Revista Direcional Escolas

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EDITORIAL

Caro leitor,

DIRETORES Sônia Inakake Almir C. Almeida

As escolas privadas vêm se surpreendendo há algum tempo com a demanda das famílias pela adoção do período integral, especialmente na Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Agora, com a aprovação da Emenda Constitucional 66, chamada de “PEC das Domésticas”, os pais estariam avaliando a possibilidade de trocar o apoio de suas auxiliares pela ampliação do horário escolar das crianças, segundo notícias publicadas pela mídia. Na relação entre custo e benefício, as instituições de ensino estariam levando vantagem. O que preocupa, como bem levantou o educador e contador de histórias Paulo Fernandes, em mensagem publicada na página da Direcional Escolas no Facebook, é a tendência de alguns familiares em transferir a terceiros, em definitivo, grande parte de suas responsabilidades na formação de valores e de hábitos básicos de convivência, alimentação e higiene entre as crianças. Para a diretora Kátia Martinho Rabelo, do Colégio Magister, de fato as escolas devem ampliar seu papel, mas em entrevista à seção Conversa com o Gestor, ela destaca a necessidade de se empreender uma ação mais educativa em relação à própria família. A ideia é subsidiá-la para que se crie em casa um ambiente propício à leitura e à aprendizagem. Por meio de oficinas e de encontros de formação, as escolas podem ajudar os pais a compreender melhor o trabalho que realizam, bem como as mudanças que estão ocorrendo na área educacional. E por falar em mudanças, esta edição de maio apresenta ao leitor outras matérias importantes sobre inovações em curso na área, como no currículo escolar, no ambiente organizacional e na modernização da infraestrutura disponibilizada aos alunos e professores (de pisos de playground à montagem de salas multimídia e projeções de vídeos didáticos em 3D). Uma boa leitura a todos,

EDITORA Rosali Figueiredo PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Diretores e Compradores PERIODICIDADE MENSAL exceto Junho / Julho Dezembro / Janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVEL Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com REPORTAGEM Raquel Zardetto CIRCULAÇÃO Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais DIREÇÃO DE ARTE Jonas Coronado ASSISTENTE DE ARTE Sergio Willian Cristiane Lima GERENTE COMERCIAL Alex Santos alex@grupodirecional.com.br DEPARTAMENTO COMERCIAL Alexandre Mendes Paula De Pierro ATENDIMENTO AO CLIENTE Claudiney Fernandes Emilly Tabuço João Marconi IMPRESSÃO Prol Gráfica

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Tiragem auditada por

Sumário Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

04. Coluna:..........................................................................Gestão de Impacto 06. Conversa com o Gestor:............Kátia Martinho Rabelo - Colégio Magister

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

12. Gestão:...........................................Como Organizar o Currículo na escola

A revista Direcional Escolas não se res­ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun­ciantes.

18. Dica: ...................................................................... Terceirização - Limpeza

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24. Vitrine: .......................................................................Produtos & Serviços

14. Dica: ............................................................................Playground - Pisos 22. Fique de Olho:.............................Auditório & Recursos Multimídia, 3D etc. 26. Dica: ..............................................................Alimentação - Fornecedores

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Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

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COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO

MERITOCRACIA VERSUS CONTRACULTURAS QUE ATRAPALHAM AS ESCOLAS Por Christian Rocha Coelho

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artindo do princípio que meritocracia é um sistema de reconhecimento através do mérito, podemos dizer que o Brasil utiliza esses princípios em algumas ocasiões, como em concursos públicos, no pagamento de comissões de vendas e em muitas empresas multinacionais. A área educacional também emprega estes princípios quando um aluno faz prova, presta vestibular ou é avaliado em instrumentos como a Prova Brasil, o IDEB e o ENEM. Porém, o Brasil não utiliza a ideologia meritocrática de forma mais ampla e profunda, entendida como a análise do desempenho e, por consequência, o reconhecimento público através da capacidade e do esforço de cada indivíduo ou equipe, com o objetivo de estimulá-lo a continuar a evoluir, e assim criar protótipos, isto é, modelos que sirvam de exemplo para outros colaboradores. O importante não é apresentar apenas tabelas de comissões e premiações, e sim utilizar a ideologia meritocrática para contrabalancear as várias contraculturas que atrapalham o dia a dia das escolas, como a procrastinação, infantilização das atitudes dos funcionários, a falta de moral, de responsabilidade, de esforço e de comprometimento. Enfim, que seja uma ferramenta que auxilie as instituições de

ensino a melhorarem a sua qualidade pedagógica e seu atendimento. Nosso foco é especialmente aquele funcionário reativo, acomodado, despreocupado de onde vem o seu salário e que espera sempre a ação do Estado, da Sociedade e da Empresa para a solução de seus problemas. Este tipo de colaborador representa a antítese do personagem que deve ser um professor de vanguarda: autônomo, competitivo, empreendedor, criativo, proativo, esforçado, tendo o trabalho como um dos valores centrais de sua existência, justamente por ser um educador. A ideologia meritocrática tem que colocar em seus ombros a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso de sua vida, ignorando as outras variáveis para que estas não atuem como bodes expiatórios. Não à toa, a meritocracia é tão bem acolhida no meio empresarial que se baseia na empregabilidade e no autodesenvolvimento. Diferente de algumas décadas atrás, quando ter um professor na família gerava orgulho, hoje em dia lecionar tornou-se sinônimo de ganhar mal e aguentar alunos agressivos, mal educados e mimados. O número de professores formados vem caindo ano a ano e os jovens, com melhor recurso socioeconômico e consequentemente melhor base educacional, pouco se interessam pela área pedagógica. A grande parcela dos professores que fica está despreparada e

exigindo um trabalho de formação por conta da coordenação. O que acontece, então, é uma sobrecarga de trabalho e de estresse para esse gestor. Na verdade, a coordenação tem que preencher esta lacuna educacional que o próprio sistema criou para transformar o professor em um educador qualificado. A dificuldade é grande porque a escola é uma organização que demanda muita energia, amor e concentração. “É como ensinar um piloto a dirigir um carro a 150 km por hora.” Ao longo deste ano de 2013, abordamos justamente a maneira como as escolas podem fazer a gestão desses processos (Os artigos anteriores estão disponíveis em minha coluna no site da Direcional Escolas, em www.direcionalescolas.com.br). E na próxima edição, do mês de junho/julho, iremos tratar sobre como transformar as escolas nesse ambiente qualificado, sem privilégios nem corporativismos, onde prevaleça a ideologia meritocrática. Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership. Mais informações: (11) 3862.2905 www.rabbitmkt.com.br rabbit@rabbitmkt.com.br


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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA

A AÇÃO EDUCATIVA EXTENSIVA AOS PAIS, AVÓS E COMUNIDADE Kátia Martinho Rabelo: “Quando a gente traz a família para se formar na escola, é também para que tenhamos resultados na aprendizagem do aluno. É importante que o contexto familiar seja favorável, não que a gente vá dar responsabilidade para a família, mas é importante que dentro deste ambiente em que o aluno e a criança estão inseridos, haja um contexto de cultura e conhecimento.”

Instituição criada há mais de quatro décadas na zona Sul de São Paulo, o Colégio Magister vem introduzindo uma série de inovações desde 2009, com destaque para as ações com a família e a adoção de processos de gestão na área pedagógica. Resultam daí, por exemplo, a criação da figura do professor tutor e a divulgação aos pais de seu plano diretor anual. Confira na entrevista a seguir com a diretora Kátia Martinho Rabelo.

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Por Rosali Figueiredo

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trajetória da diretora Kátia Martinho Rabelo se confunde com a do próprio Colégio Magister, instituição criada pelos pais Alberto Palos Martinho e Ilka Ferreira Senise Martinho no Jardim Marajoara, zona Sul de São Paulo, há 45 anos. Kátia acompanhou a expansão da escola e hoje é uma das mantenedoras de um negócio que começou como curso de admissão e agora oferece duas unidades que se impõem na paisagem do bairro com ampla infraestrutura, como a brinquedoteca que reproduz uma minicidade, viveiros, hortas, quadras e um parque aquático para os pequeninos. Graduada em Administração, especialista em Gestão e Recursos Humanos, Kátia acaba de se qualificar no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação, área de Psicologia da Educação, pela PUC de São Paulo.

Segundo ela, “o tema da pesquisa é pensar a atuação de professores especialistas nas diversas áreas do conhecimento, mas que ampliam o olhar cuidadoso aos seus alunos para além da especificidade e por meio da atividade de tutoria”, introduzida pelo Colégio em 2009. Os professores tutores trabalham em todas as turmas do Fundamental II e Ensino Médio, sobre “questões socioafetivas, emocionais, cognitivas” dos estudantes relacionadas às atividades em sala de aula e aos compromissos extraclasse. Os tutores realizam pelo menos um encontro trimestral com o pai e/ou a mãe, visando dar apoio à aprendizagem. Os pais têm acesso ainda ao plano diretor anual da escola, a duas reuniões de formação no ano, ao Dia da Família Cultural (agendado, em 2013, para 18 de maio), aos encontros de final de trimestre, além de ações pontuais, como a Tarde das Avós, na Educação Infantil, e os programas Ciranda Cirandinha e Era Uma Vez (respecti-

vamente, do 1º e 2º ano do Fundamental), entre outros. Kátia explica que as estratégias introduzidas desde 2009 vêm no sentido de criar “um contexto favorável ao letramento e às novas abordagens em torno do conhecimento”. É preciso, acrescenta, “formar os pais dentro da escola”, para que compreendam “o quanto a educação tem mudado e o que está sendo oferecido para as crianças e jovens”, “um projeto favorecedor do aluno e da família leitora”. Paralelamente, a própria escola trabalha para mudar alguns de seus paradigmas e subsidiar uma nova postura entre os educadores, de forma a conduzir seu Plano de Gestão, que inclui metas até 2017. Tudo é pensado dentro da perspectiva da moderna gestão organizacional, com planejamento, planilhas, previsão de custos e dos materiais necessários, além, é claro, de metas. Os mantenedores contam, inclusive, com consultorias para organizar


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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA o processo administrativo e viabilizar as necessidades pedagógicas. E entre as mudanças em curso, encontram-se a reestruturação dos parâmetros de avaliação dos estudantes e também dos professores, coordenadores e direção. “O gestor educacional não pode perder de vista o processo educativo e a viabilidades de suas ações”, no caso, voltadas a um projeto pedagógico de recorte humanista (O Magister faz parte de um grupo de escolas brasileiras filiadas à Unesco) e à formação integral do aluno.

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Direcional Escolas – Qual a proposta de educação do Colégio Magister? Kátia Martinho – O Magister se define como uma escola humanista, no sentido de que valoriza a formação integral. O aluno não é só cognição, temos que pensar também no desenvolvimento social, biológico e emocional. Então, o Magister pensa de forma inclusiva e busca estratégias para que todos possam aprender nas suas diversidades, nas suas dimensões todas. Temos documentos que falam das aprendizagens mínimas necessárias para cada nível de ensino, com o compromisso interno dos professores.

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Direcional Escolas – Quais são essas estratégias? Kátia Martinho – Temos buscado situações práticas de ensino cada vez mais inovadoras, como aproximar a família para que ela compreenda os novos processos educativos, para entender o processo de alfabetização e letramento, como se dá o conhecimento científico, o aprendizado de Matemática etc. As assessoras de Língua Portuguesa e Matemática já estiveram com os pais neste ano falando sobre como é esse novo fazer na área. Direcional Escolas – Você costuma dizer que se não houver um ambiente

leitor também na família o resultado não acontece. Explique um pouco. Kátia Martinho – Quando a gente traz a família para se formar na escola, é também para que tenhamos resultados na aprendizagem do aluno. É importante que o contexto familiar seja favorável, não que a gente vá dar responsabilidade para a família, mas é importante que dentro deste ambiente em que o aluno e a criança estão inseridos, haja um contexto de cultura e conhecimento.

ganhamos muito agora com o olhar favorecido pelo grupo de professores, afinal, dentro da sala de aula, são os professores que devem atuar. O problema está na sala de aula, está nas ações educativas, então esse debate tem que se dar entre professores. A finalidade do professor tutor é olhar o aluno de forma integral e cuidar das aprendizagens, verificar o que está acontecendo, discutir com a família como está a rotina do aluno, o que está priorizando. Vamos cuidar das aprendizagens, esse é o novo foco.

Direcional Escolas – Quando começou esse processo no Magister? Kátia Martinho – A partir de 2009 começamos a desenvolver processos de gestão, e dentro dos trabalhos pedagógicos também. Eles não ficaram circunscritos à organização administrativa da escola. Temos ações pensadas até 2017. A família está contemplada neste plano, em como a formação vai chegar a ela para que possa entender esse processo. A gestão auxilia a atividade pedagógica, que é pensada em seus âmbitos conceituais, mas também em como vamos viabilizar, fazer, planejar e projetar essa ação.

Direcional Escolas – Por que foi instituído o Dia da Família, rompendo a tradição de se comemorar de forma separada o Dia das Mães e Dia dos Pais? Kátia Martinho – Há quatro anos rompemos com o Dia das Mães e o Dia dos Pais. A escola precisa incluir os sujeitos responsáveis pela formação da criança e a família tem hoje novas constituições. Mas o Dia da Família traz também a perspectiva educativa, falamos nesse dia da leitura, com várias oficinas, palestras, feira do livro, dramatização. Neste ano a leitura é o nosso convite para a família vir à escola.

Direcional Escolas – Como é o trabalho do professor tutor? Kátia Martinho – Estabelecemos que a cada trimestre todos os alunos precisam ser atendidos pelo professor tutor, que convoca o pai e faz o atendimento com a família, quantas vezes forem necessárias. Todos os pais de alunos do Fundamental II e Ensino Médio têm que ser chamados, não apenas daqueles que têm dificuldade. E monitoramos. A ação do tutor auxilia na inserção do aluno, pois muitas vezes este não consegue se organizar em sala de aula e em casa, e não se dá conta disso. Algo que o pai fazia antes e hoje não tem tempo de acompanhar mais. E a gente não pode culpar o pai, esse agora é o papel da escola. Não trouxe material, não fez lição de casa, o que está acontecendo? Esse é o material do professor tutor. Antes tínhamos orientadores fazendo esse papel, mas

Direcional Escolas – Qual o perfil de gestão do Magister? Kátia Martinho – Para gestar hoje precisa ter muita competência e responsabilidade. O princípio é zelar pela transparência das relações, pela idoneidade nos seus processos. No Magister tudo é público, adotamos essa premissa. Além disso, viabilizar as situações inovadoras demanda também pensar em como fazer. Precisa fazer um orçamento, prever verbas para investir em corpo docente, fazer projetos, pensar carga horária e os materiais necessários etc. Trabalho com diversas planilhas, minha formação ajuda muito nisso. Trazer os processos administrativos para a gestão pedagógica é muito importante, pois se não fizermos todo um cronograma de ações, os projetos não vão ser viáveis lá no final.


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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA

“Leitura para nós é um eixo norteador forte. Como os pais podem ajudar os filhos a serem bons leitores? O papel da escola tem que estar muito claro, é o papel educativo em todos os seus aspectos e ações. São nesses momentos de formação [com os pais] que iremos aproximar novas práticas de ensino. Se eu não tiver em casa um ambiente leitor, o resultado não será o mesmo.” (Kátia Martinho Rabelo)

PERFIL DA ESCOLA / COLÉGIO MAGISTER

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Localização: Rua Beijui, 100 (Unidade I) e Av. Eng. Alberto de Zagottis, 1301 (Unidade II). Jardim Marajoara, zona Sul de São Paulo Mantenedora: O Conselho Diretivo é formado pelos mantenedores Alberto Palos Martinho e Ilka Ferreira Senise Martinho e os filhos Kátia Martinho Rabelo (Diretora Administrativa e Pedagógica), Karin Martinho Nogueira (Diretora Administrativa da Unidade II) e Marcos Alberto Martinho (Diretor Administrativo Financeiro). Ciclos escolares: Do Berçário ao Ensino Médio. O Magister oferece ainda opção de Educação Bilíngue. Regime de aula: Para a Educação Infantil e Fundamental I, a escola disponibiliza horário semi e integral. Há opção ainda de horário estendido aos pequeninos. O Fundamental II e o Ensino Médio ocupam o período matutino, mas este tem atividades no horário invertido. Nº de alunos: 1.100 em 2012

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Equipe: A escola emprega 333 colaboradores em todas as áreas (pedagógica, administrativa e de manutenção). Há 87 professores (18 tutores) e uma equipe de 12 profissionais que fazem a gestão pedagógica (coordenadores e assistentes). O Colégio possui ainda, no setor administrativo, coordenadores para eventos e comunicação, informática educacional, esportes, dança e artes marciais, entre outros. E conta com assessorias externas para as áreas financeira, fiscal, de gestão pedagógica, Língua Portuguesa, Matemática e Educação Bilíngue. Mensalidades em 2013: De: R$845,00 a R$1.240,00 Instalações: As instalações do Magister são modernas e arejadas, dispondo de salas temáticas (Matemática, Artes e Ciências), laboratórios de Informática, Biologia, Física e Química, teatro de arena; quadras poliesportivas; horta; ampla biblioteca, brinquedoteca e parque aquático. A Unidade I possui 8.900 m2 e a II, 11.668 m2. SAIBA MAIS KÁTIA S. MARTINHO RABELO www.magister.com.br katiarabelo@magister.com.br


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GESTÃO: COMO ORGANIZAR O CURRÍCULO NA ESCOLA

NOVAS COMPETÊNCIAS E PRÁTICAS, PARA ALÉM DO CONTEÚDO BÁSICO rcia Por Má

Claro

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O currículo escolar é tema de constantes reflexões entre todos que constituem a escola no Brasil. Cercados por vários problemas sociais, os gestores pensam em muitas formas de combater a violência, a intolerância étnico-racial, de gênero e de orientação sexual, e muitos desejariam ter autonomia diante das situações enfrentadas pela sua escola. Os temas transversais vieram para que as instituições permeiem os assuntos juntamente com o currículo existente, mas o que consta como facultativo no processo escolar muitas vezes deixa a desejar, exigindo que uma nova concepção esteja presente entre os profissionais da educação.

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om as transformações ocorridas nos últimos anos, aceleradas pela evolução tecnológica, algumas escolas passaram a adicionar, em sua carga horária, disciplinas relevantes para enriquecer o currículo e torná-las um diferencial da instituição. A concepção e organização curricular para a Educação Básica segue o Parecer n° 07/2010 da Câmara de Educação Básica e Conselho Nacional da Educação, instâncias vinculadas ao Ministério da Educação. A Portaria especifica que o currículo é um conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social, e contribuem intensamente para a construção de identidades sociais e culturais. Assim, certamente muitos especialistas em Educação defendem que temas como empreendedorismo, ética e cidadania, valores, direitos humanos e educação financeira se tornem disciplinas curriculares. Mas enquanto não

chega essa determinação oficial, cabe aos gestores incorporarem-nas ou não dentro do seu sistema educacional, porque mais do que preparar para o Enem, a escola atual necessita conectar os conteúdos à dinâmica do mundo. Na verdade, os conteúdos clássicos não precisam ser determinantes ao currículo, mas ponto de partida para a exploração do saber, preparando os jovens para compreender e transformar a si mesmos. Veja por exemplo a mudança processada sobre o currículo nas escolas de Ensino Fundamental e Médio do Distrito Federal, que as nomeou como Currículo Movimento da Educação Básica. A composição se dá, entre outros, da seguinte forma: I- Bloco Inicial de Alfabetização (BIA) II- Sistema semestral por área de conhecimento para Ensino Médio Este, por sua vez, está assim formatado:

Essa é uma tendência em discussão junto ao Governo Federal, visando a uma reestruturação do Ensino Médio. Mas muitos outros problemas e opiniões surgirão. Considero a aprendizagem um processo contínuo, focar em cada disciplina é aprofundar conhecimento, porém não está evidente que seja a solução. O novo painel da organização curricular propõe uma articulação interdisciplinar voltada para o desenvolvimento das competências, saberes, valores e práticas. A viabilidade do avanço da qualidade da educação brasileira, lastreado em um currículo consistente, dependerá do compromisso político e profissional, da autonomia das instituições sobre o PPP (Projeto Político Pedagógico), além do respeito às diversidades dos estudantes.

“SUCESSO NA MATEMÁTICA”, BOM EXEMPLO DE INOVAÇÃO Em sondagem com algumas escolas brasileiras, obtive variações de nomenclatura e adaptação na forma como estão organizando seus horários mediante esses novos desafios.


GESTÃO: COMO ORGANIZAR O CURRÍCULO NA ESCOLA

Em Guaratinguetá, por exemplo, o professor de uma instituição criou o programa “Sucesso na Matemática”, com o objetivo de melhorar o aprendizado da disciplina e fazer com que os alunos conheçam sua real importância. O processo é realizado em horário facultativo, mas com muita determinação, ele conseguiu conquistar o interesse dos alunos. A iniciativa atinge inclusive o Ensino Fundamental I uma vez por semana, em aula de no mínimo 50 minutos, onde o professor polivalente, de acordo com o conteúdo de cada ano, utiliza recursos como jogos, equipamentos multimídia e de informática para trabalhar eventuais dificuldades dos alunos. No ensino fundamental II, o projeto auxilia nos trabalhos pós-aulas, através de atividades e exercícios resolvidos juntos com o mediador, buscando resgatar o interesse dos alunos na aprendizagem. A aula é de 50 minutos. E no 8º e 9º anos, o projeto consiste em prepará-los desde cedo para o Enem, através de atividades de raciocínio lógico, também em um encontro semanal de 50 minutos. Em outras escolas, temas significantes têm sido abordados nas aulas de Sociologia e Filosofia do Ensino Médio, para não sobrecarregar a carga horária. Mas tem sido frequente ainda a introdução da Filosofia no Ensino Fundamental I, através de dinâmicas variadas. Também a Educação

para a Paz vem compondo o currículo de algumas instituições brasileiras desde que o Brasil lançou, em 1999, a Convocação Nacional pela Educação para a Paz, programa sensível às diretrizes da Unesco e transversal a questões como valores, cidadania e ética. Outro filão é o empreendedorismo, que salta os olhos dos gestores, são mais de 200 escolas que já o adicionaram em seu currículo como disciplina. Eu mesma já o introduzi no Ensino Médio do Colégio Ômega de Santos e do Guarujá, a fim de obter alguns ganhos para melhorar a qualidade de vida do aluno, a partir do desenvolvimento da autoestima, comunicação, organização pessoal, e, principalmente, da construção de seu projeto de vida, traçando a busca da felicidade e o valor da liberdade. Para lidar com esse acréscimo curricular, a organização de atividades extras após o horário das aulas regulares tem sido outra opção adotada pelas escolas. Em geral, no horário invertido, são oferecidas aulas relacionadas aos esportes, línguas e informática. Os alunos aderem, pois seus colegas da escola estão juntos nas atividades, facilitando a interação e o prazer. A robótica educacional também ganha espaço, estimulando a criatividade, o desenho e a programação, podendo estar integrada ao cotidiano das pessoas e alinhada aos conteúdos das disciplinas curriculares.

SAIBA MAIS

* Márcia Claro é graduada em Pedagogia e Letras, possui MBA em Gestão Escolar pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Atualmente cursa especialização em “Ética, Valores e Cidadania na Escola” pelo Programa USP/ Univesp. É mantenedora e diretora do Colégio Ômega, de Ensino Infantil, Fundamental e Médio, localizado em Santos e no Guarujá (Baixada Santista, São Paulo). Atua ainda como palestrante em eventos da área de gestão pedagógica.

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MÁRCIA CLARO * marciarccoliveira@hotmail.com

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DICA: PLAYGROUND – PISOS

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SAIBA COMO ESCOLHER A BASE MAIS SEGURA PARA OS BRINQUEDOS

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mundo da criança é feito de descobertas, portanto, ela deve estar livre para se movimentar. É dessa maneira que aprendem. A escola, como local privilegiado de aprendizagem, cria espaços para que todo esse potencial seja desenvolvido, caso do próprio playground. E a base de seus estimulantes brinquedos deve atender a quesitos de segurança, especialmente de absorção do impacto. “A importância do piso é igual a do brinquedo, pois é ele que vai absorver o impacto em caso de queda”, afirma a arquiteta Mara Cabral. Segundo ela, vários outros aspectos devem ser considerados na hora de escolher o revestimento do playground: efeito lúdico, segurança química dos materiais, resistência à abrasão, durabilidade, praticidade e baixa necessidade de manutenção. No que se refere à absorção de impacto, a nova norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para playground, a NBR 16.071/2012, exige teste de atenuação por meio de um equipamento especial, o acelerômetro. A partir do teste, o laboratório vai certificar o piso, conferindo garantia de segurança ao local. “O consumidor deve exigir essa especificação do fabricante, solicitando uma

cópia da certificação”, sugere Cabral. Para o arquiteto responsável pela coordenação da comissão da ABNT que reviu as normas, Fábio Namiki, se o piso for de areia, é preciso que tenha no mínimo 30 cm de altura para a absorção necessária. Se for de borracha, a questão da segurança química deve orientar a escolha junto ao fabricante. Pisos de grama também são bem-vindos, desde que se faça a manutenção de forma sistemática. Em relação ao quesito segurança química, a norma trata de aspectos relativos não só aos males causados ao usuário, mas também ao meio ambiente. “O piso do playground representa uma área significativa do espaço de lazer, portanto, alguns cuidados são fundamentais na hora de escolher o melhor revestimento, devendo estar de acordo no que diz respeito à migração de certos elementos químicos”, adverte a arquiteta Mara Cabral. Entre eles encontram-se corantes carcinogênicos citados na norma e já proibidos por muitos países, afirma. Mesmo que a aplicação da norma seja voluntária, em caso de acidente sua observância poderá servir de base para a defesa da instituição de ensino. Assim, afirma Namiki, é importante que a escola se preocupe com as certificações, bem como com a manuten-


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DICA: PLAYGROUND – PISOS

ção do playground em geral e do piso em particular. Manter um registro de ocorrências e de inspeções também está entre as recomendações do arquiteto. OPÇÕES VARIADAS ÀS ESCOLAS O mercado oferece grande diversidade de pisos, abrindo muitas opções às escolas. Jacqueline Marques, diretora pedagógica da Escola de Educação Infantil Piccolino, localizada no Alto de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, afirma que a instituição possui três espaços reservados para os brinquedos, um para cada faixa etária e com revestimentos diferenciados. Para o berçário, a opção foi colocar tatame. É um local bem seguro, totalmente coberto, somente para os mais novos da escola. Mas o que faz mais sucesso, de acordo com a diretora, é o de areia. “Percebo que eles me veneram depois que coloquei o ‘brinquedão’, como é apelidado”, aponta. O brinquedão de madeira está instalado em farta quantidade de areia e, para a diretora, que tem mais de vinte anos de experiência, as quedas nesse tipo de piso são as que menos causam machucados. Já em seu outro parque, as crianças podem se esbaldar nos brinquedos de plástico colorido, que estão instalados sobre grama sintética. Crianças de até três anos não podem subir nos brinquedos maiores, e a presença do adulto é uma condição sem a qual não é possível a qualquer criança ficar no

parque. A supervisão dos playgrounds é feita pessoalmente pela diretora. “Toda a equipe está orientada para notificar caso haja qualquer avaria”, afirma. Para Mara Cabral, a grande tendência é o piso emborrachado. “Seja para área interna ou externa, o piso de borracha, devido a sua resistência à abrasão, estabilidade química dos materiais, manutenção e desempenho na absorção de impacto, sem dúvida se destaca em relação aos outros produtos”, opina Mara. Além disso, são também antiderrapantes e, por sua composição, não agridem o usuário, tampouco o meio ambiente, acrescenta a arquiteta. INSTALAÇÃO Além da variação em suas funcionalidades, os pisos para playgrounds pedem também diferentes procedimentos de instalação. No caso do emborrachado, é preciso construir covas para colocação de pedra brita e areia antes da sua instalação. Caso a manutenção seja correta, o produto poderá durar até trinta anos, de acordo com os fabricantes. Outro aspecto importante é verificar continuamente eventuais armadilhas que possam colocar em risco a segurança das crianças, tais como raízes de árvores, tocos de troncos, bordas de concreto e mudanças bruscas de nível do piso. São detalhes que parecem sem importância, mas que definem de fato a segurança da garotada. (Por Raquel Zardetto)

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SAIBA MAIS

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FÁBIO NAMIKI fabionamiki@nkfarquitetura.com.br

MARA CABRAL maracabral@haiah.com.br

JACQUELINE MARQUES escolapiccolino@yahoo.com.br

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: CONSULTORIA PEDAGÓGICA


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DICA: TERCEIRIZAÇÃO – LIMPEZA

GANHO DE TEMPO, EFICIÊNCIA E DE ‘PONTOS’

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JUNTO AOS PAIS

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uando as famílias estão à procura de escolas para seus filhos, o devido asseio pode contar pontos na sua decisão final, pois limpeza tem a ver com saúde e boa gestão. “A limpeza é fundamental no ambiente escolar. É um dos pontos essenciais na captação e manutenção da clientela”, acredita Paulo Rabelo Corrêa, diretor administrativo do Colégio Nova Era, localizado na zona Norte da Capital paulista. Muitas escolas têm optado por terceirizar o serviço, tendência global que apresenta uma série de vantagens. Mas é primordial que a escola analise bem suas reais necessidades e procure fazer cotações sempre com mais de um fornecedor, verificando, além do custo, seu histórico, clientes atendidos, a saúde financeira, a infraestrutura material e os recursos humanos. Corrêa recomenda que se solicite uma avaliação prévia dos serviços que podem ser prestados pela terceirizada, a fim de observar seu nível de competência, bem como examinar detalhadamente o contrato proposto. As escolas devem ficar atentas, pois percorrer os critérios deman-

dam tempo e estrutura de trabalho. Certamente o gestor procura custos menores, mas ele deve desconfiar de propostas que pareçam tentadoras, mas que podem trazer dor de cabeça num futuro bem próximo. “A ânsia para fechar contratos leva alguns prestadores de serviços a praticarem preços inexequíveis ante os custos mínimos que suas atividades requerem”, adverte Osmar Viviane, consultor especializado no segmento de limpeza. Para Viviane, a prestadora de serviços deve se preocupar em obter ganhos suficientes para cobrir custos operacionais e lhe permitir investimentos em novas tecnologias e treinamento de funcionários. Sem essa perspectiva, o serviço ficará comprometido, diz Viviane. Outro aspecto importantíssimo é averiguar se a empresa está em dia com impostos e encargos trabalhistas. “Solicitar mensalmente a apresentação de cópias dos recolhimentos dos tributos sociais e trabalhistas e dos pagamentos efetuados aos trabalhadores garante a transparência na relação entre contratante e contratada”, assevera o consutor. “Respondemos subsidiariamente por obrigações dessa natureza. Assim, deve-se exigir


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DICA: TERCEIRIZAÇÃO – LIMPEZA

cópia da folha de pagamento e do comprovante de recolhimento mensal do FGTS e da contribuição para o INSS dos empregados que prestam serviços na escola”, recomenda, por sua vez, o diretor do Nova Era, que há 15 anos terceiriza o serviço. RESPONSABILIDADES COMPARTILHADAS Mas não é só a empresa terceirizada que tem obrigações. É interessante que a escola propicie condições mínimas de trabalho, favorecendo uma integração entre terceirizados e seus próprios funcionários e alunos. O relacionamento cordial deve estar entre as premissas da contratante, estimulando atitudes respeitosas para com os terceirizados. De outro modo, “a escola não supervisiona o serviço, apenas audita resultados, o que propicia desburocratização, aliviando a estrutura organizacional”, pondera o consultor Viviane. É um modelo de gestão que promove, segundo ele, maior agilidade decisória e administrativa, o que reverte, em última análise, em qualidade educacional. Do lado das empresas contratadas, ocorre maior especialização e busca por excelência na prestação de serviços, em processo que alia qualidade, transparência e parceria. “Nossos colaboradores passam por treinamentos, que visam à integração e ao conhecimento técnico para o desenvolvimento do trabalho na escola”, afirma Renato Botelho Braz

Alves, diretor comercial de uma empresa paulista especializada em limpeza. Além disso, todo o cronograma de trabalho fica por conta da contratada, bem como o monitoramento dos funcionários e compra de produtos e de equipamentos. A diminuição dos custos não se dá à toa, pois a terceirizada deve se preocupar com a economia de recursos, como equipamentos, produtos de limpeza e água, sem prejudicar a qualidade. “Normalmente as terceirizadas possuem em sua equipe um líder que distribui os serviços e estabelece as rotinas com mais competência do que a escola”, finaliza Corrêa. MUTIRÃO DE ALUNOS Com o intuito de trazer a importância da limpeza para a sala de aula, a equipe pedagógica do Colégio Sidarta, localizado em Cotia, na Grande São Paulo, resolveu adotar uma prática inusitada. Uma vez por mês os alunos realizam a limpeza na escola em esquema de mutirão. A preocupação da direção é tanta, que a limpeza virou ação pedagógica. Intitulado “Quem limpa a sua sala?”, o trabalho visa à conscientização dos alunos, que são estimulados a respeitar os funcionários da limpeza. Segundo a diretora administrativa Maria Aparecida Schleier, são pessoas que, se não houver atenção por parte da comunidade, se tornam “invisíveis”. “Colocamos uma foto do funcionário na sala de aula, assim todos podem vê-lo, passando a respeitar seu trabalho.” (Por Raquel Zardetto)

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SAIBA MAIS

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MARIA APARECIDA SCHLEIER colegiosidarta@sidarta.org.br

PAULO RABELO CORRÊA colegionovaeraadm@terra.com.br

OSMAR VIVIAN consultor@consulimp.net

RENATO BOTELHO BRAZ ALVES diretoria@rsterceirizacao.com.br

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: BEBEDOUROS


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FIQUE DE OLHO: AUDITÓRIOS & RECURSOS MULTIMÍDIA, 3D ETC.

A ESCOLA EM SINTONIA

COM O MUNDO CONTEMPORÂNEO

Aulas expositivas à base de lousa e giz compõem um cenário muito distante da realidade dos estudantes, hoje aparelhados com celulares e/ou tablets e integrados ao mundo digital. Confira neste Fique de Olho de que maneira o gestor escolar pode incrementar os processos de aprendizagem dos alunos.

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Por Rosali Figueiredo

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Empresa com atuação no México, Espanha e Argentina, a Cine 3D Educativo chegou ao Brasil em 2008 oferecendo vídeos que aplicam conteúdo didático ao formato 3D. Segundo o diretor comercial Jonas Godoi Martim, a própria Cine 3D desenvolve o material para os alunos do Ensino Fundamental. Atualmente, a empresa comercializa os vídeos “Uma Viagem Fantástica pelo Corpo Humano” e “Mágica em 3D - A Geometria nos Rodeia”, e pretende lançar “Intergaláctica - Uma Viagem Virtual ao Sistema Solar”, todos com versões para o EF I e EFII. É uma espécie de “cinema itinerante”, que leva “conhecimento, tecnologia e entretenimento” aos alunos, diz. Os vídeos possuem entre 30 e 40 minutos e a empresa leva toda infraestrutura necessária às exibições, que podem acontecer em salas de aulas, quadras esportivas cobertas, auditórios etc. Para este mês de maio, Jonas Martim anuncia descontos especiais. Fale com o Cine 3D Educativo: 11 2365-6268 www.cine3d-educativo.com.br info@cine3d-educativo.com.br

O município de São Paulo flexibilizou a lei de ampliação e reforma das escolas e deu boa oportunidade às instituições para implantar ou modernizar teatros e auditórios. A Vero Engenharia especializou-se na área e oferece ao gestor desde uma análise prévia da edificação para a construção do espaço, até sua finalização, com instalação de poltronas, sistema de som, iluminação, vídeos, cortinas etc. Segundo a empresária e engenheira civil Elaine Venturini, a Vero atua há cinco anos no segmento. “Deixamos o teatro pronto”, diz Elaine, destacando que trabalha com uma equipe técnica especializada e equipamentos de primeira linha. Entre as obras recém-concluídas pela empresa, Elaine destaca o teatro do Colégio Emilie de Villeneuve, na zona Sul de São Paulo. “Fizemos desde a obra física com elevação do piso, palco etc., até instalação final de som, iluminação e cortinas”, enumera a engenheira, lembrando que os trabalhos levaram sete meses e presentearam os alunos com um teatro de 500 lugares. Fale com a Vero engenharia: 11 2083-2595 www.veroengenharia.com.br veroengenharia@terra.com.br

Gestores interessados em equipar auditórios, laboratórios e salas de aula com recursos multimídia podem contar com a expertise da Show de Imagem, empresa com 20 anos de mercado. Do amplo portfólio de equipamentos de primeira linha, o empresário Fernando Gonçalves Xavier destaca o recente lançamento da sala multimídia completa, solução que vem atendendo “às expectativas dos mantenedores e está sendo grande sucesso de vendas”. A sala multimídia conta com um plano próprio e especial de parcelamento, feito em oito vezes, sem juros, informa o empresário. Fernando explica ainda que o pagamento é feito “sempre após o serviço realizado, com o cliente dando o aceite”. Com a Show de Imagem, o gestor tem a garantia de fazer negócio com empresa idônea, que trabalha com preços imbatíveis e produtos de qualidade, completa Fernando. Fale com a Show de Imagem: 11 2946-2668 www.showdeimagem.com.br fernando@showdeimagem.com.br

Vendas de projetores multimídia, interativos e 3D, todos da marca NEC, além de projetos e instalação de recursos audiovisuais, estão entre os destaques dos serviços que a Videocorp apresenta aos gestores escolares. É o caso do Projetor NEC VE282B, que está sendo comercializado a R$ 1.299,00, promoção válida até o dia 30 de maio, anuncia o gerente de vendas, Walter Falleiros Jr. A empresa oferece ainda projetores com expectativa de vida útil de lâmpada de até dez mil horas, e o sistema Wireless Image Utility (WIU), que envia imagens diretamente de um iPad para o projetor, acrescenta Walter. Representante exclusiva da NEC Display Solutions em toda América Latina, a Videocorp tem 30 anos de mercado, matriz no Chile e se estabeleceu há sete anos no Brasil. Seus equipamentos apresentam “alta conectividade, facilidade de uso e recursos de rede” e contam com serviço de pós-venda e assistência técnica permanente de cobertura nacional. Fale com a Videocorp: 11 2924-2910 / 2924-2911 / 96768-0428 www.videocorp.com walterfalleiros@videocorp.com


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VITRINE

PRODUTOS & SERVIÇOS

FLAMMARION ENERGIA E SISTEMAS

A Flammarion Energia e Sistemas é uma empresa especializada em instalações elétricas e realiza há 15 anos serviços de ampliação de carga (entrada de energia); regularização de quadros elétricos; adequação dos sistemas de iluminação de acordo com as normas vigentes no País; instalação de Sistemas de SPDA (de Proteção de Descargas Atmosféricas); além de iluminação de emergência. A Flammarion oferece às escolas uma boa oportunidade de adequarem sua infraestrutura aos novos aparatos tecnológicos que estão sendo introduzidos nas áreas pedagógicas e administrativa. Mais informações: 11 2084-8644 www.flammarionenergia.com tecnico@flammarionenergia.com

HAGANÁ

A segurança é item essencial às escolas, que podem contar com a experiência, profissionalismo e tradição da Haganá para atender às expectativas de pais, professores e da comunidade em geral por uma maior proteção contra as ameaças urbanas. Referência no mercado, a Haganá oferece ao segmento educacional serviços de segurança, portaria, recepção e limpeza. A empresa combina tecnologia com a dedicação de profissionais altamente treinados e capacitados para cuidar do maior patrimônio de todos: a vida. Mais informações: 11 3393-1717 www.hagana.com.br marilia.amaral@hagana.com.br

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GRUPO TEC-CIVIL

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De olho na recente flexibilização da lei paulistana relativa à construção e reformas das escolas, bem como na expansão do mercado educacional privado, os mantenedores podem contar com o Grupo Tec-Civil para obras de ampliação, construção, reformas, restaurações, revestimentos, pinturas interna e externa, além de recuperação de superfícies. A empresa trabalha com profissionais capacitados, devidamente registrados e segurados. Os pagamentos podem ser parcelados em até doze vezes e os serviços têm cinco anos de garantia. Mais informações: 11 5595-8590 www.grupoteccivil.com.br teccivil@grupoteccivil.com.br

LBM PINTURAS

Empresa com dez anos de mercado, a LBM Pinturas está atenta às necessidades dos gestores escolares, oferecendo um trabalho especializado em tratamentos de fachadas e reparos de trincas. Seus profissionais são altamente treinados e qualificados, atuando com os melhores produtos e fornecedores. A LBM assegura total qualidade, segurança e oferece garantia aos seus clientes. Mais informações: 115621-2910 www.lbmpinturas.com.br contato@lbmpinturas.com.br

PÃO DE QUEIJO LEILÓKA

Receitas exclusivas e 100% naturais, sem adição de produtos químicos, desenvolvidas pela chef de Cozinha Leilóka, representam os diferenciais da fornecedora de Pão de Queijo Leilóka. É uma boa pedida às cantinas e refeitórios escolares, pois seus produtos aliam o sabor típico do pão de queijo caseiro, com uma tabela nutricional balanceada. A empresa se notabilizou neste ano por fornecer o produto ao Camarote da Brahma do Carnaval de São Paulo. Mais informações: 11-5641-2930 www.leiloka.com.br atendimento@leiloka.com.br

SAE+C

A SAE+C Informática é destaque no cenário nacional, fornecendo soluções em software para o setor educacional. Em comemoração aos seus 20 anos de atuação, a empresa estará lançando na Educar 2013 (entre os dias 22 e 25 de maio, em São Paulo), a versão 6.0 de seu software (agora com opção de “computação na nuvem”/ cloud computing). Seus produtos permitem aos professores planejar aulas, lançar notas, além de registrar conteúdos lecionados, frequência e diário de classe eletrônico. Mais informações: 0800 605 1818 www.saeinfo.net.br dcom@saeinfo.com.br


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DICA: ALIMENTAÇÃO – FORNECEDORES

CARDÁPIO À EDUCAÇÃO DO

ALIMENTAR,

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UM APOIO

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s escolas têm investido e assumido cada vez mais a responsabilidade de proporcionar uma alimentação de qualidade aos seus alunos e funcionários, especialmente aquelas que oferecem período integral. Elas devem se estruturar não apenas para proporcionar um bom serviço, mas, em alguns casos, atender a alunos com restrição alimentar. Não raro, a alimentação vem se constituindo em fator condicionante para a matrícula dos alunos. Desta maneira, entram em cena fornecedores e profissionais que se tornaram peças-chaves para organizar e comandar toda a infraestrutura que envolve a alimentação escolar, desde abastecer as instituições de produtos, como comandar equipes e até supervisionar a produção das hortas cuidadas por alunos e professores. A Escola Castanheiras, por exemplo, instituição localizada na região de Tamboré, na Grande São Paulo, contratou em 2010 a empresa de assessoria da nutricionista Camila Podete Luiz para estruturar o setor, que hoje oferece em média 450 refeições diárias. Ainda é Camila quem elabora criteriosamente todo o cardápio,

ESSENCIAL tanto do lanche como do almoço, e tudo que entra no Castanheiras passa por sua aprovação. “Temos um fornecedor de produtos orgânicos que vem toda semana, realiza uma pequena feira e os pais também podem adquirir produtos de qualidade”, afirma. Tudo isso com o rigor que a padronização da Vigilância Sanitária exige. TERCEIRIZAÇÃO Já no Colégio Sidarta, localizado em Cotia, também na Grande São Paulo, a solução para cumprir as exigências, tanto da escola como das famílias, foi terceirizar todo o processo, na cantina e no refeitório. “Nossa linha de conduta é uma alimentação saudável sem extremismos, seguindo uma tendência atual”, afirma a diretora administrativa Maria Aparecida Schleier. Assim, frituras e refrigerantes estão vetados. A partir da seleção dos alimentos que compõem o cardápio, feita pela escola, o preço da refeição é fechado e toda a compra de produtos é de responsabilidade da empresa terceirizada, bem como a gestão da mão de obra. “Servimos em média 400 refeições por dia e não seria possível gerir todo essa estrutura de outra forma”, analisa Schleier. Vale destacar que as re-


DICA: ALIMENTAÇÃO – FORNECEDORES feições são produzidas na escola, que fornece todos os equipamentos de uma cozinha industrial. Outro aspecto importante é a segurança alimentar. Em 15 anos de parceria, “nunca tivemos casos de intoxicação. A empresa tem o procedimento de guardar amostras dos alimentos consumidos, que podem ser mandados para análise caso haja alguma suspeita”, observa a diretora. No entanto, ela afirma que o fato de terceirizar não exime a instituição de algumas responsabilidades. “Quando há algum problema, sentamos para dialogar e chegar a uma solução. Não se trata de contratar para extrair o máximo”, diz. Dentro da perspectiva de parceria, a nutricionista, que também é contratada pela empresa terceirizada, passa pela aprovação do Sidarta. “Participamos do processo de seleção final e isso traz segurança”. Também aqui é a nutricionista a responsável por atender às famílias caso haja restrição alimentar. Conferir a idoneidade da empresa é importante. “Somos solidárias contratualmente em casos de ações trabalhistas. Assim, é fundamental checar o histórico da empresa e acompanhar mensalmente o pagamento de salários e o recolhimento dos impostos dos funcionários”, alerta a diretora. Todos esses detalhes podem e devem estar previstos em contrato. Desconfiar de preços baixos é outra dica que a diretora fornece. “Tem que ser factível. Se for muito abaixo da prática de mercado, algo está errado”.

PEDAGOGIA DO ALIMENTO Transformar o alimento em um instrumento pedagógico e transpor os limites do ato alimentar pode ser um ponto de partida para novas descobertas no ambiente escolar, sugere a nutricionista Mariana Imbelloni, que presta serviço em escolas de Santos, litoral paulista. Este é outro tipo de parceria que as escolas podem fazer, introduzindo a educação alimentar em sua grade curricular. “É na infância que o ato alimentar pode ser vastamente explorado, pois é uma fase de curiosidade extremamente aguçada, em que os preconceitos ainda não foram adquiridos e surge a possibilidade de formação de um senso crítico mais amplo”, afirma a nutricionista. As atividades de sua assessoria pedagógica envolvem horta, pirâmide alimentar, aula de culinária e teatro. Em todas elas, o tema da educação alimentar permeia os diversos conteúdos e faz conexão com outras questões, como meio ambiente, ciências e arte. Por se tratar de educação infantil, o lúdico tem papel de destaque nos trabalhos. Na Escola Castanheiras, a alimentação saudável também está unida ao pedagógico. Por exemplo, em parceria com a disciplina de Educação Física, os alunos do 3o ano do Fundamental, devidamente paramentados com touquinha na cabeça, fazem um passeio pela cozinha, onde a nutricionista mostra como os alimentos são preparados. “Eles conhecem todo o processo, como higienização, preparo e elaboração do cardápio. Isso traz motivação para o consumo consciente. O passeio virou uma febre entre eles”, festeja Camila. (Por Raquel Zardetto)

CAMILA PODETE LUIZ nutrimaterno@uol.com.br

PMARIANA IMBELLONI nutmariana.nutrir@gmail.com

MARIA APARECIDA SCHLEIER colegiosidarta@sidarta.org.br

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: ALIMENTAÇÃO - NUTRICIONISTAS

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SAIBA MAIS

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ACESSÓRIOS (E.V.A), ALIMENTAÇÃO, BRINDES, BEBEDOUROS, CAIXA D’ÁGUA (LIMPEZA), CENOTECNIA (TEATRO), CORTIÇA (QUADROS)

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EVENTOS (TEATRO), LABORATÓRIOS, LOUSAS, MANUTENÇÃO PREDIAL, MOLAS PARA PORTAS

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MATERIAL DE LIMPEZA, MÓVEIS, PERSIANAS, SINALIZAÇÃO DIGITAL

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, QUADRAS

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PISOS, TERCEIRIZAÇÃO, TOLDOS (COBERTURAS)

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