividade econômica para retério da Fazenda, o presidente ceber os empresários italianos, Luiz Inácio Lula da Silva man- Lula aproveitou as presenças dou ontem um recado aos em- do embaixador do Brasil na presários e ao mercado de que Itália, Adhemar Gabriel Bahaa política econômica não sofre- dian, e do embaixador da Itália rá abalos. Sem citar a crise po- no Brasil, Michele Valensise, lítica, Lula assegurou que o para afirmar que as embaixaBrasil vive um momento aus- das do Brasil "não podem ser picioso. "Obviamente temos de reflexão, mas de produção muitas deficiências ainda. Mas política, econômica e cultural". podem procurar qualquer O presidente teve o discurso analista, que poderá afirmar interrompido por aplausos. Risadas – Lula arrancou rique, em poucos momentos da história do Brasil, tivemos sadas da platéia quando chauma posição tão sólida como mou o presidente da Fiat, o itatemos hoje", disse o presiden- liano Luca Di Montezemolo, te, ao participar do Fórum Bra- de "Montezino", por três vezes. O s e m p re s á r i o s sil-Itália, na Fedeacharam graça, e, ração das Indúsno final do evento, trias do Estado de não souberam diSão Paulo (Fiesp). zer se fora ato falho Falando para de Lula ou retriuma platéia de cerbuição ao italiano. ca de mil pessoas, a Em discurso antes maior parte de indo presidente, vestidores brasileiMontezemolo charos e italianos, Lula mou Lula de "Lufoi mais explícito. na" duas vezes. Afirmou que seu O presidente do governo "não está Grupo Fiat no Bradisposto a fazer sil, Cledorvino Bemágica na econolini, disse, após o mia". Até porque, Não vamos discurso do presisegundo ele, "não permitir que a dente Lula, que existe mágica, mas inflação volte não vê sinais de tomada de posição turbulência polítie seriedade". Em para resolver o ca ou econômica segundo lugar, res- problema de no Brasil, referinsaltou, a inflação caixa de alguns e c o n t i n u a r á s o b do próprio Estado do-se à troca do comando da econocontrole. "Não vaPresidente Lula mia do País, com a mos permitir que a saída de Antonio inflação volte para Palloci do Ministéresolver o problema de caixa de alguns e do pró- rio da Fazenda. "Não estamos vendo turbuprio Estado brasileiro", destalência política nenhuma nesse cou o presidente. Discursando de improviso – momento. Importante é a ecosua fala foi classificada por ele nomia estar firme, estável. O próprio como uma conversa –, País precisa crescer. ImportanLula usou boa parte dos 26 mi- te é baixar os juros e (ter) a innutos da oratória falando de flação sob controle", disse Belieconomia. Menos descontraí- ni, que estava ao lado do presido que de costume, Lula insis- dente mundial da Fiat, Luca Di tiu na necessidade de o povo Montezemolo, também presidente da Confindustria, a entiacreditar em si próprio. Ele ainda falou do aumento dade da indústria italiana. Já o presidente da Federadas exportações do País em seu governo e mencionou ção das Indústrias de São que, algumas vezes, fora criti- Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, micado por ações não compreen- nimizou a substituição de Padidas no setor. Ele citou como locci. Segundo ele, a troca de exemplo os gastos de US$ 500 ministros já é "uma página vimil do governo na viagem aos rada". "Espero que se pare de países árabes. "Ao invés de es- falar da mudança de ministro perar os resultados, critica- e se comece a trabalhar com o ram os US$ 500 mil sem saber novo ministro. "(Agências)

JE AR Ar-condicionado automotivo, instalação e manutenção. Pacote promocional (carros nacionais) * Carga de gás + filtro de pólem + higienização = R$ 140,00 Rua Pio XI, 373 - Alto da Lapa : (11) 3832-2976 - e-mail: jear.ar@terra.com.br

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

Lula fez discurso de improviso para empresários durante o Fórum Brasil-Itália, realizado na Fiesp e disse que País vive momento "auspicioso"

Atitude "pró-indústria" agrada s empresários estão comemorando a atitude mais "pró-indústria" do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os industriais ficaram especialmente aliviados com as indicações de que Mantega vai abandonar a proposta de redução unilateral das tarifas de importação, idéia que o ex-ministro Antonio Palocci apoia-

O

va, como forma de abrir caminho para a redução de juros e aumentar a competitividade. "O bom senso voltou a imperar no Ministério da Fazenda", disse Humberto Barbato, diretor do Departamento de Comércio Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Ele afirmou que a desvalorização do dólar já equivale a uma redução das

alíquotas, ecoando declarações de Mantega. "A tarifa externa comum (TEC) média é de 14% e o dólar já caiu bem mais que isso", disse Barbato. Para o presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, a troca no comando da Fazenda é uma oportunidade de correção de rumo. Dentre essas correções ,

ele destaca uma aceleração da queda da taxa básica de juros (Selic) e também da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Com menos entusiasmo, mas otimista, o presidente da Associação Brasileira da InfraEstrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, disse acreditar em queda acentuada da Selic e na redução da TJLP de 9% para 7,5% ao ano. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇOS

quinta-feira, 30 de março de 2006

AVISOS AOS ACIONISTAS TEKNO S.A. CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

CNPJ Nº 33.467.572/0001-34 – Companhia Aberta – Retificação Na publicação efetuada por este jornal, na edição de 22/03/2006, págs. 7 e 8 (Caderno “Economia”) do Balanço Patrimonial, exercício findo em 31/12/2005, da Empresa em epígrafe, por ter saído incorretamente, republicamos abaixo o quadro da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Reservas de capital Reservas de lucros Capital social Incentivos fiscais Reserva legal Retenção de lucros Lucros acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2003 56.000.000 1.740.177 6.142.327 27.472.063 – 91.354.567 Aumento de capital em 27/04/2004 10.000.000 – – (10.000.000) – – Lucro líquido do exercício – – – – 22.855.023 22.855.023 Destinações: Apropriação da reserva legal – – 1.142.751 – (1.142.751) – Juros sobre o capital próprio – – – – (8.932.000) (8.932.000) Lucros retidos – – – 12.780.272 (12.780.272) – Saldos em 31 de dezembro de 2004 66.000.000 1.740.177 7.285.078 30.252.335 – 105.277.590 Aumento de capital em 27/04/2005 14.000.000 – – (14.000.000) – – Lucro líquido do exercício – – – – 20.454.449 20.454.449 Destinações: – – 1.022.722 – (1.022.722) – Apropriação da reserva legal Juros sobre o capital próprio – – – – (10.150.000) (10.150.000) Lucros retidos – – – 9.281.727 (9.281.727) – Saldos em 31 de dezembro de 2005 80.000.000 1.740.177 8.307.800 25.534.062 – 115.582.039

PIONEER CORRETORA DE CÂMBIO LTDA. C.N.P.J nº 69.251.239/0001-30 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em R$ mil) ATIVO 2005 2004 PASSIVO CIRCULANTE .......................................................... 2.720 2.592 CIRCULANTE .......................................................... Disponibilidades ...................................................... 397 531 Outras Obrigações ............................................... Fiscais e Previdenciárias ................................... Títs.Val.Mobil. e Instr.Financ.Deriv ..................... 467 661 Títulos de Renda Fixa ........................................... 467 661 Impostos e Contribuições s/Sálarios .................... Outros Créditos .................................................... 1.791 1.321 Impostos e Contribuições s/Serviços Rendas a Receber ................................................ 1.433 1.041 Prestados ............................................................ Adiantamentos e Antecipações Salariais .............. 63 19 Outros ................................................................... Imposto de Renda a Compensar .......................... 280 243 Diversas ................................................................. Pagamentos a Ressarcir ...................................... 15 Despesas de Pessoal ........................................... Devedores Diversos ............................................. 18 Provisão para Pagamentos a Efetuar ................... Provisão para Passivos Contigentes .................... Outros Valores e Bens ......................................... 65 79 Despesas Antecipadas ......................................... 65 79 Credores Diversos ................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................... 393 390 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................... Outros Créditos .................................................... 393 390 Capital Social ........................................................ Devedores por Depósito em Garantia .................. 272 269 De Domiciliados no País ....................................... Incentivos Fiscais ................................................. 121 121 Reservas de Lucros .............................................. (Prejuízos Acumulados) ........................................ PERMANENTE ........................................................ 205 249 Imobilizado de Uso ............................................... 205 249 Edificações ............................................................ 28 28 Móveis e Equipamento de Uso ............................... 110 114 Outras Imobilizações de Uso ................................ 351 310 Depreciações Acumuladas ..................................... (284) (203) TOTAL DO ATIVO .................................................... 3.318 3.231 TOTAL DO PASSIVO ...............................................

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO 2.º SEMESTRE DE 2005 E DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (R$ mil) 2005 2º Semestre Exercício 2004 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................... 507 984 499 52 43 Resultado de Operações com 178 415 Títulos e Valores Mobiliários ........... 52 103 117 1.332 724 Resultado de Operações de Câmbio 455 881 395 211 193 DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO 827 530 FINANCEIRA ................................... (13) 274 20 1 Provisão para Créditos de Liquidação duvidosa ........................................... (13) 1.677 1.947 2.000 2.000 RESULTADO BRUTO DA 2.000 2.000 INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .... 507 984 499 68 68 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) (391) (121) OPERACIONAIS .............................. (474) (1.195) (633) Receitas de Prestação de Serviços .. 9.458 18.828 14.227 Despesas de Pessoal e Honorários . (2.116) (4.143) (3.853) Outras Despesas Administrativas .... (6.826) (13.855) (9.467) Despesas Tributárias ........................ (987) (998) (1.417) Outras Receitas e (Despesas) 3.318 3.231 Operacionais ................................... (3) (1.027) (123) As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis. RESULTADO OPERACIONAL .......... 33 (211) (134) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO 2.º SEMESTRE DE 2005 E RESULTADO NÃO OPERACIONAL (62) (59) 13 DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em R$ Mil) RESULTADO ANTES DA CAPITAL RESERVAS LUCROS/PREJ. (29) (270) (121) TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .. EVENTOS SOCIAL DE LUCROS ACUMULADOS TOTAL Imposto de Renda e Contribuição SALDOS EM 01 DE JULHO DE 2005 ............................. 2.000 68 (362) 1.706 Social ............................................. Prezuízo do Semestre ...................................................... (29) (29) PREJUÍZO DO SEMESTRE/ SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 .................... 2.000 68 (391) 1.677 EXERCÍCIO ...................................... (29) (270) (121) SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2005 ......................... 2.000 68 (121) 1.947 PREJUÍZO POR QUOTA - R$ 1,00 ... (0,01) (0,14) (0,06) Prejuízo do exercício ........................................................ (270) (270) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 .................... 2.000 68 (391) 1.677 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis. SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 .................... 2.000 68 112 2.180 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Lucros distribuidos ............................................................ (112) (112) DO 2.º SEMESTRE DE 2005 E DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 Prezuízo do exercício ....................................................... (121) (121) DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (R$ mil) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 .................... 2.000 68 (121) 1.947 2005 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis. 2º Semestre Exercício 2004 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004. A - ORIGEM DOS RECURSOS ......... 334 869 641 1. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: As 3. OUTRAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS (R$ mil) Recursos de Terceiros originários de: 106 606 31/12/2005 31/12/2004 Aumento dos Subgrupos do demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com princípios Itens 12 279 de contabilidade previstos na legislação societária brasileira e normas e PIS .......................................................... Passivo Circulante ISS .......................................................... 91 74 instruções do Banco Central do Brasil. Diversas .............................................. 106 606 75 62 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: a) Apuração de Resultados COFINS .................................................. Redução dos Subgrupos do Ativo . 171 206 641 178 415 - O regime de apuração do resultado é o da competência. b) Títulos TOTAL .................................................... Títs.Val. Mobil. e Instr.Financ. Deriv ... 145 193 641 Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - São 4. PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR (R$ mil) Outros Valores e Bens ........................ 26 13 demonstrados ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data Itens 31/12/2005 31/12/2004 Alienação de Bens e Investimentos 57 57 do balanço. c) Imobilizado de Uso - É demonstrado ao custo de Aluguéis .................................................. 12 14 Imobilizado de Uso ............................. 57 57 aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1.995. As Assessoria Técnica ................................ 580 365 B - APLICAÇÕES DE RECURSOS ... 520 1.003 363 depreciações são calculadas pelo método linear, com base na vida útil Manutenção / Conservação de Bens ..... 5 8 Prejuízo Ajustado do Semestre/ dos bens, às seguintes taxas anuais: 20% para Sistema de Material de Expediente ........................... 7 11 Processamento de Dados; 4% para Edificações e 10% para as demais Despesas ou outras provisões ............... Exercício .......................................... 3 219 56 223 132 contas. d) Provisão para Férias e 13º salário - É constituída com base TOTAL .................................................... Prejuízo do Semestre/Exercício ....... 29 270 121 827 530 nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do balanço, e inclui 5. CAPITAL SOCIAL: O Capital Social de R$ 2.000.000,00, totalmente Depreciações .................................... (26) (51) (65) os correspondentes encargos sociais. e) Provisão para Imposto de subscrito e integralizado por quotistas domiciliados no país, é representado Lucros Distribuídos ........................... 112 Renda - É constituída à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida do por 2.000.000 quotas, no valor de R$ 1,00 cada uma. Inversões em: ................................... 53 59 46 adicional previsto na legislação fiscal. f) Contribuição Social - É São Paulo, 31 de Dezembro de 2005 Imobilizado de Uso ........................... 53 59 46 constituída à alíquota de 9% o lucro líquido ajustado de acordo com a EDSON MESQUITA Aumento dos Subgrupos do Ativo legislação em vigor. CRC:(SP)182.682/O-3 - CPF:003.117.768-92 Circulante ........................................ 454 473 106 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Outros Créditos ................................. 454 473 87 São Paulo, 16 de fevereiro de 2006. adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação Outros Valores e Bens ...................... 19 Ilmos. Senhores - Diretores e Cotistas da das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. PIONEER CORRETORA DE CÂMBIO LTDA. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas Redução dos Subgrupos do 10 252 43 1. Examinamos o balanço patrimonial da PIONEER CORRETORA DE representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição Passivo Circulante .......................... 10 252 CÂMBIO LTDA., levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas patrimonial e financeira da PIONEER CORRETORA DE CÂMBIO LTDA., Fiscais e Previdenciárias .................. 43 demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações Diversas ............................................ origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos C - AUMENTO (REDUÇÃO) DAS (186) (134) 278 nessa data, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. correspondente ao exercício findo nessa data, de acordo com as práticas DISPONIBILIDADES ....................... Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas contábeis adotadas no Brasil. MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO demonstrações contábeis. 4. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de FINANCEIRA 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram Disponibilidades auditoria aplicáveis no Brasil, e compreenderam: (a) o planejamento dos examinadas por outros auditores independentes, os quais emitiram No Início do Semestre ...................... 583 531 253 trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações parecer sem ressalvas, datado de 22 de março de 2005. No Fim do Semestre ......................... 397 397 531 e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a VENEZIANI AUDITORES INDEPENDENTES AUMENTO (REDUÇÃO) DAS constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que CRC 2SP13744/O-1 DISPONIBILIDADES ...................... (186) (134) 278 suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a SIDNEY REY VENEZIANI VALDECIR DE OLIVEIRA avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas Contador CRC 1SP061028/O-1 Contador CRC 1SP174801/O-1 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis.

6' 01.1)+

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)'4Ç0 +

2005 1.641 1.641 309 79

2004 1.284 1.284 560 102

1/'4 + .

5

CNPJ: 59.951.905/0001-90 Relatório da Administração Senhores acionistas: Apresentamos a seguir as Demonstrações Contábeis do exercício social encerrado em 31 necessário para justificar a liberação da segunda parte deste financiamento previsto para 2006. Vale ainda de dezembro de 2005, elaborada em conformidade com a legislação societária brasileira. Realizações e Perspectivas: ressaltar o papel importante desempenhado por uma nova linha de crédito para comercialização de softwares A Gemco viveu um ano de especiais transformações que estão refletidos nos seus demonstrativos econômicos (Prosoft Comercialização) disponibilizada pelo banco para nossos clientes. Em conformidade com as políticas e financeiros de 2005. A Gemco manteve sua trajetória de crescimento e superou sua meta de Lucro Operacional públicas, a parceria com o BNDES permite alicerçar o crescimento da indústria do software nacional. A carteira de (EBITDA), fruto de uma maior disciplina financeira e de sua cultura focada em resultados. A companhia reforçou clientes da Gemco garante uma receita recorrente, consistente e pulverizada, que permite financiar o crescimento sua liquidez e reduziu seu custo de capital. A companhia superou as metas de vendas pré estabelecidas e de bem como prospectar novos clientes e vendas. Ciente que a parceria com seus clientes e colaboradores produtividade, aumentou o número de colaboradores, controlou e reduziu suas despesas, celebrou contratos fundamenta o crescimento e a perenização do negócio, a companhia continua investindo na profissionalização de relevantes com clientes estratégicos, fortaleceu sua participação em todas as faixas de porte de cliente e seu quadro de colaboradores, realizando alterações estruturais relevantes, investindo em novos produtos, cujo expandiu sua área de cobertura no país. Com uma postura austera e disciplinada, o corpo gerencial controlou as diferencial é a inovação e especialização no gerenciamento dos principais ativos das empresas de varejo. A despesas de forma mais efetiva e direcionou o aumento de produtividade em todas as diretorias, para enfrentar companhia continua buscando maior proximidade e melhoria operacional no atendimento aos seus clientes. Podea competitividade do mercado. O reflexo foi percebido tanto no lucro operacional (EBITDA) como no lucro líquido se afirmar que todos os fundamentos financeiros melhoraram por que o corpo gerencial demonstrou coerência com da companhia. O EBITDA aumentou em 296% e o lucro líquido em 225% de 2004 para 2005. A companhia obteve, o planejamento estratégico. A companhia está mais disciplinada financeiramente, mais focada na execução e na assim, 16% de margem de EBITDA, um aumento de mais de 10 pontos percentuais de um ano para outro. Os superação de resultados. O corpo gerencial conhece e controla melhor o risco operacional da companhia, o que indicadores de rentabilidade da empresa (ROE e ROIC) dobraram de 2004 para 2005. O caixa da companhia está reforça a cultura focada em resultados e permite criar mais valor para os acionistas. A Administração da Gemco mais robusto, bem como os indicadores de liquidez da companhia. Alicerçando num business plan representado para agradece aos acionistas, clientes, parceiros, instituições financeiras e fornecedores pelo apoio e confiança o biênio 2005/2006, a companhia estabeleceu parceria com o BNDES para financiar parte do seu crescimento. Em depositados e, em especial, aos colaboradores pela dedicação e esforço empreendidos, graças aos quais conseguimos 2005 a companhia cumpriu o plano apresentado ao banco, comprovou seus gastos e gerou lucro recíproco obter os resultados apresentados. São Paulo, 23 de março de 2006. A Diretoria Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) Demonstração do Resultado para os Exercícios 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo Findos em 31 de Dezembro em 2005 e 2004 - (Em R$) 2005 2004 1.384.940 1.911.828 Circulante 5.457.417 2.875.886 Circulante 17.743.022 16.146.437 10.136 36.558 Receita bruta de serviços e vendas Disponibilidades 1.206.145 688 Fornecedores (1.018.510) (1.688.647) 31.390 1.234.082 Deduções da receita bruta Contas a receber 3.327.521 1.911.973 Empréstimos bancários (1.018.510) (1.688.647) 730.167 274.751 Impostos sobre serviços e vendas Clientes diversos - setor privado 3.731.528 2.204.067 Impostos à pagar 16.724.512 14.457.790 300.190 344.016 Receita de líquida de serviços e vendas Provisão para créditos de liquidação duvidosa (404.007) (292.094) Salários e encargos a pagar 104.329 22.421 Custo dos Prod. Vend. e dos Serviços Prestados (5.615.654) (6.580.610) Outros créditos 923.751 963.225 Outras obrigações 11.108.858 7.877.180 208.728 - Lucro bruto Impostos a compensar 842.806 861.751 Juros sobre capital próprio (8.962.650) (7.336.483) 1.780.601 18.153 Receitas (despesas) operacionais: Diversos 80.945 101.474 Exigível a longo prazo (948.844) (1.431.658) 1.780.601 - Despesas comerciais Permanente 1.124.503 1.572.683 Financiamentos bancários (8.229.513) (5.910.177) 18.153 Despesas gerais e administrativas Imobilizado de uso 301.284 425.302 Provisões para contingências 215.707 5.352 3.416.379 2.518.588 Outras receitas/(despesas) operacionais Diferido 823.219 1.147.381 Patrimônio líquido 540.697 55.296 10.410 Resultado operacional, antes dos efeitos financ. 2.146.208 Total 6.581.920 4.448.569 Capital: De domiciliados no País Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios (814.538) (244.271) Reservas de capital 2.508.178 2.508.178 Resultado líquido financeiro Findos em 31 de Dezembro em 2005 e 2004 - (Em Reais) 129.905 100.410 Lucros acumulados 852.905 - Receita financeira Capital Reservas Prejuízos (944.443) (344.681) Total 6.581.920 4.448.569 Despesa financeira social de capital acumulados Total contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo: 10% para equipamentos Resultado após os efeitos financeiros 1.331.670 296.426 Saldos em 31/12/2003 10.410 5.597.309 (3.355.942) 2.251.777 de uso, instalações, móveis e utensílios, sistemas de comunicação e de Resultado não operacional 54.166 Lucro líquido do exercício 266.811 266.811 segurança e 20% para sistemas de processamento de dados. (ii) Diferido - Resultado antes da tributação do Absorção de prejuízo - (3.089.131) 3.089.131 - Representado substancialmente por gastos com pesquisa e desenvolvimento imposto de renda e contribuição social 1.331.670 350.592 Saldos em 31/12/2004 10.410 2.508.178 - 2.518.588 de novos sistemas e é amortizado à taxa de 20% ao ano. (g) Custo interno Contribuição social (133.085) (30.457) Aumento de capital 44.886 44.886 com pesquisa e desenvolvimento: As práticas contábeis requerem que Imposto de renda (345.680) (53.324) Lucro líquido do exercício - 1.061.633 1.061.633 sejam capitalizados os custos internos de pesquisa e desenvolvimento de Lucro antes da reversão dos juros Juros sobre cap. próp. propostos - (208.728) (208.728) software, incorridos após o estabelecimento de sua viabilidade tecnológica sobre capital próprio 852.905 266.811 Saldos em 31 /12/2005 55.296 2.508.178 852.905 3.416.379 até o momento que esse software esteja pronto para comercialização. A Reversão dos juros sobre capital próprio 208.728 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis em Companhia vem capitalizando os custos de pesquisa e desenvolvimento Lucro do exercício 1.061.633 266.811 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - (Em Reais) ocorridos após sua viabilidade tecnológica. (h) Passivo circulante: São Lucro por ação em R$ 1,01 0,26 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os 1. Contexto Operacional: A Tecnologia de Gerência Comercial S.A. (Gemco), demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando Exercícios Findos em 31 de Dezembro em 2005 e 2004 - (Em Reais) fundada em 1983, é uma empresa com expressiva atuação no mercado de aplicável, os encargos (em base “pro rata” dia) incorridos. A provisão para 2005 2004 desenvolvimento e comercialização de soluções de software para automação imposto de renda é constituída à alíquota básica de 15% do lucro tributável, 3.414.400 430.391 e gestão comercial. O seu portfólio de produtos abrange desde o sistema de acrescida de adicional específico de 10%. A provisão para a contribuição Origem dos recursos 1.588.913 430.391 gestão empresarial completo (ERP) para o comércio até módulos específicos social é constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de Das operações 1.061.633 266.811 de business inteligence, de soluções móveis, de relacionamento com clientes renda. 4. Contas a Receber: A carteira de cliente está segmentada para Lucro líquido do exercício (CRM, de WMS, de soluções de PDV, entre outras funções específicas desenvolvimento, automação e gestão de empresas de varejo. As operações (+) Valores que não afetam o capital circulante: 290.008 163.580 para o varejo e atacado. Além dos produtos que possuem versões que de crédito são classificadas em nove níveis de riscos. A provisão para Depreciação e amortização Baixa dos bens do permanente 237.272 atendem os mais diferentes portes de clientes e as especificidades dos créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do 44.886 diferentes segmentos do comércio (material de construção, supermercados, cliente nos níveis de riscos e atrasos. Essa classificação leva em De Acionistas 44.886 atacadistas, distribuidores, operadores, logísticos, magazines, farmácias, consideração, entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, Acréscimo do capital social De terceiros 1.780.601 lojas de departamento, lojas de roupa, posto de gasolina, lojas de do histórico do cliente, quando aplicável. 1.780.601 conveniência, lojas de celulares, dentre outros), a Gemco utiliza todo seu 5. Composição dos Impostos a Compensar: 2005 2004 Acréscimo de exigível a longo prazo Aplicação dos recursos 305.982 966.314 conhecimento acumulado no relacionamento focado com o comércio, tanto Imposto retido na fonte sobre serviços 646.840 400.699 208.728 de tecnologia de sistemas quanto de práticas administrativas e operacionais, Imposto de renda a restituir 179.745 454.405 Juros sobre o capital próprio propostos 97.254 966.314 na oferta de customização, treinamento e consultoria para os seus clientes. Outros impostos a compensar 16.221 6.647 Inversões em: 27.278 87.344 2. Apresentação e Elaboração das Demonstrações Contábeis: As Total 842.806 861.751 Imobilizado de uso 51.823 806.970 demonstrações contábeis da Companhia foram elaboradas de acordo com 6. Outros Créditos – Diversos: 2005 2004 Aplicação no diferido 18.153 72.000 as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as práticas Adiantamento a funcionários 24.213 31.208 Exigível a longo prazo contábeis emanadas da Legislação Societária Brasileira – Leis nºs 6.404, Adiantamento de viagens 33.288 12.762 Aumento (diminuição) do capital circulante líquido 3.108.418 (535.923) Representado por: Capital circulante líquido: 9.457 e 10.303 de 15 de novembro de 1976, 5 de maio de 1997 e 1º de Liquidação de cobrança a compensar 45 55.232 964.059 1.499.982 novembro de 2001, respectivamente. 3. Principais Práticas Contábeis: (a) Outros Adiantamentos 23.399 2.272 Início do período 4.072.477 964.059 Apuração do resultado: O resultado é apurado com observância do regime Total 80.945 101.474 Fim do período de competência, sendo observado o princípio da realização da receita e de 7. Imobilizado: 2005 2004 Aumento (diminuição) do capital circulante líquido 3.108.418 (535.923) capital social, totalmente subscrito e integralizado é de R$ 55.296,06, está confrontação das despesas. (b) Receitas e despesas: A Companhia aufere, Depreciação principalmente, receitas de licenciamento de software, compreendendo taxas Custo acumulada Líquido Líquido representado por 1.046.501 ações ordinárias e nominativas, sem valor de licenciamentos, receita de serviços incluindo honorários de consultoria, Instalações 4.516 (3.612) 904 1.355 nominal. (b) Dividendos - Aos acionistas está assegurado um dividendo receita de serviços de suporte, de manutenção para evolução tecnológica Móveis e utensílios 127.181 (73.074) 54.107 54.323 anual, mínimo, correspondente a 25% do lucro líquido, após a dedução da do produto e receita de atendimento telefônico. As receitas são reconhecidas Máquinas e equipamentos 200.052 (135.170) 64.882 84.391 reserva legal. (c) Em 2004 a Administração optou por compensar os quando efetivamente realizadas, ou seja, as receitas de software somente Veículos e afins 76.000 (76.000) - prejuízos acumulados com a Reserva de Capital existente, utilizando a prerrogativa prevista na Lei 6.404/76. 11. Juros Sobre o Capital Próprio: são reconhecidas quando os seguintes aspectos tiverem sido Equipamentos de cumulativamente atendidos: i) Evidência da existência de um contrato; ii) O Processamento de Dados 544.616 (433.654) 110.962 210.810 Nos termos do artigo 9°, parágrafo 7°, da Lei n° 9249/95 e amparada no seu produto tenha sido entregue; iii) O preço esteja fixado e determinado; e iv) Outros 93.255 (22.826) 70.429 74.423 Contrato Social e nas deliberações dos sócios quotistas, a Sociedade colocou A cobrança seja provável. As receitas de serviços são faturadas Total 1.045.620 (744.336) 301.284 425.302 à disposição dos sócios quotistas o valor de R$ 208.728 relativos a Juros separadamente e reconhecidas à medida que os serviços são realizados. 8. Diferido: 2005 2004 sobre o Capital Próprio, líquido do Imposto de Renda na Fonte de 15%, recolhidos no período subseqüente. Para fins de atendimento às disposições As receitas de manutenção para evolução tecnológica e help desk Amortização (atendimento telefônico para esclarecimentos de dúvidas) são faturadas e Custo acumulada Líquido Líquido tributárias, os juros sobre capital próprio são contabilizados como despesas financeiras. Todavia para efeito de elaboração das demonstrações contábeis, reconhecidas mensalmente, durante a vigência dos contratos com os clientes. Desenvolvimento de (c) Risco de crédito: Os instrumentos financeiros que sujeitam a Companhia novos sistemas 978.309 (155.090) 823.219 1.147.381 os juros foram reclassificados para a conta de lucros acumulados, para que à concentração de risco de crédito está representado, principalmente, em Total 978.309 (155.090) 823.219 1.147.381 seja demonstrado como distribuição de resultado, em atendimento à duplicatas a receber. A Administração acredita que o risco relativo às 9. Financiamentos Bancários: A Companhia efetuou captação de recursos Deliberação 207/96 da CVM. 12. Outras Informações: (a) Em 31 de dezembro duplicatas a receber é minimizado pelo fato da composição da carteira ser junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES, de 2004 a sociedade possuía prejuízos fiscais e base negativa de contribuição altamente diversificada. A Companhia não requer garantias sobre as para o pagamento dos custos internos com pesquisas e desenvolvimento social para compensação com lucros tributáveis futuros limitados anualmente duplicatas a receber. (d) Provisão para crédito de liquidação duvidosa: A de software. O prazo de amortização será de 48 meses, sendo a primeira a 30% desses lucros, cujos benefícios serão reconhecidos quando da sua provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante parcela com vencimento previsto para 15/02/07, motivo pelo qual foi efetiva utilização. Os créditos tributários relativos a prejuízos fiscais, base julgado, pela administração, como suficiente para cobrir prováveis perdas, classificado integralmente no Exigível a Longo Prazo. Sobre o referido negativa de contribuição social e diferenças temporárias no montante de segundo os seus critérios e atendem a possíveis perdas em duplicatas a financiamento incidirá juros, considerando os seguintes critérios: Quando a cerca de R$ 4 milhões, conservadoramente, não foram registrados receber. (e) Disponibilidades: As disponibilidades correspondem ao fundo TJLP divulgada for inferior a 6% a.a., incidirá juros de 6% a.a. mais 1% a.a., contabilmente. (b) Os registros contábeis, fiscais e trabalhistas estão sujeitos de caixa mantido pela sociedade para pagamento de pequenas despesas e contrariamente, quando a TJLP divulgada for superior a 6% a.a., os juros ao exame das autoridades fiscais e competentes durante prazos prescricionais depósito a vista mantida em instituições financeiras. (f) Permanente: (i) serão capitalizados pela taxa efetiva da TJLP, acrescida de 1% a.a. Como variáveis, consoante a legislação específica aplicável. As provisões para Imobilizado - É demonstrado pelo custo de aquisição. As depreciações são garantia do referido financiamento foi concedida carta de fiança pelos contingências são constituídas pela administração, levando-se em calculadas pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais que acionistas da Sociedade. 10. Patrimônio Líquido: (a) Capital social - O consideração a expectativa de desfecho nas contestações efetuadas. Diretoria Conselho de Administração: Valter Antonio Zacheo, Luiz Eduardo Lima Contadora Nelson Massud e Valter Antonio Zacheo Ferreira, Antonio Carlos Angelotti. Sabrina Gonçalves - CRC-1SP 218.732/O-1 - CPF 256.798.578-63 Parecer dos Auditores Independentes: Aos Acionistas da Tecnologia de de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: contábeis referidas no parágrafo 1 acima representam adequadamente, em Gerência Comercial S/A. São Paulo – SP. 1. Examinamos os balanços a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Tecnologia patrimoniais da Tecnologia de Gerência Comercial S/A. levantados em 31/ volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; de Gerência Comercial S/A. em 31/12/2005 e 2004, o resultado de suas 12/2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 03/02/2006. Clóvis Ailton Madeira sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações CRCNº 2SP013002/O-3 CT CRC Nº 1SP106895/S-8 sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações

ARFRIO S/A – ARMAZÉNS GERAIS FRIGORÍFICOS

CNPJ 61.024.295/0001-20 Aviso aos Acionistas Encontram-se à disposição dos Srs. acionistas na Sede Social na Av. Jussara, 1001 - Barueri - SP., os doctºs a que se refere o Art. 133 da Lei nº 6404 de 15/12/1976, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2005. São Paulo, 23/03/2006. A Diretoria.28/29/30-Março-2006)

COMUNICADO DE EXTRAVIO COMUNICADO DE EXTRAVIO A Empresa Fibronix Fibras Opticas e Telecomunicações Ltda, situada na Av. Doutor Candido Motta Filho no n° 846, Cep: 05351-000, Vl. São Francisco - Distrito Butantã- SP com inscrição do CNPJ 68.880.988/0001-64, I.E. 113.632.400.112 e C.C.M. 2.116.791-5, declara que foram extraviados de sua Empresa os seguintes documentos: N.F. de Serviços do n° 449 ao n° 1374; N.F. de Vendas do n° 423 ao n° 2376; N.F. de Entrada de 01/2001 a 12/2005. (29, 30 e 31/03/2006)

CONVOCAÇÕES


quinta-feira, 30 de março de 2006

Nacional Empreendedores Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Nostalgia: imagens de antigas embalagens permeiam o livro A História da Embalagem.

SETOR DE EMBALAGENS CRESCEU 5% EM 2005

Paulo Pampolin/Hype

EMBALAGEM NÃO É SÓ PARA PRESENTE É também o termômetro do setor produtivo. Se ela vai bem, todo o resto vai

N

ão há como negar que, no primeiro momento, é a embalagem que chama a atenção em um produto. Exatamente por isso, os profissionais do setor se preocupam tanto com o estilo que ela deve ter. E, no Brasil, crescimento econômico e beleza caminham juntos. "O aumento da produção do setor funciona como um termômetro da prosperidade da economia", diz o consultor de desenvolvimento de embalagem Clóvis Bergamaschi. "A fabricação crescente das embalagens mostra que a produção industrial também aumenta, já que tudo que é produzido tem de ser embalado para ser comercializado", explica. Em 2005, o Produto Interno Bruto (PIB) progrediu 2,3% enquanto a produção nacional de embalagens cresceu 5%, segundo dados da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). "A indústria brasileira de invólucros tem se desenvolvido nos mesmos patamares da dos países mais desenvolvidos", diz o coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. No ano passado, o setor produziu R$ 31,3 bilhões, um valor que representa 1,65% de toda a produção industrial brasileira no período. E as embalagens produzidas por aqui

também chegam a outros lugares do mundo. "Elas vão acondicionando os produtos que exportamos, mas também vendemos para outros países somente os invólucros", diz Quadros. Em 2005, o Brasil exportou US$ 304 milhões em embalagens, a maioria em metal (35,4% do total). Mas o País também importa, especialmente as de plástico. No ano passado, foram 69% das compras do setor no exterior, de um total de US$ 25,8 milhões. "Importamos as embalagens mais sofisticadas da China porque compensa o custo-benefício", diz a presidente da IM Straight, Irene Streck. Substituição – Os números da Abre mostram que se produziram 15,6% a mais de embalagens de vidro em 2005 do que no ano anterior. "Isso ocorreu porque a indústria farmacêutica, a que mais utiliza esse tipo de invólucro, cresceu muito no Brasil no último ano", ex-

plica Quadros, da FGV. Já a produção de embalagens de metal caiu 11% na mesma comparação. "O preço do ferro subiu cerca de 60% desde 2004 e, para não afetar o valor final da mercadoria, os empresários procuraram substituir esse material", diz Quadros. Pressão – Embora as empresas não especifiquem quanto do preço final equivale à embalagem, o diretor comercial da Ibeplas, Fabiano Batista, exemplifica que, no caso do detergente ou da água sanitária, ela representa até 70%. Já os invólucros de produtos como sabonete ou hidratante aumentam em 5% o valor nas prateleiras. É o caso da Francis, cujo preço sugerido para sabonete é R$ 0,49 e a embalagem, R$ 0,03. "A estética deve se aliar à proteção da mercadoria, à facilidade de se produzir a embalagem e baixo custo", diz a gerente da marca, Juliana Avi. Sonaira San Pedro

Para o consultor Clóvis Bergamaschi, um produto bem envolvido desperta desejos e incrementa as vendas

A evolução embalada em livro

O

livro História da Embalagem no Brasil conta, tintim por tintim, como os invólucros tomaram conta do comércio e, muitas vezes, valorizaram-se mais que o próprio produto. "Reunimos o conhecimento histórico sobre o tema em uma única publicação", conta o jornalista Pedro Cavalcanti, autor da obra, junto com o também jornalista Carmo Chagas. O livro, que será lançado hoje

no Espaço Cultural Tomie Ohtake, traz cerca de 400 imagens que estampam a evolução do setor no País. "Há uma parte dedicada às empresas multinacionais que ajudaram no desenvolvimento da embalagem no Brasil, como a Nestlé e a Palmolive", diz a coordenadora do projeto, Zuleika Alvim. Entre as amostras de embalagens quase centenárias, algumas que existem até hoje, destacam-se a do pó de arroz

Granado e a do bombom Sonho de Valsa. O invólucro da marca, que surgiu no final da década de 1930, possibilitou que o doce fosse vendido em padarias e bares, além de lojas especializadas. Na época, a embalagem resumia-se a um papel de estanho vermelho embrulhado em celofane. Só mais tarde é que surgiu o casal dançando em traje de gala e a impressão dos compassos de uma valsa de Strauss. (SSP)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 30 de março de 2006

UNIÃO BRASILEIRA DE VIDROS S.A. C.N.P.J. 60.837.689/0001-35 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. o Balanço Patrimoniais e demais Demonstrações Financeiras concernentes ao exercício de 2005. Ressaltamos que tais demonstrações foram elaboradas de acordo com a Legislação Societária e estão acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes. Colocamo-nos à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos complementares que porventura possam desejar. União Brasileira de Vidros S.A. A Diretoria. Balanços patrimoniais em 31 de dezembro (Em milhares de reais) Ativo Circulante Caixa e bancos Contas a receber de clientes (Nota 4) Estoques (Nota 5) Impostos a recuperar Outros créditos Realizável a longo prazo Depósitos judiciais Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 8(a)) Créditos tributários (Nota 8(a)) Outros créditos Permanente Investimentos (Nota 6) Imobilizado (Nota 7) Diferido Total do ativo

2005

2004 (não auditado) 24.450 7.014 1.873 6.258 9.304 6.469 7.014 546 38.234 25.018 11.815 870 724 24.825 62.141 644 60.663 834 124.825

24.980 38 52.522 52.522 84.554

Passivo e patrimônio líquido

2005

2004 (não auditado) Circulante 20.639 7.052 Fornecedores: No país 774 No exterior 502 Empréstimos 5.000 Salários e encargos sociais 1.574 Impostos a recolher 1.417 Juros sobre o capital próprio e dividendos a pagar 11.010 7.052 Outras obrigações 362 Exigível a longo prazo 36.129 24.980 Imposto de renda e contribuição social diferidos 241 Provisão de dividendos a pagar (Nota 10 (b)) 24.980 24.980 Provisão para contingências (Nota 9) 10.908 Patrimônio líquido 68.057 52.522 Capital social (Nota 10(a)) 35.000 21.760 Reserva de capital 1.168 1.007 Reserva de lucros (Nota 10(c)) 283 147 Lucros acumulados 31.606 29.608 Total do passivo e patrimônio líquido 124.825 84.554

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido (Em milhares de reais) Reserva de capital Reserva Capital Incentivos Reserva de lucros Lucros social fiscais de ágio Legal acumulados Total Em 31 de dezembro de 2003 (não auditado) 95.752 1.007 65.822 162.581 Redução de capital social (73.992) (73.992) Reversão de reservas deduzidas de impostos e contribuições 172 172 Ajustes de exercícios anteriores 4 4 Lucro do exercício 2.939 2.939 Dividendos distribuídos (R$ 6.096,89 por lote de mil ações) (37.492) (37.492) Juros sobre o capital próprio (R$ 274,78 por lote de mil ações) (1.690) (1.690) Apropriação para reserva legal 147 (147) Em 31 de dezembro de 2004 (não auditado) 21.760 1.007 147 29.608 52.522 Aumento de capital 13.240 (10.200) 3.040 Reserva de ágio na emissão de ações 10.361 10.361 Variação do acervo líquido incorporado 1.367 1.367 Outros 38 38 Lucro líquido do exercício 2.729 2.729 Juros sobre o capital próprio (R$ 2,29 por lote de mil ações) (2.000) (2.000) Apropriação para reserva legal 136 (136) Em 31 de dezembro de 2005 35.000 1.007 161 283 31.606 68.057 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Contexto operacional - (a) Atividade preponderante: A União Brasi- que foi incorporada em anos anteriores ao capital social e créditos tributáleira de Vidros S.A. (“Companhia”), com sede na cidade de São Paulo - rios advindos do processo de incorporação descrito na Nota 1(b). O imSP, tem como atividade preponderante a industrialização, comercialização, posto de renda diferido passivo é calculado também sobre a depreciação representação, importação e exportação de vidros e cristais; (b) acelerada incentivada. Os demais ativos são apresentados aos valores Reestruturação societária: Durante o exercício, as administrações das de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e às variações empresas Brasmetal Industrial S.A. e União Brasileira de Vidros S.A. pro- monetárias e cambiais auferidos; (c) Permanente: Demonstrado ao cusmoveram uma reestruturação societária com o objetivo principal de sim- to corrigido monetariamente até 31/12/1995, combinado com os seguinplificar a organização operacional e societária do grupo, reduzir custos, tes aspectos: • Reavaliação dos terrenos e edifícios realizada em anos concentrando as operações em uma única empresa (União Brasileira de anteriores. • Depreciação dos bens do imobilizado pelo método linear, às Vidros S.A. - anteriormente denominada Brasmetal Industrial S.A.), es- taxas anuais mencionadas na Nota 7, que levam em consideração a estisencialmente com a mesma situação patrimonial e societária. O processo mativa de vida útil-econômica dos bens; (d) Passivos circulante e exigível de reestruturação, foi aprovado em 17 de agosto de 2004 por meio do a longo prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, protocolo-justificação, que contempla as bases da operação de incorpo- acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações ração da União Brasileira de Vidros S.A. pela Brasmetal Industrial S.A., monetárias ou cambiais incorridos. A provisão para imposto de renda e sua antiga controladora. Na ata da assembléia geral extraordinária, reali- contribuição social foi calculada de acordo com a legislação fiscal vigente. 2005 zada em 1º de setembro de 2004 e registrada na JUCESP em 6 de janeiro 4. Contas a receber de clientes 5.402 de 2005, foi aprovada a alteração da razão social da empresa de Brasmetal Contas a receber de clientes: No país No exterior 3.311 Industrial S.A. para União Brasileira de Vidros S.A. O patrimônio líquido (1.970) incorporado a valor contábil, no montante de R$ 61.062, na data-base de Saques cambiais de exportação (485) 31 de dezembro de 2003 foi avaliado por peritos avaliadores independen- Provisão para créditos de liquidação duvidosa 6.258 tes e pode ser assim sumariado: 5. Estoques 2005 Ativo Produtos acabados 6.778 Circulante 43.325 Matérias-primas 2.006 Realizável a longo prazo 8.058 Produtos em elaboração 85 Permanente 30.132 Materiais auxiliares e outros 828 Passivo Provisão para perdas (393) Circulante (20.042) 9.304 Exigível a longo prazo (411) 6. Investimentos - Em 31/12/2004, o saldo de investimentos no montante Patrimônio líquido incorporado 61.062 As variações patrimoniais ocorridas entre 31 de dezembro de 2003 e a de R$ 52.522, referia-se a participação da Brasmetal Industrial S.A. na efetiva data de incorporação foram refletidas nos livros e resultados da União Brasileira de Vidros S.A. na proporção de 78,0% do capital social. Em virtude da incorporação descrita na Nota 1 (b), tal investimento foi União Brasileira de Vidros S.A. 2. Apresentação das demonstrações financeiras - (a) Demonstrações eliminado. 2005 Taxas financeiras: As demonstrações financeiras da Companhia foram elabo- 7. Imobilizado Custo Depreanuais radas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas corri- ciação de contábeis adotadas no Brasil. Na elaboração das demonstrações finangido acumul. Líquido deprec. ceiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia Terrenos 1.623 1.623 incluem, portanto, várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis Edificações e benfeitorias 12.600 5.666 6.934 4% do ativo imobilizado, provisões necessárias para contingêcias passivas e Máquinas, equiptºs e instalações 39.963 24.443 15.520 10% outras provisões. Os resultados reais podem apresentar variações em Móveis e utensílios 597 339 258 10% relação às estimativas; (b) Base de elaboração e comparabilidade das Equipamentos de informática 1.803 1.405 398 20% demonstrações financeiras: Como mencionado na Nota 1(b), durante o Veículos 664 493 171 20% exercício de 2005 foi finalizado processo de incorporação da União Brasi- Imobilizado em andamento 9.478 9.478 leira de Vidros S.A., (anteriormente denominada Brasmetal Industrial S.A.), Adiantamentos a fornecedores 26.281 26.281 pela sua controladora. Esta incorporação, apesar de não ter alterado de 93.009 32.346 60.663 forma significativa o desempenho e a situação patrimonial e financeira Em 2005, a Companhia registrou os montantes de R$ 5.161 e R$ 290 das empresas tomadas em conjunto, comprometeu significativamente a como custo das vendas e despesas operacionais, respectivamente, relacomparabilidade das demonstrações financeiras. Dessa forma, em bene- tivos a encargos de depreciação. Os saldos de terrenos e edificações, fício da comparabilidade das informações financeiras e para que se tenha líquidos de depreciação, incluem, os montantes de R$ 977 e R$ 655, informação sobre o desempenho operacional e financeiro das empresas, respctivamente, referentes à reavaliação contabilizada em anos anterioindependentemente dos reflexos contábeis produzidos pela incorporação res com base em laudo de peritos avaliadores independentes. Os valores ocorrida no exercício, foram elaboradas as informações financeiras “pro relacionados ao imobilizado em andamento e aos adiantamentos a forneforma” abaixo sumariadas. Estas informações financeiras “pro forma” re- cedores referem-se, principalmente, à aquisição de equipamentos imporfletem, resumidamente, como estaria demonstrado o balanço patrimonial tados e de serviços relacionados à construção de um novo forno. e o resultado da União Brasileira de Vidros S.A., na hipótese de a 8. Imposto de renda e contribuição social - (a) Composição dos tribureestruturação societária referida na Nota 1 (b) não ter ocorrido. tos diferidos ativo: Em 31/12/2005, a Companhia mantém registrado no c) Balanços patrimoniais “pro forma” em 31 de dezembro ativo realizável a longo prazo, créditos fiscais de imposto de renda e conAtivo 2005 2004 (*) tribuição social no montante de R$ 24.825 e imposto de renda e contribuiCirculante 24.450 33.489 ção social diferidos decorrentes de diferenças temporárias no montante Realizável a longo prazo 38.234 13.041 de R$ 724. A composição dos referidos créditos está descrita a seguir: Permanente 62.141 43.387 2005 2004 124.825 89.917 (não auPassivo e patrimônio líquido ditado) Circulante 20.632 11.428 Base de Imp. Contrib. Exigível a longo prazo 36.136 11.199 Descrição cálculo renda social Total Total Patrimônio líquido 68.057 67.290 Diferenças temporárias 2.129 532 192 724 124.825 89.917 Amortização de ágio 52.559 13.140 4.730 17.870 18.025 d) Demonstrações do resultado “pro forma” dos exercícios findos Prejuízos fiscais 20.455 5.114 5.114 5.114 em 31 de dezembro Base de cálculo negativa 20.455 1.841 1.841 1.841 Receita operacional bruta 2005 2004 (*) 18.786 6.763 25.549 24.980 Mercado interno 57.060 64.134 O imposto de renda e a contribuição social diferidos decorrentes da amorMercado externo 11.202 19.389 tização de ágio podem compensados em 5 anos. A compensação dos Impostos e deduções sobre as vendas (12.881) (14.469) demais ativos diferidos estão limitados a 30% do imposto de renda e conReceita operacional líquida 55.381 69.054 tribuição social devidos no respectivo período de apuração. Esses ativos Custo dos produtos vendidos (41.518) (45.491) são reconhecidos contabilmente levando-se em consideração a realizaLucro bruto 13.863 23.563 ção provável desses tributos, a partir de projeções de resultados futuros Despesas (receitas) operacionais aprovados pela administração e elaborados com base em premissas inCom vendas 2.903 3.425 ternas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer Gerais e administrativas 7.069 7.389 alterações; (b) Período estimado de realização: Os valores dos ativos, Despesas financeiras 2.075 2.596 líquidos dos passivos fiscais diferidos, apresentam as seguintes expectaReceitas financeiras (3.209) (5.277) tivas de realização: Outras, líquidas 2.168 576 Ano Valor líquido dos créditos 11.006 8.709 2006 e 2007 595 Lucro operacional 2.857 14.854 2008 e 2009 1.443 Despesas (receitas) não operacionais, líquidas 106 (89) 2010 e 2011 4.958 Lucro antes do imp. renda e da contribuição social 2.751 14.943 2012 e 2013 12.006 Imposto de renda e contribuição social 2014 6.702 Do exercício (471) (3.604) 25.704 Diferido 449 7 (c) Conciliação entre o imposto de renda e a contribuição social, Lucro líquido do exercício 2.729 11.346 nominais e efetivas: 2005 2004 (*) Conforme demonstrações financeiras da União Brasileira de Vidros (não auS.A. em 31/12/2004, examinadas por auditores independentes. Na prepaditado) ração dessas informações “pro forma”, foram utilizados os mesmos crité- Lucro antes do imp. renda e da contribuição social 2.751 (21.283) rios adotados na elaboração das demonstrações financeiras societárias, Juros sobre capital próprio (2.000) (1.690) descritas a seguir. 751 (22.973) 3. Principais práticas contábeis - (a) Apuração do resultado: O resul- Alíquota nominal - % 34 34 tado é apurado pelo regime de competência; (b) Ativos circulante e rea- Imposto de renda e contribuição social, nominais (255) 7.811 lizável a longo prazo: A provisão para créditos de liquidação duvidosa é Conciliação - imposto de renda e contribuição social constituída com base na análise das contas a receber, caso a caso, e Depreciação acelerada (6) considera a expectativa da administração quanto a prováveis perdas. Os Contribuições, doações e multas não dedutíveis (36) estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, Honorários e gratificações da diretoria (16) inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importaOutras adições (exclusões) permanentes líquidas 122 (8.904) ções em andamento são demonstradas ao custo específico incorrido. O Incentivos fiscais 14 imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são constituídos Créditos tributários sobre ágio, prejuízos fiscais e sobre os prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenbases negativas de exercícios anteriores 24.980 ças temporárias consideradas na apuração do lucro real e compensáveis Compensação de créditos tributários 155 335 com lucros tributáveis futuros, assim como, sobre a reserva de reavaliação Imposto de renda e contribuição social, efetivos (22) 24.222

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais, exceto quando indicado) 2005

2004 (não auditado)

Receita operacional bruta Mercado interno 57.060 Mercado externo 11.202 Impostos e deduções sobre as vendas (12.881) Receita operacional líquida 55.381 Custo dos produtos vendidos (41.518) Lucro bruto 13.863 Despesas (receitas) operacionais 11.006 (803) Com vendas 2.903 Gerais e administrativas 7.069 953 Despesas financeiras 2.075 7 Receitas financeiras (3.209) (1.763) Outras, líquidas 2.168 Lucro operacional antes das particips. societárias 2.857 803 Equivalência patrimonial 5.072 Juros sobre capital próprio 4.532 Amortização de ágio de investimentos (31.690) Lucro (prejuízo) operacional 2.857 (21.283) Despesas (receitas) não operacionais, líquidas 106 Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 2.751 (21.283) Imposto de renda e contribuição social (Nota 8) Do exercício (471) Diferido 449 24.222 Lucro líquido do exercício 2.729 2.939 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social - R$ 3,12 477,86 Demonstrações das origens e aplicações de recursos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais) 2005 2004 (não auOrigens dos recursos ditado) Das operações sociais Lucro líquido do exercício 2.729 2.939 Despesas (receitas) que não afetam o capital circul. Depreciações e amortizações 5.927 Valor residual do ativo permanente baixado 3.693 Equivalência patrimonial (5.072) Provisão para perdas com incentivos fiscais 1.013 Imposto de renda e contribuição social diferidos (449) Provisão para contingências 1 4 12.914 (2.129) Dos acionistas Outros 38 De terceiros Redução do realizável a longo prazo 914 2.139 Acervo líquido de empresa incorporada 22.061 Transferência do passivo circulante para o exigível a longo prazo 24.980 Total dos recursos obtidos 35.927 24.990 Aplicações de recursos No realizável a longo prazo No ativo permanente Investimentos Imobilizado Diferido Juros sobre capital próprio Dividendos Redução de capital, líquido de ativos entregues aos acionistas Total das aplicações

32.078

Aumento (redução) no capital circulante, líquido

3.849 (15.327)

Variações no capital circulante Ativo circulante No fim do exercício No início do exercício Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício

17.436 (10.944) 24.450 7.014 7.014 17.958 13.587 4.383 20.639 7.052 7.052 2.669

Aumento (redução) no capital circulante, líquido

3.849 (15.327)

1.704 4 28.252 118 2.000

1.690 37.492 1.135 40.317

9. Contingências - A Companhia vem se defendendo judicialmente em processos em processos de natureza tributária e trabalhista. Nos casos em que seus assessores jurídicos, internos ou externos, consideram remotas as possibilidades de êxito, a Companhia constituiu provisão para perdas em valores considerados suficientes para cobrir eventuais desfechos desfavoráveis. 10. Patrimônio líquido - (a) Capital social: (i) Em 1º de setembro de 2004, foi realizada assembléia geral extraordinária, a qual foi registrada na JUCESP que decidiu pelos seguintes procedimentos necessários para a viabilização do processo de incorporação da União Brasileira de Vidros S.A. • Transformação das 3.025.071 ações preferenciais da Brasmetal Industrial S.A. em 3.025.071 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, as quais permitiram aos seus titulares os mesmos direitos e poderes conferidos aos titulares das demais ações ordinárias. • Alteração da divisão do capital social da Brasmetal Industrial S.A., passando de 6.150.375 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal para 682.691.625 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, as quais foram distribuídas proporcionalmente aos acionistas da Companhia naquela data. Essa divisão foi realizada com o objetivo de compatibilizar a divisão do capital social da Brasmetal Industrial S.A. à divisão do capital social da União Brasileira de Vidros S.A. e assim viabilizar a admissão de todos os demais acionistas da União Brasileira de Vidros S.A. ao quadro social da Brasmetal Industrial S.A. no momento da incorporação realizada no dia 6 de janeiro de 2005. • Emissão de 192.026.495 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, a serem entregues aos acionistas não controladores da União Brasileira de Vidros S.A. (ii) Em 31 de agosto de 2004, a Brasmetal Industrial S.A. distribuiu dividendos aos seus acionistas no montante de R$ 36.885, dessa forma, na data efetivação da incorporação o seu patrimônio líquido no montante de R$ 52.522 estava representado unicamente pelo seu investimento na União Brasileira de Vidros S.A. (iii) No momento da incorporação, as 136.594.701 ações representativas do capital da União Brasileira de Vidros S.A. pertencentes a Brasmetal Industrial S.A. foram canceladas e substituídas pela respectiva parcela do cervo líquido, sem efeito no capital social da Brasmetal Industrial S.A. (iv) No momento da incorporação, as 38.405.299 ações representativas do capital da União Brasileira de Vidros S.A. pertencentes aos seus demais acionistas foram canceladas e substituídas por 192.026.495 Brasmetal Industrial S.A. possibilitando a mesma representatividade que detinham na União Brasileira de Vidros S.A. Adicionalmente, na efetivação das operações relacionadas ao processo de incorporação, foi aprovada a alteração da razão social de Brasmetal Industrial S.A. para União Brasileira de Vidros S.A. e o capital social no montante de R$ 35.000 está representado por 874.718.120 ações ordinárias, todas nominativas sem valor nominal; (b) Juros sobre o capital próprio: Aos acionistas são garantidos dividendos ou juros sobre capital próprio de pelo menos 25% do lucro líquido do exercício ajustado, calculado nos termos da lei societária. Nos exercícios de 2005 e 2004 foram pagos ou creditados juros sobre o capital próprio no montante de R$ 2.000 (2004 - R$ 1.690 - não auditado). O montante dos juros sobre o capital próprio foi contabilizado na rubrica “despesas financeiras”, conforme determina a legislação fiscal. Para efeito de apresentação das demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio foram revertidos da conta das despesas financeiras, sendo considerados como apropriação de lucros acumulados. Os juros sobre o capital próprio creditados, líquido do imposto de renda retido na fonte, em 2005 e 2004 e considerados como dividendos totalizaram cerca de 62% e 49% do lucro líquido do exercício ajustado, respectivamente . Com base na deliberação do Conselho de Administração, foi registrada no passivo exigível a longo prazo provisão para dividendos a pagar no montante de R$ 24.980,destinados exclusivamente aos antigos acionistas da Brasmetal Industrial S.A. a exigibilidade do pagamento desses dividendos está sujeita à realização dos créditos tributários registrados no ativo realizável a longo prazo no montante de R$ 24.825 (o valor de R$ 155 foi realizado em 2005); (c) Reserva de lucros: Refere-se a reserva legal equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, até o limite de 20% do capital social. 11. Instrumentos financeiros - Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a Companhia não apresentava instrumentos financeiros envolvendo derivativos. Os valores de mercado dos instrumentos financeiros, ativos e passivos, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, não são significativamente diferentes dos reconhecidos nas demonstrações financeiras. 12. Seguros - A empresa adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens do imobilizado e estoques, assim como sobre responsabilidade civil. Em 31 de dezembro de 2005, os valores segurados pela empresa são os seguintes: Cobertura Importância segurada Imobilizado e estoques 49.166 Responsabilidade civil 3.200

Conselho de Administração Diretoria Diretor Presidente Membros Diretor Contador Luis Roberto Souto Vidigal Eduardo Vidigal Andrade Gonçalves Alcides Lopes Tápias Fábio Tobler Brant de Carvalho Francisco Javier Bas Lopez Celso Clemente Giacometti Aurélio de Almeida Prado Cidade CRC 1 SP 119911/O-4 Pio Gavazzi Parecer dos auditores independentes tos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos sal- tadas para fins de comparação, não foram examinadas por auditores inAos Administradores e Acionistas dos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles inter- dependentes. Nosso parecer não abrange as demonstrações financeiras nos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidênci- dessa data. 5. Durante o exercício foi finalizada reestruturação societária União Brasileira de Vidros S.A. (Anteriormente denominada Brasmetal Industrial S.A.) as e dos registros que dão suporte aos valores e às informações contábeis que alterou significativamente a situação patrimonial e financeira da União 1. Examinamos o balanço patrimonial da União Brasileira de Vidros S.A. divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais Brasileira de Vidros S.A., prejudicando a comparabilidade entre as de(anteriormente denominada Brasmetal Industrial S.A.) em 31 de dezem- representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como monstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de bro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mu- da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. 2005 e de 2004. Os esclarecimentos e informações para melhor entenditações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do Somos de parecer que as demonstrações financeiras referidas no pará- mento desse processo, e suas implicações sobre as demonstrações fiexercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua grafo 1 apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a nanceiras da Companhia, estão descritos nas Notas 1 (b), 2 (b) e 10 (a) administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas posição patrimonial e financeira da União Brasileira de Vidros S.A. (anteri- às demonstrações financeiras. São Paulo, 10 de março de 2006 demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com ormente denominada Brasmetal Industrial S.A.) em 31 de dezembro de as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os 2005 e o resultado das operações, das mutações do patrimônio líquido e Paulo Cesar Estevão Netto exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apre- das origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de Contador sentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos re- acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstra- International Services Ltda. CRC 1RJ026365/O-8 “T” SP levantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimen- ções financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresen- CRC 2SP009963/O-1 Presidente Luis Roberto Souto Vidigal


quinta-feira, 30 de março de 2006

Nacional Empreendedores Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SETOR HOTELEIRO ESPERA CRESCIMENTO

5 Começa no dia 1º de abril mais uma etapa da vacinação contra a febre aftosa no Brasil.

Divulgação/Associação Comercial de Sorocaba

Hotelaria caminha para a recuperação

Secretário Meirelles (centro), coordenou o Exporta, São Paulo, parceria do governo do Estado, São Paulo Chamber, da ACSP, e Facesp

No ano passado, depois de cinco anos de estagnação, setor cresceu 6,7%

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Real valorizado é ameaça ao mercado interno, diz secretário e o Brasil quer mesmo gerar empregos e renda, terá de dar competitividade à sua moeda e crescer mais para criar um consumidor interno forte, alertou ontem, em Sorocaba, interior paulista, o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, preocupado com o baixo desempenho da economia nacional, em contraste com o período de prosperidade global. Meirelles acredita que o real valorizado ameaça o mercado interno com os importados. "É preciso consumir aqui para dar escala aos nossos produtos", insistiu, durante evento do Exporta, São Paulo, parceria da São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e governo estadual. O secretário fez um balanço das ações do projeto, que já elevaram em US$ 18,7 bilhões as exportações paulistas nos últimos 38 meses. Dos US$ 38,8 bi-

S

lhões acumulados entre março de 2003 e fevereiro de 2006, 80% são de produtos com maior valor agregado. "O modelo adotado é articular e transferir programas para o setor privado tocar", explicou. Veio para ficar – Alfredo Cotait Neto, coordenador da SP Chamber, enfatizou que a parceria, firmada em setembro de 2004 para dinamizar as exportações paulistas, veio para ficar. "Ela terá continuidade independente da alternância dos governantes", afirmou. Luiz Roberto Gonçalves, vice-coordenador da SP Chamber, lembrou que ela tem o suporte das 420 associações comerciais

cidade de Sorocaba, a apenas 90 quilômetros da capital, com seus 580 mil habitantes, desfruta de uma elevada capacidade de consumo interno (R$ 5 bilhões) e se colocou entre as dez maiores exportadoras do Brasil, em 2005 (US$ 60 milhões).

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Sergio Leopoldo Rodrigues

O município detém 0,5% do Produto Interno Bruto nacional, e tem 60% de sua economia movimentada pela indústria, seguida por serviços e comércio, além de ser importante pólo de tecnologia, que está desenvolvendo o motor flex diesel-gás. (SLR)

MÚSICA ONLINE

A

A TÉ LOGO

que integram a Facesp. O prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi (PSDB), ressaltou que "parceria" é a palavra-chave para o desenvolvimento do estado, que ocorre com a inserção de micros e pequenas empresas no esforço exportador. Embora persista uma concentração das exportações, em valores, nas mãos das grandes empresas, de 2004 para 2005 cresceu a fatia ocupada pelas pequenas, inclusive, para novos mercados, como Ásia, África, Oriente Médio e Europa Oriental, informou José Cândido Senna, coordenador do Projeto Exporta, São Paulo.

Centro de novas tecnologias

VALE QUER 24% Companhia Vale do Rio Doce colocou na mesa da siderurgia chinesa uma proposta de alta de 24% no preço do minério de ferro. Analistas do setor acreditam que a empresa conseguirá aumento de até 15%, devido à pressão das siderúrgicas locais, que ganharam terreno nas negociações de preço. (Reuters)

taxa de ocupação do setor, o Grupo Accor Hotels remercado hoteleiro gistrou aumento de 8,5% na tacresceu 6,7% no ano xa de ocupação em 2005. Para o passado sobre 2004. executivo, esse número deFoi a primeira vez, após cinco monstra que o setor caminha anos de estagnação, que o setor para um ano favorável. deu sinais de reação em razão O bom desempenho do gruda menor oferta de aparta- po hoteleiro francês, que tem mentos e aumento da deman- em sua rede hotéis econômicos da. Para este Pablo de Souza/LUZ e de alto luano, a persxo, esteve pectiva de m u i t o a screscimento sociado ao assem elhai nc re me nse a 2005, alto dos hogo em torno téis de clasde 6%. s e e c o n ô"O crescimica das mento da bandeiras demanda Formule 1 hoteleira ese Ibis. "O tá atrelado à sucesso do demanda da conceito de economia h o t e l s ubrasil eira", per-econôponderou m i c o , i nRoland Botensificado nadona, diem todo o ret or-g er al País em Roland Bonadona, diretor do Grupo do Grupo 2005, deve, Accor Hotels: otimismo para 2006 A c c o r H oneste ano, tels, um dos seguir para maiores do mundo, com 133 o resto do mercado sul-ameriunidades no País. cano", disse Bonadona. Segundo Bonadona, a recuEscola – Na opinião do direperação do ano passado de- tor de operações da Accor Hoveu-se "à desaceleração dos tels, Orlando de Souza, a estralançamentos hoteleiros e ao fe- tégia de crescimento do grupo chamento de hotéis antigos". acabou ditando as regras no Seguindo o crescimento do mercado nacional. "O modelo

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Ó RBITA

CELULOSE Kirchner cancela reunião com o presidente do Uruguai para acertar divergências

portal e provedor de acesso à internet UOL vai lançar em abril uma loja de música online que terá um catálogo de 500 mil faixas, afirmou ontem o diretor financeiro da companhia, Paulo Narcélio Amaral. O serviço, que está em fase de testes, oferecerá downloads de músicas a R$ 2,90 por faixa. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Argentina não quer que Brasil fale por ela em encontro sobre OMC

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Brasil e União Européia rejeitam abertura no setor de audiovisuais

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Belo Horizonte abriga a 47ª reunião do BID, a primeira com novo presidente

de operação dos hotéis das bandeiras de classe econômica Ibis e Formule 1 agora serve de parâmetro para o mercado, que tem um limite mínimo do valor de diária para seus clientes", disse Souza. Apesar das boas notícias, o diretor do Accor Hotels é cauteloso e aponta alguns fatores que podem atrapalhar a expansão em 2006, como o retorno do excesso de oferta de apartamentos, a Copa do Mundo, nos meses de junho e julho, e as eleições em outubro. Hotelaria de rede – O valor médio das diárias no ano passado também melhorou. Para o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que congrega cerca de 220 hotéis do País, pela primeira vez, depois de cinco anos, foi possível praticar uma tarifa corrigida pela inflação do período. Outro fator que deve contribuir para melhorar os números do setor hoteleiro neste ano, segundo o FOHB, é a possibilidade de "migração da hotelaria independente para a hotelaria de rede". Eduardo A. de Castro


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Congresso Planalto Relatório da CPMI Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

INVESTIGAÇÕES CHEGARAM A OUTROS CRIMES

Silvio Pereira e Luiz Gushiken: troca de favores e tráfico de influência.

Arquivo

3 RELATÓRIO MOSTRA OS

OPERADORES DO VALERIODUTO ed Ferreira/AE/07-12-2005

O

texto final do relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) não se resumiu ao indiciamento dos mensaleiros. Receberam destaque a origem e distribuição dos recursos que abasteceram as contas do empresário Marcos Valério; irregularidades nos fundos de pensão, no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e em contratos, licitações e franquias dos Correios; o caso da Petrobras e da GDK (responsáveis pelo contrato de adaptação da plataforma P34); e até a lista de Furnas, (considerada falsa), entre outros pontos citados. Segundo o relatório, a movimentação financeira do "valerioduto" totalizou cerca de R$ 2 bilhões no período de janeiro de 1997 a agosto de 2005. O valor circulou pelo complexo esquema do mensalão, envolvendo empresas dos setores público e privado, bancos (Rural, BMG e Banco do Brasil), fundos de pensão, corretoras (Bonus-Banval/Natimar) e agências de publicidade (de propriedade de Marcos Valério: SMP&B e DNA). O rastreamento do esquema chegou até a ramificações bancárias no exterior, como a conta

Pizzolato, do BB: indiciado por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça. Fontes –Nas 1.828 páginas do relatório distribuído, Serraglio aponta como fontes de recursos do chamado "valerioduto" a Visanet – por intermédio do Banco do Brasil –, a Brasil Telecom e a Usiminas (Cosipa). Segundo o texto, os repasses realizados pela Visanet à DNA alcançaram R$ 73 milhões em 2003 e 2004. Já a BrasilTelecom, que era dirigida pelo banqueiro Daniel Dantas, de acordo com o relatório, transferiu R$ 823,5 mil para o valerioduto. O relator lembrou ainda que a DNA e a SMP&B, outra empresa de Marcos Valério, imprimiram 80 mil notas fiscais falsas. Entre os operadores do valerioduto, o relatório pede à Justi-

ça o indiciamento de Rogério Tolentino, sócio de Valério, e de Simone Vasconcelos, diretora da SMP&B. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato (acusado de ter recebido quase R$ 330 mil de Valério) também aparece na lista de indiciamentos pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e peculato. Já o indiciamento do ex-presidente do BB Cássio Kasseb é recomendado por prática de condescendência criminosa. Bancos –O ex-diretor do Banco Rural Oto Diniz Amorim é acusado de fraude na administração de sociedade por ações, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Com eles, o parecer pede à Justiça que indicie também outros dois ex-diretores do

BB: Nara Silveira e José Roberto Palieri. Aos proprietários do Rural, Kátia Rabelo, e do Banco BMG, Ricardo Guimarães – também indiciados –, são atribuídos os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude na administração de sociedade por ações. No caso dos fundos de pensão, Serraglio submeteu a um processo de desidratação o subrelatório produzido pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Netto (PFL-BA). Cortou, por exemplo, a acusação de que os responsáveis por eventuais irregularidades em operações dos fundos tenham praticado "formação de quadrilha ou bando". Com isso, caso um dos 26 dirigentes de fundos que poderiam ter cometido crimes, segundo o relatório, sejam condenados um dia, cada um deles terá a pena reduzida num período entre dois e quatro anos de prisão. Correios – Os ex-presidentes dos Correios Hassan Gebrin, Egydio Bianchi e João Henrique de Almeida Sousa são indiciados por improbidade administrativa, junto com mais noves ex-diretores e funcionários da estatal e de 12 empregados de empresas de transportes aéreo. O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, que desencadeou a crise ao ser flagrado recebendo R$ 3 mil de propina, está entre eles. (Agências)

Sílvio Pereira: Land Rover em troca de favores a uma empresa baiana.

4 TRÁFICO DE

INFLUÊNCIA D

ifícil de comprovar, o chamado "tráfico de influência" também teve lugar de destaque no relatório da CPMI dos Correios. Afinal, nomes de peso da história do PT foram enquadrados nessa categoria. O ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira é mencionado em diferentes trechos do relatório e talvez seja o caso mais emblemático do tema. Pereira ficou conhecido por ter, supostamente, usado da influência no partido para receber benefício de uma empresa privada – a GDK, da Bahia – que mantinha contrato hoje rompido com a Petrobrás. Pereira ganhou de presente um carro Land Rover, seminovo, no valor de mais de R$ 70 mil. O relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), pediu o indiciamento dele por

tráfico de influência e crime contra a Lei de Licitações. Outra estrela do PT acusada de tráfico de influência é o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, Luiz Gushiken. A ação teria se dado na contratação da empresa de consultoria atuarial GlobalPrev Consultores Associados (anteriormente, denominada Gushiken e Associados) pela Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros) e a influência dele na compra de ações da Concessionária RioTeresópolis pelo Instituto de Seguridade Social. O parecer recomenda ainda o indiciamento de Gushiken pelo suposto envolvimento no "valerioduto" – esquema de fornecimento de dinheiro a partir das contas do empresário Marcos Valério. (Agências)

CRISE DERRUBOU TRÊS MINISTROS

O

s cerca de dez meses da crise política do governo L u l a f o r a m recheados de denúncias de corrupção em empresas estatais, suspeitas de compra de votos de parlamentares da base aliada, provas de caixa 2 em campanhas eleitorais e resultaram em afastamentos e cassações de envolvidos. As frentes de investigação foram abertas nos três poderes da República – no governo federal, no Congresso Nacional e no Judiciário – e resultou na cassação do mandato do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, do denunciador do "esquema", o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, na queda do presidente do PT, José Genoino e do PSDB, Eduardo Azeredo, acusado de montar esquema semelhante em Minas Gerais. O processo de cassação de Azeredo, no entanto, foi arquivado. Luís Gushiken, da Secretaria de Gestão e Comunicação Estratégica, perdeu o status de ministro, mas continua no governo como chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da presidência. Recentemente, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, também caiu. A crise começou efetivamente em 15 de junho, quando a CPI Mista dos Correios passou a investigar as denúncias de atos delituosos praticados por agentes da ECT". Mas, antes mesmo de iniciar seus trabalhos, a comissão já era surpreendida por novas denúncias. Roberto Jefferson, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e em depoimento na Conse-

Dida Sampaio/AE

Jefferson, Dirceu, Lula, Palocci e Aldo: bons tempos, antes da tempestade

lho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, não só confirmou a existência de um esquema de corrupção no governo Lula como denunciou que deputados do PP e do PL recebiam o que chamou de um mensalão para aprovar projetos de interesse do governo. Na ocasião, José Dirceu, ainda ministro da Casa Civil, acusado por Jefferson de conhecer o esquema de compra de votos, pediu demissão e voltou para a Câmara dos Deputados, onde teve o mandato cassado. Foi Jefferson quem revelou o nome de Marcos Valério Fernandes de Souza, o responsável pela publicidade dos Correios e de outras estatais que, segundo ele, também estariam envolvidas no esquema. Segundo ele, era Valério quem distribuia o mensalão e o repasse ilegal de recursos que teriam sido utilizados em campanhas do PT e dos partidos aliados. O esquema teria repassado somente ao PTB R$ 4 milhões. A crise afetou Gushiken quando foi acusado por Jef-

ferson de intermediar os repasses das estatais para Marcos Valério. Apesar de negar, ele não soube explicar, por exemplo, como é que o Banco Popular, criado para ajudar famílias de baixa renda, teria gasto R$ 28 milhões em publicidade institucional e apenas R$ 24 milhões em empréstimos a seus clientes desde a sua criação, há pouco mais de dois anos. CPIs –Ao todo três CPIs foram desencadeadas pelas denúncias: da Compra de Votos, que terminou sem votação de relatório final, dos Bingos, e a dos Correios, cujo relatório-final foi apresentado ontem, e resultou no afastamento ou em algum tipo de punição de pelo menos 67 pessoas. Em setembro, as CPIs dos Correios e da Compra de Votos já tinham entregue um relatório parcial no qual citavam 19 parlamentares que teriam sacado recursos ilegais. Quatro deputados renunciaram aos cargos para não perderem os direitos políticos. Entre eles, Severino Cavalcanti, que abandonou a presidência da Câmara dos Deputados. (Agências)


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

SEIS EMPRESAS EM SP INAUGURAM NOTA ELETRÔNICA

Colômbia quer comprar equipamentos militares com novo tributo a ser pago pelos mais ricos.

SEFAZ LANÇA HOJE EM SÃO PAULO NOTA FISCAL QUE VAI SUBSTITUIR DOCUMENTO EM PAPEL

NOTA ELETRÔNICA COMEÇA DIA 3

s secretarias de Fazenda dos estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Maranhão e a Receita Federal lançam hoje a nota fiscal eletrônica, que substituirá a emissão do documento em papel. Com o novo sistema, os fiscos pretendem aumentar o controle sobre as operações comerciais, sobretudo as interestaduais e do setor de combustível. "O problema da sonegação não vai ser totalmente resolvido, mas os fiscais vão poder analisar melhor e não apenas conferir documentos", disse o diretor-adjunto da Diretoria Executiva da Arrecadação Tributária (DEAT) e líder do projeto Nota Fiscal Eletrônica da Sefaz/SP, Newton Oller. No Estado de São Paulo, o programa vai começar a funcionar oficialmente no próximo dia 3 com seis empresas (Ford, Volkswagen, Wickbold, Souza Cruz, Telefônica e Eletropaulo). Mais 13 empresas vão aderir ao sistema até o dia 30 de junho. Até lá, o fisco terá capacidade para emitir 340 mil notas fiscais eletrônicas das quatro primeiras empresas e

Patrícia Cruz/LUZ

Cochilo no trabalho não justifica demissão por justa causa

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a próxima vez em que encontrar o segurança do prédio tirando um cochilo ou o vigia de uma empresa de olhos fechados durante a noite, não adianta reclamar. Segundo uma decisão tomada ontem pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, dormir eventualmente durante o trabalho não é motivo para a demissão de um vigilante noturno por justa causa. O caso avaliado foi de um ex-empregado da Forte’s Segurança e Vigilância, dispensado depois de ser flagrado deitado no sofá, dormindo, com uma almofada sob a cabeça e uma blusa cobrindo o corpo. Inconformado por ter perdido a ação na primeira instância, o ex-vigilante recorreu ao TRT-SP e conseguiu receber a multa rescisória de seu contrato de trabalho. Natureza – O juiz que avaliou o caso, Ricardo Artur Costa e Trigueiros, afirmou que "o sono faz parte da natureza humana. Trata-se de uma necessidade biológica complexa, e não de uma faculdade", e ninguém "tem controle sobre o sono". Ao analisar o processo, o magistrado salientou, ainda, "que o homem não é um animal notívago. Diante disso, a falta de fruição de sono regular durante à noite pelo trabalhador pode acarretar problemas de adaptação ou até mesmo de saúde. Em que pese o fato de o autor ter sido flagrado dormindo, a penalidade aplicada pela ré reveste-se de excessivo rigor", decidiu. Por maioria de votos, os juízes da 4ª Turma acompanharam o voto do relator, condenando a Forte’s a pagar ao exempregado as verbas rescisórias devidas pela demissão sem justa causa. Surpresa – Marcel Cordeiro, professor de Direito Trabalhista da PUC-SP e sócio do escritório Pompeu, Longo, Kignel & Cipullo, estranhou a decisão. "A função do vigilante está diretamente atrelada à segurança do patrimônio e, se analisarmos o artigo 482 da CLT, que define a justa causa, é citada a desídia, que é qualquer ação que cause prejuízo ao empregador." Não é a primeira vez que o assunto chega aos tribunais. Em maio, o TRT de Campinas também deu parecer favorável a um demitido da Bertin, numa questão envolvendo o sono. O funcionário alegou ter uma jornada excessiva de trabalho e o juiz declarou ser dever da empresa dar o descanso necessário. (AE)

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O diretor da Sefaz Newton Oller aposta na novidade para coibir a sonegação

todas as notas das companhias de telecomunicação e energia elétrica. Até o fim do ano, essa capacidade subirá para 3 milhões de notas fiscais e, em dezembro de 2007, para 30 milhões, o que representa 50% da base de notas de pessoa jurídica da Fazenda paulista. Embora as grandes empresas tenham de investir em equipamentos para integrar o sistema – estima-se que entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão – a expectativa é de que esses contribuintes se beneficiem com a redução de custos, da ordem de 5% do faturamento, de im-

pressão e armazenagem de notas de papel por cinco anos, além da diminuição do tempo de espera dos caminhões em postos fiscais de fronteiras. Em 2007, as empresas de pequeno e médio portes também poderão aderir a um programa semelhante ao da nota fiscal eletrônica. A diferença é que o sistema será custeado pela Sefaz. "É uma maneira de estimular o uso da nota eletrônica pelas empresas menores que não querem investir no desenvolvimento de sistema próprio", afirma Oller. A Fazenda de São Paulo investiu R$ 15 milhões na nota fiscal eletrônica, dos US$ 40 milhões do orçamento para outros projetos. Metade da verba provém do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O restante é bancado pelo estado. Adriana David

Acessos irregulares ao fisco são investigados colunista da Folha de S. Paulo, Josias de Souza, divulgou ontem, em seu blog no site do jornal, que a Corregedoria da Receita Federal investiga um caso envolvendo o acesso irregular aos dados fiscais de cerca de 6 mil pessoas físicas e jurídicas. Segundo o jornalista, a investigação foi aberta há pouco mais de um mês. Os primeiros resultados revelam que a lista de contribuintes que tiveram seus sigilos violados inclui o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o deputado federal e ex-ministro das Comunicações Eunício Oliveira (PMDB-CE) e duas empresas de Marcos Valério de Souza, as agências de publicidade SMP&B e DNA. A relação inclui ainda pelo menos 11 juízes e o procuradorgeral adjunto da Fazenda Nacional, Tadeu Alencar. Também constam da lista os nomes do exsecretário da Receita Everardo Maciel, de sua empresa (Logus Consultoria) e de sua família. De acordo com o texto, há quatro processos disciplinares abertos na Corregedoria. Figuram como investigados três auditores: Washington Afonso Rodrigues, Marco Antonio Macedo Pessoa e Cid Carlos Costa de Freitas. "São os mesmos que, conforme noticiado aqui, foram destituídos no final de fevereiro da comissão de sindicância que apurava, desde 2003, supostas irregularidades praticadas na cúpula da Receita", ressaltou Souza. O jornalista também afirmou que, em pelo menos três

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casos, além da coleta irregular de informações no sistema do fisco, houve vazamento das informações para a imprensa. Trata-se dos casos envolvendo Marcos Valério e suas duas agências de publicidade. Souza informou que foi possível chegar aos autores da violação por meio das senhas que dão acesso aos computadores da Receita. Elas ficam gravadas no sistema. Os três acusados ainda não foram ouvidos nos processos. Alegando problemas de saúde, pediram licença médica. Sabe-se que um deles, Macedo Pessoa, sofreu infarto. Quanto aos outros dois, Rodrigues e Freitas, suas dificuldades médicas são, por ora, desconhecidas. Nota – Em nota divulgada ontem para toda a imprensa, a Receita Federal informou que "mantém normas rígidas sobre o acesso de dados de contribuintes por parte de seus servidores, que prevêem punições severas para os casos de acesso imotivado a dados ou violação de sigilo fiscal e que promove investigações para verificar a regularidade de tais acessos". O fisco federal também disse que "existem, hoje, análises em curso na Corregedoria-Geral sobre acessos realizados por dois servidores, iniciadas há mais de 30 dias. Entretanto, as informações divulgadas na reportagem não correspondem, necessariamente, aos trabalhos em andamento" e que, até o momento, não há qualquer indicativo de divulgação de informações protegidas por sigilo fiscal. (MR)

Colômbia cria imposto para ricos governo da Colômbia pretende criar um imposto para os cidadãos mais ricos do país. A meta é dirigir os recursos para a compra de novos equipamentos militares e fortalecer seu combate aos grupos armados ativos em seu território.

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A informação é de um comunicado assinado pelo ministro das Finanças, Alberto Carrasquilla. Segundo o documento, o governo obrigará que os mais ricos do país façam um pagamento único a título de "contribuição à guerra". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

quinta-feira, 30 de março de 2006

em Campinas Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

ESTÉTICA

Busca da beleza aquece mercado

ÓRBITA

ESPAÇO

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Salões sofisticados crescem. Já os que atuam nas classes populares temem a entrada dos "camelôs" da beleza. De olho na expansão do setor, o Aguinaldo Cabelos inaugurou outra unidade

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Luciana, da Associação de Cabeleireiros de Campinas e Dina Araújo, gerente do Aguinaldo. Luciana defende mais fiscalização na formação

mercado de estética em Campinas vive momentos de crescimento com duas realidades distintas. Uma, vislumbrando um futuro promissor, é a de quem trabalha com público da classe média para cima e a outra espelha o temor dos profissionais que lidam com classes populares. No luxo dos salões de beleza aparecerem os investimentos, enquanto escolas de cabeleireiros espalhadas pela cidade sem controle do poder municipal “capacitam” pessoas em três meses, quando o mínimo para se tornar um profissional iniciante deve ser um curso de pelo menos um ano. Com isso, estão aparecendo na cidade os “camelôs” da beleza afetando os profissionais estabelecidos na praça. Nos salões sofisticados, o aumento na oferta, em Campinas, segue a tendência da vida moderna onde a aparência está em alta principalmente para os relacionamentos do mercado de trabalho. Nessa evolução social, acabaram entrando para o mundo do embelezamento primeiro os homens. Nesse mesmo sentido já há alguns anos também estão experimentando o bonito os adolescentes. Em pouco tempo, acreditam os profiss ionais, estará estabelecida de vez a presença dos garotos nos salões de beleza, coisa que hoje já começa a se tornar comum. Hoje, segundo a empresa de consultoria 2B Brasil, só o setor de saúde e beleza masculina já movimenta US$ 10 bilhões por ano no Brasil. De olho nesse mercado cada vez mais

aquecido, o salão Aguinaldo Cabelos, instalado no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, inaugurou, este mês, a segunda unidade, no mesmo centro de compras. É uma aposta, segundo a gerente Dina Araújo, na possibilidade de dobrar o atendimento que o negócio realiza hoje. “Agora temos capacidade para atender pelo menos três mil pessoas em cada um dos dois salões. Com a inauguração do novo centro de estética nossa equipe pode trabalhar com até duzentas pessoas ao mesmo tempo por dia e temos certeza de que vamos atingir essa meta”, disse a gerente. A decisão pela ampliação do atendimento, de acordo com Araújo, aconteceu depois da realização de uma pequena pesquisa entre os clientes a respeito da melhoria da capacidade de atendimento e a superação da qualidade dos serviços. “Nessa pesquisa confirmamos o que já estávamos avaliando há alguns anos: o público masculino não procura os serviços de um barbeiro. Os homens querem agora serviços completos de tratamento de beleza e não somente cortar o cabelo. Esse público só tende a aumentar”, observou a gerente Dina Araújo. Já os adolescentes, que até pouco tempo não gostavam de freqüentar os salões até com receio das “provações” para chegar à beleza, agora estão mudando de opinião. “Eles não gostavam da dor que algumas técnicas causam. Mesmo os adolescentes compreenderam que a beleza é, hoje, um fator fundamental para o relacionamento pessoal ou profissional”, afirmou Araújo. No mercado em ebulição, para atrair cada vez mais público os salões de beleza mais caros de Campinas apostam na qualificação profissional com cursos na Academia de Cabeleireiros Luís Longueras e Toni Guy School, por exemplo. Além disso também são obrigatórias passagens por congressos da área na Ho-

LEGISLATIVO

Homens, mulheres e adolescentes recorrem aos salões de estética hoje

MÚSICA

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Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realiza um novo concerto, amanhã, às 20h, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, localizada na avenida Armando Salles de Oliveira, 19. Regida pelo maestro Eduardo Ostergren e com o solista convidado Alessandro Borgomanero, no violino, a orquestra vai apresentar “A Flauta Mágica”, de Mozart, além da Sinfonia de Câmara para Orquestra de Cordas e o Concerto número 2 para Violino e Orquestra de Shostakovitch. O programa se repete no dia 3 de abril, na Unicamp.

A Os profissionais dos salões chiques fazem cursos e participam de congressos no exterior

landa, Londres, Paris e Nova York. Escolas - Por outro lado, na baixa renda, ser cabeleireiro está virando “bico” de quem está desempregado, segundo análise da presidente da Associação dos Cabeleireiros de Campinas e Região, Luciana Sassaro. “Tem gente pagando R$ 120 por mês para fazer um curso sem qualquer controle por três meses e acaba entrando no mercado, fazendo cortes na cozinha da própria casa sem qualquer higiene ou qualificação”, disse a presidente. Para tentar controlar essa onda de geração de pessoas não-qualificadas para o mercado de estética, prin-

Temporal derruba 25 árvores de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), dezenas de semáforos apagaram por toda a cidade causando lentidão no trânsito. O trânsito foi controlado pelos agentes da empresa, conhecidos como “amarelinhos”. Algumas placas de publicidade que caíram com a força dos ventos nas ruas também atrapalharam o trânsito. As águas também deixaram vários pontos de alagamentos na cidade. O principal

Câmara Municipal de Campinas aprovou, na sessão ordinária de anteontem, uma moção de repúdio ao Programa Superpop, apresentado por Luciana Gimenez, da Rede TV!. O pedido de repúdio foi solicitado pelo vereador Rafael Zimbaldi (PSL). Ele argumentou que o programa apresentou, na semana passada, Inri Cristo, um homem que afirma ser a reencarnação de Jesus Cristo na Terra. A moção critica o espaço dado pelo programa ao suposto novo Cristo, considerando a apresentação um desrespeito às religiões cristãs.

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CLIMA

forte chuva, acompanhada de rajadas de vento que passaram sobre Campinas, no início da tarde de ontem, causou prejuízos e transtornos principalmente para os motoristas. De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 25 árvores caíram em vários bairros da cidade. No início da tarde não havia nenhum registro de pessoas feridas por causa da chuva. Segundo a Empresa

Base Estelar de Campinas (BEC), que reúne aficionados pela série de ficção-científica Jornada nas Estrelas (Star Trek) da cidade, realiza, no próximo sábado, sua 16ª Convenção de Ficção Científica. Este ano o encontro acontece na Estação Cultura, antiga estação da Fepasa, das 9h30 às 17h30. O ingresso é um quilo de alimento não perecível (exceto sal). Além dos filmes e sorteios, o evento vai contar com a reprodução de uma entrevista exclusiva do cosmonauta Marcos Pontes que enviou uma mensagem para os membros da Base.

problema foi verificado na avenida Norte-Sul próximo ao estádio do Guarani Futebol Clube. O Centro de Ensino e Pesquisa em Agricultura (Cepagri) informou que o temporal é comum nessa época do ano. Segundo o Centro, há a possibilidade de acontecerem novas chuvas fortes. Na região também foram afetadas pela chuva e ventos fortes as cidades de Americana, Limeira e Piracicaba. (MT)

cipalmente para os cortes de cabelo a Associação, segundo Sassaro, está tentando trazer para Campinas uma extensão do Sindicato das Escolas de Cabeleireiro do Estado de São Paulo. Com isso, acredita a presidente da Associação, o controle para a formação de novos profissionais seja mais efetivo. “Já solicitei fiscalização para a Prefeitura, mas eles disseram que não têm como fazer isso”, disse a presidente. Cabeleireiro há 22 anos, José Arnaldo de Oliveira está sentindo na pele a concorrência desleal que, acredita ele, esteja acontecendo com a onda de pessoas que estão entrando no mercado sem qualificação. “Ultimamente, com todo esse desemprego, tem aumentando muito. Tem muita gente que você percebe que não dá para a coisa, mas que não tem outra saída para sobreviver”, disse Oliveira. Vaidade – Não há estatísticas de quanto o campineiro gasta com a beleza, mas que os moradores de Campinas gostam de manter o visual em ordem. De acordo com um pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2004, a cidade apareceu em quinto lugar no ranking nacional e segundo no estadual de São Paulo na atividade de cirurgiões plásticos. Segundo o censo da instituição, tinha 87 cirurgiões plásticos trabalhando na área. O pa-

drão considerado ideal pela Sociedade é de um cirurgião para cada grupo de 40 mil a 50 mil habitantes. Em Campinas são três profissionais para cada grupo de 40 mil pessoas. Mercado – No Brasil, a indústria da beleza é mantida por 1.367 empresas formalizadas no mercado, segundo dados Anvisa de janeiro deste ano. No ano passado, 109 novas fábricas foram criadas, acréscimo de 8,7%. Apenas 11,7% delas são consideradas de grande porte e apresentam faturamento líquido de impostos acima de R$ 100 milhões, correspondendo a 72,4% das vendas do setor. Os demais 88,3% são micro, pequenas e médias espalhadas pelo País. De acordo com a Agência, são registrados, em média, 25 produtos por dia ou 500 ao mês no setor de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria. Em 2004, o faturamento do setor chegou a R$ 13,5 bilhões, enquanto em 2005 foi para cerca de R$ 15,4 bilhões, 14,4% maior. Segundo as estatísticas do setor, foram comercializadas em 2005 um milhão e trezentas mil toneladas de produtos, crescimento de 9,3% no volume. O segmento de higiene pessoal foi responsável pelo aumento nas vendas de 13,4%, e o de cosméticos, 15,8%. O destaque foi para a perfumaria, que registrou alta de 17,6% em relação a 2004. O setor espera aumentar ainda mais as vendas este ano. Mário Tonocchi

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL INACIANA “PE. SABÓIA DE MEDEIROS” CNPJ 61.023.156/0001-82 - Rua Vergueiro 165 - São Paulo - SP BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31.12.2005 E DE 2004 (Em milhares de Reais) ATIVO PASSIVO Circulante 2005 2004 Circulante 2005 2004 Disponibilidades 1.049 255 Fornecedores 1.197 2.475 Aplicações financeiras 161.385 139.238 Obrigações trabalhistas, férias e encargos sociais 3.433 3.991 Mensalidades escolares a receber 3.822 3.299 Outras contas a pagar 1.319 1.024 Estoques 368 401 5.949 7.490 Outras contas a receber 763 1.643 Exigível a longo prazo Despesas antecipadas 365 425 Contas a pagar - APLUB 96 123 167.752 145.261 Provisões para contingências 43.982 30.622 Realizável a longo prazo FGTS optativo 3.080 2.983 Mensalidades escolares a receber 739 944 47.158 33.728 Depósitos judiciais 1.776 1.606 Resultado de exercícios futuros Outros realizáveis 673 Receitas antecipadas 2.105 1.944 2.515 3.223 2.105 1.944 Permanente Patrimônio social Imobilizado-líquido 93.683 77.173 Patrimônio Social 182.506 160.270 93.683 77.173 Superávits Acumulados 26.232 22.225 208.738 182.495 TOTAL 263.950 225.657 TOTAL 263.950 225.657 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Exercícios Findos em 31.12.2005 e 2004 (Em milhares de Reais) 1. Contexto operacional: A Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros”, anteriormente denominada Fundação de Ciências Aplicadas - FCA, é uma entidade sem fins lucrativos, instituída em 1945, com prazo de duração perpétua, e tem como objetivo social a manutenção de instituições de ensino superior e técnico relacionadas com as áreas de engenharia industrial, administração de empresas e informática, direcionadas ao desenvolvimento de pesquisas tecnológicas e científicas e à promoção de assistência educacional a alunos carentes de recursos financeiros. A Fundação é mantenedora do Centro Universitário da FEI, da Escola Técnica São Francisco de Bórgia, da Escola Volkswagen, do Instituto de Pesquisa e Estudos Industriais - IPEI e do Instituto de Especialização em Ciências Administrativas e Tecnológicas - IECAT. O estatuto social da Fundação determina que esta atuará com critérios benemerentes, a fim de conceder bolsas de estudo totais ou parciais em suas instituições de ensino a alunos carentes de recursos financeiros. Para administração de suas atividades, a Fundação apresenta a seguinte estrutura: Conselho de Curadores, composto por doze membros, os quais são eleitos pelos próprios membros do conselho, além do Presidente nomeado, conforme descrito abaixo; A Diretoria Executiva, composta de cinco membros: Presidente, Vice-presidente, Vice-presidente Acadêmico, Diretor Secretário e Diretor Tesoureiro, eleitos pelo Conselho de Curadores, com exceção do Presidente, para cuja nomeação o Conselho de Curadores elaborará, na mesma época e por ocasião da eleição dos demais membros da Diretoria, uma lista tríplice que será submetida ao Provincial da Província do Brasil Centro-Leste da Companhia de Jesus, o qual nomeará um dentre seus integrantes, devendo o nomeado ser preferentemente um Jesuíta. A Fundação é uma entidade reconhecida como de utilidade pública desde novembro de 1981, imune nos termos da Constituição Federal e é isenta do pagamento de alguns impostos e contribuições, exceto quanto ao seguro acidente de trabalho. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e aplicáveis a entidades sem fins lucrativos. Descrição das principais práticas contábeis: a. Apuração do superávit - O superávit das atividades é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. As receitas de mensalidades são reconhecidas mensalmente ao resultado do exercício em função da incorrência de seu fato gerador independentemente de terem sidos recebidas, estando as mesmas apresentadas com a respectiva provisão para os créditos julgados de difícil realização. b. Estimativas contábeis: A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para créditos duvidosos, estoques e provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido às dificuldades inerentes ao processo de sua determinação. A Fundação revisa as estimativas e premissas pelo menos anualmente. c. Ativo circulante e realizável a longo prazo: • Aplicações financeiras: As aplicações financeiras estão avaliadas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, que não supera o valor de mercado. • Mensalidades escolares a receber: Representam as mensalidades escolares já emitidas, porém não recebidas, acordos firmados com estudantes de mensalidades já vencidas e cobranças judiciais. • Provisão para créditos duvidosos: A provisão para créditos duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela Administração para fazer face às eventuais perdas na realização das mensalidades escolares a receber. • Estoques: Referem-se a materiais de consumo, avaliados ao custo médio de aquisição que não excede o valor de mercado. • Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo: São apresentados ao valor líquido de realização. d. Permanente: • Imobilizado: Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na Nota Explicativa 6 que levam em conta o tempo de vida útil estimado dos bens. Os gastos no ativo imobilizado são capitalizados apenas quando há um aumento na vida útil do bem proporcionando benefícios econômicos dos itens. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido no resultado como despesa. e. Passivo circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais incorridas até a data dos balanços. f. Provisões: Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Fundação possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. 3. Aplicações financeiras: 2005 2004 Aplicações financeiras 112.893 43.983 Aplic. financeiras vinculadas à obra e contingências 48.492 95.255 161.385 139.238 Referem-se substancialmente a títulos públicos e fundos de renda fixa, remunerados a uma taxa média ponderada de 100.2 % do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. Os saldos em 31 de dezembro de 2005 estão aplicados em 3 instituições financeiras distintas como forma de diminuir os riscos, sendo basicamente em fundos exclusivos DI - FIF DI. As aplicações financeiras vinculadas à contingências, classificadas no ativo circulante em função de possuírem disponibilidade imediata para saque, referem-se a um fundo constituído pela Fundação como garantia financeira em caso de desfechos desfavoráveis das contingências atuais ou futuras. 4. Mensalidades escolares a receber: 2005 2004 Mensalidades escolares 5.091 4.191 Mensalidades escolares Aplub 1.373 1.408 Acordos de mensalidades e acordos judiciais 1.333 1.701 Cheques a receber 332 172 8.129 7.472 Menos: Provisão para créditos duvidosos (3.569) (3.229) 4.560 4.243 Parcela a realizar a curto prazo 3.821 3.299 Realizável a longo prazo (mensalidades Aplub) 739 944 5. Outras contas a receber: 2005 2004 Duplicatas a receber 116 97 Adiantamentos a fornecedores 123 1.054 Adiantamentos de férias funcionários 436 424 Outros 89 68 764 1.643 6. Imobilizado: Taxa de a. Composição depreciação/ do saldo: amortização 2005 2004 % a.a. Custo Deprec. Líquido Líquido Edificações 4 56.638 9.979 46.659 21.779 Máquinas e equipamentos 10 12.716 5.849 6.867 6.478 Instalações 10 7.933 343 7.590 498 Móveis e utensílios 10 2.498 1.744 754 852 Veículos 20 498 198 300 202 Computadores e periféricos 20 10.624 7.691 2.933 3.159 Biblioteca 10 1.164 487 677 641 Terrenos 26.811 - 26.811 26.811 Imobilizado em andamento 1.074 1.074 16.735 Marcas e patentes 18 18 18 119.974 26.291 93.683 77.173 A Fundação com o objetivo de ampliar suas instalações construiu um novo edifício no campus Pe. Aldemar Moreira, localizado na Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Esta obra foi encerrada em dezembro de 2005 com um investimento de R$ 33.239 mil. Essas instalações serão inauguradas no primeiro semestre de 2006 para melhor acomodação dos alunos.

b. Movimentação do custo:

DEMONSTRAÇÕES DOS SUPERÁVITS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31.12.2005 E 2004 (Em milhares de Reais) Receitas 2005 2004 Mensalidades graduação 82.521 73.661 Mensalidades cursos técnicos 3.395 3.418 Mensalidades cursos extracurriculares 6.689 5.071 Serviços prestados 4.247 6.945 Financeiras 28.654 21.593 Outras 601 598 126.107 111.286 Deduções Bolsas concedidas (10.751) (8.542) Créditos de líquidação duvidosa (1.069) (791) (11.820) (9.333) Receita operacional líquida 114.287 101.953 Despesas operacionais Salários (33.769) (32.152) Férias, 13º salário e encargos sociais (25.681) (23.972) Despesas administrativas (1.607) (1.728) Despesas com propaganda e publicidade (3.668) (3.312) Depreciações e amortizações (3.972) (3.958) Despesas com manutenção (3.557) (3.326) Despesas com serviços de limpeza (1.502) (1.459) Despesas com serviços de terceiros pessoa jurídica (2.479) (2.187) Despesas com cursos extra curriculares (1.535) (1.181) Outras despesas operacionais (10.086) (6.302) Despesas financeiras (199) (151) (88.055) (79.728) Superávit do exercício 26.232 22.225

2004 2005 Custo Adições Baixas Transf. Custo 30.531 13.588 - 12.519 56.638 11.401 1.075 (62) 302 12.716 757 3.869 3.307 7.933 2.423 98 (23) 2.498 394 165 (61) 498 9.611 538 (84) 559 10.624 1.022 133 9 1.164 26.811 - 26.811 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL 16.735 1.035 - (16.696) 1.074 EXERCÍCIOS FINDOS EM 31.12.2005 E DE 2004 18 18 (Em milhares de Reais) 99.703 20.501 (230) - 119.974 Patrimônio Superávit 7. Fornecedores: 2005 2004 Social Acumulado Total Fornecedores nacionais 1.197 2.475 Saldos em 01 de janeiro de 2004 112.263 13.890 126.153 O saldo de fornecedores nacionais, em 31 de dezembro de 2005, estão Ajustes de anos anteriores 34.056 34.056 substancialmente compostos por fornecedores de bens e serviços ligados Aumento de patrimônio social por à manutenção das atividades da Fundação. 8. Obrigações trabalhistas, incorporação do superávit acumulado 47.946 (47.946) férias e encargos sociais: 2005 2004 Dotação especial 61 61 Férias 2.352 2.370 Superávit do exercício 22.225 22.225 INSS 182 100 Saldos em 31 de dezembro de 2004 160.270 22.225 182.495 Imposto de renda na fonte 430 421 Aumento de patrimônio social por FGTS 382 378 incorporação do superávit acumulado 22.225 (22.225) Provisões rescisórias 609 Dotação especial 11 11 Outros 87 113 Superávit do exercício 26.232 26.232 3.991 3.433 Saldos em 31 de dezembro de 2005 182.506 26.232 208.738 9. Provisões para contingências: 2005 2004 (a) Quota patronal 30.521 19.042 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (b) Trabalhistas 9.656 10.857 EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (c) CPMF 3.805 (Em milhares de Reais) (d) COFINS 724 Origens dos recursos 2005 2004 (e) Imposto de renda sobre aplicações financeiras Das operações (f) Imposto de renda Superávit do exercício 26.232 22.225 43.982 30.623 Itens que não afetam o capital circulante a. Quota patronal: A Fundação, em virtude da edição da Lei 9.732/98, Depreciações e amortizações 3.972 3.958 efetuou o recolhimento da Quota Patronal desde abril 1999 até março de Provisão para contingências a longo prazo 13.458 12.191 2003, não se beneficiando da isenção dessa contribuição, até melhor avaAjustes de anos anteriores 34.056 liação de sua situação frente à legislação pertinente. A partir de abril de Dotações 11 61 2003, a Fundação deixou de efetuar o pagamento da quota patronal calcuCusto residual de ativos permanentes baixados 18 34 lada sobre salários, embasada em pareceres de sua assessoria jurídica, 43.691 72.525 sustentando sua defesa no princípio do direito adquirido e aguardando o De terceiros julgamento do mérito da ADIN 2028. A partir de abril 2003 a Fundação vem Aumento do resultado de exercícios futuros 161 576 efetuando a provisão dos valores relativos à quota patronal tendo em vista Aumento de outras contas do exigível a longo prazo 20 que seus processos de renovação do CEAS (Certificado de Entidade BeRedução do realizável a longo prazo 708 neficente de Assistência Social) aguardam avaliação do CNAS, o que lhe 44.560 73.121 garantiria o direito à isenção da quota patronal. Em 31 de dezembro de Aplicações de recursos 2005 esta provisão totalizava R$ 30.521 (R$ 19.042 em 31 de dezembro Imobilizado 20.501 11.844 de 2004). A despesa desta provisão, que refere-se a quota patronal usufruAumento do realizável a longo prazo 254 ída, que em 2005 totalizou R$ 11.479 (R$ 10.816 em 2004) está apresenRedução das provisões para contingências 34.056 tada nas demonstrações dos superávits na linha das despesas com saláriRedução de outras contas a pagar de longo prazo 27 os. b. Trabalhistas: As provisões trabalhistas no montante de R$ 9.656 20.528 46.154 (R$ 10.857 em 31 de dezembro de 2004) foram constituídas com base em Aumento do capital circulante líquido 24.032 26.967 informações processuais prestadas pelos consultores jurídicos da FundaVariações no capital circulante líquido ção. Além dos valores dos depósitos judiciais já efetuados, não se espeAtivo circulante 22.491 29.292 ram outras perdas que excedam os valores já provisionados, até o encerPassivo circulante (1.541) 2.325 ramento desses processos. Do montante das provisões trabalhistas, parAumento do capital circulante líquido 24.032 26.967 cela significativa refere-se a ação trabalhista que já teve ação julgada, parcialmente favorável aos reclamantes. Na fase de execução, em junho de lei e que ainda encontram-se trabalhando na Fundação. 2003, os cálculos da conta de liquidação foram homologados em R$ 1.444 11. Receitas antecipadas: 2005 2004 Receitas antecipadas 2.105 1.944 e depositados em garantia à execução, classificados no ativo realizável a Referem-se, substancialmente, às matrículas do exercício de 2006 recebilongo prazo. Posteriormente, os reclamantes interpuseram recurso contra das antecipadamente no final do exercício de 2005 que serão reconhecio valor ratificado da homologação, o que demonstra que a quantia a ser das no resultado do exercício de acordo com o regime de competência. destinada para este processo permanece indefinida, pois prossegue a discussão judicial sobre o montante devido, justificando a decisão de se man12. Outras despesas operacionais: 2005 2004 ter a provisão inicialmente registrada. c. CPMF: A Fundação, por adotar Provisões para contingências tributárias 3.081 724 Despesas com serviços públicos 1.647 1.337 uma postura mais conservadora, constituiu para os exercícios de 2001 à Material e serviços de escritório 410 513 2005, provisão para contingências no montante de R$ 3.805 para contriMaterial de laboratório 390 341 buição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Impostos e taxas 986 278 Créditos de Natureza Financeira (CPMF) em função da não renovação de seu Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS) junDespesas com viagens e estadias 184 189 to ao CNAS, apesar de já ter apresentado pedidos de renovação em 20 de Despesas com seguros 231 265 Outras despesas 3.157 2.655 dezembro de 2000 e 12 de dezembro de 2003. A Fundação, baseada no 10.086 6.302 seu entendimento e na opinião dos seus consultores jurídicos interno e 13. Cobertura de seguros (não auditado): A Fundação mantém apólices externos, que consideram como sendo possíveis as chances de êxito para de seguro contratado junto às principais seguradoras do país que foram a Fundação das referidas contingências, reverteu em 2004 as provisões definidas por orientação de especialistas e levam em consideração a natupara contingências constituídas em exercícios anteriores, conforme mencireza e o grau de risco envolvido. As premissas de riscos adotadas, dada a onado em “d”, “e” e “f” abaixo, no montante de R$ 34.056, sendo seus sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstraefeitos reconhecidos ao patrimônio liquido na rubrica ajustes de exercícios ções financeiras, consequentemente não foram examinadas pelos nossos anteriores. d. COFINS: A Fundação, como instituição educacional benefiauditores independentes. As principais coberturas de seguro são: cente de assistência social, até março de 1999 estava isenta, conforme Risco coberto 2005 2004 artigo 55 da Lei 8.212/91, das contribuições previstas nos arts. 22 e 23 da Prédios e conteúdos (próprios) Incêndio/raio/explosão 60.000 36.000 mesma Lei. Com a edição da Lei 9.732/98, foram alteradas as condições Equipamentos cedidos a terceiros Diversos 1.000 1.328 para reconhecimento dessa isenção, tendo sido, por conseguinte objeto da ADIN2028-5, na qual foi concedida liminar para manter os requisitos anteAcidentes pessoais Danos pessoais 1.000 2.610 Obra civil em construção Engenharia - 20.000 riormente exigidos para a isenção. Com base em pareceres da assessoria 62.000 59.938 jurídica e diante das decisões favoráveis à outras instituições de mesma 14. Gratuidade: A Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros” natureza, a Fundação não recolheu a COFINS, porém, optou por fazer é uma entidade sem fins lucrativos que possui registro no Conselho Nacional provisão dos valores, até julgamento final do mérito da referida ADIN, emde Assistência Social desde 9 de novembro de 1953 e Certificado de Entidade bora as chances de êxito na interpretação da assessoria jurídica fossem Beneficente de Assistência Social - CEAS com validade até 31 de dezembro classificadas como possíveis. O valor provisionado de abril de 1999 até 31 de 2000. A Fundação apresentou, em tempo hábil, os pedidos de renovação de dezembro de 2003 foi de R$ 12.604. Em 31 de dezembro de 2004, com datados de 20 de dezembro de 2000 e 12 de dezembro de 2003, não havendo respaldo na Medida Provisória 2158-35, arts. 13 e 14, a provisão durante o avaliação dos processos por parte daquele órgão até a presente data. A Funexercício de 2004 foi revertida parcialmente contra o patrimônio social, na rubrica ajustes de anos anteriores, restando em 2004 um valor de R$ 724 dação efetuou desde abril de 1999 até março de 2003 o recolhimento da quota patronal ao INSS, não se beneficiando da isenção desse tributo. A partir de provisionados somente os valores relativos à COFINS sobre os rendimenabril de 2003, a Fundação deixou de efetuar o recolhimento da referida quota tos de aplicações financeiras e receita de aluguéis e serviços prestados patronal e reestruturou seu programa de bolsas de assistência social. No exerpelo IPEI (Instituto de Pesquisa e Estudos Industriais) que foram revertidos cício de 2005 foram concedidos R$ 10.751 em bolsas de estudos (R$ 8.542 contra o resultado do exercício com base na decisão do STF em 9 de noem 31 de dezembro de 2004). PROUNI: A Fundação, em observância à Lei nº vembro de 2005 que declarou inconstitucional o parágrafo 1º do art. 3º da 11.096, de 13 de janeiro de 2005, aderiu ao Programa Universidade para ToLei Nº 9.718/98 tornando indevida a cobrança dos tributos sobre as receidos - PROUNI por meio do Termo de Adesão de 2 de dezembro de 2004, tas não operacionais. e. Imposto de renda sobre aplicações financeiatravés do qual, além de outras bolsas e programas filantrópicos que mantém, ras: A Fundação, baseada em pareceres de sua assessoria jurídica, a desoferece bolsas integrais em 100% aos beneficiários do PROUNI. No 1º e 2º peito de entender como sendo inconstitucional a aplicação da Lei 9.532/ semestres de 2005, foram matriculados 166 e 138 alunos, respectivamente, 97, artigo 12, parágrafo 1º, que desconsiderou a imunidade das instituitotalizando 304 alunos bolsistas. A Fundação atendeu a todos os candidatos ções de ensino quanto ao imposto de renda na fonte sobre rendimentos e encaminhados na prévia seleção efetuada pelo PROUNI, não concedendo ganhos de capital referentes à aplicações financeiras, passou, a partir de um número maior de bolsas pela ausência de candidatos indicados pelo Minisjaneiro de 1998, dentro de uma postura mais conservadora, a fazer provitério da Educação. Os cálculos de gratuidade, para o exercício de 2005, consões de valores relativos a esse imposto. De janeiro de 1998 até 31 de siderando as regras do PROUNI estão demonstrados a seguir: dezembro de 2003 o valor provisionado foi de R$ 17.690. Diante dos pareReceita 2005 ceres jurídicos, que indicam como possíveis as chances de êxito nessa Receita de mensalidade de graduação (regime de competência) 82.521 interpretação, e com o respaldo na decisão do Supremo Tribunal Federal (-) Mensalidades a receber (inadimplência) (3.821) STF de 10 de novembro de 2004 e da liminar concedida na ADIN-1802-3, (-) Bolsas para carentes (9.257) essa provisão foi revertida durante o exercício de 2004, e teve como (-) Bolsas PROUNI (1.494) contrapartida, o patrimônio líquido na rubrica de ajustes de exercícios anteriores. f. Imposto de renda: A Fundação, por adotar uma postura mais (-) Descontos concedidos em mensalidades (68) conservadora, constituiu para os exercícios de 1998 e 1999 provisão para Total 67.881 contingências de imposto de renda em função das alterações ocorridas na Bolsas e projetos sociais legislação da época que causaram dúvidas sobre a manutenção da isenBolsas para carentes 9.257 ção desse imposto. A Fundação manteve provisão desse imposto no monBolsas PROUNI 1.494 Projetos de assistência social - educação 140 tante de R$ 3.762 até 31 de dezembro de 2003 sendo a mesma revertida Total de gratuidades educacionais 10.891 no exercício de 2004 na rubrica de ajustes de exercícios anteriores em função da prescrição do prazo de exigibilidade desse imposto. Além do PROUNI, a Entidade é conveniada do Programa Escola da Famí10. FGTS optativo: 2005 2004 lia, do Governo do Estado de São Paulo. Como se verifica pela verba apliFundo de indenização aos não optantes do FGTS 3.080 2.983 cada, a reativação do programa de Bolsas de Assistência Social, que conRepresenta os valores provisionados de indenizações por tempo de servitempla alunos ingressantes e veteranos, evolui de forma gradativa, de forço relativos ao período anterior à Lei 7839/89 e referem-se aos valores ma a permitir a manutenção das bolsas concedidas e a inclusão de novos devidos aos funcionários que foram contratados anteriormente ao início da beneficiários. DIRETORIA Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial e das respectivas Demonstrações Financeiras que o acompanham, encerrados em 31.12.2005, somando os totais gerais do Ativo e Passivo a importância de R$ 263.951 (milhares de reais). São Paulo, 24 de fevereiro de 2006. Pe. Theodoro Paulo Severino Peters, S.J. - Presidente Dr. Ricardo Buarque de Gusmão Funari - Diretor-Tesoureiro Antonio Thadeu Sacchitelli - Contador CRC nº 1SP 109334/O-2 - CPF 272.092.298-68 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao res e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e mil. A Fundação, adotando uma postura cautelosa, manteve provisionado o valor total reclamado, tendo em vista os que o recurso jurídico interposto das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administraConselho de Curadores da “Fundação Educacional Inaciana “Pe. Sabóia ção da Fundação, bem como da apresentação das demonstrações finanpelos reclamantes versa sobre o questionamento do laudo pericial, anteride Medeiros” ceiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, a demonstração finanormente ratificado. 5. As demonstrações financeiras do exercício findo em São Paulo - SP ceira acima referida representa, adequadamente, em todos os aspectos 31 de dezembro de 2004, cujos valores são apresentados para fins com1. Examinamos o balanço patrimonial da Fundação Educacional Inaciana relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fundação Educacional parativos, foram por nós examinadas e nosso parecer, datado de 27 de feve“Pe. Sabóia de Medeiros” em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros” em 31 de dezembro de 2005, o superádemonstrações do superávit, das mutações do patrimônio social e das orireiro de 2005, foi emitido com ressalva em função da reversão da provisão vit de suas atividades, as mutações do seu patrimônio social e as origens e para contingências no montante de R$ 34.056 mil ter tido como contrapartida gens e aplicações de recursos, correspondente ao exercício findo naquela aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela o patrimônio social em vez da demonstração do superávit do exercício, condata, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e aplicáveis forme requerido nas práticas contábeis adotadas no Brasil, além de parágrafinanceiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de a entidades sem fins lucrativos. 4. Conforme descrito na Nota Explicativa 9, fo de ênfase sobre o mesmo assunto comentado no parágrafo 4 acima. 24 de fevereiro de 2006 auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos traa Fundação possui em 31 de dezembro de 2005 provisões para contingências trabalhistas no montante de R$ 9.656 mil. Desse total, considerável balhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e Auditores Independentes os sistemas contábil e de controles internos da Fundação; (b) a constatação, parcela refere-se a ação julgada parcialmente favorável aos reclamantes, Anselmo Neves Macedo tendo sido efetuado depósito judicial do valor incontroverso de R$1.444 CRC 2SP014428/O-6 Contador 1SP160482/O-6 - Sócio com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valoEdificações Máquinas e equipamentos Instalações Móveis e utensílios Veículos Computadores e periféricos Biblioteca Terrenos Imobilizado em andamento Marcas e patentes

quinta-feira, 30 de março de 2006

CONVOCAÇÃO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA TRANSPORTADOR E REVENDEDOR DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONVOCAÇÃO O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de São Paulo, no uso das faculdades e prerrogativas previstas nos Estatutos Sociais vigentes, convoca os associados, em condições de voto e de serem votados, para as Eleições Sindicais aos cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal e dos Delegados representantes à Federação, que acontecerão no horário compreendido entre as 09 horas e 16 horas do dia 31 de maio de 2006, na sede social sita à Rua Conselheiro Furtado, 61, 6ºA., C. 61, São Paulo/SP, de acordo com o roteiro estabelecido no regulamento eleitoral, disponibilizado aos interessados na Secretaria, com destaque para: 1. Prazo para o registro das chapas; 2. Prazo para impugnação das candidaturas; 3. Datas, horários, locais das segunda e terceira votações, bem como um quarto escrutínio em caso de empate entre as chapas mais votadas. A Secretaria do Sindicato a partir do dia 15 de maio de 2006 funcionará nos dias úteis no horário das 09 horas às 15 horas e aos sábados das 09 horas às 11.30 horas, para atender aos associados interessados. São Paulo/SP, 28 de março de 2006. Jorge Lúcio da Silva.

COMUNICADOS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0374/06/02 – EE Dr. Rafael Mauro - Rua Londrina, 55 - Vila Maringa - Jundiaí/SP – 120 – R$ 30.045,00 – R$ 3.004,00 – 15:00 – 28/04/2006. 05/0434/06/02 – EE Prof. Miguel Oliva Feitosa - Rua Tarcon, 479 - Jardim Adelfiori - Perus - São Paulo/SP / EE Prof. José Oscar Abreu Sampaio – Rua Luisa Maria Rosa, 11 - Vila Sulina - Perus - São Paulo/SP / EE Jardim Silvia II - Rua Dezenove, 83 - Jardim Silvia - Francisco Morato/SP - 90 – R$ 48.080,00 – R$ 4.808,00 – 16:00 – 28/04/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 27/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0468/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE/Cel João Manoel do Amaral - Av. LaSalle, s/nº - Jardim Primavera - Araraquara/SP / EE Esterina Placco - Av. Araraquara, 1200 - Vila Costa Sol - São Carlos/SP – 90 – R$ 32.564,00 – R$ 3.256,00 – 09:30 – 02/05/2006. 05/0542/06/02 – Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Jorge Luis Borges Rua Milagre dos Peixes, 700 - Cohab Castro Alves - Guaianazes - São Paulo / SP / EE Profª Amélia Kerr Nogueira - Av. dos Funcionários Públicos, 1355 - Jardim Vera Cruz - Capela do Socorro - São Paulo / SP – 90 – R$ 33.295,00 – R$ 3.329,00 – 10:30 – 02/05/2006. 05/0611/06/02 – Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Joaquim Moreira Bernardes - Av. Conde de São Lourenço, 65 - Jardim Silvina - São Bernardo do Campo/SP – 90 – R$ 15.862,00 – R$ 1.586,00 – 14:00 – 02/05/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/03/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 28/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

AVISOS AOS ACIONISTAS

CONVOCAÇÃO

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

BEGHIM INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A CNPJ. 61.145.843/0001-70 RELATÓRIO DA DIRETORIA Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, temos a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas o Balanço Patrimonial e demais Demonstações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 17 de março de 2006. Balanços Patrimoniais Levantados em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 - Em reais Ativo Circulante Disponibilidades Clientes Estoques Despesas do Exercício Seguinte Outros Créditos Total do Circulante

2005

2004

Passivo 2005 2004 Circulante 2.008.834,14 1.890.909,75 105.000,85 57.115,03 Fornecedores Nacionais Fornecedores Estrangeiros 25.265,56 194.957,31 6.959.818,01 6.608.802,12 Empréstimos e Financiamentos 2.876.821,94 5.923.818,37 8.667.511,25 7.507.216,61 Obrigações Tributárias 5.899.369,52 3.130.845,26 7.857.904,62 5.350.985,13 20.650,00 15.500,00 Salários e Contribuições 1.306.632,34 1.248.864,22 792.695,12 955.976,02 Provisão de Férias Outras Obrigações 315.501,96 663.937,13 16.545.675,23 15.144.609,78 Total do Circulante 20.290.330,08 18.404.317,17 Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Obrigações Tributárias 109.482,76 357.117,77 50.000,00 0,00 Outros Créditos 77.561,74 75.394,60 Provisão para Contingência 2.039.967,21 1.690.566,11 Total do Realizável a Longo Prazo 77.561,74 75.394,60 Outras Obrigações - Acionistas Total do Exigível a Longo Prazo 2.199.449,97 2.047.683,88 Patrimônio Líquido Permanente Capital Social 10.022.000,00 10.022.000,00 Investimentos 6.401.274,83 6.523.640,34 Reservas de Capital (962.848,88) (962.848,88) 4.160.674,22 4.160.674,22 Imobilizado líquido 4.874.524,40 4.777.948,02 Reservas de Reavaliação Prejuízos Acumulados (7.330.217,99) (3.932.242,72) Diferido 2.184,06 2.184,06 Reserva Legal 182.168,40 182.168,40 Total do Permanente 11.277.983,29 11.303.772,42 Resultado do Exercício (660.335,54) (3.397.975,27) Total do Patrimônio Líquido 5.411.440,21 6.071.775,75 27.901.220,26 26.523.776,80 Total do Ativo 27.901.220,26 26.523.776,80 Total do Passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 - Em reais Capital Social Reservas Reserva de Reserva Prejuízos Realizado de Capital Reavaliação de Lucros Acumulados Total Saldos em 31/12/2003 10.022.000,00 (962.848,88) 0,00 182.168,40 (3.932.242,72) 5.309.076,80 Prejuízo do Exercício Reavaliação de Investimentos Saldos em 31/12/2004

10.022.000,00

(962.848,88)

4.160.674,22 4.160.674,22

182.168,40

(7.330.217,99)

(3.397.975,27)

(3.397.975,27) 4.160.674,22 6.071.775,75

Prejuízo do Exercício Saldos em 31/12/2005

10.022.000,00

(962.848,88)

4.160.674,22

182.168,40

(660.335,54) (7.990.553,53)

(660.335,54) 5.411.440,21

Demonstrações do Resultado para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 - Em reais 2005 2004 Receita Operacional Bruta Vendas de Produtos 36.553.329,47 34.369.566,07 Prestação de Serviços 8.366.739,60 8.312.791,30 44.920.069,07 42.682.357,37 Deduções da Receita Bruta Impostos s/ Vendas e Devoluções (11.195.166,46) (8.635.235,81) Receita Operacional Líquida 33.724.902,61 34.047.121,56 Custo das Vendas e Serviços (24.128.286,86) (27.529.673,32) Lucro Bruto 9.596.615,75 6.517.448,24 Despesas e (Receitas) Operacionais Despesas com Vendas (3.891.095,62) (3.626.752,73) Despesas Gerais e Administrativas (3.805.173,23) (4.001.670,06) Depreciações (40.880,52) (40.428,58) Despesas Financeiras (2.547.870,23) (2.788.523,81) Receitas Financeiras 247.373,82 132.469,98 Outras Receitas e Despesas Operacionais (219.305,51) 142.452,33 Total Despesas e (Receitas) Operacionais (10.256.951,29) (10.182.452,87) Prejuizo Operacional (660.335,54) (3.665.004,63) Resultado Não Operacional 267.029,36 Prejuizo do Exercício (660.335,54) (3.397.975,27) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 - Em Reais Aplicações de Recursos 2005 2004 Nas operações sociais: Prejuízo líquido do exercício 660.335,54 3.397.975,27 Depreciações e amortizações (83.112,88) (114.275,68) Imobilizado 179.689,26 31.868,34 Aumento do Realizável a Longo Prazo 2.167,14 47.571,73 Investimentos 4.183.354,22 Total das aplicações de recursos 759.079,06 7.546.493,88 Origens dos Recursos Alienação do Permanente 277.204,52 Lucro na Venda Imobilizado (235.179,36) Reserva de Reavaliação 4.160.674,22 Redução do Investimento 122.365,51 Aumento do Exigível a L. Prazo Líquido 151.766,09 1.051.060,16 Total das origens de recursos 274.131,60 5.253.759,54 Aumento (Redução) no Capital Circulante Líquido (484.947,46) (2.292.734,34)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Notas Explicativas as Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - (Em R$) 1 - Contexto Operacional: A Companhia tem por objeto a industrialização 7 - Investimentos 2005 - R$ 2004 - R$ e comercialização de produtos elétricos e mecânicos em geral , prestação Imóveis 6.401.274,83 6.389.274,83 de serviços e assistência técnica em engenharia e projetos eletro- Participações p/ Incentivos Fiscais 126.674,57 126.674,57 mecânicos, exportação e importação e investimentos em outras sociedades. Outros Investimentos 7.690,94 7.690,94 2 - Apresentação e Elaboração das Demonstrações Financeiras: As (-) Provisão p/ Perda de Investimentos (134.365,51) Demonstração das Variações no Capital Circulante demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas Total 6.401.274,83 6.523.640,34 Ativo circulante: No final do exercício 16.545.675,23 15.144.609,78 adotadas no Brasil. a) Apuração do resultado: é apurado em conformidade A Companhia aprovou em Assembléia Geral Ordinária, realizada em No início do exercício 15.144.609,78 12.623.403,67 com o regime contábil de competência de exercício. b) Ativos circulante 29/04/05, a reavaliação do terreno sito a Rua Gabriel Menault, s/nº (ver 1.401.065,45 2.521.206,11 e realizável a longo prazo: As aplicações financeiras estão acrescidas nota nº 16) Passivo circulante: No final do exercício 20.290.330,08 18.404.317,17 dos rendimentos auferidos até a data do balanço e não superam o valor de 8 - Imobilizado Tx. Anual Deprec. 2005 - R$ 2004 - R$ No início do exercício18.404.317,17 13.590.376,72 mercado. A provisão de devedores duvidosos foi constituída para cobrir Edificações 4% 792.686,98 792.686,98 1.886.012,91 4.813.940,45 eventuais perdas na realização do contas a receber. Os estoques estão Máquinas e Equipamentos 10% 2.444.046,16 2.444.046,16 Aumento (Redução) no Capital demonstrados ao valor pelo custo médio histórico de compra ou de produção Móveis e Utensílios 10% 472.418,89 461.311,74 Circulante Líquido (484.947,46) (2.292.734,34) que não excede o valor de mercado ou o custo de reposição. Os demais Veículos 20% 149.054,26 149.054,26 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras ativos, circulante e realizável a longo prazo são apresentados pelo valor Ferramentas 20% 107.441,34 105.675,70 líquido de realização. c) Permanente: Os investimentos estão avaliados 12 - Obrigações Tributárias 2005 - R$ 2004 - R$ Central Telefônica 10% 57.514,74 57.514,74 ao custo de aquisição, acrescido de reavaliação espontânea (notas nº 7 e Cofins a Recolher 3.237.217,13 1.652.984,41 Equipamentos de Informática 20% 234.043,61 192.444,00 16) e deduzidos de provisão para ajuste ao valor provável de realização. O ICMS a Recolher 1.726.835,03 912.597,06 Estampos 20% 442.239,06 442.239,06 imobilizado está registrado ao custo de, aquisição, formação ou construção, Pis a Recolher 723.108,08 379.088,48 (-) Depreciação Acumulada (3.887.553,08) (3.810.863,89) acrescido de reavaliação espontânea e corrigido monetariamente até 31 ISS a Recolher 105.064,33 99.284,47 3.733.820,40 3.733.820,40 IPI a Recolher de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear Terrenos 70.822,51 48.482,85 61.641,37 21.781,63 Outros conforme as taxas indicadas na nota nº 8. d) Passivos circulante e exigível Imobilização em Andamento 36.322,44 38.407,99 267.170,67 188.237,24 Passivo Circulante a longo prazo: são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, Marcas e Patentes e Licenças de Uso 5.899.369,52 3.130.845,26 4.874.524,40 4.777.948,02 acrescidos, quando aplicável, das variações cambiais incorridas até a data Total Parcelamento - ICMS a Recolher 109.482,76 357.117,77 9 - Fornecedores 2005 - R$ 2004 - R$ Passivo Exigível a Longo Prazo do balanço. 109.482,76 357.117,77 1.938.907,57 1.844.992,16 13 - Outras Obrigações 3 - Disponibilidades 2005 - R$ 2004 - R$ Fornecedores de Materiais 2005 - R$ 2004 - R$ 69.926,57 45.917,59 Adiantamento de Clientes Bancos Conta Movimento 93.163,56 4.830,80 Fornecedores de Serviços 161.298,48 68.418,28 2.008.834,14 1.890.909,75 Comissões a Pagar Caixa 10.837,29 7.529,97 92.029,29 71.359,45 25.265,56 194.957,31 Contas a Pagar Aplicações Financeiras 1.000,00 44.754,26 Fornecedores do Exterior 62.174,19 69.309,51 2.034.099,70 2.085.867,06 Dividendos e Participações Total 105.000,85 57.115,03 Total 454.849,89 2005 - R$ 2004 - R$ Passivo Circulante 4 - Clientes 2005 - R$ 2004 - R$ 10 - Empréstimos e Financiamentos 315.501,96 663.937,13 1.000.000,00 Conta Corrente Diretores Clientes 7.209.818,01 6.608.802,12 Banco Sudameris 1.585.117,32 1.690.566,11 Banco Credibel 137.826,01 500.000,00 Dividendos a Pagar (-) Provisão p/ Devedores Duvidosos (250.000,00) 454.849,89 199.722,76 567.718,16 Passivo Exigível a Longo Prazo Total 6.959.818,01 6.608.802,12 Banco Nossa Caixa 2.039.967,21 1.690.566,11 500.000,00 548.996,72 14 - Provisões 5 - Estoques 2005 - R$ 2004 - R$ Banco do Brasil 2005 - R$ 2004 - R$ 494.179,29 10.449,19 Provisão de Férias Produtos acabados 1.686.780,44 1.147.631,93 Banco de Boston 1.306.632,34 1.248.864,22 389.000,00 1.329.160,23 Passivo Circulante Produtos em elaboração 839.228,66 859.526,25 Banco Bradesco 1.306.632,34 1.248.864,22 Banco Itaú 260.854,11 772.736,96 Matérias-primas 2.715.669,51 2.455.392,87 Provisão para Contingências 50.000,00 Banco Industrial e Comercial 245.980,65 Materiais de embalagem, Passivo Exigível a Longo Prazo 50.000,00 Banco HSBC 237.870,87 Material Secundário, Componentes 15 - Patrimônio Líquido: O Capital Social de R$10.022.000,00 está 770.000,00 divido em 10.022.000 ações ordinárias e nominativas no valor nominal e Importação em Andamento 3.425.832,64 3.044.665,56 Banco Sofisa 411.388,25 424.757,11 de R$ 1,00. 16 - Reservas de Reavaliação: Em Assembléia Geral Total 8.667.511,25 7.507.216,61 Outros 2.876.821,94 5.923.818,37 Ordinária - AGO em 29/04/2005, foi aprovada, amparada por laudo de 6 - Outros Créditos 2005 - R$ 2004 - R$ Total Impostos a Recuperar 354.409,40 174.069,12 Os Empréstimos e Financiamentos registrados no Passivo Circulante avaliação preparado por empresa especializada, a avaliação do imóvel Títulos a Receber 328.188,09 118.016,04 referem se na quase totalidade, a operações de Capital de Giro. sito a Rua Gabriel Menault s/n., gerando um saldo de reserva de 2005 - R$ 2004 - R$ reavaliação no valor de R$ 4.160.674,22. 17 - Seguros: Os seguros Adiantamentos a Terceiros 57.024,75 181.245,06 11 - Salários e Contribuições 7.402.390,45 4.914.827,97 são determinados e contratados por valores para a cobertura de Créditos de Funcionários 20.612,00 6.809,00 INSS a Recolher 342.847,64 259.809,21 eventuais perdas decorrentes dos sinistros dos bens do Ativo da Outros Créditos 32.460,88 475.836,80 Ordenados, Salários e Honorários a Pagar 81.674,56 82.131,44 Companhia e compreende um total de risco contratado de R$ Ativo Circulante 792.695,12 955.976,02 FGTS a Recolher 30.991,97 94.216,51 748.500,00 e, os veículos estão na sua totalidade segurados pelo valor Depósitos Judiciais 77.561,74 75.394,60 Outros Total 7.857.904,62 5.350.985,13 Ativo Realizável a Longo Prazo 77.561,74 75.394,60 de mercado referenciado. DIRETORIA: Melócchi Vittório - Diretor Presidente Liuigi Nardi - Diretor Indl. e Financ. Italo F. Morel - Diretor Técnico Adilson Bazilio - CRC1SP131849/O-7

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

AVISO

Reqte: Simfac Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Maremaq Comércio de Peças e Motores Ltda. – EPP - Av. Paraguassú Paulista, 415 02ª V. Falências RECUPERAÇÃO JUDICIAL Reqte: AGH Assessoria e Construções Ltda. - Reqdo: AGH Assessoria e Construções Ltda. - Rua Pequetita, 145 – conj. 81 - 01ª V. Falências


quinta-feira, 30 de março de 2006

Tr i b u t o s Empreendedores Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

LIVRE DO ICMS, CAMISINHA TEM PREÇO 10% MENOR

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milhões de dólares é quanto os produtores de frango na França perderam com a gripe aviária.

A INFLUÊNCIA DA ALTA TRIBUTAÇÃO NOS PREÇOS DOMINA ENCONTRO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

IMPOSTOS ENCARECEM REMÉDIOS

O

s 35,07% de tributos embutidos nos preços dos remédios, segundo estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), precisam ser revistos, afirmaram entidades ligadas ao setor farmacêutico. Esse foi o principal assunto discutido durante a abertura da 2ª Edição da Abradilan Expofarma 2006, que é realizado até a próxima sexta-feira no Transamérica Expocenter. Na opinião do vice-presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Álvaro Zanella, a tributação suportada pelo setor é a principal culpada pelos altos valores dos remédio. Somente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) contribui com quase a metade do percentual total de tributos. Segundo Zanella, os remédios de uso humano também deveriam ser isentos do ICMS, como ocorre com os de uso veterinário. Batalha – A Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), em conjunto com outras entidades, está lutando para que haja uma desoneração dos impostos incidentes sobre os medicamentos. "Uma das vitórias é a isenção do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os medicamentos com tarja preta e que

Divulgação

necessitam de receita médica", disse Zanella. Para o vice presidente da Abradilan, Ivanilton Galindo, os remédios deveriam receber o mesmo tratamento tributário dado a produtos supérfluos, que são isentos. Entre os produtos encontrados nas drogarias que se livraram da tributação pelo ICMS está a camisinha. De acordo com o diretor comercial da Blowtex, Marco Martinez, não fosse a isenção, os consumidores pagariam pelo produto até 12% mais. Dessa forma, acredita ele, é possível ter uma mercadoria com um custo final mais barato. Segundo Martinez, o produto está isento desde 1997. Atualmente a empresa atende 11 países e tem uma produção de 15 milhões de unidades por mês. Outra maneira de reduzir o preço dos medicamentos é acabar com o tabelamento, aumentando, assim, a competição entre as empresas, afirma Galindo. Repasse – Pensando em oferecer remédios mais baratos, as empresas têm procurado alternativas. É o caso do Grupo Cimed, que produz remédios genéricos e partiu para a distribuição direta. Segundo Alexandra Telles, do departamento comercial, a empresa tem atualmente oito centros de distribuição nas principais cidades do Brasil. "Começamos há dez anos. Atualmente, isso a c a r re t a u m a re d u ç ã o d e até 40% no preço do produto ao consumidor", disse. Vivian Costa

Inadimplência das empresas registra alta

E

Representantes do setor também reivindicam o fim da interferência do governo nos preços

UE reforça ajuda à indústria do frango

A

Comissão Européia afirmou ontem que vai igualar as despesas dos países da União Européia (UE) para ajudar a indústria de frangos atingida pelas preocupações com a gripe aviária. A proposta tem por objetivo destinar mais dinheiro para salvar a indústria européia. Atualmente, a Comissão apenas coloca à disposição ajuda financeira para as regiões diretamente atingidas pelos surtos da doença, sem compensar as vendas perdidas devido à descon-

fiança dos consumidores. A gripe aviária abalou a indústria de frango da Europa após os casos registrados no continente entre aves silvestres e em uma propriedade de perus na França. Produtores franceses de frango calculam prejuízos da ordem de US$ 156 milhões para o setor. Exportadores têm sido particularmente prejudicados porque os parceiros comerciais suspenderam a compra do produto europeu. Na França, maior país produtor e exportar do bloco, a indústria te-

me que o embargo reduza as exportações em até 65%. As exportações européias de carne de frango estão estimadas em 800 milhões de euros por ano. Ontem, o Relenza, antiviral da GlaxoSmithKline, obteve o aval do FDA para ser usado no combate à gripe aviária. O Tamiflu, da Roche, era o único com a indicação oficial. (AE)

studo divulgado ontem pela Serasa aponta que a inadimplência das empresas do País aumentou 8,9% em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2005. Em relação a janeiro, porém, a inadimplência teve queda de 12,5%. No primeiro bimestre, houve crescimento de 12,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Apesar da variação positiva nas comparações anuais, a Serasa destacou que o crédito para as empresas subiu em proporção mais significativa, o que, para os técnicos da instituição, representou uma quantidade de pagamentos pontuais das pessoas jurídicas em maior número que eventos de inadimplência. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Três modelos são usados/em países estrangeiros./ Falta agora o brasileiro/ que já vem sendo estudado,/ mas não é incentivado pelo ministro Hélio Costa/ que com uma conversa bosta/ 'só quer saber da imagem'... Cordel lido pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil ontem. Ele e o ministro das Comunicações, Hélio Costa divergem sobre o padrão da TV digital.

quinta-feira, 30 de março de 2006

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

Lamento a deselegância do ministro. Não é à toa que alguns amigos dele o chamam de Gilberto Vil. Resposta de Costa

MARÇO

2 -.LOGO

30

Nascimento dos pintores Francisco Goya (Espanha, 1746-1828) e Vincent van Gogh (Holanda, 1853- 1890).

A STRONOMIA A RTE

Fascínio universal

Daniel Edwards/AFP

Eclipse do Sol foi visto em todo o planeta; ao vivo, pelos privilegiados, ou pela internet Yiorgos Karahalis/Reuters

O L

Uma escultura da cantora Britney Spears nua, dando à luz, criada pelo artista norte-americano Daniel Edwards como um panfleto contra o aborto, motivou protestos em Nova York, onde a obra será exibida.

I RÃ

30 dias para o fim de programa nuclear O Conselho de Segurança (CS) da ONU definiu um prazo de 30 dias para que o governo do Irã suspenda as atividades de enriquecimento de urânio. A determinação foi anunciada em uma declaração apoiada pelos 15 membros do CS, ontem em Nova York. O CS se reuniu depois que os cinco membros permanentes do CS (EUA, Reino Unido, Rússia, China e França) formalizaram um acordo sobre o programa nuclear iraniano. O acordo só saiu depois de três semanas de negociações. A maior exigência dos membros do CS é de que as autoridades iranianas permitam que sejam E M

esclarecidas "todas as dúvidas relacionadas aos propósitos do seu programa nuclear". Rússia e China, que estavam preocupados em evitar que a linguagem da declaração possibilitasse a adoção de sanções contra Teerã, no futuro, foram contemplados. Numa reunião ministerial marcada para hoje, em Berlim, serão discutidas possíveis ações em caso de resistência do Irã. A reunião terá a participação dos ministros de Relações Exteriores de EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha. Eles debaterão propostas para solucionar a crise iraniana a longo prazo.

Sol ficou por alguns minutos totalmente oculto atrás da Lua ontem. O primeiro eclipse total do astro em vários anos foi visto do Nordeste brasileiro à Ásia Central, passando pelo deserto do Saara e pela Turquia. Estudantes em Gana ficaram maravilhados com a escuridão em pleno dia e aplaudiram o fenômeno natural. Devido ao eclipse, a única parte do Sol visível eram os raios de sua coroa geralmente invisível ao olho nu. De Gana ao Oriente Médio, as escolas paralisaram as aulas para uma lição de astronomia. No Iraque, vários muçulmanos fecharam suas lojas e foram às mesquitas para uma oração especial, recitada geralmente em momentos de temor e de desastres naturais. Até mesmo em Bagdá, cidade devastada pela

guerra e violência, as pessoas saíram às ruas para ver o fenômeno. As autoridades de saúde advertiram os curiosos para que não olhassem diretamente para o eclipse, enquanto que um especialista no Líbano aconselhou a população a acompanhar o fenômeno pela televisão.

Para presenciar a interposição da Lua entre a Terra e o Sol, que será vista agora apenas em 2008, cientistas, fãs de astronomia e curiosos viajaram a locais remotos do planeta. Os menos privilegiados acompanharam o fenômeno pela TV e pela internet. (AE)

Khaled Desouki/AFP

B RAZIL COM Z

Brasileira é finalista em prêmio britânico A brasileira Flávia Müller Medeiros é um dos 13 finalistas do prêmio Beck's Futures. Flávia regravou o primeiro discurso do presidente George W. Bush usando um ator que lê o texto como um vendedor comercial acelerado. Seu objetivo é mostrar o poder do discurso do presidente norteamericano e como a forma de apresentação do texto pode influenciar a percepção da realidade. Flávia foi entrevistada ontem pelo jornal britânico The Independent. O prêmio Beck's Futures foi criado em 1999 pela companhia de cerveja de mesmo nome e pelo Instituto de Arte Contemporâneo do Reino Unido para apoiar novos artistas no país. Além de seis jurados especialistas em arte, é possível votar pela internet nas obras favoritas. O voto do público será considerado na premiação. www.becks.co.uk/futures

B IOGRAFIA

C A R T A Z

ORFEU O espetáculo Orfeu, Favola in Musica (foto), de Monteverdi, começa a temporada de óperas do Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 171. Telefone: 3667-0499. 20h30. R$ 10 a R$ 40.

52 brasileiras pela paz mundial L

OLHOS NO CÉU - Jovens líbios observam o eclipse total do sol no deserto de Galo, a 1.300 quilômetros da capital, Trípoli. As escolas locais cancelaram as aulas por três horas para que seus alunos observassem o quarto eclipse total do astro no século 21. D ESIGN

E UA

L ITERATURA

30 anos de prisão por 'Diário de um plano de matar Bush Mago' milionário

F AVORITOS

Scooter elétrica, limpa e barata

Ferramentas da web num só lugar

A ZAC é uma scooter elétrica produzida em Portugal e pode chegar a 20 quilômetros por hora, co m autonomia de 1 hora com a carga completa. A ZAC é leve, dobrável e não polui. Custa cerca de US$ 470, mas a economia é interessante: US$ 0,35 de energia para rodar quase 100 quilômetros.

A busca de imagens do Yahoo é melhor do que a do Google? O Vivisimo traz respostas mais organizadas às consultas? Se você quer um serviço que reúna as melhores ferramentas de busca da web em um só lugar, basta colocar entre os seus favoritos o iTools. Além de selecionar as ferramentas mais poderosas e fazer buscas simultâneas, o site reúne ferramentas de tradução e pesquisa, serviços financeiros, conversão de moedas e buscas de mapas e pessoas. Respostas rápidas e variadas.

www.zac.com.pt/eng/index.htm

www.itools.com

Museu da Casa Brasileira. www.mcb.sp.gov.br

CAMPEONATO PAULISTA Ituano 3 X 0 Juventus São Paulo 2 X 0 América S. Bento 1 X 0 Port. Santista

Manhattan em três dimensões mais famoso mapa de Manhattan da internet foi feito por uma brasileira. Mas uma brasileira que conhece muito bem a ilha. Juliana Sato Yamashita, arquiteta e designer, estudou no programa de telecomunicações interativas da Universidade de Nova York. Da expe-

O

A TÉ LOGO

Santo André 1 X 3 Rio Branco Marília 2 X 2 Portuguesa

riência e dos estudos resultou sua Manhattan em três dimensões, num mapa em que é possível navegar pela tela do computador. A cada movimento do mouse, um novo ângulo da ilha e, no pano de fundo, informações sobre o que se encontra ali. "Cada pessoa constrói sua imagem da cidade. Esta imagem é feita de fatos, experiências, histórias, notícias - em grande parte dados invisí-

Mogi Mirim 1 X 2 Noroeste Paulista 3 X 0 Palmeiras

veis, não apenas arquitetura, prédios e ruas", diz Juliana no site Searchscapes. Esta idéia a inspirou a criar o mapa tridimensional, que foi destaque de projetos como o 84th Art Directors Club Annual, o Prog.me Festival, do Rio, e o File Festival, em São Paulo. http://searchscapes.net www.bigpixel.org

Santos 3 X 1 Bragantino

L OTERIAS Concurso 606 da LOTOMANIA 05

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Morre em Salvador o cineasta Goffredo Telles Neto, filho da escritora Lygia Fagundes Telles A exemplo da Amazônia, mata atlântica passará a ser monitorada por satélite até 2007

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G @DGET DU JOUR

Brasileiras Guerreiras da Paz. Lançamento hoje, às 18h30, no

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O escritor Paulo Coelho fará uma viagem até a cidade russa de Vladivostok. Ontem, em Santiago de Compostela, na Espanha, ele disse que embarcará no trem Transiberiano até o extremo oriental da Sibéria para não perder o significado que a peregrinação ensinou a ele. Diferente do que aconteceu em em 1986, quando ele descreveu a experiência de percorrer o Caminho de Santiago no livro O Diário de um Mago, que o levou à fama, Coelho diz que a viagem de agora não resultará em obra literária.

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Um estudante norte-americano de origem árabe saudita, Ahmed Abu Ali, foi condenado ontem a 30 anos de prisão por ter planejado o assassinato do presidente George W. Bush e apoiar a Al-Qaeda. Ahmed Abu Ali, de 24 anos, que cresceu nas proximidades de Washington, tem a simpatia de grupos de direitos humanos sob o argumento de que sua confissão, gravada em vídeo, que é a principal prova da promotoria, havia sido obtida sob tortura na Arábia Saudita.

Será lançado hoje o livro Brasileiras Guerreiras da Paz, que reúne as biografias das 52 indicadas no Projeto Mil Mulheres pela Paz. O projeto foi uma iniciativa de ativistas suíças que propuseram o nome de 1000 mulheres de 154 países para concorrer coletivamente ao Nobel da Paz de 2005. O Nobel da Paz não foi dado às 1000 Mulheres, mas as brasileiras serão homenageadas no livro, coordenado por Clara Charf e editado pela Contexto. As guerreiras brasileiras estarão presentes no lançamento, hoje.

Palácio do rei guerreiro Ajax, herói da Guerra de Tróia, é encontrado na Ilha de Salamina

Concurso 750 da MEGA-SENA 10

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Nacional Empreendedores Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

A IMPRESSÃO É DE QUE O BC TERÁ MAIS AUTONOMIA

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por cento foi o fechamento do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo.

SEGUNDO DIA DO NOVO MINISTRO DA FAZENDA FOI RECEBIDO COM MAIS CALMA PELOS INVESTIDORES

MERCADO MAIS TRANQÜILO COM MANTEGA O

mercado de juros devolveu ontem boa parte do prêmio acrescentado aos contratos desde a

mudança na direção da equipe econômica. O motivo foi a percepção de que o presidente do Banco Central (BC), Henrique

Meirelles, tem total autonomia e manterá o controle da condução da política monetária no País. O Ibovespa – principal ín-

dice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – subiu 2,14%, fechando na pontuação máxima do dia, puxado por

BANCO VR S.A. CNPJ nº 78.626.983/0001-63 Alameda Rio Negro, 585 - 6º andar - CEP 06454-000 - Barueri/SP RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Comercial Ltda., as respectivas atividades: a emissão, administração e Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à processamento de benefícios, tais como vale refeição, vale alimentação, apreciação de V.Sas., as demonstrações contábeis relativas aos exercícios vale combustível e outros, a serem fornecidos em papel ou através de findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. O Banco VR S.A., em 1º de meios eletrônicos, tais como cartões com tarja magnética, smart cards fevereiro de 2005, incorporou a VR Vales Ltda. e Selltech Assessoria “com contato”, “sem contato”, “combinados”, entre outros meios, bem como BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante 385.405 67.114 Circulante 349.897 45.118 Disponibilidades 343 791 Depósitos 9.816 17.615 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 54.558 26.062 Depósitos à vista 2.703 12.245 Aplicações no mercado aberto 48.028 3.701 Depósitos interfinanceiros 2.815 2.580 Aplicações em depósitos interfinanceiros 6.530 22.361 Depósitos a prazo 4.298 2.790 Títulos e Valores Mobiliários Captações no Mercado Aberto – 24.407 e Instrumentos Financeiros Derivativos 25.647 5.103 Carteira Própria – 24.407 Carteira própria 12.315 5.103 Relações Interfinanceiras – 4 Vinculado à prestação de garantias 13.332 – Recebimentos e pagamentos a liquidar – 4 Relações Interfinanceiras 5.538 501 Relações Interdependências 54 40 Créditos vinculados: depósitos no Banco Central 275 497 Recursos em trânsito de terceiros 54 40 Correspondentes 5.263 4 Obrigações por Empréstimos – 54 Operações de Crédito 45.886 33.274 Empréstimos no exterior – 54 Operações de crédito - Setor privado 49.555 33.441 Outras Obrigações 340.027 2.998 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (3.669) (167) Cobrança e arrecadação de tributos Outros Créditos 253.000 1.290 e assemelhados 10 7 Diversos 266.704 1.290 Fiscais e previdenciárias 1.477 1.979 (Provisão para outros créditos Diversas 338.540 1.012 de liquidação duvidosa) (13.704) – Exigível a Longo Prazo 25.463 67.186 Outros Valores e Bens 433 93 Depósitos 2.197 3.847 Outros valores e bens 14 14 Depósitos a prazo 2.197 3.847 Despesas antecipadas 419 79 Obrigações por Repasses do Exterior – 53.698 Realizável a Longo Prazo 26.651 92.095 Repasses do exterior – 53.698 Títulos e Valores Mobiliários Outras Obrigações 23.266 9.641 e Instrumentos Financeiros Derivativos – 76.137 Fiscais e previdenciárias 19.555 8.931 Carteira própria – 42.458 Diversas 3.711 710 Vinculado a compromisso de recompra – 22.577 66.540 50.190 Vinculado à prestação de garantias – 11.102 Patrimônio Líquido Capital de domiciliados no país 51.973 50.815 Operações de Crédito 6.535 7.244 Reservas de capital 597 597 Operações de crédito - Setor privado 6.571 9.095 Reserva de lucros 2.490 1.632 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (36) (1.851) Ajuste ao valor de mercado de TVM Outros Créditos 20.116 8.714 e derivativos 230 230 Diversos 20.116 8.714 Lucros acumulados 11.250 (3.084) Permanente 29.844 3.285 Investimentos 2.806 2.568 Participação em controlada no país 2.775 2.528 Outros investimentos 31 40 Imobilizado 9.800 609 Outras imobilizações de uso 10.431 1.124 (Depreciação acumulada) (631) (515) Diferido 17.238 108 Gastos de organização e expansão 220.995 290 (Amortização acumulada) (203.757) (182) Total do Ativo 441.900 162.494 Total do Passivo 441.900 162.494 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente de DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita, quando (Valores expressos em milhares de reais) efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível H Res. Aj. valor permanecem nessa classificação por 6 meses, quando então são baixadas Res. de luc. de merc. contra a provisão existente e controladas, em contas de compensação, não Cap. de Res. de TVM e Luc. mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são realiz. cap. legal derivat. acum. Total mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As Slds. em 1º/01/04 43.878 597 1.632 230 6.937 53.274 renegociações de operações de crédito que já haviam sido baixadas contra Aum. de capital 6.937 – – – (6.937) – a provisão e que estavam em contas de compensação são classificadas Prej. do semestre – – – – (3.084) (3.084) como nível H e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente Slds. em 31/12/04 50.815 597 1.632 230 (3.084) 50.190 são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidos. A provisão Slds. em 1º/01/05 50.815 597 1.632 230 (3.084) 50.190 para créditos de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela Aum. de capital 1.158 – – – – 1.158 administração, atende aos requisitos estabelecidos pela Resolução Luc. líq. do exerc. – – – – 20.232 20.232 anteriormente referida, conforme demonstrado na Nota 6. Dest. proposta: d) Investimentos: O investimento em controlada é registrado pelo método • Reservas – – – – (5.040) (5.040) da equivalência patrimonial. Os demais investimentos são registrados pelo • Dividendos – – 858 – (858) – valor de custo, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. Slds. em 31/12/05 51.973 597 2.490 230 11.250 66.540 e) Imobilizado de uso: A depreciação é calculada pelo método linear e as Slds. em 1º/07/05 51.973 597 1.989 230 6.783 61.572 principais taxas anuais são: 20% para veículos e equipamentos de Luc. líq. do sem. – – – – 10.008 10.008 processamento de dados e 10% para outros bens. f) Imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda foi calculada à Dest. proposta: • Reservas – – 501 – (501) – alíquota de 15% acrescido do adicional de 10% sobre o lucro tributável • Dividendos – – – – (5.040) (5.040) anual, que exceder a R$ 240, ajustado pelas adições e exclusões previstas Slds. em 31/12/05 51.973 597 2.490 230 11.250 66.540 na legislação. A provisão para contribuição social foi calculada à alíquota de 9%. g) Obrigações por empréstimos e repasses do exterior: As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Os empréstimos e repasses do exterior estão representados por recursos NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS captados junto ao mercado internacional. Essas obrigações estão EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 denominadas em dólares norte-americanos convertidos à taxa oficial de (Valores expressos em milhares de reais) câmbio na data do balanço, estando sujeitos a taxas variáveis de juros. 1. Contexto Operacional: O Banco VR S.A. opera como banco múltiplo, na 4. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 2005 2004 forma da Resolução nº 1.524/88 do Banco Central do Brasil, autorizado a Aplicações no mercado aberto 48.028 3.701 desenvolver suas operações através das carteiras comercial, inclusive • Letras do Tesouro Nacional 18.011 2.401 câmbio e de crédito, financiamento e investimento. Por decisão da • Letras Financeiras do Tesouro 30.017 1.300 administração do Banco e da VR Vales Ltda., a partir de 1º de fevereiro de Aplicações em depósitos interfinanceiros 6.530 22.361 2005, as operações com VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação • CDI - Não Ligadas 5.310 21.434 foram incorporadas ao Banco VR S.A. Ambas empresas pertencem ao • CDI - Não Ligadas - Vinc. ao Crédito Rural 1.220 927 Grupo VR (Grupo Szajman). 2. Base de Preparação e Apresentação das 54.558 26.062 Demonstrações Contábeis: As demonstrações contábeis foram 5. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com a Lei das Classificação de títulos e valores mobiliários por categoria em Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, Normas da Comissão de Valores 31 de dezembro 2005 2004 Mobiliários - CVM aplicáveis às instituições financeiras e com os critérios custo contábil custo contábil estabelecidos no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Títulos de renda fixa Nacional - COSIF e Normas do Banco Central do Brasil. 3. Resumo das Títulos disponíveis para venda: Principais Práticas Contábeis: a) Apuração do resultado: As receitas e • Ações de companhias abertas 99 11 543 550 despesas são apropriadas pelo regime de competência. As operações com Títulos mantidos até o vencimento: taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e • Notas do Tesouro Nacional – – 54.145 54.145 despesas correspondentes a períodos futuros são registradas em conta • Letras Financeiras do Tesouro 25.636 25.636 21.442 21.442 redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas • Certificados de Depósito Bancário – – 5.103 5.103 pós-fixadas e taxas flutuantes são atualizadas até a data do balanço. 25.735 25.647 81.233 81.240 b) Aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários Ativo circulante 25.647 5.103 e instrumentos financeiros derivativos: Os títulos para negociação e Realizável a longo prazo 76.137 disponíveis para venda, foram ajustados pelos valores de mercado, e o “Títulos Mantidos até o Vencimento”: Classificados em razão da intenção resultado dos ajustes foram registrados em contas de resultado e de da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o patrimônio líquido, respectivamente, pelo valor líquido dos efeitos vencimento. A capacidade financeira está comprovada com base em projetributários. Os títulos mantidos até o vencimento são registrados pelo valor ção de fluxo de caixa conforme exigência do Banco Central do Brasil. Em fede aplicação ou aquisição acrescidas dos rendimentos auferidos até a data vereiro de 2005, por decisão estratégica da administração, o Banco liquidou do balanço. c) Operações de crédito: As operações de crédito são as Obrigações por repasses do exterior - vinculados a títulos públicos fedeclassificadas de acordo com julgamento da administração quanto ao nível rais, alienando as 35.000 NTN-D’s classificados na categoria mantidos até o de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência vencimento, com realização lucro no montante de R$ 5.042. As obrigações passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e os por repasses do exterior, vinculadas a estes títulos foram repassadas à pesgarantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução soa ligada, que recebeu como contrapartida os recursos fruto da liquidação nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, emitido pelo Banco Central do Brasil, das NTN-D’s, nas mesmas condições da obrigação original. 6. Operações que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove de Crédito: Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, as operações de crédito níveis, sendo AA (risco mínimo) e H (risco máximo). As rendas das por setor e respectivos níveis de risco e provisionamento são: Níveis em 31/12/2005 A B C D E F G H Total Setor privado: • Pessoas físicas 49.346 1.087 803 743 574 486 510 2.577 56.126 Total 49.346 1.087 803 743 574 486 510 2.577 56.126 Provisão % 0,5% 1% 3% 10% 30% 50% 70% 100% Valor 247 11 24 74 172 243 357 2.577 3.705 Provisão existente 3.705 • Circulante 3.669 • Realizável a longo prazo 36 Níveis em 31/12/2004 A B C D E F G H Total Setor privado: • Pessoas físicas 38.022 1.260 550 465 330 339 285 1.285 42.536 Total 38.022 1.260 550 465 330 339 285 1.285 42.536 Provisão % 0,5% 1% 3% 10% 30% 50% 70% 100% Valor 190 13 17 46 99 169 199 1.285 2.018 Provisão existente 2.018 • Circulante 167 • Realizável a longo prazo 1.851 A instituição adota como política conservadora não classificar operações com nível de risco AA. Em 31 de dezembro, as operações de crédito apresentam o seguinte perfil por faixa de vencimento: A vencer 2005 2004 Até 180 dias 31.320 24.865 De 181 a 360 dias 14.494 10.674 Acima de 360 dias 6.840 4.836 52.654 40.375 Vencidas De 15 a 60 dias 988 651 De 61 a 180 dias 1.385 886 De 181 a 360 dias 1.099 624 3.472 2.161 Total 56.126 42.536 A provisão para créditos de liquidação duvidosa apresentou a seguinte movimentação: 2005 2004 Saldo em 1º de janeiro 2.018 533 Constituição 4.663 2.756 Baixas (2.976) (1.271) Saldo em 31 de dezembro 3.705 2.018 Em 31 de dezembro de 2005, o estoque de operações de crédito baixados, controladas em conta de compensação, apresentam um valor atualizado de R$ 9.207 (R$ 6.981 em 2004). No exercício findo em 31 de dezembro de 2005, houve recuperação de créditos anteriormente baixados no valor de R$ 947 (R$ 123 em 2004). 7. Captações no Mercado Aberto: As operações compromissadas (R$ 24.407 em 2004), eram pactuadas com outras instituições financeiras e apresentam vencimento no primeiro dia útil do mês subseqüente. 10. Imobilizado Taxas anuais de depreciação Instalações 10 Máquinas e equipamentos 10 Móveis e equipamentos 10 Equipamentos informática 20 Equipamentos comunicação 10 Outras imobilizações em curso

8. Outros Créditos 2005 2004 Créditos tributários - adições temporárias 4.510 4.730 Devedores por depósitos em garantia 13.934 2.366 Imposto de renda a compensar 4.830 2.626 Títulos e créditos a receber 262.883 – Outros 663 282 Provisão p/outros créditos de liquidação duvidosa (13.704) – 273.116 10.004 De acordo com os critérios estabelecidos pela Circular 2.746/97 e Resolução 3.059/02 ambas do Banco Central do Brasil, foi efetuado registro contábil de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o montante das diferenças temporárias representadas pelas despesas apropriadas e ainda não dedutíveis para fins de imposto de renda e contribuição social. Os títulos e créditos a receber, sem característica de concessão de crédito, referem-se a valores a receber de empresas conveniadas pela aquisição dos produtos (VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação). 9. Participação em Controlada no País: Refere-se ao investimento na VR Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., cujos dados são os seguintes: 2005 2004 Capital social 2.452 2.278 Patrimônio líquido 2.907 2.648 Lucro líquido do exercício 258 194 % de participação 95,46 95,46 Valor contábil do investimento 2.775 2.528 Resultado da equivalência patrimonial 247 185 2005 2004 Custo Depreciação corrigido acumulada Líquido Líquido 31 (18) 13 15 118 (62) 56 45 451 (86) 365 77 665 (455) 210 135 18 (10) 8 8 9.148 – 9.148 329 10.431 (631) 9.800 609

11. Diferido Ágio na incorporação Provisão de ágio Amortização acumulada

controlada a valor de mercado e gastos com implantação e aquisição de softwares. A amortização do ágio na incorporação vem sendo calculada proporcionalmente aos resultados apurados em cada exercício e dos softwares pelo prazo de 5 anos, a partir da data de aquisição. 12. Obrigações por Repasses do Exterior: Em 2004 os repasses do exterior referem-se a recursos captados junto a banqueiro no exterior no montante de US$ 20.000.000, vencíveis integralmente em setembro de 2006. Semestralmente são pagos juros à taxa de 3,45% ao ano. Em fevereiro de 2005 o banco liquidou essa operação conforme descrito na

2005 2004 291.288 – (98.197) – (193.091) – – – Outros gastos diferidos 27.904 290 Amortização acumulada (10.666) (182) 17.238 108 O diferido está representado por ágio decorrente de incorporação de

A DIRETORIA Aos Administradores e Acionistas Banco VR S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco VR S.A., em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, e semestre findo em 31 de dezembro de 2005, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam:

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco VR S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004,

a realização de atividades inerentes a esse fim, tais como, credenciamento de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, emissão e cobrança de faturas, assessoria comercial e pagamentos aos estabelecimentos credenciados e demais atividades correlatas. A Administração DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ação) 2º semestre Exercício 2005 2005 2004 Receitas da Intermediação Financeira 15.724 35.735 28.282 Operações de crédito 9.499 18.010 12.868 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 6.225 17.468 15.245 Resultado com instrumentos financeiros derivativos – 265 – Resultado de operações de câmbio – (8) 169 Despesas da Intermediação Financeira 6.471 9.786 9.633 Operações de captação no mercado 975 2.457 9.236 Operações de empréstimos e repasses 5 (1.241) (2.359) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5.491 8.570 2.756 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 9.253 25.949 18.649 Outras Receitas/Despesas Operacionais 389 (5.404) (20.066) Receitas de prestação de serviços 89.183 161.819 830 Despesas de pessoal (4.684) (6.830) (2.689) Outras despesas administrativas (91.789) (176.056) (16.704) Despesas tributárias (6.224) (11.585) (1.581) Resultado de participação em controlada 131 247 185 Outras receitas operacionais 19.614 38.571 88 Outras despesas operacionais (5.842) (11.570) (195) Resultado Operacional 9.642 20.545 (1.417) Resultado não Operacional – – 17 Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 9.642 20.545 (1.400) Imposto de Renda e Contribuição Social 366 (313) (1.684) Lucro Líquido/Prejuízo 10.008 20.232 (3.084) Lucro Líquido por Ação em Reais 2,33 4,71 (0,73) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRE E EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais) 2º semestre Exercício 2005 2005 2004 Origem dos Recursos 37.830 450.774 93.219 Lucro líquido ajustado do período 6.666 18.210 – • Lucro líquido 10.008 20.232 – • Dividendos distribuídos (5.040) (5.040) – • Resultado de participação em controlada (131) (247) – • Depreciações e amortizações 1.829 3.265 – Realização de acionistas: – 1.158 – Aumento de capital – 1.158 – Recursos de terceiros: 31.164 431.406 93.219 Aumento dos subgrupos do passivo: 5.627 351.794 – • Relações interfinanceiras e interdependências – 1.139 – • Outras obrigações 5.627 350.655 – Diminuição dos subgrupos do ativo: 25.527 79.602 93.219 • Aplicações interfinanceiras de liquidez – – 47.541 • Outros créditos 20.421 20.421 35.288 • Relações interfinanceiras e interdependências 3.505 3.505 – • Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 1.518 55.593 10.353 • Outros valores e bens 83 83 37 Alienação de bens e investimentos: 10 10 – • Imobilizado de uso 10 10 – Aplicação dos Recursos 37.799 451.222 92.819 Prejuízo do período – – 3.155 • Prejuízo do período – – 3.084 • Resultado de participação em controlada – – 185 • Depreciações e amortizações – – (114) Inversões em: 5.818 9.313 513 • Imobilizado de uso 5.818 9.313 513 Aplicações no diferido 838 20.274 65 Aumento dos subgrupos do ativo: 18.414 332.897 19.656 • Aplicações interfinanceiras de liquidez 15.220 28.495 – • Operações de crédito 3.194 11.903 19.413 • Relações interfinanceiras e interdependências – 8.542 243 • Outros créditos – 283.534 – • Outros valores e bens – 423 – Redução dos subgrupos do passivo: 12.729 88.738 69.430 • Depósitos 3.305 9.448 6.148 • Operações compromissadas 8.000 24.408 – • Captações no mercado aberto – – 19.610 • Relações interfinanceiras e interdependências 1.130 1.130 5 • Obrigações por empréstimos e repasses 294 53.752 4.676 • Outras obrigações – – 38.991 Aumento (Diminuição) das Disponibilidades 31 (448) 400 Modificação na Posição Financeira Início do período 312 791 391 Fim do período 343 343 791 Aumento (Diminuição) das Disponibilidades 31 (448) 400 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis nota 5. 13. Fiscais e Previdenciárias: O Banco possui R$ 19.555 (R$ 8.931 em 2004) de provisões para riscos fiscais registrados no exigível a longo prazo na rubrica “Fiscais e Previdenciárias”, para fazer face a eventuais perdas com processos judiciais decorrentes dos Planos Verão, Plano Real, isonomia da Contribuição Social, Finsocial, PIS e FGTS, provisão para impostos e contribuições sobre o lucro R$ 826 (R$ 1.635 em 2004) e Impostos e contribuições a recolher R$ 1.383 (R$ 343 em 2004). 14. Outras Obrigações - Diversas: Credores diversos - país Representam as obrigações decorrentes dos vales em circulação (VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação), que se encontram em poder dos usuários e estabelecimentos credenciados no montante de R$ 316.203 e outras R$ 26.048. 15. Capital Social: O capital social está representado em 31 de dezembro de 2005 por 4.299.582 ações (4.202.418 em 2004), sem valor nominal, totalmente subscritas e integralizadas por acionistas domiciliados no País. O Estatuto Social prevê a distribuição de dividendos mínimos de 25% do lucro líquido e, quando for o caso, conforme as resoluções da Assembléia Geral. Não estão sendo propostos dividendos os quais serão objeto de deliberação em Assembléia Geral Ordinária. 16. Transações entre Partes Relacionadas: As captações em depósitos a prazo e interfinanceiros de partes relacionadas são efetuadas pelas taxas normais de mercado, tomando como parâmetro às taxas médias praticadas com terceiros. É paga mensalmente R$ 4.450 despesas com prestação de serviços pela VR Vendas Ltda., pelo fornecimento de mão-de-obra e intermediação junto a clientes RH e estabelecimentos, dos produtos VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação, como mencionado na nota 18 b. Além disso o Banco pagou pela prestação de serviços pela Smart Net Brasil Ltda., relacionados ao processamento e armazenagem de cadastros, disponibilização de terminais, distribuição de carga ou recarga, captura, autenticação, transmissão e roteamento de transações de cartões/produtos para utilização em estabelecimentos e clientes RH, bem como atendimento remoto via central de chamadas, no montante de R$ 11.984 neste exercício como mencionado na nota 18 b. 17. Limite Operacional - Acordo da Basiléia: O patrimônio líquido do Banco é compatível com a estrutura de seus ativos ponderados de acordo com os critérios de risco estabelecido pela Resolução 2.099, de 17 de agosto de 1994 e legislação complementar, do Banco Central do Brasil. 2005 2004 Fator de ponderação de risco Risco reduzido: 20% 95 Risco reduzido: 50% 3.265 13.732 Risco normal: 100% 348.974 44.569 Créditos tributários - Circular 2.916 13.531 14.189 365.770 72.585 PLE - para cobertura de risco - taxa de juros 571 432 PLE - em função do risco das operações ativas 40.806 8.416 18. Outras Informações: a) Derivativos: Não existiam contratos em aberto de operação com derivativos em 31 de dezembro de 2005. b) Outras despesas administrativas: 2005 2004 Despesas de aluguéis 1.971 198 Despesas de arrendamento de bens 2.166 2.850 Despesas de comunicações 1.573 185 Despesas de processamento de dados 29.602 1.521 Despesas de propaganda e publicidade 7.976 2.640 Despesas de seguros 278 351 Despesas de serviços de terceiros 79.442 3.569 Despesas de serviços vigilância e segurança 4.064 3.189 Despesas de serviços de téc. especializados 5.039 974 Despesas de transporte 8.009 346 Despesas de serviços do sistema financeiro 2.113 203 Despesas de amortização de ágio de incorporação 28.614 – Outras despesas administrativas 5.209 678 176.056 16.704 Em 31 de dezembro de 2005, despesas com serviços de terceiros referemse a prestação de serviços pela VR Vendas Ltda. no montante de R$ 48.951, Smart Net Brasil Ltda. no montante de R$ 11.984 ambas do Grupo VR, e outras despesas de consultoria e assessoria em geral. c) Outras receitas operacionais: 2005 2004 Reversão de provisão de ágio de incorporação 28.614 – Juros de mora s/fatura de benefícios 3.583 – Vales vencidos não apresentados 4.792 – Outras 1.582 88 38.571 88 d) Outras despesas operacionais: 2005 2004 Bonificação comercial a empresas usuárias de benefícios 5.809 – Perdas com Clientes RH indedutíveis 1.945 – Perdas com Clientes RH dedutíveis 425 – Custo de confecção de cartão VR 1.554 – Outras 1.837 195 11.570 195 • ADEMAR RIPKE JÚNIOR - TC - CRC 1SP217934/O-2 o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, e semestre findo em 31 de dezembro de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 10 de fevereiro de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP013439/O-5

Orlando Octávio de Freitas Júnior Sócio-contador CRC 1SP178871/O-4

Vale do Rio Doce e Petrobras. "O Meirelles é o fiador do governo, e a sensação é de que ele ganhou uma blindagem da parte do presidente Lula para impedir interferências políticas", comentou um operador. A informação de que Meirelles responderá diretamente ao presidente da República, e não ao novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a impressão de que o BC ganhará mais autonomia. "Por causa disso, as declarações com viés d es en v ol vi me n ti st a de Mantega assustam menos", disse outro operador. A impressão geral é de que Mantega deveria falar o mínimo possível sobre o juro básico, deixando a Selic cair naturalmente, já que as condições são favoráveis para tanto. A aposta de que a taxa poderia cair até um ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Co-

pom) começou a tomar força. Na Bovespa, o movimento financeiro ficou em R$ 2,171 bilhões. O avanço das bolsas americanas também ajudou a melhorar o clima no mercado acionário. Os papéis da Vale e da Petrobras reagiram às recentes altas do dólar. Como essas empresas estão entre as preferidas dos investidores estrangeiros e também têm seus negócios atrelados ao câmbio, o mercado dec i d i u re f a z e r a s contas e recompor posições nelas. O risco-País terminou o dia em 236 pontos-base. O dólar, por sua vez, encerrou em alta ontem, pelo terceiro dia seguido, mas ingressos de recursos ajudaram a equilibrar a pressão imposta pelo cenário externo e pela cautela com o campo político. A divisa norte-americana terminou a sessão a R$ 2,214 para venda. (Agências)

Celso Junior/AE

Mantega chega ao aeroporto de Brasília, vindo do Rio de Janeiro

Ministro ainda não apresentou equipe

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, passou ontem a maior parte do dia na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. Fez uma reunião com todos os diretores do banco e outra, em separado, com o diretor financeiro Carlos Kawall, ex-economistachefe do Citibank no Brasil. Ele é cogitado para assumir a secretaria do Tesouro Nacional, no lugar de Joaquim Levy. Um técnico do banco comentou que Kawall tem experiência no mercado financeiro. O diretor do BNDES defende o alongamento da dívida pública e o aumento da participação dos títulos prefixados no total da dívida interna. Ele também participou de um grupo de trabalho que discutiu o uso das operações de swap reverso pelo Banco Central (BC). De forma geral, são operações no mercado futuro que funcionam para a taxa de câmbio como uma compra de dólares pelo BC, contribuindo para elevar o valor da moeda norte-americana, mas sem que haja efetivamente a troca de moedas. A operação, entretanto, aumenta a dívida

pública indexada à taxa de juros definida pelo BC, a Selic. Sem nomes – Mantega porém, não confirmou nomes da sua equipe no Ministério. Perguntado no aeroporto, ao embarcar para Brasília, se já havia definição, disse que não havia escolhido ninguém e chegou a perguntar, demonstrando bom humor: "Por que a pressa?" Ele viajou para Brasília acompanhado do diplomata do Itamaraty Álvaro Vereda de Oliveira, seu assessor para assuntos internacionais no banco, que também estaria cotado para participar do gabinete do ministro na capital federal. O executivo Demian Fiocca, que assume a presidência do BNDES, dará hoje sua primeira entrevista à imprensa. Novo estilo – No segundo dia no novo cargo, Mantega decidiu dispensar no Rio de Janeiro os seguranças que normalmente acompanhavam o ex-ministro Antonio Palocci. Ele chegou ao banco apenas com o motorista. Outros dois seguranças do Ministério foram ao BNDES para acompanhá-lo. Quando soube da presença, Mantega solicitou que fossem dispensados. (AE)

CEF mantém investimentos

A

imagem da Caixa Econômica Federal (CEF) perante os grandes investidores ficou bastante arranhada com o episódio da violação e vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, mas não prejudicou os investimentos. Segundo uma fonte da instituição, os funcionários de alto escalão foram muito questionados por investidores institucio-

nais, como fundos de pensão e seguradoras. "Criou um certo desconforto", admitiu a fonte. Mas, segundo ela, a situação não evoluiu para uma perda de captação de recursos. A área responsável pelos grandes investidores garante que a instituição conseguiu captar até mais no meio do tiroteio político. O mesmo comportamento se repetiu na caderneta de poupança. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

BALANÇOS INSTITUTO DAS IRMÃS DA SANTA CRUZ CNPJ 57.035.933/0001-31 Ativo 2005 Circulante Caixa e Bancos ......................................... 157.647,37 Aplicações financeiras ............................. 84.155.620,45 Mensalidades a Receber ......................... 1.785.513,01 Provisão para devedores duvidosos ........ (1.630.654,60) Materiais de almoxarifado e estoque ....... 171.692,86 Outras contas a Receber ......................... 322.368,54 Total do circulante .................................. 84.962.187,63 Realizável a Longo Prazo Mensalidades a Receber ......................... 24.655,50 Depósitos Judiciais ................................... 466.810,55 Total do realizável longo prazo ............. 491.466,05 Permanente Investimentos ............................................ 7.150.101,84 Imobilizado ................................................ 17.457.850,65 Depreciação Acumulada .......................... (5.564.200,61) Diferido. ..................................................... 0,00 Total do permanente ............................... 19.043.751,88 Total do Ativo ............................................. 104.497.405,56 Compensação ............................................ 12.455.763,00

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 Passivo 2004 2003 Circulante Fornecedores ............................................ 139.025,68 227.535,70 Salários e encargos sociais. .................... 69.678.854,58 60.503.449,63 Adtos de anuidade e material Escolar ..... 2.027.173,79 1.872.176,49 Outras contas a pagar .............................. (1.420.406,72) (590.696,87) Provisões Férias ....................................... 213.233,04 193.829,17 Provisões para contingências .................. 483.995,88 200.100,14 Total do circulante .................................. 71.121.876,25 62.406.394,26

2005

2004

2003

107.599,62 237.227,12 1.006.756,72 271.488,35 408.822,78 – 2.031.894,59

169.468,86 266.732,75 797.669,87 2.106.775,97 392.817,23 – 3.733.464,68

44.384,34 273.913,99 752.161,23 255.855,10 296.914,25 123.050,32 1.746.279,23

Exigível a Longo Prazo Provisões para contingências .................. Total do exigível longo prazo ................

118.907,77 118.907,77

138.333,15 138.333,15

– –

Patrimônio Social inicial ............................. 87.121.042,75 7.393.687,32 2.893.687,32 Superávit do exercício ................................ 15.225.560,45 16.930.607,10 15.838.203,01 (5.058.770,53) (4.990.993,06) Patrimônio Social ...................................... 102.346.603,20 57.432,13 – 19.322.956,02 13.740.897,27 Total do do Passivo ................................... 104.497.405,56 90.992.840,58 76.620.772,32 Compensação ............................................ 12.455.763,00 9.249.597,49 6.477.013,93 As notas explicativas são parte integrantedas demonstrações financeiras

75.563.809,42 11.557.233,33

61.219.975,79 13.654.517,30

87.121.042,75

74.874.493,09

90.992.840,58 9.249.597,49

76.620.772,32 6.477.013,93

81.197,76 466.810,55 548.008,31

– 473.480,79 473.480,79

Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005 1. Contexto Operacional - O Instituto das Irmãs da Santa Cruz é uma associação civil com personalidade jurídica de direito privado, de fins não econômicos, com caráter beneficente, cultural, filantrópico, educacional, assistencial e promocional comunitária, que têm também por atividade a manutenção do Colégio Santa Maria, instituição de ensino fundamental e médio. O superávit será destinado integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos objetivos sociais. Bolsas são atribuídas conforme a comprovação da necessidade das famílias. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas de conformidade com as NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade, instituídas pelo CFC Conselho Federal de Contabilidade, bem como os dispositivos da Lei das S.As. nº 6404/76. 3. Principais Critérios Contábeis - a) Apuração do superávit do exercício: As receitas e despesas são reconhecidas, mensalmente, respeitando os Princípios de Contabilidade, em especial os Princípios da Oportunidade e da Competência; b) Aplicações financeiras: As aplicações financeiras são registradas ao custo acrescido das receitas auferidas até a data do balanço; c) Imobilizado: Está registrado ao custo de aquisição ou construção acrescido da respectiva correção monetária até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: construções e benfeitorias em terreno - 4%; móveis e equipamentos - 10%, e veículos, equipamentos de processamento de dados e softwares - 20%; d) Provisões - Ativas e Passivas: Foram constituídas em montantes considerados suficientes para cobrir despesas e eventuais perdas com contingências trabalhistas e créditos de mensalidades; e) Assistência Social: Estão demonstradas conforme disposto do Art. 4º, parágrafo único, do Decreto N.º 2.536 de 6 de abril de 1998, alterado pelo Decreto Nº 3.504 de 13/06/2000 e Alterado pelo Decreto Nº 4.499, de 4 de dezembro de 2002 – DOU DE 5/12/2002. 4. Detalhamento de Contas - 4.1 - Investimentos Composição: 2005 2004 2003 Imóveis para renda .................................... 2.891.123,32 2.891.123,32 2.891.123,32 Depreciação acumulada ............................. (250.769,04) (135.021,60) (19.274,16) Participações societárias ........................... 2.564,00 2.564,00 2.564,00 Terrenos ...................................................... 4.507.183,56 4.500.000,00 – Líquido ......................................................... 7.150.101,84 7.258.665,72 2.874.413,16 4.2. Imobilizado Composição: 2.005 Custo Depreciação Descrição Corrigido Acumulada Líquido Terrenos ...................................................... 2.738.668,47 – 2.738.668,47 Imóveis ........................................................ 10.543.308,58 (3.111.756,72) 7.431.551,86 Benfeitorias em terreno .............................. 691.203,78 (217.326,25) 473.877,53 Móveis e utensílios ..................................... 2.438.367,32 (1.425.116,15) 1.013.251,17 Veículos ....................................................... 363.578,09 (248.918,42) 114.659,67 Equip.Informática e Software ..................... 682.724,41 (561.083,07) 121.641,34 Total ............................................................. 17.457.850,65 (5.564.200,61) 11.893.650,04

Demonstração das mutações do patrimônio social para os exercícios de 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 Saldo em 31 de dezembro de 2002 .................................................................. 61.219.975,79 Superávit do Exercício 2003 ............................................................................. 13.654.517,30 Saldo em 31 de dezembro de 2003 .................................................................. 74.874.493,09 Ajuste de exercícios anteriores ......................................................................... 689.316,33 Patrimônio Social Inicial 2004 .......................................................................... 75.563.809,42 Superávit do Exercício 2004 ............................................................................. 11.557.233,33 Saldo em 31 de dezembro de 2.004 ................................................................. 87.121.042,75 Superávit do Exercício 2005 ............................................................................. 15.225.560,45 Saldo em 31 de dezembro de 2004 .................................................................. 102.346.603,20 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

Antonio Pires de Camargo Contador CRC 1SP 158.658/O-4

4.3 - Outras contas a pagar Composição: Descrição 2005 2004 2003 Terreno ........................................................ – 1.750.000,00 – Outras .......................................................... 332.636,80 356.775,97 255.855,10 Total ............................................................. 332.636,80 2.106.775,97 255.855,10 5. Contribuiçoes Previdenciarias - a) A Lei N.º 9.732 de 11 de dezembro de 1998 prevê o recolhimento de quota patronal das contribuições previdenciárias ao INSS, proporcionalmente aos atendimentos gratuitos efetuados pela entidade. A Confederação dos Estabelecimentos de Ensino ajuizaram no Supremo Tribunal Federal, Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de liminar contra a Lei N.º 9.732 de 11 de dezembro de 1998, o qual, o STF concedeu a respectiva liminar, e está atualmente pendente de julgamento final. Dessa forma, a administração e seus consultores jurídicos optaram em não recolher e não provisionar a quota patronal das contribuições previdenciárias ao INSS. No período de 2000 foi depositado judicialmente o montante de R$ 342 mil; b) O Art. 19 da Lei N.º 10.260, de 12 de julho de 2001 regulamentado pelo Decreto N.º 4.035, de 28 de novembro de 2001 altera a legislação sobre concessão de bolsas de estudo exigindo das entidades filantrópicas educacionais a concessão de bolsas de estudos no valor mínimo correspondente à isenção previdenciária. A Confederação dos Estabelecimentos de Ensino ajuizaram no Supremo Tribunal Federal, Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de liminar contra a Lei N.º 9.732 de 11 de dezembro de 1998, o qual, o STF concedeu a respectiva liminar, e está atualmente pendente de julgamento final. Dessa forma, a administração e seus consultores jurídicos optaram em não recolher e não provisionar a quota patronal das contribuições previdenciárias ao INSS; c) Atualmente há discussão jurídica sob a inconstitucionalidade do Parecer da Consultoria Jurídica do INSS n.º 2.414/2001, sob o aspecto de que algumas prestações, serviços ou benefícios não atendem ao conceito de aplicação em gratuidades. 6. Assistência Social Composição: Descrição 2005 2004 2003 Gratuidades de ensino ............................... 5.156.826,46 5.056.578,98 4.925.133,06 Serviço social e assistencial ...................... 3.027.131,00 1.908.964,70 1.640.929,25 Serviços voluntários ................................... 657.596,57 993.736,49 1.245.281,40 Total ............................................................. 8.841.554,03 7.959.280,17 7.811.343,71

As administradoras do Instituto das Irmãs da Santa Cruz - São Paulo (SP) 1. Examinamos o Balanço Patrimonial do Instituto das Irmãs da Santa Cruz levantado em 31 de dezembro de 2005 E 2004, e as respectivas demonstrações do superávit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações dos recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e c) a avaliação das

Parecer dos Auditores Independentes práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo n.º 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto das Irmãs da Santa Cruz em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o superávit de suas operações, as mutações de seu patrimônio social e as origens e aplicações de seus recursos, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme mencionado nas notas explicativas nº. 5 a Lei N.º 9.732 de 11 de dezembro de 1998 prevê o recolhimento de quota patronal das contribuições previdenciárias ao INSS, proporcionalmente aos atendimentos gratuitos efetuados pela entidade. O Decreto nº. 4.035/2001 exige das entidades filantrópicas edu-

Anne Veronica Horner Hoe Presidente

Diane Clay Cundiff Diretora Financeira

Demonstração da Variação Patrimonial Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 Receitas 2005 2004 2003 Receita de ensino ..................................... 24.527.157,45 22.859.333,57 20.841.132,95 Receita com desenvolvimento social ...... 3.684.727,57 2.782.020,06 2.886.210,65 Receitas Financeiras ................................ 13.240.332,83 9.766.541,84 12.677.307,41 Receitas Eventuais e Outras .................... 2.212.139,42 3.082.273,22 2.186.951,84 Total das Receitas ................................... 43.664.357,27 38.490.168,69 38.591.602,85 Gratuidades .............................................. (8.841.554,03) (7.959.280,17) (7.811.343,71) Receita líquida ........................................... 34.822.803,24 30.530.888,52 30.780.259,14 Despesas Proventos e Encargos .............................. (13.591.426,58) (12.442.027,92) (11.590.054,07) Despesas administrativas ........................ (1.818.984,64) (1.767.822,15) (1.602.027,92) Custo da venda de produtos escolares ... (826.121,17) (1.094.474,46) (1.007.149,68) Despesas com conservação .................... (748.940,85) (979.001,56) (867.649,49) Despesas de depreciação ........................ (788.149,87) (715.430,46) (795.270,28) Despesas eventuais ................................. (714.277,68) (746.340,23) (647.719,11) Despesas com prestação de serviços .... (472.140,13) (398.848,56) (386.361,45) Despesas com devedores duvidosos ...... (637.201,87) (829.709,85) (229.509,84) Total das Despesas ................................. (19.597.242,79) (18.973.655,19) (17.125.741,84) Superávit do Exercício ............................. 15.225.560,45 11.557.233,33 13.654.517,30 As notas explicativas são parte integrantedas demonstrações financeiras Demonstração das origens e aplicações de recursos para os exercícios de 31 de dezembro de 2005, 2004 e de 2003 Origens de Recursos das operações 2005 2004 2003 Superávit do Exercício .............................. 15.225.560,45 11.557.233,33 13.654.517,30 Depreciação .............................................. 788.149,87 715.430,46 794.160,43 Baixas do Ativo Imobilizado ..................... 48.943,76 20.831,67 1.250,00 Transferência para exigível a longo prazo – 138.333,15 – Diminuição do realizável a longo prazo ... 56.542,26 – – Trasferência do Diferido p/ circulante ...... 57.432,13 – – Total das Origens .................................... 16.176.628,47 12.431.828,61 14.449.927,73 Aplicações de Recursos Aumento do realizável a longo prazo. ..... – 74.527,52 10.294,70 Aquisições do imobilizado ........................ 608.138,06 1.071.572,42 1.544.427,91 Adições do investimento .......................... 7.183,56 4.500.000,00 2.893.687,32 Ativo diferido ............................................. – 57.432,13 – Total das aplicações ............................... 634.747,00 5.703.532,07 4.448.409,93 Aumento do Capital Circulante Líquido . 15.541.881,47 6.728.296,54 10.001.517,80 Ativo Circulante No início do Exercício ............................... 71.121.876,25 62.406.394,26 52.251.467,23 No fim do Exercício ................................... 84.962.187,63 71.121.876,25 62.406.394,26 Variação .................................................... 13.840.311,38 8.715.481,99 10.154.927,03 Passivo Circulante No início do Exercício ............................... 3.733.464,68 1.746.279,23 1.592.870,00 No fim do Exercício ................................... 2.031.894,59 3.733.464,68 1.746.279,23 Variação .................................................... 1.701.570,09 (1.987.185,45) (153.409,23) Aumento do Capital Circulante Líquido . 15.541.881,47 6.728.296,54 10.001.517,80 As notas explicativas são parte integrantedas demonstrações financeiras 7. Isenção Previdênciária - Em atendimento ao artigo 4º. do Decreto N.º 2.536 de 06 de abril de 1998, os valores relativos às isenções previdênciárias gozadas durante o exercício de 2005, 2004 e 2003, correspondem ao montante de R$ 3.206, R$ 2.772 mil e R$ 2.523 mil , respectivamente. 8. Cobertura de Seguros - Os seguros são contratados sob a forma de limite máximo de indenização único em valores considerados suficientes pela Entidade para cobrir eventuais riscos e perdas sobre os ativos, a saber: Garantias Contratadas Cobertura Em R$ mil Incêndio, raio, explosão e vendaval .......................................................... 3.066 Danos elétricos comuns ............................................................................ 85 Roubo e furtos de bens ............................................................................. 100 Despesas Fixas ......................................................................................... 7 Equipamentos móveis ............................................................................... 28 Valores em trânsito .................................................................................... 7 Veículos automotores (valor de mercado) ................................................ 337 Responsabilidade civil ............................................................................... 1.000 Garagista .................................................................................................... 50 Equipamentos eletrônicos ......................................................................... 60 cacionais a concessão de bolsas de estudos no mínimo correspondente à isenção previdenciária. As liminares obtidas pela Confederação dos Estabelecimentos de Ensino, do STF – Supremo Tribunal Federal estão atualmente pendentes de julgamento final. A administração da entidade orientada pelos seus consultores jurídicos optou em não recolher e não provisionar a quota patronal das contribuições previdenciárias ao INSS. 5. Atualmente há discussão jurídica sob a Inconstitucionalidade do Parecer da Consultoria Jurídica do INSS n.º 2.414/2001, sob o aspecto de que algumas prestações, serviços ou benefícios não atendem ao conceito de aplicação em gratuidades. São Paulo (SP), 23 de março de 2006. Maion & Cia S/C Auditores Independentes José Aparecido Maion CRC/2PA-262-T-9 Contador CRC nº 1-SP-117681/0-3

FOX S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO – CNPJ/MF nº 07.747.410/0001-40 Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 2005 (Valores expressos em milhares de reais) ATIVO Circulante Títulos e valores mobiliários Carteira própria TOTAL DO ATIVO

2005 7.876 7.876 7.876 7.876

Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido para o Período de 25 de Maio (Data da Constituição) a 31 de Dezembro de 2005 (Valores expressos em milhares de reais) Capital Lucros realizado acumulados Total Capital integralizado 7.000 – 7.000 Lucro líquido do período – 547 547 Saldos em 31 de dezembro de 2005 7.000 547 7.547

PASSIVO Circulante Fiscais e previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital Lucros acumulados TOTAL DO PASSIVO

2005 329 282 47 7.547 7.000 547 7.876

Demonstração do Resultado para o Período de 25 de Maio (Data da Constituição) a 31 de Dezembro de 2005 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) 2005 Receitas da Intermediação Financeira 828 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 828 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 828 Outras Receitas (Despesas) Operacionais (37) Despesas tributárias (37) Resultado Antes da Tributação Sobre o Lucro 791 Imposto de Renda e Contribuição Social (244) Lucro Líquido do Período 547 Lucro Líquido por Ação – R$ 0,08

auferidas até a data do balanço e ajustado ao valor de mercado, sendo tal ajuste registrado em contrapartida ao resultado do período. c) Os passivos são demonstrados pelos valores de exigibilidade e contemplam, se houver, as variações monetárias ou cambiais, bem como os rendimentos e encarDemonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o gos auferidos ou incorridos até a data do balanço, reconhecidos em base Período de 25 de Maio (Data da Constituição) a 31 de Dezembro de “pro rata” dia. d) A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para o Período de 2005 (Valores expressos em milhares de reais) de 15% do lucro tributável e acrescida de 10% incidentes sobre o lucro 25 de Maio (Data da Constituição) a 31 de Dezembro de 2005 2005 tributável mensal acima de R$20. A contribuição social foi apurada sobre o (Valores expressos em milhares de reais) 7.876 lucro líquido tributável à alíquota de 9%. 4.Títulos e Valores Mobiliários – Origens de Recursos 1. Contexto Operacional – A FOX S.A. – Crédito, Financiamento e InLucro líquido do período 547 Em 31/12/2005, estão assim representados: a) Composição por montante, vestimento tem como objetivo atuar no mercado de crédito, financiamento Integralização de capital 7.000 natureza da entidade emissora e faixa de vencimento: e investimento no segmento varejista, concedendo empréstimos para pesRecursos de terceiros originários de 329 Acima de soas físicas. O seu capital foi subscrito e integralizado em 25/05/2005 e, em Aumento dos subgrupos do passivo 329 Títulos para negociação Natureza 360 dias Total 21 de setembro do mesmo ano, a Sociedade foi autorizada a funcionar pelo Outras obrigações 329 Letras Financeiras do Tesouro – LFT Pública 7.876 7.876 Banco Central do Brasil – BACEN. A Sociedade está trabalhando no proAplicações de Recursos 7.876 Total 7.876 7.876 cesso de implantação e implementação de sua estrutura operacional e adAumento dos subgrupos do ativo 7.876 ministrativa, com perspectiva de iniciar suas atividades em abril de 2006. Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos para neTítulos e valores mobiliários 7.876 Através de Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 24/02/2006, foi gociação” estão classificados no ativo circulante, independentemente do Variação das Disponibilidades – deliberada a alteração da razão social da Sociedade que passa a ser SAX prazo de vencimento, dado serem ativa e frequentemente negociados. Modificações na Posição Financeira – S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento. 2. Apresentação das De- b) Comparação entre o valor de custo e de mercado: No início do período – Valor de custo Valor de mercado monstrações Financeiras – As demonstrações financeiras foram elabo- Títulos para negociação No fim do período – 7.849 7.876 Variação das Disponibilidades radas com observância das disposições contidas na legislação societária Letras Financeiras do Tesouro – LFT – 7.849 7.876 brasileira, associada às normas e instruções do BACEN, e estão apresen- Total tadas conforme nomenclatura e classificação padronizadas pelo Plano Con- 5. Instrumentos Financeiros Derivativos – Em 31/12/2005, não existiam ções previstas em disposições legais. No período findo em 31/12/2005, os tábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. 3. Sumário posições com instrumentos financeiros derivativos em aberto. 6. Patrimô- acionistas decidiram pela não-distribuição do resultado, optando por reinvestir das Principais Práticas Contábeis – As principais práticas contábeis nio Líquido – O capital social, totalmente integralizado, é representado por os lucros nas operações da Sociedade. 7. Imposto de Renda e Contribuiadotadas para a elaboração das demonstrações financeiras são as seguin- 7.000.002 de ações, sendo 3.500.001 de ações ordinárias nominativas e ção Social – Em 31/12/2005, a demonstração do cálculo do imposto de tes: a) O resultado das operações é apurado pelo regime de competência. 3.500.001 de ações preferenciais nominativas, sem valor nominal. De acor- renda e da contribuição social está assim representada: 791 b) Os títulos e valores mobiliários, classificados na categoria “títulos para do com o estatuto social, os acionistas têm direito a um dividendo mínimo Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social negociação”, são avaliados ao custo de aquisição, acrescido das receitas de 25% do lucro líquido, apurado em cada balanço, após outras destina- Imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9% (244) Diretoria Contador: Luiz Fernando Messias Bispo Décio Goldfarb – Diretor Superintendente Marcio Luiz Goldfarb – Diretor Comercial Paulo Sérgio Borsatto – Diretor Administrativo e Financeiro CRC 1SP105235/O-6 – CPF nº 882.798.208-68 Parecer dos Auditores Independentes me foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e com- monial e financeira da Fox S.A. Crédito, Financiamento e Investimento em preendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de Aos Acionistas e Administradores da saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos corresFox S.A. Crédito, Financiamento e Investimento – São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Fox S.A. Crédito, Financiamento e da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e pondentes ao período de 25 de maio (Data da Constituição) a 31 de deInvestimento, levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas de- dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulga- zembro de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. monstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das ori- dos; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais repreSão Paulo, 10 de março de 2006. gens e aplicações de recursos correspondentes ao período de 25 de maio sentativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apre(Data da Constituição) a 31 de dezembro de 2005, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exa-

sentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patri-

Deloitte Touche Tohmatsu Osmar Aurélio Lujan Auditores Independentes Contador CRC nº. 2 SP 011609/O-8 CRC nº 1 SP 160203/O-1

EUROVEST S.A. CNPJ/MF nº 03.373.787/0001-23 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004 e 2003. Balanço Patrimonial Encerrado em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 Demonstração do Resultado do Exercício 31/12/2004 31/12/2003 Ativo 31/12/2004 31/12/2003 Passivo 31/12/2004 31/12/2003 168.595,50 136.833,65 Receita Bruta Ativo Circulante 380.079,97 123.636,92 Passivo Circulante 3.908.085,09 2.527.059,00 40.326,70 39.581,54 Prestação de Serviços Disponível 326.073,65 22.662,33 Obrigações Fiscais 3.908.085,09 2.527.059,00 40.326,70 39.581,54 Caixa 487,42 3.849,45 Obrigações Fiscais Deduções (278.400,74) (243.861,20) 83.581,73 77.246,61 Bancos Conta Movimento 25.586,23 18.812,88 Obrigações Trabalhistas (-) Impostos Incidentes (2.792,00) (243.861,20) 44.718,55 41.441,45 Aplicações Financeiras 300.000,00 – Ordenados e Salários Receita Líquida 3.629.684,35 2.283.197,80 38.863,18 35.805,16 Outros Créditos – 3.044,68 Encargos Sociais 3.629.684,35 2.283.197,80 44.687,07 20.005,50 Lucro Bruto Adiantamentos a Terceiros – 3.044,68 Outras Obrigações 36.929,10 11.722,57 Despesas Operacionais Impostos a Recuperar 49.522,80 93.599,04 Contas a Pagar 7.757,97 8.282,93 (-) Despesas Administrativas Impostos e Contrib.Compensar 49.522,80 93.599,04 Aluguéis a Pagat (2.249.887,51) (1.698.837,44) – 323,58 (-) Resultado Financeiro Desp. do Exerc. Seguinte 4.483,52 4.330,87 Exigível a Longo Prazo (15.577,32) (6.331,58) – 323,58 (+) Outras Receitas Operacionais Despesas Antecipadas 4.483,52 4.330,87 Outras Obrigações – Longo prazo 120.481,28 – – 323,58 Ativo Real.l.prazo 33.470,97 62.769,23 Conta Corrente Empresas Ligadas Lucro/Prejuízo Operacional 1.484.700,80 578.028,78 2.103.135,72 1.008.672,18 Créditos e Valores 33.470,97 62.769,23 Patrimônio Líquido Outras Receit./Desp.não Operacionais 2.103.135,72 1.008.672,18 Crédito de Sócios 33.470,97 62.769,23 Patrimônio Líquido 1.002,42 – 1.157.000,00 1.157.000,00 (+) Resultado na Venda de Ativo Imobilizado Ativo Permanente 1.858.180,28 959.423,26 Capital Social (109.364,73) (40.535,32) 1.157.000,00 1.157.000,00 (-) Contribuição Social s/ Lucro Líquido Imobilizado 1.858.180,28 957.382,62 Capital Nacional (-) Provisão p/ Imposto de Renda (279.790,91) (88.598,11) 47.306,79 – Terrenos 56.554,44 56.554,44 Reservas 47.306,79 – Obras em Andamento 1.550.377,98 611.520,28 Reserva Legal Lucro Líquido.do Exercício 1.096.547,58 448.895,35 898.828,93 (148.327,82) Instalações 24.291,56 28.409,84 Lucros/Prejuízos Acumulados Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 898.828,93 (148.327,82) Máquinas e Equipamentos 30.986,80 35.457,40 Lucros/Prejuízos Acumulados 31/12/2004 31/12/2003 Móveis e Utensílios 37.519,93 42.542,61 Origem de Recursos 1.243.011,49 575.301,17 Veículos 85.100,01 119.786,67 Das Operações Marcas e Patentes 522,00 630,00 Lucro do Exercício 1.096.547,58 448.895,35 Computadores e Periféricos 44.356,96 54.249,08 Depreciação e Amortização 103.318,39 102.149,93 Direito de Uso de Software 28.470,60 8.232,30 Diferido – 2.040,64 Ajuste Devedor de Exerc. Anterior 2.084,04 – Gastos Pré - Operacionais – 2.040,64 Baixa valor residual do Ativo Permanente 11.763,22 24.255,89 2.271.731,22 1.145.829,41 De Terceiros Total do Ativo 2.271.731,22 1.145.829,41 Total do Passivo Redução do Realizável a Longo Prazo 29.298,26 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Dezembro de 2002 a Dezembro de 2004 1.018.330,29 627.451,93 Capital Social Capital Integralizar Reserva de Capital Lucros (Prej.) Acumulados Total Aplicações de Recursos Saldo em 31/12/2002 1.657.000,00 (500.000,00) 7.832,48 (505.055,65) 659.776,83 Aquisição Imobilizado 1.018.006,71 464.682,70 Distribuição de Dividendos – – – (100.000,00) (100.000,00) Redução do Exigível a Longo Prazo 323,58 – Reversão da Constituição Reserva Legal – – (7.832,48) 7.832,48 – Distribuição de Dividendos – 100.000,00 Lucro do Exercício – – – 448.895,35 448.895,35 Aumento do Realizável a Longo Prazo – 62.769,23 Saldo em 31/12/2003 1.657.000,00 (500.000,00) – (148.327,82) 1.008.672,18 Capital Circulante Líquido 224.681,20 (52.150,76) Ajuste de Exercícios Anteriores – – – (2.084,04) (2.084,04) Ativo Circulante 256.443,05 (50.631,45) Constituição de Reserva Legal – – 47.306,79 (47.306,79) – Início do Exercício 123.636,92 174.268,37 Lucro do Exercício – – – 1.096.547,58 1.096.547,58 Fim do Exercício 380.079,97 123.636,92 Saldo em 31/12/2004 1.657.000,00 (500.000,00) 47.306,79 898.828,93 2.103.135,72 Passivo Circulante 31.761,85 1.519,31 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Início do Exercício 136.833,65 135.314,34 1) Contexto Operacional: A sociedade tem por objeto: (a) elaboração de reduzido pela amortização calculada pelo método linear, pelo prazo do con- Fim do Exercício 168.595,50 136.833,65 estudos projetos econômicos, inclusive setoriais e empresarias; (b) levanta- trato de locação. Capital Circulante Líquido 224.681,20 (52.150,76) 31/12/2004 mento, compilação, organização e análise de informações ecnômicas ge- 4) Composição do Imobilizado: rais e setoriais; (c) intermediação de negócios em geral; (d) prestação de Está composto como segue: 5) Composição do Diferido: 31/12/2004 56.554,44 Está composto como segue: serviços nas áreas de consultoria e assessoria financeira em geral, e (e) Terrenos 1.550.377,98 Gastos Pré-operacionais outras atividades similares que independem de autorização legal específica. Obras em andamento 5669,09 41.181,70 (-) Amortização Acumulada 2) A Apresentação e Elaboração das Demonstrações Contábeis: As de- Instalações (5.669,09) 7.800,01 Diferido Líquido monstrações contábeis foram elaboradas e apresentadas em conformidade Máquinas e Equipamentos – 60.033,28 6) Capital: Está representado por 1.657.000 ações ordinárias, todas nomicom as disposições da Lei das Sociedades por Ações. 3) Principais Práti- Móveis e Utensílios 296.700,00 nativas, no valor nominal de R$ 0,6982 cada uma, sendo 1.425.600 ações cas Contábeis: A) Apuração do Resultado: As receitas e despesas são Veículos 1.080,00 de residentes no exterior e 231.400 ações de residentes no país. registradas conforme o regime de competência. B) Imobilizado: Demons- Marcas e Patentes 139.879,40 trado ao custo de aquisição corrigido monetariamente e reduzido pela de- Computadores e Periféricos Diretoria 44.902,26 preciação calculada pelo método linear, utilizando-se das taxas estabelecidas Direito de Uso de Software Luis Antonio Dias Soares – Diretor Presidente (377.234,83) em função do tempo de vida útil do bem, fixado por espécie de bem. C) (-) Depreciação Acumulada Antonio Carlos Lopes – CRC/CT 1SP104823/0-3 1.821.274,24 Diferido: Demonstrado ao custo de aquisição corrigido monetariamente e Imobilizado Líquido

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COMUNICADO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO - ABRACOM

CNPJ nº 05.211.047/0001-18 Relação das Chapas Registradas e abertura de prazo para impugnações Em conformidade com as disposições do Estatuto Social, ficam cientes os associados da ABRACOM que foi tempestivamente inscrita apenas 01 (uma) chapa para concorrer aos cargos da Diretoria e do Conselho Fiscal da Associação quando da próxima Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a ser realizada no próximo dia 25 de abril de 2006, às 16:30 horas, no Spazio JK, situado na Capital do Estado de São Paulo, na Avenida Juscelino Kubitschek nº 1726 - bairro Itaim Bibi, a saber: Chapa Consenso. Inscritos para concorrer aos cargos da Diretoria: Diretor Presidente: José Luiz Schiavoni (S2 Comunicação Integrada); Diretora 1ª Vice-Presidente: Rosâna Monteiro (Ketchum Estratégia); Diretor Vice-Presidente: Ciro Dias Reis (Imagem Corporativa); Diretor Secretário Geral: Pedro Cadina (Via News Comunicação); Diretor de Assuntos Institucionais: Andrew Greenlees (Companhia de Notícias); Diretora de Comunicação: Cristina Moretti (Inpress Porter Novelli); Diretora de Finanças: Marta Dourado (Fundamento); Diretor de Assuntos Internacionais: Francisco de Carvalho (BursonMasteller); Diretora de Capacitação Profissional: Gisele Lorenzetti (LVBA Comunicação); Diretor de Assuntos Jurídicos: Guilherme Gaspar (Gaspar & Associados); Diretor de Expansão e Mobilização: Marcos Trindade (FSB Comunicações); Diretora de Imagem e Eventos: Vânia Bueno (Anima Planejamento e Imagem). Inscritos para concorrer aos cargos do Conselho Fiscal: Maysa S. Penna (RP1 Comunicação); Eduardo Cesário Ribeiro (Mega Brasil Comunicação e Eventos); Cacilda Nunes Casado (Intersection Comunicação). Com a finalidade de assegurar a lisura do procedimento eleitoral, foi formada Comissão eleitoral com dois (02) integrantes, sendo 01(um) indicado pela chapa Consenso – Sr. Pedro Cadina - e 01 (um) indicado pela atual Diretoria da Associação - Sra. Vânia Bueno. Finalmente, na forma do Estatuto Social da ABRACOM, encontra-se aberto a partir da data da publicação do presente, o prazo de 05 (cinco) dias para a apresentação de eventuais impugnações, as quais deverão ser reduzidas por escrito e encaminhadas sob protocolo aos cuidados do Diretor Presidente da ABRACOM, no endereço situado na Rua Pedroso Alvarenga nº 584 - conjunto 51, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, das 9:00 às 18:00 horas, de segunda a sexta, exceto feriados. São Paulo, 24 de março de 2006. Diretor Presidente

CONVOCAÇÃO CÂMARA VENEZUELANA BRASILEIRA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA

C.N.P.J. 49.936.024/0001-46 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os senhores associados efetivos para a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária desta Câmara, que se realizará no Hotel Crowne Plaza, salão Jasmim, localizado à Rua Frei Caneca, 1360 nesta Capital, no dia 28 de abril de 2006 às 16:30 hs. em primeira e às 17:00 hs. em segunda chamada, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Examinar e aprovar o relatório da Diretoria relativo às atividades do exercício anterior; b) Ratificações de Diretores nomeados ao longo do exercício anterior; c) Examinar e aprovar os balanços gerais; d) Examinar e aprovar o orçamento para o próximo exercício; e) eleger a nova Diretoria para o próximo período; f) Alteração nos Estatutos; g) Outros assuntos de interesse da entidade. São Paulo, 28 de março de 2006. José Francisco F. Marcondes Neto - Presidente.

EDITAIS


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

DOISPONTOS -13 13

Mauricio Lima/AFP

Tuca Vieira/Folha Imagem

U

NO ESPAÇO

.

Dois paulistas do interior. Qual a semelhança entre o ex-ministro Palocci e

o astronauta Marcos Cesar Pontes? Ambos são figuras notáveis do interior paulista (um de Bauru e outro de Ribeirão Preto), muito assediadas pela mídia. Contudo, o segundo deve ser motivo de orgulho para o cidadão de Bauru, enquanto o primeiro... Um está indo

para o espaço, o outro já foi.

HERIVELTO ALVES, HERIVELTO.WORLDBROKERS.COM.B

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Homens de preto Para apagar da memória do brasileiro alguns fatos é melhor usar as armas certas

abe aquele aparelhinho que os Homens de Preto utilizam em seus filmes para apagar da memória dos comuns humanos a lembrança de cenas em que aparecem extra-terrestres? Alguns políticos brasileiros, no poder e fora dele, tentam com seus assessores e puxassacos descaracterizar e apagar da memória das testemunhas o que elas presenciaram de falcatruas destes políticos no passado. Estes políticos deveriam andar com um aparelho daqueles no bolso. Assim, não precisariam se dar ao trabalho de ficar negando tudo. Estamos vivendo a era do "não sei", "não vi", "não fui eu e tenho raiva de quem me prove o contrário". No desgoverno em que o País se encontra, estamos vendo todo tipo de negociata e todos os envolvidos, mesmo desmascarados por documentos e por testemunhas, continuam mentindo. Estes elementos contam com a máquina do governo para os livrarem da punição e com a ajuda da mídia que lhes dá cobertura para dizerem o que querem, por ocuparem cargos importantes

S

DEU

Celso Júnior/AE

Serraglio fez bem o dever de casa, na opinião do colunista Ricardo Noblat, que cobriu em seu blog, passo-a-passo, a leitura do relatório da CPMI dos Correios. Osmar Serraglio contrariou governistas e desprezou, desculpas oficiais.

BLOGDONOBLAT.COM.BR

no governo. Fazem com que a opinião pública coloque em dúvida as instituições que buscam desmascará-los. G Todos os O que muitas vezes aconteenvolvidos, mesmo ceu no Brasil foi que os mafiosos, desmascarados certos de ficarem impunes, acreditapor documentos vam que as pessoas que exerciam funções e testemunhas, de garçons, porteiros, ascensoristas, pessoal da continuam limpeza, caseiros e que os cercavam eram covarmentindo. des ou extremamente ignorantes para não perceberem que o que estava acontecendo. Impossível G Estamos vivendo para uma pessoa, por mais simples que seja, não a era do "não sei", perceber a presença de imponentes casacos, com seus carros pretos cheios de mistérios. "não vi", "não fui Falta ainda, para muitos, a consciência de que eu e tenho raiva de todos estamos no mesmo barco e mesmo tendo quem me prove o apenas uma colher sempre poderemos ajudar a ticontrário". rar a água que ameaça afundá-lo. Não há político inocente, já dizia Ulisses Guimarães. O acusado tem o direito de negar tudo e cabe ao acusador provar o que está afirmando. Agora, usar o cargo e toda a máquina do poder para se safar... é confessar a culpa. JOÃO PATRICIO JBPATRICIO@UNISYS.COM.BR

Um tiro de canhão contra o governo e o PT

NO

BLOG

G Usar o cargo e toda a máquina do poder para se safar... é confessar a culpa.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

relatório final da CPI dos Correios, lido há pouco pelo deputado Osmar Serraglio (PMDBPR), é um tiro de canhão disparado contra o governo e o PT. Livra a cara de Lula quando conclui pela inexistência de prova de que ele tenha se omitido. Mas reforça a suspeita

O

sobre o negócio feito entre a Telemar e a empresa de jogos eletrônicos Gamecorp de Fábio Luís, filho de Lula. Serraglio fez tudo ao contrário do que Lula e o PT esperavam dele quando o deputado José Borba (PR), líder do PMDB, o indicou para relator da CPI. Disse que o mensalão existiu, sim, e que serviu para pagar a deputados

dispostos a votar como o governo mandasse. Desprezou, pois, a desculpa oficial avalizada até por Lula de que só houve Caixa 2 do PT. Apontou empresas públicas e privadas que financiaram o Valerioduto com fabulosas somas de dinheiro. Enxergou graves irregularidades em 25 de 51 contratos no valor de R$ 5,7

m segundo defeito gravíssimo da proposta de emenda constitucional que sai da CPMI dos Correios é deixar de fora tanto o Judiciário quanto o Legislativo. No Judiciário, a liberdade de nomeações levou à ascensão, a cargos de responsabilidade, da parentalha de muitos juízes. O Conselho Nacional de Justiça exigiu a demissão de todos eles. Uma boa coisa? Decerto que sim. Mas suficiente? De jeito nenhum. Conforme juízes declararam no auge da crise do nepotismo no Judiciário, proibir a nomeação de parentes não fará os magistrados deixarem de nomear os amigos. Ao não atacar o problema na generalidade que se exigiria, o sub-relatório Lorenzoni sacramenta uma situação por todos os títulos intolerável. O mesmo se pode dizer quanto à ausência do Legislativo entre os alvos da proposta. Deputados federais nomeiam cerca de vinte pessoas para

bilhões assinados pelo governo anterior e pelo atual entre 2000 e 2005. E pediu o indiciamento por vários crimes de um total de 122 pessoas - 19 deputados ou exdeputados (entre eles, José Borba), dois dos colaboradores mais próximos de Lula (os exministros José Dirceu e Luiz Gushiken), e o senador Eduardo Azeredo (PSDBMG).

O governo e a oposição se preparam agora para travar a partir da próxima terçafeira a sangrenta batalha da votação do relatório de Serraglio. Se a CPI chegar ao fim sem aprovar relatório algum, a culpa caberá unicamente ao governo. A oposição já está no lucro. O relatório será sua bíblia nas eleições.

CLÁUDIO WEBER ABRAMO

AINDA OS

CARGOS DE CONFIANÇA CPMI dos Correios divide-se em diversas subrelatorias, cada qual sob a responsabilidade de um parlamentar. No que tange às lições da crise, a mais importante, e de longe, é a Sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção, comandada pelo deputado Onyx Lorenzoni, do PFL gaúcho. Nas últimas duas semanas, o deputado Lorenzoni vazou para a imprensa o relatório que será submetido à votação do plenário da CPMI. Dentre as diversas sugestões de alterações legislativas propostas por Lorenzoni está a proposta de uma emenda à Constituição que altera a quantidade de cargos ditos “de confiança” à disposição dos poderes Executivos das três esferas. Essencialmente, a emenda limita esses cargos a 1% do contingente da Administração. Embora salutar sob esse ponto de vista, a emenda Lorenzoni padece de defeitos graves.

A

primeiro, manter a prerrogativa de nomeação de pessoas para preencher cargos de “direção, chefia e assessoramento”. Ou seja, a limitação de nomeações não atingirá quem decide, afetando pessoas de nível hierárquico inferior a esses. Ora, as malfeitorias detectadas nos Correios decorreram do loteamento dos cargos de livre nomeação entre partidos, em troca de apoios parlamentares. Por quê os partidos querem esses cargos e o que fazem, uma vez que os controlem, é notório – fazem negociatas. Nenhum partido briga para nomear o copeiro ou o estafeta. O que eles querem são diretorias, chefias. Diferentemente do que acabou por se materializar, o que se exigiria como fruto do aprendizado na CPMI dos Correios seria reduzir esse poder inaudito de interferência política sobre os cargos de responsabilidade real no Estado, de que gozam indiscriminadamente presidentes da República, governadores e prefeitos, e não apenas diminuir a quantidade de funcionários subalternos assim nomeados.

O

Uma das lições da crise é retirar efetivamente de juízes e de parlamentares a prerrogativa de nomear pessoas ocupar funções em seus gabinetes. Um deputado estadual em São Paulo ou Porto Alegre nomeia quinze indivíduos. E por aí vai ao longo dos estados e dos 5651 municípios. O resultado dessa liberdade é que as funções de gabinete dos parlamentares são ocupadas por seus cabos eleitorais. De modo geral (é evidente que há exceções, mas elas desaparecem no oceano dos aspones), essa gente pensa 24 horas por dia na reeleição do Fulano que os nomeou. Nada dedicam ao cumprimento das funções legislativas e fiscalizatórias das respectivas Casas. sses mecanismos de compadrio no Judiciário e no Legislativo só podem ser coibidos efetivamente retirando-se de juízes e de parlamentares a prerrogativa de nomear pessoas. Se o privilégio não lhes for retirado, é certo que eles o utilizarão em benefício próprio. Um benefício adubado por salários que saem do Tesouro Nacional, a saber, de nossos bolsos. Por essas e outras razões, e nesse particular, o relatório da Subrelatoria de Normas não atingirá o objetivo a que se propunha, ou seja, propiciar melhores condições para o combate à corrupção no Brasil.

E

CLÁUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA

TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR

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quinta-feira, 30 de março de 2006

Nacional Empresas Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 Revistas importadas e raridades de vários países são encontradas na Banca Europa

MAIS DE TRÊS MIL TÍTULOS DISPONÍVEIS

Denise Adams/AFG

Chiques e famosos ao vivo... em uma banca de jornais A Europa vende títulos internacionais que despertam o interesse de celebridades Ana Laura Diniz

O LETREIRO

L

ocalizada no início da Avenida Europa, o nome da banca faz jus ao atendimento de primeiro mundo e ao privilegiado espaço que ocupa na esquina com a Rua Groenlândia, nos Jardins, em São Paulo. Tudo que o leitor imagina pode encontrar lá. Famosa por ser ponto de encontro de gente bonita, rica e famosa, a banca Europa tem como freqüentadores assíduos a família Diniz, Chico e Rico Mansur e Fernanda Lima, entre outros. (ALD)

SEGREDO

O

mito de que na Banca Europa tudo se encontra foi e ainda é o maior gancho comercial do empreendimento. Tanto é verdade que os clientes aparecem de toda parte: dos confins da zona leste a várias cidades da região de Campinas. Por estar sempre na badalação, houve casos, como na época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em que os donos chegaram a comprar publicações de outras bancas para que não faltassem revistas para seus clientes. (ALD)

PEDRA

A

primeira dificuldade de Wilson Mathias, proprietário da banca Europa, há 20 anos, foi conseguir capital para assumir o empreendimento. Mas foi a partir dos anos 90 que dois outros fatores dificultaram o negócio: a falta de segurança no bairro dos Jardins, que afastou boa parte da clientela notívaga; e o advento da internet, elemento crucial para a queda nas vendas das revistas. Muitas pessoas trocaram o "papel" pelos sites de compras e consultas de produtos. (ALD)

ra entra Reinaldo Lourenço acompanhado de Glória Coelho, ora sai Fernanda Lima, Daniela Cicarelli, Fause Haten e Clodovil. Parece desfile de moda, mas esse vaivém de famosos ocorre muito além das passarelas. É na simplicidade da banca de jornais Europa que os encontros mais diversos ocorrem. Localizada no começo da Avenida Europa, na esquina com a Rua Groenlândia, nos Jardins, a banca há 40 anos é famosa por numerosos encontros calorosos: de bate-boca de políticos como Eduardo Suplicy e Paulo Maluf, a outros amenos entre Marta Suplicy e Celso Pitta. Em 12 metros quadrados, muitos romances também tiveram começo e fim, na banca pioneira em funcionamento 24 horas em São Paulo. O maior atrativo, enfatiza o sócio-proprietário Wilson Mathias, é um só: produto especializado aliado a atendimento e qualidade de primeiro mundo. "Aqui chamamos o cliente pelo nome. Conversamos sobre política, futebol, o que for", conta. Não à toa, toda a família Diniz e figuras de peso, como Sig Bergamin, Nizan Guanaes e Nando Reis, são clientes assíduos. "Muita gente rica pára aqui com um Celta ou um Gol. Gente importante que não gosta de ostentar", diz o proprietário. Mathias conta que há 20 anos, quando adquiriu o empreendimento, as vendas de revistas eram feitas em caixotes. "Com o tempo, o processo de venda evoluiu", diz. As mudanças incluíram o tamanho do negócio. Seus 30 metros quadrados tiveram de ser reduzidos a 12 metros quadrados, por exigência da Prefeitura. "O tamanho de uma banca depende do espaço que existe de calçada. Mais da metade da cidade está irregular, mas, como somos referência, ficamos visados", diz. Mathias lembra que, antes de tomar a frente da Banca Europa, o mercado jornaleiro em São Paulo era muito amador. Formado em administração de empresas, ele abriu mão das regalias que tinha como gerente da Abril Cultural para se tornar empreendedor. "O sonho de ter meu próprio negócio falou mais alto", revela. Tão alto que, para conseguir comprar a banca do antigo dono, vendeu a única casa que tinha, e morava. "Valeu a pena. Muitos concorrentes copiaram minhas técnicas", diz. A principal fórmula de sucesso de Mathias foi a exposi-

ção correta de publicações, e o que considera mais desafiador, o controle de faturamento. "Hoje, tudo é informatizado. Controlamos as vendas, o estoque, mas tudo exige uma atenção diária ferrenha", afirma. E, para se manter em destaque, ele precisa zelar pelo seu maior diferencial: a comercialização de revistas importadas, raras e especializadas, como a preferida do ex-prefeito Paulo Maluf, E xc el l en c e, que publica tudo sobre Porsches. Também as mais cobiçadas, como a Wired, de informática, a francesa L’Officiel, e o trio Vogue (americana, francesa e inglesa) são encontradas em grande quantidade. Variedade No total, cerca de 3,5 mil títulos nacionais e importados desfilam nas estantes, de acordo com o assunto. Fotografia, economia e computação estão entre os assuntos mais comuns. Mas há seções para os aficcionados por náutica, bicicleta, esportes radicais e aviões. Isso sem falar no porte pesado dos periódicos internacionais. Jornais conhecidos, como o americano The New York Times, o londrino Finantial Times e o francês Le M o n d e e n c aram de frente periódicos menos acessíveis para o público, como o argentino Clarín e o italiano C orr ie re della Sera. Mas se o interesse é nacional, além dos jornais paulistas e cariocas, é possível comp r a r o p a r anaense Folha de Londrina e os do Sul, Zero Hora e o Correio do Povo. Toda essa diversidade tem rendido à banca vários recordes. "Na época d o i m p e a c hme nt do ex-presidente Fernando Collor de Mello, por exemplo, as pessoas faziam filas homéricas para comprar O Estado de S. Paulo. Chegamos a vender 1,2 mil exemplares do jornal num único dia", orgulha-se Mathias. Não é por menos. Com uma clientela cheia de "bala na agulha", como define o proprietário, quem imaginaria que ali, em uma esquina, vive o Brasil Primeiro Mundo, formado por pessoas educadas, refinadas e bem-informadas.

EMPREENDEDORES Na esquina da Avenida Europa com a Rua Groenlândia fica a mais famosa banca de jornais de São Paulo

Wilson Mathias atribui o sucesso da banca ao atendimento eà diversidade de títulos disponíveis

CABECEIRA

O Monge e o Executivo, à la Brasil

C

omo colocar em prática os ensinamentos de James C. Hunter, autor de O Monge e o Executivo, nas organizações brasileiras? O sucesso do escritor norteamericano atraiu seguidores em todo o mundo. Não foi diferente no Brasil. Por aqui, o autor Luis Paulo Luppa escreveu A Essência da Liderança de Resultados (Editora Landscape), que traduz parte dos ensinamentos da obra de Famílias de renome e pessoas comuns compram revistas na banca

Hunter para o cotidiano das empresas nacionais. O livro é dirigido principalmente para os profissionais que lideram equipes de vendas. Demonstra, com certo humor, a pressão constante, a necessidade de resultados imediatos, o medo e até a exigência de sacrifícios para quem quer alcançar metas ou até mesmo superá-las. O autor também produziu um DVD sobre o tema. Dora Carvalho


Ano 81 - Nº 22.097

São Paulo, quinta-feira 30 de março de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 00h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

So

O

! l i s a r B da

Shamil Zhumatov/Reuters

tenente-coronel da Aeronáutica Marcos César Pontes partiu ontem, às 23h30, rumo à Estação Espacial Internacional, onde ficará por oito dias. Primeiro astronauta brasileiro a subir ao espaço, Pontes divide a Soyuz TMA-8 com o americano Jeffrey Williams e o russo Pavel Vinogradov. Esta missão faz parte da 13ª expedição àquela estação espacial e celebra o pioneirismo de outro brasileiro, Santos Dumont, que há 100 anos, com o 14 Bis, fez o seu primeiro vôo na França. Pág. 14 HOJE Nublado Máxima 25º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 17º C.

FUJA PARA MIAMI Siga o mapa do glamour, na cidade mais badalada da Flórida. DC Boa Viagem

n u f A

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Joedson Alves/AE

s 1.828 páginas do relatório final da CPI dos Correios "sintetizam a degradação de um escândalo imoral" e mostram que "o mensalão foi uma realidade". O relator Serraglio pede o indiciamento de Zé Dirceu, Gushiken, Genoino, Silvio Pereira, Delúbio, do senador Azeredo e de mais 18 deputados e uma centena de pessoas. Poupa Lula, mas recomenda investigar seu filho, Lulinha. É o governo e o PT afundando mais na lama movediça: páginas 3, 4, 5 e 6. Greater Miami Convention & Visitors Bureau

! l i s a r B be


DIÁRIO DO COMÉRCIO

MIAMI

quinta-feira, 30 de março de 2006

N ão é de hoje que esta

TURISMO - 1

PELAS ÁGUAS E TRILHAS DA SERRA DO JAPI Esta é a segunda reportagem de uma série dedicada a aventura a menos de 300 km de SP. Confira toda última quinta-feira do mês. Pág 4

O mapa do glamour Fotos: Divulgação

Sonaira San Pedro

Sonaira San Pedro

cidade da Flórida atrai viajantes brasileiros. Mas a cada ano que passa Miami torna-se um destino ainda mais sedutor. Mistura o clima latino a pitadas generosas de sofisticação e elegância, à mostra em incontáveis lojas, restaurantes e hotéis – novos e tradicionais. Págs. 2 e 3

Downtown Miami (no topo), o centro financeiro, pipoca com hotéis luxuosos em meio aos arranha-céus comerciais. Um dos mais novos, o classudo Four Seasons oferece um spa conceituado (foto no topo à esq.); em Coral Gables, o clássico hotel Biltmore (acima) continua a ser endereço da elegância. Para badalar no estilo mais moderno, o restaurante B.E.D. (fotos à esq.) conquista com seu menu criativo e o ambiente relax


Cidades TIETÊ PASSA NO TESTE DA CHUVA DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

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As chuvas de março já atingiram 559,4 milímetros, três vezes a média do mês (178,3).

Apesar de congestionamentos, alagamentos e desabamentos, o rio Tietê não transbordou ontem, mesmo depois da intensa chuva. A marginal ficou livre das águas. Bruno Miranda/Folha Imagem

Kelly Ferreira

O

temporal, com muitos trovões e raios, que atingiu a cidade de São Paulo na madrugada e durante todo o dia de ontem provocou, novamente, transtornos à população. Houve alagamentos, acidentes, desabamento de muros e barracos, além de congestionamentos nas principais ruas e avenidas da cidade. Às 7h, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, registrava pelo menos 38 pontos de alagamentos. Por volta das 14h, 17 deles ainda permaneciam intransitáveis. Pela manhã, o congestionamento chegou a 99 quilômetros em toda a cidade. Mas, apesar do caos, uma boa notícia: o Tietê passou no teste da tempestade. Segundo a Defesa Civil do Município, o rio encheu, chegou perto das bordas, mas não transbordou em nenhum ponto da marginal. Em várias regiões, o CGE acionou o estado de alerta – o terceiro da escala usada pela Prefeitura, que passa da observação, atenção e alerta para o de alerta máximo. Durante a madrugada, o córrego Pirajussara, na zona sul, transbordou e a água alagou a rua Alves dos Santos, junto à estrada do Campo Limpo, por causa do refluxo provocado nas bocas de lobo. As zonas sul e oeste, especialmente os bairros de Interlagos, Socorro e região da marginal Pinheiros, foram as mais atingidos pelas chuvas. Às 6h15, havia 26 pontos de alagamento em toda a cidade, sendo 13 intransitáveis. Na marginal Pinheiros eram quatro, sendo três no sentido Interlagos-Castello Branco, antes da ponte do Jaguaré, junto à rua Cristalino Rolim de Freitas, e antes da ponte Ary Torres, na pista expressa. O outro era no sentido Castello Branco-Interlagos, na pista local. Acidentes - Na avenida Aricanduva, entre as ruas Júlio Colaço e Manilha, na zona leste, foi registrado um alagamento. Na região do Brás, o

Vista do Rio Tietê, na altura da ponte da Casa Verde: o leito chegou bem perto da margem, mas não transbordou. Apesar da chuva forte.

motorista de um ônibus que fazia a linha 3539 – Cidade Tiradentes-Parque D. Pedro, colidiu com um poste na rua Figueira, na altura da avenida Rangel Pestana. O acidente aconteceu às 5h45 e deixou duas pessoas com ferimentos graves. Ainda na zona leste, na Vila Cruzeiro, às 15h45, uma casa desabou e feriu duas pessoas levemente. As vítima foram levadas para o pronto-socorro Geral de Guaianases. Na zona sul, na região de Campo Limpo, às 3h50 um muro desabou na avenida Apólogos Orientais. No Jardim Eldorado, em Cidade Ademar, às 6h50, um barraco desabou sobre outro no cruzamento da estrada da Encosta, com a rua Onze. Às 9h40, houve deslizamento de terra sobre o muro de uma escola municipal na rua Cariris Novos, no Jardim Santa Emília. Às 10h45, a Defesa Civil foi acionada após o desabamento de uma casa na rua Alba, na Vila Santa Catarina. Às 11h20,

um muro desabou na rua Pedro Rivera, no Jardim Amália, e às 12h55 outro muro desmoronou sobre barracos na rua Grissom, no Parque Residencial Vera Cruz. Às 14h50 uma árvore caiu na rua Pedro Rivera, no Jardim Amália. Na zona oeste, outra árvore caiu na rua Pirajussara, no Butantã. No Campo Limpo, também na zona sul, bombeiros foram acionados para socorrer três pessoas ilhadas dentro de um táxi, na rua Ivan Beckman. Ninguém ficou ferido. No Centro, o túnel do Anhangabaú foi temporariamente interditado. Sem trégua - Por volta das 11h40, ainda chovia forte nas zonas norte, nos bairros da Brasilândia, Freguesia do Ó e Vila Nova Cachoeirinha, e sul, nos bairros do Socorro, Campo Grande e Jardim São Luís. Na marginal Pinheiros, por volta das 14h30, havia 17 pontos de alagamentos transitáveis. Além da chuva e das obras na ponte Cidade Jardim, o tomba-

mento de um caminhão contribuiu para o aumento da lentidão e do congestionamento. O acidente, próximo à ponte Fepasa, por volta das 12h, provocou a queda da carga de alimentos na pista que era transportada pelo caminhão-baú. Por volta das 17h de ontem, apesar de a chuva ter diminuído, a cidade ainda registrava 14 pontos de alagamento. À noite, os motoristas que seguiam para a Capital pela Régis Bittencourt encontravam trânsito parado por causa do grande alagamento na altura do km 287, em Itapecerica da Serra. Desde às 17 horas, apenas veículos grandes conseguiam trafegar no trecho. Na Rodovia Castelo Branco, sentido interior-capital, o excesso de veículos deixa o trânsito lento, com pontos de parada do km 25 ao 28, na região de Barueri. Vizinhos – A chuva também causou alagamentos e provocou enchente em vários municípios da Grande São Paulo.

FEBEM TATUAPÉ VAI VIRAR PARQUE Começou ontem, com a demolição da unidade 33, a desativação do complexo Tatuapé da Fundação do Bem- Estar do Menor (Febem), na capital paulista. Lá será construído o Parque do Belém que, segundo o governador Geraldo Alckmin, terá sua primeira fase de implantação em julho. O complexo foi fundado em 1902.

Em Carapicuíba, por exemplo, várias casas na rua Maria Dilza Santos Lima, no Jardim Beatriz, foram invadidas pelas águas. No Jardim Rochdale, em Osasco, moradores também sofreram com as cheias. Em São Bernardo, o ribeirão dos Couros, próximo à cidade, transbordou e ocasionou a interdição parcial da pista sul da via Anchieta, na altura do km 13. Funcionários da Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, trabalharam na limpeza da pista durante toda a manhã. A via foi liberada às 15h. Na rodovia Régis Bittencourt, uma queda de barreira bloqueou a faixa da direita, no km 270, em Taboão da Serra, no sentido São Paulo. Os estragos causados pela chuva também atingiram as linhas da Companhia Paulista d e Tre n s M e t ro p o l i t a n o s (CPTM) entre as estações Francisco Morato e Jundiaí, na Grande São Paulo. Uma queda de barreira deixou o trecho in-

terditado e a chuva levou parte das pedras que sustentam os dormentes em vários pontos, provocando a interdição das duas vias. Av i ã o – Na noite de terçafeira, uma pancada de chuva acompanhada de granizo danificou o pára-brisas e a parte frontal de um avião da TAM. A aeronave vinha de Curitiba, no Paraná, com destino a Congonhas, na zona sul de São Paulo, mudou o rumo e pousou às 21h25 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Os passageiros do vôo JJ 3012 se assustaram com a turbulência em conseqüência da chuva e do granizo. Alguns disseram ter ouvido barulhos de colisão durante o pouso. A empresa negou qualquer problema. Ninguém ficou ferido. Ca mp in as – Um temporal também causou mortes e estragos no começo da tarde de ontem na região de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo. No município de Pedreira duas pessoas morreram na avenida Principal, atingidas por um muro, a dona de casa Awdria Cristine Siqueira, de 36 anos, e sua filha Desireé Rossett, de 7. Em Limeira um homem morreu soterrado em uma valeta. Até o início da noite ele ainda não havia sido identificado. Já em Piracicaba foi registrada a formação de um tornado com 158 km/h, segundo o centro de meteorologia da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Várias árvores foram arrancadas e caíram sobre os fios de eletricidade e automóveis, deixando metade da cidade sem energia elétrica e telefone. As ruas ficaram alagadas. As lojas do centro e o shopping center fecharam. O temporal atingiu também Americana, Santa Barbara d'Oeste e Valinhos. Frente fria – O temporal que atingiu a capital paulista ontem foi resultado da atuação de uma frente fria. A Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil) alertou São Paulo, Rio de Janeiro e Minas para a possibilidade de chuva e ventos fortes até amanhã. (Com Agências)

PRESA A "VOVÓ DA MACONHA' Depois de um mês de investigações, policiais do Denarc prenderam ontem a dona-de-casa Vilma Pedroso, de 63 anos, a "vovó da maconha", no município de Mogi Mirim, no interior paulista. A neta da acusada, de 13 anos, também foi detida. No momento do flagrante, avó e neta foram surpreendidas com 15 pedras de crack.

Ó RBITA

NOVA ESTAÇÃO partir de hoje começa a funcionar a estação Imigrantes da Linha 2-Verde do metrô, na zona sul de São Paulo. Ontem, os operários que trabalham na obra davam os últimos retoques para o início da operação. Na verdade, a estação Imigrantes passará a funcionar em operação assistida, isto é, com orientações especiais dadas pela Companhia do

A

Robson Fernandes/AE

Metropolitano. Durante os próximos 15 dias a Imigrantes vai operar gratuitamente. O trecho que vai da estação Ana Rosa à Imigrantes tem 2,9 quilômetros e duas estações (Imigrantes e Chácara Klabin). Para finalizar a obra, 1.250 homens trabalharam 24 horas por dia. A estação terá escadas rolantes inteligentes, que economizam energia.

Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo negou ontem liminar de habeas-corpus impetrado pelo ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé. O despacho é do relator do processo, desembargador Mariano Siqueira, da 1ª Câmara Criminal, segundo o site do TJ. Além de Edinho, mais dez acusados de envolvimento com o tráfico pleiteavam liberdade no mesmo pedido.

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A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/ logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Homicídios caem 24% na capital.

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de preservação. "Parece até estranho, em plena cidade, a gente falar que tem tanto jacaré (foto à dir..) na rua. Mas moramos perto de áreas de conservação. O problema é que agora eles têm aparecido nos quintais, na porta do mercadinho e os moradores estão com medo", disse o presidente da associação de moradores, Jaílton Nápoles Menezes. A orientação é não capturar nem maltratar os animais. Deve-se avisar as autoridades. (AE)

oram apreendidos ontem, no Rio, cerca de 550 quilos de maconha e cinco mil munições para fuzil e metralhadora. A droga estava em um ônibus que vinha de Foz do Iguaçu e seguia para Niterói, com uma parada no Rio. A revista ocorreu por volta das 5h, na Serra das Araras, numa blitze de rotina. Um passageiro de 26 anos foi detido, sob acusação de ser o dono da droga. Na Favela do Jacarezinho, na zona norte, a Polícia Militar apreendeu 134 tabletes de maconha, cerca de 150 quilos, após denúncia anônima. De acordo com a Secretaria da Segurança do RJ, houve confronto entre policiais do 3º Batalhão e traficantes. A troca de tiros durou 20 minutos e os criminosos fugiram, abandonando a droga em uma casa. Nenhum policial ficou ferido e ninguém foi preso. De acordo com a PM, a maconha apreendida abasteceria bocas-de-fumo da própria favela. (AE)

L

s moradores de Brisas do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, já estavam acostumados a ver um jacaré ou outro atravessando ruas e nas lagoas próximas. No fim de semana, foram cinco animais, dois deles adultos. Isso assustou até os mais antigos moradores e levou o Instituto Estadual de Florestas (IEF) a lançar ontem a campanha "Tem jacaré na área", de orientação para os moradores, vizinhos de áreas

EDINHO

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Marcos D'Paula/AE

OLHA O JACARÉ

APREENSÃO

Personagem de documentário de Falcão recebe convite para trabalhar.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

quinta-feira, 30 de março de 2006

Miami: mais elegante a cada dia Dos bairros de Downtown a Coral Gables, a cidade norte-americana se firma como um destino que esbanja luxo e sofisticação. No centro financeiro, um dos bairros repaginados, há vários cinco-estrelas em construção Por Sonaira San Pedro Fotos: Divulgação

Sonaira San Pedro

Downtown (à dir.) já concentra alguns dos melhores hotéis da cidade. Em Coral Gables, o Fairchild Tropical Botanic Garden (acima) convida a um passeio entre plantas tropicais e obras de arte

N

ão são os sabores irresistíveis listados no cardápio do B.E.D. Restaurant que atiçam a atenção dos apreciadores da boa mesa. Mas o fato de que ali não existem mesas nem cadeiras. Tiram-se os sapatos e comem-se encima das camas, todas reservadas em espécies de cabanas acortinadas. Durante o jantar, os clientes testam sua familiaridade com a posição de lótus e se aconchegam em almofadas espalhadas sobre o colchão ou no colo de quem estiver por perto. Há casais que preferem degustar o prato deitados, com uma pitada de romantismo e provocações. “O lugar é sedutor e deixa desabrochar a intimidade entre as pessoas”, diz Jeff Clarck, freqüentador assíduo da casa. Que o diga celebridades mais atiradas como Paris Hilton ou o bonitão George Clooney, e outros tantos hollywoodianos que já se entregaram às camas e aos pratos bem preparados do B.E.D (sigla para Beverage, Entertainment and Dining). O tempo passa e Miami continua sexy, irreverente, provocativa. Mantém o forte sotaque latino, aquelas lojas de endoidecer qualquer sacoleira e os néons que iluminam a intensa vida noturna (e bota intensidade nisso). A cidade também ficou no imaginário brasileiro como um destino, digamos, kitsch, durante e depois dos tempos em que dólar e real se equivaliam e a elite emergente passava férias por lá. Mas Miami virou junto com o século 21, deu uma bela guinada e ganha mais sofisticação a cada dia. Luxo – Em Downtown, o centro financeiro, pipocam hotéis luxuosos em meio aos arranha-céus comerciais. A onda começou com o Mandarin Oriental, em 2000, considerado um dos melhores resorts da Flórida. O classudo Four Seasons, com spa e esculturas de Botero, é um dos novos hotéis na região da Brickell Avenue,

Marco histórico, o Biltmore Hotel (ao lado e à esq. foto de cima), conserva o glamour dos anos 20 na decoração e nos mimos e facilidades. B.E.D. Restaurant (à esq.), em Miami Beach, recebe famosos como George Clooney

Sonaira San Pedro

que equivale à nossa Avenida Paulista, só que mais charmosa e paralela à baía de mar azul. “A idéia é conquistarmos até hóspedes de outros hotéis e trazer para cá o turista latino mais requintado”, diz a relações públicas do Four Seasons, a brasilei-

ra Eveliny Bastos-Klein. Conforme se caminha pela cidade, notam-se pomposos hotéis em construção. E Downtown não é mais perigoso como há algum tempo, quando não se podia caminhar por ali à noite. Segundo dados

oficiais, nos últimos 13 anos os assaltos a turistas caíram 99%. É Miami se repaginando. Referência – Contrapondose ao luxo modernoso que começa a aparecer no centro da cidade, o Biltmore Hotel é marco histórico no elegante bairro de Coral Gables. Erguido há oito décadas, ainda conserva o glamour dos anos 20 na decoração e nos paparicos com os hóspedes. Abriga campo de golfe, spa e a maior piscina de

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Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão Diário de S. Paulo

artista plástico David Chihuly, que cria peças e esculturas de vidro multicolorido. “Quero que meu trabalho pareça ter surgido direto da natureza”, costuma dizer. E com razão. As cores estão em todas as direções e é preciso chegar perto das obras para se ter a certeza de que são mesmo artificiais. A viagem foi oferecida pelo Greater Miami Convention & Visitors Bureau (GMCVB)

Sonho de consumo

BOA VIAGEM

www.dcomercio.com.br

hotel da América: são sete quilômetros quadrados repletos de água doce. O brunch servido no Biltmore nas manhãs de domingo é fora de série, com pasta, comida japonesa, frutos do mar, saladas, sobremesas... E aberto a todos. O mesmo bairro é endereço do Fairchild Tropical Botanic Garden. Além de jardim botânico, o lugar é uma galeria de arte ao ar livre. Plantas tropicais se misturam às obras do

C. Madeleine’s: dica de grande loja de design vintage para aqueles que curtem moda

o norte de Miami, C. Madeleine’s é uma jóia preciosa e bem lapidada: a maior loja de design vintage do mundo se espalha por três mil metros quadrados de puro charme e acomoda roupas finas, jóias e antiquários com até 100 anos de história. Cada uma das milhares de peças é escolhida a dedo pela badalada estilista Madeleine Kirsh, que toma conta da boutique. Eis “o” lugar para se encontrar o incomum, o especial, o original, o autêntico. Uma cliente se apaixona por uma estola exclusivíssima de mink dos anos 1930: e ela leva a pele para casa por uma boa pechincha, se comparada aos preços que

encontraríamos em outros magazines. As fashionistas mais apaixonadas buscam seus vestidos de noiva com Madeleine e exigem um figurino único. A moda da estilista já vestiu personagens do seriado Sex and the City, editoriais da Vogue, Elle e tantas outras publicações, além de ser loja queridinha dos estilistas do cantor Lenny Kravitz e da modelo Naomi Campbell. Aqueles outlets com descontos de grifes conhecidas, que fazem a cabeça dos brasileiros que vão a Miami, não chegam nem aos pés do luxo legítimo da C. Madeleine’s, quando levados em conta o custo-benefícioestilo próprio. (S.S.P.)


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Saúde Transpor te Administração Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

SECRETÁRIO DEIXA CARGO SEM CUMPRIR PROMESSA

Queremos parar com esse tipo de ação que se espalha cada vez mais. Walter Feldman

COMÉRCIO EM SEMÁFOROS AINDA DESAFIA PREFEITURA Promessa de erradicação, feita pelo ex-secretário Walter Feldman, não foi cumprida Paulo Pampolin/Hype

Davi Franzon

O

ex-secretário das S u b p re f e i t u r a s , Walter Feldman, deixou anteontem seu posto na Prefeitura sem cumprir uma de suas mais ousadas promessas, feita em setembro de 2005: erradicar o comércio ilegal praticado junto aos semáforos das principais ruas e avenidas da cidade de São Paulo. O ex-secretário havia até fixado um prazo para isso: dezembro de 2005. Dezembro passou. Janeiro e fevereiro também. Março está por um dia. Uma ronda por bairros das zonas sul, oeste e leste revela que o número de vendedores nos semáforos é crescente. Ruas como a Henrique Schaumann e a Teodoro Sampaio são exemplos evidentes dessa prática. Ao parar no sinal vermelho, o motorista paulistano é cercado por um exército de ambulantes que oferecem toda a sorte de produtos: frutas, guardachuvas, carregadores de celulares, cabos para utilização do viva-voz, brinquedos, binóculos, canetas e doces. Em entrevista ao Diário do Comércio, no final de setembro do ano passado, Feldman disse que era preciso acabar com esse tipo de atividade. Segundo ele, "os semáforos não são lojas nem são casas. Não podemos deixar crianças, jovens e malabaristas fazendo isso nos cruzamentos", afirmou o então secretário Feldman. Questionado sobre os resultados da campanha de combate ao comércio ilegal nos semáforos, Feldman, poucos dias antes de deixar seu cargo, reconheceu que o trabalho é difícil. Segundo ele, muitas vezes o menor que vende seus produtos é apenas uma peça utilizada por um adulto que explora esse tipo de mercado. No entanto, garantiu

Crianças vendem doces nos cruzamentos: usadas por adultos

que o trabalho de retirada dos menores dos semáforos terá um bom resultado ainda este ano, por meio de uma ação a ser desenvolvida pela Secretaria de Assistência Social. Sem ter adiantado o conteúdo do projeto, o ex-secretário (a ser substituído por Andrea Matarazzo) contou apenas que o modelo prevê uma extensão no tempo de permanência dos menores nas escolas. Dados somente de uma entidade ligada ao setor informal – a Associação dos Comerciantes Informais de São

Paulo – indica que mais de 200 de seus associados declararam que trabalham nos semáforos de São Paulo. Esse número, certamente, pode ser multiplicado por muitas e muitas vezes. Motoristas particulares e profissionais que circulam pela cidade têm opiniões diferentes sobre os vendedores de semáforos. Uma parte defende que essa atividade é uma opção ao desemprego. Outros a classificam como exploração de mão-de-obra infantil e acreditam que a atividade facilita a ação de criminosos n o s c r u z amentos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de março de 2006

TURISMO - 3

Fotos: Divulgação

A passarela da Flórida Avenida mais famosa de Miami, a Ocean Drive é o eterno ponto de encontro em South Beach. Entre seus edifícios art-déco estão alguns dos endereços mais badalados da cidade, como o novo hotel Bentley Beach

S

outh Beach e sua emblemática avenida à beira-mar, a Ocean Drive, revelam alguns dos endereços mais badalados de Miami. É na Ocean Drive, onde South Beach atinge seu ponto mais alto, que se concentram barzinhos gostosos, o calçadão decorado com palmeiras, patinadores deslizando entre um lado e outro, negros vestidos como rappers em seus carros envenenados. Garotões tatuados e meninas com um corpão à la Baywatch, que adoram um biquíni Rosa Chá e um par de Havaianas. Mas também tem alguns branquelos com aquela barriguinha de cerveja. Surfistas madrugadores costumam se deparar com turmas baladeiras, que passaram a noite em claro. E prédios baixinhos, dos anos 30 e 40, alinham-se pela rua no melhor estilo art-déco. Na longa faixa de areia de South Beach – SoBe para os íntimos –, enfileiram-se hotéis com vista para as águas mornas de um mar azul-esverdeado. Bem na ponta da praia, o Bentley Beach Hotel se ergue da areia fina e clara de SoBe. Nos quartos, as portas de vidro revelam cada pedaço da paisagem local, e asseguram a privacidade dos hóspedes quando se descem as cortinas. Construído há menos de um ano, com diárias honestas e bom atendimento, o hotel já se sobressai entre os meios de hospedagem que margeiam South Beach. Sabores e néon – Assim que a noite cai, mil luzes de néon e argônio dão os tons das cores da Ocean Drive e revelam bons restaurantes, danceterias, fachadas magníficas. Em meio ao

burburinho constante, o 51Ocean Restaurant agrada quem procura um pouco de sossego em ambiente lounge. A comida é excepcional, com destaque para o Filet au Poivre e o musse de chocolate branco. Bryan Davis, um dos sócios do restaurante e também DJ, incorporou sua experiência em casas noturnas de Nova York no cenário e nas trilhas sonoras que acompanham o jantar do 51Ocean. Do outro lado da rua, temperos latinos e caribenhos realçam os sabores do restaurante Ola. Dizem que é dos melhores lugares de Miami para se provar o mojito, drinque com rum e hortelã. Em jantares mais íntimos, Rosemary Staltare, a relações públicas da casa, pode reservar um ambiente exclusivo para o casal. “E a vista para o Atlântico revela o romantismo”, conta. Entre os pratos do menu, está o Mistery Meatball: “creme de cogumelo e... confie em nós que fazemos o resto bem feito.” Instigante, não? Saborosíssimo. A receita, naturalmente, é segredo absoluto. (S.S.P.)

RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, a American Airlines (tel. 0300/ 7897778) tem vôos diretos com tarifas a partir de US$ 770 ida-e-volta. Na TAM (tel. 0300/1231000), também direto, a partir de US$ 934. Preços referentes ao mês de abril. ONDE FICAR Bentley Beach Hotel: 101 Ocean Drive, South Beach, tel. (1305) 938-4600, www.thebentleyhotels.com. Extende-se até as areias de South Beach, com quartos muito bem decorados e alguns funcionários brasileiros. Diárias a partir de US$ 299 por casal sem café da manhã. Four Seasons Hotel: 1.435 Brickell Avenue, Downtown, tel. (1305) 358-3535, www.fourseasons.com/miami. Um dos hotéis mais luxuosos de Miami, abriga ótimo restaurante e spa. Diárias custam a partir de US$ 425, sem café da manhã. Biltmore Hotel: 1.200 Anastasia Avenue, Coral Gables, tel. (1305) 445-1926, www.biltmorehotel.com. Hotel histórico, da década de 20. Tem campo de golfe, academia bem equipada e a maior piscina de hotel dos EUA. Diárias a US$ 263, sem café da manhã. O brunch de domingo sai por US$ 60 por pessoa. Mandarin Oriental: 500 Brickell

latinos e caribenhos aos pratos e, dizem, serve dos melhores mojitos da cidade. AONDE IR Fairchild Tropical Botanic Garden: 10.901 Old Cutler Road, Coral Gables, tel. (1305) 667-1651, www.fairchildgarden.org. Entrada a US$ 20 por pessoa. C. Madeleine’s: 13702 Biscayne Blvd., North Miami Beach, tel. (1305) 945-7770, www.cmadeleines.com.

Key Drive, 305, tel. (1305) 9138288. Sedia festas badaladas nos fins de semana, além de uma piscina com praia artificial. Diária para casal a partir de US$ 359, sem café da manhã. ONDE COMER B.E.D. Restaurant: 929 Washington Avenue, Miami Beach, tel. (1305) 532-9070, www.bedmiami.com. Além do cardápio excep-

cional, a extravagância fica por conta de as refeições serem servidas em camas, e não em mesas. 51Ocean Restaurant: 510 Ocean Drive, South Beach, tel. (1305) 5 3 1 - 1 7 8 8 , w w w . f i v e t e n ocean.com. Serve boas carnes em ambiente lounge. Ola of Latin America Restaurant: 425 Ocean Drive, South Beach, tel. (1305) 695-9125, www.olamiami.com. Acrescenta temperos

FAÇA AS MALAS Visto: mais informações pelo site www.visto-eua.com.br e no tel. 0300/ 3130800. Fuso: duas horas a menos em relação a Brasília. Na internet: www.miamib eaches.com. Clima: no verão (junho a agosto), a temperatura passa dos 30ºC. No inverno (janeiro a março), em torno dos 20ºC, mas é alta temporada e os preços disparam. Furacões – de junho a dezembro. Pacotes: Agaxtur (www.agaxt u r . c o m . b r ) , F l o t (www.flot.com.br) e Designer (www.designertours.com.br) são algumas das operadoras oficiais do pool See America, dedicado à venda de roteiros e pacotes para os Estados Unidos. Site www.seeamericavacations.com.br.

Passear pela movimentada Ocean Drive (fotos no topo) é imperdível. Dos quartos do Bentley Beach (à esq.) vê-se a longa faixa de areia de South Beach. Dois restaurantes que não podem faltar na programação são o 51Ocean e o Ola (acima)


quinta-feira, 30 de março de 2006

Transpor te Administração Urbanismo Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11 Depois de autuado por um radar na Rodovia Lívio Tagliassachi, o prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar (PFL), fez meia volta e apreendeu o equipamento.

Um pneu leva até 600 anos para se degradar

EM TESTE A CALÇADA ECOLÓGICA Novo material, feito à base de concreto e pneus velhos triturados, já reveste praça no bairro de Higienópolis. A técnica é mais barata e pode gerar empregos. Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

neus velhos, que não podem mais ser recauchutados, agora poderão fazer parte do espaço urbano. Cerca de 420 deles, depois de triturados, foram parar nos 400 m² de calçamento da praça Esther Mesquita, que teve sua reforma concluída em Higienópolis. A borracha dos pneus substituiu a brita e, misturada ao concreto, resultou no Concreto DI (deformante e isolante), um material desenvolvido pela ONG Instituto Via Viva. O novo concreto recebeu ainda um tratamento de estampa e ga-

P

nhou uma textura moderna, de acordo com as características do bairro. Segundo Paulo Bina, vicepresidente do Instituto, esse novo material reduziu em torno de 3% a 5% o preço do metro quadrado da calçada, já que os pneus reciclados compunham 30% da mistura e foram disponibilizados sem custos à Subprefeitura da Sé, responsável pela execução das obras. A utilização dessa técnica está sendo testada pela equipe do Programa Passeio Livre, da Prefeitura, e se tiver êxito, tem chances de ser implementada na construção das outras calçadas da cidade.

"O concreto com borracha é mais leve do que o misturado à brita. Por ser deformável possibilita uma acomodação melhor do piso e, por isso, tem menor possibilidade de quebrar. Pode ser empregado na construção de calçadas públicas, calçamento de condomínios, áreas com sobrepeso e sobrecarga e tem vida útil de 20 anos", afirmou Paulo Bina. Segundo dois comerciantes que trabalham na praça, a reforma foi positiva, mas ainda há pontos a serem melhorados no novo calçamento. "Esse material é lindo em comparação às placas de cimento que havia aqui. O único problema é que

Factoring

DC

Rejane Tamoto

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

agora a caída de água ficou bem no entorno da minha banca de frutas. Está tudo alagado", disse a vendedora Jeane Patrícia Alves de Lima. "Só inseriram este material no miolo. Eles tem de dar continuidade ao projeto", afirmou o jornaleiro Osmário Antônio Alves. Ecologia e sociedade - Segundo estimativas de Bina, um pneu pode demorar até 600 anos para se degradar no meio ambiente. Num país cuja produção é de 54 milhões de pneus por ano, a técnica de reuso é defendida como uma forma de desenvolvimento sustentável. "A reforma da praça Esther Mesquita foi uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo. Os técnicos entenderam a amplitude do projeto", disse. Além do calçamento da praça Esther Mesquita, o Via Viva já participou da construção de muretas de proteção com a técnica do Concreto DI, instaladas em oito trechos entre a via expressa Marginal e o rio Tietê. "O instituto faz a integração entre os recicladores, as empresas de concretagem e os órgãos públicos. Os pneus saíram do rio e foram para a via", reforçou. Com essa técnica de reutilização dos pneus em calçamentos, o instituto visa não só poupar o meio ambiente como também gerar empregos. "Capacitamos pessoas com deficiências físicas e mentais para trabalhar em postos de recolhimento de pneus, os Ecopontos. Em troca, elas dão camisetas a quem leva o material para reciclagem", destacou. Para o vice-presidente, no período de novembro a fevereiro, o instituto empregou cerca de 19 pessoas deficientes, que recolheram 9.500 pneus. "São cidadãos que deixaram de ser um custo para a sociedade e passaram a gerar renda", disse.

A borracha substituiu a brita. Adicionada ao concreto, resultou no DI

Teste é conduzido pela equipe do Programa Passeio Livre, da Prefeitura

GIr Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Debate – O diretor da ACSP

Nelson Ibrahim Maluf El-Hage participa do seminário regional de apresentação e debate do anteprojeto de lei do Governo

Federal sobre Política de Mobilidade Urbana. Às 9h, no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, rua Genebra, 25. I Nota Fiscal – O vicepresidente da ACSP Roberto Mateus Ordine participa da cerimônia de lançamento da Nota Fiscal Eletrônica, promovida pela Secretária Estadual da Fazenda. Às 9h30, no Hotel Novotel Jaraguá, rua Martins Fontes, 71.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 30 de março de 2006

Japi, a serra das nascentes Fotos: Antônio Paulo Pavone

A 60 km de São Paulo, a região – que engloba os municípios de Jundiaí, Cajamar, Cabreúva e Pirapora do Bom Jesus – reserva trilhas ecológicas, pequenas cachoeiras, história e boa gastronomia Por Antônio Paulo Pavone

tronomia artesanal, de fogão a lenha, e pousadas rústicas. Proprietários locais de antigas fazendas de exploração de eucalipto estão investindo no turismo rural e ecológico para atrair os adeptos de atividades como trekking, motocross, mountain bike, cross country, arvorismo e cavalgada. Esse cenário soma 354 km² e, há cerca de 23 anos, o núcleo da Serra do Japi foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (Condephaat) e, logo em seguida, transformado em Reserva Biológica e Área de Proteção Ambiental. Também foi declarada Reserva da Biosfera pela Unesco. Fauna – O lugar serve de mo-

rada para pelo menos 220 espécies de aves. É comum avistar o pequeno beija-flor preto, o picapau-de-topete-vermelho e outras maiores, como o carcará. Macacos, veados e felinos de grande porte, como a onça parda, também fazem parte da paisagem. As borboletas são espetáculo à parte – estudos estimam que existam por lá pelo menos 800 espécies diferentes. Dentro da reserva há quatro trilhas: Trial, Jardim Serra da

Para esticar a viagem

F

azendas e pousadas aconchegantes são uma ótima escolha para quem não quer um roteiro de apenas um dia, mas sim aproveitar tudo o que a Serra do Japi tem a oferecer. Valorizando a harmonia com a natureza, a arquiteta Suzana Traldi resolveu transformar em pousada ecológica a antiga propriedade do avô, que ali se instalou em 1915. Na década de 70, após sua morte, a fazenda foi dividida entre três herdeiros. A parte que coube a Suzana tem 330 hectares, e hoje se chama Fazenda Montanhas do Japi. Localizada no Bairro Santa Clara, área rural de Jundiaí, teve suas porteiras abertas ao ecoturismo há menos de dez anos. Está encravada entre morros, num pequeno vale pontilhado por espelhos d’água. A arquiteta esmerouse em criar um clima romântico, simples e aconchegante para todos aposentos, com muitas lareiras nos quartos e outras dependências. Contador de causos – Outro empreendedor que acreditou nas belezas da Serra é o fazendeiro e contador de “causos” Orlando Novaes Cardoso. Ele resolveu destinar parte de sua propriedade ao ecoturismo. Na divisa entre Jundiaí e Cajamar, a Fazenda Japiapé tem

Fazenda Japiapé: chalés, esportes de aventura, cachaça e um restaurante, onde o Leitão a Japiapé é a estrela da casa

hoje restaurante, horta orgânica, chalés rústicos para locação mensal, além de ser o principal centro para a prática de turismo de aventura na região sul da Serra. Pratos exclusivos como o Leitão a Japiapé são de dar água na boca. A carne assa na churrasqueira por 24 horas. O tempero de ervas só é colocado meia hora antes do consumo. E o cozinhei-

ro promete mais uma novidade: o carneiro no buraco. O guia José Luís Novaes Cardoso, irmão de Orlando, organiza grupos para trekking nos níveis moderado e médio. Uma pista de cross country e trilhas para down hill atraem adeptos dos esportes sobre duas rodas. Em breve estará funcionando também um circuito de arvorismo. (A.P. P. e B.V.)

RAIO X COMO CHEGAR A Serra do Japi fica a 60 km de São Paulo. O acesso é feito pela Rodovia Anhangüera, até a cidade de Jundiaí. A região da serra começa no bairro da Santa Clara. As trilhas iniciam-se nos bairros Eloy Chaves e Malota e nas fazendas. ONDE FICAR Fazenda Montanhas do Japi: Estrada da Santa Clara, 5650, Serra do Japi, Jundiaí. Tels. (11) 45999472 e 4599-9294, www.montanhasdojapi.com.br. Oferece lagos para nado e pesca, trilhas na serra e passeios a cavalo. Diárias a partir de R$ 95 por pessoa, incluindo quatro refeições. Fazenda Japiapé: Estrada Francisco Missé, 6000 (Estrada de Pirapora), Cajamar. Tels. (11) 44081032 e 9367-9549, www.japiape.com.br. A fazenda oferece chalés para mensalistas, pistas de cross country e down hill, além de restaurante típico. O famoso Leitão a Japiapé, à vontade, custa R$ 15 por pessoa. Hotel Estância Vale das Vinhas:

Via Anhanguera - km 67, Jundiaí. Tel. (11) 4582-2436/ 4582-1553/ 9982-1020, www.valedasvinhas.com.br. Conta com amplo parque aquático, hidromassagem e quadra de tênis. Diárias para casal a partir de R$ 230, incluindo três refeições. Dinastia Hotel: Via Anhangüera, km 67, Bairro dos Fernandes, Jundiaí. Tel. (11) 4582-1957, www.dinastyahotel.com.br. Conta piscina aquecida, campo de futebol gramado e sala de videokê. Diárias para casal a partir de R$ 200, com café e almoço. ONDE COMER Família Brunholi Restaurante: Av. Humberto Cereser, 5900, Bairro Caxambu, Jundiaí. Tel. (11) 4 5 8 4 - 1 7 9 9 , w w w . b r u n h oli.com.br. Pertence a uma das mais tradicionais famílias de Jundiaí. Menu especializado em massas. Ali ainda fica a Adega e o Empório do Vinagre, onde estão à venda vinho, licores, vinagres e pimentas de fabricação própria, além do Museu do Vinho.

Restaurante Spiandorello: Av. Humberto Cereser, 6245, Bairro Caxambu, Jundiaí. Tel. (11) 45840712. Cercado de verde. Cale provar a polenta frita e os pratos à base de frango. Skina da Picanha: Rua Wately, 100, Vila Arens, Jundiaí. Tel. (11) 4527-2459. Oferece carnes nobres bovinas, como a picanha maturada argentina. AVENTURE-SE Freeway Brasil: tel. (11) 50880999, www.freeway.tur.br. Realiza trilhas para a Serra do Japi com guias especializados. Gerson Luz: monitor credenciado. Tel. (11) 4586-7491. Ipá-ti-uá Ecoturismo e Educação Ambiental: tel. (11) 30623363, www.ipatiua.com.br. Realiza trilhas para a Serra do Japi com guias especializados. Camping Cabreúva: R odovia Marechal Rondon (SP-300), km 92,5 (Trecho Jundiaí - Itu). Tel. (11) 4025-5666, www.campingcabreuva.com.br . Conta com um circuito de esportes de aventura.

Ermida, Mirante e Paraíso (temporariamente fechada). Nelas encontram-se poços e quedas d’água. Mas fique atento, pois a entrada no núcleo da reserva biológica só é permitida dentro do Programa de Educação Ambiental da Prefeitura de Jundiaí. O Programa Permanente de Visitas Monitoradas criado pelo município tem como objetivo cuidar do espaço natural e conscientizar os visitantes sobre a importância da preservação. O município de Jundiaí, conhecido como a terra da uva, detém 50% de todo o território protegido. A cidade também está inserida no Circuito das Frutas e conta com variados roteiros gastronômicos. Merece referência especial o situado

no bairro do Caxambu. A influência dos imigrantes italianos está presente no gosto pelo vinho e na mesa farta. Fazendas vinícolas oferecem degustações de queijos e vinhos. Gastronomia – A gastronomia é outro ponto forte da cidade. O circuito do Bairro Caxambu tem vários restaurantes tradicionais, que servem massas artesanais, além de salada de rúcula direto da horta e frango caipira grelhado na brasa com polenta. Na adega, diversos tipos de vinhos e licores realçam o sabor dos pratos. As lojas das fazendas têm compotas caseiras. Uma das propriedades mais tradicionais é a da Família Brunholi, que conta com o Museu do Vinho e o Empório do Vina-

Dentro da reserva ecológica, há quatro trilhas de vários níveis de dificuldade. No caminho, quedas d'água, aves e muitas borboletas

gre, onde estão à venda ainda vinagres e pimentas diferentes, feitas no próprio sítio. Isso sem falar nas festas. A Festa Italiana ocorre todos os anos entre os meses de maio e junho, no bairro da Colônia. A Festa Portuguesa no Bairro Vila Arens oferece um ótimo bolinho de bacalhau. As já conhecidas Festas da Uva e do Morango ocorrem, respectivamente, em janeiro e agosto. A Serra do Japi é um programa para os que buscam paz e natureza, num circuito alternativo dos roteiros da moda. (Colaborou Bruna Veloso)

Agência online: demora, mas é inevitável Divulgação/Panrotas

N

ão é por acaso que a Serra do Japi tem esse nome. Em tupi-guarani, "japi" significa nascentes, cabeceiras d’água. Ela forma um polígono irregular de montanhas, a apenas 60 km da capital, que se espalha pelos municípios de Jundiaí, Cajamar, Cabreúva e Pirapora do Bom Jesus. Abriga um domínio vegetal raro: uma floresta tropical sobre uma lente de quartzo. Conhecida como o Castelo das Águas por sua riqueza hídrica é também a mais extensa mancha florestal contínua do interior do Estado. A boa-nova é que, além da riqueza natural, começam a despontar em seus arredores charmosos restaurantes com gas-

A

tendência das agências online é uma realidade que vai invadir todo o mundo. Este foi o mote da palestra que trouxe altos executivos das duas gigantes da internet, Expedia e Travelocity, para o Fórum PANROTAS - Tendências do Turismo 2006, na semana passada, em São Paulo. Embora os agentes brasileiros não tenham mostrado preocupação com o assunto, vale lembrar que se não há planos imediatos das duas gigantes chegarem ao Brasil, o Submarino vai entrar neste mercado ainda este ano, depois de comprar as operações da Rumbo no País; a Expedia já está por aqui pelo Hotels.com; e os fornecedores estão cada vez mais atentos à venda online e a tendência é guardarem as melhores ofertas para seus sites. Eles acreditam no processo avançado que a indústria do turismo brasileiro passa atualmente. Mas a Travelocity, segundo o vice-presidente de gerenciamento de receita, John Elieson, tem prioridade em outras regiões, como a China, já que a segurança é um dos obstáculos no Brasil, e citou o México como uma porta de entrada na América Latina. Já o diretor-geral da Expedia.com para a América Latina, Jorge Bravo, apontou os US$ 4 milhões gastos para traduzir um site como restrição para a entrada no Brasil. Ele mostrou que 25% dos clientes americanos fazem compras pela internet. Os europeus respondem por 9% desse mercado, enquanto os asiáticos e sul-americanos representam 5% cada um. No Brasil, o grupo Expedia.com está presente apenas com seu site de reservas hoteleiras, o Hotels.com, e o movimento no País já representa 14% da venda total do site no mundo. Para se ter uma idéia, a Expedia tem o maior

Palestra com executivos de empresas de reservas pela internet, durante Fórum Panrotas

número de pontos de vendas nos Estados Unidos, Canadá, Europa, América do Sul, Ásia, China e América Latina. E como alcançou tantos mercados? Dispõe de uma carteira de marcas que inclui os itinerários mais simples aos mais complexos e ainda criaram o Expedia Corporativo para hotéis específicos. “Oferecemos tecnologia avançada e preços competitivos”, explicou Bravo. Não é à toa que a empresa é a quarta varejista online, maior que o Wal-Mart, segundo o diretor. “Os sócios têm os melhores clientes, e os clientes têm o que procuram”, gaba-se. Personalização – A concorrente Travelocity.com comemora dez anos e o vice-presidente de gerenciamento de receita, John Elieson, explica que a empresa começou como uma divisão da Sabre e que o volume de vendas global chegou a US$ 7,4 bilhões em 2005. Os pacotes cresceram quase 100%, criaram várias maneiras de pesquisa como, praia, montanha, data, destino... “Achamos que a chave para o sucesso é a personalização”, disse Elieson, enfatizando a importância de oferecer produtos relevantes para cada mercado em que atuam, com promoções e ofertas diferenciadas. Elieson admitiu que não há planos para o mercado no Brasil a curto prazo, mas estão sempre atentos às oportunidades globais e interessados no que está acontecendo no País. E deixa a dica: os consumidores querem opções, preços e comparação o tempo todo. Mas é bom que fique claro que só o preço não constrói lealdade. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


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Nacional Empreendedores Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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POSTOS FIZERAM 1,4 BILHÃO DE TRANSAÇÕES EM 2005

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mil correspondentes bancários estão em operação no Brasil, segundo o Banco Central.

Paulo Pampolin/Digna Imagem/24/06/2004

Bancos apostam em correspondentes bancários para ampliar atuação Setor deve crescer 20% neste ano, segundo a Caixa Econômica Federal

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velha máxima do bom e barato tem sido usada com freqüência cada vez maior pelos bancos quando o assunto é atendimento e venda de produtos ao cliente de baixa renda. As parcerias com o comércio, que transformam lojas em correspondentes bancários, tem sido um dos caminhos preferidos para isso. Desde 2000, quando o Banco Central autorizou esse tipo de associação, até o final do ano passado já havia em funcionamento cerca de 50 mil pontos, ante 18 mil postos bancários convencionais, como agências de rua. E a expectativa para este ano é de que esse crescimento continue acelerado. Segundo o superintendente nacional de Estratégia de Canais da Caixa Econômica Federal, Tarcisio Luiz Dalvi, o mercado deve apresentar um crescimento de, pelo menos, 20% neste ano no número de correspondentes. "Crescimento esse que deve ser acompanhado de perto pela Caixa", disse o executivo durante evento sobre correspondentes bancários ontem em São Paulo. O banco foi pioneiro na implantação desse conceito, ao firmar uma parceria com os lo-

téricos em 2000. A instituição tem 14 mil pontos de atendimento, entre lotéricas e comércio. "Temos um correspondente no município de Serra Nova, no Mato Grosso, que possui apenas 562 habitantes. Número esse que inviabiliza a presença de uma agência bancária, mas que pode ser perfeitamente atendido por um correspondente", disse Dalvi. Estratégia – A Caixa não foi o única que apostou nesse tipo de atendimento para crescer. Em 2002, o Bradesco ganhou exclusividade para implantar o Banco Postal nas agências dos Correios. O modelo é semelhante ao que já faz sucesso em outras partes do mundo, como no Japão, em que as 24 mil agências postais, que possuem US$ 2 trilhões em depósitos e 125 milhões de correntistas, respondem por 20% dos ativos financeiros do país. O ABN Amro Real é outro que decidiu investir na criação de correspondentes bancários há dois anos. "Nossa idéia é a de só implantar o sistema em empresas de qualidade, com capacidade para disseminar a imagem do banco", disse o coordenador comercial do Correspondente Bancário da instituição, Henrique Brito. Dentre

as parceiras da instituição estão Marabraz, C&A e a rede de farmácias Pague Menos. A grande aposta do banco para esse segmento de mercado é a de levar crédito para a população de mais baixa renda. Já o Lemon Bank, que atua exclusivamente no mercado bancário por meio de correspondentes, acredita que os recebimentos de contas devem figurar ainda por muitos anos como a principal atividade desses pontos de atendimento. No ano passado, segundo dados do Banco Central, das 1,4 bilhão de transações feitas pelos correspondentes, 1 bilhão foram recebimentos de contas de consumo e boletos. Já em volume financeiro, os depósitos são os de maior importância. Dos R$ 30 bilhões movimentados, R$ 10,7 bilhões foram em depósitos. Apesar de o mercado considerar a existência de 50 mil correspondentes em funcionamento, para o Banco Central esse número passa de 90 mil. A explicação para essa divergência de dados pode estar no fato de alguns bancos considerarem cada acordo um ponto, excluindo dessa conta as filiais das empresas. Adriana Gavaça

Reservas da China sobem 34%

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jornal econômico de maior influência da China, o China Business News, informou ontem que o volume de reservas em moeda estrangeira do país chegou a US$ 853,7 bilhões no fim de fevereiro, ultrapassando as do Japão — US$ 850,1 bilhões — e colocando a China no primeiro lugar na lista de países com as maiores reservas em divisas estrangeiras do mundo. Com o imenso superávit de suas contas externas permanentemente alimentado tanto por maciços investimentos estrangeiros quanto por um saldo cada vez maior na balança comercial, a China viu suas reservas crescerem mais de 34% no ano passado. Há 10 anos,

elas eram de US$ 75,4 bilhões. E há um agravante: a especulação. Como muita gente espera que o país deixe sua moeda, o yuan, flutuar cada vez mais livremente em relação ao dólar, há uma enxurrada de dólares comprando yuans de olho na valorização. Colchão – O tamanho das reservas já chama a atenção de economistas do mundo todo, que querem saber como o dinheiro será investido. Hoje, com cerca de 60% das reservas chinesas aplicadas em dólares e títulos dos EUA, vários especialistas criticam a excessiva concentração do "colchão" chinês na moeda de um país cujas contas e endividamento estão perigosamente elevados.

"Os dólares representam uma fatia grande das reservas e a instabilidade da moeda aumenta o risco de administração delas. É preciso reduzir essa fatia", disse Xiao Zhuoji, um dos economistas mais influentes da China e membro do conselho consultivo do Congresso Nacional do Povo. Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), já afirmou que não vê ameaças na grande concentração de títulos americanos na China e no Japão. Por outro lado, Zhou Xiaochun, presidente do BC chinês, afirmou que não é intenção de seu país desestabilizar o dólar, vendendo títulos dos EUA em massa no mercado. (AG)

O Bradesco ganhou exclusividade para a implantação do Banco Postal nas agências dos Correios

O caixa poderá ser o ponto fraco de Mantega

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administração do caixa federal promete ser o ponto mais delicado da gestão de Guido Mantega na Fazenda. Ele já deixou claro que não segue a cartilha de austeridade de Antonio Palocci e não terá em sua equipe dois zagueiros nos gastos públicos, Murilo Portugal e Joaquim Levy. Além disso, herdou a Fazenda num ano em que as despesas crescerão fortemente, mas as receitas poderão não seguir o mesmo ritmo. "Há risco de ele perder a guerra ao fazer mais concessões que Palocci", disse o exministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria Integrada. Um exemplo é o salário mínimo, fixado em R$ 350, quando boa parte do governo queria R$ 400. Palocci, mesmo enfraquecido, resistiu às pressões por um valor mais alto. É esse tipo de batalha que Mailson teme ver Mantega perdendo. Ele avalia que não há risco de descontrole graças ao presidente Lula, que passará a ser o principal fiador da austeridade, como fez com a política monetária ao dar autonomia ao presidente do Banco

Central, Henrique Meirelles. "Ao contrário do PT, ele (Lula) aprendeu que o voluntarismo, a mágica, podem até ser feitos, mas têm custo", observou Mailson. Por isso, a tendência é que Mantega adote um discurso cada vez mais parecido com o de Palocci. A preocupação com a política fiscal decorre do fato de, no Brasil, o resultado das contas públicas depender da área econômica, explicou Mailson. Isso

não ocorre em outros países porque têm um orçamento mandatório, que tem de ser cumprido. No Brasil, o Orçamento é autorizativo, ou seja, é o Executivo que decide quanto gasta. Com essa fragilidade institucional, a responsabilidade pelos superávits fiscais depende de quem manda na Fazenda e, mais especifica-

mente, no Tesouro Nacional. Meta – Neste ano, o setor público tem como meta um superávit primário (economia para pagar a dívida) equivalente a 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Mailson acha que ela será cumprida. A mesma opinião tem o consultor Raul Velloso, especialista em contas públicas. Ele lembra que há folga para gastar um pouco mais neste ano porque o País terminou 2005 com superávit próximo de 5% do PIB. Como neste ano a meta é menor, o aperto pode ser reduzido. "O quadro fiscal já estava ruim porque estamos num ano eleitoral", disse Velloso, explicando que nesse período normalmente as despesas públicas aumentam. Simultaneamente, ele vê "indícios de deterioração" na estrutura das contas públicas, como o aumento do salário mínimo. Ele ainda teme que neste ano as receitas não cresçam acima da elevação do PIB. Segundo o Banco Central, o superávit primário de janeiro e fevereiro foi de R$ 7,795 bilhões. No primeiro bimestre do ano passado, foi de R$ 15,419 bilhões, ou seja, houve redução de 49,4%. (AE)

Brasil na mira da Arcelor

O

presidenteexecutivo da Arcelor, Guy Dolle, afirmou ontem que o Brasil é um dos quatro mercadoschave no mundo para o grupo siderúrgico, alvo de oferta de compra feita pela Mittal Steel.

O executivo respondeu a especulações de mercado de que a Arcelor, segunda maior siderúrgica do mundo, poderia fazer uma aquisição no País. "Já somos suficientemente grandes no Brasil, estamos procurando (oportunidades) em todos os

lugares do mundo", disse. "Eu repito o que já tenho dito: o crescimento da Arcelor vai acontecer na região do BRIC – B de Brasil, R para a velha União Soviética e Ucrânia, I para a Índia e C para a China", acrescentou. (Reuters)


sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Tr i b u t o s Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

8,1

IGP-M REGISTRA DEFLAÇÃO EM MARÇO

por cento é o crescimento da produção paulistas no primeiro bimestre sobre igual período de 2005.

RELATÓRIO APONTA IPCA DE 3,7% PARA ESTE ANO, MAS MANTÉM CRESCIMENTO DO PIB EM 4%

BANCO CENTRAL REDUZ PROJEÇÃO DE INFLAÇÃO Milton Mansilha/LUZ

O

Banco Central (BC) reduziu discretamente sua estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano. De acordo com o Relatório de Inflação divulgado ontem, o BC prevê que a inflação ficará em 3,7% em 2006, abaixo da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Há três meses, a estimativa para o IPCA era de 3,8%. A nova projeção foi feita com uma simulação considerando juros constantes em 16,5% ao ano até dezembro e a cotação do dólar a R$ 2,15. Já no cenário de mercado, em que se leva em conta uma queda no juro para 14,71% ao ano no último trimestre de 2006 e uma elevação no dólar para R$ 2,25, a projeção para o IPCA caiu de 4,9% para 4,6%, praticamente no centro da meta. Apesar da melhora nas estimativas para a inflação deste ano e do fato de, no modelo do BC, ela estar bem abaixo da meta, isso não significa necessariamente que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai cortar de forma mais acentuada os juros básicos, hoje reduzidos a um ritmo de 0,75 ponto percentual a cada reunião. De acordo com o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua, as projeções são exercícios analisados pelo Copom, mas não podem ser considerados como definidores dos próximos passos que serão adotados. De maneira geral, o relatório reforçou o otimismo que o BC já manifestava no documento divulgado em dezembro passado. Para o BC, os últimos meses mostraram que está mais claramente definido um cenário otimista para a evolução da economia neste ano, com previsão de crescimento da pro-

dução, investimento, emprego e renda. Tudo isso sem que a inflação saia do controle. Bevilaqua mostrou-se satisfeito com a trajetória da inflação, tanto no ano passado, quando a meta foi cumprida pelo segundo ano consecutivo, como em relação às expectativas para este e para o próximo ano. Para 2007, o cenário de referência do BC projeta o IPCA em 3,9% (3,6% no relatório anterior) e o cenário de mercado projeta 5,4% (5,3% no anterior), ambos dentro da margem de tolerância da meta de 4,5%. No mercado financeiro, a avaliação majoritária é de que o relatório de inflação não trouxe indicação alguma de um aumento na velocidade de cortes da Selic nas próximas reuniões. "Achei o relatório positivo, mas ele não é nada diferente do diagnóstico explicitado no de dezembro de 2005", afirmou a economista Tatiana Pinheiro, do Banco ABN Amro. PIB – Embora tenha melhorado a projeção do IPCA deste ano, o BC manteve em 4% a estimativa de crescimento da economia brasileira. De acordo com o relatório, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2005 confirmam a avaliação, que já constava do relatório de dezembro, de que este ano será marcado por uma aceleração n o r i t m o d e c re s c i m e n t o , quando se compara com 2005. "O recuo da inflação, a melhora nos indicadores referentes ao mercado de trabalho, a elevação da renda real, o aumento das intenções de investimento, bem como os efeitos da flexibilização da política monetária e as perspectivas mais favoráveis para o setor agropecuário possibilitam antever para 2006 um cenário com crescimento superior ao de 2005", disse o documento. (AE)

IGP-M Uma deflação de 0,23% em março

O

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de março apresentou deflação de 0,23%, ante alta de 0,01% em fevereiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela apuração do indicador. A queda só não foi maior por causa da redução da mistura do álcool na gasolina de 25% para 20%, no início do mês passado. O álcool-combustível, que havia subido 5,62% em fevereiro, acelerou a alta para 11,42% em março. A gasolina, com menos álcool, teve aumento de 2%, pelos dados da FGV. Gasolina e álcool combustível juntos respondem por 80% do grupo transportes, cujos preços subiram 1,22%, disse o economista André Braz, da FGV. O índice de março ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro e foi puxado pelos preços no atacado, com queda de 0,48%, enquanto os preços ao consumidor tiveram alta de 0,22%, ante 0,11% em fevereiro. A deflação de março deve-se a produtos agrícolas comercializáveis no exterior no atacado, como soja e cacau, que estão com preço em queda no mercado internacional, além do efeito da taxa de câmbio, explicou o economista Salomão Quadros, da FGV. A soja, que já estava em queda de preços de 3,58% em fevereiro, aprofundou essa deflação para 7,18%.

Com o resultado de março, o IGP-M acumulado em 12 meses ficou no mínimo histórico desse índice, com variação de apenas 0 36% no período abril 2005 a março deste ano. Quadros prevê nova queda no total acumulado no mês que vem. O motivo é que em abril do ano passado o índice ficou em 0,86% e qualquer variação abaixo dessa garante um acumulado em 12 meses ainda menor que o 0,36% do período até março. A variação do IGP-M em 12 meses reajusta diversos contratos anuais e com a queda desse índice não há a realimentação da inflação passada devido à indexação, como ocorreu no Brasil até há dois anos. O índice acumulado em 12 meses, porém, deve subir a partir do segundo trimestre, segundo o economista. O motivo é que, de maio a setembro de 2005, o IGP-M registrou deflações e em alguns meses com percentuais negativos relativamente grandes, como o 0,44% de junho. "Mesmo que o IGP-M continue em deflação se o índice não for maior que o do mesmo mês do ano passado, o acumulado em 12 meses sobe", afirmou. Quadros observou que as commodities industriais contribuíram para a deflação de março, por causa do câmbio, mas em alguns casos, devido também a preços internacionais. (AE)

Preços de alimentos estão em queda

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Pouco a pouco, o consumidor sente a redução de preços dos alimentos Márcia Gouthier/Ag.Sebrae

Carlos Alberto dos Santos, gerente do Sebrae, durante a conferência

julgar pelos preços no atacado, a inflaç ã o d e v e r á re a lmente ficar dentro da meta para este ano. Segundo pesquisa realizada pela consultoria Plenus Gestão de Recursos, os preços da carne e derivados caíram, em média, 12% no atacado. Na avaliação de Sussumu Honda, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), entre os fatores que mais contribuíram para essa redução estão a ameaça da gripe aviária, a febre aftosa e a valorização do real frente ao dólar. Embora ainda não dê para avaliar os efeitos dessa queda no preço final para o varejo, Honda, comparou o atual momento de preços de alimentos, como o vivido pelo setor de eletrodoméstico recentemente, quando os valores dos produtos se equivaleram aos praticados há dez anos. Mas para o coordenador da pesquisa, Marco Antonio Franklin, a queda vai impactar mais fortemente no varejo entre os meses de abril e maio. Enfim no bolso – Entretanto, alguns produtos já tiveram redução, como a carne de frango. O gerente do Futurama Supermercado, Benevides Amaral da Silva, disse que a queda já chegou e foi tão bem aproveitada pelos clientes que já não há mais o produto nem no

estoque, nem nas geladeiras na unidade de Santa Efigênia. "Cheguei a vender o quilo da carne de frango a R$ 0,99." Já o preço da carne bovina, disse Silva, está estabilizado há cerca de um ano e não deverá sofrer novos ajustes. Mas a pesquisa de Índice de Preços dos Supermercados (IPS/Fipe), realizada para a Apas aponta que a redução dos preços no varejo iniciou-se em fevereiro. Naquele mês, houve nos valores dos alimentos (- 0,42%), alimentos semielaborados (- 0,84%), carne bovina (- 3,62%), carne suína (- 8,07) e aves (- 9,07%). O presidente da Apas explicou que essa situação de queda é pontual e momentânea. Honda apontou ainda outro fator que motivou essa situação: o período de chuvas, com pastos em melhores condições para o gado. "É um período cíclico que deve voltar a normalidade lentamente", afirmou Honda. Ele acredita que não é bom que essa situação se mantenha. Nem para o produtor, que perde competitividade e deixa de produzir, e nem para o consumidor, que pode ficar sem oferta. Assim como o consultor da Plenus, Honda acredita que o consumo, nos próximos meses irá se intensificar mas, desta vez, com o reforço do aumento do salário mínimo.

O

por um aumento da renda, os salários reais na indústria paulista subiram 13% em fevereiro contra o mesmo mês de 2005, proporcionaram um aumento de consumo que ajudou a puxar em 21,3% as vendas reais na mesma base de comparação. Emprego – Tabacof citou também como fatores positivos o "ainda discreto, mas importante" aumento do emprego industrial (0,27% ante fevereiro do ano passado) e o incremento dos gastos públicos, elevando os investimentos. Segundo números mencionados pelo empresário, o superávit federal caiu para 2,46% do PIB no primeiro bimestre de 2006, ante 5,28% no mesmo período do ano passado. A queda da Selic ainda não se refletiu no crédito. Mesmo assim, disse Tabacof, é inegável que seu efeito sobre o consumo está longe do esgotamento. O setor de maior destaque na pesquisa foi o de alimentos e bebidas, com 10,2% com ajuste sazonal ante janeiro e 13% na série sem ajuste. (AE)

Conferência da OCDE mostra caminhos para empreendedor PRODUÇÃO CONTINUA EM ALTA

A

Conferência Internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre Financ i a m e n t o p a r a o Empreendedorismo e o Crescimento das Pequenas e Médias Empresas foi encerrada ontem, em Brasília. O documento final do evento denominado "Declaração de Brasília" traz conclusões e recomendações para os governos, setores financeiro, acadêmico, científico e pequenas empresas no que se refere à financiamento. Segundo informações da Agência Sebrae, o evento reuniu representantes de 63 países. Eles debateram sobre as dificuldades de acesso ao crédito enfrentadas pelas pequenas empresas em todo o mundo e quais as soluções para a questão. A solenidade de encerramento da conferência foi

presidida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Também integraram a mesa, o ministro de Estado da Indústria da Turquia, Ali Coskun, e o secretário-geral adjunto da OCDE, Herwig Schlög. "É fato que tanto países ricos quanto pobres têm problemas para financiar as pequenas e médias empresas", afirmou o ministro Furlan. Ele lembrou ainda que essas empresas são um vetor importantíssimo para enfrentar o desemprego e a pobreza. Ele destacou que essas empresas precisam ser encorajadas a entrar no mercado formal e, para isso, necessitam de incentivos, não só dos governos, mas também do setor financeiro. "É preciso diminuir as barreiras de acesso aos fundos transnacionais." (Ag. Sebrae)

EUA está otimista com reunião no RJ

O

representante comercial dos Estados Unidos, Rob Portman, disse ontem que espera progresso nas conversações comerciais globais entre líderes da União Européia e autoridades brasileiras, neste final de semana, no Rio de Janeiro. Os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) têm até 30 de abril para acertar fórmulas de cortar tarifas de bens agrícolas e manufaturados, além de reduzir subsídios agrícolas domésticos. As negociações tiveram pouco progresso desde a reunião ministerial da OMC em Hong Kong, em dezembro.

"Minha expectativa é de que seremos capazes de fazer progresso sobre as modalidades, que é a fórmula que nós supostamente devemos acertar até o final de abril", disse Portman. Os EUA apresentaram uma oferta de abertura de seus mercados agrícolas, o que poderia revitalizar as negociações, mas ficaram desapontados com a reação das outras nações. A UE propôs cortar a média de suas tarifas do setor em cerca de 38%, comparado com a meta de cortes de 54% do plano do G20, grupo de países em desenvolvimento, e a proposta norte-americana de cortá-las entre 55% e 90%. (Reuters)

Indicador do Nível de Atividade (INA), apurado em conjunto pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cresceu pelo quarto mês consecutivo em fevereiro (1,6%), na série com ajuste sazonal, evidenciando uma tendência de recuperação da atividade. Depois de um crescimento medíocre de 1,8% em 2005 sobre 2004, o INA já acumula alta de 8,1% nos dois primeiros meses de 2006, ante o primeiro bimestre do ano passado. Os números acumulados levaram o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini, a estimar um crescimento acima de 6% para atividade industrial paulista neste ano. "De fato, podemos estar assistindo a uma recuperação da atividade", concordou o diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Boris Tabacof. Para ele, a recuperação do mercado interno, provocado

Eduardo A. de Castro

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do recém-empossado primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, ontem, sobre a suspensão da ajuda dos países ocidentais à Autoridade Nacional Palestina (ANP), cujo orçamento anual é de US$ 1,9 bilhão, sendo que centenas de milhões vêm da ajuda externa.

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

MARÇO

Mohammed Abed/AFP

Nós temos a esperança de que alguns países respeitarão as regras do jogo democrático, mudando de posição e deixando de agir dessa forma.

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Entrega da declaração eletrônica do ISS Data da morte de Anne Frank (1929-1945) em Bergen-Belsen

F UTEBOL T ELEVISÃO

Santas onomatopéias, Batman As famosas onomatopéias usadas nos filmes e no seriado Batman, em todas as suas versões, foram capturadas por dois aficcionados pelo Homem-Morcego - John A. Pannyworth e Scott Sebring - e colocadas na rede. Além de conferir todas as palavras, que apareciam na tela para das mais força e dinamismo às cenas de luta e confusão, é possível saber ainda: em quais episódios apareceu cada uma das onomatopéias e quantas vezes cada uma foi usada. A campeã é KAPOW! (50 vezes), mas seguida de perto pela mais conhecida: POW!!

Craque em publicidade Ronaldinho Gaúcho é apontado como o jogador mais rentável do mundo

www.batmania.com.ar/paginas/ serie_onomatopeyas.htm

mo o melhor jogador do mundo segundo a Fifa", diz o relatório da BBDO sobre o ranking dos jogadores com a imagem mais valiosa no futebol. P ro j e ç õ e s d a m e s m a consultoria indicam que Ronaldinho Gaúcho tem elementos de sobra para fazer crescer o valor da sua imagem. Se for bem na Copa do Mundo da Alemanha pode abrir larga vantagem sobre Beckham, que completará 31 anos dia 2 de maio. Entre os 20 primeiros jogadores no ranking da agência, aparecem apenas dois brasileiros - Ronaldinho e Ronaldo - e quatro ingleses - Beckham, Rooney, Lampard e Gerrard. Analistas da BBDO disseram ontem que o levantamen-

to foi feito de acordo com os contratos que os jogadores têm com clubes e patrocinadores. E ainda a forma técnica de cada um. Por isso, Ronaldinho Gaúcho bateu David Beckham.

Romário, rumo aos mil gols em Miami O jornal norte-americano Miami Herald divulgou ontem com destaque na internet a transferência do jogador Romário do Vasco para o Miami FC. Ontem, em sua despedida do time carioca, o atacante de 40 anos usou como porta-voz o presidente do clube carioca, Eurico Miranda, que assegurou o retorno do jogador para o Vasco em setembro, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Romário evitou as perguntas dos jornalistas porque esteve "desaparecido" nos últimos dias. M EMÓRIA

Albert Gea/Reuters

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onaldinho Gaúcho foi apontado como o atleta mais valioso comercialmente do mundo, em pesquisa divulgada ontem pela consultoria alemã BBDO. A imagem do brasileiro do Barcelona foi avaliada em cerca de R$ 124,5 milhões, mais do que os ingleses Beckham e Rooney. Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa nas duas últimas temporadas, 2004 e 2005, Ronaldinho Gaúcho desbancou o "rei do marketing", o inglês David Beckham que vale R$ 120 milhões. "Beckham está na segunda posição do ranking por ser o protótipo do homem ‘metrossexual’ e pelos contratos milionários que possui Mas Ronaldinho é cinco anos mais jovem e já foi eleito dois anos seguidos co-

B RAZIL COM Z

John D.McHugh/AFP

Alessia Pierdomenico/Reuters

L

A Sotheby's de Londres avalia em US$ 6 milhões o raro exemplar da 1ª edição completa do First Folio de Shakespeare, que vai a leilão em julho.

L ITERATURA

Pequeno Príncipe, um 'sessentão'

E M

C A R T A Z

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VISUAIS

LIBERDADE - Depois de quase três meses em cativeiro, a jornalista norte-americana Jill Carroll foi libertada pelos seqüestradores iraquianos. A libertação foi comemorada em todo o mundo. Em Roma, a foto da jornalista que relembrava o seqüestro, foi removida.

O teatro vai ao concerto Fotos: Luiz Prado/Luz

ator Petrônio Gontijo teve seus cinco minutos de Zubin Mehta na manhã de quintafeira, quando regeu os jovens músicos da Sinfônica de Heliópolis, que executaram um trecho da abertura da ópera Carmen. Petrônio, ao lado das atrizes Arlete Salles e Mila Moreira, está no elenco da peça Ac o rd a Brasil, do empresário Antonio Ermírio de Moraes, que é baseada na história da sinfônica - uma formação que reúne jovens de baixa renda da comunidade de Heliópolis, zona Sul da cidade. Com direção de José Possi Neto, a peça Acorda Brasil estréia dia 3 de maio no Teatro do Shopping Frei Caneca. Antonio Ermírio de Moraes deveria ter acompanhado o elenco da peça na visita a Heliópolis, mas seus assessores informaram que ele foi convocado, às pressas, para uma reunião de empresários.

O

Veja a programação completa no DCultura

G @DGET DU JOUR

Efeito de spa na sua banheira

Sinfônica de Heliópolis executa trecho da ópera Carmen

Ao lado, Petrônio Gontijo, regente: na platéia, as atrizes Arlete Salles e Mila Moreira (acima)

A produção popular brasileira Maria Luiza Kfoury catalogou mais de 5100 discos de MPB, 4.000 músicas e 8.300 compositores interpretados por 14 mil cantores e instrumentalistas e criou um site com todas as informações. No Disco Brasil é possível conhecer músicas, discos, intérpretes, arranjadores e compositores, fazer buscas por nome ou por categoria e até ouvir trechos de músicas. O site informa até quem faz participação especial em qual disco. www.discosdobrasil.com.br

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L OTERIAS

Telê continua em tratamento intensivo em Belo Horizonte, mas apresenta leve melhora Nova proposta de lei de imigração do Senado norte-americano anima os brasileiros

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search.do?productCode=spalig#

F AVORITOS

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www.iwantoneofthose.com/

Sérgio Roveri

Depois de várias reclamações e de um processo na Justiça dos EUA, a empresa Apple, que produz o iPod, introduziu controles para limitar e controlar o volume nos aparelhos visando evitar problemas de audição nos usuários. O programa, que está disponível para os modelos que podem tocar vídeo e também para o iPod Nano, pode ser baixado no site da empresa. www.apple.com

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O site I Want of of Those oferece esse interessante jogo de luzes para banheira. Cada kit vem com duas lâmpadas, em uma concha à prova d'água que se fixa por sucção às paredes e ao fundo da banheira. Funciona por 120 horas seguidas com 4 pilhas AAA, e vem nas cores azul, rosa e amarelo. Custa US$ 11,25 no site.

T ECNOLOGIA

iPod, agora sem surdez

M ÚSICA

Exposição 84th do Clube de Diretores de Arte de Nova York. Galeria Panamericana. Rua Groenlândia, 77. Telefone: 3885-7890. 9h às 13h. Entrada franca.

A edição francesa de O Pequeno Príncipe, do escritor Antoine de Saint-Exupéry, completou 60 anos neste mês com comemorações da França. O livro é o mais traduzido da história da literatura publicado em 160 línguas e dialetos - e também a obra francesa mais vendido no mundo (cerca de 80 milhões de exemplares), com 400 a 500 edições. A primeira edição, entretanto, é de 1943, nos EUA.

Gilberto Gil pede desculpas por ler texto que descrevia o ministro Hélio Costa como 'boçal'

Concurso 1581 da QUINA 12

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Nacional Tr i b u t o s Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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40% DOS "CONDOMÍNIOS" ERAM RUAS NORMAIS

Marcos Peron/Virtual

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Arborização e qualidade de vida são usadas como atributos de venda pelos administradores

Divulgação

Nova febre: condomínios horizontais Em busca de segurança, paulistanos compram casas em condomínios próximos à capital. Mas é preciso ter cuidado com os empreendimentos ilegais.

iberdade, tranqüilida- desembolse até R$ 1,7 mil pede e segurança. Um los serviços e status de morar bairro embutido em em um condomínio de luxo. o u t ro b a i r ro , o n d e "Os diferenciais são a segurancrianças brincam como antiga- ça 24 horas, grandes áreas de mente pelas ruas arborizadas lazer e quadras esportivas. Em sem que os pais se preocupem. casos assim, todas as casas já Ao contrário do que muitos possuem sua própria piscina", imaginam, cenários como esse diz Cabral Filho. estão ficando mais comuns em Lançamentos – A Rossi Regrandes metrópoles como São sidencial, por exemplo, está se Paulo. São os condomínios ho- especializando em condomírizontais, que ganharam força nios horizontais fora dos grannos últimos anos. des centros. "Atendemos pediA partir de 2000 houve um dos de pessoas que sonham em boom estrondoso no setor , com morar em casas, com segurano lançamento de grandes em- ça", diz o diretor da regional preendimentos nos arredores paulista, Marcelo Dadian. da capital paulista. Para o preO projeto mais arrojado da sidente da Associação dos empresa fica na cidade de SuCondomínios Horizontais do maré, próximo a Campinas, e Estado de São Paulo (Asco- tem 1 milhão de metros quanhsp), Sílvio Cabral Filho, a ex- drados. Segundo a gerente coplicação para o fenômeno é mercial da regional Campinas, bem simples: as pessoas bus- Andréa Nascimento, o lugar, cam tranqüilidade, conforto e, batizado como Villa Flora, possui espaço físico para abrigar acima de tudo, segurança. "Dentro dos condomínios, até 12 mil pessoas. "É uma cihá sempre uma associação de dade dentro de outra cidade." moradores para cuidar da seCerca de 1,5 mil famílias vigurança. As ruas ficam sempre vem no condomínio, que ofelimpas e ninguém precisa se rece serviços diferenciados. O preocupar com a violência. As interessante é que o morador pessoas se unem para cuidar não precisa sair do Villa Flora do espaço onde moram", diz. para ir à padaria, por exemplo. Diferenças – Cabral Filho "Além disso, há restaurantes, explica que há dois tipos de pizzaria, locadora, farmácia e condomínios horizontais: os outras facilidades. É algo totaledilícios e os atípicos. A dife- mente inovador", diz Andréa. Um dos novos moradores é rença básica entre eles é que nos condomínios atípicos, não o analista de sistemas Márcio existe uma área comum de la- Ferreira, que há três meses vizer, como nos demais. ve no Villa Flora. "Fazia tempo Já a semelhança mais impor- que eu não via tanta criança tante é que, nos dois casos, os brincando nas ruas como nesse moradores se verão", diz. Antes de se reúnem em as- Marcos Peron/Virtual Photo sembléia para mudar para o c on d om í ni o aprovar e ratear as despehorizontal em Sumaré, Fersas referentes a o b e m c oreira morava m u m d a c oem Santos e munidade. trabalhava Alerta – Na numa empreopinião da Assa em São sociação de VíPaulo. "Pegatimas de Lova o ônibus teamentos do todos os dias e não agüentaEstado de São P a u l o ( Av iva mais o trânsito caótil e s p ) , e n t retanto, é preciso co dentro", relembra. f i c a r a l e r t a Ferreira se apaixonou pelo com os falsos local onde mora assim que o viu No final do ano passado, condomínios. Nesses casos, loteamentos são surgiu uma oportunidade de abertos ou conjunto de ruas são trabalho em Campinas. "Era fechados por associação de mo- tudo o que eu queria e o motivo radores à revelia da lei de uso e que faltava para ir morar como parcelamento do solo, sem que sempre sonhei", diz. essa condição e a obrigatorieMais perto – Embora a grandade de rateio de despesas de maioria – mais de 80% das conste do memorial do lotea- 90 mil unidades programadas mento e das escrituras dos pro- para este ano – dos condomíprietários individuais. nios horizontais fique no inteJá os empreendimentos re- rior do Estado, há também gularizados são aqueles em ofertas para quem prefere esque consta da escritura do ter- tar mais perto do centro da careno ou do imóvel a formação pital. Nesse caso, geralmente, de uma associação de morado- os empreendimentos apresenres para administrar a área e a tam um número menor de caobrigatoriedade de rateio de sas. Hoje, já há ofertas para todespesas. É o caso, por exem- das as classes sociais e em diplo, do loteamento Patrimônio versos bairros da cidade. do Carmo, em São Roque, ciA própria Rossi Residencial dade cortada pela Rodovia Ra- acabou de entregar dois novos poso Tavares. projetos de condomínios horiÀs margens dela e de vias co- zontais dentro de São Paulo. mo a Castelo Branco, Anhan- Um deles é o Villagio da Serra, güera e Bandeirantes, aliás, na zona norte da capital, próxiproliferam empreendimentos mo à Serra da Cantareira e volde alto padrão. De acordo com tado para a classe A. O outro fio presidente da Associação ca no bairro da Cangaíba, na dos Condomínios Horizontais zona leste e apresenta um condo Estado de São Paulo, o valor ceito mais popular, com casas médio cobrado mensalmente geminadas de 90 metros quapelos condomínios varia entre drados cada uma. R$ 250 e R$ 300. Mas há quem Vanessa Rosal

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Vista aérea do condomínio Villa Flora, no Sumaré: arborização, tranqüilidade e segurança para 1570 pessoas.

Nos empreendimentos mais populares, as casas são geminadas

Alguns condomínios costumam ter piscinas nas áreas comuns

Fechamento de ruas é polêmico

A

pesar de estar em pleno desenvolvimento – de 2000 para cá, o setor apresentou crescimento de 150%, segundo uma pesquisa da Associação dos Condomínios Horizontais do Estado de São Paulo (Asconhsp) – ainda há muito o que fazer em relação aos condomínios horizontais. O principal problema está ligado à regulamentação, que ainda não é clara. De acordo com o presidente da entidade, Sílvio Cabral Filho, que também é advogado, há aqueles empreendimentos que são construídos dentro do "conceito condomínio", mas há também ruas públicas que foram fechadas por moradores e se transformaram em um "empreendimento fechado". Nesse caso, muitos discordam e se recusam a pagar o valor mensal estipulado, por considerarem que não se trata de condomínio legal, uma vez que essa condição não consta

da escritura dos terrenos ou dos imóveis e não há o registro de convenção, necessária em todo condomínio legal. "É impossível ter um controle sobre o funcionamento desses condomínios, já que as leis mudam de cidade para cidade. Nossa associação está trabalhando para padronizar os procedimentos", diz Cabral. No Ministério das Cidades está em discussão um projeto para tentar regularizar a situação em todo o País. Segundo Cabral, mesmo que o morador de uma rua fechada não concorde em pagar o "condomínio", ele poderá ser pressionado a pagar, até mesmo com ações na Justiça. "A jurisprudência tem entendido que, se os benefícios gerados pela transformação da rua em condomínio forem comprovados, não há como escapar", diz. "Conheço casos de pessoas que entraram na justiça contra o pagamento dos condomínios, mas quase todos perderam."

Outro lado – No entanto, também já há jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a favor dos moradores que não querem participar dos falsos condomínios e contra as associações responsáveis pela criação desses locais. Na realidade, essas associações são estimuladas pela atuação de empresas administradoras do setor, interessadas em ampliar o mercado, uma vez que sua remuneração é baseada no total arrecadado pela associação. A argumentação das administradoras para a criação desses falsos condomínios se baseia em supostos benefícios, como valorização do imóvel, segurança e qualidade de vida. A segurança, entretanto, não é garantida, argumentam grupos de moradores contrários ao fechamento de ruas, pois é mais fácil a ação de assaltantes em condomínios horizontais do que nos verticais, que dispõem de sistemas mais eficientes de controle e vigilân-

cia. E a qualidade de vida é prejudicada pelos constrangimentos a visitantes, que precisam se identificar, pela perda de liberdade individual e pelos custos decorrentes de segurança, limpeza e conservação de ruas. O fechamento de áreas, em geral, desobriga as prefeituras e demais órgãos de prestar serviço público. De acordo com uma pesquisa da Asconhsp, há, na cidade, 2 mil condomínios horizontais. Desse total, 40% eram ruas normais, que foram fechadas. "O assunto merece atenção especial. Já elaboramos propostas para melhorar o segmento e estamos aguardando resposta", finaliza Cabral Filho. Para combater os falsos condomínios e o uso de áreas públicas para fins particulares nessas ruas fechadas, foi criada em São Paulo a Associação de Vítimas de Loteamentos do Estado de São Paulo (Avilesp), que pode ser contatada pelo site www.avilesp.com.br. (VR)

Tributos ainda são problema no setor egundo o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, Cláudio Elias Conz, "pagam-se 38% de impostos para construir uma casa básica". A reclamação foi feita durante o lançamento da Semana Internacional da Construção e Iluminação em São Paulo, evento que acontecerá entre os dias 4 e 8 de abril. Conz representa o varejo da construção civil junto ao governo e nas negociações que dizem respeito à tributação do setor. "A carga de impostos ainda é excessiva, mesmo com as reduções significativas que conseguimos em 2006", disse. Neste ano, o governo reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI ) para 41 itens usados no setor da construção civil. Sendo que 11 deles, como fios e tubos de PVC, que eram tributa-

S

dos em 5%, foram isentos do imposto. Para outros 13, a alíquota baixou de 10% para 5%. É o caso da argamassa e do revestimento cerâmico. Os estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná tiveram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) do azulejo e louça re-

duzidos de 18% para 5%. "Com esses incentivos, o consumidor economiza 10% nas compras do material", afirmou Conz. E, é provável, que a partir do mês de abril, quando forem renovados os estoques dos comerciantes, o preço abaixe ainda mais, disse o representante da Associação.

Feiras movimentam São Paulo próxima semana em São Paulo será dedicada à área de construção civil. É quando acontecem a Feicon Batimat – Feira Internacional da Indústria da Contrução, a Expolux – Feira Internacional da Indústria da Iluminação e a Feicon Cozinhas e Banheiros e a Feicon Cerâmica Vermelha. Os quatro eventos, que

A

compõem a Semana Internacional da Construção e Iluminação, devem receber cerca de 170 mil visitantes interessados nas novidades das 600 marcas e expositores que se espalharão pelo Pavilhão de Exposições do Anhembi. Países como Portugal, França, Turquia e Áustria trazem soluções e interesses de negócios. (SSP)

Apesar dos problemas com a carga tributária, o setor da construção civil "vai de vento em popa", disse o diretor da Associação dos Revendedores de Materiais de Acabamento e Construção (Aremasp), Antonio Carlos Nunes. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as empresas da indústria da construção participam de 20,56% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o equivalente a R$ 247 bilhões. O segmento gera 12,4 milhões de empregos diretos e indiretos e participa com 14,7% dos salários pagos na economia. Nunes estimou que os financiamentos do setor devem crescer cerca de 6,5% em 2006. "Os dois primeiros meses desse ano já fecharam com recordes de liberação de recursos", disse. "Temos que reconhecer que o governo tem dado atenção especial à área." Sonaira San Pedro


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

DOISPONTOS -11 11

De olhos bem fechados ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em face do que já veio a lume, disse que o ex-ministro Antônio Palocci será regular e profundamente investigado. Quanto a isso, porém, uma dúvida atroz assaltou-me. Considerado que ilustre petista, membro do Congresso Nacional, aventou a hipótese de que o mero, mas digno caseiro, poderia ter esquecido seu extrato bancário em algum

O

lugar e que, então, alguém o encontrou e divulgou; Considerado que, diferentemente dos quinze dias propalados como necessários, a apuração da autoria da violação dos dados bancários do mero, mas digno caseiro, não levaria mais do que alguns minutos; Considerado que os sucessivos escândalos que vêm revelando o a que veio a governabilidade petista, fica difícil

acreditar na seriedade da profissão de fé investigativa do ministro da Justiça, o chefe da polícia afeta à apuração dos fatos. Pensar é pensar com liberdade total. Então, é bastante viável a linha de pensamento no sentido de que, tomando conhecimento dos fatos e circunstâncias, a investigação do envolvimento do ex-ministro poderá não passar da condição de instrumento e meio e

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

Inquérito sobre Palocci: fica difícil acreditar na seriedade da profissão de fé do ministro Márcio Thomaz Bastos

forma para serem apagados todos os vestígios, todos os rastros, os indícios, sinais e outras coisas do entulho que possa atentar contra a dignidade do exministro, visto que, embora dispensado, é mesmo assim um dileto amigo do Grande Chefe. É uma mera idéia, mas que pode ser representativa da realidade, isso pode sim. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Nous allons, manô! Céllus, d'apres Delacroix

Que tal promover o Ano da França no Brasil, colocando o povo nas ruas?

nfelizmente, o Brasil é um país de acomodados e de acossados. Um dos poucos que se rebelaram contra a truculência e os desmandos do governo está sendo acusado, coagido, humilhado e desmoralizado perante a opinião pública. É inadmissível ver um cidadão pobre ter todos os seus sigilos devassados (daqui a pouco vão até entrar no mérito religioso e sexual) e ver outros que realmente devem, como o senhor Okamoto e os políticos do mensalão, por exemplo, totalmente protegidos por este governo mentiroso e descarado, que prega aos quatro ventos que está investigando e caçando corruptos, mas que na verdade está só se protegendo dos cidadãos honestos que querem o fim deste lamaçal.

I

no tão autoritário quanto este, que é pior do que os outros, porque é maquiado, mentiroso e propagandista. Brasil é um país maravilhoso, com grande potencial humano e de recursos naturais, lindo por natureza. Não podemos G Um dos poucos deixar que o interesse de um grupo de pilantras que se rebelaram façam o que está fazendo com este cidadão, o Nildo, que de testemunha passou a bandido; pode contra a não ser um santo, mas o tratamento dado pelos truculência do agentes do governo com certeza visam inibir que governo está outros venham a público denunciar irregularidas sendo coagido, e falcatruas. Onde está a Justiça? humilhado e Vamos pensar bem na hora de votar, pessoal, desmoralizado não se deixem enganar por mentiras e promessas perante a opinião futuras. Vamos avaliar como estas pessoas dispública. cursavam e como se comportaram quando assumiram. O povo brasileiro não está conseguindo G O povo brasileiro rir e dançar como a turma do PT. Deus nos ajude não está para que esta turma esteja dançando e rindo sobre conseguindo rir seus caixões eleitorais.

O

á pouco tempo foi lançado na França o Ano do Brasil na França, sugiro que façamos o inverso, o Ano da França no Brasil, seguindo o exemplo desse povo que quando tem seus direitos ameaçados sai às ruas para protestar e demonstrar sua indignação, mostrando força e união do povo. Só o fato de nos unirmos e sairmos às ruas exigindo mudanças, como no tempo do Collor, já seria uma vitória contra este governo extremamente autoritário, que se quer democráti- e dançar como a co. Nos últimos 20 ou 30 anos não tivemos gover- turma do PT.

H

DEU

Governo já decidiu melar o relatório de Serraglio

NO

BLOG

De todas as estratégias do governo para minimizar os efeitos do relatório da CPMI dos Correios comentadas ontem, o colunista Fernando Rodrigues escolheu em seu blog as mais prováveis. Joedson Alves/AE

HTTP://UOLPOLITICA.BLOG. UOL.COM.BR

EDUARDO A. MORALES MIRANDA EDUARDO@CREDSYSTEM.COM.BR

geral. Se não for governo possível está finalizando conseguir os apoios sua estratégia a necessários respeito da CPI (a votação é terçados Correios, feira), o plano B é mas neste início de tarde negar quórum a tendência é para a reunião. É mais fácil a seguinte: 1) Conseguir convencer alguns integrantes a não votos para aparecer do que a derrotar o votar contra. texto de Nesse caso, a Osmar CPI caminhará Serraglio; 2) Apresentar um para a pizza completa. Tudo novo relatório ficaria pendente aliviando a barra

O

até o prazo final. Nenhum relatório seria votado. Muitos petistas são contra essa estratégia, pois avaliam que o desgaste seria enorme. Os mais realistas dizem o oposto e acham que a tragédia política é ter vários figurões do PT sendo classificados como criminosos -Lula, como se sabe, já foi

devidamente poupado por Osmar Serraglio. O que está dando aos petistas a noção de que têm força para alterar o relatório ou melar a CPI é o fato de o texto de Osmar Serraglio ter saído inconsistente e cheio de lacunas, além de o relator já ter aliviado para muita gente --além de Lula,

onde está o Lulinha? Onde está o Daniel Dantas? Ninguém sabe ninguém viu. Em resumo, o PT e o governo fazem um raciocínio quase binário: se deu para salvar o presidente e seu filho, vamos avançar salvar todo mundo de uma vez.

NEIL FERREIRA OS IRMÃOS CARA-DE-PAU Pitta, alguém aí lembra dele, dizia que tinham preconceito contra ele porque é negro. Mentiroso e cara-de-pau. Havia preconceito, sim, contra ele. Não por ser negro, mas por ter sido um péssimo prefeito. A Marta, será que alguém conseguirá esquecer, dizia que tinham preconceito contra ela porque é mulher. Mentirosa e cara-de-pau. Havia e há preconceito contra ela sim. Não por ser mulher mas por ter sido a pior prefeita de São Paulo, pior até do que a Erundina e o Pitta. O Mercadante, que todo dia joga na nossa cara que teve dez milhões de votos para senador por São Paulo, disse que os companheiros Palocci e Jorge Mattoso, defenestrados depois do escândalo da quebra do sigilo e do vazamento da conta de poupança do caseiro Nildo, foram demitidos por causa do seu "grave erro" e isso estava sendo corrigido pelo governo. Mentiroso e cara-de-pau. "Grave erro" uma pinóia. O que eles fizeram foi cometer uma sucessão de crimes que pode dar de um a quatro anos de cadeia. Se acumulados, podem chegar a seis anos. Eles devem agora ser assunto para a Polícia Federal, para início de conversa. O deputado federal pelo Rio Grande do Sul e líder do PT na Câmara, Henrique Fontana, subiu à tribuna para dizer que a sequência de fatos que afundou na lama a moral do governo era uma "conspiração das elites contra um presidente do povo, ex- retirante nordestino e exmetalúrgico, é a prova do golpismo da oposição". Mentiroso e cara-de-pau.

O

is o "golpismo da oposição": um petista, gerente da Caixa, invadiu a contapoupança do Nildo, tirou o extrato e entregou-o à uma petista, diretora da Caixa, que o entregou a um petista, assessor especial da presidência da Caixa, que o entregou a um petista, presidente da Caixa, que o entregou em mãos a um petista, ministro da Fazenda, e dali foi num passe de mágica parar na redação da revista Época, onde trabalha o filho de um petista, assessor de imprensa do ministro da

E

Fazenda, e dali em questão de minutos foi catapultado na internet para exposição mundial. Tudo isso mais ou menos entre as oito e as onze horas de uma única noite. Se a oposição tivesse mesmo igual competência conspiratória o governo "desse país" caia uma vez por semana. deputada federal pelo PT Angela Guadamin, que dançou a dança da pizza no plenário da Câmara para comemorar a absolvição do mensaleiro petista João Magno, disse que está sofrendo o preconceito por ser gorda, não pintar os cabelos e não fazer o tipo de beleza consagrado pela mídia, as garotas de biquíni, que ela quer proibir de aparecer nos comerciais de cerveja. Contra os comerciais de cerveja em si ela não tem nada, parece que ela tem é alguma coisa contra as garotas de biquíni. Mentirosa e cara-de-pau. Há preconceito contra ela sim não por ser gorda ou não pintar os cabelos e não ficar, digamos, bem de biquíni, mas por ser uma feroz defensora dos mensaleiros e tropa de choque do José Dirceu.

A

Pitta, Angela, Palocci, Mattoso, Fontana... são irmãos, sim, têm idêntico DNA. São farinha do mesmo saco. No processo de cassação do José Dirceu não dá para saber quem o defendeu com mais unhas e mais e mais dentes, ela ou os ministros do STF. Há preconceito contra ela por ter sido prefeita de São José dos Campos, quando o advogado compadre do Lula começou a operar e coletar, com Paulo Okamoto, dinheiro da prefeitura para o Caixa 2 do PT. O secretário de Finanças de Angela, o exguerrilheiro e ex-petista economista Paulo de Tarso Venceslau, denunciou o esquema e foi expulso do PT por iniciativa pessoal do Lulla. Vendo a sua dança pela tv, é claro que a gente reconhece que já estivemos muito melhor em matéria de É o Tchan, mas o problema com a deputada Angela não é o excesso de peso do seu corpo, é a falta de peso da sua moral. É claro que esses cara-de-pau são irmãos, sim, têm idêntico DNA, esses são farinha do mesmo saco. Lendo este texto por cima do meu ombro enquanto eu o escrevia e antes que o mandasse, um amigo comentou, "Ok são todos cara pau, mas e o Maluf, você esqueceu o Maluf, esse é PHD em cara-de-pau". E eu disse: "O Maluf ? Ora, o Maluf é só um trombadinha". NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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Leão também foi para o espaço Astronômica fome do Leão: 37,82% de sua renda

A casa de Pontes no céu (foto), a partir de amanhã.

Eis o Bauru cósmico lançado do Ponto Chic

Economia/1

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Página 12

Nasa 06/08/2005

Ano 81 - Nº 22.098

Sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição de Campinas concluída às 00h15

www.dcomercio.com.br/c ampinas/ Bruno Miranda/Folha Imagem

Paulo Pampolin/Hype

De quanto será a indenização do caseiro? O caseiro Francenildo tem uma causa vitoriosa contra a CEF, por danos morais, e poderá receber R$ 60 mil, no máximo, como calcularam advogados para o DC. Pág. 3

Fox Film/Divulgação

Ângela dançou, Okamotto fugiu, Palocci adoeceu, Dirceu perdeu, Genro voltou. Política 3, 4 e 5 TEMPO EM CAMPINAS

DCultura

Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 18º C.

O bibliófilo José Mindlin catalogou 800 raridades do seu acervo de cerca de 38 mil volumes. Destaques da

Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin é o nome desse índice soberbo, lançado em dois volumes ricamente

ilustrados. Junto aos livros, ao lado de dona Guita (foto ao alto), ele deu uma longa entrevista ao DC: "Nós

passamos, os livros ficam". Leia mais: estréia A Era do Gelo 2 (acima), um show de animação para a família.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

LAZER - 1

Paulo Pampolin/Hype

Reproduções

MINDLIN, UM LIVRO SEMPRE ABERTO

aventuram a te indicar leituras? Nas leituras, a gente tem um limite que é absolutamente inevitável que é o tempo, então tem de ser seletivo. Se vem o Antônio Cândido aqui em casa e me diz "você precisa ler tal livro", aí, claro que eu vou ler esse livro. Assim como o Antônio Cândido vai ler um livro que eu recomendo a ele. Assim mesmo, a gente compra muito mais livros do que consegue ler, porque sempre há a ilusão de que vai ler. É uma coisa que não tem fim. Eu sempre falo de uma compulsão patológica que tenho, não só de ler, mas de comprar livros. Mas ela não me preocupa, primeiro porque faz sentir bem, e, segundo, porque é incurável...

Obra de Willem Piso, um dos cientistas que acompanharam Maurício de Nassau na invasão holandesa ao Brasil

(...) Nosso exemplar é excepcional, por conter uma dedicatória autógrafa de Piso no frontispício gravado. (Anotação de Mindlin, pág. 70, vol. 1)

Na música Livros, Caetano Veloso fala de um ‘amor tátil’ que podemos ter pelos livros. O sr. sente assim? Sinto esse amor tátil, esse prazer físico no contato com o livro, sim. Tanto que vejo muitas perdas, quando se fala de livro eletrônico ou de transmissão de informação por internet numa tela. Embora ache essa tecnologia importante no problema da obtenção da informação, a absorção exige que ela seja levada para o papel, e aí há essa parte tátil. Sem falar na mobilidade, na facilidade de levar para qualquer lugar.

Lições da vida real, traduzidas em literatura

Dona Guita e José Mindlin: raridades de uma biblioteca raríssima

bibliófilo José Mindlin catalogou 800 raridades do seu acervo de cerca de 38 mil volumes. Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin é o n o m e d e s s e í n d i ce s o b e r b o, a re s p e i to d o q u a l f a l a (carinhosa e apaixonadamente) ao Diário do Comércio.

O

André Domingues

Capas: volumes 1 e 2 da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin

Veja que metáfora curiosa: "O livro é um companheiro que absolutamente não cria caso, não dá problema. Você o deixa por 10 anos na prateleira e, quando pega, ele está a sua disposição com a maior boa vontade, não reclama de ter sido esquecido". É como o bibliófilo José Mindlin justifica a perenidade de sua relação com os livros. E cai bem. Afinal, para quem criou a maior e mais interessante biblioteca particular do País com olhos de leitor, não de colecionador, o que poderia ser mais natural do que comentar sua paixão de forma literária? O mesmo se dá ao apresentar os dois volumes do recém-lançado catálogo de raridades selecionadas entre seus cerca de 38 mil volumes, intitulado Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin. Ali, afirma que, mal falou em produzir tal catálogo, e já houve uma grande agitação na biblioteca, uma vez que todos os livros se consideravam merecedores de serem nele incluídos. É, sem dúvida, uma visão de quem ama incondicionalmente a cada um de seus livros, como um pai aos seus filhos. E, se não fosse o sentimento de dever dividi-los conosco, talvez nunca arriscasse eleger – ainda que com um nó no peito – as 800 maiores raridades de seu acervo. O resultado foi notável. Tanto pelas belas fotos e pelas cuidadosas referências bibliográficas, quanto pelos valiosos comentários pessoais grifados em vermelho. Quem vê tanto esmero, logo pensa que Mindlin vive para os livros, mas não é assim. O bibliófilo mantém clara a certeza de que são os livros que devem servir ao homem. Eles ficam sempre a disposição, seja na colorida parede coberta de prateleiras de sua sala, seja no grande anexo que construiu ao lado da sua casa, no bairro do Brooklin. Até, quando conversa com alguém – é um

senhor muitíssimo bom de papo –, os livros estão a disposição, sempre abertos, deixando entrever as milhares de leituras passadas com que dialoga simultaneamente em sua cabeça. Qual foi o critério de escolha dos destaques? Raridade. O critério da inclusão como destaques da biblioteca não levou em conta o valor literário ou a qualidade do texto, mas sim do tipo de edição. Procurei edições raras, que têm particularidades que as distinguem das comuns, seja na ilustração, seja na diagramação, na encadernação ou em outras particularidades físicas e que têm importância para o conhecimento do campo a que se referem. Eu conheço bastante a parte do livro raro. Os destaques foram escolhidos dentro de um conjunto que deve ter, sei lá, 10 mil títulos, alguma coisa assim, não chega a 15 mil. Agora, a escolha é bastante arbitrária porque a biblioteca assumiu dimensões que eu diria até que são exageradas. Como a biblioteca ficou tão grande? Ela começou a se formar em 1927, quando eu tinha 13 anos, em função das minhas leituras. Não planejei uma grande biblioteca. A imagem que melhor define a formação da biblioteca é de que começou como uma plantinha, durante alguns anos, chegou a ser uma árvore e depois de mais alguns anos virou uma floresta. É uma biblioteca atualizada, nós procuramos ter bons exemplos do que foi o livro desde o século XV até os nossos dias. A quantidade maior é de livros que não são raros, livros de leitura de estudo, que não entram nos destaques. Na infância o sr. fazia coleções? Há

algum paralelo com a biblioteca? Eu colecionava selos, mas o espírito de formação da biblioteca não foi de coleção, algo lúdico, portanto, não há nenhum paralelo. O crescimento dela sempre foi ligado às minhas novas leituras e a livros que se referiam àqueles que eu estava lendo, de modo que só pode se dizer que as coleções se formaram dentro da biblioteca. É inevitável que, depois de ler o livro numa edição comum, a gente se pergunte que alterações houve em relação às várias edições anteriores. Aí, vai se procurar a primeira edição ou outras edições que foram revistas pelo autor. Você pega José de Alencar, em O Guarani: a primeira edição foi de 1857 e, durante quase 30 anos, ele reviu 4 edições. Então, além de O Guarani, como nós o conhecemos hoje, tem os volumes que o autor reviu, formando a história da obra. Tem também o interesse de ter um livro com uma dedicatória autógrafa do autor. Um livro que esteve na mão do autor ou que foi dedicado pelo autor a uma personalidade importante no mundo cultural, que é o que os americanos chamam de "association copy" - um livro que tem associações que vão além do próprio livro. Nós temos aqui uma edição do Machado de Assis com uma dedicatória a Joaquim Nabuco!

O que o sr. está lendo hoje? Hoje, com 91 anos, tenho um problema de visão, que eu acho uma das injustiças da sorte. Eu, durante, quase 80 anos, lia mais ou menos 100, 120 livros por ano. Eu lia muito, lia rápido, e agora não consigo ler. Eu estou tentando ler com aparelhos de auxílio de visão, mas isso é uma coisa muito lenta, então eu tenho pessoas que lêem para mim, além de CDs falados que também substituem. No momento, eu estou ouvindo ler um livro do Anatol Rosenfeld com grande prazer, uma coletânea de crônicas e ficções encontradas avulsas. Ele era um sábio, um estudioso de literatura, de filosofia, de sociologia na Alemanha e teve de sair por causa do nazismo. Veio para o Brasil, teve que aprender português, foi caixeiro-viajante durante alguns anos – ele conta ótimos episódios dele no Mato Grosso –, e, depois, conseguiu voltar à literatura. Também estou ouvindo ler As Intermitências da Morte, do Saramago, que é o último livro publicado por ele. Por conta dos leitores, comecei a fazer leituras simultâneas, o que não fazia muito. Eu gostava de ler um livro até o fim, mas, como são leitores diferentes, horários diferentes... Continua na pág. 6

Vinheta, no sumário do vol. 1

O texto original de Grande Sertão: Veredas (de Guimarães Rosa), com numerosíssimas correções do próprio autor (...) (Pág. 169, vol. 1)

Como é a estrutura do sr. para a garimpagem de novos livros? Eu recebo muitos catálogos, tenho correspondência com livrarias estrangeiras, com antiquários, principalmente. Os outros, têm resenhas na imprensa, têm revistas literárias, têm recomendações de amigos – "Olha você já leu tal livro? É interessante...". Quer dizer que as pessoas se

Guimarães Rosa: Grande Sertão: Veredas


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Senado Câmara CPMI Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Se não respeitam a mulher deputada, respeitem a mulher mulher, a mulher mãe. Arrumem outro para Cristo! Edmar Moreira (PFL), sobre o caso de Ângela Guadagnin (PT).

PT DECIDE POR RELATÓRIO ALTERNATIVO

CPMI: PLANALTO PODE INTERFERIR PARA GARANTIR VOTAÇÃO.

Eymar Mascaro

Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

INDICIAR LULA É QUESTÃO DE HONRA PARA OPOSIÇÃO

A

oposição está disposta a não descansar enquanto não conseguir aprimorar a redação do relatório preparado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios no ponto que trata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oposicionistas tendem a apoiar o documento, mas querem maior rigidez em relação ao comportamento de Lula no esquema do mensalão, com pedido de indiciamento do presidente. "Não fica bem para um homem ladino como o Lula aparecer para a opinião pública como um governante que não sabe nada do que está acontecendo à sua volta", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o PSDB vai apresentar voto em separado para pedir a responsabilização do presidente Lula, pois, em sua opinião, o "Planalto foi a matriz dessa relação

promíscua" (o mensalão). O PT, por outro lado, já deixou claro que fará de tudo para derrubar o relatório e começou a preparar outro texto para levar na votação na comissão. Interferência – P re oc up ados com a radicalização no PSDB e no PT, integrantes da comissão apostam na intermediação do Palácio do Planalto. A idéia de governistas e oposição é obter apoio do Planalto para evitar que os petistas mais radicais apresentam um relatório paralelo. O presidente Lula estaria preocupado com a possibilidade de não haver aprovação do relatório. O temor é que a responsabilidade por uma operação para abafar a CPI seja atribuída ao governo e que a administração federal saia ainda mais chamuscada da crise, caso se exponha para derrubar o texto de Serraglio. Para a oposição há interesse na aprovação do documento, mas com algumas mudanças, principalmente no capítulo referente aos indiciamentos.

J

Delcidio Amaral conversa com ACM Neto: preocupação com radicais.

Radicais – O problema da negociação são os radicais dos dois lados. Virgílio e Dias, que defendem a inclusão de Lula, de um lado e, do outro, os petistas que já estão elaborando um texto paralelo onde dirão que não houve mensalão, apenas caixa 2 e repasse irregular de recursos para partidos. No documento, que deverá ser apresentado na terça-feira, os petistas vão ainda rever parte dos 124 pedidos de indiciamento feitos por Serraglio, dirão que o valerioduto nasceu no governo Fernando Henrique Cardoso e melhorarão a situação dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken e outros ex-dirigentes do partido, sob o argumento de que há erros jurídicos no relatório. "O mensalão na concepção de um poder comprando o outro não existe. Reconhecemos que houve caixa 2, mas não ocorreram votações que foram azeitadas por dinheiro", afirmou a líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC). "Vamos concluir a partir de

um critério universal de indiciamento que valha para aliados e para oposição", disse o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS). "Não podemos tratar adversários políticos de forma diferente de aliados políticos." Passado – "O valerioduto não começou agora; o mecanismo dos empréstimos, os contratos de publicidade e os repasses a partidos não começaram agora", completou Jorge Bittar (PT-RJ). "A gênese do valerioduto começou em 98. É fundamental restabelecer isso no relatório", sentenciou. Na avaliação dos petistas, o relatório de Serraglio teve viés político e não foi baseado em critérios técnicos e jurídicos. Segundo o presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PTMS), "a idéia é desconectar os saques (nas contas de Marcos Valério)das votações. O dinheiro pode ter sido usado para outras coisas, mas não houve caracterização de compra de consciências", disse. "A intenção do PT é ajustar o texto." (Agências)

Celso Junior/AE

'FUGA' DE OKAMOTTO IRRITA CPI

O

presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, tentou se esconder para não ser convocado para a acareação com o exsecretário de prefeituras petistas Paulo de Tarso Venceslau, marcada para terça-feira na CPI dos Bingos. De acordo com comunicado do escrivão da Polícia Federal José Bráulio Rodrigues, lido ontem pelo presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), ele teve dificuldades para encontrar Okamotto. Segundo relato, os funcionários do Sebrae tentaram impedir que o escrivão fosse até o andar da presidência, alegan-

Após o flagra, Okamotto diz à CPI dos Bingos que foi um mal-entendido.

do que Okamotto estava viajando. Rodrigues insistiu, chegou ao gabinete do presidente, e conseguiu que a secretária endossasse o aviso, escrevendo: "o destinatário encontra-se em viagem de trabalho". Surpresa – O escrivão contou que, antes de deixar o prédio, constatou que a secretária não escrevera a palavra "rece-

bido", como é de praxe. Ele voltou à sala e qual não foi sua surpresa ao ver Okamotto. Tentando justificar a situação, o advogado do presidente do Sebrae, Luis Justiniano Fernandes, terminou complicando-o mais ainda. Disse que a secretária se enganou, pensando que Okamotto teria embarcado para Belo Horizonte no

A OUTRA DANÇA DE ÂNGELA GUADAGNIN

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fastada oficialmente do Conselho de Ética ontem, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) foi substituída pela suplente Neyde Aparecida (PT-GO) na votação do relatório que derrubou a recomendação de absolvição do mandato de José Mentor (PTSP). O PT decide semana que vem quem a substituirá definitivamente no Conselho. O afastamento ocorreu depois que o PPS protocolou representação pedindo punição para a deputada, além de outra do deputado Jair Bolsonaro (PPRJ) pedindo repreensão pública na Corregedoria. Como nenhum parlamentar pode atuar no Conselho se estiver respondendo a processo no órgão, o presidente Ricardo Izar (PTBSP) comunicou o afastamento. Na semana passada, Ângela comemorou a absolvição do deputado João Magno (PTMG) dançando no plenário da Câmara. "Nesse momento, se-

rá um afastamento preventivo, apenas enquanto o processo administrativo corre", afirmou Izar. De acordo com ele, como se trata de processo administrativo e não disciplinar, a punição pode ser uma advertência (escrita ou verbal) ao o afastamento (temporário ou definitivo) do Conselho. Clemência – O deputado Edmar Moreira (PFL-MG), autor do parecer derrotado de Mentor, pediu clemência. "Chega de bater na mulher! Se não respeitam a mulher deputada, respeitem a mulher mulher, a mulher mãe. Arrumem outro para Cristo!", disse Edmar. O deputado Nelson Trad (PMDB-MS) argumentou que a discussão não era em torno de gênero. "A ética não tem sexo." O PPS não pretende que Guadagnin tenha o mandato cassado, apenas que sofra reprimenda verbal ou por escrito pela presidência da Câmara. "Não estamos pedindo a cassa-

ção dela, até porque não é um caso de corrupção, ela não recebeu nenhum dinheiro escuso e acredito que seja uma pessoa correta. No entanto, seu ato a coloca em 'suspeição' para analisar os processos que tramitam no Conselho", disse Roberto Freire (PPS-PE). O Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, vai às ruas na próxima terça-feira distribuir uma carta à população em defesa da deputada. "A intenção é dar apoio ao PT, ao presidente Lula e à deputada Ângela, e combater a hipocrisia", disse o diretor sindical Jéferson Damasceno de Souza. Votação – O Conselho aprovou ontem, por nove votos a quatro, o relatório de Trad que pede a cassação de Mentor. O petista afirmou que pode recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que pode atrasar a votação do caso pelo plenário. (Agências)

vôo das 17h12 e não no das 17h55. "Ele desrespeitou o Congresso, o Supremo e a Polícia Federal", disse Efraim. Desrespeito – Para a oposição, a "fuga" é um desrespeito à CPI e ao STF, que tem concedido liminares contrárias à quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Okamotto. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), as tentativas em proteger os seus dados "indicam que estão tentando esconder algo da opinião pública". A estratégia de Okamotto irritou até petistas. O senador Tião Viana (PT-AC), disse que tal gesto "é um ato reprovável em todos os sentidos". No fim do dia, a CPI recebeu comunicado assinado por Okamotto, informando que ele tinha "tomado conhecimento" do ofício. Ele alegou um mal-entendido e disse que houve um desencontro de informação. (Agências)

STF NEGA PEDIDO DE DIRCEU PARA VOLTAR À CÂMARA

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ex-deputado federal José Dirceu fracassou na tentativa de ter de volta o mandato que foi cassado em novembro. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de liminar para que o ex-congressista fosse reconduzido ao cargo. Mendes disse que, numa primeira análise, não considerou plausível a argumentação do ex-ministro. Na ação protocolada no STF, o Dirceu contesta os atos da presidência e da mesa diretora da Câmara que culminaram na cassação de seu mandato. Segundo a defesa, não foi respeitado o devido processo legal e o direito à defesa. Os advogados sustentam que o relatório aprovado pela Câmara era diferente do referendado pelo Conselho de Ética. Dirceu vai insistir no mandado de segurança, pois seu advogado alega que Mendes fez uma interpretação equivocada do pedido.

Na ponta

osé Serra dá a largada na campanha como franco favorito para vencer as eleições de governador. Serra é pule de 10. As últimas pesquisas apontaram que se a eleição hoje, o tucano teria no mínimo 50% dos votos. Trata-se de um índice que pode dar a Serra a vitória ainda no primeiro turno. Seus principais adversários seriam os petistas Marta Suplicy e Aloizio Mercadante, que vão disputar as prévias do partido, marcadas para 7 de maio. Mas Marta fez um apelo para que a consulta seja antecipada para 23 de abril. A ex-prefeita tem pressa na indicação do candidato. Se a tendência nas pesquisas continuar, o PSDB conseguirá manter o controle político de São Paulo por mais 4 anos. Os tucanos chegaram ao poder com Mário Covas em 1994, reeleito em 1998, tendo como vice, nas duas oportunidades, Geraldo Alckmin. Portanto, o PSDB controla politicamente o Estado há l2 anos.

CHAPA Tudo indica que o PSDB tenha como vice na chapa de Serra uma indicação do PFL. O mais provável é que o vice seja o empresário Guilherme Afif Domingos. Se, no entanto, o vice do tucano for de outro partido, como o PMDB, Afif seria candidato ao Senado, apoiado pela coligação PSDB/PFL/PMDB.

do candidato petista.

RECICLAGEM Apesar de estar em campanha pelo governo paulista, o vereador Carlos Apolinário poderia abrir mão de sua participação, caso o seu partido, o PDT, feche um acordo para apoiar Serra. Mas, por enquanto, Apolinário continua candidato.

NOME FORTE

SOPA NO MEL

Afif tem história e potencial de votos. O PSDB quer disputar o governo do Estado com o apoio do PFL e do PMDB. No PMDB, os nomes mais citados para a vice ou para o Senado são os de Orestes Quércia e Michel Temer.

A campanha presidencial de Geraldo Alckmin (que hoje deixa o governo) será facilitada em São Paulo com a candidatura de Serra. Alckmin e Serra farão a campanha acoplados. Em tempo: Alckmin deixa o governo do Estado com cerca de 60% de aprovação.

COMO FICA

IMPORTÂNCIA

O chapão do PSDB ficaria assim: Serra para governador; Afif Domingos para a vice e Michel Temer ou Orestes Quércia para o Senado. Outra alternativa poderia também ter um dos dois peemedebistas na vice e Afif como candidato ao Senado.

Lula e Alckmin brigam pelos votos paulistas. O Estado tem mais de 25 milhões de um total de 125 milhões de eleitores no País. É importante para o candidato a presidente ser bem votado em São Paulo. De cada 5 eleitores no Brasil, 1 é paulista.

INSISTÊNCIA

A aliança PSDB/PFL de apoio a Alckmin já está acertada. O PFL vai indicar o vice de Alckmin, que deve ser do Nordeste. Dois senadores disputam a vice na chapa do PSDB: José Agripino (RN) e José Jorge (PE).

COLIGAÇÃO

O vereador José Aníbal não quer abrir mão de sua pré-candidatura ao governo e insiste nas prévias. Aníbal ainda não atendeu apelo dos tucanos para que desista em favor de José Serra. O vereador avisa que vai até o fim.

NA VICE Diz-se no PSDB que José Aníbal endurece o jogo porque desejaria ser o vice de José Serra. Aníbal estaria lutando por uma chapa "puro sangue". Mas, Serra quer formalizar alianças e precisa do cargo de vice, afastando a hipótese de Aníbal compor a chapa com Serra.

DISPUTA Por enquanto, os adversários mais perigosos para Serra são Marta e Mercadante. Por ser líder do governo no Senado, portanto, estando ausente de São Paulo, Mercadante perde terreno para a exprefeita. A tendência é de Marta vencer as prévias.

CANDIDATURAS O PSOL ensaia o lançamento de Plínio de Arruda Sampaio (ex-PT) ao governo paulista. Plínio construiria um palanque para facilitar a campanha para presidente da senadora Heloísa Helena. Plínio tem muita afinidade com o PT e pode tirar votos

MINEIRO Lula pensa em ter um vice de Minas. Por isso, José Alencar pode ser novamente o companheiro de chapa do presidente. Lula é nordestino e está bem situado na região, segundo as pesquisas. O mais lógico, na visão do PT, é que tenha um vice mineiro, porque Minas tem importante colégio eleitoral.

FORÇA JOVEM O futuro secretário de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado, empresário Rogério Amato, é um dos criadores do vitorioso projeto dos aprendizes, programa que facilita a colocação de jovens nas empresas. Apenas no Estado existem 110 mil jovens encaminhados, graças à iniciativa de Amato, que é também vice-presidente da Associação Comercial.

REFORMULAÇÃO Petistas estão encarregados de desmontar parte do relatório de Osmar Serraglio (CPMI dos Correios), sobretudo no trecho em que pede o indiciamento dos exministros José Dirceu e Luiz Gushiken. Em compensação, a oposição também quer mudanças no relatório: quer livrar o senador Eduardo Azeredo ( PSDB) do indiciamento e implicar o presidente Lula.


sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Eis-me aqui. Vou continuar a governar esse estado até o final do meu mandato. Rosinha Matheus, governadora do Rio

DOBRADINHA TUCANA DÁ CERTO

APELO FRACASSA E OITO MINISTROS SAEM DO GOVERNO

Sebastião Moreira/AE

Gustavo Miranda/Ag.O Globo

F Funcionário do Metrô tira foto de Serra, candidato tucano ao governo do Estado, ao lado de Alckmin.

SERRA DEIXA ANÚNCIO PARA O ÚLTIMO MINUTO

J

á está mais do que certo que o o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), vai formalizar hoje a renúncia ao cargo – exatamente um ano e três meses depois de ter assumido o posto – e anunciar, assim, a candidatura a governador. Serra marcou para o período da tarde uma reunião com o secretariado, na qual anunciará à equipe que o vice-prefeito, Gilberto Kassab (PFL), passa a ser o novo prefeito. O comunicado público deverá ser feito em seguida. O anúncio da candidatura de Serra a governador aconteceu de forma inesperada, numa gafe do secretário de Educação da Prefeitura, José Aristodemo Pinotti, durante a inauguração de uma escola na região central. Num deslize no discurso, Pinotti confirmou a saída de Serra da administração municipal. "É uma alegria grande estar aqui no último dia do governo do prefeito José Serra. Ele desincompatibiliza-se hoje", afirmou o secretário. Surpresa – Mas Serra, que estava ao lado de Pinotti, arregalou os olhos surpreso. Bastante constrangido, Pinotti desculpou-se com o chefe ainda em cima do palanque. "Perdão, perdão. Cometi uma grande gafe, prefeito." Ele tentou contornar o

MEIO AMBIENTE Ministra Marina Silva pede que os deputados votem o projeto de lei para a Mata Atlântica

erro: "Eu queria dizer que hoje é o meu último dia." O anúncio inesperado caiu como um balde de água fria nos planos do prefeito, que tentava manter em segredo a decisão de sair ou não da Prefeitura. Apesar do anúncio antecipado feito por Pinotti Serra manteve a postura de não falar sobre o assunto. "Como vocês vêem o Pinotti só lê jornal, porque isso não foi conversado com ninguém do secretariado", desconversou logo após a gafe do auxiliar. Engano – Pinotti disse ter sido induzido por reportagens, ao fazer o comentário. O prefeito, no entanto, não negou nem confirmou a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Pinotti deixa o governo para disputar um novo mandato para a Câmara. O anúncio da candidatura de Serra – no último dia de prazo para a desincompatibilização – põe fim a uma novela de dois meses e explicitada no

Ó RBITA

dia 14 de março, quando o PSDB anunciou o nome do governador Geraldo Alckmin como pré-candidato à Presidência, pondo, assim, fim à expectativa de Serra de ser o adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro próximo. Apoio – A escolha por Serra para disputar a sucessão de Alckmin, que amanhã transmite o cargo de governador ao vice-governador, Cláudio Lembo (PFL), foi construída aos poucos, no início a contragosto do prefeito. Um dos principais incentivadores da candidatura Serra ao governo foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O empurrão de Fernando Henrique ganhou força com a divulgação de pesquisas de opinião na qual Serra aparecia com cerca de 60% dos votos caso se candidatasse ao governo paulista. A partir daí, a cada dia o prefeito recebia centenas de mensagens de apoio. A decisão em disputar esbarrava na dúvida de deixar a Prefeitura antes do tempo e para um projeto que, a princípio, não era prioritário. A definição veio semana passada, após romaria de apoios. Contra a parede, mas confiante no novo desafio, Serra diz hoje sim a mais uma campanha. (Agências)

MATTOSO A CPI dos Bingos adia para terça a votação para a convocação do ex-presidente da CEF, Jorge Mattoso.

Marcos D´Paula/AE

ROSINHA FICA E LIMITA GAROTINHO

NOSSA CAIXA

O

A

governadora do Rio Rosinha Matheus disse, em discurso no Palácio Guanabara, que ficará no cargo até o final do mandato. A decisão aborta as chances dela ser candidata ao Senado e limita o horizonte do exgovernador Anthony Garotinho nas eleições. Caso não consiga a legenda, na convenção de junho, para concorrer à Presidência pelo PMDB, Garotinho não poderá ser candidato a outro cargo. Rosinha reconheceu que o caminho mais fácil seria se candidatar ao Senado, mas afirmou que seu compromisso é com a conclusão das obras. A governadora foi pressionada pelo PMDB a

renunciar. " O povo me elegeu para continuar o projeto do Garotinho. Eisme aqui, vou continuar a governar esse estado até o final do meu mandato". Garotinho anunciou que vai montar um escritório de campanha em Brasília. E rejeitou a possibilidade de uma aliança do partido com o PT, mas se mostrou simpático ao PSDB, apesar de fazer críticas à política econômica defendida pelo partido. (Agências)

s deputados estaduais Renato Simões (PT), Romeu Tuma Jr. (PMDB), Mauro Menuchi (PSB) e Ana Martins (PCdoB), entraram ontem, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), com um mandado de segurança contra a presidência da Assembléia Legislativa de SP para que seja instalada uma CPI para investigar as denúncias contra a Nossa Caixa. O deputado Renato Simões alega que existe uma blindagem na Assembléia para que nenhuma medida investigue a administração do governador Geraldo Alckmin: "O picolé de chuchu não resiste a holofotes e vai derreter, pois é inconsistente e representa uma imagem que não corresponde à realidade".

racassaram os últimos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a debandada no ministério. Diante do prazo fatal para que todos os candidatos às eleições de outubro deixem os cargos hoje, oito ministros vão sair da equipe. Lula queria manter o titular de Relações Institucionais, Jaques Wagner, responsável pela articulação política, mas o petista preferiu disputar o governo da Bahia. Em seu lugar entrará o ex-presidente do PT e ex-ministro da Educação Tarso Genro, que disse ontem que volta à equipe do presidente com a missão de garantir a estabilidade da base política e valorizar as alianças. "Recebo uma missão de Estado, para garantir solidez e estabilidade nas relações políticas no ano eleitoral", disse Genro a ao sair de uma reunião com Lula. Lista– O presidente também tentou segurar o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes – outro nome experiente na seara política. Ciro, no entanto, não abriu mão de concorrer a deputado federal, atendendo a pedido de seu partido, o PSB. Além de Wagner e Ciro, deixarão ainda hoje a equipe os ministros José Alencar (Defesa), Alfredo Nascimento (Transportes), Saraiva Felipe (Saúde), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Agnelo Queiroz (Esporte) e José Fritsch (Pesca). Alencar deixará o cargo por-

Tarso Genro cotado para ministro

que não quer estar impedido para qualquer disputa em outubro, embora insista que não é candidato. Vice de novo? – No Planalto, o comentário é de que Alencar pode ser novamente candidato a vice na chapa de Lula à reeleição. Quem ficará em seu lugar, mas a princípio em caráter interino, é o atual comandante do Exército, Francisco Albuquerque. O general foi alvo de críticas recentes pelo episódio no Aeroporto de Viracopos, quando um avião que taxiava na pista voltou para que Albuquerque e sua esposa pudessem embarcar. Alfredo Nascimento, do PL, vai se candidatar ao governo do Amazonas. Para o lugar dele também há disputa entre grupos do PL. Ele gostaria que seu sucessor fosse o atual secretário-executivo, Paulo Sér-

gio Passos, mas há ainda dois candidatos: o senador João Ribeiro, pelo PL do Tocantins, e o diretor geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, Mauro Barbosa. O Ministério da Saúde também terá novo comandante. O mineiro Saraiva Felipe entregou o cargo e mais dois nomes, ambos do PMDB, disputam sua vaga. São eles: o secretárioexecutivo José Agenor Álvares da Silva e Paulo Lustosa, indicado pelo por José Sarney. Secretários assumem – Nos demais ministérios há menos polêmica em relação à sucessão. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto anunciou que deixa o cargo porque vai concorrer a uma vaga no Senado pelo PT do Rio Grande do Sul. Para seu lugar deve ir o secretário-executivo do ministério, Guilherme Cassel. O também ministro da Secretaria de Pesca, José Fritsch, vai disputar o governo de Santa Catarina e indicou o seu secretário-executivo para substituí-lo. Ficou para hoje a conversa do presidente com o Agnelo Queiroz, do PCdoB, que pretende concorrer ao governo do Distrito Federal. Está numa briga com o PT, que não abre mão de lançar a candidatura de Geraldo Magela à sucessão de Joaquim Roriz, dividindo a esquerda. Orlando Silva, secretário-executivo do Esporte, deve assumir a cadeira de Agnelo. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.CIDADES & ENTIDADES

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

O BAURU DO ASTRONAUTA O Diário do Comércio aproveitou a viagem do primeiro astronauta brasileiro e foi ao tradicional Ponto Chic, no coração da cidade, lançar um desafio: que tal homenagear o tenente-coronel Marcos César Pontes com uma versão especial do famoso sanduíche Bauru, nome de sua cidade natal? O resultado é de dar água na boca. Confira. Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

Kety Shapazian

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Mexer na fórmula original do Bauru é uma heresia. Por isso, o sanduíche que homenageia o astronauta Marcos Pontes seguiu à risca a receita de 1937.

mpolgados com o nosso primeiro astronauta, o pessoal do restaurante Ponto Chic, no Largo do Paissandu, resolveu aceitar o desafio do Diário do Comércio e montar uma versão pra lá de especial do sanduíche Bauru em homenagem ao filho mais ilustre da cidade homônima. Nasceu ontem o Bauru do tenente-coronel Marcos César Pontes, um lanche tão grande que, se bobear, dá para enxergar do espaço. A receita foi mantida. Afinal, como disse o proprietário do Ponto Chic José Carlos de Souza, "mexer nela seria uma heresia". (Muitas) Fatias de rosbife, tomate, picles, mais (um montão de) queijo fundido rechearam oito pães sírios espalhados numa enorme bandeja. A responsabilidade da empreitada foi de Raimundo, chapeiro que trabalha há dez anos na casa. (Vale a pena contar que, na hora da montagem, em pleno rush do almoço, a cozinha parou. O gerente João – 26 anos de Ponto Chic – falava para Raimundo trocar aquela fatia de pão "meio torta" por outra mais bonita. O garçom Agnaldo brincava que o superlanche seria o almoço do pessoal. Só Raimundo trabalhava quieto, compenetrado na tarefa, sob os olhares curiosos dos companheiros de cozinha.) Futebol – Enquanto fatias de rosbife eram cuidadosamente colocadas sobre o pão, que na versão original é francês, sem miolo, o simpático João relembrava como foi o momento do lançamento do foguete Soyuz. "Em noite de futebol, a casa fica cheia. Ontem (quarta) tinha muito são-paulino e santista, cada um interessado no jogo do seu time. Mas na hora que o foguete apareceu na tela, as diferenças sumiram. Todas as atenções estavam na televisão. Foi emocionante." O chapeiro Raimundo assistiu ao lançamento em casa. Econômico com as palavras, o funcionário disse estar orgulhoso com o astronauta, "com certeza". "Foi legal, né?", resumiu ele. Outro que viu em casa foi o patrão José Carlos: "Tudo o que leva o nome do Brasil deixa a gente muito orgulhoso. Fiquei um pouco

apreensivo porque lembrei do acidente com a Challenger (ônibus espacial que explodiu no lançamento, em 1986). No final, graças a Deus, deu tudo certo, mas eu esperava uma comemoração maior. Achei que haveria um buzinaço nas ruas e que telões na Paulista, e por que não, nos estádios de futebol, transmitissem o evento", queria José Carlos. História – O Ponto Chic foi fundado em 1922, mas o Bauru nasceu em 37. O estudante do Largo São Francisco Casimiro Pinto Neto, morrendo de fome, pediu um dia ao chapeiro Carlos que abrisse um pão francês, tirasse o miolo, colocasse rosbife, tomate, picles e queijo derretido. O apelido de Casimiro era Bauru, já que ele era daquela cidade. Como o lanche não tinha nome, amigos do estudante quando queriam pedir o sanduíche falavam "me dá um do Bauru". O nome pegou e hoje, quase 70 anos depois, continua a ser o carro-chefe do lugar. Por dia, nas três casas (Paissandu, Paraíso e Perdizes), são pedidos cerca de 400 Baurus. O preço é de R$ 10, 90 e vale a pena cada centavo. No prato sai mais caro, R$ 17,20. Lanche pronto, Raimundo, orgulhoso da obra, abre um sorriso de orelha a orelha. Apesar de não constar do cardápio, o gerente João garante que faz o Bauru do astronauta de Bauru para quem quiser. Pelo tamanho, o lanche alimenta bem uma família inteira. Segredo – Quem já comeu um Bauru do Ponto Chic deve ter ficado maravilhado com o queijo fundido, que salta do pão. O segredo foi revelado ontem. Uma mistura de queijos estepe, suíço e prato é dissolvida dentro d'água para "tirar o cheiro forte dos queijos e dar liga". Às vezes, vai gouda, mas não ontem. No caso do Bauru Marcos Pontes, uma 'tonelada' de queijo foi derretida numa panelona redonda. Uma delícia! SERVIÇO Ponto Chic – Largo do Paissandu, 27, Centro. Telefones: 3222-6528 ou 3222-9057. E-mail: www.pontochic.com.br

UM DELICIOSO PASSO-A-PASSO INGREDIENTES

MODO DE FAZER

Foram usadas oito unidades de pão sírio. Curiosidade: os sanduíches ganharam os cardápios a partir do século 19, mas a idéia de colocar algum recheio no pão é bem mais antiga que isso. O nome sanduíche só surgiu em 1762, com o inglês John Montagu, o conde de Sandwich, uma vila na Inglaterra.

Se quiser fazer em casa o rosbife, os ingredientes são uma peça de lagarto bovino; quatro colheres (sopa) de mostarda; sal e pimenta-do-reino; ½ xícara de óleo. Se não, o rosbife caseiro é facilmente encontrado em qualquer boa padaria da cidade.

A nova versão do famoso Bauru é perfeita para a família ou um grupo de amigos. Numa travessa, de preferência, gigante, distribua os pães sírios abertos ao meio. Esse tipo de pão, que antigamente era chamado de especial, foi trazido para São Paulo no início do século 20 por imigrantes árabes.

Depois de arrumar as metades do pão sírio na travessa, distribua as fatias finas do rosbife. O legal é que ele seja meio mal passado, meio vermelinho. A palavra rosbife vem de roast beef, prato de origem inglesa que pode ser traduzido como carne assada.

Picles e tomate. Para aqueles que gostam de tudo caseiro, uma dica na hora de fazer os picles, que são conservas de pepino em vinagre: quando esfriar, acondicione em vidros apropriados e mantenha durante 24 horas em temperatura ambiente. Só depois leve à geladeira.

Foram usados três tipos de queijo: estepe, suíço e prato. Segundo o gerente João, às vezes é usado o gouda também. Ontem, esse queijo muito comum na Holanda (ele é original da cidade de Gouda) ficou de fora. Nos supermercados, 500 gramas de queijo estepe saem por cerca de R$ 14.

Corte os tomates em rodelas nem muito finas nem muito grossas. Você sabia que a fruta (tomate não é legume, não) é originária da América Central e do Sul e era amplamente cultivada e consumida pelos povos précolombianos? Depois, ponha fatias de picles e não se esqueça de uma boa pitada de sal.

Na versão original, o Bauru tem 252 calorias. Na versão Astronauta... bem, o céu é o limite. Numa panela, junte os queijos e derreta-os com um tanto d'água para dar liga e tirar o forte cheiro. Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, rei de Arcádia.


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Nacional Empresas Finanças Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

TJLP PODE CAIR PARA 8% AO ANO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

O BC se pauta pelo zelo. Eu faço parte de um comitê com nove pessoas que tomam as decisões em conjunto. Afonso Bevilaqua, do Banco Central

MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO RECOMENDOU QUE MANTEGA TENHA COMPORTAMENTO PONDERADO

FURLAN "TORCE" POR REDUÇÃO DA TJLP Givaldo Barbosa/AG

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mbora torça para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) promova, na reunião de hoje, uma nova redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, recomendou ontem um comportamento ponderado para ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vinha defendendo, antes de assumir o cargo, uma queda mais rápida daquela taxa. "O presidente do CMN vai precisar se despir da emoção anterior e se colocar pragmaticamente como árbitro de uma decisão estratégica que dê conforto às expectativas do mercado, mas que seja coerente com a política econômica geral do governo", recomendou Furlan, depois de participar do encerramento de um seminário, em Brasília. Mantega defendeu recentemente a redução da TJLP dos atuais 9% para 7% ao ano. Juros e futebol – Em uma analogia com um time de futebol, Furlan afirmou que Mantega deve estar preparado para mudar de camisa. Segundo ele, mais relevante que o discurso do ministro da Fazenda é a orientação geral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condução da economia. Nos bastidores, o que se in-

forma é que Mantega vai defender a redução da TJLP para 8%, embora acredite que existam condições para que ela possa cair além disso. Furlan lembrou que o cargo de ministro da Fazenda é uma posição particular dentro do governo. "Dizia (o economista) Mário Henrique Simonsen que, se compararmos um ministério com um time de futebol, o ministro da Fazenda teria a camisa 1, de goleiro. E ele precisaria ter dois cuidados: não tomar gol dos adversários e de vez em quando cuidar para não levar gol contra", comparou. "Eu tenho certeza que o Guido Mantega está preparado, fazendo uma reflexão, para mudar o número da sua camisa para a de número 1", disse o ministro, avisando porém, que ele, Furlan, continuará jogando como "atacante", propondo medidas que desonerem os investimentos. Apesar de recomendar cautela ao ministro da Fazenda, Furlan disse enxergar em Mantega um aliado à política de desenvolvimento do governo. "Nós passamos agora a ter mais um ministério aliado, na pessoa do ministro Mantega, para levar adiante programas de desenvolvimento e inovação tecnológica e para a inserção brasileira no comércio internacional", disse. Furlan informou que a saída

de Mantega do BNDES não vai alterar as políticas da instituição. O ministro do Desenvolvimento disse ainda que já teve duas conversas com o novo presidente do Banco, Demian Fiocca, e que terá uma nova conversa no início da próxima semana, para tratar de assuntos mais operacionais. Nada de mudanças – "As orientações não mudam. O BNDES está alinhado com o programa brasileiro de política industrial, tecnológica e de comércio exterior. Além dos programas inovadores já lançados e da redução do spread anunciado há cerca de um mês, estão em gestação no banco uma série de programas para pequenos empreendedores na área de inovação e em áreas estratégicas", disse o ministro. Furlan discordou da avaliação de que a escolha de um técnico para presidir o BNDES abrirá mais espaço para que ele, como ministro, possa imprimir o seu perfil na instituição. "O período do Guido Mantega no BNDES foi afinado com as políticas maiores do presidente Lula. Nós, durante esse período, não tivemos nenhuma divergência, até porque Mantega, enquanto estava no comando do Ministério do Planejamento, foi um dos protagonistas dos programas de política de governo", finalizou o ministro. (AE)

Bevilaqua fica no Banco Central

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diretor de política econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua, afirmou ontem que não pensou em sair da autoridade monetária e que se sente "confortável" com a troca do comando no Ministério da Fazenda com a chegada de Guido Mantega. Ele argumentou que o desempenho da economia brasileira, que cresceu apenas 2,3% no ano passado, não depende somente da política monetária e ressaltou que a inflação sob controle é condição essencial para o crescimento sustentável. Para 2006, o BC projeta expansão de 4%. "O BC se pauta pelo zelo. Eu faço parte de um comitê com nove pessoas que tomam as decisões em conjunto", afirmou o diretor, referindo-se ao Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela determinação da Selic, que hoje está em 16,5% ao ano. Bevilaqua disse ainda que não acredita em mudanças na política monetária, afirmando que o BC tem a responsabilida-

de de controlar a inflação. A meta do governo é 4,5%, no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, e, no relatório de inflação trimestral do banco, a projeção é de que ela fique em 3,7%, considerando um cenário de referência, com a taxa de juros a 16,5% ao ano e dólar a pelo menos R$ 2,15 constantes. R es e rv a s – O diretor afirmou ainda que o BC continuará reforçando as reservas internacionais do País, o que significa, entre outros, a possibilidade de manter as compras de dólares no mercado. Ele defendeu que as reservas servem para diminuir os riscos do País e, apesar de estarem em níveis considerados bons (cerca de US$ 60 bilhões), ele acha que ainda há espaços para ganhos. "O ganho é menor, mas não significa que você não possa continuar ganhando", disse ele, acrescentando que até o dia 28 de março o BC já havia comprado no mercado US$ 3,074 bilhões no mês, acumulando no ano US$ 7,894 bilhões.

Swap – O Banco Central não descarta voltar a realizar leilões de swap cambial reverso, mesmo depois de o setor público ter zerado a exposição cambial de sua dívida, informou Bevilaqua. Desde a primeira quinzena de março o BC não realiza leilão de swap cambial reverso – que equivale a uma compra futura de dólar e reduz a exposição cambial do governo. "O BC continua considerando o swap reverso como instrumento a sua disposição", disse Bevilaqua. Ele acrescentou que o País mantém o objetivo de melhorar a capacidade da economia de resistir a choques externos, aumentando as reservas e tornando o endividademento menos suscetível. Tesouro – Bevilaqua informou também que o Tesouro Nacional contratou em mercado um total de US$ 9,1 bilhões para fazer frente aos vencimentos da dívida externa neste ano, que somam US$ 11,3 bilhões, mas não disse o período das compras. (Agências)

Ministério é alvo de manifestação

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o segundo dia como ministro da Fazenda, Guido Mantega já foi alvo ontem de uma manifestação. Durante a posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, numa cerimônia fechada à imprensa, cerca de 50 funcionários do Ministério faziam muito barulho em frente ao prédio. Por duas horas, eles cercaram a portaria das autoridades e com apitos, fogos de artifício e música alta e pediram para serem recebidos pelo novo ministro. O grito de ordem dos manifestantes era o seguinte:

Computadores, periféricos e acessórios para informática. A maior variedade com os melhores preços.

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Givaldo Barbosa/AG

A nova presidente da CEF e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a cerimônia de posse

Mantega garante que não é um ministro "gastador"

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ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu ontem que não será um ministro "gastador". Em resposta às preocupações do mercado financeiro com o rumo da política fiscal após a troca de comando da economia, Mantega afirmou que vai ser o maior defensor no governo da meta de superávit primário nas contas públicas. Ele prometeu redução de gastos, mas ressaltou que vai preservar os programas sociais. Segundo ele, a diminuição dos gastos públicos vai ajudar na queda dos juros. Questionado se era um ministro gastador, ele deu uma resposta categórica: "De jeito nenhum. Eu fui ministro do Planejamento durante dois anos. No pri-

meiro ano, fiz um contingenciamento de R$ 14 bilhões." Mantega disse que tem prática em fazer redução de despesas. Na tentativa de eliminar as incertezas ainda disseminadas no mercado brasileiro e internacional de que há risco de deterioração das contas públicas brasileiras neste ano eleitoral, o ministro afirmou que não deve haver nenhuma preocupação com a questão fiscal, porque a meta de superávit será cumprida rigorosamente. "Entregaremos esse serviço (o cumprimento da meta). Essa é uma função básica desse ministério", assegurou Mantega. A meta do governo é fechar o ano com um superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas do

setor público (União, estados, municípios e estatais). Mas, desde o final do ano passado, o resultado do superávit primário acumulado em 12 meses vem caindo em alta velocidade. O motivo é a aceleração da execução dos gastos nos últimos meses de 2005 e agora no início deste ano. Programas sociais – Com uma mensagem tranqüilizadora, o ministro disse que é preciso zelar pela redução dos gastos para permitir a redução dos juros. Disse, no entanto, que essa redução deve ocorrer em gastos que não afetem os programas sociais. "Temos de zelar pelos programas sociais e, ao mesmo tempo, cortar todos os gastos que podem ser reduzidos." (AE)

Fazenda tem novos secretários

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ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou os dois primeiros novos integrantes da sua equipe. Ele escolheu para a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda o atual secretário de Política Econômica, Bernard Appy. Para o lugar de Joaquim Levy, na Secretaria do Tesouro Nacional, Mantega anunciou o nome de Carlos Kawall, atual diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Interinamente, para ocupar a Secretaria de Política Econômica, foi escolhido Otavio Ribeiro Damazio, que atualmente é o secretário-adjunto de Política Econômica. Ao contrário do que havia anunciado ontem, Mantega não divulgou os nomes de toda a equipe. Os outros nomes deverão ser anunciados na próxima semana. Sobre Bernard Appy, o ministro disse que já o conhece há

muito tempo, com quem sempre teve um relacionamento profissional no passado. Ao anunciar Kawall, o ministro brincou com os jornalistas: "Estava difícil de adivinhar...". O ministro lembrou que já trabalhava com Kawall no BNDES e que ele "é muito bem preparado para o cargo". Repercussão – Foi bem recebida nos mercados a confirmação dos nomes de Bernard Appy e Carlos Kawall para a nova equipe econômica do Ministério da Fazenda, respectivamente nos cargos de secretário-executivo e secretário do Tesouro Nacional. Ambos são considerados economistas de credibilidade e com bom trânsito entre os agentes financeiros, o que praticamente elimina a ansiedade de guinadas radicais na política econômica com a recente mudança de comando na Fazenda. "O Kawall é um dos mais bri-

lhantes economistas de sua geração, que tenho certeza fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar a volatilidade nos mercados", disse o diretor de Pesquisas Econômicas do Bradesco, Octavio de Barros. Kawall ocupava até o anúncio de Mantega a diretoria financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para onde foi levado pelo agora ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a missão de reestruturar o Departamento de Mercado de Capitais e reaproximar o BNDES dos agentes financeiros. Já Bernard Appy volta ao cargo que deixou na Fazenda no começo de maio de 2005, quando saiu da secretaria-executiva – que ocupava desde o início do governo Lula – para ocupar a cadeira da secretaria de Política Econômica, no lugar deixado pelo economista Marcos Lisboa. (AE)

Defesa da queda dos juros

A Manifestantes cercaram a entrada do Ministério da Fazenda

"Senhor ministro, ontem o astronauta brasileiro foi para o espaço. Nós fomos ao espaço sem carreira. Carreira! Carreira! Tem servidor

passando necessidade", gritavam os servidores, que estão em greve há 15 dias. Eles reivindicam aumento salarial e um plano de carreira. Mantega escapou de encontrar os manifestantes porque o grupo se dispersou depois que uma comissão foi recebida por assessores do Ministério. (AE)

nova presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse ontem, em seu discurso de posse, que "a Caixa está mobilizada" para colaborar "na ampliação dos investimentos em todas as esferas da economia e a reduzir a taxa de juros". A cópia do discurso foi entregue aos jornalistas, que não puderam participar da cerimônia de posse. Apenas fotógrafos e cinegrafistas tiveram acesso ao evento. "Vamos continuar a oferecer taxas mais competitivas do mercado, sem descuidar um só momento dos programas so-

ciais sob nossa gestão, especialmente o Bolsa Família, cujos resultados, na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de quase 10 milhões de famílias, são hoje incontestáveis", afirmou a nova presidente da Caixa. De acordo com ela, é necessário ampliar a competitividade da instituição, melhorar seu desempenho, evoluir nas relações de trabalho e aprimorar a qualidade do atendimento aos clientes da instituição. Graduada em jornalismo, Maria Fernanda Ramos Coelho tem especialização em finanças empresariais e gestão pública e mestrado em admi-

nistração, métodos e técnicas. A executiva está cursando atualmente pós-graduação em Excelência Humana. No banco, foi superintendente de Desenvolvimento e Estratégias Empresariais – onde cuidava do planejamento da empresa; presidiu a diretoria executiva da instituição; e foi membro do Comitê Estratégico de Captação e Aplicação e do Comitê de Ética da Caixa. De mi ssã o –Ela assume a presidência no lugar de Jorge Mattoso, que pediu demissão após envolvimento em denúncia de quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. (ABr)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

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dias é o quanto o o brasileiro deverá trabalhar neste ano só para pagar tributos.

BRASIL PASSA DE 15ª PARA 11ª MAIOR ECONOMIA MUNDIAL. E VIRA A 1ª DA AL. Mesmo com o crescimento de apenas 2,3% em relação a 2004, País melhora

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Brasil subiu no ano passado quatro posições no ranking das maiores economias do mundo, colocando-se em 11º lugar. Em 2004, o País estava na 15ª posição da lista. O salto foi confirmado ontem, após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2005 foi de R$ 1,9 trilhão, crescimento de 2,3% em relação ao desempenho obtido em 2004. Mas, também aumentou a participação da carga tributária no PIB: 37,82%, crescimento de 1,02 ponto percentual sobre os 36,8% de 2004, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O Brasil ultrapassou a Holanda, o México, a Austrália e a Índia, segundo estudo feito pela consultoria Austin Rating. Para chegar a esta conclusão, o economista Alex Agostini, da Austin, transformou os valores em reais do PIB em dólar, que é a forma utilizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para comparar as diversas economias. Ele usou como referência o câmbio médio

de 2005 (R$ 2,4341), divulgado pelo Banco Central (BC). Estes números porém, são passíveis de modificação porque o último dado disponível do FMI para fins comparativos é de setembro. Uma atualização dos números está prevista para o fim de abril. "O FMI divulgará o relatório com os dados consolidados de 2005, mesmo preliminares, pois antes eram apenas estimativas", comentou o economista. De acordo com Agostini, ainda que positiva, a subida do Brasil nos dois rankings – o mundial e o da América Latina – deveu-se mais ao câmbio do que ao desempenho efetivo da atividade do País. Ele já havia lembrado em fevereiro que esta não seria a primeira vez que o Brasil se beneficiaria de uma valorização de sua moeda em relação ao dólar para obter boas colocações no mundo. América Latina – O desempenho do PIB do Brasil no ano passado, convertido em dólares, levou o País a ultrapassar o México e a tomar o seu lugar como líder da região. De acordo com cálculos do economista da Austin, a participação do

Brasil na região subiu de 30,7% em 2004 para 34,2% no ano passado. Já a do México foi reduzida de 34,4% para 32,5%. A Argentina manteve seu posto de terceira maior economia da América Latina. A Colômbia e o Chile também não mudaram de colocação, situando-se, respectivamente, em quarto e quinto lugares. Expectativa – A economia brasileira poderá passar a da Coréia e atingir o posto de 10ª maior do mundo, de acordo com Agostini "Isto é possível. Para tanto, é necessário que o País cresça 3,8%, tenha uma taxa de câmbio média de R$ 2,3 por dólar e inflação de 4,8%", calculou. A perspectiva da Austin para o PIB deste ano é exatamente de 3,8%, pouco abaixo da previsão do BC, de 4%. Já para a Coréia, a previsão é de crescimento de 5% e inflação de 3% neste ano. De acordo com Agostini, a valorização do real em 2006 seria da ordem de 5,5% em relação ao dólar (câmbio médio). Já a do won (moeda coreana) deve ser de 4% a 5%. "Mais uma vez, o câmbio contribuiria para o desempenho do Brasil", afirmou. (AE)

Milton Mansilha/LUZ

O consumo das famílias foi favorecido pela melhora da renda do trabalhador ao longo do ano passado Emiliano Capozoli/LUZ

PIB ultrapassa R$ 1,9 trilhão

Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 1,937 trilhão em 2005, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem. Os dados mostram que a taxa de investimento do País cresceu de 19,6% em 2004 para 19,9%, a maior desde 1995, basicamente por conta do "efeito preço": os custos para investir subiram mais do que a inflação geral. Do PIB do ano passado, R$ 1,729 bilhões foram em valor adicionado e R$ 209,1 bilhões em impostos sobre produtos. O IBGE confirmou o crescimento de 2,3% (descontada a inflação) do PIB em 2005, conforme divulgado em fevereiro. Por setores, a divisão foi serviços, R$ 985,3 bilhões; indústria, R$ 690,601, e agropecuária, R$ 145,8 bilhão (8,7% abaixo de 2004 em termos nominais). Consumo – Já pela ótica da demanda, a distribuição do PIB foi: consumo das famílias, R$ 1,075 trilhão; do governo,

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R$ 378,7 bilhões, e investimentos, R$ 385,9 bilhões. A diferença entre exportações e importações de produtos foi de R$ 84,9 bilhões. O IBGE já havia divulgado que o investimento cresceu 1,6%, desempenho considerado fraco, comparado ao consumo, por exemplo, que avançou 3,1% e puxou o crescimento do PIB de 2005. Apesar disso, a taxa de investimento registrou ligeira melhora. "Os preços dos investimentos cresceram mais do que os preços médios da economia, por isso cresceu a participação no PIB", explicou a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis. Segundo ela, os preços médios da economia subiram 7,2% e os ligados ao investimentos (máquinas, construção), 9,6%. Além disso, os juros altos encareceram os financiamentos. "Continua o problema que o custo de investimento permanece acima dos preços médios", disse a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Mérida

Herasme. Ela exemplifica que, em 2005, os preços de máquinas no atacado subiram 11,9% e o custo da construção avançou 9,4%, enquanto o IGP médio no ano subiu 5,96%, conforme dados da FGV. Poupança – O IBGE também divulgou que a taxa de poupança no ano passado foi de 22,2%, um ponto percentual abaixo do ano anterior. A técnica do IBGE Maria Luara Mauanis explicou que o crescimento do consumo reduz o que sobra de poupança na economia. De maneira simples, a poupança na conta nacional é o que resta para pagar dívidas ou investir, depois dos gastos, dentro da economia nacional, como num orçamento familiar. O instituto informou que a capacidade de financiamento (o equivalente ao saldo em conta corrente na balança de pagamentos) alcançou R$ 33,6 bilhões no ano passado, abaixo dos R$ 34,5 bilhões. O principal motivo da redução foi o aumento de R$ 3,1 bilhões na renda enviada ao exterior. (AE)

Brasil poderá perder espaço até 2020 m detalhado estudo com projeções até 2020, elaborado pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU) e patrocinado pelo grupo Cisco Systems, deve alimentar o debate sobre qual o modelo de crescimento mais apropriado para o Brasil manter ou aumentar seu peso na economia mundial nas próximas décadas e fortalecer a renda de sua população. Segundo o levantamento, quase 40% de todo o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial nos próximos 15 anos virá da China (27%) e da Índia (12%). O peso dos Estados Unidos na expansão econômica

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global continuará sendo relevante, com o país contribuindo 15,9%. O Brasil vêm muito atrás, colaborando com 2,4% para o crescimento da economia global até 2020. Rússia e Indonésia (ambos com 2,3%) e Coréia do Sul (2,1%) completam o grupo de países cujo peso na expansão global será superior a 2%. A economia brasileira, que atualmente é a 11ª maior do mundo, cairá para a 13ª posição em 2020, segundo a EIU, sendo ultrapassada pelas da Rússia e Índia. O estudo, elaborado com base em tendências econômicas históricas e entrevistas com mais de 1.650

executivos de empresas de todo o mundo, prevê que o PIB brasileiro registrará um crescimento médio anual de 3,2% nos próximos 14 anos. Já China registrará um crescimento médio de 6% e a Índia, de 5,9%. Argentina e Chile também registrarão uma expansão superior ao do Brasil, de 3,6% e 4,6%, respectivamente. O estudo prevê o PIB per capita do Brasil crescerá, em média, 2,3% por ano até 2020, uma performance bem inferior à da China (5,4%) e Índia (4,6%). A participação do Brasil nos gastos mundiais de consumo, que atualmente é de 1,6%, deverá declinar para 1,4%. (AE)

Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, durante entrevista sobre a carga tributária em 2005

CARGA 38,35% do ganho vai para o Leão

TRIBUTÁRIA 145 dias de trabalho para o Fisco contribuinte brasileiro vai trabalhar até o dia 25 de maio, ou seja, 145 dias, para pagar somente tributos para o fisco. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, neste ano o cidadão vai trabalhar cinco dias a mais que no ano passado. Segundo levantamento do IBPT divulgado ontem, em 2004, o cidadão destinou 37,81% do seu rendimento bruto, em média, para pagar os tributos sobre os rendimentos, consumo e patrimônio, entre outros. Em 2005, chegou a destinar 38,35% e, este ano, deve comprometer 39,72%. De acordo com o estudo, a carga tributária brasileira

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atingiu 37,82% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005. Isso representa um crescimento de 1,02 ponto percentual na comparação com 2004, quando a carga atingiu 36,8%. O crescimento da arrecadação tributária em relação ao PIB foi de R$ 19,5 bilhões. Para este ano, a expectativa é que a carga tributária volte aos patamares de 2004. Segundo Amaral, isso pode acontecer por causa da guerra fiscal entre os estados na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), devido ao aumento das exportações e à redução de alguns tributos por conta da edição da chamada MP do Bem. Tributos – A arrecadação das três esferas do governo atingiu, em 2005, R$ 732,87 bilhões. En-

tre os que mais subiram estão a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que somou R$ 87,85 bilhões, e o Programa de Integração Social (PIS), que totalizou de R$ 22,04 bilhões. Em relação ao PIB, os tributos federais representaram 26,55%; os estaduais 9,70% e os municipais 1,58% da arrecadação. Quanto à arrecadação tributária per capita, o estudo do IBPT apontou crescimento real de 11,72% entre 2002 e 2005. De acordo com o levantamento, o Brasil tem uma carga tributária superior à de 13 países que compõem as m a i o re s e c o n o m i a s m u ndiais. Somente França e Itália têm cargas tributárias maiores do que a brasileira. Vivian Costa


Leão também foi para o espaço Astronômica fome do Leão: 37,82% de sua renda

A casa de Pontes no céu (foto), a partir de amanhã.

Eis o Bauru cósmico lançado do Ponto Chic

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Nasa 06/08/2005

Ano 81 - Nº 22.098

Sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Bruno Miranda/Folha Imagem

Paulo Pampolin/Hype

De quanto será a indenização do caseiro? O caseiro Francenildo tem uma causa vitoriosa contra a CEF, por danos morais, e poderá receber R$ 60 mil, no máximo, como calcularam advogados para o DC. Pág. 3

Fox Film/Divulgação

Ângela dançou, Okamotto fugiu, Palocci adoeceu, Dirceu perdeu, Genro voltou. Política3, 4 e 5 HOJE Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 16º C.

DCultura

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 16º C.

O bibliófilo José Mindlin catalogou 800 raridades do seu acervo de cerca de 38 mil volumes. Destaques da

Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin é o nome desse índice soberbo, lançado em dois volumes ricamente

ilustrados. Junto aos livros, ao lado de dona Guita (foto ao alto), ele deu uma longa entrevista ao DC: "Nós

passamos, os livros ficam". Leia mais: estréia A Era do Gelo 2 (acima), um show de animação para a família.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006 Paulo Pampolim/Hype

Fox/Divulgação

TELEVISÃO Regina Ricca Divulgação

Bonecos e humanos em uma história de mão dupla O escritor Truman Capote

TEATRO

Domingo, dia 2

Cabaré de bonecos

Divulgação

Sérgio Roveri

Sid continua na segunda temporada. Agora enfrenta o aumento da temperatura com novos amigos.

CINEMA

Presente para a petizada Geraldo Mayrink

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entressafra dos folguedos infantis (longe de julho, mais longe ainda de dezembro) se interrompe com grande guinchos de alegria com A Era do Gelo -2 , a continuação do número um com a aparição de novos personagens, como a mamute-fêmea Ellie (na voz de Queen Latifah, dublada por Cláudia Jimenez), que imagina ser uma gambá. Para quem não viu ou já esqueceu o primeiro, é a história de animais passada na remota era glacial, onde os abutres estão sempre de olho, lambendo os bicos. Há o mamute Manny (que em português tem a voz de Diogo Vilela), a preguiça Sid (vocal de Tadeu Melo) e o medroso tigre Diego (Márcio Garcia fala por ele). Manny tem intenções românticas, como a de acasalar com Ellie se conseguir convence-la de que não é uma gambá. Todos levam tombos e pancadas, divertindo-se muito. Mesmo os urubus, enquanto sobrevoam tudo aquilo, procurando carniça, são craques na arte de cantar em coro. Criaturas assim só são possíveis em gibis ou desenhos ani-

mados. E agora têm a tecnologia a seu favor. Os tempos já foram mais difíceis para eles, quando Walt Disney tinha que desenhá-los com caneta ou pincel em folhas de cartolina, mas o espírito permanece o mesmo. Desde que em 1982 o pioneiro Tron, do estúdio Disney – sempre ele! – misturou pessoas de verdade e cenários tridimensionais criados digitalmente, o progresso abriu o caminho do sucesso para Monstros S/A ou Procurando Nemo, entre muitos outros. O diretor de A Era do Gelo-2, o brasileiro Carlos Saldanha, nem sabia disto quando se mudou para Nova York em 1991, para fazer um curso de computação gráfica. Trabalhava com informática e era analista de sistemas, sonhando porém com funções mais artísticas do que estas, tão áridas. Suas primeiras obras foram modestas, como um comercial de pastilhas para a garganta. "ou algo assim, não lembro direito", diz. As coisas melhoraram e ele chegou ao posto de co-diretor do primeiro A Era do Gelo. Hoje faz uma avaliação da coisa toda: "A boa computa-

ção gráfica é aquela que se faz e o público não percebe que foi feita", acredita. E mais: "A intenção do cinema é passar a ilusão do impossível. É esta a mágica do cinema". Dito e feito. Trata-se de recriar um mundo de fantasia pura, ou nem tanto assim, já que o aquecimento da Terra, lá como aqui, espreita as criaturas (na antiguidade gelada não havia seres humanos). Apesar de toda a modernidade tecnológica à sua disposição, A Era do Gelo-2 não deixa perceber. Os traços e linhas do desenho são perfeitamente tradicionais, antiquados até, e os agora clássicos heróis que se recusam a sair de cena, como o Pato Donald, Pernalonga, o camundongo Mickey e tantos outros bichos se sentiriam em casa ali. Nem de longe se lembra da parafernália do cinemafliperama, no qual o excesso de efeitos especiais costuma provocar surdez e catarata na platéia, e isto envolvendo atores de carne e osso. É tudo simples assim, a tal "mágica do cinema", e por isto o filme seja agradável de ver. É um presente para a petizada e seus papais não vão se aborrecer.

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s personagens do espetáculo O Cabaré dos Quase-Vivos vão a festas, dançam, se apaixonam, casamse depois, brigam, são presos e, em um caso extremo, até cometem suicídio. Mas existe algo neles que os distancia, ao menos na forma, dos seres humanos: eles têm em média 30 centímetros de comprimento, são feitos de madeira e, quando a cortina do teatro se fecha, descansam amontoados em prateleiras. O Cabaré dos Quase-Vivos é um espetáculo de bonecos – 40 deles estão em cena –, mas a julgar pelo recheio da história que eles começam a contar hoje, na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, não restam dúvidas: trata-se de uma peça para o público adulto. Com esta montagem, o grupo Sobrevento, surgido no Rio e radicado em São Paulo, comemora 20 anos de carreira como uma das companhias de teatro de boneco mais representativas da cena brasileira. O Cabaré consumiu dois anos entre pesquisas, ensaios e confecção de bonecos – cada

California Filmes/Divulgação

André Fusko e Ivam Cabral

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nquanto o novo CD não vem, os fãs de Chico Buarque vão se fartar de vê-lo na TV. Quem não pôde acompanhar a série de nove documentários sobre o cantor exibida pela Directv terá mais uma chance de ouro a partir deste domingo, dia 2, a partir das 22h15, no canal Multishow. O especial (também à venda no formato DVD) produzido e dirigido por Roberto de Oliveira mostra a cada domingo, até dia 28 de maio, um aspecto diferente da vida do cantor e compositor. Na estréia, o tema enfocado evoca uma das maiores paixões de Chico, o futebol, e mostra o cantor em companhia de craques como Ronaldinho Gaúcho, em Barcelona, e Pelé, no Rio de Janeiro. Nos episódios seguintes, o documentário vai mostrar outras facetas da vida e da obra de Chico e viaja com ele para cidades como Paris, São Paulo e Rio de Janeiro. Logo antes da estréia, às 21h15, o programa Revista Bastidores vai exibir imagens de ‘making of’ de todos os nove episódios do especial.

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Quinta, dia 6

divertido A Grande Família está de volta à tela da Globo na quinta, logo após Belíssima. O programa, em sua sexta temporada, chega com algumas mudanças no cenário da casa de dona Nenê e na cidade cenográfica, cujas casas ganharam novas fachadas e a pequena rua -- que antes tinha apenas quatro casas, a pastelaria e o cabeleireiro -agora abriga outros prédios residenciais. O humor de Lineu também estará diferente, já que no primeiro episódio, O Poderoso Popozão, ele avisa que pensa em se mudar para Brasília, o que vai trazer certo conflito para a família. Enquanto não resolve a mudança, Lineu, como presidente da associação de moradores do bairro, convoca uma reunião sobre a violência nas redondezas. Todos os moradores participam mas, quando voltam para suas casas, se deparam com uma surpresa e tanto -- tiveram seus lares roubados.

Trágica Bárbara

Columbia Pictures/Divulgação

Chico em companhia do rei Pelé

Crianças Invisíveis é um filme composto de sete curtas de diretores de diferentes lugares do mundo. A dificuldade de crianças em sobreviver ao enfrentar a realidade das ruas é o tema central. Os personagens são excluídos e invisíveis e vivem em situações vulneráveis. São crianças que trabalham, afetadas pelo HIV, sem família, discriminadas por fatores raciais e étnicos e os meninossoldados na África. A intenção dos diretores é ao mesmo tempo entreter e emocionar o público mundial, na tentativa de ressaltar na consciência de todos, a importância das questões abordadas. Spike Lee (Estados Unidos), John Woo (China) e Ridley Scott (Reino Unido) estão entre os diretores. No Brasil, o curta foi dirigido por Kátia Lund.

Strings se passa num reino fantástico e conta a história do príncipe Hal que perde o pai em estranhas circunstâncias. Antes do suicídio o imperador escreve uma carta deixando expresso que seu único filho proteja sua irmã e seja herdeiro do trono. Decidido a vingar a morte do pai, o jovem príncipe parte rumo aos territórios inimigos. Provações, descobertas e uma inesperada paixão farão parte de seu caminho. Com apenas 88 minutos, a narrativa mostra marionetes interpretando marionetes. Em nenhum momento eles fingem ser seres humanos. Apesar do uso de bonecos, a animação não é um filme para crianças. A direção fica por conta de Anders Ronnow Klarlund.

Quando um Estranho Chama mostra o desespero de Jill, uma estudante colegial que trabalha como babá nas noites vagas. Em uma delas começa a receber uma série de telefonemas de um estranho. A pessoa repetidamente insiste que ela cheque as crianças que está tomando conta. O medo se transforma em terror quando Jill faz o rastreamento das ligações e descobre que elas foram feitas dentro da própria casa. Quando um Estranho Chama é uma refilmagem de um sucesso de 1978. Na época, o filme assustou babás de todo mundo e foi imitado frequentemente em outros longas. A versão atual é dirigida por Simon West (Lara Croft: Tomb Raider).

O Cabaré dos Quase-Vivos, estréia hoje na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 1000, tel.: 3277-3611. Sexta e sábado às 21h, domingo às 20h. Ingressos a R$ 12.

Lenise Pinheiro

OUTRAS ESTRÉIAS Paris Filmes/Divulgação

um deles foi criado especialmente para este espetáculo e será aposentado quando a montagem sair de cartaz. Para contar uma história de mão dupla – as cenas alegres e frívolas do cabaré são protagonizadas por atores, enquanto que os bonecos se encarregam da chamada parte dura da vida, a traição, o abandono e a morte – os integrantes do Sobrevento empregam várias técnicas de manipulação – marionetes de fio, títeres de varão, teatro de brinquedo, bonecos autômatos e ventriloqüismo. “Não existe uma dramaturgia específica para teatro de boneco”, diz Luiz André Cherubini, diretor do Sobrevento. “Nós criamos um texto que pudesse se adaptar à direção e à manipulação dos bonecos. Não é tudo que os bonecos podem fazer”.

árbara é um travesti de 27 anos, nascido na periferia de Belo Horizonte. Fugiu da casa dos pais, evangélicos, quando tinha pouco mais de 15 anos, época em que começou a tomar hormônios femininos. Primeiro prostituiu-se em Palmas, no Tocantins, e mais tarde veio para São Paulo, onde foi presa diversas vezes por furtos, vadiagem e posse de drogas. Após matar um cliente, Bárbara foi condenada a uma pena de 18 anos, a ser cumprida na penitenciária do Carandiru. Esta história, verídica, é relatada pelo médico e escritor Drauzio Varella no conto Bárbara, que serviu de matéria-prima para o espetáculo O Anjo do Pavilhão Cinco, que estréia segunda-feira, dia 7, no Espaço dos Satyros 2. Escrito pelo dramaturgo Aimar Labaki, O Anjo do Pavilhão Cinco não é uma transposição literal do conto para os palcos, embora estejam presentes na peça os jogos de poder e sedução travados por um punhado de prisioneiros a cujos perfis Varella recorreu para compor seu conto de dez páginas. Carregar para o palco o universo claustrofóbico do conto de Drauzio Varella era um projeto antigo do ator

André Fusko. “Quando terminei de ler Estação Carandiru, há quatro anos, procurei Varella e expus meu desejo de adaptar o livro para o teatro, mas a obra já estava nas mãos de Hector Babenco”, revela Fusko. “Varella, então, me ofereceu Bárbara, um conto inédito que não havia entrado no livro, permitindo que ele fosse adaptado para o palco”. O conto, na verdade, acabou rendendo duas adaptações teatrais. Além de O Anjo, que estréia agora, há ainda Abre as Asas Sobre Nós, que deve chegar aos palcos em agosto. O Anjo do Pavilhão Cinco, que tem direção de Emilio di Biasi, narra as conseqüências trágicas de um triângulo amoroso em que atuam o travesti Bárbara (Ivam Cabral), o encarregado da faxina Xalé (Darson Ribeiro) e Faustino (André Fusko), preso por ter mutilado um conterrâneo em Pernambuco. Completam o elenco da montagem os atores Fabio Penna e Maria Gândara. (SR) O Anjo do Pavilhão Cinco, estréia segunda-feira, no Espaço Satyros 2, Praça Roosevelt, 124, tel.: 32586345. De segunda a quarta, às 22h30. Ingressos a R$ 20.

PARA SEMPRE. EM DVD. Rita Alves

K

ing Kong está de volta. E dessa vez em dose dupla. Lançado pela Universal Pictures, o DVD para locação e sell thru estará disponível a partir do dia 5 abril nas versões com disco único (R$ 44,90) e edição limitada de dois discos (R$ 49,90) com imagens inéditas, versão prolongada de bastidores e embalagem especial. Vencedor do Oscar 2006 por melhor efeito visual, melhor mixagem e edição de som a superprodução escrita e dirigida por Peter Jackson traz no elenco Naomi

Watts (21 Gramas), Jack Black (Escola de Rock), Adrien Brody (O Pianista), Colin Hanks (Orange County – Correndo Atrás do Diploma) e Andy Serkis (Trilogia – O Senhor dos Anéis). Bem mais moderno que o longa feito em 1933, King Kong ganha agora uma versão mais longa e cheia de efeitos especiais. Do filme original só permaneceu o amor cego do macaco gigante pela loura do momento, a jovem atriz Ann Darrow (Naomi Watts). Só que esse caso, como tantos outros na vida, não deu certo. A dor acompanha a dupla que vive um amor impossível. Aprender a lidar com o sofrimento

é uma lição comum vista também fora das telas. Para o diretor de teatro Márcio Aurélio uma relação se completa quando esses sentimentos se encontram. "Só é possível saber o que é a dor porque existe o outro lado. Os dois são sentimentos complementares. É humanamente compreensível essa questão". Já para a atriz Bete Coelho, saber enfrentar a dor com coragem é fundamental. "Não acho que os dois sentimentos caminham juntos. Para mim amor e dor só dá rima". Naomi Watts (esq.) é a musa do apaixonado King Kong (dir.)

Veja a programação de cinema e os filmes em cartaz no www.dcomercio.com.br

Divulgação

C

apote, em cartaz na cidade, era um dos favoritos a levar o Oscar de melhor filme este ano. Não ganhou, mas deu ao seu intérprete, Philip Seymour Hoffman, o merecido prêmio de melhor ator. Pois a história do polêmico escritor de A Sangue Frio e Bonequinha de Luxo não se encerra apenas na tela grande do cinema. Neste domingo, às 20h, o canal GNT exibe o o documentário inédito Truman Capote (Biography: Truman Capote - The Tiny Terror), um precioso painel sobre a vida louca e genial do escritor, um dos ícones da literatura americana. O documentário mostra que Capote, nascido em 1930 em Nova Orleans, foi abandonado pelos pais ainda criança e cresceu cercado de primos mais velhos no Alabama. Com apenas 23 anos, ele já era considerado um ícone da imprensa americana e uma figura chegada a escândalos. O documentário conta com trechos de entrevistas de arquivo do próprio Capote e de alguns de seus amigos pessoais, como Katharine Graham (dona do Washington Post), George Plimpton e Joanne Carson, e ainda revela algumas das mazelas sociais do escritor, notório por seu envolvimento com drogas, álcool e inúmeros amantes. O programa será reprisado no dia 21/04 (sexta) às 21h, dia 24/04 (segunda) às 12h30 e dia 28/04 (sexta) às 6h.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

BALANÇO

AVISOS SUDAFIN REPRESENTAÇÕES E PARTICIPAÇÕES S.A. (Anteriormente J. Safra Holding S.A.) C.N.P.J. nº 02.837.523/0001-12

Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da Sudafin Representações e Participações S.A. relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, elaboradas de acordo com a legislação em vigor. São Paulo, 27 de fevereiro de 2006 A Diretoria BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE ......................................................................... Disponibilidades .................................................................... Outros Créditos ..................................................................... Contratos de Mútuo .............................................................. Rendas a Receber (Dividendos e Bonif. a Receber) ........... Outros Créditos ..................................................................... PERMANENTE ....................................................................... Investimentos ......................................................................... Participações em Controladas ............................................. Diferido ................................................................................... Gastos com Organização e Expansão ................................ TOTAL DO ATIVO ..................................................................

2005 81.430 469 80.961 64.078 15.244 1.639 287.712 287.709 287.709 3 3 369.142

2004 37.793 247 37.546 34.705 2.841 270.003 270.000 270.000 3 3 307.796

2005 PASSIVO CIRCULANTE ......................................................................... 35.727 Outras Obrigações ................................................................ 35.727 Dividendos e Juros sobre Capital Próprio a Pagar .............. 16.560 Recursos para Integralização de Capital ............................. 18.680 Subscrição de Capital a Integralizar .................................... Outras Obrigações ................................................................ 487 PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................... 333.415 Capital Social Atualizado: .................................................... 317.431 De Domiciliados no País .................................................... 317.431 Reservas de Capital ............................................................. 2.345 Lucros (Prejuízos) Acumulados ........................................... 13.639 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO ................. 369.142

2004 43.828 43.828 1.360 32.286 9.999 183 263.968 267.386 267.386 2.345 (5.763) 307.796

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais)

Saldos em 1º de Janeiro de 2004 ........................................................................................... Aumento de Capital ................................................................................................................... Prejuízo Líquido do Exercício ................................................................................................... Outras Reservas - Ágio na Subscrição de Quotas ................................................................... Dividendos de Exercícios Anteriores Pagos a Quotistas ................................................................................................................................ Saldos em 31 de Dezembro de 2004 ..................................................................................... Saldos em 1º de Janeiro de 2005 ........................................................................................... Aumento de Capital ................................................................................................................... Lucro Líquido do Exercício ....................................................................................................... Destinações: Juros sobre o Capital Próprio a Pagar .................................................................................. Saldos em 31 de Dezembro de 2005 .....................................................................................

Capital Social 56.988 210.398 -

Reservas de Capital 1.014 1.331

Lucros (Prejuízos) Acumulados 16.985 (12.748) -

Total 74.987 210.398 (12.748) 1.331

267.386

2.345

(10.000) (5.763)

(10.000) 263.968

267.386 50.045 -

2.345 -

(5.763) 34.602

263.968 50.045 34.602

317.431

2.345

(15.200) 13.639

(15.200) 333.415

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Sudafin Representações e Participações S.A. (anteriormente J. Safra Holding S.A.) tem como objeto social, a participação no capital de outras sociedades. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Sudafin Representações e Participações S.A. foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) A apuração do resultado é efetuada pelo regime de competência. b) Ativo permanente - Avaliação dos investimentos em sociedade controlada, diretamente, pelo método da equivalência patrimonial (Nota 4); os gastos diferidos referem-se a marcas e patentes. 4. INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS A Sudafin Representações e Participações S.A. possui participação em coligadas e controladas como segue: 2005 2004 BANCO J. SAFRA S. A. Participação % ........................................................

99,9999947

99,9999947

Valor Contábil do Investimento ...............................

286.826

258.046

CASABLANC REPRESENT. E PARTICIP. LTDA. Participação % ........................................................

-

99,99000

Valor Contábil do Investimento ...............................

-

11.258

DIRETORIA

ALBERTO JOSEPH SAFRA

CONVOCAÇÕES

2005

2004

J. SAFRA CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO LTDA. Participação % ........................................................ 1 1 Valor Contábil do Investimento ............................... 258 100 J. SAFRA PROMOTORA DE VENDAS LTDA. Participação % ........................................................ 99,9900 99,9900 Valor Contábil do Investimento ............................... 625 596 5. PATRIMÔNIO LÍQUIDO E CAPITAL SOCIAL O capital social está representado por 318.140 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Em A.G.E. de 30 de abril de 2005, os acionistas aprovaram o aumento de capital mediante a subscrição particular de 50.674 novas ações ordinárias, sem valor nominal ao preço de emissão de R$ 987,5873228870 por ação, no valor total de R$ 50.045. Em A.G.E. de 02 de setembro de 2005, os acionistas aprovaram a alteração da denominação social da sociedade de J. Safra Holding S.A. para Sudafin Representações e Participações S.A.. A reserva de capital corresponde ao ágio na subscrição de quotas realizada em maio de 1999 no valor de R$ 1.014 e R$ 1.331 em maio de 2004. Nos termos do parágrafo 7º do artigo 9º da Lei 9.249/95, os juros sobre o capital próprio creditados durante o exercício de 2005 foram imputados ao valor dos dividendos mínimos obrigatórios, tornando-se desnecessário o destaque de parcela adicional do lucro líquido auferido no exercício social a título de dividendos mínimos. VICKY SAFRA

MARCELO CURTI

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Receitas Operacionais ........................................................ Receitas Financeiras ............................................................ Juros sobre Remuneração de Capital - TJLP ...................... Resultado de Equivalência Patrimonial ................................ Outras Receitas Operacionais .............................................. Despesas Operacionais ...................................................... Despesas Financeiras .......................................................... Despesas Administrativas .................................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ................................ Resultado Operacional ....................................................... Outras Receitas não Operacionais .................................... Ganhos de Capital ................................................................ Outras Despesas não Operacionais .................................. Perdas de Capital .................................................................. Resultado Não Operacional ................................................ Resultado Antes da Tributação sobre o Lucro e Participações ..................................................................... Imposto de Renda e Contribuição Social ......................... Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício ..............................

2004 2.551 251 2.300 (15.299) (10.904) (2.365) (2.030) (12.748) -

34.650 (48) 34.602

(12.748) (12.748)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) ORIGENS DE RECURSOS .................................................. Lucro (Prejuízo) Líquido Ajustado do Exercício .............. Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício ................................ Resultado de Equivalência Patrimonial ............................. Variação de % de Participação nos Investimentos ........... Recursos de Acionistas - Aumento de Capital ................. Aumento de Capital ............................................................ Alienação de Bens e Investimentos .................................. Investimentos ..................................................................... Ágio na Integralização de Capital ...................................... Dividendos Recebidos de Controlada ............................... APLICAÇÕES DE RECURSOS ........................................... Juros sobre o Capital Próprio a Pagar a Acionistas .......................................................................... Inversões em Investimentos Permanentes ...................... Aumento (Diminuição) do Capital Circulante Líquido ............................................................................... Variações do Capital Circulante Líquido Ativo Circulante ..................................................................... - Fim do Exercício ................................................................. - Início do Exercício .............................................................. Passivo Circulante ................................................................ - Fim do Exercício ................................................................. - Início do Exercício .............................................................. Aumento (Diminuição) do Capital Circulante Líquido .............................................................

2005 100.375 15.339 34.602 (19.168) (95) 50.045 50.045 34.991 34.991 48.637

2004 216.511 (10.718) (12.748) 2.030 210.398 210.398 1.331 1.331 15.500 222.429

15.200 33.437

10.000 212.429

51.738

(5.918)

43.637 81.430 37.793 (8.101) 35.727 43.828

35.280 37.793 2.513 41.198 43.828 2.630

51.738

(5.918)

6. REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO Os juros creditados aos acionistas, no valor de R$ 15.200, referem-se à remuneração do capital próprio, e constam como destinação do resultado, diretamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido, e reduziram a despesa de imposto de renda e contribuição social em aproximadamente, R$ 5.168. CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA - TC CRC - 1SP105795/O-1

EDITAIS FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 013/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 060/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 31 de março de 2006 a 02 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignholi s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14)3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 013/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 060/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de equipamentos de: Aquisição de Lanceta para lancetador de uso hospitalar descartável, estéril, agulha em aço inoxidável, tampa protetora para a agulha, embalada em invólucro adequado, com Registro no Ministério da Saúde, com concessão de uso, gratuita, de 20 lancetadores em Regime de Comodato, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. O prazo para entrega das Amostras será do dia 12 de abril de 2006 até o dia 19 de abril de 2006, a fase de análise das amostras será do dia 20 de abril de 2006 até o dia 26 de abril de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 03 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 31 de março de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice Presidente - FAMESP.

AVISOS AOS ACIONISTAS

2005 42.646 128 23.300 19.168 50 (8.091) (1) (8.090) 34.555 96 96 (1) (1) 95

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 30 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: Golden Distribuidora Ltda. Reqdo: Vetti Informática Ltda. Rua Guaranésia, 366 - 1ª Vara de Falências Reqte: Alexandre Marcos Rizzo Reqdo: CD Expert Editora e Distribuidora Ltda. - End.: n/c - 1ª Vara de Falências Reqte: Kasakamoto Ind. e Comércio de Tubos e Aço Ltda. - Reqdo: MEFEMG Montagem de Estruturas Metálicas Ltda. - Rua César Penha Ramos, 1.360 - 2ª Vara de Falências Reqte: Romana Tecnologia de Ativos e Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Marry-For Girls Comércio e Confecções Ltda. - Av. Zunkeller, 176 - 1ª Vara de Falências Reqte: Interest Factoring Fomento Comercial Ltda. - Reqdo: Belini Telefones e Equipamentos Ltda. - Rua Setúbal, 72 - 1ª Vara de Falências

EXTRAVIO COMUNICADO DE EXTRAVIO A Empresa Fibronix Fibras Opticas e Telecomunicações Ltda, situada na Av. Doutor Candido Motta Filho no n° 846, Cep: 05351-000, Vl. São Francisco - Distrito Butantã- SP com inscrição do CNPJ 68.880.988/0001-64, I.E. 113.632.400.112 e C.C.M. 2.116.791-5, declara que foram extraviados de sua Empresa os seguintes documentos: N.F. de Serviços do n° 449 ao n° 1374; N.F. de Vendas do n° 423 ao n° 2376; N.F. de Entrada de 01/2001 a 12/2005. (29, 30 e 31/03/2006)

ATA VULTEE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CRÉDITOS FINANCEIROS CNPJ Nº 05.808.579/0001-37 – NIRE 353.001.970-38 Ata de Reunião da Assembléia Geral Extraordinária Aos 11 dias do mês de janeiro de 2006, às 10:00 horas, na sede social situada à Rua Luís Coelho, nº 320, 3º andar, em São Paulo/SP, reuniram-se em Assembléia Geral Extraordinária, todos os acionistas da Vultee Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, que, por prévio entendimento, dispensaram a publicação dos anúncios de convocação, sendo considerada regular esta Assembléia Geral, pelo comparecimento de todos os acionistas (artigo124, § 3º, da Lei nº 6.404/ 76). Por aclamação dos presentes foi indicado para presidir a assembléia o Diretor Presidente da Companhia, Sr. Carlos Masetti Junior, que convidou para secretariá-lo o Diretor Comercial, Sr. Francisco Bosquê Neto. Constituída a mesa, o Sr. Presidente apresentou para os presentes os assuntos que seriam deliberados na Assembléia Geral Extraordinária: A) Realizar o resgate de 432 (quatrocentos e trinta e duas) debêntures, emitidas em 30/06/2004, mediante a cessão de crédito, direitos e obrigações de que esta sociedade é titular, cuja transferência se efetivará mediante o pagamento para a Debenturista, Securinvest Holdings S/A, da importância de R$ 505.180,43 (quinhentos e cinco mil, cento e oitenta reais e quarenta e três centavos), referente ao Valor Nominal, já acrescido da Remuneração aplicável até a presente data, calculada pro rata temporis, conforme cláusulas e condições dispostas no Termo de Resgate Antecipado de Debêntures não Conversíveis em Ações da Vultee Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros. Fica dispensado o cumprimento do disposto no art. 55, § 1º, da Lei 6.404/76, haja vista tratar-se de única debenturista a adquirir os referidos títulos. Deliberações: As propostas foram discutidas e, após votação, foram aprovadas pela unanimidade dos presentes. Nada mais havendo a tratar, foi a sessão encerrada, dela lavrando-se a presente ata, que vai assinada pelo Sr. Carlos Masetti Júnior, como Presidente da Mesa e Diretor Presidente e pelo Sr. Francisco Bosquê Neto, Secretário da Mesa e Diretor Comercial da Companhia. A presente ata confere com a original lavrada no livro próprio. Carlos Masetti Júnior; Francisco Bosquê Neto. Acionistas: Arnage Holdings Ltd. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Jucesp. Certifico o registro sob nº 77.209/06-0 em 16/03/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

AVISO AOS ACIONISTAS

BALANÇO Instituto Missões Consolata CNPJ.: 60.915.477/0001-29 Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005

BALANÇO

ATIVO Circulante Caixa 77.905,45 Bancos 30.890,38 Aplicações de Liquidez Imediata 221.610,20 330.406,03 Realizável a Curto Prazo Contas a Receber Adiantamento de Férias 11.693,33 Salário Maternidade 1.845,95 Outras Contas a Receber 8.357,93 21.897,21 Despesas do Exercício Seguinte Prêmios de Seguros a Apropriar 14.609,62 Realizável a Longo Prazo Títulos a Receber Vendas de Imóveis a Prazo 29.332,78 Contas a Receber 20.000,00 49.332,78 Permanente Imobilizado Imóveis 5.519.118,83 Depreciação Acumulada de Imóveis (191.741,60) Veículos 512.549,83 Depreciação Acumulada de Veículos (47.659,30) Móveis e Utensílios 294.058,09 Máquinas e Equipamentos 291.843,49 Instalações 336.449,12 Biblioteca 13.063,48 6.727.681,94 Total do Ativo 7.143.927,58 PASSIVO Circulante Exigível a Curto Prazo Duplicatas a Pagar 1.572,44 Títulos a Pagar 6.727,11 Contas a Pagar 2.560,09 Obrigações Tributárias 549,09 11.408,73 Exigível a Longo Prazo Empréstimo Financeiro 153.488,37 Patrimônio Patrimônio Social 6.101.857,55 Resultado do Exercício Apuração do Resultado 877.172,93 Total do Passivo 7.143.927,58 Demonstração do Resultado do Exercício de 2005 Receita Bruta Operacional Receitas de Contribuições 1.255.077,12 Receitas de Contribuições de Instituições 1.139.359,03 Receitas Outras 21.030,89 2.415.467,04 Custo e Despesas Operacional Despesas com Administração 355.847,50 Despesas com Assistência Social 1.468.720,79 Despesas com Empregados 579.532,04 Despesas com Tributos 42.230,49 Despesas Financeiras (menos receita financ.) 7.606,78 2.453.937,60 Resultado Líquido Operacional (38.470,56) Receita Bruta não Operacional Insvetimentos e Aplicações 28.693,48 Venda de Bens Ativos 266.509,40 Aluguéis Recebidos 642.116,03 Contribuições p/ Publicação Revista 146.040,32 1.083.359,23 Custo e Despesas não Operacional Despesas com Operações Sociais 60.972,42 Despesas com Publicações Revista 106.743,32 167.715,74 Resultado Líquido não Operacional 915.643,49 Resultado Líquido do Exercício 877.172,93 Parecer da Diretoria Reconhecemos a exatidão do presente Balanço assim como a Demonstração do Resultado do Exercício de dois mil e cinco, e, para os devidos fins legais, abaixo datamos e assinamos. São Paulo, 31 de dezembro de 2005. Pe. Claudio Cobalchini - Presidente; Pe. Eugenio Butti - 1º Tesoureiro; Francisco Vichino - CRCSP 38.855; Pe. Jordão Pessatti - 1º Secretário, Dr. Luiz Toloza Neto - Juiz de Direito 3ª Vara do Júri.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

7 Astronautas ficam imóveis na nave durante a viagem. A nave não permite que eles se levantem.

NOSSO ASTRONAUTA CHEGA AMANHÃ À ESTAÇÃO ESPACIAL O astronauta Marcos Pontes, de 43 anos , tem um seguro de vida de R$ 2,5 milhões. A indenização refere-se a casos de 100% de invalidez. Ou morte. O seguro, em menor valor, também cobre perda de membros. Após a missão, Pontes será o garoto-propaganda de uma companhia de seguros.

Quadrinhos Mauricio de Sousa, o criador da Turma da Mônica, fez uma ilustração para homenagear Marcos Pontes. O desenho (no qual aparecem os personagens Astronauta, Mônica e Cebolinha) foi enviado por e-mail ao tenentecoronel brasileiro na quarta-feira, quando ele ainda aguardava o embarque no Casaquistão. Na tirinha, os personagens desejam boa a sorte a Pontes em sua viagem ao espaço.

Volta Enquanto o procedimento de ida para a estação espacial demora aproximadamente dois dias, a volta é mais rápida: levará pouco mais de três horas e deverá trazer o brasileiro ao solo terrestre às 21h46 do dia 8 de abril (horário de Brasília). Para Marcos Pontes, a missão vai durar dez dias – oito deles serão passados dentro da EEI, onde ai realizar oito experimentos científicos brasileiros.

Previsão é de que a acoplagem aconteça na madrugada, à 1h19. Os atuais ocupantes da EEI já abriram uma "vaga" para a Soyuz.

A

nave Soyuz TMA-8 chega na madrugada de amanhã à Estação Espacial Internacional (EEI) com sua nova tripulação e o astronauta brasileiro Marcos César Pontes. Eles saíram da base russa no Casaquistão às 23h30 de quarta-feira. A EEI já se prepara para receber os novos ocupantes. Os astronautas Bill McArthur e Valey Tokarev manobraram a sua espaçonave, abrindo uma "vaga" para a Soyuz TMA-8. Pontes voltará à Terra na Soyuz que já está na EEI. A acoplagem no módulo Zarya está marcada para 1h19 de amanhã. A manobra é totalmente automática e monitorada pelos técnicos no Centro Russo de Controle da Missão, localizado perto de Moscou. Se houver algum problema no sistema, o comandante, o russo Pavel Vinogradov, pode fazer o procedimento manualmente. Caso não consigam se acoplar, uma nova tentativa só pode ser feita no domingo. A escotilha do módulo é aberta mais de uma hora depois, após as pressões da nave e da estação serem igualadas. Os tripulantes – Pontes, Vinogradov e o americano Jeffrey Williams – serão então recepcionados pelos moradores atuais da ISS, o comandante americano McArthur e o engenheiro de vôo russo Tokarev, que estão lá há seis meses. Imóveis - Os três terão ficado dois dias, quatro horas e treze minutos imóveis. Três horas antes da decolagem, os astronautas já estavam parados dentro da nave, em uma cabine de tamanho tão reduzido que não permite que se levantem. Para resistir tanto tempo na mesma posição, eles sofreram uma lavagem no intestino e na bexiga antes de sair. Quando entrarem na estação, a mobilidade não é propriamente livre. Apesar de, externamente, ela ter hoje o tamanho de um campo de futebol, internamente os compartimentos são pequenos, repletos de equipamentos e computadores. Os cinco permanecerão no local até o dia 8. Durante o período, a ordem é desembarcar mantimentos e equipamentos da Soyuz TMA-8 e empacotar e

Nasa

Externamente, a estação espacial é grande, mas internamente os compartimentos são pequenos

carregar a Soyuz TMA-7, que está na estação espacial e trará de volta à Terra para os tripulantes antigos e Pontes. Os astronautas e cosmonautas também terão de montar sistemas e fazer a manutenção dos que estão lá. O brasileiro a j u d a r á e m a lg u n s p r o c e d imentos, enquanto conduzirá os oito experimentos enviados por institutos de pesquisa e escolas. Vinogradov pode ajudar Pontes na transmissão de alguns resultados para a Terra e na filmagem dos experimentos. O russo e o americano conduzirão outros 65 experimentos no local ao longo dos próximos seis meses. Está previsto que, até julho, um ônibus espacial leve para lá um terceiro tripulante, o alemão Thomas Reiter.

RESERVA

VILMA

m uma de suas últimas ações antes de se licenciar do cargo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou ontem um decreto que cria uma reserva ecológica de 16,5 mil hectares no litoral sul do Estado. Batizada de Estação dos Banhados de Iguape, a área de conservação é formada por dois trechos descontínuos de regiões alagadas, chamadas Banhado Grande e Banhado Pequeno. Na prática, representam um aumento da vegetação de mata atlântica protegida pela Estação Ecológica de Juréia-Itatins, em Iguape. A proteção das áreas formadas por mata nativa, ainda desabitada e que abriga espécies de aves em extinção foi pedida por organizações não-governamentais principalmente após um projeto de lei, apresentado por dois deputados, autorizar moradias irregulares. (AE)

uatro dias depois do fim do prazo para o seu retorno, a seqüestradora Vilma Martins finalmente voltou ontem à Casa do Albergado de Goiânia. Ela cumpre prisão em regime semi-aberto por ter sido condenada pelos seqüestros de Pedro Rosalino Braule Pinto (o Pedrinho) e Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva (a Roberta Jamilly). A Justiça não concedeu permissão para ela ficar 15 dias fora. Por meio de parentes, Vilma informou à direção da Casa do Albergado que ficaria afastada para fazer exames, que definiriam a necessidade de um possível procedimento cirúrgico. Nem a direção da Casa do Albergado nem a família de Vilma quiseram informar que cirurgia seria. Além de hipertensa, Vilma é diabética e tem um aneurisma no cérebro. Vilma pode ser punida por indisciplina. (AE)

E

Q Ó RBITA

CRACOLÂNDIA eis pessoas foram presas ontem na Cracolândia, região central da cidade, durante uma operação da Polícia Militar de combate ao tráfico de drogas. Foram apreendidas 149 pedras de crack. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, quatro pessoas foram presas sob suspeita de tráfico de drogas, uma mulher foi presa por porte de drogas e outra por desacato. Outras pessoas foram detidas para averiguação e liberadas. Foram apreendidos ainda 15 celulares, sete relógios, uma filmadora e R$ 1.398 em dinheiro. (Agências)

S

Reprodução de TV

Seguro

Su sto - Na madrugada de ontem, pouco depois do lançamento, o centro de controle não recebeu da Soyuz uma informação de telemetria relacionada ao funcionamento dos sistemas e parâmetros de vôo da nave. " In f e li z me nte, na fase de separação e de vôo autônomo, surg i r a m p ro b l emas em alguns canais de comunicação e tivem o s d e t r a b alhar em um regime um tanto complicado", disse Vladimir Soloviov, chefe do programa de vôos do centro. Soloviov explicou que "em nenhum momento" a comunicação foi perdida. "Nossos especialistas, após alguns ajustes, superaram os problemas e agora está tudo bem." (AE) Na página 12, experimente o Bauru do astronauta

Marcos Pontes, sentado na Soyuz, mostra para a câmera a bandeira brasileira e aponta para o céu


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Administração Urbanismo Ambiente Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHUVA FORTE DEU TRÉGUA ONTEM

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

A intervenção para livrar o rio Tietê das enchentes custou R$ 1,1 bilhão e durou quatro anos

Thiago Bernardes/Agência O Globo

Chuva diminui, mas problemas permanecem As tempestades deram uma trégua ontem, mas os transtornos ainda foram sentidos na capital e no interior: mortes, deslizamentos e quedas de árvores Kelly Ferreira pesar de a chuva forte ter dado uma trégua durante todo o dia de ontem, as conseqüências da tempestade que atingiu a cidade de São Paulo e alguns municípios do interior paulista, na quarta-feira, continuaram madrugada adentro. Por volta das 2h30 de ontem, um deslizamento de terra destruiu seis barracos no Jardim Elisa Maria, na zona norte da capital, obstruindo um córrego. Com isso, a água invadiu duas casas. Um outro deslizamento obstruiu a entrada de uma casa próxima à rodovia Castello Branco. Segundo a Defesa Civil Estadual, não houve feridos em nenhum dos dois incidentes. Às 4h, uma árvore de grande porte caiu na rua Itapicuru, altura do número 488, em Perdizes, na zona oeste. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a queda bloqueou totalmente a via e danificou a rede de distribuição de energia da Eletropaulo. Não houve feridos. M or t e s – Na quarta-feira, três pessoas morreram no interior do Estado em conseqüência da chuva. Em Jaboticabal, a 344 quilômetros de São Paulo, Arnaldo dos Santos, de 58 anos, morreu ao tentar tirar o carro de uma rua atingida pela enxurrada. Em Pedreira, a 145 quilômetros de São Paulo, mãe e filha morreram após a queda de um muro. Awdrea Cristine Siqueira, de 36 anos, e sua filha, Desire Rossetti, de 7, foram atingidas na rua Antônio

A

Pedro, no centro da cidade. No município de Piracicaba, a 162 quilômetros da capital paulista, a chuva causou queda de árvores e deixou várias casas destelhadas. Vários bairros ficaram sem luz e sem comunicação telefônica. De acordo com a Defesa Civil, os ventos chegaram a 130 quilômetros por hora. O telhado de uma casa atingiu, em pleno horário de aula, o pátio da escola Moraes Barros. Não houve registro de feridos. Também foram notificados transbordamentos de córregos em Atibaia, a 60 quilômetros de São Paulo, e em Campinas, a 95 quilômetros. O temporal causou queda de árvores e falta de energia elétrica. Trens – O temporal de quarta-feira também causou transtornos para os usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O trecho entre as estações Francisco Morato e Jundiaí ficará interrompido por 20 dias. Assim como na linha de trem entre as estações Botujuru e Campo Limpo Paulista. A força da água rompeu um bueiro sob os trilhos, abrindo um buraco. Durante o período de obras, o transporte entre as estações será realizado por ônibus do Paese (Plano de Atendimento a Empresas em Situação de Emergência). Segundo a CPTM, 7 mil pessoas utilizam o trecho todos os dias. Na mesma região, entre as estações Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, o transbordamento de um córrego descalçou os dois sentidos da linha. (Com Agências)

Epitácio Pessoa/AE

Garoto é retirado de sua casa que ficou ilhada, também na zona norte

Moradores de rua alagada no Jardim Tereza, na zona norte da cidade. Região ficou inundada com a chuva que atingiu a capital na madrugada de ontem. Durante o dia as tempestades não se repetiram.


sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 3

C P M S. A. CNPJ Nº 65.599.953/0001-63 Sede: Alameda Araguaia, 1930 - Barueri - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Srs. Acionistas Apresentamos as demonstrações financeiras da CPM S.A. relativas ao exercício findo em 31/12/2005. A CPM é uma na América Latina” recebido da Cisco Systems; Fast Track 2005, pela IBM; “Top 10 em vendas 2005” pela Citrix ,e 2º melhor provedor empresa que atua nas áreas de consultoria, outsourcing de aplicativos, soluções de negócio e fornecimento de produtos e serviços de de TI da América Latina, “Top 10 de empresas líderes mundiais de serviços de TI na América Latina e “Top 100 de fornecedores globais Tecnologia da Informação. Para oferecer essas soluções, a empresa mantém parcerias estratégicas com as principais empresas de de TI pela consultoria internacional NeoIT. Todos estes fatos ratificam que a gestão realizada pela CPM em seu portfolio de clientes, tecnologia do mundo, tais como: Cisco, IBM, Citrix e HDS. Controlada por um grupo de investidores internacionais liderados pelo produtos e serviços a fim de definir um modelo de atuação alinhado às necessidades de negócio, trilha um caminho vencedor em busca Deutsche Bank e o Bradesco, os quais detêm participações de 51% e 49% respectivamente, a CPM possui como clientes 140 das 500 de um melhor posicionamento de mercado e rentabilidade nos segmentos de finanças, serviços diversos, seguros, telecomunicações, maiores empresas atuantes no Brasil, destacando-se: os 10 maiores bancos; 8 dos maiores grupos empresariais; as 3 maiores manufatura e processos. É devido a isso que a CPM hoje é uma das empresas de tecnologia que mais cresce no Brasil, sempre acima seguradoras e as 4 maiores empresas de telecomunicações atuantes no Brasil. Dentre os principais fatos que ocorreram em 2005, e das médias de mercado, e obteve em 2005 uma performance superior a dos outros anos em todas as suas áreas de atuação. Na área que comprovam o acerto da estratégia da empresa, destacam-se: Aumento expressivo na receita líquida proveniente de serviços, de responsabilidade social 2005 também foi um ano de extrema importância para a CPM, com o lançamento de seu projeto Link Social, atingindo um crescimento de 40% e uma participação de 58% no total da Cia. A maior concentração da receita em prestação de serviços programa concebido e desenvolvido pela CPM, que oferece a escolas públicas a sua inserção em um ambiente totalmente digital. O torna-se um componente fundamental na estratégia da CPM para agregar maior valor às operações de seus clientes, justificando o aspecto central do projeto consiste na formação dos professores na utilização de ferramentas tecnológicas para melhoria e diversificação menor índice proveniente da receita de hardware. Especificamente, a categoria de serviços de consultoria em Tecnologia da Informação das aulas, capacitando-os também a orientar os alunos no contexto da tecnologia e incluí-los digitalmente. O projeto inclui a apresentou um crescimento recorde de 276%, o que representou um volume de R$ 86,6 milhões em 2005. - O crescimento da área informatização de todos os processos administrativos e pedagógicos da escola, além da capacitação técnica de todos os seus internacional da empresa, que apresentou uma evolução da ordem de 150% em relação ao ano de 2004. A presença física nos Estados funcionários e a doação da infra-estrutura necessária. O resultado é um ambiente totalmente digital e a inclusão digital de todos na escola, Unidos visa atender o aumento da demanda por serviços na modalidade de nearshore outsourcing, uma vez que os clientes no exterior alunos, professores e funcionários. A CPM é hoje uma empresa global, detendo a confiança dos acionistas, analistas de mercado, buscam alternativas viáveis aos tradicionais fornecedores para terceirizar os serviços de Tecnologia da Informação. - Reforço nas clientes, alianças estratégicas e fornecedores. A Diretoria da CPM tem a convicção de que a sua estratégia atual continuará fazendo da atuações das áreas de Serviços e Infra-estrutura, para que ambas de forma integrada forneçam soluções completas de hardware, companhia uma das maiores e melhores empresas brasileiras. software e serviços. - Recebimento de prêmios de seus principais parceiros como: “Parceiro do ano de 2005 para o mercado corporativo São Paulo, 31 de março de 2006. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais Em milhares de reais Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 2005 2004 Circulante Circulante 680.083 485.334 Disponibilidades 25.422 9.300 Empréstimos e financiamentos 16.576 39.490 Receita bruta de vendas e serviços Impostos e deduções sobre vendas e serviços (115.707) (105.135) Aplicações financeiras 31.728 33.894 Fornecedores 123.154 108.928 564.376 380.199 Contas a receber 131.969 92.560 Salários e encargos sociais 16.304 7.635 Receita líquida de vendas e serviços Custo dos produtos vendidos e serviços prestados (459.504) (310.198) Estoques 18.069 24.775 Participação nos resultados e prêmios 6.747 935 104.872 70.001 Adiantamentos 5.905 3.993 Obrigações tributárias 20.943 5.746 Lucro bruto Impostos e contribuições a recuperar 32.578 13.794 Antecipações de clientes 30.587 16.158 Receitas (despesas) operacionais Despesas com pessoal (39.526) (32.147) Despesas antecipadas 5.646 4.310 Juros sobre capital próprio a pagar 3.984 1.420 Serviços de assessoria e consultoria (7.345) (6.504) Outros créditos 3.499 2.316 Serviços contratados de terceiros 4.492 Despesas gerais e administrativas (14.905) (13.961) 254.816 184.942 Provisão para contingências 9.323 7.892 Depreciações e amortizações (2.381) (2.621) Realizável a longo prazo Outras obrigações 1.217 6.264 Outras receitas (despesas) 2.604 9.791 Depósitos judiciais e compulsórios 1.897 589 228.835 198.960 Resultado operacional antes das despesas financeiras Despesas antecipadas 559 543 Exigível a longo prazo e amortização do ágio 43.319 24.559 Créditos tributários e contribuições a recuperar 29.060 34.633 Empréstimos e financiamentos 105.180 13.151 Amortização do ágio (10.127) (10.127) 35.765 31.516 Mútuo 89.459 101.739 Receitas financeiras 10.150 13.885 Permanente Fornecedores 5 Despesas financeiras (53.351) (41.428) Investimentos 378 378 Outras contas a pagar 1.034 2.217 (10.009) (13.111) Imobilizado 44.525 43.772 195.673 117.112 Prejuízo operacional Despesas com reestruturação (1.784) (2.390) Diferido 101.484 95.562 Patrimônio líquido Receitas (despesas) não operacionais (541) 41 146.387 139.712 Capital social 94.086 97.586 Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (12.334) (15.460) De domiciliados no exterior 93.051 96.306 Imposto de renda e contribuição social (16.746) 3.044 De domiciliados no país 1.035 1.280 Prejuízo do exercício (29.080) (12.416) Reserva de reavaliação 11.887 11.090 Quantidade de ações - em milhares 1.612.635 1.616.136 Prejuízos acumulados (97.762) (64.329) Prej. do exerc. por ação do cap. social no fim do exerc. - R$ (0,02) (0,01) 8.211 44.347 Informações Adicionais Total do Ativo 432.719 360.419 Total do Passivo e Patrimônio Líquido 432.719 360.419 (EBITDA (Nota 18(f)) 56.266 32.213 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em milhares de reais DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Reserva de Lucros (prejuízos) EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais Capital social reavaliação acumulados Total Origens dos recursos 2005 2004 Em 31 de dezembro de 2003 97.586 11.049 (47.844) 60.791 Nas operações sociais Constituição de reserva de reavaliação conforme AGE de 31 de dezembro de 2004 292 292 Prejuízo do exercício (29.080) (12.416) Realização da reserva de reavaliação (251) 251 Despesas que não afetam o capital circulante Juros sobre capital próprio (ações resgatáveis) (4.320) (4.320) Depreciações, amortizações 6.444 7.654 Prejuízo do exercício (12.416) (12.416) Amortização de ágio 10.127 10.127 Em 31 de dezembro de 2004 97.586 11.090 (64.329) 44.347 Valor residual do permanente baixado 7.065 854 Redução de Capital (3.500) (3.500) Juros, variações monetárias e cambiais de longo prazo 20.744 10.703 Constituição de reserva de reavaliação conforme AGE de 30 de dezembro de 2005 1.079 1.079 Acréscimo (Diminuição) dos créditos tributários de imp.e Realização da reserva de reavaliação (282) 282 contrib. social 8.793 (3.044) Juros sobre capital próprio (ações resgatáveis) (4.635) (4.635) Resultado do exercício ajustado 24.093 13.878 Prejuízo do exercício (29.080) (29.080) Constituição da reserva de reavaliação 1.079 292 Em 31 de dezembro de 2005 94.086 11.887 (97.762) 8.211 De terceiros Financiamentos e mútuo de longo prazo 105.979 120.316 NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 - Em milhares de reais Total das origens 131.151 134.486 1 Contexto operacional - A CPM S.A. tem como atividades principais o desenvolvi- 4 Contas a receber 2005 2004 Aplicações de recursos mento, implementação, comercialização de sistemas, a prestação de serviços e de Clientes estatais 23.744 17.982 No ativo permanente 30.310 25.712 assistência técnica a terceiros na área de informática, bem como a industrialização, Clientes setor privado 104.218 73.866 Imobilizado 13.211 7.292 importação, comercialização, locação, instalação e manutenção de equipamentos de Clientes mercado externo 5.759 2.147 Diferido 17.099 18.420 processamento eletrônico de dados. Contas a receber 133.721 93.995 Aumento do realizável a longo prazo 4.544 17.574 2 Principais práticas contábeis - (a). Elaboração e apresentação das demonstra- Provisão para devedores duvidosos (1.752) (1.435) Redução de capital 3.500 ções financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com 131.969 92.560 Redução de outros exigíveis a longo prazo 1.190 4.958 as práticas contábeis adotadas no Brasil. (b). Apuração do resultado - O resultado Parcelas de curto prazo Transferência do exigível a longo prazo para circulante 46.973 24.063 131.969 92.560 é apurado pelo regime de competência. A receita bruta de vendas e serviços 5 Estoques Juros sobre capital próprio 4.635 4.320 2005 2004 compreende aluguéis e vendas de equipamentos e softwares, bem como prestação Produtos acabados Total das aplicações 91.152 76.627 4 de serviços de assessoria na área de informática. A apropriação dos custos dos Matéria-prima Aumento do capital circulante líquido 39.999 57.859 5.183 2.010 projetos é feita por regime de competência. As antecipações de clientes, decorrentes Materiais de reposição Ativo circulante 12.290 12.514 dos serviços faturados com custos a incorrer estão registradas em conta específica do Mercadoria em trânsito No fim do exercício 254.816 184.942 8.738 passivo circulante. (c). Ativos circulante e realizável a longo prazo - Os estoques Estoques em poder de terceiros No início do exercício 184.942 198.607 196 1.301 são demonstrados ao custo médio das compras, líquido, quando aplicável, de Produtos em processo 69.874 (13.665) 400 208 provisão para ajuste aos custos de reposição ou aos valores de realização. A provisão Passivo circulante 18.069 24.775 para devedores duvidosos é constituída, quando aplicável, com base nas perdas 6 Adiantamentos No fim do exercício 228.835 198.960 2005 2004 estimadas e seu montante é considerado suficiente pela administração para cobrir Adiantamentos a funcionários No início do exercício 198.960 270.484 2.257 3.517 perdas prováveis na realização das contas a receber. Os demais ativos são apresen- Adiantamentos a prestadores de serviços 29.875 71.524 3.648 476 tados ao valor de custo, incluindo os rendimentos e as variações monetárias auferidos, Aumento do capital circulante líquido 39.999 57.859 5.905 3.993 e deduzidos por provisão para ajuste ao valor de realização, quando aplicável. Os 7 Créditos tributários e impostos e contribuições a recuperar Quantidade de ações De Para créditos tributários são registrados pelo valor provável de realização e referem-se, 2005 2004 2.100.000 11 de outubro de 2005 11 de outubro de 2006 principalmente, às diferenças temporárias na base de cálculo do imposto de renda e Ativo circulante 4.800.000 21 de outubro de 2005 21 de outubro de 2006 da contribuição social, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (Notas IRRF s/ serviços e aplicações financeiras 6.240 7.330 4.200.000 28 de outubro de 2005 28 de outubro de 2006 15(a) e (b)). (d). Permanente - Demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até Pis e Cofins a recuperar 7.304 1.200.000 31 de janeiro de 2003 31 de janeiro de 2006 31/12/1995, combinado com os seguintes aspectos: • Depreciação de bens do Pis, Cofins e CSL retido s/ faturamento 9.787 4.156 600.000 10 de fevereiro de 2003 10 de fevereiro de 2006 imobilizado, pelo método linear, às taxas mencionadas na Nota 8, que levam em INSS a recuperar – retido s/ faturamento 2.454 1.200.000 24 de março de 2003 24 de março de 2006 consideração a vida útil-econômica dos bens, acrescida, quando aplicável, de provi- IRPJ e CSL - antecipação 4.762 3.600.000 23 de agosto de 2003 23 de agosto de 2006 são para perdas consideradas pela administração como permanentes. • Reavaliação Outros 2.031 2.308 17.700.000 de bens, com base em laudo de avaliação de peritos avaliadores. • Amortização do 32.578 13.794 As ações preferenciais resgatáveis têm direito a dividendos fixos (que podem ser diferido pelo prazo previsto dos benefícios gerados. (e). Passivos circulante e Realizável a longo prazo distribuído a título de juros sobre capital próprio), cumulativos e prioritários sobre os exigível a longo prazo - São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, INSS – sentença judicial (i) 20.587 18.350 dividendos atribuíveis às demais ações, calculados, até a data de vencimento original das acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias Créditos tributários (ii) 7.490 16.283 ações resgatáveis, de forma atualizada de acordo com a variação equivalente a 103% incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do Outros 983 (cento e três por cento) do índice de variação anual do CDI e após essa data, aplica-se lucro tributável, acrescida de adicional de 10% acima de limites específicos. A 29.060 34.633 provisão para a contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do Os saldos de “Impostos e contribuições a recuperar” registrados no ativo circulante a variação anual do CDI acrescida de 2,8% ao ano. No exercício de 2005, foi registrado a título de juros sobre o capital próprio o montante de R$ 4.635 (2004 - R$ 4.320) que imposto de renda. deverão ser recuperados, mediante dedução de futuras contribuições previdenciárias 3 Aplicações financeiras - O saldo das aplicações financeiras, em 31 de dezembro devidas, PIS, Cofins e de imposto de renda e contribuição social incidentes sobre futuros corresponde ao dividendo fixo previsto para as ações preferenciais resgatáveis. O saldo a pagar de R$ 3.984 (2004 - R$ 1.420) tem data prevista de pagamento para até 23 de de 2005, cujo montante é de R$ 31.728 (2004 - R$ 33.894) refere-se a: lucros tributáveis, respectivamente, ou, ainda, poderão ser objeto de pedido de restituição agosto de 2006. 14 Arrendamento mercantil - A sociedade possui contratos de 2005 2004 aos respectivos órgãos públicos (Instituto Nacional de Seguro Social - INSS e Secretaria arrendamento mercantil relativos a bens utilizados nas atividades operacionais, os quais da Receita Federal - SRF). (i) No ano de 2004, a empresa obteve sentença judicial já são atualizados pela variação do CDI acrescida de juros entre 1,95% e 3,78% (2004 Quotas de fundos de investimentos - Renda Fixa 31.307 33.894 transitada em julgado, favorável à não retenção de 15% de contribuição previdenciária 1,50% e 4,8% ) e têm o seguinte perfil de vencimento: Certificados de depósito bancário - CDB 421 sobre o valor bruto das notas fiscais e faturas de serviços prestados por intermédio das Ano 2005 2004 31.728 33.894 cooperativas de trabalho (ii) Os créditos tributários estão descritos na Nota 15(b). 2005 5.043 8 Imobilizado 2005 2004 2006 556 2.668 Custo Depreciação Custo Depreciação Taxas anuais de 2007 556 reavaliado acumulada Líquido reavaliado acumulada Líquido depreciação - % 2008 234 Terrenos 15.007 15.007 14.483 14.483 1.346 7.711 Construções e edificações 11.381 (2.788) 8.593 11.272 (2.337) 8.935 4 15 Imposto de renda e contribuição social - (a)Demonstração do cálculo dos créInstalações 7.991 (3.351) 4.640 6.835 (2.860) 3.975 10 ditos tributários (encargos) com imposto de renda e contribuição social Móveis e utensílios 10.490 (5.238) 5.252 9.193 (4.696) 4.497 10 2005 2004 Veículos 508 (378) 130 569 (279) 290 20 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (12.334) (15.460) Equipamentos operacionais 113.612 (112.708) 904 144.746 (141.792) 2.954 20 Crédito tributário teórico do imposto de renda e contribuição Benfeitorias em imóveis de terceiros 2.504 (2.166) 338 2.470 (1.952) 518 20 social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente 4.194 5.257 Equipamentos de processamento de dados 31.324 (26.639) 4.685 29.112 (25.258) 3.854 20 Efeito da adição relativa a despesas indedutíveis (2.068) (1.193) Direito de uso de software 20.768 (16.377) 4.391 18.668 (14.999) 3.669 20 Créditos tributários não constituídos - adições temporárias (13.437) (526) Outros 1.421 (836) 585 1.421 (824) 597 20 Efeito de outros valores (122) (494) 215.006 (170.481) 44.525 238.769 (194.997) 43.772 Baixa/utilização de créditos tributários (5.313) (16.746) 3.044 (a) Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE de 30 de dezembro de 2003, foi aprovado laudo de avaliação de bens em operação (imóveis, móveis e utensílios, instalações e outros), Despesa de imposto de renda e contribuição social emitido por peritos avaliadores independentes. Em conseqüência, foi contabilizada a reavaliação no ativo imobilizado, no montante de R$ 11.703, sendo creditada no patrimônio (b) Créditos tributários - Em 31de dezembro de 2005, a sociedade possuía prejuízos líquido a conta de reserva de reavaliação (líquida dos efeitos tributários, sobre o valor da reavaliação, excluída a parcela relativa a terrenos), R$ 8.956 referente à reavaliação de fiscais e bases de cálculo negativas de contribuição social, sem prazos de prescrição, nos terrenos e edificações e R$ 2.747 referente a instalações e móveis e utensílios. (b) Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE de 31 de dezembro de 2004, foi aprovado laudo de montantes acumulados de R$ 94.468 e R$ 129.317 (2004 - R$ 104.694 e R$ 139.574), avaliação de bens em operação (móveis e utensílios, instalações e outros), emitido por peritos avaliadores independentes. Em conseqüência, foi contabilizada a reavaliação no ativo respectivamente, para compensação com lucros tributáveis futuros limitada anualmente imobilizado, no montante de R$ 383, sendo creditada no patrimônio líquido a conta de reserva de reavaliação (líquida dos efeitos tributários, sobre o valor da reavaliação), R$ 292 a 30% desses lucros. Utilizando-se as vigentes alíquotas de 25% para o imposto de renda referente a instalações e móveis e utensílios. (c) Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE de 30 de dezembro de 2005, foi aprovado laudo de avaliação de bens em operação e 9% para a contribuição social, esse benefício totalizaria cerca de R$ 35.256 (2004 - R$ (móveis e utensílios, instalações e outros), emitido por peritos avaliadores independentes. Em conseqüência, foi contabilizada a reavaliação no ativo imobilizado, no montante de 38.736). Adicionalmente, em 2005 não foram constituídos créditos tributários decorrentes R$ 1.415, sendo creditada no patrimônio líquido a conta de reserva de reavaliação (líquida dos efeitos tributários, sobre o valor da reavaliação), R$ 1.079 referente a instalações de adições temporárias, no valor de R$ 13.437. Considerando as projeções e avaliações procedidas pela administração, a companhia possui contabilizados, em 31 de dezembro e móveis e utensílios. Sobre os contratos de empréstimos e financiamentos em moeda nacional incidem juros de 2005, créditos tributários correspondentes a adições temporárias nas bases de 9 Diferido 2005 2004 anuais prefixados entre 1,50% a 4,00% (2004 - 1,50% e 3,90%), mais variação do cálculos do imposto de renda e da contribuição social, no montante de R$ 7.490 (2004 Custo Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI e em 2004 incidiam juros anuais prefixados R$ 13.047, relativos a adições temporárias e R$ 3.236, relativos a prejuízos fiscais e bases Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos 41.419 29.370 de 17,70% a 19,30%, mais variação anual do IGP-M e juros de 90,15% a 113% da variação negativas de contribuição social), constituídos com base nas alíquotas vigentes, cuja Implantação de Sistemas e Métodos 13.989 9.446 do CDI. Os contratos vencem substancialmente no longo prazo, estão garantidos por recuperação está fundamentada na rentabilidade futura das operações, conforme previsto Ágio de empresa incorporada 115.526 115.526 notas promissórias e contratos de prestação de serviços com clientes e a administração no plano operacional para 2006 elaborado pela administração. 16 Transações com 170.934 154.342 considera que serão efetuadas novas captações em prazos e montantes compatíveis para partes relacionadas - As principais transações com partes relacionadas estão sumariadas Amortização acumulada (69.450) (58.780) a manutenção dos níveis de caixa necessários às suas atividades. As despesas financei- abaixo: 101.484 95.562 2005 2004 ras com empréstimos, financiamentos e resultados com operações de swap, no exercício Ativos Receitas Ativos Receitas A amortização do ágio de empresa incorporada em 2000, efetuada de acordo com o prazo findo em 31 de dezembro de 2005, perfazem o montante de R$ 22.167 (2004 - R$ 15.353). Disponibilidades Banco Bradesco S.A. 2.586 3.017 previsto dos benefícios esperados, o qual é reavaliado periodicamente, com base em 12 Demandas judiciais - Com base na opinião de seus advogados, a administração da estudos feitos por consultores independentes. A última revisão do estudo de fundamen- empresa constituiu provisões consideradas suficientes para cobrir perdas prováveis que Contas a receber/receita bruta de vendas e serviços tação de capacidade de amortização de ágio, data de 28 de março de 2003 e indicou um possam advir do desfecho desfavorável em processos fiscais, trabalhistas e outros em Grupo Bradesco 23.653 172.387 16.339 210.497 prazo de amortização remanescente, a partir de março de 2003, de 91 meses. A andamento, no montante de R$ 9.323, em 31 de dezembro de 2005 (2004 - R$ 7.892), amortização no exercício de 2005 montou a R$ 10.127 (2004 - R$ 10.127). A empresa tem registradas na rubrica “Provisão para contingências”. A empresa possui ação judicial para 17 Instrumentos financeiros - Em 31 de dezembro de 2005 não havia operações de investido em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos desde o final do exercício impugnação de auto de infração relativo ao Imposto de Importação - II e Imposto sobre instrumentos financeiros derivativos em aberto. A empresa tem como política participar de de 2002 o montante acumulado de R$ 41.419 (2004 - R$ 29.370), com previsão de início Produto Industrializado - IPI cujo valor atualizado perfaz cerca de R$ 17 milhões. A operações envolvendo instrumentos financeiros, destinados à proteção dos riscos camda comercialização deste novo produto para exercício de 2006. Os gastos com administração com base na opinião dos seus advogados, face às perspectivas favoráveis biais e de taxas de juros de suas operações. Em 31 de dezembro de 2004, havia contratos implementação de sistemas e métodos são amortizados à razão de 20% ao ano a partir de êxito para a empresa em decisão final no judiciário, decidiu pela não constituição de de “swap” referentes aos seguintes saldos dos financiamentos, incluindo BNDES: (a) provisão para contingência para esse processo. Esse posicionamento está em consonân- alteração de indexador de dólar para CDI no montante de R$ 6.632 e (b) de prefixada para do início de sua utilização. cia com pronunciamento do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, CDI, no montante de R$ 4.382. 18 Outras informações - (a) Os registros contábeis, 10 Fornecedores 2005 2004 com relação às contingências. 13 Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social fiscais e trabalhistas estão sujeitos ao exame das autoridades fiscais e competentes Fornecedores nacionais 103.582 102.811 em 31 de dezembro de 2005 é de R$ 94.086 (2004- R$ 97.586) e está representado por durante prazos prescricionais variáveis, consoante a legislação específica aplicável. As Fornecedores do exterior 19.572 6.122 1.612.635.794 de ações (2004 - 1.616.135.794 ações), sendo 1.594.935.794 de ações provisões para passivos contingentes são constituídas pela administração, levando-se 123.154 108.933 ordinárias (2004 - 1.594.935.794 ações) sem valor nominal, com direito de voto em todas em consideração o andamento dos processos, as garantias existentes e a expectativa de Parcelas de curto prazo 123.154 108.928 as deliberações sociais, e 17.700.000 de ações preferenciais (2004 - 21.200.000 ações sucesso nas contestações efetuadas. (b) Outras obrigações no passivo circulante em 31 Parcelas de longo prazo 5 preferenciais), resgatáveis, sem valor nominal e sem direito a voto. (b) Alterações do de dezembro de 2005 referem-se, principalmente, a adiantamento de contrato (2004 - R$ 11 Empréstimos e financiamentos 2005 2004 capital social - A AGE de 7 de outubro de 2005 deliberou a redução do capital social em 1.728); gratificações (2004 - R$ 1.920); benefícios - R$ 188 (2004 - R$ 113); imóveis a Capital de giro em moeda nacional 115.847 46.009 R$ 3.500, através do resgate e posterior cancelamento de 3.500.000 ações preferenciais pagar - R$ 37 (2004 - R$ 32); gastos com estrutura - R$ 158 (2004 - R$ 193) e outros Financiamentos FINEP 1.187 resgatáveis. (c) Direito das ações - Consoante disposição estatutária, aos acionistas R$ 834 (2004 - R$ 2.278). (c) As despesas com reestruturação de suas áreas de negócios Financiamentos BNDES 4.722 6.632 estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados efetuada pela companhia, durante o exercício de 2005, no montante de R$ 1.784 (2004 121.756 52.641 correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustados nos termos da - R$ 2.390), estão classificadas na rubrica específica de despesas de reestruturação na Parcelas de curto prazo 16.576 39.490 lei societária. O resgate das ações está previsto para ser feito em duas parcelas, demonstração do resultado, as quais se referem, principalmente, aos gastos com Parcelas de longo prazo 105.180 13.151 vencendo-se a primeira, correspondente a 40% do valor integralizado, em 24 meses rescisões contratuais de funcionários. (d) As despesas gerais e administrativas, em 31 de Os vencimentos das parcelas a longo prazo são os seguintes: contados da efetiva integralização, já efetuado, e, a segunda, relativa aos 60% restantes, dezembro de 2005 e de 2004, referem-se principalmente aos gastos com estrutura - R$ 2005 2004 em até 53 meses contados da data do primeiro resgate. As ações preferenciais resgatá- 7.812 (2004 - R$ 7.421), viagens - R$ 2.261 (2004 - R$ 2.378), veículos - R$ 338 (2004 2006 7.060 veis adquirirão automaticamente o direito de voto nas hipóteses de não serem resgatadas, - R$ 326), marketing - R$ 2.358 (2004 - R$ 2.365) e de administração - R$ 2.136 (2004 2007 56.134 5.629 total ou parcialmente, no prazo máximo de 77 meses contados da efetiva integralização. - R$ 1.471). (e) Em 1º de abril de 2004, a empresa celebrou contrato de mútuo com parte 2008 em diante 49.046 462 A AGE de 7 de outubro de 2005 deliberou a alteração das datas de vencimento de resgate relacionada no montante de R$ 100.000, que serão pagos em dez parcelas semestrais de 105.180 13.151 (continua) de 17.700.000 ações preferenciais, no valor de R$ 17.700, como segue:


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 3

Fotos: Marcos Fernandes/LUZ

MÚSICA

Ivan & Celso Aquiles Rique Reis

L

Rodrigo Humberg, fã da bruxa

TEATRO

Sob o feitiço da Bruxa Morgana

A agitação das crianças diante da vistosa Morgana, interpretada por Rosi Campos. E cena da peça criada e dirigida por Claudia Borioni

Feiticeira chega para restabelecer a paz mundial Regina Ricca

B

ruxas são sempre más, certo? Erradíssimo, principalmente se ela se chamar Morgana, aquela feiticeira que habita o alto da torre de um castelo chamado Rá-Tim-Bum e vive contando histórias fantásticas para uma gralha azul chamada Adelaide. O poder de sedução dessa bruxa do bem continua imbatível, e é ele quem atrai legiões de crianças de várias idades para a platéia do Teatro Alfa, onde está em cartaz A Saga da Bruxa Morgana e o Enigma do Tempo, peça infantil em que a atriz Rosi Campos mais uma vez empresta sua figura simpática e maternal para dar vida à personagem criada por Cao Hamburger, Anna Muylaert e Flávio de Souza para a famosa série da TV Cultura. A algazarra no lobby do teatro Alfa indica que a excitação da meninada é grande. E elas foram aos montes ver a estréia do espetáculo neste mês. Equilibrando saquinhos de pipoca e de balas nas mãos, vão ocupando a platéia para acompanhar, durante 60 minutos, uma história na qual Morgana terá de enfrentar o vilão Medíucrus e tentar restabelecer a paz mundial. As crianças começam a ficar impacientes com o atraso de mais de 40 minutos. Dia de estréia é sempre assim, só que elas são crianças e estão, claro, ansiosas para ver o que Morgana vai aprontar em cena. No final do terceiro sinal, por exemplo, os irmãos Laura, 8, e Rodrigo Humberg, 4 anos, começam a se ajeitar nas poltronas porque sabem que, agora sim, o pano vai subir. As gêmeas Jamile e Juliana, 7 anos, ainda continuam a brigar pelo assento. Só interrompem a pendenga quando ouvem um murmúrio tomar conta do teatro. Pronto, finalmente a diversão vai começar. "Que lindo"!!, exclama Laura ao ver o cenário imitando leques orientais. "Será que ela vai demorar pra entrar?"

Não deu nem cinco minutos de espetáculo e Morgana entra, poderosa, em cena. Não pelo palco, mas pelo fundo da platéia, desfilando sua magestade de bruxa. As crianças aplaudem, gritam, acenam, jogam beijos. "Olha a roupa dela, que máximo, e o cabelo, como ela consegue arrumar desse jeito?", pergunta Jamile. "É peruca, filha", explica a mãe. Em cena começa a ser contada a história criada e dirigida por Claudia Borioni. Há 450 anos o vilão Medíucrus foi descoberto em seu esconderijo pela Bruxa Morgana. Ele foi então condenado pelo Conselho Superior da Sétima Dimensão a rodar na órbita de Júpiter por toda a eternidade por haver roubado a beleza de Apolo e o Raio de

O Medíucrus está enganando a Morgana... Rodrigo Humberg Zeus. Mas consegue escapar da prisão. Junto com seu fiel servo Qüiproquó, Medíucrus vai atrás de Cronos (Deus do Tempo) e de seus dois assistentes: Minutos e Segundos. Medíucrus quer tornar-se o Senhor de todas as Eras e vingar-se de Morgana. Para isso, consegue enganar a todos e manipular o tempo, voltando 6 mil anos, exatamente na hora do nascimento de Morgana. A bruxa é, então, convocada pelo Conselho Superior, que lhe confia missão: resgatar a pequena Morgana (Luciana Vendramini) e derrotar o seu velho inimigo. A história é complexa, com muitos personagens, as crianças às vezes se perdem durante seu desenrolar, mas o

que vale é a movimentação cênica dos atores, a troca de cenários, a música certeira e as palhaçadas de Qüiproquó (Cris Nicolotti), que arrancam muitas gargalhadas. Cada vez que aparece em cena, o pobre do Medíucrus recebe vaias. "Ele está enganando a Morgana...", diz, inconformado, o garotinho Rodrigo. "Não, Rô, ela vai descobrir as maldades dele no final, espera só pra você ver", tranqüiliza Laura. "Mãe, a Morgana virou bebê?", indaga na fileira de trás a garotinha de cachinhos. "É que ela voltou no tempo...", tenta explicar a mãe, também atrapalhada com a narrativa. Morgana finalmente consegue derrotar seu inimigo. As luzes se acendem e a garotada já está de pé para aplaudir. Muitas ainda saem confusas do teatro, sem entender por que Morgana virou bebê e depois aparece como uma menina (Luciana Vendramini) que contracena com ela já adulta. "São duas Morganas, né mãe?", tenta se convencer a garota Maria Clara Camargo, 7 anos. "Olha, entender mesmo eu não entendi muito, mas adorei ver a Morgana de perto, tirar foto com ela. Só por isso já valeu ter vindo", resumiu Carolina Medeiros, 10 anos. "Eu viria de novo, adoro essa bruxa", emendou Fabiana, 6 anos, prima de Carolina. A peça fica em cartaz no teatro Alfa até 28 de maio. No elenco, ao lado de Rosi Campos, estão também Tadeu de Pyetro, Jô Santana, Thais Flaitt, Carlo Briani, Roberto Arduin, Cris Sverzuti e Cleo Antunes. A Saga da Bruxa Morgana e o Enigma do Tempo - Sáb. e dom., às 16h. Até 28/5. 60 min. Ingr.: R$ 30 a R$ 40. CC: todos. Teatro Alfa - sala A (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000). 1.134 lugares.

Peça infantil atrai crianças de várias idades para a platéia do Teatro Alfa

Reprodução

ançado pela Jam Music, da ótima cantora Jane Duboc e de Paulo Amorim, N o s s a s C a nções – A Parceria de Celso Viáfora e Ivan Lins é disco feito para celebrar a existência de uma nova parceria na música popular brasileira. Bem-vinda essa união musical, que junta o talento pra lá de reconhecido de Ivan Lins à pujante força poética de Celso Viáfora, paulistano que tem a verve dos melhores letristas, a delicadeza dos melhores poetas que enriquecem canções com seus versos inspirados. Tivesse Celso Viáfora começado a fazer música no início dos anos 1960, hoje ele ocuparia no coração dos brasileiros o mesmo nível de admiração que os maiores compositores surgidos naquele período tão fértil da música brasileira atingiram. Aparecesse hoje Celso Viáfora na televisão, como tiveram a chance, naquela época, Chico, Caetano, Edu Lobo e Gil, seu talento seria tão festejado quanto o destes que formam a geração mais madura e genial surgida a um só tempo no Brasil. Celso é um dos maiores letristas hoje em atividade. Nada em seus versos é irrelevante. Ele os cria sem pudor de ser profético ou filosófico. Todos têm encargo a cumprir, dor a revelar, gozo a expressar. Celso Viáfora é letrista da estirpe de um Paulo César Pinheiro, ao destrinchar as manhas da alma apaixonada. Tem o dom de um Aldir Blanc, ao falar de um dia-a-dia aparentemente banal, mas que em seus versos ganha ares de uma verdadeira odisséia popular. Tem a força de um Fernando Brandt, ao falar do lirismo que abastece a paixão avassaladora. Celso tem na alma a crônica de um Rubem Braga. Possui o dom de revelar o amor que só um Vinícius de Morais tinha. Seus versos tanto podem refletir a aridez nordestina de um João Cabral de Melo Neto quanto nos remeter às palavras mágicas de um Mário Quintana. Em sua trajetória de batalhador incansável buscando fazer com que distingam seu talento, Celso foi “descoberto” por Ivan Lins, que o fez seu parceiro. Já criaram uma obra consistente; canções em que as harmonias e melodias de Ivan ganham força nos versos de Celso. Versos que entregam que o poeta é também hábil compositor. Por isso, suas palavras versejam carregadas de musicalidade, impregnadas de ritmo que se casam às frases musicais nascidas uma para a outra, sem a menor desarmonia. E Ivan Lins... Bem, de Ivan quase tudo já se exaltou. Porém, há que se ressaltar que Ivan trouxe Celso para ser seu parceiro. E isso só o engrandece ainda mais. Em Nossas Canções – A Parceria de Celso Viáfora e Ivan Lins, os parceiros assinam 10 das onze faixas. Em quase todas, suas vozes se somam. Apenas Deus de Deusé assinada só por Celso, intérprete que sabe cantar o que escreve, acrescentando força ao que já nasceu belo. Parceria que revela sintonia de mais do que companheiros de ofício: expõe a amizade que cresce entre sons de notas e sílabas. O disco vem embalado de cuidados que Celso merece. Violão: Roberto Menescal, Leonardo Amuedo e Carlinhos Sete Cordas; contrabaixo: Arthur Maia, Sizão Machado, Jorge Hélder e Dunga; cavaquinho: Mauro Diniz e Fred Camacho; teclados: José Lourenço e Fernando Merlino; bateria: Téo Lima, Chocolate e Jorge Gomes; percussão: Gordinho, Belôba, Pirulito, Felipe de Angola, Marcelo Pizott, Bira Show e Alisson Lima; sopros: Marcelo Martins, Jessé Sadoc, Dirceu Leite, Roberto Marques; arranjos: Amilson Godoy (cordas), Leonardo Amuedo, Sacha Ambach, Dunga, Ivan Paulo, Alexandre Moreira, Jay Vaquer, Ivan Lins e Celso Viafora; direção de voz: Jane Duboc. O CD abre com Todomundo, e na letra Celso revela: “Estamos juntos, na boa/ Sob o mesmo sol e a mesma garoa/ Se é o mesmo mundo/ Se é o mesmo lado/ Por que diabos/ Fazemos tudo/ Tão separados?” Dolorosa constatação que traz embutida em si a saída: estar junto quando tudo separa; criar pontes que superem abismos; compor mensagens que mapeiem sentimentos; lançá-las ao mar em garrafas que cheguem à terra que temos no peito. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, ed. A Girafa.


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Urbanismo Transpor te Administração Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Prefeitura e Estado assinam convênio para ampliar a avenida dos Bandeirantes

MERCADO DO IPIRANGA PERDEU 70% DO PÚBLICO

Ó RBITA

MERCADO DO IPIRANGA PEDE SOCORRO

João Wainer/Folha Imagem

Com o teto cheio de buracos, vidros quebrados e falta de luminosidade, o mercado aguarda reformas Leonardo Rodrigues/Hype

Clarice Chiquetto

C O

ito dias depois de um avião da BRA derrapar no pouso num dia de chuva e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária ter garantido que a pista principal do Aeroporto de Congonhas estava em perfeitas condições, foi anunciada oficialmente ontem sua reforma completa, a partir de junho. A obra vai durar 60 dias e, nesse período, pousos e decolagens serão reduzidos em 45,8% (de 48

por hora para 26). Esses vôos vão ser redirecionados para os aeroportos Internacional, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. A pista auxiliar absorverá o resto. Depois de uma reunião com as companhias aéreas, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, admitiu que a drenagem na pista é mais lenta do que deveria e o caimento da água precisa ser corrigido. "Mas não há qualquer problema de segurança." (AE)

LAUDO: É NORMAL

A

promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, de 29 anos, acusada de jogar a filha de dois meses na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, não sofre de distúrbio mental. A constatação está em laudo feito por médicos da Central de Perícia do Fórum Lafayette. O exame para verificar a integridade mental da acusada foi solicitado em fevereiro pelo juiz Nelson Missias de Moraes, do 1.º Tribunal do Júri, onde tramita o processo. De acordo com o laudo, nada foi encontrado em relação à

"higidez (estado de saúde) mental" de Simone. O documento, com o resultado do exame foi anexado ao processo. A partir do próximo mês, o juiz deverá retomar o processo e ouvir testemunhas. Na quartafeira, promotores enviaram a manifestação do Ministério Público Estadual ao magistrado, na qual afirmam que a "leitura acurada do estudo médicolegal evidencia que a promotora de vendas não era portadora de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado". (AE)

GRIPE DAS AVES

O

secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que nos próximos dias o Ministério da Saúde começará a distribuir um kit sobre a gripe aviária, com informações dirigidas a médicos e profissionais da área. A previsão é de que ainda esta semana, o site do ministério na internet tenha informações voltadas para esses profissionais. "Desde que os primeiros casos da doença foram anunciados houve uma grande procura no ministério por informações, tanto de profissionais da rede pública quanto

particular", afirmou Barbosa. Além de equipes do Programa Saúde da Família, o material será distribuído para médicos particulares e de convênios. O ministério deverá usar os nomes que constam nos registros do Conselho Federal de Medicina para fazer a distribuição. Ontem Barbosa e o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, inauguraram o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde. Instalada no primeiro andar do ministério, a sala funcionará como um centro de inteligência de doenças transmissíveis. (AE)

TIROTEIO

U

m tiroteio entre policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) e bandidos resultou na morte de um suspeito, na favela Heliópolis, por volta das 16h30 de ontem. De acordo com a PM, os

agentes abordaram dois homens em atitudes suspeitas, que reagiram atirando. Um sargento da Rota foi atingindo no braço. No revide, os policiais atingiram um dos bandidos, que morreu ao ser socorrido. O outro suspeito fugiu. (AE)

PF apreende 205 kg de cocaína no Guarujá

A

Polícia Federal apreendeu ontem 204 quilos de cocaína e prendeu dois homens no bairro da Enseada, no Guarujá, litoral sul de São Paulo. Na ação, um desdobramento da Operação M o n t e n e g ro , re c o l h e r a m também uma moto Twister, quatro telefones celulares e dinheiro. A droga, em 195 tabletes, estava em cinco malas sob uma cama em uma casa da rua José Inácio Correa. Os dois traficantes moram na capital. (AE)

GIr Agendas da Associação e das distritais

Hoje A TÉ LOGO

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Belo vai cumprir pena em regime semi-aberto

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Presos pedem substituição de uniformes

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MPF denuncia comandante militar do Leste

I Posse – O presidente da

Facesp e da ACSP, Guilherme Afif Domingos, participa da transmissão de cargo de governador ao vice-governador Cláudio Lembo. Às 14h30, no Palácio dos Bandeirantes, avenida Morumbi, 4.500.

Calçada na entrada do Mercado do Ipiranga precisa de reparos urgentes: os buracos são grandes

Janelas do prédio estão com os vidros quebrados

os mesmos produtos no bairro", diz. Um segurança do mercado, entretanto – que também não quis se identificar por medo de ser repreendido – está certo de que se houvesse investimentos em infra-estrutura e divulgação, os clientes teriam prazer em comprar e passear no local, como acontece no Mercadão Central. Sobre a reclamação dos permissionários do Ipiranga a respeito de reformas constantes

Além de poças de água, local tem pouca claridade

feitas em outros mercados municipais, como o próprio Central e o da Cantareira, o superintendente da Secretaria Municipal de Abastecimento, José Graviano, explica que apenas estes dois mercados, além do Central Leste, são responsabilidade direta da secretaria. Os outros são subordinados às subprefeituras e estão dentro do orçamento de cada uma. Dentro dos próximos três meses será aberta pela subpre-

feitura uma licitação para alugar os cinco boxes vazios do Ipiranga. Em 2005, foram abertas duas e não houve interessados. Dessa vez, promete Salate Tomioka, coordenadora de ação e desenvolvimento social do órgão, será diferente. "Divulgaremos muito e abriremos as possibilidades de trabalho. Há um boxe onde hoje só é permitido instalar doceria e vamos ampliar para panificação em geral", exemplifica.

Factoring

DC

REFORMA EM CONGONHAS

om público 70% menor do que costumava receber há três a n o s , o M e rc a d o Municipal do Ipiranga pede socorro à Prefeitura. Os permissionários esperam ansiosos por uma reforma, em especial no teto, cheio de buracos que se transformam em goteiras e enchem os corredores de poças nos dias chuvosos. A calçada esburacada ao redor, os vidros quebrados e a escuridão interna, causada pela falta de janelas, também ajudam a fazer com que o mercado, fundado há 70 anos, perca seu charme a cada dia. "Lembro de quando havia uma pracinha ao lado da entrada. Era toda ajardinada e os aposentados sentavam em seus bancos para conversar. O mercado foi uma referência do bairro e hoje serve só como ponto de localização", diz a dona da banca de jornal ao lado do prédio, Nair Fernandes, há 35 anos no local. A subprefeitura do Ipiranga promete que o mercado será reformado ainda este ano e que o edifício e seu entorno terão cara nova em 2007. Para isso, depende da liberação de R$ 700 mil da Secretaria de Planejamento, aguardados desde 2005. Procurada, a secretaria não retornou as ligações. Vazio – Os permissionários, que preferem não se identificar, contam que com a queda do movimento no último ano, quem depende das vendas para se sustentar enfrenta problemas sérios. A reportagem do DC pôde ver, na última quartafeira, um mercado vazio, com poucos clientes e vários funcionários de braços cruzados. "No final de semana melhora um pouco e fica mais cheio. Mas quem precisa disso para viver, não tem conseguido", conta uma permissionária que tem prejuízos mensais há mais de um ano – ao contrário do que acontecia quando chegou ao mercado, há quatro anos. Dona Nair credita a perda de clientes não só à falta de reformas, mas à concorrência atual. "Abriram outros pontos com

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS (continuação)

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

C P M S. A. CNPJ Nº 65.599.953/0001-63 Sede: Alameda Araguaia, 1930 - Barueri - SP

igual valor, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005 monta a R$ 89.459 (2004 - R$ 101.739) e as despesas financeiras totalizaram em 2005 R$ 19.298 (2004 - R$ 10.078). O montante de cada parcela é corrigido mensalmente de acordo com a variação acumulada do IGPM. Sobre o saldo devedor atualizado, conforme mencionado acima, incidirão juros prorata à taxa de 12% ao ano. (f) A demonstração do resultado, em 31 de dezembro de 2005, Aos Administradores e Acionistas CPM S.A. 1 Examinamos os balanços patrimoniais da CPM S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresenta-

inclui informação adicional referente ao montante denominado “EBITDA” no valor de R$ 56.266 (2004- R$ 32.213), correspondente ao lucro operacional antes da dedução das despesas financeiras líquidas, depreciações, amortizações e outros custos operacionais. (g) Em 31 de dezembro de 2005 a rubrica “Receita bruta de vendas e serviços” inclui venda para clientes de equipamentos que estavam destinados à atividade operacional de PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ção das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3 Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a

locação para esses mesmos clientes, no montante de R$ 27.000, e o correspondente custo residual desses equipamentos, classificado na rubrica “Custos dos produtos vendidos e serviços prestados”, monta a R$ 6.503. Deise Regina Gallo da Silva CRC 1SP183017/O-7 posição patrimonial e financeira da CPM S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 28 de Março de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0

BALANÇO

EXTRAVIO

HSBX – BAURU EMPREENDIMENTOS S/A – C.N.P.J. 67.760.702/0001-44 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO: Srs. Acionistas, Em cumprimento às disposições estatutárias e legais, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras concernentes ao exercício de 2005. Colocamo-nos à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos complementares que porventura possam desejar. São Paulo,24 de março de 2006. A Diretoria Balanços Patrimoniais (Em R$ Mil) Demonstração do Resultado Pré-Operacional (Em R$ Mil) PASSIVO 2005 2004 ATIVO 2005 2004 2005 2004 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 115.362 115.275 CIRCULANTE 3 – DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS (84) (80) Debêntures 113.241 113.241 Disponibilidade 3 – Despesas Diversas 84 80 Conta Corrente Coligada 2.121 2.034 PERMANENTE. 147.870 147.786 RESULTADO PRÉ-OPERACIONAL LÍQUIDO (84) (80) Imobilizado 147.303 147.303 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (Em R$ Mil) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.511 32.511 Terrenos 10.121 10.121 2005 2004 Capital Social 32.511 32.511 Construções em Andamento. 101.099 101.099 ORIGENS DOS RECURSOS 87 80 Adiantamentos a Fornecedores 36.083 36.083 Recursos de Acionistas 87 80 Diferido Pré-Operacional 567 483 APLICAÇÕES DE RECURSOS (84) (80) Despesas de Implantação 567 483 Aumento do Diferido (84) (80) TOTAL 147.873 147.786 TOTAL 147.873 147.786 AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 3 – Notas Explicativas: 1. Contexto operacional – A empresa, em fase pré- trados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicá- VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 3 – operacional, tem por objetivo o desenvolvimento do empreendimento deno- vel, dos encargos e variações monetárias incorridos. 3. Imobilizado – Re- ATIVO CIRCULANTE minado Maksoud Plaza Hotel & Shopping Center Bauru, compreendendo a fere-se a gastos realizados, até o momento, na construção do Maksoud No final do exercício 3 – construção e a exploração das Unidades do Shopping Center e Hotel do Plaza Hotel & Shopping Center Bauru. 4. Adiantamentos a fornecedores AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 3 – Condomínio Baurucentro, cujas obras encontram-se paralizadas. As De- – Referem-se a adiantamentos concedidos à Hidroservice Engenharia Ltda., Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Em R$ Mil) monstrações Contábeis, foram elaboradas de acordo com os critérios con- por conta da prestação de serviços de engenharia durante a execução da Capital Social tidos na Lei 6.404/76 e atos legais posteriores, que dispõe sobre as socie- obra. 5. Diferido – Relativo a gastos realizados, enquanto a empresa se Discriminação dades por ações. Esses critérios constituem a adoção de princípios previs- encontra em fase pré-operacional, cuja movimentação pode ser assim de- Exercício findo em 31 dezembro de 2004 Em 1º de janeiro de 2004 32.511 tos na legislação societária brasileira, os quais consideram a realização monstrada: Em 31 de dezembro de 2004 32.511 2005 2004 dos ativos e liquidação das obrigações no curso normal dos negócios. 2. Descrição Em 1º de janeiro de 2005 32.511 Saldo Anterior 483 403 Principais práticas contábeis – a) Apuração do resultado – Despesas Em 31 de dezembro de 2005 32.511 84 80 pré-operacionais: As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime Despesas Diversas 567 483 acionista Hidroservice Engenharia Ltda. 8. Capital social (cifras expresde competência de exercícios. O prejuízo apurado é acrescido ao ativo Saldo Final permanente diferido, por referir-se a gastos incorridos durante a fase pré- Sob a rubrica “Despesas diversas” estão registrados gastos com, princi- sas em reais) – O capital social subscrito e integralizado, no montante de operacional. b) Imobilizado: Os bens integrantes do ativo imobilizado, prin- palmente, taxas Andima e de administração sobre as debêntures e despe- R$ 32.510.532, está representado por 31.193.341 ações ordinárias nomicipalmente relativo a construções em andamento, estão demonstrados ao sas de publicações. 6. Debêntures – A administração decidiu pela inter- nativas, sem valor nominal, cuja composição pode ser assim demonstrada: Quantidade de Ações R$ Percentual custo de aquisição, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995, rupção, a partir de 30/06/1996, do reconhecimento da atualização mone- Descrição 31.193.338 32.510.529 99,99 com base em índices oficiais. c) Diferido: Demonstrado ao valor de custo tária das debêntures, ato ratificado pela Assembléia Geral Extraordinária. Hidroservice Engenharia Ltda. 1 1 0,0000032 Data Quantidade 2005 2004 Roberto Félix Maksoud incorrido, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995. Os gas- Comprador Cláudio Denis Maksoud 1 1 0,0000032 tos diretos e indiretos de projetos e custos administrativos, incorridos até o HMKY Empreendimentos 1 1 0,0000032 28/10/1995 10.000 113.241 113.241 Henty Maksoud inicio das operações, estão sendo diferidos e serão amortizados a partir do Participações Adms. S/A 31.193.341 32.510.532 100% inicio das operações da empresa. d) Exigível a longo prazo: São demons- 7. Conta-corrente controladora – Refere-se a recursos provenientes da

TCT Blindados Indústria e Comércio de Carrocerias e Caçambas Ltda. inscrita no CNPJ sob. n.º 01.376.015/0001-11, informa extravio de 1 via original da 8ª alteração contratual registrada na JUCESP sob n.º 97.029/05-1.

Conselho de Administração: Henry Maksoud – Presidente Conselheiros: Claudio Denis Maksoud e Henry Maksoud Neto Parecer da Auditoria: Aos Administradores e Acionistas HSBX Bauru Empreendimentos S/A – São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da HSBX Bauru Empreendimentos S/A em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a rele-

Henry Maksoud – Diretor Presidente Henry Maksoud Neto – Diretor vância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as demonstrações contábeis mencionadas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da HSBX Bauru Empreendimentos S/A em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis brasileiras. 4. Conforme mencionado na Nota 1, a empresa encontra-se em fase pré-

Nacional Imóveis Empresas Finanças

Rubens Pardini Contador – CRC 1SP075098/O-8 operacional, e as obras de construção das instalações comerciais estão paralisadas desde 1995 , de acordo com políticas estratégicas e comercias dos acionistas da empresa. Tal fato gera incerteza quanto à continuidade das operações de curso normal. As demonstrações contábeis mencionadas no primeiro parágrafo, elaboradas de acordo com os princípios contábeis aplicáveis a empresas em regime normal de operação, não consideram eventuais ajustes de valores e reclassificação de ativos e passivos que seriam necessários caso a empresa não pudesse continuar suas operações. São Paulo, 24 de março de 2006 Moore Stephens Lima Lucchesi – Auditores Independentes CRC 2 SP 015.045/0-0 Sérgio Lucchesi Filho – Contador – CRC 1 SP 101.025/O-0 Marco Antonio Telesca – Contador – CRC 1 SP 139.386/O-0

CONVOCAÇÃO

AVISO AOS ACIONISTAS

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

50% DO GÁS CONSUMIDO NO PAÍS VEM DA BOLÍVIA

Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3799

A pesquisa do IBGE mostrou que a captação de leite também cresceu 11,9% no ano passado.

Luiz Carlos Lopes Martins/AE

MINISTRO BOLIVIANO PEDE CORDIALIDADE

O

ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz-Rada, pediu ontem mais "cordialidade" nas conversas entre a Petrobras e o governo local. Em um momento em que os ânimos estão se acirrando, Soliz-Rada chamou a imprensa local para, na opinião de observadores bolivianos, avisar a direção da estatal brasileira que o governo Evo Morales não pretende ceder a pressões. "Somos a melhor opção para o Brasil em matéria de preços de gás natural porque sempre poderemos praticar preços menores do que qualquer lugar de onde eles venham a importar", afirmou o ministro, lembrando que 50% do gás consumido no País é produzido na Bolívia. A entrevista coletiva foi convocada pelo Ministério dos Hidrocarbonetos no meio da manhã de ontem para responder a declarações feitas na véspera pelo presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que demonstrou insatisfação com o ritmo das negociações com os bolivianos e afirmou que a estatal

não aceitaria decisões unilaterais. "Eu peço que as negociações transcorram em um clima de cordialidade", rebateu Soliz-Rada, ele mesmo um dos responsáveis pela deterioração das relações entre as partes: na semana passada, ele disse que iria endurecer contra a Petrobras e chamou a política da estatal de imperialista. O ministro boliviano negou que as negociações com a Petrobras tenham sido suspensas, conforme declarou Gabrielli. Segundo ele, há reuniões rotineiras entre "comitês gestores" formados por representantes de ambas as partes informação, porém, não confirmada pelo presidente da Petrobras Bolívia, José Fernando de Freitas. Segundo Soliz-Rada, a prioridade no momento é rever o contrato atual de fornecimento de gás ao Brasil, que vence em 2019. P re ç o – Um dos temas em debate é o preço do combustível importado pelo País. O contrato prevê uma revisão periódica de valores, que não foi feita pelo governo anterior. O governo Evo Morales deci-

diu reabrir as discussões para aumentar os preços. O ministro não quis informar qual seria o preço ideal, mas calculou que o valor atual (US$ 3,40 por milhão de pés cúbicos) está bem abaixo dos US$ 7 por milhão de pés cúbicos que constam dos estudos para importação de gás natural liqüefeito pelo Chile, por exemplo. Outro ponto divergente é uma diferença de US$ 450 milhões entre o que a Petrobras quer pagar por gás não utilizado nos primeiros anos de contrato e o que o governo boliviano, por meio da estatal YPFB, deseja receber. Nos primeiros anos de operações, o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) operou com volumes abaixo dos contratados por falta de mercado para o combustível. Segundo uma cláusula chamada take or pay, a Petrobras precisa pagar por todo o gás contratado, mesmo que não consuma, podendo recuperar os volumes já pagos no final do contrato. Mas o Brasil quer reaver esses volumes pelos preços anteriores. Nós queremos pelo preço atual", disse Soliz-Rada. (AE)

P-52 da Petrobras chega ao País

O

casco da plataforma P-52 da Petrobras, que estava sendo construído em Cingapura, na China, chegou ontem ao Brasil, após uma viagem de cerca de 40 dias. A embarcação deve ser encaminhada às instalações do estaleiro Brasfels, controlado pela Keppel Fels, em Angra dos Reis, onde vai receber os conveses, gerador de eletricidade e compressor de gás, além de equipamentos

que separam a água, areia e gás do óleo recuperado na Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro. A plataforma, que será instalada em 2007 no campo de Roncador, foi a primeira a ser encomendada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deverá ter pelo menos 60% de seu conteúdo composto com equipamentos produzidos por indústrias brasileiras. A previsão é de que a nova

unidade vai produzir 180 mil barris de óleo e cerca de 9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O consórcio Keppel Fels/Technip foi o vencedor da licitação para construir a obra, que deve receber investimentos da ordem de US$ 800 milhões, sendo a maior parte dos recursos (80%) financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimetno Econômico e Social (BNDES). (Agências)

A perspectiva de ganhar novos mercados no exterior ajudou o setor agropecuário a se profissionalizar

IBGE aponta que exportações elevaram abates de animais

A

s exportações deram o principal impulso para o crescimento significativo no abate de animais no Brasil em 2005, segundo o coordenador de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Flávio Bolliger. Dados divulgados ontem mostram a ocorrência de um aumento de aproximadamente 8,03% no abate de bovinos; 9,06% no abate de frangos e 8,43% no abate de suínos no ano passado ante 2004. A febre aftosa prejudicou a pecuária no quarto trimestre, mas a gripe aviária não teve conseqüências sobre o desempenho do setor aviário no ano passado. No entanto, Bolliger

alerta que a sanidade é a principal preocupação dos produtores em 2006. Ele avalia que a gripe das aves certamente terá efeitos nos dados de abate do primeiro trimestre do ano. A febre aftosa também permanece como preocupação. "A sanidade é uma questão estratégica para o setor, a gripe aviária reforça a necessidade de medidas preventivas e a febre aftosa exige atenção constante", disse. Bolliger lembra que as vendas externas têm impulsionado fortemente o setor, o que torna mais grave a questão da sanidade. Em 2005, foram registrados importantes incrementos nas exportações de bovinos (17%), suínos (23%) e aves (13,9%).

Segundo ele, a perspectiva de conquista do mercado externo levou os produtores brasileiros a ganhar produtividade, com maior profissionalização do setor. Ele destacou também o crescimento do mercado interno, já que a recuperação da renda, segundo Bolliger, está elevando o consumo de alimentos ricos em proteínas no País. A pesquisa de abate do IBGE mostrou também que a captação de leite em 2005 subiu 11,9% na comparação com 2004. Os principais Estados que se dedicaram a esse tipo de atividade foram Minas Gerais, São Paulo e Goiás. O levantamento aponta que produção de ovos de galinha também cresceu 5% no período. (AE)

Reajuste reflete o mercado, diz Agnelli

O

presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, afirmou ontem que a proposta de aumento de 24,6% no preço do minério de ferro este ano feita a seus clientes globais reflete o momento do mercado. Ele informou que ainda não

recebeu contra-propostas das siderúrgicas sobre o novo patamar de preço proposto. "Esse ajuste é compatível com o mercado de hoje e a necessidade de investimentos futuros", disse Agnelli. A Vale vem negociando há cerca de cinco meses com side-

rúrgicas o reajuste de preços do minério de ferro para os contratos de fornecimento deste ano depois de obter ajuste de 71,5% em 2005. Segundo Agnelli, não há prazo para o fechamento do primeiro acordo, que deverá balizar os demais contratos de reajuste. (Reuters)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

RESENHA

INTERNACIONAL

ISRAEL VIRA PARA

A ESQUERDA

O Kadima, partido criado por Ariel Sharon, saiu do zero para ser a maior bancada parlamentar. O Likud foi arrasado. Casa”, é a terceira bancada. E a grande surpresa foi o Partido dos Aposentados, criado para as eleições por gente de mais de 65 anos de idade, que elegeu um número que o transforma em partido necessário a qualquer coligação que venha a ser criada para governar. O Likud, que era o partido majoritário até a cisão liderada por Sharon, foi arrasado. Em principio, Ehud Olmert, atual primeiroministro interino, substituindo Sharon no governo e no partido, será o primeiro convidado pelo presidente para organizar um gabinete. A inclinação para a esquerda refere-se a políticas internas. A política externa desejada pelos eleitores, de acordo com as promessas dos partidos favorecidos, objetivará desenhar as fronteiras definitivas do país que vive dentro de fronteiras interinas desde sua criação,

DA POBREZA

Saudades do mensalão OLAVO DE CARVALHO

Q

uando tucanos e "liberais" insistem em tentar derrubar o esquema petista mediante puras imputações criminais, abstendo-se pudicamente de fazer oposição político-ideológica, já confessam antecipadamente uma fraqueza que prenuncia desastres imensuráveis. Se o grupo petista atualmente no poder sustenta-se no desvio sistemático de dinheiro público, a esquerda continental, da qual esse grupo não é senão um pseudópodo especialmente saliente, apóia-se num aparato muito mais vasto e temível: a narcoguerrilha das Farc, o banditismo organizado do MIR chileno e outras entidades criminosas pertencentes ao Foro de São Paulo. A corrupção instalada no governo federal, preparada desde o começo da década de 90, é apenas uma engrenagem ínfima da máquina criminosa montada pelo movimento comunista para "reconquistar na América Latina o que foi perdido no Leste europeu". A concentração do ataque oposicionista em denúncias apolíticas pode parecer, no momento, um ardil inteligente, porque atrai para as trincheiras do antilulismo uma parcela da esquerda. Mas essa parcela só se volta contra os corruptos pegos com as calças na mão, queima-

CORRESPONDENTE

NAHUM SIROTSKY PUBLICADO NO SITE WWW.MIDIASEMMASCARA.ORG

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

screvi há poucos dias e publiquei nesta coluna um artigo sobre o fim da pobreza, inspirado pelo livro de Jeffrey Sachs O fim da pobreza. Impressionou-me e muito o livro, que tem capítulos, sem exageros, impressionantes pela realidade de um mundo onde tantas riquezas coexistem com extensas e degradantes manchas de pobreza. O livro é muito otimista e bafejado por grande esperança na disponibilidade das nações mais ricas para combater a pobreza em nações como o Brasil e grande parte da América Latina, inclusive em países como a Argentina. O autor espera alcançar ainda em sua vida terrena o fim da pobreza. Essa esperança não partilho com ele, por estarem muito longas as sombras no meu crepúsculo. Seria preciso uma espécie nova de cruzada, imbuída de espírito religioso, para mobilizar no exato sentido militar a palavra de um mundo mais favorecido, afim de que ele se disponha a isentar essa obra, que seria redentora, se concluísse, chegando ao ideal do benemérito autor do livro.

E

TRECHOS DO COMENTÁRIO DO

O lmert quer fixar as fronteiras unilateralmente

Auditado pela

A VARIAÇÃO

Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

em 1948, e solução do conflito com os palestinos: a complexa e vital questão da sobrevivência de um estado judeu no meio muçulmano do Oriente Médio. A questão externa depende de haver parceiro palestino. No momento não existe, pois o Hammas não reconhece a existência do Estado de Israel como fato e não declara que desiste do uso de violência. Quando terminava a votação, às 22 horas de terça-feira, caíam morteiros Katiushas, lançados da região palestina de Gaza, sobre as vizinhanças da cidade judia de Askelon. Foi a primeira vez, pois até então eram lançados os mísseis Qassam, de tecnologia primitiva. O Jihad islâmico, pequeno grupamento de muçulmanos fundamentalistas, assumia a autoria. O Hammas, que objetiva criar um Estado palestino teocráticoislâmico, não tem recorrido à violência desde sua vitória eleitoral, quando o povo palestino votou por novos caminhos, os de um estado islâmico. O Kadima de Olmert já anunciou que fixará as fronteiras de Israel unilateralmente se for o único caminho que se revele viável. Os trabalhistas defendem negociações e se opõem ao unilateralismo. Até Israel ter novo governo muito pode acontecer para o pior ou o melhor na região. Insisto na opção de não especular. Sempre se erra.

dos, indefensáveis. Por baixo, continua firmemente unida à máquina continental que os gerou. Ela só consente em juntar sua voz à gritaria moralizante porque acredita que, substituídas as peças que o escândalo tornou inutilizáveis, a máquina ganhará nova credibilidade para poder continuar delinqüindo em escala incomparavelmente maior.

C

omo já aconteceu inúmeras vezes na História, a esquerda se subdivide para tirar proveito publicitário de seus próprios crimes, e o faz servindo-se da ajuda de adversários ingênuos e débeis. Insistindo em combater num campo limitado, mais proporcional à sua minguada coragem e à sua inteligência estratégica provinciana, esses adversários lhe entregam antecipadamente o controle do território maior. Tucanos e liberais estão tentando vencer num jogo simulado, enquanto fogem do combate real. Quando estiverem comemorando a vitória obtida nessa brincadeira, despertarão no meio de um campo de batalha, onde já não terão de enfrentar demagogos corruptos, mas guerrilheiros e narcotraficantes furiosos. Aí terão saudades do mensalão.

T ucanos e liberais estão tentando vencer num jogo simulado Shizuo Kambayashi/Reuters

povo israelense votou por mudança de rumos. A maioria dos que votaram optaram por caminhos de centroesquerda. O Kadima, partido criado por Ariel Sharon dias antes de ser derrubado por problema neurológico insuperável, de tendência centro-esquerda na relatividade da política israelense, saiu do zero para ser a maior bancada parlamentar. O Partido Trabalhista, com um programa social-democrata e comandado por líder sindical nascido no Marrocos de origens humildes, é o segundo. Um partido de extrema direita, liderado por emigrante da então União Soviética, “Israel, Nossa

Réquiem a Jobim CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

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um país desprestigiado por leis promulgadas pelo Executivo e um Legislativo envoltos em tenebrosas transações, o Poder Judiciário era uma ilha. Açoitada por ventos e tempestades, o Judiciário sempre se manteve acima das paixões. Suas decisões são, sim, políticas, mas com P maiúsculo, no sentido maior da Política, como arte final do contrato social. Poder desarmado, sem orçamento a distribuir (Executivo) ou votos a somar (Legislativo), sua única força advém da autoridade constitucional. O juiz torna-se poderoso por sentenciar alguém à prisão, determinar uma escuta telefônica, estimar uma pesada indenização, excluir sócios de uma empresa, fixar os alimentos de um menor, intervir no ambiente civil e institucional. A contrapartida do poder é a humildade. O bom juiz é aquele recluso e ensimesmado, não alheio ao seu mundo, mas atento espectador. Na velha Roma, em que não havia uma faculdade de direito em cada esquina, quando o Estado passou a intervir na disciplina da vingança, os mais velhos decidiam as disputas. Eram os prudentes, donde se originou júris-prudência, a norma emitida a partir das decisões judiciais, como até hoje é a principal fonte do direito de origem inglesa. Em Roma, como se sabe, editavam-se corpus juris, códigos, leis, a principal fonte do direito de origem romano-germânica. Lá como cá, em todos os países, os juízes têm o mesmo perfil. Quando o cidadão comum veste a toga, deixa de lado seu interesse pessoal, não se envolve nas paixões do poder, "volta-se para dentro". Para dentro de si mesmo, consultando sua consciência mais do que a dos amigos e para dentro do grupo. Quantos amigos nossos que, passando ao Judiciário, deixaram o convívio anterior, reunindo-se entre eles mesmos, provavelmente para fugir dos lóbis, das pressões sutis, evitando as tentações pagãs! Alguns de nós os vêem como

pernósticos, de nariz empinado, o que é erro crasso. Sua reclusão é secular, faz parte do sacerdócio. Não combina com os holofotes da televisão. Em pouco menos de dois anos, o último presidente do Supremo Tribunal Federal foi tudo menos prudente. Foi articulador político, no seu sentido minúsculo do jogo do poder, e torcedor ou consultor do presidente da República. Como o povo na arquibancada, deixou-se dominar pela emoção do jogo, ofereceu-se na mídia como candidato, usando como moeda de troca as liminares, os votos e a razoável oportunidade das conversas de corredor, esquecido de que no exato momento de sua saída passou a valer pouco mais do que zero.

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o melancólico final, pediu a palavra para votar a favor dos bancos, na lide que o poder econômico promove contra o Zé-povinho, para garantir o privilégio de que não há relação de consumo no serviço bancário. Quer dizer, há para a medicina, engenharia, hortaliças nas feiras-livres, água e esgoto, turismo e serviços funerários, mas não há na prestação dos bancos aos seus clientes! Talento e cultura não lhe faltam, mas de que serve a erudição se aplicada para o mal? Assim, inscreveu seu nome no panteão de Orosimbo Nonato, Baleeiro, Barros Barreto, Thompson Flores e Cândido Motta, que censurava seu neto por usar a gíria "legal" – "puxa, que legal essa caranga" – sob o argumento austero de que "apenas ele poderia dizer o que era legal". O réquiem para Jobim não será composto pelo poeta das Águas de Março; está mais para a torcida no Gre-Nal. Que volte ao Rio Grande do Sul, para preocupação dos pampas, deixando que o prédio menor da Praça dos Três Poderes renasça das cinzas. CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA É SUPERINTENDENTE JURÍDICO DA ACSP

O último presidente do Supremo Tribunal Federal foi tudo menos prudente

É possível elevar a um outro patamar a pessoa humana sinistramente descrita no livro de Jeffrey Sachs pobreza depende de investimentos; portanto, de tecnologia aplicada, de cérebros privilegiados aplicados à Ciência, pois o mundo que tem registrado fases áureas de crescimento econômico e de distribuição de riqueza poderia reduzir a pobreza. Não acredito no seu fim e falo sem pessimismo, mas é possível elevar a um outro patamar a pessoa humana sinistramente descrita no livro, colhida no cenário onde se encontram com abundância de filhos da deficiência, de sinistra conveniência de deserdados da fortuna, que contemplou a grande maioria das populações de outros países. Não se tenha dúvida, é o que penso, que eliminar a pobreza é uma tarefa de gigantes, mas é possível diminuí-la se for aplicado o título da variação da pobreza.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.LAZER

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Fotos: Divulgação

Milton Mansilha/LUZ

Ambiente claro e familiar garante diversão

Espaço com monitores para entreter as crianças

Boneless wings em porção generosa

Fiesta time chicken: boa pedida

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GASTRONOMIA

Comida farta na vizinhança

mote da Applebee’s está estampado na parede, no cardápio, no site: "Ea t i n g good in the neighbourhood". Ou seja, comer bem na vizinhança, sem precisar ir longe para fazer a refeição. Embora no Brasil não existam tantas lojas quanto nos Estados Unidos, seu País natal, de fato pode-se comer bem nas duas casas paulistanas da rede, no shopping Eldorado e em Moema, que aliam alguns conceitos do fast food. Há, por exemplo, a promessa de que nenhum pedido demora mais do que a cada 15 minutos para chegar à mesa. Nos EUA existem 1800 restaurantes Applebee's espalhados por 49 estados. No Brasil desde o ano passado, além das duas paulistanas, há uma casa em Recife. E a rede divulga o ambicioso plano de inaugurar três restaurantes por ano, e em dez anos, chegar a 35 sedes nacionais. O ambiente é claro, familiar e algo animado, com músicas que tocam nas

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Cowboy: um dos sanduíches

Lúcia Helena de Camargo rádios saindo das caixas de som. Bom para levar crianças. A elas é dada atenção especial, canudos divertidos e há até uma área de jogos com monitores para entreter os pequenos enquanto os adultos comem. Nas paredes, pequenas estantes decoradas com maçãs verdes, amarelas, azuis, de plástico, em fotos, grandes, em preto e branco, de madeira, vermelhas. Para começar, escolha uma das nove opções de entrada. Destaque para a Onion Peels (finas pétalas de cebola levemente empanadas e fritas, servidas com molho da casa, R$ 13,50). Nas seções A Cut Above e Hot of the Grill, as carnes são suculentas. Experimente o Blue Cheese Sirloin (R$ 29,50) é um steak de 250 gramas temperado ao estilo Cajun, gratinado com cobertura de Blue cheese, acompanhado de mashed potatoes (também conhecidas como purê de batatas), e vegetais ao vapor. Entre os Neighbourhood Favorites, pratos com frango e até um interes-

sante Shrimp Fettuccine Alfredo (R$ 32,50): camarões servidos sobre uma camada de fettuccine ao molho de creme de leite e manteiga, com brócolis frescos cobertos por tomate em cubos e queijo parmesão. O pão de ervas acompanha. Um dos pratos mais pedidos é o Baby Back Ribs, preparado com costelas de porco temperadas e banhadas no molho barbecue, acompanhadas de batatas fritas e uma espiga de milho cozida (R$ 29,50). Há ainda onze opções de sanduíches. A novidade dessa seção é o Big Apple Burger (R$ 25,50), que consiste em dois hambúrgueres de 210 gramas empilhados, queijo chedar, quatro fatias de bacon, cebola roxa, alface e tomate e molho. Perdido entre as gulodices americanas, está o Escondidinho, clássico da cozinha brasileira à base de carne seca desfiada, coberta de purê de mandioca, vendido a R$ 17,50. De segunda a sexta, a casa oferece

Olhar atento encontra sempre algo diferente no Posto 6

também pratos executivos na hora do almoço (das 12h às 15h), ao preço fixo de R$ 19,50. Entre as bebidas, destaca-se a Perfect Margarita (R$ 16,50), que leva tequila Jose Cuervo Tradicional 100% Agave, cointreau, Grand Marnier e suco de limão. Se sobrar espaço no estômago, sete sobremesas nada lights esperam pela decisão. Bastante pedido é o brownie de chocolate branco coberto por uma bola de sorvete de creme e nozes picadas, servido com calda de maple (R$ 15,50). As porções são generosas. Quando for, vá com muita fome. Ou convide alguém para dividir o prato. Applebee´s - Shopping Eldorado: Avenida Rebouças, 3970, piso térreo, tel.: (11) 3813-0654; Moema: Alameda dos Arapanés, 508, tel.: (11) 5051-1946.

ADEGA

HAPPY HOUR

O charme do Posto 6 paulista Armando Serra Negra

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osto 6: homenagem ao antigo ponto de encontro de artistas e intelectuais dos anos 60 e 70 – Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Nelson Motta, Paulo Francis, etc – no Rio de Janeiro, citado por Danuza Leão na excelente auto-biografia Quase Tudo, é um bar charmoso, um quê de armazém antigo, além de um número sugestivo para happy hours. "A idéia é a de que quem entrar aqui, tenha a sensação de estar num bar antigo", sugere o proprietário e jornalista Fernando Costa Netto. Inaugurado em 2002, na mesma esquina onde funcionou o Olívia (um dos primeiros a agitar a Vila Madalena), é um lugar "que já nasceu tradicional", amplo com decoração lúdica e eclética: barômetros, rádios, relógios antigos, balança Filizola, máquina de escrever do tempo dos afonsinhos, balcão com garrafas, salames e provolones pendurados. Pode-se ficar horas percorrendo o ambiente com o olhar, saboreando um chope geladinho (R$ 3,80) que sempre se percebe algo diferente. Verdadeiro bric-à-brac. Na parede, fotos memoráveis publicadas no Jornal do Brasil em seus tempos áureos. Abre de segunda a segunda, destaque culinário para as chapas (R$ 42,80 p/ três pessoas) e chapinhas (R$ 33,00 p/ três pessoas) de picanha, fumegantes, deliciosas, exalando aquele

De copo cheio na Alemanha Mistral - Tel.: 3872-3400. Preço R$ 84,00. Avaliação 90/100 Vinho de coloração amarelo-palha, límpido e brilhante. Aroma floral complexo. Na boca é leve, elegante, redondo e harmônico. Acompanha bem frutos do mar, peixes e aves. Um vinho agradável e fácil de beber. De colheita tardia (Spälese) e seco, o vinho adquiriu uma complexidade aromática e gustativa muito definida. Um grande vinho. 6 - Dr. Bürklin Wolf, Pfalz, QbA - 2002 Mistral - Tel.: 3872-3400, R$ 63,00. Avaliação: 86/100 7 - Robert Weil Rheingau, QbA - 2004 Mistral - Tel.: 3872.3400, R$ 85,00. Avaliação: 88/100 8 - Robert Weil, Rheingau, Kiedrich Grä Fenberg Kabinett, 2004 Mistral - Tel.: 3872-3400 - Preço: R$ 134,00. Avaliação: 88/100 Foram assim, como visto, 8 vinhos brancos (mesmo porque não existem vinhos tintos alemães em nosso mercado) secos e da variedade Riesling. Dúvida do leitor: Aproveitamos o gancho para responder a um leitor sobre a variedade Riesling. A resposta é complexa. Alguns pretendem seja a uva originária do vale do Loire (J. L. Stoltz,1852), outros do Wachan austríaco, de um vinhedo Ritz ling, segundo um documento de 1301, ou do povoado de Ritz ling bach, também do Wachan. Como Riesling, a variedade está documentada em uma fatura de 1435, de Russelheim. Para outros a denominação proviria de Rusling, sendo Rus, madeira escura, cor dos caules, ou de Rissling, de rissig rachado (do verbo reissen, rachar), também referência ao córtex dos caules, rachado. O mais provável é que a variedade tenha sido domesticada na Idade Média, no vale do Reno, em algum ponto entre Worms e Koblença. Foi entretanto apenas no século XVIII que a variedade se difundiu no vale do Reno e de seus afluentes. Cotações:

Regular - 50 a 60 pontos sobre 100 possíveis G Bom - 60 a 70 pontos G Muito Bom - 70 a 80 pontos G Ótimo - 80 a 90 pontos G Excelente - acima de 90 pontos. G

Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

Posto 6 Rua Aspicuelta, 646 Vila Madalena Tel: (11) 3745-7456

'Guggenheim' rural

Sérgio de Paula Santos

s vésperas da Copa do Mundo, um grande número de brasileiros, animados, preparam-se para "invadir" a Alemanha. Afinal o Brasil, segundo a imprensa e segundo seu próprio técnico, é o favorito. Viajar com esse espírito e pretensão já é metade do caminho para "quebrar-a-cara". Lembre-se na última Copa o time saiu desacreditado e deu a volta por cima. Humildade e cautela não fazem falta a ninguém... Os brasileiros que lá chegarão terão de enfrentar a cozinha e as bebidas alemãs, não muito divulgadas entre nós. Se a culinária é mais complexa, no copo as coisas ficam mais fáceis. A cerveja e os vinhos poderão nos ajudar nas comemorações e nas eventuais desilusões. No final, se for possível, um bom espumante (Sekt se for alemão), ou champanhe mesmo. Possivelmente a bebida do dia-a-dia será mesmo a cerveja, ubíqua e maravilhosa, principalmente as do sul da Baviera, onde se respeita a Lei da Pureza (Reinheitsgebot) de 1516, segundo a qual, da cerveja só podem participar água, lúpulo, malte de cevada ou trigo e fermento. A escolha de cerveja é imensa - existem cerca de 5.000 marcas diferentes, de 1350 fábricas! Em algumas cervejarias bávaras, a relação de ofertas chega à algumas dezenas de cervejas. Com relação aos vinhos a coisa é um pouco mais complicada, principalmente pela aparente complexidade dos rótulos. Um pequeno grupo de enófilos de São Paulo, do qual participamos, provou oito vinhos alemães, brancos, secos e da variedade Riesling, disponíveis em nosso mercado. Foram os seguintes: 1 - Anselmann - Pfalz (palatinado), Trocken (seco) 2004, R$ 24,95, Shopping Frei Caneca, Tel.: 3472-2082. Avaliação: 80/100 2 - Eugen Müller - Pfalz, Forst Pechstein Kabinett Trocken, 2002, Decanter, Tel.: 3071-3055 - S. Paulo, R$ 59,50 - Avaliação: 80/100 3 - Domdenchant Werner, Rheingau, Hochen-Heimer Hölle Spätlese, Mistral Tel.: 3872-3400, 2002. Preço: R$ 61,00. Avaliação: 92/100 Vinho de coloração amarelo-palha, de aroma frutado e longo. Vinho notável, o melhor da mostra - leve, elegante e complexo. Sabor mineral, ligeiramente cítrico, acidulado com notas de abricô e ameixa. Longo retrogosto e retroolfato. Ótimo custo/benefício. 4 - Anselmann Pfalz (Palatinado) Forst e Delsheimer Rosengarten Spätlese Trocken 2003. Comprado no Le Tire Bouchon - Tel.: 3222-0515, R$ 61,80. Avaliação: 80/100 5 - Dr. Burklin Wolf, Wachheimer Altenberg Spälese, Spätlese Trocken, 2002.

cheirinho irresistível. Desde o começo, o Posto 6 chamou a atenção, projetando slides na parede da livraria em frente. Essa criatividade acabou gerando o Cine Boteco, em parceria com o portal Terra: "É um projeto pioneiro no Brasil, um canal de TV via Internet, com conteúdo adaptado para bares e restaurantes", explica. Desfiles de moda, momentos esportivos, charges, intercalam com notícias minuto a minuto, divulgação Red Bull, Universal Pictures, Pepsi, e outros patrocinadores. O sistema já consta do cardápio de outros bares, Zé Menino, Salve Jorge, Jacaré, "e mais 70 até a Copa do Mundo", promete. A tecnologia foi desenvolvida por um profissional brasileiro que trabalhou na montagem do site da British Broadcasting Corporation (BBC), de Londres. Veio de repórter, criou a revista semestral 2005, com reportagens fotográficas de primeira linha. Caldinho de feijão cortesia, forra o estômago para a caipirinha (R$ 10,80) e caipiroska (R$ 12,00); para abstêmios, dez tipos de sucos naturais (R$ 4,60). Bi-campeão de melhor happy hour pela revista Veja São Paulo. Vá!

José Guilherme Ferreira

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o país das pequenas tavernas de vinho (heurigen), de atmosfera descontraída e caseira, consolida-se um espaço pós-moderno grandioso dedicado ao vinho. As tavernas são braços comerciais dos 30 mil vitivinicultores austríacos, que plantam nas ribanceiras de seus quintais, em menos de um hectare cada um. Já o Loisium, que saiu das pranchetas do arquiteto novaiorquino Steven Holl, tem a missão de contar a história de toda essa produção. O prédio de Holl foi parar ao lado de parreiras da pacata Langenlois (nada muito além de 7 mil habitantes e talvez 7 mil bicicletas), na maior região vinícola da Áustria, a Baixa Áustria, a 64 quilômetros de Viena. A Baixa Áustria foi assim batizada por agregar os vinhedos da parte mais baixa do rio Danúbio, ao longo da fronteira com a Eslováquia. O grande cubo de aço escovado, provocativo como o "primo"

famoso (o Museu Guggenheim que tanto furor causa em Bilbao, Espanha), é uma atração arquitetônica que abriga uma completa vinoteca regional. É também a porta de entrada de um labirinto de caves subterrâneas, adaptadas para formar um circuito cultural e artístico da história da fabricação do vinho. A idéia do Loisium é de três famílias de produtores, donos das caves de mais de 900 anos, agora interligadas. Com investimento de 10 milhões de euros, o Loisium propaga com tecnologia o valor dos tradicionais vinhos brancos e secos (trocken) da Áustria, que têm na uva Grüner Veltliner eficiente diferencial.

http://www.loisium.at http://www.winesfromaustria.com


Geral IGREJAS DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

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Fotos Alexandro Auler/JC Imagem/AE

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mil famílias assentadas. Governo não cumpriu a meta de 360 mil

CONTESTAM NÚMEROS DE LULA

B Famílias integrantes do Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL) protestaram ontem em frente ao Palácio do Governo de Pernambuco, no bairro de Santo Antônio, em Recife. Os manifestantes interromperam o trânsito e gritaram palavras de ordem defendendo encontro com o governador Jarbas Vasconcelos.

VIla Campesina protesta contra transgênicos

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erca de 300 integrantes da Via Campesina, carregando as bandeiras verdes da entidade, as vermelhas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e as lilases do Movimento de Mulheres Camponesas, fizeram ontem o quinto protesto em frente ao ExpoTrade, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, em duas semanas. No local acontece a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), das Nações Unidas. Ontem o alvo eram os cerca de 100 ministros de Meio Ambiente, que devem deliberar sobre as sementes estéreis, chamadas de "terminator". "Estamos aqui para afirmar que é preciso frear as pesquisas. Viemos dizer que estamos atentos, que não façam palhaçada", disse o representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MAP) de Anchieta (SC), Cledecir Zucchi. Eles também são contra as pesquisas sobre árvores transgênicas. Corredor - Os manifestantes formaram o tradicional corredor no portão de entrada dos carros, agitando bandeiras, fazendo sinais de "negativo" com o polegar e vaiando todos que eram obrigados a passar por ali. Para hoje, último dia da COP8, está prevista uma manifestação maior. (AE)

ispos e pastores das com lentidão, o atual governo igrejas Católica, An- se abriu para os movimentos glicana, Metodista e sociais", disse. O documento ressalta que, da Confissão Luterana criticam o governo Lula por desde a redemocratização do inflacionar números e não País, em 1985, a reforma agrácumprir metas da reforma ria só avançou em razão das agrária. O documento "Os po- cobranças de movimentos sobres possuirão a terra", divulga- ciais. O governo José Sarney do ontem por 76 religiosos, (1985-1990) assentou cem mil destaca que apenas cem mil famílias, quando a meta era das 360 mil famílias que esta- atingir 1,4 milhão. No governo vam na lista de previsão de as- Collor (1990-1992) e Itamar sentamento nos últimos três Franco (1992-1994) o número anos foram de fato beneficia- de assentados foi pífio. Já nos das. O Ministério do Desen- dois mandatos de Fernando volvimento Agrário, no entan- H e n r i q u e C a rd o s o ( 1 9 9 5 to, assegura que assentou 243 2002) um total de 450 mil famílias teriam sido assentadas. A mil famílias de 2003 a 2005. Os religiosos afirmam que o gestão tucana é lembrada peministério, comandado por los massacres de trabalhadoMiguel Rossetto, conta no le- res sem-terra em Itumbiara e vantamento oficial famílias Eldorado de Carajás. Aracaju - As 60 famílias do que apenas ganharam título de terra. O documento cita uma Movimento dos Trabalhadoárea de assentamento ocupada res Rurais Sem-Terra (MST) do acampamento desde 1942, em Margarida AlBarra do Corda, ves, em Nossa Maranhão, que Senhora da Glóteria sido incluíria, a 126 quilôda nos dados do metros de Aragoverno. "Esses Esses números caju, foram desnúmeros pare- parecem pejadas ontem. cem propaganpropaganda, A Polícia Militar da, não são núinforma ter atenmeros reais", diz não são números dido liminar de d . To m á s B a l- reais. d u í n o , p r e s iD. Tomás Balduíno, reintegração de dente da Comispresidente da Comissão posse. O acampamento é na essão Pastoral da Pastoral da Terra. trada, mas os Terra. sem-terra são Os bispos e pastores reconhecem que o go- acusados de invadir a fazenda verno Lula avançou ao dialo- Espinheira. O coordenador estadual do gar com os movimentos sociais. "O governo Fernando MST, João Daniel Samariva, Henrique Cardoso, além de acusa a polícia de ter agido ileiniciar a prática de inflacionar galmente pois, segundo ele, números, reprimia e apoiava não foi apresentada ordem juas milícias", afirmou Balduíno. dicial. O comandante major "Lula pelo menos conversa Ianderson Maia disse que cumpria determinação judicom os movimentos sociais." Diálogo - O pastor luterano cial e que as famílias tinham siElio Scheffler disse que a con- do avisadas há 15 dias de que tinuidade desse diálogo entre teriam de desocupar a área. Como não havia um trator governo e movimentos sociais é "fundamental" para o avanço possante, o oficial disse que da reforma agrária. Ele res- não derrubou os barracos, mas ponsabilizou também o Judi- fará isso na próxima semana. A ciário e a bancada do PSDB no PM recolheu pertences das faCongresso pela demora no mílias, levadas ao batalhão para serem entregues à Justiça. avanço desse processo. De acordo com Samariva, as Na avaliação do religioso, os tucanos dificultaram proje- famílias vão resistir. "Tão logo tos de interesse de famílias a polícia saiu, todos voltaram sem-terra apenas com intuito para o local e estão cuidando de se apresentar como oposi- dos 40 barracos que foram desção ao governo Lula. "Mesmo truídos", disse Daniel. (AE)

FAZENDEIRO DO PARÁ QUER INDENIZAÇÃO

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fazendeiro Evandro Mutran, dono da fazenda Peruana, em Eldorado dos Carajás, Pará, anunciou ontem que vai entrar com ação indenizatória na Justiça por danos materiais contra o Estado ou a União. A área está ocupada há cerca de dois anos. Na segunda-feira, agricultores ligados ao Movcimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) queimaram a sede da fazenda, três tratores, um caminhão, móveis e destruíram um laboratório de genética animal. Mutran afirma que os prejuízos passam de R$ 5 milhões. O proprietário acusa a Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, de protelar uma solução para a saída dos invasores, o que teria "estimulado a sensação de im-

punidade do MST para fazer o que fez". Mutran disse que depende apenas da conclusão da investigação policial e da identificação dos autores do quebra-quebra para ingressar com a ação judicial. "Tive de mandar algumas matrizes de gado para São Paulo, temendo que o bando volte a atacar", contou o fazendeiro. Ele afirmou que está pensando em mudar de profissão, alegando que a atividade pecuária no sul do Pará hoje é negócio de risco. "Não se tem mais segurança para investir em nada." Fazenda Balão - Outra fazenda da família Mutran, a Balão, a 40 km de Marabá, foi atacada na quarta-feira por um grupo de sem-terra. Seis pessoas foram presas pela Polícia Militar. (AE)


sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Nacional Imóveis Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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INDÚSTRIA COSMÉTICA FATUROU R$ 15,4 BI EM 2005

Governo estuda a criação de um fundo de investimento para garantir locação de imóveis.

Divulgação

Indústria aposta em salão de beleza Considerada a maior feira de beleza da América Latina, a Hair Brasil, em sua quinta edição, acontece de 1º a 4 de abril no Expo Center Norte sob um clima de otimismo: nos últimos cinco anos, o setor de cosméticos registrou crescimento de 10,7%.

P A Hair Brasil, que acontece no Expo Center Norte, vai reunir 400 marcas de produtos profissionais

DESAPROPRIAÇÃO Obra para amenizar trânsito da Bandeirantes deve desapropriar 250 lotes.

REFORMA NO AR Aeroporto de Congonhas será reformado a partir de junho. Obra vai durar 60 dias. Joedson Alves/AE

Ó RBITA

NEGÓCIOS EM CONJUNTO

A

reunião que acontece de hoje até sábado, no Rio, entre Brasil, Estados Unidos e União Européia (UE) e o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, foi classificada pelo chanceler Celso Amorim como um encontro informal, cujo objetivo é discutir idéias. "Vamos explorar idéias e depois ver se as mesmas podem dirimir dúvidas que permitam a um grupo maior chegar a um acordo", afirmou o ministro sobre o encontro que terá com

Lamy, o comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, e o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Robert Portman. O encontro irritou a Argentina, receosa de que o

INVESTIMENTOS

A

s empresas controladas pela companhia norteamericana de energia AES no Brasil planejam investimentos que totalizam R$ 499 milhões até o final deste ano. As distribuidoras de energia demandarão a maior parte dos recursos, perto de 90%. (AE)

EXPANSÃO

A

cadeia chilena de equipamentos domésticos Sodimac, unidade do grupo varejista Falabella, está estudando expansão para Argentina, Brasil e México no curto prazo, disse ontem um executivo da empresa. A Sodimac possui 60 lojas no Chile, 9 na Colômbia e 2 no Peru. (Reuters)

AUMENTO DAS REMESSAS

A

s remessas de dinheiro à América Latina e ao Caribe por trabalhadores emigrantes atingiram US$ 53,6 bilhões em 2005, um aumento de 17% em relação a 2004, segundo o Fundo Multilateral de Investimento (Fomin), ligado ao Banco Interamericano de

A

A TÉ LOGO

Desenvolvimento (BID). Embora os bancos centrais da região tenham conseguido identificar boa parte das transações, os fluxos reais de dinheiro pelos emigrantes podem ser até 10% maiores. A quantia supera os fluxos de Investimento Estrangeiro Direto e Ajuda Oficial ao Desenvolvimento. (AE)

SAI MP DO REAJUSTE DO MÍNIMO

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem à noite uma medida provisória reajustando o salário mínimo de R$ 300 para R$ 350. O novo valor entra em vigor a partir do dia 1º de abril. Os termos da MP são os mesmos do projeto que tramita no Congresso

Nacional propondo o aumento, mas o governo entende que essa proposta não será aprovada a tempo de entrar em vigor na data prevista, que já é amanhã. A data foi acertada durante negociações de ministros e do presidente da República com os líderes de todas as centrais sindicais do País. (AE)

FOCO NO CONSUMIDOR

PLACAS DE AÇO Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), parceria da Companhia Vale do Rio Doce com a alemã ThyssenKrupp, está concluindo concorrência para as obras de um projeto orçado em US$ 2 bilhões para produzir 4,4 milhões de toneladas de placas de aço por ano. (Reuters)

Brasil aceite uma proposta de maior abertura de mercado para produtos industriais. O governo do país reclamou que o Brasil não pode negociar sozinho, e faz parte do Mercosul. (AE)

A

s empresas do varejo que mais cresceram nos últimos cinco anos, segundo pesquisa mundial realizada pela Deloitte, foram as que souberam focar seu público alvo e não expandiram atuação para mais do que dois países. "As nuances culturais realmente fazem a diferença no varejo e o

consumidor local quer ser reconhecido", aponta Altair Rossato, sócio da área de auditoria da Deloitte. No Brasil, o expoente deste tipo de atuação são as Casas Bahia que, além de ser a maior rede de varejo do País, ocupa o 12º lugar no ranking mundial das empresas com maior crescimento. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Mercado de cartões deve movimentar R$ 35,5 bilhões

L

Apple Computer abre vantagem sobre a Apple Corp

L

Infraero alivia pressão sobre a Varig

ara os clientes que freqüentam os salões, os cabeleireiros são aqueles que realizam verdadeiros "milagres" no visual. Para os fabricantes de cosméticos, esses profissionais são multiplicadores de negócios. Os cabeleireiros usam, como ferramenta de trabalho, xampus, condicionadores, cremes, esmaltes – e tornam-se formadores de opinião junto aos clientes, que confiam na palavra do profissional quando ele garante que determinada marca traz resultados. E passam a comprar itens da grife. Essa "engrenagem" fez nascer a Hair Brasil, considerado o maior evento de beleza da América Latina. A quinta edição da feira acontece entre os dias 1º e 4 de abril no Expo Center Norte e vai mostrar para cabeleireiros e esteticistas novos produtos e equipamentos. "Nos Estados Unidos, 40% do faturamento dos salões vêm da comercialização de produtos. Na Europa, o índice varia entre 35% e 38%; no Brasil, esse nicho ainda está engatinhando: chega a 18%", diz o diretor geral da Hair Brasil, Jeferson Santos. Segundo ele, os objetivos do evento são qualificar os profissionais e vender produtos.

Santos detalha que o setor reúne aproximadamente 1 milhão de cabeleireiros. Mas a informalidade ainda é uma pedra no meio do caminho, que atrapalha na hora de traçar metas. "Como as empresas podem melhorar as vendas se não sabem o tamanho desse mercado?", indaga. Preocupados com essa realidade, os organizadores da Hair Brasil farão uma pesquisa no final deste semestre. Serão realizadas visitas em salões do todo o Brasil, começando por São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. "Queremos descobrir quem são esses profissionais e como oferecem um produto ao cliente", afirma Santos. Tamanho – A indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registrou crescimento de 10,7% nos últimos cinco anos. O faturamento líquido passou de R$ 7,5 bilhões, em 2000, para R$ 15,4 bi-

lhões, em 2005. O diretor geral da Hair Brasil estima para 2006 um aumento de 6% no faturamento do setor. De olho no mercado, a Hair Brasil vai reunir 400 marcas de produtos profissionais. Entre os expositores estão Embellezes, L'Oreal Profissionnel, Lanza, Trucco, Kryolan, Ikesaki e Niasi. O grupo Ikezaki tem o maior estande, com quase mil metros quadrados. "Os fabricantes vão lançar vários produtos. Mas a concentração deles é encontrada na Ikezaki", diz a gerente Glória Horoiwa. A All Nature, fabricante de xampus, participa pela terceira vez do evento. O faturamento da empresa em 2005 cresceu 150% em relação a 2004 – um salto estimulado pela participação na feira. "As exportações foram incrementadas pela divulgação da marca", afirma o gerente de marketing da empresa, Alexandre Leite Jr. Neide Martingo


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sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

LAZER - 5

Arquivo DC

TENORES Paladinos do drama lírico Na Itália nasceram os maiores tenores da primeira metade do século 20 Fernando Portari

S

Caruso

Schipa

Thiago Arancam: enfrentando desafios.

MÚSICA

O sonho começa no Scala A arte, revelando o empreendedor. E nasce uma gravadora.

E

m 1999, Thiago montou a gravadora TBA Records, com o brasileiro Jorge Durian, também cantor lírico. Pela TBA, gravaram os CDs Árias e o Os 2 Tenores do Brasil (foto). Jorge Durian, 37 anos, gravou, em 2002, o tema de abertura da novela Esperança, de Benedito Rui Barbosa. E, pela TBA, o CD Alla Luce Del Sole, lançado oficialmente no Instituto Brasil Itália (Ibrit), em Milão.

Gigli

Jovem tenor brasileiro solta a voz no templo da ópera Vanessa Rosal

O

tenor Thiago Arancam, 23 anos, há dois decidiu enfrentar o desafio mais importante da vida dele, até aquele momento. Inscreveu-se no Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, único no Brasil. Valeu a ousadia. Ganhou o prêmio de revelação de 2004. Com sede em Belém do Pará, esse evento, já na sétima edição, conquistou fama e respeito no exterior. "Quem passa por ele abre portas", sentencia Fernando Portari, o mais destacado tenor brasileiro da atualidade. A porta que se abriu a Thiago foi, nada menos, do que a Academia do Scala de Milão. A convite de agentes do teatro italiano, aceitou submeter-se às provas de admissão. Deu-se muito bem. Hoje, mora em Milão, é o único brasileiro matriculado naquela escola-modelo, e se dedica a uma carreira promissora. De passagem por São Paulo, para rever a família e amigos, contou ao DC um pouco de sua feliz aventura. Scala – No processo para chegar ao Scala, Thiago concorreu com 800 candidatos a uma das 14 vagas, que são abertas a cada dois anos pelo teatro. "Tive que interpretar diversas árias. Foi uma competição difícil", lembra. Faz parte do currículo da Academia do Scala a "preparação" de obras fundamentais do repertório lírico. Essa é a primeira grande etapa na vida dos jovens cantores-estudantes.

Assim, o dia-a-dia de Thiago no Scala compreende "imergir", cada vez mais, no universo de óperas emblemáticas de Giuseppe Verdi (18131901), Giacomo Puccini (1858-1924), Gioachino Rossini (1792-1868), Gaetano Donizetti (1797-1848), entre outros grandes compositores que marcaram a história do teatro. "Quem não se emociona, por exemplo, ao ouvir Nessum Dorma, da Turandot, de Puccini? Sua melodia é maravilhosa!", exclama Thiago, entusiasmado. Essa ária integra o primeiro CD do cantor, lançado em 2004, com uma seleção de trechos de óperas. "Uma parte do CD foi gravada no Brasil, e a outra, na Itália. O resultado é satisfatório", avalia Thiago. E adianta que o próximo projeto será relançar, com o apoio do Ministério da Cultura, canções de época da música popular brasileira. Segundo Thiago, o projeto é interessante porque resgatará "a cultura do País em clima de ópera". Primeiras luzes - "E pensar que tudo começou quando entrei de brincadeira no coral infantil Sagrado Coração de Jesus, do Colégio Salesiano, em São Paulo. Eu tinha apenas oito anos e o regente elogiou a minha voz afinada", relembra Thiago. "O repertório que cantávamos era de canções italianas e trechos de óperas." Aos doze anos, Thiago ingressou no coral de adultos de uma empresa. Com a voz ainda em formação, cantava no naipe de sopranos (extensão mais aguda da

voz feminina). "Foi quando comecei a me identificar mais com a ópera, ao mesmo tempo em que conciliava a música com as atividades escolares." Fez eletrônica no Senai, graduou-se, mas nunca trabalhou nessa área. Estudou também na Escola Municipal de Música do Teatro Municipal e na Faculdade de Música Carlos Gomes, em São Paulo. "Ele mantinha médias acima de 8,5 em todas as disciplinas", testemunha a diretora da faculdade, Sônia Regina. "Por isso, garantiu bolsa de estudo até concluir o curso." A bolsa, somada ao apoio da família, e muita disposição para complementar a renda, deram a Thiago respaldo para "segurar a barra" até chegar ao Scala. "Cantei em eventos, congressos, festas de confraternização, palestras, shows, casamentos, formaturas", revela, com a certeza de que o fato de ter sido free lancer jamais o desabonou. Agora, concentrado no objetivo maior que é transformar-se em um profissional reconhecido, dáse o direito de sonhar... Chegará o dia em que a cortina do Scala subirá e surgirá em cena ele, Thiago, caracterizado de Manrico, o trovador por quem a cobiçada duquesa Leonora se apaixona, e para quem ele canta, acompanhado de alaúde, a sedutora romanza Deserto sulla terra(Deserto na terra)! Por que não Il Trovatore, a célebre obra-prima de Verdi, para revelar ao apaixonado tenor brasileiro o primeiro atalho da fama?

del Monaco

di Stefano

Bergonzi

MITOS

Kraus

Arquivo DC

Wunderlich

POPS Nova geração de tenores; Roberto Alagna, José Cura e Andrea Bocelli

A festa dos 50 anos, no novo Scala

P

rograma do concerto da Orquestra e Coro do La Scala (acima), dirigida pelo polêmico Riccardo Muti (abaixo): 50 anos de reconstrução do teatro. Obras de Rossini, Verdi e participação do tenor Vincenzo La Scola.

Em 1778, o início de uma tradição

SCALA

Dois séculos de bel canto O

Teatro alla Scala de Milão, uma das mais tradicionais casas de ópera da Europa, foi construído por determinação da imperatriz Maria Teresa da Áustria, para substituir o Teatro Regio Ducale, destruído por um incêndio em 1776. Obra do arquiteto neoclássico Giuseppe Piermarini, ocupa o local onde antes se encontrava a Igreja de Santa Maria della Scala. Inaugurado em 3 de agosto de 1778, com grande pompa (encenação da ópera L´Europa Riconosciuta, de Antonio Salieri , com libreto de Mattia Verazi. (........), foi, também, destruído por um incêndio em 1943 e reinaugurado em 11 de maio de 1946, com espaço

para 3.000 lugares. Historicamente, é o principal centro de ópera italiana e um dos mais importantes teatros líricos internacionais. Depois de Salieri, sucederam-se temporadas de óperas cômicas napolitanas (obras de Domenico Cimarosa, 1749-1801; e Giovanni Paisiello, 1740-1816, entre outros). A cenografia que imperava na casa, naquela época, era quase toda assinada por Sanquirico (18171832), mestre inspirado e criador de conceitos aceitos e adotados em outros centros europeus de ópera. Em 1839, a ópera Oberto, Conte di San Bonifacio, inaugurou grande ciclo de óperas de Verdi. E é ele, sem dúvida, o símbolo de grandiosidade

do Scala. Várias de suas óperas, incluindo as quatro primeiras (Nabuco, entre elas) e as duas últimas (Otello e Falstaff), estrearam lá. Desde os anos de 1920 a Companhia do Scala realiza turnês pelo mundo. Sua orquestra (120 músicos), também. Em setembro de 2001 fez dois concertos na Sala São Paulo, sob a regência de Riccardo Muti. DVD lançado recentemente registra um concerto solene (18 de maio de 1996), para comemorar os 50 anos de reconstrução do Scala. Sob a regência, mais uma vez, de Riccardo Muti, a Filarmônica do Scala, coro e solistas interpretam obras de Rossini, Verdi e Puccini. (MMJ)

e o próprio ‘criador’ da ópera era tenor, o que esperar da importância dessa tessitura vocal na história da música lírica? Giulio Caccini (1550-1618), membro da Camerata Fiorentina, considerado o autor da primeira ópera, era conhecido por ter uma bela voz de tenor, e ainda na Renascença italiana papéis principais como o de Orfeu, da ópera de Monteverdi, foram escritos para essa classificação vocal. Mais tarde, o tenor enfrentou a concorrência dos castrati, mas retornou à cena no Romantismo, época em que foram compostas algumas das mais célebres árias, presentes ainda hoje nas casas de ópera. Do robusto ao contraltino Em diferentes épocas e regiões, a voz de tenor recebeu subdivisões que passam do tenor robusto, heróico, dramático e di forza, até o tenor lírico, ligeiro e contraltino. Para a professora de canto Mariuccia Lourenção, o que define a voz do tenor adulto não são as notas que ele alcança, mas a região do espectro sonoro na qual ela se destaca. "Cada voz é única, é como uma impressão digital, e as subdivisões das classificações vocais apareceram apenas para facilitar a indicação para papéis específicos nas óperas. No registro agudo da tessitura masculina, a voz de tenor encontra-se entre a de barítono - mais grave - e a do contratenor - no limite agudo para o homem. "A voz do tenor só pode ser considerada como tal após a puberdade do homem", explica a regente e professora Naomi Munakata, coordenadora dos coros infantil, juvenil e adulto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. "Somente quando os meninos passam pelo que chamamos de troca de voz é que se torna possível a definição vocal adulta." Segundo Naomi, na infância todas as crianças cantam em separações homogêneas entre sopranos e contraltos, e "a voz infantil não determina a voz adulta; muitas vezes temos um menino contralto [voz infantil mais grave] que se torna um grande tenor". A glória italiana Para o tenor Fernando Portari, é fundamental que os jovens tenores procurem os grandes centros internacionais de música lírica. "Na Itália nasceram os maiores tenores da primeira metade do século 20 e é natural que os italianos se prendam ao passado glorioso, mas sem dúvida ainda é um local de referência e de grandes teatros", explica. Portari já cantou em templos da ópera de Veneza, Roma, Florença, Aix-en-Provence, Lisboa e, recentemente, interpretou o príncipe egípcio Tamino, de A Flauta Mágica, de Mozart. Segundo a soprano Gabriella Pace, que estudou em Milão e desenvolve intensa carreira na Europa, a Academia do Scala é a melhor da Itália e vem crescendo nesses últimos tempos, "até para poder competir com o nível das Opera Studio´s americanas". Entre outros papéis, Pace interpretou Ceci, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes.

Alagna: denso

Cura: telúrico

Bocelli: show

De Enrico Caruso e Beniamino Gigli ao trio pop Pavarotti-Domingos-Carreras, a história da música lírica é sublinhada por tenores que alcançaram a fama e os palcos do mundo. Nas lojas especializadas, pode-se encontrar, sem dificuldades, registros de algumas destas vozes que marcaram o século 20. ENRICO CARUSO (1873-1921) - O mais famoso de sua época. Fez carreira na Europa e depois nos Estados Unidos. Cantou em São Paulo em 1917. TITO SCHIPA (1888-1965) - Tenorlírico-ligeirodevoz suave. Aclamado nas inúmeras temporadas que participou no Rio e São Paulo. Brava a interpretação de Ombra mai fu, da ópera Xerxes de Händel. BENIAMINO GIGLI (1890-1957) - A voz emotiva e potente levou-o a todo o mundo como grande intérprete verista (das óperas de Verdi). Esteve diversas vezes no Brasil entre 1920 e 1951. LAURITZ MELCHIOR (1890-1973) - Dinamarquês, foi grande intérprete da obra de Wagner. HELGE ROSVAENGE (1897-1972) - Dinamarquês, dono de um ré agudo preciso, foi um grande tenor da Staatsoper (Ópera Estatal) de Berlim. JUSSY BJÖRLING (1911-1960) - A interpretação equilibrada e pouco espalhafatosa fez de Björling um dos mais admirados tenores de todos os tempos. PETER PEARS (1910-1986) - Principal intérprete de Britten, o tenor inglês destacou-se pela precisão e articulação em uma voz aguda. MARIO DEL MONACO (1915-1982) - Tenor dramático fiorentino, cantor de multidões, também foi figura presente nos palcos brasileiros da primeira metade do século passado. GIUSEPPE DI STEFANO (1921) - Famoso tenor italiano, participou de inúmeras gravações cantou ao lado de Renata Tebaldi no Brasil. FRANCO CORELLI (1921-2003) - Presente nas temporadas do Metropolitan de Nova York, preferia os estúdios ao palco. Fez cinema e tornou-se conhecido em todo o mundo. CARLO BERGONZI (1924)- Dono de uma voz potente, belo intérprete de Nomorino (L’Elisir D’Amore) e de papéis verdianos. ALFREDO KRAUS (1927-1999) - Dono de uma técnica impecável, escolhia cuidadosamente seus papéis e permaneceu com uma belíssima voz até a morte. LUIGI ALVA (1927) - Peruano, estreou em Milão em 1954 como Alfredo, na Traviata de Verdi, e teve intensa carreira internacional. FRITZ WUNDERLICH (1930-1996) - Um dos principais tenores alemães do século XX. ALDO BALDIN (1945-1994) - Cantor brasileiro, mudou-se para a Europa, onde desenvolveu importante carreira como intérprete. Marcos Fecchio


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ECONOMIA/LEGAIS - 9

CNPJ 51.713.907/0001-39

RELATÓRIO DA DIRETORIA O setor imobiliário registrou em 2005, o melhor resultado dos últimos cinco anos. O aumento no volume de crédito colocado à disposição contribuiu para o crescimento do volume de unidades comercializadas. Destacamos o desempenho dos investimentos realizados pela Itaúsa Empreendimentos: Ville Belle Époque: Condomínio residencial com apartamentos de alto padrão, desenvolvido em parceria com a Construtora Líder. As obras foram concluídas no 4º trimestre de 2005 e as unidades entregues aos compradores. Empreendimento com 80% das unidades comercializadas. Jardins do Portal: Condomínio residencial desenvolvido em parceria com a Construtora Liderança. As obras foram concluídas no 4º trimestre de 2005 e as unidades entregues aos compradores. Empreendimento 100% comercializado.

Place Saint Germain: Condomínio fechado com casas de alto padrão, no Bairro Alto da Boa Vista, desenvolvido em parceria com a AK Realty. Em fase final das obras. A busca por novos espaços de escritórios foi positiva reduzindo a vacância no setor. Este resultado não foi suficiente para melhora nos valores de locações. A constante adequação do mix das lojas no Raposo Shopping tem proporcionado crescimento nas vendas, acompanhando o desempenho do setor varejista. São Paulo, 7 de fevereiro de 2006

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Ativo Circulante Disponível .................................................... Clientes por compra de imóveis ................... Imóveis a comercializar ................................ Outros créditos .............................................

Realizável a longo prazo Adiant. Fut. Aum. Capital - AFAC ................. Clientes por compra de imóveis ...................

Permanente Investimentos ............................................... Imobilizado ................................................... Diferido .........................................................

Total do ativo ..............................................

Controladora 2005 2004

Consolidado 2005 2004

14.323 6.666 12.857 4.394 38.240

6.028 13.573 11.295 2.918 33.814

14.436 6.052 7.415 14.285 15.693 14.655 4.397 2.919 41.941 37.911

1.420 1.542 2.962

–.– 2.397 2.397

–.– 2.741 2.741

–.– 2.397 2.397

Passivo e patrimônio líquido Circulante Fornecedores ............................................... Obrigações por incorporações imobiliárias .. Impostos e encargos a pagar ....................... Empréstimos e financiamentos .................... Contas a pagar ............................................. Exigível a longo prazo Resultado de vendas imóveis a apropriar .... Impostos diferidos ........................................ Impostos e encargos a pagar ....................... Empréstimos e financiamentos ....................

2.958 29.735 1 32.694

2.861 38.332 2 41.195

886 1.251 29.735 38.332 1 2 30.622 39.585

Patrimônio líquido Capital social ................................................ Reserva de capital ....................................... Reservas de lucros ......................................

73.896

77.406

75.304 79.893

Total do passivo e patrimônio líquido ......

Controladora 2005 2004

Consolidado 2005 2004

1.730 –.– 2.436 4.595 4.180 12.941

698 7.023 1.151 –.– 2.171 11.043

1.806 698 –.– 9.050 2.445 1.169 4.595 –.– 4.372 2.171 13.218 13.088

–.– 1.256 3.177 –.– 4.433

5.333 336 4.563 3.421 13.653

1.131 5.775 1.256 336 3.177 4.563 –.– 3.421 5.564 14.095

29.000 5 27.517 56.522 73.896

29.000 5 23.705 52.710 77.406

29.000 5 27.517 56.522 75.304

29.000 5 23.705 52.710 79.893

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Em milhares de reais)

Em 1º de janeiro de 2004 .................................................................. Ajuste de exercícios anteriores ........................................................... Lucro líquido do exercício ................................................................... Destinações do lucro líquido Reserva legal ................................................................................... Reserva estatutária .......................................................................... Dividendos propostos ....................................................................... Em 31 de dezembro de 2004 ............................................................ Lucro líquido do exercício ................................................................... Destinações do lucro líquido Reserva legal ................................................................................... Reserva estatutária .......................................................................... Dividendos propostos ....................................................................... Em 31 de dezembro de 2005 ............................................................

Capital social 29.000 –.– –.–

Reserva de capital Incentivos fiscais 5 –.– –.–

Reservas de lucros Legal 973 –.– –.–

Estatutária 21.099 –.– –.–

Lucros acumulados 56 (848) 2.435

Total 51.133 (848) 2.435

–.– –.– –.– 29.000 –.–

–.– –.– –.– 5 –.–

122 –.– –.– 1.095 –.–

–.– 1.511 –.– 22.610 –.–

(122) (1.511) (10) –.– 3.862

–.– –.– (10) 52.710 3.862

–.– –.– –.– 29.000

–.– –.– –.– 5

193 –.– –.– 1.288

–.– 3.633 (14) 26.229

(193) (3.633) (36) –.–

–.– –.– (50) 56.522

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL As atividades da Itaúsa Empreendimentos S.A. compreendem, basicamente, empreendimentos e negócios de compra e venda, construções civis em geral por administração e empreitada, incorporações imobiliárias, locações e serviços técnicos compatíveis com o objeto social. Os empreendimentos concluídos em 31 de dezembro de 2005 são: o Ville Belle Époque, localizado na região de Pinheiros - SP, o Jardins do Portal, localizado na região do Morumbi - SP e o Condomínio Place Saint Germain - Euroville, localizado na região da Chácara Santo Antônio - SP. 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Itaúsa Empreendimentos S.A. e as demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com a Lei das Sociedades por Ações e Normativos da Comissão de Valores Mobiliários. (a) Apuração do resultado de incorporação e venda de imóveis - Os custos e as receitas por incorporação e venda de imóveis são reconhecidos conforme o estabelecido pela Resolução nº 963 do Conselho Federal de Contabilidade, em que: • nas vendas a prazo de unidade concluída, o resultado é apropriado no momento em que a venda é efetivada, independentemente do prazo de recebimento do valor contratual; • nas vendas a prazo de unidade não concluída, o resultado é apropriado com base no percentual do custo incorrido das unidades vendidas, em relação ao seu custo total orçado, sendo esse percentual aplicado sobre a receita das unidades vendidas, ajustada segundo as condições dos contratos de venda, e as despesas comerciais a serem reconhecidas. Todos os custos de construção devem ser baseadas no custo orçado contratado. As alterações na execução e nas condições do projeto, bem como na lucratividade estimada, incluindo as mudanças resultantes de cláusulas contratuais de multa e de quitações contratuais, e que poderão resultar em revisões de custos e de receitas, devem ser reconhecidas no período em que tais revisões forem efetuadas. A Companhia mudou o critério de apropriação de resultado imobiliário de regime de caixa para o método do custo incorrido em relação ao custo orçado total, em 31 de dezembro de 2004, mantendo a prática de reconhecimento do contas a receber, da obrigação por incorporação imobiliária e dos demais custos contratados e orçados, na data da assinatura dos contratos de compromisso de compra e venda de unidades imobiliárias para entrega futura. Tal posicionamento decorre do entendimento de que o reconhecimento de contrato de compra e venda gera direitos e obrigações desde o momento de sua assinatura, além de que: • o pagamento do preço, conforme contrato, é uma obrigação desvinculada dos prazos de execução de obra e outras condições, devendo estar quitado para gerar ao adquirente o direito de haver a unidade, depois de pronta e acabada; • o diferimento do preço do contrato, através de parcelas subordinadas a juros e atualização monetária, é apenas uma opção de pagamento oferecida ao adquirente. (b) Ativos circulante e o realizável a longo prazo - Aplicações financeiras são demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, e representadas substancialmente por certificados de depósitos com vencimentos superiores a 30 dias. Os demais ativos são demonstrados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, as atualizações monetárias. (c) Imóveis a comercializar - Referem-se aos terrenos e outros gastos com empreendimentos em desenvolvimento e já concluídos, cujas unidades ainda não foram vendidas. Estão demonstrados ao custo de aquisição e construção (incluídos juros de financiamentos para obras específicas), que não excede ao seu valor líquido de realização. (d) Permanente - O investimento em empresa controlada foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial e os demais pelo custo de aquisição. O ágio apurado na aquisição da empresa, tem como fundamento o valor de mercado de seu terreno. O ativo imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição combinado com a depreciação de bens, calculada pelo método linear. A vida útil-econômica estimada dos bens é a seguinte: Anos Edificações e construções ....................................................................................... 25 Veículos ................................................................................................................... 5 Utensílios e instalações ............................................................................................ 10 Computadores e licenças para utilização de software ............................................. 5 (e) Passivos circulante e exigível a longo prazo - Obrigações por incorporações imobiliárias representam o valor do custo orçado referente às unidades vendidas, deduzido dos custos já incorridos. A contrapartida é registrada em “Resultado de vendas de imóveis a apropriar” (Nota 5(b)). Os custos incorridos com as unidades não vendidas são registrados na rubrica “Imóveis a comercializar” (Nota 6). Resultado de venda de imóveis a apropriar representa o montante líquido dos valores de vendas de unidades dos empreendimentos imobiliários lançados até a data do balanço, subtraídos dos custos incorridos e orçados de construção (que tiveram como contrapartida a conta “Obrigações por incorporações imobiliárias”), custo de aquisição de terreno e encargos financeiros dos financiamentos para construção, sendo o mesmo apropriado ao resultado com base no custo incorrido até 31 de dezembro de 2005. Outros passivos são demonstrados por seu valor exigível e registrados de acordo com o regime de competência. 3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM para fins de consolidação e abrangem as demonstrações financeiras da Companhia e da empresa controlada MRC Empreendimentos Imobiliários Ltda. Foi eliminado o investimento entre a empresas consolidada na proporção da participação no capital, bem como os saldos de ativos e passivos, as receitas e despesas e os lucros não realizados. As demonstrações financeiras da empresa controlada foram revisadas por auditores independentes. 4. DISPONÍVEL Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Bancos conta-movimento ............................. 743 531 856 555 Fundo de renda fixa ..................................... 13.580 5.497 13.580 5.497 14.323 6.028 14.436 6.052 O saldo de aplicações financeiras está representado basicamente por fundos de investimento no país, remunerados com base na variação do CDI. 5. CONTAS A RECEBER E RESULTADO DE VENDAS DE IMÓVEIS A APROPRIAR (a) Clientes por compra de imóveis - Referem-se às contas a receber de clientes, decorrentes da venda de unidades dos empreendimentos, dos quais R$ 6.666, na controladora, e R$ 7.415 no consolidado, vencem até 31 de dezembro de 2006 (2004 R$ 13.573, na controladora e R$ 14.285, no consolidado), e vencem a partir de 1º de janeiro de 2007, R$ 1.542, na controladora, e R$ 2.741 no consolidado (2004 - R$ 2.397, na controladora e no consolidado). A constituição de provisão para contas de realização duvidosa foi considerada desnecessária, tendo em vista que os créditos referem-se substancialmente a incorporações em construção, cuja concessão das correspondentes

escrituras ocorre apenas após a liquidação e/ou negociação dos créditos dos clientes. Além disso, o risco de perda está limitado à fase de produção de seus contratos, sendo que após essa fase o risco é substancialmente transferido à instituição financiadora. (b) Resultado de vendas de imóveis a apropriar Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Receitas a apropriar ..................................... –.– 12.568 1.949 13.279 Custos a apropriar ........................................ –.– (7.235) (818) (7.504) –.– 5.333 1.131 5.775 6. IMÓVEIS A COMERCIALIZAR Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Terrenos para incorporações (*) .................. 5.447 5.447 5.447 5.447 Unidades em construção ............................. –.– 5.750 –.– 9.110 Unidades já concluídas ................................ 7.410 98 10.246 98 12.857 11.295 15.693 14.655 (*) Refere-se a um terreno próprio localizado na cidade de São Paulo, para o qual não foi efetuada a avaliação a valor de mercado. 7. OUTROS CRÉDITOS Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Contas a receber por serviços prestados .... 197 165 197 165 Impostos antecipados Imposto de renda ....................................... 2.022 535 2.022 535 Contribuição social ..................................... 684 213 684 213 Outros ........................................................ 24 130 27 131 Depósitos judiciais ........................................ 470 432 470 432 Aluguéis a receber ....................................... 713 1.443 713 1.443 Outras contas a receber .............................. 284 –.– 284 –.– 4.394 2.918 4.397 2.919 8. INVESTIMENTOS (a) Controlada 2005 2004 MRC Empreendimentos Imobiliários Ltda. ......................................... 2.046 1.586 Ágio na aquisição - MRC .................................................................... 855 1.112 Outros ................................................................................................ 57 163 2.958 2.861 Em 10 de setembro de 2004, houve aumento de capital na MRC Empreendimentos Imobiliários Ltda. visando a construção do empreendimento imobiliário residencial denominado “Condomínio Place Saint Germain - Euroville”. A integralização desse aumento de capital foi concluída em 2005, através do aporte de recursos no montante de R$ 305. O ágio na aquisição da participação está suportado por laudo de avaliação emitido por perito independente e considera um terreno que, após o início das vendas das unidades residenciais, propiciará rentabilidade futura e poderá ser amortizado no prazo de 5 (cinco) anos, a razão de 1/60 (um sessenta avos) por mês, tendo sido amortizado, em 2005, R$ 257 (2004 - R$ 171). (b) Movimentação - MRC Em 1º de janeiro de 2004 ................................................................................... 2.498 Amortização do ágio ........................................................................................ (171) Aumento de Capital .......................................................................................... 445 Resultado da equivalência patrimonial ............................................................. (74) Em 31 de dezembro de 2004 ............................................................................. 2.698 Aumento de capital ........................................................................................... 305 Amortização do ágio ........................................................................................ (257) Resultado da equivalência patrimonial ............................................................. 155 Em 31 de dezembro de 2005 ............................................................................. 2.901 (c) Consolidado 2005 2004 Ágio MRC Empreendimentos Imobiliários Ltda. ................................. 855 1.112 Outros ................................................................................................ 31 139 886 1.251 9. IMOBILIZADO Controladora e consolidado 2005 2004 Taxas anuais de Depreciação Depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido Terrenos ....................... –.– 6.383 –.– 6.383 7.660 Edificações ................... 4 27.257 4.292 22.965 30.165 Outros .......................... 10 a 20 927 540 387 507 –.– 34.567 4.832 29.735 38.332 10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (CONTROLADORA E CONSOLIDADO) Os empréstimos e financiamentos estão atualizados monetariamente pelos correspondentes encargos financeiros contratuais, e apresentam as seguintes características: Instituição financeira Encargos Amortização Garantias 2005 2004 Banespa TR + 12% a.a. Abril de 2006 Hipoteca, cauções de direitos creditórios e avais das investidoras ... 4.065 3.421 H.S.B.C. TR + 12% a.a. Abril de 2006 Idem ..................................... 530 –.– 4.595 3.421 11. CONTAS A PAGAR Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Sócios incorporadores ................................. 490 1.084 490 1.084 Obrigações com pessoal .............................. 434 406 434 406 ITBI a pagar ................................................. 1.405 –.– 1.405 –.– Indenizações a pagar (*) .............................. 1.750 550 1.750 550 Outras contas a pagar .................................. 101 131 293 131 4.180 2.171 4.372 2.171 (*) Refere-se a ação de reparação de danos e perdas movida pelo condomínio Brooklin Square contra a companhia, transitada em julgado em 2005, de forma desfavorável à Companhia. Nesse sentido, a provisão foi complementada em R$ 1.200, em contrapartida do resultado do exercício. 12. CONTINGÊNCIAS (a) Fiscalização por autoridades tributárias - Os impostos diretos e indiretos estão sujeitos a inspeções realizadas por autoridades fiscais por períodos variáveis que, à exceção dos tributos relativos à mão-de-obra, normalmente não excedem cinco anos. (b) Aspectos ambientais - A Companhia está sujeita a leis e regulamentações locais, estaduais e federais relativas ao meio ambiente, adotando como política o fiel cumprimento das mesmas. Dessa forma, a administração não prevê custos de reparação ou multas de qualquer natureza, razão pela qual não há contingência registrada contabilmente.

DIRETORIA

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Diretor Presidente Paulo Setubal

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Itaúsa Empreendimentos S.A. e os balanços patrimoniais consolidados da Itaúsa Empreendimentos S.A. e empresa controlada em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos da Itaúsa Empreendimentos S.A. e as correspondentes demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais

Diretor Vice-Presidente e Diretor Superintendente Guilherme Archer de Castilho Diretores Adjuntos Eduardo Jorge Abrão Filho Irineu Govêa

José de Andrade Rodrigues Contador - CRC 1SP072448/O-4

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais, exceto quando indicado) Controladora 2005 2004 Receitas das atividades imobiliárias e serviços Receitas de incorporação e venda de imóveis 15.774 Receitas de arrendamento de imóveis ........... 6.081 Receitas de prestação de serviços ................ 2.735 24.590 Impostos incidentes sobre vendas e serviços ..................................................... (1.309) Receita líquida de vendas e serviços ........... 23.281 Custos das atividades imobiliárias e serviços ..................................................... (13.218) Lucro bruto ..................................................... 10.063 Receitas (despesas) operacionais Com vendas ................................................... (936) Gerais e administrativas ................................. (7.108) Despesas financeiras ..................................... (114) Receitas financeiras ....................................... 1.391 Equivalência patrimonial ................................ 155 Outras despesas operacionais, líquidas ........ (257) (6.869) Resultado operacional ................................... 3.194 Resultado não operacional, líquido .................. 3.905 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social ................................. 7.099 Imposto de renda ........................................... (2.392) Contribuição social ......................................... (845) Lucro líquido do exercício ............................. 3.862 752

Consolidado 2005 2004

15.507 7.077 2.441 25.025

16.439 6.081 2.735 25.255

15.951 7.077 2.441 25.469

(1.462) 23.563

(1.333) (1.478) 23.922 23.991

(12.550) (13.564) (12.786) 11.013 10.358 11.205 (557) (6.365) (170) 769 (74) (171) (6.568) 4.445 (408)

(1.047) (807) (7.112) (6.376) (123) (173) 1.391 781

4.037 (1.156) (446) 2.435

7.115 4.051 (2.401) (1.163) (852) (453) 3.862 2.435

Número de ações (em milhares) ...................... Lucro líquido por ação do capital social no fim do exercício - R$ .................................

5,14

3,24

Valor patrimonial da ação - R$ .........................

75,16

70,08

(257) (171) (7.148) (6.746) 3.210 4.459 3.905 (408)

752

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Controladora 2005 2004 Origens dos recursos Das operações Lucro líquido do exercício .......................... Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido Depreciação/amortização ........................ Amortização do ágio ................................ Reversão/provisão para ajustes a valor de mercado de investimentos ....... Equivalência patrimonial .......................... Valor residual do imobilizado baixado ...... De terceiros Redução do realizável a longo prazo ......... Aumento do exigível a longo prazo ............ Total dos recursos obtidos ....................... Aplicações de recursos Aumento do realizável a longo prazo ......... Permanente Investimento ............................................ Imobilizado ............................................... Diferido .................................................... Redução do exigível a longo prazo ............ Dividendos propostos ................................ Ajustes de exercícios anteriores ................ Total dos recursos aplicados .................... Aumento do capital circulante líquido ..... Variações no capital circulante líquido Ativo circulante ........................................... Passivo circulante ...................................... Aumento do capital circulante líquido .....

Consolidado 2005 2004

3.862

2.435

3.862

2.435

1.155 257

1.487 171

1.155 257

1.487 171

107 (155) 7.465 12.691

(39) 74 67 4.195

109 –.– 7.465 12.848

(40) –.– 67 4.122

–.– –.– 12.691

7.970 3.270 15.435

–.– 7.970 –.– 5.739 12.848 17.831

565

–.–

305 23 –.– 9.220 50 –.– 10.163 2.528

445 249 2 –.– 10 848 1.554 13.881

–.– –.– 23 249 –.– 2 8.531 –.– 50 10 –.– 848 8.948 1.109 3.900 16.722

4.426 (1.898) 2.528

12.792 (1.089) 13.881

4.030 15.366 (130) (1.356) 3.900 16.722

344

–.–

(c) Assistência técnica - A Companhia em face da legislação vigente tem a obrigação de prestar garantias comerciais por um prazo de até cinco anos. Esses valores são apropriados ao resultado, quando incorridos, e não há provisão registrada contabilmente. 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital social - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 752.189 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, assim distribuídos. Acionista Ações Ordinárias PRT Investimentos S.A. ......................................................................... 749.585 Itaúsa - Investimentos S.A. .................................................................... 2.604 752.189 (b) Destinações do lucro líquido do exercício - De acordo com o Estatuto Social, o lucro líquido do exercício, disponível após a participação dos administradores até o limite máximo legal e depois de compensados eventuais prejuízos acumulados, tem a seguinte destinação: • 5% para a reserva legal, até atingir 20% do capital social integralizado. • 1% do saldo remanescente para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. • 94% destinados à reserva especial Itaúsa Empreendimentos S.A.. O saldo destinado à reserva especial estatutária será utilizado para expansão dos negócios da Companhia, via aumento de capital na investida ou da própria Companhia, ou para pagamento de dividendos aos acionistas. Assim, o lucro líquido do exercício, apurado em 31 de dezembro de 2005 tem a seguinte destinação: Lucro líquido do exercício .............................................................................. 3.862 Reserva legal ................................................................................................. (193) Dividendos propostos ..................................................................................... (36) Reserva especial Itaúsa Empreendimentos S.A. ........................................... (3.633) (c) Ajustes de exercícios anteriores - Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2004, a Companhia modificou o critério de apropriação de resultado imobiliário, passando a registrá-lo com base no percentual do custo incorrido em relação ao custo orçado total e não mais por regime de caixa. Em decorrência desta alteração, a Companhia procedeu ao respectivo ajuste contábil de ajustes de exercícios anteriores, no montante de R$ 848, líquido de impostos, diretamente na conta de lucros acumulados, em contrapartida de Resultado de venda de imóveis a apropriar e impostos e encargos sociais a pagar, classificado no passivo exigível a longo prazo. O efeito de ajuste de exercícios anteriores nas rubricas “Resultado de venda de imóveis a apropriar” e “Impostos e encargos a pagar” está assim demonstrado: Receitas a apropriar ....................................................................................... 3.879 Custos a apropriar .......................................................................................... (2.430) Impostos a pagar (PIS, COFINS, IRPJ e CSLL) ............................................ (601) Efeito no patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2004 .............................. (848) 14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 a taxa de incidência de imposto de renda da Companhia foi de 15% do lucro tributável e contribuição social de 9%. As despesas de imposto de renda e contribuição social apropriadas ao resultado do exercício podem ser demonstradas como segue: 2005 2004 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social ...................... 7.099 4.037 Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ........................................ (2.414) (1.372) Imposto de renda e contribuição social sobre adições e exclusões Provisões indedutíveis ..................................................................... (876) (205) Resultado de equivalência patrimonial ............................................. 53 (25) Imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício ..... (3.237) (1.602) 15. RESULTADO NÃO OPERACIONAL O resultado não operacional está substancialmente representado pelo lucro apurado na realização de ativo imobilizado da Companhia (Panamerica Park), no montante de R$ 4.135. O valor de venda do referido imóvel foi de R$ 11.600. 16. SEGUROS Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia e sua controlada possuíam cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado e para os estoques, por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas. 17. INSTRUMENTOS FINANCEIROS (a) Riscos de crédito - A política de vendas da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamentos de vendas são procedimentos adotados a fim de minimizar inadimplências ou perdas na realização do “Contas a receber”. (b) Instrumentos financeiros - Os valores contábeis relativos a instrumentos financeiros possuem basicamente vencimentos de curto prazo. Quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuro ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, de seus correspondentes valores de mercado. A companhia não operou com instrumentos derivativos durante o exercício.

representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itaúsa Empreendimentos S.A. e da Itaúsa Empreendimentos S.A. e empresa controlada em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da Itaúsa Empreendimentos S.A. dos exercícios findos nessas datas, bem como os resultados consolidados das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas desses exercícios, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 24 de março de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Estela Maris Vieira de Souza Contadora CRC 1RS046957/O-3 “S” SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.CAMPINAS

sexta-feira, 31 de março e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

em Campinas

Ronei Val, do brechó"Será quem tem", dirige três lojas com um estoque de 100 mil itens, de roupas de grife a uma exótica máscara de Bali

Fotos de Marcos Peron/Virtual Photo

VAREJO

Peças únicas por uma bagatela

ÓRBITA

CURSOS Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) está com inscrições abertas para os cursos de Capacitação Profissional em Vendas, Formação de Analista Fiscal e Telecobrança. Os três cursos começam na segunda semana do mês de abril. Os associados da Acic têm descontos nas mensalidades. Para fechar pacotes para seus funcionários as empresas devem reservar matrículas pelos telefones 2104-9209 ou 2104-9210. Mais informações no e-mail cursos@acicnet.org.br.

A

Nos brechós da cidade, que se diversificam, é possível garimpar de roupas a objetos de arte a bons preços

S

e você ainda associa brechós a um amontoado de roupas velhas, malcuidadas e cheirando a naftalina, está na hora de reciclar esse conceito. Cada vez mais populares, sobretudo em uma época em que o dinheiro não está sobrando no bolso do consumidor, essas lojas se multiplicaram e diversificaram suas mercadorias. O principal atrativo continua sendo o preço mais baixo das peças seminovas e em bom estado de conservação. Mas além de artigos de vestuário e acessórios que permitem renovar o guardaroupa gastando muito pouco, nesses estabelecimentos é possível comprar móveis, objetos de decoração e eletrodomésticos. A segmentação é uma tendência nesse setor e já existem, por exemplo, brechós especializados em artigos para recém-nascidos. Aberto há quase 30 anos em Campinas, o Mercado das Pulgas conferiu caráter mais comercial a uma a t i v i d a d e t r a d i c i o n a lmente associada a eventos filantrópicos, contam Odila e Leontina Borges, donas do estabelecimento. “Ao longo do tempo, também mudamos a forma como o consumidor enxergava esse tipo de comércio, como venda de roupas antigas”, explicam. Segundo elas, só vão para as araras peças de vestuário com no máximo três

anos de uso, entre saias, blusas, vestidos, calças, camisas e paletós. O preço médio das roupas é R$ 10,00, mas entre os cinco mil itens há artigos a partir de R$ 1,00 capazes de atender o gosto (e o bolso) do consumidor. As duas lojas do Mercado das Pulgas vendem ainda acessórios como calçados, bolsas e bijuterias, e também artigos para decoração. Um jogo de chá e café em porcelana, com 15 peças, sai por R$ 150,00, e um conjunto de bule e seis xícaras em louça pode ser comprado por R$ 30,00, e podem agradar em cheio quem procura objetos mais diferenciados para colocar na mesa de casa. Diversificação – O brechó Será Que Tem apostou na variedade para crescer. A primeira loja foi aberta em 1986 e em 20 anos transformou-se em uma pequena rede com três estabelecimentos e 100 mil itens usados com preços até 50% mais baratos do que os similares novos. Calçados, blusas, calças jeans, vestidos e camisas sociais de grifes custam entre R$ 10,00 e R$ 25,00. Um home theater para tevê 34 polegadas sai por R$ 980,00 e uma exótica máscara de madeira original de Bali pode decorar a casa por R$ 85,00. “Comecei com roupas, mas percebi que haviademanda entre os clientes para móveis, objetos para decoração e eletrodomésticos seminovos”, conta o proprietário Ronei Edson Val. Ele cumpre diariamente a maratona de 15 visitas em média a locais que anunciam venda de objetos de segunda mão atrás de raridades para as lojas. Já houve casos em que comprou o mobiliário inteiro de um apartamento. Apesar do sucesso, ele observa que o consumidor, em geral, ainda tem preconceito e não sabe aproveitar as vantagens do usado. Freguesia diversificada - A clientela é diversificada, o poder aquisitivo idem, e entre os habitués dos brechós há quem também freqüente shopping

CORAL

A

O preço baixo das roupas continua sendo um atrativo. Porcelanas também aguçam o desejo.

ARTE

F

em jornal que estava comprando os artigos usados e surpreendeu-se com a oferta. Estava descoberto um filão que a loja passou a explorar pioneiramente em Campinas há seis anos. “São produtos utilizados por um período muito curto na vida da criança e depois descartados. O valor de um novo, para muitos pais, não compensa o benefício”, argumenta

Espaço das Artes do Ciesp-Campinas apresenta de 3 a 28 de abril a exposição da artista plástica Edite Ostrovsky. São 15 óleos sobre tela de paisagens em estilo acadêmico. Nascida em São Paulo, Ostrovsky participa periodicamente de exposições e já apresentou os seus quadros por várias cidades brasileiras e nos Estados Unidos. A exposição fica aberta de segunda à sextafeira, das 8h30 às 17h30, na sede do Ciesp-Campinas, localizado na rua Padre Camargo Lacerda, 37 bairro Bonfim. Informações 3743-2200.

O centers e lojas de grife, como Eunice Rocha Lascala, empresária do ramo hoteleiro. Mais do que preço baixo, ela vasculha os brechós da cidade em busca de artigos exclusivos para o seu guarda-roupa e para a residência com a qualidade que, segundo ela, similares mais novos não possuem. “ A d o ro c o m p r a r e m brechós. Semanalmente, entro em algum para conferir as novidades”, admite Eunice, que invariavelmente leva o marido a tiracolo nas suas peregrinações pelas lojas do ramo. José Wilton confirma a fama da esposa. “Nunca vi ninguém gostar tanto de brechós como ela”, afirma.

Apaixonada por antiguidades, Eunice conta já ter levado para casa porcelanas, cristais, prataria e artigos para decoração garimpados em brechós. A técnica de enfermagem Maria de Fátima Tavares também não resiste à tentação de dar uma “paradinha” em um brechó aberto próximo de seu local de trabalho. “Sempre encontro roupa parecendo nova e por um preço inacreditável. Olha essa aqui: não sairia por menos de R$ 60,00 em um magazine”, mostrava, sorridente, o conjunto de blusa e saia na cor verde pelo qual pagou a bagatela de R$ 10,00. Já o eletricista Odilon Barros compra nas casas

do ramo os ternos que veste para ir aos cultos dominicais da igreja que freqüenta. “O preço chega a ser até três vezes mais baixo que o de um novo. E o estado de conservação não deixa a desejar”, afirma. Até quem põe em pé pela primeira vez em um brechó se impressiona com a qualidade e o preço dos artigos. É o caso da professora Joana Vidal. “Uma colega comprou e indicou. Passei só para dar uma olhada. Os preços estão muito bons”, atestou. Tão bons que ela não resistiu: tirou da bolsa R$ 3,00 e saiu da loja com uma blusa d e c re p e p re t a q u e e m qualquer magazine custaria pelo menos R$ 20,00. Mas que mulher compraria só uma blusa? “É que hoje estou com pressa”, justificou, prometendo voltar, é claro. Paulo César Nascimento

Brechó do Bebê: usados para os recém-nascidos oi o irmão de Márcia Helena da Silva, fundadora da Brechó do Bebê, quem sugeriu a idéia de abrir um negócio de produtos seminovos para recémnascidos. Quando soube que seria pai de gêmeos, saiu para pesquisar preços de berços, carrinhos, cadeirinhas e levou um susto com o investimento que teria de fazer para comprar tudo novo. Decidiu anunciar

Acic recebe até hoje as inscrições para o Coral Infantil Acic 2006, trabalho desenvolvido com crianças de 7 a 10 anos matriculadas na rede pública ou de entidades assistenciais. As inscrições devem ser realizadas pela diretoria ou Departamento Pedagógico das Escolas. Para participar é necessário que um professor ou monitor seja responsável e acompanhe o coral em sua escola ou entidade e que o número mínimo de alunos seja de 30 e máximo de 50 integrantes em cada núcleo coral (escola). A escola pode ter mais de um núcleo. Informações 2104-9204.

Carrinhos e cercados, em bom estado, a preços 40% mais baixos são encontrados no Brechó do Bebê

Regina Oliveira, sócia de Márcia. A empresa compra, revisa, higieniza e põe as peças no showroom em média 40% mais baratas que as novas. Entre as quase 40 unidades que vende em média semanalmente, o cercado (estrutura almofadada e fechada com tela utilizada pelo bebê a

partir dos sete meses) é o produto com maior giro e não consegue atender a demanda, revela Regina. “Quem pesquisa o produto novo no mercado e depois conhece o estado de conservação e o preço dos nossos itens, dificilmente não compra”, assegura. Foi o que ocorreu com

os irmãos Rinaldo e Kelly Campos. Eles procuravam um carrinho de bebê para presentear uma afilhada e se encantaram com um modelo Galzerano. Não titubearam: desembolsaram R$ 140,00 por uma mercadoria que custa R$ 350,00 em uma loja especializada.

EXPEDIENTE

Diretoria Executiva (2004 - 2007) Presidente Guilherme Campos Júnior 1º Vice-Presidente Gilberto Rocha da Silveira Bueno 2º Vice-Presidente Carlos Francisco Simões Correia Assinaturas do Diário do Comércio (0xx19) 2104-9276 Departamento de Sócios Serviço de Atendimento ao Usuário, Convênios e Parcerias (19) 2104-9271/ 9272/ 9273 associados@acicnet.org.br Assessoria de Imprensa (19) 2104-9215/ 9216 imprensa@acicnet.org.br Página na Web www.acicnet.org.br Rua José Paulino, 1111, Campinas, SP - CEP 13013-001 PABX: 2104-9200


Política DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

3 Nenhuma instituição julga com mais rapidez e transparência do que a Câmara dos Deputados. Aldo Rebelo (PCdoB-SP)

ALDO REBELO DÁ EXPLICAÇÕES SOBRE CPMI E ABSOLVIÇÃO DE DEPUTADOS. SIGILO DE CASEIRO CUSTA R$ 60 MIL.

Empresários frustrados com a CPMI dos Correios processos de cassação dos parlamentares. A Constituição Federal determina que o voto seja secreto. Segundo o deputado, a medida não tem por princípio esconder da sociedade a decisão dos parlamentares sobre o futuro de outro que está sendo julgado pela Câmara, por má conduta administrativa, por exemplo, mas para preservar a "segurança" de quem está votando, já que muitos podem receber ameaças por causa de suas decisões implicarem no afastamento de um deputado. "Nenhuma instituição julga com mais rapidez e transparên-

cia do que a Câmara dos Deputados. Nenhum órgão faz um julgamento interno de forma tão transparente", ressaltou. O deputado também foi questionado sobre o resultado final do relatório da CPMI dos Correios. Segundo ele, o País vive um momento de "dispersão e perda de eixos", típico de períodos eleitorais, e que caberá aos políticos e à sociedade, por meio do voto, estabelecer projetos de coesão para garantir o crescimento econômico. Aldo também argumentou que a Câmara puniu, diretamente, com a cassação, parlamentares que obtiveram mais

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, foi duramente criticado por líderes empresariais.

de 500 mil votos nas urnas e outros, indiretamente, que renunciaram para não perder seus direitos políticos. Além disso, também tem feito repreensões em investigações na Corregedoria e no Conselho de Ética. "Recebo críticas com

humildade, mas não quer dizer que concordo com elas. A mensagem que deixo para os empresários é: não deixem de crer na democracia e nem do regime representativo porque só assim podemos contribuir para o crescimento e a estabili-

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

O

empresariado brasileiro ficou frustrado com o resultado final do relatório da CPMI dos Correios, apresentado nesta semana, pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), após dez meses de análise. O grau de insatisfação pôde ser medido em uma pesquisa feita pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada em uma reunião com 252 executivos de peso do setor produtivo brasileiro. A Câmara dos Deputados não passou impune na avaliação dos empresários, que deram nota de 1,4 – numa avaliação de um a 10 – à eficiência gerencial da casa, qualificando-a como "péssima". O governo federal recebeu nota 2,5, já as instâncias estadual e municipal de São Paulo receberam 7,5 e 6,8, respectivamente. Os participantes também criticaram o desempenho da Câmara ao presidente da casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), convidado do Lide para falar sobre os últimos acontecimentos políticos. Ele foi sabatinado sobre o desempenho da Casa Legislativa e recebeu sugestões para que fosse alterado o sistema de votação dos

Milton Mansilha/Luz

Esperamos uma das campanhas mais violentas da história. Roberto Duailibi, presidente da DPZ

É um momento importante para a política brasileira. Milton Isidro, presidente da SAS

O resultado da CPMI foi muito superficial. Luiz Teixeira, presidente da Delta Air Lines

A sociedade se sentiu frustrada com o relatório. João Doria Jr., presidente da Doria Associados

A democracia é feita de acertos e de erros.

Estou ansioso para ver o que acontecerá Mario Cesar pra frente. Araújo, Marcos Frota, presidente da TIM ator e empresário

dade do País", pediu. Repercussão – Para Roberto Duailibi, presidente da agência DPZ, a população pode esperar, neste ano, uma das campanhas eleitorais mais violentas da história, justamente por causa de materiais que a oposição trará à tona ainda este ano, que não apareceram no relatório da CPMI . "Tem muita coisa para ser esclarecida que ficou de fora do relatório e que certamente será revelado mais tarde". O empresário João Doria Júnior, presidente da Doria Associados e da Lide, disse que as conclusões do relatório não foram satisfatórias e que ficou nítido que houve negociação. "Apesar do trabalho íntegro e sério do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o documento não foi produzido com a isenção que deveria para punir quem mereceria ser punido", desabafou. Márcia Rodrigues

Lula Marques/Folha Imagem

'Herói' da CPI pode ter indenização de R$ 60 mil Ivan Ventura

E

m pouco menos de um mês, um caseiro ajudou a derrubar o todo poderoso exministro da Fazenda, Antonio Palocci. Depois de ser obrigado a se calar na CPI dos Bingos, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), Francenildo dos Santos Costa pagou o preço de ver seu sigilo bancário quebrado – amplamente divulgado pela imprensa –, e sua vida devassada (incluindo a chantagem contra o pai biológico). Mesmo enfrentando um aparato governamental que tentou desmoralizá-lo, não mostrou arrependimento e disse não temer represálias. "Só contei a verdade. Ele (Palocci) caiu no buraco que ele mesmo cavou", disse o caseiro. O preço da reparação na Justiça, no entanto, pode não ter o mesmo retorno do atual status de celebridade de Nildo – o que incomoda o jovem de 24 anos, natural de Teresina (PI) . Uma ação por danos morais pode levar até 15 anos de tramitação na Justiça, conforme a advogada Daniela Ricci Santiago, do escritório Leite Tosto e Barros Associados. E a ação – "que tem toda a chance de vitória", de acordo com a a advogada Taís Gasparian, do escritório Rodrigues Barbosa, MacDowell de Figueiredo, Gasparian, Tourinho Advogados – pode ter um resultado decepcionante, diante do tamanho dos problemas enfrentados

pelo caseiro, com um valor não superior a R$ 60 mil, segundo cálculos de especialistas. No Brasil, um herói vale pouco. Alheio a isso, Nildo experimentou ontem o gostinho da fama repentina no centro de São Paulo ou, como ele mesmo define, a "terra dos prédios". O caseiro passou a ser o personagem central de uma campanha que pede moralização na política brasileira, criada pelo jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Impeachment– As declarações do caseiro à CPI dos Bingos já soam suficientes para

Minha mãe ensinou que nunca se deve mentir. Agradeço a ela por ter tomado essa decisão e revelar o que eu sabia. Francenildo dos Santos Costa

que a OAB pense na possibilidade de uma grande mobilização em favor do impeachment do presidente Lula. "Estamos analisando todas as evidências e é cedo para falar nesse assunto. Mas se confirmar que a definição da quebra de sigilo bancário ilegal de Francenildo foi feito dentro do Planalto, o presidente provavelmente sabia disso e nada fez. Isso é inadmissível", revelou Reale.

Antes de Francenildo entrar no prédio da OAB, uma senhora bloqueou a passagem, segurou firmemente suas mãos e disse: "Você é o orgulho dos brasileiros humildes". Ele apenas baixou a cabeça e agradeceu. Na entidade, jornalistas e fotógrafos se acotovelavam para registrar uma simples palavra. Um cinegrafista chegou a quebrar um copo d'água que molhou as mãos do jurista Rubens Aprobatto Júnior. Até Reale Júnior foi empurrado involuntariamente para dar lugar aos profissionais que queriam ficar perto do caseiro. Logo, os famosos juristas presentes se transformaram em espectadores e coadjuvantes de luxo. Francenildo era a estrela maior. "Não nasci para isso. Não tive essa criação", comentou ele, assustado com o tumulto. O caseiro revelou ainda que não se amedronta com possíveis represálias. "Minha mãe ensinou que não se deve mentir. Agradeço a ela por ter tomado essa decisão e revelar o que eu sabia". Ao deixar a OAB, um recado a Palocci: "Só contei a verdade. Ele caiu no buraco que ele mesmo cavou". Sobre Lula, disse: "É uma vergonha que o presidente que veio do povo, um trabalhador, possa fazer isso com outro trabalhador humilde. Quando soube disso, chutei o balde". Por fim, Nildo negou que possa se candidatar a um cargo público. (Colaborou Ana Laura Diniz)

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, em momento de descontração com Francenildo, na OAB. Lula Marques/Folha Imagem

Galeria de fotos de ex-ministros já inclui Antonio Palocci

Palocci só depõe semana que vem. Está estressado. O advogado do exministro, José Roberto Leal, disse à Polícia Federal (PF) que Antonio Palocci não poderia depor hoje porque está com problemas de saúde. Segundo a polícia, o advogado disse que Palocci

estaria estressado e, por recomendação médica, deverá permanecer em repouso absoluto nos próximos dias. O delegado Rodrigo Carneiro Gomes, responsável pelas investigações sobre a quebra ilegal do caseiro Francenildo Santos Costa, pediu à defesa que formalize o pedido de adiamento por meio de um requerimento e exigiu ainda

um atestado médico. Ele espera ouvir o ex-ministro na quarta ou quinta-feira da semana que vem. Se o atestado não for entregue até segunda-feira, Palocci será intimado. O delegado considera o depoimento de Palocci fundamental para esclarecer de vez quem repassou o extrato da conta de Francenildo para a revista Época. (AE)


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6 -.LAZER

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

NÓS PASSAMOS E OS LIVROS FICAM. Fotos: Paulo Pampolin/Hype

biblioteca de José Mindlin, um organismo vivo. Citações de Borges, admiração profunda por Guimarães Rosa, a decisão de doar parte do imenso acervo de cerca de 38 mil volumes para a USP. Uma conversa que não deveria terminar... (A.D.)

A

Reproduções

Hoje, mexendo na biblioteca, cada vez mais aumenta a minha vontade de ler coisas. (...) (Refletindo a respeito da ajuda das pessoas que o ajudam a ler)

Quem são os seus leitores? Temos três pessoas que trabalham na biblioteca e alguns profissionais que vêm aqui. Até o jornal tem que ler para mim. Hoje, mexendo na biblioteca, cada vez aumenta mais a minha vontade de ler coisas. Eu estava acostumado a pegar um livro, folhear, lia um trecho, tinha muito prazer com isso. Agora eu folheio um pouco como o Borges, que era cego: eu conheço intimamente os livros que estão aí, pego, dá pra folhear e ver algumas ilustrações, mas fico muito frustrado por não poder ler. Acho uma injustiça da sorte. Mas aceito isso também filosoficamente, eu sou um otimista incorrigível. Há uma história de um sujeito que foi condenado à prisão perpétua e um amigo foi visitar: "Mas que coisa! Você preso para toda a vida...". Ao que o outro respondeu: "Não para toda a vida não, só de agora em diante". É como eu vejo: só não posso ler de agora em diante.

E quando um livro não entra nessas vertentes? Quando o livro entra nas vertentes, é o melhor, mas, se não entra e, assim mesmo, me interessa, eu compro ou incluo na biblioteca. Por isso que eu falo em "biblioteca indisciplinada". Essas vertentes são necessárias para que a biblioteca não se transforme em uma acumulação de livros, mas eu não posso me ater a elas. Um exemplo disso foi o presente que eu recebi, uma vez, do meu grande amigo Sebastião Salgado: um manuscrito do Alcorão, datado do século XVIII, que ele comprou no Afeganistão. Ele viu, numa mesquita, um homem rezando nesse manuscrito, pediu ao intérprete para perguntar se ele venderia ou não e acabou me trazendo. Quando chegou, eu não podia incluílo nas vertentes que a biblioteca tinha, então, simplesmente, criei outra vertente. Facilmente a gente engana a si próprio e justifica a formação de uma nova vertente...

Um dos seus autores preferidos, Guimarães Rosa, era, em si mesmo, uma biblioteca. Como o sr. interpreta sua obra? Guimarães Rosa foi um gênio. Era uma dupla personalidade. Eu o conheci em 1946, em Paris, depois da guerra. Nós nos encontrávamos de manhã, percorríamos livrarias, batíamos papos ótimos e, no entanto, eu não tive a me-

O Novo Mundo, NY. Publicado por J. C. Rodrigues (pág. 224, vol. 1) Era Uma Vez... Versos de Guilherme de Almeida, com desenhos de John Graz. Edição Oficinas da Casa Mayença. (Pág. 23, vol. 1.)

nor indicação de que ele fosse escritor. Era uma pessoa simpática, bom papo, mas com uma certa futilidade, até: almofadinha, muito bem vestido, gravata borboleta... Absolutamente diferente do escritor que ele era. Tanto que Sagarana estava saindo naquele ano e ele não fez a menor referência a Sagarana. Mas, quando eu voltei ao Brasil Sagarana estava em voga e eu não li. Eu digo, "não, esse não deve ser bom". Só fui ler quando saiu Corpo de Baile e um amigo me disse: "você não pode deixar de ler, é extraordinário". Bom, aí eu peguei Sagarana, primeiro, li Corpo de Baile, em seguida, e, quando foi Grande Sertão: Veredas, me extasiei. A biblioteca tem obras importantes do Rosa, não? Aqui eu tenho os originais do Grande Sertão, que ele bateu à máquina e fez centenas de correções para mandar à tipografia. É o exemplar que foi usado para imprimir a primeira edição. Já é extraordinário de ver a minúcia com que ele examinava detalhes, modificava a ordem das palavras, ou substituía palavras, fazia mudanças na página, suprimia trechos e tudo. Depois, eu tenho a correspondência dele com o Pizarro para a tradução do Corpo de Bailepara o italiano. Aí, então, vem a série de perguntas do tradutor e as respostas dele sobre o que é tal palavra, de onde veio, quem usava essa palavra. Porque ele não inventou palavras, mas fez combinações de palavras que eram originalíssimas e que se tornaram fontes de mistério e de pesquisa. Eu considero Gui-

marães Rosa o maior escritor brasileiro do século XX, assim como considero o Machado de Assis o maior escritor brasileiro do século XIX, embora sejam inteiramente diferentes, quase opostos entre si. Nós temos a sorte de ter muitos bons escritores. Mas o plano do Guimarães Rosa é o plano do Proust, do Joyce... É extraordinário. Como foi a decisão de doar a parte brasiliana da sua biblioteca à USP? Eu não tenho o fetiche da propriedade. Esse conjunto será doado à USP porque se tornou indivisível e precisa ser conservado para o futuro. Tem obras e manuscritos que vão, desde o século XVI, até os nossos dias. Fui reunindo essas coisas todas e tudo o quanto se refira a autores brasileiros ou a assuntos brasileiros por autores estrangeiros por quase 80 anos. Meus filhos também foram educados no princípio de que, quando um livro entra na biblioteca, o seu valor comercial fica fora de questão. De modo que participaram da decisão de doar à USP sem levar em conta, absolutamente, a parte material ou uma herança que seria substancial. Nós, na realidade, não somos proprietários dos livros, somos depositários dos livros, porque passamos e os livros ficam. Surgiu, recentemente, a notícia de que haveria um grupo querendo convencêlo a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. O quer há de verdade nisso? Não sei dizer, estou sabendo agora...

Eu não tenho o fetiche da propriedade.

O sr. fala da sua biblioteca como se fosse um organismo vivo, algo que o escritor argentino Jorge Luis Borges também fazia. A sua forma de sentir sua biblioteca é como a dele? Sim e não. Eu digo, por exemplo, que os livros têm uma linguagem própria, mas é claro que é uma metáfora. Borges já partiu para a ficção. Acho admiráveis aquelas coisas que escreve, deliciosas de ler, como o conto A Biblioteca de Babel... Agora, a nossa biblioteca não é uma Biblioteca de Babelporque tem determinadas vertentes: literatura, com subvertentes ficção, poesia, crítica, ensaios; história; viagens e expedições científicas no Brasil; e a vertente do livro em si como objeto físico.

Cavaleiro´s, único: texto em duas cores (pág. 421, vol. 2)

Vinheta, no sumário do volume 2

Esta revista, de grande importância política e literária, foi dirigida por José Carlos Rodrigues (...) Até hoje é uma obra clássica de referência. (Pág. 225, vol. 1)


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10 -.ECONOMIA/LEGAIS

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A.

CONVOCAÇÃO

EDITAL PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 32/2006 OBJETO: Aquisição de prótese e órtese que serão distribuídas para pacientes cadastrados no núcleo de reabilitação municipal - programa de órtese e prótese. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 12 de abril de 2006, às 09:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 33/2006 OBJETO: Aquisição de muletas, calçados e outros que serão distribuídos aos pacientes cadastrados no núcleo de reabilitação municipal - programa de órtese e prótese. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 17 de abril de 2006, às 08:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 34/2006 OBJETO: Aquisição de cadeira de rodas e órtese e prótese que serão distribuídas a pacientes cadastrados no núcleo de fisioterapia municipal - programa de ortese e prótese. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 18 de abril de 2006, às 08:30 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 35/2006. OBJETO: Contratação de empresa especializada na realização de consultas oftalmológicas e otorrinarológicas a serem realizadas em alunos das séries iniciais ensino fundamental encaminhados pelas secretarias de educação e saúde (convênio FNDE/MEC) . Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 17 de abril de 2006, às 14:00 horas. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 36/2006 OBJETO: Aquisição de tinta, solvente e microesfera que serão utilizados na sinalização viária do Município de S. J. Rio Preto/SP. Data da entrega das propostas e sessão de abertura: 18 de abril de 2006, às 14:00 horas.

(nova denominação social do Banco Uno-E Brasil S.A.) CNPJ nº 45.283.173/0001-00 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, Dezembro de 2005 e de 2004, acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos auditores sobre as Submetemos à apreciação de V.Sas. os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, das mutações referidas Demonstrações Financeiras. A Administração do patrimônio líquido e das origens e aplicações dos recursos relativos aos exercícios encerrados em 31 de São Paulo, 31 de março de 2006. Demonstrações de resultados - Exercícios findos em 31 de dezembro Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de Reais) de 2005 e 2004 e semestre findo em 31 de dezembro de 2005 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 (Em milhares de Reais, exceto o lucro líquido por ação) Circulante 78.716 71.206 Circulante 9.483 16.678 2º Semestre Exercício Disponibilidades 23 65 Outras obrigações 9.483 16.678 2005 2005 2004 Títulos e valores mobiliários e Sociais e estatutárias 6.925 16.110 5.705 9.501 7.264 instrumentos financeiros derivativos 78.693 71.117 Fiscais e previdenciárias 2.552 499 Receitas da intermediação financeira Resultado de operações com títulos e Carteira própria 78.693 71.117 Diversas 6 69 valores mobiliários 5.705 9.501 7.264 Outros créditos 24 Exigível a longo prazo 2.332 2.045 9.501 7.264 Diversos 24 Outras obrigações 2.332 2.045 Resultado bruto da intermediação financeira 5.705 Outras receitas (despesas) operacionais (741) (1.143) (1.778) Realizável a longo prazo 4.100 3.653 Fiscais e previdenciárias 2.332 851 Despesas de pessoal (94) (94) Outros créditos 4.100 3.653 Diversas 1.194 Outras despesas administrativas (296) (502) (539) Imposto de renda a compensar 1.728 1.482 Patrimônio líquido 71.004 56.139 Despesas tributárias (334) (563) (414) Devedores por depósitos em garantia 2.372 2.171 Capital social: Outras receitas operacionais 186 353 239 Permanente 3 3 De domiciliados no exterior 55.981 45.394 Outras despesas operacionais (203) (337) (1.064) Investimentos 3 3 Reserva de lucros 1.175 881 4.964 8.358 5.486 Lucros acumulados 13.848 9.864 Resultado operacional 8.358 5.486 Total do ativo 82.819 74.862 Total do passivo 82.819 74.862 Resultado antes da tributação sobre o lucro 4.964 Imposto de renda e contribuição social (1.746) (2.479) (664) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Provisão para imposto de renda (1.281) (1.817) (459) Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Provisão para contribuição social (465) (662) (205) Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e semestre findo em 31 de dezembro de 2005 - (Em milhares de Reais) Lucro líquido do semestre/exercício 3.218 5.879 4.822 Capital Social Juros sobre o capital próprio - (1.321) (5.513) Capital Aumento Reserva Lucros Lucro líquido por ação - R$ 0,06 0,11 0,11 realizado capital de Lucros acumulados Total As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Saldos em 1º de janeiro de 2004 45.394 640 11.025 57.059 Demonstrações das origens e aplicações de recursos Lucro líquido do exercício 4.822 4.822 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e semestre Destinações: findo em 31 de dezembro de 2005 - (Em milhares de Reais) Reserva legal 241 (241) 2º Semestre Exercício Dividendos (229) (229) 2005 2005 2004 Juros sobre o capital próprio (5.513) (5.513) Origens de recursos 5.465 16.466 7.166 Saldos em 31 de dezembro de 2004 45.394 881 9.864 56.139 Lucro líquido ajustado do Aumento de capital 10.587 10.587 semestre/exercício 3.218 5.879 4.822 Lucro líquido do exercício 5.879 5.879 Lucro líquido do semestre/exercício 3.218 5.879 4.822 Destinações: Recursos de acionistas - 10.587 Reserva legal 294 (294) Aumento de capital - 10.587 Dividendos (280) (280) Recursos de terceiros originários de: 2.247 - 2.344 Juros sobre o capital próprio (1.321) (1.321) Aumento dos subgrupos do passivo Saldos em 31 de dezembro de 2005 55.981 1.175 13.848 71.004 circulante e exigível a longo prazo 2.247 - 2.344 Saldos em 1º de julho de 2005 45.394 10.587 1.014 11.071 68.066 Outras obrigações 2.247 - 2.344 Aprovação do aumento de capital 10.587 (10.587) Aplicações de recursos 5.489 16.508 7.186 Lucro líquido do semestre 3.218 3.218 Dividendos propostos/juros sobre Destinações: capital próprio 280 1.601 5.742 Reserva legal 161 (161) Aumento dos subgrupos do ativo Dividendos (280) (280) circulante e realizável a longo prazo 5.209 7.999 1.444 Saldos em 31 de dezembro de 2005 55.981 1.175 13.848 71.004 Títulos e valores mobiliários e instrumentos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. financeiros derivativos 4.905 7.576 984 Notas explicativas às demonstrações financeiras - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em milhares de Reais) Outros créditos 304 423 460 Diminuição dos subgrupos do passivo 1 Contexto operacional: Em Assembléia Geral Extraordinária (AGE) de R$ 10.587 sendo emitidas 10.587.068 ações todas ordinárias nominativas, circulante e exigível a longo prazo 6.908 re-ratificação realizada em 8 de julho de 2004, foi aprovada a anulação da sem valor nominal. Na mesma AGE, foi aprovado o pagamento aos Outras obrigações 6.908 AGE de 17 de julho de 2003 onde aprovava a alteração da denominação acionistas de R$ 1.321 a título de juros sobre capital próprio (em substituição (24) (42) (20) social do Banco para Uno-E Participações S.A., a mudança do objeto social ao dividendo mínimo) calculado com base no patrimônio líquido de 31 de Redução das disponibilidades e o cancelamento da autorização para a Companhia funcionar como dezembro de 2004. Essa distribuição consta como destinação do resultado, Modificações na posição financeira Disponibilidades Instituição Financeira junto ao Banco Central do Brasil. Na mesma AGE, diretamente na demonstração das mutações do patrimônio líquido, na forma Início do semestre/exercício 47 65 85 foi aprovada a alteração da denominação social do Banco para Uno-E da Circular n° 2.739 do Banco Central do Brasil, e reduziu a despesa com Fim do semestre/exercício 23 23 65 Brasil Banco de Investimento S.A. e a Sociedade passou a ter por objeto imposto de renda e contribuição social do semestre em aproximadamente (24) (42) (20) principal a prática de operações de investimento, administração da carteira R$ 449. Esta ata foi homologada pelo Banco Central do Brasil em 22 de Redução das disponibilidades As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. de valores mobiliários, fundos de investimento, par ticipação ou agosto de 2005. financiamento a prazo médio e longo para suprimento de capital fixo ou de 7 Imposto de renda e contribuição social Outras despesas operacionais são compostas por: movimento de empresas do setor privado, mediante aplicação de recursos a. Encargos com imposto de renda e contribuição social 2005 2004 próprios e coleta, intermediação e aplicação de recursos de terceiros, 2005 2004 Juros sobre contribuição social 58 50 podendo praticar todas as operações ativas, passivas e acessórias; e, a Imp. de Contrib. Imp. de Contrib. Juros sobre imposto de renda 51 participação em outras sociedades, na qualidade de sócia, quotista ou Receita/(despesa) renda social renda social Multa compensatória dedutível 36 220 acionista. Esta AGE foi homologada em 11 de maio de 2005 pelo Banco Lucro antes do Juros fiscais 3 525 Central do Brasil. 2 Elaboração e apresentação das demonstrações imposto de renda e Juros sobre passivos contingentes 239 202 financeiras: a. Apresentação das demonstrações financeiras: As contribuição social 8.358 8.358 5.486 5.486 Outras 1 16 demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas Juros sobre o capital próprio (JCP) (1.321) (1.321) (5.513) (5.513) Total 337 1.064 contábeis emanadas da legislação societária brasileira e em consonância Lucro antes do imposto de renda e Carlos Masetti Júnior com as diretrizes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). As da contribuição social e após JCP 7.037 7.037 (27) (27) A DIRETORIA CRC-1SP 179400/O-5 estimativas contábeis foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, Adições com base no julgamento da administração para determinação do valor Permanente Parecer dos auditores independentes adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens Outras provisões, receitas e despesas Aos Acionistas e Administradores do Uno-E Brasil Banco de Investisignificativos sujeitos a estas estimativas e premissas incluem a provisão indedutíveis. 27 27 70 54 mento S.A. São Paulo - SP. Examinamos os balanços patrimoniais do para contingências. A liquidação das mesmas poderá resultar em valores Temporárias Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A., levantados em 31 de dezemdivergentes devido a imprecisões inerentes ao processo de sua Provisão para contingências bro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, determinação. O Banco revisa as estimativas e premissas pelo menos fiscais e outras 299 299 252 252 das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de resemestralmente. b. Principais critérios contábeis: O resultado é apurado Base de cálculo 7.363 7.363 295 279 cursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elabopelo regime de competência. O ativo e o passivo, circulante e a longo prazo, Encargos do exercício às alíquotas rados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabisão demonstrados pelos valores de realização e compromissos de 15% (imposto de lidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações finanestabelecidos nas contratações, incluindo, quando aplicável, os rendimentos renda) e 9% (contribuição social) (1.104) (662) (44) (25) ceiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de ou encargos auferidos ou incorridos até a data dos balanços. As aplicações Adicional de (imposto de renda) a auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos em fundos de investimento são atualizadas diariamente conforme o valor 10% sobre parcela trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transada cota, divulgada pelo administrador do fundo. A provisão para o imposto excedente a R$ 240 (713) (5) ções e os sistemas contábeis e de controles internos do Banco; (b) a de renda é constituída com base no lucro, ajustado pelas inclusões e Imposto de renda e contribuição constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que exclusões de caráter permanente, à alíquota de 15%, acrescida de adicional social do exercício (1.817) (662) (49) (25) suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 ao ano. A contribuição Recolhimentos em atraso (410) (180) avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representatisocial foi constituída à alíquota de 9%. 3 Títulos e valores mobiliários: A Total do encargo de imposto de vas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentacarteira de títulos e valores mobiliários, classificada na categoria títulos renda e contribuição social (1.817) (662) (459) (205) para negociação, está assim representada: O Banco não possui créditos ativos e não efetua o registro contábil dos ção das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa 2005 2004 créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias por não haver opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, Bradesco FIC de FI Cambial Dólar (nova denominação base de reconhecimento e expectativa de realização. O valor dos créditos adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial social do Bradesco FAQ de FI Cambial) 9.659 11.020 tributários não reconhecidos monta a R$ 102 (2004 - R$ 86). 8 Outras e financeira do Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A. em 31 de deBradesco FIC de FI Renda Fixa Marte (nova denominação informações: a. Derivativos: Não houve operações de instrumentos zembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutasocial do Bradesco FAQ de FI Marte Renda Fixa) 47.492 41.997 financeiros derivativos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 ções de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recurBradesco FIC de FI Referenciado DI Federal Plus e 2004. b. Limites operacionais (acordo de Basiléia): O Uno-E Brasil sos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo (nova denominação social do Bradesco FAQ Federal Plus) 21.542 18.100 Banco de Investimento S.A., em 31 de dezembro de 2005, atingiu o índice com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Conforme mencionado Total 78.693 71.117 de 159,18% (2004 -156,12%). c. Outras despesas administrativas: na Nota Explicativa nº 1, a Administração do Banco, por meio de Assembléia Geral Extraordinária de 8 de julho de 2004, aprovou as se4 Outras obrigações - Sociais e estatutárias: Refere-se a juros sobre o Outras despesas administrativas são compostas por: capital próprio e dividendos a pagar a acionistas, que se encontram 2005 2004 guintes deliberações: a) anulação da AGE de 17 de julho de 2003 pela acumulados à disposição dos mesmos. 5 Outras obrigações - Fiscais e Despesas de comunicação 11 10 qual foram aprovadas a alteração da denominação social do Banco para Uno-E Participações S.A., a mudança do objeto social e o cancelamenprevidenciárias: Referem-se à provisão para imposto de renda R$ 1.817 Despesas de consultoria 303 287 to da autorização para a sociedade funcionar como instituição financei(R$ 446 em 2004), provisão para contribuição social sobre o lucro R$ 663 Despesas de processamento de dados 8 3 ra do Banco Central do Brasil; b) alteração da denominação social do (R$ 25 em 2004) e outras contribuições R$ 72 (R$ 28 em 2004) e provisão Despesas de publicações 92 122 Banco para Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A.; c) alteração do para riscos fiscais R$ 2.332 (R$ 851 em 2004). O Banco vem contestando Despesas serviços sistema financeiro 20 32 objetivo social que passou a ser prática de operações de investimento, judicialmente a legalidade da exigência de diversos impostos e contribuições Despesas de serviços de terceiros 37 23 administração de carteira de valores mobiliários, fundos de investimene baseado na opinião de seus assessores legais, não espera a ocorrência Despesas de contribuição a entidades de classe 26 54 tos, participação ou financiamento a médio e longo prazos para supride perdas no desfecho desses processos, além das já provisionadas. 6 Outras 5 8 mento de capital fixo ou de movimentos de empresas do setor privado, Patrimônio líquido: O Capital Social em 31 de dezembro de 2005, Total 502 539 mediante aplicação de recursos próprios e coleta, intermediação e aplitotalmente subscrito e integralizado, é representado por 55.980.634 d. Outras receitas (despesas) operacionais cação de recursos de terceiros, podendo praticar todas as operações (45.393.566 em 2004) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Outras receitas operacionais são compostas por: ativas, passivas e acessórias; e a participação em outras sociedades, Conforme disposição estatutária, está assegurado aos acionistas dividendo 2005 2004 na qualidade de sócia, quotista ou acionista. Essas alterações foram mínimo de 5% do lucro líquido do exercício, após a destinação de reserva Reversão de provisão 9 - homologadas pelo Banco Central em 11 de maio de 2005. legal. Em Assembléia Geral Extraordinária (AGE) realizada em 28 de abril Variação monetária sobre tributos 331 239 14 de fevereiro de 2006 de 2005, foi autorizado o aumento de capital social da companhia, mediante Outras 13 a capitalização de TJLP dos exercícios de 1996 (R$ 1.479), 1997 (R$ 1.503), Total KPMG Auditores Independentes José Gilberto Montes Munhoz 353 239 1998 (R$ 1.959), 1999 (R$ 3.310) e 2000 (R$ 2.336). Perfazendo o total de CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP145676/O-5

SEDE: BELO HORIZONTE - MG - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 34.169.557/0001-72 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO ATIVO CIRCULANTE.................................................................................. Disponibilidade ................................................................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...... Operações de Crédito....................................................................................... Outros Créditos.................................................................................................

2005 37.709 259 6.001 212 29.239 1.998

2004 26.943 1.665 4.863 16.010 2.660 1.745

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................... Operações de Crédito....................................................................................... Outros Créditos.................................................................................................

15.827 1.199 14.628

14.062 181 13.881

PERMANENTE ................................................................................ Investimentos.................................................................................................... T O T A L ..........................................................................................

360 360 53.896

346 346 41.351

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO

Em R$ mil

PASSIVO CIRCULANTE.................................................................................. Depósitos.......................................................................................................... Outras Obrigações ...........................................................................................

2005 12.059 10.538 1.521

2004 1.861 1.861

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ...................................................... Outras Obrigações ...........................................................................................

2.191 2.191

2.053 2.053 -

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS.............................

1

1

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................... Capital Social ................................................................................................... Reservas de Capital ......................................................................................... Reservas de Lucros.......................................................................................... T O T A L...........................................................................................

39.645 20.077 910 18.658 53.896

37.436 18.252 891 18.293 41.351

Em R$ mil

EVENTOS 2005 2004 RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........ 5.775 3.799 Receitas da Intermediação Financeira ...................................................... 5.947 3.796 Despesas da Intermediação Financeira ..................................................... (172) 3 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS ......................................... 2.034 2.635 Receitas de Prestação de Serviços e Outras Receitas Operacionais ......... 2.034 2.635 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS ......................................... (3.074) (2.368) Despesas de Pessoal, Despesas Administrativas e Outras (3.074) (2.368) Despesas Operacionais ............................................................................. RESULTADO OPERACIONAL ....................................................... 4.735 4.066 RESULTADO NÃO OPERACIONAL ............................................. (64) 39 RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES .......................................................................... 4.671 4.105 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.................. (944) 2.663 PARTICIPAÇÕES - Administradores ................................................ (88) LUCRO LÍQUIDO .............................................................................. 3.727 6.680 Juros sobre o Capital Próprio............................................................... (1.537) (2.121) Número de Ações em Circulação ........................................................ 182.520.000 182.520.000 Lucro Líquido em Reais por Lote de Mil Ações ............................ R$ 20,42 36,60

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 1 - As demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma, refletindo as cifras nominais de cada exercício findo. 2 - O capital social está representado por 182.520.000 de ações escriturais, sendo divididas em 111.505.680 ações ordinárias e 71.014.320 ações preferenciais, com valor nominal de R$ 0,11. 3 - Neste exercício foi declarado juros sobre o capital próprio no valor de R$ 1.537, sendo líquido de imposto de renda na fonte R$ 1.307, correspondente, em reais, a R$ 6,63 por lote de mil ações ordinárias e R$ 7,99 por lote de mil ações preferenciais. 4 - As demonstrações financeiras, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes, Deloitte Touche Tohmatsu, foram publicadas nos jornais "Hoje em Dia" e "Minas Gerais" edição de 24 de março de 2006. Luiz Carlos de Araújo Contador - CRC - MG 036360/O-4

A ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA S.A.

CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS

SEDE: BELO HORIZONTE - MG - COMPANHIA ABERTA - CNPJ: 33.040.601/0001-87 BALANÇOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO

Em R$ mil

ATIVO CIRCULANTE.................................................................................. Disponibilidade ................................................................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos ................................................ Financeiros Derivativos ................................................................................... Operações de Crédito....................................................................................... Outros Créditos e Outros Valores e Bens.......................................................

2005 84.426 422 4.301

2004 99.579 488 11.004

PASSIVO CIRCULANTE.................................................................................. Depósitos.......................................................................................................... Outras Obrigações ...........................................................................................

2005 53.056 47.034 6.022

2004 85.921 79.319 6.602

73 75.508 4.122

25 84.798 3.264

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................... Outras Obrigações ...........................................................................................

12.357 12.357

10.735 10.735

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS.............................

63

16

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................... Operações de Crédito....................................................................................... Outros Créditos.................................................................................................

78.768 48.515 30.253

85.283 56.881 28.402

PERMANENTE ................................................................................ Investimentos.................................................................................................... Imobilizado de Uso .......................................................................................... Diferido ............................................................................................................. T O T A L ..........................................................................................

225 204 21 163.419

231 199 31 1 185.093

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELA CONTROLADORA.......................................................................... PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NA CONTROLADA ........... PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................... Capital Social ................................................................................................... Reservas de Capital ......................................................................................... Reservas de Lucros.......................................................................................... T O T A L...........................................................................................

97.943 2.190 95.753 43.512 6.491 45.750 163.419

88.421 2.244 86.177 38.808 6.491 40.878 185.093

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO Em R$ mil EVENTOS 2005 2004 RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA . 25.577 28.729 Receitas da Intermediação Financeira .............................................................. 38.367 42.740 Despesas da Intermediação Financeira............................................................. (12.790) (14.011) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS ......................................... 6.114 2.171 Receitas de Prestação de Serviços e Outras Receitas Operacionais .............. 6.114 2.171 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS ......................................... (13.456) (11.824) Despesas de Pessoal, Despesas Administrativas e Outras Despesas Operacionais........................................................................ (13.456) (11.824) RESULTADO OPERACIONAL ....................................................... 18.235 19.076 RESULTADO NÃO OPERACIONAL ............................................. 213 24 RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES .......................................................................... 18.448 19.100 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.................. (4.365) (4.944) PARTICIPAÇÕES .............................................................................. (21) (67) Administradores ................................................................................................. (67) Empregados ........................................................................................................ (21) PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS ........ (11) 74 LUCRO LÍQUIDO .............................................................................. 14.051 14.163 Juros sobre o Capital Próprio ....................................................................... (4.475) (4.451) Número de Ações em Circulação ................................................................ 117.600.000 117.600.000 Lucro Líquido em Reais por Lote de Mil Ações .................................. R$ 119,48 120,43

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 1 - As demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma, refletindo as cifras nominais de cada exercício findo. A consolidação inclui a empresa de corretagem de seguros. 2 - O capital social está representado por 117.600.000 de ações escriturais, sendo divididas em 66.469.565 ações ordinárias e 51.130.435 ações preferenciais, com valor nominal de R$ 0,37. 3 - Neste exercício foi declarado juros sobre o capital próprio no valor de R$ 4.475, sendo líquido de imposto de renda na fonte R$ 3.804, correspondente, em reais, a R$ 30,94 por lote de mil ações ordinárias e R$ 34,17 por lote de mil ações preferenciais. 4 - As demonstrações financeiras consolidadas, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes, Deloitte Touche Tohmatsu, foram publicadas nos jornais "Diário do Comércio" e "Minas Gerais" edição de 24 de março de 2006.

A ADMINISTRAÇÃO

Luiz Carlos de Araújo Contador - CRC - MG 036360/O-4


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Imóveis Tr i b u t o s Finanças

sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

WICKBOLD INVESTIU R$ 500 MIL NA NOTA ELETRÔNICA

Com o equilíbrio fiscal será possível devolver à sociedade esse excesso de arrecadação. Jorge Rachid

CONTRIBUINTES USUÁRIOS DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA APOSTAM NA JUSTIÇA FISCAL

PELA CONCORRÊNCIA JUSTA Fotos: Patrícia Cruz

que paga impostos", afirmou o gerente de Controladoria da industria alimentícia Wickbold, Carlos Alberto Pinto, que representa as 19 empresas que participam até o dia 30 de junho da primeira fase do projeto de implantação da nota fiscal eletrônica. Custos – A Wickbold, com atuação em seis estados, emite 300 mil notas fiscais por mês. O gerente acredita que o investimento de cerca de R$ 500 mil foi válido pela oportunidade de discutir com o fisco o novo sistema. "Propusemos mudanças para tornar o projeto mais acessível ao contribuinte. Demos uma visão da empresa como pagadora de impostos. É melhor contribuir com idéias do que receber algo por imposição", afirma Pinto. O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Cláudio Vaz, elogiou o trabalho que vem sendo feito pelo governo estadual desde a gestão de Mário Covas, que elegeu a competitividade como ferramenta de trabalho, sem aumentar impostos e perder arrecadação. Vaz disse que a redução de cus-

s contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vão emitir a nota fiscal eletrônica (NF-e) a partir do dia 3 de abril estão em busca não apenas da redução de custos, mas também de uma concorrência mais justa entre as empresas. Para os grandes contribuintes do ICMS, o custo para a instalação do programa representa um investimento que trará mais competitividade para a economia brasileira. Esse entendimento foi unânime entre empresários, representantes da sociedade civil e secretários de Fazenda estaduais, que participaram, ontem, do lançamento oficial da nota fiscal eletrônica. Para o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, com o combate mais efetivo da sonegação e, consequentemente, da concorrência desleal, o governo vai arrecadar mais sem aumentar impostos. "Com o equilíbrio fiscal será possível devolver à sociedade esse excesso de arrecadação", afirmou. "A sonegação é um concorrente voraz para a empresa

O

tos com a nova nota poderá ser repassada para o consumidor. A nota deverá usada em 27 estados em 2007. "É necessário todos estarem juntos para a redução do custo Brasil", afirmou a presidente do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Lina Vieira, da Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Norte. Funcionamento – Para emitir a nova nota, a empresa vai gerar um arquivo eletrônico, assinar digitalmente e enviá-lo para a Fazenda local pela internet antes da saída da mercadoria. O fisco vai checar os dados e enviar a autorização de uso da nota em poucos segundos. Após a autorização do transporte da mercadoria, a empresa emitirá um documento chamado Danf-e (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) para acompanhar o caminhão. Com ele, a nota poderá ser averiguada em qualquer local e momento. Os dados da NF-e ficarão à disposição do fiscal da fronteira, destinatário da mercadoria e de outros interessados em consultá-la pela internet.

Henrique Shighemi (no centro), da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e Jorge Rachid, da Receita Federal

Adriana David

Imposto na nota somente com reforma A pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), só será possível com uma mudança no sistema tributário nacional. A opinião é do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que, ontem, participou do lançamento da nota fiscal eletrônica em substituição ao documento em papel. Segundo Rachid, que já teve conhecimento da campanha da ACSP, o sistema brasileiro é muito complexo, o que impede o detalhamento dos tributos ao consumidor. "Como o PIS e a Cofins incidem sobre o faturamento, por exemplo, é difícil calcular a carga de cada produto. Com o atual sistema, seria muito difícil", disse Rachid ao Diário do Comércio. A campanha De Olho no Imposto pela transparência tributária pretende reunir 1,5 milhão de assinaturas de

apoio a um projeto de lei que regulamente o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal. Esse parágrafo prevê que uma lei determine medidas para que os consumidores sejam esclarecidos sobre os impostos que incidem sobre mercadorias e serviços. Cerca de 503 mil paulistas já aderiram ao abaixo-assinado para a regulamentação do artigo. "É direito do cidadão saber quanto paga de imposto", afirma o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Rachid, no entanto, acredita que o brasileiro deva fazer algo para reduzir a sonegação. "O consumidor, que é quem paga os impostos, é que deve exigir o documento fiscal ao adquirir um bem ou serviço. Aí vai ter certeza de que o montante de impostos arrecadados vai para os cofres públicos", disse. (AD)

DC

discriminação, na nota fiscal ao consumidor, do percentual tributário embutido nos preços de produtos e serviços, foco do movimento De Olho no Imposto, idealizado

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O secretário Luiz Tacca Júnior

Encontro reuniu empresários e secretários de Fazenda de vários estados

Fiesp vai pressionar deputados para o repasse de crédito de ICMS Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou ontem que na próxima semana, junto com os governos dos estados, pressionará senadores e deputados a ampliarem o volume do Orçamento de 2006 para o repasse do crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) aos exportadores, como estabelece a Lei Kandir. Segundo uma nota da entidade, a decisão foi tomada ontem em encontro que reuniu

A

dirigentes da Fiesp e secretários de Fazenda de oito governos estaduais, integrantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) – São Paulo Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás. Os empresários e governos desses estados não aceitam a proposta de R$ 3,4 bilhões que tramita no Congresso e deve ser votada na próxima semana. Segundo a Fiesp, eles querem que a quantia seja equivalente à de 2005 (R$ 5,2 bilhões),

pois as exportações do País continuam crescendo. Caso não consigam a mudança, as administrações estaduais ameaçam deixar de realizar a compensação do imposto todos os meses. O diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, avaliou que o governo federal não avalia as conseqüências da questão. "Se não houver devolução do crédito do ICMS, isso vai inviabilizar completamente as exportações" (AE)

Cadastro de isentos do IPTU termina hoje O

morador da capital que tem direito à isenção do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) tem até hoje para entregar a declaração à Prefeitura. Quem fizer o cadastro com atraso terá de pagar multa de R$ 117,60, além de correr o risco de perder o benefício. Para conseguir a isenção, é necessário fazer a atualização

cadastral do imóvel, com dados do proprietário. O cadastro poderá ser entregue na praça de atendimento da subprefeitura mais próxima, preenchido pela internet ou enviado pelo correio para a Secretaria Municipal de Finanças, na Rua Pedro Américo, nº 32, 11º andar, Centro, São Paulo-SP. Cep 01045-010. É necessário apresentar cópias simples do CPF e

de pelo menos um dos seguintes documentos: certidão de matrícula atualizada do registro de imóveis; escritura de compra a venda (sem registro); contrato de cessão de direitos sobre o imóvel; formal de partilha; contrato de compra e venda; sentença de usucapião; outro documento que comprove a propriedade ou posse do imóvel. (Agências)

INSS: censo atinge dois milhões D Para sua festa ou evento, consulte nosso buffet.

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ois milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já atualizaram os dados para o Censo Previdenciário. No total, foram convocados para a primeira etapa 2,4 milhões de beneficiários. A estimativa do ministro da Previdência Social, Nelson Machado, é que 10% desse total sejam de benefícios indevidos, que

Entrega de declaração de empresa inativa termina às 20 horas

deixarão de ser pagos. Segundo o ministro, com isso, o governo deverá economizar R$ 100 milhões por mês. "No total de um ano, incluído o 13º salário, estamos falando de R$ 1,3 bilhão. Essa é a expectativa de redução de custos, redução de despesas de pagamentos indevidos." O Censo Previdenciário começou em outubro de 2005.

Além de atualizar os dados cadastrais dos segurados, o objetivo é acabar com pagamentos indevidos. Ontem, durante coletiva à imprensa, o ministro ressaltou que o censo é "a pedra fundamental do combate às fraudes". "Estamos tratando de limpar a nossa base de dados, que se acumula com benefícios que foram concedidos há mais de 30, 40, 50 anos." (AE)

Secretaria da Receita Federal informou que termina hoje o prazo para que as empresas que não estão em atividade entreguem a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica 2006.

Segundo a Receita, até o momento foram entregues 80 mil declarações. O envio só pode ser feito pela internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br até as 20 horas. (Agências)

A


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sexta-feira 31 de março, e sábado e domingo, 1 e 2 de abril de 2006

Indicadores Econômicos

11

2,18

30/3/2006

reais foi a cotação do dólar comercial ontem. A moeda norte-americana registrou baixa de 1,17%.

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 29/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.241.663,42 Lastro Performance LP ......... 940.928,60 Múltiplo LP .............................. 2.431.772,61 Esher LP .................................. 2.464.524,88 Master Recebíveis LP ........... 232.021,89

Valor da Cota Subordinada 1.018,138689 992,274125 1.017,008899 1.003,672087 951,084454

% rent.-mês 2,9488 - 0,7726 2,7290 0,3806 - 4,8916

% ano 4,2138 - 0,7726 1,7009 0,3672 - 4,8916

Valor da Cota Sênior 0 1.012,466004 1.018,520315 0 0

% rent. - mês 1,2466 1,4290 -

% ano 1,2466 1,8520 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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