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A revista do transporte de passageiros

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Para o futuro, vale combinar todos os modais

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A revista do transporte de passageiros

2. Ponto inicial

É hora de fazer a nossa parte 3. Via Expressa

Transporte escolar: São Paulo amplia frota 4. especial mobilidade urbana

MAN dá a volta ao mundo para saber o que querem as cidades E o Brasil? Especialistas comentam o futuro do sistema de transporte urbano O panorama em 15 cidades do globo, incluindo São Paulo

Ponto inicial Não é de hoje que a população economicamente ativa busca nos grandes centros urbanos melhores condições de vida. Esse movimento de migração iniciado décadas atrás mais a melhora substancial da economia e do poder aquisitivo das pessoas foram o suficiente para gerar o caos da mobilidade que enfrentamos atualmente. Tudo porque a infraestrutura continua praticamente a mesma. São poucas as obras viárias que permitem fluidez ao trânsito e ainda há uma falta de foco na integração intermodal, com baixos investimentos sobre trilhos e até mesmo no transporte público rodoviário. Ao olhar para esse cenário posso dizer até que demorou muito tempo para chegarmos a esse entroncamento onde ninguém consegue se locomover. Infelizmente, o país foi moroso na tomada de decisões, e o processo para colocar a casa em ordem ainda vai demandar muito tempo e dinheiro. Enquanto não tivermos uma estrutura de transporte eficiente, o cidadão vai continuar preferindo passar três horas dentro do seu carro a enfrentar uma hora e meia de trânsito em um ônibus ou metrô lotado. Porém, não dá para ficar esperando a solução de braços cruzados, uma vez que o problema não está apenas nas mãos do governo. De nossa parte estamos desenvolvendo estudos e comparativos que possam trazer alternativas para atenuar as dificuldades de locomoção, como vocês podem ver na matéria especial desta edição de Mundo Volksbus. Também focamos na oferta de produtos cada vez mais econômicos, confortáveis e menos poluentes. E vocês, frotistas, podem fazer parte desse movimento colocando ônibus mais modernos nas ruas, oferecendo treinamento e salários compatíveis aos colaboradores e, claro, dando muitas e muitas ideias. Afinal, só vocês conhecem de verdade cada palmo desse chão.

Marco Saltini, diretor de Relações Governamentais e Institucionais da MAN Latin America

Expediente

Selo FSC

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(abril 2014) é uma publicação trimestral da MAN Latin America de circulação nacional e dirigida aos empresários e profissionais de manutenção de empresas de transporte de passageiros. Endereço: Rua Volkswagen, 291 - 8o andar - CEP 04344-990, São Paulo/SP. Conselho editorial: Marcos Brito, Maria Carolina Gonçalves, Roberto Pavan, Francisco Franciulli, Paulo Kagohara e Gustavo Serizawa Edição e projeto: Parágrafo Editora Ltda. (www.paragrafo.com.br) Editora: Raquel Alves Diretora de Redação: Rosiane Moro Arte: Daniel das Neves Capa: Paulo Fridman Impressão: AR Fernandez Fone Volkswagen CHAMEVOLKS 0800 019 3333. www.man-la.com.

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Via expressa

Já pra escola

Oferecer boas escolas para as crianças e um ambiente adequado ao aprendizado já não basta. É preciso fazer a garotada chegar até a sala de aula com conforto e segurança. Para isso, o governo do estado de São Paulo está promovendo a renovação da sua frota escolar com mais de oito anos de uso, e a MaN latin america é uma das parceiras nesse projeto com a oferta de 2.603 Volksbus, que vão transportar estudantes da rede pública estadual e municipal em todo o estado. Os veículos contam com algumas configurações sob medida, como o elevador para portadores de necessidades especiais. Os primeiros já foram entregues e vão circular no Vale do Paraíba, beneficiando mais de 1.100 alunos. a Secretaria da Educação poderá encomendar os ônibus escolares pelo prazo de até um ano a partir da assinatura da ata, ocorrida em dezembro de 2013.

Mercado caliente

a MaN latin america encerrou 2013 como líder mexicana em vendas de miniônibus (8.150 EOD) e micro-ônibus (9.150 EOD) pelo terceiro ano consecutivo, com nada menos do que 51% de participação de mercado. agora a novidade é a entrada do modelo 15.190 OD no competitivo segmento de ônibus urbano. O veículo é o novo integrante da frota da Sociedade de autotransporte de México (SaM) e para carregar essa marca precisou passar por severos testes de consumo de combustível e desempenho. “Somos uma empresa em constante atualização e atenta às novidades da indústria de transporte de passageiros. Em 2014, vamos adquirir mais 40 Volksbus para completar nossa frota”, avisa luis Silvano Víquez, presidente da SaM.

São Paulo é realmente peculiar. Ao mesmo tempo em que a cidade abre caminho para o visual moderno dos novos pontos de ônibus, vencedor do Idea/Brasil 2013, edição nacional do Internacional Design Excellence Awards dos Estados Unidos, um ponto da década de 1950 ainda está em operação em uma praça da Vila Ipojuca. Construído em concreto pela antiga Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC), o mobiliário com o teto arredondado recebeu a intervenção dos artistas de rua Átila Fragoso e Renoir Santos, que colaram mais de 900 folhas com réplicas dos afrescos de Michelangelo da Capela Sistina. Quem descobriu a relíquia foi o jornalista e pesquisador Douglas Nascimento, do site São Paulo Antiga. Para conhecer detalhes dessa história visite: www.saopauloantiga.com.br.

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Fotos: Divulgação

Viagem no tempo

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O que querem as cidades? Estudo da MAN, em conjunto com a Universidade TÊcnica de Munique, traça o perfil dos principais conglomerados urbanos do mundo do ponto de vista da mobilidade urbana e aponta caminhos para o futuro

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“Recentemente, a NTU fez um manifesto público indicando oito medidas para o Pacto de Mobilidade Urbana. Entre elas, priorização do transporte coletivo urbano; estruturação das cidades com o plano diretor e o plano de mobilidade; decisões sobre o transporte público com a participação da sociedade civil organizada; uma rede de transporte multimodal, racionalizada e integrada; desoneração tarifária; e subvenção para melhorar a qualidade dos serviços.”

“Temos de encontrar uma forma de todos terem acesso ao automóvel, sem necessidade de cada um ter um carro. O transporte coletivo precisa atender a 100% da demanda, através de um sistema de massa que comporte qualquer traçado de locomoção, sendo esses transportes seguros, confortáveis, rápidos e de preço acessível. Bicicleta é um modal viável e igualitário. Também é importante andar a pé. Por isso, calçadas, iluminação, conservação e sinalização são fundamentais.”

Marcos Bicalho dos Santos, diretor administrativo e institucional da NTU

Célia Maria Carvalho Borges Correia, voluntária no Observatório do Recife

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Ilustração: Daniel das Neves

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Foto: Daniel das Neves

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Uma das conclusões do estudo é que o ônibus, principalmente na forma dos corredores BRT, continuará como uma base importante de qualquer sistema de transporte eficaz

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capacidade de proporcionar ao cidadão o direito de ir e vir com rapidez, conforto e segurança é hoje o principal indicativo de qualidade de vida de uma cidade. Sistemas de transporte bem resolvidos evitam a formação de congestionamentos e seus efeitos mais perversos: a poluição do ar e o estresse diário de um batalhão de motoristas, passageiros e pedestres. numa cidade onde o trânsito flui e as pessoas dispõem de escolhas para chegar a seu destino, a vida não só parece mais fácil, como é também mais barata, mais saudável e muito mais humana. Ao passo que as cidades que oferecem aos seus habitantes a dura escolha entre o caos dos congestionamentos e um transporte coletivo precário têm cidadãos mais cansados e em pouco tempo terão também menos indústrias, menos escritórios, menos vida cultural e menos relevância social e econômica.

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“Investir no transporte público coletivo de qualidade significa investir em segurança, rapidez e periodicidade. Esse é o caminho a ser seguido pelos agentes públicos e não se aplica somente às cidade isoladamente: temos uma visão estratégica metropolitana. Um exemplo foi a implementação do Bilhete Único Mensal, que está em operação desde 30 de novembro e que integra os ônibus municipais, o metrô e os trens estaduais.” Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes de São Paulo

Como parte interessada na questão, a MAn resolveu olhar a problemática da mobilidade urbana de lupa e, com o apoio da Universidade técnica de Munique, elaborou uma detalhada radiografia da situação do transporte em 15 cidades no mundo, São paulo entre elas, para saber afinal “O que querem as cidades?”. O documento investiga como os conglomerados estão se planejando para o futuro e quais desafios vão encontrar. da indiana Ahmedabad à cosmopolita Londres, da gigante istambul à organizada Munique, um mosaico de diferentes condições de desenvolvimento, investimentos, densidades, perfis sociais e contextos de políticas públicas revela como esses lugares pretendem garantir a mobilidade dos seus cidadãos. discutir a questão é urgente se considerarmos que até 2050 a população das cidades aumentará em 85%. isso significa dois terços da população mundial vivendo nas grandes metrópoles.

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brasil acelera Faltou planejamento, faltou recurso e em alguns casos faltou também vontade política para promover as mudanças na estrutura das cidades brasileiras ao longo de décadas. A situação em algumas capitais brasileiras ficou tão crítica que resvalou para a saturação. É o que explica a série de manifestações registradas em junho de 2013 e que tiveram eco em vários setores da sociedade. A má notícia é que o que já era ruim ainda pode piorar. Segundo pesquisa do Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaeco), em 2040 a frota de veículos em São Paulo será o dobro da de hoje, alcançando a marca de 17,5 milhões de carros, quase um para cada habitante. Mas nem tudo é caos no horizonte das metrópoles brasileiras. Nunca se anunciou tanto investimento e políticas públicas em benefício do transporte público. São Paulo já criou em poucos meses mais de 300 faixas exclusivas de ônibus. O sistema Bus Rapid Transit (BRT) avança no Rio de Janeiro, no Recife e até nas cidades médias pela combinação de duas características importantes: custo de implantação e menor impacto na vida da cidade. Numa velocidade menor também concorrem as linhas de Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e metrô. Ciclovias ganham mais espaço e a sociedade já se organiza para aperfeiçoar o uso compartilhado do automóvel e até mostra disposição para discutir a implantação de pedágio para o miolo das cidades. A tecnologia se apressa para andar no mesmo compasso. Sistemas de gestão informatizados, bilhetes mais amplos e inteligentes, interligação racional dos modais e até aplicativos para os usuários não param de evoluir. E assim as cidades vão repensando até seu formato. Questionam as fronteiras e a funcionalidade de sua geografia e o estilo de vida de sua gente. Usar menos o carro, caminhar mais, morar mais perto do trabalho são algumas mudanças de comportamento importantes de um novo jeito de morar, trabalhar e viver.

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“Nossas cidades devem ser mais compactas, apresentando uso diversificado e altas densidades ao longo dos corredores de transporte de massa. O coletivo deve ser priorizado, com a implantação de sistemas de transporte de massa tipo BRT com ônibus elétricos ou com ônibus elétricos/híbridos, ou que utilizem combustíveis renováveis, ou ainda que utilizem diesel de baixíssimo impacto ambiental. Sistemas sobre trilhos poderão ser considerados somente depois de ter toda a cidade atendida com sistemas BRT ou BRS. Veículos particulares deverão pagar taxas para circular em áreas congestionadas.” Wagner Colombini, consultor da Logit Engenharia

“Até maio de 2015 as cidades brasileiras com mais de 20 mil habitantes precisam desenvolver seus planos diretores de mobilidade, que devem estar em sintonia com o plano de desenvolvimento urbano e contar com uma efetiva participação popular. Ao mesmo tempo, mais de 80 cidades brasileiras estarão investindo recursos do PAC da Mobilidade em corredores estruturantes. Idealmente nesses corredores a prioridade de circulação será conferida primeiro aos pedestres e ciclistas, depois ao transporte coletivo e só então aos veículos motorizados privados, que formarão o embrião de um sistema único integrado e multimodal de transportes.” Antonio Lindau, presidente da Embarq Brasil

“O Brasil precisa rever sua política em relação à mobilidade urbana, reduzindo a carga tributária envolvida no transporte de massa com políticas efetivas para corredores de transporte, trazendo de volta a prioridade ao ônibus e demais modais para que a população volte a se locomover com rapidez e segurança.” Fábio Schwambach, Grupo Borborema, Recife

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Controlar os efeitos do desenvolvimento industrial, manter o estresse ambiental em um nível baixo e, ao mesmo tempo, atingir as metas climáticas nacionais e internacionais vai ajudar a definir a atratividade das cidades para o futuro. Uma das conclusões do estudo é que o ônibus continua sendo a base de qualquer sistema de transporte urbano eficaz e o uso da bicicleta é o sonho de consumo da maioria das cidades. Mudanças Climáticas Segundo o estudo, cidades em fase de desenvolvimento industrial têm proporcionalmente mais veículos nas ruas. É cada vez mais clara a relação entre o crescimento do PIB e o da frota de automóveis, observada em cidades emergentes como Beirute, Bogotá, Istambul, Johanesburgo, São Paulo, Xangai e São Petersburgo. A consequência é mais trânsito e maior tendência à suburbanização, o que faz com que o tráfego de veículos aumente ainda mais, a ponto de fazer a infraestrutura rodoviária chegar ao limite de sua capacidade. O principal desafio das cidades, de acordo com o dossiê, é em relação ao impacto ambiental e às mudanças climáticas, já que um terço das emissões de CO2 vêm do setor de transportes. A maioria das cidades ainda não percebeu que as consequências da mudança do clima para a qualidade de vida local são graves, apesar do fato de que Cingapura, em breve, preci-

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Foto: Daniel das Neves

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sará encontrar um jeito de lidar com o aumento previsto do nível do mar e Melbourne já calcula a crescente probabilidade de incêndios florestais. As estratégias para o planejamento de uma mobilidade mais sustentável são muitas e variadas. A mais importante é a integração entre o plano de desenvolvimento urbano e o planejamento do sistema de transportes. O estudo considera que a implementação bem-sucedida de estratégias de transporte depende de uma administração eficaz. É o que faz uma cidade como Ahmedabad, por exemplo, ser tão diferente do resto da Índia. Ali há de fato uma autoridade de planejamento bem posicionada e um projeto de longo prazo. Outra conclusão é que a administração de uma cidade deve ter acesso a recursos financeiros de longo prazo para implementar seu sistema de transportes. E deve agir sempre em consenso com a indústria da região. O envolvimento dos cidadãos também é fundamental para compor uma estratégia de sucesso. Quando essas engrenagens estão bem articuladas é possível praticar uma mobilidade sustentável que aumente a atratividade e o apelo das cidades e garanta a capacidade de esse conglomerado se manter como sistema. Muito além de obras caras e demoradas, o poder de uma cidade de se auto-organizar e até se reinventar começa a ser possível quando os cidadãos não estão preocupados apenas com o bem-estar individual, mas estão dispostos a contribuir para o bem comum.

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O envolvimento dos cidadãos é fundamental para compor uma estratégia de sucesso para uma mobilidade urbana sustentável

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1. Copenhague As ciclovias têm 350 quilômetros e as viagens de bicicletas correspondem a 30% dos deslocamentos. A meta é criar super-rodovias para bicicletas e rotas verdes para os viajantes de outras cidades. Com isso espera atingir o objetivo de ser uma cidade neutra em CO2 até 2025.

Cidades dos sonhos Conheça as linhas gerais do projeto urbano e as perspectivas para o futuro das 15 cidades que serviram como objeto do estudo da MAN

3. Los Angeles Cerca de 70% dos viajantes dirigem automóveis próprios. Apenas 8% usam os programas de compartilhamento e 11% o transporte público. A cidade já tem um plano diretor para mais de mil quilômetros de ciclovia e um sistema de ônibus híbridos (gás e eletricidade).

5. São Petersburgo O bonde é o transporte dominante nesta cidade russa. O metrô chegou nos anos 1950, junto com os ônibus, e hoje conta com a ajuda de uma frota de micro-ônibus com várias possibilidades de conexão. A cidade quer investir nos táxis aquáticos.

4. Munique A combinação do metrô como eixo principal alimentado por linhas de bonde e ônibus faz de Munique uma cidade com trânsito moderado. O uso do automóvel é baixo, mesmo assim ainda há projetos para incentivar as bicicletas, melhorar a abrangência do transporte público e restringir o espaço dos automóveis.

6. Johanesburgo As empresas de micro-ônibus não contam com recursos oficias e vivem em conflito (muitas vezes violentos) com o poder público. A cidade que aproveitou o Mundial de Futebol de 2010 para inaugurar seu BRT quer ampliar o sistema e introduzir a automação dos bilhetes.

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7. São Paulo A metrópole quer controlar o uso de seus mais de 7 milhões de automóveis, oferecendo opções no sistema público. Estão no plano ampliar a rede de metrô, substituir os ônibus a diesel por movidos a energia renovável e construir 300 quilômetros de pista para ônibus.

Foto: Daniel das Neves

2. Bogotá O BRT, que tirou a capital colombina do colapso, dá sinais claros de insuficiência. O Transmilênio transporta 43 mil passageiros por hora e para o futuro Bogotá investe em sistemas inteligentes de transporte (ITS), incluindo modernização na sinalização e informações contínuas para usuários e autoridades.

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8. Londres O metrô, com seus 420 quilômetros, deverá continuar como o pilar do transporte no futuro. A cidade, preocupada com as emissões, quer colocar 250 mil veículos elétricos nas ruas até 2015, com uma rede de estações públicas de recarga. E tem um projeto para fazer o que chama de “revolução das bicicletas”.

9. Beirute Com uma área de apenas 21,4 quilômetros quadrados, a capital do Líbano tem uma densidade populacional extremamente alta. O uso do automóvel chega a 73% e a cidade trabalha com metas para controlar e restringir o uso do transporte individual. 10. Lion A malha de transporte público conjuga metrô, bonde e trem, além dos ônibus. O objetivo agora é investir em sistemas inteligentes de transporte (ITS) para facilitar a vida dos usuários por meio de smartphones e outros equipamentos digitais.

Foto: Daniel das Neves

Fotos: Shuttherstock

11. Istambul Investindo na ampliação de seu sistema de transporte, a cidade conseguiu em dez anos dobrar o número de usuários e espera dobrar de novo até 2023. Prevê agora construir um túnel ferroviário sob o estreito de Bósforo.

12. Xangai A cidade levou pouco mais de dez anos para entregar 420 quilômetros de linhas subterrâneas e 273 estações para 6 milhões de passageiros por dia. Já existem planos para ampliar o metrô e os sistemas de ônibus e também regular o uso do automóvel.

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13. Ahmedabad A quinta maior metrópole da Índia transporta 5,6 milhões de pessoas por dia. O sistema BRT provou sua funcionalidade e deve ganhar mais 85 quilômetros, em médio prazo. A cidade que constrói sua primeira rede de metrô conta com 60 mil riquixás motorizados cruzando suas ruas e avenidas.

14. Cingapura Nesta cidade-estado, 44% dos deslocamentos são feitos em transporte público. Já há verba reservada para dobrar o metrô na próxima década e adquirir ônibus novos.

15. Melbourne Dona da maior rede de bondes do mundo e com sérios problemas de congestionamento, a cidade se arma para transferir seus cidadãos para o transporte coletivo. Promete ampliar de 135 trens por dia para 256 até 2030.

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