Editorial
EDITORA Rosali Figueiredo Dirigida a Condomínios residenciais, comerciais, administradoras, construtoras e shoppings Periodicidade mensal Exceto dezembro / janeiro cuja periodicidade é bimestral Tiragem 20.000 exemplares (60.000 leitores em média) Público leitor dirigido Síndicos, zeladores, administradores e construtores CIRCULAção São Paulo e Grande São Paulo Jornalista Responsável Rosali Figueiredo MTB 17722/SP rosali.figueiredo@gmail.com Reportagem Rosali Figueiredo CAPA Klementiev - canstockphoto ASSINATURAS Elza Dezan faleconosco@grupodirecional.com.br GERENTE COMERCIAL Sônia Inakake sonia@grupodirecional.com.br Departamento Comercial Alexandre Mendes Fabian Mesquita Gabriel Youssef
Caro Leitor, Chegamos à Edição 200 da revista Direcional Condomínios, uma conquista que tem tudo a ver com você – seja síndico, gestor predial, prestador de serviço ou consultor da área. É ao nosso público que dedicamos esse marco, já que por ele e através dele conseguimos trilhar um caminho de sucesso. Esta tem sido uma jornada de muito investimento em trabalho, uma verdadeira construção de formiguinha. Quando nos perguntam as razões da longevidade, dizemos que elas mesclam uma grande dose de confiança no segmento pujante de condomínios, à estratégia que direciona nossas energias: a de nos focarmos na prestação de um serviço de utilidade ao síndico e de retorno aos anunciantes. Nosso compromisso em 2015 é o de mantermos firmeza nessa proposta, quaisquer que sejam as vicissitudes do mar revolto que estamos atravessando, tanto na área política quanto econômica. Aproveitamos a edição especial de número 200 para reafirmar esse comprometimento com você, brindando-o com uma revista volumosa, recheada de temas inéditos, como a impermeabilização das caixas d’água ou falando sobre demandas por obras ou serviços “invisíveis”. Pouco notados, eles desafiam os síndicos a convencer os condôminos de sua necessidade. Temos ainda a presença inestimável de centenas de fornecedores que confiam neste projeto. Como diz o filósofo e educador Mario Sergio Cortella, “se você quer ir rápido, vá sozinho; mas se quiser ir longe, vá com alguém”. A Direcional Condomínios quer ir longe com todos nossos leitores, anunciantes, colaboradores e fornecedores. Não à toa, participaremos novamente da maior feira de segurança da América Latina, a EXPOSEC 2015, entre os dias 12 e 14 de maio, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Estamos sempre atentos e focados no seu interesse! Boa leitura a todos, Rosali Figueiredo Editora
Atendimento ao cliente Elza Dezan João Marconi Juliana Jordão Grillo diagramaçÃO Editora Coronado - Jonas Coronado
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DESTAQUE Em abril completa-se um ano da edição da NBR 16.280/2014, da ABNT, norma que trata da gestão das obras nas áreas comuns e privativas. O “aniversário” da NBR está na reportagem de capa desta edição, que mostra seu impacto sobre a rotina dos síndicos e condomínios. (Confira nas págs. 8 e 9).
Foto Rosali Figueiredo
EQUIPE DISTRIBUIÇÃO Ailton Candido Douglas Barbosa da Silva Evaldo Mendonça José Ricardo da Silva Roberio Santos Impressão Prol Gráfica Assinatura Anual R$ 180,00
Sumário 04. Condomínios em Quadrinhos: ...........................................Direcional, Edição 200! 05. Informe Publicitário: .................................................................................. Seciesp 06. Coluna: ............................... O meu prédio é nota zero em acessibilidade, e agora? 08. Capa: ...................................Norma de reformas (NBR 16.280/2014): Um ano depois 10. Água:.....................................................................................................Case do mês 12. Administração: .................Obras & Serviços invisíveis: Difíceis de ver e de convencer 14. Dica: ...................................................................................Elevadores: Manutenção 19. Seção Tira-Teima: ..................................O zelador incorporou funções extras, pode? 20. Dica: .......................................................................................................Elétrica: LED 22. Dica: ................................Impermeabilização: Caixas d’água, coberturas, piscinas etc. 26. O Síndico e Sua Região: .................Vila Mariana, Chácara Klabin & Vila Clementino
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Diretores Sônia Inakake e Almir C. Almeida
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CONDOMÍNIOS EM QUADRINHOS / DIRECIONAL, EDIÇÃO 200!
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COLUNA
O MEU PRÉDIO É NOTA ZERO EM ACESSIBILIDADE, E AGORA?
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recentes. Assim, cabe tanto à esfera pública quanto à individual privada adotar uma postura atitudinal concernente ao respeito às leis e ao direito das pessoas portadoras de qualquer tipo de limitação. Neste sentido, o síndico tem a missão de sensibilizar a coletividade a investir na adequação do prédio, regularizando-o face ao disposto na legislação, independente de haver ou não ação fiscalizatória do poder público ou a presença de moradores com necessidades especiais. Além disso, é importante lembrar-se de que, de uma hora para outra, qualquer pessoa poderá estar com sua mobilidade comprometida temporariamente, como em uma gravidez ou no caso de precisar engessar uma perna, ou ainda de forma permanente. Por isso, nossos espaços devem estar preparados para atender à diversidade das situações, essa é uma questão de cidadania. Não se pode esquecer que pessoas com limitações especiais têm o direito de adentrar as edificações para uma visita ou alguma temporada. De outro modo, mães com carrinhos de bebê ou moradores idosos já exigem a adaptação dos espaços dos condomínios à sua realidade, que dirá quando tivermos um envelhecimento ainda maior da população, com as limitações próprias da idade (as quais demandam apoios, corrimões ou rampas e pisos sem obstáculos etc.). A aplicação destes princípios busca promover a qualidade de vida dos cidadãos relativamente ao ambiente urbano e às edificações, impondo uma mudança paradigmática a todos nós, incluindo síndicos e condôminos.
MICHEL ROSENTHAL WAGNER Advogado, presidente da Comissão de Direito Imobiliário, Urbano e de Vizinhança da OAB/ SP – Seccional Pinheiros, além de diretor do escritório MRW Advogados. É autor do livro “Situações de Vizinhança no Condomínio Edilício/ Desenvolvimento sustentável das cidades, Foto Rosali Figueiredo
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A Constituição Federal brasileira regulamenta a garantia do acesso adequado às pessoas portadoras de necessidades especiais, como mobilidade reduzida ou alguma outra limitação física de visão e comunicação. Estabelece ainda que essa garantia é um dever da família, da sociedade e do Estado, assegurada conjuntamente com outros direitos essenciais à vida e à emancipação dos cidadãos, como saúde, educação, trabalho, dignidade, respeito, liberdade e convívio com a família e a comunidade. A acessibilidade é tratada no Brasil especialmente pela Lei Federal 10.098/00 e o Decreto Lei 5.296/04, determinando que “a construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida” - na cidade de São Paulo, a questão é regrada pelo Decreto 45.122/04, o Código de Obras e a Resolução CPA/SMPED-G/015/2008. Em âmbito nacional temos também a NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), oferecendo parâmetros para a adequação das edificações públicas e privadas e dos elementos urbanos. O tema representa uma lição de humanidade, educação e respeito à norma maior (Constituição Federal) de que todos são iguais perante a lei, ressalvadas e respeitadas suas diferenças. Na prática da construção das cidades, isso representa a ética urbana a ser observada, essencial para o desenvolvimento sustentável. Já em relação aos condomínios, significa, pelo menos, incorporar a acessibilidade ao dever de se garantir o sossego, a saúde e a segurança a todos os cidadãos, sem qualquer discriminação, das obrigações estabelecidas pelo Código Civil. O fato é que as cidades vêm sendo construídas sem que esses princípios sejam respeitados em grande parte das edificações ou mesmo espaços públicos. Os condomínios encontram-se entre aqueles que mais necessitam de adequação às normas, mesmo em obras
soluções de conflitos e paz social” (Millennium Editora, 2015). Mais informações: michel@mrwadvogados.adv.br
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CAPA
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CAPA
NORMA DE REFORMAS
(NBR 16.280/2014): UM ANO DEPOIS A proposta é garantir a segurança das edificações, tanto em obras nas áreas comuns quanto nas unidades privativas. Mas a NBR 16.280, de abril de 2014, deve passar por mudanças na parte que trata das responsabilidades pela análise e o aval dos projetos de reforma. Por Rosali Figueiredo Fotos Rosali Figueiredo
“A norma ajudou a coibir excessos e nos deu força”, observa o síndico profissional e gerente do Condomínio Ville Belle Époque, Cristóvão Luís Lopes. Ele posa em frente à coluna estrutural preservada de um duplex em ampla reforma
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Em abril de 2014 o segmento de condomínios foi sacudido
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pela NBR 16.280, estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como um corpo de requisitos voltados às reformas das edificações, contemplando a “gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança”. A celeuma foi tamanha que ainda no ano passado, no mês de setembro, formou-se comissão para reformular trechos da norma que determinam ser de responsabilidade dos síndicos autorizarem, acompanhar e dar o aceite das reformas nas unidades. Esse é o ponto mais polêmico da NBR, alvo de uma proposta de mudança, a qual deverá estar agora, em abril, sob processo de consulta nacional conduzido pela ABNT. A ideia é que o síndico, ou o representante legal do condomínio, em vez de ter que analisar e aprovar o plano de reforma, acompanhe os procedimentos normativos pertinentes a ela (apresentação de documentos e projetos, horários dos trabalhos etc.). Caberá a um profissional habilitado efetuar a análise propriamente dita, recolhendo as devidas anotações de responsabilidade técnica (ART no caso de engenheiros; RRT no de arquitetos). O fato é que toda essa movimentação vem sendo encarada apenas como ajuste pelos síndicos, que aprovam a NBR 16.280/2014. Cristóvão Luís Lopes, síndico profissional e gerente do Condomínio Ville Belle Époque, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, diz que a norma trouxe “um embasamento para fazermos um controle efetivo das reformas”. “Ela nos dá força para que se cumpra muito do que já estava previsto no Regimento Interno.” Luis Lopes já sente “uma conscientização maior” dos condôminos. Antes, por exemplo, era comum colocar-se um revestimento sobre outro, causando sobrepeso. “Isso foi coibido, assim como a remoção de paredes estruturais. Primeiro as pessoas quebravam para depois ver o que acontecia. Agora, acabamos de vetar uma reforma desse tipo em
um apartamento no bairro da Lapa. O próprio arquiteto contratado pelo proprietário concordou conosco, não quis assinar o projeto da forma como o morador desejava.”
COMISSÃO DE REFORMAS Para outro síndico profissional, Nilton Savieto, a aplicação da norma vem tomando um bom tempo dos gestores. Dependendo da demanda dos prédios que administra (doze no total), optou-se pela formação de comissões voluntárias de moradores para auxiliar o síndico ou até pela contratação de um técnico em edificações só para cuidar do andamento dos serviços. Savieto questiona a NBR apenas no quesito das responsabilidades. “O síndico deve seguir os passos da norma, porém, a responsabilidade não pode ser sua. Tecnicamente ele não tem condições para isso. O engenheiro que assinou a ART deve também assinar a finalização da obra, dar o aceite”, propõe. Ou seja, ele defende que o síndico promova a regulamentação do processo de reformas dentro do prédio, mas isento do comprometimento técnico. De forma geral, a gestão das reformas segue um caminho comum nos prédios em que é síndico: distribuição de comunicado aos moradores com os procedimentos a serem adotados em caso de obras; disponibilização de termo de responsabilidade ao proprietário interessado; e devolutiva expressa da administração orientando o condômino quanto aos documentos necessários para a liberação das intervenções, incluindo a ART ou RRT. A documentação varia conforme o perfil da reforma.
CAPA “Para a troca de piso, é preciso que o engenheiro ou arquiteto deem a previsão de aumento de sobrepeso. O mesmo acontece em uma varanda em balanço que fará o nivelamento da superfície. Isso exige estudo de peso e de impacto, uma obra para a qual deve ser apresentada ART ou RRT. O documento é necessário ainda para envidraçamento, não apenas por uma questão de peso, mas também pelo que a estrutura suporta de vento.” Já na remoção de paredes, é importante ao condomínio contratar o parecer de um profissional independente, a ser pago pela unidade da reforma, recomenda Savieto. Apesar de todo cuidado, algumas situações desafiam os gestores, ressalva o síndico, que precisou suspender recentemente os serviços em uma cobertura. As obras tinham extrapolado o escopo originalmente aprovado pelo condomínio e ficarão paralisadas até que novo projeto seja apresentado e aprovado. A orientação de Nilton Savieto é que os síndicos trabalhem essas questões coletivamente, obtendo maior respaldo dos condôminos.
mundo a entender que caberá ao síndico analisar o projeto e liberar ou não a obra. Como o síndico, que não tem formação técnica, vai ter capacidade de tomar essa decisão?” Segundo ele, a entidade pleiteia que “o texto deixe claro que não há necessidade de o síndico liberar a reforma, mas sim, única e exclusivamente, de receber os documentos de um profissional com as respectivas ART ou RRT, se responsabilizando por aquela obra”.
PELAS MUDANÇAS Para Sergio Meira de Castro Neto, da diretoria operacional do Secovi-SP, a edição da NBR 16.280 veio se somar a outras normas recentes da área da construção civil, visando a garantir a qualidade e segurança das edificações, tanto em seu nascedouro quanto na manutenção. Ele cita, em especial, a NBR 15575/2013 (relativa ao desempenho dos materiais e sistemas usados na construção) e a NBR 5674/2012 (sobre planejamento da manutenção). Em relação à 16.280, Sérgio Meira explica que o Secovi-SP assumiu a dianteira pelas mudanças, pois “o grande problema é que a forma como está escrita leva todo
Nilton Savieto: “O síndico deve seguir os passos da norma, mas a responsabilidade não pode ser sua. Tecnicamente ele não tem condições para isso”
‘MAL-ENTENDIDO’ GEROU POLÊMICA, ANALISA ADVOGADO indispensáveis aos síndicos e condôminos, orientando-os e também contribuindo à pacificação, na medida em que estimula a prática de se comunicar aos moradores uma obra no vizinho. “Na verdade, tudo o que a norma traz já era utilizado pelo bom senso. Ela só está regularizando uma situação para o Brasil todo.”
LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - Repasse suas dúvidas quanto à NBR 16.280/2014 nos tira-teimas desenvolvidos pelo advogado Cristiano de Souza Oliveira ( No link http://bit.ly/1Fq3S2n) e o síndico Waldir Berger (No link http://bit.ly/18SqOdy0).
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O advogado Cristiano De Souza Oliveira (Foto à dir.) afirma que a NBR 16.280/2014 gerou polêmica porque não contou com divulgação adequada à sociedade. “Houve mal-entendido. Os princípios da norma já estavam previstos, eles não foram divulgados pela excelência que trazem, mas notabilizados pelo ‘susto’”, observa. “Para a operacionalização da NBR no condomínio, bastaria definir procedimentos internos, através de assembleia”, completa. Segundo o advogado, a qualidade principal da NBR resistirá quaisquer que sejam as alterações. “O fato é que os condomínios terão que criar mecanismos para conviver com isso. Prevalecerá a busca da segurança na edificação de uma forma ampla, envolvendo a documentação a ser apresentada, o controle dos ruídos, do trânsito de pessoas, da movimentação e disposição dos insumos e descartes, além da responsabilidade técnica daquele que desenvolverá o projeto e executará a obra.” Cristiano destaca que a NBR forneceu parâmetros
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ÁGUA / CASE DO MÊS
CONDOMÍNIO INSTALA SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE MINA
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Um condomínio
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da Zona Oeste de São Paulo, com torre única e 30 apartamentos, utilizava havia anos a água que vertia de seu subsolo, a partir do lençol freático (também chamada água rasa). Ela era destinada em tubulação e torneiras próprias, devidamente lacradas e identificadas, para a limpeza das áreas comuns e rega do jardim. Mas da mesma forma como acontece em muitos prédios em São Paulo que tiveram o rebaixamento do lençol freático em sua construção, sobrava muita água mesmo depois desse uso. Em julho do ano passado, com o agravamento da crise no abastecimento, os condôminos resolveram formar um Grupo da Água e estudar soluções para melhor aproveitamento da mina. A equipe mobilizou profissionais moradores do prédio para analisar a questão dentro de sua área de conhecimento. Os advogados, por exemplo, estudaram os aspectos legais da captação e uso dessa água. Segundo uma das integrantes do Grupo, a arquiteta Marta, os advogados informaram que o condomínio jamais poderia distribuir a água, atribuição exclusiva das concessionárias de serviço público, mas sim disponibilizá-la. Decidiu-se então criar um sistema de tratamento (ETA) em um espaço livre do subsolo, de tamanho equivalente a duas ou três vagas de garagem, em investimentos que chegaram a R$ 30 mil (Fotos 1 e 2). O sistema inclui dois filtros, bomba,
Foto 2 dosador de cloro e registro de vazão (Foto 3), cilindros em inox para armazenamento da água tratada (com capacidade de 2 mil litros cada) e tubulação independente. Ele começou a funcionar em janeiro passado. O tratamento envolve a ação dos filtros de areia e carvão, aplicação controlada de cloro, análises periódicas de potabilidade etc. A água é disponibilizada nos andares, junto à antecâmara das escadas, através de tubulação exclusiva, sem contato com a rede potável. Os pavimentos possuem quatro torneiras, uma para cada unidade, trancadas por cadeados. O morador costuma usar essa água para lavar roupas, já que as torneiras ficam próximas das áreas de seviço dos apartamentos. Segundo o condomínio, as condições de potabilidade da água da mina têm sido superiores às da rede pública. Uma engenheira química foi contratada para dar orientação mensal ao Grupo, sempre tendo em mãos a análise físico-química e bacteriológica da água. O consumo médio diário do prédio caiu de uma média de 30 m3 para 20m3 nos meses subsequentes à instalação da ETA. O Grupo está regularizando a estação junto ao órgão público competente (DAEE). Pretende ainda instalar bomba reserva e estuda tratar a água da limpeza da piscina. (Texto e fotos: Rosali Figueiredo)
Foto 3
ÁGUA / CASE DO MÊS
CONTROLE DIÁRIO FAZ CONSUMO BAIXAR EM RESIDENCIAL O Condomínio Edifício Fernando Thomé, na Vila Mariana, em São Paulo, adotou uma solução simples, mas bastante eficaz, para reduzir o consumo da água e manter os reservatórios minimamente abastecidos, mesmo em caso de interrupção do abastecimento na rede pública. Desde janeiro, ele faz um controle diário do gasto, através de planilha atualizada e afixada nos elevadores, apontando sua correlação com a meta estabelecida pela administração. “A planilha funciona como um instrumento de conscientização para os
moradores gastarem menos”, afirma o zelador Domício Moreira. Os resultados já apareceram. No primeiro mês de aplicação da medida, o consumo foi de 195 m3, contra uma cota máxima prevista de 248 m3. Confira abaixo um modelo de planilha. (Por R.F.)
Fonte: Adaptado da planilha do Condomínio Edifício Fernando Thomé
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- “Como detectar vazamentos no condomínio”, em artigo do engenheiro Roberto Boscarriol Jr. Acesse a matéria através do link da Ed. 200.
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ADMINISTRAÇÃO / OBRAS & SERVIÇOS INVISÍVEIS
DIFÍCEIS DE VER E DE CONVENCER A necessidade de muitas obras e serviços praticamente inexiste aos olhos de moradores e usuários, mas eles são de extrema relevância para o pleno funcionamento dos condomínios e a manutenção das edificações.
Foto Rosali Figueiredo
Por Rosali Figueiredo
Na época em que era síndico, Gilmar Altamirano filmou os reservatórios d’água para convencer condôminos a investir em melhorias
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Um prédio residencial de área nobre de Fortaleza,
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Capital do Ceará, foi totalmente interditado pela Defesa Civil do Estado depois que uma varanda desabou e matou dois operários no dia 2 de março passado. Eles trabalhavam em obras de sustentação de uma sacada, que apresentava rachaduras e riscos de queda. A deterioração estava escancarada, mas conforme laudo técnico divulgado posteriormente pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), um agente invisível foi silenciosamente comprometendo toda estrutura da edificação, atingida por “alto grau de oxigenação e infiltração nas ferragens”. “Por causa da ferrugem, quase não existia mais ferragens no local”, disse o presidente do órgão, Victor Frota Pinho. O ambientalista e publicitário Gilmar Altamirano usa uma imagem popular para mostrar porque esses locais acabam esquecidos na agenda das manutenções e investimentos dos condomínios: “O bispo não passa lá, a não ser o síndico e o zelador.” Pior quando os problemas acontecem internos à estrutura ou estão literalmente “submersos”. Na época em que foi síndico de um edifício residencial na Zona Oeste de São Paulo, Gilmar acabou apelando a um recurso de propaganda para convencer os moradores da necessidade de mudar o estado de manutenção das áreas contíguas aos reservatórios d’água. “Elas estavam um horror, eram usadas para guardar entulho, descartes etc. No subsolo, ninguém descia porque o reservatório era fundo. Mas resolvi filmar tudo com recursos que tinha na época, como o VHS, e mostrei o vídeo em uma reunião do condomínio. Expus detalhes do barrilete e da caixa d’água do subsolo. Havia baratas, fios desencapados, restos de sofá.” A estratégia funcionou. Gilmar conseguiu aprovação dos condôminos para reformar esses locais e instalar filtros na entrada da água do prédio. Mas ele reconhece que esse tipo de serviço, mesmo que indispensável, não costuma ser reconhecido como necessário pelos ocupantes das edificações, gerando dificuldade para sua aprovação em assembleia.
“GOLPE DE ARÍETE” A síndica Rosana Moraes, dos Edifícios Flávia e Fernanda, localizado no bairro da Aclimação, observa que “muitas vezes os gestores de condomínios antigos, como é o caso do nosso, com mais de 40 anos, não se lembram de vistoriar alguns ‘cantos’. É aí que acontecem os grandes prejuízos”, destaca. Ela relata que depois de inspeções de rotina e após concluir a reforma da iluminação das garagens, detectou-se a presença de cupins de solo e de cupins de madeira seca nos quadros elétricos do prédio. O serviço exigiu a contratação de empresa especializada, “de primeira linha”, bem como um tratamento minucioso, à base de “injeção e pulverização com produtos químicos e de baixo odor”. Os trabalhos foram iniciados em maio do ano passado, envolveram o combate às pragas também nas unidades atingidas e em breve chegarão aos quadros de energia, operação que exigirá participação da AES Eletropaulo. Outro problema que surpreendeu Rosana foi o “golpe de aríete”, ruído provocado por variações na pressão e vazão do sistema hidráulico, anomalia que pode causar danos às juntas, válvulas etc. “Vínhamos recebendo reclamações contínuas dos moradores sobre barulho intenso, com trepidação, que acentuava à noite. Vistoriamos os barriletes, depois as torneiras, registros e válvulas de descarga dos apartamentos, até que descobrimos o golpe de aríete em quatro deles.” Segundo Rosana, foi possível também identificar a precariedade nos equipamentos de muitas unidades e corrigir vazamentos.
ADMINISTRAÇÃO / OBRAS & SERVIÇOS INVISÍVEIS
UM PERIGO: SERVIÇOS “CAMUFLAM” ANOMALIAS Engenheiro civil especializado em patologia e terapia de estruturas, Elorci de Lima atua como conselheiro no prédio em que mora, o Condomínio Residencial Maison Place Etoile, na Chácara Inglesa, zona Sul de São Paulo. Com base nessa experiência, o especialista seleciona setores pouco notados pelos condôminos, mas que merecem atenção contínua dos síndicos e gestores prediais. São eles: bombas; para-raios; sistema de Incêndio (extintores, hidrantes etc.) e AVCB; minuterias; telhados; limpeza dos reservatórios de água potável; instalações hidráulicas e elétricas. Elorci de Lima alerta, no entanto, para outro problema também comum e que pode causar grandes prejuízos: os serviços que camuflam anomalias, caso das famosas calhas instaladas nas garagens de subsolo para remediar os estragos dos vazamentos sobre os veículos. “É uma medida que torna o problema ‘invisível’, relegando-o a um segundo plano de investimento”, afirma. As consequências podem ser dramáticas, como o exemplo citado na abertura desta reportagem, sobre o condomínio residencial de Fortaleza. “As estruturas das vigas que formam as juntas de dilatação não foram construídas para conviver com a ação constante da água, acabando por deteriorar e atacar as armaduras do concreto armado. O problema torna-se de maior vulto, pois além do tratamento da vedação das juntas, os condomínios passam a ter que recuperar as estruturas das vigas”, explica o engenheiro. Elorci
O engenheiro Elorci de Lima, em foto de Maria Ângela de A. Camargo emenda: “Quando uma junta de dilatação apresentar os primeiros indícios de vazamentos ou infiltrações, procure um especialista e trate imediatamente o problema. Não se deixe levar pela opinião de leigos!”
A Profa Rosely Benevides de Oliveira Schwartz (Foto ao lado), contadora e administradora pioneira em estudos relacionados aos condomínios, autora de obra sobre o assunto e professora de cursos de formação de síndicos, alerta que a realização de obras ou serviços envolve muitos “riscos de acidentes, com consequências graves, podendo até serem fatais, atingindo funcionários, prestadores de serviços, terceiros, conselheiros, subsíndico e o próprio síndico”. Rosely fala com conhecimento de causa. Ela é subsíndica do prédio em que reside, no bairro de Santana, zona Norte de São Paulo, e sofreu um acidente em 20 de novembro passado, ao acompanhar a troca do motor do portão da garagem. O equipamento travou e na tentativa de se liberar a passagem para os veículos, Rosely acabou atingida pela queda do portão. A professora teve fraturas diversas nas duas pernas, passou por cirurgias, totalizou dois meses no hospital (incluindo o período das festas do final de 2014) e vive processo delicado de recuperação. Em depoimento redigido com exclusividade à revista Direcional Condomínios, Rosely Schwartz analisa os riscos inerentes a essas atividades nas edificações, aponta os setores mais vulneráveis e deixa recomendações aos síndicos. Leia o texto na íntegra no site da revista (Em www.direcionalcondominos.com.br, no link da Ed. 200).
LEIA MAIS, EM www.direcionalcondominios.com.br: - Depoimento da Profa Rosely Schwartz sobre perigos de acidentes em obras e serviços nos prédios; - Matéria com o gestor de riscos em condomínios, Carlos Alberto dos Santos, tratando da manutenção correta de locais pouco acessíveis. Confira os textos no Link da Ed. 200.
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Foto Rachel Wardi
RISCOS DE ACIDENTES: IGNORADOS ATÉ QUE O PIOR ACONTEÇA!
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DICA / ELEVADORES - MANUTENÇÃO
CINCO RAZÕES PARA CONTRATAR UMA BOA PARCERIA Por Rosali Figueiredo
Segurança e conforto dos usuários, economia de energia, custos menores nos reparos futuros, preservação da vida útil, atendimento à legislação e normas técnicas: aqui estão pelo menos cinco razões para que os síndicos deem prioridade à manutenção dos elevadores e busquem contratar uma boa parceria. Não há como escapar. Em São Paulo, por exemplo, a lei obriga à renovação periódica da licença de funcionamento, através da emissão eletrônica do Relatório de Inspeção Anual (RIA). É preciso cumprir com uma série de quesitos para obter a autorização. “A qualidade da manutenção define a vida útil do elevador”, afirma Sérgio Rodrigues, engenheiro mecânico e técnico em eletrônica, consultor da área há mais de 20 anos e responsável por laudos, perícias e inspeções solicitadas ao Seciesp (Sindicato das Empresas de Conservação e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo). O especialista acrescenta que serviços mal feitos ao longo do tempo poderão levar a situações de tal precariedade em que “não haverá mais como pensar em corrigi-las, será preciso trocar tudo por um elevador novo”. Por isso, no quesito manutenção, o principal cuidado do síndico deve recair sobre a escolha da empresa que trabalhará a prevenção e correção de quebras durante a vigência do contrato. “O síndico não consegue avaliar a qualidade da manutenção, observá-la nos detalhes”, justifica. É importante, assim, definir-se por um prestador de serviços cujo supervisor monitore a atuação do técnico responsável pelas máquinas do prédio. “É uma forma de minimizar as falhas”, diz. Sérgio explica ainda que uma vistoria independente anual poderá dar mais segurança ao condomínio em relação à manutenção em andamento.
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PARTES MAIS VULNERÁVEIS
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O engenheiro destaca que eventual negligência irá comprometer mais rapidamente as portas e máquinas de tração. Em consequência, afetará a segurança e o desempenho dos elevadores. “A porta deve ser tratada como um componente prioritário, porque ela já sofre um desgaste maior pela utilização contínua e a interferência do usuário.” No caso de a manutenção também falhar, ela ficará desalinhada ou mal posicionada e afetará os contatos elétricos de segurança, paralisando o equipamento. Sua manutenção tem que ocorrer mensalmente. Quanto à máquina de tração, composta pelo motor, freios, conjunto de engrenagens, cabos e polias, serviços mal executados em alguns desses itens poderão gerar desconforto ao passageiro, como trepidações, ruídos e trancos. E pesarão no bolso dos condôminos: “Um conjunto novo de cabos e polias custa entre R$ 15 mil e R$ 25 mil”, ilustra Sérgio. “Sua vida útil é de 25 anos, mas se a manutenção não for bem feita, cairá a dez anos.” O desgaste neste componente não é percebido pelo usuário ou o síndico, diferente do que acontece com as engrenagens, diretamente ligadas ao conforto das viagens. “Elas também são um componente caro, mas podem ser restauradas”, ressalva o engenheiro. O serviço, porém, é custoso. Nesse conjunto de peças, o que mais impacta a segurança são os freios. Se
DICA / ELEVADORES - MANUTENÇÃO tiverem problemas, há riscos de acidentes graves, já que a cabina poderá “descer com a porta aberta”. “Os freios mantêm a cabina parada no entra e sai do elevador”, explica Sérgio, informando que eles devem ser revisados todo ano. Outro item que tem gerado preocupação entre os síndicos é o inversor de frequência presente nos elevadores mais novos ou modernizados. Eles podem queimar mediante os surtos de tensão na rede elétrica e, para minimizar os riscos, Sérgio Rodrigues recomenda a instalação de componentes de proteção (como chaves de atraso e protetor anti-surto).
Foto Bárbara A. H. Rodrigues
Portas e máquinas de tração são os itens mais afetados por falhas na manutenção, diz o engenheiro Sérgio Rodrigues
ATUALIZAÇÃO TÉCNICA
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Fábio Aranha, diretor do Seciesp e presidente da Associação de Elevadores do Mercosul
Foto Rosali Figueiredo
Para o engenheiro de produção mecânica Fábio Aranha, diretor do Seciesp e presidente da Associação de Elevadores do Mercosul, “o elevador não é um bem de consumo, mas sim um produto industrial feito para durar muitos anos”. O dirigente estima que pelo menos 40% dos elevadores da Capital tenha mais de 20 anos, exigindo, portanto, atualização técnica. “Hoje, a exigência de segurança na sociedade é outra e temos a necessidade de economizar energia. Os elevadores eletromecânicos não são tão eficientes energeticamente”, justifica Fábio, cuja entrevista à Direcional Condomínios está publicada na íntegra no site da revista (Saiba como localizar o texto ao final desta reportagem).
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DICA / ELEVADORES - MANUTENÇÃO
Foto Rosali Figueiredo
“MOTOR DE NAVIO”
A Síndica Maria das Graças Amaral de Mello (Foto acima), do Condomínio Edifício Cinderela, em Higienópolis, zona central de São Paulo, corrobora o que o consultor Sérgio Rodrigues costuma dizer: elevador com manutenção bem feita pode funcionar por 60 anos. É a idade de seu prédio, projetado pelo arquiteto João Artacho Jurado, que deixou marcos na paisagem urbana da cidade. “Temos ‘motor de navio’ nos quatro elevadores, que poderão durar mais 60 anos”, conta Maria das Graças. Segundo ela, foi inevitável, porém, realizar as adequações às novas normas, como na parte da iluminação e da instalação do guarda-corpo sobre as cabinas, das abas de proteção inferiores e das grades em torno das polias, na casa das máquinas. A síndica afirma que modernizará também o quadro de comando, que ainda opera com chave-faca e cartuchos. “São elevadores robustos, que poderão ficar até mais oito anos sem outras modernizações, desde que encontremos as peças de Direcional Condomínios | Abril 2015
reposição no mercado”, projeta Maria das Graças. Ela está satisfeita
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com o atual serviço de manutenção dos equipamentos. E abre a receita aos colegas: procurar uma empresa confiável no mercado, que esteja mensalmente no condomínio, e ter um zelador que “acompanhe praticamente tudo e fique atento aos mínimos sinais, como ruídos e trancos”. Seu contrato é sem peças e, sempre que surge a necessidade de alguma reposição, ela recebe um orçamento prévio e a previsão dos itens a serem substituídos. “Assim eu consigo negociar", finaliza.
LEIS, USOS E COSTUMES
ˆIlustração Coronado
DICA / ELEVADORES - MANUTENÇÃO
Síndicos e usuários são agentes importantes para a preservação da vida útil dos elevadores. Aos primeiros cabe atenção contínua aos riscos de infiltração da água que venha atingir a casa de máquinas, a caixa de passagem, poço e cabinas. Alguns desses compartimentos são de acesso restrito aos profissionais habilitados e deverão permanecer fechados, com chaves em posse do zelador ou de outra pessoa autorizada pelo condomínio. Da parte dos usuários, espera-se que respeitem a capacidade de lotação ou de carga, não apressem o fechamento das portas, acionem um único elevador e apertem somente uma vez o botão de chamada. Brincadeiras, pulos e movimentos bruscos são outros comportamentos inadequados, assim como segurar a porta de pavimento aberta por um tempo superior àquele necessário ao embarque ou desembarque. Em São Paulo, Capital, o corpo normativo que regula a operação dessas máquinas, bem como as responsabilidades de síndicos, condomínios e prestadores de serviços, inclui duas principais leis, a 10.348/1987 e a 12.751/98. Leia mais sobre o assunto em reportagens publicadas no site da Direcional Condomínios, conforme orientação ao final desta página.
- Entrevista sobre contratos e manutenção com o diretor do Seciesp, Fábio ARANHA. VEJA NO LINK DA ED. 200; - Matéria sobre contratos de manutenção: modalidades e dicas para encontrar um fornecedor que dê segurança ao condomínio. Acesse o link http://bit.ly/1fLrWD2; - Reportagem “O condomínio e sua corresponsabilidade na segurança dos elevadores”. Acesse o link http://bit.ly/18JzqUU; - Um roteiro básico de manutenção por cada setor dos elevadores. Acesse o link http://bit.ly/1vYmQv8.
Próxima Edição ELEVADORES – MODERNIZAÇÃO (ECONOMIA E SEGURANÇA)
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O SÍNDICO E SUA REGIÃO
SEÇÃO TIRA-TEIMA
O ZELADOR INCORPOROU FUNÇÕES EXTRAS, PODE? Além do rol de tarefas estabelecidas pela Convenção
Convenção. Por exemplo, se exercer as funções de folguista
Coletiva do trabalho, é possível aos condomínios definir um escopo maior
dentro de sua jornada de trabalho, deverá receber acúmulo de
de atividades ao empregado, situação que acontece com frequência junto
função proporcional; se a mesma recair sobre seu período de
aos zeladores. “Mas toda função que for exercida além daquelas para as
folga ou em jornada diferente da sua, deverá receber ainda a
quais o empregado foi contratado deverá ser devidamente remunerada”,
hora extra, com 100% no primeiro caso e 50% no segundo.
comenta a seguir a advogada Ângela Aparecida Mathias, especializada em
3. A ASSEMBLEIA DEVERÁ APROVAR AS ALTERAÇÕES?
Direito do Trabalho.
1. QUAIS DEVEM SER AS FUNÇÕES DO ZELADOR?
Pequenas tarefas como trocar lâmpadas, torneiras etc. fazem
A Convenção Coletiva da categoria traz uma “recomendação” sobre
parte de suas funções. Porém, se ele fizer também a parte da
as funções de cada trabalhador em condomínio. É evidente que os edifícios
manutenção, deverá haver pagamento de acúmulo de função,
têm suas peculiaridades e, sendo assim, as funções devem variar de acordo
a não ser que por ocasião da contratação do zelador tal escopo
com a necessidade de cada lugar e o bom senso do síndico e moradores.
já tenha sido expresso em seu contrato de trabalho.
escopo das horas trabalhadas, seguindo-se os parâmetros da Convenção Coletiva da categoria. De outro modo, se também houver acréscimo de horas, isso demandará remuneração extra, adequada e de acordo com a mesma
Advogada especializada em Direito do Trabalho. Mais informações: angmathiasadv@aasp.org.br
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Sim, mas existem aqui duas situações. O acréscimo de função exige que ele seja remunerado pelo novo encargo, mesmo que esteja dentro do
ÂNGELA APARECIDA MATHIAS Foto Cristiano De Souza
2. ELE PODE ASSUMIR TAREFAS EXTRAS SOBRE AQUELAS DEFINIDAS PREVIAMENTE?
Não. Cabe ao síndico direcionar as funções do zelador.
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DICA / ELÉTRICA - LED
LÂMPADA AMPLIA PRESENÇA
Foto Rosali Figueiredo
NOS CONDOMÍNIOS
Hall social do Condomínio Castel de Padova, com lâmpadas LED
“A história
do LED está apenas começando”, afirma o en-
genheiro eletricista e síndico Carlos Reganati, que atuou durante anos na indústria da iluminação. Ele acredita que o LED seja “o substituto natural de todas as lâmpadas atuais”. “Como ainda tem preço alto, a prioridade da sua instalação recai sobre os locais onde a luz fica acesa mais horas por dia”, observa. Em seu condomínio, o Castel de Padova, localizado em Perdizes, zona Oeste de São Paulo, o LED já ocupou o espaço das lâmpadas halógenas com refletor dicroico do hall social e salão de festas, e está sendo instalado, na versão rosca, na garagem. “As dicroicas de 50 watts foram substituídas por LED de 6 watts. Passado mais de um ano, não houve queima das novas lâmpadas. As halógenas têm uma vida média de duas mil horas, enquanto o LED chega a 30 mil horas. O investimento se pagou em seis meses. Estima-se que tenha havido uma economia de 85% no consumo de energia elétrica dessas áreas”, relata Carlos. Ele lembra que o mercado dispõe de LED “com quantidade de luz mais próxima às dicroicas convencionais. Assim, os ambientes residenciais obtêm uma boa equivalência e com a cor da luz das halógenas (branco amarelada)”, arremata. No entanto, nesse tipo de aplicação (embutida), é preciso cuidado para que o drive do LED “não sofra superaquecimento por falta de ventilação”. “Ele é um circuito eletrônico sensível que tem a
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função de ajustar e equilibrar a tensão da corrente elétrica.”
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De forma geral, o engenheiro acredita que os investimentos no LED se paguem “em menos de um ano para instalações que ficam ligadas de seis a oito horas por dia”. Ele calcula redução de 85 a 90% no consumo de energia na troca das incandescentes e halógenas, além de um ganho de durabilidade sobre as fluorescentes e eletrônicas (“três vezes mais”). Carlos Reganati explica que as lâmpadas eletrônicas e o LED apresentam equivalência de consumo, portanto, a vantagem deste recai em sua vida útil. Também o Condomínio Edifício Memphis, prédio de mais de 60 anos localizado no bairro de Cerqueira César, próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, está substituindo lâmpadas mais antigas pelo LED. As mudan-
DICA / ELÉTRICA - LED ças ocorreram no hall social (nas sancas e na iluminação de um painel afixado na parede), nos elevadores, portaria, luzes de emergência, jardins e holofotes da área externa. Em 2015, a ideia é instalar essas lâmpadas na garagem. As vantagens da troca residem no ganho de luminosidade, economia e leveza dos ambientes, avalia o síndico Cláudio Ferreira Barbosa. Para o empresário do segmento, Antônio Martinez, a queda no consumo de energia propiciada pelo LED pode chegar a 90% em alguns condomínios, “investimento que se paga em poucos meses”. (Por R. F.)
ENERGIA: PROGRAMA DE ECONOMIA DEVE APOSTAR NO LED A síndica Kelly Remonti, do Condomínio Top Village, em Alphaville, região metropolitana de São Paulo, desenvolve desde 2012 um programa de redução do consumo de energia. Ele foi iniciado com a substituição das lâmpadas incandescentes das áreas comuns pelas econômicas, seguido de remodelações no sistema elétrico das portarias, no CFTV e nos portões automáticos. “Em dois anos obtivemos 29% de redução no consumo, o que representou uma economia de R$ 23 mil.” Em 2014, a modernização dos seis elevadores dos prédios baixou ainda mais a demanda, levando a uma conta mensal de R$ 3.812,00, contra R$ 6.458,00 (em 2011). O condomínio estuda trocar novamente as lâmpadas, desta vez por LED, prevê Kelly. O serviço só não foi contratado ainda porque ela pretende verificar a possibilidade de aproveitar as luminárias existentes. Porém, segundo o especialista da área de elétrica, Rodrigo Henriques, o mercado oferece hoje lâmpadas (Por R.F.)
Fotos Catálogo Sylvania
LED que se adequam a essas estruturas.
Da esq. p/ a dir., LED no formato dicroico, tubo LED e LED com bocal de rosca
- Pequeno ‘guia’ preparado pelo engenheiro e síndico Carlos Reganati mostrando como substituir lâmpadas halógenas dicroicas, incandescentes, compactas eletrônicas de rosca e fluorescentes tubulares por LED. Confira no link da Ed. 200.
Próxima Edição ELÉTRICA – LUZ DE EMERGÊNCIA
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DICA / IMPERMEABILIZAÇÃO - CAIXAS D’ÁGUA, COBERTURAS, PISCINAS ETC.
TÉCNICA E PACIÊNCIA, REQUISITOS A UM SERVIÇO EFICAZ Por Rosali Figueiredo
Com a atual crise d’água, os síndicos passaram a dar um pouco mais de atenção à necessidade de impermeabilizar caixas d’água e piscinas para impedir vazamentos. Já a manutenção das coberturas, marquises e beirais entra no rol dos serviços indispensáveis à preservação das estruturas das edificações. De qualquer forma, impermeabilizar todos esses sistemas requer técnica, paciência e mão de obra especializada, notadamente o trabalho nos reservatórios, alerta a engenheira química Maria Amélia Silveira, uma das principais referências brasileiras no assunto. As caixas d’água precisam ficar esvaziadas pelo tempo necessário à cura dos materiais utilizados na impermeabilização, sob pena de haver “comprometimento da potabilidade da água”, exemplifica. “Se não houver tempo adequado, é melhor não fazer o serviço.” Ela explica que a massa usada internamente é feita, em geral, de um composto de resinas e cimento, elementos que poderão desprender e se misturar à água caso não estejam curados. A engenheira foi uma das sócias-fundadoras do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), atua como consultora técnica do órgão e chefiou o Laboratório de Impermeabilização do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Também integrou comissões de estudos da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que normatizaram a impermeabilização no País.
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Eng. Maria Amélia Silveira: “Se não houver tempo adequado [à cura dos materiais], é melhor não fazer o serviço”
Foto Rosali Figueiredo
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A seguir, ela apresenta um breve guia sobre o assunto:
1 – RESERVATÓRIOS D’ÁGUA - Quando impermeabilizar Não há uma periodicidade certa para a troca da impermeabilização nesses locais. Ela deve ser refeita quando houver vazamentos visíveis nos reservatórios
DICA / IMPERMEABILIZAÇÃO - CAIXAS D’ÁGUA, COBERTURAS, PISCINAS ETC.
superiores ou infiltrações nos inferiores. Mas durante a troca de tubulações nos reservatórios, recomenda-se fazer nova impermeabilização ou reforçar a existente, pois esta substituição sempre causa dano ao sistema. - Período de esvaziamento Ele deve ser de cinco dias pelo menos. O prazo é necessário para o preparo da superfície (verificação e reparo de trincas e bicheiras do concreto, troca de tubulações, remoção de antigas impermeabilizações etc.); aplicação das diversas camadas do material impermeabilizante; além da sua cura completa. Porém, o tempo poderá ser ligeiramente abreviado se a empresa contratada dispuser de equipamentos para a renovação do ar saturado de umidade do interior do reservatório. - Limpeza da caixa d’água & Impermeabilização A limpeza não pode danificar a impermeabilização preexistente. Por isso, estão vetados solventes, ácidos ou outros compostos que venham a interagir com os materiais impermeabilizantes, bem como jatos d’água com pressão muito forte ou equipamentos que provocam abrasão. Muitas vezes a empresa de limpeza também executa a impermeabilização num prazo de um ou no máximo dois dias. O período é insuficiente para a aplicação das camadas e cura dos materiais, dessa forma, a impermeabilização resultará ineficaz e, por vezes, deixará resíduos dos materiais aplicados dispersos na água do reservatório. - Materiais Os materiais aplicados na impermeabilização dos reservatórios são as argamassas poliméricas rígidas ou flexíveis. Eles são definidos em função das condições da estrutura e do local onde estão instalados - os reservatórios superiores estão sujeitos à incidência maior de sol, chuvas, ventos etc., enquanto os inferiores sofrem menos com a ação do clima. Resinas de poliuretano e de epóxi também são usadas na impermeabilização desses sistemas, mas sua aplicação requer mão de obra mais especializada. - Testes de estanqueidade Eles devem ser realizados com enchimento dos reservatórios para comprovação da eficácia dos serviços executados. Mas é preciso aguardar o tempo da cura e fazer antes a higienização do reservatório (através de lavagem com baixa pressão e descarte da água; não há necessidade de completar o espaço do reservatório e, caso ele não apresente vazamentos, a água já poderá ser usada para consumo. No entanto, se houver falhas na impermeabilização, será preciso descartar a água (ou armazená-la adequadamente para uso no condomínio) e fazer os reparos no sistema. - Reforço externo Geralmente não há necessidade de serviços externos na estrutura do reservatório, a menos que se queira melhorar sua aparência, executando-se reparos em argamassas, pinturas etc.
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para fazer o procedimento). Somente então se realiza o enchimento completo
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DICA / IMPERMEABILIZAÇÃO - CAIXAS D’ÁGUA, COBERTURAS, PISCINAS ETC.
Barriletes com sinais de infiltrações provenientes do reservatório d’água. Fotos do consultor em gestão de riscos em condomínios, Carlos Alberto dos Santos
2 – PISCINAS Vazamentos na piscina indicam a necessidade de impermeabilização por dentro. O rejunte dos azulejos e pastilhas ou colocação de selantes ao redor das grelhas, ralos e outros dispositivos servem para recompor os revestimentos, mas, na maioria das vezes, não resolve o problema de uma impermeabilização deficiente. Se a piscina for toda construída em concreto e, por alguma movimentação na fundação ou demais causas, aparecer uma trinca, é possível fazer seu preenchimento com resinas apropriadas pelo lado externo da estrutura (sem esvaziá-la). Entretanto, essa é uma situação bem particular, que precisa ser analisada por especialistas para que tenha sucesso.
3 – COBERTURAS Além das mantas asfálticas, consagradas para esse tipo de local, a impermeabilização poderá ser feita com resinas de poliuretano. Mas as argamassas impermeabilizantes compostas de cimentos e resinas, mesmo as mais flexíveis, normalmente não têm a necessária elasticidade para acompanhar as movimentações normais a que uma laje de cobertura estará sujeita. Conforme normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), após a aplicação de material impermeabilizante e finalização do processo, coberturas devem passar pelo teste de estanqueidade, ficando durante 72 horas sob lâmina d’água. As NBRs que regem o assunto são as 9574/2008 (relativa à execução) e a 9575/2010 (relativa à seleção e projeto). Foto Eng. Roberto Boscarriol Jr.
4 - BEIRAIS E MARQUISES Direcional Condomínios | Abril 2015
Como essas áreas não estão normalmente sujeitas ao trânsito de pessoas, a não ser
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eventual, elas podem receber diferentes tipos de materiais impermeabilizantes, como: - mantas asfálticas com acabamento em grânulos; - resinas acrílicas e em poliuretano; - asfaltos em emulsão ou solução com acabamento em pinturas acrílicas. Porém, a instalação de rufos e ‘pingadeiros’ nos beirais, principalmente, ajudará a proteger melhor essas estruturas.
Próxima Edição FACHADA – LIMPEZA E LAVAGEM
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DICA / IMPERMEABILIZAÇÃO - O SISTEMA DE INJEÇÃO
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O SÍNDICO E SUA REGIÃO
VILA MARIANA, CHÁCARA KLABIN & VILA CLEMENTINO: “VIDA PACATA PERTO DE TUDO” Há cerca
de 40 anos a
região da Chácara Klabin era ocupada por favelas e, desde então, experimentou um dos processos de expansão e valorização mais notáveis de São Paulo, especialmente depois da inauguração da estação do Metrô da Linha Verde, em 2006. O movimento deverá aumentar assim que forem concluídas as obras de integração da Estação Chácara Klabin com a Linha Lilás, ligando toda a região de Santo Amaro ao ramal da Avenida Paulista. O distrito se localiza na zona Centro-Sul de São Paulo, na extensão da Vila Mariana. A Catedral do Budismo Primordial, ou Templo Central Nikkyogi, representa um dos marcos do lugar, tendo chegado ali du-
Praça Giordano Bruno, Chácara Klabin
rante o processo de urbanização que retirou
Vitória. As facilidades que a atraíram – como o metrô, comércio, escolas e serviços –
as favelas e loteou áreas então pertencentes
permanecem, sem que se tenha perdido a tranquilidade. “É uma vida pacata perto
à Família Klabin. O arcebispo desse ramo bu-
de tudo”, define. “Não trocaria a Vila Mariana por nada, falta apenas um pouco
dista no Brasil, Marcos Eduardo Purificação
mais de atenção do policiamento e da Subprefeitura, pois as ruas e calçadas nas vias
Correia, lembra que eles chegaram ao bairro
menos movimentadas estão malconservadas.”
em 1982, provenientes da Vila Gumercindo.
Na Vila Clementino, localizada no lado oposto ao de Lurdes, em direção à zona
“Não havia mais ninguém aqui, não espe-
Sul, o síndico do Condomínio Paço de Toledo, Sérgio Gonzaga, sente o privilégio de
rávamos que a região prosperasse tanto.”
residir há 30 anos próximo do parque mais importante da cidade, principal patrimônio
Os budistas são as principais testemunhas
de toda região. “O Parque do Ibirapuera, com mais de 1,5 milhão de m², oferece
das transformações ocorridas e cuidam hoje
aos vizinhos ar puro e extensa área de lazer cheia de atrações. Entre elas, o Auditório
de um importante espaço de convivência
Ibirapuera, a Escola de Astrofísica, a Fundação Bienal, a Oca, os Planetários, o Pavilhão
para os novos moradores da Chácara. “O
Japonês, o Museu Afro Brasileiro, o MAC, o MAM, etc. Você pode ir caminhando
templo é aberto à visitação geral, temos
ou usar a magrela para chegar até lá”, descreve Sérgio, valorizando os benefícios à
cultos diários, eventos culinários, bazares
saúde proporcionados pela imensa área verde e a possibilidade de cultivar seu hobby
beneficentes, encontros de jovens e crian-
de observar pássaros. “Há mais de 100 espécies de aves registradas aqui, muitas delas
ças.” Segundo Correia, a participação da
visitam os jardins do condomínio”, festeja. (Reportagem e fotos: Rosali Figueiredo)
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comunidade aumentou nos últimos cinco
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anos, o que favorece a meditação, contribuindo a “um momento em que as pessoas estão buscando uma felicidade que vá além do materialismo”. Ao lado da Chácara, na nobre e mais antiga Vila Mariana, a síndica Lurdes de Fátima Affonso Anton celebra ter migrado do Alto da Mooca ao bairro há 25 anos, quando foi entregue o Condomínio Edifício Vila de
Templo Central Nikkyogi: Pórtico e telhado de madeira foram construídos em 2012 por cinco marceneiros trazidos do Japão, em comemoração ao seu cinquentenário no Brasil
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ACESSÓRIOS
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ACESSÓRIOS
DELTA
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ACESSÓRIOS, ADMINISTRADORA
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ALAMBRADOS, ANTENAS
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AMORTECEDOR DE IMPACTO, ASSESSORIA, BOMBAS, CADEIRA, COBERTURAS
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COBERTURAS, DESENTUPIDORA
RPL
CLARIART
AB DESENT
LIMPETEC
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COBRANÇA, CONTROLE DE PRAGAS, ELÉTRICA
DESINTEC
NIKKEY
LEITE SAMPAIO
MEKA
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ELÉTRICA, ELEVADOR...
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ELEVADOR
MONCIEL
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EXCELLENCER
CONSERVEL
DIREKTA
PRIMAC
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ELEVADOR, ILUMINAÇÃO, FITNESS...
DESIGNER GLASS
CREL
R FIT
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FITNESS, INDIVIDUALIZAÇÃO DE ÁGUA
GESTWAY
GINASTIC SHOP
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RG FIT
HIDRÁULICA
TEC LINE
HIDR. EFICAZ
ENGINSTAL
SHOP SERVICE
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GERADOR, IMPERMEABILIZAÇÃO
VEDA LAJE
GTL
ESSENCIAL ENERGIA
SANGI
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IMPERMEABILIZAÇÃO
ENVAL
BLOC SYSTEM
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WERTHENG
IMPERMEABILIZAÇÃO...
CASA SECA
SANERGI
NEW IMPER
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IMPERMEABILIZAÇÃO, INCÊNDIO, INTERFONE...
ESTANTEC
SIMPERPOL
INJETA
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BRASIL ANTENAS
ANTENAS MORUMBI
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INTERFONE, LUZ DE EMERGÊNCIA, MÓVEIS
GAPE
KAYSEN
ALARM LINE
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INTERSERVICE
MANUTENÇÃO PREDIAL, PERÍCIA PREDIAL, PINTURA PREDIAL...
DA ARQ
RESTAURAR
MONACELLI
PERFORM
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PINTURA PREDIAL...
EDMIL
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PINTURA PREDIAL...
ATALA
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PINTURA PREDIAL...
IMPERIO
SPECTRO
REPINTE
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PINTURA PREDIAL...
ROKAFE
DISK
SANGI
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PINTURA PREDIAL...
PROA
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PINTURA PREDIAL
SOLAR
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PORTICO
PINTURA PREDIAL...
PAMEBO
ABC
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PINTURA PREDIAL
ABAMAC
SP PINTURAS
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PINTURA PREDIAL, PISO (REDUTOR DE VELOCIDADE), PISO...
A FREITAS
ENGEPOX
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PISO,PLAYGROUND
BRINQUEMAIS
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TECHTON
PLAYGROUND
BRINQI
ORIMAD
PRIME GRAMA
INSTRUTOY
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PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO, PROJETORES,RÁDIOCOMUNICAÇÃO, RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL, REUSO DE ÁGUA
R&C
RENT ONE
SANGI
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SERRALHERIA, SINALIZAÇÃO, SISTEMA DE SEGURANÇA...
SUAREZ PLACAS
SERR CORDEIRO
MANU
BRASIL ANTENAS
ANT MORUMBI
INTERSERVICE
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SISTEMA DE SEGURANÇA
ALARM LINE
PROSSEG
FOCUS SYSTEM
BOMBARDI
ROCKEN
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SISTEMA DE SEGURANÇA, TERCEIRIZAÇÃO...
PLX
SEVIPA
PJ
NOVA BRASIL
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TERCEIRIZAÇÃO
MBS
VISA CLEAN
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TERCEIRIZAÇÃO...
EMBRAVE
SEPA
GAPE
PROMPT
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TERCEIRIZAÇÃO, TRATAMENTO DE PISO, VIDROS
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