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Editorial
EDITORA Rosali Figueiredo DIRIGIDA A Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings PERIODICIDADE MENSAl Exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral TIRAGEM 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) PúBlICO lEITOR DIRIGIDO Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCUlAçãO São Paulo e Grande São Paulo JORNAlISTA RESPONSáVEl Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com REPORTAGEM Rosali Figueiredo CAPA Coronado ASSINATURAS Emilly Tabuço faleconosco@grupodirecional.com.br GERENTE COMERCIAl Sônia Inakake sonia@grupodirecional.com.br DEPARTAMENTO COMERCIAl Alexandre Mendes Fabian Mesquita Gabriel Youssef ATENDIMENTO AO ClIENTE Emilly Tabuço João Marconi Juliana Jordão Grillo DIAGRAMAçãO Editora Coronado - Jonas Coronado EQUIPE DISTRIBUIçãO Ailton Candido Evaldo Mendonça Inaldo Pereira José Ricardo da Silva Roberio Santos IMPRESSãO Prol Gráfica ASSINATURA ANUAl R$ 180,00
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Caro Leitor, Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 27 de julho falou do crescimento dos condomínios em São Paulo, repercutindo pesquisa de uma administradora da Capital. A empresa apurou que 210 mil pessoas trocaram as casas pelos apartamentos nos últimos cinco anos, e que mil prédios teriam sido entregues no período. Segundo o estudo, o mercado de condomínios residenciais na cidade movimenta mais de R$ 13 bilhões por ano, orçamento superior ao de capitais como Porto Alegre e Curitiba. A revista Direcional Condomínios já havia chamado atenção para o potencial do segmento em reportagem de maio do ano passado. Com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), divulgamos que mais de 11 mil novos prédios residenciais na cidade e Região Metropolitana surgiram entre 1985 e início de 2013. Enquanto o levantamento da administradora soma 21 mil condomínios na cidade, a Direcional trouxe números apurados pela dissertação de mestrado “A verticalização em São Paulo, de 1980 a 2011: concentração e dispersão”, de Guilherme Gagliotti (Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2012): seriam 26.621 edifícios predominantemente residenciais na Capital, 2.873 dos quais construídos entre 2004 e 2011. Apesar de algumas diferenças, os números vêm a corroborar a certeza de que nos encontramos no melhor nicho de negócios para se investir e que vale acreditar em seu gigantismo. As necessidades de manutenção e investimentos nos condomínios são contínuas. É o caso da segurança, que ganha destaque nestas páginas. Ou das fachadas e pisos, temas que mereceram reportagens por três edições consecutivas. Mas temos muito mais informações e ampla carteira de fornecedores nesta edição, o que reafirma nossa confiança no segmento de CONDOMÍNIOS. Ótima leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora
DEstaquE Os roubos na Capital paulista aumentaram quase 40% no primeiro semestre deste ano em relação a 2013. Entre os condomínios, a Secretaria de Segurança Pública do Estado não divulgou os dados, mas especialistas dizem que golpes dados contra as portarias estão entre as ocorrências mais frequentes, com menor número de arrastões. Parece tosca ou ingênua a forma como os infratores vêm burlando os controles de acesso, mas o fato é que os porteiros continuam sendo enganados, segundo mostram a reportagem de capa desta edição e duas seções especiais: os quadrinhos e a nova “Golpes em Condomínio”.
Sumário Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Condomínios. A revista Direcional Condomínios não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.
R. Vergueiro, 2.556, 7º andar - conj. 73 Cep 04102–000 - São Paulo – SP Tel.: (11) 5573-8110 Fax: (11) 5084-3807 E-mail: faleconosco@grupodirecional.com.br www.direcionalcondominios.com.br
04. Condomínios em Quadrinhos: ...........................................Sem sombra de dúvidas 05. Informe Publicitário: ....................................................................................Seciesp 06. Capa: ................................................................Segurança, perigo sempre à espreita 08. Administração: ......................Comissões de moradores, pelo upgrade nos serviços 10. Coluna: ........................................Os conselheiros não dão vistas às pastas, e agora? 11. Golpes em Condomínio: .........................Na segurança, porteiros são alvo principal 12. Dica: .................................................................................................Pisos: Garagem 13. Dica: .....................................................................Gestão Ambiental: Coleta seletiva 14. Dica: ...............................................................................................Fachada: Retrofit 18. Fique de Olho: ..............................................................................................Elétrica
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DIRETORES Sônia Inakake e Almir C. Almeida
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CONDOMÍNIOS EM QUADRINHOS / SEM SOMBRA DE DÚVIDAS
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Ilustração: Coronado
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SEGURANÇA, PERIGO SEMPRE À ESPREITA Por Rosali Figueiredo
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No dIA 22 de maio passado, no meio da tarde, uma pessoa
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simulou tratar-se de um morador e ligou para a portaria de um prédio localizado na Vila Mariana, em São Paulo (ela passou corretamente os dados). Deixou dois nomes ao porteiro, alegando que seriam seus sobrinhos e que poderiam entrar no edifício. Foi a deixa para que dois ladrões tivessem o acesso liberado ao condomínio e roubassem algumas unidades. Segundo os especialistas em segurança José Elias de Godoy, Oficial da PM, e Luís Renato Mendonça Davini, delegado do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil, essa é a principal estratégia que os infratores estão utilizando neste ano contra os condomínios: saem de cena os arrastões e entram os chamados golpes pontuais. “Mudou o modus operandi dos bandidos. Eles têm invadido os prédios através de falhas de procedimentos de portaria, enganando ou ludibriando os funcionários”, observa José Elias. “Normalmente, eles têm informações detalhadas sobre a vítima e até sua rotina, se está ou não no apartamento, os objetos de valores que possui etc.” Uma situação especial atinge os estrangeiros, especialmente orientais, que costumam guardar valores em suas unidades e “acabam sendo as maiores vítimas desses assaltos”, completa José Elias. Luís Renato destaca, por sua vez, que “os bandidos agem cada vez mais com precisão e utilizando informações privilegiadas”. Ele cita o caso de uma empregada doméstica que, ao ver um cofre de parede fechado no apartamento em que trabalhava, passou a informação ao amante, que invadiu o imóvel, mas encontrou no local apenas documentos. E não há outro jeito de os condomínios diminuírem os riscos sem investir de maneira constante no tripé segurança, procedimentos e treinamento de funcionários, comentam os especialistas. Tudo precisa ser atualizado, desde as regras de acesso de pedestres e veículos, à posição das câmeras de CFTV e gravação de imagens, entre outros.
as cenas dos arrastões nos condomínios diminuíram no noticiário de 2014, mas cederam espaço a golpes dados contra as portarias, visando a apartamentos que acumulam valores. Especialistas insistem que se invista em melhorias nos equipamentos, procedimentos e em treinamento.
LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - Um passo a passo da implantação do programa Vizinhança solidária na Vila mariana; - Como fazer a segUrança de pontos estratégiCos do Condomínio, atraVés de eqUipamentos, treinamento e orientação aos moradores, Conforme as diCas dos espeCialistas José elias de godoy e lUís renato mendonça daVini. aCesse as matérias no link da edição 193, no site aCima. - Confira ainda reportagem sobre eqUipamentos digitais de segUrança disponíVeis no merCado, atraVés link “reVistas” do site aCima. aCesse o ano de 2013, edição 185.
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FECHANDO O CERCO A síndica Lurdes Affonso, que exerce a função há mais de 20 anos no Condomínio Vila de Vitória, na Vila Mariana, concorda. Ela lembra que ao comprar seu apartamento ainda na planta, no prédio da região do Metrô Santa Cruz, havia o mote publicitário de que condomínio era sinônimo de segurança. Na época, Lurdes morava em uma casa. Mas, hoje, ela reconhece que sem os investimentos torna-se impraticável garantir tanta tranquilidade. Lurdes acha que existe certa “fobia social” mediante o tema, mas acredita que o perigo seja “iminente”. As mudanças em seu prédio foram paulatinas. Os investimentos na área se acentuaram nos últimos dez anos, na tentativa de se “inibir a ação de pessoas alheias ao condomínio”. Entregue em 1989, o prédio tinha apenas uma câmera que anotava a movimentação do acesso de pedestres e das garagens, espaços que acabaram de ganhar eclusas. Existem agora 13 câmeras, número que deverá ser ampliado. Para entrada na garagem, foi implantado sistema que identifica ao porteiro a placa do veículo, a unidade e o nome do proprietário. Entre os investimentos futuros, Lurdes prevê a blindagem da guarita.
Também há regras para os moradores, que recebem orientação contínua: eles somente devem abrir a porta depois de receberem a comunicação da portaria. Caso ouçam o toque da campainha de sua unidade sem que tenham sido notificados pelo porteiro, deverão fazer uma checagem antes de atenderem o visitante. O condômino recebe, via canal de tevê aberta, imagens das câmeras do CFTV. Também os funcionários são treinados. “A segurança tem que ser feita pela administração, pelos funcionários e, principalmente, por cada um dos moradores. Eles são coparticipantes da manutenção do sistema”, ressalta a síndica. Lurdes mora em uma área da Vila Mariana onde ainda não foi implantado o Programa Vizinhança Solidária, da Polícia Militar (veja box nesta página).
Um trecho da Vila Mariana que compreende as imediações do Parque do Ibirapuera, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, a Rua Vergueiro e a Rua Sena Madureira registra hoje a participação de pelo menos 40 condomínios no Programa Vizinhança Solidária, coordenado pela 2ª Companhia do 12º Batalhão da Polícia Militar na Capital. O projeto começou a ser articulado no local há cerca de cinco meses e agora abrange também casas, comércio, escolas e o Consulado da Bolívia, além de contar com a participação do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg). “A sensação de segurança já aumentou”, afirma o sargento responsável pela operacionalização do programa, Claudemir Portilho Mateus Junior, situação corroborada por síndicos e zeladores de prédios que aderiram ao Vizinhança. O programa “aproximou os moradores da região, síndicos e zeladores, e um vai passando a ideia para o outro”, observa Maurício Pedro Pinto, que coordena a Comissão de segurança do Condomínio Praça Vampré e foi uma das pessoas que mais mobilizaram os condomínios a abraçarem a proposta.
O programa ainda se encontra numa etapa inicial, cujo intuito é promover uma adequação dos condomínios a uma condição mínima de segurança em termos de equipamentos (câmeras, eclusas, vagas de pânico etc.), procedimentos e orientação a funcionários e moradores. E conforme a notícia se espalha, novos prédios vão aderindo, diz o sargento Claudemir. O edifício interessado deve entrar em contato com a PM, preencher um formulário e aguardar visita de uma equipe de policiais, que faz o diagnóstico local e propõe melhorias. Quando implantadas, o condomínio recebe a certificação, obtém a placa de adesão e começa a ter seu sistema avaliado periodicamente através de incertas da PM. Mas o condomínio deve obrigatoriamente acompanhar as reuniões mensais do Conseg. Para mais informações sobre o programa na área, ligue para (11) 5082-2088 ou 5579-3786. A 2ª Cia fica localizada na Rua Sena Madureira, 980.
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REGIÃO DA VILA MARIANA ADOTA ‘VIZINHANÇA SOLIDÁRIA’
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ADMINISTRAÇÃO
COMISSÕES DE MORADORES, PELO UPGRADE NOS SERVIÇOS além de preencher funções obrigatórias como a de síndico e conselheiros, os condomínios podem estimular a formação de comissões voluntárias de moradores, buscando um ajuste fino entre as decisões, o orçamento e as necessidades do coletivo. Por Rosali Figueiredo
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Eleita síndica há oito meses, Márcia Carvalho se engajou em defesa do condomínio desde a entrega do empreendimento, presidindo a Comissão de Segurança
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A ExIStêNcIA de comissões voluntárias de moradores para áreas como segurança, obras, festas e eventos já faz parte da vida de muitos condomínios. Eleita síndica no final do ano passado, a bióloga Márcia Dias Teixeira Carvalho presidia então a Comissão de Segurança do Residencial Welcome, edifício onde mora em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo. Implantado há cinco anos, o condomínio veio cru em termos de infraestrutura de segurança. Formou-se então a comissão, que alinhavou as prioridades de investimentos, alguns dos quais realizados neste período. Também foi organizada uma Comissão Jurídica, que vem auxiliando os proprietários a encaminharem uma série de pendências com a construtora do empreendimento de 42 unidades. Ambas foram aprovadas em assembleia, afirma Márcia, que também era conselheira. Elas têm autonomia para definir agendas e propor soluções, “mas o poder decisório é do síndico e da assembleia, especialmente quando as sugestões envolvem custos ou impactam no dia a dia do condomínio”. De forma geral, as comissões têm o apoio dos demais moradores, entretanto, Márcia lembra que a de segurança encontra às vezes alguma resistência, porque suas recomendações acabam mexendo com hábitos arraigados. No momento, a síndica está mobilizando os condôminos a se voluntariarem a essas comissões, pois elas perderam alguns de seus
membros. Também quer estimular a formação de uma Comissão de Obras e Lazer, para ajudar a definir as prioridades de investimentos, além de auxiliar nas cotações e no acompanhamento dos serviços. Foram listadas pelo menos 15 intervenções necessárias ao condomínio para melhorar sua infraestrutura, entre elas a individualização do consumo de água e gás. Márcia Carvalho reconhece que o processo é trabalhoso. Porém, acha que a participação da comissão “diminui a ansiedade dos moradores, ao mesmo tempo em que ajuda a dividir a responsabilidade entre eles”. “Se você tem um ranking de prioridades e disponibiliza isso, acaba desarmando o ‘diz que diz’, a insatisfação. É um exercício democrático.” Ela avalia que as comissões sejam importantes aliadas dos síndicos, desde que estes mantenham a interlocução com o grupo. “O problema é quando o síndico engaveta as sugestões das comissões sem abrir o diálogo, sem dar um respaldo ou ponderar”, conclui.
ADMINISTRAÇÃO ESPEcIALIStA PRoPÕE FoRMALIZAÇÃo
qual a diferença entre uma comissão de moradores e o Conselho Consultivo ou Fiscal? “O conselho é previsto na Convenção do condomínio e a comissão é de formação livre e voluntária. Suas atribuições também são divergentes. O conselho tem responsabilidades específicas, enquanto as comissões são criadas com uma finalidade e não têm autonomia para aprovar a execução de obras que necessitem de quórum específico. Mas há casos de comissões de cunho social e festivo, criadas visando a uma maior interação entre os moradores, que podem ter autonomia de verba, com teto previamente aprovado em assembleia.” a comissão voluntária deve estar prevista na Convenção e/ou Regimento Interno? “As convenções atuais preveem a formação dessas comissões. Mas há convenções omissas sobre o assunto. Nesses casos, por prudência, toda comissão que for criada deverá ser aprovada em assembleia, onde se especifique o escopo das atividades, os membros participantes e os prazos para entrega de relatórios, orçamentos ou projetos.” Ela poderá ter autonomia para gerir sua própria atividade? “Dependerá se houver previsão legal na Convenção e qual a autonomia financeira prevista e a respectiva prestação de contas. Se a Convenção for omissa, é altamente recomendável a aprovação em assembleia.” Como se reportar ao síndico e à administração? “Sempre por escrito. Pois quando as formalidades são cumpridas, todos os envolvidos ficam resguardados de futuros transtornos. Assim, é fundamental que todas as reuniões da comissão de moradores sejam documentadas através de atas, que deverão ser assinadas pelos membros presentes. O síndico poderá recomendar a agenda de reuniões
e atividades, mas como a comissão é voluntária, os seus membros deverão definir a rotina de trabalho.” O condomínio poderá liberar verba para as comissões? “Em geral, as comissões trabalham voluntariamente e não há necessidade de verbas para execução dos trabalhos. Entretanto, em determinadas comissões podem ocorrer despesas com fotocópias, digitalização de documentos, aluguel de projetor etc. Nestes casos, deverá ser aprovada em assembleia uma verba para o pagamento das despesas decorrentes das tarefas da comissão de moradores.” uma comissão poderá se transformar em uma armadilha ou transtorno? “O sucesso de uma comissão de moradores dependerá fundamentalmente do escopo para o qual foi criada. Há comissões que nascem do desejo de melhorias no patrimônio, como a reforma do hall social, onde os moradores se reúnem para definir a decoração, os móveis, a pintura etc. Enfim, todos se unem para a coleta de orçamentos, acompanham os profissionais, discutem ideias e propostas, que serão organizadas por custo, modelo e cor, e, posteriormente, apresentadas e votadas em assembleia. Outras comissões são criadas visando à justiça social, caso daquelas voltadas para individualização da água e gás. Outros exemplos são as comissões de segurança, obras, festas. As finalidades são diversas, porém, para que não se transformem em armadilha, é fundamental o respeito às formalidades, isto é, à ata de aprovação da criação da comissão, prazo de início e prazo de fim das atividades, relação dos membros e suas atribuições. As comissões de moradores se deparam com o insucesso quando não respeitam estas formalidades, quando não têm escopo definido e seus membros não estão comprometidos em atingir o objetivo final, qualquer que seja ele.” (Edição: Rosali Figueiredo)
cAdA coNdoMÍNIo, UMA HIStÓRIA Mariza Carvalho Alves de Mello (foto ao lado) é uma das mulheres pioneiras na função de síndica profissional em São Paulo. Começou em seu próprio condomínio em 1997 e, anos depois, acabou convidada para assumir outros edifícios. Com 65 anos recém-completados, atua em quatro edifícios, mas chegou a sete. Em um deles, o Edifício Uirapuru, localizado próximo do Parque do Ibirapuera, uma construção de 1970 com vista e tamanho privilegiados, tem conduzido uma verdadeira renovação estrutural, contando com boa participação da subsíndica, dos conselheiros e moradores. Segundo Mariza, a viabilidade das comissões voluntárias depende muito do perfil de cada condomínio. Algumas coletividades reúnem pessoas engajadas, caso do Uirapuru, sem comissões formalizadas, mas contando com boa participação dos condôminos. De qualquer forma, a síndica recomenda que as reuniões do Conselho sejam sempre abertas aos interessados, estimulando um envolvimento maior.
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A administradora e contabilista Cristina Muccio Guidon (foto), coautora do livro “Administrando Condomínios” (Editora Servanda, 2010), acredita que as comissões voluntárias possam contribuir para um engajamento maior dos condôminos na coleta de orçamentos, visita de obras já executadas pelos fornecedores e até mesmo no contato com eles. A seguir, a especialista fala sobre a natureza dessas comissões e defende que elas sejam formalizadas pelo condomínio.
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COLUNA
OS CONSELHEIROS NÃO DÃO VISTAS ÀS PASTAS, E AGORA? Por Cristina Muccio Guidon
oS SÍNdIcoS
podem, eventualmente, ser defrontados com uma situação inusitada: conselheiros que se recusam a assinar a pasta de prestação de contas. Nesses casos, como o gestor deverá agir para manter em dia suas atribuições legais e administrativas? Primeiramente, ao assumir o mandato de síndico, é recomendável que o condômino eleito para este cargo faça uma reunião com a sua equipe de gestão, ou seja, o Corpo Diretivo: síndico, subsíndico e conselheiros. Nesta primeira ocasião devem ser estabelecidas as metas de trabalho, avaliar a situação assumida e apresentar as tarefas e responsabilidades de cada um. Vale ressaltar que estas tarefas e responsabilidades estão definidas na Convenção do Condomínio. Entretanto, há casos em que o síndico se depara com a situação de deixar a pasta de prestação de contas na portaria, com o devido protocolo para vistas e assinatura dos membros do conselho, e a pasta permanecer por dias, semanas, às vezes meses na portaria, e o conselheiro se recusar a assiná-la, alegando motivos diversos. O conselheiro que age desta maneira deve saber que a recusa em assinar a pasta não o exime da responsabilidade sobre as contas do condomínio, que esta atitude pode ser entendida como omissão e poderá ser responsabilizado por isto.
“o coNSELHEIRo qUE AgE dEStA MANEIRA dEvE SAbER
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qUE A REcUSA EM ASSINAR
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A PAStA NÃo o ExIME dA RESPoNSAbILIdAdE SobRE
Uma dica aos síndicos é acrescentar uma página extra à pasta de prestação de contas para comentários ou assinatura com ressalva, visto que há casos onde o conselheiro não assina porque não concorda com a gestão e julga, de maneira equivocada, que a recusa da assinatura o isentará da responsabilidade que lhe poderá ser atribuída. Na verdade, para um contexto desse tipo, o conselheiro teria duas opções: assinar com ressalva, ou não assinar e justificar seus motivos em anexo. Esta é uma atitude que contribui para que os moradores possam avaliar com mais clareza se as contas possuem algum motivo que justifiquem a desaprovação em assembleia. Alguns condomínios se deparam com a aprovação das contas pela assembleia e pastas que não foram assinadas pelo conselho fiscal. Vale ressaltar que quem aprova as contas é a assembleia, mas a assinatura das pastas de prestação de contas indica que as contas foram analisadas e conferidas pelos conselheiros, os quais concordam com a exatidão dos dados nela contidos. De qualquer maneira, o síndico não pode obrigar os conselheiros a assinarem as pastas de prestação de contas. Muitas vezes isso ocorre não apenas por discordância com as contas, mas por problemas pessoais com a figura do síndico, por um racha no Corpo Diretivo, por provocações, enfim, motivos diversos e muitos deles, injustificáveis. Cabe ao síndico expor os fatos na assembleia de aprovação de contas e documentar-se de que as pastas ficaram à disposição dos conselheiros, que as eventuais ressalvas foram esclarecidas, resolvidas ou que estão em processo de resolução. É importante que o condômino tenha ciência dos fatos, se a recusa em assinar é por motivos pessoais, por dúvidas, por discordância dos dados apresentados, para que possa então aprovar ou desaprovar as contas. Sempre é prudente que o síndico faça reuniões com os conselheiros quando ele perceber a situação de discordância entre eles. E nestas reuniões tentar resolver o problema existente, ou então, em caso de ausência dos conselheiros, fazer uma ata na qual conste tanto a convocação de todos, como a ausência injustificada. Dessa forma o síndico demonstra a sua boa-fé. A transparência na gestão é fundamental e o síndico atuante deve manter seu corpo diretivo unido e em sintonia para evitar que estes transtornos ocorram.
AS coNtAS do coNdoMÍNIo, qUE EStA AtItUdE PodE SER ENtENdIdA coMo oMISSÃo E PodERá SER RESPoNSAbILIZAdo PoR ISto.”
CRIstINa MuCCIO GuIDON Administradora de empresas e coautora do livro “Administrando condomínios” (Editora Servanda, 2010), produzido com Evelyn Roberta Gasparetto. Mais informações: cristina@administrandocondominios.com.br
GOLPES EM CONDOMÍNIO
NA SEGURANÇA, PORTEIROS SÃO ALVO PRINCIPAL
1) coMo oS cRIMINoSoS EStÃo AgINdo HoJE? Observam-se nos últimos meses invasões de condomínios através de golpes. O mais comum é os bandidos chegarem às portarias dos prédios identificando-se como moradores ou parentes de condôminos. Eles tentam forçar a entrada. Quando não conseguem entrar, uma terceira pessoa, ligada a eles, telefona para a portaria, se passa por morador, informa dados corretos do apartamento e solicita que as pessoas que estão esperando tenham o acesso liberado, uma vez que seriam seus parentes (primos ou sobrinhos). Ao entrarem no condomínio, os criminosos se dirigem a uma unidade previamente escolhida e arrombam a porta para furtar objetos de valor. As maiores vítimas têm sido os orientais.
2) o qUE MUdAR No PRocEdIMENto dE AcESSo? O controle deve ser mais rígido, de maneira que somente se abra os portões quando houver certeza de quem está entrando no prédio, e de quem está liberando o acesso aos estranhos ao condomínio. Mas é importante que, além de ajustarem os procedimentos, os condomínios também invistam em sistemas de acesso informatizados, para que não fiquem apenas na dependência única do Ser Humano.
3) c o M o dAR SEgURANÇA Ao tRAbALHo do PoRtEIRo? Diante dos golpes mais recentes, observa-se a importância de haver um cadastro atualizado dos moradores com seus telefones celulares, para que se possa contatá-los e confirmar a liberação ou não de visitantes ou prestadores de serviços. Não se deve simplesmente liberar a entrada após uma ligação externa. É importante ainda treinar os funcionários, já que ocorreram falhas por desconhecimento ou mesmo ingenuidade.
JOsé ElIas DE GODOy Oficial da PM de SP, consultor em segurança condominial e autor de livros na área. Mais informações: elias@suat.com.br
Foto: Almir Almeida
Os arrastões contra condomínios em São Paulo estão diminuindo, algumas quadrilhas foram presas e os próprios criminosos preferem aplicar hoje golpes mais sutis e pontuais, avalia José Elias de Godoy. Oficial da Polícia Militar de São Paulo, consultor de segurança para condomínios e autor de livros na área, José Elias orienta os síndicos a se prepararem para evitar essas armadilhas.
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DICA / PISOS – GARAGEM
O ALTO CUSTO DO ABANDONO
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o coNdoMÍNIo Edifício Varandas do Atlântico, uma torre residencial de 17 andares localizada no Guarujá, litoral de São Paulo, passou recentemente por grande modernização: mudou a fachada, contratou obras de impermeabilização e colocou novo piso na superfície em epóxi. Mas faltava a garagem, que acabou entrando no escopo da renovação, ganhando também epóxi nos 1.200 m2 que compõem o subsolo. O resultado deixou o subsíndico Vanderlei Guerrero bem satisfeito: “além do efeito estético, obtivemos um piso que impermeabiliza e facilita a manutenção”. Diferente, porém, do que aconteceu no condomínio de Vanderlei, que buscava valorizar o empreendimento, as garagens acabam, em geral, esquecidas na hora de se definir as obras prioritárias nos edifícios. É o caso do Condomínio Uirapuru, localizado no bairro do Paraíso, em São Paulo, que em 40 anos de vida jamais realizou qualquer tipo de manutenção na superfície do subsolo. Como resultado, formou-se um ambiente bastante deteriorado, com ferragens expostas e buracos no piso. De acordo com a síndica Mariza Carvalho Alves de Mello, foi preciso contratar a recuperação estrutural do espaço, serviço orçado em quase R$ 200 mil e iniciado em julho último. As obras deverão tomar pelo menos 90 dias, período em que a garagem ficará totalmente desativada. O rateio ficou bastante elevado para os 26 condôminos, que estão arcando ainda com o custo de estacionamentos privados na região. Entretanto, não havia mais como adiar os trabalhos, que envolverão desde a recuperação dos aços da estrutura, implantação de drenos e caixas de inspeção, até a colocação de novo concreto usinado, a ser finalizado com máquina polidora e pintura. Segundo o engenheiro civil Elorci de Lima, o maior problema dos pisos de garagem está na abrasão, causada pelo atrito dos pneus dos veículos sobre o solo. O esforço provoca arrancamento do revestimento e pode até expor “a camada rígida interna”. Para prevenir situações como essa, Elorci observa que existem “argamassas especiais que suportam os esforços de arrancamento dos pneus”. “Elas permitem um acabamento uniforme e maior resistência à abrasão”, diz. O especialista chama atenção ainda para a necessidade de manutenção das juntas de dilatação, outro ponto crítico dos subsolos, que, se mal cuidados, podem levar a infiltrações. (Por R.F.)
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LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - matéria Com orientação dos engenheiros elorCi de lima e rodrigo Vieira sobre as opções de reVestimentos de garagens. aCesse o link da edição 193, no site aCima.
PRÓxIMA EdIÇÃo toldos e CobertUras – renoVação
DICA / GESTÃO AMBIENTAL – COLETA SELETIVA
SÃO PAULO DÁ NOVA OPÇÃO AOS CONDOMÍNIOS
LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - saiba Como destinar Corretamente resídUos diferenCiados, Caso de pilhas, eletrôniCos etC. ConsUlte os artigos da espeCialista adriana Jazzar, atraVés do link “ColUnistas”, presente no menU sUperior do site aCima.
PRÓxIMA EdIÇÃo gestão ambiental – poços artesianos
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A PREFEItURA de São Paulo inaugurou, nos últimos dois meses, duas usinas de triagem de material reciclado e ampliou de 67 para 75 os distritos que devem receber a visita semanal do serviço de coleta seletiva. A nova estrutura promete triplicar a capacidade de processamento do material reaproveitável, já que o programa oficial vinha esbarrando na impossibilidade de as cooperativas de catadores atenderem a todo volume gerado pelos domicílios. Para os condomínios, a Prefeitura também abriu outra opção além do serviço regular da coleta seletiva: ampliou a cessão de contêineres. Esta é uma boa alternativa, relata a síndica Ângela Merici, de Perdizes, que possui quatro contêineres cedidos gratuitamente para armazenar o material reciclável. Este é retirado toda segunda-feira por um veículo da concessionária contratada pela Prefeitura, um serviço extra em relação à coleta seletiva regular. Ângela promove há seis anos a separação de lixo e materiais em seu condomínio. Ela diz que usava três contêineres, mas que, neste ano, um deles quebrou. Ângela solicitou a troca e reforçou o pedido de um quarto recipiente, demanda atendida em uma semana. Os interessados devem entrar em contato com o programa Alô Limpeza, através do telefone 156. O site da Prefeitura informa que atualmente 1.871 condomínios residenciais participam do Programa de Coleta Seletiva, com a utilização de 2.876 contêineres. Mas é preciso orientar o morador a separar corretamente o material, diz a geógrafa Adriana Jazzar, especialista na área. Por exemplo, ensine-os a: - Diminuir ao máximo o tamanho das embalagens; - Eliminar a sujeira do seu interior (não precisa lavar muito, apenas secar); - Depositar os resíduos nos coletores devidamente identificados; e a, - Separar, além dos recicláveis (como papéis, metais, plásticos e vidros) e orgânicos (restos de alimentos e podas de jardim), pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos e óleo de cozinha (esses devem ser descartados em locais separados e apropriados). Aos condomínios compete providenciar sacos diferenciados para facilitar a coleta (preto para os resíduos comuns; azul para os recicláveis; marrom para os orgânicos), orientar os moradores sobre a diferença entre eles e dispor de local coberto e minimamente ventilado para o armazenamento. (Por R.F.)
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DICA / FACHADA - RETROFIT
APOSTA EM RENOVAÇÃO E VALORIZAÇÃO
Foto: Arnold Pierre Merelsein
Por Rosali Figueiredo
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Condomínio Edifício san Fernando, prédio de 1949 localizado na Rua dos Gusmões, região da “cracolândia”, centro de são Paulo. Com 9 andares e 54 unidades entre 27 e 35 m2, passou por retrofit coordenado pelo arquiteto arnold Pierre Merelsein. a nova fachada, com alteração de cores, foi concebida pelo designer Carlos Perrone
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o coNSULtoR imobiliário Vanderlei Guerrero, também subsíndico de um residencial no litoral, costuma dizer que a renovação das fachadas dos prédios proporciona bem-estar às pessoas. No edifício em que atua, trocou o acabamento externo escuro de toda superfície, do tipo fulget [material de base cimentícia, adicionado por grânulos de quartzo, mármore ou granito], por textura. Como empresário na área de vendas, Guerrero diz que uma superfície revitalizada estimula e atrai compradores, valoriza os imóveis. “É uma questão de satisfação, de mexer com o orgulho do morador. A fachada tem um peso importantíssimo na comercialização.” Vanderlei Guerreiro tem sido parceiro comercial do construtor e arquiteto Arnold Pierre Merelsein, que nos últimos dez anos assinou 13 projetos de retrofit de prédios localizados em São Paulo, alguns deles enquadrados na chamada Lei das Fachadas Históricas (Lei 12.350/97, que isenta por dez anos do IPTU/ Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana o proprietário que restaurar o imóvel). Um dos destaques é o antigo Marian Palace Hotel, prédio de sete andares dos anos 40 localizado próximo do Metrô São Bento, centro da cidade, tombado pelo Condephaat (órgão estadual) e Conpresp (órgão municipal), e recentemente transformado em um residencial de 84 unidades, com tamanhos entre 36 e 70 m2. Arnold Pierre, que também é síndico no condomínio em que vive na Capital, em segundo mandato duplo, descreve as principais intervenções de mudança de fachada: - “Em prédios superados pelo tempo”, apresentando problemas estruturais, como infiltração, entre outros, é possível modernizar caixilharias (esquadrias), recuperar “as massas” (camadas de acabamento das superfícies), modernizar as cores e restaurar marquises. Ele observa que esses últimos elementos são os mais afetados
DICA / FACHADA - RETROFIT pela falta de manutenção ao longo do tempo, face à dificuldade de acesso para reparos. Mas merecem restauração. Já as floreiras pouco impactam hoje sobre a valorização dos imóveis e, segundo Arnold Pierre, representam “uma fonte de problemas”. Assim, a presença de jardineiras poderá ser reavaliada ou não em um projeto de retrofit; - “Nos prédios tombados”: é preciso respeitar o projeto externo original, como restaurar e manter as esquadrias (caixilharias) e a mesma tonalidade de cores das superfícies. No Marian Residence, por exemplo, os condôminos sequer poderão envidraçar as varandas, diz o arquiteto. Neste caso, o retrofit aconteceu principalmente na alteração do uso, na troca das colunas (hidráulica e elétrica), na implantação de portas corta-fogo na entrada das unidades e na readequação do espaço interno.
Edifício Marian Residence, ex-hotel inaugurado nos anos 40 no bairro Santa Ifigênia, centro de São Paulo. Projetado pelo arquiteto Arquimedes Barros Pimental, o imóvel é tombado, passou por retrofit e virou condomínio residencial. Os novos trabalhos foram coordenados pelo arquiteto Arnold Pierre Merelsein
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Fotos Rosali Figueiredo
De qualquer maneira, ele ressalva que inexiste uma receita, cada edifício deve ser estudado em função de suas características e peculiaridades e ganhar, no limite, até varandas, uma obra custosa, mas que “valoriza muito”. O retrofit é uma intervenção “profunda” e costuma “aliviar o peso dos prédios”, afirma. É o caso do Edifício San Fernando, antes um prédio todo azul, que ganhou novas cores na alvenaria e nos peitoris restaurados de ferro, além de janelas em alumínio, que substituíram as de madeira. Já a massa de cobertura da parede “foi refeita desde o substrato” e recebeu tinta acrílica em sua finalização.
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DICA / FACHADA - RETROFIT ENtENdA oS coNcEItoS O engenheiro civil e construtor Roberto Boscarriol Jr. diferencia as situações de restauração e retrofit das fachadas. No primeiro caso, a intervenção propicia “o retorno ao estado original, ou próximo àquele quando foi feito”. Já “quando a aparência do edifício não está mais ‘agradando’, o ideal é remodelar”. Assim ocorre o retrofit, de custo bem maior, mas que “valoriza mais o edifício”. Boscarriol explica que há pequenas variações no uso do termo retrofit pela arquitetura e a engenharia. Na arquitetura, estaria mais próxima da “reconversão” (como transformação do uso ou do perfil original) e, na engenharia, retrofit designa ainda “o processo de modernização de equipamento ultrapassado ou fora da norma” (como nas áreas de elétrica, hidráulica, proteção contra incêndio etc.). Nesse sentido, o engenheiro chamada atenção para a nova norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) quanto ao desempenho dos sistemas construtivos, que passa a valer para os projetos posteriores à edição da mesma. É a NBR 15.575/2013, que altera os parâmetros, entre outros, da vida útil dos elementos da fachada. Ela passa a no mínimo 20 anos (e no máximo 30) tanto para aquelas finalizadas com os chamados materiais “aderidos” (massas diversas, granitos, cerâmicas etc.) quanto os “não-aderidos” (revestimentos em vidro, alumínio, ferro, granito parafusado, entre outros). Para isso, no entanto, é preciso atender aos prazos mínimos de manutenção. Por exemplo:
PARA AS PAREdES ExtERNAS além das antenas e elementos decorativos;
PARA cAIxILHoS dE ALUMÍNIo agressivo) e dos furos do trilho inferior; limpeza geral (se ambiente ameno).
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PARA vIdRoS
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No caso de obras mais robustas, como restauração ou retrofit, a troca dos elementos que compõem a superfície da fachada exige a remoção total da existente (seja massa ou cerâmica), e, após lavagem, aplicação de chapisco e emboço (reboco grosso). Depois, prossegue o engenheiro, é preciso nivelar o substrato (parede) e aplicar novo emboço (massa fina) ou cerâmica, utilizando-se massas especiais e rejuntes adequados ou massas raspadas. “Mas antes de retrofitar a fachada, deve-se contratar um arquiteto que faça um projeto adequado ao existente, dando imagens em 3D para melhor visualização e entendimento dos condôminos, para então orçar a obra”, recomenda o especialista. “Já a troca de caixilhos de ferro ou madeira por alumínio, mais durável, dependerá do orçamento destinado para tanto, lembrando que para cada vão [janela, porta, varandas etc.] existe um perfil apropriado de material”, completa o engenheiro.
DICA / FACHADA - RETROFIT
Fotos Henrique Salia
gALERIA: vARANdAS AMPLIAdAS
Obra bem mais cara, a introdução ou ampliação de varandas valoriza bastante os imóveis (conforme foto acima, de prédio localizado no Litoral Norte de São Paulo). Segundo o engenheiro Henrique Salia, o retorno sobre o investimento feito pelo condômino ocorre na proporção de 3:1. Ou seja, o valor de mercado do apartamento é acrescido por uma soma três vezes maior em relação ao rateio custeado por cada proprietário. Abaixo, o engenheiro apresenta dois outros cases de prédios que tiveram varandas ampliadas no litoral. As sacadas eram antes separadas entre quarto e salada. Com as obras de retrofit, ganharam largura, comprimento e espaço gourmet, e foram transformadas em terraço único.
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FIQUE DE OLHO / ELÉTRICA
MELHOR DESEMPENHO, MAIOR ECONOMIA De novas soluções para luz de emergência a projetos de adequação de carga da energia que chega da concessionária, as empresas de elétrica oferecem aos condomínios a possibilidade de atualizar seus sistemas, melhorar a performance das instalações e baixar o consumo. Confira neste Fique de Olho. Por Rosali Figueiredo
aCEsa Com 17 anos de mercado, a acesa conseguiu “acabar com um antigo problema de muitos edifícios, a baixa autonomia da luz de emergência”, destaca o empresário Rafael Polastre. Sua empresa atua com vários itens relacionados à luz de emergência (como centrais, baterias, luminárias autônomas ou centralizadas, excluindo-se geradores). A Acesa trabalha também com venda de equipamentos, instalação, reformas e manutenção. Rafael ressalta que oferece soluções em luz de emergência que elevam a autonomia para mais de cinco horas e, em muitos casos, mais de 12 horas. E complementa: “inclusive para sistemas que trabalham com nove baterias, e que agora podem ser definitivamente aposentados, com baixíssimo custo”. Experiência, eficiência, segurança e menor custo compõem os principais atributos da empresa.
Fale com a acesa: 11 – 4232-4206 acesaeletrica@yahoo.com.br
aGEsP Programas de manutenção preventiva e preditiva, tanto em equipamentos quanto sistemas, representam um dos destaques da agesp em seu trabalho junto aos condomínios, afirma o empresário Edilson Rodrigues. Com mais de 12 anos de atividade, a empresa está plenamente habilitada a atuar com instalações, reformas, adequações e manutenções corretivas elétricas. Além disso, a Agesp trabalha com grupos geradores, peças e outros equipamentos; tratamento acústico para atenuação de ruídos; laudos, relatórios e autorizações, e análise da qualidade da energia elétrica. Edilson afirma que o foco da empresa é possibilitar maior economia de energia, obtida pelo “aumento da longevidade na vida útil de equipamentos e serviços, bem como na racionalização das intervenções operacionais de manutenção corretiva”.
Fale com a agesp: 11 – 4391-5150 / 0800 773-5150 www.agesp.com.br agesp@agesp.com.br
CONsultIVa ENGENHaRIa Com experiência de atendimento a clientes de grande porte como bancos, construtoras, prédios comerciais, hospitais e grupos de varejo, a
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Consultiva Engenharia oferece segurança nos projetos de reforma de entrada de energia que executa junto aos condomínios, bem como nos
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serviços de manutenção das demais instalações elétricas. O gerente de engenharia Marco Antonio Conceição destaca ainda que, ao contratar a reforma do centro de medição, o síndico tem isenção de mão de obra para a substituição das lâmpadas incandescentes pelas econômicas, promoção válida até dezembro deste ano. Com dez anos de mercado, “a Consultiva é uma empresa altamente especializada na área de engenharia elétrica” e garante “seriedade e qualidade das soluções e serviços aos clientes”.
Fale com a Consultiva Engenharia: 11 – 2283-3131 www.consultiva.srv.br marco@consultiva.srv.br
FIQUE DE OLHO / ELÉTRICA EB ENGENHaRIa Empresa de grande tradição no mercado, a EB Engenharia tem mais de 20 anos de atividade e, na área elétrica, realiza projetos e adequações junto à AES/Eletropaulo, reformas de centros de medição, de prumadas, de quadros de distribuição, cabines primárias e de barramento; projetos de iluminação; fornecimento de grupos geradores; e emissão de atestados e Anexo R (Corpo de Bombeiros). Atuando com uma divisão específica para a área de elétrica e automação, a EB está credenciada junto ao CREA/SP e oferece seguro de responsabilidade civil e de acidente pessoal, contando com um de seus principais diferenciais, que é o acervo técnico e o quadro de profissionais altamente qualificados. Fale com a EB Engenharia: 11 - 4126-7777 www.ebengenharia.com.br comercial@ebengenharia.com.br
ENGINstal Reformas de centros de medição, de entradas de energia, de prumadas e cabine primária integram o escopo principal de atuação da Enginstal na área de elétrica. A empresa desenvolve ainda projetos, sempre apostando em métodos de execução inovadores, mão de obra qualificada e atendimento ao prazo definido com o cliente. Segundo o gerente comercial Mario Ferro, os serviços realizados pela Enginstal trazem as marcas da qualidade, confiabilidade, alta tecnologia, transparência profissional e capacitação de sua equipe. Com mais de dez anos de atividade, é credenciada junto ao CREA/SP (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Fale com a Enginstal: 11 - 2989-8543 / 2619-9975 www.enginstal.com.br comercial@enginstal.com.br
EXClusIVa ENGENHaRIa Empresa dos engenheiros Valdir Gadioli e Rodrigo Reis, a Exclusiva Engenharia encontra-se credenciada junto ao CREA/SP e disponibiliza profissionais com até 27 anos de experiência em projetos e instalações elétricas em alta, média e baixa tensão. Entre os serviços executados nos condomínios, destacam-se projetos e reformas em centros de medição, prumadas elétricas, entrada de energia, aumento ou alteração de carga junto à AES Eletropaulo. Segundo Valdir Gadioli, a empresa oferece qualidade e segurança, além de parcelamento nos contratos e garantia de cinco anos. Os serviços trazem o “acompanhamento de engenheiros eletricistas e de segurança especializada, e têm como prioridade a qualidade com economia e a satisfação dos clientes.” Fale com a Exclusiva Engenharia: 11 – 2971-1898 / 2959-7780 www.exclusivaengenharia.com.br exclusiva@exclusivaengenharia.com.br
FlaMMaRION ENERGIa Credenciada junto ao CREA/SP e parceira do fabricante Megabarre, empresa homologada pela AES Eletropaulo e ABNT, a Flammarion instalações elétricas. Com 15 anos de mercado, a empresa realiza e executa projetos de mudança de carga, troca de prumadas, reforma de centros de medição e demais serviços em prol da eficiência e qualidade da energia. A Flammarion tornou-se especialista no mais moderno sistema de medição do mercado, o eletrônico. A nova tecnologia permite substituir as prumadas elétricas por um único barramento blindado (Bus Way), o qual, além da energia elétrica, comporta a transmissão de internet, telefonia e TV a cabo.
Fale com a Flammarion Energia: 11 – 2084-8644 / 2579-2041 / 2594-1433 www.flammarionenergia.com atendimento@flammarionenergia.com
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Energia garante que os condomínios obtêm até 30% de redução no consumo de energia com a adequação e manutenção das
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HENRIquEs MaRquEs Especializada em reformas e adequações das instalações elétricas, a Henriques Marques Engenharia & tecnologia destaca os serviços de regularização normativa dos condomínios, de forma a “atender as normas vigentes e garantir a segurança dos usuários”. O diretor técnico Rodrigo Henriques diz que trabalha também com para-raios, projetos executivos junto a concessionárias de energia, além de estudos luminotécnicos (calculando-se o retorno proporcionado pelos investimentos em lâmpadas mais econômicas). Com três anos de vida, a Henriques Marques já se consolida como empresa de “profissionais sérios e objetivos, que buscam minimizar ao máximo os riscos no trabalho com eletricidade e otimizar o sistema existente”. Fale com a Henriques Marques: 11 – 2062-1656 / 2062-1628 www.henriquesmarques.com.br contato@henriquesmarques.com.br atendimento@henriquesmarques.com.br
MERlINI ENGENHaRIa Com duas décadas de experiência em instalações elétricas prediais, a Merlini Engenharia atua com projetos, prumadas elétricas, centros de medição e para-raios. Credenciada junto ao CREA/SP, a Merlini procura garantir segurança, tranquilidade e valorização patrimonial aos condomínios. Sua prioridade é assegurar instalações elétricas compatíveis com as necessidades de consumo das edificações e as normas vigentes. Uma das expertises da empresa está na regularização do centro de medição e entrada de energia, além de projetos elétricos, substituição de prumadas e fundos de madeira infestados por cupins, e atendimento às notificações da concessionária. A Merlini aprimora continuamente seus processos, investindo em treinamento, tecnologia e modernização de suas instalações. Fale com a Merlini: 11 – 5583-1344 www.merlini.com.br merlini@merlini.com.br
RV ENGENHaRIa A elétrica é um dos carros-chefes da RV Engenharia, especialmente a “readequação em entrada de energia (com aumento de carga
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ou não), troca de quadros de acordo com as normas ABNT, e projeto de Iluminação em LED”, diz o empresário Rodrigo Vieira. A
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empresa acaba de inaugurar uma loja no Cambuci, em São Paulo, a RV LED, com opções da lâmpada para vários ambientes, além de rele fotocélulas para acendimento externo e sensores de presença. Segundo Rodrigo, “apenas as lâmpadas LED são apropriadas para esses sensores”. Ele destaca ainda que a LED bulbo de 5 watts substitui a incandescente de 60 watts, a um custo benefício maior. A RV está com preços promocionais enquanto durarem os estoques, como na de 5 watts, que sai a R$ 12,90 a unidade na compra de mais de 50 itens.
Fale com a RV Engenharia: 11 – 2367-4768 www.rvieiraengenharia.com.br atendimento@rvieiraengenharia.com.br
ACESSÓRIOS...
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ACESSÓRIOS
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ACESSÓRIOS
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ALAMBRADOS, ARMÁRIOS P/ CORRESPONDÊNCIAS
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ÁGUA, ANTENA, ASSESSORIA, BOMBAS
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BLOQUEADOR DE AR, CADEIRA, COBERTURAS, CONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGAS, DESENTUPIDORA, ELÉTRICA...
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ELÉTRICA
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ELÉTRICA, ELEVADOR...
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ELEVADOR...
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ELEVADOR, EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA...
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EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA, GERADOR
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HIDRÁULICA, IMPERMEABILIZAÇÃO...
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IMPERMEABILIZAÇÃO, INDIVIDUALIZAÇÃO DE ÁGUA, INTERFONE
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MANUTENÇÃO PREDIAL
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PERÍCIA PREDIAL, PINTURA PREDIAL
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PINTURA PREDIAL, PISO, PLAYGROUNDS
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PLAYGROUNDS...
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PLAYGROUNDS, RADIOCOMUNICAÇÃO, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, REDUTOR DE VELOCIDADE
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SISTEMAS DE SEGURANÇA
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TERCEIRIZAÇÃO
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TERCEIRIZAÇÃO
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TERCEIRIZAÇÃO...
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PERÍCIA PREDIAL, RADIOCOMUNICAÇÃO, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, REDUTOR DE VELOCIDADE, SENSOR DE PRESENÇA, SINALIZAÇÃO, SERRALHERIA
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