O AMPARO INFORMATIVO BIMESTRAL DA DIOCESE DE AMPARO
ANO 3 | # 13 | NOVEMBRO - DEZEMBRO 2017 | www.diocesedeamparo.org.br
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MISSA DA UNIDADE MARCA INÍCIO DO ANO DO LAICATO NA DIOCESE Nossa Diocese de Amparo se prepara para abrir o Ano Nacional do Laicato com evento diocesano no dia 24 de novembro, ocasião de unidade do povo de
Deus de todas as paróquias de nossa Igreja Particular. A Missa da Unidade acontecerá em Amparo, na Matriz de São Sebastião, às 19h30.
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CNBB DIVULGA NOTA SOBRE O ATUAL MPOLÍTICO I S S ADO BRASIL DA UN MOMENTO
IDA DO ANO NACION página 05
DOM LUIZ: 20 ANOS! AVANCEMOS! Confira o editorial de nosso bispo diocesano. página 02
‘NÃO AMEMOS COM PALAVRAS, MAS COM OBRAS’ Mensagem do Papa Francisco para o I Dia Mundial dos Pobres.
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2º PLANO DE PASTORAL CONTA COM LOGO Diocese lança logo referencial do 2º Plano Diocesano de Pastoral. página 02
Campanha para Evangelização será em sintonia com o Ano do Laicato.
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Mensagem da CNBB sobre fundamentalismo e intolerância contra símbolos da fé. Pastorais da Saúde e da Criança realizam encontros diocesanos. 5º Encontro ‘Jesus, o Bom Pastor’, acontece em novembro.
DIOCESE DE AMPARO CELEBRA DIA NACIONAL DA JUVENTUDE Animados pelo tema ”Juventude em defesa da vida dos povos e da mãe-terra”, a juventude diocesana se reuniu nos dias 28 e 29 de outubro para celebrar o DNJ.
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CÁRITAS DIOCESANA ENVIA AJUDA À DIOCESE DE PEMBA
2º ENCONTRO MISSIONÁRIO DIOCESANO
JOVENS EM MISSÃO E UMA IGREJA EM SAÍDA
Cáritas Diocesana contribui para ajudar Projeto Missionário na África.
COMIDI promoveu segunda edição do Encontro Missionário Diocesano.
Confira como foi a primeira Missão Jovem de nossa Diocese de Amparo.
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Padre Anderson Frezzato Coordenador Diocesano de Pastoral ALEGRIA DO ENCONTRO!
20 ANOS! AVANCEMOS! Amada irmã e amado irmão, estamos como que na “reta final” do ano e, como sempre afirmamos, “parece que começou outro dia”. De nada adianta, no entanto, uma expressão de espanto ou perplexidade se, simplesmente, ficamos numa constatação da rapidez do tempo e não buscamos algo novo ou não aperfeiçoamos o que, em muitas pequenas e simples ações, acrescenta qualidade à nossa vida e à de outros, pela nossa proximidade. Tais pessoas não são apenas aquelas com quem frequentemente estamos, mas também cada uma que os desígnios amorosos de Deus coloca em nosso caminho. O AMPARO deste último bimestre do ano chega a você, ao senhor, à senhora, com o intuito, igualmente, de favorecer essa busca ou esse aperfeiçoamento, convidando-o(a) a olhar para alguns fatos recentes em nossa Diocese, a nível diocesano, forâneo ou paroquial, que não são somente reportagens de um passado: a observação do que aconteceu de bonito e edificante nos proporciona o impulso para a continuidade e otimização de nossa ação pastoral e evangelizadora. Com a graça de Deus, que é quem realiza todo o bem que podemos e devemos proporcionar ao próximo, vamos avançando na construção do nosso 2º Plano Diocesano de Pastoral. Penso que é importante enfatizar o plural do verbo “ir” (“vamos”), bem como a palavra “construção”, pois, para mim, trata-se de um caminho muito significativo, visto que a obra vai se concretizando com “muitas mãos”, ou seja, muitas mentes e bocas que desejam e se doam para colaborar na missão que a Igreja tem na Diocese de Amparo. Observe, prezado leitor e prezada leitora, que, antes de usar as expressões “mentes” e “bocas”, utilizei o termo “mãos”, pois não bastam também muitas boas ideias expressas na linguagem falada ou escrita, se não há disponibilidade para fazer acontecer, pelas decisões ou encaminhamentos do Plano Pastoral, o Reino de Deus, nas ações de uma Igreja que se provoca continuamente a sair mais, a desinstalar-se dos lugares físicos que ela ocupa há bastante tempo e, mesmo jamais deixando de valorizá-los, ousar lançar as redes em águas mais profundas, como nos interpelam o Papa Francisco e o próprio Jesus. Aproveito para agradecer a todos os nossos leigos e padres, particularmente nosso Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Anderson Frezzato, pelo bonito percurso realizado até aqui! Perseveremos nessa comunhão e na esperança que nos projeta para um amanhã que, na celebração dos 20 anos da criação da nossa amada Diocese (23 de dezembro), necessita do nosso renovado ardor, sob o amparo da Mãe, o qual jamais podemos dispensar!
Queridos irmãos e irmãs, como é bom nos encontrarmos, periodicamente, neste veículo de comunicação das atividades pastorais de toda a nossa querida Diocese de Amparo. Desejo que estejam bem, na saúde e na alegria da fé. Estamos nos adiantando no processo de elaboração do nosso 2º Plano de Pastoral. Estão sendo realizados os encontros de oficina nas nossas Foranias, cujo objetivo é avaliar o 1º Plano de Pastoral para, assim, percebermos o que foi possível realizar e o que não foi possível implantar, no que se refere às diversas propostas pastorais ali elencadas. E isso para quê? Para que o nosso 2º Plano de Pastoral seja uma obra aperfeiçoada e amadurecida da nossa caminhada pastoral e que o novo Plano possa reforçar as iniciativas pastorais que deram certo e superar as deficiências e falhas de implantação do 1º Plano, que estamos evidenciando. Para isso, a palavra de cada leigo e leiga é essencial, pois a base do 2º Plano de Pastoral não é senão o protagonismo leigo no trabalho eclesial, como afirma o Doc. 105 da CNBB. Além disso, estamos nos preparando para abrir o ANO DO LAICATO, que vai da Solenidade de Cristo Rei de 2017 até a mesma solenidade de 2018. Um ano de trabalho e valorização da presença e do papel do leigo e leiga na vida da Diocese. Em Missa, na Paróquia de São Sebastião, em Amparo, no dia 24 de novembro, às 19h30, em unidade com o Bispo, os Presbíteros e com todo o Povo de Deus, abriremos solenemente o Ano do Laicato para toda a Diocese. Você já está convidado. Tentaremos vivenciar o Ano do Laicato com diversas ações pastorais e com dois principais frutos que serão: a publicação do 2º Plano de Pastoral e sua vigência para toda a Diocese, e a constituição do Conselho Diocesano de Leigos, que está no período de estudos e formação. Certamente você não pode ficar de fora de todos os trabalhos da missão evangelizadora da Igreja. Informe-se e envolva-se, precisamos muito de você, leigo e leiga, agente de pastoral da nossa Diocese. Deus abençoe a todos!
CARTAZ DA CF: “SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA SÓ SERÁ POSSÍVEL COM A UNIÃO DE TODOS” Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la. Com o tema “Fraternidade e superação da violência” e o lema ‘Vós sois todos irmãos’, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.
Dom Luiz Gonzaga Fechio Bispo Diocesano
COMUNICADO A sede da Cúria Diocesana, situada à rua Barão de Campinas, 307, em Amparo, estará fechada no período de 26 de dezembro de 2017 a 14 de janeiro de 2018, por motivo de férias dos funcionários. Em vista da elaboração do 2° Plano Diocesano de Pastoral, a Coordenação de Pastoral lança o logo referencial para o Plano que está no seu estágio de elaboração. O texto de defesa do logo pode ser lido na íntegra no site diocesano www.diocesedeamparo.org.br
FALE CONOSCO Para esclarecer dúvidas, sugestões ou reclamações, nos envie um e-mail no endereço eletrônico: jornaloamparo@diocesedeamparo.org.br Sua opinião é importante para nós!
Expediente
JORNALISTA RESPONSÁVEL SIRLENE RIBEIRO - MTB 66.955/SP
O AMPARO INFORMATIVO OFICIAL DA DIOCESE DE AMPARO ANO 3 | #13
DIAGRAMAÇÃO - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO REVISÃO - MARGARIDA HULSHOF CRÉDITO DAS MATÉRIAS: EQUIPES PASCOM PAROQUIAIS
BISPO DIOCESANO DOM LUIZ GONZAGA FECHIO
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CÚRIA DIOCESANA RUA BARÃO DE CAMPINAS, 307 - CENTRO - CEP 13900-110 CAIXA POSTAL 248 - CEP 13900-970 - AMPARO/SP FONE/FAX - (19) 3807-3192
PASTORAL DA COMUNICAÇÃO DIOCESE DE AMPARO E-MAIL - comunicacao@diocesedeamparo.org.br
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MENSAGEM PARA O I DIA MUNDIAL DOS POBRES:
“NÃO AMEMOS COM PALAVRAS, MAS COM OBRAS” 1. “Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1 Jo 3, 18). Estas palavras do apóstolo João exprimem um imperativo de que nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento de Jesus, transmitido pelo “discípulo amado” até aos nossos dias, aparece ainda mais acentuada ao contrapor as palavras vazias, que frequentemente se encontram na nossa boca, às obras concretas, as únicas capazes de medir verdadeiramente o que valemos. O amor não admite álibis: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Aliás, é bem conhecida a forma de amar do Filho de Deus, e João recorda-a com clareza. Assenta sobre duas colunas mestras: o primeiro a amar foi Deus (cf. 1 Jo 4, 10.19); e amou dando-Se totalmente, incluindo a própria vida (cf. 1 Jo 3, 16). Um amor assim não pode ficar sem resposta. Apesar de ser dado de maneira unilateral, isto é, sem pedir nada em troca, ele abrasa de tal forma o coração, que toda e qualquer pessoa se sente levada a retribuí-lo não obstante as suas limitações e pecados. Isto é possível, se a graça de Deus, a sua caridade misericordiosa, for acolhida no nosso coração a pontos de mover a nossa vontade e os nossos afetos para o amor ao próprio Deus e ao próximo. Deste modo a misericórdia, que brota por assim dizer do coração da Trindade, pode chegar a pôr em movimento a nossa vida e gerar compaixão e obras de misericórdia em prol dos irmãos e irmãs que se encontram em necessidade. 2. “Quando um pobre invoca o Senhor, Ele atende-o” (Sal 34/33, 7). A Igreja compreendeu, desde sempre, a importância de tal invocação. Possuímos um grande testemunho já nas primeiras páginas do Atos dos Apóstolos, quando Pedro pede para se escolher sete homens “cheios do Espírito e de sabedoria” (6, 3), que assumam o serviço de assistência aos pobres. Este é, sem dúvida, um dos primeiros sinais com que a comunidade cristã se apresentou no palco do mundo: o serviço aos mais pobres. Tudo isto foi possível, por ela ter compreendido que a vida dos discípulos de Jesus se devia exprimir numa fraternidade e numa solidariedade tais, que correspondesse ao ensinamento principal do Mestre que
tinha proclamado os pobres bem-aventurados e herdeiros do Reino dos céus (cf. Mt 5, 3). “Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um” (At 2, 45). Esta frase mostra, com clareza, como estava viva nos primeiros cristãos tal preocupação. O evangelista Lucas – o autor sagrado que deu mais espaço à misericórdia do que qualquer outro – não está a fazer retórica, quando descreve a prática da partilha na primeira comunidade. Antes pelo contrário, com a sua narração, pretende falar aos fiéis de todas as gerações (e, por conseguinte, também à nossa), procurando sustentá-los no seu testemunho e incentivá-los à ação concreta a favor dos mais necessitados. E o mesmo ensinamento é dado, com igual convicção, pelo apóstolo Tiago, usando expressões fortes e incisivas na sua Carta: “Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que O amam? Mas vós desonrais o pobre. Porventura não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? (…) De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta” (2, 5-6.14-17). 3. Contudo, houve momentos em que os cristãos não escutaram profundamente este apelo, deixando-se contagiar pela mentalidade mundana. Mas o Espírito Santo não deixou de os chamar a manterem o olhar fixo no essencial. Com efeito, fez surgir homens e mulheres que, de vários modos, ofereceram a sua vida ao serviço dos pobres. Nestes dois mil anos, quantas páginas de história foram escritas por cristãos que, com toda a simplicidade e humildade, serviram os seus irmãos mais pobres, animados por uma generosa fantasia da caridade! Dentre todos, destaca-se o exemplo de Francisco de Assis, que foi seguido por tantos outros homens e mulheres santos, ao longo dos séculos. Não se
contentou com abraçar e dar esmola aos leprosos, mas decidiu ir a Gúbio para estar junto com eles. Ele mesmo identificou neste encontro a viragem da sua conversão: “Quando estava nos meus pecados, parecia-me deveras insuportável ver os leprosos. E o próprio Senhor levou-me para o meio deles e usei de misericórdia para com eles. E, ao afastar-me deles, aquilo que antes me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo” (Test 1-3: FF 110). Este testemunho mostra a força transformadora da caridade e o estilo de vida dos cristãos. Não pensemos nos pobres apenas como destinatários duma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz. Estas experiências, embora válidas e úteis a fim de sensibilizar para as necessidades de tantos irmãos e para as injustiças que frequentemente são a sua causa, deveriam abrir a um verdadeiro encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo de vida. Na verdade, a oração, o caminho do discipulado e a conversão encontram, na caridade que se torna partilha, a prova da sua autenticidade evangélica. E deste modo de viver derivam alegria e serenidade de espírito, porque se toca palpavelmente a carne de Cristo. Se realmente queremos encontrar Cristo, é preciso que toquemos o seu corpo no corpo chagado dos pobres, como resposta à comunhão sacramental recebida na Eucaristia. O Corpo de Cristo, repartido na sagrada liturgia, deixa-se encontrar pela caridade partilhada no rosto e na pessoa dos irmãos e irmãs mais frágeis. Continuam a ressoar de grande atualidade estas palavras do santo bispo Crisóstomo: “Queres honrar o corpo de Cristo? Não permitas que seja desprezado nos seus membros, isto é, nos pobres que não têm que vestir, nem O honres aqui no tempo com vestes de seda, enquanto lá fora O abandonas ao frio e à nudez” (Hom. in Matthaeum, 50, 3: PG 58). Portanto somos chamados a estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão. A sua mão estendida para nós é também um convite a sairmos das nossas certezas e comodidades e a reconhecermos o valor que a
pobreza encerra em si mesma. 4. Não esqueçamos que, para os discípulos de Cristo, a pobreza é, antes de tudo, uma vocação a seguir Jesus pobre. É um caminhar atrás d’Ele e com Ele: um caminho que conduz à bem-aventurança do Reino dos céus (cf. Mt 5, 3; Lc 6, 20). Pobreza significa um coração humilde, que sabe acolher a sua condição de criatura limitada e pecadora, vencendo a tentação de onipotência que cria em nós a ilusão de ser imortal. A pobreza é uma atitude do coração que impede de conceber como objetivo de vida e condição para a felicidade o dinheiro, a carreira e o luxo. Mais, é a pobreza que cria as condições para assumir livremente as responsabilidades pessoais e sociais, não obstante as próprias limitações, confiando na proximidade de Deus e vivendo apoiados pela sua graça. Assim entendida, a pobreza é o metro que permite avaliar o uso correto dos bens materiais e também viver de modo não egoísta nem possessivo os laços e os afetos (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2545). Assumamos, pois, o exemplo de São Francisco, testemunha da pobreza genuína. Ele, precisamente por ter os olhos fixos em Cristo, soube reconhecê-Lo e servi-Lo nos pobres. Por conseguinte, se desejamos dar o nosso contributo eficaz para a mudança da história, gerando verdadeiro desenvolvimento, é necessário escutar o grito dos pobres e comprometermo-nos a erguê-los do seu estado de marginalização. Ao mesmo tempo recordo, aos pobres que vivem nas nossas cidades e nas nossas comunidades, para não perderem o sentido da pobreza evangélica que trazem impresso na sua vida. 5. Sabemos a grande dificuldade que há, no mundo contemporâneo, para se poder identificar claramente a pobreza. E todavia esta interpela-nos todos os dias com os seus inúmeros rostos vincados pelo sofrimento, a marginalização, a opressão, a violência, as torturas e a prisão, pela guerra, a privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e o analfabetismo, pela emergência sanitária e a falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e a escravidão, pelo exílio e a miséria, pela migração forçada. A pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses, espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro. Como é impiedoso e nunca
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Palavra do Papa completo o elenco que se é constrangido a elaborar à vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada! Infelizmente, nos nossos dias, enquanto sobressai cada vez mais a riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados, frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração ofensiva da dignidade humana, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes setores da sociedade no mundo inteiro. Perante este cenário, não se pode permanecer inerte e, menos ainda, resignado. À pobreza que inibe o espírito de iniciativa de tantos jovens, impedindo-os de encontrar um trabalho, à pobreza que anestesia o sentido de responsabilidade, induzindo a preferir a abdicação e a busca de favoritismos, à pobreza que envenena os poços da participação e restringe os espaços do profissionalismo, humilhando assim o mérito de quem trabalha e produz: a tudo isso é preciso responder com uma nova visão da vida e da sociedade. Todos estes pobres – como gostava de dizer o Beato Paulo VI – pertencem à Igreja por “direito evangélico” (Discurso de abertura na II Sessão do Concílio Ecuménico Vaticano II, 29/IX/1963) e obrigam à opção fundamental por eles. Por isso, benditas as mãos que se abrem para acolher os pobres e socorrê-los: são mãos que levam esperança. Benditas as mãos que superam toda a barreira de cultura, religião e nacionalidade, derramando óleo de consolação nas chagas da humanidade. Benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem “se” nem “mas”, nem “talvez”: são mãos que fazem descer
sobre os irmãos a bênção de Deus. 6. No termo do Jubileu da Misericórdia, quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados. Quero que, aos outros Dias Mundiais instituídos pelos meus Antecessores e sendo já tradição na vida das nossas comunidades, se acrescente este, que completa o conjunto de tais Dias com um elemento requintadamente evangélico, isto é, a predileção de Jesus pelos pobres. Convido a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. São nossos irmãos e irmãs, criados e amados pelo único Pai celeste. Este Dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade. Deus criou o céu e a terra para todos; foram os homens que, infelizmente, ergueram fronteiras, muros e recintos, traindo o dom originário destinado à humanidade sem qualquer exclusão. 7. Desejo que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres – que este ano será no dia 19 de novembro, XXXIII domingo do Tempo Comum –, as comunidades cristãs se empenhem na criação de muitos momentos de encontro e amizade, de solidariedade
e ajuda concreta. Poderão ainda convidar os pobres e os voluntários para participarem, juntos, na Eucaristia deste domingo, de modo que, no domingo seguinte, a celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo resulte ainda mais autêntica. Na verdade, a realeza de Cristo aparece em todo o seu significado precisamente no Gólgota, quando o Inocente, pregado na cruz, pobre, nu e privado de tudo, encarna e revela a plenitude do amor de Deus. O seu completo abandono ao Pai, ao mesmo tempo que exprime a sua pobreza total, torna evidente a força deste Amor, que O ressuscita para uma vida nova no dia de Páscoa. Neste domingo, se viverem no nosso bairro pobres que buscam proteção e ajuda, aproximemo-nos deles: será um momento propício para encontrar o Deus que buscamos. Como ensina a Sagrada Escritura (cf. Gn 18, 3-5; Heb 13, 2), acolhamo-los como hóspedes privilegiados à nossa mesa; poderão ser mestres, que nos ajudam a viver de maneira mais coerente a fé. Com a sua confiança e a disponibilidade para aceitar ajuda, mostram-nos, de forma sóbria e muitas vezes feliz, como é decisivo vivermos do essencial e abandonarmo-nos à providência do Pai. 8. Na base das múltiplas iniciativas concretas que se poderão realizar neste Dia, esteja sempre a oração. Não esqueçamos que o Pai Nosso é a oração dos pobres. De fato, o pedido do pão exprime o abandono a Deus nas necessidades primárias da nossa vida. Tudo o que Jesus nos ensinou com esta oração exprime e recolhe o grito de quem sofre pela precariedade da existência e a falta do necessário. Aos discípulos que Lhe pediam para os en-
sinar a rezar, Jesus respondeu com as palavras dos pobres que se dirigem ao único Pai, em quem todos se reconhecem como irmãos. O Pai Nosso é uma oração que se exprime no plural: o pão que se pede é “nosso”, e isto implica partilha, comparticipação e responsabilidade comum. Nesta oração, todos reconhecemos a exigência de superar qualquer forma de egoísmo, para termos acesso à alegria do acolhimento recíproco. 9. Aos irmãos bispos, aos sacerdotes, aos diáconos – que, por vocação, têm a missão de apoiar os pobres –, às pessoas consagradas, às associações, aos movimentos e ao vasto mundo do voluntariado, peço que se comprometam para que, com este Dia Mundial dos Pobres, se instaure uma tradição que seja contribuição concreta para a evangelização no mundo contemporâneo. Que este novo Dia Mundial se torne, pois, um forte apelo à nossa consciência crente, para ficarmos cada vez mais convictos de que partilhar com os pobres permite-nos compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda. Os pobres não são um problema: são um recurso de que lançar mão para acolher e viver a essência do Evangelho. Vaticano, Memória de Santo António de Lisboa, 13 de junho de 2017 Franciscus Mensagem do Papa Francisco para o I Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no 33° Domingo do Tempo Comum, dia 19 de novembro de 2017
Notícias do Brasil CAMPANHA PARA EVANGELIZAÇÃO SERÁ EM SINTONIA COM O ANO DO LAICATO A Igreja no Brasil se prepara para a Campanha para a Evangelização, que acontecerá do Dia de Cristo Rei até o 3º Domingo do Advento. A iniciativa visa despertar os discípulos missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade com a sustentação das atividades pastorais no Brasil. Nesta edição, é proposto o tema “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14), em sintonia com o Ano Nacional do Laicato, que terá início no mesmo dia da Campanha. Outro objetivo da Campanha é favorecer a vivência do tempo litúrgico
do Advento e mobilizar os católicos do Brasil para uma Coleta Nacional que ofereça recursos a serem aplicados na sustentação do trabalho missionário no Brasil. Tal iniciativa considera
a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas. Coleta: O gesto concreto da Campanha para a Evangelização é a Coleta do 3º Domingo do Advento. De acordo
com a Comissão Episcopal responsável pela campanha, pretende-se com os recursos arrecadados neste ano apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil promovidas pelos cristãos leigos e leigas no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes. A colaboração na Coleta será partilhada, solidariamente, entre as dioceses, que receberão 45% dos recursos; os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que terão 20%; e a CNBB Nacional, que contará com 35% das contribuições.
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Notícias do Brasil MENSAGEM SOBRE FUNDAMENTALISMO E INTOLERÂNCIA CONTRA SÍMBOLOS DA FÉ Motivados por acontecimentos recentes envolvendo a utilização de símbolos religiosos da fé católica em manifestações isoladas e exposições “artísticas”, os bispos que integram o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), elaboraram a mensagem ao povo brasileiro, divulgada em Coletiva de Imprensa, realizada na sede da entidade, dia 26 de outubro. O Conselho Permanente da CNBB divulgou também duas notas nas quais manifestou indignação com o atual momento político e social vivido pelo Brasil (leia na íntegra abaixo), e de repúdio à Portaria 1.129, que muda critérios para o combate às condições de trabalho análogas à escravidão (leia no site da diocese). VENCER A INTOLERÂNCIA E O FUNDAMENTALISMO “E Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1,31) Os bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunidos em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, dirigem esta mensagem ao povo brasileiro, diante de recentes fatos que, em nome da arte e da cultura, desrespeitaram a sexualidade humana e vilipendiaram símbolos e sinais religiosos, dentre eles o crucifixo e a Eucaristia, tão caros à fé dos católicos. Em toda sua história, a Igreja sempre valorizou a cultura e a arte, por revelarem a grandeza da pessoa humana, criada à imagem e semelhança
de Deus, fazendo emergir a beleza que conduz ao divino. “A arte é como uma porta aberta para o infinito, para uma beleza e para uma verdade que vão mais além da vida quotidiana” (Bento XVI – 2011). O mundo no qual vivemos, ensina Paulo VI, precisa de beleza para não cair no desespero (Cf. Mensagem aos Artistas – 1965). Reconhecemos que “para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou, a Igreja tem necessidade da arte” (São João Paulo II – Carta aos artistas 1999). Somos, por isso, agradecidos aos artistas pela infinidade de obras que enriquecem a cultura, animam o espírito e inspiram a fé. Merecem destaque a pintura, a música, a arquitetura, a escultura e tantas outras expressões artísticas que ressaltam a beleza da criação, do ser humano, da sexualidade, e o espírito religioso do povo brasileiro. Arte e fé, portanto, devem caminhar unidas, numa harmonia que respeita os valores e a sensibilidade de cada uma e de toda pessoa humana na sua cultura e nos seus valores. Lamentavelmente, crescem em nosso meio o desrespeito e a intolerância que destroem esta harmonia, que deve marcar a relação da arte com a fé, da cultura com as religiões. Se, por um lado, a arte deve ser livre e criativa, por outro, os artistas e responsáveis pela promoção artística não podem desconsiderar os sentimentos de um povo ou de grupos que vivem valores, muitas vezes, revestidos de uma sacralidade inviolável. O desrespeito e a intolerância, por parte de artistas para com esses valores, fecham as portas ao diálogo, constroem muros e impedem
a cultura do encontro. Preocupam, portanto, o nível e a abrangência destas intolerâncias que, demasiadamente alimentadas em redes sociais, têm levado pessoas e grupos a radicalismos que põem em risco o justo apreço pela arte, a autêntica liberdade, a sexualidade, os direitos humanos, a democracia do País. Vivemos numa sociedade pluralista, por isto, precisamos saber conviver com os diferentes. Isso, contudo, não subtrai à Igreja o direito de anunciar o Evangelho e as verdades nele contidas, a respeito de Deus, do ser humano e da criação. Em desacordo com ideologias como a de gênero, é nosso dever ressaltar, sempre mais, a beleza do homem e da mulher, tais como Deus os criou, bem como os valores da fé, expressos também nos símbolos religiosos que, com sua arte e beleza, nos remetem a Deus. Desrespeitar estes símbolos é vilipendiar o coração de quem os considera instrumentos sagrados na sua
relação com Deus, além de constituir crime previsto no Código Penal. Animamos a sociedade brasileira a promover o diálogo e o encontro, por meio dos quais as pessoas, em suas diferenças, respeitam e exigem respeito, e permitem sentir a riqueza que cada um traz dentro de si. Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos ensine o caminho da beleza e do amor, da fraternidade e da paz. Brasília, 26 de outubro de 2017. Cardeal Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de São Salvador da Bahia Vice-Presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília Secretário-Geral da CNBB
NOTA DA CNBB SOBRE O ATUAL MOMENTO POLÍTICO “Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido” (Is 1,17) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de seu Conselho Permanente, reunido em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, manifesta, mais uma vez, sua apreensão e indignação com a grave realidade político-social vivida pelo País, afetando tanto a população quanto as instituições brasileiras. Repudiamos a falta de ética, que há décadas, se instalou e continua instalada em instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, traindo a missão para
a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito. A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo Governo é uma afronta aos brasileiros. A retirada de indispensáveis recursos da saúde, da educação, dos programas sociais consolidados, do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Programa de Cisternas no Nordeste, aprofunda o drama da pobreza de milhões de pessoas. O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasileira é grave. A apatia, o desencanto e o desinteresse pela política, que vemos crescer dia a dia no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais, têm sua raiz mais profunda em práticas políticas que comprometem
a busca do bem comum, privilegiando interesses particulares. Tais práticas ferem a política e a esperança dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pátria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País. Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo. Só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho
da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados. Chamados a “esperar contra toda esperança” (Rm 4,18) e certos de que Deus não nos abandona, contamos com a atuação dos políticos que honram seu mandato, buscando o bem comum. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, anime e encoraje seus filhos e filhas no compromisso de construir um País justo, solidário e fraterno. Brasília, 26 de outubro de 2017.
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Forania Jesus Bom Pastor Paróquias da cidade de Amparo
PARÓQUIA COMPLETOU QUATRO ANOS DE INSTALAÇÃO No dia 29 de setembro, a Paróquia São José Operário, em Amparo, completou quatro anos de instalação. Para agradecer a Deus por esse momento tão importante, a comunidade reuniu-se durante três dias para um tríduo celebrativo, o qual foi celebrado cada dia em uma comunidade da Paróquia: no primeiro dia (26), na comunidade Senhor Bom Jesus; no segundo dia (27), na comunidade Sagrado Coração de Jesus; no terceiro dia (28), na comunidade Nossa Senhora das Graças. No
dia 29 a Missa foi celebrada na Igreja Matriz e contou com a presença de muitos paroquianos. Para a celebração foi convidado o Coral Diocesano. Após a Missa, aconteceu uma confraternização nas dependências da Igreja Matriz. Além do momento celebrativo, também foram organizados uma Noite do Pastel (sábado) e um delicioso Costelão Fogo de Chão (domingo) para marcar esse importante acontecimento. Foi um lindo momento de confraternização de toda a comunidade!
PARÓQUIA SE REUNIU PARA CELEBRAR NOSSA SENHORA APARECIDA Para todos nós brasileiros, o ano de 2017 foi especial: comemoramos 300 anos do bendito encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul, no ano de 1717. De fato, são “300 anos de graças e bênçãos” desta Mãe tão querida junto ao povo brasileiro. Para celebrar esse momento tão importante, a comunidade paroquial de São José Operário se reuniu para um tríduo, o qual foi celebrado cada dia em uma comunidade: no dia 9, na com. Senhor Bom Jesus (1º dia); no dia 10,
na comu. Sagrado Coração de Jesus (2º dia); no dia 11, na com. N. Sra. das Graças (3º dia). No dia 12, dia de N. Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, na Igreja Matriz, houve oração do terço e do Angelus às 11h30 e à noite, às 18h, oração do terço, Missa, procissão e coroação. Para marcar ainda mais, na paróquia, esse momento dos 300 anos, cada comunidade foi presenteada com uma réplica fac-símile da imagem de Nossa Senhora Aparecida. As imagens foram doadas por paroquianos, devotos e devotas de Nossa Senhora.
PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO RECEBE VISITA PASTORAL A Paróquia de São Sebastião, em Amparo, teve a alegria de acolher o bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, para sua primeira visita pastoral nessa comunidade. A visita aconteceu nos dias 6, 7 e 8 de outubro e contou com extensa programação que incluiu reuniões, celebrações e momentos de confraternização, estando o bispo em todas as comunidades urbanas e rurais da paróquia. “Quando paramos para olhar para nossa Igreja vemos como ela é bela, mas também complexa. São muitos trabalhos e que abrangem todos: da criança, ao adolescente, do adulto ao idoso, ao enfermo… Nada fica sem uma resposta da Igreja. Estamos todos em um mesmo barco, eu como bispo em meu lugar, os padres nos lugares deles e cada um de vocês. Todos temos um lugar neste barco que está no mar. E mesmo quando há momentos de mar revolto, o Espírito Santo vai nos conduzindo. Todos somos importantes. Esta minha visita não é de fiscalização ou coisa do tipo, mas, como pastor, de encorajar e animar e também ser encorajado e animado para desempenhar o meu trabalho”, disse o bispo em reunião com agentes de pastoral.
àquilo que Ele nos chama a construir nesta paróquia. A nossa gratidão, que o senhor possa sempre estar próximo de nós para nos conduzir cada vez mais ao coração de Cristo, que nos ama e nos chama a esse momento precioso de saber ouvir. Muito obrigado por estar conosco”, agradeceu o pároco, padre Carlos Panassolo.
Na reunião com os agentes de pastoral, Dom Luiz pode ouvir testemunhos de diversos paroquianos sobre os trabalhos pastorais e da alegria de ser Igreja em um mundo que é pautado pelo individualismo e falta de compaixão. Dos agentes da Pastoral da Saúde e dos Ministros Extraordinários da Sagrada Eucaristia, por exemplo, o bispo ouviu sobre a felicidade de ir ao encontro do irmão enfermo, sendo uma verdadeira Igreja em Saída que leva Jesus e Sua Palavra àqueles que não podem estar no convívio comunitário participando das celebrações. Outro importante momento da visita foi a reunião com o Conselho Administrativo e Econômico Paroquial e Comissão de Obras. Após a reunião,
o bispo pôde conhecer melhor a obra do Centro de Pastoral São João Paulo II, resultado do esforço e sim generoso da comunidade. O espaço abrigará salas de catequese, secretaria paroquial, salão de exposições, auditório, além do espaço inferior já usado pela comunidade para festas e encontros. “Dom Luiz, nosso pastor e pai, nossa gratidão pela sua visita, pela sua presença. Minha gratidão primeiramente pelo trabalho que cada um realiza na paróquia e gratidão ao senhor pelo seu pastoreio. A nossa paróquia completa 61 anos e em suas palavras fica muito bem claro que temos muito que agradecer, mas também muito ainda que nos deixar moldar pelas mãos de Deus, para assim responder cada vez mais
Missa dos 61 anos da Paróquia No sábado, dia 7 de outubro, a visita pastoral ganhou um sabor a mais com a comemoração do aniversário de 61 anos da instalação da comunidade paroquial. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano com participação do pároco e do vigário paroquial, padre Flávio Ferreira da Silva. A celebração contou com uma linda dramatização feita pelas crianças do encontro da imagem de Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul e o início da devoção que acabou se tornando a maior identidade de fé do povo brasileiro. Ao final da missa, as crianças fizeram a coroação de Nossa Senhora e colocaram o novo manto na imagem, feito especialmente para a comemoração dos 300 anos e que tem bordado o brasão da Diocese de Amparo.
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Forania Nossa Senhora da Penha Paróquias da cidade de Itapira
PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU RECEBE SANTA MISSA DE ‘DEDICAÇÃO’
Dia 15 de outubro, Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano, presidiu a Santa Missa de Dedicação na Paróquia São Judas Tadeu, em Itapira, um momento que contou com a participação de centenas de fiéis, que elevaram suas súplicas e preces a Deus Pai pela vida de todos aqueles que passaram pela paróquia, deixando registrada sua contribuição à história da Matriz São Judas Tadeu, e ainda por aqueles que continuamente promovem a doação de seus trabalhos para a edificação da casa do Pai. A Santa Missa de ‘Dedicação’, um momento ímpar registrado na vida da igreja, foi realizada na Matriz, porque esta passou por uma grande reforma, e neste ano em que completou seu quinquenário, a missa de “dedicação”, que é traduzida como consagração, sagração ou inauguração, marcou a vida dessa igreja. Toda igreja é dedicada por excelência à Santíssima Trindade, a Nosso Senhor Jesus Cristo em seus títulos, ao Espírito Santo, à Santíssima Virgem, aos Santos Anjos, ou aos santos inscritos no Martirológio Romano. Neste
dia da dedicação da igreja, o rito foi belíssimo e muito rico de significados, acontecendo a aspersão da água benta, as unções do altar e das paredes do edifício, a incensação, a iluminação e, é claro, o rito da Palavra e da Eucaristia. Parte por parte, com muito significado, a água aspergida logo no início simbolizou um clamor para que todo o local fosse purificado, lavado por Deus, tanto as paredes quanto cada fiel que participou. Foi um rito penitencial, por isso não houve o ato penitencial como de costume. Houve também a unção do altar (a mesa que é usada para o sacrifício eucarístico) e das paredes. A unção exalou aquele belo e agradável odor que todos somos chamados a exalar, o odor de Cristo (2Cor 2,15). O incenso, a fumaça que subiu aos céus representou as nossas orações, nossos pedidos elevados ao Pai. Desde os primeiros séculos, celebrava-se nas catacumbas sobre as relíquias dos mártires, os santos que deram a vida por amor a Jesus Cristo; assim, a deposição das relíquias no altar nos recorda a doação, a entrega dos
santos como resposta ao amor divino. A iluminação nos remete a Cristo, a Luz que nos ilumina, a Luz por excelência que nos tirou da escuridão. Por Ele somos iluminados, por Ele também iluminaremos onde chegarmos, levando a luz que é Cristo. Por fim, o rito de dedicação de uma igreja diz muito da nossa fé, é uma celebração que se deve viver com muita piedade e atenção. Por isso, a mensagem deixada por Dom Luiz Gonzaga reforçou nos fiéis o respeito que todos devem ter cada vez que entrarem numa igreja, o amor por cada espaço daquele local, que é um local sagrado, onde Deus manifesta a Sua glória e misericórdia, um local de encontro com o Pai por meio de Jesus Cristo no Espírito Santo, lugar de falar e de ouvir a Deus, lugar de celebrar, de pedir, de dar graças por tantos benefícios vindos do Alto. Naquela igreja ou capela que frequentamos, seremos agraciados por Deus e cheios d’Ele voltaremos para casa, para o trabalho, para transbordar o Seu amor. Afinal, nós também formamos a igreja, conforme está escrito na carta
pastoral do apóstolo Pedro, que dizia à comunidade: “Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo” (1Pd 2,5). Ao final, o pároco, padre Tadeu Bonetti destacou a grande alegria de poder vivenciar este especial momento na vida da igreja e dos fiéis que ajudaram e que ajudam a elevar os louvores e na evangelização, expressando suas palavras de gratidão a todos os padres que por ali passaram: padre Charles Peron, padre Érique Bordini, que conduziu a reforma da paróquia, e todos os demais que escreveram uma parte da história cristã de São Judas Tadeu, não se esquecendo de agradecer também ao padre Rafael Giron e ao seminarista Everton Nucchi, que o auxiliaram nos preparativos da Santa Missa. Encerrada a parte religiosa, Dom Luiz, padre Tadeu, o seminarista e todo povo de Deus que prestigiou a bela celebração foram convidados a se dirigir até o Salão Paroquial, local que abrigou uma singela recepção e a partilha de doces e salgados providenciados pelos fiéis e equipes de apoio da igreja.
PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA DOS PRADOS CELEBROU PADROEIRA Dia 12 de outubro, dia da padroeira, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados, em Itapira, recebeu a visita de nosso bispo diocesano Dom Luiz Gonzaga Fechio, que nos deu a honra de celebrar a Santa Missa das 17h, juntamente com o pároco padre Ildefonso Luz, e em seguida acompanhou-nos em procissão pelas ruas do bairro. Durante a Missa, ocorreu a presença das senhoras da Associação Pétalas de Rosas, as quais fazem um trabalho solidário de prevenção ao Câncer de Mama. Logo após a procissão de entrada, com a imagem da Nossa Senhora em mãos, foi colocado em cima de todos os fiéis o manto de Nossa Senhora cobrindo a igreja toda. A emoção tomou conta da Igreja, inclusive despertando a admiração por
parte de Dom Luiz. Devido à importância que esta santa possui em nosso país e em nossa comunidade, foram recebidas diariamente pessoas do bairro e da cidade toda para a entrega de rosas. Neste dia em particular, calcula-se que
houve por volta de duas mil pessoas presentes na Missa e na procissão. Dom Luiz, durante a homilia, enfatizou a importância de Maria estar presente no casamento em Caná da Galileia, pedindo a Jesus que não deixasse
faltar vinho na festa. Lembrou também que Maria disse aos discípulos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”, manifestando assim a Sua glória. Durante o trajeto da procissão, Dom Luiz foi acompanhado por crianças presentes na Missa, além da Banda Lira de Itapira, tocando músicas alusivas a Nossa Senhora. Eram bastante visíveis a fé e as demonstrações de afeto à Santa Padroeira das pessoas presentes na procissão. Nas calçadas e varandas, durante o percurso, muitos foram os moradores que pararam para homenagear N. Sra. Aparecida e prestigiar a procissão, a qual se encerrou na porta da Igreja com a coroação de nossa querida padroeira Nossa Senhora Aparecida e a bênção final de Dom Luiz sobre o povo.
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Notícias da Diocese de Amparo CÁRITAS DIOCESANA ENVIA AJUDA PARA DIOCESE DE PEMBA NO MOÇAMBIQUE A Cáritas Diocesana enviou uma contribuição financeira para ajudar o projeto Missionário do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Diocese de Pemba no Moçambique, África. O pedido de auxílio foi feito durante a 36ª. Assembleia das Igrejas Particulares, ocorrida em outubro, em Itaici, Indaiatuba/SP, e abraçado com carinho pela Diocese de Amparo, conta Luiz Aparecido da Silva, tesoureiro da Cáritas. Na Assembleia foram lançados vídeos e outros materiais das ações missionárias na Amazônia e na Diocese de Pemba, visando sensibilizar, despertar a consciência missionária na Igreja do estado de São Paulo e mobilizar as diversas dioceses do Estado e membros das Pastorais, Movimentos e Organismos do Regional. Os materiais estão disponíveis no site do Regional para baixar e multiplicar livremente. A ação missionária da Igreja no Regional está em sintonia com a Comissão para Ação Missionária e cooperação intereclesial da CNBB, cujo papel é promover a ação missionária e evangelizadora, a formação e atividade dos missionários, e a ajuda intereclesial, no Brasil e além-fronteiras. Nossa Diocese de Amparo enviou, no mês de fevereiro de 2017, um padre para terras amazônicas, padre André Ricardo Panassolo atua como missio-
nário no Projeto Missionário entre os Regionais Sul 1 e Norte 1 da CNBB na Diocese de São Gabriel da Cachoeira. “Em sintonia com as diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil da CNBB, o Regional Sul 1 tem procurado ser uma Igreja missionária, já desenvolve há anos um projeto na Amazônia e agora inicia-se um projeto na Diocese de Pemba em Moçambique, na África. Queremos ser Igreja Missionária de acordo com o apelo do Papa Francisco, uma Igreja em saída. Que Deus abençoe a missão da Igreja!”, diz Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes e Vice-presidente do Regional Sul 1 CNBB. Localizada no norte de Moçambique a Diocese de Pemba possui uma extensão com mais de 82 mil km², o que em comparação é quase do mesmo tamanho de Portugal. Com cerca de 2 milhões de habitantes sua população é formada em sua maioria por muçulmanos, os cristãos católicos representam apenas 30% desse total. A região sofre com as secas prolongadas a falta de recursos materiais e a carência na saúde e educação. “A Diocese de Pemba é a diocese de um bispo brasileiro, Dom Luiz Fernando Lisboa está lá ,e ele pediu então ao nosso Regional Sul 1 da CNBB que fizéssemos uma ajuda Missionária, em todos os aspectos, de pessoas, de re-
cursos, de materiais, decidimos então fazer essa ajuda, nos dispormos para isso. Como gesto missionário da Igreja que vai ao encontro dos outros, também como um gesto profético de despojamento, de partilha dos recursos, das capacidades e também como um
gesto de solidariedade para com todos aqueles que sofrem, aqueles que precisam de encontrar-se com Cristo, nós queremos na missão levar Cristo às pessoas”, conta Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Campinas e presidente do Regional Sul 1 da CNBB.
JOVENS EM MISSÃO E UMA IGREJA EM SAÍDA
“Pensamos que íamos evangelizar e saímos evangelizados. Pensamos que íamos levar Cristo e, na verdade, encontramos o Cristo; um Cristo sofredor, pobre, necessitado, um Cristo que chora e nos fez chorar”. O testemunho da jovem Daniela Bianchi é compartilhado pelos tantos outros jovens que, nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro, participaram da primeira Missão Jovem da Diocese de Amparo, organizada pelo Setor Juvenil da diocese, uma das ações em preparação para o Dia Nacional da Juventude, comemorado no dia 29 de outubro. Aproximadamente 70 jovens par-
ticiparam da missão, que incluiu momentos de oração, partilha, visita às famílias assistidas pelas Conferências Vicentinas da cidade, aos enfermos, bênção de casas, atividades culturais com os moradores em situação de rua, reza do Terço Missionário com as religiosas da cidade, via sacra ecológica com plantio de árvores, entre outras ações que aconteceram em todas as seis paróquias da cidade e ajudaram os jovens a vivenciar experiências em diversas realidades. “A missão foi um verdadeiro momento para percebermos o vigor que a Igreja possui e que precisamos sem-
pre nos descobrir na alegria do ir ao encontro, da fraternidade. Minha gratidão a todos que se colocaram à disposição na organização, celebração, em cada momento de partilha, visita, transporte, a todos que nos acolheram com alegria e devolveram o sorriso no rosto e a esperança de tanta gente. As atividades foram momentos ricos de reencontro, graça e provocação, de ser uma verdadeira Igreja em saída, como nos pede insistentemente o Papa Francisco. Ser missionário não é algo novo, mas uma forma nova de olhar para aquilo que já somos”, conta o assessor eclesial do Setor Juvenil da diocese, padre Carlos Panassolo. Para o coordenador do Conselho Missionário Diocesano (Comidi), seminarista Everton Nucchi, o jeito espontâneo de ser e o olhar apaixonado de cada jovem o fez ter uma grande experiência com Deus. “Ver os jovens sair ao encontro dos mais necessitados, dos pobres moradores de rua, por exemplo, suscitou-me a esperança de um futuro em que a Igreja se encarna nas limitações humanas, se preocupando menos com suas estruturas e se tornando
cada vez mais promotora da vida e da dignidade humana”, conta. O encerramento da missão aconteceu na Catedral Nossa Senhora do Amparo com celebração eucarística presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, e concelebrada pelo coordenador diocesano de pastoral, padre Anderson Frezzato, e pelo assessor eclesial do Setor Juvenil.
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Notícias da Diocese de Amparo JOVENS CELEBRAM DIA NACIONAL DA JUVENTUDE Fé, alegria, reflexão e muita animação foram os ingredientes principais da celebração do Dia Nacional da Juventude (DNJ) na Diocese de Amparo e que aconteceu neste ano na cidade de Amparo. Nos dias 28 e 29 de outubro, todos os caminhos levavam os jovens para o Centro de Pastoral São João Paulo II, na Paróquia São Sebastião, para um encontro com diversificada programação alimentada pela alegria do ser Igreja e que vem de Cristo Jesus. Para o padre Carlos Panassolo, assessor eclesial do Setor Juvenil da diocese, o encontro foi valioso momento de reaprender a caminharmos juntos, vencer tabus que ainda temos para que de fato a alegria dessa grande diversidade que somos, em termos de história, vivências, testemunhos, idade, possa se tornar cada vez mais precioso e belo no edificar de uma comunidade cada vez mais vibrante a iluminar o coração de muitos. “Pessoalmente, o DNJ foi momento de revigorar muitas coisas, de reaprender algumas e de rever justamente a grandeza de quem somos e a força que a juventude tem e traz. Articular todas essas ações significa dar fôlego novo, que o Papa Francisco tanto nos pede. Deus abençoe a cada um que colaborou, às pastorais que se envolveram, aos voluntários… Foram dias inesquecíveis não só nos corações dos jovens mas de todos aqueles que participaram com vigor destes momentos de graça e bênção de Deus”, agradece o padre. A programação começou com emocionante momento de adoração ao Santíssimo Sacramento conduzida pelo padre Carlos e pela Comunidade Católica Pantokrator. Em seguida, os jovens se divertiram com apresentação da banda da Comunidade AthoS2 e DJ Vini Vinil. Após o término, aproximadamente 80 jovens fizeram uma caminhada até o Colégio Tema, local que fizeram acampamento. No domingo de manhã, os jovens fizeram uma procissão carregando a Cruz Missionária do colégio até o Centro de Pastoral, sendo acolhidos com um café da manhã e animação da ban-
da da comunidade Pantokrator. A primeira colocação do dia ficou por conta do diácono Michel Candeu, da Diocese de Votuporanga/SP. Psicólogo com especialização em juventude, o jovem pôde compartilhar sua vida a partir da sua experiência familiar, testemunhando aos jovens a importância da família. "Estou muito feliz com a participação de todos e de ter sido convidado e poder testemunhar um pouco da minha vida, sobre minha infância e adolescência com minha família, lembrando sempre que o amor tudo supera e conquista e que podemos resgatar vidas. Espero que eu possa ter contribuído um pouco com todos. Foi um momento incrível e que lembrarei. Tenho certeza que através de Deus e da fé de muitos, alguns corações sentiram-se tocados a pensar, mudar e refletir um pouco sobre a vida”, testemunhou. Outro importante momento de reflexão aconteceu com a participação da Comunidade Instrumento de Deus, da cidade de São Paulo, que desenvolve trabalho de evangelização com os jovens infratores que moram na Fundação Casa. “É muito bom falar daquilo que fazemos com tanto prazer e amor. Falar desta missão na Fundação Casa é também uma denúncia. Mais do que fazer um trabalho de evangelização, é também de denúncia do que aqueles jovens vivem lá dentro, vivendo uma experiência triste mas que tem uma história por detrás. A grande alegria de testemunhar no DNJ, é que os jovens que participaram tenham a consciência de que eles não precisam passar por essa experiência do uso de drogas,
de uma vida de crime, e que há oportunidade de seguir adiante na conquista de seus sonhos de uma forma totalmente diferente”, conta Vanderlei Ferrais de Araújo. Vanderlei ainda salientou a acolhida em nossa diocese pelos jovens. “No sorriso e olhar de cada jovens presente, a gente viu tão claramente a presença de Deus. Eles transbordam a presença de Deus. Não sei de onde são nem como vieram mas sentimos esta presença de Deus, que nos proporciona a nos colocar à disposição para levar aos jovens a certeza de que vale a pena ser de Deus. Foi uma missão muito importante porque muitos não querem saber como é a vida dos jovens que vivem na Fundação Casa e compartilhar isto foi marcante para nossa caminhada. Nossa alegria enquanto comunidade é demonstrar o quanto vale a pena ser de Deus, se doar e compartilhar esta experiência diária que vivemos e que outras pessoas tenham a oportunidade de conhecer a Deus”, alegra-se. Em celebração pelos 300 anos de Aparecida, os jovens participaram de um momento mariano rezando o Terço das Sete Dores de Maria e fizeram uma procissão com o andor de Nossa Senhora até a igreja matriz de São Sebastião, encerrando a programação com Missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio. Em sua homilia, Dom Luiz salientou a importância dos jovens para a Igreja e como o mês de outubro foi especial para toda a diocese, em especial para a juventude. “Muito obrigado, querido jovem, por aceitar este convite da
nossa Igreja, feito pelo padre Carlos e que também trago no meu coração por causa da grande importância que este domingo, Dia Nacional da Juventude, tem para todos nós. Este mês foi muito especial. Para todos que perguntei, e foram vários, fizeram como foi maravilhosa a experiência que começou com a missão jovem diocesana até a comemoração do DNJ. Fico feliz porque tenho que neste mês jogamos um punhado de sementes, que com a graça de Deus e com a maravilhosa ação do Espírito Santo sob o manto de Nossa Senhora, vão germinar. Obrigado, jovem, por acreditar e sair destes momentos com maior certeza que todos vocês são muito importantes para a nossa Igreja, para a beleza da nossa comunhão, para a beleza da juventude, apesar de tanta porcaria que está sendo jogada pela sociedade dentro do coração de vocês”, agradeceu o bispo. Ao final da celebração, padre Carlos anunciou os locais escolhidos para receber a missão jovem diocesana e o DNJ de 2018, a cidade de Santo Antônio de Posse e Pedreira, em julho e outubro, respectivamente. Para o jovem Felipe Ap. de Souza Martins, da Paróquia São Benedito de Itapira, a missão diocesana e o DNJ foram importantes momentos de partilha. "A missão foi uma experiência única. Há dois anos que estou mais ativo na vida da Igreja e com a missão pude ir além do ambiente de dentro para poder compartilhar o alimento espiritual e aprender com a simplicidade, um fator importante no cristianismo, preocupar-se com o próximo e sair como na origem da Igreja, quando os apóstolos saíram em missão sem levar nada além do Evangelho”, testemunha o jovem. Paulo Machado, jovem da Paróquia São João Batista de Amparo, compartilha também a alegria do DNJ. “O encontro mostrou aos jovens a sua importância para que nossa Igreja seja sempre mais forte e em saída para levar a Palavra de Deus para todos, e que possamos ser exemplo para a sociedade a partir do evangelho para que vejam o amo de Cristo em nós”, disse.
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Forania Sant´Ana
Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse
CENTENÁRIO DA FESTA DE SÃO SEBASTIÃO EM JAGUARIÚNA Desde o término da 99ª Festa de São Sebastião, a Paróquia Santa Maria de Jaguariúna vem se preparando para o centenário da comemoração do santo cuja memória tem sido louvada desde as primícias da cidade, quando os primeiros moradores lhe pediam a intercessão junto a Jesus Cristo para proteger suas lavouras e animais. Sabemos que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm, 2,5), mas, uma vez que nos tornamos justos pelo sangue derramado do Cristo (Rom 5,19), nos é aconselhado orar uns pelos outros (Tg 5,16). As almas dos que já estão na presença do próprio Jesus podem advogar em nosso favor (Mt 17,3), e essas intercessões são do agrado de Deus. O pároco padre Milton Modesto propôs, no decorrer do Tríduo de São Sebastião deste ano, uma preparação em forma de Trezena, proposta que foi muito bem acolhida pela comunidade paroquial, que celebra todo dia 20 de cada mês uma Missa nessa intenção dos 100 anos dessa já tradicional festa. As atividades religiosas são conduzidas pelo próprio pároco ou outros padres convidados, junto aos devotos e fiéis que participam assiduamente da Trezena. Para cada uma dessas missas, uma família por vez enfeita o andor de São Sebastião e uma imagem do santo também é sorteada para os participan-
tes nesse momento. Para as atividades festivas dessa grande comemoração centenária, espera-se a bênção de veículos e diversidades recreativas e gastronômicas, tais como as tradicionais barracas de quermesse, leilão dos garrotes, bingo beneficente, shows musicais, a 10ª Romaria de Cavaleiros e encenações da vida do santo. A primeira festa aconteceu em 1919, com o padre Antônio Caravela. São Sebastião nasceu na França em 256. Seu nome provém do grego “sebastós” que quer dizer “divino”. Ele migrou para Roma, e, segundo escritos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, alistou-se no Exército Romano por volta do ano 283, com a intenção de confortar e fortificar os corações dos cristãos enfraquecidos diante do terror das torturas. Era um homem muito forte, inteligente e com uma alma tão pura quanto o sentido do seu próprio nome, tanto que foi elevado a capitão da Guarda Pretoriana pelos imperadores da época, que não sabiam que ele era cristão. Seu destino foi selado como mártir da Igreja após ele ser denunciado por um traidor dos cristãos. O imperador Maximiano, que gostava muito de Sebastião, e decepcionado por se sentir traído, pediu então que ele renunciasse à fé em Jesus
Cristo, mas Sebastião não renunciou. Maximiano se viu obrigado a mandar executá-lo de maneira violenta: amarrado num poste e sob flechadas, deveria sangrar até morrer. Foi dado como morto, mas não tinha morrido ainda! Irene, uma mulher cristã, foi com alguns amigos ao local da execução e viram que Sebastião ainda estava vivo. Levaram-no então para sua casa para tratar das feridas. Após sua recuperação ele se apresentou diante do imperador Maximiano para lhe pedir que parasse de perseguir a Igreja e matar os cristãos. Maximiano, porém, mandou espancá-lo até a morte e seu corpo foi atirado no esgoto público de Roma. São Sebastião teria aparecido a Lucina, uma cristã piedosa, e lhe contou que encontraria seu corpo pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas
catacumbas junto dos apóstolos. Ela encontrou seu corpo no lugar indicado, limpou-o e deu-lhe um funeral digno. Após a perseguição do Império Romano, foi construída a Basílica de São Sebastião na Via Ápia, e é até hoje local de peregrinação. A Paróquia Santa Maria faz um especial convite a todos os diocesanos para participarem das missas da Trezena e da grande festa em louvor a um dos santos protetores do município de Jaguariúna, que deve ocorrer em janeiro. A programação da festa centenária deve sair em breve no site da diocese (www.diocesedeamparo.org.br) e na fanpage da paróquia (facebook.com/ pstamariajaguariuna). Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone da secretaria paroquial (19) 3867-1535.
JESUS, O BOM PASTOR: DEIXE-SE ENVOLVER PELO AMOR INFINITO DE JESUS
A família ocupa posição essencial no Plano divino de Deus; é através dela que a vida humana surge, é nutrida e educada. Contudo, a instituição familiar enfrenta inúmeros problemas na sociedade atual, sofrendo agressões e pressões em todos os sentidos, sendo enfraquecida e seus valores primordiais se deteriorando a cada dia. A Pastoral Familiar trabalha e promove, através de ações, todos os aspectos que envolvem a família, acolhendo e abraçando sem distinção ou discriminação, pois acima de tudo está o relacionamento com Deus que nos acolhe e nos salva. Nos dias de hoje é comum encon-
trarmos casais vivenciando uma segunda união. Durante muitos anos essa situação era vista como um empecilho para que os casais frequentassem a igreja, ou melhor, era a causa de muitos se afastarem da Igreja, acarretando ainda mais infelicidade e desarmonia no convívio familiar. Mas, ao contrário do que muitos acreditam, a Igreja não quer discriminar ou punir estes casais ou quem quer que seja, e sim oferecer-lhes um caminho espiritual que seja adaptado a esta condição. O movimento ‘Jesus, o Bom Pastor’ busca através de seus encontros e convívios mostrar este caminho, que pode ser rico espiritualmente, trazendo inú-
meros benefícios ao casal, convidando-os para uma vida em comunhão com a Palavra de Deus e com a vida pastoral. Segundo o casal Rafael e Joseane Esperança, da Paróquia Divino Espírito Santo de Holambra, participantes desde 2013 do ‘Jesus, o Bom Pastor’, para quem vive a situação de segunda união os encontros são uma oportunidade para vivenciar plenamente a redescoberta da vida espiritual e do amor de Deus. “Ver a felicidade das pessoas que vivenciam o encontro, e que voltam a se aproximar da Igreja, e a se aproximar de Deus, não tem preço. É muito emocionante poder proporcionar isso a outras pessoas”, comenta Joseane. “Hoje, eu sinto a viva presença de Cristo na comunhão espiritual. Não que a comunhão em espécie não seja importante, mas aprendi que o sentido da verdadeira comunhão acontece também espiritualmente, eu não me dava conta disso antes”, testemunha Rafael. O casal comenta ainda que é necessário que a comunidade se mobilize para integrar essas famílias novamente à Igreja. “Quando o casal se afasta ele perde totalmente o contato com a vida religiosa na comunidade. É importante
que as pessoas convidem esses casais para o encontro, para que possam entender e desfrutar deste convívio e da vida pastoral, se fortalecendo espiritualmente e entendendo melhor sua situação”, explica Joseane. Para participar dos encontros é necessário que os casais tenham no mínimo três anos de união estável e que pelo menos um deles tenha algum impedimento para o casamento religioso, por exemplo, que já tenha se casado na igreja e agora esteja em uma segunda união conjugal não sacramental. “O Encontro ‘Jesus, o Bom Pastor’ é um encontro de acolhida, informações, e principalmente de crescimento espiritual para esses casais. Já passaram por este encontro cerca de 135 casais de toda nossa diocese, os quais mais de 80% já estão inseridos na Igreja e participando diretamente desse encontro”, conta Flávia Urbano, Coordenadora da Pastoral Familiar Diocesana. A quinta edição do Encontro de Casais ‘Jesus, o Bom Pastor’ acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro na Paróquia São Benedito, em Amparo. Mais informações nas secretarias das paróquias.
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Forania Sant´Ana
Paróquias das cidades de Holambra, Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse
ENCONTRO DIOCESANO DA PASTORAL DA SAÚDE REÚNE 180 AGENTES A Paróquia Santo Antonio, na cidade de Santo Antônio de Posse, recebeu 180 agentes da Pastoral da Saúde de toda a nossa Diocese de Amparo para Encontro de Formação na manhã do domingo, dia 15 de outubro. Tudo começou às 8h com a acolhida do assessor diocesano da pastoral e pároco local, padre Wellington Gustavo de Souza, desejando as boas vindas e um frutuoso momento de aprendizado e compartilhamento de experiências a todos. Na sequência o seminarista Marcos Reversi ministrou duas palestras formativas. A primeira foi um estudo sobre um livro de Anísio Baldasin, ‘Como visitar um doente’, abrangendo seis
dimensões necessárias no processo de ajuda ao doente. Já num segundo momento, houve um estudo sobre a Carta do Papa Francisco sobre o dia dos pobres, a ser comemorado no dia 19 de novembro com o tema: “Não amemos com palavras, mas com obras” (leia a Mensagem na íntegra na página 03). O Papa espera que com a iniciativa do dia mundial dos pobres criemos novas iniciativas para com os excluídos e rejeitados. Deixemos de lado a cultura do descarte. Aproximemo-nos dos mais pobres e sofredores, buscando sempre ver neles o próprio Cristo sofredor e assim fazer ter coerência a nossa profissão de fé. Assim teremos uma fé viva, uma fé expressa por meio das obras.
Logo após esse período frutuoso de formação todos puderam participar da Santa Missa, e, depois, de um almoço preparado com todo o carinho, para que pudessem confraternizar e trocar mais experiências neste encontro anu-
al que contou com tantas pessoas de boa vontade e atuantes nas comunidades, levando Jesus até os mais fragilizados e necessitados de uma presença amiga e generosa naqueles momentos em que isso mais se faz necessário.
ENCONTRÃO DA PASTORAL DA CRIANÇA ACONTECEU EM JAGUARIÚNA
Aconteceu em 22 de outubro, na Paróquia de Santa Maria, o Encontro Diocesano da Pastoral da Criança. É um evento anual onde se reúnem todos os líderes da diocese para um dia de atividades, espiritualidade, aprendizado e confraternização. Tudo pensado e direcionado pela coordenação dioce-
sana, hoje na pessoa de Maria de Jesus Aquino Sinto. Como todo ano, a espiritualidade é preparada e conduzida pelo sr. Waldemar Caldin, que faz parte da equipe estadual. Cada ano o encontrão é preparado por uma cidade. Em Jaguariúna, foi organizado pelas equipes das três pa-
róquias da cidade. O apoio do pároco da Matriz acolhedora, que também é assessor da Pastoral da Criança, padre Milton Modesto, foi fundamental e um facilitador para todo o trabalho desenvolvido. Ele envolveu todas as assembleias das missas e conseguiu dos comerciantes a doação dos alimentos para o almoço. Foram preparadas as refeições na proporção do número de participantes, e os alimentos que sobraram foram doados para os Vicentinos, que ajudaram com a limpeza do local. A equipe do Encontro de Casais com Cristo (ECC) preparou o almoço. Com a colaboração dos dizimistas da Santa Maria, foi apresentado um ambiente bonito, acolhedor e com todas as necessidades supridas que o encon-
trão requeria. O encontro foi iniciado com o café da manhã, em seguida a Santa Missa, que é o momento mais especial do dia, e continuou com a programação. A Pastoral da Criança atua num sentido evangelizador na sociedade, no diálogo para combater a violência e os maus tratos contra as crianças, no desenvolvimento infantil por meio de conselhos para a prevenção quanto aos diversos cuidados, suporte à criança cujos pais atravessam separação, proteção à criança e ao adolescente, auxílio a gestantes e mulheres no período pós-parto, conscientização das famílias sobre o seu valor sagrado e inviolável aos olhos de Deus, e também em ações sociais e no exercício da cidadania.
PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA PROMOVE RETIRO PARA FAMÍLIAS A Paróquia Santo Antônio de Pádua de Pedreira promoveu no domingo, 1º de outubro, um Retiro Espiritual para as Famílias. Idealizado pelo padre Leandro Lucena Torres, administrador paroquial, e organizado pela Pastoral Familiar e pelo grupo de jovens Guerreiros da Cruz, o evento contou com a participação de cerca de 100 pessoas, dentre elas 20 famílias assistidas pelos Vicentinos. O tema central do encontro foi “Maria, auxílio das Famílias, no restauro de nossa Juventude!”, por conta do Ano Mariano no Brasil, levando as famílias à reflexão sobre a importância de trazer Maria para a realidade do lar. A manhã foi marcada pela Missa de abertura, presidida por padre Leandro.
Em seguida, café da manhã, louvor, formação, dinâmicas, almoço e uma tarde de oração do santo Terço, animações, palestras e reflexões, tudo na presença da Virgem Maria. As palestras e formações contaram com a presença de Lucas Lastória, fundador da Comunidade Católica Missão Athos2, Maria Adelina,
leiga da paróquia, Adilson Rossi, candidato ao diaconato permanente na Diocese, Pedro Rossi, coordenador do Grupo de Jovens Guerreiros da Cruz, Elaine e Sidnei, Rafael e Suzane, casais da Pastoral Familiar. Padre Leandro expressou o desejo de “proporcionar mais momentos
como este”, para permitir aos paroquianos o fortalecimento da fé e união. O encontro agradou a todos e teve encerramento no final da tarde, com grande animação e agradecimento a Deus e à Virgem Maria, que foi a grande mestra de todo este domingo em família. Os organizadores agradecem a todos pelo apoio, pelas contribuições, doações e empenho para que o evento acontecesse. Que as famílias sejam cada vez mais unidas para tornar a Igreja cada vez mais restaurada no Amor e na Fraternidade, e que jamais se esqueçam de pedir a presença de Maria, a Mãe de Nazaré que foi entregue como Mãe e Rainha do Mundo pelo próprio Cristo na cruz.
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Paróquias da cidade de Mogi Mirim
LEGIÃO DE MARIA ATUANTE EM MOGI MIRIM E ITAPIRA
A Legião de Maria é um movimento apostólico de leigos, ligado à Igreja católica apostólica romana há 96 anos, e que teve início na Irlanda, com Frank Duff. A Cúria Mãe e Mestra, sediada em
Mogi Mirim, tem oito praesidia, sendo seis em Mogi Mirim e duas em Itapira, e está ligada ao Senatus de São Paulo e ao Comitium Mater Dei de Pedreira. “Estamos instalados em Mogi Mirim desde 1985 e orientamos oito Pra-
esidia. Na reunião mensal de agosto pp., foi restaurado o Praesidium Santa Maria Mãe do Amor, na Comunidade de Nossa Senhora das Dores. Porém, os legionários pediram a mudança do nome para Santa Maria Mãe das Dores, pedido que foi aprovado e constará em ata”, comentou Anamelia de Amoêdo Campos Gualda, secretária da Cúria Mãe e Mestra de Mogi Mirim. Dia 30 de setembro, na Comunidade Nossa Senhora das Dores, frei Cristiano Piva Oshiro, Diretor Espiritual da Cúria, conduziu a formação espiritual sobre a Leitura Orante segundo o Manual da Legião de Maria. Estiveram presentes também ao encontro o presidente e o tesoureiro
do Comitium Mater Dei de Pedreira, senhores Devanir Rodrigues Lourenço e Marcos Cristiano Corbo, que convidaram frei Cristiano (palestrante) e as paróquias Nossa Senhora da Penha e São Benedito, ambas de Itapira, bem como as paróquias São José, Santa Cruz, São Pedro Apóstolo e São Benedito de Mogi Mirim para o 10° Congresso Legionário a ser realizado no dia 19 de novembro, em Pedreira. Os membros do Comitium ressaltaram a importância de os párocos darem espaço e inserirem a Legião de Maria nas comunidades paroquiais, celebrações e participação nas reuniões do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP).
IGREJA NOSSA SENHORA APARECIDA, UM CAMINHO DE FÉ E PERSEVERANÇA Em 19 de março de 1983, a primeira comissão para construir a Igreja de Nossa Senhora Aparecida foi oficializada pelo padre José Veríssimo Seribelli. O presidente era José Maria Fernandes de Almeida, conhecido como compadre Jaçanã, que tinha o sonho de construir em Mogi Mirim uma Igreja para Nossa Senhora Aparecida. Em outubro de 1983, a capela já estava erguida e dona Páscoa Pulcinelli fez a doação de uma Imagem de Nossa Senhora que uma Comissão trouxe de Aparecida/SP. Em caravana foi transportada até o local atual, onde foi recepcionada pelo padre José Veríssimo Seribelli e o cônego João Correia Machado, que entronizou Nossa Senhora na capela exatamente às 12h do dia 12 de outubro de 1983. Momentos atuais da história com a construção da Nova Igreja:
Com o passar dos anos a singela capela ficou pequena para acolher tantos devotos na Comunidade Nossa Senhora Aparecida da Paróquia São Benedito de Mogi Mirim. Havia uma antiga promessa de construir uma capela maior, tendo em vista o número de fiéis cada
vez mais em ascensão, os quais, com a aquisição de outros terrenos, utilizavam um barracão para as celebrações. Foi então que a paróquia, na administração e por iniciativa do pároco frei Cristiano Piva Oshiro, deu início à demolição, em maio de 2014, de toda
a antiga construção para erguer uma nova Igreja. A paróquia contou sempre com as doações espontâneas de seus paroquianos, mais as festas das comunidades de São Benedito, as festas da padroeira, a Noite do Pastel, além de rifas e almoços beneficentes. A nova Igreja da Comunidade Nossa Senhora Aparecida está em fase de acabamento, tendo como objetivo para esta etapa: forro e iluminação. No dia 11 de outubro Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano, celebrou missa no 9° dia da Novena. No dia 12 a Comunidade realizou a Missa solene de Nossa Senhora Aparecida, dando continuidade às comemorações até 15 de outubro, quando os fiéis percorreram as ruas em procissão. A festa social teve animada quermesse de 12 a 15 de outubro.
SEMANA MISSIONÁRIA FRANCISCANA: FRANCISCO E BENEDITO CAMINHANDO COM JESUS A Paróquia São Benedito iniciou a semana do mês missionário, 01 de outubro, com a Missa campal e a tradicional bênção dos animais, louvando a Deus por todas as criaturas, na praça da Matriz São Benedito, reunindo fiéis de toda a cidade de Mogi Mirim. No dia 03 celebrou-se a morte de São Francisco de Assis (trânsito), encenada pela equipe dos coroinhas. A Solenidade do seráfico pai São Francisco (04/10) teve a participação da OFS - Ordem Franciscana Secular, em seus integrantes da paróquia Bom Jesus do Mirante.
Uma noite de festa na paróquia em 05 de outubro reuniu toda a família de São Benedito, pastorais, juventude e movimentos na Missa solene presidida por Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo diocesano. A Catequese paroquial renovou as promessas batismais em preparação para a primeira eucaristia dia 06 de outubro. No dia 07 a comunidade caminhou em procissão com o andor de São Benedito pelas ruas centrais e dirigiu oração pelos enfermos e os mais necessitados, em frente à Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim. No dia 08 celebrou-se o dia do Nasci-
turo, data que celebra o direito à proteção da vida e saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio.
A festa social marcou a comemoração com animada quermesse durante as festividades na praça da matriz.
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Paróquias da cidade de Mogi Mirim
PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLO REALIZA FESTA DA PRIMAVERA Será promovida de 10 a 12 de novembro a Festa da Primavera na matriz de São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim. A programação religiosa inclui Missa no dia 11 às 18h e no dia 12 às 7h30 e 18h. A animada quermesse terá diversas barracas com bebidas, comidas variadas e diversão para as crianças. Estão previstos espaços para venda de recheados pastéis, deliciosos lanches e doces. Muitas prendas serão sorteadas na tradicional barraca da roleta. No dia 10 será organizado o show
de prêmios a partir das 18h30. Os cinco prêmios principais são: uma panela elétrica de arroz, uma furadeira e parafusadeira sem fio, uma lavadora de alta pressão, uma bicicleta e uma TV de led. Todos são convidados a participar de mais este momento de alegria e integração das famílias de todas as comunidades que integram a paróquia. Para viabilizar a festa, os organizadores solicitam a contribuição dos fiéis com a doação de ingredientes para preparar os alimentos e, especialmente, de prendas para a barraca da roleta.
A matriz São Pedro Apóstolo fica localizada na Rua Felício Antonio Di
Prospero, 501, Jd. Maria B. Bordignon. Informações: (19) 3805-3512.
NOSSA SENHORA APARECIDA É HOMENAGEADA EM MOGI MIRIM
A comunidade Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Martim Francisco, Mogi Mirim, celebrou solenemente o Dia de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro. Os devotos de toda a paróquia São Pedro Apóstolo se concentraram na comunidade para a celebração
da santa missa e procissão em louvor à Padroeira do Brasil. Na ocasião, a comunidade realizou várias homenagens à Virgem Maria por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul – milagre que deu início
à devoção que hoje o povo brasileiro tem por Maria, sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Os jovens homenagearam a Mãe de Deus dançando ao som da canção “Senhora Rainha”. As crianças coroaram a Virgem Maria em um momento que rendeu muitas lágrimas dos devotos. E para marcar as bênçãos e graças que pela intercessão de N. Sra. Aparecida os devotos têm recebido ao longo desses 300 anos, o sr. José Valdomiro Fernandes, morador do bairro, testemunhou uma graça que ele atribui à intercessão de Nossa Senhora. “Eu moro na roça. Certo dia, percorrendo uma trilha cheia de mato, caí dentro de um poço. Ao olhar para cima, vi mato e escuridão e sentia a água do poço batendo em minha cintura. Desesperado, levei a
mão no bolso e tirei o celular. Na tela inicial do meu celular tem a imagem de Nossa Senhora e eu implorei a ela que não me deixasse morrer ali. O desespero foi dando lugar à calma. Me abaixei e encontrei um pedaço de ferro no fundo do poço. Com ele, fiz buracos na parede e, escalando, consegui chegar à superfície. Não me recordo de como consegui fazer isso. Tenho problemas nas pernas e, normalmente, não consigo dobrá-las direito. O fato é que se não fosse por Maria Santíssima eu teria morrido ali, pois dificilmente alguém me acharia”, conta o devoto emocionado. A celebração solene no dia 12 encerrou as festas que tiveram início no dia 07 de outubro com a parte social. Nos dias 09, 10 e 11 a comunidade se reuniu para o Tríduo, o Terço e a Missa.
‘SÃO PEDRO APÓSTOLO’ PARTICIPA DE ENCONTROS NA DIOCESE A Paróquia São Pedro Apóstolo, de Mogi Mirim, esteve presente em dois encontros marcantes na nossa Diocese nos últimos meses. No dia 18 de setembro, cerca de 30 coroinhas que servem na matriz e nas comunidades da paróquia, participaram do 3º Encontro de Coroinhas e Auxiliares realizado em Amparo. Segundo os participantes, foi um dia de muitas bênçãos, alegria e muita convivência. Outro encontro que marcou os paroquianos foi a missão realizada pelos jovens. Jovens de toda a Diocese estiveram em missão na paróquia São Sebastião, em Amparo, nos dias 29 e 30/09 e 01/10. O evento foi uma das etapas de preparação para o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Na foto as jovens Júlia, Amélia, Talia Villanova e Júlia representaram a Paróquia São Pedro Apóstolo e testemunharam experiências vividas durante esses dias em missão.
ESTUDO BÍBLICO Comunidades, movimentos e pastorais da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Mogi Mirim, se reuniram na Matriz, no dia 26 de setembro, para um estudo bíblico sobre os Atos dos Apóstolos. O encontro contou com a presença de coordenadores e membros da paróquia e do pároco, padre Francisco Silvestre.
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Paróquias da cidade de Mogi Mirim
PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO APARECIDA COMEMORA OS 300 ANOS DE BÊNÇÃO DA PADROEIRA De 1º a 15 de outubro a Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, em Mogi Mirim, comemorou os 300 anos de bênção de sua padroeira, com animada quermesse nos finais de semana, na véspera e no dia 12, e emocionante Novena que teve início no dia 03. Com o tema “300 Anos de Bênção de Nossa Senhora Aparecida”, a paróquia celebrou com alegria a Novena com Missas todos os dias, com um padre convidado para presidir em cada dia. No dia 10 houve Missa presidida por nosso bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio. Durante as Missas houve também a emocionante participação da comunidade paroquial, que apresentou encenações contando os principais milagres pela intercessão de N.
Sra. Aparecida, desde a pesca milagrosa de sua pequena imagem quebrada em duas partes, corpo e cabeça, nas águas do Rio Paraíba do Sul, passando pelo milagre do cavaleiro incrédulo até o emocionante milagre de uma mulher com uma doença estomacal em 2014. No dia 12 a comunidade paroquial chegou ao cume das comemorações, iniciando as festividades bem cedo com a primeira Missa às 07h30 e a segunda Missa às 10h, com a participação do Grupo de Escoteiros e do Tiro de Guerra de Mogi Mirim. Ao término da Missa aconteceu a tradicional Carreata. Às 12h30 aconteceu um almoço com ampla participação dos fiéis de diversos cantos do bairro, da cidade e até mesmo de outras cidades. Às 17h
aconteceu a oração do Terço, já em preparação para a Missa Solene às 17h30, com procissão e a coroação de N. Sra. Aparecida, e em seguida a quermesse. Nos dias 14 e 15 aconteceram as missas às 18h e em seguida quermesse. Todas
essas atividades só foram possíveis graças à fé e ao engajamento de toda a paróquia com suas comunidades, pastorais e movimentos, com a organização da Equipe de Festas e a liderança do pároco padre Alexandre Pereira.
PARÓQUIA IMPLANTA CATEQUESE DOS “PEQUENINOS DO SENHOR” No domingo, dia 10 de setembro, na Missa das 19h deu-se início à catequese “Pequeninos do Senhor” na Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, em Mogi Mirim. “O “Pequeninos do Senhor” é um serviço da Igreja Católica, de evangelização de crianças de 3 a 6 anos, durante as Missas no dia do Senhor. Oferece, gratuitamente, o Missal dos Pequeninos, que é um subsídio Catequético-Litúrgico, um material próprio, de fácil acesso e linguagem simples para os catequistas acolherem os pequeninos,
enquanto seus pais estão na Missa ou
na Celebração Dominical”, conta Arile-
ne F. Alves da Silva Moreira, catequista coordenadora do projeto. “O Projeto tem como objetivo levar a família para a Missa tendo ali um espaço adequado para as crianças ouvirem e crescerem nos ensinamentos de Jesus Cristo. Como coordenadora posso dizer que está sendo um trabalho maravilhoso; podemos notar no rostinho de cada criança a alegria de poder participar. E, claro, recebemos a gratidão dos pais que se sentem tranquilos e mais animados para participarem das Celebrações”, acrescenta.
PARÓQUIA ENTREGA BÍBLIA PARA CATEQUESE E REALIZA RENOVAÇÃO DO COMPROMISSO DOS CATEQUISTAS “A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo...” A Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, em Mogi Mirim, realizou no mês de setembro o Rito de Entrega da Bíblia para as crianças, adolescentes, jovens e adultos da catequese, inspirado nos Ritos da Iniciação Cristã. No domingo, 24 de setembro, a entrega ocorreu durante as
Missas na Comunidade do Divino Espírito Santo, no Loteamento Linda Chaib e na, Comunidade Matriz de Imaculada Conceição Aparecida e no sábado, dia 30 de setembro, na Comunidade Santo Expedito, no Parque das Laranjeiras. Os catequistas durante oito encontros prepararam as crianças para entenderem a importância que tem a Pa-
lavra de Deus em nossas vidas. Foram entregues mais de 90 Bíblias, sendo que somente na Comunidade Matriz foram 63 crianças. No início do mês, 03 de setembro, durante a Missa na Comunidade Matriz de Imaculada Conceição Aparecida, o padre Alexandre Pereira, pároco, ministrou o Rito de Renovação do Com-
promisso dos Catequistas da paróquia, momento que foi bastante significativo para todos. As orações do rito foram extraídas do Diretório Catequético Nacional. Com esse momento os catequistas e a comunidade paroquial puderam compreender melhor o Ministério do Catequista para a transmissão da Palavra de Deus e da fé Católica.
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Espaço Catequético A MÍSTICA A mística é um tema que, se por um lado desperta atenção na vida das pessoas, por outro, pode causar confusão, porque, em parte, é mal compreendido. Parece algo distante, reservado a poucas pessoas especiais com as quais ocorrem fenômenos, à primeira vista, inexplicáveis (levitação, previsão do futuro, bilocação etc.). No plano teológico, a mística é a fase da vida espiritual na qual se dá a íntima união do Criador com a criatura de tal modo que esta se esvazia de si mesma a fim de se preencher de Deus, tornando-se uma só com Ele. Daí, ensinar São Paulo: “Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20), ou falar o místico italiano Dom Divo Barsotti: “Parece-me viver, de agora em diante, um tempo de união nupcial que me faz Um com Ele. Não tenho mais nada exceto Ele só”
(Monaquismo e mística. Juiz de Fora: Subiaco, 2009, p. 8-9). Tal união, contudo, não é egoísta. Ao contrário, sendo fruto da renúncia total a si mesmo por amor a Deus, em consequência produz o amor ao próximo que leva o místico a servir, de modo incondicional, a quem precisa; ele quer abarcar o mundo pela caridade, se esquece de si para ajudar ao maior número possível de irmãos e irmãs, conforme lemos na fala de Charles de Foucauld: “Partilhemos, partilhemos, partilhemos tudo com eles (os pobres), vamos dar-lhes a melhor parte e, se não houver o suficiente para dois, vamos dar-lhes tudo. É a Jesus que damos [...] (Charles de Foucauld: o caminho rumo a Tamanrasset. São Paulo: Paulinas, 2009, p. 252). Portanto, a essência da vida mística é a união com Deus e a caridade para com o próximo.
Embora essa íntima união com Deus possa vir acompanhada de fenômenos, como mencionamos, não é isso o que a caracteriza. Ao contrário – e aqui vai um trocadilho – nem todo místico apresenta fenômenos extraordinários e nem todo aquele que exibe prodígios incomuns ao grande público é um místico. Afinal, um fenômeno de natureza desconhecida para muitos pode ser fruto de estado alterado de consciência, em especial quando vem acompanhado de mania de grandeza da parte do (erroneamente) chamado de “místico” ou de “santo”. Importa, portanto, que o analista de um suposto fenômeno da área mística tenha noções básicas de Psicologia e/ou de Parapsicologia – ou recorra a quem as tem – a fim de distinguir bem uma e outra área. O portento místico, diga-se tam-
bém, de si não é milagre, ainda que possa vir acompanhado dele ou mesmo ser um evento milagroso, se deixar a marca comprobatória. Eis um exemplo: Santa Catarina de Bolonha, na noite de 24 para 25 de dezembro de 1445 (Natal), em êxtase, afirma ter recebido, nos braços, o menino Jesus. Beijou-o por várias vezes e também foi por Ele beijada, ficando, em seu rosto, para o resto da vida, a marca do beijo. Poderia ser mero estigma; no entanto, 5 séculos depois (em 1934), o sinal do beijo continua íntegro sobre o rosto da santa, cujo corpo está incorrupto (cf. Os milagres e a ciência. São Paulo: Loyola, 2000, p. 406). Eis um pouco do que se poderia falar sobre o tema, tão amplo e complexo.
cozinha e cuida dela, mas não o reconhece quando se entrega ao demônio da bebida. Ela apenas reforçou o que eu já havia percebido: aquele rapaz não era um mau caráter, ele apenas havia feito escolhas infelizes e agora sofria e fazia sofrer aquela que o amava. Após seu materno desabafo, ambos choraram. Em meio a Jesus e Maria, naquele doloroso e dolorido Calvário, me fiz o discípulo amado: fiz companhia ao Mestre e amparei sua santa mãe. Desejei estar ali naquele momento, como nunca havia desejado tanto estar em outro lugar. Nunca minha vida fez tanto sentido como naqueles poucos minutos. Depois de abençoar a casa e eles, parti com o coração partido. Uma parte de mim quis fazer morada naquele pobre e sofrido lar. Vim para a casa com o cheiro de suas chagas nas mãos,
na roupa, na consciência e na memória. Ao abraçar o Cristo drogadicto, sujei-me em suas feridas. Ao abraçar a Senhora das dores, molhei-me em suas lágrimas. Ao adentrar o Calvário, consegui compreender o silêncio de Deus: quem consegue dizer algo quando a parte que mais amamos na gente está morrendo? Aqueles que amamos fazem parte de nós como órgãos vitais. Vi todos os meus bonitos discursos prontos morrerem ali. Quando falamos a partir de uma impressão, nada de relevante temos a dizer, mas quando conhecemos o sofrimento e falamos a partir dele, falamos ao coração. E é essa experiência que gera transformação... Tanto no que padece pelos vícios, quanto naquele que padece de preconceito.
Vanderlei de Lima é eremita na Diocese de Amparo
Artigo UM MISSIONÁRIO NO CALVÁRIO Hoje pela manhã (10 de setembro), estive com Jesus. Levantei-me da Mesa Eucarística para subir ao Calvário com Ele. Como há dois mil anos, estava transfigurado. Não na aparência, mas na dignidade humana. Estava bêbado e drogado. Eu estava voltando para casa, a pé, depois de presidir a Santa Missa, quando Ele me viu passar pela rua. Me chamou da área de uma casa feita de madeira. Sua voz sofrida atraiu-me até Ele. Queria uma bênção. Sim, tive a graça de abençoar meu Mestre Sofredor. Tocou-me sem a pressa de afastar sua mão de mim. Convidou-me para entrar, querendo que eu conhecesse seus amigos. O medo me invadiu. Ele percebeu. Desafiou-me! Disse que, se fosse o Papa Francisco, entraria em sua casa e que se eu, de fato, acreditasse em Jesus, não deveria recusar o convite. Dei-me por vencido! Deus sabe nos provocar e nos arrancar de nossos comodismos e preconceitos. Não era apenas um Cristo. Eram cinco! Estavam drogados, mas, mesmo assim, me reconheceram como padre. Havia garrafas e drogas no chão. Pairava ali dentro, naquela casa fechada, cheiro de urina, suor, cachaça, maconha e comida azeda. Com violência, esses odores fundidos invadiram-me e causaram náuseas em mim. Quando entrei, percebi que o medo havia me abandonado. Não vi um bando de delinquentes, marginais ou vaga-
bundos como a maior parte da população os rotula. Vi algo pior! Vi jovens de bom coração se destruindo. Havia ternura, educação e respeito em suas vozes ao me falarem. Questionaram, envergonhados, o que eu fazia ali dentro. A resposta saiu pronta: Vim visitá-los. Embora com os olhos baixos pela vergonha, não sei se do ato que praticavam ou da casa suja, vi um sorriso ser desenhado em seus lábios. Sentiam-se honrados com a minha presença. Ao mesmo tempo me senti impotente e importante. Impotente por não saber o que fazer e importante por poder estar com eles. Não fui levar remédio para suas feridas, mas senti que ao menos podia soprá-las. Quando não se pode curar, ao menos nos esforcemos em aliviar sofrimentos. Aquele que havia me chamado para entrar, me fez um outro pedido: se eu poderia visitar e abençoar sua avó, que ele considera e chama de mãe. Embora tendo saído da casa em questão para ir a outra na mesma rua, percebi não ter saído do Calvário. Encontrei-me, então, com Maria, a Mãe do Senhor, escondida numa senhora pequenina, envelhecida pelos anos e pelo sofrimento, com olhos brilhosos de lágrimas. Era a Senhora das Dores de traços indígenas. Ela se alegrou com a minha chegada e chorou em meus braços um pesadelo que não conseguia ser palavra. Disse-me o quão bom é o seu neto. Contou que é ele quem arruma a casa,
Padre André Ricardo Panassolo Missionário atuando no Amazonas
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Notícias da Diocese de Amparo DIOCESE ABRE ANO DO LAICATO EM ENCONTRO DIOCESANO No dia 24 de novembro temos um encontro marcado para celebrar a unidade de nossa Diocese de Amparo. Todo o povo de Deus é convidado a participar da Missa da Unidade que
ocorre às 19h30, na Matriz de São Sebastião, em Amparo. Na ocasião o bispo diocesano, Dom Luiz Gonzaga Fechio, junto com todo o clero, abrirá oficialmente em nossa
diocese o Ano Nacional do Laicato. O Ano Nacional do Laicato será celebrado pela Igreja no Brasil no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei
do Universo, à 25 de novembro de 2018, e traz como tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.
COMIDI PROMOVE 2º ENCONTRO MISSIONÁRIO DIOCESANO O 2º Encontro Missionário Diocesano, ocorrido no domingo, dia 22 de outubro, reuniu cerca de 180 pessoas no Instituto Educacional Imaculada Conceição (Colégio Imaculada), em Mogi Mirim. Promovido pelo Conselho Missionário Diocesano (Comidi), o encontro teve como tema “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja em Saída a serviço do Reino de Deus”, e lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14). “Desde criança, sempre gostei e admirei muito as missões. Já participei de algumas aqui em Itapira, aliás a cruz da comunidade Bom Jesus é de uma dessas missões, momento de grande aprendizado na minha vida. O encontro foi uma experiência maravilhosa, um resgate aos meus princípios. Contagiar-me pelo exemplo missionário de Madre Teresa, Irmã Dulce e tantos outros resgata em mim o fervor da missão, chegando a derrubar lágrimas de emoção e gratidão! A missão nos aproxima de Deus! Agradeço ao Comidi pelo convite, para mim, veio no momento certo, me senti uma escolhida por Deus!”, alegra-se Silvia Cristina Guimarães Marquezini, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Prados de Itapira. Para o coordenador do Comidi, seminarista Everton Nucchi, encontros como o ocorrido ajudam todos a terem uma atuação para discernir profunda-
mente os desafios e questionamentos, sejam eles econômicos, sociais, éticos, políticos e especialmente religiosos, em uma sociedade como esta em que vivemos, contraditória e fragmentada.“É necessário que tenhamos consciência de que somos sujeitos eclesiais e que somos chamados a ser missionários, que esta é a nossa essência desde nosso batismo. Ser missionário não é uma escolha porque a Igreja por sua natureza é missionária. O encontro mostrou que precisamos ser protagonistas de uma Igreja em saída, que não fica trancafiada em si, mas que se abre para dialogar com a sociedade à luz da fé cristã católica ”, explica o coordenador. A partir do tema e lema, o encontro buscou conscientizar sobre a importância dos cristãos leigos e leigas para a ação evangelizadora da Igreja. O assunto vem ao encontro do Ano Nacional do Laicato, que começa em novembro, na Solenidade de Cristo Rei do Universo. “Existem lugares onde apenas os leigos conseguem chegar na sociedade, e é fundamental que os leigos se tornem esperança e força da Igreja neste mundo”, disse. “Foi uma experiência muito boa e acredito que devido ao incentivo da primeira missão jovem da diocese, ocorrida há um mês, havia vários jovens. Para nós, que estamos começan-
do agora a conhecer a realidade da missão, é um grande aprendizado e de grande ajuda para compreendermos o que nosso querido Papa Francisco nos pede ao falar que temos que ser uma Igreja em saída. Assim, vemos as pessoas com os olhos da misericórdia e saímos da nossa zona de conforto para poder encontrar Deus nos mais necessitados, levando a alegria e a esperança de ser de Cristo”, conta a jovem Naíne Corazin, da Paróquia São Sebastião de Amparo. Durante o encontro os participantes assistiram a um vídeo do Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com uma mensagem de incentivo. “Eu envio a vocês, não só a minha saudação, mas acima de tudo a
minha oração, meu apoio nessa caminhada tão bonita que vocês têm feito, que o 2º Encontro Missionário da Diocese de Amparo possa trazer muitos frutos para cada um que participa desse processo missionário, que os frutos pela ação do Espírito Santo sejam muitos na vida da Igreja de Amparo, das famílias, das comunidades, de cada um de vocês, procurem encaminhar sempre unidos na missão”, disse o Cardeal. No próximo ano, a Diocese de Amparo receberá a Escola de Missiologia da Sub-Região Campinas, que engloba seis dioceses. A cada ano a escola acontece em uma cidade. Todos os interessados poderão participar. Para mais informações entre em contato através do e-mail: comidi@diocesedeamparo. org.br