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DCEspecial DIRECTOR ADRIANO LUCAS
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16 DE JANEIRO DE 2010 SÁBADO / NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
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Qualidade de vida em primeiro lugar Se fosse feito um antes e um depois de Trouxemil nos últimos anos não seria difícil perceber o quanto evoluiu. O maior marco é o novo edifício da junta que, mais do que mero espaço administrativo, é ponto de encontro das gentes de uma freguesia que, pelo menos na parte antiga, mantém muita da sua ruralidade e, portanto, está afastada do desenvolvimento da cidade, da qual dista uns oito quilómetros. Com «preocupantes» problemas sociais, detectados num Diagnóstico Social apresentado há um ano, Trouxemil aposta na formação e quer ver construído um lar/Centro de Dia para responder a um envelhecimento acelerado da população. “Capital” do Arroz Doce e porta de entrada, a Norte, de Coimbra, Trouxemil anseia poder beneficiar de um projecto como a Aldeia do Médico e do interesse dos empresários em instalar-se na freguesia. Tudo em nome da qualidade de vida da população.
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Urgente apostar numa resposta social Diagnóstico da população, realizado há um ano, mostra uma Trouxemil envelhecida, com desemprego, pobreza e até delinquência Ana Margalho I Foi com surpresa, até com choque, que Artur Ferreira recebeu, há um ano, o resultado do Diagnóstico Social que mandou fazer à freguesia de Trouxemil. Filho da terra, apesar de desde jovem ter feito a vida em Coimbra, o presidente da Junta confessa que nunca esperaria encontrar uma população, «antes de mais resignada», e depois com tanta necessidade de respostas a nível social. A zona da Adémia tem características mais urbanas, e necessidades a elas inerentes, mas a freguesia mantém, especialmente na parte mais antiga, muita da sua ruralidade. De tal maneira que, na zona central de Trouxemil ainda se mantém a resistência da população em deslocar-se ao centro da cidade para resolver qualquer problema. «Vão ao hospital, ao médico, porque tem de ser», conta Artur Ferreira, e, talvez por isso, a realidade encontrada tenha sido ainda mais preocupante do que seria se quem passa dificuldades procurasse alguma ajuda. «Encontrámos uma população envelhecida, muita pobreza
encoberta, pessoas sem condições mínimas, sem casa de banho, por exemplo, muito desemprego, casas em que marido e mulher estão sem emprego», resume o autarca, que chegou à junta há quatro anos e, na altura não encontrou «um único projecto» para a freguesia na vertente social, nem sequer um diagnóstico da população para poder desenhar o que chama uma «Política Social Justa». O documento chegou no último ano do anterior mandato e mostrou, para além das características rurais e do distanciamento do centro da cidade (que fica a poucos quilómetros), uma situação de pobreza «que tem vindo a agravar-se». «Apostar na vertente social, tendo como pedra basilar a qualidade de vida das pessoas, de todas as idades» é, portanto, o grande objectivo de Artur Ferreira para os próximos quatro anos. Junta mediadora «Pretendemos fazer da junta um pólo mediador, um elo de ligação entre a população e as instituições da cidade», isto para além de ambicionar, para os próximos quatro anos, concreti-
zar projectos que dêem outras condições às pessoas no que respeita à sua situação económica e social. Do diagnóstico social da população resultou a constatação de que muita gente não sabe ler, nem escrever e que há também uma grande percentagem que parou cedo o seu percurso escolar, isto apesar de quase todos terem confessado a vontade de aprender mais, de ir mais longe no estudo. Para eles, a escola EB1 de Alcarraques foi recuperada e está a funcionar como centro de formação, onde está já a decorrer, por exemplo, um curso de informática. Também o novo edifício da junta irá acolher formação em várias áreas de modo a ajudar as pessoas a terem mais “ferramentas” para encontrarem o emprego que, muitos, entretanto, perderam. «Pretendemos que na freguesia funcione uma espécie de Centro de Novas Oportunidades, onde as pessoas possam encontrar uma saída para as suas vidas», resume Artur Ferreira, satisfeito por a maioria da população ter recuperado a confiança perdida na junta de fre-
guesia e nos seus responsáveis. Para além de uma taxa elevada de desemprego, Trouxemil é também uma freguesia envelhecida que precisa de soluções para a população mais velha. Conseguir instalar na Escola EB1 de Cioga do Monte, entretanto encerrada, um lar e centro de dia é um dos principais projectos para este mandato, até porque, de acordo com Artur Ferreira é uma das «grandes lacunas na freguesia». Lar/Centro de Dia depende da Câmara «Uma necessidade» para a qual alertou a própria população que, como conta Artur Ferreira, se mostra muito preocupada com a forma como vai passar os últimos dias das suas vidas, numa freguesia como Trouxemil, onde têm escasseado serviços e recursos. A solidão impera. Uns “deixaram” os filhos ir para longe, ou até para o centro da cidade, para procurar melhores condições de vida, outros são viúvos e não gostariam de deixar a terra onde sempre viveram. O projecto está ainda numa «fase embrionária». A ideia existe e, segundo Artur Ferreira,
Desporto e cultura para combater delinquência Outro dos fenómenos sociais que preocupa quem gere e quem vive na freguesia é o da delinquência juvenil. O diagnóstico social foi claro, e é certo que em Trouxemil, tal como na maioria das freguesias, há casos «preocupantes» de consumo de droga que a junta pretende combater através da oferta das mais diversas actiI
é para concretizar, mas o arranque está dependente da Câmara Municipal de Coimbra, que ce-
vidades, estejam elas ligadas ao desporto ou à cultura. «É preciso agir», concorda Artur Ferreira, adiantando que, neste caso, como em outros, o papel das colectividades da freguesia, como a Associação Desporto e Cultura da Adémia ou a recém-criada Associação Abraços Solidários, é muito importante. «Fomentam o desporto, como o futebol ou o futsal, promovem iniciativas lúdicas e culturais e isso é uma forma de integração dos jovens e de tirá-los de caminhos não apropriados», remata o autarca. A.M.
deu a escola à junta de freguesia com a condição de que ali fosse mantido o mesmo uso, ou seja, a
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Educação. Já foi solicitado à autarquia para que repensasse a questão, mas, neste momento, ainda não há qualquer resposta. Quando ela chegar, a junta, em parceria com a autarquia e uma instituição de cariz social da freguesia – o Centro Paroquial e Social de Trouxemil já mostrou interesse em ser parceiro – decidirão se se construirá uma infra-estrutura de raiz, aproveitando a ampla área que envolve a escola ou se se fará a adaptação das instalações da EB1 de Cioga do Monte, num projecto menos ambicioso, mas que poderá responder ás necessidades. «Trata-se, de qualquer forma, de uma infra-estrutura muito importante para a nossa freguesia», continua o autarca, recordando que, apesar de o Centro Social da Adémia ter esta valência a funcionar, a verdade é que a sua lotação está «esgotada», havendo já muitos pedidos e uma longa lista de espera. A construção de um lar ou centro de dia em Trouxemil é, portanto, «a luz ao fundo do túnel», para a população mais velha da freguesia. l
I O edifício da Junta de Freguesia está construído e os olhos estão virados para a área social que será a grande luta do executivo para os próximos quatro anos. Seja como for, não faltam outros projectos que Artur Ferreira gostaria de ter concretizados até 2013. Tudo tendo como base aquela que ele chama a «pedra basilar» do seu trabalho: contribuir para a qualidade de vida das pessoas, de todas as idades, que vivam, trabalhem ou invistam em Trouxemil. Depois de construído o primeiro parque infantil, numa freguesia com duas escolas activas e lotadas, uma das grandes apostas será aumentar o número de espa-
ços onde as crianças possam divertir-se com outras crianças. O autarca acredita que serão construídos, pelo menos, mais dois. «Uma boa média, se tivermos em conta que, em muitos anos, não houve nada do género na freguesia», adianta, referindo-se também à vontade de aumentar os espaços verdes de Trouxemil. Já na área do desporto, e depois da conquista que foi a construção do polidesportivo, Artur Ferreira gostaria de o ver coberto e de ver construídos os respectivos balneários, não só para poder ser utilizado para fins desportivos, mas também porque a freguesia ficaria, depois de construído, com mais um espaço fechado – para além do edifício da junta – para realizarem as suas iniciativas. «Seria uma mais-valia para uma freguesia que cresceu e evoluiu muito nos últimos anos», afirmou, sem modéstias, o presi-
RECUPERAR espaços verdes da freguesia é um dos projectos para o mandato dente da junta, garantindo que «se fizéssemos um antes e um depois, certamente que todos chegaríamos à conclusão que Trouxemil está muito diferente, atractiva, coisa que não acontecia antes». O resultado tem sido um aumento na procura da freguesia para viver e para instalar empresas.
«Recebo telefonemas de pessoas que querem saber se há casas à venda ou terrenos para comprar», conta, acrescentando que em termos empresarias, a juntar à BomCar (ex-Baviera) e a Climacer, há já várias empresas interessadas em instalar-se na freguesia. Recentemente, Artur Ferreira recebeu, ali-
ás, contacto de um empresário que está interessado em 20 mil metros quadrados para se instalar na freguesia. «Esta é uma saída e uma entrada. Trouxemil é um nó nevrálgico, faz a separação entre Norte e Centro, portanto temos de nos aproveitar desta situação privilegiada», conclui. A.M.
tinha escolhido o arroz-doce para dar mote a um festival. O autarca olhou para o comentário como um desafio e pôs mãos à obra. O resultado foram duas edições do Festival do Arroz Doce que, num fim-de-semana de Novembro, conseguiram atrair a Trouxemil algumas centenas de pessoas, muitas delas de fora de Coimbra, e contribuir para mais dois dias diferentes para as gentes da freguesia. «O balanço é mais que positivo. Este evento não tem interesse económico, tem um interesse cultural, social e de promoção da freguesia que tem sido cada vez mais atingido», adianta Artur Ferreira, garantindo que o evento já faz parte da agenda cultural da cidade, desenvolvida pelo Departamento de Cultura da autarquia. «É um doce que eu gosto imenso, assim como a maioria das pessoas», continua o presidente da junta, recordando que conti-
nua a ser tradição, também em Trouxemil, os noivos e as suas famílias entregarem o arroz-doce aos vizinhos que não são convidados do casamento. «Faz parte da vida das pessoas e as pessoas identificam-se com ele», continuou o autarca. O festival tem contribuído para a promoção da freguesia, mas também para explorar a vertente social e solidária. Na primeira edição do evento, as receitas da venda de cada “tacinha” de arroz-doce reverteram a favor da Associação Integrar. Na última, depois de conhecer o resultado do Diagnóstico Social da população de Trouxemil, considerado «preocupante», o executivo decidiu que o produto da venda serviria para apoiar a população mais carenciada da freguesia. Artur Ferreira, que está satisfeito com o êxito do festival, garante que será uma iniciativa para continuar todos os anos. A.M.
FESTIVAL QUER LEVAR LONGE O NOME DA FREGUESIA
Trouxemil quer ser “Capital do Arroz Doce” I Não é propriamente um local onde se faça um arroz doce especial, diferente, embora haja verdadeiras “experts” nesta matéria. Nem sequer é zona de cultivo de arroz ou de pastagem de vacas. No entanto, Trouxemil está a transformar-se na capital deste doce tão típico da nossa região, muito graças ao Festival do Arroz Doce, que vai já na segunda edição e é uma aposta para continuar. Quem o garante é Artur Ferreira. O presidente da Junta de Trouxemil divide a ideia da realização deste evento com o antigo vereador da Cultura da autarquia. Mário Nunes comentou que, apesar de doce tradicional e muito apreciado, ainda ninguém
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FERREIRA SANTOS
Qualidade de vida é “pedra basilar”
FERREIRA SANTOS
TROUXEMIL ESPERA CONCRETIZAÇÃO DE VÁRIOS PROJECTOS ARTUR FERREIRA dedicará próximo mandato à vertente social
VERDADEIRAS “experts” do arroz-doce ajudam a transformar festival num verdadeiro sucesso
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16 DE JANEIRO DE 2010 SÁBADO REDACÇÃO E PUBLICIDADE RUA ADRIANO LUCAS 3020-264 COIMBRA TELEFONE 239 499 900
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Junta com edifício multiusos
ALDEIA DO MÉDICO
“Velha” sede será Casa Mortuária e apoio a colectividades
Inaugurado há pouco mais de um ano, é, mais que sede da freguesia, um espaço de cultura, convívio e promoção de portas abertas para todos que a freguesia nunca teve, ou aliás, que a freguesia foi perdendo ao longo do tempo. Com ela foi também o convívio entre a população, as relações de vizinhança. Valores que este executivo gostaria de retomar.
De sede da junta de freguesia tem apenas o gabinete do presidente e a secretaria. O edifício amplo e moderno, inaugurado em 2008, que se destaca no centro de Trouxemil entre casas de habitação e edifícios religiosos bem mais antigos, pretende ser muito mais do que o local onde a população trata de papéis ou faz reclamações. O edifício da junta é um misto de Casa da Cultura e espaço Multiusos, aberto à população da freguesia ou de quem visite aquela que é a porta de entrada em Coimbra a Norte, atraídos pela paisagem rural ou pelo “cheiro” inconfundível a arrozdoce, por alturas do festival. No fundo, aquela é uma infra-estrutura que é o resultado de muita persistência e de uma convicção de que uma freguesia mais rural também pode gostar e usufruir de cultura. Assim, para além de acolher uma biblioteca, moderna, confortável e bem equipada com livros para crianças, científicos ou obras literárias, que espera apenas a disponibilidade de Maria José Azevedo, vereadora da Cultura da autarquia, para ser inaugurada, naquele amplo edifício pode acontecer um pouco de tudo. Para já, está previsto o início de aulas de música, para os mais novos ou os mais “antigos”, estando ainda abertas as inscrições. Estão também previstos, no âmbito de uma parceria entre a junta e o Grupo Arte à Vista, vários ateliers de artes
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INAUGURADA em Setembro de 2008, a nova sede da junta é espaço de convívio para a freguesia plásticas, pintura, num verdadeiro convite a um encontro de gerações de onde sairão vários trabalhos que serão transformados em produtos de “mershandising” para promover a freguesia. «Serão feitas fotografias, pos-
tais, trabalhos em azulejo, está também prevista a pintura de um mural», explica Artur Ferreira, que acredita que, com este tipo de iniciativas, e com um espaço apropriado como é o da junta, poderá criar-se em Trouxemil uma «dinâmica cultural»
Freguesia (mais) atractiva Nada melhor do que fazê-lo através da cultura, ou seja, encontrando um pretexto como uma Festa da Criança, um espectáculo de música, uma edição do Festival do Arroz Doce, para fazer as pessoas saírem de casa, dialogarem, conviverem. «Houve uma pessoa que, me disse, no Festival do Arroz Doce, que não saía de casa há dois anos», conta o presidente da junta, que lutou para alterar o projecto do novo edifício de modo a que o espaço inferior, que estava dedicado a arrumação e garagem para máquinas, se transformasse numa divisão ampla e com condições para a realização das mais diversas iniciativas, aberto à população. É lá que funciona, diariamente, o prolongamento do horário escolar (das 17h00 às 19h00) para as crianças das escolas da freguesia; que às quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, são dadas aulas de ginásticas para miúdos e graúdos; que ensaia e tem aulas o grupo de música; que é a sede da Associação Abraços Solidários e que, no fundo, se realizam praticamente todas as iniciativas lúdicas e culturais da freguesia. Uma conquista de que se orgulha Artur Ferreira e que Trouxemil agradece porque é
Começa por ser a nova sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, mas a Aldeia do Médico é muitíssimo mais do que isso. Pretendendo ocupar uma área de 11 hectares na Adémia, este projecto acabará, quando estiver concretizado, por ser um importante pólo cultural e turístico de Coimbra e promete dar a Trouxemil uma centralidade que a freguesia nunca teve. Ambicioso, este que é um projecto apresentado por José Manuel Silva quando se candidatou à presidência da Secção Regional do Centro, deverá incluir um centro de reuniões para 1.500 pessoas, mas também uma zona de espectáculos ao ar livre, uma residência assistida para médicos – a Casa do Médico -, um Museu do Médico, um circuito de manutenção, uma piscina, um court de ténis, uma zona de festas e outra de congressos, assim como um restaurante panorâmico, que poderão ser usufruídos pela população. «Este é o projecto que a freguesia precisava para se desenvolver», concorda Artur Ferreira, acreditando que, a partir do momento em que arrancar, efectivamente, a Aldeia do Médico será um pólo de atracção de habitantes e de empresários para a freguesia que beneficia ainda da sua centralidade e do facto de ser uma espécie de «nó nevrálgico das principais saídas e entradas na cidade e, portanto, a separação entre Norte e Sul no que diz respeito às acessibilidades». O Diário de Coimbra tentou obter informações sobre o projecto junto de José Manuel Silva, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, mas tal revelou-se impossível. A.M.
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A poucos metros da sua “substituta”, a velha sede não ficará inactiva durante muito tempo. Pequena e sem grandes condições para receber a junta, serve perfeitamente para colmatar duas lacunas existentes em Trouxemil. O projecto está pronto e a obra arranca já este ano, de modo a que, dentro de pouco tempo, possa ali funcionar a tão desejada Casa Mortuária, que possa receber condignamente os mortos da freguesia, ainda para mais quando o cemitério fica a “dois passos”. O espaço é ainda suficiente para criar salas que sirvam de apoio à actividade das colectividades. «Não me parece bem que seja investido ali dinheiro público apenas para uma finalidade», explica Artur Ferreira, garantindo que, desta maneira, aquele equipamento servirá muito mais gente da freguesia. A.M. I
Ana Margalho
“Pólo de atracção” à freguesia
um elemento fundamental para que a freguesia se desenvolva, evolua e se torne mais atractiva para quem lá vive e para quem passa. «Nunca me vou esquecer quando veio cá um senhor do Norte colocar uns out-doors e me disse que isto mais parecia do terceiro mundo», conta o autarca, concordando que, apesar de ser a entrada do concelho, para quem vem de Norte, a verdade é que Trouxemil não tinha conseguido ter o mesmo nível de desenvolvimento que outras freguesias de Coimbra. «Isto apesar de não lhe faltar potencialidades», continua. l