Revista Direcional Condomínios - Ed. 187 - fev/14

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CAPA



Caro Leitor, DIRETORES Sônia Inakake e Almir C. Almeida EDITORA Rosali Figueiredo DIRIGIDA A Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings PERIODICIDADE MENSAL Exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCULAÇÃO São Paulo e Grande São Paulo JORNALISTA RESPONSÁVEL Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com REPORTAGEM Rosali Figueiredo CAPA Arte: Jonas Coronado ASSINATURAS Emilly Tabuço faleconosco@grupodirecional.com.br GERENTE COMERCIAL Sônia Inakake sonia@grupodirecional.com.br DEPARTAMENTO COMERCIAL Alexandre Mendes Fabian Mesquita Francisco Grion Gabriel Youssef ATENDIMENTO AO CLIENTE Emilly Tabuço Coronado João Marconi Juliana Jordão Grillo DIAGRAMAÇÃO Editora Coronado - Jonas Coronado EQUIPE DISTRIBUIÇÃO Ailton Candido Evaldo Mendonça Inaldo Pereira José Ricardo da Silva Roberio Santos

O destaque desta primeira edição do ano não poderia ser outro: Copa 2014! Mesmo que envolvida em polêmicas, como obras superfaturadas e atrasadas, o fato é que a competição haverá de mobilizar enormemente os brasileiros à medida que se aproxime. E serão os condomínios que receberão parte significativa dos torcedores, estudantes a serem dispensados das aulas nos dias de jogos do Brasil ou trabalhadores liberados mais cedo do trabalho. A cena urbana estará tomada por janelas enfeitadas, ruas com bandeirolas, calçadas pintadas, cornetas, apitos e, junto aos mais abusados, de fogos de artifício. Queiram ou não os síndicos, o barulho e a agitação acordarão as estruturas dos condomínios! É preciso então se preparar, desde organizar torcidas coletivas para assistirem aos jogos em frente a telões instalados nas áreas de lazer, até definir regras sobre as quais não poderá haver concessão. Entre elas, a proibição do uso de fogos de artifícios nas unidades ou espaços comuns. Reforçar o trabalho da segurança e limpeza nos dias de confrontos da seleção brasileira também ajudará a manter um mínimo de controle sobre a organização do condomínio, assunto que é abordado de maneira oportuna na reportagem de capa. Também é oportuna a matéria em homenagem aos zeladores, profissionais que têm seu dia comemorado em 11 de fevereiro. São eles os funcionários que mais ajudam os síndicos a manter o condomínio em ordem, em áreas básicas como segurança, portaria, elevadores, abastecimento de água, energia e coleta de lixo. A edição apresenta duas histórias bastante representativas desses perfis, a do Sr. Antonio, migrante que chegou a São Paulo há mais de quatro décadas para trabalhar na construção civil, tornou-se faxineiro e, em seguida, zelador; e de Da. Lúcia, uma das raras mulheres a abraçar a empreitada, o que vem fazendo com muito brio. Por fim, a Direcional Condomínios traz dicas valiosas sobre impermeabilização, prevenção de incêndio (tema que nos lembra com tristeza da tragédia da boate Kiss), quadras e bebedouros, além de esclarecimentos acerca de temas sempre polêmicos e complexos. Uma boa leitura a todos, um ótimo 2014! Rosali Figueiredo Editora PARABÉNS AOS GANHADORES DOS SORTEIOS DE NOSSA PESQUISA! A cada segundo semestre do ano, a Direcional realiza uma pesquisa de perfil dos condomínios. Agradecemos a todos que nos responderam e parabenizamos os vencedores do sorteio de 2013! Confiram: 1º PRÊMIO - LAVADORA DE ALTA PRESSÃO HD 585 KARCHER Condomínio Mont Clair Síndico Gerson M. Silva

IMPRESSÃO Prol Gráfica ASSINATURA ANUAL R$ 180,00

2º PRÊMIO – PAR DE RÁDIOS DE COMUNICAÇÃO MOTOROLA EP 150 VHF Condomínio Edifício Maria Francisca Zelador José Zilmar Miranda 3º PRÊMIO - TAPETE VINIL PERSONALIZADO (1,60 x 0,80) Condomínio Independence Park Síndica Maria do Socorro F. Iglesias

Para anunciar, ligue: (11) 5573-8110 Tiragem auditada por

Sumário Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

R. Vergueiro, 2.556, 7º andar - conj. 73 Cep 04102–000 - São Paulo – SP Tel.: (11) 5573-8110 Fax: (11) 5084-3807 E-mail: faleconosco@grupodirecional.com.br www.direcionalcondominios.com.br

04. Lançamentos: ..................................................Produtos e serviços aos condomínios 05. Informe Publicitário: .................................................................................. Seciesp 06. Seção Tira-Teima: ...........Cônjuge tem direito a participar e a votar em assembleia? 08. Capa: ............................................Copa do mundo, a bola da vez nos condomínios 11. Dica: .......................................................................................................Bebedouro 12. Dica: .....................................................Impermeabilização: Diagnóstico e prescrição 16. Administração: .........................................................................Zelador (a) firmeza! 18. Seção Tira-Teima: .........................Uma unidade oferece risco de incêndio, e agora? 19. Coluna: ........................Suspeito de consumo de drogas nas áreas comuns, e agora? 20. Dica: ...............................................................................Incêndio: Prevenir é preciso 22. Fique de olho: ............................................................................................Quadras

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Filiada à

editorial

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LaNÇaMeNToS / ProDuToS e SerViÇoS aoS coNDoMíNioS

UMA LAVANDERIA PROFISSIONAL “DENTRO” DE CASA Por Rosali Figueiredo

Quando dEcidiu

iniciar a importação de lavadoras e seca-

doras Speed Queen, marca produzida nos Estados Unidos, o empresário Allan Zylberstajn, da Smartlav, estava apostando em uma tendência que, ao final, começa a se confirmar. Com espaços cada vez mais reduzidos, muitos apartamentos são entregues hoje sem áreas de serviço. E mesmo para aqueles que dispõem de boa infraestrutura interna, os proprietários estão encontrando dificuldades crescentes em contratar mão de obra doméstica, seja pelo custo ou escassez. Uma boa alternativa surge com a Smartlav, solução de lavanderia compartilhada para os condôminos, algo muito comum em solo americano. A Smartlav comercializa modelos variados, conjugando ou não, lavadora e secadora. O condômino paga conforme o uso e o serviço é contratado pelo condomínio. Segundo Allan, edifícios da região do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, têm solicitado seus serviços, pois estão surgindo alguns apartamentos sem áreas de lavanderia. O empresário anuncia que em alguns empreendimentos está fazendo parceria com a Comgás, “onde eles entram com a infraestrutura e eu coloco as secadoras a gás também”. Fale com a Smartlav: 11 7897-7498 / www.smartlav.com.br /

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allan@smartlav.com.br

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Algumas soluções de lavanderias já instaladas em condomínios em São Paulo pela Smartlav.



SeÇÃo Tira-TeiMa

CÔNJUGE TEM DIREITO A PARTICIPAR E A VOTAR EM ASSEMBLEIA? oS cadaStroS das administradoras e condomínios costumam anotar apenas o nome do proprietário titular dos imóveis, os quais acabam recebendo convocações e tendo o direito natural de voto nas assembleias. Mas o advogado Cristiano De Souza Oliveira diz que os demais coproprietários das unidades podem participar e votar na ausência do principal. Confira. 1 – a ESPoSa ou FiLHo dE um ProPriEtÁrio PodE Votar Em SEu Lugar? As unidades condominiais são consideradas, por força da lei, “condomínios voluntários”, quando adquiridas em um regime de casamento ou por herança. Desta forma, a Assembleia não pode rejeitar o voto desses representantes legais da propriedade na ausência daquele que se apresenta como primeiro proprietário, mesmo que os demais não constem do cadastro. Portanto, a esposa ou o marido poderão votar sem necessidade de procuração. Já o filho necessitará de procuração.

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2 – como dEVE SEr a Procuração? Esse é um instrumento previsto pelo Código Civil, que diz que a procuração pode ser expressa ou tácita (escrita ou verbal). Se a Convenção do condomínio exigir a procuração escrita, o melhor procedimento a ser adotado pelo presidente da Assembleia é anotar o voto do condômino e pedir a comprovação de sua condição ou a apresentação do documento em até cinco dias úteis.

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3 – oS rESuLtadoS da aSSEmbLEia PodEm SEr QuEStionadoS? Sim, mas temos que ter em mente que o condomínio edilício não pode interferir sobre o chamado “condomínio voluntário”. Desta maneira, se ele vier a negar o direito de voto de cônjuges e/ou herdeiros, estará exacerbando os limites da legislação. Além disso, é importante que a administração condominial sempre busque o bom senso, dando exemplos dos valores que, segundo o Código Civil, devem pautar a gestão diária dessa coletividade, quais sejam, os da boa-fé, culturalismo e transparência das normas.



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COPA DO MUNDO, A BOLA DA VEZ NOS CONDOMÍNIOS Por Rosali Figueiredo

O Brasil começou o ano respirando Copa do Mundo e os condomínios não escaparão da euforia típica dos dias de jogos. Assim, uma boa pedida é organizar as festividades, buscar um reforço na equipe e reavaliar algumas regras, deixando claro aos condôminos o que eles poderão ou não fazer.

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SErão 64 JogoS, 32 dias de eventos, 32 seleções

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e 200 países ligados na tevê e nos tablets, numa audiência estimada pela FIFA em 30 bilhões de espectadores (considerando que as pessoas assistirão a várias partidas), a maior entre os eventos mundiais de todos os tempos. A 20ª edição da Copa do Mundo de Futebol, que acontecerá em doze cidades brasileiras entre 12 de junho e 13 de julho próximo, transformará o País em um grande palco carnavalesco, principalmente nos dias de jogos da seleção canarinho, e certamente mudará o clima nos condomínios. O administrador Marcelo Mahtuk considera que “todos vão estar envolvidos com o momento”, assim, os condomínios acabarão se mobilizando, de alguma forma, para acompanhar as partidas. “Será uma grande oportunidade para estreitar o relacionamento, mas que precisará ser bem organizado, como, por exemplo, alugando-se telão para o salão de festas.” Ele recomenda aos síndicos criar uma comissão de moradores voluntários para garantir uma festa sem muitos atropelos. Síndicos e gestores prediais consultados pela Direcional Condomínios nos meses de dezembro e janeiro passado disseram que ainda não tinham definido o escopo de atividades para a Copa, mas que provavelmente darão suporte para as comemorações de pais, crianças e jovens. Especialmente aqueles que já têm tradição em promover festas coletivas, como o Condomínio Clube Ibirapuera,

grande empreendimento de quatro torres e 272 unidades, localizado no coração de Moema, bairro da zona Sul de São Paulo. Responsável pela agenda de esportes e lazer do local, a empresária Sueli Ribeiro diz que utilizará três espaços para a programação. Moradores e convidados poderão acompanhar as partidas por um telão a partir da lanchonete; de sua área externa, onde haverá outro monitor de tevê; e da própria sala de televisão, que no dia a dia funciona como “cinema do condomínio”. “Neste ambiente, vamos trabalhar com os pequenos.” Todos os locais serão especialmente decorados com os motivos da Copa, ganhando um colorido extra com as bandeiras dos Estados de São Paulo e Ceará e do Distrito Federal, que receberão os jogos da seleção brasileira. Paralelamente, crianças e adultos contarão com monitores a postos para maquiar seus rostos, enquanto as demais atividades recreativas e esportivas estarão inevitavelmente ligadas ao tema. “Teremos também pipocas para as crianças e bebidas para os adultos, tudo bem organizado, já me reuni com


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Sueli Ribeiro (à esq.) já possui uma grade mínima de programação para a Copa no Condomínio Clube Ibirapuera. Paulo Eduardo Campos (à dir.) sugere aos síndicos, quando possível, integrar o condomínio à decoração da vizinhança.

com a FESta, trabaLHo rEdobrado Mas nem tudo é comemoração. Segurança e limpeza são duas áreas dos condomínios que precisarão de atenção redobrada durante a Copa. O administrador Marcelo Mahtuk diz que fará uma recomendação aos seus clientes para reforçarem a área de segurança. Os dias de jogos aumentam o vaivém de moradores, visitantes e prestadores de serviços, justifica. “As portarias se tornam mais vulneráveis e os próprios moradores, com o sobe e desce, acabam deixando suas portas abertas.” E aqui também deverá entrar o bom senso. Marcelo avalia que não há como impedir os porteiros e vigilantes de acompanharem as partidas em equipamentos portáteis, mas que eles terão que ser bem orientados para que não desviem a atenção do trabalho. Quanto à limpeza, o ideal é estender um pouco a escala dos funcionários, pagando uma hora extra, sugere. Já os condomínios que dependem de serviços terceirizados devem solicitar ao seu fornecedor um reforço na equipe, pois a Copa costuma gerar muita falta ao trabalho, orienta o administrador. De outro modo, há desafios inusitados surgindo como resultado do evento. Marcelo conta que os condomínios já enfrentam dificuldades para suprir o almoxarifado com sacos de lixo, porque as aparas de plástico, utilizadas como matéria-prima para a fabricação do material, estão em falta. Motivo: sua demanda está aquecida para a fabricação de apitos e bandeiras, entre outros.

normaS: SoLtar roJão na Varanda, não PodE!!! Evelyn Gasparetto: “Reunião e alegria devem ser incentivados, no entanto, não podem ser esquecidas as regras de respeito aos demais moradores.”

Os fogos de artifício são item proibido nos condomínios, seja nas áreas comuns ou nas próprias unidades. E quanto a isso, administradores, síndicos e condôminos não devem abrir qualquer exceção, destaca Marcelo Mahtuk. Ele avalia que certos comportamentos festivos que destoem um pouco do habitual podem até ser tolerados, como algum barulho, entretanto, há regras inegociáveis. Duas delas referem-se aos fogos de artifícios e à presença de bandeiras nas janelas e varandas. “Uma bandeira com haste de madeira poderá cair e machucar uma criança”, diz. Também será preciso intervir junto aos moradores mais eufóricos que trafeguem nas garagens em ritmo de carreata e buzinaço. Outra atenção deverá ser tomada quanto ao consumo de bebidas alcoólicas. Mas nesse caso, segundo Marcelo, “o síndico não deverá proibi-las, mas poderá orientar os pais a não descerem com bebidas”. “O gestor terá que ter muito bom senso, pois se tentar tolher tudo, ele não conseguirá”, acredita Marcelo. Para ajudar o síndico a garantir um convívio pacífico com a festa, a advogada Evelyn Roberta Gasparetto apresenta abaixo algumas recomendações.

conVidadoS “Não há qualquer impedimento no convite aos amigos para que assistam juntos aos jogos da Copa dentro de casa, desde que os demais vizinhos não sejam incomodados com a festa. O morador

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o pessoal do bar para não faltar nada”, completa Sueli. Outro grande empreendimento que provavelmente organizará atividades é o Condomínio Jardins de Tamboré, localizado em Santana do Parnaíba. Anualmente, o condomínio promove dois campeonatos de futsal e não deixará a Copa passar em branco, acredita Paulo Eduardo Campos, que foi síndico do local até dezembro passado. Com experiência em outro condomínio, o Pablo Picasso, localizado na região do Butantã, zona Oeste de São Paulo, Paulo Eduardo afirma que em Copas passadas chegou a mobilizar os condôminos mirins para pintar a calçada externa com as cores da bandeira brasileira, integrando-a à decoração com bandeiras na rua montada pela vizinhança. Fica a dica.

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anfitrião poderá fazer uma lista e deixá-la previamente na portaria, caso sejam também utilizadas as áreas sociais, para que se tenha controle tanto do número de pessoas quanto para garantir a segurança do edifício.”

rESPEito ao ViZinHo “Não podemos esquecer que há pessoas que não gostam de futebol. Ou que são idosas e não têm condições de suportar o barulho. E, ainda, que há crianças que possuem regras e horários a serem seguidos. Temos que lembrar que nem todo mundo está na mesma sintonia, não podendo fazer com que nossa animação seja imposta aos demais moradores.”

Proibição totaL “São inegociáveis: a utilização de fogos de artifício dentro do condomínio; volume da televisão ou telão além do limite permitido; gritaria, algazarras e música alta. Em hipótese alguma os vizinhos deverão ser incomodados ainda com pulos e móveis arrastados na hora do gol, da vitória ou mesmo da derrota. Reunião e alegria devem ser incentivadas, no entanto, não poderão ser esquecidas as regras de respeito aos demais moradores.”

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torcidaS coLEtiVaS Em FrEntE ao tELão

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“Neste caso, o síndico deverá ter o cuidado de fazer um convite por escrito explicando as condições em que deve ocorrer o evento nas áreas comuns, tais como: horário de início e fim; o que poderá ser levado (bebidas e comidas); a forma como irá ocorrer o encontro; o nome de quem comparecerá; se os condôminos poderão ou não levar convidados; e a quantidade permitida. Dessa forma, a sugestão é pedir aos moradores que preencham uma lista de intenção de comparecimento, para que o evento possa ser mais bem organizado. Acredito que seja possível divertir-se com respeito às regras de boa convivência.”

tEcnoLogia: do acESSo À tV E À intErnEt naS ÁrEaS comunS Antes de pensar na festa coletiva, os síndicos precisam avaliar se a estrutura de rede para acesso aos canais de televisão e à internet estará funcionando plenamente nas áreas comuns, além de avaliar a possibilidade de disponibilizar o serviço aos moradores. O analista de sistemas e consultor João Carlos Bezerra de Sousa comenta abaixo algumas alternativas presentes no mercado. Direcional Condomínios – Como disponibilizar rede WI-FI nas áreas comuns (academia, quadra, churrasqueira, salão de jogos, de home theater, espaço gourmet etc.)? João Carlos B. Sousa – O condomínio precisará fazer uma rede de internet e poderá ainda compartilhar alguns serviços com os moradores, como disponibilizar um ponto para cada unidade. Para isso, o síndico precisará de, no mínimo, dois links para acesso à internet, fazendo balanceamento de carga. Assim, todas as unidades vão ter acesso à rede local através do servidor do condomínio, e também poderão ter acesso ao CFTV do condomínio. Direcional Condomínios – Quais as vantagens e desvantagens do serviço? João Carlos B. Sousa – A principal vantagem está na economia para os moradores, que terão um custo mensal baixo para acessar a internet, cerca de R$ 20,00, contra pelo menos R$ 50,00 que eles gastariam, individualmente, na contratação de uma operadora convencional. Já a desvantagem é o valor inicial de implantação, em torno de R$ 400,00 por condômino. Direcional Condomínios – Que tipos de cabeamento e roteadores são necessários? João Carlos B. Sousa – Com o avanço da tecnologia de rede, temos várias soluções para o acesso à internet, como o cabo UTP, a rede elétrica e o WI-FI. Acredito que este seja menos invasivo aos condomínios, por ser de fácil instalação e dispensar a necessidade de cabeamento. Para a rede WI-FI coletiva, é preciso um servidor e um roteador central, além de roteadores individuais em cada unidade, equipamentos inclusos no investimento de cerca de $ 400,00 por unidade. Mas os equipamentos que serão utilizados dependem muito do projeto, e cada projeto, por sua vez, dependerá da área de cobertura do sinal. Direcional Condomínios – Como garantir bom sinal de TV? João Carlos B. Sousa – Com a disponibilização do sinal da TV digital, que é aberto, em alta definição e que conta com perto de 34 canais, acredito que não exista hoje necessidade de o condomínio arcar com o custo de um pacote de TV por assinatura.


Dica / bebedouro

UM COMPROMISSO COM A SAÚDE DO CONDÔMINO Quando alguns

moradores do Condomínio Passarim forma-

ram, voluntariamente, a “Operação Belezura” (espécie de mobilização feita junto ao síndico para garantir algumas melhorias ao residencial do bairro do Morumbi, em São Paulo), um dos primeiros itens solicitados foi a instalação de bebedouros em pontos estratégicos das áreas comuns. “Nosso empreendimento tem uma extensa área de lazer, com piscinas cobertas e descobertas, quadra poliesportiva, churrasqueira, playgrounds, salões de festa, brinquedoteca etc. Sugerimos ao síndico que fossem colocados bebedouros de pressão (de inox) em todos os espaços comuns. Tínhamos apenas equipamentos na academia, brinquedoteca e salão de festas. A solicitação foi atendida”, relata a moradora Claudete Oliveira, uma das organizadoras do movimento, que espera a instalação dos novos aparelhos ainda neste mês de fevereiro, inclusive em substituição aos anteriores. Item aparentemente corriqueiro ao dia a dia da gestão condominial, os bebedouros também devem receber atenção dos síndicos, especialmente em relação aos prazos de troca dos filtros e à certificação oficial. No primeiro caso, a recomendação é monitorar as reposições “através de planilhas, da mesma forma como acompanhamos os períodos de recargas dos extintores”, aconselha o síndico profissional Mauro Possatto, que atende hoje a seis empreendimentos, entre eles, o La Dolce Vita Nuova Mooca. Ele diz que também não se pode negligenciar a manutenção do entorno de onde o equipamento está instalado, “pois a assepsia do local é essencial para que se evite a presença de roedores e insetos”. Já o Inmetro, órgão de certificação oficial do governo brasileiro, inclui os bebedouros entre os aparelhos de melhoria da qualidade da água para consumo humano e aponta que sobre eles recaem normas do Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC), com o objetivo de garantir a saúde do usuário. Conforme a Portaria Inmetro 93/2007, todo bebedouro, purificador ou filtro fabricado ou importado no Brasil deve estar em conformidade com os requisitos estabelecidos no RAC, o qual, por sua vez, atende às NBR’s 14.908/2004 e 15.176/2004, normas da ABNT. O órgão esclarece ainda que as informações presentes em seu selo “servem para orientar os consumidores quanto ao produto que melhor atende às suas necessidades”, e sobretudo, à saúde, indicando índices de retenção de

LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - As vantagens e desvantagens de cada modelo de bebedouro, conforme análise da designer de produtos Maíra Eloá. No link da Edição 187.

Próxima Edição ELEVADOR – MODERNIZAÇÃO.

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partícula, redução de cloro livre e eficiência bacteriológica. (Por R.F.)

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Dica / iMPerMeabiLiZaÇÃo – DiaGNÓSTico e PreScriÇÃo

PROCEDIMENTOS ORIENTAM E TRANQUILIZAM O SÍNDICO Por Rosali Figueiredo Fotos Engo Roberto Boscarriol Junior

o tEma da impermeabilização é um dos mais comuns quando se fala em obras em condomínios, e também dos mais polêmicos. Isso porque, a origem dos problemas se encontra muitas vezes bem longe de onde eles costumam se manifestar, avalia o engenheiro civil Roberto Boscarriol Junior. Os sinais de bolor, infiltração, desplacamento e corrosão acabam aparecendo em áreas distantes do ponto inicial de uma infiltração, por exemplo. Assim, o diagnóstico corre o risco de se tornar impreciso e virar uma sucessão de soluções parciais ou ineficientes, com inevitável insatisfação e prejuízo aos condôminos. Outro aspecto que agrava a situação e que gera novo problema - o desencontro dos orçamentos apresentados pelos prestadores de serviços, é que falta no País a cultura da inspeção predial, avalia Flávia Zoéga Andreatta Pujadas. Também inexiste o hábito de se contratar um projeto Direcional Condomínios | Fevereiro 2014

executivo de engenharia antes da cotação das obras, completa Flávia,

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engenheira e presidente do Ibape (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo). Flávia atua ainda como secretária de uma Comissão de Estudos da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que está desenvolvendo uma norma para inspeção predial. “A inspeção é uma ferramenta de gestão predial, que ajuda a definir a prioridade de obras, mesmo que a construção esteja dentro do prazo de garantia; ela diagnostica problemas e os danos decorrentes deles, entre eles, os de impermeabilização.” Mas a inspeção não serve para mostrar ao síndico a melhor solução, ressalva a presidente do Ibape, pois somente um projeto técnico posteriormente desenvolvido por um especialista fornecerá


Dica / iMPerMeabiLiZaÇÃo – DiaGNÓSTico e PreScriÇÃo ao gestor o diagnóstico preciso do que deverá ser feito. “O projeto irá apontar origens e soluções de acordo com a estrutura do prédio e seu perfil.” Servirá ainda como uma base técnica para o síndico, que deverá solicitar os orçamentos a partir desse escopo único, o qual, inclusive, determinará as intervenções que o prestador de serviços terá que executar. Ou seja, inspeção predial e projeto executivo representam dois caminhos iniciais fundamentais para a correção das patologias em impermeabilização. “O não investimento em projeto é uma decisão gerencial muito ruim”, observa Flávia. A presidente do Ibape faz questão de esclarecer, por outro lado, que a inspeção predial não cumpre com uma função de perícia. Seus resultados não devem ser apresentados como laudo para que se pleiteiem reparos às construtoras.

o mínimo QuE o gEStor dEVE SabEr Um primeiro ponto que os síndicos devem considerar quando se trata do assunto, é que os sistemas impermeabilizantes são essenciais para garantir a vida útil das estruturas, aponta o engenheiro Boscarriol. Eles a ação corrosiva da água. Boscarriol lembra aos síndicos que todo sistema construtivo possui um ciclo de vida útil – que pode ultrapassar a 20 anos no caso da impermeabilização (com garantia de cinco anos) -, e que, ao longo do tempo, serviços de manutenção e obras corretivas podem ajudar a prolongar ou, ao menos, a manter esse prazo. A engenheira Flávia complementa que o mínimo da vida útil da impermeabilização situa-se num intervalo entre dez e 15 anos, podendo então chegar a muito mais, “pois existem vários sistemas e cada um é projetado por uma diversidade de materiais. Somente o projetista é quem irá determinar essa vida útil”, diz. E é claro que isso poderá ser comprometido pelo mau uso, pelas demais obras do condomínio ou pela

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configuram uma espécie de capas protetoras, que impedem infiltrações e

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Dica / iMPerMeabiLiZaÇÃo – DiaGNÓSTico e PreScriÇÃo falta de manutenção. Além disso, é preciso verificar se o próprio sistema foi bem construído. Finalmente, existe a atuação dos chamados agentes naturais de degradação, como a proximidade com a orla marítima, grandes variações de temperatura, os índices pluviométricos etc. Boscarriol complementa, observando que “a água é o principal elemento provocador da degradação das construções. Ela atua como o próprio agente agressivo, ou age como veículo condutor de outros agentes (ácidos, sais, álcalis etc.)”. Desta forma, na tabela a seguir, ele apresenta as principais patologias sobre a impermeabilização. Impermeabilização – Patologias: áreas mais atingidas e principais causas ONDE OCORRE

CAUSAS

Fundações

Ascensão capilar de água e minas ou do lençol freático

Juntas de dilatação

Infiltração de águas de lavagem ou da chuva

Lajes do térreo e cobertura

Infiltração da chuva

Jardineiras

Infiltração por danos mecânicos

Áreas molhadas (banheiros, áreas de Infiltração proveniente do andar de cima, da tabulação de esgoto (águas serviço etc.) usadas) etc. Caixas d’agua e de esgoto

Através de contaminação

Fonte: Engo Roberto Boscarriol Junior

Conforme orienta Boscarriol, uma forma de entender melhor o que gera essas ocorrências é buscar informações no próprio projeto original do edifício, no histórico de intervenções do condomínio e se respaldar em catálogos dos produtos e serviços, normas e leis, conhecimentos anteriores e nos planos e especificações dos fabricantes. A esse conjunto ele dá o

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nome de acervo técnico ou hobby-corner (na definição em inglês).

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O Engo Roberto Boscarriol Junior utiliza a imagem acima para ilustrar como “a deterioração da armadura de uma laje cria um ambiente de insegurança e desvalorização patrimonial junto ao condômino”.


Dica / iMPerMeabiLiZaÇÃo – DiaGNÓSTico e PreScriÇÃo PrEocuPação com o PatrimÔnio Síndica do Condomínio Edifício Cinderela, um prédio de quase 60 anos do bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo, Maria das Graças Amaral de Mello prepara-se para uma importante obra de impermeabilização no local. A garagem do subsolo apresenta uma pequena infiltração, indicando que a manta da superfície, ainda a original, em pastilhas, teve sua vida útil expirada há muito tempo. “Está na hora de mexer em tudo”, diz. A síndica conta que chegou a receber orientação de um técnico para quebrar apenas um pequeno trecho próximo da área da infiltração, mas acredita que o certo seja mesmo renovar o sistema todo e, assim, apresentar uma solução mais definitiva aos condôminos. Já a síndica Claudette Leonarda Reis, do condomínio Edifício João Teixeira Filho, situado na Av. Angélica, próximo da Paulista, irá enfrentar duas futuras obras em impermeabilização: na cobertura, restituindo aos condôminos o antigo solário, que foi desativado em gestões anteriores, e nos subsolos. Na cobertura, ela terá que refazer o sistema, pois, segundo Claudette, é possível observar, ao tirar pedaços do contrapiso, a manta esfarelando. Acabou a vida útil, destaca. Ela também tem problemas nas garagens, do primeiro para o segundo subsolo. Claudette relata que fendas se abriram nos pontos em que o contrapiso tem estruturas em madeira, transformando-se em pequenas rachaduras. O resultado é que a água eventualmente infiltra para o segundo nível, onde já é possível observar a argamassa estufada ou com bolhas. “Nada que coloque a edificação em risco”, pondera. Entretanto, Claudette já está se programando para atacar o problema e colocar a casa em ordem.

FIQUE ATENTO – NORMAS ABNT A impermeabilização é tema de pelo menos 30 normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), mas as duas principais são as NBR 9.574 (a primeira versão é de 1985) e 9.575/2003. Elas definem conceitos e um grande escopo de informações para embasar o desenvolvimento de um bom projeto. Há dezenas de outras normas relacionadas a obras na construção civil, no entanto, as NBR’s 14.037/2011 e 5674/2012 podem ajudar bastante nas decisões relativas aos sistemas de impermeabilização, pois tratam, respectivamente, da elaboração de manuais de manutenção preventiva e de gestão desses trabalhos. E entre as novas normatizações, que estão para ser lançadas pela ABNT, se encontra uma NBR específica para reformas. Esse assunto será retomado nas edições de março e abril da revista

LEia maiS, Em www.direcionalcondominios.com.br: VEJA NO LINk MAtéRIAs/IMpERMEAbILIZAÇÃO: - As MELhOREs sOLuÇÕEs EM IMpERMEAbILIZAÇÃO E cOMO fAZER A gEstÃO DAs ObRAs, ENtRE MuItOs OutROs AspEctOs RELAcIONADOs AO tEMA.

Próxima Edição IMpERMEAbILIZAÇÃO - MANutENÇÃO

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Direcional Condomínios.

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ADMINISTRAÇÃO

ZELADOR (A) FIRMEZA! Por Rosali Figueiredo O Dia do Zelador (em 11 de fevereiro) merece ser lembrado por histórias como as do Sr. Antonio (com mais de quatro décadas de trabalho) e de Da. Lúcia, uma das raras mulheres na atividade. Ambos demostram que estabilidade e segurança são dois dos grandes benefícios que a profissão proporciona à gestão condominial.

Enzo Pasqualetti (à esq.), economista que assumiu o cargo de síndico aos 25 anos, encontra grande apoio no trabalho de Sr. Antonio Irineu da Silva, zelador com mais de 40 anos de profissão.

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Quando apresentam seus currículos a vagas de zeladores,

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os profissionais costumam destacar habilidades em soldas, hidráulica, elétrica, pinturas, em manutenção de piscinas, no básico em informática etc. Mas existe algo que eles não costumam registrar como parte de seu trabalho, e está muito presente no dia a dia do condomínio: o zelador é o profissional que propicia estabilidade e segurança à gestão do síndico. No caso do jovem gestor Enzo Pasqualetti, que assumiu o cargo de síndico do Residencial Wonderful em abril de 2013, aos 25 anos, o zelador entrou como peça-chave a uma administração que precisava resolver muitas pendências da área de manutenção e um caixa zerado. “Estar junto com Sr. Antonio compensou minha falta de experiência”, anota Enzo. O síndico credita a essa sintonia o fato de ter conseguido dar andamento “a 70% dos problemas que estavam parados” e reverter a situação financeira do condomínio. Sr. Antonio é paraibano, registrado Antonio Irineu da Silva, e chegou a São Paulo em 1970, com 19 anos, aonde encontrou destino na construção civil. Mas logo a cidade lhe permitiu conhecer a profissão de zelador, pela qual amealhou um considerável

patrimônio. Aposentou como zelador em um edifício na Vila Olímpia, onde trabalhou por doze anos. Em um prédio anterior, havia ficado duas décadas. Com 63 anos, três filhos adultos, “dois formados e um se formando em Engenharia na Federal da Paraíba”, Sr. Antonio é orgulhoso da profissão que lhe permitiu grande ascensão social e econômica e não pensa em parar. “Comecei num prédio simples, sem nenhuma tecnologia na portaria, tive que fazer cursos ao longo do tempo para acompanhar o desenvolvimento disso tudo, mais de 20 ao todo”, lembra. SINTONIA NO ENCONTRO DE GERAÇÕES No Residencial Wonderful, empreendimento de quatro anos e 36 unidades, localizado no Jardim Avelino, região da Vila Alpina, zona Leste de São Paulo, ele acompanhou o processo de implantação do condomínio, com ampla área de lazer. Também foi um dos grandes incentivadores a que o jovem Enzo se candidatasse ao cargo de síndico. É um encontro de gerações fazendo história. Na relação entre ambos, destacam-se a lealdade, transparência e apoio, compromissos que atendem ao lema do “foco em solução”, adotado pelo síndico. “Ele é um excelente zelador, resolve e pronto”, define Enzo, que mora no Wonderful há cerca de dois anos e de pronto acabou se envolvendo com a administração do condomínio, primeiro como conselheiro. Economista, Enzo atua como consultor de empresas em desenvolvimento humano, com ênfase em neurociência (área pela qual realiza mestrado na Universidade Federal do ABC). E qual a receita para uma boa gestão condominial? Enzo não demora em responder: “É preciso uma ligação forte entre o síndico, a administradora e o zelador. Se isso não estiver sintonizado, o condomínio não funciona”. Ele ressalta ainda que o síndico precisa dar aval ao zelador. E este profissional, qual deve ser seu perfil? “Ele precisa ser cordial, ter jogo de cintura e discrição, saber contornar, possuir carta branca para contratar ou demitir funcionário (tendo comando sobre a equipe) e ter imenso cuidado com a portaria”, responde Sr. Antonio. É indispensável também conhecer hidráulica, elétrica etc., arremata ele, completando: “E ser fiel, transparente, buscar sempre a solução, ter boa apresentação pessoal, vestir-bem e apoiar o síndico”.


aDMiNiSTraÇÃo

A zeladora Lúcia Helena C. de Souza (foto ao lado) atua há quatro anos como zeladora do Condomínio Residencial Porto Príncipe, localizado na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo. É muito raro localizar uma mulher nesta profissão, seja pela falta de costume ou até mesmo pelo preconceito corrente em se ver chaves de fenda em mãos femininas. Lúcia conta que começou a trabalhar em condomínio na função de porteira, onde permaneceu por seis anos. Foi em outro edifício, no São João. “Eu era diarista de um apartamento e já fazia alguns reparos ali e no sítio de minha patroa, que me indicou a uma vaga que surgiu na portaria. A síndica resolveu então apostar em mim, fui a primeira porteira da cidade. O preconceito acabou surgindo de uma moradora, que dizia que eu colocaria em risco a segurança do condomínio, mas, graças a Deus e à minha força de vontade, ela reconheceu minha competência.” Quando porteira, Lúcia começou a fazer cursos de segurança, atualizados a cada ano. Já os serviços de hidráulica e elétrica foram aprendidos muito cedo, com doze anos. Por vontade de continuar aprendendo e também por necessidade, Lúcia lembra que partiu em busca de “mais conhecimento com profissionais da área”. A oportunidade para a zeladoria surgiu no Porto Príncipe, logo após começar a trabalhar como faxineira. “O síndico da época e um morador me ofereceram a vaga depois de 15 dias. Estou há quatro anos, sou muito quista por todos, tenho critérios na hora de buscar orçamento com prestador de serviço, como honestidade e competência. Além disso, faço todos os pequenos reparos: podo a grama; conserto válvulas hidra; instalo e troco resistências de chuveiros; faço pequenas pinturas em paredes e nos portões, quando estão muito sujos; substituo tomadas, interruptores e lâmpadas; troco engates das torneiras; instalo ducha higiênicas etc.” Aos 46 anos, Lúcia é mãe de dois filhos, Danieli, hoje porteira no Porto Príncipe, e Vítor. E pretende aprimorar ainda mais seus serviços, anunciando que irá fazer seu primeiro curso de eletricista neste ano. “Espero dar conta!” (R.F)

O PERFIL MÍNIMO DO PROFISSIONAL O padrão dos condomínios mudou muito nos últimos anos, impondo novas demandas às áreas administrativa, de manutenção e segurança. O perfil do zelador também passou por transformações, exigindo hoje alguns requisitos que são destacados a seguir pelo administrador Marcio Bagnato.

FORMAÇÃO ESCOLAR “Precisa ter no mínimo o 2º grau completo, mas temos casos de grandes condomínios (por exemplo, comerciais e condomínios-clube) que exigem nível superior, com salários mais elevados.”

CURSOS DE ELÉTRICA, HIDRÁULICA ETC. “É desejável que o zelador realize cursos de especialização ou atualização nos itens de manutenção do condomínio. Muitas vezes o profissional com experiência já conhece os sistemas de um prédio. Mas, de outro lado, as incorporadoras estão investindo em novas tecnologias, o que nem sempre é acompanhado por estes profissionais.”

ZELADOR OU GERENTE? “Dependendo do empreendimento, ele assume o papel de gerente. Isso acontece nos grandes condomínios, onde o fator ‘liderança’ certamente será exigido. Pois sua equipe pode chegar a 20 ou 30 pessoas, entre seguranças, porteiros, manutencistas, faxineiros etc. Então, ele deve se apresentar como um líder, ser o profissional que irá verificar periodicamente os postos de trabalho e cobrar resultados.”

RELAÇÃO COM OS CONDÔMINOS “A relação deve ser sempre de cordialidade, muito solícito. Mas, ao mesmo tempo, de discrição. O zelador deve aparecer somente quando lhe é exigido.”

PLANILHAS EXCEL “Muitos condomínios contam com tecnologias e sistemas de gestão informatizados, exigindo do gerente predial ou zelador conhecimentos básicos de informática.”

FEEDBACK AOS CONDÔMINOS “O importante é que o zelador monitore e registre as reclamações dos moradores, até para saber onde há maior incidência das reclamações, relatando-as ao síndico e a outros membros da administração, para que o trabalho esteja focado nos ajustes.”

ASSISTENTES DE ZELADORIA “Grandes condomínios (acima de 250 unidades) merecem o apoio de um assistente predial, responsável pela parte burocrática da gestão interna, ficando o gerente predial ou zelador responsável pela gestão operacional.” (R.F)

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AS MULHERES COMEÇAM A CHEGAR À ZELADORIA

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SEÇÃO TIRA-TEIMA

UMA UNIDADE DE MEU CONDOMÍNIO OFERECE RISCO DE INCÊNDIO, E AGORA? Notícias sobre incêndios em apartamentos são comuns Brasil afora, colocando vidas e patrimônio em risco. O advogado Paulo Caldas Paes avalia, a seguir, algumas medidas que estão ao alcance dos síndicos para garantir a segurança das unidades e de toda a edificação. 1 – O SÍNDICO PODE EXIGIR O DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ELÉTRICA DAS UNIDADES? Os medidores individualizados de energia possibilitam ao condomínio verificar se o consumo, em uma determinada uma unidade, está muito acima das demais. Caso se constate um consumo exagerado, o síndico poderá solicitar ao condômino o agendamento de uma vistoria. O síndico deve sempre respeitar o direito de propriedade e, mesmo que a Convenção possibilite a vistoria, ela terá que ser autorizada pelo morador.

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2 –DIANTE DE RISCOS IMINENTES DE SINISTRO, QUE PROVIDÊNCIAS TOMAR? O síndico, após solicitar a elaboração de laudo técnico por responsável competente, deverá notificar o condômino para que promova os reparos imediatamente. Caso ele não acate as determinações do condomínio, o síndico deverá recorrer ao Judiciário, solicitando medida cautelar para que o morador faça as obras necessárias.

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3 – SE O FOGO ATINGIR A ÁREA COMUM, O SÍNDICO RESPONDERÁ CIVIL E PENALMENTE? Essa questão deverá ser analisada objetivamente, caso a caso. O síndico, como representante e responsável pelo condomínio, deve verificar e solucionar potenciais riscos, porém, tratando-se de área privativa, nem sempre é possível identificar a situação real e propor soluções imediatas. Se a responsabilidade pelos reparos da área comum for imposta ao condomínio ou ao síndico, caberá a ele o direito de regresso contra o proprietário da unidade causadora do incêndio. Contudo, na esfera criminal, não vejo a possibilidade de o síndico ser responsabilizado, mesmo que ocorra dano patrimonial ou pessoal.


coLuNa

SUSPEITO DE CONSUMO DE DROGAS NAS ÁREAS COMUNS, E AGORA? Por Hernán Vilar e Nelson Luiz Raspes pensamos num eventual consumo de drogas em nossos condomínios, o que normalmente nos vem à mente são as drogas ilícitas, como maconha, cocaína e, mais recentemente, o crack. Uma das causas de fazermos essa associação tão espontânea é que vemos pelas ruas, praças e parques grupos de jovens fumando maconha livres de qualquer coerção ou orientação. Contudo, há de se ter em mente que as drogas são divididas entre as lícitas, como o cigarro e o álcool, e ilícitas, conforme citado acima. As drogas lícitas residem conosco em nossas casas e muitas vezes convivemos com elas, somos condescendentes com seu uso como se os hospitais não estivessem abarrotados de pacientes morrendo de cânceres pulmonares e hepáticos decorrentes delas. E, em grande parte dos casos, nós consumimos drogas na frente de nossas crianças e adolescentes, o que nos desacredita na hora de estabelecermos limites. E como isso chega às áreas comuns dos condomínios? Com os pais trabalhando diuturnamente, as crianças e adolescentes, quando não deixados à própria sorte, ficam sob a observação dos empregados domésticos ou do condomínio. Neste sentido, caso o consumo de cigarros ou álcool ocorra nos apartamentos e ali fiquem restritos, caberá aos pais ou responsáveis identificarem o problema e prontamente agirem para entender suas causas, sem qualquer receio ou preconceito de recorrer a um psicólogo ou outro profissional da saúde para revertê-lo. Obviamente, os jovens fumam ou bebem para serem vistos e notados ocupando seu espaço social, seja confrontando as regras ou estabelecendo sua própria identidade. Isto quer dizer que mesmo que consumam drogas lícitas no apartamento, eles dali sairão para mostrar aos outros jovens sua afronta ou arrumarão qualquer outra razão para demonstrarem sua rebeldia. Aí poderão começar os problemas do condomínio. Mas vamos pensar que os jovens não causem problemas, porém, de outro lado, que os funcionários notem alterações de voz ou humor, com gritos e risadas desproporcionais ou atitudes

estranhas como sinais de embriaguez. Neste momento torna-se muito importante que tal fato seja relatado ao síndico. Este, por sua vez, deverá levá-lo ao conhecimento dos pais ou responsáveis, para que tomem as devidas providências. Contudo, caso os funcionários notem que haja problemas recorrentes desse consumo, talvez até mesmo o agravamento de uma condição que aparentemente parecia sob controle, uma medida mais abrangente poderá ser necessária. Neste momento, é recomendável a abordagem do problema através de um psicólogo ou outro profissional da saúde, que esteja capacitado para lidar com tal situação, interagindo com os jovens. Através destas interações será possível entender a origem do problema e propor linhas de ação. Proibir os jovens de utilizarem as áreas comuns ou mesmo dispersá-los é o mesmo que tapar o sol com a peneira, pois se muda o problema de lugar sem que se proponha uma intervenção que seja capaz de resolvê-lo. Talvez migrando para outros ambientes, os jovens acabem então definitivamente livres para utilizar drogas ilícitas mais pesadas. Em face do que foi relatado, faz-se necessário refletir profundamente sobre a necessidade de realizar, nos condomínios, trabalhos elucidativos sobre o que significa dependência química, objetivando prevenir e remediar a propagação desta doença nos lares dos condôminos, bem como realizar um trabalho de orientação aos pais de como devem lidar com ela caso passem a vivenciar este problema ao longo da vida.

HErnÁn ViLar é psicólogo com Pós-Graduação em Administração de Empresas pela FGV. Atua como consultor nas áreas de Gestão de Pessoas, Empresas e Conciliação de Conflitos. Mais informações: hern@nvilar.com.br

nELSon LuiZ raSPES é psicólogo graduado há 20 anos e há treze atua junto ao Centro de Tratamento Bezerra de Menezes, onde teve formação em dependência química. Mais informações: nelsonpsico@ hotmail.com

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Quando

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DICA / INCÊNDIO – PREVENIR É PRECISO

UM ANO APÓS TRAGÉDIA NA BOATE KISS, IMPROVISOS CONTINUAM As notícias

de incêndios nas edificações continuam frequen-

tes no Brasil, mesmo depois de o País ter sido sacudido por uma tragédia irreparável: o fogo na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que provocou a morte de 242 jovens, a maioria universitários, e deixou ao menos 42 com graves sequelas físicas ou respiratórias. O sinistro ocorreu na noite de 27 de janeiro de 2013 e, de lá para cá, mesmo que debates acalorados tenham dominado a mídia, poucos resultados concretos foram gerados. Ainda não houve nenhum responsável preso ou condenado em Santa Maria (e qualquer autoridade pública indiciada), e os incêndios prosseguem, fazendo vítimas ou deixando prejuízos. No último dia 22 de janeiro, por exemplo, o fogo atingiu apartamentos em dois andares de um prédio residencial próximo da estação de trem Júlio Prestes, centro de São Paulo. Dois meses antes, em novembro passado, outro edifício de moradias teve que ser evacuado também na área central, depois que o fogo se alastrou a partir de uma academia de ginástica localizada no térreo. E o Auditório Simon Bolívar, pertencente ao Memorial da América Latina, foi devastado pelas chamas. Segundo a cobertura dos jornais da época, o incêndio no auditório foi agravado por uma conjugação de fatores negativos, como brigadistas mal preparados, falta de água nos hidrantes e inexistência de saída de emergência, o que dificultou o trabalho dos bombeiros.

PROBLEMAS EM USOS E COSTUMES Para a arquiteta Vanessa Pacola Francisco, que coordenou uma cartilha de inspeção para os sistemas de incêndio, lançado há pouco tempo pelo Ibape-SP, falta uma cultura preventiva aos brasileiros. De outro lado, sobram improvisos. No caso dos imóveis residenciais, Vanessa pontua que a principal origem das ocorrências vem do mau uso da rede elétrica e dos equipamentos, bem como da mania de se apelar às velas em situações de apagões. “Não existe entre nós, por exemplo, a cultura de usarmos blocos autônomos nas unidades, uma solução bastante empregada nas saídas de Direcional Condomínios | Fevereiro 2014

emergência para a falta de energia. Dentro de casa deveríamos ter pelo

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menos um bloco autônomo, apropriado, carregado, que substituísse a vela”, explica Vanessa. Coordenadora da Câmara de Inspeção Predial do Ibape (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo), Vanessa preocupa-se, também, com a sobrecarga da rede. “Há prédios que sequer foram dimensionados para ter micro-ondas. Assim, na posição do síndico, ele deve ter claras as alterações que estão ocorrendo nas unidades, verificando se estão ou não compatíveis com a rede elétrica da edificação.” O ideal seria promover um levantamento dos aparelhos domésticos em uso em cada unidade e atualizá-lo periodicamente, defende. Outra medida


DICA / INCÊNDIO – PREVENIR É PRECISO importante seria tornar obrigatória a notificação de toda obra ou reforma elétrica que o morador vier a promover no imóvel.

AVCB, UM ATESTADO DE SEGURANÇA Do ponto de vista do conjunto da edificação, o subsíndico e engenheiro eletricista Jair de Andrade propõe aos gestores ficarem especialmente atentos aos condutores elétricos antigos, os quais devem ser substituídos pelo menos a cada 15 anos. Uma dica é checar o consumo, que aumenta nas situações de superaquecimento (e há vários sinais indicando picos de consumo, como desarmes de disjuntores, lâmpadas piscantes e mau funcionamento dos aparelhos). É indispensável ainda observar “remendos” ou “gambiarras”, mas, de outro lado, sempre buscar laudos de especialistas, baseados nas normatizações. O Estado de São Paulo possui uma das legislações mais rígidas na área, o Decreto 56.819/2011, que é acompanhado de dezenas de Instruções Técnicas baixadas pelo Corpo de Bombeiros. Tudo isso está respaldado em parâmetros técnicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas e representa um bom guia para que o síndico obtenha e mantenha atualizado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento obrigatório às edificações. Ele representa um bom atestado de que o sistema preventivo e de combate ao fogo encontra-se em dia.

REFORMAS O prédio do subsíndico Jair de Andrade, condomínio de 50 anos e 40 unidades localizado em Pinheiros, São Paulo, terá que passar por muitas adequações para ficar em dia com o AVCB. Ele já começou o processo, através de uma ampla reforma elétrica, que tomou como base um laudo desenvolvido por um especialista, além de um levantamento dos equipamentos em uso nas unidades. Também foram analisadas as ligações entre as prumadas e cada uma das unidades, onde se descobriram emendas indevidas e precárias. “Fizemos um estudo de carga, depois confrontamos com o consumo dos moradores. Percebemos aí que nosso centro de medição estava fora dos padrões. Quanto à carga, não havia necessidade de seu aumento e o dimensionamento da energia entregue pela concessionária estava correto.” Como resultado de toda essa auditoria, o condomínio partiu para as obras: substituiu o centro de medição e as prumadas de elétrica e agora irá implantar o hidrante, intervenção cara e complexa. E buscará aprovar junto ao Corpo de Bombeiros um projeto preventivo, o qual servirá para orientar obras futu(Por R.F.)

LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - A cartilha “Inspeção Predial: Prevenção e combate a incêndio”, do Ibape-SP. No link da Edição 187; - Como obter o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). No link da Edição 183 (matéria “Incêndio: Preparando-se para evitar o pior”).

Próxima Edição INCÊNDIO - EQUIPAMENTOS

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ras, até que o condomínio esteja pronto para receber o AVCB.

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FiQue De oLHo / QuaDraS

ONDE CONTRATAR PISOS E ACESSÓRIOS Por Rosali Figueiredo

Itens obrigatórios aos condomínios, as quadras precisam de manutenção constante e, às vezes, chega um momento em que é preciso refazer o piso, trocar redes, traves e tabelas, ou mesmo modernizar o conceito de uso do espaço. Confira aqui prestadores que apresentam ampla experiência na área.

CONSTRUSPORT São 23 anos de experiência e grandes clientes: além de condomínios, incorporadoras, clubes desportivos, universidades, academias e hotéis. Assim, a Construsport se tornou uma boa opção aos síndicos para a recuperação ou modernização das quadras. A gerente geral Eunice Setrini diz que a empresa atua com diferentes tipos de pisos (asfáltico flexível monolítico, concreto polido, gramado sintético, PU autonivelante flexível etc.) e acessórios (iluminação, alambrado etc.). Atenta às necessidades atuais dos condomínios, a empresa incorporou ao seu portfólio pistas de skate e atletismo e quadras de squash. Na área de quadras, os serviços vão da construção à reforma, envolvendo modalidades diversas. “Reformamos qualquer tipo de piso, trabalhamos com todos, sem exceção”, destaca Eunice, completando que “qualidade, pontualidade e preço” são as principais vantagens oferecidas pela empresa. Fale com a Construsport: 11 2694-4434 www.construsport.com.br eunice@construsport.com.br

JV ESPORTES No mercado desde 2.000, a JV Esportes investe constantemente no aperfeiçoamento de seus produtos e serviços, visando a “proporcionar a mais alta qualidade aos clientes”. A empresa faz quadras e campos tipo society, mas também fabrica alambrados, redes e estruturas de iluminação. Em relação às quadras, entram em campo serviços como construção, polimento, aplicação de resina, pintura e demarcação em pisos de concreto e asfáltico. Mas a empresa trabalha ainda com piso flexível, um acabamento de camada monolítica autonivelante, composta de resina e tintas especiais em poliuretano (PU). Nos acessórios, a JV Esportes possui linha própria de redes de proteção, além de estruturas de basquete, tabelas e traves. Já os alambrados são feitos com armação em tubos e telas galvanizadas, essas revestidas ainda em PVC. E para deixar a quadra completa, a JV comercializa ainda suportes para refletores e lâmpadas. Fale com a JV Esportes: 11 2946-5553 / 2946-5686 www.jvesportes.com.br comercial@jvesportes.com.br

KENNA SPORTS Expertise é o que não falta à Kenna Sports, empresa que em seis anos conquistou clientes de grande porte, como construtoras e clubes

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desportivos. No item quadras, “trabalhamos com construção, restauração, recapeamento e grama sintética”, enumera o empresário

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Alexandre Leonidas de Souza. Ele destaca que tem uma equipe altamente qualificada e própria a fim de realizar todos os serviços, proporcionando aos condomínios um resultado de grande qualidade. “Somos uma empresa com comprometimento e transparência”, ressalta Alexandre. O empresário anuncia para este ano uma “promoção imperdível”: na compra de um par de tabelas de vidro ou acrílico, o síndico poderá levar aos condôminos um par de redes de futsal fio 4, com tratamento UV nas cores disponíveis em estoque. Alexandre completa que trabalha “com diversos acessórios oficiais para quadras de basquete, tênis, vôlei, poliesportiva etc.” e pisos diferenciados para todo tipo de quadra. Fale com a Kenna Sports: 11 2311-4602 / 2311-4603 www.kennasports.com.br kennasports@hotmail.com


FiQue De oLHo / QuaDraS NG CONSTRUCÕES ESPORTIVAS Um das novatas do mercado, a NG Construções Esportivas acaba de ser criada por Gilberto Ferro, que pretende associar ao nome da empresa toda a experiência que acumulou durante 15 anos na área de quadras, quando atendeu a dezenas de condomínios e escolas. Gilberto trabalhava com outros fornecedores e diz que se animou a montar um negócio próprio para levar ao cliente “diagnósticos corretos e soluções verdadeiras”. Ele afirma que também seus colaboradores trazem muita prática em construção, reforma e acabamento das quadras. E garante que está oferecendo um serviço de qualidade, pois “um resultado bem feito e bonito, deixa o próprio fornecedor satisfeito”. Fale com a NG Construções Esportivas: 11 2052-9420 / 9 7353-5847

POWER SPORTS Também a Power Sports contabiliza grande experiência na área de quadras e completará duas décadas de vida em 2014. Fabricante de acessórios diversos, a empresa atua ainda com construção e reforma, desde a implantação de pisos e alambrados à sua finalização, com redes e iluminação. Os produtos são desenvolvidos conforme a necessidade de cada cliente, com medidas proporcionais e instalações adaptadas. A empresa possui um portfólio variado e consistente tanto na linha de acessórios (traves de futebol, postes para vôlei e tênis, estruturas e tabelas de basquete etc.) como nos tipos de pisos capazes de suportar os efeitos das intempéries. O diretor comercial Cláudio Gonçalves destaca a certificação de qualidade dos acessórios da Power Sports, “todos fabricados de acordo com os padrões e as normas de órgãos públicos como FDE (Fundação do Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), Edif (Departamento de Edificações da Prefeitura do Município de São Paulo), como também das federações e confederações brasileiras e mundiais”. Fale com a Power Sports: 11 2992-6297 / 2295-2582 www.powersports.com.br powersports@powersports.com.br

RENABIAN Às vésperas de completar 18 anos, a Renabian acaba de criar uma divisão de projetos arquitetônicos, com vistas a aprimorar ainda mais os serviços voltados aos condomínios e à construção civil. No segmento de quadras, o empresário Paulo César Moraes destaca as construções, reformas e manutenções, especialmente “de substratos asfálticos, concreto usinado e a restauração de pisos de garagem”. O acabamento pode ser dado por pintura, demarcação em tinta acrílica, verniz e Epóxi, entre muitas outras possibilidades de revestimentos. E para entregar a quadra completa, há diferentes acessórios, como alambrado em estrutura tubular, redes e até mesmo lona plástica para redes de proteção. Em face de toda a expertise acumulada nesse período, os condomínios podem contar, segundo Paulo, com a qualidade dos produtos a serem aplicados pela empresa e na melhor solução para cada substrato. São materiais de qualidade, ressalta o empresário. Fale com a Renabian: 11 2021-2309 www.renabian.com.br renabian@renabian.com.br renabian_quadras@hotmail.com

SOUSA REDES diferentes cores, envolvendo produtos para gol (quadra e campo), vôlei, tênis, proteção lateral e cobertura, cama elástica e piscina de bolinha. A proteção para quadra está entre seus serviços principais, destaca o empresário Paulo Sousa. Segundo ele, a empresa visa ao “pronto atendimento, orçamento imediato e pontualidade na execução dos trabalhos”. A comercialização de seus produtos atinge todo País, mas a instalação abrange somente os condomínios localizados na cidade de São Paulo, explica Paulo. Para se ter uma ideia da variedade de produtos oferecidos pela empresa, as redes para trave de futsal são confeccionadas em nylon polietileno 100% virgem, no fio 2mm, 4mm, 6mm e de corda. Seu formato pode ser oficial ou produzido sob medida na malha 12 cm. Fale com a Sousa Redes: 11 3944-1640 www.sousaredesdeprotecao.com.br sousaredes@terra.com.br

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Especializada no segmento de redes esportivas há mais de 15 anos, a Sousa Redes apresenta uma linha bastante diversificada, em

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ACESSÓRIOS

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ACESSÓRIOS...

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aceSSÓrioS

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aceSSÓrioS, aLaMbraDoS

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aDMiNiSTraDora De coNDoMíNioS, aMorTeceDor De iMPacTo, aNTeNa, aSSeSSoria

MABE

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boMba, caiXa D´ÁGua, coNTroLe De PraGaS

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caDeira, coberTura

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ELÉTRICA...

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eLÉTrica, DeSeNTuPiMeNTo, eLeVaDoreS

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ELEVADORES

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ELEVADORES

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FITNESS...

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FITNESS, GERADOR

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HiDrÁuLica, iMPerMeabiLiZaÇÃo ...

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iMPerMeabiLiZaÇÃo

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iMPerMeabiLiZaÇÃo...

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iMPerMeabiLiZaÇÃo, iNDiViDuaLiZaÇÃo De ÁGua

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INTERFONE...

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iNTerFoNe, MaNuTeNÇÃo PreDiaL

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ATALA


LUZ DE EMERGÊNCIA, PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL...

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IMPERMEABILIZAÇÃO

STELLA SOUZA

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PINTURA PREDIAL...

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL...

BASSO

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PiNTura PreDiaL

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PINTURA PREDIAL...

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PiNTura PreDiaL

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PINTURA PREDIAL, PISOS, PLAYGROUND...

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PLAYGROUND

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PLAYGROUND

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Perícia predial, PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO, RADIOCOMUNICAÇÃO, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, SENSOR DE PRESENÇA, SERRALHERIA

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PINTURA PREDIAL...

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SISTEMA DE SEGURANÇA, TERCEIRIZAÇÃO

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TERCEIRIZAÇÃO...

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TerceiriZaÇÃo

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TERCEIRIZAÇÃO, TRATAMENTO DE PISO

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ÍNDICE Acessórios para Condomínios – 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Administradora – 28 Alambrados - 27 Alarmes – 28, 41, 42, 57, 58 Alarme de Incêndio – 21, 56 Amortecedor de Impacto – 1ª capa, 28 Antena – 28, 41, 42, 57, 58 Armário para Correspondência - 24 Assessoria - 28 AVCB – 21, 56 Benefícios - 06 Bomba d’água - 29 Brigada de Incêndio – 21, 56 Cabinas Primárias – 31, 32 Cadeira p/ Guarita - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 30, 4ª capa Caixa d´água – 29 Caixa de Correio - 24 Câmeras - 28, 41, 42, 57, 58 Carrinho - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Central PABX - 28, 41, 42, 57, 58 Cerca Elétrica - 32, 48, 49, 50, 61, 62, 3ª Capa Circuito Fechado de TV - 28, 41, 42, 57, 58 Coberturas (Policarbonato e toldos) – 30 Coletor para Reciclagem - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Controle de Acesso - 28, 41, 42, 57, 58 Controle de Pragas (Dedetização, Descupinização) - 29 Cortador de Grama - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Curso - 11 Desentupidora - 32 Detecção de Fumaça – 21, 56 Elétrica – 31, 32 Elevadores (Manutenção e Embelezamento) 5, 32, 33, 34, 35

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Equipamentos de Ginástica – 35, 36 Equipamentos de Segurança - 28, 41, 42, 57, 58 Escadas – 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Espelho – 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Espreguiçadeira - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Esquadrias de Alumínio - 56 Esquadrias de PVC - 56 Extintores – 21, 56 Fechadura Digital - 28, 41, 42, 57, 58 Ferramentas - 2ª capa, 24, 25, 26, 27 Fita Anti derrapante - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Fitness – Equipamentos – 35, 56 Garagem – 1ª capa, 28 Gerador – 7, 36 Ginástica – 35, 5 Grama Sintética – 15, 54, 55 Guarda Sol - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Hidrantes – 21, 56 Hidráulica – 20, 37 Higiene e Limpeza - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Iluminação de Emergência – 44 Inspeção Predial - 56 Impermeabilização – 12, 13, 14, 37, 38, 39, 40 Incêndio – 21, 56 Individualização de Água - 40 Interfone - 28, 41, 42, 57, 58 Lâmpada – 2ª capa Lavadora de Alta Pressão - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Lavanderia – 3ª capa Livro - 62 Lixeiras - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Luz de Emergência – 44 Manutenção Predial – 42 Material de Construção – 2ª capa

Material Elétrico – 2ª capa Mop´s - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Móveis – 30 Perícia Predial – 56 Pintura Predial (Reforma, Restauração, Tratamento) – 18, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53 Piso – 53 Playground – 15, 53, 54, 55 Portão (Automatização, Manutenção, Instalação) - 28, 41, 42, 57, 58 Prevenção Contra Incêndio – 21, 56 Pressurização de Escadas – 21, 56 Produtos de Limpeza – 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Proteção Contra Incêndio – 21, 56 Quadra Poliesportiva (Projeto, Manutenção e Reforma) - 27 Quadros de Aviso - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Radiocomunicação - 56 Recuperação Estrutural - 56 Redes de Proteção - 27 Restauração de Fachadas – 18, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53 Saco p/ Lixo - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Segurança contra incêndios – 21, 56 Sensor de Presença – 44 Serralheria - 56 Sistemas de Segurança - 28, 41, 42, 57, 58 Tapete - 2ª capa, 24, 25, 26, 27, 4ª capa Terceirização de Serviços – 58, 59, 60, 61 Tratamento de Piso – 18, 61 Uniforme – 04 Vale Refeição - 06 Vale Transporte - 06


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