Revista Direcional Condomínios - Ed. 307 - Jan/25

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Caro(a) Síndico(a)!

“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.” A citação é parte do poema “Recomeçar” de Carlos Drummond de Andrade, que diz que se pensarmos pequeno, alcançaremos coisas pequenas, já se pensarmos grande ... Pois então, síndico, que neste 2025 você seja um gigante! Que possa realizar coisas incríveis no microcosmo condomínio e no universo ao redor. A matéria de capa é sobre ESG e DEI, do mundo corporativo para o condominial, em prol de maior conscientização social e ambiental – quem sabe você não consegue uma produtiva semeadura?

Condomínios podem ser mais aprazíveis para seus habitantes com a atual gama de praticidades. Não deixe de ler a matéria Tem de tudo nos condomínios, com boas experiências de síndicos. Já a seção Tira-Teima fala sobre riscos e responsabilidades envolvendo objetos derrubados de janelas. Em Síndico, Conte sua História! você vai conhecer a trajetória de Amanda Accioli, que fez a transição do Direito para a sindicatura e encontrou seu lugar. Veja também as matérias de DICAS sobre Fitness, Cobertura e Bombas.

Esperamos que você tenha uma boa leitura! Ah, e fique atento à próxima edição, quando divulgaremos os ganhadores da pesquisa Direcional Condomínios 2024.

Forte abraço! Feliz Ano Novo!

Isabel Ribeiro

Seção Tira-Teima Objetos atirados pela janela

Síndico, Conte sua História! Com Amanda Accioli

Administração Praticidades nos condomínios

Dica Academia revitalizada

Foto Divulgação

Equipe Direcional, confraternização Natal 2024

PARTICIPE DA NOSSA LISTA DE TRANSMISSÃO

Dica Conservação de bombas 04 20 06 1722 12 1014

Eventos Melhores momentos

Capa Práticas ESG e DEI em condomínios

Dica Coberturas estratégicas

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DIRETORES

Sônia Inakake e Almir C. Almeida

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Isabel Ribeiro

MTB 24.479/SP isabel@grupodirecional.com.br

DIRIGIDA A Condomínios residenciais, comerciais e administradoras

PERIODICIDADE MENSAL Exceto novembro/dezembro, cuja periodicidade é bimestral

TIRAGEM

20.000 exemplares

(60.000 leitores em média)

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Síndicos, zeladores e administradores

CIRCULAÇÃO São Paulo e Grande São Paulo

CAPA Freepik

ASSINATURAS Emilly Tabuço faleconosco@grupodirecional.com.br

DEPARTAMENTO COMERCIAL

Evelyn Neves

Gustavo Lauria

Marianna Maia

Zélia Malizano

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Tiragem de 20.000 exemplares. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios.

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ATENDIMENTO AO CLIENTE

João Marconi

Juliana Jordão Grillo

Thiago Virgilio

GERENTE COMERCIAL Almir C. Almeida

DIAGRAMAÇÃO Jonas Coronado

IMPRESSÃO Duograf

EQUIPE DISTRIBUIÇÃO Caique Souza Fernandes

Evaldo Mendonça José Ricardo da Silva

Pedro Henrique Rodrigues Paiva Roberio Santos

ASSINATURA ANUAL R$ 192,00

Tiragem de 20.000 exemplares

A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes. (11) 5573-8110 ou (11) 9 8593-9136

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OBJETOS ATIRADOS PELA JANELA: RISCOS E RESPONSABILIDADES

FÉRIAS ESCOLARES,

criançada em casa, visitas de primos e coleguinhas… Janeiro é um mês que traz movimento e alegria aos condomínios, mas exige atenção redobrada. Objetos atirados das janelas ou sacadas das unidades, por exemplo, é um tema que precisa ser tratado com seriedade pois envolve tanto questões de segurança quanto de responsabilidade legal.

O artigo 938 do Código Civil estabelece que: "O dono ou detentor do prédio responde pelos danos causados por coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido." Em outras palavras, o proprietário ou morador da unidade de onde partiu o objeto será responsabilizado por eventuais danos, tendo ou não agido com intenção. A responsabilidade, nesse caso, é objetiva, ou seja, não depende da comprovação de culpa.

Além disso, quando o condomínio não toma as devidas medidas para fiscalizar ou prevenir comportamentos perigosos, ele também pode ser considerado solidariamente responsável. O síndico deve atuar para criar uma cultura de prevenção e de cuidado mútuo. Há situações que não envolvem objetos atirados intencionalmente, entretanto vasos de plantas, cinzeiro ou copo de vidro deixados em locais perigosos, podem ser derrubados por um vento forte, causando acidentes.

É imprescindível promover campanhas periódicas para educar os moradores sobre a gravidade de atirar ou deixar cair objetos de janelas e sacadas. O próprio

regimento interno deve prever sanções para comportamentos imprudentes. A presença de câmeras de segurança voltadas para áreas externas pode ajudar a identificar rapidamente de onde partiram os objetos.

Viver em condomínio significa compartilhar espaços e responsabilidades, e todos devem estar comprometidos com a segurança e o bem-estar dos demais moradores.

ISSEI YUKI JUNIOR

Graduado em Direito, com especialização em Direito Condominial e Família e Sucessões, atuando há mais de 26 anos como advogado nas áreas do Direito Família e Sucessões e Direito Condominial/ Imobiliário.

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Divulgação
Freepik

“COM A SINDICATURA, ENCONTREI MEU CAMINHO”

Amanda Accioli, 51 anos, deixou o Direito Condominial para atuar no front

“SOU PAULISTANA, mas fui criada em Santos, onde estudei desde pequena em colégio católico, tendo aulas de francês e boas maneiras. O colégio era padrão ouro em ensino, mas pecava por não aceitar crianças do sexo masculino, com pais separados ou negras. Sequer Pelé pôde matricular a filha. Eu mesma, com pais ‘amasiados’, só fui aceita por intervenção do meu avô paterno, um advogado influente. Graças a Deus, essa realidade mudou no final dos anos 1980. Fiquei em Santos até concluir o Ensino Médio.

Em 1992, passei a morar em São Paulo com a minha avó paterna, já viúva, no apartamento dela em Higienópolis, bairro com o qual tenho forte ligação desde que passava as férias escolares na infância e caminhava com meu amado avô por suas ruas arborizadas e com prédios pomposos. Aliás, cursei faculdade de Direito para honrar o legado do meu avô, uma vez que o meu pai se formou advogado a contragosto e não abraçou a profissão. Já o meu avô, além de atuar nas áreas civil e trabalhista, também foi escritor, poeta e clarinetista. E era ligado à política. Foi Secretário Municipal de Educação e Cultura de São Paulo, e até recebia políticos como Adhemar de Barros e Jânio Quadros em seu apartamento da Avenida Angélica. Hoje, tenho o privilégio de morar com minha filha adolescente nesse imóvel repleto de memórias e objetos vintage.

Já a história da minha família por parte de mãe é muito dura, e influenciou a construção da minha consciência social. A minha avó materna era filha de mãe negra e pai português, que tentou estuprá-la. Para fugir dele, aos 14 anos ela saiu do interior paulista e veio parar na Praça Buenos Aires, que fica, coincidentemente, na mesma Avenida Angélica. Acolhida por proprietários de um dos antigos casarões da avenida, trabalhou como doméstica. Mais tarde, ela se casou com um soldado. Eles tiveram três meninos e uma menina, a minha mãe. Moraram numa casa na Vila dos Remédios, na zona oeste, onde criavam porcos e galinhas para não passarem fome, porque meu avô gastava o salário com bebida e mulheres, depois ia para casa espancar minha avó. Ele morreu de cirrose quando eu era bebê, e a família buscou um recomeço na Baixada Santista.

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Almir Almeida

Quando meus pais iniciaram um relacionamento, minha avó paterna foi contra devido à diferença cultural do casal, mas cedeu com o tempo. Até os presenteou com um apartamento em Santos, para que pudessem me criar em um bom ambiente, e assumiu os custos da minha educação, o que valorizava imensamente, afinal ela era uma ex-professora, filha de educadores. Eu estava com oito anos quando meu pai saiu de casa, mas ele continuou muito presente na minha vida. Aos 23 anos, formada em Direito, trabalhei em sociedade com uma amiga advogada, ocupando o escritório que fora do meu avô, no Largo do Paissandu, em São Paulo. Contudo, na virada do milênio, busquei novos ares, me tornando sócia de um escritório jurídico onde passei a atuar com o Direito Condominial, na verdade, ainda encampado no Direito Imobiliário àquela época. Fiquei 12 anos em contato com o diversificado universo dos condomínios, no qual não faltava trabalho. Saí do escritório em 2013, e decidi me dedicar integralmente a uma atividade que eu exercia em paralelo ao Direito: organizar cerimônias de casamento. Mesmo já estando separada e em vias do divórcio, não havia me tornado amarga e continuava a crer em casamentos – tanto que hoje estou noiva de uma pessoa maravilhosa. Na infância, eu era aficionada pelas noivas que tiravam fotos nos jardins da orla de Santos, e só desenhava noivinhas na escola. Na fase adulta, fui blogueira de casamento, então era natural empreender no ramo.

Mas encerrei a empresa cedo. Meu pai, meu melhor amigo, adoeceu e precisou de mim. Ficou quase três anos internado num hospital e veio a falecer em 2016. Ainda enlutada, voltei ao mercado condominial pelas mãos do Dr. Rodrigo Karpat, que viu meu antigo currículo no Linkedin, e me convidou para atuar no escritório dele. Nessa época, fiz bons cursos de sindicatura para entender as necessidades de um síndico profissional, com quem eu teria de lidar. Veio a pandemia e fui desligada da Karpat em maio de 2020 em compreensível contexto de reestruturação. Na sequência, mais uma vez fui acionada pelo Linkedin, agora pelo Dr. Clodoaldo Lima e Dr. Juan Zabalegui, sócios da ZDL Advogados, escritório jurídico condominial em Santos. Eles me contrataram para expandir os negócios para São Paulo. Inacreditavelmente, em plena pandemia, o plano deles deu certo. Embora feliz na ZDL, no fundo eu queria empreender, ser responsável pelo meu sucesso de acordo com o meu desempenho e a sindicatura me pareceu excelente opção. Fiz pós-graduação em Administração e Direito Condominial e MBA em Gestão Condominial e Direito Condominial para me preparar melhor na transição de carreira. Conquistei os primeiros condomínios e aí não deu mais para conciliar com a ZDL. Atuo no segmento condominial há mais de 20 anos, sendo os últimos quatro como síndica profissional. Em alguns prédios trabalho sozinha; noutros tenho parceiras incríveis.

Ainda no início da sindicatura, vivi uma experiência assustadora: um funcionário muito antigo de um condomínio se exasperou quando o chamei para

conversar. Atirou o balde e a vassoura na minha direção e gritou: ‘Mulher não manda em mim; mulher comigo, só na peixeira’. Não bastasse, depois enviou uma foto das suas partes íntimas pelo WhatsApp. Foi demitido, claro. Mas esse caso é exceção, me dou muito bem com os funcionários dos meus condomínios; uso jeans e camiseta para estar mais próxima deles, e adoro tomar café com eles. Todos sabem que podem contar comigo e que viro uma leoa para defendê-los.

Administro prédios de vários perfis, só não aprecio muito as implantações porque as pessoas chegam em um novo empreendimento achando que vão morar na ‘Disney Condominial’. Desconhecem que há um processo de amadurecimento até que o condomínio esteja apto a funcionar perfei-

tamente. O que me fascina são os prédios de 50 anos para cima, com sua imponência histórica. Mesmo com o fantasma da falta de manutenção, não encaro como um problema, mas sim como uma oportunidade de aprovar obras que contribuam com a melhoria dessas construções.

Com a sindicatura, encontrei meu caminho. Quero me fortalecer enquanto síndica profissional da Santa Cecília, Vila Buarque e Higienópolis. Não só pela praticidade de trabalhar perto de casa, mas por amor genuíno à região. Vou pondo em prática esse projeto aos poucos, com o pé no chão, e Deus ao meu lado. Sem me deixar corromper, sem atropelo, sem pressa.”

Amanda Accioli, em depoimento a Isabel Ribeiro

Por

ESG E DEI: DO MUNDO CORPORATIVO PARA O CONDOMINIAL

Conceitos presentes na cultura de grandes empresas podem valorizar a gestão do síndico, bem como contribuir para conscientização ambiental e social de quem mora ou trabalha em condomínios

NESTE 2025,

que tal introduzir novos parâmetros de gestão com o conjunto ESG e DEI?

Esse aglutinado de letrinhas serve para orientar, valorizar e avaliar o desempenho no mundo corporativo. Já no condominial, pode despertar a conscientização social e ambiental para a adoção de medidas e ações positivas. Primeiro, vamos às siglas. ESG ( Environmental, Social and Governance) com tradução em português quer dizer Meio Ambiente, Social e Governança; e DEI (Diversity, Equity and Inclusion) significa Diversidade, Equidade e Inclusão. DEI faz parte do pilar Social de ESG.

A síndica profissional Lena Mota: preocupação com o volume de resíduos enviados a aterros

No pilar Meio Ambiente alguns procedimentos de gestão de resíduos nos condomínios reduzem o impacto ambiental, como a adoção de coleta seletiva de lixo e compostagem comunitária. “Implantamos lixeiras específicas e áreas para compostagem nos condomínios, reduzindo o volume de resíduos enviados a aterros”, conta a síndica profissional Lena Mota. “Em condomínios menores, os síndicos podem incentivar a separação de resíduos, e nos grandes, promoverem programas robustos de reciclagem e parcerias com cooperativas locais”, sugere. “Muitas vezes o condomínio já adota programas de reciclagem, de descarte correto do óleo usado, mas as pessoas podem se esquecer disso. O síndico precisa relembrá-las, vez ou outra, utilizando um meio de comunicação eficaz”, comenta Bernardo Abdalla, diretor de marketing da AABIC e presidente de uma grande administradora de condomínios da capital paulista.

Outras soluções aplicáveis ao pilar Meio Ambiente envolvem redução do consumo de água e energia elétrica. “Um condomínio menor pode investir em medidas simples, como sensores de presença para iluminação e campanhas de conscientização para economia de água, já um maior, se comportar, em sistemas de energia solar ou reutilização de água da chuva”, menciona Lena.

Também o mercado livre de energia é uma fonte sustentável e mais econômica, mas ainda não está disponível a todos os condomínios, como bem observa Bernardo: “A migração de energia cativa para o mercado livre só pode ser feita para o condomínio classificado como grupo A, que é de média e alta tensão”. Segundo ele, condomínios que adotam medidas sustentáveis de consumo de água e luz obtêm redução de gastos, com consequente redução na taxa condominial, o que os tornam mais interessantes ao setor imobiliário.

Já o pilar Governança foca na administração ética e na transparência da gestão, tanto na questão financeira quanto na tomada de decisões. “É crucial implemen tar um sistema de feedback para que os moradores saibam o que está sendo feito, e possam expressar suas preocupações e dar sugestões”, fala Bernardo.

Bernardo Abdalla, diretor de Marketing da AABIC: medidas sustentáveis valorizam o condomínio

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Giovanna Calomino

Sobre os pilares Diversidade, Equidade e Inclusão, Lena Mota diz serem fundamentais para a convivência harmoniosa em qualquer comunidade, incluindo os condomínios. “Realizamos informes mensais para moradores e funcionários sobre a importância de respeitar diferentes culturas, idades, gêneros e orientações. Também incentivamos empresas terceirizadas a adotar processos seletivos mais inclusivos, dando oportunidades a pessoas de diferentes origens e com deficiência”, ilustra a gestora.

Paulo Fontes é síndico profissional e morador do Domínio Marajoara, condomínio-clube da zona sul de São Paulo. No empreendimento de sete torres altas, habitam cerca de 600 famílias e trabalham 160 pessoas. O conceito DEI faz parte de sua gestão no Marajoara, iniciada dez anos atrás, e nem poderia ser diferente. É que Paulo trabalha em uma multinacional americana, onde é executivo de TI, mas também exerce uma atividade voluntária como membro do Comitê de Diversidade, que dá apoio ao RH da empresa. “Somos um país com enorme diversidade de origem; gestores de uma empresa ou de um condomínio precisam fomentar essa representatividade na contratação de pessoas ou junto às terceirizadas”.

Uma cultura inclusiva integra os pilares Diversidade, Equidade e Inclusão, sendo que no pilar Inclusão estão as minorias (leia-se grupo Étnico-racial, Pessoas com Deficiência, LGBTQIA+ e Mulheres). Para explicar de modo mais claro o conceito, Paulo recorre a uma analogia ensinada nas grandes empresas: “Diversidade é você reconhecer as minorias, os grupos, as comunidades, e reconhecer a própria formação étnica da sua raça. Diversidade é você dar uma festa para todas as pessoas, incluindo o grupo de minorias. Inclusão é você tirar alguém desse grupo para dançar; esse pilar é norteado por respeito e empatia. Equidade é fazer com que todos sejam tratados de forma equalitária”.

de arrecadação de brinquedos ou agasalhos também podem fazem parte desse pilar. Bernardo Abdalla, da AABIC, avalia que numa campanha exitosa ganha o síndico, pois a ação ocorreu em seu mandato, ganha o morador, que encontrou uma destinação bacana para seus pertences, e ganha quem recebeu o objeto doado.

No condomínio que Paulo administra, as minorias têm vez. “Temos representantes da comunidade LGBTI+, de grupos étnicos, temos mulheres em posição de comando”. Para ele, o pilar Inclusão é o mais difícil de manter porque é preciso assegurar o tempo todo que não haja preconceito, xingamento ou piadinha envolvendo membros da equipe e até moradores. “Implantamos tolerância zero contra moradores que maltratam funcionários”, comenta. Além do conceito DEI, existem outras questões que podem ser trabalhadas em condomínios dentro do pilar Social. “O síndico pode atuar para que haja melhoria da convivência e fortalecimento do senso de comunidade. Em alguns condomínios, promovemos eventos para aumentar a interação entre todos”, conta a síndica Lena. Campanhas

Campanhas sempre são incentivadas no condomínio Domínio Marajoara, como a de doação de sangue, que ocorre anualmente. “Nós disponibilizamos um salão e fazemos a comunicação no condomínio. Nos últimos dois anos, o hospital Albert Einstein enviou uma equipe para realizar a coleta de sangue”, conta Paulo. Ele acrescenta que os moradores são muito solidários. Cita que pelo fato de o condomínio dispor de uma grande área livre, às vezes, acaba sendo ponto de arrecadação de donativos de outros condomínios e empresas da região para posterior distribuição, como aconteceu durante a tragédia no Rio Grande de Sul. “Um condômino que possui transportadora cedeu parte da frota e assim pudemos enviar quase 40 caminhões repletos de roupas e alimentos. Alguns foram direto para o Sul, outros, para os terminais de aviões, pois fizemos contato com empresas áreas. Isso é o Social, é se mobilizar”, conclui o síndico.

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TEM DE TUDO NOS CONDOMÍNIOS

Lockers, feira, mercadinhos, padaria, lava-rápido, pet shop. A implantação de serviços já é realidade nos condomínios, facilitando o trabalho de síndicos e funcionários e tornando mais prática a rotina dos condôminos

Condomínio na Vila Madalena dispõe de lavanderia e bicicletas compartilhadas e um apartamento compacto que o condômino aluga por aplicativo para hospedar amigos e parentes

BASTA TOMAR o elevador, ou descer alguns lances de escada, e pronto! Um universo de serviços e facilidades está disponível para os moradores. E não, não se trata mais de futurologia: de lockers (os armários inteligentes) a mercados, feiras livres, lavanderias e outros serviços compartilhados, como bikes por exemplo, há um grande leque de opções ganhando espaço nas áreas comuns dos condomínios.

Para Sergio Meira de Castro Neto, síndico profissional e diretor de condomínios do Secovi-SP, tais facilidades fazem sucesso porque ajudam os condôminos a economizar tempo, um dos bens mais preciosos nos dias de hoje. Segurança é outro ganho considerável. “Vou preferir sair com o cachorro para passear na rua tarde da noite ou apoio a ideia de implantar um pet place numa área perdida do condomínio? Faço a compra de última hora no mercadinho da esquina ou prefiro encontrar o que preciso na própria loja interna?”, compara Sergio.

Além desses pontos positivos, há ainda os ganhos na

rotina condominial. A gestão de entrega de encomendas pela portaria, por exemplo, costuma se transformar em problema para muitos síndicos. “Os lockers evitam devolução de mercadorias quando o zelador não está ou no caso de o porteiro não poder sair da portaria para recebê-las. Importante frisar que a tecnologia faz toda a diferença. No início, as lavanderias coletivas funcionavam com fichas, quem se lembra? A Inteligência Artificial promete ainda mais novidades. Já vi em um evento do Secovi-SP um robô que leva as encomendas aos apartamentos. O progresso não para e não podemos nos opor a ele”, pontua o síndico.

O céu é o limite quando se trata de serviços para condomínios. O síndico profissional Flávio Pierobon administra um condomínio com 204 estúdios na Vila Madalena com mercadinho, lavanderia e vários diferenciais, como as bicicletas compartilhadas. E que tal ter um apartamento no condomínio disponível para locação temporária, para amigos ou parentes que vêm de longe? O condômino responsável pelo visitante aluga a unidade por aplicativo, e paga uma diária de 150 reais. Flávio menciona ainda outra peculiaridade do condomínio. “Consta da convenção que teríamos um carro compartilhado, mas não houve a efetivação desse serviço pela construtora.” Sem o carro para aluguel, o condomínio dispôs a vaga para locação por diária. “Há muita procura e cada apartamento só pode reservar a vaga dez vezes por mês, assim garantimos uma boa rotatividade do serviço”, diz Flávio. Para os síndicos que, como ele, administram prédios com esse tipo de estrutura, o gestor dá uma dica: “Para uma boa gestão financeira desses serviços é preciso contabilizar separadamente cada um deles. E também ter um olhar para a manutenção periódica dos ativos do condomínio.” No caso de Flávio, as bikes, as máquinas da lavanderia ou o ar-condicionado do apartamento para locação, por exemplo, fazem parte do programa de manutenção do condomínio.

SERVIÇOS PARA TODOS

No Isla Lago dos Patos, em Guarulhos, há praticidades como lockers, cervejeira e até uma boutique de carnes para prover churrasqueiras nas varandas

Adir Meliani mudou em 2012 para o condomínio Isla Lago dos Patos, em Guarulhos, com quatro torres e 320 unidades. Foi conselheiro, subsíndico e em 2021 foi eleito síndico. “Nosso condomínio tinha uma situação financeira estável, manutenção em dia, mas eu procurei ser disruptivo e busquei ao máximo melhorar a vida de todos os moradores”, diz. Um mercadinho no antigo apartamento do zelador, além dos produtos usuais, oferece marmitas fit e pratos congelados de um conhecido restaurante de Guarulhos. “Como todos os nossos apartamentos têm churrasqueira na varanda, senti falta de oferecer carne aos moradores.” Adir então buscou uma boutique de carnes congeladas, que ocupa a antiga cozinha do zelador e se tornou um sucesso entre os moradores. Outra iniciativa criativa é a cer-

Fotos
Divulgação

ADMINISTRAÇÃO

vejeira com dois bicos de chopp, instalada próximo à entrada do condomínio. O usuário libera o uso pelo aplicativo e paga por mililitros consumidos. “Brinco que os moradores fazem academia e compensam com um chopp depois.”

O mercadinho remunera o condomínio com um percentual do faturamento bruto além de pagar um valor fixo por geladeira. Adir relata outro ganho com a implantação do mercado: o prestador de serviço pagou uma luva para entrar no condomínio e, com esse valor, foi possível adquirir uma máquina de gelo que fabrica cinco quilos de gelo por hora. “Sempre temos um freezer abastecido com sacos de gelo, que são gratuitos para os moradores.” Para os mais críticos, que podem questionar o custo da

água e da energia para produzir o gelo, o síndico responde que tudo é suprido pela receita do mercado. A casa de carnes também gera receita, pagando um valor mínimo para o condomínio e, caso ultrapasse um determinado faturamento, destina uma porcentagem extra.

Já a adesão aos lockers melhorou muito a dinâmica do condomínio, que recebe cerca de 120 encomendas por dia. Detalhe: nem todas são retiradas logo pelos moradores. Adir acabou com o problema instalando os armários inteligentes. Um funcionário recebe a mercadoria e coloca no locker. O condômino é avisado pelo aplicativo e WhatsApp que sua compra chegou e abre o armário via QR Code. “Temos 102 armários. A comodidade que eles oferecem é surreal!”, comemora Adir.

Agradecimentos aos síndicos

Flávio Pierobon (no alto), Adir Meliani e Sergio Meira

Fotos
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Foto Almir
Almeida

COBERTURA: SOLUÇÃO ESTRATÉGICA

NO UPGRADE DAS ÁREAS COMUNS

Edifício

Carla Paola, a arquiteta

Priscila Jarrouge integrou os ambientes a uma área de pérgola lateral já existente, que passará a contar com cobertura de vidro

COBERTURAS integram um rol de soluções para condomínios. Servem para ampliar espaços; resguardar veículos em estacionamento originalmente descoberto; proteger moradores e visitantes de intempéries no acesso ao empreendimento e trajeto às torres; e abrigar entregadores em ocasiões de chuva ou sol intensos. A versatilidade se aplica também ao tipo de cobertura: vidro, telhas termoacústicas e policarbonato. Este último, tem aparência similar ao vidro, alta resistência e proteção contra raios ultravioleta, e pode ser encontrado na versão

“Coberturas de policarbonato ou vidro são cada vez mais utilizadas em condomínio. A procura por coberturas translúcidas é grande porque são esteticamente elegantes e, dependendo do projeto, favorecem a iluminação natural.”

(Umberto dos Santos, diretor, Compacta Coberturas)

Imagens
Pri Jarrouge
Arquitetura
No salão de festas e na academia do Condomínio

lisa ou alveolar (com aparência de vidro canelado), porém predominam as chapas lisas. A escolha de materiais depende de vários fatores, como financeiro e a que se destina a cobertura.

Priscila Jarrouge, arquiteta com expertise no segmento condominial, esclarece que não existe uma regra no uso desses materiais. “Tudo depende do condomínio, do espaço, da finalidade e até mesmo da legalização, porque muitas vezes, acontece de o empreendimento já ter sido aprovado com o coeficiente máximo de ocupação do terreno, o que impossibilita, por exemplo, criar um fechamento definitivo com uma telha ou laje. Por isso, é necessário fazer um estudo de viabilidade legal antes de ampliar ou criar novo ambiente em condomínio. Porém, se a ideia é fazer uma cobertura de circulação ou apenas de interligação de espaços, onde não teremos aumento da área construída ou que não seja de uma área muito grande, o estudo pode ser dispensado”, orienta a profissional.

Entre as demandas condominiais que a arquiteta recebe, prevalece a necessidade de ampliação de espaço físico em áreas já cobertas ou ampliação de coberturas para salão de festas e academia. “Outra demanda é a integração da área do salão de festas com a área gourmet, o que normalmente fazemos com o complemento de uma nova cobertura. E, por último, mas não menos demandado, está a ampliação de coberturas de acesso para portaria e integração da mesma com os halls e áreas cobertas do condomínio”, diz Priscila, que complementa: “Em geral, em nossos projetos para condomínios, utilizamos o pergolado metálico com fechamento em vidro para ambientes de passagem, portarias ou pequenas ampliações. Aplicamos no vidro uma película para diminuir a incidência dos raios UV e redução do calor. Já as telhas termoacústicas são mais usadas em ambientes com fechamento lateral, onde colocaremos forro, e que estão sendo considerados como aumento de área coberta construída”.

"A manutenção regular de coberturas de vidro e policarbonato é essencial para garantir durabilidade, segurança e eficiência, além de prevenir danos causados por corrosão, vazamentos e exposição às intempéries."

(Miguel Fábio da Silva, diretor, Canaã Coberturas)

No Ideal Brookin, uma das soluções de ampliação do projeto da Arq.Priscila Jarrouge prevê a aumentar a extensão da laje com uma cobertura de vidro, protegida com película cerâmica (na imagem, ver parte superior, à esquerda, em branco mais forte)

Atualmente, Priscila está às voltas com projetos de reformas de áreas comuns em dois condomínios da zona sul paulistana, que incluem coberturas entre as soluções de ampliação. No Carla Paola, da década de 1980, serão abertos vãos nas paredes da academia e salão de festas para integrar esses ambientes a uma área de pérgola que existe no recuo lateral. O pergolado vai receber uma cobertura em vidro. E, no Ideal Brooklin, construído em 2013, uma das soluções prevê pequena ampliação da área de churrasqueira. Será criada uma cobertura com vidro e estrutura metálica, como extensão da área coberta. “O vidro proposto é transparente e com película cerâmica, que promove maior absorção do calor”, fala a arquiteta.

Quanto às estruturas para coberturas em condomínios, Priscila diz que podem ser executadas em aço com tratamento anticorrosivo, e pintadas conforme escolha do cliente. Sobre o alumínio, ela comenta que apesar do custo ser superior, é um material mais resistente à corrosão e que existe no mercado uma gama de cores e texturas, incluindo acabamento que imita madeira e aço corten. A madeira natural ainda é muito utilizada, porém demanda mais manutenção. “Todos os materiais têm seus pontos positivos e negativos. Aqui também não existe certo ou errado, e sim fatores determinantes para a escolha, como análise do ambiente, valor disponível para o investimento e estilo arquitetônico do condomínio”, finaliza Priscila.

“Soluções em coberturas de policarbonato e vidro não apenas protegem os condôminos, mas também agregam valor e estilo ao condomínio. Só que para obter esse resultado, deve-se buscar uma empresa com know-how no segmento.”

(Dài Soàres, gerente comercial, Clariart Coberturas)

PRÓXIMA EDIÇÃO: GERADOR

ADEUS MONOTONIA

O antes e depois revela a transformação da academia em condomínio da Barra Funda, com destaque para pintura ‘vibrante’ e projeto luminotécnico

SÍNDICO profissional, personal trainer e nutricionista, Edson Lopes sentiu-se realizado com a revitalização da academia do Edifício Home Station Nova Barra, condomínio com duas torres e 252 unidades, localizado na Barra Funda, zona oeste da cidade. “Após a modernização, a academia passou a ser frequentada por mais de 35% dos moradores. É muito gratificante notar que mais pessoas adotaram cuidados com a saúde, e que, ao mesmo tempo, houve maior integração dos moradores”, fala Edson, que reside no condomínio desde 2012 e ocupa o posto de síndico há seis anos. Ele comenta que a reforma era um desejo antigo não somente dele, mas de expressiva parte de condôminos.

O síndico relata que a academia original era um pouco menor e um tanto monótona, o que não condizia com sua finalidade. “Nós tínhamos algumas esteiras, uma bicicleta ergométrica, alguns pesinhos espalhados, e um galão de água”, resume Edson. Após passar por uma transformação

“Ter uma academia bem estruturada traz vantagens a todos no condomínio, como comodidade e segurança para os moradores. O investimento se reverte em bem-estar e condicionamento físico de quem a utiliza, e ainda valoriza o condomínio.”

(Ronaldo Abrantes, administrador, Prime Fitness)

Fotos Divulgação

completa, tornou-se o espaço da área comum mais utilizado. “Muitos usuários da academia me dizem brincando que, agora, até dormiriam nela, uma vez que há colchonetes e duchas à disposição deles”, acrescenta o gestor. O condomínio investiu um total de 350 mil reais na revitalização, a qual ocorreu em duas fases: a primeira etapa consumiu quatro meses de obra; a segunda, para ampliação, três meses. Ao final de tudo, o condomínio passou a dispor de um espaço fitness maior devido à incorporação de uma sauna desativada para esse fim. O processo de modernização envolveu troca de piso, dando lugar a dois revestimentos, um para absorver o impacto de pesos e alteres; outro, mais moderno, para prática de crossfit. Entre os destaques da reforma, figura a nova iluminação. Mérito de um projeto luminotécnico com LED, que através de luz fria trouxe uma atmosfera contemporânea e estimulante ao ambiente. Paredes brancas receberam tonalidades vibrantes e o teto ganhou uma camada de espuma acústica para ajudar a absorver o barulho. “Mas a cereja do bolo foram os novos equipamentos, todos comprados pelo condomínio, com garantia de dois anos”, pontua Edson, que acrescenta: “Os corretores de imóveis se surpreendem com o nível da academia do prédio e comentam que não existem muitas com esse porte em condomínios, o que certamente agrega valor patrimonial.”

Síndico profissional, nutricionista e personal trainer, Edson Lopes diz que após revitalização da academia, mais pessoas passaram a investir em saúde e bem-estar

“Negligenciar a manutenção dos equipamentos da academia pode ser como ignorar um barulho no carro: quando parar de funcionar, quem sentirá o peso serão os condôminos porque o custo acaba voltando para o condomínio.”

(Silvio Francisco de Paula, gestor técnico, FRS Sports)

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CONSERVAÇÃO DE BOMBAS

Síndico profissional há 30 anos, Nilton Savieto orienta que fora a manutenção das bombas, o condomínio faça uma verificação dos quadros elétricos a cada 15 dias, afinal, os equipamentos precisam de energia para funcionar

EM CONDOMÍNIOS

encontramos vários tipos de bombas, tais como: bombas de recalque, responsáveis por conduzir a água até os reservatórios superiores do prédio; bombas submersas, que são equipamentos localizados dentro das caixas coletoras dos subsolos, cuja função é remover os fluidos oriundos do lençol freático, água de chuva ou da lavagem da superfície; bomba de piscina, que é responsável pela circulação de água dentro das piscinas e da filtragem da água; bombas de pressão, que são utilizadas normalmente na parte superior do edifício, para atender aos últimos andares, onde a pressão é insuficiente para acionar os pontos de consumo das unidades. Temos também a bomba de incêndio, que é responsável pelo bombeamento da água de reserva de incêndio para o ponto de utilização.

Bombas pedem atenção por parte do gestor e pessoas designadas por ele nos condomínios. Se for necessário substituir alguma peça, é importante que essa troca seja feita por outra da mesma marca a fim de não comprometer o desempenho do equipamento. E como todas as bombas são alimentadas por energia elétrica, necessitam da proteção de um sistema antissurto, que previne a queima de motores. Já as bombas de recalque pedem um cuidado adicional, que é a alternância de trabalho entre os dois equipamentos, medida que ajuda a evitar uma crise de abastecimento de água no prédio.

“A manutenção preventiva em bombas d’água é essencial para garantir o funcionamento eficiente e prolongar a vida útil do equipamento; ajuda a evitar falhas inesperadas e custos elevados.”

(Toninha Dos Santos, diretora, Mérito Comercial)

Foto
Almir Almeida

Quanto à manutenção, é preciso reconhecer que o manuseio de uma bomba para outra difere, e a tarefa precisa ser executada de forma a evitar contaminações, especialmente pelos diferentes fluidos usados nos equipamentos. Outro ponto importante é que as bombas submersas não sejam apoiadas no fundo do reservatório nem fiquem penduradas pelo cabo de energia para não desconectarem do motor que as sustentam. Também é imprescindível certificar-se de que as bombas se alimentam por um gerador, caso o condomínio possuir tal dispositivo.

Quando a manutenção mensal das bombas fica a cargo de uma boa empresa especializada – e em São Paulo temos uma gama de boas empresas – a tendência é que durem no mínimo 20 anos. Mesmo com durabilidade longa, chega um determinado momento em que a bomba fica obsoleta e não encontramos mais peças de reparo no mercado. Portanto, se o preço do conserto for equivalente a cerca de 40% do valor de uma bomba nova, está na hora de substituir o equipamento por uma versão mais moderna.

Sem dúvida, o que colabora com a performance duradoura desses equipamentos é recorrer às manutenções periódicas realizadas por uma empresa capacitada, como já mencionado, e não descuidar da manutenção preventiva, feita pela equipe do condomínio. É fundamental que o zelador verifique diariamente o sistema de bombas, observando se há ruído ou alguma situação diferente do normal, e também que providencie a limpeza semanal dos equipamentos. É preciso muita atenção às bombas que ficam submersas, como as de recalque, por exemplo, pois são as que tendem a dar mais problemas. Onde houver bomba de espera, é preciso inverter o uso a cada 15 dias. Sobre a bomba de incêndio, deve ser acionada quinzenalmente para verificação de seu funcionamento.

Como bombas funcionam com eletricidade, a cada 15 dias deve-se providenciar a verificação dos quadros elétricos. Aliás, recomendo uma revisão elétrica geral em condomínios, periodicamente, para que não sejamos surpreendidos com falhas. E mais: os locais em que estão localizadas as bombas têm de estar limpos e livres, não podem abrigar produtos, quer seja no subsolo quer seja na parte superior do edifício, para evitar eventuais danos aos equipamentos.

“A escolha correta de uma bomba para o condomínio evita problemas operacionais, reduz custos e aumenta a eficiência do sistema."

(Toninha Dos Santos, diretora, Mérito Comercial)

PRÓXIMA EDIÇÃO: IMPERMEABILIZAÇÃO: MANTA, INJEÇÃO ETC.

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