O AMPARO - edição nº 11

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O AMPARO INFORMATIVO BIMESTRAL DA DIOCESE DE AMPARO

ANO 3 | # 11 | JULHO - AGOSTO 2017 | diocesedeamparo.org.br

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DIOCESE INICIA CAMINHADA PARA ELABORAÇÃO DO 2º PLANO DE PASTORAL O Conselho Diocesano de Pastoral, constituído por representantes das coordenações de pastorais, movimentos e novas comunidades, com a presidência do bispo diocesano, deu início a avaliação do 1º Plano de Pastoral.

Após as reflexões nas foranias sobre o documento 105 da CNBB, que trata do protagonismo do cristão leigo e leiga na vida da Igreja e da sociedade, esta nova etapa é passo importante na caminhada rumo a elaboração do 2º Plano Diocesano de Pastoral. página 09

POVO DE DEUS TESTEMUNHA FÉ NA EUCARISTIA Confira como foi a Solenidade de Corpus Christi pela diocese.

páginas 14 e 24

RENOVADO “SIM” Confira o editorial de Dom Luiz Gonzaga Fechio para esta edição do jornal diocesano. página 02

1ª Caminhada Mariana de Amparo a Itapira página 10

Mês Vocacional destaca exemplo de Maria página 07

3º Encontro de Coroinhas e Auxiliares página 09

SOLENIDADE DOS SANTOS PEDRO E PAULO

NOTA DA CNBB EM DEFESA DOS DIREITOS INDÍGENAS

CLERO SE REÚNE PARA DIA DE SANTIFICAÇÃO

Confira a Mensagem do Papa Francisco para a festa de São Pedro e São Paulo.

Confira a nota da CNBB de solidariedade e apoio ao CIMI e povos indígenas.

Clero Diocesano se reuniu na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

página 03

página 05

página 09


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Padre Anderson Frezzato Coordenador Diocesano de Pastoral Prezados irmãos e irmãs! Que a Paz do Senhor esteja em seu coração!

RENOVADO “SIM” Amada irmã, amado irmão, há um ditado que afirma: “enquanto alguns choram, outros ganham vendendo lenços”. Talvez você já o conheça, mas penso ser oportuno lembrá-lo aqui, no contexto de termos entrado na segunda metade do ano com a impressão de que, se a primeira passou tão rapidamente, como sempre falamos, esta tende a ser ainda mais veloz. E o que isso tem a ver com aquele ditado? O provérbio popular me faz pensar: quando permitimos penetrar em nós o que tende a provocar ou aumentar aquilo que é motivo de tristeza, decepção, frustração, desânimo e tudo o mais parecido com isso, menos, consequentemente, vamos possuindo o que verdadeiramente nos é saudável, ou seja, justamente o contrário: alegria, satisfação, realização, ânimo... Não se trata de não saber ver a realidade como de fato ela é, ou de se negar a enxergá-la sem “rodeios”. Quando nos deparamos com o que chega ao nosso conhecimento, em grande parte não é difícil encontrar motivos de lamentações, ao observar quantos contravalores nos atacam, fazendo-nos considerar, numa tentação, que não vale mais a pena acreditar em justiça, verdade, moral e ética. O ditado ao qual me referi, citado no início, a bem da verdade não era do meu saber. Encontrei-o num texto da internet, dentro de um site específico na área da administração, mediante um artigo que questiona até que ponto se é persistente nas metas ou objetivos levantados num final ou início de ano. Ainda que a crise, falada em todos os cantos, não possa ser negada, é preciso também questionar se não está acontecendo certa acomodação que nos atrofia na busca de saídas ou alternativas, possibilitando vislumbrar um horizonte mais otimista. A autora do artigo, na ocasião estudante de administração, que diz de si mesma ser alguém “apaixonada por Marketing e Comportamento Humano”, usa outra afirmação muito interessante: “Na adversidade, uns desistem, enquanto outros batem recordes”. Caminhando no campo da nossa fé e vida cristã, sob o eficaz e constante amparo de nossa Mãe Maria, aproveitemos da iluminada inspiração para avançarmos na sempre maravilhosa e desafiante aventura do seguimento a Jesus. Logo mais, com a chegada de agosto, entraremos no mês vocacional, oportunidade valiosa de avaliar nossa resposta ao apelo do Senhor, Bom Pastor, chamados não apenas a ser Suas ovelhas, mas também pastores com Ele, conforme a missão confiada a cada pessoa. Com a ordenação presbiteral do nosso estimado diácono Rafael Spagiari Giron, em 4 de agosto, dia do padre, teremos rica ocasião para agradecer um grande presente que o Bom Deus nos dá, na comemoração dos 20 anos da nossa Diocese, e para retomar, com novo fôlego, nosso caminho vocacional.

Deus, no seu amor, nos permite nos encontrarmos nestas linhas. Linhas que não só informam, comunicam, mas aproximam cada um dos fiéis e seus pastores empenhados nos mais diversos trabalhos de nossa Diocese de Amparo. Acredito que você pôde celebrar bem a grande Solenidade de Corpus Christi, e que sua devoção e piedade eucarística dê força para a caminhada, às vezes tão atribulada, de cada. Inúmeras foram as manifestações de fé, quer na elaboração de tapetes, adoração eucarística, Santa Missa, que marcaram a vida do católico no referido feriado religioso. Ao passo que rezamos bem, trabalhamos ainda melhor. Pois a fé dá significado e sustento ao trabalho. Concluímos os trabalhos de formação sobre o Documento 105 nas foranias. Foram encontros com grande participação e envolvimento. Mais do que isso, comprometimento na elaboração do nosso 2º Plano de Pastoral! A próxima fase será a formação nas paróquias reforçando o conteúdo já passado nas foranias e o início da avaliação das prioridades do 1º Plano de Pastoral. Trabalho árduo, demorado, mas necessário! A Escola Teológica de Formação para os Agentes de Pastoral está encerrando sua primeira turma. Os nossos amados agentes de pastoral são agora devolvidos às paróquias com um conhecimento maior sobre a ciência teológica, podendo assim, mais fortemente ajudar nos trabalhos das comunidades a que pertencem. Com os olhos sempre no futuro, teremos duas alegrias. A primeira, os candidatos ao Diaconato Permanente, da Escola Santo Éfrem, receberão os primeiros ministérios de Leitor e Acólito que visam o crescimento maduro dos candidatos no amor à Palavra e do serviço do Altar. A segunda alegria, é a ordenação presbiteral do diácono Rafael Spagiari Giron. Mais um padre para nossa Igreja Particular. Mais um trabalhador na messe, mais um colaborar na vida do Presbitério! Bem, que estas palavras animem sua leitura do conteúdo integral deste nosso veículo de informação. Desejo que cresçamos juntos no amor a Deus, no serviço da Igreja, em favor dos Irmãos. Até breve!

FALE CONOSCO Para esclarecer dúvidas, sugestões ou reclamações, nos envie um e-mail no endereço eletrônico: jornaloamparo@diocesedeamparo.org.br

Dom Luiz Gonzaga Fechio Bispo Diocesano

Expediente

JORNALISTA RESPONSÁVEL SIRLENE RIBEIRO - MTB 66.955/SP

O AMPARO INFORMATIVO OFICIAL DA DIOCESE DE AMPARO ANO 3 | #11

DIAGRAMAÇÃO - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO REVISÃO - MARGARIDA HULSHOF CRÉDITO DAS MATÉRIAS: EQUIPES PASCOM PAROQUIAIS

BISPO DIOCESANO DOM LUIZ GONZAGA FECHIO

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PEDRO E PAULO SIGILARAM COM O PRÓPRIO SANGUE O TESTEMUNHO DE CRISTO A liturgia de hoje oferece-nos três palavras que são essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração. A confissão é a que ouvimos dos lábios de Pedro no Evangelho, quando a pergunta do Senhor, de geral, passa a particular. Com efeito Jesus, primeiro, pergunta: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” (Mt 16, 13). Desta “sondagem” resulta, de vários lados, que o povo considera Jesus um profeta. E então o Mestre coloca aos discípulos a pergunta verdadeiramente decisiva: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (16, 15). Agora responde apenas Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (16, 16). Esta é a confissão: reconhecer em Jesus o Messias esperado, o Deus vivo, o Senhor da nossa própria vida. Hoje, Jesus dirige esta pergunta vital a nós, a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida. Pois, de pouco serve conhecer os artigos de fé, se não se confessa Jesus como Senhor da nossa própria vida. Hoje Ele fixa-nos nos olhos e pergunta: “Quem sou Eu para ti?” Como se dissesse: “Sou ainda Eu o Senhor da tua vida, a direção do teu coração, a razão da tua esperança, a tua confiança inabalável?” Com São Pedro, também nós renovamos hoje a nossa opção de vida como discípulos e apóstolos; passamos novamente da primeira à segunda pergunta de Jesus, para sermos “seus” não só por palavras, mas com os fatos e a vida. Perguntemo-nos se somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração. Quem confessa Jesus, sabe que está obrigado não

apenas a dar conselhos, mas a dar a vida; sabe que não pode crer de maneira tíbia, mas é chamado a “abrasar” por amor; sabe que, na vida, não pode “flutuar” ou reclinar-se no bem-estar, mas deve arriscar fazendo-se ao largo, apostando dia a dia com o dom de si mesmo. Quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos. O seu caminho é o caminho da vida nova, da alegria e da ressurreição, o caminho que passa também através da cruz e das perseguições. E aqui temos a segunda palavra: perseguições. Não foram só Pedro e Paulo que deram o sangue por Cristo, mas, nos primeiros tempos, toda a comunidade foi perseguida, como nos recordou o livro dos Atos dos Apóstolos (cf. 12, 1). Também hoje, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados. Entretanto queria salientar sobretudo aquilo que o apóstolo Paulo afirma antes: “estou pronto – escreve ele – para oferecer-me como sacrifício” (2 Tim 4, 6). Para ele, viver era Cristo (cf. Flp 1, 21), e Cristo crucificado (cf. 1 Cor 2, 2), que deu a vida por ele (cf. Gal 2, 20). E assim Paulo, como discípulo fiel, seguiu o Mestre, oferecendo também ele a vida. Sem a cruz, não há Cristo; mas, sem a cruz, não há sequer o cristão. De fato, “é próprio da virtude cristã não só fazer o bem, mas também saber suportar os males” (Agostinho, Sermão 46, 13), como Jesus. Suportar o mal não é só ter paciência e prosseguir com resignação; suportar é imitar Jesus: é carregar o peso, levá-lo aos

ombros por amor d’Ele e dos outros. É aceitar a cruz, prosseguindo confiadamente porque não estamos sozinhos: o Senhor crucificado e ressuscitado está conosco. Deste modo podemos dizer, com Paulo, que “em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados” (2 Cor 4, 8-9). Suportar é saber vencer com Jesus e à maneira de Jesus, não à maneira do mundo. É por isso que Paulo se considera – como ouvimos – um vencedor que está prestes a receber a coroa (cf. 2 Tim 4, 8), escrevendo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, conservei a fé” (4, 7). A única conduta do seu bom combate foi viver para: não para si próprio, mas para Jesus e para os outros. Viveu “correndo”, isto é, sem se poupar, antes pelo contrário consumando-se. Há uma coisa que ele diz que conservou: não a saúde, mas a fé, isto é, a confissão de Cristo. Por amor d’Ele viveu as provações, as humilhações e os sofrimentos, que nunca se devem procurar, mas aceitar. E assim, no mistério do sofrimento oferecido por amor, neste mistério que muitos irmãos perseguidos, pobres e doentes encarnam também hoje, resplandece a força salvífica da cruz de Jesus. A terceira palavra é oração. A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia a dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados, e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações. Vemo-lo na primeira Leitura: “Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele” (At 12, 5). Uma Igreja que ora,

é guardada pelo Senhor e caminha na companhia d’Ele. Orar é entregar-Lhe o caminho, para que o tome ao seu cuidado. A oração é a força que nos une e sustenta, o remédio contra o isolamento e a autossuficiência que levam à morte espiritual. Com efeito, o Espírito de vida não sopra, se não se reza; e, sem a oração, não se abrem as prisões interiores que nos mantêm prisioneiros. Que os Santos Apóstolos nos obtenham um coração como o deles, fatigado e pacificado pela oração: fatigado, porque pede, bate à porta e intercede, carregado com tantas pessoas e situações que deve confiar a Deus; mas, ao mesmo tempo, pacificado, porque o Espírito traz consolação e fortaleza quando se ora. Como é urgente haver, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo homens e mulheres de oração, que vivem a oração! O Senhor intervém quando oramos, Ele que é fiel ao amor que Lhe confessamos e está perto de nós nas provações. Ele acompanhou o caminho dos Apóstolos e acompanhar-vos-á também a vós, queridos Irmãos Cardeais, aqui reunidos na caridade dos Apóstolos que confessaram a fé com o sangue. Ele estará perto também de vós, queridos Irmãos Arcebispos que, ao receberdes o pálio, sereis confirmados na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor, que vos sustenta carregando-vos aos ombros. O próprio Senhor, que deseja ardentemente ver todo o seu rebanho reunido, abençoe e guarde também a Delegação do Patriarcado Ecuménico, e o querido Irmão Bartolomeu que a enviou aqui em sinal de comunhão apostólica.

Franciscus Solenidade dos Santos Pedro e Paulo 29 de junho de 2017


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Notícias do Brasil “AS SAÍDAS PARA A CRISE PASSAM TAMBÉM PELA MOBILIZAÇÃO DO POVO”, AFIRMA PRESIDENTE DA CNBB O arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha, defendeu na última coletiva de imprensa da entidade, realizada no dia 22 de junho, o direito a mobilização. Na ocasião, o cardeal reiterou a importância da população de se manifestar nas ruas, de forma pacífica, para conscientizar autoridades sobre a necessidade de reflexão e diálogo com a sociedade. Questionado por um repórter se só a oração poderia salvar o país da crise, dom Sergio foi enfático ao afirmar que ‘sem dúvidas, o país precisaria de muita oração’. “Nós já nos manifestamos recentemente em Corpus Christi e a resposta que nós recebemos mostra que realmente há uma consciência cada vez mais difusa da gravidade da crise”, disse. O bispo se referia à intenção de Oração pelo Brasil, motivada pela CNBB, durante o dia de Corpus Christi, 15 de junho. A iniciativa dirigia a todos uma proposta de oração diante do “grave momento vivido pelo país”. “A participação em Corpus Christi, da oração que foi rezada pelo Brasil, mostra claramente que cada vez

mais se difunde entre nós a gravidade e, ao mesmo tempo, a urgência de superação da crise. Nossa gente tem sofrido e isso não é algo que está confinado a discussões de alguns ambientes. O nosso povo cada vez mais sente os efeitos dessa situação e, por isso, cada vez mais nós recebemos pessoas dispostas à oração pelo Brasil, mas o que se quer mesmo além disso é mais uma vez mobilizar as nossas comunidades a refletirem e atuarem pelo Brasil”, afirmou dom Sergio. O Conselho Permanente da CNBB também decidiu convocar um Dia de Oração pelo Brasil no 7 de setembro, dia da pátria. De acordo com

dom Sergio, as saídas para a crise não podem depender estritamente de iniciativas políticas ou partidárias. “Por mais importante que seja, elas também passam pela população, pela mobilização do nosso povo, então uma expressão de mobilização que Graças a Deus encontrou uma resposta muito grande tem sido essa da oração pelo Brasil, porque quem reza na verdade também reflete, medita sobre o que se passa e seguramente vai encontrando na Palavra de Deus, a luz e a força para caminhar”, finalizou. Nota oficial A CNBB também já havia se pronunciado, em nota oficial, sobre à

proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de iniciativa do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional. A entidade se manifestou contra a forma como o processo das reformas está sendo conduzido, sem diálogo com a sociedade e com objetivos de diminuir os gastos previdenciários, excluindo da proteção social os que têm direitos a benefícios. “Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao acabar com a aposentadoria especial para trabalhadores rurais; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores…); ao reduzir o valor da pensão para viúvas ou viúvos; ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a PEC 287/2016 escolhe o caminho da exclusão social”, afirma a nota. Por último, a entidade convoca os cristãos e pessoas de boa vontade, a se mobilizarem ao redor da atual Reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o povo, principalmente os mais fragilizados.

CNBB LANÇA CONCURSO PARA ESCOLHA DO CARTAZ DA CF 2018 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou em 20 de junho, o concurso para a escolha do cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Os interessados deverão enviar suas propostas até o dia 20 de julho. Com base no tema da CF2018 “Fraternidade e superação da violência” e o lema “Vós sois todos irmãos”, o cartaz da CF deverá conter além da arte, os dizeres do título e do

lema. Além disso, é exigido também que a mensagem possa ser lida, entendida e assimilada pelo público a uma razoável distância de 10 metros. Em relação às características, o edital sugere que a mensagem exposta no cartaz apresente um impacto no público e dê um maior destaque ao tema e, posteriormente, ao lema. Também é proposto que o candidato pense em uma arte que seja viá-

vel para ser aplicada além do cartaz como por exemplo, adesivo, camiseta, bonés, mochilas. Confira o edital completo no site da diocese. O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB procederá a escolha do cartaz, tendo liberdade para sugerir as modificações necessárias. O autor será premiado com o manual dos subsídios da CF 2017 e terá o nome em todos os textos impressos.

“Os bispos do Conselho Episcopal Pastoral agradecem aos que se sentiram inspirados a partilhar do seu talento para construir o instrumental capaz de fazer chegar ao coração de cada irmão e irmã a mensagem de Jesus, nosso Senhor e Salvador. Por intercessão de Nossa Mãe Aparecida, desça sobre o povo brasileiro a bênção de Deus Pai e Filho e Espírito Santo”.


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Notícias do Brasil CNBB MANIFESTA APOIO AO CIMI E DENUNCIA DESRESPEITO A DIREITOS CONQUISTADOS Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as acusações recebidas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) são infundadas e injustas. Em nota divulgada pela presidência da entidade no dia 22 de junho, a Conferência manifesta seu total apoio e solidariedade ao Cimi, alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito denominada CPI da Funai e Incra, que indiciou mais de cem pessoas, entre lideranças indígenas, antropólogos, procuradores da República e ligadas ao próprio organismo. No texto, aprovado pelo Conselho Permanente, os bispos ressaltam aumento da violência no campo no período de funcionamento da CPI. Leia o texto na íntegra:

NOTA DA CNBB EM DEFESA DOS DIREITOS INDÍGENAS E DO CIMI O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 20 a 22 de junho de 2017, manifesta seu total apoio e solidariedade ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI) diante das infundadas e injustas acusações que recebeu da Comissão Parlamentar de Inquérito, denominada CPI da Funai e Incra, encerrada no último mês de maio. A CNBB repudia o relatório desta Comissão que indicia mais de uma centena de pessoas: lideranças indígenas, antropólogos, procuradores da república e aliados da causa indígena, entre eles, missionários do CIMI. Criado há 45 anos, o CIMI inspira-se nos princípios do Evangelho. Por isso, põe-se ao lado dos povos indígenas, defendendo sua vida, sua dignidade, seus direitos e colaborando com sua luta por justiça, no respeito

à sua história e à sua cultura. O indiciamento de missionários do CIMI é uma evidente tentativa de intimidar esta instituição tão importante para os indígenas, e de confundir a opinião pública sobre os direitos dos povos originários. Em seu longo processo, a CPI desconsiderou dezenas de requerimentos de alguns de seus membros, não ouviu o CIMI e outras instituições citadas no relatório, mostrando-se, assim, parcial, unilateral e antidemocrática. Revelou, dessa forma, o abuso da força do poder político e econômico na defesa dos interesses de quem deseja a todo custo inviabilizar a demarcação das terras indígenas e quilombolas, numa afronta à Constituição Federal. São inadmissíveis iniciativas como o estabelecimento do marco temporal, a mercantilização e a legalização da exploração de terras indígenas por não índios, ferindo o preceito constitucional do usufruto exclusivo e permanente outorgado aos povos. Chama a atenção que o aumento da violência no campo coincida com o período de funcionamento da CPI da Funai e Incra. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2016 foram registrados 61 assassinatos em conflitos no campo, um aumento de 22% em relação a 2015. As atrocidades ocorridas em Colniza (MT) e Pau D’Arco (PA) elevaram para 40 o número de assassinatos no campo, só neste primeiro semestre de 2017. Levadas adiante, as proposições da CPI podem agravar ainda mais esses conflitos. É preciso que os parlamentares considerem isso ao votarem qualquer questão que tenha incidência na vida dos povos indígenas e demais populações do campo. Tenha-se em conta, ainda, que as proposições da CPI se inserem no

mesmo contexto de reformas propostas pelo governo, especialmente as trabalhista e previdenciária, privilegiando o capital em detrimento dos avanços sociais. Tais mudanças apontam para o caminho da exclusão social e do desrespeito aos direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras. Ao se colocar na defesa da vida dos povos indígenas, ao lado do CIMI e dos missionários, a CNBB o faz com a convicção de que o “serviço pastoral à vida plena dos povos indígenas exige que anunciemos Jesus Cristo e a Boa Nova do Reino de Deus, denunciemos as situações de pecado, as estruturas de morte, a violência e as injustiças internas e externas” (Documento de Aparecida, 95) que ameaçam os primeiros habitantes desta Terra de Santa Cruz.

O Deus da justiça e da misericórdia ilumine o CIMI e venha em auxílio de nossos irmãos e irmãs indígenas, quilombolas e trabalhadores e trabalhadoras do campo, cuja vida confiamos à proteção de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Deus e Padroeira do Brasil. Brasília, 22 de junho de 2017. Cardeal Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB Dom Murilo S. R. Kriger, SCJ Arcebispo de São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM Bispo Auxiliar de Brasília Secretário-Geral da CNBB


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Notícias do Brasil ANO DO LAICATO VAI ESTIMULAR PROTAGONISMO DOS CRISTÃOS LEIGOS A Igreja no Brasil vai celebrar, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. Na segunda reunião ordinária do Conselho Permanente deste ano, realizada de 20 a 22 de junho, foi apresentado o projeto preparado pela Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato e em breve as Dioceses e Prelazias receberão as orientações metodológicas de como se preparar e celebrar em suas comunidades. O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do

Mundo”, Mt 5,13-14. Segundo o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato, pretende-se trabalhar a mística do apaixonamento e seguimento a Jesus Cristo. “Isto leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missionário na família e no trabalho, onde estiver vivendo”, disse o bispo. Segundo a presidente do Conselho Nacional do Laicato no Brasil e integrante da Comissão, Marilza Lopes Schuina, as Dioceses receberão uma proposta a partir da qual, recomenda, tenham toda a liberdade para usar a criatividade ao planejar e vivenciar as ações locais. O Ano do Laicato terá como ob-

jetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. Documento nº 105 Pretende ainda: “Dinamizar o estudo e a prática do documento 105: ‘Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade’ e demais documentos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato; e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, ‘verdadeiros sujeitos eclesiais’ (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na Sociedade.

A Comissão Episcopal Especial para o Ano do Laicato organizou as atividades em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. Segundo o presidente da comissão, dom Severino, espera-se que este ano traga um legado para a Igreja missionária autêntica, com maior entusiasmo dos cristãos leigos e leigas na vida eclesial e também na busca da transformação da sociedade. “Eu acredito que se conseguirmos estimular a participação e presença efetiva dos cristãos leigos na sociedade provocando que aconteça a justiça e a paz, será um grande legado”, disse o bispo.

CNBB LANÇA DOCUMENTO SOBRE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ Está disponível o novo documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. O texto foi aprovado pela 55ª Assembleia Geral da CNBB e recebe o número de 107 da coleção azul da Conferência. Aos catequistas e responsáveis pela animação pastoral das dioceses e comunidades está disponível um material com slides para trabalhar o texto. Já no primeiro capítulo o texto apresenta o itinerário a partir do “ícone bíblico” representado pelo encontro de Jesus com a Samaritana retratado no capítulo quatro do Evangelho de São João. Em seis passos o documento apresenta os processos de iniciação ao discipulado de Jesus. O documento oferece novas disposições pastorais para a iniciação à vida cristã, presente nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora desde 2011. Para os bispos, a dedicação

em torno da temática revela o propósito de “buscar novos caminhos pastorais e reconhecer que a inspiração catecumenal é uma exigência atual”. Ela permitirá formar discípulos conscientes, atuantes e missionários. “A vida cristã é um novo viver que requer um processo de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende e se deixa envolver pelo mistério amoroso do Pai, pelo

Filho, no Santo Espírito. Ela desperta para novas relações e ações, transformando a vida no campo pessoal, comunitário e social. Essa verdadeira transformação se expressa através de símbolos, ritos, celebrações, tempos e etapas”, escreveu o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, na apresentação do documento. Para dom Leonardo, o texto “expressa o caminho que a Igreja no

Brasil percorre, iluminada pela Palavra de Deus e pelo Documento de Aparecida, aprovado pela V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, realizada há 10 anos. “Assumindo sempre mais as orientações de Aparecida e do papa Francisco, nossas igrejas particulares, nossas comunidades, nossas famílias e todas as pessoas batizadas serão testemunhas da alegria do Evangelho”, acredita dom Leonardo. A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB disponibilizou uma coleção de slides para auxiliar as formações. São cinco apresentações relacionadas à introdução e a cada capítulo do texto. O material possui citações de parágrafos do texto e ilustrações que facilitam a compreensão e a didática de exposição por parte dos assessores de encontros formativos. As cinco apresentações, em formato PowerPoint, estão disponíveis para download no site da diocese.


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Notícias do Brasil MÊS VOCACIONAL DESTACA EXEMPLO DA VIRGEM MARIA E NECESSIDADE DE VOCAÇÕES Tradicionalmente durante o mês de agosto, a Igreja no Brasil convida os fiéis a refletirem sobre as vocações, é o chamado ‘mês vocacional’. Este ano, a atividade proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com a Pastoral Vocacional tem como tema “A exemplo de Maria, discípulos missionários” e o lema “Eis-me aqui, faça-se”. A iniciativa busca motivar a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, além de conscientizar adolescentes e jovens ao chamado de servir a Igreja. O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados da CNBB, dom Jaime Spengler explica que a escolha da temática se deu por ‘Nossa Senhora ser exemplo de mulher de oração’. “A oração é também o pedido que Nosso Senhor faz aos discípulos quando vê o tamanho da messe sem o número suficiente de pastores, a messe é grande mas os operários são poucos”, explica. Para ele, a intenção deste ano é justamente alertar para o número de vocações sacerdotais e religiosas no Brasil. “É pedir ao Senhor da messe que envie operários. A oração é o meio privilegiado para suplicar, pedir ao Senhor que envie esses operários que a Igreja tanto precisa. O nosso povo sedento de Deus, sedento de transcendência, sedento do Evangelho necessita de pastores, de pessoas capazes de anunciar essa palavra como fez Maria, isto seja no Ministério Ordenado, seja através da Vida Consagrada, seja através do anuncio catequético, nas diversas atividades do cotidiano e também no mundo leigo”, destacou. O mês vocacional é também celebrado no contexto do Ano Nacional Mariano, proclamado pela CNBB,

por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul. Por isso, a escolha da temática dedicada a Nossa Senhora também se fez presente. “A Igreja no Brasil realmente deseja neste mês de agosto de 2017 promover um grande mutirão e dentro das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida realmente suplicar ao céu que não falte operários para a vinha. Esperamos que muitos jovens do sexo feminino, do sexo masculino possam responder como fez Maria: Eis-me aqui, faça-se segundo a tua palavra”, finalizou. Material de apoio Para ajudar nas reflexões do mês vocacional, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a presidência nacional da Pastoral Vocacional/SAV todo ano propõe subsídio, editado pela Edições CNBB. Dessa vez, o material oferece um tríduo de oração pelas vocações. Segundo o coordenador nacional da Pastoral Vocacional, padre Elias Silva, a proposta é oferecer celebrações vocacionais em torno da Palavra, momentos onde a comunidade possa se alimentar da Palavra rezando pelas vocações. “É uma forma de rezar pelas vocações e com todos os vocacionais seja pela vida religiosa, consagrada e todas as outras formas”. Dom Jaime explica que com o subsídio, a Pastoral Vocacional do Brasil deseja promover a partir da Sagrada Escritura uma abordagem particular em torno da temática das vocações. “Nós acreditamos que a Leitura Orante da Palavra é capaz de iluminar as buscas de todo ser humano e é a partir da Sagrada Escritura que nós podemos melhor

compreender o que significa fazer a vontade de Deus, então foi preparado um pequeno subsídio para favorecer essa reflexão e essa oração também nas nossas comunidades, tendo sempre como pano de fundo a Sagrada Escritura, porque é a partir da Palavra que nós encontramos orientações seguras para as iniciativas da comunidade de fé”, destacou. O material já está à venda no site

da ‘Edições CNBB’. FESTIVAL VOCACIONAL Em nossa Diocese de Amparo a Pastoral Vocacional Diocesana promoverá em agosto a terceira edição do Festival Vocacional – FestVoc. O evento acontecerá no domingo, dia 20 de agosto. Mais informações pelo e-mail: vocacionalamparo@gmail.com.


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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE PARTICIPARÁ DO ENCERRAMENTO DO PROJETO ROTA 300 EM APARECIDA Jovens de todo Brasil se preparam para o encerramento do Projeto Rota 300 no próximo 29 de julho no Santuário Nacional, em Aparecida. Cerca de dois mil estão inscritos para a Semana Missionária que antecede o encerramento, de 22 a 28 de julho. Nossa Diocese de Amparo estará representada, um grupo de 10 jovens participará da Semana Missionária, e no dia do encerramento, 29 de julho, um ônibus com representantes das 32 paróquias estará no Santuário

Nacional, o assessor eclesial da Pastoral Juvenil Diocesana, padre Carlos Panassolo, acompanhará os jovens. O evento promovido pela Comissão da CNBB para a Juventude, Jovens Conectados nas dioceses banhadas pelo Rio Paraíba do Sul, concluirá o projeto Rota 300, lançado em 18 de junho de 2015, focado na evangelização da juventude, que se desenvolveu a partir da peregrinação da Imagem de Nossa Senhora Aparecida nas dioceses brasileiras.

CURSO DE FORMAÇÃO REÚNE ATENDENTES PAROQUIAIS Atendentes paroquiais da Diocese de Amparo participaram de curso de formação e aperfeiçoamento sobre o sistema Ecclesia, nos dias 28 e 29 de junho. O sistema é utilizado diariamente por todas as paróquias da diocese para gestão de dados em tempo real. A formação foi assessorada pelo desenvolvedor do sistema Ecclesia, Marcelo Marques de Lima. A formação aconteceu na manhã do dia 27, na Paróquia São José, em Mogi Mirim, para os atendentes da

Forania São José, e à tarde, na Paróquia São Benedito, em Itapira, para a Forania N. Sra. da Penha. Na manhã do dia 28, a formação aconteceu no Centro de Pastoral São João XXIII, em Amparo, para a Forania Jesus Bom Pastor e N. Sra. do Rosário. O bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, abriu a formação com uma oração inicial. À tarde foi a vez dos atendentes da Forania Sant´Ana, em Holambra, participarem da formação.

BISPOS DA SUB-REGIÃO PASTORAL CAMPINAS ESTIVERAM REUNIDOS Nosso bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio esteve reunido, na manhã desta terça-feira, 27 de junho, com os bispos da Sub-Região Pastoral da CNBB Campinas. A reunião ordinária ocorreu na Paróquia São Domingos, na cidade de Americana. Ao lado dos bispos da província participam os respectivos Coorde-

nadores de Pastoral das Dioceses. Padre Anderson Frezzato, coordenador diocesano de pastoral na Diocese de Amparo esteve presente. Seis (arqui)dioceses do estado compõe a Sub-regional Pastoral Campinas: Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba, São Carlos e Campinas.


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Notícias da Diocese de Amparo CLERO DIOCESANO SE REÚNE PARA DIA DE SANTIFICAÇÃO O Clero diocesano de Amparo se reuniu na sexta-feira, 23 de junho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, para celebrar o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero. Data em que a Igreja convida todos os cristãos a intensificar as orações pelos sacerdotes. Momento importante também para que os sacerdotes intercedam uns pelos outros rezando pela unidade da Igreja. A manhã de espiritualidade sacerdotal aconteceu na Paróquia Nos-

sa Senhora das Graças, cidade de Águas de Lindóia, com a presidência de Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano. Momento singular de encontro dos sacerdotes com o Senhor, de oração comunitária e pessoal. Dom Luiz conduziu os momentos de reflexão e de oração diante do Santíssimo Sacramento e falou de sua alegria pelo momento de encontro, agradeceu o trabalho de todos os padres frente às paróquias e demais funções na Diocese.

CONSELHO DIOCESANO COMEÇA A AVALIAR O 1º PLANO DE PASTORAL No dia 05 de junho, às 19h30, na Cúria Diocesana, reuniu-se sob a presidência de Dom Luiz Gonzaga Fechio, com coordenação do padre Anderson Frezzato e a participação das coordenações de pastorais, movimentos e novas comunidades, o Conselho Diocesano de Pastoral. Depois de termos refletido juntos o Documento 105 da CNBB, que fala do protagonismo do cristão leigo e leiga na vida da Igreja e da sociedade, começou-se a leitura e avaliação

das assertivas presentes no 1º Plano de Pastoral. A avaliação tem por objetivo ver o que foi possível realizar das propostas pastorais para cada uma das prioridades. Isso é feito dentro do movimento da elaboração do 2º Plano Diocesano de Pastoral. Além desse trabalho, no final da reunião foram ainda partilhados os trabalhos da Pascom Diocesana e a participação de um candidato ao diaconato permanente no Congresso dos Diáconos.

3° ENCONTRO DIOCESANO DE COROINHAS E AUXILIARES A Pastoral Litúrgica Diocesana irá promover no dia 17 de setembro, das 08h30 às 17h00, o 3° Encontro Diocesano de Coroinhas e Auxiliares. Este ano o encontro será promovido no Centro Esportivo do Trabalhador (conhecido como Bolão, próximo à igreja São João Batista), em Amparo. Para o encontro é necessária a inscrição, que deverá ser feita através do(a) Coordenador(a) dos Coroinhas e Auxiliares nas Paróquias da Diocese até o dia 25 de agosto. O

custo da inscrição é de R$ 10,00 por participante. Também deverá ser assinada uma autorização pelos pais ou responsáveis da criança ou jovem menor de 18 anos. Na última edição o encontro reuniu mais de 900 pessoas entre coroinhas, auxiliares, acompanhantes e ajudantes na organização. Qualquer dúvida ou mais informações, é possível contato pelo e-mail da Pastoral Litúrgica: liturgia@diocesedeamparo.org.br.


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CATEDRAL REALIZA INVESTIDURA DE NOVOS COROINHAS E AUXILIARES Na noite do domingo, 25 de junho, foram acolhidos na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Amparo um grupo de novos coroinhas e auxiliares. Em Missa festiva, com envolvimento dos pais e demais familiares, as crianças foram investidas para as funções próprias do serviço do altar nos momentos da celebração da Santa Missa e outros sacramentos.

Depois de um período de preparação feita pelo seminarista Aluã E. Rosa, de conscientização da importância da participação dos coroinhas nos ofícios litúrgicos, foram todos eles apresentados à comunidade. Agora o grupo se prepara para o encontro diocesano de coroinhas e auxiliares, que ocorre em setembro próximo, e planeja a formação de um coral.

1ª CAMINHADA MARIANA DE AMPARO A ITAPIRA Mais de cinquenta fiéis participaram da 1ª Caminhada Mariana de Amparo a Itapira que ocorreu no sábado, dia 17 de junho. O início foi na Capela São Judas Tadeu, aos pés do Cristo Redentor, e contou com um momento de oração conduzido pelo padre Carlos Panassolo, pároco da São Sebastião. Após a oração da Consagração a Nossa Senhora Aparecida os fiéis iniciaram a caminhada de 34 km até a igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados, em Itapira. Após caminhar a noite toda, os romeiros foram acolhidos com um café da manhã e participaram da Missa das 8h na Matriz Nossa Senhora Aparecida dos Prados. “Hoje recebendo os nossos irmãos peregrinos, nós só temos de dizer a Deus muito obrigado meu Senhor e meu Deus, por este testemunho de fé, por estes nossos irmãos acreditarem piamente no Cristo Jesus”, disse padre Ildefonso Luz, pároco local, na Missa de acolhida. Padre Carlos refletiu dizendo que para os peregrinos, a Caminhada Mariana é motivo de gratidão, pois após 7, 8 horas de caminhada, cada um trouxe consigo uma nova expe-

riência. O padre agradeceu aos romeiros de Itapira que colocaram sua experiência para ajudar em todo o percurso, e ao padre Ildefonso que abriu as portas da paróquia possibilitando que a caminhada acontecesse. “Sou grato a cada um que participou porque nessa caminhada pude perceber, como o Senhor mesmo nos mostra, que não estamos sozinhos, o nosso eu com o passar dos tempos, com as dificuldades do caminho, nós vamos nos cansando, e como é bom ter ao lado alguém, onde um estimula, um provoca o outro. Alguns não conseguiram realizar o caminho caminhando, mas também sou grato

porque em cada ponto tinha alguém, esperando com o carro para dar uma mexerica, uma banana, um pouco d’água, e para dar apoio para quem não estava conseguindo. Todos conseguimos concluir o percurso, todos, porque tinha alguém que se preocupou conosco. Essa é a grande alegria que o Senhor nos oferece no seu Evangelho, preocupe-se com o outro, seja grato ao outro, demostre a sua gratidão ao outro”, disse padre Carlos. A peregrina Flávia Geremias conta que foi a última a se inscrever e chegou ao ponto de encontro com muitas expectativas, e ao ver pessoas de todas as idades pensou ‘quanta

fé, vamos conseguir!’. “Lá pelas tantas da madrugada ficamos em silêncio por longos períodos e foi então que comecei a rezar e conversar com Nossa Senhora, parecia que estávamos só nós duas naquele asfalto iluminado por milhares de estrela... foi uma sensação indescritível! Quando avistamos Itapira, senti uma alegria tão grande, uma vontade de chorar, misturados com cansaço. Fomos muito bem recebidos com um café da manhã reconfortante e eu só pensava... ‘só volto ano que vem se até lá já tiver esquecido do cansaço’, posso dizer que no dia seguinte já havia esquecido e só ficaram na lembrança as coisas boas, as amizades novas e o auxílio de Nossa Senhora nesta nossa caminhada de fé”, conta. “O interessante é que nós chegamos realmente pela motivação primeira, a gratidão a Deus e a devoção a Virgem Maria. A devoção a Nossa Senhora fez com que nós tivéssemos coragem de vencer as dores que, às vezes pareciam que a perna ia cair, mas um apoiando o outro, conversando, ou em pleno silêncio da noite, mas juntos. Que Deus possa abençoar a todos por esse carinho imenso”, agradeceu padre Carlos.


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GRANDIOSA FESTA DE SANTO ANTÔNIO EM AMPARO Com a belíssima cerimônia da Coroação de Nossa Senhora, a Paróquia de São Benedito de Amparo encerrou as devoções marianas dedicadas a Nossa Senhora durante o mês de maio, e deu início no mês de junho à tradicional festa de Santo Antônio. Conforme programação, de 01 a 13 de junho às 19h45, o pároco, frei Adriano Dias do Nascimento, acolheu alegremente os fiéis que vieram prestar seu louvor ao querido santo, e juntos entoaram a oração do Responsório e a Ladainha de Santo Antônio. Às 19h00, teve início a celebração da Santa Missa, com a participação das pastorais, movimentos, capelas, casas religiosas, e a presença de inúmeros fiéis. Todos os dias foi destacado um tema para reflexão e oração. No final da celebração sorteava-se uma capelinha com a imagem

de Santo Antônio, e em seguida era dada a bênção e aspersão com água benta. Palmas, vivas, alegria e cantos animaram o trezenário. Na primeira terça-feira da trezena, foi realizada também a procissão, levando o andor de Santo Antônio pelas ruas próximas à Matriz de São Benedito. No dia 13, dia da festa, houve duas celebrações, sendo a primeira

às 9h00 da manhã, presidida pelo bispo diocesano Dom Luiz Gonzaga Fechio, e a outra às 19 horas, presidida pelo pároco frei Adriano (ofm) e concelebrada pelos freis Cláudio e Perceval (ofm), que atuam nesta fraternidade franciscana. Em ambas as celebrações foram distribuídos os pães abençoados, num total aproximado de 20.000 unidades, fruto das

doações de muitas pessoas e festeiros. Nos dias 03, 04, 10, 11, 12, 13 e 17 tivemos funcionando a quermesse com barracas de comidas, bebidas, e animada por shows musicais. Agradecemos a todos que se dispuseram a doar prendas, e também às várias equipes que trabalharam com muito amor, tanto na parte religiosa, como na social (festa externa), em especial a Pia União de Santo Antônio, cujas zeladoras e zeladores procuram manter viva a devoção a Santo Antônio também no decorrer do ano, responsabilizando-se pelas missas e distribuição dos pães todas as terças-feiras às 19h00. Contando com as bênçãos de Deus, a poderosa intercessão de Santo Antônio, e a disponibilidade e boa vontade de todos, também este ano tivemos um evento com pleno êxito. Santo Antônio, rogai por nós!

TEM INÍCIO A 61 ª FESTA JULINA DO RIBEIRÃO A tradicional Festa Julina da Paróquia São Sebastião do Ribeirão, em Amparo, começa neste final de semana. Com ampla programação festiva e religiosa o evento acontece no Centro de Pastoral São João Paulo II, espaço coberto defronte à Matriz de São Sebastião, e conta com animada quermesse todos os sábados e domingos após a Missa das 18h30, até o dia 23 de julho. Há diversas opções de comida e bebida, como lanche, cachorro-quente, pastel, churrasco, assados, doces, pizza, suco natural, além de brincadeiras para as crianças, barraca do bolo e a divertida Barraca Maluca no dia 23 de julho. A programação se inicia neste sábado, dia 1 de julho, às 18h, com a procissão em louvor a São João

Batista, segundo padroeiro da paróquia, saindo da Matriz Centenária em direção a Matriz de São Sebastião com Missa e bênção das gestantes. Dia 2 de julho, às 18h30, Missa e bênção dos adolescentes e jovens. Dia 8 de julho, às 18h30, Missa e bênção

das crianças. Dia 9 de julho, às 18h30, Missa e bênção dos(as) viúvos(as) e idosos. Dia 15 de julho, às 18h30, Missa e bênção da saúde. Dia 16 de julho, às 18h30, Missa com bênção e imposição do escapulário, por ocasião do dia de Nossa Senhora do Carmo. Dia

22 de julho, às 18h30, Missa e bênção dos namorados e solteiros que buscam namoro. Dia 23 de julho, às 18h30, Missa e bênção dos casais. Dia 30 de julho, às 10h, Missa em honra a São Cristóvão e bênção dos motoristas e veículos. A Comissão de Festas, o pároco padre Carlos Panassolo e vigário padre Flávio Ferreira, em nome de toda a paróquia, agradecem todos os colaboradores e benfeitores que tornam a festa possível com seu carinho e ajuda. Toda a renda será destinada às diversas ações pastorais de evangelização, construção e manutenção das obras paroquiais, em especial a do Centro de Pastoral São João Paulo II. Mais informações na fanpage da paróquia: facebook.com/pssamparo


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CRISMANDOS PARTICIPAM DE RETIRO ESPIRITUAL Entre os dias 23 a 25 de junho, os jovens crismandos da Paróquia São Sebastião, em Amparo, estiveram reunidos em um retiro espiritual realizado nas dependências do Educandário Nossa Senhora do Amparo. Sob orientação do pároco, padre Carlos Panassolo, e do vigário, padre Flávio Ferreira, assim como da equipe e coordenação da Catequese do Crisma, os jovens vivenciaram dias de atividades intensas, com muita fé e descontração, com palestras, brincadeiras, momentos de oração e emocionante Adoração ao Santíssimo. Ocasião de fortalecimento da espiritualidade na reta final de preparação para receber o Sacramento da Confirmação, que ocorrerá no domingo, dia 9 de julho, na Matriz de São Sebastião, com Celebração Eucarística presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio. “Nesse retiro aprendi muito! Além dos conhecimentos adquiridos nas palestras, dou ênfase aos diversos ensinamentos que foram passados subjetivamente através da convivência. Ensinamentos estes, que sem dúvidas levarei para toda a vida, afinal não há melhor maneira

de aprender o real significado de fé e amor do que o convívio e a observação, que geraram uma eterna admiração por todos aqueles que abriram mão de tantas coisas para que fossem possíveis todos os momentos especiais vivenciados por todos os crismandos.”, descreve o crismando Pedro Paiato Bernardo. “O retiro foi muito bom, porque nele pudemos rezar, participar das palestras e aprofundar mais a nossa fé, além de ser uma ótima preparação para o Sacramento do Crisma”, conta o jovem Vitor Scalari. Para Isabella Laís de Oliveira, o retiro foi transformador. “Não tenho

palavras para descrever o que pude vivenciar nesse retiro. Aprendi muitas coisas, e agora posso pensar bem mais em minhas atitudes. Como definir todos os momentos que passei? Sou uma nova pessoa, em outras palavras, nasci de novo”, relata a jovem. Para Sabrina Letícia Ribeiro os dias de retiro foram muito especiais, de muito aprendizado e a certeza que os momentos foram pensados com muito carinho para cada crismando. “Posso dizer que cheguei na sexta de um jeito e sai no domingo outra pessoa! Deus me tocou de uma maneira que todos não só a mim foram mudados naqueles três dias. Eu só agra-

deço por cada pessoa que cuidou para que fosse um final de semana perfeito, agradeço também a Deus por tudo que Ele proporcionou em minha vida até agora e nessa nova etapa que será depois de recebermos o Sacramento do Crisma. Me sinto renovada e muito mais feliz, obrigada a todos!”, agradece a jovem. Ao final do retiro padre Flávio presidiu Missa na capela do Educandário, na presença dos padrinhos, madrinhas e familiares dos crismandos. “Queridos jovens louvado seja Deus por esse nosso encontro, agradecemos por cada uma das palestras, por cada uma das lágrimas, por toda risada, por cada momento de oração, de aprendizado. Tenhamos todos a certeza que essa escola de Jesus, tão linda que vocês passaram os dias vivendo, vocês levam para vida toda. E que dessa experiência tão boa tenham certeza que Deus reserva muito mais para aqueles que desejam ter. Não acabou, acaba aqui o nosso encontro, mas não a nossa missão e a nossa responsabilidade. E também não acaba a nossa alegria em servir a Deus e buscar cumprir os seus mandamentos”, refletiu o vigário.

EXPOSIÇÃO MARIANA CELEBRA 300 ANOS DE APARECIDA Em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul e o Ano Mariano no Brasil, a Paróquia de São Sebastião, em Amparo, inaugurou a exposição “Maria Mãe de Deus: um convite permanente de conversão”. A exposição é composta por imagens de diversos dogmas e títulos atribuídos a Nossa Senhora, entre eles Nossa Senhora Aparecida, da Visitação, do Pilar, do Sorriso, de Fátima, de Lourdes, de La Salette,

de Guadalupe, de Czestochowa, entre outras. Além das imagens, há um texto explicativo para cada dogma e título, contando como surgiu a devoção, etc. A exposição está no átrio da igreja Matriz de São Sebastião e fica aberta ao público até outubro, quando se comemorará o tricentenário da aparição de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Além de contemplativa, a exposição busca ser uma ação de catequese e formação para os fiéis.


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Forania Jesus Bom Pastor Paróquias da cidade de Amparo

JOVENS CRISMANDOS DA CATEDRAL ESTIVERAM EM RETIRO Estiveram em retiro espiritual cerca de 60 jovens crismandos da Catedral Nossa Senhora do Amparo, nos dias 24 e 25 de junho, na Casa de Retiro Monte Alverne, na cidade de Mogi Mirim, coordenados pela Catequese Crismal. Diversas atividades foram realizadas: oração, palestra, adoração, dinâmicas, teatro e recreação. Tudo para proporcionar ao grupo um ver-

dadeiro encontro com Jesus e levá-los à perseverança no caminho de aprofundamento da fé. O retiro acontece anualmente para as turmas que se preparam para receber o Sacramento da Maturidade Cristã. O pároco da Catedral, padre Anderson Frezzato, em nome da paróquia, agradece a todos os catequistas e demais envolvidos na preparação do retiro.

Forania Nossa Senhora do Rosário

Paróquias das cidades de Águas de Lindóia, Lindóia, Monte Alegre do Sul e Serra Negra

BISPO REALIZA VISITA PASTORAL EM ÁGUAS DE LINDÓIA

Entre os dias 12 e 14 de maio, Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano, esteve em Visita Pastoral no município de Águas de Lindóia. A Visita Pastoral não é somente uma obrigação do bispo, prescrita pelas normas da Igreja, mas é o momento mais importante do contato do bispo com o povo de sua Diocese. O pastor vem ao encontro do rebanho para ouvir, conhecer, estar junto, partilhar, orientar e abençoar a todos. Durante esses três dias de Visita Pastoral, nosso bispo percorreu as comunidades e capelas da Paróquia

Nossa Senhora das Graças; visitou asilo, hospital, creche; encontrou-se com os agentes das pastorais e movimentos, as crianças, os jovens, funcionários da paróquia; e celebrou o sacramento da Crisma. O início da Visita se deu, sexta-feira, pela manhã, com a acolhida do bispo na igreja Nossa Senhora das Graças; em seguida houve um encontro com as autoridades do município, que expuseram ao bispo um pouco do trabalho nas diferentes esferas da sociedade. Na sequência, Dom Luiz visitou a APAE e se encontrou com a equipe do Conselho de

Pastoral Paroquial (CPP). Na parte da tarde, visitou a Creche Pequeno Lar da Sagrada Família e o Lar São Camilo de Lelis (idosos). Ainda na sexta-feira, na parte da noite, Dom Luiz celebrou o sacramento da Crisma com 60 jovens e adultos. No sábado, a Visita Pastoral iniciou-se na Comunidade Nossa Senhora dos Desamparados (Bairro dos Francos), com o encontro com as crianças da Catequese. Na sequência Dom Luiz visitou as Comunidades Nossa Senhora Auxiliadora (Bairro dos Tanques) e Santa Rita (Bairro Jd. Europa). Na parte da tarde, houve

encontro com o Conselho Econômico Paroquial (CAEP) e visita à Comunidade São José (Bairro do Barreiro). No domingo, Dom Luiz iniciou a visita encontrando-se com membros dos Conselhos de Pastoral e das Comunidades. Na sequência encontrou-se com as religiosas da cidade e visitou o Hospital Dr. Francisco Tozzi. A celebração de encerramento da visita Pastoral ocorreu na matriz nova de Cristo Rei pela manhã. Porém, Dom Luiz permaneceu na cidade até o período da noite, onde celebrou na Comunidade Senhor Bom Jesus (Bairro das Populares).


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NA VIDA DE UMA JOVEM Julho é um mês especial para aqueles que puderam, em 2013, participar da JMJ no Rio de Janeiro. A dois anos da próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em 2019 no Panamá, conversamos com uma jovem de nossa paróquia, que falou sobre a JMJ na sua vida. Mariana Fontes participa do grupo de jovens “Apóstolos“, que se reúne todo domingo após a missa das 19h no salão da matriz São José. A jovem conta que antes de ir à JMJ não participava muito da Igreja, estava afastada, e que ao chegar ao Rio e ver todos aqueles jovens professando a fé na alegria, mesmo em meio a dificuldades, viu que era o que queria também. Ela foi com o grupo do colégio Imaculada Conceição e teve a oportunidade de ficar muito próxima do

Papa Francisco, o que para ela “foi uma experiência emocionante”. Mariana comenta que “o Papa Francisco é um homem simples e humilde. Um homem que com poucas palavras e muitas ações nos ensina valores que fazem mudar toda

a nossa perspectiva de vida; ele nos transforma o sorriso e nos faz enxergar a vida como ela deve realmente ser vista”. “’Eis-me aqui, envia-me Senhor’ essa foi minha resposta ao Santo Padre. Estava sentada na areia da praia

vendo-o pelo telão, quando ele nos fez o pedido de levar a todos os que pudéssemos a palavra de Deus. No momento em que aceitei esse pedido fiquei pensando em como faria isso, e logo a resposta me veio à cabeça. Evangelizar não é difícil, não é preciso muito esforço, só é necessária vontade!”. Ao chegar em Mogi Mirim, Mariana disse que Deus colocou anjos em sua vida, que a ajudaram a se comprometer e participar da vida em comunidade, a viver a sua fé. E aos jovens que lerem esta matéria, ela deixa o convite para que eles também possam experimentar como é bom ser jovem e participar da Igreja, que na Igreja também há muita alegria, diversão, amizade, que Deus não tira nada de quem decide seguir Jesus.

FORANIA SÃO JOSÉ CELEBRA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI Cerca de 4.000 pessoas estiveram reunidas na Praça Duque de Caxias, no Centro, em Mogi Mirim, para a Solenidade de Corpus Christi, dia 15 de junho. A santa missa teve início às 08h, em frente à Matriz de São Benedito. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano de Amparo, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e concelebrada pelos sacerdotes das sete paróquias que compõem a Forania São José: Paróquias São José e São Benedito, no Centro; Paróquia São Pedro Apóstolo, Jardim Maria Bonatti Bordignon; Paróquia São Joaquim e Sant’Ana, Jardim Primavera; Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, Vila Dias;

Paróquias Senhor Bom Jesus do Mirante e Santa Cruz, no bairro Santa Cruz. Após a Celebração Eucarística, o Santíssimo Sacramento foi conduzido pelo bispo num carro aberto, decorado especialmente para levar Jesus Eucarístico pelas ruas da cidade, seguido pelos fiéis e sacerdotes. Um caminhão de som levou a equipe de músicos e uma carreta aberta, geralmente utilizada para passeios, foi reservada às crianças, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção. A procissão seguiu em direção à Matriz de São José, onde foi dada a bênção final. Todos os anos, na solenidade de

Corpus Christi, é proposto à comunidade local um gesto concreto com objetivo assistencial. Neste ano, as pessoas colaboraram doando produ-

tos de limpeza e de higiene pessoal e alimentos não perecíveis. As doações foram destinadas à Santa Casa de Misericórdia, de Mogi Mirim.


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO EM MOGI MIRIM No mês de julho, a comunidade paroquial de São José e todos os devotos de Nossa Senhora do Carmo se reúnem para celebrar a festa de Nossa Senhora do Carmo. A novena terá início no dia 07 de junho, às 15h00 na igreja do Carmo. As missas da novena acontecem às 15h00. Para resgatar a festa de Nossa Senhora do Carmo, pelo segundo ano consecutivo haverá a quermesse e o almoço da festa. A quermesse acontecerá nos dias 08, 09, 15 e 16 de julho. No dia 09 haverá o almoço, cujo prato será feijoada. Toda a renda da festa será para a continuidade das obras de restauro da igreja que em 2012 teve suas estruturas abaladas devido às obras de construção de um prédio ao lado da igreja. IGREJA NOSSA SENHORA DO CARMO Patrimônio Histórico e Cultural de Mogi Mirim, a igreja teve o seu

prédio e suas dependências tombadas em 2009, pela lei municipal 4.802 de 5 de agosto de 2009. Não há um inventário do bem material do patrimônio histórico e cultural tombado pelo município. Todos os bens materiais da cidade são tombados por leis municipais. História Em 1849 deu-se início à construção da igreja do Carmo, cujo terreno fora doado pela prefeitura, em 1841, a pedido dos fiéis, para que se erguesse na cidade uma igreja em honra a Nossa Senhora do Carmo. Nesse ano de 1849, foram socadas as primeiras taipas de pilão (barro e madeira), num trabalho árduo feito por escravos sob as orientações do padre Roque de Souza Freire, tal como consta em registros: “Muito moroso tal trabalho, pois foi, no princípio, só atacado com serviçais gratuitos, assim se foram arrastando as obras até 18 de dezembro de 1849, época em que o Padre Roque

de Souza Freire se collocou à frente da administração de taes obras, visto que, elevada Mogy-mirim a cidade por lei Provincial de 3 de abril de 1849, era preciso, para honra e brio do povo, ter-se uma Egreja digna da cidade, bem como nova cadeia, câmara, numeração de casas nas ruas, etc.” (NORA,1916) A igreja de Nossa Senhora do Carmo, de Mogi Mirim, é a única da região com características coloniais, como altares entalhados em madei-

ra pau-brasil, ouro etc. No interior da igreja há pinturas de Napoleão Portioli, e ainda uma imagem de madeira de Nossa Senhora do Carmo do século XIX, vinda de Portugal. Referências bibliográficas Igrejas podem ter tombamento pelo estado. Disponível em: <(http://www.opopularmm. com.br/igrejas-podem-ter-tombamento-pelo-estado/)>. Acesso em: 01/09/2013 NORA, Monsenhor. (1916). O Sol da Verdade. Revista Histórica de João Mendes de Almeida Junior, 1972.

PARÓQUIA INICIA FESTIVIDADES A SÃO PEDRO A Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim, prepara-se para celebrar o padroeiro e pedir as bênçãos daquele que foi o primeiro Papa da Igreja Católica – São Pedro. As celebrações começaramm no dia 29 de junho, dia de São Pedro. Com o primeiro dia do tríduo dedicado ao santo e Missa às 19h, com procissão pelas ruas próximas à matriz e hasteamento do mastro. No dia 30, a missa foi celebrada às 19h, e no dia 1º de julho, encerra-se o tríduo às 18h. No domingo, dia 2 de julho, a Missa será presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, às 19h. Santa Isabel será lembrada também, no dia 4 de julho, com Missa às

19h30. Na segunda semana da festa, as Missas serão celebradas às 18h no sábado e domingo (8 e 9 de julho). Integrantes das pastorais, movimentos e comunidades estão preparando muitas delícias, que serão oferecidas nas barracas montadas no pátio da igreja. A programação festiva será realizada nos dias 1, 2, 8 e 9 de julho. Os visitantes poderão saborear pastéis, lanches, espetos de carne, além de bebidas, quentão, chocolate quente e suco de laranja natural. A barraca dos doces, com deliciosos bolos, tortas e outras sobremesas, promete agradar a todos. Para as crianças haverá brincadeiras de boca do palhaço e pesca com diver-

sos brindes. A barraca da roleta promete agitar os visitantes, com muitas rodadas de prêmios durante os quatro dias de quermesse. A comunidade paroquial, junto com o pároco, padre Francisco Sil-

vestre, convida a todos para participarem das celebrações dedicadas a São Pedro e Santa Isabel. O pároco destaca que os fundos arrecadados com a festa serão destinados para obras na paróquia.


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

PARÓQUIA SÃO PEDRO ACOLHE ENCONTROS DE CASAL E JUVENTUDE O Grupo de Oração Fonte de Água Viva, da Paróquia São Pedro Apóstolo, promoveu no dia 28 de maio o 2º Retiro para Casais. Esse importante encontro busca acolher todos os casais, mesmo aqueles com união somente oficializada no civil ou casais que estejam na segunda união. “Com esse encontro desejamos que o Espírito Santo toque todas as famílias, levando paz e compreensão para dentro de todos os lares”, enfatizam Andréia e Wandeci Soares, casal que integra o grupo de oração e foi responsável pela organização. O encontro teve início às 7h30, com a Missa na Matriz de São Pedro Apóstolo. Ao longo do dia houve

muitos momentos especiais para os participantes, com orações e louvores. Um dos destaques foi a participação do Ministério para a Família da Renovação Carismática Católica da Diocese de Santo André. Participaram desse importante momento de renovação da fé 48 casais. Para acolher os filhos, foi montado o Cantinho da Criança, com atividades de entretenimento e evangelização. JUVENTUDE No dia 29 de abril foi realizada na Matriz de São Pedro Apóstolo a Vigília “Juventude em Chamas”, promovida pela Coordenação Diocesana da

Pastoral da Juventude e Renovação Carismática Católica. O encontro foi realizado das 22h do sábado às 6h do domingo. Durante toda a noite,

jovens de paróquias da Diocese de Amparo participaram de momentos de louvor, exposição do Santíssimo, pregações e efusão do Espírito Santo.

PARÓQUIA COMEMOROU DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS No domingo, 28 de maio, na Paróquia de São Benedito, em Mogi Mirim, em Missa presidida pelo padre Sílvio Ghiotto e organizada pela Pastoral da Comunicação, foi celebrada a Ascensão do Senhor e comemorado o Dia Mundial das Comunicações Sociais que, em sua 51ª edição, teve como tema, definido pelo Papa Francisco, “Não tenhas medo, que Eu estou contigo. (Is 43,5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. A celebração contou com a par-

ticipação dos jovens da comunidade e membros da Pascom, que organizaram, no final da celebração, um bonito jogral no qual ressaltou-se a importância da comunicação para a troca de ideias e evangelização. Impelidos pela força do Espírito Santo e pelas palavras de Jesus, como cristãos somos chamados a levar a mensagem do Evangelho a todas as pessoas, comunicando a Boa Nova através dos meios de comunicação e do testemunho diário.

PAROQUIANO FAZ PRIMEIRA EUCARISTIA AOS 90 ANOS Foi realizada no dia 28 de maio a Primeira Eucaristia de Joaquim Francisco, de 90 anos. Esse momento importante do verdadeiro encontro com Jesus Cristo através da hóstia consagrada foi celebrado na Matriz de São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim, ministrado pelo padre Francisco Silvestre.


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

PENTECOSTES E A CAMINHADA PELA PAZ EM MOGI MIRIM A Solenidade de Pentecostes iniciou-se na Paróquia São Benedito de Mogi Mirim com a Caminhada pela Paz, em seu terceiro ano na agenda da cidade, com a celebração no Teatro de Arena. A caminhada contou com a participação de movimentos, pastorais, comunidades, grupos de jovens, que atenderam ao chamado e vieram com suas faixas e cartazes clamando pela paz. Crianças e jovens da catequese (crismandos) prepararam-se com alegria para este momento da efusão do Espírito Santo. O Teatro de Arena ficou pequeno para tanta alegria e reflexão, quando apontamos que REZAR é o caminho, mas só isso não basta. Quando agimos, cumprimos com a parte que nos corresponde, em busca do Pai. A paz começa com cada um de nós! Celebramos com alegria o Mistério da vinda do Espírito Santo, simbolizado no vento forte e no fogo, que limpa e purifica o coração humano, tornando-nos capazes de praticar o bem. Todos saímos comprometidos com a paz! PASTORAL FAMILIAR: refletiu

sobre PAZ NA FAMÍLIA: Quais os sintomas de que falta paz na família? O que gera conflitos, infidelidades e desunião nas famílias? Na família se educa e na escola se forma! Na família se encontram valores ou desvalores. GRUPO DE JOVENS falou sobre o DESARMAMENTO: Por que as pessoas vivem inseguras e precisam de armas? Quando atacamos e por que atacamos o semelhante? Precisamos de armas? São necessárias para a paz? De onde surge a insegurança? Como as armas têm “garantido” a paz? TERÇO DOS HOMENS teve como missão falar sobre a PAZ NO TRÂNSITO: Por que estamos inquietos e ansiosos a ponto de não suportar a fraqueza e o descuido dos outros? Procuramos contar até “10”? Somos impacientes porque não aceitamos que o outro possa errar?! O GRUPO EM DEFESA DA VIDA trouxe a questão do Aborto. PAZ SIM, VIOLÊNCIA NÃO: Por que pensamos ter tranquilidade e estabilidade quando decidimos eliminar/ assassinar o outro? Como tratamos a

vida humana? Uma reflexão sobre o aborto, a pena de morte. Como aceito a concepção da vida? É um DOM? A PASTORAL DA SOBRIEDADE perguntou se somos da paz quando vivemos a liberdade para se realizar em todas as dimensões, humana-afetiva-espiritual. O vício e o tráfico de drogas não contribuem para uma sociedade livre que leve as pessoas ao pleno exercício da liberdade. Em que o tráfico e o vício não constroem relações de paz? E por fim a PASCOM refletiu que A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA: Constatar a situação política e econômica

do país. Corrupção e injustiça/promoção dos interesses e vantagens particulares: Que mundo – sociedade queremos para os nossos filhos? Discutimos sobre o agir ético que constrói relações de paz? Jesus disse: quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes! Todas as partilhas antecederam a Missa que transcorreu lindamente, com a participação dos crismandos, pais e padrinhos que apresentaram os sete dons do Espírito Santo. Ao final da Missa os grupos, pastorais e movimentos deram as mãos para cantarem, rezando em Unidade.

JOVENS REALIZAM PROJETO DE INCENTIVO A LEITURA O grupo de jovens da comunidade São Francisco, titulado como JUSF (Jovens Unidos São Francisco), está com um projeto social em andamento, chamado “incentivando a leitura”, e para isso o grupo pediu durante as missas a doação de livros diversos como: didáticos, religiosos, de romance, literários, enciclopédia etc. As doações estão sendo feitas e já possuímos mais de 1000 livros em nosso acervo. O objetivo dessas doações é a fundação de nossa biblioteca, chamada “Dom Bosco” em homenagem ao santo padroeiro dos

jovens, com sede no centro pastoral da comunidade que está em construção. Porém já começamos no domingo, dia 22 de maio de 2017, a fazer locações de alguns livros na própria Paróquia São Joaquim e Sant’ Ana logo após a Missa. O projeto foi aceito pela comunidade e já estamos com livros locados e mais promessas de novas doações. Enquanto o centro de pastoral não fica pronto, as locações e devoluções serão realizadas todo o 3° domingo do mês, com um prazo de um mês para a leitura. Só temos a agradecer a Deus e à intercessão de Maria,

Dom Bosco e São Francisco, por essa oportunidade de ajudar os jovens a

criarem o hábito de ler e se interessarem pela busca de conhecimento.


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Forania Nossa Senhora da Penha Paróquias da cidade de Itapira

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE ITAPIRA “RUMO AOS 60 ANOS” No dia 31 de maio, último dia do mês mariano deste ano mariano, a Paróquia de Santo Antônio de Itapira esteve reunida para dar início ao ano de comemoração dos seus 60 anos, a se completarem em 2018. Após a celebração da Santa Missa, com os fiéis reunidos defronte à Matriz, foi descerrada a grande imagem do logotipo das comemorações, afixada na torre da Igreja, com a execução do hino composto especialmente para esses 60 anos. A data deu início a uma série de atividades que vêm sendo preparadas pela equipe executiva, juntamente com o padre Tarlei Navarro. Está em andamento a elaboração de um documentário e de um livro, além de uma exposição de fotos e objetos, que contarão a história da paróquia. Também foram confeccionados objetos estilizados, como medalha, chaveiro, taça e camiseta, que a comunidade poderá adquirir como lembrança deste ano jubilar. A programação inclui a inauguração das reformas do centro de pastoral, que passa a levar o nome do primeiro pároco, “Padre Matheus Ruiz Domingues”, além, é claro, da solenidade do aniversário, seguida dos festejos, que acontecerá em 2018. A seguir, apresentamos o texto lido na solenidade de abertura “Rumo aos 60 anos”: “Hoje damos início oficial às comemorações “Rumo aos 60 anos” da Paróquia de Santo Antônio, a se completarem no ano que vem. Durante todos esses anos, quantas famílias itapirenses viveram a fé cristã nesta igreja: batizados, casamentos, formaturas, catequese, grupos de jovens, retiros, cursos, formações, festas, comemorações. Quantas lembranças, quantas histórias! Tudo começou no longínquo ano

de 1958, quando aqui se instalou a segunda paróquia da cidade de Itapira, neste terreno doado pelo Coronel Francisco Cintra, realizando o desejo de sua esposa de fundar uma Igreja em honra a Santo Antônio. Em 31 de agosto de 1958 foi nomeado como primeiro pároco o padre Mateus Ruiz Domingues, que marcaria para sempre a história da cidade, por seu espírito arrojado e grande exemplo de vida cristã. A construção da Matriz teve início em 1965 e terminou quase dez anos depois, em 1973, quando foi finalmente inaugurada. No ano de início das obras, padre Mateus escreveu uma mensagem no jornal Folha de Itapira, que bem podemos tomar, ainda hoje, como uma síntese da missão confiada à nossa paróquia. Ouçamos atentamente as suas palavras: “Meus prezados paroquianos e amigos de Itapira, o grande anseio nosso é fazer desta Paróquia, que tanto amamos, uma grande família, a Família de Deus, onde todos se amem como irmãos, e assim glorifiquem ao Pai, vivendo e realizando a finalidade pela qual todos nós fomos criados: conhecer, amar, glorificar e possuir a Deus, para deste modo sermos realmente felizes. [...]. Eis o motivo porque já no início do nosso paroquiato, aqui nesta cidade, empreendemos a obra assistencial – o Educandário, que graças a Deus e a vossa cooperação, hoje é uma realidade consoladora e útil a toda a comarca [...]. Pois bem, meus amigos, prosseguindo na conquista desse ideal cristão e cívico, - fazer da Paróquia a grande família, onde todos se amem como irmãos, como filhos de Deus, iniciamos outra grande tarefa - a construção da Matriz, com a escola paroquial agrícola e a sede social, tudo num mesmo edifício bem

planejado, simples, harmonioso e funcional. Mas alguém poderá dizer, para que ou por que a Igreja? – Porque a atual é simples capela, sem o espaço suficiente e sem a mínima comodidade, para que os filhos da grande família possam, nos dias de preceito, reunir-se em torno da mesa do Pai. E escola, para que mais uma escola na cidade? – Para proporcionar aos nossos jovens formação cristã e cívica à altura das necessidades dos nossos tempos. [...] A meu ver, prezados amigos, é este o caminho a seguir para resolvermos certos problemas sociais – incutir nos jovens o amor ao trabalho, ensinar-lhes a técnica e dar-lhes os meios adequados. [...] E a sede social? – A sede social se destina a proporcionar às famílias, sobretudo à juventude, ambiente familiar, sadiamente cristão, nas suas diversões. E para que nos repetidos encontros nas horas de lazer, mais e mais se estreitem os laços de amizade entre os paroquianos, e mais cresça entre eles o amor fraterno, ao mesmo tempo que se sintam amparados de um ambiente menos cristão e sadio nas suas diversões. Eis aí, meus prezados amigos, os motivos desta humilde mensagem – por-vos ao par deste empreendimento, o qual visa exclusivamente a glória de Deus e o bem das almas; e cuja concretização exige de todos nós visão para compreender lhe o alcance; boa vontade, união e generosidade para realizá-lo, com as bênçãos e ajuda de Deus, que não cessaremos de implorar em nossas orações. Terminando, pedimos a Deus vos abençoe, e a Santo Antônio, Glorioso Padroeiro desta Paróquia, vos proteja”, padre Mateus. Sessenta anos depois estamos aqui reunidos. E se aqui estamos é porque a missão foi cumprida! A mensagem do padre Mateus impres-

siona pela sua atualidade e, por isso mesmo, também nos desafia a continuarmos sendo fiéis à mesma missão em um tempo marcado por tantas incertezas e confusões, que parecem obscurecer o horizonte. Justamente nesta hora difícil, somos chamados a ser testemunhas da verdadeira Esperança que ilumina o mundo, anunciando que Deus continua presente no meio de nós e que Sua Igreja está viva e pronta a responder aos desafios dos nossos tempos. Por isso estamos aqui, como sinal concreto de que o Espírito Santo agiu na história e continua animando esta obra viva. Como família, unidos em comunidade, durante todo este ano vamos celebrar esta história, compartilhar lembranças, rever fotografias, reencontrar pessoas, cultivar a alegria desta festa e elevar aos Céus este grande louvor que brota dos nossos corações, como gratidão por nossa amada paróquia! Que Santo Antônio nos acompanhe, e vamos juntos rumo aos 60 anos!”.


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Forania Sant´Ana

Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse

PAIS E ADULTOS RECEBEM FORMAÇÃO PARA FRUTOS CONTÍNUOS DA CATEQUESE Numa noite do começo do mês de junho, a Paróquia Santa Maria de Jaguariúna promoveu um momento com os pais das crianças e adolescentes, e os adultos que frequentam as turmas de catequese e Crisma, para uma reflexão e formação voltadas para três aspectos humanos importantes: família, psicanálise e psicologia. O intuito desse momento foi inserir nos participantes a consciência dos valores humanos à luz de uma vida comunitária ativa no contexto da sociedade hodierna, que se esforça por direcioná-los a uma formação familiar contrária ao plano de amor de Deus nessa dimensão tão importante no processo de maturação, principalmente dos jovens. As palestras foram conduzidas por três convidados, que abordaram temas relativos a essas realidades, cada qual dentro do seu campo de conhecimento. “Perder a paciência com uma pessoa em função de uma situação que a impulsione para tal, faz com que paremos de falar com essa pessoa, nos fazendo viver isolados. E não é assim! Na verdade, viver em sociedade é conviver com as pessoas e fazer com que os momentos bons se multipliquem e nossa missão é constante. Para isso temos que pensar longe e não se acomodar pensando que já

se fez o que tinha de fazer e desistir, mas sim trabalhar ideias e agregar esses valores na formação de nossos filhos, levando-os a um convívio de fé. Por isso a importância da frequência familiar nas missas, porque se reúnem entre os bons. A confluência de culturas no desenvolvimento particular de cada indivíduo da sociedade brasileira se reflete na diversidade de personalidades dos membros das famílias. Em muitas situações, por exemplo, irmãos ao atingirem a idade adulta se distanciam de outros irmãos, e não compreendem ou nem percebem essa deficiência afetiva unifamiliar, quando não deveriam se acomodar, e sim pensar em soluções para reatar os laços fraternos. A solução dos nossos problemas está nos nossos problemas. Muitas vezes a pessoa que está ao nosso lado é fan-

tástica para conviver conosco e com nossos filhos. Tudo está ligado! A família está ligada com a Igreja, a sociedade, a escola. Tudo gira em torno de tudo isso! Devemos ser o ponto de partida para uma nova realidade sem ignorar o que isso abrange, de modo que jovens de nossa próxima geração deem continuidade a essa iniciativa nas diversas organizações da sociedade humana e tudo contribua para o bem comum, criando agora mecanismos que a auxiliem a superar traumas e exercícios”, disse Ricardo Silvério. António Queiroz, psicanalista, diz que a vida começa quando o ser humano sai da zona de conforto. Citou a filosofia Kaizen, de melhoria contínua, como um ideal que não se deve perder de vista no processo de maturação das dimensões humanas,

reforçando a palestra anterior. De modo dinâmico, fez os participantes interagirem entre si, para melhor compreenderem o sentido de sua exposição, além de exemplos práticos para incutir em suas consciências o imensurável valor da vida dos entes amados, além de um profundo testemunho pessoal de transformação. Citou importantes princípios diplomáticos e agradáveis para melhorar as relações: o princípio que diz “pare de ser ranzinza”, o justo equilíbrio da crítica construtiva e o de os pais se atentarem aos detalhes da vida como um todo e olharem nos olhos de seus filhos, completou. A última palestra, conduzida por Manoel Rosas dos Reis, psicanalista, fez com que todos os participantes interagissem, estimulando-os a depositarem credibilidade uns nos outros, num profundo respeito à integridade humana do semelhante no amor. O encontro foi encerrado com um gostoso café. Próximo dia 27 de julho, às 19h30, será realizado mais um encontro na Igreja Matriz Nova de Santa Maria. Todos os diocesanos que se interessarem em conhecer melhor a proposta desses encontros, estão convidados. Para maiores informações, entrar em contato pelo telefone (19) 3867-1535.

COMUNIDADE SÃO FRANCISCO EM JAGUARIÚNA CELEBRA PADROEIRO A Comunidade São Francisco, pertencente à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Jaguariúna, prepara uma programação religiosa especial para comemorar seu padroeiro no próximo mês de outubro. A programação tem início no dia 1°/10 com Tríduo às 16h00, tema

“Santa Terezinha”. Dia 02/10, às 19h30, tema “Anjos da guarda”. Dia 03/10, às 19h30, tema “Beato Mateus Moreira – Patrono dos Ministros”. Dia 04/10, Dia do Padroeiro, procissão às 19h00, e em seguida Santa Missa, presidida pelo pároco, padre José Barbosa. Tradicional bolo de

São Francisco. Dia 06/10, 1ª sexta-feira do mês, consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, Missa às 19h00 com padre convidado. Dia 07/10, Ano Mariano, Missa às 16h00 com padre convidado. Dia 08/10, Missa campal às 16h00, presidida pelo pároco. Bênção de animais de pequeno porte.

A programação festiva conta com animada quermesse nos dias 6, 7 e 8/10, após a Missa, com barracas de pastel, cachorro-quente, churrasco, lanche de pernil, bolo de São Francisco e sorteio beneficente. A capela fica localizada na Rua Amazonas, em frente ao Supermercado Lavapés.


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Forania Sant´Ana

Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse

PARÓQUIA SANT’ANA CELEBRA SUA PADROEIRA Neste mês de julho a Paróquia Sant’Ana, em Pedreira, celebra sua padroeira, bem como de toda a comunidade católica do município, rendendo graças a Deus pelos dons que ao longo de mais de um século, por sua intercessão, o Senhor tem concedido a seus filhos e filhas. No último dia 10 de junho, foram abençoadas as zeladoras e as capelinhas de Sant’Ana para a visita missionária às famílias, idosos, doentes, lar dos velhos e comércio. Além de preparar os fiéis para a festa da padroeira, este momento é rico de experiências de fé e caridade, levando todos a fazerem a experiência da

Igreja viva em missão no anúncio do evangelho, na oração e no testemunho da caridade e da unidade.

A novena iniciar-se-á aos 17 de julho, transcorrendo até o dia 26, festa solene da padroeira, quando

serão celebradas as Missas solenes: às 10h00, presidida pelo nosso bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e à tarde o encerramento com a Procissão Solene e a Santa Missa. Convidamos a todos para sua solenidade, desde já suplicando sua intercessão por todos os seus devotos, por esta Paróquia, pela querida cidade de Pedreira e todos os seus habitantes, revigorando a fé em Nosso Senhor e o compromisso batismal do anúncio do evangelho como comunidade de irmãos, unidos na fração do pão e na doutrina dos apóstolos. Que a Senhora Sant’Ana rogue a Deus por nós!

COMUNIDADE PANTOKRATOR COMEMORA 15 ANOS NA DIOCESE A Comunidade Pantokrator Missão Jaguariúna convida a todos a participar da “Noite Pantokrator barzinho cristão”, a ser realizada no sábado, dia 15 de julho, a partir das 19h30, na sede da comunidade, na qual estará comemorando 15 anos da missão na Diocese de Amparo. Será uma noite de muita alegria, e para acompanhar essa comemoração serão servidos deliciosos caldos (feijão, queijo e verde) ao som de música ao vivo com o Ministério

Obra Nova. Os convites são limitados no valor de R$ 20,00, adulto, e R$ 10,00 crianças, de 7 a 10 anos. Com consumação à vontade e bebida não inclusa. A Comunidade fica localizada à Rua Rio Grande do Sul, 383 (chácara GG) - Dom Bosco, Jaguariúna. Esperamos vocês para celebrar conosco esse grande momento! Mais informações pelos telefones (19) 3893-6573 / (19) 98176-1277. Ou na fanpage /pantokratorjaguariuna.

COMUNIDADE MISSÃO ATHOS2 LANÇA MÚSICA EM HONRA AO ESPÍRITO SANTO O ministério de música Obra Nova da Comunidade Católica Missão Athos2, lançou na Solenidade de Pentecostes, 04 de junho, sua primeira música gravada em estúdio em parceria com o produtor musical Rogério Victório, do home estúdio Gratitud. A música, chamada “Eu quero ir

além”, está disponível em seu videoclipe oficial, podendo ser acessado no link www.euqueroiralem.vai.la. Uma música em honra ao Espírito Santo e em comemoração aos 50 anos da Renovação Carismática Católica (RCC), que tem levado muitas pessoas a tomarem a decisão de serem mais íntimas do nosso Amigo

do Céu, como é chamado pela Beata Helena Guerra, “O Deus que ainda é desconhecido”. É desejo de toda a comunidade, através dessa música e do seu carisma, fazê-lo conhecido e amado pelos filhos de Deus. Mais informações na página do facebook da Comunidade Missão Athos2: facebook.com/missaoathos2


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Artigo AS GABRIELENSES: NARRADORAS DE DORES E SONHOS Eu conheci São Gabriel da Cachoeira por lábios femininos. Foram as protagonistas dos dramas destas terras que me contaram a história. Conheci-a através das confissões, das partilhas, dos funerais. Foram mulheres de todas as idades que narraram essa história, mas todas elas eram como meninas: assustadas pela violência e sonhadoras por dias melhores. A maioria delas conhece o sexo, mas não o afeto. Antes mesmo de descobrirem seus corpos, descobriram a intimidade de um outro corpo, em muitos casos, de um corpo familiar, pesando sobre o seu, esmagando sua alma, roubando sua dignidade, fedendo a cachaça e sujando seus pueris ouvidos de palavras de baixo calão. Algumas histórias não ouvi. Eu vi! Mães e esposas expulsas de dentro do próprio lar para não apanhar de um filho ou marido bêbado, expostas ao sol ou à lua, com crianças pequenas, à espera do efeito colateral do álcool passar. Já nem sei se estão mais seguras dentro de casa ou fora dela. São tantas as histórias... Um rosário de dores, contadas e recontadas entre lágrimas, rancores e medos, por lábios trêmulos pelo choro e travados para o sorriso. São mulheres que caminham pelas ruas, um passo atrás de seus maridos, como se fossem sombras deles.

Eu achava que era por pura submissão até conhecer suas almas... Mas não, elas caminham um passo atrás porque são elas que os socorrem em suas quedas e os amparam quando o vício torna trôpegos os seus pés. Nascer mulher em São Gabriel não é um castigo. É um privilégio concedido às almas fortes, que Deus bem conhece em suas profundezas. Uma das cenas que mais me falou ao coração aconteceu na Sexta-feira da Paixão, quando eu subia o Morro da Boa Esperança, acompanhando os passos da Via Dolorosa de Nosso Senhor. Em todas as estações havia velas acesas, mas em uma, em especial, queimavam muitas mais, diante de mulheres de mãos postas em oração. Era a estação em que Jesus consola as mulheres de Jerusalém. Como o inconsciente coletivo fala! Esse dado de fé me levou a uma certeza: elas sabem que Jesus entende de suas dores, e por isso unem-se às mulheres de Jerusalém para serem

consoladas por Ele. Elas sofrem em silêncio, não por acostumarem-se à dor, mas por não mais terem voz para gritar. O vício de seus familiares as faz sofrer como quem hospeda um câncer no corpo. A morte prematura de seus amados as dilacera como quem amputa os próprios membros e vive pela metade, enquanto vão enterrando a si mesmas. Padecem de medos que as fazem rezarem para que a noite demore a chegar, para não serem violentadas em seus corpos exauridos pelo cansaço da dura lida por aqueles que deveriam defendê-las, e que a bebida transformou em ameaça. Essas mulheres não caminham para as sepulturas, mas para os altares reservados por Deus no Céu. Carregam pelo corpo as marcas do amor - rugas e calos - e os sinais do martírio – hematomas e cicatrizes. Nestas florestas, existem jardins. São as potiras (flores) do Divino Jardineiro, delicadas como as violetas, belas

como as rosas, resistentes como as orquídeas, muitas vezes pisoteadas pela violência masculina, mas que Deus faz levantar-se com a graciosidade heroica que lhes é própria. Chorar fala de suas dores. Rezar fala de suas esperanças. Sepultar fala de seus sofrimentos. Gerar e parir fala de seus sonhos. Enquanto me falam, olham para baixo, como quem se envergonha de sua condição. Enquanto me ouvem, olham para além de mim, como quem sente os movimentos das sementes da esperança que carregam e que, muitas vezes, ficam esquecidas. Que os sonhos sejam os lenços que sequem as lágrimas que a dor as faz verter. Que os secretos sofrimentos a mim confiados, pela persistência de minhas orações, convertam-se em esperanças pulsantes. Que a voz de minhas orações por vocês, um dia, se torne o grito de justiça por vocês. Ó São Gabriel destas terras e cachoeiras, cobre essas meninas dos olhos do Criador com tuas asas. Ó cachoeiras de São Gabriel, levai para as profundezes do Rio Negro as lágrimas de suas índias que aumentam as forças de suas águas. Ó Arcanjo protetor deste lugar, assim como trouxeste de Deus a alegria para Maria, leva para o mesmo Deus as dores e sonhos dessas tantas Marias. Padre André Ricardo Panassolo Missionário atuando no Amazonas


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Artigos de Liturgia OS SÍMBOLOS E OS GESTOS NA LITURGIA Queridos irmãos e irmãs, filhos amados de Deus! No último artigo compreendemos que a liturgia é formada, de modo geral, pela tríade: experiência de fé, símbolos e gestos. Hoje adentraremos em alguns dos símbolos e gestos presentes numa celebração litúrgica. É interessante destacar que nossa fé também se desenvolve a partir dos sentidos humanos (visão, tato, paladar, olfato, audição); através dos símbolos e sinais criados pelo próprio ser humano, ou utilizados por Deus para se manifestar a nós ou para nos explicar as realidades espirituais (ex: água viva, pão da vida, videira verdadeira, etc.), somos capazes de perceber as realidades invisíveis da fé e de nos comunicar com Deus de modo mais afetivo e efetivo. Cada símbolo e gesto, dentro do âmbito litúrgico, expressa algo que vai além do que se visualiza, realidades de fé capazes de levar-nos mais facilmente à comunhão com Deus. No decorrer da história da Igreja e na evolução da compreensão litúrgica, os sinais e gestos foram sendo, alguns reafirmados e outros incorporados no contexto litúrgico. Vejamos agora alguns deles: ÁGUA: Símbolo da vida e de purificação. Presente desde a criação do mundo (Gn 1, 1). Por ela morremos para o pecado e ressurgimos para a vida em Cristo. Remete-nos ao batismo. É também chamada de Sacramental (sinal presente no Sacramento). A água é um símbolo presente no batismo, no rito da aspersão, nas bênçãos, na Celebração Eucarística, etc. ÓLEO: Símbolo da eleição divina e da fortaleza de Deus. Os escolhidos por Deus eram ungidos (recebiam a força de Deus) para atuar em favor do povo (Rei Saul – 1 Sm 9,10; Rei

Davi - 2 Sm 2,4). Também os enfermos devem receber a unção com o óleo (Tg 5, 14). O óleo é utilizado nos sacramentos do batismo, crisma, ordem e unção dos enfermos. PALAVRA: Para o povo de Israel a Palavra era o sinal da presença de Deus no meio da comunidade. Segundo o evangelista João, Jesus é o logos criador (Palavra de Deus encarnada) pela qual o mundo foi criado (Jo 1, 1ss). Assim, o cristianismo, com o passar do tempo, incorpora a Revelação de Jesus, através dos Evangelhos e das Cartas, como Palavra de Deus, formando e constituindo a Sagrada Escritura que hoje conhecemos. A Palavra é proclamada em todas as celebrações litúrgicas e reuniões da comunidade cristã. PÃO: Alimento corporal e símbolo visível do alimento espiritual (Corpo de Cristo). Remete-nos à partilha, à doação e ao serviço (preparar do pão). Jesus, na última Ceia, tomou o pão e partiu-o entre seus discípulos, alimentando-os corporalmente e espiritualmente. Jesus se utiliza desse símbolo para perpetuar sua presença real entre nós (sacramento da Eucaristia). VINHO: Assim como Jesus, que foi crucificado, morto e ressuscitou no terceiro dia, a videira (plantação de uva) também remete seu ciclo de vida a uma simbologia do sagrado: ela perde sua folhagem e hiberna no inverno — como se estivesse morta — e renasce na primavera para dar o fruto que será fermentado e transformado em vinho. Pela nossa fé, o vinho, durante a ação litúrgica, se transforma no próprio sangue de Jesus Cristo, bebida que nos alimenta espiritualmente. INCENSO: O queimar incenso ou a incensação exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap

8,3). Através da fumaça que sobe até Deus, nossos pedidos são também acolhidos por Deus. O perfume nos remete ao “bom odor”, ou à sensação agradável da pertença a Cristo. VELA: As velas na celebração significam a alegria e a festa, mas também a presença do mistério que se manifestou a Moisés como “sarça ardente” (Ex 3,2). A vela nos simboliza no sentido de que estamos diante do mistério que nos ilumina e nos consome, transformando-nos. O símbolo da luz nos diz: Cristo é luz e vida, proximidade, felicidade, festa, amor... CRUZ: O símbolo da cruz demonstra o caminho do cristão e não o seu horizonte; no horizonte está a Ressurreição, mas antes vem a cruz, por isso a sua importância. A cruz é o grande símbolo cristão. Em uma celebração ela deverá sempre trazer a imagem do crucificado (Jesus Cristo), para que ao olharmos para ele possamos compreender seu projeto de salvação da humanidade. CÍRIO PASCAL: O Círio Pascal, que é imagem de Cristo ressuscitado, não equivale às velas, e por isso não se pode substituir as velas pelo Círio Pascal. O Círio Pascal deve ser aceso na Vigília da Páscoa e durante o Tempo Pascal. Deve ser colocado ao lado do ambão, sinalizando a presença do Ressuscitado que dali é anunciado à assembleia orante. Após

o Tempo Pascal deve ser colocado ao lado da pia batismal. O Círio Pascal deve ser preparado e aceso na Vigília Pascal. Ao acendê-lo pela primeira vez, o padre pronuncia as seguintes palavras: “a luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas do nosso coração e da nossa mente”. Ele nos recorda a importância de vivermos iluminados pelo Ressuscitado. Além desses principais símbolos, acima destacados, a liturgia também se faz mediante os gestos que a assembleia celebrante realiza. Assim, seja ao recitarmos uma oração, ou ainda, ao ouvirmos a Palavra de Deus, precisamos estar dispostos (com o corpo) àquilo que elaboramos em nossa mente e pronunciamos com nossos lábios. Vejamos: ESTAR EM PÉ: para louvar, cantar. É atitude de estar atento para acolher e participar e exprime a dimensão sacerdotal do povo de Deus. AJOELHAR-SE: é atitude de adoração e súplica, de humildade e também de penitência. Na celebração Eucarística ajoelha-se durante a consagração. CAMINHAR: deslocar-se em procissão como, por exemplo, para comungar, ou para iniciar o rito. É expressão do Povo de Deus peregrino que caminha para a Jerusalém Celeste, a realização plena do Reino


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Artigos de Liturgia de Deus. SENTAR-SE: para ouvir, acolher e meditar a Palavra. É a atitude do discípulo (a) que ouve e atende ao apelo do mestre. LEVANTAR AS MÃOS: atitude que imita Cristo na Cruz, súplica, louvor, pedido de perdão e de bênção. APLAUDIR: com moderação indica aprovação e alegria. Nos tempos litúrgicos marcados pela penitência (Advento e Quaresma) deve-se evitar os aplausos. SILÊNCIO: é também um ges-

to corporal e uma atitude litúrgica; deve ser observado antes da celebração para que todos se disponham bem a celebrar, e também nos momentos celebrativos prescritos (após as leituras e, em especial, após a homilia). Vale ressaltar que os gestos e sinais humanos, quando realizados, vividos e compreendidos de forma harmoniosa e na inteireza do ser humano, com o que se pronuncia e se expressa, são capazes de nos levar à verdadeira comunhão com Deus. Se

pensarmos neles isoladamente não terão tanto sentido, porém, dentro de um contexto oracional eles tornam verdadeiros “canais” que nos ligam ao sagrado. Por fim, vale lembrar que, além dos gestos e símbolos, também há a experiência com o Ressuscitado, que jamais poderá ser esquecida. Sem ela, nosso rito torna-se um mero cumprimento de preceito e não produz fruto nenhum em nós. Podemos até fazer celebrações maravilhosas, porém, sem a experiência de fé, de

nada valeriam aos olhos de Deus. A experiência com o Ressuscitado nos impulsiona e nos garante o sentido de todas as coisas. Que Deus nos ajude a celebrar e a utilizar bem os sinais e símbolos de modo que possamos, através deles, viver os mistérios de nossa fé, na certeza de que nossa vida está nas mãos do Senhor. Boa experiência de fé! Diácono Rafael Spagiari Giron Assessor Diocesano da Pastoral Litúrgica

Espaço Catequético QUE É UM EREMITA? A palavra eremita vem do Latim eremus (= deserto) e designa, originalmente, aquele que se retirava para o deserto a fim de lá viver entregue a Deus na oração, no silêncio e na solidão. É considerado o primeiro tipo de vida consagrada masculina na Igreja. Depois, também mulheres o abraçaram. Podemos distinguir, para efeito de legislação canônica, dois tipos de eremitas: os ligados a uma Associação ou Instituto reconhecido pela autoridade eclesiástica competente, com sua Regra de vida própria, e os autônomos, regidos pelo cânon 603 do Código de Direito Canônico, de 1983. Os ligados a uma Associação ou Instituto aprovado pela Igreja vivem de modo isolado, mas emitem seus votos (ato canônico juridicamente válido) aos superiores da instituição em que entraram. Os chamados autônomos, por não estarem ligados a uma instituição que abriga esse tipo de vida, fazem seu compromisso (votos ou algo equivalente) nas mãos do Bispo Diocesano e seguem suas diretrizes. Diga-se que tanto uma como

outra modalidade de eremitismo não deve ser vista como fuga da realidade (o que não seria sadio), mas, sim, como entrega a Deus em favor dos(as) irmãos(ãs). O eremita é um consagrado (monge) que faz a profissão dos chamados conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, ligando-se, assim, à vida de santidade da Igreja (cf. Lumen Gentium, n. 44). Em comentário, notamos que esses três votos clássicos da consagração se opõem aos três obstáculos à santificação apresentados na Sagrada Escritura. Com efeito, diz São

João: “O que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida – não vem de Deus” (1Jo 2,16). Ora, é a essa tríplice concupiscência que a Igreja oferece seus remédios eficazes: à concupiscência da carne, o voto de castidade; à concupiscência dos olhos, o voto de pobreza e à concupiscência da soberba da vida, o voto de obediência. Isso posto, pergunta-se: como vive um eremita? – Vive na busca de perfeição a que todos os cristãos somos chamados (cf. Mt 5,48) por meio da oração pública da Igreja –

a Santa Missa e a Liturgia das Horas distribuída nos vários momentos do dia – bem como da oração particular do fiel: o Rosário, a Meditação da Sagrada Escritura, entre outras tantas formas de preces a Deus em favor dos necessitados (pobres, idosos, doentes, perseguidos etc.). Busca, ainda, na caridade, atender aos pedidos de orações ou de conselhos que lhe chegam. Também estuda, trabalha e se exercita na sadia caridade pastoral. No campo material, sustenta-se, dentro da simplicidade, com o que a Divina Providência lhe concede pelos frutos de um trabalho condizente com seu estado de vida e por meio das doações de todos aqueles que reconhecem nessa modalidade de viver um grande bem para a Igreja e para a Humanidade inteira. Afinal, a oração é a alma da alma. É um modelo belo de seguimento a Cristo mais de perto e está aberto a homens e mulheres de todos os tempos e lugares. Ir. Vanderlei de Lima é eremita na Diocese de Amparo


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Notícias da Diocese de Amparo POVO DE DEUS TESTEMUNHA FÉ NA EUCARISTIA PELAS RUAS DE AMPARO Com grande alegria a Forania Jesus Bom Pastor se reuniu para celebrar a Solenidade de Corpus Christi, na tarde de quinta-feira, 15 de junho, com Missa campal presidida por Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano, e concelebrada pelos padres das seis paróquias de Amparo Catedral Nossa Senhora do Amparo, São Sebastião, São Benedito, São João Batista, Nossa Senhora Aparecida de Arcadas e São José Operário. Milhares de fiéis lotaram a Praça Pádua Salles, no centro da cidade, para testemunhar a fé no Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. A Santa Missa teve transmissão ao vivo pela Rádio Cultura Municipal de Amparo FM 102,9. “A Igreja mais bonita de Amparo é essa Igreja aqui, essa Igreja que está em você, mas não só você sozinho, essa Igreja que está em você junto com todas as pessoas que também são Igreja, para nós fazermos e mostrarmos melhor a missão que essa Igreja tem, dada pelo Senhor. Nós não somos aqui um bolo de gente, um punhado de gente, uma massa como se diz. Não. Aqui nós não somos massa, a gente é povo de Deus. Nós somos comunhão”, disse o bispo acolhendo aos fiéis e o clero reunido. Dom Luiz falou da importância de termos consciência de que quando comungamos levamos Jesus, seja para onde formos, porque Ele deseja ir conosco e estar presente em todos

os momentos de nossas vidas, com todas as nossas dificuldades. O bispo disse ainda que a Comunhão tem que questionar e provocar a cada um de nós para sermos cada vez mais a Igreja que Deus quer que sejamos no mundo. “Quando eu comungo eu levo uma hóstia ou eu levo uma pessoa? Porque essa pessoa quer ir comigo, não interessa o lugar, não interessa a hora e com quem eu estiver, essa pessoa quer ir comigo e ai de mim se eu O mando embora, ainda mais tão rapidamente, mal saí da igreja, ou acabei de comungar. Então que esse momento seja para nós de muito orgulho mesmo, no sentido de nós agradecermos a Deus por estarmos nessa Igreja que não é para gente se sentir melhor do que os outros, mas é para mostrar o que significa para nós a Eucaristia. É o Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor, é comida, é

alimento, e como eu preciso verdadeiramente desse alimento, para poder me reabastecer e acreditar que essa presença do Senhor em mim me faz experimentar coisas novas, maravilhosas, que não é para eu saber já, agora, não é para eu antecipar, para eu querer decifrar tudo, explicar tudo, Ele vai mostrando, Ele vai se revelando, Ele vai fazendo perceber o que a presença Dele em mim é capaz de acontecer, que eu vou reconhecer que eu não posso, não sou eu que estou fazendo, é Ele, e que bom que eu reconheço isso, porque mais ainda eu tomo consciência de que eu não mereço: ‘Senhor eu não sou digno, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo’”, refletiu. Após a Missa campal o bispo, levando o ostensório com Jesus Eucarístico, acompanhado pelo clero e todo o povo de Deus, seguiu em

procissão luminosa, subindo a Rua Treze de Maio e passando pelo tradicional tapete adornado, confeccionado pelos agentes de pastorais das paróquias da cidade, em sua maioria crianças e jovens. Chegando à Praça Monsenhor João Baptista Lisboa, defronte à Catedral Nossa Senhora do Amparo, Dom Luiz proferiu a Bênção Solene do Santíssimo. “Não deixe de acreditar nisso, não duvide disso, tenha certeza disso, o Senhor está olhando para você, como ninguém tão perfeitamente sabe olhar, sabe entender, sabe aceitar você, sabe amar você. É o nosso Deus, é o nosso Senhor, é aquele que nos tem nas suas mãos, para nós termos a certeza de que verdadeiramente não vale a pena querer viver longe Dele, sem Ele. Então adoremos essa presença tão humilde e infinitamente grande, do Senhor nesse sacramento”, exortou o bispo. COLETA DE CORPUS CHRISTI FOI ENTREGUE ÀS ENTIDADES O fruto generoso da oferta da Solenidade de Corpus Christi foi entregue integralmente às três instituições assistenciais da cidade de Amparo: Educandário Nossa Senhora do Amparo, Lar Escola Divina Providência e Lar dos Velhos. Dom Luiz Gonzaga entregou pessoalmente o valor de R$ 1.683,00 a cada entidade.


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