Revista Direcional Escolas

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EDiToriAL DIRETORES Sônia Inakake Almir C. Almeida

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A expansão das avaliações escolares e institucionais já pode ser considerada um fenômeno da área educacional no Séc. XXI. O uso dos seus indicadores tem se revelado uma estratégia eficiente para embasar políticas públicas ou mesmo o estabelecimento de programas nas redes privadas de ensino. É o caso das instituições ligadas à Associação Cultura Franciscana (ACF), representada entre outros pelo Consa (Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida) em São Paulo, que desenvolveu estruturas próprias de avaliação e aplica ainda o Proarce (Programa desenvolvido pela Rede Católica) e o modelo chileno “Gestão de Qualidade na Escola”. São ferramentas que devem apresentar uma característica muito importante – a participação de quem está sendo avaliado no próprio processo -, além de um propósito fundamental: que elas sirvam para planejar e reorientar os projetos pedagógicos, as atividades escolares e os investimentos em melhorias. Através desse mecanismo, por exemplo, o Consa pôde identificar demandas, estabelecer prioridades, organizar-se financeira e estruturalmente e desenvolver um Plano de Melhoramentos para quatro anos. Isso levou, entre outros, à introdução do período integral na Educação Infantil e Ensino Fundamental I, e à reestruturação do curso de Língua Inglesa, agora direcionado a conferir proficiência ao aluno. O diretor do Colégio Renascença, João Carlos Martins, costuma dizer que a “avaliação é uma das grandes ferramentas do planejamento”. Na reportagem de Gestão publicada neste número (Págs. 14 e 15), João Carlos defende a prática de um planejamento contínuo dentro das escolas, filosofia que implantou no colégio que dirige. As experiências do Consa e do Renascença estão retratadas nesta matéria, mas a defesa de uma gestão assentada na cultura do planejamento também compõe o texto de estreia da coluna de Christian Rocha Coelho, na página 9. O planejamento deve estar ainda na base da contratação e formação dos professores e demais educadores, segundo indicaram os gestores presentes ao I Workshop promovido pela revista Direcional Escolas, em 23 de agosto passado. Entre os 22 nomes presentes, observou-se o uso de estratégias diferenciadas para contratar, formar e reter o professor, especialmente um planejamento que envolva encontros semanais das equipes, constituição de grupos de estudos e avaliações trimestrais (Confira nas págs. 12 e 13). Mas se o planejamento parece ganhar contornos de consenso entre os gestores, o balanço geral da educação brasileira ainda patina em números bastante ruins. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativo a 2011, e recémdivulgado pelo Ministério da Educação (MEC), indica melhora significativa apenas na média do 1º ao 5º ano (que subiu de 4,6 para 5, em uma escala até dez). Uma nota preocupante veio das escolas privadas, ainda bem melhores que as públicas, mas que apresentaram médias abaixo das metas estabelecidas para os Estados de São Paulo e Pernambuco, além do Distrito Federal. A partir de 2013, todas serão obrigadas a aplicar a Prova Brasil, que compõe o Ideb. Será mais uma oportunidade de obter indicadores que lhes permitam aprimorar os serviços que prestam ao País. Completa esta edição um breve balanço do PNE (Plano Nacional de Educação) sob a perspectiva da rede privada; além do Perfil do Colégio Fecap (de São Paulo); das Dicas de Tecnologia da Informação, Uniformes e Toldos e Coberturas; e do Fique de Olho sobre Softwares de Gestão e Assessoria Contábil. Uma boa leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora CONTATE-NOS vIA TWITTER E FACEBOOK OU DEIxE SEUS COMENTÁRIOS NO ENDEREÇO DE EMAIL ESPACODOLEITOR@GRUPODIRECIONAL.COM.BR

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EDITORA Rosali Figueiredo

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SUMário

09 COLUNA

12 ESPECIAL II

GESTÃO DE IMPACTO: CAMPANHAS DE MATRÍCULAS O consultor em coaching e marketing educacional, Christian da Rocha Coelho, recomenda às escolas privadas algumas estratégias de fidelização e/ou captação de novos alunos, especialmente no período de alta sazonalidade.

I WORKSHOP DE GESTORES A revista Direcional Escolas reuniu um seleto grupo de gestores em agosto em uma espécie de brainstorming sobre estratégias de contratação e formação de professores. O encontro foi mediado pela gestora Márcia Regina do C. C. Oliveira.

14 GESTÃO 11 ESPECIAL I PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) A rede privada se ressente da falta de um tratamento mais isonômico mediante as metas e estratégias que estão sendo discutidas pelo Congresso Nacional em torno do PNE 2011 – 2020. Ela quer ser vista como parceira da Educação no País.

CONFIRA AINDA

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DICAS: 18 PARCERIAS: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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19 UNIFORMES

PLANEJAMENTO DE 2013 Os resultados das avaliações feitas com alunos, educadores, colaboradores e pais devem balizar a organização de um ano letivo, mas para 2013 uma boa dica é adotar a prática do planejamento contínuo e reorientar as ações ao longo do período.

22 PERFIL DA ESCOLA COLÉGIO FECAP Ligado a uma Fundação centenária, mas cujo Ensino Médio regular tem apenas 16 anos, o Colégio começa a chamar atenção por uma estrutura que combina currículo diferenciado, docentes de 1ª linha e cursos livres (como Filosofia e Cinema), além de participação do aluno (como o Grêmio Estudantil).

20 TOLDOS E COBERTURAS

FIQUE DE OLHO: 25 SOFTWARES DE GESTÃO E ASSESSORIA CONTÁBIL



WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR No site da Direcional Escolas, você encontra grande acervo de informações e serviços que o auxiliam na gestão administrativa, pedagógica e da sua equipe de colaboradores. Acesse e confira. GESTÃO ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS E AO ENEM No momento em que o Ministério da Educação (MEC) estuda mudar a estrutura curricular do Ensino Médio, redes privadas de ensino já se encontram em processo de renovação, como o Consa (Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida), localizado em Moema, zona Sul de São Paulo, e vinculado à ACF (Associação Cultura Franciscana). Este é o 3º ano de implantação do novo currículo do Ensino Médio na instituição, atendendo às necessidades colocadas pela nova Matriz de Referência do ENEM (de 2009), sob o guarda-chuva das quatro grandes áreas do conhecimento. Confira em reportagem publicada no endereço eletrônico http://migre.me/avsOK.

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TECNOLOGIA EDUCATIVA Em meio à avalanche de novidades que surgem diariamente na área da Tecnologia Educativa, especialmente em relação a aplicativos para tablets, aparelhos mobile e redes sociais, é compreensível que as escolas e os educadores sintam-se “perdidos” sobre o que possa efetivamente fazer diferença sobre a aprendizagem. Em artigos publicados no site da Direcional Escolas, o professor de História do Ensino Médio, Rodrigo Abrantes, responsável pela área de Tecnologia no Colégio Joana D’Arc, procura orientar gestores e educadores sobre o uso dos aplicativos disponíveis no mercado.

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Além da implantação da rede educacional Edmodo, Rodrigo Abrantes discorre sobre os demais recursos, como edição de vídeos e “computação na nuvem”, e deixa um alerta: a escola precisa discernir sobre os dispositivos e serviços que responderão efetivamente às suas necessidades e objetivos antes de adquirir ou contratar qualquer ferramenta. Ter o recurso por mera perfumaria não traz resultado e pode criar ruídos dentro da própria instituição. É preciso optar por recursos que tenham a capacidade de transformar a experiência do aluno em um processo de interlocução e produção do conhecimento. Confira no endereço: http://www.direcionalescolas.com.br/rodrigo-abrantes. COLUNA “BRECHÓ EDUCACIONAL” Neste artigo, a colaboradora e psicopedagoga Jane Patrícia Haddad faz uma reflexão sobre as mudanças na área, as quais deveriam, segundo ela, seguir a mesma estratégia da moda: “trabalhar com tendências, no sentido de prever o que está por vir, antecipar”. Leia em http://www.direcionalescolas.com.br/jane-patricia-haddad/brecho-educacional.


COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO - PREPARANDO-SE PARA A ALTA SAZONALIDADE

AS CAMPANHAS DE MATRÍCULAS E A CAPTAÇÃO DE NOVOS CLIENTES Por Christian Rocha Coelho

PROPAGANDA INTEGRADA A propaganda integrada consiste em, por meio de etapas pré-determinadas, levar o consumidor até o produto ou serviço sem que ele perca o foco ou interesse. A estratégia começou em

princípios do século XX com a Coca-Cola. Exemplo: Uma pessoa acorda, liga a televisão e vê um comercial da Coca-Cola; no trajeto para o trabalho, escuta um “spot” (em rádio) e passa por outdoors com a mesma comunicação. Ao parar em uma padaria, se depara com uma fachada com o logotipo da Coca-Cola e, ao entrar, passa por geladeiras, móbiles e cartazes divulgando o produto. No balcão, na hora do pedido, a chance de toda essa propaganda influenciar a decisão do cliente é muito grande. Para que a propaganda integrada aconteça é necessária a criação e o desenvolvimento das peças de divulgação próprias para cada etapa. O conjunto dos melhores meios, veículos, formatos e distribuição das peças são conhecidos como Plano de Mídia. Devido ao excesso de informações que bombardeiam os nossos órgãos sensoriais diariamente, devemos atingir os clientes várias vezes e de diversas formas para que as ações de propaganda obtenham um efeito de “start” eficiente. Para tanto, a instituição de ensino deve preparar um Planejamento de mídia eficaz, que consiste em fazer com que o futuro cliente (“prospect”) receba várias informações da instituição durante os meses de alta sazonalidade. A eficácia de uma mídia pode variar de acordo com a localização da escola, o público-alvo e a época do ano. Portanto, quanto mais diversificada for a estratégia, maior será o interesse.

abrangência primária, as escolas regulares possuem cerca de 80% dos seus alunos morando em uma distância inferior a 2 km de raio. Salvo exceção de colégios tradicionais e com grande número de clientes. Faculdades, cursos tecnólogos, técnicos e cursinhos sofrem uma grande influência dos meios de acesso aos transportes coletivos, como metrôs e terminais de ônibus. Constatamos também que cerca de 20% das mães podem optar por deixar seus bebês em berçários na área de abrangência de seus trabalhos, ficando mais próximas de seus filhos durante o dia. Portanto, a área de abrangência de uma escola não é uniforme. A população tende a evitar obstáculos como grandes avenidas ou rios, para consumir ou usar um serviço. Quando é necessária a utilização da infraestrutura de outro bairro ou região, geralmente o cliente escolhe área vizinha mais próxima ao centro, de abrangência secundária, a qual poderá ser utilizada nas ações de divulgação.

Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit ÁREA DE ABRANGÊNCIA Partnership. Mais informações: 11 - 3862.2905 / www.rabbitmkt. Nesse sentido, é importante lem- com.br/ rabbit@rabbitmkt.com.br brar que cada tipo de instituição de ensino possui uma área de abrangência específica. Conhecida como área de

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ssim como não estamos acostumados a promoções em portas de hospitais, a escolha de uma escola não é definida por uma divulgação em outdoor ou folheto. A propaganda para bens de grande importância como hospitais e escolas tem como principal objetivo gerar a lembrança e despertar o interesse nas pessoas, tendo um efeito inferior quando comparado à venda de produtos. As ações de propaganda regional para instituições de ensino não têm o poder de mudar conceitos e estigmas. Uma campanha somente terá efeito se o institucional gerado pelos clientes da escola através do boca a boca for positivo. Se a instituição não for bem quista na sua área de abrangência, a campanha publicitária terá pouco efeito. Portanto, a melhor propaganda é prestar um bom serviço educacional e deixar os alunos e familiares satisfeitos. No período de alta sazonalidade (de setembro de 2012 a março de 2013), a ação da propaganda deve ter como principal finalidade lembrar ao cliente que existe uma boa opção de escola próxima a sua casa. Isto é, gerar o “start”, buscar em suas lembranças o nome da escola da qual ele já ouviu falar (indicação subliminar) e que pode ser justamente o que sua família procura. A publicidade e a propaganda têm o papel de divulgar e incentivar os clientes a conhecerem a escola por telefone e pessoalmente. Porém, sem um bom atendimento e pós-atendimento a matrícula provavelmente não será efetivada.

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ESPECiAL: PLANo NACioNAL DE EDUCAÇÃo (PNE)

AFINAL, QUE PARTE CABE À REDE PRIVADA DE ENSINO? O ano de 2012 já avança para o seu quarto final sem que se tenha definido o plano que deverá dar as principais diretrizes da área da educação no País neste decênio (de 2011 até 2020). E o novo PNE, do jeito como está, mantém a rede privada como braço acessório em vez de parceira da educação brasileira, segundo criticam representantes do setor. Por Rosali Figueiredo investimentos na área. Mas em documento produzido pelos sindicatos das escolas privadas e encaminhadas em 2011 pela Fenep aos congressistas, questionou-se a exclusão da rede privada deste processo.

A entidade pleiteou na época mudanças pontuais nos textos de algumas metas e estratégias, de forma a assegurar maior equidade no tratamento entre os sistemas público e privado de ensino. Defendeu-se também uma nova concepção em relação às parcerias com o sistema privado, considerando-o como uma das alternativas para suprir, com qualidade, as deficiências de infraestrutura no setor. Entre as sugestões levadas pela rede particular aos parlamentares, estava a necessidade de evitar a separação entre público e privado na destinação dos recursos, assegurando-se, de outro modo, a autonomia das instituições em gerir seus projetos pedagógicos. “O suporte de financiamento para a capacitação dos professores permanece restrito à rede pública e isso é uma discriminação”, aponta Fátima de Mello Franco, uma das coordenadoras do documento de 2011 e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Distrito Federal (Sinepe – DF). Além disso, o atual projeto do PNE “pode dar margem ao engessamento na parte da regulação”, diz. Ou seja, é preciso assegurar “pluralidade e autonomia dos projetos pedagógicos”. O texto do PNE está contido no Projeto de Lei 8.035/2010, elaborado pelo governo, aprovado pela Câmara Federal e em análise no Senado. Ele deve nortear as ações governa-

mentais e privadas no período entre 2011 e 2020. O escopo do projeto resultou de ampla mobilização de entidades ligadas à educação, principalmente de professores, e recebeu, já na época, objeções de representantes da rede privada. Mesmo que não esteja ainda em vigor, algumas escolas privadas já procuram adequar seus projetos ao contexto do novo PNE. É o caso das seis unidades ligadas à Associação Cultura Franciscana (ACF), entre elas o Consa (Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida), da zona Sul de São Paulo. Seguindo as diretrizes do Plano, as unidades resolveram investir mais a partir de 2013 na ampliação e qualificação das vagas da Educação Infantil e do Ensino Médio, afirma a gerente educacional da entidade, Neusa Maria Bueno Ribeiro Rosa. As escolas ligadas à ACF são filantrópicas, regidas pela Lei 12.101/2009, e assim devem oferecer gratuitamente parte de suas vagas.

SAIBA MAIS FátIMA de Mello FrAnCo secretaria@sinepe-df.org MAyuMI KAwAMurA M. SIlvA oshiman@terra.com.br neuSA M. B. rIBeIro roSA neusa.rosa@acf.org.br

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m workshop recente promovido pela revista Direcional Escolas (Leia mais na próxima pág.), a gestora do Colégio Oshiman, Mayumi Kawamura Madueño Silva, observou que, mantidos os atuais parâmetros do novo Plano Nacional de Educação (PNE), as instituições privadas de ensino irão permanecer como auxiliares e não parte relevante do sistema. Ao contrário do tratamento dispensado no Brasil, “no Japão, por exemplo, as escolas particulares não pagam impostos e recebem subsídios do governo, lá elas são vistas como parceiras”, compara Mayumi, também mantenedora da escola situada na Vila Mariana, zona Sul de São Paulo. A rede privada de ensino no Brasil totalizou mais de 7,5 milhões de alunos em 2011 e respondeu por 15,54% das matrículas, “mostrando o crescimento desta rede, já que em 2007 o percentual era de 12,04%”. Em toda a educação básica e ensino profissionalizante, sua participação chegou a 16,35%, “destacando-se a Educação Infantil, onde 36,03% das matrículas estiveram nas creches da rede privada, e o profissionalizante, com 56,34%”, avalia Antônio Eugênio Cunha em análise divulgada no princípio deste ano. Ele é diretor da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e a íntegra do seu texto pode ser acessada no endereço eletrônico http://migre. me/aunN6. O novo PNE, que está em discussão no Congresso Nacional desde 2011, é composto por 20 metas, além de suas respectivas estratégias, e apresenta como objetivo central gerar um salto de qualidade dos serviços educacionais brasileiros, os quais passaram por inequívoco processo de universalização do acesso nas últimas décadas, especialmente ao Ensino Fundamental. Para tanto, um de seus grandes avanços está na destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do País para

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ESPECIAL: I WORKSHOP PARA GESTORES ESCOLARES

EM DISCUSSÃO, A CONTRATAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

O primeiro encontro realizado pela revista Direcional Escolas com gestores e mantenedores de instituições de ensino constatou que um dos maiores desafios da rede escolar hoje reside na contratação e na qualificação dos professores, especialmente para trabalhar com a inclusão.

Por Rosali Figueiredo (texto e fotos)

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revista Direcional Escolas reuniu um grupo limitado de gestores e mantenedores no último dia 23 de agosto, com o propósito de lhes abrir um espaço onde pudessem conhecer as experiências de seus colegas mediante um dos problemas que mais desafiam as escolas na atualidade: a contratação e formação de professores. Esse foi o tema do I Workshop para Gestores Escolares, conduzido por Márcia Regina do Carmo Claro Oliveira, graduada em Pedagogia e Letras, professora aposentada de Língua Inglesa, especialista em Gestão Escolar e mantenedora do Colégio Ômega, da Baixada Santista. O encontro aconteceu no auditório da ACM (Associação Cristã de Moços), no centro de São Paulo, no período entre 8hs e 12hs. As vagas eram limitadas e a participação gratuita. 22 gestores estiveram presentes no evento, patrocinado pela Metadil, fabricante de móveis escolares que compõe a comissão de estudos de normas do segmento junto à ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Em avaliação entregue após o encerramento dos trabalhos, 20 participantes aprovaram o encontro, dois não se manifestaram. Mas eles foram unânimes em apontar que o tema sugerido para o encontro representa, de fato, a principal dificuldade com a qual lidam na administração de suas escolas. Revelaram algumas estratégias

que vêm adotando para enfrentar a situação, entre elas, investir em avaliação contínua do trabalho do docente, em orientação e em qualificação. Há outros problemas, entretanto, que merecem ser mais debatidos, apontaram. Entre eles, está a indiferença dos jovens e adolescentes frente aos estudos; a indisciplina; as dificuldades com a inclusão, seja no despreparo dos profissionais ou nos ruídos na conversa com os pais em relação ao assunto; a participação cada vez menor dos familiares no acompanhamento da vida escolar dos filhos e nos eventos das instituições; a falta de motivação dos educadores; a necessidade de encontrar novas estratégias de aprendizagem e também de trabalhar dificuldades pontuais dos estudantes em disciplinas como Matemática e Português; o fenômeno do bullying; e, por fim, a captação de novos alunos para as instituições. QUE EDUCADORES AS ESCOLAS BUSCAM? Ao abrir a apresentação e mediação do workshop, Márcia Oliveira expôs uma síntese do novo perfil de educadores que as escolas têm procurado contratar, tomando como exemplo um professor de Geografia. “Ele precisa dominar o assunto, gostar do que faz, apresentar estratégias diferenciadas de ensino, estar atualizado e saber trabalhar o território onde os alunos estão inseridos.” Ao mesmo tempo, este edu-


ESPECIAL: I WORKSHOP PARA GESTORES ESCOLARES

-las coletivamente”, disse João Carlos. A esse processo contínuo é que o diretor define como de formação, criando-se, claro, espaços e momentos apropriados para os encontros, bem como “uma cultura de avaliação”. Na verdade, nas estratégias sugeridas por Márcia Oliveira durante o workshop, a gestora recomendou aos gestores atuar em duas frentes: na interlocução individual e na mobilização coletiva. Mas a mediadora ponderou que o feedback do gestor deve ser pontual e imediato, “para que o professor se encha de energia e mantenha a mobilização”. Deixar de dar uma devolutiva no exato momento em que o professor desenvolveu determinado projeto, e protelar esse retorno somente para o final do ano, o desmobiliza durante o restante do ano, observou Márcia Oliveira. “O professor precisa de feedback automático, é preciso procurá-lo no dia seguinte e parabenizá-lo pessoalmente; esse vínculo afetivo precisa resultar de uma ação do gestor”, disse. Outro cuidado que deve ser tomado é quanto à avaliação, recurso considerado indispensável no contexto atual para que se possa levantar subsídios e orientar o professor. Segundo Márcia Oliveira, a avaliação não pode ter outra finalidade senão a da reflexão e orientação para novas ações.

SAIBA MAIS João Carlos Martins joaocarlos.m@renascenca.br Márcia Regina do C. C. Oliveira www.marciaclaro.com.br marciarccoliveira@hotmail.com Mayumi Kawamura M. Silva oshiman@terra.com.br

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cador deve saber manter “a autonomia e liderança, senão ele é absorvido pelos alunos”. Para isso, torna-se indispensável deter a habilidade de “conhecer o aluno e desenvolver a comunicabilidade”. Pronto, estão dadas as variáveis comuns às escolas hoje, em seu processo de seleção dos educadores. Márcia Oliveira ponderou, entretanto, que este perfil “não chegará prontinho aos gestores. Estamos incumbidos de fazer essa transformação, pois a escassez do mercado, especialmente pela extinção dos cursos de Magistério, já não nos dá mais esse professor como tínhamos antes.” Depois deste preâmbulo, o workshop desenrolou-se em torno das estratégias que os gestores participantes implantaram para chegar a essa formação. No Colégio Oshiman, por exemplo, a gestora Mayumi Kawamura Madueño Silva implantou um sistema de “semanário”, em que os professores relatam dificuldades encontradas cotidianamente, para que a coordenação e direção possam orientá-los e “evitar que o problema cresça”. Escola com cerca de 300 alunos, da Educação Infantil ao Fundamental II, de ensino multilinguístico e integral, com destaque para o Português e a Língua Japonesa, o Oshiman se consolidou como escola de educação básica há pouco mais de 15 anos, na área mais central da Vila Mariana, bairro da zona Sul de São Paulo. “Temos uma proposta diferenciada de ensino e professores com 20 anos de escola. O problema maior que enfrentamos e que conseguimos solucionar foi acabar com a zona de conforto”, relatou Mayumi. Já no Colégio Renascença, dirigido por João Carlos Martins, doutor em Psicologia da Educação e consultor em Administração Escolar, há um trabalho semanal de formação do educador (Leia mais na reportagem sobre Gestão, nas págs. 14 e 15). “Não consigo imaginar uma escola que não tenha hoje um programa de formação de professores. É preciso criar coletivamente a cultura de trazer as questões para os gestores, de maneira que o grupo possa trabalhá-

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GESTÃO: PLANEJAMENTO DE 2013

AVALIAÇÃO E INDICADORES, BASES PARA A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR Mesmo que o planejamento pedagógico amiúde venha a tomar corpo somente em princípios do ano, diretores, coordenadores e até professores podem se envolver em um processo constante de organização de seu trabalho, instituindo a cultura do planejamento e avaliação contínua. Por Rosali Figueiredo

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erbo transitivo direto, “planejar” pressupõe programar ações, tendo em vista a consecução de objetivos e resultados em um dado período de tempo. Pressupõe “fazer tenções” (planos), conforme orienta o Dicionário Aurélio. Mas poderia estar ligado ao substantivo “tensão”, porque planejar representa também repensar, revisar, reorientar, mobilizar e sair da zona de conforto, segundo revelam as experiências de planejamento contínuo em curso em duas instituições privadas de ensino, o Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida (Consa), localizado em Moema, zona Sul de São Paulo; e o Colégio Renascença, instituição fincada na área central de São Paulo e ligada à comunidade judaica. As instituições adotaram um “estado” permanente de planejamento, lastreado na aplicação de diferentes ferramentas de avaliação na área administrativa e pedagógica.

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O MODUS OPERANDI DO CONSA

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O Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida (Consa) é uma das seis instituições mantidas pela Associação Cultura Franciscana (ACF). A escola reorganizou toda a matriz curricular do Ensino Médio a partir das diretrizes do Sefran, sistema montado pela ACF que orienta essas mudanças; trabalha com planejamento estratégico anual; um plano de melhoramentos quadrienal; e um programa de formação de professores. Tudo isso combinado com o planejamento estratégico da própria ACF. “O plano de melhoramentos vai ao detalhe e a partir dele começamos a implantar,

por exemplo, um programa de proficiência em Inglês no Consa”, afirma Neusa Maria Bueno Ribeiro Rosa, gerente educacional da ACF e coordenadora pedagógica dos colégios. Em síntese, cada instituição trabalha em duas frentes: no planejamento da gestão, que adota o modelo chileno “Gestão de Qualidade na Escola”; e no planejamento pedagógico. Mas ambos convergem entre si e estão subsidiados em ferramentas comuns de avaliação. São elas: o Proarce, Programa de Avaliação Acadêmica da Rede Católica de Educação aplicado entre os estudantes do 5º e 9º ano do Fundamental e 3º ano do Ensino Médio; pesquisas realizadas com pais e alunos; sondagens de mercado (feitas a cada três anos); avaliações com professores; além de reunião bianual de avaliação do sistema. “Os resultados são trazidos para dentro do programa de qualidade, que observa como está o relacionamento da instituição com a comunidade; o papel da liderança dentro da escola; o processo de qualificação do professor; e o relacionamento com o aluno.” Segundo Neusa Rosa, os indicadores acabam “por dar norte ao Plano de Melhoramentos”. A partir desses indicadores, o Consa decidiu implantar o horário integral na Educação Infantil e Ensino Fundamental I. “Começamos em 2010 na Educação Infantil com 20 crianças e hoje temos 380 alunos nesse regime”, afirma a gerente. Também o novo formato do curso de Inglês, integrado à matriz curricular, surgiu dos relatórios de avaliação. Outra estratégia proveniente das avaliações foi a introdução do Processo Formativo de Professores para o Desenvolvimento de Sequências Didáticas. “Até então trabalhávamos o planejamento trimestral de aula,

insuficiente para o desenvolvimento das habilidades. Agora temos uma formação continuada que envolve reuniões semanais dos professores com os orientadores das áreas de conhecimento, além de atividades com grupos de estudo e quatro videoconferências anuais.” Como resultado, o processo de planejamento no Consa acontece ao longo do ano, iniciando-se por um planejamento anual mais amplo, desdobrando-se em programações trimestrais das atividades e no acompanhamento semanal do trabalho em sala de aula. Tudo é revisado e orientado pelo Comitê de Liderança, composto pelos gestores e orientadores de áreas. “Cada membro do Comitê é responsável por determinadas metas, temos uma planilha de gerenciamento”, descreve Neusa. A gerente conta que uma das metas recentemente atribuídas a um desses membros foi a de “criar lideranças entre os alunos” a partir do 9º ano. O resultado foi atingido e levou à queda de até 80% na demanda pelo atendimento aos alunos, que estão conseguindo agora resolver entre eles boa parte das dificuldades. Por que a estratégia foi adotada? “Porque em uma de nossas pesquisas identificamos que os alunos não se sentiam participantes do colégio”, exemplifica Neusa Rosa. NO COLÉGIO RENASCENÇA, ASSEMBLEIA DE PAIS O diretor geral do Colégio Hebraico Renascença, João Carlos Martins, acredita que o processo de planejamento deva ser contínuo. Gestor de uma escola com cerca de mil alunos e 200 professores, doutor em Psicologia da Educação e consultor em administração escolar, João Carlos gerencia no


GESTÃo: PLANEJAMENTo DE 2013

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AnálISe

REAJUSTE DAS MENSALIDADES E A PREvISÃO ORÇAMENTÁRIA DE 2013 Por Alan Castro Barbosa Estamos na época em que a cabeça do diretor de escola começa a esquentar, pensando em quanto será o reajuste das mensalidades (anuidades) de 2013. Se você ainda não começou a planejar o seu futuro pode começar a rabiscar os números. Sabemos que os valores das mensalidades não podem ser reajustados ao longo do ano, o que torna a decisão muito importante; qualquer erro afetará a instituição em longo prazo. É comum clientes questionarem sobre o percentual correto e a média do mercado de reajuste, mas nossa resposta é sempre a mesma: QUAL É O PERCENTUAL CORRETO PARA SUA REALIDADE? A Lei 9.870/99, que dispõe sobre o valor das anuidades escolares, determina claramente que qualquer reajuste deverá ser acompanhado de uma análise financeira de custos, mais conhecida como planilha de custos. Não ter esta planilha disponível antes da matrícula poderá acarretar em multa por parte de órgãos como o Procon, caso sejam acionados pelos pais de alunos. Mas a orientação não recai apenas sobre a legislação e burocracia, também pretende servir de alerta para a necessidade de administração estratégica do colégio. Imagine a consequência de se reajustar as anuidades abaixo da real necessidade da

escola? O resultado seria um potencial prejuízo ou perda na margem de lucro, e caso ocorra o contrário, se o reajuste for acima, em longo prazo passará a oferecer um serviço abaixo da expectativa das mensalidades. Essa análise da planilha, que leva em conta o custo de folha, despesas, impostos etc., consegue calcular um preço médio ideal, obtendo, portanto, o reajuste necessário e justificável. Com isso é possível identificar possíveis problemas na distribuição da receita, permitindo tomadas de decisões e ajustes nos gastos e investimentos. O período correto de se realizar a planilha é entre os meses de Agosto e Outubro, para cumprir novamente a mesma Lei 9.870/99, que determina que o valor da anualidade seja informado até 45 dias antes do fim do prazo de matrícula. Alan Castro Barbosa é especialista, coordenador de cursos e palestrante na área de gestão de marketing e de serviços para a área escolar. Publica artigos no site da Direcional Escolas (www. direcionalescolas.com.br) e em www.administradores.com.br. Mais informações: alan@bwcontabilidade.com.br

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Renascença um modelo que combina avaliação e planejamento e desencadeia quatro frentes de trabalho: autoavaliação do educador; avaliação institucional pela direção e coordenação, observando-se a prática em sala de aula e o feedback de pais e alunos; avaliação de uma assessoria externa, feita a cada biênio; e o planejamento. Este, por sua vez, vai desde a semana anual de planejamento, em princípios do ano, até os encontros semanais, que acontecem nas noites de segunda-feira, entre coordenadores, orientadores e professores, e que são remunerados. O processo abarca ainda as atividades de um grupo de estudos de professores, remunerados para trabalhar esse planejamento no horário invertido de aula; reuniões quinzenais da direção com a coordenação, os representantes de toda equipe, dos pais e alunos; uma reavaliação geral que acontece em dezembro; e a assembleia de pais promovida em todo mês de setembro, antes do período de rematrícula, quando é apresentado o projeto pedagógico para o ano letivo seguinte. “É trabalhoso, mas ajuda bastante, porque você consegue compor uma avaliação de 360º e reorientar o trabalho, já que nosso foco é sempre melhorar os processos de ensino e aprendizagem dentro da instituição”, finaliza João Carlos Martins.

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DICA: PARCERIAS - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Com ferramentas cada vez mais sofisticadas e rápidas, educadores

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têm que trabalhar duro para melhorar o aproveitamento da tecnologia da informação em sala de aula. Para isso, em primeiro lugar, a escola precisa discernir quais dispositivos e serviços responderão às suas necessidades e objetivos, avalia o professor de História do Ensino Médio do Colégio Joana D’Arc, Rodrigo Abrantes. Responsável pela área de novas tecnologias na escola e pela implantação da rede social Edmodo entre seus educadores, Rodrigo observa que a escolha de parceiros na área depende da infraestrutura da instituição, assim como da forma como esta pretende usar a tecnologia. Feita essa ponderação, parte-se para buscar as parcerias comerciais que viabilizarão o projeto. “Neste ponto, a escola deve ter clareza quanto ao que procura”, recomenda. Para que uma instituição de ensino obtenha sucesso com essas ferramentas, é necessário ter noção dos seus impactos sobre a educação e também sobre a área administrativa. Até mesmo serviços puramente técnicos, como os de infraestrutura de internet, precisam desse cuidado. “Um firewall, por exemplo, não pode engessar o uso de aplicativos que estão sendo implementados na escola”, alerta Abrantes. Entre os aplicativos citados pelo professor, estão aqueles disponibilizados pelo Edmodo, em que os educadores podem personalizar seus recursos, como, por exemplo, criar animações a partir de suas aulas, ou ainda projetar gráficos a partir de

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equações. Existem também os relacionados aos tablets, mas, neste caso, a instituição deve dispor de iPads e/ou iPods Touch para que todos os professores possam introduzir a ferramenta em seus currículos. Porém, se a escola não encara um projeto dessa natureza como um investimento, ocorrem problemas. “Quando a instituição não vê com clareza o retorno que irá obter, acaba tomando decisões erradas, como, por exemplo, usar softwares gratuitos sem considerar sua aplicabilidade”, explica Abrantes. Investir em infraestrutura é importante, mas não é o suficiente. “É preciso que a escola compartilhe com os professores uma visão de como a tecnologia pode auxiliá-los no ensino, oferecendo continuamente momentos de discussão e capacitação tanto no uso técnico das ferramentas como educacional”, afirma Muriel Vieira Rubens, coordenador de Tecnologia Educacional do Colégio Santa Maria, que está entre as instituições que implantaram o Edmodo. “Acredito que a melhor parceria é a interna: entre instituição, professores e uma equipe especializada, que atue como facilitadora no uso da tecnologia educacional”, completa Rubens. Com o objetivo de oferecer oportunidades de capacitação tecnológica, o Colégio Santa Maria realizou a Semana Interna de Tecnologia no mês de abril deste ano. Entre outros assuntos, o evento discutiu a questão da segurança na internet com os pais dos alunos, bem como com os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental. (Por Nicolle Azevedo)

SAIBA MAIS Muriel Vieira Rubens muriel@colsantamaria.com.br

Rodrigo Abrantes rodrigoabrantes@me.com

Na Próxima Edição: Brinquedos Pedagógicos


DICA: UNIFORMES

O CONCEITO DE MODA PARA O VESTUÁRIO ESCOLAR O Projeto de Modernização do Roberto, pois a preocupação com novos

cortes e tecidos estimula o estudante, já que as peças se adaptam melhor ao seu tipo físico. “Os uniformes devem acompanhar o dia do aluno, bem como suas atividades fora do ambiente escolar”, completa. Tanto o diretor do Colégio quanto o empresário acreditam que a obrigatoriedade do uniforme inibe o bullying dentro da escola. “Sem o uniforme, a escola vira um ‘desfile de moda’, mas essa questão pode ser equalizada quando ele é utilizado”, acredita o empresário. “É normal ter alunos com diferenças sociais em qualquer escola, por isso acreditamos no uso obrigatório do uniforme exatamente para neutralizar essa questão”, pontua, por sua vez, Fernando. Por outro lado, o responsável pelo Promovesc observa que a área de uniformes vem acompanhando as tendências da moda, especialmente da infantil, pela “necessidade de confeccionar roupas que encantem as crianças mesmo em seu ambiente de estudo”. “Provavelmente esse é um dos motivos de termos uma aceitação de mais de 95% em relação aos uniformes entre os alunos do Vértice”, concorda Fernando. O coordenador do Promovesc diz que os uniformes escolares são considerados caros, principalmente quando em comparação ao vestuário infantil tradicional. Mas, segundo ele, é preciso lembrar que uniformes têm de ser mais elaborados para garantir maior durabilidade. “Temos um cuidado muito maior para que eles sejam seguros e reforçados”, argumenta Yokomizo. “Além disso, eles vão para a máquina de lavar todos os dias”, finaliza o empresário. (Por Nicolle Azevedo)

SAIBA MAIS Paulo Fernando Koloszuk vertice@colegiovertice.com.br

Roberto Yokomizo marketing@ykz.com.br

Na Próxima Edição: Lousas

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Vestuário Escolar (Promovesc) vem propondo uma grande mudança na maneira de se pensar os uniformes escolares. Iniciado em 2008, surgiu com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor e garantir mais conforto, segurança, tecnologia e facilidade de manutenção, alinhando tudo isso às tendências de moda seguidas pelos estudantes. Quatro anos depois, já é possível observar os resultados da campanha. “Atualmente, procuramos captar o conceito e os valores da escola e traduzir para o uniforme”, explica Roberto Yokomizo, diretor de uma confecção e coordenador do Promovesc. “Nosso foco é o desenvolvimento de novos tecidos e a pesquisa de designs mais modernos”, conta. De acordo com o empresário, muitas instituições de ensino veem a obrigatoriedade do uniforme como um “mal necessário”, mas para Roberto a questão vai muito além disso. “O uniforme pode agregar valor à escola”, opina. “Além disso, é preciso desenvolver peças que levem em consideração não somente o conforto e a praticidade, mas também o estilo pessoal do aluno”, afirma Yokomizo. Há mais de dezoito anos, o Colégio Vértice, localizado na zona Sul de São Paulo, firmou parceria com a empresa do coordenador para suprir as necessidades relacionadas ao vestuário escolar. Mas segundo Paulo Fernando Koloszuk, diretor administrativo da escola, “o Colégio procura escutar sugestões dos alunos e sempre que possível transmiti-las à confecção”. O que é válido, segundo

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DICA: TOLDOS E COBERTURAS

PROTEÇÃO E HARMONIA ENTRE OS AMBIENTES

A preocupação da escola com o bem-estar e a proteção dos alunos é

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constante e, por isso, é contínua a necessidade de melhoria nas instalações. O ideal é que durante a elaboração do projeto da edificação escolar, os toldos e as coberturas já sejam programados. “Porém, em muitos casos isso não acontece, ou porque o prédio não é próprio ou por ser mais antigo”, diz o arquiteto Aquiles Kilaris. Para essas situações, o especialista recomenda um estudo minucioso da insolação e do cruzamento de ventos na área da escola antes da instalação destes equipamentos. “Somente desta forma os toldos e coberturas poderão cumprir sua função de proteger com eficiência os alunos e professores do sol e das chuvas”, aponta Kilaris. Mas, segundo ele, é importante a contratação de um arquiteto, que possa integrar com harmonia a arquitetura da escola aos toldos e coberturas. O profissional deverá elaborar um projeto executivo bem detalhado para o levantamento do orçamento com empresas especializadas. “Com base nisso, o ideal é escolher aquelas com mais tempo de mercado, que ofereçam manutenção e garantia do produto”, explica Kilaris. Na Escola Trilha, localizada no bairro de Santana, zona Norte de São Paulo, a colocação de toldos e coberturas atendeu a uma exigência da Diretoria de Ensino de sua região, afirma a diretora Bruna Gusmão Matheus. O objetivo foi o de facilitar a locomoção de alunos, professores e funcionários

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em dias de chuva. “Como tivemos que acatar a determinação da Diretoria em relação aos locais onde deveriam ser colocados os toldos, procuramos por modelos que não interferissem tanto na fachada”, relata Bruna. O arquiteto Kilaris indica que a melhor maneira de implantar esses componentes externos sem provocar grandes modificações sobre a arquitetura original é trabalhar com cores neutras, tanto nas ferragens como nos acabamentos de lona, vidro aramado ou acrílico. “Assim, estas estruturas não alteram demais a arquitetura já existente”, explica. Para a vice-diretora do Colégio Vicente Pallotti, Joseni Dantas, projetar e planejar cuidadosamente qualquer mudança é o melhor caminho para o sucesso. “Por isso, contamos com as orientações de um arquiteto quando decidimos modificar nossa fachada”, conta a educadora da escola localizada no bairro do Tatuapé, zona Leste de São Paulo. “Queríamos algo que conferisse um ar de modernidade, mas que ao mesmo tempo seguisse o padrão estético da instituição”, completa. No caso, a diretora instalou uma cobertura de policarbonato. Segundo Kilaris, normalmente é possível concluir o processo em 60 dias. Em algumas situações, como o da Escola Trilha, por exemplo, o projeto foi concluído mais rapidamente. “Do pagamento à obra, foram aproximadamente vinte dias úteis para ter tudo pronto”, diz Bruna. Já o Colégio Vicente Pallotti levou seis meses para o término, porque precisou aguardar a finalização de uma grande reforma antes da instalação da nova cobertura. (Por Nicolle Azevedo)

SAIBA MAIS Aquiles Kilaris aquiles@arquitetoaquiles.com.br

Joseni Dantas diretoria.cvp@palotinas.com.br

Bruna Gusmão Matheus escolatrilha@escolatrilha.com.br

Na próxima Edição: Sinalização e Comunicação Visual


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PERFIL DA ESCOLA: COLÉGIO FECAP

ENSINO MÉDIO DE

VANGUARDA Uma das instituições de ensino mais tradicionais do País, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, criada em 1902 e notabilizada pelo ensino técnico e superior, começa a deixar sua história também no Ensino Médio. Por Rosali Figueiredo Fotos Nicolle Azevedo

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os 110 anos de vida e responsável pelo lançamento de cursos técnicos no Brasil, além da graduação em Economia, a Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) continua fazendo vanguarda. Situada no coração do bairro da Liberdade, Centro de São Paulo, reformulou sua proposta de Ensino Médio regular e Técnico, atraindo jovens e adolescentes de todos os quadrantes da Capital. Desde 2008, início das mudanças, o número de alunos cresceu 35%. O novo projeto pedagógico reorganizou o currículo e lançou programas e atividades que visam ao engajamento, à disciplina, responsabilidade e à participação dos estudantes, especialmente através da representação de classe, dos alunos monitores e do recém-criado Grêmio Estudantil. O propósito que permeia “todas as atividades do colégio é ajudar o aluno a encontrar um sentido para estar aqui. Auxiliá-lo a perceber que a experiência do mundo é coletiva e não individual, que não é fruto do acaso, mas uma construção coletiva”, afirma a diretora Tânia Aguiar, à frente das mudanças desde 2008. “Em função de uma demanda so-

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lhor, mas sem ingenuidade e saudosismo”, justifica Tânia Aguiar. Saindo, portanto, do campo comum das “queixas paralisantes”, os gestores do Colégio Fecap introduziram disciplinas, projetos e atividades que pretendem conferir “significação” ao Ensino Médio, “a partir da experiência do aluno”. O FIM À TUTELA

cial, o Ensino Médio é o momento em que se precisa definir uma carreira. Isso coloca à escola uma função de orientação profissional e de preparo para o vestibular, mas não é a única, nem a mais importante. A escola precisa preparar o aluno para todos os desafios, entretanto, o Ensino Médio carece de identidade, está espremido entre a educação básica e o ensino superior”, analisa. As mudanças vieram justamente no sentido de conferir essa identidade ao Colégio Fecap, o que Tânia realiza com desenvoltura, pois é especialista em adolescência, mestre e doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, com aperfeiçoamento pela Universidade Paris 3. Ex-professora, Tânia está há dez anos trabalhando como diretora de escolas e lançou a obra “Educação, Mito e Ficção” (Cengage Learning, 2010), em coautoria com Luiz Guilherme Brom. “O conceito da adolescência como um ser problemático é uma construção histórica, queixam-se dos jovens como se fossem seres extraterrestres e não fizessem parte do mundo. E um dos grandes papéis da escola é proporcionar instrumentos para esse jovem se posicionar criticamente neste mundo que está aí, buscando mudanças para me-

Entre as mudanças, entrou a própria maneira de “abordar o conteúdo, agora no sentido da formação e não de informação”. As atividades convergem sempre ao propósito de desafiar os estudantes a se posicionar e participar, “a sair da posição de tutelado”. Introduziu-se a disciplina intracurricular de Orientação Profissional (OPE), espaço-chave para situar o aluno no contexto do Ensino Médio. No 1º ano da matéria, por exemplo, o foco é trabalhar sua posição em relação ao mundo, à escola e ao próprio EM; no 2º ele precisa desenvolver “um projeto próprio de vida”; e, no, 3º recebe apoio e orientação para a escolha profissional. Existe ainda a atuação de um Grupo de Apoio Psicopedagógico, e mais:


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- A atuação do Grêmio Estudantil, implantado há dois anos; - Além de avaliações periódicas de todo grupo. “É um trabalho de mobilização e envolvimento de toda a comunidade

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- Aulas de aplicação prática, como mecatrônica (e robótica); - A estrutura de curso da Cultura Inglesa incorporada à matriz curricular obrigatória; - Feira Anual de profissões;

- Cursos livres no período invertido, em que os próprios estudantes escolhem os temas, como Fotografia, Cinema, Teatro, Gastronomia, Música e Filosofia; - Escola de Esportes; - Atividade de auxílio voluntário dos alunos aos seus colegas com dificuldades, supervisionada pelos professores das respectivas áreas do conhecimento; - Reforço constante de Português e Matemática; - Um Conselho de Escola atuante; - Salas de aula com representação de alunos, os quais são ouvidos antes da definição do calendário de provas e eventos;

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PErFiL DA ESCoLA: CoLÉGio FECAP escolar”, comenta Tânia, observando, por exemplo, que os professores, bem qualificados e remunerados, são constantemente desafiados a associar os conteúdos à experiência dos alunos. 50% de sua equipe cursam ou já concluíram o mestrado, afirma a diretora. “Os demais têm especialização, não há mais em nosso quadro professores apenas graduados.” Os docentes participam de avaliação trimestral, processo que também envolve o administrativo e do qual participam os alunos. A cada ano, uma consultoria externa realiza avaliação institucional, incluindo pesquisas com os pais. São instrumentos, segundo Tânia, que permitem à gestão escolar “refletir, quantificar e orientar o seu trabalho”. A meta do Colégio Fecap é crescer um pouco mais, mas não ultrapassar o número de 600 alunos, “mais viável para continuarmos trabalhando dessa forma”. Ou seja, em um formato de gestão participativa, mas que não abre mão de atingir os propósitos estabelecidos, o que inclui procedimentos como enviar a cada pai, diariamente e via email, toda ocorrência relacionada a atraso ou não entrega de trabalho por parte de seu filho.

A ESCOLA Localização: Bairro da Liberdade (Centro de São Paulo) Ciclos escolares: Ensino Médio Regular e Ensino Médio Técnico (Administração, Hospedagem, Informática, Meio Ambiente, Programação de Jogos Digitais e Publicidade) Regime de aula: semi-integral para o ensino regular e integral para quem cursa concomitantemente o Técnico (cobrado a parte). No período da tarde são também oferecidos cursos livres e gratuitos (Filosofia, Fotografia, Cinema etc.), além da Escola de Esportes. Para os alunos do 3º ano, é disponibilizado ainda, no período da tarde, cursinho pré-vestibular gratuito No de alunos: 507 Equipe: 63 professores e 01 psicopedagogo Equipe gestora: Diretor, duas coordenadoras e duas orientadoras educacionais. Também há um coordenador do Projeto Universidade, curso preparatório para o vestibular Equipe de apoio: 2 auxiliares de direção, 1 técnico de laboratório e 1 auxiliar de coordenação

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Anuidades: entre R$ 11.550,00 (Ensino Médio Convencional e Técnico em Administração e Meio Ambiente) e R$ 12.800,00 (demais cursos técnicos)

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Instalações: 15 salas de aula. São utilizados laboratórios de Informática da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, que atendem tanto às necessidades dos cursos de graduação quanto do colégio (além da ampla biblioteca, auditórios, cantinas, quadras de esportes, livraria e pátios). Os laboratórios de Química e Física são de uso exclusivo do colégio. O prédio está localizado na Avenida Liberdade, 532, entre as estações São Joaquim e Liberdade do Metrô, e tem anexo o Teatro Fecap (com programação voltada à Música Popular Brasileira). SAIBA MAIS tÂnIA AguIAr tania.aguiar@fecap.br


FIQUE DE OLHO: SOFTWARES DE GESTÃO E ASSESSORIA CONTÁBIL

Por Nicolle Azevedo A busca de controle, eficiência, maior lucro, aumento do faturamento e do número de clientes está diretamente relacionada a uma gestão eficiente e organizada. Os softwares de gestão e assessoria contábil têm a função de agilizar e sistematizar a coleta de dados e informações com o objetivo de tornar a tarefa de gerenciamento mais simples e prazerosa. Este Fique de Olho apresenta organizações que comercializam e dão suporte a ferramentas que ajudam na organização da gestão escolar. Confira.

Fale com a BW Contabilidade: 11 3554-2960 www.bwcontabilidade.com.br alan@bwcontabilidade.com.br

Observando tendências internacionais e a necessidade de o mercado contar com serviços de automação para o segmento de cantinas escolares, surgiu a MyMeal Soluções Empresariais, organização que disponibiliza gratuitamente um software para a automa-

Fale com a MyMeal: 11 4329-2229 11 4329-2228 www.mymeal.com.br contato@mymeal.com.br

A Prima Informática desenvolve e oferece softwares para a gestão dos mais diversos tipos de instituições de ensino e também presta serviços de implantação e suporte ao uso dos sistemas. “Nosso principal produto é o SophiA Gestão Escolar, que se destina a escolas de Ensino Fundamental, Médio e Técnico, abrangendo toda a área financeira e acadêmica”, pontua Walter Saliba, sócio-diretor da Prima. Nos próximos meses, o objetivo é disponibilizar novos recursos para fortalecer a comunicação e a integração da escola com a comunidade de alunos, pais e professores através da internet. De acordo com Saliba, os administradores escolares estão se conscientizando da necessidade de uma boa gestão de dados, o que tem gerado aumento na demanda por sistemas mais completos e sofisticados,

bem como um suporte técnico capacitado. A companhia atende em todo o Brasil. Fale com a Prima Informática: 0800-557074 www.primasoft.com.br vendas@prima.com.br

Desde 1999 atuando no mercado com o SisAlu – Sistemas de Gestão Escolar, a empresa Sisalu possui uma equipe treinada para entender às necessidades das instituições de ensino com o objetivo de criar soluções rápidas e de qualidade. “É fundamental que o sistema de gestão evolua e se adapte às necessidades do cliente”, diz Marcos Leandro Pereda, dono da companhia. O SisAlu é uma ferramenta composta por módulos integrados, que evita a duplicidade de informações e inconsistência de dados. “Somos umas das poucas empresas que tem uma solução desktop que funciona integrada com uma plataforma web também”, conta o proprietário da empresa. A Sisalu atende em todo Brasil, porém, suas equipes de vendas e de suporte atuam a partir de São Paulo, “via internet, através do Skype e do TeamViewer Corporate”, finaliza Pereda. Fale com a SisAlu: 11 5572-9737 www.sisalu.com.br info@sisalu.com.br

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A BW Contabilidade iniciou suas atividades em 1989, mas foi no ano de 1994 que se tornou especializada na área educacional. A empresa oferece serviços nas áreas fiscal e contábil, além de consultorias de análise financeira e para formação de preços das mensalidades escolares. “É fundamental essa base de dados organizada para todos os efeitos fiscais, pedagógicos e financeiros”, avalia Antonio Carlos Barbosa, fundador e contador da companhia. De acordo com o empresário, o foco da BW Contabilidade é o relacionamento pessoal e aberto com o cliente. “Por isso, procuramos inovar junto a nossa mão de obra e também oferecemos cursos para sanar eventuais dúvidas”, explica. Atualmente, a empresa atende em um raio de 100 km da Capital paulista, com possibilidades de agregar novas regiões.

ção do ponto de venda e que facilita o pagamento dos consumidores, através de cartões pré-carregados. “Nosso objetivo é otimizar e facilitar o dia a dia dos gestores, sem aumentar os custos”, resume Guilherme Teixeira, um dos proprietários da companhia. Entre as novidades para o próximo ano estão os cartões com layouts personalizados e o autoatendimento, ferramenta que promete facilitar ainda mais o atendimento nas cantinas cadastradas. A empresa atende em toda região Sul e Sudeste do Brasil. Para as demais regiões, é possível implantar o serviço se o contrato incluir no mínimo cinco escolas.

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ACESSÓRIOS, ALAMBRADOS, ANIMAÇÃO, brinquedos educativos

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Direcional Escolas, Setembro 12

ASSESSORIA CONTテ。IL, BEBEDOUROS, BRINDES

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CENOTECNIA, COPIADORA, GESTÃO, GRÁFICA, INFORMÁTICA

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LABORATÓRIO, MÁQUINAS MULTIFUNCIONAIS, MÓVEIS

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LOUSAS, PISOS, PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, QUADRAS, RADIOCOMUNICAÇÃO

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PINTURA, PLAYGROUNDS, PROTETOR DE COLUNA, SISTEMAS DE SEGURANÇA

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SOFTWARE, TERCEIRIZAÇÃO, TOLDOS

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