Revista Direcional Condomínios - Ed. 284 - nov-dez/2022

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CAPA PROMOCIONAL





EDITORIAL

Caro(a) Síndico(a), parabéns pelo seu dia! Não por acaso, mais uma vez bebemos na fonte abundante das canções entoadas por Milton Nascimento e você vai entender o porquê. Homenageamos seus 80 anos com um trecho da música Coração Civil, que bem reflete nosso momento político e o espírito de final de ano: “Quero a utopia, quero tudo e mais/Quero a felicidade nos olhos de um pai/Quero a alegria muita gente feliz/Quero que a justiça reine em meu país”. Chegamos à última edição da Direcional Condomínios com sentimento de gratidão e regozijo, afinal o seu dia é comemorado em novembro; receba aqui os parabéns de toda a nossa equipe. Foi muito bom caminhar a seu lado e tê-lo conosco mais uma vez neste 2022, um ano atípico, marcado pela eleição mais polarizada desde a redemocratização e com Copa do Mundo fora de época. Ano do bicentenário da Independência do Brasil, ano de reaquecimento pós-pandemia (a projeção era de que o PIB cresceria 0,5% e vamos chegar em até 3%). Outra marca: ano da tomada presencial de feiras e eventos do setor. Aliás, faremos uma Rodada de Negócios no seu dia, 30/11/22 – inscrevam-se gratuitamente no link https://sindicosecondominios.com.br/. Reservamos várias surpresas para você. Esta edição da revista está recheada de informações, mas o destaque vai para a matéria com Pierre Willm, síndico francês que nos faz pensar sobre o recolhimento de lixo nas unidades condominiais. Não estaríamos caminhando para trás? Encerramos com um lembrete: se ainda não respondeu a pesquisa da página 4, participe. Concorra a prêmios e boa sorte! Desejamos um 2023 de alegrias e prosperidade. Forte abraço, Isabel Ribeiro

Responda nossa Pesquisa:

Seção Tira-Teima:

Capa:

Síndico,

Dica:

Pesquisa Direcional

Comemorando a Copa

Síndicos têm o poder de

Conte Sua História!

Segurança

Condomínios

sem cartão vermelho

promover saúde e bem-

Pierre Willm, um francês nos

patrimonial ganha

estar aos moradores

condomínios paulistanos

reforço ágil

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Informe Publicitário:

Informe Publicitário:

Administração:

Dica:

Dica:

Seciesp

Seac

Decoração de Natal,

Uso de uniforme

Tratamento de piso

confraternização e

aumenta senso de

solidariedade nos condomínios

pertencimento

Rua Vergueiro, 2087, 9º andar – conj. 902 CEP. 04101-000 – São Paulo – SP - Tel.: (11) 5573-8110 - E-mail: faleconosco@grupodirecional.com.br - www.direcionalcondominios.com.br DIRETORES

TIRAGEM

ASSINATURAS

ATENDIMENTO AO CLIENTE

Sônia Inakake e Almir C. Almeida

20.000 exemplares

Emilly Tabuço

Emilly Tabuço

(60.000 leitores em média)

faleconosco@grupodirecional.com.br

João Marconi

JORNALISTA RESPONSÁVEL Isabel Ribeiro MTB 24.479/SP isabel@grupodirecional.com.br DIRIGIDA A

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO

GERENTE COMERCIAL

Síndicos, zeladores e administradores

Adriana S. dos Santos

São Paulo e Grande São Paulo

Condomínios residenciais, comerciais e administradoras PERIODICIDADE MENSAL

DEPARTAMENTO COMERCIAL João Ribeiro

Douglas Barbosa da Silva Evaldo Mendonça

Juliana Jordão Grillo

José Ricardo da Silva

DIAGRAMAÇÃO

Roberio Santos

Pedro Henrique Rodrigues Paiva

Jonas Coronado CIRCULAÇÃO

EQUIPE DISTRIBUIÇÃO

ASSINATURA ANUAL

Thalita Feuerstein

R$ 180,00

Cristiane Lima

Rafael Custódio CAPA

IMPRESSÃO

TOPSELLER - SHUTTERSTOCK PHOTO

Grass Indústria Gráfica

Exceto novembro/dezembro, cuja periodicidade é bimestral

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

Para anunciar, ligue:

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5573-8110 ou

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Tiragem auditada por

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A proximidade das festas de final de ano traz mais responsabilidade para síndicos, zeladores e responsáveis pela segurança nos condomínios. É a época em que a movimentação nos elevadores aumenta, com maior número de visitas de parentes e amigos para as confraternizações. Por isso, o número de passageiros deve ser respeitado em cada viagem, evitando que o elevador sofra com sobrecarga. O aviso interno na cabina alertando para o número de pessoas permitido deve ser observado. Crianças também merecem atenção. Empolgados por estarem visitando tios, avós e amigos, muitas vezes os pequenos transformam esses equipamentos em brinquedos, o que exige atenção redobrada por parte dos responsáveis. O ideal é que a criança use o elevador e a escada rolante na companhia de um adulto e seja orientada a não brincar ou pular dentro do elevador, apertar somente o botão do andar de destino. Outro foco de alerta são os animais de estimação. Procure usar o elevador que estiver vazio para transportar seu pet, e dê preferência pelo elevador de serviço se houver a opção. Se o cão for de pequeno porte, deve viajar no colo e cães maiores devem ir ao lado dos tutores, com a guia encurtada. O uso de focinheira deve seguir a legislação local. Em caso de dúvidas, consulte o Seciesp.


SEÇÃO TIRA-TEIMA

COMO FESTEJAR A COPA DO MUNDO NO CONDOMÍNIO?

CRISTÓVÃO Luis Lopes, que no papel de gestor já vivenciou algumas Copas,

Inclusive, deixo isso muito claro e peço até para eles darem um visto em informativo

de jogo, e possam correr para o abraço em comemorações entre vizinhos.

sobre as regras. Nos jogos da seleção,

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prepara com antecedência os moradores para que não alterem o placar de civilidade em dias

QUAIS AS DICAS PARA DESFRUTAR DO CAMPEONATO SEM MAIORES INTERCORRÊNCIAS?

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organizar para que os colaboradores interrompam o trabalho e possam torcer pelo país. Já

muitos moradores costumam receber amigos e familiares para torcerem juntos, o trânsito de visitantes aumenta, bem como o

Eu sempre relembro os moradores, com antecedência, sobre as regras do regulamento

movimento de delivery de comida. A porta-

interno quanto ao uso das áreas comuns. Como é uma ocasião de muita euforia, o síndico

ria não pode correr o risco de se dispersar

tem de ‘combinar o jogo’, comunicando o que pode e o que não pode fazer, como consu-

com uma cobrança de pênalti. A atenção

mir bebida alcoólica na piscina ou jardins, e alertando sobre multas e punições. Fogos de

do porteiro deve estar totalmente focada

artifício, por exemplo, são proibidos. Caso os moradores queiram assistir aos jogos juntos,

no trabalho.

sugiro alugar o salão de festa a cedê-lo, assim um deles fica responsável por coibir o ímpeto com respeito, é saudável e prazeroso assistir aos jogos com os vizinhos. Nesse caso, é válido contratar monitores para as crianças, pois os pais, de olho no futebol, tendem a ‘esquecê-las’. Os monitores farão pinturas temáticas na face, brincarão e evitarão que corram pela grama.

NOS JOGOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA, COMO AGIR COM OS COLABORADORES? Sempre que o Brasil entrar em campo em horário de expediente, o condomínio pode se os porteiros, infelizmente, não devem sequer ouvir o jogo por um discreto fone de ouvido.

Foto Divulgação

daquele torcedor que tende a quebrar objetos ou a ressarcir o prejuízo ao condomínio. Mas,

CRISTÓVÃO LUIS LOPES

Síndico profissional, realiza ainda consultoria a condomínios em São Paulo e Região Metropolitana. Foi gestor em banco durante 33 anos. É graduado em Economia e Administração, com experiência em Arbitragem e Gestão de Conflitos Condominial. Mais informações: cristovaoll@terra.com.br


INFORME PUBLICITÁRIO ADMINISTRAÇÃO


CAPA

SAÚDE E BEM-ESTAR A UM ELEVADOR DE DISTÂNCIA Nada mais cômodo do que cuidar do corpo e mente dentro do condomínio. O síndico tem o poder de promover condições para que isso aconteça e, assim, contribuir para uma coletividade harmônica, alegre e sadia, beneficiando em especial os idosos, mais reclusos desde a pandemia Por Isabel Ribeiro

Vanessa Munis com o educador físico Richard da Silva Batista, que comanda o treinamento funcional na quadra poliesportiva

use (pague e use), que agregou vitalidade ao ambiente. “É imprescindível que a inserção das atividades ocorra mediante enquetes e posterior deliberação Foto Divulgação

em assembleia, para dar mais transparência e legalidade à contratação desse tipo de serviço”, comenta. Dentre as atividades do Lumina, o ‘aulão’ que acontece na quadra po­ liesportiva uma vez por semana, com treinamento funcional para adolescentes, adultos e idosos faz o maior sucesso. “Os moradores estão adorando! Além de saúde e bem-estar, aulas coletivas possibilitam que os vizinhos se conhe-

EXISTE

çam e, com isso, os conflitos internos tendem a diminuir”, avalia a síndica.

alguém mais apro-

Ela sugere que, além de ativida­des corporais, os síndicos contratem palestras

priado que o síndico para promover

educacionais e motivacionais para os condôminos.

ações que tragam saúde e bem-estar aos condôminos? Na opinião da síndica profissional Vanessa Munis ele é perfeito para isso pois é o CEO do condomínio; um profissional formador de opinião e vida aos seus condôminos. Advogada pós-graduada em Gestão de Pessoas, Vanessa é adepta em adotar práticas que estimulam corpo e mente nos condomínios sob sua sindicatura. Foi assim com o Lumina, um condomínio do tipo clube no Jardim Marajoara, zona sul, com três torres e 100 apartamentos, habitado há 18 anos, mas sem experiências anteriores com co-

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Fotos Divulgação

fomentador de melhores condições de

Mari Sobral (em primeiro plano) contra o sedentarismo: ginástica para idosos e instalação de academia; Fábio Pigola (camiseta vinho), orientador do Projeto 50 +

CORPO EM MOVIMENTO

No Forest Park I, no Horto Florestal, zona norte, a psicanalista Mari Sobral colhe

modidades, eventos e recreações. Ao

os benefícios de estar atenta às necessidades do próximo, coisa que aprendeu

assumir a gestão, há dois anos, Vanessa

ainda na infância ao observar seu pai, sempre disposto a ajudar na vizinhança

disponibilizou uma assessoria esportiva

ou na comunidade católica. Desde que Mari assumiu a gestão condominial, sete

aos condôminos na modalidade pay per

anos atrás, promove melhorias no condomínio de 16 mil m², com seis torres e

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CAPA

212 unidades ao todo. “A função do síndico é valorizar o patrimônio das pessoas, trazer segurança, conforto e bem-estar”, sentencia. Por quase duas décadas, a área destinada à academia foi usada como depósito. Após ter executado benfeitorias inadiáveis no condomínio, Mari decidiu reverter a situação, afinal uma academia seria útil para os moradores se exercitarem e até eventualmente movimentarem-se em pós-cirúrgico acompanhados de fisio­ terapeuta. Após aprovação dos condôminos, em 2019 reformou o lugar, alugou equipamentos e contratou um personal trainer para orientar os moradores a usá-los. No início da pandemia, a academia precisou fechar, mas tão logo foi reaberta, tornou-se muito procurada. “Como o agendamento de horário era por apartamento, descia a família toda. Hoje, muitos moradores a utilizam e não precisam mais pagar planos de academias”, comenta Mari, que reside no condomínio e frequenta o espaço. Ainda na pandemia, Mari se deu conta que os idosos, como não saíam de casa, estavam sedentários e mais predispostos a adoecer, então precisava criar algo para eles. Com a ajuda do professor de educação física Fábio Pigola, morador do Forest Park I, a síndica criou o Projeto 50+, que consiste em aulas de ginástica duas vezes por semana, ministradas por ele na quadra, academia ou piscina. O 50+ completou um ano e o grupo está mais unido. “A maioria das pessoas ficava isolada, então essa iniciativa também trouxe o benefício da socialização”, comemora Mari. “Eu noto que existe uma enorme carência de atenção nas pessoas, principalmente nas mais velhas. Querem falar e ser ouvidas, por isso pretendo organizar um chá da tarde semanal no salão de festas, onde possam se reunir para conversar, ouvir música, dançar. “O custo é zero e, o resultado para a saúde mental, fantástico”, arremata a síndica.

a ideia de integrá-los ao paisagismo. “Como os moradores jogavam fora as orquídeas quando as flores morriam, pedi que as doassem ao condomínio para plantarmos nos troncos das árvores, e convidei os idosos para participarem do processo. Já temos mais de 400 delas em árvores e é uma terapia, todo domingo inclusive eles vão regá-las”, relata Eliane. A pandemia interrompeu essa atividade por um tempo e, ainda, fez crescer a população idosa do condomínio porque, na fase crítica de contágio, muitos pais vieram morar com os filhos e acabaram ficando. Assim como no condomínio do Horto Florestal, os idosos do Collina se trancaram em casa. Por meio de conversas casuais com moradores, Eliane ficou sabendo que alguns condôminos de mais idade estavam depressivos ou já com algum indício de doença mental. “A Dra. Simone (Augusta Oliveira), uma médica de família que mora no condomínio, cuja mãe tem Mal de Alzheimer, me explicou que precisaríamos investir em atividades cognitivas para retardar a evolução de doenças. A partir disso, sob a supervisão dela e com a minha coordenação, criamos o Grupo Bem-Estar”, explica a síndica. O projeto, que nasceu em abril último, promove atividades gratuitas aos maiores de 60 anos, entre as quais estão psicoterapia em grupo, arteterapia, meditação, reike e cristalo­

Fotos Divulgação

terapia (harmonização do fluxo de energia), e Eliane Rasquel coordena projeto para saúde mental; o psicoterapeuta Piero Fedele é voluntário

teve adesão de cerca de 30 idosos. “Os parentes perceberam sinais de melhora nos idosos e adolescentes dessas famílias nos procuraram para frequentar o grupo. Há muitos pais ainda em home office, não podem fazer barulho. Como a rotina da casa foi alterada, os adolescentes fica-

PASSEIO E PSICOARTE

ram ainda mais retraídos, então os acolhemos.

Desde 2017 a psicopedagoga Eliane Rasquel é síndica profissional do Collina

A galerinha achou o máximo fazer meditação.”

Parque dos Príncipes, com seis torres e 448 unidades no Butantã, zona oeste.

Além das atividades in loco, o Grupo Bem-

Construído em 2010 em uma área de 51 mil m², o condomínio-clube possui

Estar promove passeios, como a visita ao MAC

toda uma infraestrutura que convida ao exercício físico. Na grade da assessoria

(Museu de Arte Contemporânea da Universidade

esportiva, destacam-se modalidades como futebol, voleibol, yoga, pilates, natação,

de São Paulo), em outubro. “O distanciamento

hidroginástica, fitdance e muay thai. Cada apartamento paga R$ 83 e 70% dos

social imposto pela pandemia foi muito pesado,

moradores utilizam esse serviço.

houve uma perda na saúde mental. Como sín-

No entanto, salvo alguns idosos que faziam hidroginástica, os mais velhos não se encaixavam nas propostas, o que preocupava Eliane. A síndica então teve

dica, posso contribuir para melhorar um pouco essa condição”, finaliza.

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ADMINISTRAÇÃO

ESPÍRITO NATALINO E SOLIDARIEDADE EM PAUTA Nem só de temas espinhosos como conflitos entre condôminos, negociações com fornecedores e o complicado dia a dia da administração vivem os síndicos. É possível estimular ações sociais entre os moradores, além de incluir as datas festivas na agenda do condomínio Por Luiza Oliva

O Natal do Plaza Athénée tem Foto Divulgação

sacadas iluminadas e caixa de correspondência para as cartinhas endereçadas ao Papai Noel , além da clássica árvore

FINAL do ano se aproximando e chega aquele período em que

especialmente laços de fitas, para que

a casa para receber a família. No condomínio, o Natal também faz parte

não amarrotem.

da rotina dos síndicos. São raros os condomínios que não investem em ao menos algumas luzes para enfeitar o gradil ou o jardim.

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com cuidado de um ano para o outro

tiramos a decoração de Natal das caixas e pensamos em como enfeitar

Gestora de dois imensos condomínios-clubes – um com 1.196

Ana Josefa Severino, síndica profissional com seis condomínios sob

unidades e 10 torres e outro com

sua gestão, acredita que a iluminação proporcionada pela decoração de

920 unidades e 11 torres -, Nilvea

Natal renova o espírito natalino em todos. No condomínio Plaza Athénée,

Ito Ricardo Alcalai recomenda muito

em São Caetano, onde Ana é síndica há seis anos, ela aprovou em as­

cuidado especialmente ao arma-

sembleia a instalação de cascatas iluminadas em todos os terraços. “A

zenar a iluminação. “É necessário

iluminação vem do barrilete e é acionada e desligada automaticamente.

acomodar em caixas e recipientes

No primeiro ano o zelador teve que entrar em todas as unidades para

adequados e etiquetados e, se o

instalar os ganchos nas sacadas. Depois, todos os anos ele entra nos

condomínio não tiver espaço, vale

apartamentos para colocar as cascatas iluminadas. É uma decoração

até alugar um pequeno box, já que é

padronizada e com lindo efeito”, conta. Em 2020, pela dificuldade de en-

um investimento alto e que não pode

trar nos apartamentos imposta pela pandemia, Ana optou pela instalação

ser reposto todos os anos”, pondera.

de uma iluminação com estrelas, instalada no topo do prédio, mantendo

Sobre as despesas com festas, Nilvea

a decoração padronizada.

leva para aprovação em assembleia.

A síndica comenta um detalhe importante: evitar itens religiosos na

“Mesmo assim, costumo fazer com

decoração. “Em um condomínio com cinco torres, com uma grande

que as festas se paguem. Se chamo

área comum, certa vez pensei em colocar um presépio iluminado, mas

food trucks, por exemplo, cobro uma

fui desaconselhada por alguns moradores, já que condôminos de outras

taxa desses prestadores de serviços,

religiões poderiam se sentir melindrados”, lembra. Já um item que Ana

que costumam cobrir os custos com

não dispensa é a árvore de Natal no hall, a menos que não haja espaço

energia elétrica ou brindes. E princi-

suficiente. Ela recomenda comprar uma árvore de boa qualidade e guardar

palmente as festas de Natal têm um

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custo maior, com Papai Noel ou locação de brinquedos”, conta.

Querido oferece semanalmente uma

Além da decoração convencional, o Natal permite usar a criatividade.

caprichada cesta de frutas para os

Ana Josefa instala uma caixa de correspondência no jardim do condomínio

funcionários do condomínio (o custo

para que as crianças coloquem suas cartinhas para o Papai Noel – e faz

é dividido com outras duas vizinhas), e

questão de responder uma a uma, de forma personalizada.

sempre entrega as frutas no refeitório com uma frase simpática estimu-

CORAÇÕES GENEROSOS

lando o consumo. Já Sueli Ferreira

Final de ano é a época em que mais lembramos de ajudar o próximo.

de Oliveira pensou em como podia

Porém, temos visto ações solidárias acontecerem durante todo o ano em

melhorar a praça localizada em frente

muitos condomínios. Nilvea Alcalai cita que em um de seus condomínios

ao Sphera. Começou há dois anos e

foram instituídas as Caixas do Bem. Mensalmente é selecionado um tipo

meio aos sábados, auxiliada por um

de doação: fraldas geriátricas para um asilo, brinquedos para crianças

dos jardineiros do condomínio. A pró-

carentes ou ajuda para ONGs de pets. “São ações simples, sem custo

pria Sueli e alguns vizinhos custeavam

algum para o condomínio, mas que precisam ser bem organizadas.

o jardineiro e materiais. O condomínio

Sempre há uma comissão de moradores responsável”, pontua.

fornece mangueira e água de reuso

Claudvanea Smith Monteiro elenca várias iniciativas solidárias nos

para rega da área.

condomínios que administra. No Sphera, com duas torres e 224 unidades,

Há cerca de um ano e meio, um

localizado na Pompeia, moradores doam tampinhas e lacres de latinhas

senhor se ofereceu para ajudá-los.

para ONGs de pets. Agasalhos e roupas são doados para a ONG Unibes.

Morador de rua, ele voltava todos os

Recentemente, os próprios moradores do Sphera levaram à síndica a neces-

sábados. Depois, passou a ir diaria-

sidade de iniciarem uma campanha de doação de alimentos. “Arrecadamos

mente. Varria, recolhia o lixo, cuidava

171 quilos de alimentos. Entregamos para a ONG Banco de Alimentos, que

das plantas. Sueli adotou a praça na

repassa tudo para entidades parceiras. E sempre me preocupo em registrar

Subprefeitura da Lapa e o ajudou a

a entrega de todas as doações e prestar contas aos condôminos. Também

se inscrever no programa zelador de

não envolvo políticos nem instituições religiosas. Devemos respeitar a ideo-

praça da Prefeitura. Hoje, Divaldo,

logia e a crença de cada um, ajudando a todos”, justifica Vânia, nome pelo

que morou na rua por 20 anos, recebe

qual é mais conhecida nos condomínios. A gestora enumera também várias

um auxílio da Prefeitura e também

ações capitaneadas pelos próprios moradores e relata que no condomínio

dos vizinhos da praça, e aluga um

Itassugui, em Perdizes, houve coleta de cestas básicas. As doações eram

quarto em uma pensão próxima ao

armazenadas no salão de festas e o morador Manoel Carvalho (que junto

condomínio – e continua cuidando da

com outros amigos cuida de dois projetos de voluntariado, Amigos em ação

praça com muito capricho. “Estamos

e Amigos doando cestas) cuidava para que as cestas fossem entregues nos

melhorando a praça, deixando o

projetos Castelinho (na esquina da rua Apa com Av. São João, no centro de

entorno do condomínio mais bonito

São Paulo) e Cozinha do Povo das ruas, do Padre Julio Lancelotti.

e ainda ajudando o Divaldo. Isso não

Moradora do Sphera, a engenheira de alimentos Amanda Faria

tem preço”, resume Sueli.

Foto Divulgação

ilustração Freepik - user2415731

ADMINISTRAÇÃO

No Sphera, condôminos arrecadam alimentos para campanha; fornecem frutas aos colaboradores do prédio e cuidam da praça pública, onde mudaram a realidade de um ex-morador de rua

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SÍNDICO, CONTE SUA HISTÓRIA!

“FAÇO MEU TRABALHO BEM E COM O CORAÇÃO, MAS EXIJO SER TRATADO COM RESPEITO” O síndico francês Pierre Willm, de 55 anos, não tolera bagunça nem desacato

Pierre: paixão pelo Brasil

administrador, eu me tornei síndico profissional e hoje sou gestor de 11 condomínios em Higienópolis, Jardins e Vila Olímpia. A sindicatura veio em 2008 quando fui convidado a assumir o posto em um condomínio de Higienópolis. Desde então o prédio ao lado me convidou, depois mais dois prédios, e assim já são nove no bairro. Brincam que sou o ‘supersíndico da rua Maranhão’, mas não sou de me vangloriar. Se o vizinho indicou meu nome para o outro e assim por diante foi porque tive um bom desempenho, mas apenas cumpri com o que esse cargo requer. Eu faço meu trabalho bem-feito, e faço com o coração, mas eu só aceito trabalhar

“EU NASCI

e me criei na

Alsácia, região da França que faz fron­ teira com a Alemanha e Suíça, então eu me defino como um latino meio ba­ gunçado, mas com um lado germânico muito quadrado, que, no final dos anos 1990, caiu de paraquedas em um país chamado Brasil, com ‘ene’ tipos de mentalidades. Precisei aprender a navegar dentro das infinitas particularidades daqui, mas me encantei com o país, fui bem acolhido e tenho enorme respeito pelo povo brasileiro. Estou no mercado de administração de condomínios há mais de 20 anos e prosperei sem ter sobre­nome famoso e sem aceitar propina de ninguém – e olhe que por duas vezes tentaram me corromper, o que foi muito desagradável. Além de

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em lugar que me trate com respeito, onde eu consiga manter uma boa linha de raciocínio, onde haja boa educação. Há pouco tempo, estava para iniciar a gestão de um condomínio e recusei porque uma pessoa de lá foi muito estúpida comigo, fui desrespeitado. Não pode faltar comando a um síndico ao lidar com colaboradores e massa condominial. E tem de ter coragem para abordar condôminos em desacordo com as normas do prédio. Hoje, estou acostumadíssimo com expressões como ‘você sabe com quem está falando?’, mas confesso que isso me espantou quando cheguei por aqui. O síndico não pode se intimidar com falas assim. Se um morador colocou uma placa de vende-se sem verificar se a convenção permite, é necessário intervir. Abordagens respaldadas por normas e regulamentos evitam conflitos. Meses atrás, um condômino colocou uma bandeira de campanha política na janela. Pelo WhatsApp, pedi para retirar. Ele quis saber o porquê. Expliquei que o regimento interno proibia. Ele quis ver o regimento. Como tenho tudo muito organizado em pastas no computador, ele o recebeu em minutos, leu, encerrou a comunicação educadamente e retirou a bandeira. Sobre vagas de garagens também é preciso, às vezes, lembrar os con­ dôminos das regras: são apenas para veículos, e não para veículos mais carrinho de bebê e mais suporte de bicicletas para carro. Se ninguém fala

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SÍNDICO, CONTE SUA HISTÓRIA!

Pierre busca inspiração na natureza para pintar

Fotos Divulgação

seus quadros

nada, só piora porque outros vão seguir o exemplo da bagunça. Não tolero

no mundo em termos de desenvol-

desordem em condomínio, aqui prevalece meu lado ‘alemão’ de fronteira.

vimento imobiliário. Como eu falava

Na época em que comecei a trabalhar no Brasil, as pessoas liam jornal em

português, fui enviado ao Brasil para

papel e depois os funcionários juntavam os periódicos para vender, acumu­

fazer a auditoria de um projeto que a

lando-os de qualquer jeito. Hoje, a bagunça é nos sacos de lixo reciclável a

Constructa fechara com a prefeitura de

procura de latas de alumínio. Cabe ao síndico encontrar uma maneira para

São Paulo, mas que não saiu do papel.

os funcionários terem acesso a esse material de uma forma mais organizada.

Mesmo assim, eu permaneci aqui

Há um hábito que me incomoda e não consigo convencer os condôminos

porque os franceses insis­tiam em

a se libertarem. Para que ter um funcionário indo de andar em andar para

investir no mercado brasileiro, en-

pegar o lixo? Ainda temos servos? Se um funcionário passar de manhã e

tão sugeri o ramo de administração

à tarde nas unidades, e gastar duas horas ao dia nisso, significa que por

condominial. Eles se associaram a

semana serão 10 horas servindo unidades privativas enquanto poderia estar

empresários brasileiros e trabalhamos

fazendo outra coisa em prol do condomínio. Outro costume é o morador

assim alguns poucos anos, até que

comprar um televisor enorme e deixar a caixa junto à lixeira. Qual é o problema

romperam a sociedade. Preferi seguir

em desmontá-la, reduzir seu volume e fazer o descarte? Essa tarefa não é

carreira própria. Fiquei com os clientes

do colaborador. Mas creio que essa mentalidade irá mudar.

que já eram meus, e alguns que os

O Brasil tem potencial e evolui bem, a seu tempo. Eu já viajei o mundo,

ex-sócios me repassaram. Em 2005,

trabalhei na Europa e sei que não tem sentido comparar um país mais jovem

fundei oficialmente a minha administra­

com aqueles que existem há séculos. Eu me apaixonei pelo país desde a

dora de condomínios, na qual hoje te­

primeira vez que vim para cá como estudante, com 20 e poucos anos.

nho dois sócios maravilhosos e, juntos,

Sou formado em Administração e Comércio pelo Instituto Internacional 3

administramos 40 edifícios, somando

A (especializado em países da África, América Latina e Ásia), que fica em

residenciais e comerciais.

Lyon, na França. A etapa final desse curso exigia um estágio fora, então

Sou bastante trabalhador, mas

eu e alguns amigos viemos para o Rio de Janeiro. Sou filho de franceses

manter um hobby é importante e dá

da classe média e custeei a minha passagem e estadia com o dinheiro

prazer. O meu é pintar telas. Também

que arrecadei vendendo meias. Na década de 1980, as meias masculinas

sou paisagista. Na França, eu tenho

Burlington, com padronagem de losangos, viraram sensação na Europa.

um jardim muito bonito. Aqui eu faço o

Pois eu ia comprar mais barato na loja de fábrica, na Alemanha, e vendia

plantio de jardins e canteiros de vários

aos alunos do Instituto, na França.

dos meus condomínios, e até já virei o

Já formado, trabalhei sete anos em Portugal. Primeiro, em um banco francês em Lisboa, atuando com avaliação imobiliária. Depois, ingressei na Constructa, uma pequena multinacional francesa, mas que operou milagres

Francês do Ceasa.” Pierre Willm, em depoimento concedido a Isabel Ribeiro

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DICA / UNIFORMES

TIME VALORIZADO Por Isabel Ribeiro

Maurício Jovino, docente do SENAC, e o empresário Ygor Romão

Foto Divulgação

Foto Amanda Nathalia

(com pilha de

EMPRESÁRIO

peças) creem que trabalhador uniformizado se sente membro da equipe

do setor têxtil, Ygor Romão produz uniformes

para diferentes segmentos, e sabe o valor de seu produto para quem tem de usá-lo no dia a dia. Há o aspecto prático, como não gastar dinheiro com roupas de trabalho, nem ter de pensar no que vestir. Mas há outro ponto relevante: a sensação de pertencimento a um determinado núcleo. “Em sua origem, do latim, a palavra uniforme significa uma só forma. Um funcionário uniformizado sente-se melhor inserido no ambiente e membro efetivo da equipe”, diz Ygor. Docente do SENAC em temas condominiais, Maurício Jovino atuou como síndico profissional durante 12 anos e endossa a observação de Ygor. Egresso do mundo corporativo, ele conta que se surpreendeu no início da sindicatura ao entregar os primeiros uniformes. “Para mim, era algo tão normal, mas para muitos desses trabalhadores, alguém os havia enxergado com humanidade. Alguns agradeciam com nó na garanta. Para eles, trazia uma sensação de reconhecimento, segurança e pertencimento. Começavam a ser vistos como pessoas importantes no condomínio, o que realmente são”, recorda Maurício. Ele levava o assunto tão a sério que optava pela personalização de uniformes em um processo que envolvia os funcionários na escolha de cores, modelos e tecidos. “Eu pedia à fabricante de uniformes que enviasse um representante aos condomínios, convidava um conselheiro e os colaboradores e definíamos como seriam as roupas. O representante nos aconselhava, tirava medidas, e o resultado final eram uniformes confortáveis, condizentes à jornada de trabalho”. Maurício, que viu porteiro trabalhando com sapato furado, lembra que para o condomínio custa pouco cuidar com atenção do vestuário e traz benefícios, como a melhora no desempenho dos funcionários, e transmite ideia de organização ao local. “Mesmo em condomínios mais simples dá para investir em uniformes, como calça de brim e camisa polo. Tem solução para tudo, basta o síndico ser proativo e ir atrás”. PRÓXIMA EDIÇÃO: FITNESS: EQUIPAMENTOS, PISOS E ACESSÓRIOS

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DICA / SEGURANÇA

INTEGRAÇÃO TECNÓLOGICA Conexão ágil com sistema do poder público colabora para deixar condomínio e entorno mais seguros

Por Isabel Ribeiro

Luiza Paulino Fotos Divulgação

palestrou sobre segurança em condomínios na ICS Brasil, em setembro último

MUROS ALTOS,

sensores de barreira com luz infra-

vermelha, clausura e reconhecimento facial fazem parte do pacote contra criminalidade nos edifícios da cidade. A boa nova é a chegada de mais um recurso para condomínios. Trata-se do Projeto de Vizinhança Solidária para Condomínios, que conecta imagens e dados de câmeras do entorno dos edifícios com o Detecta, sistema integrador de informações adotado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, órgão que abarca as polícias Civil, Militar e Técnico-Científica. A ideia já foi testada e aprovada em dois bairros paulistanos e, agora, passa a ser replicada, como conta Luiza Paulino. Síndica profissional, ela está engajada na segurança patrimonial há cerca de dois anos, quando começou a participar ativamente das reuniões do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do distrito de Perdizes. Em setembro, representou os síndicos em palestra na ICS Brasil, ver­ são da feira internacional de segurança realizada na capital paulista. No final de outubro, tornou-se coordenadora do primeiro grupo do Vizinhança Solidária para Condomínios, o qual compreende outros dois bairros da zona oeste. Luiza relata que esse programa ganhou corpo após o Conseg obter autorização da SSP para a integração dos condomínios com o Detecta. Atualmente, a tarefa da síndica é convencer os síndicos

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DICA / SEGURANÇA

da vizinhança a aderirem. “É um trabalho de síndico além dos muros, mas precisa ser feito porque a criminalidade está se expandindo. Hoje, meliantes juvenis se passam por familiares de moradores e entram nos condomínios; e tem adolescentes que invadem condomínios para furtar bicicletas. Nós, como síndicos, podemos ajudar a ter uma polícia preventiva e não apenas reativa”. Para adesão ao programa, o condomínio precisa fazer um investimento, mas quanto mais edificações aderirem, menor o valor a ser pago. Para o funcionamento são necessários pontos de internet e energia elétrica. Serão instaladas câmeras para visualização do ambiente e de placas de veículos. As informações podem ser acessadas pela polícia sempre que necessário. “O software promove celeridade no cruzamento dessas imagens com o amplo banco de dados do Detecta”, diz Luiza, acrescentando que comércio e residências podem participar do programa junto aos condomínios vizinhos.

ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA

O sistema de integração de imagens do condomínio com o Detecta ainda é uma novidade, mas existem outras maneiras de aumentar a segurança da edificação. Confira as dicas do Tenente Coronel Vlamir Luz Machado, do 6º Batalhão da Polícia Militar (São Bernardo/São Caetano), a seguir. COMUNICAÇÃO: “É inteligente aliar a tecnologia de segurança dos

condomínios com informação rápida para a polícia, ligando para o número 190 ou usando o WhatsApp, caso o edifício faça parte do Programa

Vizinhança Solidária. Precisa ter uma pessoa do condomínio vigiando as câmeras para fazer esse acionamento”. PRUDÊNCIA: “O condomínio não deve hesitar em acionar a polícia se

suspeitar de algo, mesmo que seja desconfiar da veracidade dos agentes à porta, que, inclusive, não podem entrar sem mandado judicial. O policial militar usa uniforme com vários detalhes, é muito difícil de clonar, e cada viatura possui um número único, mas em caso de dúvida vale acionar 190 e passar essa numeração para averiguação. Em se tratando de policial civil, o telefone é 147”. GARAGEM: “O portão do condomínio precisa ser veloz e, se for o

mesmo para entrada e saída de veículos, a prioridade deve ser sempre de quem estiver chegando, que é para o morador sair o mais rápido possível da rua. É interessante haver uma ‘vaga do pânico’ na garagem para o caso de o morador ter sido rendido por um infrator”. CHAVES: “Muito cuidado com chave debaixo de capacho ou vaso de

plantas; não conhecemos todos que circulam pelo condomínio. Ou, ainda que o condomínio permita, não se deve deixar a chave para a diarista na portaria. Isto para preservar o próprio porteiro caso algum item do apartamento seja roubado”.

PRÓXIMA EDIÇÃO: COBERTURA

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DICA / TRATAMENTO DE PISO

NOVA VIDA AOS REVESTIMENTOS Por Isabel Ribeiro Escadas e halls de serviços revitalizados após serviço Fotos Divulgação

contratado pela síndica Vanilda Carvalho para o Arper

AO ASSUMIR

a gestão do condomínio Arper, em Higienópolis,

cinco meses atrás, Vanilda Carvalho propôs que se investisse na melhora da aparência do piso de granilite das escadas e halls de serviço dos dez andares da antiga edificação. “O piso, originalmente clarinho, estava muito encardido, porém em bom estado. Não apresentava rachaduras, quebras, buracos e os degraus das escadas não estavam lascados. Financeiramente, valia muito mais a pena tratá-lo do que colocar outro piso sobre ele”, relata a síndica profissional. O serviço foi entregue a uma empresa especializada em tratamento de piso e levou 25 dias para ficar pronto. Como é uma tarefa que demanda lixamento e levanta muito pó, Vanilda orientou os condôminos para colocarem panos úmidos nas portas de serviço, pelo lado de dentro, enquanto o prestador faria a mesma coisa pelo lado de fora. Antes da fase de impermeabilização, que requer dois dias para secar, a síndica comunicou os moradores com três dias de antecedência para que durante a secagem utilizassem somente o elevador social. Ao final, os degraus foram demarcados com sinalização de segurança. “Os moradores aprovaram o resultado, pois transmite ideia de asseio”, comenta Vanilda. O processo de revitalização do granilite reúne lixamento, lavagem com removedor industrial e aplicação de cera específica, que impermeabiliza e dá brilho. Uma vez tratado, basta fazer a limpeza com água e sabão neutro. “O tratamento recupera o brilho desses pisos, ficam como um espelho. É um revestimento duradouro, que não sai de moda”, observa a designer de interiores Mari Ester Golin, lembrando que hoje, no mundo moderno, há porcelanatos que imitam a padronagem granulada do revestimento antigo. Mari também acrescenta que se depara com bons resultados na revi­ talização de piso de mármore e, em área externa, de pedra mineira. “Os condomínios mais novos já usam outros acabamentos na área de piscina, que também não absorvem calor, mas a pedra mineira tem sua beleza. Como tem tons mesclados, a reposição de uma peça quebrada permite resultados mais homogêneos. Eu sou a favor de preservar materiais naturais já instalados no condomínio”, diz Mari. . PRÓXIMA EDIÇÃO: BOMBAS

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ACESSÓRIOS

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ACESSÓRIOS, CONTROLE DE ACESSO

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ADMINISTRADORA, AUTOSERVIÇOS

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AUTOSERVIÇOS, AVCB, BOMBAS, CADEIRAS, DESFIBRILADOR

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COBERTURAS, DESENTUPIDORA

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DESENTUPIDORA, EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA (FITNESS)

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ELÉTRICA

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ELÉTRICA, ELEVADOR

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ENERGIA SOLAR, GERADOR, HIDRÁULICA

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HIDRÁULICA, IMPERMEABILIZAÇÃO...

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IMPERMEABILIZAÇÃO

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IMPERMEABILIZAÇÃO, INTERFONE, JANELA ANTIRRUÍDO

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INSPEÇÃO PREDIAL, MANUTENÇÃO PREDIAL

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MANUTENÇÃO PREDIAL, MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, MÓVEIS, PAISAGISMO, PARA-RAIO, QUADRAS

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL, PISOS

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PORTARIA VIRTUAL

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PLAYGROUND

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PLAYGROUND, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, SERRALHERIA...

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SERRALHERIA, SISTEMAS DE SEGURANÇA

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SISTEMAS DE SEGURANÇA, TERCEIRIZAÇÃO...

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TERCEIRIZAÇÃO, TRATAMENTO DE PISO, VIDROS

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