Revista Direcional Condomínios

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Editorial

EDITORA Rosali Figueiredo DIRIGIDA A Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings PERIODICIDADE MENSAL exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCULAÇÃO São Paulo e Grande São Paulo JORNALISTA RESPONSÁVEL Rosali Figueiredo MTB 17722/SP jornalista@condominio.inf.br REPORTAGEM Luiza Oliva MTB 16.935 FOTO DE CAPA João Elias ASSINATURAS Catia Gomes João Elias atendimento@condominio.inf.br GERENTE COMERCIAL Alex Santos alex@condominio.inf.br DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabian Mesquita Patricia Saccomani Ricardo Pinheiro ASSISTENTE DE VENDAS Emilly Tabuço ATENDIMENTO AO CLIENTE Claudiney Fernandes João Marconi Juliana Jordão DIRETOR DE ARTE Jonas Coronado ASSISTENTE DE ARTE Rodrigo Carvalho IMPRESSÃO Prol Gráfica ASSINATURA ANUAL R$ 180,00

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Para anunciar, ligue: (11) 5573-8110 Tiragem auditada por Filiada à

Caro Leitor, Pelo segundo ano consecutivo, a Direcional Condomínios presta sua homenagem às mulheres síndicas, trazendo-as na reportagem de capa, a partir de um encontro que promovemos no último dia 24 de fevereiro em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Sob o pretexto de um alongado e bem servido café da manhã, o propósito foi o de mais uma vez reuni-las para que pudessem relatar suas experiências, trocar informações, passar dicas, tirar dúvidas, ensinar e também aprender um pouco mais. Pois as mulheres têm uma participação cada vez maior na gestão dos condomínios, são fontes constantes nestas páginas editoriais, sejam como síndicas, profissionais e gerentes prediais, além de exigentes compradoras de nossos anunciantes. “A homenagem foi muito bem-vinda já que nos condomínios sofremos a pressão do pessoal do 'contra', desmerecendo o trabalho do síndico, principalmente quando se é mulher, como se a capacidade, a vocação, o talento e a paixão com que fazemos as coisas dependesse do gênero da pessoa”, comentou a síndica Rejane de Albuquerque. Na verdade, as mulheres dão sim um toque especial à administração condominial. Seu senso de organização e seu dom natural pelo “cuidar do outro” acabam constituindo o perfil de uma síndica muito presente nos assuntos diários dos condomínios e bastante interessada nos pormenores. Outra marca própria é a da persistência, conforme pode ser observada em alguns dos relatos que a reportagem de capa reproduz nesta edição. Além, claro, da disposição ímpar de se colocar a casa em ordem, função que exercem de forma incansável, sempre buscando conciliar as inovações com o equilíbrio orçamentário. Esta é uma característica que mexe muito com os próprios fornecedores, pois as síndicas os desafiam a aprimorarem constantamente os serviços e produtos oferecidos aos condomínios. Também a Direcional Condomínios segue nesta direção, procurando inovar, incrementar e/ou introduzir novos serviços. Neste ano, além de ter ampliado o café da manhã em homenagem às síndicas, realizará o seu 4o Direcional Síndicos em local maior que nas versões anteriores (confira em anúncio na pág. 23) e irá promover quatro cursos gratuitos aos anunciantes, de “Excelência no Atendimento aos Clientes” (mais informações no site www.direcionalcondominios.com.br). “Conhecemos a eficácia de nossos anúncios, por termos tiragens auditadas e uma distribuição dirigida a segmentos de alto poder de compra, por isso queremos que o anunciante usufrua e potencialize esse retorno que recebe”, explica Sônia Inakake, diretora do Grupo Direcional. Já nessas páginas impressas, a novidade fica por conta da introdução de uma Coluna de opinião, que será redigida ao longo do ano e em sistema de rodízio por renomados especialistas em direito e gestão condominial, especialmente convidados pela Direcional para analisarem temas polêmicos. Começamos com um texto de autoria do advogado Michel Rosenthal Wagner sobre os poderes e as responsabilidades dos síndicos nas assembleias. E nas demais reportagens, falamos sobre as máquinas e as ferramentas indispensáveis à manutenção diária dos condomínios, a impermeabilização com mantas, a coleta seletiva de lixo, os playgrounds, além dos equipamentos e serviços de prevenção a incêndio, em um bem cuidado e variado cardápio de assuntos do interesse do nosso público. Uma boa leitura a todos, Rosali Figueiredo

Sumário 05. Informe Publicitário: ................................................................................. Seciesp

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

R. Vergueiro, 2.556, 7º andar - conj. 73 Cep 04102–000 - São Paulo – SP Tel.: (11) 5573-8110 Fax: (11) 5084-3807 E-mail: faleconosco@grupodirecional.com.br www.direcionalcondominios.com.br

06. Dica: .....................................................................................Coleta Seletiva de Lixo 08. Capa: ............................................................Homenagem da Direcional às Síndicas 14. Dica: ..............................................................................Impermeabilização: Mantas 16. Informe Publicitário: ...........................................................................Vedasempre 18. Manutenção: .................................................................Máquinas e Equipamentos 20. Fique de Olho: .........................................................Equipamentos contra Incêndio 22. Dica: ...................................................................................Playground: Brinquedos 24. Coluna: .....................................................................Assembleias nos Condomínios

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DIRETORES Sônia Inakake e Almir C. Almeida

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Índice

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Administradora 30 Acessórios para Condomínios 7, 26, 27, 28, 29 Água 30 Alambrados 31 Alarmes 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Amortecedor de Impacto 30 Antena 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Aquecimento Central de Água 33, 43 Assessoria 30 Atividade Física 6, 30 AVCB (Auto de vistoria do Corpo de Bombeiros) 36, 53, 3ª Capa Bancos para Jardim 7, 26, 27, 28, 29 Barras Antipânico 36 Bebedouro 7, 26, 27, 28, 29 Bituqueiras 27 Bomba d’água 31 Brigada de Incêndio 36, 53 Cadeira p/ Guarita 26 Cabinas Primárias 33, 43 Caixas de Correio 7, 26, 27, 28, 29 Câmeras 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Carrinho 7, 26, 27, 28, 29 Central PABX 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Centro de Medição 33, 43 Cerca Elétrica 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Circuito Fechado de TV 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Coberturas (Policarbonato e toldos) 31, 32 Coletor para Reciclagem 7, 26, 27, 28, 29 Controle de Acesso 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Controle de Pragas (Dedetização, Descupinização) 32, 33 Cortador de Grama 7, 26, 27, 28, 29 Desentupidora 37 Diesel para Gerador 38 Elevadores (Manutenção e Embelezamento) 4, 12, 13, 34, 35, 36 Elétrica 33, 43

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Equipamentos de Ginástica 33 Equipamentos de Segurança 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Escadas 7, 26, 27, 28, 29 Espelho 7, 26, 27, 28, 29 Espreguiçadeira 7, 26, 27, 28, 29 Esquadrias de Alumínio 53 Esquadrias de PVC 53 Envidraçamento de Sacadas 33 Extintores 36, 53 Fechadura Digital 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Fechamento de Sacadas 33 Ferramentas 7, 26 Fita Antiderrapante 7, 26, 27, 28, 29 Fitness – Atividade Física 6, 30, 33 Fitness – Equipamentos 33 Gás 11, 37, 42 Gerador 33, 38, 43 Ginástica 6, 30, 33 Grama Sintética 22, 49, 50, 51 Guarda-Sol 7, 26, 27, 28, 29 Hidráulica 37 Higiene e Limpeza 7, 26, 27, 28, 29 Iluminação de Emergência 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Impermeabilização 14, 15, 16, 17, 38, 39, 40, 3ª Capa, 4ª Capa e Capa Promocional Individualização de Água 42 Individualização de Gás 11, 37, 42 Interfone 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Lâmpada 7, 26 Lavadora de Alta Pressão 7, 26, 27, 28, 29 Lixeiras 7, 26, 27, 28, 29 Manutenção Predial 42, 43 Material de Construção 26 Material Elétrico 7, 26 Molas Hidráulicas 36 Monitoramento 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Mop´s 7, 26, 27, 28, 29

Indice

Móveis 26, 43 Paisagismo 43 Pára-raios 43 Perícia Predial 51 Pintura Predial (Reforma, Restauração, Tratamento) 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 3ª Capa e Capa Promocional Piscina 26 Piso 51 Playground 22, 49, 50, 51 Porta Corta-Fogo 52, 53 Portão (Automatização, Manutenção, Instalação) 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Pressurização de Escadas 33, 43 Produtos de Limpeza 7, 26, 27, 28, 29 Proteção Contra Incêndio 36, 52, 53 Quadra Poliesportiva (Projeto, Manutenção e Reforma) 31 Quadros de Aviso 7, 26, 27, 28, 29 Radiocomunicação 53 Recuperação Estrutural – 51, Capa Promocional Redes de Proteção 31 Restauração de Fachadas 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 3ª Capa e Capa Promocional Saco p/ Lixo 7, 26, 27, 28, 29 Sensor de Presença 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Serralheria 53 Sinalização 52 Sistemas de Exaustão 33, 43 Sistemas de Segurança 7, 30, 40, 41, 53, 54, 55, 2ª Capa Tapete 7, 26, 27, 28, 29 Terceirização de Serviços 55, 56, 57, 58 Tintas 7, 26 Tratamento de Água 30 Tratamento de Piso 51 Uniformes 25 Vigilância 55, 56, 57, 58


Seciesp

ELEVADORES X SEGURANÇA

QUAL O PREÇO MÍNIMO PARA SE fAZER UMA bOA MANUTENÇÃO NO SEU ELEVADOR? PARA QUE possamos responder a esta pergunta, precisamos ter em mente as

EMPRESAS PATROCINADORAS

Elevartel (11) 5071-2424 www.elevartel.com.br

considerações abaixo relacionadas.

contato@elevartel.com.br

Uma empresa de manutenção de elevadores necessita contar, obrigatoriamente, no mínimo, com as seguintes condições estruturais:

Monciel

• 01 (um) engenheiro mecânico devidamente registrado no CREA; • Registrar a empresa junto ao CREA; • Obter a concessão da PMSP CONTRU-5 para atuar no mercado, obedecendo ao disposto na lei 10.348/87 e Decretos 33.948/94 e 34.179/94 da PMSP, que implica em possuir, além dos itens anteriores, os seguintes: • Oficina com área mínima, com equipamentos em quantidade e qualidade adequadas; • Linhas telefônicas de acordo com o número de elevadores que a empresa conserva; • Veículos conforme o número de elevadores que a empresa conserva; • Técnicos mecânicos, devidamente registrados de acordo com a CLT, em quantidade que atenda a legislação de acordo com o número de elevadores que a empresa conserva; • Manutenção preventiva mensal; • Atendimento 24 horas por dia, 365 dias por ano; • Comunicação via rádio e ou celular entre a empresa e os colaboradores de campo; • Seguro de responsabilidade civil e seguro dos colaboradores; • Sistemas gerenciais informatizados para o controle efetivo dos diversos tipos de ocorrências, sem os quais se torna impossível prestar um bom serviço. Estas exigências são necessárias para garantir a segurança dos usuários de elevadores. No entanto, geram custos adicionais, que se somam às despesas com manutenção e renovação da frota de veículos, combustível, treinamento dos técnicos, reposição de ferramentas, pagamento de hora extra e adicional noturno em função do atendimento 24 horas, impostos, entre outros gastos diretos. Dentro deste enfoque, o SECIESP, através da contratação de profissionais capacitados, elaborou um estudo técnico com o objetivo de sinalizar para o mercado, qual o valor mínimo para se prestar um bom serviço de manutenção de elevadores, que proporcione segurança aos usuários e retorno sustentável para as empresas. Este estudo resultou nos seguintes preços mínimos:

(11) 3228-8800 www.monciel.com.br Todas as empresas são associadas ao SECIESP

Informe Publicitário

monciel@monciel.com.br

M&M (11) 2165-4600 www.mmelevadores.com.br contato@mmelevadores.com.br

Primac (11) 2942-7479 www.primac.com.br comercial@primac.com.br

Villarta (11) 3346-8811 www.elevadoresvillarta.com.br jomar@villarta.com.br

Zapplift (11) 3849-9000 www.zapplift.com.br zapplift@zapplift.com.br

Para pensar... O valor acima mencionado é caro ou barato? Se considerarmos que, em média, 01 prédio possui 48 apartamentos, temos: R$480,00 ÷ 30 dias no mês = R$ 16,00 por dia. R$16,00 por dia ÷ 48 apartamentos = R$0,33 por família (por elevador). Menos que o valor de um cafezinho para transportar com segurança você e sua família.

Convert (11) 3742-5364 www.convertelevadores.com.br convert@convertelevadores.com.br

Crel (11) 3345-0000 www.crel.com.br crel@crel.com.br

Dê preferência às empresas associadas ao SECIESP, pois a entidade zela pelo bom funcionamento do mercado de elevadores, tendo, entre outras funções, o propósito de balizar as ações de seus associados, por intermédio de seu código de ética. Acesse www. seciesp.com.br e confira.

mais informações no site www.seciesp.com.br LEMBRE-SE: A manutenção ou a reforma do seu elevador não é uma exclusividade da montadora.

Lider em comandos para elevadores

ISO

RECUSE IMITAÇÕES

900

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. Contrato de Manutenção básica (Não inclusas as peças nem os componentes): R$480,00 por elevador. . Contrato de Manutenção Total (Inclusas as peças e os componentes): R$1.100,00 por elevador.

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CONDOMÍNIOS AINDA ENFRENTAM DIFICULDADES EM SÃO PAULO

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DADOS DIVULGADOS pela Prefeitura apontam que o volume de lixo reciclável coletado na cidade de São Paulo cresceu oito vezes desde 2003, quando implantou o Programa de Coleta Seletiva. Em 2010, 41 mil toneladas foram recolhidas pelo serviço municipal, contra 5.300 em 2005. “A Capital produz cerca de 10 mil toneladas diárias de resíduos domiciliares, dos quais 60 % são orgânicos, 20% contaminados e outros 20% passíveis de reciclagem”, informa a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Serviços, a qual está vinculada a Limpurb, órgão responsável pelo gerenciamento do programa. Mesmo, entretanto, que o balanço pareça bastante positivo, os síndicos tiveram muitos problemas em 2010 e, neste ano, ainda que as dificuldades sejam menores, há condomínio registrando falhas no serviço. A engenheira e analista ambiental Gabriela Elias Tischenberg, responsável pelo setor em uma administradora de condomínios, relata, por exemplo, que um cliente acabou de desistir da separação do lixo reciclável “porque a Prefeitura não vinha fazendo a coleta”. O condomínio está localizado na Rua Dr. Barros Cruz, incluso no itinerário oficial da Subprefeitura de Vila Mariana. Segundo Gabriela, dos 400 condomínios que compõem a carteira de clientes em sua empresa, 70% realizam “o trabalho completo de separação e destinação do material”, mas muitos acabam optando por um acordo direto com ONG’s (Organizações Não-Governamentais) para a retirada do lixo. Também o administrador Paulo Sérgio Romani observa clientes enfrentando dificuldades para dar destinação ao material separado. Um condomínio localizado na Rua Lisboa alega ter que recorrer aos carroceiros, mesmo que a rua conste das vias atendidas pelo itinerário oficial na Vila Mariana. Síndico de um edifício localizado na Liberdade, Paulo conta que no ano passado teve que misturar o lixo reciclável ao orgânico durante duas a três semanas em que a concessionária contratada pela Prefeitura interrompeu a coleta. Em ofício recebido do Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura, em junho de 2010, Paulo foi comunicado que “em decorrência da grande dificuldade da equipe em descarregar os materiais recicláveis coletados nas cooperativas cadastradas com a PMSP (já que estas encontram-se com a capacidade de recebimento acima do estimado), a coleta seletiva está sendo prejudicada em alguns momentos”. Aí está o nó. Com 74 dos 96 distritos da Capital atendidos pelo programa, e pelo menos 1.871 condomínios residenciais separando o lixo, as 20 cooperativas atualmente cadastradas para receber, triar, prensar e encaminhar o material chegaram ao seu limite de processamento. “Quatro dessas cooperativas, recémconveniadas, ainda não estão operando por falta de infraestrutura”, afirma Davi Amorim, do Movimento Nacional de Catadores dos Materiais Recicláveis. Faltam caminhões, prensas, balanças, Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e até mesmo finalizar alguns galpões, revela Davi. O quadro é confirmado por Mara Lúcia Sobral Santos, presidente da Cooperativa Nossos Valores. A Prefeitura anunciou dez novas centrais de triagem neste ano e aposta na inauguração, em breve, da nova unidade no bairro da Lapa para aumentar a capacidade do programa e combater as eventuais suspensões. A conferir. (R.F.) Próxima Edição: Iluminação – Projetos

Ilustração: Rodrigo Carvalho

DICA / COLETA SELETIVA DE LIXO


MK Eletrica


Ilustração: Rodrigo Carvalho

CAPA / HOMENAGEM DA DIRECIONAL

MULHERES SÍNDICAS NÃO TEM PARA NINGUÉM Por Rosali Figueiredo Fotos João Elias

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Em confraternização pelo Dia Internacional da Mulher (comemorado em 8 de março), a Revista Direcional Condomínios promoveu, pelo segundo ano consecutivo, um alongado e aconchegante café da manhã com mulheres síndicas além de profissionais que atuam na área, em justa homenagem àquelas que dedicam seus dons de organização, liderança e flexibilidade para profissionalizar a gestão condominial.

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SENTADAS À MESA, em meio à degustação de sucos, café, frutas, quiches, pão de queijo, brownies e cookies, 24 síndicas, subsíndicas, consultoras, conselheiras e profissionais que atuam na área condominial conversaram de maneira descontraída durante o café da manhã oferecido pela revista Direcional Condomínios no último dia 24 de fevereiro, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Este foi o segundo ano em que a Direcional promoveu o encontro das mulheres síndicas, desta vez no espaço acolhedor do “Quinto Pecado Café”, uma fábrica de doces e salgados artesanais, parceira da Livraria Nove Sete, localizada na Vila Mariana. No cardápio dos temas que circularam junto às mesas, as responsabilidades ou desafios relatados nem sempre foram tão leves ou doces quanto o menu da degustação, mas o tom das conversas foi sereno e amistoso, de mulheres que estiveram ali para compartilhar experiências, com o intuito de ensinar e também aprender um pouco mais. Não à toa, a advogada Evelyn Roberta Gasparetto anotou que a presença das mulheres no comando dos condomínios cresce a cada ano. Também a assistente comercial Olga Antunes, que há 20 anos atua na área de elevadores, observa maior participação feminina na função. “Isso aumentou muito de dez anos para cá”, afirmou, destacando que elas vêm imprimindo novo perfil à gestão condominial. “As síndicas dão muita ênfase ao conhecimento, à participação e, mesmo que não tenham o conhecimento técnico sobre o mecanismo de funcionamento de um elevador, por exemplo, querem

saber o porquê do uso de cada peça. Elas têm uma grande força.” E não se furtam a aprender com as colegas – afinal, são novos contatos e até amizades que acabam formando a partir de um evento como este. No grupo reunido no final de fevereiro, uma das características mais marcantes foi a diversidade das experiências, com mulheres com “30 anos e meio” na função de síndica, caso de Neyde Helena Dini, ou recém-eleitas, situação da subsíndica Fernanda Parnes. Mas outras novatas, como Vera Regina Nogueira de Sá, há dois meses no cargo, e Cybele Belschansky, com mandato de oito meses, muito contribuíram com suas dúvidas, inquietações e disposição de colocar logo a casa em ordem. A troca de informações foi vista como “frutífera, produtiva e instrutiva”, alguns dos adjetivos que as participantes utilizaram na avaliação final do encontro. Pois até síndicas mais experientes, como a jornalista Luiza Oliva, presença constante na produção das reportagens da Direcional Condomínios nos últimos dez anos, não estão livres de surpresas ou novos aprendizados. Luiza é síndica há oito anos do edifício em que mora, no bairro de Moema, e levou um susto no


CAPA / HOMENAGEM DA DIRECIONAL poderá funcionar. Foi assim que o City Park conseguiu inserir no documento instrumentos para combater a inadimplência – “tínhamos 26 unidades devedoras e hoje todas estão em dia” – e proibir a formação de repúblicas nos apartamentos de seus quatro edifícios. Desdobrando-se do tema das assembleias para a inadimplência e comportamentos antissociais, recolheram-se ali, à mesa, outras diferentes experiências vividas pelas síndicas. Uma das mais curiosas foi trazida por Gabriela Reis Miranda Nicolellis, há seis anos no comando de um edifício de alto padrão localizado em Perdizes, zona Oeste de São Paulo. Uma das unidades do prédio vinha sendo alugada para um jogador de futebol de um grande time da Capital e, não raro, gerava problemas pelo barulho excessivo e confusões causadas pelo consumo de bebidas alcoólicas e a presença indiscreta de garotas de programa. “Recolhemos evidências dessas situações, incluímos a aplicação de valores elevados de multas na Convenção e aí, diante do passivo acumulado, o proprietário tirou o inquilino”, relatou Gabriela. Mas nem precisava ter alterado a Convenção, conforme lembraram as demais síndicas: segundo o Código Civil, ao bebedor contumaz e ao comportamento antissocial podem ser aplicadas multas até dez vezes o valor do condomínio. Mas feito está, a regra agora é parte da Convenção do condomínio de Gabriela, e reitera que quem incorrer nessas infrações terá que arcar com uma multa superior a R$ 10 mil.

NO CARDÁPIO DO ENCONTRO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Sob o patrocínio da Elevadores Primac, o café com as síndicas contou com uma programação variada, incluindo a palestra da personal trainer Juliana Crepaldi. Sócia da Ser Ativo, empresa de consultoria em esportes que atende a corporações e condomínios, Juliana promoveu uma palestra descontraída sobre “Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida”, intercalando-a com algumas dinâmicas entre as participantes. Graduada em Educação Física e pós-graduada na área pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Juliana defendeu a mudança dos hábitos sedentários que ainda caracterizam a vida de grande parte da população. “Segundo parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), não é sedentário quem pratica atividade física pelo menos três vezes na semana, em períodos mínimos de 30 minutos”, destacou. E São Paulo, complementou Juliana, oferece muitas opções aos moradores, com suas praças e parques e até mesmo dentro dos condomínios, em que as salas de ginástica e musculação representam hoje um item obrigatório. Pois não é demais lembrar que o sedentarismo está relacionado à maior incidência de estresse, obesidade, colesterol elevado, disfunção glicêmica e menopausa, entre outros. Durante a exposição de Juliana, as síndicas observaram que é crescente a procura pelos espaços de fitness em seus condomínios e, por isso, começa a surgir a necessidade de disciplinar mais o uso desses locais, instruindo-se os moradores com dicas básicas, entre elas, portar sempre uma toalha de rosto e uma garrafinha d’água e realizar aquecimento antes dos exercícios. Mas, conforme orientou a personal trainer, a prática regular da atividade física exige outros cuidados prévios. “É interessante realizar um check-up médico, solicitar um atestado e pedir orientação a um profissional de Educação Física.” Isso porque, o

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final do ano passado, quando recebeu uma notificação do Contru, informando que seu prédio não havia apresentado o RIA - Relatório de Inspeção Anual, obrigatório aos elevadores em São Paulo. A responsabilidade pelo envio do documento à Prefeitura é da empresa que faz a manutenção dos elevadores, mas a prestadora descumpriu com uma das tarefas pelas quais está contratada pelo condomínio. O que fazer, então, em uma situação dessas? Aí surgiram dúvidas, entraram relatos de situações parecidas e surgiram ideias, até mesmo a de destituir a empresa via decisão de assembleia. Luiza disse que a empresa foi acionada através da administradora e regularizou a situação rapidamente. Do tema elevadores, a conversa enveredou para o campo das assembleias, uma questão sempre espinhosa aos síndicos de forma geral, não apenas às mulheres. Como convocar, organizar, mobilizar os condôminos com direito a voto, expor um problema, aprovar uma alteração de contrato ou de prestador de serviço, aprovar uma obra e até mesmo atualizar uma Convenção? Nesse sentido, em uma das mesas, por exemplo, a ex-síndica e atual consultora condominial, Maria Cecília Fonseca Genevcius, deixou uma ideia interessante às colegas: quando um assunto exigir quórum de dois terços, como a mudança da Convenção, “deixe a assembleia aberta, por prazo determinado de 30 dias, e vá colhendo as assinaturas dos proprietários, que tenham escritura lavrada”. Foi assim que Maria Cecília conseguiu atualizar a convenção de seu condomínio quando esteve no cargo, à frente do City Park, na Vila Mariana. Síndica por duas gestões, Maria Cecília propôs e obteve a aprovação de norma que impede mais do que uma reeleição para o síndico. Por isso, hoje está como subsíndica e aproveita a experiência acumulada para dar consultoria a outros cinco condomínios, em um dos quais assumirá o comando em breve. O tema proposto por Maria Cecília chamou a atenção das colegas, que apresentaram dúvidas, questionaram e se interessaram em conhecer melhor o tema “assembleia aberta”. A advogada Evelyn Gasparetto ponderou que a questão não é tão simples, alegando que isso sempre dará margem à contestação judicial caso haja algum condômino insatisfeito com o desfecho das decisões. “É uma ideia nova e o resultado da contestação vai depender do entendimento do juiz”, explicou. No entanto, Maria Cecília comentou que se a síndica fizer, antes da assembleia, um “trabalho de conscientização dos condôminos pela mudança da Convenção”, a proposta da assembleia aberta

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CAPA / HOMENAGEM DA DIRECIONAL especialista irá definir os tipos e a intensidade dos exercícios, a forma de revezá-los, bem como um programa de introdução de novos estímulos ao organismo, que com o tempo acaba se acostumando à carga inicial e anulando seus efeitos, explicou Juliana. O 2º encontro promovido pela Direcional Condomínios com as síndicas teve início às 8h, com a recepção das convidadas e um breve café, acompanhado ainda por sucos e salgados. A palestra da personal Juliana começou pouco depois das 9h, seguida de uma exposição bastante

produtiva da empresa Elevadores Primac e, às 10h, todas se sentaram às mesas para um serviço mais completo. Ao final, houve uma rodada de depoimentos de cada participante, com a troca de contatos. E o compromisso da diretora da Direcional, Sônia Inakake, de ampliar o formato em 2012. “Afinal, os condomínios precisam de vocês mulheres e temos que valorizar isso”, destacou Sônia.

A TROCA DE IDEIAS À MESA DO CAFÉ

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Juliana Crepaldi

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Olga Antunes

O café promovido pela Direcional Condomínios em homenagem às síndicas contou com palestra e dinâmicas promovidas pela personal trainer Juliana Crepaldi, além de um bate-papo com a assistente Olga Antunes (Elevadores Primac). Mas boa parte das conversas aconteceu mesmo à mesa do café, quando as convidadas puderam se conhecer um pouco mais e falar de suas experiências pessoais. Na 2ª foto da coluna da esquerda, reproduzida na capa, temos, em pé, no sentido da esq. para a direita, a editora Rosali Figueiredo, Cybele Belschansky, Christianne Milk Prioste, Lurdes de Fátima A. Anton, Olga Antunes, Nelza Gava de Huerta, Ângela Merici Grzybowski, Fernanda Parnes, Ana Luiza Pretel, Rosana Candreva, Vera Regina Nogueira de Sá, Margarete Z. Alvarez, Gabriela Reis Miranda, Marina P. Bacini e Maria Cecília F. Genevcius. Sentadas, da direita para a esquerda, Luiza Oliva, Ana J. Severino Pereira, Cleide Alcini, Neyde Helena Dini, a diretora da Direcional - Sônia Inakake, Cristina Muccio Guidon, Evelyn Roberta Gasparetto, Elisângela Mendonça Davini e Rejane de Albuquerque.

Organização:

Patriocínio:

Apoio:

LEIA MAIS: Confira no site www.direcionalcondominios.com.br (na versão on-line da reportagem de Capa), os depoimentos das síndicas e demais participantes do evento.





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Ilustração: Rodrigo Carvalho

DICA / IMPERMEABILIZAÇÃO: MANTAS

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CUIDADOS PARA EVITAR PROBLEMAS

CERTAMENTE, não há obra mais traumática para o síndico do que a impermeabilização com manta asfáltica. Barulho, sujeira e a necessidade de interditar áreas do térreo transformam o cotidiano do prédio. Os moradores do Condomínio Edifício José Strano, no Campo Belo, conviveram muitos anos com vazamentos na garagem. “Em alguns locais, chovia literalmente”, lembra o síndico Ricardo Carnevalle. As infiltrações atingiam também os dois apartamentos do último andar, já que a impermeabilização da laje de cobertura, utilizada como solário, estava vencida. Com grandes problemas de inadimplência, Ricardo procurava soluções paliativas, como remendos na manta, sem resultados positivos. “Em termos de impermeabilização, ou se faz tudo ou nada”, sentencia. Com a receita obtida através do leilão de um apartamento, o síndico conseguiu finalmente aprovar a obra, que durou de setembro a janeiro passado e incluiu a impermeabilização das duas caixas d´água do subsolo. Ricardo acredita que os moradores foram até compreensíveis com as alterações na rotina do edifício. “O barulho com a quebradeira da laje de cobertura repercutia no prédio inteiro. Já a obra do térreo interfere na logística da comunidade, com a interdição de áreas”, diz. Apesar dos percalços, hoje o condomínio comemora os resultados. O solário teve a ardósia do piso substituída por uma cerâmica de melhor qualidade e o térreo foi revestido de pedra madeira branca no lugar da antiga miracema. Com projeto de arquitetura pronto, Ricardo se prepara agora para dar início à construção de uma nova churrasqueira e piscina, e irá aproveitar o entulho gerado com a quebradeira da obra para aterrar o deck. Levar os dissabores com bom humor ajuda a superar as dificuldades de uma obra de porte, acredita o síndico: “Passamos o Natal em obras, mas aproveitamos e vestimos nosso Papai Noel de pedreiro, com direito até a carrinho de mão!” Além do bom humor, alguns cuidados na contratação da empresa de impermeabilização ajudam a evitar problemas. Eliene Ventura, engenheira colaboradora do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), orienta que a mão de obra prepare a área adequadamente, e que faça a aplicação do produto de acordo com a especificação do fabricante e do projetista. O síndico deve obter referências do fornecedor, verificando obras anteriores, incluindo a metragem da área reformada e o tempo decorrido. “Deve-se colocar em contrato exatamente o que se vai fazer. Por exemplo: quem vai retirar a manta asfáltica existente? Quem preparará ou regularizará o substrato? Quem irá retirar o entulho? Quem comprará os materiais? A empresa contratada acompanhará o teste de estanqueidade? Se for uma área com trânsito, ela fará a proteção mecânica? Fornecerá toda a mão de obra, inclusive para limpeza?”, enumera a engenheira. Há outros itens essenciais, como verificar o local para guardar as ferramentas da empresa aplicadora, a forma de pagamento, o prazo da obra (com início e término, mas sem a ocorrência de chuvas), garantia de aplicação (o fabricante só fornece garantia do produto) e materiais de apoio (junções, selantes e outros). “É importante solicitar um memorial descritivo completo, que será importante em futuras manutenções preventivas e corretivas. É interessante também montar um arquivo fotográfico”, sugere. (L.O.) Próxima Edição: Impermeabilização - Piscinas



Informe Publicitário

UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA JÁ HA ALGUM TEMPO temos o prazer de divulgar nossos serviços através de anúncios na Revista Direcional Condomínios e, com muita satisfação, posso dizer que esse contato possibilitou estreitarmos cada vez mais nossa relação entre empresa e clientes. Grande parte de nossos clientes tiveram a oportunidade de conhecer a VEDASEMPRE, através da publicação de nossos anúncios nesta revista. Hoje, mais do que nunca, acho importante contar um pouco de nossa história, que começou há 12 anos atrás, quando iniciamos um trabalho pioneiro no Brasil, de injeção química através de um método exclusivo, denominado INJEÇÃO CAPILAR QUÍMICA FORÇADA – ICQF®, para a solução definitiva dos problemas de infiltrações em estruturas de concreto maciço. Quando começamos, sabíamos da grande batalha que encontraríamos pela frente, para provar ao mercado que o método de injeção química e o produto, desenvolvidos pela VEDASEMPRE, são realmente eficazes a ponto de eliminar os problemas de infiltrações, causando o mínimo transtorno possível. Nossa metodologia de não quebrar, não gerar entulho, não precisar desocupar grandes áreas para realizar nossos serviços, além de podermos executar as obras mesmo em dias chuvosos, começou a ganhar espaço entre a clientela. Através de muito trabalho, conseguimos aprimorar nossa técnica e desenvolver produtos cada vez mais adaptados tecnologicamente às necessidades do mercado, com o compromisso de sempre oferecer o que há de mais moderno e eficaz em matéria de impermeabilização através de injeção química. Para trabalhar com Injeção Química, é preciso muita experiência. Quando se assume um compromisso de ELIMINAR um problema de infiltração, toda a técnica e know-how adquiridos pela empresa devem ser levados em conta. Não nos contentamos com paliativos. Queremos oferecer a solução ideal, eliminando de vez os problemas de infiltrações. Tamanha é a confiança que temos em nossos serviços, que oferecemos 15 anos de garantia em todos os pontos tratados em condomínios. Nessa trajetória de 12 anos, adquirimos mais experiência, aperfeiçoamos nossa técnica, estreitamos os elos de ligação com nossos clientes e abrimos um CENTRO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS AFFA – VEDASEMPRE,, na cidade de Resende - RJ, desta forma, continuamos a desenvolver produtos exclusivos no mercado. Nosso compromisso com você, cliente, é poder oferecer confiança no que fazemos. Sempre! Em 2011, teremos muitas novidades para apresentar. Pesquisamos o que há de melhor e mais avançado em vários países do mundo e aprimoramos esse conhecimento em nosso CENTRO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS, para que você tenha a segurança de contratar um serviço definitivo, com preço justo. Em nossos próximos encontros aqui na Direcional, abordaremos temas relacionados às infiltrações e como podemos saná-los através de nossos novos produtos e tecnologias.

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Um grande abraço, Engº. Raul Ferrari – Diretor Presidente

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Foto: Paula Pucci

CAROS SÍNDICOS E LEITORES DA DIRECIONAL,



Ilustração: Jonas Coronado

MANUTENÇÃO / MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Quais máquinas e ferramentas devem fazer parte do acervo do condomínio para a manutenção básica? Conheça os itens essenciais para manter o prédio em ordem. Por Luiza Oliva

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O barulho foi de estremecer naquela manhã, há

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pouco mais de um ano. Quem estava dormindo, acordou. Quem estava acordado, saiu às janelas para verificar o que havia acontecido. Batida? Explosão de transformador de energia? A causa foi outra: um jacarandámimoso, talvez secular, doente, apodrecido por fungos, não resistiu e tombou no meio da rua. Felizmente, não encontrou ninguém pelo caminho. O jacarandá encantava os moradores do Condomínio Maison André Courrèges, em Moema, do qual sou síndica, com suas flores de um azul violeta. A calçada, porém, já não resistia ao volume de suas raízes e estava desnivelada. O tombamento da árvore agravou ainda mais o estado da calçada: o contrapiso e a pedra miracema usada no revestimento ficaram danificados. O conserto que vinha sendo adiado era urgente: com a retirada dos restos do jacarandá, sobrou uma calçada à espera de reforma. Nosso condomínio conta com uma razoável estrutura para manutenção: um zelador habilidoso e conhecedor dos diversos sistemas prediais e um funcionário de manutenção que cuida de pequenas pinturas, vazamentos e outros serviços rotineiros para que o prédio, construído há 15 anos, continue em ordem. Em um armário de aço são guardadas as principais ferramentas. Mas, quem diz que todo nosso maquinário seria suficiente para quebrar o concreto da calçada? “Na marreta e na talhadeira, o serviço seria muito mais custoso e demorado, já que o concreto estava muito duro. Alugamos um martelete e retiramos tudo em três dias”, lembra o zelador Devanildo Evangelista Lima.

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LOCAÇÃO OU COMPRA? A locação é sem dúvida uma saída interessante, inclusive para outras situações, como diante da necessidade de se utilizar andaime para a troca de lâmpadas ou na limpeza de coberturas. “Algumas vezes locamos andaime para limpar a cobertura de policarbonato que cobre o salão de festas e para trocar lâmpada no poste de iluminação da quadra de tênis”, lembra Devanildo, salientando que a compra do andaime não interessou porque o condomínio não teria onde guardar o equipamento. “Não compensa

comprar para usar apenas esporadicamente”, avalia. Mas para a realização das tarefas rotineiras, é prudente que o condomínio tenha uma relação mínima de máquinas e ferramentas. Para Fábio Sternberg, gerente de uma administradora de condomínios, as necessidades básicas passam por ferramentas manuais, como jogo completo de alicates, chave de boca e de fenda, grifos, marreta, talhadeira, pá de pedreiro, régua de nível, fita métrica e martelo. A lista inclui ainda uma furadeira elétrica profissional, máquina de rebite, além de acessórios úteis, como teste de voltagem, fita isolante, veda rosca e cola plástica. “Pela descrição da função de zelador, ele não pode realizar tarefas de manutenção. Mas se não faz, certamente é criticado pelos moradores. Ele pode resolver algumas pequenas situações do dia a dia”, afirma, completando que não recomenda que o prédio invista em ferramentas específicas, como a serra mármore, o que implicaria em certo treinamento para ser utilizada e poderia trazer riscos para os menos habilidosos.

CRIATIVIDADE E ORGANIZAÇÃO O zelador Juraci Lins da Silva, há 29 anos trabalhando na área, confirma que o zelador que não souber um pouco de manutenção predial acaba tendo dificuldades para lidar com a rotina condominial. “Muitas vezes enfrentamos demora no retorno de um fornecedor e precisamos resolver o problema. Já troquei coluna de água em uma véspera de Natal, pois o esgoto entupiu e estava invadindo um apartamento. O que mais eu poderia fazer?”, questiona. Vitorino de Jesus Andrade é outro zelador ex-


MANUTENÇÃO / MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS do que o condomínio possui. Ao assumir como síndica do Condomínio Edifício Cellini, no Campo Belo, há cerca de dois meses, a engenheira Vera Regina Nogueira de Sá resolveu tomar pé da situação e encontrou um bom depósito de materiais, improvisado embaixo da rampa da garagem. “Porém, verifiquei que era preciso organizar os itens. O prédio é pequeno, são 38 unidades, mas temos zelador e um funcionário de manutenção que conhecem bem o edifício e também atendem os moradores em qualquer necessidade, fora do horário do trabalho no condomínio. Isso é uma facilidade para os condôminos, ter alguém que conheça bem a planta do apartamento e saiba resolver problemas rotineiros”, aponta a síndica. Para o zelador Osvaldo Oliveira Santos e o encarregado de manutenção Genivaldo Queiroz da Silva, Vera fez uma exigência fundamental ao assumir: o uso de EPI's (Equipamentos de Proteção Individual) nos serviços de manutenção. Ela sugere que os condomínios tenham itens essenciais, caso de luva de raspa, luva de borracha, bota de borracha, luva de pelica, lanterna, óculos, máscara e protetor auricular. Vera complementa que o síndico deve avaliar os principais itens que necessitam de manutenção no edifício ao investir em ferramentas. “Temos um deck de madeira na piscina que necessita de manutenção periódica. Mas não compensa comprar uma lixadeira para usar uma vez por ano”, explica. A relação de Vera para uma caixa de ferramentas para o condomínio inclui: grifo médio, jogos de chave de fenda, de boca e de chave Philips, alicates de pressão, normal, de bico e de corte, martelo, pregos, parafusos, porcas, buchas, fita isolante comum, fita isolante alta tensão, fita teflon, silvertape, durepox, superbonder, silicone e furadeira. E certamente, pela disposição que vem demonstrando em colocar o condomínio em ordem, dará muito uso a esses equipamentos.

A síndica Vera Regina, do Edifício Cellini, e o encarregado de manutenção Genivaldo Queiroz da Silva: uso obrigatório de EPI's durante a realização dos serviços.

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periente, há 35 anos trabalha em condomínios, 21 anos deles na função. “Conheço zeladores que não sabem trocar uma lâmpada. Eu me viro em qualquer situação. Troco um reator, um reparo de válvula, uma boia, torneira ou chuveiro. Na emergência, é preciso resolver”, sustenta. Já Devanildo Lima diz, por sua vez, que para facilitar o trabalho acrescenta outros itens ao rol básico de ferramentas, caso de pá, enxada, picareta, riscador para cerâmica, guia para passar fios e facão (também conhecido como podão, o qual, fixado a um cabo comprido, é utilizado para cortar folhas altas de coqueiros). A criatividade do funcionário conta pontos quando se trata de equipar o condomínio: Devanildo improvisou um esmeril, retirando o motor de uma esteira que um morador jogou fora e adaptando a ele uma pedra de fiar. “É útil para afiar ferramentas”, diz. O condomínio possui ainda uma bomba de sucção pequena (para tirar água de algum local em caso de emergência) e um maçarico com botijão, para pequenos serviços em canos de cobre. Mas certamente um dos equipamentos mais utilizados é a mola para desentupir encanamentos. O desgaste do material é grande e Devanildo lembra que o condomínio já teve que repor esse tipo de mola manual. Por outro lado, contar com as ferramentas indispensáveis não é garantia de manutenção bem feita. Organização é fundamental, assim como controle

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FIQUE DE OLHO / Equipamentos Contra Incêndio

MANUTENÇÃO PREVENTIVA, CORRETIVA E SERVIÇOS ESPECIAIS EM PORTAS CORTA-FOGO, ACESSÓRIOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO Por Rosali Figueiredo

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O clima de otimismo pelo

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bom desempenho da economia brasileira em 2010, que fechou com um crescimento de 7,5% no PIB (Produto Interno Bruto), maior patamar registrado nos últimos 24 anos, está se refletindo sobre as empresas do segmento de equipamentos contra incêndio. A Authentic, líder do mercado em manutenção de portas corta-fogo e fabricante de modelos conforme as normas NBR 11742 e NBR 11711, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), deu início neste ano a “um sistema de automatização para a produção das portas industriais e leves”, aumentando de imediato em 30% a sua capacidade instalada, índice que chegará a 100% no final de 2011, afirma a empresária Adriana Lopez Coloma. Segundo Adriana, um dos benefícios dessas inovações é a possibilidade de “fornecer conjuntos de porta corta-fogo P90, montada no batente, pronta para instalar direto na alvenaria”. Outras vantagens oferecidas pela empresa, que tem seis anos de mercado, é poder trabalhar com preço de fábrica, dispor de equipe treinada para atuar conforme as normas técnicas, desenvolver projetos que não comprometam a vida útil do equipamento, utilizar materiais certificados pela ABNT, oferecer visita técnica gratuita, bem como a consultoria (também free) de profissionais que adaptam o layout da porta à decoração e arquitetura ambientes. A Authentic disponibiliza um portfólio variado de serviços e acessórios e desenvolve projetos de Responsabilidade Social junto à comunidade onde a fábrica está instalada. Já na empresa Dominante, o empresário Abner Garcia anuncia que está buscando “novas alternativas de produtos,

que espero implantar em um futuro próximo”. Fundada em 2007 sob a marca do empreendedorismo, a Dominante atua com portas corta-fogo, dobradiças, fechaduras, barras antipânico e molas aéreas. Realiza também manutenção corretiva, preventiva e serviços complementares, como revestimento, pintura e instalação de batentes em dry wall ou alvenaria, entre outros. Mas o carro-chefe da empresa é a manutenção corretiva das portas corta-fogo, equipamento de importância central para evitar a propagação das chamas, do calor e da fumaça gerada pelo fogo. E por sofrerem um uso intenso e constante, justamente porque se encontram nas rotas de passagens mais acessadas em uma edificação, devem receber manutenção periódica, observando-se “se a porta e suas ferragens estão funcionando normalmente”, recomenda Abner. Na Mirage, como estratégia para se aproveitar o bom momento da economia, entra a política promocional da empresa, a qual está beneficiando os leitores da Direcional Condomínios com descontos de 5% sobre “preços já especiais”, informa a empresária Elizete Raboni. Na verdade, a empresa mantém uma prática constante de promoção para os condomínios, atuando com preços de fábrica, diz. “São valores abaixo do mercado, pois os materiais de reposição são fornecidos diretamente pela fábrica”, explica. Com mão de obra própria e especializada, a Mirage assegura qualidade na execução dos serviços, “evitando danos às portas instaladas e também riscos de desconformidade com as normas, situações muito comuns entre os fornecedores não treinados”, observa a empresária, que exibe a marca de 30 anos de trabalhos prestados, “sem qualquer penalidade pelos órgãos normatizadores e fiscalizadores”. Também preocupado com o atendimento às normas e a segurança dos clientes, o empresário Carlos Roberto dos Santos Junior, da empresa NCS, procura instruir os condomínios quanto ao correto funcionamento das portas corta-fogo durante os trabalhos de manutenção corretiva. Há 16 anos atuando no segmento, Carlos Roberto fundou a NCS em 2010 e procura trabalhar com um conceito diferenciado, “buscando sempre um melhor atendimento no período de pós-obra”. A NCS comercializa o conjunto completo de portas e acessórios, oferece amplos serviços de manutenção, mas apresenta um foco especial sobre as intervenções corretivas e a venda de peças de “maior durabilidade”.


FIQUE DE OLHO / Equipamentos Contra Incêndio

SERVIÇO AUTHENTIC 11 - 5021 6784 www.authenticpcf.com.br comercial@authenticpcf.com.br DOMINANTE 11 - 2506 8200 www.dominante.ind.br vendas@dominante.ind.br MIRAGE 11 - 2412 9122 www.miragesaopaulo.com.br mirage@miragesaopaulo.com.br NCS 11 - 3422 8922 www.ncsportascortafogo.com.br contato@ncsportascortafogo.com.br ncs@ncsportascortafogo.com.br vendas@ncsportascortafogo.com.br PROTEGE BRASIL 11 – 2240 1271 www.protegebrasil.com.br contato@protegebrasil.com.br RED FIRE 11 – 2275 2305 www.redfirex.com.br redfire@redfirex.com.br SUPORTE 11 - 3763 8231 www.suportecortafogo.com.br fabio@suportecortafogo.com.br TECNOFIRE 11 - 2682 1722 / 2768 4502 www.tecnofire.com.br tecnofiresys@terra.com.br TRIUNFO EXTINTORES 11 - 2967 2422 www.triunfoextintores.com.br triunfoextintores@uol.com.br

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A Protege Brasil, por sua vez, ampliou a sua expertise em segurança e prevenção contra incêndios, abrindo um grande leque de serviços, que vão da comercialização e manutenções dos equipamentos a projetos e instalações do sistema de combate a incêndio, vistorias para obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), treinamentos e emissão de laudos e atestados médicos, conforme enumera o empresário Jorge Felipe Xavier. Jorge destaca que a empresa está oferecendo uma promoção especial aos leitores da Direcional Condomínios, ou seja, “30% de desconto no valor total do orçamento caso feche o serviço conosco”, prática que se estenderá até o mês de setembro. Felipe Xavier enfatiza que a empresa, com cinco anos de mercado, “é a melhor opção em projetos contra incêndio, desenvolvendo suas atividades com uma equipe técnica altamente qualificada”. Outra empresa que atua com projetos de AVCB é a Red Fire, do empresário Fernando Ramalho Magalhães. Além disso, a empresa tem forte presença no mercado de manutenção de extintores, segmento em que atua desde 1981, e realiza testes hidrostáticos nesses equipamentos e nas mangueiras dos hidrantes. Entre os benefícios oferecidos pela Red Fire aos clientes, Fernando Ramalho destaca os preços competitivos e “a chamada entrega programada, onde podemos agendar o dia exato para a retirada dos extintores”. No primeiro semestre deste ano, a empresa irá manter uma promoção especial nos serviços de manutenção de extintores, concedendo descontos que podem chegar a 10% do valor do orçamento, além da entrega de brindes. Também a empresa Suporte, do empresário Fábio Camargo, está recorrendo à prática promocional para fidelizar seus clientes. “A partir desta reportagem e até o final de 2011, para todo serviço realizado iremos promover uma nova manutenção após seis meses, com mão de obra gratuita”, ressalta Fábio, à frente da Suporte desde 2004. Especializada em portas corta-fogo, a Suporte executa todo tipo de manutenção e comercializa equipamentos novos, sempre atenta e preocupada com a segurança contra incêndio nas edificações. Na TecnoFire, o setor de Vendas e Marketing, por meio da profissional Mariana Montefusco, destaca “o fornecimento de materiais e equipamentos de prevenção e combate a incêndios com preços competitivos, bom atendimento e prazo de entrega”. Há onze anos no mercado, a TecnoFire comercializa desde extintores, mangueiras, armários etc. a centrais de alarmes, realiza manutenção, bem como presta assessoria a projetos, cuida da instalação e manutenção de sistemas de prevenção e combate a incêndios, além da formação e treinamento de brigadas. Neste ano, a empresa iniciou a comercialização também de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's), revela Mariana. Finalmente, na Triunfo Extintores, empresa fundada em 1994 “por profissionais qualificados no segmento de proteção contra incêndios”, a expertise fica por conta dos extintores, acessórios e materiais de sinalização. “Temos participado ativamente da evolução tecnológica brasileira, acumulando ampla carga de experiência na área de manutenção, vistoria e recarga de extintores de baixa ou alta pressão”, conforme destaca a empresa. A Triunfo detém o Registro da Declaração de Conformidade do Fornecedor, expedido pelo IPEM e Inmetro.

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Ilustração: Rodrigo Carvalho

DICA / PLAYGROUND: BRINQUEDOS

ITENS SEGUROS PARA

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TODAS AS IDADES

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Oferecer um espaço seguro e adequado para as brincadeiras infantis é um dos grandes desafios do síndico. Mais do que valorizar qualquer empreendimento, um playground em acordo com as normas técnicas significa tranquilidade para o gestor e uma opção positiva para o desenvolvimento das crianças. “O playground bem montado é uma prova de carinho e de responsabilidade com a criança”, afirma a psicóloga e psicopedagoga Sirlândia Reis de Oliveira Teixeira, conselheira da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBrin) e membro da International Toy Library Association (ITLA). Se for possível, a especialista orienta que o espaço seja separado em ambiente com brinquedos para os menores, de até quatro anos, e outro com atrações para os maiores. “Sugiro itens de plástico para os pequenos, pela facilidade de higienização, com modelos de gangorra, escorregador, casinha, labirinto e balanço duplo ou individual”, enumera. “Os brinquedos não devem ser fáceis de desmontar, apenas um adulto deve conseguir fazê-lo, e devem ter design anatômico e confortável”, completa. Para os maiores, com até 12 anos, ela acredita que os de madeira são os mais indicados. Segundo Sirlândia, os brinquedos estimulam o movimento e permitem “momentos de euforia, em que as crianças se sentem livres e em segurança”. “A brincadeira no playground ajuda na coordenação motora ampla (como a corrida, que mexe com o corpo todo), média (atuando nos membros inferiores e superiores), além de estimular descobertas, equilíbrio, proporcionar autoconfiança, autoestima e socialização”, aponta. Antes de comprar qualquer brinquedo, o síndico deve procurar orientação de um arquiteto ou arquiteto paisagista para decidir onde colocar o playground. A recomendação é do coordenador do Comitê de Segurança de Playground da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o arquiteto Fábio Namiki. “Este profissional será responsável pela localização do espaço no condomínio. O primeiro ponto é procurar uma área ventilada, com alguma insolação e sombreamento, um local agradável para a convivência das mães e das crianças”, sustenta Namiki. Somente depois se analisará o tamanho apropriado dos brinquedos. “Geralmente, é preciso reservar 1,50 metro de área livre entre eles, de cada lado.” O síndico pode exigir do fabricante a apresentação de laudo feito por um laboratório homologado pelo Inmetro, avaliando se o brinquedo está de acordo com a norma técnica. “A norma ABNT 14.350, que diz respeito à segurança de brinquedos de playground, está passando por revisão. Ela não é obrigatória, mas os fabricantes podem segui-la voluntariamente, garantindo a segurança e o sossego do síndico caso haja algum acidente”, explica o coordenador. Pela norma, as exigências variam conforme o tipo e a origem da matéria-prima utilizada na fabricação dos equipamentos. O eucalipto presente nos brinquedos de madeira, por exemplo, deve ter sido tratado, preferencialmente, por CCB, já que outro produto utilizado para este fim, o arsênico CCA, é potencialmente tóxico. No plástico, podem ser empregadas resinas de melhor ou de pior qualidade. “Mas uma resina de má qualidade pode criar farpas. Já o metal é um ótimo material para um escorregador, mas desde que não fique exposto ao sol, esquentando e podendo causar queimaduras”, finaliza Namiki. (L.O.) Próxima Edição: Playground – Pisos



PODERES E RESPONSABILIDADES DE CADA UM

Ilustração: Rodrigo Carvalho

COLUNA / ASSEMBLEIAS NOS CONDOMÍNIOS

Por Michel Rosenthal Wagner

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Desde os primórdios o homem organiza-se

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em sociedade na busca do melhor viver, com mais saúde, segurança e, por que não dizer, sossego. É claro que as formas de organização foram evoluindo e, em torno da propriedade, seja para moradia ou para trabalho, esta evolução levou a humanidade a este ente sui generis, denominado Condomínio Edilício. Nesta forma organizacional a propriedade é dividida em áreas de convívio comum, e áreas privativas ou de uso exclusivo, que, por sua proximidade, reverberam efeitos no que é comum. Todos os proprietários de unidades em condomínio são como “sócios” nas áreas comuns e, de acordo com a proporção de sua propriedade no todo, se reúnem e votam as decisões deste coletivo. Neste sentido, é a assembleia geral de condôminos o órgão mais importante em condomínios, instância maior de poder, e suas deliberações vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes. Por sua relevância, são exigidos alguns procedimentos formais para convocação, instalação e validade legal das decisões tomadas nesta sede. O Código Civil prevê a realização anual de uma assembleia, denominada ordinária, para tratar sobre o orçamento para o próximo ano-exercício, sobre as contas e atos da gestão passada e, quando for o caso, para eleger o corpo diretivo. Além desta assembleia, pode haver tantas outras quantas forem necessárias para qualquer tipo de assunto do condomínio, chamadas extraordinárias. Na chamada deve constar data, horário e local da reunião, temas a ser abordados. Comumente, no último item da ordem do dia são tratados “assuntos gerais de interesse do condomínio”, temas que podem ser colocados para discussão, mas não para decisão, sob pena de excluir da participação os condôminos ausentes e não cientes. Ou seja, não pode haver em assembleia inovação ou invenção que sobreponha ou extrapole a ordem do dia. É vedado por lei a participação e o voto de condôminos inadimplentes. No dia, a assembleia é aberta e os presentes assinam a lista de presença. No caso de procurador, não deveria ser necessário o reconhecimento de firma do outorgante, mas se assim for a prática no condomínio, é salutar permitir-se a apresentação do documento com firma reconhecida em um razoável prazo de 24 horas. Para o sucesso da assembleia recomenda-se que se dê em ambiente de congraçamento, com algo de beber e comer. O clima deve favorecer a agradabilidade e as discussões devem se dar com urbanidade e bom senso. Instalada pelo síndico, este pedirá aos presentes que escolham o presidente e o secretário da assembleia, cuja autoridade deve ser respeitada para um bom resultado. Deve-se evitar escolher para estes cargos o síndico ou conselheiros, em razão dos temas versarem em regra sobre atos da gestão. Ao presidente da assembleia compete conduzir os trabalhos

seguindo a ordem do dia, ter pulso firme para manter a ordem no recinto, saber falar em público e, mais que tudo, saber ouvir, dando a palavra mesmo àqueles que discordam, estipulando e controlando o tempo destinado a cada intervenção. Ao secretário, responsável pela redação da ata da assembleia, caberá tomar nota das discussões e do resultado das decisões, para que o documento retrate fielmente o ocorrido. Em alguns casos, diante de temas complexos, recomenda-se inclusive o uso de gravador. Escolhidos presidente e secretário, passa-se então à leitura da ordem do dia, discutindo-se e deliberando-se cada item. A ata pode ser redigida durante a reunião, ou então posteriormente, e deve ser enviada a todos os condôminos. É de bom tom submeter, à posterior assembleia, a leitura e ratificação do conteúdo da ata da anterior. Ainda, de acordo a quantidade de temas da ordem do dia, às vezes torna-se necessário suspender os trabalhos, designando data para sua continuidade, com o que se considera a assembleia em sessão permanente. Para o conhecimento de todos e validade perante terceiros, mesmo não sendo obrigatório, é conveniente registrar a ata em cartório, conferindo publicidade às deliberações tomadas na assembleia. Lembramos que o papel do síndico é o de representar os condôminos e obedecer a assembleia, cumprindo e fazendo cumprir suas deliberações, sempre tendo em vista o beneficiário deste sistema decisório - o coletivo - em nome do que é positivo e salutar, que é viver em harmonia, mesmo que não de maneira uniforme.

Michel Rosenthal Wagner é advogado, presidente da Comissão de Direito Imobiliário, Urbano e de Vizinhança da OAB/SP – seccional Pinheiros, e Membro do Conselho Jurídico da Vice-Presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi.




Acessórios

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Acessórios

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Acessórios

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Administradora, Água, Amortecedor de Impacto, Antena, Atividade Física

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Alambrados, Bomba d'água, Coberturas

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Coberturas, Controle de Pragas

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Controle de Pragas, Elétrica, Equipamentos de Ginástica, Fechamento de Sacada

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Elevador

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Elevador

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Elevador, Extintores

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Gás, Hidráulica

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Geradores, Impermeabilização

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Impermeabilização

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Impermeabilização, Interfone

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Interfone

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Individualização de Água e Gás, Manutenção Predial

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Manutenção Predial, Móveis, Paisagismo, Para-Raios, Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial

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Pintura Predial, Playground

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Playground

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Perícia Predial, Pisos, Playground, Recuperação Estrutural

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Porta Corta Fogo, Sinalização

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Radiocomunicação, Sensor de Presença, Serralheria, Soluções contra Incêndio

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Sistemas de Segurança

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Sistemas de Segurança, Terceirização

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Terceirização

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Terceirização

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Terceirização, Tratamento de Piso

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