DiáriodeCoimbra
5 22DE DEMARÇO AGOSTODEDE2010 2008SEXTA-FEIRA SEXTA-FEIRASUPLEMENTO SUPLEMENTOSEMANAL SEMANAL
DC Magazine NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
DIRECTOR ADRIANO LUCAS
ENTREVISTA
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CAE INAUGUROU MOSTRA DE JOÃO DIXO
Anaquim revelam-se esta noite na Fnac Coimbra
EXPOSIÇÃO
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DAVICATI ORGANIZOU DESFILE NA QUINTA DO MOURÃO MODA
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RITA CARMO
CASINO FIGUEIRA RECEBEU GAITEIROS DE LISBOA
À DESCOBERTA
Voluntários limpam Mata do Buçaco
ESPECTÁCULO
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FLUENCE É O MAIS RECENTE MEMBRO DA FAMÍLIA RENAULT MOTORES P8
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À NOITE
Casanova encheu Kiay casa cheia. No passado sábado o ambiente foi de festa com a presença do dj Pedro Casanova, que
na pista principal comandou os ritmos da noite, passando, entre outros, o seu grande êxito Sel-
fish Love. Na pista Deja Vu o anfitrião, Carlos Godinho, festejou o seu aniversário. l
LADIES NIGHT
Festa e animação na discoteca Bergantim
A festa de finalistas do Centro de Estudos Educativos de Ançã teve lugar no passado fim-de-semana na Quinta da Sobreira. O espaço recebeu dezenas de convidados e dedicou a noite ao tema “ladies night”, oferecendo muitas surpresas às mulheres presentes. O dj Baptista garantiu a animação. l
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Festa de finalistas na Quinta da Sobreira
FIGUEIRA DA FOZ A discoteca Bergantim, na Figueira da Foz, foi palco de uma noite muita animada com os djs residentes Óscar e Paulinho na pista pop rock e o dj y.o.s.h.i na pista electrónica. A festa foi promovida pela Extra. l
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A discoteca Palace Kiay, em Pombal, voltou a viver uma noite em alta com muita animação e
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O autor do êxito Selfish Love animou as centenas de pessoas que acorreram à discoteca na noite de sábado
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DC Magazine ANAQUIM BANDA
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ENTREVISTA
“Queremos que as nossas músicas sejam a primeira fala de uma conversa São de Coimbra, cantam em português e fazem-se representar por um duende saltitão. Os Anaquim lançaram segunda-feira o seu primeiro álbum, “As Vidas dos Outros”, e estão esta noite no auditório da Fnac DC Magazine Porquê o nome Anaquim? José Rebola O nome começou por ser uma brincadeira que depois foi levada um bocadinho mais a sério. Deriva de uma personagem da Guerra das Estrelas, que é o Anakin Skywalker, que nos três primeiros episódios representa tudo o que há de bom e depois, nos últimos três, sofre uma metamorfose e transforma-se num senhor das trevas. O nome Anaquim não é para evocar a Guerra das Estrelas, mas sim para evocar essa dualidade entre o bem e o mal que todos temos e é quase como um aviso, pois algumas das coisas que nos acontecem na vida podem fazer pender para um lado ou para o outro. DCM O Anaquim é uma personagem que representa a banda? JR O Anaquim é a personagem que partiu das canções. Não se partiu da personagem para as canções, partiu-se das canções e depois tentou-se perceber quem é que teria um discurso daqueles. Portanto criou-se a personagem do Anaquim, que é suposto ser um duende simpático e saltitão, com molas nos pés, por um lado porque a música é saltitona, e por outro lado porque isso permite-lhe aparecer e desaparecer quando quer. Não é uma personagem de interacção, ou seja, não é suposto as pessoas verem-no. É um observador e é um cronista e o facto de ter aparecido assim do nada permite-lhe olhar para a sociedade sem o peso de um passado ou de uma tradição e por isso pode julgar as coisas de forma imparcial e falar do que gosta e do que não gosta. DCM É esse olhar crítico sobre a sociedade que define a vossa música? JR Sim, mas sem que a palavra crítica esteja no sentido pejorativo. É mais uma crónica do que uma crítica. Claro que também há crítica, no sentido de apontarmos o dedo a coisas que não estão assim tão bem, mas também há o elogio das qualidades sociais e pessoais que vamos encontrando à nossa volta. DCM O que é que os Anaquim já fizeram até hoje?
temos um universo muito vasto, ele pode ainda ser maior.
JR Começámos por editar um EP, o “”Prólogo”, motivado por um programa que era o Quilometro Zero. Isto começou como um projecto pessoal, que depois foi transformado num contexto mais colectivo, e agora assumimo-nos como banda. Editamos esse EP, andámos por alguns festivais, demos concertos em Coimbra, tocámos no Sudoeste e no Super Bock em Stock. Uma das faixas foi incluída nos Novos Talentos Fnac e também foi tema das festas de Lisboa de 2009 e, entretanto, estivemos em estúdio a preparar este álbum, “As Vidas dos Outros”, que saiu segunda-feira.
DCM Os elementos da banda são todos de Coimbra. Torna-se mais difícil chegar ao mercado da música sedeado na capital? JR Não, é mais fácil. Penso que havendo tanta versatilidade é bom haver coisas que partilhamos, como este universo conimbricense que tantas bandas tem dado ao panorama da música nacional. É uma mais-valia o facto de estarmos todos sedeados aqui e podermos partilhar este microcosmos à nossa volta, que não desenrola só em torno da vida académica.
DCM Como é que o público reagiu ao vosso EP de estreia? JR O público reagiu muito bem a duas coisas. Por um lado à música e à nossa atitude em palco. E, por outro lado, reagiu muito bem à personagem, às ilustrações e ao mundo que se foi criando em volta da personagem. Este design foi feito pelo Jorge Ribeiro, do Porto. DCM Essa questão da imagem e da personagem também se sente no palco? JR Sim, embora no palco não se transporte tanto as pessoas para a realidade da personagem. Em palco procuramos mostrar mais a nossa realidade e tentamos ter uma atitude descontraída, leve e de interacção. Não queremos só que as coisas se desenrolem do palco para o público, mas também que passem do público para o palco. Às vezes temos algumas mensagens mais densas sob a capa de uma música mais leve e isto põe as coisas em tom de conversa. Não queremos que as nossas músicas sejam lições de moral, queremos que as nossas músicas sejam a primeira fala de uma conversa que queremos ter, ou seja, queremos aprender com os outros ao darmos a nossa opinião. DCM Que diferenças traz este álbum de longa duração em relação ao EP? JR O EP era muito mais cru, porque eram só as minhas ideias, uma vez que foi um trabalho muito mais a solo. Para este álbum conseguimos ter um universo musical mais completo e mais complexo e o disco está cheio de detalhes que se vão
DCM Hoje, na Fnac Coimbra, o público vai ouvir um cheirinho de Anaquim ou vão desvendar todos os segredos? JR Hoje vai ser uma mini-apresentação, porque o concerto de lançamento é no dia 17 de Março no Teatro Académico Gil Vicente. Vão ser as entradas que não matam o apetite, mas sim abrem o apetite para uma refeição mais completa. Vamos tocar sete ou oito temas, já do novo trabalho, e vamos tentar por as pessoas a mexer e a falar de Anaquim. D.R.
Joana Martins
ouvindo. Não é um álbum para se ouvir uma vez e pôr na gaveta, é um álbum para se ir ouvindo, para se ir descobrindo e portanto foi um processo algo moroso que nos demorou quase um ano. DCM O resultado final era exactamente o que queriam? JR Sim, estamos muito satisfeitos e muito orgulhosos. Penso que conseguimos passar tudo o que pretendíamos passar, ou seja, as mensagens, a música leve e o lado festivo. Este trabalho transmite a festa, as mensagens importantes de crónica social e a imagética que criámos à volta da personagem. DCM Quem já ouviu gostou? JR As pessoas que têm ouvido têm gostado bastante, mas o que nos impressiona mais não é as pessoas gostarem, porque quem não gosta geralmente também não vem dizer que não gosta. O que nos impressiona é a heterogeneidade das pessoas que gostam, pois temos mui-
tas pessoas diferentes, de diferentes estilos e idades, a darem-nos os parabéns pelo trabalho. DCM Em termos de géneros musicais, há uma prateleira suficientemente vasta para encaixar os Anaquim? JR É muito difícil, teria que ser uma prateleira bastante grande, porque há aqui uma mistura invulgar, mas muito salutar, de vários estilos de música. Desde influências mais portuguesas, que nos remetem para o universo de Fausto, Zeca Afonso ou Sérgio Godinho, mas depois misturadas com a canção francesa, do universo da Amélie Poulain, e as mais balcânicas, como podemos ouvir nos Gogol Bordello. Além disso o álbum também tem uns pozinhos bastante acentuados de country e dixie. Portanto é toda esta salada, apesar da qual penso que conseguimos encontrar um fio condutor. DCM Contam com a participa-
ção da Ana Bacalhau dos Deolinda num tema. Como surgiu essa colaboração? JR Temos que agradecer essa colaboração à tecnologia, porque tudo partiu das redes sociais, neste caso do myspace. Começou com uma troca de mensagens e depois eu saí do meu casulo de timidez e atrevi-me a convidar a Ana para um dueto. Ela é muito simpática, já tinha ouvido falar no projecto, gostava, e prontamente aceitou. Então construímos o tema, gravámo-lo e no final foi aquela peça que faltava no puzzle que era o nosso disco. DCM Que outros artistas poderiam encaixar em futuras colaborações com os Anaquim? JR Eu penso que há espaço para uma colaboração com qualquer artista e nós vemos mérito em muitos dos projectos que têm florescido na música portuguesa. Qualquer colaboração seria bem vinda e traz sempre alguma coisa de novo, porque embora nós pensemos que
DCM E no espectáculo do Gil Vicente? JR No TAGV vamos ter a presença de algumas pessoas que também colaboraram na gravação do álbum, porque ele tem imensos instrumentos e nós os cinco, embora multi-instrumentistas, não conseguimos tocar bem tudo. Por isso, vai ser um espectáculo mais completo, com algumas surpresas e com um maior público, maior participação e maior festa. DCM Já têm outras datas no calendário de espectáculos? JR Depois da apresentação em Coimbra, no dia 17, vamos estar no dia seguinte no Cabaret Maxime, em Lisboa, e depois vamos andar por alguns auditórios como Viseu, Ílhavo, Guarda, Caldas da Rainha. No myspace podem acompanhar a agenda da banda, em www. myspace.com/anaquim. info, mas também no Facebook porque este duende é socialmente activo e gosta sempre de ir dando noticias por lá. l
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À DESCOBERTA
Voluntários limpam amanhã Mata Na A Mata Nacional do Buçaco é uma riqueza natural das mais emblemáticas do país, sendo um espaço marcado por uma singularidade florestal assinalável. E porque é preciso preservar aquilo que nos pertence, cerca de uma centena e meia de voluntários dão amanhã o corpo ao manifesto e predispõemse a limpar a Mata Nacional do Buçaco. A Fundação Mata do Buçaco organizou a iniciativa e conta com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada, das oito juntas de freguesia do concelho (Antes, Barcouço, Casal Comba, Luso, Mealhada, Pampilhosa, Vacariça e Ventosa do Bairro) e de alguns comerciantes locais. O projecto leva assim a cabo esta acção de limpeza da mata e conta com o envolvimento da população, através de grupos de voluntários. A iniciativa inscreve-se numa das prioridades de acção da nova entidade gestora, que passa pela lim-
peza imediata da mata, e obedece a uma estratégia de envolvimento das comunidades locais na defesa e preservação deste imenso património natural único, que é a Mata do Buçaco. A concentração está marcada para as 8h00, na Mata, junto ao Convento de Santa Cruz (anexo ao hotel) e termina por volta das 13h30, com um almoço-convívio. A limpeza será organizada por grupos (cinco), com missões distintas, que vão desde o corte e recolha de espécies secas, à apanha de lixos, passando pelo arranque de espécies infestantes, como as acácias. O que se pretende é atacar as zonas que sofrem mais com as espécies invasoras lenhosas, sendo que uma das directrizes passará por arrancar e recolher as acácias mais pequenas. Posteriormente os voluntários deverão apanhar as madeiras tombadas, quer as que foram cortadas, quer aquelas que existe no local, bem como lim-
D.R.
A Mata do Buçaco é um dos verdadeiros “espólios” da freguesia do Luso e do concelho da Mealhada
OS VOLUNTÁRIOS vão limpar a mata amanhã par o lixo existente, sobretudo na Via Sacra, uma das zonas mais atingidas por esta forma de poluição. A fundação sabe que este é apenas o primeiro de muitos passos que é preciso dar para limpar a mata e garante que outras acções deste género serão levadas a cabo.
105 hectares de diversidade A Mata do Buçaco é um dos verdadeiros “espólios” da freguesia do Luso e do concelho da Mealhada. Com 105 hectares, inclui a mais vasta colecção de belos exemplares lenhosos e plantas raras da flora de Portugal e exóticas. O visitante pode deslum-
brar-se com árvores centenárias, inúmeros abrigos, pequenos lagos, fontes lendárias e um miradouro magestoso. Esta floresta é um bosque espesso, muitas vezes secular, onde as árvores têm porte gigantesco e são ricas em essências, perfumes e fulgor. Cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros,
loureiros, faias, rodoendros, fetos gigantes, acácias e freixos, provenientes da América, da Austrália, dos Himalaias ou de tantos outros locais do mundo, plantadas e cuidadas por gerações de monges Carmelitas Descalços que viveram, em clausura e contemplação por mais de 200 anos, entre 1630 e 1834, neste
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acional do Buçaco
FINALISTAS CONHECIDOS DOMINGO
SÃO MUITOS os locais idílicos na Mata do Buçaco
A Mata Nacional do Buçaco é uma riqueza natural das mais emblemáticas do país, que reconhecidamente não tem sido devidamente aproveitada. Explorar as suas potencialidades, numa afirmação que se quer “mundial” será a finalidade última da entidade gestora. A Fundação tem como missão promover a recuperação, requalificação e revitalização, gestão, exploração e conservação de todo o património, natural e edificado, da Mata Nacional do Buçaco. Recentemente a fundação apresentou a nova imagem institucional da Mata Nacional do Buçaco, durante uma conferência de imprensa que decorreu no antigo Convento de Santa Cruz, no Buçaco. Este encontro com os jornalistas, o primeiro desde que a Fundação Mata do Buçaco foi criada, em Maio do ano passado, serviu, também, para divulgar prioridades e as próximas actividades, a realizar na mata, nomeadamente o programa das celebrações da Semana Santa, que a fundação está a preparar em colaboração com outras entidades. O programa da Semana Santa estende-se de 21 de Março a 5 de Abril e inclui iniciativas diversas, como eucaristias, comemoração do Dia da Árvore, a recriação da tradicional Via Sacra, uma visita guiada à Mata, seguindo o percurso religioso dos monges Carmelitas Descalços, um concerto no Convento de Santa Cruz do Buçaco com o Grupo Coral Cluny Vox e algumas conferências. l
Mata é candidata a Maravilha de Portugal A Mata do Buçaco está entre os 77 lugares pré-finalistas do concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal. A candidatura foi apresentada pela entidade gestora desta mata nacional, situada no concelho da Mealhada, a Fundação Mata do Buçaco, com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada e do Governo Civil de Aveiro. Para os responsáveis, esta escolha, por parte de um painel de especialistas, é sinal do reconhecimento do enorme valor paisagístico, arquitectónico e cultural que encerra e do acerto da aposta que o município da Mealhada tem vindo a fazer, ao longo dos anos, quanto à preservação, requalificação e valorização da Mata Nacional do Buçaco. O concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal é uma iniciativa da New 7 Wonders Portugal e precede, no nosso país, o con-
curso internacional destinado a eleger as 7 Maravilhas da Natureza, que terá lugar em 2011. O concurso conhecerá o seu desfecho a 7 de Setembro deste ano, durante uma cerimónia a realizar nos Açores. A Mata Nacional do Buçaco concorre na categoria Florestas e Matas, integrada na região Norte. Os 21 locais finalistas (três por categoria) vão, agora, ser escolhidos por um grupo de especialistas, e serão anunciados já este domingo, data a partir da qual decorrerá a votação pública, até 7 de Setembro, altura em que serão divulgadas as 7 Maravilhas Naturais de Portugal. O concurso contempla sete categorias, designadamente Zonas Marinhas, Zonas Aquáticas Não Marinhas, Grutas e Cavernas, Praias e Falésias, Florestas e Matas, Grandes Relevos e Áreas Protegidas. l
ARQUIVO
Fundação está a organizar celebrações da Semana Santa
D.R.
magnífico altar da natureza, sagrado e protegido por bula do Papa Urbano VIII de 1634. A Mata do Buçaco pertencia ao Mosteiro dos Beneditinos da Vacariça que instalaram ali o Convento dos Carmelitas Descalços em 1628. Os frades, depois de cercarem os 90 hectares de mata com um muro, preocuparam-se em cuidar das árvores “com desvelo”, construindo, ao mesmo tempo, testemunhos de fé, com as suas ermidas e o Sacromonte (pequenos edifícios e ermidas que simbolizam Jerusalém, palco do martírio de Cristo). Pela floresta, ao correr dos caminhos, há uma transparência de luz e frescura de sabor místico quase divino, há ermidas que evocam os passos da Via Sacra, capelas votivas, alguns tugúrios, outrora refúgios dos frades em meditação, pequenos lagos e muitas fontes. Ainda de destacar o Vale dos Fetos e um dos locais mais idílicos da mata, a Fonte Fria. Entre os atributos da floresta existe ainda, no cimo da colina sagrada, o miradouro da Cruz Alta, com um admirável panorama da mata. O Convento das Carmelitas e o sumptuoso Palace Hotel do Buçaco, outrora residência de reis, são mais dois dos locais que integram a lista de belezas dignas de visita. Este último é uma obra do arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini e foi construído no último quartel do século XIX para pavilhão de caça do rei D. Carlos. É um monumento de interesse público, e estilo neomanuelino, com azulejaria de Jorge Colaço, tendo sido convertido em hotel de luxo em 1905. O antigo palácio real está rodeado de jardins de buxo, com pequenos lagos, fontes e pérgolas floridas, convidando a um passeio reconfortante. l
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O ESPAÇO é um dos finalistas do concurso
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COMPANHIA MOSCOW BALLET
FOTOS: D.R.
A Bela Adormecida encantou no TAGV
O Salão Caffé do Casino Figueira foi palco de uma noite marcada pela singularidade musical do grupo Os Gaiteiros de Lisboa actuaram no passado fim-de-semana no Salão Caffé do Casino Figueira, trazendo ao palco a sua reconhecida singularidade musical. O ano passado o grupo comemorou os seus 15 anos de carreira, apresentando temas que remontam ao início do grupo, com um alinhamento que percorre transversalmente toda a carreira deste grupo único, cuja originalida-
de, qualidade e criatividade tantas vezes tem sido premiada. Formados em 1991, os Gaiteiros de Lisboa, definem-se por uma busca constante de novas sonoridades, técnicas e materiais, que se traduzem numa capacidade extraordinária de trazer para o panorama da música tradicional uma atitude profundamente experimentalista e inovadora. l
CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS
João Dixo inaugurou “Quadros Sem Importância” O Centro de Artes e Espectáculos inaugurou a exposição “Quadros Sem Importância”, de João Dixo, com uma cerimónia que contou com as presenças do
dos entre os quais alguns artistas plásticos da Figueira da Foz. Após uma breve apresentação da exposição pelo autor desta mostra, seguiu-se uma visita guiada pelo próprio, que ofereceu a todos os presentes uma didáctica explanação sobre cada um dos quadros, e foi contando, igualmente, algumas curiosidades à
autor da exposição, dos vereadores da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Maria Isabel Cardoso e António Tavares, bem como de muitos convida-
volta da concepção dos mesmos. Esta exposição está patente até dia 25 de Abril, em duas salas de exposições do Centro de Artes e Espectáculos, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h00, sábados e feriados, das 14h00 às 19h00, e domingos, das 14h00 às 18h00 e 21h00 às 22h00. A entrada é gratuita. l
FOTOS: DR
A INAUGURAÇÃO da mostra contou com a presença de vários convidados
A companhia, Moscow Ballet “La Classique”, é constituída por solistas de grandes teatros como o Bolshoi, Mariinsky,Kiev e Perm. São estrelas do bailado russo como Evgenia Novikova, Dmitry Smirnov, Albina Dmitrieva, Igor Stetsiour-Mova, Iana Kazantseva, Denis Pivovarov e Andrey Laypin, entre outros, que compõem o seu elenco de artistas internacionais. l
FOTOS: CELESTINO GOMES
Gaiteiros de Lisboa actuaram no Casino
O espectáculo de bailado “A Bela Adormecida” subiu no passado sábado ao palco do Teatro Académico Gil Vicente. Interpretado pela companhia Moscow Ballet “La Classique”, este bailado foi muito aplaudido pelo público presente, que teve assim oportunidade de assistir à obraprima de Tchaikovsky, que reúne música e coreografia numa simbiose genial.
O PINTOR explicou os diversos quadros em exposição
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Moda e penteados na passerelle da Quinta do Mourão
AGENDA
HOJE ANAQUIM AO VIVO NA FNAC Chama-se “As Vidas dos Outros” o primeiro álbum de longa duração dos Anaquim, que pode ser ouvido esta noite, pelas 22h00 na Fnac Coimbra. O disco segue-se ao EP Prólogo e conta com a participação de Ana Bacalhau (Deolinda) no tema “O Meu Coração”.
O Davicati celebrou o seu aniversário com uma festa que reuniu centenas de pessoas e contou com muita animação O cabeleireiro e instituto de beleza Davicati, situado em S. Martinho do Bispo, comemorou o seu 10.0 aniversário com uma festa muito animada que decorreu na Quinta do Mourão, em Tentúgal. Cerca de
400 pessoas assistiram ao desfile de moda e penteados, organizado pela empresa, numa passerelle pela qual passaram cerca de 40 clientes do espaço que, naquele dia, envergaram o papel de verda-
deiros modelos. A iniciativa contou ainda com a participação de várias lojas como a That Kids, SMK, Levis, Sexto Sentido e Festinoivos. Os momentos de animação sucederam-se com a actuação de
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MARY STUART NO TAGV A peça de teatro Mary Stuart sobe esta noite, pelas 21h30, ao palco do Teatro Académico Gil Vicente. O espectáculo é inspirado em vários textos sobre a rainha da Escócia e o preço dos bilhetes é de 10 euros e, para estudantes, de 6 euros.
um grupo de hip-hop, de um coro e de uma banda. Graça Taborda, a proprietária do espaço, está ainda também a comemorar 20 anos de carreira e o segundo aniversário nas novas instalações. l
LOBO ANTUNES NA ALMEDINA António Lobo Antunes está hoje, às 17h30, na livraria Almedina Estádio, em Coimbra. O escritor será o protagonista de uma conversa descontraída com os leitores e a sessão contará ainda com a intervenção da especialista da Universidade de Coimbra Ana Paula Arnaut. A entrada é livre.
FOTOS: RUI CUNHA
AMANHÃ
A FESTINOIVOS participou no desfile
“O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO” NO CAE O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta esta noite, pelas 21h30, a peça de teatro “O Ano do Pensamento Mágico”, com Eunice Muñoz. A peça da autoria de Joan Didion é baseada nas suas memórias e conta com enecenação de Diogo Infante. O custo dos bilhetes é de 15 euros por pessoa e os mesmos estão à venda no Centro de Artes e Espectáculos e em www.cae.pt.
AS CLIENTES do cabeleireiro foram as modelos de serviço DESBUNDIXIE APRESENTAM UP 2 NINE Up 2 Nine é o projecto que reúne Maria João (voz) e Filipe Melo (piano), os Desbundixie. A banda de Leiria é composta por sete elementos e destaca temas de referência do Dixieland. O projecto está amanhã, às 22h00, ao vivo na Fnac Coimbra.
O BOLO de aniversário do Davicati
DOMINGO
José Manuel Castro, Graça Taborda e Maria do Céu Vicente
A FESTA contou com a participação de um coro
A ACTUAÇÃO do grupo de hip-hop
SEDA NA FNAC COIMBRA Seda é um novo projecto liderado por Miguel Madjer e Ricardo Santos (Donna Maria), acompanhados pela voz de Gabriela Barros. Cairo, dos Táxi, Chuva Dissolvente, dos Xutos & Pontapés, e Sete Mares, dos Sétima Legião são alguns dos temas revisitados no trabalho de estreia, que este domingo chega ao auditório da Fnac Coimbra pelas 17h00.
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5 DE MARÇO DE 2010 SEXTA-FEIRA REDACÇÃO E PUBLICIDADE RUA ADRIANO LUCAS 3020-264 COIMBRA TELEFONE 239 499 900
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RENAULT FLUENCE valoriza a economia. Aposta ainda no conforto, habitabilidade e nas performances do competente motor 1.5 dCi de 105 cv
Renault Fluence reforça gama familiar Fluence é o mais recente membro da família Renault. Berlina de 4 portas baseada no Mégane III tem, no entanto, identidade própria, a começar pelo nome. Surge equipado com uma única motorização e uma só versão (Exclusive). Conforto e economia são os seus trunfos Valdemar Jorge (texto e fotos) Os automóveis de três volumes são vistos, regra geral, como modelos conservadores e de linhas clássicas. Não constituem grande atractivo sendo muitas das vezes substituídos, no momento da compra por carrinhas. A Renault não se assusta com ideias pré-concebidas e regressa ao povoado segmento C com o Fluence, automóvel de quatro portas e bagageira bem definida, cujos trunfos são a qualidade, competência e economia. Derivado do Mégane, o Fluence tem, no entanto, identidade estilística própria. Na frente os vincos no capot, os faróis esguios e a original grelha conferem necessário ar dinâmico. A linha lateral e a secção traseira vão buscar também inspiração ao design do Mégane de cinco portas, principalmente ao nível dos farolins que invadem a zona da mala. A conjugação destas duas filosofias resulta num modelo – Fluence – de linhas fluídas sem excessivo classicismo, diríamos mesmo jovem, e com habitáculo
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à altura. Visualmente é agradável e equilibrado. As dimensões exteriores – 4,618 m de comprimento, 1,809 m de largura e 1,479 m de altura – deixam antever habitáculo desafogado, sem problemas de falta de espaço em qualquer dos 5 lugares e generosa bagageira de 530 litros, capaz de agradar à família mais exigente. Se exteriormente o Fluence agrada, ao entrarmos e tomarmos conta dos comandos, essa sensação sai reforçada. Primeiro pelo conforto dos bancos forrados a pele. Depois pela qualidade de materiais e de construção. Embora partilhe, alguns elementos com o Mégane III, o Fluence diferencia-se por contar com painel de bordo exclusivo. A fluidez das linhas e a conjugação de cores – preto e diversas tonalidades de cinza – delineados por algumas peças em cromado são a conjugação perfeita para criar ambiente sofisticado e agradável. No cimo da consola central encontramos o ecrã que agrupa as informações do GPS e do sistema de som, cujos comandos podem ser utilizados também no
FICHA TÉCNICA RENAULT FLUENCE EXCLUSIVE 1.5 DCI ARQUITECTURA 4 CILINDROS EM LINHA CAPACIDADE 1461 CC ALIMENTAÇÃO INJ. DIRECTA CR+TGV+INTERCOOLER POTÊNCIA 105 CV/4000 RPM BINÁRIO 240 NM/2000 RPM TRANSMISSÃO DIANTEIRA CAIXA DE VELOCIDADES MANUAL DE 6 VELOCIDADES SUSPENSÃO F/T IND. MCPHERSON/EIXO DE TORÇÃO DIRECÇÃO/DIÂMETRO DE VIRAGEM ELÉCTRICA/11,1 M TRAVÕES F/T DISCOS VENTILADOS/DISCOS COMP./LARGURA/ALTURA 4,618 M/1,809 M/1,479 M BAGAGEIRA 530 LITROS PNEUMÁTICOS 205/60 R16 PESO 1.352 KG VELOCIDADE MÁXIMA 185 KM/H ACELERAÇÃO 0-100 KM/H 11,4 S CONSUMO MÉDIO L/100 KM 4,5 L EMISSÕES CO2 119G/KM PREÇO DA VIATURA ENSAIADA, A PARTIR DE: 27.410 EUROS CONCESSIONÁRIO EM COIMBRA: LITOCAR – DISTRIBUIÇÃO AUTOMÓVEL S.A. COIMBRA SUL – QUINTA DA BOAVISTA, CERNACHE, 3044-521 COIMBRA TELEF. 239 490 200 - FAX 239 490 209 – COIMBRA FIGUEIRA DA FOZ - CANTANHEDE - COVILHÃ - CASTELO BRANCO - GUARDA WWW. LITOCAR.PT
volante. O ar condicionado é automático bizona. Refira-se que o Fluence está disponível apenas com equipamento Exclusive e que a lista de opcionais é muito curta. Apenas surge a pintura
(nacarada ou opaca); Pack Look (jantes de 17” e tecto de abrir, 490 euros); faróis bixénon direccionais (690 euros) e rádio CD com leitor de MP3 120 W “3 D Sound by Arcamys com Plug & Music e
Bluetooth” (400 euros). Facilmente percebemos que a dotação de equipamento de série é brilhante e conjuga-se também com uma única motorização: o conhecido 1.5 dCi de 105 cv. Motor competente e com provas dadas no seio do portfolio de produtos da marca francesa. Com forte pendor ecológico este motor está associado a caixa de 6 velocidades e emite tão só 119g de CO2/km. A marca disponibiliza também uma proposta com caixa automática de dupla embraiagem de seis relações (EDC). Gostámos da posição de condução que se obtém facilmente devido às múltiplas regulações do banco do condutor e do volante, multifunções forrado a pele. A visibilidade para o exterior é boa. A instrumentação está disposta bem à mão do condutor e é de fácil leitura. Nota positiva também para a insonorização do habitáculo. Dinamicamente o Fluence é automóvel bem comportado. Suave no pisar da estrada só em circuitos mais sinuosos mostra alguma tendência para adornar, devido ao compromisso dos
amortecedores pensados para proporcionar elevado conforto a quem viaja no Fluence. A direcção eléctrica tem tacto leve na cidade e na realização de manobras. Já em estrada torna-se mais consistente e precisa, dando bom “feeling” da estrada ao condutor. O motor 1.5 dCi de 105 cv disponibiliza 240Nm/2000 rpm. É competente nos baixos e médios regimes e capaz de boas performances conseguidas graças à bem escalonada caixa de 6 velocidades que explora sabiamente os 105 cv deste diesel. Os consumos constituem outro dos trunfos do Fluence. No nosso ensaio registámos consumo misto na ordem dos 5,7 l/100 km e não tivemos grande preocupação em poupar o acelerador. A marca anuncia 4,7 l/100km de consumo médio que acreditamos seja possível obter com condução mais racional. A concluir lembrar que o Fluence está disponível com uma só motorização e um único nível de equipamento, por 27.410 euros. Em 2011 é esperada uma versão eléctrica – antecipada pelo protótipo Fluence Z.E..