Especial Poiares

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DCEspecial DIRECTOR ADRIANO LUCAS

13 DE JANEIRO DE 2010 QUARTA-FEIRA / NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Chanfana à mesa nos112 anos do concelho Apostando mais uma vez na vertente gastronómica, responsável pela visita de milhares de visitantes, o município de Vila Nova de Poiares volta a receber a Semana da Chanfana, iniciativa que engloba o feriado municipal e que envolve oito restaurantes do concelho

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Dia do Município assinala história concelhia e distingue cidadãos

Chanfana em banda desenhada

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Paulo Campos, secretário de estado adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, irá presidir à sessão solene

PAULO CAMPOS preside à sessão solene de hoje São 112 anos aqueles que se comemoram hoje em Vila Nova de Poiares, sinal de uma data evocativa da restauração definitiva do concelho, depois de um atribulado processo de extinção e restauração, no qual a localidade perdeu significativa parte do sue território. Hoje é ainda feriado municipal, assinalando o Dia do Município com as devidas e já habituais festividades. O programa começa às 8h00, com uma salva de 21 tiros, seguindo-se, uma hora depois, a cerimónia de hastear da Bandeira do

Município, nos Paços do Concelho. Pelas 10h00 tem início a 9.a edição do Encontro Concelhio das Colectividades, com um torneio do jogo da malha, e uma hora mais tarde é inaugurada a exposição “Breve Retrospectiva da Conversão do Quartel dos Bombeiros em CCP – Centro Cultural de Vila Nova de Poiares”. O momento áureo das comemorações do Dia do Município tem lugar no auditório municipal, pelas 12h00, com a realização de uma sessão solene, presidida por Paulo Campos, secretá-

rio de estado adjunto das Obras Públicas e das Comunicações. O evento será palco da apresentação do livro em banda desenhada intitulado “Lenda da Chanfana”, editado pelo município, e será ainda consagrado ao reconhecimento do mérito daqueles que se destacaram nas mais diferentes áreas de actividade, sem esquecer os funcionários do município, agraciados pelos anos de serviço. Da lista de homenageados constam Joaquim Henriques Martins e José Basílio Simões, a

quem será entregue a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, para a área industrial. A Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, para a área da saúde, distinguirá Daniel Joaquim de Souza Azevedo de Mattos e João Manuel Carvalho Pedroso de Lima, sendo que a mesma medalha, mas na área de engenharia civil, será atribuída a Celestino Flórido Quaresma. Luís Manuel Carvalho Pedroso de Lima e Artur Herculano Carvalho Coimbra receberão a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, na área de serviço cívico à comunidade e a mesma medalha, em Grau Prata, será entregue ao Padre Joaquim Lopes Ribeiro Natário. Serão distinguidos com a Medalha de Bons Serviços, Grau Bronze os funcionários do município Ana Ester Jorge Marta e Teresa Margarida Carvalho da Silva. l

CHAMA-SE “Lenda da Chanfana” o livro de banda desenhada idealizado e desenvolvido pelo município de Vila Nova de Poiares, que a população ficará hoje a conhecer. A obra, destinada aos mais novos, irá certamente conquistar todas as faixas etárias e visa «recriar não só a vida simples das gentes do campo, mas também os seus costumes e as suas origens», refere Jaime Soares. O “Ti Henrique” e da “Ti Maria” protagonizam a história, que decorre na Serra do Alveite, e que faz referência a eventos e tradições poiarenses como a Feira de Santo André, a Procissão de S. Tiago e a Fonte da Fraga, entre outros. Ao todo são 34 páginas de cor, humor e história, que incluem ainda uma receita em banda desenhada da chanfana. FOTO: D.R.

PROGRAMA 8H00

Salva de 21 tiros

9H00 Hastear da bandeira do

município nos Paços do Concelho IX Encontro Concelhio das Colectividades – torneio do jogo da malha 11H00 Inauguração oficial da exposição intitulada “Breve 10H00

Retrospectiva da Conversão do Quartel dos Bombeiros em CCP – Centro Cultural de Vila Nova de Poiares” 12H00 Sessão solene no salão nobre dos Paços do Concelho, presidida pelo secretário de estado adjunto das Obras Públi-

cas e das Comunicações, Paulo Campos. Apresentação do livro em banda desenhada intitulado “Lenda da Chanfana”, editado pelo município. Entrega de medalhas e diplomas por mérito na área cultural, comércio e indústria e bons serviços.


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Organização quer igualar ou superar os 8 mil visitantes O evento prolonga-se até domingo em Vila Nova de Poiares e a chanfana é a rainha da semana Joana Martins Começou na sexta-feira e estende-se até domingo mais uma edição da Semana da Chanfana, uma iniciativa promovida pela Confraria da Chanfana, com o apoio da Câmara Municipal, que visa promover a gastronomia do concelho e muito particularmente o seu “ex-libris” - a chanfana. Este prato, que tem em Vila Nova de Poiares um dos seus principais baluartes de referência, é confeccionado com carne de cabra velha, assada em fornos de lenha, nos afamados caçoilos de barro preto. Foram cerca de oito milhares os visitantes que o ano passado se deslocaram a Vila Nova de Poiares para provar a tradicional chanfana. Para este ano as expectativas são igualar ou mesmo superar este número durante o evento gastronómico. Madalena Carrito, presidente da Confraria da Chanfana, afirma que este crescendo de visitantes é notório, mas realça também que ao longo do ano os restaurantes passaram a ter maior número de pessoas que procura esta iguaria. A confraria, assim como a autarquia, tem vindo a apostar na valorização, na defesa e na promoção da chanfana, sobretudo nesta altura em que o ex-libris concelhio protagoniza a semana gastronómica. Madalena Carrito considera que «a gastronomia, e em particular a chanfana, e o

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FOTOS: DR

A CHANFANA e outras iguarias estão em destaque esta semana

MADALENA CARRITO é presidente da Confraria da Chanfana

artesanato são os dois pilares base para toda a promoção turística do concelho, que vai gerar o desenvolvimento económico necessário para sustentar estas actividades». Ostentando o título de Capital Universal da Chanfana, Poiares tem vindo, assim, a promover anualmente este evento, que se conjuga com os festejos do Dia do Município, e que de ano para ano tem trazido um número crescente de visitantes, apreciadores deste prato típico da gastronomia serrana. Num concelho que assume este título, o prato tem, necessariamente, de ter alguma coisa em especial. De destacar, desde logo, a carne, que tem necessariamente de ser de cabra, de preferência serrana. Ingredientes importantes são ainda o bom vinho e o forno. Não menos importante é o recipiente onde é confeccionada, obrigatoriamente caçoilos de barro preto, um barro

poroso que absorve o excesso de vinho e os odores. Mas se a chanfana é o prato de excelência desta semana, o evento não excluiu outras especialidades da gastronomia poiarense. Por isso, nos sete restaurantes (“O Confrade” só não participa no concurso) que aderiram à iniciativa, vai ser possível apreciar, entre outros pratos de referência, o arroz de bucho e os negalhos. Como sobremesa, a escolha de eleição recai necessariamente sobre o “Poiarito”, um doce regional cujos ingredientes são o espelho fiel dos produtos endógenos da região poiarense. A iniciativa é promovida pela Confraria da Chanfana, contando com o apoio da Câmara Municipal, uma parceria que se tem vindo a revelar mais do que positiva, em nome da afirmação desta especialidade regional e, sobretudo, da elevação do nome do concelho de Vila Nova de Poiares. l


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Para Jaime Soares Coimbra nunca soube funcionar numa lógica conjunta com os municípios que a rodeiam Joana Martins As acessibilidades continuam a representar um dos problemas mais graves para o município de Vila Nova de Poiares. Jaime Soares classifica mesmo a situação como «dramática» no que toca ao futuro do concelho e declara ter «os pés assentes na terra» e não assentar em «bairrismos egoístas» quando levanta a sua voz em defesa das acessibilidades, nomeadamente no que toca à melhoria da Estrada da Beira e à construção de uma nova via de ligação de Poiares ao IP3, em Penacova. O presidente do município afirma que «Poiares hoje tem um papel muito importante no desenvolvimento da região, principalmente do distrito» e que se o problema das acessibilidades estivesse resolvido o concelho «dava um salta qualitativo e quantitativo em termos de desenvolvimento. A Poiares para ser um dos concelhos que se afirma no contexto nacional, acima da média nacional e da média da própria Europa, bastava que as suas acessibilidades tivessem o mínimo de qualidade. O facto de isso não acontecer é uma traição a Poiares, aos poiarenses, ao distrito e à própria região». Convicto dos seus ideais o

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autarca reitera que continuará a lutar por uma solução, salientando que Poiares foi a principal força reivindicativa em relação a algumas melhorias, mas que nunca foi apoiado por outros municípios, «ou porque às cores politicas não convinha, ou porque os outros municípios julgavam ter os seus problemas resolvidos por terem outras vias de comunicação», destaca o edil. Abordando a questão de um prisma mais alargado, Jaime Soares acusou Coimbra de nunca ter sabido criar um ambiente de aproximação entre os municípios e de exercer «uma influência macrocéfala em tudo aquilo que lhe é periférico. Coimbra nunca soube criar uma auréola de desenvolvimento à sua volta e, pelo seu valor científico e cultural, e pelo que representa, até no contexto mundial, poderia sentir que ao seu lado há outros municípios que a podem tornar ainda mais forte e mais rica», criticou. Para o presidente da Câmara, em Vila Nova de Poiares, onde acaba o litoral e começa o interior, poderia dar início a um espaço de afirmação e de desenvolvimento, tanto em direcção ao interior, como ao litoral. «Não queremos ser o aglutinador, mas poderíamos ser uma força

O saber fazer da chanfana e as raízes da cultura poiarense I Para o autarca, a Semana da Chanfana insere-se numa lógica de valorização da cultura de Vila Nova de Poiares. «O município não se pode preocupar só com saneamento, abastecimento de água, habitação e desenvolvimento económico. Tem de saber também apostar na cultura, na análise profunda dos valores, das tradições e dos costumes de uma terra que são a afirmação das gentes e penso que o temos sabido fazer bem. Tenho um orgulho muito grande no nosso passado, na nossa história e no legado que nos deixaram os nossos antepassados», afirma. Jaime Soares entende que é preciso «ter uma intervenção muito forte nestes aspectos, que são valores que enobreceram desde sempre a terra e os antepassados e é isso que estamos a fazer, continuando a homenagear todos aqueles que nos deixaram este património rico de tradições e de costumes, onde a chanfana se insere em termos da cultura gastronómica».

Citando Porter, que disse que nós devemos fazer bem aquilo que sabemos fazer, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares esclarece que é exactamente isso que o município está a fazer. «Sabemos fazer muito bem a chanfana e quem degusta este prato pela primeira vez quer voltar e é isso que nos tem dado ânimo e força e que nos leva também a descobrir outros pratos da gastronomia da nossa terra, como o bucho, o cabrito, os negalhos». Quanto aos doces, Jaime Soares destaca que o concelho está a criar uma forte tradição com o poiarito, o doce regional. Mas nem só de chanfana se fazem as mais-valias do concelho. Para Jaime Soares, Poiares oferece aos seus visitantes, além dos argumentos gastronómicos, um conjunto de atractivos paisagísticos, bem com a forte tradição no artesanato. Além disso, destaca, «empenhamo-nos em receber bem e em mostrar o melhor que temos, vestindo as nossas melhores roupagens para receber quem nos visita. Temos conseguido trazer a Poiares muitos milhares de visitantes e de ano para ano esse número vai aumentando», remata. l

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“Não tenham pena de Vila Nova de Poia

JAIME SOARES afirma que o município concretizará os seus projectos

embrionária para ajudar o interior mais profundo, e tudo isto seria importante ao nível do desenvolvimento sustentado da região», justifica Jaime Soares. «Coimbra tem de saber interpretar as razões dos problemas que está a viver, como por exemplo saírem de lá direcções regionais. Nunca soubemos criar uma liderança forte em Coimbra para que outras cidades não tivessem a veleidade de se quererem afirmar como líderes da região, até porque Coimbra é um líder natural», defende o autarca. Reconhecendo que «Poiares é

uma pequena parcela da região», Jaime Soares não deixa de afirmar que se têm conseguido aproximar dos grandes e pede mesmo para que «não tenham pena de Vila Nova de Poiares nem da sua pequenez em termos de superfície, porque somos grandes em alma». O representante do município chama a atenção para projectos como o parque industrial e o centro cultural, realçando a melhoria da qualidade de vida da população, face a estas infra-estruturas, «criadas à custa de um esforço e de uma engenharia financeira


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ares, porque somos grandes em alma” incentivar alguns investimentos, porque terá o retorno e criará riqueza depois». Projectos vão acontecer A autarquia de Vila Nova de Poiares tem em marcha diversos projectos que pretendem tornar o concelho num pólo de atracção turística, pretendendose que funcione em rede com os outros territórios vizinhos. Nessa linha surge o aeródromo e o campo de golfe, entre outras estruturas projectadas. A construção de um aeródromo na serra do Bidoeiro é um dos projectos mais ambiciosos, estando projectada uma pista de 2,6 quilómetros, que pretende ser ponto de chegada e partida de voos charter e jactos privados, algo que ainda não existe na região. Ao mesmo tempo decorre o projecto para construção de um campo de futebol

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que quase que ultrapassa a capacidade humana», relembra. «Mesmo que haja desenvolvimento e qualidade de vida há sempre aquelas pessoas que têm os seus problemas», assume Jaime Soares, salientando, no entanto, que «a crise não se sente muito em Poiares. Diria que estamos a passar ao lado da crise, sobretudo porque em tempos soubemos interpretar os nossos valores e por força deles temos um concelho sem desemprego. Haverá pessoas carenciadas, mas os problemas resolvem-se com naturalidade», reforça, salientando que «toda esta envolvente que se tem criado em termos de qualidade de vida, permite que o rendimento per capita dos poiarenses seja muito acima do nível da média nacional». Jaime Soares acredita que é preciso correr riscos e que «o município poderá empobrecer-se para

O CENTRO cultural é uma das infra-estruturas que contribuem para a qualidade de vida da população relvado, com capacidade para cerca de quatro mil espectadores, a que se somará também um centro de estágios. Será ainda uma realidade o Centro de Negócios, assim como a praia fluvial e o parque de campismo.

Além disso, actualmente Poiares está a desenvolver o maior investimento de sempre na educação, com três centros educativos que irão revolucionar toda a estrutura educativa do concelho.

«As coisas poder-se-iam fazer em dois ou três anos e aqui demoram cinco, seis, oito ou dez anos, mas Poiares tem realizado esses projectos, graças também à continuidade do município, das mesmas políticas e das mes-

mas estratégias de desenvolvimento, e também graças à colaboração com o povo e com a comunidade cientifica». Jaime Soares realça assim que isto prova que «com pouco é possível fazer muito» e que «Poiares tem sabido interpretar os seus próprios valores e deles tem feito e criado muitas sinergias que consegue alavancar e que hoje o levam a ser um concelho onde há grande qualidade de vida e onde há paz social». O edil reforça ainda a ideia de que Vila Nova de Poiares «pode dar grandes lições. Como no passado Portugal, apesar de ser pequenino, foi capaz de dar grandes exemplos ao mundo, Poiares é exactamente a força e o reflexo da alma portuguesa, porque mesmo sendo pequeno foi capaz de dar novos caminhos ao mundo e de levar a cultura portuguesa a muitos lados». l


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Certificação da chanfana em fase final de aprovação A Confraria da Chanfana começa o ano com o evento gastronómico que está a decorrer mas tem uma agenda cheia para 2010

Potenciar a cultura gastronómica da chanfana

Joana Martins

A Confraria da Chanfana surgiu em 2001 por iniciativa do presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, Jaime Soares, que, numa perspectiva de preservação e promoção dos produtos endógenos propôs a constituição de uma confraria, instituição capaz não só de potenciar a cultura gastronómica, como também contribuir para a certificação deste prato, de origens tão remotas. Assim por deliberação da Câmara Municipal datada de 1 de Março de 1999 foi aprovada a Confraria, decisão essa, ratificada igualmente pela Assembleia Municipal unanimemente em 30 de Abril do mesmo ano. A partir dessa data, com muitas dificuldades para aqueles que encetam um processo novo e demorado, mas também com o apoio de muitos amigos, foram lançadas as bases de escritura pública que teve lugar a 22 de Agosto de 2001, no Cartório Notarial de Vila Nova de Poiares. Outorgaram a escritura como confrades fundadores a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, a Junta de Freguesia de Santo André, a Junta de Freguesia da Arrifana, A Junta de Freguesia de São Miguel, a Junta de Freguesia de São José das Lavegadas, Jaime Soares, a Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares e a APPACDM de Santa André. l I

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I A Confraria da Chanfana apresenta todos os anos um plano de actividades muito recheado e diversificado que pretende, sobretudo, chegar a vários públicos. O ano começa sempre com a Semana da Chanfana, mas há outros eventos que vão tendo lugar, como as acções dedicadas às crianças e às escolas no mês de Abril, com actividades de carácter lúdico e pedagógico, em que toda a história e percurso da chanfana é apresentando aos mais pequenos. Em 2010 os responsáveis vão manter também os jantares temáticos, iniciados há um ano, convidando os confrades de honra que representam as mais variadas áreas para protagonizaram palestras e apresentações. Ainda de destacar, no âmbito do plano anual, a participação na mostra de gastronomia do concelho, bem como um conjunto de actividades previstas em termos de redacção e edição de materiais escritos e em vídeo sobre a chanfana, sendo que a confra-

A CONFRARIA DA CHANFANA desenvolve muitas actividades

ria apresentou uma candidatura no âmbito do PRODER para lançar material bibliográfico sobre esta iguaria. Madalena Carrito, presidente da Confraria da Chanfana, reforça a intenção de reconhecer a chanfana no âmbito dos pratos do receituário tradicional português, meta que faz ainda mais sentido por se comemorar agora 10 anos sobre a atribuição do estatuto de

património cultural à gastronomia tradicional portuguesa. «Faz todo o sentido que nesse inventário do receituário se inclua a chanfana e a confraria tem obrigação de trabalhar para que todo esse saber fazer das nossas gerações anteriores não se perca, para que seja divulgado e preservado e tenha o reconhecimento que merece», afirma a responsável, destacando que este é um «projecto a

curtíssimo prazo». Ainda no que toca a projectos está para breve a conclusão do processo de certificação da chanfana, Certificação da chanfana em fase final. A Confraria da Chanfana começa o ano com o evento gastronómico que está a decorrer mas tem uma agenda cheia para 2010que foi entregue a uma entidade privada e está em fase final. l


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RESTAURANTES ADERENTES A GRELHA

DONA ELVIRA

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Morada: Entroncamento (junto à EN17) Tel.: 239 421 328 I Lugares sentados: 130 I Especialidades: chanfana e negalhos, polvo à lagareiro, bacalhau com broa e sopa fervida

Morada: Entroncamento (junto à EN17) Tel.: 239 421 480 I Lugares sentados: 200 I Especialidades: chanfana, negalhos, cozido à portuguesa, bucho de porco e bacalhau à Dona Elvira

I Morada: Kartódromo – Zona Industrial de Vila Nova de Poiares I Tel.: 239 421 858 I Folga: terça-feira I Lugares sentados: 90 I Especialidades: chanfana, cozinha regional, espetada de boi e bacalhau à moendinha

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BARRO PRETO

Morada: Entroncamento (junto à EN17) Tel.: 239 420 800 I Lugares sentados: 450 I Especialidades: chanfana, rodízio à brasileira e serviço de buffet I I

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ESTRELA DA MÓ

Morada: S. Miguel de Poiares (junto à EN17) Tel.: 239 428 374 e 917 167 585 I Folga: terça-feira I Lugares sentados: 80 I Especialidades: chanfana, naco na telha, frango à armandito e bacalhau à Estrela da Mó I I

CASA DOS FRANGOS AS MEDAS O CONFRADE

Morada: Medas (junto à EN17) Tel.: 239 421 253 I Folga: quarta-feira I Lugares sentados: 300 I Especialidades: chanfana, frango das Medas, arroz malandro e naco na pedra I I

Morada: Largo Dr. Daniel de Matos Tel. 239 423 630 I Lugares sentados: 70 I Especialidades: chanfana e negalhos, arroz de bucho e poiaritos I I



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