O AMPARO - edição nº 12

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O AMPARO INFORMATIVO BIMESTRAL DA DIOCESE DE AMPARO

ANO 3 | # 12 | SETEMBRO - OUTUBRO 2017 | diocesedeamparo.org.br

diamparo@uol.com.br

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DIOCESE CELEBRA PADROEIRA NOSSA SENHORA DO AMPARO Com grande júbilo nossa Diocese de Amparo inicia as festividades de sua padroeira Nossa Senhora do Amparo rendendo graças pelos seus 20 anos de caminhada de Igreja Particular. Todas as paróquias são convidadas a participar desta

alegria, ainda mais especial neste Ano Nacional Mariano, e com a aproximação do tricentenário do achado da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. página 08

CAMPANHA MISSIONÁRIA ACONTECE EM OUTUBRO página 07

AVANÇAR NA MISSÃO Confira o editorial de nosso pastor Dom Luiz. página 02

Setor Juventude realizará Missão Jovem

página 09

Forania São José celebra aniversário da diocese página 14

Homenagem ao padre Francisco de Paiva Garcia página 11

Dízimo: saiba mais sobre esse gesto de amor página 24

DIA DE JEJUM E ORAÇÃO PELO BRASIL

NOTA DE REPÚDIO A EXTINÇÃO DA RENCA

A MISSÃO NO CORAÇÃO DA FÉ CRISTÃ

CNBB estimula Jornada de Oração e Jejum pelo Brasil por ocasião do dia da Pátria.

REPAM e CNBB divulgam nota de repúdio a extinção de Reserva Nacional.

Não deixe de conferir a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões.

página 05

página 06

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Padre Anderson Frezzato Coordenador Diocesano de Pastoral Prezados irmãos e irmãs. Paz e alegria!

NA FORÇA DA PALAVRA, AVANÇAR NA MISSÃO

Mais uma vez nos encontramos juntos nesta caminhada bonita de comemoração do 20º ano da existência da Diocese de Amparo. São anos de verdadeiro serviço ao Reino de Deus, por meio da Igreja e a favor dos irmãos, sobretudo os mais necessitados. É cumprindo o mandato apostólico que Jesus deixou à sua Igreja, de a todos evangelizar (Mc 15,16), que estamos firmemente empenhados na elaboração do nosso 2º Plano de Pastoral, cuja base é o protagonismo dos irmãos leigos e leigas, dentro e fora da vida eclesial. Já caminhamos bastante e nos encontramos na fase de avaliação do 1º Plano de Pastoral, cuja vigência expirou. Você certamente pôde acompanhar e participar dos mais diversos trabalhos nas paróquias referentes à Semana Nacional da Família. Destacamos a unidade de todas as foranias e cidades com mais de uma paróquia no encerramento em conjunto dos trabalhos dessa importante semana de conscientização da importância da família dentro do projeto do Reino de Deus. Vamos realizar as festividades de Nossa Senhora do Amparo, patrona da Sé Catedral e Padroeira da nossa querida Diocese. Com a participação das paróquias da Diocese e de seus respectivos sacerdotes que virão à Catedral celebrar, renderemos graças a Deus pela vida e percurso de nossa Diocese, bem como pela participação e trabalhos dos leigos e leigas inseridos nas pastorais, movimentos e irmandades existentes no território diocesano. Ponto alto das celebrações será a missa presidida por Dom Luiz Gonzaga Fechio, dia 08 de setembro, na Matriz Catedral, às 10h, com a participação do Presbitério. Você está convidado! São muitos os trabalhos, são muitas as pessoas envolvidas nestes. Desejo que você, que tem em mãos este informativo, seja um desses irmãos e irmãs que se dedicam no trabalho do Reino na Igreja. Se não for, vamos, sinta-se convidado, há muito o que fazer!!!

Querida irmã e querido irmão, nosso O Amparo chega a você, ao senhor, à senhora, já no penúltimo bimestre que, com um pressentimento comum, parece “acelerar” o tempo que nos projeta rapidamente para o fim do ano. Seria, porém, um grande desperdício de nossa parte, e até falta de inteligência, se, ao querer ganhar mais qualidade de vida, estivéssemos tão distraídos, sem perceber tantas oportunidades que a bondade de Deus vai nos proporcionando para pensar e experimentar uma vida saudável de maneira diferente da que o ritmo frenético do cotidiano nos impõe. Expresso-me assim para chamar a atenção para a importância de contemplarmos, a partir da própria natureza, a extraordinária beleza do Criador que, com a chegada da primavera, não apenas nos desperta a um maior encantamento, como, principalmente, nos questiona a avaliar nossa sensibilidade ao que é tão belo e, ao mesmo tempo, parece insignificante pela sua singeleza ou simplicidade. É muito sugestivo que no mês em que o Senhor nos presenteia com imagens ou paisagens vivas tão maravilhosas, presentes na criação que se renova, a Igreja nos proponha uma motivação diferenciada para a leitura, meditação e oração com a Palavra de Deus, a Bíblia, Palavra do Senhor e da nossa salvação, como sempre ouvimos na celebração da santa missa. Se a natureza nos atrai e nos agrada, também nos convidando a refletir sobre esse processo de renovação, tão fascinante que nossa capacidade intelectual não alcança toda a sua profundidade, não deveríamos também aproveitar este tempo para nos envolvermos mais com a Palavra que, por mais conhecida que seja, nunca deixa de oferecer um alimento verdadeiramente necessário à “fome” que estamos passando, particularmente em determinados momentos? Com o alimento da Palavra, quando realmente nos saciamos com o que Deus tem a nos oferecer, sentimos que esta experiência de saciedade precisa ser partilhada. E aqui, lembro a importância de não deixarmos passar distraidamente o mês missionário que, neste ano, nos chama a repartir “a alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, tema proposto para a Campanha Missionária, em outubro. Forte abraço e que Jesus, o Filho da Senhora do Amparo, os Será que O Amparo está nos motivando a descobrir continuamente a alegria do Evangelho abençoe! e nos provocando a uma maior desacomodação e disponibilidade para oferecê-la aos outros, principalmente a alguém que dela necessita, numa realidade mais específica que está vivendo? FALE CONOSCO Que a celebração dos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, com os 20 anos de nossa Diocese, nos anime a repetir em nossos dias a simplicidade e a Para esclarecer dúvidas, sugestões ou reclamações, confiança daqueles três pescadores, acreditando que a Padroeira do Brasil e da Diocese nos envie um e-mail no endereço eletrônico: de Amparo nos reserva boas surpresas, mesmo em meio às muitas tribulações! jornaloamparo@diocesedeamparo.org.br Dom Luiz Gonzaga Fechio Bispo Diocesano

Expediente

JORNALISTA RESPONSÁVEL SIRLENE RIBEIRO - MTB 66.955/SP

O AMPARO INFORMATIVO OFICIAL DA DIOCESE DE AMPARO ANO 3 | #12

DIAGRAMAÇÃO - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO REVISÃO - MARGARIDA HULSHOF CRÉDITO DAS MATÉRIAS: EQUIPES PASCOM PAROQUIAIS

BISPO DIOCESANO DOM LUIZ GONZAGA FECHIO

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“A MISSÃO NO CORAÇÃO DA FÉ CRISTÔ Queridos irmãos e irmãs! O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também este ano, na pessoa de Jesus, “o primeiro e maior evangelizador” (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii Nuntiandi, 7), que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este Dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De fato a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão? A missão e o poder transformador do Evangelho de Cristo, Caminho, Verdade e Vida 1. A missão da Igreja, destinada a todos os homens de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora duma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-Se para nós Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a

segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor. 2. Deus Pai quer esta transformação existencial dos seus filhos e filhas; uma transformação que se expressa como culto em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24), ou seja, numa vida animada pelo Espírito Santo à imitação do Filho Jesus para glória de Deus Pai. “A glória de Deus é o homem vivo” (Ireneu, Adversus Haereses IV, 20, 7). Assim, o anúncio do Evangelho torna-se palavra viva e eficaz que realiza o que proclama (cf. Is 55, 10-11), isto é, Jesus Cristo, que incessantemente Se faz carne em cada situação humana (cf. Jo 1, 14). A missão e o kairós de Cristo 3. Por conseguinte, a missão da Igreja não é a propagação duma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta duma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-Se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecun-

da o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. “A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276). 4. Lembremo-nos sempre de que, “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI, Carta. enc. Deus caritas est, 1). O Evangelho é uma Pessoa, que continuamente Se oferece e, a quem A acolhe com fé humilde e operosa, continuamente convida a partilhar a sua vida através duma participação efetiva no seu mistério pascal de morte e ressurreição. Assim, por meio do Batismo, o Evangelho torna-se fonte de vida nova, liberta do domínio do pecado, iluminada e transformada pelo Espírito Santo; através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade; e, mediante a Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” (Inácio de Antioquia, Epistula ad Ephesios, 20, 2). 5. O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, através da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem des-

canso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências significativas que testemunham a força transformadora do Evangelho. Penso no gesto daquele estudante “dinka” que, à custa da própria vida, protege um estudante da tribo “nuer” que ia ser assassinado. Penso naquela Celebração Eucarística em Kitgum, no norte do Uganda – então ensanguentado pelas atrocidades dum grupo de rebeldes –, quando um missionário levou as pessoas a repetirem as palavras de Jesus na cruz: “Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?” (Mc 15, 34), expressando o grito desesperado dos irmãos e irmãs do Senhor crucificado. Aquela Celebração foi fonte de grande consolação e de muita coragem para as pessoas. E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos. A missão inspira uma espiritualidade de êxodo, peregrinação e exílio contínuos 6. A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo. Trata-se de “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20). A missão da Igreja encoraja a uma atitude de peregrinação contínua através dos vários desertos da vida, através das várias experiências de fome e sede de verdade e justiça. A


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Notícias da Igreja no Mundo missão da Igreja inspira uma experiência de exílio contínuo, para fazer sentir ao homem sedento de infinito a sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, pendente entre o “já” e o “ainda não” do Reino dos Céus. 7. A missão adverte a Igreja de que não é fim em si mesma, mas instrumento e mediação do Reino. Uma Igreja autorreferencial, que se compraza dos sucessos terrenos, não é a Igreja de Cristo, seu corpo crucificado e glorioso. Por isso mesmo, é preferível “uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (Ibid., 49). Os jovens, esperança da missão 8. Os jovens são a esperança da

missão. A pessoa de Jesus e a Boa Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade. “São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. (...) Como é bom que os jovens sejam “caminheiros da fé”, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!” (Ibid., 106). A próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar em 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, revela-se uma ocasião providencial para envolver os jovens na responsabilidade missionária comum, que precisa da sua rica imaginação e criatividade. O serviço das Obras Missionárias

Pontifícias

ção.

9. As Obras Missionárias Pontifícias são um instrumento precioso para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, fazendo-se ao largo a fim de anunciar o Evangelho a todos. Através duma espiritualidade missionária profunda vivida dia a dia e dum esforço constante de formação e animação missionária, envolvem-se adolescentes, jovens, adultos, famílias, sacerdotes, religiosos e religiosas, bispos para que, em cada um, cresça um coração missionário. Promovido pela Obra da Propagação da Fé, o Dia Mundial das Missões é a ocasião propícia para o coração missionário das comunidades cristãs participar, com a oração, com o testemunho da vida e com a comunhão dos bens, na resposta às graves e vastas necessidades da evangeliza-

Fazer missão com Maria, Mãe da evangelização 10. Queridos irmãos e irmãs, façamos missão inspirando-nos em Maria, Mãe da evangelização. Movida pelo Espírito, Ela acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde. Que a Virgem nos ajude a dizer o nosso “sim” à urgência de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus no nosso tempo; nos obtenha um novo ardor de ressuscitados para levar, a todos, o Evangelho da vida que vence a morte; interceda por nós, a fim de podermos ter uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da salvação. Vaticano, 4 de junho de 2017 Franciscus

Notícias do Brasil CARDEAL ITALIANO REPRESENTARÁ O PAPA NO TRICENTENÁRIO DE APARECIDA Será o cardeal italiano Giovanni Battista Re, Prefeito emérito da Congregação para os Bispos e Presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina, a representar o Papa nas celebrações do III Centenário do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Santuário Nacional, entre 10 e 12 de outubro próximos. A nomeação foi anunciada na manhã de 5ª feira, 17 de agosto, pelo Vaticano. Ligação com Aparecida é antiga Cardeal desde 2001, em 2007 Dom Giovanni Battista Re foi o Presidente da V Conferência do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida.

Em 2010, alcançando o limite de idade previsto de 75 anos, renunciou aos cargos de Prefeito da Congregação para os Bispos e de Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, que ocupava desde 2000. Em 27 de fevereiro de 2011, representou o Papa Bento XVI na Dedicação Solene da Catedral de Santa Maria Mãe de Deus em Castanhal, no Pará. Em 2013, presidiu o Conclave que elegeu o Papa Francisco e atualmente, é o vice-Decano do Colégio de Cardeais. O Jubileu Mariano no Brasil A imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada

no rio Paraíba do Sul no ano de 1717. As comemorações dos ‘300 anos de Bênçãos’ de Nossa Senhora Aparecida tiveram início no dia 12 de outubro de 2016 e para celebrar esse

grandioso tricentenário, o Santuário Nacional está promovendo uma programação especial de devoção e obras de fé. Confira no site diocesano a programação completa.


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Notícias do Brasil CNBB ESTIMULA JORNADA DE ORAÇÃO E JEJUM PELO BRASIL POR OCASIÃO DO DIA DA PÁTRIA A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos para uma Jornada de Oração pelo Brasil, a ser realizada nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais do país, de 1º a 7 de setembro. Os bispos decidiram mobilizar os cristãos, por meio da oração, após a análise da realidade brasileira feita na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral da entidade, dias 10 e 11 de agosto. O Dia de Oração e Jejum sugerido é o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. Além da carta, enviada a todos os bispos brasileiros, foi enviada também uma oração, a mesma enviada por ocasião da celebração de Corpus Christi, com uma pequena adaptação na última prece. Segundo o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a Jornada de Ora-

ção é uma oportunidade para que os cristãos e pessoas de boa vontade que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido se unam. “Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade.” Um dos trechos da oração, encaminhada a todos os bispos do país pelo Consep, pede: “Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e

os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da

sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos”. Confira abaixo a íntegra da oração.

JORNADA DE ORAÇÃO PELO BRASIL Semana da Pátria 1º a 07 de setembro de 2017 07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar “A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco) Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que

nunca se cansa de perdoar. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas

mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém! (Pai nosso! Ave, Maria! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!)


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Notícias do Brasil REPAM E IGREJA NA AMÉRICA LATINA REPUDIAM EXTINÇÃO DA RENCA A Rede Eclesial Pan-amazônica, REPAM, publicou a nota “Ouvimos o grito da terra e o grito dos pobres” em que repudia o Decreto Presidencial que extinguiu a RENCA, a Reserva Nacional de Cobre e Associados, na divisa entre o Pará e o Amapá. Confira: A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), organismo ligado ao Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), e no Brasil à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com a Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, por meio de sua Presidência, unida à Igreja Católica da Pan-Amazônia e à sociedade brasileira, em especial aos povos das Terras Indígenas Waãpi e Rio Paru D’Este, vem a público repudiar o anúncio antidemocrático do Decreto Presidencial, altamente danoso, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) na quarta-feira, 23 de agosto. A reserva A RENCA é uma área de reserva, na Amazônia, com 46.450 km2 – tamanho do território da Dinamarca. A região engloba nove áreas protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá; a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este. A abertura da área para a exploração mineral de cobre, ouro, diamante, ferro, nióbio, entre outros, aumentará o desmatamento, a perda irreparável da biodiversidade e os impactos negativos contra os povos de toda a região. Nenhuma consulta popular prévia O Decreto de extinção da REN-

CA vilipendia a democracia brasileira, pois com o objetivo de atrair novos investimentos ao país o Governo brasileiro consultou apenas empresas interessadas em explorar a região. Nenhuma consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais foi realizada, como manda o Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Governo cede aos grandes empresários da mineração que solicitam há anos sua extinção e às pressões da bancada de parlamentares vinculados às companhias extrativas que financiam suas campanhas. Ao contrário do que afirma o Governo em nota, ao abrir a região para o setor da mineração, não haverá como garantir proteção da floresta, das unidades de conservação e muito menos das terras indígenas – que serão diretamente atingidas de forma violenta e irreversível. Basta observar o rastro de destruição que as mineradoras brasileiras e estrangeiras têm deixado na Amazônia nas últimas décadas, com desmatamento, poluição, comprometimento dos recursos hídricos (pelo alto consumo de água para a mineração e sua contaminação com substâncias químicas), aumento de violência, droga e prostituição, acirramento dos conflitos pela terra, agressão descontrolada às culturas e modos de vida

das comunidades indígenas e tradicionais, com grandes isenções de impostos, mas mínimos benefícios para as populações da região. Riscos ambientais e sociais incalculáveis ameaçam o “pulmão do Planeta repleto de biodiversidade” que é a Amazônia, como nos lembra Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si, alertando que “há propostas de internacionalização da Amazônia que só servem aos interesses econômicos das corporações internacionais” (LS 38). A política não deve submeter-se à economia e aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia, pois a prioridade deverá ser sempre a vida, a dignidade da pessoa e o cuidado com a Casa Comum, a Mãe Terra. Em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 9 de julho de 2015, o Papa Francisco não hesitou em proclamar: “digamos não a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a mãe terra”. Na Laudato Sì, o Papa Francisco alerta ainda que “o drama de uma política focalizada nos resultados imediatos (...) torna necessário produzir crescimento a curto prazo” (LS 178). Ao contrário, para ele “no debate, devem ter lugar privilegiado os moradores locais, aqueles mesmos que

se interrogam sobre o que desejam para si e para os seus filhos e podem ter em consideração as finalidades que transcendem o interesse econômico imediato”, (LS 183). A extinção da Renca representa uma ameaça política para o Brasil inteiro, impondo mais pressão sobre as terras indígenas e Unidades de Conservação e abrindo espaço para que outras pautas sejam flexibilizadas, como a autorização para exploração mineral em terras indígenas, proibida pelo atual Código Mineral. Unidos em rede, sem resignação Por todos esses motivos, nos unimos às Dioceses locais do Amapá e de Santarém, aos ambientalistas e à parcela da sociedade que, por meio de manifestações nas redes sociais e de abaixo-assinados, pedem a imediata sustação do Decreto Presidencial que extingue a Reserva. Convocamos as senhoras e os senhores parlamentares a defenderem a Amazônia, impedindo que mais mineradoras destruam um dos nossos maiores patrimônios naturais. Não nos resignemos à degradação humana e ambiental! Unamos esforços em favor da vida dos povos que vivem no bioma amazônico. O futuro das gerações vindouras está em nossas mãos! Que Deus nos anime no mais fundo de nossos corações e nos ilumine e confirme na busca da tão sonhada Terra Sem Males. Brasília, 28 de agosto de 2017 Dom Cláudio Cardeal Hummes Presidente da REPAM e da Comissão Episcopal para a Amazônia Dom Erwin Kräutler Presidente da REPAM-Brasil e Secretário da Comissão Episcopal para a Amazônia


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Notícias do Brasil CAMPANHA MISSIONÁRIA ACONTECE EM OUTUBRO Outubro é o Mês das Missões, um período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro (este ano dias 21 e 22), conforme instituído pelo Papa Pio XI em 1926. “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. Este é o tema escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) para a Campanha Missionária de 2017. É o mesmo o tema do 4º Congresso Missionário Nacional, que acontecerá nos dias 7 a 10 de setembro em Recife/PE. Tudo está em sintonia como os ensinamentos do Papa Francisco quando afirma: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontraram com Jesus” (EG 1). Essa alegria precisa ser anunciada pela Igreja que caminha unida, em todos os tempos e lugares, e em perspectiva ad gentes. Por isso, o lema: “Juntos na missão permanente”. As Pontifícias Obras Missionárias têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária, na qual colaboram a CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (Comina). Todos os itens da Campanha já foram enviados no final do mês de junho às 276 dioceses e prelazias do Brasil para serem distribuídos entre as paróquias e comunidades. Confira a íntegra da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, “A missão no coração da fé cristã”, na página 03. Oração do Mês Missionário 2017 Deus de misericórdia, que enviaste o Teu Filho Jesus Cristo e nos sustentas com a força do Espírito Santo,

Novidade Este ano, o cartaz e outros materiais da Campanha trazem o Zapcode. Para utilizá-lo basta baixar gratuitamente o Aplicativo Zappar no Smartphone (celular e tablet). Depois, ao direcionar o aparelho para o cartaz é possível assistir a um vídeo e acessar os conteúdos da Campanha Missionária.

ensina-nos a caminhar juntos e, a exemplo de Maria, nossa Mãe Aparecida, na celebração dos 300 anos do encontro da imagem, sejamos, em toda a parte, testemunhas proféticas da alegria do Evangelho para uma Igreja em saída. Amém. Cartaz O cartaz destaca a alegria do Evangelho e a Igreja que caminha unida. A arte mostra a Igreja, Povo de Deus, formada por diferentes sujeitos da missão (leigos e leigas, consagrados e consagradas, diáconos, padres, bispos e o papa), representantes

de todas as idades e diversas etnias. Todos caminham juntos, depois de terem sido encontrados por Jesus Cristo, e como Igreja em saída, ad gentes, enviada a testemunhar a alegria do Evangelho em todo o mundo. O povo traz a Palavra de Deus, fonte da missão. Carrega também, a Cruz das missões jesuíticas, que marcou a Bolívia e toda a América Latina, no processo de evangelização. Este é o principal símbolo do 5º Congresso Missionário Americano (CAM 5) a ser realizado na Bolívia em 2018. As cores missionárias recordam a dimensão universal da missão.

A cooperação missionária A missão é de Deus pela qual somos chamados a colaborar. Os batizados receberam “a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus” e “de estabelecê-lo em todos os povos” (LG 5). Não podemos fugir dessa responsabilidade. Assim, “todas as Igrejas particulares, todas as Instituições e Associações eclesiais e cada cristão membro da Igreja têm o dever de colaborar para que a mensagem do Senhor se difunda e chegue até os últimos confins da terra” (CMi 1). Ao cumprir o mandado de Jesus, nem todos os cristãos deixam a sua terra para servir nas missões além-fronteiras. Em nossas comunidades na Igreja local, são apenas alguns os missionários e missionárias que partem. Porém, toda a comunidade tem o dever de participar ativamente na missão universal. A cooperação missionária promove a participação do Povo de Deus na missão universal. A missão por sua natureza é sempre um serviço de partilha, comunhão e solidariedade. Esta participação se realiza de três formas: 1) pela oração, sacrifício e testemunho de vida, que acompanham os passos dos missionários e das missionárias, mundo afora; 2) por meio da ajuda material dos projetos missionários: “Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7); e principalmente, 3) colocando-se à disposição para servir na missão ad gentes. Sem missionários e missionárias não há missão.


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Notícias da Diocese de Amparo CELEBRANDO 20 ANOS DA DIOCESE, CATEDRAL PREPARA AS FESTIVIDADES DE NOSSA SENHORA DO AMPARO Impulsionados pelas celebrações festivas que comemoram os 20 anos da Diocese de Amparo, a Catedral de Nossa Senhora do Amparo se prepara para as Festividades da Padroeira. O tema será “Nossa Senhora do Amparo, nossa Excelsa Padroeira”. Mais uma vez todas as paróquias da Diocese, com seus sacerdotes e povo fiel são convidados para a Novena que tem início no dia 30 de

agosto e prepara o grande dia de Nossa Senhora do Amparo, dia 8 de setembro, com Missa Solene, às 10h, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio. A animada quermesse ocorre de 02 a 17 de setembro. Desejamos que todas as comunidades se sintam convidadas para as celebrações! Confira a programação completa no site da diocese.

SEMINARISTAS PARTICIPAM DE CONGRESSO MISSIONÁRIO EM APARECIDA

Os seminaristas Marcos Reversi, Carlos Semensim e Eduardo Godoi participaram, nos dias 30 de junho a 04 de julho, do “3° Congresso Missionário de Seminaristas”, que aconteceu na cidade de Aparecida/SP, nas dependências do Seminário Arquidiocesano Missionário Bom Jesus. O Congresso foi promovido pelo COMISE-Regional Sul 1, e teve como tema central “Presbíteros Missionários com Maria fazendo o que Ele nos disser”. O objetivo principal do congresso, que ocorre anualmente, é o de fazer com que os seminaristas possam, enquanto inseridos no processo formativo, levar em consideração a importante dimensão missio-

nária como sendo fundamental para a vida da Igreja, que “por sua natureza é missionária” (cf. AD.n.2). O referido congresso tratou em sua estrutura de conferências e palestras a temática missionária, com enfoque para a realidade em que os seminaristas vivem, isto é, nos seminários e nas dioceses que contam com o apoio do COMISE, organização que existe dentro dos seminários para fomentar atividades de cunho missionário na pastoral e na vida dos seminaristas. Além de ter sido um momento de grande enriquecimento formativo, o congresso favoreceu aos seminaristas uma visão de comunhão entre

os seminários das diversas dioceses que compõem o estado de São Paulo; proporcionou convivências, confraternizações e ricas trocas de experiências. Em um dos dias do evento os seminaristas puderam realizar Missões populares, visitando famílias em uma das paróquias da cidade de Aparecida: algo que foi de grande importância, pois ao sair da teoria e das falas de grandes entendedores do assunto, viveu-se a “Igreja em saída”, experimentando na prática aquilo que de fato é a missão e o ser missionário. “Para o nosso Seminário Diocesano São José, que teve a instauração do COMISE no ano passado, a par-

ticipação no congresso foi para nós de grande valia, pois tivemos a oportunidade de nos formar e aumentar ainda mais a consciência de que em nossos dias e na sociedade atual a missão e a Igreja em constante estado de saída se faz uma urgência das mais necessárias”, destacou o seminarista Eduardo Godoi. Por fim, agradecemos a Deus e à equipe de formadores de nossa diocese, que nos permitiu a participação no congresso, e rogamos a Maria, mãe e missionária, que interceda por nós para que possamos cumprir a cada dia os compromissos assumidos no batismo, de sermos discípulos missionários de Jesus.


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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE DE AMPARO REALIZA MISSÃO JOVEM A Diocese de Amparo, através do seu Setor Juventude, organizou uma programação especial para os jovens se prepararem para o tão esperado DNJ – Dia Nacional da Juventude. Entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, os jovens de toda a diocese participarão da ‘Missão Jovem’, uma experiência missionária que acontecerá nas paróquias da cidade de Amparo. A ação é uma parceria do Setor Juventude com o Conselho Missionário Diocesano (Comidi), Pascom, ECC, Vicentinos e Ministros dos Enfermos, com diversas atividades de partilha, rodas de conversa, reza do

Terço, noite cultural, atividades ecológicas e muito mais. Os interessados devem ter mais de 15 anos e realizar a inscrição até o dia 17 de setembro, através do formulário online disponível no site da diocese. As vagas são limitadas para cada paróquia. Em caso de mais inscrições, o pároco será consultado. Este ano o DNJ traz como tema “Juventudes em defesa da vida dos Povos e da Mãe-terra”, e como lema “Os humildes herdarão a terra” (Salmo 37,11), em comunhão com a Campanha da Fraternidade 2017 “Fraternidade: Biomas brasileiros e a defesa da vida”- e a encíclica Lau-

dato Si do Papa Francisco. Nos dias 28 e 29 de outubro acontecerá propriamente o DNJ, no Centro de Pastoral São João Paulo II, Paróquia São Sebastião, em Amparo.

Com programação variada, o evento inclui vigília, acampamento, shows, testemunhos e Missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio.

ESCOLA TEOLÓGICA PARA LEIGOS FORMA PRIMEIRA TURMA Com grande alegria, a Diocese de Amparo acolheu os 65 alunos da primeira turma da Escola Teológica para leigos na Catedral Nossa Senhora do Amparo, para a Missa Solene de Formatura na sexta-feira, 14 de julho. A Celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e concelebrada por diversos padres de nossa diocese. Na ocasião, 11 candidatos ao diaconato permanente receberam os ministérios de acólito e leitor. “Toda ciência e todo conhecimento provêm de Deus. Então, para

que estudar se não for para ser mais de Deus? Para demonstrar verdadeiramente pertencer a Ele com mais convicção. Muitas aulas, muitas sextas-feiras, muitas viagens, muito esforço talvez, para acompanhar melhor, tudo isso não para ficar guardado em um bonito certificado entregue numa bela cerimônia, mas muito mais, para continuar exercitando a mente, na leitura, no estudo, sem deixar de aperfeiçoar, de aprimorar o coração. Quanto mais textos e reflexões, mais reconhecimento e, consequentemente, mais gratidão

a Deus por ser o início e o encerramento. Portanto, todo conhecimento só tem sentido quando se sabe olhar para trás, para consentir que Ele seja o ponto de partida e já começar a vislumbrar com os olhos lá na frente a experiência plena do conhecimento perfeito, da ciência absoluta, que não é outra coisa senão a vida eterna, como ponto de chegada e meta definitiva que faz valer todo desenvolvimento do processo”, refletiu Dom Luiz em sua homilia. Após, ocorreu um jantar de confraternização e entrega dos certifica-

dos pelas mãos do bispo diocesano. A escola é uma das prioridades do 1º Plano Diocesano de Pastoral, que tem como objetivo “formar os leigos diocesanos capacitando-os por meio de um suficiente conhecimento da ciência teológica para o exercício eficaz da ação pastoral em nossa Igreja Diocesana, a fim de participar de modo crítico-reflexivo e propositivo da sociedade e da comunidade eclesial na linha do discipulado e da missão”. Agora a escola passará por uma avaliação e em breve dará novos passos.


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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE CELEBRA ORDENAÇÃO DO PADRE RAFAEL No mês de agosto nossa Diocese de Amparo se alegrou com a Ordenação Presbiteral de Rafael Spagiari Giron, ocorrida no dia 04, na Catedral Nossa Senhora do Amparo. A Celebração foi presidida por nosso bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio e contou com a presença de Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André, e ainda com a presença de todo Clero e diversos sacerdotes de outras dioceses, além de seminaristas, religiosas, familiares e grande número de fiéis. Confira trecho do agradecimento do padre Rafael: “Apascentai o rebanho de Deus a vós confiado”. Quando me deparei com esse trecho bíblico da Primeira Carta de São Pedro, tive a sensação de estar ouvindo essas palavras da boca do próprio Jesus. Ao ler esse trecho parei para refletir: “Apascentai …”: cuidar, zelar e conduzir as pessoas no caminho da fé; “… o Rebanho de Deus …”: sei que o povo não é meu; mas é o “povo de Deus” chamado desde o início da história da humanidade; “… a vós confiado”: senti o quanto Deus me ama por confiar algo tão valioso a mim, o cuidado espiritual, a alma de tantas pessoas. Compreendi minha responsabilidade como presbítero. Por isso, hoje dou mais um passo na concretização desse chamado de Deus em minha vida; mais uma vez respondo “sim” a Deus, na certeza de

que Ele me capacitará para as diversas realidades no mundo. Quando Deus se dirige ao profeta Moisés e chamando-o para a missão, Deus diz o seguinte: “Eu vi a aflição de meu povo, e ouvi os seus clamores; por isso, desci para libertá-los.” (Ex 3, 7). Deus, ao ouvir as preces de seu Rebanho, não o desampara, mas chama-nos para ser instrumento de salvação. Peço a Deus que eu tenha a Sua Palavra como âncora que me prenda a realidade, de modo que, eu nunca me esqueça desse povo que clama por vida nova. No retiro em preparação à minha ordenação, o monge pregador, em uma das reflexões, dizia-me “Rafael, seja um Homem de Deus; não precisa ser ‘super-homem’, na espera de que você mudará o mundo, basta que seja sacerdote”. A partir de agora, sou realmente esse “Homem de Deus” que deverá transparecer a presença do Senhor que me chamou através do serviço aos irmãos e irmãs.

Por isso, o sentimento que me invade é o de Gratidão. Gratidão a Deus pela vida e oportunidades a mim concedida; gratidão à Igreja, por todo conhecimento e experiência de fé a mim proporcionado; gratidão à minha família, por toda formação, zelo e cuidado a mim dispensado. Agradeço a Dom Luiz Gonzaga Fechio, nosso bispo, por seu exemplo e cuidado ao Rebanho de Deus; também por reconhecer e confirmar o chamado que senti para servir ao Povo de Deus no ministério Ordenado. Quando Dom Luiz me informou da data de minha Ordenação ele me disse: “Esse será seu presente de aniversário”, obrigado por esse presente; Dom Luiz, tenha a certeza de que poderá contar comigo para o cuidado e atenção a esta Igreja Diocesana; a Dom Pedro Carlos Cipollini, a quem convivi durante quatro anos fazendo meu estágio pastoral, obrigado pelos ensinamentos e pela condução de nossa Igreja. Aos padres da Diocese de Ampa-

ro, agradeço pela amizade e exemplo de dedicação à construção do Reino de Deus. Também não poderia deixar de pedir, ao meu Pai, José Osvaldo, sua intercessão, junto a Deus, pelo meu ministério Presbiteral. Pai, o senhor que está junto de Deus, ajude-me a ser fiel a Jesus, interceda por mim na condução de meus passos. À minha Mãe, Silvana, obrigado por todo amor a mim dispensado. Obrigado por cuidar de mim mesmo com as dificuldades e a forte saudade de seu esposo e meu pai. Obrigado por ser essa mulher guerreira a quem hoje muito me anima e me faz contornar tantos obstáculos na vida. À minha avó materna, Dona Elza, obrigado por seu exemplo de paciência e simplicidade. Obrigado por estar ao meu lado tanto tempo. A senhora também mora em meu coração. Aos meus avós paternos, Dona Margarida e Sr. Oswaldo, também os agradeço por todo carinho, orações e amor a mim dispensado. Que Deus os conserve sempre! Aos meus tios, tias, primos e primas, outros familiares, e amigos vindos de perto ou de longe (os vindos de São Paulo), a todos os diocesanos das diversas paróquias; ficam meus sinceros agradecimentos por estarem ao meu lado tantos anos. Vocês foram e são para mim exemplo de família; exemplo de amor; exemplo de perseverança; e exemplo de fé. Muito obrigado por estarem aqui.”


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Forania Jesus Bom Pastor Paróquias da cidade de Amparo

PADRE FRANCISCO, SUA BÊNÇÃO E OBRIGADO! “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrera para sempre”, diz o Senhor. Essa afirmação, anunciada por nosso irmão padre Francisco de Paiva Garcia inúmeras vezes, sempre levou aos nossos corações a certeza do amor de Deus por nós, e a certeza da ressurreição. Na noite do dia 08 de agosto nosso Deus e Senhor da Vida, chamou a sua presença nosso querido Padre Chico, aos 86 anos, que dos seus 60 anos de vida sacerdotal esteve à frente da Paróquia São Sebastião, em Amparo, por mais de quatro décadas, de 1963 a 2011. No dia 15 de agosto ocorreu na Matriz de São Sebastião a Missa de sétimo dia do padre Francisco, presidida pelo arcebispo emérito de Campinas, Dom Gilberto Pereira Lopes. “Nós da Paróquia de São Sebastião, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Arcadas e da Paróquia São José Operário pudemos dizer: padre Francisco, sua bênção. E diante de Deus, que o senhor nos abençoe. Também dizer pelo seu trabalho e empenho junto aos outros padres na criação da Diocese de Amparo, de forma incansável alimentou o sonho de sermos uma Igreja Particular. Agradecemos seu empenho, toda dedicação e zelo de compreender a graça de estar atento ao que Deus nos pede, um homem que sempre olhava para frente, nos provocava a este melhor olhar. O homem que muitas vezes conhecemos como construtor, amassando e carregando latas de concreto para construir esta matriz, correndo e segurando o gado na unha para a realização de cada leilão, piedoso e atencioso em cada momento de confissão, para ouvir o que o penitente trazia com tanta dor e ajudá-lo a perceber como Deus é encantador e

maravilhoso. Da mesma forma, um homem sempre pronto para a unção, para aqueles que buscavam em Deus sua paz e aconchego, um homem que junto às encomendações, aos familiares, trazia sempre a esperança e certeza que não perdemos um ente querido, mas ganhamos um intercessor junto a Deus. Falar do padre Francisco é falar justamente dessa realidade que hoje somos como Diocese de Amparo e Paróquia São Sebastião e da alegria de ser Igreja, uma Igreja, que nós conhecemos dos Atos dos Apóstolos, que nasce pela ação do Espírito Santo e do sim de tantos homens e mulheres que se permitiram ser instrumentos na mão de Deus. Padre Francisco foi um grande instrumento que Deus nos concedeu. Muitas vezes compreendíamos a melodia que ele trazia, em outras nos estra-

nhávamos, mas uma coisa sempre era certa: estávamos sempre juntos porque juntos podíamos sempre mais. Padre Francisco, que tanto realizou pela nossa cidade. Cada um que chegava até ele sempre se encantava com sua visão do todo porque para cada provocação ele tinha uma resposta. Ninguém saia sem uma resposta. Em cada ação social, em cada crescimento do município, em cada momento como na transição da Paróquia Nossa Senhora do Amparo com a doença do Monsenhor Lisboa, quando o Santuário do Bom Jesus ficou vacante… Padre Francisco estava lá pronto para ajudar e mostrar um caminho. Hoje, dizemos este até breve ao nosso padre Chico. Quantas vezes entrávamos neste matriz, víamos ele na cadeira presidencial, vendo-o presi-

dir a santa missa, saíamos encantos com sua força, sua homilia, saíamos provocados por sua oratória. Deus age em cada um de nós para tecer a história e deixar algumas marcas. Temos muito o que agradecer ao padre Francisco pelas inúmeras marcas que nos deixou e está deixando em nossa diocese, em nossa paróquia e em nossos corações. Somos gratos porque ele se deixou ser este instrumento. Hoje, Deus recolhe este instrumento junto a si, mas como o Círio Pascal, hoje pedimos que a luz divina venha nos iluminar. Embora não possamos ver o brilho da força de sua luz e sabedoria a nos levar adiante, uma coisa é certa, como aprendemos com ele, que não podemos ver por nossa fragilidade mortal que temos, mas conseguimos sentir que esta luz continua intensa e vibrante a nos aquecer, a nos provocar a estarmos sempre juntos. Que nós possamos, como bons irmãos, sempre em torno do altar, nos aconchegar neste calor que damos o nome hoje de saudade, que nos provoca a olhar para frente como ele sempre fez. Que possamos levar adiante esta missão que começou antes do padre Chico, que ele disse o seu sim e ajudou de forma valiosa, corajosa e ímpar, porque a história da cidade de Amparo, da Paróquia de São Sebastião e de nossa diocese seria diferente sem sua pessoa. Por isso mesmo, se hoje temos tanto a agradecer é porque podemos fazer ainda mais. Que o calor do aconchego da saudade que Deus hoje nos proporciona viver, mas de forma verdadeira e não de nos intimidar, nos ajude a ir para frente, crescer e estarmos unidos. Que sua memória nos dê força hoje e sempre.” Homilia do padre Carlos Panassolo, pároco na Paróquia São Sebastião, na Missa de corpo presente do padre Francisco, ocorrida no dia 9 de agosto de 2017.


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Forania Nossa Senhora do Rosário

Paróquias das cidades de Águas de Lindóia, Lindóia, Monte Alegre do Sul e Serra Negra

FESTA DO SENHOR BOM JESUS FOI GRANDE SUCESSO

A Festa do Senhor Bom Jesus neste ano foi um sucesso! Houve uma extensa programação que começou no dia 27 de junho, com a saída da imagem peregrina do Senhor Bom Jesus para visitar todas as comunidades. Uma novidade neste ano foi a Gincana do Bom Jesus, que envolveu todas as Comunidades e seus moradores, em um dia todo de alegria e participação, com a coleta de produtos, brincadeiras e desafios, onde o mais importante aconteceu: a unidade e a comum união das comunidades para um bem maior. A novena teve início no dia 28 de

julho, com participação de padres convidados, comunidades e setores; e no dia da festa, 06 de agosto, nosso bispo diocesano Dom Luiz Gonzaga Fechio nos concedeu o privilégio de presidir à Santa Missa Solene às 10h00, que foi concelebrada pelo reitor do Santuário, padre Érique Fernando Bordini, e contou com a participação dos seminaristas Fabrício e Rodolfo. Com mais de 500 fiéis, romeiros e visitantes, e ainda com romeiros vindos a pé de Serra Negra, como de costume, o Santuário ficou pequeno. Dom Luiz agradeceu a todos por estarem no Santuário: “Hoje o nosso

Santuário fica muito mais bonito por causa de VOCÊ estar aqui!”. Lembrou a beleza da transfiguração do Senhor, que viria (com a ressurreição) após a desfiguração de Sua Paixão e Morte na Cruz. Também nos lembrou da importância da imitação de Cristo para entrarmos no Santuário do Céu: ‘ninguém vai entrar no Santuário do Céu por causa da roupa, por causa do título, por causa dos estudos, por causa de ser uma pessoa mais ou menos importante para os outros; a gente vai entrar no Santuário do Céu, por quê? Por aquela palavrinha, muito simples, que a gente não pode esque-

cer, aquela que vem de Jesus: “Bom”, o Bom Jesus!” Às 17h00 houve a segunda Missa Solene, presidida pelo reitor do Santuário, padre Érique, com a participação dos seminaristas Aluã, Fabrício, Juliano e Rodolfo, e de mais de 600 fiéis, romeiros e visitantes. Ao final da Missa, acompanhada pela Banda Santa Cecília, houve uma procissão pelas ruas do centro de Monte Alegre do Sul, com a participação de mais de 2000 pessoas! Com a bênção final nas escadarias do Santuário Diocesano, foi encerrada a Festa com uma belíssima queima de fogos.

SANTUÁRIO DIOCESANO INAUGURA NOVAS SALAS DE CATEQUESE No dia 27 de julho, após a Santa Missa da chegada da imagem peregrina do Senhor Bom Jesus, houve a inauguração das novas salas de catequese, uma necessidade crescente do Santuário para atendimento da forte demanda. Com grande esforço do reitor do Santuário do Senhor Bom Jesus, padre Érique Fernando Bordini, e a colaboração maciça de todos os fiéis, o que era necessidade se torna realidade para um melhor acolhimento e formação de nossos catequizandos, e um melhor acolhimento para diversas pastorais e movimentos que

necessitavam de salas para suas reuniões e encontros.

Foram construídas 4 salas: Sala Nossa Senhora da Conceição Apare-

cida, Sala São José, Sala Santa Rita e Sala Santa Terezinha. Com a construção das salas aproveitou-se também para a reforma do Salão Paroquial, que há muito tempo necessitava de ampliação e melhorias. O novo salão foi inaugurado no dia 23 de julho, com um delicioso almoço tropeiro durante o qual foram servidas mais de 600 refeições! Temos agora nova infraestrutura e novos equipamentos, com maior espaço e mobilidade para a preparação das refeições em um ambiente mais acolhedor.


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Forania Nossa Senhora do Rosário

Paróquias das cidades de Águas de Lindóia, Lindóia, Monte Alegre do Sul e Serra Negra

FESTA EM HONRA A NOSSA SENHORA DAS BROTAS A Paróquia Nossa Senhora das Brotas, na cidade de Lindóia, celebra sua padroeira com grande alegria de 30 de agosto a 10 de setembro. Conheça a origem dessa devoção mariana. Segue a síntese de um escrito do Frei Agostinho de Santa Maria, em seu agiológio: “Pelos meados de 1.400, havia no sítio da Vila das Águias, em Além-Tejo, Portugal, um humilde pastor vaqueiro, que sustentava sua família com o leite de uma vaca. Um acidente num despenhadeiro fez com que esse animal fosse à morte, sendo encontrado no sopé da montanha onde caíra. Aflito, o vaqueiro fez súplicas à grande Mãe de Deus, para que salvasse sua vaca; no que foi prontamente atendido. Em sonhos lhe aparece a Senhora, consolando-o e dizendo-lhe: “Não temas, vai chamar

todas as pessoas e quando aqui estiverem, verão que tua vaca está viva e pastando no sítio da Vila das Águias. Dito e feito tudo, Ela lhe apareceu na visão de uma formosa donzela, muito mimosa e com a aparência de sua Assunção, em cima de um pinheiro, no dia 08 de setembro de 1471. Foi assim que, de Portugal, propalou-se muitíssimo a devoção a Nossa Senhora das Brotas, conforme título por Ela mesma escolhido, visto haver muitas brotas (flores liliáceas) naquela região.” NOSSA SENHORA DAS BROTAS DE LINDÓIA Entre nós, principalmente em São Paulo, “brotas” tem o sentido de “olhos d’água”, nascentes de água. Por paralelismo com as nascentes de águas salutares da região lindoiana,

conclui-se, historicamente, ter havido uma transferência entre a palavra “brotas” em Portugal e “brotas” no Brasil. Em Lindóia, o título da Paróquia foi oficializado quando de sua criação canônica em 1898: “Nossa Senhora das Brotas de Lindóia”. No 1º cinquentenário da Paróquia foi erigido, na Praça da Matriz, um monumento com a Imagem de Nossa Senhora das Brotas, que fica no alto, sobre uma base de mármore. Encontra-se gravada nesse monumento a seguinte inscrição: Fui proclamada Rainha de Lindóia e me constituíram Padroeira. “Posuerunt me custodem” (MDCCCXCVIII- MCMXLVIII). A devoção a Nossa Senhora das Brotas é intensa em toda a região, e quem a Ela se dirige em súplicas por sua intercessão junto a Deus, nunca deixou de ser atendido.

PASTORAL DA SAÚDE FAZ PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO SENHOR BOM JESUS Aconteceu no dia 02 de julho, domingo, a peregrinação anual dos agentes da Pastoral da Saúde de nossa Diocese de Amparo ao Santuário do Senhor Bom Jesus, em Monte Alegre do Sul. Estiveram presentes 125 agentes da Pastoral da Saúde de diversas paróquias da diocese. O encontro iniciou-se às 08h30 com Missa presidida pelo padre Érique Bordini, pároco e reitor do Santuário Diocesano, e concelebrada pelo padre Wellington Gustavo de Souza, assessor diocesano da Pastoral da Saúde. Após a missa, padre Wellington refletiu sobre a Virgem Maria como modelo de visitadora. Em seguida realizou-se uma hora santa, e o encontro foi concluído com um saboroso almoço no salão do Santuário. A Pastoral da Saúde é a ação

evangelizadora de todo o povo de Deus, comprometido em promover, preservar, defender, cuidar e celebrar a vida, tornando presente no mundo de hoje a ação libertadora de Cristo na área da saúde. Tem como objetivo “evangelizar com renovado ardor missionário o mundo da saú-

de, à luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos, participando da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida” (GPS, 2010, n. 89). É uma ação solidária que ultrapassa os limites pessoais e familiares, pois deve se estender para a ação comunitária. Deve atingir a luta

pelos direitos fundamentais no campo da saúde. Deve trabalhar a saúde integral e integrada. A tarefa da Pastoral da Saúde é promover, cuidar, defender e celebrar a vida, tornando presente na história o dom libertador e salvífico de Jesus, sendo humanizadora e evangelizadora, e deve “tornar presente os gestos e as palavras de Jesus misericordioso, e que infunde consolo e esperança aos que sofrem” (GPS, 2010, p. 16). Anuncia o Deus da vida e promove a justiça e a defesa dos direitos dos mais fracos e dos doentes. Quando Jesus enviou os apóstolos, mandou que curassem os doentes como sinal inequívoco da presença do Reino, conforme o Evangelho de Marcos (10,1). Em sua missão de pregar o Reino e curar os doentes, Jesus reintegrava as pessoas à sociedade.


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

FORANIA SÃO JOSÉ CELEBRA MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS AO 20º ANIVERSÁRIO DA DIOCESE No dia 20 de agosto, dia em que a Igreja celebrou a Assunção de Maria, as paróquias da Forania São José se reuniram na Matriz de Santa Cruz, na cidade de Mogi Mirim, para a Missa de Encerramento da Semana Nacional da Família e em Ação de Graças em comemoração ao aniversário de 20 anos de criação e instalação de nossa diocese. A Celebração foi presidida pelo bispo Dom Luiz Gonzaga Fechio e contou com a presença das Paróquias São José, Senhor Bom Jesus do Mirante, Imaculada Conceição Aparecida, São Pedro Apóstolo, São

Joaquim e Santana, São Benedito e Santa Cruz. A manhã começou com a Oração do Terço, onde as crianças de todas as Paróquias ofertaram uma flor a Nossa Senhora Aparecida a cada oração, em comemoração pelo Tricentenário da manifestação e da pesca milagrosa em Aparecida. Logo após o Santo Terço, todos saíram em caminhada pelas ruas laterais da igreja matriz em defesa da família. As Crianças da Catequese das sete paróquias levaram cartaz de incentivo e de amor à família. A Pastoral Familiar abriu a caminhada pedindo mais amor em

nossas famílias. A igreja ficou pequena para o grande número de fiéis que vieram participar dessa manhã de oração. A Santa Missa foi marcada pela emoção da entronização da imagem da Mãe Aparecida e também pela formação da palavra FAMÍLIA, quando toda a Igreja cantou a Oração pela Família. Em sua homilia, Dom Luiz ressaltou que devemos ter nossa Mãe Santíssima protegendo nossas famílias, que devemos confiar no amparo e carinho daquela que se entregou a Deus em sua missão e que devemos seguir o exemplo de Maria em nosso

Lar. No final da celebração, foi feita a Oração Jubilar dos 20 anos da Diocese de Amparo. Confira as datas das celebrações nas demais foranias da diocese: Forania Nossa Senhora da Penha: 08 de setembro às 19h, na Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Itapira. Forania Nossa Senhora do Rosário: 1º de novembro às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Serra Negra. Forania Jesus Bom Pastor: 26 de novembro às 15h, no Ginásio Esportivo do Trabalhador (Bolão), em Amparo.

SÃO PEDRO APÓSTOLO REALIZA ENCONTRO DE FORMAÇÃO COM OS AGENTES DO DÍZIMO A Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim, realizou, no dia 23 de julho, um encontro de formação para os agentes da Pastoral do Dízimo. O encontro foi conduzido pelo Assessor da Pastoral do Dízimo, padre Leandro Torres, da Paróquia Santo Antônio de Pádua, Pedreira, a convite do pároco, padre Francisco Silvestre.

Dezenas de agentes participaram. Durante o evento, padre Leandro reforçou a importância de assumirmos uma consciência prática e de gratuidade sobre o dízimo, para que o dizimista compreenda, com amor, as dimensões do dízimo: administrativa, religiosa e missionária. O encontro terminou com a celebração da Santa Missa.


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

GRUPO DE PARTILHA PROMOVE LIMPEZA DE PRAÇA O Grupo de Partilha da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim, promoveu no dia 5 de agosto a limpeza de uma praça localizada no Jardim Maria Bonatti Bordignon, próximo à igreja matriz. Diversas pessoas da paróquia participaram da ação, que é um gesto concreto dentro da proposta da Campanha da Fraternidade 2017, que tem como tema

“Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). O objetivo do grupo é continuar com o trabalho de manutenção da área verde e realizar o plantio de mudas de outras plantas, tornando o local mais bonito e limpo para que possa ser utilizado pela comunidade do bairro.

FAMÍLIA: COMPROMISSO QUE FORTALECE A UNIÃO CONJUGAL O 2º Encontro de recém-casados, realizado pela Pastoral Familiar da Paróquia São Benedito, em Mogi Mirim, aconteceu no dia 15 de julho, com palestras ministradas por Valete e Ana, agentes da pastoral familiar da Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, sobre a divisão das funções entre os casais e suas responsabilidades. Já Anísio e Antônia, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados de Itapira, trouxeram a importância do compromisso assumido no altar. A programação incluiu animação com música, a partilha em grupos sobre assuntos do dia a dia e a apre-

sentação de uma peça teatral ilustrando a vida de recém-casado. Os casais participaram também

da Santa Missa, presidida por Frei Cristiano Piva Oshiro, que com a bênção e aspersão enalteceu a im-

portância da família. O objetivo do encontro foi fortalecer a caminhada matrimonial, que é frágil nos primeiros anos do casamento. Através de uma avaliação no final do encontro, os casais informaram que o encontro foi muito positivo e a troca de experiências com outros casais foi importante, fortalecendo a união conjugal. A Pastoral Familiar sente-se fortalecida com a realização do encontro. As atividades continuaram com a realização da Semana Nacional da Família, de 13 a 19 de agosto, com o tema: Família, uma luz para a vida em sociedade.

ORDEM FRANCISCANA SECULAR SÃO DAMIÃO ELEGE NOVO CONSELHO Foi realizado no domingo, 02 de julho, em Mogi Mirim, no Seminário Nossa Senhora de Fátima, o Capítulo para escolha do novo Conselho da Ordem Franciscana Secular São Damião, sob a égide do Assistente Espiritual Regional, Frei José Orlando Longarez OFM - CAP. e da Sra. Angelina Lopes Costa, delegada do ministro regional Antônio Júlio Martins. Os conselheiros eleitos são: Ministra - Sra. Fátima Cecilia Leonello Victal; Vice Ministra - Sra. Maria Ân-

gela R. Ackermann; Tesoureiro - Sr. Aluísio Victal; Secretária - Sra. Sônia Maria L. Davoli; SEI - Sr. Benedito Ismael da Silva; Mestre de Formação Sra. Marlene S. C. Gonçalves; Promoção Vocacional - Sra. Dora Siqueira. Que um tempo de Paz e Bem seja o que este Novo Conselho tenha. Parabéns, também, ao agora ex-ministro Pedro Mariano, que, junto com sua equipe, tão bem conduziu a Fraternidade São Damião de Mogi Mirim! Paz e Bem!


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Forania São José

Paróquias da cidade de Mogi Mirim

PARÓQUIA TEM DOIS DELEGADOS INSCRITOS NO 14º INTERECLESIAL DAS CEBS Nos dias 29 e 30 de julho, dois agentes de pastorais, Edmilson Luís, da comunidade Matriz da Imaculada Conceição Aparecida e Maria das Graças, da comunidade São Pedro do Assentamento 12 de Outubro no Horto Vergel, representaram a Paróquia Imaculada Conceição Aparecida e nossa Diocese de Amparo no 31º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Sub Região Pastoral CNBB Campinas, que aconteceu na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na cidade de São Carlos, Diocese de São Carlos, e que teve como Tema: “CEBs e os desafios das cida-

des da Sub Região Campinas”. Ambos os agentes também são delegados, junto com outras 63 pessoas das diversas comunidades do Sub Regional Campinas, do 14º Intereclesial das CEBs, que acontecerá de 23 a 27 de janeiro de 2018, na cidade de Londrina – Pr., com o tema: CEBs E OS DESAFIOS DO MUNDO URBANO; e o lema, que também iluminou a reflexão do 31º encontro de Campinas, é: “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). O próximo encontro de preparação para o 14º Intereclesial será na cidade de Jales-SP, com a partici-

pação de cerca de 400 delegados de todo o Regional Sul 1.

Confira abaixo a Carta do 31º Encontro:

CARTA DAS/OS PARTICIPANTES DO 31º ENCONTRO DE CEBS DA SUB-REGIÃO DE CAMPINAS “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127, 1) Iniciamos nosso encontro com 144 agentes, homens e mulheres vindas/os de todos os cantos das dioceses de Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e da Arquidiocese de Campinas. Nos dias 29 e 30 de julho de 2017, fomos acolhidas/ os na Diocese de São Carlos, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, localizada no bairro Cidade Aracy, município de São Carlos, onde nos reunimos para refletir os desafios, preocupações e as esperanças das cidades da Sub Região Campinas num contexto de profunda crise política, econômica e social. Em seguida o padre José Reinaldo, pároco da igreja Nossa Senhora de Guadalupe, acolheu-nos contando a história da comunidade, que fica em uma área de proteção ambiental, sobre o Aquífero Guarani, “Em um lugar onde decidiram colocar os empobrecidos, um bairro marcado

por problemas sociais, como tráfico de drogas, a prostituição, e a pobreza extrema”, contando hoje com cerca de 45 mil habitantes. Fomos assessorados (as) pelo professor e companheiro de caminhada Arnaldo Valentin, que nos provocou a olhar o documento texto base para o 14° Intereclesial das CEBs, e relacionar com alguns dados da região metropolitana de Campinas e das grandes cidades ao seu redor, que formam o cinturão caipira. Assim percebemos que a realidade urbana das nossas cidades nos desafia cotidianamente. Vivemos inúmeras situações degradantes geradas pelas desigualdades, principalmente nas periferias dos grandes centros urbanos. Todavia somos chamados a ser sinal de esperança na vida do povo sofrido de Deus. Por estarmos próximos de grandes polos tecnológicos, grandes indústrias, as principais rodovias, e as melhores universidades, podemos dizer que moramos em uma das regiões mais ricas do país, onde as

contradições de pobreza e riqueza são visíveis. Ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico e tecnológico chega, a vulnerabilidade social aumenta. Mesmo a região metropolitana de Campinas e as cidades em seu entorno, tendo um PIB de aproximadamente 142 bilhões em 2013, apenas 20% da população concentram a maior parte da riqueza, o que faz com que tenhamos ainda hoje, por exemplo, uma alta taxa de mortalidade infantil. Reféns de um sistema político institucional falido, nossas perspectivas de futuro tendem a ser pessimistas, pois sentimos na pele a falta que reformas estruturais fazem no desenvolvimento de um projeto de sociedade que garanta uma vida digna para as pessoas. No domingo pela manhã, reunidos com os irmãos e irmãs que tornaram possível a realização deste encontro, com as famílias e comunidades de vida que nos acolheram, com a presença do bispo da diocese

de São Carlos, Dom Paulo Cézar, celebramos a partilha da Palavra e da Ceia do Senhor. Arnaldo Valentim nos apresentou as diversas faces de Paulo de Tarso, um trabalhador, fabricante de tendas, um articulador de grupos, inconformado com as desigualdades sociais, apaixonado por Jesus de Nazaré, formador de processos circulares, de redes de comunidades, um cidadão que apesar das mazelas possuía um olhar positivo sobre a cidade. Inicia-se um novo ciclo e como discípulos e discípulas missionárias de Jesus Cristo somos chamados a juntos assumirmos a agenda colocada pelo Papa Francisco, “Nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos” sem perder de vista a perspectiva de ampliá-la para as nossas diversas realidades (estudantil, sindical, movimentos sociais, etc) a fim de unificar nossas lutas na reconstrução da nação. São Carlos/SP, 30 de Julho de 2017


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Paróquias da cidade de Mogi Mirim

PASTORAL FAMILIAR E CATEQUESE REALIZAM REZA NAS CASAS Entre os dias 05 e 12 de agosto a Pastoral Familiar e a Catequese da Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, em Mogi Mirim, realizaram a reza de Terços em diferentes lugares. No dia 05, na Capela de São Pedro no Assentamento 12 de Outubro, no Horto Vergel; no dia 06, no Projeto Maguila, na periferia do Parque das Laranjeiras; no dia 07 à noite, e dia 12 pela manhã e tarde, em casas nas proximidades da Igreja Matriz da Imaculada Conceição Aparecida; no dia 08, à noite, em casas no Loteamento Linda Chaib, próximo à Igreja

da comunidade Espírito Santo, e no dia 09, à noite, em casas do Parque

das Laranjeiras, próximas à Igreja da comunidade de Santo Expedito.

Foram visitadas 30 casas de pessoas que por algum motivo têm dificuldade para estar mais próximas da comunidade: idosos, doentes, famílias em situação de luto e outros motivos. O objetivo desse movimento foi animar e aquecer para a Semana Nacional da Família, que aconteceu de 13 a 20 de agosto. O encerramento ocorreu com todas as Paróquias da forania São José reunidas na Matriz da Paróquia de Santa Cruz, dia 20, com reza do Terço e Missa presidida por Dom Luiz Gonzaga Fechio.

ENCONTRO VOCACIONAL NO SEMINÁRIO FRANCISCANO Jovens crismandos, coroinhas e acólitos das Paróquias São Benedito e Senhor Bom Jesus do Mirante se reúnem todo primeiro domingo do mês no Seminário Franciscano da Terceira Ordem Regular de Mogi Mirim, para Encontro Vocacional. Frei Cristiano Piva Oshiro e os seminaristas Carlos Eduardo e Leandro Uber apresentaram, no dia 02 de julho, a vida e missão dos apóstolos Pedro e Paulo e conduziram dinâmicas com as quais os jovens partilha-

ram a experiência e o exemplo que os discípulos de Jesus deixaram em

nossas vidas. Com muita alegria fizeram uma

confraternização com a participação dos pais, que gentilmente elaboraram o lanche dos jovens. Depois prepararam a liturgia da Santa Missa na Solenidade de São Pedro e São Paulo. Para o coordenador dos coroinhas da Paróquia São Benedito, Wellington de Oliveira, esta é uma experiência gratificante, pois une os jovens para um estudo bíblico, convivência fraterna e o carisma franciscano, na oportunidade de estarem juntos no seminário da T.O.R.

SÃO PEDRO APÓSTOLO VIVE SEMANA DA FAMÍLIA A Semana Nacional da Família, realizada de 14 a 20 de agosto, teve uma programação especial na paróquia São Pedro Apóstolo em Mogi Mirim. Temas como o Perdão, a Misericórdia, a Reconciliação, a Oração e Nossa Senhora foram refletidos pelas pastorais em comunhão com os participantes. No dia 17 de agosto, as famílias se reuniram também para adorar Jesus Eucarístico. O Santíssimo Sacramen-

to foi exposto às 15h, e às 19h padre Francisco Ronaldo Silvestre celebrou a Missa com a comunidade. No dia 19, o casal Amanda e Gilmar, da Diocese de Santo André, refletiram sobre o tema “A família a serviço do Senhor diante das tribulações da vida”. Casais, jovens e crianças enriqueceram os encontros com sua presença, demonstrando, de fato, o verdadeiro valor da família.


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Paróquias da cidade de Mogi Mirim

COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA CELEBRA FESTA DA ASSUNÇÃO Orações e encontros marcaram as festividades de Nossa Senhora Aparecida, na comunidade rural que leva o nome de Nossa Senhora, no bairro do Cavenaghi, em Mogi Mirim. A comunidade faz parte da Paróquia São Pedro Apóstolo. Festejar Maria em sua Assunção é uma tradição de muitos anos no local. Todos os anos a comunidade realiza o tríduo em louvor a Nossa Senhora Aparecida,

com a coroação de Maria como rainha da Igreja e das famílias e a celebração da Eucaristia na Solenidade da Assunção, que, este ano, realizou-se no dia 19 de agosto. Ao final da celebração, as crianças da catequese relembraram os milagres de Nossa Senhora Aparecida, desde a sua aparição em 1717, em Guaratinguetá. Uma pessoa da comunidade também testemunhou uma graça alcançada

por intercessão de Maria Santíssima, quando de uma visita recente ao Santuário Nacional de Aparecida. O testemunho teve como propósito lembrar que Nossa Senhora continua intercedendo pelos seus filhos devotos, levando-os até Jesus Cristo. Após a Missa, a programação social reuniu os participantes para, em clima amigo e familiar, aproveitarem a tradicional quermesse.

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Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse

4ª FESTA JOANINA LEVA A EFEITO REALIDADE PRIMITIVA DA IGREJA Em meados do século sexto da era cristã, alguns missionários da Igreja foram enviados para o norte da Europa para evangelizar e converter pessoas envolvidas com o paganismo. Lá, notaram que o povo comemorava, no dia 24 de junho, a deusa Juno, que fazia parte dos antigos deuses romanos, e essas festas eram chamadas de “Junônias”. Essa data coincidia com o chamado Solstício de Verão, época em que o sol se afasta ao máximo da linha do equador, e torna a terra mais fértil para a cultura das plantas e colheitas. Tendo notado essa tradição pagã, esses missionários, para ofuscar e fazer esquecer esse idolátrico costume, sugeriram à Igreja oficializar a comemoração do nascimento de São João Batista, que nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, e tornar, assim, essas festas mais “joaninas”, valendo-se da passagem de 1Jo 5, 18.21: “Nós sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca; o Gerado por Deus o guarda e o Maligno não o

pode atingir. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos...” No Brasil, já desde alguns anos até o presente momento, essa cristianização da forma de comemorar os frutos da terra foi adotada, principalmente, pelos povos dos sertões nordestinos que inseriram danças, comidas, vestimentas, entre outros aspectos que lhes são peculiares, por influência de países como Portugal, e marcam essa festividade como um referencial da nossa cultura. A Paróquia Santa Maria de Jaguariúna realizou um eficaz esforço

para explorar as belezas dessa festividade com a criatividade de seus agentes de pastorais e fiéis, que se propuseram tornar realidade um momento de comunhão festiva entre si, ao mesmo tempo em que louvavam a Deus através da honra e memória desse santo tão importante na história da Salvação. Nosso Senhor diz: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior que João, o Batista...” Mt 11, 11. Nos dias 23, 24 e 25 de junho, após as Missas do Tríduo em honra a São

João Batista, aproximadamente 120 agentes se comprometeram em alegrar a 4ª Festa Joanina com muito amor e animação no desempenho de suas tarefas, desde o planejamento e logística até o atendimento nas barracas, que estavam personalizadas. Após o final da Missa de abertura do Tríduo, a Quermesse iniciou-se com o acendimento de uma enorme fogueira que, segundo o padre Milton Modesto, deve aumentar a cada ano. Contou com um número expressivo de participantes em todos os dias de sua execução, tanto nas atividades litúrgicas, quanto na quermesse. A quadrilha foi, sem dúvida, dentre os muitos, um dos momentos mais divertidos da festa, e no final todos interagiram com os que estavam apenas assistindo à dança. Poucos dias após a festa, todos os envolvidos com as atividades litúrgicas e a Quermesse se reuniram, com seus familiares, para um alegre almoço com churrasco no estacionamento da Igreja Matriz.


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Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse

FESTVOC ANIMOU DIOCESE NO MÊS VOCACIONAL A Pastoral Vocacional Diocesana (PV) realizou no dia 20 de agosto o III FestVoc, com o tema “Fazei tudo o que Ele vos disser”, inspirado pelo ano Mariano que vivemos em 2017. Este evento ocorre anualmente no mês dedicado às vocações, na Diocese de Amparo. Nesta terceira edição, em Jaguariúna, contou com a presença de aproximadamente 200 jovens de diferentes cidades, sendo mais expressivamente de Amparo, Pedreira, Santo Antônio de Posse, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul e Itapira. As atividades desenvolvidas envolveram os jovens durante todo o dia. A animação se deu pela entusiasmada condução de Lucas Lastória e do Ministério Obra Nova da Comunidade Missão Athos2, que também falou aos jovens sobre o tema do evento. Ainda pela manhã, houve a pregação “O Caminho se faz caminhando”, pelo carismático Fernando Henrique Pinto, da Comunidade Amor Fraterno. Após o almoço os participantes cantaram e se divertiram com a encenação da Missão Athos2, e depois foram convidados a participar das oficinas ministradas pelos membros da PV - Thaís, Susana, Juninho e João

Marcelo, sobre o tema “As vocações e o Corpo Místico de Jesus”, momento ímpar para que os jovens refletissem sobre seu papel na Igreja. O FestVoc proporciona, tradicionalmente, que os jovens possam conhecer as diferentes vocações da Igreja, por meio de uma exposição preparada pelas congregações religiosas, comunidades de vida e seminaristas. Neste FestVoc estavam presentes, com seus stands, o Seminário de Filosofia e Teologia São José (Diocese de Amparo), as Congregações de religiosas das Irmãs Salvatorianas do Divino Salvador de Jaguariúna; as Irmãs Dominicanas de Santa Ca-

tarina de Sena (Amparo) e as Irmãs Franciscanas (Amparo), além das Comunidades de Vida: Pantokrator (Jaguariúna), Amor Fraterno (Mogi Mirim), Missão Athos2 (Pedreira) e a Comunidade Recado da cidade de Tatuí (Diocese de Itapetininga), que viajou aproximadamente 150 km para prestigiar o evento! Durante todos os momentos e atividades do FestVoc, padre Carlos Roberto de Oliveira, assessor eclesiástico da PV, esteve presente interagindo e atendendo aos jovens, como também registrou-se a visita do padre Leandro Torres (Paróquia Santo Antônio de Pádua de Pedreira),

padre Bruno Gandolphi (Paróquia Santa Rita de Itapira) e padre Edson Andretta (Reitor do Seminário Diocesano São José de Filosofia e Teologia – Diocese de Amparo), tornando acessível a convivência fraterna e amigável dos presbíteros junto à juventude presente. O ápice do encontro, o momento da comunhão, é sempre a Celebração Eucarística, que foi presidida pelo estimado bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e concelebrada pelo padre Carlos. Dom Luiz envolveu os jovens e demais presentes com sua alegria, falando a respeito de Maria e sua corajosa atitude, quando ainda muito jovem, de dizer sim a Deus num gesto de fé desmedida. Com isso, Dom Luiz procurou incentivar os jovens a buscarem o caminho certo, da verdade e do Amor. O FestVoc cumpriu novamente a missão de proporcionar um momento diocesano de reflexão e resgate das consciências para o fato de que todo cristão é um vocacionado. A Pastoral Vocacional continua o trabalho de animar vocações. Você pode conhecer mais sobre esta evangelização na fanpage: facebook.com/vocacionalamparo ou em contato pelo e-mail: vocacionalamparo@gmail.com


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Forania Nossa Senhora da Penha Paróquias da cidade de Itapira

MOVIMENTO HORA DA GRAÇA COMPLETA 60 ANOS O Movimento das Senhoras da Hora da Graça na Paróquia Santo Antônio começou em 1957, com a vinda da Irmã Guiomar Faria para Itapira. Ela veio para o Colégio Santo Antonio, e pertencia à Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. Nas quintas-feiras, Irmã Guiomar reunia as senhoras na Capela do Colégio Santo Antônio. Passado algum tempo, cônego Mateus Ruiz Domingues convidou o Movimento a se reunir na Igreja pelas quartas-feiras às quinze horas, exatamente como acontece nos dias de hoje. A coroa das Sete Dores de Nossa Senhora teve origem na ordem dos Servitas, os Servos de Maria, nos meados do século XIII. Compõe-se de sete partes ou séries de grãos, cada uma formada de um Pai-Nosso e sete Ave-Marias, em memória das sete dores da Santíssima Virgem. Nos arquivos do movimento, existe um “santinho” que tem Nossa Senhora das Dores na frente, e atrás as mulheres escreviam seus nomes, comprometendo-se a se reunirem para essa Hora da Graça. Em um dos “santinhos”, no ano de 1940, foi encontrado junto com o nome das senhoras o nome de Dom Francisco de

Campos Barreto, bispo diocesano de Campinas na época. Também existiam folders do ano de 1949, elaborados por Monsenhor Luís de Moura, Vigário Geral dessa Congregação. A Hora da Graça foi instituída como um momento em que as pessoas se comprometem em meditar e contemplar as dores de Maria no Calvário. E nesse momento de devoção e meditação, muitas rezam para pessoas que necessitam de oração, com problemas no trabalho, doenças graves, aflitos, angustiados, enfim, essas mulheres também colocam seus pedidos, mas se reúnem não somente para rezarem para si mesmas, e sim para meditar e contemplar as Dores de Maria em prol das pessoas que necessitam de oração. Toda

quarta-feira os pedidos de oração são colocados em um vidro com incenso e no final do mês esses pedidos são queimados num momento de oferecimento das orações. Esse movimento está se concretizando com sessenta anos sem interrupção nenhuma, ou seja, há sessenta anos, nas quartas-feiras às três horas da tarde, mulheres se reúnem para rezarem juntas as Sete Dores de Maria. No Jornal de comemoração dos cinquenta anos se diz que o Movimento foi fundado em 1957. O grupo até hoje mantém muitas das tradições do passado e o seu objetivo principal, que é orar pelos necessitados, ainda se mantém. A fundação foi feita pelas freiras Irmã Maria

Aparecida Schimitiue, já falecida, e Irmã Guiomar Faria, que estava com 91 anos nessa comemoração. Nas tardes de quartas-feiras, além dessa reunião das mulheres para rezar pelos necessitados, existe uma catequese, segundo um tema determinado, ou a própria liturgia da semana, advento, quaresma. A catequista dos dias de hoje é a Sra. Gilmere Zachi. Há também o momento da comunhão eucarística, no qual recebem a hóstia consagrada das mãos de algum Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. Além disso, antes de Pentecostes, todos os anos fazem a novena do Espírito Santo. Desde que começou, esse grupo foi aumentando, e houve épocas em que a frequência era de setenta pessoas. Atualmente a média é de quarenta a quarenta e cinco pessoas, que toda quarta-feira se reúnem na Matriz de Santo Antônio para rezar as Sete Dores da Coroa de Nossa Senhora das Dores. Existe uma amizade muito grande entre elas. Muita solidariedade, respeito e ajuda mútua. Elas se reúnem também em retiros, festividades, aniversários, romarias. Bendizemos a Deus pelos sessenta anos do Movimento Hora da Graça!

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PENHA REALIZA RETIRO PAROQUIAL No dia 30 de julho aconteceu o Retiro Paroquial com as comunidades da Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, Igreja Santa Cruz e São Sebastião na cidade de Itapira, tendo como tema “Maria, ícone da Igreja!”, e como lema “Bem-Aventurada aquela que acreditou (Lc 1,45)”. O Retiro foi preparado, organizado e coordenado pelo seminarista Everton Nucchi, com a supervisão do sempre dinâmico padre João Gon-

çalves da Silva, pároco na Paróquia Nossa Senhora da Penha. Foram momentos de reflexão e silêncio, sempre tendo Maria como referência de escuta, decisão e ação caminhando junto ao povo. Dois momentos marcantes foram: o terço, realizado ao ar livre em procissão, passando por cinco pontos preparados com a imagem da Virgem Maria, e a Consagração final com a Coroação de Nossa Senhora

Aparecida. Participaram do retiro cerca de 60 pessoas. Agradecemos à comunidade Bom Jesus, ao Educandário Nossa Senhora Aparecida, e ao padre Tarlei Navarro Pádua Souza, pároco na Paróquia Santo Antônio, pela gentileza de ceder o espaço agradável e bom para rezar. E em especial agradecemos ao seminarista Everton pela excelente orientação e condução do Retiro.


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Artigo EU VI O SENHOR! Eu vi o Senhor! Vi com os olhos da fé! Vi com os olhos do coração! Vi com os olhos da carne. Vi o Senhor encarnado em crianças paridas em barracos, sem ter o que vestir. Ouvi seu perturbador grito de fome em lábios que não sabem falar, mas que já reclamam seu direito inalienável. Vi-o agonizando na porta de minha casa, engasgado há dois dias, com um espinho de peixe, emitindo um ruído que não abandona jamais a minha memória, tomando ciência, dois dias depois, de seu triste falecimento. Vi-o dormindo o sono da morte, ao lado de Marias, que choravam a partida prematura de seus bebês, que tiveram o futuro ceifado, em pequeninos caixões, que abrigavam, junto com o corpo, seus poucos pertences. Vi-o em covas cobertas pelo mato, sinalizando seus tão diferentes nomes, em cruzes de madeira apodrecidas, onde estavam escritos nomes que não mais podiam ser lidos, porque o tempo se encarregou de apagá-los; ao lado de tantas outras pequenas sepulturas esquecidas, que nem parecem guardar a sacralidade de um corpo que, como semente, aguarda a primavera da ressurreição.

Vi o Senhor flagelado, perambulando por ruas esburacadas, sofrendo no corpo as consequentes dores do flagelo do álcool. Alguns, inclusive, prostrados no chão, em suas incontáveis quedas. São pais, esposos, filhos. São mães, esposas, filhas. São filhos de Deus, envenenados por seus próprios irmãos, que descobriram, na maldição desse vício, uma segura fonte de renda. É o mercado da morte, que aceita o bolsa-família, como paga para destruir a família. É o suicídio lento de quem não tem coragem de dar cabo da vida de uma vez por todas, que afeta todos aqueles que estão ligados, por laços familiares, ao viciado. Vi o Senhor carregando sua cruz salvadora, aqui chamada waturá. São mulheres sofridas, que enfrentam o calvário diário do trabalho pesado em suas roças, distantes de seus lares, ao custo do suor do rosto, das lágrimas da preocupação pela escassez e do sangue dos calos de suas mãos, para alimentar os seus. Trabalho este quase nunca reconhecido, que garante a vida daqueles que dela dependem. Por vezes, crianças pequenas. Por vezes, filhos adultos e maridos bêbados, verdadeiros parasitas. Ar-

rastam seus gastos chinelos de dedo pelo asfalto da cidade, depois de terem sido flageladas pelo impiedoso calor do sol, que não se compadece minimamente de seu destino. Vi o Senhor, falando com o Pai, em sua mortal agonia da despedida inevitável, sem ter, sequer, vinagre para beber, implorando resposta Dele. Do outro lado, silêncio. Não se trata de um Deus ausente ou indiferente, mas de um Pai que sofre, sem palavras, junto de seu filho amado. Mas, também vi o Senhor ressuscitar! Vi-o saindo vitorioso do sepulcro do vício, rodeado de pequeninos anjos felizes, seus filhos ou netos,

que anunciam, com o sorriso, o fim de uma triste e lenta sexta-feira de sofrimento e um aparente interminável sábado de desesperanças. Eu vi o Senhor, no sacrário das macas de hospital, no ostensório dos casebres, no tabernáculo das mortalhas, na teca das calçadas, sarjetas e ruas, no altar do colo materno, no cibório dos felizes recomeços, tão divino quanto na sagrada migalha de Pão consagrada por minhas mãos sacerdotais. Padre André Ricardo Panassolo Missionário atuando no Amazonas


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Artigos de Liturgia PARTICIPAÇÃO ATIVA E FRUTUOSA NA LITURGIA Queridos irmãos e irmãs, filhos amados de Deus! Após visualizarmos as três dimensões que compõem a liturgia cristã: experiência com o Ressuscitado, símbolos e gestos, precisamos compreender a necessidade de viver a liturgia por meio de nossa participação ativa e frutuosa. Mas o que é participar ativa e frutuosamente da liturgia? Antes de tudo, é preciso voltar ao Concílio Vaticano II e perceber suas contribuições para a liturgia em cada canto do mundo. Diante da necessidade de renovação na Igreja, o Papa João XXIII convoca e dá abertura, em 11 de outubro de 1962, ao Concílio Vaticano II. Reuniram-se cerca de 2.540 padres conciliares para pensarem e decidirem o futuro da Igreja. O Concílio foi encerrado em 08 de dezembro de 1965 pelo Papa Paulo VI e teve como objetivos: alimentar sempre mais a vida cristã entre aqueles que fielmente participam da vida da Igreja; ajustar melhor às necessidades de nosso tempo tudo o que pode e precisa ser mudado; incentivar ações que ajudem na união de todos os cristãos; e a promoção de ações que ajudem

a chamar pessoas para a Igreja (missão). O primeiro documento conciliar discutido e aprovado foi o Sacrosanctum Concilium – sobre a Sagrada Liturgia da Igreja. Esse documento propõe fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis a partir de uma “participação ativa e frutuosa” nas celebrações. Tudo o que acreditamos, devemos celebrar, e isso dará frutos em nossa vida, pois, a “fé sem obras é morta” (Cf. Tg 2, 26). De modo geral, a partir desse Concílio, toda a Igreja passou por grande reforma, tanto no campo litúrgico, como nos campos pastoral, missionário, eclesiológico e até doutrinário. No campo litúrgico, a mudança principal e significativa foi na tradução dos textos litúrgicos (orações) e bíblicos para a língua local (em nosso caso, o português). A partir de então, o latim deixa de ser a principal língua nas celebrações. Surgem, então, os folhetos de missa para que o povo possa ir compreendendo as diferentes partes da Celebração (ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia sacramental, ritos finais). A participação do povo

aumenta e o “assistir” à missa cede espaço para o “participar” da missa. Deixamos de ser espectadores para ter uma vivência celebrativa mais profunda da fé. Hoje em dia, o maior desafio é criar nos fiéis a consciência de que Liturgia não é só cumprimento de normas e regras, mas abrange a totalidade do mistério que a comunidade vai celebrar, ou seja, é a atualização e celebração do Mistério Pascal de Jesus Cristo (Paixão, Morte e Ressurreição) e a nossa parcela de ação dentro desse mistério de fé que irá dar continuidade ao Reino de Deus já iniciado e anunciado por Jesus. Assim, para melhor promover a participação ativa dos fiéis, nada melhor que incentivar as aclamações do povo; as salmodias; as antífonas ou refrões; os cantos; as ações, os gestos, a postura; e os momentos do sagrado silêncio. Todos esses momentos na liturgia fazem o povo de Deus constituir (formar) a assembleia celebrante que “não fica parada”, mas que está constantemente em louvação a Deus. A participação ativa na liturgia deve ser íntima, profunda e concien-

te de mim e da fé que vivo. Neste sentido, os gestos presentes no rito indicam toda a gestualidade de nossa existência. Na medida em que somos abertos à graça de Deus, somos mais ativos e participativos, percebemos que a corresponsabilidade na comunidade existe e o que fazemos não fica só na exterioridade, pelo contrário, o que fazemos reflete a nossa interioridade, a nossa alma. Por isso, queridos irmãos e irmãs, participem ativamente das celebrações em suas comunidades; é claro que Jesus é o principal e primeiro em nossas celebrações, mas é justamente por meio da nossa participação ativa que manifestamos a ele o nosso amor e o nosso culto. Se assim o fizermos, certamente os frutos irão aparecer em nossa vida. Frutos esses que não são materiais, mas espirituais: frutos de conversão, frutos de alegria, frutos de comprometimento, frutos de fraternidade. Coragem, a liturgia te lança ao anúncio do Reino de Deus! Padre Rafael Spagiari Giron Assessor Diocesano da Pastoral Litúrgica

LIVRO: CREIO – A PROFISSÃO DE FÉ EXPLICADA AOS CATEQUISTAS Escrito pelo padre Humberto Robson de Carvalho e pelo padre Rafael Spagiari Giron, do clero de nossa Diocese de Amparo, o livro “Creio – A profissão de fé explicada aos catequistas”, recém lançado pela Paulus Editora, tem por objetivo contribuir para aprofundar o estudo da profissão da fé confessada nas muitas celebrações litúrgicas aos domingos, dia do Senhor e solenidades da Igreja. Sobretudo, a reflexão convida os catequistas, educadores da fé na missão de discípulos-missionários,

a amadurecer e vivenciar o conteúdo proposto no anúncio do Evangelho. A profissão de fé conhecida por muitos fiéis como o “Credo” (ou o “Creio”), Símbolo dos Apóstolos, sintetiza em doze afirmações tudo aquilo em que o católico crê. Tal profissão é a síntese da fé cristã, professada na primeira pessoa do singular, pois aborda uma afirmação pessoal. É também uma resposta dada à revelação de Deus e que se manifesta por meio da confiança e da entrega de seu povo a Ele. Nessa linha de pensamento, este li-

vro propõe uma reflexão em torno dos doze artigos presentes no Creio. A obra está organizada em pequenos capítulos acompanhados de questões para discussão em grupo após a leitura. Os autores ressaltam que os fiéis devem estar atentos ao conteúdo do Creio, a fim de se ele não se torne uma repetição vazia. Na leitura da obra, os leitores encontrarão um instrumento enriquecedor para esclarecer e fortalecer as verdades da fé. Mais informações no site da editora www.paulus.com.br/loja


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Espaço Catequético OUTUBRO: MÊS DO ROSÁRIO Outubro é o mês do Rosário. Vale a pena refletir sobre esse antigo e sempre novo objeto de piedade. Queremos aqui dizer que entre os cristãos o hábito de contagem das orações apareceu com muita ênfase entre os monges eremitas nos séculos IV e V e, no século X, se espalhou entre o Povo de Deus que rezava, com auxílio de continhas, certo número de Pai-Nossos. Com o tempo, associou-se aos Pai-Nossos a Ave-Maria, oração mariana extraída da Bíblia (Lc 1,24-28), mas ainda sem a Santa Maria (a 2ª parte), que só começou a ser usada bem depois, embora a fé em Nossa Senhora como Mãe de Deus feito homem exista desde a origem do Cristianismo. Prova disso é a oração mariana mais antiga da Igreja, escrita em um papiro adquirido de um vendedor egípcio, em 1917, pela Biblioteca John Ryland, de Manchester. O papiro contém em grego a oração: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus...” (cf. Pergunte e Responderemos n. 457, junho/2000, p. 280-284). Pois bem, voltando ao tema do Terço em si, dizemos que o número de contas de Pai-Nossos e Ave-Marias deu, então, origem ao que veio a ser chamado, no século XIII provavelmente, de Rosário ou coroa de rosas, pois, segundo um relato devoto, um monge cisterciense, ao rezar 50 Ave-Marias (um terço do rosário), via sair de seus lábios rosas que se depositavam na fronte da Vir-

gem Maria, formando n’Ela uma bela coroa. Aqui começa, então, o papel importante dos filhos (frades e leigos) e filhas (monjas e leigas) de São Domingos de Gusmão († 1221) na difusão do Rosário, pois, de acordo com piedosa devoção, este santo o teria

recebido das mãos da Virgem Maria para vencer, com a oração, as doutrinas errôneas de sua época. Fiel ao seu fundador, o Papa dominicano São Pio V (1566-1572) oficializou o Rosário na forma que vigorou até 2002 com as contas e os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Em

2002, o Papa São João Paulo II (19782005) houve por bem acrescentar ao Rosário os mistérios luminosos, que vão do Batismo de Nosso Senhor até a instituição da Eucaristia, ou seja, acompanham os principais pontos da vida pública de Cristo. Mais: o mesmo Pio V instituiu para a Ordem Dominicana o dia 7 de outubro como a Festa de Nossa Senhora do Rosário em gratidão a Deus, que, pela intercessão da Virgem Maria, salvou, por meio da Batalha de Lepanto, a Europa da invasão muçulmana. Em 1716, com o Papa Clemente XI, essa Festa foi estendida a toda a Igreja e, no século XIX, o Papa Leão XIII determinou que o mês inteiro de outubro fosse dedicado, de forma mais intensa, à recitação e à meditação do santo Rosário. O Terço é, portanto, um sacramental, ou seja, um objeto de piedade que a Igreja abençoa. Ele muito depende da fé verdadeira – e não supersticiosa – de quem o carrega consigo. Fazemos, portanto, votos para que cada pessoa desejosa de trazer o Terço consigo também o reze diariamente. Nosso mundo precisa muito de oração. Outubro é o mês missionário. Ora, sem oração, não há como fazer autêntica missão, seja na família, seja na sociedade. Ir. Vanderlei de Lima é eremita na Diocese de Amparo

CÚRIA DIOCESANA FUNCIONA EM NOVO ENDEREÇO DESDE O MÊS DE JULHO A Cúria Diocesana de Amparo está funcionando em novo endereço desde o último mês de julho. Anote aí: RUA BARÃO DE CAMPINAS,

307 - CENTRO, AMPARO/SP CEP: 13900-110 (ANTIGO PRÉDIO DO PATRONATO JESUS CRUCIFICADO) O que é Cúria?

“A cúria diocesana compõe-se das instituições e pessoas que prestam serviço ao Bispo diocesano no governo de toda a diocese, principalmente na direção da

ação pastoral, na administração da diocese e no exercício do poder judicial.” (Código de Direito Canônico-Cân. 469)


24 | O AMPARO

Notícias da Diocese de Amparo ERRADO DAR OS DEZ POR CENTO DOS MEUS GANHOS EM MEU DÍZIMO? O dízimo representa dez por cento do nosso ganho, mas “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria”. (2 Cor 9,7). Com esta citação bíblica queremos que se saiba como entendemos o dízimo. De fato, a palavra dízimo significa “décima parte”. Então vem a pergunta: Por que não contribuímos, obrigatoriamente, com os dez por cento? Simples. A nossa Igreja orienta a partir desta citação bíblica tirada do novo testamento para que examinemos melhor nossa prática com o gesto de doar.

Ofertar, dar alguma coisa a alguém pressupõe disposição, alegria, generosidade e principalmente o reconhecimento, por meio deste gesto, de nosso amor e carinho por este alguém. Com Deus não é diferente. Dar o dízimo conforme o coração é afirmar que o Senhor tem sido providente em todas as horas do meu dia. É Ele que me garante força e saúde para enfrentar os desafios do cotidiano. Por essa e tantas outras bênçãos é que, no mínimo, não deveríamos pensar ou duvidar de quanto ofertamos a Deus. Afinal, ele conhece o nosso coração e, sendo o Senhor de

nossas vidas, conhece a sua real condição. Por isso, convidamos que você faça uma revisão em seu coração e provoque-o a um impulso que tenha um ritmo saudável, e que o gesto de dar o seu dízimo lhe provoque muita alegria, tendo como resposta o amor de nosso Deus. Em resumo, a porcentagem de nossos ganhos que damos como dízimo deve corresponder, por um lado, àquilo que somos capazes de dar com alegria e de coração, e, por outro lado, devemos ter em mente que Deus merece e pede que lhe entreguemos todo o nosso coração e toda a nossa vida. Se nosso cora-

ção pertence a Deus, o dinheiro será para nós um servo, mas nunca um senhor. Por todas essas razões convidamos você, dizimista, para repensar sua contribuição. Como também aquele que não vive essa experiência sinta-se chamado (a) a este gesto de amor. Seja Dizimista. Deus os abençoe. Padre Leandro Lucena Torres ‘Fazei tudo o que ele vos disser’ (Jo 2,5) Assessor da Pastoral do Dízimo Administrador Paroquial – Paróquia Santo Antônio de Pádua/Pedreira


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