Direcional Escolas

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EDITORIAL

EDITORA Rosali Figueiredo PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Diretores e Compradores PERIODICIDADE MENSAL exceto Junho / Julho Dezembro / Janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares JORNALISTA RESPONSÁVEL Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com REPORTAGEM Tainá Damaceno CIRCULAÇÃO Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais DIREÇÃO DE ARTE Jonas Coronado ASSISTENTE DE ARTE Sergio Willian GERENTE COMERCIAL Alex Santos alex@grupodirecional.com.br DEPARTAMENTO COMERCIAL Alexandre Mendes Paula De Pierro ATENDIMENTO AO CLIENTE Claudiney Fernandes Emilly Tabuço João Carlos Marconi Juliana Jordão Grillo IMPRESSÃO Prol Gráfica

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Mesmo que tenha sido incorporado pelas bandeiras libertárias e igualitárias dos pensadores dos Sécs. XVIII e XIX, e pelas mobilizações políticas durante todo Séc. XX, o combate às diferenças sociais, econômicas e culturais entre as nações ainda encontra longo percurso neste Séc. XXI. O Brasil é pródigo no lançamento de indicadores, dispõe de um aparato bem organizado para levantar o diagnóstico da condição de seu povo, mas a cada novo estudo divulgado, revela que tem avançado pouco nos direitos dos cidadãos, especialmente na área da educação. Isso o distancia não apenas dos países mais desenvolvidos como de outros do terceiro mundo, basta lembrar o desempenho pífio nas avaliações do Pisa. E cria fossos intransponíveis entre seus próprios cidadãos, submetidos a condições bem desiguais de escolarização. Segundo nossa Constituição Federal, a educação representa um dos direitos sociais inalienáveis dos brasileiros (Art. 6º). Como “direito de todos e dever do Estado e da família”, ela deve proporcionar “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art. 205). No entanto, justamente no momento em que o jovem começa a fazer sua transição para o mercado profissional, ele abandona a escola ou apresenta a maior proporção de atraso do desenvolvimento escolar. É o que apontam os dados consolidados pelo Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013, lançado pelo movimento Todos Pela Educação. A evasão no Ensino Médio chega a 22,5%, a exclusão atinge a 1,6 milhão de brasileiros entre 15 e 17 anos e o atraso ultrapassa 30%, conforme revela texto da página 24 desta edição. Já os dados mais recentes sobre o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), corpo estatístico baseado no Censo IBGE de 2010 e sistematizado no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), revelam 47,8% de melhora na renda, longevidade (saúde) e educação nos últimos 20 anos no País. Mas ao se olhar o quesito qualidade da educação, o otimismo cede espaço à apreensão. Pois se houve acréscimo de 128% no IDHM Educação nas duas últimas décadas, o grande salto foi incapaz de lhe colocar num patamar satisfatório, já que ela saiu de um índice baixíssimo – de 0,279 em 1991 para 0,637 em 2010 (contra 0,816 de longevidade e 0,739 de renda). O IDHM geral foi de 0,727. Em outras palavras, a evolução da Educação não consegue acompanhar os demais indicadores, acentuando seu déficit e atraso, principalmente quando se vê outros países num estágio mais elevado de discussão e definição de programas. É o caso da Inglaterra, que introduzirá o ensino de programação no currículo das escolas primárias e secundárias já a partir do próximo mês de setembro, quando inicia o ano letivo naquele país. A decisão foi tomada após a realização de uma consulta pública. Enquanto isso, o Brasil sequer conseguiu aprovar o Plano Nacional de Educação para o biênio 2011-2020, cuja votação aguarda há dois anos no Congresso. O atraso dita a vida do Estado brasileiro e de suas instituições. De outro modo, a sociedade contemporânea se distancia, imersa no Séc. XXI e em suas inovações, como o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação. Isso exige a constituição de um novo ecossistema de aprendizagem, o que no Brasil tem acontecido predominantemente nas escolas privadas, a despeito de alguns projetos governamentais para a área pública. Em nossa Conversa com o Gestor, nas páginas 14 a 17 desta edição, mostramos, por exemplo, como o Centro Educacional Pioneiro e o Colégio Dante Alighieri, ambos de São Paulo, avançaram nesse campo, encarando os desafios e mobilizando educadores, alunos, pais e funcionários para aprender a atuar no novo ambiente. Ao se visitar essas instituições, fica a sensação de que as diferenças expressas nos indicadores nacionais são ainda mais graves quando confrontadas com a prática diária do ensino e aprendizagem, já que atraso e evasão não pertencem ao mundo dessas escolas. Pelo contrário, elas são contemporâneas ao tempo que vivem. Mas atraso e evasão ainda se encontram lamentavelmente presentes na paisagem geral da educação brasileira. Uma boa leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora

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Direcional Escolas, Agosto 2013

Caro leitor,

DIRETORES Sônia Inakake Almir C. Almeida

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SUMÁRIO

08 CAMPANHA DE MATRÍCULA E REMATRÍCULA ESTRATÉGIAS DEVEM INCORPORAR MARKETING DIGITAL Christian Rocha Coelho aborda nesta edição que estratégias adotar no período de alta sazonalidade das escolas. Segundo ele, o retorno das férias de julho deve ser aproveitado para se desenhar as ações a serem lançadas até setembro para matrícula e rematrícula, entre elas, o uso das mídias digitais.

10 COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO PROFESSOR CONTRIBUI PARA RESULTADO POSITIVO NA REMATRÍCULA Aqui o consultor Christian Rocha Coelho analisa em sua coluna mensal o papel do professor na campanha de matrícula e rematrícula, lembrando que “boa postura, didática, relação interpessoal e assiduidade” conferem qualidade aos serviços educacionais, fator relevante para a permanência dos alunos.

14 CONVERSA COM O GESTOR: CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO COM SINAL ABERTO, ESCOLA TRABALHA USO SEGURO DA INTERNET O Centro Educacional Pioneiro, escola da zona Sul de São Paulo, desenvolve projeto de vanguarda em tecnologia digital, liberando, por exemplo, o uso de celulares e tablets nas aulas do Ensino Médio. Mas, para isso, é preciso desenvolver um ambiente de responsabilidades compartilhadas, conforme revelam, em entrevista, a diretora geral Irma Hiray, o supervisor pedagógico Fernando Kawahara, e a especialista em Tecnologia Educacional (TE), Débora Sebriam.

17 CONVERSA COM O GESTOR: COLÉGIO DANTE ALIGHIERI INVESTIMENTO NA CULTURA DE APROPRIAÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL Também o centenário Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, trabalha a cultura de apropriação dos recursos digitais por toda sua comunidade, incluindo o uso seguro da internet. Não à toa, segundo Valdenice Minatel, coordenadora de TE da instituição, tablets, notebooks, robótica, lousas digitais e o uso da rede já estão incorporados à prática docente diária da escola.

CONFIRA AINDA

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DICAS: 11 GRÁFICA – MATERIAIS PROMOCIONAIS 12 MÓVEIS ESCOLARES - REFEITÓRIOS 18 HIGIENE BUCAL

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FIQUE DE OLHO: 21 SOFTWARES DE GESTÃO, ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL EM PAUTA: 24 TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO


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WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR NO SITE DA DIRECIONAL ESCOLAS, VOCÊ ENCONTRA GRANDE ACERVO DE INFORMAÇÕES E SERVIÇOS QUE O AUXILIAM NA GESTÃO ADMINISTRATIVA, PEDAGÓGICA E DA SUA EQUIPE DE COLABORADORES. ACESSE E CONFIRA. O USO DA WEB E DAS PLATAFORMAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO DUAS INSTITUIÇÕES CONECTADAS AO MUNDO DIGITAL Acompanhe no link da Edição 90 da Direcional Escolas um pouco mais das experiências do Colégio Dante Alighieri no ambiente digital, cujos recursos vêm sendo paulatinamente incorporados ao currículo escolar. Também em São Paulo, o Grupo Weducation (controlador do Colégio Internacional Ítalo Brasileiro, Radial e Mater Dei, entre outros), promove incursões nesse novo ecossistema de aprendizagem. GUIA DE FORNECEDORES Com dezenas de itens de segmentos diversos, de acessibilidade a acessórios e viagens, passando por eventos, entretenimento, idiomas, manutenção, papelaria, pinturas, pisos, playgrounds etc., o site da Direcional Escolas disponibiliza ao internauta um valioso cadastro de fornecedores. Confira no link http://www.direcionalescolas.com.br/anunciantes/fornecedores.

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COLUNISTAS AS ESCOLAS E SUA TRANSIÇÃO PARA O FUTURO Dois colaboradores do site da Direcional Escolas, os professores João Luiz Muzinatti (www.direcionalescolas.com. br/prof-joao-luiz-muzinatti) e Rodrigo Abrantes (www.direcionalescolas.com.br/rodrigo-abrantes) abordam, em artigos recentes, como transformar as escolas em espaços de aprendizagem contemporâneos ao mundo atual. No primeiro caso, João Luiz toma como ponto de partida um filme sobre a filósofa Hannah Arendt, para refletir sobre a maneira como as escolas contribuem para a construção de uma cultura de posturas e atitudes, em geral massificadas e conformistas, o que está na hora de mudar. Já o Prof. Rodrigo Abrantes fala sobre a Revolução Digital, que “transformou as formas de trabalho e a organização das empresas; as maneiras de se ler e o mercado editorial; os modos de se ouvir música e o mercado fonográfico”, e que inevitavelmente terá que ser absorvida pelas escolas.

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Arte: Christian Rocha Coelho

GESTÃO: CAMPANHA DE MATRÍCULA E REMATRÍCULA

COMO SE PREPARAR PARA OS DESAFIOS DA ALTA SAZONALIDADE Por Christian Rocha Coelho

O Direcional Escolas, Agosto 2013

período que compreende os meses de setembro a março representa uma época de instabilidade para as instituições de ensino, pois é quando aumenta a procura, bem como a entrada e saída de alunos. Nesse período é necessária a implantação de estratégias de gestão de impacto, como as rematrículas e a campanha de propaganda e marketing.

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tenham foco em mudanças, desfazendo-se da ideia de transferi-los de escola e ficando com a sensação de missão cumprida o mais rápido possível.

PONTO DE PARTIDA: REMATRÍCULAS ANTECIPADAS

* Imagem seletiva é o foco da pessoa para uma determinada zona de interesse. Exemplo: quando trocamos a marca de automóvel e começamos a ver a mesma marca várias vezes ao dia, temos a sensação de que todo mundo comprou o mesmo carro. A partir do momento que o interesse é saciado, a imagem seletiva desaparece, tornando a propaganda invisível.

Após o retorno das férias de julho, dependendo do nível de satisfação, as famílias começam a pensar na permanência ou não dos seus filhos na escola. Nesse momento, estarão com a imagem seletiva*, sensível a tudo o que diz respeito a estabelecimentos de ensino. Portanto, a instituição deve lançar a campanha de rematrículas até setembro, para fazer com que não

Para estimular os pais a anteciparem as rematrículas, as escolas devem propor benefícios como um maior parcelamento e descontos na primeira parcela da anuidade. Os que mais recomendamos são: • Divisão da anuidade em 13 parcelas; • Proposta do pagamento da primeira parcela em setembro; • Estímulo para que os pais antecipem a rema-

trícula, dividindo a primeira parcela em quatro vezes (pagamento em setembro, outubro, novembro e dezembro) e dando um desconto de 20% sobre o valor (somente da primeira parcela); • Envio de um kit de rematrícula; • Finalização do processo com o Face to Face; • Política especial para os alunos do 9º ano. A seguir, detalharemos cada um deles: KIT REMATRÍCULA O envio pelo correio de um kit, contendo todas as informações e documentos para que os pais efetuem a renovação da matrícula do filho, é a melhor maneira de a escola demonstrar sua preocupação com a comodidade de seus clientes. Em um envelope timbrado, o estabelecimento de ensino deverá enviar todos os documentos, enfatizar o trabalho pedagógico e promocional, além de agregar valor com o material de empresas parceiras.


GESTÃO: CAMPANHA DE MATRÍCULA E REMATRÍCULA

Manter um aluno hoje em dia é uma tarefa tão difícil quanto matricular os novos. Todas as famílias que não efetivarem a rematrícula após a data final estipulada deverão receber uma ligação da escola, com o objetivo de agendar reuniões. É importante ressaltar que não é interessante negociar ou esclarecer eventuais dúvidas por telefone. Os agendamentos deverão ser marcados de acordo com as respostas obtidas nos telefonemas. Problemas financeiros serão encaminhados ao responsável pela tesouraria ou direção, e demais reclamações e insatisfações à coordenação pedagógica. E não se esqueça: escutar o cliente é a melhor forma de aprimorar a prestação de serviços da escola e entrar em sintonia com os anseios das famílias e dos alunos. CAMPANHA DE PROPAGANDA E DE MARKETING DIGITAL INTEGRADA Nos últimos anos, a grande mudança ocorrida na área da comunicação é a utilização cada vez mais frequente das ferramentas da internet na realização de compras, pagamentos e pesquisas online. O Marketing Digital é o uso das estratégias de marketing aplicadas à Internet para atingir determinados objetivos de uma pessoa ou organização. As instituições de ensino não podem ficar de fora dessa mudança de comportamento. Para isso é fundamental ter um site eficiente e atualizado e utilizar o e-mail marketing e as redes sociais. Uma campanha de propaganda e marketing digital integrada consiste em, por meio de etapas predeterminadas, utilizar ações de propaganda e marketing virtual concomitantes para que o efeito seja potencializado. Devido ao excesso de informações que bombardeiam os nossos órgãos sensoriais diariamente, devemos atingir os clientes várias vezes e de diversas formas para que as ações obtenham um efeito de “start” eficiente. Para tanto, a instituição de ensino deve preparar um Planejamento de Mídia eficaz, que consiste em fazer com que o futuro cliente (prospect) receba várias informações da instituição durante os

meses de alta sazonalidade (setembro a março). A eficácia de uma mídia pode variar de acordo com a localização da escola, o público-alvo e a época do ano. Portanto, quanto mais diversificada for a estratégia, maior será o interesse. Para que a campanha de propaganda e marketing digital integrada aconteça é necessária a criação e o desenvolvimento das peças de divulgação próprias para cada ação. O conjunto dos melhores meios, veículos, formatos e distribuição das peças são conhecidos como Plano de Mídia, conforme algumas estratégias que serão enumeradas a seguir: PLANO DE MÍDIA DE MARKETING DIGITAL • E-mail Marketing - Disparar e-mails para todos os prospects e ex-alunos; • Redes Sociais - As redes sociais estão no auge, elas são um canal direto com os alunos, familiares, ex-alunos e pessoas interessadas. Através delas é possível divulgar, tirar dúvidas e demonstrar os diferenciais da instituição. Se você pretende estar nas redes sociais, é importante que desde a criação do seu perfil, um profissional seja responsável para cuidar da sua página; • Sites - Otimizar o endereço eletrônico é uma forma muito eficiente de divulgação e facilidade em atender clientes, futuros clientes e pesquisadores interessados em encontrar assuntos relacionados à instituição. Isso eleva a procura, a marca fica mais conhecida e os negócios fluem com maior velocidade; • QR Code - O QR Code consiste em um gráfico 2D de uma caixa em preto e branco, que contém informações preestabelecidas, como textos, páginas da internet, SMS ou números de telefone. Este conteúdo poderá ser lido por meio de aparelhos específicos para este tipo de código ou de aplicativos instalados em celulares. Neste caso, a câmera do aparelho é usada para fazer a leitura do código. No caso das escolas, o QR Code poderá ser usado em todas as peças das campanhas como folhetos, anúncios e banners de fachada. Uma das vantagens do QR Code é que ele dispensa a necessidade de se digitar endereços da web, tarefa não muito fácil em muitos celulares. Exemplo de QR Code: Claro que os professores também são peças-chaves nesse processo, assunto que abordamos na Coluna Gestão de Impacto, na página 10 desta edição.

SAIBA MAIS CHRISTIAN ROCHA COELHO www.rabbitmkt.com.br/ rabbit@rabbitmkt.com.br

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FACE TO FACE (Agendamentos para encontros presenciais)

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COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO

A IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES NA REMATRÍCULA Por Christian Rocha Coelho

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comportamento dos professores é fator preponderante para o bom resultado das rematrículas. Eles tanto podem influenciar de forma positiva quanto podem contribuir para o aumento da evasão, pois as rematrículas acontecem justamente no final do ano, época em que eles estão mais cansados e estressados. Na reunião de planejamento pedagógico do segundo semestre, o coordenador deve apresentar as estratégias de rematrículas para o corpo docente. Traçar metas concretas, apresentar os critérios da meritocracia e, principalmente, deixar clara a importância de manter, em uma época de instabilidade, a qualidade dos serviços educacionais através de uma boa postura, didática, relação interpessoal e assiduidade. Também é de responsabilidade do líder promover as rematrículas através dos canais naturais de comunicação da escola: a coordenação deve divulgar a rematrícula nas salas de aula e apresentar o resultado da meritocracia nas reuniões de monitoramento para o corpo docente. No período de rematrículas, no qual o corpo docente é pressionado a bater metas e atingir resultados concretos, é aconselhável introduzir ações motivacionais extrínsecas como o exemplo:

os professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, a premiação será por classe, premiando o professor e o auxiliar. Os professores aulistas do Ensino Fundamental II e Médio poderão ser premiados, caso todo o segmento atinja o percentual de rematrículas estipulado ou por sorteio de professores responsáveis para cada classe. Para aumentar a motivação e a competitividade, um painel poderá ser colocado na sala dos professores e apresentado nas reuniões de monitoramento. As premiações não podem ter um valor inferior a 30% do salário dos professores e deverão ser entregues ao final do processo, não ultrapassando o período de dois meses.

MONITORAMENTO DO DESEMPENHO DO PROFESSOR

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ESTRATÉGIAS DE MERITOCRACIA PARA PROFESSORES

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Estipule uma data limite para o professorado atingir 75% de alunos rematriculados. Para

Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comunicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Partnership. Mais informações: (11) 3862.2905 / www.rabbitmkt.com.br / rabbit@rabbitmkt.com.br


DICA: GRÁFICA – MATERIAIS PROMOCIONAIS

UPGRADE

UM NA IMAGEM INSTITUCIONAL

zona Sul de São Paulo, costuma recorrer a itens promocionais diferenciados para fixar e divulgar a marca. “Com o intuito de que a marca seja percebida positivamente e o Colégio seja sempre lembrado, nos preocupamos em oferecer brindes úteis no dia a dia, de uso frequente”, como cadernos personalizados, comenta a coordenadora de marketing da escola, Cinara de Souza. Para a campanha de matrícula deste ano, o Elvira Brandão irá recorrer aos kits escolares, compostos por estojo, caneta, lápis e folders contendo informações pedagógicas e institucionais do Colégio.

COMO SE ORGANIZAR Os empresários da área aconselham os gestores a planejarem sua campanha de matrícula e rematrícula com antecedência, e a enviarem o briefing para a gráfica até o final deste mês de agosto. É o período ideal para que elas possam criar, executar, e ainda fazer os ajustes conforme as necessidades do cliente, para entregar os materiais promocionais a tempo. Para as peças direcionadas ao público interno, a coordenadora de marketing do Elvira Brandão salienta a importância de adequá-las à faixa etária e gênero a que se destinam, e também sugere às instituições estilizar os materiais promocionais com conteúdos que reforcem valores sociais trabalhados com os alunos no cotidiano, como, por exemplo, o respeito à natureza e o não consumismo. (Por Tainá Damaceno)

SAIBA MAIS CINARA DE SOUZA marketing@elvirabrandao.com.br

Na Próxima Edição: Gráfica - Agenda

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três meses da turbulência do fim do ano letivo, as escolas devem começar a se planejar para colocar em prática a campanha de matrícula e rematrícula de 2014. É nesse planejamento que surge o desafio: como se destacar entre as concorrentes e conquistar a atenção de pais e alunos num período que naturalmente tende a reavaliações e mudanças? O mercado gráfico oferece uma gama variada de materiais promocionais para a escola divulgar e fortalecer a imagem e seus valores institucionais frente aos visitantes e ao público interno. Além dos impressos mais comuns, como folders, folhetos, pastas e cartões de visita, as gráficas têm recebido uma demanda considerável por blocos de recados, calendários de mesas, marcadores de página, camisetas, porta-retratos, réguas, canecas e agendas. E com a tecnologia digital, a tendência é a personalização. “Hoje os materiais podem ser desenvolvidos de maneira ágil e conforme as necessidades exclusivas dos clientes. Não há limite para customizar qualquer tipo de material”, explica um empresário tradicional do segmento gráfico. Ele destaca a possibilidade de imprimir uma foto do aluno tanto numa mochila quanto em um nécessaire. Para cativar visitantes e fidelizar o público interno, instituições aproveitam tamanha diversidade de recursos disponíveis no mercado gráfico e apostam na criatividade. O Colégio Elvira Brandão, situado em Santo Amaro,

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DICA: MÓVEIS ESCOLARES - REFEITÓRIOS

SOLUÇÕES DE CONFORTO, SÁUDE E BEM-ESTAR

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momento da refeição da criança deve ser um dos mais agradáveis na escola, para que ela o associe a uma atividade prazerosa em um ambiente confortável. O mercado de mobiliário escolar está atento a essa necessidade e oferece soluções variadas para refeitórios, com inúmeras cores, formatos, tamanhos e matérias-primas. São mesas, cadeiras, móveis de apoio para servir, cadeirinhas exclusivas, balcão de atendimento, bancos, banquetas etc. Apesar de inexistir norma específica para a fabricação de móveis de refeitórios, muitas empresas se baseiam na NBR 14.006/2003 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que trata de mobiliário escolar geral. A fim de garantir qualidade e maior segurança, algumas vão além dessa referência e adotam normas internacionais (como a ISO / International Organization for Standardization), caso de um fabricante tradicional do setor. Mas tão importante quanto a qualidade e segurança do móvel, a escolha certa dos tamanhos e modelos das peças do mobiliário, bem como o modo como são organizadas no refeitório, é o que faz toda a diferença no que diz respeito ao prazer, conforto e também à saúde dos usuários no momento da refeição. Com a coluna ainda em processo de adaptação e desenvolvimento, as crianças merecem cuidados para “evitar posturas inadequadas”, alerta Daniela Balsadi, fisioterapeuta especia-

lista em ergonomia, saúde e segurança do trabalho. Para o bem-estar dos alunos durante as refeições, Balsadi recomenda ao gestor que “o tamanho e o modelo das peças sejam adequados para cada nível de escolaridade, considerando-se a faixa etária e a estatura média dos usuários”. A fisioterapeuta recomenda, por exemplo, cadeiras com encosto tóraco-lombar (na altura da região do tórax e da lombar), além de assentos que evitem o “pinçamento” (dor) do nervo ciático na região posterior da coxa. Além disso, acrescenta, “deve-se descartar as mesas muito baixas e com ‘quina viva’ [com aresta saliente], a fim de impedir a compressão do nervo ulnar das crianças” [este nervo compõe o conjunto de ramificações que partem da medula espinhal para os membros superiores].

OPÇÕES DE MERCADO Nessa perspectiva, um representante da indústria sugere, para a Educação Infantil, mesas e cadeiras com encosto e acabamento arredondado,


DICA: MÓVEIS ESCOLARES - REFEITÓRIOS “porque propiciam praticidade, estabilidade e segurança aos usuários”. Já para o Ensino Fundamental e Médio, “as cadeiras podem ser substituídas pelos bancos sem encosto, pois eles ajudam a manter a coluna do usuário ereta, são economicamente mais vantajosos e também mantêm o ambiente mais organizado”, acrescenta. Assim, o ideal é que as instituições ofereçam um refeitório com mais de um ambiente e móveis diferenciados. Por exemplo, o Colégio Objetivo Indaiatuba, no Interior de São Paulo, possui quatro espaços destinados às refeições dos alunos: “um deles está estruturado para acomodar a Educação Infantil; há também um refeitório principal subdividido em dois ambientes, um para alunos do Fundamental I e outro para o II; e um terceiro espaço, com clima de lounge, para o Ensino Médio”, explica Loide Rosa, mantenedora do Colégio. No refeitório da Educação Infantil, cada conjunto de mesa e cadeiras acomoda seis crianças e, nos ambientes do Ensino Fundamental, as peças estão montadas para grupo de quatro alunos. “Os refeitórios, assim divididos, visam ao bem-estar dos estudantes, para que eles se sintam acolhidos e mais à vontade no momen-

to da sua refeição”, diz a mantenedora. No caso de escolas que possuem espaço insuficiente para acoplar mais de um refeitório, a gerente comercial de outro fabricante do segmento sugere ter no mínimo dois perfis diferentes de mobiliário. Até seis anos, ela indica conjuntos de mesas e cadeiras com apoio; para os maiores, mesas com bancos. É o caso do Colégio Batista da Penha, cujo espaço não permite ter um refeitório com ambientes diferenciados, mas os horários dos intervalos são intercalados de acordo com a faixa etária, de modo a poder acomodar todos com conforto. “O mobiliário para os adolescentes é composto por mesas quadradas de mármore e cadeiras de plásticos. Já os alunos mais novos se acomodam em mesas compridas com bancos mais baixos”, detalha Mário Jorge Castelani, diretor geral do Colégio, localizado na zona Leste de São Paulo. Independente do tamanho do refeitório, é importante ter ainda, ressalta, por sua vez, Loide Rosa, “peças seguras e resistentes, que não quebrem com facilidade, a fim de evitar, principalmente, acidentes, pois nesse quesito a escola é responsável pelos alunos”. A durabilidade, segurança e o conforto do mobiliário estão atrelados a sua conservação, ou seja, manutenção e higienização. Para isso, torna-se fundamental contar com fornecedores que proporcionem bom serviço de pós-venda, bem como garantia e assistência técnica provida de eventuais acessórios e aparatos necessários à manutenção, segundo recomendam os representantes da indústria entrevistados pela reportagem. (Por Tainá Damaceno)

DANIELA BALSADI danibalsadi@yahoo.com.br

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LOIDE ROSA contato@objetivoindaiatuba.com.br

Na Próxima Edição: Móveis Escolares - Administrativos e armários para alunos

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SAIBA MAIS

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CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO – CONVERSA COM O GESTOR / USO SEGURO DA INTERNET

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EDUCAÇÃO EM UM NOVO

ECOSSISTEMA DE APRENDIZAGEM Pesquisa lançada em 2012 revela que a escola é o local em que as crianças e adolescentes mais acessem a internet depois de suas casas. E que 68% dos pais acham pouco ou nada provável que a internet lhes ofereça algum tipo de risco. Não é o caso do Pioneiro, que trabalha para garantir uma relação aberta, mas segura e produtiva, de alunos e professores com os recursos tecnológicos digitais.

Acima na foto, à esq., o supervisor pedagógico Fernando I. Kawahara; ao centro, a diretora geral Irma A. Hiray; e, à direita, Débora Sebriam, do Projeto Internet Segura.

Por Rosali Figueiredo

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Centro Educacional Pioneiro, localizado na zona Sul de São Paulo, investe há mais de uma década em sua equipe pedagógica para entender o funcionamento dos recursos tecnológicos de informação e comunicação, de forma a introduzi-los no ecossistema de aprendizagem. Do uso de softwares pagos ou livres, em disciplinas como Matemática e Geografia, por exemplo, à pesquisa na internet, edição de livros impressos, digitais e animados, passando pela produção de vídeos, a instituição cria oportunidades de estudos até mesmo com os próprios equipamentos de uso pessoal dos alunos. É o caso do Ensino Médio, em que é permitido utilizar em sala de aula

celulares, notebooks e tablets conectados à rede Wi-Fi, desde que para interagir com a abordagem do professor. Entretanto, há um preparo constante de toda a comunidade para atuar com a web 2.0, o que inclui professores, alunos, funcionários e pais, através de debates e trabalhos de conscientização promovidos no âmbito do Projeto Internet Segura. Em entrevista à Direcional Escolas, a diretora geral da instituição, Irma Akamine Hiray; o supervisor pedagógico Fernando Isao Kawahara; e Débora Sebriam, especialista em Tecnologia Educacional e responsável pelo Projeto, revelam um pouco do percurso que têm feito para chegar a um ambiente digital seguro e produtivo. Débora atua em um departamento que possui cinco profissionais da área, coordenado por Eva Ono, e

é mestre em Engenharia de Mídias para a Educação. Confira abaixo trechos da entrevista, que prossegue nas páginas 15 e 16.

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL (TE) NO PROJETO PEDAGÓGICO Irma Hiray: O Pioneiro é voltado para a formação de um aluno capaz de ser agente transformador da sociedade. Trabalha ainda para o atendimento de uma sociedade nesse contexto de Séc. XXI, e aí não tem como ficar alheio aos recursos tecnológicos disponíveis. A escola possui um departamento de informática [hoje TE] que foi constituído inicialmente por professores da área de Matemática, mas com a visão de utilizar a informática como ferramenta para as aulas. Começou envolvendo a for-


CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO – CONVERSA COM O GESTOR / USO SEGURO DA INTERNET

A TECNOLOGIA NO DIA A DIA DA ESCOLA Débora Sebriam: No Pioneiro, o professor tem autonomia para escolher quando vai usar a TE. O que o departamento tem feito é propiciar várias formações e momentos de debate a ele. Nosso papel não é instrumental. É o de ajudá-lo no planejamento e, inclusive, na mediação da aula, quando necessário. Fernando Kawahara: Por exemplo, temos utilizado a lousa digital para fazer as correções de Matemática com os alunos das séries iniciais do Fundamental II. Isso faz com que a aula fique mais dinâmica. Mas há outros recursos muito mais sofisticados, como programas de Matemática do Ensino Médio (o SketchUp) em que os alunos projetam construções através de formas geométricas. Débora Sebriam: São exemplos com a aplicação de softwares, mas partindo do Fundamental II e Ensino Médio usamos também a web 2.0. No EF II eles estão em processo intenso de criação de livros, tanto no meio papel quanto digital. O 6º ano trabalha a recriação de fábulas a partir de roteirização, gravação de áudio e edição de livro animado. Os alunos trabalham muito com a produção de vídeos, mesmo com os celulares, pois a partir do momento em que é solicitado pelo professor, ele pode utilizar o que ele tem no bolso. Todo mundo tem liberdade aqui, mas tem responsabilidade também – trabalhamos isso com os alunos. O Ensino Médio, até pela idade deles,

vem mais munido com smartphones, tablets, notebooks. Eles podem ficar com isso aberto durante a aula, navegar na internet para ajudar o professor a buscar alguma informação adicional, e nos trabalhos coletivos interdisciplinares eles usam esses equipamentos para a criação intensiva. No Ensino Fundamental I, poucos trazem celulares, então eles utilizam o laboratório com computadores, onde fazem pesquisas na internet, promovem debates e, através de softwares, recriam algumas obras (como as de Vik Muniz).

PROJETO INTERNET SEGURA Débora Sebriam: Temos internet aberta para os alunos. As redes sociais não são bloqueadas e os alunos podem acessá-las durante os intervalos. A escola deve intervir caso haja situações anormais, a nossa rede é configurada para bloquear certos tipos de conteúdos, mas não monitoramos os alunos. Temos o Projeto Internet Segura que debate a ética e a cidadania digital abertamente com eles. Ao longo dos últimos dois anos convidamos toda a comunidade escolar para participar de palestras e debates alunos, professores e familiares. Eles focam em temas centrais do mundo virtual, como compartilhamento de dados pessoais, privacidade, mundo real versus mundo virtual, comportamento nas redes sociais, compartilhamento de imagens e vídeos, videogames e games online, SMS, sexting, cyberbullying e todas as questões levantadas pelo grupo. Elaboramos ainda uma política de uso de nossa página no Facebook, dando orientações às pessoas que desejam interagir conosco.

REDES SOCIAIS Débora Sebriam: Nossa rede de internet tem filtros de palavras e conteúdos, jamais aqui dentro da escola os alunos vão conseguir acessar alguns sites. Cria-

mos páginas no Twitter e Facebook com o intuito de deixar a comunidade escolar por dentro de tudo o que acontece na escola. Mas tivemos boas conversas por aqui para pensarmos coletivamente como lidar com a relação dos professores e alunos nas redes sociais. Apesar de não haver nenhum tipo de proibição, institucionalmente sugerimos que professores e alunos não sejam “amigos” nesses ambientes. Recomendamos, se houver interesse, que o professor crie um perfil exclusivamente profissional para interagir com os alunos sobre a sua disciplina.

USO DE CELULARES E RISCOS DE DISPERSÃO Fernando Kawahara: Com os alunos menores, usamos as plataformas da sala de informática, mais fáceis de controlar. Com os maiores, o controle vai ficando cada vez mais difícil, aí trabalhamos muito com a responsabilização dos alunos. E uma das maneiras de fazer isso é: eles têm ‘x’ tempo para entregar determinado produto. Você não cobra exageradamente na proibição. Em alguns momentos tem que proibir, quando acontece um abuso tem que dar uma sanção. Mas sempre pensando em primeiro trabalhar com eles o uso adequado, para depois, se necessário, uma proibição, às vezes temporária, dependendo do caso. Essas coisas não são novas. A briga que o professor tem para fazer o aluno prestar atenção, se concentrar naquilo que está acontecendo na sala de aula, é a mesma de sempre. Só que agora mudaram os apetrechos, é preciso incorporar em vez de brigar contra. O jogo todo é fazer com que eles saibam usar com responsabilidade esses equipamentos.

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mação da equipe e hoje está totalmente ligado aos projetos pedagógicos, foi um processo crescente. Fernando Kawahara: Cada vez mais o mundo associado à tecnologia, às várias telas às quais o aluno está exposto o tempo todo, tem que ser incorporado pela escola. Porque se o aluno sabe utilizar esses equipamentos, ele não tem consciência do que significa tudo o que está fazendo. Despertar um pouco dessa consciência é função da escola – falar para que tome cuidado com o que publica nas redes; explicar a diferença entre o espaço público e privado; e mostrar que as ferramentas não são neutras. Esse é um trabalho que estamos desenvolvendo há algum tempo, com os pais também, que têm pouca clareza das implicações sociais dessas tecnologias.

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CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO – CONVERSA COM O GESTOR / USO SEGURO DA INTERNET

SUPORTE À FORMAÇÃO DOCENTE E À REDE FÍSICA

Débora Sebriam: No começo do ano fazemos levantamento das necessidades de aprendizado do professor, procuramos ouvir todo mundo. Baseado nisso montamos ao longo do ano

uma agenda de formação, o que é feito fora do horário de aula e também no final de semestre, ao longo de uma semana. E nossa equipe está à disposição do professor todos os dias. Participamos do planejamento junto com ele, além de oferecer suporte. Ajudamos o professor a pensar a tecnologia dentro do planejamento. Já na parte de infraestrutura, fizemos um estudo para deixar o acesso à internet via Wi-Fi mais rápido, queremos estruturar um cabeamento melhor, oferecer mais dados para que essas atividades possam ser feitas de maneira cada vez mais efetiva, sem falhas de conexão. Fernando Kawahara: Essa preocupação toda com a tecnologia e o protagonismo na utilização das mídias digitais está casada com outra preocupação muito grande com a formação, porque muitos professores não foram formados para lidar

com esses equipamentos, mas para dar um tipo de aula que hoje já não é mais aquela que a gente precisa. A preocupação é preparar os professores com uma proposta de formação continuada em serviço, anterior à utilização mais intensiva da tecnologia em sala de aula. Pois nosso grande desafio hoje é ensinar o aluno a perguntar, porque as respostas ele encontra com essa oferta fantástica de informações que tem pela internet. Então, o professor já não é mais aquele que sabe as respostas. O professor tem que ser aquele que saiba encaminhar a curiosidade do aluno, fazê-lo elaborar uma boa questão. Esse é um diferencial de formação que a gente vem aplicando para os professores e que é cada vez mais importante, mesmo porque há uma demanda sobre um aluno mais propositivo em relação ao seu aprendizado, que ele saiba não só responder com as informações do professor, mas rearranjar tudo isso.

PERFIL DA ESCOLA / CENTRO EDUCACIONAL PIONEIRO

Localização: Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo Mantenedora: Fundação Instituto Educacional Michie Akama História: Criado em 1971 pela Fundação, o Pioneiro é uma instituição multiétnica, mas com forte presença de descendentes da comunidade nipônica Ciclos escolares: Infantil, Fundamental I e II, e Ensino Médio Regime de aula: Parcial para Infantil e Fundamental I, com opção de horário estendido do Maternal ao 5º ano, além de período extra com monitores no final da tarde e início da noite; Fundamental II: 30 horas semanais; Ensino Médio: Integral

Nº de alunos: 850 Equipe: Com 127 funcionários no total, o Pioneiro possui quadro na área pedagógica com 71 professores, dez coordenadores e cinco profissionais de tecnologia educacional Mensalidades em 2013: Entre R$ 820,00 (Maternal/5 horas) a R$ 1.800,00 (Ensino Médio / Integral) Instalações: Quadras poliesportivas, laboratórios, salas de áudio, biblioteca, sala de artes, de música, multimídia, ambiente de descanso para os pequenos, refeitório, cantina, parque infantil, área de convivência e enfermaria.

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SAIBA MAIS

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DÉBORA SEBRIAM http://www.pioneiro.com.br/proj_internetsegura.php deborasebriam@gmail.com

PESQUISA: O Comitê Gestor da Internet no Brasil e o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) lançaram em 2012 estudo que apresenta oportunidades e riscos associados ao uso da internet pelas crianças e adolescentes. O material - TIC Kids Online Brasil 2012 - está disponível aos educadores no endereço eletrônico www.cetic.br/publicacoes/2012/tic-kids-online-2012.pdf.


CONVERSA COM O GESTOR / USO SEGURO DA INTERNET

COLÉGIO DANTE ALIGHIERI, NA VANGUARDA DO DIGITAL

Por Rosali Figueiredo

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nstituição centenária com mais de 4.300 alunos, o Colégio Dante Alighieri é vanguarda na área de Tecnologia Educacional no Brasil. Com amplo espaço físico e rica infraestrutura, o Colégio localizado próximo da Avenida Paulista, região dos Jardins, em São Paulo, possui 780 funcionários, dos quais 300 professores. Parte deles compõe a equipe do Departamento de Tecnologia Educacional, coordenado pela professora Valdenice Minatel

Há uma preocupação, entretanto, em trabalhar “sempre na perspectiva da formação com reflexão”, “tendo como princípio o respeito, a ética e a vida em grupo”. Segundo Valdenice Minatel, “é preciso construir a cultura de apropriação dos recursos digitais a partir da reflexão dos seus diferentes usos com os alunos”. LEIA MAIS Em www.direcionalescolas.com.br No link da edição 90: • A entrevista completa de Valdenice Minatel • Reportagem sobre a incursão na área tecnológica do grupo Weducation, controlador do Mater Dei, Colégio Internacional Radial e Ítalo Brasileiro, entre outros.

SAIBA MAIS VALDENICE MINATEL M. DE CERQUEIRA valdenice.minatel@cda.colegiodante.com.br

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Valdenice Minatel, coordenadora de Departamento de TE do Dante

Melo de Cerqueira, mestre e doutoranda em tecnologia digital incorporada ao currículo pela PUC de São Paulo. Seu departamento possui 25 profissionais, entre desenvolvedores, professores e jornalistas, que dão suporte diário ao trabalho da equipe docente. Afinal, justifica a coordenadora, 100% dos professores do Dante estão envolvidos com a aplicação contínua desses recursos, seja pela presença de lousas digitais, computadores, projetores e internet nas salas de aula; seja ainda pelo uso obrigatório de tablets entre os alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio; pela robótica (medalha de prata no I-SWEEEP 2013, feira internacional de ciência realizada em Houston, EUA); pelas salas de informática equipada com notebooks; e pelas atividades do Centro de Estudos em Mídias Digitais e Educação (cujo objetivo “é fazer a formação em serviço dos professores do Colégio”).

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DICA: HIGIENE BUCAL

A ESCOLA COMO AGENTE DE ESTÍMULO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS

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omo espaço que visa o desenvolvimento sócio-cultural da comunidade por meio da promoção do conhecimento, a escola desempenha papel fundamental na formação de hábitos. E estes devem ser estimulados “nos primeiros anos de vida, principalmente aqueles que se referem à saúde”, expõe José Miguel Tomazevic, docente e mestre em Ciências Odontológicas e cirurgião-dentista do Departamento de Prevenção da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). No caso dos hábitos de higiene bucal, a escola deve ser um agente de estímulo à saúde, prevenção de doenças, e cuidar para que o assunto receba sempre atenção e reflexão. Entretanto, ressalta Tomazevic, “para se tornar hábito, as ações promovidas na instituição precisam estar em sinergia com as atitudes do núcleo familiar do aluno”. Assim, é imprescindível aos pais conhecerem as orientações dadas pela escola e participarem de suas atividades, motivando e reforçando a importância dos hábitos em casa, reforça o cirurgião.

PREVENÇÃO Mas a promoção da saúde bucal em escolas exige preparo, pois “envolve planejamento e estruturação de um sistema de prevenção, composto por orientação, avaliação, compreensão e adaptações”, afirma a pedagoga e promotora de saúde Ana Maria Huck Teixeira. É uma agenda que deve “partir do conhecimento prévio do que o

aluno sabe a respeito do tema; propiciar à criança processos de interação (aluno-aluno, aluno-adulto e aluno-objeto); e trabalhar com o interesse e curiosidades do estudante”, orienta a especialista. Isso contribuirá para o desenvolvimento de ações que levem à busca do conhecimento, completa. Tomazevic destaca, por sua vez, que a escola “precisa estar preparada nos quesitos físico, técnico e científico para ministrar as atividades”. Esse preparo, segundo ele, começa por meio de uma orientação de um profissional da área odontológica. Existe ainda a alternativa de se fazer visitas aos Centros de Prevenção de universidades e associações e ao Museu da Odontologia, além de frequentar palestras que abordem a “Técnica de Fones”. “Conhecida popularmente com os movimentos de bolinha, trenzinho e vassourinha, é a mais utilizada em escolas do Ensino Fundamental”, explica.

AÇÃO CONTÍNUA De acordo com os especialistas, as orientações referentes à saúde bucal não podem acontecer apenas em um período específico da idade escolar; eles recomendam atividades de estímulo e acompanhamentos frequentes. “Há necessidade de reflexão e avaliação conjunta com os pais. É dessa forma também que a criança lembrará sobre o objeto de conhecimento e criará conexões frequentemente com o que foi dito nas diversas situações de aprendizado”, encerra José Miguel Tomazevic. (Por Tainá Damaceno)

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SAIBA MAIS

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ANA MARIA HUCK TEIXEIRA anahuck@terra.com.br JOSÉ MIGUEL TOMAZEVIC prevencao.apcd@apcdcentral.com.br

MUSEU DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO iwww.apcd.org.br

Na Próxima Edição: Sistema de segurança - Equipamentos


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FIQUE DE OLHO: SOFTWARES DE GESTÃO, ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL

A administração da rotina escolar fica mais ágil e eficaz com o apoio de consultorias especializadas na gestão dos processos, sejam eles contábeis ou de apoio acadêmico, como controle de frequência, emissão de notas e boletins, retiradas das bibliotecas etc. Conheça neste Fique de Olho os principais consultores de assessoria contábil e de softwares de gestão para o mercado educacional.

Por Rosali Figueiredo

FANNY’S Com 19 anos de mercado, a Fanny’s atua na área administrativa das instituições de ensino, através de uma das soluções pioneiras no setor, o ACADESC (com seus módulos secretaria, financeiro e biblioteca). Segundo o diretor técnico da empresa, Nilton Paiva de Carvalho, “o Acadesc é bem flexível e completo se compararmos a outros produtos do mercado, contendo mais de 160 relatórios entre a ‘secretaria’ e o ‘financeiro’ da instituição”. O software possui ainda menus autoexplicativos e manual eletrônico. Nilton destaca também a transparência que o software proporciona na relação entre as mantenedoras e os pais e alunos, que podem acessar, entre outros, sem custos adicionais, o boletim online. Neste segundo semestre, a empresa lançará o ACADESCWEB, ferramenta voltada a “disponibilizar os recursos de gestão 100% na internet”. Aos clientes localizados fora de São Paulo, a Fanny’s estabeleceu um canal através do 0800 “para dirimir dúvidas operacionais do produto bem como dar qualquer outro tipo de atendimento”, através de sua equipe de suporte online. “No produto não existe limite para número de alunos e todos os relatórios são exportados para padrões ‘PDF’ e ‘XLS’”, completa o diretor. Fale com a Fannys: 11 - 5012-0422 / 5012-0004 / 0800 773 0422 (Atendimento a clientes fora de São Paulo) www.fannys.com.br comercial@fannys.com.br www.acadesc.com.br www.acadescweb.com.br

INFINITECH A Infinitech desenvolve, oferece suporte e comercializa o software ISCHOLAR, “sistema integrado de gestão escolar que atende às necessidades de todos os departamentos de uma instituição de ensino”, descreve Franz Victor, sócio proprietário e diretor comercial da empresa, há sete anos no mercado. “O iScholar é um produto modularizado, o cliente poderá contratar apenas os módulos que for utilizar.” Voltado a escolas de vários portes e aplicável a diferentes segmentos (de creches e do Infantil ao Ensino Fundamental e Médio, além de pré-vestibulares, idiomas, profissionalizantes etc.), o software permite que as rotinas da escola sejam “executadas de forma rápida e eficiente, proporcionando redução do tempo gasto e maximizando os lucros”. Integrado (em um mesmo ambiente é possível controlar várias áreas), o iScholar apresenta “uma interface amigável e intuitiva do sistema”, que é operado de modo online. “Os sistemas ficam hospedados em um data center contratado e administrado pela Infinitech. Só assim conseguimos garantir proteção dos dados, estabilidade do sistema e backups diários”, destaca Franz Victor. A empresa disponibiliza uma equipe treinada para suporte online aos gestores e está fazendo uma promoção aos leitores da Direcional Escolas que a procurarem a partir do anúncio publicado nesta edição. Fale com a Infinitech: 34 - 3223-9060 0800-940-1163 www.infinitech.com.br contato@infinitech.com.br

Empresa especializada em educação, a Sponte Informática apresenta como um dos seus carros-chefes o SPONTE EDUCACIONAL, de gerenciamento administrativo-acadêmico. Ele é “ideal para administrar dados institucionais e otimizar recursos humanos e financeiros, integrando dos setores da escola, oportunizando uma gestão total das informações acadêmicas e financeiras de todos os alunos cadastrados”, destaca Reginaldo da Silva, sócio proprietário da empresa. Outra solução é o Portal do Aluno, e há também o Sponte Línguas. Com 15 anos de mercado, a Sponte desenvolveu produtos que conferem “objetividade e agilidade à tomada de decisões dos gestores”. Com a ferramenta, as instituições ganham “qualidade, assertividade e eficácia” no gerenciamento das informações, o que “fortalece o relacionamento com o cliente e agrega credibilidade ao negócio, resultando na captação de novos alunos, respeito e confiança”, acrescenta. Moldável ao tamanho e às necessidades da instituição, o sistema pode operar 24 horas ao dia, contando com interface ágil, hospedagem em data center profissional e seguro, além de suporte técnico total da Sponte. Já o Portal do aluno oferece “interatividade” e plataforma “imprescindível para ampliar a comunicação” entre ele e a instituição. Fale com a Sponte: 46 - 3309 2370 www.sponte.com.br sponte@sponte.com.br

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SPONTE INFORMÁTICA

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FIQUE DE OLHO: SOFTWARES DE GESTÃO, ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL

TERABYTE SOLUÇÕES Uma suíte de produtos voltados ao gestor escolar, que oferece “tudo que ele precisa para gerenciar sua instituição de ensino”. Assim Leandro Teixeira, diretor administrativo e de tecnologia da Terabyte Soluções, define o escopo de atuação da empresa que tem mais de dez anos de vida. Através da linha ESCOLAR MANAGER, a Terabyte disponibiliza softwares integrados de gestão acadêmica, financeira, acesso e frequência, portal de alunos, de professores e de simulados. Agora está lançando o módulo “Escolar Manager Cursos”, 100% online, destinado ao nível técnico, superior e pós-graduação. Outro diferencial da Terabyte é o suporte técnico especializado, oferecido por uma “equipe de desenvolvimento altamente qualificada”. Por meio do “Acordo SLA”, a empresa tem “até 48 horas para arrumar qualquer erro que exista no software”, destaca o diretor. O executivo reitera ainda que a empresa trabalha através de locação e não venda, o que isenta o gestor de um “custo excessivo no início da parceria”; deixa opção de contratação apenas dos módulos necessários ao mantenedor; e migra os dados de antigos sistemas e treina os funcionários da escola sem custo adicional. Para os leitores da revista Direcional Escolas, a empresa está oferecendo uma promoção, que se estenderá até dezembro de 2013, finaliza o diretor.

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Fale com a Terabyte Soluções: 62 - 3287-5508 www.terabytesolucoes.com.br comercial@terabytesolucoes.com.br

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WPENSAR O WPENSAR é um software de gestão escolar online que auxilia a administração de todos os setores da escola (o acadêmico, pedagógico e financeiro), anuncia Pedro Gigante, diretor de comercial e de marketing da empresa de mesmo nome. “O sistema é online e bastante intuitivo, fácil de usar. Isso permite que a WPensar faça uma implantação e treinamento muito rápidos sem perder eficiência”, afirma Pedro. Atuando com mantenedores de diferentes portes, o sistema é capaz de gerar “automaticamente indicadores da instituição, como evolução do número de alunos, do faturamento e também do rendimento pedagógico”, acrescenta. “Tudo através de gráficos intuitivos, oferecendo uma visão de cima e ajudando na tomadas de decisões.” O diretor destaca ainda que o WPensar permite acesso de toda comunidade escolar - diretores, coordenadores, secretários, professores, alunos e responsáveis -, integrando esses setores de qualquer lugar, 24 horas por dia. Como resultado, a escola obtém economiza tempo, recursos e dinheiro; controla melhor e reduz a inadimplência e a evasão; tem segurança de dados e informações; estabelece melhor relacionamento com pais e alunos; e ganha em eficiência geral na gestão, enumera Pedro Gigante. Há quatro anos no mercado, a empresa está oferecendo até o final de 2013 promoção aos clientes que a procurarem a partir do seu anúncio na Direcional Escolas. Fale com a WPensar: 21 - 3901-1956 / 21 - 8825-2634 www.wpensar.com.br comercial@wpensar.com.br

CONTABILIDADE PARA ESCOLAS EMIS Os serviços contábeis compõem o carro-chefe da Emis, empresa que surgiu há mais de 20 anos no mercado com ampla atuação no suporte financeiro e administrativo às escolas. Mais do que organizar a contabilidade das instituições, a Emis estende de forma gratuita seu trabalho ao gestor, ajudando-o a melhorar os processos financeiros, de RH, de direito educacional, de custos e marketing digital. É um diferencial voltado à sua fidelização, diz Moises Gama, que durante o mês de setembro oferecerá gratuitamente a Planilha de Custos de 2014 aos novos clientes. Diretor e sócio proprietário da empresa, Gama destaca ainda a plataforma de serviços online “Emis 24 horas”, que disponibiliza ao gestor todo o banco de dados produzido pela empresa. De sua escola, através da internet, o mantenedor pode alimentar a planilha eletrônica com dados relativos à folha dos funcionários, aos pagamentos em geral, ao financeiro etc., e obter os relatórios necessários a uma gestão precisa e eficaz. Fale com a Emis: 11 – 5071-2405 / 2275-7481 www.emis.com.br emis@emis.com.br


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EM PAUTA: TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO

2 MILHÕES FORA DA ESCOLA, EVASÃO E ATRASO: OS GRANDES NÓS DA ÁREA

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ais de dois milhões de brasileiros de quatro a 17 anos de idade ainda estão fora da escola, conforme os indicadores apresentados pelo movimento Todos Pela Educação no Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013. Disponível para download no link

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http://www.todospelaeducacao.org. br//arquivos/biblioteca/anuario_educacao_2013, o estudo foi produzido em parceria com a Editora Moderna e oferece um painel relevante para que gestores públicos e privados possam planejar suas ações na área. Em termos de segmento, a exclusão atinge uma maior parcela de jovens de 15 a 17 anos, num total de 1,6 milhão. Em seguida estão as crianças de 4 a 5 anos, um milhão delas ainda não matriculadas. A melhor situação é a da faixa etária de 6 a 14 anos, ainda assim com 539,7 mil brasileiros fora da escola. Segundo Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação, a universalização representa ainda o grande desafio à educação básica no País, já que esses 8% de sua população excluída da rede educacional representam um contingente numérico muito superior à “quantidade de alunos em todo sistema escolar” de muitos países. De outro modo, a falta de qualidade também preo-

cupa. A evasão e abandono chegam a 22,5% dos matriculados no Ensino Médio; o atraso (distorção série / idade) atinge 32,85% do total; e a do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), apesar de registrar evolução contínua entre 2005 e 2011, ainda é bem mais elevada na rede privada: média 6,5 contra 4,7 na pública (dados de 2011). Em relação aos 65 países participantes do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o Brasil ocupa os últimos lugares, superado, entre tantos outros, por Jordânia, Colômbia, Trinidad e Tobago, Uruguai, México e Chile. Entre as nações da América do Sul, o Brasil está melhor apenas que Argentina e Peru. O Anuário da Educação Básica apresenta análise desses indicadores, abordando ainda a presença da tecnologia nas escolas; os desafios do Ensino Médio e profissionalizante; da Educação Especial, indígena e também e da Educação Integral.


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ALIMENTAÇÃO, BEBEDOUROS, BRINDES, BRINQUEDOTECA

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LABORATÓRIOS, MÓVEIS

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LOUSAS, MATERIAL DE LIMPEZA, PINTURAS ESPECIAIS, PISOS

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, SINALIZAÇÃO DIGITAL, SOFTWARES

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PROJEÇÕES EDUCATIVAS EM 3D , PROJETORES, TELHADO, TOLDOS

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