Francisco Rodrigues
O sonho de ser... Atleta p. 09
Escola Cooperativa V.S. Cosme - Didáxis Número 80 Abril 2010
ENTREVISTA
Didáxis - Cooperativa de Ensino
Comemora o 35º Aniversário
Entrevista a José Cerqueira, Presidente da Direcção Administrativa da Didáxis p. 13 Carnaval p. 04 Crianças Especiais com um dia Especial
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XADREZ: Inês Machado Oliveira Campeã Nacional Escolar p. 04
II CAMPEONATO DE MATEMÁTICA INTER-ESCOLAS DA DIDÁXIS pp. 14 e 15
02 EDITORIAL
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Jornal O Vale
2009 – 2010 – 2011... pondente folia, mas com a euforia do Mundial, efémero fenómeno, seguiram-se as férias, para uns e, os exames, para outros, não tantos. Com a indomável “Jabulani” a correr e saltitar nos corações... estuda-se
No momento em que o ano lectivo se despede, não deixo de recordar os seus primeiros passos e o modo como cresceu, lado a lado com a ameaçadora gripe A, H1N1. A mediática pandemia impôs cautela e trabalho esforçado que minimizaram nefastos efeitos. Sem nunca desistirmos, com autoconfiança, mantivemos o rumo previamente traçado e, numa dinâmica de qualidade, desenvolvemos os projectos da nossa Escola, que “O VALE” oportunamente divulgou e continua a partilhar com a nossa comunidade de leitores. O tempo, por sua vez , de chuva por muito tempo copiosa, girando como um corropio nas asas do vento, ofereceu-nos tardiamente o fresco perfume das tílias. Sem o habitual calor e seca, sem espaço para a rega e corres-
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parceiros da União Europeia quanto ao nível de qualificação profissional. Situação que poucas escolas terão conseguido evitar... Um estudo recentemente divulgado
“Aos jovens que concluiram os seus cursos, desejamos que levem consigo o espírito de pertença, a nossa recompensa e que, como caravelas, consigam bolinar e, sobretudo, “amar como o mar começa”. e fazem-se os exames nacionais, a que se seguirão múltiplas análises dos resultados e mediáticos rankings: para uns, “um estímulo”, para outros, “valem o que valem”... Ali, o critério de sucesso são os resultados. As taxas de retenção e abandono escolar, questão não de somenos importância, não constarão de qualquer ranking... Entretanto, no ranking da OCDE, os portugueses estão no penúltimo lugar quanto à escolaridade média, e não conseguem ombrear nem recuperar caminho face aos
refere “a fraca experiência educativa dos pais”, “as prioridades estabelecidas pelas famílias” e a “transmissão intergeracional” como factores que, entre outros, particularmente em Portugal, influenciam negativamente o percurso escolar dos filhos. Neste contexto, cabe à escola disponibilizar aos jovens que a rejeitam aquilo que os outros têm e que funciona como suporte de sucesso; encontrar, desde o primeiro ciclo, métodos e tecnologias mais activos e motivadores e implementar Cursos de Educação
e Formação e Profissionais que, na nossa Escola, já há muito são uma verdadeira alternativa. Outros espaços de educação e formação, organismos e programas - Rede Social, CPCJ, PROFIT, CSIF... a Cidade Educadora... – trabalham em diálogo com a Escola, sinalizando, prevenindo e remediando... Num tempo em que o caminho escolar começa a ser obrigatoramente mais longo, a questão é ainda mais premente. “A Nova Estratégia Europa 2020” vai, certamente, contribuir para tornar ainda mais atractivo o ensino e formação profissional dos jovens que rejeitam e abandonam a escola, dando-lhes as competências adequadas ao emprego certo... Aos novos alunos que, entre 12 e 16 de Julho, vêm “Descobrir a Minha Escola” queremos, desde já, desejar a melhor integração. Aos jovens que concluiram os seus cursos, desejamos que levem consigo o espírito de pertença, a nossa recompensa e que, como caravelas, consigam bolinar e, sobretudo, “amar como o mar começa”. A todos, Boas Férias. Alcino Faria
Propriedade: Escola Cooperativa de Vale S. Cosme (DIDÁXIS), Avenida de Tibães, nº 1199, Vale S. Cosme – 4770 568 - V.N. de Famalicão, telf. 252910100 / Fax 252910109 Direcção: Alcino Faria Paginação e arranjo gráfico: José Azevedo Fotografia: Nuno Marinho, Paulo Silva e alunos do Núcleo Multimédia Redacção: Núcleo Multimédia Co-responsável pela redacção: Helena Dias Pereira Assessor de imprensa para o exterior: Pedro Reis Sá Impressão: Empresa do Diário do Minho Professores: Mário Oliveira, Quitéria Campos, Marta Ferreira, António Soares, Adalberto Machado, Elisabete Silva, Estêvão Liberal, António Batista, Diogo Sousa, Bárbara Branco, Carla Neves, Rui Cancelinha Alunos: Rui Maia (5.4), Inês Silva, Inês Sousa, Ricardo Chaves e Nuno Maia (5.8), David Peliteiro e Sara Silva (6.2), Afonso Sá, Carlos Daniel, Nuno Antunes e Rui Pires (6.8), Ana Oliveira, Ana Pinto, André Pereira, Andreia Azevedo, Daniela Alves e a Daniela Pereira (7.7), Daniel Pereira (7.3), Catarina Silva (8.1), Daniela Azevedo e Typhanie Macedo (8.4), Marco Joel, Pedro Araújo, Rudi Silva e Rui Marinho (1. TEAC), Anabela Rodrigues (10.2) turmas 5.8, 7.1, 9.2, 9.3
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Didáxis – Vale S. Cosme – Equipa de BTT entra em acção na 9ª Rota das Praias de Esposende Organizado pela Escola EB-2/3 António Correia de Oliveira, no dia 14 de Maio, em Esposende, realizou-se a 9ª Rota das Praias de Esposende, que contou com a participação da equipa de BTT Didáxis – Vale S. Cosme. Sob a orientação dos professores de Educação Física, António Baptista e Diogo Sousa, os “Betetistas” tiveram a oportunidade de pôr em acção todas as suas capacidades ao longo de um agradável trilho entre a foz do rio Cávado e a foz do rio Neiva, passando pelas várias freguesias do concelho de Esposende. Esta prova, para além de ter um cariz competitivo, permitiu aos alunos um conhecimento mais aprofundado da fauna, flora e das dunas, características da região. A Equipa de BTT Didáxis – Escola Cooperativa de Vale S. Cosme esteve, ainda, presente, ao longo do mês de Maio, nas seguintes provas: Cicloturismo “Didáxis 35 anos”, Barcelos, AVEF 2010 - Rota do Volfrâmio, e Guimarães, Regional Norte BTT - Guimarães.
Prof. Diogo Sousa
Didáxis – Escola Cooperativa Vale S. Cosme Equipa de BTT participa no 1º Regional do Norte de BTT A Equipa de BTT – Didáxis – Vale S. Cosme, teve uma participação muito positiva no 1º Encontro Regional Norte de BTT, realizado na pista Irmãos Castro, em Guimarães. Esta prova foi organizada pela DREN/CAE de Braga e contou com a presença de 500 participantes dos diferentes grupos/ equipas do Desporto Escolar. Os alunos da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme tiveram uma “participação muito positiva, demonstrando bastante entusiasmo, empenho e sacrifício na realização das diversas provas”, refere o Professor António Baptista no rescaldo da participação na prova. O aluno António Azevedo,
no escalão de infantis, obteve uma excelente classificação ao realizar uma prova em que a recuperação foi constante, após um início mais atribulado. De realçar o facto de ter sido a primeira vez que estes alunos participaram numa prova com este nível de exigência e de cariz competitivo. No entender dos professores responsáveis esta “foi mais uma actividade com bastante sucesso para a escola e, essencialmente, para os alunos que tiveram a oportunidade de contribuir para o verdadeiro espírito do Desporto Escolar da Didáxis”. Prof. António Batista
NÚCLEO DE PATINAGEM NA FASE FINAL REGIONAL DE PERÍCIAS E CORRIDA EM PATINS O Núcleo de Patinagem da nossa escola participou na Fase Final Regional de Perícias e Corrida em Patins, realizada no Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira, no Polidesportivo anexo àquele pavilhão, no Patinódromo da Câmara Municipal de Paços de Ferreira e na Escola Secundária de Paços de Ferreira. O programa incluiu provas de perícia, provas de contra-relógio e provas de velocidade e de resistência. É de realçar que os nossos bravos, com idades que os incluem nos Infantis B, competiram com adversários de um escalão superior, do escalão de Iniciados – e não deixaram que se notasse a diferença de idades! Foi um dia divertido que possibilitou a todos o convívio com alunos de outras escolas e o contacto com provas formais da modalidade, o que permite a todos crescer como alunos, como cidadãos e como desportistas. Prof. Adalberto Machado
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BASQUETEBOL
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Xadrez Campeonato Nacional Escolar de Xadrez 2010 Inês Machado Oliveira Campeã Nacional Escolar DREN Bi-Campeão Nacional Escolar Colectivo
Inês Machado Oliveira sagrou-se Campeã Nacional Escolar!
INICIADOS MASCULINOS A equipa de Basquetebol Iniciados Masculinos iniciou mais um ano de competição no desporto escolar, tendo tido uma excelente prestação. Terminou a primeira fase em 1º lugar e a segunda fase em 2º lugar. Os nossos alunos/atletas estão,
mais uma vez, de parabéns, pois o trabalho desenvolvido e o empenho demonstrado nos jogos permitiram ultrapassar as dificuldades que, por vezes, surgiam, dado que as equipas adversárias não eram fáceis… Mas demos o nosso melhor!
A Professora responsável Elisabete Silva
Desporto Escolar: Infantis Masculinos “Um honroso terceiro lugar”
A equipa de Basquetebol Infantis Masculinos, participou pela primeira vez, durante o presente ano lectivo, na fase competitiva do Desporto Escolar. Durante toda a fase, defrontou equipas exclusivamente constituídas por alunos do sétimo ano, pois o escalão envolvia alunos do 5º ao 7º ano, e teoricamente mais fortes, contudo a organização, vontade e empenho demonstrado,
permitiu discutir cada jogo até ao último minuto. O honroso terceiro lugar alcançado, permite perspectivar no futuro uma boa margem de progressão e definir objectivos mais altos. Assim, toda a equipa está de parabéns, tendo todas as condições para evoluir e singrar já no próximo ano. Professor Estêvão Liberal
Compal Air
Dois mil e oitocentos jovens estudantes participaram na fase nacional do Desporto Escolar que se realizou no Distrito de Aveiro nos dias 21, 22 e 23 de Maio numa 1ª Fase, em Anadia, Mealhada e Albergaria-a-Velha. As provas abrangidas foram 10: Andebol, Basquetebol, Futsal, Atletismo, Voleibol, Rugby, Badminton, Boccia, Natação e Golfe. No fim-de-semana seguinte, nos concelhos de Oliveira do Bairro, Águeda e Albergaria-a-Velha, foram sete modalidades em que os alunos competiram: Actividade rítmica/expressiva, Canoagem, Ténis, Ténis de mesa, Orientação, Desportos gímnicos e Xadrez. O Campeonato Nacional Escolar de Xadrez realizou-se na Escola Secundária de Albergaria-aVelha envolvendo a participação de 59 atletas provenientes das Direcções Regionais de Educação do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo. A delegação da DREN foi constituída por 14 alunos cujo chefe de delegação foi o professor Fernando Costa (E.R.D.X. Gil Vicente). Sob a direcção de arbitragem do Coordenador Nacional José Cavadas e professores responsáveis por cada uma das DRE's, a PROVA INDIVIDUAL disputou-se em nove sessões, em que cada jogador dispunha de 10 minutos por partida. João Vicente (DREC - Instituto Pedro Hispano) foi o grande vencedor com os mesmos pontos (8 em 9 possíveis) que Miguel Ferreira (DREN – Colégio de Gaia), beneficiando de melhor coeficiente de desempate. O último lugar do pódio foi ocupado por José Catarro (DREC – Instituto Pedro Hispano) com 7 pontos (sete vitórias e duas derrotas). A nível da classificação feminina, Inês Machado
Oliveira (DREN – E.R.D.X. Didáxis – Vale S. Cosme) foi a grande vencedora (6,5 pontos e 4º lugar ex-aqueo na geral), em 2º lugar classificou-se Cátia Esteves (4 pontos; DREC – Instituto Pedro Hispano) e o último lugar do pódio foi ocupado por Diana Ribeiro (3,5 pontos; DREN – Escola EB 2,3 D. António Ferreira). A competição colectiva disputou-se a 15 tabuleiros em que cada jogador com tempo de reflexão de 10 minutos para cada um. A grande vencedora foi a DREN obtendo 42 pontos e, desta forma revalidou o título de forma bastante confortável. Em 2º lugar, com menos 15,5 pontos, classificou-se a equipa da DRE Lisboa e Vale do Tejo totalizando 26,5 pontos. O 3º lugar coube à equipa da DREC com 19,5 pontos. De sublinhar que este torneio foi o corolário de muito trabalho dos seus participantes e organizadores, nomeadamente dos grupos/ equipas (alunos e seus professores), das várias Coordenações Educativas (Desporto Escolar e Escolas), das várias Direcções Regionais de Educação e Estrutura Central (D.G.I.D.C.). A montagem dos «nacionais» estudantis – iniciativa de grande importância, fundamental, no fomento da prática desportiva entre os jovens dos ensinos básico e secundário, com reflexos naturais na participação dos mesmos nas actividades do movimento associativo – envolveu as estruturas do ministério a nível central e regional e as equipas das Escolas do Distrito de Aveiro que se mobilizaram no aspecto técnico e organizativo, para além da participação chegada das federações nacionais e associações desportivas distritais. Helena Libório, da DREC, destacou a importância do desporto escolar como “um programa da maior relevância no sistema educativo”. A directora da DREC reconheceu ainda que “o desporto escolar tem uma vertente de inclusão social que não se pode esquecer já que muitas crianças e jovens só têm hipóteses de praticar desporto na escola. Uma actividade que pode contribuir para o crescimento salutar dos jovens e consequente sucesso escolar, que é a grande missão da escola.” Fernando Mendonça, do Governo Civil de Aveiro, também reconheceu que o distrito tem capacidades físicas e infra-estruturas para receber grandes eventos desportivos, assim como grande capacidade organizativa. “É bom unir o desporto e a educação para termos mais e melhores cidadãos, pois o foco principal na Educação são as crianças”, diria.
Delegação de Jogadores do CLDE de Braga foi decisiva na revalidação do Título Nacional Colectivo!
No dia 23 de Abril, cerca de 60 alunos da nossa escola participaram na fase distrital do torneio Compal Air, que se realizou em Prado. As nossas equipas estiveram “em grande”, já que quase todas obtiveram o 1º lugar, passando, a maioria, à fase regional.
A fase regional realizou-se no dia 12 de Maio, na escola Secundária de Vizela. Mais uma vez, os nossos alunos deram o seu melhor, sendo que a equipa Infantil Masculino obteve um honroso 2º lugar (tendo perdido na final por apenas um ponto). Professora responsável Elisabete Silva
Em cima (da esquerda para a direita): Telmo Gomes, Professor Fernando Costa e Tiago Araújo Em baixo (da esquerda para a direita): Mário Ribeiro, Carlos Machado, João S. Costa, Inês M. Oliveira e Luis Guimarães.
Prof. Mário Oliveira
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CAMPEONATO NACIONAL DA II E III DIVISÕES POR EQUIPAS NXVSC DIDAXIS CUMPRE OBJECTIVOS
Luis Romano capitão do NXVSC-Didáxis II
Decorreu a 15 de Maio, a última sessão do Campeonato Nacional da II e III Divisões por Equipas. Na deslocação a Gaia, com a manutenção já assegurada na II Divisão, a 1ª equipa do NXVSCDidáxis não foi feliz, perdendo pela margem mínima com a 2ª equipa da Academia de Xadrez de Gaia (2,5-1,5) e, desta forma, o sonho de um lugar no pódio na Série A não se concretizou. A 2ª equipa do NXVSC-Didáxis recebeu a 1ª equipa dos Amigos de Urgeses e sonhou com o 1º lugar na Série A da III Divisão após uma vitória auspiciosa de Ivo Dias, actual Campeão Distrital Sub-12, perante João Sequeira e Costa, recentemente coroado Vice-Campeão Regional Escolar. No entanto, duas derrotas no
1º e 2º tabuleiros (Paulo Pinho (MN) vs Luis Romano; e Vitor Costa vs Inês Machado Oliveira) comprometeram as aspirações desta jovem equipa famalicense. O resultado final fixou-se numa derrota pela margem mínima após um empate no 4º tabuleiro (Alexandre Mano vs Carlos Marco Pereira). Desta forma, a 2ª equipa do NXVSC-Didáxis classificou-se no 3º lugar. Os promissores resultados permitem sonhar com um clube cada vez mais forte, consolidando-se no panorama escaquístico nacional!
LUIS SILVA COMENTA UMA PARTIDA DE XADREZ (ENG) Quinn, Joseph (1852) – (POR) Silva, Luís Neves Da (1647) [B92] Campeonato de Jovens da União Europeia; Ronda 2; 06/08/2009 Começaria agora a segunda jornada do torneio…
A viagem tinha corrido muito bem, os restantes representantes eram companheiros excelentes, os treinadores (IM António Fróis e NM Victor Guerra) não podiam ser melhores e estava a representar o meu país! Que poderia eu querer mais? Neste campeonato, além de jogar ,aprendia muito nas preparações porque não eram só ver as aberturas que iríamos jogar, existia a realização de exercícios tácticos e de finais e da análise de partidas e isso fez com que aprendesse bastantes conceitos e como jogar certo tipo de posições. O meu xadrez não foi o mesmo a partir daí!... Quanto à comida, só posso dizer que quase ninguém gostava, pois comer quase todos os dias carne de porco às vezes de má qualidade, ao almoço e jantar não é muito agradável, mas era o que havia e é melhor que nada. Além disto tudo depois do jantar e do pequeno-almoço havia tempo para dar umas “voltas” nas bicicletas alugadas e ouvir o antigo hino do NXVSC (“SE CALHAR”) e umas piadas do pai do João Vicente. Correu tudo muito bem, sem contar na viagem de ida para o aeroporto Graz em que deixei a minha revista da “New In Chess” no autocarro. Tinha sido comprada no dia anterior e tinha ficado super fascinado por ela. Em termos de xadrez prático tive uma árdua vitória na primeira ronda frente a uma jogadora teoricamente mais fraca fez com que me despertasse para a exigência e nível que este torneio tinha. Nada comparado com os torneios Portugueses. Só posso dizer que após este jogo que vou comentar senti-me radiante pois estava com 2 pontos em 2 jogos e era o único da comitiva portuguesa com este resultado. A verdade é que após esta ronda perdi 3 jogos seguidos sendo que o último dessa série de derrotas estava completamente a meu favor mas só que um erro de cálculo meu fez com que fosse apanhado por um intermédio e me desse derrota. O último jogo do torneio (contra Till Schreiner, 2064 elo) que em caso de empate ou vitória me dava lugar no primeiro terço da tabela e uma candidatura a uma bolsa de alta competição correu bastante bem e o empate era o resultado mais que óbvio. Até os treinadores pensavam que o tinha empatado quando cheguei a perto deles...Mas, acontecem milagres e o meu único erro após uma partida excelente ditou a minha sentença. Adorei esta experiência internacional e espero que para o ano consiga um bom lugar no nacional de jovens para, consequentemente, obter o direito a participar no Europeu ou quem sabe, no Mundial. Espero que esta partida seja educativa e que os comentários sejam do vosso agrado. 1.e4 c5 2.Cf3 d6 3.d4 cxd4 4.Cxd4 Cf6 5.Cc3 a6 Siciliana Najdorf 6.Be2 Variante Clássica. Este lance que introduz posições extremamente estratégicas é a alternativa principal aos lances bastante agudos e agressivos 6.Be3 e 6. Bg5 e ao também muito perigoso 6.Bc4 que era o predilecto de Bobby Fischer. É também de referir que este lance(6.Be2) era o preferido de Karpov. 6...e5 [6...e6 Este lance varia para a
Siciliana Scheveningen, que pessoalmente não é do meu agrado excluindo as variantes das brancas em que elas adoptam o Ataque Inglês.] 7.Cb3 Be7 8.Be3 [8.0–0 Lance mais jogado.] 8...b5? Lance algo apressado. Melhor seria 8...0–0 escolhendo ou o esquema com Be6 e Cbd7 ou o esquema com Cbd7 e b7-b6 caso ele jogue a2-a4, caso não jogue é possível o lance b7-b5 e depois Bb7. Ambos seguem a ideia de controlar a casa de “d5” [8...0–0 9.0–0 Be6 (9...Cbd7 10.a4 b6 11.f3 Bb7) 10.Dd2 Cbd7 11.a4 Tc8 12.a5 Dc7 Variante denominada de plano Karpov em que as brancas tentam eliminar o contra-jogo das negras na ala de dama para obter uma vantagem posicional duradoura. Mas as coisas não são tão fáceis e as negras possuem os seus trunfos posicionais.] 9.Cd5! Cbd7 [Comer o peão é “tabu” 9...Cxe4 10.Bb6 Dd7 11.Cc7+ Rf8 12.Dd5+-] 10.Cxe7! Aparentemente parece um lance errado pois elimina o típico bispo mau, mas esse bispo exerce a importante missão de defender o peão atrasado de d6. Bispos maus defendem bons peões! Como diria Mihai Suba... 10...Dxe7 11.0–0 Bb7 12.f3 Cc5 Para conseguir colocar uma torre em “d8” para defender o peão 13.Ca5 Bc8 14.Cc6? Este lance fornece às pretas tempo para reorganizarem as suas peças e agora a troca em “e7” já favorece as negras porque a pressão foi aliviada e o bispo mau já não faz falta fazendo com que se dê uma reviravolta, sendo agora eu quem possui um conforto posicional e boas perspectivas de jogo. Tenho de admitir que após este lance a minha confiança aumentou em flecha :) [14.Dd2 Be6 15.Tad1 d5 16.Cc6 Dd6 17.Cxe5 Dxe5 18.Bxc5+-] 14...Dc7! 15.Cb4 Be6 16.Rh1 a ideia do meu adversário, apesar de ser duvidosa é jogar Bg5 e tentar eliminar um defensor da casa de d5 mas se jogasse directo Bg5 as negras não teriam qualquer dificuldade como é possível ver na seguinte variante: [16.Bg5 Ccxe4 17.fxe4 Dc5+ 18.Kh1 Dxb4 19.Bxf6 gxf6 20.a3 Dc5 21.Rxf6] 16...0–0 17.Bg5 Ccd7! Para caso as brancas troquem em f6 ser possível tomar com o cavalo defendendo a casa de d5 18.Bxf6? Grave erro estratégico cedendo o bispo bom e com isto o seu par de bispos [18.Qd2 a5 19.Nd5 Bxd5 20.exd5 E a casa fraca “d5” bem como o frágil mas defensível peão “d6” das negras desapareceram e agora começam os planos com f7-f5 activando a maioria da ala de rei e central que dão vantagem às negras] 18... Cxf6 19.f4? Rfd8?! Não existe problemas em tomar o peão, mas preferi jogar pelo seguro e lutar pelo lance libertador d6-d5 [19... Cxe4 20.Bf3 f5–+] 20.f5 Bc4 Tema bastante comum neste tipo de posições de siciliana 21.Cd3 d5!–+ Outro bom lance seria Cxe4, mas este é mais activo. Sempre ouvi dizer que o que interessa verdadeiramente é o dinamismo da posição como por exemplo a iniciativa pois enquanto duram sobrepõese muitas vezes aos valores estáticos (material, fraquezas na estrutura...). 22.exd5 Cxd5 23.Bf3 Ce3 24.De2 Cxf1 25.Bxa8 e4! Abrindo a diagonal “b8-h2” para a dama ameaçando xeque-mate e ao mesmo tempo colocando uma ameaça no cavalo de “d3” 26.Dxf1 [26.Txf1 exd3 27.Df3 dxc2 28.Tc1 De5 O jogo acabava aqui] 26...Txa8?! Não o melhor. [26...exd3! 27.cxd3 Bxd3 28.Df3 Dc2 Foi este o lance que me escapou no cálculo...] 27.b3?
[27.Df4 De7 28.Te1 Bd5] 27...exd3 28.bxc4 dxc2 29.Tc1 Dxc4 30.Dxc4 bxc4 31.Txc2 Rc8 Final bastante interessante e muito didáctico. 32.Rg1 Rf8 trazendo o rei para o centro 33.Rf2 Re7 34.Re3 Rf6 35.g4? [35.Rd4 Td8+ 36.Rxc4 Rxf5 Final que normalmente resulta em empate mas aqui as coisas não são assim tão fáceis...] 35...Rg5 36.h3 Rh4? Não posso ir comer o peão devido a um tema muito interessante como se poderá observar a seguir. 37.Rf3! c3! colocando a torre inimiga na passividade [37...Rxh3?? 38.Tc1 Rh4 39.Rf4 Rh3 40.Rf3 Ou fujo e empato ou apanho mate...] 38.Rg2 a5 Colocando o peão mais perto da promoção. 39.a3 h5 Criar fraquezas na estrutura branca. 40.Rf3 a4?! [40...Tc5 41.a4 Rxh3 42.gxh5 Txf5+ 43.Re2 Tc5–+] 41.gxh5 Rxh5 42.Re4 Rg5 43.Tg2+ Rf6?! Rh4 dava vitória rapidamente 44.Tc2 Rg5 45.Tg2+ Rh6 Após este lance esqueci-me que não podia voltar de novo com o Rei para g5 quando eu quisesse porque ocorreria 3 repetições após Rg2+ e seria acordado empate que era algo que eu não condizia com a posição e consequentemente com os meus interesses... 46.Tc2 Rh5 47.Rd4 Td8+? [47...Rh4 48.Txc3 Txc3 49.Rxc3 Rxh3 50.Rb4 g5 51.fxg6 fxg6 52.Rxa4 g5 53.Rb4 g4 54.a4 g3 55.a5 g2 56.a6 g1=D Não joguei Rh4 pois enganeime no cálculo da corrida. Nesta altura estávamos ambos com pouco tempo cerca de 3 minutos no relógio uma coisa que me ocorreu em bastantes partidas do torneio] 48.Re4 Te8+ 49.Rd4 Rg5 50.Txc3 Rxf5 O final está muito melhor para mim pois o peão passado protegido não pode ser ameaçado pelo rei porque está cortado pela torre de “e8”. 51.Tf3+ Rg6 52.Tf4 f5 53.Rd3 Tb8 Muito bom lance que ameaça Tb3 xeque ganhando peão ficando com dois passados protegidos que garantem quase sempre a vitória ao lado forte. 54.Txa4 Tb3+ 55.Rd4 Txh3–+ A vitoria nesta posição é fácil de atingir pois o rei branco não pode chatear a promoção dos peões devido ao corte na terceira 56.Ta6+ Rg5 Esconder sempre o rei à frente de um dos peões 57.a4 f4 58.Tb6 Ta3 Colocar a torre geralmente por trás do peão passado. 59.Tb5+ Rg4 60.a5 f3 61.Tb1 f2 Abandonou.
Posição do diagrama após 25… e4! Decidindo por completo o jogo a favor das negras.
Prof. Mário Oliveira
Bruno Gomes capitão do NXVSC-Didáxis I
Distrital Absoluto de Xadrez Luís Silva e Yaroslav Minakov 2º lugar ex-aqueo Luis Silva classifica-se em 3º lugar no Distrital Absoluto! A sua ascenção escaquistíca continua e não parece abrandar... Parabéns!
Luis Silva e Yaroslav Minakov atleta do NXVSC-Didáxis Terminou na passada 6ª feira, em Urgeses (Guimarães), o Campeonato Distrital Absoluto de Xadrez, na sede da Associação Distrital de Xadrez do Distrito de Braga. O atleta cabeça de série número um (elo 2194) era o iraniano Orfeh Bolhari e Francisco Castro, 2º cabeça de série (elo 2121), “defendia” o título conquistado a época passada.
xis) que liderou a prova até à 6ª jornada, classificou-se em 5º lugar, mercê da derrota na 8ª e última sessão com o seu colega de equipa Luís Silva obtendo 5,5 pontos. Luís Romano (NXVSC-Didáxis) obteve 5 pontos e posicionouse em 8º lugar o que denota uma excelente evolução e consolidação do seu jogo. Desta forma, estes 4 atletas
O 3º e 4º lugares foram ocupados pelos jovens atletas do NXVSC-Didáxis, Luís Silva e Yaroslav Minakov, respectivamente, e obtiveram os mesmos pontos que o 2º classificado, mas pior coeficiente de desempate. Desta forma, Francisco Castro confirmou o seu favoritismo ao terminar isolado com 6,5 pontos (6 vitórias, 1 derrota e 1 empate). Uma derrota na 1ª sessão perante David Melo (Escola EB 2,3 João de Meira) comprometeu desde logo a revalidação do título. Todavia, ao obter 6 vitórias consecutivas e um empate na última sessão perante Carlos Novais, 2 º classificado na geral, a revalidação do maior título distrital, em provas individuais, acabou por ser mais que merecido! O 3º e 4º lugares foram ocupados pelos jovens atletas do NXVSC-Didáxis, Luís Silva e Yaroslav Minakov, respectivamente, e obtiveram os mesmos pontos que o 2º classificado, mas pior coeficiente de desempate. Bruno Gomes (NXVSC-Didá-
que se classificaram no TOP-10 Distrital afirmam-se como certezas do Xadrez Distrital! O NXVSC-Didáxis foi representado por mais cinco atletas, o que constituiu a maior delegação presente neste Torneio, que contou com a prticipação de 36 atletas: Inês Machado Oliveira (16º lugar, 4 pontos), Hélio Silva (20º lugar, 4 pontos), Pedro Ferreira (23º lugar, 3,5 pontos), Rui Pedro Gomes (24º lugar, 3,5 pontos), João Veloso (28º lugar, 3 pontos) e Miklos Nagy (30º lugar, 3 pontos). Yaroslav Minakov na sua 3ª época como federado mantém-se na elite escaquística distrital: 2007/2008: 4º lugar no Distrital Absoluto 2008/2009: 2º lugar no Distrital Absoluto 2009/2010: 4º lugar no Distrital Absoluto PARABÉNS!
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Jornal O Vale
Vamos rolar com esta ideia! Uma rolha, um sorriso!...
Salvador Castro que, em 2002, com apenas 34 anos, devido a um acidente de trabalho, ficou tetraplégico, tem despertado a nossa atenção, sendo que, perante tal situação, resolvemos agir e contribuir para ajudá-lo a recuperar um pouco a sua autonomia e o seu gosto pela vida. Há muitos Salvadores espalhados por todo o mundo e, felizmente, neste caso, a ajuda da família e das pessoas foi e é muito importante. É crucial que se continuem a semear valores como o da solidariedade e da partilha para que quem necessite possa sentir a força e o apoio dos que os
rodeiam. Para tudo isto contámos, e continuamos a contar, com a ajuda de todos, com a colaboração de todos, pela recolha de tampinhas da campanha intitulada ”Vamos rolar com esta ideia”, que se desenrola na nossa escola, com o objectivo de angariar fundos para obter uma “cadeira trepadora” para o Salvador. E o que conseguimos recolher foi verdadeiramente surpreendente!... Assim, no dia 9 de Fevereiro, Salvador recebeu a notícia que havia chegado a sua “cadeira trepadora”, modelo LG2004/S Ano 2003 Nº73, vinda de Itália e entregue pela
empresa Multiorthos. Ainda faltam, contudo, quatro toneladas para que o valor do custo da cadeira esteja completamente pago. Mas tudo a seu tempo… As ajudas e incentivos têm chegado de toda a parte do país e podemos, aqui, salientar a colaboração da Dª Rosário, mais conhecida como a “Senhora das Tampinhas”, que conseguiu, através da campanha das tampinhas, um computador portátil para o Salvador. Já a esposa de Salvador desabafa com algum alívio: “O seguro tem sido acessível: paga fraldas, medicamentos, resguardos,
cadeira de banho, algálias, cadeira electrónica e cadeira de rodas normal… Para além disso, paga o salário ao meu marido. Paga-me, também, um ordenado para que eu possa tratar dele a tempo inteiro e 50€ mensais para o nosso filho”. Continuamos a contar com a preciosa ajuda de todos para continuar a levar a cabo esta campanha e, como Salvador merece recuperar toda a autonomia que lhe pudermos providenciar, “Vamos rolar com esta ideia! – Uma rolha, um sorriso!...”. A professora Quitéria Campos
Campanha Didáxis Solidária – A reflexão e a acção As minhas expectativas eram altas… Parar durante algum tempo e embarcar numa análise pessoal é sempre um desafio. Logo que soubemos do caso do Sr. Salvador ficou no ar a questão “um por todos e tu por quantos?”. Quantas pessoas ajudamos? Seremos verdadeiramente solidários? Foi sem dúvida um desafio poder desenvolver este projecto solidário, poder contar com uma óptima equipa, sendo de louvar todo o trabalho levado a cabo por alunos, professores, funcionários, pais… Toda a comunidade deixou o exemplo e deu a força para que este trabalho se continue a realizar e se propague, pois, afinal de contas, “o
sentido da vida é não deixar uma só pessoa por amar”! Assim, na senda deste testemunho, iremos realizar uma nova “campanha solidária” para ajudar o Nuno, um menino de 12 anos
“um por todos e tu por quantos?”. que frequenta o sexto ano de escolaridade na Escola Básica 2/3 de Pevidém, que necessita de uma cadeira inovadora, tendo sido contactados – dado o sucesso da campanha anterior – para o efeito, como demonstra a carta que nos foi dirigida.
A professora Quitéria Campos
A História do Nuno
O Nuno tem actualmente doze anos de idade e frequenta o sexto ano de escolaridade na Escola EB 2/3 de Pevidém. O seu agregado familiar é composto por cinco pessoas. O pai, a mãe e dois irmãos. O Nuno é o filho do meio, tem uma irmã com dezassete anos que frequenta a Didáxis e um irmão com sete anos. No que concerne à história clínica, segundo a mãe, a gravidez foi sempre acompa-
nhada pelo médico de família, sem problemas. O parto foi por cesariana, no entanto, o Nuno sofreu lesões cerebrais e traumatismos, apresentando febres altas e tosse convulsa. De acordo com um relatório da APCG, datado de dois mil e oito, o Nuno é portador de Paralisia Cerebral, com um quadro motor de espasticidade bilateral assimétrica do tipo displégia atáxica. Apresenta limitações
ao nível da motricidade fina, tremor e da coordenação óculo-manual. Paralelamente tem também dificuldades na segmentação e dissociação de movimentos a nível dos membros superiores. O peso excessivo, em tempos, foi um obstáculo ao processo de reabilitação. A cadeira de rodas que o Nuno tem actualmente foi prescrita pela fisioterapeuta da APCG e recebida em Março de 2009. De
momento, e apesar de leiga no assunto em questão, considero que a cadeira do Nuno se encontra desajustada às reais necessidades do mesmo. Deste modo, é necessário realizar uma campanha de recolha de tampas plásticas para angariar uma nova cadeira de rodas para o Nuno. A docente de Educação Especial Teresa Margarida Pereira Dantas Lemos
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Pintura do Mural – dar vida à escola
Nas nossas “incursões” pela escola, nos intervalos, observámos que alguns espaços apresentavam um aspecto menos luminoso, sem vida… Foi então que, no âmbito da disciplina de APP (Artes Plásticas e Patrimoniais), sob a orientação da professora Otília Loureiro, decidimos pôr “mãos à obra” e animar um desses espaços, frequentadíssimo pelos alunos desta escola – o local onde se encontram os matraquilhos. A ideia foi, imediata e alegremente, aceite por todos e, para dar início ao projecto, definimos que tema a desenvolver deveria ser o mais ilustrativo possível das nossas raízes e tradições.
Deste modo, pensamos em algo que se associasse à nossa região e escolhemos a temática “Galos de Barcelos”, que, para além do seu cariz emblemático, é um motivo alegre, que possibilita o desenvolvimento e a expressividade da cor e da criatividade de uma forma mais eficaz em termos de imagem e do objectivo definido inicialmente. Avançámos, assim, com os projectos por grupos que, depois de concluídos, foram apresentados. Depois de termos analisado todos os projectos, seleccionámos o que mais se ajustava ao espaço em questão, aliando a criatividade aos objectivos pré-definidos para o trabalho. O passo seguinte consistiu na inventariação de recursos e levanta-
CI3NC1Л N0 CO5M(OS)
Projecto vencedor – 7º ano
No presente ano lectivo decorreu a 2ª edição da actividade Ciência no Cosmos, organizada pelo Departamento de Ciências Físico Naturais – FQ. Tal como na 1ª edição, foi lançado o desafio aos alunos para a execução de projectos inovadores no âmbito da Física e da Química. Durante a execução dos projectos, os professores de Físico – Química acompanharam e orientaram os respectivos alunos. A adesão dos alunos foi muito boa: foram apresentados 33 projectos que envolveram mais de uma centena de alunos. Os trabalhos apresentados surpreenderam pela originalidade e rigor científico, pelo recurso à reutilização / reciclagem de materiais e até pelo grau de dificuldade na
mento das medições necessárias. Concluída a fase da concepção dos projectos, “arregaçámos as mangas” e iniciámos a pintura do mural. O desenrolar deste projecto de equipa foi bastante compensador, aliando o esforço conjunto ao resultado final, que se revelou bastante positivo. O mural ficou muito colorido, atribuindo uma nova “vida” àquele espaço, dotando-o de uma identidade única e muito agradável. Foi com muito empenho e entusiasmo que realizámos este trabalho e podemos afirmar que cumprimos integralmente o nosso objectivo! Turmas 9.2 /9.3
2ªEDIÇÃO
execução dos mesmos. Do dia 11 a 17 de Maio decorreu a exposição dos produtos finais desta actividade, no espaço do ex-UNIVA, para divulgação a toda a comunidade educativa. O júri para avaliação dos trabalhos dos alunos era constituído por membros da Direcção Pedagógica e por todos os professores de Físico-Química. A todos os alunos foram entregues os certificados de participação e aos vencedores de cada ano lectivo o respectivo prémio. Esperamos que na próxima edição a adesão dos alunos seja ainda maior, de modo a que surjam novos cientistas no COSMOS! N.M.
Um outro Mundo é possível A 28 de Maio, realizou-se, na nossa escola, uma conferência relativa ao tema “ Um outro Mundo é possível”. Esta conferência foi dinamizada pelos professores de EMRC e contou com a presença do Dr. Bernardino Soares, representante da OIKOS em Portugal. Ao longo deste encontro, o Dr. Bernardino mostrou alguns diapositivos e falou da importância da solidariedade entre os povos. As suas palavras, em tom claro e calmo, sensibilizaram os presentes para a necessidade da ajuda aos povos mais desfavorecidos. O que mais nos sensibilizou foi quando o Dr. Bernardino Soares questionou os presentes acerca do seguinte “Quanto tempo demorariam a
procurar 1 € caso o perdessem?”. A resposta óbvia é que não o procuraríamos por muito tempo, seria insignificante… Mas ele fez ver aos presentes que se 10 pessoas presentes na sala perdessem 1 €, seriam 10 € perdidos e estes 10 € davam para comprar sementes para 1 horta familiar na Guatemala, por exemplo. O Dr. Bernardino Soares salientou, também, a importância da formação dos recursos humanos, referindo que não chega enviar donativos para os países mais carenciados, é necessário haver trabalho de campo, ensinar a criar novos produtos. Assim, explicou que é possível fazer vassouras através de uma simples garrafa de plástico vazia!
Apelou, ainda, à importância da poupança, dando o exemplo das exigências que muitos jovens fazem aos pais para adquirirem produtos de determinadas marcas, quando existem outros parecidos a preços muito mais acessíveis. Ao optarmos por produtos mais baratos, estamos a ajudar os nossos pais e não só… Estar presente nesta conferência foi muito gratificante, pois foram reforçadas e partilhadas ideias sobre a solidariedade, a sua importância no mundo actual e o nosso papel neste domínio, por mais pequeno que seja! Inês Silva 5.8
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Dia 1 de Junho
Dia da Criança Este dia, esta data assinalável, não podia deixar de ser celebrada na nossa escola. Tudo começou a partir das 10 horas da manhã, no átrio, junto à cantina. Foi um dia muito engraçado e divertido, pois os nos-
sos alunos fizeram muitos jogos, alguns que desconheciam: corridas de sacos plásticos, procura de rebuçados no meio de farinha, danças ritmadas, pintura de placares com a mão ao som de diversas músicas,
entre outros. Como foi confortante vê-los cheios de alegria!... Esta actividade foi da responsabilidade dos professores: António Soares, Marta
Ferreira, Quitéria Soares e Paula Pereira, que agradecem a todos os que participaram, especialmente os alunos de 5º e 6º anos.
Durante a semana de 26 a 30 de Abril, alunos, professores e funcionários envolveram-se na preparação da celebração do Dia da Mãe. Uns fizeram as lembranças para oferecerem às mães, outros os cartazes, outros colares com flores que utilizaram para escrever a expressão “Dia da Mãe” no chão do jar-
dim da escola; outros, ainda, ajudaram a colocar pela escola frases e pensamentos escritos por professores e funcionários relativos a este dia. No dia 30 de Abril, na sala dos professores, o Rudi, aluno da turma 1.TEAC, tocou um tema no piano, e a aluna Inês, da turma 7.1, declamou um poema, ao som
de violino, tocado por Daniela, aluna da turma 7.6. Foram, depois, distribuídas pela Catarina da 8.1 as lembranças por todas as mães, que se mostraram enternecidas com este gesto. NM
NM
Dia da Mãe “A maternidade não tem fronteiras, Não tem cor, não tem preferências. É das poucas coisas que se bastam a si mesmas. Tem sua própria devoção: a esperança. Tem sua própria ideologia: o amor. Mãe, mater, madre! Toda mulher é mãe!”
(Autor desconhecido)
“Mãe é uma flor no jardim do filho!” Profª Yolanda
“Mãe é uma mão de Amor que nos acompanha pela vida.”
“… mas existirá alguém, que te queira tanto, e tão bem quanto a tua Mãe!”
Profª Emília Cardoso
“Ser Mãe é o tudo e o nada! Tudo o que há de bom no mundo e nada de Profª Carina Soares tristezas, uma infinita felicidade!”
“Mãe é tudo!”
Prof. Carlos Brandão
“Ser Mãe é uma responsabilidade que nunca nos abandona.”
Prof. Jorge Alcindo
Profª Isabel Rebelo
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O sonho de ser...Atleta
Nome completo: Francisco Daniel Veloso Rodrigues Idade (com data de Nascimento): 15anos (24-05-95) Naturalidade: Português Clube: Grupo Recreativo Associativo da Cruz (G.R.A.C) Um dia gostaria de ser como ele, pois é um atleta fabuloso. Ele tem uma coisa que eu admiro imenso, que é a ponta final. NM: Em que pensas enquanto corres? FR: Vou ser sincero. Quando estou a correr, penso só em chegar ao fim e dar o meu melhor para tentar alcançar a vitória. NM: Venceste nas provas de Desporto Escolar. Qual foi a sensação? FR: Foi uma sensação única! Nunca tinha vencido todas as provas do Desporto Escolar (Corta Mato Regional e Nacional, mega km Regional e Nacional). NM: Tens batido recordes pessoais atrás de recordes pessoais. Até onde julgas que poderás ir a nível de tempos? FR: Nesta época, os meus objectivos foram cumpridos. Para já, baixei o tempo que tinha na época anterior dos 1000m, que era 2.37.74, para 2.34.19, sendo a melhor marca do ano a nível nacional, fazendo dois recordes regionais. Nos 800m tinha 2.01.04 e baixei para 1.57.28, obtendo o recorde regional. Esta época tenho mais dois recordes: um em pista coberta (na milha tinha o tempo de 4.46.36 e passei para 4.31.12) e o outro foi em 800m pista coberta (no tempo de 2.03.07 para 2.01.04). NM: É um sonho ser atleta profissional? FR: Sim, desde pequeno que penso ser um atleta profissional e representar uns dos melhores clubes, que é o Sporting Clube de Portugal. Mas um sonho que eu gostaria que se concretizasse era representar a selecção nacional nos jogos olímpicos.
Núcleo Multimédia: Como nasceu o gosto pelo atletismo? Francisco Rodrigues: O gosto pelo atletismo começou quando corri pela primeira vez na prova da freguesia ficando em segundo lugar. NM: Quais as distâncias em que competes? FR: As distâncias vão de 800m até 2000m mas a que eu prefiro é a dos 1000m, que é onde eu me sinto melhor e onde tenho melhores resultados.
NM: Como é o teu treino diário para as provas? FR: O meu treino diário começa segunda-feira com ginásio, onde faço um reforço muscular para as pernas; terça-feira vou descontrair 25 a 30 minutos e faço uns alongamentos; quarta-feira vou até ao Estádio 1 de Maio, em Braga (pista), de acordo com o tipo de provas que vou realizar no fim-de-semana; às quintas e sextas-feiras, descanso. NM: Conta-nos quais têm sido os teus resultados nesta época desportiva?
FR: Para começar, venci os crosses da Amora e Torres Vedras, venci o corta-mato regional, venci todas as provas de corta-mato escolar, venci todas as provas de pista coberta e pista ao ar livre a nível regional, venci o “km jovem nacional” de 1000m,venci a milha de Vila Praia de Âncora e também o grande prémio de atletismo do GRAC. NM: Qual o atleta que mais admiras (Nacional e Internacional)? FR: O atleta que mais admiro é o Rui Silva.
NM: Para terminar, gostaríamos que deixasses uma mensagem à comunidade educativa da nossa Escola. FR: Eu sinto-me muito bem na escola que frequento. É uma das melhores escolas que conheço e espero que continuem a fazer um óptimo trabalho para a nossa escola. Perguntas rápidas… Disciplina preferida na Escola: Educação Física Clube de Futebol: Benfica Melhor amigo no atletismo: Treinador Numa palavra, o atletismo para ti é: Vida
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Música, Maestro! No dia 10 de Maio fomos à Casa das Artes assistir a um concerto da Orquestra da Escola Profissional Artística do Vale do Ave – Artave. Na orquestra havia um maestro chamado Andry Stepanskyy, que orientava todos os elementos, tocando os seus instrumentos. Havia, também, uma apresentadora que, à medida que o concerto ia decorrendo, dava as indicações necessárias. Os elementos da orquestra frequentavam o 8º ano da Orquestra Artavinhos. Foi um momento bastante educativo, pois ficámos a saber uma série de coisas novas, entre as quais a forma como se divide uma orquestra e como funcionam todos os instrumentos. Tivemos, também, oportunidade de tirar fotografias enquanto tocavam. Foram várias as turmas presentes neste concerto, quase todas as turmas de 6º ano e metade da nossa turma, a 7.7, ou seja, os alunos que estão no turno de Educação Musical. Foi uma manhã bem passada e diferente das outras! Ouvimos vários temas entre os quais a melodia “Plink – plank – plunk“, que era uma melodia cómica; “Sedona”, uma melodia que caracterizava uma cidade; “Música no coração“, a melodia de um filme sobre a 2º Guerra Mundial; a melodia de “Os melhores dos Beatles”, caracterizada por música rock; e, por fim, “O senhor das danças”, que representa a história de um baile. Foi uma experiência fantástica, que recomendamos vivamente! Carla Neves Músicos da 7.7
Sarau Inter-Escolas Numa 4ª feira, estava eu e alguns colegas da turma no Núcleo de Música, quando a Professora Carla nos comunicou que iríamos participar num Sarau Inter-Escolas. Fiquei boquiaberto! Iria realizar-se no dia 24 de Abril (sábado), e era para estar lá às 20:00. Iríamos interpretar uma “rapsódia” e o “I’m Yours”. Começámos logo a treinar, e, todas as quartas, íamos ao núcleo para ensaiar. Em casa, até chateava os meus pais para tocar guitarra… No dia 24, os meus pais levaram-me à Casa das Artes
e encontrei a Professora Carla. Ajudei-a a levar alguns instrumentos até uma sala que tinha um mini-palco, que era o nosso camarim, denominado “café concerto”. Já lá estavam o Dani e outros colegas que não pertenciam à minha turma. Depois, chegaram o Antunes e o Afonso que traziam a guitarra às costas. Quando chegaram todos, tivemos de vestir uma camisola cor-de-laranja. Tirámos uma foto de grupo e esperámos que fosse a nossa vez de ir actuar. Admito que estava muito nervoso, mas depois passou quando entramos no
palco. Primeiro interpretámos uma “rapsódia” e depois o “I’m Yours”, tal como havíamos definido. Quando estávamos a sair ouviram-se muitos aplausos!... Espero voltar a ter uma experiência assim tão “fixe” como esta! Estou muito feliz por ter participado neste sarau inter-escolas! Quero, ainda, agradecer termos tido a oportunidade de aprender a tocar instrumentos diversificados, como a guitarra, o cavaquinho e o bandolim! Rui Pires, 6.8
Outros “Comentários Musicais” Nesse dia, estava com os nervos à flor da pele, mas tinha um”feeling” que ia correr bem, e sentia-me bem. No fim, estava pronto para outra! Nuno Antunes”Tunes” 6.8
Estava muito entusiasmado, mas quando cheguei ao palco… “Que medo!!! Será que vou fazer boa figura??? Ou não?!”. Mas, no final, foi tudo um verdadeiro ESPECTÁCULO!
A nossa escola teve uma excelente prestação! As músicas foram bem escolhidas e também muito bem ensaiadas. Espero que esta experiência se volte a repetir, porque foi muito boa!
Os nervos e a adrenalina eram devastadores! No palco, o medo reinava, mas, depois de começarmos a tocar, tudo passou…Adorei! Acho que foi uma actuação especial, onde pudemos mostrar o que valemos!
Carlos Daniel “Dani” 6.8
Joana Guerra 6.8
Afonso Sá 6.8
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Crianças Especiais com um dia Especial
Foram doze os alunos de necessidades educativas especiais da Didáxis – Cooperativa de Ensino de S. Cosme do Vale que tiveram oportunidade de viajar, de avião, do Porto até Lisboa, e a consequente volta à cidade invicta, numa oferta da TAP. Mais do que um baptismo de voo, esta viagem foi uma oportunidade de muitos deles saírem pela primeira vez de Famalicão e conhecerem a capital; para todos foi a oportunidade de, pela primeira vez, andarem de avião e serem recebidos pela primeira-dama de Portugal, Maria Cavaco Silva.
Esta viagem era um dos objectivos do Projecto Educativo da Didáxis para a inclusão de crianças/jovens com Necessidades Educativas Especiais. Temos integrados na nossa escola alunos com problemáticas diversas, nomeadamente: Deficientes Motores, Deficientes Visuais, Deficientes Mentais, Autistas, Trissomia 21, Síndrome de Prader Willi, Hiperactividade e Paralisia Cerebral. Esta atenção especial para com os alunos só foi possível devido à capacidade de solidariedade que mesmo nestes tempos difíceis e conturbados, instituições e pes-
soas em nome individual, nomeadamente as empresas Fiofibra, TAP, Louropel, Têxtil Manuel Gonçalves, Mabiela, R.Carvalho Imobiliária, Cimenteira do Louro, Padaria Pinheiro, AMOB, J. Faria lda., Júli Matex, Alves e Companhia, Citybike, são capazes de desenvolver em prol do bem-estar e desenvolvimento integral. “Um gesto por um sorriso”. Depois do baptismo de voo, há muito aguardado com ansiedade pelos alunos, foi tempo de percorrer Lisboa num Tour pela cidade com uma visita especial ao Palácio de Belém e a consequente recepção pela primeira -dama Maria Cavaco Silva. Na recepção a estes jovens, Maria de Cavaco Silva ficou sensibilizada com os seus problemas revelando que “não podia virar a cara a esta problemática e a jovens tão especiais. São iniciativas como estas que nos fazem entender a importância do meio escolar para estas crianças e jovens” referiu a primeira-dama enquanto os acompanhava nas visitas ao Palácio. A simpatia no Palácio de Belém foi a nota dominante assim como as diversas ofertas que a Cooperativa de Ensino recebeu ao longo desta viagem, começando pela TAP que ofereceu, para além da viagem de ida e volta, o almoço que teve como anfitrião Fernando Pinto, Presidente da TAP. As visitas não ficaram por aqui e os alunos ainda passaram pelo Parque das Nações, andaram de teleférico e até visitaram o oceanário, conhecendo novas realidades e ambientes bem diferentes do que estão habituados. Um dia diferente para doze alunos com Necessidades Educativas Especiais acompanhados pela Coordenadora do Apoio Educativo da Didáxis de S. Cosme, Ana Isabel Carvalho, pela Terapeuta Ocupacional, Irene Ramos, pelo professor Vítor Fernandes e por uma encarregada de educação. Três anos de apoios reunidos numa viagem memorável para quem, por si só, é especial. Daniel Pereira 7.3 Catarina Silva 8.1
A Joana e o Ricardo – uma lição de vida Dois alunos do 12º ano da Escola Carlos Amarante em Braga deram uma lição de vida, ou melhor, uma grande lição de vida aos alunos da turma 9.1. no passado dia 27 de Maio, no auditório da nossa Escola. Estes dois alunos, a Joana e o Ricardo, perderam a visão, tal como a nossa colega Rosária. São da mesma turma e têm em comum os obstáculos que enfrentam no dia-a-dia. A Joana perdeu a visão aos 13 anos. Durante esses 13 anos foi convivendo com o problema, uma vez que também a sua irmã mais velha já havia ficado cega. Joana, sempre muito activa, contou que a sua mãe lhe pedia para fazer muitas coisas em casa, porque a irmã não podia – era cega. Quando cegou, a Joana decidiu que não queria ficar parada, que tinha que aprender a fazer tudo sozinha, coisas como passar a ferro, por exemplo, tentativas que na verdade lhe chegaram a “custar” algumas peças de roupa – “cheguei mesmo a queimar algumas, mas consegui” confessou. Actualmente considera-se “autónoma e dinâmica” – é a representante dos Jovens invisuais de Braga pela ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal. Já o Ricardo perdeu a visão muito mais cedo que a Joana e que a Rosaria. Cegou aos 5 anos, após uma cirurgia. O Ricardo, por mais incrível que pareça, andava e ainda anda de bicicleta, o que a mãe nem sempre aceitou muito bem. Também joga futebol e espera vir a ser o “melhor jogador cego do Mundo” – facto que os colegas apoiam, pois dizem que “joga muito bem”. Estes alunos almoçam fora da escola,
vão às compras, passeiam e não deixam de fazer nada por serem invisuais. A escola que estes alunos frequentam, uma escola de referência para invisuais, também possui algumas barreiras para a sua mobilidade. Existem muitas escadas
alunos invisuais …. Para não falar dos baldes do lixo afixados nas paredes! Normalmente, os cegos encostamse à parede para se deslocarem e, com obstáculos como estes baldes afixados na parede, vasos no chão ou o simples fac-
...como é o dia a dia de um cego e o que é que ele “vê”, informa-
ções muito importantes para quem ainda hoje passa por um cego na rua e diz “coitadinho… é cego”… (poucas rampas) e muitos vasos dispostos nos corredores – podem achar que fica bonito, mas isso dificulta a passagem dos
to de as portas abrirem para fora (para o corredor), a passagem destes alunos nos corredores torna-se muito difícil e não
chegam os dedos das mãos para contar as vezes que chegam mesmo a embater nestes objectos! A Joana e O Ricardo já escreveram e enviaram cartas à Direcção da Escola para mudarem certas coisas, mas as mudanças não são feitas de um dia para o outro e como todos, também eles têm de ter paciência. O que é certo é que a Escola está em obras e eles esperam que, mesmo já não sendo para eles (que vão agora para a Universidade do Porto), a Escola as aproveite bem para se livrar destas barreiras para invisuais – que podem não ser só alunos, pois também têm um professor invisual! Estes dois jovens, um grande exemplo para todos, para além de autónomos, revelaram-se muito divertidos – mostraram os seus dotes artísticos, dançando alguns tipos de dança de salão para os alunos da nossa turma; já para não falar das tão faladas cábulas de bolso, que em Braille “dão muito jeito”. Esta palestra, que se transformou numa interessante conversa, teve muitas perguntas, muitas respostas, muitas novidades. Com isto, tivemos oportunidade de esclarecer as nossas dúvidas acerca da bengala, da passagem de obstáculos, como é o dia a dia de um cego e o que é que ele “vê”, informações muito importantes para quem ainda hoje passa por um cego na rua e diz “coitadinho… é cego”… Ana Sofia Turma 9.1
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Comunidade escolar da Didáxis reunida S.Cosme – Riba de Ave em Cicloturismo
No ano em que a Didáxis-Cooperativa de Ensino comemora 35 anos de existência, recheado de momentos culturais e desportivos, realizou-se no dia 22 de Maio uma jornada de cicloturismo com partida de Vale S. Cosme e chegada a Riba d'Ave, fazendo a ligação entre as duas escolas que pertencem à Cooperativa. Mais de duas centenas de crianças, jovens e menos jovens associaram-se a este evento e proporcionaram uma jornada de desporto, lazer, convívio e boa disposição. Depois de ter completado grande parte do caminho, o Director da Cooperativa, José
Cerqueira, agradeceu o empenho de todos e salientou essa união reinante ao longo do percurso e ao longo dos anos. Esta actividade revelou isso mesmo, a força da Didáxis com dois pólos bem difundida na frase escolhida para slogan destes 35 anos “de nós e laços”. No final da jornada, os participantes tiveram direito a um lanche, já depois de lhes terem sido oferecidas t´shirts de participação e providenciados os líquidos necessários ao longo do percurso. Para receber os participantes estavam presentes o Vereador da Juventude da Câmara de Vila Nova de
Algumas mensagens escritas pelos alunos do 2º ciclo de Riba d'Ave
Famalicão, Mário Passos, assim como o director da Cooperativa José Cerqueira e os dois Directores Pedagógicos de Riba de Ave e S. Cosme, Irene Alferes e José Fernandes, respectivamente. Depois do lanche de apoio aos participantes, foram lançados 35 pombos do núcleo de columbofilia da Didáxis de S. Cosme. Coube, assim, aos Mensageiros de S. Cosme a tarefa de ligar as duas escolas no percurso inverso, transportando 35 mensagens escritas pelos alunos do 2º ciclo de Riba d'Ave, meticulosamente colocadas nas suas patas e carinhosamente largadas por
crianças, professores, directores, "alunos de sempre" e, inclusive, pelo vereador Mário Passos. Todas as mensagens chegaram ao destino!… Esta jornada de cicloturismo só foi possível devido à colaboração das duas escolas da Didáxis, da Associação de Alunos de Sempre do Vale (S. Cosme), do apoio da Câmara Municipal de V.N. de Famalicão, da Policia Municipal que acompanhou os participantes ao longo de todo o percurso assim como os bombeiros de Riba de Ave. NM
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Entrevista
José Cerqueira, Presidente da Direcção Administrativa da Didáxis
Jornal O Vale:Quais os objectivos essenciais a que se propôs quando se candidatou ao exercício do cargo de presidente da Direcção Administrativa da Didáxis, em 2008? José Cerqueira:Quando a Direcção a que presido iniciou o seu mandato em 2008, a Cooperativa vinha de um ciclo de elevados investimentos com a ampliação de instalações e apetrechamento a todos os níveis,
“A Didáxis é uma escola de excelência porque desenvolve, com muito empenho e imaginação, a sua missão de ensinar e formar...” os quais implicaram um elevadíssimo esforço financeiro, em grande parte sustentado com recurso ao crédito. Vivia-se já então um ambiente de crise económica, no país e no mundo, que gradualmente se foi acentuando, pelo que a nossa postura foi no sentido de adoptar uma política de afirmação da qualidade e da imagem da Didáxis, mediante a criação de serviços próprios para essas finalidades e o estabelecimento de parcerias várias, bem como a criação de estruturas que possibilitassem o alargamento do nosso âmbito de intervenção no meio social em que esta Cooperativa se insere. J.V:O que é que a Didáxis tem feito de novo “ no actual contexto de crise económico-social”, para corresponder aos anseios da comunidade em que se insere? Quais os projectos em que está mais empenhada? J.C.:No actual contexto de crise económicosocial, temos procurado corresponder aos anseios da comunidade envolvente, promovendo, de forma tão alargada e abrangente quanto possível, as mais variadas modalidades de formação, designadamente as previstas no Programa Novas Oportunidades, tendo por objectivo elevar os níveis de formação, com vista a uma maior escolarização e apetrechamento dos extractos populacionais destinatários, quer pela via da formação escolar , quer ministrando cursos de dupla certificação (escolar e profissional) em variadas áreas de formação, visando conferir-lhes melhores condições de empregabilidade. O nosso CNO, através dos seus pólos de Riba de Ave e de S. Cosme, tem desempe-
nhado um papel muito relevante no sentido do reconhecimento e validação de competências dos adultos, validando-lhes as competências adquiridas ao longo da vida, e aumentando-lhes o nível de escolarização e auto-estima. O nosso Gabinete de Inserção Profissional, a funcionar nas instalações da Junta de Freguesia de Riba de Ave, está apto a desempenhar um importante papel no apoio aos jovens e adultos desempregados, bem como na definição ou desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho, em estrita articulação com o Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão. Celebramos ainda parcerias e protocolos com variadas instituições, designadamente com a CESPU e com o Centro de Emprego
J.V: Olhando para as duas escolas e estando elas em contextos diferentes do concelho, o que falta a cada uma de indispensável? J.C.:As nossas duas Escolas estão dotadas dos meios humanos e estruturais indispensáveis para proporcionar um ensino de qualidade e de inclusão a públicos discentes diferenciados. No entanto, as Escolas, pela sua própria natureza, nunca estão completas e têm de se reapetrechar e readaptar permanentemente, tal como vêm fazendo, aos novos desafios e às exigências da modernidade que se colocam, particularmente no que concerne ao uso das novas tecnologias postas ao serviço do Ensino e da formação.
“Desde que nasceu, a Didáxis vem-se fazendo, passo a passo, com muito esforço e devoção de quantos nela trabalham e aqui lhes presto essa merecida homenagem no sentido de melhor servir a comunidade.” de Vila Nova de Famalicão, tendo em vista projectos mais alargados e abrangentes de formação e de criação de oportunidades de emprego. J.V Como consegue a Didáxis impor-se no meio como escola de excelência? J.C.: A Didáxis é uma escola de excelência porque desenvolve, com muito empenho e imaginação, a sua missão de ensinar e formar para a vida em permanente articulação e sintonia com a comunidade envolvente ou seja com as famílias, com as empresas, com as mais variadas instituições da sociedade civil e com os autarcas, quer das freguesias, quer dos municípios. J.V: Sendo a Didáxis uma Cooperativa de Ensino com contrato de Associação, como classificaria as relações que mantém com o Ministério da Educação? J.C.:A Didáxis mantém com as várias estruturas e departamentos do Ministério da educação uma relação de absoluta transparência, de lealdade e de proximidade no desempenho das funções que legalmente lhe competem no âmbito do Contrato de Associação. Essa transparência e proximidade estão patentes nas frequentes visitas que os mais destacados responsáveis e técnicos da DREN fazem às nossas Escolas, inteirando-se das iniciativas que levamos a cabo.
J.V: Quer referir o aspecto mais positivo e o menos positivo do seu mandato? J.C.:Não quero ser juiz em causa própria, pelo que me abstenho de me pronunciar a esse respeito, na certeza de que a Direcção a que presido sempre procurou dar o melhor de si mesma na condução dos destinos da Cooperativa. J.V:A Didáxis está a festejar o 35º aniversário. Qual tem sido o impacto deste acontecimento junto da comunidade? J.C.:Desde que nasceu, a Didáxis vem-se fazendo, passo a passo, com muito esforço e devoção de quantos nela trabalham - e aqui lhes presto essa merecida homenagem - no sentido de melhor servir a comunidade.
Comemorar os 35 anos da Didáxis, constitui, pois, para todos nós, os que nela trabalhamos, motivo de regozijo, mas também espaço de reflexão e de partilha com todos aqueles a quem servimos e com quem nos relacionamos. Reflexão sobre aquilo que foi feito ou que não foi e deveria tê-lo sido e sobre a forma como devemos encarar os desafios do futuro. Temos, ao longo deste ano, partilhado inúmeras vezes, com a comunidade momentos de cultura, de lazer, de formação, de reflexão, traduzidos, além do mais, em espectáculos muito participados, que levamos à Casa das Artes, no Sarau Gímnico para encerramento do ano escolar, que encheu de entusiastas o nosso pavilhão gimno-desportivo em Riba de Ave, na prova de atletismo que contou com centenas de participantes, na jornada de Cicloturismo entre Vale S.Cosme e Riba de Ave, muito participada, nas conferências e debates sobre temas actuais que estão a suscitar a maior adesão pelo interesse de que se têm revestido. J.V.:Para onde caminha a Didáxis? J.C.: Ao festejar 35 anos, a Didáxis reflecte, debate e caminha, sempre com passo cauteloso, mas firme, de olhos bem postos no futuro que se quer longo e promissor, pondo nas trajectórias que traça um maior sentido de responsabilidade, visando o interesse de todos aqueles a quem serve e pugnando intransigentemente pela manutenção dos postos de trabalho que foi criando ao longo do tempo e hoje já ultrapassam os 550. J.V.:Para onde caminha a Didáxis? J.C.:Conhecendo, como conheço, a Didáxis praticamente desde a sua génese, a mensagem que deixo à comunidade é a de que fico certo de que esta Instituição prosseguirá as linhas de rumo que traçou para servir com seriedade e com qualidade, sempre em diálogo e de forma partilhada.
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II CAMPEONATO DE MATEMÁT Alunos testaram os seus co Tendo em vista a melhoria da aprendizagem da Matemática e da qualidade de ensino, a equipa do Projecto de Matemática Ensino (PMATE) da Universidade de Aveiro e a Didáxis – Escola Cooperativa Vale S. Cosme organizaram, no dia 16 de Junho, o II Campeonato de Matemática Inter-Escolas Didáxis. Este evento foi o culminar, no final do ano lectivo, de todo o trabalho desenvolvido pelos Professores e Alunos da Cooperativa de Ensino Didáxis, no âmbito do Projecto PmatE+. Com a participação de cerca de uma cen-
tena de alunos das Escolas de S. Cosme e Riba de Ave, dos 5.º, 6,º, 7.º,8.º e 10.º anos, durante uma tarde foram colocados em prática os conhecimentos matemáticos adquiridos durante o presente ano lectivo. Ao realizarem uma prova com recurso às tecnologias na Plataforma de Ensino Assistido (PEA), provas com 30 minutos de tempo limite e em 20 níveis, estas procuram estimular nos jovens o gosto pela Matemática e, em simultâneo, desenvolver o seu raciocínio lógico e matemático.
Empenho a 100% por parte dos alunos nas provas
Premiados do 5º ano
Premiados do 6º ano
Canguru Matemático 2010 Alunos da Didáxis destacam-se a nível nacional Os alunos da Escola Cooperativa Vale S. Cosme – Didáxis, Sara de Sá (12.2), João Nuno Gonçalves (12.2) e João Guerra (10.2) foram seleccionados para participar na Escola de Verão de Matemática da Universidade de Coimbra, a decorrer de 18 a 23 de Julho. Esta oferta inclui seguro escolar, material das actividades, deslocações entre actividades e refeições (almoço, lanche e jantar), alojamento e despesas de deslocação para as Residências e pequeno-almoço. Este prémio vem na sequência da classificação obtida, a nível nacional, no Concurso Canguru Matemático 2010. Este, consiste numa única prova com cinco categorias, de acordo com as idades dos alunos: Escolar (5º e 6º anos), Benjamim (7º e 8º Alunos destacam-se a nível nacional no Canguru Matematico 2010
anos), Cadete (9º ano), Júnior (10º e 11º anos) e Estudante (12º ano). A prova consiste num questionário de escolha múltipla de cerca de trinta questões de dificuldade crescente. A organização deste concurso está a cargo do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática. No escalão Estudante, Sara Sá e João Nuno Gonçalves classificaram-se em 5º e 6º lugares respectivamente em 729 alunos participantes de todo o país. Digno de registo foi, também, a classificação obtida por Hugo Dinis (10º lugar, 12.2) e Ana Rita Fernandes (23º lugar, 12.2). No escalão Júnior, João Guerra obteve o 6º lugar nacional em 3395
alunos. Tiago Oliveira (9º lugar, 10.2) e Diogo Pinto (30º lugar, 11.3) obtiveram uma excelente performance. Nas restantes categorias, é de destacar o 19º lugar nacional obtido por Miguel Mendes (6.6), o 75º lugar alcançado por Carlos Marques (6.8) e o 76º lugar de David Peliteiro (6.2) no escalão mais jovem, Escolar, que contou com 35625 alunos participantes o que constituiu um máximo nacional! Mais informações: http://www.mat.uc.pt/canguru/ canguru2010/index.php (Classificação Nacional por escalões) http://www.uc.pt/UV/Saberes/Matematica/ (Programa da Universidade de Verão - Coimbra) Coordenador de Departamento de Matemática: Mário Oliveira.
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TICA INTER-ESCOLAS DA DIDÁXIS onhecimentos matemáticos A vitória nas provas de 5º, 7º, 8º e 10º anos couberam às equipas de alunos da Escola Cooperativa Vale S. Cosme – Didáxis: Sara Oliveira e Adriana Rodrigues (5.5); Barbara Passos (7.1) e Ana Cláudia Marques (7.4); Inês Machado Oliveira e Ana Araújo (8.2); João Guerra e Rui Pedro Gomes (10.2). Na prova de 6º ano triunfaram os alunos da Cooperativa de Ensino Didáxis - Riba de Ave: Yusupov Shahruhkovich e Ricardo Pereira. A cerimónia de encerramento contou com a presença do Sr. Vereador da Educação, Le-
onel Rocha, o qual afirmou que “as Escolas do nosso Concelho podem sempre contar connosco para a promoção deste género de iniciativas que agregam a parte lúdica ao conhecimento”, reforçando, assim, o apoio que a Câmara de Vila Nova de Famalicão dá a estas iniciativas. Coordenador do Departamento de Matemática Mário Oliveira
Premiados do 7º ano
Premiados do 8º ano
Premiados do 10º ano
ALUNOS DA DIDÁXIS SELECCIONADOS PARA O MATCAMPUS 2010 Em Outubro de 2009 participamos no projecto SigMatemática na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Este curso, juntamente com as classificações obtidas ao longo do ano lectivo na disciplina de Matemática A (11º ano), permitiu-nos concorrer ao projecto MatCampus. A selecção avizinhava-se bastante difícil já que só seriam admitidos 15 alunos portugueses e 15 alunos galegos. Foi com orgulho que recebemos a notícia de que tínhamos sido seleccionados para integrar o grupo português! O MatCampus 2010 é uma actividade organizada pelo Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho, o Centro Internacional de Matemática (CIM) e pela Facultade de Matemáticas da Universidade de Santiago de Compostela (USC), com a qual que se quer aproximar a Matemática à juventude portuguesa e galega entre os 16 e 17 anos (alunos de 11º ano em Portugal e de 1º de bacharelato na Galiza). Esta iniciativa, pioneira na Europa, desenvolver-se-á num ambiente único de
intercâmbio cultural. As instituições participantes (UMinho, CIM e USC) são referências na qualidade científica da investigação em Matemática, contando com equipas docentes altamente qualificadas e com experiência prévia em actividades de divulgação da Matemática em contextos diversos, como as Olimpíadas da Matemática, o programa Estalmat (USC) e o Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (UMinho). O MatCampus 2010 desenvolver-se-á em Portugal e na Galiza durante a segunda quinzena do mês de Julho. A duração do acampamento será de duas semanas, a primeira em Braga e a segunda em Santiago de Compostela. Durante este período, os participantes realizarão diversas actividades relacionadas com a Matemática. As sessões distribuir-se-ão pela manhã (4 horas) e tarde (4 horas). Nos turnos da manhã, os alunos realizarão diversas actividades científico-pedagógicas. Os turnos da tarde serão dedicados, para além de actividades científicas, à realização de
visitas a lugares de interesse científico e a actividades de carácter lúdico-cultural. Nestas actividades, recorrer-se-á a magia, origami, concursos, sessões de debate e socialização dos conhecimentos e experiências adquiridas, sessões de pesquisa e análise da matemática no quotidiano, visitas a indústrias, museus, ao Observatório Astronómico Ramón María Aller, ao Centro de Supercomputación de Galicia e o Campus de Azurém da Universidade do Minho, e contar-se-á com a participação de conferencistas de alto gabarito. Gostaríamos de agradecer o empenho dedicado pela Psicóloga Maria José Leal e à nossa Professora de Matemática, Sofia Rios, na elaboração do processo da nossa candidatura para esta ambiciosa iniciativa. Mais informações: http://www.matcampus2010.org/pt/node/19
Os alunos da turma 3 do 11º ano: João Guimarães, João Reis e Bárbara Correia. Alunos seleccionados e a professora Sofia Rios
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A Escola Cooperativa de Vale S. Cosme promove iniciativa
Mostra Pedagógica de Cursos Profissionais
No dia 14 do corrente mês decorreu, na Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, uma Mostra Pedagógica dos Cursos Profissionais que a escola oferece: Técnico de Comércio, Técnico de Vendas, Técnico de Marketing, Técnico de Restauração, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Manutenção In-
dustrial, Técnico de Electrónica, Automação e Computadores e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos. A actividade decorreu em ambiente de grande confraternização e proporcionou aos presentes o contacto com os diferentes cursos e com os seus alunos, que apresentaram, in loco, o resultado de trabalhos de-
senvolvidos. Durante a iniciativa houve, também, espaço para actividades artísticas: música, dança e, até, um desfile de moda – com a colaboração da ROX, empresa que tem estabelecido laços de parceria com a nossa Escola, nomeadamente na realização dos estágios profissionais dos alunos que fre-
quentam estes cursos. O balanço foi bastante positivo, uma vez que a Mostra constituiu uma mais valia para todos os que estão, agora, a terminar o 3º Ciclo e, por conseguinte, deverão fazer as suas opções para o futuro. NM
RALI SOLAR – UM CONTRIBUTO PARA O USO DE TECNOLOGIAS SAUDÁVEIS O Concurso Rali Solar realiza-se a nível nacional e é dirigido às escolas dos Ensinos Básico, Secundário, Profissional, públicas ou privadas. O concurso organiza-se em três modalidades de competição que englobam os diferentes níveis de escolaridade. Os alunos são desafiados a apresentar protótipos na área da energia solar, onde se aplica a conversão fotovoltaica, o aproveitamento térmico ou a produção de biocombustíveis. A construção de protótipos didácticos, recorrendo à utilização de diferentes tecnologias de conversão, permite a realização de experiências simples e não dispendiosas, em que a participação dos alunos constitui um pólo de motivação e interesse pelas energias renováveis. Deste modo, os conceitos mais gerais abordados nessas experiências, que podem ser integrados, por exemplo, nas disciplinas de Físico-Química, Matemática, Ciências da Natureza / Biologia, TIC e Educação Visual e Tecnológica e /ou Área de Projecto, entre outras, poderão ser mais facilmente apreendidos. A participação activa dos alunos na construção e utilização dos modelos didácticos pode contribuir, também, para o aumento do interesse pela actividade experimental e para uma maior facilidade na compreensão dos fenómenos físicos, bem como para a formação de futuros utilizadores dessas tecnologias. O professor Rui Cancelinha
A participação da nossa escola no concurso Rali Solar aconteceu no âmbito da prova final da modalidade “S3-SuperCarro Solar de Competição”, no Museu da Electricidade, em Lisboa, no dia 15 de Maio. A representar a Didáxis de Vale S. Cosme esteve a equipa DidaPro, que conquistou um merecido e dignificante terceiro lugar. Os quatro alunos que integraram esta equipa deixam as suas impressões: Gostei muito de participar nesta prova, pois aprendi melhor o funcionamento dos painéis fotovoltaicos. Hoje em dia, as pessoas utilizam, cada vez mais, painéis fotovoltaicos para a produção e utilização de energia. De facto, com o aproveitamento da energia solar podemos fazer diversas coisas. Rudi Silva 1.TEAC
A participação nesta prova foi muito positiva. Percebi como o uso das energias renováveis é importante e como as escolas estão a aderir a estas iniciativas. Foi muito bom. Pedro Araújo, 1.TEAC
A prova Rali Solar, que consistia na construção de um carro movido a energia solar, permitiu que aprendesse, entre outras coisas, que as energias renováveis estão agora a ser muito aplicadas em várias coisas e são muito úteis. Gostei do resultado que a minha equipa, Didapro, obteve na corrida (3º lugar!). Marco Joel, 1.TEAC
Esta experiência no Museu da Electricidade foi muito gratificante. Proporcionou-me novos conhecimentos e a convivência com outras pessoas. O concurso foi muito apelativo, tendo-se avaliado não só a corrida entre carros mas também outros parâmetros: design, desempenho e apresentação. Assim, o excelentíssimo 3º lugar foi um motivo de grande orgulho, sendo esta a nossa primeira participação nesta prova!... É um grande incentivo! Rui Marinho, 1.TEAC
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Uma Turma às Direitas
Realizou-se, no dia 14 de Maio, pelas 20 horas, na Sala de Eventos da nossa Escola, a actividade “Uma Turma às Direitas”, organizada pela 5.8. Com uma assistência repleta de Pais, familiares dos alunos, Professores da turma, entre outros espectadores, a turma apresentou danças, canções, teatro, e alguns momentos musicais, onde diversos instrumentos foram tocados. Este evento contou, também, com a colabora-
ção da ArtEduca, escola frequentada por alguns elementos da turma. Houve ainda uma participação especial de um grupo de alunos da 6.8 que, a convite da 5.8, declamaram o poema “True Friends”. Este poema deu o mote para o número seguinte: uma homenagem às Madrinhas da Turma – a Joana e a Gabriela da 6.8 – que tão bem, e com tanto empenho, cumpriram o seu papel. A noite terminou com a exibição
de uma apresentação em Powerpoint com as actividades realizadas pela turma ao longo do ano lectivo e com a entrega de uma pequena lembrança desta noite tão especial a todos os presentes. A 5.8 aproveita esta oportunidade para agradecer aos Pais e Professores da turma que colaboraram na organização e realização desta actividade, aos funcionários da Escola que nos ajudaram, à ArtEduca pela sua parti-
cipação, à 6.8 e à sua Directora de Turma pela disponibilidade e colaboração, aos membros da Direcção Pedagógica pela sua presença e ao Coordenador do 2º ciclo pelo seu apoio. Sentimo-nos felizes, porque as pessoas que connosco partilharam a sua opinião gostaram tanto deste evento como nós gostámos de o realizar. Turma 5.8
Momentos musicais pelos alunos da ArtEduca
A Special Friend”: teatro de fantoches da autoria de um aluno
“Happy Farm”: teatro em inglês, dos alunos do English Club
“No woman no cry”, interpretada ao som de flauta de bisel
“Toy Shop”: dança/canção, dos alunos do English Club
“True Friends” poema musicado pela turma 6.8
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Dia da Comunicação Social Pedro Cruz à conversa com os alunos
O dia 7 de Maio, dia da Comunicação Social, foi comemorado na Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis com a presença de Pedro Cruz, jornalista da SIC. Esta palestra, à qual assistiram as turmas 9.3, 9.5 e 12.2, visou explicar o dia a dia de um jornalista conhecido pela sua competência, como é o caso de Pedro Cruz. Desta forma, o convidado foi interpelado pelo assessor de imprensa da Cooperativa Didáxis, Pedro Reis Sá, e pelo vice-director pedagógico da ECVSC, Alcino Faria, sobre as suas reportagens internacionais, nomeadamente experiências no Haiti e no Líbano. A partilha de experiências proporcionada pelo jornalista da SIC permitiu aos alunos terem uma diferente perspectiva sobre
jornalismo, tendo suscitado muito interesse nos presentes. Aliás, esta palestra foi uma autêntica lição de vida pois Pedro Cruz motivou os alunos a lutarem pela profissão que querem e a serem excelentes nela, sendo este o único meio de conseguir a realização profissional. Sempre com boa disposição, comunicação acessível e cuidada e desmistificando a sua profissão, Pedro Cruz tornou-se uma mais valia numa altura em que a comunicação social é alvo de diversas suspeitas. Em suma, os alunos presentes ficaram com uma nova ideia sobre o que significa pertencer ao meio da comunicação social nesta que foi uma “aula”enriquecedora. Aos alunos do Núcleo Multimédia, quando indagado sobre “o que é necessá-
rio para ser jornalista” Pedro Cruz deixou o seguinte testemunho:
“Eu acho que vocês têm de ter paixão pelo que fazem, e acho que a Escola, ao proporcionar encontros como este, com profissionais, põe-vos mais perto do que se faz no dia-a-dia, e isso é bom! Para se ser jornalista, ou para exercerem qualquer outra profissão, seja o que fizerem… façam-no com gosto, com amor e com dedicação, e não porque têm de o fazer… Façam-no com prazer, como se fosse o último dia da vossa vida. Empenhem-se naquilo que estão a fazer e comprometam-se com seriedade. Para já, têm de encarar a vossa aprendizagem com toda a força
para que, nesta etapa, possam já ser excelentes no que fazem, como alunos. Depois, como futuros profissionais, espero que consigam encontrar, dentro de vós, o gosto e a força que eu sinto que me move. Acho que se percebe pela forma como falo do meu trabalho que eu sou apaixonado pelo que faço. Adoro a minha profissão e ainda me pagam por isso!... Creio que o essencial para se ser um bom jornalista é, fundamentalmente, sentir-se realizado no que se faz!” NM
Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – 15 anos a dar provas de cidadania No passado dia 26 de Maio, a Escola Cooperativa de Vale S. Cosme organizou, pelo 15º ano consecutivo, uma campanha de Dádiva de Sangue. Durante toda a manhã, professores, pais, funcionários e alunos estiveram lado a lado com dadores das freguesias limítrofes, com o objectivo de ajudar a manter as reservas de sangue do nosso país. A escolha do final do ano lectivo para levar a efeito esta iniciativa prende-se com dois factores, a proximidade do período de férias de Verão (com o consequente aumento da necessidade de reservas de sangue), e a espera pelo 18º aniversário de alguns alunos do 12º ano que, assim, podem iniciar o seu percurso de dadores benevolentes. Mais uma vez, foram parceiros nesta iniciativa a Associação de Dadores de Vila Nova de Famalicão e o Instituto Português do Sangue. Aos 58 dadores que manifestaram intenção de dádiva, e a todos os que permitiram esta iniciativa, um sincero agradecimento. NM
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FESTIVAL DA CANÇÃO
Saudações musicais! Yeah! moso tema Hallelujah, interpretado pela Carina que fez arrepiar os presentes no recinto, seguiu-se o tema Hurt, eternizado por Johnny Cash e interpretado pelo João Freitas, acompanhado por uma acústica, grande homenagem. Seguidamente o tema Zombie pela Rita Guimarães, que se soube manter bastante fiel a Dolores O'Riordan e
Hoje decidi escrever-vos como músico, não importa se amador, de café, de rua, de sala de ensaios ou de conservatório, mas como músico, dedicado à paixão que une muitos como eu, muitos que estiveram juntos, bem firmes na preparação e execução do Festival da Canção: a música! Tudo começou a ser falado em Setembro, apesar do Festival da canção contar já com uns valentes anos, no entanto, pensou-se “e se o festival este ano tivesse uma ou várias bandas a acompanhar os intérpretes? Assim era tudo muito mais real…” A ideia caiu bem, vamos em frente? E siga o rock…Começou com as audições dos concorrentes, a escolha das músicas. Em finais de Outubro, era tempo de ensaiar. As carências de material, nomeadamente de instrumentos não foi uma entrave, pois, com todo o gosto, os alunos intervenientes e eu decidimos começar a trazer o nosso próprio material, a música fortificava, cada mais, o projecto.
Partindo de Departamento de Línguas Estrangeiras, o projecto foi contando com a importante colaboração da professora Otília, da professora Paula e da professora Carla, do Departamento de Expressões Artísticas. Depois de meses a batalhar, eis que chega o dia. Nervosismo? Hum, não era algo que me perturbasse. Estava mais preocupado com facto de ter que montar tudo e ter material suficiente para que o festival tivesse som ao nível do esforço de todos os intervenientes. Todos trouxeram, das suas casas, aquilo que puderam. Logo pela manhã do dia 21 de Maio, montaram o palco. Os professores do Departamento de Línguas Estrangeiras decoravam o local, cortinas negras e posters de inúmeras bandas, juntamente com os grafitties, feitos pela 9.2, davam um toque underground ao recinto que ganhou novo cara. Foi uma longa tarde a montar tudo, a fazer o demorado e moroso soundcheck, vários momentos de desespero quando um canal do multicore falhava e não havia onde ligar um micro ou um instrumento, ou ainda quando algum cabo falhava e não havia maneira de arranjar outro, no entan-
to, tudo teve um final feliz. De muito me valeu a preciosa ajuda do Sr. Carlos e do aluno Rudi Silva. Às 21h o recinto estava cheio, alunos de todos os anos, acompanhados pelos encarregados de educação, familiares e amigos, ocupavam todos os lugares e ansiosamente esperavam o início do festival. Os apresentadores brindam-nos com uma apresentação feita em inglês, francês e espanhol. Apagam-se as luzes e soam os ritmos. “Tocas Tu, Toco Eu” de Riba D’Ave fizeram o recinto vibrar ao som os seus ritmos. Seguiu-se uma coreografia do tema “Fame”, interpretado por um grupo de alunas preparadas pela professora Marta Moinhos. O festival começou com a interpretação do tema Big Girls Don’t Cry pela Cristiana, seguiu-se a música Crazier pela Joana Maia, num bonito acústico, I Believe I Can Fly foi um belo dueto pelas gémeas Catarina e Patrícia Sá Duarte, Who Knew inter-
pretada pela Vânia Silva e, para finalizar o primeiro set, Johnny Pereira com o tema Fotagrafia de Juanes. O intervalo foi animado por mais uma espectacular actuação das alunas da professora Marta Moinhos. O segundo set foi iniciado com o fa-
mostrar um estilo ao nível do old school rock’n’roll. Por fim, tivemos as três actuações, que, segundo o meu ponto de vista, como músico, que já pisou alguns palcos, revelaram mais presença, não só dos intérpretes, como também dos músicos: o tema My Hero, interpretado por João Brandão, foi um digno tributo aos Foo Fighters, Better Man, interpretado pela Ana Martins mostrou que afinal uma rapariga pode fazer uma interpretação digna de Pearl Jam, não esquecendo a camisa de flanela e, por último, o tema We Will Rock You, interpretado pelo Daniel Pimenta e Francisco Carvalho e sabem que mais, estes miúdos
partiram tudo! O Júri, composto por membros da Direcção Pedagógica, alunos, professores convidados e pelo cantor e ex jogador de futebol, Neno, ouviu, votou e decidiu. O terceiro prémio foi atribuído à interpretação do tema Hallelujah, o segundo prémio, uma viola clássica, foi atribuído ao tema
We Will Rock You e, finalmente, o primeiro prémio, uma viagem a Bruxelas, foi para a intérprete do tema Zombie. Houve ainda um prémio revelação atribuída às gémeas Catarina e Patrícia. É de salientar ainda que a público foi brindado com a actuação de duas alunas de Riba d’Ave e ainda com a participação de Neno que deleitou o público com alguns temas interpretados por si, com a participação de alguns alunos da nossa escola. E mais, alguns professores da escola tocaram, decidiram subir ao palco e interpretar o tema “With os Without you” dos U2: nas vozes as professoras Lurdes Alves, Raquel Vasques e Paula Pereira, nas teclas, a professora Carla Neves, na viola e voz, o professor Cristiano e no baixo, estive eu! Contas feitas, o balanço é positivo e acredito que ninguém tenha ido para casa insatisfeito! E, depois de o público ter abandonado o recinto, foi hora de arrumar tudo, mas num ambiente mais relaxado e descontraído! Um especial agradecimento a todos os intervenientes, desde professores, alunos e funcionários, que incansavelmente colaboram e fizeram que o projecto fosse possível. Um grande obrigado também aos ArtLeak e aos Scream of the Soul pelo material que disponibilizaram à organização do evento! Um agradecimento ainda à professora Sílvia Ferreira. Siga o rock e até p’ro ano! Oh Yeah! Prof. António Soares
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VISITAS DE ESTUDO MICROSOFT No dia 26 de Maio as turmas dos Cursos Profissionais de Nível III da Área de Informática (Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos), alunos de 12º Ano da disciplina de Aplicações Informáticas B do Curso de Ciências e Tecnologias e 3 alunos dos Cursos EFA, deslocaram-se ao Tagus Park em Lisboa para visitar a Microsoft. Os alunos foram acompanhados pelos professores Ana Fili-
AROUCA
O 10º ano de Ciências e Tecnologias viajou até Arouca para, no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, realizar uma visita de Estudo ao Geoparque de Arouca. O principal objectivo desta viagem, que decorreu a 18 de Junho, era tomar contacto com aquilo que havíamos aprendido ao longo do ano nesta disciplina. Chegados ao Geoparque, e após a visualização de um filme acerca do conteúdo do mesmo, realizámos uma breve visita a um museu repleto de fósseis de trilobites. O local é especialmente conhecido pelas trilobites gigantes (até 70 cm) de idade ordovícica, muitas das quais já transitaram para os melhores museus da Europa. Depois desta visita, partimos para um percurso pedestre de cerca de 4 km. Nes-
pa Braga, Bárbara Branco e Rui Sá. Esta visita de estudo, integrada nas actividades do Departamento de Informática e Electrónica, só foi possível graças ao empenho dos alunos na criação de um blog obrigatório para a participação nesta visita. Os alunos ficaram a conhecer a história, valores e organização da empresa e também as novas ferramentas de produtividade Microsoft, nomeadamente o Windows 7, Office 2010 e as novas web applications que vêm fomentar ainda mais a colaboração entre utilizadores. Foram apresenta-
ta caminhada, foram-nos dadas a conhecer diversas curiosidades acerca daquela terra. Visitámos uma “fábrica” onde a ardósia é trabalhada manualmente e pudemos admirar as paisagens daquele local que nos leva o olhar para três serras: a Serra da Freita, a Serra da Arada e a Serra do Arestal. Um dos motivos de maior interesse foi, sem dúvida, os fósseis de trilobites (artrópodes marinhos que viveram exclusivamente nos mares do Paleozóico (542251 Ma) em ambientes pouco profundos), que imergiam por entre a paisagem e que passavam, por vezes, até despercebidos, não fossem as chamadas de atenção da nossa guia. Depois de um almoço cheio de animação, regressámos a casa, mas não sem antes visitar um dos fenómenos de maior importância turística e geológica da re-
das ferramentas de desenvolvimento de Jogos em XNA e as apostas na investigação e desenvolvimento que a Microsoft faz, nomeadamente nos sistemas de reconhecimento de voz. No final foram ainda apresentadas várias iniciativas Microsoft dirigidas a alunos e professores. Houve ainda oportunidade para o sorteio de alguns prémios, e para uma visita às instalações. O balanço foi muito positivo por parte de todos os que participaram e organizaram esta iniciativa.
“Visionarium de Física-Química”
Professora Bárbara Branco
gião: as pedras parideiras. Trata-se de um pequeno afloramento de granito na aldeia da Castanheira com abundantes nódulos discóides e biconvexos de biotite, que se libertam da rocha-mãe por termoclastia, acumulando-se no solo. Os nódulos têm a mesma composição mineralógica do granito, pois, embora constituídos exteriormente apenas por biotite, possuem um núcleo de quartzo e feldspato potássico. O granito da Castanheira é considerado uma "anomalia" do granito da Serra da Freita. Todos ficaram deslumbrados com este fenómeno único em Portugal e raro no mundo. Chegados à escola, todos sentiram que os conhecimentos adquiridos nesta disciplina podem, na realidade, ser aplicados a fenómenos que existem no nosso próprio país.
Anabela Rodrigues, 10.2
No âmbito da disciplina de Físico-Química, o Departamento de Ciências Físico Naturais organizou uma visita de estudo para os alunos do 8º ano de escolaridade ao Visionarium e ao Castelo de Santa Maria da Feira, no dia 1 de Abril de 2010. No Visionarium, inicialmente, passámos pelo auditório onde visionámos um filme acerca dos descobrimentos. De seguida, seguimos para a Odisseia da Terra, descobrindo conceitos e noções relacionados com a exploração do nosso planeta. Na Odisseia da Matéria tivemos a oportunidade de estar em contacto com montagens acerca da Tabela Periódica, propriedades da matéria, da luz e do electromagnetismo. Na Odisseia seguinte, a do Universo, fomos acolhidos por uma personagem virtual, Edwin Hubble, que nos convidou a entrar no mundo de descoberta acerca da expansão do universo e da sua classificação. Na Odisseia da Vida fomos acolhidos pela personagem virtual, Gregor Mendel, pai das leis de hereditariedade e da genética. Nesta odisseia, propuseram-nos um desafio, que foi descobrir qual dos 5 sentidos do nosso corpo faltava na sala... Era o paladar e, como recompensa, recebemos uma enciclopédia para a nossa escola. Na última Odisseia, a da Informação, lidámos com o código binário e com a formação dos nossos "amigos" computadores. Depois desta visita ao centro de Ciência do Europarque, tivemos um momento de relaxamento no parque de Santa Maria da Feira, onde pudemos comer e conviver entre turmas. De seguida, visitámos o castelo de Santa Maria da Feira, tendo a liberdade "explorarmos" o Castelo, após o visionamento de um pequeno filme... No final da visita, e deste dia espectacular, repleto de novas experiências, regressámos à nossa escola. Daniela Azevedo / Typhanie Macedo 8.4
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Departamento de Educação Física e Desporto Escolar
Visita de Estudo “Estoril Open – 2010” Pelo quinto ano consecutivo, o Departamento de Educação Física e Desporto Escolar organizou a visita ao prestigiado Torneio de Ténis “Estoril Open 2010” para os alunos do 10º ano de escolaridade. Desta forma, uma comitiva com 102 alunos partiu da nossa escola às 8h do dia 7 Maio em direcção à zona desportiva do Jamor, no Estoril, onde tiveram a oportunidade de observar alguns dos melhores tenistas da actualidade Nacional e Internacional, nomeadamente Frederico Gil e Roger Federer,
em conjunto com algumas das figuras públicas nacionais que todos os anos marcam presença neste fantástico evento Desportivo. No final, tendo chegado à Escola Cooperativa Vale S. Cosme perto das 23h, os alunos estavam bastantes satisfeitos com a oportunidade que lhes foi proporcionada, acabando por compreender melhor a dimensão, organização e estrutura de um torneio desta importância. NM
Externato Delfim Ferreira e Escola Cooperativa de Vale S. Cosme no Parlamento Europeu No seguimento da 1ª Sessão PEJ Inter-Escolas, realizada em Janeiro de 2010 pela Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, cujo prémio seria uma visita ao Parlamento Europeu em Bruxelas, a escola vencedora, o Externato Delfim Ferreira, visitou essa instituição nos passados dias 7, 8 e 9 de Junho. Nesta visita de estudo, gentilmente oferecida pelo Eurodeputado Nuno Melo, participaram também, os alunos organizadores desta 1ª Sessão, os “chairs” e alguns “organizers” que, durante estes três dias tiveram a oportunidade de conviver e conhecer novos locais e culturas, acompanhados por um guia que mostrou o que de bonito e interessante tem a Bélgica. O Sr. Eurodeputado fez as “honras da casa”, acompanhando pessoalmente os alunos na visita ao edifício do Parlamento Europeu, respondendo às suas
questões e dúvidas, incentivando-os a tomarem consciência da importância da participação dos jovens nas questões do país e do Mundo, reconhecendo, de antemão, pelo motivo da sua visita, o seu interesse, e congratulandoos por essa postura. Enalteceu, ainda, a pertinência de projectos como este, realizado pela Escola Cooperativa de Vale S. Cosme, colocando-se à disposição para ajudar e premiar os alunos que participassem nesta e noutras actividades semelhantes. Foi neste clima acolhedor e de esperança num futuro melhor que a visita chegou ao fim. Bastante satisfeitos, os alunos despediram-se do Sr. Eurodeputado, com a certeza de que o seu trabalho tinha sido premiado e, quem sabe, numa outra oportunidade não estariam ali como Eurodeputados?! NM
Palestra de Sucesso com a ROX
No passado dia 27 de Maio, os Cursos Profissionais de Comércio, Vendas e Marketing organizaram mais uma Palestra Empresas de Sucesso. Desta feita, a empresa convidada foi a empresa ROX. Esta actividade foi dividida em duas partes: um desfile de moda e uma palestra. Da primeira parte, constou um desfile de moda com os alunos dos Cursos Profissionais de Comércio, Vendas e Marketing e roupa gentilmente cedida pela ROX. O desfile teve
“Mundos de Vida” No dia 24 do mês de Maio, alguns alunos da disciplina de Religião Moral das turmas 6.1 e 6.2 tiveram a oportunidade de visitar a Instituição “Mundos de Vida” e nós
Castro da Bóca: Um dia diferente! Foi no passado dia 1 de Junho que algumas turmas da Didáxis foram ao Castro da Bóca e testemunharam vestígios com 2.300 anos! Cada turma dividiu-se em dois grupos. Primeiro, fomos ver uma aldeia onde antigamente residiam os povos Ceiltiberos. Depois, fizemos uma caminhada pelo respectivo trilho. Um dos grupos da nossa turma acabou por se perder, tendo seguido por um silvado (onde se arranharam um pouco…). Outro grupo foi por um caminho de pedra, tendo passado por um antigo moinho, uma casa agrícola, por um riacho com
alguma lama, por grutas dos povos que antigamente ali viviam e por montes, onde estavam cães que não paravam de ladrar. Quer para quem se perdeu, quer para quem seguiu o trilho, esta foi, certamente, uma aventura muito especial! No fim da caminhada, realizada como forma de comemorar o primeiro aniversário da criação da Rede Social do nosso Concelho, houve sessões fotográficas, em que todos colaboraram alegremente, seguindo-se a hora do lanche, oferecido pela Comissão Social Inter-Freguesias do Vale do Pelhe. Foi uma visita interessantíssima!
Inês Sousa, Ricardo Chaves e Nuno Maia 5.8
a colaboração da Dra. Ilda e Dra. Barbara da ROX. A segunda parte foi a palestra, na sala de eventos. Esta palestra foi apresentada pelo Dr. Bruno Coelho, responsável de Marketing da ROX e pela Dra. Sandra Marques, Coordenadora da Gestão de Lojas da ROX. Na palestra foram abordados diversos assuntos, nomeadamente, algumas Técnicas de Marketing, a Postura e Comportamento Comercial e Técnicas de vendas,
essenciais para os nossos alunos e para o seu futuro. Esta palestra teve, também, uma participação especial do Dr. Pedro Reis Sá, que fez a introdução da palestra em voz off As responsáveis desta organização agradecem, desde já, a participação de todos e um muito obrigada à empresa ROX.
fizemos parte desse grupo! Nessa instituição vivem crianças, adolescentes e também idosos. Foi com estes últimos que estivemos, tendo oportunidade de conversar, ouvir as suas histórias e fazer amizades. Conhecemos, também,
as instalações e percebemos que está muito bem organizada e as pessoas gostam muito de lá estar. É bom conviver com outros mundos e outras vidas!
Kelly Das vezes que pensamos em te ajudar, Das vezes que sorrimos por sorrires Agir por acreditar, esticar a mão e ajudar, acabar com a nuvem no teu olhar, fazer a felicidade voltar. Por isso, com este pequeno gesto, queremos-te mostrar, que estamos aqui para te ajudar. Entre sorrisos unidos, podemos viajar até a felicidade alcançar. -A turma 7.1 dá-te com todo o coração esta lembrança para comprares algo de te faça feliz, algo que realmente queiras. Estamos e estaremos sempre contigo, conta connosco! Com todo o carinho 7.1
Cursos Profissionais de Comércio, Vendas e Marketing
David Peliteiro e Sara Silva 6.2
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Jornal O Vale
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Viagem pelas palavras Dino Buzzati, O Deserto dos Tártaros
Prof. Patrícia Fernandes
Chegados ao fim de mais um ano lectivo, despedimo-nos com dificuldade das turmas que, terminando o secundário, nos acompanharam durante três anos. Se no início pareciam três longos anos, cheios de obstáculos e dificuldades, a verdade é que o tempo passou a correr, escapando-nos por entre os dedos com momentos de riso e tolice, mas sobretudo de reflexão, filosófica e existencial. Num momento como este, em que as emoções estão claramente à flor da pele, entre a tristeza da partida da escola e a alegria da chegada a um objectivo comum, os olhos embaciam facilmente e algumas lágrimas mais rebeldes escapam à nossa ordem. Fica mais evidente a nossa condição humana, marcada por uma temporalidade a que não podemos escapar. Quando somos crianças, o tempo parece passar devagar, as férias são longas, as aulas compridas, o ponteiro marca passo lentamente. Mas mal assumimos a consciência da nossa existência, o tempo inicia a sua corrida e tudo o que parece longínquo surge rapidamente, levando-nos na corrente inquieta da vida.
Para todos os finalistas na pessoa das minhas filhas Mais um ano escolar finda. Para vós, o último ano na escola que vos acolheu com tanto carinho. Olho para trás e penso, foi há tão pouco tempo que partilhei convosco as primeiras expectativas e vivências numa escola grande, as ansiedades que antecediam às provas de conhecimentos...E este ano sois finalistas, as minhas meninas vão para a universidade! Assola-me um misto de emoções: alegria, medo, expectativa mas acima de tudo orgulho, por tudo aquilo que sois, as filhas maravilhosas que qualquer pai sonha ter. Sei que tanto eu como o papá fizemos tudo aquilo que sabíamos para vos ajudar a crescer. Hoje sentimos grande alegria pelos seres lindos que ajudámos a
criar. No entanto, não posso deixar de lembrar que tudo isto não seria possível sem a preciosa ajuda da escola que durante anos contribuiu para o vosso sucesso. Como pais não podemos ficar indiferentes ao carinho, dedicação e conhecimentos que ela vos transmitiu. Daí o nosso obrigado a toda a comunidade escolar, o nosso bem haja pela forma como vos dedicastes às nossas meninas e a todos aqueles que tal como elas foram merecedores do vosso empenho, que o vosso trabalho continue a frutificar pelos anos vindouros. Lucília Sampaio, mãe das alunas Isa e Íris do 12º Ano
Neste momento de turbilhão de sentimentos e ideias, li um livro perigoso. Sim, porque há livros perigosos. Aqueles que quando acabamos de ler nos tornaram outra pessoa. Podemos olhar para o livro nas nossas mãos, olhar o nosso corpo sentado no sofá, olhar em redor do quarto, e tudo permanece igual, mas cá dentro simplesmente já não somos os mesmos. São livros perigosos porque nos fazem perceber que não passamos de um corpo sentado num sofá dentro de um quarto, enquanto um relógio faz tic tac e o tempo corre sem parar. São livros perigosos porque ficamos sem saber o que fazer com aquilo que sentimos. É fácil sermos devorados pela confusão dos dias. Temos sempre tanto que fazer que nos esquecemos de que estamos a viver uma vida, que é única, e quando damos por ela já passou mais um ano lectivo, mais um aniversário, mais um sonho (in)concretizado. Há livros que são perigosos porque nos fazem recordar aquilo que verdadeiramente somos. O Deserto dos Tártaros é um livro assim. Escrito por Dino Buzzati, autor incontornável da literatura italiana contemporânea, é considerado uma obra-prima do século XX, de leitura obrigatória. Conta a história de Giovanni Dro-
Mães de Portugal Ó Mães de Portugal comovedoras, Com Meninos Jesus de encontro ao peito, Iguais na devoção e amor perfeito Aos painéis onde estão Nossas Senhoras! Ó Virgem Mãe, qual se tu própria foras, Surgem de cada lado, quase a eito, As Mães e os Filhos em abraço estreito, Dolorosas, felizes, povoadoras… São presépios as casas onde moram: E o riso casto, as lágrimas que choram, O anseio que se lhes enche o coração, Gesto, candura, olhar – tudo é divino, Tudo ensinado pelo Deus Menino, Tudo é da Mãe Celeste inspiração! Alberto de Oliveira, in “Poemas de Itália e Outros
go, jovem militar que inicia a sua carreira numa fortaleza de fronteira, cuja esperança de glória se mantém no deserto que se estende até ao horizonte. Buzzati, numa narrativa interior na terceira pessoa, expõe simultaneamente uma visão absurda do real e uma visão real do absurdo. Expõe a fragilidade da condição humana, sujeita à fuga do tempo, que nos escapa mesmo quando pensamos que ainda temos tanto para viver. O peso da solidão, da angústia dos sonhos perdidos, do sentido da vida, do tic tac do relógio. Entre a confusão dos dias, a sensação de que caminhamos para chegar a algum lado é pura ilusão. Há livros que nos fazem recordar aquilo que verdadeiramente somos. O Deserto dos Tártaros é um livro assim. Dino Buzzati, O Deserto dos Tártaros, Cavalo de Ferro, 2005 (254 pp.)
Dedicado à turma 3.TCOM pelos momentos felizes que passámos ao longo destes três anos (o passado é dessa memória, mas o futuro é vosso! Façam-no!).
Poème de Michel Maman Maman Tous les jours, tous les ans C’est la fête des mamans. Toi qui est généreuse Toi qui est si joyeuse, Maman ! Tu étais toujours là Dans les hauts, dans les bas ! Tu as séché mes pleures En tout temps, à toute heure, Enfant. Oh combien de Mercis Ai-je, pour toi ici ; Je revois ton visage Perdu de mon rivage….. Maman. Enfant chagrin Maman câlin
Poemas”.
O meu amigo…
Enfant colère Maman tonnerre Enfant caprice Maman jaunisse Enfant sourire Maman plaisir Enfant bleu ciel Maman soleil Enfant tout doux Maman bisous Enfant p'tit cœur Maman bonheur Enfant amour Maman toujours
Nathalie Ferreira Encarregada de Educação da turma 8.4 Representante de pais
nhos e cabelos pretos. Gostava de jogar computador, correr atrás da O meu amigo já partiu… bola e de andar de biciO meu amigo gostava cleta, mas não podia… de usar calças de gan- Tinha leucemia. ga e camisola de manga Esse meu amigo chacurta. Tinha um sorriso ma-se Pedro Miguel, um malandro, olhos casta- bom amigo que já par-
tiu. Agora, tenho de olhar para a frente. A vida tem de seguir. Mesmo sem ele… Rui Maia Turma 5.4
(Este texto é uma homenagem, de um amigo, ao Pedro Miguel, aluno da 5.4, que faleceu no passado dia 19 de Março.)
Estágios em Hotéis 5 estrelas Didaxis representada ao mais alto nível na Hotelaria Nacional Os alunos finalistas do 3º ano de Técnicos de Restauração variante de cozinha/ pastelaria e mesa/bar da Cooperativa de Ensino Didáxis de Vale S. Cosme iniciaram, na passada quinta-feira, estágios em diversas unidades hoteleiras do país. Até dia 9 de Julho, entre a ilha da Madeira e o Algarve, este alunos vão ter uma
nova perspectiva da realidade ao nível de trabalho e da dimensão da restauração e hotelaria do nosso país podendo aplicar todos os conhecimentos adquiridos ao longo destes 3 anos. Este é o culminar de 3 anos de trabalho enquadrados em unidades de grandes cadeiras de restauração enriquecendo os seus currículos e colocando-os
como funcionários qualificados. Assim os hotéis Madeira Regency, CS Madeira e Tivoli Madeira na ilha da Madeira e CS S. Rafael, Hotéis Real S. Eulália, Vila Galé Marina, Le Meridien e Penina Golf&Spa no Algarve recebem os 20 técnicos de Restauração. O facto destas unidades hoteleiras de
renome receberem os alunos da Didáxis é a confirmação da qualidade do trabalho desenvolvido ao longo dos anos por todos os responsáveis do curso e da Cooperativa de Ensino.
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Ano Lectivo 2009/2010
momentos...
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