Especial pos graduacao

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Jornal do empreendedor

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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2014

ESPECIAL

Passou pela peneira do MEC, é Pós. Governo de olho nos cursos de especialização O Conselho Nacional de Educação prepara um marco regulatório para os cursos lato sensu, com o objetivo de dar segurança aos estudantes Carlos Ossamu

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tradução da expressão em latim lato sensu é “sentido amp l o”, em oposição a stricto sensu (sentido restrito). No âmbito da educação, lato sensu são os cursos de especialização, incluindo o MBA (Master Business Administration), que são cursos de pósgraduação na área de Administração. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os cursos lato sensu só podem ser oferecidos por instituições de ensino superior credenciadas e nas áreas em que ela possui competência, experiência e capacidade instalada. A instituição credenciada deve ser diretamente responsável pelo curso (projeto pedagógico, corpo docente, metodologia etc.), não podendo se limitar a chancelar ou validar os certificados emitidos por terceiros nem delegar essa atribuição a outra entidade (escritórios, cursinhos, organizações diversas). O MEC deixa claro que não existe a possibilidade de terceirização da responsabilidade e competência acadêmica. Observados esses critérios, os cursos de especialização em nível de pós-graduação independem de autorização, reconhecimento e renovação do reconhecimento, como ocorrem nos cursos stricto sensu (Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado). Segundo o ministério, isso garante manter as características de flexibilidade, dinamicidade e agilidade. Porém, o Conselho Nacional de Educação (CNE)

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está preparando um marco regulatório para os cursos lato sensu, com o objetivo de dar maior segurança para os estudantes e oferecer um mínimo de qualidade. Uma comissão trabalha há quase um ano neste marco regulatório, que ainda passará por audiência pública antes de ser aprovado pelo MEC. A primeira iniciativa será a criação de um cadastro nacional dos cursos de especialização. Além disso, a instituição de ensino superior responsável pelo curso deverá ter nota igual ou maior a 4 nas avaliações do MEC (as notas variam de 1 a 5) para abrir um curso de especialização. As instituições deverão ter cursos de graduação reconhecidos pelo MEC e não apenas autorizados. Para serem reconhecidos precisam ter pelo menos dois anos de funcionamento. Está nos planos a avaliação dos cursos de especialização e MBAs, mas a forma ainda está em discussão. Cursos que não se enquadrarem à nova norma serão considerados “cursos livres”. Como é hoje Atualmente, o MEC exige que o corpo docente seja constituído necessariamente por, pelo menos, 50% de professores portadores de títulos de mestre ou de doutor, obtidos

em programas de pós-graduação stricto sensu reconhecidos. Os demais docentes devem possuir, no mínimo, formação em nível de especialização. O interessado pode solicitar à instituição a relação dos professores efetivos de cada disciplina prevista no projeto pedagógico, com a respectiva titulação. Os cursos de especialização devem ter duração mínima de 360 horas, nestas não compu-

tados o tempo de estudo individual ou em grupo, sem assistência docente, e o reservado, obrigatoriamente, para elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso. A duração poderá ser ampliada de acordo com o projeto pedagógico do curso e o seu objeto específico. O interessado deve sempre solicitar o projeto pedagógico do curso. Os cursos de especialização em nível de pós-graduação a distância só poderão ser oferecidos por instituições credenciadas pela União, confor-

declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as disposições da presente Resolução; e V - indicação do ato legal de credenciamento da instituição, tanto no caso de cursos ministrados a distância como nos presenciais. Os certificados de conclusão de cursos de especialização em nível de pós-graduação devem ter registro próprio na instituição credenciada que o ofereceu. O MEC aconselha que os interessados em curso de especialização em nível de pós-graduação pesquisem as instituições de ensino superior cred e n c i a d a s d a s u a re g i ã o. Existe um portal que oferece informações sobre as instituições de educação superior credenciadas e os cursos superiores que são autorizados: http://emec.mec.gov.br. Todas as instituições de ensino superior credenciadas que constam desse cadastro podem também oferecer cursos de especialização para os já graduados, sem prévia autorização nem posterior reconhecimento, nas áreas em que atuam no ensino de graduação.

me o disposto no § 1º do art. 80 da Lei 9.394, de 1996. Os cursos a distância deverão incluir, necessariamente, provas presenciais e defesa presencial de monografia ou trabalho de conclusão de curso. Farão jus ao certificado apenas os alunos que tiverem obtido aproveitamento segundo os critérios de avaliação previamente estabelecidos (projeto pedagógico), assegurada, nos cursos presenciais, pelo menos, 75% de frequência. Os certificados de conclusão devem mencionar a área de conhecimento do curso e serem acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual deve constar, obrigatoriamente: I relação das disciplinas, carga horária, nota ou conceito obtido pelo aluno e nome e qualificação dos professores por elas responsáveis; II - período e local em que o curso foi horas é realizado e a sua a carga duração total, em horas de efeh mínima orária tivo trabalho de um c u acadêmico; III de esp ecializa rso título da monoção, segund o o ME grafia ou do C. trabalho de conclusão do curso e nota ou conceito obtido; IV -

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s cursos de pós-graduação lato sensu só podem se oferecidos por instituições de ensino superior já credenciadas no MEC e nas áreas em que ela possui competência, experiência e caSelo de acreditação da pacidade instalada. Ocorre que há um desAbipg vai atestar a controle geral no merqualidade dos cursos cado, com instituições generalistas oferede especialização cendo uma enorme variedade de cursos de especializações e MBAs de qualidade duvidosa, prejudicando os alunos. Nesta entrevista, M a rc e l o S ar a c e n i N unes, presidente da A s s o c i ação Brasileira das Instituições Hoje ainda não existe uma graduação oferecidos no de Pós-Graduação (Abipg), re- avaliação. Estão sendo lança- Brasil, de forma que eles vela que a entidade está pre- dos agora selos de acredita- realmente entreguem aos parando um selo de qualidade ção, como o da Abipg, que alunos o que prometem. desses cursos, comenta o atestam a qualidade dos cur- Estamos em fase de teste marco regulatório do setor sos de pós-graduação, mas e acreditamos que até o que está sendo preparado pe- ainda não foram implementa- fim de junho ele possa ser lo MEC e dá algumas dicas de dos e não há instituições ava- solicitado pelas instituicomo escolher bons cursos de liadas. ções, que não precisam especialização. ser sócias da Abipg. SeComo funcionará este selo rão preenchidos vários Diário do Comércio - O que de acreditação? formulários, que serão são os cursos lato sensu? O selo está em elaboração avaliados por uma comissão Marelo Saraceni Nunes - No na Abipg, já foi aprovado inter- externa especialmente forlato sensu estão incluídos os namente e está sendo testado mada para isso. Se a instituiMBAs (Master Business Admi- em duas instituições. Será um ção for aprovada nesta fase, nistration) e os cursos de es- selo que atestará a qualidade ela receberá a visita de uma pecialização. Ambos têm a do curso de pós-graduação la- comissão verificadora para mesma base legal, o que dife- to sensu. O objetivo é se tornar que se comprove na prática o re é a nomenclatura, sendo um referencial no mercado, que foi informado no formuláque o MBA é voltado à área de pois estamos adotando parâ- rio. Após ser aprovada, a instigestão e a especialização para metros de acreditação inter- tuição receberá o nosso selo outras áreas. nacionais bastante rigorosos. de acreditação. Esta é uma demanda que teOs cursos stricto sensu são mos desde que a Abipg foi criaO MEC está preparando um avaliados pela Capes. Os da em 2010. Entre os nossos marco regulatório para os cursos lato sensu também são objetivos está o de zelar pela cursos lato sensu. Qual a sua avaliados de alguma forma? qualidade dos cursos de pós- opinião sobre essa iniciativa?

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Entidade prepara selo de qualidade 40

Mil alun os frequen ta cursos m d e pósgradua ção de esc associa das a A olas bipg

O que o MEC está fazendo agora é criar um cadastro nacional de cursos de pós-graduação lato sensu em que as instituições de ensino terão de comunicar, por meio de formulários, o projeto pedagógico de cada curso de especialização, que será inserido dentro do sistema do MEC. Os cursos serão cadastrados, já que até agora não havia controle nenhum sobre eles. O cadastro do MEC também

Especializações na área da saúde área da saúde, pela sua complexidade, é a que mais possui especializações, principalmente em Medicina e Odontologia. Portanto, é natural que aqui os cursos de pós-graduação sejam frequentes – a tendência é que o médico ou dentista seja especializado em determinada área. Mesmo assim, não há uma regulação ou avaliação dos cursos oferecidos. Para Flávio Vellini, vicepresidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Instituições de Pós-Graduação (Abipg), a especialização precisa ser regulada e ter a chancela do MEC, “do contrário, vamos ter uma proliferação de cursos sem uma avaliação, com qualidade duvidosa”.

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DC - Mesmo na área da saúde não há nenhum tipo de controle por parte de entidades como o Conselho Federal, ministérios ou algum outro órgão em relação aos cursos de especialização? Flávio Vellini - Não há por enquanto, o que prejudica muito o setor. Na área da Medicina, o ambiente que o aluno frequenta é um hospital: o curso de especialização é uma residência médica, não é

uma faculdade. E essa especialização precisa ser regulada, do contrário, vamos ter uma proliferação de cursos sem uma avaliação e com qualidade duvidosa. Nós precisamos dessa avaliação, de uma regulação, de forma a manter um nível mínimo de qualidade dos cursos de pós-graduação. A própria LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação) diz que quem tem de avaliar a pósgraduação é o governo. Não podemos ter um setor tão importante para a sociedade sem regulação. O que são cursos de especialização na área de saúde? A especialização é um aprofundamento em uma determinada área do conhecimento. O MEC determina uma carga horária mínima de 360 horas – tem curso de especialização com carga de 2 mil horas. Cada especialidade tem a sua necessidade. Na área da saúde, as especializações estão se tornando cada vez mais específicas, há ortopedistas especializados em mão ou em quadril, por exemplo. A tendência é de superespecializações dentro das especializações.

Flávio Vellini: a avaliação dos cursos de pósgraduação é importante na área da saúde.

E quanto ao nível dos cursos de especializações na área médica? Temos cursos excelentes, assim como temos cursos ruins por falta de uma avaliação. Falta uma fiscalização para verificar se o curso tem condições mínimas de instalação, corpo docente, carga horária etc. Com a regulação, haverá condições de melhorar cada

vez mais a pós-graduação, embora hoje existam centros importantes que ministram cursos de qualidade. Os grandes hospitais têm seus centros de especializações. Mesmo para eles seria interessante ter essa avaliação. O selo de acreditação que a Abipg está desenvolvendo servirá para a especialização na área da saúde? Sim. Este é também um movimento no sentido de aprimorar a qualidade. É como uma certificação ISO. Isso é muito importante na área da saúde. As pessoas se sentem mais seguras em frequentar um hospital que é bem credenciado, que tem um selo de qualidade, assim como o aluno se sente mais seguro em frequentar um curso avaliado pelo MEC. Com essa chancela, se tem a certeza de que a escola está preparada para ministrar o curso. O ensino precisa ser regulado e fiscalizado para não haver uma comercialização desmedida. A Abipg é uma entidade voltada para a pós-

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graduação de um modo geral, no sentido da sua valorização. Vemos quais são as necessidades do momento do setor e estamos sempre em contato com o MEC para ver como podemos evoluir sempre. O ensino a distância (EAD) e teleconferências estão sendo muito utilizados pelas instituições. Qual a sua opinião sobre essa tecnologia? Esta área está crescendo muito. Hoje já temos cirurgias feitas por robôs em que o cirurgião está em outro país e o procedimento é acompanhado por outros médicos e alunos. Isso é um ensino a distância, assim como videoconferências com especialistas. Bons profissionais passam a ensinar a distância para alunos em pontos longe de grandes centros, com a discussão de casos clínicos. Os grandes centros, com corpo docente mais bem preparados e mais recursos, podem transmitir conhecimentos para locais mais afastados. Precisamos incentivar essa tecnologia.

recebe uma promoção e passa a ocupar um cargo de gerência ou diretoria. Ele então precisa de conhecimentos na área de gestão. Essa mudança na carreira exige que ele faça uma pós-graduação, neste caso um MBA, para desenvolver competências na nova função. Há também alunos que ingressam no mercado e depois de dois ou três anos sentem a necessidade de uma pós-graduação para ficarem aptos a ocupar um cargo de gerência numa e m p re s a . J á n a área da saúde há v a r i a s f o rm ações específicas, tanto na SXC área médica como odontológica. Assim, o profissional busca vai servir de avaliação? E m u m p r i m e i r o uma pós-graduação para se momento não, será especializar. mais para se saber o Quando optar por um curso número de cursos que existem e tentar regu- lato sensu ou stricto sensu? O aluno que procura um curlar a oferta, mas não terá uma avaliação. O alu- so lato sensu está buscando a no deve procurar essa extensão da sua carreira proavaliação onde mais in- fissional, um plano de carreira teressa a eles: nas em- em uma organização emprepresas. Se ele estiver em- sarial. Quem busca uma póspregado, pergunte ao de- graduação stricto sensu, um partamento de RH quais mestrado ou doutorado, muisão as instituições com me- tas vezes deseja seguir uma lhores reputações, que tive- carreira acadêmica e lecionar ram alunos com bons desem- em alguma instituição de enpenhos internamente. Este sino. Há também aquele profissional com muito tempo de ainda é o melhor caminho. mercado, que teve oportunidade de ingressar na carreira A Abipg tem algum estudo acadêmica com cursos de exmostrando o tamanho deste tensão ou pós-graduação e mercado de cursos de pretende aprofundar nessa especialização? Como não há controle, não carreira. foi possível até o momento Quais são as dicas para chegar a um número real em relação ao tamanho deste escolher um bom curso de pósmercado – número de cursos graduação lato sensu? Existem alguns conselhos e quantidade de alunos. A Abipg encomendou junto a que podem ajudar o aluno a um instituto de pesquisas, a escolher uma boa pós-graHoper, uma análi- duação. Primeiramente, avaSXC se do setor de pós- liar a instituição que está ofergraduação. A Ho- tando o curso, se ela tem expeper já faz uma ava- riência e tradição na área desliação setorial dos se curso. No caso de um MBA, cursos de ensino ele deve optar por uma escola superior, até ago- de negócio, uma instituição r a n i n g u é m f e z especializada em gestão, que uma avaliação do tenha boa reputação nessa setor de pós-gra- área, evitando uma instituiduação. A pesqui- ção generalista, que oferta s a d e v e e s t a r cursos em todas as áreas, em que o MBA é mais um curso pronta em breve. oferecido. Há algum Quais outras dicas? levantamento Outro ponto importante é destes números avaliar o nível dos alunos descom as instituições sa instituição, se tem alunos associadas à bem colocados no mercado de Abipg? Fizemos uma es- trabalho, se ela tem boa reputimativa interna tação junto às áreas de Recurdas instituições sos Humanos. Existem diverassociadas à Abipg. O número sas publicações e sites que esde alunos soma cerca de 40 tabelecem rankings de pósmil por ano. São oferecidos en- graduação, que avaliam as t re 2 m i l e 2 , 5 m i l t u rm a s boas escolas de negócios ou anualmente e cerca de 150 ti- de saúde. Também é imporpos de cursos. A maioria são tante avaliar o nível de parcecursos de MBAs e cursos na rias internacionais que a escoárea da saúde, como Medicina la mantém e se oferece a oportunidade aos alunos de fazer e Odontologia. parte do curso fora, desenvolver um módulo internacional, O que motiva o aluno a este é um ponto muito imporbuscar um curso de póstante hoje em dia. Há entidagraduação lato sensu? A primeira razão para se fa- des internacionais que reúzer um curso de pós-gradua- nem as mais importantes esção é a busca de uma forma- colas no mundo todo, como a ção em uma área específica, AACSB International, Executiquando a carreira direciona o ve MBA Council etc. Estes são profissional para outra área. indicativos importantes de Por exemplo, um engenheiro que o curso tem qualidade e que começou a desenvolver emite um certificado reconhesua carreira na área técnica, cido pelo mercado.

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Lino Fernandes

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira

Edição e reportagem Carlos Ossamu

Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br


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Na elite das escolas de negócio

Considere um MBA internacional

Os cursos de MBAs da FIA estão entre os mais cobiçados do mercado. A escola também oferece especializações e mestrado profissional.

FIA - Fundação Instituto de Administração está na lista dos 70 melhores cursos abertos de educação executiva do jornal britânico Financial Times, ocupando a posição 69. Trata-se de uma das mais renomadas escolas de negócio do País, criada em 1980 e desde 1993 oferecendo cursos de MBA (Master Business Administration), que em outros países tem título de mestrado, mas que no Brasil é uma especialização. A FIA tem parcerias com cerca de 30 escolas espalhadas pelo mundo, entre elas a Columbia University de Nova York, a IIT (Illinois Institute of Techology), Simon Fraser University de Vancouver (Canadá), Lyon e Grenoble na França, Cambridge na Inglaterra, entre outras. Nesta entrevista, Leandro Morilhas, diretor-geral e coordenador de graduação da FIA, fala sobre os cursos oferecidos pela instituição, o mercado de MBA, a mudança no perfil dos alunos que buscam este tipo de curso e a necessidade de uma fiscalização por parte do Ministério da Educação (MEC) dos cursos lato sensu.

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Diário do Comércio - O que a FIA oferece em pós-graduação? Leandro Morilhas - A FIA possui graduação e pós-graduação. Esta última está dividida em quatro categorias: os cursos de especialização, voltados para um público mais jovem e recém-formado; os M B A s , c o m c a rg a h o r á r i a maior e voltados para um público mais experiente em termos de prática empresarial; o mestrado profissional, um curso stricto sensu; e o pósMBA, para quem já tem um MBA. Começamos a desenvolver agora algumas soluções em ensino a distância (EAD), mas inicialmente com cursos livres.

A FIA é mais conhecida pelos cursos de MBA. Como são estes cursos? Este é o nosso produto mais forte e que deu origem à FIA. O nosso MBA foi o primeiro do Brasil, em 1993, que foi o MBA Executivo Internacional. Temos hoje 13 cursos de MBAs, que vão desde Tecnologia da Informação, passando pelas áreas de gestão, finanças, marketing e recursos humanos, até MBAs para executivos que têm uma carreira internacional e que estão se preparando para assumir o cargo de presidente, atuando no nível estratégico das empresas – é o MBA Executivo Internacional. Estes são os MBAs abertos, ou seja, em que o aluno tem uma relação direta com a FIA. Temos também cursos para as empresas, os chamados in company. Por exemplo, uma Leandro Morilhas: a FIA oferece 13 cursos de MBAs em várias áreas.

Criado em 1993, o MBA da FIA foi o primeiro do Brasil. A FIA está na lista das 70 melhores escolas do mundo.

empresa do setor farmacêutico contrata a FIA, que irá montar um curso de MBA com foco em gestão estratégica e práticas gerenciais, mas com módulos específicos para o setor farmacêutico. É um MBA sob medida, customizado. Quais motivos levam o aluno a procurar um curso de MBA? A área de Administração, de uma maneira geral, é formada por profissionais de diversas áreas. Por exemplo, alguém fez Medicina com o objetivo de clinicar, mas foi contratado por uma empresa farmacêutica para atuar como consultor técnico. Ele se desenvolve nessa área e vira um administrador na prática. O MBA tem o diferencial de dar a este profissional uma visão integrativa da organização, com conhecimentos em gestão, estratégia, economia e finanças. Há também o caso do profissional que está assumindo uma função gerencial, com função de coordenação, precisando entender mais de gestão de pessoas, liderança, trabalho em equipe. Percebemos que o aluno vem aqui em busca de ferramentas, teorias e aplicações, para ter uma visão mais estratégica de negócio, se capacitar e continuar se desenvolvendo em termos de carreira. Como a FIA é uma escola conceituada no mercado, a qualidade dos alunos que aqui e s t u d a m é Divulgação muito boa. A gente percebe também o interesse dos alunos pelo n et w o rk i ng , aquilo que e l e s d e s e nvolvem com os demais colegas. Temos visto casos em que o aluno acaba trocando uma ou duas vezes de e m p re g o a o longo do curso – ele tem o perfil que o colega da sala está procurando para contratar. Em resumo, são estes três pontos que levam alguém a buscar um MBA: ter uma visão mais estratégica, adquirir ferramental aplicável e construir networking. O senhor comentou que o MBA é voltado para um público mais experiente. Como é feita a seleção? Cada coordenador, dentro do seu núcleo, tem autonomia para criar o próprio processo de seleção. Damos essa autonomia porque eles sabem o perfil ideal para este curso específico. Um aluno, apesar do seu potencial, pode ainda não ter uma experiência grande para participar de uma turma mais sênior. Se a gente coloca esse aluno nesta sala, muitas coisas que o grupo vai discutir serão experiências que ele ainda não viveu e ele também não vai agregar valor em termos de discussão para o grupo. A seleção geralmente é composta de prova escrita e entrevista para identific a r a s c o m p e t ê n-

ursar um MBA Internacional turbina o currículo de qualquer profissional. A experiência multicultural, a imersão em outra língua e a extensa carga horária proporcionam ao aluno outra visão do mundo dos negócios, além de trazer uma boa bagagem para aqueles que buscam iniciar carreira solo, abrindo ou melhorando a própria empresa. “Algumas escolas de MBA internacional oferecem cursos voltados para empreendedorismo, ou seja, além das matérias básicas dos cursos tradicionais, o aluno ainda vê matérias focadas em empreender ”, explica Marcelo Ambrozio Ramos, sócio da MBA House, rede de escolas preparatórias para cursos de MBA no exterior. Segundo o executivo, a oportunidade traz ao aluno uma visão mais abrangente de diferentes áreas dos negócios, o que garante maior segurança na tomada de decisões e um outro olhar para diferentes situações. Também há uma troca de experiências com outros empreendedores que o aluno encontrará nessa trajetória. Para cursar um MBA no exterior, o candidato deve prestar testes como GMAT e TOEFL. O GMAT (Graduate Management Admission Test) é uma das provas mais importantes e tem como proposta medir a capacidade de o estudante resolver problemas de matemática básica e inglês voltado à lógica verbal. O TOEFL é o teste que apura a proficiência na língua inglesa. Além dos exames, as instituições exigem o preenchimento de diversos formulários, redações, cartas de recomendação e entrevistas para que o candidato possa ser de fato considerado. “Para prestar esses exames são necessárias horas de estudo e dedicação. Mas o resultado é recompensador ”, afirma Ramos. Para quem não consegue bancar o curso, as escolas internacionais possuem programas de financiamentos, “Preocupe-se em ser aceito pela escola que o financiamento será dado a você automaticamente”, afirma. A MBA House (www.mbahouse.com.br), dos sócios Marcelo Ambrozio e Vivianne Wright, é uma escola preparatória para o jovem executivo que deseja cursar escolas de negócios fora de seu país. Além de cursos para exames como GMAT e TOEFL, exigidos aos candidatos pelas instituições estrangeiras, a MBA House coloca à disposição de seus alunos um profundo conhecimento das aulas, linhas, estilos e exigências de cada uma delas. Conscientes de como funcionam as melhores escolas do exterior, os consultores e professores da MBA House têm condições de guiar e avaliar as melhores escolhas para seus alunos. A MBA House oferece Private Tutoring incluso em seus pacotes de aulas e também cursos a distância via web, graças ao alto investimento em tecnologia e estrutura para aulas nesse formato.

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cias que o aluno espera desenvolver, as suas expectativas em relação ao curso, mas também para o coordenador verificar se o perfil do aluno é adequado ao grupo. Tem mudado o perfil do público que busca o MBA por conta do surgimento de empresas digitais ou pontocom, que geralmente são comandadas por empresários mais jovens? Tem sim e isso tem incentivado a FIA a investir mais em cursos de especialização, que focam em um público mais jovem. Pesquisas sobre o perfil de pessoas que estão se graduando mostram que eles são muito imediatista – saem da faculdade, viram trainees e querem logo assumir cargos de liderança. O próprio perfil

dessas gerações mais novas mostra que eles querem ingressar mais rapidamente no mercado de trabalho. Em paralelo a isso, a gente percebe que as empresas têm entendido que é o próprio indivíduo quem deve ser o gestor da sua carreira, o principal interessado por esta gestão. Antes, era maior o número de empresas contratando cursos de MBAs para os funcionários. O MEC vem estudando um marco regulatório dos cursos lato sensu. Qual a sua opinião sobre isso? O MEC considera curso de pós-graduação lato sensu as especializações – o MBA é considerado, no Brasil, uma especialização em Administração. O que nós da FIA procuramos fazer é uma separação por ní-

vel de experiência entre especialização e MBA, sendo o MBA uma especialização mais robusta, de forma que seja um curso diferenciado. Mas a gente sabe que existem muitas escolas não tão renomadas e que não têm esse posicionamento de diferenciação, que acabam banalizando a sigla MBA, chamando qualquer especialização com carga horária de 360 horas de MBA. Não existe uma regulação para especialização como há para graduação. Quem tiver cursos de graduação autorizados pelo MEC e quiser abrir cursos de especialização com o nome MBA, não tem ninguém que impeça. Se houver uma filtragem e o fechamento de cursos de baixa qualidade, isso será muito positivo para a formação de profissionais.

Entre as melhores do mundo

O Insper é uma instituição reconhecida no mercado por seus rígidos padrões de qualidade Insper manteve a 38ª colocação no ranking 2014 das 70 melhores escolas de negócio do mundo do jornal britânico Financial Times. Foi a mesma colocação do ano passado, mas a avaliação foi pior em comparação a 2012, quando o Insper ocupava a 32ª posição. A avaliação leva em conta o formato dos cursos, a metodologia empregada, materiais de ensino, infraestrutura, parcerias internacionais e a possibilidade de o aluno participar de módulos no exterior. Segundo Silvio Laban, coordenador dos programas de MBA do Insper, a escola oferece três cursos de educação executiva: MBA Executivo em Finanças, MBA Executivo e MBA Executivo em Gestão em Saúde. Por ano, cerca de 480 alunos participam dos cursos de MBAs. Entre os diferenciais,

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Laban afirma que o Insper é uma instituição reconhecida no mercado por seus rígidos padrões de qualidade. “Há um equilíbrio entre teoria e prática por meio de discussão de casos e simulações, o corpo docente é altamente qualificado, sendo 68% doutores/Ph.D e 32% mestres. Oferecemos formação integralmente voltada para o desenvolvimento da carreira profissional, do conhecimento funcional e de competências voltadas à gestão de à liderança”, diz. Além disso, o Insper possui certificação AACSB International,Association of MBAs e Anamba Associação Nacional de MBA. “ Há a opção de o aluno vivenciar uma rica experiência acadêmica em renomadas instituições dos Estados Unidos, Europa e América do Sul, como a Darden, Universidade Nova

de Lisboa e o Massachussetts Institute of Technology (MIT)”, observa. Laban se diz favorável a um controle por parte do MEC dos cursos lato sensu. “Particularmente, no caso dos programas de pósgraduação em Administração, a existência de inúmeros programas, muitos dos quais se intitulando como MBA, cria uma situação no mercado que confunde os candidatos ao dificultar o entendimento de cada proposta de programa e definir sua escolha. Um sistema de cadastramento como o proposto pelo MEC pode significar um passo na direção de termos um censo destes programas, bem como trabalhar para a evolução da qualidade dos programas, ora oferecidos”, diz. Já no stricto sensu, o Insper oferece o Mestrado Profissional em Administração e Mestrado Profissional em Economia. Os cursos possuem duração de dois anos e acontecem duas vezes por semana. O primeiro tem foco em estratégia, abordando ferramentas aplicadas, que possibilitam às organizações desenvolver vantagem competitiva sustentável, e ênfase analítica, com treinamento em como tratar dados para tomar decisões gerenciais informadas visando alto desempenho. Já o Mestrado Profissional em Economia foi reconhecido com nota máxima na Capes em três avaliações consecutivas. O curso aborda o uso de ferramentas modernas e aplicadas em Finanças e Macroeconomia.


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Muitas opções para investir na carreira SXC

A Universidade Anhanguera oferece mais de 80 cursos de pós-graduação lato sensu, além de doutorados e mestrados

soal de Nível Superior (Capes), mantém um corpo docente composto em quase sua totalidade (97%) por professores doutores e objetivam proporcionar a docentes e pesquisadores formação de alto nível, em diversas áreas de atuação. O curso a distância (EAD) é uma modalidade que vem crescendo. O aluno pode assistir às aulas quantas vezes quiser para estudar e revisar os conteúdos, ou realizar as tarefas. O acesso aos materiais é feito a partir de qualquer computador com acesso à internet e tomeses é o tem dos os materiais didápo de dura ção do ticos e conteúdos são s cursos disponibilizados para de pós gradua download. ção

Anhanguera Educacional, uma das maiores instituições de ensino do mundo, subiu quatro posições no ranking BrandZ Top 50, divulgado anualmente pela empresa especializada em análise de marcas Millward Brown. Este ano, a instituição alcançou a 31ª posição, com valor de marca, mensurado em US$ 326 milhões, variação de 7% em relação ao ano anterior. A consultoria internacional Millward Brown classifica a instituição de ensino como uma das 50 mais valiosas do Brasil. A construção do ranking considera duas dimensões: financeira (valor do negócio no mercado de capitais e valor dos intangíveis da empresa) e de mercado (contribuição da marca para o resultado dos negócios). A Universidade Anhanguera de São Paulo oferece uma ampla gama de cursos de pós-graduação, que objetivam contribuir efetivamente para a atualização e aperfeiçoamento profissional dos seus alunos, aumentando significativamente as chances de empregabilidade em qualquer etapa da carreira. A instituição dispõe de mais de 80 cursos lato sensu – nas modalidades presencial e EAD (ensino a distância) – com foco técnico e profissional. “Nossa pós-graduação é dada em 14 meses e conta com professores com uma vasta experiência no mercado de trabalho, que trazem a vivência prática para sala de aula”, destaca o professor Vladimir Ferreira Júnior, coordenador de pós-graduação na unidade Vila Mariana da Anhanguera. “Além disso, oferecemos aos nossos alunos tutores presencias e a distancia que os auxiliam no desenvolvimento das atividades”, acrescenta. A Anhanguera também mantém programas de pós-graduação stricto sensu, que contemplam dois doutorados (Biotecnologia e Inovação em Saúde e Educação Matemática) e seis mestrados (Adolescente em Conflito com a Lei, Biomateriais em Odontologia, Biotecnologia, Educação Matemática, Farmácia, Reabilitação). Direcionados para a continuidade da formação científica e acadêmica de alunos com nível superior, os programas são recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-

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da Anhan guera

A instituição

A Anhanguera Educacional organizou-se como uma companhia de capital aberto em 2003, sendo a sucessora da então existente Associação Lemense de Educação e Cultura, entidade mantenedora do Centro Universitário Anhanguera (Leme e Pirassununga); da Faculdade Comunitária de Campinas e das Faculdades Integradas de Valinhos. O mesmo ocorreu com o Instituto Jundiaiense de Educação e Cultura, entidade mantenedora da Faculdade Politécnica de Jundiaí e com o Instituto de Ensino Superior Anhanguera, entidade mantenedora da Faculdade Politécnica de Matão. Essas associações, todas de natureza não lucrativa, foram a base legal para a transformação de cada uma delas em sociedades educacionais (nos moldes de sociedades anônimas): Sociedade Educacional de Leme S.A.,Sociedade Educacional de Jundiaí e Sociedade Educacional de Matão, forma organizacional então pensada e preparada para a futura abertura de seu capital na Bolsa de Valores. Dessas três sociedades anônimas surgiu a Anhanguera Educacional, hoje definida como a sociedade mantenedora de todas as demais unidades educacionais existentes, sejam faculdades, centros universitários ou universidades. Assim, desde 2004, os novos cursos e unidades estão sob a tutela da instituição. A Anhanguera é uma das maiores instituições de ensino do mundo em número de alunos, bem como uma das maiores empresas de capital aberto do setor de educação no Brasil.

Especialização e MBA no Mackenzie

Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM está com inscrições abertas para cursos de especialização e MBA voltados ao mercado empresarial em sua nova Unidade WTC – World Trade Center São Paulo, um dos

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complexos mais importantes da América Latina. Os cursos oferecidos são: Administração de Negócios, Governança de TI, Marketing Estratégico, além dos MBAs em Gestão Estratégica Empresarial e Marketing e Estratégia Competitiva.

Com foco na formação e atualização, os programas de especialização do Mackenzie visam preparar e desenvolver o aluno para o mercado de trabalho. Os cursos formam profissionais empreendedores, que tomem atitudes proativas, Captura de tela

Os programas de especialização do Mackenzie visam preparar e desenvolver o aluno para o mercado de trabalho.

exibindo uma visão sistêmica, ou seja, junção de análise e prática na realização de ações de gestão nas empresas. Os cursos MBA do Mackenzie possuem conteúdo programático inovador e atualizado com o mercado, simuladores de gestão e business games, professores com expressiva experiência de mercado e também titulados, módulos internacionais opcionais, entre outros diferenciais. Segundo o professor e coordenador da PósGraduação Lato Sensu da UPM, Dr. Cláudio Alberto de Moraes, com um cenário empresarial cada vez mais competitivo, as empresas lutam para gerar mais valor para os seus clientes e também para os acionistas; assim o funcionário não pode esquecer de agregar continuamente valor

também à sua formação, sustentando e aumentando a sua empregabilidade. “Ser graduado é um pré-requisito, mas não suficiente para sobreviver e prosperar nesse ambiente atual do mercado de trabalho. Um curso de pósgraduação lato sensu de qualidade, bem balanceado com relação à teoria e à prática, alinhado às necessidades do mercado, com professores titulados, mestres e doutores, mas também com experiência empresarial, de tradição e nome no mercado, aumentará substancialmente a probabilidade de progressão horizontal ou salarial e também de promoção, dependendo do caso”, explica. A Universidade Presbiteriana Mackenzie também possui 11 Programas de pós-graduação stricto sensu, com 8 cursos de

doutorado, 9 cursos de mestrados acadêmicos e 2 cursos de mestrados profissionais. No momento, são mais de mil alunos matriculados. Destaque para os mestrado e doutorado em Administração de Empresas, que busca formar docentes, pesquisadores e profissionais com capacidade crítica e de reflexão que contribuam com o desenvolvimento humano, científico e tecnológico das organizações, proporcionando uma compreensão profunda destas e uma formação sólida em métodos e técnicas de investigação aplicada à gestão de instituições públicas e privadas. O programa se propõe a contribuir no aprimoramento da docência e da pesquisa, bem como na capacidade competitiva das organizações empresariais. Divulgação

Mestrado profissional em Arquitetura e Urbanismo FIAM-FAAM Centro Universitário do Complexo Educacional FMU está com inscrições abertas para o curso de mestrado profissional na área de Arquitetura e Urbanismo. Aprovado pela Capes, este programa de pós-graduação stricto sensu é pioneiro no Estado de São Paulo por possuir seu foco nos estudos e aplicação prática no setor produtivo. As inscrições estarão abertas até 20 de julho, para início das aulas em 11 de agosto de 2014. O programa é composto por duas linhas de pesquisa: Planejamento, Projeto e Gestão da Cidade e Transformações do Território – patrimônio, cultura e

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sociedade. A primeira linha de pesquisa possui o objetivo de estudar e analisar as políticas, suas diretrizes e ações, voltadas ao desenvolvimento urbano, com ênfase na infraestrutura urbana. A segunda linha de pesquisa estuda as cidades na perspectiva histórica e das dinâmicas socioeconômicas das sociedades, os processos e projetos de produção e transformação do espaço urbano. O mestrado tem como públicoalvo os profissionais da iniciativa privada, funcionários de órgãos públicos e autarquias com interesse em aprofundar seus conhecimentos em planejamento, intervenção e

gestão dos problemas urbanos contemporâneos à luz dos instrumentos urbanísticos recentes e de sua aplicabilidade em situações concretas realistas, exequíveis e eficazes. O curso forma mestres profissionais habilitados para desenvolver atividades e trabalhos técnico-científicos em temas de interesse público e com atuação local, regional, nacional e internacional por órgãos públicos e privados, empresas, cooperativas e organizações não-governamentais, individual ou coletivamente organizadas. Diferencia-se dos demais mestrados acadêmicos na área da Arquitetura e do Urbanismo por atender áreas mais

diretamente vinculadas ao mundo do trabalho e ao sistema produtivo, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do País. Oferece capacitação e treinamento de pesquisadores e profissionais destinados a aumentar o potencial interno de geração, difusão e utilização de conhecimentos científicos no processo produtivo de serviços e estreita as relações entre a instituição de ensino superior e o setor produtivo. Mais informações sobre o programa, edital e o processo de seleção no site http://www.portal. fiamfaam.br/mestrado/ arquitetura.

As inscrições estarão abertas até 20 de julho.


6 -.ESPECIAL

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação/Ernani Coimbra

A Universidade de São Paulo forma, em média, 2.350 doutores por ano e conta atualmente com 255 programas de pós-graduação em plena atividade

A USP é excelência em pós-graduação

68%

Alguns números Atualmente, a Pós-Graduação da USP conta com 255 programas de pós-graduação aprovados pela Capes e em plena atividade. Em janeiro de 2010 eram 223 programas. Dos programas existentes hoje, 208 oferecem cursos de Mestrado e Doutorado, 33 apenas Mestrado, 14 apenas Doutorado e 18 Mestrado Profissional. Há também dois Programas de Mestrado Profissional do qual a USP é copartícipe – Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) e Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) – juntamente com outras instituições de ensino superior federais e estaduais do País. Ressalta-se que essas duas modalidades de curso

são as primeiras a serem criadas no Brasil, nas quais a USP participa ativamente, com características multi-institucionais, oferecendo programas de pós-graduação em rede visando formação, em maior escala, de professores para a educação básica. Atualmente estão cadastrados no sistema 6.419 orientadores, sendo 1.360 orientadores específicos, geralmente para um único aluno, que são, na maioria das vezes, docentes convidados, técnicos de nível superior com doutorado, pós-doutorando ou docentes de outras áreas do conhecimento. Por esses dados, podese inferir que os docentes envolvidos na pós-graduação estão orientando, em média, 4 alunos, valor acima da média

nacional (2,9 alunos por orientador) e das instituições internacionais de destaque. Mais ainda, esses orientadores estão graduando em média 1,2 alunos por ano, novamente acima da média nacional (0,84 titulados por docente), de acordo com os dados nacionais disponíveis pela Capes para o ano de 2012. O número de alunos de pósgraduação da USP, em 31 de dezembro de 2013, era de 25.109, sendo 11.395 de Mestrado Acadêmico, 133 de Mestrado Profissional, 11.240 de Doutorado e 2.341 de Doutorado Direto. Em relação ao corpo discente, levantamento realizado pela universidade em 31 de dezembro aponta que os alunos estão distribuídos nas áreas de

Nova tecnologia traz transparência e agilidade

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acessíveis e que os nossos esforços se tornem visíveis. É importante lembrar que tivemos um crescimento de 50% de cursos nos últimos seis anos, e somente a região Norte teve um aumento de 40% nos últimos três anos", lembrou. Para o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, o antigo sistema de avaliação era pouco capaz de acompanhar os avanços da pós-graduação nos últimos anos. "Temos uma taxa de crescimento de 20% por triênio. Isso significa que provavelmente chegaremos a mais de 6 mil cursos na próxima Trienal. Permitir que todos esses dados fiquem permanentemente disponíveis será muito importante", afirmou Segundo o diretor de Avaliação da Capes, Livio Amaral, a transparência e a publicidade são dois dos avanços significativos oferecidos pela nova plataforma. "A busca da transparência sempre foi o ponto fundamental sobre a avaliação da pósgraduação. Temos de ter os dados transparentes

e tudo que fazemos e produzimos na pósgraduação deve ser de acesso à sociedade no seu todo", ressaltou. Além da transparência, a Plataforma Sucupira pretende reduzir o tempo, esforços e imprecisões na execução de avaliação do SNPG, promover maior facilidade no acompanhamento da avaliação, gerar maior confiabilidade, precisão e segurança das informações além de permitir um controle gerencial mais eficiente. Para os programas de pós e as instituições de ensino, haverá maior facilidade e simplicidade no processo de coleta e envio das informações. Além de imediata visibilidade das informações da instituição, maior agilidade no processo de solicitações e comunicação junto à Capes. Tudo isso por meio do envio de informações continuamente em tempo real ao longo do ano e com a

possibilidade de integração com sistemas de registro acadêmico-corporativos. Desenvolvimento A Plataforma Sucupira é fruto da parceria da Capes com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em maio de 2012, as duas instituições assinaram termo de cooperação para o desenvolvimento de um sistema voltado a coletar informações dos programas de pós-graduação em tempo real e estabelecer os procedimentos de avaliação com transparência para toda a comunidade acadêmica. A escolha do nome da plataforma é uma homenagem ao professor Newton Sucupira, autor do Parecer nº 977 de 1965. O documento, hoje conhecido como "Parecer Sucupira", conceituou, formatou e institucionalizou a pósgraduação brasileira nos moldes como é até os dias de hoje.

Ciências da Saúde (23%), Ciências Humanas (14%) e Engenharias (13%), com distribuição bem mais homogênea que a média nacional, onde a área da Saúde conta com menos de 15% dos alunos. Pelos dados apresentados confirma-se o gigantismo da USP na pós-graduação stricto sensu, sendo considerada em alguns levantamentos como o maior centro de pós-graduação do mundo para formação embasada em pesquisa. Pelo menos em número de títulos de Doutor outorgados, a USP é a maior, segundo o levantamento da Shanghai Jiao Tong University ranking do ano passado. No último triênio titularam-se na USP, em média, 2.350 doutores por ano. Apesar de sua grande dimensão, a USP consegue manter um padrão de qualidade internacional, diferentemente de outras grandes instituições, geralmente asiáticas, que não aparecem nas classificações. Padrão internacional Na avaliação da universidade, o desempenho destacado no cenário internacional é fruto da decisão institucional de longo prazo, que prioriza sempre a qualidade em todas as atividades. Essa abordagem mostrou-se eficiente, pois está conseguindo manter o alto padrão de qualidade da instituição, mesmo com o seu crescimento significativo na última década, notadamente na graduação. Na última reunião estratégica do Conselho de Ensino de Doutorado da Associação Europeia de Universidades, realizada em Dublin em março de 2013, a USP foi convidada para explicar como consegue outorgar títulos de pós-graduação em larga escala com padrão de qualidade internacional. No evento foi realçado que a USP adota as três ferramentas essenciais para a busca da excelência: a internacionalização, a avaliação e o apoio institucional aos programas. A estratégia da USP foi considerada exemplar, com resultados muito positivos, e recomendada como exemplo a ser seguido.

SXC

Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco: ficamos orgulhosos do desempenho de nossos programas.

Universidade de São Paulo (USP) pode ter caído de primeira para segunda melhor universidade da América Latina no ranking da consultoria britânica QS (a primeira posição ficou com a Pontifícia Universidade Católica do Chile), fato noticiado com alarde esta semana, mas na área de pós- institucional nos permitirá degraduação stricto sensu ela tectar qualidades não mensuainda é destaque internacio- radas na avaliação da Capes, nal. Isso é o que mostra a últi- usando indicadores complema avaliação trienal da Capes m e n t a re s , a v a l i a n d o , p o r (Coordenação de Aperfeiçoa- exemplo, a atuação e a contrimento de Pessoal de Nível Su- buição dos egressos dos properior), fundação do Ministé- gramas para o desenvolvirio da Educação (MEC), refe- mento do País, o impacto eferente ao período 2010-2012. tivo das pesquisas realizadas Segundo Bernadette Dora no âmbito da pós-graduação Gombossy de Melo Franco, no avanço do conhecimento pró-reitora de Pós-Graduação cientifico e tecnológico munda USP, dos 230 programas da dial. Nossa meta é aumentar a universidade avaliados pela proporção de programas de Capes, 157 (68%) receberam excelência internacional”, conceitos 5 ou superiores, ou afirma. seja, dois em cada três programas de pós-graduação da USP 0 são de excelêndos 23 as cia. Em relação ao rogram p t o t a l d e p ro g r ada mas do Brasil, a os USP tem quase 60% avaliad ior e d a id s r dos programas com univer u supe o 5 a t o conceitos 5 ou supen tiveram riores, e quase metad e d o s p ro g r a m a s com nível internacional (conceitos 6 e 7). Os programas da USP correspondem a 7% do total de proSistema Nacional de gramas que foram avaliados Pós- Graduação neste triênio. (SNPG) passa a “Ficamos orgulhosos do decontar com uma nova sempenho de nossos prograferramenta online para mas, que é resultado da dedicoletar informações, cação de toda a comunidade realizar análises, avaliações acadêmica – professores, alue servir como base de nos e servidores – na busca da referência. Trata-se da excelência e da Pró-Reitoria de Plataforma Sucupira, que Pós-Graduação no acompadisponibiliza em tempo real nhamento quase diário das e com transparência as atividades destes programas. informações, processos e Por outro lado, esse resultado procedimentos que a Capes aumenta a responsabilidade realiza no SNPG para toda a da USP perante a sociedade, comunidade acadêmica. pois nos transformamos em Igualmente, a ferramenta modelo para as demais univerpropicia a parte gerencialsidades. Temos que nos esforoperacional de todos os çar muito para que essa qualiprocessos e permite maior dade seja mantida e, sempre participação das próque possível, melhorada”, coreitorias e coordenadores de menta a pró-reitora. programas de pósBernadette revela alguns graduação. O planos. “Vamos implementar preenchimento das um sistema institucional de informações, como avaliação da pós-graduação Cadastro de Discentes, na na USP como um todo, que seplataforma pode ser feito rá uma importante ferramendesde início de abril. ta de gestão, permitindo atuar De acordo com o ministro diretamente nos programas da Educação, José Henrique para que novos patamares de Paim, um dos destaques do excelência possam ser atinginovo sistema é dar dos, usando referências intervisibilidade à expansão da n ac i on a is ”, diz. A avaliação pós-graduação brasileira. "A será institucional e complePlataforma Sucupira fará mentar à avaliação da Capes, com que todas as sem nenhum caráter punitivo informações da pós ou de comparação entre sejam os programas. “Espublicamente sa avaliação

A

sexta-feira, 30 de maio de 2014 Divulgação/José Alberto Pereira


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