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PERIÓDICO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA ANO I - Nº 06

www.esteticacomciencia.com.br

parabéns

pra voces! Estética Com Ciência 1 ISSN 2448-4598


PERIÓDICO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA ANO I - Nº 06 2016

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TRABALHOS ACADÊMICOS - RADIOFREQUENCIA E LUZ PULSADA NO COMBATE A FLACIDEZ - TRANSMISSÃO DE DOENÇAS PATOLOGICAS NA MICROPIGMENTAÇÃO - ENVELHECIMENTO CUTÂNEO - NANOTECNOLOGIA - TRATANDO A FLACIDEZ COM O USO DA AROMATERAPIA - PELLING COM ÁCIDOS

MÉTODO LEDUC SAC (55 11) 4196-1500 ou 0800 880 1500 demais localidades - www.linhacosmobeauty.com.br

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Estética Com Ciência 1 ISSN 2448-4598


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Edição 06 Ano I

EXPEDIENTE Editora Viviane Tannus viviane@editoratann.com.br Diretor Executivo Pedro Tannus e-mail: pedrotannus@editoratann.com.br Diretor Comercial Eduardo Abrahão eduardotannus@editoratann.com.br Diretor Administrativo Fabio Tannus fabiotannus@editoratann.com.br Editoração e direção de arte Cordel Publicidade cordelx7@live.com Assistente da Editora Kelly Villaris Jornalista Responsável David Russo Santana MTB - 0079770 Consultoria em Estética Especializada Dra. Angela Lange Profº Rodrigo Tavares COLABORADORES DESTA EDIÇÃO Amanda Sumie Huertas Tatena Anielle de Vargas Bruna Cicero Bitencourt Bruna Oliveira Camile Batalha Tonon Carolina Santos Moraes Dr. Gabriel Machado Dr. Luiz Carlos Antunes Dra. Angela Lange Dra. Fernanda Feijoeiro Dra. Fernanda Sanches Eliana Giaretta Elimara Tessaro Estephany Silva Cicero Bitencourt Janaina Scuvero Jeane Kely Nascimento Gonçalves Jessica Carbonelli João Antão Fernandes Junior Juliana Pires de Amaral Lucy Stross Silva Mariane Gabriely Soder Marta Cristina Sartorato Marta Regina Figueiredo Priscila Costa Souza Prof. Felipe Abrahão Prof.a Isabel Luiza Piatti Raquel Morelin Sâmia Maluf Silvana Oliveira Silvia Nomellini Suzana Bender Tamires Lemos de Lisboa Fernandes Thaina Gisele Bernardino Valeria Oliveira Fontes Vivian Maria Souza de Carvalho

PROFESSIONAL GROUP EDITORES Assinaturas/Contato Telefone +55 (11) 2691.2548

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2016

DESTAQUES: Método LEDUC

NOVIDADE: Caderno Científico

ÍNDICE MUNDO ESTÉTICA - 14 NANOTECNOLOGIA – 17 A ESTÉTICA E CIÊNCIA – 19 TRATANDO A FLACIDEZ COM O USO DA AROMATERAPIA – 20 REJUVENESCIMENTO E DESSENSIBILIZAÇÃO CUTÂNEA – 21 MÉTODO LEDUC – 25 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO – 27 TRANSMISSÃO DE DOENÇAS PATOLÓGICAS NA MICROPIGMENTAÇÃO – 28 PELLING COM ÁCIDO – 32 REJUVENESSE – 38 APLICAÇÃO TÓPICO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO NO TRATAMENTO DE MELASMA – 44 EFICÁCIA DO PELLING ÁCIDO GLICÓLICO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL – 48 CARBOXITERAPIA, CAFEISELANE C, E TERAPIA COMBINADA NA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL – 52 DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COM O BENEFICIO NO PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA – 57 NANOTECNOLOGIA APLICADA AO USO DOS COSMÉTICOS – 63 INFUSÃO CONTROLADA DE CO² MEDICINAL NO PROCESSO DE

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Publicação Profissional Dirigida 100% Brasileira

CICATRIZAÇÃO – 72 ESTUDO DE CASA DOS EFEITOS DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA ALOPECIA ANDROGENETICA – 80 EFICÁCIA DA MASSAGEM PARA REDUÇÃO DE FIBRO EDEMA GELÓIDE – 83 ANALISE DOS EFEITOS DO LED ASSOCIADO OU NÃO A DERMOCOSMÉTICOS FOTOPERMEÁVEL PARA

Atenção Assinantes: Se o seu endereço mudou, notifique rapidamente por e-mail ou telefone. Informamos que a reposição de exemplares anteriores só será realizada mediante reclamação de no máximo 30 (trinta) dias após o envio do exemplar. Obrigado pela compreensão.

O TRATAMENTO DA ACNE VULGAR GRAU II – 86

O conteúdo editorial da revista não contribui aconselhamento médico nem estabelece diagnóstico. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, bem como a informação vinculada em forma de publicidade que é de inteira responsabilidade dos respectivos anunciantes. É proibido a reprodução total e parcial dos artigos e ilustrações.

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A Estética com Ciência é uma publicação direcionada aos profissionais que cuidam da Saúde, Beleza e Bem Estar com segurança e responsabilidade. Conteúdo científico para estudo, reciclagem e pesquisa.

Os nomes que constam em nosso expediente não possuem obrigações de horário ou continuidade, sendo assim sem vinculo empregatício com este periódico de acordo com a Lei de Imprensa nº 5250/67.

O conteúdo editorial deste periódico não contribui aconselhamento medico nem estabelece diagnósticos. Os artigos assinados são de total responsabilidade dos seus autores, como também as informações vinculadas em forma de publicidade. É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos ou ilustrações. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 122 e 130 da Lei 5.988 de 14/12/83.

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EDITORIAL Viviane Tannus EDITORA

PARABÉNS ESTÉTICA COM CIÊNCIA! Há momentos em nossas vidas que nos sentimos pequenos, fracos, inseguros e incapazes de reagir e vencer algumas dificuldades que vivemos. Já aconteceu isso com você? Mas quando paramos um pouco e olhamos para “dentro de nós”, percebemos quantos obstáculos, quantas barreiras, quantos nãos, quantos momentos difíceis já vencemos. Percebemos a força, a capacidade, o poder que existe dentro de nós. Então, percebemos que escondido atrás deste gigante chamado medo, chamado dúvidas e incapacidade que acreditamos ter, esta a nossa capacidade de vencer. Quando fazemos esse momento de reflexão da nossa capacidade, das nossas conquistas, dos momentos difíceis que já vivemos e vencemos, fica muito mais fácil enfrentar o momento atual, pois percebemos que é apenas mais um que será vencido. Percebemos que os gigantes somos nós que já vencemos tantos outros problemas e não vai ser o problema atual que vai nos derrotar.

veja o que você fez para vencer, de quem você recebeu ajuda e como se sentiu após a vitória. Você vai perceber que será capaz de vencer mais esse obstáculo. Não perca tempo pensando no problema, quanto mais você gasta seu tempo pensando no problema, maior ele fica. Pense na solução, gaste seu tempo com a solução, imagine o prazer, a alegria que você vai sentir e o orgulho que vai causar nas pessoas que te amam ao ver você vitorioso. Lembre-se: Você pode vencer mais essa! Quando conquistar a vitória. Convide as pessoas que você ama para comemorar mais essa conquista. Lembrese: VOCÊ PODE Quero compartilhar com todos aqueles que acreditaram e ajudaram a Revista Estética com Ciência neste 1º ano.

É com muita alegria que lançamos esta edição 06, que está com um novo formato. Nas primeiras páginas contamos com as colunas e matérias dos mais renomados profissionais do nosso segmento e nas Portanto: quando se sentir incapaz, se ultimas páginas agora trazemos apenas sentir inferiorizado, pare por um instante artigos científicos para todosvoces! e faça um momento de reflexão. Coloque Um grande beijo a todos e uma excelente em uma folha de papel o maior numero leitura! de situações difíceis que você já venceu,

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CRIE PÁGINAS NAS REDES SOCIAIS

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FAÇA ENVIO DE E-MAIL MARKETING

Em tempos de crise, é comum escutarmos empreendedores dizendo que o movimento está fraco, que diminuíram as vendas e que não podem divulgar o seu negócio, pois precisam economizar. Se pararmos para pensar, o nosso país sempre esteve com algum tipo de crise, ou com algum tipo de problema em algum setor. E ao analisarmos o mercado, as empresas que prosperam, são as empresas que não desistem e que estão sempre inovando, conhecendo e respeitando o seu consumidor. É indispensável sua empresa estar na internet, mesmo se for um negócio local. Além dos itens principais, como estar nas redes sociais e ter um site, existem diversas ferramentas e estratégias básicas para posicionar o negócio a frente dos concorrentes e torna-lo um sucesso, ou seja, não basta a empresa estar na internet, é necessário inovar, criar e publicar conteúdo informativo de qualidade e interagir com o público alvo consumidor. Vou descrever dicas básicas, porém fundamentais para você fazer seu negócio prosperar na internet! Antes de criar ou utilizar algum dos tópicos apresentados, faça um planejamento, trace seu orçamento, analise o seu público alvo, veja qual seu objetivo e verifique quais são as melhores opções para o seu tipo de negócio. Quando analisamos o público alvo, analisamos a classe econômica, faixa etária, sexo e outros pontos sobre os clientes que frequentam o estabelecimento e a partir disso criamos uma campanha condizente, eficiente e que traga ótimos resultados.

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TENHA UM SITE PROFISSIONAL

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CRIE UMA LOJA NO SEU SITE

Se você vende produtos, como cosméticos por exemplo, uma página de vendas é perfeita para aumentar o faturamento da empresa, mas não precisa necessariamente vender apenas produtos, você pode também disponibilizar serviços, como massagens terapêuticas, day spas, banhos de lua, serviços de sobrancelhas, penteados, hidratações, depilações, maquiagens, serviços de manicure e pedicure e etc, serviços que não precisem necessariamente de uma pré avaliação. Deixe claro todas informações sobre os serviços, as regras de agendamento, cancelamento e se durante a avaliação constatar contraindicações a compra será estornada e o atendimento não realizado.

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CRIE E ATUALIZE UM BLOG

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UTILIZE O YOUTUBE

Ter a sua empresa no Youtube é de extrema importância e pode trazer diversas oportunidades de negócio. Existem opções adequadas a diferentes realidades e táticas, você pode criar um canal e postar vídeos sobre o seu espaço, sobre seus serviços, com dicas de saúde e beleza, mostrar procedimentos e etc. Pode também criar vídeos sobre os produtos que vende, mostrar para que servem, sua opinião e indicar sua loja para a compra. Você ainda pode anunciar no Youtube, o investimento é de acordo com o seu orçamento, existem diversas ferramentas e filtros para você alcançar seu público e completar sua estratégia de marketing.

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ANUNCIE NO GOOGLE E NO BING

Alcance mais clientes, invista em links patrocinados do Google Adwords e Bing Ads e tenha ótimos retornos para o seu negócio. Você pode exibir seus anúncios nesses grandes sites de busca, definindo um orçamento prévio por palavra-chave ou por dia e pagando apenas quando as pessoas clicarem em seus anúncios. Quando as pessoas pesquisarem usando uma de suas palavras-chave, seu anúncio poderá ser exibido próximo aos resultados de pesquisa. Existe a possibilidade de fazer uma segmentação regional e local, de-

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FAÇA PARCERIA COM SITE DE VANTAGENS E BENEFÍCIOS

Existem diversos sites que oferecem benefícios, descontos e vantagens para os seus associados e/ou funcionários. E normalmente para a sua empresa oferecer algum desconto ou benefício é grátis, basta entrar em contato e cadastrar seu estabelecimento. É uma ótima oportunidade para divulgar seu site e atingir um grande público.

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CANAIS DE ATENDIMENTO ONLINE

Atualmente o cosumidor está online o tempo todo e você atende-lo em tempo real pode aumentar suas vendas. Você tem tempo ou tem alguém que cuida do atendimento da sua empresa? Uma ótima ideia é ter chat online no seu site, disponibilizar um número para contato por Whatsapp ou atender via Messenger pela sua página do Facebook. Evite passar seu número de celular pessoal, tenha um número para o atendimento profissional e lembre-se, caso não tenha tempo para dedicar a esse tipo de atendimento online, é melhor não disponibilizar, pois um chat ou Whatsapp sempre offline ou mal atendido irá afastar seus clientes e denigrir a imagem da sua empresa.

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GOOGLE ANALYTICS NO SEU SITE

finindo seus anúncios para que eles sejam exibidos apenas para as pessoas próximas.

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FAÇA PARCERIA COM SITES

Pesquise e entre em contato com sites e redes sociais que tenham seu público alvo, troque links e publicidade, sorteios ou anuncie seus serviços e produtos. Um bom relacionamento com outros sites, garante uma maior visibilidade e divulgação do seu negócio.

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DIVULGUE EM SITES DE ANÚNCIOS

Os sites de anuncios ou guias de produtos e serviços possuem ótimas segmentações onde milhares de usuários acessam para encontrar o que precisam perto de suas casas e de seus trabalhos. Normalmente o custo para anunciar nesses guias é baixo e visibilidade e retorno. Com Ciência 16traz boaEstética

Com essas dicas você pode captar mais clientes, fidelizar os existentes e decolar o seu negócio! Jéssica Carbonelli Esteticista e Publicitária Fundadora do Mundo Estética e Congrestética www.MundoEstetica.com.br

NANOTECNOLOGIA a dose da permeação cutânea

Um dos desafios dos cosméticos é romper uma das principais funções da pele, a barreira cutânea entre o meio endógeno e o meio exógeno. A camada córnea pode ser comparada a uma parede de tijolos, com os corneócitos representando os tijolos, e os lipídios lamelares, o cimento, e que uma das funções da pele é a proteção do meio interior contra o meio externo, funcionando como uma barreira. A nanotecnologia é definida pela National Science Foundation, Estados Unidos, como sendo o desenvolvimento de pesquisa e tecnologia nos níveis atômicos, molecular ou mafromolecular na faixa de dimensões entre 1 e 100 nanômetros para fornecer um entendimento fundamental dos fenômenos materiais na nanoescala criar e usar estruturas, dispositivos e sistemas que tenham novas propriedades e funções devido ao seu tamanho pequeno ou intermediário. A Nanotecnologia consiste numa série de técnicas que permitem incorporar ativos em espécies coloidais como nano e micropartículas poliméricas ou lipídicas. É uma tecnologia promissora, pois segundo a National Science Foundation, Estados Unidos, estima que a nanotecnologia alcançará um impacto na economia global cerca de 1 trilhão de

dólares e envolverá cerca de 2 milhões de trabalhadores (NNA, 2015). O setor cosmetico, o qual a nanobiotecnologia tem encontrado internacionalmente inúmeras aplicações, representando também é um grande potencial de desenvolvimento tecnológico para o Brasil. Cabe salientar que a grande expressão do setor de cosméticos no cenário nacional pode ser exemplificada pelo crescimento da ordem de 8,2% nos últimos cinco anos (valor livre de inflação) somando entre 2000 e 2004, uma elevação de R$ 5,6 bilhões no faturamento. Um nanocosmético pode ser definido como sendo uma formulação cosmética que veicula ativos ou outros ingredientes nanoestruturados que apresenta propriedades superiores quanto a sua performance em comparação com produtos convencionais. Do ponto de vista científico, as vantagens do uso da nanobiotecnologia na produção de nanocosmēticos e formulações dermatológicas são concernentes à proteção de ingredientes quanto à degradação química ou enzimática, ao controle de sua liberação (principalmente no caso de irritantes em alta dose) e ao prolongamento do tempo de residência dos ativos cosméticos ou fármacos na camada córnea. Estética Com Ciência

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Nanoativos são compostos de ativos incorporados em nanoestruturas, isto é, reservatórios que controlam a profundidade e a velocidade de liberação do ativo na pele. A escolha do sistema nanotecnológico mais adequado para transporter o ativo cosmetológico é muito importante no processo de estabilidade e atividade dos produtos na pele, sendo necessário saber qual o local de uso, o tamanho da molecula, solubilidade do ativo e outras variáveis químicas, físicas e biológicas. As nanoestruturas podem ser divididas em: Lipossomas: são vesículas naturais com partículas lipídicas normalmente derivadas da lecitina de soja, com estrutura simples ou multilamelares. Sua estrutura permite encapsular moleculas hidrofílicas e lipofílicas. Nanoesferas: nanopartículas biopoliméricas com estrutura matricial compostas de polímeros biodegradeveis e têm capacidade para transportar fármacos ou ativos cosmetológicos com a finalidade de distribuir e acumular-se em locais-alvo. Nanocápsulas: Nanovesículas com estrutura capsular, feitas com óleo e recobertas com polímeros. Permitem a elevada encapsulação de substâncias lipofílicas, baixa toxicidade e proteção dos ativos da degradação. Nanotubos: são estruturas tubulares compostas de átomos de carbono de diâmetro nanométrico. Podem consistir, também, de várias camadas de diferentes materiais sobrepostas sobre si mesmas. Ativos Nanoencapsulados mais utilizados atualmente: Nano Óleo de Cártamo, Nano Cafeína, Nano Arnica Montana, Nano Chá Verde, Nano Romã, Nano Coenzima Q, Nano Vitamina C, Nano Ácido Kójico, Nanocápsulas de Água.

•Aumento de solubilidade; •Oclusão de odores; •Liberação prolongada; •Aumento de compatibilidade na formulação; •Aumento da eficácia; •Redução de doses; •Redução de riscos de irritação; •Permite uso de ativos sensíveis (sem refrigeração) No setor cosmético, nanomateriais, como as nanopartículas, estão presentes em xampus, condicionadores, pastas de dentes, cremes antirugas, cremes anticelulites, clareador de pele, hidratantes, pós-faciais, loções pós-barba, desodorantes, sabonetes, foto protetores, maquiagens de modo geral, perfumes e esmaltes. Em se tratando de produtos cosméticos, entretanto, é necessária uma escolha cuidadosa do tipo de carreador a ser utilizado para uma determinada substância ativa, tendo em vista o objetivo a que seu uso se propõe. Produtos que se destinam a permanecer na pele, sem que ocorra sua absorção, como é o caso dos filtros solares, por exemplo, devem ser formulados para atenderem a esse fim. Dessa forma, a melhor forma de aumentar o desempenho de um ativo em uma formulação cosmética é o desenvolvimento de sistemas de liberação apropriados. Pesquisas realizadas pela Faculdade de Engenharia Química da Unicamp demonstram que atualmente vêm sendo dada uma maior ênfase a dermocosméticos com ação diferenciada, como é o caso dos nanocosméticos, em que se espera, por exemplo, uma ação mais eficaz em rugas e preenchimentos, pela penetração mais profunda das partículas na pele, sem o risco de alcançar a corrente sanguínea.

imagem – www.nanovetores.com.br

Vantagens Nanotecnologia •Melhoria da estabilidade; •Aumento da permeação cutânea; 18

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Isto porque, quando as moléculas dos princípios ativos dos cremes possuem tamanhos maiores elas ficam apenas na superfície da pele, protegendo-a da perda de água, tendo efeito puramente cosmético. Apesar do ínfimo tamanho das nanomatétias, a nanotecnologia envolve um universo de possibilidades, muitas pesquisas vem sendo realizadas nesse campo e muitas novidades a serem descobertas.

A ESTÉTICA E A CIÊNCIA Acompanho a evolução do setor da Estética no Brasil e no exterior e vejo claramente o quanto estamos crescendo a cada ano. Inovações em produtos, aparelhos e técnicas estão despontando como referência na América Latina e somos cada vez mais respeitados como multiplicadores da qualidade de vida e bemestar. As qualificações livres abriram espaço ao ensino técnico, que por sua vez impulsionou o ensino superior e incentivou as especializações. Estes são passos importantíssimos para que possamos encarar a Estética como ciência. E neste caminho de evolução existem preocupações que devemos nos atentar. Como em qualquer área, quando se tem destaque, existem também as ações aproveitadoras e se não aplicarmos uma “peneira” pessoal para separar o que vale a pena, podemos indiretamente incentivar o descrédito pelas banalidades divulgadas como educativas ou orientativas. Deixe-me explicar melhor, todos os anos profissionais dedicados do mercado e da área acadêmica desenvolvem um brilhante trabalho de fomento a este segmento com publicações científicas, comprovações práticas e incentivo a contínua qualificação. Porém existe um outro lado que chamarei de “aventureiro” ou “despreparado” que pega carona na evolução da estética para autopromoção. Este lado deve ser observado com muito cuidado pois existem grandes ofertas de informação com baixíssima qualidade por pessoas sem conhecimento, formação ou vivência na área. Esta é uma preocupação que muitos profissionais respeitados que dedicam uma vida a alta qualificação nesta área específica

sentem a cada dia quando abrimos por exemplo a internet e somos bombardeados com modismos sem comprovações científicas. Como profissional também da área de Marketing afirmo que sim, devemos utilizar a internet e redes sociais para divulgação de trabalhos, publicidade e tudo isso faz com que o eixo que estamos envolvidos fique mais sólido no mercado, o que não nos isenta de ter o radar de alerta ligado para que não sejamos uma porta aberta que possa ferir a Ciência que tanto almejamos. A mesma internet que nos leva rapidamente ao conhecimento também pode e deve ser utilizada para a curiosidade, ou seja, levantando o histórico de quem oferece muito por tão pouca qualidade. Que continuemos na evolução e seriedade que a Estética merece.

Prof. FELIPE ABRAHÃO Mestrando em Promoção da Saúde – UNASP Especialista em Estética Especialista em Docência para o Ensino Superior Graduado em Administração com Ênfase em Comércio Exterior Maquiador e Visagista Coordenador dos Cursos Superiores de Estética e Gestão de RH – Grupo Educacional HOTEC Docente do Curso Superior de Estética e Cosmética – UNIFIEO Docente convidado para os temas de Gestão em Estética - IPUPO

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TRATANDO A FLACIDEZ COM O USO DA AROMATERAPIA

Por Sâmia Maluf Você finalmente conseguiu eliminar os quilinhos indesejados e, agora, está convivendo com a temível flacidez. Aquela falta de elasticidade e viço literalmente derruba sua pele, que cede porque já não é sustentada com facilidade. O que fazer? Quem opta por uma cirurgia plástica ganha uma cicatriz, que é um inconveniente. Quando a perda de peso é bastante grande, essa é a solução mais viável, mas, ainda assim, é possível amenizar a flacidez em pontos que não serão operados com massagem usando a aromaterapia. Esse método natural também é o mais indicado para quem perde menos peso e não passará pela cirurgia corretiva. Há mais de 20 anos, estudo os Óleos Essenciais e Vegetais puros, aplicandoos em tratamentos de saúde e beleza. Quando o assunto é flacidez, trata-se de um problema que ataca pessoas de todas as idades, principalmente aquelas que perdem peso rapidamente ou que não praticam atividades físicas constantemente. Costumo brincar que essa é a situação de 80% das brasileiras. A 20

função

dos

Óleos

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Essenciais

aplicados à massagem é a de melhorar o fluxo sanguíneo e, assim, promover a elasticidade da pele. Eles também podem nutrir e hidratar, além de promover um bem-estar natural, graças ao poder dos seus aromas. Para quem quer desenvolver uma rotina de tratamento caseiro contra a flacidez, segue algumas dicas: - Massageie-se com Óleo Vegetal de Semente de Uva (10 ml) acrescido de 6 gotas de Óleo Essencial de Hortelã Pimenta. Não se esqueça: por ser um processo natural e não invasivo você precisa ter frequência nas aplicações, sendo o mais indicado após o banho, duas vezes por dia. - Você também pode apostar no Óleo Essencial de Alecrim, que tem propriedades adstringentes e melhora tanto o fluxo sanguíneo quando a elasticidade da pele. Misture 6 gotas com Óleos Vegetais de Amêndoa Doce ou Jojoba. Aplique diariamente, em movimentos circulares. - O Óleo Essencial de Olíbano ajuda a retardar o envelhecimento e a atrasar os sinais de flacidez da pele. É muito bom para a prevenção do problema. Misture 3 gotas dele com 2 gotas de Óleo Essencial

de Patchouli e 2 de Óleo Essencial de Gerânio e mais 20 gotas de Óleo Vegetal de Jojoba. Você terá um sérum firmador e calmante da pele, que deve ser aplicado em massagens circulares. - O Óleo Vegetal de Rosa Mosqueta, extraído da Rosa Rubiginosa, tem efeito hidratante sobre a pele e ajuda na regeneração do tecido. Ele é rico em vitamina C, que auxilia na formação de colágeno. Como é um Óleo Vegetal, ele pode ser aplicado diretamente sobre a pele, sem a necessidade de diluição. Porém, ele pode aumentar a sensibilidade da pele ao sol, sendo a exposição solar contraindicada durante o tratamento. Sâmia Maluf é formada em Psicologia, mas foi na Aromaterapia e na Aromacologia (ciência que estuda o aroma – dos óleos essenciais às essências sintéticas – no comportamento humano como meio de evocar memórias e sensações) que ela se tornou mais conhecida, já que realiza consultoria para empresas e spas em todo o Brasil e em outras localidades do mundo. Palestrante, Professora e Aromaterapeuta, Sâmia ministra cursos em todo o país, ensinando o uso dos Óleos Essenciais e Vegetais puros em benefício da saúde e da estética.

REJUVENESCIMENTO E DESSENSIBILIZAÇÃO CUTÂNEA

A pele sensível caracteriza-se por ser uma pele hiperreativa, ou seja, apresenta maior vulnerabilidade a fatores que normalmente são bem tolerados, como fatores genéticos, ambientais, estresse, ansiedade, hormônios, alimentação, uso de determinados produtos saneantes, cosméticos, medicamentos, entre outros. A pele sensível tem uma autopercepção específica, e, seu grau de severidade varia de um indivíduo para outro. Inclusive, as reações de sensibilidade podem ocorrer em fases críticas, podendo durar dias ou semanas. Por isso há necessidade de um tratamento capaz de amenizar essas disfunções, com ativos específicos para peles sensíveis e hiperreativas, com foco na reorganização dérmica, agentes de defesa, ação antiinflamatória, calmante, protetores de desordens imunológicas epidérmicas, antioxidante, hidratante e nutritivo. O Kit Neosensitive – Rejuvenescimento e Dessensibilização Cutânea é um tratamento rejuvenescedor, protetor e regenerador da pele sensível e acometida por hipersensibilidades como rosáceas, telangiectasias, descamações, coceiras e ardência. Um dos seus principais mecanismos é controlar a inflamação através do controle de mediadores químicos endógenos que são liberados nesse processo. Quando se controla a inflamação, se obtêm redução de vermelhidão, da temperatura, de vasodilatação e de outros sinais tópicos característicos. Esse é um mecanismo fundamental para regularizar a resposta imunológica, de dentro para fora do núcleo. Dessa forma, Neosensitive age da causa às manifestações tópicas. O tratamento profissional completo é composto por:

Neosensitive® Água Thermal Profissional. Contém: Água Thermal Orgânica, Agascalm, Endorphin. Neosensitive® Soro Concentrado. Contém: Arnica, Centella Asiatica, Niacinamida, Agascalm, Endorphin. Neosensitive® Máscara Facial Isolante. Contém: Lecitina Vegetal, Polissacarídeos, Betaglucan, Viniderm, Agascalm. Neosensitive® Máscara Facial Calmante. Contém: Colágeno, Ácido Hialurônico, Portulaca, Camomila, Calêndula, e, Bisabolol. Para uso Home Care o cliente deverá usar o Agesense, uma loção facial antienvelhecimento específica para pele sensível. A Linha conta também com um Sabonete Mousse para limpeza e suavidade da pele e uma Água Thermal Dermatológica para refrescância e alívio da pele durante o dia.

Dra. Fernanda Sanches Farmacêutica Bioquímica e Cosmetóloga Presidente das marcas Biomarine e Cosmbeauty

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LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DO LIVRO: DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO DAS CIRURGIAS PLÁSTICAS. É com muito orgulho que apresento a segunda edição do meu livro de “Drenagem linfática manual no pós-operatório das cirurgias plásticas”. O conhecimento da anatomia e fisiologia do sistema linfático é essencial para a realização da técnica no pós-operatório, por isso inicio o livro com dois capítulos sobre o sistema linfático. Assim como na primeira edição, nesta também abordo o tema sobre os retalhos cutâneos, pois é entendendo a fisiologia dos retalhos que entendemos todo o mecanismo do trauma cirúrgico, da formação do edema, da aderência do retalho e da recuperação do tecido. O profissional que trabalha com pós-operatório deve ter conhecimento sobre as técnicas cirúrgicas realizadas pelo cirurgião plástico, para isso fiz uma sequencia de seis capítulos sobre as principais técnicas cirúrgicas e como realizar a drenagem linfática no pós-operatório. Nesta segunda edição, além de uma revisão bibliográfica atualizada, inseri um capítulo sobre a autodrenagem, pois quando temos a colaboração do paciente em casa, podemos ter uma recuperação mais rápida. E finalizo com um capítulo com noções básicas de um dos mais recentes recursos que potencializam a drenagem linfática, o taping linfático, também conhecido por linfotaping. Uma técnica que, quando bem aplicada, acelera a absorção do edema e equimoses e ainda previne possíveis fibroses. Espero que esta obra seja de grande valia para a sua formação ou complementação de seus estudos. Meu agradecimento em especial a Viviane Tannus, editora da revista, pelo apoio dado nesta segunda edição.

ANGELA LANGE Fisioterapeuta dermatofuncional Autora dos livros: Drenagem linfática manual no pós-operatório das cirurgias plásticas e Fisioterapia Dermatofuncional Aplicada à Cirurgia Plástica. 24

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MÉTODO LEDUC O método LEDUC é uma técnica científica reconhecida pela medicina, desde 1969. Fundado pelo Prof. Dr Albert LEDUC, Presidente de Honra da Sociedade Europeia de Linfologia, o método atua no sistema linfático, acelerando o processo de eliminação do edema, que surge após cirurgias, principalmente nos pós-operatórios estéticos, traumas, gestantes, pacientes com câncer, distúrbios circulatórios, entre outros. Trata-se de uma técnica de drenagem linfática específica que exige uma qualificação profissional. Apresentado em vários países da Europa e América Latina, o Curso Internacional de Drenagem Linfática - Método Leduc é referencia mundial no tratamento de edemas e linfedemas e busca oferecer capacitação aos profissionais da área da saúde e da estética. A técnica de drenagem linfática é aplicada através de movimentos suaves, lentos, e relaxantes, que proporcionam benefícios à saúde, a estética e ao bem-estar. O objetivo do Curso Internacional de Drenagem Linfática Oficial, é trazer essas inovações aos profissionais brasileiros para que consequentemente os pacientes desfrutem dos benefícios que a técnica oferece. Esse método é utilizado no Brasil desde 1977. O curso é totalmente traduzido pela Dra. Fernanda Feijoeiro, que se especializou no centro de tratamento LEDUC, na Bélgica.

No ano de 1969 o Dr. Albert Leduc começou a estudar o sistema linfático, desenvolvendo em seus laboratórios pesquisas relacionadas à técnica de circulação da linfa. Os resultados obtidos em seus trabalhos proporcionaram o reconhecimento da drenagem linfática pela medicina no mundo. O método LEDUC é um método científico reconhecido mundialmente, que atua no sistema linfático, favorecendo a circulação linfática, acelerando o processo de eliminação do edema. Quais são os princípios da técnica? A técnica de drenagem linfática é aplicada através de movimentos suaves, lentos, e relaxantes, que proporcionam benefícios à saúde, estética e o bem-estar. A drenagem linfática é um processo fisiológico natural, no entanto a técnica acelera a circulação da linfa, objetivando a diminuição do edema que podem surgir após cirurgias, traumas ou insuficiência do sistema linfático. Quais são as suas principais indicações?

Em um bate papo rápido com a Dra. Fernanda Feijoeiro, ela esclarece algumas duvidas e explica um pouco mais sobre o método.

O método Leduc é indicado nos pós-operatórios, principalmente de cirurgias estéticas, diminuindo rapidamente o edema e hematomas, além de prevenir ou minimizar complicações. Tratamento de edemas e linfedemas primários e secundários. Gestantes para diminuir retenção hídrica. Na estética para melhora da qualidade da pele, principalmente na celulite. Nos casos oncológicos, como no Câncer de Mama, a técnica proposta também estimula a formação das vias de compensação, substituindo as vias interrompidas devido à linfadenectomia (retirada dos linfonodos axilares), para prevenção de linfedema nos membro superiores. Proporciona alívio nos casos de retenção de líquido e distúrbios circulatórios nos membros inferiores. Entre outras.

Quais é a história do Drenagem Linfática Manual - método Leduc?

Devido ao grande avanço tecnológico, o método Leduc é totalmente fidedigno, pois todas as suas técnicas são efetivamente

Oferece todo material para teoria e prática e CERTIFICADO INTERNACIONAL emitido pela Escola de Drenagem Linfática Método Leduc de Bruxelas. (École de Drainage Lymphatique Méthode Leduc – Bruxelles)

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Sim, pois o líquido acumulado no interstício é composto por uma parte líquida e outra proteica, que se não forem devidamente tratados podem gerar complicações adversas, piorando o quadro do paciente. No método Leduc é permitido o uso de cosméticos ou de algum tipo de carreador? Se sim, quais escolher? Se não, por quê?

comprovadas (Na foto a esquerda Dr. Albert LEDUC, Dra. Fernanda Feijoeiro e Dr. Olivier LEDUC, no curso em 2015 no Brasil). através de publicações científicas e consideravelmente são mais de 4 décadas de estudos laboratoriais. Por ser um método de referencia mundial o método Leduc oferece capacitação profissional através da aquisição do conhecimento teórico e execução prática da técnica, com o objetivo em proporcionar qualificação aos profissionais brasileiros. O método é implantado no Brasil desde 1977. É dito que nesta modalidade é preciso começar os movimentos em pontos próximos aos que precisam ser drenados. Isto é verdade? Se sim, por quê? Sim, a circulação linfática é fisiologicamente ativa, porém muito lenta, desta forma, as manobras realizadas nos pontos de insuficiência linfática, tem o objetivo em estimular este processo até o local onde o sistema funcione normalmente, facilitando a drenagem. Como é o procedimento? Pode descrever o que é feito desde o inicio da sessão até a finalização? Primeiramente, é feito uma anamnese para identificar a causa do edema. É importante anotar parâmetros para acompanhar a evolução do tratamento. O local a ser tratado é devidamente posicionado, as manobras são realizadas de proximal para distal e de distal para proximal. A técnica é repetida sobre o local, várias vezes, até que se observe uma diminuição do edema. Quais são as manobras mais usadas e por quê? Manobras de Chamada: produz uma aspiração dos vasos linfáticos. Tem duas funções, “aspirar” e impulsionar a linfa, dentro dos capilares. Manobras de Reabsorção: produz um aumento da pressão tissular, e a orientação da pressão, no sentido da drenagem fisiológica, promove a evacuação. Quando não se deve aplicar a drenagem Leduc? A drenagem linfática manual é contra indicada quando há processos infecciosos, TVP (trombose venosa profunda) e quando não há liberação médica. A pressoterapia tem como contraindicação absoluta pacientes cardiopatas, por aumentar o débito cardíaco. A literatura aponta que este método faz a drenagem dos linfonodos? Qual é o objetivo desta máxima? O objetivo é para esvaziar os linfonodos, liberando-os para receber a demanda de linfa reabsorvida. Este método pode trazer, se mal aplicado, algum problema para a linfa ou para o sistema linfático como um todo?

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O objetivo das manobras, é de abrir os capilares linfáticos através da movimentação dos filamentos de ancoragem, para em seguida realizar a reabsorção do edema, no entanto, o deslizamento não será favorável. Por esta razão, os cosméticos utilizados são aplicados para complementar o tratamento das alterações da pele e não deve, de forma alguma, causar alergias ao paciente, para não gerar processos inflamatórios, uma vez que seu sistema imunológico está debilitado.

ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Para quem vai aplicar a técnica, quais são os maiores desafios de aprendê-la? A drenagem linfática pode ser aplicada de forma terapêutica ou estética, a diferença estará no objetivo proposto. O fisioterapeuta é o profissional qualificado na atuação do método de forma terapêutica, em casos oncológicos, linfedemas, pós- operatórios, etc. No domínio estético o objetivo principal é de melhorar o aspecto da qualidade da pele, pois essa é uma das funções primordiais do sistema linfático. Você ministra vários cursos da técnica com a presença de seus fundadores. Como é estar perto deles? Quais os ensinamentos eles transmitem? Eu fui escolhida e capacitada para representar o Método LEDUC, no Brasil. Nós desenvolvemos uma parceria de extrema confiança e profissionalismo. Estar ao lado do mestre da drenagem linfática, Dr. Albert LEDUC e seu filho Dr. Olivier LEDUC, é sem dúvidas, estar me aprimorando cada vez mais, pois as pesquisas nos trazem sempre novos resultados e eu como organizadora e tradutora do Curso Internacional de Drenagem Linfática Oficial, tenho a honra em trazer essas inovações aos profissionais brasileiros, para que consequentemente os pacientes desfrutem os benefícios que a técnica oferece. Depois de entender todos os métodos de Drenagem Linfática Manual, como o profissional de estética pode escolher com qual atuar? Ou é importante que ele conheça todos eles? O tratamento físico do edema proposto no método Leduc, consiste na aplicação da Drenagem Linfática Manual associada a outras técnicas, como a Pressoterapia, a colocação de Bandagens Multicamadas e a utilização de Meias Compressivas. O profissional deve aplicar um método reconhecido, onde os fundamentos científicos apresentados comprovem sua eficacidade. DRA. FERNANDA BUENO FEIJOEIRO Fisioterapeuta Áreas de atuação: Saúde da Mulher, Dermato Funcional, Linfologia e Oncologia. Reabilitação em Oncologia da Mama, Drenagem Linfática, Pós- Operatórios de Cirurgias Estéticas, Linfedemas, Gestantes, Massagens Terapêuticas e Estéticas. Representante do Méthodo LEDUC – Brasil Formada pela École Drainage Lymphatique Leduc Bruxelles - Bélgica (2012/2014) Organizadora do Curso Internacional de Drenagem Linfática Oficial LEDUC

A senescência celular é um mecanismo geneticamente programado. Irreversivelmente, com o tempo as células diminuem a multiplicação e renovação. Essas alterações cronológicas também sofrem influência de fatores externos como fotoenvelhecimento, que é capaz de causar mutações genéticas e acelerar o processo natural de envelhecimento. Há diminuição contínua de todos os elementos da pele, e, tais modificações causam ressecamento, perda de tônus, flacidez, alterações vasculares, e, rugas profundas. A Linha Inducol® Age é um tratamento profissional desenvolvido para o rejuvenescimento cutâneo – incluindo face e área dos olhos. É composta por fatores de crescimento nanolipossomados idênticos aos que temos no nosso organismo. Essa característica permite a reprodução dos mecanismos endógenos de estímulo ao fibroblasto, sintetizando mais colágeno, elastina e demais componentes. Quando associado à técnica de microagulhamento, os microcanais gerados permitem um sistema de entrega maximizada de ativos, garantindo uma ação potencializada de todo tratamento.

A Linha Induco®l Age é isenta de corante, fragrância e conservantes. É composta por: Inducol® Age Monodose Concentrado. Indicado para ser usado após o procedimento de microagulhamento. Ativos: Fatores de Crescimento Transformador (TGFβ3) e Fibroblástico (bFGF): Estimula de forma organizada a síntese das proteínas que constituem a matriz extracelular, reestruturando a derme e a epiderme. Fator de Crescimento Epidermal (EGF): Atua na regeneração do tecido. Nanofactor C (Vitamina C + Decapeptídeo 4): Atua como poderoso antioxidante, clareador e antienvelhecimento, Ácido Hialurônico: Atua no preenchimento de marcas e sulcos mais evidentes. Inducol® Máscara Facial Protetora. Atua como uma película de proteção prevenindo a perda de água e a deposição de impurezas. Ativos: Polissacarídeos: Forma um filme altamente hidratante e atua retendo água na pele. Hidroxiprolisilane: Proporciona maior elasticidade ao tecido. Para o uso home care nós lançamos a linha Linea Derm, com cuidados específicos

para face e rosto. Linea Derm® Face. Creme facial antirrugas. Ativos: Fatores de Crescimento Transformador (TGFβ3) e Fibroblástico (bFGF), Fator de Crescimento Epidermal (EGF), Nanofactor C (Vitamina C + Decapeptídeo 4) e Silício Orgânico. Linea Derm® Eyes é um sérum redutor de rugas, bolsas e olheiras. Ativos: Haloxyl: Diminuindo a aparência dos círculos escuros. Argirelina: Minimizando a aparência envelhecida pelas linhas e marcas de expressão. Fatores de Crescimento Transformador (TGFβ3) e Fibroblástico (bFGF).

Dr. Luiz Carlos Antunes Farmacêutico Bioquímico Industrial. Diretor Científico Samana Cosmética Dermatológica. Estética Com Ciência

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pela Prefeitura da cidade e se está em dia com a Vigilância Sanitária; •Prestar atenção na limpeza e na iluminação, assim como se há lixeiras específicas para os materiais; •Checar os riscos com aplicadores(as) e com médicos(as); •Conversar com o(a) aplicador(a) sobre os procedimentos de higiene adotados; •Informar sobre alergias, doenças na pele e outras doenças sistêmicas; •Perguntar sobre os equipamentos utilizados – para os descartáveis, pedir para que sejam abertos na sua frente; •Exigir que o(a) aplicador(a) esteja usando luvas e máscaras cirúrgicas descartáveis (toucas e óculos também são indicados); •Saber o tempo de cicatrização e cuidados que devem ser tomados após o procedimento. •Procurar um(a) médico(a) no caso de reações inesperadas para a indicação de medicamentos se necessário, •Lembrar sempre que, mesmo com técnicas avançadas, boa parte dos procedimentos ainda é permanente.

Todos os dias, milhares de brasileiros visitam os salões de beleza à procura de cuidados estéticos e que tragam bem-estar. São locais que se transformaram em pontos de encontro social, com picos de concentração de pessoas em alguns dias e horários da semana e onde são realizados procedimentos estéticos que podem gerar materiais biológicos potencialmente contaminados que causam doenças. Nas conversas e interações sociais que ocorrem nos ambientes de beleza também existe o potencial de se perpetuar crenças e hábitos errados por falta de orientação. As doenças infecciosas podem ser adquiridas em lugares onde procedimentos invasivos são realizados frequentemente sem os cuidados adequados de lavagem das mãos, esterilização de materiais e reaproveitamento de materiais potencialmente contaminados com sangue.

que demanda por estes serviços, sem exposição a riscos e promovendo saúde e bem-estar. Vamos pensar na seguinte situação: um(a) profissional micropigmentador(a) ou tatuador(a) atende um cliente que tem, por exemplo, hepatite C e, ao realizar o seu procedimento ocorre sangramento que contamina os instrumentos utilizados durante a micropigmentação ou tatuagem. Se não forem tomados os devidos cuidados com a higienização e esterilização dos materiais utilizados, há o risco de contaminação do próximo cliente. Já imaginou o problema? Este cliente pode ter acabado de contrair uma doença muito grave que, mesmo com o tratamento adequado, pode ter respostas variáveis, além de haver o risco de desenvolvimento de câncer no fígado a longo prazo.

Os profissionais que trabalham nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, executam atividades que podem gerar riscos potenciais de transmissão de doenças, pela possibilidade de causarem lesões com solução de continuidade na pele e nos seus anexos (pelos e unhas) e pelo desconhecimento em relação a regras de higienização e cuidados com o compartilhamento de instrumentos.

Além da Hepatite C, existe o risco de transmissão de outras doenças, tais como: 1) doenças causadas por vírus (por exemplo: as verrugas causadas pelo papiloma vírus humano (HPV), as hepatites B e C, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) causada pelo HIV, herpes); 2) doenças causadas por bactérias (por exemplo: infecções profundas como as erisipelas) e 3) doenças causadas por fungos (micoses).

Doenças Transmitidas pelo Sangue: Hepatite B. O mais perigoso patógeno sanguíneo é o vírus da hepatite B (VHB), que provoca uma doença do fígado com risco de vida. Existe uma vacina de prevenção, se você se encaixa no perfil de profissionais que tem contato com o sangue deve procurar o serviço de saúde pública da sua cidade e tomar as vacinas necessárias para prevenção dessa doença.

Os estabelecimentos promotores de beleza devem respeitar e se adequar às exigências sanitárias vigentes, seguindo normas práticas essenciais, com o intuito de garantir segurança e qualidade aos profissionais e à população

Cuidados a Serem Tomados pelo Cliente •É direito do cliente cobrar segurança e higiene do(a) aplicador(a) de tatuagem e micropigmentação; •Conferir se o local tem Alvará de Funcionamento emitido

Hepatite C Uma infecção comum pelo sangue é a hepatite C. Seus vírus pode causar uma doença contagiosa que resulta em danos graves ao fígado, mas a maioria das pessoas não sabem que

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Os profissionais que atuam nos salões de beleza, incluindo os(as) micropigmentadores(as) e aplicadores(as) de tatuagens corporais, são numericamente expressivos e atendem um grande contingente de pessoas todos os dias; portanto, a formação continuada deste segmento profissional pode ajudar a promover a saúde na sociedade como um todo e contribuir no processo de prevenção por meio da suspeita e orientação de tratamento com o médico, o que levaria a uma diminuição dos indicadores de várias endemias.

contraíram a doença até que seu órgão seja prejudicado. HIV A doença mais conhecida causada por patógenos é a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa síndrome destrói o sistema imunológico humano de forma que ele não seja capaz de combater a doença. Ocupações em Risco: Algumas profissões possuem um risco maior de exposição a agentes patogênicos transmitidos pelo sangue do que outras, incluindo todos os trabalhadores de saúde, limpeza, socorristas, trabalhadores de laboratórios de pesquisa e os de segurança pública, como bombeiros e agentes da lei, também os profissionais que trabalham com perfuro cortante como tatuadores ou micropigmentadores. Prevenção/Solução Os empregadores que explicam aos seus funcionários que eles podem estar expostos a sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos no local de trabalho são solicitados a educar os funcionários sobre patógenos e dar-lhes acesso aos equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, óculos de segurança, revestimento do corpo e sistemas de segurança para descarte de material contaminado. O lixo biológico deve ter sua coleta de maneira especial, jamais descarte esse lixo junto com o lixo comum. Contate o serviço público da sua cidade e se informe sobre a coleta do seu material contaminado.

Autora: Eliana Giaretta Academia Brasileira de Micropigmentação Eliana Giaretta

www.elianagiaretta.com.br

Fone 11 4594 3792 Estética Com Ciência

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PEELINGS COM ÁCIDOS O uso de cosméticos com ácidos é um excelente aliado nos tratamentos estéticos de renovação celular, manchas, sequelas de acne, rejuvenescimento e estrias. Isabel Luiza Piatti Profissional Aisthesis. Graduada em Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal. Técnica em Estética e diretora intercontinental de Pesquisa, Desenvolvimento e Treinamento de produtos da Buona Vita Cosméticos. Autora dos livros “Biossegurança – estética e imagem pessoal” e “Gestantes – Cuidados Estéticos Durante a Gravidez”. Quem é profissional da saúde estética sabe: o uso de ácidos é o queridinho entre muitos de nossos clientes. E quem costuma frequentar as clínicas e centros de estética e já passou por tratamentos com ácidos nos protocolos concorda – eles são mesmo poderosos. Não à toa, os protocolos com peeling estão entre os tratamentos mais procurados, seja tanto pelos benefícios que proporcionam para a aparência geral da pele, seja pela potencialização de resultados que oferecem aliados aos tratamentos faciais e corporais. Quando falamos em potencialização, nos referimos à sua capacidade de melhorar a permeação de outros ativos utilizados concomitantemente. Por isso são ideais no combate à alterações inestéticas como manchas (hipercromias), rugas e outros sinais do envelhecimento, estrias, sequelas de acne, além de outras sequelas, cicatrizes e hiperpigmentação pós-inflamatória. Hoje nosso foco serão os peelings com ácidos, de ação cosmética, também conhecida como peelings químicos, mas existem também os físico-mecânicos (por meio da fricção de uma substância, de preferência um cosmético apropriado que não cause danos como microlesões à pele) e enzimáticos (com o auxílio de ativos cosméticos de ação enzimática). O conceito de peeling se refere a diversos métodos por meio dos quais é possível promover, de maneira controlada, uma renovação da pele, a partir de uma esfoliação que resulta em descamação cutânea superficial, média ou profunda, e sua consequente renovação/ regeneração, ou seja, o turnover celular. Esse processo consiste numa forma de acelerar a ação natural do organismo que é a renovação celular, e que, com o passar dos anos, se torna mais lenta e menos potente. Em cabine, apenas estão liberados os de ação superficial. Ainda, no caso dos ácidos, para uso nos centros de estética, é necessário que sigam algumas normas legais, e uma delas é com relação à concentração, por isso a importância das empresas destacarem essa informação na rotulagem do produto. Também devem ter liberação do Ministério da Saúde, além de apresentarem testes de segurança e eficácia. Outro ponto importante a ser considerado é que alguns ativos consagrados em dermatologia, como o ácido retinoico e o fenol, por exemplo, são proibidos em cosméticos. De acordo com a Câmara Técnica de Cosméticos (CATEC) 32

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e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o máximo para uso seguro em cabine no caso dos AHA’s industrializados é de 10% e pH mínimo de 3,5, garantindo assim um respaldo legal, além de enaltecer o profissionalismo de quem atua na área, pela responsabilidade de seguir as normas de segurança. De acordo com a Anvisa, o pH correto pode evitar sequelas como cicatrizes, discromias, hipercromias e até mesmo infecções. No caso do ácido salicílico, a dosagem permitida é de até 2% em cosméticos. Ele apresenta propriedades semelhantes às dos AHA’s, além de ação antimicrobiana, bacteriostática e fungicida. Outro ponto importante é observar o tamanho da embalagem e o rendimento do produto, para determinar a relação custobenefício. Para completar o perfil de segurança, o profissional também deve estar atento se a formulação segue o conceito de bases biocompatíveis, livres de óleos minerais, conservantes parabenos e liberadores de formol, parafina e propilenoglicol. Essas substâncias têm alto potencial irritativo e sensibilizante e o próprio procedimento do peeling já provoca uma sensibilização, por isso devem ser evitadas, para não acentuar esse sintoma. No caso dos parabenos, além de alergênico, tem ação semelhante à do hormônio feminino estrogênio, que é um dos responsáveis pelo aparecimento de alterações inestéticas, como acne, manchas e celulite. Por isso não se deve usar produtos cosméticos com parabenos, pois estará tentando tratar um problema, com o que na verdade provoca uma ou várias alterações. Como na estética são usados ácidos de ação superficial, eles vão atuar basicamente nas primeiras camadas da epiderme e não devem atingir a epiderme viável (camada interna, mais profunda – junção dermoepidérmica) e a derme, cuja profundidade só pode ser tratada por profissionais especializados. Os ácidos mais utilizados em cosméticos são os alfa-hidroxiácidos – AHAs (glicólico, mandélico, cítrico, málico, tartárico e o lático) e betahidroxiácidos – BHAs (ácido salicílico), muito conhecidos por oferecerem menor risco de irritação. Estudos mostram que os AHA são os compostos com maior eficácia para diminuir o espessamento da camada córnea. Além da esfoliação, modulam a secreção de citoquinas pelos queratinócitos, aumentam a proliferação epidermal e, por ação direta nos fibroblastos, aumentam a síntese de colágeno, elastina e glicosaminoglicanas. É fundamental conhecer a função dos ativos cosméticos indicados para peeling, também chamados de ativos queratolíticos, que podem inclusive ser associados entre si, conforme finalidade de cada tratamento. De um modo geral, uma indicação de passo a passo para o tratamento é indicae iniciar a preparação da pele com um pré-peeling contendo ácidos salicílico e pirúvico. Na sequência, uma possibilidade de uso é a sinergia dos ácidos kójico, láctico e tranexâmico ou de gluconolactona em associação com os ácidos ferúlico, mandélico, salicílico e pirúvico. E, para finalizar, uma máscara contendo niacinamida, pumpkim enzyme, renew zyme, revinage e syn white. Essas composições

são uma novidade no mercado cosmético que enaltece a multifuncionalidade nos tratamentos estéticos, focando os 3R’s da beleza – rejuvenescer, reluzir e renovar. Para os cuidados home care pós-peeling podem ser indicados ativos como o aquassence, quiditat, D pantenol, aloe vera, alantoína e hygeaphós, além de ativos antiage, como Fatores de Crescimento, hidroxiprolisilane CN, coenzima Q10, dragosine, raffermine, phycojuvenine, vitamina A, neuroxyl NP, entre outros. Isso porque oferecem potencialização de resultados, além de proteção e restauração da pele, para recuperação da barreira cutânea, por isso o profissional de saúde estética deve fazer a avaliação de cada caso e assim indicar os cosméticos com os ativos mais apropriados para cada situação. Contraindicação peeling químico O uso de ácidos é contraindicado em casos de cicatrizes hipertróficas/formação de queloides, herpes, eritema persistente, escoriações, histórico de hiperpigmentação pósinflamatória permanente, lesões/ferimentos e peles altamente sensíveis ou sensibilizadas por algum procedimento. Conforme o tipo de produto utilizado e ativos que contém, também deve ser analisado o fototipo e se a paciente é gestante, entre outras particularidades de cada substância. A frequência de aplicação e o tempo de exposição variam de acordo com o grau da alteração inestética, o tipo de peeling e a sensibilidade da pele, devendo o profissional de saúde estética estar sempre atento às reações, resposta ao tratamento e aos resultados alcançados após cada aplicação, que sempre vão variar para cada indivíduo, por também dependerem de uma série de fatores. Também é importante ressaltar que utilização do filtro solar é indispensável, devendo-se evitar ao máximo à exposição ao sol, mesmo para os tipos de peeling que oferecem mais segurança. Opte sempre por protetores solares que ofereçam proteção química, física, biológica e contra luz visível (lâmpadas, telas de equipamentos eletrônicos, etc). Se o cuidado home care após a aplicação do peeling não for adequada, o resultado pode ser prejudicado, ou ainda causar efeitos indesejados. Peeling Enzimático É tido como uma alternativa tecnológica e natural à esfoliação química. Embora não seja da classificação dos ácidos, ele merece destaque quando se fala em peelings, pois age como um peeling versátil, controlado, seguro e de alta performance. Sua atividade queratolítica se dá de forma suave, mas eficaz, a partir das enzimas, como as da romã e da abóbora, que são proteínas consideradas essenciais em todas as funções biológicas do organismo. Além da ação queratolítica, alguns cumprem o papel complementar de agentes clareadores e inibidores de pigmentação. Esse tipo de peeling apresenta ainda como vantagem o fato de ser menos agressivo, podendo ser usado até em peles sensíveis, bem como em todos os tipos e fototipos, inclusive em gestantes. Por não provocar fotossensibilidade, seu uso se torna propício em todas as épocas do ano, tanto em cabine como manutenção diária. Este material é de autoria de Isabel Luiza Piatti e está protegido sob a Lei de Direitos autorais. A sua reprodução total ou parcial é permitida, desde que na sua forma original sem qualquer tipo de adulteração ou alteração, sendo obrigatório a citação do nome do autor, sua obra e fonte de veiculação. O descumprimento destas condições ensejará ao infrator as penalidades cíveis e criminais cabíveis. Referências Bibliográficas AMARAL, Cíntia Netto do; BENITES, Joziana Cristina Weiss; CORREA, Priscilla Motta; BERTOLDI, Clarissa Medeiros da Luz. Tratamentos em Estrias: um levantamento teórico da microdermoabrasão e do peeling químico. Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí. UNIVALI. AMORIM, Amélia Lúcia Mendonça de; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Benefícios do peeling químico com ácido glicólico no processo de envelhecimento. Pós-graduação em Fisioterapia em Dermato-Funcional – Faculdade Cambury. ARAUJO, Islane Lunier de; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Peeling químico no tratamento das hipercromias. Pós-graduação em Fisioterapia em DermatoFuncional – Faculdade Cambury. FANDOS, Dr. Luis S. Fundamentos de cosmética. lta-cosmética I e II, 1ª ed.,

Buenos Aires, 2004. MÊNE, Rômulo; ANDREONI, Rubens Wilson; MORAES, Paulo; MENDONÇA, Odinaldo. Peelings Químicos Combinados. PINTO, Bruna de Souza; ROSA, Fernanda Samanta da; SILVA, Daniela da. Peelings químicos faciais utilizados em protocolos estéticos. RIBEIRO, Claudio. Cosmetologia Aplicada a Dermoestética. 2ª ed., São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. RIBEIRO, Natália S. Fundamentos da Dermatologia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. VELASCO, Maria Valéria Robles, OKUBO, Fernanda Rumi; RIBEIRO, Maria Elizette; STEINER, Denise; BEDIN, Valcenir. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling de fenol. ANVISA http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/informa/parecer_alfa.htm Portal Educação http://www.portaleducacao.com.br/estetica/artigos/58071/ tipos-de-peeling-e-indicacoes-corretas-a-importancia-do-tratamentoseguro#ixzz44yVqjKFL Portal Educação http://www.portaleducacao.com.br/estetica/artigos/35381/ definicao-e-conceituacao-geral-dos-peelings#ixzz44ya24IAK

ISABEL LUIZA PIATTI Profissional Aisthesis. Graduada em Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal. Técnica em Estética e diretora intercontinental de Pesquisa, Desenvolvimento e Treinamento de produtos da Buona Vita Cosméticos. Autora dos livros “Biossegurança – estética e imagem pessoal” e “Gestantes – Cuidados Estéticos Durante a Gravidez”. Estética Com Ciência

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REJUVENESSE Radiofrequência e Luz Intensa Pulsada no combate à flacidez

A flacidez tissular é uma dermopaniculopatia caracterizada pela diminuição da quantidade de elementos do tecido conjuntivo, principalmente as fibras de colágeno e elastina. Essa patologia estética é uma das maiores queixas de pacientes nas clínicas e é resultado do somatório de fatores extrínsecos, como o tabagismo, poluição e radiação ultra violeta, com fatores intrínsecos, como o estresse, desidratação e alterações hormonais. Há diversas maneiras de tratarmos a flacidez tissular na estética, 38

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com combinações de cosméticos contendo ativos hidratantes e tensores com recursos eletroterápicos como microcorrentes, crioterapia, laserterapia, luz intensa pulsada e radiofrequência. A melhor forma de obtermos resultados de qualidade com rapidez é associando diversas terapias em protocolos exclusivos para os tratamentos de patologias específicas. Uma das formas de tratar a flacidez aumentando o custo x benefício do protocolo é associar dois recursos eletroterápicos altamente eficazes:

a Radiofrequência e a Luz Intensa Pulsada. A Radiofrequência consiste na emissão de ondas eletromagnéticas com frequências que podem variar entre 0,3MHz e 10GHz. Essas ondas penetram nos tecidos biológicos e são absorvidas por ele, produzindo um calor intenso. A penetração das ondas eletromagnéticas no tecido depende da sua frequência: quanto mais baixas forem as frequências, maior a profundidade alcançada. Existem basicamente dois tipos de

Radiofrequência no mercado: as resistivas e as capacitivas (ou indutivas). As resistivas são aquelas cujos polos são metálicos, e seu aquecimento se dá através da emissão de uma corrente elétrica alternada quando em contato com o tecido biológico. Essa energia elétrica é absorvida e transformada em calor. O foco do calor nesse caso é superficial, logo a paciente terá maior sensibilidade durante a sessão. A Radiofrequência capacitiva é aquela que produz o calor pela emissão de ondas eletromagnéticas, que quando penetram no tecido aumentam a rotação de íons e moléculas polares como a água transformando a energia eletromagnética em calor. Neste caso, o foco do calor é interno, garantindo maior conforto ao paciente mesmo em temperaturas superiores a 41oC . A Luz Intensa Pulsada é uma fototerapia caracterizada pela emissão de pulsos luminosos capazes de carregar grandes quantidades de energia em um curto intervalo de tempo. Essa energia luminosa é absorvida por cromóforos alvo, que são moléculas específicas do nosso organismo capazes de absorver a energia luminosa em comprimentos de onda específicos. Como exemplos de cromóforos temos a bactéria P. acnes, a melanina, a hemoglobina e o colágeno. Diferente do Laser, a Luz Pulsada utiliza uma luz policromática, abrangendo um espectro de comprimentos de onda que vão de 420nm a 1200nm. É essa gama de comprimentos de onda que

permite que a tecnologia seja utilizada em diversos tratamentos estéticos. O Rejuvenesse, tratamento associado de Radiofrequência com Luz Intensa Pulsada, tem como objetivo causar uma maior desnaturação do colágeno mais antigo daquele tecido que perdeu sua elasticidade e tônus, para que haja uma posterior síntese da proteína (neocolagênese). As altas temperaturas alcançadas na derme com a Radiofrequência, levam à degradação de 5% a 30% das fibras colágenas, além de fibrina e elastina. O efeito consequente existente é a estimulação da atividade dos fibroblastos com a síntese de novo colágeno, elastina e ácido hialurônico; com o aumento histologicamente comprovado da densidade dérmica. Além disso, o calor vasodilata o tecido aumentando o aporte de oxigênio e nutrientes para facilitar a síntese dessas novas fibras. Para tratarmos uma face inteira, levamos de 20min a 30min em média atingindo uma temperatura entre 39oC e 42oC. O segredo para associar essas terapias é disparar a Luz Pulsada sobre a pele ainda aquecida e hiperêmica, utilizando o filtro de 560nm cujo cromóforo alvo é o colágeno. Como nesse comprimento de onda a facilidade de absorção é da fibra e a luz é emitida em pulsos e não de forma intermitente, teremos um efeito chamado fototermólise seletiva, onde a energia emitida será necessária para lesar somente o tecido alvo com

o mínimo de lesão aos tecidos ou estruturas adjacentes. Como o tecido será previamente aquecido com a Radiofrequência, ao disparamos os pulsos luminosos causamos uma maior destruição de colágeno levando a uma maior neocolagênese na área atingida. Podemos finalizar o tratamento com eletroporação de ácido hialurônico ou ativos firmantes ou uma máscara hidratante ou tensora. O tratamento deve ser feito uma vez a cada 15 dias, visto que a desnaturação de colágeno é maior do que o convencional e os resultados já são perceptíveis da primeira para a segunda sessão, atingindo seu pico com 8 a 10 sessões.

Gabriel de Oliveira Cardoso Machado Biomédico Esteta e Bioquímico Mestre em Bioquímica Médica pela UFRJ Especialista em Eletroterapia Diretor do Colégio Brasileiro de Biomedicina Estética (CBBMEst) Responsável técnico da clínica Arthys Express Estética Com Ciência

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científica

TRABALHOS ACADÊMICOS - INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 MEDICINAL NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO - APLICAÇÃO TÓPICA DO ACIDO TRANEXÂMICO NO TRATAMENTO DE MELASMA - EFICÁCIA DO PELLING DE ÁCIDO GLICÓLICO NO REJUVENESCIMENTO FACIAL - CARBOXITERAPIA, CAFEISILANE C E TERAPIA COMBINADA NA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL - NANOTECNOLOGIA APLICADA AO USO DOS COSMÉTICOS - EFICÁCIA DA MASSAGEM PARA REDUÇÃO DE FIBRO EDEMA GELÓIDE

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APLICAÇÃO TÓPICA DO ÁCIDO TRANEXÂMICO PARA TRATAMENTO DE MELASMA TESSARO, Elimara1 SODER, Gabriely Mariane1 BENDER, Suzana2 eli.tessaro@hotmail.com RESUMO O presente trabalho fundamentase na necessidade de aprofundar o conhecimento do uso de uma substância ainda pouco estudada para uso tópico, propondo nova forma de tratamento para o melasma, pois trata-se de uma afecção comum que acomete grande número de mulheres, podendo aparecer em diferentes fases da vida. O objetivo é verificar a eficácia da aplicação do ácido tranexâmico a 3% para o tratamento do melasma. Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso, onde as participantes receberam aplicações tópicas do ácido tranexâmico 3% em cabine, duas vezes por semana por dez sessões, e neste período se autoaplicaram o ácido tranexâmico a 1,5% duas vezes ao dia, sendo orientadas a realizar a fotoproteção a cada duas horas. Como forma de avaliação utilizouse de anamnese, registros fotográficos 44

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e questionário. Pode-se relatar melhora significativa, sendo visível o clareamento desta hipercromia. Desta forma, concluise que o ácido tranexâmico é eficiente para o tratamento de melasmas. Palavras-chave: Ácido tranexâmico. Melasma. Tratamento. ABSTRACT This work is based on the need to deepen the knowledge of using an under-studied substance for topical use, proposing new form of treatment for melasma, as this is a common disease that affects large numbers of women and may appear at different stages of life. The objective is to verify the effectiveness of the application of tranexamic acid to 3% for the treatment of melasma. This research it is a case study where the subjects received topical application of tranexamic acid in 3% cabin twice a week for ten hours, and in this period is applied the self tranexamic acid 1,5% twice day, being guided to perform photoprotection every two hours. As the assessment was used

to interview, photographic records and questionnaire. You can report significant improvement, with visible whitening of this hyperpigmentation. Thus, it is concluded that tranexamic acid is effective for the treatment of melasma Keywords: Tranexamic acid. Melasma. Treatment. 1Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Estética Funcional Avançada Faculdade Assis Gurgacz – Cascavel/PR. 2Docente Orientador - Faculdade Assis Gurgacz - Cascavel/PR. INTRODUÇÃO O melasma é uma discromia hipercrômica adquirida, caracterizada pela formação de máculas acastanhadas, de contornos irregulares, porém nítidos. De acordo com estudos realizados, esta hipermelanose acomete homens e mulheres de todas as raças, contudo é mais frequente em mulheres de fototipos intermediários (BARROS et al., 2007;

FEOLA et al., 2009; GANCHOROSKI e CORRÊA, 2005; MIOT et al., 2009). Apesar da etiologia do melasma não estar completamente elucidada, sabe-se que múltiplos fatores estão envolvidos. Todavia, a exposição sem proteção à radiação solar é classificada como causa principal. Desta forma, áreas fotoexpostas são mais atingidas, como as regiões supra labial, frontal e malar (FEOLA et al., 2009; MIOT et al., 2007; PURIM e AVELAR, 2012; STEINER et al., 2009). Esta hipermelanose é resultante do acúmulo exacerbado de melanina (pigmento que define a coloração da pele) em determinadas regiões. A melanina é produzida pelos melanócitos, mas a sua síntese (processo de melanogênese) ocorre em organelas especializadas denominadas melanossomas, os quais também realizam o armazenamento do pigmento. Os melanócitos localizam-se na epiderme e realizam o transporte da melanina através de suas ramificações dendríticas até os queratinócitos, sendo estes células de mesma localização e que compõem a camada externa da pele (BARROS et al., 2007; MIOT et al., 2009; RIBEIRO, 2010; YAMAGUCHI, BRENNER e HEARING, 2007). A quantidade de melanócitos varia em cada região do corpo, uma vez que esta diferenciação pode ser analisada conforme o número de queratinócitos, pois para cada melanócito existem cerca de trinta e seis queratinócitos; e por medidores específicos como o fator de crescimento fibroblástico básico. Juntos, estes dois fatores definem o número de melanócitos conforme a necessidade de cada parte do corpo (MIOT et al., 2009). Segundo Nicoletti et al. (2002) e Suzukawa (2012), ao chegar aos queratinócitos, a pigmentação formada nos melanossomas os envolve, formando uma barreira de proteção contra radiação ultravioleta, visto que ao realizar exposição solar sua atividade elevase, muitas vezes ocorrendo produção desordenada, a qual acarreta estas desordens pigmentares. Miot et al. (2009) e Nicoletti et al. (2002) relatam que após a exposição à radiação ultravioleta ocorre aumento dos melanócitos, da atividade da tirosina (enzima necessária para síntese de melanina) e do número dos melanossomas transferidos aos

queratinócitos, sendo uma reação defensiva, que tem como resultado uma pele mais pigmentada. Segundo Kim et al. (2007), Kim et al. (2012) e Steiner et al. (2009), o acúmulo da radiação ultravioleta induz um processo inflamatório dérmico que ativa o fator de crescimento fibroblástico básico, sendo que este estimula o crescimento dos melanócitos, aumentando a pigmentação. Este processo inflamatório também age modificando as células endoteliais dos vasos sanguíneos, com consequente liberação de citocinas (células desencadeadoras de respostas imunológicas) e fatores solúveis como o plasminogênio. Segundo os autores, este fator solúvel está presente nas células basais da epiderme e é convertido em plasmina pela ação do ativador do plasminogênio, que é gerado pelos queratinócitos e aumenta a atividade dos melanócitos. A plasmina, quando formada, estimula a produção de fosfolipase A2, enzima que hidrolisa fosfolipídeos das membranas em ácido araquidônico, o qual é percussor de fatores melanogênicos. Além disso, existe uma conexão entre a vascularização e a pigmentação cutânea, sendo observado aumento do número e tamanho dos vasos sanguíneos na lesão do melasma, ou seja, angiogênese local (formação de novos vasos sanguíneos), também induzido pela radiação ultravioleta crônica. Esta reação proporciona maior produção de fatores ligados ao aumento vascular, como o fator de crescimento endotelial vascular e fator de crescimento fibroblástico básico. O fator de crescimento endotelial vascular possui poder estimulador da fosfolipase A2, liberando ácido araquidônico, que por fim, afeta novamente a melanogênese, estimulando ainda mais a formação de melasmas. (CARVALHO, CARVALHO e SANTOS, 2004; KIM et al., 2007). Diante da elevada incidência desta discromia, tem-se produzido muitos estudos em busca de um tratamento eficiente, porém é notável a dificuldade de desenvolvimento de uma terapia com resultado satisfatório. Isto é preocupante, visto que o melasma afeta negativamente o estado psicológico dos acometidos (GONCHOROSKI e CÔRREA, 2005; LUDWIG et al., 2009; STEINER et al.,

2009; WEBER et al., 2006). Para tanto, diversas alternativas são empregadas na tentativa de resultados mais efetivos, sendo que cada uma possui mecanismo de ação particular (GONCHOROSKI e CÔRREA, 2005). O ácido tranexâmico é uma substância utilizada classicamente como agente antifibrinolítico, empregado para evitar a perda excessiva de sangue em hemorragias. Todavia, estudos recentes sugerem o uso dessa droga para o tratamento do melasma, porém sua ação para esta disfunção estética ainda não está totalmente comprovada (DUANGRAT, WONGSRI e PANGPAIBUL, 2007; KIM et al., 2012). Conforme descrito na literatura, o ácido tranexâmico inibe o ativador de plasminogênio, evitando a conversão do plasminogênio em plasmina, assim a síntese dos percussores de melanina, descritos anteriormente, é bloqueada (DUANGRAT, WONGSRI e PANGPAIBUL, 2007; KIM et al., 2012; MAEDA e TOMITA, 2007; STEINER et al., 2009; YUAN et al., 2013). Outro importante ponto a ser destacado é que o ácido tranexâmico pode reverter danos causados aos vasos sanguíneos, pois acelera significativamente a recuperação da barreira cutânea, diminuindo a produção de fatores ligados ao crescimento vascular, como o fator de crescimento endotelial vascular e o fator de crescimento fibroblástico básico (KIM et al., 2007; YUAN et al., 2013). Consequentemente, a produção de pigmento no local das lesões de melasma é diminuída. (DUANGRAT, WONGSRI e PANGPAIBUL, 2007; KIM et al., 2012; MAEDA e TOMITA, 2007; STEINER et al., 2009; YUAN et al., 2013). Frente ao exposto, o presente artigo tem como objetivo analisar a eficácia da aplicação tópica do ácido tranexâmico a 3% para o tratamento de melasmas. MATERIAIS E MÉTODOS Inicialmente o projeto de pesquisa foi encaminhado à Plataforma Brasil para ser analisado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos da Faculdade Assis Gurgacz – Cascavel/PR. Após a aprovação os procedimentos foram iniciados, sendo que o experimento foi desenvolvido nas dependências da clínica de estética Estética Com Ciência

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Corpo e Pele, no município de Corbélia/ PR. Trata-se de um estudo de caso experimental-prospectivo realizado de maneira horizontal, em que foram estudadas dez voluntárias com idade entre 25 e 35 anos, do sexo feminino, com diagnóstico clínico de melasma em região de face, sendo que todas possuíam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido preenchido e assinado. Os critérios de exclusão foram período gestacional, patologias onde se contra indica a aplicação do ácido tranexâmico, ausentar-se ao tratamento e intolerância ao principio ativo. A partir da inclusão no estudo, as voluntárias submeteram-se à aplicação tópica do ácido tranexâmico 3% duas vezes por semana sendo protocolo feito em cabine, juntamente com a autoaplicação do mesmo produto na concentração de 1,5% duas vezes ao dia home care. As voluntárias foram instruídas a realizarem a aplicação do protetor solar de duas em duas horas como forma de proteção. Os dados foram coletados inicialmente por meio de ficha de anamnese, juntamente com o registro fotográfico com a câmera digital Sony NEX-F3K 16.1 Megapixels, com consentimento das participantes da pesquisa. Ao final do tratamento realizou-se novamente o registro fotográfico e as voluntárias responderam um questionário para mensurar o grau de satisfação perante o resultado do procedimento. RESULTADOS Dez mulheres completaram o estudo e, segundo a anamnese efetuada, todas estavam aptas a realizar o tratamento. Inicialmente as participantes relataram que o melasma causa alto impacto negativo na qualidade de vida. Por este motivo, as dez voluntárias já faziam uso de protetor solar, porém não efetuavam a reaplicação do produto durante a exposição à radiação ultravioleta, sendo que esta ocorrência era frequente. As hipercromias evoluíram para um tom mais claro, tornando-se menos perceptíveis. Das dez participantes, seis obtiveram melhoras mais evidentes; contudo, nas outras quatro houve uniformização da tonalidade da pele, deixando-a iluminada e com mais viço. Ao analisar os registros fotográficos, as regiões supra labial e malar foram as 46

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que apresentaram melhores resultados, sendo também as que possuíam os melasmas mais críticos, tanto na questão de dimensões, quanto na tonalidade da mancha. Uma participante apresentava eritema constante na pele, porém o registro fotográfico após o tratamento demonstrou diminuição da vermelhidão. A Figura 1 demonstra exemplo de avaliação fotográfica. Na autoavaliação quanto à melhora do melasma, 1% das participantes relataram grau de satisfação nove em escala de um a dez; 2% satisfação seis; 3% satisfação oito; e 4% satisfação sete (Gráfico 1). Todas as voluntárias apresentaram boa tolerância ao principio ativo e seu veículo. Sendo assim, não houve relato de efeitos colaterais, tanto nas aplicações em cabine quanto no uso home care. DISCUSSÃO Este estudo procurou verificar a eficácia da aplicação tópica do ácido tranexâmico como nova opção de tratamento para

o melasma. O experimento baseouse em vários aspectos, como por exemplo, anamnese, evolução fotográfica, impressão visual das voluntárias, tolerância à droga e ao veículo. Dentre as avaliações, primeiramente deve-se descrever a anamnese, a qual revelou que todas as voluntárias faziam uso do protetor solar, porém não realizavam a reaplicação do produto e suas

exposições à radiação ultravioleta eram frequentes. Consequentemente elevamse as chances de possuírem melasmas decorrentes dessa fotoexposição. Como segundo caso descreve-se o acompanhamento fotográfico onde a melhora das máculas foi visivelmente positiva. Em um estudo realizado por Steiner et al. em 2009, utilizando comparativo em aplicações do ácido tranexâmico tópico e injetável, também foi possível verificar o clareamento dos melasmas, porém é mais evidente na aplicação intradérmica. Suas pacientes realizaram a aplicação tópica domiciliar duas vezes ao dia em concentração de 3% durante doze semanas, sendo concentração e tempo de tratamento maiores do que a deste estudo. Contudo, sua amostra foi orientada a realizar a fotoproteção a cada quatro horas; este estudo orientou a fotoproteção de duas em duas horas deixando as candidatas menos vulneráveis aos efeitos da radiação. Manosroi et al. (2002) descreve em seu trabalho que o uso tópico é mais adequado para prevenção da pigmentação induzida por radiação ultravioleta e clareamento com longo tempo de tratamento; já a aplicação intradérmico intralesional possuí ação de clareamento rápido, exatamente como apresentado nesta abordagem e também no teste de Steiner et al. (2009). O terceiro ponto analisado é o grau de satisfação das voluntárias. Nota-se que o mesmo número de pacientes que obtiveram melhores resultados através da avaliação fotográfica também relatou maior satisfação perante o tratamento. Vale destacar que todas avaliaram seu conceito de satisfação acima de cinco em escala de um a dez. Neste contexto, ressalta-se que apesar de apresentar-se apenas como uma desordem inestética benigna da alteração da pigmentação, o melasma pode ser muito impactante na vida social dos acometidos. Consequentemente, é de suma importância verificar a satisfação das voluntárias após o término do estudo. Apesar da boa evolução, acredita-se que o tempo de tratamento foi curto, visto que o ácido tranexâmico não age diretamente sobre os melanócitos, mas sim sobre os seus percussores, tendo ação indireta. A concentração do princípio ativo

também é um aspecto a ser observado. Perante o experimento de Steiner et al. (2009) com uso a 3% duas vezes ao dia, a do estudo em questão, com aplicações diárias de 1,5%, foi relativamente baixa. A falta de literaturas que instruam sobre dosagem adequada, frequência de aplicações e tempo de tratamento é evidente. Durante o período de uso do ácido tranexâmico nenhuma das voluntárias apresentou reações adversas, como por exemplo, ardência e sensibilidade na região tratada, eritema ou até mesmo o aumento do melasma. A substância mostrou-se segura para o uso tanto em cabine quanto a domicílio. Kim et al. (2012) referiu em seus estudos que o uso do ácido tranexâmico tanto via oral quanto o tópico é simples, confortável e de baixo custo. CONCLUSÃO A aplicação tópica do ácido tranexâmico a 3% mostrou-se eficaz para o tratamento de melasmas, sendo um método seguro e sem efeitos colaterais, tornandose assim uma substância promissora para o mercado da estética. Sugere-se, porém, que novos estudos sejam elaborados, visto que poucos pesquisadores se detiveram a realizar ensaios práticos sobre esta substância para tal finalidade. Desta forma, aconselha-se aprofundar o estudo para que se possa definir dosagem adequada, tempo de tratamento e frequência de aplicações. Além disso, recomenda-se avaliar o uso do ácido tranexâmico juntamente com outras formas de tratamento, como peelings químicos e físicos, visando melhores resultados. Todavia, vale destacar que a fotoproteção é o primeiro passo a ser dado, o qual previne a formação desta discromia e de outras patologias que podem vir a acontecer. REFERÊNCIAS BARROS, J.A.; FILHO, C.A.S.M.; MARTINS, L.C.; PETTINATI, J.; PINHAL, M.A.S. Vitiligo: avaliação histológica e clínica após curetagem sequencial. Revista Anais Brasileira de Dermatologia. Vol. 82 n. 4, 2007. CARVALHO, W.A.; CARVALHO, R.D.S.; SANTOS, F.R.; Analgésicos inibidores específicos da ciclo-

oxigenase-2: avanços terapêuticos. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 54 n.3, 2004. DUANGRAT, C.; WONGSRI, K.; PONGPAIBUL, Y. Spectrofluorimetric determination of tranexamic acid in hydrogel patch formulations by derivatization with naphthalene-2, 3dicarboxaldehyde/cyanide. Journal of cosmetic science, n. 58, p. 215-227, 2007. FEOLA, C.; STEINER, D.; BIALESKI, N.; SILVA, F.A.M.; ANTIORI, A. C.P.; ADDOR, F.A.A.A.; FOLINO, B.B. Estudo de avaliação da eficácia do ácido tranexamico tópico e injetável no tratamento do melasma. Surgical & Comesmetic Dermatology. Vol. 1 n. 2, p. 174-177, 2009. GONCHOROSKI, D.D.; CÔRREA, G.M. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Infarma. Vol. 17 n. 3/4, 2005. KIM, E.H.; KIM, Y.C.; LEE, E.S.; KANG, H.Y. The vascular characteristics of melasma. Journal of dermatological science. n. 46, p. 111-116, 2007. KIM, J.K.; CHANG, S.E.; WON, C.H.; LEE, M.W.; CHOI, J.H.; LUA, K.C. Dramatic improvement of long lasting post-inflammatory hyperpigmentation by oral and topical tranexamic acid. Journal of Cosmetics, Dermatological Sciences and Applications, n. 2, p. 6263, 2012. LUIDWIG, M. W. B.; OLIVEIRA, M. S.; MULLER, M. C.; MORAES, J. F. D. Qualidade de vida e localização da lesão em pacientes dermatológicos. Anais Brasileiros de Dermatologia. Vol. 84 n. 2, p. 143-150, 2009. MAEDA, K.; TOMITA, Y. Mechanism of the inhibitory effect of tranexamic acid on melanogenesis in cultured human melanocytes in the presence of keratinocyteconditioned medium. Journal of cosmetic science, n. 53, pg. 389-396, 2007. MANOSROI, A.; PODJANASOONTHON, J.; MANOSROI, J. Developmente of novel topical tranexamic acid lipossome formulations. Internat Journal of Pharmaceutics. n 235, p. 61-70, 2002.

MIOT, L.D.B.; MIOT, H.A.; SILVA, M.G.; MARQUES, M.E.A. Estudo comparative morfofuncional de melanócitos em lesões de melasma. Revista Anais Brasileiros de Dermatologia. Vol 82 n. 6, 2007. MIOT, L.D.B.; MIOT, H.A.; SILVA, M.G.; MARQUES, M.E.A. Fisiopatologia do melasma. Revista Anais Brasileiros de Dermatologia. Vol. 84 n. 6, 2009. NICOLETTI, M.A.; ORSINE, E.M.A.; DUARTE, A.C.N.; BUONO, G.A. Hipercromias: aspectos gerais e uso de despigmentantes cutâneos. Cosmetics & Toiletries. Vol. 14, 2002. PURIM, K.S.M.; AVELAR, M.F.S. Fotoproteção, melasma e qualidade de vida em gestantes. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Vol. 34 n. 5, 2012. RIBEIRO, C.J. Cosmetologia aplicada a dermoestética, 2º ed., São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010. STEINER, D.; FEOLA, C.; BIALESKI, N.; SILVA, F.A.M. Tratamento do melasma: revisão sistemática. Surgical & Comesmetic Dermatology. Vol. 1 n. 2, p. 87-94, 2009. SUZUKAWA, A.A. Papel da feomelanina na formação de lesões oxidativas pelo oxigênio molecular singlete em DNA e em células de melanoma humano. 2012. Tese. (Pós Graduação em CiênciasBioquímicas) – Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. WEBER, M. B.; MAZZOTTI, N. G.; PRATI, C.; CESTARI, T. F. Aferição da qualidade de vida na avaliação global do paciente dermatológico. Revista HCPA. Vol. 26 n.2, 2006. YAMAGUCHI, Y.; BRENNER, M.; HEARING, V. J. The Regulation of Skin Pigmentation. The Journal of Biological Chemistry. Vol. 2282 n. 38, 2007. YUAN, C.; WANG, X.M.; YANG, L.J.; WU, P.L.; Tanexamic acid accelerates skin barrier recovery and upregulates occluding in damaged skin. International Journal of Dermatology, 2013.

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e sudoríparas. (GONCHOROSKI et al, 2005) A hipoderme ou tecido subcutâneo é composto por tecido adiposo e é responsável pela união da derme aos órgãos subjacentes, participa no isolamento térmico e na proteção mecânica do organismo á traumatismos externos e facilita no deslizamento da pele sobre as estruturas subjacentes. (SAMPAIO; RIVITTI, 2001; KUHNEN, 2010)

Figura: Sistema Tegumentar Fonte: http://www.derizefernandes.med.br/dicas/pele.htm

SÃO PAULO - 2015 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA Bruna Cicero Bitencourte; Estephany Silva Cicero Bitencourte; Juliana Pires de Amaral

Eficácia do peeling de ácido glicólico no rejuvenescimento facial INTRODUÇÃO A pele humana é uma barreira entre o organismo e o meio ambiente que protege o corpo tanto da perda de substâncias, quanto contra as influências externas, além de controlar ou até mesmo impedir a penetração de corpos estranhos no corpo (GUIRRO, GUIRRO 1999). A pele é o maior órgão do corpo humano, que tem como função o revestimento, defendendo-nos contra agressores externos. É constituída por três camadas de tecidos; a epiderme que é a camada superior, a derme que é camada intermediária e a hipoderme ou tecido subcutâneo que é a camada mais profunda, que não é considerada parte da pele, mas serve como suporte e união com os órgãos e tecidos (Batistela, 2007; Sant’ 48

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Anna, 2003; Freitas,2010). A epiderme é divida em cinco camadas, da mais superior a mais profunda são elas: estrato córneo, onde se encontra grande quantidade de queratina e células mortas (queratinócito) e ocorre a descamação, estrato lúcido contém células afastadas e de núcleo pouco aparente, estrato granuloso contém grânulos (queratohialina) precursores de queratina do estrato córneo, estrato espinhoso contém células justa postas e ajudam a dar resistência ao atrito e por último temos a camada basal onde acontece frequentemente a renovação celular (BORGES, 2010). A derme é totalmente vascularizada e responsável por nutrir a epiderme, nela encontram-se células de defesa, fibras de colágeno, elastina, reticulares e glândulas sebáceas

A pele é igual a qualquer outro órgão do corpo, ele começa a envelhecer depois dos vinte anos quando ocorre alterações celulares, a maioria delas já são programadas geneticamente. O envelhecimento é uma mudança esperada, previsível, que não tem como ser evitada e é progressiva. Mas a qualidade do envelhecimento depende de diversos fatores como : o estilo de vida, e as modificações fisiológicas, histológicas e clinicas devido ao envelhecimento cutâneo facial que causam alterações no tecido (GUIRRO,GUIRRO., 2004; Gabriel, GOMES., 2006; GILCHREST, KRUTMANN., 2007). O envelhecimento ocorre tanto pelo processo natural da vida, que é o chamado envelhecimento intrínseco, onde ocorrem modificações como o ressecamento da pele, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição da espessura da pele, como também podem ocorrer por fatores extrínsecos por influência das radiações ultravioleta, vento, umidade, etilismo, tabagismo e má alimentação. O envelhecimento devido a exposição a raios ultravioletas é conhecido como foto envelhecimento, onde ocorre a degeneração das fibras elásticas e colágenas, aparecimento de manchas pigmentadas e ocorrências de lesões malignas e pré-malignas ( VELASCO, et al.,2004; FITZPATRICK TB, et al.,1999; BORGES, et al., 2010). Ainda não se sabe a exata natureza do envelhecimento, só suas consequências. Há varias teorias, como a do relógio biológico, a da multiplicação celular, a das reações cruzadas de macro moléculas, a dos radicais livres, a do desgaste e a autoimune (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Os radicais livres são um importante fator de envelhecimento celular, derivam-se de reações bioquímicas (metabolismo celular), necessárias para o funcionamento correto das células. Os radicais apresentam moléculas altamente instáveis e reativas em relação as moléculas normais. E na tentativa de manter

estabilidade roubam os elétrons de outras moléculas ou átomos, causando danos. Na reparação desses danos, o organismo providência neutralizações através de enzimas especifica chamados de antioxidantes, existindo uma ampla categoria, como polifenóis, vitamina C, E, A, selênio, cobre, zinco. Hoje a indústria farmacêutica dispõe de muitas substâncias e ativos utilizados como suplementos para prevenir o aparecimento de patologias (PETROCCA, 2010) As rugas podem ser transversais; glabelares e periorais; linhas de expressão; as paptoses do nariz; do mento; das pálpebras inferiores e superiores, das bochechas e no sulco nasogeniano.Diversos autores se propõem a explicar os fenômenos biológicos responsáveis pelo envelhecimento humano, mas nenhuma é completa o suficiente para ser universalmente aceita. Envelhecimento, ou a senilidade, é um processo que ocorre naturalmente desde que nascemos é definido como um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis (CUCE ; FESTA, 2001). Devido algumas alterações inestéticas na face causadas por modificações histológicas e fisiológicas ocorridas no envelhecimento cutâneo facial, resultam em algumas alterações como as rugas. Sendo essa uma das causas pela procura do peeling de acido glicólico a fim de retardar esse processo. Atualmente os tratamentos para o rejuvenescimento vêm crescendo muito, devido ao aumento da preocupação da população com a saúde e com a aparência física (VELASCO, 2004). O peeling químico pode ser chamado de quimioesfoliação, dermopeeling ou quimiocirurgia e são classificados como ácidos por serem substâncias que possuem o Ph inferior ao da pele, onde aplicados tornam a região ácida, possibilitando a esfoliação, que poderá ser muito superficial, superficial, médio ou profundo, dependendo da sua porcentagem e seu Ph (BORGES, 2006; BORGES 2010). O grupo de classificação dos peelings é de acordo com o nível de profundidade da necrose tecidual provocada pelo esfoliante: - Muito superficial: irá afinar ou remover o estrato córneo, a última camada da epiderme. - Superficial: atinge parte ou toda epiderme em qualquer parte do estrato granuloso até a camada basal. - Médio: atinge toda a epiderme e parte ou toda a derme papilar. - Profundo: atinge toda a epiderme, derme papilar e parte ou toda derme reticular (GUERRA,2013). O peeling químico glicólico é uma técnica indicada para tratar manchas, cicatrizes, acnes, redução de poros e linhas de expressão o que irá deixar a pele com um aspecto mais saudável e uniforme. O peeling por ácido glicólico causa pouca irritação e é pouco foto sensibilizante, ele é caracterizado por não ter efeito tóxico a nível sistêmico. Mas sempre observar a quantidade de concentração de ácido a ser usado, visando sempre o nível superficial (ZAMPRONIO, 2011). O acido glicólico faz parte dos alfa-hidroxiacidos (AHA’S) é encontrado em alimentos naturais, como a cana de açúcar e possui boa absorção em diferentes camadas da pele e age afinando o estrato córneo, promovendo uma maior hidratação e ajudando na renovação da epiderme (TEDESCO, 2007; Estética Com Ciência

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O peeling de acido glicólico é utilizado de 40% a 70%, o tempo de uso varia, mas deve-se permanecer na pele por média de 5 minutos, após o tempo neutraliza-se com água (MORASTONI, 2010). O ácido glicólico por fazer parte dos alfa- hidroxiácidos é um dos mais utilizados pois são diferenciados pelo tamanho da molécula, enquadrando-se na menor cadeia carbônica e com maior poder de penetração, quanto mais concentrado for um ácido, menor será o seu pH, sendo assim, mais rápida será a sua permeabilidade (AMARAL, 2007; GUERRA, 2013). A ANVISA, considera o pH um elemento muito importante para a segurança dos pacientes, pois assim evita cicatrizes, discromias, hipercromias e infecções (BORGES,2006). O paciente precisa ser orientado que após a aplicação de qualquer peeling, se faz necessário o uso de filtro solar em toda a região de aplicação, evitando exposição solar, para que não apareça manchas, queimaduras ou a piora da patologia (DEPREZ, 2007). O peeling químico é utilizado para melhorar a aparência da pele, provocando esfoliação, a separação, descamação e o surgimento de uma nova pele, bem mais nova e com menor número de rugas ( AKIYOSHI, 2009). Como uma das técnicas de rejuvenescimento da pele mais antigas, o peeling constitue um grupo específico de tratamento, onde tem como principal benefício a regeneração da epiderme e derme, através dos agentes esfoliantes na pele, o que irá gerar uma destruição da epiderme e da derme (GUERRA, 2013)

Figura: paciente antes e depois do procedimento de peeling químico http://www.fotosantesedepois.com/peeling-facial/ Acesso : 03 Out 2015 Reduz significativamente a velocidade do processo de envelhecimento, além de trazer melhorias na textura da pele, tornando a pele mais luminosa, retirando manchas de acnes, marcas e garantindo maior elasticidade (AKIYOSHI, 2009). Contudo, o peeling é contra indicado nos casos de: -Fotoproteção inadequada, -Gestantes -Estresse -Utilizando isotretinoína oral há menos de 6 meses -Má cicatrização/ queloides -Histórico de hipopigmentação ou hiperpigmentação pósinflamatória -Déficit de compreensão e seguir as orientações (BORGES, 50

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2010). As complicações dos peelings aumentam de acordo com a profundidade, quanto mais profundo maiores o risco, um peeling superficial é incapaz de causar hiperpigmentação ou hipopigmentação e até mesmo cicatrizes (AKIYOSHI, 2009). OBJETIVO: Eficácia do peeling de acido glicólico no rejuvenescimento facial. METODOLOGIA O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica. O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consultas às seguintes bases de dados científicos: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Dedalus (Banco de Dados Eletrônicos da USP), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Google Acadêmico. A busca foi retrospectiva limitando-se aos artigos científicos publicados entre 1997 e 2015, com uso dos seguintes descritores: Ácido Glicólico; Peeling; Rejuvenescimento. Como critério de inclusão para a seleção do material pesquisado foram considerados os materiais publicados em língua portuguesa e na língua inglesa, na íntegra, escritos por profissionais da saúde e que contemplam os objetivos da pesquisa. RESULTADOS De acordo com estudos realizados por Guerra, (2013), o peeling age por meio 03 mecanismos, causando alterações na pele. O primeiro é a descamação do estrato córneo, originando assim a aceleração do crescimento da epiderme. O segundo é agindo sobre a destruição do tecido lesado, pois assim há uma substituição por um tecido mais novo, obtendo um resultado mais satisfatório esteticamente falando. Já o terceiro age por meio de uma reação inflamatória mais profunda do que a necrose provocada pela esfoliação do tecido. Já de acordo com estudos realizados por OBAGI, ( 2004) o peeling remove o estrato córneo, acima da camada basal. Porém, esses procedimentos são considerados uma correção temporária da epiderme, sem efeito algum em processos mais profundos da pele como : rugas e cicatrizes, mesmo se usado frequentemente. Os estudos realizados por Borges (2006) apontam que o tempo de aplicação é variável dependendo dos objetivos que o paciente pretende alcançar, do ácido utilizado, da sua concentração, do seu pH e do tipo de pele a ser aplicada. Estudos realizado por AKIYOSHI (2009), já publicados procuravam uma metodologia mais específica para validar de maneira segura o uso do ácido glicólico nos pacientes em rejuvenescimento facial, uma vez que trata-se de um ácido amplamente utilizado na terapêutica que em concentrações muito elevadas pode levar a resultados não esperados como irritações da pele. Segundo Mene (2012) o acido glicólico, promove melhoras em relação ao tratamento de rugas superficiais, por aumentar a síntese de glicosaminoglicanas, que tem capacidade de fixar a molécula de H2O nos tecidos, aumentando o turgor da pele melhorando assim o aspecto das rugas superficiais e medias, tendo outras substancias intercelulares na derme que

aumentam sua síntese, estimulando os fibroblastos a produzir colágeno e elastina. De acordo com Eficácia (200) o ácido glicólico é utilizado no rejuvenescimento da pele, diminuindo a espessura e compactação do estrato córneo, estimula a síntese de colágeno e é hidratante. É aplicado como peeling em uma concentração de 70% usado em tratamento de acne, hipercromia e atenuação de rugas finas.CONSIDERAÇÕES FINAIS A abordagem realizada neste estudo tem como principal objetivo descrever eficácia do peeling de ácido glicólico no rejuvenescimento facial. Dê acordo com os achados a eficácia do peeling, depende do ponto de vista de cada autor, pois é um assunto que divide opiniões. Na nossa opinião, o peeling de ácido glicólico, age como uma forma de prevenção das linhas de expressão, pois como realiza uma descamação do estrato córneo a cada sessão a pele fica mais fina, com isso retarda o aparecimento de rugas e linhas de expressão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKIYOSHI, Nilson Heidi. Peeling químico: utilização e modalidades existentes na medicina estética. Curitiba, 2009. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2011/10/PEELINGQUIMICO-UTILIZACAO-E-MODALIDADES-EXISTENTES-NAMEDICINA-ESTETICA.pdf>. Acesso: 03 Out 2015. AMARAL, Cíntia Netto. Tratamentos em Estrias: um levantamento teórico da microdermoabrasão e do peeling químico. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Cintia%20Netto%20do%20 Amaral%20e%20Joziana%20Cristina%20Weiss%20Benites.pdf>. Acesso: 03 Out 2015. BATISTELA, M.A.; CHORILLI, M.; LEONARDI, G.R. Abordagens no estudo do envelhecimento cutâneo em diferentes etnias. Rev. Bras. Farm., v.88, n.2, p.59-62, 2007. BORGES, F. S. Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flavia Acedo; JAHARA, Rodrigo Soliva. Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas, 2010 CAMPOS, et al. Histopathological, morphometric, and stereologic studies of dermocosmetic skin formulations containing vitamin A and/or glycolic acid. J. Cosmet. Sci., v.50, p.159-170, 1999. CUCE, LUIS CARLOS; FESTA NETO, CYRO. Manual de dermatologia. 2.ed. Sao Paulo: Atheneu, 2001. DEPREZ, PHILIPE. Peeling químico: superficial, médico e profundo. Editora Revinter LtDA, 2007. Fitzpatrick TB, Freedberg IM, Eisen AZ et al. Fitzpatrick’s dermatology in General Medicine. New York, 5 th ed, 1999. FREITAS, Letícia Delfino Oliveira. O processo de envelhecimento natural da pele do idoso. Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http:// www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/24872/000749705. pdf?sequence=1>. Acesso: 04 Out 2015. GILCHREST, B. A.; KRUTMANN. J. Envelhecimento cutâneo. Rio de Janeiro Koogan, 2007. GOMES, Rosaline Kelly. GABRIEL, Marlene. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. Livraria Medica Paulista Editora,

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Artigo apresentado ao Instituto Brasileiro de Eletroterapia e Cosmetologia (Ibeco) como exigência parcial para aprovação no curso de Pós-graduação Lato Sensu. Área de concentração: Biomedicina Estética. Autores: João Antão Fernandes Junior Maria Cristina Sartorato Regiane Monteiro Orientadora - Valéria Oliveira Fontes Co-orientadora - Vivian Maria Souza de Carvalho

CARBOXITERAPIA, CAFEISILANE C E TERAPIA COMBINADA NA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL RESUMO Objetivo: Avaliar a Carboxiterapia, a Cafeisilane C® e ambas em associação (terapia combinada) em diferentes graus de hiperpigmentação periorbital (HP), bem como analisar o tempo necessário à melhora clínica. Método: Trata-se de um estudo randomizado controlado, onde foram selecionadas 30 pacientes do sexo feminino com hiperpigmentação periorbital, com idade entre 20 e 50 anos (média de 34,2 anos), e pele de fototipo I, II, III e IV. Tais pacientes foram distribuídas em três grupos, de acordo com a severidade da hiperpigmentação periorbital (leve, moderada ou intensa), e também foram aleatoriamente divididas em outros 3 grupos (10 pacientes por grupo), para a submissão aos seguintes tratamentos estéticos: Grupo 1 – Tratamento com Carboxiterapia, Grupo 2 - Tratamento com o princípio ativo de Cafeisilane C® à 5%, Grupo 3 - Terapia combinada com Carboxiterapia e Cafeisilane C® à 5%. O método de avaliação da eficácia dos tratamentos foi por análise semi-qualitativa, onde a região orbicular das pacientes em tratamento foi fotografada e avaliada nas sessões quinzenais. Resultados e Conclusão: Houve melhora clínica em 53,3% das pacientes submetidas aos tratamentos propostos no estudo. A Carboxiterapia apresentou resultados satisfatórios em 50% dos casos, a Cafeisilane C® em 30%, e a Carboxiterapia associada à Cafeisilane C® em 80% dos casos. A Carboxiterapia foi mais efetiva em graus leves e moderados de HP, sendo que em graus leves, o tempo necessário variou entre 15 e 30 dias de aplicação, e em graus moderados, 45 dias. A aplicação da Cafeisilane C® demonstrou efetividade somente nos casos de HP grau leve, necessitando de 60 dias de aplicação diária. Já a Carboxiterapia associada à Cafeisilane C® demonstrou 52

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efetividade em 80% dos casos. Em relação aos graus de HP, foi efetiva em todos os grupos, sendo que em grau leve foram necessários 15 dias de tratamento, e em grau moderado de 30 a 45 dias. Já em grau intenso, foi necessário de 60 a 75 dias de tratamento. Palavras-chave: Carboxiterapia; Cafeisilane Hiperpigmentação Periorbital; Olheiras.

C;

INTRODUÇÃO A hiperpigmentação periorbital (HP), popularmente conhecida como “olheira”, é caracterizada pelo escurecimento da área dos olhos, formando máculas e manchas hipercrômicas. Acomete indivíduos de ambos os sexos, todas as idades e raças, principalmente descendentes de árabes, turcos, hindus e Ibéricos, piorando com o processo de envelhecimento da pele. Pode causar um grande desconforto ao indivíduo, já que proporciona à face um aspecto de cansaço1,2. O mecanismo importante no desenvolvimento da HP está relacionado à microcirculação lenta, e destaca-se em sua etiopatogenia a presença de pigmento melânico e pigmento hemossiderótico nos locais acometidos. A exposição solar excessiva e cumulativa aumenta a produção de melanina, diminui a espessura da pele e amplia a dilatação dos vasos, e pode ocorrer o extravasamento sanguíneo dérmico. Há liberação de íons férricos localmente, acarretando a formação de radicais livres que estimulam os melanócitos, gerando pigmentação melânica associada. Isso tudo envolve fatores intrínsecos determinados pela genética do indivíduo, e fatores extrínsecos, tais como exposição solar, tabagismo, etilismo, estresse físico e emocional, privação de sono. Os hormônios

também podem influenciar no aparecimento das HP. Mulheres com alteração hormonal durante o período menstrual, na gestação e na menopausa sofrem alterações na integridade da pele1,2. A literatura descreve métodos diferentes de tratamentos, dentre eles a utilização tópica da Cafeisilane C® e a Carboxiterapia3,4,5. A Carboxiterapia é uma técnica nova utilizada nas disfunções dermatológicas e estéticas. Caracteriza-se pelo uso terapêutico do gás carbônico medicinal com 99,9% de pureza, administrado de forma subcutânea, tendo como objetivo uma vasodilatação periférica e melhora da oxigenação tecidual. É indicada para o tratamento de arteriopatias, celulite, estrias, gordura localizada, pré e pós-operatório de cirurgia plástica, flacidez cutânea, cicatrizes e rejuvenescimento facial. Também é indicada no tratamento de patologias que são beneficiadas com o aumento da circulação e oxigenação tecidual, como é o caso da HP4. A Cafeisilane C® é um ativo de origem biotecnológica que associa cafeína pura e acido algínico (acido manurônico) à molécula do silanol (silício biologicamente ativo). Esta união de ativos confere uma ação lipolítica (cafeína e silício orgânico), reestruturando e firmando a pele (acido algínico e silício orgânico), conferindo ainda uma ação anti-inflamatória5. Na lipólise, a Cafeisilane C® age sobre o AMP cíclico, tendo como resultado a quebra de triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. Também reduz a formação e estocagem dos triglicerídeos nos adipócitos através da inibição da lipoproteína lipase5. Já na reestruturação do tecido, ocorre a invasão lipídica do tecido conjuntivo, provocando uma destruição das fibras elásticas, promovendo à desorganização das fibras de colágeno, e como consequência a reorganização do tecido conjuntivo durante o processo de lipólise. O silício biologicamente ativo (elemento estrutural do tecido conjuntivo) atua de forma acentuada sobre os processos regenerativos da pele, além de estimular a biossíntese de macro moléculas (colágeno, elastina, entre outros)5. Sendo assim, a Cafeisilane C® pode ser indicada em produtos para o cuidado do corpo com apelo anticelulítico, e também pode ser recomendado para reduzir bolsas e inchaços ao redor dos olhos, quando estas bolsas são um problema de acúmulo de gordura ou resultado de um edema5. O presente estudo tem como objetivo avaliar a Carboxiterapia, a Cafeisilane C® e ambas em associação (terapia combinada) em diferentes graus de hiperpigmentação periorbital, bem como analisar o tempo necessário à melhora clínica. MÉTODOS Trata-se de um estudo randomizado controlado, onde foram selecionadas 30 pacientes do sexo feminino com hiperpigmentação periorbital, com idade entre 20 e 50 anos (média de 34,2 anos), e pele de fototipo I, II, III e IV. Tais pacientes foram distribuídas em três grupos, de acordo com a severidade da hiperpigmentação periorbital (leve, moderada ou intensa), e também foram aleatoriamente divididas em outros 3 grupos (10 pacientes por grupo), para a submissão aos seguintes tratamentos estéticos: Grupo 1 – Tratamento com Carboxiterapia. Foi realizado a carboxiterapia na região orbicular em um

período de 75 dias divididos em 05 (cinco) sessões quinzenais, da seguinte forma: Assepsia do local com álcool 70%, infusão do gás carbônico medicinal (fluxo de 30 ml/min, sendo o volume total necessário à tumefação da área) por meio de um equipo apropriado para Carboxiterapia, com uma agulha descartável de 0,30X13 mm, utilizando o plano mesoepidérmico de aplicação (agulha em 25°). Grupo 2 – Tratamento com o princípio ativo de Cafeisilane C® à 5%. A Cafeisilane C® foi manipulada em formato roll on para os olhos (Cafeisilane C® a 5%, Serum qsp 15ml), e aplicada diariamente na região periorbital à noite, em um período de 75 dias (home care). As pacientes foram orientadas a aplicar uma pequena quantidade com movimentos suaves de dentro para fora nas pálpebras superiores, e de fora para dentro nas pálpebras inferiores, no período noturno, após higienização da pele. Grupo 3 – Terapia combinada com Carboxiterapia e Cafeisilane C® à 5%. Realizado a carboxiterapia na região periorbital em um período de 75 dias divididos em 05 (cinco) sessões quinzenais. A Cafeisilane C® foi aplicada diariamente na região periorbital à noite, em um período de 75 dias (home care). Este protocolo foi desenvolvido no Instituto Ibeco. O método de avaliação da eficácia dos tratamentos foi por análise semiqualitativa, onde a região orbicular das pacientes em tratamento foi fotografada e avaliada nas sessões quinzenais. Foi devidamente aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) às pacientes voluntárias para o estudo.

Figura 1. Delineamento experimental do estudo. Estética Com Ciência

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RESULTADOS A Figura 2 demonstra que das 30 pacientes participantes do estudo, 12 foram alocadas no grupo de HP grau leve, 10 no grupo de HP grau moderado e 8 no grupo de HP grau intenso. Das 12 pacientes com grau leve de HP, 3 foram submetidas ao tratamento pertencente ao Grupo 1, 5 ao Grupo 2, e 4 ao Grupo 3. Em relação as 10 pacientes com HP grau moderado, 4

foram submetidas ao tratamento pertencente ao Grupo 1, 3 ao Grupo 2, e 3 ao Grupo 3. Das 8 pacientes classificadas com HP grau intenso, 3 foram submetidas ao tratamento pertencente ao Grupo 1, 2 ao Grupo 2, e 3 ao Grupo 3.

A Tabela 1, que apresenta a efetividade dos tratamentos aplicados à HP, demonstra que das 30 pacientes participantes do estudo, 16 (53,3%) obtiveram efetividade frente aos procedimentos aplicados, e 14 (46,7%) não obtiveram êxito. Das 10 pacientes participantes do Grupo 1, 5 (50,0%) obtiveram

melhora e 5 (50,0%) não melhoraram. Referente ao Grupo 2, 3 (30,0%) obteve melhora e 7 (70,0%) não melhoraram. Quanto ao Grupo 3, 8 (80,0%) obtiveram melhora e 2 (20,0%) não melhoraram.

Figura 2. Distribuição das pacientes em graus Hiperpigmentação Periorbital nos grupos de tratamento.

de

O estudo da evolução das pacientes submetidas à Cafeisilane C (Grupo 2) levando em consideração os graus de HP (Tabela 3), demonstrou que das 5 pacientes com grau leve de HP, 2 (40,0%) não obtiveram melhora, 1 (20,0%) obteve melhora

Tabela 3. Evolução das pacientes pertencentes ao Grupo 2, em relação ao tempo e graus de Hiperpigmentação Periorbital.

Em relação ao estudo da evolução das pacientes submetidas à Carboxiterapia associada à Cafeisilane C (Grupo 3) levando em consideração os graus de HP, observou-se os seguintes resultados: das 4 pacientes com grau leve de HP, 3 (75,0%) obtiveram melhora após 15 dias de tratamento, e 1 (25,0%) obteve melhora após 30 dias de tratamento. Quanto às 3 Na análise da evolução das pacientes submetidas à Carboxiterapia (Grupo 1) levando em consideração os graus de HP, das 3 pacientes com grau leve de HP, 1 (33,3%) não obteve melhora, 1 (33,3%) obteve melhora após 15 dias de tratamento e 1 (33,3%) obteve melhora após 30 dias de tratamento. Em

relação as 4 pacientes com grau moderado de HP, 2 (50,0%) não obtiveram melhora, e 2 (50,0%) melhoraram após 45 dias de tratamento. Quanto as 3 pacientes com grau intenso de HP, 2 (66,7%) não obtiveram melhora, e 1 (33,3%) obteve melhora após 60 dias de tratamento, como observado na Tabela 2.

após 60 dias de tratamento e 2 (40,0%) obteve melhora após 75 dias de tratamento. Em relação as 5 pacientes com grau moderado e intenso de HP (3 e 2 respectivamente) nenhuma (100,0%) obteve melhora.

pacientes com grau moderado de HP, 1 (33,3%) não obteve melhora, 1 (33,3%) melhorou após 30 dias de tratamento, e 1 (33,3%) melhorou após 45 dias de tratamento. Tratando-se das 3 pacientes com grau intenso de HP, 1 (33,3%) não obteve melhora, 1 (33,3%) obteve melhora após 60 dias de tratamento, e 1 (33,3%) melhorou após 75 dias de tratamento (Tabela 4).

Tabela 4. Evolução das pacientes pertencentes ao Grupo 3, em relação ao tempo e graus de Hiperpigmentação Periorbital

Tabela 2. Evolução das pacientes pertencentes ao Grupo 1, em relação ao tempo e graus de Hiperpigmentação Periorbital.

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DISCUSSÃO A HP é uma preocupação da estética facial caracterizada por alterações na coloração de região periorbital do olho, que hoje em dia é uma queixa bem comum nos consultórios de estéticas por interferir na auto-estima dos pacientes1,2. Existem muitos cosméticos e técnicas que prometem amenizar este problema3,4,5, sendo, portanto, de grande importância o seu estudo, com a finalidade de se propor um progresso na terapêutica utilizada em consultórios de dermatologia e estética. Este estudo contempla a avaliação da Carboxiterapia, da Cafeisilane C® e de ambas em associação. Das 30 pacientes submetidas aos tratamentos propostos no estudo, 53,3% obtiveram melhora clínica, independente do tratamento, do grau da HP e do tempo de aplicação.

finalidade, seja para apoiar os resultados encontrados neste estudo, ou para propor outras técnicas e terapêuticas que auxiliem ou amenizem a HP.

Analisando os grupos individualmente, a Carboxiterapia apresentou resultados satisfatórios em 50% dos casos, corroborando os dados encontrados na literatura, que é de 50 a 60%6. Foi mais efetiva em graus leves (66,6%) e moderados (50,0%) de HP. Em graus leves, o tempo necessário variou entre 15 e 30 dias de aplicação, e em graus moderados, 45 dias. Podemos traduzir essas informações na efetividade da Carboxiterapia em média de 3 sessões, já que a aplicação foi conduzida quinzenalmente. Já em graus intensos de HP, a efetividade foi de 33,3%, sendo o período necessário de 60 dias. A aplicação da Cafeisilane C® demonstrou efetividade em 30%, sendo eficaz somente nos casos de HP grau leve (60%), necessitando de no mínimo 60 dias de aplicação diária. Já a Carboxiterapia associada à Cafeisilane C® (terapia combinada), demonstrou efetividade em 80% dos casos. Em relação aos graus de HP, foi efetiva em todos os grupos: houve melhora clínica dos casos de grau leve em 15 dias de tratamento (75,0%), e em grau moderado a efetividade foi de 66,6% no período entre 30 e 45 dias. Já em grau intenso demonstrou melhora em 66,6% dos casos, sendo necessário de 60 a 75 dias de tratamento. Tudo isso evidencia uma melhor efetividade, bem como uma diminuição do tempo necessário de tratamento, quando comparado as terapias realizadas individualmente.

Já a Carboxiterapia associada à Cafeisilane C® (terapia combinada) demonstrou efetividade em 80% dos casos. Em relação aos graus de HP, foi efetiva em todos os grupos, sendo que em grau leve foram necessários 15 dias de tratamento, e em grau moderado de 30 a 45 dias. Já em grau intenso, foi necessário de 60 a 75 dias de tratamento.

A Carboxiterapia promove o aumento da circulação e oxigenação tecidual4, e a Cafeisilane C® promete reduzir bolsas e inchaços ao redor dos olhos5. Este estudo demonstrou melhora clínica em 80% das pacientes submetidas à terapia combinada. Sendo assim, sugere-se que ambas em associação podem ser uma escolha interessante para tratamento da HP, otimizando os tratamentos e o tempo necessário para melhora clínica (quando utilizados individualmente) nos graus leves, moderados e severos. Existe a necessidade de outras pesquisas com a mesma 56

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CONCLUSÕES Houve melhora clínica em 53,3% das pacientes submetidas aos tratamentos propostos no estudo. A Carboxiterapia apresentou resultados satisfatórios em 50% dos casos, a Cafeisilane C® em 30%, e a Carboxiterapia associada à Cafeisilane C® (terapia combinada) demonstrou efetividade em 80% dos casos. A Carboxiterapia foi mais efetiva em graus leves e moderados de HP, sendo que em graus leves, o tempo necessário variou entre 15 e 30 dias de aplicação, e em graus moderados, 45 dias. A aplicação da Cafeisilane C® demonstrou efetividade somente nos casos de HP grau leve, necessitando de no mínimo 60 dias de aplicação diária.

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DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO BENEFÍCIO NO PÓS-OPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA Tamiris Lemos de Lisboa Fernandes; Jeane Kely Nascimento Gonçalves; Lucy Stross Silva;Thaina Gisele Bernardino (1). Marta Regina Figueiredo - Professora da FMU e IBECO - Orientadora (2) Natalie Souza de Andrade; Rosimeire Fernandes da Matta; Solange Aparecida Lopes Aguilera – Coorientadoras (2) 1 – Alunas do curso superior de Estética e Cosmetologia da FMU 2 – Professoras Universitárias da FMU Projeto de Pesquisa apresentado como requisito para finalização do 1º semestre do curso superior de estética FMU.

RESUMO A grande procura por tratamentos estéticos e a busca incessante pela perfeição está fazendo com que cada vez mais as pessoas procurem a realização de cirurgias plásticas, com o intuito de melhorar a aparência corporal, a autoestima e o bem-estar. Sendo a abdominoplastia uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo, na técnica realiza-se a remoção de grande quantidade de tecido tissular e adiposo da parede inferior do abdome. Realizada tanto por mulheres como por homens, que procuram no tratamento estético melhorar o contorno abdominal, devido fatores que alteram a parede abdominal. Sabendo que poderão ocorrer complicações no pós-operatório de cirurgias, são realizados alguns cuidados no pré e pós-operatório, visando essas complicações e um resultado estético mais satisfatório. A drenagem linfática manual é a técnica mais realizada no pósoperatório de cirurgias plásticas, tendo como objetivo melhorar a circulação linfática, diminuir edemas e hematomas, além de prevenir ou minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas ou hipotróficas, fibroses e quelóides. Palavras-chave: Drenagem Linfática Manual (DLM), Cirurgia Plástica, PósOperatório, Abdominoplastia. ABSTRACT The high demand for aesthetic treatments and the relentless pursuit of perfection is causing more and more people seek to carry out plastic surgery in order to improve body appearance, self-esteem and well-being. Being one of abdominoplasty plastic surgery most performed worldwide, the technique is carried out the removal of large amounts of tissue and fat from the lower abdominal wall. Performed both by women as by men looking at cosmetic treatment improve the abdominal contour, because factors that affect the abdominal wall. Knowing that there may be complications in the postoperative period of surgeries are performed some care before and after surgery, aiming these complications and a more satisfactory

aesthetic result. Manual lymphatic drainage (MLD) is the most accomplished technical postoperative plastic surgery, with a best objective lymphatic circulation, decrease swelling and bruising, and to prevent or minimize the formation of hypertrophic scars or hypotrophic, fibrosis and keloids. Keywords: Manual Lymphatic Drainage (MLD), Plastic Surgery, Postoperative, Abdominoplasty. 1. Introdução Atualmente está crescendo o número de pessoas que procuram por tratamentos estéticos. No início do século XIX a mídia propôs um novo padrão de beleza na sociedade, onde o corpo perfeito e o belo estão sendo visto como uma regra entre a sociedade levando cada vez mais pessoas a submeterem à cirurgias plásticas, na busca incessante pela perfeição. (SILVA & SANTOS, 2015; TACANI, et.al, 2009) Sendo a cirurgia plástica, indicada nos casos de pessoas que observam em seu corpo algo que não corresponda ao desejo de imagem corporal ideal. (MIGOTTO & SIMÕES, 2013) Segundo Porchat (2004), as pessoas que mais procuram esses tratamentos são pacientes do sexo feminino, que devido a alterações hormonais e na maioria das vezes por ocorrer flacidez abdominal após, o período gestacional, optam pela realização de cirurgia corretiva abdominal. Percebe-se então que as cirurgias plásticas estéticas poderão proporcionar esta transformação, tendo o objetivo de melhorar a aparência corporal, promovendo uma melhora nas formas do corpo que não agradam, e melhorando também a autoestima e bem-estar. (COUTINHO et.al, 2006; SILVA & SANTOS, 2015) São inúmeras as técnicas de cirurgias plásticas que envolvem a parede abdominal, sendo mais comum a abdominoplastia, utilizada na correção funcional e estética da parede abdominal, que são alteradas por excesso de tecido adiposo, flacidez provindas de extenso emagrecimento ou gravidez múltiplas, flacidez aponeurótica, envelhecimento, múltiplas operações Estética Com Ciência

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abdominais, diástese abdominal, abaulamentos e hérnias, visando um melhor contorno corporal. (COUTINHO et.al, 2006; SILVA et.al, 2012; SOARES et.al, 2005). Porém, fatores genéticos, alterações de peso constantes e sedentarismo, poderão alterar o aspecto do abdome ao longo da vida. (SALLES et.al, 2011). De acordo com Silva (2012) a eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu plano cirúrgico, mas também dos cuidados pré e pós-operatório, que são fatores preventivos de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório. Visando que poderão ocorrer várias complicações no pósoperatório de cirurgias, como: edema, aumento da dor, sensibilidade aumentada, deiscência e possíveis fibroses, utiliza-se alguns recursos terapêuticos para esse quadro como: ultrassom, massagem, crioterapia e drenagem linfática manual. (SILVA & SANTOS, 2015) Os sintomas do pós-operatório poderão ser minimizados com a realização da drenagem linfática manual, sendo indicada para todas as técnicas cirúrgicas. Promovendo uma diminuição do edema, hematomas e consequentemente um favorecimento da região vascular e nervosa, podendo prevenir e minimizar formação de cicatrizes hipertróficas ou hipotróficas, retrações e quelóides. (MILANI et.al, 2006; SOARES et.al, 2005) DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (DLM) A drenagem linfática foi desenvolvida por Emil Vodder em 1960 e atualmente é representada por duas técnicas, a Leduc e a de Vodder. As técnicas são fundamentadas nos trajetos de coletores linfáticos e linfonodos, onde são feitas manobras de captação, reabsorção e evacuação, a diferença entre elas é a maneira de aplicação. Os movimentos de Vodder são combinados, amplos e passivos, Leduc recomenda que a DLM seja realizada em tratamentos de determinadas patologias, e seus movimentos são mais restritos que Vodder. (BARROS et.al, 2014; GUIRRO & GUIRRO, 2010; MARQUES et.al, 2015) Na década de 1960, foi utilizada com a finalidade de melhorar os resultados cosméticos da cirurgia palpebral. Já eram observados os seus benefícios para a prevenção e o tratamento de algumas das complicações destas cirurgias. (TACANI et.al, 2008) Leduc (2007) descreve a drenagem linfática como uma função fisiológica, que auxilia na drenagem dos líquidos intersticiais para a corrente sanguínea, sendo responsável também pela evacuação de excreções e transporte de proteínas e nutrientes (KAWAMOTO, 2009). Sendo uma das técnicas mais utilizadas, 58

Estética Com Ciência

que favorece a circulação descrita como “de retorno”, devendo ser realizada no sentido da circulação linfática, o ritmo deve ser lento, acompanhando a velocidade fisiológica da circulação linfática. As manobras a serem realizadas e a pressão manual aplicada, devem ser extremamente suaves (de até 30 a 40 mmHg) pausadas e repetidas de 4 a 8 vezes, alguns autores relatam as repetições em até 12 vezes por minuto. (BARROS et.al, 2014; TACANI et.al, 2008) A DLM é uma técnica que auxilia o sistema linfático, onde realiza-se manobras suaves, lentas, pausadas, repetidas, e superficiais, sendo realizadas com as mãos, obedecendo o trajeto do sistema linfático, que tem como objetivo a redução de edemas e linfedemas (de causas pós-traumáticas, pósoperatórias, de distúrbios vasculares venosos e linfáticos, dentre outros) e a prevenção ou melhoria de algumas de suas consequências. Uma técnica muito eficiente, que necessita de vários cuidados, pois apresenta algumas contraindicações relativas e absolutas, podendo oferecer alto risco para a saúde, no caso das não observâncias destas e/ou do despreparo técnico-científico por parte dos profissionais que a utilizam devendo ser respeitada rigorosamente. (BARROS, et.al – 2014; TACANI et.al, 2008). Tacani (2008) descreve que na prática da DLM deve-se seguir obrigatoriamente os seguintes aspectos: • Ser realizada sempre no sentido de proximal para distal, e ser iniciada pela evacuação da fossa supraclavicular e linfonodos;

da maioria dos procedimentos de cirurgia plástica. Blefaroplastia, lipoaspiração, mamas e abdominoplastia são as mais indicadas. Observando rapidamente diminuição do edema e hematomas, além de prevenir ou minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas ou hipotróficas, retrações e queloides, Apresenta uma melhora na qualidade do sono e diminuição da ansiedade, podendo realçar o relaxamento e os sentimentos de bem-estar, devido ao toque proporcionado pela DLM. (MIGOTTO & SIMÕES, 2013; SOARES, et.al, 2005) O tratamento para redução de edema feito com drenagem linfática é indicado para todas as técnicas cirúrgicas, que tem como objetivo melhorar a circulação linfática, eliminação residual, diminuição de edemas, auxiliando no alivio da dor, e ainda na remodelagem cirúrgica, devendo ser realizada no primeiro dia pós-operatório de cirurgia. (MARQUES et.al, 2015; MORO & ALDENUCI, 2010)

ABDOMINOPLASTIA A abdominoplastia é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo, sendo a terceira cirurgia estética mais realizada no Brasil. (MARTINO et.al, 2010). O maior número de pacientes é do sexo feminino, na maioria das vezes por ocorrer flacidez abdominal acentuada provinda após o período gestacional, porém o número de abdominoplastias em homens está aumentando. (PORCHAT et.al, 2004).

com a lipoaspiração, apenas nas regiões lateral e superior do abdome, preservando e evitando lesão dos vasos perfurantes. (SILVA & SANTOS, 2015) • Mini abdominoplastia sem deslocamento do umbigo: deslocamentos mínimos, onde realizasse a lipoaspiração de toda a parede abdominal (profunda), abaixo do umbigo retirando o excesso de tecido adiposo, na parte inferior do abdome. (SILVA & SANTOS, 2015) • Mini abdominoplastia com deslocamento do umbigo: mesma técnica que a anterior, porém removendo a pele e o tecido inferior do abdome, realojando o umbigo da musculatura. (SILVA & SANTOS, 2015) • Abdominoplastia em âncora: indicada para pessoas que se submeteram a cirurgia de redução de estômago, e apresentaram grande perda de peso, com grande flacidez ponderal, retira a cicatriz da cirurgia anterior e confecciona-se um novo umbigo, prolongando-se lateralmente, removendo o excesso de pele. (SILVA & SANTOS, 2015) O objetivo de qualquer tratamento cirúrgico deve ser sempre um resultado eficiente e sem complicações, porém são relatados vários tipos de complicações em abdominoplastias, como: hematoma, seroma (complicação muito comum), infecção de ferida operatória, deiscência, necrose do retalho abdominal, celulite da parede abdominal, epidermólise, tromboflebite, cicatrizes hipertróficas, hipotróficas e queloideanas, retrações, fibrose, aderência, necrose, hiperpigmentação cutânea, choque, perfuração abdominal, e complicações vasculares como trombose venos aprofunda (TVP) e trombo embolismo pulmonar (TEP) que pode ocorrer em qualquer tipo de cirurgia. (JATENE, et.al, 2005; PORCHAT et.al, 2004; SILVA & SANTOS, 2012). Existem ainda algumas situações de risco para pacientes que se encontram nas seguintes condições: tipo de decúbito, tempo de cirurgia, trauma cirúrgico, limitações de atividades no pós-operatório, uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal. (ALMEIDA, et al., 2008)

• Ter amplo conhecimento anatômico do sistema linfático, como as divisórias linfáticas que delimitam os quadrantes linfáticos;

Antigamente a terminologia utilizada era lipectomia abdominal, sendo primeiramente descrita por Demars e Marx. Este termo foi modificado para abdominoplastia, referindo-se as cirurgias em que há ressecção de tecido cutâneo e adiposo em excesso. Entretanto, poderá estar associada ou não a vários outros procedimentos e técnicas em que se atua sobre a musculatura (como rotação e plicatura dos músculos oblíquos externos), aponeurose e, com procedimentos complementares no subcutâneo (como lipoaspiração ou ressecções segmentares). (PORCHAT et.al, 2004)

• As manobras devem ser sempre leves, superficiais, lentas, pausadas e repetitivas, drenando apenas o líquido intersticial dos tecidos mais superficiais do corpo, sendo a pressão exercida sobre a pele do paciente entre 30 a 40mmHg;

Cabral (2011) apud Silva (2015) descreve que a abdominoplastia é uma cirurgia realizada sob anestesia peridural com sedação, podendo ser geral a critério da equipe cirúrgico-anestésica e normalmente dura em torno de 3 a 5 horas.

• Jamais deve produzir dor e edema;

As principais técnicas de abdominoplastia são:

3. Metodologia

• Pressões realizadas excessivamente podem lesar os capilares linfáticos por estes serem muito frágeis.

• Abdominoplastia clássica ou completa: incisão do abdome inferior, descolando todo o tecido acima da musculatura até a transição com o tórax, retirando um grande tecido inferior e confeccionando um novo orifício para o umbigo. (SILVA & SANTOS, 2015)

Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, e revisão de literatura, cujo levantamento literário foi mediado por revistas e artigos provenientes a base de dados do Google Acadêmico, Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Lilacs (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde). A pesquisa ocorreu no período do 1º semestre de 2016, utilizando artigos em português dos anos de 2003 a 2016.

• Dedica-se um maior tempo as áreas mais edemaciadas; • Deixar o paciente em uma posição confortável, preferencialmente deitado com a região a ser tratada totalmente desnuda e posicionada, de modo que a pele não fique tensa, indicada também uma pequena elevação corpórea;

Os sintomas do pós-operatório podem ser reduzidos pela realização da drenagem linfática manual (DLM) ou mecânica, tendo indicação no pós-operatório

• Lipoabdominoplastia: deslocamento do retalho abdominal

2. Objetivo Neste presente trabalho será abordada a eficácia na realização da drenagem linfática manual no tratamento do pós-operatório de abdominoplastia.

Estética Com Ciência

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4. Resultados Com o presente estudo, observou-se que a DLM é uma das técnicas mais realizadas no pós-operatório de abdominoplastia, devido a eficácia na diminuição de edemas e de outras complicações (hematomas, fibroses, aderências, entre outros) em pacientes que realizaram os tratamentos precocemente. Corroborando com esses achados, Porchat et al (2004) e Silva et al (2012) mostraram que muitos cirurgiões realizam cirurgias combinadas com abdominoplastia, tendo o princípio de diminuir os custos com uma só internação e uma só anestesia. Alguns estudos demonstraram que a maioria dos cirurgiões plásticos indicaram a realização da DLM no pós-operatório, com o objetivo de reduzir o edema no pós-operatório, prevenir formação de fibrose. Silva et al (2012), relata que a maioria dos cirurgiões plásticos encaminhavam seus pacientes para realização de DLM entre o 3º e o 5º dia pós-operatório. Segundo estudo realizado por Coutinho et al (2006), a maioria dos cirurgiões plásticos, encaminhavam seus pacientes entre o 6º e 15º dia pós-operatório. Nos estudos de Silva et al (2012) a maioria das pacientes realizaram o início do tratamento com DLM entre o 5º e o 8º dia pós-operatório.

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Na atualidade houve um crescimento na procura por tratamentos estéticos, tanto por mulheres como por homens. E uma das maiores procuras foram as cirurgias plásticas. Devido as alterações corporais a cirurgia com maior índice de procura foi a abdominoplastia, que apresentou ser muito eficaz na melhora do contorno corporal. Observou-se que a drenagem linfática foi um dos procedimentos

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5. Considerações Finais

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Foi observado que os sintomas do pós-operatório regrediram após a realização da DLM, e que a maioria das pacientes ficaram mais satisfeitas após o tratamento proposto. Tudo isso devido ao toque proporcionado pela DLM.

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mais realizados de tratamento pós-cirúrgico, sendo indicada por cirurgiões plásticos, com o objetivo de melhorar significativamente os sintomas de dor, edemas, hematomas, cicatrizes, fibroses, entre outros benefícios, reduzindo também o tempo de recuperação pós-operatória, prevenindo e controlando algumas complicações comuns. Sendo uma das técnicas mais conhecidas, a mesma deve ser realizada por profissionais habilitados e que tenham conhecimento técnicocientífico, respeitando as manobras e o trajeto na qual será realizada.

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Resumo

NANOTECNOLOGIA APLICADA AO USO DE COSMÉTICOS

Um nanomaterial é um material com uma ou mais dimensões na escala nanométrica, com uma dimensão menor que 100 nanômetros. Quando um material atinge esse tamanho, tanto suas funções como propriedades físicas e químicas são alteradas passando a revelar propriedades únicas, como por exemplo, aumento na estabilidade, prazo de validade do produto, precisão, pureza e adequabilidade. A nanotecnologia aplicada em cosméticos visa a penetração dos princípios ativos nas camadas mais profundas da pele, intensificando os efeitos do produto. Por ser uma área em grande desenvolvimento, somente, em um futuro próximo, é que saberemos sobre os reais benefícios e a segurança dos produtos oferecidos. Não podemos deixar de citar os possíveis riscos na utilização desses produtos, pois podem apresentar possível toxicidade e incompatibilidade com materiais utilizados. Palavras-chave: Nanotecnologia, Nanocosméticos, Pele. Abstract: A nanomaterial is a material with one or more dimensions in the nanometer range, which has a smaller dimension than 100 nanometers. When a material reaches this size, their functions as physical and chemical properties are changed to reveal unique properties, such as increased stability, increase of the expiration of the product, accuracy, purity and suitability. Nanotechnology applied in cosmetics, aim the penetration of the main active ingredients into the deepest layers of the skin, enhancing the effects of the product. Considering that it is an area in great development, it will be possible to verify the real benefits and safety of the offered products, only in the near future. It is imperative to mention the possible risks in the use of these products, as they may present possible toxicity and incompatibility with the materials used. Key words: Nanotechnology; Nanocosmetics; Skin

CAROLINA SANTOS MORAES FMU - ALUNA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Farmácia da FMU, sob a orientação do Professor Profa. Dra. Carmen Guilherme Christiano de Matos Vinagre e aprovado pelos membros da Banca Examinadora abaixo: Profa. Dra. Carmen Guilherme Christiano de Matos Vinagre FMU - Orientadora Profa. Dra. Maria de Fátima B. Pavan FMU - Docente 62

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INTRODUÇÃO Para constatar o avanço da nanotecnologia faz-se necessário entendermos onde surgiu o termo e sua aplicação no decorrer da história. A nanotecnologia constitui um conjunto de procedimentos para manipulação de materiais em escala nano, isto é, a manipulação de materiais no tamanho de 1 a 100nm ou 1 bilionésimo de metro. Esses materiais para serem vistos a olho nu precisam ser ampliados mais de 10 milhões de vezes. O termo nanotecnologia pode ser encontrado a partir de 1959, quando o físico norte-americano Richard Feynman ressaltou que seria possível manipular átomos e moléculas que não seriam possíveis serem vistos a olho nu. Já a palavra nanotecnologia foi cunhada, em 1974, pelo pesquisador japonês Norio Taniguchi (1912-1999).

A ‘paternidade’ da tecnologia em si seria do primeiro doutor na área, o engenheiro norte-americano Eric Drexler, autor do livro Engines of creation: the coming era of nanotechnology (Engenhos da criação: o advento da era da nanotecnologia), de 1986, importante na disseminação dessa nova tecnologia para o grande público. Em 1981, com a criação do microscópio de tunelamento por varredura desenvolvido por Gerd Binnig e Heinrich Rohrer, houve um avanço significativo nas nanotecnologias. Com uma ponta de prova de varredura, foram organizados átomos numa superfície escrevendo palavras, demonstrando a possibilidade de se manipular matérias na escala nanométrica. (Atikins, 2008) A empresa pioneira a introduzir um cosmético de base nanotecnológica foi a Lancôme, em 1995, lançando um creme para o rosto constituído por nanocápsulas de vitamina E (FAPESP, 2008, NEVES, 2008). No Brasil, a primeira empresa a desenvolver e colocar no mercado um nanocosmético foi O Boticário, em 2005. Em seguida, veio a empresa Natura que lançou um produto em 2007 (FAPESP, 2008, NEVES, 2008). Neste estudo realizou-se o levantamento bibliográfico com o foco na nanotecnologia em cosméticos, mostrando alguns tipos já lançados no mercado. Para tal estudo, traçou-se como objetivo, mostrar os nanocosméticos já lançados no mercado, suas formulações e também entender o que vem a ser a nanoteclogia com foco principal em cosméticos. As palavraschaves utilizadas foram: Nanotecnologia, nanocosmético pele. 1. COSMÉTICOS Cosméticos são produtos constituídos por substâncias naturais ou sintéticas, ou sua mistura, de uso externo (pele, cabelos, unhas, lábios, genitais externos, dentes, mucosa oral), com finalidade exclusiva ou principal de limpar, perfumar ou alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. (ANVISA) Os cosméticos classificam-se em: Grau I: produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre a com a definição adotada da Resolução 211/2005 e que caracterizem por possuírem propriedades básicas ou elementares cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. (RESOLUÇÃO RDC) Grau II: produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada na RDC 211/2005 que possuem indicações específicas, cuja as característica exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrição Estética Com Ciência

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de uso. (MS/ REGISTRO/PROCESSO) - Cosmetologia Ciência que estuda as matérias primas e os produtos cosméticos destinados ao embelezamento, limpeza, manutenção e melhora das características dos cabelos, da pele e de seus anexos. - Dermocosméticos Produtos com ativos farmacológicos que agem nas partes mais profundas da pele, produzindo melhora de dentro para fora. Possuem registro grau 2 na Anvisa, ou seja, são classificados como cosméticos, porém com comprovação científica de seus efeitos e segurança. Pode-se dizer que são produtos intermediários entre medicamentos e cosméticos. 2. PELE A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste o organismo preservando a homeostasia do meio interno. Dentre suas funções temos proteção contra agentes externos (físicos, químicos, mecânicos e biológicos), termorregulação, resposta imunológica, controle hemodinâmico, sensorial, produção e excreção de metabólitos. Constitui- se em complexa estrutura de tecidos, definidos como grupos celulares inter- relacionados de modo a adequarser de maneira harmônica ao desempenho de suas funções. A pele pode ser dividida em epiderme e uma camada mais abaixo que é a derme (COHEN, PRAZERES e SILVA, 2009). Figura 1- Estrutura da pele

constituída por células basais e melanócitos. Camada Espinhosa: formada por células escamosas. Camada granulosa: células granulosas por caracterizarem- se pela presença de grande quantidade grânulos Camada córnea: células epidérmicas anucleadas. Na figura 2 estão evidenciadas as camadas da pele com suas respectivas dimensões Chien (1992), permitindo a visualização dos diferentes graus de penetração de produtos nanoparticulados na pele. Figura 2 - Camadas da Epiderme

FONTE: Autores (2011)

- Derme: A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. São as fibras da derme que conferem resistência e elasticidade à pele. Hipoderme: A hipoderme está situada logo abaixo da pele e é formada por tecido conjuntivo que varia do tipo frouxo ao denso. A hipoderme não faz parte da pele, porém a fixa às estruturas subjacentes.

- Epiderme: A epiderme constitui-se em um epitélio escamoso estratificado queratinizado composto por queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. Constitui-se de distintas camadas celulares: Camada basal: é a mais profunda das camadas da epiderme, 64

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3. NANOTECNOLOGIA EM COSMETOTOLOGIA Na escala nanométrica, as propriedades dos materiais podem mudar de forma drástica, denominando-se “efeitos quânticos” essas mudanças. Os átomos passam a revelar características peculiares, podendo apresentar condutividade elétrica, elasticidade, maior reatividade química, maior resistência, cores diferentes, entre outras características, apenas reduzindo o tamanho, sem mudar a substância (GRUPO ETC, 2005). A primeira empresa a introduzir um cosmético de base nanotecnológica, no âmbito internacional, foi a Lancôme, divisão de luxo da L`Oréal, em 1995, com o lançamento de um creme para o rosto constituído por nanocápsulas de vitamina E pura, para combater o envelhecimento da pele. Empresas como

Christian Dior, Anna Pegova, Procter & Gamble, Johnsos e Johnsons exemplificam grandes empreendedoras do setor que vieram a lançar produtos baseados em nanotecnologia (FAPESP, 2008, NEVES, 2008). No Brasil, o Boticário foi a primeira empresa a desenvolver e colocar no mercado um nanocosmético,com um creme anti-sinais para a área dos olhos, testa e contorno dos lábios, chamado Nanoserum. A composição nanoestruturada leva ativo como vitamina A, C, K e um produto para clareamento. A Natura, por sua vez, lançou em 2007 um produto para hidratação corporal, chamado Brumas de Leite, com partículas de ordem de 150 nanômetros (FAPESP, 2008, NEVES, 2008). A nanotecnologia voltada para a cosmética tem como foco, sobretudo, os produtos destinados à aplicação na pele do rosto e do corpo, com ação antienvelhecimento e de fotoproteção, capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele, potencializando os efeitos do produto (NEVES, 2008).

Engenharia Química da Unicamp demonstram que atualmente vêm sendo dada uma maior ênfase a dermocosméticos com ação diferenciada,como é o caso dos nanocosméticos, em que se espera, por exemplo, uma ação mais eficaz em rugas e preenchimentos, pela penetração mais profunda das partículas na pele, sem o risco de alcançar a corrente sanguínea. Isto porque, quando as moléculas dos princípios ativos dos cremes possuem tamanhos maiores elas ficam apenas na superfície da pele, protegendo- a da perda de água, tendo efeito puramente

No setor cosmético, nanomateriais, como as nanoparticulas estão presentes em xampus, condicionadores, pastas de dentes, cremes anti rugas, cremes anticelulites,clareador de pele, hidratantes, pós- faciais, loções pós- barba, desodorantes, sabonetes, fotoprotetores, maquiagens de modo geral, perfumes e esmaltes ( FRONZA et AL, 2007). De acordo com Capek (2004), as nanoemulsões, por sua vez, constituem uma classe de emulsões com gotículas uniformes e de dimensões muito diminutas, na faixa de 20 e 500 nanômetros, que estão se tornando cada vez mais populares como veículos para a liberação controlada e dispersão otimizada de ingredientes ativos.

cosmético. (Figura 3) Utilizando nanopartículas de poliestireno não biodegradáveis e fluorescentes, com diâmetros de 20 e 200 nanômetros, Alvarez- Román e colaboradores (2004) observaram que as nanopartículas se acumularam preferencialmente nas aberturas foliculares e que a sua distribuição aumentou

Em se tratando de produtos cosméticos, entretanto, é necessária uma escolha cuidadosa do tipo de carreador a ser utilizado para uma determinada substância ativa, tendo em vista o objetivo a que seu uso de propõe. Produtos que se destinam a permanecer na pele, sem que ocorra sua absorção, como é o caso dos filtros solares, devem ser formulados para atenderem a esse fim. Dessa forma, a melhor forma de aumentar o desempenho de um ativo em uma formulação cosmética é o desenvolvimento de sistemas de liberação apropriados (MORGANTI et al, 2001). Na década de 70, surgiram cremes cujas formulações continham substâncias que conseguiam penetrar na pele, porém apenas na camada córnea. Já nos anos 80, surgiram os alfa- hidroxiácidos, com capacidade de penetração um pouco maior. Em 1990, surgiram os lipossomas, minúsculas partículas compostas de gordura e água, que chegava ainda mais fundo na pele, mas não na camada basal (NEVES, 2008).

de maneira tempo-dependente. Verificou-se também que

Segundo a Fapesp (2008), pesquisas realizadas pela Faculdade de

Wissing e Müller (2003) também destacaram que as

a localização folicular foi favorecida pelas partículas de tamanho menor e que, independentemente desta localização, na região interfolicular também apareciam nanopartículas em imagens de superfície. Segundo Sonia Tuccori, doutora em Química que trabalha com área de nanotecnologia na empresa Natura, “os produtos cosméticos nano têm três apelos irresistíveis: melhor absorção, ação prolongada e um toque mais leve” (RANGEL, 2008). Além disso, novas nuances são fortes tendências, como explica a pesquisadora Silvia Guterres, da Rede de Nanocosméticos, que acredita que “serão obtidas tonalidades de cores nunca vistas antes, com muito mais nuances” (FAPESP, 2008).

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nanopartículas são vantajosas para aplicações cosméticas por atuarem como agentes oclusivos e também pelo potencial bloqueador das radiações ultravioleta, atuando como filtros físicos, podendo estar combinados a filtros químicos com o propósito de melhorar a fotoproteção. Nos protetores solares, as gotículas são pigmentos de um branco brilhante que refletem luz de todos os comprimentos de onda. Porém, nanopartículas de TiO2 não refletem a luz visível por serem transparentes, porém ainda bloqueiem a luz UV. As partículas de Tio2 em nanoescala proporcionam excelente proteção UV nas aplicações de filtro dólar. Logo, na forma de nanopartículas, além de maior eficiência, não há o aspecto esbranquiçado típico provocado pela luz espalhada após a aplicação do protetor (NEVES, 2008; TOMA, 2004). De acordo com Neves (2008) o pequeno tamanho das gotículas também evita a floculação. Evitando a floculação, o sistema mantém-se disperso, sem separação. As gotículas também evitam a coalescência por não serem deformáveis e não apresentam alterações da superfície. Nas nanoemulsões, as minúsculas dimensões das gotículas reduzem muito a força da gravidade, evitando que haja a criação de sedimentos durante o armazenamento do produto. Outras vantagens das nanoemulsões podem ser observadas no quadro 1.

Em matéria publicada na revista Cosmetics & Toiletries (2007), Valcinir Bedin, médico dermatologista, afirmou que trabalhos realizados com alguns centros de pesquisa e desenvolvimento na área capilar revelaram que produtos usados para a coloração e para a modificação química da forma dos cabelos (alisamento ou permanentes) poderiam contar com a nanotecnologia. Na coloração dos cabelos há necessidade de abrir demasiadamente as cutículas dos fios a fim de promover a oxidação da melanina. Com a aplicação posterior do novo pigmento ocorre um dano ainda maior, deixando os fios mais ressecados devido à perda 66

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de água. Portanto, se a cutícula não for fechada adequadamente pode ocorrer quebra dos fios devido à fragilização da haste. Como a nanotecnologia utiliza moléculas muito pequenas, estes danos podem ser evitados, pois é capaz de promover a permeação da tintura sem abrir as cutículas. Em um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas e a Chemyunion, foram empregadas nanopartículas de sericina no tratamento cosmético de cabelos. A sericina é uma das proteínas constituintes do bicho-da-seda, e possui a capacidade de ligar-se à queratina da pele e cabelos, formando um filme resistente, hidratante e protetor, proporcionando a selagem às cutículas dos fios danificados (MARCELINO et al, 2008; FAPESP, 2008). Conforme Pesquisa Fapesp (2008), dentre os sistemas nanotecnológicos utilizados na cosmética, podemos citar as nanopartículas divididas em dois grupos: lábeis e insolúveis. As partículas lábeis são as que se dissolvem física ou quimicamente após sua aplicação sobre a pele, como os lipossomas e as nanopartículas biodegradáveis. Já as insolúveis, como estruturas nanométricas de carbono e pontos quânticos não se desestruturam nos meios biológicos. 4. NANOESTRUTURAS EM COSMÉTICOS Em cosméticos, elas são genericamente classificadas como nanopartículas ou nanoesferas. Podem receber diferentes denominações de acordo com sua forma de estruturação e origem (Figura 4). A) Lipossomas: são vesículas esféricas que consistem em uma ou mais membranas como bicamadas fosfolipídicas envolvendo um núcleo aquoso. O diâmetro da vesícula está na faixa entre 5 a muitas centenas de nanômetros. O principal componente lipídico do lipossoma é tipicamente fosfatidiilcolina derivada do ovo ou lecitina de soja (DAUDT, 2013). Esse tipo de estrutura permite a encapsulação de compostos de naturezas hidrofílicas, hidrofóbicas e anfifílicas, e liberação controlada do conteúdo encapsulado por difusão e/ou por erosão da vesícula (DAUDT, 2013). Os lipossomos apresentam-se como estruturas tecnológicas extremamente eficientes tendo em vista a afinidade química entre a membrana destes com a membrana celular o que leva a uma rápida dissolução entre estes vetores com a célula humana, e, conseqüentemente, a rápida absorção do conteúdo ativo em seus compartimentos (REIS,2011). B) Nanosferas: formadas por uma matriz polimérica, onde a substância pode ficar retida ou adsorvida, e não possuem óleo em sua composição. As nanoesferas podem ser utilizadas para encapsular ativos como fragrâncias e vitaminas (DAUDT,2013). Segundo Reis (2011), as nanoesferas são tecnologias preparadas a partir de material sintético e, desse modo, não ocorre afinidade química com a matéria orgânica e,

dessa forma não são reconhecidas pelas células ou pelos tecidos humanos. São tecnologias específicas não compartimentadas, logo, apresentam seus ativos de forma unitária. As nanosferas atuam de forma lenta e gradativa depositando seu ativo lentamente a partir da dissolução do seu conteúdo no líquido fundamental derme, e desse modo, são capazes de aumentar o gradiente nutricional da derme e possibilitar a homeostase com eficácia (SILVA, 2011).

5. ATIVOS UTILIZADOS NA NANOTECNOLOGIA

C) Nanoemulsão: são dispersões estáveis com diâmetro médio de gota em tamanho nanométrico (algumas centenas de nanômetros). Apresenta elevada estabilidade cinética, em decorrência do seu reduzido tamanho de gota. Uma das vantagens da nanoemulsão é o aumento da hidratação da pele e de sua elasticidade, uma vez que o ativo tem maior possibilidade de atingir o extrato córneo (DAUDT, 2013);

-Cristais líquidos: obtidos a partir do silicone, adicionado com o palmiatato de retinol, um tipo sintético de vitamina A, penetra nas camadas mais internas da epiderme e controla a velocidade do princípio ativo a ser liberado, retardando o processo de envelhecimento cutâneo (NEVES, 2008).

D) Nanocápsulas: são sistemas nanovesiculares que apresentam uma estrutura com núcleo e invólucro típica, com tamanho de partícula na faixa de aproximadamente 100 a 500 nanômetros. Normalmente são utilizadas em cosméticos para proteger ativos sensíveis, reduzir odores indesejáveis e evitar incompatibilidade entre os ingredientes da formulação (DAUDT, 2013). E) Nanopartículas: são sistemas organizados a partir de lipídeos sólidos. Suas principais características incluem excelente estabilidade física, capacidade de proteção de substâncias instáveis frente à degradação, capacidade de controle de liberação, excelente tolerabilidade, capacidade de formação de filme sobre a pele, possibilidade de modular a entrega da substância encapsulada, além de não apresentarem problemas relacionados à produção em grande escala e à esterilização (DAUDT, 2013). Figura 4 - Nanoestruturas

A) Antioxidantes e proteção contra radicais livres - Extrato de Angico- branco: contém uma classe de polissacarídeos chamada de arabinogalactanas, responsável por estimular a célula a expressar as aquaporinas, transportando assim mais água para e pele, deixando-a mais hidratada (BARIL, 2012).

- Outros ativos também utilizados na nanotecnologia são as vitamina C e E, que juntas tem um poder antioxidante incrível, destruindo radicais livres. E também o citrolumine 8TM, um citroflavonóide extraído de frutos cítricos, que é utilizado através de lipossoma encapsulada, são potentes antioxidantes e anti-inflamatórios (GUAZZELLI; PRERES, 2014). - A coenzima Q10, chamado também de Ubiquinona é um importante energético para o organismo, tendo função importante como antioxidante (ALVES,2011). B) Fotoprotetores Nos protetores solares convencionais de elevada proteção (30+) são utilizadas partículas de tamanho mícron de Tio2 e ZnO e o creme parece branco e espesso. Porém, se forem utilizadas partículas menores, de tamanho nano, o protetor solar tornase transparente ao olho humano e continua a refletir os raios UV. Este protetor nano, portanto, tem a mesma proteção elevada, mas não é mais uma substância branca e espessa; ao contrário, é transparente e mais fluída, absorve melhor e pode ser distribuído de forma uniforme, oferecendo uma excelente proteção (DIAS,2011). - O dióxido de titânio micronizado( T-Lite SF-S) é utilizado conta UV, o tamanho das partículas são em torno de 20 nanômetros em um revestimento diferenciado, deixando o fotoprotetor com uma melhor dispersão e transparência (DIAS, 2011). - O nano dióxido de titânio é e nano óxido de zinco, são usados nos protetores solares, são 100% físicos, permanece somente na superfície da pele, criando uma barreira protetora conta os raios solares (DIAS, 2011). O dióxido de titânio é mais eficiente quanto à reflexão da radiação UV em partícula com tamanho entre 60 e 120 nanômetros. Já o óxido de zinco é utilizado em partícula com tamanho entre 30 e 200 nanômetros. A Estética Com Ciência

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aplicação dessas nanopatículas em fotoprotetores promoveu

benefícios, pois melhorou a aparência esbranquiçada dos fotoprotetores tradicionais e proporcionou um veículo mais transparente, menos viscoso e com melhor espalhabilidade sobre a pele, o que melhorou a aceitabilidade do mesmo por parte dos consumidores (BAILLO,2012). C) Maquiagens - Em blushes a nanotecnologia de dispersão criou pó extremamente fino e leve. Causando uma maciez e elasticidade à pele e extrema difusão a luz. Sombras com brilho e cor irradiante, criadas com estruturas nanométricas altamente organizadas, chamados de cristais fotônicos (BARIL, 2012).

- Pó de diamante composto na fórmula biotencológica de Pegoretinol. O retinol apresenta grande poder de reverter os danos causados pelo sol. Ele penetra nas células, onde transforma em ácido retinóico graças à algumas enzimas da pele (BARIL, 2012). - Nos esmaltes a nanotecnologia serve como uma fortalecedora das unhas, pessoas com unhas quebradiças e fracas, as nanopartículas penetram nas unhas fortalecendoas. Lembrando sempre que as vitaminas das nanopartículas não substituem uma alimentação balanceada e cuidados com a saúde (DIAS, 2011). Os esmaltes de unhas de nanopartículas de óleo de argan (nanoargan) demonstrou excelentes resultados de reparação e fortalecimento das unhas. Em apenas uma semana utilizando Nanoargan em base para esmalte, voluntários com unhas quebradiças notaram que suas unhas não quebraram e, após 20 dias, as unhas que não conseguiam obter um, comprimento estavam endurecidas e compridas (BARIL, 2012). D) Antienvelhecimento Os primeiros produtos que prometiam combater as rugas se limitavam a esfoliar a área mais superficial da epiderme, a camada córnea. (NEVES, 2008). - Nanocápsula contendo vitamina E pura- combate ao envelhecimento da pele. Penetra nas camadas profundas da pele potencializando sua ação, e com sistema de liberação controlada. Proporciona melhor penetração, distribuição mais uniforme dos ingredientes ativos no substrato e melhora da eficácia biológica. O Acetato de Alfa-Tocoferol potencializa a ação neutralizadora de radicais livres, apresenta ação antiinflamatória na pele, melhora a hidratação e a maciez da pele. Acelera a cura de ferimentos em diabéticos. Clareador 68

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e fotoprotetor complementar (NEVES, 2008) - Ácido hialurônico - um nanotecnológico que penetra e fixa nas células da pele, preenchendo as rugas de dentro para fora. Reduzem os sinais de envelhecimento da pele, devido ao estímulo a multiplicação celular, aumentando o número de fibroblasto, favorecendo a capacidade de sintetizar proteínas, que confere a firmeza e elasticidade a pele. (GOMES, 2013); - Ácido retinóico - é um potente rejuvenescedor, onde seus receptores nucleares atuam como fatores de transcrição, restaurando as atipias celulares e distribuição de queratinócitos. (GOMES, 2013); - Nanoserum - constitui em fosfolipídios encapsulados, assemelhando a estrutura de uma membrana celular. Conseguindo uma entrega seletiva, proporcionando maior viabilidade, sendo mais bem absorvida. (OLVERAMARTÍNEZ, et. al, 2005). - Hidroxiprolisilane C é composto pela associação de silanol, um tipo de silício, com hidrosiprolina, um aminoácido precursor do colágeno. A finalidade desses ativos seriam regenerar a epiderme ao invés de induzir a síntese de colágeno respectivamente. Trazendo benefícios como melhora do aspecto da pele, e sustentação do tecido cutâneo, fatores essenciais no tratamento do envelhecimento cutâneo (REIS, 2011). E) Hidratação da pele Os produtos nanotecnológicos, atinge camada mais profunda da pele, potencializando a ação do hidratante prevenindo e protegendo a pele. (REIS, 2011). A nano partícula de lipídeo atua (como o açúcar refinado na cobertura de bolos). Na camada mais superficial da pele, repara a camada de lipídeo danificada e causa uma oclusão. a oclusão criada será suficiente para minimizar a desidratação e aumentar a umidade da pele e, ao mesmo tempo, a sua respiração (REIS, 2011). - Nano prata (nano silverskincare), tem como função branqueadora, reduzir poros, reforçar a imunidade da pele (NEVES, 2008); - Exsynutriment- é fonte de silício orgânico, disponibilizando o silício. Biologicamente ativo ao organismo, promove renovação do tecido conjuntivo, reestruturando as fibras de sustentação da pele (RANGEL, 2008). F) Ação lipolítica (Emagrecedora) Algisium C - substância sintética a base de silícios orgânicos que possui principalmente ação lipolítica, anti-inflamatória

e bioestimulante da regeneração epidérmica. O uso da nanotecnologia desse produto pode agregar maior eficácia especialmente nos tratamentos pela lipodistrofia ginóide, pois facilita a permeação dos ativos até os adipócitos, onde devem atuar (REIS, 2011). - O tripeptídeo GHK combinado com extratos anticelulíticos clássicos- englobados em lipossomas que asseguram a permeação do ativo nas camadas mais profundas da epiderme, são ativos que tem efeito lipolítico e venotônico, diminuindo a retenção de líquidos e melhorando a microcirculação. (MARCELINO, et al, 2008).

rápida absorção;

- O nanocolloidyl - é um agente emulsificante para manipulação à frio de gel-creme, é dotado de partículas cujo arranjo leva à formação de colóides da ordem de nanômetro, responsáveis pela estabilidade do gel-creme, bem como pela facilidade de absorção cutânea. (MARCELINO, et al, 2008).

B) Desvantagens - A absorção da nanopartículas pode penetrar no pulmão causando infecção; Pode trazer risco a saúde, por estarem disseminado no solo, na água e na atmosfera (MASSADA, 2009);

G) Hidratação dos cabelos Ativos nanoencapsulados com base protéica. Essa estrutura é bastante pequena e tem facilidade de internalizar-se na área aplicada. Quando utilizados nos cabelos os aminoácidos tem a função de reestruturar o córtex, área que é mais afetada com os danos sofridos pelo fio (WICKROWSKI, 2007). Pelo fato dos aminoácidos serem naturalmente capazes de penetrar mais profundamente

- Ingestão- partículas menores que 300 nanômetros podem atingir o sistema linfático e entrar na corrente sanguínea;

- Sericina, proteína que compõe a fibra da seda- tem ação conjunta com a queratina, onde as nanopartículas catiônicas de sericina devolve a massa perdida aos fios, reduzindo o volume, alisando progressivamente e hidratando profundamente os cabelos. A queratina atua também na escala nanométrica, introduzida nas falhas e fissuras dos fios de cabelos. (BARIL, 2012); - O Dióxido de titânio (TiO2) - reveste o secador de cabelo internamente, onde combate os microrganismos presente no ar. (NEVES, 2008). - A Nanoqueratinização evita que os fios fiquem pesados, tratando somente a parte necessitada, ou seja, as moléculas de queratina são introduzidas nas falhas ou fissuras dos fios de cabelo, recompondo sua fibra. (REIS, 2011).

6.VANTAGENS E DESVANTAGENS DA NANOTECNOLOGIA EM COSMÉTICOS A) Vantagens - É o sistema preferencial para liberação eficiente dos ativos na pele, pois possui uma área superficial grande, permitindo

- Diminuição da separação, cremação, coalescência ou sedimentação durante o período de estocagem; - Melhor penetração na pele liberando os ativos em camadas mais profundas (DIAS, 2009); - Melhora a solubilidade dos ativos em meio aquoso; Proporciona liberação gradual dos ativos (CANAVEZ, 2011);

- Aplicação Dérmica- partículas podem permear a pele e atingir a corrente sanguínea se espalhando pelo corpo e podendo atingir até o cérebro (SANTOS 2009).

A nanotecnologia está sendo um dos principais recursos para o desenvolvimento e inovação na área cosmética. Hoje, grandes marcas e laboratórios investem em pesquisas e estudos que têm como objetivo o desenvolvimento de produtos capazes de proteger a pele e toda a sua estrutura contra as ações da idade e do meio ambiente. Entre os principais recursos desenvolvidos pela indústria cosmética, os princípios ativos são de fundamental importância para a eficácia dos produtos. São suas propriedades individuais e os resultados obtidos por meio de associações com outras substâncias que garantem resultados eficazes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVAREZ-ROMÁN, R.; NAIK, A.; KAILA, Y. N.; GUY, R. H.; FESSI, H. Enhancement of Topical Delivery from Biodegradable Nanoparticles. Pharmaceutical Research, v. 21, n. 10, p. 1818-1825, 2004. ALVAREZ-ROMÁN, R.; NAIK, A.; KAILA, Y. N.; GUY, R. H.; FESSI, H. Skin penetration and distribution of polymeric nanoparticles. Journal of Controlled Release, v. 99, p.53-62, 2004.

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Costa Souza Silvia Nomellini Orientadora: Dra. Paula de França Carmo da Silva São Paulo 2016

INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 MEDICINAL NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO RESUMO O processo de cicatrização tecidual é complexo; envolve eventos celulares e moleculares e é determinado por fases que levam à restauração do tecido lesado. A infusão controlada de CO2 medicinal é uma técnica contemporânea, que apresenta efeitos fisiológicos definidos. O levantamento bibliográfico realizado teve como objetivo verificar a colaboração da técnica de infusão controlada de CO2 medicinal no processo de cicatrização. Através da pesquisa bibliográfica realizada, concluiu-se que a infusão controlada da CO2 medicinal contribui com o processo de cicatrização. Porém, são imprescindíveis novos estudos, a fim de tornar a técnica mais amplamente utilizada pelos profissionais da área de saúde. Palavras-chave: reparação tecidual, cicatrização, infusão de CO2 medicinal, dióxido de carbono. ABSTRACT: The wound healing process is complex; It involves molecular and cellular events and is determined in stages leading to the damaged tissue restoration. The controlled infusion of medical CO2 is a modern technique, which presents defined physiological effects. The bibliographic survey aimed to verify the cooperation of controlled infusion technique of medical CO2 in the healing process. Through literature survey, it was concluded that the controlled infusion of medical CO2 contributes to the healing process. However, it is essential to further studies in order to become the most widely used technique by health professionals. Keywords: tissue repair, wound healing, medicinal CO2 infusion, carbon dioxide. INTRODUÇÃO A pele é o maior órgão que recobre toda superfície do corpo. É dividida em duas camadas distintas, a epiderme e a derme, firmemente unidas entre si. A epiderme é a camada mais externa e a derme a mais profunda.1 A epiderme é constituída por cinco camadas: germinativa, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. A camada germinativa é a mais profunda e a córnea a mais superficial.1 A derme é uma camada espessa de tecido conjuntivo que se estende da epiderme até o tecido subcutâneo.1 É constituída por fibras colágenas e elásticas, diferentes tipos celulares, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos; dividida em derme papilar, mais externa e reticular, mais interna. A camada dérmica fornece base firme para epiderme e para os anexos cutâneos; suas terminações nervosas e sensoriais mantêm o indivíduo em contato com o meio ambiente.1 A capacidade auto-regenerativa é um fenômeno universal dos organismos vivos.2 Com o rompimento tecidual nos animais

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vertebrados, logo se inicia o processo de reparo, que compreende uma sequência de eventos, objetivando a restauração do tecido lesado.3,4 A perda tecidual pode atingir a derme completa ou incompletamente, ou mesmo atingir todo o órgão, chegando ao tecido celular subcutâneo.5 O reparo de feridas, uma solução de continuidade dos tecidos, decorrente da lesão por agentes mecânicos, térmicos, químicos e bacterianos é também o esforço dos tecidos para restaurar a função e estruturas normais. É comum a todas as feridas, independentemente do agente que a causou, é sistêmico, dinâmico e está diretamente relacionado às condições gerais do organismo.6 Com as possibilidades de uma solução de continuidade de qualquer origem, infeccionar, desenvolver excesso de tecido conjuntivo, gerar uma contratura da pele ou até mesmo tornar se uma ferida crônica, é de grande importância uma cicatrização rápida e controlada, diminuindo os possíveis efeitos negativos que possam acometer o paciente, bem como o tempo de morbidade desse indivíduo.7 O reparo tecidual foi dividido em três fases: (1) inflamação, (2) proliferação, (3) remodelação. Estas não são mutuamente excludentes, mas sobrepostas no tempo.2 A cicatrização pode ser de primeira ou de segunda intenção. Na cicatrização de primeira intenção as bordas da lesão são apostas ou aproximadas. Já na cicatrização de segunda intenção ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção.8 A carboxiterapia deu início nos anos 30, na França, onde foi constatado que os banhos com água saturada em dióxido de carbono (CO2) melhoravam os sintomas em portadores de doenças inflamatórias e isquêmicas, supostamente por aumentar a circulação local.9 Passou a ser utilizada na Medicina e desde então vem sendo aplicada em várias áreas médicas.10 É uma das técnicas mais contemporâneas entre os diversos recursos disponíveis para o tratamento de disfunção da pele. Consiste na infusão subcutânea de gás carbônico medicinal, aumentando a oxigenação local - devido à hemoglobina ter maior afinidade pelo gás carbônico, liberando oxigênio no local da aplicação - e melhorando a microcirculação.9,11 O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo, diariamente, em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração.12 Um dos mecanismos de ação do gás carbônico ocorre na microcirculação vascular do tecido conectivo, estimulando a vasodilatação e gerando um aumento da drenagem veno-

linfática. A vasodilatação promove o fluxo de nutrientes, entre eles as proteinases, que são indispensáveis para o remodelamento da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação tecidual.11 A introdução do CO2 causa distensão tecidual, induzindo a migração de fibroblastos para região e sua posterior proliferação, estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo. Induz também a síntese local do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), resultando na formação de novos capilares (neo-angiogênese).12,13 Fez-se pesquisa exploratória e qualitativa, a partir de revisão bibliográfica sobre os assuntos: reparação tecidual e carboxiterapia (infusão de CO2 medicinal). A seleção dos artigos foi realizada nos bancos de dados Scielo, Lilacs, Google acadêmico e Biblioteca virtual em saúde. O levantamento bibliográfico realizado tem como objetivo verificar a contribuição da técnica de infusão controlada de CO2 medicinal no processo de cicatrização, através de evidência científica, a fim de tornar a técnica mais amplamente utilizada pelos profissionais da área de saúde. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ANATOMIA DA PELE A pele é o maior órgão que recobre toda superfície do corpo; é uma complexa estrutura e tem, entre outras, as funções: proteção contra o calor, lesões, infecções, proteção solar, armazenamento de água e produção de vitamina D. Porém, a sua principal função é o revestimento do organismo, protegendo as estruturas internas do corpo humano.14,15 É constituída por uma porção epitelial, epiderme, e uma porção conjuntiva, derme. A epiderme é superficial e composta de cinco camadas. A derme é uma camada intermediária, espessa, composta por tecido conjuntivo e se estende da epiderme até o tecido subcutâneo.14,15 Abaixo, em continuidade com a derme, está a hipoderme. Tela subcutânea que, embora tenha a mesma origem e morfologia da derme, não faz parte da pele.14,15

Figura 1- Anatomia da Pele.1 EPIDERME É a camada mais externa. É constituída principalmente por queratinócitos, os quais produzem a queratina com função protetora.7 A epiderme é formada por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, caracterizado por células dispostas em várias camadas, sendo: germinativa ou basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. Esta última, a mais superficial e formada por células mortas.7, Protege o organismo contra traumas, substâncias, resiste às forças de tensão e previne contra a desidratação.14

As diferentes camadas que a constitui mostram as fases pelas quais passam as células. Sintetizadas nos estratos mais profundos, sofrem um processo de corneificação. Conforme atingem os estratos mais superficiais, elas são continuamente substituídas. Esse empilhamento das células é constituído por células de formato e funções diferentes.15,16 A camada basal, também conhecida como camada germinativa, é formada por células altas, que se dividem por mitose e são responsáveis por renovar as células da epiderme.15 Na camada espinhosa estão células em formato de cubos e que apresentam projeções citoplasmáticas, as quais ancoram as células umas as outras, dando resistência ao atrito.15 As células da camada granulosa são mais achatadas, têm grânulos grosseiros em seu citoplasma (queratohialina), precursores da queratina no estrato córneo.15 A camada lúcida encontra-se superficialmente ao estrato granuloso, é uma camada delgada, transparente e pouco distinguível.16 A camada córnea é a mais externa, constituída de lâminas sobrepostas de queratina, que variam de espessura conforme a região. Por exemplo, na região palmo plantar é mais espessa, com a função protetora contra agressões físicas, químicas e biológicas.16 Outras células presentes na epiderme são as células de Langerhans. São dendríticas, residentes nas mucosas e na pele. Funcionam como sentinelas, com função de captar, processar e apresentar antígenos aos linfócitos T. Estes últimos, quando ativados, multiplicam-se e produzem citocinas e outros mediadores responsáveis pela defesa do organismo contra invasões. 7 Os melanócitos, também células dendríticas, são encontrados na camada basal da epiderme e são os responsáveis pela produção de melanina, substância pigmentar produzida e armazenada em estruturas citoplasmática denominadas melanossomas. Melanossomas maduros acumulam-se na periferia celular e são transferidos, via processos dendríticos, aos queratinócitos vizinhos, onde desempenharão papel importante na fotoproteção, contra os raios ultravioletas, e também conferirão cor à pele, aos pelos e aos cabelos.7 Menos abundantes na epiderme estão as células de Merkel, as quais formam terminações nervosas livres e especializadas, conhecidas como corpúsculos de Merkel. Estas células estão em íntima associação com as terminações nervosas e possuem vesículas citoplasmáticas que funcionam como mecanoreceptores.7 A epiderme deve se renovar constantemente ao longo de sua vida para manter a homeostase e para reparar danos após ferimentos.7 DERME A derme é formada por tecido conjuntivo e fica localizada abaixo da epiderme.1,15,17 É responsável pela espessura da pele, fornece uma base firme para epiderme e seus anexos e os supre de nutrientes.1,15,17 Apresenta uma complexa organização, com um tecido conjuntivo rico em vasos, glândulas sebáceas e sudoríparas, folículos pilosos e corpúsculos tácteis.7 Pode ser dividida em duas camadas: (a) camada papilar/subepitelial, mais superficial, na qual são encontradas as papilas dérmicas, as fibras conjuntivas frouxas e as fibras elásticas perpendiculares à junção dermo-epidérmica e (b) camada reticular, mais profunda, mais densa, na qual são encontradas as fibras conjuntivas nãoremodeladas e fibras elásticas em plexos.7 O tecido conjuntivo dérmico é formado por feixes de fibras colágenas e elásticas, localizados na substância fundamental amorfa ou matriz extracelular, constituída por glicosaminoglicanas.7 Diferentes tipos celulares compõem a derme, tais como: fibroblastos e fibrócitos, células imunológicas - macrófagos, mastócitos e leucócitos sanguíneos, particularmente neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos.7 Os fibroblastos são células fusiformes, com núcleo oval e participam da síntese dos componentes da matriz extracelular. Sintetizam fibras colágenas, elastina, fibronectina, glicosaminoglicanas Estética Com Ciência

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e proteases. Permitem e promovem a formação do tecido de granulação, a reepitelização e manutenção da integridade do tecido conjuntivo.7 Os fibrócitos são encontrados em vários tecidos, tanto em condições fisiológicas quanto patológicas. São considerados importantes no processo cicatricial por contribuírem no mecanismo de formação do tecido de granulação, na produção de colágeno e da matriz extracelular e para a presença de miofibroblastos no tecido. Também participam dos processos inflamatórios, através da produção de fatores de crescimento e fatores angiogênicos.7 HIPODERME É aonde se encontra o tecido adiposo, constituído de células que armazenam gordura subcutânea, servindo de reservatório energético.17 O tecido adiposo é isolante térmico e protege o organismo mecanicamente.14,15 A hipoderme é formada por tecido conjuntivo frouxo; é responsável pela união da pele com os órgãos adjacentes e a protege das lesões causadas por pressão ou estiramento, permitindo tenha um grau de deslizamento variável com a região do corpo.7,14,15 CICATRIZAÇÃO A cicatrização de feridas é um processo complexo, que envolve a organização de células, sinais químicos e matriz extracelular com o objetivo de reparar o tecido. Busca o fechamento rápido da lesão de forma a se obter cicatriz funcional e esteticamente satisfatória.3 A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra repavimentação e reconstituição do tecido.5 Como desencadeante, ocorre a perda da continuidade tecidual, a partir da qual o fisiologismo volta-se completamente, objetivando o reparo de um evento danoso ao organismo.5 A lesão tecidual - estímulo inicial para o processo de cicatrização coloca elementos sanguíneos em contato com o colágeno e outras substâncias da matriz extracelular, provocando degranulação de plaquetas e ativação das cascatas de coagulação e do complemento. Com isso, há liberação de vários mediadores vasoativos e quimiotáticos que conduzem o processo cicatricial mediante atração de células inflamatórias para a região da ferida.6 Como decorrência do próprio trauma ou da ativação celular, o microambiente tem sua composição físico-química alterada (baixa tensão de O2, diminuição de pH, de espécies reativas de nitrogênio e oxigênio) sendo esta também outra forma de sinalização que ativa as células envolvidas no reparo tissular.2 [ DINÂMICA DAS FASES DO PROCESSO DE REPARO Uma ferida pode ser definida como qualquer lesão que leve a uma descontinuidade cutânea. Feridas agudas são injúrias causadas por corte ou incisão cirúrgica que completam o processo de cicatrização dentro do tempo esperado.7

Figura 2 – Esquema de uma lesão cutânea.3 O processo de cicatrização é caracterizado pela sucessão complexa de eventos celulares, moleculares e de remodelamento da matriz extracelular, que interagem e se sobrepõem para a reconstrução tecidual em resposta a lesão.7

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O processo de reparação tecidual é dividido em fases, de limites não muito distintos, mas sobrepostas no tempo: fase inflamatória; proliferativa e remodelação (ou maturação).3,4,8,18

Figura 3 – Evolução do número relativo de células sanguíneas e fibroblastos nas fases sequenciais do processo de cicatrização.8 INFLAMAÇÃO Inicia-se no exato momento da lesão.5,8 A resposta inflamatória perdura cerca de três dias.8 A maioria das formas de lesão a que os organismos vivos estão sujeitos leva a alterações nas junções e/ou nas células endoteliais.2 Após um dano tecidual, as alterações nas células endoteliais, a ruptura de vasos sanguíneos e o extravasamento de seus constituintes incitam compostos vasoativos a promoverem uma vasoconstrição imediata, visando diminuir a perda sanguínea para o espaço extravascular.2,4,7 Os eventos iniciais do processo de reparo estão voltados para o tamponamento desses vasos e substâncias vasoconstritoras são liberadas pelas membranas celulares das células lesadas.2,6 A injúria do endotélio (ruptura, fissura ou erosão) dispara uma sequência de eventos, iniciando-se com a deposição das plaquetas, prosseguindo com sua ativação e posterior recrutamento de novas plaquetas.2 O endotélio lesado e as plaquetas estimulam a cascata da coagulação.4,5,6 A agregação plaquetária e a coagulação sanguínea geram um tampão, rico em fibrina, que além de restabelecer a hemostasia e formar uma barreira contra a invasão de microrganismos, organiza matriz provisória necessária para a migração celular3, sobre a qual fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos ingressarão na ferida.5,7 As plaquetas sofrem a degranulação plaquetária e liberam vários fatores de crescimento na área lesada como o derivado de plaquetas (PDGF), o de crescimento transformante-β (TGF-β), o de crescimento epidérmico (EGF), o de crescimento transformante-α (TGF-α) e o fator de crescimento de células endoteliais (VEGF), substâncias vasoativas e glicoproteínas adesivas, entre elas, a fibronectina. Esta funciona como cola, para consolidar o coágulo de fibrina (trombo branco), as células e componentes da matriz.3,5,6,18 Logo após, os eritrócitos são capturados por essa rede fibrinosa e forma-se então o trombo vermelho, principal responsável pela oclusão do vaso sanguíneo rompido.2 Os mediadores liberados pelas plaquetas ativadas se difundem pela matriz provisória formando um gradiente quimiotático que orienta a migração das células (tanto da circulação como das regiões adjacentes) envolvidas com a instalação da resposta inflamatória.2 A vasoconstrição é seguida por uma fase de vasodilatação e um aumento da permeabilidade vascular, favorecendo a exsudação plasmática (fluídos e proteínas) e a passagem de elementos celulares para a área da ferida, com consequente diapedese. Acredita-se que a histamina, a bradicinina e a prostaglandina sejam os mediadores bioquímicos responsáveis por esta vasodilatação.7,8 Os mediadores bioquímicos de ação curta são a histamina e serotonina e os de ação mais duradoura são a leucotaxina, bradicinina e prostaglandina. Este último estimula a mitose celular

e a quimiotaxia de leucócitos.8 Neutrófilos são as primeiras células a chegar à ferida, com maior concentração 24 horas após a lesão, atraídos por substâncias quimiotáticas liberadas pelas plaquetas.6 Ao final de um dia após a lesão eles constituirão 50% das células migradas ao local. Ficam por um período que varia de três a cinco dias.5 Sua função principal neste processo é de eliminação de possíveis microorganismos pela fagocitose.8 Além de sua função fagocitária, os neutrófilos possuem ação pró-inflamatória exercida através da liberação de citocinas que ativam fibroblastos e queratinócitos.7 As citocinas são polipeptídeos ou glicoproteínas extracelulares, produzidas por diversos tipos de células no local da lesão e por células do sistema imunológico.19 Diferentemente dos hormônios clássicos, não são armazenadas como moléculas pré-formadas, atuam especialmente por mecanismos parácrino (em células vizinhas) e autócrino (nas próprias células produtoras) e se ligam a receptores específicos. Diferentes tipos de células secretam a mesma citocina, e uma única citocina pode agir em diversos tipos de células, fenômeno denominado pleiotropia.19 As citocinas são redundantes em suas atividades, ou seja, ações semelhantes podem ser desencadeadas por diferentes citocinas. Com frequência, são formadas em cascata, ou seja, uma citocina estimula suas células-alvo a produzir mais citocinas.19 10 Influenciam a atividade, a diferenciação, a proliferação e a sobrevida da célula imunológica, assim como regulam a produção e a atividade de outras citocinas, que podem aumentar (pró-inflamatórias) ou atenuar (antiinflamatórias) a resposta inflamatória.19 As citocinas são mediadores necessários para conduzir a resposta inflamatória aos locais de infecção e lesão, favorecendo a cicatrização apropriada da ferida.19 As próximas células que surgem na região são os macrófagos derivados de monócitos2, em resposta a estímulos semelhantes aos dos neutrófilos.18 O macrófago é a célula inflamatória mais importante dessa fase. Permanece do terceiro ao décimo dia.5 Têm papel fundamental no término do desbridamento iniciado pelos neutrófilos.4 Apresentam capacidade fagocítica, atuam como células apresentadoras de antígenos; fazem remoção de colágeno desvitalizado, de coágulos de fibrina da ferida4, e dos neutrófilos que perderam função.2 Também degradam e removem componentes do tecido conjuntivo danificado, como colágeno, elastina e proteoglicanas. Os macrófagos secretam fatores quimiotáticos que atraem outras células inflamatórias ao local da ferida e também produzem prostaglandinas, que funcionam como potentes vasodilatadores, afetando a permeabilidade dos microvasos.6 Sua maior contribuição é a secreção de citocinas e fatores de crescimento6: EGF, FGF, PDGF, VEGF, TGF-α e β e o fator-1 de crescimento insulina-like7, que ditam e sustentam o processo de cicatrização4, estimulando a formação do tecido de granulação (fase tardia da cicatrização)7, nas etapas: angiogênese, fibroplasia6, epitelização7 e síntese de matriz extracelular6. EGF, FGF e PDGF são responsáveis pela quimiotaxia e proliferação de fibroblastos; FGF atua na migração e proliferação de queratinócitos; TGF-β na deposição de elementos da matriz pelos fibroblastos; VEGF e FGF atuam como potentes angiogênicos.8 Aproximadamente, entre seis a sete dias após a injúria, os linfócitos aparecem no local da ferida. Secretam linfocinas importantes, fatores quimiotáticos, além de aumentar o estágio inicial da cicatrização através da estimulação de macrófagos, células endoteliais e fibroblastos.4,7 A participação de eosinófilos no processo cicatricial está associada à produção da Proteína Básica Principal (MBP), a qual age na degradação do tecido.7 PROLIFERAÇÃO

A proliferação é a fase responsável pelo fechamento da lesão propriamente dito.3,5 Compreende: fibroplasia, angiogênese e reepitelização.3,8,18 Estas fases compõem o chamado tecido de granulação, responsável pela ocupação do tecido lesionado, cerca de três a quatro dias após a lesão. A denominação se dá pela característica granular, devido à presença de capilares neoformados, essenciais ao processo de reparo.3 11 Após o trauma, células mesenquimais normalmente quiescentes e esparsas no tecido normal, são transformadas em fibroblastos e atraídas para o local inflamatório.8 Com a presença local de macrófagos derivados de monócitos e a produção e liberação dos mediadores químicos produzidos por eles, a migração e ativação de fibroblastos é intensificada.2 Os fibroblastos são células fusiformes com núcleo elíptico que, em geral, constituem o maior número de células do tecido conjuntivo, além de sintetizarem grande parte da matriz extracelular que o compõe.18 Essas células são os principais componentes do tecido de granulação.2 Só aparecem quando os leucócitos polimorfonucleares já fizeram seu papel higienizador da área traumatizada.8 O processo de proliferação de fibroblastos é denominado de fibroplasia.4 Na fibroplasia ocorrerão migração e proliferação de fibroblastos, concomitante à síntese de novos componentes da matriz extracelular.18 E para a sua eficiência é necessária a ocorrência em paralelo da formação de novos vasos sanguíneos, ou seja, é necessária a neovascularização da região.2 Portanto, intensa proliferação vascular ocorre concomitantemente.7 Os fibroblastos produzem a nova matriz extracelular necessária ao crescimento celular enquanto os novos vasos sanguíneos carreiam oxigênio e nutrientes necessários ao metabolismo celular local.3 A função primordial dos fibroblastos é sintetizar colágeno.8 O colágeno é uma proteína de alto peso molecular, composta de glicina, prolina, hidroxiprolina, lisina e hidroxilisina, que se organizam em cadeias longas de três feixes polipeptídicos em forma de hélice, responsáveis pela força da cicatriz.8 É a proteína mais abundante do tecido conectivo em fase de cicatrização.6

Figura 4 - Cadeias polipeptídicas. Formação da fibra Colágena.7 Na matriz dérmica há essencialmente dois tipos de colágeno: tipo I e tipo III, correspondendo respectivamente a cerca de 80-85% e 15-20% do total desta proteína.6,18 O colágeno tipo I é o mais frequente.6 Na ferida há, ao contrário da derme íntegra, uma maior proporção de colágeno III em relação ao tipo I, na ordem de 30 a 40 %, sendo considerado colágeno imaturo.6,18 Estética Com Ciência

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Longe de ser apenas produtor de colágeno, o fibroblasto também produz elastina, fibronectina, glicosaminoglicanas e proteases.5 Muitos fibroblastos adquirem alguns aspectos morfológicos e bioquímicos de células musculares lisas. Essas modificações dão origem aos miofibroblastos. Os fatores PDGF e TGF-β induzirão esta diferenciação. Os miofibroblastos possuem capacidade de se contrair e se expandir (capacidade contrátil), movimentando-se, assim, pela ferida7, reduzindo a área de sangramento e facilitando a epitelização.4 Contêm fibras intracelulares de actina e miosina e formam conexões especializadas, ou fibronexus, com a matriz extracelular e outras células dentro da cavidade da lesão. Os miofibroblastos aproximam as margens da ferida, forçando as fibras de colágeno a se sobreporem e se entrelaçarem. Sua atividade contrátil é responsável pelo fechamento das feridas após as lesões.4,18 Os fibroblastos iniciam a síntese e secreção de componentes da matriz extracelular e fibras colágenas tipo I e III, associada à proliferação e ao crescimento interno dos capilares (angiogênese).7 Com o aumento do número de fibroblastos ativados para a produção de colágeno no local, a matriz extracelular começa a ser substituída por um tecido conjuntivo mais forte e mais elástico.2 Com a fibroplasia se inicia a formação do tecido de granulação (por volta do quarto dia), composto por macrófagos, fibroblastos e vasos neoformados. Ao ser observado a olho nu, a superfície deste tecido parece conter muitos grânulos. Na verdade, nada mais são que as extremidades rombas de vasos neoformados organizados perpendicularmente em direção à superfície e que possuem uma coloração vermelha escura.2 As células dos vasos sanguíneos correspondem a cerca de 60% do tecido de reparo.3 A angiogênese é etapa fundamental do processo de cicatrização, na qual novos vasos sanguíneos são formados a partir de vasos preexistentes.3,5 Os novos vasos formam-se a partir de brotos endoteliais sólidos. A bradicinina, a prostaglandina e outros mediadores químicos oriundos dos macrófagos, estimulam a migração e a mitose das células endoteliais.8 A neovascularização é essencial neste estágio porque permite a troca de gases e a nutrição das células metabolicamente ativas. As células endoteliais do interior de capilares intactos nas margens da ferida passam a secretar substâncias que promovem aberturas na membrana basal e permitem a migração das células endoteliais que, atravessando a parede do vaso utilizando como substrato a matriz extracelular provisoriamente produzida, seguem em direção ao centro da lesão.2,3,5,8 Na região externa do vaso, passam pelo processo de diferenciação, para aquisição da capacidade de formação de novos tubos capilares. Elas formam, no exterior do vaso, um broto capilar que, em seguida, une-se ao capilar de onde eram originárias, para o restabelecimento do fluxo sanguíneo. As células endoteliais dos vasos neoformados se diferenciam em células de revestimento e os vasos neoformados assumem as características funcionais de capilares.2 Esses vasos recém-formados são característicos do tecido de granulação, e tem por finalidade nutrir e oxigenar os tecidos em crescimento.18 Uma vez restabelecidos o fluxo sanguíneo e a oxigenação, o principal fator desencadeador da angiogênese é reduzido e os vasos neoformados começam a diminuir.4 A formação do epitélio é outro fenômeno que ocorre na fase de proliferação.7 A reepitelização tem por função reestruturar as funções da epiderme que foram perdidas com a ocorrência da lesão: proteção mecânica, regulação da temperatura local, defesa contra microorganismos e barreira hídrica.18 Inicia horas após a lesão, com a movimentação das células epiteliais oriundas tanto da margem como de apêndices epidérmicos localizados no centro da lesão.3 Nas primeiras 24 a 36 horas após a lesão, fatores de crescimento epidérmicos estimulam a proliferação de células do epitélio.8 Outro mecanismo que se inicia após a lesão é o de “efeitos

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de vizinhança livre”: células basais próximas à região da ferida, ao perderem a interação com as células adjacentes, são ativadas, adquirem propriedades mitóticas e proliferam em direção ao centro da lesão. Estas células possuem potencial mitótico latente, imediatamente estimulado na ocorrência de uma lesão. Quando ativadas, as células epidermais retraem os tonofilamentos intracelulares, ocorre a dissolução dos desmossomas intercelulares e na periferia do interior da célula se formam filamentos de actina. Estas alterações liberam-nas da membrana basal e das células epiteliais adjacentes, permitindo assim, sua movimentação em direção ao centro da ferida.2 A superfície da ferida umedecida e oxigenada é um fator que acelera o processo de migração.2,5 À medida que a região da lesão vai sendo coberta pelas células epidermais é acionado então o mecanismo de “inibição por contato”.2 Tão logo a reepitelização tenha completado toda superfície da ferida, as células epiteliais revertem-se ao seu fenótipo normal, a membrana basal é reconstituída pelo novo epitélio e hemidesmossomos e desmossomos são rearranjados.2,4 Ao final desta etapa, o leito da ferida está totalmente preenchido pelo tecido de granulação, a circulação é restabelecida pela neovascularização e a rede linfática está passando por regeneração. Lentamente o tecido de granulação é enriquecido com mais fibras colágenas o que começa a dar à região lesada a aparência de cicatriz devido ao acúmulo de massa fibrosa.2 REMODELAÇÃO A terceira e última fase do processo de cicatrização é a remodelação.18 Ocorre no colágeno e na matriz.4,5 Esta fase inicia na formação do tecido de granulação e mantém-se por meses após a reepitelização.7 É um processo que ocorre lentamente, levando muitos meses ou até anos e, mesmo assim, uma cicatriz cutânea completamente madura possui apenas 70% da resistência da pele normal.2,8 Sendo o colágeno o principal componente da derme, esta etapa constitui-se da mudança do tipo de colágeno que a compõe e de sua disposição.2,18 Ocorre, concomitantemente, reorganização da matriz extracelular, que se transforma de provisória em definitiva.7 O processo de remodelamento da cicatriz envolve etapas sucessivas de produção, digestão e orientação das fibrilas de colágeno.2 O colágeno tipo III, inicialmente mais abundante que o tipo I, vai sendo degradado mais ativamente com o decorrer do tempo, enquanto que o colágeno I vai tendo sua produção aumentada pelos fibroblastos.18 A sua digestão ocorre em ambiente extracelular e é mediada por colagenases específicas. São conhecidos quatro tipos de colagenases: as séricas (elastase, catepsina C e proteinase neutra) e as metaloproteinases.6 O colágeno produzido inicialmente (tipo III) é mais fino e tem orientação paralela à pele. Com o tempo, é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado ao longo das linhas de tensão.6,8 Isso aumenta a sua resistência devido à organização das fibras acompanharem as forças mecânicas a que o tecido está sujeito durante a atividade normal.2 Repetições sucessivas da lise, ressíntese, redirecionamento e religação formam fibras maiores de colágeno e resultam numa configuração mais regular da cicatriz.2 O equilíbrio de produção e destruição das fibras de colágeno, neste período, se deve a ação da colagenase.8 Com a evolução do processo, acentua-se a deposição de colágeno e a maioria das células desaparece, observando-se a apoptose de fibroblastos e células endoteliais, formando finalmente o tecido cicatricial.2,4 Os anexos da pele, como folículos pilosos e glândulas sofrem regeneração limitada e a coloração da cicatriz permanece pálida, pois a regeneração dos melanócitos é deficiente. As cicatrizes são hipo-vascularizadas devido ao desaparecimento dos neocapilares.2,5 A reorganização da nova matriz é um processo importante da

cicatrização6 e é consenso atualmente que a resolução completa de uma ferida, somente pode ser considerada, depois de concluída a maturação e remodelagem da matriz extracelular.2

Figura 9 – Representação esquemática da cicatrização por primeira e por segunda intenção.8 Figura 5 – Fases seqüenciais do processo de cicatrização em função do tempo em dias.7 Muitas variáveis, tanto de ordem geral como de ordem local, influenciam esse longo e complexo processo.5 Dos fatores gerais, interfere a idade, o estado nutricional do paciente, existência de doenças de base, como diabetes, alterações cardiocirculatórias e de coagulação, aterosclerose, disfunção renal, quadros infecciosos sistêmicos e uso de drogas sistêmicas.5 Dos fatores locais, interfere a técnica cirúrgica, formação de hematomas, infecção, reação de corpo estranho, uso de drogas tópicas e ressecamento durante a cicatrização.5

Figura 7 – Etapas do processo cicatricial de lesões cutâneas.7

Figura 8 – Representação gráfica da resposta normal da pele e feridas, mostrando o número relativo das principais células durante as três fases do processo de cicatrização.1

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Primeira intenção: ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas.8 Segunda intenção: quando ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização.8

CARBOXITERAPIA - INFUSÃO DE CO2 MEDICINAL A carboxiterapia consiste na infusão de gás carbônico medicinal na pele e no tecido adiposo, com o propósito de aumentar a perfusão periférica, sendo uma das técnicas mais contemporâneas entre os diversos recursos disponíveis para o tratamento de disfunção da pele.11 Deu inicio nos anos 30, na França, em 1932 e foi criada como balneárioterapia; utilizava-se água carbonada em piscinas de águas termais.9,11 Constatou-se que os banhos com água saturada em dióxido de carbono (CO2) melhoravam os sintomas em portadores de doenças inflamatórias e isquêmicas, supostamente por aumentar a circulação local. Eventualmente, muitas pessoas procuravam esse tratamento em busca da cura de arteriopatias obliterantes e feridas.9,11 A administração de CO2 pela via subcutânea, tornou-se terapêutica frequente na década de 30, na França e na Itália, o que colaborou para criação das Sociedades Italiana e Americana de Carbossiterapia, onde foram elaborados diversos estudos que confirmaram a eficácia do método na terapêutica das disfunções estéticas.20 O dióxido de carbono foi descoberto em 1648. Porém um dos primeiros trabalhos sobre o tema foi publicado em 1953, pelo cardiologista Jean Baptiste Romuef, líder da pesquisa com dióxido de carbono (CO2), onde se aplicava injeções cutâneas e subcutâneas de dióxido de carbono através de uma agulha fina e pequena (agulha de insulina), com o intuito de melhorar os sintomas de doenças inflamatórias e isquêmicas no tecido celular subcutâneo.12,17 As propriedades antiinfecciosas do dióxido de carbono foram descobertas e estudadas por Boyle (1627- 1691) e Lavoisier (17431794).14 A primeira pesquisa médica com o uso do dióxido de carbono foi realizada em 1777 por Laloutte, que comprovou a eficácia do tratamento de problemas crônicos de pele com aplicações seriadas de CO2.14 Piderit em 1836 e Beneke em 1859 descrevem uma sensação de calor e rubor da pele em áreas que eram lavadas com águas enriquecidas com CO2, fazendo um estímulo sensorial e gerando um efeito vasomotor.14 Heidger em 1928 foi o primeiro em demonstrar que o CO2 é absorvido através da pele intacta.14 A pesquisa com o uso terapêutico de CO2 durou aproximadamente 20 anos e somente nos anos 50 apareceram as primeiras publicações científicas que comprovaram a eficácia da carboxiterapia no tratamento de estética corporal.17 O tema carboxiterapia permaneceu por 4 décadas no esquecimento, sendo retomado nas décadas de 1980 e 1990, com alguns trabalhos direcionados para cirurgia vascular.20 O gás carbônico medicinal tem 99% de pureza e é o mesmo utilizado na medicina diagnóstica, em cirurgia de videolaparoscopia, promovendo pneumoperitônio, na histeroscopia e como contraste em arteriografias.16 Assim como também continua sendo utilizado como método terapêutico na dermatologia e na medicina estética, há aproximadamente Estética Com Ciência

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15 anos, no tratamento de úlceras de pressão, feridas de difícil abordagem, celulite, cicatrizes, estrias, alopecia, psoríase e rejuvenescimento da pele.11 O aparelho se liga a um cilindro de alumínio por meio de um regulador de gás carbônico e é injetado por via de um equipo (sonda) com uma agulha pequena (agulha de insulina – 30 G1/2) diretamente através da pele do paciente.12 Cerca de 5 a 10% do dióxido de carbono total transportado pelo sangue é fisicamente dissolvido, quimicamente combinado a aminoácidos de proteínas séricas ou como íons bicarbonato. É aproximadamente 20 vezes mais solúvel no plasma que o oxigênio.20 A difusão do gás carbônico medicinal através dos tecidos é rápida. Chega aos músculos adjacentes e é eliminado, a maior parte, pelos pulmões. Uma pequena parte é eliminada via renal. O risco de embolia gasosa fatal diminui devido ao seu alto poder de difusão: o gás é rapidamente absorvido e eliminado, permanecendo apenas o efeito dilatador.12,17 A utilização do CO2 é segura por ser um metabólito próprio do nosso organismo, sendo que o fluxo e volume total utilizados na carboxiterapia estão dentro da variação fisiológica dos indivíduos. O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico. É um produto endógeno natural do metabolismo celular, produzido diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração.9,20 Um dos mecanismos de ação do gás carbônico ocorre na microcirculação vascular do tecido conectivo, estimulando a vasodilatação e gerando um aumento da drenagem venolinfática.13 Quando infiltrado pela via subcutânea, seu efeito terapêutico é vasodilatação local, provocando queda na resistência vascular periférica favorecendo a irrigação sanguínea.9,20 O aumento da oxigenação local acontece devido ao aumento dos níveis de CO2 e consequente acidez do meio, levando a hemoglobina a perder a afinidade pelo oxigênio e aumentar a afinidade pelo CO2. A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio. Quanto mais ácido, menor a afinidade e maior liberação de oxigênio. Essa relação é conhecida como efeito Bohr. É a facilitação da liberação de oxigênio da hemoglobina que resulta em maior quantidade de O2 no local, provocando o metabolismo celular.9,20 A vasodilatação promove o fluxo de nutrientes, entre eles as proteinases que são indispensáveis para o remodelamento da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação tecidual.13 A lesão provocada pela agulha e pelo gás carbônico desencadeia um processo inflamatório com o objetivo de cicatrizar e reconstituir o tecido lesado.20 A introdução do CO2 causa distensão tecidual, liberando substâncias que provocam o aumento da permeabilidade vascular como bradicinina, catecolaminas, histamina e serotonina; além disso, o dióxido de carbono é capaz de induzir a síntese local do fator de crescimento vascular endotelial, o que resulta em novos capilares. Consequentemente, causa migração de fibroblastos para região da agressão e sua posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina. Uma glicoproteína encontrada no sangue, associada a vários processos biológicos como adesão e diferenciação celular, e reparação de tecidos.12,14 Podemos apontar como efeitos colaterais sensação de crepitação no local da aplicação que pode durar em média 30 minutos, presença de dor durante o tratamento e, eventualmente, pequeno hematoma devido à punturação feita no local.9 Apesar da técnica de carboxiterapia ser considerada segura, devemos nos atentar para algumas contra-indicações citadas por alguns autores como, tromboflebite aguda, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, renal e/ou respiratória, angina instável, gangrena, infecções localizadas, gravidez e distúrbios psiquiátricos.9,12

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Atualmente a administração por via subcutânea do CO2 através de injeção hipodérmica, vem sendo amplamente aplicada para fins estéticos. Ainda assim, as pesquisas científicas sobre o tema são escassas, sendo necessário maior aprofundamento investigativo.9 DISCUSSÃO Trabalhos na literatura descrevem alguns efeitos fisiológicos da infusão controlada de CO2 medicinal (carboxiterapia), tais como: vasodilatação local, aumento do fluxo sanguíneo, potencialização do efeito Bohr (diminuição da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, liberando mais oxigênio para os tecidos), aumento da drenagem sanguínea e linfática e da lipólise.12,21,22,23,24,25,26 Borges12 relata que após a ação mecânica, provocada pelo “trauma” da agulha e também pela introdução do gás, há a produção de um processo inflamatório e consequente migração de fibroblastos para a região da agressão e sua posterior proliferação, estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina. Carvalho et al. também relatam que o descolamento da pele provocado pelo gás leva à perda da integridade tecidual e à exposição do colágeno, com consequente ativação do processo de cicatrização. Os autores mencionam que a carboxiterapia também pode ser indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o transcurso do processo cicatricial. Isto se justifica pela ação mecânica do gás ao promover um “descolamento” das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual, proporcionando efeitos benéficos à aderência cicatricial.12,26 No estudo de Brandi et al27, foi verificada uma melhora estatisticamente significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e as irregularidades cutâneas pós-lipoaspiração, ou seja, é possível esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade localizada e também sobre a elasticidade cutânea em pacientes que realizaram lipoaspiração.12 Abramo22 verificou que a infusão controlada do CO2 recupera o tecido de granulação em úlceras crônicas por insuficiência venosa dos membros inferiores. A vasodilatação das arteríolas pré-capilares, neoformação vascular e potencialização do efeito Bohr, no local de aplicação do gás, aumentaram o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio aos tecidos, reduzindo o edema no tecido de granulação das feridas de média e grande extensão, tornando-as aptas a receber enxerto autólogo de pele. A diminuição do pH, causado pelo aumento da concentração de CO2, potencializa o efeito Bohr no interior da hemácia e aumenta a oferta de oxigênio ao tecido de granulação das úlceras crônicas22, levando ao aumento das atividades oxigênio dependentes como: fagocitose de bactérias por polimorfonucleares e produção de fibroblastos, podendo resultar em melhor cicatrização.25 Em seu estudo, Abramo22 verificou que úlceras de pequena extensão, quando estimuladas pela infusão controlada de CO2, apresentaram perda de resistência na parede das arteríolas précapilares no tecido de granulação, aumentando seu diâmetro em 3 a 4 vezes. A dilatação e o aumento da porosidade das paredes destes vasos possibilitaram a migração de células inflamatórias, em especial macrófagos, fibroblastos e células endoteliais progenitoras para o tecido de granulação, promovendo fibrogênese na matriz extracelular, permitindo e seu fechamento espontâneo. De acordo com Papapetropoulos et al.28, após a aplicação do CO2, a neoformação vascular foi evidenciada pelo aumento da densidade capilar no tecido degranulação.22,24 O aumento do fluxo sanguíneo na microcirculação após exposição da pele ao CO2 foi observado por Schnizer et al., por meio da fluxometria com laser Doppler.22 D’Arcangelo et al.29, descreveram a influência da acidose induzida pela hipercapnia e da distensão tecidual promovida pelo CO2 na atividade dos fatores de crescimento do fibroblasto básico (bFGF) e transformador beta (TGF-β) na fibrogênese. A diminuição no número de macrófagos, acompanhada pelo aumento de fibroblastos, comprova a diferenciação celular estimulada pelo fator de crescimento do fibroblasto básico. Já o fator de crescimento

transformador beta promoveu o desenvolvimento de fibroblastos em fibras colágenas e elásticas, fornecendo maior sustentação para o tecido de granulação.22 Estudo histológico com a carboxiterapia, Brandi et al.23, comprovaram um aumento da espessura da derme, evidenciando estímulo à neocolagênese, bem como preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e nervosas. Portanto, um evidente rearranjo das fibras colágenas. Segundo Ferreira et al., houve acentuado aumento do colágeno após infusão de gás carbônico na pele de ratos.12,25 Borges12 descreve que em estudo piloto com ratos jovens (3 meses) e ratos mais velhos (14 meses), realizou-se biópsia da pele antes e após a injeção subcutânea e intradérmica de gás carbônico. O que se verificou, após a injeção do gás carbônico, foi que o arranjo das fibras de colágeno dos ratos mais velhos era similar ao dos ratos mais jovens. Além disso, houve também o aumento da quantidade de fibras de colágeno na área tratada. Embora haja constante divulgação da técnica e dos indícios para a aplicação de CO2 em cicatrizes e celulites, até o momento não existe na literatura produção científica com o rigor internacional recomendado.21 CONCLUSÃO A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica. Após uma incisão da pele, dá-se inicio ao processo de reparo, o que se faz a custa da proliferação do tecido conjuntivo11. O fechamento propriamente dito desta lesão ocorre durante a fase proliferativa do processo de cicatrização. É nesta fase que ocorre a formação do tecido de granulação, a qual compreende as etapas: fibroplasia, angiogênese e reepitelização. A infusão controlada de CO2 medicinal provoca hipercapnia (aumento da pressão parcial de CO2) no local da aplicação. A acidose provocada leva à vasodilatação vascular - favorecendo a irrigação sanguínea, promovendo o fluxo de nutrientes e oxigênio aos tecidos, liberando substâncias que aumentam a permeabilidade vascular e possibilitando a migração de células inflamatórias para o tecido de granulação - além de potencializar o efeito Bohr, induzir a síntese de novos capilares (neoangiogênese), aumentar a produção de fibroblastos (fibrogênese) e influenciar a atividade de proteinases e de fatores de crescimento. O “trauma” da agulha e a distensão tecidual promovida pela introdução do gás, produzem um processo inflamatório no local da lesão, com consequente migração e proliferação de fibroblastos, promovendo rearranjo e síntese de colágeno (neocolagênese), evidenciado pelo aumento da espessura da derme, além de induzir a síntese de elastina e fibronectina. Portanto, concluímos que a técnica de infusão controlada de CO2 medicinal contribui positivamente com processo de cicatrização, pois provoca estímulos químicos e físicos (mecânicos) no tecido conjuntivo, o qual responde com uma somatória de eventos celulares e vasomotores objetivando a reconstituição do tecido lesado. Podemos relatar que o recurso de infusão controlada de CO2 medicinal possui respaldo na literatura, sendo uma técnica segura e com garantia de bons resultados em várias áreas da medicina estética e convencional, sem efeitos adversos ou complicações importantes, e que aliada ao tratamento de cicatrização traz benefícios e melhora no quadro do paciente. Apesar da extensa aplicabilidade da infusão controlada de CO2 medicinal e de seus resultados serem confirmados pela literatura científica, existem poucos estudos que determinam os reais efeitos da infiltração percutânea de CO2 no tegumento. REFERÊNCIAS 1. Blanes L. Tratamento de Feridas. Baptista – Silva JCC, editor. Cirurgia Vascular: guia ilustrado. São Paulo: 2004 [acesso em 2015 nov 10]. Disponível em: http://www.bapbaptista.com 2. Balbino CA, Pereita LM, Curi R. Mecanismos envolvidos na cicatrização: uma revisão. Rev Bras Cien Farm. 2005;41(1):27-51. 3. Mendonça RJ, Coutinho-Netto J. Cellular aspects of wound healing. Ana

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ESTUDO DE CASO DOS EFEITOS DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA ALOPECIA ANDROGENETICA CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU CURSO SUPERIOR EM TÉCNOLOGIA DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA Amanda SumieHuertasTateno; Bruna Oliveira; Janaina Scuvero; Raquel Morelin Orientação: Profsº. José Roberto de Oliveira e José Manuel de Almeida Jr Co-Orientação: Profª.Rosemeire da Matta e ProfªMs Natalie Souza de Andrade Introdução: O laser é uma excepcional fonte de radiação capaz de produzir em bandas especiais extremamente finas, campos eletromagnéticos intensos e coerentes que se estendem do infravermelho remoto ao ultravioleta. Não mais que alguns processos físicos simples concorrem para o funcionamento de um laser (LIZARELLI, 2010). Objetivo: Analisar a eficácia do laser de baixa intensidade no tratamento da Alopecia Androgenética. Metodologia: O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi à pesquisa bibliográfica. As bases de dados científicos consultadas foram:SciELO, Dedalus e Lilacs, Google Acadêmico. A busca foi retrospectiva limitando-se aos artigos científicos publicados entre 2006 a 2015. Resultados: Segundo Carvalho, 2006 existe características diferentes da alopecia androgenetica, já Kleinhans, 2012 diz que a alopecia é a ausência de pelos que atinge uma região ou todo corpo. Considerações Finais: concluímos que o laser é eficaz no procedimento terapêutico para alopecia androgènetica, contudo é necessário mais pesquisas com maior número de aplicações e com maior número de voluntários para mais dado concreto. Palavras-Chaves: alopecia androgenética, folículo piloso, laserterapia de baixa intensidade, laser Introduction: The laser is an exceptional source of radiation capable of producing extremely thin special bands, intense, 80

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coherent electromagnetic field that extend remote infrared to contribute to the operation of a laser. (LIZARELLI, 2010) Objective: To analyze the low – intensity laser efficacy in the treatment of androgenetic alopecia. Methodology: The method used for the preparation of this work was the literature. The scientific databases consulted were: SciELO, Lilacs and Dedalus, Google Scholar. The retrospective search was limited to the scientific articles published between 2006 and 2015. Results: According to Carvalho, 2006 there are different characteristics of androgenetic alopecia, since Kleinhans 2012 says that the absence of alopecia is reached by that region or whole body. Final Thoughts: we conclude that the laser is effective in the therapeutic procedure for androgenetic alopecia, but we need more research with more applications and larger number of volunteers for more concrete data.

delimitada, uma região ou todo corpo (KLEINHANS, 2012). De acordo com o ultimo censo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a queixa de alopecia está entre as dez mais frequentes nos consultórios dermatológicos em pacientes de 15 a 39 anos. A alopecia androgenética (AAG) é a causa mais comum da alopecia em ambos os sexos. É caracterizada por alteração no ciclo do cabelo levando à miniaturização folicular progressiva com conversão de fios terminais em velo, mais finos, curtos e menos pigmentados. A AAG afeta ambos os sexos, com mais de 50% dos homens apresentando algum grau de calvície acima dos 50 anos. As estimativas em relação às mulheres são variadas, e o pico de incidência ocorre após os 50 anos, com cerca de 30% de acometimento por volta dos 70 anos (MULINARI-BRENNER; SEIDEL; HEPP, 2011). Dados epidemiológicos variam em diferentes etnias, com relatos de prevalência menor em asiáticos e afrodescendentes em relação aos caucasianos. No sexo masculino o processo é andrógeno dependente; nas mulheres, entretanto, a interferência hormonal é incerta e o termo Alopecia de Padrão Feminino (APF) parece definir melhor a entidade. Apesar de elevada frequência dessa apresentação nos consultórios médicos, a APF ainda é um desafio diagnóstico e terapêutico ao dermatologista (MULINARI-BRENNER; SEIDEL; HEPP, 2011). A valorização do cabelo na sociedade é bastante destacada devido à simbologia que representa para o indivíduo. Através da história ele vem sendo relacionado com vitalidade, saúde e até mesmo virilidade, constituindo uma preocupação estética entre homens e mulheres. Situações que envolvem a quedados cabelos, levando até uma condição denominada alopecia, podem influenciar negativamente as relações interpessoais e sociais dos indivíduos acometidos (SILVA, 2011). Com características diferentes da alopecia androgenética masculina por apresentar-se mais como uma rarefação difusa dos cabelos no topo da cabeça, a alopecia androgenética em mulheres pode ser leve, moderada ou severa e, de acordo como grau de acometimento, costuma ser fator limitante psicossocialmente para aquelas que desenvolvem este sinal clínico, reduzindo significativamente a auto-estima da portadora (CARVALHO; PADOVEZ, 2006). Fonte:http://www.viesi.com.br/alopecia-androgenetica Acesso em 15.04.2016.

Key Words: androgenetic alopecia, hair follicle, low-intensity laser therapy, laser INTRODUÇÃO A pele, como o maior órgão do corpo humano, possui os pelos como estruturas anexas especializadas, as quais apresentam funções de barreira atuando na regulação das trocas térmicas e hídricas, na proteção frente às radiações ultravioletas, na proteção mecânica e nas percepções táteis. A valorização do cabelo na sociedade é bastante destacada devido à simbologia que representa para o individuo. Situações que envolvem a queda dos cabelos, levando até uma condição denominada alopecia, podem influenciar as relações interpessoais e sociais dos indivíduos acometidos (CAVALCANTI, 2015). De acordo com o dicionário médico, o termo alopecia se originou do grego alopekia, que significa “pelada” e, por sua vez, tem como raiz a palavra alópex, que significa “raposa” – ou seja, “raposa com pouco pelo”. A alopecia é descrita como ausência, rarefação ou queda dos cabelos e pelos, de caráter transitório ou definitivo, que pode atingir uma parte

processos físicos simples concorrem para o funcionamento de um laser (LIZARELLI, 2010). A fototerapia com lasers em baixa intensidade entrou no arsenal da medicina moderna como um componente eficiente para auxiliar no tratamento de um grande número de enfermidades. Na metade da década de 1970, iniciou-se o emprego da laserterapia de baixa intensidade na medicina estética, e atualmente vários artigos podem ser encontrados na literatura para o tratamento de queimaduras, queloides, cicatrizes hipertróficas, alopecia, acnes, celulites e estrias (RIBEIRO et al, 2011). O folículo piloso ou folículo pilo-sebáceo é a cavidade na qual o cabelo nasce. Nos homens, encontramos folículos pilosos sobre a toda a superfície do corpo com exceção da palma das mãos e plantas dos pés. O folículo piloso contém igualmente na sua parte superior uma glândula, a glândula sebácea, que produz sebo com o objetivo de lubrificação. O pelo se constrói graças ao processo de queratinização, ou seja, pela junção das células de queratina. Em alguns casos, o folículo pilo-sebáceo pode ter sinal de uma inflamação: falamos de foliculite, e se a infecção é mais profunda e causada por uma bactéria, a Staphylococcusaureus, falamos de um furúnculo(http:// saude.ccm.net/faq/1142-foliculo-piloso-definicao#q=foliculo &cur=3&url=%2F). O desenvolvimento e a multiplicação das células do folículo não são contínuos. Seguem um padrão cíclico, com alternância de fases de crescimento e repouso. Este ciclo está presente em todos os folículos pilosos humanos – pelos e cabelos. O folículo sofre alterações que caracterizam três fases bem distintas no ciclo de crescimento dos pelos: a anágena ou de crescimento, a catágena ou de regressão e a telógena ou de repouso. Uma queda fisiológica de pelos telógenos pode ocorrer ao pentear, lavar ou friccionar o couro cabeludo. A queda de um pelo telógeno normal delimita o fim de um ciclo e o início de outro, com a substituição por um novo pelo na mesma localização. Na área do couro cabeludo afetada na AAG, a cada ciclo que se inicia o folículo diminui o seu diâmetro, ocorrendo um afinamento das hastes, em um processo de miniaturização (MULINARI-BRENNER; SOARES, 2009). 2. OBJETIVO Analisar a eficácia do laser de baixa intensidade no tratamento da Alopecia Androgenética.

O laser é uma excepcional fonte de radiação, capaz de produzir, em bandas espectrais extremamente finas, campos eletromagnéticos intensos e coerentes que se estendem do infravermelho remoto ao ultravioleta. Não mais que alguns

3. METODOLOGIA O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa de artigos e bibliográfica. O material pesquisado foi constituído de artigos de revistas científicas, livros, teses, dissertações, e sites específicos da internet. O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consultas às seguintes bases de dados científicos: Scielo (Scientific Eletronic Library Estética Com Ciência

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Online) e Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Google Acadêmico. A busca foi retrospectiva limitando-se aos artigos científicos publicados entre 2006 a 2015, com uso dos seguintes descritores:alopecia androgenética, laserterapia de baixa intensidade, folículo piloso, laser. Como critério de inclusão para a seleção do material pesquisado foram considerados os materiais publicados em língua portuguesa, na íntegra, escritos por profissionais da saúde e que contemplam os objetivos da pesquisa. Foram excluídos os materiais duplicados e que não contemplaram os critérios de inclusão acima citados.

Carolina Palma Leal Daniela Divina Cardoso Reis Elaine Worona Akatsuka Ilka Cavalcante França

capilares.Os resultados sugerem que a Laserterapia de baixa potência é eficaz no controle da alopecia androgenética, pela melhora no processo de crescimento capilar, diminuição daqueda capilar. A introdução da Laserterapia para controle daalopecia na prática clínica, principalmente para pacientes com restrições as outras terapias, é mais uma opção de tratamento. Utilizamos laserterapia de baixa intensidade com a intensidade de 4 Jcm² em dois pacientes, I, 44 anos, F, e M, 50 anos, M, onde foram encontradas pontos de início de folículo capilar em 4 sessões, 1x por semana. Sendo assim, a laserterapia é eficaz

4. RESULTADOS

para o tratamento. Por se tratar de uma nova terapia para controle de quedas, sugerimos que novos estudos sejam realizados. Logo concluímos que o laser é eficaz no procedimento terapêutico para alopecia androgènetica, contudo é necessário mais pesquisas com maior número de aplicações e com maior número de voluntários para mais dado concreto.

Com base nos artigos científicos analisados, alopecia androgenéticaé considerada uma patologia caracterizada pela alteração do ciclo do cabelo, resultando em grandes quedas 82

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6. REFERÊNCIAS: CARVALHO, A. L. J. PADOVEZ, F. Incidencia de alopecia androgenética em mulheres portadoras de Sindrome dos Ovários Policísticos. MedCutanIberLatAm. 2006:34:275-278. CAVALCANTI, C.P – Protocolos de tratamento da alopecia: uma revisão.21.ed. CDD 616.546. Campina Grande – Paraíba, 2015. KLEINHANS, A. C. S.Stress e raiva em mulheres com alepeciaandrogenética. Campinas PUC – Campinas, 2012. LIZARELLI, R. F. Z. Uso do laser de baixa intensidade – Protocolos clínicos odontológicos – 4ºEdição, 2010. MULINARI-BRENNER, F; SEIDEL, G; HEPP, T. Entendendo a alopecia androgenética–SurgCosmetDermatol 2011:3(4):32937. MULINARI-BRENNER, F; SOARES, I. F – Alopecia androgenética masculina: uma atualização. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 18(3):153-161, maio/jun., 2009. RIBEIRO, M. S; SILVA, D.F.T; NUNEZ, S.C; ZEZELL, D.M. Laser em baixa intensidade – TME – 03.07.66.indd – 2/8/11. SAUDE,P. Folículo piloso – definição. http://saude.ccm.net/ faq/1142-foliculo-piloso-definicao#q=foliculo&cur=3&url=% 2F – Acessado em 15/04/16. SILVA, R.T. Medicamentos antiandrógenos de uso oral para o tratamento da alopecia androgênica – Porto Alez’gre, 2011. VIESI, J. Alopecia androgenética – Viesi Dermatologia http:// www.viesi.com.br/alopecia-androgenetica - Acessado em 15/04/16.

EFICÁCIA DAS TÉCNICAS DE MASSAGENS PARA REDUÇÃO DE ADIPOSIDADES E DA FIBRO EDEMA GELÓIDE INTRODUÇÃO A massagem exerce um efeito mecânico local resultante da ação direta da pressão exercida no segmento massageado, e também uma ação reflexa, indireta por liberação local de substâncias vasoativas. As técnicas de massagem podem promover: alívio da dor, relaxamento muscular, local e geral, aumento da nutrição tecidual, aumento da circulação sanguínea e linfática, aumento da mobilidade articular, remoção dos tecidos metabólicos entre outros (GUIRRO e GUIRRO, 2004). Nos tempos atuais a busca incessante pelo corpo perfeito cresce cada vez mais. Vários métodos vêm sendo adotados para atingir tal objetivo: dietas, medicamentos, cirurgias plásticas, tratamentos estéticos. No entanto se faz necessário compreender que cada pessoa possui um biotipo corporal, que são influenciados ou modificados por diversos fatores tais como: a herança genética, hábitos de vida, idade, alterações hormonais, entre outros (MANUSKIATTI, 2009). Dessa forma, cresce a procura por

massagens tidas como ‘redutoras’ ou ‘modeladoras’ e, por isso, observase sua grande oferta em serviços e clínicas de estética, muitas aplicadas por profissionais não-qualificados, como mostrou o censo de 2008 do Crefito-3, notificando 1.300 estabelecimentos no Estado de São Paulo que ofereciam esses métodos sem profissionais habilitados (PERES,2008). Caso o indivíduo tenha um balanço energético positivo, ou seja, consome mais do que gasta, esta energia adicional é armazenada na forma de gordura (GUIRRO; GUIRRO, 2004) e os adipócitos da gordura localizada são de 2 a 4 vezes mais receptivos à glicose do que as outras células de gordura, depositando-se mais rapidamente e se tornando mais resistente à redução do peso. Na prática clínica pode-se observar que as dietas garantem redução de peso generalizada, sendo que, em locais onde há gordura localizada, a perda é mínima (GUYTON; HALL, 2002). O excesso de adiposidade, principalmente abdominal, é um importante fator que pode desencadear sérios problemas

de saúde como doenças coronarianas, hipertensão, diabetes dentre outros (MELLO et al., 2010) . De acordo com Wilmore e Costil (2001) o método ideal para reduzir as reservas de gordura do organismo é combinar a restrição dietética moderada com o aumento do exercício físico. O objetivo dos programas de perda de peso é a eliminação de gordura corporal e não de massa isenta de gordura. Por essa razão, a combinação da dieta com exercício é o método preferido. A combinação do aumento de atividade com a redução calórica previne qualquer perda importante de massa isenta de gordura. De fato, a composição corporal pode ser significativamente alterada com o treinamento físico (Wilmore e Costil 2001). Segundo Guirro (2002), já era conhecido, desde a década de 1940, que a massagem isoladamente não promovia redução ponderal. Estudos clínicos realizados por Kalb e Wright em pacientes obesos revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade generalizada Estética Com Ciência

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ou sobre depósitos especializados de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso. De acordo com Di Salvo (1996), ao contrário do que se diz, a FEG (fibro edema gelóide) não está relacionada com a obesidade, isto é, os depósitos de gordura podem ocorrer até em pessoas de peso normal ou magras, principalmente nos quadris e coxas. Devido à disfunção do metabolismo dos lipídios e, em particular, da lipólise que pode ser provocada por diversos fatores, que em geral, atuam em conjunto. Podem ser hormonais, genéticos, nutricionais, psíquicos, circulatórios ou sedentários, sendo divididos em: principais, secundários ou fatores auxiliares (GOLIK, 1995; LEONARDI, 2008). Na FEG (fibro edema gelóide), possui duas maneiras para proceder ao seu tratamento: medidas gerais (dieta com reeducação alimentar, atividade física, fisioterapia dermatofuncional, farmacologia) e tratamento loco regional (cosmetologia, drenagem linfática ou massagem modeladora, termoterapia, eletroestimulação) (BORGES, 2006). De acordo com Borges (2006), esses princípios ativos são usados no tratamento da FEG (fibro edema gelóide) onde atuam promovendo o aumento da circulação e ativando a permeabilidade da pele, podendo ser adicionado aos géis utilizados para o acoplamento do transdutor do ultra-som. Um dos princípios ativos naturais que aumentam a circulação e a hidrólise das gorduras é a Centella Asiática (SILBERTO AZEVEDO, 2009). Nem sempre os equipamentos de estética estão disponíveis para potencializar o resultado e facilitar o trabalho. Portanto, uma massagem bem feita e bons cosméticos possibilitam um bom tratamento (OLIVEIRA, 2014). Dentre os recursos terapêuticos utilizados na área demato-funcional, a massagem 84

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modeladora é usada nos tratamentos estéticos com a finalidade de redução de medidas. Pode ser definida como o uso de diversas técnicas manuais com o objetivo de promover a mobilização da gordura, aumento da circulação vascular periférica e auxílio na eliminação de toxinas (BORGES, 2006). A Massagem modeladora é uma técnica que utiliza manobras rápidas e intensas sobre a pele, utilizando pressão através de movimentos de amassamento e deslizamento. Entre os principais benefícios estão à melhora da oxigenação dos tecidos, a quebra da cadeia de gordura e a melhora do tônus muscular (SANTOS, 2012). A massagem desobstrui os poros, deixa a pele hidratada e mais delicada. Atua sobre as células mortas, apressando sua eliminação, estimula a circulação sanguínea ocorrendo hiperemia local. Atua na eliminação de retenção de líquido devido a sua atuação também no sistema linfático (GUIRRO E GUIRRO, 2002). Consiste em movimentos rítmicos, vigorosos e com maior pressão do que outras técnicas de massagem. Tem por objetivo aumentar a circulação sanguínea, e provocar o esvaziamento das células adiposas onde os movimentos empregados produzem calor dando maior mobilidade ao conteúdo do adipócito fazendo com que ela seja eliminada pelas vias excretoras corporais (TACANI et al , 2010). Dentre os diversos tratamentos oferecidos aos clientes, os mais procurados são as técnicas de massagens. Todas elas têm uma coisa em comum: o contato com a pele usado para estimular os receptores e os efeitos atingidos são determinados pela natureza desse contato promovendo o toque terapêutico (Byfielde e Kinsinger, 2008). Este toque pode promover diversos benefícios, conforme o objetivo da técnica aplicada. Na massagem modeladora, por exemplo, utiliza movimentos de amassamento,

deslizamento e pressão com movimentos rápidos, vigorosos e repetidos sobre a pele e tem como principal objetivo estético, reduzir medidas e modelar o local onde é aplicada a massagem (Wittlinger et al, 2011; Figueiredo, 2015). Na drenagem linfática manual (DLM) aplicamos uma técnica especializada, de forma leve, lenta e suave no sentido dos vasos linfáticos e linfonodos, por meio de uma distinta e específica técnica desenvolvida por Vodder em 1936. Com objetivo de drenar o excesso de líquido de uma área estagnada; ela promove conforto, alívio de dores e melhora da estética visual da celulite ou fibro edema geloide (Wittinger et AL, 2011; Figueiredo et al, 2014). OBJETIVO Verificar o efeito das técnicas de massagem nas adiposidades localizadas e na redução da FEG (fibro edema gelóide), através de revisão bibliográfica. METODOLOGIA A revisão bibliográfica foi realizada junto ao acervo da Biblioteca da Faculdade Metropolitanas Unidas – FMU de São Paulo e em cinco bases de dados (Google Acadêmico, Scielo, Lilacs, Medlinen e PubMed), e ainda, na literatura informal. Foram utilizadas quatro palavras-chave: massagem modeladora; estética; gordura localizada; emagrecimento. RESULTADOS Foram pesquisados artigos científicos relatando a eficácia das técnicas de massagens na redução de adiposidades e uso de técnicas manuais que auxiliam na melhora do tratamento. A massagem do tecido adiposo pode auxiliar nos processos emagrecedores, pois melhora aparência da pele e seus contornos, estimulam as funções viscerais, diminui a ansiedade e o estresse (TACANI, 2010). A massagem modeladora consegue atingir as camadas de tecido com o maior nível de concentração de gordura como

o abdome, pernas, braços e cintura. Essa técnica favorece a remodelação ou redistribuição dos contornos corporais, melhora a circulação, e a oxigenação dos tecidos, auxiliando nos tratamentos de redução de medidas e FEG (Fibro Edema Gelóide). Tal técnica não elimina o FEG 100%, mas melhora bastante o aspecto quando o grau é leve ou moderado, devido ao aumento da circulação e do metabolismo da área trabalhada (Byfielde e Kinsinger, 2008). Segundo Borges 2006, a massagem modeladora em conjunto com princípios ativos, como cremes e óleos, ou até mesmo ativos naturais, como a Centella Asiática, mostra resultados mais significantes e satisfatórios que são visivelmente percebidos ao longo do tratamento. CONCLUSÃO Por meio da revisão de artigos podemos perceber que as técnicas de massagens atuam na redução de medidas e melhoram o aspecto do FEG (fibro edema gelóide). As técnicas não atuam reduzindo o peso corporal, o que se percebe é uma redução de medidas e uma melhora clínica e visual. Nessa revisão foi observado que, a massagem modeladora é uma terapia coadjuvante no tratamento do FEG (fibro edema gelóide), proporcionando resultados bastante satisfatórios e bem estar ao cliente. Por meio da associação das técnicas, pode se verificar visível melhora do contorno corporal, assim como melhora da textura da pele nos locais trabalhados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Azevedo, Silberto. FITOTERAPIA – CENTELLA ASIATICA: VASODILATADOR, ANTI-CELULÍTICO E NORMALIZADOR DA CIRCULAÇÃO. Byfield D, Kinsinger S. Terapia Manual, Guia de anatomia de superfície e técnicas de palpação. 1º Ed. São Paulo: Editora

Phorte, 2008. BORGES, F. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

Di Salvo, RM: Controlando o surgimento da celulite; cosmetics e toiletries, (Ed. Port), v.8, n.4, p 56-62, 1996. Figueiredo SG, Mejia DPM. O uso da cosmetologia associada à massagem modeladora no tratamento da celulite. São Paulo. Disponível em www.google. com.br/academico. Acesso: 14/09/2015. Figueiredo MR, Andrade NS, Makishi CAS. Massagem modeladora no tratamento do fibro edema geloide (FEG). Revista Belezain.com.br online, São Paulo 2014. Acesso:10/08/2015. Golik, V. Tudo o que você precisa saber para vencer a celulite e ficar bem com seu corpo. São Paulo: Senac, 1995, p15-18 GUIRRO, Elaine e GUIRRO, Rinaldo, (2004), Fisioterapia dermato-funcional, 3ª ed., revisada e ampliada, São Paulo, Editora Manole. Guirro, E.; Guirro R. Fisioterapia no EdemaLinfático. Barueri. Manole. 2002. Guirro, E.; Guirro, R. Fisioterapia DermatoFuncional. 3ª ed. São Paulo: Editora Manole,p. 23-31 e 73-80. 2002. GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos, recursos e patologias. 3 ed. São Paulo, Manole, 2004. p. 49; 380.

Aparelho de radiofrequência para Redução do Volume Abdominal e Tratamento da Celulite: Estudo Piloto. The Authors [online] . p. 1-8, 2009. MELLO, P. B.; DREHER, P. M.; PICCININI, A. M.; ROSA, L. H. T.; ROSA, P.V. Comparação dos efeitos da eletrolipólise transcutânea e percutânea sobre a gordura localizada na região abdominal e de flancos através da perimetria e análise de bioimpedância elétrica. Fisioterapia Brasil. v. 11, n. 3, p. 198-203, maio-junho, 2010. Oliveira, A. Lourenço de. De esteticista para esteticista: diversificando os protocolos faciais e corporais aplicados na área de estética. 1. Ed. – São Paulo: Matrix, 2014. Peres LP. Drenagem linfática: deve ser oferecida apenas por profissionais habilitados. Revista Crefito-3. 2008;5(1):32-3. SANTOS,D.B.F; A influência da massagem modeladora no tratamento do fibro edema gelóide. Trabalho de conclusão de pós- graduação de fisioterapia dermatofuncionalFaculdade Ávila, Manaus, 2012. Tacani RE, Tacani PM. Drenagem linfática manual terapêutica ou estética: existe diferença? Revista Brasileira Ciências e Saúde. 2008; 17:71-7. TACANI, P.M.; MACHADO, A.F.P.; SOUZA, D.A. Efeito da massagem clássica estética em adiposidades localizadas: estudo piloto. Fisioterapia e Pesquisa. v.17, n.4, p.352-357, 2010.

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Camile Batalha Tonon1 Anielle de Vargas2

ANÁLISE DOS EFEITOS DO LED ASSOCIADO OU NÃO A DERMOCOSMÉTICO FOTOPERMEÁVEL PARA O TRATAMENTO DA ACNE VULGAR GRAU II

RESUMO Uma das alterações cutâneas que mais acometem indivíduos na fase da adolescência, entre 15 e 20 anos é a acne vulgar, uma doença considerada crônica e desencadeada por múltiplos fatores que podem causar transtornos psicológicos e psicossociais. O presente trabalho teve por objetivo analisar os efeitos decorrentes da aplicação de LED azul associado ou não a dermocosmético fotopermeável no tratamento da acne vulgar grau II na região da face. Para tanto foi realizado dez sessões das terapias propostas, as quais foram aplicadas duas vezes por semana, em três indivíduos do gênero masculino, sendo estes pacientes do Laboratório de Estética ULBRA Campus Carazinho – RS. Antes e após as aplicações foram realizados registros fotográficos, como método para mensuração dos resultados. Também foi aplicado um questionário de satisfação e foi apresentado o relato dos participantes. Após análise dos dados pode-se perceber que o tratamento em que foi realizada a associação do dermocosmético fotopermeável com o aparelho de LED azul, mostrou-se relevante frente aos demais, sendo que o paciente que foi submetido a essa técnica obteve resultados significativos, satisfatórios e visíveis. Já o paciente que foi submetido somente ao tratamento com o aparelho de LED azul, obteve bons resultados, porém menos expressivo. Neste sentido, salienta-se que foram alcançados os resultados pretendidos, uma vez que os pacientes apresentaram uma melhor aparência, com mais harmonia facial. Presume-se que houve desta forma, um aumento do bem estar e autoestima, além disso, fica constatado que a combinação de duas ou mais técnicas promovem maiores eficiências nos tratamentos estéticos. Palavras-chave: Acne vulgar. Fototerapia. LED. 1 INTRODUÇÃO 86

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Nos dias atuais a preocupação em ter uma pele com aspecto saudável, nutrida, vitalizada e livre de afecções cutâneas é cada vez maior. Principalmente 1 Acadêmica. Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética pela Universidade Luterana Do Brasil - ULBRA Campus Carazinho. RS. Endereço Eletrônico: camilebatalhatonon@hotmail.com 2 Orientadora. Coordenadora e Docente do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética pela Universidade Luterana Do Brasil-ULBRA Campus Carazinho RS. Endereço Eletrônico: coordestetica@ulbra.br quando diz respeito à pele da região da face, responsável pelo nosso cartão de visita pessoal. Porém, para alguns indivíduos, não é uma tarefa tão fácil assim, uma vez que a maior parte da população, ainda na adolescência e em alguns casos na fase adulta, vivencia o drama da dor e das lesões ocasionadas pela acne. A acne vulgar é considerada uma das alterações dermatológicas mais comuns, que além de apresentar uma aparência insatisfatória e indesejada, não é bem vista e nem bem aceita pela sociedade. Esta consiste em uma dermatose multifatorial crônica, causada pela inflamação dos folículos pilossebáceos devido ao acúmulo de secreção sebácea (RIBEIRO, 2013). De acordo com Brenner et. al. (2006), a acne ocorre mais frequentemente em jovens e adolescentes, sendo uma alteração temporária na fase da puberdade devida a ação hormonal da testosterona, onde está mais relacionada com a idade puberal, do que propriamente dita, com a cronológica, e acomete de modo mais severo os indivíduos do gênero masculino. O período da adolescência é marcado pelas diversas modificações corporais e psicológicas, deste modo o aparecimento da acne nessa fase pode vir a desencadear quadros de depressão, prejudicando o bem – estar e o desenvolvimento emocional, levando à diminuição da

autoestima e às modificações comportamentais. Desta forma, frequentemente jovens e adultos procuram centros estéticos para tratar esta alteração ou suas sequelas (BRENNER, et al., 2006; RIBEIRO, 2013). Com o avanço tecnológico, surge no mercado um novo método coadjuvante para tratar essa patologia, denominada como LED (Light Emitter Diode ou Diodo Emissor de Luz), cujo seu princípio de funcionamento é atuar através da fotobioestimulação nos tecidos, a fim de desencadear uma cascata de respostas celulares (SANCHES, 2015). Sendo esta uma terapia de baixa intensidade, não invasiva, atérmica, sem efeitos colaterais e com uma boa relação custo benefício (FROES, 2014). Deste modo, essa pesquisa teve como objetivo aplicar o LED associado ou não a dermocosmético fotopermeável em pacientes que apresentam acne grau II na região da face, a fim de reduzir o processo inflamatório, amenizar as lesões acneicas e combater a bactéria Propionibacterium acnes em indivíduos do gênero masculino. 2 ACNE A acne é uma doença crônica, multifatorial e inflamatória que acomete a região do folículo pilossebáceo. Em geral, surge na puberdade desaparecendo até a 2ª década de vida e em alguns casos podendo se estender até a fase adulta (AZEVEDO; CERQUEIRA, 2009). Esta patologia acomete ambos os sexos, com maior incidência no feminino entre os 14 e 17 anos, onde as lesões aparecem principalmente na região mandibular e geralmente estão relacionados com o ciclo menstrual, já no masculino apresenta-se de forma mais agravante e de difícil tratamento, na faixa dos 16 e 19 anos (RIBEIRO, 2010; TONI, 2015a). De acordo com bases de dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2009, a acne atinge milhões de pessoas e é considerada um caso de saúde pública, uma vez que só no Brasil, afeta 56,4% dos indivíduos. São vários os fatores que predispõem a acne influenciando a hiperprodução sebácea, porém nenhum fator é mais relevante que a ação dos andrógenos circulantes, que promovem o aumento dos níveis de testosterona hipertrofiando a glândula sebácea, e deste modo produzindo maior quantidade de sebo (BARBOSA, 2011). Segundo os autores Azevedo e Cerqueira (2009), a patogênese da acne baseia-se em quatro pontos fundamentais, relacionados entre si. São eles: I. Hiperplasia sebácea com hiperseborreia; II. Hiperqueratinização folicular. III. Colonização bacteriana folicular do Propionibacterium acnes. IV. Liberação de mediadores inflamatórios no folículo e na derme. As glândulas sebáceas estão localizadas em todo o corpo, porém em maior quantidade na face, dorso, tórax anterior e ombros. Na fase da puberdade, em resposta ao aumento dos andrógenos adrenais,

que incluem diversos hormônios masculinos, principalmente a testosterona, ocorre um aumento na produção sebácea que resulta no desequilíbrio entre a produção e a capacidade de secreção do sebo, com posterior bloqueio do folículo pilossebáceo, seguido por inflamação desenvolvendo a acne vulgar (PEREIRA; PUJOL, 2011). Esse hormônio é convertido em di-hidrotestosterona originado pela enzima 5alfaredutase, sendo este três vezes mais potente que a testosterona, originando uma produção excessiva de sebo (RIBEIRO, 2013). Devido a hiperprodução sebácea, ocorre a retenção de sebo onde os queratinócitos fixam entre si bloqueando o folículo, originando a formação da “rolha de queratina”, responsável pelo desenvolvimento dos comedões, sendo que no início é um microcomedão formado por corneócitos acumulados no infundíbulo, o aumento dessa produção de corneócitos definirá o comedão fechado. Já a associação de sebo e corneócitos dará origem ao comedão aberto (GONÇALVES; PIMENTEL, 2008). Posteriormente ocorre a proliferação da Propionibacterium acnes (P. acnes), uma bactéria gram-positiva, anaeróbia, do gênero Corybacterium, que faz parte da microbiota normal residente na pele (BARBOSA, 2011). Esta bactéria faz uso dos lipídeos presentes na secreção sebácea como nutrientes. Através da liberação das lípases bacterianas, ocorre a hidrólise dos triglicerídeos no sebo, liberando ácidos graxos que são irritantes à parede folicular induzindo a queratinização desta ou a formação da pápula- pústula (PIMENTEL, 2008; ABULAFIA; AZULAY; AZULAY, 2006). Para os autores Gonçalves (S/A) e Pimentel (2008), o principal responsável pelos mediadores inflamatórios é o P. acnes. A proliferação deste microorganismo promove a liberação de toxinas que atuam diretamente na parede do folículo (dentro e em seu torno) fragilizando e levando à ruptura com posterior saída de substâncias irritantes à derme, desencadeando um processo inflamatório local com a formação de anticorpos e atuação dos linfócitos, neutrófilos, macrófagos e linfoquinas. Segundo Ribeiro (2010), nestes casos podem se formar os nódulos, os cistos e as fístulas, as quais são responsáveis pelos quadros de acne nódulo- cística e conglobata, que pode levar à formação de cicatrizes irreversíveis. Conforme Cerqueira; Azevedo (2009) e Ribeiro (2013), o quadro clínico apresenta-se de duas formas: Não inflamatória: Presença de comedões abertos (apresenta hiperqueratinização e sebo no interior do folículo, sua cor escura se dá devido a presença de melanina) e fechados (apresenta uma lesão esbranquiçada semelhante a um millium). Inflamatórias: Presença de pápulas, pústulas, nódulos e abcessos (presença de seborreia intensa e inflamação), sendo Estética Com Ciência

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esses últimos presentes nos casos mais graves de acne podendo deixar sequelas, como cicatrizes hiper e hipotróficas. Através dos diferentes tipos e gravidade das lesões a acne vulgar pode ser classificada segundo Toni (2015a) em cinco graus, conforme podemos acompanhar. A acne Grau I (Comedogênica), considerada acne não inflamatória, com presença apenas de comedões abertos e fechados, porém para Pimentel (2008) alguns quadros que apresentam pápulas e raras pústulas foliculares podem ser considerados grau I. A acne Grau II (Pápulo - pustulosa), além da presença de comedões abertos e fechados, possui pápulas e pústulas com seborreia. O quadro é variável, desde poucas lesões a muitas e com grau de inflamação significativo (RIBEIRO, 2013). Na acne Grau III (Nódulo- Cística), nota-se a presença de cistos, lesões mais profundas, inflamadas e dolorosas, além das demais anteriormente citadas (TONI, 2015a). A acne Grau IV (Conglobata), segue a mesma evolução dos quadros anteriores, porém de forma mais agravante podendo formar abcessos e fístulas que drenam pus, dando origem às lesões queloideanas e conferindo ao portador aspecto desfigurante. Geralmente acomete o sexo masculino (RIBEIRO, 2013; TONI, 2015a). Por fim, temos a Acne Grau V (Fulminans), que é a forma rara e grave de acne, ocorre uma instalação severa acompanhada de manifestações sistêmicas como febre, inflamações agudas e hemorragias em algumas lesões (RIBEIRO, 2010). De acordo com os autores Pimentel (2008), Pereira e Pujol (2011) os tratamentos visam inibir os quatro fatores que ocorrem na patogênese da acne, conferindo correção na queratinização folicular e diminuição da atividade das glândulas sebáceas, da proliferação de P. acnes e do processo inflamatório, bem como, tratar as cicatrizes e as manchas, prevenindo de outras futuras. 3 LED Dentro da área estética encontram-se diversos tratamentos para tratar a acne vulgar, cada um com sua particularidade. Um dos tratamentos que vem mostrando resultados significativos e satisfatórios é com aparelhos de LED, o qual tem por objetivo reduzir as lesões e combater a bactéria P. acnes, o mesmo pode ser associado a dermocosmético fotopermeável, a fim de potencializar o tratamento, proporcionando ao paciente o resultado pretendido, ou seja, uma aparência harmônica e satisfatória. Luz é um conjunto de partículas (fótons) que se propagam formando uma onda eletromagnética, e esta só produz efeitos quando é absorvida pelos tecidos, sendo essa energia luminosa convertida em energia térmica e bioquímica (AGNE, 2009). Segundo os autores Agne (2013) e Trajano (2013) as ondas eletromagnéticas se diferenciam 88

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de acordo com o seu comprimento, são subdivididas em seu espectro visível de acordo com a sua cor e medida em nanômetros. As unidades de comprimento usadas são: onda de luz visível (400nm a 700nm), radiação ultravioleta, radiação infravermelha (acima de 700nm), radiação X e gama (AGNE, 2013). Conforme Boechat (2013), ao escolhermos uma determinada luz terapêutica, faremos pelo valor do seu comprimento de onda, esta definirá o tipo de célula ou tecido que irá absorvê-la. As moléculas do tecido capazes de absorver radiação luminosa são denominadas cromóforos, sendo os principais: água, melanina, hemoglobina e a oxihemoglobina (AGNE, 2009). Após a absorção da luz por essas moléculas, ocorre um aquecimento do tecido alvo desencadeando uma cascata de respostas celulares, esse processo denomina-se de fotobioestimulação, uma vez que atua em processos fisiológicos do organismo inibindo-os ou acelerando-os. A densidade de energia dispensada por uma onda eletromagnética quando absorvida é medida em Joules por centímetro quadrado (J/cm²) (MANUAL DO FLUENCE - HTM, 2013). Conforme Matias (2014) o tecnólogo em estética e cosmetologia tem usado como recurso eletroterápico os tratamentos que promovem a fotobioestimulação através dos Lasers de Baixa potência (LBP). Este conhecido por não produzir efeito térmico com a finalidade de promover analgesia, efeito anti-inflamatório e cicatrização tecidual (AGNE, 2013), dentre eles o LED. O uso do LED tem ganhado espaço no meio estético, por ser uma terapia indolor, não térmica, de rápida recuperação tecidual e de baixo custo, principalmente quando comparado ao Laser de Baixa Potência. O Termo LED surgiu de Light Emitter Diode (Diodo Emissor de Luz) e age através da fotobioestimulação, pois promove respostas celulares com o objetivo de aumentar a sua função, proliferação e reparação das células comprometidas presentes nos tecidos (FROES, 2013). Os LEDs são diodos semicondutores que quando submetidos a uma corrente elétrica emitem luz visível, formado pela união de um semicondutor do tipo P (positivo) e outro tipo N (negativo), originando uma junção PN. A luz é produzida pelas interações energéticas de elétron através de um processo chamado eletroluminescência e podem ser usados para fototerapia com comprimentos de onda que variam de 405nm(azul) a 940nm(infravermelho) (MOREIRA, 2009; FROES, 2013). A terapia por LED se dá através da emissão das luzes que se classificam em: luz azul (470nm), luz vermelha (630nm-660nm), luz infravermelha (830nm-904nm), luz verde (515nm-570nm) e ainda a luz de cor âmbar (590nm) (TONI, 2015b). Porém com enfoque na acne, pode-se trabalhar com a incidência da luz azul associada à luz vermelha, sendo a luz azul de onda curta agindo de forma

mais específica na epiderme, a fim de inibir a P.acnes, e a luz vermelha com maior incidência na derme, com ação antiinflamatória. Segundo Boechat (2013) o LED é um dispositivo que emite luz incoerente e monocromática, ou seja, a luz segue em várias direções e em baixa intensidade, ao contrário do Laser. De acordo com Agne (2013), segundo estudiosos a luz coerente ou não coerente não desempenha um papel de grande relevância na interação Laser/LED/ tecido, uma vez que imediatamente após a transmissão da luz a coerência da pele deixa de existir, devido à refração tecidual característica dessa luz. Desse modo a terapia com LED, semelhante ao Laser de Baixa Potência é eficaz, não invasiva e livre de efeitos colaterais, fácil de aplicar e bem tolerável (AGNE, 2009). Autores como Agne (2013), Trajano (2013) e Matias (2014), ressaltam que através da luz luminosa obtêm-se efeitos fotoquímicos e fotobiológicos, estimulando uma sinalização celular através das ações enzimáticas e das transferências eletrônicas. Deste modo, a incidência da luz sobre os tecidos aumenta a permeabilidade da membrana celular favorecendo a troca de restos metabólicos com o meio extracelular, atua sobre as mitocôndrias estimulando a síntese de ATP, aumenta os níveis de histamina circulantes e promove a dilatação dos vasos linfáticos (MOREIRA, 2009). Conforme Filhos et. al (2012), a fotobioestimulação gerada através dos LEDs aumenta: a taxa de proliferação das células, a taxa de produção dos fibroblastos com posterior aumento da síntese de colágeno, a síntese de RNA e DNA e os níveis de vascularização. Por promoverem aumento da síntese de colágeno e elastina, os LEDs são importantíssimos em procedimentos que requerem uma regeneração tecidual mais rápida e de boa qualidade como nos casos de lesões de pele e na cicatrização de feridas, por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antiedematosas (CONSULIN, 2014). A Ledterapia é indicada nas mais diversas patologias e alterações cutâneas, porém conforme a temática da presente pesquisa, abordamos a aplicação do LED azul na acne, que segundo estudos tem se mostrado eficiente nos tratamentos para amenizar as lesões inflamatórias ocasionadas por essa alteração, por suas propriedades bactericida, oxigenante e cicatrizante. Conforme o Manual do Fluence- HTM (2013), a luz azul é eficiente na acne ativa, pois possui efeito foto destruidor sobre a P. acnes, inibindo a hiperprodução sebácea e deste modo promovendo melhor oxigenação e regeneração tecidual. 4 METODOLOGIA A presente pesquisa define-se como um estudo experimental, de caráter quantitativo e qualitativo, com amostragem

estratificada e longitudinal ou intencional, a qual tem por intenção analisar os efeitos da aplicação do LED azul associado a dermocosmético fotopermeável no tratamento de acne grau II localizada na região da face. A população desse estudo foi constituída por três indivíduos do gênero masculino, sendo nominados como: paciente 1 (P1), paciente 2 (P2) e paciente 3 (P3), com idades de 16, 17 e18 anos, respectivamente, voluntários do Laboratório de Estética da ULBRA Campus Carazinho – RS, que aceitaram participar do estudo através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para a contribuição na pesquisa, os participantes foram selecionados através dos critérios de inclusão ao estudo, os quais foram: gênero masculino; idade entre 15 e 20 anos; quadro de acne grau II; indivíduos que não estejam realizando nenhum outro tipo de tratamento estético para acne grau II na região da face durante o período da pesquisa; não ser fumante; compromisso em não utilizarem cosmético que contenha princípios ativos específicos para tratar o quadro da acne durante o período da pesquisa, assim como medicamento específico. Foram excluídos da pesquisa os seguintes indivíduos: portadores de glaucoma ou catarata; histórico de fotossensibilidade (dermatoses); indivíduos submetidos a tratamentos com ácidos sintetizados a partir da vitamina A (Ácido Retinoico, Retinol A, Vitanol A, Retin, Tretinoina, Isotretinoina, etc.) e /ou antibióticos com Tetraciclina ou histórico de câncer de pele na região. Após seleção dos pacientes, de forma aleatória ficou determinado que: P1 - iria receber somente limpeza de pele sendo o paciente do grupo controle; P2 - tratamento com aparelho de LED azul associado a dermocosmético fotopermeável; enquanto o P3 somente o tratamento com o aparelho de LED azul. A coleta de dados foi realizada entre os meses de setembro a novembro de 2015, na qual foram utilizados os seguintes métodos: ficha de avaliação facial, registro fotográfico, questionário de satisfação e relato dos sujeitos frente aos resultados do tratamento. Os registros fotográficos foram realizados com o participante sentado, em frente a um fundo azul, onde as fotos foram tiradas com vista frontal e de perfil (lado direito e esquerdo), com câmera SAMSUNG - 5,0 megapixels. A aplicação do protocolo aconteceu no Laboratório de Estética da ULBRA – Campus Carazinho/RS. 4.1 Descrição do procedimento Durante o tratamento os pacientes foram submetidos a três sessões de limpeza de pele intercaladas com aplicação da luz de LED azul, com exceção do P1, que recebeu apenas as limpezas de pele a cada 20 e 40 dias. O protocolo seguido para Estética Com Ciência

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o P1 foi somente a realização da limpeza de pele. Conforme Cohen (2013), procedemos da seguinte forma: I. Higienização da face através de sabonete líquido facial, a fim de eliminar as impurezas. II. Esfoliação, esta pode ser física, química ou mecânica, com a finalidade de diminuir a espessura da capa córnea e a queratinização dos folículos, no caso da pesquisa foi utilizado esfoliante físico; III. Tonificação, com tônico facial, responsável por reestabelecer o pH da pele. IV. Emoliência e aquecimento com vapor de ozônio: A pele foi ocluída com compressas de algodão embebidos com solução amolecedora e mantida sob exposição do vapor de ozônio durante 15 minutos. V. Extração: foi iniciada nas áreas de maior oleosidade e incidência de comedões abertos, após a extração dos comedões

5.1 Paciente 1 Ficha de avaliação P1, 16 anos, estudante, apresentava como queixa principal acne na região facial e nunca realizou nenhum tratamento. Pratica esporte e tem o hábito de ingerir dois litros de água por dia, apresenta uma alimentação balanceada, trânsito intestinal regular. Possui pele fototipo III, desidratada, lipídica/ acneica grau II, espessa/ áspera, com presença de alterações vasculares como eritema e hipercromia na região orbital, além de uma leve foliculite de barba. No quadro da acne vulgar destacamos a presença de hipercromias pósinflamatórias de acne e cicatrizes atróficas, presença de lesões sólidas e líquidas como: comedões abertos, pápulas, pústulas e milliuns. Registros fotográficos Na sequência iremos acompanhar as fotos do P1, para visualização antes da aplicação das limpezas de pele (fotos 1, 2 e 3) e demonstração dos resultados após

foram manipuladas as pústulas; VI. Alta Frequência: possui efeito cicatrizante e cauterizador, sendo que para as regiões de lesões não inflamatórias foram utilizados os eletrodos esférico maior ou menor e para as pústulas o eletrodo fulgurador. A intensidade do aparelho é graduada em miliamperagem (mA), sendo que esta foi aumentada conforme a tolerância do paciente e utilizada pelo tempo de 5 minutos Nos pacientes 2 e 3 procedeu-se o mesmo protocolo de limpeza de pele citado anteriormente, na primeira sessão, sendo que no P2 antes da aplicação do LED azul e do dermocosmético fotopermeável,

realizamos

o

procedimento

a

seguir:

higienização da face com sabonete líquido facial, seguido da esfoliação da face com esfoliante facial, para então ser realizada a aplicação do dermocosmético fotopermeável Acnled da Bel Col, o qual foi aplicado por toda a região que seria exposta a luz do LED azul. O aparelho utilizado para aplicação do LED azul foi o Fluence da HTM, o procedimento se deu no modo contínuo, de forma pontual, sendo 1 minuto e 30 segundos por local de acometimento das lesões. O tempo de aplicação foi de aproximadamente 40 minutos. Destacamos que no caso do paciente P3 somente foi realizada aplicação do LED azul, após uma primeira limpeza de pele conforme descrição anterior. . 5

ANÁLISE

DOS

DADOS

E

DISCUSSÃO

DOS

RESULTADOS Após o término das dez aplicações propostas para cada um dos pacientes, com suas particularidades, os dados foram analisados e discutidos conforme segue. 90

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o tratamento (fotos 4, 5 e 6). Conforme a análise das fotos realizada ao término da pesquisa, pode-se averiguar que a pele do paciente P1 mostrou-se menos untuosa, espessa e áspera, com visível melhora em sua textura. Segundo Cohen (2013), o ato de realizar esfoliação seja ela física, química ou mecânica, previamente antes da extração, diminui a espessura da capa córnea e a queratinização dos folículos, além de facilitar a remoção das lesões, sejam elas inflamatórias ou não, promovendo a renovação celular. Verificou-se também que houve significativa redução do processo inflamatório

ocasionado pelas lesões de acne e foliculite. Destacamos também a diminuição no número de comedões abertos. Conforme Lowney et al. (1964) e Taubaf (2007) apud Alma et al. (2012), a limpeza de pele apresenta resultados satisfatórios na extração das lesões inflamatórias, mas principalmente das lesões não inflamatórias, pois impede que estas evoluam para uma posterior pústula. Portanto, procura-se realizar a extração com traumas mínimos, tanto das lesões pustulosas quanto das comedogênicas, uma vez que promove de modo imediato a melhoria da pele, reduzindo o número das lesões inflamatórias e a sua possível evolução para quadros mais exacerbados. Acredita-se que essa melhora se deu devido a extração seguido do uso do aparelho de alta frequência, que segundo Doimo et. al. (2011), possui efeitos bactericida e fungicida, atuando primeiramente na membrana bacteriana reduzindo sua atividade enzimática com posterior mudança da permeabilidade celular, tornando a bactéria sensível ao ozônio, levando-a a morte. Quanto aos seus efeitos fisiológicos: produz efeito térmico, aumenta a circulação sanguínea local, promove hiperemia e maior aporte de oxigenação celular. 5.2 Paciente 2 Ficha de avaliação Indivíduo de 17 anos, estudante, apresentava como queixa principal acne na região facial e nunca realizou tratamento. Faz uso de medicamentos para asma, porém não possui nenhuma doença pré-estabelecida. Pratica atividade física três vezes na semana, tem o hábito de ingerir dois litros de água por dia, apresenta uma alimentação calórica, trânsito intestinal regular. Possui pele fototipo III, desidratada, lipídica/ acneica grau II, espessa/ áspera, com presença de alterações vasculares como telangectasias. Seu quadro de acne vulgar é II e nesse sentido apresentou hipercromia pósinflamatória de acne e cicatrizes atróficas, presença de lesões sólidas e líquidas como comedões abertos, pápulas e pústulas. Sendo que essas lesões encontravamse em grande número principalmente nas regiões frontal, zigomática e nasal. Registros fotográficos Na sequência iremos acompanhar os registros fotográficos do P2, fotos antes do tratamento (7, 8 e 9) e após o tratamento

(10, 11 e 12) com fluído permeável e aparelho de LED azul. Conforme podemos analisar através das fotos do P2, a pele apresenta-se com diminuição das lesões acneicas, com aspecto mais clara e iluminada, além de mostrar-se menos oleosa, espessa e áspera conferindo-lhe uma textura mais lisa. De acordo com o Manual do Fluence – HTM (2013), a molécula de oxigênio pode-se apresentar com capacidade reativa, conhecida como “radical livre”. Estes, por sua vez irão se associar as moléculas de hidrogênio roubando elétrons, o que promove o rompimento entre as ligações bivalente dos átomos de carbono, com posterior efeito oxidativo. Deste modo, as ligações tornam-se simplificadas resultando em uma percepção estética de clareamento. Conforme Consulin (2014), a fotobioestimulação obtida através da incidência do LED nos tecidos, promove estimulação na síntese de colágeno e elastina. O que por sua vez, tem ligação direta com os efeitos satisfatórios obtidos nos tratamentos que requerem uma melhora na aparência e textura da pele, amenizando as rugas superficiais com consequente diminuição dos poros dilatados. É possível verificar que as lesões da acne não foram eliminadas totalmente, porém diminuíram de forma significativa assim como o processo inflamatório, sendo notável a diminuição das lesões elementares de pápulas, pústulas e comedões abertos. Segundo Camargo (2014), a fototerapia é um tratamento que pode amenizar e até acabar com a acne devido a sua bactéria ser extremamente sensível à luz, diminuindo também o seu processo inflamatório e infeccioso. Foto 10 – P2 após as 10 sessões de LED e Dermocosmético– face frontal. Foto 11 – P2 após as 10 sessões de LED e Dermocosmético – face lateral esquerda. Foto 12 – P2 após as 10 sessões de LED e Dermocosmético – face lateral direita. A bactéria da acne produz porfirina que são fotossensíveis, desta forma quando ela absorve a luz azul ela sofre um estresse oxidativo, ou seja, o oxigênio remove os elétrons das camadas mais externas das moléculas que formam a membrana Estética Com Ciência

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citoplasmática da bactéria resultando na morte desta por apoptose (CAMARGO, 2014). Nesse sentido, a luz mais indicada para esta patologia é a azul, por suas propriedades bactericida, fungicida e germicida atuando especificamente na bactéria da acne, e esta pode ser associada à luz vermelha, por sua ação cicatrizante e antiinflamatória. (MANUAL DO ENDOPHOTON – KLD, 2015; MOREIRA,2009). Para Froes (2013), se a aplicação do LED for imediata em processos inflamatórios, além de reduzir as lesões e a inflamação, diminui também a dor. Os procedimentos envolvendo a luz de LED podem ser potencializados quando associados à cosmetologia, de acordo com a Ficha Técnica do Acnled Bel Col (2015), este foi criado com o intuito de potencializar os tratamentos realizados com LED, que atuam sobre a pele formando uma película parecida com a luz convergente capaz de focalizar o feixe de luz emitido pelo aparelho, potencializando assim os resultados obtidos com a luz. Desta forma, o dermocosmético atua nos quadros de acne, uma vez que este age na causa inicial da patologia com ativos específicos para tal, controlando a questão hormonal sobre as células. Possui em sua formulação o extrato Enantia Chlorantha responsável por diminuir a diferenciação e proliferação dos sebócitos e queratinócitos, deste modo controlando a produção de sebo e diminuindo o tamponamento do folículo causado pela hiperqueratinização. O ácido Oleanólico, responsável por inibir a enzima 5alfarredutase, realiza a conversão da testosterona promovendo diminuição do sebo (TONI, 2015b). 5.3 Paciente 3 Ficha de Avaliação P3, 18 anos, estudante, apresentava como queixa principal acne na região facial e nunca realizou tratamento estético para tal. Faz uso de medicamentos controlados, sendo eles Ritalina, Bepaquene e Pondera, para déficit de atenção e ansiedade, porém não possui nenhuma doença pré-estabelecida. Não pratica atividade física, tem o hábito de ingerir três litros de água por dia, apresenta uma alimentação calórica e trânsito intestinal regular. Possui pele fototipo III, desidratada, lipídica/acneica grau II, espessa/ áspera, com presença de alterações vasculares como telangectasias, eritema e hipercromia na região orbital, efélides, hipercromia pós-inflamatória de acne e cicatrizes atróficas, presença de lesões sólidas e líquidas como comedões, pápula, pústula, millium e foliculite. 0Registros fotográficos A sequência abaixo nos mostra as fotos do P3, antes da aplicação da fototerapia por LED azul nas fotos 13, 14 e 15 e após as aplicações nas fotos 16, 17 e 18. 92

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Após o término do tratamento houve melhora na aparência da pele do paciente P3, esta mostrou-se mais iluminada, com uma textura menos espessa e queratinizada, conferindo-lhe um aspecto de reparação tecidual eficaz. Conforme Toni (2015b), a luz azul estimula a produção de citocinas pró- inflamatórias, acelerando o quadro de inflamação, reduzindo as lesões e o processo inflamatório, bem como a dor. É ideal no tratamento da acne, pois promove hidratação e clareamento. De acordo com Agne (2009), através dos efeitos fisiológicos promovidos pelo LED, obtemos os resultados essenciais para o processo de cicatrização, devido ao aumento da proliferação de fibroblastos com posterior aumento da síntese de elastina. Desta forma, também se acelera os processos inflamatórios através do aumento das atividades dos leucócitos e macrófagos, com posterior aumento da imunidade e restauração da ferida. É notório que as lesões não foram eliminadas totalmente, porém diminuíram de forma significativa tanto em seu diâmetro quanto no processo inflamatório. Conforme Papageorgioli, Katsambas e Chu (1999) apud Agne (2009), a emissão nos comprimentos de onda azul possui ação bactericida, esta pode ser associada à luz vermelha por suas propriedades antiinflamatórias, sendo assim, quando usadas em alternância possuem ação complementares, promovendo um tratamento efetivo e seguro para a acne. Segundo Chaves et al. (2012), o Led mostrou-se efetivo no uso da luz azul associado a luz vermelha, sendo realizada 16 sessões com duração de 20 minutos em 24 pacientes com acne de grau leve a moderado. Após as aplicações constatouse que houve diminuição do número de lesões não inflamatórias e inflamatórias. 5.4 Questionário de satisfação Os pacientes foram submetidos a um questionário composto por cinco questões após o tratamento, para melhor entendimento dos resultados, além de ser a forma mais clara de observar a satisfação dos indivíduos ao serem submetidos

a procedimentos estéticos. Conforme segue. Primeiramente foram questionados no que diz respeito à aparência da pele, os pacientes relataram ter notado diferença na textura da mesma, bem como na diminuição das lesões e no processo inflamatório, abaixo seguem os relatos dos pacientes: “Melhorou muito a aparência...”(P1) “...percebi uma grande melhora, minha pele ficou mais lisa e houve uma grande diminuição da quantidade de espinhas” (P2) “Notei que minha pele melhorou bastante e que as espinhas diminuíram, também notei que minha pele clareou mais e ficou menos oleosa...” (P3) Os pacientes relataram que após o tratamento houve melhora na sua autoestima, não relataram sentir desconforto na aplicação do LED, exceto nas sessões de limpeza de pele, que frisaram ser dolorosa, porém mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos. Conforme seguem os relatos abaixo: “O resultado foi benéfico, melhorou muito minha aparência e autoestima... Vale a pena” (P1) “Minha autoestima melhorou, antes me sentia desconfortável e agora posso ficar mais tranquilo com a aparência de meu rosto... Com o tratamento obtive resultados que valeram a pena” (P2) “Eu sempre tive uma boa autoestima mesmo antes do tratamento, mas agora me sinto bem melhor com o resultado que obtive... O tratamento foi maravilhoso, gostei muito.” (P3) 5.5 Análise comparativa dos pacientes Ao término das sessões de limpeza de pele e de LED associado a dermocosmético fotopermeável, foi possível observar que o P1, apesar de não receber as demais técnicas, também obteve um resultado satisfatório no que diz respeito as lesões advindas da acne e da foliculite, assim como também notou-se melhora na textura e na aparência da pele. A técnica de limpeza de pele consiste em reestabelecer o equilíbrio do pH e remover as sujidades presentes nos poros, desta forma reduzindo a produção de oleosidade e os poros dilatados, com posterior remoção dos comedões conferindo à pele uma textura mais uniforme. Nenhum tratamento estético deve ser realizado sem antes passar por essa técnica, pois uma pele limpa é sinônimo de melhores resultados frente a outros tratamentos (REIS, 2015). Ainda conforme o autor supracitado anteriormente, a limpeza de pele muda o aspecto da mesma, e esse cuidado deve partir desde a adolescência sem uma idade limite. É indicada para todos os tipos de pele, porém as mais favorecidas são as peles oleosas e acneicas, visando o controle da microbiota da pele, redução do excesso de sebo, controle da oleosidade e manutenção da hidratação, além de tratar ou prevenir lesões acneicas. Já o P2 que associou as técnicas do dermocosmético e fototerapia, conseguiu uma redução das lesões mais significativa que o P3, que submeteu-se apenas a aplicação do LED azul. Diante deste estudo é possível observar que para P2 e P3 os resultados mostraram-se diferenciados, sendo que a associação do dermocosmético fotopermeável com o LED azul resulta em efeitos mais significativos e satisfatórios em

todas as regiões as quais foram aplicadas. Deste modo pode-se relatar que as duas formas de emprego das técnicas associadas à limpeza de pele, resultam efeitos visíveis. No entanto, a aplicação do dermocosmético fotopermeável associado ao LED azul mostrou-se como um excelente coadjuvante no tratamento, permitindo reduzir de forma mais eficaz e rápida as lesões da acne além de conferir à pele menos oleosidade. Os Diodos Emissores de Luz (LED) promovem nos tecidos o efeito de fotobioestimulação utilizando-se da luz azul para o tratamento da acne, uma vez que a produção da protoporfirina pela bactéria P. acnes é sensível ao comprimento de onda entre 390nm -510nm, deste modo reduzindo o processo inflamatório e amenizando as lesões mostrando-se como um potente tratamento para os quadros de acne menos severos (RIBEIRO, 2013; PIMENTEL, 2008). De acordo com Lee, You e Park (2006) apud Agne (2009), pacientes que apresentavam graus moderado e severo de acne na região da face, foram submetidos à utilização do LED azul e vermelho em alternância por 20 minutos, a uma distância de 10cm das lesões. Os resultados apresentaram melhora na aparência e textura da pele, além de queda significativa de 34,28% no número de lesões não inflamatórias (comedões abertos e fechados) e 77,93% no número de lesões inflamatórias (pápulas, pústulas e nódulos ou cistos), após oito semanas de tratamento. Essa técnica foi realizada duas vezes na semana. Já em relação ao dermocosmético fotopermeável, pode-se observar que quando o mesmo é usado como coadjuvante com o LED azul, atua contribuindo para potencializar o tratamento. Pois conforme Toni (2015b), o fluido possui princípios ativos biovetorizados e a presença de uma radiação eletromagnética, com veículo translúcido isento de substâncias que possam bloquear a passagem da luz com o tecido ampliando seus benefícios sobre o mesmo. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tratamento para acne vulgar grau II através da aplicação do aparelho de LED, tem como intuito diminuir as lesões e o processo inflamatório, conferindo à pele uma aparência harmônica e saudável, através dos princípios da fotobioestimulação, responsável por desencadear uma cascata de respostas celulares, que será estimulada através da incidência da luz sobre os tecidos, a qual é absorvida através dos cromóforos. Além disso, para potencializar os tratamentos através do LED, podemos associá-lo com dermocosméticos específicos para tal, como no caso do presente estudo, o dermocosmético fotopermeável, que mostrou-se de grande relevância quando associado ao LED azul, demonstrando resultados significativos, satisfatórios e visíveis. Ambos os pacientes relataram sentir diferença na textura da pele, na aparência das lesões, aumento na sua autoestima e ainda mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos. No entanto vale ressaltar que através da pesquisa, pode se comprovar que para obter resultados mais significativos é de suma importância que ocorra a técnica de limpeza de pele associado ao LED e ao dermocosmético fotopermeável, pois uma técnica complementa a outra. Portanto pode-se perceber que o tratamento em que ocorreu a associação das técnicas de LED azul associado ao dermocosmético fotopermeável sugerido para redução das lesões inflamatórias de acne grau II, mostrou-se eficaz para o objetivo proposto, uma vez que Estética Com Ciência

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foram alcançados os resultados pretendidos, onde os pacientes apresentaram uma melhor aparência com mais harmonia facial. Presume-se que houve desta forma, um aumento do bem estar e da autoestima. Por fim, nota-se a importância de estudos como este para o profissional Tecnólogo em Estética e Cosmética, uma vez que fica constatado que a associação de duas ou mais técnicas promovem maiores eficiências nos tratamentos estéticos. Porém, para conferir mais credibilidade na eficácia das técnicas há a necessidade que esse protocolo seja realizado em uma amostra maior de indivíduos, podendo ser realizado maior número de sessões. REFERÊNCIAS ABULAFIA, Luna Azulay; AZULAY, Rubem Davi; AZULAY, Davi Rubem. Acne e Doenças Afins in AZULAY, Rubem David; AZULAY, Rubem. Dermatologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006. AGNE, Jones Eduardo. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009. AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermofototerapia. Santa Maria, RS: O Autor, 2013. ALMA, Jeanete Moussa; ALVARES, Denise Brega; TABORDA, Valeira Brega Alvares. Acne Vulgar: avanços na técnica combinada de limpeza de pele associada ao peeling ultrassônico e a fotobioestimulação com LEDs. Disponível em: <http:// www.usc.br/biblioteca/salusvita/salusvita_v31_n1_2012_ art_06.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2015. AZEVEDO, Joana Orle Coutinho de; CERQUEIRA, Ana Maria Mósca de. Acne Vulgar in KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia Estética. 2. ed. rev.ampl. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. BARBOSA, Márcia Salhani do Prado. Acne Ativa in MAIO, Maurício de. (org.). Tratado de Medicina Estética. 2.ed. São Paulo: Roca, 2011. BOECHAT, Álvaro. Princípios, efeitos e aplicações do laser e luz intensa pulsada em estética in PEREIRA, Maria de Fátima Lima. (org.). Recursos Técnicos em Estética. Vol. 2. São Caetano do Sul – SP: Difusão Editora, 2013. BRENNER, Fabiani Mulinari et al. Acne: Um tratamento para cada paciente. Disponível em: <http://periodicos. puccampinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/ viewFil e/1117/1092>. Acesso em: 28 out. 2015. CAMARGO, Kátia. O Benefício da fototerapia no combate à acne. Disponível em: <http://www.negocioestetica.com.br/obeneficio-da-fototerapia-no-combate-a-acne/>. Acesso em: 07 jul. 2015. COHEN, Regina. Limpeza de pele e organização do ambiente de trabalho in PEREIRA, Maria de Fátima Lima. (org.). Recursos Técnicos em Estética. Vol. 2. São Caetano do Sul – SP: Difusão Editora, 2013. CONSULIN, Márcia. Fototerapia Não Ablativa. Disponível em: <http://www.negocioestetica.com.br/fototerapia-naoablativa/>. Acesso em: 07 jul. 2015. CHAVES, Simony Patrício et al. Led no tratamento da acne vulgar. Disponível em: <http://www.abrafidef.org.br/ downloadDoc.php?d=arqAnais&f=LED_NO_TRATAME NTO_DA_ACNE_VULGAR__SAVIA_DENISE_HERRERA. pdf>. Acesso em: 31 jul. 2015. DOIMO, Gabriela; FARIA, Daniele Pedroso; SILVA, Juliana 94

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DeBRITO

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