Revista Direcional Condomínios - Ed. 169 - jun/2012

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Editorial Diretores Sônia Inakake e Almir C. Almeida EDITORA Rosali Figueiredo Dirigida a Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings Periodicidade mensal Exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral Tiragem 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) Público leitor dirigido Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCULAção São Paulo e Grande São Paulo Jornalista Responsável Rosali Figueiredo MTB 17722/SP faleconosco@grupodirecional.com.br Reportagem Luiza Oliva MTB 16.935 Tainá Damaceno MTB 55465/SP FOTO DE CAPA Rita Barreto ASSINATURAS Catia Gomes atendimento@condominio.inf.br GERENTE COMERCIAL Alex Santos alex@condominio.inf.br Departamento Comercial Fabian Mesquita Patricia Saccomani Priscila Borges Tânia Cristina ASSISTENTE DE VENDAS Emilly Tabuço Atendimento ao cliente Claudiney Fernandes João Marconi Juliana Jordão Grillo Diretor de arte Jonas Coronado ASSISTENTE DE ARTE Fabian Ramos Sergio Willian da Silva Gomes Impressão Prol Gráfica Assinatura Anual R$ 180,00

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O norte-americano Peter Senge, um dos pesquisadores mais citados no mundo em estudos sobre gestão de pessoas e autor de “A Quinta Disciplina” (“Arte e prática da organização que aprende”, Editora Best Seller), apresenta cinco “disciplinas” que devemos trabalhar se quisermos construir um ambiente profissional produtivo: domínio pessoal; modelo mental; visão compartilhada; aprendizado em equipe; e pensamento sistêmico. Está certo que muitos condomínios jamais atingirão a configuração de uma “grande organização”, mas as lições de Peter Senge podem servir de inspiração a todos. As relações de trabalho, tanto em um grupo mínimo (zelador, porteiro e auxiliar de limpeza), quanto em uma equipe com mais de 60 trabalhadores, envolve pessoas que têm necessidades, sonhos, potencialidades e dificuldades. Como bem lembra um assessor do Sindifícios, Valter Barbalarga, entrevistado na reportagem de capa desta edição, os condomínios não têm conseguido contratar auxiliares de serviços gerais, porque vem lhes sobrando toda sorte de tarefas, sem que tenham clareza quanto ao escopo do seu trabalho. Segundo observa um dirigente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), Omar Anauate, ainda se registra muita confusão junto aos síndicos na hora de desenhar os cargos e funções de sua equipe. Peter Senge orienta que procuremos imputar ao ambiente de trabalho a transparência e a precisão daquilo que queremos para nós e para a comunidade. E que fiquemos atentos a outro princípio fundamental na relação com a equipe: acreditar na força da aprendizagem constante, “para criarmos o futuro que realmente gostaríamos de ver surgir”. Então, inspirando-nos nas cinco “disciplinas” de Peter Senge, podemos extrair algumas lições aplicáveis ao contexto dos condomínios: - Domínio Pessoal: olhe o que é possível fazer para estimular o ambiente de trabalho e ajudar a expandir as capacidades pessoais, sem que os trabalhadores tenham medo de errar ou de perguntar; - Modelos mentais: crie o hábito de revisar sempre as próprias estruturas mentais (visões), pois muitas vezes se desconhecem as potencialidades dos colaboradores justamente por esse condicionamento; - Visão compartilhada: comunique de maneira clara e objetiva o que o condomínio tem como prioridade quanto ao funcionamento de seus serviços e equipamentos. Isso contribui para engajar o colaborador e o leva a propor novas soluções; - Aprendizado em equipe: desenvolva uma comunicação que sedimente a ideia de que os objetivos a serem alcançados deverão ser “a soma dos talentos individuais”; - Pensamento sistêmico: busque analisar e compreender sempre a maneira como esse sistema está funcionando, para os realinhamentos necessários. As duas principais reportagens desta edição de junho trazem ampla abordagem sobre a gestão dos recursos humanos nos condomínios, área extremamente complexa, porque envolve desde cuidados trabalhistas (como acúmulo de função e pagamento de horas extras) a políticas motivacionais e de benefícios. Ainda há muito que ser falado, mas os textos fornecem um bom ponto de partida para que os síndicos iniciem um trabalho de reavaliação e aprimoramento da equipe que possuem. A edição se completa com matérias relevantes ao andamento da vida condominial, nas áreas de Prevenção contra Incêndio, Energia, Fachadas, Hidráulica & Bombas, além de uma coluna da nossa estimada colaboradora, a professora Rosely Schwartz (“O síndico é um xerife, e agora?”). Uma boa leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora

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Sumário Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

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05. Informe Publicitário: ................................................................................. Seciesp 06. Coluna: .................................................................. O síndico é um xerife, e agora? 08. Capa: ................................ Gestão de RH: Folha, acúmulo de função e horas extras 11. Administração: ........................ Gestão de RH: Benefícios, motivação e capacitação 14. Dica: ................................................................. Prevenção contra incêndio: Brigada 16. Dica: ............................................................................................. Fachada: Retrofit 18. Dica: .............................................................................. Gestão ambiental: Energia 20. Fique de Olho: ...................................................................... Hidráulica & Bombas

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COLUNA

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O SÍNDICO É UM XERIFE, E AGORA?

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As principais funções do síndico são definidas no Código Civil – Artigo 1.348, estando entre elas: “II - representar ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; IV - cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia; e VIII - prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas”. Fica claro que o síndico apenas representa os moradores, possui um mandato, devendo ser um conciliador dos interesses comuns, embasando suas ações sempre na legislação, principalmente na Convenção e no Regulamento Interno. Porém, em alguns casos, mesmo não sendo proprietário absoluto de todas as unidades, suas atitudes divergem do estabelecido nas normas, e procuram impor pelas mais diversas formas a sua opinião e o modo de conduzir a gestão. Fazem parte desse perfil as seguintes ações: não convocar assembleias para a realização de obras que envolvam, por exemplo, a mudança das áreas comuns; aumentar o valor do condomínio, sem aprovação; aplicar multas pelo descumprimento do Regulamento Interno, sem antes advertir verbalmente ou mesmo por escrito o condômino; não convidar os conselheiros para exercerem seus papéis, sendo que em alguns casos estes não possuem nem acesso às pastas de prestação de contas. Há ainda alguns síndicos que aplicam multas sem um embasamento normativo, criando suas próprias regras. Até as orientações da empresa administradora são descumpridas. Para modificar esse quadro de opressão, é muito importante que a administradora, após tentativa ver-

bal, formalize seu posicionamento por escrito, em duas vias, e que haja um protocolo de entrega. Caso após esse encaminhamento, o síndico continue menosprezando as recomendações, a empresa deverá encaminhar essa carta para os conselheiros. Esses poderão então organizar uma reunião e convidar o síndico para os devidos esclarecimentos ou simplesmente para uma mudança de postura. Havendo a recusa em participar ou em alterar suas ações, os próprios conselheiros poderão encabeçar a convocação de uma assembleia, a qual deverá ter ¼ de assinaturas (Artigo 1.355 do Código Civil), cuja pauta principal poderá ser a mudança dos métodos utilizados pelo gestor e o cumprimento da Convenção. A convocação deverá ser encaminhada à administradora para que todos os condôminos, inclusive o síndico, sejam informados da assembleia (Artigo 1.354). Em alguns casos esse cenário precisa ser analisado com mais profundidade, pois o síndico talvez não possua uma boa assessoria, com quem possa compartilhar suas dificuldades relativas à gestão financeira, administrativa e às de relacionamentos conflituosos. Nem mesmo seus conselheiros talvez sejam atuantes, havendo a centralização do “poder” de forma involuntária, em que tenta manter o controle. Para esses casos, recomenda-se que haja a substituição da empresa administradora, buscando uma parceira que possa lhe transmitir segurança para as ações. Já para a falta de participação dos conselheiros, o síndico, após algumas tentativas de motivá-los, poderá convocar uma assembleia para a substituição desses membros. Além dessas ações que envolvem a divisão de responsabilidades, recomenda-se que o síndico assuma seu papel de líder e dê especial atenção aos colaboradores (funcionários), proporcionando treinamento, motivando-os a trabalhar em equipe, valorizando todas as funções com igualdade. Buscando ainda a divisão de responsabilidades, ele poderá trabalhar para aumentar a participação dos moradores, sendo fundamental a organização das assembleias, a criação de meios de comunicação, que não sejam apenas unilaterais, como, por exemplo: divulgação de um endereço seu de e-mail, instalação de uma caixa de sugestões e críticas, além de um horário de atendimento pessoal. A participação permanente dos moradores, o envolvimento dos conselheiros na gestão, o entrosamento dos colaboradores e o comprometimento da administradora trará para o condomínio um ambiente de tranquilidade e mais segurança, não havendo espaço para que o síndico se transforme, ao logo do tempo, em um xerife.

Rosely Benevides de Oliveira Schwartz Rosely Benevides de Oliveira Schwartz é professora de Curso de Administração de Condomínio - EPD (Escola Paulista de Direito), autora do livro “Revolucionando o Condomínio” – Editora Saraiva – 13ª Edição, e participa do site: www.ocondominio.com.br. Foto: Natália de O. Schwartz



CAPA

A BOA GESTão do rh: ATENÇÃO À FOLHA, ACÚMULO DE FUNÇÃO E HORAS EXTRAS

Por Luiza Oliva Fotos Rita Barreto

O sonho de todo síndico é contar com uma equipe competente e azeitada, em que tudo funcione muito bem, com funcionários motivados e funções precisamente delimitadas. Pagar corretamente é o primeiro passo para atingir esse objetivo, mas é indispensável cuidado com o acúmulo de função e horas extras.

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Não importa o porte do condomínio e o número de funcionários: dos pequenos edifícios aos grandes condomínios-clubes, a área de recursos humanos exige atenção constante do síndico, seja sobre a execução das tarefas cotidianas e o relacionamento entre os membros da equipe, ou ainda na gestão da folha de pagamento, com cálculos de valores rigidamente corretos.

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O Condomínio Residencial Interlagos é um exemplo de gestão na área, pelo pulso firme da síndica Maria Virgínia Santos, há mais de 18 anos no cargo. Para cuidar da manutenção, limpeza e portaria do condomínio, com sete torres e 728 apartamentos, Maria Virgínia tem uma equipe de 65 funcionários, todos próprios. “É um privilégio um condomínio imenso como o nosso não ter problemas graves. Prezo pelas reuniões constantes da equipe e por acompanhar diariamente o condomínio. Dou aos funcionários o que eles têm direito, além de benefícios como convênio médico, cesta básica, assistência odontológica, café com leite, pão e manteiga, mas exijo um bom retorno. Os moradores comentam que os colaboradores trabalham satisfeitos, eles percebem que são tratados com atenção e isso é importante para termos um ambiente sempre bem controlado”, constata a síndica. Todos os funcionários são registrados com o cargo que realmente exercem, aponta Virgínia. O Interlagos conta com um zelador para o período diurno e dois encarregados para a noite. Há um encarregado para cada área da manutenção, como elétrica, hidráulica, pintura e jardins. Uma equipe de faxineiras dá conta da limpeza enquanto dois outros funcionários são designados para tirar o lixo que os moradores colocam nas garagens. A síndica conta que fica atenta a quem se destaca na equipe. Se o funcionário merece, recebe aumento e quem sabe até uma promoção. “Procuro reconhecer o trabalho deles, elogio quando é justo e eles sabem que contam com minha retaguarda. Quem substitui um funcionário de outra função recebe acúmulo pelas horas necessárias. Acredito que com essa política tenho o condomínio na mão e não apresentamos problemas de muita rotatividade”, afirma.

PARA TAREFAS A MAIS, ACÚMULO DE FUNÇÃO As categorias principais que compõem o quadro de empregados dos condomínios são zelador, porteiro ou vigia, cabineiro ou ascensorista, faxineiro, manobrista, serventes ou auxiliares. Muitas vezes, entretanto, faltam conhecimento e assessoria competente ao síndico para que o pagamento do funcionário e a distribuição das funções sejam realizados corretamente. Um condomínio não pode contratar, por exemplo, vigilante ou segurança, mas sim porteiro, folguista ou vigia. “Vigia entendido como o porteiro da noite”, adverte Omar Anauate, diretor de condomínios da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic).


Contratar para uma função e fazer o colaborador exercer outras é um dos erros mais comuns dos síndicos, acredita Omar. “Por exemplo, o auxiliar de serviços gerais vai ao banco, limpa o jardim, cobre a portaria. O correto é pagar acúmulo de função. Se um faxineiro cobre a hora do almoço do porteiro ele deve receber acúmulo de 20% naquela hora trabalhada na portaria. Mas, o mais comum, é o condomínio pagar o acúmulo de 20% sobre o mês, principalmente no caso dos zeladores, quando a função é mais ampla”, orienta. Valter Barbalarga, assessor sindical do Sindifícios (Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo), responsável pelo Setor de Atendimento ao Associado, afirma inclusive que muitos candidatos a vagas em condomínios estão recusando postos de auxiliar de serviços gerais. “Eles acabam auxiliando todos os funcionários do prédio sem receber acúmulo de função. Muitos recusam o serviço, pois terão que limpar piscina, cobrir folga de portaria, além de fazer faxina, sem receber corretamente por isso”, avalia. No atendimento que presta aos associados no Sindifícios, Valter percebe que a maior queixa diz respeito ao pagamento de horas extras sem incidência dos adicionais previstos na legislação. “Outro exemplo: os funcionários que cobrem folga devem descansar 11 horas entre uma jornada e outra. Essas horas podem ser suprimidas gerando uma diferença muito grande no salário”, explica Barbalarga. No caso dos zeladores também deve ser observada com atenção a necessidade do pagamento de horas extras. Porém, não é o que ocorre na prática, verifica o assessor do sindicato. “Como ele mora no prédio, muitos moradores e síndicos acham que o zelador deve atendê-los a qualquer hora. Há casos até de zeladores impedidos de sair do condomínio e, em edifícios comerciais, de alguns proibidos de receberem a visita de familiares.” A real função do zelador inclui zelar, limpar e vistoriar instalações do condomínio - quando são cumpridas estritamente essas funções, não é preciso pagar acúmulo de função, observa o assessor sindical. Já um gerente predial mantém contato direto com a administradora e atua mais em funções administrativas. Para Omar Anauate, o cargo é recomendado para condomínios-clubes, condomínios comerciais, de casas ou de apartamentos de altíssimo padrão. “Nos demais, o zelador ainda é o mais indicado.”

ATENÇÃO COM AS HORAS EXTRAS Para a contadora e administradora de empresas Cristina Muccio Guidon, coautora do livro “Administrando Condomínios”, com a advogada Evelyn Roberta Gasparetto, o cálculo das horas extras e o acúmulo de função geram muitas dúvidas. “O síndico deve estar atento se as horas extras que constam no cartão de ponto foram consideradas adequadamente no cálculo dos proventos do funcionário, pois muitas vezes, após o fechamento da folha, são verificados erros como horas a mais ou a menos. Já o acúmulo de função é um item que precisa ser avaliado cuidadosamente pelo síndico, pois há casos de um funcionário ser contratado para executar uma tarefa e posteriormente acumular outras tarefas sem a devida remuneração.” Se o objetivo é cortar funcionário para “enxugar” o custo, Cristina recomenda atenção à incidência das horas extras, que oneram a folha de pagamentos com os respectivos encargos sociais. “O síndico deve verificar, primeiramente, se as horas estão sendo cumpridas e o motivo delas existirem. A saída é procurar adequar o quadro de horários do condomínio de maneira a reduzir ou até terminar com as horas extras”, diz. Pressionar os funcionários também não é uma boa indicação, além de ser péssimo para o ambiente de trabalho. “Infelizmente, a perseguição e o assédio

moral estão tornando-se mais comuns em condomínios. O funcionário ouve que se não fizer o que o síndico quer, será mandado embora por justa causa. O empregado não é obrigado a nada que não esteja em seu contrato de trabalho”, aconselha Valter, do Sindifícios. Mas se a saída é a demissão, demitir por justa causa pode se transformar em um problema. A advogada Evelyn Roberta Gasparetto destaca parte do artigo 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em que “constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador”, a “incontinência de conduta ou mau procedimento” (alínea “b”) e “desídia no desempenho das respectivas funções" (alínea “e”). Neste caso, o empregador deve advertir o funcionário três vezes pelo mesmo motivo e dar uma suspensão para então poder demitir por justa causa. Porém, a advogada adverte: “Muitas vezes a justa causa é difícil de provar. Pode ser uma saída mais indicada mandar o funcionário embora para evitar problemas futuros.” Omar Anauate, da Aabic, orienta os síndicos a dividirem responsabilidades, especialmente em demissões mais complicadas: “Chame o conselho ou uma assembleia e decida em grupo, democratizando a decisão. O mesmo vale se o síndico pretende dar benefícios para os empregados que não são obrigatórios.” Na opinião de Valter Barbalarga, do Sindifícios, é possível manter um bom relacionamento entre os funcionários até mesmo no caso de demissões. “Vejo aqui frequentemente síndicos e ex-colaboradores se relacionando de forma cordial. Oriento os condomínios a pagarem de forma correta. Basta isso para não ter problemas relacionados à folha de pagamento”, finaliza Valter.

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CAPA

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ADMINISTRAÇÃO

RH: CAMINHOS PARA UMA EQUIPE NOTA 10 Investir em benefícios e em capacitação profissional constante representa boa estratégia para manter os funcionários preparados e motivados. Por Luiza Oliva

ALÉM DO OBRIGATÓRIO A contadora e administradora de empresas Cristina Muccio Guidon, que escreveu o livro “Administrando Condomínios” em parceria com a advogada Evelyn Roberta Gasparetto, orienta os síndicos quanto aos benefícios obrigatórios, determinados na convenção coletiva da categoria: “O empregado de condomínio deve receber cesta básica, vale-transporte e salário-família de acordo com a legislação”. Uniformes e EPIs também são um direito do trabalhador de condomínios, previsto na convenção de trabalho da categoria, que frisa a restituição das peças pelo empregado, “no estado de uso em que se encontrem, ao ensejo da extinção do contrato de trabalho”.

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Além dos pagamentos corretos, oferecer formação adequada e benefícios funciona para manter uma equipe coesa e motivada no condomínio. É o que tem percebido a síndica profissional Mariza Carvalho Alves de Mello. Desde quando era síndica apenas do condomínio onde mora, o Athenas Garden, na Vila Clementino, zona Sul de São Paulo, Mariza sempre acreditou na importância de valorizar o funcionário. “Interesso-me pela realidade daquele ser humano que acorda muitas vezes de madrugada e só vai almoçar às 11 horas. Como ficar tantas horas sem se alimentar e trabalhar bem?”, questiona. Assim, Mariza instituiu o café com leite pela manhã, com direito a pão e manteiga. Mas um acontecimento inesperado a fez levar mais a fundo seu interesse pelos colaboradores. “Eu estava na garagem e presenciei quando um deles se sentiu mal e desmaiou. Corri com ele para o Hospital do Servidor Público e fui testemunha da demora no atendimento e da dificuldade para dar continuidade ao tratamento que ele precisava. Pedi então para a administradora levantar o custo de um convênio médico para os funcionários”, conta. Mariza afirma que o convênio médico somado ao lanche da equipe custa cerca de R$ 1 mil mensais para o condomínio, “valor que não fica pesado para os 80 apartamentos”, conclui. O sucesso da postura de valorização dos funcionários fez a atual síndica do Athenas Garden, Tânia Azoubel, manter os benefícios. “Já ouvi morador reclamar que oferecer café com leite é muita mordomia para os funcionários. Mas eu não vejo dessa forma. Já institui o lanche no Condomínio Uirapuru, onde sou síndica profissional, para os sete funcionários. Lá, a primeira medida que tomei foi reformar o refeitório, que foi todo azulejado. O local onde eles comiam era totalmente inadequado. Instalei micro-ondas e filtro, e hoje é um lugar decente para as refeições. Se queremos funcionários que trabalhem bem, a primeira coisa que precisamos oferecer são condições para isso”, aponta Mariza.

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ADMINISTRAÇÃO Na convenção 2011/2012, o valor da cesta básica foi fixado em R$ 130, e é facultado ao empregador cumprir a obrigação oferecendo vale-cesta ou a própria cesta básica. Segundo Omar Anauate, diretor de condomínios da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), alguns condomínios aumentam o valor da cesta básica. “É um benefício que não tem reflexo nos encargos da folha”, sustenta. Para o diretor da entidade, quando o condomínio oferece benefícios além dos exigidos em lei, como assistência médica ou odontológica, nota-se um reflexo na estabilidade do quadro de funcionários. “Além disso, o síndico se sente mais seguro quando precisa contratar alguém novo para a equipe, porque sabe que será mais fácil arrumar um profissional de qualidade para a vaga. Esse tipo de benefício é o que pode diferenciar um condomínio do outro”, constata Anauate.

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FOCO NA FORMAÇÃO CONTÍNUA

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Mais do que um fator de motivação, treinamento constante é uma necessidade para os condomínios. “Hoje, colocar um porteiro sem formação na atividade é temerário. É preciso um mínimo de capacitação principalmente com relação à segurança e ao atendimento dos moradores”, aponta o diretor da Aabic. Se o foco for apenas segurança, os cursos in loco, personalizados para a realidade do condomínio, podem render bons resultados, já que o instrutor dará as orientações para as rotinas específicas daquele condomínio. Promovidos por instituições da área de condomínios (caso da própria Aabic, do Sindifícios e do Secovi), ou por empresas privadas (Confira a programação do Curso de Treinamento em Segurança que será promovido pelo Grupo Direcional, na pág. 4 desta edição), os cursos para funcionários não são obrigatórios. Eles acontecem mais pelo empenho do próprio síndico em manter sua equipe atualizada. Porém, projeto do Sindifícios (Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo) que propõe a regulamentação da categoria, caso concretizado, irá mudar esse panorama. A entidade batalha por um projeto de lei sobre o assunto. Zeladores, porteiros, ascensoristas, garagistas, vigias, manobristas, faxineiros e outros atuam, hoje, com atividades estabelecidas para cada função. Porém, o Sindifícios acredita que, com a regulamentação, tais funcionários serão obrigados a ter cursos de formação profissional, o que elevará o nível de cada trabalhador, bem como aumentará seus benefícios, garantias e salários. Para o presidente do Sindicato, Paulo Ferrari, a ideia é que os cursos sejam custeados pelo empregador e oferecidos através de parceria dos sindicatos com instituições de renome. “Tais cursos, além de formar um profissional bem treinado e capacitado para suas funções, darão noções de legislação trabalhista, dever cívico e segurança pública. Essa é a tendência de todas as categorias que não são regulamentadas. Se formarmos nossos trabalhadores e os transformarmos em profissionais, certamente os patrões vão rever as relações de trabalho e nós só teremos a lucrar com isso”, justifica Ferrari. Enquanto a regulamentação não vem, vale continuar apostando na formação contínua. Para a administradora Cristina Guidon, inscrever os funcionários em cursos e palestras de aperfeiçoamento profissional deve ser uma preocupação cotidiana do síndico atuante. “Reuniões periódicas com os funcionários também devem ser incentivadas, pois representam uma oportunidade de o funcionário expor as dificuldades do dia a dia condominial, problemas recorrentes e outras situações que não podem ser tratadas na portaria do condomínio. Investir na capacitação profissional e em boa comunicação interna é fundamental para o bom êxito das tarefas dos empregados”, finaliza Cristina.



DICA / PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO: BRIGADA

MOBILIZAÇÃO E TREINAMENTO, A CHAVE DO PROGRAMA Por Rosali Figueiredo

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Parte dos trabalhadores do Edifício Villa Lobos, situado junto ao complexo do Shopping, na Marginal do Rio Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, acaba de passar por simulação de abandono do prédio, atividade que compõe o treinamento obrigatório da Brigada de Incêndio e está previsto no Plano de Emergência do condomínio. O treinamento ocorre em uma sequência de seis encontros ao longo do ano, o que revela um cuidadoso e constante programa de formação de brigadistas. Em São Paulo, a Brigada é regulamentada por uma rígida legislação de incêndio, especialmente a IT (Instrução Técnica) 17, do Corpo de Bombeiros do Estado. Além de obrigatório, cada treinamento deve ter participação mínima de 70% dos brigadistas, determina a IT 17. A legislação prevê que ele ocorra uma vez no ano, mas o auditor e consultor Waldir Pereira, engenheiro com mais de 30 anos de atuação na área, diz que o ideal seria pelo menos um encontro por semestre. A norma estipula ainda que ele seja conduzido por profissional qualificado e esteja associado a um plano de abandono. As rotas precisam estar sinalizadas por material fotoluminescente, destaca Waldir. No Edifício Villa Lobos, o modelo em vigor foi implantado há doze anos. A bateria de seis encontros começa com palestra em princípios do ano, trazendo abordagem geral sobre prevenção e combate a incêndios e orientações sobre equipamentos. Em seguida, é agendado treinamento de primeiros socorros. No terceiro encontro, justamente o que aconteceu em 22 de maio passado, é feito o exercício de abandono. Neste caso, os brigadistas são treinados a cumprir com funções bem delimitadas: enquanto alguns devem comunicar a ocorrência e dar, se possível, um primeiro combate, outros ficam a postos para orientar e acompanhar os condôminos nas rotas de fuga. São 144 brigadistas, oito para cada um dos 18 andares, mais os doze funcionários de operações do condomínio. O quarto encontro inclui atividade prática de combate a incêndio, com manuseio dos extintores e, eventualmente, das mangueiras. No quinto encontro do ano, os brigadistas passam por revisão teórica de combate a incêndio e de primeiros socorros. No último evento, é feito exercício de abandono, com a data previamente divulgada, mas horário surpresa. “Esse tipo de ação, quanto mais treinar, melhor”, observa o síndico do empreendimento, Sandro Pereira. Segundo ele, “a instrução precisa ser insistente”, por isso o calendário anual de seis eventos.

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MOBILIZAÇÃO O treinamento da Brigada costuma demandar esforço extra dos síndicos e administradores na hora de reunir os voluntários. Mesmo em um edifício como o Villa Lobos, o programa chegou a enfrentar dificuldades com a baixa participação, mas a administração do condomínio adotou algumas estratégias que surtiram efeito, revelam a gerente do condomínio, Andréa Dias Bertolani, e o coordenador de operações, Fabio Gomes. Além da divulgação do calendário, importância e obrigatoriedade da Brigada, onde se destaca inclusive as exigências feitas pelas seguradoras de que o condomínio esteja em dia com a legislação de incêndio para reembolso de sinistros, existe hoje uma norma


DICA / PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO: BRIGADA interna que obriga os condôminos a contratarem treinamentos próprios caso não indiquem brigadistas. E se não o fizerem, ficam sujeitos à aplicação de multas. Além da Brigada, o complexo do Villa Lobos dispõe de um posto de bombeiro civil, que funciona 24 horas ao dia, de domingo a domingo. Nos condomínios residenciais, a mobilização encontra mais barreiras, reconhecem o consultor Waldir Pereira e a síndica profissional Mariza Carvalho Alves de Mello. Um dos edifícios que Mariza administra, de 18 apartamentos, acaba de passar por treinamento de Brigada, com vistas a obter a renovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, mas a síndica afirma que a presença é sempre mínima. “A Brigada de Incêndio deveria ser obrigatória aos condôminos, essa é uma falha da legislação”, protesta Mariza, que costuma lançar mão de avisos e comunicados para sensibilizar os moradores.

OBRIGAÇÃO LEGAL O coordenador de operações do Edifício Villa Lobos, Fabio Gomes, apresenta abaixo os dispositivos legais que preveem a formação e o treinamento de Brigadas de Incêndio. Em âmbito federal: - Lei 6.514/77: dá as Diretrizes sobre Segurança e Medicina do Trabalho, regulamentadas pela Portaria 3.214/78, através da NR 23; - NBR 14.276 (da Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT): estabelece as condições mínimas para a elaboração de um programa de Brigada de Incêndio, e define a aplicação da norma para edificações comerciais, industriais e de serviço, bem como as destinadas à habitação. No âmbito do Estado de São Paulo: - Decreto 56.819/2011: institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco e está especificada na Instrução Técnica 17 do Corpo de Bombeiros. No âmbito do município de São Paulo, a Brigada de Incêndio constitui requisito básico regulamentado pelo Código de Obras para a obtenção da licença ou alvará de funcionamento das empresas, combinados com o AVCB - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. O Código de Obras (Lei 11.228/92) está regulamentado pelo Decreto 32.329/92. No âmbito Securitário, o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), pela circular 006/92 da SUSEP, também contempla diretrizes e bonificações nos prêmios do seguro pela implantação das Brigadas de Incêndio. Ainda do ponto de vista do município de São Paulo, a Portaria 614/2001 do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) estabelece a configuração das equipes e a maneira como devem agir mediante a ocorrência dos sinistros. (R.F.)

Em www.direcionalcondominios.com.br, - O roteiro de treinamento aplicado pela síndica Mariza Carvalho Alves de Mello, em condomínios residenciais; - Acesse ainda a íntegra das leis citadas na reportagem, especialmente os links http://www.direcionalcondominios.com.br/incendio/conheca-a-nova-cartilha-com-dicas-de-prevencao-e-seguranca-contra-incendio-do-corpo-de-bombeiros-de-sp e http://www.direcionalcondominios.com.br/ incendio/portaria-do-contru-sp-sp-estabelece-recomendacoes-tecnicas-minimas-de-seguranca-para-os-condominios-residenciais. Próxima Edição: PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO - EQUIPAMENTOS

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DICA / FACHADA: RETROFIT

OBRAS RENOVAM A PAISAGEM E VALORIZAM IMÓVEIS

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Por Rosali Figueiredo

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A paisagem de São Paulo vem se modificando rapidamente pelos novos empreendimentos imobiliários que surgem a cada dia, mas também pelas intervenções na recuperação, revitalização, restauração ou até mesmo retrofit das fachadas dos prédios mais antigos. A arquiteta Renata Marques observa grande procura pela atualização das edificações com pelo menos 20 anos de idade. “A mudança está se tornando uma necessidade para que os edifícios antigos acompanhem a valorização imobiliária e não fiquem muito distantes do padrão atual de mercado”, diz Renata, que atuou em grandes incorporadoras e agora se direcionou a esse nicho. Síndico profissional há 18 anos, em doze condomínios, cinco deles comerciais, Nilton Savieto também começa a sentir tendência em prol da revitalização das fachadas, como forma de acompanhar a valorização do mercado imobiliário. “As pessoas estão querendo tornar seus prédios mais modernos, começando a dar prioridade a isso e a reservar dinheiro para as obras”, aponta. Em um dos condomínios que administra, os proprietários investiram R$ 500 mil para recompor toda a fachada do prédio de onze andares, localizado na Vila Nova Conceição, região do Parque do Ibirapuera, uma das mais valorizadas de São Paulo. O condomínio, no caso, promoveu uma revitalização, obra que se estendeu por um ano e meio. As intervenções tiveram aprovação unânime da assembleia dos condôminos, que contrataram engenheiro especialista para realizar um diagnóstico do revestimento antigo, propor soluções e depois acompanhar a execução dos serviços. “A fachada estava feia e se deteriorando. Retirou-se então todo o seu reboco, também nos peitoris das varandas e das floreiras, deixando o prédio na alvenaria básica, protegido por um selamento para evitar infiltração”, relata. Um novo revestimento foi constituído em várias camadas, incluindo seladores e a pintura, em tom claro, além da colocação de mármore nas superfícies externas das varandas e floreiras. Houve a padronização da vegetação, definida por uma comissão de moradoras e aprovada em assembleia. INTERVENÇÕES POSSÍVEIS Segundo o engenheiro e síndico Paulo Maccaferri, que atua com fachadas, as intervenções diferenciam-se entre recuperação e pintura, revitalização, restauração e retrofit. Enquanto a recuperação trata de fissuras (entre outros), a revitalização moderniza, a restauração recompõe o padrão original, e o retrofit altera a estética e o sistema construtivo. Este caso envolve, por exemplo, a ampliação ou mesmo a construção de


DICA / FACHADA: RETROFIT sacadas - obras mais frequentes em regiões litorâneas, como a Riviera de São Lourenço, em São Paulo, ou a cidade do Rio de Janeiro, que dispõe inclusive de regulamentação específica sobre o assunto. O engenheiro insere ainda como caso de retrofit obras em que são implantadas novas cortinas de vidro, revestindo a fachada; mudanças de estruturas de concreto; ou as dos guarda-corpos (de vidro por alumínio, por exemplo) e dos parapeitos. O engenheiro ressalta, no entanto, que é preciso ficar atento aos “limites estruturais” da edificação, principalmente se o condomínio optar pela construção da varanda. É uma situação que requer a atuação de um projetista de cálculo e observância se a Lei de Zoneamento da região permite um acréscimo de área. A tendência em São Paulo é pela revitalização e modernização dos materiais e sistemas construtivos, como a troca de esquadrias, de caixilhos e de revestimentos cerâmicos (por pastilhas esmaltadas, afixadas com argamassas colantes mais flexíveis), analisa Paulo Maccaferri. De forma geral, o engenheiro avalia que a revitalização das fachadas rende aos condôminos um retorno cinco vezes superior ao valor investido, em função da valorização imobiliária. Mas, além da análise das características estruturais da edificação, ele chama atenção dos síndicos e condôminos para outros cuidados fundamentais em relação às obras nas fachadas: é importante promover uma inspeção prévia com vistas a desenvolver um projeto duradouro e não apenas contratar serviços que promovam “remendos” nos revestimentos. Além disso, Paulo sugere a contratação de um engenheiro fiscal pelo condomínio, para fiscalizar a execução dos trabalhos. Segundo exemplifica, uma fachada que tenha concreto aparente demanda que suas ferragens sejam inspecionadas e que as paredes passem por processos de lixamento, estucamento e uso de verniz adequado.

Se o assunto fachada costuma render bastante discussão entre os condôminos, em função dos custos das obras e também pelo padrão estético, na área jurídica ele também suscita polêmicas, especialmente com a questão do fechamento da sacada (tema da próxima edição da Direcional Condomínios). Segundo o advogado especializado em condomínios, Cristiano De Souza, a legislação é omissa em relação à definição de fachada. “Vamos encontrar isso na doutrina e na jurisprudência”, diz. E conforme estas, “fachada seria todo o limite da unidade condominial com o seu exterior, seja o exterior voltado para as áreas comuns (como as portas de uma unidade), ou para a via urbana (como janelas e varandas).” Considerando-se esta delimitação, toda e qualquer intervenção que venha a alterar o padrão estético de uma edificação, exige aprovação unânime em assembleia geral de condôminos, alerta o advogado. O que pode incluir até uma simples pintura, como o caso de um edifício em estilo mediterrâneo, da cor branca, que venha a receber uma tonalidade totalmente diferente, descaracterizando o conjunto arquitetônico original. Também a alteração da cor das esquadrias ou fazer uma janela a mais ou mesmo trocar uma simples porta de entrada de apartamento requerem aprovação, considera Cristiano. O condomínio estará isento da obrigatoriedade desse quórum apenas se a intervenção for caracterizada como obra necessária. Em relação à Prefeitura, as intervenções de pintura, recuperação e revitalização demandam notificação prévia pelos transtornos ou riscos que possam causar às pessoas e ao patrimônio e, em caso de acréscimo de área com alteração da sacada, há necessidade de alvará. (R.F.) PRÓXIMA EDIÇÃO: FACHADA – FECHAMENTO DE SACADA

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MUDANÇA DE PADRÃO VISUAL EXIGE APROVAÇÃO DE 100%

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DICA / GESTÃO AMBIENTAL: ENERGIA

A MEDIÇÃO ELETRÔNICA EM PRÉDIOS ANTIGOS

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As novas edificações dos grandes centros urbanos têm sido preparadas para operar com medição eletrônica centralizada do consumo de energia elétrica, em que a leitura do consumo mensal de cada unidade condominial, em comércio ou residência, seja feita de maneira remota, através da transmissão de dados via cabo, radiofrequência, bluetooth etc. Entretanto, prédios com cerca de 30 anos têm aproveitado momentos de reforma e atualização de suas instalações elétricas para aderir ao novo sistema, que permite leituras em tempo real. Não é uma transição fácil. Ela envolve, por exemplo, substituição das prumadas elétricas por um único barramento blindado (Bus Way), o que requer espaço físico. “No sistema de Bus Way é necessário criar um shaft, compartilhado ou não, para o sistema elétrico, como é feito nos novos edifícios. Também podem ser criados espaços onde as caixas de medidores fiquem com a face aparente necessitando apenas de uma sobre porta”, aponta o técnico Igor Flammarion. Entretanto, Igor avalia que os prédios mais antigos apresentam “arquitetura ampla, o que disponibiliza espaço para a adaptação do sistema. Geralmente podem ser aproveitadas antigas lixeiras, vãos entre as escadarias e os corredores, entre muitos outros, mas para isso é necessário avaliar cada caso”, pondera. Igor Flammarion ressalva que também no sistema convencional pode haver necessidade de obra de alvenaria quando um eventual aumento de carga vier a “pedir cabos mais grossos (maior bitola), o que ocorre na maioria dos casos, necessitando substituição das tubulações embutidas nas paredes”. Os custos entre um sistema e outro são muito próximos, diz, é preciso, no caso, confirmar se a estrutura do edifício permite o barramento blindado. Segundo Flammarion, um profissional especializado deve ainda realizar “um estudo sobre a carga atual e futura, além da análise da qualidade de energia para identificar ‘possíveis problemas na rede elétrica, como perturbações e/ou distorções’, as quais podem ser corrigidas através do dimensionamento correto dos condutores elétricos e infraestrutura necessária para iniciar os desenhos técnicos, os cálculos da demanda e encaminhar para apreciação da concessionária”. Igor destaca que as empresas contratadas pelos condomínios devem emitir Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do projeto e da execução dos serviços elétricos e civis. EM BUSCA DE SEGURANÇA E ECONOMIA Solange dos Reis, síndica de um edifício do Conjunto Habitacional das Avencas, implantado há cerca de 30 anos no bairro Barro Branco, zona Norte de São Paulo, aproveitou a necessidade de substituição de um poste dete-


DICA / GESTÃO AMBIENTAL: ENERGIA riorado na entrada do condomínio para contratar um projeto para renovar as instalações elétricas, incluindo pedido de aumento de carga junto à AES Eletropaulo. Conseguiu aprovar o orçamento, de pouco mais de R$ 86 mil, em assembleia dos condôminos. Mesmo com o vulto das intervenções, o condomínio não precisará fazer rateio extra; os recursos virão da locação da cobertura para a antena de uma operadora de telefonia móvel e da cobrança dos inadimplentes. “As novas instalações proporcionarão um custo menor de energia para todos”, acredita Solange dos Reis. Mas o principal benefício esperado é o fim das quedas frequentes da chave geral do edifício. “Isso ocorre em situações de sobrecarga, quando temos ligados simultaneamente dois aparelhos de elevado consumo”, explica. Também no interior dos apartamentos os disjuntores desarmam com frequência. A síndica comenta que as obras irão preparar cada unidade para atualizar depois suas instalações elétricas. Outro condomínio com cerca de 30 anos que resolveu optar pelo sistema, envolvendo pedido de aumento de carga junto à Eletropaulo, barramento blindado e previsão de medição eletrônica, é o Edifício Santa Bárbara, do bairro da Saúde, zona Sul de São Paulo. A síndica Sueli Borsatti diz que foi notificada pela AES Eletropaulo a substituir o quadro dos relógios, tomado pelo cupim, e que por isso deu início a um projeto mais amplo, já que também ali as quedas dos disjuntores são comuns. O técnico Igor Flamarion avalia que intervenções deste porte demandam um ano de trabalho, além da autorização e de uma série de intervenções e acompanhamentos pela AES Eletropaulo. Valdir Stokna, coordenador de atendimento técnico da Regional LesteABC da concessionária, confirma que um engenheiro especializado e contratado pelo condomínio precisa checar se o prédio oferece condições de receber a tecnologia, para em seguida desenvolver o projeto e submetê-lo à aprovação da AES Eletropaulo. Somente a análise técnica da concessionária confirmará a viabilidade ou não da mudança do sistema, diz. Ele afirma que o prazo máximo médio para a resposta é de 30 dias e que a transição da medição eletromecânica para a eletrônica embute custos com o projeto e a execução dele junto à concessionária. Segundo Valdir Stokna, o grande benefício para os condomínios está no ganho com a segurança. “O leiturista não precisa entrar nos empreendimentos, ele poderá coletar os dados na rua ou a concessionária poderá obtê-los pela internet”, afirma. Igor Flammarion destaca, por sua vez, que todo o sistema gera “menor impacto ambiental por trazer um material não derivado do petróleo”, entre outras vantagens.

Fascículo publicado em 2010 pela AES Eletropaulo apresenta pré-requisitos técnicos indispensáveis à conversão da medição convencional para a eletrônica, incluindo equipamentos e adaptações necessárias, especificações, e dimensionamentos de caixas, eletrodutos, cabos, do barramento blindado e até mesmo das plaquetas de identificação, entre muitos outros dispositivos. “O interessado não deve iniciar a execução das instalações elétricas da entrada consumidora antes da liberação dos projetos elétricos pela AES Eletropaulo”, reitera trecho do “Fascículo de Medição Eletrônica Centralizada– 1º Edição – v. 01”, de 31/03/2010. O documento foi produzido pela Diretoria de Planejamento e Engenharia e Gerência de Engenharia (confira no endereço eletrônico http://www.aeseletropaulo.com.br/clientes/informacoes/Engenheiros/ManuaiseNormas/ Documents/manuaisenormas/MEC_2010_V01_31_03_2010.pdf).

PRÓXIMA EDIÇÃO: GESTÃO AMBIENTAL – GERADOR

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CONDIÇÕES GERAIS PARA A MUDANÇA DO SISTEMA

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FIQUE DE OLHO: HIDRÁULICA & BOMBAS

EVITE O DESPERDÍCIO DE ÁGUA E DINHEIRO Por Tainá Damaceno

Além das mudanças dos hábitos diários dos condôminos, a manutenção preventiva e reparos periódicos nas bombas e em todo sistema hidráulico das edificações também ajudam a evitar o desperdício de água, e consequentemente, contribuem para diminuir a conta ao final do mês. Confira neste Fique de Olho empresas especializadas em avaliação preventiva e manutenção de bombas e sistema hidráulico, que estão a serviço dos condomínios.

ÁGUA FORTE Com técnicos treinados e capacitados para solucionar qualquer problema no sistema hidráulico, a Água Forte possui expertise tanto em desentupimento, lavagem e impermeabilização de caixa d´água como em caça vazamentos. “A empresa já solucionou mais de 320 vazamentos em condomínios, o que propiciou economia e tranquilidade para os moradores”, destaca seu proprietário e técnico responsável Antônio Carlos Rodrigues da Silva. Conforme Silva, os síndicos precisam ficar atentos a qualquer indício de vazamento, pois, além de gerar gastos, ele pode desencadear várias complicações na estrutura do edifício. “A Água Forte possui todos os aparelhos necessários para a localização de vazamento e desobstrução de qualquer tipo de entupimento”, afirma o empresário. Há 27 anos em atividade, a empresa presta serviço na Capital, Grande São Paulo, interior e também litoral do Estado. Fale com a Água Forte: (11) 5622-1964 / 8117-6222 | antonio4591@terra.com.br

CBE BOMBAS A CBE Bombas é uma das empresas representantes do Grupo Equipágua, que comemora 41 anos de reconhecimento no mercado. A CBE Bombas expõe no catálogo mais de dois mil itens, entre eles, diversos tipos de bombas fabricadas com PVC, latão ou pelo processo de termofusão. Com experiência em sistemas de segurança e tratamento de equipamentos de efluentes contaminados, a empresa também realiza serviços de manutenção preventiva e corretiva em bombas de incêndio, “as quais, apesar de ser um instrumento de proteção, ainda são desconhecidas pela maioria dos síndicos”, ressalta o diretor Pedro Agostinho Sabatini. “Para a própria segurança, é importante o condomínio manter um contrato de manutenção do sistema de bombeamento, que inclui bombeiros da ativa (proposta oferecida pela CBE Bombas)”, comenta. A empresa dispõe de mais de 90 profissionais especializados, fornece EPIs, presta atendimento 24 horas e atende casos de emergência em até três horas. Fale com a CBE Bombas: (11) 5565-5565 | www.bombascbe.com.br | cbe@bombascbe.com.br

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EDMIL

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A Edmil também oferece ampla gama de serviços para o sistema de hidráulico dos condomínios, como a troca de colunas e barriletes, instalação de tubulações em fachadas externas e áreas internas, além do desentupimento de esgoto. “Para a maioria deles é utilizado material do tipo cobre, que ao longo do tempo vem ocupando o lugar do ferro galvanizado e do PVC”, diz o diretor Onilson Antônio de Matos. Além da tubulação de cobre configurar item indispensável para assegurar a qualidade do sistema hidráulico nos condomínios, ela apresenta custo atraente pela durabilidade do material, acrescenta o diretor. Com 19 anos de tradição, “a Edmil se destaca pelos preços acessíveis dos produtos de primeira linha, pela facilidade de pagamento (parcelado por meio de boleto bancário) e também pela precisão de entregas de orçamentos e de serviços (cronograma combinado junto ao síndico)”, garante Matos. A empresa atua em São Paulo e Grande São Paulo. Fale com a Edmil: (11) 2063-2033 | www.hidraulicaedmil.com.br | hidraulicaedmil@hotmail.com


FIQUE DE OLHO: HIDRÁULICA & BOMBAS ENGINSTAL Transparência profissional, excelência no serviço e cumprimento do prazo são os preceitos que norteiam o trabalho diário da Enginstal. Em funcionamento desde 2.000, a empresa dispõe de profissionais com ampla experiência em obras civis para instalações hidráulicas em condomínios, como troca de colunas de água e esgoto, substituição do sistema de hidrante e barriletes. “A Enginstal oferece mão de obra e equipamentos específicos para cada tipo de material utilizado (cobre, PVC ou PPR)”, afirma o gerente comercial Mario Ferro. Além disso, completa Ferro, “a empresa aposta em métodos de execução inovadores, os quais viabilizam o cronograma e reduzem o transtorno causado pelas quebras necessárias nas trocas de colunas”. A Enginstal parcela os pagamentos em até dez vezes e presta atendimento em toda cidade de São Paulo e interior do Estado, até um raio de 50 quilometros. Fale com a Enginstal: (11) 2989-8543 / 2619-9975 | www.enginstal.com.br | comercial@enginstal.com.br

GL ENCANAMENTOS Transparência no negócio é uma das práticas tradicionais da GL Encanamentos, que se dedica exclusivamente a instalações e manutenções do sistema hidráulico (água e esgoto). Os serviços executados pela empresa abrangem desde “colunas, barriletes, prumadas de hidrantes e aquecedores, recalques, válvulas redutoras de pressão, instalação de gás natural e GLP, lavagem e impermeabilização de caixas d´água, até desentupimento das redes de esgoto e caixas coletoras”, detalha o gerente Romerito Rocha. Fundada em 1993, a GL Encanamentos apresenta uma carteira com mais de 20 condomínios em São Paulo e, ao longo de sua trajetória, destaca duas premiações: uma na categoria obras hidráulicas (Top Of Mind Brazil) e outra na categoria de manutenção hidráulica (Secovi Condomínios). O gerente recomenda ao síndico, antes de fechar qualquer contrato, verificar se as empresas consultadas oferecem condições de trabalho adequadas aos funcionários, além de registro no CREA e expedição de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Fale com a GL Encanamentos: (11) 5539-7744 / 5549-6969 | www.glencanamentos.com.br | contato@glengenharia.com.br

GP HIDRÁULICA A política de qualidade vem norteando os quatro anos de atividade da GP Hidráulica. "A missão da empresa é oferecer soluções de qualidade, visando à satisfação dos clientes em todas as fases do processo: desde o contato técnico e comercial, apresentação de orçamentos, negociação do contrato, execução e prazo de entrega dos serviços, até o atendimento 24 horas”, afirma o supervisor Salviano José da Silva Neto. A GP Hidráulica faz a instalação e manutenção de colunas, hidrante, barrilete, recalque, tubulação externa e de esgoto, impermeabilização de caixa d´água e também desentupimento. Todos os produtos comercializados, segundo o supervisor, são de primeira linha e provêm de marcas referências no mercado, como Tigre, Deca, Viapol e Eluma. Fale com a GP Hidráulica: (11) 3805-3012 / 3805-3014 | hidraulicagp@hotmail.com

Certificada pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), a Hidráulica Eficaz atua no ramo de manutenção hidráulica desde setembro de 2001. Sempre atenta às novidades do mercado, a empresa investe constantemente em maquinários, softwares e equipamentos, além de treinamento de funcionários, política que visa a um serviço eficiente nos prazos e custos e que minimize os transtornos. A Hidráulica Eficaz possibilita ao cliente acompanhar o desenvolvimento da obra através do seu site. “O sistema de gestão de obras é uma área restrita do site da empresa, que o cliente pode acessar de qualquer lugar e onde pode conferir o andamento do serviço por meio de fotos e textos. Quando há atualizações no sistema, ele recebe um aviso via SMS”, explica Rosângela Alves, do departamento de relacionamento com o cliente. A empresa oferece ainda seguro para as obras, emite a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), exigida pela Lei Federal 6.496/77, e facilita as condições de pagamento com parcelamentos em até 48 vezes mensais. Fale com a Hidráulica Eficaz: (11) 5073-6425 / 5073-5958 | www.hidraulicaeficaz.com.br | contato@hidraulicaeficaz.com.br

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HIDRÁULICA EFICAZ

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FIQUE DE OLHO: HIDRÁULICA & BOMBAS HIDRÁULICA OCEANO A Hidráulica Oceano preza pelo alto padrão de atendimento e mantém uma política de investimento em tecnologias e capacitação de funcionários. Especializada em condomínios, a empresa executa todos os trabalhos referentes a instalações e manutenções hidráulicas com seis anos de garantia, entre eles: barriletes, hidrantes, recalque, redutoras, tubulações de esgoto e água pluvial, colunas e instalação de prumadas externas. Essas últimas, empregadas nas fachadas, “demandam menor transtorno com quebra de paredes e ainda reduzem tanto o custo do material de alvenaria e o seu acabamento como o tempo da obra”, diz a diretora Deisy Souza. Em atividade desde 2004, com seu corpo diretivo registrando duas décadas de prática na área, a Hidráulica Oceano atende em São Paulo e nos municípios da região metropolitana e, com planos de expansão, pretende atuar em outras cidades a partir de 2015. A empresa oferece diversas opções de pagamentos, mas “na forma à vista há descontos e o cliente acerta após a conclusão da obra”, completa Deisy. Fale com a Hidráulica Oceano: (11) 2910-0181 / 2717-5945 | www.hidraulicaoceano.com.br | hidraulicaoceano@uol.com.br

KALTEC REDUTORA Manutenção e comercialização de válvulas redutoras de pressão é o carro-chefe dos serviços prestados pela Kaltec Redutora. O gerente administrativo Antônio Carlos Pedroso aconselha sempre utilizar as válvulas nacionais (modelo SHR-100), pois são mais baratas e apresentam possibilidade de manutenção rápida e de boa relação custo e benefício. Nesse caso, “a Kaltec Redutora substitui o diafragma, os parafusos e as juntas, faz a limpeza com escovas de aço e espátulas e ainda regula as válvulas conforme a norma ou o projeto hidráulico do condomínio. Tudo com um ano de garantia”, afirma o gerente administrativo. Além disso, o trabalho da empresa contempla troca de colunas e barriletes, instalação de tubulação de gás e manutenção de bombas. “Com seriedade, responsabilidade e atendimento eficaz para maior conforto e segurança dos clientes”, a Kaltec Redutora atua há 15 anos no mercado sempre inovando os métodos de serviço. “Em breve, a empresa colocará à disposição um válvula inédita totalmente aprimorada”, anuncia o gerente administrativo. Fale com a Kaltec Redutora: (11) 3975-7210 / 2925-1768 | www.kaltecredutora.com.br | kaltecredutora@uol.com.br

SEMAB

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Com amplo currículo em manutenção preventiva e corretiva, a Semab fabrica, comercializa, instala e recupera diversos equipamentos de sistemas de bombeamento. Entre os produtos, o diretor Sérgio Almeida Teixeira Leite destaca as moto-bombas de várias marcas e modelos para drenagem, recalque, piscinas, ar condicionado e incêndio, e ainda válvulas e conexões hidráulicas. “Além disso, a empresa tem expertise em saneamento e processos de reuso de água e fabrica geradores de cloro e ozônio para tratamento”, afirma Leite. Prestes a completar 30 anos, a Semab oferece pronto atendimento ao cliente, plantão de 24 horas para São Paulo, municípios do ABCD, Baixada Santista e interior. A empresa disponibiliza equipamentos reservas para casos de emergência, além de engenheiros capacitados. Trabalha ainda com frota própria, contratos mensais e notas fiscais eletrônicas. “É garantia plena”, ressalta o diretor. Fale com a Semab: (11) 2578-9445 / 2275-1500 | www.semab.com.br | semab@uol.com.br

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SHOP SERVICE Eficiência e qualidade do serviço, treinamento periódico do pessoal, adesão contínua de técnicas modernas e transparência no negócio conferem à Shop Service 30 anos de excelência no mercado. Entre os diversos trabalhos executados pela empresa, o diretor Mauro Imoto destaca a instalação e manutenção de Válvula Redutora de Pressão (VRP), conforme as exigências das normas da ABNT, NBRs 5626 e 7198, aplicadas às edificações acima de 14 andares. “A inspeção na VRP, que mantém a velocidade e pressão da água, é de suma importância para o bom funcionamento e equilíbrio do sistema hidráulico do prédio, mas muitas vezes fica negligenciada por falta de informação”, alerta. A Shop Service oferece ainda soluções para ruídos, vibrações, rompimentos de tubulações e desabastecimento nos apartamentos. “Com preço justo e adequado ao fluxo de caixa do condomínio, a empresa facilita o pagamento em até dez vezes sem juros, e o cliente começa a pagar após o início ou a finalização da obra”, afirma o diretor. Fale com a Shop Service: (11) 5579-0835 / 5575-7228 | hidraulicaresolve@ig.com.br





Acess贸rios

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Acess贸rios

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Acessórios (Iluminação), Administradora, Advocacia

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Alambrados, Antena, Assessoria

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Amortecedor de Impacto, Bomba d'ĂĄgua, Coberturas, Controle de Pragas

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Coberturas, Elétrica

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Elétrica, Elevador

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Elevador

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Elevador

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Equipamentos de Ginástica, Gerador

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Hidráulica

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Hidráulica, Individualização de Água

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Impermeabilização

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Impermeabilização

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Impermeabilização

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Gás, Interfone

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Interfone, Luz de Emergência, Manutenção Predial

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Paisagismo, Para - Raio, PerĂ­cia Predial, Piscinas, Pisos, Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial, Recuperação Estrutural

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Playgrounds, Porta Corta - Fogo

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Playgrounds

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Playgrounds, Radiocomunicação, Sinalização

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Sensor de Presença, Serralheria, Sistemas de Segurança

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Sistemas de Segurança

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Sistemas de Segurança, Terceirização

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Terceirização

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Terceirização - Tratamento de Piso

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