Jornal do empreendedor
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São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2014
ESPECIAL
A festa do Patrono do Comércio perdeu com a Copa
Visconde de Cayru (1756-1835) foi escolhido Patrono do Comércio por ser defensor do livre mercado, sem o qual o comércio não pode prosperar.
Mas há a esperança de um fim de ano melhor
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
quarta-feira, 16 de julho de 2014
A esperança está no segundo semestre
Economista da ACSP espera melhora nas vendas até o fim do ano e alerta para dificuldades em 2015, qualquer que seja o próximo presidente Newton Santos / Hype
Carlos Ossamu
compra. Estes são os três fatores básicos. O mais sensível de todos é o emprego. Se há uma sinalização de queda no emprego, o consumidor se retrai imediatamente. Estes três fatores implicam na confiança do consumidor, na segurança para comprar ou não. A inflação como um todo está relativamente estabilizada, mas há casos de produtos e serviços que estão subindo mais, afetando o consumo de outros.
ara muitos setores da economia, o primeiro semestre não foi bom, houve queda nas atividades e o consumidor está mais cauteloso. A boa notícia é que historicamente o segundo semestre do ano é sempre melhor que o primeiro, principalmente pelo Natal e a injeção de ânimo do 13º salário. Para o economista chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, haverá um ligeiro crescimento na economia este ano, mas os empresários devem se preparar para 2015, com um primeiro semestre difícil. Em sua opinião, qualquer que seja o resultado das eleições de outubro, tudo indica que haverá ajustes na economia. Para enfrentar este período de turbulência, Solimeo recomenda flexibilidade e criatividade. Acompanhe a entrevista a seguir.
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Diário do Comércio – Qual a avaliação que o senhor faz do atual momento da economia brasileira? Marcel Solimeo - A economia brasileira está enfrentando um ano atípico, com Copa do Mundo e eleições, dois fatos que trazem fortes impactos. Independentemente disso, já havia uma trajetória de desaceleração da taxa de crescimento, que vem desde o segundo semestre do ano passado. Todos os indicadores, seja do varejo, da indústria ou do emprego, não mostram ainda queda acentuada, mas uma taxa de crescimento decrescente. Quais as razões do baixo crescimento? No caso do varejo, o aumento da taxa de juros tem sempre um impacto – o aumento foi gradativo, porém, cumulativo. Houve também maior rigor dos bancos e do varejo em conceder crédito, por causa da inadimplência de 2012. Além disso, houve aumento de preços por causa da inflação e um crescimento menor
O resultado das eleições poderá trazer consequências ainda este ano? Qualquer que seja o novo governo, mesmo que se adote ações logo após as eleições, o impacto só será sentido no ano que vem. Não acredito que o aumento dos combustíveis seja feito ainda este ano. O ano que vem será de ajustes, qualquer que seja o resultado das eleições. Pode ser um ano mais difícil no primeiro semestre e melhorando no segundo, se o ajuste for com credibilidade e na direção correta; ou pode ser Felipe Denuzzo / e-SIM
do emprego e da renda. Tudo isso levou a uma queda na confiança do consumidor. Para o varejo, como foi a Copa do Mundo? A Copa, particularmente em São Paulo, teve um impacto negativo. Se somarmos os benefícios de setores diretamente envolvidos, como hotelaria, bares e restaurantes, supermercados e vendas de televisores, e comparar com as perdas de horas de vendas do varejo neste período todo, o saldo é negativo. E agora, com o fim do torneio? Passada a Copa, vamos entrar em uma normalidade, que é de uma economia mais fraca, e vamos ter as eleições de outubro, que têm algum impacto, mas para setores específicos, como impressos para cartazes, camisetas – no passado este impacto era maior, hoje a legislação eleitoral é mais contida, mas mesmo assim se inje-
ta algum recurso na economia, mas não será suficiente para mudar essa trajetória de menor crescimento da economia. Qual a sua expectativa para o segundo semestre? O segundo semestre normalmente é melhor do que o primeiro, principalmente pelo Natal e o 13º salário. Assim, é possível afirmar que o segundo semestre será melhor que o primeiro e ligeiramente melhor do que o mesmo período do ano passado. Não acho que deva cair, mas vai crescer menos do que vinha crescendo. Não é uniforme, nem todos os setores terão o mesmo desempenho. Vemos que a indústria automobilística apresenta um desempenho abaixo dos demais e não será essa prorrogação de desconto do IPI que irá fazer a diferença, pois o problema está em outros fatores – nos preços dos carros, no financiamento e na renda. Também houve sucessivos estímulos e o consumidor antecipou a compra.
O ano que vem será de ajustes, qualquer que seja o resultado das eleições. Pode ser um ano mais difícil no primeiro semestre e melhorando no segundo, se o ajuste for com credibilidade e na direção correta, ou pode ser mais do mesmo – cresce um pouco ali, outro setor é mais afetado e se dá um incentivo.
E os demais setores? Supermercados, principalmente agora com a queda nos preços dos alimentos, acaba sendo beneficiado. Houve aumento dos produtos in natura por problemas climáticos e pelo aumento nos preços internacionais, que agora estão caindo. A situação volta agora à normalidade, permitindo queda de preços nos supermercados de produtos in natura, em-
Homenagem a um defensor do livre mercado oje se comemora o Dia do Comerciante, uma homenagem a José da Silva Lisboa, conhecido como Visconde de Cayru, nascido em 16 de julho de 1756, em Salvador (BA). A data foi instituída pela Lei 2.048 de 26/10/1953. Cayru foi político, economista, historiador, jurista e escritor, tendo exercido grande influência junto ao príncipe regente português D. João VI, para que fossem abertos os portos brasileiros em 1808 para o comércio com as nações amigas. A sua escolha como Patrono do Comércio se explica não apenas por ser um dos inspiradores da abertura dos portos, mas, também, porque foi um importante defensor da economia de mercado, sem a qual o comércio não pode prosperar. Cayru era filho de um arquiteto português, Henrique da Silva Lisboa, e de Helena Nunes de Jesus. Fez os estudos preparatórios na Bahia desde seus oito anos, estudando Filosofia, música e piano. Concluiu os estudos em Lisboa, pois como o governo português não permitia universidades na colônia, todos eram obrigados a se formar em Portugal, na Universidade de Coimbra. Ali, seguiu os cursos jurídico e filosófico, formando-se em 1778. Nesse ano, foi nomeado substituto das cadeiras de grego e de hebraico do Colégio das Artes de Coimbra. Foi bacharel em cânones pela Universidade de Coimbra, onde concluiu os cursos de Filosofia e Medicina. Visconde de Cayru acompanhava as teorias econômicas europeias, como as de Adam Smith, que afirmava que um país só progride se seus industriais e comerciantes dispõem do máximo de liberdade para ganhar dinheiro. Foi ardoroso defensor dessas ideias liberais no Brasil, expostas em seus livros “Princípios de Direito Mercantil e Leis da Marinha”, de 1801; “Princípios de Economia
O Visconde de Cayru foi um ardoroso adepto da economia de mercado, sem a qual o comércio não pode prosperar Reprodução
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Visconde de Cayru (esq.) e José Bonifácio Política”, de 1804; e “Observações sobre o Comércio Franco”, de 1808, no qual faz a defesa da abertura comercial e do livre comércio. Assim, tão logo D. João desembarcou no Brasil, pediu audiência para lhe propor a abertura dos portos brasileiros. O que o Visconde de Cayru não sabia era que essa abertura já estava decidida pela Convenção Secreta de Londres, após D. João ter fugido de Lisboa. Defendeu ainda o fim da proibição da instalação de manufaturas no Brasil e participou do esboço inicial do Código Comercial. O comércio, dizia Cayru, “como instituição civilizadora, permitia aos ho-
mens, mesmo que de forma não planejada, criar e distribuir riquezas e, assim, harmonizar os interesses egoistas e satisfazer às necessidades de toda socieda de ”. Seguindo as ideias de Smith, afirmava que “as trocas comerciais, baseadas no interesse mútuo, favoreciam a cultura da respeitabilidade, estimulando os homens a desenvolverem o autocontrole, a prudência e a se tratarem com mais decência, melhorando assim o nível da sociedade”. Cayru considerava o comércio fator de civilização. Contrário aos monopólios e à escravidão, que considerava prejudicial à produtividade, defendia a necessidade do bom funcionamento das instituições, como o direito de propriedade e respeito aos contratos para o bom funcionamento da economia. A importância que Cayru atribuía ao comércio entre as nações também se aplicava ao mercado interno, pois o intercâmbio entre as pessoas permitia a “divisão racional do trabalho”, isto é, que cada um procurasse fazer aquilo que pudesse produzir melhor, o que levava a maior eficiência da economia e ao aumento do bem estar da população. Essa questão da “divisão racional do trabalho” coloca em destaque um ponto extremamente relevante do papel do comércio. É o comércio que avalia as necessidades e desejos da população, transmitindo ao setor produtivo tais informações, além de funcionar como elemento estabilizador dos ciclos de produção e, sobretudo, assegurar a soberania do consumidor. Essa soberania somente se realiza em um ambiente em que exista a liberdade de escolha, mas somente se torna efetiva em uma economia aberta e em que haja concorrência no mercado. José da Silva Lisboa faleceu no Rio de Janeiro no dia 20 de agosto de 1835.
bora tenha preços de produtos industrializados ainda subindo. Há uma queda de braços entre varejo e indústria, que é normal, principalmente em períodos de inflação em alta. Mesmo assim, os supermercados estão com desempenho melhor – na Copa eles acabaram beneficiados pelo aumento no consumo de carnes para churrascos, cervejas e alimentos em geral. Os shoppings já começaram as liquidações. Confecções e calçados, que não foram bem no primeiro semestre, ficam dependentes do clima. Ainda não tivemos períodos de muito frio no inverno e as lojas já começam a fazer liquidações. Para o varejo, o inverno tem de vir no período certo e na intensidade certa, tem de durar alguns dias – não tivemos isso, houve alguns dias de frio e depois esquentou. Como passou aquele pico do inverno, as pessoas se retraem nas compras e só compram quando tiver liquidação. Além disso, há aqueles outros fatores que estão desacelerando a economia, principalmente a queda da renda. Agora, vamos ver a renda do consumidor mais pressionada com o aumento da energia elétrica. O consumidor está mais pessimista? O consumidor está mais contido e exigente. O varejo tem de usar a criatividade para manter as vendas. Os indicadores que temos de ficar de olho são: crédito, emprego e renda. Emprego e renda resultam na massa salarial, e crédito é o poder de antecipação de
mais do mesmo – cresce um pouco ali, outro setor é mais afetado e se dá um incentivo. É uma política que não conduz a um resultado consistente. Mas é mais provável que a gente tenha um ajuste na economia no ano que vem. Que ajuste seria este? O ajuste é necessário. Temos dois problemas que são difíceis de enfrentar, pois um interfere no outro: a inflação e a balança de pagamentos. Neste último, temos resultados negativos crescentes, com impacto no dólar, que tem reflexo na inflação. A forma de conciliar isso é com ajuste fiscal forte. Assim, tudo sinaliza para um primeiro semestre com mais dificuldade, mas se o ajuste for na direção correta, já no segundo semestre a economia começa a reagir. Com um primeiro semestre difícil, o que o empresário deve fazer? O empresário deve analisar o seu mercado específico, os concorrentes e a conjuntura. Sempre há setores que vão melhor ou pior que a conjuntura. Têm ocorrido mudanças drásticas no varejo, o comércio eletrônico vem sendo um concorrente muito forte, grandes redes estão expandindo etc. Há mudanças ocorrendo independentemente da conjuntura. Em períodos mais difíceis, é preciso trabalhar com horizontes mais curtos – se o empresário consegue enxergar somente o que vai acontecer em dois ou três meses, ele faz a política de estoque para este período. O segredo nos momentos de ajustes é flexibilidade e criatividade.
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo
Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira
Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira
Edição e reportagem Carlos Ossamu
Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br
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Em junho, as vendas esfriaram
Insper aponta confiança em queda Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, com apoio do Santander, divulgou o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) referente ao terceiro trimestre de 2014. O indicador permanece no terreno positivo, em 63,3 pontos, em uma escala de 0 a 100, porém o otimismo dos entrevistados para o período de julho a se-
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Estudo da ACSP mostra queda de quase 13% nas vendas em comparação a maio; Copa do Mundo foi ruim para o comércio mês de junho não foi bom para o comércio. Segundo o Balanço de Vendas divulgado pela Associação C o m e rc i a l d e S ã o Pa u l o (ACSP), as vendas caíram em média 12,9% em comparação a maio e 0,75% em relação ao mesmo período de 2013. Itens como TVs e adereços para a Copa não empolgaram o consumidor, as vendas de roupas foram prejudicadas pela temperatura alta no começo do inverno, o Dia dos Namorados foi fraco e houve antecipação das férias escolares. Porém, no acumulado do 1º semestre houve aumento médio de 2,35%. O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP. Os dados têm como base amostra fornecida pela Boa Vista Serviços. " As vendas decepcionaram em junho. E, no semestre, o crescimento foi modesto, descontadas todas as volatilidades que marcaram o período, decorrentes dos feriados e datas móveis", diz Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de SP) e presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil). Separadamente, as vendas a prazo e à vista aumentaram 2,4% e 2,3% no semestre, respectivamente. "O resultado reflete os meses de altos e baixos para o comércio, o aumento dos juros para combater a inflação, a confiança do consu-
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midor em patamar baixo e a menor segurança no emprego", diz Amato. O Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC) mostrou que as vendas a crédito caíram 7,8%, explicado pelo efeito-calendário: junho teve dois dias úteis a menos do que maio. Com ajuste pela média diária, o crescimento ficaria perto de zero. "Ou seja, de maio para junho, o consumidor não se animou a comprar televisores para a Copa. As vendas ficaram abaixo das expectativas do comércio e o ritmo foi o mesmo de maio", diz Rogério Amato. Já as vendas à vista despencaram 18% ante maio, com dois dias úteis a menos. Em relação a junho de 2013, as vendas a prazo e à vista caíram em média 0,75%. Tina Cezaretti / Hype
Presidente Rogério Amato Analisando-se separadamente, as vendas a prazo, medidas pelo Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC), aumentaram 1,4%, com um dia útil a menos. Com ajuste pela média diária, registrase crescimento de 5,7%. O que
garantiu que as vendas não fechassem no vermelho foi a comercialização de smartphones e TVs para a Copa do Mundo. "É importante ressaltar, para efeito de comparação, que em 2010 as vendas a crédito tiveram melhor desempenho no mês da Copa, com salto de 10% ante o ano anterior", comenta Rogério Amato. Com um dia útil a menos, em junho deste ano as vendas à vista caíram 2,9% ante 2013, s eg un do o ICH (Indicador de Movimento de Cheques). Com ajuste feito pela média diária, o saldo fica positivo: as vendas teriam crescido a um ritmo médio moderado de 1,2%, puxado p e l o s s e t o r e s d e f a r m ácia/perfumaria e de supermercados (com destaque para refrigerantes, cervejas e salgadinhos para a Copa). "Essas pequenas compras ajudaram um pouco", diz o presidente da ACSP. INADIMPLÊNCIA Os dados do Balanço de Vendas da ACSP referentes à inadimplência sugerem que ela poderá subir nos próximos meses. O IRI (Indicador de Registro de Inadimplentes), que mede a entrada de registro de consumidores inadimplentes, registrou forte alta de 18,2% ante maio. O resultado pode ter captado endividamentos de compras de eletrodomésticos para o Dia das Mães ou, então, atra-
tembro a p r es en to u a quinta queda trimestral consecutiva, com recuo de 3,9% em comparação ao período de abril a junho – quando estava em 65,9 pontos. O professor e pesquisador do Insper José Luiz Rossi Júnior destaca que a retração geral do índice foi puxada pela piora do humor dos pequenos e médios empresários em relação às perspectivas de crescimento da economia, que caiu de 59,4 pontos no segundo trimestre para 55,7 pontos no terceiro trimestre, uma diminuição de 6,2% no índice. “Não por acaso, a região Centro-Oeste, onde o agronegócio puxa os resultados das empresas, foi a única com elevação na confiança, com alta expressiva de 5,3% no índice”, diz o professor. Com os empresários mais confiantes, o IC-PMN no Centro-Oeste passou de
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sos no pagamento de despesas, comprometido pelo orçamento do consumidor, que está mais apertado pela pressão inflacionária. Ou seja, daqui em diante, o varejo e o consumidor precisam ficar mais atentos, pois a inadimplência, apesar de ainda estar em patamar baixo, pode alcançar números mais preocupantes. Já em relação a junho de 2013 e no acumulado de seis meses, o IRI mostrou aumentos moderados, de 3,1% e de 1,4%, respectivamente. O IRC (Indicador de Recuperação de Crédito), que aponta os cancelamentos de dívidas, apontou forte queda de 12,3% ante maio, mostrando que o consumidor não dispõe de recursos para quitar ou renegociar débitos. Em comparação com junho do ano passado, houve aumento de 1,9%, mostrando propensão a alta. E no acumulado semestral, o avanço de 2% no IRC sugere inadimplência em queda.
62,7 pontos no segundo trimestre para 66,0 pontos no terceiro trimestre. No entanto, os índices apurados com os empresários das regiões Sul, Sudeste e Nordeste apresentaram quedas, respectivamente, de 7,2%, 4,7% e 2,4% para o terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. Na região Sul, o IC-PMN teve retração de 66,9 pontos para 62,2 pontos; no Sudeste, de 65,1 para 62,1; e no Nordeste de 66,3 para 64,7. Na região Norte, o índice se manteve em 69,9 pontos. Os pequenos e médios empresários brasileiros do setor de comércio registraram a maior queda de confiança no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, com uma retração de 4,4% no período do ICPMN, para 62,6 pontos. No setor de serviços, o recuo no período do índice foi de 3,6%, para 62,4 pontos. Na indústria, o IC-PMN também apresentou queda, de 3,1%, para 65,0 pontos. Em relação às expectativas de aumento dos lucros, o índice apresentou uma retração de 3,7% para o terceiro trimestre em comparação ao segundo trimestre, para 68,9 pontos. Quando o assunto é intenção de realizar novos investimentos, a queda no índice ficou em 3,1%, para 61,6 pontos. Na contratação de novos empregados, a retração apontada no período pelo IC-PMN foi de 3%, para 57,7. O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) foi obtido a partir de entrevistas telefônicas com 1.326 empresários de todo o País.
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baixo crescimento da economia brasileira e o volume de vendas insatisfatório fizeram a confiança dos empresários do comércio paulistano cair pela quarta vez seguida em junho. O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ficou em 101,1 pontos – um recuo de 3,5% em relação a maio. Com esse desempenho, atingindo o pior patamar desde março de 2011, quando a série de pesquisas foi iniciada, o indicador se aproxima de nível de percepção pessimista, que é abaixo de 100 pontos. A confiança dos comerciantes donos de empresas com mais de 50 empregados foi a que apresentou a maior queda, de 10,1% entre maio e junho, chegando aos 114,5 pontos. Ainda assim, continuou acima da verificada para os proprietários de pequenas e médias empresas, com até 50
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A um passo do pessimismo Levantamento da FecomercioSP mostra recuo na confiança dos comerciantes, que é o pior desde março de 2011 funcionários, que recuou 3,4% no período aos 100,8 pontos. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, normalmente as grandes empresas demoram mais para demonstrar tendências pessimistas, porque contam com mais instrumentos de proteção para atravessar períodos de crise. Entre esses instrumentos há linhas de crédito facilitadas, recursos em caixa e ativos. Mas, diante de um cenário complicado como o atual, com o processo de retração de consumo se alongando por quase três anos, até mesmo os empresários donos de grandes companhias reduzem o otimismo ao terem que ajus-
tar suas perspectivas de contratação e de investimento. O resultado negativo de junho para o ICEC foi provocado tanto pelo mau humor do comércio em relação ao momento atual quanto pela redução do otimismo sobre o futuro da economia. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), por exemplo, foi aos 75,3 pontos, após queda de 4,1%. Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) recuou 4,8% para os 129,9 pontos. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa
e à economia do País. São entrevistas realizadas com 600 empresários na capital, em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS A cidade de São Paulo estava com 1.777.539 famílias endividadas em junho, ou 49,6% do total, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela FecomercioSP. Comparado com o resultado de maio, o indica-
dor ficou 1,6 ponto porcentual menor. Já em relação a junho do ano passado, a queda na proporção de endividados foi de 3,9 pontos porcentuais. De acordo com os economistas da FecomercioSP, a diminuição do nível de endividamento na capital paulista pode ser justificada mais pela cautela dos consumidores na contratação de novos financiamentos do que pela melhoria dos indicadores econômicos. A perc e p ç ã o d e e m p re s á r i o s e consumidores sobre a economia brasileira, inclusive, tem deteriorado mês após mês, conforme apontam as recentes pesquisas de confiança divulgadas pela Federação. Te-
merosos pelo cenário de inflação elevada, alta nas taxas de juros e menor crescimento da renda, os paulistanos passam a reduzir o apetite por crédito. As famílias com contas atrasadas somaram, em junho, 13,6% do total – 0,9 ponto porcentual menor que o registrado em maio. Em junho de 2 0 1 3 , a p ro p o rç ã o e r a d e 14,6%. Na avaliação da assessoria econômica da entidade, esses números demonstram o aumento da capacidade dos consumidores em honrar dívidas. Apenas 4,4% dos entrevistados disseram que não terão condições de pagar suas contas no próximo mês. A maior parte dos financia-
mentos é de médio e longo prazos. Mais de um terço, ou 38,9% dos endividados, disseram ter compromissos com dívidas por período maior que um ano, 20% de três a seis meses; 19,5% por, no máximo, três meses; e 19,4%, entre seis meses e um ano. A maioria das famílias endividadas (51,2%) tem entre 11% e 50% da renda mensal comprometida com contas. A seguir, com comprometimento do orçamento doméstico até 10%, ficaram 27,4% das famílias. Em situação mais crítica, com parcelas de financiamento que somam mais da metade da renda, estão 19,3% do total. O cartão de crédito segue como principal meio para adquirir dívidas – 69,8% se endividaram dessa maneira. A proporção é bem maior que os carnês (14,2%), o crédito pessoal (11,8%), o cheque especial (6,3%) e o crédito consignado (4,8%). Os financiamentos de veículos e imóveis residenciais abrangem 20,1% e 12,9% do total, respectivamente. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores. O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e de inadimplência do consumidor. A partir das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.
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E-commerce deve crescer menos este ano Estudo da E-bit espera crescimento em torno de 20% este ano, abaixo dos 28% do ano passado esmo com a economia brasileira avançando em marcha lenta, o setor de e-commerce surpreendeu a todos e alcançou excelentes resultados em 2013, com crescimento de 28% no faturamento, somando R$ 28,8 bilhões. Em 2012 o setor cresceu 20% e a expectativa inicial para 2013 era de um aumento de 25% nas vendas. Foram 88,3 milhões de pedidos no ano passado, um crescimento de 32% sobre 2012, e o tíquete médio foi de R$ 327, menor do que do ano anterior, que foi de R$ 342. Esses dados constam do relatório Webshoppers 2014, elaborado pela E-bit. Com relação às expectativas para este ano, a E-bit acredita que o comércio eletrônico brasileiro vai continuar em ascensão em 2014, mas as taxas de crescimento devem ser um pouco menores. A estimativa é de que o setor cresça, nominalmente, 20% em relação a 2013, faturando R$ 34,6 bilhões. Vários fatores devem influenciar nos resultados, desde o desempenho da economia até o calendário, já que esse ano o carnaval foi tardio, a quantidade de feriados prolongados foi maior por conta de jogos da Copa do Mundo e haverá eleições no segundo semestre. A avaliação é que este ano o desemprego deve continuar baixo, o que é bom para o setor de varejo em geral. Entretanto, as possibilidades de aumento da massa salarial são pequenas, devido à inflação alta. Os estímulos da economia também devem diminuir. Embora o IPI da linha branca não tenha aumentado no início do ano, houve alta para outros produtos, como os da categoria “Móveis & Decoração”, que vem se destacando no e-commerce. O parcelamento elástico e o frete grátis, dois dos principais atrativos do varejo digital, devem reduzir gradualmente. Todos esses fatores devem contribuir para que o consumidor fique mais cauteloso na hora da compra. A mobilidade é uma das tendências mais fortes para 2014, colaborando não só para o mobile commerce, mas para o crescimento de um fenômeno chamado showrooming. Mesmo estando dentro de uma loja física, o consu-
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Fraudes com cartões preocupam midor tem a possibilidade de pesquisar preços e informações em outros estabelecimentos, através do dispositivo móvel. Com isso, a decisão de compra fica por conta do fator conveniência. A loja em si acaba funcionando como um show room, em que o cliente pode ter contato com o produto antes da aquisição. Até o final do ano, mais 9 milhões de pessoas devem começar a comprar através da internet, elevando o número total de consumidores únicos para 60 milhões. O crescimento da banda larga móvel deve contribuir para esse resultado. Em 2014, a expectativa é que o número de pedidos feitos pela internet cresça 26% em relação a 2013, chegando a 111,54 milhões. O tíquete médio deve ficar em R$ 310, o que representa uma queda de 5%, se comparado ao ano anterior. Para os varejistas virtuais, a E-bit faz um alerta: os processos de troca e devolução de produtos no Brasil ainda precisam avançar. A cada dez pessoas que pensaram em trocar uma mercadoria, apenas três conseguiram concluir a ação sem dificuldade. Esse número é ainda menor em relação à devolução. De cada dez consumidores que tentaram devolver a compra, apenas dois conseguiram fazê-lo com facilidade. Dos entrevistados, 33% pensaram em trocar um produto, mas não tentaram. Esse número é maior em relação à devolução: 39% já quiseram devolver algum item e não acharam os meios para isso.
CONTABILIDADE, CONDOMÍNIOS E IMÓVEIS
16 de julho Dia do Comerciante O Grupo Balke parabeniza todos os comerciantes que contribuem com o crescimento do nosso país!
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ACI Worldwide, fornecedora global em pagamentos eletrônicos e sistemas bancários, anunciou os resultados da pesquisa 2014 de fraudes em cartões. Entre os dados preocupantes do levantamento, 30% dos brasileiros revelaram que jogam documentos com números de contas bancárias no lixo; 22% usam serviços bancários ou lojas online em computadores sem softwares de segurança ou em PCs públicos; e 21% deixam seus smartphones desbloqueados quando não os estão utilizando. “Apesar de melhorarmos uma posição no ranking global e as instituições financeiras trabalharem para diminuir os porcentuais de fraudes, o comportamento dos consumidores brasileiros ainda é arriscado e pode colocar a população facilmente em situações de fraudes financeiras”, afirma Joel Nunes, gerente dos consultores de soluções para América Latina da ACI Worldwide Brasil. O levantamento indicou que, globalmente, um em cada quatro titulares de cartões foi vítima de fraude nos últimos cinco anos. O Brasil caiu uma posição em relação ao levantamento de 2012 (há dois anos o País ocupava o 7º lugar no ranking geral e hoje está em 8º lugar). Para Nunes, a diminuição do número de fraudes no Brasil, apesar do crescimento do volume de transações com cartões nos últimos anos, ainda pode ter relação com a migração dos golpes para outros canais, como o internet banking. “Os golpistas tem se concentrado no que cha-
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mamos de ‘fraudes com cartões não presentes’, ou seja, quando não precisam do cartão para aplicar o golpe, mas apenas dos dados pessoais e financeiros da vítima”, explica. Dos 20 países analisados pela pesquisa, os Emirados Árabes Unidos e a China lideram o ranking, com 44% e 42%, respectivamente, de entrevistados que disseram ter sofrido algum tipo de fraude nos últimos cinco anos. Holanda e Suécia estão entre as regiões com os menores índices, com 13% e 10%, respectivamente. Intitulado este ano como “Global Consumers: Losing Confidence in the Battle Against Fraud”, o estudo, conduzido pela ACI Worldwide em parceria com o Aite Group, avaliou o comportamento de 6.159 consumidores de 20 países, entre eles o Brasil, em relação às fraudes em cartões de crédito, débito e pré-pagos. As entrevistas foram realizadas entre os meses de março e abril de 2014. No ranking geral de fraudes com cartões, o Brasil caiu uma posição, passando do 7º lugar (2012) para o 8º (2014). De acordo com a pesquisa, há dois anos 33% dos brasileiros alegaram ter passado por uma experiência de fraude com os seus cartões nos últimos cinco anos; enquanto que em 2014, apenas 30% disseram o mesmo. Nos golpes em cartões de crédito, o País também caiu uma posição e passou do 5º para o 6º lugar no ranking geral.
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quarta-feira, 16 de julho de 2014
Como ter sucesso no mundo virtual
Investimentos em inovação
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Câmara-e.net tem ciclo de palestras para informar as melhores práticas em comércio eletrônico Henrique Manreza / e-SIM
s empreendedores já perceberam que estar presente no mund o v i r t u a l é f u n d amental para o sucesso do negócio, qualquer que seja o porte da empresa. De acordo com estimativas da E-bit, o e-commerce deve crescer 20% este ano, com um faturamento de R$ 34,6 bilhões. Para o pequeno empreendedor, é uma oportunidade de ampliar o seu campo de ação – enquanto uma loja física tem atuação local, na internet ele poderá vender, teoricamente, para o mundo todo. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net) realiza desde 2001 seminários sobre comércio eletrônico para micro e pequenas empresas, chamado Ciclo MPE.net, que ocorrem em cidades de vários Estados (veja agenda no site www.ciclo-mpe.net). No evento, os participantes ficam sabendo como abrir um e-commerce e ter sucesso no mundo virtual. Segundo explica Gerson Rolim, diretor de Comunicação da Câmara-e.net, quem ainda não tem um site precisa, antes de mais nada, ter um endereço eletrônico, ou domínio. Para tanto, basta acessar o site do Registo.br (www.registro.br). Na página, é possível saber se o endereço que se deseja está disponível para registro. “O mais comum é o domínio .com.br. Este é o mais indicado para quem deseja abrir uma loja virtual”, diz Rolim. “Quem já tem um site do seu negócio, pode usar esse para o comércio eletrônico”, completa. Com o endereço em mãos, o próximo passo é escolher uma plataforma de e-commerce, montar a loja e hospedá-la em um servidor. De acordo com o diretor da Câmara-e.net, há várias ofertas de plataformas no mercado. O indicado para quem está começando são aquelas pré-formatadas, mais fáceis de operar – basta colocar foto do produto, descrição e preço. Se por um lado elas possuem um visual padrão e permitem poucas mudanças de layout, por outro já é um modelo testado e usado por muitos usuários. “É importante verificar se a plataforma se adequa aos produtos que ele irá vender – uma loja
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Se você vende sapatos na loja virtual e alguém fizer uma busca no Google por loja de sapatos, a sua loja precisa aparecer GERSON ROLIM de tênis, por exemplo, trabalha com vários modelos, de várias cores e tamanhos, e a plataforma deverá permitir essa diversidade”, explica Rolim. “Na hospedagem do site, é aconselhável optar por empresas de grande porte, com boa infraestrutura e suporte, já que é menor as chances de o sistema cair e ficar fora do ar”. Rolim alerta que recentemente passou a vigorar uma nova lei para o comércio eletrônico (Decreto Federal 7.962/13). Os sites precisam informar, em local de fácil visualização, o nome da empresa, endereço, telefone, CNPJ ou CPF, quando for o caso de a venda ser feita por pessoa física. Devem estar claras as condições do serviço, a forma de pagamento, prazo para entrega e a disponibilidade do produto. Além disso, os sites têm de especificar se a compra é válida somente pela internet ou também em lojas físicas. Outra questão importante pa-
ra quem deseja abrir uma loja virtual é a forma de pagamento. “A moeda mais comum no ecommerce é o cartão de crédito. A forma mais fácil e segura para o lojista é contratar os serviços dos facilitadores de pagamento, como Mercado Pago, Pag Seguro do UOL, PayPal, MoIP, entre outros”, comenta. Esses facilitadores se responsabilizam pela operação, fazem a análise do pagamento (se não é uma fraude) e é através deles que o consumidor poderá ser ressarcido, caso tenha algum problema com a compra. Os facilitadores não compartilham dados financeiros do consumidor com a loja, mantendo o número do cartão de crédito totalmente protegido. É garantia para o lojista, que terá certeza do recebimento, e também do consumidor. Claro que isso tem um custo para o lojista: uma porcentagem da operação, em geral 4,9% do valor pago. E como a venda é feita virtualmente, o lojista terá de entregar a mercadoria. “O mais comum, principalmente entre os pequenos negócios, é usar os serviços dos Correios, como e-Sedex, Sedex e PAC”, explica Rolim. “A cobrança de frete é uma prática aceita pelo consumidor, é preciso tomar cuidado em ofertar o frete grátis para não ter prejuízos – embutir o custo do frete na
VTEX, desenvolvedora nacional em tecnologia para e-commerce, anunciou o recebimento de financiamento no valor de R$ 7 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão liberados pelo PROSOFT – Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia e Informação, que tem uma carteira de R$ 5 bilhões em mais de 400 contratos. O montante financiado pelo BNDES será usado para inovação da plataforma de software da VTEX, em especial na unidade de negócio VTEX LAB, laboratório de inovação da empresa que conta com 120 desenvolvedores. A área será aumentada e investimentos na ordem de R$ 25 milhões serão realizados em novas tecnologias. "Vamos investir na usabilidade da plataforma e na gestão de pedidos, permitindo que nossos clientes tenham uma operação mais eficiente", explica Geraldo Thomaz, co-CEO da VTEX. Pioneira na comercialização de software no modelo SaaS (Software como Serviço) no Brasil, esse investimento na VTEX vem de encontro com a necessidade do setor de e-commerce de se tornar mais eficiente. As margens do varejo eletrônico estão muito apertadas e ter uma plataforma otimizada que aumente a venda e diminua o custo operacional é essencial. A VTEX possui mais de 600 clientes no Brasil, entre eles, O Boticário, Brastemp, Loreal, Nokia, Staples e Danone, e iniciou sua expansão internacional com atuação em sete países na América Latina, onde já possui mais de 50 contratos ativos. "A América Latina é uma enorme oportunidade. O Brasil é líder natural da região e possui uma indústria de e-commerce muito competitiva. Começamos há um ano nossa expansão e já possuímos uma boa carteira de clientes, com um retorno surpreendente", explica Mariano Gomide, co-CEO da VTEX. Recentemente, a VTEX foi incluída no relatório oficial do instituto Gartner, uma das mais respeitadas entidades de pesquisa e qualificação de empresas de tecnologia do mundo, como uma das empresas indicadas globalmente na categoria plataforma de e-commerce. O Brasil representa 61% de todo o e-commerce da América Latina, segundo dados da América Economia, e é o quinto maior mercado de varejo eletrônico do mundo. A VTEX é reconhecida internacionalmente como uma das mais inovadoras empresas do setor. Em maio, foi a única brasileira presente no maior evento de e-commerce do mundo, o IRCE (Internet Retail Conference), realizado nos EUA, em Chicago, onde apresentou ao mercado internacional o SmartCheckout PCI, tecnologia nacional patenteada pela VTEX, que permite a compra por um clique sem senha. "Entregar a nossos clientes a mesma capacidade tecnológica da Amazon.com é a principal causa da VTEX. O Brasil pode e terá um papel de protagonista no mercado global de e-commerce", finaliza Mariano.
mercadoria e falar em frete grátis não é um bom negócio, pois com os comparadores de preços, isso é facilmente descoberto”, avisa Rolim. Depois da loja pronta e em operação, vem a parte mais difícil: fazer com que os e-consumidores conheçam a loja. Ao contrário da loja física, as pessoas não passam em frente e entram. “A loja ou o site precisa aparecer no Google. Se você vende sapatos e alguém fizer uma busca por loja de sapatos, a sua loja precisa aparecer ”, diz Rolim. “O pequeno empreendedor não precisa, necessariamente, contratar uma consultoria em Search Engine Optimization (SEO), que é a técnica de estar presentes nos mecanismos de busca, ele pode aprender sobre o assunto na internet e fazer pequenos investimentos em publicidade online no Google AdWords". Redes sociais também é uma ferramenta interessante para divulgação. “Enquanto o Google é o shopping Center da loja virtual, o Facebook seria como a sala de estar, local onde os seus clientes se reúnem. É preciso cativá-los e a melhor forma é oferecer informações que interessem a eles”, conta Rolim. “Se for a página de um restaurante, coloque receitas ou como harmonizar vinho com pratos”, aconselha.
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Shopping centers miram o interior Dos 38 empreendimentos inaugurados no ano passado, apenas 15 foram em capitais, os 23 restantes foram em cidades com menor densidade de habitantes Fotos: SXC
indústria de shopping centers continua em plena expansão e mira agora para regiões fora das capitais, aponta o Censo Abrasce 2013-2014, realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em parceria com a GEU (Gismarket Estudos de Mercado). Pela primeira vez na história da indústria, o percentual de shoppings fora das capitais foi igual ao de shoppings nas capitais. O Censo mostrou que, no final de 2013, 50% dos shopping centers estavam localizados em capitais brasileiras e 50% em outras cidades; e 38% do total dos centros de compras estão concentrados em cidades com menos de 500 mil habitantes, o que aponta para uma tendência cada vez maior de interiorização desses empreendimentos. O ano passado fechou com 495 shoppings em operação, com 38 inaugurações. Os números mais recentes da entidade indicam 503 centros de compras em operação e previsão de 31 inaugurações até o fim do ano. A região Sudeste foi a que recebeu a maior número de novos empreendimentos – ao todo foram 20 – seguida pelas regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte. Este número fica ainda mais expressivo se comparado ao total de novos empreendimentos fora das capitais. Dos 38 shoppings inaugurados, apenas 15 aconteceram nas capitais. Pela primeira vez na história da indústria, o percentual de shoppings inaugurados fora das capitais é superior ao de shoppings nas capitais.
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Outro dado relevante da pesquisa mostra o número de empregos diretos gerados, que totalizou 38.571 novos postos de trabalho no setor durante o ano de 2013. Atualmente, estima-se que haja 843.254 empregos diretos nos shoppings brasileiros, o que corresponde a um aument o d e 4 , 8 % c o m re l a ç ã o a 2012. O número de frequentadores também saltou de 398 milhões de visitas por mês para 415 milhões em 2013, o que representa uma alta de 4,2% com relação ao ano de 2012. Mesmo com a economia em desaceleração, as vendas nos shoppings estão crescendo
VENDAS DO SETOR Em 2013, as vendas somaram R$ 129,2 bilhões, um crescimento de 8,6% em relação a 2012. Os shoppings no Sudeste contribuíram com o maior faturamento do setor: R$ 75,9 bilhões. O segundo melhor desempenho foi o da região Sul, com R$ 18,9 bilhões, seguido pela região Nordeste (R$ 18,8 bilhões), Centro - Oeste (R$ 10,3 bi-
lhões) e Norte (R$ 5,1 bilhões). “Os shoppings brasileiros atravessaram mais um ano de crescimento acima do comércio varejista e da inflação. Um dos segmentos que mais sustentaram seu desempenho foi o de alimentação, o que pode ser atribuído ao aumento do poder aquisitivo da população e a conveniência oferecida pelos centros de compra”, comenta Luiz Fernando Veiga, presidente da associação. A categoria telefonia cresceu 22,01%, recebeu novos operadores e apresentou aumento de vendas significativo de smartphones e outros artigos em muitos shoppings, mas não na totalidade deles. Além dos citados, os segmentos de perfumaria, joias, conveniência/serviços e megalojas tamb é m t i v e r a m d esempenho favorável ao longo de 2013, todos acima de 11%. O Natal foi a data comemorativa que, como de prax e , m a i s c o n t r ibuiu para o crescimento do setor. No mês e no período das festas, os campeões de vendas foram: alimentação, telefonia, óticas e perfumarias, todas elas com crescimento acima de 20%. Em média, as vendas no mês de dezembro cresceram 7,7% em relação ao mesmo períod o d e 2 0 1 2 , p e r f o rm a n c e maior que a do comércio em geral, que apresentou crescimento de 2,7% se comparado ao ano passado. FÉRIAS Para atrair toda a família e aumentar as vendas, o Shopping ABC inaugurou esta se-
mana o Angry Birds Park, o parque dos pássaros mais famosos do mundo dos games, que conta com um mini-boliche, em que as bolas são os personagens, um labirinto vertical com escorregador,
uma cama elástica, um giragira, além de um cineminha e um backdrop animado para os clientes tirarem fotos como se estivessem dentro do jogo. Os preços para brincar na cama elástica e no labirinto vertical
são R$ 5 e R$ 10, respectivamente, enquanto as outras atividades são gratuitas. A cada R$ 10,00 gastos em atividades na bilheteria do evento o cliente ganha 1 pelúcia Angry Birds.
empresa de consultoria GS&MD divulgou recentemente a terceira edição do estudo Neoconsumidor Brasil, que investiga o comportamento e os perfis deste novo consumidor. Para tanto, foram entrevistados 2,2 mil internautas de todas as regiões do País. “Nós chamamos de neoconsumidor o consumidor multicanal, que compra de diversas formas – no porta a porta, na loja física, na loja virtual – ; ele é digital, pois passou a incorporar os canais digitais, o e-commerce, o mobile commerce; e ele é global, tem acesso a preços, marcas em todo o mundo, podendo comprar em qualquer lugar do planeta, pois possui informações sobre marcas, lojas, produtos de qualquer país”, explica Luiz Góes, sócio sênior da consultoria. Ele observa que os canais digitais fazem cada vez mais parte do dia a dia do consumidor. Por essa razão, o ecommerce vem crescendo a taxas de 28% ao ano e as redes de varejo partem agora para operações chamadas omnichannel, com a integração dos seus diversos canais – loja física, compra pela internet, compra pelo smartphone ou tablet, telemarketing etc. “A nossa pesquisa foi feita com internautas, que estão navegando na internet, mas não necessariamente comprando, tanto que 13% dos pesquisados disseram que nunca compraram na internet, mas 87% já fizeram alguma compra, um número bastante relevante”, diz Góes. Dos 13% que nunca compraram virtualmente, 54% disseram que preferem comprar pessoalmente com o vendedor e 53% querem tocar no produto. Para Góes, a experiência de compra na loja física sempre vai existir, pode cair um pouco eventualmente, mas os consumidores não vão deixar de ter essa experiência na loja. Ainda investigando os consumidores que nunca compraram pela internet, a pesquisa revelou que os consumidores estão perdendo o medo de expor informações bancárias ou o cartão de crédito na internet. Além disso, há mais opções de meios de pagamentos, com serviços como Pag Seguro e Paypal, que reduzem os riscos. “Está mais seguro comprar pela internet. As fraudes noticiadas no passado, os próprios bancos e operadoras de cartão cobriram o prejuízo e não houve danos ao consumidor. Isso deixa as pessoas mais tranquilas e confiantes”, diz Góes. Por outro lado, houve crescimento no medo de não receber o produto, que pode ser tanto o produto não chegar ao consumidor (51%) ou receber um produto errado (39%), seja no tamanho ou a cor. “Muitos dos problemas de entrega estão na infraestrutura logística e também no fato de que somente 9% dos domicílios são verticais (apartamentos), ou seja, mais de 90% moram em casas, não têm um porteiro para receber a mercadoria”, comenta Góes. Segundo o executivo, isso pode ser contornado com soluções que existem lá fora e que agora chegam ao Brasil, como os lockers, que são armários onde a loja virtual envia o produto, como nas antigas caixas postais dos correios, mas localizados em locais públicos –o hipermercado Extra está fazendo um piloto em São Paulo (Log & Peg), em que o consumidor pode pegar o produto adquirido na internet em armários localizados em algumas lojas da rede. J á o s c on s u m i d ore s qu e compram na internet dizem que o fazem pelo fato de os preços serem melhores (47%) e pela conveniência (42%). “Na internet não se tem os custos para a implantação de uma loja física, por isso a diferença nos preços das lojas física e virtual.
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Quem é o novo consumidor? Para a GS&MD ele é multicanal, usa os meios digitais para comprar e tem acesso a produtos no mundo todo
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Mas com o o m n ichannel, em que o consumidor poderá estar na loja física e comprar na loja virtual e vice-versa, isso tende a acabar. Mas se na internet o preço é menor, tem a questão do frete – na loja física, quem paga o frete é o consumidor, que vai até o shopping e paga o estacionamento ou a gasolina para ir até a loja”, lembra Góes. Na opinião do executivo, o ecommerce vem passando pelo dilema do frete grátis, que foi um tiro no pé das lojas virtuais. Se criou uma cultura, que vem se mostrando prejudicial para o setor. “Existe um custo de logística, que é crescente no Brasil, mas ainda assim a loja é forçada a oferecer o frete grátis”, diz. Além disso, existe uma lei que permite ao consumidor escolher um horário para receber a mercadoria, que complica ain-
da mais a situação. “Essa lei é outra que tende a não pegar, pois é muito difícil fazer valer isso em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro. Marcar um horário para a entrega é complicado e encarece muito a operação”. REDES SOCIAIS As redes sociais são grandes influenciadores na hora da compra. Segundo a pesquisa, para as marcas é muito mais importante evitar as más notícias, como reclamações, nas redes sociais do que alardear os seus pontos positivos. “Na pesquisa, quando investigamos o que influencia o consumidor a escolher uma loja ou produto, a
propaganda positiva nas redes sociais recebeu peso 3, num total de 5, enquanto as reclamações têm peso 4,1. Isso mostra que é importante o varejista ter uma estratégia em mídias sociais e ficar
atento às más notícias, reclamações, críticas, e tentar contornar o mais rápido possível”, saliente Góes. “As grandes lojas de varejos possuem atuação em mídias sociais, têm casos de sucesso, equipes próprias para isso, mas há aqueles que ainda estão iniciando um trabalho. No geral, ainda não há uma cultura forte entre os varejistas neste sentido”.
Assim, o estudo da GS&MD recomenda uma discussão sobre o novo papel do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), pois hoje os sites de reclamações são mais ágeis e efetivos do que postar uma reclamação no site da empresa ou ligar para o SAC. “As empresas não querem ficar expostas na internet. Quando o consumidor liga para o SAC é ele e o atendente, mas ao colocar a reclamação no site, é ele e mais alguns milhões de pessoas que ficam sabendo do problema”, diz Góes. Não temos uma conclusão sobre o novo papel do SAC, mas uma proposta de discussão. Como um serviço de atendimento ao consumidor, no papel de orientar e tirar dúvidas, ele é importante, mas para receber reclamações, as redes sociais são mais eficientes. É preciso rediscutir este modelo, não basta ter dezena de pessoas atendendo o telefone”. Para o executivo da GS&MD, o estudo Neoconsumidor Brasil 2014 mostra que as empresas precisam passar confiança ao consumidor de que irá receber o produto corretamente, elas precisam evitar as más notícias nas redes sociais e abrir uma discussão sobre os SACs, trazendo para a sua realidade uma discussão ampliada das interfaces com o consumidor, não apenas para receber comentários sobre produtos e marcas, mas também para receber as críticas. “Tem muito consumidor novo comprando, vindo dessa nova classe média, e percebemos que mesmo os varejistas mais sofisticados, com estratégias omnichannel, dão pouca atenção a esse novo consumidor ainda inexperiente”, observa.
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Código de barras completa 40 anos O primeiro produto a ser identificado pelo código no varejo foi um pacote de chicletes, vendido em um supermercado em Ohio (EUA) e que custou 67 centavos o fim do mês passado, o código de barras completou 40 anos. Em 26 de junho de 1974, Sharon Buchanan foi a primeira caixa a digitalizar um código de barras da GS1 no supermercado Marsh, em Troy, Ohio (EUA), e Clyde Dawson, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Marsh, tornou-se a primeira pessoa a comprar um produto com o preço marcado na embalagem. Esse item foi um pacote de 10 chicletes Juicy Fruit Wrigley. Custou 67 centavos e seu lugar na história foi preservado no Museu Nacional do Instituto Smithsonian de História Americana, em Washington, DC, onde está em exposição, aberta ao público. "Imagine se não houvesse código de barras", diz Miguel Lopera, presidente e CEO da GS1 Global, organização sem fins lucrativos com sede em Bruxelas, Bélgica, com organizações membro em mais de 110 países, que supervisiona a maioria dos códigos de barras utilizados hoje no mundo. "Você pode imaginar as filas
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nos check outs? Você pode imaginar como os consumidores poderiam ser frustrados? Basta imaginar um dia em um hipermercado ou um supermercado em que o scanner não funcione e os caixas tenham de inserir manualmente o código de barras de cada item! Já sob uma perspectiva de negócios, imagine como o código de barras permite a um pequeno fabricante na Índia vender o seu produto em qualquer lugar do mundo, porque a etiqueta pode ser lida em qualquer país, em qualquer língua", diz o executivo. Os códigos de barras gerenciados pela GS1 são os mais conhecidos internacionalmente. O sistema é baseado em padrões e soluções para melhorar a eficiência e a visibilidade das cadeias de suprimentos e demanda em todos os setores globais e foi projetado e implementado pela GS1. O monitoramento e soluções de rastreamento da GS1 permitem que as empresas em todo o mundo identifiquem itens comerciais (produtos e serviços), ativos, unidades logísti-
cas, expedições, entre outros, como uma corporação ou uma relação de serviço entre prestador e destinatário. Quando este sistema de identificação é combinado com o código de barras GS1 e outras soluções no Sistema GS1, as empresas, incluindo as que competem entre si, são capazes de fazer uma conexão entre coisas físicas ou lógicas e as necessidades de informação da cadeia de abastecimento. Quando essa conexão é feita, a GS1 cumpre o objetivo de criar um mundo de comércio global. CÓDIGO DE BARRAS NO BRASIL Quem viveu os anos de 1980 lembra que os preços variavam diariamente, principalmente nos supermercados. As máquinas etiquetadoras trabalhavam freneticamente, remarcando os preços dos produtos. Era comum fazer compras para o mês todo, assim que se recebia o salário, na tentativa de driblar a inflação. As filas nos caixas dos supermercados eram enormes. Foi neste cenário que nasceu a
entidade que hoje conhecemos como GS1 Brasil e que em novembro do ano passado completou 30 anos. Ela foi a responsável pela implantação do código de barras no Brasil. Constituída oficialmente em 8 de novembro de 1983 com o nome de ABAC - Associação Brasileira de Automação Comercial, na verdade a entidade foi concebida em fevereiro daquele ano, quando a SEI - Secretaria Especial de Informática convocou empresas do comércio para elaborar um documento refletindo as necessidades do setor com relação a automação comercial. Em dezembro de 1984, o Ministério da Indústria e Comércio decidiu dar pleno apoio a ABAC para orientar e administrar a implantação do Código Nacional de Produtos no País, seguindo o padrão europeu EAN International. Em 1994, com o objetivo de fortalecer a imagem da entidade em todos os seus campos de atuação, a ABAC passou a se chamar EAN Brasil. Em 2004, unificou-se os dois padrões de identificação para
a Cadeia de Suprimentos utilizados no mundo: os padrões EAN (europeu) com o UCC (americano), tornando a associação totalmente global. Assim, a entidade novamente mudou de nome, passando a se chamar GS1 Brasil. De acordo com GS1 Brasil, dos anos 80 até agora, o sistema de codificação se aperfeiçoou e novos modelos entraram no mercado. As pessoas acham que o código de barras é uma coisa estática, mas ele também evoluiu, assim como os sistemas de captura e da informação dentro dos sistemas. Existe o código linear, aquele que as pessoas estão acostumadas a ver nas embalagens dos produtos, mas há outros modelos, como o DataBar, em que é possível controlar a validade do produto, sendo importante para a área de alimentos. Para a rastreabilidade de medicamentos, outro tipo de código de barras foi desenvolvido, chamado DataMatrix. Trata-se de um código bidimensional, em que é possível colocar lote e validade. Ele é
bem pequeno, sendo possível colocá-lo em uma pílula de remédio. O DataMatrix é muito parecido com o QR Code, muito usado em publicidade e marketing – este, inclusive, está sendo incorporado ao portfólio de códigos da GS1, que é um órgão padronizador e dará regras ao QR Code. Outra área em que a GS1 atua é a de identificação por radiofrequência, tecnologia conhecida pela sigla RFID. Há alguns anos se falava que essa tecnologia iria revolucionar o varejo, que os consumidores iriam colocar os produtos no carrinho do supermercado, passar por um portal de antenas, que leria as etiquetas de identificação, e pagariam pela compra, diminuindo as filas. A tecnologia de radiofrequência é mais cara que a do código de barras, que já está massificada. O RFID pode ser visto como uma evolução do código de barras, já que as informações contidas neste passam a ser gravadas no chip de radiofrequência, adicionado com outros tipos de informações.
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Como os homens fazem compras?
Paulo Pampolin / Hype
Estudo da Toolbox explica o comportamento masculino no supermercado e dá dicas aos varejistas de como atender este público e alguns anos para cá, é visível o aumento de homens que fazem compras em supermercados. Para verificar como eles se comportam atrás dos carrinhos, a empresa de pesquisas Toolbox TM conduziu um painel online com 600 homens com idade entre 18 e 70 anos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste que frequentassem o canal supermercado pelo menos uma vez por mês. As categorias analisadas foram hortifruti, snacks, chocolates, comida pronta congelada, iogurtes, higiene pessoal e produtos de limpeza. Fernando Dantas, gerente de pesquisas da Toolbox, explica nesta entrevista os principais resultados do estudo e quais as recomendações para os varejistas atenderem melhor este público.
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Diário do Comercio – O que motivou o estudo de como os homens fazem compras em supermercados? Fernando Dantas - A primeira pesquisa com este tema foi realizada em 1985. Na época, a porcentagem de homens nas lojas era de apenas 8%. Hoje este percentual subiu para 31%. Na categoria de higiene pessoal, 37% dos produtos são voltados exclusivamente para o mercado masculino. Isso mostra a maior presença de homens, tanto no consumo como no ponto de venda. Este foi o ponto de partida para a pesquisa, que investigou o comportamento deste público. Quais as principais diferenças de comportamento entre homens e mulheres no ponto de venda? Levando em consideração pesquisas já realizadas com mulheres aqui na Toolbox, a gente sempre vê que elas avaliam a oferta como um todo, olham tudo o que tem disponível para depois tomarem uma decisão. Já os homens buscam
uma lista de compras, raramente vão passar por outros corredores para ver se tem alguma promoção. Se o varejista quer chamar a atenção do homem, coloque os produtos em corredores centrais ou próximos aos caixas, pois eles dificilmente sairão explorando a loja, a tendência é percorrer Por que isso é importante corredores específicos, de para o varejista? acordo com os produtos que Para o varejista isso tem um estão procurando. Ninguém impacto importante, porque, declarou que odeia fazer comem categorias como xampu, pras em supermercados, mas em que se tem uma variedade o homem procura ficar o megrande de marcas, raramente nos tempo possível. É um amhaverá homens olhando tudo biente hostil para ele, pois não Divulgação foi pensado para o homem.
uma solução específica: a partir do momento que eles acham o produto que se encaixa naquilo que estavam procurando, que tinham como meta de compra, eles já levam, não precisam saber se havia opções melhores. É uma compra direta, racionalizada.
Fernando Dantas, da Toolbox – a grande variedade acaba atrapalhando o processo de compra. O que os varejistas estão fazendo é colocar todos os produtos direcionados a homens em um local separado e não fazer a diferenciação por marcas. Assim, ele não se sente frustrado por não conseguir achar o produto que estava procurando. Há outras diferenças? Outra questão é o foco no que se está comprando. As mulheres têm uma visão mais panorâmica, elas têm prazer em explorar a loja, andam mais dentro do supermercado. Isso abre chances para que comprem mais produtos do que o planejado. O homem já age de forma diferente. Se eles têm
Alguns supermercados mudam as mercadorias de corredores para incentivar a circulação na loja. Isso funciona para os homens? Uma das perguntas do questionário era o que mais incomodava os homens durante o processo de compra. Em primeiro lugar está a fila no check out, passar os produtos na esteira e colocar na sacola. Mas tivemos um número expressivo de homens que disseram que a maior dificuldade era encontrar uma determinada marca dentro de uma categoria ou encontrar uma categoria dentro do supermercado. Se o varejista ficar mudando os produtos dentro da loja, para o homem isso se tornará uma frustração, ele dificilmente sairá para procurar. Eles dizem que, se não encontram o produto facilmente, abandonam a compra. Em casos mais extremos, afirmam que deixam de frequentar a loja e procuram outra, pois ela não facilita o processo de compra. Do total de homens, apenas 37% dizem que pedem ajuda a algum funcionário caso não consigam encontrar o produto, a maioria dos homens não pede. Se eles não conseguem encontrar os produtos com facilidade por meios das sinalizações, há uma grande chance de irem embora.
Deve haver uma certa lógica na disposição dos produtos, o macarrão, molho de tomate e queijo ralado devem ficar próximos. Isso ajuda bastante, não é mesmo? Esse tipo de cruzamento de produtos (cross merchandising) é muito favorável para os homens. Tudo que é feito para reduzir o tempo de permanência na loja é positivo para eles, que são mais suscetíveis a comprar em ponto extra e cross merchandising do que as mulheres. Elas conhecem mais as categorias, sabem da variedade de marcas, mesmo tendo uma ilha de promoção, a mulher provavelmente ainda vai passar no corredor para ver se encontra um produto mais barato, conhecer a variedade. O homem já não, principalmente para categorias que ele não tem muita intimidade, por exemplo produtos de limpeza: eles são mais propensos a comprar o primeiro produto que encontrar, caso tenha preço adequado e uma marca conhecida. Como são os perfis de homens que vão ao supermercado? Identificamos alguns perfis diferentes de homens, chegamos a isso cruzando algumas variáveis. São duas variáveis importantes: a primeira é o seu papel na residência, que
vai desde o chefe de família que participa ativamente das decisões da casa, do consumo, ou seja, o homem 100% ativo nas decisões domésticas, até o outro extremo, que são os dependentes, como os filhos, que moram com os pais, não participam dos pagamentos das compras e não decidem quais marcas serão compradas. A outra variável se refere à participação nas decisões – em um extremo há o homem totalmente responsável pelas decisões na casa, que faz a lista de compras, decide as marcas que quer comprar, tem voz ativa. No outro extremo tem aquele que é totalmente dependente na decisão – quando vai ao supermercado, ele escolhe a partir de uma lista que a mulher fez. Como esses perfis se comportam? Esses perfis de homens podem variar muito de um supermercado para outro, por isso recomendamos que cada loja faça a própria pesquisa. Assim, tem o Executador de Tarefas, que é o chefe de família, mas é dependente da esposa. Ele vai com uma lista, não sabe onde ficam as coisas, tem dificuldade em localizar os produtos – se não tem a marca que está na lista ele liga para a mulher. Ele não toma decisões e precisa de muita ajuda.
Qual outro perfil? Outro perfil é o Shopper Expert, que também é o chefe da casa, mas é mais responsável pelas decisões. A participação deste perfil é expressiva, principalmente entre os mais jovens, abaixo dos 40 anos de idade, casados e com família. Normalmente são mais informados, sabem escolher a marca de detergente mais adequada, a diferença entre um sabão em pó de um sabão líquido, eles sabem escolher em todas as categorias da loja, não apenas cerveja e carne para churrasco. Quais as recomendações para que os varejistas atendam melhor este público? Para o varejista, a dica é organizar os produtos de forma a facilitar a compra, uma organização da seção. Mas não é somente um problema de localização, os homens precisam também entender para que serve o produto. Alguns supermercados estão informando a finalidade dos produtos, a diferença de um para outro. Essas informações não são para a dona de casa, pois ela já sabe como u s a r. S ã o p a r a a q u e l e h omem interessado em comprar um produto de melhor qualidade, mais caro, mas ele precisa saber o que diferencia um produto do outro.
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Anamaco tem programa de treinamento e qualificação
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ra a formação e qualificação profissional. “O leque de oferta é enorme, temos desde a formação e treinamento de deficientes físicos para as lojas, treinamentos diversos e palestras de fabricantes voltados para profissionais como eletricistas e pintores, até um curso de MBA para gestão de varejo de materiais de construção, reconhecido pelo MEC, uma parceria com a Faculdade América do Sul”, diz o executivo. “No total, incluindo cursos a distância, treinamos entre 15 mil e 18 mil profissionais por ano. Os resultados são espetaculares: as lojas nos informam que, com funcionários bem treinados, as vendas crescem até 30%”, afirma. Os cursos são voltados para as lojas associadas à Anamaco e não há custos para o aluno. Os treinamentos são patrocinados pelas indústrias – um fabricante de fios e cabos elétricos patrocina um curso para eletricista, por exemplo.
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uem está construindo ou fazendo uma re f o rm a e m c a s a muitas vezes se sente perdido quando entra em uma loja de materiais de construção – qual tipo de cano, fio, cerâmica, tinta é o recomendado? E se não servir? Neste setor, muito mais que em outros do varejo, a orientação do vendedor é fundamental. Para isso ele precisa ser bem treinado e se atualizar sempre. Foi com este objetivo que a Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção criou, em 2003, a Loja Escola do Varejo, localizada no bairro da Barra Funda, zona Oeste de São Paulo. São mais de 1.200 m² com arrojado layout interno, showroom com as melhores marcas de materiais de construção, em um espaço de aprendizado para profissionais e estudantes. Segundo Cláudio Conz, presidente da entidade, é uma estrutura totalmente voltada pa-
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Loja Escola do Varejo treina mais de 15 mil alunos por ano e possui até curso de MBA em gestão de varejo de materiais de construção
“Já o MBA, quem paga são as lojas”, informa Conz. Segundo ele, assim como os demais segmentos do varejo, em materiais de construção há uma grande rotatividade de funcionários, o que obriga as lojas a treinar constantemente os balconistas. Para os lojistas é também uma grande oportunidade de conhecer mais sobre as novidades em materiais e serviços
di spo níve is para a exposição de produtos, tais como: estandes, displays, equipamentos, comunicação visual interna e externa, mídia, entre outros. Há ainda diversos cursos para o aperfeiçoamento e profissionalização do negócio. O curso Merchandising no Ponto de Venda, por exemplo, é voltado aos profissionais do varejo de material de construção, arquitetos, engenheiros, formadores de opinião, profissionais liberais e interessados em geral e aborda definições e técnicas de merchandising diretamente aplicadas no varejo de material de construção, lojas de mate-
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rial de construção de pequeno, médio e grande porte, home center e atacadistas, considerando também todas as suas características distintas dos demais varejos.
nham um papel de suma importância, ficando sob responsabilidade desses profissionais o processo organizacional, envolvendo atividades de mobilização, liderança, motivação, comunicação e coordenação”, UNIVERSIDADE acrescenta. CORPORATIVA O curso de pós-graduação Pensando na formação e na Lato Sensu em Gestão Emprequalificação dos profissionais sarial para o Segmento de Mado segmento de material de terial de Construção, tem duconstrução, a Anamaco criou, ração de 18 meses e uma graainda em 2003, a Universidade de de professores composta Divulgação Corporativa Anaexclusivamente maco, que oferepor mestres e ce os cursos MBA doutores, sob a Lato Sensu em coordenação Gestão Empresaacadêmica do rial para o segp ro f e s s o r J o amento de Matequim Ramalho, rial de Construdo ITA (Instituto ção e o curso de Tecnológico de Extensão UniverAeronáutica). sitária em Gestão Par a l el a me nEmpresarial para te ao curso de o Varejo de MateMBA, a Universirial de Construdade Corporatição, ambos em va Anamaco ofeparceria com a Cláudio Conz, da Anamaco rece o curso de Faculdade AmériGestão Empreca do Sul. Os cursos são minis- sarial. “O curso de Gestão Emtrados na sede da Loja Escola presarial, com 360 horas, tem do Varejo da Anamaco, na Barra o mesmo foco que é dado no Funda, em São Paulo. MBA com 460 horas”, explica “Nosso objetivo é reunir tan- Cláudio Conz. O que o distinto os profissionais da indústria gue do MBA é a sua vocação de quanto os do varejo, proporcio- transformar o conhecimento nando também a troca de ex- que estamos adquirindo", obperiências fora das rotinas co- serva o executivo. merciais do dia a dia e potenSe após concluir o curso de cializando o aprendizado em Gestão o aluno decidir fazer um sala de aula, com professores curso de Graduação e finalizar de alto nível, que lecionam na esse curso no prazo de até cinFGV, ITA e ESPM”, explica Cláu- co anos, ao receber o diploma dio Conz. “Há um novo perfil de de graduando ele pode imediaprofissional do segmento de tamente se candidatar ao curmaterial de construção e nele a so de Pós-Graduação da Unieducação, a direção e a gerên- versidade Anamaco, solicitancia de uma empresa desempe- do a transferência de créditos.
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Charme e tecnologia para a sua cozinha
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Conheça as novidades da empresa americana Cuisinart na rede de lojas Spicy Spicy (www.spicy.com.br), do Grupo MCassab, é uma rede de lojas especializada em utensílios de cozinha, mesa e bar. Está presente em todo o território nacional com 38 lojas físicas e e-commerce, e é responsável pela distribuição de produtos de diversas marcas, como WMF, SodaStream, OXO, Cuisinart, Jura, Olimpia, Spiegelau, Riedel, Maxwell & Williams, Emsa, Weber, Kenya e Brabantia. Inaugurada em 1996, a Spicy é referência no mercado de utilidades domésticas por comer-
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MOEDOR DE SAL E PIMENTA ELÉTRICO –
O acessório funciona com bateria recarregável, podendo ir à mesa, é todo em aço inoxidável e visor em Lexan. Com a carga completa funciona por até 20 minutos ininterruptos, luzes de LED iluminam o alimento enquanto moe. Preço sugerido: R$ 499,00.
cializar produtos de alta qualidade aliados à sofisticação e design inovador. Nas lojas, o consumidor encontrará as novidades da Cuisinart, empresa americana de eletrodomésticos e utensílios, marca conhecida dos amantes da gastronomia por oferecer produtos modernos e cheios de tecnologia. Desenvolvidos em parceria com grandes chefs, os acessórios se transformam em sonhos de consumo de todos que apreciam a arte da culinária. Conheça algumas novidades:
PIPOQUEIRA VERMELHA – Apresenta base em aço inox, tigela em Lexan e prato em metal antiaderente. O equipamento faz até 10 xícaras de pipoca de uma só vez, em apenas 5 minutos, com uso mínimo de óleo. O produto é fácil de lavar e o bowl pode ir à máquina de lavar. Preço sugerido: R$ 459,00. Fotos: Divulgação
GRILL PANINI GR4 –
Grill multifincional, ideal para o preparo de carnes, legumes, paninis e para fritar alimentos, como ovos e bacon. Possui dois controles de temperatura, vem acompanhado de duas placas, um lado removível e reversível e outro liso. Preço sugerido: R$ 769,00.
MINI PROCESSADOR – Compacto,
em aço escovado, não ocupa muito espaço no balcão, possui as funções de picar, moer ou fazer purê. Oferece função para emulsificar e liquidificar, o seu copo é resistente a temperaturas quentes e frias. Preço sugerido: R$ 269,00
CHALEIRA ELÉTRICA – Programável
com seis temperaturas para diferentes tipos de bebidas, esta chaleira apresenta a função “Keep Warm” para manter a água aquecida. A sua capacidade é para até 1,7 litros, 1.500 watts de potência, tem acabamento em aço inox escovado e bico ergonômico. Preço sugerido: R$ 659,00.
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Loja conceito da Riachuelo tem estilo fashion
Fotos: Divulgaç
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Inaugurada em novembro, a decoração é descontraída, com provadores em forma de banheiros químicos
o fim de novembro, a Riachuelo, uma das maiores redes de lojas de moda do País, inaugurou a sua primeira loja conceito, que manteve as características principais da edificação que ficava no local, com três andares, a escada circular que abraça o elevador no centro dos pavimentos e a fachada envidraçada. A decoração segue um estilo descolado e divertido. Nos provadores, papéis de parede coloridos deixam o ambiente mais alegre, e os penduradores, feitos com saltos de sapato, são um elemento surpresa. Há ainda um espaço reservado para calçados. No primeiro pavimento encontra-se a confecção masculina, dividida entre as lin h a s B o d y Wo r k , J o v e m ,
A loja conceito da Riachuelo possui três andares e a decoração surpreende pela sua criatividade
N
Jeans, Black e Original. O estilo nessa área é mais urbano e também conta com elementos decorativos descolados, como banheiros químicos que viraram provadores. Os acessórios ficam nos nichos da estrutura central ao lado de monitores antigos e máquinas de escrever, fazendo um contraponto harmônico entre o velho e o novo. Na outra metade do mesmo andar
fica a confecção feminina, mais clássica e tradicional. Por fim, a cobertura abriga moda praia, lingerie e fitness. Projetado para receber eventos e desfiles, o espaço conta com um bar e uma estrutura corrediça, com portas que escondem as araras das paredes em dias especiais. Os banheiros foram decorados com temas pop, que remetem ao cinema. A loja conta ainda
com o Projeto Fachada, que de tempos em tempos vai renovar a arte da fachada com um artista diferente. A EMPRESA A Riachuelo foi fundada em 1947, operando com pequenas lojas de rua e vendendo tecidos a preços baixos. Em 1979, a rede de lojas de tecidos foi comprada pelo Grupo Guararapes, iniciando um
processo de reestruturação e de mudança estratégica, com o objetivo de vender roupas prontas. A partir de 1993, o foco da Riachuelo passou a ser a moda. Sempre em sintonia com as tendências nacionais e internacionais, a Riachuelo oferece moda com preços atrativos e qualidade superior. Esta estratégia envolveu a criação e o fortalecimento
d e m a rc a s p ró p r i a s , c a d a uma com identidade visual e público-alvo específico. Presente em todas as regiões geográficas do País, a Riachuelo intensificou o ritmo de expansão no decorrer dos últimos anos. Enquanto no período de 2005 a 2010 foram abertas entre 8 e 16 lojas por ano, nos últimos três anos a companhia acelerou o ritmo de aberturas. Em 2011, 2012 e 2013 foram, respectivamente, 22, 24 e 43 inaugurações por ano. Para 2014, estão confirmadas 40 novas lojas, sendo 12 já inauguradas nos meses de fevereiro, abril, maio e julho, totalizando 224 lojas e 510,2 mil m² de área de vendas até o momento. A rede possui mais de 22 milhões de clientes no cartão Riachuelo.
Mr. Beer (www.mrbeer cervejas. com.br) completa em 2014 cinco anos de mercado com mais de 80 unidades em todo País. Neste ano, a empresa apresentou ao mercado um novo modelo de quiosque que se enquadra na categoria de microfranquia. A novidade exige do franqueado investimento inicial de R$ 65 mil e tem, aproximadamente, quatro metros quadrados. As outras opções da rede são as lojas, com tamanho mínimo de seis metros quadrados e investimento inicial de R$ 115 mil, e os espaços gourmets, com investimentos a partir de R$ 250 mil. Durante sua trajetória, a Mr. Beer acompanhou e participou ativamente do crescimento e do amadurecimento do segmento de cervejas especiais no Brasil. A rápida expansão é resultado do investimento em conceito e informação, apostas da rede desde seu surgimento e quesitos que em pouco tempo consagraram a rede como referência no universo cervejeiro. A empresa surgiu em 2009, com um quiosque em um shopping
A
da capital paulista, modelo que alia criatividade, conveniência, disseminação do conceito e acessibilidade. Em 2011, criou os espaços gourmets, destinados à harmonização de cervejas especiais com iguarias criadas pelo chef da requintada rede de padarias Benjamin Abrahão. Em 2012, a marca tornou-se também importadora, abrindo possibilidades para o aumento do número de rótulos exclusivos da rede. Hoje, a Mr. Beer está presente em quase todos os Estados brasileiros. EXPANSÃO Com lojas no Paraná e no interior paulista, rede de franquia de cervejas especiais MestreCervejeiro.com planeja levar seus negócios à cidade de São Paulo e busca interessados em empreender no ramo da bebida preferida por 64% dos brasileiros. Criada pelo sommelier de cervejas Daniel Wolff, a partir de um site sobre cultura da cerveja, a rede tem seis lojas abertas (três no interior de São Paulo e três no Paraná) e uma em processo de implantação.
Segundo ele, o potencial do ramo é enorme, e o modelo de franquia do Mestre-Cervejeiro.com é perfeito para quem gosta de cerveja, quer empreender e transformar a paixão pela bebida em fonte de renda e negócio de sucesso. São duas opções: quiosque, com investimento inicial de R$ 99 mil, e loja, com investimento de R$ 128 mil. Para ambos, o MestreCervejeiro.com oferece aos franqueados uma carta de cervejas com mais de 400 rótulos, suporte de gestão, ambientação e projeto arquitetônico. Também faz a ponte entre eles e os fornecedores, fornece produtos exclusivos e aplica treinamentos a toda equipe das lojas. Além disso, cada nova franquia recebe uma carta de cervejas produzida sob medida para o público local, levando em conta também a produção das microcervejarias regionais. “Ajudamos nossos franqueados a levar aos seus consumidores as melhores marcas internacionais de cerveja e também toda a variedade e qualidade da produção local”, completa Wolff.
Divulgação
Em busca de novos empreendedores
Mr. Beer|: rede de franquias apresenta modelo de quiosque, com investimento de R$ 65 mil.