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A revista do transporte de passageiros

LINHA VOLKSBUS

MUITO BEM RODADOS Mobilidade

Como o Rio de Janeiro se prepara para o desafio da Copa e da Olimpíada

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Parceiro

Caio: a carroceria certa para todo tipo de operação

Cliente

Viação Fortaleza faz a diferença nas ruas de Niterói

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A revista do transporte de passageiros

Ponto inicial

3. VIA EXPRESSA

Lusa entra para a Seleção Volksbus e carro-forte na África 4. CAPA

Ônibus Volkswagen completa 20 anos na paisagem brasileira 6. MOBILIDADE

Rio de Janeiro aposta nos BRTs para encurtar distâncias 8. PARCEIRO

Caio Induscar: tradição e qualidade marcam a história de sucesso da empresa 9. CLIENTE

Viação Fortaleza conta por que em Niterói só dá Volksbus 10. SERVIÇO

Plano de manutenção prolonga a vida do motor Euro V 11. PONTO DE VISTA

Marcos Bicalho fala sobre o desafio da mobilidade urbana

A estrutura dedicada de Engenharia de Ônibus, criada no início de 2010, ganhou duas novas áreas no fim do ano passado, com o objetivo de ajustar ainda mais o foco no negócio ônibus e dar suporte ao objetivo de crescimento da participação de mercado.

As novas áreas são Veículos Especiais Ônibus e Suporte ao Encarroçamento. A primeira atua no desenvolvimento de produtos especiais para atender nichos de mercado. Trata-se de uma área estratégica para o negócio, uma vez que boa parte do portfólio é ofertada nessa modalidade, que tem como caso de sucesso os veículos oferecidos para o programa Caminho da Escola.

Já a área de Suporte ao Encarroçamento cuida para que 100% dos chassis tenham a etapa de encarroçamento acompanhada por técnicos e engenheiros de Resende. É uma forma de garantir que os nossos requisitos técnicos sejam protegidos no desenvolvimento da carroceria e não gerem problemas para o cliente final. A área ainda desenvolve o manual de instruções de encarroçamento, acompanha novos projetos de carrocerias, faz a interface com as encarroçadoras e atua nas áreas internas para o suporte ao nosso produto no campo.

Acredito que com a nova organização de ônibus, mais o trabalho em equipe com as demais áreas da empresa e a excelente qualidade dos produtos Euro 5, certamente vamos pavimentar a nossa estrada para buscar a liderança do mercado brasileiro de ônibus.

Luciano Cafure, Gerente Executivo Bus Engineering, Portfolio and Product Strategy

EXPEDIENTE

(MAIO 2013) é uma publicação trimestral da MAN Latin America de circulação nacional e dirigida a empresários e profissionais de manutenção de empresas de transporte de passageiros.

Endereço: Rua Volkswagen, 291, 8o andar, CEP 04344-990, São Paulo/SP. Conselho editorial: Marcos Brito, Maria Carolina Gonçalves, Roberto Pavan, Francisco Franciulli, Paulo Kagohara e Gustavo Serizawa Edição e projeto: Parágrafo Editora Ltda. (www.paragrafo.com.br) Editora: Raquel Alves Diretora de Redação: Rosiane Moro Textos: Tatiana de Almeida Prado Arte: Daniel das Neves Impressão: Leograf Fone Volkswagen CHAMEVOLKS 0800 019 3333. www.man-la.com.

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Via expressa

Lusa também é Seleção Volksbus

Fotos: Divulgação

O time da Seleção Volksbus acaba de ganhar reforço com a chegada da Associação Portuguesa de Desportos. O ônibus que vai transportar a equipe da Lusa nos próximos dois anos é o VW 18.330 OT, pintado nas cores do clube e com o distintivo e o slogan “Orgulho de ser Lusa”. O interior garante o conforto dos atletas com poltronas reclináveis, refrigeradores e toalete. A Portuguesa é o segundo clube da Seleção Volksbus a receber um ônibus Euro V, que atende às normas de emissões do Proconve P7.

MAN Latin America em Angola

A Asperbras, importadora da MAN Latin America em Angola, recebeu no fim de março o primeiro carro-forte da marca Volkswagen para apresentação a clientes no país. O modelo 8.150 CE, já consagrado no Brasil, é mais uma aposta para expansão de mercado e consolidação de novos clientes no país africano, onde a marca detém a liderança de mercado com 60% de participação. O veículo será exposto na 30ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda), em julho de 2013, que espera receber mais de 50 mil visitantes de 35 países. O importador também prevê ações de relacionamento e test drive para clientes potenciais.

Nanotecnologia agora no coxim do seu motor

A experiência de estar a bordo de um Volksbus fica mais confortável a cada dia. A sensação de bem-estar esconde uma tecnologia de ponta que deixa o rodar muito mais macio e ainda aumenta a durabilidade dos componentes. É que a montadora é a primeira do mercado brasileiro no segmento de veículos comerciais a adotar a nanotecnologia nos coxins de motor, gerando ganho de até 50% na vida útil do componente.

A inovação integra a nova linha Volksbus, lançada em 2012 para atender às exigências do Proconve P7. “Oferecemos um componente com relação otimizada entre conforto e durabilidade, gerando mais benefícios a nossos clientes”, destaca Gastão Rachou, vice-presidente de Engenharia, Estratégia do Produto e Gerenciamento de Portfólio da MAN Latin America.

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Capa

20 anos de sucesso

Longa viagem do Volksbus prova que a evolução é sempre o melhor caminho

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no 1993. Clube Monte Líbano, São Paulo.

Concessionários, clientes, fornecedores e imprensa aguardam o lançamento do primeiro ônibus com o DNA Volkswagen.

O burburinho em torno do modelo era grande, afinal nascia ali o primeiro veículo feito de acordo com as solicitações dos clientes a chegar ao mercado. E o Volksbus não decepcionou. Desempenho, conforto, durabilidade, baixo custo de manutenção, preço competitivo, política de atendimento diferenciada. Era tudo o que os clientes esperavam e um pouco mais.

Linha do Tempo

Lançamento Volksbus 16.180 CO, produzido no complexo industrial do Ipiranga, em São Paulo

1993

1995

A marca ingressa no mercado de micro-ônibus com o VW 8.140 CO, lança o modelo VW 16.210 OD e inaugura a nova fábrica em Resende, Rio de Janeiro

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Os primeiros sinais de sucesso não demoraram a aparecer. Em apenas dois meses, 550 unidades foram vendidas, superando todas as expectativas para o primeiro ano de vida do modelo. O empresário Odilon Santos, proprietário de dez empresas de transporte com atuação em vários estados brasileiros, entre elas a Transbrasiliana e a Rápido Araguaia, foi o primeiro comprador do Volksbus. “Na época não tínhamos nem testado o produto, mas depois de uma rápida avaliação concluímos que valeria a pena apostar. E deu certo.

Hoje tenho mais de mil unidades na minha frota.

Lançamento dos VW 17.210 OD e VW 17.240 OT, o primeiro Volksbus com motor traseiro

1999

2001

Lançamentos do VW 17.260 OT, com motor traseiro, e do rodoviário VW 18.310 OT

2003

Volksbus conquista a vice-liderança do mercado

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Fotos: Divulgação

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Comprei o veículo número 1 e depois o número 100 mil”, conta Santos, orgulhoso. Entre os principais atributos do Volksbus, o empresário destaca a robustez, o baixo custo operacional, o suporte das concessionárias e a facilidade de atendimento.

Outra empresa com parceria de longa data com a marca é a Rubanil, do Rio de Janeiro. Dos 820 veículos da frota, 643 são Volksbus. “Os Volkswagen vêm acompanhando as mudanças do mercado automobilístico com muita competitividade”, diz João Pereira, proprietário da empresa.

O contato próximo com o cliente sempre foi um dos diferenciais do chassi. “O Volksbus nasceu nas garagens das empresas de ônibus depois de muita pesquisa e testes e é assim até hoje. Qualquer mudança sempre passa pelo aval deles”, explica Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America.

A rede de concessionárias também adotou a mesma estratégia, oferecendo excelente atendi-

mento desde a compra até o pós-venda. A Belcar, de Goiânia, por exemplo, foi a primeira empresa a realizar uma grande venda do Volksbus – 250 unidades. “E de lá pra cá a confiança dos clientes só aumentou”, comemora Franco Geda, um dos diretores da concessionária, presente ao evento de lançamento do Volksbus, em 1993. “O Volksbus é flexível, foi desenvolvido para atender a cada necessidade específica dos clientes. Não tem quem não goste”, continua.

Desde a primeira venda, a Belcar criou um vínculo forte com seus clientes. “Tenho muito orgulho em dizer que 100% da frota de ônibus de transporte coletivo de Goiânia é Volksbus e as mesmas empresas responsáveis por nossa primeira grande venda, a Rápido Araguaia, a HP Transportes Coletivos e a Viação Reunidas, realizaram a maior compra de ônibus já feita no Brasil, em 2008, adquirindo de uma só vez 1.060 unidades”, comemora Geda.

Lançamento da linha V-Tronic As linhas de mini e micro-ônibus ganham o reforço do modelo VW 5.140 OD

2004

Grupo MAN Latin America compra a Volkswagen Caminhões e Ônibus

2005

O modelo VW 15.180 OD marca a entrada no segmento de veículos urbanos de médio porte

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2007

Comemoração de 100 mil unidades produzidas

2008

Lançamento dos modelos VW 17.230 OD e VW 15.190 OD

Três momentos do Volksbus: versão urbana V-Tronic (2013); encarroçado para fretamento (1998); e na compacta versão micro VW 9.160

Ônibus Volkswagen recebem a motorização MAN para atender às normas brasileiras Proconve P7

2012

2013 20 anos de Volksbus

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Mobilidade

Uma cidade mais bonita e fácil para trafegar Os BRTs estão chegando ao Rio de Janeiro e prometem atender toda a população com um transporte eficiente e de qualidade

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eceber a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 pode ser extremamente positivo para a cidade do Rio de Janeiro. Barcelona, na Espanha, por exemplo, se reinventou graças ao projeto olímpico e virou exemplo de mobilidade. Muito foi investido em instalações esportivas, mas grande parte dos recursos aportados na capital da Catalunha foi destinada para obras de habitação e transporte público. E é aí que a sigla BRT entra na história.

O Bus Rapid Transit tem se tornado a escolha ideal para melhorar a mobilidade urbana. Nada mais é do que um corredor exclusivo para ônibus sem paradas no semáforo, com sistema preferencial de passagem, e, assim como o metrô, o bilhete deve ser comprado com antecedência. É econômico, moderno e menos poluente, já que o fluxo mais livre evita o excessivo anda/para. Só para se ter uma ideia, um ônibus substitui cerca de 40 carros, podendo reduzir a emissão de poluentes em até 18 vezes.

Um dos melhores corredores de ônibus do mundo está a pouco mais de 800 quilômetros do Rio de Janeiro, em Curitiba – o primeiro inaugurado em 1974. Em artigo publicado na

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revista Mundo Volksbus, Jaime Lerner, arquiteto, urbanista e grande entusiasta do Bus Rapid Transit, escreveu que o futuro do sistema de transporte para o Brasil “está na superfície”.

Ele, que já foi governador do Paraná, prefeito de Curitiba e um dos mentores do projeto carioca, acredita que o sistema “alcança desempenho similar ou maior que o do metrô subterrâneo por um custo acessível a todas as cidades e com uma implantação muito mais rápida”.

O Rio de Janeiro começa a colocar em prova as vantagens do sistema: “A implantação dos corredores expressos significa um grande avanço em termos de mobilidade urbana. Com os quatro BRTs – Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil – em funcionamento, teremos fechado um anel viário na cidade, atendendo os moradores de ponta a ponta e integrando os aeroportos. Os projetos preparam o Rio para os eventos esportivos, mas, sobretudo, deixam um grande legado para os cariocas”, acredita o secretário de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto. Com essa infraestrutura viária, o índice de cobertura de transporte de alta capacidade passará dos atuais 18% para 63% até 2016.

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Foto: Divulgação

Ilustração: Weberson Santiago e Wander Antunes

Corredor BRT em construção no Rio de Janeiro

Vou de ônibus

Sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 fez o governo finalmente abrir os olhos – e o bolso – para uma dura realidade: o Brasil está parando. E não é da economia que estamos falando. O trânsito está mais cruel a cada dia, e a solução para esse problema está no transporte público de qualidade. Com as competições batendo a nossa porta, a solução foi investir a verba dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cidades e Mobilidade Médias Cidades na construção de corredores exclusivos de ônibus – muito mais rápido e barato que a implantação do metrô, por exemplo.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) a previsão é inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT em cidades que vão sediar a Copa de 2014: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 municípios brasileiros estarão com o foco na implantação do sistema, que vai beneficiar mais de 57 milhões de brasileiros.

A NTU criou até um site para monitorar as obras de BRT país afora. Para acompanhar os trabalhos, acesse: www.brtbrasil.org.br.

BEM LIGEIRO Inaugurada em junho de 2012 e com investimento de R$ 900 milhões, a Transoeste liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz.

Ainda neste semestre ganhará mais uma ampliação: o trecho Campo Grande, aumentando a capacidade de atendimento dos ligeirões – como são chamados os ônibus que circulam pelos corredores expressos – para 220 mil pessoas por dia.

De acordo com a Secretaria de Obras, os ônibus articulados – com ar-condicionado e capacidade para 140 passageiros – reduzem pela metade o tempo de viagem. Além disso, o tempo de espera nas estações é de um minuto a um minuto e meio.

Já em obras, a Transcarioca ligará a Barra da Tijuca ao aeroporto internacional, na Ilha do Governador, numa faixa segregada de 39 quilômetros de extensão. O sistema de BRT, que vai atender ainda os bairros de Curicica, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Penha, Olaria e Ramos, pretende reduzir em mais de 60% o tempo gasto no trajeto entre os bairros, permitindo também a integração com trem, metrô e ciclovias ao longo da via expressa.

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Também em andamento, a Transolímpica ligará a Vila dos Atletas e o Parque Olímpico, no Riocentro, ao Parque Radical do Rio, em Marechal Deodoro, que vai sediar as provas de pentatlo moderno, esgrima, tiro e mountain bike. Serão construídas duas pistas com três faixas para veículos e faixas exclusivas para BRT, permitindo conexão com as vias da Transcarioca e da Transoeste.

Por fim, a Transbrasil pretende atender 900 mil passageiros/dia, a maior demanda entre todos os projetos de BRT já implantados no mundo. O trajeto de 32 quilômetros com quatro terminais, 28 estações e 15 passarelas vai conectar as zonas oeste e norte e o centro da cidade. No trecho de maior demanda, entre Terminal Margaridas e Candelária, o corredor será operado por uma frota de 881 veículos em duas faixas por sentido. Em seu traçado estão previstas ainda melhorias na pavimentação e na urbanização das vias, alargamento de um trecho da avenida Brasil e ordenamento viário no entorno.

Está ainda nos planos a reestruturação da rede de drenagem ao longo do corredor, com a implantação de nove projetos para correção de pontos de alagamento.

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Parceiro

A todo vapor

A Caio Induscar aposta em novas ofertas de produtos para suprir as demandas das cidades-sede do Mundial de 2014

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Fotos: Divulgação

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de Botucatu, no interior paulista, que saem anualmente milhares de carrocerias de ônibus com destino às principais cidades do Brasil e de outros países como África do Sul, Angola, Chile e Peru. Para dar conta de uma demanda em crescimento e manter a marca no topo da lembrança do cliente, cerca de 4 mil funcionários trabalham duro na fábrica da Caio Induscar, instalada em um terreno de 400 mil metros quadrados. Os números grandiosos fazem parte da rotina da empresa, que produz 40 carrocerias diariamente e espera aumentar a produção em 5% ainda em 2013. As aplicações são muitas. Articulado? Sim. Micros? Também.

Rodoviários e urbanos? Mais uma resposta positiva. Aliás, a clássica Apache Vip é a carroceria urbana mais vendida do país.

A empresa aposta em um portfólio em sintonia com as necessidades do mercado para garantir lugar de destaque nas frotas que começam a se estruturar com o estímulo do PAC II. O objetivo é acelerar forte nos corredores dos BRTs (Bus Rapid Transit). É assim que a Caio Induscar espera deixar sua marca no segmento que será a sensação da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. “Já desenvolvemos o Millennium BRT para várias aplicações – alimentador, articulado e biarticulado. Essas carrocerias têm o visual inspirado nos modernos sistemas de transporte mundial, com toda a sua imponência, originalidade e rapidez operacional”, conta Simonetta da Cunha, diretora de Marketing.

A preocupação com o meio ambiente também está na pauta da empresa.

“Estamos modificando nossos produtos para acomodar os novos chassis adaptados às normas Euro 5”, esclarece a diretora, lembrando que a Caio também produz carrocerias para veículos movidos a energias alternativas, como os trólebus e os híbridos.

Para a Caio Induscar, fundamental é produzir carrocerias que aliem beleza, conforto, segurança, robustez e modernidade. E a empresa prioriza a qualidade inclusive na hora de escolher seus parceiros. “Queremos um produto final de excelência no mercado, por isso trabalhamos com a MAN.

Apostando na combinação rapidez, originalidade e inovação, Simonetta da Cunha quer manter a marcha de crescimento

Nossos departamentos de Engenharia desenvolvem modelos em conjunto com a montadora e desde 2008 somos parceiros no programa Caminho da Escola com o modelo Escolar Rural do tipo 3”, lembra a diretora.

A empresa também trata com muito cuidado seus funcionários, principais responsáveis pela qualidade dos produtos da marca. “Oferecemos vários cursos motivacionais e técnicos. Atualmente estamos com um programa de desenvolvimento de lideranças e outro de desenvolvimento individual com foco em temas comportamentais e soluções processuais”, explica Simonetta.

O município de Botucatu também é beneficiado com ações de patrocínio da Caio, que incluem cursos profissionalizantes para a comunidade, o time de futebol feminino da cidade, entre outros projetos.

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Cliente

100% Volksbus

Os 600 mil passageiros da Viação Fortaleza só circulam por Niterói a bordo de um Volkswagen

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Foto: Eduardo Monteiro

Fotos: Divulgação

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ode ir lá e conferir. Todos os 52 ônibus da frota da Viação Fortaleza de Niterói são Volksbus. O primeiro é difícil esquecer – o robusto VW 16.180, adquirido em 1998 e com uma ficha de longos 600 mil quilômetros de bons serviços prestados, ainda circula em alguma cidade da região central do país. As últimas compras também são motivo de orgulho: um VW 15.190 OD com motor MAN D08, já em conformidade com a regulamentação do Proconve P7, e um VW 17.280 OT Low Entry. E a relação com a marca começou quase ao acaso: “Meu pai comprou dois caminhões Volkswagen para usar no transporte de animais e serviços internos no nosso sítio e eram ótimos veículos. Então, resolvemos apostar nos ônibus também”, conta Lucinauro Martins Antunes, diretor da Viação Fortaleza.

A Fortaleza nasceu em 1958, mas foi comprada pela família Antunes em 1977, que manteve o nome de origem. Na época, 19 veículos saíam todos os dias da garagem para ajudar no transporte entre os bairros de Niterói. “Se juntássemos todos não dava nem quatro”, brinca o empresário.

Uma parceria de sucesso nasceu após a compra do primeiro Volksbus. Aos poucos os ônibus antigos foram sendo substituídos pelos Volkswagen e o aumento da satisfação de motoristas e passageiros era proporcional ao investimento. “Fomos os primeiros a colocar um Volksbus nas ruas de Niterói.

Depois disso, várias empresas daqui optaram pelo modelo também”, revela Antunes. E qual o motivo de tanta confiança? “Eles não dão trabalho. Quer coisa melhor? Dificilmente param para manutenção e são bem confortáveis. Além disso, tenho um ótimo relacionamento com o pessoal da Transrio, concessionária no Rio de Janeiro, e consigo excelentes condições de prazo e pagamentos. Confio neles de olhos fechados”, entrega o diretor.

Antunes também mede a excelência dos Volksbus em campo pelos comentários dos passageiros – cerca de 600 mil por mês nas duas linhas em circulação no município fluminense. “Tenho um

Lucinauro Antunes: “Fomos a primeira empresa de Niterói a comprar o Volksbus. E a decisão foi acertada, os ônibus não param para manutenção”

setor de qualidade e sempre recebo cartas e telefonemas elogiando os serviços da viação”, diz. Câmeras instaladas nos ônibus garantem não apenas a segurança da população, mas também viagens sem percalços e dificuldades.

Motoristas e cobradores bem treinados são outro diferencial da companhia.

Aliás, a palavra treinamento vale muito dentro da Fortaleza. Antunes faz questão que seus funcionários participem dos cursos técnicos oferecidos pela MAN. “É muito importante para otimizar o uso dos veículos”, avalia.

Dentro da empresa existe ainda uma escola voltada para a formação de novos motoristas. “Acredito que a constante busca por conhecimento, informação e aperfeiçoamento é fator primordial para o nosso sucesso.”

Sucesso que o diretor credita à qualidade dos serviços prestados pelos 320 funcionários da Viação Fortaleza. “Sem eles não seríamos nada nem tão pouco conseguiríamos os resultados conquistados até hoje”, finaliza.

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Serviço

Dá um tempo

Tem horas que até o robusto Volksbus 17.230 OD precisa de uma pausa. O plano de manutenção preventiva Euro 5 foi criado para garantir máxima vida útil

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uem avisa amigo é. Por isso, os veículos Volksbus saem de fábrica com um manual de serviços de manutenção preventiva que devem ser realizados para manter as características originais, o bom desempenho e o bom humor de clientes e passageiros, é claro.

“A manutenção periódica evita paradas não programadas e gastos extras com manutenção corretiva”, explica Eduardo Cardoso, engenheiro de Pós-venda da MAN. A maioria dos clientes faz a lição de casa direitinho, isto é, segue à risca o plano de revisões recomendado pela MAN, até porque ninguém quer perder a garantia de fábrica. “Algumas concessionárias avisam com antecedência que a hora da revisão está chegando, mas o painel do veículo também acusa a necessidade da nova manutenção”, alerta Cardoso.

AUTORIZADA SEMPRE Bater na mesma tecla às vezes é importante. Revisão tem de ser feita na rede autorizada MAN. “Oficinas não autorizadas não têm acesso ao plano de manutenção MAN, ao manual de serviços e às informações avançadas que somente a fábrica disponibiliza. Além disso, não possuem o ferramental correto para a manutenção corretiva e preventiva”, lembra o engenheiro.

Na revisão de veículos Euro 5, como o Volksbus 17.230 OD, por exemplo, é imprescindível checar o nível de emissão de gases. “Com a chegada do Proconve P7 e da instrução normativa OBD (On-Board Diagnosis), a manutenção do produto

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Euro 5 em cinco passos 1. Revisão de entrega: feita na concessionária, envolve inspeção de vários itens antes mesmo do ônibus chegar à garagem do cliente.

2. Operações diárias: checar diariamente filtro de combustível, motor, reservatório de ar dos freios, sistema de arrefecimento, possíveis vazamentos, pressão dos pneus e estado da correia do alternador.

3. Revisão de assentamento: realizada entre mil e 5 mil quilômetros na concessionária MAN. 4. Revisão do cliente: entre 5 mil e 10 mil quilômetros. Pode ser feita pelo próprio cliente, desde que possua conhecimento para executá-la.

5. Revisões periódicas (L, MP1 e MP2): recomenda-se fazer na concessionária a cada 25 mil ou 30 mil quilômetros, dependendo da aplicação do veículo. Para operações em que o controle da manutenção por horas de trabalho do motor é mais importante do que por quilometragem, a MAN desenvolveu um plano controlado através do horímetro do veículo.

exige maior atenção”, adianta Cardoso, lembrando que em qualquer veículo Euro 5 é obrigatória a utilização de óleo diesel com nível de enxofre limitado (S50 no máximo).

O tempo para a realização da manutenção preventiva varia de acordo com a quilometragem do veículo. “Criamos um check-list inteligente e reduzimos o tempo da revisão em 30%. Também fizemos o máximo para estender o período entre as revisões, logo, o Volksbus demora mais tempo para parar”, esclarece o engenheiro, que garante: “O tempo gasto com a manutenção do Volksbus é o menor do mercado”.

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Ponto de vista

O caminho da mobilidade urbana

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para a sustentabilidade. Sem dúvida, a política nacional para o setor, aliada aos investimentos já programados, que, acreditamos, serão continuados, vão provocar um verdadeiro salto de qualidade nos serviços de transporte público coletivo nas nossas cidades.

A melhoria será uma realidade principalmente nos serviços de ônibus, que foram os mais prejudicados com a falta de uma política nacional de mobilidade urbana. Assistimos nas últimas décadas a uma degradação contínua desses serviços pela falta de prioridade no sistema viário, agravado pelo crescimento vertiginoso da frota de automóveis.

Está cada vez mais claro que a solução para a grave crise de mobilidade urbana, que assola a maioria das grandes cidades brasileiras, só será resolvida com a oferta de um transporte público de qualidade e com a adoção, em paralelo, de políticas que racionalizem o uso do automóvel nas áreas urbanas. Somente dessa forma teremos uma mobilidade urbana sustentável, que trará reflexos altamente positivos na produtividade da mão de obra, na competitividade dos produtos brasileiros e, principalmente, na qualidade de vida da nossa população.

Marcos Bicalho Diretor administrativo e institucional da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, é engenheiro civil e mestre em engenharia de transportes

Ilustração: Shutterstock ; Foto: Divulgação

epois de mais de duas décadas praticamente ausente das políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana e dos investimentos em infraestrutura para os transportes coletivos nas cidades brasileiras, parece que o governo federal finalmente atentou para a grave crise de mobilidade que afeta as nossas cidades.

Por conta dos grandes eventos esportivos que o país sediará a partir deste ano, desde 2009, foram lançados três grandes programas federais de investimentos: o PAC da Copa do Mundo, o PAC Mobilidade Grandes Cidades e, por último, o PAC Mobilidade Médias Cidades, que vão beneficiar 45 cidades com população acima de 250 mil habitantes. Somam-se aos programas federais os investimentos realizados diretamente por estados e municípios, especialmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao todo, já computamos valores superiores a R$ 100 bilhões a serem empregados em mobilidade urbana nos próximos anos.

Somente em sistemas BRT, catalogamos até o momento 53 projetos em fase de desenvolvimento ou implantação em 25 cidades, com uma extensão total de 697 quilômetros, 442 estações e 60 terminais de passageiros. Até a Copa do Mundo, em 2014, teremos mais 19 corredores de BRT em operação no Brasil que se somarão ao Transoeste, inaugurado ano passado no Rio de Janeiro.

Em políticas públicas tivemos, em janeiro de 2012, a sanção presidencial da Lei n0 12.587/12, que instituiu as diretrizes da Política de Mobilidade Urbana. Antigo pleito do setor, a lei foi promulgada após 17 anos em tramitação no Congresso Nacional e representa um grande avanço ao definir princípios e diretrizes para o transporte nas cidades e estabelecer a exigência, pelos municípios com mais de 20 mil habitantes, dos Planos de Mobilidade Urbana.

Certamente estamos no limiar de uma nova fase da mobilidade, caminhando da irracionalidade

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