Revista Direcional Condomínios - Ed. 191

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CAPA



Caro Leitor, Diretores Sônia Inakake e Almir C. Almeida EDITORA Rosali Figueiredo Dirigida a Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings Periodicidade mensal Exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral Tiragem 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) Público leitor dirigido Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCULAção São Paulo e Grande São Paulo Jornalista Responsável Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com Reportagem Rosali Figueiredo CAPA Sergio Willian ASSINATURAS Emilly Tabuço faleconosco@grupodirecional.com.br GERENTE COMERCIAL Sônia Inakake sonia@grupodirecional.com.br Departamento Comercial Alexandre Mendes Fabian Mesquita Francisco Grion Gabriel Youssef Atendimento ao cliente Emilly Tabuço João Marconi Juliana Jordão Grillo diagramaçÃO Editora Coronado - Jonas Coronado EQUIPE DISTRIBUIÇÃO Ailton Candido Evaldo Mendonça Inaldo Pereira José Ricardo da Silva Roberio Santos Impressão Prol Gráfica Assinatura Anual R$ 180,00

Para anunciar, ligue: (11) 5573-8110

O clima é de Copa do Mundo, mas o Brasil anda um tanto diferente. A festa não consegue mais distraí-lo da constatação de que existe muito a ser feito até que tenhamos condições de proporcionar à população o chamado “padrão FIFA” nos transportes públicos, nas escolas e hospitais, na segurança, e na infraestrutura urbana de forma geral. As pessoas começam a exigir mais seriedade de seus governantes. De qualquer maneira, um País se constrói com direitos e deveres, e cada um precisa também dar sua cota de contribuição à melhoria da vida. Neste mês da Copa, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente: 5 de junho é a data escolhida pela ONU para chamar atenção de todos para a necessidade de preservação do Planeta. Os condomínios estão procurando fazer sua parte. A recente crise no abastecimento de água em São Paulo deixou o alerta de que algumas ações se tornam inadiáveis. Já existe tecnologia suficiente para que as pessoas economizem muita água e energia, segundo análise feita por especialistas durante evento sobre sustentabilidade, realizado no final do mês de abril na Capital. A cobertura do encontro está em nossa reportagem de capa, a qual mostra que o tema da sustentabilidade envolve duas dimensões. De um lado, a implantação de soluções internas ao condomínio; de outro, a busca de uma relação equilibrada com o coletivo, com a vizinhança. Na soma de ambos, teríamos um verdadeiro condomínio-cidadão. E para completar a lição, este precisaria também investir mais na conscientização em favor da acessibilidade, tema de outra importante reportagem. No mais, a edição de junho se completa com informações de grande relevância à gestão diária dos condomínios, de serviços e obras a equipamentos e infraestrutura. Uma boa leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora Inauguramos neste número a seção Condomínios em Quadrinhos, que aproveita o tema da Copa 2014 para trazer um enredo cheio de informação e bom humor. Essa é a marca dos criadores Denise Ortega, roteirista, e Tomaz Edson, produtor gráfico, desenhista e arte-finalista. Denise escreve para as revistas do Zé Carioca, mas já criou muitas histórias para os quadrinhos da Disney, de Os Trapalhões, Lulu e Bolinha, Sítio do Pica-pau Amarelo etc. Tomaz Edson atuou na produção de revistas da Turma do Arrepio, TV Colosso, Senninha, Menino Maluquinho e Heróis da Marvel, entre outros. Atualmente, é diretor de arte da Gibiosfera e produz para as revistas Disney. Ambos prometem agora entreter nosso público com inteligência e um traço fino, de inegável leveza e qualidade.

Tiragem auditada por

Sumário Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.

R. Vergueiro, 2.556, 7º andar - conj. 73 Cep 04102–000 - São Paulo – SP Tel.: (11) 5573-8110 Fax: (11) 5084-3807 E-mail: faleconosco@grupodirecional.com.br www.direcionalcondominios.com.br

04. Condomínios em Quadrinhos: ................................................... Torcida Iluminada 05. Informe Publicitário: ...................................................................................Seciesp 06. Eventos: ................................Exposec 2014 & Congresso Técnico NBR 16.280/2014 08. Coluna: ..........................................Minha conta de energia está altíssima, e agora? 09. Seção Tira-Teima: ..........Coleta regular de lixo: Horários, responsabilidades e multas 10. Capa: ......................Condomínio-cidadão: Sustentabilidade na relação de vizinhança 14. Administração: ....................................Acessibilidade: Como adaptar o condomínio 16. Dica: ....................................................................................... Pisos antiderrapantes 18. Dica: .................................................................................Fachada: Pintura e textura 22. Fique de Olho: ..............................................................................................Fitness 24. Dica: ...................................................................Gestão Ambiental: Individualização

Direcional Condomínios | Junho 2014

Filiada à

Editorial

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CONDOMÍNIOS EM QUADRINHOS / TORCIDA ILUMINADA

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EVENTOS / EXPOSEC 2014

SEGURANÇA CONDOMINIAL, UM DOS DESTAQUES DA FEIRA

Fotos Rosali Figueiredo

Evento aconteceu na Expo Imigrantes, zona Sul de São Paulo, e recebeu público de 38,7 mil pessoas.

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São Paulo sediou, durante os dias 13 e 15 de maio, o maior

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evento do mercado de segurança da América Latina, a 17ª Feira Internacional de Segurança (Exposec). Realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), ela reuniu 700 expositores, que apresentaram dez mil produtos nacionais e estrangeiros para mais de 38 mil visitantes. A revista Direcional Condomínios participou da feira com um estande, onde recebeu fornecedores, síndicos, gestores prediais e especialistas em segurança. De acordo com a presidente da Abese, Selma Migliori, a tecnologia de segurança já se encontra em sua terceira geração. Juntamente com os serviços na área, é um mercado que cresce 10% ao ano. Somente em 2013, gerou faturamento de R$ 4,6 bilhões. Mas ainda há muito para crescer entre os condomínios, setor que, conforme avalia Selma, é o que mais oferece hoje oportunidades de expansão, junto com as residências. De acordo com Selma, apenas as câmeras de CFTV têm elevada presença nos condomínios. Mesmo assim, muitos equipamentos já estão defasados. Falta também expandir o uso de sistemas de controle de acesso, de alarmes, e de detecção e combate a incêndio. "Existe tecnologia adequada para cada bolso", observa a presidente da Abese. Todavia, Selma ressalta aos síndicos que é preciso associar a instalação e usos de equipamentos a um programa de segurança que contenha regras de procedimentos e inclua o treinamento constante dos profissionais e usuários. “Senão, não haverá eficiência e vamos continuar assistindo aos arrastões.” Entre os novos produtos para condomínios, estiveram em destaque a grande diversidade de câmeras de CFTV, algumas com zoom óptico e transmissão de imagens via internet; porteiro eletrônico; vídeo-porteiro; portões automáticos; sensores biométricos para identificação; soluções para garagem, com tags de identificação eletrônica de veículos, permitindo a abertura dos portões sem interferência humana; e controle digital de chegada e entrega de encomendas para as unidades privativas, entre outros. (Por Rosali Figueiredo)

Os corredores e estandes estiveram cheios durante três dias; a presidente da Abese, Selma Migliori

CONFERINDO O MERCADO

Equipe comercial da Revista Direcional Condomínios, que recebeu síndicos, fornecedores e demais visitantes durante os três dias da Exposec 2014. Da esq. para a dir.: Francisco Grion, Fabian Iori, Alexandre Mendes, Gabriel Youssef e Sônia Inakake.


EVENTOS / EXPOSEC 2014

Notas

Riscos no controle de acesso Em visita ao estande da Direcional Condomínios, o Major da PM José Elias de Godoy e o Delegado do GOE (Grupo de Operações Especiais da Polícia de São Paulo), Luís Renato Mendonça Davini, foram recebidos pela diretora Sônia Inakake. Ambos apontaram que os criminosos estão aplicando novos golpes contra as portarias dos condomínios e diminuindo os arrastões, considerados “mais trabalhosos”.

substitui as antigas centrais de comunicação e, associado a um interfone com vídeo em cada unidade, permite “receber imagem, ligações e falar com o vizinho e a portaria”.

Fundador da Linear-HCS, o engenheiro Luiz Corrochano Jr. (Foto ao lado), lançou um porteiro eletrônico, que permite a liberação do acesso ao prédio a partir de um apartamento, mas sob registro do número da unidade, da data e horário.

novas tecnologias A equipe da Direcional Condomínios visitou todos os estandes da Exposec 2014. Com o diretor comercial da HDL, Moacyr Lombardi Jr. (Foto ao lado), conheceu um lançamento de sua empresa, o vídeo-porteiro. O equipamento

Imagens na "nuvem" O vice-presidente da Samsung para a América Latina, Pedro Duarte, estabeleceu parceria com empresa de São Paulo para implantar sistema de controle de imagens enviadas pelas câmeras do CFTV dos condomínios para as “nuvens” (acessadas via internet e armazenadas em servidor remoto). A Samsung desenvolve câmeras há 40 anos, das residenciais às de alta precisão, utilizadas, por exemplo, no monitoramento urbano da Cidade do México, Montevidéu e Assunção, disse Pedro.

Norma da ABNT em debate

Cerca de 300 pessoas acompanharam Congresso Técnico organizado pelo administrador Ricardo Karpat, para saber como aplicar a nova norma da ABNT Em vigor desde 18 de abril passado, a NBR 16.280/2014, nova norma técnica da ABNT que regula os procedimentos de reformas nas edificações, tem suscitado inúmeras dúvidas entre síndicos e administradoras. Entre outros, ela determina que “toda e qual-

quer modificação que altere ou comprometa a segurança da edificação ou de seu entorno” terá que ser submetida previamente à construtora ou seu projetista, caso o empreendimento ainda esteja dentro dos prazos de garantia. Depois desse período, caberá aos síndicos cobrarem de cada morador a apresentação de projeto técnico desenvolvido por engenheiro ou arquiteto, além das respectivas ART ou RRT, para que os serviços sejam liberados. O tema foi discutido no sábado, dia 17 de maio, em São Paulo, durante o 1º Congresso Técnico ABNT – NBR 16.280, promovido pela Gábor RH. O encontro reuniu cerca de 300 participantes, a maioria síndicos e representantes de administradoras, em busca de orientações sobre implicações legais, técnicas e administrativas da nova norma. (Por Rosali Figueiredo)

LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - Cobertura completa do evento, com a opinião de advogados, engenheiros e administradoras. Conheça ainda as dúvidas dos síndicos que acompanharam o Congresso. Acesse o link http://bit.ly/1lYHEde.

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NBR 16.280/2014:

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COLUNA

MINHA CONTA DE ENERGIA ESTÁ ALTÍSSIMA, E AGORA? Por Kelly Remonti

Quando uma despesa começa a martelar a nossa mente,

de condutores e instalação de canaletas (deixando

na maioria das vezes, é a ela que devemos dar especial atenção e buscar

tudo protegido contra qualquer descuido ou esbar-

alternativas para que deixe de ser o centro das preocupações. Refletir

rão); trocamos as lâmpadas por versões econômicas;

sobre despesas que estão fora de controle nos dá a oportunidade de

instalamos novos nobreaks. O único sistema de

descobrir variáveis e interferências que nunca havíamos parado para

abertura de portões que permaneceu na portaria

entender. E possibilita que encontremos vários caminhos para colocá-

foi o de acesso de pedestres.

-las dentro de uma trajetória de controle.

Logo no princípio, já foi possível medir a queda

As despesas com energia elétrica representam um excelente

de consumo de energia na conta da concessionária,

exemplo de custo que, na maioria dos condomínios, merece especial

o que nos mostrou que estávamos no caminho certo

atenção. As oportunidades de racionalização são inúmeras e depende

para atingir o controle da despesa e obter efeitos

do síndico colocá-las em foco e desenvolver um plano de ações de

benéficos sobre o fluxo de caixa do condomínio.

melhorias. Importante também estabelecer uma análise crítica e os objetivos que se quer atingir.

Outras revisões estão contempladas no nosso planejamento, como a troca de lâmpadas incan-

Para as despesas com energia elétrica, um bom plano deve abordar,

descentes por versões econômicas de toda área

inclusive, a revisão dos atuais quadros das instalações, que podem estar

comum; a avaliação da utilização de lâmpadas LEDs

saturados ou até mesmo desatualizados em relação a sua capacidade.

em áreas específicas como escadas e hall dos anda-

Isto, além de ser crítico pelas questões de segurança, também pode en-

res; a revisão dos sistemas de luzes de emergência;

cobrir elevados consumos de energia, resultando em contas altíssimas.

e a modernização dos quadros de comando das

Uma área de intenso consumo de energia é a portaria. A maioria

bombas d’água.

dos condomínios agregou grande quantidade de equipamentos nesse

Além das revisões dos sistemas existentes, o

ambiente no decorrer do tempo (filtros de linha, telefones, computado-

condomínio está passando por uma modernização

res, impressoras, monitores do sistema de CFTV, fontes, carregadores

parcial dos elevadores, onde estão sendo trocados

de baterias de rádio e celular, nobreaks, dispositivos de controle dos

os quadros de comando, o que também contribuirá

portões das garagens e de pedestres, entre outros), sem levar em

de maneira positiva para diminuir as despesas com

consideração a capacidade da rede instalada.

energia elétrica.

Além de todos esses novos recursos, também a imensa quantidade

Em dois anos, de outubro de 2011 (início do

de fios e a falta de condutores apropriados tornaram a portaria uma

meu mandato) ao mesmo mês de 2013, obtivemos

área crítica, principalmente com a ausência de cuidados por parte dos

queda de 37,97% na conta com energia, economia

próprios funcionários, que por muitas vezes, esbarram e causam danos

que tem sido revertida para o próprio projeto de

às instalações. Vários condomínios vivenciam panes e falta de energia

redução do consumo.

por pura desorganização. Quem já não enfrentou um apagão devido ao rompimento de uma instalação? Direcional Condomínios | Junho 2014

No Condomínio Top Village, desenvolvemos um plano de ações

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visando à economia de energia das áreas comuns, dividindo por setores as melhorias a serem feitas. Iniciamos as ações exatamente pela portaria. Um ponto crucial foi a busca de um profissional capacitado para avaliar as atuais instalações e as melhorias que poderíamos executar. Depois disso, entre outros, refizemos o quadro de energia, planejando exatamente a necessidade atual e futura de carga; identificamos cada um dos disjuntores; trocamos os condutores; descentralizamos os portões das garagens (que passaram a ser supridos pelos quadros de energia de cada um dos subsolos); organizamos toda a fiação através

Kelly Remonti é síndica do Condomínio Top Village, localizado em Alphaville, Grande São Paulo. Formada em Administração de Empresas com ênfase em Finanças e MBA em Logística Empresarial pela FGV, é consultora financeira e assumiu o mandato do Top Village, em primeira gestão, em outubro de 2011. Mais informações: kellyremonti@hotmail.com.


seção TIRA-TEIMA

COLETA DE LIXO: HORÁRIOS, RESPONSABILIDADES E MULTAS O município de São Paulo estipula horários para que os domicílios disponham o lixo para fora. Mas se houver atraso das concessionárias, os condomínios poderão ser multados? Dúvidas sobre o assunto têm sido levantadas por alguns síndicos, por isso, o advogado Michel Rosenthal Wagner orienta os leitores da Direcional Condomínios.

As denúncias poderão ser feitas através do serviço “Alô Limpeza” (11 - 3397-1723).

1) O QUE DIZ A LEI SOBRE O HORÁRIO DE COLETA REGULAR EM SÃO PAULO?

Sempre que recepcionar um funcionário de algum órgão público, o condomínio deverá solicitar sua carteira funcional, para identificar quem ele é, o órgão em que presta serviço e a que função responde. Num primeiro momento, o funcionário deverá orientar e informar que o domicílio está descumprindo com a postura municipal prevista em lei e, ato contínuo, poderá deixar uma advertência. Somente da vez subsequente, o funcionário poderá aplicar uma multa.

2) E SE A CONCESSIONÁRIA NÃO CUMPRIR COM O HORÁRIO?

Michel Rosenthal Wagner

Quando o prestador de serviços é contratado pela prefeitura, o ente municipal é o responsável pelo cumprimento do contrato. Se houver atraso na coleta, ela não poderá cobrar multa do condomínio. Na prática, a prefeitura deveria, neste caso, indenizar o condomínio pelo transtorno causado. De outro modo, a população também deveria denunciar a falha no atendimento ou mesmo pessoas que depositam os sacos na rua antes do horário.

Foto: Rosali Figueiredo

Mais informações: michel@mrwadvogados.adv.br

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Por força do Art. 150 da Lei 13.478/02, com as alterações da Lei 13.522/03, a colocação dos resíduos acondicionados na calçada somente é permitida no período diurno com antecedência menor que duas horas imediatamente anteriores ao horário previsto para a coleta regular. Na coleta noturna, o lixo não poderá ser colocado antes das 18hs. Mas mesmo nesta situação, a Prefeitura pede a colaboração da população para respeitar o limite de duas horas e evitar que os sacos sejam rasgados por pessoas que buscam materiais recicláveis.

3) COMO A PREFEITURA DEVE NOTIFICAR CONDOMÍNIOS QUE DESCUMPREM A LEI?

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CAPA / CONDOMÍNIO-CIDADÃO

Fotos Rosali Figueiredo

Sustentabilidade na relação de vizinhança

“Área técnica” de prédio comercial traz transtornos a um residencial vizinho, que sofre com ruídos dia e noite Economia de água e energia, coleta seletiva de lixo e ampliação de áreas verdes já formam um cardápio razoável de sustentabilidade nos condomínios. Mas o adensamento populacional e o aperto das cidades exigem que eles se preocupem também com seu impacto sobre a vida do bairro. Por Rosali Figueiredo

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Os bairros de Pinheiros

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e Vila Madalena, na zona Oeste de São Paulo, vivem grande processo de adensamento. No momento, o advogado Michel Rosenthal Wagner, presidente da Comissão de Direito Imobiliário, Urbano e de Vizinhança da OAB/SP – Seccional Pinheiros, estima que estejam em construção pelo menos 40 edifícios comerciais e residenciais na região. E é de um dos condomínios residenciais do bairro que Michel Wagner extrai vários exemplos de como as obras ou o funcionamento de uns impactam fortemente sobre a qualidade de vida de outros. São situações que produzem muito barulho, sujeira, trânsito, prejuízos à saúde, além de perdas materiais e econômicas. Aspectos que estão relacionados ao conceito de sustentabilidade, o qual envolve três vertentes: a econômica, social e ambiental. A síndica do residencial, Carla Marangolo, explica: “O prédio comercial tem sido um vizinho incômodo desde a época da construção. Em princípio, ficamos

felizes com a chegada de um edifício de alto padrão, mas não imaginávamos que haveria tantos problemas. Quando pintaram o prédio, pintaram o nosso junto. Com muito custo, aceitaram lavar porcamente nossa fachada, estouraram o jardim, foi uma afronta! Tivemos problemas de rachaduras também. Depois, os transtornos vieram da gestão do condomínio, no pós-obra. O funcionamento dos aparelhos de ar condicionado gera um estresse geral por conta do ruído. Luzes acesas em alguns escritórios durante toda a noite obrigaram nossos moradores a providenciarem cortinas do tipo blackout. Eles também instalaram janelas antirruído”. O transtorno afeta as unidades cuja fachada principal dá de frente para a área técnica do edifício comercial. O residencial tem 25 anos, 100 apartamentos duplex, e exibe um projeto arquitetônico moderno, apesar de seu quarto de século. O que a síndica deseja é que os administradores do vizinho comercial adotem regras internas para controle do barulho e providenciem a vedação acústica da área técnica de cada pavimento.

Síndica Carla Marangolo: edifício residencial briga há cinco anos com o comercial


CAPA / CONDOMÍNIO-CIDADÃO

Os síndicos figuram como um dos personagens centrais do chamado “círculo virtuoso da sustentabilidade”, diz Geraldo Bernardes, diretor de Sustentabilidade Condominial do Secovi-SP. Com essa imagem, ele procura reforçar a ideia de que atitudes em prol de um consumo mais consciente e de uma relação mais cidadã com o ambiente urbano e social exigem mobilização coletiva, com impactos coletivos. Ao separar o lixo reaproveitável do molhado, o condômino ajudar a diminuir o volume da coleta regular, alimenta a cadeia econômica da reciclagem, contribui para o emprego etc. Já ao diminuir o gasto com a água, seja nos hábitos de sua unidade, ou apoiando programas do condomínio, ele consegue formar uma poupança e investir em novos projetos de sustentabilidade. “A economia de um leva a mais recursos, para se investir em outras ações”, analisa Geraldo. Marcelo Takaoka, pesquisador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), ilustra o imenso benefício proporcionado pelo uso mais racional dos insumos naturais: “Se o mundo todo utilizasse os recursos disponíveis para economizar energia [diminuindo o consumo em torno de 30%], pouparíamos U$ 1,6 trilhão ao ano, o que equivale a três vezes o montante da crise que envolveu a Grécia”. “E estamos falando de tecnologias já existentes”, ressaltou o especialista. Ou seja, é preciso arregaçar as mangas.

Para o engenheiro Claudio Tavares de Alencar, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a sustentabilidade pressupõe “maior interação com o meio ambiente urbano, com empreendimentos mais abertos, sem tantas divisórias com o entorno”. Apesar de ainda manterem suas grades, muros e portões, os condomínios vizinhos à Praça Eder Sader, no bairro de Vila Madalena, zona Oeste de São Paulo, eliminaram algumas barreiras ao convívio urbano. Simplesmente foram para a rua, a fim de recuperar e ocupar a praça. A síndica e educadora Letícia Guimarães Lyle, do Condomínio Fidalga 800, é uma das organizadoras do movimento. “É muito fácil se esconder no condomínio, ignorar o que acontece na rua e reclamar. Mas precisamos nos integrar com a comunidade, estar juntos, para reconhecer as pessoas que encontramos na rua, pela segurança e para nos fortalecermos frente à Prefeitura.” Em um sábado do mês de abril, muitos condôminos do entorno deixaram o conforto de suas casas e se puserem a plantar mudas, a capinar o mato e a reformar as instalações da Praça Eder Sader. “Ela é de todo mundo, então temos que tomar essa responsabilidade. Conseguimos doação de muitos apartamentos e de mão de obra para trabalharmos aqui." A mobilização recebeu apoio de uma empresa de telecomunicações, da Subprefeitura de Pinheiros e do Instituto Elos.

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“CÍRCULO VIRTUOSO”

PRAÇA UNE CONDÔMINOS

Foto: Rosali Figueiredo

Segundo o advogado Michel Rosenthal Wagner, “um prédio não precisa dar tanto trabalho para seu vizinho”. De maneira geral, durante a construção dos edifícios, emerge a falta de cuidado com o vozerio na obra, problemas na conservação da calçada, o barulho das máquinas, a descarga e manuseio dos materiais. Da parte do poder público, sobressai a desconsideração com o comprometimento da paisagem e perda de areação e insolação. Também não se observam os impactos sobre a vizinhança gerados pela construção de vários prédios ao mesmo tempo em uma mesma região. “O custo que se paga é altíssimo.” E após a implantação dos condomínios, destacam-se ausência de cuidados com regras internas de uso e ocupação. No caso da síndica Carla Marangolo, o advogado afirma que foram adotados vários procedimentos em relação ao comercial nos últimos cinco anos, especialmente por causa das emissões de barulho e poeira. Outro cuidado foi obter uma “garantia de que a solidez do solo estava mantida”, face às rachaduras que surgiram e porque o comercial situa-se bem ao lado de uma nova estação do metrô, ainda em construção. “Solicitamos, através de representação junto ao Ministério Público, que a construtora apresentasse laudo de segurança.” O comercial também prejudicou o residencial em termos de vista, areação e insolação. E quando entrou em operação, o barulho se transformou no principal pesadelo, com o funcionamento intermitente dos aparelhos instalados na área técnica. A administração do prédio comercial foi procurada pela reportagem da Direcional Condomínios, mas não se pronunciou sobre as queixas de seu vizinho.

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CAPA / CONDOMÍNIO-CIDADÃO

CENÁRIO:

PARA FAZER A LIÇÃO DE CASA

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Fotos: Calão Jorge/Secovi –SP

Ciro Scopel (à esq.) e Hamilton França Leite, durante evento de sustentabilidade

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O Brasil é o quarto País no mundo em quantidade de lançamentos imobiliários sustentáveis, mas seu desempenho neste quesito não reflete o número real de prédios com a característica, bem inferior em relação aos três primeiros colocados (Estados Unidos, China e Emirados Árabes). Além disso, somente agora irão surgir os primeiros edifícios residenciais “verdes”, a maioria ainda em fase de projeto. Um edifício sustentável traria benefícios não apenas aos seus condôminos, em termos de economia de água, energia, ganhos em saúde e produtividade, quanto para a sociedade, através da diminuição do efeito estufa, da menor escassez de insumos, da empregabilidade e economia. O cenário foi descrito em um Congresso promovido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), no final de abril passado, durante o lançamento da versão em português do livro “Tornando Nosso Ambiente Construído Mais Sustentável: Custos, Benefícios e Estratégias”. A obra foi escrita pelo norte-americano Greg Kats, que falou sobre o assunto via Skype. Também o coordenador de Programas de Sustentabilidade e Eventos Culturais do Secovi-SP, Hamilton França Leite, abordou o trabalho. Segundo Hamilton, o livro ajuda a quebrar um pouco o mito de que os custos dos “prédios verdes” seriam muito elevados, o que tornaria os empreendimentos menos atraentes no preço final. “Com o tempo, seus benefícios trazem mais vantagens em termos de custos”, disse Hamilton. “A média do aumento dos custos dos edifícios sustentáveis fica em 2%, bem menos que a percepção presente no público, que é de 17%", disse. Mas há pouca disposição entre as construtoras para arcar com os custos das soluções sustentáveis, sem garantia de que isso seja pago pelo consumidor. De outro lado, Ciro Scopel, vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP, cobrou responsabilidades do poder público sobre a questão. “De que adianta os condomínios aculturarem os moradores a fazerem coleta seletiva de lixo, e não encontrarem a destinação correta do material que foi separado pela sociedade? Só 3% do lixo no Brasil é reciclado. Outro exemplo seria criar o 'IPTU Verde’, estabelecendo um abatimento para cada imóvel que cumprisse com alguns itens práticos de se implantar e fiscalizar.” O professor Claudio Alencar, da Escola Politécnica da USP, levantou mais um aspecto, agora em relação ao usuário: o de que um edifício sustentável resulta em custo de gestão mais elevado, outro preço a ser pago pela sociedade se quiser garantir o futuro das novas gerações.

LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - Lixo: Como as novas políticas de resíduos chamam os condomínios à responsabilidade? Leia artigo de Adriana Jazzar no link http://bit.ly/1oOoUAL.


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ADMINISTRAÇÃO / ACESSIBILIDADE

COMO ADAPTAR O CONDOMÍNIO A lei dispensa prédios mais antigos de se adequarem às leis de acessibilidade, desde que não façam qualquer reforma. Independente dessa brecha, porém, as bandeiras da ampla mobilidade, do desenho universal e da modernização exigem investimentos na área. Por Rosali Figueiredo

Rampa

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especialista em projetos de acessibilidade, finalizou recentemente estudos para adaptação de dois condomínios residenciais em São Paulo. Um deles, um empreendimento com oito torres, acabou desistindo de fazer os investimentos e deverá cobrar isso da construtora. Os prédios foram erguidos após o início de vigência do Decreto Federal 5.296/04, segundo o qual todos os condomínios construídos ou reformados a partir desta regulamentação devem oferecer áreas comuns acessíveis, incluindo piscinas, quadras etc. O outro empreendimento está estudando a questão, pois uma de suas moradoras é cadeirante. E no próprio condomínio em que a arquiteta mora, as entradas principais dos halls das três torres não são acessíveis, apesar de viverem ali três cadeirantes. “Ainda é raro encontrarmos um condomínio residencial que implante um projeto de acessibilidade”, observa Carolina, destacando que os prédios mais recentes já trazem uma portaria em conformidade com a garantia de ampla mobilidade, entretanto, “falta estender isso às áreas de lazer, justamente piscinas, brinquedotecas e parquinhos”. “Seja para uma mãe ou o filho com deficiência, esses espaços permanecem inacessíveis.” Na coluna ao lado, a arquiteta disponibiliza aos leitores da Direcional Condomínios um exemplo extraído de seus projetos de adaptação de empreendimentos residenciais.

Segundo Carolina Fomin, a rampa original deste condomínio, registrada pela imagem da esquerda, está em desacordo com a NBR 9050/04. Da forma como se encontra, o espaço não pode ser utilizado por toda a diversidade de pessoas que moram ou circulam no local. Na foto da direita, o desenho mostra as intervenções necessárias para atender às necessidades de mobilidade de idosos, cadeirantes, adultos com carrinhos de bebês e portadores de deficiência visual, entre outros.

Foto: Ana Carolina Ebenau

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A arquiteta Carolina Fomin,

Arquiteta Carolina Fomin: entre os prédios novos, acessibilidade somente nas portarias


ADMINISTRAÇÃO / ACESSIBILIDADE

“SE HÁ VONTADE, HÁ SOLUÇÃO”

FALTA SENSIBILIDADE, DIZ ADVOGADO

LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br:

- Entrevista do advogado Michel Rosenthal Wagner, no Link da Ed. 191; - Guia de Acessibilidade para condomínios residenciais e comerciais, preparado pela arquiteta Guiomar Leitão. No link http://bit.ly/1qJka1c; - Legislação pertinente ao assunto, no link http://bit.ly/1j6FuEl.

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A deputada Federal Mara Gabrilli (foto acima) tem se notabilizado pela militância e conscientização em favor da plena mobilidade nas cidades, ambientes de trabalho, entre outros, incluindo as edificações. Uma das histórias que ela costuma relatar diz respeito a um fato ocorrido há cerca de cinco anos, quando pretendia comprar um apartamento. Foi quando se deparou com um empreendimento novo e totalmente inacessível, apesar da plena vigência, na época, do Decreto Federal 5.296/2004. “Estava procurando apartamento para morar e foi um drama, não encontrava imóvel acessível em lugar algum. Neste prédio, que era sofisticado, enfrentei degrau da calçada para o lobby. E quando cheguei ao apartamento tinham portas que nem pensar em passar com a cadeira.” Intrigada, Mara conseguiu conversar com o presidente da construtora responsável pelo prédio e acabou surpreendendo-o com a reprovação de seu empreendimento numa experiência real de falta de acessibilidade. Ele acreditava que os projetos já estivessem sendo desenvolvidos em conformidade com as normas. “O empresário ficou enlouquecido com aquela notícia e providenciou palestras minhas para a construtora e todas as suas parceiras.” O resultado é que Mara acabou adquirindo outro imóvel acessível, feito posteriormente por uma construtora que havia sido contemplada em sua agenda de palestras. Foi um divisor de águas. No entanto, segundo a deputada, “ainda encontramos, infelizmente, a Prefeitura dando habite-se a estabelecimentos novos sem acessibilidade, mas isso vem ocorrendo com muito menos incidência que em alguns anos atrás”. Mara pontua que, conforme a legislação, os prédios antigos têm que se adaptar caso realizem alguma reforma. Já os prédios públicos, mesmo os antigos, precisam seguir a legislação (Decreto 5296/2004) e se adequarem. “O prazo para isso, inclusive, já passou”, observa. “Agora, os prédios privados [desde 2004] têm por obrigação oferecer acessibilidade nas áreas comuns.” Mara acredita que seja possível encontrar “soluções criativas para implantar a acessibilidade, mesmo quando ela parece inviável. Se há vontade de tornar um espaço acessível, há solução.”

Foto: Rosali Figueiredo

Foto: Rosali Figueiredo

O advogado Michel Rosenthal Wagner observa um hiato entre o que define a legislação de acessibilidade e a realidade das construções. Vários fatores interferem sobre a questão, como certo “subjetivismo” dos agentes públicos na hora de concederem alvará para as obras, além da “falta de sensibilidade da população” e de “vontade de gastar com este tema”. Confira sua análise em entrevista publicada no site da Direcional Condomínios (Veja abaixo). Michel Wagner é membro do Conselho Jurídico da Vice-Presidência de Condomínios e Administração do Secovi-SP, e presidente da Comissão de Direito Imobiliário, Urbano e de Vizinhança da OAB/SP – Seccional Pinheiros

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DICA / PISOS ANTIDERRAPANTES

ESPAÇOS MAIS SEGUROS, SINÔMINO DE TRANQUILIDADE AOS SÍNDICOS Às voltas

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com obras de impermeabilização desde o ano passado, o zelador Antonio Moreira está acompanhando, justamente nesse momento, a reconstrução do piso de cerca de quatro mil metros quadrados da superfície externa do Condomínio New Century Quality Home, localizado na Aclimação, em São Paulo. Antonio relata que os trabalhos resultam da troca da manta de impermeabilização de toda a área, o que obrigou à quebra do revestimento anterior, em cerâmica comum, e à remoção do jardim. Para aproveitar a quebradeira, o New Century resolveu apostar na modernização e optou pela instalação de peças de 40 X 40 cm de porcelanato na área interna e externa coberta, e de pedra Goiás, áspera e antiderrapante, nos ambientes descobertos. Com superfície irregular, às vezes a pedra acumula água, por isso, a ideia é acompanhar todo serviço e garantir um assentamento bem feito, evitando poças e eventuais acidentes. De qualquer maneira, Antonio considera os dois produtos (o natural e o porcelanato) bem satisfatórios em sua propriedade antiderrapante. O zelador está certo, garante o arquiteto Daniel Cyrino Pereira, especializado em perícias. “A indústria cerâmica está bem desenvolvida e já temos porcelanato antiderrapante. Existem peças que inclusive imitam muitas pedras”, acrescenta Daniel Cyrino. A vantagem deste sobre os revestimentos naturais está na falta de mão de obra especializada para assentar as pedras, diz o arquiteto. “O porcelanato é usado hoje até para áreas externas, tem qualidade, é resistente (cinco vezes mais que a cerâmica comum) e apresenta um custo médio menor.” Mas na linha dos revestimentos mais adequados para as áreas comuns externas, e que tenham característica antiderrapante, as rochas naturais como o granito, mármore, a Goiás e o mosaico português permanecem como boa alternativa, destaca. O especialista faz uma ressalva apenas à ardósia, “de difícil manutenção”, e que se torna escorregadia se encerada.

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AMBIENTES INTERNOS Já para espaços internos como brinquedotecas, por exemplo, Daniel Cyrino aposta nos vinílicos, “material plástico texturizado, antiderrapante, com pouca porosidade e, assim, ótimo para limpeza. Este também é um setor industrial que vem se desenvolvendo muito e está começando a competir com a madeira”, explica. O arquiteto somente não recomenda sua instalação em áreas que tenham incidência de água, a qual provoca descolamento do material. Nas academias, sua recomendação recai sobre os pisos emborrachados, que além de antiderrapantes, proporcionam um clima mais aconchegante.


DICA / PISOS ANTIDERRAPANTES Em outros espaços, como salão de festas e ambientes de circulação, o porcelanato volta como uma boa dica. Neste caso, deverá ser tomado cuidado com o processo da limpeza. O ideal é dispensar o uso de ácidos e máquinas, que removem o rejunte e favorecem as infiltrações. Quanto à segurança que os pisos devem proporcionar ao tráfego de pessoas, Daniel Cyrino destaca a recomendação da norma de acessibilidade NBR 9050/2004, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), segundo a qual os espaços próximos ao começo e final das escadas e das rampas devem ser sinalizados com faixas em relevo.

DURABILIDADE A NBR 15.575, norma técnica da ABNT lançada em 2013 sobre o desempenho das estruturas e dos materiais nas novas construções, estabelece requisitos mais exigentes para a garantia da vida útil desses sistemas. No caso dos pisos, eles deverão durar pelo menos 13 anos, incluindo contrapiso e revestimento, desde que o condomínio cumpra com as orientações do Manual de Uso, Operação e Manutenção, esclarece o engenheiro civil Roberto Boscarriol Junior. O prazo cai a cerca de oito anos para os revestimentos não aderidos, ou seja, têxteis, laminados, elevados, lambris etc. (Por Rosali Figueiredo)

No Condomínio Antígua (Foto acima), empreendimento localizado na região do Morumbi e entregue em 2012, a piscina coberta recebeu um tipo de piso que o arquiteto Daniel Cyrino Pereira considera bem adequado para atenuar o efeito escorregadio quando em contato com a água: instalou pedras naturais, tema da próxima edição da Direcional Condomínios. De acordo com a síndica Roseane Barros Fernandes, a superfície foi revestida por um quartzito branco de 60x60 cm. O mesmo material compõe o rodapé, de 30 cm de altura. O quartzito é uma rocha formada por pelo menos 75% de quartzo.

Próxima Edição PISOS NATURAIS

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Foto: Rosali Figueiredo

OPÇÕES PARA O ENTORNO DA PISCINA

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DICA / FACHADA – PINTURA E TEXTURA

METICULOSA, OBRA EXIGE AMPLA MOBILIZAÇÃO DO CONDOMÍNIO

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Por Rosali Figueiredo

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A paisagem da Rua Damasceno Vieira, na Vila Mascote, zona Sul de São Paulo, mudou bastante com a pintura das fachadas das cinco torres do Condomínio Colina Veredas. Elas receberam novas cores no segundo semestre de 2013, valorizando um empreendimento instalado em área de 20 mil metros quadrados, uma raridade na metrópole. Construído em 1976, o condomínio abriga 405 unidades de dois e três dormitórios, além de amplo espaço social e de lazer, distribuídos em meio a um invejável parque arbóreo. Mas faltava renovar a pintura, trabalho que havia sido feito pela última vez em 2006. A um custo de R$ 850 mil, a pintura mobilizou bastante os condôminos durante o ano passado. Não apenas para análise das cotações junto aos fornecedores, quanto para juntar os recursos necessários (parte proveniente da locação de salas comerciais pertencentes ao condomínio, outra de rateio em andamento). Era preciso ainda definir a proposta vencedora, solicitar mais informações técnicas e de serviços às empresas, consultar eventuais restrições junto à Serasa, escolher as cores e acompanhar os trabalhos, relata o síndico Rodolpho Ferreira Netto. Foram distribuídas circulares aos moradores, convocadas reuniões (inclusive com a presença de responsáveis pelas empresas) e promovida assembleia extraordinária. “Esta foi a segunda pintura realizada nos edifícios sob minha administração, assim pudemos evitar alguns erros cometidos antes”, observa o gestor. Rodolpho destaca, por exemplo, a busca pelo “maior envolvimento dos condôminos” no novo processo, os quais foram mobilizados para auxiliar na aprovação da proposta entre 12 orçamentos levantados, na conversa direta com os fornecedores e na definição das cores. Evitou-se também tomar o custo como critério único de seleção do prestador. Outro cuidado tomado foi a divulgação prévia do tempo de duração da obra e a sequência dos edifícios a serem pintados. “Na lavagem pode entrar água nas unidades”, então era preciso deixar os moradores de sobreaviso, justifica o síndico. O ápice foi a realização da assembleia extraordinária, convocada para ratificar ou não o nome do fornecedor escolhido e votar as cores. Para subsidiar a decisão dos moradores, o síndico organizou antes uma exposição de fotos contendo simulações da fachada em diferentes colorações. Por fim, venceram as tonalidades areia (mais escura) e palha. Os trabalhos envolveram tratamento de trincas e fissuras, impermeabilização, lavagem e pintura. “Tudo foi seguido à risca e acompanhado pelos nossos zeladores, pela administração e o proprietário da empresa”, afirma Rodolpho. Ao término da obra, o fornecedor ainda fez uma checagem nas unidades, para eventuais correções na pintura das janelas. O síndico diz que pouco conhecia do processo, mas analisa que o diferencial desse trabalho foi o condomínio ter escolhido “uma empresa séria”, sob a chancela dos moradores, e “com o seu proprietário tendo comparecido diariamente ao condomínio”.


DICA / FACHADA – PINTURA E TEXTURA MURAL DA PINTURA – CONDOMÍNIO COLINA VEREDAS

Foto: Rosali Figueiredo

ANTES

Fachada em 2012, já recebendo tratamento e com previsão de pintura para o ano seguinte

Reprodução de foto de fachada anterior, por Thaís Sandrini

As novas torres, em tonalidades claras

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Foto: Thaís Sandrini

DEPOIS

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DICA / FACHADA – PINTURA E TEXTURA TABALHO VAI MUITO ALÉM DO EFEITO “VITRINE” Parece simples passar algumas camadas de tinta sobre a superfície sem envolver obra com muitas quebradeiras, a exemplo de uma impermeabilização de laje, mas não é. A pintura ou aplicação de textura nas fachadas requer atenção a detalhes que ficam ocultos sob a nova aparência dos edifícios, mas que são fundamentais para um bom desempenho e durabilidade de todo o sistema. Isso vai além do emprego adequado da tinta e do efeito estético obtido. Envolve, por exemplo, o preparo correto do substrato que receberá a pintura e/ou textura. Ou, ainda, o controle da qualidade desse material aplicado sobre o substrato, “de forma a se obter uma película com a espessura recomendada pelo fabricante”, analisam os especialistas em fachadas, Osmar Hamilton Becere e Carlos Carbone. Ambos explicam que é comum se observar “a aplicação de tintas sobre substratos pulverulentos [empoeirados], de baixa resistência superficial, entre outras anomalias”. Osmar e Carlos chamam atenção dos síndicos para também considerarem que os revestimentos devem contribuir para a “estanqueidade” das fachadas, impedindo a penetração da água. Esta é uma função que não depende exclusivamente das pinturas, “mas sim de todo o sistema de revestimento (como alvenaria, chapisco e emboço)”. “Daí a importância de um projeto de vedação e de revestimento que seja pensado considerando as condições de exposição da edificação, de forma a se projetar o sistema de cobertura mais adequado”, alertam. Nesse aspecto, “as fissuras e trincas visíveis devem ser recuperadas antes da lavagem que precede a pintura, de modo a evitar a penetração de água no interior dos edifícios”. Já aquelas que forem identificadas depois da lavagem, devem ser recuperadas a posteriori, antes da pintura. “O importante é que a correção das irregularidades no substrato seja realizada adequadamente”, evitando anomalias que comprometam o desempenho do novo sistema. Osmar, que é Mestre em Habitação e pesquisador do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), e Carlos Carbone, engenheiro e Mestre em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, deixam a seguir mais orientações importantes aos síndicos sobre pintura e aplicação de textura nas fachadas.

MATERIAIS: APLICAÇÃO & DURABILIDADE

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ARGAMASSA

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“A vida útil das argamassas inorgânicas pode ultrapassar décadas, por isso esse tipo de revestimento permanece como o substrato mais usual para a aplicação de placas cerâmicas, tintas e texturas acrílicas. No caso das argamassas cinza, empregadas como emboço [aplicação inicial] e que contam com normas técnicas de especificação e procedimentos, é sempre recomendável sua aplicação por profissionais e/ou empresas especializadas. Além disso, o sistema de chapisco mais emboço deve ser submetido a ensaios de recebimento, antes da aplicação do revestimento final (tinta, textura acrílica, placa cerâmica etc.).” Por sua vez, as argamassas inorgânicas pigmentadas, também conhecidas como monocamada, apesar de não normatizadas, devem seguir especificação do Ministério das Cidades (Diretriz Sinat / Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos).”

TINTAS DE BASE ACRÍLICA “Elas não têm função somente estética. Devem também contribuir para a estanqueidade das fachadas, ou seja, ter propriedades que impeçam a penetração da água (baixa capilaridade) no interior das edificações durante as chuvas


DICA / FACHADA – PINTURA E TEXTURA

dirigidas (com ventos). Elas devem permitir que o pouco de água que venha a ser absorvida pelo sistema de revestimento (chapisco + emboço + pintura) possa ser devolvida ao exterior em forma de vapor (permeabilidade ao vapor de água). São características fundamentais para evitar que haja infiltração, mas que precisam ser estabelecidas em função do ambiente de exposição da edificação, considerando principalmente os índices de precipitação. O mercado dispõe de empresas capacitadas para produzir tintas com essas propriedades. Mas o usuário deverá enviar o produto para um laboratório de ensaio, procurando confirmar se a tinta adquirida atende às especificações estabelecidas, inclusive durante a obra, com coleta aleatória do produto em uso.”

TEXTURAS ACRÍLICAS “As texturas acrílicas são constituídas basicamente pelos mesmos componentes das tintas imobiliárias: resinas acrílicas ou estireno-acrílicas, pigmentos, cargas minerais e aditivos. Porém, elas contêm cargas de maiores dimensões para proporcionar o efeito texturizado. Quando corretamente formuladas e devidamente aplicadas, apresentam vida útil superior a dez anos e das próprias tintas acrílicas, podendo atingir até 15 anos sem reparos, desde que sejam adotados os procedimentos de limpeza periódica recomendados pelo fabricante. Os cuidados de especificação, de seleção e de aplicação são os mesmos recomendados às tintas acrílicas. Também apresentam maior capacidade de dissimular (ocultar) fissuras no substrato, até certos limites; maior resistência à penetração de chuvas devido a maior espessura da camada em relação às tintas de acabamento liso; maior resistência ao intemperismo, além de a texturização disfarçar as alterações ocorridas; e, normalmente, apresentam economia nos custos de mão de obra em relação às tintas em função de: (a) requererem apenas uma demão; e (b) por apresentam maior capacidade de correção de irregularidades superficiais do substrato, dispensando na maioria das vezes a aplicação de massa corrida. Mas cabe ressaltar que o emboço deve apresentar resistência superficial adequada para a correta ancoragem da textura acrílica. Também, para o caso de emboços novos, deve-se aguardar a cura por no mínimo 28 dias.”

- Saiba qual a melhor hora para pintar; - Os procedimentos mínimos a serem adotados pelos fornecedores, incluindo preparação dos substratos; - Especificações das tintas disponíveis no mercado; - Impermeabilização das fachadas antes da pintura; - O que diz a nova norma de desempenho da ABNT (NBR 15.575/2013) acerca da durabilidade, garantia e vida útil dos materiais e sistemas construtivos. Acesse as informações no guia preparado pelos técnicos Osmar Becere e Carlos Carbone, através do link da Edição 191.

Próxima Edição FACHADA – REVESTIMENTO CERÂMICO, GRANITO E VIDRO

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LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br:

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FIQUE DE OLHO / FITNESS

MERCADO APOSTA NAS INOVAÇÕES EM PRODUTOS E SERVIÇOS Empresas de fitness estão cada vez mais especializadas no atendimento aos condomínios e hoje prestam um arco completo de serviços aos síndicos, que incluem de venda de equipamentos e acessórios à assistência técnica, reforma e contratos de manutenção preventiva. Confira neste Fique de Olho as novidades e promoções do mercado. Por Rosali Figueiredo

FIT WALK FITNESS Com uma linha completa de equipamentos e acessórios, a FIT Walk Fitness, do empresário Wagner Souza, tem como um dos diferenciais oferecer projeções em 3D das salas de ginástica. Ele atua há dez anos no mercado e, há quatro, lançou a empresa, com um setor próprio de assistência técnica, a FIT Walk Service, que faz “trocas de peças, conserto de equipamentos, regulagem de produtos e reforma em geral dos aparelhos”. Quanto aos itens novos, Wagner destaca as esteiras com “absorção de impacto e opção de tela touch screen”. É “uma tecnologia inovadora”, que proporciona “um exercício mais completo”, diz o empresário, revendedor autorizado da Movement. Até o mês de setembro deste ano, a FIT Walk estará oferecendo uma promoção aos clientes: a ambientação da sala de ginástica, através de imagens ilustrativas de exercícios, de alongamentos, de regras e relógio. Fale com a FIT Walk Fitness: 11 – 4306-4669 / 2359-2481 contato@fitwalk.com.br

FUNCIONAL FINTESS/EVOLUTION A Funcional Fitness/Evolution também trabalha com uma linha completa de equipamentos e acessórios para as salas de ginástica dos condomínios, diz o empresário Alex Denegri. Em termos de assistência, ele destaca a flexibilidade dos serviços, que atendem desde chamados avulsos quanto a programas de manutenção preventiva e corretiva. A vantagem da preventiva é que, “todo mês, no dia estipulado, o técnico observa o desenvolvimento das máquinas, evitando sua quebra”. Entre os equipamentos novos, Alex apresenta a esteira profissional “Evolution 4000”, com design inovador e acessórios que proporcionam conforto ao usuário, como som estéreo em MP3 e entrada para USB e cartão de memória. Segundo Alex, o preço da esteira hoje é promocional, ela custa R$ 6.990,00, facilitados em doze pagamentos para condomínios e construtoras. A empresa atua há 25 anos no mercado. Fale com a Funcional Fitness: 11 – 3961-5622 / 3961-0140 www.evolutionfitnessbrasil.com.br contato@funcionalfitness.com.br

GINASTIC SHOP Direcional Condomínios | Junho 2014

Com 18 anos de atividade, a Ginastic Shop é uma das pioneiras no trabalho com os condomínios. “A empresa possui grande experiência

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em manutenção, oficina própria e rotina de capacitação técnica, com soluções para os mais diferentes defeitos nos equipamentos de fitness”, destacam os empresários Claudia Hilkner e Rodrigo Alves. Neste ano, a empresa está lançando o serviço “One Day”, de “manutenção preventiva e corretiva previamente orçada, organizada de forma que uma equipe técnica faça todas as revisões e troque peças em um único dia em que a sala fique fechada”. O pacote é “ideal para quem não mantém manutenção preventiva”. “Nosso slogan é ‘Sala de ginástica em boa forma: agilidade, segurança e confiabilidade’”, justifica Claudia Hilkner. Segundo ela, a empresa “busca sempre a inovação, como novas formas de atendimento acompanhando as necessidades dos clientes”.

Fale com a Ginastic Shop: 11 - 3672 1212 / 3938-7890 www.ginasticshop.com.br atendimento@ginasticshop.com.br


FIQUE DE OLHO / FITNESS JOHNSON HEALTH FITNESS A diversidade é um dos diferenciais da Johnson Health Fitness, uma das maiores fabricantes de equipamentos para prática de exercícios físicos do mundo, afirma Daniel Pauferro, diretor da empresa. São mais de 400 modelos de equipamentos, capazes de atender às necessidades tanto de uma sala de 20 m2 quanto de uma grande academia. “Prestamos total assistência técnica em nossos produtos, que possuem as maiores garantias do mercado.” Entre os destaques, encontram-se as peças da linha cardio, como esteiras, bicicletas e elípticos, “ganhadores de diversos prêmios no Exterior, além da nossa linha de musculação”. Outro diferencial é a consultoria oferecida aos condomínios, através da qual se faz uma projeção em 2D ou 3D da nova sala, ajudando o síndico a escolher os equipamentos mais adequados. A Johnson tem mais de 40 anos de mercado e está há sete no Brasil. Fale com a Johnson Health Fitness: 19 - 2107- 5306 / 2107-5300 www.johnsonhealthtech.com.br contato@jhtb.com.br

PRIME FITNESS Alta tecnologia e inovação são as qualidades associadas aos equipamentos vendidos pela Prime Fitness, do empresário Flávio Soares. Com quatro anos de mercado, a empresa atua como autorizada da Movement, fabricante estabelecido há 25 anos no mercado nacional de fitness. Com esse apoio, a Prime oferece uma linha completa de produtos como esteiras, bicicletas, elípticos, estação, linha muscular e acessórios. “Temos uma equipe técnica em constante treinamento, especializada em condomínios, para oferecer manutenção preventiva e corretiva, com precisão e preço justo”, ressalta Flávio. Durante o mês de junho, a Prime estará com uma promoção especial para condomínios, “uma sala de fitness completa por um preço irresistível”, anuncia o empresário. A Prime também realiza consultoria prévia gratuita para definição do layout do espaço, incluindo projetos em 3D. Fale com a Prime Fitness: 11 – 4556-0751 www.primmefitness.com.br atendimento@primmefitness.com.br

R FIT Uma esteira da marca Movement dotada de painel touch screen representa um dos principais destaques da R FIT, empresa com 16 anos de mercado, que atua como distribuidor oficial do fabricante, além de vender acessórios para todos os tipos de exercícios e a linha de musculação. Com tradição e experiência, a empresa presta “assessoria na montagem da sala de ginástica, atendimento de manutenção em no máximo 48 horas, além do serviço de pós-venda”, afirma a empresária Maria Helena Leal Magnani, sócia de Roberto Magalhaes Magnani. E durante o período da Copa 2014, dos dias 12 de junho a 13 de julho, a R FIT estará com uma promoção especial: “na compra de R$ 40 mil, o condomínio ganhará automaticamente um TV de 42’”, anuncia Maria Helena (que ressalva, porém, que a promoção não será cumulativa). Fale com a R FIT: 11 – 4335-6103

RG FITNESS

www.rfit.com.br contato@rfit.com.br;

Outra empresa com grande experiência e know-how, a RG Fitness também trabalha como autorizada da Movement e oferece aos condomínios amplo portfólio de esteiras, bicicletas, elípticos, musculação e acessórios. Ela dispõe de peças modernas, entre os lançamentos mais recentes do fabricante. Mas além da venda, a RG realiza manutenção, incluindo a possibilidade de fechar contratos para o serviço preventivo. Já os fábrica, peças em estoque, e serviços com garantia e confiabilidade”. A empresa faz orçamentos sem compromisso, atua com e-commerce e facilita o pagamento, aceitando diversos cartões, entre eles, o BNDES. A RG foi criada há sete anos com “a missão de oferecer qualidade e bem-estar para todos”. Fale com a RG Fitness: 11 – 5102-4015 www.rgfitness.com.br contato@rgfitness.com.br

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diferenciais da empresa residem, segundo o proprietário José Eduardo Rocha Galhardo, no “atendimento imediato, técnicos treinados pela

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DICA / GESTÃO AMBIENTAL – INDIVIDUALIZAÇÃO DE ÁGUA

PROJETO E CONTRATO, ESSENCIAIS AO SUCESSO DO PROGRAMA

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O síndico profissional Waldir Berger vive situações distintas

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em relação ao consumo de água nos condomínios em que atua. Num deles, onde mora, implantou a individualização logo após a entrega do empreendimento de quatro torres e 400 unidades, localizadas na zona Oeste de São Paulo, o que gerou uma economia de 30% dos metros cúbicos que iam para o esgoto. Ali, as prumadas receberam 1.600 medidores, quatro por apartamento, com leitura feita remotamente. Mas no outro condomínio residencial, na região da Av. Luís Carlos Berrini, zona Sul, “o esforço exigido para a individualização e o custo seriam bem maiores”. Existem quatro tipos de imóveis por pavimento, assim, por ora, a ideia foi congelada no local, justifica. Outra diferença entre ambos é que, no residencial individualizado, a construtora entregou os edifícios preparados para receber os medidores. A Lei Municipal 14.018/05, vigente em São Paulo e regulada pelo Decreto 47.731/06, prevê que as novas edificações contemplem soluções de uso mais racional da água, entre elas, a “instalação de hidrômetro para medição individualizada por unidade habitacional”. A questão técnica e econômica, portanto, ainda pesam sobre a decisão de os condomínios aderirem ou não à leitura individualizada do consumo da água. O cenário poderá mudar um pouco com nova norma técnica que a ABNT está desenvolvendo sobre os sistemas hidráulicos de água quente e fria. No caso da individualização, haverá mudança dos parâmetros para dimensionamento do sistema conforme a realidade de cada de edificação, além de regras para concepção do projeto e instalação, afirma o engenheiro civil Sérgio Gnipper, secretário da comissão que estuda o assunto. Outras dúvidas pairam sobre os modelos de contratos com os prestadores de serviços e os critérios para cobrança da conta mensal de cada condômino, observa o engenheiro. Em função disso, o diretor de Sustentabilidade Condominial do Secovi-SP, Geraldo Bernardes, recomenda aos síndicos fazer um estudo de mercado antes de contratar a individualização, com levantamento das tecnologias oferecidas e do histórico das empresas. Depois, ele sugere estabelecer um contrato contendo: (1) responsabilidade do prestador pela instalação dos medidores, garantia de seu pleno funcionamento, e pagamento de multa mediante falhas na operação; (2) definição do que compete ao contratante e contratado sobre o que fazer dentro das unidades; (3) escolha de tecnologia que não prenda o condomínio ao serviço de leitura do próprio fornecedor. Finalmente, é preciso que se pague apenas segundo o avanço dos trabalhos e após emissão de Nota Fiscal. (Por Rosali Figueiredo)

Próxima Edição GESTÃO AMBIENTAL - ILUMINAÇÃO


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ACESSÓRIOS

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ACESSÓRIOS...

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ACESSÓRIOS

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ACESSÓRIOS...

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ACESSÓRIOS, ADMINISTRADORA, ALAMBRADOS

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ALAMBRADOS, ASSESSORIA, BOMBAS

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ANTENA, BLOQUEADOR DE AR, COBERTURAS

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CADEIRA, CONTROLE DE PRAGAS, DESENTUPIDORA, ELÉTRICA...

nikkey

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ELÉTRICA

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ELÉTRICA, ELEVADOR...

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ELEVADOR

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ELEVADOR...

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ELEVADOR

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HIDRÁULICA, IMPERMEABILIZAÇÃO...

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EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA, GERADOR

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EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA, HIDRÁULICA...

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HIDRÁULICA, IMPERMEABILIZAÇÃO

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IMPERMEABILIZAÇÃO...

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IMPERMEABILIZAÇÃO

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IMPERMEABILIZAÇÃO, INDIVIDUALIZAÇÃO DE ÁGUA, INTERFONE...

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INTERFONE

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INTERFONE, LUZ DE EMERGÊNCIA, MANUTENÇÃO PREDIAL, PINTURA PREDIAL...

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL...

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL...

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PINTURA PREDIAL

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PINTURA PREDIAL

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PISOS, PLAYGROUNDS...

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

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PERÍCIA PREDIAL, RADIOCOMUNICAÇÃO, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, REDUTOR DE VELOCIDADE, SENSOR DE PRESENÇA, SINALIZAÇÃO, SERRALHERIA

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SISTEMAS DE SEGURANÇA...

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SISTEMAS DE SEGURANÇA, TERCEIRIZAÇÃO

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TERCEIRIZAÇÃO...

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TERCEIRIZAÇÃO

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TERCEIRIZAÇÃO...

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TERCEIRIZAÇÃO, TRATAMENTO DE PISOS, VIDROS

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