Revista Eletrônica Bragantina On Line - Novembro/2016

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Revista Eletrônica Bragantina On Line

Discutindo ideias, construindo opiniões!

Número 61 – Novembro/2016 Joanópolis/SP

Edição nº 61 – Novembro/2016

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SUMÁRIO

Nesta Edição: - EDITORIAL – Criação caipira! ........................................................................... Página 3; - EDUCAÇÃO AMBIENTAL – A metafísica para Aristóteles Por Flávio Roberto Chaddad ................................................................................... Página 4; - CRIATIVOS INOVADORES – Brasileiro cria software que ajuda crianças a usar tecnologias de modo seguro Por Paulo Gannam .................................................................................................... Página 6; - ARTE E VARIEDADES – Filme “O Operário” Por Thiago Santos ..................................................................................................... Página 9; - COLCHA DE RETALHOS – Legados socioculturais do sub-médio Sanfranciscano Por Rosy Luciane de Souza Costa ......................................................................... Página 11; - LINHA DO TEMPO – Mudanças ao longo da vida Por Helen Kaline Pinheiro ..................................................................................... Página 14; - A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA – Será que queremos um turismo intolerante? Por Leonardo Giovane ........................................................................................... Página 16; - POLICLÍNICA – Microfisioterapia Por Aline Poli ........................................................................................................... Página 18; - O ANDARILHO DA SERRA – Lições do destino Por Diego de Toledo Lima da Silva ....................................................................... Página 21; - MEMÓRIAS – Vidas cruzadas Por Susumu Yamaguchi ......................................................................................... Página 23.

Edição nº 61 – Novembro/2016

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REVISTA ELETRÔNICA BRAGANTINA ON LINE Uma publicação independente, com periodicidade mensal.

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EDITORIAL

CRIAÇÃO CAIPIRA!

Prezados leitores! Ela olhou profundamente a paisagem, imaginando estar perdida entre morros e serras, voos e pensamentos. Havia percorrido tantas léguas, que já não sentia o passar do tempo, apenas um refrescante vento que aliviava o calor da tarde. Respirou fundo e observou novamente a imensidão daquelas terras, uma visão privilegiada de um pedaço da criação caipira. Sentiu-se viva e grata por mais um dia, mais uma jornada! Virou e foi em frente... Sempre em frente!

Diego de Toledo Lima da Silva – Editor (15/11/2016) E-mail: revistabragantinaon@gmail.com

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Flávio Roberto Chaddad Graduado em Engenharia Agronômica e Ciências Biológicas; Graduando em Filosofia; Especialista em Educação Ambiental, Gestão da Educação Básica e Gestão Ambiental; Mestre em Educação Superior e Mestre em Educação Escolar E-mail: frchaddad@gmail.com A METAFÍSICA PARA ARISTÓTELES

Este texto tem por objetivo discutir a metafísica segundo Aristóteles, que foi o pensador que a fez tomar corpo já que outros autores antes dele – Parmênides e Platão – já haviam a discutido em seus sistemas filosóficos. Embora já postulada por Parmênides e Platão, a metafísica irá tomar corpo com Aristóteles. Segundo Chauí (1995) a metafísica é denominada como Filosofia Primeira e investiga a essência do ser. Ele ao contrário de seus antecessores Parmênides e Platão, que separaram mundo inteligível (extra-sensível) do mundo real (sensível), diz que as coisas deste mundo são reais e existem e que o movimento da multiplicidade dos seres vivos e não vivos não é enganoso – é real. As coisas se atualizam constantemente tencionando chegar ou se aproximar da essência divina. Antes de Aristóteles, Parmênides e Platão tinham separado o mundo sensível do inteligível. Platão dizia que este mundo era o mundo imperfeito ou mundo, em suas palavras das sombras. Os arquétipos perfeitos estariam ou fariam parte de outro mundo, o mundo das ideias e que a alma – antes de pertencer a este mundo (sombras) – pertenceu ao mundo das ideias, por isto temos em nós seres humanos uma parte do divino. Estas ideias foram apropriadas pela Igreja que as transformou no Reino dos Céus. Assim, para Aristóteles tudo o que vemos existe e é real, possui um ser, e o movimento das coisas nada mais é que os seres tentando se aproximar de Deus – do ser divino. Por isto além de uma physis que estudaria a natureza e a mudança das coisas era necessária uma metafísica que estudaria um ser real e verdadeiro. Edição nº 61 – Novembro/2016

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Assim, Chauí (1995) diz que para Aristóteles a metafísica não precisa abandonar este mundo, mas sim se debruçar sobre as essências de todas as coisas. Neste sentido, esta autora enfatiza que para Aristóteles existe diferentes tipos de essências ou ousia que se dividem em quatro tipos (a essência dos seres físicos; a essência dos seres matemáticos; a essência dos seres humanos e a essência do ser eterno, em que o movimento das coisas tenciona se aproximar – da perfeição):

Existe a essência dos seres físicos ou naturais (minerais, vegetais, animais, humanos), cujo modo de ser se caracteriza por nascer, viver, mudar, reproduzir-se e desaparecer – são seres em devir e que existem no devir. Existe a essência dos seres matemáticos que não existem em si mesmos, mas existem como formas das coisas naturais, podendo, porém, ser separados delas pelo pensamento e ter suas essenciais conhecidas; são seres que, por essência, não nascem, não mudam, não se transformam e nem perecem, não estando em devir e nem no devir. Existe a essência dos seres humanos que compartilham com as coisas físicas o surgir, o mudar e o desaparecer, compartilhando com as plantas e os animais a capacidade para se reproduzir, mas distinguindo-se de todos os outros seres por serem essencialmente racionais: dotados de vontade e de linguagem. Pela razão, conhecem; pela vontade, agem; pela experiência criam técnicas e as artes. E finalmente, existe a essência de um ser eterno, imutável, imperecível, sempre idêntico a si mesmo, perfeito, imaterial, conhecido apenas pelo intelecto, que o conhece como separado de nosso mundo, superior a tudo que existe, e que é o ser por excelência: o ser divino (p.218).

Como se observa esta metafísica se difere totalmente de seus antecessores: Parmênides e Platão. Para Aristóteles a metafísica é a ciência ou filosofia primeira que permite o conhecimento das essências das coisas deste mundo, que são reais e não são derivadas do mundo das ideias, no caso de Platão, bem como investiga o que é a essência e aquilo que faz com que haja essenciais particulares e diferenciadas.

Referências: CHAUÍ, M. A metafísica de Aristóteles. In: CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1995.

Como citar: CHADDAD, F.R. A metafísica para Aristóteles. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 4-5, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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CRIATIVOS INOVADORES

Paulo Gannam Jornalista e Inventor E-mail: pgannam@yahoo.com.br BRASILEIRO CRIA SOFTWARE QUE AJUDA CRIANÇAS A USAR TECNOLOGIAS DE MODO SEGURO

Autor do projeto já conseguiu parceria para lançar ideia em 20 mil tablets no Brasil, mas procura parceiros capazes de estendê-la a outros países

Déficit de atenção e de aprendizagem, aumento da impulsividade, obesidade, privação do sono, adicção, agressividade, e risco de exposição a abusos sexuais de toda ordem. Esta é uma amostra ainda simples dos problemas que vêm sendo observados em crianças que usam a tecnologia de tablets, smarthphones e jogos eletrônicos mais do que seus responsáveis deveriam permitir. Embora ignorados por boa parte das famílias brasileiras, estes efeitos já foram comprovados por densa literatura científica apresentada, entre outros, pela Academia Americana e pela Sociedade Canadense de Pediatria ao acompanhar o desenvolvimento de crianças que usam mais ou menos tecnologia com ou sem a supervisão dos pais. Pensando nisso – e após ouvir a reclamação de um pai que se via muito desinformado sobre o que o filho acessava por meio de um tablet que usava o tempo todo – o tecnólogo e pesquisador Alexandre Teixeira criou e desenvolveu com sua equipe o “Educamix Kids”. Trata-se de um software para crianças de 3 a 10 anos que oferece conteúdos para divertir e educar, além de 4 ambientes virtuais nos quais é possível interagir e selecionar avatares (figurinhas semelhantes ao usuário). Todo o conteúdo é gerenciado e monitorado pelos adultos responsáveis que contam com uma interface de gerenciamento online para acompanhar de qualquer lugar com internet as atividades das crianças. “Os adultos podem adicionar ou bloquear conteúdo, e monitorar qual conteúdo foi acessado pela criança”, afirma. A criança pode assistir a vídeos e sites infantis, ouvir músicas, além de brincar com jogos educativos e de aventura. Também existe a opção de a garotada gravar um vídeo e Edição nº 61 – Novembro/2016

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enviar por e-mail um link para que os adultos responsáveis possam recebê-lo através do site do “Educamix Kids”. Aos adultos é permitido responder à mensagem com uma nova vídeo-mensagem enviada para o servidor do sistema, o qual a criança pode acessar através do aplicativo. “É um método de comunicação que não requer que a criança esteja alfabetizada para usá-lo”, garante. O produto bloqueia a utilização de outros recursos do sistema operacional e limita seu uso a adultos através de senhas, para que a criança não acesse conteúdo potencialmente perigoso. Alexandre contatou fabricantes de celular e tablet para oferecer a solução, mas conta que no início ninguém demonstrava interesse, até que recebeu uma ligação de um engenheiro de uma empresa. “Estávamos caminhando a passos lentos, mas após a confirmação do interesse de uma empresa, realizamos um esforço para finalizar o projeto. No total, levamos 5 meses para conclui-lo”, lembra.

Parceria: 20 mil unidades do produto já foram embarcadas no Dia das Crianças para alegrar a criançada, mas o tecnólogo está à procura de parceiros para levar este conceito de monitoramento e uso sadio de tecnologia pelas crianças a toda América Latina.

Quer conhecer mais o trabalho dele? E-mail: alexandre@educamix.com.br

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As invenções de Gannam podem ser conferidas no site: https://paulogannam.wordpress.com/

Outros Contatos: Linkedin: https://www.linkedin.com/pub/paulo-gannam/51/1b0/89b Facebook: https://www.facebook.com/paulogannam.inventionsseekinvestors Google+: https://plus.google.com/+PauloGannaminven%C3%A7%C3%B5es Twitter: https://twitter.com/paulogannam

E você? Já teve ou está com uma grande ideia? Conte para o Paulo, pois pode virar notícia aqui na Revista Bragantina!

Como citar: GANNAM, P. Brasileiro cria software que ajuda crianças a usar tecnologias de modo seguro. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 6-8, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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ARTE E VARIEDADES

Thiago Santos Escritor, Cineasta e Roteirista E-mail: contatots2016@gmail.com FILME “O OPERÁRIO”

Um momento responsável pela infelicidade quanto aos momentos seguintes. Uma vida tida como boa, interrompendo o ciclo do viver quanto às outras muitas vidas. E a dor perseguirá... Sem misericórdia alguma. Restando aos que acompanharem essa trama toda uma reflexão sobre o futuro e suas incertezas reproduzidas no presente.

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Infelizmente o ciclo torna-se vicioso e nele todos terão como “inspiração” apenas o lamento; dor existencial com lapsos de eternidade. O passado não será fiel, pelo contrário, agirá semelhante a um Monarca em seu poderio narcisista, tendo sua pessoa como alvo de intensa tirania. Portanto todo cuidado é necessário. E mais do que isso, será preciso!

Como citar: SANTOS, T. Filme “O Operário”. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 9-10, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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COLCHA DE RETALHOS

Rosy Luciane de Souza Costa Professora, Historiadora e Pesquisadora E-mail: costarosyluciane@hotmail.com LEGADOS SOCIOCULTURAIS DO SUB-MÉDIO SANFRANCISCANO

Naturalistas Spix e Von Martius, contemplando as paisagens do São Francisco, em 1817. Ás consequências, que originaram a segregação a que ficou confinada a população do vale. Por isso enfatizou que o povo sertanejo do Médio São Francisco, teve que se ajustar ao meio hostil isolado, criando obrigações de solidariedade, convençõ es, códigos Edição nº 61 – Novembro/2016

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de honra peculiares e hábitos culturais distintos. Poucos anos depois, com a autorização da Coroa Portuguesa, em 1543 iniciava-se a criação de gado na região. Numa cálida tarde de 1596, homens carregados de alforjes, montados e a pé, surgiram rasgando ás caatingas em busca de prata. A tropa de Belchior Dias Moréa. De posse de informações Belchior Moreia, rumou em direção à Casa da Torre de Garcia D’Ávila, no município da Mata de São João (BA). Em 1536, as barrancas ribeirinhas do São Francisco abraçou os indígenas, oriundos do Sertão do Cariri do Planalto da Borborema na Paraíba, que faz limites com o Estado do Ceará. Esses índios Cariris evadiram-se da Chapada do Araripe, por não suportarem a pressão do Sistema das Capitanias Hereditárias. Antecedendo á descoberta do Brasil em idos seculares na carreira do Rio São Francisco, várias tribos já habitavam e exploravam a agricultura nas suas margens. No submédio São Francisco, destacavam-se as tribos Cariús, Caiapós, Xavantes, que se dividiram em consequência das constantes guerras tribais, rumando ás matas do rio Salitre. (Jornal do vale Cultural de 1993 - Wilson Dias).

Tribo Cariri, nas barrancas do São Francisco. A civilização do São Francisco distinguia-se do comportamento social de outras regiões, com um modo de viver autônomo e quase autárquico, constatando em muitos aspectos com o que sucedia no restante do Brasil. Tal “civilização” decorreu de alguns fatores de clausuras da região São - franciscana que, durante trezentos anos permaneceu afastada dos centros mais evoluídos do país . (Maria Laura Mariane da Silva Telles autora do livro Ser tão antigo – Fragmentos de uma história de família, p.23) Tais características explicam outro dado básico – a criação de uma linguagem própria. O Vale do São Francisco não é apenas um todo econômico e social, mas também um todo Edição nº 61 – Novembro/2016

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dialetal, inconfundível. As atividades da vida, a rotina do cotidiano sempre o mesmo, o labor profissional pouco variável, originaram hábitos e costumes à personalidade do homem barranqueiro. A linguagem áspera e desordenada, desativada e rebelde, mas viva e sempre pitoresca, numa vida de renúncias e de provações é a expressão audível desse fenômeno que oscilava

entre

dois

flagelos

periódicos

as

secas

e

as

inundações.

(Edilberto Trigueiros, autor do livro, A língua e o folclore da bacia do São Francisco). No livro (O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina, na pg.97), encontramos o registro dos comentários do Engenheiro, escritor e pesquisador baiano Teodoro Sampaio, durante a viagem pelo São Francisco em 1879. Descreveu que nas vizinhanças de Juazeiro, em ambas as margens do rio, a população era numerosa, mas pouco produtiva e o povo vivia alheio ás leis econômicas vigentes no país. Produz apenas o que precisa para viver. Em outras palavras a região do São Francisco não incorporou ao seu próprio modo de vida, os costumes, as modificações econômicas e sociais que o capitalismo começara a implantar no Brasil. Ao passar por Juazeiro nessa ocasião, recolheu excelente impressão de algumas construções onde se via certo gosto arquitetônico: a nova matriz, o Teatro, uma grande praça arborizada, bem como das ruas extensas e do comércio animado da cidade. Porto profundo e amplo, exibindo uma verdadeira frota fluvial. População alegre e ativ a, de mais ou menos 3.000 habitantes, dava-nos uma impressão favorável de progresso e riqueza. Chegando mesmo a afirmar que Juazeiro lhe parecera uma “pequena corte” em pleno

sertão,

digna

de

ser

considerado

o

foco

mais

poderoso

da

civilização e riqueza daquela parte do Brasil.

Ponte Gal. Eurico Gaspar Dutra, construída em 1949 a 1954, de quase 1.000 metros de comprimento. Interliga Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Como citar: COSTA, R.L.S. Legados socioculturais do sub-médio Sanfranciscano. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 11-13, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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LINHA DO TEMPO

Helen Kaline Pinheiro Estudante de Psicologia e jovem talento de Joanópolis E-mail: helenkpinheiro@gmail.com

MUDANÇAS AO LONGO DA VIDA

Final de ano, um momento em que os adolescentes se prendem tanto aos últimos dias do ensino médio e aos vestibulares, que dificilmente pensam o porquê realmente eles estão fazendo tudo aquilo. O medo de escolher e a obrigação de escolher disputam espaços, além dos fatores que permeiam a vida dos adolescentes, pois é uma fase de mudanças corporais, psicológicas e sociais. Um momento de passagem e que muitas vezes se torna confuso e angustiante para o adolescente, dificultando ainda mais realizar uma escolha consciente, neste momento, sobre sua futura profissão. Esta crise na adolescência reflete a nossa sociedade, as mudanças na modernidade têm ocorrido muito rapidamente, o que muitas vezes deixa o adolescente sem referências estáveis para decidir não somente sua profissão, mas também para conceber os seus valores. Sendo assim, a dificuldade de escolha se agrava quando é realizada considerando apenas o trabalho ou o seu resultado financeiro, desconsiderando a realização do ser humano que o desempenhará. É preciso considerar a possibilidade de mudança ao longo da vida, nenhuma pessoa pode se sentir obrigada a ser algo pelo resto da vida. É um processo natural do ser humano, quando este busca refletir sobre as escolhas, seus interesses, seus valores, sua própria história, permitindo assim que os momentos de transições auxiliem nessa reflexão, não somente para os adolescentes, mas em toda fase da vida. Sendo assim, para trilhar os caminhos da vida é preciso ter a consciência de que durante a vida as mudanças, muitas vezes, são inevitáveis, ainda mais nos dias atuais. Ao Edição nº 61 – Novembro/2016

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considerar as novas transformações que podem ocorrer não somente no âmbito profissional, mas também pessoal e familiar, é possível identificar que as possibilidades nunca se esgotam e que é preciso descobrir-se um pouco mais, a cada dia, não permitindo que a vida perca o seu sublime significado.

Referências: AMORIM, Kátia B. L. BARROS, Lucian, S. O jovem adolescente e a escolha profissional. Disponível em: https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-jovemadolescente-e-a-escolha-profissional. Acesso em: 05 de novembro de 2016. STRUCHINER, Cinthia D. Fenomenologia: de volta ao mundo-da-vida. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672007000200009. Acesso em: 05 de novembro de 2016.

Leia mais no Blog: http://helenkaline.blogspot.com.br/

Como citar: PINHEIRO, H.K. Mudanças ao longo da vida. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 14-15, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA

Leonardo Giovane M. Gonçalves Técnico em Hospedagem e Graduando em Turismo E-mail: leonardo.giovane@hotmail.com SERÁ QUE QUEREMOS UM TURISMO INTOLERANTE?

Nas últimas semanas vimos a maior potência do mundo eleger o seu novo presidente. Não é a primeira vez que abordo aqui temas como eleições e as suas influências no turismo, no entanto sempre abordei de uma forma mais nacional, mas agora o panorama é o internacional. Após a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos da América, o mundo se dividiu entre pessoas a favor e contra. No Brasil, o panorama internacional ganhou força e fluiu pelas redes sociais. Durante a campanha, Trump fez uso de um discurso de ódio, seja contra imigrantes, mulheres, negros, comunidade LGBT e tantos outros povos vivem no mundo. Ao México disse que iria criar um muro para separar os países e quem pagaria seria o México, ao Brasil disse que somos porcos latinos. Além desses discursos, a campanha se voltou para o nacionalismo dos EUA e a sua posição como raça desenvolvida frente às outras. No entanto, posições contra e a favor dividiram opiniões também no Brasil e em quase todos os grupos de debates se ouvia a seguinte pergunta: “Você é brasileiro, no que isso o afeta?”. Mas quem nunca sonhou em ir à Disneylândia ver o Mickey, passar o fim de ano em Nova Iorque, tirar uma foto na Estátua da Liberdade, fazer umas comprinhas em Miami, beber uma cervejinha no Texas ou simplesmente cruzar a ponte em San Francisco? Edição nº 61 – Novembro/2016

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As ações relacionadas à entrada ou saídas de imigrantes, sejam eles turistas, visitantes, residentes e outros são tomados pelo governo, assim, se o governo acredita que determinado povo não deve vir ao seu país por inúmeros motivos, cabe a ele criar leis para que dificulte ou iniba a entrada desses povos. Isso já ocorre com voos que vem do Oriente Médio para os Estados Unidos, pois esses voos possuem mais fiscalizações, diferentes dos demais. Ou seja, uma ação governamental faz com que a entrada se torne mais restritiva. Assim, se o novo presidente acredita que somos “porcos latinos” por qual motivo o mesmo gostaria de ter “porcos” no seu quintal? Medidas como essas são vistas também no Brasil, quando um município limita o número de visitantes em um atrativo ou cria regulamentações para entrada de ônibus. Ou seja, estas são decisões politicas, que envolvem os pensamentos advindos de seus comandantes (prefeitos, presidentes, ministros e etc.). Um governo intolerante cria uma população intolerante, medidas intolerantes, leis intolerantes e assim um turismo intolerante. Um turismo intolerante que não tolera gays, lésbicas, negros, latinos, mulheres e tantos outros segmentos da sociedade. Não estou aqui para gerar discussões do que será o governo de Trump, mas os EUA são grandes formadores de ideias e suas ideias são seguidas por milhares de pessoas e países, ou seja, o que se cria lá pode ou não ser adotado por outros países e essa adoção pode ser maligna para o futuro do mundo. Olhar para a vertente do turismo para esses aspectos não é buscar esquecer os outros olhares, mas sim acrescentar um novo olhar, uma nova maneira de ver e entender o mundo. Pois na era atual, na era global, os países e as pessoas se conversam, tudo está conectado e tudo pode ser mudado de maneiras muito mais rápidas. Este texto não buscou pontuar uma posição frente às eleições dos Estados Unidos, mas sim um único objetivo: plantar uma semente do turismo sustentável, o turismo de todos, seja para mim, para você, para idosos, crianças, adultos, jovens, negros, brancos, mulheres, homens, índios, LGBTs e tantos outros deste mesmo mundo!

Como citar: GONÇALVES, L.G.M. Será que queremos um turismo intolerante? Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 16-17, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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POLICLÍNICA

Aline Poli Fisioterapeuta E-mail: alinepoli@gmail.com

MICROFISIOTERAPIA

Breve apresentação!

Formada em 2004 pela Universidade de Mogi das Cruzes em Fisioterapia, seguiu sua vida acadêmica atuando em diversas áreas da Fisioterapia e através da sua experiência clínica começou a sentir a necessidade de complementar o seu trabalho com técnicas integrativas e complementares que tratavam o corpo e mente. Observou que muitos dos seus pacientes que relatavam alguns sintomas físicos, como a dor, traziam com eles algum conflito emocional, como uma submissão em relação ao parceiro ou chefe por exemplo. E então em 2013 saiu em busca de conhecimentos para agregar no seu tratamento. Hoje o seu principal foco esta em tratamentos da depressão, ansiedade e insônia. Realizou diversos cursos, sendo o seu carro chefe para atuar no equilíbrio Somato Emocional a Microfisioterapia, Leitura Biológica (Nova Medicina Germânica) e PSYCH-K®. A cada edição vou explicar um pouquinho sobre cada técnica e como elas podem lhe ajudar. Vou dar diversas dicas de saúde integral, como obter um equilíbrio emocional de forma natural e muitas dicas interessantíssimas sobre saúde em geral. Escolhi iniciar as publicações falando um pouco sobre a Microfisioterapia, e afinal o que vem a ser essa técnica que vem ganhando grandes destaques?

Se tem algo que costumamos guardar ao longo da vida e que não faz bem algum são situações, sentimentos e vivenciais ruins. Permitimos agressões físicas ou mesmo verbais, nos Edição nº 61 – Novembro/2016

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acostumamos a maus tratos no trabalho, deixamos que nosso espaço seja invadido, não choramos o que deveria para eliminar a dor. Acontece que isso tem seu preço e ele é a sua saúde! Nossas células são capazes de armazenar memórias de situações que não foram devidamente superadas. O resultado é que elas causam danos em nível celular e as consequências podem ser dores crônicas, inflamações recorrentes, insônia, depressão, ansiedade, fobia e uma lista enorme de doenças que simplesmente não desaparecem. Um dos grandes problemas é que nos acostumamos a tratar sintomas e ignoramos a causa primária das doenças e dores. Aliviamos momentaneamente o desconforto, mas ele retorna porque não curamos o que deveria. A Microfisioterapia é uma técnica que veio justamente para “curar o mal pela raiz”. Fundamentada na filogênese e na embriologia, ela identifica o agente causador da doença e, a partir daí, estimula o corpo e reencontrar o equilíbrio e recuperar a vitalidade perdida. Não adianta ficar andando em círculo, você sempre retornará ao ponto que partiu. Para ir adiante é preciso buscar novos caminhos, novos tratamentos, novas terapias. Livre-se do que te faz mal e permita-se viver com qualidade. É uma técnica de terapia manual que visa tratar a causa da doença e não apenas seu sintoma. Capaz de identificar registros nos tecidos que perderam sua função e vitalidade normal após eventos agressores ao organismo, promovendo a normalização e a regulação das regiões corporais afetadas.

Como funciona uma sessão de Microfisioterapia

As sessões têm duração média de uma hora e quando se associa com outras técnicas até duas horas. O número de sessões varia de acordo com a queixa do paciente. De maneira geral, para uma determinada queixa, podem ser necessárias de três a quatro sessões. A primeira parte do trabalho consiste numa investigação micropalpatória, que possibilita detectar a causa responsável pelo sintoma relatado a partir da cicatriz patológica. A segunda parte consiste em identificar o sintoma causado pela cicatriz. O terapeuta mantém sua mão na causa (cicatriz) e investiga com a outra mão a consequência (o sintoma), percorrendo a linha média do corpo à procura do nível afetado. Uma vez definido o nível, a procura segue na linha transversal deste nível. A perda da energia vital no ponto atingido permite determinar o sintoma e a sua localização no corpo, o qual se manifesta por uma restrição entre o tecido naquele nível e o órgão afetado. Nesse momento, é possível ao terapeuta estabelecer aproximadamente a data em que o acontecimento instalou-se, solicitando pela micropalpação uma resposta ao órgão afetado. O organismo do doente reage a esta data e a restrição é percebida pelas mãos do terapeuta, assim como na técnica de Cinesiologia Aplicada. Embora a lembrança da data não interfira no Edição nº 61 – Novembro/2016

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tratamento, a fixação de datas traumáticas é uma informação interessante, pois permite ao paciente conhecer a origem daquela desordem. A compreensão da causa da dor presente também serve como prevenção. Uma vez identificada e localizada a cicatriz, o corpo é estimulado a desencadear o processo de autocura, de maneira quase instantânea. É promovido um diálogo direto com a memória tecidual da pessoa, por via palpatória, sem nenhum outro apoio. O mecanismo de autocorreção é obtido desta maneira, tanto nos adultos, como nos bebês ou crianças.

Site: www.alinepoli.com

Como citar: POLI, A. Microfisioterapia. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 18-20, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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O ANDARILHO DA SERRA

Diego de Toledo Lima da Silva Técnico/Engenheiro Ambiental, Andarilho e Cronista E-mail: diegoaikidojoa@hotmail.com

LIÇÕES DO DESTINO

Certos rumos não escolhemos, apenas seguimos. Vivendo e seguindo em frente, como se fosse sempre o último dia. Alunos de um tempo que marcou para sempre nosso caráter, nossos ideais e sentimentos, companheiros de ensinamentos mútuos. Rapazes da marcha da liberdade proveniente das montanhas desta terra, onde o sol descansa atrás da serra. Quanta história contamos ou deixamos de contar pelos desencontros do destino? Possivelmente, os momentos naquela sala de aula representaram mais do que letras e números, apresentaram-nos novos rumos de uma estrada dura e tortuosa, em que somente nossa crença foi capaz de superar... A vitória não veio imediatamente, demoraram anos para que pudéssemos enxergar nossas conquistas. Mas você resolveu marcar para sempre o dia de domingo, marcou a despedida de um rapaz cheio de sonhos e de vontade de viver, aprender e ensinar... Nem mesmo o aluno mais frio e rebelde conseguiu segurar as lágrimas naquele dia. Por que os bons morrem jovens? Ainda sinto sua presença pelos corredores da centenária escola, vejo suas palavras e ideais escritos no quadro negro, lembrando que devemos buscar nossas próprias respostas e que não existe verdade absoluta. Os anos ensinaram lições valiosas e você deixou seus passos marcados para a eternidade, levo um pouco de você comigo, meu velho amigo...

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As terras altas e as asas da liberdade serão eternamente a morada de nossa amizade, blindados a cada sinal de um novo dia de aula ou de outra oportunidade da vida de concretizar nossos projetos e sonhos. Descanse em paz, meu camarada!

Como citar: DA SILVA, D.T.L. Lições do destino. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 21-22, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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MEMÓRIAS

Susumu Yamaguchi Cronista e Andarilho E-mail: sussayam@gmail.com VIDAS CRUZADAS

Entre inumações inelutáveis, ele passava o tempo a desafiar palavras cruzadas: das difíceis, de vida inteira. Sem pressa, sem fastio, sem escolhas pessoais. Sem letras ou palavras vãs, soube o desígnio ao preencher a quadra final: o nome revelado transmigrara de recalcitrante vertical para conformado horizontal. Insofismável: olhou para o céu e viu que sim, que era certo, que ao fim tudo se consumava. Confortado, antecipou-se ao chamado inevitável do telefone: – “Para sempre, Eventos Transcendentais Morituri Mortuis(*) ao seu dispor.” _____________ (*)

Os que vão morrer aos mortos

Margareth – margot.joaninha@hotmail.com

Como citar: YAMAGUCHI, S. Vidas cruzadas. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 23, nov. 2016. Edição nº 61 – Novembro/2016

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DIVULGAÇÃO

Alunos do Centro de Ensino Superior de Imperatriz, da Universidade Estadual do Maranhão, desenvolveram cartilhas sobre consumo consciente de alimentos. Sob a orientação do Prof. Diego de Carvalho, as cartilhas foram desenvolvidas e estão sendo espalhadas pelos colégios de educação básica da cidade de Imperatriz/MA.

Confira as cartilhas nos links: Ovo: https://1drv.ms/w/s!AnsIr8QVbKCVm1Zxtcr_deoAO4cf Carne: https://1drv.ms/u/s!AnsIr8QVbKCVm1c0K3xNaKWv3-ao Leite: https://1drv.ms/u/s!AnsIr8QVbKCVm1gjjJ6Qe1jJAcw0 Peixe: https://1drv.ms/w/s!AnsIr8QVbKCVm1nIl4ObVBP_WObQ

Edição nº 61 – Novembro/2016

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