CAPA PROMOCIONAL
FELIZ 2024!
EDITORIAL
Caro(a) Síndico(a)! “Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.” O ano novo traz oportunidades de recomeço e estes versos de Cora Coralina são inspiradores. Sim, vamos aproveitar todas as oportunidades possíveis para encontrar as melhores soluções para a gestão do condomínio, a preservação patrimonial e a manutenção da qualidade de vida de condôminos e colaboradores. Que tal começar pedindo uma mãozinha à Inteligência Artificial (IA)? Os algoritmos podem estimular ideias e aumentar a produtividade – confira matéria de capa. Nesta edição, trazemos uma reportagem sobre a importância de valorizar e respeitar colaboradores (próprios ou terceirizados). Em mês de férias escolares, a Coluna Cristiano De Souza Oliveira aborda cuidados simples que garantem que os pequenos não fortes chuvas da estação? Leia sobre o assunto na Seção Tira-Teima.
AN OS
fiquem largados pelo condomínio e se divirtam com segurança. E as árvores, por que são registradas tantas quedas durante as Já em DICAS, você vai conhecer uma academia conceitual que ocupou o espaço de um salão de festas ultrapassado; ler sobre coberturas, tão úteis, especialmente em períodos chuvosos; e conferir porque é recomendável fazer a manutenção preventiva de bombas do condomínio.
Neste ano, fique atento às tendências que impactam o ecossistema condominial e geram conveniência ao morador, como a expansão dos mercados autônomos e dos sistemas tecnológicos de acesso e segurança dos condomínios. Também a demanda de uso de energia solar continua ascendente, bem como de carro elétrico. Seu condomínio está inserido na contemporaneidade? Pense nisso. Talvez 2024 seja o momento da virada.
Na próxima edição divulgaremos os ganhadores da pesquisa 2023. Não perca! No mais, sigamos juntos neste ano em que a Direcional Condomínios completa 27 anos. Um marco no segmento. Forte abraço! Feliz Ano Novo!
Isabel Ribeiro Seção Tira-Teima
Capa
Informe Publicitário
Dica
Dica
Queda de árvores
Inteligência Artificial
VERTEX Soluções em
Academia
Coberturas
(IA) a favor do síndico
Segurança
conceitual
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Informe Publicitário
Administração
Síndico, Conte sua
Informe Publicitário
Dica
DGT Administradora
Respeito aos
História!
BRWATSS Energias
Manutenção
colaboradores
Com Demilson B.
Renováveis
preventiva
Guilhem
de bombas
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São Paulo e Grande São Paulo
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Thalita Feuerstein
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Cristiane Lima
PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Síndicos, zeladores e administradores
Condomínios residenciais, comerciais e administradoras CAPA PERIODICIDADE MENSAL
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Tiragem auditada por Direcional Condomínios | Janeiro 2024
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Foto Canva
SEÇÃO TIRA-TEIMA
POR QUE TANTAS ÁRVORES URBANAS CAEM? Por Lígia Ramos
NA CAPITAL paulista, árvores caem basicamente por falta de
ancoragem, comprometimento do tecido lenhoso ou desequilíbrio da copa,
especial e, se for preciso excluir um espécime, outra árvore deve ocupar o lugar. Pedidos feitos à prefeitura são rara-
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Falta de ancoragem - Raízes enfraquecidas por falta de água ou nutrientes,
mente atendidos. Tampouco se vê qual-
sem espaço para desenvolvimento, ou comprometidas por cupim ou broca, não
quer tipo de prevenção sendo feita, como
mais conseguem fixar a árvore no solo.
um mínimo controle de pragas de solo.
Comprometimento do tecido lenhoso - Se o ataque por insetos, que se
Calçadas mal projetadas, falta de espa-
alimentam de madeira, não for controlado, tronco e galhos também vão sendo
ço para penetração de água e ausência
consumidos, enfraquecendo toda a estrutura da árvore.
de podas de condução são fatores que
Desequilíbrio da copa - Raízes deterioradas não conseguem captar água
condenam árvores centenárias à morte.
e nutrientes para manter as demais partes da planta, assim temos a morte de
Uma pena, afinal nosso patrimônio verde
folhas e galhos. E, somando-se uma poda desequilibrada (para remover galhos
deve ser valorizado não só pelo aspecto
da fiação) temos os desastres de verão; chuvas e ventos fortes dão apenas o
paisagístico, mas também pelo controle
empurrão final.
de temperatura e melhora na qualidade
A obrigação de cuidar de árvores plantadas nos recuos e dentro das propriedades é do proprietário do imóvel ou, no caso de imóveis multifamiliares, do síndico. Na calçada, da prefeitura. Para podar ou arrancar uma árvore na calçada, temos de pedir à prefeitura. Dentro da área privativa podemos fazer apenas as ‘podas de limpeza’, removendo até 20% da massa verde. Para qualquer outra intervenção temos de solicitar licença
do ar que respiramos. Foto Almir Almeida
Direcional Condomínios | Janeiro 2024
brevemente explicados a seguir.
LÍGIA RAMOS
Síndica profissional, arquiteta e bióloga. Mais informações: ligiaramos@daccordsindicos.com.br
CAPA
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O FUTURO CHEGOU: APROVEITE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL A SEU FAVOR
A IA vive outro momento, com modelo de linguagem que permite uma interação natural e com respostas mais assertivas; maior expoente é o ChatGPT, ferramenta útil na comunicação condominial Por Isabel Ribeiro
A INTELIGÊNCIA
Artificial (IA) atingiu novo patamar há pouco mais de um ano, quando o ChatGPT, da desenvolvedora OpenAI, surpreendeu o mundo. Com capacidade de criar conteúdo de dados, imagens, vídeos, áudios e textos, a ferramenta é como um valoroso assistente. Esse chatbot é fruto da IA Generativa, tecnologia que possibilita à máquina identificar o que está sendo pedido, coletar informações em banco da internet e responder com precisão e naturalidade, ao passo que assimila informações com usuários e evolui. “A IA Generativa é melhorada à medida que conversamos com ela. Está sempre aprendendo. Nós, seres humanos, também aprendemos quando entramos em contato com fatos novos”, compara Jhonatas Faria, gerente de TI da Superlógica, plataforma tecnológica e financeira do mercado condominial. O especialista esclarece, no
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Direcional Condomínios | Janeiro 2024
entanto, que o ChatGPT não tem autonomia, mas sim, capacidade de produzir novas coisas através de um conhecimento prévio. Parte do encantamento desse chatbot (e dos que vieram na cola, como BERT e Anthropic, dentre outros) é parecer desconhecer limites, o oposto dos chatbots convencionais de atendimento ao cliente. “Se eu pedir uma foto de um cachorro andando de bicicleta, ele saberá reconhecer um cachorro, uma bicicleta, e me entregará resultado”, ilustra Jhonatas, que faz uso recorrente do ChatGPT, até mesmo em seu MBA. “Eu disponibilizei o conteúdo das apostilas para o chat, que elabora simulados com questões de múltipla escolha. Eu respondo, depois ele corrige e me explica onde errei. Ele me ajuda a estudar, é algo sem precedentes”. O avanço da IA é mesmo incrível, mas o que tem a ver com os condomínios? Pois uma habilidade do ChatGPT é a escrita gramaticalmente correta, algo muito apropriado para uma comunicação condominial bem-feita e compatível com cada condomínio. E mais: esse recurso está disponível na versão gratuita da ferramenta – a versão premium custa US$ 20 ao mês. “A comunicação é um benefício da ferramenta, que traz imagens e até ilustrações”, pontua Omar Anauate, diretor de condomínio da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). Além de gerar comunicados, Omar lista que a ferramenta é interessante para enquetes personalizadas. Já nas administradoras é estratégica para redigir atas de assembleia. “As pessoas, muitas vezes, têm dificuldade de redação para escrever de forma sucinta um assunto que demandou uma ou duas horas de discussão na assem-
CAPA
bleia. Estamos começando a testar essa ferramenta para organizar
Mais uma sugestão de Jhonatas
as informações assembleares de modo resumido, inteligível e dentro
Faria é consultar a ferramenta para
da legalidade”, comenta.
organizar festividades nos condo-
CHECAGEM DE INFORMAÇÕES
mínios. “Você pode pedir ideias de temas de decoração, de atrações
Não custa nada dizer que apesar de todo apuro tecnológico, a
e brincadeiras nas festas infantis, e
inteligência humana deve guiar a artificial. Uma questão mal formu-
de cardápios alternativos”, indica.
lada pode resultar em uma resposta inconsistente, bem como a falta
“Dizem que a IA vai nos deixar mais
de conhecimento mínimo do síndico acerca de determinado assunto
preguiçosos, mas é o contrário.
pode contribuir para que ele não conteste a IA caso receba algum
Você destrava, começa a ter aces-
dado incorreto ou desatualizado.
so a mais dados, isso potencializa
Omar orienta os síndicos a atentarem para a coerência e consistên-
muito a criatividade”.
cia nos resultados apresentados pela máquina e, também, a lembrar
A s í n d i c a p ro f i s s i o n a l A n a
da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) quando cogitarem fornecer
Josefa Severino há poucos meses
dados dos condôminos ao chatbot. “Se for utilizá-los, tem de descobrir
escreveu um comunicado inter-
primeiro um jeito de agir dentro da legalidade, com autorização dos
no com o auxílio da inteligência
moradores”, recomenda.
artificial, opção disponibilizada
Para o diretor de condomínio da AABIC, a questão da LGPD
por uma das empresas de mídia
somada ao fato de que condomínios não geram grande volume de
de elevador que atende a alguns
dados faz com que o novo patamar da inteligência artificial, ao me-
de seus condomínios. “Eu gostei
nos por enquanto, não seja tão explorado no nicho condominial. “Eu
porque é bem prático. Quando
acho que o maior desafio nessa nova fase da inteligência artificial é o
você vai inserir uma mensagem,
síndico vislumbrar como utilizá-la no próprio condomínio. Vai muito da
como um comunicado pedindo
iniciativa e criatividade de cada um, mas com certeza os que acharem
que os condôminos prestem
o caminho vão evoluir, e quem não for junto ficará em desvantagem
mais atenção na lavagem das
considerável”, acredita. Uma hipótese de uso da IA seria, segundo
sacadas para não respingar água
Omar, unificar o aviso de vencimento do seguro predial (ou de outros
nas demais unidades, o sistema
serviços), o qual é gerado por um software, com a IA, para que esta
te pergunta se deseja criar o
fizesse o mapa de cotação com três seguradoras e o enviasse dire-
comunicado com o uso da inteli-
tamente ao síndico, agilizando a rotina operacional.
gência artificial ou não. E, depois,
Há muito o que descobrir na nova seara tecnológica. Jhonatas
se prefere o uso de linguagem
Faria, da Superlógica, sentencia: “A inteligência artificial generativa
formal ou descontraída”, relata.
é um novo passo nessa jornada. A gente não sabe direito aonde vai
“Eu quis experimentar para ficar
chegar, mas é um caminho sem volta”. Ele indica, por exemplo, que
alinhada à novidade, só que eu
o chatbot inteligente é útil na leitura de contratos, pois nem todos
tenho bastante material em arqui-
compreendem o chamado ‘juridiquês’ ou termos muito técnicos. “Outro
vo para utilizar na comunicação
dia, perguntei ao chat se havia alguma informação conflitante ou ponto
com os condôminos, então não
que precisava de maior atenção em um contrato de 20 páginas e ele
usei mais a IA. Mas para o síndi-
foi muito assertivo. É claro que você não vai confiar cegamente numa
co iniciante ou sem familiaridade
ferramenta, da mesma forma que você usa o cinto de segurança do
com a escrita de comunicados, é
carro, mas nem por isso vai dirigir de forma imprudente. A ferramenta
ótimo contar com esse recurso”,
é um apoio, no caso do contrato, para inicialmente entendê-lo melhor,
finaliza.
e depois consultar o jurídico do condomínio”.
Direcional Condomínios | Janeiro 2024
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ADMINISTRAÇÃO
MAIS RESPEITO E VALORIZAÇÃO AOS COLABORADORES Condutas de assédio e descaso não podem ter vez nos condomínios; instalações dos funcionários pedem atenção Por Luiza Oliva
Equipamentos e ferramentas de gestão estão mais modernos e podem ser atualizados em prédios antigos. Mas há um aspecto que parece ter parado no tempo: a forma como a mão de obra é tratada por administradores, síndicos e moradores. Capacitar a equipe com treinamentos constantes, fornecer uniforme, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e dispor de instalações adequadas e seguindo a legislação (caso de vestiário e refeitório) são obrigações dos síndicos, e não um agrado aos funcionários. “Não adianta apenas o síndico se capacitar, sem investir na formação da mão de obra”, aponta Maurício Jovino, consultor condominial e instrutor de cursos do Senac. Treinamentos orientam funcionários sobre atitudes inaceitáveis, especialmente em portarias, onde mais acontece assédio moral. “É uma violência psicológica. O morador ataca, menos-
foi multado e enviamos também uma carta para ele, informando que esse tipo de atitude pode causar um problema trabalhista ao condomínio”, relata. Isabelle imprime às suas gestões um grande foco na valorização dos funcionários, sejam eles próprios ou terceirizados, não fazendo distinções em práticas de reconhecimento, como oferta de cestas natalinas. O zelador Mauro dos Santos Sousa trabalha em um condomínio na Vila Nova Conceição, onde Isabelle mora e atua como síndica. Começou a trabalhar em condomínios em 1999 como segurança e depois passou a porteiro. Sempre fazendo cursos, desde 2002 é zelador. Em sua história nos condomínios, já ouviu de condômino a célebre frase “sou eu que pago seu salário”, e ainda serviu de “psicólogo” em conflitos de família. “Nós não podemos nos omitir, especialmente em brigas de casal. Mas acredito que o zelador precisa ter um perfil pacífico, buscar resolver discórdias e evitar atritos”.
COMBATENDO O AMADORISMO
Veja as dicas de Maurício Jovino sobre estruturas oferecidas aos funcionários.
preza e desqualifica o porteiro. Alguns
- Conheça as Normas Regulamentadoras nº 6 (que trata do uso de EPIs),
regulamentos internos têm previsão
nº 7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), nº 17 (que trata
de multa, mas oriento sempre que o
da ergonomia) e nº 24 (que regula as condições sanitárias e de conforto nos
funcionário faça boletim de ocorrência.
locais de trabalho).
Esse tipo de atitude deve ser barrado para que não vire rotina”. A síndica profissional Isabelle Lavin relata uma situação recente de assédio moral contra a gerente de um dos seus condomínios. O morador entrou na administração e a atacou verbalmente, na frente de toda a equipe. “Ela levou dias para se recuperar do baque. O morador
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Foto Freepik - @macrovector
QUE OS condomínios evo-
luíram muito, não restam dúvidas.
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- Muitos condomínios não dispõem de refeitório. Em alguns ainda existe a perigosa espiriteira. Micro-ondas, cafeteira, pia com água corrente, geladeira, purificador de água e mesa com cadeiras são indispensáveis. - Nos refeitórios e banheiros, ofereça sabonete líquido e toalhas de papel, nunca de tecido. - Cuide para que os exames médicos sejam feitos inclusive quando há mudança de função. Leia matéria completa em www.direcionalcondominios.com.br
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Foto Almir Almeida
SÍNDICO, CONTE SUA HISTÓRIA!
Demilson Bellezi Guilhem: da engenharia à
“A VIDA ME DEU MUITO MAIS DO QUE EU MEREÇO E ESPERAVA CONQUISTAR” Demilson Bellezi Guilhem, 65 anos, é síndico e podcaster
sindicatura
“SOU UMA PESSOA de origem simples,
meus antepassados, espanhóis pelo lado paterno e italianos
pelo materno, eram camponeses, pessoas paupérrimas que encontraram na imigração para o Brasil uma opção de trabalho nas lavouras de café. Eu nasci num lar humilde, mas de uma riqueza imensurável, pois havia amor e respeito. Éramos nômades porque o meu pai era pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia e, pela dinâmica do cargo eclesiástico, a cada dois, três anos, era transferido de cidade. Eu nasci em São Caetano do Sul, no ABC, mas após dez meses fomos morar em Presidente Prudente, depois Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo, onde passei minha adolescência, no Capão Redondo, zona sul. O meu pai era graduado em Teologia e recebia salário para dedicar-se integralmente à igreja. O salário era bem limitado, tanto que só conseguiu ter casa própria no Capão Redondo porque os imóveis custavam menos. Naquela época, ele atuava numa escola adventista do bairro, enquanto eu estudava em outra, da mesma fé, na região. Desde garoto, participei de muitas atividades religiosas, adquirindo desenvoltura para falar em público. Os meus pais queriam que seus três filhos (eu e minhas duas irmãs) fossem pessoas dignas e com uma formação. Queriam que eu estudasse Teologia, mas escolhi Engenharia Civil. Fiz faculdade na FAAP. Os meus colegas, moradores de bairros nobres, diziam: ‘Você vai para o Capão Redondo?’. E eu respondia: ‘Claro, é lá que eu moro’. Primeiro, se espantaram, depois passaram a frequentar nossa casa. Mesmo frequentando faculdade de elite, eu me sentia confortável
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SÍNDICO, CONTE SUA HISTÓRIA!
porque eu fui educado para me relacionar com pessoas, independente de
Leopoldina, e passei a trabalhar com re-
classe social. Lembro-me de ver o meu pai, um homem que veio da lavoura,
presentação de máquinas de automação
despachando tranquilamente com o prefeito em Juiz de Fora sobre algum
bancária, de uma fabricante alemã. Três
interesse da comunidade. Na própria igreja havia ricos e pobres. Entendi muito
anos depois, comecei a buscar diferentes
cedo que todos eram iguais.
perspectivas de trabalho. Eu já era síndico
Custear a faculdade é que era a parte difícil, pois as finanças eram aperta-
orgânico, mas eu não sabia que existia
das, então assim que deu, fiz estágios remunerados e dei monitoria na FAAP
síndico profissional, o que descobri lendo
em troca de um expressivo desconto. Ao me formar, em 1980, um colega do
a Direcional Condomínios.
curso me convidou para trabalhar com ele na pequena construtora da família.
Perguntei aos amigos da Eztec se
Era a Eztec, hoje uma das maiores do país. Tenho orgulho de dizer que foi minha
conheciam essa coisa de síndico profis-
primeira empregadora.
sional e disseram que sim, que havia fu-
Saí da construtora para trabalhar na expansão da igreja adventista pelo
turo, depois me indicaram para a gestão
interior paulista, construindo templos, escolas e centros filantrópicos. Fui morar
de um enorme condomínio em Osasco.
numa quitinete em Campinas e abracei a missão; não me tornei pastor, mas iria
A administradora do meu condomínio
ser útil como engenheiro. Às vezes, volto ao interior e, por alguma coincidência,
também me indicou clientes, bem como
revejo meus projetos, minha dedicação, minha entrega.
alguns vizinhos do prédio que se muda-
Depois de um tempo, fui contratado como engenheiro na Golden Cross, no
ram para novos condomínios. Assim foi
Rio de Janeiro, uma empresa de convênios médicos que teve vários escritórios,
minha transição para a sindicatura. Em
consultórios e hospitais pelo país. Desenvolvi meu trabalho técnico até o ponto
quase 11 anos já implantei condomínio
em que não me senti mais desafiado. Pedi ao RH uma oportunidade de fazer
de interesse social e condomínio com
carreira na área administrativo-financeira. A empresa aceitou, me pagou o melhor
imóveis de 8 a 10 milhões de reais. Não
MBA executivo da época, na UFRJ, cursos na FGV, e tirou de dentro de mim o
faço só implantações, mas prefiro porque
ranço de engenheiro de obra, meio truculento no trato, para ser um executivo
os desafios são maiores, você ainda des-
de verdade. Fiquei 14 anos na empresa, entrei engenheiro e saí diretor.
conhece o DNA que surgirá dali.
Aos 40 anos, durante um período na Califórnia para aprender inglês em um
Ser síndico é ter a oportunidade de
curso de ponta para estrangeiros, fui colega de turma do maior acionista da Intelbras,
aprimorar o local que as pessoas habitam
uma pessoa muito agradável de conviver. De volta ao Rio de Janeiro, onde eu havia
por meio de uma gestão proativa. No
comprado um apartamento na Gávea, assumi um cargo executivo na Intelbras, cujo
meu condomínio, por exemplo, recuperei
foco principal era telefonia, mas já mirava equipamentos de segurança.
o caixa negativado, modernizei toda a
Em 2003, por uma questão pessoal, entrei numa profunda depressão e me
área comum, instalei pet place e merca-
mudei para São Carlos, no interior paulista, onde meus pais estavam morando,
dinho, e ainda pude ficar seis anos sem
e também uma de minhas irmãs. Aluguei uma casa perto deles, que me deram
reajustar a cota.
total apoio. Foram quatro anos de tratamento severo e contínuo com psicólogo
Eu me sinto tão realizado na sindi-
e psiquiatra. Só não pensei em suicídio porque destruiria os meus pais, mas me
catura que há um ano criei um podcast
faltava motivação para sair da cama pela manhã. Hoje, se noto alguém com
para síndicos, em que trago entrevis-
depressão, procuro ajudar com base no que vivi.
tados para falar de assuntos compor-
Sempre fui cauteloso com dinheiro, meu, de empresas, dos condomínios
tamentais, técnicos e jurídicos. A vida
etc. Nunca vi sentido em ter de adquirir um carro importado e usar terno Armani
me deu muito mais do que eu mereço,
conforme galgasse posições na carreira. Um terno bem cortado já estava bom,
do que eu imaginava e me sinto na
para que ser perdulário? Quando adoeci, tive condições de bancar aluguel e
obrigação de dividir um pouco do que
tratamento. Quando melhorei, voltei ao Rio para trabalhar numa empresa de
consegui com todo mundo. Não quero
seguros, ficando por quatro anos. Nessa etapa, conheci minha futura esposa,
convencer ninguém de nada, apenas
a Ana Helena, que morava em São Paulo.
agregar conteúdo.”
Ficamos num relacionamento de ‘ponte aérea’ até que, em 2010, voltei a morar em São Paulo e nos casamos. Compramos nosso apartamento na Vila
Demilson Bellezi Guilhem, em depoimento a Isabel Ribeiro
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DICA / FITNESS
ACADEMIA INSPIRADORA
Foto Divulgação
Foto SAMPA Arquitetura + Design Ltda.
Por Isabel Ribeiro
Na foto maior, academia do Edifício Jardim San Remo; no detalhe, Sônia F. Pelizaro, síndica e moradora
PENSE NUM espaço subutilizado no condomínio, parado no
tempo e absolutamente sem graça. Assim era o antigo salão de festas do Edifício Jardim San Remo, construção quase sexagenária no Paraíso, a 600 metros do Parque Ibirapuera. O local foi ressignificado e deu lugar a uma moderna academia, com decoração conceitual, inspirada no verdejante parque vizinho. A síndica profissional Sônia Fogagnoli Pelizaro, moradora do San Remo desde 1987, e gestora há nove anos, conta que primeiro precisou cuidar de obras essenciais do edifício e acredita que os moradores foram perdendo o interesse pelo salão devido a desatualização do ambiente. “Mas pretendemos fazer um novo salão, mais espaçoso, onde era a casa do zelador”, adianta. Já a academia era algo que os condôminos queriam. “Até mesmo pessoas que vinham visitar apartamentos à venda ficavam desapontadas por não ter academia no prédio”, diz Sônia. O projeto do espaço fitness foi cortesia de Rodrigo Marchi Angulo, arquiteto e subsíndico. Sua esposa, Claudia Palacios, que é educadora física em condomínios de alto padrão, colaborou na escolha de equipamentos que são efetivamente utilizados por moradores. O conceito da academia segue a ideia de poder exercitar-se em um local tão aconchegante quanto um quintal. O destaque maior é um recorte que simula um gramado com vista para o lago do Ibirapuera em dia de céu claro. Esse efeito é obtido por um imenso painel fotográfico, piso vinílico que imita grama, e projeto de luminotécnica contratado pelo condomínio, desenvolvido pela arquiteta Silvia Carneiro. “Quisemos enfatizar uma atmosfera de bem-estar”, sintetiza Rodrigo. “Para os condomínios que preferirem não comprar equipamentos,
existe o formato de locação, onde está incluso manutenção preven-
tiva e corretiva, com isso os equipamentos ficam sempre em pleno funcionamento." (Fabiano Guzon, sócio diretor, FRS Sports)
PRÓXIMA EDIÇÃO: IMPERMEABILIZAÇÃO: MANTA, INJEÇÃO ETC. 12
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DICA / COBERTURA
CONFORTO E VERSATILIDADE Por Isabel Ribeiro Em vidro ou policarbonato, coberturas trazem mais conforto ao morador, além de possibilitarem ampliar ou criar ambientes no condomínio
Registro de obra de instalação da nova cobertura para abrigar veículos no Fantastique
GRAÇAS A um bom planejamento de finanças e da época de execução, os condôminos do edifício Fantastique, um condomínio-clube com 392 unidades, na Vila Formosa, zona leste, podem ter um verão mais sossegado em relação ao sol e chuva intensos. Isto porque a obra de instalação de nova cobertura foi concluída pouco antes do Natal. “O condomínio tem oito anos de vida, mas a cobertura antiga estava em péssimas condições, até mesmo com furos por onde penetrava água quando chovia”, comenta o síndico profi ssional Bruno Ferreira Luize, responsável pelo gerenciamento do condomínio desde novembro de 2022. O gestor acrescenta que a cobertura anterior era de policarbonato alveolar transparente, o que propiciou o acúmulo de sujeira do dia a dia nos poros do revestimento, resultando em aparência descuidada. Assim como na cobertura original, a nova versão abrange 370 m² de área coberta, o que inclui vagas de estacionamento e áreas de passagem. O material é o mesmo, policarbonato, mas o modelo é outro. A cobertura atual tem placas compactas com espessura de três milímetros, na cor "Não são apenas as soluções de cobertura em vidro que pro-
tegem da chuva intensa e granizo, mas também as de policarbo-
nato compacto dão proteção e com excelente custo-benefício". (Umberto dos Santos, diretor, Compacta Coberturas)
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Direcional Condomínios | Janeiro 2024
DICA / COBERTURA
O síndico Bruno Luize, em área de passagem do mesmo condomínio, recoberta com placas de policarbonato
branca, e com proteção UV. A benfeitoria saiu por R$ 317.000, tendo sido pago metade do valor como entrada e o restante em dez parcelas. A escolha da empresa se deu entre oito candidatas pré-avaliadas, que apresentaram propostas equalizadas, contendo placas e perfis do mesmo material, cor e espessura. Fatores como custo e prazo de garantia do material e da execução do serviço foram decisivos no processo de contratação. Iniciada em outubro último, a obra consumiu três meses de trabalho. Ao zelador e equipe coube a tarefa de coordenar a retirada de veículos do estacionamento em dias pré-determinados, e cuidar do armazenamento transitório de placas de 6 metros por 2 metros em vagas de carro pouco utilizadas. “Obra sempre altera a rotina de um condomínio, mas é por um bom motivo. Na sequência, iniciaremos a pintura de fachada, que já foi aprovada”, comenta Bruno.
NOVOS AMBIENTES A síndica profissional Adriana Lora está às voltas com a aprovação de uma reforma no condomínio Saint Tropez, na Vila Mariana, cujo estudo de projeto em 3D foi apresentado em 2019. A proposta arquitetônica inclui serviços de cobertura, sendo um deles para cobrir uma futura “Vidro é a moda em coberturas. Com um toque de elegância, ele
é perfeito para áreas movimentadas, agindo como uma proteção de ruídos”. (Dài Soàres, gerente comercial, Clariart Coberturas)
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Fotos Set arquitetura e construções
DICA / COBERTURA
Projeto de Flavio Machado para o Saint Tropez prevê a cobertura de policarbonato em churrasqueira e no anexo ao salão de festas
churrasqueira. “A maioria dos condomínios novos vem com churrasqueira, enquanto que nos prédios mais antigos, como o Saint Tropez, é preciso construir uma. As coberturas são muito importantes na criação de ambientes de integração e lazer ou ampliação de espaços”, observa a síndica, na gestão do edifício desde março de 2023. Adriana salienta que a ideia da reforma não foi esquecida pelos condôminos; até arrecadação extraordinária fizeram por um período. “Mas, às vezes, nos prédios mais antigos, com uma torre só, é preciso um prazo maior para tornar o caixa mais robusto antes de abraçar a sonhada reforma”, constata. Uma das obras necessárias, aponta a síndica, será instalar uma cobertura na entrada do edifício para que os moradores, em especial idosos, se protejam da chuva. O projeto é de autoria de Flavio Machado, arquiteto versado na arte de modernizar prédios antigos. Na área da churrasqueira, ele projetou um pergolado de madeira como base para a cobertura de policarbonato. “Mas vou propor que o pergolado seja metálico porque demanda menos manutenção e atualmente existe metal com acabamento que imita madeira muito bem”, fala o profissional. Outra concepção do projeto: criação de um anexo ao salão de festas para ampliar a área dos convidados. “Transformamos janelas do salão em porta-balcão para integrar o espaço ao jardim externo, que terá cobertura reta de policarbonato transparente”, detalha Flavio. O arquiteto esclarece que o estilo de cobertura sempre deve ‘conversar’ com o da edificação. “Não sou fã de coberturas em arco, gosto das planas. Em um prédio dos anos 1960, com elementos retos, uma característica do modernismo, uma estrutura arqueada destoa do padrão”, ensina.
"O vidro laminado une estética e funcionalidade, requer uma
estrutura robusta para garantir uma cobertura segura e duradoura." (Luís Rodrigues, gerente, Canaã Coberturas) PRÓXIMA EDIÇÃO: GERADOR 16
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DICA / BOMBAS
MANUTENÇÃO ESSENCIAL
Foto Isabel Ribeiro
Por Isabel Ribeiro
O síndico Aldo Busuletti fez da manutenção preventiva um hábito
A ESTAÇÃO qmais quente do ano pede muita água gelada, banho refrescante e piscina. Pede também ação rápida caso a chuva típica da época teime em inundar a garagem do condomínio. Se as bombas d’água falharem, muita gente vai ficar na mão e sobrará reclamação. A solução para evitar surpresas desgastantes pode estar na contratação de serviço de manutenção preventiva não só para bomba de recalque, mas de pressurização, drenagem, incêndio etc. Para o síndico profissional Aldo Busuletti, a interrupção do fornecimento de água é uma das situações mais complicadas em um condomínio, tanto que não abre mão de manutenção preventiva mensal no sistema de bombas dos edifícios que administra. “Nas inspeções técnicas, os técnicos verificam bombas e tudo o que estiver ligado ao bom funcionamento delas, como boias e quadro elétrico, por exemplo”, observa. Ele pondera que se optasse pela manutenção corretiva, certamente teria custos bem maiores quando surgissem os problemas. Entretanto, para que a parceria com a conservadora dê certo, o síndico recomenda que o condomínio escolha uma empresa idônea e com profissionais capacitados, e que as visitas sejam acompanhadas pelo zelador. Mesmo com manutenção preventiva, Aldo reconhece que imprevistos podem acontecer, por isso a empresa escolhida tem que estar preparada para dar suporte ao condomínio em qualquer dia e horário, inclusive aos domingos e feriados. Com esses cuidados, as chances de inoperância das bombas ficam bastante reduzidas. “Por conta das manutenções, dificilmente tenho de trocar alguma bomba, exceto, claro, em casos extremos ou de modernização”, comenta Aldo. De acordo com o mercado de bombas de água, os produtos são feitos para durar no mínimo 15 anos, mas uma instalação bem executada somada com manutenção preventiva prolonga a vida útil do equipamento. “Em comparação às atuais bombas de alto rendimento, os motores
antigos, com mais de dez anos, consomem de 50 a 75% de energia a
mais. Vale considerar a troca”. (Toninha Dos Santos, diretora, Mérito Comercial)
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